verificaÇÃo do custo-benefÍcio do sistema drywall

91
VERIFICAÇÃO DO CUSTO-BENEFÍCIO DO SISTEMA DRYWALL SEGUNDO A ABNT NBR 15575:2013 LUCIANO LAI Projeto de Graduação apresentado ao Curso de Engenharia Civil da Escola Politécnica, Universidade Federal do Rio de Janeiro, como parte dos requisitos necessários à obtenção do título de Engenheiro. Orientador: Eduardo Linhares Qualharini Rio de Janeiro Setembro de 2016

Upload: votu

Post on 07-Jan-2017

224 views

Category:

Documents


3 download

TRANSCRIPT

Page 1: VERIFICAÇÃO DO CUSTO-BENEFÍCIO DO SISTEMA DRYWALL

VERIFICAÇÃO DO CUSTO-BENEFÍCIO DO SISTEMA DRYWALL

SEGUNDO A ABNT NBR 15575:2013

LUCIANO LAI

Projeto de Graduação apresentado ao Curso de

Engenharia Civil da Escola Politécnica, Universidade

Federal do Rio de Janeiro, como parte dos requisitos

necessários à obtenção do título de Engenheiro.

Orientador:

Eduardo Linhares Qualharini

Rio de Janeiro

Setembro de 2016

Page 2: VERIFICAÇÃO DO CUSTO-BENEFÍCIO DO SISTEMA DRYWALL

VERIFICAÇÃO DO CUSTO-BENEFÍCIO DO SISTEMA DRYWALL

SEGUNDO A ABNT NBR 15575:2013

LUCIANO LAI

PROJETO DE GRADUAÇÃO SUBMETIDO AO CORPO DOCENTE DO

CURSO DE ENGENHARIA CIVIL DA ESCOLA POLITÉCNICA DA

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO COMO PARTE DOS

REQUISITOS NECESSÁRIOS PARA A OBTENÇÃO DO GRAU DE ENGENHEIRO

CIVIL.

Examinado por:

__________________________________________________

Prof. Eduardo Linhares Qualharini (orientador)

__________________________________________________

Prof. Leandro Torres di Gregório – DS.c

__________________________________________________

Prof. Luiz Antônio Greno Barbosa – MS.c

RIO DE JANEIRO, RJ – BRASIL

Setembro de 2016

Page 3: VERIFICAÇÃO DO CUSTO-BENEFÍCIO DO SISTEMA DRYWALL

i

Lai, Luciano.

Verificação do custo-benefício do sistema Drywall segundo a

norma ABNT NBR 15575:2013 / Luciano Lai – Rio de Janeiro: UFRJ/

Escola Politécnica, 2016.

xiii, 78 p.: il.; 29,7cm.

Orientador: Eduardo Linhares Qualharini

Projeto de Graduação – UFRJ/ Escola Politécnica/ Curso de

Engenharia Civil, 2016

Referência Bibliográfica: p. 73-78.

1. Introdução 2. Contextualização do tema 3. Avaliação do

Sistema de Vedações Verticais Internas em Drywall pela ABNT NBR

15575-4_2013 – Edificações habitacionais – Desempenho – Parte 4:

Sistemas de Vedações Verticais Internas e Externas - SVVIE 4.

Comparação entre o sistema Drywall e alvenaria cerâmica 5.

Considerações Finais

I. Eduardo Linhares Qualharini. II. Universidade Federal do Rio de

Janeiro, Escola Politécnica. Curso de Engenharia Civil. III. Verificação

do Custo-Benefício do Sistema Drywall segundo a Norma ABNT NBR

15575:2013.

Page 4: VERIFICAÇÃO DO CUSTO-BENEFÍCIO DO SISTEMA DRYWALL

ii

Resumo do Projeto de Graduação apresentado à Escola Politécnica/ UFRJ como

parte dos requisitos necessários para a obtenção do grau de Engenheiro Civil.

VERIFICAÇÃO DO CUSTO-BENEFÍCIO DO SISTEMA DRYWALL

SEGUNDO A NORMA ABNT NBR 15575_2013

Luciano Lai

Setembro/2016

Orientador: Eduardo Linhares Qualharini

Curso: Engenharia Civil

Há uma cultura no Brasil de que o sistema de paredes em ‘Drywall’ não atende às

necessidades usuais e, portanto, há uma grande resistência na aceitação do sistema no

mercado residencial. Este trabalho visa indicar que o sistema ‘Drywall’, além de atender

a norma ABNT NBR 15575_2013 – Parte 4: Sistemas de vedações verticais internas e

externas, apresenta-se como uma tecnologia de ótimo custo-benefício quando comparado

à Alvenaria tradicional, o sistema de paredes dominante no mercado brasileiro.

Palavras-chave: Drywall, ABNT NBR 15575, Norma de desempenho, Alvenaria.

Page 5: VERIFICAÇÃO DO CUSTO-BENEFÍCIO DO SISTEMA DRYWALL

iii

Abstract of Undergraduate Project presented to POLI/UFRJ as a partial fulfillment

of the requirements for the degree of Engineer.

DRYWALL WALL SYSTEM COST BENEFIT VERIFICATION THROUGH

ABNT NBR 15575:2013

Luciano Lai

September/2016

Advisor: Eduardo Linhares Qualharini

Course: Civil Engineering

In Brazil, there is a general culture implying that the Drywall wall system does not

attend the usual requirements and, for this reason, there is a great resistance to adopt this

system in the residential market. This work aims to indicate that Drywall wall system,

besides attending the norm ABNT NBR 15575_2013 – Parte 4: Sistemas de vedações

verticais internas e externas, also presents itself as a great cost benefit technology when

compared with the traditional masonry technology, the dominating wall system in

Brazilian market.

Keywords: Drywall, ABNT NBR 15575, Building performance norm, Masonry.

Page 6: VERIFICAÇÃO DO CUSTO-BENEFÍCIO DO SISTEMA DRYWALL

iv

Agradecimentos

Quero agradecer, em primeiro lugar, a Deus, Autor e Consumador da minha fé, pois

todas as coisas vêm dEle, são por Ele e são para Ele.

Gostaria de agradecer à minha família que sempre me apoiou, principalmente a

minha mãe, dedico essa vitória a ela.

Agradeço à minha igreja, Igreja Cristã Vida em Abundância, que colocou a

realização deste trabalho em suas orações, que me incentivou bastante, principalmente o

casal de amigos Alex e Luiza Chang que me ajudaram bastante na realização deste

trabalho.

Sou grato pela oportunidade de ter feito a graduação na UFRJ, excelência em tudo,

também pela oportunidade de conhecer ótimos colegas e professores, sendo muitos destes

as minhas referências de aplicação prática de conhecimento técnico; agradeço

principalmente ao meu orientador Professor Eduardo Qualharini.

Page 7: VERIFICAÇÃO DO CUSTO-BENEFÍCIO DO SISTEMA DRYWALL

v

Sumário

1. INTRODUÇÃO

1.1. Considerações Iniciais ........................................................................................... 1

1.2. Objetivo ................................................................................................................. 1

1.3. Metodologia ........................................................................................................... 2

1.4. Estrutura do Trabalho ............................................................................................ 2

2. CONTEXTUALIZAÇÃO DO TEMA

2.1. Economia ............................................................................................................... 3

2.2. ABNT NBR 15575-4_2013 – Edificações Habitacionais – Desempenho ............ 4

2.2.1. Histórico ............................................................................................................. 4

2.2.2. ABNT NBR 15575-4_2013 – Edificações Habitacionais – Desempenho – Parte

4: Sistemas de vedações verticais internas e externas – SVVIE ...................................... 5

2.3. Alvenaria ............................................................................................................... 7

2.3.1. Contextualização ................................................................................................ 7

2.3.2. Alvenaria no Brasil ............................................................................................ 8

2.3.3. Ficha técnica .................................................................................................... 10

2.3.4. Execução .......................................................................................................... 13

2.3.4.1. Marcação ...................................................................................................... 13

2.3.4.2. Fiada de marcação (1ͣ fiada) ........................................................................ 14

2.3.4.3. Elevação das alvenarias ................................................................................ 15

2.3.4.4. Ligações entre paredes ................................................................................. 16

Page 8: VERIFICAÇÃO DO CUSTO-BENEFÍCIO DO SISTEMA DRYWALL

vi

2.3.4.5. Fixações (‘Encunhamentos’) ........................................................................ 17

2.4. Drywall ................................................................................................................ 18

2.4.1. Ficha Técnica ................................................................................................... 18

2.4.2. Nomenclaturas do Sistema de Vedação Vertical Interna em Drywall ............. 22

2.4.3. Instalação do Sistema Drywall ........................................................................ 22

2.4.4. Sistemas de instalações embutidas................................................................... 27

3. AVALIAÇÃO DO SISTEMA DE VEDAÇÕES VERTICAIS INTERNAS EM

DRYWALL

3.1. Desempenho estrutural ........................................................................................ 29

3.1.1. Requisito – Solicitações de cargas provenientes de peças suspensas atuantes nos

sistemas de vedações internas e externas ....................................................................... 29

3.1.2. Requisito – Impacto de corpo-mole nos sistemas de vedações verticais internas

e externas, com ou sem função estrutural ....................................................................... 39

3.1.3. Requisito – Ações transmitidas por portas ...................................................... 42

3.1.4. Requisito – Impacto de corpo duro incidente nos SVVIE, com ou sem função

estrutural ......................................................................................................................... 44

3.2. Segurança contra incêndio ................................................................................... 46

3.2.1. Generalidades ................................................................................................... 46

3.2.2. Requisito – Dificultar a ocorrência da inflamação generalizada ..................... 47

3.2.3. Requisito – Dificultar a propagação do incêndio e preservar a estabilidade

estrutural da edificação ................................................................................................... 51

3.3. Uso e operação .................................................................................................... 54

Page 9: VERIFICAÇÃO DO CUSTO-BENEFÍCIO DO SISTEMA DRYWALL

vii

3.3.1. Generalidades ................................................................................................... 54

3.3.2. Requisito – Segurança na utilização do imóvel ............................................... 54

3.3.3. Segurança das instalações ................................................................................ 55

3.4. Estanqueidade ...................................................................................................... 55

3.5. Desempenho acústico .......................................................................................... 57

3.5.1. Generalidades ................................................................................................... 57

3.5.2. Métodos disponíveis para a verificação ........................................................... 57

3.5.3. Requisito – Níveis de ruídos admitidos na habitação ...................................... 58

3.6. Durabilidade e manutenibilidade ......................................................................... 60

3.6.1. Requisito – Vida útil de projeto dos sistemas de vedações verticais internas e

externas ......................................................................................................................... 60

3.6.2. Requisito – Manutenibilidade dos sistemas de vedações verticais internas e

externas ......................................................................................................................... 60

3.7. Saúde ................................................................................................................... 61

3.8. Conforto Antropodinâmico ................................................................................. 61

3.9. Adequação ambiental .......................................................................................... 61

4. COMPARAÇÃO ENTRE O SISTEMA DRYWALL E A ALVENARIA

CERÂMICA

4.1. Vantagens ............................................................................................................ 62

4.2. Desvantagens ....................................................................................................... 64

4.3. Vantagens em relação à NBR 15575-4_2013 ..................................................... 64

4.4. Entrevista ............................................................................................................. 66

Page 10: VERIFICAÇÃO DO CUSTO-BENEFÍCIO DO SISTEMA DRYWALL

viii

4.5. Exemplo de caso .................................................................................................. 68

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

5.1. Críticas ................................................................................................................. 70

5.2. Sugestões para trabalhos futuros ......................................................................... 71

REFERÊNCIAS

Referências Bibliográficas .............................................................................................. 72

Referências Normativas .................................................................................................. 73

Indicações Eletrônicas .................................................................................................... 75

Page 11: VERIFICAÇÃO DO CUSTO-BENEFÍCIO DO SISTEMA DRYWALL

ix

Índice de figuras

Figura 1 – Pirâmides de Gizé, Coliseu de Roma e Muralha da China ............................. 8

Figura 2 – Elemento Taipa de Pilão e Sistema Construtivo Pau a Pique. ........................ 9

Figura 3 – Elemento Adobe .............................................................................................. 9

Figura 4 – Tijolo/Bloco Cerâmico .................................................................................. 10

Figura 5 – Representação dos blocos cerâmicos ............................................................ 10

Figura 6 – Marcação das paredes pelos eixos de referência ........................................... 14

Figura 7 – Equipamentos auxiliares na execução das paredes ....................................... 14

Figura 8 – Encabeçamento dos blocos, pressão no assentamento, controle do prumo das

paredes e do nível das fiadas .......................................................................................... 15

Figura 9 – Etapas de concretagem da estrutura, marcação e elevação da alvenaria ....... 16

Figura 10 – Amarração nos encontros entre paredes ...................................................... 17

Figura 11 – Fixação de parede com o emprego de argamassa ....................................... 17

Figura 12 – Sequência de fixações das alvenarias de vedação ....................................... 18

Figura 13 – Sistemas Construtivos em Drywall com Chapas de Gesso ......................... 19

Figura 14 – Componentes dos Sistemas Construtivos em Drywall................................ 19

Figura 15 - Nomenclaturas de SVVI em Drywall .......................................................... 22

Figura 16 - Cortes de SVVI em Drywall ........................................................................ 22

Figura 17 – Marcação e instalação das guias ................................................................. 23

Figura 18 – Fixação dos montantes ................................................................................ 23

Figura 19 – Fixação das chapas de gesso nos perfis de aço ........................................... 24

Figura 20 – Amarração alternada das chapas de gesso .................................................. 24

Figura 21 – Preenchimento de lã de vidro entre os montantes ....................................... 25

Page 12: VERIFICAÇÃO DO CUSTO-BENEFÍCIO DO SISTEMA DRYWALL

x

Figura 22 – Finalização da fixação das chapas de gesso nos perfis de aço .................... 25

Figura 23 – Tratamento de emendas das chapas de gesso .............................................. 26

Figura 24 – Tratamento da parede para receber o acabamento ...................................... 26

Figura 25 – Sistema de parede Drywall em associação a outro sistema de parede ........ 27

Figura 26 – Interação entre os sistemas de instalações embutidos e o sistema Drywall 27

Figura 27 – Fixação de objetos no Sistema Drywall ...................................................... 31

Figura 28 – Tipos de bucha ............................................................................................ 31

Figura 29 – Mão francesa e objetos utilizados ............................................................... 32

Figura 30 – Objetos utilizados ........................................................................................ 32

Figura 31 – Reforços comercias internos ....................................................................... 33

Figura 32 – Configuração dos reforços internos aparafusados entre os montantes ........ 33

Figura 33 – Carregamento pontual ................................................................................. 34

Figura 34 – Carregamento composto.............................................................................. 34

Figura 35 – Reforço entre os montantes para instalação de pia ..................................... 35

Figura 36 – Configuração de SVVI em Drywall ............................................................ 36

Figura 37 – Simulação de mão francesa e objetos específicos ....................................... 38

Figura 38 – Sacos utilizados para a avaliação da parede ................................................ 40

Figura 39 – Movimento pendular do saco em direção à parede ..................................... 40

Figura 40 – Regiões de aplicação de impacto ................................................................ 41

Figura 41 – Configuração da parede em Drywall........................................................... 41

Figura 42 – Dispositivo utilizado para a verificação dos deslocamentos horizontais da

parede ............................................................................................................................. 41

Figura 43 – Dispositivo usado no ensaio de operação de fechamento brusco da porta . 43

Figura 44 – Movimento pendular do ensaio de corpo mole sobre a porta ..................... 43

Figura 45 – Configuração da parede em Drywall........................................................... 43

Page 13: VERIFICAÇÃO DO CUSTO-BENEFÍCIO DO SISTEMA DRYWALL

xi

Figura 46 – Esferas metálicas de 0,5kg (esquerda) e 1,0kg (direita) .............................. 45

Figura 47 – Movimento pendular da esfera em direção à parede ................................... 45

Figura 48 – Configuração da parede em Drywall........................................................... 46

Figura 49 – Esquema ilustrativo do ensaio de reação ao fogo pelo método EN13823:2010

........................................................................................................................................ 49

Figura 50 – Configuração da parede em Drywall, com a presença de ora RCP 18mm, ora

LV 50mm em seu interior como miolo de parede .......................................................... 49

Figura 51 – Corpos de prova utilizados nos ensaios ...................................................... 50

Figura 52 – Ensaio SBI do corpo de prova ..................................................................... 50

