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Número 2142 - Setembro 2017 - Ano 89 Versão digital: www.idefran.com.br Em Franca, no seu mês, Kardec será o grande homenageado Em outubro, mês que, em Fran- ca, lhe é tradicionalmente dedica- do, Allan Kardec, o codificador do Espiritismo, será o grande home- nageado, na abertura do que será a quadragésima terceira edição do evento que tem o seu nome. Rea- lização da USE-Franca (União das Sociedades Espíritas do Estado de São Paulo - Intermunicipal de Franca), contará com o apoio do Idefran - Instituto de Divulgação Espírita de Franca. A programação inclui palestras, seminários, distribuição de men- sagens, sorteios de livros espíritas, apresentação de bandas, conjuntos Importante evento pró Hospital Allan Kardec 5ª Semana Espírita de Patrocínio Paulista musicais, corais, além da partici- pação de poetas e lançamento de CD. Divulgar a Doutrina Espírita, como bem o fez o próprio Kar- dec, é a maneira de o movimento espírita comemorar o aniversário do Codificador, (nascido Hyppo- lite Léon Denizar Rivail, no dia 3 de outubro de 1804). Será tam- bém oportunidade de os espíritas francanos celebrarem os 160 anos de O Livro dos Espíritos (1857- 2017), a primeira das obras que constituem o pentateuco básico do Espiritismo. Veja na página 8 as obras que serão distribuídas no próximo mês. Obras que circulam neste mês Clube do Livro Espírita do Idefran O Fundador e CEO da Netsho- es, Márcio Kumruian, um dos empreendedores de mais sucesso no e-commerce latino america- no, fará palestra no dia 18 deste mês, sob a égide da Kriar - Gestão de Pessoas, sobre o tema “Erros, No período de 11 a 16 deste mês, o movimento espírita da vi- zinha Patrocínio Paulista vive a sua 5ª Semana Espírita. A realização é do Centro Espí- rita Cristo Consolador, contando com ilustres oradores. As atividades do dia do encer- Mais informações, Suplemento, pág. 4 Suplemento, pág. 3 Acertos e Aprendizados do Em- preendedorismo na Internet, cujo resultado destinar-se-á às ativida- des do Hospital Psiquiátrico Allan Kardec. ramento consistirão na “Confra- ternização Espírita Patrocínio/Iti- rapuã, das 14 às 17 horas, quando falará o expositor Wilson Augusto de Paula, sobre o tema “Em Busca do Sentido da Vida”. Programação completa na página 4 do Suplemento. Selo comemorativo dos 160 anos de O Livro dos Espíritos.

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Número 2142 - Setembro 2017 - Ano 89Versão digital: www.idefran.com.br

Em Franca, no seu mês, Kardec será o grande homenageado

Em outubro, mês que, em Fran-ca, lhe é tradicionalmente dedica-do, Allan Kardec, o codificador do Espiritismo, será o grande home-nageado, na abertura do que será a quadragésima terceira edição do evento que tem o seu nome. Rea-lização da USE-Franca (União das Sociedades Espíritas do Estado de São Paulo - Intermunicipal de Franca), contará com o apoio do Idefran - Instituto de Divulgação Espírita de Franca.

A programação inclui palestras, seminários, distribuição de men-sagens, sorteios de livros espíritas, apresentação de bandas, conjuntos

Importante evento pró Hospital Allan Kardec

5ª Semana Espírita de Patrocínio Paulista

musicais, corais, além da partici-pação de poetas e lançamento de CD.

Divulgar a Doutrina Espírita, como bem o fez o próprio Kar-dec, é a maneira de o movimento espírita comemorar o aniversário do Codificador, (nascido Hyppo-lite Léon Denizar Rivail, no dia 3 de outubro de 1804). Será tam-bém oportunidade de os espíritas francanos celebrarem os 160 anos de O Livro dos Espíritos (1857-2017), a primeira das obras que constituem o pentateuco básico do Espiritismo.

Veja na página 8 as obras que serão distribuídas no próximo mês.

Obras que circulam neste mêsClube do Livro Espírita do Idefran

O Fundador e CEO da Netsho-es, Márcio Kumruian, um dos empreendedores de mais sucesso no e-commerce latino america-no, fará palestra no dia 18 deste mês, sob a égide da Kriar - Gestão de Pessoas, sobre o tema “Erros,

No período de 11 a 16 deste mês, o movimento espírita da vi-zinha Patrocínio Paulista vive a sua 5ª Semana Espírita.

A realização é do Centro Espí-rita Cristo Consolador, contando com ilustres oradores.

