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VENDER COM PROPÓSITO Os 6 primeiros passos para perder o medo, a vergonha e o desconforto relacionados com a venda Baseados na experiência de Lali Schütze

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VENDER COM PROPÓSITOOs 6 primeiros passos para perder o medo, a vergonha e o desconforto relacionados com a venda

Baseados na experiência de

Lali Schütze

Quer saber como eu consegui deixar de ser uma total frustrada profissionalmente e quebrada financeiramente, e passei a afiliada - sem blog, sem página, sem lista de e-mails - que mais vendeu o Programa Recalculando a Rota na sua 2a edição, só sendo eu mesma? Vem comigo!

INTRODUÇÃO

Travada. Era assim que eu me sentia quando o assunto era venda, comércio, departamento comercial ou qualquer outra coisa que fosse relacionada ao tema. Eu demorei muito para me dar conta disso. Foram necessários alguns anos, uns três pedidos de demissão e vários auto-boicotes para eu perceber que, na verdade, eu sou uma excelente vendedora. Eu só não tinha me dado conta ainda.

Se você se identificou com o título deste livro, é bem provável que, lá

no fundo, exista um vendedor querendo se mostrar. O problema é que são muitos preconceitos, muita falação e passamos a acreditar em tudo isso sem sequer nos darmos conta, quem dirá questionar estas verdades. Se você quer se libertar de tudo isso, está no lugar certo.

É por isso que, depois da minha experiência, eu passei a conversar com algumas das minhas verdades e percebi que tinha muita mentira em tudo que eu mais acreditava.

Mas por que será que temos estes “PRÉ - conceitos” tão enraizados, praticamente no nosso DNA?

Para começar a responder a essa pergunta, fui atrás da definição de

vender, de acordo com o dicionário Aurélio de Língua Portuguesa:

Significado de Vender:

1. Ceder, mediante preço convencionado2. Alienar3. Trair, denunciar por interesse4. Alienar a sua liberdade por certo preço5. Praticar, por interesse, atos indignos

Confesso que levei um sustinho no momento em que li. E também, por isso, resolvi compartilhar a sua definição. Gostaria de esclarecer que, aqui, pretendo utilizar o verbo “vender” de uma forma mais ampla, e, inclusive, num sentido oposto a este, oferecido pelo nosso dicionário.

Neste sentido, não precisamos, necessariamente, vender um produto. Mas, sim, praticamente todos os dias, pelo menos uma vez, vendemos alguma coisa... Às vezes pedimos dinheiro em troca, outras, pedimos uma promoção, um apoio, uma remoção, um patrocínio...

Pode ser que você nem se dê conta disso. Vende uma ideia, vende a sua própria imagem, vende um serviço, vende o seu conhecimento, vende um produto... Então, eu volto à pergunta anterior: por que a maioria das pessoas ainda sente aversão só de ouvir esta palavra?

Será unicamente pela sua definição no dicionário?

A minha experiência me permitiu enxergar e vivenciar esta palavra de uma outra forma.

Aquela aversão fez parte da minha vida desde a infância. O comércio está presente no negócio familiar, onde meu pai passa mais de 10, 12, 13... horas trabalhando todos os dias.

E eu não tinha noção do quanto isso me atrapalhava. Eu, inconscientemente, atrelei qualquer atividade relacionada com venda à falta de carinho, falta de atenção, falta de tempo livre. E isso me sabotou durante muitos anos.

Sem saber o porquê, eu sempre acabava caindo na mesma atividade, por mais que buscasse profissões que fugissem completamente da venda. Mas a minha simpatia, carisma e facilidade de comunicação sempre me colocavam ali: cara a cara com o cliente, oferecendo alguma coisa. E era nesse momento que eu resolvia largar tudo e começar do zero.

Até o dia em que eu não tive mais saída…

Porque encontrei duas coisas essenciais:

1) O produto certo. Aquele que eu mesma comprei e paguei pelo valor e que, além disso, acreditava com todo o meu coração. Aquele que eu gostaria que as pessoas que eu mais amo consumissem, mesmo sem receber nada por isso.

2) Identifiquei exatamente em mim onde o “calo apertava”. Como num passe de mágica, num momento de despertar, encontrei a pecinha que faltava para montar o quebra – cabeças que não me permitia ir além: o meu passado.