Figura 53 – Forno de ensaio do laboratório do IPT composto de cinco queimadores a gás

natural (esquerda: visão interna do forno e direita: visão externa do forno com a parede

em Drywall montada) ..................................................................................................... 52

Figura 54 – Parede em Drywall com a colocação dos termopares na face oposta à de

incêndio .......................................................................................................................... 53

Figura 55 – Detalhe do pórtico do ensaio montado (esquerda) e aplicação de impacto

(20J) durante a execução do ensaio (direita) .................................................................. 53

Figura 56 – Ensaio de permeabilidade à agua realizado em SVVI com chapa de gesso

resistente à umidade (RU) com revestimento em tinta epóxi base solvente .................. 56

Figura 57 – Ensaio de permeabilidade à agua realizado em SVVI com chapa de gesso

resistente à umidade (RU) com revestimento cerâmico e rejunte (esquerda) e tinta epóxi

base água (direita) ........................................................................................................... 56

Figura 58 – Configuração da parede em Drywall........................................................... 56

Figura 59 – Câmara de ensaio sem (esquerda) e com (direita) um dos pórticos de ensaio

posicionado ..................................................................................................................... 59

Figura 60 – Sistema montado no pórtico de ensaio ........................................................ 59

Page 14: VERIFICAÇÃO DO CUSTO-BENEFÍCIO DO SISTEMA DRYWALL

xii

Figura 61 – Vantagens do sistema Drywall quando comparado com a alvenaria cerâmica

........................................................................................................................................ 62

Figura 62 – Delimitação em elipse de uma sala de reuniões da empresa Terco Grant

Thorton ........................................................................................................................... 63

Figura 63 - Criação de nichos ......................................................................................... 63

Índice de tabelas

Tabela 1 – Dimensão de fabricação de blocos cerâmicos .............................................. 11

Tabela 2 – Características exigidas para bloco cerâmico ............................................... 12

Tabela 3 – Amostragens e critérios de aceitação e rejeição ........................................... 13

Tabela 4 - Requisitos normativos para chapas de gesso ................................................. 20

Tabela 5 - Requisitos normativos para perfis de aço ...................................................... 20

Tabela 6 - Requisitos normativos para massa em pó ou pronta ..................................... 21

Tabela 7 - Requisitos normativos para fita de papel ...................................................... 21

Tabela 8 - Requisitos normativos para parafuso ............................................................ 21

Tabela 9 - Valores e critérios de desempenho em função de carga de ensaio para mão

francesa ........................................................................................................................... 30

Tabela 10 - Resultados para as cargas aplicadas em um ponto a 300mm usando-se a mão

francesa ........................................................................................................................... 36

Tabela 11 – Resultados para as cargas aplicadas em um ou mais pontos simulando objetos

específicos ...................................................................................................................... 37

Tabela 12 – Resultados para as cargas aplicadas faceando a parede em um único ponto

........................................................................................................................................ 38

Page 15: VERIFICAÇÃO DO CUSTO-BENEFÍCIO DO SISTEMA DRYWALL

xiii

Tabela 13 – Valores de deslocamento instantâneo (dh) para o sistema Drywall ............ 39

Tabela 14 – Resultados dos ensaios ............................................................................... 42

Tabela 15– Resultados dos ensaios ................................................................................ 44

Tabela 16 – Requisitos de resistência ao impacto de corpo duro .................................. 44

Tabela 17 – Resultados dos ensaios ............................................................................... 46

Tabela 18 – Classificação dos materiais tendo como base o método ABNT NBR 9442 48

Tabela 19 – Classificação dos materiais tendo como base o método EN 13823 ............ 48

Tabela 20 – Resultados dos ensaios ............................................................................... 51

Tabela 21 – Resultados dos ensaios ............................................................................... 54

Tabela 22 – Resultados dos ensaios ............................................................................... 57

Tabela 23 – Parâmetros de verificação ........................................................................... 58

Tabela 24 - Exigências de redução sonora ..................................................................... 58

Tabela 25 - Resultados dos ensaios ................................................................................ 60

Tabela 26 – Comparativo de custos entre opção 1 e opção 2 ......................................... 69

Page 16: VERIFICAÇÃO DO CUSTO-BENEFÍCIO DO SISTEMA DRYWALL

1

1. INTRODUÇÃO

1.1. Considerações Iniciais

Depois de muitos anos de recessão da economia brasileira, houve a retomada da

economia, de forma mais visível, no início deste século e o consequente reaquecimento do setor

da construção civil, considerado um dos termômetros do bom desempenho da economia.

Entretanto, com o avanço da globalização e da tecnologia de informação, a sociedade vem

exigindo cada vez mais das construtoras o uso de processos e ferramentas que ofereçam a

padronização da qualidade nos serviços realizados, pois foram evidenciadas diferenças de

domínio tecnológico, em prazo e qualidade, quanto aos padrões construtivos.

As construtoras, no objetivo de atender aos anseios da sociedade, ajudaram a elaborar

várias normas técnicas referentes aos elementos divisórios e partes unitárias da construção civil,

entretanto, ainda há lacunas a serem preenchidas, esta foi a razão da criação da norma ABNT

15575_2013 – norma de desempenho.

O sistema de vedações verticais é um dos sistemas que mais impacta economicamente

uma obra, em razão de influenciar em questões de: retrabalho, perdas de recursos e riscos

construtivos. Em razão da exigência do atendimento da norma ABNT NBR 15575_2013 pelas

construtoras, há uma ilustração de interesse por um sistema de paredes que atenda a norma e

que apresente o melhor custo-benefício.

Dentre muitos sistemas de parede que existem no mercado, o Drywall é um sistema com

performance estrutural e acústico satisfatórios comprovados no mundo todo, além de apresentar

um ótimo custo benefício, entretanto ainda há o receio de utilização do sistena no mercado

residencial brasileiro por razões culturais, em razão do falso entendimento de que o sistema de

paredes Drywall seja frágil, tendo a alvenaria como parâmetro; cabendo um estudo para

divulgar e esclarecer o uso deste processo construtivo.

1.2. Objetivo

Este trabalho é uma pesquisa sobre o sistema de paredes Drywall, através do atendimento

da norma ABNT NBR 15575_2013, além de apresentar o custo-benefício deste sistema de

paredes versus o sistema de paredes dominante do mercado brasileiro (alvenaria cerâmica).

Page 17: VERIFICAÇÃO DO CUSTO-BENEFÍCIO DO SISTEMA DRYWALL

2

1.3. Metodologia

A metodologia adotada foi fundamentada na pesquisa bibliográfica e coleta de dados e

conceitos associados ao tema do trabalho em desenvolvimento. Realizou-se um levantamento

bibliográfico referente ao tema proposto, o que também incluiu pesquisas em sites da internet.

Após a fundamentação teórica, foi analisado um exemplo de caso, resultado de entrevista com

um analista da assistência técnica da Construtora Tarjab, para a comprovação dos dados e

conceitos associados ao tema.

1.4. Estrutura do Trabalho

A introdução inicia a abordagem do tema elaborado citando o surgimento da norma

ABNT NBR 15575_2013 como resposta ao anseio da sociedade em relação à padronização da

qualidade das edificações e o sistema de parede Drywall como uma alternativa de bom custo-

benefício em relação a sistemas de parede. Além de explicitar os objetivos do trabalho e os

meios utilizados para alcançá-lo, juntamente com a síntese das etapas de seu desenvolvimento.

O capítulo 2 contextualiza os momentos econômicos brasileiros que acarretaram na crise

do setor da construção civil e a consequente contribuição nas diferenças de padronização da

qualidade das construtoras. Além de abordar a norma ABNT NBR 15575_2013 em relação à

sua essência e à sua exigibilidade, e apresentar os sistemas de paredes internas: alvenaria

cerâmica e sistema Drywall.

O capítulo 3 trata do atendimento da norma pelo sistema de parede Drywall através de

ensaios e testes, e suas respectivas análises.

No capítulo 4 é feito o exemplo de caso para fazer a comparação do custo-benefício do

sistema de paredes Drywall tendo o sistema de paredes dominante do mercado brasileiro

(Alvenaria), além de uma entrevista com um representante de uma construtora.

No capítulo 5 são feitas as conclusões finais, que consistem na análise do estudo de custo-

benefício do sistema de paredes Drywall e a viabilidade econômica da adoção do sistema pelo

mercado brasileiro.

Por fim, são apresentadas as referências bibliográficas e eletrônicas utilizadas neste

trabalho.

Page 18: VERIFICAÇÃO DO CUSTO-BENEFÍCIO DO SISTEMA DRYWALL

3

2. CONTEXTUALIZAÇÃO DO TEMA

2.1. Economia

Segundo Lopes (2011), o Brasil sofreu uma grande crise econômica na década de 80 que

se perdurou até a metade da década de 90, razão pela qual a década de 80 ficou conhecida como

a década perdida. Durante esse tempo, a taxa da inflação apresentava níveis bem elevados e

houve o aumento da dívida externa e do déficit público.

Ainda segundo Lopes (2011), tudo isso contribuiu para a estagnação econômica do país e

essa situação gerou: desemprego, arrocho salarial, falta de perspectiva de investimentos e

também o atraso do avanço do desenvolvimento tecnológico no setor industrial.

De acordo com Santos (SITE 1, 2016), o engenheiro mecânico Valter Pieracciani1 diz que

este atraso também afetou o setor da construção civil, pois vários postos de trabalho foram

fechados e não houve perspectiva de reabertura destes postos de trabalho; muitos engenheiros

tiveram que mudar de setor ou de emprego para sobreviverem durante a crise, enquanto que a

nova geração de engenheiros não tinha mercado de trabalho.

“O engenheiro que virou suco. Por quê? Um dos nossos colegas abriu

uma barraca de suco na Avenida Paulista porque não tinha emprego

para engenheiro”. Santos (SITE 1, 2016).

Com a falta de investimentos, muitas obras foram suspensas ou adiadas,

consequentemente a mão de obra também teve que mudar de setor ou de emprego para

sobreviver. Em razão da estrutura organizacional da mão-de-obra da construção civil ser

baseada em função maior da experiência, houve falta da continuidade da formação de

profissionais qualificados para ocupar os postos mais avançados desta estrutura organizacional.

Segundo Gomes e Cruz (2015), a retomada da recuperação da economia brasileira a partir

do final da década de 90, época que foi lançado o Plano Real, e o reaquecimento da economia

no início do século XXI, e por consequência muitos postos de trabalho foram abertos no setor

da construção civil e houve a falta de profissionais disponíveis no mercado para atender a

demanda.

“De 2003 a 2013, o Brasil gerou 127 mil postos de trabalho para

engenheiros – um terço destas vagas absorveu engenheiros civis. No

mesmo período, o país tinha quase 755 mil profissionais ativos no

mercado de trabalho na área de engenharia, dos quais 30% ligados à

1 Engenheiro mecânico, mestre em administração, empresário, consultor, pesquisador e escritor, sócio-diretor da

Pieracciani Desenvolvimento de Empresas.

Page 19: VERIFICAÇÃO DO CUSTO-BENEFÍCIO DO SISTEMA DRYWALL

4

área de construção. A demanda causou falta de profissionais no

mercado e um grande volume de jovens se matriculou nos seis cursos

de engenharia mais concorridos no país: civil, mecânica, produção,

metalúrgica, elétrica e química. De 353 mil matrículas em 2010, o

número saltou para 635 mil em 2013”. Santos (SITE 1, 2016).

De acordo com Mello (SITE 2, 2016), o engenheiro civil Luiz Henrique Ceotto2 menciona

que durante este período houve a percepção de diferenças técnicas e tecnológicas em vários

empreendimentos de obras do mesmo tipo; estas diferenças caracterizadas pelos confrontos

entre: técnicas de construção arcaicas (e até obsoletas) com técnicas difundidas em padrão

mundial; e o processo de execução de manufatura das obras com o de execução com tecnologias

e equipamentos precisos.

Segundo Quiza (SITE 3, 2016), uma matéria do jornal Folha de São Paulo destaca que

uma das disparidades entre as construções sentidas pela sociedade foi a qualidade do produto

final, resultando em diversos conflitos entre consumidor e construtora. A ABNT NBR 15575

surgiu da necessidade de padronização das construções em relação à qualidade e performance

das construções no Brasil. A primeira versão da norma foi publicada em 2008 com o propósito

de estabelecer padrões de qualidade, ou seja, uma finalidade mais qualitativa. A segunda versão

da norma, publicada em 2013, tem o propósito de quantificar os níveis de qualidade em Mínimo

(obrigatório), Intermediário e Superior.

2.2. ABNT NBR 15575-4_2013 – Edificações Habitacionais – Desempenho

2.2.1. Histórico

Segundo Souza (2012), a ABNT NBR 15575_2013 surgiu a partir de uma publicação

técnica elaborada pelo IPT, no ano de 1998, para o Programa Brasileiro da Qualidade e

Produtividade do Habitat (PBQP-H) intitulado de Critérios Mínimos de Desempenho para

Habitações Térreas de Interesse Social.

De acordo com o Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração

de Imóveis Comerciais de São Paulo (SECOVI) (2007), a Comissão de Estudo de Projeto de

Norma referente ao Projeto de Norma Brasileira de Desempenho de Edifícios foi formada no

2 Engenheiro civil graduado pela Universidade de Brasília (UnB), Mestre em Engenharia de Estruturas pela Escola

de Engenharia de São Carlos (USP) e Diretor Sênior de Projetos e Construção departamento de Design e

Construção (D&C) da Tishman Speyer no Brasil.

Page 20: VERIFICAÇÃO DO CUSTO-BENEFÍCIO DO SISTEMA DRYWALL

5

ano de 2000 e houve muitas divergências sobre o projeto de norma, mas com resultados

satisfatórios no fim.

Ainda segundo Souza (2012), em 2008 foi publicada a primeira versão da norma com

exigibilidade prorrogada para o ano de 2010. Em 2010, houve uma ementa para que a

exigibilidade fosse prorrogada para o ano de 2012. Em 2011 houve outra ementa para que a

exigibilidade fosse prorrogada para o ano de 2013, sendo este enfim o ano de publicação e

entrada em vigor da norma. Todas as prorrogações da exigibilidade da norma decorreram em

função de revisão de trabalho, nova consulta pública e nova avaliação. Nakamura (SITE 4,

2013) cita que o advogado Carlos Pinto Del Mar3 explica que

“[...] o texto, que estabelece requisitos mínimos de desempenho para

os imóveis habitacionais, é entendido por muitos como um divisor de

águas e como um marco regulatório, técnico e jurídico”. Nakamura

(SITE 4, 2016).

2.2.2. ABNT NBR 15575-4_2013 – Edificações Habitacionais – Desempenho –

Parte 4: Sistemas de vedações verticais internas e externas – SVVIE

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) define norma como

“[...] documento estabelecido por consenso e aprovado por um

organismo reconhecido, que fornece regras, diretrizes ou

características mínimas para atividades ou para seus resultados,

visando à obtenção de um grau ótimo de ordenação em um dado

contexto” e parte do “processo de formulação e aplicação de regras

para a solução ou prevenção de problemas, com a cooperação de todos

os interessados, e, em particular, para a promoção da economia

global”. (ABNT, 2016).

A norma ABNT NBR 15575_2013 surgiu em razão do crescente aumento das muitas

desavenças entre os usuários finais dos edifícios e as construtoras, gerando assim muitos

processos de reparação na justiça brasileira. Muito em razões de validade contratual, prazo de

entrega, desempenho das edificações, segurança do usuário, qualidade de vida, entre outros.

O SECOVI (2013) diz que o vice-presidente de Tecnologia e Qualidade Carlos Gomes

afirma que a ABNT NBR 15575_2013 é

3 Consultor da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) e conselheiro jurídico do Sindicato da

Habitação do Estado de São Paulo (Secovi-SP), Bacharel em direito pela Pontifícia Universidade Católica de São

Paulo (PUC-SP), especializado em finanças, direito de empresa e arbitragem, Del Mar é também autor do livro

"Falhas, Responsabilidades e Garantias na Construção Civil", lançado em 2008 pela Editora PINI.

Page 21: VERIFICAÇÃO DO CUSTO-BENEFÍCIO DO SISTEMA DRYWALL

6

“[...] um divisor de águas para o mercado imobiliário”, pois “procura

traduzir as necessidades humanas em requisitos técnicos, como

estabilidade estrutural, segurança contra incêndio, desempenho

térmico, acústico, lumínico, conforto tátil e antropodinâmico, dentre

outros. O mais importante dela é a questão da vida útil e da qualidade

no longo prazo. As responsabilidades são mais claras e rastreáveis".

