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PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO E GESTÃO DA REGIÃO METROPOLITANA DE BELO HORIZONTE VETOR NORTE DA RMBH PROGRAMA DE AÇÕES IMEDIATAS

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Page 1: VETOR NORTE DA RMBH

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO E GESTÃO DA REGIÃO METROPOLITANA DE BELO HORIZONTE

VETOR NORTE DA RMBH

PROGRAMA DE AÇÕES IMEDIATAS

Page 2: VETOR NORTE DA RMBH

1

ÍNDICE APRESENTAÇÃO....................................................................................... 2

1 – OBJETIVOS DO PROGRAMA DE AÇÕES IMEDIATAS..................... 5

2 – CARACTERIZAÇÃO DO VETOR NORTE ........................................... 6

2.1 – Municípios Envolvidos........................................................................................ 6

2.2 – A Formação do Vetor Norte ................................................................................ 8

2.3 – O Sistema Viário Atual ..................................................................................... 14

2.4 - O Transporte Coletivo........................................................................................ 20

3 - OS PROGRAMAS E PROJETOS........................................................ 24

3.1 – Ampliação da Acessibilidade ............................................................................ 26

3.2 – Preservação de Ativos Ambientais .................................................................... 34

3.3 – Empreendimentos de Inovação.......................................................................... 39

3.4 – Outras Ações Modificadoras ............................................................................. 42

3.5 – Ações em curso.................................................................................................. 51

4 – PROPOSTAS PARA AÇÕES IMEDIATAS......................................... 62

4.1 – Desenvolvimento de Processos Participativos .................................................. 62

4.2 – A Retomada do Planejamento Metropolitano ................................................... 63

4.3 – O Plano Metropolitano de Transportes.............................................................. 64

4.4 – Programa de Saneamento Ambiental na Bacia do Ribeirão da Mata................ 65

4.5 – Programa de Controle do Uso do Solo .............................................................. 66

4.6 – Programa de Regularização Fundiária............................................................... 67

4.7 - A Preservação dos Ativos Ambientais ............................................................... 67

4. 8 – O Transporte Coletivo Sobre Trilhos ............................................................... 68

4.9 – O Transporte Coletivo por Ônibus .................................................................... 69

4.10 – Entorno do Centro Administrativo .................................................................. 70

4.11 – Revitalização dos Distritos Industriais ............................................................ 70

5 - ANEXOS .............................................................................................. 72

ANEXO I - AÇÕES IMEDIATAS ............................................................................ 72

ANEXO II - AÇÕES COMPLEMENTARES ........................................................... 84

ANEXO III - RESUMO DAS AÇÕES PRIORITÁRIAS E COMPLEMENTARES 94

6 – Bibliografia ......................................................................................... 96

7 – Equipe Técnica .................................................................................. 97

Page 3: VETOR NORTE DA RMBH

2

APRESENTAÇÃO

O Plano de Ações Imediatas para o Vetor Norte, priorizado pelo Estado através

do Grupo de Governança Metropolitana, na realidade é um recorte do

Programa de Desenvolvimento e Gestão da RMBH, objeto do Termo de

Parceria assinado entre a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Regional e

Política Urbana e o Instituto Horizontes. Dentro do escopo do citado programa

o Vetor Norte está contemplado como uma das unidades de análise propostas.

Nesse sentido, o Plano de Ações deve ser visto como o resultado da

consolidação da visão dos atores, permeada pela visão técnica. Cabe, no

entanto, ressaltar que dentro da metodologia proposta pelo Programa de

Desenvolvimento e Gestão há necessidade de se obter o terceiro elemento que

dará sustentabilidade ao Plano de Ações Imediatas: a construção da Visão

Compartilhada com a Sociedade.

A rigor o Plano de Ações Imediatas considera as seguintes dimensões na

abordagem dos processos que ocorrem no Vetor Norte: a ampliação da

acessibilidade local e regional, o desenvolvimento de empreendimentos de

inovação tecnológica, a preservação de ativos ambientais, culturais e

científicos e a gestão compartilhada a ser construída através de processos

participativos.

Há ainda que se preocupar com a Visão de Futuro da RMBH. Daí a

necessidade da retomada do planejamento metropolitano não só para orientar

e priorizar os investimentos públicos e privados na região, gerando cenários

para a avaliação dos impactos desses investimentos, como para aprofundar o

conhecimento sobre o seu território e os processos que determinam sua

organização. A Visão de Futuro é um referencial importante para a mobilização

e ativação de forças sociais e econômicas em torno de metas de

desenvolvimento.

Page 4: VETOR NORTE DA RMBH

3

Outra questão é a governança metropolitana. A gestão compartilhada exige

uma clara definição de compromissos e metas e não há como imaginá-la sem

concretização da vontade política. No caso específico, as ações propostas, no

que se refere especialmente ao controle integrado do uso do solo, não podem

prescindir do comprometimento de todos os atores, não só os que licenciam

(Prefeituras, órgãos do Estado e da União) como os que fornecem os serviços

básicos (COPASA, CEMIG, DER, GASMIG, EMBRATEL, Telefônicas, etc.).

Não há como se imaginar um controle do uso do solo sem fiscalização e com

as agências públicas implantando serviços em loteamentos ou

empreendimentos não licenciados.

Para o desenvolvimento do trabalho foram realizadas reuniões com

representantes dos seguintes órgãos e empresas:

Secretaria de Estado de Desenvolvimento Regional e Política Urbana

Secretaria de Estado de Planejamento e Coordenação Geral

Secretaria de Estado de Transporte e Obras Públicas

Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável

Fundação Estadual do Meio Ambiente - FEAM

Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis –

IBAMA

Instituto Estadual de Florestas - IEF

Departamento de Estradas de Rodagem de Minas Gerais – DER/MG

Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais –

CODEMIG

Instituto de Desenvolvimento Integrado de Minas Gerais - INDI

Empreendedores do Projeto Porto do Rio Golfe Village Resort

Empreendedores do Projeto Preconpark

Representantes dos Municípios que compõem o COM 10

Lume Ambiental e Mil Consultoria

Comitê da Bacia do Rio das Velhas – Projeto Manuelzão

Foram ainda mantidos contatos com representantes dos seguintes órgãos:

Secretaria Municipal de Regulação Urbana de Belo Horizonte

Page 5: VETOR NORTE DA RMBH

4

Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Belo Horizonte

Secretaria Municipal da Coordenação de Gestão Regional Venda Nova

Secretaria Executiva do COMAM de Belo Horizonte

Associação Mineira de Defesa do Meio Ambiente - AMDA

COPASA

Instituto de Geociências Aplicadas de Minas Gerais – IGA

Fundação João Pinheiro

Page 6: VETOR NORTE DA RMBH

5

1 – OBJETIVOS DO PROGRAMA DE AÇÕES IMEDIATAS

Os objetivos básicos a serem perseguidos pelo Plano de Ações Imediatas são: 1- Identificar programas, projetos e ações de relevância metropolitana, de

responsabilidade dos agentes públicos, privados ou da sociedade civil,

em processo de formulação ou de implantação no Vetor Norte da

RMBH.

2- Caracterizar e avaliar os investimentos públicos e privados de

relevância, tanto no provimento da infra-estrutura (habitação,

saneamento, sistema viário e de transporte, etc.) quanto no setor

produtivo (geração de emprego e renda) e seus impactos no uso do solo

e no meio ambiente.

3- Promover a sinergia e a articulação entre os atores visando nivelar as

informações sobre os processos em curso no Vetor Norte e capacitá-los

para o desenvolvimento de ações integradas e compartilhadas, ao nível

do aprofundamento do conhecimento, do desenvolvimento de projetos e

ações estratégicas e da construção da visão de futuro.

4- Identificar medidas emergenciais e ações estratégicas necessárias para

garantir o uso adequado do solo, enfocando aspectos relacionados ao

controle e preservação dos ativos ambientais, bem como as medidas

administrativas e legais que possam ser acionadas para o controle do

processo de urbanização e reprodução de periferias.

5- Identificar novos planos, programas e estudos a serem desenvolvidos,

visando aprofundar o conhecimento sobre a região e aperfeiçoar os

mecanismos de controle sobre os processos que determinam sua

organização, identificando potencialidades e limitações

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6

2 – CARACTERIZAÇÃO DO VETOR NORTE

.

2.1 – Municípios Envolvidos

A partir do centro metropolitano, a dimensão territorial do que chamamos Vetor

Norte da RMBH, envolve os seguintes municípios:

- Belo Horizonte (centro metropolitano e setor norte do município, abrangendo

as regionais Pampulha, Venda Nova, Leste, Noroeste, Norte, e Nordeste);

- Ribeirão das Neves;

- Santa Luzia (especialmente a região de São Benedito);

- Esmeraldas (parte do município situada na bacia do Ribeirão da Mata);

- Vespasiano;

- São José da Lapa;

- Pedro Leopoldo;

- Matozinhos;

- Capim Branco;

- Confins;

- Lagoa Santa;

- Jaboticatubas (parte do município junto ao Rio das Velhas);

- Betim (Vargem das Flores ao longo do Anel Viário de Contorno Norte);

- Contagem (Vargem das Flores ao longo do Anel Viário de Contorno Norte);

- Sabará (ao longo do Anel Viário de Contorno Norte);

O envolvimento dos municípios de Betim, Contagem e Sabará no conjunto do

Vetor Norte se dá em função do projeto do Anel de Contorno Norte, que terá

um impacto significativo no Vetor Norte.

Page 8: VETOR NORTE DA RMBH

7

A inclusão do município de Esmeraldas se deu em função do comprometimento

de parte de seu território com a sub-bacia do Ribeirão da Mata, unidade

Page 9: VETOR NORTE DA RMBH

8

ambiental de referência do Vetor Norte. Esse conjunto de municípios,

excetuando Belo Horizonte, Contagem, Betim, Sabará e Jaboticatubas, está

localizado na sub-bacia do Ribeirão da Mata e constituem um consórcio com o

objetivo de solucionar problemas comuns de saneamento na sub-bacia.

Essa organização é positiva para o Programa na medida em que revela um

nível avançado de organização associativa entre os municípios, que pode ser

aproveitado no sentido de ampliar o foco das atenções para além das questões

simplesmente de saneamento, buscando englobar questões relacionadas ao

desenvolvimento sustentável da região e as possibilidades de se criar

mecanismos de gestão compartilhada de seu território.

2.2 – A Formação do Vetor Norte

A ocupação e o desenvolvimento do Vetor Norte se deram em função da

criação do Complexo da Pampulha na década de 50, empreendimento do

Estado que buscava resgatar o caráter simbólico de Belo Horizonte como

cidade moderna e progressista, através de investimentos em ativos ambientais

e culturais. Além dos projetos arquitetônicos modernistas, foram estabelecidas

normas urbanísticas específicas para a região, com restrições para as

dimensões mínimas dos lotes (1.000m²), e limitações para usos não

residenciais, admitindo-se apenas o uso residencial unifamiliar.

As normas urbanísticas propostas associadas à

valorização dos imóveis em função da beleza

cênica propiciadas pelo espelho d’água e pelas

obras de Niemeyer, transformaram o conjunto da

Pampulha em referência nacional e internacional.

Inicialmente, o dinamismo dessa região se

sustentou na acessibilidade criada com a abertura

da Avenida Antônio Carlos e na concentração de

grandes equipamentos institucionais como o

Page 10: VETOR NORTE DA RMBH

9

Complexo Turístico da Pampulha, o campus da UFMG, o Aeroporto da

Pampulha, o zoológico, o Mineirão, horto florestal e as instalações da RFFSA

no Horto e na atração que exercia a região Cárstica de Lagoa Santa, na época

já um pólo de interesse científico, paisagístico, turístico e de lazer.

Posteriormente houve a implantação da Avenida Cristiano Machado e do

Aeroporto Internacional Tancredo Neves, que na década de 80 consolidaram o

eixo norte na estrutura urbana da Metrópole. Recentemente houve a extensão

do trem metropolitano até o Vilarinho, intervenção que, em curto prazo, irá

reforçar o centro metropolitano de Venda Nova.

A estrutura de acessibilidade formada pelas Avenidas Antônio Carlos e

Cristiano Machado (ambas atualmente com obras de melhorias), reforçada pelo

trem metropolitano, e as obras de despoluição e recuperação da Lagoa da

Pampulha, tendem a impulsionar esse eixo nas próximas décadas, reforçando

e ampliando suas centralidades, promovendo assim um maior equilíbrio na

estrutura urbana da GBH.

Soma-se a este quadro um conjunto de ações de iniciativa do poder público,

tanto ao nível da ampliação de sua capacidade articuladora (Grupo de

Governança, integração de ações), da melhoria da acessibilidade interna e

externa (infra-estrutura viária), da ampliação das possibilidades de formação de

arranjos produtivos de inovação (Pólo de Microeletrônica, Aeroporto

Internacional Tancredo Neves), associados à preservação de ativos ambientais

científicos e paisagísticos de importância (APA Carste, Parque de Sumidouro),

fundamentais para a consolidação de um processo de desenvolvimento

sustentável para a região.

Podemos segmentar o eixo norte em quatro trechos distintos, em função das

características de sua ocupação e dos processos que presidem sua

organização: o primeiro segmento, constituído pelos trechos das Avenidas

Antônio Carlos e Cristiano Machado, entre o centro metropolitano e o Anel

Rodoviário; o segundo segmento será o compreendido pela região da

Pampulha, do bairro São Francisco, junto do Anel Rodoviário, até o bairro

Page 11: VETOR NORTE DA RMBH

10

Itapoã, ao norte da barragem; o terceiro segmento seria o constituído pelas

regiões polarizadas pelo centro metropolitano de Venda Nova e o quarto seria

o da região Cárstica, polarizada pelo Aeroporto Internacional Tancredo Neves.

A parte da Avenida Antônio Carlos compreendida no primeiro segmento não

apresenta o dinamismo típico de centralidades que geralmente se formam ao

longo de corredores de tráfego. Demonstra sinais visíveis de decadência,

principalmente em suas edificações, que não se renovaram e não sofreram

quaisquer reforma, pelo menos nos últimos quarenta anos. Pode-se creditar à

ausência de centralidades significativas neste segmento a proximidade do

centro metropolitano, o nível de renda da população dos bairros adjacentes e

as ameaças de desapropriações para alargamento, que sempre pesaram sobre

os terrenos lindeiros à Avenida. Este quadro tende, no entanto a se alterar em

função das obras de melhorias na Avenida que, naturalmente, além de

aumentar a acessibilidade, afastam as possibilidades de novas

desapropriações.

Já o segmento da Avenida Cristiano Machado neste trecho apresenta

características distintas. Por ter sido implantada mais recentemente, isolada do

centro metropolitano pelo Túnel da Lagoinha e cortar uma região cujos bairros

adjacentes abrigam população de melhor nível de renda já apresenta o

dinamismo típico dos corredores de tráfego. Ocorrem centralidades

significativas, com destaque especial para o complexo formado em torno do

Minas Shopping e do bairro Cidade Nova. A implantação da Linha Verde irá

ampliar a acessibilidade na região, melhorando as condições de articulação e

integração de diversos bairros.

A parte da Avenida Antônio Carlos entre o Anel e o bairro Itapoã apresenta

características diferentes do segmento anterior. A melhor condição de

circulação propiciada pela duplicação da caixa da Avenida favorece a formação

de centralidades ao possibilitar a separação do tráfego de passagem do tráfego

local. As dificuldades para o surgimento de centralidades ficam por conta da

presença de grandes equipamentos, gerando uma baixa densidade de

população residente. Mesmo assim há concentrações geradoras de

Page 12: VETOR NORTE DA RMBH

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centralidades, de baixa complexidade, como as atividades industriais e de

serviços do bairro São Francisco, as atividades comerciais nas proximidades

da barragem, no bairro Itapoã e em trechos da orla da represa.

No geral há um maior grau de dispersão das centralidades neste segmento,

que passa a contar com outras vias de articulação, como as Avenidas Carlos

Luz, Tancredo Neves e Alípio de Melo, após o Anel Rodoviário, a Avenida

Portugal após a barragem e a própria Cristiano Machado.

A falta de coesão e as descontinuidades provocadas pelos usos de grandes

equipamentos reforçam a dispersão, que de certa forma impedem o surgimento

de centralidades de importância ao longo deste segmento. No entanto não

deve ser negligenciado o efeito modificador que certamente provocarão as

obras de melhoria da Avenida Antônio Carlos, em curso pela PBH, e a

implantação da Linha Verde pelo Estado.

O que marca o terceiro segmento do eixo norte é o centro metropolitano de

Venda Nova, articulador de uma extensa área com extraordinário crescimento

populacional e que, ao longo dos últimos 50 anos se constitui no espaço

preferencial do processo de reprodução de periferias, abrigando os excluídos

do processo de metropolização que, ao longo desse tempo, concentrou os

investimentos produtivos no eixo oeste. O crescimento populacional ocorrido

nas regiões de Venda Nova, Justinópolis em Ribeirão das Neves, e São

Benedito em Santa Luzia, provocaram a formação de uma centralidade de

função metropolitana, que articula uma imensa região com os maiores índices

de exclusão social e de pobreza do aglomerado.

