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Boletim dos Amigos dos Açores – Associação Ecológica nº 29 2008 V i d á l i a • Plano Actividades 2008 • Relatório de Actividades 2007 • Dalberto Pombo o Naturalista Açoriano • O Adeus ao Amigo e ao Ilustre naturalista Dalberto Teixeira Pombo • O Modo de produção biológico • Flores - A Ilha Lixada • Coastwach Europe

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Boletim dos Amigos dos Açores – Associação Ecológica nº 29 • 2008

V i d á l i a• Plano Actividades 2008

• Relatório de Actividades 2007

• Dalberto Pombo o Naturalista Açoriano

• O Adeus ao Amigo e ao Ilustre naturalista Dalberto Teixeira Pombo

• O Modo de produção biológico

• Flores - A Ilha Lixada

• Coastwach Europe

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Sumário

Vidália

Boletim dos Amigos dos Açores– Associação Ecológica

Distribuição gratuita entre os sócios

Os artigos são da responsabilida-de dos autores e não representamobrigatoriamente a posição ofi-cial da Associação.

É permitida a reprodução e trans-crição, desde que citada a fonte eo autor

ApoioSecretaria Regional do

Ambiente e do Mar

Execução Gráfica e ImpressãoEGA

Empresa Gráfica Açoreana, Lda.

Órgãos sociais da Associação para o biénio 2007-2008

DIRECCCAO

PresidenteTeófilo Soares de Braga

SecretárioSérgio Diogo Caetano

TesoureiroMário José Furtado

VogaisMaria Manuela Livro

Lúcia VenturaSuplentes

Gilda PontesPaula Cristina Tavares

CONSELHO FISCAL

PresidentePaula SantosSecretário

Eduardo SantosVogal

George HayesSuplentes

Emanuel MachadoPedro Teves

ASSEMBLEIA GERAL

PresidenteJoão Carlos Nunes

Vice-PresidenteLuís Guimarães

SecretárioEva Almeida Lima

SuplentesEduardo Almeida

Pedro Nunes

Sede SocialEstá instalada no edifício da Junta deFreguesia do Pico da Pedra, Avenidada Paz, 14. Ali se encontram todas aspublicações editadas e uma bi-bliote-ca especializada na temática ambien-tal. Os interessados poderão visitá-latodos os dias úteis das 9h às 12he das 13h às 17h. Aconselha- -se amarcação da visita. Contacto: CarlaOliveira,Tel. 296 498 004

Editorial . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3

Plano de Actividade 2008 . . . . . 4

Relatório de Actividades 2007 . 7

Dalberto Pombo o NaturalistaAçoriano . . . . . . . . . . . . . . . .10

O Adeus ao Amigo e ao Ilustrenaturalista Dalberto TeixeiraPombo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11

O Modo de produção biológico- Um depoimento . . . . . . . . . 13

Flores - A Ilha lixada . . . . . . . .15

Coastwach Europe . . . . . . . . .16

Publicações e Materiais paraVenda . . . . . . . . . . . . . . . . . .20

Novos Sócios . . . . . . . . . . . . . .21

Boletim de Inscrição . . . . . . . .21

A Terra que não queremos . . . .22

www.amigosdosacores.pt.vue-mail:[email protected]

Tel. 296 498 004Fax 296 498 006

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Editorial

Neste primeiro número do Boletim Vidá-lia de 2008, para além de apresentarmos umasíntese das actividades realizadas no ano tran-sacto e das actividades previstas para o ano emcurso, destacamos um depoimento sobre o modode biológico e dois textos de homenagem ao sr.Dalberto Pombo.

Dalberto Teixeira Pombo, escriturário deprofissão e naturalista por vocação, criou na ilhade Santa Maria o Centro de Jovens Naturalistasque teve uma actividade mais intensa nas déca-das de 70 e 80 do século passado, altura em queeditou o interessante “Boletim dos Jovens Natu-ralistas”.

O Centro de Jovens Naturalistas, organi-zação que nunca se chegou a transformar numaassociação formal, por falta de adultos interes-sados, teve como objectivo principal “iniciar osjovens nas colecções ou preparações com ele-mentos diversos da História Natural, paramelhor poderem apreciar, entender e resolver os

problemas que se lhes apresentam hoje, como apoluição, defesa do património natural, ecolo-gia, todos interdependentes afinal”.

Quanto a nós, que tivemos a oportunida-de de o conhecer, destacamos o seu pioneirismoe exemplo em termos de contributos para a sen-sibilização para a conservação da natureza. Mas,mais importante do que tudo, destacariamos oseu trabalho voluntário e desinteressado em prolda formação dos mais jovens.

Com o seu falecimento, em 11 de Dezem-bro de 2007, o Centro de Jovens Naturalistasterá terminado a sua nobre missão. Como melhorforma de o homenagear, todos os que o conhe-ceram deverão empenhar-se cada vez mais, querindividualmente quer nas associações existen-tes ou noutras que venham a surgir, em activi-dades que conduzam à construção de uns Aço-res mais justos, limpos e pacíficos.

*TB

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to das duas primeiras obras da série CadernosSchumacher para a Sustentabilidade: Transfor-mar a Economia, de James Robertson e CriarCidades Sustentáveis, de Herbert Girardet, emcolaboração com a editora “Sempre em Pé”.

2.3 Ecodiversidade dos AçoresCom este projecto, pretende-se dar a conhecere contribuir para a conservação do patrimónionatural dos Açores. Nesse sentido, tal como em anos anteriores, aassociação colaborará com outras ONGA’S,nomeadamente com a SPEA na divulgação dassuas actividades. Continuar-se-á a distribuiçãode desdobráveis sobre o cagarro e o garajau e

dar-se-á continuidade à iniciati-va SOS-Cagarro, nos meses deOutubro e Novembro.No que diz respeito à biodiver-sidade, iremos desenvolvervárias actividades no sentido dedar a conhecer as principaisespécies invasoras para além depromovermos sessões de sensi-bilização, estamos disponíveispara participar em acções decombate à sua presença, sobre-tudo em Áreas Protegidas.No que respeita à geodiversida-de, pretendemos sensibilizarpara a sua valorização, atravésde sessões de (in)formação e da

edição de um livro e de um calendário.

2.4 Conhecer para ProtegerTendo por objectivo principal a verificação "inloco" do estado do ambiente e a recolha de ele-mentos para uma futura elaboração de itinerá-rios de descoberta da natureza e roteiros de per-cursos pedestres, realizar-se-ão 12 passeiospedestres/visitas de estudo. Estas visitas serãocomplementadas, sempre que possível, com adistribuição, aos órgãos de comunicação sociale aos participantes, de informações sobre oslocais a visitar.