Se você se encontra na situação em que eu me encontrava há alguns meses, com a conta negativada, frustrado profissionalmente, com medo de ser julgado, do que os outros vão pensar de você por estar vendendo alguma coisa e não consegue entender porquê isso acontece, vai por mim, as respostas estão todas dentro de você.

Esta não é uma obra que vai te ensinar técnicas de vendas, como persuadir as pessoas ou fazer você vender milhões em pouco tempo. A minha intenção ao compartilhar a minha experiência é fazer com que você consiga identificar o que pode estar te travando, fazer você viver a sua verdade e vender aquilo que além de te dar dinheiro, que proporcione um senso de contribuição para dar os primeiros passos rumo a uma vida com mais leveza, prosperidade e significado na hora de vender.

Primeiro passo:

O que me bloqueia?

“Se as estruturas da mente humana permanecerem imutáveis, vamos sempre terminar recriando

fundamentalmente o mesmo mundo, os mesmos males, o mesmo distúrbio” - Eckhart Tolle.

O seu passado revela coisas incríveis sobre você. Demorou algum tempo, mas de repente, tudo fez sentido. O meu passado bloqueava as minhas ações que me levariam a um futuro mais próspero. Como eu já falei anteriormente, analisar o meu passado foi crucial para entender onde o calo apertava em mim.

Ao observar o nosso passado, de uma maneira desidentificada, chegamos às respostas da maioria dos nossos bloqueios. No meu caso, me dei conta de que os meus bloqueios financeiros vinham dos bloqueios relacionados à venda. Na introdução eu contei a minha história. Agora, tente se lembrar da sua. O que você via, ouvia na sua casa sobre vendedores? Existe alguma lembrança de algo que você tenha vivido que pode ter gerado em você alguma trava?

Alguns exemplos bem comuns são: é feio fazer o bem em troca de dinheiro; os ricos não vão pro céu; todo vendedor é picareta; se a pessoa está te vendendo algo é porque quer tirar vantagem de você… Ou então, alguém próximo a você ou até você mesmo já se sentiu lesado, prejudicado, por algo que comprou e se arrependeu? Talvez, no passado, você já tenha tentado vender algo e não conseguiu e hoje tem medo de fracassar de novo. Quais foram as suas piores experiências relacionadas a comprar e vender?

Responder a esta questão é o primeiro – e principal – passo para perceber que nem sempre é assim. E aqui eu vou um pouco mais além: na verdade, estas experiências ruins são a minoria do que já possa ter te acontecido. Algumas vezes, basta uma única experiência ruim para passarmos a acreditar que não podem existir experiências de troca muito construtivas com a venda.

Segundo passo:

Por que esta pessoa deveria comprar de mim?

O seu primeiro pensamento nas vendas deve ser o de servir. Sempre procure fazer com que o seu cliente ganhe ou economize dinheiro e jamais tire vantagem, de qualquer espécie.

Procure nunca impingir a seus clientes mercadorias que os mesmos realmente não

possam usufruir. - Joseph Murphy

Identificadas as suas crenças, seus traumas, suas experiências negativas… É a hora de você se dar conta de que VOCÊ NÃO É ISSO. Ou por acaso você se acha um picareta?

Você quer tirar vantagem, proveito das pessoas a quem está oferecendo o que quer que seja? Eu acredito, com todas as minhas forças, que não.

Depois de vencer o meu medo de ser julgada, quando finalmente comecei a mostrar o produto em que eu acreditava a todas as pessoas, eu não me via, de forma alguma, como alguém que estava tirando proveito de uma situação ou de uma pessoa que não conhecia aquilo.

Muito pelo contrário! Meu coração vibrava a cada resposta interessada que eu recebia. Porque eu sabia que aquilo era muito genuíno, aquilo tinha feito tão bem pra mim, por que não o faria a outra pessoa?

E eu acho que isso tem muito a ver com esta pergunta que te fiz acima: por que esta pessoa deveria comprar de mim? Porque eu sei, com todo meu coração, que sou honesta, que estou oferecendo, juntamente com o meu produto, tudo de melhor que há em mim.

E vai por mim… Se alguma pessoa NÃO comprar de você o que você tem a oferecer de melhor, ela vai acabar comprando algo de outra pessoa. E pode ser que, desta vez, seja de alguém não tão bem intencionado quanto você.

Portanto, venda não só o seu produto, mas se promova, também. Mostre às pessoas o seu melhor, qual a melhor forma de utilizar aquele produto, seja sincero, ainda que isso possa fazer com que você venda menos. É sempre melhor muitas pessoas satisfeitas com menos vendas, do que muitas vendas e algumas pessoas frustradas!