O último segmento Vetor Norte é constituído pelo conjunto dos municípios que

se situam no entorno do Aeroporto Internacional Tancredo Neves,

especialmente os de Lagoa Santa, Vespasiano, São José da Lapa, Pedro

Leopoldo e Confins. Compõem o principal foco das atenções do presente Plano

de Ações Imediatas. Foram os Investimentos previstos nas áreas de influência

desses municípios, tanto pelo poder público quanto pela iniciativa privada que

despertaram a atenção para essa região e, consequentemente, a necessidade

Page 13: VETOR NORTE DA RMBH

12

de se elaborar um Plano de Ações Imediatas, com o objetivo de integrar e

organizar as ações modificadoras, no sentido de um desenvolvimento

sustentável.

Alguns aspectos chamam a atenção, com relação às possíveis conseqüências

de um processo e expansão desordenada nessa região: o primeiro deles está

relacionado às características do processo de reprodução de periferias ocorrido

na região de Ribeirão das Neves (Justinópolis) e Santa Luzia (São Benedito),

processo que hoje se constitui numa ameaça para o conjunto dos municípios

da região Cárstica. As taxas médias anuais de crescimento populacional

verificadas nos municípios do Carste, associadas à proximidade deles em

relação à Ribeirão das Neves (Justinópolis) e Santa Luzia (São Benedito) são

um alerta nesse sentido. Pode-se constatar e é visível hoje, a existência de um

eixo de formação de periferias a partir de Neves, ao longo do vale dos ribeirões

das Neves e Areias, em direção a Pedro Leopoldo.

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TAXA DE CRESCIMENTO DA POPULAÇÃO – MUNICÍPIOS DO VETOR NORTE

1960/1970 1970/1980 1980/1991 1991/2000

RMBH 5,63 4,51 2,51 2,39

Belo Horizonte 5,94 3,73 1,15 1,15

Capim Branco 2,80 1,74 2,32 2,47

Confins 1,12 1,64 2,82 4,86

Jaboticatubas -0,40 -0,50 0,86 0,69

Lagoa Santa 2,12 3,59 4,08 3,99

Matozinhos 2,70 6,44 3,48 2,76

Pedro Leopoldo 2,35 3,80 3,02 2,93

Ribeirão das Neves 4,27 21,36 7,16 6,18

Santa Luzia 7,09 9,00 7,87 3,32

São José da Lapa 7,26 -0,35 9,09

Vespasiano 4,08 7,26 9,37 5,30Fonte: 1960/70 – Instituto Horizontes

1970/80, 1980/91, 1991/2000 - Fundação João Pinheiro

Outra preocupação é o conjunto de investimentos previstos para o Vetor Norte,

tanto pelo Estado como por agentes privados e da sociedade civil que, numa

perspectiva de consolidação de um eixo de inovação tecnológica no Estado, há

que ser pensado de forma integrada, na perspectiva do desenvolvimento

sustentável. Dentro dessa visão busca-se com o Programa evitar a repetição

de experiências passadas, como a que ocorreu com o Vetor Oeste da RMBH

na década de 70, por ocasião de implantação do complexo automotivo da Fiat

e de uma série de investimentos em melhorias na malha viária e de

transportes. Naquela oportunidade o desenvolvimento desordenado anulou em

grande parte os benefícios dos investimentos públicos e privados realizados na

região, tendo sido responsável pelo desenvolvimento e formação do mais

agudo processo de reprodução de periferias de que se tem notícia,

principalmente em Ribeirão das Neves e Ibirité.

Page 15: VETOR NORTE DA RMBH

14

E finalmente temos a questão ambiental que dadas as características

peculiares da região, caracterizada pela presença do complexo ambiental do

Carste, é imprópria para a ocupação urbana intensiva em função da fragilidade

de suas estruturas calcárias, sujeitas à dissolução por drenagens subterrâneas.

Sem considerar a importância que a região representa como ativo ambiental,

paisagístico, histórico, cultural, turístico e científico em função do seu acervo de

grutas, dolinas, lagos naturais, sítios arqueológicos e, principalmente, devido à

presença da “Mata Seca”, formação de floresta decidual típica da região, que

se desenvolve nos sítios calcários com deficiências hídricas e que tem como

característica principal o desfolhamento da maioria das árvores na estação

seca.

È baseado nesse tripé de preocupações que o Programa de Ações Imediatas

para o Vetor Norte da RMBH pretende fundamentar suas propostas, visando a

promoção de um processo organizado de ativação de forças políticas,

econômicas e sociais, na promoção do desenvolvimento sustentável da

metrópole e na construção de uma visão compartilhada de futuro.

2.3 – O Sistema Viário Atual

2.3.1 - Rodovia Prefeito Américo Gianetti – MG 010 (Via Norte)

Foi implantada em 1975 para fazer a ligação entre Belo Horizonte e Pedro

Leopoldo. Juntamente com a Avenida Presidente Juscelino Kubitschek, (Via

Urbana Leste Oeste). Foram as primeiras vias estaduais em pista dupla,

construídas com pavimentação de concreto rígido. É composta pela MG 010,

que liga Belo Horizonte a Lagoa Santa e ao Parque Nacional da Serra do Cipó,

e pela MG 424, antiga estrada para Sete Lagoas, que deriva da MG 010 na

região conhecida como Confisco.

Na época de sua implantação a principal via de acesso à região Norte era a

Avenida Dom Pedro I, continuação da Avenida Antônio Carlos após a

Barragem da Pampulha. A rodovia Prefeito Américo Gianetti, veio constituir no

Page 16: VETOR NORTE DA RMBH

15

prolongamento desse sistema Com a extensão da Avenida Cristiano Machado

após o anel Rodoviário, criou-se uma interseção entre as duas vias, tornando-

se diretriz principal a ligação da Avenida Cristiano Machado com a rodovia

Prefeito Américo Gianetti. Com duas faixas de tráfego, acostamento de 3,75m

de largura, canteiro central de largura média de 18m, sem interseções em nível

e com raios mínimos da ordem de 400m, foi classificação na época como via

expressa.

O pavimento de concreto rígido, entretanto, não se mostrou uma alternativa

estratégica, uma vez que as dificuldades de manutenção face ao tráfego de

caminhões com carga acima do permitido, especialmente transportadores de

areia da região de Pedro Leopoldo para a construção civil em Belo Horizonte,

ensejaram reparos utilizando o pavimento asfáltico, o que foi gradativamente

alterando a condição de pavimento de diversos trechos da via. Apresenta hoje

um volume médio diário anual de tráfego da ordem de 40.000 veículos e está

sendo totalmente remodelada, com a implantação do programa Linha Verde.

2.3.2 - Rodovia MG 424

Ligando Belo Horizonte a Sete Lagoas a rodovia MG 424 inicia-se na MG 010

no extremo norte da capital, passando pelas cidades de Pedro Leopoldo,

Matozinhos e Prudente de Morais, até chegar a Sete Lagoas. Como parte da

Via Norte a antiga estrada para Sete Lagoas ampliada até Pedro Leopoldo em

1975, tendo sua seção sido duplicada com a implantação de pista dupla com

pavimento asfáltico. O tráfego de veículos pesados e a falta de manutenção, no

entanto, degradaram a rodovia ao longo dos anos.

2.3.3 - Avenida Cristiano Machado

A Avenida Cristiano Machado é a principal via de acesso às regiões norte e

nordeste da Região Metropolitana. Originalmente denominada Avenida

Cosmópolis, recebeu investimentos ao longo das últimas duas décadas que a

levaram até o início da rodovia Prefeito Américo René Gianetti, (MG 424), que

juntamente com a MG 010 fazem a ligação com as cidades de Santa Luzia,

Page 17: VETOR NORTE DA RMBH

16

Vespasiano, Lagoa Santa, Jaboticatubas, Pedro Leopoldo, São José da Lapa,

Matozinhos, Capim Branco e Confins. A Avenida Cristiano Machado permite

também o acesso a Ribeirão das Neves, através da Avenida Vilarinho, e a

Caeté, Santa Luzia, Sabará, Taquaraçu de Minas e Nova União pelo Anel

Rodoviário.

A ligação com a cidade de Santa Luzia se fazia inicialmente pela rua Jacuí,

passando pelo bairro da Floresta. Com a implantação do primeiro túnel da

Lagoinha, em 1971, esse percurso passou a ser feito pela Avenida do

Contorno, passando pelo túnel e seguindo pela Avenida Cosmópolis até o seu

final na rua Maura, no bairro Ipiranga, onde o tráfego se desviava e retornava à

rua Jacuí.

Em 1978 a implantação da Avenida Cristiano Machado, com pista exclusiva

para ônibus em seu canteiro central, foi incluída no programa de financiamento

do Banco Mundial, denominado EBTU/BIRD I. A nova Avenida foi implantada

em 1981, iniciando-se no emboque norte do túnel da Lagoinha e indo até o

Anel Rodoviário, na época em duplicação.

Em 1983 o BNDES iniciou o denominado Programa de Transporte de

Capacidade Intermediária, voltado à implantação de trólebus em diversas

cidades brasileiras. Belo Horizonte foi incluída no programa, com a duplicação

do túnel da Lagoinha e a extensão da Avenida Cristiano Machado até a MG

010, em Venda Nova, em trincheira sob a Avenida Pedro I na Avenida

Vilarinho.

Em 1995 foi negociado financiamento do Banco Mundial para extensão do

Trem Metropolitano do bairro São Gabriel até a Avenida Vilarinho, utilizando o

trecho da pista exclusiva de ônibus da Avenida Cristiano Machado entre a

Avenida Sebastião de Brito e a Avenida Vilarinho, alterando-se o traçado da

trincheira de acesso à Avenida Vilarinho.

Além de sua função de ligação metropolitana e articulação da capital com a

malha rodoviária, a Avenida Cristiano Machado desempenha um importante

Page 18: VETOR NORTE DA RMBH

17

papel nos sistemas de transporte público, municipal e metropolitano. Já na sua

implantação em 1981, tinha uma pista exclusiva para ônibus, ligando a Área

Central à Avenida Vilarinho, em Venda Nova. Este papel foi reforçado em 2001

com a implantação da linha do metrô até a estação de integração do Vilarinho,

a partir da Avenida Sebastião de Brito,

Desde sua implantação a partir dos estudos metropolitanos realizados pelo

PLAMBEL na década de 70, estava previsto a gradativa substituição dos

cruzamentos em nível por cruzamentos em desnível, com implantação de

obras de arte como trincheiras e viadutos, de forma a permitir que o tempo de

percurso dos veículos, tanto de transporte público quanto privado, pudesse ser

mantido em condições aceitáveis. A avenida suporta diariamente cerca de

60.000 veículos.

A reativação do Aeroporto Internacional Tancredo Neves deu à Avenida

Cristiano Machado uma importância estratégica, fazendo que o que fora

previsto em todos os planos de transporte e trânsito se transformasse em

prioridade para o Governo do Estado e Prefeitura de Belo Horizonte, resultando

na implantação do programa denominado Linha Verde.

2.3.4 - Avenida Pedro I

A Avenida Pedro I, classificada como via arterial, é a continuação física da

Avenida Antônio Carlos, a partir da barragem da Pampulha, em direção ao

norte. Com 3,76km de extensão, apresenta seção transversal média de 27

metros, com duas pistas de sentidos contrários com três faixas de tráfego por

sentido, separadas por canteiro central.

Page 19: VETOR NORTE DA RMBH

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2.3.5 - Avenida Antônio Carlos

Implantada em 1952, para substituir a antiga estrada da Pampulha, hoje Rua

Itapetinga, a Avenida Antônio Carlos liga a área Central à barragem da

Pampulha. Com 7,6km de extensão, sua configuração física está em processo

de transformação, pela implantação de alargamento de seção, implantação de

pista exclusiva de ônibus no seu eixo e interseções em desnível.

Possivelmente é a avenida que mais vezes sofreu alterações de traçado para

ampliação de capacidade em Belo Horizonte.

Sua implantação na década de 50 coincide com a implantação do Conjunto da

Pampulha. A partir daí sofreu várias alterações. A primeira delas ocorreu,

ainda, na década de 50, com a criação de pistas laterais no trecho entre o anel

rodoviário e a Avenida Santa Rosa, na Pampulha. Em 1968 foram as

alterações resultantes da implantação dos viadutos A e B, no entorno do

Terminal Rodoviário. Com o programa EBTU-BIRD em 1983, ocorre o

alargamento de pista com estreitamento do canteiro central. Em 1992 há a

implantação de passarela de pedestres em frente ao IAPI. Em 1994 tem-se a

implantação da extensão do viaduto A e alargamento da seção da Avenida na

Lagoinha. Em 1998 ocorre a redução do canteiro central e adequação do

traçado em partes do trecho entre a Lagoinha e o Anel Rodoviário, próximo ao

IAPI, entre a Avenida Américo Vespúcio e Rua Manoel Gomes. Em 2004 é

implantada a trincheira da Avenida Santa Rosa. Em 2006 temos o início da

duplicação do trecho entre o Anel Rodoviário e a Rua Aporé e construção da

trincheira ligando as Avenidas Américo Vespúcio e Bernardo de Vasconcelos.

2.3.6 - Anel Rodoviário

O Anel Rodoviário de Belo Horizonte foi implantado em 1957 para evitar o

atravessamento do sistema viário urbano pelo tráfego rodoviário. É gerenciado

pelo DNIT, o Anel Rodoviário consiste na sobreposição de trechos das rodovias

BR 262 (Vitória – Uberaba); BR 381 (São Paulo – Governador Valadares) e BR

040 (Rio – Brasília). A princípio foi construído como uma rodovia simples, de

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pista única, com apenas uma faixa por sentido, articulando-se em interseções

de um ou dois níveis com o sistema rodoviário e com as principais vias

urbanas. Sua extensão de 26,7 km, desde Olhos D’água, na saída para o Rio

de Janeiro, até o bairro Nazaré, na ligação para Sabará e saída para Vitória.

Duas interseções em desnível foram construídas, na Avenida Amazonas e na

Avenida Antônio Carlos, principais vias arteriais municipais da época. Com o

processo de expansão da mancha urbana o Anel Rodoviário se transformou

numa “avenida” de alta densidade de tráfego, com plena acessibilidade pelo

sistema viário local, independente da categoria das vias, e com um grande

número de interseções em nível totalmente sem controle. Isto levou o DNER a

transformá-lo, na década de 70, numa via expressa formada por um sistema

central de duas faixas contínuas de tráfego por sentido e um sistema de

marginais, também com duas faixas de tráfego por sentido, construídas apenas

em parte do trecho e articulando-se com o sistema viário local. Esta articulação

se fez em duas formas. Uma com transposição da via central em interseções

em desnível, com articulação através das vias marginais ou diretamente com a

via central, em locais em que não foi possível a construção das marginais.

Outra sem transposição da via central, em interseções em “T” do sistema viário

local com as pistas marginais, onde existissem, ou diretamente com a pista

central.

Em função do aumento de tráfego e da conseqüente redução dos níveis de

serviço o Anel recebeu alterações de geometria, com a incorporação de uma

terceira faixa de tráfego na via central. No entanto essa ampliação só foi

possível em trechos, já que as primeiras obras de arte não previam

necessidades futuras de alargamento da pista.

As marginais foram assim, interrompidas, em função de três tipos de

problemas: insuficiência de seção transversal na plataforma de viadutos,

insuficiência de seção transversal sob o viaduto de transposição ferroviária e

permanência de pilares no alinhamento da terceira faixa.

Em função de convênio celebrado entre os governos Federal, Estadual e

Page 21: VETOR NORTE DA RMBH

20

Municipal, o Anel recebeu, ao longo dos últimos anos, algumas melhorias e

alguns serviços de manutenção: a implantação pelo Estado de iluminação com

luminárias de vapor de sódio, a construção pela PBH de passarelas para

pedestres e a recuperação do pavimento, em convênio entre a PBH e o DNIT.

2.3.7 – Avenida Vilarinho

A Avenida Vilarinho resultou da canalização do córrego de mesmo nome e liga

a Avenida Cristiano Machado ao bairro Letícia. No bairro Letícia ela se

encontra com a Rua Padre Pedro Pinto e se articula com a Avenida Civilização,

que segue para Ribeirão das Neves. É uma via arterial com 4,03km de

extensão, uma seção transversal média de 36 metros e duas pistas de sentidos

opostos, com duas faixas de tráfego. O canteiro central de 16 metros de largura

foi projetado para receber pista exclusiva de ônibus, à semelhança da Avenida

Cristiano Machado. Hoje é a diretriz para o prolongamento do Trem

Metropolitano até Justinópolis.

2.4 - O Transporte Coletivo

A Região Metropolitana de Belo Horizonte teve seu crescimento, a partir da

década de 80, fortemente influenciado pelo sistema de transporte coletivo por

ônibus, especialmente pela política tarifária adotada. A impossibilidade de se

obter subsídios externos para o transporte coletivo, levou os gestores em todo

o Brasil, a buscar formas de subsídios internos, possibilitando, de uma forma

cruzada, que a população de renda mais alta subsidiasse a população de

renda mais baixa, num processo que recebeu na RMBH o nome de Câmara de

Compensação Tarifária.

