viajar através da língua portuguesa

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Viajar através da Língua Portuguesa Semântica Ortografia Morfologia Léxico Sintaxe Viajar através da Língua Portuguesa

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Page 1: Viajar através da língua portuguesa

Viajar através da Língua Portuguesa

• Semântica Ortografia

• Morfologia

• Léxico Sintaxe

Viajar através da Língua

Portuguesa

Page 2: Viajar através da língua portuguesa

Semântica: Sinónimos e antónimos

• As palavras que estabelecem entre si relações de semelhança ou equivalência chamam-se sinónimas; aquelas que estabelecem relações de oposição, expressando ideias contrárias, são antónimas.

Page 3: Viajar através da língua portuguesa

Morfologia: determinante

• O determinante: subclasses• Os determinantes agrupam-se nas seguintes

classes: - artigos definidos e indefinidos - possessivos - demonstrativos - indefinidos -interrogativos - numerais

Page 4: Viajar através da língua portuguesa

Sinais de pontuação

. / ; O ponto final e o ponto e vírgula marcam, respetivamente, o fim de uma frase e de uma oração. Enquanto o primeiro implica uma pausa absoluta, o segundo marca uma pausa maior do que a vírgula , quando se enunciam diferentes aspetos de uma mesma ideia.

, A vírgula assinala uma pequena pausa no interior da frase. Existem algumas regras a atender no seu uso: o sujeito e o predicado nunca se separam por vírgulas, nem o predicado e o complemento direto. Por outro lado, o vocativo é sempre seguido por uma vírgula.

: Os dois pontos empregam-se para anunciar o discurso diretos, para introduzir uma citação e para dar início a uma enumeração e explicação.

? O ponto de interrogação usa-se para formular uma pergunta diretamente.

! O ponto de exclamação usa-se, geralmente, no final da frase exclamativa, quando se denunciam sentimentos ou emoções.

Page 5: Viajar através da língua portuguesa

Sinais de pontuação

! O ponto de exclamação usa-se, geralmente, no final de uma frase exclamativa, quando se denunciam sentimentos ou emoções.

… As reticências indicam a interrupção de uma frase, a suspensão de uma ideia, pensamento ou sentimento.

_ O travessão serve para indicar a mudança de interlocutor nos diálogos ou, ainda, para isolar palavras ou expressões num texto.

( ) os parênteses usam-se para intercalar, num texto, uma determinada palavra ou expressão que, não pertencendo propriamente ao discurso, é necessária para a clarificação do mesmo.

“ “ As aspas usam-se para as transcrições de excertos de outros autores; salientam ainda uma determinada palavra ou expressão, sobretudo, quando esta não faz parte do nosso código linguístico.

Page 6: Viajar através da língua portuguesa

Morfologia: nome• O nome: subclasses• Próprios – individualizam as pessoas, os animais ou as coisas. Ex: Pedro, França,

Natal.• Comuns – servem apenas para designar, não individualizam, nem distinguem. Ex:

rapaz, país, festa.• Podem ser em número Contável/Contável coletivo/Não Contável/Não Contável

coletivo• Concretos – designam pessoas, animais ou coisas pertencentes ao mundo físico.

Ex. mochila, casa, máquina.• Abstratos- designam realidades que não pertencem ao mundo físico, ações,

qualidades ou estados.• Ex. confiança, tristeza, força.• Coletivos – no singular, designam um conjunto de seres ou de coisas da mesma

espécie.Ex. cardume, pomar, frota

Page 7: Viajar através da língua portuguesa

Morfologia: nome

• Notas sobre o nome• O nome é uma palavra variável que serve para designar

pessoas, animais ou coisas.• Apresenta formas diversas de flexão: em género, em

número e em grau.

• Regra geral, o feminino dos nomes obtém-se substituindo o- o final da forma masculina por – a; por sua vez, o plural dos nomes terminados em vogal obtém-se acrescentando um –s.

• O nome apresenta cinco subclasses: próprios, comuns, concretos, abstratos e coletivos.

Page 8: Viajar através da língua portuguesa

Morfologia: verbo

• Verbo: tempos simples• Modo Indicativo tem seis tempos simples:

presente, pretérito imperfeito, pretérito mais –que-perfeito, futuro.

• Modo conjuntivo tem três tempos simples:- presente, pretérito imperfeito e futuro.

