vestibular impacto - biologia

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CT250408 ANELÍDEOS E MOLUSCOS FAÇO IMPACTO - A CERTEZA DE VENCER!!! PROFº: WAGNER SOUTO Fale conosco www.portalimpacto.com.br VESTIBULAR – 2009 CONTEÚDO A Certeza de Vencer 06 1 01. ANELÍDEOS: PRINCIPAL CARACTERÍSTICA São animais pluricelulares de corpo mais ou menos cilíndrico e alongado que se apresenta, ao longo de seu eixo maior, que é subdividido, tanto externa como internamente, em anéis ou metâmeros. Os anelídeos são, desta forma, vermes mais evoluídos que os platelmintos e nematelmintos, que são ametaméricos. 02. CLASSIFICAÇÃO reino: Animália ou Metazoa sub-reino: Eumetazoa filo: Annelida classes: 1. Oligochaeta 2. Polichaeta 3. Hirudinea 03. REPRESENTANTES Oligoquetos: Apresentam poucas cerdas, não têm parapódios nem cabeça diferenciada. São vulgarmente conhecidos como minhocas. Pheritima hawaiana (minhoca brasileira); Lumbricus terrestres (minhoca européia) Poliquetos: Apresentam, em cada segmento do corpo, muitas cerda s implantadas em expansões laterais denominadas parapódios. Neles observa-se cabeça bem diferenciada com tentáculos. Nereis virens Hirudíneos: São desprovidos de cerdas, parapórdios e cabeça diferenciada. Possuem ventosas para fixação, locomoção e ingestão de alimento. Hirudo medicinalis 04. HABITAT E MODO DE VIDA A maioria das minhocas (oligoquetos) vive em terra úmida e algumas são dulcícolas. Os poliquetos são vermes marinhos, vivendo enterrados na areia das praias. Os hirudíneos são, principalmente, dulcícolas, existindo espécies marinhas e aquelas que habitam terra úmida. Podem ser de vida livre ou simbiontes (alguns são ectoparasitas hematófagos) 05. FILOGENIA Triblásticos ou triploblásticos Protostômios Eucelomados (esquizoceloma) Simetria bilateral Metaméricos ou segmentados 06. FISIOLOGIA a. SIST. TEGUMENTAR Apresentam o corpo revestido por uma epiderme simples ou uniestratificada contendo glândulas mucosas e células sensoriais, recoberta por uma cutícula delgada e muito permeável. b. SUSTENTAÇÃO E LOCOMOÇÃO O esqueleto está ausente. A sustentação do corpo é dada pelo celoma, que atua como esqueleto hidrostático. Apresentam um sistema muscular representado pelo sistema músculo-dermático, constituído por duas camadas de fibras musculares: uma externa circular e outra interna longitudinal. A locomoção é feita por contrações rítmicas da musculatura, auxiliada pelo esqueleto hidrostático. Nos oligoquetos, na face ventral do corpo, estão presentes estruturas quitinosas que auxiliam na locomoção – as cerdas. Nos poliquetos as cerdas se inserem em expansões laterais, presentes um par delas em cada anel, denominadas parapódios, que também auxiliam na locomoção. Os hirudíneos são desprovidos de cerdas e parapódios, porém apresentam na face ventral do corpo um par de ventosas que utilizam para realizar movimentos de “mede palmos”. c. AP. DIGESTIVO E DIGESTÃO Possuem aparelho digestivo com tubo digestivo completo. A digestão é extracelular. As minhocas nutrem-se de vegetais em decomposição presentes no solo. O intestino apresenta projeções cegas (cecos intestinais) e uma prega em seu interior (tiflossole) que aumentam a superfície de absorção do alimento. Os poliquetos são carnívoros e possuem mandíbulas para captura de alimento. As sanguessugas hematófagas, ectoparasitas de vertebrados.

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ANELÍDEOS E MOLUSCOS

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01. ANELÍDEOS: PRINCIPAL CARACTERÍSTICA São animais pluricelulares de corpo mais ou menos cilíndrico e alongado que se apresenta, ao longo de seu eixo maior, que é subdividido, tanto externa como internamente, em anéis ou metâmeros. Os anelídeos são, desta forma, vermes mais evoluídos que os platelmintos e nematelmintos, que são ametaméricos. 02. CLASSIFICAÇÃO

reino: Animália ou Metazoa sub-reino: Eumetazoa filo: Annelida classes: 1. Oligochaeta

2. Polichaeta 3. Hirudinea 03. REPRESENTANTES

Oligoquetos: Apresentam poucas cerdas, não têm parapódios nem cabeça diferenciada. São vulgarmente conhecidos como minhocas. Pheritima hawaiana (minhoca brasileira); Lumbricus terrestres (minhoca européia)

Poliquetos: Apresentam, em cada segmento do corpo, muitas cerda s implantadas em expansões laterais denominadas parapódios. Neles observa-se cabeça bem diferenciada com tentáculos. NNeerreeiiss vviirreennss

Hirudíneos: São desprovidos de cerdas, parapórdios e cabeça diferenciada. Possuem ventosas para fixação, locomoção e ingestão de alimento.

Hirudo medicinalis 04. HABITAT E MODO DE VIDA A maioria das minhocas (oligoquetos) vive em terra úmida e algumas são dulcícolas. Os poliquetos são vermes marinhos, vivendo enterrados na areia das praias. Os hirudíneos são, principalmente, dulcícolas, existindo espécies marinhas e aquelas que habitam terra úmida. Podem ser de vida livre ou simbiontes (alguns são ectoparasitas hematófagos) 05. FILOGENIA

Triblásticos ou triploblásticos Protostômios Eucelomados (esquizoceloma) Simetria bilateral Metaméricos ou segmentados

06. FISIOLOGIA a. SIST. TEGUMENTAR Apresentam o corpo revestido por uma epiderme simples ou uniestratificada contendo glândulas mucosas e células sensoriais, recoberta por uma cutícula delgada e muito permeável. b. SUSTENTAÇÃO E LOCOMOÇÃO O esqueleto está ausente. A sustentação do corpo é dada pelo celoma, que atua como esqueleto hidrostático. Apresentam um sistema muscular representado pelo sistema músculo-dermático, constituído por duas camadas de fibras musculares: uma externa circular e outra interna longitudinal. A locomoção é feita por contrações rítmicas da musculatura, auxiliada pelo esqueleto hidrostático. Nos oligoquetos, na face ventral do corpo, estão presentes estruturas quitinosas que auxiliam na locomoção – as cerdas. Nos poliquetos as cerdas se inserem em expansões laterais, presentes um par delas em cada anel, denominadas parapódios, que também auxiliam na locomoção. Os hirudíneos são desprovidos de cerdas e parapódios, porém apresentam na face ventral do corpo um par de ventosas que utilizam para realizar movimentos de “mede palmos”. c. AP. DIGESTIVO E DIGESTÃO Possuem aparelho digestivo com tubo digestivo completo. A digestão é extracelular. As minhocas nutrem-se de vegetais em decomposição presentes no solo. O intestino apresenta projeções cegas (cecos intestinais) e uma prega em seu interior (tiflossole) que aumentam a superfície de absorção do alimento. Os poliquetos são carnívoros e possuem mandíbulas para captura de alimento. As sanguessugas hematófagas, ectoparasitas de vertebrados.

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d. AP. RESPIRATÓRIO E RESPIRAÇÃO Os anelídeos são desprovidos de ap. respiratório. A respiração é cutânea. Nos poliquetos há uma intensa vascularização no interior dos parapódios. A epiderme delgada e muito úmida facilita as trocas gasosas nesta região do corpo que, assim, funcionam como “brânquias primitivas”. e. AP. CIRCULATÓRIO E CIRCULAÇÃO Possuem aparelho circulatório com circulação fechada. O sangue contém pigmento respiratório: hemoglobina nos poliquetos e clorocruorina nos demais. Existem dois grandes vasos, um dorsal e outro ventral, interligados por capilares e vasos contráteis que funcional como corações.

f. AP. EXCRETOR E EXCREÇÃO Está formado por um par de nefrídeos em cada anel do corpo. Estes retiram os excretas da cavidade celomática e os eliminam para o meio externo através de poros excretores localizados na superfície lateral do corpo. g. SIST. NERVOSO E ÓRGÃOS DE SENTIDOS O sistema nervoso é centralizado, do tipo ganglionado. Há um par de gânglios cerebróides localizados sobre a faringe, de cada um dos quais parte um cordão nervoso longitudinal e ventral. Em cada anel há um par de gânglios dos quais partem nervos que se dirigem para os órgãos e para a superfície do corpo. h. SEXO E REPRODUÇÃO Poliquetos são animais geralmente dióicos, enquanto oligoquetos e hirudíneos são monóicos. Oligoquetos e hirudíneos apresentam seus aparelhos reprodutores bem desenvolvidos. A reprodução nesses organismos é sempre sexuada por fecundação cruzada e externa (o encontro dos gametas acontece no interior do clitelo, fora do corpo do animal). O desenvolvimento é externo e direto. Os poliquetos são desprovidos de gônadas. Possuem células germinativas que, em certas épocas dão origem a gametas. A fecundação é cruzada e externa. O desenvolvimento é externo e indireto. Algumas espécies podem realizar reprodução assexuada.

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GE – PE/ AC/ AB/ CN

BACTERIOSES

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PROFº: RINALDO BARRAL

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Bactérias Gram-positivas e Gram-negativas:

Em 1884, o bioquímico dinamarquês Hans Christhian Gram (1853-1938) descobriu que bactérias destruídas de uma camada de lipídios associados a polissacarídeos na parede celular absorvem o corante violeta de genciana. Bactérias que possuem tal camada não absorvem esse corante. Esse processo, chamado coloração de Gram, é usado para classificar as bactérias em Gram-positivas ou Gram-negativas, conforme absorvam ou não o corante. Essa classificação é importante, pois as bactérias Gram-positivas são mais sensíveis à penicilina e à sulfa.

Doenças Causadas por Bactérias:

As bactérias patogênicas podem ser transmitidas por gotículas de saliva dos doentes ou portadores (é o caso das que causam tuberculose, lepra, difteria, coqueluche, escarlatina, pneumonia, meningite), por contato com alimento, água ou objeto contaminado (disenteria bacilar, tétano, tracoma, leptospirose, cólera, febre tifóide, botulismo) ou por contato sexual (gonorréia, sífilis).

Ao contrario dos vírus, as bactérias são sensíveis a antibióticos. Além destes, há vacinas e soros contra alguns tipos de bactérias. Gonorréia ou blenorragia. É causada pelo gonococo (Neisseriagonorrhoeae), bactéria transmitida por contato sexual. Provoca dor, ardência e pus ao urinar. Os sintomas são pouco evidentes nas mulheres, o que dificulta o tratamento, com evolução para DIP (Doença Inflamatória Pélvica), que compromete as tubas

uterinas e pode causar esterilidade.A infecção pode atingir também a região da orofaringe e anorretal como resultado de práticas sexuais oral e anal. Em cerca de 1 a 3% dos indivíduos com gonorréia assintomática não tratada, o gonococo invade a corrente circulatória dando origem à infecção gonocócica disseminada, manifestada através de artrites, endocardites, meningites e lesões cutâneas. O tratamento deve ser feito sob orientação médica.

Sífilis. É causada pelo Treponema pallidum (espiroqueta), transmitido, geralmente, por contato sexual (pode passar também da mãe para o feto pela placenta). Um sinal característico da doença é o aparecimento, próximo aos órgãos sexuais, de uma ferida de bordas endurecidas, indolor (o "cancro duro"), que regride mesmo sem tratamento. Entretanto, isso não significa que o indivíduo esteja curado, sendo absolutamente necessários diagnóstico e tratamento médicos. Sem tratamento, a doença pode apresentar sérias consequências e comprometer diversos órgãos e o sistema nervoso, provocando paralisia progressiva e morte.

Cancro primário da pálpebra Sífilis secundária

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Canção da zoologia

Todos os filos da zoologia que formam hoje o reino animal esponja é simples na anatomia celenterados formam o coral o platelminto é um verme achatado acelomado e folhetos tem três nematelminto é falso celomado filo molusca não tem rigidez no filo anellída circulação fechada se deu artron equinodermos; cordados somos você e eu! Deuterostômio quem é que vai ser? E protostômio quem é que vai ser? É pra você, estude o reino animal

wisque a go-go,roupa nova

Tuberculose. Principal causa de mortes no final do século XIX e início do século XX, segue sendo a infecção mais importante causadora de mortes em adultos no mundo por um único agente infeccioso. Um dos mais significativos e completos estudos sobre a tuberculose foi realizado pelo alemão Robert Koch (1843-1910). Em 1927, Arlindo de Assis aplicava pela primeira vez a BCG oral em recém nascidos Causada pelo bacilo de Koch (Mycobacterium tuberculosis), compromete, em geral, os pulmões. O doente apresenta tosse persistente, emagrecimento, febre, fadiga e, nos casos mais avançados, hemoptise (expectoração com sangue). As medidas preventivas incluem vacinação das crianças - a vacina é a BCG (bacilo de Calmet Guérin) - e melhorias dos padrões de vida das populações mais pobres. A infecção ocorre através de partículas infectantes e o tratamento é feito com antibióticos. Estima-se que 1,7 bilhão de pessoas estejam infectadas pelo Mycobacterium tuberculosis, sendo esta doença responsável por cerca de 7% de todas as mortes ocorridas na terra. No Brasil, anualmente ocorrem cerca de 5.000 mortes por tuberculose Hanseníase (lepra) Em 1873, quando se acreditava ser a lepra uma punição divina,a doença da alma, o castigo do pecado, o cientista norueguês Gerhard Henrik Amauer Hansen associou o microorganismo Mycobacterium leprae com a doença humana, a partir de biópsias de lesões cutâneas. Causada pelo bacilo de Hansen (Mycobacterium leprae), causa lesões na pele, nas mucosas e nos nervos (o doente apresenta falta de sensibilidade na pele). Quando o tratamento é feito a tempo, a recuperação é total. A bactéria afeta predominantemente a pele, as vias aéreas superiores, o sistema nervoso periférico e os olhos, podendo levar à cegueira. A lepra tuberculóide é caracterizada por lesões cutâneas e nervosas localizadas e limitadas, com período de incubação variando entre dois a cinco anos.A lepra lepromatosa apresenta lesões generalizadas com uma carga multibacilar de 10 10 bacilos por grama de tecido, com período de incubação variando entre oito e doze anos. Leptospirose. Doença causada pela Leptospira interrogans, transmitida por água, alimentos e objetos contaminados por urina de ratos, cães e outros animais portadores da bactéria. O doente apresenta febre alta, calafrios, dores de cabeça, musculares e articulares. No homem, a penetração pode ocorrer através da pele lesada ou de abrasões invisíveis a olho nu de membranas mucosas como da conjuntiva e oro-nasofaringe. É necessário atendimento médico para evitar complicações renais e hepáticas.

Difteria (crupe). Muitas vezes fatal, é causada pelo bacilo diftérico, acometendo principalmente crianças. Surge uma membrana branca na garganta, acompanhada de dor, febre, dificuldade de falar e engolir. O tratamento deve ser feito o mais rápido possível. A vacina antidiftérica esta associada à antitetânica e à antipertussis (contra a coqueluche) na forma de vacina tríplice.

Coqueluche. Doença típica de crianças causada pela Bordetella pertussis. O doente apresenta tosse característica, e o tratamento consiste em repouso, boa alimentação e, se o médico achar necessário, antibióticos e sedativos para a tosse.

Pneumonia. A maioria das pneumonias é provocada pela bactéria Streptococcus pneumoniae. Começa com febre alta, dor no peito ou nas costas e tosse com expectoração. O médico deve ser consultado para iniciar o tratamento com antibióticos e o doente deve ficar em repouso. (Algumas formas de pneumonia são causadas por vírus.)

Meningite meningocócica. Infecção das meninges (membranas que envolvem o cérebro e a medula) causada pelo meningococo. Os sintomas iniciais são febre alta, náuseas, vômitos e rigidez dos músculos da nuca (o doente não consegue encostar o queixo no peito). A hospitalização deve ser imediata, com tratamento à base de antibióticos, pois a doença pode ser fatal. Como a bactéria é transmitida por espirro, tosse ou fala, é importante a notificação à escola caso uma criança a contraia. (Alguns vírus podem provocar meningite.)

Tétano. Causado pelo bacilo Clostridium tetani, que pode penetrar no organismo por ferimentos na pele ou pelo cordão umbilical do recém-nascido quando cortado com instrumentos não esterilizados. O doente apresenta dor de cabeça, febre e contrações musculares, que provocam rigidez na nuca e na mandíbula. Ha casos de morte por asfixia. A vacinação e os cuidados médicos (é aplicado soro antitetânico em caso de ferimento suspeito) são essenciais.

Febre tifóide. Causada pela Salmonella typhi, provoca úlceras no intestino, diarréia, cólica e febre. O tratamento é feito com antibióticos. A prevenção inclui vacinas e melhoria das condições sanitárias da população.

Botulismo. Intoxicação grave provocada pelo Clostridium botulinum ou por seus esporos, presentes em alimentos contaminados. Essa bactéria produz uma toxina que afeta o sistema nervoso, provocando tremores, vômitos e fraqueza muscular progressiva, que pode evoluir para paralisia respiratória e morte, se não houver socorro imediato (é necessário tratamento hospitalar). Para evitá-la, os alimentos devem ser preparados e conservados adequadamente. Há maior número de casos por consumo de conservas caseiras do que de alimentos industrializados. Não se deve consumir alimentos com cheiro estranho ou enlatados em que a lata esteja em mau estado de conservação ou estufada. Isso pode significar que os micróbios em seu interior estão ativos e realizaram fermentação, liberando gás carbônico, que estufou a lata.

Canção dos Moneras

Bactéria é monera sim, nós vamos aprender. nucleóide tem enfim sem proteína muitas tem parede celular, como vai respirar? mesossomo se formou assexuada reproduz-se sozinho, a cisão é o caminho vírus entra na transdução.

amônia pura vamos nitrificar (bïs)

Muitas fazem decomposição de quem chegou ao fim outra faz fixação do nitrogênio. bactéria vai sintetizar a luz utilizar fermentando faz pra mim queijo, iogurte, coalhada para o álcool do vinho o vinagre é o destino dentro da fermentação.

amônia pura vamos nitrificar (bïs)

Sei que você insulina formou; sei que você GH fabricou

Ana Júlia; Los Hermanos

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JACKY14/03/08

BACTERIOSES

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PROFº: HUBERTT

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Reino Monera: As Bactérias (Morfologia Bacteriana): Formação de esporos: Algumas bactérias formam, em condições adversas (temperaturas bastante altas ou muito baixas, meios muito ácidos ou básicos, presença de substâncias tóxicas no ambiente, etc.), estruturas resistentes chamadas esporos. Essas estruturas são células de parede resistente, com pouca água no citoplasma. Nelas a bactéria permanece em estado de vida suspensa ou latente, com as funções vitais reduzidas ao mínimo. Um exemplo ocorreu na Antártida, onde foram recolhidas bactérias que permaneceram na forma de esporo por quase l milhão de anos, a vários graus abaixo de zero, e que recomeçaram suas atividades quando foram colocadas em ambiente com temperatura favorável. 'Portanto, a formação de esporos é outro fator responsável pelo sucesso das bactérias em ambientes inóspitos. 2. As Características das Cianobactérias: Conhecidas também como cianofíceas ou algas azuis, as cianobactérias são autotróficas, vivendo isoladamente ou associando-se em colônias que podem atingir até um metro de comprimento. A maioria vive em água doce, mas podem ser encontradas também no mar, em solos úmidos e agregadas a fungos, formando os liquens. Além de possuir clorofila (a molécula a clorofila A, encontrada também nas plantas), as cianobactérias possuem também a ficocianina (um pigmento azul) e, às vezes, ficoeritrina (pigmento vermelho). Esses pigmentos estão distribuídos ao longo de membranas espalhadas no citoplasma. A parede celular é idêntica à das outras bactérias, sendo às vezes revestida por uma capa gelatinosa, portadora de pigmentos coloridos entre outras, nas cores dourado. castanho e vermelho. Portanto, apesar do nome, muitas cianofíceas não são azuis, já que pigmentos de outras cores podem mascarar a ficocianina. As cianobactérias possuem um glicídio de reserva semelhante ao glicogênio encontrado nos animais. Não possuem cílios nem flagelos, mas algumas podem locomover-se por um mecanismo de deslizamento, devido a oscilações das células. Muitas cianobactérias são capazes de fixar o nitrogênio do ar atmosférico, aproveitando esse gás para construir suas proteínas. Essa capacidade de fixação do nitrogênio, associada à fotossíntese, confere às cianofíceas uma grande autonomia nutritiva e é importante rara o equilíbrio do ciclo do nitrogênio. A reprodução das cianofíceas não coloniais é assexuada, por divisão binária, semelhante à das bactérias. As formas filamentosas podem reproduzir-se assexuadamente por fragmentação ou hormogônia: quebram-se em alguns pontos, dando origem a vários fragmentos pequenos chamados hormogônios, que, por divisão de suas células, darão origem a novas colônias filamentosas. Algumas formas coloniais filamentosas produzem esporos resistentes, denominados acinetos, que podem destacar-se e originar novos filamentos. Além de acinetos, algumas espécies possuem uma célula especial denominada heterocisto, cuja função ainda não está esclarecida, mas há indícios de que sejam células fixadoras de nitrogênio e de que auxiliem na sobrevivência e flutuação dos organismos sob condições desfavoráveis.

Oscillatoria, Nostoc, Gloeocapsa e Anabaena. Imagens retiradas das páginas:

http://www.nostoc.pt/imagens/Oscillatoria.jpg; http://www.biologie.uni-hamburg.de/b-

online/library/webb/BOT311/Cyanobacteria/NostocNihon500.jpg; http://www.marietta.edu/~spilatrs/biol202/microid/images/gloeocapsa_oil.jpg;

http://www.bom.hik.se/nesch/kac/anabaena.jpg Alguns gêneros de cianofíceas. O Heterocisto é uma célula especializada

para a fixação do nitrogênio. 3. Doenças Causadas por Bactérias: Ao contrário dos vírus, as bactérias são sensíveis aos antibióticos. As doenças bacterianas podem ser transmitidas por gotículas de saliva dos doentes ou portadores (no caso da tuberculose, lepra, difteria, coqueluche, escarlatina, pneumonia, meningite), por contato com alimento, água ou objeto contaminado (disenteria bacilar, tétano, tracoma, leptospirose, cólera, febre tifóide) ou por contato sexual (gonorréia, sífilis). Tuberculose: A Tuberculose é uma doença crônica, infecto-contagiosa, produzida pelo Mycobacterium tuberculosis, atacando geralmente os pulmões. Há tosse persistente, emagrecimento, febre, fadiga e, nos casos mais avançados, hemoptise (expectoração com sangue). O tratamento é feito com antibióticos e as medidas preventivas incluem vacinação das crianças — a vacina é a BCG (bacilo de Calmet-Guérin) —, radiografias e melhorias dos padrões de vida das populações mais pobres. Hanseníase (lepra): A hanseníase é uma doença infecciosa, contagiosa, causada por um bacilo denominado Mycobacterium leprae, causa lesões na pele, nas mucosas e nos nervos. O doente fica com falta de sensibilidade na pele. Quando o tratamento é feito a tempo, a recuperação é total.

Mycobacterium leprae e Lepra. Imagens retiradas das páginas:

http://www.fiocruz.br/ccs/especiais/hanseniase/hanseniase2.hm e http://www.brasilescola.com/upload/e/lepra.jpg

Difteria (crupe): É uma doença infectocontagiosa causada pela toxina do bacilo Corynebacterium diphteriae, que provoca inflamação da mucosa da garganta, do nariz e, às vezes, da traquéia e dos brônquios. A vacina antidiftérica está associada à antitetânica e a antipertussis (esta última contra a coqueluche) na forma de vacina tríplice.

Coqueluche: A coqueluche é uma doença extremamente contagiosa provocada pelas bactérias Bordetella pertussis e Bordetella parapertussis que ao entrar no organismo permanece incubada até 14 dias. O tratamento consiste em repouso, boa alimentação e, se o médico achar necessário, antibióticos e sedativos para a tosse. Pneumonia bacteriana: Embora algumas formas de pneumonia sejam causadas por vírus, a maioria é provocada pela bactéria Streptococcus pneumoniae, que ataca o pulmão. Começa com febre alta, dor no peito ou nas costas e tosse com expectoração.

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O médico deve ser chamado para iniciar o tratamento com antibióticos e o doente deve ficar em repouso. Escarlatina: Provocada pelo Streptococcus pyogenes, causa dor de garganta, febre, dores musculares, náuseas e vômitos. As amigdalas ficam inflamadas, com pus, e a língua apresenta pequenas saliências ("língua de framboesa"). Depois disso surgem erupções na pele e manchas vermelho-escarlates. O médico deve ser consultado e o doente tem que ficar em repouso. De modo geral, a evolução é benigna, mas pode haver complicações causadas pela disseminação da infecção para outros órgãos do corpo. Tétano: Produzido pelo bacilo do tétano (Clostridium tetaní), pode penetrar no organismo por ferimentos na pele ou pelo cordão umbilical do recém-nascido quando este é cortado por instrumentos não esterilizados. Há dor de cabeça, febre e contrações musculares, provocando rigidez na nuca e mandíbula. Há casos de morte por asfixia. A vacinação e os cuidados médicos (é aplicado o soro antitetânico em caso de ferimento suspeito) são essenciais. Leptospirose: Causada pela Leptospira interrogans, é transmitida pela água, alimentos e objetos contaminados por urina de ratos, cães e outros animais portadores da bactéria. Há febre alta, calafrios, dores de cabeça e dores musculares e articulares. É necessário atendimento médico para evitar complicações renais e hepáticas. Tracoma: Inflamação da conjuntiva e da córnea que pode levar à cegueira, é causada pela Chlamydia trachomatis. Surgem bolhas nos olhos e granulações nas pálpebras. É necessário pronto atendimento médico. A prevenção inclui uma boa higiene pessoal e o tratamento é feito com sulfas e antibióticos. Disenterias bacilares: Constituem a principal causa de mortalidade infantil nos países subdesenvolvidos, onde as classes mais pobres vivem em péssimas condições sanitárias e de moradia. São doenças causadas por diversas bactérias, como a Shigetta e a Salmonella, e pelos colibacilos patogênicos. Transmitidas pela ingestão de água e alimentos contaminados, exigem pronto atendimento médico. A profilaxia só pode ser feita através de medidas de saneamento e melhoria das condições sócio-econômicas da população. Gonorréia ou blenorragia: Causada por uma bactéria, o gonococo (Neissería gonorrhoeaé), transmite-se por contato sexual. Provoca dor, ardência e pus ao urinar. O tratamento deve ser feito sob orientação médica, pois exige o emprego de antibióticos. Sífilis: Provocada pela bactéria Treponema pallidum, ë transmitida, geralmente, por contato sexual (pode passar também da mãe para o feto pela placenta). Um sinal característico da doença é o aparecimento, próximo aos órgãos sexuais, de uma ferida de bordas endurecidas, indolor (o "cancro duro"), que regride mesmo sem tratamento. Entretanto, essa regressão não significa que o indivíduo esteja curado, sendo absolutamente necessários diagnóstico e tratamento médicos. Sem tratamento, a doença tem sérias conseqüências, atacando diversos órgãos do corpo, inclusive o sistema nervoso, e provocando paralisia progressiva e morte. Meningite meningocócica: Infecção das meninges (membranas que envolvem o cérebro e a medula). Pode ser provocada por vírus, mas a forma mais comum de meningite é causada por uma bactéria — o meningococo. Os sintomas iniciais são febre alta, náuseas, vômitos e rigidez dos músculos da nuca. O doente não consegue encostar o queixo no peito e deve ser hospitalizado imediatamente, sendo submetido a tratamento por antibióticos, pois a doença pode ser fatal. Como é transmitida por espirro, tosse ou fala, é importante a notificação à escola caso uma criança a contraia. Cólera: Doença causada pela bactéria Vibrio cholerae (vibrião colérico), que se instala e se multiplica na parede do intestino delgado, produzindo substâncias tóxicas e provocando uma forte diarréia. As fezes são aquosas e esbranquiçadas (parecendo água de arroz), sem muco ou sangue. Ocorrem também cólicas abdominais, dores no corpo, náuseas e vômitos. O grande perigo está na rápida desidratação provocada pela diarréia: o doente pode perder de um a dois litros de líquido por

hora. Como conseqüência, o doente apresenta muita sede, cãibras, olhos encovados e pele seca, azulada e enrugada. Se o processo continuar, pode haver rápida insuficiência renal e morte em 24 horas ou menos. Por isso, é preciso procurar logo atendimento médico para que a perda de água seja controlada através de reidratação endovenosa, com soro e antibióticos. Mais de 90% das pessoas que contraem o cólera permanecem assintomáticos, isto é, não chegam a adoecer, podendo sofrer apenas uma diarréia branda (embora possam transmitir a doença por cerca de trinta dias). A doença é contraída através da ingestão de água ou alimentos contaminados, crus ou mal cozidos (a bactéria morre em água fervida e em alimentos cozidos). Embora haja vacinas contra o cólera, sua eficácia é apenas parcial (em geral, cerca de 50%) e dura poucos meses. Por isso, a doença somente pode ser erradicada através de medidas de higiene e saneamento básico. Febre tifóide: Causada pela Salmonella typhi, provoca úlceras no intestino, diarréia, cólica e febre. O tratamento é feito com antibióticos. A prevenção inclui vacinas e melhoria das condições sanitárias da população.

Questões: 1. Qual a importância das bactérias para a espécie humana e para a natureza? 2. Cite duas formas de reprodução das bactérias. 3. Descreva a estrutura de uma bactéria. 4. Quais os tipos de nutrição e respiração das bactérias? 5. O que são esporos e qual sua importância para as bactérias? 6. Cite o nome de cinco doenças causadas por bactérias.

Questões de Múltipla Escolha: 01. (UFMG) Em que alternativa as duas características são comuns a todos os indivíduos do reino Monera? a) Ausência de núcleo — presença de clorofila. b) Ausência de carioteca — capacidade de síntese protéica. c) Incapacidade de síntese protéica — parasitas exclusivos. d) Presença de um só tipo de ácido nucléico — ausência de clorofila. e) Ausência de membrana plasmática — presença de DNA e RNA. 02. (UFOP-MG) O microrganismo Vibrio cholerae, causador de um quadro de diarréia intensa conhecida como cólera, é um tipo de organismo unicelular. Assinale a alternativa que identifica correta-mente o tipo de organismo e o reino ao qual pertence. a) Bactéria — monera b) Bactéria — protista c) Protozoário — protista d) Vírus — monera e) Vírus — protista 03. (Fatec-SP) As bactérias são organismos microscópicos, procariontes e muitas são patogênicas, pois causam doenças. Entre as doenças humanas causadas por bactérias podemos citar: a) varíola, poliomielite, hidrofobia e Aids. b) sífilis, gonorréia, meningite e tétano. c) pneumonia, tuberculose, caxumba e sarampo. d) encefalite, poliomielite, hepatite e cólera. e) botulismo, febre tifóide, gripe e Aids. 04. (PUC-RS) A figura abaixo representa agrupamentos de cocos que, de acordo com a seqüência das letras, são exemplos de:

a) estreptococos — estafilococos — sarcinas. b) pneumococos — estafilococos — tétrades. c) sarcinas — estreptococos — tétrades. d) estreptococos — espirilos — vibriões. e) estreptococos — sarcinas — espirilos.

Page 7: Vestibular Impacto - Biologia

GE270208 (SF)

Definição de Animais (Whittaker,1969) / Classificação dos Animais em Invertebrados e Cordados / Características Gerais dos Invertebrados e Vertebrados - exercícios

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01. U.E. Maringá-PR Considere as características a seguir e assinale o que for correto. A) Triblásticos B) Diblásticos C) Acelomados D) Celomados E) Pseudocelomados F) Tubo digestivo ausente G) Tubo digestivo incompleto ou ausente H) Tubo digestivo completo I) Sistema circulatório ausente J) Sistema circulatório presente K) Sistema respiratório ausente L) Sistema respiratório presente 01. A, E, G e K são características de Mollusca. 02. A, C, I e L são características de Aschelminthes. 04. A, C, G e K são características de Platyhelminthes. 08. A, E, F e J são características de Echinodermata. 16. A, D, H e J são características de Annelida. 32. B, F, J e L são características de Porifera. 64. B, H, I e L são características de Coelenterata (ou Cnidaria). 02. UFSE Considere a árvore filogenética abaixo.

Dos macacos antropóides representados no esquema, os que apresentam maior parentesco com o homem são o:

a) Chimpanzé e o orangotango; b) Orangotango e o gorila; c) Gorila e o chimpanzé; d) Gibão e o chimpanzé; e) Gorila e o gibão.

03. UFR-RJ A classificação dos animais pode ser feita baseando-se em critérios distintos. Entre eles utilizam-se o número de folhetos embrionários, a presença ou não de cavidade celômica e a origem embrionária da boca. A seguir observa-se uma árvore filogenética criada a partir desses critérios.

Qual desses três critérios citados foi utilizado para separar a árvore filogenética em dois ramos no ponto indicado pela seta? Justifique. 04. UFCE Os seres vivos são, atualmente, divididos em cinco reinos, Essa divisão baseia-se, principalmente, no tipo de nutrição e na organização celular dos organismos. Assinale a alternativa que mostra corretamente como são considerados os organismos pertencentes ao reino Animalia. a) Multicelulares, procarióticos e heterótrofos; b) Unicelulares, eucarióticos e heterótrofos; c) Multicelulares, eucarióticos e autótrofos; d) Multicelulares, eucarióticos e heterótrofos; e) Unicelulares, procarióticos e autótrofos. 05. Univali-SC O blastóporo, orifício embrionário, pode dar origem à boca ou ao ânus doanimal. Esse orifício é originado durante uma das fases embrionárias, a: a) Gastrulação. b) Blastulação. c) Neurulação. d) Organogênese. e) Segmentação. 06. Cefet-RJ A gástrula humana tem três folhetos germinativos que, após se diferenciarem, dão origem a órgãos definitivos no adulto. Marque, no quadro abaixo, a opção que representa a relação entre o folheto germinativo e o órgão por ele originado.

07. UFPR De acordo com os conhecimentos fundamentais de embriologia, é correto afirmar: ( ) Para que a fecundação se concretize, é necessário que ocorra o fenômeno da anfimixia. ( ) Os ovos oligolécitos armazenam pouco vitelo e são também encontrados nos equinodermos, entre outros. ( ) A blástula caracteriza-se por apresentar cavidade celomática. ( ) A reprodução sexuada só ocorre em seres multicelulares. ( ) A quantidade de vitelo armazenada nos ovos não interfere no tipo de segmentação dos mesmos. ( ) O saco amniótico tem, entre outras funções, a de servir como depósito de catabólitos durante o desenvolvimento embrionário das aves.

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08.UFMT: Os esquemas abaixo representam cortes transversais de três invertebrados.

Sobre esses esquemas, julgue as afirmativas como verdadeiras ou falsas. ( ) O esquema “A” refere-se aos celenterados, cuja mesogléia é de origem endodérmica. ( ) Os esquemas “A” e “B” referem-se a animais acelomados, cujo mesoderma não se organiza em duas camadas capazes de se separar. ( ) Os esquemas “B” e “C” referem-se, respectivamente, aos artrópodos e aos equinodermatas. ( ) O esquema “C” mostra um corte transversal de um anelídeo. 09. UFPB: Os esquemas abaixo representam, em corte transversal, a organização corporal de um animal acelomado e de um celomado.

Comparando-se a organização corporal dos dois animais, pode-se dizer que o desenvolvimento do celoma propiciou: I. A circulação de substâncias nutritivas e de gases respiratórios. II. A formação de um tubo digestivo com movimentos próprios. III. Maior difusão superficial dos gases respiratórios. Está(ão) correta(s), apenas: a) I. b) II. c) I e II. d) I e III. e) II e III.

COMENTÁRIOS:

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MA150208

CARACTERÍSTICAS GERAIS DOS INVERTEBRADOS E VERTEBRADOS

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Cão: Canis familiaris Lineu ou L., 1758. Bactéria da sífilis: Treponema pallidum Schaudinn & Hoffmann, 1905. Verme ancilóstoma: Ancylostoma duodenale Creplin ou C., 1845. Algodão: Hibiscus tiliaceus Saint-Hilaire, 1825.

Cão – Canis familiaris Mosca – Musca domestica Homem – Homo sapiens Feijão – Phaseolus vulgaris Arroz – Oryza sativa

CLASSIFICAÇÃO E NOMENCLATURA DOS SERES VIVOS

OS NOMES CIENTÍFICOS Animais e plantas são popularmente conhecidos por nomes muito variáveis de um idioma para outro ou, até mesmo, de uma região para outra num mesmo país.

Como se chamará o cão em russo, grego, egípcio, indiano, coreano, chinês, persa, curdo (idioma do Curdistão), eslavo e nas numerosas línguas africanas? E nos inumeráveis idiomas indígenas? Para se ter uma idéia, basta lembrar que existem cerca de 4 mil idiomas no mundo atual. Numa tentativa de universalizar os nomes de animais e plantas, já de há muito os cientistas vinham procurando criar uma nomenclatura internacional para a designação dos seres vivos. No primeiro livro de Zoologia publicado por um americano, Mark Catesby, por volta de 1740, o pássaro conhecido por tordo (o sabiá americano) foi denominado cientificamente assim: Turdus minor cinereo-albus non maculatus, que significava: tordo pequeno branco-acinzentado sem manchas. Era uma tentativa de "padronizar" o nome do tordo, de tal forma que assim ele pudesse ser conhecido em qualquer idioma. Mas, convenhamos, o nome proposto por Mark Catesby era muito grande para um pássaro tão pequeno (!)... Já em 1735, o sueco Karl von Linné, botânico e médico, conhecido entre nós simplesmente por Lineu, lançava o seu livro Systema Naturae, onde propunha regras para classificar e denominar animais e plantas. Mas só na 10ª edição do seu livro, já em 1758, foi que ele propôs efetiva-mente uma forma de nomenclatura mais simples, em que cada organismo seria conhecido por dois nomes apenas, seguidos e inseparáveis. Assim, surgiu a nomenclatura binominal modernamente adotada. Observação: Em 1758, Lineu batizou o tordo americano como Mimus polyglottos. Era a substituição do longo nome proposto por Catesby por uma designação mais objetiva e binominal. Posteriormente, mudou-se a

denominação para Turdus migratorius, nome com que ainda hoje é conhecido o tordo americano. As regras atuais para a denominação científica dos seres vivos foram firmadas, com base na obra de Lineu, no l Congresso Internacional de Nomenclatura Científica, em 1898, e revistas em 1927, em Budapeste, Hungria. As principais regras são:

Na designação científica, os nomes devem ser latinos de origem ou, então, latinizados.

Em obras impressas, todo nome científico deve ser escrito em itálico (tipo de letra fino e inclinado), diferente do corpo tipográfico usado no texto corrido. Em trabalhos manuscritos, esses nomes devem ser grifados.

Cada organismo deve ser reconhecido por uma designação binominal, onde o primeiro termo identifica o seu gênero e o segundo, a sua espécie. Mas considera-se erro grave o uso do nome da espécie isoladamente, sem ser antecedido pelo nome do gênero.

Exemplos: É errado dizer que o cão pertence ao gênero Canis e à espécie familiaris. Corretamente, devemos dizer que o cão pertence ao gênero Canis e à espécie Canis familiaris.

Observação: Nos casos de denominação especifica em homenagem a pessoa célebre do próprio país onde se vive, consente-se o uso da inicial maiúscula. No Brasil, há quem escreva: Trypanosoma Cruzi (protozoário causador da doença de Chagas), já que o termo Cruzi é a transliteração latina do nome de Oswaldo Cruz, um dos pesquisadores daquela doença, que se notabilizou como figura exponencial na medicina brasileira.

O nome relativo ao gênero deve ser um substantivo simples ou composto, escrito com inicial maiúscula.

O nome relativo à espécie deve ser um adjetivo escrito com inicial minúscula (salvo raríssimas exceções).

Em seguida ao nome do organismo é facultado colocar, por extenso ou abreviadamente, o nome do autor que primeiro o descreveu e denominou, sem qualquer pontuação intermediária, seguindo - se depois uma vírgula e a data em que foi publicado pela primeira vez.

Exemplos:

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Ema — gênero: Rhea; subespécie: Rhea americana alba. Cascavel — gênero: Crotalus; subespécie: Crotalus terrificus terrificus. Bacilo de Koch bovino — gênero: Mycobacterium; subespécie: Mycobacterium tuberculosis bovis.

Cão — gênero: Canis; família: Canidae; subfamília: Caninae. Cascavel — gênero: Crotalus; família: Crotalidae; subfamília: Crotalinae. Gato — gênero: Fe/is; família: Felidae; subfamília: Felinae.

Palmaceae (palmeiras, coqueiros). Liliaceae (alho, cebola). Rosaceae (roseira, macieira, pereira).

o Schizotrypanum cruzi (nome dado por Carlos Chagas) teve o seu gênero substituído depois por Trypanosoma. Então, deve-se grafar: Trypanosoma (Schizotrypanum) cruzi.

Observação: Não confunda o nome do autor (mencionado após a espécie) com subespécie, uma vez que esta última é grafada com inicial minúscula, enquanto o nome do autor tem sempre inicial maiúscula. Além disso, a subespécie é escrita com tipo itálico, o que não ocorre com o nome do autor.

Conquanto a designação seja uninominal para gêneros e binominal para espécies, ela é trinominal para subespécies. Exemplos: Você deve concluir que existem diferentes tipos de ema, de cascavel e de bacilo de Koch. Nós mencionamos apenas um tipo (ou seja, uma subespécie) de cada uma dessas espécies. Observação: A espécie Rhea americana compreende três subespécies:

Rhea americana alba (ema branca); Rhea americana grisea (ema cinzenta); Rhea americana americana (ema mais desenvolvida

que as outras). Também o bacilo causador da tuberculose apresenta subespécies diversas, como:

Mycobacterium tuberculosis hominis (tuberbulose humana);

Mycobacterium tuberculosis bovis (tuberculose bovina);

Mycobacterium tuberculosis avis (tuberculose aviária).

Em Zoologia, o nome de família é dado pela adição do sufixo idae ao radical correspondente ao nome do gênero-tipo. Para subfamília, o radical usado é inae. Exemplos:

Algumas regras de nomenclatura botânica são independentes das regras de nomenclatura zoológica. Os nomes de família, por exemplo, nunca têm para as plantas o sufixo idae, mas quase sempre levam a terminação aceae. Exemplos:

Lei da prioridade: Se para um mesmo organismo forem dados nomes diferentes, por autores diversos, prevalece a primeira denominação. A finalidade dessa regra é evitar que a mesma espécie seja designada por diferentes nomes científicos, o que acarretaria confusão idêntica à que existe com os nomes vulgares.

Observação: Em casos excepcionais, é permitida a substituição de um nome científico, mas para isso adota-se uma notação especial, já convencionada que indica tratar-se de espécime reclassificado. Assim, quando um especialista muda a posição sistemática de um ser que anteriormente já recebera denominação científica, e o coloca em outro gênero, a notação taxionômica correta deve assumir uma das formas abaixo: a) Menciona-se o nome antigo entre parênteses, depois do gênero e antes do nome específico.

Exemplo: b) Ou, então, menciona-se o nome do organismo já no novo gênero e, a seguir, entre parênteses, o nome do primeiro autor e a data em que denominou aquele ser; só então, já fora dos parênteses, coloca-se o nome do segundo autor e a data em que reclassificou o espécime. Exemplos: Em 1843, o médico Dubini descreveu um dos parasitas agentes da ancilostomose, ao qual denominou Agehylostoma duodenale. Porém, Creplin emendou esse nome em 1845, incluindo-o no gênero Ancylostoma. Será correto grafar Ancylostoma duodenale (Dubini, 1843) Creplin, 1845. Ercolani, em 1859, descreveu um verme nematódio parasita do intestino do cão e denominou-o Sclerostomum caninum. Hall, em 1913, mudou-o para o gênero Ancylostoma. Devemos mencioná-lo da seguinte forma: Ancylostoma caninum (Ercolani, 1859) Hall, 1913. Assim, a denominação da formiga saúva Atta sexdans (Lineu, 1758) Fabricius, 1804, indica que Fabricius mudou de gênero o animal inicialmente descrito e batizado por Lineu. Observação: Para efeito de validade taxionômica, só são considerados os nomes científicos criados de 1758 para cá, isto é, depois da consagração do sistema binominal de Lineu.

BIBLIOGRAFIA: [1] SOARES, José Luís. Biologia.. São Paulo: Scipione ltda, 2002,.vol.3

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CT12/02/08

Características Gerais dos Seres Vivos

Frente: 01 Aula: 02

PROFº: Hubertt Lima A Certeza de Vencer

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A Terra é habitada por milhões de seres: A Terra é habitada por muitos milhões de seres: alguns desses seres são chamados de vivos, outros não.

Imagem retirada da página: http://www.webciencia.com/04_terra1.jpg

Todos os seres são formados por matéria. O que distingue um ser vivo de um ser bruto ou não-vivo, em primeiro lugar, é a composição química. Na Antigüidade, os pensadores achavam que os seres vivos eram dotados de uma exclusiva e misteriosa força vital que lhes confiria vida. Hoje não se acredita mais nisso, pois sabe-se que a matéria que forma os organismos vivos, embora peculiar, é constituída por partículas semelhantes às que formam a matéria não viva e está sujeita às mesmas leis que regem o universo não-vivo. Na matéria viva, porém, certos elementos químicos estão sempre presentes em grande proporção, como o carbono (C), o hidrogênio (H), o oxigênio (O) e o nitrogênio (N) que, junto com vários outros elementos, em menores quantidades, formam substâncias muito complexas (chamadas genericamente de substâncias orgânicas), que constituem os seres vivos. Você é um ser vivo, assim como uma planta e uma bactéria. Já uma pedra não é viva, nem uma cadeira. Os seres vivos não podem ser definidos por apenas uma característica sendo, portanto, necessário levarmos em conta um conjunto de aspectos que os diferenciam dos demais seres.

Composição Química: Toda a matéria existente no universo é feita de átomos. No centro do átomo há partículas com carga elétrica positiva, os prótons, e partículas sem carga elétrica, os nêutrons. Girando com incrível rapidez ao redor dessa região central, encontramos os elétrons, com carga elétrica negativa.

Imagem retirada da página:

http://www.if.uff.br/logomarca/Homepage/images/atomo.jpg

Com o número de prótons é igual ao número de elétrons, o átomo é eletricamente neutro. A diferença principal entre dois átomos está no número de prótons. Esse número é chamado número atômico e identifica cada tipo de átomo. Assim, todos os átomos de hidrogênio têm um próton em seu núcleo (número atômico 1); todos os átomos de carbono têm seis prótons (número atômico 6) e assim por diante. O número atômico explica as diferentes propriedades físicas e químicas de cada átomo. Os átomos podem se ligar uns aos outros, formando moléculas. A molécula de água, por exemplo, é formada por dois átomos de hidrogênio ligados a um átomo de oxigênio. Já o gás oxigênio, que respiramos, é formado por dois átomos de oxigênio presos entre si. A força que mantém os átomos unidos é chamada ligação química. Na matéria bruta, os átomos estão agrupados em compostos relativamente simples, formando as substâncias

inorgânicas (também chamadas substâncias minerais), como a água, vários sais e gases e os cristais de rocha. Nos seres vivos, além de substâncias inorgânicas encontramos substâncias orgânicas. As substâncias orgânicas são formadas por átomos de carbono que se unem, podendo formar longas cadeias contendo outros átomos, como os de oxigênio, nitrogênio e, obrigatoriamente, de hidrogênio. Dessa forma, fica comprovado que a matéria viva apresenta uma composição química mais complexa do que a matéria bruta: enquanto um grão de areia é formado apenas por um tipo de substância — a sílica —, uma bactéria, apesar de bem menor que o grão de areia, possui água, sais minerais e diversas substâncias orgânicas, como proteínas, açúcares, gorduras, ácidos nucléicos, entre outras.

Organização Celular: Nos seres vivos, uma enorme quantidade de moléculas inorgânicas e orgânicas se reúne, formando a célula. A célula é a unidade fundamental dos seres vivos, sendo capaz, por exemplo, de se nutrir, crescer e reproduzir. Muito pequena – possui aproximadamente a centésima parte de um milímetro –, só pode ser vista pelo microscópio. As bactérias, os protozoários e alguns outros tipos de seres vivos são unicelulares; mas a maioria é pluricelular. O corpo humano, por exemplo, contém mais ou menos 60 trilhões de células. As células semelhantes, nos seres pluricelulares, se reúnem, com o mesmo tipo de função, formando um tecido.Tecidos semelhantes formam um órgão. Órgãos com funções semelhantes se organizam em sistemas ou aparelhos.O conjunto de sistemas forma um organismo. No corpo humano, por exemplo, o conjunto de células nervosas forma o tecido nervoso. O encéfalo, a medula e os nervos formam o sistema nervoso, este responsável pela coordenação entre diferentes partes do corpo e pela integração do organismo com o ambiente.

Imagem retirada da página:

http://www.infoescola.com/imagens/esquemaNeuronio.gif Mas a organização dos seres vivos não termina com a formação de um organismo. Sabemos que os seres vivos interagem com o ambiente, inclusive com os outros seres vivos. Organismos da mesma espécie agrupam-se numa determinada região, formando uma população. A população mantém, relações com populações de outras espécies que habitam o mesmo local, formando uma comunidade. Uma comunidade representa o conjunto de todas as espécies vivas que habitam determinado ambiente, como uma floresta. A comunidade influi nos fatores físicos e químicos do ambiente – como chuva, o solo e a temperatura – e esse fatores também influi na comunidade. O conjunto constituído por seres vivos, fatores físicos e fatores químicos, é chamado de ecossistema, ex: uma floresta. E a soma de todos os ecossistemas do planeta formam a biosfera.

Nutrição, Crescimento, Respiração e Metabolismo: Não se pode conceber a vida sem a presença de

energia. Energia é o “combustível” necessário para que o ser vivo possa realizar suas funções vitais. Os seres vivos obtêm a energia a partir dos alimentos orgânicos principalmente açúcares.

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Os organismos que conseguem sintetizar esses açúcares são chamados de autótrofos (do grego auto = por si próprio e trofos = nutrição). É o que acontece com as plantas, que são capazes de sintetizar esses açúcares a partir da água e do gás carbônico através de reações químicas que necessitam de luz, realizando um processo denominado fotossíntese (do grego foto = luz e synthesis = juntar, agrupar).

Por outro lado, há organismos incapazes de produzir seu próprio alimento. Necessitam, então, ingerir vegetais ou outros animais para se alimentarem. Esses organismos são chamados heterótrofos (do grego heteros = outro, diferente e trofos = nutrição) e como exemplo temos os animais.

Tanto os organismos autótrofos quanto os heterótrofos necessitam retirar a energia contida nos açúcares, que são degradados em água e gás carbônico, liberando energia.

A nutrição não só garante ao ser vivo a reconstrução das partes desgastadas, mas também a formação de novas células, durante o período de crescimento. Esse crescimento, que se faz pela multiplicação de células no interior do corpo, é chamado de crescimento por intuscepção. Outra forma de crescimento por decomposição ou aposição, um exemplo é o cristal (matéria bruta) que pode crescer pela adição de novas moléculas à sua superfície. Boa parte dos alimentos digeridos serve como fonte de energia para o organismo. Várias moléculas orgânicas de alimento podem ser utilizadas como combustível, mas é mais vantajoso para o ser vivo usar um açúcar, a glicose. A glicose (C6H12O6) é uma molécula orgânica e reage com o oxigênio do ar (O2), transformando-se em gás carbônico (CO2) e água (H2O). Nessa transformação, a molécula de glicose é quebrada, liberando energia. Esta, por sua vez, é utilizada nas atividades do organismo, como o movimento, a produção de calor, a transmissão de impulso nervoso ou a construção de grandes moléculas orgânicas durante o processo de reconstrução ou crescimento do corpo. Esse processo de quebra da glicose chama-se respiração celular. O organismo pode construir grandes moléculas formadoras de partes de células – esse processo é chamado anabolismo (ana = erguer), que são transformações de síntese ou construção.E quebrar moléculas de alimento, obtendo energia – processo denominado catabolismo (cata = para baixo), que são transformações de análise ou decomposição.

Imagem retirada da página:

http://images.encarta.msn.com/xrefmedia/eencmed/targets/illus/ilt/T012824A.gif

O conjunto de reações químicas que acontecem nos seres vivos (quer seja na síntese de substâncias ou na degradação destas para obtenção de energia) recebe o nome de metabolismo. Metabolismo: É o conjunto de processos químicos responsáveis pela transformação e utilização da matéria e da energia pelos organismos. Apresenta duas etapas: anabolismo (processos de síntese) e catabolismo (processos de degradação ou análise). Quando estamos em repouso gastamos energia portanto quando estamos em alguma atividade gastamos muito mais energia. Precisamos de uma renovação contínua de substâncias que nos forneçam muita energia, o que é feito através da nutrição (anabolismo). A queima destes compostos ricos em energia, denominada respiração celular (catabolismo), resulta em liberação de energia. O conjunto de

transformações físico-químicas entre matéria e energia que ocorre nos seres vivos é denominado metabolismo. Os processos de nutrição e respiração fazem parte do conjunto de eventos do metabolismo dos seres vivos. Observam-se dois tipos básicos de nutrição (autotrófica e heterotrófica) e da respiração (aeróbica e anaeróbica).

Texto retirado da página: http://www.cynara.com.br/news.htm

Respiração Aeróbica e Anaeróbica: Respiração Aeróbica:

Quando você corre e seu ritmo respiratório aumenta, você vai precisar de mais energia e para ocorrer. As células musculares em atividade precisam de mais sangue rico em oxigênio para “queimar” a glicose, que libera a energia do movimento. Esse processo também produz água e gás carbônico que normalmente são eliminados pelo organismo.

Respiração Anaeróbica: A respiração anaeróbica consiste em um processo de “queima” da glicose com um rendimento energético inferior ao da respiração aeróbica. Alguns fungos e bactérias realizam a respiração anaeróbica. Em vez de oxigênio eles usam enzimas que degradam a glicose, liberando energia e formando outras substâncias.

Nutrição Autotrófica e Heterotrófica: A nutrição é o conjunto de processos pelos quais os seres vivos trocam matéria e energia com o meio que os rodeia. A função de nutrição inclui vários processos como captação de nutrientes, a sua transformação e conseqüente distribuição a todas as células e eliminação de excreções, resultantes da utilização dos nutrientes a nível celular. São processos comuns a todos os seres vivos e, para tal, muitos possuem órgãos e sistemas especializados: sistema digestivo, sistema respiratório, sistema circulatório e sistema excretor.

• Seres autótrofos: são os capazes de sintetizar os seus próprios alimentos (nutrição autotrófica). Essa síntese é feita através dos processos de fotossíntese e quimiossíntese.

• Seres heterótrofos: não sintetizam seu próprio alimento e depende daqueles produzidos pelos seres autrófos (nutrição heterotrófica).

Nutrição Autotrófica É realizada durante o dia pelas plantas verdes (clorofiladas), pelas algas e por certas bactérias. Estes seres usam substâncias minerais, como o gás carbônico, água e sais minerais que estão disponíveis no ambiente para construírem todas as moléculas orgânicas do seu corpo (não dependem de outro ser vivo para sua sobrevivência). O ser utiliza a luz solar, as suas células clorofiladas, juntamente como o gás carbônico absorvido no ar e a água do solo para produzir a glicose (que é muito rica em energia).

CO2 + H2O → (CH2O)n + O2 + H2O Algumas bactérias realizam a quimiossíntese

(processo autotrófico) que não depende da clorofila ou da luz solar. Mas produzem a glicose para o próprio sustento. Para tanto utilizam energia de oxidação de um composto inorgânico.

Nutrição Heterotrófica Os seres vivos que não podem sintetizar seu próprio

alimento são chamados de heterotróficos. Eles retiram o seu próprio alimento de outros seres como o bife que você come (você incorpora as moléculas e não as produz como os vegetais clorofilados). Parte das moléculas orgânicas, obtidas pelos seres vivos através da nutrição, é utilizada na reparação de perdas orgânicas (renovação celular), mas, em especial, a glicose é “degradada” para a obtenção de energia. Para a utilização da energia contida nas moléculas de glicose, os seres vivos necessitam “queimá-la”. Essa “combustão” é denominada respiração celular, podendo ou não depender do oxigênio. Portanto, é possível diferenciar o processo dependente do oxigênio do não dependente. Bibliografias: http://www.vestibular1.com.br/revisao/r62.htm http://www.universitario.com.br/celo/topicos/subtopicos/citologia/bioquimica/caracteristicas_gerais.html http://esmmbg.no.sapo.pt/fotoss.htm http://www.colegiosaofrancisco.com.br/alfa/origem-da-vida/origem-da-vida.php http://br.geocities.com/clickbio/textos/caracteristicas.html http://educar.sc.usp.br/ciencias/seres_vivos/seresvivos1.html

Page 13: Vestibular Impacto - Biologia

KL 110208

CÉLULA

Frente: 01 Aula: 01

PROFº: WAGNER A Certeza de Vencer

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CONCEITO DE CÉLULA: A célula é a unidade morfofisiológica dos seres vivos, ou uma massa protoplasmática, envolta por uma membrana e contendo um núcleo.

DIMENSÃO Variável. Apesar da maioria das células escapar a nossa capacidade visual, existem células de dimensões avantajadas. Quanto à dimensão, dividimos as células em: a) Células Macroscópicas: são células cujas dimensões estão acima de nosso poder resolutivo, sendo, por conseqüência, visualizadas a olho nu. Ex: ovos das aves, alga Nitela , alvéolos do endocarpo da laranja, etc. b) Células Microscópicas: Possuem dimensões que estão abaixo do poder de resolução do olho humano, sendo visualizadas somente com o auxílio de instrumentos de aumento como lupa e microscópio.

Células macroscópicas

Obs.: Os vírus são seres que estão no limiar entre a matéria bruta e a matéria viva. São considerados como seres vivos somente quando estão no interior de células vivas. São também ACELULARES, isto é, não possuem célula. Usa composição é simples, restringindo-se, geralmente, a uma cápsula protéica (capsídeo) e um miolo formado por DNA ou por RNA.

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CICLO VITAL DAS CÉLULAS É o tempo de vida ou longevidade de uma célula. De acordo com o ciclo vital, BIZZOZERO classificou as

células em:

a) Lábeis: são células de curta duração, pouca diferenciação com grande poder de regeneração. São células que geralmente resultam da diferenciação rápida de células diferenciadas de origem embrionária, sendo produzidas em todas as fases de nossa vida.

Ex: Hemácias, espermatozóides, células epiteliais.

b) Estáveis: são células com durabilidade compatível com a do organismo durante o desenvolvimento do organismo, de tal modo que após esse desenvolvimento só voltam a se reproduzir em condições especiais.

Ex: a maioria das células cartilaginosas, células ósseas, fibras musculares lisas e a maioria das células vegetais.

c) Perenes, Permanentes ou Perpétuas: são células de longevidade igual ao do organismo, possuem alto grau de diferenciação e “nenhum” poder de regeneração. São células que alcançam sua diferenciação máxima muito precocemente, durante o desenvolvimento embrionário. Após esse período apenas crescem para acompanhar o crescimento do indivíduo.

Ex: neurônios* e fibras musculares estriadas cardíacas.

Células Cartilaginosas

* Obs.2: Sabe-se hoje que em algumas regiões de nosso corpo e, especialmente no cérebro, algumas

células nervosas são, mesmo depois de passada a fase

embrionária, substituídas por nosso organismo, contrariando

assim a idéia de que toas as células nervosas seriam perenes.

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CT01/02/08

CLASSIFICAÇÕES CELULARES: LEIS, TEORIAS E PRINCIPAIS CLASSIFICALÇÕES

Frente: 01 Aula: 01

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Citologia: É a área da Biologia que estuda a célula (bio = vida; logia = estudo).

Classificação Celular: As Teorias Celulares 01 – Conceito: É o mecanismo pelo qual o indivíduo pode analisar e agrupar uma célula a um determinado grupo celular. Essa classificação leva em conta a análise morfofisiogenética da célula e, atualmente é levado em conta seu comportamento bioquímico. As células são unidades estruturais e funcionais dos organismos vivos, ou seja, todos os seres vivos são formados por células - compartimentos envolvidos por membrana, preenchidos com uma solução aquosa concentrada de substâncias químicas. As formas mais simples de vida são células individualizadas que se propagam por cissiparidade.

Imagem retirada da página:

http://hugoalexpinto.vidacrista.googlepages.com/celulas2.jpg/celulas2-full.jpg

02 - Histórico: 1590: Invenção do microscópio pelos holandeses Francis e Zacarias Janssen, fabricantes de óculos. Seu microscópio aumentava a imagem de 10 a 30 vezes e foi usado pela primeira vez para observar pulgas e insetos. 1665: Robert Hooke, em seu trabalho Micrografia, relatou pequenas cavidades (“cells”) em cortes de cortiça, de onde se originou o termo célula.

A esquerda Microscópio de Hook; A direita Célula de cortiça como deve

ter sido visualizada por Hook. Imagem retirada da página: http://www.fortunecity.com/greenfield/eco/813/mod1aula1.html

1674: Leeuwenhoek observou diversas estruturas unicelulares: espermatozóides de peixes, hemácias. Um dos maiores colecionadores de lentes da época, foi o primeiro a observar os micróbios. 1831: Robert Brown pesquisando células de orquídeas, descreveu o núcleo celular. 1838 - 1839: Schwann emitiram a Teoria Celular: “Todos os seres vivos (animais e vegetais) são formados por células”. 1858: Virchow emitiu o aforismo ominis cellula et cellula - toda célula provém de outra preexistente. 1962: Watson e Crick, estabeleceram o modelo da molécula do DNA, recebendo, em função disso, o prêmio Nobel de Medicina e Fisiologia.

03 - Classificação Celular: 1. Quanto ao tamanho: a) Células Macroscópicas: São observadas sem precisar usar microscópio. Exemplo: Gema do ovo, alvéolos de laranja, óvulo humano.

Alvéolos de laranja e óvulo humano. Imagem retirada da página: http://www.contos.poesias.nom.br/afabricadelaranja/laranja.jpg e

http://oam.risco.pt/img/Por_fora-250_247.jpg

b) Células Microscópicas: São aquelas que só podem ser observadas com o auxílio de microscópio. Ex.: Hemácias, bactérias, Osteócitos, Condrócitos, Hepatócitos, e outros.

Microscópio Óptico. Imagens retiradas das páginas:

www.lmf.df.ufscar.br e http://static.hsw.com.br/gif/artificial-blood-1.jpg

Plaquetas visto no Microscópio Eletrônico. Imagem retirada da página: http://www.cstr.ufcg.edu.br/histologia/atlas_sangue_linfa.htm 2. Classificação quanto ao tipo de célula: a) Procariontes: Células muito simples, com: membrana plasmática, citoplasma pobre em organelas (ribossomos são as únicas presentes), e o material genético (DNA) encontra-se disperso no hialoplasma. Ex: bactérias e algas cianofíceas, também conhecidas como algas azuis.

Imagem retirada da página: http://colegioweb.uol.com.br/biologia/o-

que-e-citologia-e-teoria-celular b) Eucariontes: Estas células apresentam membrana plasmática, citoplasma rico em organelas e material genético (DNA) delimitada pela membrana nuclear (carioteca), inexistente nos procariontes. Ex: animais, vegetais, fungos e protozoários.

Célula Eucariótica Animal. Imagem retirada da página:

http://www.malhatlantica.pt/cnaturais/celula.htm 3. Quanto ao número de células: a) Seres Unicelulares: Seres que tem apenas uma célula. Ex: Ameba, bactérias.

Ameba e Bactérias. Imagens retiradas das páginas: http://www.contestado.com.br/wiki/Prokaryota e

http://www.edu.xunta.es/contidos/sec/bioloxia/biosfera/alumno/1ESO/clasica/imaxes/ameba.jpg

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b) Seres Pluricelulares (multicelulares): Seres que tem mais de uma célula. Ex: Homem, vertebrados, plantas, invertebrados. 4. Quanto ao Grau de Individualidade: a) Livres: São aquelas totalmente isoladas umas das outras. Ex: Óvulo, espermatozóide, hemácias, etc.

Óvulo, espermatozóide, hemácias. Imagem retirada da página: http://www.professorjarbasbio.com.br/ovulo.jpg

b) Federadas: São aquelas que vivem juntas, todavia são independentes entre si quanto à nutrição. Ex: Células epiteliais, hepatócitos, etc. c) Anastomosadas: São aquelas que se unem por pontes citoplasmáticas. Ex.: Células cardíacas e Células vegetais. 5. Quanto ao ciclo vital, segundo a classificação de Bizzozero: a) Células lábeis: Células dotadas de ciclo vital curto. Continuamente produzidas pelo organismo, permitem o crescimento e a renovação constante dos tecidos onde ocorrem. Exemplos: glóbulos brancos (leucócitos), glóbulos vermelhos (hemácias ou eritrócitos) e células epiteliais (revestimento). b) Células estáveis: Mais diferenciadas, de longa duração, se reproduzem e regeneram. Dentre as células estáveis, podemos citar: osteócitos (ósseas adultas), hepatócitos (células do fígado), células pancreáticas, musculares lisa etc. c) Células permanentes: Altamente diferenciadas, com funções muito especializadas, duram a vida toda do organismo, não se reproduzem nem regeneram. Como permanentes, podemos citar as células nervosas (neurônios) e as células musculares estriadas.

04 – Leis e Teorias Celulares: Após o ano de 1665, isto é, após a evidenciação das cavidades denominadas de “cellas” pelo pesquisador Robert Hoocke em pequenos pedaços de cortiça a ciência conhecida como citologia não parou de apresentar descobertas. A Teoria Celular, criada por Schleiden e Schwann em 1838-1839, estabelece a célula como a unidade morfofisiológica dos seres vivos, ou seja, a célula é a unidade básica da vida. Foram inúmeros pesquisadores que filosofaram sobre as características da célula, porém, poucos naquela época puderam demonstrar como veemência e exatidão suas proposições.

LEI DE SPENCER: Segundo Spencer, a superfície de uma célula varia de acordo com o quadrado da dimensão linear e o volume com o cubo da mesma. “A superfície celular varia com o quadrado de sua dimensão linear enquanto que o volume varia com o cubo da mesma”. Quando uma célula cresce, cresce também sua área e volume, porém, a unidade que mais cresce é o volume, então a célula tem que se dividir para não morrer. Spencer imaginou uma célula cúbica que, inicialmente, possuía arresta de 1 mícron. Calculando a superfície e o volume do cubo temos: I) S = 6a² > 6(1)² = 6u² V = a³ > (1)³ = 1u³ Se essa célula crescer e a aresta passar a 2 mícrons, superfície e volume são diferentes. II) S = 6a² > 6(2)² = 24u² V = a³ > (2)³ = 8u³ Note-se, portanto que enquanto a superfície aumentou 4 vezes, o volume aumentou 8 vezes. Esse aumento desproporcional do volume faz com que a célula tenha um excesso de citoplasma, que a força a entrar em divisão celular. A Lei de Spencer é um fator mitógeno (leva a célula à divisão).

LEI DE DRIESCH OU LEI DA CONSTÂNCIA DO VOLUME CELULAR:

”Os volumes das células de um mesmo tecido, de uma mesma espécie e na mesma idade, são iguais e constantes, independente dos indivíduos”. Esta lei procurava demonstrar se haveria ou não relação entre o tamanho do indivíduo e tamanho de suas células. Driesch não comprovou esta lei na prática. Porém, mais tarde, um cientista chamado BOVERI ao examinar as células dos lábios de um gigante e de um anão ambos com a mesma idade, verificou que realmente que não havia diferença de volume entre elas. Veja que o anão e o gigante são da espécie humana, as células dos lábios são epiteliais e que tinham a mesma a mesma idade. Hoje já se entende para indivíduos de espécie diferentes. A lei de Driesch conclui portanto que não há nenhuma relação entre o tamanho do indivíduo de suas células. Essa diferença depende apenas do número de células que o indivíduo possui. Assim, um elefante e um rato na mesma idade apresentam diferença de tamanho, por que o elefante tem mais células em seu corpo do que o rato. Isso quer dizer que: quando são avaliados 2 indivíduos quaisquer, de mesma espécie, idade, porém de dimensões diferentes, a diferença entre esses indivíduos encontra-se no número de células e não no volume das células, quando se avalia um mesmo tecido entre esses indivíduos.

LEI DE SCHLEIDEN: É a teoria que afirma que todos os vegetais são formados por células.

Imagem retirada da página:

http://www.herbario.com.br/cie/universi/teoria/1025celu.htm LEI DE SCHWANN:

É a teoria que afirma que todos os animais são formados por células.

Imagem retirada da página:

http://www.herbario.com.br/cie/universi/teoria/1025celu.htm TEORIA CELULAR:

É a teoria de Schleiden e Schwann que afirma que todos os animais e todos os vegetais são formados por células, sendo assim, todos os seres vivos são formados por células. Atualmente, esta teoria necessitou de uma complementação devido a descoberta dos seres vivos acelulares, sendo portanto considerada como: a maioria dos seres vivos apresenta célula, exceto vírus, viróides, virusóides e príons.

LEI DE RUDOLF VIRCHOW: É a teoria que afirma que toda célula é oriunda de uma célula que já existiu. Ficou celebrizado com a frase: “Omnis cellula et cellula”.

LEI DE HERTWIG: É o propositor da teoria que afirma que todos os seres vivos apresentam uma estrutura viva denominada de conteúdo protoplasmático. Bibliografias: http://www.colegiosaofrancisco.com.br/alfa/citologia/citologia-3.php http://www.coladaweb.com/biologia/celular.htm http://pt.wikipedia.org/wiki/Teoria_celular

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FIXISMO (CRIACÃO ESPECIAL)

No fixismo, admite-se que a origem dos seres vivos tenha ocorrido nos sete dias da criação, conforme atesta o trecho

acima, extraído do Gênesis bíblico. Ainda hoje há fundamentalistas que preferem aceitar a idéia da criação especial e fechando os olhos a todas as evidências da Evolução.

