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Viabilidade e segurança da dosagem de enoxaparina em miligramas inteiros em prematuros e recém-nascidos a termo Feasibility and safety of enoxaparin whole milligram dosing in premature and term neonates Journal of Perinatology 2015; 3:, 852– 854 R Goldsmith, AK Chan, BA Paes, MD Bhatt Dhouglas Diniz Mota Paula Nunes Pinto Jubé Coordenação Dr. Paulo R. Margotto

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Viabilidade e segurança da dosagem de enoxaparina em miligramas inteiros em prematuros e recém-nascidos a termoFeasibility and safety of enoxaparin whole

milligram dosing in premature and term neonates

Journal of Perinatology 2015; 3:, 852– 854

R Goldsmith, AK Chan, BA Paes, MD Bhatt

Dhouglas Diniz MotaPaula Nunes Pinto Jubé

Coordenação Dr. Paulo R. Margotto

Page 2: Viabilidade e segurança da dosagem de enoxaparina em miligramas inteiros em prematuros e recém- nascidos a termo Feasibility and safety of enoxaparin whole

Introdução• Dados do Registro do Canadá, Alemanha e Países Baixos indicaram a

incidência de eventos trombóticos em recém-nascidos a ser de 24 para cada 10.000 neonatos.

• As internações em Unidades de Cuidados Intensivos variam entre 0,7 - 5,1 para cada 100.000 nascidos-vivos.1-3

• A enoxaparina é a heparina de baixo peso molecular frequentemente utilizada em recém-nascidos.

• No registro do estudo1880-NO-CLOTHS, incluindo 416 neonatos, onde 58% e 24% dos nascidos vivos foram diagnosticados com trombose venosa profunda ou arterial, respectivamente, foram tratados com heparina de baixo peso molecular. 4

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Introdução• Como a enoxaparina é fabricada em altas concentrações adequadas

para adultos, sua diluição muitas vezes é necessária podendo levar a erros na administração. 6-9

• Para evitar a necessidade de diluição e consequentemente erros, a enoxaparina deveria ser administrada em doses de miligramas inteiras usando seringas de insulina.

• A concentração de enoxaparina é de 100 mg/ml , 1 mg representa 1 UI na seringa de insulina.10

• As seringas de insulina tem uma agulha de calibre 31, o que pode reduzir a dor local e hematomas em neonatos e crianças. 11

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Introdução• Desde 2008, todos os recém-nascidos e crianças com trombose

que requerem o uso de enoxaparina no Centro dos presentes autores, foram submetidos a administração de doses de miligramas inteiras.

• Bauman et al.10 relataram excelente segurança e eficácia usando semelhante estratégia em 514 lactentes e crianças (138 <3meses, não sendo especificado o número de recém-nascidos)

• A dosagem em miligrama inteira é a estratégia mais provável para o impacto da dose administrada nós menores lactentes com base no seu peso.

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OBJETIVO•O principal objetivo do estudo foi determinar a viabilidade

e segurança na administração de doses inteiras em miligramas de enoxaparina especificamente em prematuros

(< 36 semanas completas) e a termo (≥37 semanas completas).12

•O objetivo secundário foi avaliar a resposta ao tratamento.

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Metodologia• O estudo foi uma revisão retrospectiva de todos os prontuários

de recém-nascidos com trombose tratados entre janeiro de 2008 à dezembro de 2014 no McMaster Children Hospital, Canadá.

• Os prontuários médicos foram revisados com base nós detalhes do diagnóstico de trombose, dosagem de enoxaparina recebida, ajustes de enoxaparina, Anti fator Xa e números de episódios de sangramento de cada paciente.

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Metodologia• A terapia anti-trombótica foi iniciada com enoxaparina subcutânea na

dose inicial de 1,5 mg/kg para recém nascidos a termo e 1,7 mg/kg para recém-nascidos prematuro, arredondado para o miligrama mais próximo, sendo administrada duas vezes ao dia.

• Alguns recém-nascidos com trombose de rápida propagação foram tratados agressivamente com doses iniciais mais altas, enquanto aqueles com aumento do risco de sangramento receberam doses iniciais mais baixas.

• Enoxaparina foi subsequentemente titulada para manter um nível de anti-Xa compreendido entre 0,5 e 1,0 UI /L . 13

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Metodologia• Os títulos de anti-Xa >1.0 UI/ml foram definidos como supraterapêutica.

