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18 A Revista Eletrônica da Faculdade de Ciências Exatas e da Terra Produção/construção e tecnologia, v. 4, n. 7, 2015 ISSN: 23170336 VELOCIDADE DA DECOMPOSIÇÃO E TEORES DE NUTRIENTES DE DIFERENTES ADUBOS VERDES. 1 DIOGO RUFINO DE SOUZA VIANA E SILVA 1 (IN MEMORIAN), FINAMORE, W. L. M. 2 RESUMO: O estudo foi conduzido na área experimental da Universidade da Grande Dourados, em Dourados, MS, o solo do local é um Latossolo Vermelho distróferrico típico argiloso .Objetivou-se avaliar a relação existente entre a composição química final e a velocidade de decomposição, visando auxiliar tomada de decisão no uso da adubação verde. O delineamento experimental foi em blocos casualisados, no esquema em parcelas subdivididas, com cinco tratamentos e quatro repetições, sendo As parcelas constituídas por tais adubos verdes: crotalária juncea (Crotalária juncea ), mucuna-preta (Mucuna aterrima), lab-lab (Dolichos lablab ), feijão de porco (Canavalia ensiformis ) e mucuna-cinza (Mucuna cinereum). O corte foi realizado quando os adubos verdes encontrava-se no estádio de formação de vagens e início da formação de grãos. A decomposição foi avaliada aos 5, 10, 15, 30, 60, 90, 120 e 150 dias após o corte, e pesadas amostras com 100 g de matéria fresca de todos os tipos de adubos as quais foram colocadas dentro de litter bags sobre o solo.A cada coleta, as amostras foram manualmente triadas para evitar contaminação por solo. Para avaliar a perda de massa, foi feita a secagem do material em estufa a 65ºC por 72 horas e pesadas para determinação do peso seco. A comparação entre o peso seco inicial e o peso obtido a cada data de coleta foi usado para descrever a perda de massa via decomposição, ao longo do período de avaliação.Verificou-se, nesse estudo, o bom desempenho das espécies de adubos verdes, acumulando grandes quantidades de massa e nutrientes na parte aérea das plantas, destacando-se a Crotalaria juncea e o feijão de porco. PALAVRAS-CHAVE: Velocidade, Decomposição, mineralização, sincronia. SPEED OF DECOMPOSITION AND NUTRIENT CONTENT OF DIFFERENT GREEN MANURES ABSTRACT: The study was conducted at the University's experimental area of Large golden, in golden, MS, the soil of the place is a typical distróferrico clayey red Latosol. Objective to evaluate the relationship between the chemical composition and decomposition speed, aiming to assist decision making in the use of green manure. The experimental design was in casualisados blocks, in the schema on plots subdivided, with five treatments and four replications, and parcels consisting of such green manures: Sunn hemp ( Crotalaria juncea ), mucuna-black (Mucuna aterrima ), lab-lab (Dolichos lablab ), pork bean (Canavalia ensiformis) and mucuna- grey (Mucuna cinereum).The cut was accomplished when the green manures was at the stage of formation of pods and early formation of grains. The decomposition was evaluated at 5, 10, 15, 30, 60, 90, 120 and 150 days after cutting, and heavy samples with 100 g of fresh material of all kinds of fertilizers which were placed in litter bags on the ground. Every collection, the samples were manually sorted to avoid soil contamination. To assess the loss in mass was made the material drying in an oven at 65° C for 72 hours and heavy for determining the dry weight. The comparison between the initial dry weight and the weight each pickup date was used to describe 1 Acadêmico da Unigran (Centro Universitário da Grande Dourados); Faculdade de Ciências Agrárias e da Terra, Curso de Agronomia. 2 Docente do Centro Universitário da Grande Dourados - UNIGRAN

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A Revista Eletrônica da Faculdade de Ciências Exatas e da Terra

