vek curso de espiritismo 2 parte

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7/17/2019 VEK Curso de Espiritismo 2 Parte http://slidepdf.com/reader/full/vek-curso-de-espiritismo-2-parte 1/8 Comunicação com o mundo invisível (continuação) 2ª Lição 33. Afastado o prisma maravilhoso, nada mais apresentam esses fatos que repugne à razão, pois que assim passam a ocupar o seu lugar no meio dos outros fenômenos naturais. Nos tempos de ignorância, eram reputados sobrenaturais todos os efeitos cuja causa não se conhecia as descobertas da !i"ncia, por#m, sucessivamente foram restringindo o c$rculo do maravilhoso, que o conhecimento da nova lei veio aniquilar. 34. As manifesta%&es dos 'sp$ritos são de duas naturezas( efeitos f$sicos e comunica%&es inteligentes. )s primeiros são os fenômenos materiais ostensivos, tais como os movimentos, ru$dos, transportes de objetos, etc. os outros consistem na troca regular de pensamentos por meio de sinais, da palavra e, principalmente, da escrita. 35. As comunica%&es que recebemos dos 'sp$ritos podem ser boas ou m*s, justas ou falsas, profundas ou fr$volas, consoante a natureza dos que se manifestam. )s que dão provas de sabedoria e erudi%ão são 'sp$ritos adiantados no caminho do progresso os que se mostram ignorantes e maus são os ainda atrasados, mas que com o tempo hão de progredir. )s 'sp$ritos s+ podem responder sobre aquilo que sabem, segundo o seu estado de adiantamento, e ainda dentro dos limites do que lhes # permitido dizernos, porque h* coisas que eles não devem revelar, por não ser ainda dado ao homem tudo conhecer. 36. -a diversidade de qualidades e aptid&es dos 'sp$ritos, resulta que não basta dirigirmo nos a um 'sp$rito qualquer para obtermos uma resposta segura a qualquer questão porque, acerca de muitas coisas, ele não nos pode dar mais que a sua opinião pessoal, a qual pode ser  justa ou errônea. e ele # prudente, não dei/ar* de confessar sua ignorância sobre o que não conhece se # fr$volo ou mentiroso, responder* de qualquer forma, sem se importar com a verdade se # orgulhoso, apresentar* suas id#ias como verdades absolutas. 0 por isso que ão 1oão, o 'vangelista, diz( 2Não creias em todos os 'sp$ritos, mas e/aminai se eles são de -eus2 A e/peri"ncia demonstra a sabedoria desse conselho. 3* imprud"ncia e leviandade em aceitar sem e/ame tudo o que vem dos 'sp$ritos. 0 de necessidade que bem conhe%amos o car*ter daqueles que estão em rela%ão conosco. 37. 4econhecese a qualidade dos 'sp$ritos por sua linguagem a dos 'sp$ritos verdadeiramente bons e superiores # sempre digna, nobre, l+gica e isenta de contradi%&es nela se respira a sabedoria, a benevol"ncia, a mod#stia e a mais pura moral ela # concisa e despida de redundâncias. Na dos 'sp$ritos inferiores, ignorantes ou orgulhosos, o v*cuo das id#ias # quase sempre preenchido pela abundância de palavras. 5odo pensamento evidentemente falso, toda m*/ima contr*ria à sã moral, todo conselho rid$culo, toda e/pressão grosseira, trivial ou simplesmente fr$vola, enfim, toda manifesta%ão de malevol"ncia, de presun%ão ou arrogância, são sinais incontest*veis da inferioridade dos 'sp$ritos. 38. )s 'sp$ritos inferiores são mais ou menos ignorantes seu horizonte moral # limitado, sua perspic*cia restrita eles não t"m das coisas senão uma id#ia muitas vezes falsa e incompleta, e, al#m disso, conservamse ainda sob o imp#rio dos preconceitos terrestres, que eles tomam, às vezes, por verdades por isso, são incapazes de resolver certas quest&es. ' podem induzirnos em erro, volunt*ria ou involuntariamente, sobre aquilo que nem eles mesmos compreendem.