TEORIAS DA EVOLUÇÃO: O Evolucionismo teve seu grande impulso com as teorias propostas por Lamarck e Darwin, das quais passamos a tratar a

seguir:

INTRODUÇÃO: Desde que a vida surgiu na face da terra, os ambientes do planeta passaram por inúmeras modi-

ficações. Estas podem ser constatadas, por exemplo, pelo registro fóssil nas rochas, que revelam uma infinita sucessão de tipos diferentes de seres que existiram no passado e que há milhões de anos desapa- receram por completo. Como não aceitar as provas que a própria natureza nos dá do transformismo das espécies? É bastante absurdo afirmar que cataclismos, como terremotos, erupções vulcânicas, inundações colossais, como o famoso dilúvio, tenham provocado a extinção brusca de tantas espécies e permitido a sobrevivência de outras. Os avanços da ciência tornam a cada dia mais difícil ser FIXISTA diante de tantas evidências EVOLUCIONISTAS. (Modificado de José Luis Soares, Biologia, vol. único, 1997).

EVOLUÇÃO: Desenvolvimento de novas espécies a partir de espécies preexistentes, pelo acúmulo de diferenças genéticas durante longos períodos de tempo, em conseqüência da adaptação ao ambiente.

II -- LLAAMMAARRCCKK (Jean Baptiste Pierre Antoine de Monet, Cavaleiro de Lamarck, 1744 - 182

1809 - Publica suas teorias no livro Philosophie Zoologique, que se baseavam em dois pontos fundamentais:

LEI DO USO E DESUSO: Segundo Lamarck, um órgão se desenvolve de acordo com o uso e necessidade do organismo; atrofia-se com o desuso, quando não é mais necessário.

LEI DA HERANÇA DOS CARACTERES ADQUIRIDOS: A segunda lei de Lamarck, afirma que o caráter adquirido (resultante do desenvolvimento pelo uso ou atrofia pelo desuso), seria transmitido aos descendentes.

Lamarck teve méritos em destacar o transformismo, mas estava equivocado na interpretação da transmissão de dados adquiridos por falta de metodologia adequada na época. Hoje, sabe-se que os caracteres adquiridos não são transmitidos aos descendentes.

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Os indivíduos de uma mesma espécie apresentam VARIABILIDADE em todos os caracteres; Todo organismo tem grande capacidade de reprodução, produzindo muitos descendentes; O número de indivíduos de uma espécie é mantido mais ou menos constante ao longo das gerações; Há grande luta pela sobrevivência entre os descendentes. Nesta “luta”, organismos com variações favoráveis às condições do

ambiente têm maiores chances de sobrevivência, quando comparados aos organismos com variações menos favoráveis; Estes organismos melhores adaptados têm mais chances de se reproduzirem e gerarem descendentes que também apresentam a

variação vantajosa; Assim, através da SELEÇÃO NATURAL, ao longo das gerações os indivíduos mantêm ou melhoram seu grau de adaptação ao meio em

que vivem.

CRÍTICA: Darwin não consegue distinguir as variações hereditárias das não

hereditárias. Alguns anos depois, Mendel desvenda os fenômenos hereditários e os compatibiliza com o princípio da seleção natural. O modelo da origem das espécies de Darwin mantém-se válido em suas linhas gerais, porém o caráter diferenciador decisivo cabe às mutações das células reprodutivas e não das somáticas (que constituem o corpo).

PARA LEMBRAR:

O resultado da luta pela vida entre indivíduos de uma mesma espécie é a

sobrevivência daqueles que possuem variações mais vantajosas. É o que se conhece como seleção natural dos

indivíduos com características mais

bem adaptadas.

IIII -- DDAARRWWIINN,, UUMM EEVVOOLLUUCCIIOONNIISSTTAA (Charles Robert Darwin, 1809-1882):

Darwin, o homem e Darwin, os legados, não podem ser facilmente separados um do outro. A fim de entender seu trabalho, é necessário conhecer um pouco sobre sua vida, e entender um mínimo de sua vida sem “esbarrar” no seu trabalho seria um completo absurdo (BBC, London, Darwin the Man and his Legacy).

1859 – On The Origin of Species by Means of Natural Selection, or The Preservation of Favored Races in the Struggle for Life.

Desenvolveu uma teoria evolutiva que é a base da moderna teoria sintética: a TEORIA DA SELEÇÃO NATURAL. Os princípios básicos das idéias de Darwin podem ser assim resumidos:

Casa de Darwin, mantida até hoje como um museu

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III – Neodarwinismo (ou Teoria Sintética da Evolução ou Mutacionismo) Versão atual da teoria da evolução de Darwin, que incorpora os conhecimentos atuais da Genética, reconhecendo ainda a seleção natural como o principal fator da evolução. No século XX, a teoria darwinista foi sendo adaptada a partir de descobertas da Genética. Essa nova teoria, chamada de Sintética ou neodarwinista, é a base da moderna Biologia. A explicação sobe a hereditariedade das características dos indivíduos deve-se a Gregor Mendel (1822-1884), em 1865, mas sua divulgação só ocorre no século XX. Darwin desconhecia as pesquisas de Mendel. A síntese das duas teorias foi feita nos anos 30 e 40. entre os responsáveis pela fusão estão os matemáticos John Burdon Haldane (1892-1964) e Ronald Fisher (1890-1962), os biólogos Theodosius Dobzhansky (1900-1975), Julian Huxley (1887-1975) e Ernst Mayr (1904- ).

A teoria neodarwinista diz que MUTAÇÕES (gênicas e

cromossômicas) e RECOMBINAÇÕES GENÉTICAS causam as VARIAÇÕES entre indivíduos sobre as quais age a SELEÇÃO NATURAL.

Além disso, existem fatores que atuam sobre a variabilidade genética já estabelecida: seleção natural, migração e oscilação genética. ⌫ Tanto a mutação como a seleção natural explicam o processo de EVOLUÇÃO dos seres vivos. Na figura ao lado está ilustrado o processo de melanismo industrial. Como explicar este processo a luz das teorias de Lamark e Darwin?

Órgãos Vestigiais: São vestígios ou rudimentos de órgãos existentes no corpo dos animais. Representam indícios destas mesas estruturas ou órgãos que são desenvolvidos e funcionais em outros animais. Exemplos no homem: apêndice cecal, cóccix, músculos do pavilhão auditivo, etc.

⌫ Em alguns mamíferos herbívoros (e.g, coelhos), o ceco e o apêndice são bem desenvolvidos, funcionando como local de armazenamento de alimentos parcialmente digeridos e degradação de celulose por ação de microorganismos.

Estruturas análogas: Quando você compara as asas dos insetos e as asas das aves, observe que apesar de ambas seres estruturas destinadas ao vôo (mesma função), não derivam de m mesmo ancestral (origem diferente). Estas estruturas que são semelhantes apenas porque exercem a mesma função, mas não derivam de um ancestral comum, são chamadas análogas. Lembre-se de que estas não refletem relações de parentesco evolutivo.

Embriologia Comparada O estudo da embriologia de diversos vertebrados mostra a grande semelhança no padrão de desenvolvimento inicial. À medida que o embrião se desenvolve surge características excludentes e as semelhanças diminuem.

Hugo de Vries

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Estruturas homólogas: São aquelas que derivam de um mesmo ancestral comum, podendo ou não estar modificadas para exercer uma mesa função. É o caso do braço do homem, da pata dianteira do cavalo, da asa do morcego e da nadadeira da baleia. Nesse caso, são estruturas homólogas, pois são modificações de um caráter (membro anterior dos tetrápodes) presente no grupo ancestral que deu origem aos mamíferos, que não apresentam a mesma função. Quer um exemplo de estruturas homólogas que desempenham a mesma função? Lembre-se da nadadeira anterior em baleias e golfinhos (ambos mamíferos com os membros anteriores modificados para a vida no ambiente aquático).

A Formação de Novas Espécies: Os cientistas acreditam que a maioria das espécies surgiu depois de cumprir pelo menos três etapas: isolamento geográfico diversificação gênica e isolamento reprodutivo. A partir daí, essas sub-populações são consideradas espécies distintas.

O conceito de irradiação adaptativa define que organismos com parentesco evolutivo,mas que vivem em regiões diferentes, acabaram sofrendo ma adaptação dos órgãos ao ambiente onde vivem.

Convergência adaptativa (ou evolução convergente):

Aparecimento de semelhanças entre duas ou mais espécies (órgãos ou moléculas), resultantes de suas adaptações independentes a circunstâncias similares, e não de sua descendência de um ancestral comum.

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EVOLUÇÃO - 03

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01. (UFRN) A característica - musculatura desenvolvida - adquirida por um halterofilista deverá ser transmitida a seus descendentes. Esta afirmação se baseia na teoria evolucionista enunciada por: a) Lineu. d) Lamarck. b) Darwin e) Mendel. c) Malthus. 02. (UFRS) Os princípios a seguir relacionados referem-se à teoria da evolução das espécies. I. Adaptação ao meio. II . Seleção natural . III. Mutação. IV. Lei do uso e desuso. V. Herança dos caracteres adquiridos Lamarck, em sua teoria, considerou: a) I, II e III. d) II, IV e V. b) II, III e IV. e) II, III e V. c) I, IV e V. 03. (UFRS) O gráfico abaixo descreve um fenômeno que deu a Darwin a idéia do mecanismo da seleção natural como determinante da evolução. No gráfico, as linhas A e B descrevem, respectivamente, os aumentos: a) De uma população e de seus recursos alimentares. b) De duas espécies em competição. c) Das espécies predadoras e das espécies parasitas. d) Das espécies hospedeiras e das espécies parasitas. e) Da poluição ambiental e de uma população causadora desta poluição. 04. (F. OBJETIVO-SP) O principal ponto positivo do Darwinismo foi: a) A descoberta das mutações. b) O estabelecimento da lei do uso e do desuso. c) A descoberta da origem das variações. d) O conceito de seleção natural. e) A determinação da imutabilidade das espécies.

05. Considere os seguintes fatos relacionados com a evolução das espécies: (I) lei do uso e do desuso; (II) seleção natural; (III) herança dos caracteres adquiridos; (IV) mutação; (V) isolamento de girafas. A hipótese de Lamarck era fundamentada em: a) I e III b) I, III e IV c) I, III, IV e V d) I, III e V e) I, II e V 06. (UFAC) A lei do uso e desuso e a transmissão das características adquiridas caracterizam o: a) Lamarckismo. b) Criacionismo. c) Darwinismo. d) Fixismo. e) Mendelismo 07. (MACK-SP) As teorias da transmissão hereditária dos caracteres adquiridos e da seleção natural foram propostas, respectivamente por: a) Darwin e Lamarck. b) Lamarck e Darwin. c) Darwin e Weismann. d) Weismann e Darwin. e) Lamarck e Mendel. 08. (PUC-RJ) Lamarck (1744-1829) foi um dos únicos a propor, antes de Darwin, uma hipótese bem elaborada para explicar a evolução. Analise as três afirmações abaixo, verificando a(s) que poderia(m) ser atribuida(s) a Lamarck: I. A falta de uso de um órgão provoca a sua atrofia e, conseqúentemente, o seu desaparecimento. II. Na luta pela vida, os jovens menos adaptados são eliminados, perpetuando-se os mais fortes. III. Os caracteres adquiridos podem ser transmitidos de uma geração a outra. Marque a opção correta: a) Somente I b) Somente II c) Somente III d) Somente I e II e) Somente I e III 09. (OSEC-SP) "Seus ancestrais eram animais de quatro patas como os demais répteis. Uma necessidade surgiu e esses animais passaram a se mover deslizando pelo solo e esticando o corpo para atravessar passagens estreitas. Nessas condições as patas deixaram de ter utilidade e passaram até a prejudicar o deslizamento. As patas, pela falta de uso, foram se atrofiando e, após um longo tempo, desapareceram por completo". Este texto exemplifica a teoria denominada:

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a) Seleção natural. b) Morganismo. c) Darwinismo. d) Lamarckismo. e) Fixismo. 10. (UFRS) As afirmativas abaixo estão baseadas em teorias evolutivas. I. As características adquiridas ao longo da vida de um organismo são transmitidas aos seus descendentes. II. Uma ginasta que desenvolveu músculos fortes, através de intensos exercícios, terá filhos com a musculatura bem desenvolvida. III. 0 ambiente seleciona a variabilidade existente em uma população. IV Em uma ninhada de cães, o animal mais bem adaptado às condições de vida existentes sobreviverá por mais tempo e, portanto, terá oportunidade de gerar um número maior de cãezinhos semelhantes a ele. A alternativa que contém, respectivamente, idéias de Lamarck e de Darwvin é: a) I e II. b) I e IV. c) III e II. d) III e IV. e) IV e II. 11. (Unisinos-RS) Existem, pelo menos, dois gêneros de siris habitando o litoral gaúcho e um deles, o Arenaeus, se confunde facilmente com a areia do fundo do mar, já que a sua carapaça assume cor e desenho semelhante. Essa semelhança: a) É resultante do tipo de sua alimentação. b) É resultante da seleção natural. c) É absolutamente fortuita. d) Lembra a origem evolutiva dos animais que foram originários do solo. e) É devida à forma que o animal passa a ter para poder se defender. 12. (F Dom Bosco-DF) Analise as proposições: I. As girafas ficaram com o pescoço comprido para comerem as folhas situadas em árvores altas. II. Algumas girafas, por terem pescoço comprido, podiam comer as folhas situadas em árvores altas. III. Um halterofilista, com a musculatura desenvolvida à custa de muito exercício, deverá ter filhos com grande desenvolvimento muscular. Essas proposições podem ser atribuídas respectivamente a: a) Lamarck, Lamarck, Darwin. b) Darwin, Lamarck, Lamarck. c) Lamarck, Darwin, Lamarck. d) Darwin, Darwin, Darwin. e) Lamarck, Lamarck, Lamarck. 13. (UEPA) Dos postulados abaixo, qual deles está mais diretamente relacionado a Charles Darwin? a) As características adquiridas pelo uso são transmitidas de geração em geração. b) Um órgão ou uma outra estrutura qualquer se desenvolve quando o meio externo impõe tal necessidade.

c) A evolução resulta de modificações nos genes dos indivíduos, que por sua vez serão transmitidas aos seus descendentes. d) A mutação é uma alteração na seqüência de bases do DNA. e) Através da seleção natural, as espécies serão representadas por indivíduos cada vez mais adaptados. 14. (Unifor-CE) Considere os itens que seguem. I. Comprovação da transmissão das características adquiridas. II. Desenvolvimento do conceito de adaptação dos indivíduos ao meio ambiente. III. Descoberta dos mecanismos responsáveis pela variabilidade genética de uma população. A contribuição de Lamarck à teoria da evolução reside em: a) I apenas. b) II apenas. c) I e III apenas. d) II e III apenas. e) I, II e III 15. (UFRS) As afirmativas abaixo estão baseadas em teorias evolutivas. I. As características adquiridas ao longo da vida de um organismo são transmitidas aos seus descendentes. II. Uma ginasta que desenvolveu músculos fortes, através de intensos exercícios, terá filhos com a musculatura bem desenvolvida. III. O ambiente seleciona a variabilidade existente em uma população. IV Em uma ninhada de cães, o animal mais bem adaptado às condições de vida existentes sobreviverá por mais tempo e, portanto, terá oportunidade de gerar um número maior de cãezinhos semelhantes a ele. A alternativa que contém, respectivamente, idéias de Lamarck e de Darwvin é: a) I e II. b) I e IV. c) III e II. d) III e IV. e) IV e II. 16. (UFRN) August Weismann cortou a cauda de camundongos durante mais de cem gerações e verificou que as novas ninhadas continuavam a apresentar aquele órgão perfeitamente normal. Dessa experiência pode-se concluir que: a) As espécies são fixas e imutáveis. b) Quanto mais se utiliza determinado órgão, mais ele se desenvolve. c) A evolução se processa dos seres vivos mais simples para os mais complexos. d) A seleção natural e as mutações são fatores que condicionam a evolução dos seres vivos. e) Os caracteres adquiridos do meio ambiente não são transmitidos aos descendentes

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EVOLUÇÃO II

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O naturalista francês Jean Baptiste Lamarck foi um dos primeiros a propor uma hipótese para explicar o processo de evolução dos seres vivos. Esta hipótese, que ficou conhecida como lamarckismo, baseia-se em duas leis: - Lei do Uso e Desuso: O uso excessivo de um órgão provoca a sua hipertrofia enquanto que o seu desuso leva à atrofia. Fig. 1: Lei do Uso e Desuso - Lei da Herança dos Caracteres Adquiridos: A característica adquirida pelo uso ou desuso de determinado órgão seria transmitido às gerações seguintes.

De acordo com o lamarckismo, as girafas possuem pescoço comprido porque suas ancestrais o teriam exercitado, esticando-o para alcançar os ramos altos das árvores que se alimentavam. O uso intenso do pescoço e das patas dianteiras teria feito com que esses órgãos se desenvolvessem, o que seria transmitido à geração seguinte, e assim por diante.

Hoje sabemos que nenhuma característica fenotípica provocada por fatores ambientais se transmite à descendência, o que invalida a hipótese lamarckista. O mérito de Lamarck, porém, foi chamar a atenção para o fenômeno da adaptação, acreditando que a evolução era a melhor explicação para a existência dos fósseis e para a diversidade da vida na Terra. E nisso ele não estava errado.

2. Darwinismo Esta hipótese foi lançada pelo

naturalista inglês Charles Darwin (1809 – 1882), que lançou a idéia de que a evolução dos seres vivos era dirigida pela seleção natural.

Sua hipótese foi baseada em

observações a partir de uma viagem que durou 5 anos, feita por Darwin ao redor do mundo a bordo do navio inglês Beagle. Esta teoria está baseada a partir de quatro observações:

1. As populações naturais de todas as espécies tendem a crescer rapidamente, pois o potencial reprodutivo é muito grande; 2. O tamanho das populações naturais se mantém relativamente constante ao longo do tempo, sendo limitado pelo ambiente (disponibilidade de alimento, locais de procriação, presença de inimigos naturais, etc.); 3. Os indivíduos de uma população diferem quanto a diversas características inclusive aquelas que influem na capacidade de explorar, com sucesso, os recursos naturais e de deixar descendentes. 4. Grande parte das características apontadas por uma geração é herdada dos pais.

A partir dessas observações, Darwin concluiu que a cada geração, sobrevivem os mais aptos, que tendem a transmitir aos descendentes características relacionadas a essa maior aptidão para sobreviver, isto é, para se adaptar. Em outras palavras, a seleção natural favorece, ao longo das gerações sucessivas, a permanência e o aprimoramento de características favoráveis à adaptação. O trabalho de Darwin foi bastante influenciado pelas idéias de Thomas Malthus. Segundo Malthus, a principal causa da miséria humana era o descompasso entre o crescimento das populações e a produção de alimentos. A população, se não encontra obstáculos, cresce de acordo com uma progressão geométrica, enquanto que os meios de subsistência aumentam de acordo com uma progressão aritmética. Dessa maneira, Malthus chamou a atenção de Darwin para as idéias de “luta pela vida” e “sobrevivência dos mais aptos”.

Fig. 2: A descendência das girafas que adquiriram um pescoço longo deveria nascer herdando tal característica.

Fig. 3: Charles Darwin Fig. 4: Beagle

Fig. 1: Lei do Uso e Desuso

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Em 1844, Darwin escreveu um longo trabalho sobre a origem das espécies e a seleção natural. Não o publicou, porém, porque tinha receio e que suas idéias fossem um tanto revolucionárias. Amigos de Darwin, conhecedores da seriedade de seu trabalho tentaram convencê-lo a publicar o trabalho antes que outros publicassem idéias semelhantes.

Em 1858, Darwin recebeu uma carta do naturalista inglês Alfred Russel Wallace, que continha conclusões semelhantes às suas. Wallace havia estudado as faunas da Amazônia e das Índias e chegado à conclusão de que as espécies se modificavam por seleção natural. Darwin ficou assombrado com as semelhanças do trabalho de Wallace e seu próprio trabalho; e também pelo fato de Wallace ter também se inspirado no livro de Malthus sobre populações.

Darwin escreveu, então, um resumo de suas idéias, que foram publicadas juntamente com o trabalho de Wallace. Um ano mais tarde, Darwin publicou o trabalho completo no livro A origem das espécies. 3. O Mutacionismo ou Neodarwinismo

Como vimos no Darwinismo, Charles Darwin chamou a atenção da comunidade

científica da época ao lançar a idéia de que a seleção natural era a responsável pelo mecanismo de evolução. Porém, Darwin não foi capaz de explicar a origem das modificações nos seres vivos, na qual atuava a seleção natural.

Os erros de Darwin seriam corrigidos pouco tempo depois por outros cientistas e sua teoria seria acrescida de novas informações baseadas no conhecimento dos cromossomos.

A partir de 1901, quando Hugo De Vries, Carl Correns e Tschermak chegaram à conclusão da existência do gene, confirmando todas as proposições de Mendel, o criador da Genética, houve um acentuado impulso no conhecimento científico e isso veio permitir a identificação dos cromossomos como as estruturas celulares portadoras dos genes. Foi assim que surgiu o conhecimento da cadeia de explicações que justificaria a evolução das espécies. A teoria que explicava como poderiam surgir tipos novos numa população graças ao fenômeno das mutações, recebeu o nome de mutacionismo.

O Mutacionismo mostrava que as alterações que podem ocorrer em uma espécie não se processam gradualmente, como imaginava Lamarck. Uma mutação, quando ocorre, manifesta-se com toda a sua expressividade logo de uma vez. E, mais ainda, as mutações ocorrem sempre ao acaso e nunca são procuradas pelo indivíduo. Elas ocorrem acidentalmente. E podem levar a resultados desejáveis ou manifestações desconcertantes. No primeiro caso, diz-se que houve uma mutação adaptativa, enquanto que no segundo, houve mutação não-adaptativa ou deletéria.

Fig. 4: As mariposas Bistom e a Seleção Natural

Fig. 5: A tartaruga-gigante

Fig. 6: De Vries concluiu que as alterações morfológicas nos bicos das aves de Galápagos eram relacionadas a alterações no material hereditário.

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CONCEITOS BÁSICOS

Frente: 01 Aula: 01

PROFº: RINALDO BARRAL A Certeza de Vencer

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O Conceito de herança biológica

s seres vivos herdam de seus pais as características básicas de sua espécie, além de características individuais, isso constitui a

chamada herança biológica, ou hereditariedade.

O que são genes?

Na realidade, o que herdamos de nossos pais não são propriamente as características, e sim informações para produzi-las. Essas informações são os genes (do grego genos, origem), transmitidos de pais para filhos pêlos gametas. Um gene é um segmento de uma molécula de DNA, o principal constituinte dos cromossomos. Se a molécula de DNA que constitui um cromossomo fosse comparada a uma fita magnética com informações gravadas em sequência, cada informação seria um gene.

A Relação entre genótipo e fenótipo

As características observáveis de um ser vivo constituem seu fenótipo (do grego phenos, evidente, e typos, característica). A cor das flores, o tipo de folha de uma planta, a cor da pelagem de um cachorro, o tipo sanguíneo de uma pessoa etc. são exemplos de características fenotípicas. Já os tipos de genes que um indivíduo possui constituem seu genótipo (do grego genos, origem, e typos, característica). Quando dizemos, por exemplo, que uma planta possui genes para produzir flor vermelha, ou que uma pessoa possui genes para olhos castanhos, estamos nos referindo ao seu genótipo.

Os cientistas concluíram que o fenótipo resulta da interação entre o genótipo e o ambiente. Por exemplo, duas pessoas com exatamente os mesmos genes para cor da pele terão diferentes fenótipos (pele mais clara ou mais escura), dependendo do tempo que cada uma delas fica exposta ao sol.

Outro exemplo que mostra bem o papel do ambiente na expressão dos genes é a reação da pelagem de certos animais à temperatura. Coelhos da raça himalaia e gatos siameses, por exemplo, apresentam um tipo de constituição genética que faz os pêlos serem mais escuros nas extremidades do corpo (focinho, orelhas, patas e cauda). Isso ocorre porque, nesses animais, o gene que controla a produção de pigmento dos pêlos se expressa de maneira diferente dependendo da temperatura. Nas extremidades corporais, em que a temperatura é mais baixa devido à perda de calor por irradiação, o gene é ativo e determina a produção de pigmento, tornando os pêlos escuros. Nas outras partes do corpo, em que a temperatura é relativamente alta, o gene em questão não funciona e, como não ocorre produção de pigmentos, os pêlos são mais claros.

Alelos: as diferentes formas de um gene

Um organismo com reprodução sexuada, como uma planta ou um animal, recebe, de cada um de seus genitores, um conjunto completo de genes, característico da espécie. Assim, cada indivíduo apresenta duas cópias de cada gene, uma de origem materna, outra de origem paterna.

As "versões" materna e paterna de cada gene podem não ser idênticas. Um gene que determina a cor da pelagem em ratos, por exemplo, ocorre em duas versões, uma que condiciona pelagem marrom e outra que condiciona pelagem branca; um gene para cor da flor da planta boca-de-leão também ocorre em duas versões, uma que determina flores vermelhas e outra que determina flores brancas; na espécie humana, um gene que determina o tipo de lobo da orelha também possui

duas versões, uma para lobo preso ou aderente (grudado ao rosto) e outra para lobo solto ou livre. As diferentes versões de um gene são chamadas alelos.

Indivíduos homozigóticos e indivíduos heterozigótiços

Um indivíduo que apresenta dois alelos idênticos

de um gene é chamado homozigótico ou puro. Um indivíduo que apresenta dois alelos diferentes do gene é chamado heterozigótico ou híbrido.Ex. AA, Aa

Relação entre genes e cromossomos

Conceito de Genoma:

O conjunto completo de genes de uma espécie é seu genoma. O tamanho do genoma, em termos de número de genes, varia entre as espécies. O genoma humano, por exemplo, tem entre 30 mil e 40 mil genes; o genoma do pequeno verme Caenorhabditis elegans tem pouco mais de 18.400 genes; o do arroz (Oryza salina) tem cerca de 50 mil genes, o da planta Arabidopsis thaliana tem 25.498 genes, e o da bactéria Xylella fastidiosa tem pouco menos de 2.800 genes.

Cromossomos e gene

Os genes são segmentos de moléculas de DNA (ácido desoxirribonucléico); em geral, uma única molécula de DNA contém milhares de genes diferentes, que se distribuem ao longo de seu comprimento. Por exemplo, os 4.289 genes que constituem o genoma da bactéria Escherichia coli fazem parte de uma única molécula circular de DNA, que constitui o cromossomo bacteriano.

O genoma das espécies de organismos eucarióticos (protozoários, algas, fungos, plantas e animais) distribui-se por diversas moléculas de DNA contidas no núcleo celular, cada uma constituindo um cromossomo. O genoma da espécie humana, por exemplo, constitui-se de 24 moléculas de DNA, que formam os 22 autossomos (cromossomos que não variam entre homens e mulheres) mais os cromossomos sexuais X e Y. No arroz, o genoma está distribuído em 12 cromossomos.

Cromossomos Homólogos

Nos organismos diplóides, os dois cromossomos de um par vieram, respectivamente, um da mãe e outra do pai. Eles são equivalentes, tendo mesmo tamanho, centrômero na mesma posição relativa e os mesmo tipos de genes, distribuídos exatamente nas mesmas posições. Devido a essa semelhança, os cromossomos de um par são chamados cromossomos homólogos. Por exemplo, uma célula diplóide humana tem 23 pares de cromossomos homólogos, totalizando 46 cromossomos (os cromossomos sexuais X e Y presentes nos homens não constituem um verdadeiro par, pois alguns de seus genes são alelos). A posição que determinado gene ocupa em um cromossomo é seu lócus gênico. Os cromossomos de um par de homólogos têm, portanto, os mesmos lócus gênicos, ou seja, tê genes equivalentes situados nas mesmas posições elativas. Como vimos, um gene pode se apresentar em duas ou mais formas, ou alelos. Assim, os cromossomos de um par podem apresentar, e determinados lócus, alelos diferentes, condição denominada heterozigótica

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Símbolos usados na construção de heredogramas COMENTÁRIOS:

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Introdução à Genética

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O que herdamos de nossos pais, as características básic+.as de nossa espécie, além de características individuais, constitui a chamada herança biológica, ou hereditariedade.

Na realidade, o que herdamos de nossos pais não são propriamente as características, e sim

informações para produzi-las. Essas informações são os genes (do grego genos, origem), transmitidos de pais para filhos pêlos gametas. Um gene é um segmento de uma molécula de DNA, o principal constituinte dos cromossomos. Se a molécula de DNA que constitui um cromossomo fosse comparada a uma fita magnética com informações gravadas em sequência, cada informação seria um gene.

As características observáveis de um ser vivo constituem seu fenótipo (do grego phenos,

evidente, e typos, característica). A cor das flores, o tipo de folha de uma planta, a cor da pelagem de um cachorro, o tipo sanguíneo de uma pessoa etc. são exemplos de características fenotípicas. Já os tipos de genes que um indivíduo possui constituem seu genótipo (do grego genos, origem, e typos, característica). Quando dizemos, por exemplo, que uma planta possui genes para produzir flor vermelha, ou que uma pessoa possui genes para olhos castanhos, estamos nos referindo ao seu genótipo.

Os cientistas concluíram que o fenótipo resulta da interação entre o genótipo e o ambiente. Por exemplo, duas pessoas com exatamente os mesmos genes para cor da pele terão diferentes fenótipos (pele mais clara ou mais escura), dependendo do tempo que cada uma delas fica exposta ao sol.

Outro exemplo que mostra bem o papel do ambiente na expressão dos genes é a reação da pelagem de certos animais à temperatura. Coelhos da raça himalaia e gatos siameses, por exemplo, apresentam um tipo de constituição genética que faz os pêlos serem mais escuros nas extremidades do corpo (focinho, orelhas, patas e cauda). Isso ocorre porque, nesses animais, o gene que controla a produção de pigmento dos pêlos se expressa de maneira diferente dependendo da temperatura. Nas extremidades corporais, em que a temperatura é mais baixa devido à perda de calor por irradiação, o gene é ativo e determina a produção de pigmento, tornando os pêlos escuros. Nas outras partes do corpo, em que a temperatura é relativamente alta, o gene em questão não funciona e, como não ocorre produção de pigmentos, os pêlos são mais claros.

Um organismo com reprodução sexuada, como uma planta ou um animal, recebe, de cada

um de seus genitores, um conjunto completo de genes, característico da espécie. Assim, cada indivíduo apresenta duas cópias de cada gene, uma de origem materna, outra de origem paterna.

As "versões" materna e paterna de cada gene podem não ser idênticas. Um gene que determina a cor da pelagem em ratos, por exemplo, ocorre em duas versões, uma que condiciona pelagem marrom e outra que condiciona pelagem branca; um gene para cor da flor da planta boca-de-leão também ocorre em duas versões, uma que determina flores vermelhas e outra que determina flores brancas; na espécie humana, um gene que determina o tipo de lobo da orelha também possui duas versões, uma para lobo preso ou aderente (grudado ao rosto) e outra para lobo solto ou livre. As diferentes versões de um gene são chamadas alelos.

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Um indivíduo que apresenta dois alelos idênticos de um gene é chamado homozigótico ou

puro. Um indivíduo que apresenta dois alelos diferentes do genY67Ue é chamado heterozigótico ou híbrido.Ex. AA, Aa

Conceito de Genoma:

O conjunto completo de genes de uma espécie é seu genoma. O tamanho do genoma, em termos de número de genes, varia entre as espécies. O genoma humano, por exemplo, tem entre 30 mil e 40 mil genes; o genoma do pequeno verme Caenorhabditis elegans tem pouco mais de 18.400 genes; o do arroz (Oryza salina) tem cerca de 50 mil genes, o da planta Arabidopsis thaliana tem 25.498 genes, e o da bactéria Xylella fastidiosa tem pouco menos de 2.800 genes.

Os genes são segmentos de moléculas de DNA (ácido desoxirribonucléico); em geral, uma

única molécula de DNA contém milhares de genes diferentes, que se distribuem ao longo de seu comprimento. Por exemplo, os 4.289 genes que constituem o genoma da bactéria Escherichia coli fazem parte de uma única molécula circular de DNA, que constitui o cromossomo bacteriano.

O genoma das espécies de organismos eucarióticos (protozoários, algas, fungos, plantas e animais) distribui-se por diversas moléculas de DNA contidas no núcleo celular, cada uma constituindo um cromossomo. O genoma da espécie humana, por exemplo, constitui-se de 24 moléculas de DNA, que formam os 22 autossomos (cromossomos que não variam entre homens e mulheres) mais os cromossomos sexuais X e Y. No arroz, o genoma está distribuído em 12 cromossomos.

Nos organismos diplóides, os dois cromossomos de um par vieram, respectivamente, um da

mãe e outra do pai. Eles são equivalentes, tendo mesmo tamanho, centrômero na mesma posição relativa e os mesmo tipos de genes, distribuídos exatamente nas mesmas posições. Devido a essa semelhança, os cromossomos de um par são chamados cromossomos homólogos. Por exemplo, uma célula diplóide humana tem 23 pares de cromossomos homólogos, totalizando 46 cromossomos (os cromossomos sexuais X e Y presentes nos homens não constituem um verdadeiro par, pois alguns de seus genes são alelos).

A posição que determinado gene ocupa em um cromossomo é seu lócus gênico. Os cromossomos de um par de homólogos têm, portanto, os mesmos lócus gênicos, ou seja, tê genes equivalentes situados nas mesmas posições elativas. Como vimos, um gene pode se apresentar em duas ou mais formas, ou alelos. Assim, os cromossomos de um par podem apresentar, e determinados lócus, alelos diferentes, condição denominada heterozigótica.

Comentários: _______________________________________________________________________________________

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LEIS DE MENDEL

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PROFº: ROSIVALDO

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Heterozigoto: é aquele indivíduo que apresenta genes alelos diferentes para uma dada característica. Ex.: Aa, Bb.

CONCEITOS IMPORTANTES DE GENÉTICA

Genética: é a parte da biologia que estuda os mecanismos da transmissão hereditária e as modificações que ocorrem nos seres vivos.

Gen ou gene: é um segmento da molécula de DNA encontrado nos cromossomos, sendo responsável pela transmissão das características hereditárias.

Cromossomos: estrutura encontrada no núcleo celular, sendo formada por uma seqüência linear de genes.

Cromossomos autossomos: são aqueles que são idênticos nos dois sexos e determinam características comuns em homens e mulheres (ex.: cor da pele, polidactilia, etc.).

Cromossomos alossomos ou heterossomos ou sexuais: são aqueles que diferem nos dois sexos, sendo responsáveis por características que se distribuem diferencialmente no homem e na mulher (ex.: daltonismo, hemofilia, hipertricose auricular).

Genótipo: é o patrimônio genético de um indivíduo. É o conjunto de genes de um indivíduo.

Ex.: AA, Aa, aa. OBS.: MUTAÇÃO – é toda e qualquer alteração ocorrida em uma molécula de DNA, sendo hereditária apenas quando atinge as células sexuais (gametas).

Fenótipo: é uma característica observável ou detectável, resultante da interação do genótipo com o meio ambiente. Ex.: olhos azuis, cabelos castanhos, grupo AB, daltonismo, etc.

Gene

Cromossomo

seqüência normal

seqüência mutante

DNA

FENÓTIPO = GENÓTIPO + MEIO AMBIENTE

OBS: NORMA ou AMPLITUDE DE REAÇÃO – é o conjunto dos diferentes fenótipos que podem ser originados pela interação acima.

Fenocópia: é a ocorrência de indivíduos com mesmo fenótipo, porém com genótipos diferentes, sendo uma característica não-hereditária.

Ex.: tingimento dos cabelos, uso de óculos ou lentes de contato, silicone, diabéticos que utilizam insulina.

Genes alelos: são genes, iguais ou diferentes, que determinam um mesmo caráter e estão localizados em loci correspondentes de cromossomos homólogos.

Ex.: A pigmentação normal a ausência de pigmentação (albino)

Cromossomos homólogos: são aqueles que formam pares, possuem a mesma forma, o mesmo tamanho e genes que determinam o mesmo caráter .

Gene dominante: é aquele que manifesta o seu caráter mesmo estando em dose simples. Geralmente representado por letras maiúsculas. Ex.: A dominante sobre a.

Gene recessivo: é aquele que geralmente se manifesta apenas quando em dose dupla. É representado, geralmente, por letras minúsculas. Ex.: a é recessivo em relação a A.

Homozigoto: é aquele indivíduo que apresenta genes alelos iguais para uma dada característica. Ex.: AA, BB, aa, bb.

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Caráter biológico: é todo e qualquer aspecto morfológico, fisiológico ou comportamental de um indivíduo. Podem ser de três tipos:

Hereditário: envolve a participação de genes. Ex.: cor da pele, polidactilia, albinismo, idiotia, etc.

Adquirido: não tem participação genética. Ex.: amputação de um membro, cicatriz, fenocópias, etc.

Congênito: é uma forma de caráter adquirido, manifestado durante o período de vida intra-uterina.

Ex.: SIDA, sífilis, DHRN. Cariótipo normal, indivíduo do Cariótipo de indivíduo com

sexo feminino síndrome de Down

Genoma (n): é o conjunto de genes de uma célula haplóide. Ex.: célula haplóide (n) = 1 genoma célula diplóide (2n) = 2 genomas

Célula haplóide (n): é aquela que apresenta a metade do número cromossômico típico de uma espécie. Ex.: gametas, células do corpo de um zangão.

Célula diplóide (2n): é aquela que apresenta o total do número cromossômico típico de uma espécie. Ex.: células somáticas (são as que formam o corpo de um indivíduo).

Retrocruzamento (ou, do inglês, “back-cross”): cruzamento realizado entre um indivíduo híbrido de F1 com um parental. Ex.: Vv x VV ou vv.

Cruzamento-teste (ou, do inglês, “test-cross”): cruzamento realizado entre um indivíduo híbrido de F1 de genótipo desconhecido (homozigoto ou heterozigoto?), com o parental recessivo. Ex.: V_ x vv

Johann Mendel (1822-1884), pioneiro descobridor das leis da herança genética, nascido em Heinzendorf, na Silésia austríaca, região pertencente ao atual território da República Tcheca.

Seguiu desde cedo a vida religiosa, ordenando-se frade em 1847 no monastério agostiniano de Brunn (atual Brno). Já havia realizado estudos de Filosofia e, após a ordenação, que lhe consagrou suas atividades no ensino de Filosofia, ingressou na Universidade de Viena em 1851. Voltou a Brunn em 1854, dedicando-se até 1868 ao ensino de História Natural e Matemática.

1. Material biológico: Ervilhas de cheiro (Pisum sativum)

Características favoráveis:

Ocorrência natural de autofecundação – O que é e por que foi importante?

Facilidade de cultivo, gerações curtos e muitos descendentes por geração.

Existência de caracteres bem definidos. Exemplos?

2. O Método de Mendel: um dos experimentos:

Exemplo: cor da semente das ervilhas (abaixo de cada retângulo, complete com os genótipos correspondentes!) Não Esqueça! No monoibridismo com dominância, o cruzamento entre heterozigotos sempre resulta em:

Proporção Fenotípica: 3 Dominantes (ex. Amarelas) : 1 Recessivo (ex. verdes)

Proporção Genotípica: 1 VV : 2 Vv : 1 vv 3. Sinonímias:

Lei da pureza dos gametas

Lei da segregação dos genes alelos

Monoibridismo

4. Enunciado: “Um caráter é determinado por um par de fatores, que se separam durante a formação dos gametas que são, portanto, puros”.

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LEIS DE MENDEL (CONT)

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a segunda lei de Mendel ou lei da segregação independente, é analisada a herança concomitante de dois, três ou mais caracteres, falando-se assim, em diibridismo, triibridismo ou poliibridismo, respectivamente. Lisa (dominante) = RR, Rr

Exemplo: Forma da semente Rugosa (recessivo) = rr Amarela (dominante) = VV, Vv Cor da semente Verde (recessivo) = vv

Geração Parental (P) Sementes Amarelas e Lisas x Sementes Verdes e Rugosas

Preencha com os genótipos!

Geração F1 Todas sementes Amarelas e Lisas

Preencha com o genótipo! (AUTOFECUNDAÇÃO)

Geração F2 9/16 Amarelas, Lisas : 3/16 Amarelas, Rugosas : 3/16 Verdes, Lisas :1/16 Verdes, Rugosas

E agora? Quais são os genótipos?

Para determinar os genótipos da geração F2, precisamos preencher o quadrado de Punnett, depois de determinarmos os gametas formados pelos indivíduos de F1 (duplo-híbridos).

Genótipo de F1 VvRr

Gametas de F1 VR, Vr, vR, vr

Preencha com os Gametas femininos (oosferas)

genótipos! VR Vr vR vr

VR 1 2 3 4

Gametas Vr 5 6 7 8

Masculinos vR 9 10 11 12

(anterozóides) vr 13 14 15 16

Os fenótipos, genótipos e proporções deste cruzamento podem ser sumariados a seguir:

Proporção Fenotípica (9:3:3:1)

Proporção Genotípica 1:2:1:2:4:2:1:2:1

9 Amarelas e Lisas V _ R _

3 Amarelas, Rugosas V _ r r

3 Verdes, Lisas v v R _

1 Verdes, Rugosas v v r r

As seguintes fórmulas podem ser úteis:

Número de classes fenotípicas 2n

Número de classes genotípicas 3n

Número de combinações possíveis 4n *Onde n = número de pares heterozigotos Segunda Lei de Mendel – Enunciado

“Durante a formação de gametas, o par de fatores responsável por uma característica separa-se independentemente de um outro par de fatores, responsável por outra característica”.

N

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EXERCÍCIOS 01. Um casal desdentado (adontenia) tem um filho normal. Pergunta-se: a) Qual o caráter dominante e o recessivo? b) Qual a probabilidade do casal ter um filho homozigoto entre os normais? 02. Analisando a genealogia abaixo, responda: a) Qual a probabilidade do “propósito” ser heterozigoto? b) Qual a probabilidade do propósito ser heterozigoto e do sexo feminino? 03. Analisando o heredograma abaixo, conclui-se que dois dos dez indivíduos são vítimas de uma anomalia causada pela ação de um gene recessivo. Assinale a opção que contém os números que representam indivíduos cujos genótipos não se pode determinar: a) 1, 2, 3, 5, 6 b) 5, 6, 7 c) 3, 8, 10 d) 1, 2, 5, 6, 7, 8, 10 e) 7, 8, 10 04. O heredograma abaixo se refere à herança de uma doença autossômica, transmitida segundo o que determina a Primeira Lei de Mendel:

Feita a análise genotípica do heredograma em estudo, com relação à condição fenotípica da prole do casal formado pelos indivíduos 9 e 10, constata-se que há duas possibilidades em relação ao genótipo do referido casal:

1a) permite gerar filhos normais e doentes; 2a) permite gerar apenas filhos normais.

A probabilidade de que o referido casal tenha genótipo que só permita gerar filhos normais é: a) 1/4 b) 1/2 c) 3/4 d) 1/3 e) 2/3

05. A fenilcetonúria é uma doença genética autossômica recessiva que causa severo retardo mental. Um casal consangüíneo teve duas filhas gêmeas, sendo uma doente e outra normal. De acordo com a genealogia abaixo, se a filha doente casar-se com um homem normal portador, a probabilidade de o casal ter um filho ou filha doente será de: a) 0% b) 25% c) 50% d) 75% e) 100% 06. Na genealogia abaixo, pode-se deduzir que a característica em negrito é recessiva, graças ao casal: a) 1-2 d) 7-8 b) 3-4 e) 9-10 c) 5-6 07. O heredograma abaixo mostra a transmissão do nanismo acondroplásico numa família. Responda ao que se pede: a) O nanismo acondroplásico é causado por um gene dominante ou recessivo? Qual casal permitiu que você chegasse a esta conclusão? b) Qual a probabilidade do casal no 4 ter um filho que apresente a anomalia? c) Qual a probabilidade que existe de o casal no 4 vir a ter 3 filhos seguidos todos normais, não importando o sexo das crianças? 08. O heredograma abaixo indica as gerações de uma família, relativo à capacidade de enrolar a língua, tal como mostrado nas fotografias. Analise o esquema e, a seguir, responda: A capacidade de enrolar a língua é transmitida por gene dominante ou gene recessivo? Como você chegou à sua conclusão?

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JACKY27/02/08

NOÇÕES DE PROBABILIDADE

Frente: 01 Aula: 04

PROFº: HUBERT LIMA A Certeza de Vencer

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Noções de Probabilidade: O que é a probabilidade de um acontecimento?

Para um acontecimento ser aleatório tem de existir várias hipóteses de resultado e a probabilidade de cada uma das hipóteses é a percentagem de cada um desses resultados. Quanto maior conhecimentos tiverem em relação a um acontecimento mais visível é a probabilidade das hipóteses desse acontecimento. Ex.: Se um dado numerado de 6 faces tiver os números até 6 sem se repetirem, quando nós o atiramos aleatoriamente, todos os números têm a mesma probabilidade de calharem. Se, o dado, em vez de ter números todos diferentes tiver alguns repetidos, quando o atiramos aleatoriamente, é mais provável que apareça um desses.

Imagem retirada da página: http://pt.wikipedia.org/wiki/Imagem:Wuerfel3.jpg

Em genética, a resolução de muitos problemas envolve a previsão da ocorrência de determinados eventos, o que implica o conhecimento de certas leis de probabilidade.

Conceito: Probabilidade é o número de vezes que, imaginamos, pode ocorre um fato dentro de certo número de tentativas. Logo, a P é a freqüência esperada de um acontecimento diante de outras possibilidades. Consideremos a experiência do lançamento de uma moeda e leitura da face voltada para cima. Ao realizarmos n vezes a experiência, se obtivermos m vezes o resultado “cara” é m/n. É claro que lançada a moeda o resultado é imprevisível, pois não podemos dizer com absoluta certeza que o resultado será “cara”, pois nada impede que dê “coroa”. A Experiência provou que conforme se aumenta n, ou seja, à medida que mais lançamentos da moeda são feitos a freqüência relativa m/n tende a estabilizar-se em torno de 1/2. Probabilidade de um evento: É possível determinar a probabilidade de uma característica se manifestar ou de um gene ser transmitido, segundo a fórmula: p= x/n. p= probabilidade; x= evento esperado; n= número de eventos possíveis. Eventos alternativos: A probabilidade de um evento ou outro ocorrer alternativamente corresponde à soma das probabilidades de cada evento. Jogando-se uma moeda, há igual chance de sair cara ou coroa, ou seja, 1/2 de probabilidade de cara e igual de coroa.

Imagem retirada da página: http://chestersx.com.sapo.pt/moeda.JPG

Admitindo-se que: p= prob de sair cara; q= prob de sair coroa. Teremos: p + q = 1; resolvendo: 1/2 + 1/2 = 1.

Fórmula: Digamos que P é a probabilidade de ocorrência de determinado evento. Então, P será igual:

P = nº de eventos favoráveis nº de eventos possíveis

Por exemplo, no lançamento de um dado, um número par pode ocorrer de 3 maneiras diferentes dentre 6 igualmente prováveis, portanto, P = 3/6= 1/2 = 50%. Num baralho de 52 cartas, qual a probabilidade de retirarmos uma dama qualquer?

Imagem retirada da página: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/b/b6/Anglo-

American_card_suits.png/200px-Anglo-American_card_suits.png Resolução: Um baralho de 52 cartas contém quatro damas (a de ouros, a de espadas, a de copas e a de paus). Portanto, existem quatro eventos favoráveis, em 52 cartas possíveis. Logo:

P = 4/52 = 1/13 = 0,076923 = 7,69%

Leis da Probabilidade: Regra da Adição ou Regra do “OU”:

Lei da soma para eventos mutuamente exclusivos Eventos mutuamente exclusivos são aqueles cuja ocorrência de um elimina a possibilidade de ocorrência do outro. Neste caso a probabilidade de ocorrência de um ou outro evento é expressa por:

P(A ou B) = P(A) + P(B) Exemplo 1: No casamento especificado, será estimada a probabilidade de nascer um menino de olhos castanhos ou uma menina de olhos azuis. Assim, tem-se: P(A) = P(menino de olhos castanhos) = 3/8 P(B) = P(meninas de olhos azuis) = 1/8 P(A ou B) = P(A) + P(B)= 3/8 + 1/8 = ¼ Exemplo 2: Lançando um dado, qual a probabilidade de se obter a face “1” ou “6”?

Imagem retirada da página: http://www.visualmail.com.br/pessoais/ggalli/3d/dado.jpg

Resolução: Vimos que a probabilidade de se obter a face “1” é dada pelo quociente da divisão do número de faces “1” que o dado possui pelo número total de faces existentes (6). Logo:

P (face “1”) = 1/6

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Da mesma maneira, a probabilidade de se obter a face “6” será igual a 1/6. Como a ocorrência de uma ou outra face (face “1” ou “6”) “satisfaz” o problema, somam-se as probabilidades isoladas. Assim: P (face “1” ou “6”)= 1/6 + 1/6 = 2/6 = 1/3 = 0,333... = 33,3%

Regra da Multiplicação ou Regra do “E”: Lei do produto para eventos independentes ou não-

exclusivos Dois eventos são independentes quando a probabilidade de ocorrer B não é condicional à ocorrência de A, ou seja, eventos não - exclusivos são aqueles em que a ocorrência de um não impede a ocorrência do outro. A expressão que define a lei do produto para eventos independentes é a seguinte:

P(A e B) = P(A) x P(B) Exemplo 1: Lançando-se simultaneamente um dado e uma moeda, qual a probabilidade de sair “cara” e a face “6”? A probabilidade de sair “cara” é ½. A probabilidade de sair a face “6” é 1/6. P (“cara” e face “6”) = ½ x 1/6 = 1/12 = 0,0833 = 8,33%. “cara”/face “1” “cara”/face “2” “cara”/face “3” “cara”/face “4” “cara”/face “5” “cara”/face “6” “coroa”/face “1” “coroa”/face “2” “coroa”/face “3” “coroa”/face “4” “coroa”/face “5” “coroa”/face “6”

Exemplo 2: Em uma família será estimada a probabilidade do ser menino e ter olhos azuis. P(menino e olhos azuis) = P(menino) x P(olhos azuis) =(1/2) x (1/4) = 1/8. Exemplo 3: Um casal deseja ter dois filhos, sendo o primeiro menino e o segundo menina. Qual a probabilidade de que isso ocorra? Resolução: Como uma criança, ao ser concebido, pode ser menina ou menino, com iguais possibilidades, conclui-se que a probabilidade de uma criança ser menina é de 1/2 e a de ser menino também é de 1/2. Mas o casal deseja que a primeira criança seja menino e que a segunda criança seja menina. Observe que esses eventos são independentes, uma vez que o fato de o primeiro filho ser menino não impede que a segunda criança seja menina. Logo, aplicando-se a regra da multiplicação, temos:

P (1º♂ e 2º♀) = 1/2 x 1/2 = 1/4 O quadro abaixo mostra as quatro possíveis combinações de sexo entre as duas crianças, destacando-se a única possibilidade de a primeira ser menino e a segunda ser menina:

Menino/menino Menino/menina Menina/menino Menina/menina

Exemplo 4: Suponhamos, agora, que um casal deseja ter um menino e duas meninas, sem importar a ordem dos nascimentos. Resolução: Quando a ordem dos eventos não importar, procede-se calculando a probabilidade de ocorrência dos eventos como se a ordem importasse. Em seguida, multiplica-se a probabilidade obtida pelo número de

“ordens” possíveis. Para calcular o número de “ordens”, segue-se a seguinte fórmula:

Cpn = n! / p! (n – p)!

Nela: n = número de elementos associados; p = uma das alternativas desejadas. No exemplo, o casal deseja ter três filhos (n = 3), sendo duas meninas (p = 2, uma das alternativas). Logo, o número de “ordens” será: C2

3 = 3! / 2! (3 – 2)! = 3 x 2 x 1 = 3 2 x 1 x 1 Como a probabilidade de nascimento para cada menino e para cada menina é de 1/2, e como se deseja o nascimento de três crianças, a probabilidade de que nasçam um menino e duas meninas, em qualquer ordem, é: Probabilidade de nascer primeiro um menino e depois duas meninas, nessa ordem = 1/8 P = 3 x (½ x ½ x ½ ) = 3/8 � nº de ordens possíveis (De fato, podemos ter: ♂ ♀ ♀; ♀ ♂ ♀; ♀ ♀ ♂).

Lei do produto para eventos dependentes (ou condicionais ou ligados)

Neste caso temos a seguinte expressão de probabilidade:

P(A e B) = P(A) x P(B/A) = P(B) x (P(A/B)) Será considerado agora o gene que determina o daltonismo na espécie humana. Trata-se de um gene ligado ao sexo, em que: Mulheres normais: XD XD ou XD Xd Mulheres daltônicas: Xd Xd Homens normais: XDY Homens daltônicos: XdY Considerando o casamento entre uma mulher normal, portadora, e um homem normal, têm-se as descendências:

Gametas XD Y XD XD XD XD Y Xd XD Xd Xd Y

Conclui-se que: P(menino) = P(menina) = 1/2 P(Normal) = 3/4 P(Daltonismo) = 1/4 Exemplo: No casamento especificado, será estimada a probabilidade de nascer uma menina daltônica. Verifica-se, neste caso, que: P(menina daltônica) # P(menina) x P(daltônica) Ao contrário, tem-se: P(menina daltônica) = P(menina) x P(daltônica/menina) = 1/2 x 0 = 0 Bibliografia consultada: http://www.profmarcosbio.hpg.ig.com.br/geneti2.htm http://www.fernandosantiago.com.br/resgene.htm http://www.brasilescola.com/matematica/probabilidade.htm http://www.ufv.br/dbg/labgen/probbin.html http://www.mundovestibular.com.br/articles/400/1/PROBABILIDADE/Paacutegina1.html

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MA060208

1ª LEI DE MENDEL - Teoria

Frente: 01 Aula: 02

PROFº: RINALDO BARRAL A Certeza de Vencer

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oje sabemos que o veículo da hereditariedade são os genes, trechos da molécula de DNA presentes nos

cromossomos. Mesmo antes dessa descoberta, as leis básicas da hereditariedade começaram a ser desvendadas por Mendel em um mosteiro da cidade de Brünn na Áustria (hoje Brno, na República Tcheca). Uma das razões do sucesso de Mendel foi ter escolhido para suas pesquisas a ervilha-de-cheiro (Pisum sativum), que apresenta uma série de vantagens: fácil cultivo; produz muitas sementes e, consequentemente, grande número de descendentes; reproduz-se por auto-fecundação (a parte masculina do flor produz gametas que fecundam a parte feminina; pode-se também conseguir fecundação cruzada, fazendo com que uma flor cruze com outra flor de outro pé de ervilha). Além dessas vantagens, ela apresenta uma série de características facilmente observáveis e distintas entre si. Por exemplo, a cor da semente é amarela ou verde, sem tonalidades intermediárias; a forma da semente é lisa ou rugosa. Ele analisava sempre o número grande de descendentes em cada geração para determinar a proporção em que cada tipo de características aparecia. Evitava, assim, conclusões erradas, resultantes de simples coincidências.

1. A experiência de Mendel: Mendel supôs que, se uma planta tinha semente amarela, ela devia possuir algum “elemento” ou “fator” responsável por essa cor. O mesmo ocorreria com a planta de semente verde, que teria um “fator” para essa cor. Em um dos experimentos, ele procurou cruzar plantas de sementes amarelas com plantas de sementes verdes, mas antes procurou selecionar sementes amarelas que só originassem sementes amarelas e sementes verdes que só produzissem sementes verdes. Para isso, escolhia um indivíduo e observava os resultados da autofecundação ao longo de seis gerações (cerca de dois anos). Em cada geração analisava grande número de descendentes e, se nenhum deles produzisse sementes de cor diferente da cor do indivíduo inicial, concluía que se tratava de uma planta pura.

Com ervilhas puras Mendel fez um cruzamento entre a parte masculina de uma planta de semente amarela e a feminina de uma de semente verde. Essa primeira geração foi chamada de parental ou P. Na geração seguinte (primeira geração ou F1 ) todas as ervilhas apresentavam sementes amarelas. Mendel chamou esses indivíduos de híbridos, uma vez que descendiam de pais com características diferentes (sementes amarela e verde).

O que teria acontecido com o fator para verde? Teria se misturado ao fator para amarelo? Teria desaparecido? A resposta surgiu quando Mendel realizou a autofecundação de um dos indivíduos híbridos de semente amarela. Analisando as plantas resultantes (segunda geração ou F2), encontrou cerca de 75% (3/4) de sementes amarelas e 25% (1/4) de sementes verdes - ou seja, na geração F2 havia a proporção média de 3 sementes amarelas para 1 verde.

O aparecimento de sementes verdes permitiu a Mendel concluir que o fator para e não tinha sido destruído: apenas não

se maniva na presença do fator para amarelo. Com base nisso, resolveu chamar a característica "ervilha amarela de dominante e a característica "ervilha verde" de recessiva. Conclusões de Mendel:

Todos os casos estudados por Mendel confirmavam o

que tinha observado para a cor da ervilha: a geração F1 (resultante do cruzamento entre dois indivíduos puros, um dominante e o outro recessivo) tinha a característica dominante; F2 apresentava uma proporção média de 3 dominantes para 1 recessivo. Em 7 324 ervilhas havia, por exemplo, 5 474 lisas e 1 850 rugosas.

H

Fecundação cruzada Geração P

sementes amarelas

sementes verdes

Geração

Geração auto-fecundação

todas as ervilhas são amarelas

contagens das ilh

75% (3/4) amarelas 25% (1/4) d

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Os resultados de Mendel podem ser explicados com as seguintes hipóteses:

Cada organismo possui um par de fatores responsável pelo aparecimento de determinada característica.

Esses fatores são recebidos dos indivíduos paterno e materno: cada um contribui com apenas um fator de cada par.

Quando um organismo tem dois fatores diferentes, podem ocorrer que apenas uma das características se manifeste (a dominante) e a outra não apareça (recessiva).

Os fatores de uma contrastante não se misturam. Durante a formação dos gametas, os fatores aparecem em dose simples, ou seja, cada gameta possui apenas um fator (na experiência de Mendel, por exemplo, o gameta possui ou o fator para amarelo ou o fator para verde). Esta última conclusão ficou conhecida como primeira lei de Mendel, lei de segregação de um par de fatores ou lei do monoibridismo, uma vez que ela se aplica ao estudo de híbridos em relação a apenas uma característica. É costume enunciá-la assim: “Cada caráter é condicionado por um par de fatores que se separam na formação dos gametas, nos quais ocorrem em dose simples”. Interpretação atual da primeira lei de Mendel: Como as células da maioria dos organismos, as células do corpo de ervilhas são diplóides (2n; há dois cromossomos de cada tipo). Os cromossomos de um mesmo par são homólogos (possuem o mesmo trabalho e a mesma forma). Neles os genes situados na mesma posição (lócus ou lócus gênico; do latim, locus = lugar; plural, loci) controlam o mesmo tipo de características (cor da flor da ervilha, por exemplo) e são chamados de genes alelos ou, simplesmente, alelos. Embora controlem o mesmo tipo de características, eles podem ter efeitos diferentes. Por exemplo, na ervilha existem sete pares de cromossomos homólogos. Em um desses pares, está o gene que determina a cor da flor. Um dos cromossomos pode ter o gene que determina cor púrpura e o seu cromossomo pode ter o gene que determina cor púrpura e o seu cromossomo pode ter o gene que determina cor branca. Por convenção, usamos a letra inicial do caráter recessivo (branco, nesse caso) para denominar os genes alelos: o gene dominante é indicado pela letra maiúscula e o recessivo pela minúscula. Assim, o gene para flor púrpura é chamado de B e o gene para flor branca de b. Em um outro par de cromossomos homólogos estão, por exemplo, os alelos responsáveis pela forma da semente. Como o caráter liso é dominante, o gene para rugoso é r e o gene para liso é R. o par de alelos para a cor da semente localiza-se em um terceiro par de cromossomos homólogos. Nesse caso, o gene para amarelo (dominante) é chamado de V e o gene para verde de v. O mesmo acontece com os outros pares de homólogos.

• Canção dos conceitos básicos • Os alelos vão estar,para se manifestar (eu sei);

dois no mesmo lócus. • Cromossomos vão estar, pareados pra formar

(eu sei) nosso cariótipo. • O dominante dose dupla vai estar • Ou dose simples ele vai manifestar; • Ele vai predominar. • Recessivo estará • Pro caráter expressar (eu sei) • Em homozigose • O genoma o que será? • No gameta vai estar. (eu sei) • Condição haplóide. • - • Have you ever seen the rain; grupo Creedence • Letra: Prof. Rinaldo Barral

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GE140508

SISTEMA ABO

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PROFº: ROSIVALDO

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CONTEÚDO

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ALELOS MÚLTIPLOS (POLIALELIA) 1. CONCEITO: Trata-se de interação gênica não-mendeliana na qual, para um mesmo lócus, podem existir mais der um par de alelos, originando através de mutações. Esquematicamente, pode-se representar a geração de alelos múltiplos da seguinte maneira: GENÉTICA DOS GRUPOS SANGUÍNEOS

2. IMUNIDADE: É a capacidade que um organismo tem de resistir a doenças, identificando e destruindo organismos ou

substâncias estranhas (ex: vírus, bactérias, toxinas e células de tecidos estranhos). Os mamíferos são protegidos por uma variedade de mecanismos, alguns dos quais não-específicos e outros específicos. Defesa Inespecífica: É a primeira linha de defesa do corpo contra todos os invasores. É realizada por barreiras como a pele, lágrimas, muco e saliva, assim como células do sistema imune (ex: macrófagos). Defesa Específica (figura abaixo): Se um agente invasor passa pela primeira linha de defesa (inespecífica), as células, moléculas e órgãos do sistema imune desenvolvem defesas especificamente desenhadas contra este agente. O sistema imune pode se utilizar destas mesmas defesas quando quer que este agente ataque de novo, no futuro.

ANTÍGENOS: São substâncias

estranhas ao organismo, (proteínas, polissacarídeos, microorganismos); introduzidos no sangue, determinam a formação de ANTICORPOS.

Obs.: Nas hemácias, os antígenos estão presentes na superfície das hemácias e recebem a denominação de aglutinogênios, porque promovem aglutinação das mesmas em presença de anticorpos específicos

IMUNIZAÇÃO CONTEÚDO AÇÃO VACINA Ativa Antígenos Profilática SORO Passiva Anticorpos Terapêutica

ANTICORPOS: São proteínas (imunoglobulinas) produzidas por linfócitos B, em resposta a penetração de um antígeno no corpo. Reconhecem e inativam o antígeno correspondente (reação antígenbo-anticorpo). Ex: Obs.: Os anticorpos dissolvidos no plasma, que reagem contra aglutinogênios presentes nas hemácias, são denominados aglutininas

3. IMUNIZAÇÃO: Método de estimulação da resistência do organismo contra doenças, usando microorganismos – bactérias ou vírus – modificados ou mortos. Pode ocorrer de duas formas:

Iminização Ativa: Anticorpos são produzidos pelo organismo que recebeu os antígenos. - Natural: Antígeno entra no organismo na forma de um agente infeccioso. - Artificial: Ocorre através da vacinação ou inoculação. A vacina contém antígenos que estimulam o organismo a produzir anticorpos.

Imunização Passiva: É feita através da soroterapia, pois nos soros existem anticorpos produzidos por outro organismo.

ESQUEMA PARE NÃO ESQUECER AS DIFERENÇAS

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O SISTEMA ABO DE GRUPOS SANGUINEOS

Os procedimentos de transfusão ocorriam antigamente de forma aleatória (era pré-Landstein), e muitas vezes ocorriam conserquências graves e até a morte. Isto porque, hoje se sabe, ocorre certa incompatibilidade entre as hemácias de determinados indivíduos e o plasma de outros, resultando em aglutinação (reunião de hemácias em “grumos”), que podem obstruir capilares provando embolias. Pode ocorrer também hemólise (ruptura de hemácias), com sonsequente ectravasamento de hemoglobina (uma parte desta será excretada e outra será transformada em birrubina)

1. CLASSIFICAÇÃO E HERANÇA DO SISTEMA ABO: Karl Landstein (1930) encontrou, após extensivas pesquisas, dois tipos de antígenos (ou aglutinogênios)

nas hemácias, denominados A e B, e dois anticorpos correspondente, denominados respectivamente de anti-A e anti-B. no sangue de um mesmo indivíduo, evidentemente, não podem co-existir hemácias com antígenos de um tipo (A ou B) para o qual exista, no plasma, anticorpo específico (anti-A ou anti-B).

Por outro lado, a presença ou não dos antígenos A e B dependem da presença de uma série alélica, constituída pelos genes:

Gene IA Determina a produção de aglutinogênio A. Gene IB Determina a produção de aglutinogênio B. Gene i Não produz aglutinogênios A ou B.

Preencha a tabela a seguir, com os grupos sanguíneos, os genótipos e os fenótipos do sistema ABO:

Fenótipos (Grupos)

Genótipos

Aglutinogênio presente nas

hemácias)

Aglutinina (presente no

plasma)

2. AS TRANSFUSÕES DE SANGUE POSSÍVEIS:

Ao analisar que transfusões são possíveis considerando-se o sistema ABO de grupos sanguíneos, deve-se levar em consideração o tipo de aglutinogênio presente nas hemácias do doador e o tipo de aglutinina apresenta no plasma do receptor. Assim, ao construir o esquema abaixo, você só precisa de duas informações básicas:

Todas as transfusões realizadas entre indivíduos do mesmo grupo sanguíneo são possíveis. Mais do que isso, estas são as normalmente recomendadas, dadas as recomendações dos bancos de sangue.

Além destas transfusões entre grupos idênticos do grupo O, por não possuírem antígenos nas hemácias, são considerados doadores universais. Por outro lado, indivíduos do grupo AB, por não possuírem aglutininas no plasma, são considerados receptores universais.

O indivíduo possui antígenos A em suas hemácias!

O indivíduo possui antígenos B em suas hemácias!

O indivíduo possui antígenos A e B em suas hemácias!

O indivíduo NÃO possui ambos os antígenos A e B em suas hemácias!

Page 39: Vestibular Impacto - Biologia

MA040408

HELMINTIASES

FAÇO IMPACTO - A CERTEZA DE VENCER!!!

PROFº: WAGNER

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CONTEÚDO

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NEMATELMINTOS (Asquelmintos)

a) Principais representantes

Ascaris (lombriga), Ancilóstomo, Oxiúro ( tuxina ) e Filária. b) Características gerais

Vermes de corpo cilíndrico revestido por uma cutícula quitinosa, triblásticos com simetria bilateral;

Sistema digestivo completo, apresentando boca e ânus, com digestão intra e extracelular;

Ausência de sangue e sistemas circulatório e respiratório; Sistema nervoso com anel ao redor da faringe e 2 cordões

longitudinais ; Sistema locomotor com camadas musculares logo abaixo da

epiderme, que permitem movimentos de flexão dorso-ventral, mas não de lateralidade;

Todos são dióicos (sexos separados), às vezes até com acentuado dimorfismo sexual (diferenças físicas entre machos e fêmeas);

São pseudocelomados, isto é, formam embrionariamente três folhetos, mas o mesoderma não se divide em duas lâminas. Revelam uma cavidade central no corpo que apenas simula o celoma.

DOENÇAS CAUSADAS POR ASQUELMINTOS

1. Ascaridíase

Agente etiológico: Ascaris lumbricoides (Parasita no intestino delgado do homem)

Transmissão:

Através da ingestão de água e alimentos contaminados com os ovos do parasito; Sexo oral-anal; Auto-infestação devido a maus hábitos de higiene.

Profilaxia (Prevenção)

Beber somente água tratada (Filtrada, fervida ou mineral); Construção de instalações sanitárias adequadas que impeçam a contaminação de

água potável e alimentos; Evitar a prática do sexo oral-anal.

Casal de Ascaris lumbricoides

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2. ANCILOSTOMOSE E NECATOROSE Doença conhecida popularmente como “amarelão“ ou “Opilação“. São causadas por dois vermes bem parecidos: Ancylostoma duodenale (figura ao lado) e Necator americanus. Cada um mede cerca de 1,5 cm, ambos possuindo boca desenvolvida. No ancilóstomo a boca é dotada de dentículos traumatizantes que mordem a mucosa intestinal, fazendo-a sangrar. O Necator não tem dentes, mas lâminas cortantes na boca, que são usadas com a mesma finalidade. Esses parasitos alimentam-se de sangue. Isso provoca uma constante perda sangüínea no doente, que vai ficando anêmico e enfraquecido. Por isso que a ancilostomose e a necatorose são conhecidas como “amarelão“ ou “Opilação”. Os ovos desses vermes, eliminados com as fezes do doente, contaminam o solo, e eliminam larvas que podem atravessar a pele dos pés das pessoas que andam descalças. Após isso as larvas vão para o intestino delgado onde se tornam vermes adultos, que passam a ferir a parede intestinal para se alimentar de sangue. O combate a essas verminoses consiste, principalmente, no uso de calçados pelas pessoas. 3. OXIURÍASE OU ENTEROBÍASE É causada por verme chamado de Enterobius vermicularis, mais conhecido como “tuxina”. Bem pequeno, fino, numeroso, branco, costuma ser eliminado com as fezes, nelas aparecendo com seus movimentos intensos. Causam freqüentemente prurido na região perianal, principalmente à noite quando as fêmeas migram até esse local para desovar. Assim, a pessoa coça e contamina as unhas. Posteriormente, leva os dedos à boca a acaba sofrendo auto-contaminação.

Transmissão Além da auto-contaminação, o modo mais freqüente de se adquirir esta verminose é através da ingestão de água e alimentos contaminados com os ovos do parasita. A contaminação pela prática do sexo oral-anal também é possível.

Profilaxia (Prevenção) A profilaxia desta doença é semelhante a da ascaridíase, porém com alguns cuidados a mais, como por exemplo:

A roupa de dormir e de cama usada pelo hospedeiro não deve ser “sacudida” pela manhã, e sim enrolada e lavada em água fervente;

Corte rente das unhas, aplicação de pomada mercurial na região perianal ao deitar-se, banho de chuveiro ao levantar-se e limpeza doméstica (se possível) com aspirador de pó, são medidas complementares de utilidade. 4. FILARIOSE (ELEFANTÍASE) Conhecida também como elefantíase, esta doença é causada por um verme chamado de Wuchereria bancrofti. Ele se localiza no interior dos vasos linfáticos. Como mede alguns centímetros de comprimento, sua presença nos vasos linfáticos vai dificultar a circulação da linfa que extravasa para os tecidos vizinhos. O derrame do líquido nos tecidos provoca um edema (inchaço) crescente, principalmente nos membros inferiores (conforme a figura ao lado), que assume grandes proporções justificando o nome popular da doença: elefantíase. Em alguns casos mais graves pode haver a invasão de outros órgãos pelo parasito, como testículos e mamas. A transmissão dessa doença é feita por contágio direto, ou seja, pois depende da ação de um transmissor ou vetor, que nesse caso é o mosquito fêmeo do gênero Culex.

