versicolor - .... protozoários e algumas algas); fungi (leveduras unicelulares, bolores...
Post on 06-Nov-2018
212 views
Embed Size (px)
TRANSCRIPT
2
DOENAS POR FUNGOS E OUTROS MICRORGANISMOS SINOPSE
FUNGOS so seres eucariotos, quimio-heterotrficos, cujas clulas possuem um ncleo definido, que contm o material gentico da clula (DNA), circundado por um envelope especial chamado de membrana nuclear. So uni-
celulares ou multicelulares.
Classificao dos Seres vivos em Sistema de trs domnios: Bactria, Archaea e Eukarya, e estes em Reinos: 1 Bactria Reino Monera - (as paredes celulares contm peptdeoglicanas); 2 Archaea (as paredes celulares,
se presentes, no contm peptideoglicanas); 3 Eucarya, que inclui os seguintes Reinos: Protistas (fungos gelati-
nosos, protozorios e algumas algas); Fungi (leveduras unicelulares, bolores multicelulares e cogumelos); Plantae
(inclui musgos, samambaias, conferas e plantas com flores); Animlia (inclui esponjas, vermes, insetos e vertebra-
dos).
Diagnstico Micolgico. Material utilizado para ser analisado pode ser raspado cutneo, subungueal, pelos, bipsia de tecido, lquor etc. O material colocado entre lmina e lamnula com clarificante e observado ao micros-
cpio. A cultura do material feita no gar Sabouraud e Mycosel, leitura da cultura em quinze ou vinte dias.
Pitirase versicolor micose superficial benigna e crnica. Agentes etiolgicos: Malassezia furfur, M. globosa, M. obtusa, M. restricta, M. sloofiae, M. sympodialis.
Epidemiologia compromete ambos os sexos, adultos entre 20 e 40 anos e peles seborreicas. Habitat microbiota
cutneo humano.
Clnica mculas hipocrmicas ou hipercrmicas, descamativas, localizadas de preferncia na face, pescoo e t-
rax.
Diagnstico laboratorial.
Exame direto: blastocondios em cacho e hifas septadas curtas e curvas. Cultura no realizada.
Tratamento: sulfeto de selnio; cetoconazol 200 mg/dia/10 dias; itraconazol 200 mg/dia/5 dias; fluconazol 150 mg/
semana/ durante 3 semanas.
Tinea nigra micose superficial benigna. Agente etiolgico: Hortaea werneckii (Exophiala werneckii).
Epidemiologia: acomete crianas, adultos e idosos. Habitat: ambiente marinho, solo e hmus.
Clnica: mculas de cor marrom, geralmente na palma e planta.
Diagnstico laboratorial.
Exame direto: hifas septadas demceas, torulides, clulas leveduriformes e clamidocondios. Cultura colnia
leveduriforme/filamentosa demcea; microscopia: hifas septadas demceas e condios bicelulares.
Tratamento: pomada de Whittfield e derivados azlicos.
MIC
OSE
S SU
PER
FIC
IAIS
3
Piedras micoses superficiais benignas dos pelos. Divididas em piedras preta e branca Agentes etiolgicos: Piedra branca Trichosporon inkin, T. ovoides, T. asahii, T. asteroides, T. cutaneum e T. mu-
coides. Piedra preta Piedraia hortae.
Epidemiologia Piedra preta prefere clima tropical, como da regio amaznica, onde conhecida como quirana.
Habitat o solo e guas dos rios e lagos. Piedra branca prefere o clima temperado, habitat relacionado a microbi-
ota da pele humana, solo, gua de lagos e animais domsticos
Clnica Piedra preta ndulos ptreos, castanhos, nos pelos do corpo, de preferncia no cabelo. Piedra branca
ndulos de consistncia mucilaginosa, branco-amarelado, aderidos aos pelos da regio genital de adultos, e no cabe-
lo de crianas do sexo feminino.
Diagnstico laboratorial.
Exame direto: Piedra preta ndulos ptreos, castanhos e aderidos ao longo dos cabelos. Cultura colnia filamen-
tosa, elevada demcea.
Piedra branca ndulos constitudos de hifas septadas hialinas, artrocondios e alguns blastocondios. Cultura
colnia leveduriforme bege pregueadas, reverso incolor. Microscopia hifas septadas e psuedo-hifas, artrocondios e
blastocondios.
Tratamento: das duas pedras remoo mxima do pelo ou cabelo infectado. Clortrimazol.
Eritrasma pseudomicose superficial, benigna, caracterizada por mculas eritematosas ou eritemato-acastanhadas intertriginosas.
Agente etiolgico: Corynebacterium minutissimum (bactria).
Epidemiologia ocorre mais na terceira idade e em pessoas portadoras de diabetes. Habitat microbiota da pele
humana.
Clnica: mculas eritematosa nos intertrigos do corpo, fluorescente lmpada de Wood (vermelho-coral).
Diagnstico laboratrio.
Exame direto corado pelo Giemsa filamentos bacterianos e cocos. Cultura - no realizada. Tratamento: eritromicina.
Tricomicose palmelina ou leptotrix pseudomicose superficial, benigna, caracterizada por ndulos gelatinosos nos pelos.
Agente etiolgico: Corynebacterium tenuis (bactria).
Epidemiologia ocorre em todas as idades. Habitat microbiota da pele humana.