2.5 EspeleologiaNo domínio da espeleologia, a associação irárealizar visitas a algumas grutas ainda não explo-radas na ilha de São Miguel (caso das cavida-des indicadas para o Nordeste e a

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Plano de Actividades 2008

C o n t i n u a

1 - Nota Introdutória1 - Nota IntrodutóriaO Plano de Actividades para 2008 dos Amigosdos Açores - Associação Ecológica contemplaum conjunto de projectos em várias áreas daprotecção da natureza e da educação ambiental,alguns dos quais foram iniciados em anos ante-riores.Em 2008, merece destaque um conjunto de acti-vidades relacionadas com o pedestrianismo, nassuas vertentes turística e ambiental. De igualmodo, também inclui os orçamentos das Ecote-cas da Ribeira Grande e de Ponta Delgada.

2 - Actividades a desenvolver em 20082 - Actividades a desenvolver em 20082.1 Boletim Vidália

A publicação de artigos sobre aproblemática do patrimónionatural e construído e a divulga-ção das actividades associativasjunto do público e, em especial,dos associados, são os objecti-vos que nos levam a continuar aeditar, semestralmente, o bole-tim VIDÁLIA. Pretende-se,também, manter a versão Web doBoletim Vidália.

2.2 Congressos, Seminários e For-mação

Sendo a participação em con-gressos, seminários e acções deformação na área do ambiente fundamental aodesenvolvimento pleno das nossas actividades,pretende-se garantir a disponibilização de umaverba para fazer face às despesas associadas àpreparação de eventuais co-municações e des-locações. Está prevista, entre outras, a partici-pação no Seminário Coastwatch 2007/2008 e noXXI Encontro Nacional das Associações deDefesa do Ambiente.Considerando que deve ser debatida entre nós asegurança alimentar e ambiental dos organis-mos geneticamente modificados (OGM, trans-génicos) pretende-se, também, organizar emSão Miguel uma sessão sobre transgénicos, coma colaboração da Plataforma Portuguesa poruma Agricultura Sustentável “TransgénicosFora”. Promover-se-á, também, uma sessão de debatesobre sustentabilidade, em torno do lançamen-

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Gruta da Ma-guinha) e pretende-se realizar,ainda, um primeiro levantamento geológico daescoada lávica onde está implantada a Gruta doCarvão. No âmbito da divulgação e promoçãodo património geológico dos Açores, prevê-se aedição de um glossário de termos vulcanoespe-leológicos e de uma brochura sobre a Gruta doCarvão.

2.6 Espeleologia – Gruta do Carvão (Troço do Paim)

Tendo-se iniciado em Agosto de 2007 a abertu-ra regular ao público do “Monumento NaturalRegional da Gruta do Carvão” – Troço da Ruado Paim, segundo os moldes definidos no cor-respondente Plano de Gestão, pretende-se con-tinuar com a realização de visitas guiadas àque-la cavidade vulcânica, numa extensão total decerca de 250 m.Neste contexto, a gruta estará aberta ao públicoem dias e horário a afixar, num regime de visi-tas guiadas e apoiadas em modelo de visitaçãopré-definido. Este modelo inclui o acompanha-mento de visitas de estudo (previamente mar-cadas e grátis) destinadas a grupos escolares.

2.7 PedestrianismoPretende-se continuar a editar novos roteiros depercursos pedestres e reeditar os que estão esgo-tados, bem como participar em todos os even-tos relacionados com o tema, nomeadamenteacções de informação, sensibilização e forma-ção.A Associação continuará a fazer-se representarna Comissão de Acompanhamento dos Percur-sos Pedestres da Região Autónoma dos Açores.Pretende-se, no âmbito GTAAL, pretende-sefazer o levantamento de novos trilhos pedestres.

2.8 Apoio às escolas – Acções de Sensibili- zação

Este projecto consistirá de visitas a escolas devários níveis de ensino, onde se realizarão acçõesde sensibilização e distribuição de materiais edi-tados pelos Amigos dos Açores ou por outrasentidades. De entre os temas a tratar, será dadodestaque às questões relacionadas com a água,a energia, a biodiversidade, a geodiversidade eos resíduos.

2.9 ComemoraçõesComo 2008 foi declarado Ano Internacional daRã, como forma de alertar para a necessidadede medidas que evitem a extinção dos anfíbios,dos quais cerca de um terço das espécies conhe-cidas estava ameaçado em 2006, os Amigos dosAçores pretendem ao longo do ano chamar aatenção para os factores que a nível global sãoresponsáveis pelo desaparecimento dos anfíbioscomo o aumento de poluição, as alterações cli-máticas e a perda de habitat. Assim, para alémde textos a divulgar na comunicação social e noboletim Vidália, editar-se-á um desdobrável asensibilizar para este problema global, comdados básicos biológicos e históricos sobre aRana perezi nos Açores.Com este projecto pretende-se assinalar algu-mas datas importantes no calendário para a pro-tecção da natureza e do ambiente, nomeada-mente os Dias: da Floresta, da Água, doAmbiente e o dia da Terra e do Património Geo-lógico. Para o Dia da Floresta pretende-se aler-tar a comunidade em geral, através dos órgãosde comunicação social, para a necessidade de seproteger a flora primitiva dos Açores. Os Diasda Água e da Terra e do Património Geológicoserão comemorados através da distribuição deum desdobrável apelando ao consumo racionalda água, e com visitas de estudo e acções de sen-sibilização. Do Dia do Ambiente constará umalerta a divulgar aos órgãos de comunicaçãosocial, chamando a atenção para a situação dasÁreas Protegidas dos Açores.

2.10 Centro de Documentação dos Amigosdos Açores

Pretende-se continuar a dinamizar o Centro deDocumentação dos Amigos dos Açores que pos-sui uma biblioteca onde poderá ser consultadabibliografia sobre as seguintes temáticas: meiofísico (água, ar e solos), actividades humanas,energia, conservação da natureza e resíduos. Aomesmo tempo, far-se-á uma maior divulgaçãodo mesmo e proceder-se-á ao seu enriqueci-mento, através da aquisição de novas obras emateriais, bem como da assinatura de revistas.Pretende-se, também, disponibilizar on-linetoda a informação relativa ao conteúdo do cen-tro de documentação.

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O Centro de Documentação que funciona nasede do Museu local do Pico da Pedra, Avenidada Paz, 9, está aberto todos os dias das 9 às 12he das 13 h às 17h. Aconselha-se um pré-avisoda visita através do seguinte contacto: Carla Oli-veira (telefone- 296498004).