As atividades do dia do encer-

Mais informações,Suplemento, pág. 4

Suplemento, pág. 3

Acertos e Aprendizados do Em-preendedorismo na Internet, cujo resultado destinar-se-á às ativida-des do Hospital Psiquiátrico Allan Kardec.

ramento consistirão na “Confra-ternização Espírita Patrocínio/Iti-rapuã, das 14 às 17 horas, quando falará o expositor Wilson Augusto de Paula, sobre o tema “Em Busca do Sentido da Vida”.

Programação completa na página 4 do Suplemento.

Selo comemorativo dos 160 anos de O Livro dos Espíritos.

Pág. 02 A Nova Era - Setembro 2017

Editorial

AÓrgão mensal de divulgação espírita

Intermunicipalde Franca- Adolfo Mendonça Jr.Responsabilidade editorial:USE

Conselho Editorial: Mario Arias Martinez, Felipe Salomão, Euripedes B. Carvalho, Fernando A. P.Falleiros, Ademir G. Pinheiro, Marcos A. Faleiros, Maria Consuelo Aylon, Jaime B. Silva e João B. Vaz

Propriedade: Fundação Espírita Allan Kardec

Realização e responsabilidade editorial: Idefran - Instituto de Divulgação Espírita de Franca

Rua Major Claudiano, 2185, Centro, CEP: 14.400-690 - Franca ( ) - Tel.: 16 3721.8282SPwww.idefran.com.br - [email protected]

Fundado por José Marques Garcia e Martiniano Francisco de Andrade, em 15 de novembro de 1927

União e UnificaçãoConquanto frustrados, por não

conseguirmos fazer o quanto dese-jamos, nós, espíritas, até que mo-vimentamos braços, mentes e co-rações, com muito boa vontade, na busca de soluções para as próprias aflições e aflições alheias.

Os trabalhos das entidades das quais participamos geralmente se executam de maneira conjunta, em equipes que se coordenam para a realização dos propósitos comuns. Mas, o de que falamos, nesta opor-tunidade, é a evidente necessidade de que as casas espíritas se orien-tem para estreitarem os laços que deveriam congregá-las, buscando tornar efetivos não só os resultados de suas próprias tarefas, mas os de todos os eventos culturais, assisten-ciais e doutrinários que, de quando em quando, conjuntamente, as movi-mentam.

É certo que, atualmente, todos podem, com muita facilidade, tomar conhecimento do quanto realizam as instituições espíritas, em seus pró-prios domínios, pela internet, contu-do, há espaços vazios entre elas que bem poderiam ser preenchidos com salutar intercâmbio de propósitos e resultados.

Merecem elogio os empenhados esforços das lideranças das entidades que fazem acontecer a comunhão de atividades orientadas, no seio das suas congregadas, propiciando-lhes, por exemplos, ocasiões de obter meios indispensáveis à manuten-ção de atendimentos em assistência material e espiritual, de elevar o co-nhecimento, de confraternizar, de proporcionar diversões a adultos, jovens e crianças, como inteligentes

e eficazes processos de divulgar os ensinamentos do Evangelho. Impon-do-se, aqui, indeclinável o dever de cumprimentarmos as direções das instituições que as unem. No Esta-do de São Paulo, temos os honrosos exemplos da União das Socieda-des Espíritas: USE Estadual, USEs Distritais, USEs Regionais e USEs Intermunicipais, de cujos trabalha-dores deixamos de citar nomes para não incorrermos em injustas omis-sões involuntárias.

Quando, porém, fala-se da neces-sidade de estreitamento entre a ação administrativa e cultural de uma en-tidade em relação às outras, move--nos a preocupação não somente de atender à imensurável utilidade da unificação que, com muito empenho, preconizara Dr. Bezerra de Menezes, mas, também, à produção que advi-ria da união que faria a força e torna-ria possível ampliar a divulgação da Doutrina por todos os meios, moral e legalmente utilizáveis. Convenha-mos, é preciso que levemos em conta que vivemos um clima global de re-novação, do qual nos falam os Espí-ritos Dr. Bezerra (mensagens de abril e novembro de 2010), e Manoel Phi-lomeno de Miranda (livro: Transição Planetária, Editora LEAL, 2010), ambos pela psicografia de Divaldo Pereira Franco, assim como outras obras de autores confiáveis. Infor-mam que já contamos com a presen-ça, em nosso planeta, de Espíritos de alta hierarquia a nos conclamarem e apoiarem na decisão de doarmo-nos, individualmente, à contribuição para a transição regeneradora, no cumpri-mento do que prenunciara Jesus: “Os justos herdarão o paraíso terrestre.”