Historicamente as populações periféricas tiveram seu crescimento populacional

limitado pela antiga metodologia de cálculo do preço das passagens de ônibus,

que consistia basicamente na divisão dos custos das linhas pelo número de

passageiros que as utilizavam. Este custo era de certa forma, proporcional à

distância do deslocamento. Morar em áreas periféricas e distantes significava

Page 22: VETOR NORTE DA RMBH

21

arcar com um custo mais alto de transporte para se atingir os locais de

emprego, o que funcionava como variável limitadora do crescimento da

mancha urbana metropolitana.

A Câmara de Compensação Tarifária implantada na década de 80 veio alterar

esse quadro ao possibilitar que as linhas mais curtas, teoricamente servindo às

populações de renda mais alta, cobrassem tarifas mais altas que o seu custo

por passageiro. O superávit obtido subsidiava as linhas com deslocamentos

mais longos, que poderiam, por sua vez, cobrar tarifas mais baixas que o custo

por passageiro.

Esse mecanismo alterou significativamente o processo de ocupação das

periferias, na medida em que reduziu de forma significativa o custo da

passagem para os deslocamentos maiores, incentivando assim a ocupação e o

adensamento em áreas distantes. A intensidade do processo de reprodução de

periferia ocorrido na RMBH, especialmente nas regiões de Ribeirão das Neves

e Ibirité a partir das décadas de 80 e 90 é até certo é fruto desse modelo.

Considerado a princípio como uma solução de aumento de acessibilidade ao

emprego para a população das cidades periféricas, esse modelo revelou-se,

com o passar do tempo como mais um fator indutor da reprodução de periferias

e fixação de populações em regiões distantes, desprovidas de infra-estrutura.

Como o sistema de transporte não foi acompanhado por um processo de

reestruturação, se limitando apenas a uma adequação da oferta à demanda,

tivemos como reflexo uma redução dos índices de produtividade, com IPK1 e

PVD2 mais baixos e custos mais altos, gerando um déficit estrutural crescente,

independente dos aumentos de custos decorrentes da inflação.

As mudanças institucionais na gestão do sistema de transporte e os déficits

acumulados levaram à extinção desse mecanismo em nível metropolitano, com

o conseqüente aumento das tarifas nas regiões estruturalmente deficitárias

1 IPK – Índice de passageiros por quilômetro 2 PVD – Passageiros por veículo por dia

Page 23: VETOR NORTE DA RMBH

22

buscando o equilíbrio entre custo e receita das operadoras. Isto gerou um

descompasso na relação entre a localização da população de baixa renda e os

locais de emprego, cujos primeiros resultados começam a aparecer, mesmo

sem uma análise sócio-econômica mais profunda.

Nas áreas conurbadas, o crescimento populacional adensado fez com que as

linhas passassem a desenvolver os itinerários buscando a maior cobertura do

território, atendendo demandas das associações de bairro, tipicamente locais.

Nas áreas periféricas o aumento da área habitada se deu pela própria

disponibilidade do transporte, numa relação causa-efeito que pode ser descrita

da seguinte forma: a população busca se fixar numa área em que tenha

atendimento de transporte, numa distância em que o caminhamento a pé até o

ponto final da linha de ônibus seja suportável. Havendo um número suficiente

de moradores, eles se organizam e solicitam o prolongamento da linha para

reduzir essa distância. Tão logo esse prolongamento é realizado, são abertos

novos loteamentos, formais ou não, na nova área de influência da linha, até o

máximo de distância de deslocamento a pé suportável. O processo então se

reinicia, com a nova população solicitando novos prolongamentos que, para

serem atendidos, necessitam a subdivisão da linha em várias sublinhas. Como

a maior parte da demanda de viagens dessas regiões se destina às áreas de

emprego não especializado, concentradas em Belo Horizonte, o sistema

metropolitano foi incorporando um número excessivo de serviços, ligando

bairros de cidades vizinhas ao centro de Belo Horizonte, sem nenhuma

racionalidade sistêmica.

Em 1986 o Metrô entrou em operação ligando a estação de Eldorado, em

Contagem à estação Central, em Belo Horizonte. Sua diretriz segue o Ribeirão

Arrudas, paralela à linha férrea, em área pouco adensada e pouco acrescentou

à oferta de transporte, pois além de tangenciar, sem penetrar, a área central de

Belo Horizonte, seu projeto não se preocupou com a acessibilidade de suas

estações. Com isso o metrô não teve capacidade de captar demanda local

representativa e nem de se integrar ao sistema de ônibus, ficando na

dependência de receber sua demanda por integrações forçadas no terminal de

Page 24: VETOR NORTE DA RMBH

23

Eldorado, ele em si de difícil acessibilidade.

A estação de Eldorado foi a primeira ação de integração de sistemas na

RMBH, com o Trem passando a desempenhar a função de linha troncal e o

ônibus a desempenhar o papel de sistema alimentador. A expansão do Metrô

até Venda Nova, na Estação Vilarinho, modificou um pouco este aspecto, com

a construção de terminais de integração mais adequados e em melhores

condições de acessibilidade.

Page 25: VETOR NORTE DA RMBH

24

3 - OS PROGRAMAS E PROJETOS

Page 26: VETOR NORTE DA RMBH

25

Page 27: VETOR NORTE DA RMBH

26

3.1 – Ampliação da Acessibilidade

3.1.1 – A Linha Verde

O Programa da Linha Verde se constitui num conjunto de investimentos em

ampliação de capacidade do eixo de ligação viária entre a Área Central de Belo

Horizonte e o Aeroporto Internacional Tancredo Neves (AITC) em Confins.

Divide-se em três segmentos principais: Boulevard Arrudas, Avenida Cristiano

Machado e MG 010.

3.1.1.1 – Boulevard Arrudas

Trata-se de Obra de Re-qualificação Urbana que consiste no capeamento do

ribeirão Arrudas nas Avenidas Andradas e do Contorno no intervalo entre a

Alameda Ezequiel Dias e a Rua Rio de Janeiro (complexo de viadutos da

Lagoinha), perfazendo 1.400m de extensão. O projeto contempla ainda todo o

paisagismo do Boulevard, restauração da Praça Rui Barbosa mobiliário urbano,

áreas de descanso, iluminação, telefonia etc., além de uma ciclovia no

segmento entre a Ezequiel Dias e o Viaduto de Santa Tereza. A obra está em

andamento, a um custo estimado de R$ 42.000.000,00.

3.1.1.2 – Avenida Cristiano Machado

Foram desenvolvidos projetos de engenharia para eliminar os principais pontos

de conflito de tráfego ao longo da avenida. Foram tratadas com soluções em

desnível as interseções com a Rua Jacuí, Avenida Silviano Brandão, Avenida

José Cândido da Silveira, Avenida Bernardo de Vasconcelos, Via 240 (estação

São Gabriel e articulação com o Anel Rodoviário), Avenida Sebastião de Brito e

Avenida Waldomiro Lobo.

As intervenções em execução nas interseções constam, basicamente, de:

• Rua Jacuí e Avenida Silviano Brandão

Criação de um viaduto linear na Avenida Cristiano Machado para as

pistas de tráfego misto, enquanto que as pistas de tráfego local e

exclusivas de ônibus continuarão ao nível do solo, simplificando os

cruzamentos com a Rua Jacuí e Avenida Silviano Brandão e mantendo

Page 28: VETOR NORTE DA RMBH

27

a acessibilidade aos pontos de ônibus.

• Avenida José Cândido da Silveira

Serão eliminadas as interferências do tráfego de entrada e saída da

Avenida José Cândido da Silveira com a construção de uma trincheira

e um viaduto. A conversão à esquerda hoje existente na Avenida

Cristiano Machado, sentido centro, para acesso à Avenida Cândido da

Silveira, será feita por uma trincheira, enquanto que a saída dessa

avenida para a Avenida Cristiano Machado indo para o centro será

feita por um viaduto. Isto permitirá que as pistas de tráfego misto e

exclusivas de ônibus da Avenida Cristiano Machado possam

atravessar o cruzamento sem nenhuma interferência.

• Avenida Bernardo de Vasconcelos

A Avenida Bernardo de Vasconcelos faz parte da chamada via 710,

obra prioritária do Plano Diretor do Município de Belo Horizonte, que

se constitui em um grande anel viário interno ao Anel Rodoviário,

ligando perimetralmente a Avenida dos Andradas, no bairro São

Geraldo, à Avenida Tereza Cristina, em direção ao Barreiro,

atravessando a Cristiano Machado na altura do Minas Shopping e

tomando o leito das Avenidas Bernardo de Vasconcelos e Américo

Vespúcio.

O cruzamento das duas avenidas, Bernardo de Vasconcelos e

Cristiano Machado, permite o acesso aos bairros Palmares e Ipiranga,

ao mesmo tempo em que articula as entradas e saídas do Minas

Shopping. A solução desenvolvida resolve essa circulação através de

três viadutos, dois no sentido da Avenida Bernardo de Vasconcelos

para a Avenida Cristiano Machado e um no sentido contrário, com

alças de articulação com a Avenida Cristiano Machado, projetados de

forma a se compor com a via 710, quando ela for implantada.

• Anel Rodoviário

A Avenida Cristiano Machado não intercepta o Anel Rodoviário,

passando por baixo de um viaduto dessa via. Entretanto, as

articulações entre as duas vias são feitas de forma precária, com

grande complexidade porque no mesmo ponto existe a chegada da Via

240, de ligação com Santa Luzia, e o terminal intermodal de São

Page 29: VETOR NORTE DA RMBH

28

Gabriel, onde os ônibus dos sistemas urbano e metropolitano se

integram com o Trem Metropolitano. Essa situação é atendida por uma

grande rotatória semaforizada, que interrompe o fluxo de todos os

movimentos entre essas vias e para o terminal.

A diretriz de projeto implantada na Avenida Cristiano Machado nesta

interseção, na década de 80, descreveu um arco orientado para Leste,

em vez de atravessar diretamente o Anel Rodoviário e seguir para o

Norte. Isto se deveu à diretriz inicial da avenida haver sido em direção

Nordeste, rumo a Santa Luzia, no que hoje é a Via 240. Esta diretriz

orientou o Departamento Nacional de Estradas de Rodagem – DNER,

hoje Departamento Nacional de Infra-estrutura de Transportes – DNIT,

ao projetar e implantar o alargamento do Anel Rodoviário, na época de

pista simples, a construir um único viaduto para transposição da

avenida e da via férrea existente. Na década de 70 o PLAMBEL,

órgão então responsável pelo planejamento metropolitano, verificou

que a região de Venda Nova teria um crescimento

representativamente maior que o eixo da Via 240, alterando a diretriz

da avenida para o Norte. Como o viaduto construído pelo DNIT se

baseava na diretriz anterior, a avenida foi projetada descrevendo um

arco para aproveitar a passagem existente e voltando para a direção

Norte. A proximidade da via férrea impediu a construção das alças de

articulação do Anel e da avenida nos sentidos Leste – Norte, Sul –

Oeste, Sul – Leste e Oeste – Norte, sendo esses movimentos

atendidos de forma precária com conversão à esquerda e retorno

dentro da avenida.

Mais tarde, a implantação do Trem Metropolitano na faixa de domínio

da RFFSA, com um pátio de manutenção logo depois do Anel, a

continuação da linha do Trem até Venda Nova, passando sob o morro

do bairro Primeiro de Maio e a construção da Estação de Integração

metro-rodoviária de São Gabriel colocaram novos graus de dificuldade

nessas articulações, que passaram a ser atendidas por meio de uma

grande rotatória vasada semaforizada, que além delas atende também

à ligação com a Via 240.

A solução adotada consiste na construção de um novo viaduto no Anel

Page 30: VETOR NORTE DA RMBH

29

Rodoviário, permitindo a retificação do arco descrito pela Avenida

Cristiano Machado e a implantação de um trevo completo de quatro

folhas, articulado com a rotatória existente, de tal forma que a

interseção complexa foi dividida em duas, uma da avenida com o Anel

Rodoviário, com todos os movimentos atendidos, e outra da avenida

com a Via 240, articulada com o Anel Rodoviário.

• Avenida Sebastião de Brito

A interseção da Avenida Sebastião de Brito foi recentemente

reformulada pela Prefeitura, e será mantida operando da forma como

implantada, recebendo apenas pequenos ajustes.

• Avenida Waldomiro Lobo

A interseção com a Avenida Waldomiro Lobo receberá uma rotatória

semaforizada, equacionando os problemas de conversão existentes.

A Avenida Cristiano Machado encontra-se com as obras em andamento, com

previsão de conclusão em julho de 2007 a um custo estimado de R$

159.000.000,00, incluindo as remoções e re-assentamentos de 957 famílias.

Há ainda previsão para as obras de duas alças nos viadutos da Cândido da

Silveira e Bernardo Vasconcelos, autorizadas posteriormente.

3.1.1.3 - Rodovia MG 010

A rodovia MG 010 está sendo totalmente remodelada, com a implantação de

obras de adequação de capacidade (duplicação) e restauração da pista

existente, de Belo Horizonte ao Aeroporto Internacional Tancredo Neves (AITC)

em Confins. O projeto prevê a implantação de 33,0 km de vias marginais com

ciclovia, 04 pontes e viadutos novos, passagens superiores e inferiores, 06

passarelas para pedestres, 48 unidades de abrigos para passageiros e a

construção de um novo posto para a Polícia Rodoviária. A obra está em

andamento com previsão de conclusão até novembro de 2006 e custo

estimado de R$ 107.000.000,00.

3.1.2 – A Rodovia MG 424

O DER contratou o projeto executivo de engenharia rodoviária para a

restauração e aumento de capacidade do Trecho Entro MG-010 – Sete Lagoas,

Page 31: VETOR NORTE DA RMBH

30

e Contornos de Matozinhos e Prudente de Morais, com extensão total de 50,3

Km. O projeto foi concluído em dezembro de 2005 com investimento da ordem

de R$1.000.000,00, mas não há previsão para licitação das obras.

3.1.3 - A Avenida Antônio Carlos

A Avenida Antônio Carlos encontra-se em obras, acontecendo sua duplicação

do trecho entre o Anel Rodoviário e a Rua Aporé, com a construção da

trincheira ligando as Avenidas Américo Vespúcio e Bernardo de Vasconcelos.

O projeto em implantação prevê ainda o alargamento da pista entre o Anel

Rodoviário e o complexo da Lagoinha, com a implantação de duas pistas

exclusivas para ônibus, separadas por canteiro central, no eixo da avenida,

duas pistas externas para tráfego misto e passarelas para pedestres.

3.1.4 - O Anel Rodoviário

O Anel Rodoviário encontra-se em

processo de recuperação do

pavimento, obra que está sendo

realizada pela Prefeitura de Belo

Horizonte em convênio com o DNIT.

A operação não altera em nada a

configuração atual do Anel,

mantendo seus problemas

funcionais e de capacidade, apenas

recuperando a condição que existia

há cerca de 20 anos atrás. Existem

duas propostas para o tratamento do

Anel. A primeira, de alteração física,

representada por um projeto desenvolvido pelo DNIT no qual o sistema de

marginais é completamente implantado, juntamente com as obras de arte

necessárias para a manutenção do tráfego nas pistas principais e das

marginais, hoje interrompido nas interseções com a Avenida Ivaí, Avenida

Pedro II, Avenida Antônio Carlos, Córrego Cachoeirinha, acesso à Fiat Stola e

Page 32: VETOR NORTE DA RMBH

31

Avenida Cristiano Machado. Não existe previsão de recursos para implantação

desse projeto.

A segunda proposta, devidamente compatibilizada com o projeto anterior é a

apresentada pela FIEMG e consiste na re-qualificação urbana do Anel

Rodoviário e todo o seu entorno, através de um processo de gestão

compartilhada – governos: federal, estadual e municipal; iniciativa privada,

instituições e comunidades – de maneira a construir, coletivamente, uma nova

centralidade metropolitana, que garanta o crescimento econômico e social

sustentável à capital e sua Região Metropolitana. O projeto consiste na divisão

do Anel em três trechos de características distintas, denominados “Via do

Encontro”, “Via Metropolitana” e “Via da Morada”, propondo intervenções

físicas, indução de transformações urbanas, programas habitacionais de

interesse social, operações urbanas, criação de parques e adequações da lei

de uso do solo.

3.1.5 – Rodovia MG – 020

Esta obra consiste na duplicação da rodovia MG 020, no trecho entre o Bairro

Tupy em Belo Horizonte e a sede do município de Santa Luzia, com 5,3 km de

extensão. O projeto prevê uma plataforma de 30,00m sendo 3,00m de canteiro

central e duas pistas de 10,40m, comportando três faixas de tráfego em cada

sentido e passeios de 3,00m de largura nos dois sentidos. Será necessário e a

remoção e re-assentamento de 550 famílias. A obra está em andamento com

previsão de conclusão em 2007 ao custo estimado de R$ 26.000.000,00.