Produção/construção e tecnologia, v. 4, n. 7, 2015

ISSN: 23170336

VELOCIDADE DA DECOMPOSIÇÃO E TEORES DE

NUTRIENTES DE DIFERENTES ADUBOS VERDES.1

DIOGO RUFINO DE SOUZA VIANA E SILVA1 (IN MEMORIAN), FINAMORE, W. L. M. 2

RESUMO: O estudo foi conduzido na área experimental da Universidade da Grande Dourados, em Dourados, MS, o solo do local é um Latossolo Vermelho distróferrico típico argiloso .Objetivou-se avaliar a relação existente entre a composição química final e a velocidade de decomposição, visando auxiliar tomada de decisão no uso da adubação verde. O delineamento experimental foi em blocos casualisados, no esquema em parcelas subdivididas, com cinco tratamentos e quatro repetições, sendo As parcelas constituídas por tais adubos verdes: crotalária juncea (Crotalária juncea ), mucuna-preta (Mucuna aterrima), lab-lab (Dolichos lablab), feijão de porco (Canavalia ensiformis) e mucuna-cinza (Mucuna cinereum). O corte foi realizado quando os adubos verdes encontrava-se no estádio de formação de vagens e início da formação de grãos. A decomposição foi avaliada aos 5, 10, 15, 30, 60, 90, 120 e 150 dias após o corte, e pesadas amostras com 100 g de matéria fresca de todos os tipos de adubos as quais foram colocadas dentro de litter bags sobre o solo.A cada coleta, as amostras foram manualmente triadas para evitar contaminação por solo. Para avaliar a perda de massa, foi feita a secagem do material em estufa a 65ºC por 72 horas e pesadas para determinação do peso seco. A comparação entre o peso seco inicial e o peso obtido a cada data de coleta foi usado para descrever a perda de massa via decomposição, ao longo do período de avaliação.Verificou-se, nesse estudo, o bom desempenho das espécies de adubos verdes, acumulando grandes quantidades de massa e nutrientes na parte aérea das plantas, destacando-se a Crotalaria juncea e o feijão de porco. PALAVRAS-CHAVE: Velocidade, Decomposição, mineralização, sincronia. SPEED OF DECOMPOSITION AND NUTRIENT CONTENT OF DIFFERENT GREEN

MANURES

ABSTRACT: The study was conducted at the University's experimental area of Large golden, in golden, MS, the soil of the place is a typical distróferrico clayey red Latosol. Objective to evaluate the relationship between the chemical composition and decomposition speed, aiming to assist decision making in the use of green manure. The experimental design was in casualisados blocks, in the schema on plots subdivided, with five treatments and four replications, and parcels consisting of such green manures: Sunn hemp (Crotalaria juncea), mucuna-black (Mucuna aterrima), lab-lab (Dolichos lablab), pork bean (Canavalia ensiformis) and mucuna-grey (Mucuna cinereum).The cut was accomplished when the green manures was at the stage of formation of pods and early formation of grains. The decomposition was evaluated at 5, 10, 15, 30, 60, 90, 120 and 150 days after cutting, and heavy samples with 100 g of fresh material of all kinds of fertilizers which were placed in litter bags on the ground. Every collection, the samples were manually sorted to avoid soil contamination. To assess the loss in mass was made the material drying in an oven at 65° C for 72 hours and heavy for determining the dry weight. The comparison between the initial dry weight and the weight each pickup date was used to describe

1 Acadêmico da Unigran (Centro Universitário da Grande Dourados); Faculdade de Ciências Agrárias e

da Terra, Curso de Agronomia. 2 Docente do Centro Universitário da Grande Dourados - UNIGRAN

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the loss of mass via decomposition, throughout the evaluation period.Furthermore, in this study, the good performance of the species of green manures, accumulating large amounts of mass and nutrients in aerial part of plants, especially the Sunn hemp and the pork beans. KEY WORDS: Speed, decomposition, mineralization, sync.