Biblioteca do IdefranHabitue-se a frequentá-la

Pág. 03A Nova Era - Setembro 2017

“Pai Nosso” – Parte finalO Evangelho segundo o Espiritismo

Eurípedes B. Carvalho

Finalizamos nossas considerações à versão ampliada da lavra de Allan Kardec da oração “Pai Nosso”, cuja publicação neste espaço pretendeu atender aos interessados para os quais já era familiar, tanto quanto àqueles leitores que não a conheciam:

V – Perdoa as nossas dívidas, como perdoamos aos que nos devem. Perdoa as nossas ofensas, como per-doamos aos que nos ofendem.

“Cada uma das nossas infrações às tuas leis, Senhor, é uma ofensa que te fazemos e uma dívida que contra-ímos e que cedo ou tarde teremos de saldar. Rogamos-te que no-las perdo-es pela tua infinita misericórdia, sob a promessa, que te fazemos, de empre-garmos os maiores esforços para não contrair outras. Tu nos impuseste por lei expressa a caridade; mas a carida-de não consiste apenas em assistir-mos aos nossos semelhantes em suas necessidades; também consiste no esquecimento e no perdão das ofen-sas. Com que direito reclamaríamos a tua indulgência, se dela não usás-semos para com aqueles que nos hão dado motivo de queixa? Concede--nos, ó meu Deus, forças para apagar de nossa alma todo ressentimento, todo ódio e todo rancor. Faze que a morte não nos surpreenda guardando nós no coração desejo de vingança. Se te aprouver tirar-nos hoje mesmo deste mundo, faze que nos possamos apresentar, diante de ti, puros de toda animosidade, a exemplo do Cristo, cujos últimos pensamentos foram em prol dos seus algozes. Constituem parte das nossas provas terrenas as perseguições que os maus nos in-fligem. Devemos, então, recebê-las sem nos queixarmos, como todas as outras provas, e não maldizer dos que, por suas maldades, nos rasgam o caminho da felicidade eterna, vis-to que nos disseste, por intermédio de Jesus: “Bem-aventurados os que sofrem pela justiça!” Bendigamos, portanto, a mão que nos fere e humi-lha, uma vez que as mortificações do corpo nos fortificam a alma e que se-remos exalçados por efeito da nossa

humildade. Bendito seja o teu nome, Senhor, por nos teres ensinado que nossa sorte não está irrevogavelmen-te fixada depois da morte; que encon-traremos, em outras existências, os meios de resgatar e de repa-rar nossas culpas pas-sadas, de cumprir em nova vida o que não podemos fazer nesta, para nosso progresso Assim se explicam, afinal, todas as ano-malias aparentes da vida. É a luz que se projeta sobre o nosso passado e o nosso futuro, sinal evi-dente da tua justiça soberana e de tua infinita bondade.”

VI – Não nos deixes entregues à tentação, mas livra-nos do mal.

“Dá-nos, Senhor, a força de resis-tir às sugestões dos Espíritos maus, que tentem desviar-nos da senda do bem, inspirando-nos maus pensamen-

tos. Somos Espíritos imperfeitos, en-carnados na Terra para expiar nossas faltas e melhorar-nos. Em nós mes-mos está a causa primária do mal e os

maus Espíritos mais não fazem do que aproveitar os nossos pendores viciosos, em que nos entretêm para nos tentarem. Cada imperfeição é uma porta aberta à influ-ência deles, ao passo que são impotentes e renunciam a toda tentativa contra os se-res perfeitos. É inútil

tudo o que possamos fazer para afas-tá-los, se não lhes opusermos decidi-da e inabalável vontade de permane-cer no bem e absoluta renunciação ao mal. Contra nós mesmos, pois, é que precisamos dirigir os nossos esforços e, se o fizermos, os maus Espíritos naturalmente se afastarão, porquanto o mal é que os atrai, ao passo que o

bem os repele. Senhor, ampara-nos em nossa fraqueza; inspira-nos, pelos nossos anjos guardiães e pelos bons Espíritos, a vontade de nos corrigir-mos de todas as imperfeições a fim de obstarmos aos Espíritos maus o aces-so à nossa alma. O mal não é obra tua, Senhor, porquanto o manancial de todo o bem nada de mau pode ge-rar. Somos nós mesmos que criamos o mal, infringindo as tuas leis e fazen-do mau uso da liberdade que nos ou-torgaste. Quando os homens as cum-prirmos, o mal desaparecerá da Terra, como já desapareceu de mundos mais adiantados que o nosso. O mal não constitui para ninguém uma necessi-dade fatal e só parece irresistível aos que nele se comprazem. Desde que temos vontade para o fazer, também podemos ter a de praticar o bem, pelo que, ó meu Deus, pedimos a tua assis-tência e a dos Espíritos bons, a fim de resistirmos à tentação.’’