2.11 Coastwatch Europe-2008Tendo como principais objectivos específicos:1- recolher dados sobre as características daszonas de costa e também sobre os principais pro-blemas ambientais que as afectam, 2- elaboraruma base de dados nacional e internacionalactualizada (ano a ano) sobre o estado do lito-ral, 3- fornecer aos órgãos de decisão local,nacional e internacional elementos que contri-buam para a gestão sustentada do Litoral, paraa recuperação de zonas degradadas e para a pre-servação das áreas sensíveis e, 4- alertar a popu-lação para os problemas ambientais da zona cos-teira e para a urgência da sua protecção,pretende-se implementar o projecto na Ilha deSão Miguel e se possível alargá-lo a outras ilhas.Assim, para além do envolvimento do maiornúmero possível de associados, será feito umesforço suplementar no sentido de envolveroutros intervenientes e instituições, com desta-que para as escolas.

2.12 Fotografia de NaturezaEm meados de 2007 os Amigos dos Açores –Associação Ecológica criaram um Grupo de Tra-balho de Fotografia de Natureza. Em 2008, aAssociação pretende divulgar a importância dafotografia para a preservação e valorização dopatrimónio natural dos Açores. Para tal, preten-dem-se realizar saídas de campo, acções de for-mação, exposições fotográficas e uma pequenapublicação relativa à fotografia de natureza econduta do fotógrafo de natureza.

2.13 InternetPretendem-se continuar a introduzir alteraçõessignificativas na nova página web da associa-ção, procurando cada vez mais um maior con-tacto com os associados e a sociedade em geral.A listagem actualizada da bibliografia do cen-tro de documentação dos Amigos dos Açores, adisponibilização de publicações, artigos e apre-sentações de autoria da Associação em formatodigital, uma galeria de fotos e uma área paraconteúdos multimédia são projectos para o anode 2008, ano que será de consolidação da impor-

tância da Web no processo de comunicação dosAmigos dos Açores.

2.14 Ecotecas da Ribeira Grande e Ponta Delgada

Os Amigos dos Açores, na sequência de um Pro-tocolo assinado com a Secretaria Regional doAmbiente e do Mar, ficarão responsáveis pelofuncionamento das Ecotecas da Ribeira Grandee de Ponta delgada, colaborando na sua coorde-nação, assegurando o cumprimento do Plano deActividades e projectando novas iniciativas. Os Amigos dos Açores comprometem-se, ainda,a ceder material técnico e pedagógico, bem comoa participar com os seus especialistas na con-cretização de colóquios, actividades de ar livree outras actividades propostas no programa daEcoteca e previstas no seu orçamento.

2.15 Energia: no poupar é que está o ganhoA eficiência energética a par da promoção dasenergias renováveis é uma tarefa do presenteque, não esquecendo o lado da oferta, deverácomeçar já do lado da procura, envolvendo todosos utilizadores de energia até aos simples cida-dãos. Os Amigos dos Açores, irão ao longo de 2008promover um conjunto de iniciativas, debates,edição de materiais, concursos como forma desensibilizar para a melhor utilização dos recur-sos energéticos.

2.16 Representação em ComissõesA exemplo dos anos anteriores, os Amigos dosAçores – Associação Ecológica, continuarão acontribuir, como Organização Não Governa-mental do Ambiente, em comissões de planea-mento que apresentem interesse em matéria deambiente e conservação da natureza, por solici-tação das entidades responsáveis pela sua exe-cução.

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Tal como estava previsto no Plano Anualde Actividades para 2007, foram editados osnúmeros 27 e 28 do boletim Vidália, com umatiragem de 1500 exemplares, bem como se man-teve actualizada a versão web do mesmo.Na rubrica Congressos, Seminários e Formação,a Associação esteve presente ou colaborou naorganização de seis eventos:

- na Acção de Formação em Pedestrianismopara Guias da Natureza promovida pela Direc-ção Regional do Turismo, em S. Miguel;

- na Acção de Formação em Pedestrianismopara Guias da Natureza, promovida pela Direc-ção Regional do Turismo, na Terceira;

- na Acção de Formação em Pedestrianismopara Guias da Natureza, promovida pela Direc-ção Regional do Turismo, no Faial;

- nas Jornadas do Priôlo;- na Acção de Formação “Didáctica das Ener-

gias Renováveis”, promovida pela ARENA(Agência Regional de Energia e Ambiente dosAçores);

- no III Congresso Internacional de Monta-nhismo, que decorreu na Escola Superior deHotelaria e Turismo do Estoril, tendo sido apre-sentada uma comunicação intitulada “Os Per-

cursos Pedestres nos Açores e a sua importân-cia para a monitorização e Valorização das Áreasambientais”.

No ano de 2007, realizaram-se 10 pas-seios pedestres, com o número total de quatro-centos e noventa e quatro participantes. Anali-sando a participação na actividade, constatou-seque 140 associados possuíam licença desporti-va/seguro.

No âmbito do Projecto “Pedestrianis-mo”, foram feitos, pelo GTAAL – Grupo de Tra-balho de Actividades de Ar Livre, o reconheci-mento do trilho “Sete Cidades”. A Associaçãoesteve envolvida também na organização do DiaMundial das Zonas Húmidas com a Ecoteca daRibeira Grande e com o Clube Zoom num pas-seio à Lagoa do Fogo, com a Universidade dosAçores, num passeio às nascentes da Rocha daRelva, na comemoração do Dia Rural das SeteCidades com um passeio à “Vista do Rei”, coma Junta de Freguesia da Ribeira Chã, num pas-seio pedestre na mesma freguesia e duas visitasno âmbito do Ciência Viva à Serra da Tron-queira. Ao todo participaram aproximadamen-

Relatório de Actividades 2007 - Síntese

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te 350 elementos.No âmbito da Espeleologia continuou-

se a promover ou a guiar visitas de estudo àGruta do Carvão (Troço do Paim) para jovensestudantes bem como para o público em geral,e no âmbito do projecto Ciência Viva. O núme-ro total de participantes foi aproximadamente1100.

Os Amigos dos Açores, na sequência deum Protocolo assinado com a Secretaria Regio-nal do Ambiente, responsabilizaram-se pela ges-tão das Ecotecas da Ribeira Grande e de Ponta

Delgada, tendo cedido diverso material neces-sário às suas actividades.

O Centro de Documentação dos Amigosdos Açores, continuou a ser enriquecido, per-mitindo aos associados e público, em geral, oacesso a consultas bibliográficas nas mais diver-sas temáticas ambientais.