Profilaxia (Prevenção)

Combater o agente vetor (mosquito Culex) através do uso de inseticidas e repelentes;

Uso de mosquiteiros; Telar portas e janelas das casas; Destruir os locais de criadouro do mosquito, que são

águas poluídas peridomiciliares.

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MA110308

HEMATOLOGIA

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CONTEÚDO

A Certeza de Vencer

03

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A foto mostra um linfócito: tipo de glóbulo branco que produz

anticorpos que atacam organismos invasores ou substâncias estranhas.

Diapedese

pseudópode

fagocitose

diapedese

TECIDO SANGÜÍNEO O sangue é um tecido fluido, no qual as células ou elementos figurados estão contidas num líquido denominado plasma. Há três tipos básicos de células: as hemácias, os leucócitos e as plaquetas (fragmentos de células).

A) PLASMA Contém aproximadamente 90% de água. Nele estão dissolvidas proteínas como a albumina, as globulinas e o fibrinogênio. Além disso, encontram-se no plasma: aminoácidos, açúcares e lipídios simples, substâncias resultantes da digestão, que são distribuídas às células. Por outro lado, também se encontram presentes materiais da excreção nitrogenada, como uréia, ácido úrico e creatinina, removidos dos tecidos. Da composição do plasma fazem parte ainda vitaminas, hormônios e sais minerais.

B) HEMÁCIAS/ERITRÓCITOS/GLÓBULOS VERMELHOS São Células discóides bicôncavas e anucleadas nos mamíferos. Há aproximadamente 5.000.000 de hemácias por mm3 de sangue humano. Elas contêm uma alta taxa do pigmento hemoglobina(cor vermelha do sangue), que tem uma grande afinidade pelo oxigênio. Um pigmento eficiente no transporte de O2 deve ter duas propriedades básicas:

b.1. Captação de grandes quantidades de oxigênio; b.2. Formação de compostos instáveis com o oxigênio.

Em relação à primeira propriedade, sabemos que 100 ml de plasma podem conter apenas 0,3 ml de oxigênio, enquanto os mesmos 100 ml de sangue dos mamíferos com hemoglobina nas hemácias podem conter cerca de 20 ml de oxigênio. A Segunda propriedade garante uma pronta combinação do pigmento com o oxigênio (nos órgãos respiratórios) e uma fácil liberação desse oxigênio (nos tecidos). C) LEUCÓCITOS (GLÓBULOS BRANCOS) São células de formas e funções variadas. Normalmente, encontram-se ao redor de 8.000 leucócitos por mm3 de sangue humano. Estão relacionados com a defesa do organismo contra a invasão de microorganismos. Esta defesa pode ser efetuada por alguns leucócitos através da fagocitose dos elementos estranhos, ou através da produção de anticorpos. Por serem células capazes de deformação, os leucócitos podem atravessar as paredes dos vasos capilares (diapedese) e se deslocar no tecido conjuntivo através de movimento amebóide, por emissão de pseudópodos.

Saída de um leucócito de sangue (diapedese) e fagocitose de micróbios invasores. d)Plaquetas (Trombócitos)

Plasma

Elementos Figurados

Glóbulos vermelhos

Glóbulos brancos e plaquetas

93% água

79% substâncias dissolvidas

Plaquetas

Coagulo Sanguíneo

As plaquetas são fragmentos de células

que lançam substâncias que atuam

na coagulação sangüínea

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São Fragmentos de células da medula óssea, ricos em substâncias promotoras da coagulação sangüínea. As plaquetas, em certas circunstâncias, liberam tromboplastina, que desencadeia uma série de reações. Estas culminam com a transformação do fibrinogênio, solúvel, em fibrina, proteína insolúvel. A fibrina forma uma rede que aprisiona as células sangüíneas, constituindo em conjunto o coágulo. A coagulação é um processo importante, já que é através dele que hemorragias são bloqueadas. Nos hemofílicos faltam uma das substâncias relacionadas à coagulação, interrompendo-se assim a cadeia de reações que levam à formação de fibrina.

PROCESSO DE COAGULAÇÃO

ÓRGÃOS HEMATOPOÉTICOS

Produzem células sangüíneas: - Medula vermelha óssea - Baço

ÓRGÃOS HEMOCATERÉTICOS Destroem células sangüíneas envelhecidas - Baço - Fígado

Número normal de Células sangüíneas

Hemácias (4.000.000 - 6.000.000/mm3 de sangue)

Granulócitos Eosinófilos Neutrófilos Basófilos

Leuc

ócito

s (4

.000

a

10.0

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m3

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e)

Agranulócitos Linfócitos Monócitos ELEM

ENTO

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Plaquetas (150.000 – 500.000/mm3 de sangue)

Anemia Diminuição do número de hemácias (menos de 4.000.000) Leucopenia Diminuição do número de leucócitos (menos de 4.000): viroses. Leucocitose Aumento do número de leucócitos (mais de 10.000): Bacterioses Leucemia Aumento exagerado de leucócitos anormais (mais de 50.000)

A CIRCULAÇÃO LINFÁTICA Além da circulação sangüínea, o corpo é irrigado também pela circulação linfática. Ela é formada pelos vasos linfáticos, condutos que nascem ao nível dos tecidos, reúnem-se uns com os outros, formando vasos linfáticos mais grossos, e acabam se abrindo em determinados vasos sangüíneos.

Todos os vasos linfáticos do organismo convergem para dois grandes troncos – o canal torácico, que se abre na veia subclávia esquerda, e a grande veia linfática, que termina na veia subclávia direita.

Os vasos linfáticos conduzem a linfa, passando, em pontos estratégicos, pelo interior de gânglios linfáticos (onde há produção de leucócitos). A linfa, substância líquida que corre pelos vasos linfáticos, é formada de plasma e leucócitos que atravessaram a parede dos capilares e passaram para os tecidos adjacentes. Eles são recolhidos e transportados de volta para o sangue através da rede linfática.

Os vasos linfáticos são dotados de válvulas que impedem o refluxo da linfa. Além disso, os movimentos dos corpos provocam, pelas contrações musculares, “compressores” dos vasos linfáticos, ajudando a impelir a linfa sempre para frente. A linfa tem por função o transporte de leucócitos (defesa orgânica) e de alguns nutrientes absorvidos no intestino lipídios.

Plaquetas

Tromboplastina

Tecido Lesado

Protrombina (enzima inativa)

Trombina

Fibrinogênio Fibrina (coagulo)

Ca++

Page 43: Vestibular Impacto - Biologia

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CONSTRUÇÃO E ANÁLISE DE HEREDOGRAMAS 1 1

Frente: 01 Aula: 02

PROFº: Hubertt Lima Verde A Certeza de Vencer

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Heredogramas (Genealogia ou Pedigree): Conceito:

Uma forma usual de representar uma família são os heredogramas (genealogias ou mapas genéticos, ou pedigrees). Neles, são indicados os cruzamentos e as suas respectivas descendências. Como em todas as notações científicas, os heredogramas empregam uma simbologia própria.

São gráficos utilizados em Genética para representar a genealogia ou pedigree de um indivíduo ou de uma família. Então, os heredogramas são representações, por meio de símbolos convencionados, dos indivíduos de uma família, de maneira a indicar o sexo, a ordem de nascimento, o grau de parentesco, etc. Ao se observar uma genealogia, o primeiro cuidado é descobrir qual é o gene recessivo. Como descobrir? A melhor maneira é procurar, entre os cruzamentos representados no gráfico, um em que o pai e a mãe sejam iguais e tenham um ou mais filhos diferentes deles. Sempre que isso acontece, no monoibridismo simples com dominância, pode-se garantir que o filho diferente dos pais revela a manifestação recessiva. Ele é homozigoto recessivo. Os pais são heterozigotos.

Principais Símbolos: ou Indivíduo do sexo masculino ou Indivíduo do sexo feminino Relacionamento (casamento ou união)

ou Indivíduo masculino afetado

ou Indivíduo feminino afetado \ \ Relacionamento consangüíneo Família com filho único

Família com filha única

Família com ordem de nascimento 1 e 2

ou Família com pai falecido

ou Família com mãe falecida ou Família com filho único falecido ou ou Família apresentando gêmeos bivitelinos \ ou Família apresentando gêmeos univitelinos Importante: Existem inúmeras simbologias, porém, estas são consideradas as mais importantes para efeito de questão de vestibular.

Reconhecimento Gênico: As doenças de herança genética podem ter origem por gene dominante ou recessivo. É preciso reconhecer duas situações clássicas na resolução de questões envolvendo heredograma que são: Situação 01: Pais normais originando filho afetado.

Situação 02: Pais afetados originando filho normal.

Montagem do Heredograma: A montagem de um heredograma obedece a algumas regras: 1ª) Em cada casal, o homem deve ser colocado à esquerda, e a mulher à direita, sempre que for possível. 2ª) Os filhos devem ser colocados em ordem de nascimento, da esquerda para a direita. 3ª) Cada geração que se sucede é indicada por algarismos romanos (I, II, III, etc.). Dentro de cada geração, os indivíduos são indicados por algarismos arábicos, da esquerda para a direita. Outra possibilidade é se indicar todos os indivíduos de um heredograma por algarismos arábicos, começando-se pelo primeiro da esquerda, da primeira geração.

Símbolos Família

Ascendentes

Descendentes

+

+

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Interpretação dos Heredogramas: A análise dos heredogramas pode permitir se determinar o padrão de herança de uma certa característica (se é autossômica, se é dominante ou recessiva, etc.). Permite, ainda, descobrir o genótipo das pessoas envolvidas, se não de todas, pelo menos de parte delas. Quando um dos membros de uma genealogia manifesta um fenótipo dominante, e não conseguimos determinar se ele é homozigoto dominante ou heterozigoto, habitualmente o seu genótipo é indicado como A-, B- ou C-, por exemplo. A primeira informação que se procura obter, na análise de um heredograma, é se o caráter em questão é condicionado por um gene dominante ou recessivo. Para isso, devemos procurar, no heredograma, casais que são fenotipicamente iguais e tiveram um ou mais filhos diferentes deles. Se a característica permaneceu oculta no casal, e se manifestou no filho, só pode ser determinada por um gene recessivo. Pais fenotipicamente iguais, com um filho diferente deles, indicam que o caráter presente no filho é recessivo! Uma vez que se descobriu qual é o gene dominante e qual é o recessivo, vamos agora localizar os homozigotos recessivos, porque todos eles manifestam o caráter recessivo. Depois disso, podemos começar a descobrir os genótipos das outras pessoas. Devemos nos lembrar de duas coisas: 1ª) Em um par de genes alelos, um veio do pai e o outro veio da mãe. Se um indivíduo é homozigoto recessivo, ele deve ter recebido um gene recessivo de cada ancestral. 2ª) Se um indivíduo é homozigoto recessivo, ele envia o gene recessivo para todos os seus filhos. Dessa forma, como em um “quebra-cabeças”, os outros genótipos vão sendo descobertos. Todos os genótipos devem ser indicados, mesmo que na sua forma parcial (A-, por exemplo).

Análise de Heredogramas: Exemplo 01:

Em uma árvore desse tipo, as mulheres são representadas por círculos e os homens por quadrados. Os casamentos são indicados por linhas horizontais ligando um círculo a um quadrado. Os algarismos romanos I, II, III à esquerda da genealogia representam as gerações. Estão representadas três gerações. Na primeira há uma mulher e um homem casados, na segunda, quatro pessoas, sendo três do sexo feminino e uma do masculino. Os indivíduos presos a uma linha horizontal por traços verticais constituem uma irmandade. Na segunda geração observa-se o casamento de uma mulher com um homem de uma irmandade de três pessoas. Exemplo 02: (UFBA) No heredograma a seguir, os símbolos em preto representam indivíduos afetados pela polidactilia e os símbolos em branco, indivíduos normais. Conclui-se, desse heredograma, que, em relação à polidactilia:

a) os indivíduos afetados sempre são homozigotos. b) os indivíduos normais sempre são heterozigotos. c) os indivíduos heterozigotos são apenas de um dos dois sexos. d) pais normais originam indivíduos homozigotos recessivos. e) pais normais originam indivíduos heterozigotos.

Praticando os Conhecimentos: 01 – Em cada situação abaixo reconheça os genes dos indivíduos, e identifique se a doença em questão é de caráter dominante ou recessivo. a) b) I II c) I II d) II III e)I II III Gabarito: a) I II a) Recessivo 1:Aa; 2: Aa; 3: A_; 4: aa. b) b) Recessivo 1:Aa; 2: Aa; 3: A_; 4:aa; 5:A_ c) I II c) Dominante 1:Aa; 2:Aa; 3:aa; 4:A_ Bibliografia consultada: http://www.biomania.com.br/bio/conteudo.asp?cod=1214

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1 2

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II

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3 4

1 2

3 4

Aa Aa

A aa

1 2

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II

I Aa Aa

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Aa Aa

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1 2

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1

1

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Page 45: Vestibular Impacto - Biologia

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CONSTRUÇÃO E ANÁLISE DE HEREDOGRAMAS 2

Frente: 01 Aula: 03

PROFº: Hubertt Lima Verde A Certeza de Vencer

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Heredogramas (Genealogia ou Pedigree)

Praticando os Conhecimentos: 01 - Em cada situação abaixo reconheça os genes dos indivíduos, e identifique se a doença em questão é de caráter dominante ou recessivo.

a) I II III b) I II III c) I II III

d) I II III IV

Origem de Gêmeos:

Embriologicamente existem duas maneiras de um casal obter gêmeos.

Imagem retirada da página: babylove75.blogspot.com/2007/05/gmeos.html

Gêmeos Univitelinos:

São conhecidos como gêmeos idênticos ou placentários, devido desenvolverem-se sob o interior de uma mesma bolsa placentária. Durante a fase de desenvolvimento embrionário o maciço celular sofre uma bipartição conhecida como blastodiérese e origina gêmeos idênticos inclusive genotipicamente. O gameta masculino animal conhecido como espermatozóide forma-se no interior do testículo por um fenômeno conhecido como espermatogênese e sofre maturação ou espermiogênese no interior do epidídimo ganhando mobilidade. Como o indivíduo do sexo masculino é representado genotipicamente por XY, os espermatozóides podem ser X ou Y.

Imagem retirada da página:

http://www.nlm.nih.gov/medlineplus/spanish/ency/images/ency/fullsize/19471.jpg

Imagem retirada da página: http://anapachecobio12.blogspot.com/2007/09/sistema-reprodutor-

masculino-sntese.html

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O gameta feminino animal conhecido como “óvulo” (na verdade o termo correto é ovócito) é produzido no interior dos ovários exclusivamente durante o período embrionário. Após essa fase ele só será liberado durante a puberdade feminina e fica estabilizado sob a forma de ovócito I, completando sua maturação por influência hormonal. Como o indivíduo do sexo feminino é representado genotipicamente por XX, os ovócitos e por conseqüência o óvulo só poderá ser de um único tipo: X. Naturalmente o indivíduo do sexo feminino costuma liberar um único óvulo a cada ciclo do seu período fértil, porém, o indivíduo do sexo masculino libera milhões de espermatozóides a cada ejaculação, nesse caso durante a fecundação o indivíduo poderá ser XX ou XY. Quando ocorre blastodiérese o embrião XX ou XY sofre bipartição e origina indivíduos do mesmo sexo.

Gêmeos Bivitelinos: São gêmeos obtidos a partir de um processo de poliovulação, isto é, a mulher a partir de um determinado estímulo hormonal libera mais de um óvulo. Nesse caso é possível obter indivíduos do mesmo sexo ou não, e esses gêmeos desenvolvem-se em placentas distintas.

Praticando os Conhecimentos: 01. Em cada situação abaixo reconheça os genótipos de cada caso de gêmeos: a) I II III b) I II III c) I II III IV

Exercícios Gerais:

Retirado da página: http://br.geocities.com/bermudesbio/simulado/genetica2.html

01. Dizemos que um determinado gene é recessivo quando sua expressão (fenótipo): a) só acontece em heterozigose. b) só ocorre quando em dose dupla. c) independe da presença de seu alelo. d) depende de características congênitas. e) reproduz uma característica provocada pelo ambiente. 02. Moscas de coloração acinzentada cruzadas entre si fornecem moscas de cor preta. Para determinarmos se uma mosca cinza é homozigota ou heterozigota quanto ao par de genes que condicionam esse caráter, o procedimento correto é analisar a prole resultante do cruzamento dessa mosca com outra de: a) cor preta. b) cor cinza. c) genótipo igual ao seu. d) fenótipo igual ao seu. e) fenótipo dominante. 03. (FUVEST) Dois grupos de mudas obtidas a partir de um mesmo clone de plantas verdes foram colocados em ambientes diferentes: um claro e outro escuro. Depois de alguns dias, as plantas que ficaram no escuro estavam estioladas o que significa que os dois grupos apresentam: a) o mesmo genótipo e fenótipos diferentes. b) o mesmo fenótipo e genótipos diferentes. c) genótipos e fenótipos iguais. d) genótipos e fenótipos diferentes. e) genótipos variados em cada grupo. 04. (PUC-SP) “Casais de pigmentação da pele normal, que apresentam genótipo __(I)__ podem ter filhos albinos. O gene para o albinismo é __(II)__ e não se manifesta nos indivíduos __(III)__. São albinos apenas os indivíduos de genótipo __(IV)__.” No trecho acima, as lacunas I, II, III e IV devem ser preenchidas correta e, respectivamente, por: a) AA, dominante, homozigoto e aa. b) AA, recessivo, homozigoto e Aa. c) Aa, dominante, heterozigotos e aa. d) Aa, recessivo, heterozigotos e aa. e) aa, dominante, heterozigotos e AA. Gabarito do Exercício Geral: 01 - B; 02 - A; 03 - A; 04 - D

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Page 47: Vestibular Impacto - Biologia

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INTELIGÊNCIAS MÚLTIPLAS

Frente: 02 Aula: 01

PROFº: HUBERT LIMA A Certeza de Vencer

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Apresentação do Curso:

Inteligências Múltiplas:

Durante todo o tempo de nossas vidas realizamos determinadas tarefas as quais, de uma forma geral, podem ser feitas com algumas imperfeições quando ainda estamos na fase de construção dos conhecimentos necessários para realizá-las, ou com grande precisão quando já possuímos a prática da aplicação desses conhecimentos. Também durante nossas vidas, com o nosso amadurecimento, podemos demonstrar uma interessante capacidade para criar coisas novas de interesse da humanidade. Dependendo das condições sócio-político-econômicas e ambientais em que vivemos, essas capacidades podem ser desenvolvidas de formas e intensidades diferentes para cada pessoa. Essas capacidades, presentes em todos os seres vivos com maior ou menor intensidade, são o que conhecemos, hoje, como inteligências. O neuropsicólogo e professor de pós-graduação Howard Gardner, juntamente com outros colegas da tradicional Universidade de Harvard, pesquisando e analisando pessoas vítimas de Acidentes Vascular Cerebral (AVC), desenvolveu a Teoria das Inteligências Múltiplas, detalhada em seu livro Frames of Minds - The Theory of Multiples Intelligences (1983). Os argumentos utilizados por Gardner foram tão convincentes que essa teoria tem sido aceita com facilidade por todos os que dela tomam conhecimento. Também pôs fim à idéia de que possuíamos uma única inteligência e que esta pudesse ser medida por testes, na maioria das vezes injustos, que durante muito tempo rotularam pessoas que a eles se submeteram. Inicialmente Gardner afirmou que podem ser observadas sete inteligências nos seres vivos:

1. Lingüística sensibilidade para a língua falada e escrita. (poetas, locutores, redatores, advogados, poliglotas etc.) 2. Lógico-Matemática capacidade de resolver problemas com lógica. (engenheiros, físicos, matemáticos, químicos etc.) 3. Musical habilidade na atuação, composição e apreciação musical. (músicos, DJ, pessoas que cantam ou assobiam músicas etc.)

4. Físico-Cinestésica capacidade de usar o corpo para resolver problemas. (dançarinos, atletas, artesãos, cirurgiões, mecânicos etc.) 5. Espacial potencial de reconhecer e manipular padrões do espaço. (navegadores, pilotos, arquitetos, escultores, artistas gráficos etc.). 6. Interpessoal capacidade de entender os desejos e motivações do próximo. (professores, vendedores, líderes religiosos, líderes políticos, atores etc.)

Imagem retirada da página: http://www.usabilidoido.com.br/imagens/professor_usabilidoido.gif 7. Intrapessoal potencial de uma pessoa de se conhecer, de ter um modelo individual de trabalho eficiente - onde se incluem seus medos, desejos e capacidades - e de usar essas informações com eficiência para regular a própria vida.

Após a ampla divulgação desse trabalho e reconhecendo a capacidade que algumas pessoas possuem de se relacionar, apreciar ou lutar para preservar tudo o que constitui a natureza, Gardner admitiu a existência da oitava inteligência em seu livro Intelligence Reframed (1999): 8. Naturalista reconhecer e apreciar espécies (flora e fauna) de seu meio ambiente. (biólogos, ambientalistas, jardineiros, paisagistas etc.).

Nesse trabalho Gardner questionou, por exemplo, se as capacidades abaixo também poderiam ser tratadas como inteligências, e deixou várias contribuições para que discussões futuras possam concluir pela aceitação ou não desses fatos: 9. Existencial potencial de se envolver com questões transcendentais. (cosmólogos, arqueólogos, antropólogos etc.). 10. Moral potencial de respeito ao seu sistema cultural de valores. Por fim, Gardner admitiu que a lista das inteligências pode ser muito maior, e crescerá mais com o conhecimento que o homem precisará adquirir para que consiga compreender, cada vez mais, as raízes de sua própria história e do universo em que vive.

(Material gentilmente cedido pelo ilustre professor Hélio Elarrat - disciplina de Introdução à engenharia civil – centro tecnológico – UFPa).

Imagem retirada da página: http://mq.trace.fm/IMG/gif/dj.gif

Page 48: Vestibular Impacto - Biologia

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Programação 2008 - 1 Ano Frente 02

Aulas Conteúdo Sistema Genital Masculino 1 01 Fisiologia Humana/ Sistema Reprodutor/ Masculino Sistema Genital Masculino 2 02 Fisiologia Humana/ Sistema Reprodutor/ Masculino Sistema Genital Feminino 1 03 Fisiologia Humana/ Sistema Reprodutor / Feminino Sistema Genital Feminino 2 04 Fisiologia Humana/ Sistema Reprodutor / Feminino Os Gametas e a Reprodução 05 Reprodução/ Reprodução Sexuada/ Generalidades/ Tipos Diversos/ Isogamia, Heterogamia e Oogamia Controle Hormonal da Sexualidade Masculina 06 Fisiologia Humana/ Sistema Endócrino/ Hipófise/ Testículos Controle Hormonal da Sexualidade Feminina 07 Fisiologia Humana/ Sistema Endócrino/ Hipófise/ Ovários e Ciclo Menstrual Ciclo Menstrual 1 08 Fisiologia Humana/ Sistema Endócrino/ Hipófise/ Ovários e Ciclo Menstrual Ciclo Menstrual 2 09 Fisiologia Humana/ Sistema Endócrino/ Hipófise/ Ovários e Ciclo Menstrual DST’s 10 Reprodução/ DST’s/ Virais/ Bacterianas/ Protozoóticas/ Fúngicas Anticoncepcionais 1 11 Reprodução/ Da Concepção ao Parto/ Contracepção Anticoncepcionais 2 12 Reprodução/ Da Concepção ao Parto/ Contracepção Gametogênese Masculina 13 Reprodução/ Gametogênese/ Espermatogênese Gametogênese Feminina 14 Reprodução/ Gametogênese/ Ovulogênese Mitose 15 Citologia/ Divisão Celular/ Ciclo Celular, CDK E Ciclinas/ Mitose/ Interfase Meiose – Generalidades e Tipos 16 Citologia/ Divisão Celular/ Meiose Meiose – Fases e Subfases 17 Citologia/ Divisão Celular/ Meiose Introdução à Embriologia Animal 18 Embriologia Animal/ Generalidades/ Fases do Desenvolvimento Embrionário/ Vitelo Tipos de Óvulos 19 Embriologia Animal/ Tipos de Ovos/ Oligolécito/ Metalécito/ Heterolécito/ Megalécito/ Centrolécito Segmentação (Da Fecundação à Blástula) 20 Embriologia Animal/ Segmentação/ Holoblástica/ Meroblástica/ Mórula e Blástula Gastrulação 21 Embriologia Animal/ Segmentação/ Gastrulação/ Eventos da Gastrulação/ Tipos de Gastrulação Organogênese 22 Embriologia Animal/ Neurulação/ Derivações do Ectoderma/ Derivações do Mesoderma/ Derivações do Endoderma Anexos Embrionários 1 23 Embriologia Animal/ Anexos Embrionários/ Vesícula Vitelínica/ Âmnion/ Córion/ Alantóide Anexos Embrionários 2 24 Embriologia Animal/ Anexos Embrionários/ Placenta/ Cordão Umbilical

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Revisão 26 Revisão Revisão 27 Revisão

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INTELIGÊNCIAS MÚLTIPLAS

Frente: 01 Aula: 01

PROFº: HUBERT LIMA A Certeza de Vencer

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APRESENTAÇÃO DO CURSO

INTELIGÊNCIAS MÚLTIPLAS: Durante todo o tempo de nossas vidas realizamos determinadas tarefas as quais, de uma forma geral, podem ser feitas com algumas imperfeições quando ainda estamos na fase de construção dos conhecimentos necessários para realizá-las, ou com grande precisão quando já possuímos a prática da aplicação desses conhecimentos. Também durante nossas vidas, com o nosso amadurecimento, podemos demonstrar uma interessante capacidade para criar coisas novas de interesse da humanidade. Dependendo das condições sócio-político-econômicas e ambientais em que vivemos, essas capacidades podem ser desenvolvidas de formas e intensidades diferentes para cada pessoa. Essas capacidades, presentes em todos os seres vivos com maior ou menor intensidade, são o que conhecemos, hoje, como inteligências. O neuropsicólogo e professor de pós-graduação Howard Gardner, juntamente com outros colegas da tradicional Universidade de Harvard, pesquisando e analisando pessoas vítimas de Acidentes Vascular Cerebral (AVC), desenvolveu a Teoria das Inteligências Múltiplas, detalhada em seu livro Frames of Minds - The Theory of Multiples Intelligences (1983). Os argumentos utilizados por Gardner foram tão convincentes que essa teoria tem sido aceita com facilidade por todos os que dela tomam conhecimento. Também pôs fim à idéia de que possuíamos uma única inteligência e que esta pudesse ser medida por testes, na maioria das vezes injustos, que durante muito tempo rotularam pessoas que a eles se submeteram. Inicialmente Gardner afirmou que podem ser observadas sete inteligências nos seres vivos: 1. Lingüística sensibilidade para a língua falada e escrita. (poetas, locutores, redatores, advogados, poliglotas etc.) 2. Lógico-Matemática capacidade de resolver problemas com lógica. (engenheiros, físicos, matemáticos, químicos etc.) 3. Musical habilidade na atuação, composição e apreciação musical. (músicos, DJ, pessoas que cantam ou assobiam músicas etc.)

Imagem retirada da página: http://mq.trace.fm/IMG/gif/dj.gif

4. Físico-Cinestésica capacidade de usar o corpo para resolver problemas. (dançarinos, atletas, artesãos, cirurgiões, mecânicos etc.) 5. Espacial potencial de reconhecer e manipular padrões do espaço. (navegadores, pilotos, arquitetos, escultores, artistas gráficos etc.). 6. Interpessoal capacidade de entender os desejos e motivações do próximo. (professores, vendedores, líderes religiosos, líderes políticos, atores etc.)

Imagem retirada da página: http://www.usabilidoido.com.br/imagens/professor_usabilidoido.gi

f 7. Intrapessoal potencial de uma pessoa de se conhecer, de ter um modelo individual de trabalho eficiente - onde se incluem seus medos, desejos e capacidades - e de usar essas informações com eficiência para regular a própria vida. Após a ampla divulgação desse trabalho e reconhecendo a capacidade que algumas pessoas possuem de se relacionar, apreciar ou lutar para preservar tudo o que constitui a natureza, Gardner admitiu a existência da oitava inteligência em seu livro Intelligence Reframed (1999): 8. Naturalista reconhecer e apreciar espécies (flora e fauna) de seu meio ambiente. (biólogos, ambientalistas, jardineiros, paisagistas etc.). Nesse trabalho Gardner questionou, por exemplo, se as capacidades abaixo também poderiam ser tratadas como inteligências, e deixou várias contribuições para que discussões futuras possam concluir pela aceitação ou não desses fatos: 9. Existencial potencial de se envolver com questões transcendentais. (cosmólogos, arqueólogos, antropólogos etc.). 10. Moral potencial de respeito ao seu sistema cultural de valores. Por fim, Gardner admitiu que a lista das inteligências pode ser muito maior, e crescerá mais com o conhecimento que o homem precisará adquirir para que consiga compreender, cada vez mais, as raízes de sua própria história e do universo em que vive. (Material gentilmente cedido pelo ilustre professor Hélio Elarrat - disciplina de Introdução à engenharia civil – centro tecnológico – UFPa)

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PROGRAMAÇÃO 2008 - 2 ANO FRENTE 01

Aulas Conteúdo Histórico Genético e Conceitos Básicos 01 Genética/ Generalidades/ Histórico Construção e Análise de Heredogramas 1 02 Genética/ Mecanismo de Heranças/ Heredogramas Construção e Análise de Heredogramas 2 03 Genética/ Mecanismo de Heranças/ Heredogramas Noções de Probabilidade 04 Genética/ Mecanismo de Heranças/ Noções de Probabilidade 1ª Lei de Mendel 1 05 Genética/ Lei De Mendel/ 1ª Lei 1ª Lei de Mendel 2 06 Genética/ Lei de Mendel/ 1ª Lei 2ª Lei de Mendel 1 07 Genética/ Lei de Mendel/ 2ª Lei 2ª Lei de Mendel 2 08 Genética/ Lei De Mendel/ 2ª Lei 2ª Lei de Mendel 3 09 Genética/ Lei de Mendel/ 2ª Lei Heranças Sanguíneas – ABO 1 10 Genética/ Polialelia/ Sistemas Sanguíneos Heranças Sanguíneas – ABO 2 11 Genética/ Polialelia/ Sistemas Sanguíneos Heranças Sanguíneas – Rh 12 Genética/ Polialelia/ Sistemas Sanguíneos Herança Quantitativa – Cor da Pele Humana 13 Genética/ Herança Quantitativa/ Características/ Exemplo Estrutura dos Cromossomos Sexuais 14 Genética/ Determinação Sexual/ Sistema Cromossômico XY Heranças Ligadas ao Sexo – Daltonismo e Hemofilia 15 Genética/ Heranças Sexuais/ Alossômicas Heranças Influenciadas Pelo Sexo – Cálvice 16 Genética/ Heranças Sexuais/ Autossômicas Aberrações Cromossômicas Estruturais 1 17 Genética/ Mutações/ Cromossômicas Aberrações Cromossômicas Estruturais 2 18 Genética/ Mutações/ Cromossômicas Aberrações Cromossômicas Numéricas 1 19 Genética/ Mutações/ Cromossômicas Aberrações Cromossômicas Numéricas 2 20 Genética/ Mutações/ Cromossômicas Engenharia Genética – Projeto Genoma 21 Genética/ Engenharia Genética/ Projeto Genoma Humano Engenharia Genética – Melhoramento Genético 22 Genética/ Engenharia Genética/ Biotecnologia Engenharia Genética – Clonagem 23 Genética/Engenharia Genética/Clonagem Engenharia Genética – Transgênese 24 Genética/ Engenharia Genética/ Transgênese Revisão 25 Revisão Revisão 26 Revisão Revisão 27 Revisão Revisão 28 Revisão

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ORIGEM DA VIDA - I

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PROFº: ROSIVALDO

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o longo dos séculos, várias hipóteses foram formuladas por filósofos e cientistas na tentativa de explicar como teria surgido a vida em nosso planeta. Há mais de 2000 mil anos, Aristóteles lançou postulados que nortearam por

muito tempo diversas áreas do conhecimento. Suas idéias sobre a origem da vida se baseavam na existência do “princípio ativo” ou “princípio vital”, capaz de produzir matéria viva a partir de matéria bruta, quando em condições favoráveis. Esse princípio ativo poderia organizar de tal forma uma seqüência de eventos, que eles culminariam com o aparecimento de um ser vivo. Tal teoria ficou conhecida por abiogênese ou geração espontânea, amplamente aceita até há pouco mais de dois séculos.

A partir do século XVII, a teoria da abiogênese passou a ser contestada por vários cientistas que através de seus experimentos provaram que um ser vivo só se origina de outro ser vivo. Surgiu, então, a atualmente aceita teoria da biogênese. Aristóteles

2. OS CIENTISTAS E SUAS CONCEPÇÕES SOBRE ORIGEM DA VIDA:

2.1. Von Helmont (1600). Adepto da geração espontânea, o médico belga Jan Baptista Von Helmont, chegou até a elaborar uma “receita” para produzir ratos por geração espontânea. Dizia ele: “Enche-se de trigo e fermento um vaso, que é fechado com uma camisa suja. Um fermento vindo da camisa, transformado pelo odor dos grãos, transforma em ratos o próprio trigo”.

2.2. Francesco Redi (1660). Utilizando métodos científicos, o médico italiano Redi, foi um dos primeiros cientistas a combater o empirismo dos adeptos da geração espontânea.

Na época de Redi, uma das principais evidências da geração espontânea era o aparecimento “espontâneo” de larvas em carne podre. O cientista italiano, porém, estava convencido de que os tais vermes não surgiam espontaneamente da própria carne. Sua hipótese era de que eles surgiam de ovos colocados por moscas.

Para testar sua hipótese sobre a origem das larvas, Redi colocou pedaços de carne em frascos de boca larga, deixando alguns frascos abertos e fechando os outros com gaze. Nos frascos abertos, onde as moscas entravam e saiam livremente, surgiam muitas larvas. Nos frascos fechados, onde as moscas não conseguiam entrar, não apareceu nenhuma larva.

Conclusão: As larvas surgiam dos ovos depositados pelas moscas que entravam nos frascos.

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“No esforço para entender a realidade, somos um homem que tenta compreender o mecanismo de um relógio fechado. Ele vê o mostrador e os ponteiros, escuta o tique-taque, mas não tem como abrir a caixa. Sendo habilidoso, poderá imaginar o mecanismo responsável pelo que ele observa, mas nunca poderá estar completamente seguro de que a sua explicação é, realmente, a única possível”

(Albert Einstein)

TEORIA DA ABIOGÊNESE: “Os seres vivos originam-se espontaneamente da matéria bruta”.

TEORIA DA BIOGÊNESE: “Os seres vivos originam-se de outros seres vivos.”

Camisa suada + trigo ⎯⎯⎯ →⎯ dias21 Ratos

Aparecem larvas nos vidros abertos

Não aparecem larvas nos vidros fechados

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Comentário: A experiência de Spallanzani foi muito importante para o surgimento da indústria de alimentos enlatados.

2.3. Antoine van Leeuwenhoek. Poucos anos depois da experiência de Redi, o holandês Leeuwenhoek munido de um microscópio, descobriu os micróbios. A descoberta dos seres microscópicos reanimou a hipótese da geração espontânea. Na época, ninguém supunha que formas tão primitivas de vida tivessem seus próprios métodos de reprodução. E, como se observava que esses minúsculos seres aumentavam rapidamente em número quando em contato com soluções nutritivas, imaginou-se que a geração espontânea fosse a grande responsável por tal proliferação.

2.4. John Needhan (1745). A hipótese da geração espontânea, ganhou novo impulso com a publicação do livro de Needhan. Este cientista mostrou, através de vários experimentos, que em recipientes contendo vários tipos de infusões( soluções nutritivas para microorganismos) e submetidos a fervura, mantidos fechados ou não, apareciam microorganismos. Needhan afirmou que esse fenômeno ocorria devido à presença, nas partículas orgânicas da infusão, de uma “força vital, responsável pelo aparecimento das formas vivas microscópicas. Assim, com esses experimentos, Needhan contribuía para a teoria da geração espontânea.

2.5. Lazzaro Spallanzani (1770). Alguns anos mais tardes, o padre e pesquisador italiano Spallanzani realizou experimento semelhantes ao de Needham, mas obteve resultados totalmente diferentes. As infusões preparadas por Spallanzani, muito bem fervidas e cuidadosamente fechadas, continuavam livres de micróbios.

Spallanzani, concluiu que o tempo de aquecimento utilizado por Needhan não tinha sido suficiente para esterilizar o caldo ou que a vedação utilizada por ele não tinha sido capaz de impedir a contaminação do caldo por micróbios do ar.

Os argumentos de Spallanzani não convenceram Needhan. Este respondeu que a fervura por tempo muito prolongado destruía a força vital, um misterioso princípio inerente à vida que devia existir no caldo.

2.6. Louis Pasteur (1860). Pasteur, através seus experimentos , conseguiu provar definitivamente que os seres vivos originavam-se de outros seres vivos. Observe a sua experiência.

Simples, porém completa, essa experiência não permitiu contra-argumentação. Não impedia a entrada do eventual princípio ativo, pois mantinha os frascos abertos. Preservava, nos caldos nutritivos, a capacidade de desenvolver vida, o que acontecia quando os gargalos eram quebrados. A partir disso, os defensores da geração espontânea se calaram.Uma nova interrogação passou a predominar no meio científico: como surgiram os primeiros organismos vivos.

Louis Pasteur (1822-1895)

1. Pasteur colocou caldo de carne em um balão de vidro 2. Depois usando calor, fabricou

um “pescoço em S”...

3. ... e ferveu o caldo, Matando os micróbios

4. A poeira contendo novos micróbios ficou retida na curva e o caldo permaneceu estéril muito tempo

5. “O fecho de ouro” Pasteur inclina o vidro de modo que o caldo entre em contato com a poeira: surgem micróbios no líquido

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ORIGEM DA VIDA - II

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3. A ORIGEM DA VIDA:

esmoralizada a teoria da abiogênese, confirmou-se a idéia de Prayer; Omne vivum

ex vivo, que se traduz por “todo ser vivo é proveniente de outro ser vivo”. Isso criou a seguinte pergunta: se é preciso um ser vivo para originar outro ser vivo, de onde e como apareceu o primeiro ser vivo?

Dentre as muitas hipóteses formuladas três serão destacadas, embora apenas a última seja aceita cientificamente.

3.1. A hipótese da criação divina. Essa idéia afirma que a vida foi criada por uma força superior, por uma divindade. Evidentemente, isso não pode ser verificado de forma científica; a ciência não tem os “instrumentos” necessários, seja para aceitá-la, seja para rejeitá-la: assim, essa crença, embora respeitável, tem muito mais a ver com a fé do que com a ciência. 3.2. Hipótese da panspermia.

Defendida inicialmente pelo físico Arrhenius, por volta de 1900, esta hipótese admite que a terra tenha sido habitada por microorganismos oriundos do espaço, denominados cosmozoários. Transportados, por exemplo, através de meteoros, esses microorganismos teriam atingido nosso planeta, constituindo a fonte de vida na terra. Observe que o panspermismo não explica a origem da vida em si: apenas transfere o problema da Terra para outro ponto qualquer do Universo. Nota: Esta hipótese não explica como uma forma de vida conseguiu passar pela atmosfera suportando tão altas temperaturas. 3.3. A hipótese por evolução química.

Essa hipótese sugere que

moléculas orgânicas complexas foram formadas a partir de moléculas simples nas condições da Terra primitiva, antes do aparecimento dos seres vivos. Essa é a hipótese mais aceita atualmente.

Um dos primeiros cientistas

a organizar essas idéias foi o bioquímico russo Aleksander Oparin, que em 1936, propôs um modelo de como a vida poderia ter surgido. Resumidamente as idéias propostas por Oparin são estas:

A terra tem mais ou menos 4,5 bilhões de anos de idade. À

medida que o planeta foi esfriando, as primeiras rochas se solidificaram permitindo o aparecimento da crosta terrestre há mais ou menos 2,5 bilhões de anos. A atmosfera primitiva tinha uma composição muito diferente da

atual. Acreditava Oparin que existiam nela amônia (NH3), metano (CH4), hidrogênio (H2) e vapor de água (H2O). A persistente atividade vulcânica teria provocado a saturação

de umidade na atmosfera. Nesse caso, o vapor de água começava a sofrer condensação ; caiam chuvas sobre a crosta ainda quente, a água evaporava novamente, condensava e assim por diante. Dessa forma, ocorria um ciclo de chuvas, muito mais intenso do que o atual. Chuvas e tempestades eram acompanhadas por descargas

elétricas violentas na atmosfera. Essas descargas e a radiação ultra violeta que chegava livremente à superfície atuavam sobre as substâncias da atmosfera, modificando algumas de suas ligações. Isso permitiu o surgimento de substâncias novas algumas delas orgânicas, como os aminoácidos. Esse tipo de síntese, realizada sem a participação de seres vivos, é denominado prebiótica. Os compostos que surgiam na atmosfera dissolviam-se na

água das chuvas e eram arrastados à crosta; a água evaporava-se, enquanto as substâncias formavam uma camada cada vez maior sobre a crosta. O calor das rochas fazia com que as substâncias reagissem

sobre si, podem ter sido formadas, assim, moléculas maiores, pela junção de moléculas pequenas; assim, cadeias de aminoácidos, que Oparin chama de proteinóides, formaram-se aos poucos. Quando as rochas atingiram uma temperatura inferior a

100 ºC, a água líquida pôde permanecer na superfície; formaram-se assim mares e oceanos. A água das chuvas lavava constantemente as rochas, retirando delas os compostos orgânicos que haviam se formado levando-os para os mares. Como as moléculas orgânicas tem maiores oportunidades de

reagir em meio líquido, já que os seus “encontros” são muito mais prováveis, grupos de moléculas orgânicas foram se juntando, formando um número imenso de estruturas maiores, chamadas coacervados, de grande estabilidade. Coacervados ainda não são seres vivos; são apenas

agregados de moléculas orgânicas, sem a organização necessária para caracterizar um ser vivo. No entanto, Oparin admite que esses coacervados continuaram reagindo entre si, durante um tempo extremamente longo. Casualmente, uma dessa inúmeras “tentativas químicas” pode ter resultado num coacervado com a complexidade e organização características de um ser vivo muito simples. Estar claro que, para ser considerado vivo esse coacervado deveria possuir a capacidade de se duplicar.

4. O Experimento de Miller (1953):

A hipótese da evolução gradual dos sistemas químicos foi testada pela primeira vez pelo químico americano Stanley Miller, em 1953.

Ele construiu um aparelho que simulava as condições da terra primitiva e introduziu nele os gazes que provavelmente constituíam a

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atmosfera naquela época. A água ao ferver, forma vapor e promove a circulação em todo sistema, em um só sentido. No balão em que se encontra a mistura gasosa ocorrem descargas elétricas, simulando os raios que, naquela época, deviam ocorrer com freqüência. Após as descargas elétricas, os materiais são submetidos a um resfriamento, para simular a condensação nas altas camadas da atmosfera, que provoca as chuvas. A parte em U desse sistema simula os mares primitivos, que recebiam as chuvas e os compostos formados na atmosfera.

Pela análise da água contida nessa parte em U, pode-se verificar a formação de moléculas orgânicas, dentre elas alguns aminoácidos, substâncias que formam as proteínas. 5. O Experimento de Fox (1957):

Em 1957, o pesquisador americano Sidney Fox aqueceu uma mistura de proteínas em água salgada e obteve a formação de esferas microscópicas que denominou microsferas. Assim como os coacervados de Oparin, as microsferas de Fox mostram que nas condições da Terra primitiva poderiam ter surgido compartimentos isolados do meio.

A idéia de formação de compartimentos isolados, mas com capacidade de trocas de substâncias com o meio permite-nos supor que reações químicas provavelmente ocorreram dentro desses compartimentos. Algumas dessas reações, mais vantajosas que outras, teriam se mantido. Se nesses compartimentos tivessem presentes ácidos nucléicos, eles teriam desenvolvido a capacidade de reprodução. Esses seriam, então, os primeiros seres vivos.

6. A Hipótese Autotrófica:

Os defensores dessa hipótese supunham que os primeiros seres vivos seriam autótrofos, isto é, capazes de fabricar seu próprio alimento. Essa idéia é aparentemente lógica, uma vez que todo ser vivo necessita de alimento. E, como a primeira forma de vida não disporia de nenhum outro ser para se alimentar, deveria, para sobreviver, ser autótrofa. No entanto, sabe-se que as reações de síntese de alimento são muito complexas, exigindo do organismo efetuador a presença de um notável equipamento enzimático. É nesse ponto que reside a principal crítica à hipótese autotrófica: se os primeiros seres vivos eram autótrofos, deveriam ser estruturalmente complexos, o que contraria a teoria da evolução.

7. A Hipótese Heterotrófica:

Mais aceita atualmente, a hipótese heterotrófica supõe que os primeiros seres vivos eram heterótrofos (incapazes de produzir seu próprio alimento). Esses primeiros organismos eram estruturalmente muito simples, e é de se supor que as reações

químicas em suas células também o fossem. Eles viviam em um ambiente aquático, rico em substâncias nutritivas, mas não havia oxigênio na atmosfera, nem dissolvido na água dos mares. Nessas condições, é possível supor que, tendo alimento abundante ao seu redor, esses primeiros seres vivos teriam utilizado esse alimento já pronto como fonte de energia e matéria-prima. Eles seriam, portanto, seres heterotróficos.

Uma vez dentro da célula, esse alimento precisa ser degradado. Sendo um organismo ainda muito simples, seus processos metabólicos também devem ser muito simples e não deve envolver o oxigênio, pois não existia esse gás na época.

Nas condições da Terra atual, a via metabólica mais simples para se degradar o alimento sem oxigênio é a fermentação: processo anaeróbico, pois é realizado pelos seres vivos na ausência do oxigênio.

Esses organismos começaram a aumentar em número através da reprodução e, com isso, surgiram mais indivíduos para se alimentar. As condições climáticas da Terra também estavam mudando a ponto de não mais ocorrer a síntese prebiótica da matéria orgânica. Desse modo, o alimento no meio começou a ficar escasso. A manutenção da vida na terra dependeu, então do aparecimento das primeiras células autotróficas.

Acredita-se que nesse novo cenário teria ocorrido o surgimento de alguns seres capazes de captar a luz do sol com o auxílio de pigmentos como a clorofila. Teriam surgido assim os primeiros seres autótrofos: os seres fotossintetizantes. Esses primeiros seres fotossintetizantes foram fundamentais na modificação da composição da atmosfera: eles introduziram o oxigênio no ar.

Existindo agora o oxigênio disponível foi possível a sobrevivência de seres que desenvolveram reações metabólicas complexas, capazes de utilizar este gás na degradação do alimento. Surgiram, então, os primeiros seres aeróbicos que realizavam a respiração, mecanismo mais eficiente que a fermentação na obtenção de energia. Portanto, segundo a hipótese heterotrófica os fenômenos energéticos teriam ocorrido na seguinte seqüência:

Fermentação ⎯→⎯ Fotossíntese ⎯→⎯ Respiração

8. Origem das Células:

O problema da origem das células procarióticas e eucarióticas está diretamente relacionado com a origem da vida em nosso planeta. Nos itens anteriores, vimos que antes da evolução biológica houve um longo período de evolução prebiótica durante o qual se formaram as moléculas orgânicas.

É razoável supor que a primeira célula que surgiu era estruturalmente simples certamente um procarionte heterotrófico. Admite-se que, com o passar do tempo, tenham surgido em células procariontes um sistema capaz de utilizar a energia do sol, permitindo a realização da fotossíntese. Surgia assim as células procariotas autótrofas. Supõe-se que o passo seguinte no processo evolutivo, tenha sido o aparecimento das células eucariotas a partir das procariotas.

Microsferas de Fox

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o longo dos séculos, várias hipóteses foram formuladas por filósofos e cientistas na tentativa de explicar como teria surgido a vida em nosso planeta. Há mais de 2000 mil anos, Aristóteles lançou postulados que nortearam por

muito tempo diversas áreas do conhecimento. Suas idéias sobre a origem da vida se baseavam na existência do “princípio ativo” ou “princípio vital”, capaz de produzir matéria viva a partir de matéria bruta, quando em condições favoráveis. Esse princípio ativo poderia organizar de tal forma uma seqüência de eventos, que eles culminariam com o aparecimento de um ser vivo. Tal teoria ficou conhecida por abiogênese ou geração espontânea, amplamente aceita até há pouco mais de dois séculos.

A partir do século XVII, a teoria da abiogênese passou a ser contestada por vários cientistas que através de seus experimentos provaram que um ser vivo só se origina de outro ser vivo. Surgiu, então, a atualmente aceita teoria da biogênese. Aristóteles

2. OS CIENTISTAS E SUAS CONCEPÇÕES SOBRE ORIGEM DA VIDA:

2.1. Von Helmont (1600). Adepto da geração espontânea, o médico belga Jan Baptista Von Helmont, chegou até a elaborar uma “receita” para produzir ratos por geração espontânea. Dizia ele: “Enche-se de trigo e fermento um vaso, que é fechado com uma camisa suja. Um fermento vindo da camisa, transformado pelo odor dos grãos, transforma em ratos o próprio trigo”.

2.2. Francesco Redi (1660). Utilizando métodos científicos, o médico italiano Redi, foi um dos primeiros cientistas a combater o empirismo dos adeptos da geração espontânea.

Na época de Redi, uma das principais evidências da geração espontânea era o aparecimento “espontâneo” de larvas em carne podre. O cientista italiano, porém, estava convencido de que os tais vermes não surgiam espontaneamente da própria carne. Sua hipótese era de que eles surgiam de ovos colocados por moscas.

Para testar sua hipótese sobre a origem das larvas, Redi colocou pedaços de carne em frascos de boca larga, deixando alguns frascos abertos e fechando os outros com gaze. Nos frascos abertos, onde as moscas entravam e saiam livremente, surgiam muitas larvas. Nos frascos fechados, onde as moscas não conseguiam entrar, não apareceu nenhuma larva.

Conclusão: As larvas surgiam dos ovos depositados pelas moscas que entravam nos frascos.

A

“No esforço para entender a realidade, somos um homem que tenta compreender o mecanismo de um relógio fechado. Ele vê o mostrador e os ponteiros, escuta o tique-taque, mas não tem como abrir a caixa. Sendo habilidoso, poderá imaginar o mecanismo responsável pelo que ele observa, mas nunca poderá estar completamente seguro de que a sua explicação é, realmente, a única possível”

(Albert Einstein)

TEORIA DA ABIOGÊNESE: “Os seres vivos originam-se espontaneamente da matéria bruta”.

TEORIA DA BIOGÊNESE: “Os seres vivos originam-se de outros seres vivos.”

Camisa suada + trigo ⎯⎯⎯ →⎯ dias21 Ratos

Aparecem larvas nos vidros abertos

Não aparecem larvas nos vidros fechados

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Comentário: A experiência de Spallanzani foi muito importante para o surgimento da indústria de alimentos enlatados.

2.3. Antoine van Leeuwenhoek. Poucos anos depois da experiência de Redi, o holandês Leeuwenhoek munido de um microscópio, descobriu os micróbios. A descoberta dos seres microscópicos reanimou a hipótese da geração espontânea. Na época, ninguém supunha que formas tão primitivas de vida tivessem seus próprios métodos de reprodução. E, como se observava que esses minúsculos seres aumentavam rapidamente em número quando em contato com soluções nutritivas, imaginou-se que a geração espontânea fosse a grande responsável por tal proliferação.

2.4. John Needhan (1745). A hipótese da geração espontânea, ganhou novo impulso com a publicação do livro de Needhan. Este cientista mostrou, através de vários experimentos, que em recipientes contendo vários tipos de infusões( soluções nutritivas para microorganismos) e submetidos a fervura, mantidos fechados ou não, apareciam microorganismos. Needhan afirmou que esse fenômeno ocorria devido à presença, nas partículas orgânicas da infusão, de uma “força vital, responsável pelo aparecimento das formas vivas microscópicas. Assim, com esses experimentos, Needhan contribuía para a teoria da geração espontânea.

2.5. Lazzaro Spallanzani (1770). Alguns anos mais tardes, o padre e pesquisador italiano Spallanzani realizou experimento semelhantes ao de Needham, mas obteve resultados totalmente diferentes. As infusões preparadas por Spallanzani, muito bem fervidas e cuidadosamente fechadas, continuavam livres de micróbios.

Spallanzani, concluiu que o tempo de aquecimento utilizado por Needhan não tinha sido suficiente para esterilizar o caldo ou que a vedação utilizada por ele não tinha sido capaz de impedir a contaminação do caldo por micróbios do ar.

Os argumentos de Spallanzani não convenceram Needhan. Este respondeu que a fervura por tempo muito prolongado destruía a força vital, um misterioso princípio inerente à vida que devia existir no caldo.

2.6. Louis Pasteur (1860). Pasteur, através seus experimentos , conseguiu provar definitivamente que os seres vivos originavam-se de outros seres vivos. Observe a sua experiência.

Simples, porém completa, essa experiência não permitiu contra-argumentação. Não impedia a entrada do eventual princípio ativo, pois mantinha os frascos abertos. Preservava, nos caldos nutritivos, a capacidade de desenvolver vida, o que acontecia quando os gargalos eram quebrados. A partir disso, os defensores da geração espontânea se calaram.Uma nova interrogação passou a predominar no meio científico: como surgiram os primeiros organismos vivos.

Louis Pasteur (1822-1895)

1. Pasteur colocou caldo de carne em um balão de vidro 2. Depois usando calor, fabricou

um “pescoço em S”...

3. ... e ferveu o caldo, Matando os micróbios

4. A poeira contendo novos micróbios ficou retida na curva e o caldo permaneceu estéril muito tempo

5. “O fecho de ouro” Pasteur inclina o vidro de modo que o caldo entre em contato com a poeira: surgem micróbios no líquido

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A ORIGEM DA VIDA I

Frente: 02 Aula: 01

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A Terra Primitiva

Estima-se que os primeiros seres vivos surgiram na Terra há cerca de 3,5 bilhões de anos e que o nosso planeta

tem aproximadamente 5 bilhões de anos. Portanto, em parte de sua existência a Terra foi despovoada. Nesse período, teria tido tempo suficiente para se "preparar" para abrigar os primeiros seres vivos. A hipótese heterotrófica considera alguns pontos que são fundamentais na explicação do aparecimento de vida na Terra. Por isso, discorreremos sobre as principais evidências das condições existentes na Terra primitiva:

• Os gases predominantes na atmosfera da Terra primitiva não eram os mesmos de agora (N2 e O2). Esses gases seriam, principalmente, a amônia (NH3), o metano (CH4), o hidrogênio (H2) e o vapor da água (H2O). • A condensação do vapor de água originava chuvas que caíam sobre a crosta quente. Assim, a água evaporava-se rapidamente e novas condensações originavam novas tempestades, constituindo um ciclo ativo de chuvas, que eram acompanhadas por inúmeras descargas elétricas (raios). • A ausência de uma camada de ozônio perfeitamente formada acarretava num verdadeiro "bombardeio" da superfície terrestre por radiações ultravioleta de alta intensidade.

Fig. 1: Terra atual, com temperatura mais amena e em condições de abrigar inúmeras formas de vida.

Fig. 2: Terra Primitiva. Experiências de Miller, Fox e Calvin

Em 1954, o cientista norte-americano Stannley L. Miller construiu um aparelho onde reuniu metano, amônia, hidrogênio e vapor de água, numa tentativa de recriar, em laboratório, as prováveis condições reinantes na atmosfera primitiva. Imaginando que as descargas elétricas poderiam ter constituído uma fonte de energia capaz de promover o rompimento de ligações químicas das moléculas dos "gases primitivos", Miller submeteu os gases, reunidos, a faíscas elétricas de alta intensidade.

Depois de algum tempo, observou o acúmulo de substâncias orgânicas numa determinada região do aparelho, entre as quais encontrou vários aminoácidos.

Pouco anos depois (1957), baseando-se nos experimentos de Miller, Sidney Fox, também norte-americano, aqueceu uma mistura seca de aminoácidos. Fox partiu da suposição de que os compostos orgânicos caídos com as chuvas formavam massas secas sobre as rochas quentes, após a evaporação da água. Ao final de sua experiência constatou a presença de proteinóides (moléculas de natureza protéica constituídas por alguns poucos aminoácidos), numa evidência de que os aminoácidos teriam se unido através de ligações peptídica, numa síntese por desidratação.

Melvin Calvin, outro cientista norte-americano, realizou experiências semelhantes à de Miller, bombardeando os gases primitivos com radiações altamente energéticas e obteve, entre outros, compostos orgânicos do tipo carboidrato.

Todas essas experiências demonstraram a possibilidade da formação de compostos orgânicos antes do surgimento de vida na Terra. Isso veio favorecer a hipótese heterotrófica, uma vez que a existência prévia de matéria orgânica é um requisito básico não só para a alimentação dos primeiros heterótrofos, como também para sua própria formação.

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Francesco Redi Em meados do século XVII, o biólogo italiano Francesco Redi elaborou

experiências que, na época, abalaram profundamente a teoria da geração espontânea. Colocou pedaços de carne no interior de frascos, deixando alguns abertos e fechando outros com uma tela. Observou que o material em decomposição atraía moscas, que entravam e saíam ativamente dos frascos abertos. Depois de algum tempo, notou o surgimento de inúmeros "vermes" deslocando-se sobre a carne e consumindo o alimento disponível. Nos frascos fechados, porém, onde as moscas não tinham acesso à carne em decomposição, esses "vermes" não apareciam. Redi, então, isolou alguns dos vermes, que surgiram no interior dos frascos abertos, observando-lhes o comportamento; notou que, após consumirem avidamente o material orgânico em putrefação, tornavam-se imóveis, assumindo um aspecto ovalado, terminado por desenvolver cascas externas duras e resistentes.

Após alguns dias, as cascas quebravam-se e, do interior de cada unidade, saía uma mosca semelhante àquelas que haviam pousado sobre a carne em putrefação. Do

experimento de Redi é fácil concluir que os "vermes" representam uma etapa do ciclo de vida de uma mosca: ovo -- larva (verme) -- pupa (estágio "imóvel") -- adulto, e que, portanto, originam-se de vida preexistente. A carne em putrefação não constituía, como supunham os defensores da geração espontânea, uma "fonte de vida" dotada de um "princípio ativo" organizador; a fonte de vida eram seres vivos (moscas) que já existiam. O papel da carne é de, somente, constituir um meio adequado ao desenvolvimento das larvas, fornecendo-lhes o alimento necessário.

A experiência de Redi favoreceu a Biogênese, teoria segundo a qual a vida se origina de outra vida preexistente. Anton Leeuwenhoek

Anton Leeuwenhoek (naturalista holandês) aperfeiçoou o

microscópio, permitindo o descobrimento de um novo mundo: o mundo dos microorganismos. Nessa época, ninguém supunha que formas tão primitiva de vida tivessem seus próprios métodos de reprodução. E, como se observava que esses minúsculos seres aumentavam rapidamente em número quando em contato com soluções nutritivas, imaginou-se que a geração espontânea fosse a grande responsável por tal proliferação. Assim, supunham os adeptos da abiogênese, soluções nutritivas poderiam gerar espontaneamente microorganismos.

Louis Pasteur

Entre os anos de 1860 e 1864, o cientista francês Louis Pasteur pesquisou a questão da geração espontânea, ainda muito discutida na época. Pasteur adaptou a experiência de Spallanzani.

Colocou caldo de carne em um balão de vidro com um longo gargalo, submetendo-o a um aquecimento prolongado seguido de um lento resfriamento (pasteurização). O caldo nutritivo ficou completamente esterilizado.

A seguir, aqueceu os gargalos, retorcendo-os em forma de "s" criando os balões "pescoço de cisne". Pasteur não tampou os frascos, permitindo o contato com o ar. Este procedimento visava derrubar o argumento de Needhan da falta de condições para a penetração do "princípio ativo".

No entanto, o líquido permaneceu estéril por meses. As curvas do pescoço do frasco funcionaram como uma espécie de "filtro", impedindo a penetração de microorganismos que pudessem contaminar o caldo.

O frasco contendo o líquido foi apresentado na Academia de Ciência em Paris. Pasteur, perante a elite científica da época, não titubeou em afirmar: "A doutrina da geração espontânea jamais se reerguerá do golpe mortal que acaba de receber com esta simples experiência".

Realmente, a partir daí, a Abiogênese caiu em descrédito completo, triunfando definitivamente a Biogênese, já defendida por Redi e Spallanzani. A

consolidação da Teoria da Biogênese não trouxe acomodação aos cientistas, mas, sim, uma série de novas perguntas sem respostas aparentes.

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A ORIGEM DA VIDA II

Frente: 02 Aula: 02

PROFº: WAGNER A Certeza de Vencer

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ORIGEM DA VIDA

Fig. 1: Ecossistema: uma rede complexa em que os seres bióticos e os abióticos interagem, tornando possível a manutenção da vida na terra.

Ao longo dos séculos, várias hipóteses foram

formuladas por filósofos e cientistas na tentativa de explicar como teria surgido a vida em nosso planeta. Até o século XIX, imaginava-se que os seres vivos poderiam surgir não só a partir do cruzamento entre si, mas também a partir da matéria bruta, de uma forma espontânea. Essa idéia, proposta há mais de 2.000 anos por Aristóteles, era conhecida pôr geração espontânea ou abiogênese. Os defensores dessa hipótese supunham que determinados materiais brutos conteriam um "princípio ativo", isto é, uma "força" capaz de comandar uma série de reações que culminariam com a súbita transformação do material inanimado em seres vivos.

O grande poeta romano Virgílio (70 a.C.-19 a.C.), autor das Écoglas e da Eneida, garantia que moscas e abelhas nasciam de cadáveres em putrefação. Já na Idade Média, Aldovandro afirmava que, do lodo do fundo das lagoas, poderiam nascer patos e morcegos. O padre Anastásio Kircher (1627-1680), professor de Ciência do Colégio Romano, explicava a seus alunos que do pó de cobra, espalhado pelo chão, nasceriam muitas cobras. No século XVII, o naturalista Jan Baptiste Van Helmont (1577-1644), de origem belga, ensinava como produzir ratos e escorpiões a partir de uma camisa suada, germe de trigo e queijo.

Nesse mesmo século, começaram a surgir sábios com novas idéias, que não aceitavam a abiogênese e procuravam desmascará-la, com suas experiências baseadas no método científico.

Fig. 3: Experimento de Redi

Abiogênose X biogênese

Em meados do século XVII, o biólogo italiano Francesco Redi (elaborou experiências que, na época, abalaram profundamente a teoria da geração espontânea). Colocou pedaços de carne no interior de frascos, deixando alguns abertos e fechando outros com uma tela. Observou que o material em decomposição atraía moscas, que entravam e saíam ativamente dos frascos abertos. Depois de algum tempo, notou o surgimento de inúmeros "vermes" deslocando-se sobre a carne e consumindo o alimento disponível. Nos frascos fechados, porém, onde as moscas não tinham acesso à carne em decomposição, esses "vermes" não apareciam. Redi, então, isolou alguns dos "vermes" que surgiram no interior dos frascos abertos, observando-lhes o comportamento; notou que, após consumirem avidamente o material orgânico em putrefação, tornavam-se imóveis, assumindo um aspecto ovalado, terminando por desenvolver cascas externas duras e resistentes. Após alguns dias, as cascas quebravam-se e, do interior de cada unidade, saía uma mosca semelhante àquelas que haviam pousado sobre a carne em putrefação.

A experiência de Redi favoreceu a biogênese, teoria segundo a qual a vida se origina somente de outra vida preexistente.

Quando Anton Van Leeuwenhoek (1632-1723), na Holanda, construindo microscópios, observou pela primeira vez os micróbios, reavivou a polêmica sobre a geração espontânea, abalando seriamente as afirmações de Redi.

Foi na Segunda metade do século passado que a abiogênese sofreu seu golpe final. Louis Pasteur (1822-1895), grande cientista francês, preparou um caldo de carne, que é excelente meio de cultura para micróbios, e submeteu-o a uma cuidadosa técnica de esterilização, com aquecimento e resfriamento. Hoje, essa técnica é conhecida como "pasteurização".

Uma vez esterilizado, o caldo de carne era conservado no interior de um balão "pescoço de cisne".

Devido ao longo gargalo do balão de vidro, o ar penetrava no balão, mas as impurezas ficavam retidas na curva do gargalo. Nenhum microrganismo poderia chegar ao caldo de carne. Assim, a despeito de estar em contato com o ar, o caldo se mantinha estéril, provando a inexistência da geração espontânea. Muitos meses depois, Pasteur exibiu seu material na Academia de Ciências de Paris. O caldo de carne estava perfeitamente estéril. Era o ano de 1864, a geração espontânea estava completamente desacreditada.

Como surgiu o primeiro ser vivo?

Desmoralizada a teoria da Abiogênese, confirmou-se a idéia de Prayer: Omne vivium ex vivo, que se traduz por "todo ser vivo é proveniente de outro

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ser vivo". Isso criou a seguinte pergunta: se é preciso um ser vivo para originar outro ser vivo, de onde e como apareceu o primeiro ser vivo?

Tentou-se, então, explicar o aparecimento dos primeiros seres vivos na Terra a partir dos cosmozoários, que seriam microrganismos flutuantes no espaço cósmico. Mas existem provas concretas de que isso jamais poderia ter acontecido. Tais seres seriam destruídos pelos raios cósmicos e ultravioleta que varrem continuamente o espaço sideral.

Em 1936, Alexander Oparin propõe uma nova explicação para a origem da vida. Sua hipótese se resume nos seguintes fatos:

• Na atmosfera primitiva do nosso planeta, existiriam metano, amônia, hidrogênio e vapor de água;

• Sob altas temperaturas, em presença de centelhas elétricas e raios ultravioleta, tais gases teriam se combinado, originando aminoácidos, que ficavam flutuando na atmosfera;

• Com a saturação de umidade da atmosfera, começaram a ocorrer as chuvas. Os aminoácidos eram arrastados para o solo;

• Submetidos ao aquecimento prolongado, os aminoácidos combinavam-se uns com os outros, formando proteínas;

• As chuvas lavavam as rochas e conduziam as proteínas para os mares. Surgia uma "sopa de proteínas" nas águas mornas dos mares primitivos;

• As proteínas dissolvidas em água formavam colóides. Os colóides se interpenetravam e originavam os coacervados;

• Os coacervados englobavam moléculas de nucleoproteínas. Depois, organizavam-se em gotículas delimitadas por membrana lipoprotéica. Surgiam as primeiras células.

• Essas células pioneiras eram muito simples e ainda não dispunham de um equipamento enzimático capaz de realizar a fotossíntese. Eram, portanto, heterótrofas. Só mais tarde, surgiram as células autótrofas, mais evoluídas. E isso permitiu o aparecimento dos seres de respiração aeróbia;

• Atualmente, se discute a composição química da atmosfera primitiva do nosso planeta, preferindo alguns admitir que, em vez de metano, amônia, hidrogênio e vapor de água, existissem monóxido de carbono, dióxido de carbono, nitrogênio molecular e vapor de água.

Oparin não teve condições de provar sua

hipótese. Mas, em 1953, Stanley Miller, na Universidade de Chicago, realizou em laboratório uma experiência. Colocou num balão de vidro: metano, amônia, hidrogênio e vapor de água. Submeteu-os a aquecimento prolongado. Uma centelha elétrica de alta tensão cortava continuamente o ambiente onde estavam contidos os gases. Ao fim de certo tempo,

Miller comprovou o aparecimento de moléculas de aminoácido no interior do balão, que se acumulavam no tubo em U.

Pouco tempo depois, em 1957, Sidney Fox submeteu uma mistura de aminoácidos secos a aquecimento prolongado e demonstrou que eles reagiam entre si, formando cadeias peptídicas, com o aparecimento de moléculas protéicas pequenas. As experiências de Miller e Fox comprovaram a veracidade da hipótese de Oparin. COMENTÁRIOS: _____________________________________________

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ORIGEM DA VIDA 1

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Estima-se que os primeiros seres vivos surgiram na Terra há cerca de 3,5 bilhões de anos e que o nosso planeta

tem aproximadamente 5 bilhões de anos. Portanto, em parte de sua existência a Terra foi despovoada. Nesse período, teria tido tempo suficiente para se "preparar" para abrigar os primeiros seres vivos. A hipótese heterotrófica considera alguns pontos que são fundamentais na explicação do aparecimento de vida na Terra. Por isso, discorreremos sobre as principais evidências das condições existentes na Terra primitiva:

• Os gases predominantes na atmosfera da Terra primitiva não eram os mesmos de agora (N2 e O2). Esses gases seriam, principalmente, a amônia (NH3), o metano (CH4), o hidrogênio (H2) e o vapor da água (H2O). • A condensação do vapor de água originava chuvas que caíam sobre a crosta quente. Assim, a água evaporava-se rapidamente e novas condensações originavam novas tempestades, constituindo um ciclo ativo de chuvas, que eram acompanhadas por inúmeras descargas elétricas (raios). • A ausência de uma camada de ozônio perfeitamente formada acarretava num verdadeiro "bombardeio" da superfície terrestre por radiações ultravioleta de alta intensidade.

Fig. 1: Terra atual, com temperatura mais amena e em condições de abrigar inúmeras formas de vida.

Fig. 2: Terra Primitiva. Experiências de Miller, Fox e Calvin

Em 1954, o cientista norte-americano Stannley L. Miller construiu um aparelho onde reuniu metano, amônia, hidrogênio e vapor de água, numa tentativa de recriar, em laboratório, as prováveis condições reinantes na atmosfera primitiva. Imaginando que as descargas elétricas poderiam ter constituído uma fonte de energia capaz de promover o rompimento de ligações químicas das moléculas dos "gases primitivos", Miller submeteu os gases, reunidos, a faíscas elétricas de alta intensidade.

Depois de algum tempo, observou o acúmulo de substâncias orgânicas numa determinada região do aparelho, entre as quais encontrou vários aminoácidos.

Pouco anos depois (1957), baseando-se nos experimentos de Miller, Sidney Fox, também norte-americano, aqueceu uma mistura seca de aminoácidos. Fox partiu da suposição de que os compostos orgânicos caídos com as chuvas formavam massas secas sobre as rochas quentes, após a evaporação da água. Ao final de sua experiência constatou a presença de proteinóides (moléculas de natureza protéica constituídas por alguns poucos aminoácidos), numa evidência de que os aminoácidos teriam se unido através de ligações peptídica, numa síntese por desidratação.