VII – Assim Seja“Praza-te, Senhor, que os nossos

desejos se efetivem, mas curvamo--nos perante a tua sabedoria infinita. Que em todas as coisas que nos es-capam à compreensão se faça a tua santa vontade e não a nossa, pois so-mente queres o nosso bem e melhor do que nós sabes o que nos convém. Dirigimos-te esta prece, ó Deus, por nós mesmos e também por todas as almas sofredoras, encarnadas ou de-sencarnadas, pelos nossos amigos e inimigos, por todos os que solicitem a nossa assistência e, em particular, por N... (alguém que sabemos sofrer). Para todos suplicamos a tua miseri-córdia e a tua bênção.”

Considerando a extensão do texto do “Pai Nosso”, conforme ampliado por Kardec, intuímos que a intenção do Codificador não foi a de que o de-corássemos para usá-lo em público ou mesmo na nossa intimidade, mas termos, ao pronunciá-la, consciência do importante significado de cada pa-lavra, cada frase. Convindo recomen-dar de suma importância a sua inclu-são nas grades de estudo da Doutrina, nos nossos Centros Espíritas.

A intenção do Codificador não foi a

de que a decorássemos (a prece) (...), mas a de termos (...) consciência

do importante significado de cada palavra, cada frase

Pág. 04 A Nova Era - Setembro 2017

Más palestrasAprendendo com Emmanuel

A conversação menos digna deixa sempre o traço da inferioridade por onde passou. A atmosfera de descon-fiança substitui, imediatamente, o

“Não vos enganeis; as más conversações corrompem

os bons costumes.” – Pau-lo. (I Coríntios, 15:33).

os lugares, a perseguição implacável, e imprescindível se torna manter-se o homem em guarda contra o seu assé-dio insistente e destruidor.

Quando o coração se entregou a Jesus, é muito fácil controlar os as-suntos e eliminar as palavras aviltan-tes.

Examina sempre as sugestões ver-bais que te cercam no caminho diá-rio. Trouxeram-te denúncias, más no-tícias, futilidades, relatórios malsãos da vida alheia? Observa como ages. Em todas as ocasiões, há recurso para retificares amorosamente, porquanto podes renovar todo esse material, em Jesus-Cristo.

Livro: Pão Nosso – Psicografia de Fran-cisco Cândido Xavier.

clima da serenidade. O veneno de in-vestigações doentias espalha-se com rapidez. Depois da conversação in-digna, há sempre menos sinceridade e menor expressão de força fraterna. Em seu berço ignominioso, nascem os fantasmas da calúnia que escorre-gam por entre criaturas santamente intencionadas, tentando a destruição de lares honestos; surgem as preo-cupações inferiores que espiam de longe, enegrecendo atitudes respeitá-veis; emerge a curiosidade criminosa, que comparece onde não é chamada, emitindo opiniões desabridas, indu-zindo os que a ouvem à mentira e à demência.

A má conversação corrompe os pensamentos mais dignos. As pales-tras proveitosas sofrem-lhe, em todos

os mentores da Codificação: “É um compromisso com a consciência.”

Mas, não é só aí que reside a ri-queza imoral. Consideremos tam-

bém os irmãos nossos que, apesar de muito ricos, não atendem nem mesmo às suas próprias necessidades mais prementes, tanto quanto aqueles ou-tros que, do que têm, nada dão a ninguém, mas dele se utilizam,

esbanjando-o no atendimento aos próprios gostos e caprichos. A propó-sito, veja a questão 901 do LE: De dois avarentos, o primeiro se recusa o necessário e morre de necessidade

Riqueza, satisfação e culpaJoão Batista Vaz

A sociedade humana, principal-mente no Brasil, tem de digerir en-xurrada de notícias que se faz imunda ao dizer respeito ao enriquecimento ambicioso e ilícito e respectivas im-plicações jurídicas e morais. Banali-zou-se entre irmãos nossos, ocupan-tes de cargos e encargos públicos, a prática de desvios de verdadeiras fortunas, em proveito próprio, con-trariando as leis que eles mesmos (ou não) ajudaram a criar. Muitos de nós não têm culpa pela riqueza que possuem. Nascem na opulência, ou obtêm fortunas de alguma maneira legal, por exemplo, à custa do traba-lho honesto. Mas, há que se conside-rar, aqui, para nossas cogitações, que quase todos, em face da riqueza, não se preocupam senão consigo mes-mos. Eis a questão.