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7/17/2019 VEK Curso de Espiritismo 2 Parte

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Comunicação com o mundo invisível (continuação)

2ª Lição

33. Afastado o prisma maravilhoso, nada mais apresentam esses fatos que repugne à razão,

pois que assim passam a ocupar o seu lugar no meio dos outros fenômenos naturais. Nostempos de ignorância, eram reputados sobrenaturais todos os efeitos cuja causa não seconhecia as descobertas da !i"ncia, por#m, sucessivamente foram restringindo o c$rculo domaravilhoso, que o conhecimento da nova lei veio aniquilar.

34. As manifesta%&es dos 'sp$ritos são de duas naturezas( efeitos f$sicos e comunica%&esinteligentes. )s primeiros são os fenômenos materiais ostensivos, tais como os movimentos,ru$dos, transportes de objetos, etc. os outros consistem na troca regular de pensamentos por meio de sinais, da palavra e, principalmente, da escrita.

35. As comunica%&es que recebemos dos 'sp$ritos podem ser boas ou m*s, justas ou falsas,

profundas ou fr$volas, consoante a natureza dos que se manifestam. )s que dão provas desabedoria e erudi%ão são 'sp$ritos adiantados no caminho do progresso os que se mostramignorantes e maus são os ainda atrasados, mas que com o tempo hão de progredir. )s 'sp$ritoss+ podem responder sobre aquilo que sabem, segundo o seu estado de adiantamento, e aindadentro dos limites do que lhes # permitido dizernos, porque h* coisas que eles não devemrevelar, por não ser ainda dado ao homem tudo conhecer.

36. -a diversidade de qualidades e aptid&es dos 'sp$ritos, resulta que não basta dirigirmonos a um 'sp$rito qualquer para obtermos uma resposta segura a qualquer questão porque,acerca de muitas coisas, ele não nos pode dar mais que a sua opinião pessoal, a qual pode ser  justa ou errônea. e ele # prudente, não dei/ar* de confessar sua ignorância sobre o que nãoconhece se # fr$volo ou mentiroso, responder* de qualquer forma, sem se importar com averdade se # orgulhoso, apresentar* suas id#ias como verdades absolutas. 0 por isso que ão1oão, o 'vangelista, diz( 2Não creias em todos os 'sp$ritos, mas e/aminai se eles são de -eus2 Ae/peri"ncia demonstra a sabedoria desse conselho. 3* imprud"ncia e leviandade em aceitar seme/ame tudo o que vem dos 'sp$ritos. 0 de necessidade que bem conhe%amos o car*ter daquelesque estão em rela%ão conosco.

37.  4econhecese a qualidade dos 'sp$ritos por sua linguagem a dos 'sp$ritosverdadeiramente bons e superiores # sempre digna, nobre, l+gica e isenta de contradi%&es nelase respira a sabedoria, a benevol"ncia, a mod#stia e a mais pura moral ela # concisa e despida

de redundâncias. Na dos 'sp$ritos inferiores, ignorantes ou orgulhosos, o v*cuo das id#ias #quase sempre preenchido pela abundância de palavras. 5odo pensamento evidentemente falso,toda m*/ima contr*ria à sã moral, todo conselho rid$culo, toda e/pressão grosseira, trivial ousimplesmente fr$vola, enfim, toda manifesta%ão de malevol"ncia, de presun%ão ou arrogância,são sinais incontest*veis da inferioridade dos 'sp$ritos.

38. )s 'sp$ritos inferiores são mais ou menos ignorantes seu horizonte moral # limitado, suaperspic*cia restrita eles não t"m das coisas senão uma id#ia muitas vezes falsa e incompleta, e,al#m disso, conservamse ainda sob o imp#rio dos preconceitos terrestres, que eles tomam, àsvezes, por verdades por isso, são incapazes de resolver certas quest&es. ' podem induzirnosem erro, volunt*ria ou involuntariamente, sobre aquilo que nem eles mesmos compreendem.

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39. )s 'sp$ritos inferiores não são todos, por isso, essencialmente maus alguns h* que sãoapenas ignorantes e levianos outros pilh#ricos, espirituosos e divertidos, sabendo manejar as*tira fina e mordaz. Ao lado desses, encontramse no mundo espiritual, como na 5erra, todos osg"neros de perversidade e todos os graus de superioridade intelectual e moral.

4. )s 'sp$ritos superiores não se ocupam senão de comunica%&es inteligentes que nosinstruam as manifesta%&es f$sicas ou puramente materiais são, mais especialmente, obra dos'sp$ritos inferiores, vulgarmente designados sob o nome de 'sp$ritos batedores, como, entren+s, as provas de grande for%a são e/ecutadas por saltimbancos e não por s*bios.