No âmbito do apoio às escolas, foramprestados apoios a 4 instituições de ensino daregião, bem como a 2 instituições na área de

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educação ambiental, quer através da realizaçãode palestras e sessões de informação, quer atra-vés de cedência de materiais diversos. Para alémda cedência de materiais às escolas, a Associa-ção também cedeu a uma instituição diversaspublicações.

Ao longo de 2007, os Amigos dos Aço-res reuniram-se com diversas entidades, a saber:Secretária Regional do Ambiente, Câmara daRibeira Grande e reuniram-se em Assembleia-geral.

No âmbito do projecto Avifauna, a Asso-ciação participou na Campanha SOS Cagarro,tendo divulgado a mesma aos seus associadose à comunicação social, bem como produziu umcalendário de secretária para 2008, com foto-grafias das espécies de aves açorianas maiscomuns. Produziu também um panfleto sobre ocagarro “Vamos Salvar o Cagarro!”.

No âmbito do projecto Abertura da Grutado Carvão, foi realizado uma sessão de traba-lho na mesma tendo a sido aberta ao público emAgosto.

A Associação durante o ano de 2007 edi-tou e reeditou materiais. Editou o roteiro “Picoda Vara”, “Ponta Garça – Ribeira Quente”,“Salto do Cabrito”, “Caldeira do Santo Cristo”e“Caldeirinhas – Fajã do Ouvidor”, uma colec-ção de 6 postais sobre as Grutas dos Açores, umlivro “Pedestrianismo e Percursos Pedestres”,calendários de secretária para 2008/2009, car-tazes, folhetos e panfletos da Gruta do Carvão.Quanto às reedições, foram as seguintes: o livro“Paisagens Vulcânicas dos Açores”, os roteirosSete Cidades e Furnas, o panfleto “Vamos tra-tar os resíduos com competência” e o postal comtabuada e “Tempo de Biodegradação de Resí-duos no Mar”. Salienta-se que houve o lança-mento do livro “Pedestrianismo e PercursosPedestres” no teatro da Ribeira Grande.

O Grupo de Fotografia da Natureza des-locou-se à Serra da Tronqueira com o objecti-vo de fotografar o priôlo, espécie endémicamuito ameaçada.

No âmbito da rubrica Introduções Ver-sus Endemismos, a Associação reeditou váriasbrochuras, nomeadamente, “Cuidado com asIntroduções!”, “Amigo dos Açores com os Gol-finhos”, “Sobre os Golfinhos” e “Uma históriacontada pela Faia-da-terra”.

No que diz respeito a denúncias, no

decorrer do ano 2007, a Associação fez umaqueixa de uma poda executada de maneira incor-recta, na freguesia do Pico da Pedra.

No que diz respeito ao projecto Ciência,a Associação participou no programa “CiênciaViva – Biologia e Geologia no Verão” tendo rea-lizado visitas à Gruta do Carvão – Troço doPaím, e passeios pedestres.

No âmbito do projecto “Coastwatch”,em 2007, foram percorridos 46 km, correspon-dendo a 23 % do litoral da ilha de S. Miguel,tendo sido Ponta Delgada, o concelho commaior área de costa monitorizada (12,5 km). Emrelação ao ano anterior, 2006, foram percorri-dos e monitorizados mais 12 km de faixa cos-teira.

No âmbito do protocolo celebrado coma Secretaria Regional do Ambiente, os Amigosdos Açores integram o GESPEA, Grupo de Estu-do do Património Espeleológico dos Açores,tendo colaborado nas suas actividades das quaisdestacamos: a preparação e divulgação da Expo-sição itinerante “Visões Subterrâneas”, Foto-grafias de Jorge Góis; a construção da base dedados WoMOVoC (World Most Outstandig Vol-canic Caves); a preparação da Exposição Peda-gógica itinerante “Buracos de Lava”, o reco-nhecimento da gruta de Água de Pau e do Algardo Pico Queimado. Em colaboração com osMontanheiros, coordenaram e participaram nacampanha “Espeleo-Arcanjo 2007” contribuin-do para o aumento de informação relativamen-te à Gruta do Carvão – Troço do Paim e outrasgrutas e algares vulcânicos de S. Miguel.

A Associação esteve presente e colabo-rou noutras actividades que não constavam doplano de actividades, nomeadamente na parti-cipação no Conselho Regional de Ambiente eDesenvolvimento Sustentável. Na divulgação eorganização da apresentação do projecto Lati-tude 60, seguido do filme “Uma Verdade Incon-veniente” no Teatro Ribeiragrandense. Emitiuum parecer sobre o regime jurídico da revela-ção e aproveitamento de massas minerais naRegião Autónoma dos Açores (RAA). Partici-pou com uma banca no 1º Encontro “O Ambien-te no Desenvolvimento Sustentável nos Aço-res”, e com uma banca na “Feira do Ambiente”promovida pela Escola Básica e Secundaria deVila Franca do Campo e Autarquia.

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Dalberto Teixeira Pombo pode ser con-siderado como um dos Naturalistas mais impor-tantes de sempre dos Açores e um educador degrande mérito. A sua grande capacidade decomunicação permitiu-lhe trabalhar não só comcientistas de muitas áreas da biologia e geolo-gia, mas igualmente com muitos jovens, con-tribuindo decisivamente para a sua formação.

Eu fui um desses jovens! Aos 15 anos tivea oportunidade única de aprender com o Sr.Pombo as técnicas de captura e montagem deinsectos. Ainda hoje guardo na Entomoteca“Arruda Furtado” (no Departamento de Ciên-cias Agrárias da Universidade dos Açores) acaixa de insectos que o Sr. Pombo me ofere-ceu durante a sua visita à ilha Terceira em 1980,já lá vão 27 anos.

Foi o Sr. Pombo que contribuiu decisi-vamente para que me tornasse Entomólogo enão Ornitólogo. Digamos que a minha fase das“aves” durou pouco tal o entusiasmo conta-giante com que o Sr. Pombo abordava os insec-tos.

O seu conhecimento da História Naturaldos Açores permitiu-lhe estabelecer inúmerascolaborações com os especialistas de váriasáreas e domínios científicos, nomeadamente deinsectos, mas também de moluscos, plantas

superiores e criptogâmicas, que visitaram osAçores nos últimos 40 anos. Pode-se mesmoafirmar que o conhecimento actual da fauna eflora de Santa Maria não estaria no mesmoponto sem o seu trabalho. O seu contributoultrapassa as fronteiras de Santa Maria, poisdurante as suas viagens pelas várias ilhas cap-turou ou colheu muitos exemplares, que envioupara especialistas do mundo inteiro, resultan-do o seu esforço em muitas publicações cien-tíficas. Alguns destes autores descreveramespécies a que atribuíram o seu nome, e todoso mencionam na secção de Agradecimento dosseus artigos, nacionais e internacionais, salien-tando a sua simpatia congénita e verdadeiroespírito de naturalista.