Levando-se em conta que os meios de subsistência de cada mem-bro da sociedade humana são um direito social e moral, e sabendo-se, porém, que cada um tem o que me-rece, quer pelo esforço e aplicação da própria inteligência, quer por seus compromissos evolutivos, ainda as-sim, em nome da fraternidade, aque-les que detêm possibilidades deve-riam acudir os desprovidos delas.

Um rico e poderoso empresário pode e deve orientar seu poder rea-lizador para a produção que lhe pro-picie lucros, mas, há que, ao mesmo tempo, preocupar-se com dignificar, educar, informar e cuidar da saúde e da segurança dos colaboradores e respectivas famílias, que se lhe vin-culam pelas relações do trabalho.

A obtenção ilegal e imoral de ri-queza, certamente, obrigará o possui-dor a responder pela ilicitude e imo-ralidade cometidas, porém, segundo nos ensina a questão 899 de O Livro dos Espíritos, que examinamos, de-vemos ir direto às consequências do mau uso de tais recursos. Esclarece as significativas diferenças morais na utilização da fortuna, atendendo à indagação de Kardec: De dois ho-mens ricos, um nasceu na opulência e não conheceu jamais a necessida-de; o outro deve a sua fortuna ao seu trabalho; ambos a empregam exclu-sivamente em sua satisfação pessoal; qual é o mais culpável? Responde-ram os instrutores espirituais: “Aque-le que conheceu o sofrimento e sabe o que é sofrer. Ele conhece a dor que não alivia, mas, muito frequentemen-te, dela não se lembra mais.”

Se se considerar que a caridade deve estar na preocupação de todos, mesmo daqueles que nada possuem, e cujo patrimônio é apenas a própria vida, já, por isso só, têm a obrigação de servir aos que lhes estão abaixo,

muitas vezes, sem saúde. É grande o nosso compromisso

com o futuro, quando, possuindo recursos bastantes, viermos a dar--nos conta do nosso infeliz cometimento consistente na nega-ção de assistência aos necessitados, porque pensamos apenas na própria família. É o de que trata a questão 900 da obra citada. Perguntou Kardec: Aquele que acumula sem cessar e sem fazer o bem a ninguém encontra uma desculpa válida no pensamento de que amontoa para deixar mais aos seus herdeiros? Responderam

sobre seu tesouro; o segundo não é avaro senão para os outros; enquan-to que ele recua diante do menor sa-crifício para prestar serviço ou fazer uma coisa útil, nada lhe custa para satisfazer seus gostos e suas paixões. Peça-se-lhe um serviço e ele é sem-pre difícil; quando quer passar por uma fantasia, sempre tem o bastante. Qual é o mais culpado e qual o que terá o pior lugar no mundo dos Espí-ritos? A resposta: “Aquele que goza: ele é mais egoísta do que avarento. O outro já encontrou uma parte de sua punição.

Há outras situações indesculpá-veis na posse da riqueza? Sim! Exa-minemos a questão 902 e veremos que invejar a riqueza, ainda que com a intenção de, com ela, fazer o bem, é uma delas.

Se a intenção é sincera é até lou-vável, como considera a resposta da Espiritualidade: “O sentimento é lou-vável, sem dúvida, quando é puro; mas, esse desejo é sempre bem de-sinteressado e não esconde nenhuma intenção oculta pessoal? A primeira pessoa à qual se deseja fazer o bem, frequentemente, não é a si mesmo?

Se a miséria é terrível prova e, muitas vezes, expiação, a prova da ri-queza não é menos terrível. Lamenta-velmente, no atraso evolutivo em que nos encontramos na Terra, por nossa própria incúria, entre muito poucos de nós pode-se constatar maneira santa e feliz no uso da fortuna.

Ainda estamos longe de entender Jesus, na parábola do mau rico.

Quase todos (os homens), em face da riqueza, não se preocupam senão

consigo mesmos. Eis a questão.

O Livro dos Espíritos

Pág. 05A Nova Era - Setembro 2017

Das aberrações físicas e alterações cromossômicasA propósito das aberrações físicas

e alterações cromossômicas, muitas vezes, hereditárias, muitas outras, oriundas de severas implicações es-pirituais, Dr. Ricardo Di Bernardi, dedicado pesquisador, escritor - au-tor de obras versando sobre assuntos correlatos -, palestrante e médico ho-meopata, ofereceu as seguintes res-postas:

As aberrações físicas são decor-

rentes de problemas genéticos ou problemas espirituais?

