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A3 Tiragem: 18101 País: Portugal Period.: Semanal Âmbito: Economia, Negócios e. Pág: 7 Cores: Cor Área: 17,94 x 37,38 cm² Corte: 1 de 2 ID: 42582887 02-07-2012 | Emprego & Universidades 16 Média de final de curso de André Campos, o vencedor do Primus Inter Pares de 2012. Vencedor do Primus Inter Pares escolhe INSEAD PRÉMIO André Campos venceu a edição de 2012, que o elegeu o melhor aluno do país na sua área. T em apenas 22 anos. Mas ideias e planos não lhe faltam: André Cam- pos está a terminar o mestrado em Finanças na Faculdade de Eco- nomia da Universidade do Porto com uma tese que defende que quando uma empresa compra outra não deve impor a sua cultura à empresa adqui- rida, pois dessa forma só irá “destruir o valor do que acabou de adquirir, aca- bando com o valor da operação”; diz que os jovens têm de ser empreende- dores e não podem pedir ao Estado que lhes arranje emprego; e sabe bem que o MBA do INSEAD “é um facilita- dor enorme para várias opões e pro- jectos”, que pretende ter no futuro. Este é o retrato do vencedor do Prémio Primus Inter Pares, lançado pelo Santander Totta e que foi anun- ciado na passada segunda-feira, numa cerimónia que se realizou no Hotel Ritz, em Lisboa. Francisco Pinto Balsemão, um dos jurados, salientou, durante a entrega dos prémios, “a cada vez maior pre- sença das mulheres no ensino supe- rior”, o que considerou “muito impor- tante para o país”. Assim como o facto de “todos os finalistas terem dito ao júri que querem ficar em Portugal, mesmo que tenham uma experiência no estrangeiro”. André Campos não foge à regra. Está nesta altura a trabalhar no Mi- lennium BCP, onde entrou através do programa People Road, para a direc- ção de marketing e tem planos para fazer o MBA no INSEAD, prémio que lhe compete por ter sido o vencedor do Primus Inter Pares. O futuro? “A banca é uma área que gosto, mas ainda não decidi a indústria em que quero fazer carreira”, confessa. “Mais do que um emprego, interessam-me pro- jectos inovadores, dinâmicos, interes- santes”, acrescenta. Enquanto vencedor deste prémio do Santander Totta, André Campos tem à escolha programas diferentes de MBA: no INSEAD, IESE, Instituto de Empresas, Lisbon MBA da Nova e da Católica, ISEG e ISCTE. Aquele que foi considerado o melhor aluno de economia, gestão e engenharia do país quer apostar no MBA do IN- SEAD “pelo prestígio do programa, por ser o mais bem colocado em to- dos os ‘rankings’, e especialmente pela extensa rede de ‘alumni’ que tem em Portugal”. Aos 22 anos, André Campos está a terminar o mestrado em Finanças na Faculdade de Economia do Porto. Antes, terá de defender a tese de mestrado que está a fazer em Finanças na Faculdade de Economia do Porto. Com uma premissa, no mínimo, origi- nal: este licenciado em economia com 16 valores acredita que as lições do “príncipe” de Maquiavel devem ser aplicadas às fusões e aquisições. E ex- plica porquê: “Maquiavel já dizia a Lourenço de Médici que se for para um país deve manter os direitos da po- pulação, deixá-los manter a sua cultu- ra, colocar apenas alguns dos teus che- fes, mas manter alguns dos que já lá es- tão. Caso contrário, as pessoas, passa- do algum tempo, vão revoltar-se. E nas empresas acontece o mesmo quando tentam impor a sua cultura à empresa adquirida, destroem o valor do que adquiriram e assim acabam com o va- lor da operação” . Um percurso de carreira a seguir nos próximos dez anos. Joana Moura e Madalena Queirós Paulo Figueiredo SANTANDER TOTTA APOSTA NO ENSINO SUPERIOR Santander mantém apoio às universidades São já mail de mil os protocolos que o Santan- der tem com universidades de todo o mundo, e com um valor superior a cem milhões de euros investidos. E apesar da crise, o banco já veio ga- rantir que não vai abrandar este investimento. O presidente do Conselho de administração do Santander Totta, Vieira Monteiro, contou, na ce- rimónia de entrega dos prémios Primus Inter Pares, na semana passada, que “o Santander Totta vai continuar a apoiar em força o ensino superior.” Para já, em Portugal, já são quase meia centena de protocolos assinados com as instituições de ensino superior. Apesar das difi- culdades, parece que os alunos vão poder con- tinuar a contar com o apoio da instituição ban- cária para alavancarem as suas carreiras.