O melhor elogio que lhe consigo fazer éafirmar que sem o seu conhecimento, entu-siasmo e amizade eu não seria a mesma pes-soa! As longas horas de conversa, benevola-mente acompanhadas pela Dona Noémia, nosanos de 1994 e 1995 quando estive em SantaMaria a realizar os meus trabalhos de campode Doutoramento, foram muito importantespara a minha compreensão da História Naturaldos Açores.

Talvez a contribuição científica maisimportante e duradoura do Sr. Pombo tenha

sido a exploração da fauna doPico Alto de Santa Maria, umfragmento de vegetação natu-ral pequeno mas de elevadovalor em termos de riquezade artrópodes e moluscosendémicos desta ilha e dosAçores. Hoje essa área estáconsiderada no novo esque-ma de Reservas dos Açores,(baseado nos critériosIUCN), o que se deve, emgrande parte, ao trabalho per-sistente de Dalberto TeixeiraPombo.

Bem haja! Com amizade,

* Paulo Borges Dep. de Ciências

Agrárias (Univ. dos Açores)

Dalberto Pombo o Naturalista Açoriano

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Com este escrito pretendo mostrar publi-camente o meu sentido pesar pelo falecimentode um Amigo, e concomitantemente, prestar umamodesta homenagem ao Naturalista DalbertoPombo, companheiro de algumas jornadas ecaminhadas na Natureza, nas quais passámoslongas horas em pesquisas florísticas, faunísti-cas e geomorfológicas.

Imbuídos nas mesmas causas e paixões,tive o privilégio de, com ele, conviver de perto,e de colher vastos aprendizados da sua versati-lidade de conhecimentos científico-naturais.Pela sua mão, pela primeira vez, observei o raroConchelo do mato (Platantera mycranta), noPico Alto, fósseis marinhos do Miocénio Supe-rior, na Ponta Negra, conheci melhor a “nossa”Estrelinha (Regulus regulus azoricus), que ele,orgulhosamente, enfatizava como sub-espéciedem Santa Maria, para além de passar a conhe-cer muitas borboletas pelos seus nomes. Juntos,igualmente, também encontrámos, nas fendasrochosas da Ponta das Salinas, o único morce-go endémico dos Açores (Nyctalus azoreum),muito raro em Santa Maria.

Recusava associar-se connosco em situa-ções de “activismo ambiental”, assumindo-seprimordialmente, como naturalista-investiga-dor, estudioso e pedagogo, mas sempre foi umabnegado defensor da preservação da natureza,nos mostrando muito do seu esplendor, riquezae diversidade, pugnando pelo seu equilíbrio.Nessa linha, considero o Senhor Pombo, umafigura de referência na Educação Ambiental nosAçores.

Chamámo-lo várias vezes a participar emacções de sensibilização/educação ambiental, oque muito as credibilizou e enriqueceu. A últi-ma delas, em 2003, foi sobre o papel das avesde rapina, tendo o Senhor Pombo levado os pan-fletos dos JN, relevado a importância do Milha-fre no controle da população de ratos, contri-buindo para desmistificar a imagem negativadestas “úteis e belas” aves.

Vou sentir muito a sua falta mestre Pombo,porque já não poderei ir mais à sua casa com asaves, plantas e bicharocos para me ajudar a iden-tificar, mas lhe prometo que tudo o que aprendiconsigo, veicularei às crianças e jovens comquem trabalho, perpetuando os seus ensina-mentos e as suas (nossas) causas.

O NATURALISTA E SUA OBRADalberto Teixeira Pombo nasceu a 9 de

Novembro de 1928, na aldeia de Almofala,Figueira de Castelo Rodrigo. Veio para SantaMaria, para trabalhar na Direcção Geral da Aero-náutica Civil, exercendo as funções de Escritu-rário de Tráfego e de Despachante de Mensa-gens, em 1952, tendo, desde então, adoptadosempre a Ilha de Gonçalo Velho como sua terrade coração e de acção. Aqui constituiu famíliaa 23 de Abril de 1955, com a Mariense NoémiaPombo, sua sempre companheira, tendo o casaltido 1 filho e 2 filhas.

Apesar de não possuir curso universitário,de forma auto-didáctica, comprovadamente, sediplomou a esse nível, sendo um

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O Adeus ao Amigo e ao Ilustre naturalista Dalberto Teixeira Pombo

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autêntico mestre em áreas como a botânica, bio-logia e geologia, possuindo dotes e conhecimen-tos de investigação muito apreciados e reconhe-cidos, naqueles meios académico-científicos.

Colaborou com várias universidades portu-guesas e estrangeiras, tendo, meritoriamente, sidoincumbido de fazer a etiquetagem de tartarugasoriundas da América do Norte, que nas suas rotasmigratórias eram encontradas ao largo do litoralde Santa Maria, realizando, igualmente, os regis-tos de identificação das mesmas, para reenvio àcomunidade científica.

O apoio recente dos Estados Unidos daAmérica à pretensão dos Açores, junto da UE, desalvaguardar os recursos dos seus mares e manu-tenção da ZEE nas 200 milhas, sob o argumentoque as suas tartarugas da Florida, fazem rota nes-ses mares, têm de alguma forma presente a con-tribuição do trabalho anónimo do Senhor Pombo.

No campo de investigação, descobriu deze-nas de espécies novas, reconhecidas cientifica-mente como tal, em revistas científicas de reno-me. De entre essas espécies, há cinco que, atravésda atribuição da sua denominação científica, acomunidade investigadora internacional, presta-ram homenagem ao Senhor Pombo, acrescentan-do o restritivo específico “pomboi”.

São elas:- Um crustáceo de água salgada, em

1974;- Dois ácaros, em 1992;- Dois coleópteros (1 em 1990 e outro em 2002).

Vários dos seus trabalhos de investigaçãoobtiveram relevo e perpetuação em artigos cien-tíficos publicados pela Sociedade Portuguesa deEntomologia, e referências em alguns estudos doDr. Artur Serrano e do Dr. Paulo Borges.

Mas o Professor Pombo, como, justamen-te, lhe chamou o investigador Paulo Borges, e maisrecentemente o Director Regional do Ambiente,não foi só um distinto naturalista-investigador,mas também um percursor da educação ambien-tal nos Açores, e um verdadeiro pedagogo, sen-tindo-se feliz, quando concretizava essas suas pai-xões, com os jovens e para os jovens. Nessa senda,foi co-fundador do Corpo Nacional de Escutas,em Santa Maria e criou o reputado Centro deJovens Naturalistas (CJN), tendo sido sempre oseu coordenador responsável.