INTRODUÇÃO

A adubação verde é uma prática milenar e consiste na utilização de plantas em

rotação, sucessão ou consorciação de culturas, incorporando-as ao solo ou,

preferencialmente, deixando-as na superfície, visando a proteção, manutenção e

melhoria de atributos físicos, químicos e biológicos do solo (COSTA et al., 1993;

PADOVAN et al., 2006).

A utilização de adubos verdes possui grande importância na oferta de materiais

orgânicos ao sistema do solo nas condições edafoclimáticas tropicais, realimentando

o reservatório de matéria orgânica e, dessa forma, favorecendo a estruturação do solo e

o aumento das capacidades de retenção e infiltração de água e de troca catiônica

(PEREIRA et al., 1992).

As últimas décadas do século 20 foram marcadas por uma crescente

preocupação quanto à preservação do meio ambiente. No setor agropecuário, tornaram-

se constantes os questionamentos acerca do modelo de desenvolvimento vigente.

Apesar dos aumentos de produção obtidos, problemas associados à degradação da

capacidade produtiva dos solos e a contaminação dos alimentos evidenciaram a

fragilidade dos sistemas de produção agrícola modernos. Em diferentes países, grupos

de produtores rurais e técnicos têm proposto a adoção de práticas que favoreçam os

diversos processos biológicos dos agroecossistemas, tais como fixação biológica de

nitrogênio e reciclagem de nutrientes. Dentro dessa perspectiva, a adubação verde é

apontada como uma prática capaz de contribuir para a sustentabilidade da agricultura.

Conhecida desde a antigüidade, essa prática pode ser conceituada como o uso de plantas

em rotação ou consórcio com culturas de interesse econômico, tendo seus resíduos

incorporados ao solo ou mantidos na superfície (COSTA, 1993). Geralmente, a

utilização dos adubos verdes permite a melhoria das características físicas, químicas e

biológicas do solo, além de permitir o controle das plantas invasoras.

A crescente expansão agrícola e o uso de práticas inadequadas de manejo,

juntamente com a ocupação humana desordenada, têm contribuído para o surgimento

cada vez maior de áreas degradadas, com conseqüências drásticas para o meio ambiente.

O sistema tradicional de cultivo acarretou ao longo do tempo, a redução da qualidade

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das propriedades físicas, químicas e biológicas do solo. Este processo inicia-se com a

remoção da vegetação natural e acentua-se com os cultivos subseqüentes, promovendo a

exposição direta do solo aos fatores climáticos, resultando em erosão, perda de

nutrientes por transporte químico, redução dos teores de matéria orgânica e

destruição da estrutura original (SOUZA e MELO, 2000; PERIN et al., 2000), o

que propicia a degradação.

Áreas degradadas perdem sua capacidade produtiva, acarretando também

em sérios problemas sociais, como o êxodo do homem no campo e a elevação da

densidade demográfica das cidades. Este êxodo ocorre principalmente devido à

inviabilidade de pequenos produtores recuperarem as condições de fertilidade de

suas propriedades, à concorrência com grandes produtores e aos baixos preços dos

produtos agrícolas aliado aos altos preços dos insumos e fertilizantes minerais.

A adubação verde surge como uma alternativa de produção que minimiza os

efeitos de ações que promovem a degradação do solo. Ela favorece a cobertura do

solo e aumenta a disponibilidade de nutrientes e o incremento da capacidade de

reciclagem e mobilização de nutrientes lixiviados ou pouco solúveis que estejam

nas camadas mais profundas do perfil (CALEGARI et al., 1993).

No entanto, quando se pensa em adubação verde, o fornecimento de

nutrientes no sistema produtivo ocorre via decomposição de fitomassa. Nesse

processo, os elementos essenciais ao desenvolvimento vegetal estão associados aos

tecidos orgânicos e a sua liberação não ocorre de forma imediata.