Melvin Calvin, outro cientista norte-americano, realizou experiências semelhantes à de Miller, bombardeando os gases primitivos com radiações altamente energéticas e obteve, entre outros, compostos orgânicos do tipo carboidrato.

Todas essas experiências demonstraram a possibilidade da formação de compostos orgânicos antes do surgimento de vida na Terra. Isso veio favorecer a hipótese heterotrófica, uma vez que a existência prévia de matéria orgânica é um requisito básico não só para a alimentação dos primeiros heterótrofos, como também para sua própria formação.

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Francesco Redi Em meados do século XVII, o biólogo italiano Francesco Redi elaborou

experiências que, na época, abalaram profundamente a teoria da geração espontânea. Colocou pedaços de carne no interior de frascos, deixando alguns abertos e fechando outros com uma tela. Observou que o material em decomposição atraía moscas, que entravam e saíam ativamente dos frascos abertos. Depois de algum tempo, notou o surgimento de inúmeros "vermes" deslocando-se sobre a carne e consumindo o alimento disponível. Nos frascos fechados, porém, onde as moscas não tinham acesso à carne em decomposição, esses "vermes" não apareciam. Redi, então, isolou alguns dos vermes, que surgiram no interior dos frascos abertos, observando-lhes o comportamento; notou que, após consumirem avidamente o material orgânico em putrefação, tornavam-se imóveis, assumindo um aspecto ovalado, terminado por desenvolver cascas externas duras e resistentes.

Após alguns dias, as cascas quebravam-se e, do interior de cada unidade, saía uma mosca semelhante àquelas que haviam pousado sobre a carne em putrefação. Do

experimento de Redi é fácil concluir que os "vermes" representam uma etapa do ciclo de vida de uma mosca: ovo -- larva (verme) -- pupa (estágio "imóvel") -- adulto, e que, portanto, originam-se de vida preexistente. A carne em putrefação não constituía, como supunham os defensores da geração espontânea, uma "fonte de vida" dotada de um "princípio ativo" organizador; a fonte de vida eram seres vivos (moscas) que já existiam. O papel da carne é de, somente, constituir um meio adequado ao desenvolvimento das larvas, fornecendo-lhes o alimento necessário.

A experiência de Redi favoreceu a Biogênese, teoria segundo a qual a vida se origina de outra vida preexistente. Anton Leeuwenhoek

Anton Leeuwenhoek (naturalista holandês) aperfeiçoou o

microscópio, permitindo o descobrimento de um novo mundo: o mundo dos microorganismos. Nessa época, ninguém supunha que formas tão primitiva de vida tivessem seus próprios métodos de reprodução. E, como se observava que esses minúsculos seres aumentavam rapidamente em número quando em contato com soluções nutritivas, imaginou-se que a geração espontânea fosse a grande responsável por tal proliferação. Assim, supunham os adeptos da abiogênese, soluções nutritivas poderiam gerar espontaneamente microorganismos.

Louis Pasteur

Entre os anos de 1860 e 1864, o cientista francês Louis Pasteur pesquisou a questão da geração espontânea, ainda muito discutida na época. Pasteur adaptou a experiência de Spallanzani.

Colocou caldo de carne em um balão de vidro com um longo gargalo, submetendo-o a um aquecimento prolongado seguido de um lento resfriamento (pasteurização). O caldo nutritivo ficou completamente esterilizado.

A seguir, aqueceu os gargalos, retorcendo-os em forma de "s" criando os balões "pescoço de cisne". Pasteur não tampou os frascos, permitindo o contato com o ar. Este procedimento visava derrubar o argumento de Needhan da falta de condições para a penetração do "princípio ativo".

No entanto, o líquido permaneceu estéril por meses. As curvas do pescoço do frasco funcionaram como uma espécie de "filtro", impedindo a penetração de microorganismos que pudessem contaminar o caldo.

O frasco contendo o líquido foi apresentado na Academia de Ciência em Paris. Pasteur, perante a elite científica da época, não titubeou em afirmar: "A doutrina da geração espontânea jamais se reerguerá do golpe mortal que acaba de receber com esta simples experiência".

Realmente, a partir daí, a Abiogênese caiu em descrédito completo, triunfando definitivamente a Biogênese, já defendida por Redi e Spallanzani. A

consolidação da Teoria da Biogênese não trouxe acomodação aos cientistas, mas, sim, uma série de novas perguntas sem respostas aparentes.

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Origem da Vida 2

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ORIGEM DA VIDA

Fig. 1: Ecossistema: uma rede complexa em que os seres bióticos e os abióticos interagem, tornando possível a manutenção da vida na terra.

Ao longo dos séculos, várias hipóteses foram formuladas por filósofos e cientistas na tentativa de explicar como teria surgido a vida em nosso planeta. Até o século XIX, imaginava-se que os seres vivos poderiam surgir não só a partir do cruzamento entre si, mas também a partir da matéria bruta, de uma forma espontânea. Essa idéia, proposta há mais de 2.000 anos por Aristóteles, era conhecida pôr geração espontânea ou abiogênese. Os defensores dessa hipótese supunham que determinados materiais brutos conteriam um "princípio ativo", isto é, uma "força" capaz de comandar uma série de reações que culminariam com a súbita transformação do material inanimado em seres vivos.

O grande poeta romano Virgílio (70 a.C.-19 a.C.), autor das Écoglas e da Eneida, garantia que moscas e abelhas nasciam de cadáveres em putrefação. Já na Idade Média, Aldovandro afirmava que, do lodo do fundo das lagoas, poderiam nascer patos e morcegos. O padre Anastásio Kircher (1627-1680), professor de Ciência do Colégio Romano, explicava a seus alunos que do pó de cobra, espalhado pelo chão, nasceriam muitas cobras. No século XVII, o naturalista Jan Baptiste Van Helmont (1577-1644), de origem belga, ensinava como produzir ratos e escorpiões a partir de uma camisa suada, germe de trigo e queijo.

Nesse mesmo século, começaram a surgir sábios com novas idéias, que não aceitavam a abiogênese e procuravam desmascará-la, com suas experiências baseadas no método científico.

Fig. 3: Experimento de Redi

Abiogênose X biogênese

Em meados do século XVII, o biólogo italiano Francesco Redi (elaborou experiências que, na época, abalaram profundamente a teoria da geração espontânea). Colocou pedaços de carne no interior de frascos, deixando alguns abertos e fechando outros com uma tela. Observou que o material em decomposição atraía moscas, que entravam e saíam ativamente dos frascos abertos. Depois de algum tempo, notou o surgimento de inúmeros "vermes" deslocando-se sobre a carne e consumindo o alimento disponível. Nos frascos fechados, porém, onde as moscas não tinham acesso à carne em decomposição, esses "vermes" não apareciam. Redi, então, isolou alguns dos "vermes" que surgiram no interior dos frascos abertos, observando-lhes o comportamento; notou que, após consumirem avidamente o material orgânico em putrefação, tornavam-se imóveis, assumindo um aspecto ovalado, terminando por desenvolver cascas externas duras e resistentes. Após alguns dias, as cascas quebravam-se e, do interior de cada unidade, saía uma mosca semelhante àquelas que haviam pousado sobre a carne em putrefação.

A experiência de Redi favoreceu a biogênese,

teoria segundo a qual a vida se origina somente de outra vida preexistente.

Quando Anton Van Leeuwenhoek (1632-1723), na

Holanda, construindo microscópios, observou pela primeira vez os micróbios, reavivou a polêmica sobre a geração espontânea, abalando seriamente as afirmações de Redi.

Foi na Segunda metade do século passado que a abiogênese sofreu seu golpe final. Louis Pasteur (1822-1895), grande cientista francês, preparou um caldo de carne, que é excelente meio de cultura para micróbios, e submeteu-o a uma cuidadosa técnica de esterilização, com aquecimento e resfriamento. Hoje, essa técnica é conhecida como "pasteurização".

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Uma vez esterilizado, o caldo de carne era conservado no interior de um balão "pescoço de cisne".

Devido ao longo gargalo do balão de vidro, o ar penetrava no balão, mas as impurezas ficavam retidas na curva do gargalo. Nenhum microrganismo poderia chegar ao caldo de carne. Assim, a despeito de estar em contato com o ar, o caldo se mantinha estéril, provando a inexistência da geração espontânea. Muitos meses depois, Pasteur exibiu seu material na Academia de Ciências de Paris. O caldo de carne estava perfeitamente estéril. Era o ano de 1864, a geração espontânea estava completamente desacreditada. Como surgiu o primeiro ser vivo?

Desmoralizada a teoria da Abiogênese, confirmou-se a idéia de Prayer: Omne vivium ex vivo, que se traduz por "todo ser vivo é proveniente de outro ser vivo". Isso criou a seguinte pergunta: se é preciso um ser vivo para originar outro ser vivo, de onde e como apareceu o primeiro ser vivo?

Tentou-se, então, explicar o aparecimento dos primeiros seres vivos na Terra a partir dos cosmozoários, que seriam microrganismos flutuantes no espaço cósmico. Mas existem provas concretas de que isso jamais poderia ter acontecido. Tais seres seriam destruídos pelos raios cósmicos e ultravioleta que varrem continuamente o espaço sideral.

Em 1936, Alexander Oparin propõe uma nova explicação para a origem da vida. Sua hipótese se resume nos seguintes fatos:

• Na atmosfera primitiva do nosso planeta, existiriam metano, amônia, hidrogênio e vapor de água;

• Sob altas temperaturas, em presença de centelhas elétricas e raios ultravioleta, tais gases teriam se combinado, originando aminoácidos, que ficavam flutuando na atmosfera;

• Com a saturação de umidade da atmosfera, começaram a ocorrer as chuvas. Os aminoácidos eram arrastados para o solo;

• Submetidos ao aquecimento prolongado, os aminoácidos combinavam-se uns com os outros, formando proteínas;

• As chuvas lavavam as rochas e conduziam as proteínas para os mares. Surgia uma "sopa de proteínas" nas águas mornas dos mares primitivos;

• As proteínas dissolvidas em água formavam colóides. Os colóides se interpenetravam e originavam os coacervados;

• Os coacervados englobavam moléculas de nucleoproteínas. Depois, organizavam-se em gotículas delimitadas por membrana lipoprotéica. Surgiam as primeiras células.

• Essas células pioneiras eram muito simples e ainda não dispunham de um equipamento enzimático capaz de realizar a fotossíntese. Eram, portanto, heterótrofas. Só mais tarde, surgiram as células autótrofas, mais evoluídas. E isso permitiu o aparecimento dos seres de respiração aeróbia;

• Atualmente, se discute a composição química da atmosfera primitiva do nosso planeta, preferindo alguns admitir que, em vez de metano, amônia, hidrogênio e vapor de água, existissem monóxido de carbono, dióxido de carbono, nitrogênio molecular e vapor de água.

Oparin não teve condições de provar sua hipótese. Mas, em 1953, Stanley Miller, na Universidade de Chicago, realizou em laboratório uma experiência. Colocou num balão de vidro: metano, amônia, hidrogênio e vapor de água. Submeteu-os a aquecimento prolongado. Uma centelha elétrica de alta tensão cortava continuamente o ambiente onde estavam contidos os gases. Ao fim de certo tempo, Miller comprovou o aparecimento de moléculas de aminoácido no interior do balão, que se acumulavam no tubo em U.

Pouco tempo depois, em 1957, Sidney Fox submeteu uma mistura de aminoácidos secos a aquecimento prolongado e demonstrou que eles reagiam entre si, formando cadeias peptídicas, com o aparecimento de moléculas protéicas pequenas. As experiências de Miller e Fox comprovaram a veracidade da hipótese de Oparin. COMENTÁRIOS: _____________________________________________

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Platelmintos e Nematelmintos

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Características gerais: Vermes de corpo achatado dorsoventralmente. Simetria bilateral, triblásticos e acelomados. a) Principais representantes: Planárias, solitárias e esquistossomo. b) Classes b.1 – Turbelários

Representantes: planárias (Dugesia tigrina); Habitat: aquático (água doce) e lugares úmidos pantanosos; Corpo coberto por cílios; Olhos denominados de ocelos que não formam imagens, captando

apenas a luminosidade; Tubo digestivo incompleto (ausência de estômago e de ânus); Sistema nervoso ganglionar muito simples; Sistema excretor com células – flama; Grande capacidade de regeneração; São hermafroditas (monóicos), com reprodução por fecundação

cruzada; b. 2 – Trematódios

Representantes: Esquistossomo (Schistosoma mansoni ; Corpo em forma de folha. Apresenta duas ventosas, uma com função de boca e outra para fixação; São dióicos (sexos separados), com reprodução por fecundação. O macho tem o canal ginecóforo, onde aloja a

fêmea (cilíndrica e bem mais longa) durante o ato sexual; Parasita o sistema porta – hepático do homem, causando a doença chamada de esquistossomose ou barriga d'água ;

Acima à direita aspecto geral, tanto externamente quanto internamente, de uma planária de água doce. Observe a presença das três camadas dérmicas provenientes dos seus respectivos folhetos germinativos ou embrionários (ectoderma, mesoderma e endoderma). Abaixo, a representação esquemática de uma célula – flama (estrutura responsável pela excreção nas planárias).

Ciclo Vital do E. mansoni

Esquistossomos Adultos

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1. Esquistossomose ou Barriga d’água

Agente etiológico: Schistosoma mansoni Transmissão: Através de caramujos da espécie Biomphalaria glabrata, que liberam larvas do esquistossomo na água

denominadas de cercarias. Estas larvas penetram no homem pelas mucosas dos pés e das pernas, indo alojar-se no sistema porta-hepático.

Ciclo evolutivo da esquistossomose: Os parasitas liberam seus ovos nas fezes do homem contaminado. Estes ovos ao caírem em lagos ou rios, vão eclodir um embrião ciliado denominado de miracídio, que vai se alojar em um caramujo do gênero Biomphalaria. No caramujo, que é o seu hospedeiro intermediário, o embrião vai evoluir até uma larva denominada de cercária. As cercárias saem do caramujo e passam a nadar ativamente em busca de um hospedeiro intermediário, no caso o homem. O contágio é feito quando o homem entra na água e as cercárias penetram pela pele humana, principalmente pelos membros inferiores, e vão se desenvolver em esquistossomos adultos nas veias do intestino e fígado. A profilaxia é feita pelo combate aos caramujos. Sem tratamento a doença pode matar. A esquistossomose é uma das grandes endemias brasileiras.

Profilaxia (Prevenção) Impedir que os ovos do esquistossomo contaminem rios, lagos, açudes e outros reservatórios de água.Para isso é

preciso construir instalações sanitárias adequadas como fossas sépticas ou sistemas de esgotos. Combater os caramujos transmissores que servem de hospedeiros intermediários para o verme. Isso pode ser feito

pela drenagem dos reservatórios, ou pela aplicação na água de moluscocidas, ou pelo emprego de predadores naturais destes caramujos como o peixe tilápia, por exemplo.

b.3 – Cestódios Representantes: Solitárias (Taenia solium e Taenia saginata); Corpo em forma de fita longa. Sendo dividido em cabeça (escólex), colo e

estróbilo ou tronco; São hermafroditas (monóicos), realizando a autofecundação ; Não apresentam sistema digestivo, pois sua nutrição se faz por difusão

direta. Suas ventosas não atuam como boca, sendo usadas apenas para fixação;

São parasitas do intestino delgado onde exercem ação espoliativa.

1. Teníase Agente etiológico: Taenia solium e Taenia saginata Transmissão: Através da ingestão de carne de porco ou de boi que estejam contaminadas com as larvas da tênia,

denominadas de cisticercos. Ciclo evolutivo da tênia: O homem contrai a teníase quando ingere, acidentalmente, larvas denominadas de

cisticercos que são encontradas em carne de porco ou de boi, cruas ou mal passadas. Ao ingerir carne de porco contaminada com as larvas, o homem adquire a Taenia solium ; e ao ingerir carne de boi adquire a Taenia saginata. Quando essas larvas chegam ao intestino delgado elas se transformam em vermes adultos, passando a se alimentar dos alimentos digeridos pelo homem. As tênias podem, também, provocar uma outra doença mais grave: a cisticercose. Esta doença é adquirida quando o homem ingere ovos deste verme. Os ovos ao chegarem no intestino eclodem liberando um embrião chamado de hexacanto ou oncosfera, que perfura a parede intestinal caindo na circulação sangüínea, indo se alojar em órgãos vitais como o cérebro, coração e pulmões. Nesses órgãos o embrião dá origem aos cisticercos. Daí o nome da doença.

Profilaxia (Prevenção) Impedir que os ovos de tênias, presentes nas fezes do homem contaminado, sejam ingeridos por animais como

porcos e vacas, ou que contaminem rios e lagos. Para isso é preciso construir instalações sanitárias adequadas, com fossas sépticas ou sistemas de esgotos;

Evitar comer carne crua ou mal cozida de porco ou de boi, principalmente se não se conhece a procedência desses alimentos;

No caso da cisticercose devemos evitar beber água não tratada e ter bons hábitos de higiene.

Na figura à direita podemos observar a estrutura do corpo de uma tênia. Note as diferenças dos escólex (cabeças) de cada espécie de tênia e das proglótides, que são segmentos contendo os sistemas reprodutores masculinos e femininos.

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JACKY01/04/08

PLATELMINTOS E NEMATELMINTOS

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Ascaridíase ou ascaríase. Causada pelo Ascaris lumbricoides (a popular lombriga). Os vermes adultos medem entre 15 cm e 40 cm de comprimento e desenvolvem-se no intestino delgado do hospedeiro, no qual macho e fêmea se acasalam. Os ovos são expulsos nas fezes e, em condições favoráveis de umidade e temperatura, desenvolvem no seu interior uma larva (rabditóide). Se não houver saneamento básico, os ovos podem chegar ao solo e contaminar água e alimentos. Hortaliças regadas com água contaminada de rios e córregos também podem apresentar ovos.

Ao serem ingeridos, os ovos eclodem e libertam as larvas no intestino. Elas atravessam a parede intestinal, caem nas veias e nos vasos linfáticos e vão para o coração, do qual são levadas para os pulmões. Destes, passam para os alvéolos, brônquios, traquéia, laringe, faringe, estômago e, já adultas, instalam-se no intestino delgado. Infestações pequenas podem passar despercebidas; as intensas, algumas com cinquenta ou mais vermes, podem obstruir o intestino. Podem ocorrer manifestações alérgicas, como urticária, cólicas, diarréias, prisão de ventre, tosse seca e chiado (uma vez que as larvas passam pelo pulmão e podem provocar lesões nesse órgão). O tratamento com medicamentos que eliminam os vermes é muito eficiente. A prevenção consiste na instalação de rede de esgotos, construção de fossas sépticas e educação sanitária, criando hábitos de higiene pessoal (lavar as mãos antes de tocar alimentos ou de comer, etc.).

Ancilostomose, ancilostomíase, amarelão ou opilação. Pode ser causada por dois tipos de nematódeos, com ciclos semelhantes: o Ancylostoma duodenalee o Necator americanus (necator = assassino).

Os vermes adultos (machos e fêmeas) medem entre l cm e 2 cm de comprimento e desenvolvem-se no intestino delgado. Os ovos são expulsos nas fezes e, encontrando condições favoráveis no solo (terra úmida e quente), tornam-se embrionados (com larva rabditóide). A larva abandona a casca do ovo e, no solo, transforma-se em uma larva infestante (filarióide). As filarióides penetram pela pele dos pés descalços, migram para os vasos linfáticos da derme e passam para os vasos sanguíneos, para o coração e para os pulmões (no qual podem provocar lesões). Nestes, perfuram os capilares e a parede dos alvéolos, migram pelos bronquíolos e chegam

ntes, o filo Nematodea (nematódeos, nematóides ou nematelmintos) era uma classe do filo dos asquelminos.

Hoje, o termo asquelminto designa um conjunto de oito filós, dos quais os nematódeos são os representantes mais abundantes, encontrados em grande quantidade no solo, na água e como parasitas de animais e vegetais.

São vermes cilíndricos, afilados nas extremidades, assemelhando-se a um fio (daí o nome, nemato = fio), triblásticos, pseudocelomados e com o corpo coberto por uma película muito resistente (cutícula), secretada pela epiderme. São os primeiros animais a apresentar tubo digestório completo (boca e ânus). Não têm sistema respiratório (a respiração ocorre pela difusão dos gases através da superfície do corpo) nem circulatório. O sistema excretor é formado por tubos longitudinais ou células especiais (células ventrais ou renetes). O sistema nervoso é constituído por um anel em volta do esôfago, do qual partem cordões nervosos longitudinais. Na maioria dos casos, os sexos são separados e a fecundação é interna. Há parasitas monóxenos e heteróxenos. Vejamos algumas doenças humanas causadas por eles:

Fezes

Ovo fertilizado Ovo infertil Sem capacidade biológica Ciclo do Ascaris lumbricoides

Estado infeccioso

Diagnóstico

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à faringe. Descem pelo esôfago e alcançam o intestino delgado, no qual se tornam adultos. Outra maneira de infestação é a ingestão da larva filarióide encistada, que alcança o estado adulto no intestino delgado, sem migração. Os vermes rasgam as paredes intestinais com placas cortantes ou dentes e sugam o sangue, provocando hemorragias e anemia. A pessoa fica pálida, cansada, com fraqueza, tonturas, desânimo e dores musculares. A prevenção é feita com a construção de instalações sanitárias, hábitos de higiene (lavar as mãos antes de comer, lavar bem os alimentos, etc.), tratamento da água e uso de sapatos. O tratamento deve ser feito com vermífugos associados à administração de ferro (para a anemia) e a uma dieta rica em proteínas, vitaminas e alimentos com ferro.

Filariose ou elefantíase. Causada pelo verme Wuchereria bancrofti (filaria), cujas larvas são transmitidas pela picada do mosquito do gênero Culex. Quando o inseto contaminado pica uma pessoa, as larvas atingem os vasos linfáticos, tornam-se adultas e obstruem esses vasos. Como a função desses vasos é retirar o excesso de líquido que sai do sangue e banha os tecidos, o líquido acumula-se na região atingida (principalmente pernas, mamas, escroto) e ocorrem hipertrofia e deformações (daí o nome elefantíase). Medidas profiláticas são o combate ao mosquito e às suas larvas com inseticidas, saneamento ambiental, drenagem de águas pluviais e tratamento de esgotos. Existem medicamentos contra o verme.

Larva migrans cutânea. Algumas espécies de nematódeos que parasitam o intestino de cães e gatos (Ancylostoma braziliensis e Ancylostoma caninum) produzem larvas que podem penetrar na epiderme humana, deslocar-se por ela e abrir túneis (que lembram o traçado de um mapa), o que provoca intensa coceira. Essa doença é chamada de larva migrans cutânea, bicho-geográfíco ou bicho-das-praias (pois é comum em praias poluídas por fezes de cães e gatos). A prevenção consiste em impedir o acesso de animais a tanques de areia em escolas e parques onde brincam crianças, e não levar animais à praia. Deve-se realizar exames periódicos nos animais para verificar se estão contaminados e eliminar o verme com medicamentos. O ideal também é andar de chinelos na praia e sentar-se em cadeiras ou esteiras, de modo a evitar o contato da pele com a areia. Há medicamentos que matam as larvas.

Enterobíase ou oxiurose. Causada pelo Enterobius vermicularis (conhecido como oxiúro; seu nome antigo era Oxyuris vermiculares). O macho mede cerca de 5 mm de comprimento e a fêmea 1 cm. Ambos se desenvolvem no intestino grosso. Depois de fecundada, a fêmea dirige-se para a região em torno do ânus (o sintoma mais frequente é uma coceira nessa região). A transmissão pode ocorrer de um indivíduo para outro (inalação ou ingestão de ovos pela poeira ou nos alimentos) ou por auto-infestação, quando, após coçar o ânus, a pessoa (geralmente crianças) leva a mão à boca ou contamina alimentos com os ovos que ficam sob as unhas. Os ovos também podem ser encontrados nas roupas de cama, nas toalhas, no chão e nos objetos de casa, sendo frequentes as pequenas epidemias em uma residência.

Quando o número de vermes é muito grande, podem ocorrer inflamação intestinal, perturbação do sono e congestão da região anal. A prevenção consiste em medidas de higiene, como limpeza das unhas e do corpo, uso de privadas e lavatórios, troca e lavagem diárias, em água fervente, da roupa de dormir e da de cama. O tratamento deve ser feito com vermífugos.

Estrongiloidíase. Verminose intestinal causada pelo Strongyloides stercoralis, que mede cerca de 2 mm. As larvas aparecem no solo contaminado por ovos que saem nas fezes dos doentes. Essas larvas penetram pela pele dos pés descalços e realizam um ciclo pulmonar idêntico ao do ancilóstomo. Podem ocorrer diarreias, dores abdominais, vómitos e náuseas. A prevenção consiste na construção de instalações sanitárias adequadas, tratamento da água e uso de sapatos. O tratamento é feito com medicamentos que matam os vermes.

Tricuríase ou tricocefalose. Causada por vermes da espécie Trichuris trichiura, que medem entre 4 cm e 5 cm e localizam-se no intestino grosso. Nas infestações intensas, há perda de peso, desconforto abdominal, diarreia e anemia. A transmissão ocorre pela ingestão de ovos presentes em alimentos contaminados (frutas e hortaliças cruas, por exemplo). A prevenção é a mesma que a contra a ascaridíase.

fêmea macho

ovo

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PORIFEROS/CELENTERADOS

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A Certeza de Vencer

03

1

a) Representantes

Esponjas-do-mar.

b) Características Gerais São animais predominantemente marinhos

vivendo fixos no fundo, diblásticos e existindo apenas uma família de água doce;

Não formam tecidos e órgãos, sendo considerados os animais mais inferiores;

Ausência de sistema nervoso; Corpo reduzido a um saco com poros inalantes

(óstios), uma cavidade central (átrio ou espongiocele) e uma abertura superior (ósculo);

Maioria portadora de espículas calcárias ou silicosas que constituem o seu esqueleto. Outras apresentam esqueleto de espongina, uma proteína flexível, sendo consumidas em uso doméstico;

Apresentam células flageladas denominadas de coanócitos, responsáveis pela captura de alimentos e participação na reprodução sexuada;

Parede corporal dividida em pinacoderme, mesênquima gelatinoso e camada de coanócitos;

Nutrição por digestão intracelular. Outras funções por difusão simples; Reprodução assexuada por brotamento e sexuada por fecundação. Durante a reprodução sexuada forma-

se uma larva ciliada natante denominada de anfiblástula.

2 –Cnidários ou Celenterados a) Principais representantes: Águas – vivas, Corais, Anêmonas – do – mar. b) Características Gerais

São animais aquáticos, predominantemente marinhos, diblásticos e com simetria radial, podem nadar livremente (medusas) ou viver fixos no fundo do mar ou dos rios (corais), sozinhos ou formando colônias;

São os primeiros animais dotados de tecidos organizados; Corpo formado por uma única abertura rodeada de tentáculos e uma cavidade interna denominada de

gastroderme ou cavidade gastrovascular;

Colônia de esponjas Espícula Calcárea

Page 70: Vestibular Impacto - Biologia

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Destaque dos tecidos: Epiderme, gastroderme e da mesogléia.

A parede do corpo apresenta-se dividida em epiderme, mesogléia e gastroderme: Presença de células especiais de defesa e captura de alimentos denominadas de cnidoblastos. Estas células

liberam uma substância urticante que paralisa as presas capturadas por estes animais;

NOTA : Ocorrem, com uma certa freqüência, acidentes envolvendo banhistas e estes animais, principalmente com as águas – vivas, devido a presença dessas células urticantes. Elas têm a capacidade de provocar queimaduras nas pessoas, sendo que algumas chegam a ser de 3º grau. Portanto, ao tomar banho de mar, devemos observar se não há por perto alguma água – viva ou caravela a fim de evitarmos este tipo de acidente.

Apresentam duas formas básicas: os pólipos (formas fixas ao fundo ou com movimentos lentos) e as medusas (formas flutuantes e muito móveis);

Estão divididos em 3 classes: Scyphozoa (as medusas são predominantes), Hydrozoa (os pólipos predominam) e Anthozoa (exclusivamente polipóide);

Sistema digestivo presente, porém do tipo incompleto (a boca é a única abertura) com uma cavidade digestiva gastrovascular, sendo que a digestão pode ser extra ou intracelular;

Sistema nervoso reduzido, formando uma rede difusa de células nervosas ao longo do corpo; Outras funções como circulação, excreção e respiração são realizadas por difusão simples; Algumas espécies apresentam células sensíveis à luz (ocelos); Reprodução assexuada por brotamento e assexuada por fecundação. Muitas espécies realizam a metagênese

ou alternância de gerações. Na reprodução sexuada ocorre a formação de uma larva ciliada natante denominada de plânula.

Em a um cnidoblasto mostrando o seu nematocisto, com o filamento enrodilhado;

Simetria radial de um celenterado

Metagênese (alternância de gerações)

Page 71: Vestibular Impacto - Biologia

GE120208 (SF)

O REINO ANIMALIA

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PROFº: RINALDO BARRAL

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A Certeza de Vencer

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1

Animais diblásticos e animais triblásticos

Na maioria dos animais, o desenvolvimento da blástula leva a formação da gástrula, na qual se diferenciam os tecidos embrionários básicos do organismo, os folhetos germinativos. Poríferos (esponjas) são os únicos animais que não formam gástrula nem folhetos germinativos. Cnidários têm apenas dois folhetos germinativos, ectoderma e endoderma, sendo por isso chamados de diblásticos, ou diploblásticos (do grego diplos, duplo, dois, e blastos, aquilo que germina). Os animais de todos os outros filos apresentam um terceiro folheto germinativo, o mesoderma, sendo por isso chamados de triblásticos, ou triblásticos (do grego triplos, triplo, três).

Tecidos corporais animais

A multicelularidade não é característica exclusiva dos animais; certas algas, a maioria dos fungos e as plantas também são multicelulares. Entretanto, apenas organismos multicelulares mais complexos, como plantas e animais, apresentam tecidos, ou seja, grupos de células semelhantes especializadas no desempenho de determinada função. Os poríferos são os únicos animais que não possuem tecidos verdadeiros. Eles também não apresentam cavidade digestória, a qual está presente em todos os outros animais. Por isso, os biólogos separam os poríferos em um sub-reino do reino animália, denominado Parazoa (do grego para, ao lado, e zoon, animal); os outros animais são reunidos no outro sub-reino, Eumetazoa (do grego eu, verdadeiro).

Animais acelomados, Pseudocelomados e celomados

Os animais triblásticos diferenciam-se também por apresentar ou não uma cavidade corporal, além da cavidade digestória. De acordo com essa característica, eles podem ser: acelomados, pseudocelomados ou celomados. Os platelmintos (vermes achatados) são organismos acelomados (do grego a, sem, e kôilos, oco, cavidade), pois não possuem cavidade corporal. Neles, todo espaço entre o ectoderma e o endoderma é preenchido por um tecido originado do mesoderma, o mesênquima. Os nematódeos são animais pseudocelomados (do grego pseudés, falso, e kôilos, oco, cavidade), pois apresentam uma cavidade corporal entre o mesoderma e o endoderma, a qual é denominada pseudoceloma. Os moluscos, anelídeos, artrópodes, equinodermos e cordados são animais celomados, pois apresentam celoma, que é uma cavidade totalmente revestida por mesoderma.

Tipos de sistema digestório nos animais

Nos animais acelomados, a cavidade em que ocorre a digestão é uma bolsa de fundo cego, com apenas uma abertura de comunicação com o meio externo. Por isso, diz-se que eles têm sistema digestório incompleto. A maioria dos outros animais, tanto pseudocelomado como celomados, apresenta sistema digestório completo, constituído por um conduto – o tubo digestório – com duas aberturas: a boca, por onde o alimento é ingerido, e o ânus, por onde são eliminados os resíduos não aproveitados na digestão (fezes). Fig. A Fig. B Fig. C

- Esquema de três tipos corporais básicos de animais triblásticos. Nas foto, representantes desses três tipos de organização. Fig. A. Platelminto (acelomado); planária de água doce. Fig.B. Nematelminto terrestre (pseudocelomado). Fig.C. Minhoca terrestre, um anelídeo (celomado).

Arquêntero

Gástrula Jovem

Gástrula de animal triblástico

Ectoderma

Mesoderma

Endoderma

Endoderma

Ectoderma

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Formiga: exemplo de artrópodes

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Animais protostômios e animais deuterostômios

Uma das aberturas do tubo digestório, ou a boca ou o ânus, sempre se origina do blastóporo embrionário; a segunda abertura surge mais tarde no desenvolvimento embrionário. O blastóporo é o orifício de comunicação entre a futura cavidade digestória (arquêntero) e o meio externo. Na maioria dos animais, o blastóporo dá origem à boca e, por isso, eles são chamados de protostônios (do grego protos, primeiro, primitivo, e stoma, boca). Equinodermos e cordados são os únicos animais deuterostômios (do grego deuteros, segundo, depois, e stoma, boca), pois neles o blastóporo dá origem ao ânus, e a boca surge posteriormente.

Simetria corporal dos animais

O conceito de simetria é importante no estudo dos animais; poucas espécies são assimétricas, isto é, não apresentam nenhum tipo de simetria. Uma estrutura apresenta simetria se, cortada real ou imaginariamente por um plano que passe por seu centro (plano de simetria), origina duas metades equivalentes. Uma bola apresenta simetria esférica, pois qualquer plano que passe pelo centro a divide em metades simétricas. O mesmo não ocorre com uma maçã, se ela for cortada ao longo de seu eixo maior, de fato obtermos metades equivalentes, mas, se a cortarmos transversalmente, obteremos duas partes não-simétricas. Nesse caso, fale-se em simetria radial, pois metades simétricas são obtidas apenas por planos de corte longitudinais, orientados como raios de uma circunferência. A simetria bilateral é aquela em que há apenas um plano capaz de dividir o objeto em metades simétricas. O corpo humano, por exemplo,

apresenta um único plano de simetria possível que o divide nas metades esquerda e direita. Nos animais, a simetria radial ocorre em poucos poríferos (a maioria possui corpo assimétrico), em cnidários (águas-vivas, anêmonas-do-mar e corais) e também nas formas adultas e equinodermos (ouriços-do-mar, estrelas-do-mar etc.). Animais com simetria radial

não têm nem cauda; não têm lado direito nem esquerdo, nem dorso nem ventre. Muitos animais radialmente simétricos são sésseis, ou seja, vivem fixados a objetos e têm, em geral, movimentos lentos. Os outros animais têm simetria bilateral e apresentam, portanto: região anterior e posterior, lado esquerdo e lado direito, região ventral e região dorsal. Por estar associada à movimentação ativa e direcionada, a simetria bilateral é característica de animais que nadam, cavam, rastejam, voam ou andam ativamente.

Os equinodermos, apesar de apresentarem simetria radial na fase adulta, têm formas jovens (larvas) bilateralmente simétricas. Essas outras características sugerem que os ancestrais dos equinodermos eram animais bilaterais e que a simetria radial das espécies atuais foi resultado e uma adaptação evolutiva.

BIBLIOGRAFIA: Livro: Amabis e Martho – Fundamentos da Biologia Moderna Ed.: MODERNA – Volume Único

Endoderma

Ectoderma

Mesoderma (mesênquima)

ACELOMADO

Endoderma

Pseudoceloma Ectoderma

Mesoderma

PSEUDOCELOMADO

Celoma

Ectoderma

Endoderma

Mesoderma

CELOMADO

Exemplo de Equinodermos

Exemplos de simetria. A. Simetria esférica, que praticamente não ocorree nos animais. B. a F.

Simetria radial. G a I. Simetria bilateral

Page 73: Vestibular Impacto - Biologia

KL 050508

Micose

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PROFº: HUBERTT LIMA VERDE

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REINO FUNGI: MICOSES

Os fungos são formas inferiores de vida vegetal e possuem características especiais. Nesta classe inserem - se os fungos filamentosos e as leveduras, que podem provocar diversas doenças. Em todo o mundo existem mais de cem mil espécies de fungos. As doenças causadas por fungos localizam-se geralmente na pele ou nas mucosas (boca, vagina, etc.). Certamente você já ouviu falar de frieira, pé - de - atleta, micose - de - praia, “tinha” (ou tínea), unheiro, sapinho, boqueira... estes são alguns exemplos de doenças de pele muito freqüentes. Elas têm em comum o fato de serem causadas por fungos. Assim como existe o Reino Animal e o Reino Vegetal, também existe o imenso Reino dos Fungos, ao qual pertencem não só os cogumelos “champignon”, mas também os minúsculos seres que causam as famosas micoses. As micoses superficiais da pele, em alguns casos chamadas de “tineas” ou tinhas, são infecções causadas por fungos que atingem a pele, as unhas e os cabelos, e se manifestam pelo aparecimento de lesões de cor avermelhada e descamação. Os fungos estão em toda parte podendo ser encontrados no solo, em animais e em outros seres humanos. Até mesmo na nossa pele existem fungos convivendo “pacificamente” conosco, sem causar doença. A existência natural dos fungos na pele não significa que todas as pessoas terão micose. Para que a doença acometa as pessoas, são necessários alguns fatores, como uma queda no sistema de defesa do organismo. Com isso, o fungo penetra na pele e, encontrando condições ideais, se desenvolve. A umidade, o calor e lesões na pele são algumas características que agradam esses agentes patogênicos, facilitando sua proliferação. A queratina, substância encontrada na superfície cutânea, unhas e cabelos, é o “alimento” para estes fungos. Quando encontram condições favoráveis ao seu crescimento, como: calor, umidade, baixa de imunidade ou uso de antibióticos sistêmicos por longo prazo (alteram o equilíbrio da pele), estes fungos se reproduzem e passam então a causar a doença. As micoses podem ser superficiais, onde os fungos ficam na camada externa da pele, ao redor de pêlos ou nas unhas, ou podem ser profundas, onde os fungos disseminam - se através da circulação sangüínea e linfática. Podem infectar a pele e órgãos internos, como pulmões, intestinos, ossos ou sistema nervoso. As micoses são:

Dermatofitoses: Os dermatófitos são fungos filamentosos, que formam hifas organizadas em micélios. Alimentam - se da proteína humana queratina. São produzidas pelos fungos queratinolíticos chamados dermatófitos. São também conhecidos pelo nome de tineas. Atacam a queratina da pele, unhas e pêlos. Existem tinea do corpo (tinea corporis), tinea da cabeça (tinea capitis), tinea dos pés (tinea pedis), tinea interdigital, tinea inguinal (tinea cruris), tinea das unhas (tinea unguium), tinea das mãos (tinea manun), tinea da barba (tinea barbae). • Tinea do corpo ("impingem"): Tinea corporis, forma lesões arredondadas, que coçam e se iniciam por ponto avermelhado que se abre em anel de bordas avermelhadas e descamativas com o centro da lesão tendendo à cura. Deve - se evitar o contato do paciente com outras pessoas, pois a impingem é extremamente contagiosa. Agente: Microsporum cannis, Microsporum gypseum, Tricophyton sp., Epidermophyton floccosum.

Imagem retirada da página: http://www.dermatologia.net/

• Tinea da cabeça: Tinea capitis. Mais freqüente em crianças, formando áreas arredondadas com falhas nos cabelos, com freqüência pode haver uma perda temporária de cabelos (o cabelo retorna quando a infecção desaparece, mas se o tratamento for retardado e houver uma formação de cicatrizes como resultado da infecção, esta perda de cabelos pode - se tornar permanente). Sendo contagiosa. Freqüentemente tende desaparecer de forma espontânea durante a puberdade.

Imagem retirada da página:

http://aapredbook.aappublications.org/week/132_08.jpg

• Tinea dos pés ou pé - de - atleta: Tinea pedis. caracterizada por lesões vesiculosas a nível dos espaços interdigitais ou lesões com escamação nas regiões plantares do pé. Causada pelas espécies T.rubrum, T.mentagrophytes ou E.floccosum. Causa descamação e coceira na planta dos pés que sobe pelas laterais para a pele mais fina.

Imagem retirada da página:

http://missinglink.ucsf.edu/lm/DermatologyGlossary/img/Dermatology%20Glossary/Glossary%20Clinical%20Images/Tinea_Pedis-36.jpg

• Tinea interdigital (“frieira”): Causa descamação, maceração (pele esbranquiçada e mole), fissuras e coceira entre os dedos dos pés. Bastante freqüente nos pés, devido ao uso

constante de calçados fechados que retém a umidade, também pode ocorrer nas mãos, principalmente naquelas pessoas que trabalham muito com água e sabão. Imagem retirada da página: http://www.dermatologia.net/ Prevenção: enxugue sempre

muito bem pés e mãos antes de calçar meias, sapatos e sandálias, pois a umidade joga a favor do fungo.

• Tinea inguinal (“micose da virilha, jererê”): Tinea cruris. Forma áreas avermelhadas e descamativas com bordas bem limitadas, que se expandem para as coxas e nádegas, acompanhadas de muita coceira.

Imagem retirada da página: http://www.dermatologia.net/neo/bas

e/doencas/micoses.htm A tinea inguinal (ou tinea crural), micose que atinge a região da virilha, é causada pelo crescimento, nesta região, de fungos do gênero dermatófitos ou pela levedura Candida albicans. A anatomia da virilha favorece o

crescimento destes microorganismos, devido à escuridão, calor e umidade características desta área do corpo. Durante o verão, com o aumento do suor ou o uso de roupas de banho molhadas durante muito tempo, a umidade local aumenta ainda mais, o que torna este tipo de micose mais freqüente nesta época do ano. A tinea inguinal é confundida com alergia ao tecido elástico das roupas de baixo ou de banho. Na verdade, o uso de tecidos

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sintéticos favorece o crescimento da micose por dificultar a evaporação do suor. A doença se manifesta pela formação de manchas avermelhadas, úmidas ou descamativas, geralmente acompanhadas de muita coceira. Atingem a região da virilha, mas podem se alastrar até as nádegas e o abdomem. Quando o fungo responsável é o dermatófito, as lesões apresentam bordas bem delimitadas, em geral descamativas, que vão crescendo de forma centrífuga. Os agentes etiológicos são T. rubrum, Epidermophyton flocosum. Tratamento: Para evitar a tinea inguinal dê preferência ao uso de roupas frescas, principalmente nos meses mais quentes do ano. Use roupas de baixo de algodão, evitando as de tecido sintético, e evite ficar com roupas de banho molhadas por muito tempo. O tratamento da micose pode ser feito com medicamentos de uso tópico ou via oral, o que vai depender da extensão da doença.

• Tinea das unhas ou onicomicose: Tinea unguium. Os agentes mais comuns são Trychophyton e Epidermophyton. Apresenta - se de várias formas: descolamento da borda livre da unha, espessamento, manchas brancas na superfície (leuconíquia) ou deformação da unha. Quando a micose atinge a pele ao redor da unha, causa a paroníquia (“unheiro”). O contorno ungueal fica inflamado, dolorido, inchado e avermelhado e, por conseqüência, altera a formação da unha, que cresce ondulada. A onicomicose é uma infecção que atinge as unhas, causada por fungos. Sendo uma infecção das unhas (uma ou mais unhas) que ocorre com maior freqüência nos pés, mas também pode ocorrer nas mãos. As fontes de infecção podem ser o solo, animais, outras pessoas ou alicates e tesouras contaminados. As unhas mais comumente afetadas são as dos pés, pois o ambiente úmido, escuro e aquecido, encontrado dentro dos sapatos e tênis, favorece o seu crescimento. Além disso, a queratina, substância que forma as unhas, é o “alimento” dos fungos. Existem várias formas de manifestação das onicomicoses. Veja abaixo alguns dos tipos mais freqüentes:

Descolamento da borda livre: a unha descola do seu leito, geralmente iniciando pelos cantos e fica oca. Pode haver acúmulo de material sob a unha. É a forma mais freqüente.

Imagem retirada da página: http://www.dermatologia.net/

Espessamento: as unhas aumentam de espessura, ficando endurecidas e grossas. Esta forma, pode se acompanhar de dor e levar ao aspecto de “unha em telha” ou “unha de gavião”.

Leuconíquia: manchas brancas na superfície da unha.

Imagem retirada da página: http://www.dermatologia.net/

Destruição e deformidades: a unha fica frágil, quebradiça e se quebra nas porções anteriores, ficando deformada.

Imagem retirada da página: http://www.dermatologia.net/

Paroníquia (“unheiro”): o contorno ungueal fica inflamado, dolorido, inchado e avermelhado e, por conseqüência, altera a formação da unha, que cresce ondulada e com alterações da superfície.

Prevenção: Hábitos higiênicos são importantes para se evitar as micoses. Previna - se seguindo às seguintes dicas: não ande descalço em pisos constantemente úmidos (lavar pés, vestiários, saunas); observe a pele e o pêlo de seus animais de estimação (cães e gatos). Qualquer alteração como descamação ou falhas no pêlo procure o veterinário; evite mexer com a terra sem usar luvas; use somente o seu material de manicure; evite usar calçados fechados o máximo possível. Opte pelos mais largos e ventilados; evite meias de tecido sintético, prefira as de algodão.

Imagem retirada da página: http://www.dermatologia.net/

Tratamento: Os medicamentos utilizados para o tratamento podem ser de uso local, sob a forma de cremes, soluções ou esmaltes. Casos mais avançados podem necessitar tratamento via oral, sob a forma de comprimidos. Os sinais de melhora demoram a aparecer, pois dependem do crescimento da unha, que é muito lento. As unhas dos pés podem levar cerca de 12 meses para se renovar totalmente e o tratamento deve ser mantido durante todo este tempo.

Imagem retirada da página: http://www.dermatologia.net/

• Tinea das Mãos: Tinea manun. É um tipo raro de micose e pode ser confundida com outras doenças, como psoríase. Pode apresentar - se como uma descamação difusa ou com pequenas bolhas.

Imagem retirada da página http://www.biobras.com.br/adam

• Tinea da Barba: Tinea barbae. Causada por agentes dermatófitos zoofílicos (de animais) e a sua incidência, além de baixa é quase exclusiva de meios rurais. As lesões são localizadas na face, na zona com barba e podem ser superficiais (anulares com bordos vesiculo - pustulosos) ou profundas (massas nodulares infiltradas de cor vermelho-arroxeada). É do tipo inflamatório, herpes circinado e sicosiforme. Pode ter aspecto inflamatório, semelhante à infecção ou apresentar uma lesão com bordas bem delimitadas, com microvesículas e um centro, com crescimento descamativo pelas bordas, como é típico de todas lesões de micoses.

Sites: http://www.biobras.com.br/adam/encyclopedia/ency/article/000878.htm http://www.hc.ufpr.br/acad/clinica_medica/dermatologia/micose.htm

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Micose - Continuação

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REINO FUNGI: MICOSES

Ceratofitoses: São causadas por fungos que utilizam restos de células como fonte de sobrevivência. As ceratofitoses ou micoses saprofitárias são causadas por fungos sem atividade queratolítica, que vivem sobre a pele ou ao redor dos pêlos e utilizam restos epiteliais ou produtos de exceção. Não determinam reações de hipersensibilidade. Neste grupo estão: Pitiríase Versicolor; Pitiríase Alba; Pitiríase Rósea; Candidíase; Tinea negra; Piedras.

• Pitiríase Versicolor (“micose de praia, pano branco”): É uma micose superficial cujo agente é o fungo Malassezia furfur ou mais raramente Pityrosporum orbiculare, a pitiríase versicolor forma manchas claras recobertas por fina descamação, facilmente demonstrável pelo esticamento da pele. Atinge principalmente áreas de maior produção de oleosidade como o tronco, a face, pescoço e couro cabeludo. Também vulgarmente conhecida como “micose de praia” ou “pano branco”, a Pitiriase versicolor é uma micose, mas ao contrário do que se pensa, não é adquirida na praia ou piscina. O fungo causador da doença habita a pele de todas as pessoas e, em algumas delas, é capaz de se desenvolver causando a doença. As áreas de pele mais oleosa, como a face e a porção superior do tronco são as mais freqüentemente atingidas. Ocorre quando uma pessoa com a micose se expõe ao sol, a pele contaminada

não se bronzeia. A doença então aparece na forma de manchas claras, pois a pele ao redor fica bronzeada, e a pessoa acha que pegou a doença na praia ou piscina. Entretanto, o sol apenas mostrou aonde estava a micose. Em alguns casos, as manchas podem ser castanhas ou avermelhadas. As lesões são recobertas por fina descamação. Imagem retirada da página:

http://www.museudavida.fiocruz.br/publique/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?sid=8&infoid=726 Atinge todas as raças, sem predileção por sexo, com freqüência maior na idade adulta. É mais relevante nos climas quentes e úmidos. O fungo responsável que forma uma barreira contra a ação do sol, diminuindo a produção de melanina e é encontrado com elevada freqüência no couro cabeludo e pele. Apresenta - se como máculas (manchas) descamativas de cor variável, atingindo pescoço, tórax e raízes de membros superiores, podendo ocorrer na face, abdome, nádegas e membros inferiores. Tratamento: A Pitiriase versicolor é uma micose que responde bem ao tratamento, que pode ser feito com medicamentos de uso via oral ou local, dependendo do grau de comprometimento da pele. Entretanto, devido a ser causada por um fungo que habita normalmente a pele, há uma grande chance da micose voltar a aparecer, mesmo após um tratamento bem sucedido.

• Pitiríase Alba: É uma doença de causa desconhecida, porém muito freqüente nas pessoas com história pessoal ou familiar de atopia (asma, bronquite, rinite alérgica, eczema atópico). Também é conhecida como dartro volante. As manifestações da doença surgem principalmente após a exposição intensa da pele ao sol. Caracterizam-se por manchas claras, arredondadas, finamente descamativas, de limites imprecisos e muitas vezes com um aspecto pontilhado. Devido às manchas

claras, a doença muitas vezes é confundida com a pitiríase versicolor. Imagem retirada da página: http://www.dermatologia.net/neo/base/doencas/piti_alba.htm As localizações mais freqüentes são a face, tronco e membros superiores. As lesões não apresentam sintomas e o ressecamento da pele freqüentemente acompanha o quadro. Mais comum nas crianças, pode surgir também durante a vida adulta, sendo comum remissões e reaparecimento das manchas. Tratamento: A hidratação da pele e a proteção solar ajudam a evitar o surgimento da pitiríase alba. A exposição prolongada e continuada ao sol e as conseqüentes queimaduras solares devem ser evitadas. Uma alimentação rica em legumes, verduras e frutas e a ingestão de bastante líquido durante o verão também ajudam na prevenção. Para o tratamento das lesões o procedimento correto é a consulta ao médico dermatologista.

• Pitiríase Rósea: Tem causa desconhecida. É uma doença leve que produz inflamação, descamação e uma coloração rósea da pele. A pitiríase rósea possivelmente é causada por um agente infeccioso, apesar de nenhum ter sido identificado até agora. Ela pode ocorrer em qualquer idade, porém é mais comum em adultos jovens. Comumente, a pitiríase rósea ocorre durante a primavera e o outono. A doença tem cura espontânea em um período de 2 (dois) a 4 (quatro) meses e não é contagiosa. Manifestação: A doença se inicia pelo “medalhão”, lesão primária, isolada, com cerca de 2 a 5 cm de tamanho, que precede por alguns dias o surgimento de uma erupção cutânea formada por manchas ovaladas, avermelhadas (róseas) e com descamação em suas bordas. A descamação pode ser observada esticando-se a pele. Atinge principalmente

o tronco e a raiz dos membros, sendo rara nas extremidades e na face. A intensidade e o número de lesões varia muito e uma característica importante é a distribuição das lesões no tronco, que seguem a direção das costelas, adquirindo, com a coluna vertebral um aspecto de pinheiro. Geralmente não há sintomas, podendo haver coceira em alguns casos. Imagem retirada da página:

http://www.dermatologia.net/neo/base/doencas/piti_rosea.htm Tratamento: Geralmente, a erupção cutânea desaparece em 4 a 5 semanas sem tratamento, embora ela algumas vezes persista por 2 meses ou mais. Tanto a luz solar natural quanto a artificial podem curar a pitiríase rósea mais rapidamente e aliviar o prurido. Em situações muito excepcionais prescrevem - se corticosteróides de uso oral se a comichão for intensa.

• Candidíase (Candida albicans): A candidíase é causada por um fungo chamado cândida, antigamente chamado de monília. Estamos freqüentemente entrando em contato com esse fungo em banheiros, vestiários, praias, piscinas, etc... Muitas vezes até temos ele presente em nosso organismo, mas em pequena quantidade, não chegando a causar dano algum. Os locais mais comuns são a boca, esôfago, intestino, ânus, vagina e pênis.

Cândida albicans. Imagem

retirada da página: http://pt.wikipedia.org/wiki/Imagem:Candida_albicans.jpg

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Desenvolvimento da candidíase: Se o nosso sistema imunológico está funcionando adequadamente, a população de fungos é mantida sob controle, mas, caso o sistema imunológico falhe, a cândida rapidamente se multiplica, vindo a causar uma irritação muito grande na pele ou mucosa acometida, originando a doença conhecida como candidíase. A cândida ainda tem a peculiaridade de se desenvolver muito bem em ambientes “açucarados”, por isso ela é tão comum em diabéticos, servindo até como um sinal de que a glicemia pode estar alta. Sintomas da Candidíase: Os sintomas são decorrentes de uma forte irritação do local infectado, causando ardor, coceira e descamação da pele ou da mucosa: na candidíase oral (temos a formação de aftas); no esôfago (órgão que comunica a boca com o estômago, causa dor no peito, queimação na boca – do - estômago e dor ao engolir alimentos); no ânus (causa coceira e ardor); na vagina (coceira, ardor e às vezes um corrimento espesso, tipo “massinha”); no pênis (causa coceira, ardor e descamação da pele, às vezes chegando a ferir). As infecções vaginais por candida (vulvovaginite) são comuns, principalmente em mulheres que estão grávidas, tem diabetes, ou estão tomando antibióticos. Os sintomas desta infecção incluem um corrimento branco ou amarelado e queimação, prurido ou vermelhidão ao redor das paredes e área externa da vagina. As infecções do pênis afetam mais freqüentemente homens com diabetes ou que são parceiros de mulheres portadoras de

infecção vaginal por candida. Usualmente a infecção gera uma placa vermelha, descamativa na base do pênis. A candidíase da mucosa oral se apresenta como placas brancas aderentes a língua e nas bochechas e freqüentemente são dolorosas.

Imagem retirada da página:

http://www.colegiosaofrancisco.com.br/alfa/candidiase/candidiase-3.php Candidíase Bucal: Mais comumente conhecida como sapinho é a infecção por candida nos cantos da boca, criando fissuras e pequenos cortes. Isto pode derivar de dentaduras mal adaptadas que deixam os cantos da boca muito úmidos, de

forma que o fungo pode crescer. A candidíase é vista mais freqüentemente como uma placa branca ou branco - amarelada, que pode ser removida por raspagem, deixando uma área vermelha ou com sangramento. Pode ser encontrada em qualquer lugar da boca e normalmente não causa dor. Geralmente se manifesta quando ocorre uma baixa de resistência orgânica.

Imagem retirada da página: http://www.pgr.mpf.gov.br/pgr/saude/odonto/imagens/candidiase.jpg

Candidíase Eritematosa: Uma área avermelhada no céu da boca (palato) e na língua ou como pontos avermelhados na parte interna da bochecha.

Imagem retirada da página:

http://www.pgr.mpf.gov.br/pgr/saude/odonto/imagens/candidiase.jpg

Quelite Angular: podem estar - que são fissuras ou rachaduras nos cantos da boca que associadas a úlceras, vermelhidão e placas brancas. Normalmente causa dor ao abrir a boca. Imagem retirada da página: http://www.colegiosaofrancisco.com.

br/alfa/candidiase/candidiase-3.php

Prevenção: É possível prevenir a contaminação pela cândida através de algumas medidas como: lavar as mãos antes e depois de ir ao banheiro; não se sentar no vaso sanitário; no banho, não se sentar no chão do box ou banheira. Não tomar banho de banheira; as mulheres devem lavar as mãos antes de colocar absorventes internos; na praia ou piscina, não se sentar no chão ou qualquer banco sem antes forrar o local com uma toalha seca e limpa; não “secar” o maiô ou biquíni no corpo. Se não for mais nadar, tomar um banho de água doce, lavando bem os genitais e a roupa de banho; o casal deve fazer uma higiene íntima antes e depois de ter relações sexuais. O ideal é também sempre tomar um banho depois; o uso de um xampu antimicótico para higiene íntima pode prevenir a candidíase. Ele deve ser usado na vulva, nos pelos pubianos, ânus e virilhas, assim como no pênis e escroto. Tratamento: Geralmente este tipo de infecção é curado facilmente com cremes a base de antifúngicos, como por exemplo a nistatina. O creme deve ser usado por 7 - 10 dias, duas vezes ao dia. Medicações para tratamento de infecções anais ou vaginais também estão disponíveis como óvulos ou supositórios. A candidíase oral é tratada em geral com um líquido que é bochechado. Para as infecções de pele em geral um creme com corticóide é necessário, e é prescrito em associação com o antifúngico, pois estes tipos de cremes reduzem o prurido. Manter a pele seca ajuda a resolver a infecção e previne o retorno do fungo. Um talco a base de antifúngico (por exemplo, Vodol em pó), pode ajudar a prevenir as recorrências e a manter a pele seca. O uso de roupas de algodão também ajuda a absorver a umidade excessiva e a manter o fungo sob controle, principalmente na região inguinal. Mesmo tomando todos esses cuidados, a candidíase pode ocorrer, sendo então preciso o tratamento com comprimidos e cremes por pelo menos 14 dias, sempre prescritos pelo médico. Quanto mais cedo iniciar o tratamento mais curto ele poderá ser. Não é possível curar a candidíase caso não se compense o diabetes: os dois tratamentos têm de ser feitos conjuntamente. Quando a imunodepressão é uma necessidade, como no caso dos transplantados, podemos usar medicamentos de tempos em tempos (quinzenal ou mensal, por exemplo) a fim de não deixar que a doença se manifeste. Por fim, uma dica: se você for acometido por uma forte coceira, o que mais alivia são compressas com um pano embebido em água bem gelada, até que os medicamentos comecem fazer efeito.

• Tinea Negra: Manifesta - se pela formação de manchas escuras na palma das mãos ou plantas dos pés, mãos ou bordas dos dedos. É assintomática. O agente causador é o Cladosporium werneckii.

• Piedras Preta: Tem como agente etiológico um ascomiceto, a Piedra hortae. Fungo filamentoso, preto, formando massas endurecidas em pêlos do homem e animais (principalmente macacos). É encontrado em florestas úmidas e águas paradas nas margens dos rios. Afetam ambos os sexos, com leve aumento no sexo masculino. No Brasil é comum entre os homens ou macacos da Amazônia.

Piedra branca: Agente etiológico: Trichosporon beigelli. Apresentam como nódulos castanhos claros, firmes e irregulares, os quais aderem ao pêlo; determina infecção fúngica e assintomática. É mais freqüente nos pêlos pubianos (região genital) do homem adulto jovem, mas pode atingir também as axilas, barba e bigode raramente o couro cabeludo e não afeta o folículo piloso. Em imunodeprimidos podem provocar infecção. A piedra branca é encontrada nas regiões temperadas e tropicais. No Brasil é prevalecente na região norte. O habitat natural do fungo é o solo e vegetais. Afeta ambos os sexo e todas as idades. Eventualmente o T. beigelli, habita tanto a pele e a mucosa oral do homem como flora normal. Não há relação da Piedra branca com higiene, contato sexual ou direto com contaminados.

Sites: http://www.biobras.com.br/adam/encyclopedia/ency/article/000878.htm http://www.hc.ufpr.br/acad/clinica_medica/dermatologia/micose.htm http://www.pharmacus.com.br/micose.html http://www.dermatologia.net/neo/base/Doencas/pitiversi.htm http://www.msd-brazil.com/msd43/m_manual http://www.bengalalegal.com/candida.php www.derme.org/boletins/candidiase.html

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EG170408

Reino Fungi

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REINO FUNGI:

Os fungos são organismos eucariontes heterotróficos por absorção, uni ou pluricelulares e que agrupam cerca de 78 mil espécies. A ausência de clorofila e de celulose justifica a separação desses organismos do reino vegetal, onde, no passado, eram estudados. Por outro lado, o tipo de reprodução e a estrutura do corpo diferem das características dos animais, dos protistas e dos moneras. Por isso, resolveu-se criar um reino exclusivo para esses seres vivos, o reino Fungi. O ramo da biologia que estuda os fungos chama-se micologia (mico = fungo). De todos os seres vivos, os fungos são, sem dúvida, os que possuem a mais rica coleção de enzimas digestivas. Este fato faz dos fungos — ao lado das bactérias — os principais decompositores do planeta. Conseqüentemente, eles são importantes na reciclagem da matéria do ecossistema. A variedade de enzimas permite que eles ataquem praticamente qualquer tipo de material, como madeira, papel, legumes, frutas, cereais, carnes, causando, nestes casos, prejuízos ao homem. Diversos fungos são parasitas, atacando plantações e animais, inclusive o homem, e causando doenças chamadas micoses (pé-de-atleta, tinha, etc.). Certos fungos estabelecem associações com as algas e as cianobactérias (formando os liquens) e com as raízes das plantas (formando as micorrizas). Alguns são comestíveis, os cogumelos, enquanto outros são usados para a produção de alimentos (bebidas alcoólicas, queijos, pão) e de uma grande variedade de produtos químicos, inclusive medicamentos importantes, como os antibióticos. Essa variedade extraída dos fungos pode ser explicada pelo fato de que, sendo imóveis, uma de suas defesas contra predadores consiste na produção de substâncias químicas (tais substâncias matam ou inibem o crescimento de bactérias e outros seres vivos que se nutrem ou disputam alimentos com os fungos).

Características Gerais:

Como já dissemos, os fungos são eucariontes e, embora existam algumas formas unicelulares, como o levedo, a maioria é formada por um emaranhado de filamentos, as hifas, cujo conjunto chama-se micélio. Nos grupos mais simples, a rufa é formada por uma massa de citoplasma plurinucleada, denominada hifa cenocítica (ceno = comum; cito = célula). Os fungos mais complexos apresentam septos entre as células. Esses septos, no entanto, são perfurados, de modo que haja um constante fluxo de citoplasma na hifa. Isto facilita a distribuição de substâncias pelo fungo. Alguns fungos possuem estruturas reprodutoras, os corpos frutíferos ou de frutificação, que são à parte dos fungos visível acima do solo, chamada cogumelo. A parede das células é formada por quitina, um polissacarídeo nitrogenado que aparece também no esqueleto dos artrópodes (insetos, crustáceos e outros), não havendo celulose (exceto em alguns casos), como nos vegetais. Nutrição e respiração: A nutrição é sapróbia, ou seja, hetetrotrófica por absorção de moléculas orgânicas simples, que podem ser originadas de uma digestão extracorpórea realizada pelo próprio fungo: o fungo lança no ambiente enzimas digestivas, que desdobram moléculas orgânicas complexas (macromoléculas) em moléculas menores e que são, então, absorvidas. O fungo é formado por um conjunto de hifas (micélio), capazes de absorver substâncias orgânicas simples do solo ou de outros seres vivos.

Na respiração, o glicídio usado como reserva de energia é o glicogênio, encontrado nas células animais, e não o amido, típico dos vegetais. Os fungos podem ser aeróbios ou anaeróbios facultativos, como as leveduras. O transporte de substâncias é facilitado por uma corrente citoplasmática que percorre as hifas.

Imagem retirada da página:

http://docencia.udea.edu.co/semipresenciales/BiologiaGeneral/gif_files/estructuras%20hongos%20(148).gif

Reprodução e dispersão: A reprodução assexuada pode ser feita de várias maneiras: por brotamento, nas formas unicelulares; por fragmentação do micélio, da qual resultam vários indivíduos: pela produção de esporos, que são células capazes de se desenvolver por mitose, produzindo indivíduos adultos. Os esporos, na sua maioria, são imóveis, resistentes a ambientes desfavoráveis e capazes de serem levados pelo vento. São produzidos por estruturas que se elevam acima do micélio, os esporângios, facilitando a dispersão do esporo. A grande capacidade de dispersão, aliada à velocidade de multiplicação do esporo e ao rápido crescimento do fungo, compensa a sua imobilidade. A reprodução sexuada é freqüentemente resultado da fusão de duas hifas haplóides. Uma das hifas é designada como positiva (+) e outra como negativa (-). Prefere-se essa designação pelo fato de não haver, entre os fungos, diferenças que permitam a classificação em macho e fêmea. Às vezes, os núcleos das duas hifas não se fundem, o que origina hifas com núcleos geneticamente diferentes, os dicários.

Imagem retirada da página: http://highered.mcgraw-

hill.com/sites/dl/free/0078695104/383944/eo.gif

Imagem retirada da página:

http://www.botanica.cnba.uba.ar/Pakete/3er/Ciclo-Vida/Hongos_archivos/image008.jpg

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Classificação: As espécies mais comuns de fungos podem ser agrupadas em seis divisões: Zygomycota (zigomicetos), Ascomycota (ascomicetos), Basidiomycota (basidiomicetos), Deuteromycota (deuteromicetos), Oomycota (oomicetos) e Mixomycota (mixomicetos).

Zigomiceto: o bolor negro do pão:

Também chamados ficomicetos em outras classificações, os zigomicetos vivem, em geral, no solo, alimentando-se de matéria orgânica em decomposição. Mas há alguns representantes aquáticos, que formam esporos com flagelos, semelhantes aos de certas algas vindo daí o nome ficomiceto: (fico = alga; miceto = fungo). O bolor negro do pão (Rhizopus) é um zigomiceto que se desenvolve a partir de esporos que crescem, formando hifas cenocíticas haplóides. Tais hifas se ramificam e formam um micélio. Na ponta das hifas aparecem os esporângios. Estes produzem esporos que se espalham e, atingindo um local adequado com matéria orgânica que possa ser decomposta, sofrem mitoses, originando novos fungos. Esta reprodução assexuada constitui a principal forma de reprodução desses fungos. A reprodução sexuada, menos freqüente, ocorre quando duas hifas, uma positiva e outra negativa estão próximas. Cada hifa forma uma ramificação que cresce em direção à ramificação da hifa oposta. Na região onde elas se tocam, formam-se duas células especializadas, os gametângios, com núcleos positivos e negativos. Os citoplasmas dos gametângios fundem-se, formando um corpúsculo com vários núcleos haplóides. Esses núcleos, por sua vez, também se fundem, originando núcleos diplóides. O corpúsculo forma uma parede espessa, escura e rugosa, transformando-se em uma estrutura chamada zigósporo. Os núcleos diplóides sofrem meiose e, quando o zigósporo germina, elimina esporos haplóides. Os esporos se espalham e, em substrato adequado, formam um novo micélio (com hifas positivas ou negativas), reiniciando-se então uma fase assexuada. Alguns zigomicetos são usados comercialmente para a produção de molho de soja (o shoyu, da cozinha japonesa), de hormônios anticoncepcionais e medicamentos antiinflamatórios.

Ascomicetos: levedo, trufas, bolores e parasitas de plantas:

São caracterizados pela presença de uma estrutura produtora de esporos, o asco (asco=saco). Entre os ascomicetos encontram-se: o levedo, a principal espécie é o Saccharomyces cerevisiae, usado na fabricação de bebidas alcoólicas, álcool e pão, e comercializado na forma de tabletes (o fermento Fleischmann, por exemplo); a trufa (gênero Tuber), muito apreciada na culinária; a Neurospora, um bolor do pão usado em pesquisas genéticas; algumas espécies de Penicillium, um gênero de fungo produtor da penicilina e de certos queijos; além de diversos parasitas de plantas, como o Claviceps purpúrea, que atacam cereais. Caso o homem ingira esse cereal contaminado pelo fungo, ele poderá ter alucinações e vir a morrer.

Alguns exemplos de ascomicetos. Morchella (ascomiceto comestível), Claviceps (ascomiceto que parasita cereais) e Levedo (Saccharomyces cerevisiae-um ascomiceto unicelular). Imagens retiradas das páginas:

http://morelsandmore.com/Morchella%20esculenta%2023.jpg, http://botit.botany.wisc.edu/toms_fungi/images/clav1.jpg e

http://www.genomenewsnetwork.org/gnn_images/news_content/12_03/yeast/saccharomyces.jpg

A principal forma de reprodução dos ascomicetos é a assexuada, servindo também para a dispersão do fungo. Nas formas unicelulares, como o levedo, a reprodução assexuada ocorre por brotamento. Nas formas pluricelulares, como os bolores, formam-se, nas extremidades das hifas, estruturas

chamadas conidióforos, que produzem esporos muito finos, os conídios (conídio = pó fino). Os esporos se espalham e, em local adequado, originam novas hifas.

Reprodução por brotamento nas leveduras. Imagem retirada da página: http://www.enq.ufsc.br/labs/probio/disc_eng_bioq/trabalhos_pos2003/c

onst_microorg/fungos2.gif

A reprodução sexuada ocorre quando duas hifas, uma positiva e outra negativa, se fundem dando hifas com dois núcleos (hifas dicarióticas). Posteriormente, os núcleos das hifas dicarióticas também se fundem e originam uma célula diplóide que, por meiose, produz quatro núcleos haplóides. Os núcleos haplóides sofrem mitose e originam oito esporos, os ascósporos.

Imagem retirada da página:

http://biologiacesaresezar.editorasaraiva.com.br/navitacontent_/userFiles/File/Biologia_Cesar_Sezar/BIO2_061b.jpg

O nome dos esporos deve-se à célula onde eles se originam, que crescem formando o asco. Em alguns ascomicetos, os ascos ocorrem em hifas isoladas, mas na maioria dos casos eles estão agrupados em corpos de frutificação chamados ascocarpos (carpo=fruto). Os esporos se espalham e, em substrato adequado, germinam produzindo um novo micélio vegetativo.

Questões para Revisar:

1 - Dê um exemplo de fungo zigomiceto.

2 - Cite dois exemplos de ascomicetos e explique como é feita a reprodução assexuada desses fungos.

3 - Qual a utilidade do levedo para o homem?

Questão de Múltipla Escolha

1. (UFBA) Encontram-se, às vezes, em certos ambientes, pedaços de pão recobertos por bolor. Explica-se esse fato porque o bolor representa: a) uma colônia de bactérias que se desenvolveu a partir de uma única bactéria que contaminou o pão. b) o levedo usado no preparo do pão, que se desenvolveu e tomou uma coloração escura. c) um agrupamento de microrganismos que apareceram no pão, por geração espontânea. d) um conjunto de fungos originados de esporos existentes no ar e que se desenvolveram no pão. e) o resultado do apodrecimento da farinha utilizada na fabricação do pão.