Terceiro passo:

Estou agregando valor ao que vendo ou só enxergo o preço?

“As pessoas que desconfiam da autopromoção

costumam não acreditar de forma plena nas suas capacidades e nos seus produtos ou serviços.

Por isso, é extremamente difícil

para elas imaginar que existe alguém que

esteja tão certo do valor daquilo que possui que deseja compartilhá – lo

de todas as formas possíveis com quem

cruza o seu caminho”. T. Harv Eker.

Logo que recebi as primeiras respostas interessadas no produto que eu estava oferecendo, uma das primeiras coisas que as pessoas me perguntavam era: “quanto custa?”.

E eu comecei a perceber um certo desconforto meu ao falar sobre o preço. Evitava responder diretamente, desconversava. Foi então que eu me dei conta de que havia algo de errado naquilo. E a resposta que encontrei foi a de que eu mesma estava achando caro um produto que estava vendendo!

E isso me causou mais um questionamento: como eu poderia achar caro um produto que eu mesma me propus a pagar e que transformou completamente a minha vida?

Fez de mim uma pessoa melhor, mais feliz, mais bem relacionada comigo e com os outros a minha volta. Isso me levou a entender que eu só estava enxergando, naquele momento, o preço, ou seja, a quantidade de dinheiro que aquilo custava.

Entretanto, o que me fez vender, de verdade, foi mostrar às pessoas que o valor daquilo era muito superior ao seu preço.

O produto em questão foi o Programa Recalculando a Rota (PRR), que custa em torno de 3.500 reais. Ele foi criado pela Alana Trauczynski, baseado na sua experiência de vida e em todos os cursos e workshops de que já participou pelo mundo.

Para ela, o curso tem um valor inestimável, porém, foi necessário precificá-lo. Tanto que depois que eu internalizei esta mesma concepção, de que o valor daquilo é muito maior do que o seu preço, me senti muito mais confortável ao falar sobre o preço e, inclusive, sobre a comissão que eu receberia caso alguém o comprasse de mim.

E quem agrega todo esse valor ao que vende? Sim, você mesmo! O que quer que seja, perceba o que está além do preço. Caso seja uma criação sua, valorize-se! Valorize a sua história, o seu conhecimento, o seu tempo, o amor que você colocou naquilo. Somente você pode criar qualquer coisa desta forma.

Ninguém mais pode inventar algo baseado na sua experiência que é única! Se for algo de um terceiro, procure saber o que está por trás daquilo. Aproprie-se de tudo isso e faça com que o produto, ideia ou serviço valha muito mais do que o preço que se pede.

O real propósito, aquilo que vai realmente agregar valor, não é algo que pode ser quantificado em notas de dinheiro. É energia, é o que vai tocar o coração da pessoa para quem você está oferecendo aquilo.

O dinheiro é mais uma forma de energia. Quanto mais alinhado com a abundância você estiver, mais vai atrair pessoas dispostas a pagar por aquilo. Além disso, quando você não cobra de alguém pelo seu produto ou serviço o valor que acredita que tem, por pena, por achar que as pessoas não vão conseguir pagar, você comete dois grandes erros. Primeiramente, você se priva de um direito que é seu por natureza: o de receber. Segundo, diminui a pessoa, achando que ela não terá condições de te pagar pelo que você acha que vale. As pessoas estão na posição que se colocam o tempo todo. Até quando vamos continuar expressando a nossa pequenez ao invés da nossa grandeza?

Quarto passo:Qual é a utilidade do meu produto ou serviço na vida das pessoas? Eu usaria o que estou vendendo?

“O nosso ponto de vista cria a nossa realidade”. -

Don Miguel Ruiz Jr.

O fato de eu ter passado por todo o processo do Programa Recalculando a Rota, inclusive tê-lo comprado, mudou tudo. Eu ter pagado o preço que a Alana colocou, fez com que eu desse ainda mais valor a isso. Eu fui a fundo em todas as rotas; assisti a todas as aulas, respondi todas as atividades, coloquei as dicas em prática e fiz todas as meditações com muita disciplina. Isso sem ter noção de que, alguns meses depois, passaria a vender o mesmo produto.

Isso fez toda a diferença na hora de oferecer o Programa. Eu falava daquilo com segurança, com tranquilidade e com propriedade, pois havia passado pelo processo. Sabia detalhes, explicava tudo com serenidade e paciência e isso despertava a confiança das pessoas no que eu dizia.