• Modo imperativo tem apenas um tempo: presente.• Obs-deverás consultar uma gramática ou o teu

manual para estudar bem a flexão verbal.

Page 9: Viajar através da língua portuguesa

Ortografia: relação fonética e gráfica entre palavras

• Homónimas: palavras que se escrevem e leem da mesma maneira, mas têm significado diferente; Ex. são//são

• Homógrafas: palavras que têm a mesma grafia, mas pronúncia e significado diferentes. Ex. pregar//pregar

• Homófonas: palavras que têm grafia diferente, pronúncia igual e significado diferente. Ex. conselho//concelho

• Paronímia: significado diferente, pronúncia e grafia muito próximas. Ex. imigrar//emigrar

Page 10: Viajar através da língua portuguesa

Morfologia: pronomes

• O pronome: subclasses• Pessoais. Ex. nós• Possessivos. Ex. tua• Demonstrativos. Ex. aquele• Interrogativos. Ex. Qual• Relativos. Ex que• Indefinidos. Ex. uns, outros

Page 11: Viajar através da língua portuguesa

Morfologia: pronomes

• O pronome pessoal forma de complemento (direto ou indireto),sem proposição, segue, geralmente, a forma verbal. Ex. deu-lhe…

• Há situações em que o pronome precede o verbo:- Nas frases introduzidas por que (ex. a professora pediu

que lhe dessem o giz);- Nas frases negativas (ex. não o deixes mal estacionado) - Intercala-se na forma de futuro(ex. dar-te-ei a mão) .Segue o v. auxiliar, intercalando-se entre este e o

particípio passado (ex. tenho-te dito tudo)

Page 12: Viajar através da língua portuguesa

Morfologia: pronomes

• Os pronomes o, a, os, as podem aparecer em variantes: lo, la, los, las. É o que acontece quando a forma verbal termina em –r,-s ou –z que são omitidos (exs. Vou comer o pão – vou comê – lo; amas a arte – ama-la; diz a verdade – di-la).

• Quando a forma verbal termina em m, os pronomes tomam as seguintes formas: no, na, nos,nas (ex. eles escrevem o livro – escrevem-no)

• Nota: Deves consultar uma gramática para aprofundares estes conhecimentos, sobretudo, quando estudares a conjugação pronominal (verbo conjugado com o pronome.

Page 13: Viajar através da língua portuguesa

Morfologia: Adjetivo• 1. Flexão em género• 1.1. Variação em género – adjetivos biformes• Os adjetivos são, geralmente, biformes, apresentando uma forma para o

masculino e outra para o feminino.• 1.1.1. Regra geral de formação do feminino• • Substituição do índice temático masculino (terminação) -o, pelo índice

temático feminino (terminação) -a• Ex.: lindo > linda; honesto > honesta• Nota: Em alguns destes adjetivos, a distinção entre masculino e

feminino implica também uma diferença do timbre da• vogal tónica.• Ex.: formoso (o fechado) > formosa (o aberto)• grosso (o fechado) > grossa (o aberto)

Page 14: Viajar através da língua portuguesa

Morfologia: Adjetivo• 1.2. Variação em género – adjetivos uniformes• Os adjetivos que apresentam uma só forma para o feminino e masculino são

uniformes. Geralmente, estes adjetivos• terminam:• • em -a• Ex.: hipócrita; celta; indígena; agrícola• • em -e• Ex.: triste; doce; humilde; constante• • em -ar e -or• Ex.: exemplar; ímpar; superior• • nas consoantes:• -l Ex.: amável; infiel• -m Ex.: comum; virgem• -s Ex.: simples; reles• -z Ex.: feroz; atroz

Page 15: Viajar através da língua portuguesa

Morfologia: Adjetivo• 1.3. Variação em género – adjetivos compostos• Os adjetivos compostos, geralmente, variam em género, flexionando

apenas o segundo elemento.• Ex.: luso-brasileiro > luso-brasileira Excecionalmente, há adjetivos que apresentam flexão em todos os seus

elementos.• Ex.: surdo-mudo > surda-muda

----------------------------------------------------------------Adjetivos:Qualificativo: atribui uma qualidade/atributo a um nome – ex. raposa astuta;Relacional: deriva de um nome e coloca-se depois deste – ex. ambiente familiar:Numeral: indica ordem ou sucessão – ex. primeiro aluno.