Questão Discursiva 1. (Unicamp-SP) Cite dois exemplos de fungos e discuta a sua importância. _____________________________________________

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Reino Fungi (Continuação)

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Agarícus, Amanita, Psilocybe mexicana

REINO FUNGI: CLASSIFICAÇÃO Basidiomicetos: os cogumelos: Encontramos aqui as formas mais familiares de fungos, conhecidas como cogumelos e orelhas-de-pau. O que chamamos cogumelo é, na realidade, uma parte do fungo, seu corpo frutífero formada por um conjunto compacto de hifas que cresce para o alto e produz os esporos. Alguns cogumelos, como o Agarícus, são comestíveis; outros, como o Amanita, são tão venenosos que a ingestão de um pequeno pedaço pode causar a morte. Outros ainda, como o Psilocybe mexicana, são tóxicos e contêm substâncias alucinógenas. Finalmente, algumas espécies atacam os vegetais, como os cereais e o café, produzindo doenças — as ferrugens — que causam grandes prejuízos à agricultura.

Imagem retirada da página: http://www.rbgsyd.nsw.gov.au/__data/assets/image/81102/Agaricus_sp_620.JPG, http://www.treesforlife.org.uk/images/Amanita_muscaria.jpg

e http://farm1.static.flickr.com/34/69287528_247f4ce828.jpg Embora possam se reproduzir assexuadamente, pela formação de conídios, por exemplo, a forma de reprodução mais freqüente é a sexuada. Tal reprodução se dá através da fusão de hifas haplóides positivas e negativas, originando hifas dicarióticas, como nos ascomicetos. Essas hifas crescem e formam um micélio que origina o corpo frutífero, chamado basidiocarpo (basi = base; carpo = fruto), cuja forma de chapéu é encontrada nas espécies mais conhecidas. A parte inferior desse chapéu apresenta lâminas onde os núcleos das hifas dicarióticas se fundem, formando núcleos diplóides. Cada núcleo sofre meiose e origina quatro núcleos haplóides, que migram para a extremidade da hifa. Esta extremidade cresce e forma uma projeção chamada basídio. Os núcleos haplóides ficam projetados para fora do basídio, transformando-se então em esporos, chamados basidiósporos. Os basidiósporos são liberados e se espalham no ambiente, onde, encontrando o substrato adequado, germinam e reiniciam o ciclo.

Imagem retirada da página e modificada:

http://www.biology.lsu.edu/heydrjay/1002/Chapter24/lifecycles/Basidiomycota.jpg

Imagem retirada da página e modificada:

http://img.sparknotes.com/figures/5/5b2570b38ff96026a03c4f4d6d510ed7/basidiostructure.gif

Imagem retirada da página e modificada: http://img.sparknotes.com/figures/5/5b2570b38ff96026a03c4f4d6d510e

d7/basidiorepro.gif Deuteromicetos: Os fungos sem reprodução sexuada Os deuteromicetos (deutero = secundário; miceto = fungo) são também chamados fungos imperfeitos, pois não têm reprodução sexuada conhecida. Alguns, aparentemente, perderam essa capacidade; ou os não tiveram ainda seu ciclo de vida completamente pesquisado. A maioria dos deuteromicetos possui um ciclo semelhante à fase assexuada dos ascomicetos; em outros, o ciclo é parecido ao dos basidiomicetos. Fazem parte dos deuteromicetos muitos parasitas de vegetais e de animais, inclusive do homem, onde produzem infecções chamadas de micoses. Dentre elas, estão os fungos que atacam a pele, produzindo as dermatofitoses ou tinhas, como as do gênero Tricophyton, causadoras de "pé-de-atleta" ou "frieira" (ataca a pele entre os dedos do pé), e as que parasitam o couro cabeludo ("peladas"). Outro exemplo é a Candida albicans, que causa a monilíase ou candidíase na boca (o popular "sapinho"), na região genital feminina ou até em órgãos internos. Alguns fungos imperfeitos conseguem capturar animais microscópicos no solo, como os nematódeos, pequenos vermes ambulantes. As hifas formam "laços" que incham (através da absorção de água por osmose) em contato com o verme, prendendo-o. Uma vez preso, o verme é digerido pelas enzimas do fungo.

Cândida albicans, o fungo causador do sapinho; Arthrobotrys, um fungo

predador capturando um nematódeo. Imagem retirada da página: http://www.asm.org/Division/c/photo/calb1.jpg e

http://www.neatorama.com/2006/01/22/carnivorous-fungus-capturing-a-nematode/

Na produção de alguns tipos de queijos, além da fermentação feita por bactérias do leite, há também a ação de fungos especiais, que produzem os veios escuros do queijo roquefort (produzido pelo fungo Penicillium roquefortii) ou a cobertura branca do queijo camembert (Penicillium camembertií). Oomicetos: fungos com esporos flagelados Neste grupo encontramos fungos parasitas de vegetais, decompositores do solo, além de espécies de água doce. Os oomicetos distinguem-se pela presença de celulose (no lugar da quitina ou associada a ela na parede celular) e pela produção de esporos flagelados, os zoósporos. Através da reprodução assexuada, os zoósporos originam novas hifas. Na reprodução sexuada, há fecundação com a formação de um ovo com uma

película protetora, o oósporo (OO = ovo). Saprolegnia. Imagem retirada da página e modificada: http://io.uwinnipeg.ca/~simmons/16cm05/1116/28-16-WaterMoldLifeCyc-L3.jpg

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Mixomicetos: os fungos amebóides Os mixomicetos (mixo=muco) são também conhecidos como fungos gelatinosos ou amebóides, porque, na fase de crescimento, parecem protozoários, sem forma definida e sem parede celular. Crescem em galhos e folhas, fagocitando bactérias ou partículas de matéria orgânica, que são digeridas no interior do corpo (ao contrário dos outros fungos que fazem digestão extracorpórea). Os mixomicetos podem também absorver alimento digerido de matéria orgânica morta. Na fase de reprodução, formam esporângios e produzem esporos, como fungos típicos. Liquens e micorrizas: Associações entre fungos e outros

organismos Os fungos podem estabelecer associações íntimas e permanentes com outros organismos, chamadas liquens e micorrizas. Em ambos os tipos, os dois organismos são beneficiados. A troca de benefícios é tão profunda que a sobrevivência isolada dos associados fica comprometida. Quando isso acontece, a associação é classificada como mutualismo ou simbiose mutualística. Liquens São associações entre um fungo (geralmente um ascomiceto) e uma alga (quase sempre uma clorofícea) ou uma cianobactéria.

A estrutura de um líquen, uma associação entre fungos e algas ou

cianobactérias. Imagem retirada da página: http://www.geocities.com/leonelpereira/soredio.gif

O fungo produz um ácido que desagrega as rochas e, através de suas hifas, absorve água e sais minerais do solo, fornecendo – os à alga. A alga produz matéria orgânica por fotossíntese,

fornecendo – a ao fungo. Os liquens associados a cianobactérias podem até aproveitar o nitrogênio do ar como alimento. Imagem retirada da página: http://recursos.cnice.mec.es/biosfera/alumno/4ESO/evolu

cion/image/liquen.jpg A reprodução dos liquens é assexuada, realizada

por meio de pequenos fragmentos — os sorédios — que podem ser levados a lugares distantes pelo vento. Os liquens resistem a temperaturas extremas e à falta de água. Por isso, são comumente encontrados em rochas expostas ao sol, no gelo, em desertos e em solos nus — onde freqüentemente são os primeiros seres vivos a se instalarem, sendo, por isso, chamados de seres pioneiros. Com isso, eles criam condições para que outros seres vivos instalem-se no local, permitindo o desenvolvimento de uma comunidade. Micorrizas As micorrizas (mico = fungo; rizo=raiz) são associações, do tipo mutualismo, de fungos (a maioria da divisão dos basidiomicetos) com as raízes de plantas. As hifas do fungo envolvem as raízes das plantas ou então chegam a penetrar em suas células. O fungo aumenta a superfície de absorção de água e sais minerais das raízes, além de converter certos sais minerais em formas que são mais facilmente absorvidas pelas plantas. Em troca, a planta fornece substâncias orgânicas ao fungo. Em geral, as plantas não crescem tão bem e, às vezes, até morrem-se forem privadas da associação com o fungo, principalmente em solos pobres em sais minerais.

A associação de fungos com as raízes de plantas (micorriza). Imagem

retirada da página e modificada: http://www.cdcc.sc.usp.br/ciencia/artigos/art_20/colombiaimagem/micor

riza.jpg

Questões para Revisar 01. Cite dois exemplos de basidiomicetos e explique o que é um basidiocarpo.

02. Explique o que são liquens e o que são micorrizas.

03. Por que os fungos não devem ser classificados como plantas?

04. Cite alguns benefícios e prejuízos causados pelos fungos ao homem.

05. Como é o corpo do fungo pluricelular?

06. Como o fungo consegue se espalhar pelo ambiente?

Questões de Múltipla Escolha 01. (UA-AM) Entende-se por micélio: a) um conjunto de hifas emaranhadas. b) o corpo de frutificação dos fungos. c) o mesmo que basidiósporo. d) um processo de união sexual das hifas. e) Nenhuma das anteriores.

02. (Unesp-SP) A parte comestível do cogumelo ("champignon") corresponde ao: a) micélio monocariótico do ascomiceto. b) corpo de frutificação do ascomiceto. c) micélio monocariótico do basidiomiceto. d) corpo de frutificação do basidiomiceto. e) sorédio do fungo.

03. (UFES) Desmanchando-se uma porção de fermento Fleischmann (fermento de pão) em um pouco de água e levando-se uma gota desta preparação, entre lâmina e lamínula, ao microscópio, certamente encontraremos: a) um tipo de fungo unicelular. b) um tipo de fungo filamentoso. c) colônias de bactérias esféricas. d) um líquido esbranquiçado, de aparência homogênea, já que este fermento é um produto químico que se dissolve na água. e) um tipo de alga unicelular mutante, incapaz de sintetizar pigmentos.

04. (FCC-SP) Nos basidiomicetos saprófitas, como os cogumelos-de-chapéu, os corpos de frutificação são estruturas: a) nas quais se formam gametângios. b) nas quais se formam esporos. c) resultantes da germinação de esporos. d) resultantes de células haplóides provenientes do zigoto.

05. (PUC-RS) Os liquens se reproduzem assexuadamente por propágulos formados de fungos e algas, que recebem o nome de: a) oosfera. b) gonídio c)basídio d) esporígeno e) sorédio.

06. (PUCC-SP) Nos fungos chamados imperfeitos, não se conhece: a) tipo de crescimento. b) tamanho c) capacidade infecciosa. d) reprodução sexual e) Nenhuma das alternativas anteriores.

07. (UnB) Todos os itens indicam alguma importância ligada à atividade de fungos, exceto: a) podem causar doenças chamadas micoses. b) desempenham papel fermentativo. c) produção autotrófica de substâncias orgânicas para consumo de outros seres. d) alguns produzem antibióticos. e) participação na formação de liquens.

Questões Discursivas 01. (PUC-SP) Considerando as relações entre os seres vivos, responda: a) O que são liquens? b) Que tipo de relação ecológica apresentam as espécies que compõem um líquen? c) Qual a importância dos liquens na formação de uma comunidade?

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maioria das bactérias não ultrapassa cerca de 1 micrômero (µ m), mas algumas podem atingir o comprimento de até 10 micrômeros ou mais (o micrômero é a milésima parte do milímetro). São, portanto, cerca de dez vezes menores que as células eucariotas.

A célula bacteriana apresenta uma parede de peptidioglicano (polissacarídeos e proteínas) interligadas em forma de rede, que muitas vezes é coberta por uma cápsula gelatinosa. Abaixo da parede bacteriana, encontramos a membrana plasmática, que pode formar invaginações ou dobras chamadas mesossomos. São estruturas ricas em enzimas respiratórias e importantes no período de divisão celular da bactéria, guiando o material genético para os pólos da célula. No citoplasma das bactérias, encontramos apenas o DNA, ribossomos e grãos de glicogênio (reserva de alimento), faltando os outros organóides que são típicos das células eucariotas. O DNA tem forma circular, não estando ligado a proteínas, como ocorre nos eucariontes. Além disso, não há membrana nuclear separando o material genético do citoplasma, ou seja,, não há um núcleo individualizado. Além do DNA principal, encontramos fragmentos de DNA, os plasmídeos. Muitas bactérias possuem filamentos longos usados para a natação – os flagelos. Eles são formados por apenas uma fibrila que serve de eixo – e não por nove grupos de fibrilas periféricas e duas centrais, como nas células dos eucariontes. Além dos

flagelos, podem haver também filamentos de citoplasma, os pilos, que funcionam como conjugação (troca de material genético entre duas bactérias). De acordo com sua forma, as bactérias podem ser esféricas (cocos), em bastonetes retos (bacilos), em bastonetes curvos (vibriões) ou em hélice (espirilos).

Essas formas podem associar-se, constituindo colônias típicas de cada espécie.

AA estrutura de uma bactéria

YÉÜÅtá x à|ÑÉá wx vÉĨÇ|tá x utvà°Ü|tá

coco

diplococo

estreptococo

estafilococo tétrade sarcina

vibriões bacilos espirilos

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Os organismos do gênero Rickettsia e Mycoplasma são bactérias pequenas (0,2 a 1 micrômero), de estrutura mais simples, resultante de uma adaptação à vida parasitária, uma vez que ambos são parasitas intracelulares. Provocam doenças a animais, inclusive no homem: a Rickettsia causa o tifo exantemático e o micoplasma, uma forma de pneumonia. Por isso, os micoplasmas receberam a denominação de PPLO (pleuropneumonia like organisms, em inglês).

Nutrição A maioria das bactérias é heterotrófica por absorção, retirando moléculas orgânicas já digeridas do ambiente ou se seres vivos que parasitam. As outras bactérias são autotróficas por fotossíntese ou por quimiossíntese.O esquema abaixo mostra a equação da fotossíntese: 6CO2 + 12H2O + luz C6H12O6 + 6H2O + 6O2 As fotossintetizadoras possuem, associados às membranas internas, pigmentos capazes de absorver a luz do Sol, chamados bacterioclorofilas, diferentes das clorofilas a e b encontradas nas plantas. Essas bactérias não usam água na sua fotossíntese e, por isso, não liberam oxigênio. Um exemplo de fotossíntese bacteriana é o das tiobactérias, que usam o gás sulfídrico no lugar da água, como mostra o esquema: 6CO2 + 12H2S + luz C6H12O6 + 6H2O + 6S2

As bactérias que fazem quimiossíntese utilizam a energia química em vez de energia luminosa para a síntese das suas cadeias de carbono. A energia química utilizada é proveniente de reações químicas de oxidação de compostos minerais. Certas bactérias do solo, por exemplo, oxidam a amônia, formando nitritos (bactérias nitrosas); outras oxidam o nitrito, formando nitratos (bactérias nítricas). Essas bactérias são importantes no ciclo do nitrogênio, fornecendo o nitrato absorvido pelos vegetais, como mostra o esquema:

NH3 O2 NO2

- O2 NO3-

Amônia bactérias nitrito bactérias nitrato do solo nitrosas nítricas absorvido pelas plantas

Quanto à respiração, as bactérias podem ser aeróbias ou anaeróbias. As bactérias anaeróbias podem ser facultativas ou obrigatórias (estritas). As bactérias anaeróbias facultativas são assim chamadas porque tanto podem fazer respiração aeróbia – quando o ambiente tiver oxigênio – como respiração anaeróbia – caso falte esse gás. As anaeróbias obrigatórias não possuem as enzimas adequadas para o aproveitamento do oxigênio e morrem na presença desse gás, como é o caso do bacilo do tétano. A fermentação das bactérias é usada na indústria para a produção de iogurtes, coalhadas, queijos (lactobacilos) e vinagre (acetobacter), entre outros. Finalmente, as exceções são eliminadas para o exterior, por difusão, através da membrana e da parede celular.

A principal forma de reprodução das bactérias é a assexuada, por divisão binária ou bipartição. Vem dessa propriedade o nome do ramo a que elas pertencem: esquizófitos (esquizo = divisão). A célula aumenta de tamanho e o DNA se duplica, juntamente com o mesossomo, que orienta a migração do DNA para as extremidades da célula. Realiza, portanto, um papel semelhante ao do fuso acromático das células eucarióticas. Em seguida, a célula se divide, ficando uma cópia do DNA para cada célula filha. As bactérias podem realizar um processo semelhante à reprodução sexuada típica, chamado conjugação: duas bactérias se ligam pelo pilo; ocorre então a transferência de DNA de uma bactéria para outra. Além de aumentar a variedade genética, a conjugação explica como a resistência a antibióticos pode espalhar-se entre várias espécies de bactérias. Outro processo de transferência de DNA de uma bactéria para outra é a transdução, realizada através de vírus que, ao se reproduzirem dentro de bactérias, podem sair contaminados por pedaços de DNA bacteriano, transportando-os para outra bactéria.

DNA hialoplasma

vacúolo ribossomos

membrana

O micoplasma

Reprodução assexuada das bactérias

membrana plasmática parede celular

dobra da membrana

O DNA se duplica A parede

se alonga Um septo divide o citoplasma

Conjugação em bactérias

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JACKY12/03/08

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Bactérias Gram – positivas e Gram – negativas: Em 1884, o bioquímico dinamarquês Hans Christian Gram descobriu que bactérias destituídas de uma camada de lipídios associada a polissacarídeos na parede celular absorvem o corante violeta de genciana. Este corante não é, porém, absorvido pelas bactérias que possuem tal camada. Esse processo, chamado coloração de Gram, é usado para classificar as bactérias em Gram-positivas ou Gram-negativas, conforme absorvam ou não o corante. A classificação tem também uma importância prática, pois as bactérias Gram-positivas são mais sensíveis à penicilina e à sulfa.

Reino Monera: As Bactérias (Morfologia Bacteriana): Reúne os organismos unicelulares e procariontes, representados pelas bactérias e algas azuis ou cianofíceas. Consideradas como um grupo de bactérias, as cianofíceas são denominadas atualmente de cianobactérias.

Cianobactérias. Imagem retirada da página:

http://www.enq.ufsc.br/labs/probio/disc_eng_bioq/trabalhos_pos2004/microorganismos/CIANOBACTERIAS.jpg

As bactérias representam os menores e mais simples seres do planeta, englobando cerca de 4.800 espécies.

Imagem retirada da página: http://www.insarj.pt/site/insa_unidade_02.asp?local_id=1&unidade_id=105&unidadeare

a_id=221 1. Morfologia e fisiologia das bactérias: Várias espécies de bactérias são parasitas, provocando doenças em outros seres vivos — inclusive o homem. Mas há também bactérias úteis, como as que vivem no intestino humano e fabricam vitamina K e vitaminas do complexo B, as que digerem a celulose no tubo digestivo dos ruminantes e as que são utilizadas na produção de iogurtes e queijos. Não podemos esquecer também que as bactérias são fundamentais para a reciclagem da matéria na natureza, pois, juntamente com os fungos, respondem pela decomposição dos resíduos orgânicos e dos cadáveres. Essa capacidade de decomposição é aproveitada pelo homem, que usa bactérias do gênero Pseudomonas para decompor o petróleo que vaza no mar.

Pseudomonas fluorescens. Imagem retirada da página: http://www.scienceclarified.com/As-Bi/Bacteria.html

A célula procariota As bactérias constituem os menores organismos do planeta (se não considerarmos os vírus): a maioria mede entre 0,5 e 1 um, cerca de dez vezes menores que as células

eucariotas.

Imagem retirada da página e modificada: http://www.phschool.com/science/biology_place/biocoach/images/cells/allcell.jpg

Praticamente todas as bactérias possuem um

envoltório rígido, a parede celular, envolvendo a membrana plasmática (uma exceção é a bactéria conhecida como micoplasma, causadora de uma forma de pneumonia no homem). A parede celular constitui-se de uma rede de peptídios (pequenas cadeias de quatro aminoácidos) ligados a polissacarídeos (glicídios formados da união de muitos

açúcares simples ou monossacarídeos). A substância que resulta da união dos peptídios com os polissacarídeos é chamada de peptidoglicano. Em algumas bactérias a parede celular possui ainda uma camada de lipídios unidos a polissacarídeos, formando lipopolissacarídeo. Certas espécies de bactérias possuem ao redor da parede celular uma cápsula, de consistência viscosa, formada por proteínas e polissacarídeos. Além de conferir uma proteção extra à bactéria contra a penetração de vírus e contra o ataque de glóbulos brancos, a cápsula facilita a adesão da bactéria em vários tipos de superfície — inclusive nos dentes, no caso das bactérias que provocam a cárie. Abaixo da parede bacteriana, encontramos a membrana plasmática, que pode formar invaginações ou dobras chamadas mesossomos. São estruturas ricas em enzimas respiratórias e importantes no período de divisão celular da bactéria, guiando o material genético para os pólos da célula. No citoplasma das bactérias, encontramos apenas o DNA (ácido desoxirribonucléico), ribossomos e grãos de glicogênio (reserva de alimento), faltando os outros organóides que são típicos das células eucariotas. O DNA tem forma circular, não estando ligado a proteínas, como ocorre nos eucariontes. A região onde se localiza o DNA é chamada nucleóide. Não há membrana nuclear separando o material genético do citoplasma, ou seja, não há um núcleo individualizado. Além do DNA principal, pode haver uma ou mais moléculas menores de DNA, os plasmídios. Alguns plasmídios podem conter genes que dão à bactéria resistência a antibióticos; outros podem ser injetados em bactérias competidoras, fazendo com que sintetizem uma substância tóxica que determina sua morte. Muitas bactérias possuem filamentos longos usados para locomoção — os flagelos. Estes são formados por apenas uma fibrila que serve de eixo — e não por nove grupos de fibrilas periféricas e duas centrais, como nas células dos eucariontes. Além dos flagelos, pode haver também filamentos de citoplasma, os pêlos ou fímbrias, que funcionam na conjugação (troca de material genético entre duas bactérias), servindo também para ajudar na adesão da bactéria às células do hospedeiro, facilitando assim a infecção.

Estrutura da Bactéria. Imagem retirada da página: http://www.enq.ufsc.br/labs/probio/disc_eng_bioq/trabalhos_pos2004/constituintes_mic

roorg/estruturasdosmicroorganismos_arquivos/image004.jpg

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O2 O2

Amônia do solo

nitrito nitrato

De acordo com a sua forma, as bactérias podem ser esféricas (cocos), em bastonete reto (bacilos), em bastonete curvo (vibriões) ou em hélice (espirilos — com célula rígida — e espiroquetas — com célula flexível). Conforme a figura abaixo. Em algumas bactérias, várias células se unem umas às outras, formando colônias (uma associação formada pela união anatômica de seres da mesma espécie) típicas de cada espécie.

Formas e tipos de colônias de bactérias. Imagem retirada da página: http://www.efliz.blogger.com.br/img_monera5.gif

Nutrição A maioria das bactérias é heterotrófica por absorção, retirando moléculas orgânicas já digeridas do ambiente ou de seres vivos que parasitam. As outras são autotróficas por fotossíntese (usam a energia da luz para sintetizar compostos orgânicos) ou por quimiossíntese (usam energia química para produzir compostos orgânicos). As cianobactérias (cianofíceas) possuem uma clorofila idêntica à encontrada nas plantas, mas as outras bactérias fotossintéticas possuem outro tipo de clorofila, a bacterioclorofila. É o caso das bactérias verdes e das bactérias púrpuras, cuja fotossíntese não libera oxigênio, já que em vez de água elas usam gás sulfídrico (H22S). Este tem a função da água na fotossíntese tradicional: ceder átomos de hidrogênio que se combinam ao gás carbônico para formar glicose e outros compostos orgânicos. O processo pode ser resumido na seguinte reação:

6CO2 + 12H2S -+ C6H12O6 + 6H2O + 12S As bactérias que fazem quimiossíntese utilizam a energia química em vez de energia luminosa para a síntese das suas cadeias de carbono. A energia química utilizada é proveniente de reações químicas de oxidação de compostos minerais. Certas bactérias do solo, por exemplo, oxidam a amônia, formando nitritos (bactérias nitrosas); outras oxidam o nitrito, formando nitratos (bactérias nítricas). Essas bactérias são importantes no ciclo do nitrogênio, fornecendo o nitrato absorvido pelos vegetais, como mostra o esquema: NH3 NO2

- NO-3

Respiração A respiração celular é o processo pelo qual os seres vivos conseguem energia para realizar suas atividades, oxidando compostos orgânicos — principalmente a glicose. A maioria dos seres vivos utiliza o gás oxigênio para extrair energia da glicose. O processo é chamado respiração aeróbia e pode ser resumido pela equação:

C6H1206+602→6CO2+6H2O+ENERGIA Glicose Outros seres vivos, porém, podem conseguir energia sem utilizar o oxigênio, através, por exemplo, do processo conhecido como fermentação. A partir daí, as bactérias podem ser divididas, quanto à respiração, em três grupos: aeróbias, anaeróbias facultativas e anaeróbias obrigatórias ou estritas.

As bactérias aeróbias dependem de oxigênio para conseguir energia e não sobrevivem sem esse gás.

As anaeróbias facultativas podem viver com ou sem oxigênio. Se houver oxigênio no ambiente, podem realizar

respiração aeróbia; caso contrário, sobrevivem à custa de processos anaeróbios. A quantidade de energia obtida pela bactéria nesse caso é inferior à da respiração aeróbia. Um exemplo são as bactérias conhecidas como lactobacilos, que, na ausência de oxigênio, realizam a fermentação láctica, de acordo com o seguinte esquema: C6H1206 → 2C3H6O3 + ENERGIA glicose ácido láctico A fermentação é usada na produção de iogurtes, coalhadas, queijos e outros produtos.

As bactérias anaeróbias obrigatórias ou estritas não possuem enzimas necessárias ao aproveitamento do oxigênio e, por isso, morrem a partir de determinada concentração de oxigênio no ambiente. Isto acontece porque, se o oxigênio não for utilizado, ficando livre na célula, ele poderá danificar moléculas importantes, como o DNA e as enzimas. Reprodução A principal forma de reprodução das bactérias é a assexuada, por divisão binária ou bipartição: a célula aumenta de tamanho e o DNA se duplica. Em seguida, a célula se divide, ficando uma cópia do DNA para cada célula-filha.

Imagem retirada da página: http://www.reinaldoribela.pro.br/imgs/biologia_

vol_II/bacterias.jpg O processo de reprodução assexuada origina uma população de indivíduos geneticamente iguais, que chamamos de clone. Mas as bactérias podem realizar também um processo chamado conjugação: duas bactérias se ligam por filamentos especiais (pêlos sexuais), por onde ocorre então a transferência do DNA de uma bactéria para outra.

Após a troca, as bactérias se separam. Observe que uma das bactérias recebeu novos genes. Assim, quando esta bactéria se dividir, serão produzidas bactérias

diferentes da bactéria original (antes da conjugação). Por isso, a conjugação pode ser considerada uma forma de reprodução sexuada, uma vez que em ambos os casos há uma recombinação de genes entre indivíduos da mesma espécie. Esta recombinação aumenta a variedade genética de uma população. Além disso, a conjugação ajuda a espalhar a resistência a antibióticos entre as bactérias. Isto acontece quando um plasmídio, contendo um gene que confere resistência a determinado antibiótico, é transferido para uma bactéria sensível àquele antibiótico. Desse modo, pode surgir uma bactéria resistente a vários tipos de antibióticos. É importante esclarecer, no entanto, que o gene que confere resistência à bactéria surge por mutação e não devido à ação do antibiótico. Tudo o que o antibiótico faz é eliminar as bactérias sensíveis, enquanto as resistentes ficam livres para se reproduzir, aumentando de número. Outro processo de transferência de DNA de uma bactéria para outra é a transdução, realizada através de vírus que, ao se reproduzirem dentro de bactérias, podem sair contaminados por pedaços de DNA bacteriano, transportando-os para outra bactéria. Uma terceira forma de recombinação de material genético entre bactérias é a transformação. Nesse caso, uma bactéria pode absorver DNA livre no meio ambiente (proveniente de outra bactéria morta) e incorporá-lo ao seu material genético.

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ALGAS PLURICELULARES

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ALGAS: PLURICELULARES

Algas Verdes, Pardas e Vermelhas:

Existem três divisões que formam as algas do reino Plantae: Chlorophyta (clorofíceas), Phaeophyta (feofíceas) e Rhodophyta (rodofíceas). Com exceção de algumas clorofíceas, essas algas são pluricelulares, não apresentam vasos condutores de seiva (o transporte de substâncias é feito por difusão) e o corpo é formado por um talo, isto é, um conjunto de células onde não se distinguem tecidos ou órgãos típicos (raiz, caule, folhas, etc.). Daí a razão de esses vegetais serem estudados, nas classificações antigas, dentro de um grupo chamado talófito, onde se encontravam também os fungos.

Clorofíceas: Algas Verdes Nas clorofíceas ou clorófitas, a cor verde da clorofila predomina sobre a de outros pigmentos. Com cerca de 7.000 espécies, essas algas são mais freqüentes em água doce e no mar, embora algumas formas vivam no solo úmido, em troncos, em rochas úmidas e até mesmo na neve e no gelo. Podem inclusive viver no interior de outros seres vivos e se associar aos fungos, formando liquens. As clorofíceas representam papel importante na alimentação de animais aquáticos.

Algas verdes. Imagens retiradas das páginas e modificadas: http://www.jochemnet.de/fiu/bot4404/spirogyra_spores.jpg,

http://www.biologie.uni-hamburg.de/b-online/library/webb/BOT311/Chlorophyta/ChlamydomonasEMLab300.jpg

e http://www.microscopy-uk.org.uk/mag/imagsmall/volvox2.jpg

Morfologia Formando um grupo bastante heterogêneo, as clorofíceas apresentam formas unicelulares móveis (com flagelos) e imóveis, coloniais ou de vida livre. Também há espécies pluricelulares de vários tamanhos e formas. O Codium magnum, do México, pode chegar a 8 metros. As clorofíceas possuem clorofilas a e b na mesma proporção que as plantas superiores, apresentando também pigmentos carotenóides, parede de celulose e reserva de amido, que podem estar concentrados em torno de grãos protéicos, os pirenóides. Essas características aproximam as algas verdes das plantas superiores e tudo leva a crer que foi desse grupo que surgiram os vegetais terrestres. Este é o motivo pelo qual alguns exemplos unicelulares são estudados aqui e não no reino Protista. Reprodução Ocorrem muitos tipos de reprodução entre as algas verdes. A reprodução assexuada pode ser através de bipartição (nas formas unicelulares), por formação de esporos ou através de fragmentação em que um pedaço do filamento da alga se desprende, originando outro filamento, por mitoses. A reprodução sexuada pode ser feita por conjugação (troca de material genético entre as células de algas diferentes) ou através de singamia (união de gametas). Neste último caso, pode haver: isogamia (os dois gametas que se unem são do mesmo tamanho e têm a mesma estrutura), anisogamia (o gameta feminino é maior) e oogamia (o gameta feminino é maior e imóvel). Nas clorofíceas encontramos representantes dos três tipos de ciclos reprodutivos.

A reprodução sexuada nas algas Spirogyra, por singamia. Imagens retiradas das páginas e modificadas:

http://kentsimmons.uwinnipeg.ca/16cm05/16labman05/lb1pg7_files/image010.jpg e

http://www.fisicanet.com.ar/biologia/informacion_genetica/ap1/ciclo_vida_chlamydomonas2.jpg

Ciclo diplobiôntico É encontrado nas clorofíceas do gênero Bryopsis, Acetabularia e Codium. Nesse ciclo (também chamado de ciclo diplóide), característico dos animais, um indivíduo diplóide forma, por meiose, células haplóides, que são os gametas. Por fecundação, os gametas originam uma célula-ovo que, através de sucessivas mitoses, volta a formar um novo indivíduo diplóide. O ciclo é diplôntico porque todos os indivíduos são diplóides e a meiose é gamética (forma gametas).

Imagem retirada da página e modificada:

http://www.aloj.us.es/optico/carromzar/botanica1/cicloCodium.jpg

Ciclo haplodiplobiôntico Ocorre na maioria das algas (um exemplo é o gênero Ulva, a famosa alface–do-mar) e plantas terrestres. Nesse ciclo, os indivíduos haplóides e diplóides se alternam ao longo das gerações (alternância de gerações). O indivíduo diplóide, em vez de produzir gametas, produz, por meiose, células haplóides — os esporos. Por isso, esse indivíduo é chamado esporófíto e a meiose é espórica. No caso da Ulva, os esporos são flagelados e se chamam zoósporos. Estes, por sua vez, originam assexuadamente (por mitoses) um indivíduo haplóide, chamado gametófito, uma vez que produz gametas. Os gametas, por fecundação, produzem um zigoto que, por mitoses, origina uma nova planta diplóide (esporófito).

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O ciclo haplodiplobiôntico da Ulva. Imagem retirada da página e

modificada: http://courses.bio.psu.edu/fall2005/biol110/tutorials/tutorial30_files/figu

re_28_25.gif

Ciclo haplobiôntico: Ocorre nos gêneros Oedogonium, Ulothrix, Spirogyra e outras algas verdes. O zigoto formado pela união de gamelas sofre meiose, produzindo células que originam um indivíduo haplóide e que produzirá gametas. O ciclo é haplobiôntico porque Iodos os indivíduos são haplóides e a meiose é zigótica (ocorre no zigoto).

O ciclo haplobiôntico da Ulothrix. Imagem retirada da página e

modificada: http://www.colegiosaofrancisco.com.br/alfa/algas/algas-2.php

Feofíceas: As Algas Pardas Uma grande alga parda Kelp. Imagem retirada da

página: http://sanctuaries.noaa.gov/sos2006/images/sos0

6_kelp.jpg Com cerca de 1.500 espécies, as feofíceas ou feófitas são quase todas marinhas, sendo comumente encontradas próximo à superfície das águas, nos países frios.

Macroscópicas e pluricelulares, as feofíceas possuem clorofilas a e c associadas a carotenóides, principalmente a fucoxantina, responsável pela cor castanha. Sua parede contém celulose e substâncias, como a algina. Esta última é usada como espessante em sorvetes, além de reter umidade em alimentos e medicamentos. O açúcar de reserva é um polissacarídeo típico do grupo, a laminarina, havendo também gotas de óleo como reserva de alimento. De maneira geral, as feofíceas são de grande porte. A alga Sargassum, por exemplo, forma extensas condensações na região próxima às ilhas dos Açores e das Bahamas. É por isso que essa região é chamada “mar de sargaço”. O grande tamanho justifica a presença, em muitas feofíceas, de uma estrutura interna complexa, com tecidos especializados para o transporte de substâncias orgânicas produzidas na fotossíntese. As algas que vivem no litoral, por exemplo, têm discos de fixação que lhes permitem resistir ao embate das ondas, bem como vesículas cheias de ar, rara flutuação. Algumas vezes, seu corpo apresenta partes que se assemelham à raiz, ao caule e à folha das plantas superiores (aqui chamados de rizóide,

caulóide e filóide ou lâmina). Sargassum. Imagem retirada da página: http://lebrusc.chez-alice.fr/pages/sargassum_vulgare.jpg As grandes algas pardas marinhas são chamadas de kelps. A maior delas, a Macrocystis, também denominada “sequóia

dos mares”, pode ultrapassar cem metros de comprimento. A Laminaria é uma alga comestível, mais conhecida como kombu e muito usada na cozinha japonesa. As feofíceas possuem ciclos haplodiplobiônticos (Laminaria) e diplobiônticos (Fucus e Sargassum).

Algas Pardas. Imagem retirada da página:

http://recursos.cnice.mec.es/biosfera/alumno/2bachillerato/micro/imagenes/algaparda.jpg

Rodofíceas: Algas Vermelhas Também denominadas rodófitas, estas algas possuem um pigmento, a ficoeritrina, responsável por sua cor vermelha. Apresentam também pigmentos carotenóides, bem como clorofila a, e armazenam um glicídio semelhante ao glicogênio — o amido das florídeas. Quase todas são pluricelulares e marinhas, variando muito de tamanho: há desde formas microscópicas até formas com 3 metros de comprimento, reunindo cerca de 4.000 espécies. Na parede celular das rodofíceas, encontramos, além da celulose: um polissacarídeo chamado carragenina, utilizado no preparo de doces e sorvetes; e o ágar, um polissacarídeo gelatinoso utilizado para dar consistência às culturas sólidas de bactérias. Algumas rodofíceas, como a Porphyra, são usadas como alimento pelo homem e conhecidas como norí. Certas rodofíceas possuem incrustações de carbonato de cálcio, contribuindo, juntamente com os corais (animais do grupo dos cnidários), para a formação dos recifes de corais. Quanto ao tipo de reprodução, as rodofíceas possuem apenas o ciclo haplodiplobiôntico.

Rodofíceas. Imagens retiradas das páginas:

http://www.infoescola.com/imagens/rodoficea.jpg e http://www.nucleodeaprendizagem.com.br/rodofita.jpg

Questões: 01. Cite três características comuns entre as clorofíceas e as plantas terrestres. 02. Esquematize um ciclo haplobiôntico. 03. O que é um ciclo haplodiplobiôntico? Quais as diferenças entre o esporófito e o gametófito? 04. Esquematize um ciclo diplobiôntico. 05. Qual o pigmento responsável pela cor das feofíceas? E das rodofíceas?

Questões de Múltipla Escolha: 01. (PUC-SP) Não é característico das algas verdes: a) alimento armazenado como gordura. b) núcleo individualizado. c) clorofila presente em cloroplastos distintos. d) membrana de celulose. e) flagelo. 02. (UFPA) O ágar, material gelatinoso usado em laboratórios de pesquisa como meio de cultura para germes, é obtido de: a) algas verdes. b) algas vermelhas c) algas pardas. d) algas douradas. e) algas azuis. 03. (UFJF-MG) As maiores algas em extensão corporal se classificam entre: a) clorófitas b) cianófitas c) crisófitas d) feófitas e) pirrófitas. 04. (OSEC-SP) Algas quase todas marinhas, pluricelulares, apresentando além da clorofila a fucoxantina como pigmento fotossintetizante, são as: a) rodofíceas b) feofíceas c) crisofíceas d) cianofíceas e) clorofíceas 05. (UFRS) Nos vegetais inferiores, como algas, o talo é caracterizado por: a) ser diferenciado em rizóides, caulóides e filóides. b) sua função homóloga ao caule dos vegetais superiores. c) um conjunto de células dispostas em fio simples ou ramificado. d) não possuir maior especialização funcional em suas partes, não havendo a diferenciação morfológica dos vegetais superiores. e) uma lâmina verde de células, equivalente às folhas dos vegetais superiores.

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JACKY25/03/08

ALGAS UNICELULARES

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ALGAS UNICELULARES:

ALGAS DO REINO PROTISTA: As algas estudadas neste reino são divididas em três filos: Euglenophyta (euglenófitas), Chrysophyta (crisófitas) e Pyrrophyta (pirrófitas). São unicelulares, ao contrário de outras algas mais complexas que serão estudadas no reino vegetal (Plantae). Porém muitos autores enquadram todas as algas no reino Protista. Vivem na água doce ou salgada, fazem fotossíntese (algumas poucas espécies perderam a capacidade de realizá-la, passando a ter nutrição heterotrófica) e possuem cloroplastos com clorofila, além de outros pigmentos. Sua reprodução é basicamente assexuada (por divisão binária), embora um número reduzido de espécies tenha reprodução sexuada. Essas algas fazem parte de uma comunidade de organismos que flutuam na água, levados pelas correntes aquáticas, o plâncton (plancton = errante). As algas formam o fitoplâncton, enquanto os seres heterotróficos do plâncton (protozoários, pequenos crustáceos, larvas de vários animais, etc.) formam o zooplâncton.

Euglenófitas: Possuem película envolvente protéica, sem celulose, que permite alterações de forma e movimentos amebóides. Há flagelos, vacúolo contrátil e divisão binária longitudinal. Não foi observada reprodução sexuada neste grupo.

A Euglena e sua reprodução assexuada por divisão binária.

Em seus cloroplastos encontramos clorofilas a e b, além de carotenóides e xantofilas, pigmentos que auxiliam na captura da energia da luz. Como substância de reserva acumulam paramilo, um polissacarídeo exclusivo desse grupo. A maioria é de água doce. O gênero mais comum é a Euglena. Havendo luz e nutrientes inorgânicos, o processo de nutrição utilizado pela euglena é a fotossíntese. Há uma organela fotossensível, o estigma, que orienta o organismo em direção à luz. Na ausência de condições para a fotossíntese, ocorre nutrição heterotrófica. Por isso, alguns autores consideram que a euglena apresenta nutrição mixotrófica.

Crisófitas: As Algas Douradas: Os mais citados representantes desta divisão são as diatomáceas, algas microscópicas que constituem os principais componentes do fitoplâncton. Além de servirem de alimento para outros animais aquáticos, elas produzem boa parte do

oxigênio do planeta, através da fotossíntese. Além de clorofilas a e c, as crisófitas (criso = dourado) possuem carotenóides e outros pigmentos, que lhes conferem a cor dourada característica. Armazenam leucosina (um polissacarídeo) e óleos. A carapaça das diatomáceas (também chamada frústula) possui compostos pécticos (polissacarídeos), geralmente impregnados de sílica, formando uma estrutura rígida típica, com duas metades (valvas) que se encaixam uma na outra. Os depósitos dessas carapaças silicosas, desenvolvidos ao longo do tempo, formam uma espécie de terra muito fina, chamada terra de diatomáceas, utilizada como abrasivo nos polidores de metais e em pastas de dente. A reprodução pode ser assexuada, por bipartição, ou sexuada, com produção de gametas.

Pirrófitas: Também conhecidas como dinoflagelados, as pirrófitas possuem paredes nuas ou com celulose. Algumas poucas formas são heterotróficas, mas apresentam também uma parede espessa de celulose, o que nos permite enquadrá-las nessa divisão. Essa parede pode formar uma carapaça de placas de celulose, chamada lórica ou teca. Juntamente com as diatomáceas, as pirrófitas são importantes representantes do plâncton marinho, mas podem ser encontradas também na água doce. São portadoras de clorofilas a e c, carotenos e xantofilas e armazenam óleos e amido. Possuem dois sulcos em forma de cinta, cada qual apresentando um flagelo. O batimento desses flagelos provoca no organismo um movimento de rotação à medida que se movimenta. Vem desse fato o nome dinoflagelado: "flagelado que roda". As algas desse grupo são geralmente amarelo - pardas ou amarelo – esverdeadas.

Alguns dinoflagelados, como a Noctiluca, têm a característica da bioluminescência, isto é, conseguem transformar energia química em luz, sendo responsáveis pela luminosidade observada nas ondas do mar ou na areia da praia, à noite. O nome pirrófito tem origem nesse fato (piro = fogo). Certos dinoflagelados são encontrados no interior de corais, anémonas e águas-vivas, além de outros animais invertebrados. Estes animais freqüentemente tornam-se amarelo-pardos, devido à grande quantidade de algas em seu interior. A alga fornece, por fotossíntese, parte do alimento, recebendo em troca abrigo. Assim, ambos os seres lucram na associação. Isso explica por que certos corais são encontrados apenas nas águas rasas, onde há boa luminosidade para as algas.

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Maré Vermelha:

É a proliferação de algumas espécies de algas tóxicas, causada por espécies de dinoflagelados. Muitas delas de cor avermelhada, e que geralmente ocorre ocasionalmente nos mares de todo o planeta. Encontramos essas plantas apenas no fundo do mar. Em situações como mudanças de temperatura, alteração na salinidade e despejo de esgoto nas águas do mar, elas se multiplicam e sobem à superfície, onde liberam toxinas que matam um grande número de peixes, mariscos e outros seres da fauna marinha. Quando isso acontece, grandes manchas vermelhas são vistas na superfície da água. Os seres contaminados por essas toxinas tornam-se impróprios para o consumo humano.

Texto retirado da página: http://www.brasilescola.com/biologia/mare-vermelha.htm

01. Qual a principal diferença entre o reino Protista e o reino Monera? 02. Qual a principal diferença entre o grupo dos protozoários e o das algas? 03. Qual a importância da formação de cistos para os protozoários? 04. Como é a nutrição da euglena? 05. Quais os principais representantes do grupo das crisófitas? Qual sua importância na natureza? 06. Cite uma característica típica dos dinoflagelados.

Questões de Múltipla Escolha 01. (PUC-SP) O paramécio tem núcleo de dois tipos: macronúcleo e micronúcleo. Na conjugação: a) O macronúcleo degenera e o micronúcleo sofre divisão mitótica. b) O macronúcleo degenera e o micronúcleo sofre divisão meiótica. c) O macronúcleo sofre divisão mitótica e o micronúcleo degenera. d) O macronúcleo sofre divisão meiótica e o micronúcleo degenera. e) O macronúcleo sofre divisão mitótica e o micronúcleo, divisão meiótica. 02. (Fuvest-SP) Os vacúolos contrateis dos protozoários são organelas que apresentam analogia com: a) Intestinos. b) Pulmões. c) Rins. d) Músculos. e) Órgãos visuais. 03. (UFOP-MG) Assinale a alternativa correta sobre a Entamoeba histolytica. a) Apresenta reprodução sexuada no hospedeiro definitivo. b) É transmitida ao homem por meio de cistos. c) O homem pode ser infectado pela ingestão de água e alimentos contendo ovos do parasito. d) O trofozoíto é uma forma de resistência do parasito. 04. (MACK-SP) Certas algas, além de contribuírem na importante função fotossintética e manutenção da cadeia alimentar aquática, são usadas em filtração, como abrasivo,

como material isolante, etc. Em certas regiões do Nordeste brasileiro, são cortados blocos ou tijolos de diatomito e usados na construção de habitações rurais. Essas particularidades referem-se à alga: a) Verde. b) Dourada. c) Parda. d) Vermelha. e) Azul. 05. (Unimep-SP) Quais dos protozoários a seguir podem ser encontrados contaminando o sangue humano? a) Esporozoários e flagelados. b) Esporozoários e rizópodes, principalmente. c) Flagelados e ciliados. d) Rizópodes e flagelados. e) Nenhuma das alternativas anteriores. 06. (UFPA) No reino Protista, o principal representante do filo Euglenophyta é a euglena, organismo microscópico encontrado principalmente na água doce. Nesses organismos: a) A reprodução se faz por divisão binária transversal. b) O estigma é o corpúsculo que orienta a euglena em direção à fonte luminosa. c) A locomoção se deve à presença de numerosos cílios que recobrem a célula. d) As contrações celulares são devidas ao vacúolo contrátil. e) A membrana ondulante funciona como órgão auxiliar na locomoção.

Questões Discursivas 01. (Fuvest-SP) Como as amebas capturam seu alimento? 02. (Fuvest-SP) Qual a importância das algas planctônicas (fitoplâncton) nos ecossistemas aquáticos? 03. (Fuvest-SP) Qual é a função do vacúolo pulsátil dos protozoários de água doce? Por que esta organela geralmente não existe nos protozoários marinhos? 04. (PUC-SP) Na espécie humana ocorrem várias doenças, cujos microrganismos causadores estão presentes no sangue de pessoas infectadas, podendo inclusive ser transmitidos através de transfusões ou por seringas usadas. a) Cite duas dessas doenças que sejam causadas por protozoários, indicando para cada uma o nome do parasita responsável. b) Escolha uma das doenças por você citadas e indique dois métodos para sua profilaxia. 05. (Fuvest-SP) O Conselho Indigenista Missionário (Cimi) diz que 86 índios makuxi, do município de Normandia (RR), estão com malária provocada por garimpeiros evadidos da área ianomãmi. (Folha de S.Paulo, 25/11/90). Explique como a malária dos garimpeiros pode ter passado para os índios. 06. (Unicamp-SP) Quando intensamente parasitada por Giardia lamblia, uma pessoa passa a sofrer de certas deficiências nutricionais. Estas são explicadas pela interferência na absorção de nutrientes, devido ao fato de que esses parasitas cobrem a mucosa de extensa região do tubo digestivo. a) Qual é esta região? b) De que maneira se adquire esta parasitose? c) Qual o processo de reprodução que ocorre neste parasita? 07. (Unicamp-SP) Em algumas regiões do Brasil, como o estado de São Paulo, a maneira usual de transmissão do Trypanosoma cruzi para o ser humano, por meio de triatomídeos, deixou de ser importante, principalmente em conseqüência das medidas de controle desses artrópodes. Dê duas explicações para o aparecimento, nessas regiões, de novos casos humanos da doença de Chagas.

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PROTOZOOSES

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Reino Protista:

Os Mastigóforos: O filo Mastigophoroa ou Flagellata (mais recentemente denominado Zoomastigina) é formado pelos protozoários portadores de flagelos (mastigo ou flagelo = chicote). Flagelos são filamentos que aparecem em número variável, geralmente de um a quatro, embora alguns parasitas apresentem um número maior. O flagelo funciona tanto na locomoção como na captura de alimento. Os mastigóforos são considerados os protozoários mais primitivos e é provável que tenham surgido de algas unicelulares que perderam os cloroplastos. Reproduzem-se por divisão binária e a maioria tem vida livre na água; outros são parasitas, causando doenças. Mas há também aqueles que formam associações em que ambos os indivíduos lucram. Este tipo de associação é chamado mutualismo e ocorre, por exemplo, nos protozoários do gênero Triconympha. Estes protozoários vivem no intestino do cupim e fazem a digestão da celulose ingerida pelo inseto. Vejamos algumas doenças causadas no homem por protozoários flagelados. Doença de Chagas: Assim chamada em homenagem ao cientista brasileiro Carlos Chagas (1879-1934), o descobridor do ciclo da doença. Provocada pelo Trypanosoma cruzi ("cruzi" refere-se ao cientista Oswaldo Cruz), é transmitida por percevejos triatomíneos (Triatoma infestans, Panstrongylus megistus e outras espécies), conhecidos usualmente como barbeiro, chupança, procotó ou bicho-de-parede. O barbeiro contrai o protozoário de animais silvestres (chamados reservatórios naturais), como o tatu, o gambá e o macaco, ou de um homem portador da doença. O protozoário sai pelas fezes do barbeiro (o inseto defeca ao sugar o sangue do indivíduo), penetrando no orifício deixado pela picada, ou na ferida feita quando o indivíduo se coça. Primeiramente, aloja-se na pele, onde perde o flagelo e se reproduz por divisão binária. Os indivíduos resultantes dessas divisões dirigem-se, através do sangue, a outros órgãos (coração, fígado, etc.), provocando lesões. O doente pode morrer por insuficiência cardíaca.

O ciclo da Doença de Chagas. Imagem retirada da página:

www.csjose.com.br

O barbeiro encontra seu ambiente ideal para reprodução e abrigo nas frestas das paredes de casas de pau-a-pique (casas construídas com barro socado sobre uma armação de varas e troncos), de onde sai à noite para se alimentar de sangue. Portanto, para erradicar a doença é necessário combater o barbeiro com inseticidas e substituir essas moradias por casas de alvenaria. Isto significa que somente criando condições de habitação decente é que se pode eliminar uma doença que atinge cerca de 12 milhões de brasileiros, principalmente a classe mais pobre.

Barbeiro. Imagem retirada da página:

http://www.plenarinho.gov.br/noticias/imagens/barbeiro_interna.jpg

É necessário também fiscalizar bancos de sangue, já que o tripanossomo pode ser transmitido por transfusões de sangue. Outra forma de transmissão ocorre quando mães contaminadas passam o parasita para o filho através da placenta. Doença do sono: É provocada por outra espécie de tripanossomo, o Trypanosoma brucei, com duas subespécies: Trypanasoma brucei gambiense e Trypanosoma brucei rhodesiense. Ambos são transmitidos pela picada de uma mosca, a Glossina palpalis ou tsé-tsé.

Glossina palpalis ou tsé-tsé. Imagem retirada da página:

http://www.futura-sciences.com/fr/comprendre/dossiers/doc/t/medecine-1/d/maladie-du-

sommeil-terrible-fleau-pour-lafrique_664/c3/221/p4/

O protozoário invade o sistema nervoso, provocando uma sonolência contígua e um enfraquecimento do corpo que acaba levando à morte. A doença ocorre na África e não existe no Brasil. Leishmaniose tegumentar americana: Também conhecida como úlcera de Bauru; é causada pelo protozoário flagelado Leishmania braziliensis. A doença transmite-se pela picada de mosquitos fêmeas do gênero Lutzomyia e conhecidos como mosquitos-palha, corcundinhas ou biriguis.

A Leishmania braziliensis e o mosquito – palha, transmissor da

leishmaniose. Imagens retiradas das páginas: http://ich.unito.com.br/images/ch%20on-line/2007/94468a.jpg e

http://www.senado.gov.br/sf/senado/portaldoservidor/jornal/jornal78/Imagens/leish1.jpg

O protozoário penetra no indivíduo pela saliva do mosquito (antes de sugar o sangue, o mosquito injeta saliva para evitar a coagulação do sangue em seu aparelho bucal) e se reproduz intensamente na pele, por divisão binária. No fim de alguns dias, aparece uma lesão na pele; mais tarde, o parasita se espalha, causando lesões na mucosa da boca, no nariz e na faringe. O inseto contrai o protozoário quando suga pessoas infectadas. A profilaxia consiste na luta contra o mosquito e já existe uma vacina, desenvolvida por cientistas brasileiros. Um meio de defesa contra seu ataque é o uso de telas ou cortinados; outro seria a construção de casas a mais de cem metros das matas, pois o mosquito tem vôo curto. O tratamento, se feito a tempo, permite a regressão das lesões. Tricomoníase: Causada pelo Trichomonas vaginalis provoca, na mulher, inflamação na uretra e na vagina, que elimina um líquido branco ou amarelado (leucorréia ou corrimento), podendo causar infecção também no homem. Como a transmissão é feita por contato sexual, ambos os parceiros devem tomar o medicamento indicado pelo médico.

Trichomonas vaginalis e Giardia lamblia. Imagens retiradas das páginas:

www.k-state.edu e http://www.biotech-weblog.com/50226711/giardia.jpg

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Giardíase: Provocada pela Giardia lamblia causa infecções no intestino delgado e diarreias que podem ter graves conseqüências, como a desidratação. A transmissão é feita pela ingestão de água e alimentos contaminados.

Os esporozoários: Além de não possuírem organóides de locomoção, os representantes deste filo são todos parasitas intracelulares. Sua nutrição se dá por absorção de moléculas orgânicas simples retiradas da célula parasitada. A entrada nas células do organismo parasitado é feita com auxílio de um conjunto de organóides filamentosos, presentes em uma extremidade do protozoário. Por isso, o filo Sporozoa foi, posteriormente, denominado Apicomplexa, referindo-se a esse complexo de organóides. A reprodução dos esporozoários é assexuada, por divisão múltipla ou esporulação. Entretanto, em muitos deles encontramos uma alternância dessa reprodução com a reprodução sexuada, que pode ser exemplificada pelo ciclo do plasmódio, o causador da malária. Malária: Também chamada impaludismo, maleita ou sezão, a malária é muito disseminada nos países tropicais, inclusive no Brasil, com mais de 500 mil casos por ano — a maioria na região amazônica. O plasmódio, causador dessa doença, é transmitido pela picada da fêmea do mosquito do gênero Anopheles (a fêmea necessita de sangue para a produção de ovos, enquanto o macho alimenta-se apenas da seiva das plantas). Com a saliva do mosquito penetram também formas de plasmódio chamadas esporozoítos, que, pelo sangue, chegam ao fígado e baço, onde se reproduzem por divisão múltipla, conhecida por esquizogonia. Lá, produzem formas que se denominam merozoítas. Os merozoítas invadem então as hemácias, onde crescem e sofrem novas divisões múltiplas, arrebentando-as. A ruptura das hemácias provoca no doente febre alta, com tremores, calafrios e grande sudorese (produção de suor). Liberados no sangue, os merozoítas vão invadir outras hemácias, que serão também destruídas. Depois de algum tempo, aparecem na hemácia formas que não se dividem: são os gametócitos, que, ingeridos pelo mosquito, originam gametas em seu tubo digestivo.

Ciclo da Malária. Imagem retirada da página: www.csjose.com.br

No mosquito a fecundação dos gametas produz um ovo que se movimenta por pseudópodes, o oocineto. Ele se fixa na parede do tubo digestivo e dá origem a um oocisto, que sofre então uma divisão múltipla (chamada esporogonia) e produz esporozoítos. Estes se dirigem até as glândulas salivares do mosquito, de onde poderão ser inoculados no homem. A gravidade da doença depende da espécie de plasmódio: no Plasmodium vivax, o ciclo febril retorna a cada 48 horas (febre terçã benigna); no Plasmodium malariae, o acesso de febre ocorre a cada 72 horas (febre quartã benigna); no Plasmodium falciparum, o intervalo varia de 36 a 48 horas e no Plasmodium ovale, inexistente no Brasil, mas encontrado na África e na Ásia, o ciclo febril é de 48 horas. Além dos danos causados ao fígado, a malária provoca também anemia; o que justifica o cansaço, o desânimo, a falta de ar e a diminuição da capacidade de trabalho do doente. Fora isso, a malária causada pelo Plasmodium falciparum pode

provocar problemas no cérebro e anemia grave, tornando necessárias transfusões de sangue. O combate à malária é feito com medicamentos que matam as formas do parasita no fígado e no sangue. É importante também combater os insetos adultos com inseticidas. As formas larvares podem ser evitadas através da drenagem de regiões alagadas, do uso de larvicidas ou pela criação de peixes que se alimentam de larvas. O uso de cortinados na cama e de telas nas janelas e portas diminui o ataque dos mosquitos. Toxoplasmose: É produzida pelo esporozoário Toxoplasma gondii e transmitida por contato com animais domésticos, como o gato ou o cachorro. Manifesta-se principalmente por uma febre persistente, bastante prolongada, e pelo aumento dos gânglios. A evolução da doença costuma ser benigna, mas em mulheres grávidas, causa freqüentemente problemas ao feto, como retardamento mental e até morte.

Toxoplasma gondii. Imagem retirada da página:

http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/3/39/Toxoplasma_gondii_tachy.jpg

Questões: 01. O que são mastigóforos? Cite dois exemplos. 02. Qual a principal característica dos esporozoários? Dê dois exemplos de esporozoários. 03. Indique o modo de transmissão, a prevenção e o protozoário causador de cada uma destas doenças: doença de Chagas, malária, amebíase.

Questões de Múltipla Escolha 01. (PUC-RJ) Considere as seguintes afirmações referentes aos protozoários: I. Considerando-se o nível de organização dos protozoários, pode - se afirmar corretamente que são seres acelulares como os vírus. II. Pode-se afirmar corretamente que os protozoários só se reproduzem assexuada-mente. III. O protozoário causador da malária no homem é o parasita plasmódio. a) Apenas II está correta. b) Apenas III está correta. c) Apenas l e II estão corretas d) Apenas II e III estão corretas.

02. (Fuvest-SP) Os jornais noticiaram que a população de Ribeirão Preto corria sérios riscos devido à fuga de barbeiros que estavam sendo utilizados em pesquisas. O risco se deve ao fato de que os barbeiros são: a) vetores da doença de Chagas. b) insetos peçonhentos. c) transmissores da febre amarela. d) vetores da encefalite. e) danosos à agricultura.

03. (UFOP-MG) A maioria das endemias brasileiras pode ser controlada com algumas intervenções em áreas de ocorrência. No caso da doença de Chagas, o procedimento mais eficaz para reduzir a sua incidência será: a) construir redes de esgotos e tratá-los adequadamente. b) facilitar o acesso aos serviços médicos. c) melhorar as condições de habitação rural. d) melhorar as condições de trabalho e lazer. e) tomar mais cuidado na higiene dos alimentos.

Questões Discursivas

01. (Vunesp-SP) O mal de Chagas é uma doença que afeta grande número de pessoas em áreas rurais do Brasil. Com respeito a essa doença, responda às seguintes questões: a) Como essas pessoas são infectadas? b) Qual o agente transmissor? c) Qual órgão do corpo é afetado pelo agente patogênico? d) Qual a medida profilática para erradicar a doença?

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Reino Protista:

Reunindo mais de 40 mil espécies, o reino Protista é formado por organismos unicelulares eucariontes, ou seja, seres cujas células já apresentam organóides especializados e núcleo individualizado. Esse reino é composto pela reunião de dois grandes grupos de organismos: os protozoários, que antes eram classificados no reino animal (são heterotróficos), e a maioria das algas unicelulares, que eram colocadas no reino vegetal (são autotróficas).

1. Protozoários: Protistas heterotróficos, os protozoários habitam os mais variados tipos de ambientes, com vida livre ou como parasitas, inclusive do homem. Além disso, estabelecem diversos tipos de associação com outros seres vivos. Sua estrutura celular é bastante complexa, com organóides comparáveis aos órgãos dos seres pluricelulares, com função de defesa, locomoção, digestão e excreção, entre outras. Podendo ingerir outros seres vivos e digerir suas moléculas orgânicas complexas (heterotróficos por ingestão), os protozoários também absorvem moléculas orgânicas simples do ambiente (heterotróficos por absorção). Possuem, em geral, respiração aeróbia, absorvendo o oxigênio por difusão. A eliminação das excreções é feita por difusão. A reprodução é geralmente assexuada, mas algumas espécies realizam também a sexuada, com produção e união de gametas; outras realizam uma troca de material genético (conjugação), que aumenta a variedade de indivíduos. Finalmente, quando as condições do meio se tornam desfavoráveis, alguns protozoários parasitas e de água doce podem adotar a forma de cisto: o animal diminui de volume (pela perda de água), perde organelas (cílios, flagelos, vacúolos, etc.) e forma uma casca resistente. Dentro do cisto, o protozoário terá vida independente do meio, resistindo à falta de água, oxigênio e alimento. Quando as condições voltam a ser favoráveis, o animal dissolve o cisto à custa de enzimas e passa à forma ativa, sob a qual se locomove, alimenta-se, etc. O nome protozoário significa "primeiros animais" (proto = primeiro; zoo = animal). Antigamente, os protozoários eram considerados um filo do reino animal, sendo divididos em quatro classes: sarcodíneos ou rizópodes, cilióforos, mastigóforos ou zooflagelados e esporozoários.

Sarconídeos: Também chamados rizópodes, os sarcodíneos (sarco=carne; podos=pés) são agrupados no filo Rhizopoda (rizo=raiz). Possuem pseudópodes (pseudo=falso), expansões citoplasmáticas contráteis, que servem para a locomoção e captura de alimento. Por isso, a forma das células passa por modificações constantes, embora alguns sarcodíneos possuam carapaças resistentes, que funcionam como um esqueleto ou concha, dando proteção e sustentação à célula. Nas amebas, exemplo clássico do grupo, a parte externa do citoplasma é mais clara, sem organóides (ectoplasma). Mais internamente, o citoplasma é mais fluido, com granulações e organóides (endoplasma), conforme a figura logo abaixo.

Ameba. Imagem retirada da página:

http://www.truthnet.org/Christianity/Apologetics/Evolutiontrue4

Além da ameba, há outros sarcodíneos, como os foraminíferos, radiolários e heliozoários, encontrados nas águas salgadas e doces. São dotados de carapaças de sílica ou de carbonato de cálcio.

Foraminífero e Heliozoário. Imagens retiradas das páginas:

http://www.horta.uac.pt/ct/forum/questoes/faq/invertebrados/foraminiferos.html e

http://br.geocities.com/mundodosinvertebrados/heliozoario1.jpg

Difflugia e Radiolário. Imagens retiradas das páginas:

http://img.blogs.yahoo.co.jp/ybi/1/0d/86/pphotoex/folder/744685/img_744685_8011997_0?1178121559 e

http://br.geocities.com/pri_biologiaonline/filo_rhizopoda.html

As amebas são capazes de reagir a estímulos químicos através da emissão de pseudópodes. Assim, podem aproximar-se do alimento (algas e outros seres unicelulares), englobando-os por fagocitose e digerindo-os em vacúolos digestivos com enzimas dos lisossomos. Os resíduos da digestão são eliminados por clasmatose ou exocitose, um processo inverso ao da fagocitose.

Ameba fazendo fagocitose. Imagem retirada da página: http://www.todabiologia.com/microbiologia/ameba.htm

Ameba. Imagem retirada da página e modificada:

http://img.sparknotes.com/figures/0/0a2e2068b60c8b7f8cfbe21c26e87498/ameba.gif

A eliminação de produtos tóxicos ou roíeis dos sarcodíneos ocorre por difusão, mas alguns possuem um vacúolo contrátil ou pulsátil, que elimina o excesso de água na célula. Isto acontece principalmente nas formas de água doce, pois estas são hipertônicas em relação ao ambiente e, em conseqüência, absorvem muita água por osmose O vacúolo enche-se gradativamente e, quando atinge determinado limite, contrai-se, eliminando o excesso de água e impedindo que o protozoário "estoure". Uma parte das excreções é também eliminada desse modo. A forma mais comum de reprodução dos protozoários com pseudópodes é a asada, que ocorre geralmente por divisão binária (os cromossomos se duplicam, formando dois núcleos, e o citoplasma se em duas partes), mas alguns sarcodíneos realizam também reprodução sexuada com a união de dois gametas iguais (isogamia). Os sarcodíneos são encontrados na água, no solo e no corpo de outros organismos, vivendo como parasitas (retiram

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alimento causando prejuízo) ou comensais (retiram alimento sem causar prejuízo). Um exemplo de sarcodíneo parasita da espécie humana é a Entamoeba histolytica, que causa a amebíase, produzindo diarréia e lesões no intestino, além de, nos casos graves, atingir outros órgãos do corpo. É transmitida por meio de alimentos contaminados (água, verduras e frutas) com cistos, que saem com as fezes dos indivíduos doentes. Cada cisto libera de um a quatro trofozoítos (indivíduos ativos), que invadem a mucosa intestinal. A prevenção da doença depende de boas condições sanitárias e higiene pessoal.

Entamoeba histolytica. Imagem retirada da página:

http://www.sfda.gov.sa/En/Food/Topics/FoodSafety/food+news+3-12-2006.htm

Trofozoíto da Entamoeba histolytica e cisto da Entamoeba histolytica.

Imagens retiradas das páginas: http://www.farmacia.ufmg.br/ACT/figura_parasitas.htm

Os cilióforos: No filo Ciliophora ("portador de cílios") encontramos os protistas de estrutura mais complexa, com organelas bastante especializadas, semelhantes aos órgãos dos seres pluricelulares. Quase todos têm vida livre; uma minoria é parasita. Sua principal característica é a presença de cílios para locomoção e captura de alimento. Os cílios são filamentos de estrutura idêntica à dos flagelos, apenas menores e mais numerosos, podendo estar espalhados por todo o organismo, agrupados em placas (membranelas) ou soldados em tufos (cirros).

Alguns exemplos de Cilióforos. Euplotes, Vorticella e Didinium

. Imagens retiradas das páginas: http://www.nilesbio.com/subcat132.html,

http://moritz.botany.ut.ee/~olli/PE/protist_53.html e http://www.zoology.ubc.ca/courses/bio332/Labs/CiliateProject/didinium/

DidiniumSN.jpg

Alguns exemplos de Cilióforos. Stentor e Paramecium. Imagens retiradas das páginas: http://www.ucmp.berkeley.edu/protista/ciliata/stentor.jpg

e http://www.biologycorner.com/resources/paramecium.gif

As bases dos cílios estão ligadas por filamentos protéicos, chamados fibrilas, que podem ter a função de coordenar os movimentos rítmicos dos cílios. A forma desses organismos é mantida pela película, a camada mais externa e densa de citoplasma, onde se prendem os cílios e outras organelas. Um ciliado muito comum em água doce é o paramécio, com forma parecida à de uma sola de sapato, possuindo pequenos estiletes, os tricocistos, presos à película. Esses estiletes são projetados pelo animal e, às vezes, descarregam substâncias tóxicas, quando o protozoário é estimulado por alterações do

ambiente ou por ameaça de outros seres vivos. Servem para capturar presas, defender o protozoário ou prendê-lo ao alimento.

Paramécio, um ciliado. Imagem retirada da página:

http://www.op.net/~finklesk/paramecium.gif

O paramécio possui um ponto fixo para ingerir alimento ou eliminar restos não digeridos: o sulco oral, coberto de cílios que movimentam a água e arrastam o alimento (bactérias e outros seres unicelulares) para uma abertura — o citóstoma (estoma = boca). Formam-se então vacúolos digestivos, onde o alimento é digerido e depois absorvido.

Morfologia de um ciliado: 1-vacúolo contrátil, 2-vacúolo digestivo, 3-

macronúcleo, 4-micronúcleo, 5-citoprocto, 6-citofaringe, 7-citóstoma, 8-cílios. Imagem retirada da página:

http://www.thepointsix.com/es/wiki/Imagen:Ciliophora_morphology.svg.html

Os restos não digeridos são eliminados sempre no mesmo ponto, o citoprocto (procto = ânus) ou citopígio. As formas de água doce possuem vacúolos contrateis dotados de canais coletores de água. Como muitos outros cilióforos, o paramécio possui dois núcleos: o macronúcleo, de tamanho maior, responsável pelo controle do metabolismo, e o micronúcleo, envolvido na reprodução por conjugação. Após várias gerações assexuadas, por divisão binária, os paramécios realizam, por conjugação, a troca de material genético — o que contribui para aumentar a variedade de indivíduos.

Conjugação entre Paramécios. Imagem retirada da página:

http://www.enq.ufsc.br/labs/probio/disc_eng_bioq/trabalhos_pos2003/const_microorg/protistas.htm

Entre os ciliados encontramos um parasita do intestino humano, o Balantidium coli, que invade a parede intestinal provocando diarréia. A transmissão ocorre por ingestão de cistos, como na amebíase.

Balantidium coli. Imagem retirada da página:

http://www.parasitetesting.com/nss-folder/picturesofparasites/pict4x.jpg

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SISTEMA CÁRDIO-VASCULAR 02

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01. (PUC-RS) No homem adulto, os eritrócitos ou glóbulos vermelhos são produzidos: a) no rim b) nos nódulos linfáticos. c) no baço d) na medula óssea e) no fígado 02. (UFBA-BA) O gráfico abaixo representa a saturação de hemoglobina em relação à substancia X, em diferentes regiões do sistema circulatório.