A falta de conhecimento correto das leis que regem a reencarnação, bem como a deficiente instrução a respeito, leva, muitas vezes, a visões parciais e distorcidas dos fatos. É ex-tremamente comum ouvirmos colo-cações incorretas, no que diz respeito à hereditariedade explicada à Luz da reencarnação. Percebemos explica-ções parciais sob cada um dos aspec-tos e desvinculada de um raciocínio integrado, holístico.

O mecanismo hereditário está in-timamente ligado à reencarnação e vice-versa, não podem ser estudados como conhecimentos paralelos. Toda a genética que está a nível bioquími-co está sujeita às leis da dimensão energética, ou seja, astral.

Toda característica e problema físico são determinados por genes, que são moléculas de DNA, altamen-te especializadas, energeticamente diferenciadas, que estabelecem a ponte natural de intercâmbio com as energias do Espírito. As aberrações físicas, portanto são produzidas por genes que exteriorizam anomalias da estrutura do corpo espiritual ou peris-pírito.

Qual o mecanismo de exterio-rização de um problema espiritu-al para o corpo biológico, gerando aberração física?

De uma forma resumida, diría-mos: a Entidade espiritual portadora de graves deformidades no seu cor-po espiritual, ao ser preparada para reencarnar é conectada pelos mento-res espirituais ao campo energético (psicosfera) da futura mãe. A presen-ça deste campo energético ocasio-na, automaticamente, a liberação de um óvulo cujos genes têm a vibra-ção correspondente ao problema do corpo espiritual. Posteriormente, no momento da fecundação, o Espírito inconscientemente ligado ao óvulo, atrai magneticamente um espermato-zoide cujo padrão genético é compa-

tível com sua situação. O que pensar da aberração fí-

sica como uma punição ou castigo divino?

Seria demonstrar falta de conheci-mento da Lei de Ação e Reação. Essa concepção de um Deus punitivo não cabe no dicionário do estudioso espí-rita. Deus é o Amor Universal. Nós, agindo livremente, colhemos hoje o que plantamos ontem, assim, não se trata de punição, mas de consequên-cia natural.

Qual a finalidade ou proveito

que tem um Espírito ao reencarnar em um corpo com graves deforma-ções?

Drenagem de energias, oportuni-

dade de cura, libertação das lesões ou dos campos energéticos desestrutura-dos do corpo espiritual.

Os fenômenos teratológicos

(monstruosidades) existem no mundo espiritual?

Sim, existem.

Como surgem as monstruosida-des anatômicas em Espíritos que são vistas e descritas por inúmeros médiuns e paranormais?

Pela persistência daqueles Espíri-tos em cultivar pensamentos de baixo teor vibratório.

Poderia nos explicar melhor, de

que maneira a persistência de pen-samentos de baixo teor vibratório determinam alterações anatômicas no perispírito?

O pensamento gera energias que permanecem com quem as produz. O corpo espiritual é composto de molé-culas que poderíamos, por analogia, comparar com os gases, portanto, são facilmente moldáveis. Assim, a mobilização constante de energias mentais de baixo teor vibratório mo-vimentam as moléculas do corpo astral que passam a se estruturar de maneira desorganizada, deformando a sua aparência.

As explicações sobre a causa ou

mecanismo de um mesmo fenôme-no teratológico são semelhantes para dois espíritos?

Não. Ninguém é igual a outro. Gêmeos siameses ou xifópagos,

como compreender o motivo espi-ritual desta situação?

Trata-se da reencarnação de duas entidades que na dimensão astral es-tavam magneticamente ligadas por energias desequilibradas. Ao renas-cerem, a união doentia continuou se expressando, gerando os gême-os siameses. Vejamos, inicialmente, como surgem os gêmeos normais: No processo reencarnatório, quando duas entidades espirituais em condi-ções espiritualmente sadias se ligam à esfera perispiritual materna, e pos-teriormente ao fluido vital do óvulo, o embrião se biparte por estar sob a influência de duas energias espiritu-ais diferentes, ou seja, dois espíritos, originando gêmeos univitelinos nor-mais.

No caso dos xifópagos, os dois embriões permanecerão unidos pelo segmento correspondente à região perispiritual pela qual mantinham a troca de energias desarmônicas, as-sim, o embrião se desenvolve durante a gestação originando a ligação física entre as duas criaturas.

Continua na próxima edição.

Pág. 06 A Nova Era - Setembro 2017

Segundo a rede mundial de computadores, treze milhões de pessoas no planeta são declara-damente adeptas do espiritismo. Evidente que o número de pesso-as que reconhece a reencarnação como uma realidade concreta é muito maior. No entanto, há que se considerar que toda pessoa, para reconhecer-se e declarar-se espírita, não basta crer na reencar-nação, deve, antes, admitir como verdades cinco princípios que são basilares da Doutrina codificada por Allan Kardec.