4!. -evemos sempre estar calmos e concentrados quando entrarmos em comunica%ão comos 'sp$ritos. Nunca se deve perder de vista que eles são as almas dos homens e que #inconveniente fazer do seu trabalho um passatempo ou prete/to de divertimentos. e lhesrespeitamos os despojos mortais, maior respeito ainda nos devem merecer como 'sp$ritos. Asreuni&es fr$volas, sem objetivo s#rio, faltam a um dever os que as comp&em esquecemse deque , de um momento para outro, podem entrar no mundo dos 'sp$ritos, e não ficarão satisfeitos

se os tratarem com pouca aten%ão.

42. ) outro ponto igualmente essencial a considerar # que os 'sp$ritos são livres e s+ secomunicam quando querem, com quem lhes conv#m e quando as suas ocupa%&es lhespermitem. Não estão às ordens e à merc" dos caprichos de quem quer que seja. A ningu#m #dado faz"los manifestarse quando não o queiram, nem dizer o que desejam calar. 6or isso,ningu#m pode afirmar que tal 'sp$rito h* de responder ao seu apelo em dado momento, ou queh* de responder a essa ou aquela pergunta. Asseverar o contr*rio # demonstrar ignorância dosprinc$pios mais elementares do 'spiritismo. + o charlatanismo tem princ$pios infal$veis.

43. )s 'sp$ritos são atra$dos pela simpatia, semelhan%a de gostos, caracteres e inten%ãodos que desejam a sua presen%a. )s 'sp$ritos superiores não vão às reuni&es f7teis, como ums*bio da 5erra não vai a uma assembl#ia de pessoas levianas. ) simples bom senso nos diz queisso não pode ser de outro modo se acaso, por#m, eles a$ comparecem algumas vezes, #somente com o fim de dar um conselho salutar, combater os v$cios, reconduzir ao bom caminhoos que dele se iam afastando. e não forem atendidos, retiramse. 8orma ju$zo completamenteerrôneo aquele que cr" que 'sp$ritos s#rios se prestem a responder a futilidades, a quest&esociosas em que se lhes manifeste pouca afei%ão, falta de respeito e nenhum desejo de se instruire ainda menos que eles venham darse em espet*culo para diversão dos curiosos. 9ivos, elesnão fariam mortos, tamb#m não o fazem.

44.  A frivolidade das reuni&es tem como resultado atrair os 'sp$ritos levianos que s+procuram ocasião de enganar e mistificar. 6elo mesmo motivo que os homens graves e s#riosnão comparecem às assembl#ias de med$ocre importância, os 'sp$ritos s#rios s+ comparecemàs reuni&es s#rias, que t"m por fim, não a curiosidade, por#m, a instru%ão. 0 nessas assembl#iasque os 'sp$ritos superiores dão ensinamentos.

45. -o que precede, resulta que toda reunião esp$rita, para ser proveitosa, deve, comocondi%ão primordial, ser s#ria, em recolhimento, devendo a$ procederse com respeito,religiosidade e dignamente, se se quer obter o concurso habitual dos bons 'sp$ritos. !onv#m nãoesquecer que se esses mesmos 'sp$ritos a$ se tivessem apresentado, quando encarnados, terseia com eles todas as considera%&es a que depois de desencarnados ainda t"m mais direito.

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46. 'm vão se alega a utilidade de certas e/peri"ncias curiosas, fr$volas e divertidas, paraconvencer os incr#dulos # a um resultado contr*rio que se chega. ) incr#dulo, j* propenso aescarnecer das mais sagradas cren%as, não pode ver uma coisa s#ria naquilo de que se zomba,nem pode respeitar o que não lhe # apresentado de modo respeit*vel por isso, retirase semprecom m* impressão das reuni&es f7teis e levianas, onde não encontra ordem, gravidade e

recolhimento. ) que, sobretudo, pode convenc"lo, # a prova da presen%a de seres cuja mem+rialhe # cara # diante de suas palavras graves e solenes, de suas revela%&es $ntimas, que o vemoscomoverse e empalidecer. :as, pelo fato mesmo de ele ter respeito, venera%ão e amor à pessoacuja alma se lhe apresenta, fica chocado e escandalizado ao v"la mostrarse em umaassembl#ia irreverente, no meio de mesas que dan%am e das artimanhas dos 'sp$ritosbrincalh&es. ;ncr#dulo como #, sua consci"ncia repele essa alian%a do s#rio com o rid$culo, doreligioso com o profano por isso tacha tudo de charlatanismo e, muitas vezes, sai menosconvicto do que entrou. As reuni&es dessa natureza fazem sempre mais mal que bem, porqueafastam da doutrina maior n7mero de pessoas do que atraem al#m de que, prestamse à cr$ticados detratores, que assim acham fundados motivos para zombarias.