Portanto, a obtenção de informações que permitam estimar tempo no qual os

nutrientes contidos nos adubos verdes estarão disponíveis par as culturas de interesse

comercial, aliado às informações já existentes de demanda nutricional de culturas

comerciais, poderá otimizar a aplicação de adubos verdes e a escolha de espécies mais

indicadas para cada caso.

Entretanto, para as recomendações de plantas condicionadoras do solo, há

ausência de estudos referentes aos teores de nutrientes das espécies para uso como

adubo verde, a qual tem sido apontada como a principal causa para a baixa adoção da

prática nestas áreas.

Dessa forma, o presente trabalho objetivou Avaliar a relação existente entre a

composição química final, velocidade de decomposição e os teores de nutrientes

visando auxiliar tomada de decisão no uso da adubação verde.

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MATERIAL E MÉTODOS

O experimento foi instalado na área experimental da Universidade da

GrandeDourados, em Dourados, MS, com as coordenadas geográficas de 22° 12' 14'' S e

54º 52' 24'' O, solo do local é um Latossolo Vermelho distróferrico típico, de textura

argilosa, (723 g kg-1 de argila, 182 g kg-1 de silte e 95 g kg-1 de areia), com as seguintes

características químicas de 0 a 20 cm de profundidade: pH em água = 5,7; Al3+= 0,1

cmolc dm-3; Ca2+= 4,0 cmolc dm-3; Mg2+= 2,3 cmolc dm-3; P (Mehlich-1) = 5,1 mg dm-3,

K+= 0,15 cmolc dm-3e C-orgânico = 32,55 g kg-1.

A região apresenta inverno frio e seco e verão quente e chuvoso. A

temperatura média anual é de 22,6ºC e precipitação anual de 1.401,5 mm, sendo os

meses de julho e agosto os mais secos. O delineamento experimental foi em blocos

casualisados, no esquema em parcelas subdivididas, com cinco tratamentos e quatro

repetições, sendo As parcelas constituídas por tais adubos verdes: crotalária juncea

(Crotalaria juncea), mucuna-preta (Mucuna aterrima), lab-lab (Dolichos lablab), feijão

de porco (Canavalia ensiformis) e mucuna cinza (Mucuna cinereum).

A área de cada sub parcela é de 25,2 m² (3,15 x 8,0 m). A semeadura dos

adubos verdes foi realizada manualmente em 08/10/2013 com o auxilio de subsolador

que riscou e demarcou as linhas de plantio na profundidade de 0,4 a 0,8 cm de

profundidade. O espaçamento e densidade de semeadura utilizada foram: 0,45 m

entrelinhas e de 8 a 10 sementes por metro linear para o feijão de porco; 0,45 m entre

linhas e 10 a 15 sementes por metro linear para o lab-lab; 0,45 m entrelinhas e 8 a 10

sementes por metro linear para a mucuna-cinza; 0,45 m entrelinhas e 8 a 10 sementes

por metro linear para a mucuna-preta e 0,45 m entrelinhas com 20 a 30 sementes por

metro linear para a crotalária. Para realização do corte dos adubos verdes fez-se quando

a maioria das espécies encontrava-se no estádio de formação de vagens e início da

formação de grãos, foi realizado o corte das plantas de cobertura rente ao solo e, na

seqüência, quantificou-se a massa verde.

A identificação das espécies e o estágio fenológico em que se encontravam no

momento da coleta e estão descritos na Tabela 1.

TABELA 1. Identificação das espécies avaliadas e estágio fenológico no momento da

coleta das amostras.

Nome Científico Nome Vulgar Estágio Fenológico

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Crotalaria juncea

Mucuna aterrima

Mucuna cinereum

Dolichos lablab

Canavalia ensiformes

Crotalária juncea

Mucuna-preta

Mucuna- cinza

Lab-lab

Feijão de Porco

Vegetativo e Reprodutivo

Vegetativo e Reprodutivo

Vegetativo e Reprodutivo

Vegetativo e Reprodutivo

Vegetativo e Reprodutivo

Para avaliar a dinâmica de decomposição dos resíduos, foram colocadas

amostras com 100 g de matéria fresca de todos os tipos de adubos as quais foram

colocadas dentro de litter bags, bolsas confeccionadas com tela plástica, com abertura

de malha de 5 mm (Figura 1), que permitem a colonização por microrganismos e

alguns invertebrados. Para determinação do peso seco inicial (tempo zero), foram

pesadas cinco amostras de 100 g de material fresco, que foi seco em estufa a 65°C por

72 horas.