Primeiro: Deus é a causa pri-mária de todas as coisas. Ele é bom, misericordioso, perfeito e, fundamentalmente, justo, razão pela qual trata todas as criaturas igualmente.

Conhecendo essa verdade, pas-samos a compreender melhor as inúmeras desigualdades existentes entre os espíritos encarnados no planeta. Por outro lado, para ra-cionalmente entendê-las é mister ter-se a certeza de que as nossas condições, nesta existência, são, de certa forma, o resultado de nos-so comportamento em existências anteriores

As desigualdades obedecem a um Planejamento Maior, cujo beneficiário é a própria criatura, pois, com todas nossas limitações e imperfeições, procuramos tratar os nossos filhos com igualdade, dando a eles o melhor que pode-mos. Portanto, não seria compre-ensível, evidentemente, imaginar--se um comportamento diferente do Criador.

Segundo: Somos, essencial-

mente, seres espirituais, ocupan-do, momentaneamente, uma vesti-menta corporal.

Quando admitimos isso com sinceridade, muda-mos completamente o nosso ponto de vis-ta em relação à vida terrena e passamos a encará-la como uma simples passagem, uma breve estada e, assim, as tribula-ções e vicissitudes passam a ser vistas como incidentes que devemos su-portar com paciência e resignação.

Quando admitimos a nossa na-tureza espiritual, deixamos de de-dicar parte maior do nosso tempo e da nossa vida às coisas materiais e concentramos as nossas energias em coisas do espírito, que são as

Princípios espíritas

que verdadeiramente contam.Terceiro: Acreditamos na imor-

talidade do espírito e na plurali-dade das existências, que se pro-

cessa por meio das sucessivas reencar-nações, até atingir-mos o estágio de per-feição.

O Mestre Jesus, ao menos em duas oportunidades, faz alusão à reencarna-ção de maneira clara e indiscutível. A pri-

meira quando afirmou aos Seus discípulos que “Elias havia volta-do e que esteve entre eles” (e en-tenderam que Ele se referia a João Batista). A segunda, quando afir-mou a Nicodemos que “ninguém verá o reino de Deus se não nascer de novo”. Com efeito, para a Dou-

trina Espírita, o ser está em cons-tante processo de evolução.

Quarto: Termos a consciência de que há, entre outras, uma lei imutável que, direta e imedia-tamente, nos diz respeito, é a de causa e efeito.

Colhemos o que plantamos, algumas vezes, em mais de uma encarnação, portanto, todo “vale de lágrimas” vivenciado por uma criatura são efeitos de causas anteriores, consistentes nos ex-cessos por ela cometidos. O que plantamos no passado, colhemos no presente, enquanto semeamos para ceifar no futuro.

Quinto: O Espiritismo, codifi-cado por Allan Kardec, consiste na continuação da Revelação de Jesus, que continuava a de Moi-sés.

Jesus não podia, no Seu tem-po, revelar-nos toda a sua men-sagem, porque não estávamos, ainda, preparados para ouvir e en-tender o novo e completo Código de Ética que mudaria o rumo da humanidade.

Parte da revelação ficou para momento mais oportuno, tanto que o Mestre Galileu, certa vez, dissera a Pedro: “Eles têm olhos mas não veem, têm ouvidos mas não ouvem”.

Quando admitir, de forma ca-bal, pelo menos essas cinco ver-dades, o homem poderá declarar--se, conscientemente, espírita, conquanto saibamos que outros postulados se firmam como alta-mente relevantes. Dr. Setímio Salerno Miguel é advogado, palestrante e professor universitário.

Setímio Salerno Miguel

Não basta crer na reencarnação, deve (o

adepto do Espiritismo), antes, admitir como verdades (os) cinco

princípios que (lhe) são basilares.

Pág. 07A Nova Era - Setembro 2017

Este mês, o Cantinho Infantil Scheilla traz uma reflexão sobre o tema “Competir”. Quem não gosta de ganhar, ser vencedor?

Como você reage, quando vence uma competição? Pula. Grita: “Ganhei! Sou o melhor!”

“A medalha” é uma das belas histórias do livro E, para o resto da vida..., de Wallace Leal V. Rodrigues. Você vai se encantar com essa obra tão deli-

cada quanto à brisa, que inspira histórias infantis.

Cantinho Infantil “Scheilla”Vera Márcia Silva

Sou medalha de ouro!