Do CJN, saíram várias publicações comopanfletos e brochuras de sensibilização/educaçãoambiental, destacando-se os conhecidos “Boletins

dos Jovens”, sendo o primeiro datado de 1970 eo último de 1987.

Juntamente com o Clube dos Amigos eDefensores do Património-Cultural e Natural, rea-lizou várias actividades de educação ambiental epesquisas sobre aves marinhas migratórias e vege-tação endémica dos Açores, integradas na Cam-panha Bandeira Azul da Europa.

Nas muitas saídas de campo realizadas comos jovens, em Santa Maria, noutras ilhas dos Aço-res e até na serra do Gerês, constantemente, irra-diava simpatia, entusiasmo, clima de curiosidadee humor, sempre com uma anedota fresca na pontada língua, a intercalar uma nova aprendizagem.Saia com eles para apanhar borboletas, coleópte-ros, colher amostras geológicas, identificar plan-tas e observar aves, tendo construído colecções eembalsamado exemplares de avifauna encontra-dos mortos, os quais se constituem de relevadovalor em termos de património natural.

Em reconhecimento deste valioso e singu-lar espólio, a SRAM, protoculou com a famíliano sentido do mesmo ser exposto numa sala dofuturo Centro de Interpretação Ambiental de SantaMaria, a qual se denominará de Dalberto Pombo,em justa homenagem ao Naturalista.

O enorme valor do Senhor Pombo, dentroe fora de portas, na área científico-natural eambiental, igualmente teve justo reconhecimentoda parte da RTP-Açores, e RTP-1, tendo sido con-vidado a falar da sua obra nos programas “AquiAçores”, em 1985, e “Praça da Alegria”, em 1999.

Pelo seu dedicado trabalho no âmbito doescutismo, o Senhor Pombo, também foi enalte-cido com devidas condecorações do CNE.

Ao brilhante investigador-naturalista, aodedicado e histórico chefe de escuteiros, ao mes-tre e companheiro de causas, ao homem ilustre,mas sempre de enorme simplicidade, expresso emnome do CADEP-CN, o profundo pesar pelo seudesaparecimento físico, ficando na nossa memó-ria e na dos marienses, em geral, o exemplo deHomem e a sua obra, ambientalmente, notável.

Sempre te reencontraremos em cada recan-to da Natureza.

Obrigado Senhor Pombo. BEM HAJA, E PAZ À SUA ALMA!

* José de Andrade MeloCoordenador do CADEP-CN

(Clube dos Amigos e Defensores doPatrimónio- Cultural e Natural de Santa Maria)

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O modo de produção biológico – Um depoimento

Nota de abertura: geralmente não é erroafirmar; mas afirmar às vezes dá é maior evi-dência ao erro do que confirmação para o queé dito. Assim foi o que aconteceu depois de terna primeira parte deste meu depoimento refe-rido os diminutos danos do tripes no bananal.Pois a verdade é que tivemos neste inverno aencarniçada acção dessa pequeníssima mos-quinha preta sobre uma parte do bananal daquinta. Devo acrescentar o problema dos ratos,que vai assumindo preocupante gravidade, epara cuja resolução somam-se obstáculos aoinvés de realizações favoráveis.

A actualmente chamada de Quinta daTorre é uma parcela entre outras propriedadesvinculadas a partir do século XVII e adminis-tradas como tal até à extinção dos morgadiosno século XIX. O último morgado foi AndréManuel Álvares Cabral, pai de André ÁlvaresCabral, que, já só da parte que lhe coube dosbens legítimos, e destruindo a capela e a casaantigas, fez edificar em 1864 a casa actualmenteexistente mais o jardim em frente.

Sendo muitos filhos e netos, foi a casa e quin-ta posta em arrematação pública, sendo com-prada, creio que no final dos anos vinte do sécu-lo passado, por um dos herdeiros, ManuelÁlvares Cabral, meu Tio Avô, que precisou deusar da disponibilidade de pessoa amiga para oefeito. A filha, a quem pela muita amizada cha-mávamos de Tia, Manuela Canavarro ÁlvaresCabral Ataíde, doou esta propriedade às minhasduas Irmãs, ao meu Irmão e a mim, há já unstrinta anos talvez, mantendo o usofruto enquan-to viva.

O conjunto edificado consta da casaprincipal, com granel, adega e cisterna, miran-te posicionado para servir de controlo da nave-gação em aproximação da costa, com pau debandeira para comunicação com outros postosde observação (a defesa da ilha estava na gene-ralidade a cargo de pequenas forças de milíciasorganizadas nas várias localidades). Constamvárias dependências domésticas e de criação deanimais, nitreira e garagem (ambas dos anos

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trinta), antigas cavalariças muito destruídas,casa da madeira, duas habitações e três ruínasjunto ao caminho, e ainda uma pequena casadentro da propriedade reconstruída há poucosanos para apoio ao gado. Há também as ruínasda pequena fábrica de colorau. Várias ruas altasem pedra seca permitem a circulação interna.

A propriedade tem uma pequena mati-nha de incensos com alguns exemplares deespécies autóctones (Myrica faya, Laurus azo-rica, Picconia azorica). A parte propriamente da antiga quinta de laran-jas, com bananal, citrinos, especialmente man-darina e tangerina, e algumas outras fruteirasdefendidas pelas tradicionais sebes altas deincenso, bânksia, barrileira e faia-da-terra, estáhoje restrita a uma área mais pequena daquelaque foi até há uns vinte e cinco anos atrás. Parte do que tinha árvores de fruto foi apas-centado nos anos setenta e oitenta. Apascenta-da também foi uma área tradicionalmente ocu-pada com a produção de milho e outras culturasde rotação.

Dantes a vinha ocupava os terrenostodos acima e abaixo do mirante. Hoje está res-trita à rua alta de acesso ao mirante e ao terre-no junto à casa logo acima da estrada regional.Temos gado da terra, identificado moderna-mente como “Ramo Grande” (na quinta duasvacas com as respectivas crias até aos 5 ou 6meses, estando o núcleo principal actualmente

nos Lourais), galinhas diversas, poedeiras, rio-las, as chamadas “galinhas da Madeira”, taba-cas, alguns patos e gansos, coelhos e pombas.