A substância X é: a) o gás carbônico b) o monóxido de carbono c) o oxigênio d) o carbonato e) o açúcar 03. (SANTA CASA - SP) O sangue sofre menor transformação ao passar: a) pelos pulmões. b) pelos rins. c) pelo coração. d) pelo intestino delgado. e) pelo pâncreas. 04. (PUC-SP) No sangue dos mamíferos, as funções de proteção, transporte de oxigênio e produção de anticorpos são desempenhadas: a) por glóbulos brancos b) respectivamente, por hemácias, glóbulos brancos e glóbulos brancos. c) respectivamente, por glóbulos brancos, hemácias e glóbulos brancos. d) respectivamente, por glóbulos brancos, hemácias e hemácias e) respectivamente, por hemácias, hemácias e glóbulos brancos 05. (Fuvest-SP) Têm (ou tem) função hematopoética: a) as glândulas parótidas b) as cavidades do coração c) o fígado e o pâncreas d) o cérebro e o cerebelo e) a medula vermelha dos ossos 06. (EPFESP-PE) Entre os elementos figurados do sangue, as plaquetas participam: a) da defesa do organismo contra microorganismos. b) da distribuição de nutrientes para todas as partes do corpo.

c) da condução de O2 e CO2. d) da coagulação sanguínea e) da absorção e degradação da glicose 07. (UFPR) O transporte de oxigênio no organismo humano se faz: a) através dos leucócitos b) através do plasma sangüíneo. c) tanto pela hemoglobina plasmática como pela existente no interior das hemácias, quando a taxa de hemoglobina é normal. d) através da hemoglobina existente nas hemácias. e) na dependência de boa função plaquetária. 08. (FCC) Nas feridas nas quais se forma pus houve acúmulo de: a) plaquetas b) anticorpos c) leucócitos d) eritrócitos e) amebócitos 09. A maior parte do líquido extravasado dos capilares sanguíneos nos tecidos é reabsorvido pelos próprios capilares. Em condições normais, o restante desse líquido: a) acumula-se, formando nódulos linfáticos. b) acumula-se, formando edemas linfáticos. c) é absorvido por artérias e veias d) é absorvido por capilares linfáticos e) é absorvido por veias 10. (UFPE) A tromboplastina em presença de Ca++ catalisa a transformação: a) fibrinogênio em fibrina b) protrombina em fibrina c) trombina em fibrina d) fibrina em fibrinogênio e) protrombina em trombina 11. (UFPE) Os glóbulos vermelhos do sangue humano normal são: a) nucleados e de forma bicôncava b) anucleados e de forma bicôncava c) nucleados e de forma esférica d) anucleados e de forma esférica e) nucleados e falciformes. 12. (UFES) No processo de coagulação é correto afirmar que: a) as plaquetas são responsáveis pela produção de tromboplastina ou tromboquinase, hormônio responsável pela coagulação. b) a tromboplastina em presença de íons cálcio converte o fibrinogênio em fibrina c) a tromboplastina se encontra no sangue circulante em sua forma precursora chamada protrombina d) a protrombina se transformará em trombina, que é uma enzima ativa.

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e) na etapa final desse processo, as moléculas de fibrinogênio, proteína do sangue, se unem formando uma rede, o coágulo. 13. Num incêndio é comum o indivíduo morrer antes por asfixia do que por queimaduras. Tal situação ocorre porque: a) as plaquetas são destruídas b) a hemoglobina, nesta situação, só transporta dióxido de carbono. c) a hemoglobina combina-se com o monóxido de carbono, formando um composto estável que impede o transporte de oxigênio. d) a hemoglobina combina-se com todo o oxigênio disponível. e) a fumaça destrói os leucócitos. 14. (PUC-SP) São células importantes da defesa imunológica: a) plaquetas, eritrócitos e linfócitos b) eritrócitos, linfócitos e neutrófilos c) linfócitos, neutrófilos e macrófagos d) neutrófilos, macrófagos e plaquetas e) macrófagos, plaquetas e eritrócitos 15. “Em pontos estratégicos de nosso corpo, localizam-se massa de um tecido que tem a finalidade de dar combate aos micróbios e a suas toxinas, impedindo que se espelhem por todo o organismo”. Este texto se refere ao chamado tecido: a) hepático b) linfóide c) ósseo d) cartilaginoso e) epidérmico 16. (CESGRANRIO-RJ) Encontram-se listados abaixo algumas propriedades, características ou funções dos elementos figurados do sangue humano. Associe um número a cada uma, utilizando o seguinte código: I. Referente a hemácias II. Referente a leucócitos III. Referente a plaquetas - Transporte de oxigênio - Defesa fagocitária e imunitária - Coagulação do sangue - Riqueza em hemoglobina - Capacidade de atravessar a parede dos capilares intactos para atingir uma região infectada do organismo. Escolha dentre as possibilidades abaixo a que contiver a seqüência numérica correta: a) I, II, III, I, II d) I, II, II, I, III b) II, II, III, I, I e) I, II, III, II, III c) III, I, III, I, II 17. Quando uma pessoa sofre um ferimento na pele poderá haver a penetração de bactérias. Certas células produzem no local do ferimento substâncias que dilatam os vasos sanguíneos, aumentando o fluxo de sangue

para a área afetada e facilitando a saída dos leucócitos e de parte do plasma. Essas reações constituem o que se chama desinfecção. a) Qual será a ação leucócitos no local da infecção? b) Explique por que o local fica inchado, vermelho e quente. c) Depois que o leucócito engloba as bactérias, elas são digeridas. Qual a organela da célula que realiza essa função? 18. (Fuvest-SP) Onde ocorrem à formação e a destruição das hemácias num mamífero adulto? 19. Uma das mais importantes propriedades do sangue é a capacidade de coagulação, que interrompe a hemorragia. Explique como ocorre o processo de coagulação, indicando as principais proteínas envolvidas. 20. (Vunesp) Em uma criança foi constatada por meio de exames, anemia provocada por deficiência alimentar. O médico receitou medicamentos à base de ferro. Com base nessas informações, responda: a) Que tipo de anemia poderia ter essa criança? b) Qual a principal substância presente nas hemácias? Que elemento da dieta é essencial para sua formação

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KL 250308

Sistema Cárdio-Vascular 01

FAÇO IMPACTO - A CERTEZA DE VENCER!!!

PROFº: ALCÂNTARA

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CONTEÚDO

A Certeza de Vencer

E01

4

01. O sangue pode transportar as seguintes substâncias: I. Gases respiratórios; II. Excretas; III. Materiais alimentares; IV. Hormônios.

Nos mamíferos, o sangue transporta: a) Apenas I, II e III d) Apenas II, III e IV b) Apenas I, III e IV e) I, II, III e IV c) Apenas I, II e IV 02. Nos anfíbios, o coração é formado por: a) Duas aurículas e dois ventrículos. b) Duas aurículas e um ventrículo. c) Uma aurícula e dois ventrículos. d) Uma aurícula e um ventrículo. e) Um seio venosos, uma aurícula e um ventrículo. 3. O coração do tubarão, jacaré e o da salamandra possuem, respectivamente: a) Duas, três e quatro cavidades. b) Três, três e três cavidades. c) duas, quatro e três cavidades. d) Três, duas e quatro cavidades. e) Duas, três e três cavidades. 4. No coração dos mamíferos nota-se que a musculatura do ventrículo esquerdo é mais espessa que a do ventrículo direito. Isso se deve ao fato de: a) O ventrículo esquerdo exercer maior pressão sobre o sangue venoso que é impulsionado aos pulmões. b) O ventrículo direito exercer menor pressão sobre o sangue arterial que é impulsionado para o coração todo. c) O ventrículo esquerdo exercer maior pressão sobre o sangue arterial que é enviado aos pulmões. d) O ventrículo esquerdo exercer maior pressão sobre o sangue arterial que é enviado ao corpo todo. e) O ventrículo direito exercer menor pressão sobre o sangue arterial que é enviado aos pulmões. 5. Mistura de sangue arterial e venoso ocorre, como regra geral, no coração de: a) peixes e anfíbio b) Anfíbios e répteis c) Répteis e aves d) Aves e mamíferos e) Mamíferos e peixes. 6. No coração de alguns vertebrados não há mistura de sangue oxigenado e desoxigenado. Isso é observado em: a) Peixes, aves e répteis não-crocodilianos. b) Répteis não crocodilianos e anfíbios. c) Mamíferos e répteis d) Aves e anfíbios e) Mamíferos e aves. 7. Assinale;

I. O monóxido de carbono (HbCO) combina-se com a hemoglobina do sangue, formando um composto estável. II. O ventrículo esquerdo dos mamíferos é rico em sangue venoso. III. as artérias só conduzem sangue arterial e as veias só conduzem sangue venoso.

a) Se as opções I e II estiverem corretas. b) Se as opções II e III estiverem corretas. c) Se apenas a opção I estiver correta. d) Se as opções I, II e III estiverem corretas. e) Se nenhuma opção estiver correta. 8. Observa-se a divisão completa dos átrios (direito e esquerdo) e dos ventrículos (direito e esquerdo); a) Nos elasmobrânquios d) Nos urodelos b) Nos teleósteos e) Nas aves c) Nos anuros 9. Nos mamíferos as artérias pulmonares levam o sangue: a) Arterial dos pulmões para o átrio esquerdo. b) Arterial dos pulmões para o ventrículo esquerdo. c) Arterial do ventrículo esquerdo para o corpo. d) Venoso do ventrículo direito para os pulmões e) Venoso do átrio direito para os pulmões. 10. A aurícula esquerda recebe o sangue proveniente diretamente do(a): a) Ventrículo direito b) Pulmão c) Fígado d) Aurícula direita e) Ventrículo esquerdo 11. O coração funciona como uma bomba. Nos mamíferos, o sangue com baixo teor de oxigênio é enviado aos pulmões. Por outro lado, o sangue oxigenado nos pulmões é mandado para os vários setores do organismo. Assinale a opção correta: a) O sangue que sai do ventrículo esquerdo é enviado aos pulmões para a oxigenação. b) O átrio direito recebe sangue das veias cavas e o envia para o organismo. c) As veias pulmonares levam o sangue oxigenado para o átrio esquerdo. d) O ventrículo direito recebe o sangue oxigenado e o envia ara o organismo e) a aorta sai do ventrículo direito e transporta sangue oxigenada. 12. Nos mamíferos, pode-se encontrar sangue venoso: a) Na aurícula direita, na artéria pulmonar e na veia cava. b) No ventrículo direito, na veia pulmonar e na veia cava. c) Na aurícula direita, na veia pulmonar e na artéria aorta. d) Na aurícula esquerda, na artéria pulmonar e na veia cava. e) No ventrículo esquerdo, na veia pulmonar e na artéria aorta. 13. No coração dos mamíferos há passagem de sangue do(a): a) Aurícula esquerda para o ventrículo esquerdo. b) Ventrículo direito para a aurícula direita. c) Ventrículo direito para o ventrículo esquerdo. d) aurícula direita para a aurícula esquerda e) Aurícula direita para o ventrículo esquerdo. 14. No coração humano, o sangue que penetra no átrio esquerdo é: a) Arterial e chega através das artérias pulmonares. b) Arterial e chega através das veias pulmonares. c) Venosos e chega através das artérias pulmonares. d) Venosos e chega através das veias pulmonares. e) Arterial e chega através da artéria aorta.

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FAÇO IMPACTO – A CERTEZA DE VENCER!!!

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15. O esquema abaixo representa a estrutura interna do coração de um mamíferos.

Sangue rico em oxigênio e pobre em gás carbônico é encontrado em: a) A e B c) A e C e) B e C b) C e D d) B e D 16. As veias cavas, a artéria aorta e a artéria pulmonar estão indicadas, respectivamente, pelas setas: a) 1, 2 e 3 b) 1, 4 e 2 c) 2, 3 e 1 d) 4, 1 e 2 e) 4, 2 e 1

17. Em relação ao esquema do teste 16 os vasos indicados por 1, 2, 3 e 4 transportam, respectivamente, sangue: a) Venoso, venoso, arterial e arterial b) Arterial, venoso, arterial e venosos c) Arterial, arterial, venoso e venoso d) Venoso, arterial, arterial e venoso. 18. Sístole e diástole são, respectivamente: a) concentração do coração e relaxamento dos pulmões. b) Contração do diafragma e relaxamento dos músculos intercostais. c) relaxamento do coração e contração dos pulmões. d) relaxamento do diafragma e contração dos músculos intercostais. e) contração e relaxamento das partes do coração. 19. Relacione as colunas: 1. irrigação do miocárdio ( ) veia pulmonar 2. conduz sangue arterial ( ) pequena circulação. 3. leva O2 para os tecidos ( ) artéria pulmonar 4. conduz sangue venoso ( ) grande circulação 5. retira CO2 de circulação ( ) coronária.

A correta seqüência numérica da segunda coluna, de cima para baixo, de conformidade com a primeira, é; a) 2, 5, 4, 3, 1 c) 5, 3, 2, 4, 1 b) 1, 3, 4, 5, 2 d) 4, 2, 3, 1, 5 20. O esquema representa um corte longitudinal do coração de um mamífero. O sangue que deixa o ventrículo direito (VD) e o que deixa o ventrículo esquerdo(VE) seguirão, respectivamente, para:

a) aurícula direita e aurícula esquerda; b) veia cava e artéria pulmonar c) ventrículo esquerdo e pulmões d) pulmões e corpo e) pulmões e ventrículo direito.

21. No coração humano, as válvulas tricúspides e mitral estão localizadas, respectivamente. a) entre o átrio esquerdo e o ventrículo esquerdo e entre o átrio direito e o ventrículo direito. b) entre o átrio direito e o átrio esquerdo e entre o ventrículo direito e o ventrículo esquerdo. c) entre a artéria aorta e o ventrículo esquerdo e entre a artéria pulmonar e o ventrículo direito. d) entre o átrio direito e o ventrículo direito e entre o átrio esquerdo e o ventrículo esquerdo. e) entre o átrio direito e a veia cava superior e entre o átrio direito e a veia cava inferior. 22. Na linguagem comum é freqüente dizer que as artérias carregam sangue arterial (rico em O2), e as veias carregam sangue venoso. ___________________________________________________

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23. Por que se diz que, na espécie humana, a circulação é fechada, dupla e completa? ___________________________________________________

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24. Qual o caminho percorrido por um glóbulo vermelho desde o ventrículo direito até o átrio esquerdo de um mamífero? ___________________________________________________

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25. Considere o coração de um mamífero, por exemplo, o do homem. Então, responda: a) Qual das quatro cavidades apresenta parede mais espessa? b) Por quê? ___________________________________________________

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Page 97: Vestibular Impacto - Biologia

GE030308

SISTEMA CÁRDIO-VASCULAR 02

FAÇO IMPACTO - A CERTEZA DE VENCER!!!

PROFº: AUGUSTO ALCÂNTARA

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A Certeza de Vencer

02

4

TRABALHO CARDÍACO Movimentos do Coração:

Miocárdio ⎪⎩

⎪⎨

DIÁSTOLE

SÍSTOLE

As Fases da Contração Cardíaca:

DIÁSTOLE Enchimento dos átrios

SISTOLE ATRIAL Enchimento das ventrículos

CONTRAÇÃO DOS

VENTRÍCULOS Enchimento dos átrios

Esvaziamento dos ventrículos

FREQUÊNCIA CARDÍACA

PRESSÃO ARTERIAL (PA) *Força do sangue na parede da artéria:

Esfigmomanômetro Esfigmomanômetro Digital Manual

OBSERVAÇÃO: PS ─ PD * 120 / 80 mm Hg * 140 / 60 mm Hg * 130 / 70 mm Hg

AUTOMATISMO CARDÍACO (Condução elétrica do coração)

DESFIBRILADORES

CIRCULAÇÃO LINFÁTICA-LINFA

Adulto normal = 60 – 80 bpm

Timo

Baço

Linfonodo

Vaso linfático

Ducto torácico

Veia

Vaso linfático

Passagem da linfa para o sangue

Linfonodo Vasos linfáticos

Vasos linfáticos

Page 98: Vestibular Impacto - Biologia

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CIRCULAÇÃO NOS VERTEBRADOS

- Circulação Aberta: Sangue circula no coração, vasos sangüíneos e em lacunas. - Circulação fechada: sangue circula no coração e vasos sangüíneos.

- Circulação Simples: circula um tipo de sangue no coração. - Circulação Dupla: circulam dois tipos de sangue no coração. - Circulação incompleta: ocorre mistura sangüínea. - Circulação completa: não há mistura sangüínea.

Peixes Anfíbios

Répteis Aves Mamíferos

Artéria

Page 99: Vestibular Impacto - Biologia

JACKY31/01/08

SISTEMA CIRCULATÓRIO.

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A Certeza de Vencer

01

1

01. Constituição

⎪⎪⎪⎪⎪

⎪⎪⎪⎪⎪

→⎩⎨⎧−−

⎪⎩

⎪⎨

→−−

→−

LinfaLinfáticosVasos

OemRico:Arterial

CoRico:VenosoSangue

Arteríolas Artérias

Capilares

VênulasVeias

Sangüíneos Vasos

esquerdo) e eitoátrios(dir 2

esquerdo) e (direito os ventrícul2 cavidades 4 -Coração

2

2

/\

02. CAMADAS DO CORAÇÃO As paredes do coração são formadas por três camadas:

Pericárdio (epicárdio): membrana que reveste externamente todo o coração;

Miocárdio: camada muscular responsável pelo movimento do coração; situa-se entre o pericárdio e o endocárdio;

Endocárdio: membrana que reveste a superfície interna das cavidades do coração.

O miocárdio é vascularizado pelas artérias coronárias que emergem da artéia aorta (logo no início desta). A obstrução de uma dessas coronárias implica a falta de irrigação sangüínea das células de uma região do miocárdio. Se, por falta de oxigênio, essas células morrerem, estará caracterizado o infarto do miocárdio. 03. VASOS SANGUÍNEOS DO CORAÇÃO

São os seguintes os principais vasos sanguíneos que saem do coração ou desembocam nele:

Veia cava superior e veia cava inferior — são duas veias grandes e grossas que chegam ao coração pelo lado direito e desembocam no átrio direito. Elas recebem sangue venoso de todo o corpo, através de diversos ramos: veia renal (rins), veia hepática (fígado) etc.

Veias pulmonares — são quatro veias de calibre médio. Chegam ao coração pelo lado esquerdo, trazendo sangue arterial dos pulmões ao átrio esquerdo.

Artéria pulmonar — é um vaso grosso que sai do ventrículo direito e se ramifica em duas. Transporta sangue venoso do coração para os pulmões.

Artéria aorta — é um vaso grande e grosso. Sai do ventrículo esquerdo e leva sangue arterial à todo o corpo. A partir do coração, se ramifica e se espalha por todos os órgãos do corpo, recebendo nomes diferentes: artéria renal (rins), artéria hepática (fígado), coronárias (miocárdio), carótidas (cabeça); subclávias (braços), gástrica (estômago), pancreática (pâncreas), mesentérícas (intestinos), esplênica (baço), pudendas (órgãos genitais) e ilíacas (membros inferiores). 04. VÁLVULAS (VALVAS) CARDÍACAS

O átrio direito se comunica com o ventrículo direito através da válvula tricúspide, enquanto o átrio esquerdo se comunica com o ventrículo esquerdo por meio da válvula mitral ou bicúspide. A primeira delas possui três membranas que permitem a passagem do sangue apenas num sentido, ao passo que a segunda possui somente duas membranas (essa é a razão dos nomes tricúspide e bicúspide, respectivamente).

Na origem da artéria aorta, e artéria pulmonar próximo aos ventrículos, existem as válvulas sigmóides (válvula aórtica, do lado esquerdo e válvula pulmonar do lado direito). Assim, o sangue não pode mais retornar aos ventrículos depois que deles saiu.

05. TIPOS DE CIRCULAÇÃO HUMANA

Pequena circulação / Circulação pulmonar: é o percurso do sangue do ventrículo direito até os pulmões (hematose), através da artéria pulmonar, e dos pulmões até o átrio esquerdo, através das veias pulmonares.

Ventrículo

Page 100: Vestibular Impacto - Biologia

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CORAÇÃO PULMÕES CORAÇÃO

(Hematose)

Grande circulação/Circulação sistemica: é o percurso do sangue do ventrículo esquerdo até todo o organismo (Efeito Böhr), através da artéria aorta e de seus ramos e dos diversos órgãos até o átrio direito, através das veias cavas.

CORAÇÃO CORPO CORAÇÃO (Efeito Böhr)

06. O Trabalho Cardíaco

A contração do miocárdio é chamada de sístole

enquanto que o seu relaxamento é chamado de diástole. A sístole determina uma pressão no sistema arterial chamada de pressão sistólica(máxima), que é de mais ou menos 120 mmHg. Na diástole(pressão diastólica ou mínima) a pressão é de mais ou menos 80 mmHg. Dizemos então, que em condições normais (normotensão arterial), a pressão arterial deve ser de 120 por 80 mmHg. No homem adulto em repouso a frequência cardíaca (batimentos do coração) é de 70 a 80 minuto batimentos por mínuto(bpm). 07. Regulação da Função Cardíaca

O coração é uma bomba hidráulica que deve funcionar

continuamente, durante toda a vida, mas também ajustar-se às solicitações do organismo quanto a um maior ou menor fluxo de sangue. Inicialmente devemos lembrar que ele é um orgão capaz de se auto-estimular para garantir a contração, o que é chamado automatismo cardiáco. A melhor prova disso é que, cortando-se toda sua inervação, ele continua a se contrair, além das fibras musculares estriadas, caracteristicas do miocárdio, o coração tem um tipo especial de fibras nervosas, que se agrupam em regiões bem determinadas. A primeira massa de fibras nervosas condutoras fica na base da veia cava superior e constitui o nódulo sino-atrial(S.A.) ou nódulo sinusal que é o marca-passo cardiáco; iniciando o estímulo para a contração. Daí os impulsos vão para o nódulo atrio-ventricular (A.V.) atingem o feixe de His, situado entre os ventriculos, chegando às fibras de Purkinge. O impulso se propaga com grande rapidez, determinando a contração total do miocárdio, que caracteriza a sístole ventricular.

Marcapasso Desfibrilador

Pequena Circulação

Grande Circulação

Page 101: Vestibular Impacto - Biologia

JACKY18/02/08

SISTEMA GENITAL FEMININO I.

Frente: 02 Aula: 03

PROFº: HUBERT LIMA A Certeza de Vencer

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Sistema Reprodutor Feminino:

O sistema reprodutor feminino é responsável pela produção de óvulos e hormônios, pela criação de condições propícias à fecundação e, quando esta ocorrer, pela proteção ao desenvolvimento do embrião. Está constituído basicamente pelos ovários, trompas de Falópio, útero, vagina.

Imagem retirada da página: http://www.guillermoterrado.com.ar/19263.jpg

O aparelho reprodutor feminino compõe-se de órgãos genitais externos, composta pelos pequenos e grandes lábios vaginais e pelo clitóris que em conjunto formam a vulva. O útero só começa a crescer na puberdade. Os ovários produzem os hormônios femininos e armazenam os óvulos. As trompas de Falópio ligam o útero aos ovários e estão posicionadas de tal forma que o óvulo, quando expelido do ovário no momento da ovulação, consegue chegar a elas com facilidade. A anatomia da vagina permite receber o pênis e serve de canal para o parto do bebê. O hímen é uma delicada membrana incompleta que protege a entrada da vagina antes da primeira experiência sexual. Esta é a membrana que se rompe quando a mulher tem a sua primeira relação sexual. Na maioria das meninas, o hímen não é uma cobertura total, mas contém perfurações que permitem a passagem de fluxo menstrual.

Imagem retirada da página: http://www.gineco.com.br/images/vagina1.jpg

ÓRGÃOS GENITAIS INTERNOS:

Ovários: Representam as gônadas femininas. Correspondem a duas glândulas mistas com um formato semelhante ao das amêndoas, medindo aproximadamente 4cm de comprimento por 2 cm de largura. Localizam-se no interior da cavidade abdominal, nos lados direito e esquerdo do útero.

Imagem retirada da página:

http://www.nlm.nih.gov/medlineplus/spanish/ency/images/ency/fullsize/9988.jpg

São responsáveis pela produção de óvulos e secreção dos hormônios estrógeno e progesterona. Cada ovário apresenta duas regiões distintas, sendo a mais externa denominada de cortical, e a mais interna denominada de medular. A região cortical é coberta pelo epitélio germinativo. Nas crianças, ele apresenta um aspecto liso de cor esbranquiçada. Na mulher adulta, assume um tom acinzentado com uma série de cicatrizes que correspondem às ovulações ocorridas. Após a menopausa, os ovários apresentam superfície enrugada, devido às inúmeras ovulações ocorridas ao longo da vida reprodutiva da mulher.

Imagem retirada da página: http://www.clinicagenesis.net/menopausa/ovarios.jpg

No final do desenvolvimento embrionário de uma menina, ela já tem todas as células que irão transformar-se em gametas nos seus dois ovários. Estas células - os ovócitos primários - encontram-se dentro de estruturas denominadas folículos de Graaf ou folículos ovarianos. A partir da adolescência, sob ação hormonal, os folículos ovarianos começam a crescer e a desenvolver. Os folículos em desenvolvimento secretam o hormônio estrógeno. Mensalmente, apenas um folículo geralmente completa o desenvolvimento e a maturação, rompendo-se e liberando o ovócito secundário (gameta feminino): fenômeno conhecido como ovulação. Após seu rompimento, a massa celular resultante transforma-se em corpo lúteo ou amarelo que passa a secretar os hormônios progesterona e estrógeno. Com o tempo, o corpo lúteo regride e converte-se em corpo albicans ou corpo branco, uma pequena cicatriz fibrosa que irá permanecer no ovário.

Imagem retirada da página: http://abc-

2007.blogspot.com/2007_07_01_archive.html

O gameta feminino liberado na superfície de um dos ovários é recolhido por finas terminações das tubas uterinas - as fímbrias. Tubas uterinas ou ovidutos ou trompas de Falópio: São dois ductos que unem o ovário ao útero. A extremidade livre de cada trompa, alargada e franjada, situa-se junto a cada um dos ovários. O interior dos ovidutos é revestido por células ciliadas que suga o óvulo, juntamente com o líquido presente na cavidade abdominal. No interior da trompa, o óvulo se desloca até a cavidade uterina, impulsionado pelos batimentos ciliares. As tubas uterinas ou trompas de Falópio têm por função encaminhar o óvulo em direção ao útero. Elas são formadas por dois condutos com aproximadamente 12 cm de comprimento, localizados na cavidade abdominal.

Fimbrias

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Imagem retirada da página: http://static.hsw.com.br/gif/pregnancy-10.jpg

Podemos distinguir três regiões diferentes em cada uma das trompas: a intramural, a ístmica e a infundibular. A primeira localiza-se no interior da parede uterina, atravessando-a e abrindo-se no interior do útero, através de um pequeníssimo orifício. A porção intermediária ou ístmica representa maior parte da trompa e também a mais estreita. Na extremidade oposta à porção intramural, encontra-se a porção infundibular que é mais dilatada. Possui as bordas franjeadas (fímbrias) que ficam em contato com os ovários e são responsáveis pela captura do óvulo quando ele eclode na superfície dos ovários. É no interior da região infundibular das trompas que ocorrem o processo de fecundação e a formação do zigoto, o qual é conduzido ao útero para a nidação.

Imagem retirada da página:

http://www.adolescencia.org.br/portal_2005/secoes/saiba/imagens/nidacao.jpg

Imagem retirada da página: http://www.clinimater.com.br/images/anat_etapas.jpg

Útero: É um órgão musculoso e oco, do tamanho aproximadamente igual a uma pêra. Em uma mulher que nunca engravidou, o útero tem aproximadamente 7,5cm de comprimento por 5cm de largura. Os arranjos dos músculos da parede uterina permitem grande expansão do órgão durante a gravidez (o bebê pode atingir mais de 4 kg).

Embrião dentro do útero. Imagem retirada da página:

http://channel.nationalgeographic.com/channel/inthewomb/images/inthewomb4.jpg

O colo do útero é uma zona que une o útero à vagina, através de uma passagem chamada canal cervical. Por ação de um hormônio, o estrogênio, o colo do útero durante a ovulação produz um liquido viscoso que favorece a progressão dos espermatozóides para as trompas de Falópio. O colo do útero tem uma grande capacidade de dilatação que é regulada a nível hormonal e se manifesta no momento do parto, pois a criança ao nascer tem de passar através dele.

Imagem retirada da página: http://www.infoescola.com/imagens/utero.jpg

O útero tem uma forma vagamente triangular, com a ponta virada para baixo, em direção à vagina. Na maioria das mulheres, o corpo do útero está dobrado ligeiramente para frente sobre a bexiga e de cada lado superior partem as trompas de Falópio. Na extremidade de cada trompa, prolongamentos em forma de dedo rodeiam cada um dos ovários.

Imagem retirada da página:

http://www.clinicagenesis.net/menopausa/menopausa.htm

O interior do útero é revestido por um tecido ricamente vascularizado (o endométrio). A partir da puberdade, todos os meses, o endométrio fica mais espesso e rico em vasos sanguíneos, como preparação para uma possível gravidez. Deixando de ocorrer por volta dos 50 anos, com a chegada da menopausa. Se a gravidez não ocorrer, o endométrio que se desenvolveu é eliminado através da menstruação junto ao sangue.

Imagem retirada da página:

http://www.saude.df.gov.br/sites/100/163/imagens/utero.jpg

b Bibliografia: http://www.brasilescola.com/biologia/sistema-reprodutor-feminino.htm http://www.afh.bio.br/reprod/reprod2.asp http://www.coladaweb.com/corpohumano/sfeminino.htm http://www.saudeemmovimento.com.br/conteudos/conteudo_exibe1.asp?cod_noticia=1220 http://www.webciencia.com/11_31feminino.htm http://www.colegiosaofrancisco.com.br/alfa/corpo-humano-sistema-reprodutor-feminino/sistema-reprodutor-feminino-3.php http://pt.wikipedia.org/wiki

Page 103: Vestibular Impacto - Biologia

KL 250208

SISTEMA GENITAL FEMININO 2.

Frente: 02 Aula: 04

PROFº: HUBERT LIMA A Certeza de Vencer

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Sistema Reprodutor Feminino:

ÓRGÃOS GENITAIS INTERNOS (CONTINUAÇÃO): Vagina: A vagina é um canal de 8 a 10 cm de comprimento, de paredes elásticas, que liga o colo do útero aos genitais externos. A sua extremidade inferior que abre na vulva está rodeada por fortes músculos, que têm que ser relaxados para uma penetração confortável. Por outro lado, se tornam demasiado relaxados, por exemplo após o parto, o ato sexual pode ser menos agradável para ambos os parceiros, podendo ser necessário exercícios especiais para recuperar o tônus muscular.

Imagem retirada da página: http://www.gineco.com.br/vagina.htm

Contém de cada lado de sua abertura, porém internamente, duas glândulas denominadas glândulas de Bartholin, que secretam um muco lubrificante. O epitélio vaginal é um epitélio de varias camadas, é um epitélio descamativo, epitélio pavimentoso estratificado não – queratinizado, e que tem uma característica interessantíssima: esse epitélio é rico em glicogênio. O glicogênio é jogado para dentro da vagina, onde se transforma em glicose, e a glicose, por causa da flora própria vaginal, é transformado em ácido láctico, tornando o pH da vagina ácido que é importante. Se a mulher não tivesse acidez vaginal, facilitaria a entrada de bactérias vindas do reto e do ânus. Essas bactérias poderiam se proliferar e causar infecções.

Imagem retirada da página:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Imagem:Vagina_%28mucosa%29.JPG

A entrada da vagina é protegida por uma membrana circular - o hímen - que fecha parcialmente o orifício vulvo-vaginal e é quase sempre perfurado no centro, podendo ter formas diversas, abaixo vamos descrever apenas 03 tipos de hímens. Geralmente, essa membrana se rompe nas primeiras relações sexuais.

1.Hímen anular; 2. Hímen separado; 3. Hímen cribiforme

Imagem retirada da página: http://www.uro.com.br/faq_virg.htm O hímen anular é uma membrana perfurada existente na entrada da vagina e que é normalmente rompida na primeira relação sexual. O hímen separado deixa ver a entrada da vagina e outro tipo de hímen, dentro do qual existe uma

pequena membrana. O hímen cribiforme registra o hímen fenestrado, que se caracteriza pela presença de vários buraquinhos por onde escapa o fluxo menstrual. A vagina é o local onde o pênis deposita os espermatozóides na relação sexual. Durante a excitação sexual, a parede da vagina se dilata e se recobre de substâncias lubrificantes produzidas pelas glândulas de Bartholin, facilitando a penetração do pênis.

Imagem retirada da página:

http://www.simbiotica.org/sistemareprodutorfeminino.htm Além de possibilitar a penetração do pênis, possibilita a expulsão da menstruação e, na hora do parto, a saída do bebê.

ÓRGÃOS GENITAIS EXTERNOS: Vulva: Os genitais externos, que compõem a vulva, podem ser visualizados com a ajuda de um espelho. São eles:

• Monte de Vênus: Parte frontal da vulva. É uma saliência recoberta de pele e pêlos.

Imagem retirada da página:

http://tkfiles.storage.msn.com/x1piYkpqHC_35ldzNpUNhH-rwpBpcs337uQC0YUkynlvrQJGb-

GadetuLqfODtU5H1jgX9eTVFR966TU1JfZ8Fu7aTlx-sLYAce62gN8Oa2a6T-6aUEdmBYLw

• Grandes lábios: Duas pregas de pele (uma de cada lado), recobertas total ou parcialmente de pêlos.

• Pequenos lábios: Duas pregas menores, sem pêlos, localizadas internamente aos grandes lábios, mais perto da entrada da vagina. Os pequenos lábios localizam-se dentro dos grandes lábios (por vezes os pequenos lábios são mais compridos que os grandes lábios, expandindo-se para fora dos grandes lábios), e se estendem do capuz do clitóris até debaixo da vagina, envolvendo o orifício vaginal e a abertura da uretra.

• Clitóris: É uma pequena estrutura alongada localizada na junção anterior dos lábios menores. É muito sensível ao toque, torna-se ingurgitado de sangue e rígido quando estimulado, contribuindo para o estímulo sexual da mulher.

Imagem retirada da página:

http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/archive/3/32/20051103090853!Clitoris-Vivero-Becker.jpg

O clitóris, só é conhecido em mamíferos, embora outros grupos de animais possam apresentar estruturas análogas. Em muitas espécies de mamíferos, o clitóris não apresenta uma

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função evidente ligada ao sexo, visto que nessas espécies não é detectado o orgasmo nas fêmeas. Em hienas, por exemplo, o clitóris é tão grande quanto o pênis dos machos, e durante a cópula, a fêmea sente dores intensas ao passo em que seu clitóris sofre lacerações. Em muitas espécies, o clitóris é pequeno ou quase inexistente. Em baleias, pode chegar a 8 centímetros de comprimento. Em algumas espécies, sobretudo em marsupiais, o clitóris apresenta duas glandes. Em gatos, o clitóris é sustentado por um pequeno osso, que o torna rígido e semelhante a um pênis.

• Orifício uretral: Pequena abertura redonda localizada logo abaixo do clitóris, na entrada da vagina. É o canal que liga a bexiga ao meio externo, por onde a urina é eliminada.

• Hímen: Membrana fina, localizada na entrada da vagina. Ela geralmente se rompe nas primeiras relações sexuais.

Imagem retirada da página:

http://garotasblog.blogspot.com/2007/05/conhecendo-seu-corpo-parte-2-o-hmen.html

O hímen existe em certos mamíferos para proteger as fêmeas durante a sua infância dos riscos de infecções genitais. Daí durante esta fase da vida das meninas, ser uma membrana relativamente espessa e resistente, no entanto com o aproximar da puberdade essa membrana torna-se muito fina e pouco resistente.

Imagem retirada da página:

http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/2/2d/Vagina-anatomy-labelled2.jpg/444px-Vagina-anatomy-labelled2.jpg

Observação: Os lábios vaginais variam de cor de indivíduo para indivíduo, em geral acompanhando o tom de pele, porém podem mudar de cor ao longo da vida de uma mesma mulher.

1 = Corpo do clitóris; 2 = Clitóris; 3 = Lábios menores; 4 = Entrada

vaginal; 5 = Lábios maiores. Imagem retirada da página: http://pt.wikipedia.org/wiki/Vagina

Seios ou Mamas: As mamas (conhecidas popularmente também como seios nos humanos e tetas nos demais animais), são parte do corpo

feminino de um mamífero que é responsável pela produção de leite para os bebês em seus primeiros meses de vida.

Bezerro mamando na teta. Imagem retirada da página:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Seios A produção de leite nas mamas começa imediatamente depois do parto. Ao cabo de doze a vinte e quatro horas elas segregam o colostro, líquido ao qual se atribuem propriedades laxantes (dado seu elevado teor de colesterol), que facilitaria a evacuação do mecônio pelo intestino do recém-nascido. Poucas horas depois as mamas deixam de produzir o colostro para secretar o leite normal.

Imagem retirada da página: http://pt.wikipedia.org/wiki/Seios

Órgãos formados por dois tipos de tecido (glandular e gorduroso). Os seios começam a se desenvolver na adolescência, pela ação dos hormônios femininos. Também por essa ação, durante o ciclo menstrual, eles podem aumentar de volume e tornam-se mais sensíveis alguns dias antes da menstruação. Durante a gravidez, eles crescem, preparando-se para produzir leite (após o parto).

Imagem retirada da página: http://pt.wikipedia.org/wiki/Seios

Imagem retirada da página:

http://www.clinicagenesis.net/menopausa/menopausa.htm Bibliografia: http://www.brasilescola.com/biologia/sistema-reprodutor-feminino.htm http://www.afh.bio.br/reprod/reprod2.asp http://www.coladaweb.com/corpohumano/sfeminino.htm http://www.saudeemmovimento.com.br/conteudos/conteudo_exibe1.asp?cod_noticia=1220 http://www.webciencia.com/11_31feminino.htm http://www.colegiosaofrancisco.com.br/alfa/corpo-humano-sistema-reprodutor-feminino/sistema-reprodutor-feminino-3.php http://pt.wikipedia.org/wiki

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MA060208

Sistema Reprodutor Humano

Frente: 02 Aula: 01

PROFº: RINALDO BARRAL A Certeza de Vencer

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Sistema Genital Feminino

O sistema genital feminino compõe-se de órgãos externos (o pudendo feminino ou vulva) e internos (vagina, útero, um par de tubas uterinas e um par de ovários). Pudendo feminino e clitóris:

O pudendo feminino, localizado na região baixa do ventre, entre as coxas, é constituído por: lábios maiores, lábios menores, clitóris, abertura da uretra e vestíbulo da vagina. Os lábios maiores (ou grandes lábios) são duas dobras grossas de pele que se estendem paralelamente desde a região inferior do púbis até as proximidades do ânus. Internamente aos lábios maiores há duas pregas de pele pequenas e mais delicadas, os lábios menores (ou pequenos lábios), que delimitam o vestíbulo da vagina.

Na região anterior do pudendo feminino, perto da junção dos lábios menores, localiza-se o clitóris, um órgão com cerca de 2,5 centímetros de comprimento, constituído por um tecido que se enche de sangue e fica intumescido durante a excitação sexual. O clitóris é considerado um órgão homólogo ao pênis, mas, diferentemente deste, não contém a uretra.

A uretra feminina abre-se no vestíbulo da vagina, entre o clitóris e a abertura vaginal. No vestíbulo, dos lados da abertura vaginal, desembocara os condutos de glândulas produtoras de uma secreção que lubrifica a vagina durante a excitação sexual. Nas mulheres que nunca tiveram relação sexual vaginal, o orifício da vagina é parcialmente recoberto pelo hímen, uma membrana que, em geral, se rompe no primeiro ato sexual.

Vagina:

A vagina é um tubo de paredes musculares, com

cerca de 10 centímetros de comprimento, que se comunica com o colo do útero. As paredes da vagina dilatam-se durante a excitação sexual e glândulas ali

presentes produzem substancias lubrificantes que facilitam a penetração do pênis.

Útero:

O útero é um órgão muscular e oco, de tamanho e forma parecidos ao de uma pêra. Em mulheres que nunca engravidaram, o útero mede cerca de 7,5 centímetros de comprimento por 5 centímetros de largura. A porção mais afilada do útero, conhecida como colo uterino, é rico em tecido conjuntivo fibroso e tem consistência mais firme que o restante do órgão. A parede uterina, com cerca 2,5 centímetros de espessura, é constituída por músculos e permite grande expansão do órgão durante a gravidez. O colo uterino projeta-se para a base da vagina, comunicando-se com ela por meio de uma pequena abertura, que se dilata muito durante o parto e permite a saída do bebê. A porção superior do útero conecta-se a dois canais, as tubas uterinas, cujas extremidades terminam perto dos ovários, as gônadas femininas.

O interior do útero é revestido pelo endométrio, um tecido rico em glândulas e em vasos sanguíneos. A partir da puberdade, o endométrio torna-se, periodicamente (a cada 28 dias, aproximadamente), mais espesso e mais rico em vasos sanguíneos, preparando o organismo para uma possível gravidez. Se esta não ocorrer, parte do endométrio que se desenvolveu será eliminada, juntamente com sangue resultante do rompimento dos vasos sanguíneos, em um processo chamado menstruação.

Tubas uterinas (ovidutos):

As tubas uterinas (ou ovidutos) são dois tubos curvos, cada um com cerca de 10 centímetros, ligados á parte superior do útero. A extremidade livre de cada tuba

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uterina é alargada e franjada, situando-se perto de cada um dos ovários. O interior das tubas é revestido por células dotadas de cílios, cujos batimentos criam uma corrente de sucção que atrai o óvulo liberado pelo ovário. Ovários:

As gônadas femininas (ovários) são duas estruturas ovóides com cerca de 3 a 5 centímetros de comprimento, localizadas na cavidade abdominal, na região das virilhas.

Na porção ovariana mais externa, chamada córtex do ovário, localizam-se as células que darão origem aos óvulos.

Sistema Genital Masculino

O sistema genital masculino humano compõe-se de órgãos externos, o pênis e o escroto, e internos, entre os quais se destacam os testículos, os duetos deferentes, as glândulas seminais e a próstata.

Pênis:

O pênis é o órgão de cópula no sexo masculino.

Em seu interior há três cilindros de tecido esponjoso, os corpos cavernosos, constituídos por pequenos espaços separados por músculos e por tecido fibroso. Os corpos

cavernosos constituem um tecido erétil, isto é, que se torna intumescido durante a excitação sexual devido ao acumulo de sangue em seu interior. Ao se encherem de sangue, os corpos cavernosos levam á ereçâo do pênis, possibilitando o ato sexual.

A região anterior do pênis, a glande, apresenta grande sensibilidade á estimulação sexual e é protegida por uma prega de pele, o prepúcio, que em certos casos é removido cirurgicamente por meio da circuncisão.

O pênis é percorrido longitudinalmente pela uretra, um canal comum ao sistema uhnário e ao sistema genital, uma vez que serve tanto para eliminar urina como esperma. Escroto e testículos:

O escroto, situado entre a coxas, embaixo do pênis, é um saco de pele e tecido conjuntivo, dividido em duas bolsas — direita e esquerda —; em seu interior alojam-se os testículos, as gônadas masculinas. A temperatura no saco escrotal é cerca de 2 °C menor do que na cavidade abdominal, uma condição necessária para a formação normal dos espermatozóides.

Um testículo é constituído por milhares de tubos finos e enovelados, os túbulos seminíferos, e por camadas envoltórias de tecido conjuntivo. Na parede dos túbulos seminíferos são produzidos os espermatozóides, os gamelas masculinos. Entre os túbulos seminíferos situam-se as células intersticiais, responsáveis pela produção de testosterona, o hormônio sexual masculino.

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GE030308 ES – (m/t)

OS GAMETAS E A REPRODUÇÃO

Frente: 02 Aula: 05

PROFº: Hubertt Lima Verde A Certeza de Vencer

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Os Gametas e a Reprodução:

Conceito de Gametas: Os gametas (chamados ainda de células sexuais) são as células dos seres vivos que, na reprodução sexual, se fundem no momento da fecundação ou fertilização (também chamada concepção, principalmente nos seres humanos) para formar um ovo ou zigoto, que dará origem ao embrião, cujo desenvolvimento produzirá um novo ser da mesma espécie.

Zigoto humano. Imagem retirada da página:

http://cienciahoje.uol.com.br/images/ch%20on-line/colunas/deriva/50002c.jpg

O DNA, substância que constitui os genes responsáveis pela hereditariedade, se encontra dentro dos cromossomos e passa de pais para filhos através dos gametas, levando a informação genética. A quantidade e a qualidade do DNA deve permanecer constante de geração a geração, isto é, o número de cromossomos deve ser o mesmo em cada geração.

Reprodução dos Seres: Uma das características que melhor distingue os seres vivos da matéria bruta é sua capacidade de se reproduzir. É através da reprodução que cada espécie garante sua sobrevivência, gerando novos indivíduos que substituem aqueles mortos por predadores, por doenças, ou mesmo por envelhecimento. Além disso, é através da reprodução que o indivíduo transmite suas características para seus descendentes.

Imagem retirada da página:

http://www.fotoplatforma.pl/foto_galeria/3934_Kopia-Kopia-7042.jpg Processo biológico que permite aos seres vivos a perpetuação da espécie, através do número de indivíduos ou de modificações dos mesmos. A reprodução, diferentemente das demais características dos seres vivos, é indispensável para a conservação da espécie, mas não para o indivíduo. Entre eles há uma grande variedade de tipos de produção, existentes em função do processo de adaptação e da seleção natural. Eles estão classificados em dois grandes grupos, que são: a) Reprodução sexuada ou gâmica; b) Reprodução assexuada ou agâmica. A reprodução sexuada ocorre sempre na presença de células especializadas chamadas gametas, que se unem para formar a célula ovo ou zigoto (primeira célula do novo indivíduo). Na reprodução assexuada não há formação de gametas nem troca de genes para formar novos indivíduos.

Reprodução assexuada nas bactérias. Imagem retirada da página:

http://www.cientic.com/tema_monera_img3.html\ Reprodução Sexuada ou Gâmica:

Na reprodução sexuada há três características básicas: a) Produção de células haplóides por meiose (gametas). b) União de 2 células haplóides para formar um novo indivíduo diplóide. c) Formação de seres geneticamente diferente dos genitores.

Imagem retirada da página:

http://ffsvirus.vilabol.uol.com.br/FIGURAS/fig01.jpg Do ponto de vista evolutivo, este tipo de reprodução pode aumentar a probabilidade de uma espécie sobreviver às modificações do meio ambiente (capacidade adaptativa). A união dos gametas (cariogamia) provoca novas combinações de cromossomos, no descendente, levando variações nas suas características aumentando a possibilidade de evolução de espécie. Reprodução sexuada existe tanto em animais quanto em vegetais, sendo mais comum e evidente nos animais. Os gametas se formam em órgãos especiais denominados gônadas ou glândulas sexuais. As gônadas e gametas recebem denominações diferentes, dependendo de o indivíduo ser animal ou vegetal.

Seres Vivos

Sexo Gônadas Gametas

Masculino Testículo Espermatozóide Animais

Feminino Ovário Óvulo Masculino Anterídio Anterozóide

Vegetais Feminino Arquegônio Oosfera

Reprodução Sexual no Animal: Na reprodução sexuada animal, ocorre à fusão de dois gametas diferentes para formação do zigoto (é formado pela união do espermatozóide com o óvulo).

Imagem retirada da página:

http://www.alunosonline.com.br/biologia/reproducao-sexuada/ O gameta masculino é chamado espermatozóide e é capaz de se movimentar rapidamente com a ajuda de um flagelo, popularmente chamado de cauda. O contrário ocorre com o gameta feminino (óvulo), que não se movimenta por si só, como ocorre entre os gametas masculinos; contudo, seu tamanho é bastante superior. Em muitos casos, como nos mamíferos, aves e répteis, a fecundação é interna, quer dizer, o óvulo encontra-se dentro do corpo da mãe e o pai tem aí que introduzir os espermatozóides, num ato chamado cópula. Em muitos animais, o macho possui para esse fim um órgão copulador que, nos mamíferos, se chama pênis.

Imagem retirada da página: http://www.ambienteemfoco.com.br/wp-

content/uploads/fauna/Aves_ex__ticas/Copula_de_Abejarucos_Por_Angel_Pulido_Dom__nguez.jpg

Na maioria dos animais aquáticos, no entanto, a fertilização é externa: a fêmea liberta os óvulos na água (desova) e o macho liberta os espermatozóides igualmente na água.

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Reprodução Sexual no Vegetal: As plantas (incluindo as algas, mas não colocando os fungos) têm igualmente órgãos sexuais que produzem gametas, tal como os animais: o gameta feminino chama-se oosfera e é igualmente imóvel e o masculino chama-se anterozóide.

Tipos de Reprodução Sexuada: AUTOGAMIA:

Ocorre apenas em seres hermafroditas. Polinização de uma flor hermafrodita pelo seu próprio pólen ou pelo pólen de flores do mesmo indivíduo.

NEOTENIA: Fecundação de óvulos produzidos por larvas. Ex: Salamandra.

Ovos da salamandra e desenvolvimento. Imagem retirada da página:

http://www.simbiotica.org/anfibia.htm CONJUGAÇÃO OU ANFIMIXIA:

Quando ocorre troca de material genético entre indivíduos unicelulares, após essa troca estão aptos a se dividirem. Ex. Cianofíceas e algas filamentosas.

Conjugação de alga filamentosa. Imagem retirada da página:

http://www.colegiosaofrancisco.com.br/alfa/algas/imagens/algas7.jpg FECUNDAÇÃO CRUZADA:

Quando ocorre fertilização (anfimixia) entre indivíduos de sexos diferentes.

PARTENOGÊNESE: Quando o óvulo não fecundado desenvolve formando um indivíduo sexualmente viável à reprodução. Desenvolvimento de um organismo a partir de uma célula sexual, porém sem fertilização. Ex. Abelhas, formigas, pulgões, térmitas, crustáceos.

Desenvolvimento da abelha. Imagem retirada da página:

http://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Mel/SPMelOld/organizacao.htm PEDOGÊNESE:

A ocorrência de partenogênese na fase larvária, produzindo outras larvas. Citaremos como exemplo típico o Schistosoma mansoni. Ele realiza pedogênese no interior do caramujo.

Caramujo e Ovo de Schistosoma mansoni, dentro do ovo a larva de

miracídio. Imagem retirada da página: http://pt.wikipedia.org/wiki/Caramujo

POLIEMBRIONIA: Quando ocorre a formação de vários embriões a partir de apenas uma célula ovo. Ex. Tatu, gêmeos univitelinos.

Termos de Reprodução: ISOGAMIA:

Quando o gameta masculino e feminino possuem mesmo tamanho e forma, ambos são móveis.

HETEROGAMIA: Grupos onde ocorre uma diferenciação morfológica entre os gametas.

ANIOGAMIA: Quando o gameta masculino e feminino possuem a mesma forma, porém tamanho diferente, ambos são móveis.

OOGAMIA: Quando o gameta masculino e feminino possuem tamanho e forma diferentes, apenas um é móvel. A oogamia é o tipo de fecundação encontrado em seres mais evoluídos, como os animais vertebrados e as plantas tipicamente terrestres.

Oogamia em animais: célula reprodutora masculina, de pequenas

dimensões e móvel, na superfície de um óvulo. Imagem retirada da página: http://pt.wikipedia.org/wiki/Imagem:Sperm-egg.jpg

MONÓICOS: Diz-se do indivíduo que apresenta dois sexos, ou seja, quando as gônadas femininas e masculinas estão presentes no mesmo indivíduo (unissexuados ou hermafroditas). Alguns animais, como é o caso das minhocas, são hermafroditas, pois óvulos e espermatozóides são produzidos pelo mesmo indivíduo.

DIÓICOS: São seres que apresentam sexos separados; apresentam sexo masculino e feminino.

Ascaris. Imagem retirada da página:

http://www.infoescola.com/biologia/nematelmintos-nematoda/ Tipos de fecundação e desenvolvimento:

São formas reprodutivas diferenciadas, algumas vezes utilizadas como formas alternativas de manutenção da espécie.

• Ovíparos: A fêmea bota ovos já fecundados e o desenvolvimento do embrião ocorre totalmente fora do corpo materno. Para os vertebrados, o processo iniciou-se com os répteis e representou um importante avanço evolutivo já que não dependeriam mais da água para a reprodução.

• Ovulíparos: Ocorre fecundação externa e desenvolvimento externo, em ambiente aquático. A necessidade da água, um grande número de gametas e alta taxa de mortalidade antes da fase adulta indicam tratar-se de mecanismo que evolutivamente apresenta desvantagem.

• Ovovivíparo: A fêmea retém os ovos no interior do organismo e coloca-os apenas quando o desenvolvimento embrionário está praticamente completo e encontra-se próximo ao fim.

• Vivíparo: São seres dotados de placenta que em que o desenvolvimento acontece internamente, via de regra dentro de uma estrutura denominada útero. Entre os mamíferos as únicas exceções ocorrem entre os monotremos (ornitorrinco). Nos demais o feto é nutrido com os alimentos encontrados na circulação materna, ao invés de um vitelo.

Conceitos retirados da página: http://www.biologica.hpg.ig.com.br/reproducao_sexuada.htm

Bibliografia: http://pt.wikipedia.org/wiki/Gameta http://www.infonet.com.br/biologia/reproducao.htm http://www.todabiologia.com/saude/reproducao_sexuada.htm http://pt.wikipedia.org/wiki/Reprodu%C3%A7%C3%A3o http://www.biologica.hpg.ig.com.br/reproducao_sexuada.htm http://www.alunosonline.com.br/biologia/reproducao-sexuada/

Page 109: Vestibular Impacto - Biologia

Ge030308

Os Gametas e a Reprodução

Frente: 02 Aula: 05

PROFº: RINALDO BARRAL A Certeza de Vencer

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O que são gametas?

s gametas (chamados ainda de células sexuais) são as células dos seres vivos que, na reprodução sexuada, se fundem no momento da fecundação ou fertilização (também chamada concepção, principalmente nos seres humanos) para formar um ovo ou zigoto, que dará origem ao embrião, cujo desenvolvimento produzirá um novo

ser da mesma espécie. Os gametas são células haplóides, ou seja, têm apenas um conjunto de cromossomos, uma vez que são produzidos por meiose, enquanto que o ovo é diplóide. Os órgãos onde são produzidos os gametas chamam-se gônadas. O processo de produção de gametas chama-se gametogênese. Os gametas dos animais: espermatozóide e óvulo: a) Espermatozóide: É a célula haplóide sexual masculina dos animais.

O espermatozóide é uma célula com mobilidade ativa, capaz de nadar livremente, sendo formado por uma

cabeça e uma cauda ou flagelo. A cabeça, que constitui o maior volume do espermatozóide, consiste no núcleo, onde o material genético se encontra concentrado. Os dois terços anteriores do núcleo estão cobertos pelo acrossoma, que, limitado por uma membrana contendo enzimas, facilita a penetração do espermatozóide no oócito II (e em algumas espécies no óvulo). A cauda é responsável pela motilidade do espermatozóide e na área intermediária da cauda encontramos as mitocôndrias, que produzem energia para que o espermatozóide possa nadar ativamente e cumprir sua finalidade. Vivem em média 24 horas no trato genital feminino, porém alguns espermatozóides são capazes de fecundar o oócito II (em algumas espécies o óvulo) após três dias.

Nos seres humanos bem como em muitas outras espécies existem dois tipos de espermatozóides normais. Um deles portador do cromossomo X (responsável pela formação de um ser do sexo feminino) e o outro portador do cromossomo Y (responsável pela determinação do sexo na espécie humana, sua presença determina o sexo masculino, sua ausência, o sexo feminino).

Para percorrer sua trajetória, o espermatozóide necessita nadar 11 centímetros por hora (equivalente a um homem a atravessar uma piscina de 50 metros em 5 segundos). Geralmente 200 a 500 milhões de espermatozóides são depositados na parte posterior da vagina, e apenas 300 a 500 conseguem alcançar o local da fecundação. O tempo desta corrida pode ser de 5 a 45 minutos. No entanto o “vencedor” será apenas aquele que conseguir entrar na célula reprodutora feminina (porém sua cauda não) e é responsável por uma nova vida. É no entanto de ter em conta que para que um espermatozóide seja bem sucedido contribuem também as enzimas lançadas pelos seus “colegas” de jornada para “enfraquecer” a zona pelúcida que envolve a célula reprodutora feminina, de modo que o “sortudo” que se encontrar sobre a zona mais “enfraquecida” penetrará e realizará a fecundação. b) Óvulo: Em biologia, é uma célula sexual feminina (gameta feminino). Após a cariogamia [fusão do núcleo do óvulo (haplóide - n) com o núcleo do espermatozóide (haplóide - n)] forma-se uma célula denominada ovo ou zigoto (diplóide – 2n). Nos seres humanos, bem como na maioria dos mamíferos, o óvulo só se formará após a fecundação (que ocorre no terço distal das trompas de Falópio) . Na ovulação é liberado o ovócito II que está parado em meiose II (na metáfase II). O espermatozóide o fecunda, estimulando-o a terminar a meiose. Após essa fecundação, a membrana de fecundação formada impede uma segunda penetração. Ao término da meiose II, surgem o óvulo e o 2˚ glóbulo polar (que degenera juntamente com o 1˚ glóbulo polar). Para terminar, os pronúcleos do óvulo e do espermatozóide se juntam (anfimixia) originando o zigoto (diplóide - 2n).

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O óvulo humano é do tipo metalécito, possui a zona pelúcida, que é uma camada protetora de glicoproteína que o envolve; e a corona radiata que consiste em duas ou três camadas de células foliculares ligadas à zona pelúcida. A sua principal função em muitos animais é a de fornecer proteínas vitais à célula. É um óvulo com pouco vitelo (substância nutritiva) Anotações:

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JACKY12/02/08

SISTEMA GENITAL MASCULINO II.

Frente: 02 Aula: 02

PROFº: HUBERTT LIMA A Certeza de Vencer

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Sistema Reprodutor Masculino: Pênis: Parte do sistema reprodutor masculino responsável pela copula, instrumento no qual os espermatozóides são ejaculados no interior do aparelho reprodutor feminino. Consiste de corpo cilíndrico coberto por pele relativamente frouxa, com a extremidade expandida, formando a glande. A pele continua ao redor da glande, identificada como o prepúcio.O pênis é formado por três corpos cilíndricos (dois corpos cavernosos e um esponjoso), cada um dos quais é envolvido por uma bainha de tecido conjuntivo que está coberta de pele. Têm sua origem no tecido conjuntivo ricamente vascularizado chamado tecido erétil, e apresenta diversas cavidades esponjosas que se enchem de sangue durante a estimulação sexual, promovendo o seu enrijecimento e alongamento/ereção. Os dois corpos cilíndricos dorsais são chamados corpos cavernosos do pênis. O corpo ventral é denominado corpo esponjoso do pênis e inclui a uretra no seu interior.

1.Testículos; 2.Epidídimo; 3.Corpos cavernosos; 4.Prepúcio; 5.Membrana; 6.Abertura da uretra; 7.Glande; 8.Corpo esponjoso; 9.Corpo do pênis; 10.Saco escrotal (escroto)

Imagem retirada da página: http://pt.wikipedia.org/wiki/Imagem:Male_genitalia_reworked.jpg

Tamanho e crescimento: O crescimento do pênis ocorre assim que o menino adentra a puberdade, fase em que todas as características sexuais e os órgãos reprodutores começam a se desenvolver. O crescimento do pênis se dará normalmente até aos 18 anos de idade. Durante este processo ocorre também o crescimento dos pêlos púbicos. Como regra geral o pênis de um animal é proporcional ao seu tamanho, mas tal fato varia muito entre as espécies. O gorila, por exemplo, apesar de seu tamanho ser grande, tem o pênis menor que o do chimpanzé. Comparativamente o pênis humano é maior em relação ao seu tamanho do que qualquer outro primata.

Saco Escrotal ou Bolsa Escrotal ou Escroto: Camada de pele que envolve e protege os testículos.

Bolsa Escrotal em Cão. Imagem retirada da página: http://www.cienciaanimal.com.br/VD0012.htm

Um espermatozóide leva cerca de 70 dias para ser produzido. Eles não podem se desenvolver adequadamente na temperatura normal do corpo (36,5°C). Assim, os testículos se localizam na parte externa do corpo, dentro da bolsa escrotal, que tem a função de termorregulação (aproximam ou afastam os testículos do corpo), mantendo-os a uma temperatura geralmente em torno de 1 a 3°C abaixo da corporal.

Imagem retirada da página: http://www.medformation.com/spadamsurgpres/10329.jpg

Como a função do escroto é manter os testículos a uma temperatura inferior à do resto do corpo. O calor excessivo destrói os espermatozóides. Sendo um músculo, o escroto contrai-se e distende-se, conforme seja necessário aumentar ou reduzir, respectivamente, temperatura no seu interior. Embora a temperatura ideal varie conforme a espécie, nos animais de sangue quente parece haver uma maior necessidade de controle, e daí a necessidade e evolução do escroto, apesar dos riscos por não oferecer proteção aos testículos.

Corpo Cavernoso: No interior do pênis existe uma região abaixo da uretra, que pode ficar com seus vasos sanguíneos muito cheios quando o homem está excitado. O corpo cavernoso é cheio de vasos que ao se encherem de sangue promovem a ereção.

Corpo Esponjoso: No interior do pênis existe outra região, envolvendo a uretra que apresenta espaços vazios, ou seja, cheios de ar, que permitem aos vasos sanguíneos ocuparem espaços quando o homem fica excitado. Quando os vasos se enchem eles aumentam de volume precisando se expandir e assim, ocupando mais volume.

Imagem retirada da página:

http://www.adolescencia.org.br/portal_2005/secoes/saiba/saiba_mais_corpo.asp?secao=saiba&tema=corpo

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Túbulos seminíferos: São ductos que conduzem o líquido seminal produzido nas glândulas como a próstata, as vesículas seminais e a glândula de Cowper. I

Imagem retirada da página: http://mclocosta.sites.uol.com.br/ReprodutorMasc2.gif

Bexiga: Órgão do aparelho excretor, a bexiga é ligada ao pênis através da uretra. Sendo muito ácida em sua composição, compromete a vida dos espermatozóides e por este motivo antes da ejaculação uma pequena gota de sêmen ou esperma passa pela uretra para limpar o caminho e tirar a acidez provocada pela urina, que é letal aos espermatozóides. A uretra é também o canal por onde passa a urina, através do pênis. Mas quando o esperma está saindo, um músculo perto da bexiga fecha a passagem da urina. Por isso os dois nunca saem ao mesmo tempo.

Imagem retirada da página : http://br.geocities.com/amorhumanno/bexiga.jpg

Imagem retirada da página: http://www.biomania.com.br/bio/images/img_releases/genitalm.jp

g

Polução noturna: Às vezes chamada de sonho erótico, é a emissão ou descarga do sêmen durante o sono. É sabido que durante o sono, o pênis fica ereto e se um sonho erótico acontece, a ejaculação e orgasmo podem ser o desfecho desse sonho. Não é regra, mas quase sempre acompanha-se de um sonho erótico em que o indivíduo acorda imediatamente antes ou imediatamente após ejacular. Muitas vezes, o sonho erótico pode ser lembrado e percebido como uma experiência sexual prazerosa. Ocorre em todas as idades, mas é, disparadamente, mais comum dos 10 aos 20 anos, justamente no período de maior inexperiência sexual e energia sexual reprimida ou insatisfatoriamente resolvida. Até os quinze anos de idade, cerca de 50% dos meninos terão tido pelo menos um episódio de polução noturna; talvez seja o sinal do início do exercício da sexualidade. O fenômeno parece ser uma maneira do organismo “se livrar” do excesso de sêmen acumulado já que é menos freqüente em quem ejacula regularmente por masturbação ou relação sexual. A polução noturna não deve ser tomada como anormal ou sinal de alguma enfermidade. Ocorre, inclusive, em adultos com vida sexual regular e estável. Seu maior inconveniente talvez seja explicar o que ou com quem se sonhou ou a mancha de sêmen na roupa ou lençóis. Esterilidade masculina: A esterilidade masculina pode ter origem na obstrução das vias espermáticas, na falta de produção de espermatozóides ou mesmo na baixa produção desses gametas, além de outros fatores. A incapacidade de produzir espermatozóides pode ser provocada pela exposição a raios X, carência de vitamina E, intoxicação, álcool, inflamação dos testículos ou temperatura elevada destes, quando localizados fora do escroto; este, pelo fato de localizar-se fora do corpo, mantém mais baixa a temperatura dos testículos, condição necessária para a produção dos gametas masculinos.

Imagem retirada da página: http://www.esec-tondela.rcts.pt/sexualidade/sistemareprodutormasculino.htm

Bibliografia: http://www.brasilescola.com/biologia/aparelho-reprodutor-masculino.htm http://pt.wikipedia.org/wiki/Aparelho_reprodutor_masculino http://www.saudeemmovimento.com.br/conteudos/conteudo_exibe1.asp?cod_noticia=1044 http://www.afh.bio.br/reprod/reprod1.asp

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SISTEMA RESPIRATÓRIO 01

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01. (UFRN-RN) O diafragma e os músculos intercostais tem participação ativa: a) nos movimentos peristálticos b) na deglutição c) na diurese d) na mastigação e) na respiração 02. (UFPR-PR) O transporte de oxigênio no organismo humano se faz principalmente:a) através dos leucócitos.

b) através do plasma sangüíneo c) tanto pela hemoglobina plasmática como pela existente no interior das hemácias, quando a taxa de hemoglobina é normal d) através da hemoglobina existente nas hemácias e) na dependência de boa função plaquetária 03. (UFES-ES) No homem, o controle dos movimentos respiratóriós é exercido: a) pelo cérebro d) pela medula b) pelo cerebelo e) pela hipófise c) pelo bulbo 04. (UnB/ICSA-DF) A seqüência das estruturas do sistema respiratório pulmonar é: a) fossas nasais - laringe - esôfago - brônquios – traquéia b) fossas nasais - faringe - laringe - traquéia - brônquios c) fossas nasais - laringe - faringe - traquéia - brônquios d) fossas nasais - faringe - esôfago - traquéia - brônquios e) fossas nasais - faringe - traquéia - laringe – brônquios 05. (OSEC-SP) Um médico, ao ser chamado para atender uma vítima de afogamento, tinha a sua disposição três recipientes numerados cujos componentes e respectivas proporções eram as seguintes:

Recipiente I - 100% de 02 Recipiente II - 80% de N2 e 20% de 02 Recipiente III - 95% de O2 e 5% de CO2

O seu procedimento mais correto seria utilizar: a) a mistura do recipiente II, uma vez que o N2 estimula o processo respiratório, atuando sobre o cerebelo. b) a mistura do recipiente III, uma vez que o C02 estimula o bulbo a restaurar os movimentos respiratórios. c) o gás do recipiente I, porque somente o oxigênio puro pode satisfazer às exigências respiratórias dos tecidos celulares. d) a mistura do recipiente II, porque a porcentagem de oxigênio é aproximadamente a mesma que a do ar que respiramos. e) o gás do recipiente I, porque o oxigênio puro estimula a medula óssea a produzir maior número de hemácias. 06. (UFCE-CE) A reação: Hb + 4O2 → Hb(O2)4, onde Hb representa a hemoglobina, ocorre: a) nos pulmões d) no baço b) no coração e) nos tecidos orgânicos em geral c) no fígado

07. (CESGRANRIO-RJ)

Nos esquemas anteriores o aparelho respiratório humano está sendo representado e neles são localizadas suas principais estruturas, tais como: vias aéreas superiores, traquéia, brônquios, bronquíolos, bronquíolos terminais e sacos alveolares, que se encontram numerados. Sobre este desenho são feitas três afirmativas:

I - Em 4, o ar passa em direção aos pulmões após ter sido aquecido em 1. II - Em 6, o oxigênio do ar penetra nos vasos sangüíneos, sendo o fenômeno conhecido como hematose. ll - Em 8, o gás carbônico proveniente do sangue passa para o ar. Assinale: a) se somente I for correta. b) se somente II for correta. c) se somente I e II forem corretas. d) se somente I e III forem corretas. e) se I, II e III forem corretas. 08. (UA-AM) Na expiração não ocorre: a) relaxamento do diafragma. b) diminuição do volume pulmonar. c) contração da musculatura intercostal. d) aumento da pressão intratorácica em relação à pressão atmosférica. e) eliminação de dióxido de carbono. 09.

FUMO MATA 3 MILHÕES POR ANO DIZ A OMS

“O maior estudo já realizado sobre os efeitos do fumo nos últimos 50 anos concluiu que o tabagismo se tornou a maior causa de morte entre os adultos do primeiro mundo”. (Folha de São Paulo - 20/09/94)

A longo prazo o fumo pode levar o indivíduo à morte. Além disso, a cada cigarro, o fumante absorve uma substância, o monóxido de carbono, que tem efeito nocivo imediato no organismo, já que:

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a) desnatura a hemoglobina, impossibilitando o transporte de oxigênio e gás carbônico. b) reage com a água, no plasma sangüíneo, produzindo ácido carbônico capaz de diminuir o pH do meio celular. c) ao associar-se com a hemoglobina, impede-a de realizar o transporte de oxigênio. d) ao combinar-se com a hemoglobina, impossibilita o transporte e a liberação do gás carbônico pelo organismo. e) ao combinar-se com o ácido carbônico no plasma, impede a liberação do oxigênio. 10. (UnB) Assinale a alternativa que apresenta uma estrutura comum ao sistema respiratório e digestivo: a) brônquios b) faringe c) pulmão d) esôfago e) laringe 11. (UFRN) Durante a respiração, quando o diafragma se contrai e desce, o voluma da caixa torácica aumenta, por conseguinte a pressão intrapulmonar: a) diminui e facilita a entrada de ar b) aumenta e facilita a entrada de ar c) diminui e dificulta a entrada de ar d) aumenta dificulta a entrada de ar e) aumenta e expulsa ar dos pulmões. 12. (PUC-PR) A maior parte do gás carbônico eliminado pelas células no seu metabolismo é transportado no sangue: a) combinado com a hemoglobina b) pelas hemácias c) combinado com íons hidrogênio d) na forma de íon bicarbonato dissolvido no plasma e) pelos leucócitos 13. (UFRS) A velocidade dos movimentos respiratórios aumenta quando, no sangue, a concentração: a) da uréia aumenta b) da carboemoglobina diminui c) de CO2 é alta d) da oxiemoglobina é elevada e) da carboemoglobina permanece constante. 14. (FEBA) A hematose ocorre: a) na matriz citoplasmática b) na matriz mitocondrial c) nos átrios cardíacos d) nos ventrículos cardíacos e) nos alvéolos pulmonares 15. (FCC) O ritmo respiratório é controlado por um centro nervoso do bulbo, influenciado especialmente por variações do pH do sangue. Essas variações são causadas principalmente pela:

a) ação de tampão do plasma sanguíneo b) dissociação da oxiemoglobina c) combinação do oxigênio com a hemoglobina, liberando íons H+ d) combinação do CO2 com H2O e conseqüente dissociação e) combinação do CO2 com a hemoglobina, liberando íons H+

16. (FUVEST) Nos alvélos pulmonares, o sangue elimina:

a) monóxido de carbono e absorve oxigênio b) dióxido de carbono e absorve nitrigênio c) oxigênio e absorve dióxido de carbono d) dióxido de carbono e absorve oxigênio e) monóxido de carbono e absorve hidrogênio

17. (FUVEST) O que ocorre numa pessoa transportada para região de grande altitude, onde a atmosfera é rarefeita?

a) diminui a freqüência dos movimentos respiratórios. b) diminui a freqüência dos movimentos cardíacos. c) aumenta o número de leucóciotos. d) aumenta o número de hemácias. e) diminui a pressão sanguínea.