A medalha

Scheilla

ra leia este livro para eu ver. Imediatamente, o menino abriu o livro e, espantado, olhou para o

pai. As páginas continham letras que mais se pareciam rabiscos.- Não posso ler, papai. Eu não entendo nada disto que está aqui.- É um livro escrito em chinês - esclareceu o genitor².Foi então que o garoto percebeu a lição que o pai lhe dava. Lem-

brou-se do que fizera à Maria, e ficou com vergonha. O pai não lhe disse mais nada. O garoto colocou o livro em cima da mesa e saiu em silêncio.

Muito tempo se passou e o menino cresceu. Cresceu e aprendeu mais uma lição. E toda vez que ele sentia vontade de se exibir, mos-trar-se melhor do que os outros, lembrava-se do quanto ainda lhe fal-tava aprender e dizia para si mesmo: “Não se esqueça de que você não sabe falar chinês”.

Até a próxima edição,

amiguinhos!

Quando ele era menino, ganhou uma medalha da escola como prêmio ao aluno que sabia ler melhor. Sentiu-se feliz e encheu-se de vaidade.

Quando a aula terminou, voltou correndo para casa, entrou na cozinha como um furacão e foi direto falar com Maria, a velha empregada, que trabalhava na casa há muito tempo.

- Aposto que sei ler melhor do que você!E entregou-lhe o livro de leitura. A bondosa mulher interrom-

peu o trabalho, pegou o livro, examinou as páginas e gaguejou¹:- Bem, meu filho... eu... eu... não... sei ler.O garoto ficou surpreso e correu ao escritório para contar ao

pai:- Imagine, papai, Maria é velha e não sabe ler. Deve ser horrível

não saber ler... Eu que sou pequeno já ganhei até medalha!O garoto estufou o peito para frente para mostrar ao pai o prê-

mio que ganhara da professora.Com sabedoria, o pai levantou-se, foi até a estante e pegou um

livro. Em seguida, disse:- Foi maravilhoso você ter ganhado a medalha, meu filho. Ago-

Ordene as palavras e forme a frase-ensinamento, do autor espiritual André Luiz. Resposta no fim desta página.

que é vence aquele mesmo si a Vencedor.

Vencedor é aquele que vence a si mesmo.

E você, que medalha gostaria de ganhar de seu Anjo da Guarda?

Vocabulário¹gaguejou - falou com dificuldade.²genitor - pai.

Pág. 08 A Nova Era - Setembro 2017

O EXÍLIO – O autor espiritual J. W. Rochester, pela psicografia de Arandi G. Teixeira, apresenta a fascinante experiência de Rosalva, menina que nasceu no ambien-te do Grand Circo Monteverdi e acaba por aportar ao acampamento cigano. Os desa-fios enfrentados diante das paixões huma-nas, nos levam a reflexões e conclusões para a trajetória imortal.

O PERFUME DE HELENA – Ju-liana F. Heck relata sua própria história de superação. Encontramos no texto preciosas lições de coragem e amadurecimento dian-te dos fatos da vida. Com uma linguagem suave e verdadeira, ela compartilha sua ex-pectativa em face da gravidez de risco e o quanto a fé raciocinada pode secar lágrimas e aliviar um coração aflito.

FERVI POR DENTRO e EU SOU O REI DE TODO O MUNDO – Neste mês, temos dois livros infantis de grande significado. Em Fervi por dentro, as lições giram em torno da raiva, esta emoção que tantos problemas nos traz. Em Eu sou o rei de todo o mundo, vamos tratar das decepções que acompanham o “NÃO” em nossas vidas.

CHICO, DIÁLOGOS E RECOR-DAÇÕES... – Carlos Alberto Braga Costa, com criteriosa sensibilidade, resgata lições de vida, narradas por Arnaldo Rocha, fruto de sua estreita convivência com o médium Chico Xavier. Obra de fácil leitura, conta com fatos, fotos e documentos que propõem contribuir, de maneira relevante, para a his-tória do movimento espírita no Brasil.

Opções para o próximo mêsClube do Livro Espírita do Idefran

Caso prefira, no lugar das opções aqui indicadas, ou cumulativamente, o associado poderá optar por dois exemplares das obras básicas do Espiritismo, editadas pelo IDE.

Atendemos solicitações para sobras de meses anteriores

As ótimas espitirinhas aqui publicadas estão em www.espitirinhas.blogspot.com.br e são de autoria de Wilton Pontes a quem apresentamos nosso reconhe-cimento tanto por seu trabalho como pelo desprendimento em liberar sua publicação gratuita.

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