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A3

Tiragem: 18101

País: Portugal

Period.: Semanal

Âmbito: Economia, Negócios e.

Pág: 7

Cores: Cor

Área: 17,94 x 37,38 cm²

Corte: 1 de 2ID: 42582887 02-07-2012 | Emprego & Universidades

16Média de final de curso de André Campos,o vencedor do Primus Inter Pares de 2012.

Vencedor do Primus InterPares escolhe INSEAD

P R É M I O

André Campos venceua edição de 2012, queo elegeu o melhor alunodo país na sua área.

Tem apenas 22 anos.Mas ideias e planos nãolhe faltam: André Cam-pos está a terminar omestrado em Finançasna Faculdade de Eco-

nomia da Universidade do Porto comuma tese que defende que quandouma empresa compra outra não deveimpor a sua cultura à empresa adqui-rida, pois dessa forma só irá “destruiro valor do que acabou de adquirir, aca-bando com o valor da operação”; dizque os jovens têm de ser empreende-dores e não podem pedir ao Estadoque lhes arranje emprego; e sabe bemque o MBA do INSEAD “é um facilita-dor enorme para várias opões e pro-jectos”, que pretende ter no futuro.

Este é o retrato do vencedor doPrémio Primus Inter Pares, lançadopelo Santander Totta e que foi anun-ciado na passada segunda-feira, numacerimónia que se realizou no HotelRitz, em Lisboa.

Francisco Pinto Balsemão, um dosjurados, salientou, durante a entregados prémios, “a cada vez maior pre-sença das mulheres no ensino supe-rior”, o que considerou “muito impor-tante para o país”. Assim como o factode “todos os finalistas terem dito aojúri que querem ficar em Portugal,mesmo que tenham uma experiênciano estrangeiro”.

André Campos não foge à regra.Está nesta altura a trabalhar no Mi-lennium BCP, onde entrou através doprograma People Road, para a direc-ção de marketing e tem planos parafazer o MBA no INSEAD, prémio quelhe compete por ter sido o vencedordo Primus Inter Pares. O futuro? “Abanca é uma área que gosto, mas aindanão decidi a indústria em que querofazer carreira”, confessa. “Mais doque um emprego, interessam-me pro-jectos inovadores, dinâmicos, interes-santes”, acrescenta.

Enquanto vencedor deste prémiodo Santander Totta, André Campostem à escolha programas diferentesde MBA: no INSEAD, IESE, Institutode Empresas, Lisbon MBA da Nova eda Católica, ISEG e ISCTE. Aqueleque foi considerado o melhor alunode economia, gestão e engenharia dopaís quer apostar no MBA do IN-SEAD “pelo prestígio do programa,por ser o mais bem colocado em to-dos os ‘rankings’, e especialmentepela extensa rede de ‘alumni’ quetem em Portugal”.

Aos 22 anos, AndréCampos está a terminar

o mestrado emFinanças na Faculdadede Economia do Porto.

Antes, terá de defender a tese demestrado que está a fazer em Finançasna Faculdade de Economia do Porto.Com uma premissa, no mínimo, origi-nal: este licenciado em economia com16 valores acredita que as lições do“príncipe” de Maquiavel devem seraplicadas às fusões e aquisições. E ex-plica porquê: “Maquiavel já dizia aLourenço de Médici que se for paraum país deve manter os direitos da po-pulação, deixá-los manter a sua cultu-ra, colocar apenas alguns dos teus che-fes, mas manter alguns dos que já lá es-tão. Caso contrário, as pessoas, passa-do algum tempo, vão revoltar-se. E nasempresas acontece o mesmo quandotentam impor a sua cultura à empresaadquirida, destroem o valor do queadquiriram e assim acabam com o va-lor da operação” . Um percurso decarreira a seguir nos próximos dezanos. ■ Joana Moura e Madalena Queirós