Essa foi a grande diferença entre a minha experiência de uma venda com propósito de tantas outras que eu já havia tentado em vão. Eu experimentei e vi um resultado muito positivo no curso que adquiri, aquilo se tornou útil na minha vida. Ao contrário de outras vezes em que eu oferecia algo a alguém unicamente para cumprir com uma função a qual era destinada. Eu passei a acreditar profundamente no que estava oferecendo e na utilidade daquilo na vida das pessoas.

O mundo está cheio de produtos e serviços sem uma real utilidade. O planeta já não suporta mais lixo, mais produção em larga escala sem consciência das consequências daquilo. Você já parou para questionar se o que você vende tem uma utilidade real na sua vida e na vida das pessoas? O que isso traz de benefícios para elas e para o planeta? Quais serão as consequências daquilo que você está colocando na mão de outras pessoas?

Estes são questionamentos importantes a serem feitos. Caso nunca tenha parado para pensar sobre isso, recomendo que o faça o mais rápido possível. E não tem mágica, nem mistério. Perceba qual é a energia que você está colocando no seu produto ou serviço, e se preciso, dê a isso tudo um outro significado.

Quinto passo:Eu realmente acredito naquilo que estou oferecendo? Isso vai mudar a vida das pessoas para melhor?

“Se você acreditar que o que tem a oferecer pode ser verdadeiramente útil para as pessoas, terá grandes chances de ficar rico”. - T. Harv Eker.

Após ter passado por todo o processo e experienciado uma mudança positiva na minha vida, eu comecei a acreditar naquilo que eu estava vendendo. Neste momento, o resultado de uma venda iria muito além de uma mera recompensa monetária. Eu sabia que aquilo faria diferença real na vida das pessoas. Eu desejava, com todo o meu coração, que o maior número de pessoas possíveis alcançassem resultados tão bons ou até melhores do que os meus.

“O nosso ser é sempre honesto, ético. Você pode estar vendendo algo em que não acredite e pode ganhar muito dinheiro

com isso, mas vai acabar se sabotando em algum outro aspecto da sua vida”. - Alana Trauczynski

A estas alturas você pode estar questionando isto: eu conheço gente que vende produtos sem acreditar neles, ou até mesmo sabendo que são prejudiciais, e ainda assim ganham muito dinheiro.

Eu também conheço muitas pessoas nesta mesma situação, entretanto, são pessoas que estão se sabotando em outras áreas da sua vida. Eu mesma já passei por isso e acabava sabotando todo o meu lado financeiro. Ou seja, trabalhava e vendia algo em que não acreditava e o dinheiro que recebia por isso eu gastava e nem sabia com o que! E posso ir além: vivia cheia de dívidas no cartão de crédito. A parte mais essencial de mim, que sabia que eu não queria fazer aquilo, se encarregava de que eu não prosperasse daquela forma, para que eu não permanecesse naquilo. Outras pessoas sabotam seus relacionamentos, podem se entregar a vícios, ou a qualquer outro tipo de compensação pela parte de si que não acredita naquilo que faz.

Eu acreditar naquilo que estava oferecendo me proporcionou vários aprendizados, além da consciência tranquila e a não sabotagem na hora de receber as minhas comissões. Todas as pessoas que compraram de mim ficaram satisfeitas com o produto, eu não precisei mentir em momento nenhum para fechar uma venda, e eu aprendi a confiar que as pessoas certas viriam até mim da maneira que tivesse que ser.

Acredite naquilo que você vende. Encontre uma forma de enxergar que o seu produto, além de ser útil, vai melhorar a vida das pessoas que o consumirem. Se for vestuário, você pode acreditar que aquela roupa vai elevar a auto estima de quem for usá-la. Se for alimentos, acredite que ele vai nutrir a pessoa, trazer saúde e bem estar. Se for livros, cursos... acredite que eles irão contribuir para o conhecimento das pessoas. O que quer que seja, ache razões para acreditar naquilo que você está oferecendo. E caso não encontre, considere mudar de produto ou de serviço.

Quando acreditamos no que estamos vendendo, a venda se torna uma coisa natural, não precisa ser forçada. Eu recomendaria este produto sem receber nada por isso. Inclusive, fiz durante os meses que estava fazendo o PRR, falava dele para amigos mais próximos sem sequer imaginar que mais tarde receberia uma comissão pela sua venda. Eu queria que as pessoas fizessem simplesmente por acreditar que aquilo traz um benefício sem igual, torna as pessoas mais humanas, melhora a vida delas mesmas e de todos ao seu redor.