(SECOVI, 2013).

Uma norma por si só não tem força de lei para que tenha a exigibilidade do seu

cumprimento assim como A ABNT cita que as normas

“[...] são de uso voluntário, isto é, não são obrigatórias por lei, e então

é possível fornecer um produto ou serviço que não siga a norma

aplicável no mercado determinado”. (ABNT, 2016).

Entretanto, com a forte atuação do Código do Consumidor, a normas tem sido usada como

referência técnica para o sistema judiciário em suas análises e considerações, elevando assim a

importância das normas, pois

“[...] é importante ressaltar que as normas técnicas, embora não sejam

leis, têm força de lei e, portanto, o seu não cumprimento pode ser

questionado judicialmente. O Código de Defesa do Consumidor é muito

claro neste aspecto e estabelece que todos os produtos comercializados

no país devem atender as normas técnicas vigentes”. (SECOVI, 2013).

Nakamura (SITE 4, 2016) confirma citando que

“[...] as normas técnicas têm natureza diferente das normas jurídicas,

e adquiriram força obrigatória devido a leis que assim as determinam.

É o caso, por exemplo, do Código de Defesa do Consumidor, que

considera abusivo colocar no mercado produtos em desacordo com as

normas técnicas oficiais ou da Associação Brasileira de Normas

Técnicas (ABNT). Vale lembrar que, além de serem obrigatórias por

força das leis que assim determinam, as normas técnicas devem ser

cumpridas pelos profissionais da área técnica (engenheiros, projetistas

etc.) também por dever ético-profissional. Para o direito, o

atendimento às normas técnicas é uma presunção. Se as normas

tiverem sido obedecidas, há presunção de regularidade. Se as normas

não tiverem sido obedecidas, há presunção de irregularidade”.

Nakamura (SITE 4, 2016).

A norma atribui responsabilidades a todos envolvidos na edificação, desde a sua

concepção ao seu uso; ou seja, a todos da parte técnica envolvidos na concepção do projeto e

sua execução, quanto ao usuário final em questões de uso, operação e manutenção; assim como:

“[...] a Norma define os resultados a serem atingidos pelo

empreendimento durante seu uso e cria uma linguagem padrão entre

Page 22: VERIFICAÇÃO DO CUSTO-BENEFÍCIO DO SISTEMA DRYWALL

7

todos os agentes da cadeia imobiliária: projetistas, fabricantes,

arquitetos, engenheiros, construtoras, incorporadoras e consumidores.

Todos os envolvidos na cadeia produtiva têm sua cota de

responsabilidade, desde a fase de concepção do projeto, sua

construção e, finalmente, manutenção”. (SECOVI, 2013).

Tendo em vista que a norma não é para favorecer o interesse de uma pessoa ou um grupo

específico,

“[...] qualquer norma é considerada uma referência idônea do

mercado a que se destina, sendo por isso usada em processos: de

regulamentação, de acreditação, de certificação, de metrologia, de

informação técnica, e nas relações comerciais Cliente – Fornecedor”.

(ABNT, 2016).

A ABNT NBR 15575_2013 é dividida em seis partes:

I. Requisitos gerais

II. Requisitos para os sistemas estruturais

III. Requisitos para os sistemas de pisos

IV. Requisitos para os sistemas de vedações verticais internas e externas

V. Requisitos para os sistemas de coberturas

VI. Requisitos para os sistemas hidrossanitários

Um dos objetos de estudo deste trabalho é a parte da norma que trata dos requisitos para

os sistemas de vedações verticais internas e externas, e tendo como conceito e definição

referente à parte 4 da norma que

“[...] esta parte da norma tem o intuito de explorar conceitos que

muitas das vezes não são considerados em Normas prescritivas

específicas tratando dos sistemas de vedações verticais internas e

externas das edificações habitacionais que se integram de forma muito

estreita aos demais elementos da construção, recebendo e causando

influências no desempenho da edificação habitacional”. NBR 15575-

4_2013 (ABNT, 2013).

2.3. Alvenaria

2.3.1. Contextualização

Page 23: VERIFICAÇÃO DO CUSTO-BENEFÍCIO DO SISTEMA DRYWALL

8

“A alvenaria existe desde o surgimento das primeiras civilizações

quando se buscava uma maneira de organizar as pedras e montar

paredes”. Construção Mercado (SITE 5, 2016)

Há muitas construções emblemáticas pelo mundo todo que se utilizara da tecnologia,

muitos delas com milênios de anos de existência, como: as Pirâmides de Gizé localizadas no

Egito, o Coliseu de Roma localizado na Itália, a Muralha da China localizada na China, entre

muitos outros; ilustrados pela figura 1.

Figura 1 – Pirâmides de Gizé, Coliseu de Roma e Muralha da China

Fontes: SITE 6, 2016; SITE 7, 2016; SITE 8, 2016

2.3.2. Alvenaria no Brasil

A tecnologia da alvenaria foi introduzida no Brasil através dos colonizadores portugueses.

O Brasil acabou adotando a alvenaria como principal tecnologia de construção por razões

culturais, tecnológicas e econômicas: de acordo com GOUVEIA (2007), a alvenaria é a

Page 24: VERIFICAÇÃO DO CUSTO-BENEFÍCIO DO SISTEMA DRYWALL

9

tecnologia de construção dominante em Portugal até os dias atuais e, portanto, também se

tornou a construção dominante no Brasil; a abundância de matéria-prima (argila) contribuiu

para a larga utilização da tecnologia no Brasil todo com o uso de elementos e sistemas

construtivos como a Taipa de Pilão4 (figura 4), o Pau a Pique5 (figura 5), o Tijolo de barro seco

ao sol (Adobe)6 (figura 6) e Tijolo (também conhecido como bloco) cerâmico (figura 7). Nos

dias atuais existem também os blocos de concreto, os blocos sílico-calcários, blocos de solo-

cimento e tijolos de vidro.

Atualmente, a alvenaria cerâmica é o sistema de paredes mais utilizado no Brasil.

Figura 2 – Elemento Taipa de Pilão e Sistema Construtivo Pau a Pique.

Fonte: SITE 9, 2016

Figura 3 – Elemento Adobe

Fonte: SITE 9, 2016

4 Blocos de terra apiloada, socada em formas de madeira, que são retiradas quando a terra está seca. 5 Sistema construtivo que utiliza gradeados de varas de madeiras preenchidos com barro. 6 Pequeno bloco semelhante ao tijolo, preparado com argila crua, secada ao sol, e que também é feito misturado

com palha, para se tornar mais resistente.

Page 25: VERIFICAÇÃO DO CUSTO-BENEFÍCIO DO SISTEMA DRYWALL

10

Figura 4 – Tijolo/Bloco Cerâmico

Fonte: SITE 10, 2016

2.3.3. Ficha técnica

As informações a seguir foram retiradas do Códigos de Práticas nº 01: alvenaria de

vedação em blocos cerâmicos.

A alvenaria cerâmica no Brasil utiliza-se de blocos cerâmicos e deve atender à norma

ABNT NBR 15270_1, esta, além definir termos, fixa os requisitos dimensionais, físicos e

mecânicos exigíveis no recebimento. A figura 8 ilustra os dois tipos de blocos quanto ao

direcionamento de seus furos prismáticos.

Figura 5 – Representação dos blocos cerâmicos

Fonte: Códigos de práticas nº 01: alvenaria de vedação em blocos cerâmicos, 2009

As dimensões de fabricação (largura – L, altura – H, comprimento – C) devem ser

correspondentes a múltiplos e submúltiplos do módulo dimensional M = 10cm menos 1cm,

conforme padronização descrita na tabela 1.

Além dos blocos e meios-blocos, existem outros tipos de componentes cerâmicos

complementares que integram as alvenarias de vedação com funções especificas como: a

canaleta U que permite a construção de cintas de amarração, vergas e contravergas; a canaleta

Page 26: VERIFICAÇÃO DO CUSTO-BENEFÍCIO DO SISTEMA DRYWALL

11

J, os blocos de amarração, os compensadores e outros que podem ser especificados em projetos

desde que atendam aos requisitos de desempenho exigidos.

Tabela 1 – Dimensão de fabricação de blocos cerâmicos

Fonte: Códigos de práticas nº 01: alvenaria de vedação em blocos cerâmicos, 2009

A tabela 2 resume as características que os blocos cerâmicos de vedação devem

apresentar, de acordo com a norma ABNT NBR 15270-1.

Page 27: VERIFICAÇÃO DO CUSTO-BENEFÍCIO DO SISTEMA DRYWALL

12

As características apresentadas na tabela 2 devem ser verificados para os blocos cerâmicos

conforme os procedimentos de ensaios definidos na norma ABNT NBR 15270_3. Com a

finalidade de caracterização e aceitação ou rejeição dos blocos cerâmicos, essa norma descreve

os métodos de ensaios para a avaliação de conformidade dos mesmos, incluindo a determinação

de suas características geométricas, físicas e mecânicas.

Tabela 2 – Características exigidas para bloco cerâmico

Fonte: Códigos de práticas nº 01: alvenaria de vedação em blocos cerâmicos, 2009

Para avaliação da conformidade dos blocos, além de uma inspeção geral (onde se verifica

a correta identificação dos blocos, incluindo a marca do fabricante em cada peça e as

características visuais dos blocos), deve ser realizada a inspeção por ensaios para determinação

de suas características geométricas (valores das dimensões das faces; espessura das nervuras

que formam os septos; e das paredes externas do bloco, esquadro e planeza das faces), de sua

caracterização física (índice de absorção de água) e sua caracterização mecânica (resistência à

compressão). Para tanto, deve-se observar os lotes de fornecimento com no máximo 100.000

blocos ou fração, de acordo com as amostragens e critérios de aceitação e rejeição apresentados

na tabela 3.

Page 28: VERIFICAÇÃO DO CUSTO-BENEFÍCIO DO SISTEMA DRYWALL

13

Tabela 3 – Amostragens e critérios de aceitação e rejeição

Fonte: Códigos de práticas nº 01: alvenaria de vedação em blocos cerâmicos, 2009

2.3.4. Execução

2.3.4.1. Marcação

O assentamento da primeira fiada deve ser executado após rigorosa locação das

alvenarias, feita com base na transferência de cota e dos eixos de referência para o andar onde

estão sendo realizados os serviços; relativamente à cota, deve ser observada aquela prevista

para o piso acabado de cada pavimento, valendo, em geral para os edifícios multipisos, a cota

das soleiras das portas dos elevadores, com tolerância menor ou igual a 5 mm. A posição de

cada parede deve ser delimitada independentemente dos eventuais desvios da estrutura.

No plano vertical, após completo nivelamento do andar (com nível laser, nível de

mangueira ou nível alemão), devem ser consideradas particularmente as cotas das soleiras de

portas de elevador e de peitoris de janelas, sempre alinhadas em todas as fachadas, efetuando-

se as eventuais correções de nivelamento com engrossamento da camada de assentamento da

primeira fiada.

Com base nos eixos de referência e em cotas acumuladas a partir deles (forma de evitar-

se a propagação de erros), as posições das paredes são marcadas inicialmente pelos seus eixos

e depois pelas suas faces. A marcação deve ser iniciada pelas paredes de fachada e pelas paredes

verticais internas principais, podendo ser feitas com linhas distendidas entre blocos extremos,

giz de cera ou fio traçante. A figura 6 ilustra a marcação das paredes pelos eixos de referência.

Page 29: VERIFICAÇÃO DO CUSTO-BENEFÍCIO DO SISTEMA DRYWALL

14

Figura 6 – Marcação das paredes pelos eixos de referência

Fonte: Códigos de práticas nº 01: alvenaria de vedação em blocos cerâmicos, 2009

2.3.4.2. Fiada de marcação (1 ͣ fiada)

O assentamento dos blocos da primeira fiada influencia a qualidade de todas as demais

características da alvenaria, ou seja: modulação horizontal e vertical; nivelamento das fiadas e

espessura da camada de assentamento; folgas para instalação de esquadrias; etc. Após lavagem

da base, devem ser inicialmente assentados os chamados ‘blocos-chaves’ (blocos localizados

nas extremidades dos panos; nos encontros entre paredes, em shafts ou cantos de paredes; nas

laterais de vãos de porta e outros que identifiquem singularidades.

O assentamento da primeira fiada deve ser realizado com todo o cuidado, utilizando-se

equipamentos de precisão como o teodolito ou o nível laser, trena metálica, prumo de face,

régua de alumínio, esquadros de braços longos, réguas com bolha de nível nas duas direções,

etc. Alguns dos equipamentos descritos são ilustrados pela figura 7.

Figura 7 – Equipamentos auxiliares na execução das paredes

Fonte: Códigos de práticas nº 01: alvenaria de vedação em blocos cerâmicos, 2009

Page 30: VERIFICAÇÃO DO CUSTO-BENEFÍCIO DO SISTEMA DRYWALL

15

2.3.4.3. Elevação das alvenarias

Para a elevação das alvenarias, devem estar disponíveis todos os equipamentos e

ferramentas necessárias para o assentamento dos blocos além dos já mencionados anteriormente

e isso inclui: colher de pedreiro, meia-cana, bisnaga, linha, esticadores de linha, escantilhões,

furadeira elétrica, pistola finca-pino, etc. Há também a necessidade de tomar todas as

providências de logística, por exemplo: disponibilidade de carrinhos porta-paletes, esquema de

distribuição de e empilhamento dos blocos, forma de transporte e preparação da argamassa de

assentamento (argamassadeiras, caixotes de massa sobre suporte com altura regulável, etc.)

disponibilidade de gabaritos para os vãos e portas, entre outras. Alguns dos equipamentos

descritos são ilustrados pela figura 10.

Recomenda-se que as paredes do mesmo pavimento sejam executadas simultaneamente,

a fim de não carregar a estrutura de forma desbalanceada; é aconselhável promover o

levantamento de meia-altura da parede num dia e complementá-lo no dia seguinte quando a

primeira metade já ganhou certa resistência.

Os blocos são assentados de maneira escalonada (juntas em amarração), nivelados e

aprumados com os blocos da primeira fiada; para a marcação da cota de cada fiada são utilizadas

linhas bem esticadas, suportadas lateralmente por esticadores ou presas em escantilhões, que

neste caso garante a altura da fiada e o prumo da parede.

A argamassa de assentamento deve ser estendia sobre a superfície horizontal da fiada

anterior e na face lateral do bloco a ser assentado, em cordões ou ocupando toda a superfície.

O bloco é conduzido à sua posição definitiva mediante forte pressão para baixo e para o lado;

os ajustes de nível, prumo e espessura da junta só podem ser feitos antes do início da pega da

argamassa, ou seja, logo após o assentamento do bloco. A figura 8 ilustra este processo.

Figura 8 – Encabeçamento dos blocos, pressão no assentamento, controle do prumo das paredes e do

nível das fiadas

Fonte: Códigos de práticas nº 01: alvenaria de vedação em blocos cerâmicos, 2009

Page 31: VERIFICAÇÃO DO CUSTO-BENEFÍCIO DO SISTEMA DRYWALL

16

No máximo, a cada duas ou três fiadas recomenda-se verificar o nivelamento e o prumo

da parede, utilizando-se prumo de face, régua e nível de bolha. O alinhamento e o prumo devem

também ser verificados com o máximo cuidado nas laterais dos vãos de portas e janelas

(ombreiras).

A elevação das alvenarias só deve ser realizada após conveniente cura do concreto da

estrutura, recomendando-se para tanto o período mínimo de 28 dias (sem escoras). A figura 9

ilustra as etapas de concretagem da estrutura, marcação e elevação das alvenarias, considerando

os ciclos usuais de concretagem de 7 dias.

Figura 9 – Etapas de concretagem da estrutura, marcação e elevação da alvenaria

Fonte: Códigos de práticas nº 01: alvenaria de vedação em blocos cerâmicos, 2009

2.3.4.4. Ligações entre paredes

Nos encontros entre paredes (‘L’, ‘T’ ou cruz) é sempre desejável as juntas em amarração;

recomenda-se o emprego de blocos com comprimentos ou fôrmas adaptados para essas

ligações. A figura 10 ilustra o encontro entre paredes.

Page 32: VERIFICAÇÃO DO CUSTO-BENEFÍCIO DO SISTEMA DRYWALL

17

Figura 10 – Amarração nos encontros entre paredes

Fonte: Códigos de práticas nº 01: alvenaria de vedação em blocos cerâmicos, 2009

2.3.4.5. Fixações (‘Encunhamentos’)

Nas fixações com lajes ou vigas superiores, após a limpeza e a aplicação de chapisco no

componente estrutural, recomenda-se o assentamento inclinado de tijolos de barro cozido,

empregando-se argamassa relativamente fraca (‘massa podre’). Cria-se assim uma espécie de

‘colchão deformável e amortecedor’ das deformações estruturais que seriam transmitidas à

parede. A figura 11 ilustra a fixação da alvenaria.