Os litter bags foram distribuídos aleatoriamente ao lado das parcelas a campo e

em contato direto com a superfície do solo. Em cada data de amostragem a massa em

decomposição foi coletada. Após a coleta as amostras foram secas em estufa de

circulação forçada de ar a 65ºC por 72 horas para a determinação da matéria seca e

pesadas. Em seguida as amostras foram moídas em Micro moinho de facas tipo Willye

para a determinação dos teores de nutrientes. Ao termino de todas as amostras

processadas, foram enviadas para o laboratório para analise dos teores de nutrientes.

FIGURA 1 Litter bags alocado ao lado das parcelas a campo em Dourados,

MS. Foto. Diogo Rufino

Para monitoramento da decomposição, os litter bags foram coletados aos 5, 10,

15, 30, 60, 90, 120 e 150 dias após a implantação do experimento. A determinação

das datas de coletas se deu em função do andamento de coletas anteriores. Cada

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espécie foi representada por 32 litter bags, sendo quatro repetições e oito tempos

de coleta, compreendendo 160 litter bags ao todo.

A cada coleta, as amostras foram manualmente triadas para evitar

contaminação por solo. Para avaliar a perda de massa, foi feita a secagem do material

em estufa a 65ºC por 72 horas e pesadas para determinação do peso seco. A comparação

entre o peso seco inicial e o peso obtido a cada data de coleta foi usado para

descrever a perda de massa via decomposição, ao longo do período de avaliação.

Para a determinação dos nutrientes, as amostras foram secas, moídas e

encaminhadas para analise química e determinados os teores de N,P, K, Ca e Mg na

biomassa da parte aérea das plantas de cobertura foram determinados conforme (

MALAVOLTA et al., 1997). A taxa de decomposição dos resíduos e de liberação

de nutrientes foi descrita pelo modelo exponencial simples ( REZENDE et al.,1999):

k =ln(X/Xo)/t

X = quantidade de matéria seca ou nitrogênio remanescente após um período de tempo t

Xo = quantidade de matéria seca ou nitrogênio inicial

k = constante de decomposição

t = tempo em dias

O tempo de meia vida é um parâmetro importante na avaliação da

dinâmica de decomposição de resíduos vegetais, expressando o período de tempo,

necessário para que o material decaia, através da decomposição, a 50% de sua massa

seca inicial. O tempo de meia vida foi calculado através da equação:

t1/2 = ln(2)/k

Os resultados obtidos foram submetidos à análise de variância e as

comparações de médias foram feitas pelo teste de tukey a 5% de probabilidade.

Os coeficientes de correlação e os testes de médias foram obtidos através do

programa de computação para análises estatísticas SISVAR V.5.3. Somente foram

avaliados estatisticamente pelo teste de tukey. As comparações de médias foram

feitas entre os parâmetros da caracterização massa seca inicial e entre as relações dos

tempos de coletas com os teores de nutrientes (nitrogênio, fósforo, potássio, cálcio e

magnésio).

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RESULTADOS E DISCUSSÃO

Caracterização final dos teores de nitrogênio, fósforo, potássio, cálcio e

magnésio e percentual de massa seca remanescente na parte vegetativa e reprodutiva das

espécies avaliadas.

Na tabela 2 são apresentados os resultados das análises químicas finais

realizadas da parte aérea das espécies avaliadas.

TABELA 2. Acúmulo de massa seca e nutrientes na parte aérea dos adubos verdes.