Page 16: Viajar através da língua portuguesa

Morfologia: Adjetivo• 2. Flexão em número• 2.1. Variação em número – adjetivos biformes• A maior parte dos adjetivos do português são biformes, apresentando, por isso, uma forma para o singular e outra para o plural.

• 2.1.1. Regras de formação do plural• Os adjetivos simples seguem as mesmas regras de formação do plural dos nomes (cf. ponto 2. da Flexão nominal).• Ex.: lindo > lindos; indolor > indolores; amável > amáveis• dócil > dóceis; capaz > capazes; natural > naturais

• 2.2. Variação em número – adjetivos uniformes• Os adjetivos uniformes apresentam apenas uma forma para o singular e para o plural.• Ex.: homem simples > homens simples

• 2.3. Variação em número – adjetivos compostos• • Os adjetivos compostos, geralmente, variam em número, flexionando apenas o segundo elemento. Ex.: luso-brasileiro > luso-brasileiros Excecionalmente, há adjetivos que apresentam flexão em todos os seus elementos. Ex.: surdo-mudo > surdos-mudos

• Flexão adjetival• • Os adjetivos compostos por um adjetivo e um nome, geralmente, não apresentam• variação no plural.• Ex.: camisola azul-bebé > camisolas azul-bebé

Page 17: Viajar através da língua portuguesa

Morfologia: Adjetivo

• Flexão em grauNormal – fácilComparativo de superioridade- é mais fácil (do) que;Comparativo de igualdade – é tão fácil como/quanto;Comparativo de inferioridade – é menos fácil;Superlativo relativo de superioridade – é a mais fácil;Superlativo de inferioridade – é a menos fácil;Superlativo absoluto sintético – facílima;Superlativo absoluto analítico –

muito/bastante/deveras/excessivamente fácil.

Page 18: Viajar através da língua portuguesa

AdjetivoComparativos e superlativos irregulares

Grau normal Comparativo de superioridade

SuperlativoRelativo de superioridade

Absoluto sintético

bom melhor O melhor ótimo

mau pior O pior péssimo

grande maior O maior máximo

pequeno menor O menor mínimo

Page 19: Viajar através da língua portuguesa

Advérbio e Locução adverbialValores semânticos Exemplos

De afirmação: transmite a afirmação de uma ideia.

sim

De negação. Atribui valor negativo à frase não

De inclusão ou exclusão: indica se o constituinte que modifica se inclui ou não num dado conjunto

Muito, pouco, mais, menos, bastante,demasiado…

De predicado: transmite informações sobre o modo, o tempo e o lugar.

Ontem, ali,cá,bem,mal,agradavelmente…

De frase: transmite informações sobre o ponto de vista do falante, domínio ou área do saber.

Felizmente, matematicamente,Alegadamente…

Funções Exemplos

Interrogativo Onde, quando, porque…

Conectivo: estabelece uma ligação entre elementos frásicos ou entre frases.

Primeiramente, seguidamente, depois, finalmente, contudo, todavia,porém

Locução adverbial: duas ou mais palavras introduzidas por uma preposição que funciona como advérbio.

De novo, em silêncio, na verdade, com cuidado…

Page 20: Viajar através da língua portuguesa

Processos morfológicos de formação de palavras

DERIVAÇÃO

Afixação(junção de um afixo a uma

forma base)

Prefixação: junção de um prefixo a uma forma base.

Re+pôr - repor

Sufixação: junção de um sufixo a uma forma base

Belo+eza - beleza

Prefixação e sufixação In+certo+eza - incerteza

Parassíntese: junção obrigatoriamente simultânea de um prefixo e de um sufixo; a junção ou eliminação de um originaria palavras sem sentido.

En+tarde+cer

*En+tarde –entarde

*tarde+cer - tardecer

Derivação não afixal: criação de nomes a partir de verbos, substituindo-se a terminação –ar, -er , -ir pela vogal –a, -e, ou –o Ex. cortar - corte

Conversão ou derivação imprópria: integração de uma palavra de uma classe ou subclasse, noutra diferente

chaves – nome comum Chaves – nome próprio

Page 21: Viajar através da língua portuguesa

Processos morfológicos de formação de palavras

COMPOSIÇÃOComposição morfológica : associação de um ou mais radicais ou de um ou mais radicais e de uma palavra através da vogal de ligação –i ou -o

. retÍlineo

. Greco – romano

.afro –luso -brasileiro

Composição morfossintática :associação Autor-compositor; aluno-modelo; lava-louça.