Diminuímos entretanto alguma área depastagem ocupada agora com produções tradi-cionais em consociações e rotações: o milhoamarelo da terra, algumas variedades antigasde feijão, de ervilha e de fava, o tremoço, oinhame, a batata, a batata-doce, o amendoim,etc..

Temos vindo a multiplicar aromáticasdiversas, sendo algumas, aliás, espontâneas emS.Miguel.

As abelhas para ajudar na polinizaçãodas flores e para produção de mel estão insta-ladas em cinco colmeias.

A manutenção e recuperação de ruas emuros de pedra seca, assim como a conserva-ção do demais edificado constituem uma sobre-carga na gestão propriamente agrícola. A opção pelo modo de produção biológico temsido um inequívoco factor de sustentabilidadedo conjunto.

À vitalidade e sustentabilidade internashá que juntar a vontade, o interesse, a opção,pela aquisição e pelo consumo dos produtosagrícolas já disponíveis em modo de produçãobiológico em S.Miguel. São aliás vários osnúcleos em produção certificada actualmentena ilha.

Razões espúrias, prolife-rados preconceitos, faltade diálogo, de idoneida-de e de coragem paraafrontar a avassaladoradestruição de recursosno planeta ao assustadorritmo do brutal, deca-dente, irracional modode produção e de distri-buição burguês, logramfazer dum corpo mori-bundo no estertor aindamuito mal a muitos emboa parte evitável se paratal nos precavermos.

Obrigado.

* Pedro Albergaria LeitePacheco

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da e saída de animais e dos próprios resíduos quefacilmente se dispersam para o ambiente circun-dante.

A lixeira de Santa Cruz encontra-se na par-te superior de duas Área Protegidas, decretadaspela União Europeia. Nos SIC (Sítio de Impor-tância Comunitária) e ZPE (Zona de ProtecçãoEspecial de Aves Selvagens), cujo objectivo éproteger e conservar os habitats e aves selvagensameaçadas, são depositados resíduos que estãoa prejudicar seriamente as espécies e os habitats,assim como a qualidade de vida da população.

A lixeira das Lajes está localizada ao ladodas Lagoas Rasa e Funda. Estas lagoas consti-tu-em um santuário para as aves migratórias doAtlântico Norte, além das aves nativas e plantasendémicas. Esta lixeira também não está bemisolada e como se situa numa zona de altitudeelevada os resíduos líquidos desaguam em váriasribeiras e regos de água da costa ocidental flo-rentina.

A ilha das Flores constitui um paraíso úni-co e de extrema beleza. A riqueza de plantasendémicas dos Açores, o elevado número de avesnativas e migratórias, as tradições seculares deum povo e as paisagens majestosas continuamrelativamente bem conservadas. É necessáriounir esforços para manter esta diversidade e pre-parar um futuro sustentável, protegendo e con-servando o ambiente em que todos nós estamosinseridos.

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Flores - A Ilha Lixada

A ilha das Flores, situada no Arquipélagodos Açores, com apenas 145 km2 possui duaslixeiras a céu aberto, uma para cada Concelho.Facto que revela ser demasiado para uma ilhatão pequena.

A lixeira do Concelho de Santa Cruz dasFlores encontra-se localizada na parte superiorde duas áreas protegidas, enquanto que, a lixei-ra do Concelho das Lajes se situa ao lado de duaslagoas de beleza incomparável.

Os habitantes da Ilha das Flores enfren-tam uma problemática relacionada com as lixei-ras a céu aberto. Para aumentar o problema, asduas Câmaras que dividem a ilha, há anos queestão em desacordo com a localização do futu-ro Aterro Sanitário da Ilha das Flores.

A gestão das lixeiras não está a ser bem efec-tuada, visto não existir uma vedação ou estrutu-ra delimitadora. Não havendo controlo na entra-

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O ano de 2007 foi caracterizado peloaumento de área coberta, com mais 36% em rela-ção ao ano de 2006, embora tenha-se verifica-do uma diminuição dos participantes. O conce-lho mais percorrido foi Ponta Delgada com 25unidades inquiridas, num total de 147 unidades,ultrapassando assim o concelho de RibeiraGrande, o mais percorrido em 2006. Relativa-mente à área coberta por concelho, verificou-seque, tal qual o ano de 2006, o concelho de VilaFranca do Campo foi o mais coberto, alcançan-do relativamente à sua área total, 45.71% dasunidades (16 unidades inquiridas, num total de35). Comparando os resultados totais de cadaconcelho com o ano transacto, constatou-se quea Vila Franca aumentou a sua área coberta em4 unidades, o Nordeste aumentou em 5 unida-des, a Povoação em 7 unidades e Ponta Delga-da aumentou em 10 unidades. A Lagoa mante-ve a mesma percentagem de área coberta e aRibeira Grande diminuiu a sua área coberta em1 unidade.

Após a análise da área coberta, verifi-cou-se que 44.1% das unidades analisadasencontram-se medianamente artificializadas,40.9% encontram-se muito artificializadas, 20%

encontram-se poucos artificializadas e 10.8%não se encontram artificializadas. As unidadesem áreas com designação especial (17.9%) dimi-nuíram em relação aos 49% de unidades emáreas com designação especial analisadas no anotransacto.Os principais usos do solo dominantes são cons-truções urbanas (Outros) em 34.1% das unida-des analisadas, pastagem em 24%, culturas agrí-colas em 21.8%, matos em 17.9% e floresta em2.2%. As modificações recentes na aparênciadas unidades teve um aumento de 19.4% emrelação a 2006.Em relação às descargas líquidas para o mar,houve um decréscimo em relação ao ano tran-sacto. Foram identificadas 46 descargas, menos17 descargas líquidas no mar do que 2006. Ostipos de descargas mais frequentes foram linhasde água naturais (Linhas de Água) em 47.8% eartificiais (Tubos/Condutas) em 39.1% das uni-dades analisadas. Das descargas acima referi-das, os sinais de poluição encontrados commaior frequência foram o mau cheiro em 34.2%das descargas, cor alterada/espuma em 30.4% edespejo de lixo em 15.2%. Em relação a 2006,

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Coastwatch Europe

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houve uma diminuição no despejo de lixo, nacor alterada/espuma, no mau cheiro e no peixemorto e uma aumento nos sinais de vida nas des-cargas e nos vestígios de óleo.

Os tipos de coberto dominantes das zo-nassupratidais e intertidais nas unidades analisadassão a rocha, areia e calhaus rolados, não haven-do modificação em relação ao ano anterior.

Nas zonas intertidais verificou-se a presen-ça de algas em 78% das unidades analisadas.Em relação às plantas nativas, verificou-se a pre-sença destas em 62% das unidades analisadas eas plantas exóticas em 90% das unidades.