Figura 11 – Fixação de parede com o emprego de argamassa

Fonte: SITE 11, 2016

A fim de evitar-se a transferência de carga para as paredes de vedação durante a execução

da obra, recomenda-se a defasagem de cerca de dez dias entre o término da elevação da

alvenaria e a execução da fixação; em nenhuma hipótese essa fixação deve ser executada antes

que a parede do andar superior esteja construída.

Page 33: VERIFICAÇÃO DO CUSTO-BENEFÍCIO DO SISTEMA DRYWALL

18

O ideal é que a fixação seja feita de cima para baixo após 14 dias da elevação da parede

do último pavimento. O pavimento térreo e o primeiro pavimento só podem ser fixados

(‘encunhados’) ao final do serviço de fixação. A figura 12 ilustra a sequência de fixações das

alvenarias de vedação.

Figura 12 – Sequência de fixações das alvenarias de vedação

Fonte: Códigos de práticas nº 01: alvenaria de vedação em blocos cerâmicos, 2009

2.4. Drywall

2.4.1. Ficha Técnica

O sistema Drywall constitui-se basicamente de chapas de gesso aparafusadas em perfis

de aço galvanizados e as juntas entre as chapas de gesso são tratadas com fitas de papel e massa.

As figuras 13 e 14 ilustram o sistema e seus componentes.

Page 34: VERIFICAÇÃO DO CUSTO-BENEFÍCIO DO SISTEMA DRYWALL

19

Figura 13 – Sistemas Construtivos em Drywall com Chapas de Gesso

Fonte: Avaliação do desempenho de sistema de vedação vertical interna – SVVI em Drywall com chapas de

gesso em relação à NBR 155575:2013 – Edificações Habitacionais – Desempenho, 2015

Figura 14 – Componentes dos Sistemas Construtivos em Drywall

Fonte: Avaliação do desempenho de sistema de vedação vertical interna – SVVI em Drywall com chapas de

gesso em relação à NBR 155575:2013 – Edificações Habitacionais – Desempenho, 2015

Page 35: VERIFICAÇÃO DO CUSTO-BENEFÍCIO DO SISTEMA DRYWALL

20

As chapas de gesso mais encontradas no mercado são principalmente as chapas do tipo:

Standard (ST), Resistente à Umidade (RU) e Resistente ao Fogo (RF) e são regulamentados

pela norma NBR 14715/2001 e têm as suas especificações ilustradas pela tabela 4.

Tabela 4 - Requisitos normativos para chapas de gesso

Fonte: Avaliação do desempenho de sistema de vedação vertical interna – SVVI em Drywall com chapas de

gesso em relação à NBR 155575:2013 – Edificações Habitacionais – Desempenho, 2015

Os perfis de aço são normatizados pela norma NBR 15217/2009 e têm as suas

especificações ilustradas pela tabela 5.

Tabela 5 - Requisitos normativos para perfis de aço

Fonte: Avaliação do desempenho de sistema de vedação vertical interna – SVVI em Drywall com chapas de

gesso em relação à NBR 155575:2013 – Edificações Habitacionais – Desempenho, 2015

Page 36: VERIFICAÇÃO DO CUSTO-BENEFÍCIO DO SISTEMA DRYWALL

21

As massas em pó ou prontas e a fita de papel para tratamento de juntas e os parafusos

utilizados na fixação das chapas de gesso nos perfis de aço são normatizados pela NBR

15758/2009 e têm as suas especificações ilustradas pelas tabelas 6, 7 e 8, respectivamente.

Tabela 6 - Requisitos normativos para massa em pó ou pronta

Fonte: Avaliação do desempenho de sistema de vedação vertical interna – SVVI em Drywall com chapas de

gesso em relação à NBR 155575:2013 – Edificações Habitacionais – Desempenho, 2015

Tabela 7 - Requisitos normativos para fita de papel

Fonte: Avaliação do desempenho de sistema de vedação vertical interna – SVVI em Drywall com chapas de

gesso em relação à NBR 155575:2013 – Edificações Habitacionais – Desempenho, 2015

Tabela 8 - Requisitos normativos para parafuso

Fonte: Avaliação do desempenho de sistema de vedação vertical interna – SVVI em Drywall com chapas de

gesso em relação à NBR 155575:2013 – Edificações Habitacionais – Desempenho, 2015

Page 37: VERIFICAÇÃO DO CUSTO-BENEFÍCIO DO SISTEMA DRYWALL

22

2.4.2. Nomenclaturas do Sistema de Vedação Vertical Interna em Drywall

As nomenclaturas e os são definidas pela norma “NBR 15578-1/2009 – Sistemas

construtivos em chapas de gesso em Drywall – Projeto e procedimentos executivos para

montagem – Parte 1”, ilustrados pelas figuras 15 e 16.

Figura 15 - Nomenclaturas de SVVI em Drywall

Fonte: Avaliação do desempenho de sistema de vedação vertical interna – SVVI em Drywall com chapas de

gesso em relação à NBR 155575:2013 – Edificações Habitacionais – Desempenho, 2015

Figura 16 - Cortes de SVVI em Drywall

Fonte: Avaliação do desempenho de sistema de vedação vertical interna – SVVI em Drywall com chapas de

gesso em relação à NBR 155575:2013 – Edificações Habitacionais – Desempenho, 2015

2.4.3. Instalação do Sistema Drywall

Page 38: VERIFICAÇÃO DO CUSTO-BENEFÍCIO DO SISTEMA DRYWALL

23

As etapas da instalação do sistema Drywall consistem primeiro em fazer a marcação das

guias inferior e superior e fixá-las com bucha e parafuso. A distância entre os parafusos é de 60

cm, ilustrado pela figura 17.

Figura 17 – Marcação e instalação das guias

Fonte: SITE 12, 2016

O segundo passo é fixar os montantes nas guias, a começar das extremidades para o meio,

usando parafusos do tipo ‘metal-metal’, seguindo uma distância de 40 ou 60 centímetros entre

os montantes conforme o projeto, ilustrado pela figura 18.

Figura 18 – Fixação dos montantes

Fonte: SITE 12, 2016

Page 39: VERIFICAÇÃO DO CUSTO-BENEFÍCIO DO SISTEMA DRYWALL

24

Uma vez instalada a estrutura, é a vez de aparafusar as chapas na posição vertical,

respeitando a distância de 1 centímetro da borda da chapa e a distância entre os parafusos de 25

a 30 centímetros. A cabeça do parafuso deve ficar cerca de 1 milímetro dentro da chapa,

ilustrado pela figura 19.

Figura 19 – Fixação das chapas de gesso nos perfis de aço

Fonte: SITE 12, 2016

A amarração das chapas deve ser feita de forma alternada, caso a chapa seja menor que o

pé direito e precise ser cortada para completar. O corte da chapa deve ser sempre lado do cartão

e com 1 centímetro a menos, ilustrado pela figura ilustrado pela figura 20.

Figura 20 – Amarração alternada das chapas de gesso

Fonte: SITE 12, 2016

Page 40: VERIFICAÇÃO DO CUSTO-BENEFÍCIO DO SISTEMA DRYWALL

25

Após aparafusar as chapas de gesso nos perfis de aço em um lado, corta-se a chapa de lã

de vidro e o preenchimento da mesma entre os montantes. É importante o uso de máscara e

luvas no manuseio da lã de vidro, ilustrado pela figura 21.

Figura 21 – Preenchimento de lã de vidro entre os montantes

Fonte: SITE 12, 2016

Depois de preencher os montantes com a lã de vidro, inicia-se o término da fixação de

chapas de gesso. Caso as emendas das chapas de gesso do outro lado tenha começado de baixo

para cima, deste lado se iniciará de cima para baixo para que as emendas não estejam no mesmo

lugar nos dois lados da parede, ilustrado pela figura 22.

Figura 22 – Finalização da fixação das chapas de gesso nos perfis de aço

Fonte: SITE 12, 2016

Page 41: VERIFICAÇÃO DO CUSTO-BENEFÍCIO DO SISTEMA DRYWALL

26

Após finalizar a fixação das chapas de gesso nos perfis de aço, passa-se a massa de

tratamento de juntas nas emendas das chapas de gesso, aplicando em seguida a fita de papel na

primeira demão de massa. Depois passa-se a segunda demão de massa para esconder a fita de

papel. Após a secagem da segunda demão de massa, passa-se uma última demão de massa para

um acabamento liso e uniforme (ilustrado pela figura 23).

Figura 23 – Tratamento de emendas das chapas de gesso

Fonte: SITE 12, 2016

Após a secagem desta última demão de massa, basta lixar a parede para que esta possa

receber o acabamento necessário, ilustrado pela figura 24.

Figura 24 – Tratamento da parede para receber o acabamento

Fonte: SITE 12, 2016

Page 42: VERIFICAÇÃO DO CUSTO-BENEFÍCIO DO SISTEMA DRYWALL

27

As chapas de gesso também podem ser utilizadas em associação a outros sistemas de

paredes ao fixar os perfis metálicos em paredes existentes ou mesmo colar as chapas em paredes

existentes, como ilustrado na figura 25.

Figura 25 – Sistema de parede Drywall em associação a outro sistema de parede

Fonte: SITE 13, 2016

2.4.4. Sistemas de instalações embutidas

O sistema Drywall interage muito bem com os sistemas de instalações embutidos mais

comuns de uma construção (elétrica, hidráulica, dados, internet) pela questão de haver vazios

entre as chapas de gesso e os perfis metálicos apresentarem furos, conferindo assim a facilitação

da colocação dos componentes dos sistemas conforme ilustrado pela figura 26.

Figura 26 – Interação entre os sistemas de instalações embutidos e o sistema Drywall

Fonte: SITE 14, 2016

Page 43: VERIFICAÇÃO DO CUSTO-BENEFÍCIO DO SISTEMA DRYWALL

28

Entretanto pode haver a necessidade de reforços para o sistema Drywall em razão de

objetos que, por causa de: formato, peso ou carga que devem suportar, requerem condições

especiais de fixação; exemplos: bancada de pia, chuveiro, registros, etc.

Os reforços mais comuns são: espaçadores para tubulações, kits hidráulicos para

chuveiros, mãos francesas, reforços internos entre os perfis metálicos; e são facilmente

encontrados no mercado.

Page 44: VERIFICAÇÃO DO CUSTO-BENEFÍCIO DO SISTEMA DRYWALL

29

3. AVALIAÇÃO DO SISTEMA DE VEDAÇÕES VERTICAIS

INTERNAS EM DRYWALL

Neste capítulo o sistema Drywall será avaliado pela norma NBR 15575-4_2013 em todas

as seções da norma pertinentes ao sistema, ou seja, seções e subseções que não tratem de

vedações verticais de fachada e nem estruturais (em razão do sistema Drywall ser o sistema de

vedações verticais internas); como também em seções que não sejam apenas informativas ou

de definições não relacionadas ao sistema.

Todos os dados e análises foram realizados pela TESIS Tecnologia e Qualidade de

Sistemas em Engenharia e distribuída pela Associação Brasileira Drywall exclusivamente para

a realização deste trabalho.

3.1. Desempenho estrutural

3.1.1. Requisito – Solicitações de cargas provenientes de peças suspensas

atuantes nos sistemas de vedações internas e externas

O sistema Drywall deve resistir às solicitações originadas pela fixação de peças suspensas

(armários, prateleiras, lavatórios, hidrantes, quadros e outros) e não devem apresentar fissuras,

deslocamentos horizontais instantâneos (dh) ou deslocamentos horizontais residuais (dhr),

lascamentos ou rupturas, nem permitir o arranchamento dos dispositivos de fixação nem seu

esmagamento.

A tabela 9 indica os valores e os critérios de desempenho em função da carga de ensaio

para o dispositivo de fixação padrão do tipo mão francesa, mas também poderão ser

considerados: a cantoneira, L, com lados de comprimento igual a 100mm, largura de 25mm,

para um ponto de aplicação de carga, com excentricidade de 75mm em relação à face da parede;

e dispositivo recomendado pelo fabricante ou proponente da tecnologia, para aplicação de

cargas faceando a parede, ou seja, sem excentricidade; caso não haja indicação específica do

fabricante, adotar arruela de aço de 25mm de diâmetro e 3mm de espessura, como corpo de

apoio. O carregamento deve apresentar ao máximo a realidade.

Page 45: VERIFICAÇÃO DO CUSTO-BENEFÍCIO DO SISTEMA DRYWALL

30

Tabela 9 - Valores e critérios de desempenho em função de carga de ensaio para mão francesa

Fonte: Avaliação do desempenho de Sistema de Vedação Vertical Interna – SVVI em Drywall com chapas de

gesso em relação à NBR 15575:2013 – Edificações Habitacionais – Desempenho, 2015

Pode-se considerar que a carga de ensaio mencionada, de longa duração (24h no ensaio),

contempla um coeficiente de segurança da ordem de dois, em relação às situações típicas de

uso; a carga de serviço ou de uso, neste caso é a metade da carga adotada no ensaio. Para cargas

de curta duração, determinadas em ensaios com aplicação contínua da carga até a ruptura do

elemento ou falência do sistema de fixação, considerar um coeficiente de segurança de ordem

de três para as cargas de uso ou de fixação possíveis de serem empregados no tipo de sistema

considerado.

No caso de ‘redes de dormir’, considerar uma carga de uso de 2kN, aplicada em ângulos

de 60° em relação à face da vedação. Nessa situação, pode-se admitir um coeficiente de

segurança de ordem de dois para a carga de ruptura. Não deve haver ocorrência de destacamento

dos dispositivos de fixação ou falhas que prejudiquem o estado limite de utilização, para as

cargas de serviço. Este critério é aplicável somente se prevista tal condição de uso para a

edificação.

Para a avaliação do sistema Drywall foram feitos ensaios simulando a fixação de objeto

diretamente nos elementos básicos do sistema (chapas de gesso e perfis de aço galvanizado),

utilizando fixadores e buchas próprios para esse sistema. A fixação foi realizada no perfil ou no

centro geométrico entre dois perfis de aço galvanizado adjacente, utilizando-se de mais de um

tipo de fixador e sempre com distância mínima entre fixadores de 400mm. A fixação é ilustrada

na figura 27.

Os diferentes tipos de fixador utilizados e adquiridos em revendas brasileiras foram:

bucha tipo parafuso, bucha de expansão, bucha basculante com braço metálico; ilustrados pela

figura 28.

Page 46: VERIFICAÇÃO DO CUSTO-BENEFÍCIO DO SISTEMA DRYWALL

31

Figura 27 – Fixação de objetos no Sistema Drywall

Fonte: Avaliação do desempenho de Sistema de Vedação Vertical Interna _ SVVI em Drywall com chapas de

gesso em relação à NBR 15575:2013 – Edificações Habitacionais – Desempenho, 2015

Figura 28 – Tipos de bucha

Fonte: Avaliação do desempenho de Sistema de Vedação Vertical Interna – SVVI em Drywall com chapas de

gesso em relação à NBR 15575:2013 – Edificações Habitacionais – Desempenho, 2015

Também foram adquiridos em revendas brasileiras, para a realização dos ensaios, peças

suspensas comerciais como: mão francesa com excentricidade de 30 e 50cm e objetos (pia,

armário, suporte de televisão, extintor de incêndio e rede de dormir). Tais dispositivos de

fixação e objetos são ilustrados nas figuras 29 e 30.

Page 47: VERIFICAÇÃO DO CUSTO-BENEFÍCIO DO SISTEMA DRYWALL

32

Figura 29 – Mão francesa e objetos utilizados

Fonte: Avaliação do desempenho de Sistema de Vedação Vertical Interna – SVVI em Drywall com chapas de

gesso em relação à NBR 15575:2013 – Edificações Habitacionais – Desempenho, 2015

Figura 30 – Objetos utilizados

Fonte: Avaliação do desempenho de Sistema de Vedação Vertical Interna – SVVI em Drywall com chapas de

gesso em relação à NBR 15575:2013 – Edificações Habitacionais – Desempenho, 2015

Também foram adotados reforços comerciais internos, localizados no espaço entre os

perfis e aparafusados nos perfis de aço, antes das chapas de gesso; e estes são: reforço de

madeira (RMA), reforço metálico (RME) e reforço compensado plastificado (RCP). A figura

31 ilustra os reforços utilizados.