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SANTANDER TOTTA APOSTANO ENSINO SUPERIOR

Santander mantém apoioàs universidadesSão já mail de mil os protocolos que o Santan-der tem com universidades de todo o mundo, ecom um valor superior a cem milhões de eurosinvestidos. E apesar da crise, o banco já veio ga-rantir que não vai abrandar este investimento.O presidente do Conselho de administração doSantander Totta, Vieira Monteiro, contou, na ce-rimónia de entrega dos prémios Primus InterPares, na semana passada, que “o SantanderTotta vai continuar a apoiar em força o ensinosuperior.” Para já, em Portugal, já são quasemeia centena de protocolos assinados com asinstituições de ensino superior. Apesar das difi-culdades, parece que os alunos vão poder con-tinuar a contar com o apoio da instituição ban-cária para alavancarem as suas carreiras.

A36

Tiragem: 111900

País: Portugal

Period.: Semanal

Âmbito: Informação Geral

Pág: 29

Cores: Cor

Área: 29,22 x 20,39 cm²

Corte: 1 de 1ID: 42565080 30-06-2012 | Economia

A4

Tiragem: 18101

País: Portugal

Period.: Semanal

Âmbito: Economia, Negócios e.

Pág: 6

Cores: Cor

Área: 27,35 x 38,16 cm²

Corte: 1 de 2ID: 42464891 25-06-2012 | Emprego & Universidades

DESTAQUES

C onsidera inadmissívelque “Portugal formemais engenheiros doque França, Espanhaou a Alemanha, quan-do não precisa deles”.

Por isso defende que “as vagas nasuniversidades deveriam ser ajusta-das às necessidades de emprego emPortugal”. Thomas Teixeira da Mota,23 anos, é engenheiro civil, a termi-nar o mestrado, e pode ser um dosvencedores do prémio Primus InterPares, que é hoje atribuído. E esta éuma das soluções que daria ao pri-meiro-ministro Pedro Passos Coelhopara minimizar a crise. Não só evita-va o aumento do desemprego, comodeixava de fazer aquilo que conside-ra um “péssimo investimento”.

“Portugal não se pode dar ao luxode gastar dinheiro a formar pessoasde quem não precisa e que acabam noestrangeiro. Pior ainda é que grandeparte dessas pessoas não tem noçãode que tem uma dívida para com o seupaís, partem e nunca mais volta”, con-clui o último finalista do concurso quepremeia o melhor aluno de Econo-mia, Gestão e Engenharia do país, en-trevistado pelo Diário Económico.

Ironias da vida: Thomas chegouhá pouco tempo de uma temporadaa estudar na América do Sul e está sóà espera de terminar o mestradopara se mudar para São Paulo, noBrasil, onde tem um emprego emconsultoria estratégica à espera naBain & Company.

Com experiência de trabalho ain-da só em bolsas de investigação,como aquele em que esteve novemeses a trabalhar com um professorpara a Refer sobre os caminhos-de-ferro em Portugal, Thomas Teixeirada Mota concorda que “é chato paratodos, mas respeitar as regras im-postas pela ‘troika’ torna-se funda-mental nesta altura, pelo que a aus-teridade é inevitável”. Ideias queprovavelmente partilhará se for oprimeiro vencedor da gala desta noi-te no Hotel Ritz em Lisboa, com oscolegas do INSEAD, MBA que esco-lherá, caso seja o vencedor, por cau-sa do “prestígio da instituição”.

A iniciativa do Banco SantanderTotta e do jornal “Expresso”, em par-ceria com a Mckinsey, tem como ob-jectivo valorizar o talento em Portu-gal e premeia os três melhores alunosdo país com um MBA em universida-des nacionais e internacionais deprestígio. Só o primeiro classificado

pode escolher o MBA que quer fazer.Mas a Primus Inter Pares tem parce-rias com o INSEAD, IESE, o Institutode Empresas, o Lisbon MBA da Novae da Católica, ISEG e ISCTE.