Adubos verdes MS* Nitrogêni

o

Potássio Fósfor

o

Cálcio Magnési

o

t ha-1 Kg ha-1

Feijão de porco 6,50 a (1) 123,67 a 62,66 b 7,55 a 79,70 a 14,09 ab

Crotalária juncea 6,26 a 105,41 ab 56,00 bc 6,15 b 38,12 b 16,36 a

Mucuna- cinza 4,84 b 90,68 bc 60,05 bc 7,26 ab 28,00 b 9,08 bc

Mucuna-preta 3,97 b 93,01 b 73,44 a 7,01 ab 26,85 b 7,32 c

Lab-lab 3,94 b 66,32 c 53,67 c 7,54 ab 29,72 b 8,00 c

C.V.(%) 18,07 20,10 9,14 14,46 47,22 34,21

*Massa seca; 1 médias seguidas da mesma letra na coluna não diferem entre si pelo teste

de Tukey (p≤ 0,05). Médias de 4 repetições.

Constatou-se elevada acumulação de massa seca pelas espécies de adubos

verdes avaliadas (3,94 a 6,50 t ha-1), representando várias opções de espécies com

diferentes características para a escolha dos agricultores.

No entanto, o feijão de porco e a crotalária se destacaram quanto à acumulação

de massa na parte aérea das plantas, com 6,50 e 6,26 t ha-1, respectivamente (Tabela 2),

não corroborando com os resultados obtidos por (PADOVAN et al., 2008). Ressalta-se,

também, que o feijão de porco e a crotalária juncea apresentaram bom desempenho,

principalmente relacionado ao acúmulo de biomassa, com diferença significativa em

relação aos demais tratamentos (Tabela 2).

Resultados expressivos também foram obtidos com a Crotalária juncea por

PADOVAN et al. (2007), em estudo realizado num Latossolo Vermelho Distrófico,

em Dourados, MS. No mesmo estudo, a mucuna cinza e mucuna preta também

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apresentaram bom desempenho, corroborando com os resultados verificados nesse

trabalho.

Costa et al. (1993) e Carvalho & Amabile (2006) apresentam resultados de

pesquisas em diferentes eco-regiões, onde a Crotalária juncea se destaca, principalmente

quanto à acumulação de massa na parte aérea, confirmando o potencial dessas espécies

para a adubação verde. Os teores de nutrientes obtiveram diferença significativa,

destacando-se o feijão de porco com valor para o nitrogênio de (123,67 kg ha-1),

potássio (62,66 kg ha-1), fósforo (7,55 kg ha-1), cálcio (79,70 kg ha-1) e magnésio (14,09

kg ha-1), extraídos do solo na massa seca total. Confirmando os resultados obtidos por

(PADOVAN et al., 2008).

A caracterização pluviométrica e a temperatura de cada mês dentro do

período de avaliação está descrita na Tabela 3. O estudo abrangeu as épocas de estiagem

e chuvosa, sendo os meses de fevereiro e maio de maior pluviosidade, estes

correspondentes ao primeiro e últimos tempos de coleta.

A precipitação média durante o período de ensaio foi de 68,75 mm. Diversos

fatores estão relacionados com a decomposição dos tecidos vegetais, tais como as

características climáticas, em particular a precipitação. De maneira geral, a

decomposição dos adubos verdes tende a ser mais lenta durante os períodos de

estiagem. Isso pode ser atribuído às menores precipitações pluviométricas e

temperaturas, criando condições capazes de restringir a atividade dos organismos

decompositores.

TABELA 3. Pluviosidade no período de avaliação. DAI = Dias após implantação do

estudo.

DAI Temperatura (°C) Precipitação (mm)

Médias

5 25,2 83,4

10 22,6 75

15 23,6 34,8

30 24 46,2

60 22,3 61,4

90 18,8 91,4

120 19,4 86,2

150 18,1 71,6 FONTE: (EMBRAPA, 2014).