18. “A respiração pulmonar baseia-se essencialmente no transporte de O2 do ar ambiente para as células e do transporte do CO2 das células para a atmosfera.” a) O que é feito do O2 nas células? ______________________________________________

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b) Explique como se realiza o transporte do CO2. ______________________________________________

______________________________________________

c) Quais os grupos animais que apresentam esse processo? ______________________________________________

______________________________________________

19. Em condições normais e encontrando-se desperta uma pessoa pode parar de respirar na hora em que desejar fazê-lo. a) A pessoa seria capaz de produzir anoxia total, simplesmente parando de respirar? ______________________________________________

______________________________________________

b) Justifique sua resposta. ______________________________________________

______________________________________________

20. Um fumante inveterado acaba, com o tempo, adquirindo uma doença pulmonar conhecida como “efisema”, na qual muitos alvéolos arrebentam. Que conseqüência podem surgir a partir dessa situação? ______________________________________________

______________________________________________

21. (FUVEST) O monóxido de carbono (CO) é absorvido nos pulmões e reage com a hemoglobina do sangue, com a qual forma um complexo (COHb) 210 vezes mais estável do que a ixiemoglobina (O2Hb). Qual o prejuízo imediato para as células decorrente da inalação de CO por uma pessoa? Explique. ______________________________________________

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SISTEMA RESPIRATÓRIO 01

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A respiração é um fenômeno da maior Importância para o mundo vivo, uma vez que permite a extração da energia química armazenada nos alimentos e sua utilização nas diversas atividades metabólicas do organismo.

A respiração pode ser entendida, basicamente, sob dois aspectos: • É o conjunto de processos que culminam com a aquisição de oxigênio pelas células vivas e com a eliminação de gás carbônico para o melo ambiente. • É o mecanismo de oxidação da matéria orgânica em nível Intracelular. O SISTEMA RESPIRATÓRIO HUMANO

O sistema respiratório humano vale como um modelo para caracterizar os sistemas respiratórios dos mamíferos de um modo geral. Ele se compõe dos seguintes segmentos:

01. Fossas nasais ⎩⎨⎧

−−vibrisasArFiltrar

asaiscapilaresnArAquece

02. Faringe ⎩⎨⎧

−−

respiraçãoeNasofaringdigestãoOrofaringe

03. Laringe { vocaispregasvozFonação −= 04. Traquéia 05. Brônquios e bronquiolos 06. Pulmões parenquimatosos com pleura

⎪⎩

⎪⎨

−Pleura

HematosepulmonaresÁlveolossBronquíolo

Nos mamíferos, a cavidade do tronco é dividida em dois

compartimentos — cavidade torácica e cavidade abdominal

— separados entre si pelo diafragma, um músculo laminar, recurvado em forma de abóbada ou cúpula.

Os pulmões, principais órgãos do sistema respiratório, ficam alojados no andar de cima do tronco — cavidade torácica. 1. Fossas Nasais: apresentam uma abertura anterior (narina), que se comunica com o meio externo, e outra posterior (coana), que se comunica com a faringe. Nas fossas nasais pode-se constatar a presença de pêlos curtos (vibríssas), que têm a função de filtrar microorganismos e partículas do ar. A mucosa que reveste as fossas nasais produz um muco que também retém microorganismos e partículas diversas. Apresenta-se, também ricamente vascularizada, fato que permite um aquecimento do ar, facilitando, conseqüentemente, a difusão do O2 para o sangue, nos alvéolos pulmonares. 2. Faringe: é um conduto comum aos sistemas digestório e respiratório, pois comunica-se, por cima e pela frente, com a boca e as fossas nasais; e, por baixo, com o laringe e o esôfago. Apesar de anatomicamente comum aos dois sistemas mencionados, fisiológicamente o faringe não tem ação simultânea, já que o ato da deglutição inibe automaticamente a atividade respiratória. 3. Laringe: é um conduto cartilaginoso que se situa na parte anterior do pescoço e que apresenta um orifício, a glote, pelo qual se comunica com a faringe. Durante a deglutição, esse orifício se fecha por uma válvula reguladora chamada epiglote. O Laringe é o principal órgão da fonação (voz), onde encontramos as pregas vocais. 4. Traquéia: é um conduto de estrutura cartilaginosa, de maneira a manter o tubo traqueal sempre "aberto, inferiormente, bifurca-se, formando os brônquios. A traquéia realiza a condução dos gases respiratórios (O2 e CO2). 5. Brônquios: tem constituição semelhante à da tráqueia. São condutos que penetram nos pulmões, onde se bifurcam formando os bronquíolos. Esses, por sua vez, terminam em sacos também microscópicos chamados alvéolos pulmonares. 6. Pulmões: são órgãos de forma cônica, que contém os bronquíolos e alvéolos pulmonares. Calcula-se que cada pulmão possua cerca de 400 milhões de alvéolos. Os alvéolos pelo lado externo, comunicam-se com capilares sanguíneos de diâmetro tão reduzido que praticamente permitem o fluxo de hemácias "em fila", o lado interno dos alvéolos encontra-se diretamente em contato com o ar atmosférico inspirado.

Observações: 1. A mucosa de revestimento das fossas nasais tem o nome de pituitária. Diferenciam-se, todavia, uma pituitária respiratória (avermelhada, rica em vasos sanguíneos, destinada ao aquecimento do ar Inspirado) e uma pituitária olfativa (amarela, pouco vascularizada, rica em terminações nervosas do nervo olfativo, responsável pela percepção do olfato).

2. Os músculos respiratórios: a) Diafragma - é o principal músculo da respiração sendo exclusivo dos mamííferos e separa a cavidade torácica da cavidade abdominal. b) Intercostais - está localizado entre as costelas auxiliando o diafragma no processo respiratório.

Bronquíolos Alvéolos pulmonares

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INSPIRAÇÃO E EXPIRAÇÃO

A atividade dos músculos respiratórios (diafragma e intercostais) é regulada pelo centro respiratório, situado no bulbo (região do sistema nervoso central, abaixo do cérebro). Sob o comando do bulbo, o nervo frênico estimula a contração do músculo diafragma, que assim, "levantam" as costelas, acarretando um aumento do diâmetro longitudinal torácico. Mediante as contrações observadas nos músculos respiratórios, o tórax amplia-se, o que reduz a pressão interna. A pressão atmosférica torna-se então relativamente maior que a pressão interna: daí a penetração do ar atmosférico até os alvéolos pulmonares.

Conclui-se, portanto, que para o ar penetrar no tubo respiratório é necessário haver uma diferença entre a pressão atmosférica e a pressão existente no Interior da cavidade torácica. Quanto menor a diferença entre as pressões citadas, menor a quantidade de ar que penetra. Entende-se, assim, a dificuldade que um indivíduo tem para respirar quando é transportado para regiões de elevada altitude, onde a pressão atmosférica é baixa e determina uma pequena penetração de ar nos pulmões. Nesses casos, o organismo adapta-se a baixa tensão de O2, promovendo um considerável aumento do número de hemácias esse fato pernite que o pouco O2 disponível seja mais bem aproveitado.

Inspiração

* PRESSÃO ATMOSFÉRICA > PRESSÃO PULMONAR

Na expiração, o diafragma relaxa-se e sobe. Os músculos intercostais também se relaxam e as costelas entram em depressão. "abaixando-se". O volume do Tórax reduz-se, acarretando o aumento da pressão interna. Dessa maneira, a pressão interna torna-se maior que a pressão atmosférica, e o ar é expelido nos pulmões. Expiração

* PRESSÃO PULMONAR > PRESSÃO ATMOSFÉRICA

O MECANISMO DE TROCAS GASOSAS O ar que penetra nos pulmões encerra nitrogênio,

oxigênio e gás carbônico em percentuais diferentes, destes mesmos gases no ar que sai dos pulmões. Assim, há notáveis diferenças entre o ar Inspirado e o ar expirado.

TROCAS GASOSAS GÁS AR INSPIRADO AR EXPIRADO

Nitrogênio 79% 79% Oxigênio 20% 16% Gás Carbônico 0,04% 4%

O mecanismo de transporte do oxigênio atmosférico até as células vivas envolve vários fenômenos: Inspiração: compreende o fluxo de O2 desde as vias respiratórias superiores até os alvéolos pulmonares, com a indispensável participação dos músculos respiratórios, conforme vimos. Formação de oxiemoglobina: no sangue, a maioria do O2 penetra no Interior das hemácias; encontram-se inúmeras moléculas de hemoglobina, com as quais o O2 a se combina, formando a oxiemoglohína (HbO2 ).

Difusão do oxigênio para os tecidos: quando o sangue arterial, rico em O2 , chega aos tecidos, o O2 se desliga da hemoglobina e, por difusão passa, para o Interior das células vivas. Ao mesmo tempo em que o O2 se difunde para as células, o CO2 passa do interior celular para o sangue. Assim, no nível dos tecidos, o sangue arterial converte-se e o sangue venoso, que voltará aos pulmões para receber uma nova carga de O2 (EFEITO BÕHR)

O O2 é transportado assim: • 25% dissolvido no plasma; • 75% na forma de oxiemoglobina (HbO2) - Hemácias;

A afinidade entre a hemoglobina e o oxigênio, forma

uma combinação "fraca" e "instável".

O CO2 é transportado assim: - 5% dissolvido no plasma; - 25% com carboemoglobina (HbCO2) - Hemácias ; - 70% como íons bicarbonato(HCO3

-), no plasma.

Capacidade Vital

CAPACIDADE RESPIRATÓRIA - TOTAL

* CONTRAÇÃO DIAFRAGMA CAIXA TORÁCICA LONGITUINAL

INTERCOSTAIS CAIXA TORÁCICA TRANSVERSAL

* RELAXAMENTO DIAFRAGMA CAIXA TORÁCICA LONGITUDINAL

INTERCOSTAIS CAIXA TORÁCICA TRANSVERSAL

INSPIRAÇÃO

NORMAL = 500 ML DE AR

FORÇADA = 1.500 ML DE AR

EXPIRAÇÃO NORMAL = 500 ML DE AR FORÇADA = 1.000 ML DE AR

TOTAL = 3.500 ML DE AR

TOTAL = 5.000 ML DE AR

CAPACIDADE VITAL = 3.500 ML AR

AR RESIDUAL = 1.500 ML DE AR

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SISTEMA URINÁRIO 01

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Entende-se por homeostase a capacidade que tem o organismo de manter-se em equilíbrio interno dinâmico. Para tanto, um dos quesitos básicos exigidos é a manutenção da concentração dos líquidos corpóreos, praticamente constante. Acontece, porém, que as células vivas estão continuamente descarregando no sangue resíduos do seu metabolismo, por vezes tóxicos. Além disso, a aquisição de água e sais minerais, por exemplo, através da alimentação, pode estar além ou aquém das necessidades básicas do animal- Torna-se, necessário, então, o desenvolvimento de estruturas capazes de promover a eliminação das substâncias tóxicas ou em excesso, bem como a retenção das substâncias que se acham em falta. É através do sistema excretor que o organismo exerce tal regulação. Assim, pode-se concluir que a excreção tem, fundamentalmente, duas finalidades:

Remoção e eliminação de resíduos de origem celular; Manutenção do equilíbrio hidrossalino dos fluidos corpóreos

(regulação OsmÓtica).

Os rins são dois órgãos situados no abdome, junto à parede posterior do tronco, cada um de um lado da coluna vertebral. Cada rim tem a forma de um enorme grão de feijão. A artéria renal, que penetra no rim, é proveniente da aorta. De cada rim, sai uma veia – a veia renal. As duas veias renais convergem para a veia cava inferior. Na estrutura de cada rim, os tubos coletores de urina se reúnem em feixes, formando as pirâmides renais. Repare que o rim é envolto por uma cápsula de tecido conjuntivo fibroso, abaixo da qual se situa o córtex renal. Nessa camada cortiça! localizam-se os glomérulos de Malpighi. Nas pirâmides renais (zona medular do rim), não há glomérulos, mas tão somente tubos coletores de urina. As pirâmides se abrem no interior dos cálices. E estes se reúnem no bacinete, uma porção dilatada no hilo do rim (o hilo é a região côncava, como uma reentrância, por onde entram e saem os vasos sanguíneos renais). O bacinete faz continuidade com um canal longo – o ureter. Os dois ureteres conduzem a urina até a bexiga, onde ela é armazenada para oportuna eliminação através da uretra.

Cada rim humano é formado por uma infinidade de néfrons. Cada néfron, por sua vez, inicia-se por uma cápsula de Bowman (estrutura em forma de cálice), por onde penetra a arteríola aferente (ramificação da artéria renal). No interior da cápsula, a arteríola ramifica-se e organiza um emaranhado de vasos denominado glomérulo de Malpighi Desse emaranhado emerge a arteríola eferente, que abandona o glomérulo. A cápsula de Bowman está ligada a um longo tubo contorcido próximal. Este, por sua vez, desemboca em uma estrutura em forma de U chamada alça de Henle, a partir da qual se estende o tubo contorcido distal Vários túbulos distais, de vários néfrons, mergulham num túbulo coletor.

Excretas Nitrogenadas Os animais podem extrair a energia química de que necessitam de uma série de compostos orgânicos. Mas, ao se utilizarem proteínas, formam-se, além de CO2 e água, produtos nitrogenados tais como a amônia, uréia e ácido úrico, Isso se deve ao fato de o nitrogênio participar da composição química das proteínas.

Principal Excreta Nitrogenada Animais

Amoniotélicos Amônia Invertebrados aquáticos, peixes ósseos

Ureotélicos Uréia

Minhocas, peixes cartilaginosos, anfíbios e

mamíferos. Uricotélicos Acido úrico Répteis, insetos e aves.

O ciclo da ornitina e a formação da uréia Durante o metabolismo das proteínas, os aminoácidos

são "desaminados", isto é, perdem o seu grupamento amina (NH2). A desaminação, com formação de amônia (NH3), ocorre em todas as células do organismo, porém muito mais intensamente nas células do fígado. Isso mostra que há formação de amônia nas nossas células. No fim do ciclo, a ornitina que entrou no processo reaparece integralmente, mas a amônia está transformada em uréia. 2 AMÔNIA FÍGADO 1 URÉIA

A Fisiologia de Néfron O sangue entra no rim pela artéria renal, ramo da aorta. Na estrutura do órgão, essa artéria se ramifica, dando origem as arteríolas aferentes. Cada arteríola aferente torna-se muito fina e forma uma espécie de novelo a que se deu o nome de glomérulo de Malpíghi. A pressão sanguínea no interior dos finos vasos glomerulares força a passagem de grande parte do plasma para fora do sangue. Aproximadamente 1/5 do volume de plasma que circula pelo glomérulo filtra-se através das paredes delgadas

glomérulo de

Cápsula de Bowman

Túbulo proximal

Túbulo coletor

Arteríola aferente

Alça de Henle

Túbulo distal

Arteríola aferente

Rim

ureter

Bexiga urinária

uretra

A urina é armazenada na bexiga antes de ser expelida do corpo.

Resíduos são filtrados do sangue e formam a urina.

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desses vasos, caindo no interior da cápsula de Bowman, Essa filtragem é tão intensa que, se não ocorresse logo de imediato a reabsorção da maior parte da água filtrada (aproximadamente 99% da água serão reabsorvidos ao nível dos túbulos), ocorreria a morte do indivíduo num curto espaço de tempo (pouco mais de 30 minutos).

1. Filtração nos glomérulos. O filtrado recolhido pela cápsula de Bowman ainda não é a urina, pois tem uma composição totalmente diferente dos túbulos. Os íons Na+ puxam consigo os íons Cl- -, que assim voltam também ao sangue. (Atualmente, há quem admita o contrário, isto é, que o Cl- - é que sofre transporte ativo, puxando consigo o Na+). A reabsorção desses íons por transporte ativo é fortemente estimulada pela ação de um hormônio do córtex das supra-renais chamado aldosterona. 2. As células da parte inicial do tubo – tubo contornado próxima - absorvem, por transporte ativo, toda a glicose, os aminoácidos e parte dos sais, lançando-os no sangue. Ao receber de volta essas substâncias, o sangue torna-se mais concentrado que o líquido do tubo, fazendo com que parte da água também seja reabsorvida, agora por osmose e não por transporte ativo. A uréia e outros produtos tóxicos ou em excesso não voltam ao sangue: são eliminados com a urina.

3. Ao nível da alça de Henle, o líquido tubular é muito diluído. E o sangue, que circula nos capilares, está, ao contrário, muito concentrado. A passagem de água por osmose de volta para o sangue se processa, então, intensamente. Assim, a urina primária começa a se tornar mais concentrada. 4. Ao longo do túbulo contornado distal, volta a se verificar o transporte ativo com a reabsorção também de glicose e aminoácidos, notando-se o retorno dessas substâncias à corrente sanguínea. Da mesma forma, nesse ponto, a reabsorção passiva da água, por osmose, torna-se muito mais intensa, já que passa a ser "estimulada" por um hormônio liberado pela glândula hipófise, chamado hormônio antidiurético ou ADH (anti-diuretic hormone). Na verdade, esse

hormônio é produzido no hipotálamo (região na base do encéfalo). Vai agir ao nível dos túbulos distais incentivando a reabsorção da água, o que fará diminuir a concentração sanguínea. Em compensação a urina tornar-se-á mais concentrada e com menor volume, Portanto, o ADH diminui a diurese; daí o seu nome. 5. O líquido que chega ao final do túbulo distal e penetra nos tubos coletores da urina já não tem mais glicose, aminoácidos, vitaminas; o seu teor de água é imensamente menor do que fora antes; a concentração de sais e íons é bem menor do que a do filtrado glomerular. Esse líquido já é a urina propriamente dita. Regulação da função renal: hormônios ADH e Aldosterona. A regulação da função renal relaciona-se basicamente com a regulação da quantidade de líquidos do corpo. Havendo necessidade de reter água no interior do corpo, a urina fica mais concentrada, em função da maior reabsorção de água; havendo excesso de água no corpo, a urina fica menos concentrada, em função da menor reabsorção de água. O principal agente fisiológico regulador do equilíbrio hídrico no corpo humano é o hormônio ADH (antidiurético), produzido no hipotálamo e armazenado na hipófise. Esse hormônio passa para o sangue, indo atuar sobre os túbulos distais dos néfrons e sobre os dutos coletores, tornando as células dos túbulos mais permeáveis à água. Conseqüentemente, há maior retenção de água no corpo. Caso contrário, ocorre quando a absorção de água nos túbulos distais e tubos coletores, possibilitando a excreção do excesso de água. A urina fica, assim, mais diluída. Certas substâncias, como é o caso do álcool, inibem a secreção de ADH, aumentando a produção de urina. Por isso, quando se tomam bebidas alcoólicas, a produção de urina é mais abundante. Além do ADH, outro hormônio participa do equilíbrio de água e sais do corpo do homem; a aldosterona, produzida pelas glândulas supra-renais. A produção de aldosterona é regulada através de dois mecanismos:

Quando há redução de íons Na+ e de água no sangue, o rim é estimulado a produzir o hormônio renina; age sobre uma proteína denominada angiostensinogênio, encontrada no sangue e produzida no fígado, convertendo-a em angiotensina; esta estimula as supra-renais a produzirem a aldosterona. OBS: Os elementos figurados do sangue (hemácias, leucócitos e plaquetas), assim como as macromoléculas de proteínas, não se filtram ao nível dos glomérulos. Por isso, quando aparecem na urina, são indicativos de lesão glomerular. (Não consideramos aqui hemácias e leucócitos que podem aparecer na urina em conseqüência de infecções" das vias urinárias baixas.)

A) ADH (HORMÔNIO ANTI-DIURÉTICO) OU VASOPRESSINA - PRODUZIDO: HIPOTÁLAMO - ARMAZENADO: NEURO-HIPÓFISE

ADH = REABSORÇÃO INDIVIDUO URINA POUCO TUBULAR PASSIVA SANGUE: ADH = REABSORÇÃO INDIVIDUO URINA MUITO TUBULAR PASSIVA - BEBIDA ALCOÓLICA = INIBEM ADH INDIVIDUO URINA MUITO - RESSACA DESIDRATAÇÃO DO INDIVÍDUO

B) ALDOSTERONA

• PRODUZIDO: SUPRA-RENAIS (ADRENAIS) ALDOSTERONA = REABSORÇÃO INDIVÍDUO URINA POUCO TUBULAR ATIVA SANGUE: ALDOSTERONA = REABSORÇÃO INDIVIDUO URINA MUITO TUBULAR ATIVA

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JACKY18/02/08

SUBSTÂNCIAS INORGÂNICAS: ÁGUA

Frente: 01 Aula: 03

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01 – Conceito: A água é formada de dois átomos de hidrogênio (H2) e um átomo de oxigênio (O), formando assim, a molécula H2O. Substância Mineral Binária: H e O imprescindível à vida. Mas não se pode esquecer que há dois tipos de água, a Salgada e a Doce. A salgada ocupa 99% o total destas, sendo que a doce ocupa só 1% do espaço aquático no planeta Terra, sendo também que, apenas 0,23% deste total (estimativa). 02 – Fórmula Geral: Fórmula: H2O

Figura retirada da página

www.qmc.ufsc.br/.../liquidos/estrutura_gelo.gif

03 – Características:

Solvente universal; Poder de coesão e tensão superficial; Controle ácido-básico; Controle térmico e sede de reações bioquímicas; Aquisição e eliminação de substâncias.

04 – Formas:

Livre: H2O PPd Combinada: H2O com outras substâncias Solvatada: Formando camada de solvatação

05 - Percentual Vital:

Célula Adulta: 65% 06 – Variantes do Percentual:

Idade Metabolismo Grupo Celular Espécie

O tecido nervoso é o tecido que mais apresenta um maior percentual hídrico O tecido ósseo compacto é um dos tecidos que menos apresenta um percentual hídrico, assim como o tecido adiposo (gordura). 07 – Importância da água:

Figura retirada da página:

http://www.beautefemme.org/news/images/Famille/bebe/prenom-bebe.jpg

A criança ao nascer é constituída de aproximadamente 79% de água, de 70 a 75% nas primeiras semanas de vida e, no primeiro ano de vida, atinge de 60 a 65%. A água serve para transporta alimentos para as células, forma as secreções digestivas, elimina as impurezas e mantém os rins saudáveis. Permitindo o funcionamento de órgãos ricos em líquidos como a pele, olhos, boca e nariz, auxilia todos os órgãos a funcionarem adequadamente, lubrifica as articulações, regula a temperatura do corpo e seu metabolismo, entre outras funções. A água é imprescindível à vida dos indivíduos, dependendo da espécie, idade, metabolismo e grupo celular. O indivíduo pode ou não estar com os níveis mínimos para sua sobrevivência.

08 - Espécie:

Todos os seres vivos têm na sua constituição uma determinada quantidade de água que varia de espécie para espécie. Ela é a substância que existe em maior quantidade no organismo. O conteúdo total de água no corpo de um adulto corresponde a 60 - 65 % do peso corpóreo; já as crianças possuem cerca de 80% do peso corpóreo constituído de água (nos recém - nascidos, essa porcentagem pode ser ainda maior); os idosos apresentam de 40 a 50% do peso corpóreo constituído por água. Enquanto que, os fungos: 83% e a água - viva: 98%.

Figura retirada da página

http://www.novoaemfolha.com/arquivos/agua_viva.jpg

09 – Distribuição da água no organismo:

A distribuição da água, conforme o Dr. Rogério José Neves et al: A água do organismo está distribuída em dois grandes compartimentos: o Intracelular e o Extracelular. O Líquido Intracelular: A água do interior das células ou também conhecido como líquido ou compartimento intracelular, corresponde a cerca de 40% do total do peso do indivíduo, ou seja, cerca de 28 litros, isso para o mesmo indivíduo citado acima com o peso de 70 kg. O líquido intracelular provê o meio no qual as reações bioquímicas acontecem, possibilitando a organização metabólica responsável pela vida; sua variação para mais ou para menos afeta a fluidez dessas reações e, portanto, a saúde do indivíduo.

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O Líquido Extracelular:

Compreende todos os líquidos situados fora das células e corresponde a 20% do peso corporal. Este compartimento (Extracelular) une as células entre si, suprindo - as de substâncias nutritivas, energéticas, plásticas. Atua também recolhendo e conduzindo resíduos metabólicos para o exterior do corpo, lubrificando e permitindo o funcionamento normal das partes móveis do organismo, e por fim, é fundamental na regulação a temperatura corpórea.

10 - Metabolismo:

Os indivíduos que consomem uma dieta balanceada, rica em fibras, proteínas e sais minerais tendem apresentar um maior potencial hídrico, podendo variar em função da carga genética e/ou em casos patológicos.

Figura extraída da página

http://www.meridiano.com.ve/fisioculturismo/imagenes/2.gif

11 - Grupo Celular:

Na espécie humana qualquer fase de vida, existem grupos celulares com maior ou menor percentual hídrico em relação aos outros. Nos neurônios há 90%; na célula muscular 85%; ossos com medula tem 40%; ossos sem medula apresentam 25% e tecido adiposo: 20%.

12 – Classificação: Forma de apresentação:

I - Água livre: Compreende a 95% da água total presente no organismo, sendo uma das formas mais abundantes. É encontrada no sangue, nas células, no líquido intersticial, etc. É água líquida com moléculas em movimentos desordenados.

Figura extraída da página

http://www.vitaform.pt/saude/imgsau/csanguinia.gif

II - Água combinada: É a água que está presente ou associada a outras moléculas, como: carboidratos, lipídeos, proteínas, etc. Corresponde a 4% da água total presente no organismo.

Figura extraída da página http://www.ciadaescola.com.br/zoom/imgs/339/image009.jpg

III - Água de embebição: É a água quer forma a camada ou película hídrica (camada de solvatação) ao redor de proteínas citoplasmáticas (micelas). Corresponde a 1% da água total presente no organismo. Está adsorvida no interior das micelas.

Figura retirada da página http://pt.wikipedia.org/wiki/Imagem:Image78P.jpg

13 – Propriedades e funções hídricas:

a) Solvente Universal: Isso porque um grande número de substâncias que se dissolve (ou seja, se mistura) na água, formando, com ela, soluções. É a propriedade fundamental da água, pois permite que diversas substâncias presentes no interior da célula, tornem - se soluções constituintes do citoplasma e cariolinfa. b) Alto calor específico (termorregulação): A água impede mudanças de temperatura bruscas dentro da célula, que iria afetar o metabolismo celular, em razão do alto calor especifico. Além disso, a água participa do mecanismo termo - regulador (que regula a temperatura do corpo) ao ser lançada na superfície cutânea sob a forma de suor e que, pela evaporação, retira do corpo e excesso de calor. O centro termo regulador presente em animais homeotérmicos que é localizado no hipotálamo que é responsável por realizar o controle da água no corpo do indivíduo (sede), pressão sangüínea, produção de suor e controle do frio. Além do suor, a temperatura pode ser controlada com a umidade da pele em animais que apresentam extremo contato com a água. c) Transporte: A água tem poder de coesão entre si e de diversas substâncias. Nos seres que não apresentam vasos condutores (avasculares), ela é transportada célula a célula pelo processo de difusão; nos vasculares, ou seja, nos que apresentam vasos condutores de seiva ou aqueles que apresentam vasos sangüíneos e linfáticos a água é transporta as diversas substâncias por diferença de pressão. d) Tensão superficial: É uma propriedade ligada ao poder de coesão entre as moléculas de água. As moléculas de uma gota de água são mantidas juntas por forças coesivas, e a força coesiva especialmente forte na superfície constitui a tensão superficial. Devido a essa propriedade, é que pequenos insetos tais como um mosquito pode caminhar sobre as águas devido ao seu peso não ser suficiente para penetrar na superfície. e) Lubrificação: A água está presente em várias partes do nosso corpo, pois sem esta não existiria o líquido sinovial que é encontrado nas cartilagens, o líquido amniótico, etc. que são responsáveis por reduzir o atrito das estruturas, evitando um desgaste nesta de maneira desnecessária. f) Controle de reações: Elimina substâncias desnecessárias e veicula substâncias importantes para sua vitalidade. O seu funcionamento nas plantas é como se fosse um reagente que atua em conjunto com CO2, para que se possa ter o processo fotossintético (1% da água consumida).

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Substâncias Inorgânicas: Sais Minerais

Frente: 01 Aula: 04

PROFº: Hubertt Lima Verde A Certeza de Vencer

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Substâncias Inorgânicas: Sais Minerais: 01 – Conceito: Os minerais são nutrientes com função plástica e reguladora do organismo. É necessário ingerir cálcio e fósforo em quantidades suficientes para a constituição do esqueleto e dos dentes. Outros minerais, como o iodo e o flúor, apesar de serem necessários apenas em pequenas quantidades, previnem o aparecimento de doenças como a cárie dentária e o bócio. Uma alimentação pobre em ferro provoca anemia (falta de glóbulos vermelhos no sangue). O excesso de sódio, provocado pela ingestão exagerada de sal, aumenta o risco de doenças cardiovasculares e é um dos responsáveis pela hipertensão.

02 - Importância: Os minerais, como também as vitaminas, não podem ser sintetizados pelo organismo e, por isso, devem ser obtidos através da alimentação. Não fornecem calorias, mas se encontram no organismo desempenhando diversas funções.

Alguns alimentos que contém sais minerais. Imagem retirada da página:

http://www.brasilescola.com/biologia/os-sais-minerais.htm Os minerais possuem papéis essenciais, como constituintes estruturais dos tecidos corpóreos, por exemplo, o cálcio e o fósforo que formam os ossos e dentes; como reguladores orgânicos que controlam os impulsos nervosos, atividade muscular e o balanço ácido-base do organismo; como componentes ou ativadores/reguladores de muitas enzimas.

03 - Percentual Vital: A célula deve apresentar em torno de 4% de sais minerais em sua constituição. Além da composição química celular, os sais minerais são constituintes da estrutura molecular de diversos compostos orgânicos, controle da regulação osmótica celular e ativação enzimática.

04 - Classificação: • Sal Mineral Insolúvel: forma cristalina ou combinada • Sal Mineral Solúvel

H Sal Mineral Insolúvel: Pode ser encontrada sob duas formas que são: forma cristalina (SM+SM), forma combinada (SM+SO).

Acham-se imobilizados como componentes na estrutura esquelética. Os sais minerais podem ter dois comportamentos: estarem associados entre si ou associados a uma estrutura orgânica. Baseado nesse comportamento alguns autores classificam os sais minerais insolúveis em forma cristalina e forma combinada.

Sal mineral insolúvel de forma cristalina: É aquele formado somente por sal mineral, sendo insolúvel em água tendo como exemplo: Hidroxiapatita (forma o esmalte do dente); sal de silício; carbonato de sódio; fosfato de cálcio (forma a carapaça de invertebrados).

Carapaça de Invertebrados (escorpião). Imagem retirada da página:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Escorpi%C3%A3o

Sal mineral insolúvel de forma combinada: É aquele onde o sal mineral tem que se combinar com um composto orgânico. Para que o mesmo tenha função na célula e no organismo não poderá sofrer dissociação.

Os principais exemplos são: o átomo de magnésio (Mg) que irá formar a molécula de clorofila (Mg associado a anéis pirrólicos porfirínicos) importante para fotossíntese; o átomo de ferro (Fe) formando a molécula de hemoglobina (Fe associado também a núcleos pirrólicos), importante para o transporte dos gases respiratórios; o átomo de cobre (Cu) formando a molécula de hemocianina (Cu associado a núcleos pirrólicos), importante para respiração de invertebrados; o átomo de cobalto formando a molécula cobalamina (Co formando a vitamina B12); o átomo de iodo (I) formando os hormônios tri–iodo–tironina (T3) e tetra–iodo tironina ou tiroxina (T4) presentes na tireóide e importantes na regulação do metabolismo basal; o átomo de enxofre (S) formando aminoácidos e proteínas (contendo S nas suas ligações); o átomo de fósforo (P) que irá formar o fosfato presente nos ácidos nucléicos e molécula de ATP (adenosina-tri-fosfato que é a unidade de energia).

• Sal Mineral Solúvel: É aquele que está dissolvido nos líquidos orgânicos sob forma de íon, que é um elemento químico que ganhou ou perdeu elétron. Quando esse íon ganhar elétron, será chamado de ânion, tal como: íons cloreto (Cl-1), brometo (Br-1), iodeto (I-1), fluoreto (F-1), entre outros.

Caso perca elétron o íon será chamado de cátion tal como: íons sódio (Na+1), potássio (K+1), magnésio (Mg+2), cálcio (Ca+2) entre outros.

Através de inúmeras reações bioquímicas, existem inúmeros subprodutos que formam radicais catiônicos e aniônicos, tais como: íon bicarbonato (HCO3-1), carbonato (CO3-2), sulfato (SO4-2), bissulfato (HSO4-1), fosfato (PO4-3).

05 - Propriedades e funções salinas: • Controle energético:

É uma das funções principais do sal mineral na célula, devido à formação de ligações de alta energia na forma de ATP (adenosina tri - fosfato).

• Controle Enzimático: É um fenômeno ligado ao controle energético. Para que uma reação inicie é necessário uma energia de ativação, que é obtida pela quebra de inúmeras moléculas, principalmente glicídeos. Através de um mecanismo econômico, os sais minerais ativam inúmeras enzimas, que são biocatalizadores, que reduzem a energia de ativação e aumentam a velocidade da reação, produzindo mais e gastando menos.

• Controle do pH (ácido-básico): O primeiro aparelho digestivo surge em celenterados, e partir da evolução sofre inúmeros aperfeiçoamentos. No aparelho digestivo humano, existem três regiões específicas onde ocorre a digestão: boca, estômago e intestino delgado, porém, com PH distintos. Na boca o pH é neutro, em função das soluções tampões: bicarbonato (HCO3-1) e fosfato (PO4-3), bem como de outros elementos; no estômago, é ácido devido ao suco gástrico que contém íons hidrogênio (H+1), formando o ácido clorídrico (HCl) devido a secreção de cloreto (Cl-1) a partir das células parietais do estômago; no intestino delgado é alcalino, devido aos sais biliares e íons bicarbonato (HCO3-1).

• Formação de Pigmentos: Os sais minerais realizam a estruturação de inúmeros pigmentos respiratórios e fotossintéticos, como: Hemoglobina, mioglobina, hemocruorina, clorocruorina, xantofilas, carotenos, clorofilas e etc.

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Algas com clorofilas. Imagem retirada da página: http://www.netxplica.com/fotos/protistas/alga.jpg

Atividade salina na fisiologia celular: • Sais Insolúveis:

Hidroxiapatita: São cristais salinos, insolúveis em água, porém, solúveis em ácidos oriundos do metabolismo bacteriano, principalmente de Streptococus mutans.

Streptococus mutans que causam a cárie. Imagens retiradas das

páginas: http://www.medicinageriatrica.com.br/category/odontogeriatria/ e

http://cache.eb.com/eb/image?id=58695&rendTypeId=4 Hidroxiapatita é indicada para recuperação de perdas ósseas, em geral, deformidades ósseas, preenchimento de alvéolos após extração, regularização de rebordo alveolar, como protetor pulpar direto, e outras aplicações clínicas na medicina humana e veterinária (inclusive cirurgia de correção estética e funcional) e na odontologia.

Sal de silício: É encontrado impregnado nas carapaças ou valvas de algas unicelulares planctônicas conhecidas como diatomáceas. Com a morte dessas algas, suas valvas microscópicas são depositadas no fundo do mar, compondo a terra de diatomáceas, que pode ser usada como abrasivo e banana de dinamite.

Diatomácea. Imagem retirada da página:

http://www.horta.uac.pt/species/algae/Diatomaceas/diatomaceas.htm Silicose:

A silicose é a formação de cicatrizes permanentes nos pulmões provocada pela inalação do pó de sílica (quartzo). A silicose, a mais antiga doença ocupacional conhecida, ocorre em indivíduos que inalaram pó de sílica durante muitos anos. A sílica é o principal constituinte da areia, e, por essa razão, a exposição a essa substância é comum entre os trabalhadores de minas de metais, os cortadores de arenito e de granito, os operários de fundições e os ceramistas. Normalmente, os sintomas manifestam-se somente após vinte a trinta anos de exposição ao pó. Quando inalado, o pó de sílica atinge os pulmões, onde os fagócitos (p.ex., macrófagos) “engolem” as partículas. As enzimas liberadas pelos fagócitos provocam a formação de tecido cicatricial nos pulmões.

Espículas silicosas dos poríferos: Os poríferos apresentam o corpo cheio de poros.

Poríferos. Imagem retirada da página:

http://www.pnte.cfnavarra.es/iesmarci/webs_alumnos/curso_2003_04/ainfb1/web_ainf01b1/imagenes/zoo_poriferos2.jpg

Ao redor dos poros inalantes, ou óstios, figuram células especiais, longas e contrácteis, os miócitos; algumas esponjas apresentam miócitos também ao redor do ósculo - a grande abertura exalante. Essas células contrácteis formas enfícteres ao redor dos poros, promovendo um lento movimento de abertura e fechamento. As espículas, além de sustentarem o corpo do animal, podem ser consideradas como um fator de proteção. As espículas podem ser de origem calcárea ou silicosa.

Carbonato de cálcio: Também conhecido como calcita, é um mineral inorgânico quimicamente inerte com características alcalinas que resulta em reações do óxido de cálcio com dióxido de carbono. É um sal encontrado na estrutura do exoesqueleto dos corais e conchas dos moluscos; fortalece a casca do ovo de répteis e aves; faz parte da composição das espículas das esponjas calcáreas.

Conchas de Moluscos comestíveis. Imagem retirada da página:

http://www.malaco.ufjf.br/halyotis01.jpg

Fosfato de cálcio: Encontrado no endoesqueleto dos vertebrados (ciclóstomos, peixes, anfíbios, répteis, aves e mamíferos).

• Sais Solúveis: Os sais minerais podem ser encontrados misturados em água, estando, nesse caso sob forma dissociada em seus íons constituintes. Compreendem: carbonatos, cloretos, nitratos, sulfatos e iodetos de potássio, sódio, potássio, cálcio, magnésio etc. Os principais sais solúveis são:

Íons sódio e potássio (Na+ e K+): Participam do equilíbrio osmótico celular; os íons sódio são mais freqüentes nos animais e os íons potássio nos vegetais. Nas células em geral, existe uma maior concentração de Na+ no meio extracelular e de K+ no intracelular, o que resulta na polarização da membrana plasmática.

A diferença de concentração desses íons é mantida graças ao gasto de energia, e tem papel fundamental no mecanismo de emissão dos impulsos nervosos.

Íon magnésio (Mg+2): Faz parte da composição da molécula de clorofila; atua em várias reações químicas junto com enzimas e vitaminas; ajuda na formação dos ossos e no funcionamento de nervos e músculos; está relacionada com a interligação entre as duas subunidades constituintes dos ribossomos.

Íon cálcio (Ca+2): 90% do cálcio são armazenados nos ossos. Auxilia na formação dos ossos, dos dentes, na coagulação sanguínea, na transmissão de impulsos nervosos, nos batimentos cardíacos, na regulação da contração muscular, na regulação da pressão arterial e sistema imunológico. Suas fontes são leite e seus derivados e vegetais verde-escuros.

Íon Ferro (Fe+2 ou Fe+3): É um componente da hemoglobina, da mioglobina e de enzimas do sistema respiratório. Sua ausência provoca anemia. É absorvida apenas 10% pelo organismo e por isso é necessária a ingestão de vitamina C para que sua absorção atinja 40%. Suas fontes são carne bovina, carne suína e de frango, peixes, ovos, legumes e vegetais verde-escuros. Bibliografias: http://www1.uol.com.br/cyberdiet/colunas/030725_nut_saisminerais.htm http://pt.wikipedia.org/wiki/Sais_minerais http://www.mundoeducacao.com.br/biologia/sais-minerais.htm http://br.answers.yahoo.com/question/index?qid=20070313054252AAzTOIE

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Substâncias Orgânicas: Carboidratos 1

Frente: 01 Aula: 05

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Substâncias Orgânicas: Carboidratos 1 Os carboidratos também chamados glicídeos, glícedes, glúcedes, hidratos de carbono ou açúcares.

Imagens retiradas das páginas:

http://professoraneusa.files.wordpress.com/2007/11/frutas1.jpg e http://www.jblog.com.br/media/40/20070723-leite.jpg

Os carboidratos são, provavelmente, os compostos orgânicos mais abundantes nos organismos vivos. Eles podem sem divididos em quatro grandes grupos: monossacarídeos, oligossacarídeos e polissacarídeos. Os carboidratos são muito importantes para os seres vivos. O mecanismo de armazenamento de energia, para quase todos os seres vivos de nosso planeta, baseia-se em carboidratos ou lipídeos - os carboidratos são uma fonte de energia imediata, enquanto que os lipídeos queimam em uma velocidade menor, servindo para longo prazo. Os carboidratos são as biomoléculas mais abundantes na natureza, apresentam como fórmula geral: [C(H2O)]n, daí o nome “carboidrato”, ou “hidratos de carbono” e são moléculas que desempenham uma ampla variedade de funções. Na biosfera, há provavelmente mais carboidratos do que todas as outras matérias orgânicas juntas, graças à grande abundância, no reino vegetal, de dois polímeros da D-glucose, o amido e a celulose. O carboidrato é a única fonte de energia aceita pelo cérebro, importante para o funcionamento do coração e todo sistema nervoso.

Coração. Imagem retirada da página:

http://img181.imageshack.us/img181/7724/im003284jy0.jpg

Sistema Nervoso. Imagem retirada da página:

http://www.acontececg.com.br/estilozen/imagens/estilozen_1125496865.jpg

Um importante exemplo de açúcar é a glicose, encontrada no interior das nossas células e no nosso sangue. Sua função básica é fornecer energia para as atividades vitais.

Imagem retirada da página: http://bp2.blogger.com/.../I-

0yN0ILQrA/s320/insu.png Uma molécula de glicose tem 6 átomos de carbono, 12 átomos de hidrogênio e 6 átomos de oxigênio, o que pode ser expresso pela fórmula C6H12O6. O corpo armazena carboidratos em três lugares: fígado (300 a 400g), músculo (glicogênio) e sangue (glicose). Os carboidratos evitam que nossos músculos sejam digeridos para produção de energia, por isso se sua dieta for baixa em carboidratos, o corpo faz canibalismo muscular.

Fígado. Imagem retirada da página:

http://cabio.files.wordpress.com/2006/12/liver.jpg Funções:

ENERGÉTICA: São os principais produtores de energia sob a forma de ATP, cujas ligações ricas em energia (±10 Kcal) são quebradas sempre que as células precisam de energia para as reações bioquímicas. É a principal função dos carboidratos, com todos os seres vivos (com exceção dos vírus) possuindo metabolismo adaptado ao consumo de glicose como substrato energético. Algumas bactérias consumem dissacarídeos (p.ex.: a lactose) na ausência de glicose, porém a maioria dos seres vivos a utiliza como principal fonte energética. ESTRUTURAL: A parede celular dos vegetais é constituída por um carboidrato polimerizado - a celulose.

Imagem retirada da página: http://bp0.blogger.com

A carapaça dos insetos, artropódos contém quitina, um polímero que dá resistência extrema ao exoesqueleto; as células animais possuem uma série de carboidratos circundando à membrana plasmática que dão especificidade celular, estimulando a permanência agregada das células de um tecido - o glicocálix.

Presença de Quitina na carapaça. Imagem retirada da página:

http://www.educarex.es/cnice/biosfera/alumno

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RESERVA ENERGÉTICA: Nos vegetais, há o amido, polímero de glicose; nos animais, há o glicogênio, também polímero de glicose, porém com uma estrutura mais compacta e ramificada.

Imagens retiradas das páginas:

http://www.geocities.com/capecanaveral/launchpad/9071/Carboidratos_est.html

Classificação Quanto ao Número e Arranjos de Carbonos: Monossacarídeos:

Os Monossacarídeos são os açúcares simples. Possui de 3 à 7 átomos de carbono. Nomenclatura: Triose, tetrose, pentose, hexose, heptose.

Principais Exemplos de Pentoses: • DNA: Desoxirribose.

Imagem retirada da página:

http://www.biomol.org/design/assets/images/desoxirribose.jpg • RNA: Ribose.

Imagem retirada da página:

http://www.enq.ufsc.br/labs/probio/disc_eng_bioq/trabalhos_pos2003/const_microorg/ribose.gif

Principais Exemplos de Hexoses: • Frutose: É natural, conhecido mundialmente como o

“açúcar das frutas”, ideal para atletas que necessitam repor suas energias e para crianças, substitui o açúcar convencional tornando a alimentação mais saudável. Fornece energia de forma gradativa, por ser absorvida lentamente, o que evita que a concentração de açúcar no sangue (glicemia) aumente muito depressa. A frutose é encontrada em cereais, vegetais. A frutose e a glicose estão fortemente presentes nas uvas, e são a base química do vinho. É um açúcar encontrado na natureza, isto é, extraído das frutas e do mel.

Imagens retiradas das páginas:

http://djamb.files.wordpress.com/2007/04/morango.jpg e http://garatujando.blogs.sapo.pt/arquivo/O%20mel%20e%20a%20abel

ha.jpg

A frutose é um monossacarídeo (C6H12O6), com os carbonos dispostos em anel, muito encontrado em frutas.

Imagem retirada da página:

http://www.enq.ufsc.br/labs/probio/disc_eng_bioq/trabalhos_pos2003/const_microorg/carboidratos.htm

• Glicose: Resultado da “quebra” de carboidratos mais complexos (polissacarídeos) encontrados nos cereais, frutas e hortaliças.

Imagem retirada da página:

http://www.cacique.am.br/dicas_saude_images/17_10_2005_22_00_Frutas_Regionais.jpg

É rapidamente absorvida, sendo utilizada como fonte de energia imediata ou armazenada no fígado e no músculo na forma de glicogênio muscular. É a forma de açúcar que circula no sangue. No metabolismo humano todos os demais tipos de açúcar se transformam em glicose.

Imagem retirada da página:

http://www.diabetenet.com.br/imagens/imgtxilhotas/recebendoaglicose.jpg

Imagem retirada da página:

http://www.geocities.com/capecanaveral/launchpad/9071/glicose.gif

Sites: http://www.geocities.com/bioquimicaplicada/resumocarboidrato5a.htm http://www.portalbiologia.com.br/sistema/codigo/imprime_artigo.asp?site=5&id=1534 http://www.colegiosaofrancisco.com.br/alfa/carboidratos/monossacarideos-e-suas-fontes.php http://www.enq.ufsc.br/labs/probio/disc_eng_bioq/trabalhos_pos2003/const_microorg/carboidratos.htm http://profs.ccems.pt/OlgaFranco/10ano/biomoleculas.htm http://www.ied.ufla.br/alunos/turma0201/dupla09/carbo.html

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EXERCÍCIOS

FAÇO IMPACTO - A CERTEZA DE VENCER!!!

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01. (UFMT) Em 1758, Linnaeus propôs novas regras para denominar animais e plantas. Sobre essas regras, julgue as afirmações, usando C para certo e E para errado. ( ) O nome de família leva, em Zoologia, a terminação “inae” e, em Botânica, “aceae”. ( ) A denominação é uninominal para gênero e binominal para espécie. ( ) O conjunto de organismos, possuindo caracteres idênticos ou pouco diferentes e reproduzindo exclusivamente entre si, servirá para definir a categoria taxonômica denominada gênero. ( ) Em trabalhos publicados, todo nome científico deve ser grifado, ou escrito com tipo itálico ou com tipo negrito. 02. (UFCE) Pesquisadores da Universidade Federal da Paraíba e da Universidade de Brasília estudaram duas populações de sagüis (soins), denominadas Callithrix jacchus e Callithrix penicillata, com a finalidade de melhor entender os mecanismos de especiação neste grupo taxinômico. Descobriram que as duas populações são morfológica e cariotipicamente diferentes e ocupam extensas e distintas áreas de distribuição, no Recôncavo Baiano. Há, no entanto, uma área de contato entre as duas populações, uma faixa de terra com cerca de 50 km, onde foram encontrados indivíduos e grupos familiares de híbridos entre elas. Outros pesquisadores relataram que obtiveram, em cativeiro, três gerações férteis de híbridos entre C. jacchus e C. penicillata. Aplicando-se o conceito biológico de espécie ao estudo acima, podemos então afirmar corretamente que C. jacchus e C. penicillata: a) São duas espécies diferentes, pois recebem nomes científicos diferentes; b) São duas espécies diferentes, pois apresentam diferenças morfológicas e cariotípicas; c) São duas espécies diferentes, pois estão isoladas em áreas distintas; d) Pertencem à mesma espécie, pois não há isolamento reprodutivo entre as populações; e) Pertencem à mesma espécie, pois não há isolamento geográfico entre as populações. 03. (U.F. Viçosa-MG) Com relação ao nome científico do crustáceo Diacyclops bicuspidatus thomasi e as regras de nomenclatura biológica, é incorreto afirmar que: a) O nome da espécie deve ser destacado em itálico ou sublinhado; b) A espécie é sempre referida de forma trinominal; c) Diacyclops é nome genérico e deve ser escrito com inicial maiúscula; d) thomasi é categoria taxonômica inferior a bicuspidatus; e) bicuspidatus é o nome específico escrito sempre com inicial minúscula. 04. (Cefet-PR) Rhinoxenus Bulbovaginatus e Cacatuocotyle paranaenses são parasitos platelmintos de peixes de rios do Estado do Paraná. Estes dois parasitos pertencem: a) Ao mesmo reino; b) À mesma espécie; c) Ao mesmo gênero; d) Ao mesmo subgênero; e) À mesma raça. 05. UFPB No quadro abaixo, estão elencados os gêneros e as famílias a que pertencem diferentes mamíferos da Ordem Carnivora.

raposa coiote cão lobo Urso Gênero Urocyon Canis Canis Canis Ursus Família Canidade Canidade Canidade Canidade Ursidade

Da análise do quadro, espera-se que o maior grau de semelhança seja encontrado entre: a) Cães, ursos e raposas; b) Raposas e cães; c) Coiotes, cães e lobos; d) Cães, raposas e coiotes; e) Ursos, cães e lobos.

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FAÇO IMPACTO – A CERTEZA DE VENCER!!!

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06. (PUC-RS) Considerando a hierarquia das categorias taxonômicas, é correto afirmar que dois animais que fazem parte da mesma ordem obrigatoriamente pertencerão ............... , e dois animais pertencentes ............... sempre terão maior semelhança entre si.

a) À mesma classe – à mesma espécie b) À mesma família – ao mesmo gênero c) Ao mesmo gênero – à mesma família d) Ao mesmo gênero – à mesma espécie e) À mesma espécie – à mesma classe

07. (U.E. Ponta Grossa-PR) Integram a fauna do Parque de Vila Velha, no Paraná, os seguintes mamíferos: cachorro do mato, tamanduá-mirim, gambá, ratazana e capivara. No que respeita à classificação desses animais segundo a ordem a que pertencem, assinale certo ou errado.

( ) capivara – Perissodactyla ( ) cachorro do mato – Carnívora ( )tamanduá-mirim – Edentata ( )gambá – Masurpialia ( )ratazana – Rodentia

08. (PUC-SP) Na primeira década deste século, o médico brasileiro Carlos Chagas iniciou uma série de estudos que o levaram a descrever o ciclo de vida de um importante I pertencente à II Trypanosoma cruzi, agente etiológico do mal de Chagas e que tem como transmissor um III pertencente ao IV Triatoma, popularmente conhecido por “barbeiro”.

No trecho acima, as lacunas I, II, III e IV devem ser substituídas correta e, respectivamente, por:

a) Protozoário, família, inseto e filo. b) Protozoário, espécie, inseto e gênero. c) Bacilo, espécie, verme e gênero. d) Bacilo, família, verme e filo. e) Vírus, ordem, molusco e gênero.

09. (UFMS) O texto abaixo foi extraído de uma reportagem sobre estudos recentes nos quais pesquisadores apresentaram evidências de que uma população de salmões originou duas novas espécies em pouco mais de 50 anos. (...) Os cientistas presumiram que seria quase impossível assistir à evolução de uma nova espécie na natureza, um processo que era considerado longo demais para ser acompanhado durante o tempo de vida de qualquer ser humano. No entanto, pesquisadores que estudaram o salmão apresentaram evidências de que espécies novas podem evoluir muito mais rapidamente do que se julgava possível – em algumas dezenas de anos.

Adaptado do jornal O Estado de São Paulo, de 30 Outubro de 2000.

Há muita polêmica em torno das conclusões do estudo. Para refutar essas conclusões é preciso demonstrar que os salmões selecionados pelos pesquisadores são da mesma espécie. Para tanto basta provar que esses salmões:

a) São morfologicamente muito semelhantes entre si e têm a mesma desenvoltura para nadar; b) Originam, pela reprodução, uma prole numerosa; c) Têm os mesmos hábitos, ocupam o mesmo habitat e concorrem pelo mesmo tipo de alimento; d) Reproduzem-se entre si, transmitindo seus genes ao longo das gerações; e) Têm o mesmo número de cromossomos.

10. (UFR-RJ) Embora sejam popularmente chamados de “ursos”, na realidade o urso castanho de origem européia, Ursus arctos; o urso preto americano, Euarctos americanus; e o urso polar branco, Thalarctos maritimus, são animais distintos.

a) Se fosse possível o encontro do urso castanho com o urso polar, um suposto acasalamento resultaria em reprodução? Justifique.

b) Explique por que ocorreu a diferenciação entre esses animais? 11. (FUVEST-SP) É comum o cruzamento entre jumento e égua para se obter o híbrido conhecido como burro. Este, apesar de seu vigor físico, é estéril. a) Sabendo-se que o número diplóide de cromossomos o jumento é 62 e o da égua 64, quantos cromossomos devem estar presentes em cada célula somática do burro? b) Com base no conceito biológico de espécie, o jumento e a égua pertencem à mesma espécie? Por quê?

* Aula referente a aula 02 e 03

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TAXONOMIA

FAÇO IMPACTO - A CERTEZA DE VENCER!!!

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Os Sete Grupos Básicos de Classificação

m 1735, o botânico e médico sueco Carl Von Linné (1707 - 1778; Lineu em português) estabeleceu a espécie como unidade básica de classificação,reuniu os seres vivos em cinco grupos taxonômicos: reino,

classe, ordem, gênero e espécie - e propôs uma hierarquia de semelhança entre eles. Depois, outros pesquisadores acrescentaram dois grupos: filo (para animais) ou divisão (para vegetais e fungos) e família.

Espécies muito parecidas podem ser reunidas no grupogênero; neste o grau de semelhança é menor que na espécie. Gêneros afins formam famílias e estas compõem ordens,que se reúnem em classes. Os filos ou as divisões são compostos por classes semelhantes. Os diversos filos ou divisões são reunidos em reinos.

Lineu propôs também o uso de palavras latinas para denominar os organismos, unificando mundialmente a linguagem cientifica e evitando confusões geradas pela existência de nomes populares diferentes para a mesma espécie. Estabeleceu ainda a nomenclatura binominal (binomial) para a espécie, ou seja, o nome de uma espécie é formado sempre por duas palavras; a primeira indica o gênero e a segunda, o termo ou epíteto específico (o epíteto, palavra que qualifica algo, costuma ser um adjetivo, como sapiens, que quer dizer sábio, ou um nome de pessoa latinizado). Por exemplo, o leão e a onça pintada são classificados no gênero Panthera, mas o leão pertence à espécie Panthera leo e a onça, à espécie Panthera onca.

À medida que se afasta da espécie em direção ao reino, o grau de semelhança é menor e, portanto menor o grau de parentesco entre os organismos de cada grupo. Convém notar que Lineu, como a maioria dos naturalistas de sua época, aceitava a teoria fixista, isto é, acreditava que as espécies não evoluíram. A idéia de evolução somente seria divulgada e aceita no século XIX, cerca de cem anos depois, com o trabalho de Charles Darwin (naturalista inglês 1809 - 1882).

Classificação do Gato

Reino Animalia Filo Chordata

Classe Mammalia

Ordem Carnívora

Família Felidae

Gênero Felis

Espécie Felis domesticus

E

Por causa da complexidade de certos grupos, foi necessário estabelecer grupos intermediários: sub e supergêneros, sub e superfamílias, sub e supeordens, etc.

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Para que a classificação fosse uniforme, foi convencionada uma série de regras que devem ser seguidas por

todos os cientistas, vejamos algumas:

Todos os nomes científicos devem ser escritos em latim; se derivarem de outra língua, deverão ser latinizados. Os termos que indicam gênero até reino devem ter inicial maiúscula; o gênero é sublinhado ou escrito em itálico. O nome das espécies é binominal e escrito em itálico ou sublinhado: Homo sapiens (ser humano), Felis

domesticus (gato doméstico), Musca domestica (mosca). O primeiro termo indica o gênero e o segundo, o termo específico, escrito com inicial minúscula (se representar uma homenagem a alguém importante do país onde foi descrita a espécie, aceita-se o uso da inicial maiúscula. Ex.Trypanosoma Cruzi –homenagem a Oswaldo cruz)

A nomenclatura de uma subespécie (populações da mesma espécie geograficamente isoladas, que podem, no futuro, formar novas espécies) é trinominal (trinomial): Crotalus terríficus terríficus (cascavel brasileira), Crotalus terrificus durissus (cascavel da Venezuela, Colômbia e América Central).

A designação do subgênero aparece entre o gênero e o termo específico, entre parênteses, com inicial maiúscula: Aedes [Stegomya] aegypti (mosquito que transmite os agentes causadores da febre amarela e da dengue); Drosophila (Sophophora) melanogaster. (mosca das frutas)

O nome das famílias dos animais recebe o sufixo idae e o da subfamília, inae: Felidae, Felinae, etc. nas plantas, utiliza-se, em geral, a terminação aceae para a família (Rosaceae, família da roseira e da macieira) e ales para a ordem (Coniferales, ordem do pinheiro, da sequóia, etc.) Podemos nos referir a um gênero sem mencionar a espécie, sendo o referido gênero precedido da abreviatura sp Ex: Canis sp No caso de referência a várias espécies do mesmo gênero,usa-se spp Ex: Anopheles spp

Exemplo de Classificação Todas as raças de gatos domésticos são capazes de cruzar entre si e produzir descendentes férteis. Por isso

pertencem a espécie Felis domesticus, que faz parte do mesmo gênero do gato selvagem (Felis silvestris). O gênero Phantera (leão, onça tigre) e outros semelhantes compõe a família Felidae. Esta apresenta uma série de semelhanças com as famílias Canidae (cão, lobo), Ursidae (urso), Hyaenidae (hiena), Mustelidade (quati), Viverridae (mangusto) e outras, formando a ordem Carnívora.

Com as ordens primatas (ser humano, macaco), Edentata (tatu, tamanduá), Rodentia (rato), Chiroptera (morcego) e outras, a ordem carnívora forma a classe Mammalia que, com as classes Aves, Reptilia, Amphibia, de peixes e outras, forma o filo Chordata. Este e os outros filos de animais compõem o reino Animália.

Conceito de espécie: Grupo de indivíduos semelhantess capazes de cruzar e produzir descendentes férteis, em condições naturais, estando reprodutivamente isolados de indivíduos de outras espécies.

• Nomes de algumas espécies • • Canis familiaris (cão doméstico) • Canis lupus (lobo) • Culex quinquefasciatus (carapanã) • Culex pipiens (carapanã) • Felis domesticus (gato) • Felis pardus (leopardo) • Eunectes murinus (sucuri) • Bothrops pirajai (jararaca) • Bothrops alcatraz (jararaca)

Nomes de algumas subespécies

• Crotalus terrificus terrificus (cascavel brasileira) • Crotalus terrificus durissus (cascavel da América Central) • Homo sapiens sapiens (ser humano) • Homo sapiens neanderthalensis (chamado de homem de Neanderthal) • Leishmania tropica major (protozoário ag.etiol. da leishmaniose) • Leishmania tropica tropica (protozoário ag.etiol. da leishmaniose) • Triturus carnifex carnifex ( salamandra) • Vulpes vulpes japonica (raposa)

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TAXONOMIA

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PROFº: WAGNER / RINALDO

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A Certeza de Vencer

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Os Sete Grupos Básicos de Classificação

m 1735, o botânico e médico sueco Carl Von Linné (1707 - 1778; Lineu em português) estabeleceu a espécie como unidade básica de classificação,reuniu os seres vivos em cinco grupos taxonômicos: reino,

classe, ordem, gênero e espécie - e propôs uma hierarquia de semelhança entre eles. Depois, outros pesquisadores acrescentaram dois grupos: filo (para animais) ou divisão (para vegetais e fungos) e família.

Espécies muito parecidas podem ser reunidas no grupogênero; neste o grau de semelhança é menor que na espécie. Gêneros afins formam famílias e estas compõem ordens,que se reúnem em classes. Os filos ou as divisões são compostos por classes semelhantes. Os diversos filos ou divisões são reunidos em reinos.

Lineu propôs também o uso de palavras latinas para denominar os organismos, unificando mundialmente a linguagem cientifica e evitando confusões geradas pela existência de nomes populares diferentes para a mesma espécie. Estabeleceu ainda a nomenclatura binominal (binomial) para a espécie, ou seja, o nome de uma espécie é formado sempre por duas palavras; a primeira indica o gênero e a segunda, o termo ou epíteto específico (o epíteto, palavra que qualifica algo, costuma ser um adjetivo, como sapiens, que quer dizer sábio, ou um nome de pessoa latinizado). Por exemplo, o leão e a onça pintada são classificados no gênero Panthera, mas o leão pertence à espécie Panthera leo e a onça, à espécie Panthera onca.

À medida que se afasta da espécie em direção ao reino, o grau de semelhança é menor e, portanto menor o grau de parentesco entre os organismos de cada grupo. Convém notar que Lineu, como a maioria dos naturalistas de sua época, aceitava a teoria fixista, isto é, acreditava que as espécies não evoluíram. A idéia de evolução somente seria divulgada e aceita no século XIX, cerca de cem anos depois, com o trabalho de Charles Darwin (naturalista inglês 1809 - 1882).

Classificação do Gato

Reino Animalia Filo Chordata

Classe Mammalia

Ordem Carnívora

Família Felidae

Gênero Felis

Espécie Felis domesticus

E

Por causa da complexidade de certos grupos, foi necessário estabelecer grupos intermediários: sub e supergêneros, sub e superfamílias, sub e supeordens, etc.

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Para que a classificação fosse uniforme, foi convencionada uma série de regras que devem ser seguidas por

todos os cientistas, vejamos algumas:

Todos os nomes científicos devem ser escritos em latim; se derivarem de outra língua, deverão ser latinizados. Os termos que indicam gênero até reino devem ter inicial maiúscula; o gênero é sublinhado ou escrito em itálico. O nome das espécies é binominal e escrito em itálico ou sublinhado: Homo sapiens (ser humano), Felis

domesticus (gato doméstico), Musca domestica (mosca). O primeiro termo indica o gênero e o segundo, o termo específico, escrito com inicial minúscula (se representar uma homenagem a alguém importante do país onde foi descrita a espécie, aceita-se o uso da inicial maiúscula. Ex.Trypanosoma Cruzi –homenagem a Oswaldo cruz)

A nomenclatura de uma subespécie (populações da mesma espécie geograficamente isoladas, que podem, no futuro, formar novas espécies) é trinominal (trinomial): Crotalus terríficus terríficus (cascavel brasileira), Crotalus terrificus durissus (cascavel da Venezuela, Colômbia e América Central).

A designação do subgênero aparece entre o gênero e o termo específico, entre parênteses, com inicial maiúscula: Aedes [Stegomya] aegypti (mosquito que transmite os agentes causadores da febre amarela e da dengue); Drosophila (Sophophora) melanogaster. (mosca das frutas)

O nome das famílias dos animais recebe o sufixo idae e o da subfamília, inae: Felidae, Felinae, etc. nas plantas, utiliza-se, em geral, a terminação aceae para a família (Rosaceae, família da roseira e da macieira) e ales para a ordem (Coniferales, ordem do pinheiro, da sequóia, etc.) Podemos nos referir a um gênero sem mencionar a espécie, sendo o referido gênero precedido da abreviatura sp Ex: Canis sp No caso de referência a várias espécies do mesmo gênero,usa-se spp Ex: Anopheles spp

Exemplo de Classificação Todas as raças de gatos domésticos são capazes de cruzar entre si e produzir descendentes férteis. Por isso

pertencem a espécie Felis domesticus, que faz parte do mesmo gênero do gato selvagem (Felis silvestris). O gênero Phantera (leão, onça tigre) e outros semelhantes compõe a família Felidae. Esta apresenta uma série de semelhanças com as famílias Canidae (cão, lobo), Ursidae (urso), Hyaenidae (hiena), Mustelidade (quati), Viverridae (mangusto) e outras, formando a ordem Carnívora.

Com as ordens primatas (ser humano, macaco), Edentata (tatu, tamanduá), Rodentia (rato), Chiroptera (morcego) e outras, a ordem carnívora forma a classe Mammalia que, com as classes Aves, Reptilia, Amphibia, de peixes e outras, forma o filo Chordata. Este e os outros filos de animais compõem o reino Animália.

Conceito de espécie: Grupo de indivíduos semelhantess capazes de cruzar e produzir descendentes férteis, em condições naturais, estando reprodutivamente isolados de indivíduos de outras espécies.

• Nomes de algumas espécies • • Canis familiaris (cão doméstico) • Canis lupus (lobo) • Culex quinquefasciatus (carapanã) • Culex pipiens (carapanã) • Felis domesticus (gato) • Felis pardus (leopardo) • Eunectes murinus (sucuri) • Bothrops pirajai (jararaca) • Bothrops alcatraz (jararaca)

Nomes de algumas subespécies

• Crotalus terrificus terrificus (cascavel brasileira) • Crotalus terrificus durissus (cascavel da América Central) • Homo sapiens sapiens (ser humano) • Homo sapiens neanderthalensis (chamado de homem de Neanderthal) • Leishmania tropica major (protozoário ag.etiol. da leishmaniose) • Leishmania tropica tropica (protozoário ag.etiol. da leishmaniose) • Triturus carnifex carnifex ( salamandra) • Vulpes vulpes japonica (raposa)

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Taxonomia-Parte II

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A Certeza de Vencer

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Como se classificam os organismos:

O estudo descritivo de todas as espécies de seres vivos e sua classificação dentro de uma verdadeira hierarquia de grupamentos constitui a sistemática ou taxionomia. Tradicionalmente, distinguiam-se a sistemática zoológica, que se encarregava do estudo dos animais, e a sistemática botânica, na qual se classificavam as plantas. Modernamente, com a divisão dos seres em cinco reinos, o estudo da sistemática assume uma complexidade horizontal maior. Observação: Etimologicamente, taxionomia vem do grego taxis, 'ordem', e nomos, 'lei'. Ela é a parte da Biologia que trata da classificação dos sistemas viventes. Vamos começar a interpretar o papel da taxionomia vendo o conceito de espécie. Podemos dizer que espécie é um grupamento de indivíduos que revelam profundas semelhanças entre si, tanto no aspecto estrutural quanto no funcional, mostrando grandes similaridades bioquímicas, e no cariótipo (quadro cromossomial das células diplóides), com capacidade de se cruzarem naturalmente, dando origem a descendentes férteis. Observação: São da mesma espécie os indivíduos que apresentam:

Profundas semelhanças estruturais e funcionais; Similaridades bioquímicas; O mesmo cariótipo; Capacidade de reprodução entre si.

Observação: Considera-se como um sistema natural de classificação aquele que se baseia na morfologia e fisiologia dos organismos adultos, no desenvolvimento embrionário dos indivíduos, no cariótipo de cada espécie, na sua distribuição geográfica e, notadamente, nas relações dos seres com o processo da evolução das espécies. Um sistema artificial de classificação (que biologicamente não é correto) é aquele em que o taxionomista se baseia em uns poucos caracteres escolhidos arbitrariamente para classificar um determinado organismo. Classificações que dividissem os seres em aquáticos e terrestres, em macroscópicos e microscópicos, ou em alados e sem asas, seriam sistemas artificiais de classificação e não teriam qualquer valor cientifico. Para melhor entendimento, imagine que todas as criaturas humanas são razoavelmente semelhantes na sua anatomia e na sua fisiologia, têm grandes similaridades bioquímicas (a hemoglobina, a insulina, a tiroxina, a tripsina e numerosas outras substâncias são molecularmente idênticas em todos os indivíduos), possuem todos eles o mesmo número de cromossomos nas suas células somáticas (2n = 46), os quais correspondem a 23 tipos (pares homólogos) que se repetem em todas as pessoas e que, finalmente, cruzam-se e reproduzem-se naturalmente, originando descendentes férteis. Com essa observação, estamos afirmando que todos os seres humanos pertencem a uma mesma espécie. Essa espécie recebeu o nome de Homo sapiens. Ocorre, entretanto, que na Natureza existem espécies que, embora diferentes entre si, guardam grandes aproximações. O cão doméstico, o cachorro-do-mato, o lobo e o coiote revelam grandes semelhanças entre si, mas também demonstram algumas diferenças. Espécies muito próximas assim são enquadradas dentro de uma categoria taxionômica comum, que é o gênero. Portanto, no gênero Canis são reunidas as quatro

espécies citadas: Canis familiaris (cão doméstico), Canis thou (cachorro-do-mato), Canis lúpus (lobo) e Canis latrans (coiote).