Sexto passo:

Eu me sinto merecedor de receber por aquilo que estou vendendo?

“Quando se tornar um excelente recebedor, será assim também em todos os aspectos: aberto

para aceitar tudo o que o universo tem a lhe oferecer em todos os campos da sua vida. A única coisa que você precisa se

lembrar é continuar dizendo “obrigado” sempre que obtiver

uma bênção” - T. Harv Eker

Faltava pouco mais de uma semana para a abertura das vendas. Eu nunca tinha feito aquilo antes e não conseguia ter uma ideia concreta do que estava fazendo. Estava indo bem? Era realmente aquilo? Perguntas como essas surgiam com certa frequência na minha cabeça. Chegou um momento que a ansiedade e a insegurança tomaram conta de mim e eu me rendi. Eu pedi um sinal. Pedi ao universo que me mostrasse se eu realmente deveria estar fazendo aquilo. Se valeria a pena eu continuar enfrentando meus monstros: o medo de ser julgada, o medo de ser desaprovada.

Eu sabia, também, que a pessoa que alcançasse determinado número daquelas vendas ganharia um prêmio. A primeira vista, o número pareceu inatingível para mim. Alguns dos meus pensamentos mais recorrentes eram: se eu vender pelo menos um já está valendo; não custa tentar; pior que está não fica…

Poucas horas depois, recebi uma mensagem com uma foto do ranking de cliques na página que estava atrelada à minha conta de venda. Sim, eu estava em primeiro lugar! Naquele momento eu agradeci e uma onda de entusiamo e merecimento tomaram conta de mim. Foi nesta hora que eu percebi, também, que estava, mais uma vez, me preparando para fracassar.

Como desta vez eu já estava mais atenta aos sinais, à forma como eu estava lidando com a situação, consegui enxergar os fatos em tempo hábil para mudar tudo. Foi um processo de descoberta muito rápido e de uma hora para outra eu percebi que faltava um pequeno detalhe na equação: eu não estava me achando merecedora de receber por tudo aquilo. Eu não me sentia capaz.

Você pode se sentir livre, perceber que seu passado não influencia mais as suas decisões futuras, entretanto, se achar que não merece receber por algo que está oferecendo, que está colocando no mundo, vai continuar se sabotando. Se você não se permitir ser merecedor da gratidão, do reconhecimento, dos prêmios e do dinheiro que a venda te proporciona, não serve de nada ter o sentimento mais genuíno de contribuição. Saiba contribuir, saiba dar o seu melhor; mas queira, também, receber algo em troca. O sentimento de merecimento amplia a nossa gratidão e nos alinha com a abundância. Nos faz enxergar o que já temos e amplia a nossa visão para onde estamos recebendo mais.

E foi assim que eu consegui, sem lista de e-mails, sem blog, sem site, sem página no Facebook, ser a pessoa que mais vendeu Programas naquela edição, só perdendo para um casal famoso da internet. Ultrapassei a meta estabelecida e ganhei também um salto de paraquedas.

Abra – se para receber. O universo está repleto de surpresas maravilhosas e quer sim te dar todas elas. Você só precisa saber merecer.

O que aprendi com tudo isso?

Em seu livro “As 7 leis espirituais do sucesso”, Deepak Chopra fala sobre a lei da DOAÇÃO.

“O universo opera por meio de trocas dinâmicas… dar e receber são diferentes aspectos do fluxo da energia universal. Em nossa própria capacidade de dar tudo aquilo que almejamos, encontra – se a chave para atrair a abundância do universo – o fluxo da energia universal – para as nossas vidas”.

Eu conheci esta lei depois de ter passado por toda a minha experiência com as vendas. E foi aqui que eu consegui entender a dinâmica de tudo aquilo que aconteceu. Ao reconhecer os meus bloqueios internos, olhando para o meu passado, ao compreender que eu não era aquilo; ao distinguir a diferença entre valor e preço; ao perceber a utilidade daquele produto; ao acreditar que aquilo seria extremamente benéfico na vida das pessoas; ao entender que sim, eu estava contribuindo de alguma forma para o mundo e me sentia muito merecedora de receber por isso, foi a esta conclusão que eu pude chegar: eu não estava somente esperando uma recompensa. Eu estava também doando alguma coisa, neste caso, a melhor parte de mim, a minha essência, a minha verdade. E foi isso que atraiu as vendas.