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A decomposição do material adicionado ao solo é um processo

essencialmente biológico, sujeito portanto, à interferência de inúmeros fatores. Cada

fator como temperatura, potencial osmótico, tensão superficial, viscosidade, radiação,

pH do solo, a quantidade e a qualidade dos nutrientes orgânicos disponíveis, bem

como a atividade da água (químicos), apresenta, dependendo da espécie, um nível

ótimo, que exercerá uma influencia marcante no montante populacional dos organismos

ou microorganismos decompositores (LYNCH, 1986).

TABELA 4. Médias do percentual de massa seca remanescente para cada tempo de

coleta. DAI = dias após a implantação.

Os adubos verdes feijão de porco e lab-lab se destacaram por apresentarem os

menores percentuais remanescentes para massa seca (Tabela 4). Já os adubos verdes

crotalária juncea e mucuna-preta foram os que se destacaram por apresentarem os

maiores percentuais de massa seca. Neste aspecto, Crotalária juncea apresentou os

maiores valores (54,42% de massa seca remanescente ) e mucuna-preta apresentou

52,08% para massa seca (Tabela 4).

Percebe-se um decaimento maior de massa seca, com o inicio da época

chuvosa. Para feijão de porco, esta influencia foi a mais substancial, a espécie perdeu

34,22 % de sua massa seca inicial, nos últimos três tempos de coleta, período

caracterizado pela maior precipitação (Tabela 3).

Adubos verdes

Crotalária juncea Mucuna-preta Mucuna-cinza Lab-lab Feijão de porco

DIAS

0 100 100 100 100 100

5 43,90 65,28 68,04 63,25 53,42

10 58,64 62,23 70,04 56,34 51,38

15 52,46 71,52 67,02 54,23 42,24

30 77,85 66,88 66,76 50,12 40,19

60 73,71 62,92 64,42 41,24 37,76

90 66,26 56,58 61,99 40,35 34,22

120 57,49 64,27 50,23 40,47 27,65

150 54,42 52,08 50,66 39,65 26,31

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É possível que para os adubos verdes crotalária juncea, mucuna-cinza e

mucuna-preta, o tempo de experimentação não tenha sido suficiente para que as mesmas

apresentassem seus picos de máximo declínio de massa seca, tendo em vista suas

características químicas e o tempo necessário para que a biota do solo acelerasse a

decomposição dos resíduos em resposta ao fornecimento de água no sistema pelo inicio

da época chuvosa. As observações supracitadas que relacionam a perda de matéria e

as características químicas dos adubos verdes, apontam a possibilidade de se criar

grupos de espécies com semelhante dinâmica de decomposição de massa e/ou

nutrientes.

Em se tratando de adubação verde, a consolidação desses grupos é interessante

desde que esta esteja de acordo com a velocidade de fornecimento de nutrientes das

espécies envolvidas. Na tentativa de gerar informações que complementem tal

pressuposto, foi gerada a Tabela 5 contendo os parâmetros de decomposição avaliados

das cinco espécies selecionadas.

TABELA 5. Equações de decomposição, Taxa de decomposição (k), Tempo de meia

vida (t 1/2) em dias e coeficiente de determinação (r²) para decomposição

de massa seca dos adubos verdes avaliados aos 150 dias. Dourados, 2014.

Adubos verdes k r2 Equação de decomposição Tempo de 1/2 vida

Feijão de porco 0,0039 0,95 y = 4,104e 0,403x 77

Lab-lab 0,0027 0,98 y = 5,503e 0,400x 112

Mucuna-cinza 0,0020 0,92 y = 8,232e 0,409x 152

Mucuna-preta 0,0019 0,84 y = 4,392e 0,540x 159

Crotalária juncea 0,0018 0,94 y = 6,851e 0,451x 170

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FIGURA 7 Dinâmica de decomposição da biomassa dos adubos verdes.