Page 33: VETOR NORTE DA RMBH

32

3.1.6 – Contorno Norte do Aeroporto Internacional Tancredo Neves

Consiste na duplicação do segmento

entre a MG 424 e o município de

Confins e na implantação e

pavimentação de rodovia duplicada

até a MG 010 na localidade de

Campinho após Lagoa Santa, com

extensão total de 18,0km. A finalidade

básica da implantação deste trecho é

promover a ligação do Aeroporto

Industrial com o Pólo de

Microeletrônica. O projeto está na

dependência de que se confirme a

localização do Pólo, devendo, portanto, ser ainda submetido ao Licenciamento

Ambiental.

3.1.7 – Anel Viário de Contorno Norte

Antiga diretriz do Planejamento

Metropolitano – PLAMBEL, elaborada

na década de 70, o Anel Viário de

Contorno Norte tem um projeto básico

elaborado pelo DNIT. O Anel será

implantado a partir do Contorno de

Betim até as proximidades do distrito

de Ravena com extensão de 65,0 km

em pista dupla com acostamentos e

faixas de segurança. Além de resolver

o congestionamento do atual Anel Rodoviário, este Anel Viário, será uma via

estruturante na região metropolitana. Será a via ordenadora da ocupação de

uma área ainda desocupada que envolve as urbanizações de periferia dos

municípios de Contagem, Ribeirão das Neves, Vespasiano, Santa Luzia e

Page 34: VETOR NORTE DA RMBH

33

Sabará, devendo proporcionar a instalação de atividades produtivas ao longo

de seu percurso, notadamente nos pontos de maior potencial de centralidade:

os entroncamentos com as estradas BR 040, Justinópolis/Ribeirão das Neves,

Linha Verde, MG 020 e BR 262/381. Os empregos assim gerados serão de

acesso mais fácil para os moradores das áreas periféricas, desonerando o

sistema de transportes que os leva hoje, preferencialmente, para o eixo Belo

Horizonte – Betim – Contagem.

Para que essa ocupação se desenvolva de forma ordenada é fundamental que

se reservem áreas para a formação dessas centralidades e para o controle da

ocupação nas áreas lindeiras ao novo anel. Essas faixas de domínio deverão

ser incorporadas nos Planos Diretores dos municípios afetados, na perspectiva

de definição posterior de leis específicas de uso e ocupação de solo compatível

com as características da demanda que vier a ter em cada município.

3.1.8 – Ligação Venda Nova / Ribeirão das Neves / BR 040

Trata-se de projeto de duplicação,

melhoramento, pavimentação e

restauração da rodovia LMG 806

com 12.5 km de extensão. O projeto

tem como objetivo criar um novo

acesso de Ribeirão das Neves à

rodovia BR 040, atendendo ao

Centro Industrial de Ribeirão das

Neves (CIRIN) e desviando o tráfego

pesado do centro da cidade. O

projeto vai melhorar também a acessibilidade da sede do município à região de

Justinópolis, a ligação do Distrito Industrial de Ribeirão das Neves com o

Aeroporto Internacional Tancredo Neves e articulação com o futuro Anel Viário

Norte da RMBH. O projeto encontra-se em elaboração.

Page 35: VETOR NORTE DA RMBH

34

3.1.9 – MGT 262 / MG 005 A rodovia MGT 262, antiga MG/5 e atualmente sob o nome de Avenida Borba

Gato, com 2,0 Km de extensão, possui um tráfego intenso, acima de 14.000

veículos/dia e grande número de pedestres caminhando ao longo da via. É

necessária a execução de obras de melhoramento e/ou restauração da via,

para viabilizar sua municipalização, transferindo ao Município a

responsabilidade da manutenção e conservação, que hoje está a cargo do

DER/MG. O projeto executivo da rodovia foi elaborado pela PBH com custos

estimados para a obra em torno de R$ 12.000.000,00, não computado neste

valor os possíveis gastos com desapropriações e algumas remoções.

3.2 – Preservação de Ativos Ambientais

3.2.1 – O Parque Estadual do Sumidouro

Criado em 04/01/1980 o Parque Ecológico do Vale do Sumidouro, foi declarado

de utilidade pública para fins de desapropriação em 05/06/1980, com uma área

aproximada de 1.300 hectares. O Parque hoje está situa dentro da área da

APA Carste, criada em 35/01/1990. Sua área abrange terras dos municípios de

Lagoa Santa, Pedro Leopoldo e Matozinhos e é definido como área de

proteção especial.

A criação do Parque Estadual do Sumidouro foi uma compensação ambiental

prevista na implantação do aeroporto metropolitano, resultado de pressões de

grupos conservacionistas (Centro de Conservação da Natureza, Sociedade

Ornitológica Mineira, Associação Mineira de Defesa do Ambiente) e outras

entidades da sociedade civil, que temiam o comprometimento do patrimônio

arqueológico e espeleológico da região.

Page 36: VETOR NORTE DA RMBH

35

O Parque não foi efetivamente

implantado na época, devido a uma

série de questões de natureza

fundiária, tendo, ao longo desse

período, sido feita apenas a

desapropriação de uma área de

28,42 hectares, sem que, no

entanto, tenha passado para o

domínio do Estado.

Há no Instituto Estadual de Florestas - IEF recursos da ordem de R$500.000,00

(quinhentos mil reais), do fundo de compensação ambiental, para iniciar o

processo de aquisição de terras para a implantação efetiva do Parque. O

processo de aprovação da aquisição, no entanto, está dependendo da

liberação da SEPLAG, segundo informam.

Recentemente, em 03/10/2006, foi assinado decreto estadual integrando o

Parque Estadual do Vale do Sumidouro ao Sistema Estadual de Unidades de

Conservação da Natureza e o declarando, novamente, de utilidade pública para

a desapropriação.

3.2.2 – A APA Carste A importância arqueológica da APA Carste de Lagoa Santa é assegurada pelo

seu papel na história da ciência no Brasil. Trata-se de uma das mais

importantes províncias rupestres do país. Cerca de uma centena de sítios pré-

históricos entre abrigos sob rocha e sítios a céu aberto foram cadastrados pelo

departamento de arqueologia da UFMG. Daí sua importância turística e

científica.

Page 37: VETOR NORTE DA RMBH

36

Deve-se considerar ainda a qualidade de seu relevo que, associado aos

processos dissolutivos provocados por

uma hidrografia com elementos fluviais

alternados, ora de superfície ora

subterrâneos, é responsável por uma

paisagem típica, com uma infinidade de

recursos cênicos, com destaque para as

grutas, as dolinas, os lagos e as

formações de “Mata Seca”, florestas

deciduais que se desfolham nos períodos

de estiagem.

Criada por Lei Federal a APA Carste teve

o seu zoneamento ambiental aprovado

pela Instrução Normativa Nº 01 de 17 de

dezembro de 1997 do IBAMA, que é

órgão responsável por sua administração.

3.2.3 – Parque Serra Verde A proposta de se criar um parque na região do Hipódromo Serra Verde surgiu

pela primeira vez no Plano de Uso do Solo da Aglomeração Metropolitana,

elaborado pelo PLAMBEL e aprovado pelo Conselho Deliberativo da Região

Metropolitana em 1975.

A concretização da idéia hoje, se torna

possível em função de dois projetos de

impacto que estão previstos para a

região: o novo Centro Administrativo e a

Implantação do Distrito Industrial de

Venda Nova. O parque seria uma das

medidas de compensação ambiental

previstas nos empreendimentos.

Page 38: VETOR NORTE DA RMBH

37

Objetivamente o parque seria um importante fator de melhoria da qualidade

vida numa região densamente povoada, com população de baixa renda.

3.2.4 - APA Vargem das Flores A APA foi criada pela Lei estadual

16.197/2006 e ainda não foi

regulamentada. O objetivo de sua

criação é o de garantir a

preservação de recursos hídricos, a

diversidade biológica, coordenar o

uso e ocupação do solo e

desenvolver ações de recuperação

de áreas degradadas na bacia.

A APA se encontra nos municípios

de Betim e Contagem, sujeitas a leis

distintas de zoneamento. Por ocasião de aprovação dos planos diretores

municipais, ficou acertado entre os municípios que a área da bacia seria objeto

de leis específicas definidas em comum acordo. A maior ameaça que pesa

sobre a área é a expansão urbana a partir dos bairros Nova Contagem, Retiro

e Icaivera.

Page 39: VETOR NORTE DA RMBH

38

3.2.5 – APE Ribeirão do Urubu

A área de preservação estadual do

Ribeirão do Urubu é constituída pela

bacia do mesmo ribeirão, tributária do

Ribeirão da Mata do lado oeste. Tem

ainda em seu território as bacias do

Ribeirão do Vau do Palmital e o

Córrego do Tijuco.

A área é cortada em sua cabeceira

pela BR 040, no distrito de Melo Viana

no município de Esmeraldas, onde

sofre as maiores pressões do

processo de reprodução de periferias. Inicialmente nessa região foram

implantados vários parcelamentos destinados a sítios de recreio. As pressões

do processo de reprodução de periferias a partir da região de Ribeirão das

Neves, especialmente do Bairro Veneza e outros semelhantes, alteraram as

características iniciais dessa área. A saída dos usuários dos sítios, em função

da perda de segurança, a região está sendo invadida pelo crescimento

periférico de baixa renda, com o reparcelamento das glebas iniciais em lotes

mínimos.

Page 40: VETOR NORTE DA RMBH

39

3.3 – Empreendimentos de Inovação

3.3.1 – Re-qualificação do Aeroporto Internacional Tancredo Neves

No Aeroporto Internacional

Tancredo Neves, cuja revitalização

já está em curso com a transferência

dos vôos da Pampulha e a

implementação da Linha Verde, está

sendo implementado o Aeroporto

Industrial. A Receita Federal já

homologou o espaço alfandegário e

a empresa Clamper Comércio e

Indústria, do setor eletroeletrônico,

deverá ser implantada brevemente

como projeto piloto. Na primeira fase estarão disponíveis 9 lotes, havendo

previsão de expansão para futuras etapas. Com a implantação do Anel de

Contorno, que liga o Aeroporto à MG 010, na altura da área onde deverá se

instalar o Pólo de Microeletrônica, e a Linha Verde estarão estabelecidos duas

importantes condições para a implementação do projeto.

Embora não fazendo parte do projeto do Aeroporto Industrial, já se encontra

instalado no local o Centro de Manutenção da GOL, com capacidade de

atendimento de 67 aeronaves, com previsão de ampliação do atendimento para

200 aeronaves. A atividade utiliza uma área de 40.000.00m², com 17.300,00m²

de área construída e gera atualmente 300 empregos diretos.

Somados os potenciais de impacto desses dois empreendimentos – Aeroporto

Industrial e o Centro de Manutenção da GOL, é previsível um significativo

aumento da demanda por lotes industriais e habitacionais no seu entorno, o

que deve ser equacionado no nível dos planos diretores dos municípios de sua

área de influência.

Page 41: VETOR NORTE DA RMBH

40

3.3.2 – Pólo Industrial de Microeletrônica

A motivação principal do presente

Plano de Ações Imediatas é

maximizar os impactos positivos dos

investimentos que, a partir do

Aeroporto Industrial e do Centro

Administrativo, o Estado vem fazendo

na região. Nesse sentido, uma das

melhores possibilidades é a criação

de um Eixo de Desenvolvimento de

Alta Tecnologia, capaz de promover a

formação de arranjos produtivos de

Inovação Tecnológica no Vetor Norte

da RMBH. Ao desenvolver o Pólo

Industrial de Microeletrônica na região

de Lagoa Santa, o Estado, através do

INDI, assume uma postura pró-ativa com relação ao desenvolvimento do setor

de alta tecnologia, se lançando num mercado altamente competitivo. Isto

porque um parque tecnológico depende de um conjunto de fatores altamente

complexos que vão desde a qualidade de vida urbana, passando pela presença

de ativos paisagísticos, culturais e ambientais de qualidade, completa infra-

estrutura urbana e de serviços, ambiente acadêmico atualizado e dinâmico

capaz de criar sinergias entre ciência, tecnologia e mercado, além da logística

aérea de qualidade.

A região proposta para a localização do pólo, no município de Lagoa Santa,

reúne condições altamente favoráveis para a localização de um

empreendimento dessa natureza. Há, no entanto, que se preocupar com a

manutenção das características ambientais favoráveis que existem hoje,

cuidando-se de estabelecer instrumentos para a manutenção da qualidade

ambiental da área.

O Pólo Industrial de Microeletrônica se instalará num terreno 1,4 milhão de m²,

à margem da MG 010, a 10 km do Aeroporto Internacional Tancredo Neves,

Page 42: VETOR NORTE DA RMBH

41

nas proximidades do acesso para Lapinha, a partir de uma atividade âncora

que será, no caso, uma Fábrica de Semicondutores.

A exemplo de experiências correlatas em Taiwan e nos Estados Unidos, essa

fábrica, que será a primeira da América do Sul, deverá atrair mais de 200

empresas para seu entorno, gerando cerca de 37 mil empregos diretos e

indiretos de uma mão de obra altamente qualificada de engenheiros, cientistas,

mestres e Phds em eletrônica, química e física entre outras. O Pólo deverá

gerar investimentos de mais de um bilhão de dólares.

3.3.3 – Centro Administrativo do Estado de Minas Gerais

O Centro Administrativo do Estado

será localizado nos terrenos do antigo

Hipódromo Serra Verde. O Estado já

está de posse do terreno e com os

projetos básicos de Arquitetura,

Instalações e Estrutura já elaborados.

Os projetos executivos estão previstos

para serem concluídos em dezembro.

Está em curso ainda o Estudo de

Impacto Ambiental que, entregues em

novembro, darão ensejo à contratação

do Projeto de Terraplenagem.

Há perspectiva de que os Processos de Licitações sejam iniciados em janeiro

de 2007, com previsão de assinatura dos contratos das obras em agosto. A

previsão de duração das obras é de 30 meses, com inauguração prevista para

setembro de 2009. Os investimentos iniciais serão feitos pelo Estado, até que

se obtenham resultados da engenharia financeira necessária para se ter a

participação do setor privado. Será feito um esforço concentrado na construção

dos prédios, uma vez que ainda estão sendo estudadas as alternativas de

acesso.

Page 43: VETOR NORTE DA RMBH

42

Como 93% dos 16 mil funcionários que

devem ocupar as instalações do novo

Centro Administrativo residem em Belo

Horizonte, ainda que a Linha Verde tenha

a capacidade necessária para o fluxo de

veículos previsto, a questão exige

atenção especial para se evitarem as

retenções e congestionamento nos

horários de entrada e saída do Centro.

3.4 – Outras Ações Modificadoras

3.4.1 – Parque Tecnológico PBH/UFMG

Iniciado em Dezembro de 2005 o Parque Tecnológico BH-TEC, é resultado de

uma parceria entre a UFMG, o Governo do Estado, Prefeitura de Belo

Horizonte, Fiemg e Sebrae. O

empreendimento visa reunir

empresas dedicadas a produzir

inovações tecnológicas, abrigar

laboratórios de pesquisas de

instituições públicas e privadas e

criar serviços de apoio às atividades

tecnológicas, para estimular a

expansão econômica da cidade.

Tem o objetivo de fomentar

empresas de base tecnológica

avançada e a expectativa de

Page 44: VETOR NORTE DA RMBH

43

incrementar a produção científica na cidade, ampliando a absorção de mão de

obra qualificada e aumentando a interação da Universidade com outros setores

da sociedade. Cria-se condições portanto de viabilizar a transferência de

conhecimento para o setor empresarial e o desenvolvimento de novos

processos e produtos, aprimorando e ampliando a sinergia entre ciência e

mercado, fundamental para as mudanças de qualidade.

O centro está localizado em posição estratégica do Vetor Norte da RMBH,

entre as Avenidas Carlos Luz e José

Vieira de Mendonça e o Anel

Rodoviário, em terreno de cerca de

185.000 m² pertencentes ao Campus

da UFMG. Os investimentos previstos

no período de implantação são da

ordem de R$ 60.000.000,00 (sessenta

milhões de reais), e terá,

basicamente, um Centro de

Transferência de Tecnologia, uma

incubadora de empresas e outras

estruturas de apoio às empresas, com

um pequeno centro de conferências.

3.4.2 – Preconpark

O Preconpark é um empreendimento de iniciativa privada, estratégico para o

desenvolvimento que se pretende no Vetor Norte. Previsto para ocupar uma

área de cerca de 5.000.000,00m2, o empreendimento se localiza entre Pedro

Leopoldo, Confins, rodovia MG 424 e a área do Aeroporto Internacional

Tancredo Neves.

O projeto é composto de dois setores, o Norte e o Sul, atravessados pela

rodovia que liga a MG 424 ao aeroporto. O Setor Norte tem um Parque de

Negócios e dois parques residenciais. O Setor Sul tem previsto um Parque de

Page 45: VETOR NORTE DA RMBH

44

Ciência e Tecnologia e mais dois parques residenciais. No Parque Tecnológico

haverá um Núcleo Empresarial, um

Núcleo Central e um Núcleo

Educacional (no qual já funciona a

Faculdade de Pedro Leopoldo). O

Parque de Negócios contará com

um Centro Internacional de

Convenções e Exposições, um

Centro de Comércio Exterior, um

Centro de Cargas e um Condomínio

Industrial. Junto aos Núcleos

Residenciais, que são dotados de

Centros de Convivência, estarão

localizados um Clube Rural e um

Clube de Golfe. Haverá ainda um

Centro Esportivo dotado de Estádio,

Shopping, Parque Temático,

Conjunto Comercial e de Serviços e

Arena.