Thomas Mota decidiu ser enge-nheiro, mas com o tempo percebeuque não gosta de engenharia. Para já,conseguiu emprego numa das maioresconsultoras do mundo, em consulto-ria estratégica, aquilo que quer fazernos primeiros anos da sua carreira, en-quanto vai estando atento às vicissitu-des da economia do país. ■ Joana Moura

Thomas Teixeira da Mota,23 anos, é licenciadoem Engenharia Civil peloInstituto Superior Técnico.

Primus Inter Paresé atribuído hoje

E N T R E V I S T A

A iniciativa quepremeia o melhoraluno de Economia,Gestão ou Engenhariado país é entregue hojeno Ritz, em Lisboa.

Thomas Teixeira da Mota,23 anos, é um dos possíveisvencedores

Paulo Figueiredo

A7

Tiragem: 23019

País: Portugal

Period.: Semanal

Âmbito: Economia, Negócios e.

Pág: 7

Cores: Cor

Área: 26,72 x 27,52 cm²

Corte: 1 de 1ID: 42353257 18-06-2012 | Emprego & Universidades

16Mariana Cadete, finalista do Primus InterPares, teve 16 de média final de curso.

Para acabar com o de-semprego jovem há queapostar em cursos comsaídas profissionais. Acerteza é de MarianaCadete, finalista do pré-

mio Primus inter Pares. “Há que fazerum ajustamento” dos cursos no ensi-no superior” de forma a que passem aestar alinhados com “as necessidadesde empregabilidade” do país, acres-centa. Esta é, na sua opinião, uma dasmedidas a tomar urgentemente. Comapenas 22 anos, Mariana Cadete ter-minou o curso de Gestão na Católicacom uma média de 16 valores, masafirma que “há excesso de cursos”nesta área. Depois defende a divulga-ção da “empregabilidade dos cursos”,já que é uma informação relevante naaltura do concorrer ao ensino supe-rior. Mariana está no grupo dos cincofinalistas do Primus Inter Pares, a

competição do Santander Totta queelege, anualmente, o melhor aluno deeconomia, gestão e engenharia dasuniversidades portuguesas.

Se tivesse oportunidade de apre-sentar propostas ao primeiro-ministrodir-lhe-ia que “deve manter a austeri-dade”, mas também saber “qual o im-pacto das medidas tomadas no cresci-mento económico”. Uma das saídas se-ria investir em agricultura e pesca.Acredita que a “Europa está para durare que o euro não vai acabar”.

Para aumentar a percentagem demulheres em cargos de decisão con-corda com a proposta de, numa faseintermédia, criar quotas nas admi-nistrações das empresas. “Nesta pri-meira fase é necessário, porque aspessoas ainda não estão preparadas edizem que não querem ter uma mu-lher como chefe”.

Com um mestrado em Gestão,com especialização em Finanças daCatólica, Mariana tem um passagempor Paris onde frequentou o Eras-mus. Escolheu este curso porque jun-ta a possibilidade de “ter contactocom os outros” e praticar “números eraciocínio lógico”.

Se vencer o Primus Inter Pares, cu-jos resultados serão anunciados napróxima segunda-feira, vai optar portirar o MBA no Insead, para ter a opor-tunidade de passar um semestre emSingapura. Em breve, vai começar atrabalhar como auditora na PWC e, nofuturo, gostava de trabalhar em “priva-te-equity”. ■ Madalena Queirós

Paulo Figueiredo

Mariana Cadeteconcorre ao Primus

Inter Pares com umamédia de 16 valores.

Cursos devemser ajustadosàs necessidadesde empregoMarina Cadete, 22 anos,licenciada em Gestão pelaCatólica, é uma das finalistasdo Primus Inter Pares.

C O N C U R S O

É importante divulgara “empregabilidade”,porque “há excessode cursos”, comoo de Gestão, defendeMariana Cadete.

A10

Tiragem: 23019

País: Portugal

Period.: Semanal

Âmbito: Economia, Negócios e.