• Foram medidos os níveis de Anti-Xa em amostras de sangue tirado 4 h após a terceira ou quarta dose de enoxaparina utilizando o analisador de STA-R (Diagnostica Stago, Taverny, França) e um heparina Coamatic (Chromogenix, Instrumentação Laboratório, Bedford, MA, EUA).

• Os títulos de anti-Xa foram medidos semanalmente no início da enoxaparinaterapia durante o período de hospitalização e a cada 4 semanas após paciente receber alta.

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Metodologia• A viabilidade foi definida como a capacidade de atingir níveis anti-Xa

terapêuticos entre (0,5 a 1,0 UI/ml), considerando que a segurança foi definida como a falta de grandes episódios de sangramento locais ou sistêmicos menores.

• Hemorragia grave foi definida como a do sistema nervoso central, gastrointestinal, geniturinário, e hemorragias a partir de um local cirúrgico ou qualquer outro local que necessitou de transfusão de sangue.

• Pequenos sangramentos foi definido como hemorragia da mucosa ou pele, ou a partir de um local de hemorragia cirúrgica ou qualquer outro local que não necessitou de transfusão de sangue. 15

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Metodologia• A resposta ao tratamento foi determinada com base em estudos de imagem,

utilizando:o Ultrassom com Doppler, ressonância magnética e ecocardiograma.

• Foi classificada como:o Completa: sem evidência de trombose; o Parcial: presença de trombose residual com melhora definitiva; o Estável: sem alteração;o Progressiva: aumento de tamanho ou agravamento da oclusão.

• Os parâmetros demográficos foram resumidos tanto como média e desvio padrão. As variáveis categóricas foram descritas como frequência em percentagens

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RESULTADOS▫ 19 prematuros e 21 nascidos a termo foram

diagnosticados com trombose durante o período do estudo.Características demográficas estão representadas na Tabela 1 e na Tabela 2, os dados clínicos e os resultados.

▫ Dose inicial de enoxaparina 1.72 ± 0.17mg/kg (prematuros 1.87 ± 0.33mg /kg, a

termo 1.59 ± 0.12mg/kg)

Dose terapêutica 1.86 ± 0.17mg/kg (prematuros 1.97 ± 0.34mg/kg,, a

termo 1.76 ± 0.12 mg/kg)

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RESULTADOS

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RESULTADOS

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RESULTADOS▫ Dentre 39 neonatos (97,5%) dos quais os níveis de

anti-Xa foram checados 25 (64%): alcançaram níveis terapêuticos com a dose

inicial

14 (36%): necessitaram de ajuste de dose Média de 1.6 ajustes por paciente

1 neonato a termo: Nível supraterapêutico de anti-Xa Anti-Xa > 1.0 UI/mL (1.23 UI/mL)

9 outros (4 prematuros/5 a termo): Anti-Xa > 1.0 UI/mL Em algum ponto da anticoagulação

Não houveram episódios de sangramentos documentados

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RESULTADOS

▫Os recém-nascidos receberam enoxaparina por aproximadamente 12.0 ± 2.7 semanas (12 dias à 45 semanas)

▫Final do tratamento 34 pacientes: 100%

23 (68%): resposta completa 9 (26%): resposta parcial 2 (6%): trombose estável, não progressiva

▫3 continuaram recebendo enoxaparina▫3 perderam o seguimento

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DISCUSSÃO▫O estudo demonstra a viabilidade e a

segurança da dose não diluída de enoxaparina em prematuros e recém-nascidos a termo

▫Todos os pacientes atingiram níveis terapêuticos de anti-Xa 64% alcançaram os níveis desejados com a

dose inicial Não houve episódios de sangramento apesar

de alguns pacientes terem atingido níveis supraterapêuticos em algum ponto da terapia

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DISCUSSÃO▫ Bauman et al.¹º foram os primeiros a publicar

seu experimento com o uso da dose não diluída de enoxaparina em 514 lactentes e crianças

▫ A coorte incluíu 138 pacientes com menos de 3 meses (peso: 900 a 4700g) Não foi especificada a porcentagem de prematuros

e nascidos a termo Prematuros com baixo peso ao nascer

compreendem a população mais vulnerável para a administração de doses de enoxaparina arredondadas a miligramas inteiros