Page 48: VERIFICAÇÃO DO CUSTO-BENEFÍCIO DO SISTEMA DRYWALL

33

Figura 31 – Reforços comercias internos

Fonte: Avaliação do desempenho de Sistema de Vedação Vertical Interna – SVVI em Drywall com chapas de

gesso em relação à NBR 15575:2013 – Edificações Habitacionais – Desempenho, 2015

Os reforços internos foram aparafusados entre os montantes na configuração ilustrada na

figura 32.

Figura 32 – Configuração dos reforços internos aparafusados entre os montantes

Fonte: Avaliação do desempenho de Sistema de Vedação Vertical Interna – SVVI em Drywall com chapas de

gesso em relação à NBR 15575:2013 – Edificações Habitacionais – Desempenho, 2015

Page 49: VERIFICAÇÃO DO CUSTO-BENEFÍCIO DO SISTEMA DRYWALL

34

Para a obtenção dos resultados, levou-se em conta as seguintes considerações e

observações:

1) A resistência às cargas suspensas foi verificada sob carregamento faceando a

parede e distante da parede, na condição de carregamento pontual (em um único fixador) e

composto (mínimo de dois fixadores), conforme ilustrado nas figuras 33 e 34, respectivamente.

Figura 33 – Carregamento pontual

Fonte: Avaliação do desempenho de Sistema de Vedação Vertical Interna – SVVI em Drywall com chapas de

gesso em relação à NBR 15575:2013 – Edificações Habitacionais – Desempenho, 2015

Figura 34 – Carregamento composto

Fonte: Avaliação do desempenho de Sistema de Vedação Vertical Interna – SVVI em Drywall com chapas de

gesso em relação à NBR 15575:2013 – Edificações Habitacionais – Desempenho, 2015

Page 50: VERIFICAÇÃO DO CUSTO-BENEFÍCIO DO SISTEMA DRYWALL

35

2) Após a avaliação dos diferentes dispositivos e configurações de paredes,

verificou-se que a adequada resistência mecânica do sistema de vedação vertical interna sob

carregamento de peças suspensas é diretamente dependente da configuração do SVVI e da

tipologia do fixador correspondente ao carregamento que deseja, considerando as seguintes

variáveis intervenientes:

2a) Número de chapas de gesso por face do sistema

2b) A fixação do dispositivo na chapa de gesso sobre o perfil de aço, ou entre os

perfis de aço.

2c) A presença ou não de reforço interno, e as suas características. A figura 35 ilustra

a presença do reforço entre os montantes para a instalação, por exemplo, de uma pia.

Verificou-se também que o tipo de chapa (ST, RU ou RF) e a distância entre os montantes

(400 ou 600mm) não interferiu significativamente nos resultados obtidos.

Figura 35 – Reforço entre os montantes para instalação de pia

Fonte: Avaliação do desempenho de Sistema de Vedação Vertical Interna – SVVI em Drywall com chapas de

gesso em relação à NBR 15575:2013 – Edificações Habitacionais – Desempenho

3) Os resultados são expressos em carga máxima de uso ou de serviço, ou seja, esta

carga equivale à metade da carga de ensaio de longa duração. Neste ensaio, a parede avaliada

tinha 2750mm de altura e atendeu a todos os requisitos da norma, ou seja, não apresentou

ocorrência de falhas que comprometem o estado limite de serviço, com a limitação dos

deslocamentos horizontais instantâneos e residuais em dh<h/500 e dhr<h/2500.

As configurações de SVVI em Drywall avaliadas apresentam montantes de 48, 70 e

90mm; uma ou duas chapas de gesso de espessura nominal de 12,5mm; com ou sem reforço;

Page 51: VERIFICAÇÃO DO CUSTO-BENEFÍCIO DO SISTEMA DRYWALL

36

sendo todas as peças utilizadas adquiridas no mercado brasileiro. A figura 39 ilustra as

configurações, sendo A igual a distância entre os montantes (400 ou 600mm).

Figura 36 – Configuração de SVVI em Drywall

Fonte: Avaliação do desempenho de Sistema de Vedação Vertical Interna – SVVI em Drywall com chapas de

gesso em relação à NBR 15575:2013 – Edificações Habitacionais – Desempenho

A tabela 10 ilustra os resultados obtidos para as cargas máximas de uso aplicadas em um

ponto a 300mm do SVVI adotando-se a mão francesa.

Tabela 10 - Resultados para as cargas aplicadas em um ponto a 300mm usando-se a mão francesa

Fonte: Avaliação do desempenho de Sistema de Vedação Vertical Interna – SVVI em Drywall com chapas de

gesso em relação à NBR 15575:2013 – Edificações Habitacionais – Desempenho, 2015

Page 52: VERIFICAÇÃO DO CUSTO-BENEFÍCIO DO SISTEMA DRYWALL

37

A tabela 11 ilustra os resultados obtidos para as cargas máximas de uso aplicadas em um

ou mais pontos simulando objetos específicos.

Tabela 11 – Resultados para as cargas aplicadas em um ou mais pontos simulando objetos específicos

Fonte: Avaliação do desempenho de Sistema de Vedação Vertical Interna – SVVI em Drywall com chapas de

gesso em relação à NBR 15575:2013 – Edificações Habitacionais – Desempenho

Page 53: VERIFICAÇÃO DO CUSTO-BENEFÍCIO DO SISTEMA DRYWALL

38

A figura 37 ilustra os ensaios simulando mão francesa e objetos específicos.

Figura 37 – Simulação de mão francesa e objetos específicos

Fonte: Avaliação do desempenho de Sistema de Vedação Vertical Interna – SVVI em Drywall com chapas de

gesso em relação à NBR 15575:2013 – Edificações Habitacionais – Desempenho, 2015

A tabela 12 ilustra os resultados obtidos para as cargas máximas de uso faceando a parede

em um único ponto.

Tabela 12 – Resultados para as cargas aplicadas faceando a parede em um único ponto

Fonte: Avaliação do desempenho de Sistema de Vedação Vertical Interna – SVVI em Drywall com chapas de

gesso em relação à NBR 15575:2013 – Edificações Habitacionais – Desempenho, 2015

Page 54: VERIFICAÇÃO DO CUSTO-BENEFÍCIO DO SISTEMA DRYWALL

39

3.1.2. Requisito – Impacto de corpo-mole nos sistemas de vedações verticais

internas e externas, com ou sem função estrutural

O sistema Drywall deve resistir aos impactos de corpo mole, apresentando resistência à

energia de impacto dos choques acidentais gerados pela própria utilização da edificação ou

choque provocados por tentativas intencionais ou não. Os impactos com maiores energias

referem-se ao estado limite último. A sua categorização se enquadra em vedações verticais

internas leves (G ≤ 600N/m2) sem função estrutural. Em razão disso, os valores de

deslocamento instantâneo (dh) podem atingir o dobro do que é admitido por tabela. A tabela 13

ilustra os requisitos já adequados ao sistema Drywall, incluindo a altura da parede utilizada nos

ensaios.

Portanto, sob ação de impactos progressivos de corpo mole, não deve:

1) Sofrer ruptura ou instabilidade (impactos de segurança) que caracterize o estado

limite último para a energia de 120J indicada na tabela 13.

2) Apresentar fissuras, escamações, delaminações ou qualquer outro tipo de falha

(impactos de utilização) que possa comprometer o estado de utilização, observando-se ainda os

limites de deslocamentos instantâneos e residuais indicados na tabela 13.

3) Provocar danos a componentes, instalações ou aos acabamentos acoplados ao

SVVI, de acordo com as energias de impacto indicadas na tabela 13.

Tabela 13 – Valores de deslocamento instantâneo (dh) para o sistema Drywall

Fonte: Avaliação do desempenho de Sistema de Vedação Vertical Interna – SVVI em Drywall com chapas

de gesso em relação à NBR 15575:2013 – Edificações Habitacionais – Desempenho, 2015

Tendo como objetivo da avaliação a verificação da resistência mecânica da parede,

incluindo juntas, quando submetida a impactos simulando a queda do usuário sobre a parede e

verificar a ocorrência de fissuras, rupturas e/ou deslocamentos horizontais da parede; foram

usados sacos cilíndricos de couro com diâmetro de 350mm, altura de 900mm, massa total de

Page 55: VERIFICAÇÃO DO CUSTO-BENEFÍCIO DO SISTEMA DRYWALL

40

40kg, contendo areia seca e serragem em seu interior, para a aplicação de impactos em

movimento pendular nas energias de 60 e 120J sobre a parede. A figura 38 e 39 ilustram os

sacos de areia e o movimento pendular do saco em direção à parede, respectivamente.

Figura 38 – Sacos utilizados para a avaliação da parede

Fonte: Avaliação do desempenho de Sistema de Vedação Vertical Interna – SVVI em Drywall com chapas de

gesso em relação à NBR 15575:2013 – Edificações Habitacionais – Desempenho, 2015

Figura 39 – Movimento pendular do saco em direção à parede

Fonte: Avaliação do desempenho de Sistema de Vedação Vertical Interna – SVVI em Drywall com chapas de

gesso em relação à NBR 15575:2013 – Edificações Habitacionais – Desempenho, 2015

Tais impactos foram aplicados em regiões predefinidas da parede em Drywall. A figura

40 ilustra as regiões.

Page 56: VERIFICAÇÃO DO CUSTO-BENEFÍCIO DO SISTEMA DRYWALL

41

Figura 40 – Regiões de aplicação de impacto

Fonte: Avaliação do desempenho de Sistema de Vedação Vertical Interna – SVVI em Drywall com chapas de

gesso em relação à NBR 15575:2013 – Edificações Habitacionais – Desempenho, 2015

A figura 41 ilustra a configuração considerada a de menor resistência entre as paredes em

Drywall (73/48/600/MS/1ST12,5+1ST12,5) utilizada nos ensaios.

Figura 41 – Configuração da parede em Drywall

Fonte: Avaliação do desempenho de Sistema de Vedação Vertical Interna – SVVI em Drywall com chapas de

gesso em relação à NBR 15575:2013 – Edificações Habitacionais – Desempenho, 2015

Figura 42 – Dispositivo utilizado para a verificação dos deslocamentos horizontais da parede

Fonte: Avaliação do desempenho de Sistema de Vedação Vertical Interna – SVVI em Drywall com chapas de

gesso em relação à NBR 15575:2013 – Edificações Habitacionais – Desempenho, 2015

Page 57: VERIFICAÇÃO DO CUSTO-BENEFÍCIO DO SISTEMA DRYWALL

42

A figura 42 ilustra o dispositivo, posicionado na face oposta à da de impacto, utilizado

para a verificação dos deslocamentos horizontais da parede.

A tabela 14 ilustra os resultados obtidos dos ensaios.

Tabela 14 – Resultados dos ensaios

Fonte: Avaliação do desempenho de Sistema de Vedação Vertical Interna – SVVI em Drywall com chapas de

gesso em relação à NBR 15575:2013 – Edificações Habitacionais – Desempenho, 2015

3.1.3. Requisito – Ações transmitidas por portas

Resistir às ações transmitidas por portas, ou seja, o sistema Drywall deve permitir o

acoplamento de portas e apresentar desempenho que satisfaça as seguintes condições:

1) Quando as portas forem submetidas a dez operações de fechamento brusco, as

paredes não devem apresentar falhas, tais como rupturas, fissurações, destacamentos no

encontro com o marco, cisalhamento nas regiões de solidarização do marco, destacamentos em

juntas entre componentes das paredes e outros

2) Sob ação de impacto de corpo mole com energia de 240J, aplicado no centro

geométrico da folha de porta, não deve ocorrer arrancamento do marco, nem ruptura ou perda

de estabilidade da parede. Admite-se, no contorno do marco, a ocorrência de danos localizados,

tais como fissurações e estilhaçamentos.

Tendo como objetivo da avaliação a verificação mecânica da interface ‘parede – porta’,

incluindo juntas, quando a porta é submetida a fechamentos bruscos da porta e quando é

submetida a impactos simulando a queda do usuário; foram realizadas dez operações de

fechamento brusco em um ângulo de 60º sob a ação de massa de 15kg, fazendo com que a folha

de porta colida com o batente; além do impacto em movimento pendular na energia de 240J

Page 58: VERIFICAÇÃO DO CUSTO-BENEFÍCIO DO SISTEMA DRYWALL

43

realizado no centro geométrico da folha de porta da face no sentindo de fechamento. As figuras

43 e 44 ilustram o dispositivo uso no ensaio de operações de fechamento brusco da porta e

movimento pendular do ensaio de corpo mole sobre a porta, respectivamente.

Figura 43 – Dispositivo usado no ensaio de operação de fechamento brusco da porta Fonte: Avaliação do desempenho de Sistema de Vedação Vertical Interna – SVVI em Drywall com chapas de

gesso em relação à NBR 15575:2013 – Edificações Habitacionais – Desempenho, 2015

Figura 44 – Movimento pendular do ensaio de corpo mole sobre a porta Fonte: Avaliação do desempenho de Sistema de Vedação Vertical Interna – SVVI em Drywall com chapas de

gesso em relação à NBR 15575:2013 – Edificações Habitacionais – Desempenho, 2015

A figura 45 ilustra a configuração considerada a de menor resistência entre as paredes em

Drywall (73/48/600/MS/1ST12,5+1ST12,5) utilizada nos ensaios.

Figura 45 – Configuração da parede em Drywall

Fonte: Avaliação do desempenho de Sistema de Vedação Vertical Interna – SVVI em Drywall com chapas de

gesso em relação à NBR 15575:2013 – Edificações Habitacionais – Desempenho, 2015

Page 59: VERIFICAÇÃO DO CUSTO-BENEFÍCIO DO SISTEMA DRYWALL

44

A tabela 15 ilustra os resultados obtidos dos ensaios.

Tabela 15– Resultados dos ensaios

Fonte: Avaliação do desempenho de Sistema de Vedação Vertical Interna – SVVI em Drywall com chapas de

gesso em relação à NBR 15575:2013 – Edificações Habitacionais – Desempenho, 2015

3.1.4. Requisito – Impacto de corpo duro incidente nos SVVIE, com ou sem

função estrutural

Resistir aos impactos de corpo duro, ou seja, o sistema Drywall, sob a ação de impacto de

corpo duro, não deve:

1) Apresentar fissuras, escamações delaminações ou qualquer outro tipo de dano

(impactos de utilização), sendo admitidas mossas localizadas, para o impacto de corpo duro

indicado na tabela 16.

2) Apresentar ruptura ou traspassamento sob ação dos impactos de corpo duro

indicado na tabela 16.

A tabela 16 ilustra os requisitos necessários.

Tabela 16 – Requisitos de resistência ao impacto de corpo duro

Fonte: Avaliação do desempenho de Sistema de Vedação Vertical Interna – SVVI em Drywall com chapas de

gesso em relação à NBR 15575:2013 – Edificações Habitacionais – Desempenho, 2015

Tendo como objetivo da avaliação a verificação da resistência mecânica da parede,

incluindo juntas, quando submetida a impactos simulando a batida de objetos/peças na parede,

utilizando-se do movimento pendular em direção à parede; a parede do sistema Drywall foi

Page 60: VERIFICAÇÃO DO CUSTO-BENEFÍCIO DO SISTEMA DRYWALL

45

submetida em diferentes regiões da face interna a 20 impactos, sendo 10 impactos aplicados

por esfera de aço de 0,5kg (energia de 2,5J) e outros 10 impactos aplicados por esfera de 1,0g

(energia de impacto de 10J). A figura 46 ilustra as esferas de aço utilizadas.

Figura 46 – Esferas metálicas de 0,5kg (esquerda) e 1,0kg (direita)

Fonte: Avaliação do desempenho de Sistema de Vedação Vertical Interna – SVVI em Drywall com chapas de

gesso em relação à NBR 15575:2013 – Edificações Habitacionais – Desempenho, 2015

Os impactos foram aplicados em pontos distintos da parede e cada ponto foi submetido à

aplicação de um único impacto. A figura 47 ilustra o movimento pendular das esferas de aço

em direção à parede.

Figura 47 – Movimento pendular da esfera em direção à parede

Fonte: Avaliação do desempenho de Sistema de Vedação Vertical Interna – SVVI em Drywall com chapas de

gesso em relação à NBR 15575:2013 – Edificações Habitacionais – Desempenho, 2015

A figura 48 ilustra a configuração considerada a de menor resistência entre as paredes em

Drywall (73/48/600/MS/1ST12,5+1ST12,5) utilizada nos ensaios.