Clnica: ndulos gelatinosos nos pelos de regio axilar ou genital, fluorescente lmpada de Wood. Apresenta trs
variedades: amarela, vermelha e negra, sendo as duas ltimas associaes com bactrias coloridas: Micrococcus
castellani e nigricans, respectivamente.
Diagnstico laboratrio.
4
Exame direto: ndulos gelatinosos formando bainha em torno do pelo. Cultura - no realizada.
Tratamento: retirada dos pelos comprometidos.
Dermatofilose pseudomicose caracterizada por leses cutneas e queratlise puntuada. Agente etiolgico: Dermatophilus congolensis (bactria).
Epidemiologia considerada uma zoonose e infecta o homem pelo contato com o animal infectado. Habitat
microbiota da pele animal.
Clnica: queratlise plantar e oniclise, fluorescente lmpada de Wood.
Diagnstico laboratrio.
Exame direto corado pelo Giemsa ou Gram filamentos bacterianos, que se dividem transversal e longitudinalmen-
te em cocos Gram positivos. Cultura - no realizada.
Tratamento: higiene local com formalina 20%.
Dermatofitose ou tinea micose cutnea, causada por fungos dermatfitos, que metabolizam a queratina presen-te na pele, unhas e pelos.
Agentes etiolgicos: dermatfitos dos gneros Trichophyton spp., Microsporum spp. e Epidermophyton spp.
Epidemiologia.
Habitat: geoflico, zooflico e antropoflico. Mecanismo de infeco: contato.
Clnica.
Tinea tonsurante (tinea capitis) acomete crianas de 4 10 anos, caracterizando-se pelo aparecimento no couro
cabeludo de placas de alopecias: grande, descamativas tipo microsprica fluorescentes lmpada de Wood
(Microsporum canis); alopecia pequena, descamativas, com pontos negros tipo tricoftica no fluorescente
lmpada de Wood (Trichophyton tonsurans). Provoca alopecia transitria.
Tinea supurativa (tinea capitis) apresenta sinais de inflamao, com edema, rubor e secreo purulenta, com per-
da do cabelo conhecida como kerion de Celse.
Tinea fvica (tinea capitis) leses crostosas amareladas, cncavas e centradas por um pelo, que apresenta o odor
de urina de rato esctulas ou godet. Provoca alopecia definitiva.
Epidermofitase: Tinea corporis (Herpes circinada) leso superficial, de evoluo centrfuga, circinada, borda
eritematosa com crostas; Tinea cruris leses localizadas na regio inguinal, circinadas, descamativas e prurigino-
sas; Tinea imbricata ou tokelau (tinea corporis) acomete tribos de Gois e Mato Grosso, caracterizada pela for-
mao de crculos escamosos e concntricos. Tinea pedis subaguda, tipo vesiculosa, causada por T. men-
tagrophytes, e crnica, tipo mocassim, causada por T. rubrum
Onicomicose dermatoftica apresenta quatro tipos: Onicomicose subungueal distal leso na borda livre da unha,
com descolamento da lmina ungueal (oniclise), de cor opaca, esbranquiada; Onicomicose subungueal proximal
so manchas brancas ao nvel da lnula, provocada por T. rubrum nos indivduos com SIDA; Onicomicose su-
MIC
OSE
S C
UT
NEA
S
5
bungual superficial caracterizada por manchas brancas na parte medial da lmina superior da unha; Onicodistrofia
total representada pela evoluo das leses anteriores, com queda de toda a lmina ungueal.
Granuloma tricoftico (Majocchi) leses nodulares subcutneos.
Micetoma dermatoftico (pseudomicetoma) tumor de colorao vermelho-violcea, com fstulas e com drenagem
de gros.
Dermatoftide leses alrgicas distantes do local da micose.
Diagnstico laboratorial.
Exame direto: raspado cutneo ou subungueal observam-se hifas septadas hialinas e artrocondios. Cabelo ou
pelos: artrocondios dentro ou fora do pelo, caracterizando o parasitismo endotrix e ectotrix.
Cultura: identificao pelo crescimento macro e microscpico das espcies de dermatfitos:
Trichophyton rubrum (antropoflico) colnia filamentos algodonosa branca, reverso vermelho. Microscopia: mi-
crocondio em lgrimas formando tirse.
Trichophyton tonsurans (antropoflico) colnia filamentosa pulverulenta, cor sulfrica, reverso castanho-
avermelhado. Microscopia: microcondios grandes e pequenos, implantados alternadamente.
Trichophyton mentagrophytes colnia filamentosa granulosa bege, reverso castanho var. mentagrophytes; col-
nia filamentosa algodonosa branca, reverso incolor var. interdigitale (antropoflico). Microscopia: macrocondio
em lpis com parede lisa, microcondios redondos em cacho, hifa em espiral (gavinha).
Trichophyton schoenleinii (antropoflico) colnia filamentosa pregueada branca, reverso incolor. Microscopia:
candelabro fvico.
Microsporum canis (zooflico) colnia filamentosa penugenta, reverso amarelo canrio. Microscopia: macrocon-
dios em naveta, parede grossa, irregular (protuberncias) e com mais de seis clulas.
Microsporum gypseum (geoflico) colnia filamentosa granulosa, cor canela com acar, reverso castanho. Mi-
croscopia: m