O objetivo principal é a criação de uma tecnópolis, onde os moradores,

usuários e investidores tenham oportunidade de trabalhar em espaço de

grande potencial cooperativo, num ambiente propício à inovação, com geração

de emprego e renda e com qualidade de vida.

3.4.3 – Porto do Rio Golfe Village Resort

O Porto do Rio Golfe Village Resort é um empreendimento que situa-se à

margem do Rio das Velhas, a cavaleiro da divisa entre os município de

Jaboticatubas e Lagoa Santa, a 30 km do Aeroporto Internacional Tancredo

Neves, com acesso pela MG 010. Pertence aos Circuitos Estrada Real, do

Ouro, das Grutas e da Serra do Cipó e estima-se que poderá gerar até 3000

empregos diretos e indiretos.

Page 46: VETOR NORTE DA RMBH

45

Trata-se de um projeto visando à criação, em bela área natural preservada, de

um Complexo Turístico formado pelo hotel já existente na Fazenda das

Minhocas, um Resort de grande porte, voltado para esportes de elite, com

Campo de Golfe, Spa, Centro Hípico e Centro de Convenções e um loteamento

de luxo que pretende estabelecer um novo padrão para os parcelamentos da

região.

O projeto, voltado para o público de nível AA, nacional e internacional, é

comprometido com a preservação dos patrimônios ambiental, histórico e

cultural existentes na região, devendo o Resort Golfe abranger de 80 a 90

hectares e o parcelamento residencial de 240 a 260, parte dos quais já em

propriedade dos empreendedores.

Além de seus objetivos específicos, pode vir a ser de grande valia para a

solução das demandas por habitação e lazer de qualidade do pessoal a ser

empregado no Pólo Industrial de Microeletrônica. Os empreendedores já têm

opção de compra de parte dos terrenos necessários e estão na fase de atrair

outros investidores .

Page 47: VETOR NORTE DA RMBH

46

3.4.4 – Distrito Industrial de Venda Nova

O Distrito Industrial de Venda Nova foi

um empreendimento de iniciativa

particular que contou com o incentivo

da Prefeitura de Belo Horizonte em

sua fase inicial de aprovação. Com

uma área de 731.000,00m2 o

empreendimento, no entanto, não foi

implantado, tendo seu proprietário

descumprido compromissos

assumidos com a municipalidade ao

não executar a infra-estrutura prevista

no termo de compromisso de

aprovação do empreendimento,

obrigando a Prefeitura a recorrer à

justiça, processo que retardou sua

implantação por mais de 10 anos.

Atualmente a PBH já está com a liminar de posse do terreno e a Sudecap já

elaborou orçamento preliminar para a implantação do distrito, que aponta para

valores entre oito e dez milhões de reais.

Recentemente foi promulgada a Lei Estadual 16.295 de 2006, que incluiu o

distrito Industrial de Venda Nova no Programa de Apoio ao Desenvolvimento

do Comércio Exterior do Aeroporto Internacional Tancredo Neves (Pró-

Confins), que visa incentivar o desenvolvimento ordenado dos municípios do

entorno do aeroporto, com incentivos para a implantação de atividades ligadas

ao comércio exterior, a cargas e serviços.

Page 48: VETOR NORTE DA RMBH

47

3.4.5 - Distritos Industriais de Santa Luzia

São 4 os distritos Industriais de Santa Luzia:

1- Distrito Industrial Simão da Cunha, Implantado em 1973, distante 11 km

do centro de Santa Luzia, com uma área total de 2.844.525,00m2, se

encontra sem disponibilidade de área para venda. Possui 34 empresas,

na maioria de pequeno e médio portes, destacando-se a CVRD. Está

localizado à margem esquerda da BR-262. Parte desse distrito se situa

em Sabará.

2- Distrito Industrial da Avenida

das Indústrias, implantado em

1973, com área 2.989.353m2

com área disponível para

venda de 46.000,00m2, mas

sem infra-estrutura. O distrito é

ocupado por 15 empresas,

algumas de grande porte,

destacando-se o terminal do

porto seco da CVRD, a

Cecrisa, a Celite e um parque

de exposições.

3- Distrito Industrial da Rodovia MG-145 (Atual Avenida Oswaldo Ferreira),

situado a 3 km do centro histórico de Santa Luzia foi implantado em

1973. Tem uma área total de 1.288.080,00m2, sem área disponível para

venda. Há duas glebas para expansão, desapropriadas, mas não

indenizadas. É ocupada por duas agroindústrias, uma universidade

(FACSAL), além da Cera Inglesa.

4- Distrito Industrial de Carreira Comprida foi implantado em 1973, distante

5 km do centro histórico de santa Luzia junto à Avenida Ângelo Teixeira

da Costa no bairro de Carreira Comprida, com área total de

Page 49: VETOR NORTE DA RMBH

48

1.577.272,00m2. Não há área disponível para venda, havendo, no

entanto uma área remanescente de 194.453,00m2 sem condições de

comercialização por depender de desmembramento da Cimentos

Lafarge. O distrito tem 13 empresas instaladas, destacando-se a

Moinhos Vera Cruz e a Forjas Acesita do grupo Krupp.

Todos os distritos de Santa Luzia foram implantados pela CDI-MG e estão

sujeitos ao licenciamento ambiental corretivo e à construção de Estações de

tratamento de esgotos ETEs.

3.4.6 – Distrito Industrial de Pedro Leopoldo

O Distrito Industrial de Pedro

Leopoldo se situa a 3km do centro

urbano, às margens de MG-424,

junto à divisa com o município de

Matozinhos. Foi implantado em 1990

pela CDI-MG e tem uma área total

de 383.135,00m2. Não há

disponibilidade de terreno para

venda, existindo, no entanto,

diversos lotes vagos que foram

adquiridos pelo município e doados

para empresas que não se

instalaram. O Distrito está sujeito a

licenciamento ambiental corretivo e à construção de Estação de tratamento de

esgotos ETE.

Page 50: VETOR NORTE DA RMBH

49

3.4.7 – Distrito Industrial de Vespasiano O Distrito Industrial de Vespasiano foi implantado em 1980 pela CDI-MG, com

uma área total de 2.400.000,00m2 e tem uma área livre disponível para venda

de 14.880,00m2. O Distrito está sujeito a licenciamento ambiental corretivo e à

construção de Estação de Tratamento de Esgotos ETE.

3.4.8 – Centro Industrial de Ribeirão das Neves (CIRIN)

O Centro Industrial de Ribeirão das Neves (CIRIN) foi implantado pela

Prefeitura, numa área de 500.000,00m2. Vinte empresas estão instaladas,

gerando 1700 empregos diretos, e seis empresas estão em processo de

implantação. Não existe no centro, disponibilidade para novos assentamentos

industriais.

3.4.9 – Planos Diretores dos Municípios Os Planos Diretores dos Municípios integrantes do Vetor Norte se encontram

em diferentes estágios de elaboração. Estão com os planos diretores

aprovados os municípios de Belo Horizonte, Capim Branco, Confins,

Matozinhos, Ribeirão das Neves e Santa Luzia. Estão ainda em processo de

elaboração ou discussão nas Câmaras de Vereadores os Planos Diretores dos

municípios de Esmeraldas, Lagoa Santa, Pedro Leopoldo, São José da Lapa, e

Vespasiano.

De modo geral, a tônica dos Planos Diretores dos municípios do Vetor Note foi

a preservação ambiental e a contenção do processo de crescimento

desordenado que se dá através do processo de reprodução de periferias. Nota-

se uma preocupação com a contenção dos perímetros urbanos, com o controle

das densidades e da verticalização. Essas preocupações são originadas das

discussões no âmbito do “COM 10”, evidenciando a importância dessa

associação para o Vetor Norte de RMBH.

Page 51: VETOR NORTE DA RMBH

50

3.4.10 – Outros Projetos Há ainda dois outros projetos que, a se confirmarem, serão fatores influentes

no processo de transformação do Vetor Norte. São eles:

A Catedral Metropolitana poderá vir a ser construída num terreno de 40 mil m²,

na Avenida Cristiano Machado, em frente ao Pronto Socorro de Venda Nova. A

Cúria Metropolitana já dispõe de estudos preliminares para o projeto

arquitetônico, elaborado pelo arquiteto Oscar Niemeyer, mas não dá como

definitiva a localização uma vez que parte do terreno ainda está em processo

de negociação.

O prefeito de Belo Horizonte apresentou à Infraero proposta de

reaproveitamento da área do Aeroporto da Pampulha, a partir de uma ligação

viária a ser feita, entre as Avenidas Pedro l e Cristiano Machado. Seriam

removidos os hangares, construído um Shopping Center e outros

equipamentos importantes para a cidade.

Por outro lado, a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico,

recebeu proposta de empresários do setor aeroviário, no sentido de se

desenvolver no local uma cadeia produtiva da Indústria aeronáutica da RMBH.

Page 52: VETOR NORTE DA RMBH

51

3.5 – Ações em curso

Além das ações de impacto mais evidentes, há uma extensa relação de ações

do Estado e do setor privado, em diferentes estágios, distribuídos no Vetor

Norte.

3.5.1 – Setor Público

No setor público são de especial relevância para o Vetor Norte os seguintes

programas e projetos :3

Secretaria da Agricultura

Ruralminas: Programa Estruturador de Revitalização do Rio São

Francisco - recuperação e conservação da bacia dos rios das Velhas e

Paraopeba, nos município de Ribeirão das Neves, Capim Branco, Lagoa

Santa, Matozinhos e Esmeraldas.

Emater: criação de 57 conselhos, associações e grupos de trabalho

como locais para a discussão dos temas metropolitanos no meio rural.

Secretaria de Desenvolvimento Econômico

Projeto Estruturador Plataforma Logística da RMBH

Criação de cadeia produtiva da petroquímica na RMBH.

Redefinição do Plano Diretor de Expansão do Aeroporto Internacional

Tancredo Neves e adequação dos planos diretores dos municípios de

sua área de influência.

Criação do Grupo Executivo de Mudanças Climáticas para viabilizar

projetos no âmbito do MDL (Mecanismos de Desenvolvimento Limpo),

visando atrair recursos do Banco Mundial.

INDI: investimentos privados nos municípios do Vetor Norte, com

destaque para os setores Químico (4032 empregos), Eletroeletrônico

3 Selecionados no documento “REGIÃO METROPOLITANA DE BELO HORIZONTE – RELATÓRIO DOS PROGRAMAS E PROJETOS DO GOVERNO DO ESTADO” , SEDRU, julho de 2006.

Page 53: VETOR NORTE DA RMBH

52

(411 empregos), Comércio e Serviços (450 empregos), Têxtil (300

empregos), Moveleiro, Automotivo e de Transportes Aéreos, entre

outros.

CEMIG: Implantação de 3 Sub-Estações em Ribeirão das Neves, 2 em

Vespasiano. 3472 postes em Vespasiano e 2569 em outros municípios

do Vetor Norte.

Secretaria de Desenvolvimento Regional e Política Urbana

Programa de Desenvolvimento e Gestão da Região Metropolitana de

BH.

Programa de capacitação para elaboração de Planos Diretores

Municipais.

Programa de Fortalecimento do Associativismo Municipal: apoio à

implantação de consórcio público.

Controle de expansão urbana da RMBH através de convênio com o

CREA para a sistematização e fiscalização de processos de

parcelamento.

Ações de Saneamento Básico nos município da região

COHAB: Programa Lares Gerais nos municípios de Ribeirão das Neves

e Pedro Leopoldo

Secretaria de Ciência e Tecnologia

Programa Estruturador de Inclusão Digital

Implantação de Tele-centros em Ribeirão das Neves e Santa Luzia

Informatização dos Centros Comunitários em locais públicos.

Secretaria da Educação Projeto Escolas em Redes

Secretaria de Meio Ambiente

IGAM: Plano Diretor de Recursos Hídricos da Bacia do Rio das Velhas.

FEAM: Instituição de RPPN no município de Pedro Leopoldo

Page 54: VETOR NORTE DA RMBH

53

Secretaria da Cultura

Projeto de restauração do Convento de Macaúbas

Secretaria da Saúde

Obra de estruturação das Redes Assistenciais em Ribeirão das Neves e

Santa Luzia

Obras do Programa Viva Vida em Santa Luzia

Obra na Unidade Regional em Pedro Leopoldo

Obras do Pro-Hosp em Santa Luzia e Vespasiano

Secretaria de Transporte e Obras Públicas Ações decorrentes do Projeto Estruturador Plataforma Logística da

RMBH:

Obras nos presídios: Ribeirão das Neves, ampliação da Penitenciária

Dutra Ladeira, penitenciária de Santa Luzia, Colônia Penal de

Vespasiano

Centro Multieventos Risoleta Neves, em Vespasiano

3.5.2 – Setor Privado

Foram considerados os investimentos na produção industrial, seja para o

incremento de atividades existentes ou para a criação de novas atividades, a

partir da amostragem dos investimentos em processo de licenciamento nos

últimos cinco anos. 2

Em Belo Horizonte, dentre 148 processos de licenciamento ambiental, em

diversos estágios de andamento, foram destacados:

Na Regional Leste:

Conjunto Residencial Porto Rico – MVR

Conjunto Residencial Azaléia – MVR

2 Selecionados no documento “EMPREENDIMENTOS EM PROCESSO DE LICENCIAMENTO AMBIENTAL NA ÁREA DE INFLUÊNCIA DA MG 010 E MG 24 – LINHA VERDE”, Feam, agosto de 2006.

Page 55: VETOR NORTE DA RMBH

54

Plano Diretor Granja de Freitas - Urbel

Conjunto Habitacional Granja de Freitas – Urbel

Plano Diretor Taquaril – Urbel

Na Regional Nordeste:

Loteamento Residencial – ASVAP

Parcelamentos residenciais Goiânia e Jardins – PAR – Emcamp

Laticínio – Itambé

Parcelamento Bairro Jardim das Palmeiras – COHABITA

Distrito Industrial Gorduras – Eduardo P. Campos

Residencial Batalha dos Palmares I e II – Habit Empr. Imobiliários

Conjunto Residencial Centaurus – MRV

Na Regional Noroeste:

Conjunto Habitacional Quibebe - - SMAHAB

Fabricação de peças e accessórios - Aethra

Residencial Montes Claros – Asacop

Estação de Integração da Lagoinha – BHTrans

Indústria gráfica – Cartográfica Fênix

Produção de tijolos refratários – Cepali

Fabricação de produtos alimentares – Kodama

Indústria textil – Industrial Horizonte Textil

Indústria Gráfica – Lastro Editora

Fábrica de refrigerantes – Mate Couro

Fábrica de refrigerantes – Coca Cola

Urbanização Vila Califórnia (Propam) – Urbel

Conjunto Habitacional Via Expçressa – Urbel

Na Regional Norte:

Parcelamento do Solo Vinculado - COHABITA

Conjunto Residencial Berlim I e II – Andrade Valadares

Industria de reciclagem de material plásticos – ASMARE

Indústria de calçados – San Marino

Estação de Integração e Centro Comercial Vilarinho – CBTU

Page 56: VETOR NORTE DA RMBH

55

Residêncial Província de Vicenza-PAR- Direcional Engenharia

Fábrica de artefatos de papel - Editora O Lutador

Ampliação dos conjuntos Ipê Amarelo, Ipê Branco e Ipê Roxo – LCG

Loteamento residencial Granja Werneck – Maria Helena Rocha

Conjunto Residencial Jaquelile/Residencial das Flores – Urbel

Na Regional Pampulha:

Indústria de produtos farmacêuticos – Belfar

Estação de Integração Intermodal Pampulha – BHTrans

Loteamento residencial – Construtora Modelo

Indústria de estampagem e moldagem de peças – Fiat

Fabricação de produtos alimentares – Frigorífico Modelo

Loteamento residencial Bairro Castelo – Las Casas Empreendimentos

Fabricação de artigos de marcenaria – Madeiras Agmar

Fábrica de produtos químicos e farmacêuticos – Quibasa

Fábrica de produtos alimentares – Sadia Concórdia

Parque Ecológico Francisco Lins do Rego – SUDECAP

Fabricação de concreto – Supremix

Parcelamento vinculado ao Parque Tecnológico – UFMG

Conjunto Habitacional Itatiaia – Urbel

Na Regional Venda Nova

Conjunto Habitacional-PAR-Arquitetos Consultores Associados

Conjunto habitacional-PAR- Construtora Encamp

Estaçao de Integração Venda Nova – BHTrans

Parcelamento residencial N. S. do Cenáculo – Construtora Modelo

Mercado Central de Venda Nova - Ind. Bras. de Madeira e Ferro

Conjunto Habitacional Jardim Leblon - Urbel

No município de Capim Branco, dentre 4 processos foram destacados:

Loteamento - Abdalla Empreendimentos e Participações

Loteamento Vivendas do Sol

Page 57: VETOR NORTE DA RMBH

56

No município de Confins, dentre 27 processos foram destacados:

Distrito Industrial Infraero

Distrito Industrial Tecnoparque

Loteamento Fazenda Busca Vida

Extração de argila e beneficiamento de minerais não metálicos Lapa

Vermelha

Fábrica de preparados para limpeza Kharis do Brasil

No município de Esmeraldas, dentre 14 processos foram destacados:

Loteamento de Amarillys

Usina de concreto asfáltico – Abril Construções e Serviços Ltda

Beneficiamento de minerais não metálicos Fazenda Cafundó

Laticínios Formiguinha

No município de Lagoa Santa, dentre 90 processos, foram destacados:

Loteamento Lagoa Mansões

Loteamento Moradas da Lapinha

Loteamento Fazenda Contendas

Loteamento Mirante do Fidalgo

Loteamento Bairro Visão

Fábrica de papelão – Casa Sol

Fábrica de papelão - Dataprint

Fábrica de papelão – Dell Papéis

Fábrica de pap Fábrica de papelão

Fábrica de papelão – Embalapack

Fábrica de papelão – Imbalaggio

Fábrica de papelão – Pinus

Fábrica de papelão – Setorial

Fábrica de papelão – Variepack

Fábrica de cimento Soeicon

Beneficiamento de resíduos industriais – Soeicon

Extração e beneficiamento de calcário – Soeicon

Lavra a céu aberto – Lapa Vermelha

Fábrica de utensílios elétricos – Clamper

Page 58: VETOR NORTE DA RMBH

57

Fábrica de aparelhos elétricos – VMI

Fábrica de máquinas – B R Astec

Fábrica de produtos de perfumaria – Fanape

Fábrica de produtos farmacêuticos - Lema

Fábrica de produtos químicos – Rotcel

Indústria metalúrgica - MDE

Indústria de borracha - Marangoni

Produção de fundidos não ferrosos – Inael

Manutenção de aeronaves - Gol

Abatedouro – Frigorífico Gramado

No município de Matozinhos, dentre 61 processos foram destacados:

Loteamento – Imobiliária Presidente

Siderúrgica – Cifergusa

Siderúrgica – Cosimat

Fábrica de cimento – Lafarge

Extração de pedras – Lafarge

Extração e beneficiamento de calcário – Min. Resende

Extração e beneficiamento de calcário - Belocal

Metalúrgica -Thyssen Krupp

Metalúrgica de não ferrosos - Hidromet

Fábrica de abrasivos – Veja

Fábrica de peças – Erva Dôce

Fábrica de estruturas metálicas – Edgel

Fábrica de material elétrico – Mecal Bras

Fábrica de material elétrico - Cablelettra

Beneficiamento de minerais não metálicos – Vila Rica

Beneficiamento de pedras preciosas – Fragminas

Britamento – Fragminas

Beneficiamento de escória – Central Ibec

Fabricação de estruturas metálicas – Edgel

Recauchutagem – Figueiredo Ltda

Fábrica de artefatos de borracha – Reciclap

Transformação de termoplásticos – Mueller

Page 59: VETOR NORTE DA RMBH

58

Fábrica de telhas – Operadora Ceramista

Fábrica de laticínios – Minas Rancho

Fábrica de cal virgem – Cal Neve

Fábrica de papelão – Cepelma

No município de Pedro Leopoldo, dentre 278 processos foram destacados:

Urbanização - Manoel Brandão

Beneficiamento de resíduos industriais - Holcim

Fábrica de cimento - Belum

Fábrica de cimento - Camargo Correa

Beneficiamento de resíduos industriais - Camargo Correa

Beneficiamento de resíduos industriais - Holcim

Beneficiamento de resíduos industriais - Recitec

Lavra de minérios - Lapa Vermelha

Fiação de algodão, seda e fibras - Franco Matos Tintextil

Fábrica de estruturas de cimento - Precon

Fábrica de produtos químicos - Analub

Extração e beneficiamento de calcário - CBE

Extração de pedras - Hélio Pereira

Extração e beneficiamento de calcário - Holcim

No município de Ribeirão das Neves, dentre 54 processos foram destacados:

Loteamento Alves e Neves Empreendimentos Imobiliários

Loteamento - Contria Constr. Ltda

Loteamento - Edifica Empreendimentos

Loteamento - Vida Nova

Extração de pedras -Santiago e Cia. Ltda

Malharia Fabrica de tecidos - Ematex

Curtimento de couro - Santelena Finicolor

Moldagem de termoplásticos -Natália Ind. Comércio

Fábrica de artefatos de papelão - Duloro

Fábrica de móveis de metal - Sta. Tereza Industrial

Beneficiamento de sucata - Sociedade Bras. De Sinalização

Page 60: VETOR NORTE DA RMBH

59

Fábrica de estruturas de cimento - Forte Premoldados

Produção de elementos químicos - Belquímica

Fábrica de bebidas - Belo Horizonte Refrigerantes

Fábrica de combustíveis e lubrificantes - DS Lubrificantes

Fábrica de material cerâmico – Cerâmica Iolanda

Fábrica de material cerâmico – Cerâmica Ipê

Fábrica de material cerâmico – Cerâmica Jacarandá

Fábrica de material cerâmico – Cerâmica Mabeth

No município de Santa Luzia, dentre 74 processos, foram destacados:

Loteamento Novocentro – COHAB

Loteamento - Eldorado Empreendimentos

Loteamento – Metalcentro Ltda

Extração de minério de ferro – CVRD

Terminal de minério – CVRD

Extração de minérios – Roca Brasil

Extração de pedras – Sane Adm. e Serviços

Extração de pedras – Mineração Engenho

Fábrica de material cerâmico - Crecisa

Fábrica de preparados para limpeza – Cera Inglesa

Fábrica de cimento – Cimento Davi

Fábrica de material plástico - Epex

Fábrica de material elétrico – Molina

Fábrica de móveis de madeira – Ieda Maria Sales

Fábrica de papelão – Minas Papel

Fábrica de rações - Nutriara

Fábrica rações balanceadas - Prodap

Fábrica de material cerâmico – Roca Brasil

Reciclagem de materiais - Cibell

Produção de Forjados de aço – Thyssenkrupp

Produção de fundidos de metais não ferrosos – Usir-Usina

Produção de elementos químicos – Phoster

Beneficiamento de resíduos industriais – Placas Molina

Page 61: VETOR NORTE DA RMBH

60

Beneficiamento de minerais não metálicos – Mineração Engenho

Beneficiamento de resíduos industriais – Usir -Usina

Abate de animais – Frigo Alvorada

Torrefação e moagem de grãos – Moinho Vera Cruz

Aparelhamento de pedras para construção - Stonart

Complexo turístico e de lazer – Mega Space

Usina de concreto – Concretomix

No município de São José da Lapa, dentre 16 processos, foram selecionados:

Fábrica de produtos alimentares – Arte Nativa

Fábrica de telhas – Cerâmica Xavier

Fábrica de preparados para limpeza – Força Química

Fábrica de preparados para limpeza – Max Clean

Fábrica de cal – Ical

Fábrica de cal - Belocal

Fábrica de medicamentos – Laboratório Globo

Fábrica de produtos farmacêuticos – Pharmascience

Abate de animais – Açougue Viana

Serralheria e fabricação de esquadrias – Presmaco

No município de Vespasiano, dentre 93 processos, foram destacados:

Loteamento - Lotearte

Loteamento - Gávea

Fábrica de artefatos de borracha – União Ltda

Fábrica de máquinas motrizes - Delp

Fábrica de máquinas e equipamentos – Horácio Albertini

Fábrica de produtos farmacêuticos – Catedral Ltda

Fábrica de medicamentos fitoterápicos – Catedral Ltda

Fábrica de artigos de metal – Locguel

Fábrica e montagem de tratores - Mecan

Fábrica de peças de cimento – Premo

Fábrica de sabões – Stepan Química

Fábrica de produtos de perfumaria - Floervas Biocos

Page 62: VETOR NORTE DA RMBH

61

Serviços galvanotécnicos – Friomax Usina de concreto asfáltico – Real

Eng.

Beneficiamento de café e cereais – Café Don Pedro

Beneficiamento de resíduos industriais – Holaim Brasil

Indústria metalúrgica – Cia. Semeato Aços Ltda

Geração e fornecimento de energia elétrica – Cemig

No município de Jaboticatubas, dentre 8 processos, foram destacados:

Loteamento Quintas do Almeida

Loteamento Canto da Siriema

Page 63: VETOR NORTE DA RMBH

62

4 – PROPOSTAS PARA AÇÕES IMEDIATAS

O maior impacto do conjunto de investimentos previstos ou em execução no

Vetor Norte, será, certamente, sobre o custo da terra. A pressão da valorização

imobiliária produzida pela expectativa dos investimentos, à semelhança do que

ocorreu no Vetor Oeste da RMBH, tende a inviabilizar desapropriações futuras

por parte do poder público e gerar conflitos entre os objetivos de preservação

ambiental e os proprietários de áreas a serem protegidas. A valorização afetará

ainda, de modo especial, as áreas ocupadas por populações de baixa renda

que, não conseguindo resistir às pressões do mercado imobiliário, tendem a

vender suas residências e transferirem para uma nova periferia. Sem

considerar o fato de que valorização irá promover o adensamento e mudanças

de usos nas áreas urbanas das sedes de municípios e distritos.

Para mudar o curso dessas tendências é preciso criar uma estratégia que

compatibilize a re-qualificação urbana necessária com a permanência dos

atuais moradores na região. Há que se apoiar ainda o processo de elaboração,

aprovação, e implantação dos Planos Diretores nos municípios, colaborando na

formação de quadros locais de gestores do Uso do Solo. É fundamental

acelerar o processo de aquisição de áreas para implantação de parques nas

áreas da APA Carste, da APE Ribeirão do Urubu e da APA Vargem das Flores

e definir as desapropriações necessárias para as obras públicas tanto de

sistema viário quanto para a implantação dos equipamentos públicos. É

visando construção dessas estratégias que apresentamos as proposta do

Plano de Ação.

4.1 – Desenvolvimento de Processos Participativos

Propostas

• Desenvolver Processos Participativos, entre atores públicos, privados e

da sociedade civil, com capacidade de organização e ação, visando a

articulação e integração de ações estratégicas no Vetor Norte.

Page 64: VETOR NORTE DA RMBH

63

• O embrião da Gestão Compartilhada no Vetor Norte seria o “COM 10”,

consórcio dos municípios que integram a bacia do Ribeirão da Mata.

• A SEDRU seria responsável pela condução do processo, com apoio

técnico do Instituto Horizontes, conforme Termo de Parceria assinado,

para a elaboração do Programa de Desenvolvimento e Gestão da

RMBH.

Iniciativas

• Iniciar os trabalhos participativos previstos no Termo de Parceria para o

Vetor Norte.

• Criar, utilizando o potencial mobilizador do “COM 10”, um Fórum de

Articulação e Integração de Ações Estratégicas no Vetor Norte, com a

presença dos setores público, privado e da sociedade civil.

• Criar grupos de impulsão e acompanhamento para implementar ações e

iniciativas definidas pelo Fórum.

4.2 – A Retomada do Planejamento Metropolitano

Propostas

• A necessidade de retomada do planejamento metropolitano evidencia-se

quando enfocamos o Vetor Norte. Faltam referências de cenários e

visão de futuro capazes de fornecer respostas, avaliar políticas e

possibilitar análises de impactos dos investimentos previstos no Vetor

Norte.

• O planejamento metropolitano precede a regulamentação da Lei que

organizará a gestão metropolitana. Desenvolver o planejamento em

organizações informais ou transitórias pode vir a ser uma experiência

muito rica, inclusive para a formatação das instituições previstas na Lei.

• Na implementação dos eventos participativos previstos no Programa de

Desenvolvimento e Gestão da RMBH, se formaria um grupo executivo

que, articulado pela SEDRU e no âmbito do Termo de Parceria assinado

Page 65: VETOR NORTE DA RMBH

64

com o Instituto Horizontes, se encarregaria de iniciar o processo de

planejamento.

Iniciativas

• Estabelecer cenários alternativos de desenvolvimento para a RMBH,

definindo os recursos institucionais, humanos e de investimentos

necessários.

• Avaliar o potencial dos arranjos produtivos da RMBH (biotecnologia,

microeletrônica, minero-metalurgica, metal-mecânica, etc.).

• Compatibilizar os Planos Diretores municipais com os cenários de

desenvolvimento formulados para a RMBH.

• Constituir no âmbito do Grupo de Governança Metropolitana um grupo

de trabalho coordernado pela SEDRU, com o apoio técnico do Instituto

Horizontes conforme o Termo de Parceria, para dar andamento a essas

iniciativas.

4.3 – O Plano Metropolitano de Transportes

Propostas

• O transporte metropolitano foi objeto de planejamento pela última vez na

década de 70. A partir daí as intervenções foram feitas desconhecendo

a estrutura das demandas e os impactos na estrutura urbana da

metrópole.

• Sem planejamento as intervenções geram desequilíbrios na oferta e na

demanda de sistema viário. O desequilíbrio se dá tanto em virtude da

migração das viagens para os novos trechos ofertados, como pelas

mudanças de destino, com a escolha de novos locais de consumo e

emprego.

• Observa-se que não foram estudadas as possíveis alterações na oferta

e na demanda de sistema viário, de nenhum dos investimentos previstos

ou em curso no Vetor Norte, bem como de seus impactos no sistema

viário da RMBH. Daí a importância do planejamento de transportes

como atividade complementar à retomada do planejamento

Page 66: VETOR NORTE DA RMBH

65

metropolitano.

Iniciativas

• Detalhar, para a RMBH, o Plano Estratégico de Logística de

Transportes, (PELT-Minas) em face dos cenários definidos.

• Definir alternativas de Sistema Viário com base nos cenários propostos.

• Atualizar o Plano Diretor de Transporte Sobre Trilhos.

• Atualizar o Plano Metropolitano de Transporte Coletivo (METROPLAN).

4.4 – Programa de Saneamento Ambiental na Bacia do Ribeirão da Mata.

Propostas

• A Bacia do Ribeirão da Mata se situa em sua totalidade no Vetor Norte,

daí sua importância estratégica para o desenvolvimento sustentável da

região.

• O Programa Metropolitano de Saneamento Ambiental (PMSA) integra a

agenda da Diretoria Metropolitana da COPASA. A proposta seria

priorizar o recorte do Plano para a Bacia do Ribeirão da Mata.

• O Programa tratará dos aspectos relacionados à revitalização dos

cursos d’água, saneamento, drenagem urbana, destinação do lixo, uso

do solo e preservação de áreas estratégicas, na forma preconizada pelo

protocolo de intenções assinado entre os municípios e o Estado, com

interveniência da SEDRU, SEMAD, COPASA, IGAM e Comitê da Bacia

do Rio das Velhas.

Iniciativas

• Dar andamento ao recorte da Bacia do Ribeirão da Mata no Programa

Metropolitano de Saneamento Ambiental (PMSA).

• A COPASA é o órgão executor do Programa, sob a coordenação da

SEDRU com as participações da SEMAD, IGAM, Prefeituras através do

“COM 10” e Comitê da Bacia do Rio das Velhas.

Page 67: VETOR NORTE DA RMBH

66

4.5 – Programa de Controle do Uso do Solo

Propostas

• O controle do uso do solo só ocorre em empreendimentos formais, que

buscam obter o licenciamento junto aos órgãos públicos. Quem age à

margem da lei não sofre qualquer restrição. O resultado são as

ocupações de áreas distantes, ambientalmente frágeis, ou com

impedimentos legais.

• Consolidada a ocupação clandestina as agências públicas implantam os

serviços básicos (água, luz, ônibus, etc.), sem considerar a ilegalidade

do empreendimento e a responsabilidade dos “empreendedores” que

partem para uma nova frente de ocupação.

• Não há como tratar a questão do crescimento desordenado sem reprimir

o loteamento clandestino, através da integração dos agentes

responsáveis pelo licenciamento, fiscalização e fornecimento de serviços

básicos.

Iniciativas

• Mobilizar, em caráter emergencial, através do Grupo de Governança, os

órgãos envolvidos nas diferentes formas de licenciamento, controle e

fiscalização (IBAMA, FEAM, Conselhos Municipais, CREA-MG,

COPASA, CEMIG, DER, INCRA, Ministério Público, Prefeituras) com

objetivo de estancar os processos de loteamentos clandestinos no Vetor

Norte.

• Sensibilizar os municípios do “COM 10” através de iniciativas que visem

a capacitação de gestores públicos municipais para o controle do uso do

solo.

• Elaborar cadastro geo-referenciado dos parcelamentos clandestinos,

dos distritos industriais e dos loteamentos e desmembramentos

regulares.

• Criar o sistema de monitoramento através de sobrevôos programados e

acompanhamento por satélite.

Page 68: VETOR NORTE DA RMBH

67

4.6 – Programa de Regularização Fundiária

Propostas

• Com loteamento clandestino sob controle temos que nos preocupar com

os passivos produzidos por esse processo, buscando substituir formas

inadequadas de ocupação através de programas de regularização

fundiária e re-assentamento de população de baixa renda.