Page 61: VERIFICAÇÃO DO CUSTO-BENEFÍCIO DO SISTEMA DRYWALL

46

Figura 48 – Configuração da parede em Drywall

Fonte: Avaliação do desempenho de Sistema de Vedação Vertical Interna – SVVI em Drywall com

chapas de gesso em relação à NBR 15575:2013 – Edificações Habitacionais – Desempenho, 2015

A tabela 17 ilustra os resultados obtidos dos ensaios.

Tabela 17 – Resultados dos ensaios

Fonte: Avaliação do desempenho de Sistema de Vedação Vertical Interna – SVVI em Drywall com chapas de

gesso em relação à NBR 15575:2013 – Edificações Habitacionais – Desempenho, 2015

3.2. Segurança contra incêndio

3.2.1. Generalidades

Page 62: VERIFICAÇÃO DO CUSTO-BENEFÍCIO DO SISTEMA DRYWALL

47

O sistema Drywall deve proteger a vida dos ocupantes das edificações e áreas de risco,

em caso de incêndio; dificultar a propagação do incêndio, reduzindo danos ao meio ambiente e

ao patrimônio; possibilitar a saída dos ocupantes da edificação em condições de segurança.

3.2.2. Requisito – Dificultar a ocorrência da inflamação generalizada

Dificultar a ocorrência da inflamação generalizada no ambiente de origem do incêndio e

não gerar fumaça excessiva capaz e impedir a fuga dos ocupantes em situações de incêndio.

As ambas superfícies das vedações verticais internas devem classificar-se como:

1) I, II A ou III A, quando estiverem associadas a espaços de cozinha;

2) I, II A, III A ou IV A, quando estiverem associadas a outros locais internos da

habitação, exceto cozinhas;

3) I ou II A, quando estiverem associadas a locais de uso comum da edificação;

4) I ou II A, quando estiverem associadas ao interior das escadas, porém com Dm

inferior a 100.

Os materiais empregados no meio das paredes (miolo), sejam externas ou internas, devem

classificar-se como I, II A ou III A. Sendo I a classificação de materiais incombustíveis, os

materiais empregados no meio das paredes do sistema Drywall, não se enquadram nesta

classificação.

Estas classificações constam da tabela 18 ou da tabela 19, de acordo com o método de

avaliação previsto.

Em razão do sistema Drywall ser constituído de materiais combustíveis, a avaliação do

sistema foi feita em relação à metodologia de ensaio prescrita na EN13823:2010 – Reaction to

fire tests for building products – Building products excluding floorings exposed to thermal

attack by a single burning item, onde o corpo de prova é constituído de duas asas (asa maior e

asa menor) montadas adotando-se os componentes e procedimentos de montagem de uma

aplicação real de parede, devendo ser previstas duas juntas – uma vertical a 200mm do canto e

outra horizontal a 500mm do piso. A imagem 49 ilustra o corpo de prova.

O ensaio foi conduzido por 20 minutos, e após o ensaio, foi feita a avaliação da reação ao

fogo do SVVI , face interna e seu miolo (este sendo lã de vidro ou compensado plastificado).

Page 63: VERIFICAÇÃO DO CUSTO-BENEFÍCIO DO SISTEMA DRYWALL

48

Tabela 18 – Classificação dos materiais tendo como base o método ABNT NBR 9442

Fonte: Avaliação do desempenho de Sistema de Vedação Vertical Interna – SVVI em Drywall com chapas de

gesso em relação à NBR 15575:2013 – Edificações Habitacionais – Desempenho, 2015

Tabela 19 – Classificação dos materiais tendo como base o método EN 13823

Fonte: Avaliação do desempenho de Sistema de Vedação Vertical Interna – SVVI em Drywall com chapas de

gesso em relação à NBR 15575:2013 – Edificações Habitacionais – Desempenho, 2015

Page 64: VERIFICAÇÃO DO CUSTO-BENEFÍCIO DO SISTEMA DRYWALL

49

Figura 49 – Esquema ilustrativo do ensaio de reação ao fogo pelo método EN13823:2010 Fonte: Avaliação do desempenho de Sistema de Vedação Vertical Interna – SVVI em Drywall com chapas de

gesso em relação à NBR 15575:2013 – Edificações Habitacionais – Desempenho, 2015

A figura 50 ilustra a configuração considerada a de menor resistência entre as paredes em

Drywall (73/48/600/MS/1ST12,5+1ST12,5) utilizadas nos ensaios, observando-se que houve

também a presença de ora o reforço compensado plastificado (RCP 18mm), ora a lã de vidro

(LV 50mm) como miolo das paredes.

Figura 50 – Configuração da parede em Drywall, com a presença de ora RCP 18mm, ora LV 50mm em seu

interior como miolo de parede

Fonte: Avaliação do desempenho de Sistema de Vedação Vertical Interna – SVVI em Drywall com chapas de

gesso em relação à NBR 15575:2013 – Edificações Habitacionais – Desempenho, 2015

Page 65: VERIFICAÇÃO DO CUSTO-BENEFÍCIO DO SISTEMA DRYWALL

50

A figura 51 ilustra os corpos de prova utilizados nos ensaios.

Figura 51 – Corpos de prova utilizados nos ensaios

Fonte: Avaliação do desempenho de Sistema de Vedação Vertical Interna – SVVI em Drywall com chapas de

gesso em relação à NBR 15575:2013 – Edificações Habitacionais – Desempenho, 2015

A figura 52 ilustra o ensaio de ‘Single Burning Item’ (SBI) do corpo de prova.

Figura 52 – Ensaio SBI do corpo de prova

Fonte: Avaliação do desempenho de Sistema de Vedação Vertical Interna – SVVI em Drywall com chapas de

gesso em relação à NBR 15575:2013 – Edificações Habitacionais – Desempenho, 2015

A tabela 20 ilustra os resultados obtidos dos ensaios.

Page 66: VERIFICAÇÃO DO CUSTO-BENEFÍCIO DO SISTEMA DRYWALL

51

Tabela 20 – Resultados dos ensaios

Fonte: Avaliação do desempenho de Sistema de Vedação Vertical Interna – SVVI em Drywall com chapas de

gesso em relação à NBR 15575:2013 – Edificações Habitacionais – Desempenho, 2015

3.2.3. Requisito – Dificultar a propagação do incêndio e preservar a

estabilidade estrutural da edificação

O sistema Drywall e seus elementos devem atender a ABNT NBR 14432 para controlar

os riscos de propagação do incêndio e preservar a estabilidade estrutural da edificação em

situação de incêndio.

As parede de geminação (paredes entre unidades) de casas térreas geminadas e de

sobrados geminados, bem como as paredes entre unidades habitacionais e que fazem divisa

com as áreas comuns nos edifícios multifamiliares, são elementos de compartimentação

horizontal e devem apresentar resistência ao fogo por um período mínimo de 30 minutos,

considerando os critérios de avaliação relativos à estabilidade, estanqueidade e isolação

térmica, no caso de edificações habitacionais de até cinco pavimentos. O tempo requerido de

resistência ao fogo deve ser considerado, entretanto, conforme a ABNT NBR 14432,

considerando a altura da edificação habitacional, para os demais casos (variando de 30 minutos

a 120 minutos).

Page 67: VERIFICAÇÃO DO CUSTO-BENEFÍCIO DO SISTEMA DRYWALL

52

No caso de unidade habitacional unifamiliar, isolada, até 2 pavimentos, exige-se

resistência ao fogo de 30 minutos para os SVVI somente na cozinha e ambiente fechado que

abrigue equipamento de gás.

Para a avaliação da resistência ao fogo de paredes em Drywall com chapas de gesso, foi

realizado ensaio laboratorial em atendimento à Norma Brasileira ABNT NBR 10636:1989 –

Parede divisórias sem função estrutural – Determinação da resistência ao fogo – Método de

ensaio.

Este ensaio consiste em fixar o elemento/sistema construtivo no forno de ensaio que

contem sistema de queimadores a gás natural, que por sua vez simulam uma condição de

incêndio em uma das faces do sistema construtivo. No lado oposto à simulação do incêndio, as

temperaturas do sistema são medidas por dispositivos (termopares) e se faz a verificação das

ocorrências da parede em relação à sua estabilidade, estanqueidade e isolação térmica. Foi

utilizado um computador acoplado ao forno com software para registro de das temperaturas do

forno e da face da parede oposta ao incêndio, bem como para registro da duração do ensaio.

Após o ensaio, que corresponde ao tempo requerido de resistência ao fogo, são feitas as

seguintes verificações:

1) Se a parede está estável;

2) Se a parede está estanque; para a verificação, foi executado o teste do chumaço

de algodão na região de juntas da parede para a verificação de ocorrência de sua ignição;

3) Se a parede apresentou isolação térmica, ou seja: as temperaturas registradas

pelos termopares não foram superiores aos limites normativos (140°C acrescido da temperatura

ambiente média e 225°C acrescido da temperatura ambiente em qualquer ponto de medida).

Figura 53 – Forno de ensaio do laboratório do IPT composto de cinco queimadores a gás natural (esquerda: visão

interna do forno e direita: visão externa do forno com a parede em Drywall montada)

Fonte: Avaliação do desempenho de Sistema de Vedação Vertical Interna – SVVI em Drywall com chapas de

gesso em relação à NBR 15575:2013 – Edificações Habitacionais – Desempenho, 2015

Page 68: VERIFICAÇÃO DO CUSTO-BENEFÍCIO DO SISTEMA DRYWALL

53

Figura 54 – Parede em Drywall com a colocação dos termopares na face oposta à de incêndio

Fonte: Avaliação do desempenho de Sistema de Vedação Vertical Interna – SVVI em Drywall com chapas de

gesso em relação à NBR 15575:2013 – Edificações Habitacionais – Desempenho, 2015

Figura 55 – Detalhe do pórtico do ensaio montado (esquerda) e aplicação de impacto (20J) durante a execução

do ensaio (direita)

Fonte: Avaliação do desempenho de Sistema de Vedação Vertical Interna – SVVI em Drywall com chapas de

gesso em relação à NBR 15575:2013 – Edificações Habitacionais – Desempenho, 2015

As figuras 53, 54 e 55 ilustram os equipamentos do laboratório de Segurança ao Fogo e

Explosões do IPT – Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo.

A tabela 21 ilustra os resultados obtidos dos ensaios para as chapas de gesso acartonado

do tipo Standard e Resistente a Fogo.

Page 69: VERIFICAÇÃO DO CUSTO-BENEFÍCIO DO SISTEMA DRYWALL

54

Tabela 21 – Resultados dos ensaios

Fonte: Avaliação do desempenho de Sistema de Vedação Vertical Interna – SVVI em Drywall com chapas de

gesso em relação à NBR 15575:2013 – Edificações Habitacionais – Desempenho, 2015

3.3. Uso e operação

3.3.1. Generalidades

O sistema Drywall deve considerar a segurança no uso e operação do sistema e de seus

componentes ao que se diz em respeito a agentes agressivos (proteção contra queimadura;

pontos e bordas cortantes, entre outros exemplos) desde o seu projeto.

3.3.2. Requisito – Segurança na utilização do imóvel

O sistema Drywall deve assegura que tenham sido tomadas medidas de segurança aos

usuários da edificação habitacional.

Sendo assim, não deve apresentar:

1) Rupturas, instabilizações, tombamentos ou quedas que possam colocar em risco

a integridade física dos ocupantes ou de transeuntes nas imediações do imóvel;

2) Partes expostas cortantes ou perfurantes;

3) Deformações e defeitos acima dos limites especificados nesta parte da norma

Page 70: VERIFICAÇÃO DO CUSTO-BENEFÍCIO DO SISTEMA DRYWALL

55

Devem também ser previsto em projeto e na execução forma de minimizar, durante o uso

da edificação, o risco de:

1) Ferimentos provocados por ruptura de subsistemas ou componentes, resultando

em partes cortantes ou perfurantes;

2) Ferimentos ou contusões em função da operação das partes móveis de

componentes, como janelas, portas, alçapões e outros;

3) Ferimentos ou contusões em função da dessolidarização ou da projeção de

materiais ou componentes a partir dos tanques de lavar, pias e lavatórios, com ou sem pedestal,

e de componentes ou equipamentos normalmente fixáveis em paredes.

3.3.3. Segurança das instalações

O sistema Drywall deve evitar a ocorrência de ferimentos ou danos aos usuários, em

condições normais de uso.

3.4. Estanqueidade

O sistema Drywall não deve permitir infiltração de água, através de suas faces, quando

em contato com áreas molháveis e molhadas.

A quantidade de água que penetra não deve ser superior a 3cm³, por um período de 24

horas, numa área exposta com dimensões de 34cm x 16cm, em áreas molhadas.

Não deve ocorrer presença de umidade perceptível nos ambientes contíguos, desde que

respeitadas as condições de ocupação e manutenção previstas em projeto e descritas no manual

de uso e operação, em áreas molháveis.

Realizou-se o ensaio para a verificação da não permissão de infiltração de água ao

submeter uma região da parede do sistema Drywall à presença de água, com pressão constante,

por meio de uma câmara acoplada à parede. A câmara utilizada no ensaio possui o formato de

caixa e dimensões internas de 16cm x 34cm. A mesma é acoplada à parede através de uma

moldura. Os ensaios foram conduzidos em SVVI com três tipos de revestimento (tintas epóxi

base solvente e base água, e revestimento cerâmico tipo porcelanato assentado com argamassa

colante ACII e rejunte Tipo II). As figuras 56 e 57 ilustram o ensaio realizado.

Page 71: VERIFICAÇÃO DO CUSTO-BENEFÍCIO DO SISTEMA DRYWALL

56

Figura 56 – Ensaio de permeabilidade à agua realizado em SVVI com chapa de gesso resistente à umidade (RU)

com revestimento em tinta epóxi base solvente

Fonte: Avaliação do desempenho de Sistema de Vedação Vertical Interna – SVVI em Drywall com chapas de

gesso em relação à NBR 15575:2013 – Edificações Habitacionais – Desempenho, 2015

Figura 57 – Ensaio de permeabilidade à agua realizado em SVVI com chapa de gesso resistente à umidade (RU)

com revestimento cerâmico e rejunte (esquerda) e tinta epóxi base água (direita)

Fonte: Avaliação do desempenho de Sistema de Vedação Vertical Interna – SVVI em Drywall com chapas de

gesso em relação à NBR 15575:2013 – Edificações Habitacionais – Desempenho, 2015

A figura 58 ilustra a configuração considerada a de menor resistência entre as paredes em

Drywall (73/48/600 ou 400/MS/1RU12,5+1RU12,5 + revestimento) utilizada nos ensaios.

Figura 58 – Configuração da parede em Drywall

Fonte: Avaliação do desempenho de Sistema de Vedação Vertical Interna – SVVI em Drywall com chapas de

gesso em relação à NBR 15575:2013 – Edificações Habitacionais – Desempenho, 2015

Page 72: VERIFICAÇÃO DO CUSTO-BENEFÍCIO DO SISTEMA DRYWALL

57

A tabela 22 ilustra os resultados obtidos dos ensaios.

Tabela 22 – Resultados dos ensaios

Fonte: Avaliação do desempenho de Sistema de Vedação Vertical Interna – SVVI em Drywall com chapas de

gesso em relação à NBR 15575:2013 – Edificações Habitacionais – Desempenho, 2015

3.5. Desempenho acústico

3.5.1. Generalidades

Esta parte 4 da ABNT NBR 15575 apresenta os requisitos e critérios para a verificação

do isolamento acústico entre o meio externo e o interno entre unidades autônomas e entre

dependências de uma unidade e áreas comuns.

3.5.2. Métodos disponíveis para a verificação

Os métodos mais adequados para o sistema Drywall são: método de precisão, realizado

em laboratório; e método de engenharia, realizado em campo, para SVVI.

O método de precisão, realizado em laboratório, determina a isolação sonora de

componentes e elementos construtivos, fornecendo valores de referência de cálculo para

projetos. O método de ensaio é descrito na norma ISO 10140-2.

Para avaliar um projeto com diversos elementos é necessário ensaiar cada um e depois

calcular o isolamento global do conjunto.

O método de engenharia, realizado em campo, para SVVI, determina, de forma rigorosa,

o isolamento sonoro global entre unidades autônomas e entre uma unidade e áreas comuns,

caracterizando de forma direta o comportamento acústico do sistema. O método é descrito na

norma ISO 140-4. Os resultados obtidos restringem-se somente às medições efetuadas.

Os parâmetros de verificação adotados nesta parte da norma constam da tabela 23.