47. 'rra quem considera brinquedo as manifesta%&es f$sicas se não t"m a importância doensino filos+fico, t"m sua utilidade do ponto de vista dos fenômenos, pois que são o alfabeto daci"ncia, da qual deram a chave. Ainda que menos necess*rias hoje, elas ainda concorrem para aconvic%ão de algumas pessoas. -e nenhum modo, por#m, são elas incompat$veis com a ordem ea dec"ncia que deve haver nessas reuni&es e/perimentais se sempre as praticassemconvenientemente, convenceriam com mais facilidade e produziriam, sob todos os aspectos,muito melhores resultados.

48. !ertas pessoas fazem uma id#ia muito falsa das evoca%&es algumas cr"em que elasconsistem em fazer sair da tumba os mortos, com todo o aparato l7gubre. ) pouco que a respeitotemos dito, dever* dissipar tal erro. 0 s+ nos romances, nos contos fant*sticos de almas do outromundo e no teatro que aparecem os mortos descarnados, saindo dos sepulcros, envoltos emmortalhas e fazendo chocalhar os ossos. ) 'spiritismo, que nunca fez milagres, não produz estee jamais pretendeu fazer reviver um corpo morto. <uando o corpo est* na tumba, não sair* maisdela por#m, o ser espiritual, flu$dico e inteligente, a$ não se acha com esse grosseiro inv+lucro,do qual se separou no momento da morte, e, uma vez operada essa separa%ão, nada mais h* decomum entre eles.

49. A cr$tica mal#vola representou as comunica%&es esp$ritas como mescladas pelas pr*ticasrid$culas e supersticiosas da magia e da nigromancia se os que falam do 'spiritismo, semconhec"lo, se dessem ao trabalho de estud*lo, teriam poupado esses desperd$cios de

imagina%ão, que s+ servem para provar sua ignorância ou m*f#. =s pessoas estranhas à ci"nciaesp$rita cumprenos dizer que, para nos comunicarmos com os 'sp$ritos, não h* dias, horas elugares mais pr+prios uns que os outros que, para evoc*los, não e/istem f+rmulas nem palavrassacramentais ou cabal$sticas que não se precisa para isso de prepara%ão alguma, nem deinicia%ão que o material, seja para atra$los, seja para repelilos, não e/erce efeito algum,bastando s+ o pensamento e, finalmente, que os m#diuns recebem as comunica%&es, tãosimples e naturalmente como se fossem ditadas por uma pessoa viva. + o charlatanismo podeinventar o emprego de modos e/c"ntricos e acess+rios rid$culos. ) apelo aos 'sp$ritos fazse emnome de -eus, com respeito e recolhimento # a 7nica coisa que se recomenda às pessoass#rias que desejem entrar em rela%ão com 'sp$ritos s#rios. 8im providencial das manifesta%&esesp$ritas

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5. ) fim providencial das manifesta%&es # convencer os incr#dulos de que tudo para ohomem não se acaba com a vida terrestre, e dar aos crentes id#ias mais justas sobre o futuro. )sbons 'sp$ritos nos v"m instruir para o nosso melhoramento e avan%o e não revelarnos o quenão devemos saber ainda, ou o que deve ser conseguido pelo nosso trabalho. e bastasseinterrogar os 'sp$ritos para obter a solu%ão de todas as dificuldades cient$ficas, ou para fazer 

descobertas e inven%&es lucrativas, todo ignorante podia tornarse s*bio sem estudar, todopregui%oso ficar rico sem trabalhar # o que -eus não quer. )s 'sp$ritos ajudam o homem deg"nio pela inspira%ão oculta, mas não o e/imem do trabalho nem das investiga%&es, a fim de lhedei/ar o m#rito.

