De Grátis!Ano 3, nº 2.

Nem tudo que

parece é:

O LIVRO QUE EU NÃO LINão foi escrito. Foi um mito criado. Um mecenatocompartilhado com aqueles que, do autor, estiveram aoredor. Deram-lhe comida em jantares especiais. Deram-lhe coisas. Tudo para que Joe Gold continuasse suaempreitada solitária de escrever a maior obra oral de seutempo, palavra a palavra de todas as conversas que oescritor tinha com as pessoas enquanto perambulavapelas ruas de Nova Iorque. Mais de 20 mil. O livro que nãoli. Graduado em Harvard, muitas vezes sem-teto, recebiadonativos e carregava uma carteira esfarrapada batizadade “O Fundo de Joe Gold”. Recebeu donativos deescritores como Cummings e outros artistas. Umanônimo garantiu a Joe um quarto de hotel para todas asnoites, para o livro que nunca existiu. O livro que não li.

Joseph Ferdinand Gould (1889-1957) foi um excêntricoamericano, também conhecido como Professor Gaivota, nome doartigo escrito no The New Yorker, autoria de Joseph Mitchell.Gold, fingiu, por mais de 20 anos, ser autor do maior livro jáescrito, a História Oral do Nosso Tempo. Sete anos depois da suamorte , Mitchell escreve o “Segredo de Joe Gould” , em 1965.

Promessas VãsTu estás a um passo de deixar que teparalisem e a outro para igualar-te ao restoda humanidade, com promessas vãs. E euqueria ter por onde te desbravar, paraincomodar, cutucar e, num sobressalto, ver-te soltando fogo pelas ventas, inconformadoe maldizendo-me da boca para fora. Que estatua calmaria é ilusória. Que ser quem tualmejas requer inflamar, que é diferente dedurar.

Do livro Língua Crônica, de Fernanda de Aragão Acesse: http://linguacronica.blogspot.com

HAHAHA! Quase! É um evento chamado Fanzinada. Tem oficinas, graffiti,

documentários, e HQ´s. Muito lôco!

Que legal! Vou buscar meu filho pra essa oficina! Ele vai gostar!

Cara...O que é essa muvuca aí no Masp? É alguma espécie de

“Ocupe WallStreet”?

É! Um evento de fanzines e publicações alternativas! Dá uma

olhada lá!

Fanzinada?

Massa!

Fanzinada: Zinando a tudo e a todos!

LÍNGUAS E LINGUAGENSEm maio deste ano assistimos a polêmica sobre um livrodidático destinado ao ensino de Língua Portuguesa daEducação de Jovens e Adultos (EJA). O livro traz algumasfrases com erros de concordância, mas coloca esteserros como possíveis de serem falados em determinadoscontextos. Por isso, foi alvo de críticas barulhentas pelaimprensa e pessoas que afirmaram zelar pela gramática.Ora...a língua é uma massa dinâmica formada por sujeitosfalantes que lhe dão forma em seus contextos culturais.Da mesma forma poderíamos dizer que é possível ir deterno e sapato à praia, mas não é o adequado. Aqui, vale oalerta: tal preocupação “com a gramática” carrega umaideologia elitista, do tipo “nós somos os corretos; vocês,os errados”. E o que seriam dos Andrades, dos Amados,das Coras, e outros em nossa literatura se as coisasfossem assim tão quadradas? (corretas?) Atençãosenhores! Queremos a manutenção da nossa liberdadepoética! Que a Educação seja inclusiva, e que a língua sejasempre um instrumento de expressão e liberdade.

Na sua frenética rotina, e calmamenteEle desvia das carcaças desconhecidas(de rostos em branco)

Entre o virar de chaveÀs 7:00

E outroÀs 20:25

São os mesmos slides:GaragemTrânsitoBuzinaEscritórioBuzinaTrânsitoGaragem.

E depois o sonoCompactado em uma cápsula de lexotan.

Letícia Mendonça

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