A fauna observada nas unidades é dividi-da em duas categorias, a fauna existente na zonaintertidal e a quantidade de aves observadas. Nototal das unidades inquiridas, as espécies ani-mais mais presentes na zona intertidal são oCaranguejo, a Litorina (Outros), a Craca e a lapa,distribuídas equitativamente. A análise da quan-tidade de aves encontradas é realizada atravésde ocorrências de 1 a 10, de 11 a 50 e mais de50 aves. Houve o total de 78 ocorrências de avesno conjunto das unidades observadas, sendo quetodas se encontravam sem petróleo e vivas. Qua-renta e sete das ocorrências são relativas a gru-pos de aves com o número de 1 a 10, 26 ocor-rências a grupos de aves com o número de 11 a50 e 2 ocorrências a grupos com mais de 50 aves.Transformando estes números em percentagem,a análise indica que 60.3% das ocorrências deaves são relativas a grupos de aves de 1 a 10,

33.3% relativo a ocorrências a grupos de avesde 11 a 50 e os restantes 6.4% são relativos àsocorrências de grupos com mais de 50 de aves.

Metade das unidades analisadas apresen-ta algum tipo de risco de degradação ambiental.Os riscos mais frequentes são perda de quali-dade ambiental em 55.1% das unidades anali-sadas, erosão costeira em 32.7%, outros em8.2%, pressão turística e a extracção de inertes,ambos em 2% das unidades analisadas.

Os objectos de grandes dimensões encon-trados são, maioritariamente e igualmente aoano transacto, resíduos de construção e demoli-ção em 38.4% das unidades inquiridas, objec-tos metálicos de grandes dimensões em 21.7%,lixo doméstico em sacos ou amontoados em17.4%, objectos domésticos volumosos em13.8%, destroços de electrodomésticos em 6.5%e destroços de barcos em 2.2% das unidades ana-lisadas.

Os resíduos de pequenas dimensões maisfrequentes são o papel, cartão e/ou madeira em21% das unidades analisadas, as embalagens debebida de plástico em 17% e as embalagens dematerial sintético em 10.3% das unidades.

Em termos globais, verifica-se que não háuma alteração significativa em relação aos anosanteriores, o que não deixa de ser preocupante,tendo em conta as acções de limpeza que têmocorrido ao longo do ano e às campanhas de sen-sibilização para a correcta gestão dos resíduossólidos por parte dos cidadãos.

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LIVROS Associados Não Assoc. Nº ValorPedestrianismo e Percursos Pedestres 3,00 € 6,00 €Lagoas e Lagoeiros da Ilha de São Miguel 7,50 € 12,50 €Paisagens Vulcânicas dos Açores 5,00 € 8,00 €Borboletas Nocturnas dos Açores Grátis 2,50 €Parque Natural Reg. Plataforma Costeira das Lajes do Pico Grátis 2,50 €Cavidades Vulcânicas dos Açores Grátis 2,50 €Orientação Grátis 1,00 €Percursos Pedestres em São Miguel Grátis 5,00 €Plantas dos Açores Grátis 5,00 €Plantas Usadas na Medicina Popular Grátis 5,00 €BROCHURASPercurso Pedestre do Salto do Cabrito Grátis 1,50 €Percurso Pedestre da Serra Devassa Grátis 1,50 €Percurso Pedestre do Pico da Vela Grátis 1,50 €Percurso Pedestre Algarvia – Pico da Vara Grátis 1,50 €Percurso Pedestre Praia – Lagoa do Fogo Grátis 1,50 €Percurso Pedestre do Sanguinho Grátis 1,50 €Percurso Pedestre das Sete Cidades Grátis 1,50 €Percurso Pedestre Ponta Garça – Ribeira Quente Grátis 1,50 €Percurso Pedestre da Ponta da Madrugada Grátis 1,50 €Percurso Pedestre das Furnas Grátis 1,50 €Percurso Pedestre da Caloura Grátis 1,50 €OUTROS MATERIAISBonés "Amigos dos Açores" 2,00 € 3,00 €T-Shirt "Salvemos o Pombo Torcaz" 3,00 € 4,00 €T-Shirt "Golfinhos" 4,00 € 5,00 €T-Shirt "Amigos dos Açores" 5,00 € 6,00 €Casacos para Protecção da Chuva 10,00 € 11,00 €Sweat-Shirt "Amigos dos Açores" 12,50 € 13,00 €

Publicações e Materiais para Venda

Nota: todos os pedidos deverão ser acompanhados do respectivo pagamento em cheque ou vale postal.Para o estrangeiro ao valor total deverá acrescentado 2 €

AMIGOS DOS AÇORES- Avenida da Paz,14 9600-053 PICO DA PEDRATelefones - 296 498 004 Fax - 296 498 006 E-mail - [email protected]

Formulário de EncomendaPor favor envie as quantidades acima assinaladas para o endereço:

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Novos Sócios

BOLETIM DE INSCRIÇÃO

Os AMIGOS DOS AÇORES são uma asso-ciação regional de defesa do ambiente, inde-pendente do poder político-económico e aparti-dária, que vem, desde 1984, trabalhandoininterruptamente a favor da conservação damaior riqueza dos Açores: o seu património natu-ral.No entanto, uma associação como esta, paradesempenhar ainda melhor o seu papel, tem decontinuar a aumentar a sua principal base deapoio: os seus associados.

Porque é fundamental contribuir para a garan-tia da existência de uma voz independente efirme na defesa do ambiente nos Açores, vimosconvidá-lo(a) a aderir aos Amigos dos Açores,para tal basta preencher a ficha que junto envia-mos e devolvê-la para:

AMIGOS DOS AÇORESAvenida da Paz, 14

9600-053 PICO DA PEDRA

SÓCIO N.º _______Quota anual (mínimo 10 €)_________,____ € Donativo anual ________,____ €

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Agência de _______________________________

_________________, ___ de ___________ de ______

Exmos.Senhores,

Por débito na minha conta com o NIB _______________________________ nesse Banco, soli-cito que transfiram para crédito da conta dos AMIGOS DOS AÇORES com o NIB001200009399438830116 (Agência de Ponta Delgada do BANCO COMERCIAL DOS AÇO-RES), a importância de ___________ , ____ €, no primeiro dia útil de _________________ decada ano, até instruções minhas em contrário. Agradeço ainda que, ao efectuarem as trans-ferências, indiquem sempre o nome completo e morada do ordenante. Esta ordem anula todasas eventuais anteriores.

De V.Exas.Muito Atentamente

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A TERRA QUE NÃO QUEREMOS