5!. 8aria id#ia bem falsa dos 'sp$ritos, quem neles quisesse ver au/iliares dos advinhos dasorte. )s 'sp$ritos s#rios se recusam a ocupar de coisas f7teis os fr$volos e zombeteiros tratamde tudo, respondem a tudo, predizem tudo o que se quer, sem se importarem com a verdade, eencontram maligno prazer em mistificar as pessoas demasiado cr#dulas.

52. 8ora do terreno do que pode ajudar o nosso progresso moral, s+ h* incerteza nas

revela%&es que se podem obter dos 'sp$ritos. A primeira conseq>"ncia m*, para aquele quedesvia sua faculdade do fim providencial, # ser mistificado pelos 'sp$ritos enganadores quepululam ao redor dos homens a segunda # cair sob o dom$nio desses mesmos 'sp$ritos, quepodem, por p#rfidos conselhos, conduzilo a adversidades morais e materiais na 5erra a terceira# perder, depois da vida terrestre, o fruto do conhecimento do 'spiritismo.

53. As manifesta%&es não são, pois, destinadas a servir aos interesses materiais suautilidade est* nas conseq>"ncias morais que delas dimanam não tivessem elas, por#m, comoresultado, senão fazer conhecer uma nova lei da Natureza, demonstrar materialmente ae/ist"ncia da alma e sua imortalidade, e j* isso seria muito, porque era largo caminho novoaberto à 8ilosofia.

"s m#diuns

54. )s m#diuns apresentam numeros$ssimas variedades nas suas aptid&es, o que os tornamais ou menos capacitados para obten%ão de tal ou tal fenômeno, de tal ou tal g"nero decomunica%ão. egundo essas aptid&es, distinguimolos por m#diuns de efeitos f$sicos e decomunica%&es inteligentes. 'sses 7ltimos podem ser videntes, falantes, auditivos, sensitivos,desenhistas, poliglotas, poetas, m7sicos, escreventes, etc. em o conhecimento das aptid&esmedi7nicas, o observador não pode achar a e/plica%ão de certas dificuldades ou certasimpossibilidades que se encontram na pr*tica. Não devemos esperar do m#dium, portanto, aquilo

que est* fora dos limites da sua faculdade.55. )s m#diuns de efeitos f$sicos são mais particularmente aptos para provocar fenômenos

materiais, como movimentos, pancadas, etc., com o au/$lio de mesas e outros objetos quandoesses fenômenos revelam um pensamento ou obedecem a uma vontade, são efeitos inteligentesque, por isso mesmo, denotam uma causa inteligente( # um dos modos por que os 'sp$ritos semanifestam. 6or meio de um n7mero de pancadas convencionadas, obt"mse as respostas simou não, ou, então, a designa%ão das letras do alfabeto que servem para formar palavras oufrases. 'sse meio primitivo # muito demorado e não se presta a grandes desenvolvimentos. Asmesas falantes foram a estr#ia da ci"ncia esp$rita hoje, por#m, que se possuem meios decomunica%ão tão r*pidos e completos, ningu#m mais recorre àqueles senão acidentalmente e

como e/perimenta%ão.

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56. -e todos os meios de comunica%ão, a escrita #, ao mesmo tempo, o mais simples, omais r*pido, o mais cômodo, e que permite mais desenvolvimento # tamb#m a faculdade que seencontra mais freq>entemente.

57.  6ara obter a escrita serviramse, no princ$pio, de intermedi*rios materiais, como

cestinhas, pranchetas, etc., munidas de um l*pis. :ais tarde reconheceuse a inutilidade dessesacess+rios e a possibilidade, para os m#diuns, de escrever diretamente com a mão, como nascircunstâncias ordin*rias.

58. ) m#dium escreve sob a influ"ncia dos 'sp$ritos, que se servem dele como de uminstrumento sua mão # arrastada por um movimento involunt*rio, que, o mais das vezes, nãopode dominar. !ertos m#diuns não t"m consci"ncia alguma do que escrevem, outros a t"m maisou menos vaga, ainda quando o pensamento lhes seja estranho # o que distingue os m#diunsmecânicos dos m#diuns intuitivos ou semimecânicos. A ci"ncia esp$rita e/plica o modo detransmissão do pensamento do 'sp$rito ao m#dium, e o papel deste 7ltimo nas comunica%&es.