Page 73: VERIFICAÇÃO DO CUSTO-BENEFÍCIO DO SISTEMA DRYWALL

58

Tabela 23 – Parâmetros de verificação

Fonte: Avaliação do desempenho de Sistema de Vedação Vertical Interna – SVVI em Drywall com chapas de

gesso em relação à NBR 15575:2013 – Edificações Habitacionais – Desempenho, 2015

3.5.3. Requisito – Níveis de ruídos admitidos na habitação

O método usado para a verificação do isolamento acústico foi o de precisão, realizado em

laboratório. Este método consiste em determinação dos valores de referência Rw (índice de

redução sonora ponderado) através de ensaios em laboratórios para orientação de fabricantes e

projetistas.

A tabela 24 ilustra as exigências de redução sonora segundo a norma NBR 15575-4.

Tabela 24 - Exigências de redução sonora

Fonte: Avaliação do desempenho de Sistema de Vedação Vertical Interna – SVVI em Drywall com chapas de

gesso em relação à NBR 15575:2013 – Edificações Habitacionais – Desempenho, 2015

O ensaio de isolação sonora consiste em avaliar o sistema de vedação vertical interna com

condições reais de uso e dimensões mínimas de 4.000mm de largura, 3.000mm de altura e

espessura de utilização.

Page 74: VERIFICAÇÃO DO CUSTO-BENEFÍCIO DO SISTEMA DRYWALL

59

As figuras 59 e 60 ilustram a vista da câmara de ensaio do laboratório do IPT – Instituto

de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo – sem (esquerda) e com (direita) um dos

pórticos de ensaio posicionado, e o sistema avaliado montado no pórtico de ensaio;

respectivamente.

Figura 59 – Câmara de ensaio sem (esquerda) e com (direita) um dos pórticos de ensaio posicionado

Fonte: Avaliação do desempenho de Sistema de Vedação Vertical Interna – SVVI em Drywall com chapas de

gesso em relação à NBR 15575:2013 – Edificações Habitacionais – Desempenho, 2015

Figura 60 – Sistema montado no pórtico de ensaio

Fonte: Avaliação do desempenho de Sistema de Vedação Vertical Interna – SVVI em Drywall com chapas de

gesso em relação à NBR 15575:2013 – Edificações Habitacionais – Desempenho, 2015

A tabela 25 mostra os valores mínimos de RW obtidos nos ensaios em função das

configurações de SVVI avaliadas.

Page 75: VERIFICAÇÃO DO CUSTO-BENEFÍCIO DO SISTEMA DRYWALL

60

Tabela 25 - Resultados dos ensaios

Fonte: Avaliação do desempenho de Sistema de Vedação Vertical Interna – SVVI em Drywall com chapas de

gesso em relação à NBR 15575:2013 – Edificações Habitacionais – Desempenho, 2015

3.6. Durabilidade e manutenibilidade

3.6.1. Requisito – Vida útil de projeto dos sistemas de vedações verticais

internas e externas

O sistema Drywall consegue manter a capacidade funcional e as características estéticas,

ambas compatíveis com o envelhecimento natural dos materiais durante a Vida Útil de Projeto

(VUP – mínimo acima de 20 anos e superior acima de 30 anos), além de também apresentar

durabilidade compatível com a VUP.

3.6.2. Requisito – Manutenibilidade dos sistemas de vedações verticais

internas e externas

O sistema Drywall consegue manter a capacidade do edifício e de seus sistemas e permitir

ou favorecer as inspeções prediais, bem como as intervenções de manutenção previstas no

manual de operação, uso e manutenção.

Page 76: VERIFICAÇÃO DO CUSTO-BENEFÍCIO DO SISTEMA DRYWALL

61

3.7. Saúde

O sistema Drywall atende a legislação vigente em relação às exigências relativas à saúde,

além de propiciar condições de salubridade no interior da edificação, considerando as condições

de umidade e temperatura no interior da unidade habitacional, aliadas ao tipo dos sistemas

utilizados na construção; o sistema Dyrwall e os materiais empregados também não liberam

produtos que poluam o ar em ambientes confinados, originando níveis de poluição acima

daqueles verificados no entorno (enquadram-se nesta situação os aerodispersóides, gás

carbônico e outros).

3.8. Conforto Antropodinâmico

O sistema Drywall não prejudica as atividades normais dos usuários, dos edifícios

habitacionais, quanto ao caminhar, apoiar, limpar, brincar e semelhantes. Também não deve

apresentar rugosidades contundências, depressões ou outras irregularidades nos elementos,

componentes, equipamentos e quaisquer acessórios ou partes da edificação.

3.9. Adequação ambiental

O sistema Drywall é executado com componentes fabricados com um altíssimo controle

tecnológico com o objetivo de minimizar os impactos ambientais negativos, sendo que quase

todos os seus componentes podem ser reciclados.

Page 77: VERIFICAÇÃO DO CUSTO-BENEFÍCIO DO SISTEMA DRYWALL

62

4. COMPARAÇÃO ENTRE O SISTEMA DRYWALL E A ALVENARIA

CERÂMICA

4.1. Vantagens

O sistema Drywall apresenta as seguintes vantagens quando comparado com a alvenaria

cerâmica (ilustrado pela figura 61):

Figura 61 – Vantagens do sistema Drywall quando comparado com a alvenaria cerâmica

Fonte: PLACO SAINT-GOBAIN, 2014

1) Redução do volume de material transportado vertical e horizontalmente.

2) Redução de mão-de-obra e elevada produtividade.

O sistema exige uma mão-de-obra especializada e menos etapas de execução, além de ser

mais leve, possibilitando assim uma média de produtividade de 30m² de parede por dia por

dupla de trabalhadores.

3) Flexibilidade de layout.

O sistema permite uma modelagem maior do que alvenaria cerâmica utilizando-se de

menos recursos (tempo, material, mão-de-obra), como ilustrado nas figuras 62 e 63.

Page 78: VERIFICAÇÃO DO CUSTO-BENEFÍCIO DO SISTEMA DRYWALL

63

Figura 62 – Delimitação em elipse de uma sala de reuniões da empresa Terco Grant Thorton

Fonte: SITE 15, 2016

Figura 63 - Criação de nichos

Fonte: SITE 16, 2016

4) Facilidade nas instalações prediais evitando cortes e quebras, devido ao espaço

livre entre chapas disponíveis para tubulações e eletrodutos.

Page 79: VERIFICAÇÃO DO CUSTO-BENEFÍCIO DO SISTEMA DRYWALL

64

5) Menor espessura de paredes com ganho de área.

Muito em razão do controle tecnológico dos elementos em relação à medida de tolerância

das medidas serem em milímetros e os perfis metálicos garantirem a estabilidade estrutural

apesar de suas esbeltezas.

6) Mínimo desperdício e retrabalho.

7) Redução de peso, tornando a construção mais leve com alívio às estruturas.

A parede em Drywall é, em média, entre 5 a 6 vezes mais leve que a parede em alvenaria.

4.2. Desvantagens

O sistema Drywall apresenta as seguintes desvantagens quando comparado com a

alvenaria cerâmica:

1) Há um preconceito ao sistema em razão de associar a leveza do sistema à uma

falta de resistência mecânica.

2) Sistema muito sensível à umidade e presença de água.

3) Dúvidas quando ao desempenho acústico em função da pequena espessura da

parede em Drywall.

4) Exigência de reforços em pontos de fixação de objetos mais pesados, elementos

aos quais o usuário nem sempre tem fácil acesso.

5) Há muitas empresas que executam o sistema Drywall no mercado, porém ainda

há dificuldades em encontrar empresas que executem com a qualidade exigida. Isso é

evidenciado pelos equívocos no domínio das técnicas de execução do sistema.

4.3. Vantagens em relação à NBR 15575-4_2013

A alvenaria atende em muitos dos quesitos da norma, entretanto há ainda limitações no

atendimento aos seguintes aspectos da norma7:

7 Os dados e informações foram obtidas através de pesquisas em sites e entrevistas às construtoras feito pelo autor.

Page 80: VERIFICAÇÃO DO CUSTO-BENEFÍCIO DO SISTEMA DRYWALL

65

1) Segurança contra o incêndio e segurança em relação ao uso e operação

O bloco cerâmico, componente da alvenaria, é inflamável; entretanto, apresenta um

comportamento peculiar em relação a temperaturas muito altas: uma das faces do bloco quando

aquecida sofre expansão, enquanto que na face oposta não apresenta essa mesma expansão,

podendo assim haver a ruptura brusca do bloco (efeito chamado de ‘desplacamento do bloco’

e spaulling em inglês), afetando assim a segurança do usuário. Embora não haja nenhum

exemplo de caso ainda, o assunto já é item de investigação e já aparece recomendações em

relação a este efeito na norma europeia Eurocodes.

2) Desempenho acústico

A alvenaria por si só não atende ao requisito de apresentar um índice de redução sonora

de 50dB (decibéis) em laboratório como requisito de isolação acústica para parede entre

unidades habitacionais autônomas onde um dos ambientes ser dormitório e para parede cega

entre uma unidade habitacional e áreas comuns de permanência de pessoas, atividades de lazer

e atividades esportivas.

Há o uso de várias alternativas por partes das construtoras para que se possa atender a

norma e alguns dos exemplos são:

2a) Construção de duas paredes de alvenaria espaçadas entre elas e com

preenchimento de lã mineral.

Neste caso há a execução de duas paredes, totalizando assim o dobro da quantidade de

serviço de alvenaria e gerando: maior prazo de execução; custo maior da obra, em razão de

maior tempo de utilização de recursos (como água e luz) e equipamentos alugados (como a

cremalheira); maior solicitação da estrutura (tendo em vista que foram executadas duas paredes

com a utilização do bloco cerâmico 9x19x39, quando o mais usual seria a execução de uma

parede com a utilização do bloco cerâmico 14x19x39)

2b) Construção de parede de alvenaria com preenchimento de areia e uso de chapa

de gesso acartonado colado nas faces da parede.

Neste caso há o preenchimento com o uso da areia nos espaços vazados dos blocos

cerâmicos, além do uso das chapas de gesso acartonado colado nas faces da parede. Essa é uma

solução cara, pois há necessidade de uma mão-de-obra especializada para colar as chapas de

Page 81: VERIFICAÇÃO DO CUSTO-BENEFÍCIO DO SISTEMA DRYWALL

66

gesso acartonado na parede de alvenaria, além do preço do próprio material e da areia usada

para preencher os espaços vazados do bloco.

3) Adequação ambiental

O sistema Drywall é um sistema que gera menos entulho que a alvenaria e que já conta

com unidades de recebimento de resíduos de gesso, segundo a Associação Brasileira de

Drywall.

O edifício Eurobusiness, da construtora Engemárica, é o primeiro edifício do sul do Brasil

a receber o selo LEED Platinum e utilizou-se do sistema Drywall para auxiliar a alcançar tal

objetivo em função da fácil gestão de desperdício de material que o sistema oferece, além da

baixa geração de resíduos dos fabricantes dos componentes do sistema.

4.4. Entrevista

Para a obtenção dos dados de um exemplo de caso, foi feita uma entrevista com Alex

Takashi Enoshita, analista de assistência técnica da Construtora Tarjab8. Na entrevista foram

feitas perguntas em relação à observação e análise dos benefícios que a utilização do sistema

Drywall oferece em relação à alvenaria, além de pesquisar sobre as dificuldades encontradas na

utilização do sistema Drywall. Segue em seguida a transcrição da entrevista.

Pergunta: Há quanto tempo que a construtora Tarjab vem utilizando o sistema Drywall

em suas construções?

Alex Takashi (AT): A Tarjab trabalha com o sistema Drywall em larga escala desde o

Edifício Harmonia Jabaquara, no ano de 2013.

Pergunta: Quais foram os principais motivos para trocar o sistema de paredes de maior

expertise (alvenaria cerâmica) para um novo sistema (Drywall) ainda não assimilado na

empresa?

AT: O principal motivo para a mudança era a característica da estrutura (de uma

construção). Por se tratar de uma obra iniciada pela Encol na década de 90, foi feito um estudo

de viabilidade da estrutura. O estudo apontou que a estrutura não sofria risco de colapso, mas

uma sobrecarga muito grande geraria grande deformação da laje. Foi nesta situação que se

8 Construtora Tarjab Ltda. CNPJ: 53.017.612/0001-53.

Page 82: VERIFICAÇÃO DO CUSTO-BENEFÍCIO DO SISTEMA DRYWALL

67

buscou a escolha de um sistema mais leve que não causasse muita deformação da laje e

atendesse nossos requisitos. Neste contexto que começamos o uso da parede em Drywall em

larga escala para edifícios residenciais.

Pergunta: Quais foram as principais barreiras a serem transpostas para que o sistema

Drywall se consolidasse na cultura da empresa?

AT: Antes de entrarmos em contato com a Associação Brasileira de Drywall, tínhamos

uma série de preconceitos sobre o sistema Drywall. Por ser um sistema leve, o principal

paradigma a ser quebrado era sobre a fragilidade mecânica do sistema. Outro item era a dúvida

de se o sistema atendia as questões referentes ao desempenho acústico. Tivemos, e ainda temos,

um trabalho muito forte com a área comercial da empresa para revertermos essa visão que o

cliente tem sobre o sistema Drywall, evidenciando com ensaios e vantagens (como a facilidade

na mudança do layout).

Pergunta: Há ainda baixa demanda por drywall no mercado; na sua opinião, há, no

momento, uma boa oferta de drywall no mercado em relação à mão-de-obra para atender a

demanda atual? Como reconhecer uma empresa que oferece a execução do sistema de forma

satisfatória?

AT: Pelo fato do sistema já ser consolidado em edifícios comerciais na cidade de São

Paulo, a oferta de mão de obra é abundante. No entanto, a principal dificuldade está em achar

empresas qualificadas que executam o serviço com qualidade. A escolha de uma empresa passa

por uma qualificação que envolve aspectos fiscais, históricos, técnicos e financeiros. O controle

de qualidade é feito por uma ficha de verificação de serviço baseada num procedimento que

leva em consideração boas práticas e normas referentes ao sistema.

Pergunta: Como é a relação entre a construtora Tarjab e a empresa que executa o sistema

Drywall? Existe uma clara proatividade da empresa em melhorar e buscar a excelência; ou

ainda tem muita coisa a melhorar em relação no prazo de entrega, estudo da interface dos

sistemas que tenham a interferência do drywall e cuidado pelos interesses da construtora

Tarjab?

AT: A relação com os prestadores de serviço é bastante ativa. Temos reuniões periódicas

na obra que há discussões a respeito de prazo, qualidade e projeto. Esses itens são listados de

forma a garantir um planejamento mais preciso, projetos com melhor construtibilidade e sem

interferências, e um controle de qualidade mais eficaz. Todos esses itens são devidamente

documentados de forma a garantir a qualidade do processo, ou seja, sua melhoria continua.

Page 83: VERIFICAÇÃO DO CUSTO-BENEFÍCIO DO SISTEMA DRYWALL

68

Pergunta: Na visão da construtora, quais são os erros e as falhas do sistema Drywall que

ainda precisam ser melhorados? As ocorrências desse erros e falhas são características do

próprio sistema ou da empresa que executa o sistema?

AT: Podemos citar como pontos positivos do sistema Drywall: a rapidez na execução;

obra mais limpa, com redução na geração de entulhos; sistema menos suscetível a erros

propagados de execução (em razão de ser um sistema com elementos industrializados) e

redução de sobrecarga da estrutura; enquanto que os pontos negativos são: exigência de reforços

em pontos de fixação de objetos mais pesados; exigência do uso de buchas que não são de fácil

localização para o cliente e maior cuidado com impermeabilização do sistema em áreas

molhadas.

Sendo assim, os itens que merecem mais atenção são: cuidados com as juntas de encontro

das chapas, pois muitas empreiteiras estão acostumadas a utilizar fitas de tela de fibra de vidro,

porém exigimos que seja utilizada fita de papel microperfurado; e em relação aos fabricantes,

a fabricação em larga escala de placas de gesso com 4 rebaixos, sem topo, facilitaria a execução

das juntas, visto que é mais complicado executar junta topo-topo e topo-rebaixo.

4.5. Exemplo de caso

A entrevista forneceu dados qualitativos e quantitativos para que pudesse gerado um

exemplo de caso com o objetivo de fazer a comparação do custo do sistema Drywall com a

alvenaria cerâmica. O exemplo de caso visa explorar a comparação entre o sistema Drywall

versus a alvenaria cerâmica em relação ao impacto de custo global de uma obra da Construtora

Tarjab como escolha de sistema de paredes internas.