Pág: 7

Cores: Preto e Branco

Área: 9,56 x 36,60 cm²

Corte: 1 de 1ID: 42230871 11-06-2012 | Emprego & Universidades

7200Patrícia Seabra Viseu vai começar a trabalhar em Setembro noHSBC, um banco com 7200 escritórios em 80 países do mundo.

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Com apenas 23 anos, Patrícia Seabra Viseu pre-para-se para começar a trabalhar num dosmaiores bancos do mundo, o HSBC. Depois deum estágio no Verão foi convidada para integraro “graduate programe” deste banco que tem“uma presença gigante no mundo”. Em Setem-

bro, começa a trabalhar em Londres no sector do ‘privatebanking’. Nos próximos dois anos deverá passar pelos escritó-rios deste banco em três continentes. Patrícia é uma das fina-listas do Primus Inter Pares, o prémio da Santander que todosos anos elege o melhor aluno de economia, gestão e engenharia.“Uma carreira internacional” é o sonho que Patrícia está a beirade concretizar. Uma experiência que não lhe é estranha já queestá a terminar o mestrado CEMS, que junta várias das melho-res escolas do mundo onde se inclui a Lisbon SBE . Uma forma-ção avançada que lhe permitiu passar um semestre na HarvardBusiness School. Está a terminar a tese de mestrado dedicada a“management risk” na BP. Não têm dúvidas quanto ao futuro doespaço europeu Diz ser “uma filha da Europa” que acredita nofuturo da União Europeia que, na sua opinião, é muito mais queuma união económica e monetária.

Se tivesse oportunidade de dar três conselhos ao primeiro-ministro para ajudar o país a sair da crise o que lhe diria? “Quetem que confiar nas pessoas. A classe política tem que dar umvoto de confiança à juventude não está a ser dado”. Patrícia vê“excelentes pessoas que decidem ir para fora, não porque aoportunidade que vêm noutro lado é melhor mas, simples-mente, porque não a tem cá”. Isso entristece-a até porque umpaís “que perde os seus melhores quadros não terá um futuromuito assegurado”, sublinha. “Depois pede-lhe que “tenhamais confiança nos empresários”. ”Devem ser dadas condiçõesàs empresas para desenvolverem a sua actividade de uma for-ma simples, para que possam ser competitivas lá fora. E por úl-timo aconselhava Passos Coelho “a fazer uma avaliação do quesão os pontos fortes de Portugal e está provado que as econo-mias mais eficientes focam-se, descobrindo qual é a sua vanta-gem comparativa , até porque somos bons em algumas coisasque a maior parte dos portugueses não conhecem”, conclui.Considera que “alguma coisa tem que ser feita” para aumentara presença das mulheres nos conselhos de administração dasempresas. Considera que “numa primeira fase”, as quotas“embora indesejáveis” a longo prazo terão que ser implemen-tadas para mudar o estado das coisas. ■ M.Q.

“Um país que perdeos melhores quadrosdificilmente teráfuturo assegurado”

E N T R E V I S T A

Patrícia Seabra Viseu, finalista do PrimiusInter Pares, diz que o Governo tem queacreditar mais nas pessoas.

Patrícia SeabraViseu, de 23 anos,está a terminar o

mestrado CEMSna Universidade

Nova de Lisboa

Tiragem: 23019

País: Portugal

Period.: Semanal

Âmbito: Economia, Negócios e.

Pág: 7

Cores: Cor

Área: 17,77 x 33,01 cm²

Corte: 1 de 1ID: 42008400 28-05-2012 | Emprego & Universidades

Tiragem: 23019

País: Portugal

Period.: Semanal

Âmbito: Economia, Negócios e.

Pág: 7

Cores: Preto e Branco

Área: 18,18 x 36,84 cm²

Corte: 1 de 1ID: 42122976 04-06-2012 | Emprego & Universidades

16Inês Fonseca Relvas terminou o curso deGestão da Nova com uma média de 16 valores.