• No Vetor Norte se formaram, nas últimas décadas, os maiores bolsões

de pobreza da RMBH, principalmente nos municípios de Ribeirão das

Neves (Justinópolis) e Santa Luzia (São Benedito).

• A Regularização Fundiária seria uma forma de reduzir os passivos e

integrar populações assentadas em áreas de risco ou inadequadas para

ocupação a redes de serviços mais qualificadas.

Iniciativas

• Identificar áreas de ocupação irregular no Vetor Norte para serem objeto

de regularização fundiária, com re-assentamento e re-qualificação

urbanística.

• Definir áreas prioritárias e alternativas para projetos piloto.

• A SEDRU, através da COHAB, com a participação das Prefeituras serão

responsáveis pela condução do Programa.

4.7 - A Preservação dos Ativos Ambientais

Propostas

• A preservação dos ativos ambientais do Vetor Norte é fundamental não

só por se tratar de patrimônio de importância nacional, mas pelos

aspectos culturais, científicos e paisagísticos que envolve.

• A preservação da região Cárstica, hoje uma APA administrada pelo

IBAMA, é estratégica para o desenvolvimento sustentável do Vetor

Norte. Associada à logística do Aeroporto Internacional Tancredo Neves,

é um extraordinário elemento de competitividade, para viabilizar um

Page 69: VETOR NORTE DA RMBH

68

processo de desenvolvimento de alta tecnologia, como o Pólo de

Microeletrônica proposto pelo Estado.

• Por outro lado, as implantações do Anel de Contorno Norte e do novo

Centro Administrativo demandam cuidados, tanto na implantação do

Parque Serra Verde quanto da área de preservação de Vargem das

Flores.

Iniciativas

• Criar o Parque de Vargem das Flores.

• Implantar o Parque do Sumidouro.

• Manter a Bacia do Ribeirão do Urubu como APE.

• Preservar a APA Carste de ocupação urbana intensiva.

• Implantar o Parque Serra Verde.

• Implantar o Parque Linear do Córrego do Onça.

4. 8 – O Transporte Coletivo Sobre Trilhos

Propostas

• Mesmo considerando um cenário de baixo desenvolvimento econômico

para o Vetor Norte, o Plano Diretor de Transporte sobre Trilhos apontou

a possibilidade de duas linhas no Vetor Norte: a linha Savassi/Pampulha

e a ligação Vilarinho/Justinópolis, para as quais a CBTU contratou

projeto básico.

• Diante das mudanças propiciadas pelos investimentos previstos para o

Vetor Norte, que criam a perspectiva de um desenvolvimento econômico

intenso, há que se preocupar com a atualização do Plano Diretor de

Transporte Sobre Trilhos, principalmente a partir das referências que

serão produzidas pelo planejamento metropolitano.

Iniciativas

• Implementar o prolongamento da linha do Metrô da Estação Vilarinho

até Justinópolis.

Page 70: VETOR NORTE DA RMBH

69

• Criação da Linha Pampulha / Savassi.

• Considerar a possibilidade de extensão da Linha de Metrô até Confins,

com prioridade para o trecho até o Centro Administrativo, na atualização

do Plano Diretor de Transporte Sobre Trilhos.

4.9 – O Transporte Coletivo por Ônibus

Propostas

• O Plano de Transporte Sobre Trilhos (METROPLAN) também

considerou um cenário de baixo desenvolvimento econômico no Vetor

Norte e, mesmo assim, indicou algumas ações e projetos importantes

para a região no sentido de aumentar a eficiência do atendimento das

demandas.

• As ações e projetos não foram implementadas. Desde a entrega do

Plano feita pela CBTU ao DER, não houve nenhuma sinalização quanto

a possibilidade de implantação ou implementação de qualquer parte do

plano, que hoje carece de atualização nos mesmos termos do Plano

Diretor Sobre Trilhos.

Iniciativas

• Transformar os terminais dos municípios de Pedro Leopoldo,

Vespasiano e Lagoa Santa em terminais de integração.

• Implantar os terminais de Santa Luzia e Ribeirão das Neves (sede e

bairro Veneza) e criar estações de transferência em São José da Lapa e

Vespasiano.

• Integrar o novo Centro Administrativo no sistema de transporte coletivo.

Page 71: VETOR NORTE DA RMBH

70

4.10 – Entorno do Centro Administrativo

Propostas

• O novo Centro Administrativo será construído numa área de urbanização

precária e descontínua, típicas das periferias de baixa renda, defronte o

bairro São Benedito em Santa Luzia e nas proximidades de Justinópolis

em Ribeirão das Neves.

• Essa situação impõe certos cuidados com o entorno, para evitar que o

Centro Administrativo fique cercado por um colar de exclusão social. É

necessário desenvolver ações incisivas no sentido de re-qualificar as

áreas próximas, com a implementação de centros de serviços e

equipamentos urbanos.

Iniciativas

• Identificar localizações estratégicas para implantação de núcleos de

comércio e serviços e áreas a serem desapropriadas para instalação de

equipamentos públicos.

• Promover o cadastramento dos moradores do entorno imediato do novo

Centro Administrativo, visando subsidiar a análise do impacto social do

projeto.

• Promover a regularização fundiária em áreas prioritárias, com a

requalificação de moradias e re-assentamento da população em áreas

próximas.

• Integrar o Distrito Industrial de Venda Nova e o Parque Serra Verde às

diretrizes do Plano Diretor do Centro Administrativo.

4.11 – Revitalização dos Distritos Industriais

Propostas

• Promover o cadastramento das atividades instaladas, identificando

áreas ociosas, visando a retomada de lotes já comercializados e não

utilizados.

Page 72: VETOR NORTE DA RMBH

71

• Promover o processo de licenciamento corretivo dos distritos, com a

implantação das estações de tratamento de efluentes.

• Redirecionar os incentivos, privilegiando a instalação das chamadas

“indústrias limpas” de base tecnológica.

• O Município de Ribeirão das Neves implantou com seus próprios

recursos um Centro Industrial (CIRIN) que em pouco tempo teve suas

áreas totalmente ocupadas. A industrialização do município é estratégica

para alterar sua relação com o processo de metropolização, onde

desempenha o papel de cidade dormitório.

Iniciativas

• Revitalizar os Distritos Industriais Estaduais através da retomada de

áreas ociosas, do licenciamento corretivo, da construção de estações de

tratamento de resíduos e da promoção e atração de atividades terciárias

e/ou de base tecnológica.

• Implantar o novo Centro Industrial de Ribeirão das Neves, em área de

propriedade da COHAB, situada na BR-040.

• Integrar os Distritos Industriais, administrados pelos municípios, às

diretrizes estaduais de desenvolvimento industrial.

Page 73: VETOR NORTE DA RMBH

72

5 - ANEXOS

ANEXO I - AÇÕES IMEDIATAS

1 – Instituir o Programa de Ações Imediatas do Vetor Norte da RMBH

Objetivos Gerais: O Programa de Ações Imediatas do Vetor Norte será gerido por três Forças

Tarefas intersetoriais formadas por representantes dos atores envolvidos,

com atribuições, competências e composição definidas pelo Grupo de

Governança Metropolitana. O objetivo é dar visibilidade às iniciativas do

Estado no sentido de promover o desenvolvimento sustentável do Vetor

Norte, integrando as ações, programas e projetos em andamento,

promovendo a Gestão Compartilhada do Território, a Preservação de seus

Ativos Ambientais e o Controle do Uso do Solo.

Instituição responsável: Grupo de Governança Metropolitana

Instituições Envolvidas: SEGOV, SEPLAG, SEDRU, SETOP, SEMAD, SEDE, Procuradoria Geral do

Estado.

Produto: Decreto do Governador do Estado instituindo o Plano de Ações Imediatas

do Vetor Norte e as forças tarefas propostas, definindo suas composições,

atribuições e competências.

Prazo: 30 (trinta) dias

Custos Estimados: Custos internos, incluídos os previstos no Termo de Parceria

SEDRU/Instituto Horizontes.

Page 74: VETOR NORTE DA RMBH

73

1.1 – CONSTITUIR A FORÇA TAREFA DE PRESERVAÇÃO DOS ATIVOS AMBIENTAIS

Objetivos: A Força Tarefa de Preservação dos Ativos Ambientais será constituída por

representantes da SEPLAG, da SEMAD, da SEDRU, com a participação de

representantes das empresas públicas prestadoras de serviços (COPASA,

CEMIG e DER), das Prefeituras, da Polícia Militar e do Ministério Público,

coordenada por técnico indicado pelo Grupo de Governança, com o objetivo

de desenvolver ações visando a preservação dos ativos ambientais e

culturais no Vetor Norte.

Instituição Responsável: Grupo de Governança Metropolitana

Instituições Envolvidas SEPLAG, SEMAD (IEF), SEDRU.

Produto Deliberação do Grupo de Governança Metropolitana

Prazo: 30 (trinta) dias

Custos Estimados: Custos Internos

Page 75: VETOR NORTE DA RMBH

74

AÇÔES PRIORITÁRIAS DA FORÇA TAREFA DE PRESERVAÇÃO DE ATIVOS AMBIENTAIS 1.1.1 - Implantar o Parque do Sumidouro Objetivos: A implantação efetiva do Parque do Sumidouro é fundamental para marcar

a presença do Estado num tema de importância fundamental para o

desenvolvimento do Vetor Norte. Sua implantação tem o objetivo de suprir

as necessidades de proteção, manejo e administração desta unidade de

conservação, prevista desde a época da construção do Aeroporto de

Confins. O parque terá as seguintes estruturas de apoio: Portaria, Centro de

Visitantes, Centro Administrativo, Residência para Gerente, Estação de

tratamento de esgoto no parque e na gruta da Lapinha, abastecimento de

água e Mirante.

Instituição Responsável: Força Tarefa de Preservação de Ativos Ambientais.

Instituições Envolvidas: SEPLAG, SEMAD (IEF), SETOP, Prefeituras.

Produtos: - Obras de Infra-estrutura

- Obras de Edificações

- Equipamentos e serviços

Prazos: 120(cento e vinte) dias

Page 76: VETOR NORTE DA RMBH

75

Custos Estimados: - Obras de Infra-estruturas: R$210.000,00

- Obras de Edificações: R$1.056,000, 00

- Equipamentos e Serviços: R$462.000,00

- Total Geral: R$1.728.000,00 (hum milhão setecentos e vinte e oito mil reais) 1.1.2 - Implantar o Parque Serra Verde Objetivos A implantação do Parque Serra Verde é uma antiga reivindicação da

comunidade local e dos ambientalistas. Foi proposto inicialmente nos

primórdios do PLAMBEL, quando integrava o programa de Parques

Metropolitanos elaborado pela instituição. Sua implantação é fundamental e

complementa o novo Centro Administrativo do Estado.

Instituição Responsável: Força Tarefa de Preservação de Ativos Ambientais.

Instituições Envolvidas SEMAD (IEF), SEPLAG, SETOP e Prefeitura de BH

Produtos: Decreto de Utilidade Pública (já publicados)

Desapropriações

Projeto das Instalações

Implantação do Parque

Prazos: 120 (cento e vinte dias)

Page 77: VETOR NORTE DA RMBH

76

Custos Estimados: Desapropriações: R$ 44.000.000,00

Projeto: R$80.000,00.

Infra-estrutura e Edificações: R$1.200.000,00.

Equipamentos e serviços: R$400.000,00.

Total Geral: 45.680.000,00 (quarenta e cinco milhões seiscentos e oitenta mil reais). 1.1.3 - Implantar o Parque Linear do Ribeirão do Onça Objetivos O Parque Linear do Ribeirão do Onça é uma iniciativa da Prefeitura de Belo

Horizonte que deve contar com o apoio do Estado, em função de sua

inserção no Vetor Norte.

Instituição Responsável Força Tarefa de Preservação de Ativos Ambientais

Instituições Envolvidas SEMAD (IEF), SETOP, Prefeitura de Belo Horizonte.

Produtos Ações de apoio para a Implantação do Parque pela PBH

Prazos: 120 (cento e vinte) dias

Custos Estimados: Custos internos da Prefeitura de BH.

Page 78: VETOR NORTE DA RMBH

77

1.2 – CONSTITUIR A FORÇA TAREFA DE CONTROLE DO USO DO SOLO

Objetivos: A Força Tarefa de Controle Integrado do Uso do Solo será constituída por

representantes da SEPLAG, da SEDE, da SETOP, da SEDRU, com a

participação das empresas públicas prestadoras de serviços (COPASA,

CEMIG, DER), Prefeituras Municipais, Polícia Militar e Ministério Público,

coordenada por técnico indicado pelo Grupo de Governança, com objetivo

de promover o controle integrado do uso do solo no Vetor Norte.

Instituição Responsável Grupo de Governança Metropolitana

Instituições Envolvidas SEPLAG, SEDE (CEMIG), SEPOT (DER), SEDRU (COPASA) e Prefeituras.

Produtos

Deliberação do Grupo de Governança Metropolitana

Prazos: 30(trinta) dias.

Custos Estimados: Custos Internos

AÇÕES PRIRITÁRIAS DA FORÇA TAREFA DE CONTROLE DO USO DO SOLO: 1.2.1 - Elaborar Cadastro Geo-Referenciado do Uso do Solo no Vetor Norte. Objetivos

Conhecer a situação dos loteamentos regulares e irregulares, identificando

processos de ocupação, problemas fundiários, e atividades a serem objeto

Page 79: VETOR NORTE DA RMBH

78

de Licenciamentos Ambientais Corretivos, na área de influência dos

investimentos previstos ou realizados.

Instituição Responsável:

Força Tarefa de Controle do Uso do Solo

Instituições envolvidas

SEDRU, SETOP, SEPLAG, SEMAD, Prefeituras.

Produtos

Cadastro Geo-referenciado do uso do Solo no Vetor Norte

Prazos: 6 (seis) meses.

Custos Estimados: R$ 800.000,00 (oitocentos mil reais)

1.2.2 - Criar Sistema de Monitoramento do Uso e Ocupação do Solo no Vetor Norte.

Objetivos

Coibir a proliferação dos loteamentos irregulares e exercer a fiscalização

efetiva sobre o uso do solo, impedindo a formação de novas áreas de

urbanizações precárias.

Instituição Responsável Força Tarefa de Controle do uso do Solo

Page 80: VETOR NORTE DA RMBH

79

Instituições Envolvidas SEDRU (CREA-MG/convênio), SEMAD (IEF), PMMG, Ministério Público e

Prefeituras do “COM 10”.

Produtos - Sobrevôos programados em helicópteros, e monitoramento por satélite.

- Operações de fiscalização programadas com equipes integradas por

técnicos dos órgãos fiscalizadores.

Prazos: 60 (sessenta) dias

Custos Estimados: Custos internos mais os custos estimados do sistema de monitoramento por

satélite e de sobrevôo semanal, no valor de R$200.000,00 (duzentos mil

reais) ao ano.

1.2.3 – Elaborar Plano Urbanístico Básico para o entorno do Centro Administrativo. Objetivos: Promover a adequada inserção do Centro Administrativo na região do Serra

Verde, prevendo o desenvolvimento de núcleos de comércio e serviços,

identificando áreas para serem objeto de regularização fundiária, re-

assentamento de população e desapropriações para instalação de

equipamentos públicos. Promover formas adequadas de integração das

comunidades vizinhas ao processo de transformação urbanística que se

iniciará com a implantação do Centro Administrativo, substituindo formas

inadequadas de ocupação e criando condições de conforto para servidores

públicos e usuários dos serviços do governo.

Instituição Responsável Força tarefa de Controle do Uso do Solo

Page 81: VETOR NORTE DA RMBH

80

Instituições Envolvidas SEPLAG, SETOP, Prefeitura de BH.

Produtos Plano Urbanístico Básico da região do entorno do Centro Administrativo.

Prazos: 180 (cento e oitenta) dias

Custos Estimados: R$250.000,00 (duzentos e cinqüenta mil reais)

1.3 – CONSTITUIR A FORÇA TAREFA DE GESTÃO Objetivos: A Força Tarefa de Gestão será constituída por representantes da SEPLAG,

da SEDRU, da SEMAD, da SEDE e da SETOP, coordenada por técnico

indicado pelo Grupo de Governança e com o apoio técnico do Instituto

Horizontes, no âmbito do Termo de Parceria que essa instituição tem com o

Estado, para elaboração do Programa de Desenvolvimento e Gestão da

RMBH. O objetivo é priorizar o Programa de Desenvolvimento e Gestão

para o Vetor Norte.

Instituição Responsável: Grupo de Governança Metropolitana

Produtos: Deliberação do Grupo de Governança Metropolitana

Prazo: 30 (trinta) dias

Custos Estimados: Custos Internos

Page 82: VETOR NORTE DA RMBH

81

AÇÕES PRIORITÁRIAS DA FORÇA TAREFA DE GESTÃO 1.3.1 - Criar o Fórum de Articulação e Integração de Ações Estratégicas no Vetor Norte da RMBH. Objetivos

Utilizar o potencial mobilizador do “COM 10”, consórcio dos municípios que

integram a bacia do Ribeirão da Mata, com a participação dos setores

público, privado e da sociedade civil.