59. ) m#dium não tem mais que a faculdade de se poder comunicar, mas a comunica%ãoefetiva depende da vontade dos 'sp$ritos. e estes não quiserem se manifestar, aquele nadaobter* ser* qual instrumento sem m7sico que o toque. 9isto que os 'sp$ritos s+ se comunicamquando querem ou podem, não estão sujeitos ao capricho de ningu#m nenhum m#dium tem opoder de for%*los a se apresentarem. ;sto e/plica a intermit"ncia da faculdade nos melhoresm#diuns, e as interrup%&es que sofrem, às vezes, durante muitos meses. eria, pois, um errocomparar a mediunidade a uma propriedade do talento. ) talento adquirese pelo trabalho, quemo possui # sempre dele senhor ao passo que o m#dium nunca o # de sua faculdade, pois que eladepende de vontade estranha.

6. )s m#diuns de efeitos f$sicos que obt"m, regularmente e à vontade, a produ%ão decertos fenômenos, admitindo que não haja embuste, estão em rela%ão com 'sp$ritos de bai/aesfera que se comprazem nessa esp#cie de e/ibi%&es, e que talvez foram prestidigitadoresquando na terra seria, por#m, absurdo pensar que 'sp$ritos, mesmo de pouca eleva%ão, sedivirtam em e/ecutar farsas teatrais.

6!. A obscuridade necess*ria à produ%ão de certos efeitos f$sicos, prestase, sem d7vida, àsuspeita, mas nada prova contra a realidade deles. abemos que em <u$mica algumascombina%&es não podem ser operadas à luz que muitas composi%&es e decomposi%&es seproduzem sob a a%ão do fluido luminoso ora, todos os fenômenos esp$ritas são resultantes deuma combina%ão dos fluidos pr+prios do 'sp$rito com os do m#dium desde que esses fluidos

são mat#ria, não admira que, em certas circunstâncias, essa combina%ão seja contrariada pelapresen%a da luz.

62. As comunica%&es inteligentes realizamse igualmente pela a%ão flu$dica do 'sp$rito sobreo m#dium, sendo preciso que o fluido deste 7ltimo se identifique com o do A facilidade dascomunica%&es depende do grau de afinidade e/istente entre os dois fluidos. !ada m#dium #assim mais ou menos apto para receber a impressão ou a impulsão do pensamento de tal ou tal'sp$rito podendo ser bom instrumento para um e p#ssimo para outro. 4esulta da$ que seachando juntos dois m#diuns, igualmente bem dotados, poder* o 'sp$rito manifestarse por um enão por outro.

63.  0 um erro acreditarse que basta ser m#dium para receber, com igual facilidade,comunica%&es de qualquer 'sp$rito. Não e/istem m#diuns universais para as evoca%&es, nem

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com aptidão para produzir todos os fenômenos. )s 'sp$ritos buscam, de prefer"ncia, osinstrumentos que lhes sejam mais apropriados imporlhes o primeiro m#dium que tenhamos àmão, seria o mesmo que obrigar uma pianista a tocar violino, supondo que, por saber m7sica,pode ela tocar qualquer instrumento.

64. em harmonia, que s+ pode nascer da assimila%ão flu$dica, as comunica%&es sãoimposs$veis, incompletas ou falsas. 6odem ser falsas, porque, em vez do 'sp$rito que se deseja,não faltam outros sempre prontos a manifestaremse e que pouco se importam com a verdade.

65. A assimila%ão flu$dica #, algumas vezes, totalmente imposs$vel entre certos 'sp$ritos ecertos m#diuns outras vezes ? e # o caso mais comum ? ela não se estabelece senãogradualmente e com o tempo. 0 o que e/plica a maior facilidade com que os 'sp$ritos semanifestam pelo m#dium com que estão mais habituados e tamb#m porque as primeirascomunica%&es atestam quase sempre certo constrangimento e são menos e/pl$citas.

66. A assimila%ão flu$dica # tão necess*ria nas comunica%&es pela tiptologia como pela

escrita, visto que, tanto num como noutro caso, se trata de transmissão do pensamento do'sp$rito, qualquer que seja o meio material por que ela se fa%a.

67. Não se pode impor um m#dium ao 'sp$rito que se quer evocar, convindo dei/arlhe aescolha do instrumento. 'm todo o caso, # necess*rio que o m#dium se identifique previamentecom o 'sp$rito, pelo recolhimento e pela prece, durante alguns minutos, e mesmos v*rios diasantes se for poss$vel, de modo a provocar e ativar a assimila%ão flu$dica. 0 um meio de seatenuar a dificuldade.