O dinheiro mostrou - se somente um resultado, uma consequência. Não trato, aqui, de tornar o dinheiro algo supérfluo, muito pelo contrário, a maioria de nós sabe que ter dinheiro é essencial para sobreviver no mundo. Por isso, é muito importante, também, que você não sinta vergonha, medo ou desconforto de cobrar por aquilo que oferece.

Entretanto, com esta experiência, eu percebi que ele não era a única coisa que eu esperava receber. Eu queria algo além, queria que as pessoas encontrassem a mesma felicidade que eu encontrei; queria compartilhar experiências, aprendizados e também as dificuldades. Queria, com todo meu coração, CONTRIBUIR para o crescimento daquelas pessoas, por meio do produto que eu estava oferecendo.

Quando aprendemos a DOAR a nossa parte mais genuína e essencial, ainda que seja em forma de energia, o universo se encarrega de nos retribuir de alguma forma, esteja atento para enxergar isso. No caso da venda, esta retribuição é monetária e também na forma de satisfação e gratidão das pessoas que utilizam os produtos ou serviços oferecidos.

A venda com propósito se torna algo que vai muito além de uma simples troca, ou de quaisquer daquelas definições do dicionário. E para ambos os lados, tanto do vendedor quanto do consumidor, o dinheiro acaba se tornando uma consequência, na qual um sente prazer e alegria em oferecer, e outro sente satisfação e gratidão ao adquirir e pagar por isso. E não há, no mundo, forma mais digna e honrosa de se ganhar a vida, contribuindo, honestamente, com aquilo que você acredita para as pessoas.

Agradeço a todas as pessoas que se fizeram presentes durante todo este processo, em especial: Alana Trauczynski, pelo incentivo, suporte e paciência; a todo o Time Recalculando a Rota; aos

vagalumes que botaram fé em mim e compraram o PRR e a todos os vagalumes que formam hoje a comunidade mais inspiradora e

apaixonante de todas! #gratidão

“A vida é sobre criar significado. E significado não vem daquilo que você recebe, ele vem daquilo que você oferece.

Definitivamente, o que você recebe nunca vai te fazer feliz no longo prazo. Mas quem você se torna e com o que você

contribui, sim.” - Tony Robbins (tradução por Lali Schütze)

Lali Schütze foi uma perdida durante 11 anos da sua vida, período em que entre idas e vindas morou em mais de 10 lugares diferentes, totalizando 4 países e um tour sem residência fixa pela Europa por alguns meses. Sente uma dificuldade imensa em se rotular e contar em quantas cidades esteve. Quem dirá quantas pessoas cruzaram o seu caminho ao longo de toda esta trajetória.

Prefere não se definir por onde mora nem pelo que faz, mas pelas histórias que viveu e pelas lições que aprendeu. Começou a recalcular a sua rota internamente junto com a primeira turma do Programa Recalculando a Rota e não parou mais desde então. Apaixonada por livros, por comunicação, por conhecer e conectar pessoas, por espanhol, pelo México, pelo Caribe e pela cultura latino-americana, passou de concurseira frustrada a co-criadora da sua realidade. Atualmente, é parte do Time Recalculando a Rota, e quer encontrar mais formas de se tornar cada vez mais uma nômade digital. Pode ser encontrada no [email protected] e fica muito feliz em fazer novos amigos tanto pelas redes sociais como pessoalmente.

REFERÊNCIAS:

CHOPRA, Deepak. As sete leis espirituais do sucesso. São Paulo: Best Seller, 2015.

MURPHY, Joseph Ph. D. 1001 maneiras de enriquecer. São Paulo: Nova Era, 1998.

TOLLE, Eckhart. Um novo mundo: o despertar de uma nova consciência. Rio de Janeiro: Sextante, 2007.

EKER, T. Harv. Os segredos da mente milionária. Rio de Janeiro: Sextante, 2006.

ROBBINS, Tony. Money master the game. New York: Simon & Schuster, 2014.

RUIZ JR., Don Miguel. Os cinco níveis de apego – a sabedoria tolteca para o mundo moderno. Rio de Janeiro: Best Seller, 2015.

Dicionário Aurélio de Língua Portuguesa. https://dicionariodoaurelio.com/