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Proibir os estágios nãoremunerados, apostarmais em programas deestágios internacionais,com o cuidado de criarcondições para aliciar o

regresso desses jovens, e aplicar umaquota mínima de mulheres nos luga-res de topo. Estas são apenas algumasdas medidas que Inês Fonseca Relvasdiria ao primeiro-ministro, se tivesseoportunidade. A estudante é finalistado prémio que vai eleger o melhoraluno de economia, gestão e engenha-ria do País, o Primus Inter Pares, lan-çado pelo Santander Totta.

Inês tem apenas 23 anos e está ago-ra a frequentar um mestrado em Ges-tão, na especialização de empreende-dorismo e estratégia, na UniversidadeCatólica, depois de ter concluído a li-cenciatura de Gestão na UniversidadeNova de Lisboa. Mas não se pense queé uma recém-licenciada ‘verdinha’.Fez três anos de Erasmus em Paris aolongo do curso, em Setembro esteveoutros três meses a trabalhar na Aus-trália numa empresa de e-commerce,e já conta no currículo um outro está-gio no Millenium BCP, na área de es-tratégia, aquela que mais gosta. Sabebem o que quer. E sabe bem o quedeve ser feito: “Neste momento, a mi-nha maior preocupação são os jovense uma coisa que me incomoda muitosão os estágios não remunerados”,diz. “Muitos estágios obrigatórios de

Aplicar quotas de mulheresnos lugares de topo

C O N C U R S O

Inês Fonseca Relvas, finalista do ‘Primus Inter Pares’, apoia a criação de um sistemade quotas. “É um mal necessário, para já”, diz esta licenciada em Gestão.

cursos como direito, psicologia e ar-quitectura não são pagos. E este géne-ro de situações não devia existir”, con-tinua a futura empresária. Não só por-que” os alunos estiveram quatro oucinco anos a investir no curso”, masespecialmente porque esta situaçãonão permite que se tornem adultosemancipados e independentes, naopinião de Inês Fonseca Relvas.

Uma situação que viveu de pertocom a irmã arquitecta e devido à qualtem uma opinião muito formada, as-sim como relativamente aos estágiosinternacionais. “Outra medida eraapostar mais em programas como oInovContacto, de estágios internacio-nais. Percebo que nesta altura é com-

plicado, mas há experiências que tra-zem muito aos jovens e, se não temoscá dentro, vamos apoiar para irem lápara fora”, afirma, avisando no entan-to, que é preciso “cuidado para conse-guir atraí-los de volta”. Porque “o ris-co de se perderem essas grandes cabe-ças, em que o Estado investiu, é muitogrande”.

Do alto dos seus 23 anos, Inês sabeque concluiu o curso que quis para serempresária, como também semprequis. Em Setembro começa a trabalharem consultoria, mas tem o futuro bemdelineado: “A grande vantagem de tra-balhar numa multinacional é poder fa-zer projectos internacionais e abrir asportas para mercados como Angola,Espanha, Brasil. São experiências quequero ter. Não quero, por exemplo, vi-ver em Angola o resto da vida, mas que-ro experimentar trabalhar lá, no Brasil,em vários países e o facto de trabalharnuma multinacional garante que a pre-sença de projectos internacionais po-dem levar a qualquer lado do mundo”.

E a dificuldade que ainda existeem as mulheres chegarem a lugaresde topo? “Até ser natural na socieda-de vai ter que se impor os mínimospara lá chegarmos”, responde semproblemas em apoiar um sistema dequotas “durante um período de tran-sição”. Até porque, acredita: “É ummal necessário para já, mas penso quedaqui a dez anos já não precisaremosdisso”. ■ Joana Moura e Madalena Queirós

“Muitos estágiosobrigatórios nãosão pagos. E esteé o género desituações que nãodeveria existir”, dizInês Fonseca Relvas.

Tiragem: 111900

País: Portugal

Period.: Semanal

Âmbito: Informação Geral

Pág: 26

Cores: Cor

Área: 29,20 x 21,16 cm²

Corte: 1 de 1ID: 42106363 02-06-2012 | Economia

Tiragem: 111760

País: Portugal

Period.: Semanal

Âmbito: Informação Geral

Pág: 28

Cores: Cor

Área: 29,59 x 20,29 cm²

Corte: 1 de 1ID: 41621083 05-05-2012 | Economia