Também com os vegetais observamos semelhante fato. O marmelo (Pirus cydonia), a maçã (Pirus malus) e a pêra (Pirus communis) constituem espécies distintas que se enquadram todas elas no mesmo gênero — Pirus. Como se vê, o gênero pode ser definido como um grupamento de espécies muito parecidas. Seguindo o mesmo raciocínio, podemos compreender que diversos gêneros muito próximos devam ser

reunidos num grupamento taxionômico comum. Surge, então, a família. Todos os integrantes do gênero Canis, juntamente com a raposa-vermelha (Vulpes vulpes) e a raposa polar (Alopex lagopus), integram a família Canidae. Mencionamos três gêneros — Canis, Vulpes e Alopex, que pertencem a uma mesma família

— Canidae. Você conclui, portanto, que família é uma reunião de gêneros afins, isto é, muito próximos ou parecidos. Agora, veja bem: o cão, o lobo, a raposa e demais organismos integrantes da família Canidae são todos carnívoros. Possuem dentes especiais para a alimentação à base de carne. Mas não são os únicos animais carnívoros. Os ursos, as hienas, os felinos (leão, tigre, onça, gato) também são carnívoros. E, no entanto, pertencem a famílias diferentes: Ursidae, Hienidae e Felidae, respectivamente. A reunião das famílias Canidae, Ursidae, Hienidae e Felidae resulta na formação de uma ordem — Carnívora. Logo, uma ordem é um grupamento de famílias que têm algo em comum. Por sua vez, as ordens se reúnem e formam as classes. Assim, a ordem Carnívora, juntamente com as ordens Rodentia (dos roedores), Primatas (dos macacos e do homem), Edentata (dos desdentados, como tamanduá, preguiça e tatu), Chiroptera (dos morcegos), Ungulata (dos portadores de cascos, como cavalos e bois) e Cetácea (baleias e golfinhos), forma a classe Mammalia (dos mamíferos). Realmente, em todas essas ordens, a fêmea é dotada de glândulas mamárias funcionais e suas crias, logo após o nascimento, são alimentadas com leite materno. Agora, preste muita atenção: todos os animais citados até aqui são dotados de coluna vertebral. Então, são vertebrados. Acontece, todavia, que existem outros vertebrados na Natureza que não são mamíferos. Assim são as aves, os répteis, os anfíbios e os peixes. As diversas classes desses animais se reúnem com a classe Mammalia e formam um filo ou ramo — o filo Chordata (animais que possuem notocórdio durante a formação embrionária, o qual geralmente é substituído por coluna vertebral). O filo é uma grande categoria taxionômica, pois encerra elevado número de espécies. Ele é um

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grupamento de classes. Em Botânica, a categoria taxionômica correspondente ao filo era tradicionalmente denominada divisão. Começa-se, agora, a não mais se fazer essa diferença. Os animais estão divididos e enquadrados em diversos filos. Os cordados formam apenas um deles. Se reunirmos o filo Chordata aos demais filos (Porifera, Coelenterata, Platyhelminthes, Nemathelminthes, Annelida, Arthropoda, Mollusca e Echinodermata), teremos a maior das categorias taxionômicas — o reino. Teremos, então, uma idéia global do reino Metazoa ou Animalia, no qual se reúnem todos os animais conhecidos. Um raciocínio em sentido contrário nos conduz à conclusão de que o reino se divide em filos; os filos se dividem em classes; as classes se dividem em ordens; as ordens se dividem em famílias; as famílias se dividem em gêneros; os gêneros se dividem em espécies. Reino é um grupo de filos. Filo é um grupo de classes. Classe é um grupo de ordens. Ordem é um grupo de famílias. Famílias é um grupo de gêneros. Gênero é um grupo de espécies. Espécie é um grupo de indivíduos semelhantes que se reproduzem entre si.

Muitas vezes, os biólogos encontram dificuldade em classificar os seres dividindo-os em apenas sete grupamentos, que são as categorias taxionômicas.

Por essa razão, foram criadas as subcategorias: sub-reinos, subfilos, subclasses, subordens, subfamílias, subgêneros e subespécies.

As sete categorias taxionômicas fundamentais se organizam formando uma verdadeira hierarquia decrescente em grandeza, que vai de reino a espécie. Observação: A unidade básica da taxionomia é a espécie. Todos os indivíduos de uma espécie provêm de um antepassado comum. Indivíduos de espécies diferentes, porém do mesmo gênero provêm de um ancestral comum, menos próximo,

entretanto. Indivíduos de gêneros diferentes, mas da mesma família certamente descendem de um antepassado comum, porém bastante remoto. A classificação dos seres será tanto mais correta quanto mais se aproximar dos verdadeiros caminhos da evolução das espécies.

Exercícios gerais: 01 – Conceitue espécie sob o ponto de vista biológico: __________________________________________________________________________________________________ 02 - (AEUDF-DF). A frase: "Conjunto de organismos possuindo caracteres idênticos ou pouco diferentes e reproduzindo-se exclusivamente entre si" servirá para definir: a) gênero b) subfamília c) subgênero d) espécie e) ordem

03 – (CESGRANRIO-RJ). Podem ser considerados como pertencentes à mesma espécie: a) organismos muito semelhantes que podem cruzar-se, mas dão origem a descendentes estéreis. b) organismos muito semelhantes que vivem no mesmo lugar, mas não se cruzam. c) organismos que, na Natureza, recombinam genes. d) organismos que vivem no mesmo habitat e pertencem ao mesmo gênero. e) organismos semelhantes que vivem no mesmo ambiente e têm hábitos alimentares idênticos.

04 - (CESGRANRIO-RJ). As categorias taxionômicas em que se classificam os seres vivos são ordenadas, de modo ascendente, da seguinte forma: a) espécie, gênero, ordem, família, classe e filo. b) filo, classe, família, ordem, gênero e espécie. c) filo, ordem, classe, família, gênero e espécie. d) filo, classe, ordem, família, gênero e espécie. e) espécie, gênero, família, ordem, classe e filo.

05 - (UFPA-PA). Quando dois organismos pertencem a uma mesma classe, obrigatoriamente devem pertencer à (ao) mesma (o): a) ordem b) família c) espécie d) gênero e) filo

06 - (UCPR-PR). Em termos de classificação de animais e de plantas, o nível correspondente ao filo entre animais, corresponde, entre vegetais, a: a) classe b) ordem c) superfamília d) família e) divisão

Importante: Enquanto você mantiver as mesmas políticas, provavelmente seus resultados serão os mesmos; veja o que realmente é importante na sua vida, quem realmente está comprometido em lhe ajudar, não se encante pelo simples canto da sereia. Esses cantos são bonitos, mas já levaram grandes navegadores para o fundo dos oceanos. Os grandes marinheiros devem sua reputação aos grandes temporais, portanto, não repita os mesmos erros, aprenda com os temporais que passaram na sua vida, não despreze essa instrução da velha marinha mercante e vença. Boa sorte na sua viagem e cuidado com as sereias que muito cantam e pouco fazem...

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ctÜt ÄxÜ x ÜxyÄxà|Ü Até o momento, poucas drogas terapêuticas mostraram-se eficientes contra os vírus. Os antibióticos, que agem contra as bactérias, não tem nenhum efeito contra as infecções virais. Algumas drogas capazes de bloquear a replicação dos ácidos nucléicos virais são utilizadas com relativo sucesso para conter certas infecções virais, como o herpes, por exemplo. No caso do HIV, são utilizados coquetéis de drogas que atuam tanto na produção do ácido nucléico como na síntese de proteínas virais.O combate mais efetivo às doenças virais é a prevenção, que pode ser feita por meio de vacinação, por medidas de saneamento básico, de prevenção do meio ambiente, de saúde pública e de cuidados pessoais. Vacinação: Muitas doenças virais podem ser prevenidas por meio de vacinas. Estas são, em geral, preparações feitas à base de vírus previamente mortos ou atenuados. Ao entrar em contato com o vírus da vacina, o organismo reage e ativa seus sistemas de defesa imunitária. Se a pessoa imunizada for atacada pelo vírus causador daquela doença específica, seu corpo já estará pronto para a defesa e a infecção não se estabelecerá. A varíola humana, por exemplo, grtaças às campanhas mundiais de vacinação, foi erradicada do planeta.Outras vacinas altamente eficazes são as que previnem contra a poliomielite e o sarampo.

dâxáàÆxá 01. UFPB O texto abaixo refere-se a etapas do ciclo reprodutivo dos vírus A e B.

O vírion A adere à célula hospedeira e injeta nessa célula o seu DNA. Os genes virais são transcritos em moléculas de RNA posteriormente traduzidas em proteínas virais. Essas proteínas induzirão a multiplicação do DNA viral. Em seguida, já com a célula hospedeira totalmente controlada pelo vírus, são produzidas proteínas para a construção de cabeças e caudas virais, que se agregarão ao DNA formando vírus completos. Cerca de 30 minutos após a adesão do vírion à célula, ocorre a lise celular, com a liberação de centenas de vírions maduros, aptos a reiniciar novo ciclo. O vírion B adere à célula hospedeira e penetra inteiramente em seu citoplasma. O capsídeo do vírus é então digerido, enzimaticamente, liberando sua molécula de RNA. O RNA passa a se autoreproduzir e, quando traduzido em proteínas, origina os componentes protéicos do capsídeo. Da união de ácidos nucléicos e capsídeos originam-se novos vírions maduros que se libertam da célula infectada. De acordo com o texto, é correto afirmar que:

a) A é um retrovírus e B é um bacteriófago. b) A pode causar gripe e B é um bacteriófago. c) A e B podem causar gripe. d) A é um bacteriófago e B pode causar gripe. e) A e B são bacteriófagos.

02. U. E. Ponta Grossa-PR Sobre vírus. Assinale o que for correto:

01) O vírus é o único ser vivo acelular. 02) Seu material genético é exclusivamente o RNA. 04) AIDS, raiva, tétano, coqueluche e sífilis são todas doenças causadas por vírus. 08) Os vírus também causam várias doenças aos animais e às plantas. 16) Os vírus não manifestam atividade vital fora da célula hospedeira.

Dê, como resposta, a soma das alternativas corretas. 03. U.F. Uberlândia-MG Com relação à AIDS é correto afirmar que:

a) Não se conhecem casos de pessoas contaminadas pelo vírus da AIDS por transfusão sangüínea ou outra via diferente do sexo. b) É uma doença oriunda de homossexuais e restrita principalmente a esse grupo. A AIDS praticamente não ocorre em mulheres jovens, com nível universitário. c) A forma mais eficiente de se evitar esta síndrome é nunca fazer fazer sexo antes do casamento. c) O contágio não se dá apenas por meio de relações sexuais, mas também pelo beijo, aperto de mão, piscina e uso em comum (troca) de roupas íntimas. d) O uso de preservativos (camisinha) durante as relações sexuais é ainda hoje um dos principais métodos para se evitar o contágio.

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04. UEMS Sobre os vírus pode-se afirmar que: a) Parasitam células animais e vegetais, mas não bactérias. b) O fago RNA de Escherichia coli é o vírus mais conhecido. c) Não contêm ácidos nucleicos de fita dupla. d) São “ativos” ou “inativos”, respectivamente, quando estão dentro ou fora da célula hospedeira. e) Virion é a partícula viral incompleta. 05. U. Potiguar-RN Sobre os vírus, seres patogênicos, sem organização celular, é correto afirmar-se: a) Possuem genoma próprio, completo, exibindo DNA e RNA b) São envolvidos por um envoltório (capsídio), que protege o material genético, que pode ser DNA ou RNA, dependendo do vírus c) Atacam apenas células animais d) Alguns são parasitas intracelulares obrigatórios 06. E.M. Santa Casa/Vitória-ES O vírus da AIDS é um vírus de RNA que necessita produzir um DNA complementar para completar o seu ciclo replicativo dentro do linfócito. A enzima necessária para que se faça a cópia do DNA complementar a partir do RNA viral é: a) DNA polimerase DNA dependente b) Transcriptase c) Ribonuclease d) Endonuclease de restrição e) Transcriptase reversa

Canção da taxonomia Lineu definiu num distante passado que a espécie que eu estudei formava um binômio. À um tempo atrás, pensou em nos dizer: Que olhando a estrutura, os seres agrupou. Classificou à sua maneira; sublinha a tempo a espécie inteira. Latinizarei para que eu possa sim unificar os nomes, os termos. Espécie quem viu; gênero tem mais traços; famílias eu não agrupei de modo errôneo. Das ordens se faz a classe pra dizer: que filos quando se agrupam, um reino se formou.

Música original.........Cap. Inicial Paródia: Prof. Rinaldo Barral

O vírus é um pirata, deixa a célula doente; só um ácido ele tinha, doenças provocam na gente; (mas tem a

vacina) A sua vida é um mistério, também a reprodução retrovírus eu não quero, inversa é sua transcrição. Há, o

médico disse: que infectou. Num instante tem acesso, e comanda em retrocesso, a síntese que dominou; nuclear é seu sucesso, se

misturou; controlou, e se replicou. Transcriptase reversa (o vírus vai liberar) e produz o DNA; (que o núcleo vai penetrar), a integrase do

zero(nada) vai misturar. Aspessoas se convencem que o linfócito escapou. Porém estão doentes; sua proteção acabou; há, o médico

disse: você descuidou. Está no cromossomo e comanda a transcrição Chegando no citoplasma é dono de uma tradução Há, o

médico disse: você descuidou Letra: Prof. Rinaldo Barral; Melodia: Coração pirata(Roupa nova)

Anotações:

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Viroses

Condiloma ou verruga genital. Causada pelo vírus do papiloma humano (HPV). Transmissão: relações sexuais. Sintomas: lesões em forma de "verrugas" na vulva, na vagina e no pênis. A lesão deve ser retirada com bisturi elétrico ou produtos químicos. Mulheres que tiveram ou têm o vírus devem fazer exames ginecológicos periódicos, já que alguns subtipos têm relação com o câncer no colo do útero. Os carcinomas cervicais, anais,vulvares e câncer de pênis tem sido atribuidos a alguns tipos de HPV, principalmente HPV-16, HPV-18 HPV-31 e HPV-45 . Em algumas regiões geográficas como o Nordeste brasileiro, a incidência de câncer de colo do útero é a mais alta do mundo, estimando-se que em torno de 40 mil mulheres desenvolverão esta doença no Brasil.

Herpes. Transmissão: contato direto com o portador. Os agentes etiológicos do herpes simples são o Human herpesvirus 1(HHV-1) e o Human herpesvirus 2(HHV-2); 90% das primo-infecções são inaparentes. O primeiro contato com o vírus do herpes simples tipo 1 ocorre na faixa de seis meses a três anos de idade e o vírus é transmitido principalmente por contato com saliva. O herpes simples tipo 2 é adquirido geralmente na fase de adolescência, coincidindo com o início das atividades sexuais, pois é transmitido principalmente durante o intercurso sexual. Manifestações clínicas mais frequentes do HHV-1: Gengivoestomatite herpética, erupção variceliforme de Kaposi e ceratoconjuntivite. Manifestações clínicas mais frequentes do HHV-2: Vulvovaginite herpética e

meningoencefalite Sintomas: pequenas vesículas cheias de líquido que, quando arrebentam, formam feridas nas mucosas ou na pele, com mais frequência nos lábios (herpes simples) ou na região genital (herpes genital). Embora as feridas cicatrizem em poucos dias, o vírus permanece no organismo e pode provocar novas lesões.

AIDS A Aids (sigla de acquired immunodeficiency syndrome ou

Sida, síndrome da imunodeficiência adquirida) é causada pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV, do inglês human immunodeficiency vírus). Esse vírus é semelhante aos vírus do grupo simian immunodeficiency vírus (SIV), encontrados em chimpanzés e outros macacos. Talvez seres humanos o tenham adquirido quando foram mordidos ou arranhados ao caçar macacos infectados. No continente africano existem dois tipos de HIV, o 1 e o 2 (menos agressivo), cada um com vários subtipos.

Medindo apenas 0,1 µ m, ele é formado por uma cápsula esférica, de glicoproteínas mergulhadas em uma dupla camada de gordura, com RNA.

Entrada do HIV na célula e sua multiplicação A proteína mais externa do HIV, chamada de gpl20, é capaz de se

encaixar na proteína CD4, que também é o nome do principal glóbulo branco atacado, o linfócito T4, CD4+ ou auxiliar. Após o encaixe, a cápsula do vírus se funde à membrana da célula e o material genético viral penetra no citoplasma. Com o auxílio da enzima transcriptase reversa, o RNA sintetiza uma molécula de DNA, que lhe é complementar, e é destruído. Essa molécula de DNA produz outra de DNA, complementar, e as duas se unem, formando uma dupla cadeia, que migra para o núcleo e se incorpora ao património genético da célula.

Como é o RNA que sintetiza uma molécula de DNA, ao contrário do que acontece no processo de transcrição dos seres vivos em geral, o HIV é classificado no grupo dos retrovírus (retro= para trás), o que justifica também o nome da enzima que permite esse processo, O DNA do vírus pode ficar inátivo por tempo indeterminado e, a qualquer momento, ativar-se e desencadear a síntese de novas moléculas de RNA, que orientam também a síntese de proteínas da cápsula e das enzimas virais. Assim, formam-se novos vírus, que migram para a periferia da célula, são envolvidos pela membrana e compõem brotos que se soltam da célula.

O resultado desse processo de destruição é a progressiva diminuição de linfócitos T4, o que, com o tempo, compromete todo o sistema imunitário. Dessa forma, o organismo fica sem defesa contra diversos germes e o doente pode morrer vítima de uma série de infecções.

O HIV pode ser transmitido através de vários fluidos corporais contaminados - sangue, sémen, secreção vaginal, leite materno, líquido cefalorraquidiano, líquido amniótico -, quando eles entram em contato com mucosas, como a da boca, do ânus, da vagina ou da pele (se esta apresentar cortes ou perfurações, mesmo microscópicos; a pele intacta é uma barreira eficiente contra a infecção de

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qualquer vírus). No caso do sangue, também quando é injetado em outra pessoa por transfusão (embora a fiscalização dos bancos de sangue pelo governo tenha diminuído muito essa forma de transmissão; é importante ressaltar que o risco existe apenas para quem recebe a transfusão) ou com agulha contaminada (o que é uma forma frequente de transmissão entre viciados em drogas injetáveis).

Não há evidências de que o vírus seja transmitido por suor, urina, saliva ou lágrima. Havendo feridas ou sangramento das

gengivas, o vírus poderia ser transmitido no caso de beijos prolongados com muita troca de saliva. Se o sémen estiver contaminado, o vírus pode penetrar na mucosa da vagina ou do reto. A transmissão da vagina ou do reto

para o pênis poderá ocorrer através da uretra masculina ou de lesões microscópicas ocasionadas no pênis durante a relação. Por isso, na relação entre um homem e uma mulher, qualquer um pode ser infectado. Nesse caso, a maior prevenção é o uso da camisinha, seja a masculina, de látex, seja a feminina, de poliuretano. A limitação do número de parceiros (e, claro, a abstinência) também diminui o risco de contágio.

O vírus pode ser transmitido da mãe para o filho durante a gestação, o parto ou o aleitamento. Por isso mulheres grávidas devem fazer o teste de Aids. Sendo portadoras do vírus, o uso de medicamentos adequados diminui muito a chance de transmissão para o

filho. O transplante de órgãos e a inseminação artificial também podem ser uma forma de transmissão. Objetos que possam entrar em contato com sangue, como lâmina de barbear, tesoura, alicate de unha, instrumentos usados por

médicos e dentistas (bisturis, pinças, alicates, seringas, etc.) ou em tatuagens e acupuntura, podem transmitir o vírus se tiverem sido utilizados em pessoas infectadas. Antes de serem usados de novo, esses instrumentos devem ser esterilizados por calor (alguns minutos em água fervente ou em estufa com temperatura superior a 60 °C por 30 min) ou por outros processos, como imersão em álcool, água oxigenada ou outros desinfetantes. Em relação a seringas e agulhas, a preferência é sempre pelas descartáveis.

Até o momento, nada indica que o vírus seja transmitido por apertos de mão, abraços, beijos sociais, tosse, espirro, uso de piscinas ou uso comum de roupas, toalhas, copos, talheres ou louças, pentes e objetos caseiros. Nem pelo compartilhamento de casa, local de trabalho ou mantendo outros contatos do cotidiano (excluídas as relações sexuais ou o contato com sangue ou secreções contaminados). Também não se adquire o vírus tomando vacinas, sendo picado por mosquitos ou por contato com animais domésticos. Os testes mais usuais, como o Elisa, indicam a presença de anticorpos contra o vírus no sangue. Assim, o teste acusará a

Dengue. O agente etiológico pertence à família Flaviviridae, gênero flvivirus, espécie Yellow fever virus e a transmissão ocorre

atravé da picada do mosquito Aedes aegypti. Sintomas: febre alta, dores musculares, articulares, na cabeça e nos olhos, inflamação na garganta e sangramento na boca e no nariz; podem surgir, ainda, manchas avermelhadas na pele, semelhantes às do sarampo. Cerca de uma semana depois, essas manifestações começam a desaparecer. Em pessoas sub-nutridas e debilitadas, a doença pode levar à morte. Na dengue hemorrágica, provocada por outro tipo de vírus, os sintomas se agravam e as pessoas devem permanecer em observação no hospital. Prevenção: como o mosquito põe seus ovos em águas paradas e limpas, caixas-d'água, poços e cisternas devem estar sempre cobertos. A água de vasos de plantas deve ser trocada com frequência e deve-se impedir o acúmulo de objetos que retenham água, como pneus, latas, garrafas, etc.

O período de incubação varia de 02 a 15 dias. Febre amarela. Transmissão: pela picada do mosquito Aedes aegypti

(pequeno e de cor escura, que vive nas regiões urbanas e tem hábitos diurnos) e do mosquito Haemagogus (no campo). O vírus penetra na pele atraves da picada do artrópode infectado e dissemina para os linfonodos locais, onde ocorre a multiplicação primária. A partir dos linfonodos, o vírus penetra na circulação sanguínea e se localiza no baço, no fígado, no rin, na medula óssea e nos gânglios linfáticos. Sintomas: febre, vómito, dor no estômago e lesões do fígado, o que torna a pele amarelada (icterícia). A morte pode resultar de lesões necróticas no fígado e nos rins. O período de incubação é de três a seis dias Prevenção: combate ao mosquito e vacinação.

DNA viral integra-se ao

DNA viral produz

RNA produz proteínas virais

DNA entra no Transcriptase reversa produz

CD4

gp12

Fusão do vírus com uma célula

Injeção do material genético

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Doenças Causadas por Vírus: Vamos ver a seguir as principais viroses da espécie humana.

Gripe e resfriado comum Embora causados por vírus diferentes, seus sintomas são semelhantes: coriza, obstrução nasal, tosse e espirro; a febre geralmente só aparece nos casos de gripe. Ambas as doenças são transmitidas por gotículas eliminadas pelas vias respiratórias (fala, espirro, tosse, etc.). Recomenda-se apenas repouso, boa alimentação, ingestão de uma grande quantidade de líquidos e, se necessário, antitérmicos e descongestionantes. Se os sintomas persistirem por mais de uma semana é necessário consultar o médico.

Imagem retirada da página: http://www.oesteinforma.com.br/imagens/2007/saude-

2007/gripe.jpg

Poliomielite Na maioria das pessoas essa virose causa apenas febre e mal-estar, no entanto, em alguns indivíduos ela pode atacar o sistema nervoso, provocando paralisia. O vírus penetra através de alimentos contaminados ou por contato com a saliva do doente. Uma vez instalada a doença, não há um procedimento específico para curá-la, sendo feito apenas um tratamento fisioterápico nos casos em que ocorre paralisia (a doença é conhecida também como paralisia infantil, embora não ataque apenas crianças), visando melhorar a coordenação muscular. Assim sendo, para evitar tal doença é muito importante que os pais vacinem seus filhos na época recomendada pelo médico.

Imagem retirada da página: http://www.ortomedicasc.com.br/imagem-

18.jpg Febre Amarela

É causada por um vírus transmitido pela picada do mosquito Aedes aegypti (nas cidades) e do mosquito do gênero Haemagogus (no campo).

Aedes aegypti e Haemagogus janthinomis. Imagens retiradas das

páginas: http://saudeonline.files.wordpress.com/2007/10/aedes-aegypti-2.jpg e http://educacao.uol.com.br/biologia/ult1698u75.jhtm

Provoca febre, vômito, dor no estômago e lesões no fígado, o que torna a pele amarelada (icterícia). O tratamento visa apenas a compensar a desidratação e a perda de sangue para dar tempo ao organismo de reagir, mas em alguns casos pode ocorrer morte por problemas cardíacos ou renais. A prevenção é feita pelo combate ao mosquito e pela vacinação, principalmente nas pessoas que vivem ou se dirigem para as regiões onde a doença se manifesta.

Raiva Essa doença fatal ataca o sistema nervoso. A contração dos músculos responsáveis pela deglutição torna o ato de comer e beber muito doloroso — daí a hidrofobia (hidro = água; fobia = medo, obsessão), típica da doença. É transmitida por animais domésticos, principalmente o cão e o gato, sendo por isso obrigatória a vacinação e o recolhimento dos animais soltos na rua. Pode ser transmitida também por outros animais como ratos e morcegos hematófagos (que se alimentam de sangue). Quando uma pessoa ê mordida por qualquer animal, deve-se lavar o local da ferida várias vezes com água e sabão e depois aplicar um desinfetante. O médico deve ser avisado e se houver risco de contrair o vírus, a vítima recebe soro e vacina anti-rábicos, que evitam a doença.

Hepatite Viral A hepatite é uma inflamação do fígado que pode ser causada por parasitas. A hepatite viral é provocada por cinco tipos de vírus diferentes: A, B, C, D e E. Os sintomas das diversas formas são parecidos: icterícia (pele e olhos amarelados), febre, náuseas, vômitos, falta de apetite etc. Transmitida por água e alimentos contaminados, a hepatite A normalmente regride sozinha com repouso e dieta adequada. A hepatite B é transmitida principalmente por sangue, derivados dele e relações sexuais. Embora na maioria dos casos a doença desapareça sem deixar conseqüências, 5% dos pacientes necessitam de hospitalização e 10% tornam-se doentes crônicos e podem desenvolver cirrose (lesões no fígado) e câncer de fígado. Para esta forma de hepatite (B) já existe uma vacina eficaz. A evolução das hepatites C e D é semelhante à da hepatite B (mas não há vacinas), enquanto o tipo E evolui de modo semelhante ao tipo A.

Herpes O vírus produz pequenas vesículas cheias de líquido que quando arrebentam formam feridas nas mucosas ou na pele, com mais freqüência nos lábios (herpes simples) ou na região genital (herpes genital). Embora as feridas cicatrizem em poucos dias, o vírus permanece no organismo e pode provocar novas lesões. A transmissão se dá por contato direto com o portador. Há medicamentos que, embora não curem a doença, diminuem muito a freqüência e a intensidade dos sintomas.

Imagem retirada da página:

http://www.lib.uiowa.edu/hardin/md/dermatlas/herpessimplex.html Dengue

É transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, pequeno e de cor escura, que vive nas regiões urbanas e tem hábitos diurnos.

Imagem retirada da página:

http://www.brasilescola.com/upload/e/capa_dengue.jpg Alguns dias depois da picada (período de incubação), há febre alta com duração de quatro a sete dias, dores musculares e articulares (daí o nome popular de "quebra-ossos"), na cabeça e nos olhos—pode haver fotofobia (aversão à luz)—, inflamação na garganta e sangramento na boca e no nariz. Fora isso, há possibilidade de surgimento de manchas avermelhadas na pele semelhantes às do sarampo. Cerca de uma semana depois, essas manifestações começam a desaparecer aos poucos, mas em pessoas subnutridas e debilitadas a doença pode levar à morte. A dengue não tem tratamento específico: o doente deve ficar de repouso, ingerir muito líquido e tomar medicamentos para dor e febre, indicados pelo médico. A prevenção é a mesma que a contra a febre amarela: como o mosquito põe seus ovos em águas paradas e limpas, devemos conservar tampados caixas-d'água, poços e cisternas, trocando semanalmente a água de vasos de plantas e impedindo o acúmulo de objetos que retenham água, como pneus, latas, garrafas etc. Quem já teve dengue—mesmo de uma forma assintomática (sem sintomas)—ou quem é portador de doença crônica, como a diabetes, a artrite reumatóide ou o lúpus, está sujeito a contrair a dengue hemorrágica, provocada por outro tipo de vírus. Ela começa do mesmo modo que a outra dengue, mas, quando termina a fase febril, os sintomas se agravam, com queda de pressão arterial, hemorragias da pele, intestino e gengivas, e aumento no tamanho do fígado. Neste caso, as pessoas devem permanecer em observação no hospital, uma vez que, se não houver assistência médica, a doença pode levar o paciente à morte em 10% dos casos.

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Sarampo Ataca principalmente crianças até dez anos de idade, provocando tosse, febre alta e manchas vermelhas no corpo. O doente fica curado naturalmente em poucos dias, mas, sobretudo em crianças subnutridas, podem ocorrer complicações, como a broncopneumonia, provocadas por bactérias e que exigem pronto atendimento médico. A transmissão se dá de um doente para outro por eliminação do vírus pelas vias respiratórias. A prevenção é feita pela vacina.

Rubéola É também típica de crianças, produzindo sintomas semelhantes aos da gripe e manchas rosadas na pele, menores que as do sarampo. Tem evolução benigna, mas nas mulheres grávidas, o vírus pode passar através da placenta e provocar problemas no feto (surdez, doenças cardíacas etc). A prevenção é feita com a vacina.

Catapora (Varicela) Ataca principalmente crianças, provocando febre, enjôo, vômitos e pequenas bolhas no corpo. O doente melhora sozinho em poucos dias, mas é necessário procurar o médico e manter a criança isolada. Não se deve coçar as bolhas, para evitar contaminação por bactérias. Não há vacina específica e em alguns casos o vírus pode permanecer em estado latente e, mais tarde, no adulto, provocar bolhas na pele e febre alta: é o berpes-zoster ou "cobreiro".

Caxumba Provoca inflamação da parótida, uma glândula salivar (daí o nome parotidite). A cura é espontânea, mas o doente deve ficar em repouso. Entretanto, principalmente nos adultos, ela pode trazer complicações para outros órgãos, como os testículos (neste caso, pode causar esterilidade).

Condiloma ou Verruga Genital É causado pelo vírus HPV (papiloma vírus) que provoca lesões em forma de "verrugas" na vulva, vagina e pênis, sendo transmitido pelo ato sexual. A lesão deve ser retirada com bisturi elétrico ou produtos químicos. Mulheres que têm ou tiveram o vírus devem fazer exames ginecológicos periódicos, já que alguns subtipos do vírus têm relação com o câncer no colo do útero.

Aids A Aids é um processo de destruição do sistema imunológico, que é um conjunto de células que defendem o corpo contra infecções e alguns tipos de câncer. Por isso, os doentes de Aids apresentam uma grande vulnerabilidade a infecções por germes chamados oportunistas, que para eles são fatais. Vem daí o nome da doença: Aids é a sigla de "Acquired Immunodeficiency Syndrome" (Síndrome da imuno-deficiência adquirida), o que significa que esta deficiência imunológica não é herdada dos pais, mas adquirida pelo contato com o vírus (o termo síndrome indica um conjunto de sinais e sintomas de uma doença). O nome do vírus adotado oficialmente é HIV, iniciais de "human immunodeficiency virus" — o vírus da imunodeficiência humana. Há dois tipos: o HIV-1, responsável pela quase totalidade dos casos, e o HIV-2, que é bem mais raro e produz uma forma um pouco menos agressiva da doença. Sintomas: A maioria das pessoas não apresenta nenhum sintoma logo após ter sido contaminada pelo vírus (mas é importante saber que, mesmo sem sintomas, ela pode transmitir o vírus para outras pessoas). Duas a quatro semanas depois do contato com o vírus, é possível que ocorram febre, diarréia, cansaço, falta de ar, aumento dos gânglios linfáticos nas axilas, pescoço e virilha, manchas avermelhadas na pele, sapinho (candidíase) e uma série de sintomas que podem aparecer em outras doenças, como a mononucleose. Por isso, somente um diagnóstico médico é capaz de indicar se a pessoa tem realmente a doença. Uma ou duas semanas depois os sintomas desaparecem, mas o vírus continua a se reproduzir no corpo. Após um tempo variável, surgem as infecções oportunistas, acompanhadas por emagrecimento e fraqueza. Uma vez instalada a doença, ela é fatal. Transmissão: O contágio ocorre principalmente através de esperma, sangue, leite materno e secreções vaginais, que entram em contato com o sangue de outra pessoa através de lesões na pele ou mucosas. Portanto, a infecção pode acontecer nas relações sexuais, transfusões, gravidez, parto, amamentação e uso de agulhas e outros instrumentos contaminados (bisturis, tesouras etc). Até a década de 1990,

não foi registrado nenhum caso de contágio do vírus da Aids através de picadas de mosquito, apertos de mão, abraços, beijos sociais, tosse, espirro, uso de piscinas ou uso comum de roupas, toalhas, copos, talheres, privadas, serviços de lavanderia etc. Existem pessoas infectadas há mais de quinze anos que ainda não desenvolveram a doença. Não se sabe ainda por que; talvez elas sejam resistentes ao vírus da Aids. Diagnóstico: Tanto os doentes quanto os portadores assintomáticos podem ser identificados através de testes em amostras de sangue. O mais usado é o Elisa. Mas como há a possibilidade de um resultado positivo falso, é necessário submeter a amostra duas vezes ao teste ou recorrer a um teste mais preciso, como o Western-Blot. Tratamento: Ainda não existe cura para a Aids, mas medicamentos como o AZT, ddI, ddC, que inibem a enzima transcriptase reversa, e os chamados inibidores de proteases (outra enzima de vírus) prolongam a vida do paciente e melhoram suas condições de existência. Os doentes devem ter acompanhamento médico constante, de modo que as infecções possam ser prontamente identificadas (como a pneumonia, o herpes, a candidíase) e tratadas com antibióticos e outras medicações específicas. As vacinas contra a Aids estão em fase experimental, mas a capacidade que o vírus tem de sofrer mutações, produzindo novas linhagens de vírus imunes aos anticorpos contra as linhagens antigas, diminui a probabilidade de se conseguir uma vacina eficaz. Prevenção: A melhor proteção contra a transmissão da Aids por via sexual é o uso do preservativo masculino ou camisinha. Para prevenir-se contra a transmissão por via endovenosa (pelo sangue) é necessário controlar os bancos de sangue e utilizar apenas seringas ou agulhas descartáveis. Mulheres portadoras do vírus não devem ficar grávidas; e os instrumentos que possam ser contaminados pelo sangue de pessoas infectadas devem ser esterilizados.

Vírus e Câncer O câncer aparece quando certos genes que controlam o crescimento e a divisão celular sofrem alguma alteração, que pode ser provocada por radiação, produtos químicos ou certos tipos de vírus, como o HTLV-1 (human T-cell lymphotrophic vírus type 1). Este vírus é similar ao da Aids e, em vez de destruir as células de defesa do organismo, como faz o vírus da Aids, faz com que elas se reproduzam descontroladamente, provocando leucemia. O vírus se transmite por transfusão sanguínea, contato sexual, seringas contaminadas e amamentação.

Os Vírus Emergentes Febre alta, dores no corpo, vômito, diarréia e hemorragias generalizadas nos órgãos e na pele, que se rasga e se solta dos ossos, com o sangue saindo por todos os poros do corpo. Em cerca de dez dias a pessoa morre: são os sintomas da febre hemorrágica causada pelo vírus Ebola. Esse vírus apareceram pela primeira vez em 1967, quando matou sete pessoas na cidade alemã de Marburgo. Voltou a aparecer em 1976, no Sudão e no Zaire (às margens do rio Ebola, de onde se origina o nome do vírus), matando centenas de pessoas e, novamente, no Zaire, em 1995, dizimando cerca de cem pessoas. O vírus é transmitido de uma pessoa contaminada para outra pelo contato direto com sangue, suor, saliva e sêmen. Mata 90% das vítimas, destruindo seus vasos sanguíneos. Não há tratamento específico, mas se as vítimas forem isoladas e mantidas em condições higiênicas adequadas, a epidemia pode ser controlada. O Ebola faz parte de um grupo de vírus que circulam há muito tempo em animais que vivem em áreas não habitadas pelo homem ou em populações humanas isoladas (no caso do Ebola, o reservatório, isto é, o animal que abriga o vírus, parece ser uma espécie de macaco). Com a chegada do homem nesses ambientes, o vírus começa a se espalhar na população humana. Por isso, esses vírus são chamados de “Vírus emergentes”, já que saem ou emergem de seu habitat natural. No Brasil encontramos: o Rocio, descoberto em 1975, na localidade de mesmo nome no sul do estado de São Paulo, que provoca hemorragias e lesões neurológicas; o hantavírus Juquitiba, identificado em 1993, em Juquitiba, São Paulo, causador de problemas respiratórios; o Sabiá, descoberto no condomínio Jardim Sabiá, no município paulista de Cotia, e que, como o Ebola, provoca febre hemorrágica.

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Introdução à microbiologia: 01 – Conceito: É o capítulo da biologia que estuda os organismos microscópicos (microrganismos). 02 – Aparelhos visuais: São instrumentos que servem para aumentar o poder de visualização do olho humano, que naturalmente consegue detectar dois pontos próximos numa distância mínima de até 0,2 mm. 03 – Principais aparelhos: Existem basicamente dois tipos de microscópios: óptico e eletrônico. a) Microscópio Óptico: Tem menor poder de visualização, pode ser transportado facilmente.

Imagem retirada da página:

http://www.ugr.es/~museojtg/Donacion2/Imagenes/Foto2baja.jpg b) Microscópio eletrônico: Tem maior poder de visualização, não pode ser transportado facilmente.

Imagem retirada da página:

http://www.unifesp.br/dfisio/fisioneuro/microsceletronico.jpg 04 – Classificação dos seres vivos: Existem vários critérios: reconhecimento, presença de célula, evolução celular, número de células, síntese de nutrientes, reinos etc. 05 – Presença celular: Basicamente existem dois tipos de organismos: acelulares e celulares. a) Organismos acelulares: São aqueles que apresentam ausência de células. Como é o caso dos vírus, viróides, virusóides e príons.

Vírus e Príons. Imagens retiradas das páginas:

http://lqes.iqm.unicamp.br/images/lqes_empauta_novidades_961_virus_hiv.jpg e http://www.prions.com/

b) Organismos celulares: São aqueles que são formados por células.

Imagem retirada da página:

http://br.geocities.com/pri_biologiaonline/animal_vegetal.jpg

06 – Evolução celular:

O critério de classificação é: baseado na presença ou ausência da carioteca (membrana que envolve o núcleo celular). Os principais grupos são: procariontes (procariotos) e eucariontes (eucariotos). a) Procarionte: Ausência de carioteca, citoplasma pobre em organóides (único organóide é o ribossomo): presente exclusivamente no reino monera.

Imagem retirada da página:

http://www.malhatlantica.pt/cnaturais/celula.htm

b) Eucarionte: Presença da membrana nuclear ou carioteca e citoplasma rico em organóides: presente nos demais reinos da natureza, exceto nos moneras.

Célula Animal e Célula Vegetal. Imagens retiradas das páginas:

http://www.malhatlantica.pt/cnaturais/celula.htm e http://www.herbario.com.br/cie/universi/teoria/1025celu.htm

07 – Teoria de Robertson: É a teoria que explica a evolução dos sistemas celulares: As células atuais evoluíram de uma primitiva a partir de um mecanismo de invaginação e evaginação da membrana plasmática. Todos os grupos celulares surgiram de um grupo ancestral: Os procariontes primitivos originaram os procariontes atuais e os eucariontes.

Importante: Esse é um fenômeno evolutivo, provavelmente envolveu uma irradiação adaptativa: Os organismos têm mesma origem, porém, ao final do processo evolutivo adquirem funções e especializações diferentes. Irradiação Adaptativa: Os organismos têm mesma origem, porém, ao final do processo evolutivo adquirem funções e especializações diferentes.

Imagem retirada da página: http://sti.br.inter.net/rafaas/biologia-

ar/introducao.htm Convergência Adaptativa: Os organismos têm origens distintas, porém, ao final do processo evolutivo adquirem mesmas funções e especializações.

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Imagem retirada da página:

http://www.educarex.es/cnice/biosfera/alumno/4ESO/evolucion/5pruebas_de_la_evolucion.htm

08 – Características Fundamentais dos seres vivos: Existem vários critérios de reconhecimento: Basicamente interessam três: Capacidade de reprodução, metabolismo e mutação. a) Reprodução:

Imagem retirada da página:

http://i5.photobucket.com/albums/y163/eryroberto/ip0012_macro_rsantana.jpg

É o mecanismo de perpetuação das espécies: independente do organismo, celular ou acelular, eles precisam se reproduzir para se manterem vivos. b) Metabolismo: É o mecanismo de organização e desorganização de substâncias no interior do organismo: envolve basicamente dois fenômenos: anabolismo e catabolismo.

Macromolécula Micromolécula

Proteínas Aminoácidos Ácidos Nucléicos Nucleotídeos Polissacarídeos Monossacarídeos

Lipídeos Álcool lipídico + ácido graxo

Anabolismo: É um fenômeno bioquímico de construção molecular, onde pequenas moléculas se reúnem para formar grandes moléculas.

Catabolismo: É o fenômeno inverso do anabolismo, nesse caso ocorrerá degradação de grandes moléculas em moléculas menores. c) Mutação: É um fenômeno casual de aprimoramento das espécies: esse mecanismo pode acontecer tanto na estrutura do gene (“fragmento do cromossomo”) como em todo o cromossomo. É importante notar, que as mutações só atingem as próximas gerações quando se instalam em células da linhagem germinativa (sexuais). 09 – Síntese de nutrientes: O critério de classificação é: baseado na capacidade que o ser vivo tem em produzir ou não seus próprios nutrientes. Os principais grupos são: autótrofos (sintetizam) e heterótrofos (não sintetizam). a) Autótrofos: São organismos que sintetizam seus próprios nutrientes: realizam essa produção a partir de dois fenômenos: fotossíntese ou quimiossíntese.

Imagem retirada da página:

http://caminhando.blogs.sapo.pt/arquivo/flores-alfr.jpg b) Heterótrofos: São organismos que não sintetizam seus próprios nutrientes: necessitam da nutrição diária para repor suas energias para as atividades diárias. Hábito nutricional: O critério de classificação é: baseado no tipo de alimento que o organismo heterótrofo consome. Os principais grupos são: carnívoros (carne), herbívoros (vegetais) e onívoros (carne e vegetais).

c) Mixotróficos: São organismos também denominados de deuterotróficos ou anfitróficos: são organismos que apresentam atividades autotrófica e heterotrófica comuns em algas vegetais e em alguns fungos (pesquisa). 11 – Fotossíntese: É um mecanismo de transformação de matéria inorgânica pobre em energia em matéria orgânica rica em energia: sendo que o agente transformador é a luz (energia luminosa) e o pigmento clorofila. Fenômeno presente: bactérias, algas e vegetais.

Equações da Fotossíntese:

Antiga: 6CO2+6H2O luz C6H12O6+6O2

Clorofila

Moderna: 6CO2+12H2O luz C6H12O6 + 6CO2+ 6H2O Clorofila

Relação Fotossíntese - Respiração:

São reações inversas.

12 – Quimiossíntese: É um mecanismo de transformação de matéria inorgânica pobre em energia em matéria orgânica rica em energia: sendo que o agente transformador é a energia liberada de uma reação de queima (oxidação), sem a presença de pigmentos. Fenômeno presente: bactérias.

13 – Número de Células: Baseado no número existente de células no organismo vivo; existem organismos unicelulares e pluricelulares. Os organismos unicelulares estão presentes nos reinos monera, protista e pequenos representantes do reino fungi, enquanto que existem outros representantes do reino fungi pluricelulares, bem como vegetais e animais.

Exercícios: 01 – (UFMT) Diferencie basicamente os fenômenos de fotossíntese e quimiossíntese. 02 – (UCSAL) Como funcionam as substâncias anabolizantes no interior do organismo? Que perigos essas substâncias podem trazer para saúde do indivíduo? 03 – (UEL – PR) Um indivíduo saiu para lanchar e nesse lanche estava contido, pão, carne de hambúrguer, tomate, e refrigerante. Ao digerir, quais as principais substâncias formadas? Esse fenômeno de digestão consiste em que fenômeno bioquímico? Justifique. 04 - Em um laboratório de infectologia, foi analisado uma amostra de escarro de um paciente, conforme é mostrado na figura abaixo:

Descobriu –se que se tratava de um organismo celular, que apresentava as seguintes características: presença de parede celular, citoplasma pobre em organóides (presença somente de ribossomos), ausência de membrana envolvendo o núcleo (carioteca). Provavelmente essa célula

pertence ao reino: a) Monera. b) Protista. c) Fungi. d) Animália. e) Vegetalia. 05 – Diferencie basicamente os fenômenos de irradiação de convergência adaptativa e explique a provável origem dos organóides que apresentam DNA próprio, como é o caso das mitocôndrias, plastos e centríolos. 06 – Baseado na síntese ou produção de nutrientes, como estão classificados os organismos vivos, bem como o hábito nutricional dos organismos heterótrofos? 07 – Cite as principais características existentes na diferença entre organismos acelulares e celulares observados por Whitakker.

Matéria inorgânica

Matéria orgânica

A + B C +

(pobre em E) (rica em E)

Matéria inorgânica

Matéria orgânica

Luz

Clorofila

(pobre em E) (rica em E)

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Vírus - Parte B

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Vírus: Transição entre a Matéria Bruta e o Ser Vivo: Os vírus só se comportam como seres vivos quando estão no interior de células vivas. Somente então podem se reproduzir, originando novos vírus da mesma espécie. Fora delas, deixam de apresentar qualquer propriedade de vida: são apenas moléculas inertes, capazes, inclusive, de cristalizar-se, como os minerais. Como são desprovidos de estrutura celular, os vírus não podem ser enquadrados em nenhum dos cinco reinos: de fato, para alguns autores, eles não podem ser considerados seres vivos. Mesmo sendo acelulares, porém, eles podem provocar doenças nos seres vivos.

A Estrutura e Reprodução do Vírus: Medindo entre 0,05 e 0,2 µm (1 µm ou micrometro equivale à milésima parte do milímetro), o vírus só pode ser observado ao microscópio eletrônico. Notamos então sua estrutura: são formados basicamente por uma cápsula de proteína, o capsídeo, que contém, em seu interior, uma molécula de ácido nucléico, que tanto pode ser o DNA (ácido desoxirribonucléico) como o RNA (ácido ribonucléico), mas nunca ambos. Esta é uma das características exclusivas dos vírus, pois todos os outros seres vivos têm sempre os dois ácidos nucléicos. A cápsula é formada por grupos de proteínas, os capsômeros. Em alguns vírus, a cápsula é coberta por uma membrana lipídica, constituída da membrana plasmática da célula invadida pelo vírus. Proteínas virais podem estar mergulhadas nessa membrana.

Estrutura de alguns vírus. Imagem retirada da página:

http://www.colegiosaofrancisco.com.br/alfa/virus/imagens/virus-1.jpg

O vírus é, na realidade, um grupo de genes "empacotados" em proteínas. Como ele não possui as estruturas necessárias (enzimas, ribossomos, etc.) para a duplicação de seu ácido nucléico e para a síntese de proteínas da cápsula, ele precisa usar as de uma célula para se multiplicar. Dizemos que o vírus é um parasita intracelular obrigatório. Parasita, porque retira substâncias da célula, causando prejuízos; intracelular, porque se reproduz dentro da célula; obrigatório, porque é incapaz de se reproduzir fora dela. Quando fora da célula, o vírus é também chamado vírion. Quando o vírus utiliza o equipamento metabólico da célula para se reproduzir, o processo é comandado pelo ácido nucléico do vírus e não pelo da célula. Cada tipo de vírus ataca apenas um determinado tipo de célula. Essa especificidade é dada pela cápsula, que consegue aderir apenas às células que possuem proteínas da membrana (receptores) capazes de se encaixar nas proteínas da cápsula. Isso explica por que determinado tipo de vírus só ataca certas células de certos organismos: os vírus são parasitas específicos.

1. A Reprodução de um Vírus de DNA o Bacteriofago Um dos vírus mais estudados é o bacteriófago ou fago, que ataca bactérias, reproduzindo-se em seu interior. Tudo começa com o encaixe das fibras da cauda do vírus na membrana da bactéria: a cauda se contrai, injetando o DNA do vírus na célula. A cápsula, vazia, fica do lado de fora (conforme a figura).

Esquema que mostra a reprodução de um bacteriófago, um vírus que

ataca bactéria. Imagem retirada da página: http://es.encarta.msn.com/media_461516656_761575740_-

1_1/Ciclos_l%C3%ADtico_y_lisog%C3%A9nico_de_un_bacteri%C3%B3fago.html

Uma vez no interior da célula, o DNA do vírus comanda a produção de uma enzima que inativa o DNA da bactéria. O DNA do vírus assume assim o comando do metabolismo celular, usando os nucleotídeos e as enzimas da célula para fabricar cópias de seu DNA. Além disso, o DNA do vírus comanda também a síntese de proteínas da cápsula. As novas cápsulas se associam às cópias do DNA, formando de 100 a 200 novos vírus. Um dos genes do vírus produz então uma enzima que digere a parede bacteriana, provocando a ruptura e a morte da célula. Todo esse processo pode levar menos de meia hora e cada novo vírus formado pode infectar uma nova bactéria. Às vezes, o DNA viral se liga ao DNA da bactéria, reproduzindo-se com ele a cada divisão da célula bacteriana, que mantém o seu metabolismo normal. Nesse estado, o vírus é chamado pró-fago e não destrói a bactéria. Isso acontece porque um gene do vírus comanda a síntese de uma proteína chamada proteína repressora, que inibe os outros genes virais. Mas, se houver alguma alteração no gene que comanda a síntese da proteína repressora — uma mutação provocada por produtos químicos, raios ultravioleta, etc. —, o pró-fago pode replicar e destruir a célula. O ciclo em que a célula é destruída chama-se ciclo lítico e os vírus que provocam este ciclo recebem o nome de vírus líticos ou virulentos. O ciclo que preserva a célula é conhecido como ciclo lisogênico e os vírus que provocam este ciclo são chamados de vírus temperados ou não-virulentos. A transformação do ciclo lisogênico em lítico recebe o nome de indução.

2. A Reprodução do Vírus de RNA Em alguns tipos de vírus de RNA, como o vírus da gripe, do sarampo, da raiva ou da poliomielite, o RNA do vírus orienta a produção de uma molécula de RNA. Esta, por sua vez, comanda tanto a síntese de proteínas da cápsula como a síntese de novas moléculas de RNA do vírus. Já no grupo de vírus de RNA conhecido como retrovírus, que inclui o vírus causador da Aids, o RNA sintetiza uma molécula de DNA que penetra no núcleo da célula hospedeira e se liga ao DNA da célula, formando o que se chama de um pró-vírus. Este DNA poderá então orientar a produção de novas moléculas de RNA virais e das proteínas da cápsula. Formam-se novos vírus que, ao saírem, levam lipídios da membrana da célula ao redor da cápsula. O nome retrovírus (retro = para trás) deve-se à capacidade que esses vírus têm de comandar a síntese de DNA a partir de uma molécula de RNA — processo inverso ao que ocorre normalmente na célula. Os retrovírus realizam assim um processo contrário à transcrição (síntese de RNA a partir de DNA) e fazem isso com auxílio de uma enzima chamada transcriptase reversa. Os antibióticos não têm efeito contra os vírus, mas nosso organismo possui defesas naturais representadas pêlos anticorpos e pelo interferon, uma proteína que protege o corpo especificamente contra os vírus. Contamos também com as defesas artificiais, produzidas pelo homem, como a vacina e o

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soro e alguns poucos medicamentos contra certos tipos de vírus, como o do herpes e o da Aids.

Reprodução do vírus da Aids, um retrovírus. Imagem retirada da página:

http://www.abcdaids.com.br/5135818_02_the_hiv_virus.gif Questões: 1. Como é a estrutura de um vírus? 2. Descreva a reprodução do vírus no ciclo lítico. 3. O que é ciclo lisogênico? 4. Cite uma defesa natural contra o vírus. 5. Cite duas defesas artificiais contra o vírus, explicando como elas atuam. 6. Como é transmitida a raiva? E a febre amarela? 7. Quais as medidas preventivas que devemos tomar contra a dengue? 8. Cite três medidas preventivas contra a Aids.

Questões de múltipla escolha: 1. (UFRN) Todos os vírus são constituídos por: a) DNA e proteínas. b) aminoácidos e água. c) ácidos nucléicos e proteínas. d) DNA e RNA. e) RNA e proteínas.

2. (UFBA) A caracterização do vírus como ser vivo está relacionada com a capacidade de: a) sobreviver em meios de culturas artificiais mantidos em laboratório. b) realizar a síntese de proteínas, utilizando seus próprios ribossomos. c) reproduzir-se e sofrer modificações em suas características hereditárias. d) apresentar, simultaneamente, moléculas de DNA e RNA em sua organização. e) fabricar seu próprio alimento, quando em vida livre, e armazená-lo, para uso, quando cristalizado.

3. (UFSCar-SP) Qual dos grupos apresentados reúne apenas doenças causadas por vírus? a) Rubéola, poliomielite, tétano, febre amarela e malária. b) Hepatite infecciosa, febre amarela, rubéola, poliomielite e varíola. c) Malária, catapora, caxumba, sarampo e rubéola. d) Tétano, poliomielite, tuberculose, gripe e rubéola. e) Sarampo, varíola, malária, febre amarela e hepatite infecciosa.

4. (Unimep-SP) Alguns vírus atacam e destroem bactérias e por isso receberam o nome de bacteriófagos ou simplesmente fagos. Com relação a esses vírus, afirma-se que: a) são constituídos quimicamente de moléculas de hidrocarbonetos. b) possuem grandes quantidades de mitocôndrias e ergastoplasma, essenciais para que se possam reproduzir. c) são constituídos de uma cápsula protéica e um miolo de DNA, sendo apenas o DNA injetado na bactéria. d) são constituídos de nucleoproteína, e penetram inteiros dentro da bactéria, multiplicando-se, então, por cissiparidade. e) são moléculas procarióticas que parasitam bactérias, terminando por destruí-las.

5. (Fuvest-SP) Doenças como dengue, febre amarela e mesmo malária, há muito erradicadas dos grandes centros urbanos brasileiros, podem reaparecer, como aconteceu recentemente

em áreas urbanas de São Paulo e do Rio de Janeiro. Uma condição que propicia o reaparecimento das doenças citadas é: a) aumento exagerado dos níveis de poluição do ar. b) ingestão de alimentos contaminados por agrotóxicos. c) proliferação de criadouros de mosquitos transmissores. d) ingestão de água contaminada por esgotos. e) aumento de radiação ambiental causada pelas usinas nucleares.

6. (Vunesp - SP) Em relação à Aids, temos as afirmações seguintes: I. A doença é causada por vírus. II. O contágio se dá, principalmente, por transfusão de sangue contaminado, contato sexual com portadores e uso em comum de agulha por viciados em drogas. III. A convivência com a pessoa doente, em casa, no trabalho, na escola, na rua, excluídas as condições mencionadas em II, não oferece perigo de transmissão da doença. IV. A doença atua sobre o sistema imunológico, diminuindo a resistência do organismo. Considerando os conhecimentos atuais, assinale a alternativa: a) se apenas I, III e IV são corretas. b) se apenas II e III são corretas. c) se apenas I, II e IV são corretas. d) se apenas I, III e IV são corretas. e) se I, II, III e IV são corretas.

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VÍRUS

FAÇO IMPACTO - A CERTEZA DE VENCER!!!

PROFº: RINALDO BARRAL

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Sabe-se hoje que alguns tipos de vírus de DNA, como o citomegalovírus e o vírus da hepatite B iniciam a síntese de RNA enquanto ainda estão se formando, de modo que a partícula viral contém os dois tipos de ácidos nucléicos

Vírus

s vírus são entidades que só apresentam propriedades de vida quando estão no interior de células vivas. Fora delas, deixam de apresentar qualquer uma dessas propriedades e podem até cristalizar-se, como os minerais. Muitos vírus são causadores de doenças, tanto no homem como nos demais seres vivos. A maioria das viroses humanas ocorre

durante a infância e é de cura espontânea, desde, é claro, que a pessoa esteja bem alimentada e suas defesas naturais não estejam enfraquecidas por alguma doença. No caso do sarampo, por exemplo, a mortalidade infantil relativamente alta em paises subdesenvolvidos é, na realidade, causada pelo estado de desnutrição em que se encontram as crianças mais pobres.

Hoje sabemos que algumas formas de câncer — aguns tipos de leucemia, por exemplo — podem ser causadas por vírus. Como é desprovido de estrutura celular, o vírus não é nem procarionte nem eucarionte, vindo daí a dificuldade em

classificá-lo.

Estrutura: Os vírus são dez ou cem vezes menores que as bactérias. Como parasitas das células, podem causar doenças nos mais

variados organismos, seja de que reino forem, inclusive no homem. Os vírus são formados basicamente por uma cápsula de proteína (capsômero) que contém, em seu interior, uma molécula de ácido nucléico, que tanto pode ser o DNA como o RNA, mas nunca ambos. Esta é uma das características exclusivas dos vírus, pois todos os outros seres vivos têm sempre os dois ácidos nucléicos.

Os vírus mais complexos apresentam também lipídios e glicídios presos à cápsula.

Reprodução:

O

O vírus não pussui as enzimas encarregadas da duplicação do ácido nucléico nem o equipamento necessário para a síntese de novas cápsulas. For isso, é um parasita intracelular obrigatório, ou seja, ele só pode multiplicar-se no interior de uma célula viva.

Um dos vírus mais estudados é o bacteriófago ou fago, que ataca bactérias, reproduzindo-se em seu interior. É importante observar que, para a sua reprodução, o vírus utiliza todo o equipamento metabólico da bactéria. A diferença está nas ordens recebidas por tal equipamento que são dadas pelo DNA do vírus e não pelo da bactéria.

O processo, no seu todo, pode levar menos de trinta minutos, liberando de 200 a 400 novos vírus, que podem atacar outras células, recomeçando o ciclo.

Cada tipo de vírus ataca apenas um determinado tipo de célula. Essa especificidade é dada pela cápsula, que consegue aderir apenas às células que possuem proteínas da membrana (receptores) capazes de se encaixar nas proteínas da cápsula.

Assim, o vírus do resfriado invade apenas as células das mucosas das vias respiratórias superiores (nariz, faringe etc), onde se multiplica.

O DNA do vírus só comanda o metabolismo bacteriano se inibir o DNA da bactéria. Mas isso nem sempre acontece. Muitas vezes, o DNA do vírus simplesmente se liga ao DNA da bactéria, reproduzindo-se com ele a cada divisão da célula bacteriana, que mantém o seu metabolismo normal. O vírus que se encontra assim, inativo, é chamado pró-fago e não destrói a bactéria.

Esse ciclo é chamado ciclo lisogênico A qualquer momento, porém, o pró-fago pode transformar-se num fago virulento e causar a

destruição da célula, caracterizando um ciclo lítico.

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Essa mudança, chamada indução, pode ser produzida por raios ultravioleta e substâncias químicas que causem mutações, ou então através de uma conjugação na qual o pró-fago passe para o citoplasma de uma outra bactéria e nela consiga inibir o DNA.

As defesas contra os vírus: Os antibióticos não têm efeito contra o vírus, mas nosso organismo possui

defesas naturais, representadas pelos anticorpos e pelo interferon, uma proteína que protege o corpo especificamente contra o vírus.

A produção de anticorpos confere proteção ao organismo por tempo variável, até mesmo por toda a vida, o que explica por que certas doenças virulentas são de difícil reincidência. Os repetidos ataques de gripe e resfriado são explicados pelo fato de que tais vírus se encontram espalhados de forma ampla pelo mundo. Como eles sofrem mutações periodicamente, existe sempre um novo tipo de vírus contra o qual a população ainda não está imunizada.

Entre as defesas artificiais, as vacinas e o soro costumam fornecer boa proteção. Além disso, através da engenha1ria genética, o interferon já vem sendo fabricado.

Retrovírus são vírus que contém uma cadeia simples de RNA associada à transcriptase reversa, uma enzima que produz DNA tendo com molde o RNA viral.

Partículas subvirais Viróides: Minúsculos segmentos de RNA de cadeia simples e extremidades unidas que se alojam no núcleo das células infectadas. Virusóides: Diferem dos viróides por necessitar do auxílio de um vírus para se propagar, isto é, o RNA do virusóide só se multiplica se a célula estiver infectada simultaneamente por determinado tipo de vírus. Príons: São moléculas de proteínas infectantes resistentes à inativação por procedimentos que normalmente degradam proteínas e ácidos nucléicos.

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VÍRUS

FAÇO IMPACTO - A CERTEZA DE VENCER!!!

PROFº: WAGNER / RINALDO

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con

osco

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orta

limpa

cto.

com

.br

VEST

IBUL

AR –

200

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CONTEÚDO

A Certeza de Vencer

02

3

Sabe-se hoje que alguns tipos de vírus de DNA, como o citomegalovírus e o vírus da hepatite B iniciam a síntese de RNA enquanto ainda estão se formando, de modo que a partícula viral contém os dois tipos de ácidos nucléicos

Vírus

s vírus são entidades que só apresentam propriedades de vida quando estão no interior de células vivas. Fora delas, deixam de apresentar qualquer uma dessas propriedades e podem até cristalizar-se, como os minerais. Muitos vírus são causadores de doenças, tanto no homem como nos demais seres vivos. A maioria das viroses humanas ocorre

durante a infância e é de cura espontânea, desde, é claro, que a pessoa esteja bem alimentada e suas defesas naturais não estejam enfraquecidas por alguma doença. No caso do sarampo, por exemplo, a mortalidade infantil relativamente alta em paises subdesenvolvidos é, na realidade, causada pelo estado de desnutrição em que se encontram as crianças mais pobres.

Hoje sabemos que algumas formas de câncer — aguns tipos de leucemia, por exemplo — podem ser causadas por vírus. Como é desprovido de estrutura celular, o vírus não é nem procarionte nem eucarionte, vindo daí a dificuldade em

classificá-lo.

Estrutura: Os vírus são dez ou cem vezes menores que as bactérias. Como parasitas das células, podem causar doenças nos mais

variados organismos, seja de que reino forem, inclusive no homem. Os vírus são formados basicamente por uma cápsula de proteína (capsômero) que contém, em seu interior, uma molécula de ácido nucléico, que tanto pode ser o DNA como o RNA, mas nunca ambos. Esta é uma das características exclusivas dos vírus, pois todos os outros seres vivos têm sempre os dois ácidos nucléicos.

Os vírus mais complexos apresentam também lipídios e glicídios presos à cápsula.

Reprodução:

O

O vírus não pussui as enzimas encarregadas da duplicação do ácido nucléico nem o equipamento necessário para a síntese de novas cápsulas. For isso, é um parasita intracelular obrigatório, ou seja, ele só pode multiplicar-se no interior de uma célula viva.

Um dos vírus mais estudados é o bacteriófago ou fago, que ataca bactérias, reproduzindo-se em seu interior. É importante observar que, para a sua reprodução, o vírus utiliza todo o equipamento metabólico da bactéria. A diferença está nas ordens recebidas por tal equipamento que são dadas pelo DNA do vírus e não pelo da bactéria.

O processo, no seu todo, pode levar menos de trinta minutos, liberando de 200 a 400 novos vírus, que podem atacar outras células, recomeçando o ciclo.

Cada tipo de vírus ataca apenas um determinado tipo de célula. Essa especificidade é dada pela cápsula, que consegue aderir apenas às células que possuem proteínas da membrana (receptores) capazes de se encaixar nas proteínas da cápsula.

Assim, o vírus do resfriado invade apenas as células das mucosas das vias respiratórias superiores (nariz, faringe etc), onde se multiplica.

O DNA do vírus só comanda o metabolismo bacteriano se inibir o DNA da bactéria. Mas isso nem sempre acontece. Muitas vezes, o DNA do vírus simplesmente se liga ao DNA da bactéria, reproduzindo-se com ele a cada divisão da célula bacteriana, que mantém o seu metabolismo normal. O vírus que se encontra assim, inativo, é chamado pró-fago e não destrói a bactéria.

Esse ciclo é chamado ciclo lisogênico A qualquer momento, porém, o pró-fago pode transformar-se num fago virulento e causar a

destruição da célula, caracterizando um ciclo lítico.

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Essa mudança, chamada indução, pode ser produzida por raios ultravioleta e substâncias químicas que causem mutações, ou então através de uma conjugação na qual o pró-fago passe para o citoplasma de uma outra bactéria e nela consiga inibir o DNA.

As defesas contra os vírus: Os antibióticos não têm efeito contra o vírus, mas nosso organismo possui

defesas naturais, representadas pelos anticorpos e pelo interferon, uma proteína que protege o corpo especificamente contra o vírus.

A produção de anticorpos confere proteção ao organismo por tempo variável, até mesmo por toda a vida, o que explica por que certas doenças virulentas são de difícil reincidência. Os repetidos ataques de gripe e resfriado são explicados pelo fato de que tais vírus se encontram espalhados de forma ampla pelo mundo. Como eles sofrem mutações periodicamente, existe sempre um novo tipo de vírus contra o qual a população ainda não está imunizada.

Entre as defesas artificiais, as vacinas e o soro costumam fornecer boa proteção. Além disso, através da engenha1ria genética, o interferon já vem sendo fabricado.

Retrovírus são vírus que contém uma cadeia simples de RNA associada à transcriptase reversa, uma enzima que produz DNA tendo com molde o RNA viral.

Partículas subvirais Viróides: Minúsculos segmentos de RNA de cadeia simples e extremidades unidas que se alojam no núcleo das células infectadas. Virusóides: Diferem dos viróides por necessitar do auxílio de um vírus para se propagar, isto é, o RNA do virusóide só se multiplica se a célula estiver infectada simultaneamente por determinado tipo de vírus. Príons: São moléculas de proteínas infectantes resistentes à inativação por procedimentos que normalmente degradam proteínas e ácidos nucléicos.

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Sabe-se hoje que alguns tipos de vírus de DNA, como o citomegalovírus e o vírus da hepatite B iniciam a síntese de RNA enquanto ainda estão se formando, de modo que a partícula viral contém os dois tipos de ácidos nucléicos

Vírus

s vírus são entidades que só apresentam propriedades de vida quando estão no interior de células vivas. Fora delas, deixam de apresentar qualquer uma dessas propriedades e podem até cristalizar-se, como os minerais. Muitos vírus são causadores de doenças, tanto no homem como nos demais seres vivos. A maioria das viroses humanas ocorre

durante a infância e é de cura espontânea, desde, é claro, que a pessoa esteja bem alimentada e suas defesas naturais não estejam enfraquecidas por alguma doença. No caso do sarampo, por exemplo, a mortalidade infantil relativamente alta em paises subdesenvolvidos é, na realidade, causada pelo estado de desnutrição em que se encontram as crianças mais pobres.

Hoje sabemos que algumas formas de câncer — aguns tipos de leucemia, por exemplo — podem ser causadas por vírus. Como é desprovido de estrutura celular, o vírus não é nem procarionte nem eucarionte, vindo daí a dificuldade em

classificá-lo.

Estrutura: Os vírus são dez ou cem vezes menores que as bactérias. Como parasitas das células, podem causar doenças nos mais

variados organismos, seja de que reino forem, inclusive no homem. Os vírus são formados basicamente por uma cápsula de proteína (capsômero) que contém, em seu interior, uma molécula de ácido nucléico, que tanto pode ser o DNA como o RNA, mas nunca ambos. Esta é uma das características exclusivas dos vírus, pois todos os outros seres vivos têm sempre os dois ácidos nucléicos.

Os vírus mais complexos apresentam também lipídios e glicídios presos à cápsula.

Reprodução:

O

O vírus não pussui as enzimas encarregadas da duplicação do ácido nucléico nem o equipamento necessário para a síntese de novas cápsulas. For isso, é um parasita intracelular obrigatório, ou seja, ele só pode multiplicar-se no interior de uma célula viva.

Um dos vírus mais estudados é o bacteriófago ou fago, que ataca bactérias, reproduzindo-se em seu interior. É importante observar que, para a sua reprodução, o vírus utiliza todo o equipamento metabólico da bactéria. A diferença está nas ordens recebidas por tal equipamento que são dadas pelo DNA do vírus e não pelo da bactéria.

O processo, no seu todo, pode levar menos de trinta minutos, liberando de 200 a 400 novos vírus, que podem atacar outras células, recomeçando o ciclo.

Cada tipo de vírus ataca apenas um determinado tipo de célula. Essa especificidade é dada pela cápsula, que consegue aderir apenas às células que possuem proteínas da membrana (receptores) capazes de se encaixar nas proteínas da cápsula.

Assim, o vírus do resfriado invade apenas as células das mucosas das vias respiratórias superiores (nariz, faringe etc), onde se multiplica.

O DNA do vírus só comanda o metabolismo bacteriano se inibir o DNA da bactéria. Mas isso nem sempre acontece. Muitas vezes, o DNA do vírus simplesmente se liga ao DNA da bactéria, reproduzindo-se com ele a cada divisão da célula bacteriana, que mantém o seu metabolismo normal. O vírus que se encontra assim, inativo, é chamado pró-fago e não destrói a bactéria.

Esse ciclo é chamado ciclo lisogênico A qualquer momento, porém, o pró-fago pode transformar-se num fago virulento e causar a

destruição da célula, caracterizando um ciclo lítico.

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Essa mudança, chamada indução, pode ser produzida por raios ultravioleta e substâncias químicas que causem mutações, ou então através de uma conjugação na qual o pró-fago passe para o citoplasma de uma outra bactéria e nela consiga inibir o DNA.

As defesas contra os vírus: Os antibióticos não têm efeito contra o vírus, mas nosso organismo possui

defesas naturais, representadas pelos anticorpos e pelo interferon, uma proteína que protege o corpo especificamente contra o vírus.

A produção de anticorpos confere proteção ao organismo por tempo variável, até mesmo por toda a vida, o que explica por que certas doenças virulentas são de difícil reincidência. Os repetidos ataques de gripe e resfriado são explicados pelo fato de que tais vírus se encontram espalhados de forma ampla pelo mundo. Como eles sofrem mutações periodicamente, existe sempre um novo tipo de vírus contra o qual a população ainda não está imunizada.

Entre as defesas artificiais, as vacinas e o soro costumam fornecer boa proteção. Além disso, através da engenha1ria genética, o interferon já vem sendo fabricado.

Retrovírus são vírus que contém uma cadeia simples de RNA associada à transcriptase reversa, uma enzima que produz DNA tendo com molde o RNA viral.

Partículas subvirais Viróides: Minúsculos segmentos de RNA de cadeia simples e extremidades unidas que se alojam no núcleo das células infectadas. Virusóides: Diferem dos viróides por necessitar do auxílio de um vírus para se propagar, isto é, o RNA do virusóide só se multiplica se a célula estiver infectada simultaneamente por determinado tipo de vírus. Príons: São moléculas de proteínas infectantes resistentes à inativação por procedimentos que normalmente degradam proteínas e ácidos nucléicos.