As espécies apresentaram tempos de meia vida variando e 77 a 170 dias

para decomposição de 50% da biomassa (Tabela 5). Pode se observar na Tabela 5,

dois grupos distintos, um caracterizado por uma rápida decomposição (quando

comparado com as demais), feijão de porco e lab-lab, e outro grupo caracterizado por

uma decomposição mais lenta, crotalária juncea, mucuna-preta e mucuna-cinza.

As espécies, feijão de porco e lab-lab apresentaram uma velocidade de

decomposição próximas entre si e mais rápida do que as espécies acima referidas, com

tempos de meia vida para decomposição de 50% da biomassa de 77 e 112 dias,

respectivamente e comporiam o grupo das espécies de decomposição rápida.

As espécies crotalária juncea, mucuna-preta e mucuna-cinza comporiam o

grupo das espécies de decomposição mais lenta. Estas espécies apresentaram tempos

de meia vida altos, com 170, 159 e 152 dias para decompor 50% da biomassa,

respectivamente.

Segundo PALM e SANCHEZ (1991), essa variação na velocidade de

decomposição está associada aos compostos que são degradados em cada etapa. Na fase

inicial, ou fase lábil, são liberados compostos mais solúveis. Em contrapartida, na fase

mais lenta, ou recalcitrante, são as ligações mais complexas que estão em questão.

Entretanto, para que a perda dos materiais solúveis na fase inicial possa ocorrer, se faz

necessário a presença de água como agente carreador, o que foi observado no presente

estudo, que iniciou-se durante o período chuvoso e ao meio dos avaliações diminui-se e

nas coletas finais retoma novamente as chuva.

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É importante ressaltar que vários fatores influenciam na dinâmica de

decomposição vegetal. Segundo (AITA E GIACOMINI., 2003; SANTOS et. al., 2009),

fatores como temperatura, umidade, aeração e teor de matéria orgânica no solo, atuarão

principalmente na atividade microbiana, cadenciando o processo de decomposição da

biomassa das plantas.

TABELA 6. Relação Carbono/Nitrogênio dos adubos verdes utilizados em

decomposição.

Adubos verdes Relação C/N

Crotalária juncea 26/1

Mucuna-cinza 25/1

Mucuna-preta 22/1

Feijão de porco 19/1

Lab-lab 11/1

FONTE: (Souza, 2000).

Os maiores valores obtidos em crotalária juncea, mucuna-preta e mucuna-cinza

estiveram relacionados ao estágio de desenvolvimento das culturas. Em determinações

mais tardias, os valores de C/N tendem a serem maiores devido à lignificação dos caules

(caso da Crotalária juncea), e torna necessária a atenção dos técnicos tomadores de

decisão quanto ao sincronismo entre o fornecimento de nutrientes e a demanda da

cultura de interesse no uso dessas espécies para fins de fertilização.

CONCLUSÕES

A crotalária juncea (Crotalaria juncea) e o feijão de porco (Canavalia

ensiformes) apresentaram maior acúmulo de massa seca e alguns nutrientes (nitrogênio

105,41 e 123,67 kg ha-1), fósforo (6,15 e 7,55 kg ha-1), (cálcio 38,12 e 79,70 kg ha-1),

(magnésio 16,36 e 14,09 kg ha-1), na parte aérea, destacando-se como as principais

alternativas para a adubação verde na região da grande Dourados estado do Mato

Grosso do Sul.

A mucuna-preta destacou significativamente com os valores de potássio (73,44

kg ha-1), em relação aos demais tratamentos.

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Os adubos verdes mais frágeis e menos persistentes, em ordem decrescente

foram: feijão de porco > lab-lab > mucuna-cinza > mucuna-preta > crotalária juncea.

As perdas relativas de massa seca remanescente dos adubos verdes aos150 dias

mostraram a seguinte ordem decrescente de decomposição: feijão de porco (73,69%) >

lab-lab (60,35%) > mucuna-cinza (49,34%) > mucuna-preta (47,92%) > crotalária

juncea (45,58%).

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