Desenvolver processos participativos entre os atores públicos, privado e da

sociedade civil com capacidade de organização e ação para constituição de

um embrião de Gestão Compartilhada;

Estudar experiências locais e internacionais de gestão e financiamento de

serviços de interesse comum visando o estabelecimento de um modelo de

agência metropolitana, conforme o indicado nas Leis Complementares 88 e

89, de 12 de janeiro de 2006.

Instituição Responsável:

Força Tarefa de Gestão

Instituições Envolvidas

SEDRU, SEPLAG, SEDE, SEMAD, SETOP, Prefeituras, Instituições da

Sociedade Civil e Setor Privado.

Produtos

1 - Seminários, Oficinas e Painéis Temáticos.

2 – Estudos, Diagnósticos e Propostas de formas de Gestão Compartilhada.

3- Contribuições para a constituição da Agência Metropolitana

Prazo: 90 (noventa dias)

Page 83: VETOR NORTE DA RMBH

82

Custos Estimados:

Custos Internos incluídos os previstos no Termo da Parceria Estado/Instituto

Horizontes.

1.3.2 – Elaborar o Programa de Saneamento Ambiental da bacia do Ribeirão da Mata.

Objetivos Promover a recuperação ambiental da bacia do Ribeirão da Mata,

contemplando aspectos relacionados à gestão e educação ambiental,

abastecimento de água, esgotos sanitários, macro-drenagems, destinação

de resíduos sólidos e o gerenciamento do programa.

Instituição Responsável Força Tarefa de Gestão

Instituições Envolvidas SEDRU (COPASA), SEPLAG, SEMAD, “COM 10”, Prefeituras, Projeto

Manuelzão.

Produtos: Plano de Saneamento Ambiental da Bacia do Ribeirão da Mata

Prazos: O Programa para toda a Região Metropolitana havia sido previsto para ser

desenvolvido em 8 (oito) anos, contados a partir da contratação do

financiamento. Calcula-se que o recorte do programa para a bacia do

Ribeirão da Mata, possa ser desenvolvido em 2 (dois) anos.

Page 84: VETOR NORTE DA RMBH

83

Custos Estimados: R$ 3.000.000,00 (três milhões de reais), com

possibilidade de financiamento de até 60% (sessenta por cento) do custo

pelo BIRD.

Page 85: VETOR NORTE DA RMBH

84

ANEXO II - AÇÕES COMPLEMENTARES

FORÇA TAREFA DE PRESERVAÇÃO DOS ATIVOS AMBIENTAIS 1.1.1 - Promover o controle da APA Carste. Objetivos Impedir o comprometimento da APA com a ocupação urbana intensiva.

Superar os conflitos de competências e os constrangimentos existentes na

APA em virtude da superposição de atribuições entre a União e o Estado, já

que as duas instâncias possuem dispositivos legais que estabelecem

limitações e controle para a APA. Instituição Responsável Força Tarefa de Preservação dos Ativos Ambientais.

Instituições envolvidas SEMAD, SEDRU, SETOP, IBAMA e Municípios.

Produtos: Definição de competências entre Estado e União, quanto às

responsabilidades sobre a gestão da APA, especialmente no que se refere

aos licenciamentos.

Controle efetivo do Uso do Solo na APA. Prazos: 90(noventa) dias

Custos Estimados: Custos internos

Page 86: VETOR NORTE DA RMBH

85

1.1.2 – Promover o Controle da APE do Ribeirão do Urubu Objetivos A APE do Ribeirão do Urubu foi instituída por solicitação da COPASA, com

o objetivo de preservar o manancial, visando o abastecimento da região.

Mesmo considerando que a estratégia da COPASA no momento é atender

as demandas da região através de sistemas externos, entendemos que

deva ser mantida a condição de APE, não só em função de garantir a

possibilidade de sua utilização futura, como preservar uma das principais

sub-bacias do Ribeirão da Mata.

Instituição Responsável Força Tarefa de Preservação dos Ativos Ambientais

Instituições Envolvidas SEDRU (COPASA), SEMAD (IEF), Prefeituras.

Produtos: Diretrizes de preservação e controle da APE

Prazos: 90(noventa) dias Custos Estimados: Custos internos

Page 87: VETOR NORTE DA RMBH

86

FORÇA TAREFA DE CONTROLE DO USO DO SOLO 1.2.1 – Promover os Distritos Industriais Estaduais do Vetor Norte. Objetivos Verificar a situação dos distritos, visando maximizar os investimentos

públicos efetuados na infra-estrutura, buscando a retomada de áreas

ociosas, bem como priorizar o Licenciamento Ambiental Corretivo, com a

construção de estações de tratamento de resíduos e da atração de

atividades de base tecnológica moderna.

Instituição Responsável Força Tarefa de Uso do Solo

Instituições Envolvidas SEDE, SETOP, SEDRU (COPASA), Prefeituras do “COM 10”

Produtos Plano de Revitalização dos Distritos Industriais

Prazos: 120 (cento e vinte) dias

Custos Estimados: Custos internos

1.2.2 - Implantar novo Centro Industrial em Ribeirão das Neves e Esmeraldas, no eixo da BR-040.

Objetivos O Plano de Ações imediatas no Vetor Norte não pode desconsiderar a

situação do município de Ribeirão das Neves, que se constitui no maior

bolsão de pobreza da RMBH. Há necessidade urgente de criar alternativas

de empregos locais, buscando atenuar os problemas resultantes da

condição de cidade dormitório, que se estende também ao município de

Esmeraldas.

Page 88: VETOR NORTE DA RMBH

87

Instituição Responsável Força Tarefa de Controle do Uso do Solo

Instituições Envolvidas SEDE (CDI, INDI), SEDRU, Prefeituras de Esmeraldas e Ribeirão das

Neves.

Produtos Implantação do Novo Centro Industrial

Prazos: 120 (cento e vinte) dias

Custos Estimados: Custos Internos

Page 89: VETOR NORTE DA RMBH

88

FORÇA TAREFA DE GESTÃO 1.3.1 – Construir Cenários Alternativos de Desenvolvimento para a RMBH. Objetivos

Analisar as relações entre custos e benefícios de políticas alternativas e

eleger um cenário desejável para o futuro da região, destacando papel do

Vetor Norte, definindo estratégias de desenvolvimento para a RMBH.

Instituição Responsável: Força Tarefa de Gestão

Instituições Envolvidas: SEDRU, SEPLAG, SEDE, SETOP, Prefeituras Municipais, Instituições da

Sociedade Civil e Setor Empresarial.

Produtos: Documento Básico do Plano Estratégico de Desenvolvimento e Gestão da

RMBH.

Prazo: 180 (cento e oitenta) dias

Custos Estimados: Custos Internos incluídos os previstos no Termo de Parceria

Estado/Instituto Horizontes.

Page 90: VETOR NORTE DA RMBH

89

1.3.2 - Compatibilizar os Planos Diretores Municipais tendo em vista os cenários formulados.

Objetivos Potencializar os atributos e vocações de cada município, resolvendo

eventuais contradições entre usos e ocupações do solo propostos.

Definir as bases de uma estrutura urbana coerente para a metrópole, tendo

em vista o papel a ser desempenhado pelo Vetor Norte.

Instituição Responsável: Força Tarefa de Gestão

Instituições Envolvidas: SEDRU, Prefeituras, Equipes técnicas dos Planos Diretores Locais. Produto: Macro Zoneamento de Uso e Ocupação do Solo do Vetor Norte

Prazo: 90 (noventa) dias

Custos Estimados: R$80.000,00 (oitenta mil reais)

1.3.3 - Detalhar o Plano Estratégico de Logística de Transportes - PELT, para a região metropolitana, em face dos cenários formulados. Objetivos Definição do papel da RMBH na logística de transportes do Estado,

considerando o desenvolvimento previsto no Vetor Norte.

Instituição Responsável: Força Tarefa de Gestão

Instituições Envolvidas: SETOP (DER), SEDRU, SEDE, CBTU, DNIT, Prefeituras.

Page 91: VETOR NORTE DA RMBH

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Produto Capítulo do Plano Estratégico de Logística de Transportes de Minas Gerais.

Prazo: 60 (sessenta) dias.

Custos Estimados: R$50.000,00 (cinqüenta mil reais)

1.3.4 – Conceber alternativas de Sistema Viário com base nos cenários propostos. Objetivos Compatibilizar a oferta de sistema viário com a demanda de viagens de

veículos previstas nos cenários propostos.

Instituição Responsável: Força Tarefa de Gestão

Instituições Envolvidas SETOP (DER), SEDRU, SEPLAG, Prefeituras.

Produtos Plano de Classificação Viária da RMBH

Prazos: 8 (oito) meses

Custos Estimados: R$ 1.200.000,00 (hum milhão e duzentos mil reais).

1.3.5 - Atualizar o Plano Metropolitano de Transporte Coletivo (METROPLAN) Objetivos Compatibilizar a proposta elaborada pela CBTU/DER com os novos

cenários propostos.

Page 92: VETOR NORTE DA RMBH

91

Instituição Responsável: Força Tarefa de Gestão

Instituições Envolvidas SETOP (DER), SEDRU, CBTU, Prefeituras.

Produtos Revisão e atualização do trabalho elaborado por consultoria contratada pela

CBTU.

Prazo: 90 (noventa) dias.

Custo: R$200.000,00 (duzentos mil reais).

1.3.6 - Atualizar o Plano Diretor de Transportes Sobre Trilhos

Objetivos Incluir no Plano Diretor de Transporte sobre Trilhos os novos cenários

previstos para a RMBH, utilizando-se como base para as simulações a

pesquisa Origem e Destino de 2002.

Considerar, na atualização do Plano, o prolongamento da linha do Metrô da

estação Vilarinho até Justinópolis, a nova linha Pampulha/Savassi e a

extensão do metrô até o Aeroporto Internacional Tancredo Neves,

passando pelo futuro Centro Administrativo.

Instituição Responsável: Força Tarefa de Gestão

Instituições Envolvidas: SETOP (DER), SEDRU, CBTU, Prefeituras.

Produtos: Nova versão para o Plano Diretor de Transportes sobre Trilhos

Page 93: VETOR NORTE DA RMBH

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Prazo: 8 (oito) meses

Custos Estimados: R$ 1.500.000,00 (hum milhão e quinhentos mil reais)

1.3.7 – Criar Terminais de Integração no Vetor Norte da RMBH Objetivos Transformar os terminais municipais de Pedro Leopoldo, Vespasiano e

Lagoa Santa em Terminais de Integração Metropolitana, implantar os

Terminais de Santa Luzia e Ribeirão das Neves, na sede e no Bairro

Veneza e criar Estações de Transferência em São José da Lapa e

Vespasiano, possibilitando a implantação do sistema tronco-alimentador no

sistema de transportes metropolitano, privilegiando o Vetor Norte.

Instituição Responsável: Força Tarefa de Gestão

Instituições Envolvidas SEDRU, SEPOT (DER) e Prefeituras. Produtos Contrato de Operação dos Terminais.

Prazos: A serem estabelecidos pelo Plano Metropolitano de Transporte por Ônibus

Custos Estimados: Previstos na Concessão do Sistema Metropolitano de Transporte por

Ônibus

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93

1.3.8 - Integrar o Centro Administrativo ao Sistema de Transporte Coletivo

Objetivos Garantir o transporte dos servidores e usuários do novo Centro

Administrativo.

Instituição Responsável: Força Tarefa de Gestão

Instituições Envolvidas SEPLAG, SETOP (DER), Prefeitura de BH.

Produtos Integração do transporte Coletivo na região do Centro Administrativo.

Implantação de transporte fretado para os servidores públicos, integrado ao

Trem Metropolitano.

Prazos: Inicio de Operação do Centro Administrativo

Custos Estimados: Internos

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ANEXO III - RESUMO DAS AÇÕES PRIORITÁRIAS E COMPLEMENTARES

AÇÕES PRIORITÁRIAS

1- INSTITUIR O PROGRAMA DE AÇÕES IMEDIATAS PARA O VETOR NORTE DA RMBH Custos Internos

1.1 Constituir a Força Tarefa de Preservação dos Ativos Ambientais Custos Internos

1.1.1 Implantar o Parque do Sumidouro R$ 1.728.000,00

1.1.2 Implantar o Parque Serra Verde R$ 45.680.000,00

1.1.3 Implantar o Parque Linear do Ribeirão do Onça Custos da PBH

1.2 Constituir a Força Tarefa do Controle do Uso do Solo Custos Internos

1.2.1 Elaborar Cadastro Geo-referenciado do Uso do Solo no Vetor Norte R$ 800.000,00

1.2.2 Criar Sistema de Monitoramento do Uso do Solo no Vetor Norte R$ 200.000,00

1.2.3 Elaborar Plano Urbanístico Básico para o entorno do Centro Administrativo R$ 250.000,00

1.3 Constituir a Força Tarefa de Gestão Custos Internos

1.3.1 Criar um Fórum de Articulação e Integração de Ações Estratégicas no Vetor Norte da RMBH Custos Internos

1.3.2 Elaborar o Programa de Saneamento Ambiental da Bacia do Ribeirão da Mata R$ 3.000.000,00

TOTAL R$ 51.658.000,00

Page 96: VETOR NORTE DA RMBH

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AÇÕES COMPLEMENTARES

1. Força Tarefa de Preservação dos Ativos Ambientais

1.1 Promover o controle da APA Carste Custos Internos

1.2 Promover o controle da APE do Ribeirão do Urubu Custos Internos

2 Força Tarefa de Controle do Uso do Solo

2.1 Promover os distritos industriais estaduais do Vetor Norte da RMBH Custos Internos

2.2 Implantar novo centro industrial em Ribeirão das Neves e Esmeraldas Custos Internos

3 Força Tarefa de Gestão

3.1 Construir Cenários Alternativos de Desenvolvimento para a RMBH Custos Internos

3.2 Compatibilizar os planos diretores municipais com os cenários formulados R$ 80.000,00

3.3 Detalhar o Plano Estratégico de Logística de Transporte - PELT, para a RMBH, em face dos cenários formulados R$ 50.000,00

3.4 Conceber alternativas de Sistema Viário com base nos cenários propostos R$ 1.200.000,00

3.5 Atualizar o Plano Metropolitano de Transporte Coletivo (METROPLAN) R$ 200.000,00

3.6 Atuatizar o Plano Diretor de Transporte sobre Trilhos R$ 1.500.000,00

3.7 Criar terminais de integração no Vetor Norte Custos Internos

3.8 Integrar o Centro Administrativo ao Sistema de Transporte Coletivo Custos Internos

TOTAL R$ 3.030.000,00

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6 – Bibliografia

- “Diagnóstico e Propostas”, Instituto Horizontes, Outubro 2004;

- “Estrutura, Dados e Bases do Diagnóstico da Grande Belo Horizonte”, Instituto

Horizontes:

Volume I – Organização Físico-Territorial , Dezembro 2002

Volume II – Demografia e Indicadores Sociais, Dezembro 2002

Volume III – Situação e Desempenho da Economia, Dezembro 2002

- “Relatório referente ao Projeto Centro Administrativo do Governo do Estado de Minas

Gerais”, Instituto Horizontes, Agosto 2004;

- “Relatório dos Programas e Projetos do Governo do Estado – RMBH”, SEDRU, Julho

2006;

- “Empreendimentos em Processo de Licenciamento Ambiental na área de Influência

da MG – 010 e MG – 424 – Linha Verde”, FEAM, Agosto 2006;

- “Plano Diretor de Recursos Hídricos da Bacia Hidrográfica do Rio das Velhas”;

- “METROPLAN Plano Metropolitano de Transporte de Belo Horizonte - Relatório

Final”, CBTU, elaborado pela TTC Engenharia de Tráfego e Transporte LTDA, 2005;

- “Plano Diretor de Transporte de Passageiros sobre Trilhos da Região Metropolitana

de Belo Horizonte”, CBTU, elaborado pela INECO (Madri), 2000;

- Plano Diretor de Desenvolvimento Municipal de Lagoa Santa;

- Plano Diretor de Confins;

- Plano Diretor de Esmeraldas;

- Base Cartográfica do IGA.

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7 – Equipe Técnica

O presente trabalho foi desenvolvido pela Equipe Técnica do Instituto Horizontes,

contratada especialmente para elaboração do “Programa de Ações Imediatas para o

Desenvolvimento Urbano Sustentável no Vetor Norte da Região Metropolitana de Belo

Horizonte”, no âmbito do Termo de Parceria estabelecido entre o Governo do Estado

de Minas Gerais, através da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Regional e

Política Urbana, e o Instituto Horizontes, sob a coordenação do Arq. Jorge Fernando

Vilela.

EQUIPE TÉCNICA:

Arq. Jorge Fernando Vilela

Eng. Osias Baptista Neto

Eng. Fernando Furtado de Paula Ferreira

Eng. Rodrigo Ferreira Andrade

Adm. Luciana Braga F. Sousa Nunes

Arq. Urbanista Mateus Moreira Pontes

APOIO ADMINISTRATIVO:

Maria Emília de Barros Guimarães

Rafael Andrade de Amorim