Para a comparação mencionada, foi feito um estudo de viabilidade visando o impacto que

o sistema Drywall e a alvenaria cerâmica exercem sobre os sistemas que são executados após a

execução destes, a saber o sistema de impermeabilização, revestimento de paredes e pintura das

paredes, além da comparação de custos entre os sistemas dentro de uma obra da construtora.

Para finalizar, há a análise do impacto que os sistemas exercem sobre o custo global de uma

obra. Todos as comparações são feitas entre o sistema Drywall e a alvenaria cerâmica.

Foram utilizadas as duas seguintes configurações de parede utilizadas para a comparação:

a primeira opção (opção 1) tem a alvenaria cerâmica como sistema de paredes externa e o

sistema Drywall como sistema de paredes interna; enquanto que a segunda opção (opção 2) tem

a alvenaria cerâmica como sistema de paredes externa e interna. Para o comparativo de custos,

Page 84: VERIFICAÇÃO DO CUSTO-BENEFÍCIO DO SISTEMA DRYWALL

69

utilizou-se o custo total do sistema, ou seja, material e mão-de-obra. A tabela 26 ilustra o

comparativo.

Tabela 26 – Comparativo de custos entre opção 1 e opção 2

Serviços Razão do custo entre a opção 1 e a opção 2

Vedação 18 % maior

Impermeabilização 32 % maior

Revestimento Interno 57 % menor

Pintura Interna 17 % menor

Custo Global 7 % menor

Fonte: Autor, base Construtora Tarjab, 2016.

Page 85: VERIFICAÇÃO DO CUSTO-BENEFÍCIO DO SISTEMA DRYWALL

70

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

5.1. Críticas

Após muitos anos sem uma devida padronização da qualidade e desempenho das

edificações, as construtoras têm se preocupado com a questão da exigibilidade do atendimento

da norma ABNT NBR 15575 e procurado soluções e tecnologias com a melhor viabilidade

técnica-financeira para as suas obras.

Cada construção tem várias etapas de execução e vários sistemas e tecnologias utilizados

nestas etapas; sendo que um dos sistemas mais impactantes no custo de uma obra é o sistema

de vedações verticais internas.

Embora ainda exista o receio da sociedade e a insegurança do mercado quanto ao

desempenho mecânico e acústico do sistema Drywall, foram demonstrados neste trabalho que

o sistema atende aos requisitos da norma ABNT NBR 15575-4_2013, requisitos estes a

alvenaria cerâmica também atende como sistema de vedações verticais internas; porém sendo

até melhor em alguns dos requisitos que a alvenaria cerâmica, como o desempenho acústico.

Além disso o sistema tem se apresentado como uma opção de sistema de vedações verticais

internas com um bom custo benefício quando comparado com a alvenaria cerâmica, uma vez

que consegue impactar de forma positiva o custo global de uma obra, principalmente em relação

ao atendimento da norma ABNT NBR 15575-4_2013; pois a alvenaria cerâmica, para atender

a norma, apresenta: soluções de custo elevado, aumento de peso na estrutura, aumento de prazo

de obra, e outros riscos inerentes que o prolongamento do prazo de execução total de uma obra

traz em relação à: incidência de acidente, rentabilidade do empreendimento e liquidez da

construtora; conforme analisado neste trabalho.

Em razão de nenhum sistema ser perfeito, existem desvantagens que preocupam tanto o

mercado quanto o usuário, porém há a possibilidade de mitigá-las com um bom planejamento

de obra e uma maior proximidade da construtora com o usuário, gerando uma maior segurança

através de assistência técnica.

Sendo assim, há fortes indícios de que o sistema de paredes internas em Drywall é um

sistema que apresenta um bom custo-benefício e com potencial de ser o mais novo sistema líder

do mercado brasileiro, uma vez que apresenta significativas vantagens em relação ao atual líder

e possibilidade de mitigação das desvantagens do próprio sistema.

Page 86: VERIFICAÇÃO DO CUSTO-BENEFÍCIO DO SISTEMA DRYWALL

71

5.2. Sugestões para trabalhos futuros

O sistema de paredes internas em Drywall tem conseguido obter sua representatividade

no mercado brasileiro, apesar de ser ainda em passos lentos.

São sugeridas a realização de mais pesquisas sobre o assunto, uma vez que ainda há

dificuldades de encontrar empresas qualificadas para a execução do sistema.

Essas pesquisas podem ser sobre o gerenciamento do processo produtivo e da implantação

de gestão da qualidade. Podem ser feitas também pesquisas sobre os modelos de gestão das

empresas brasileiras do setor mais bem sucedidas ou das empresas de outros países que possuem

mais experiência em relação ao assunto.

Page 87: VERIFICAÇÃO DO CUSTO-BENEFÍCIO DO SISTEMA DRYWALL

72

REFERÊNCIAS

Referências Bibliográficas

CORDOVIL, L. A. B. L., 2013, Estudo da ABNT NBR 15575 – “Edificações

habitacionais – Desempenho” e possíveis impactos da construção civil na cidade do Rio

de Janeiro. 62p. Projeto de graduação, UFRJ, Rio de Janeiro, Brasil.

GOMES, Gerson; CRUZ, Carlos Alberto Silva. Vinte anos de economia brasileira

1995/2014. 2015. 153f. Publicação disponível em:

<http://www.altosestudosbrasilxxi.org.br/documentos/viewcategory/7>. Acesso em

28/07/2016 às 16:52.

GOUVEIA, João P.; Lourenço, Paulo B., 2007. Soluções Construtivas em Alvenaria.

Congresso Construção 2007. Universidade de Coimbra. Coimbra. Portugal.

LABUTO, V. L., 2014, Parede Seca – Sistema Construtivo de Fechamento em

Estrutura de Drywall. Trabalho de Conclusão de Curso, Universidade Federal de Minas

Gerais, Minas Gerais, Brasil.

LESSA, G. A. D. T., 2005, Drywall em Edificações Residenciais. Trabalho de Conclusão

de Curso, Universidade Anhembi Morumbi, São Paulo, Brasil.

LOPES, B. R. V. Políticas públicas dos anos 90: um panorama sobre o incentivo ao

setor tecnológico no Brasil durante o primeiro mandato de FHC (1995-1998). Marília,

2011. 124f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Relações Internacionais) –

Faculdade de Filosofia e Ciências, Universidade Estadual Paulista.

SOUZA, Julio Cesar Sabadini de. A norma de desempenho de edificações NBR 15.575.

In: ENCONTRO NACIONAL DA INDÚSTRIA DE CERÂMICA VERMELHA, 41. 2012,

Campo Grande/MS. Slides da apresentação. 56 slides. Disponível em

<http://escriba.ipt.br/pdf/171000.pdf>. Acesso em 01/08/16 às 08:20.

Page 88: VERIFICAÇÃO DO CUSTO-BENEFÍCIO DO SISTEMA DRYWALL

73

Referências Normativas

ABNT. NBR 9442 – Materiais de construção – Determinação do índice de

propagação superficial de chama pelo método do painel radiante – Método de ensaio.

1988.

_. NBR 10636 – Paredes divisórias sem função estrutural – Determinação da

resistência do fogo – Método de Ensaio. 1989.

_. NBR 14432 – Exigências de resistência ao fogo de elementos construtivos de

edificações – Procedimento. 2001.

_. NBR 14715 – Chapas de gesso acartonado – Requisitos. 2001.

_. NBR 15217 – Perfis de aço para sistemas construtivos em chapas de gesso para

“drywall” – Requisitos e métodos de ensaio. 2009.

_. NBR 15270-1 – Componentes cerâmicos – Parte 1: Blocos cerâmicos para

alvenaria de vedação – Terminologia e requisitos. 2005.

_. NBR 15270-2 – Componentes cerâmicos – Parte 2: Blocos cerâmicos para

alvenaria estrutural – Terminologia e requisitos. 2005.

_. NBR 15270-3 – Componentes cerâmicos – Parte 3: Blocos cerâmicos para

alvenaria estrutural e de vedação – Métodos de ensaio. 2005.

_, NBR 15575 – Edifícios Habitacionais – Desempenho, 2013.

_. NBR 15758-1 – Sistemas construtivos em chapas de gesso para drywall – Projeto e

procedimentos executivos para montagem Parte 1: Requisitos para sistemas usados como

paredes. 2009.

_. Normalização. Sem autor. Disponível em <http://www.abnt.org.br/normalizacao/o-

que-e/o-que-e>. Acesso em 01/08/2016 às 08:13.

_. Normalização. Sem autor. Disponível em <http://www.abnt.org.br/normalizacao/o-

que-e/objetivos>. Acesso em: 01/08/2016 às 08:14.

Avaliação do desempenho de sistema de vedação vertical interna – SVVI em Drywall

com chapas de gesso em relação à NBR 155575:2013 – Edificações Habitacionais –

Desempenho. Tesis Tecnologia e Qualidade de Sistemas em Engenharia. Documento

1181/RT020A. 2015.

BS. EN 13823 – Reaction to fire tests for building products – Building products

excluding floorings exposed to thermal attack by a single burning item. 2010.

Códigos de práticas nº 01: alvenaria de vedação em blocos cerâmicos. Ercio Thomaz...

[et al.]. São Paulo. IPT – Instituo de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo, 2009.

Page 89: VERIFICAÇÃO DO CUSTO-BENEFÍCIO DO SISTEMA DRYWALL

74

Outros autores: Cláudio Vicente Mitidieri Filho, Fabiana da Rocha Cleto, Francisco Ferreira

Cardoso, vários co-editores.

PLACO SAINT-GOBAIN. Guia Placo 2014 – Soluções Construtivas. Sem autor. 2014.

Disponível em: <http://www.placo.com.br/guia-placo>. Acesso em 23/08/2016 às 12:32.

IPEA. O que é? Joint-venture. Andréa Wolffenbüttel. 2006. Disponível em:

<http://www.ipea.gov.br/desafios/index.php?option=com_content&id=2110:catid=28&Itemid

=23>. Acesso em 14/08/2016 às 18:18.

ISO 10140-2 – Acoustics – Laboratory measurement of sound insulation of building

elements – Part 2: Measurement of airbone sound insulation. 2010.

SECOVI. Norma de Desempenho de Edificações: vote no projeto até o dia 27/11. Sem

autor. 2007. Disponível em: <http://www.secovi.com.br/noticias/norma-de-desempenho-de-

edificacoes-vote-no-projeto-ate-2711/1937/>. Acesso em 01/08/2016 às 08:41.

_. Norma de Desempenho passa a ser exigida. Sem autor. 2013. Disponível em:

<http://www.secovi.com.br/noticias/norma-de-desempenho-passa-a-ser-exigida/6566/>.

Acesso em 25/07/2016 às 20:11.

UNITED STATES PATENT AND TRADEMARK OFFICE. Patent #: US000520123. Sem

autor. Disponível em: <http://patft.uspto.gov/netacgi/nph-

Parser?Sect2=PTO1&Sect2=HITOFF&p=1&u=/netahtml/PTO/search-

bool.html&r=1&f=G&l=50&d=PALL&RefSrch=yes&Query=PN/520123>. Acesso em

19/08/2016 às 00:10.

Page 90: VERIFICAÇÃO DO CUSTO-BENEFÍCIO DO SISTEMA DRYWALL

75

Indicações Eletrônicas

SITE 1 – Disponível em: <http://www.cimentoitambe.com.br/decada-perdida-na-

engenharia/>. Brasil não suporta nova década perdida na engenharia. SANTOS, A. Acesso

em 20/07/2016 às 16:55.

SITE 2 – Disponível em: A inovação na construção civil. MELLO, M.

<http://www.cimentoitambe.com.br/a-inovacao-na-construcao-civil/>. Acesso em 20/07/2016

às 23:00.

SITE 3 – Disponível em <https://incorporacaoimobiliaria.com/tag/procon/>. Atraso na

entrega é maior reclamação contra construtoras, diz Procon/SP; veja lista. QUIZA, E.

Acesso em: 21/07/2016 às 00:21.

SITE 4 – Disponível em: <http://construcaomercado.pini.com.br/negocios-incorporacao-

construcao/143/desempenho-de-edificacoes-na-justica-advogado-explica-a-norma-290716-

1.aspx>. Desempenho de edificações na Justiça. Nakamura, J. Acesso em: 25/07/2016 às

19:11.

SITE 5 – Disponível em: <http://construcaomercado.pini.com.br/negocios-incorporacao-

construcao/41/alvenaria-estrutural-281680-1.aspx>. Alvenaria Estrutural. Sem autor. Acesso

em 19/07/2016 às 14:47.

SITE 6 – Disponível em: <https://blogdopetcivil.com/tag/piramides>. Como é possível?

PET Civil UFJF. Acesso em: 19/07/2016 às 15:42.

SITE 7 – Disponível em: <http://www.memoriaviajante.com/o-imponente-coliseu-

roma/>. O Imponente Coliseu – Roma. Sem Autor. Acesso em 19/07/2016 às 15:54.

SITE 8 – Disponível em: <http://www.archsearchapp.com.br/single-

post/2015/01/08/Arch-Hoje-Arch-Curiosidades-Grande-Muralha-da-China>. Arch Hoje:

Arch Curiosidades – Grande Muralha da China. Arch search. Acesso em 19 /07/2016 às

15:42.

SITE 9 – Disponível em: <www.labeee.ufsc.br/sites/.../Aula%202-

%20Alvenarias_%20introducao%2Bvedacao.pdf> Notas de aula da disciplina ARQ 5663

Tecnologia da Edificação III. MARINOSKI, D. Departamento de Arquitetura e Urbanismo.

Acesso em: 17/07/2016 às 22:56.

SITE 10 – Disponível em: <http://www.sylviarealtor.com.br/o-que-usar-na-alvenaria-

tijolo-ou-bloco/>. O que usar na alvenaria – tijolo ou bloco? Sem autor. Acesso em

25/07/2016 às 8:32.

SITE 11 – Disponível em:

<www.comunidadedaconstrucao.com.br/upload/ativos/121/anexo/encunham.pdf>.

Encunhamento de alvenaria de vedação – análise de soluções práticas. COSTA, A.;

BRAYNER, M.; MARQUES, P. R. Acesso em: 19/08/2016 às 15:56.

Page 91: VERIFICAÇÃO DO CUSTO-BENEFÍCIO DO SISTEMA DRYWALL

76

SITE 12 – Disponível em: <http://www.leroymerlin.com.br/faca-voce-mesmo/como-

colocar-chapas-de-gesso-drywall>. Como colocar chapas de gesso. Sem autor. Acesso em

15/07/2016 às 17:01.

SITE 13 – Disponível em: <http://www.drywallrio.com.br/sample-page/dicas/>. Quais

os revestimentos mais indicados para Drywall? Sem autor. Acesso em 18/07/2016 às 17:02.

SITE 14 – Disponível em: <http://www.engekons.com.br/consultoriadrywall>.

Consultoria em Drywall. Sem autor. Acesso em: 19/07/2016 às 09:35.

SITE 15 – Disponível em: <http://pro.casa.abril.com.br/profiles/blogs/projetos-em-

drywall-premiados>. Projetos em drywall premiados. Vera Barrero. Acesso em 28/08/2016

às 15:56.

SITE 16 – Disponível em: < http://www.blogdogesseiro.com/moveis-nichos-e-estantes-

em-drywall/>. Móveis, nichos, estantes em drywall. Tire suas dúvidas. Sem autor. Acesso

em 28/08/2016 às 16:32.

SITE 17 – Disponível em: <http://construcaomercado.pini.com.br/negocios-

incorporacao-construcao/133/artigo298754-1.aspx>. Paredes de drywall X alvenaria de

bloco cerâmico. 2012. Acesso em: 12/08/2016 às 12:21.

SITE 18 – Disponível em: <http://www.pauluzzi.com.br/norma-nbr-15575-norma-de-

desempenho.php>. Norma de desempenho ABNT NBR 15575. Sem autor. Acesso em:

02/09/2016 às 17:25.

SITE 19 – Disponível em:< http://www.placogyps.com.br/html/quemsomos.htm>. Quem

somos. Sem autor. Acesso em 21/08/2016 às 19:52.

SITE 20 – Disponível em: <http://www.placo.com.br/empreendimento-com-selo-de-

sustentabilidade-leed-utiliza-solucoes-da-placo-em-seus-ambientes>. Empreendimento de

com selo de sustentabilidade LEED utiliza soluções da Placo em seus ambientes. Sem autor.

Acesso em 30/08/2016 às 14:17.