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DISCUSSÃO▫ Na coorte do presente estudo

19 prematuros (< 36 semanas) Mais novos: 23 semanas de idade gestacional, 530 g

▫ Não tiveram aumento da incidência de sangramentos ou dos níveis supraterapêuticos, quando comparados aos nascidos a termo

1 de 40 pacientes (2,5%) atingiu nível supraterapêutico de anti-Xa após a fase de ataque

▫ Bauman et. al.¹º relataram < 1% (5/514) de risco de atingir níveis supraterapêuticos de anti-Xa nesta mesma fase

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DISCUSSÃO▫ Comparação difícil entre os dois estudos

O tamanho da amostra do presente estudo é menor Avaliação apenas de recém-nascidos

Bauman et. al¹º não relataram quantos dos 5 pacientes com níveis terapêuticos eram recém-nascidos Utilizaram regimes de dosagem e ajustes baseados no

CHEST (The American College of Chest Physicians)▫ Dose inicial de enoxaparina: 1,5mg/kg em recém-

nascidos¹6

Recentemente existem maiores evidências para utilizar-se uma dose mais 17-20 Muitos RN do presente estudo receberam dose inicial de

1,5 a 2,0 mg/kg

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DISCUSSÃO

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DISCUSSÃO▫A resposta ao tratamento neste estudo foi

superior ao relatado anteriormente por Streif et al.¹³ Resolução completa ou parcial da trombose

Presente estudo: 94% dos 34 recém-nascidos Streif et al.¹³: 59% dos 62 recém-nascidos

Mesmo incluindo 6 pacientes (3 excluídos e 3 ainda em tratamento) no denominador, a taxa de completa resolução no presente estudo seria de 80% (32/40).

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Conclusão•Este é o primeiro estudo a relatar especificamente sobre a

viabilidade e segurança da dosagem em miligrama da enoxaparina em recém-nascidos dos quais 47,5% eram prematuros.

•Apesar de ser menor em peso em comparação com neonatos a termo, recém-nascidos prematuros podem tolerar arredondamento das doses de enoxaparina para miligramas inteiros sem aumento dos níveis supraterapêuticos ou episódios hemorrágicos

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Conclusão•Temos que apoiar a recomendação por Bauman et al.10 que a

enoxaparina usada em miligrama de dosagem através de seringas de insulina deve ser considerada como padrão de atendimento em todas as crianças, incluindo prematuro e neonatos a termo

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ABSTRACT

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Nota do Editor do site, Dr. Paulo R. Margotto

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• Uso Endovenoso• A administração subcutânea de enoxaparina já foi descrita como

não confiável em populações de pacientes internados em UTI devido ao edema subcutâneo ou à vasoconstrição periférica em pacientes recebendo vasopressores. Além disso, neonatos (especialmente prematuros) com pouco tecido subcutâneo podem sofrer necrose ou hemorragia após aplicações repetidas da droga.

• Há dois breves relatos sobre a administração de enoxaparina intravenosa para prematuro (um paciente cada). Esses dados limitados sugerem a administração de 1 mg/kg cada 8 horas. Um estudo em 7 crianças publicado por Crary et al mostrou um pico de ação mais precoce (1-2 horas) e as doses terapêuticas para crianças com < 1 ano foram de 2,4 mg/kg/dose (administradas cada 8 horas).

• O uso de enoxaparina intravenosa é um uso ainda não aprovado, que não consta na bula. Esse uso ainda tem evidências publicadas incompletas. Há relatos de risco aumentado de hemorragia com o uso intravenoso. O Instituto de Cardiologia em Brasília acumula alguma experiência com essa via de administração (uso chamado "off-label", isto significa que a medicação é feita para administração subcutânea e a bula contraindica a administração intravenosa) em crianças cuja administração subcutânea é dificultado pela instabilidade hemodinâmica, edema extenso ou pouco tecido subcutâneo

Trombose neonatalAutor(es): Alexandre Peixoto Serafim

     

(Capitulo do livro Assistência ao Recém-nascido de Risco, ESCS, Brasília3a Edição, 2013)

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Hemorragia intraventricular

(HIV)Trombose veia

cava

RN de WF, 27 semanas e 3 dias

PN: 700g. Idade: 19 dias.