Page 22: Viajar através da língua portuguesa
Page 23: Viajar através da língua portuguesa
Page 24: Viajar através da língua portuguesa

Sintaxe Constituintes da frase

Grupo nominal: tem como núcleo um nome ou pronome

Ex. a carta era comovente

Grupo verbal: tem como núcleo um nome ou pronome

O Luís comeu um bolo

Grupo adjetival: tem como núcleo um adjetivo

A flor é muito bonita

Grupo preposicional: tem como núcleo uma preposição

Ele entrou em casa

Grupo adverbial: tem como núcleo um advérbio

Nós chegamos agora

Page 25: Viajar através da língua portuguesa

Funções sintáticasFunções sintáticas ao nível da frase Exemplos

Sujeito(desempenhado por GN ou certas orações)

Simples: apenas um GN ou oração

A Eva faz ioga.

Composto: mais de um GN ou oração coordenados

A Eva e o Luís ficaram de castigo.

Nulo: não se realiza lexicalmente

- Nulo subentendido: subentende-se pela flexão verbal

Vamos ao teatro hoje à noite.

- Nulo indeterminado: não se consegue especificar ou determinar

Dizem que esse livro é bom.

Predicado: desempenhado por um GV

O Pedro viu um filme ontem

Vocativo: desempenhado por um constituinte usado para interpelar o interlocutor e isolado por vírgulas dos outros elementos da frase

Pedro, come a sopa!

Modificador da frase:Desempenhado por um Gadv, GPrep ou por uma oração; transmite a opinião do falante ou refere uma área do saber, pode ser retirado ou movido sem que a frase perca o sentido.

Infelizmente, o concerto foi cancelado.

Cientificamente, o que ele diz faz sentido.

Page 26: Viajar através da língua portuguesa

Funções sintáticas internas ao grupo verbal

Funções sintáticas internas ao grupo verbal

Exemplos

Complemento direto: desempenhado por um GN ou por uma oração selecionados pelo verbo, que podem ser substituídos pelos pronomes pessoais o,a,os,as ou pelo pronome demonstrativo o, respetivamente.

O palhaço tinha uma peruca

Complemento indireto: desempenhado por um Gprep selecionado pelo verbo; pode ser substituído pelos pronomes pessoais lhe, lhes.

A avó ofereceu uma prenda ao neto

Complemento oblíquo: desempenhado por um Gpre, Gadv ou pela coordenação de ambos, não podendo ser substituído por pronomes.

O Fábio mora em Leiria

Page 27: Viajar através da língua portuguesa

Funções sintáticas internas ao grupo verbal

Complemento agente da passiva: desempenhado por um GPrep iniciado pela preposição por (simples ou contraída); exclusivo das frases passivas.

A boneca foi oferecida pela tia.

Predicativo do sujeito: desempenhado por um GN, Gadj, Gadv ou Gprep; exigido por um verbo copulativo (Ser, Estar, Ficar, Continuar, Parecer, Permanecer)

A bailarina continuava bonita

Predicativo do complemento direto: desempenhado por um GN, Gadj, Gadv ou Gprep; exigido por um verbo transitivo – predicativo ( transita diretamente para um Complemento direto)

Ele acha o Pedro inteligente

Modificador do GV: desempenhado por um Gadv, Gprep ou por uma oração não exigidos pelo verbo; pode ter um valor modal, espacial ou temporal; pode ser retirado ou movido sem que a frase perca o sentido.

O rapaz sentou-se ali.

Page 28: Viajar através da língua portuguesa

Funções sintáticas internas ao grupo nominal

Modificador restritivo do nome: desempenhado por um Gadv, Gprep ou por uma oração subordinada adjetiva relativa restritiva; restringe o nome a que se refere e não pode ser delimitado por vírgulas.

O rapaz de óculos é meu vizinho

Modificador opositivo do nome: desempenhado por um GN ou por uma oração subordinada adjetiva relativa explicativa; introduz uma explicação adicional em relação ao nome e é, obrigatoriamente, delimitado por vírgulas.

A Ana, que tirou boas notas, entrou no quadro de honra.