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A presença de hipertensão venosa com pressão retrógrada no tecido cerebral predispõe a alterações intracranianas.

Investigações cardiovasculares Neonatais demonstraram que 49% do débito cardíaco em recém-nascidos é do retorno da veia cava superior .

Há um significante fluxo de retorno cerebral via veia cava inferior com o potencial para congestão retrógrada

Por outro lado trombose na cava inferior resulta em congestão venosa retrógrada

Elevação da pressão da veia cava superior tem sido associada com elevação da pressão do LCR

RN de 27 semanas com acesso jugular-HIV com 36 dias-Trombose na veia cava superior-

Heparina de baixo Peso molecular-1,5mg/kg subcutânea 2x/dia- Melhora da HIV 4 semanas depois

da remoção do cateterRN de 38 semanas com cateter femoral-HIV com 24 dias-Trombose na veia cava

inferiorCom heparina de baixo peso molecular, resolução da HIV com 2 semanas

Neurosurg Focus 15 (4):Article 5, 2003Neonatal venous cerebral hemorrhage

Sanjay N. Misra and Ashish K. Misra, Austrália

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• É importante notar que hemorragias na região da matriz foram demonstradas na junção vênula-capilar e pequenas vênulas

• A explicação para isso pode ser que estes vasos têm mínima estrutura mesenquimal de apoio, cujo desenvolvimento começa a ser proeminente após uma gestação de 31 a 32 semanas. Estes intrinsecamente fraco desenvolvimento dos vasos os tornam menos capazes de resistir a elevada pressão venosa elevada

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Portanto....• A causa da hemorragia intracraniana foi atribuído à congestão venosa cerebral

retrógrada devido a trombose tanto da veia cava superior como inferior!

•EXOXAPARINA (ClexaneR):Heparina de baixo peso molecular é a forma de anticoagulação mais usada nas UTI neonatais atualmente. As vantagens supostas incluem farmacocinética previsível, administração subcutânea, ausência de interferência por outras drogas ou dieta, risco diminuído de trombocitopenia e de osteoporose.

Pré-termos: Dose: 2 mg/kg/dose cada 12 horas /Termos:SC1,7 mg/kg/dose cada 12 horas SCSC: subcutâneo

• Devido à alta concentração da enoxaparina, a administração de doses decimais é sujeita a grande incidência de erros.

• A enoxaparina pode ser diluída para uma concentração de 20 mg/mL em cloreto de sódio a 0,9% e permanece estável por até 43 dias em temperatura ambiente (22-26ºC) ou sob refrigeração.

A monitorização deve ser feita com o nível de atividade antifator Xa entre 0,5 a 1,0 U/ml em uma amostra colhida de 4 a 6 horas após a injeção subcutânea.

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Trombose no seio venoso :

Leva a hemorragia talâmica e HIV: sistema venoso profundo drena as veias coroidal, atrial e tálamo - estriata

Hemorragia intraventricular no recém-nascido a termo

Paulo R. Margotto      

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• Na população pediátrica, os neonatos têm o maior risco de tromboembolismo (TE), provavelmente devido ao uso freqüente de cateteres. Este risco aumentado é atribuído a vários fatores de risco. Os ensaios clínicos randomizados que lidam com o manejo de tromboses pós-natais não existem e assim, as opiniões diferem quanto intervenções diagnósticas e terapêuticas ideais. Esta avaliação começa com um estudo de caso real que ilustra a complexidade e a gravidade desses tipos de casos e, em seguida, avalia o sistema hemostático neonatal com discussão sobre os locais comuns de trombose pós-parto, fatores de risco perinatais e pró-trombóticos e opções de tratamento potenciais. Uma avaliação passo a passo proposto para os recém-nascidos com tromboses pós-natais sintomáticos serão sugeridas, bem como futuras direções de pesquisa e de registro. Devido à complexidade de acidente vascular cerebral isquêmico perinatal, este tópico não será revisto.

Avaliação e manejo da trombose pós-natalAutor(es): M A Saxonhouse and D J Burchfield. Apresentação:Antenor Couto Neto, Márcio Teixeira de Campos, Ciro Mendes Vargas, Leonardo Alves, Paulo R. Margotto

     

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OBRIGADO!

Ddos. Dhouglas, Bárbara, Rebecca, Paula, Wrssula, Yasmin e Dr. Paulo R. Margotto