68. <uando as condi%&es flu$dicas não são prop$cias à comunica%ão direta do 'sp$rito aom#dium, ela pode fazerse por interm#dio do guia espiritual deste 7ltimo neste caso, opensamento não vem senão em segunda mão, isto #, depois de haver atravessado dois meios.!ompreendese, então, quanto # importante ser o m#dium bem assistido porque, se ele o for por um 'sp$rito obsessor, ignorante ou orgulhoso, a comunica%ão ser* necessariamente adulterada. Aqui as qualidades pessoais do m#dium desempenham um papel importante, pela natureza dos'sp$ritos que ele atrai a si. )s mais indignos m#diuns podem possuir poderosas faculdades,por#m, os mais seguros são os que a esse poder re7nem as melhores simpatias no mundoespiritual ora, essas simpatias não ficam, de forma alguma, demonstradas pelos nomes, mais oumenos imponentes, revestidos pelos 'sp$ritos que assinam as comunica%&es, mas, sim, pelofundo constantemente bom das mesmas.

69. <ualquer que seja o modo de comunica%ão, a pr*tica do 'spiritismo, do ponto de vistae/perimental, apresenta numerosas dificuldades e não # isenta de inconvenientes para quem nãotem a e/peri"ncia necess*ria. <uer se e/perimente mesmo, quer se seja simples observador dase/peri"ncias de outrem, # essencial saber distinguir as diferentes naturezas dos 'sp$ritos que sepodem manifestar, conhecer a causa de todos os fenômenos, as condi%&es em que se podemproduzir, os obst*culos que lhe podem ser opostos, a fim de que não se perca tempo, pedindo oimposs$vel. Não # menos necess*rio conhecer todas as condi%&es e escolhos da mediunidade, ainflu"ncia do meio, das disposi%&es morais, etc.

$scol%os da mediunidade

7. @m dos maiores escolhos da mediunidade # a obsessão, isto #, o dom$nio que certos'sp$ritos podem e/ercer sobre os m#diuns, impondoselhes sob nomes ap+crifos e impedindo

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que se comuniquem com outros 'sp$ritos. 0 tamb#m um obst*culo que se depara a todoobservador novato e ine/periente que, não conhecendo os caracteres desse fenômeno, pode ser iludido pelas apar"ncias, como aquele que, desconhecendo a medicina, pode enganarse sobre acausa e a natureza de qualquer mal. e o estudo pr#vio, neste caso, # 7til para o observador,mais indispens*vel # ao m#dium, a quem fornece os meios de prevenir um inconveniente que lhe

poderia trazer bem desagrad*veis conseq>"ncias. Assim, # pouca toda a recomenda%ão paraque o estudo preceda à pr*tica.

7!. A obsessão apresenta tr"s graus principais bem caracter$sticos( a obsessão simples, afascina%ão e a subjuga%ão. No primeiro, o m#dium tem perfeitamente consci"ncia de não obter coisa alguma boa ele não se ilude acerca da natureza do 'sp$rito que se obstina em se lhemanifestar, e do qual deseja desembara%arse. 'ste caso não oferece gravidade alguma( # umsimples incômodo, do qual o m#dium se liberta, dei/ando momentaneamente de atuar. )'sp$rito, cansandose de não ser ouvido, acaba por se retirar. A fascina%ão obsessional # muitomais grave, porque nela o m#dium # completamente iludido. ) 'sp$rito que o domina apoderasede sua confian%a, a ponto de impedilo de julgar as comunica%&es que recebe, fazendolhe achar 

sublimes os maiores absurdos. ) car*ter distintivo deste g"nero de obsessão # provocar nom#dium uma e/cessiva suscetibilidade e lev*lo a não acreditar bom, justo e verdadeiro senão oque ele transmite a repelir e, mesmo, considerar mau todo conselho e toda observa%ão cr$tica,preferindo romper com os amigos a convencerse de que est* sendo enganado a encherse deinveja contra os outros m#diuns cujas comunica%&es sejam julgadas melhores que as suas aquerer imporse nas reuni&es esp$ritas, das quais se afasta quando não pode domin*las. 'ssaatua%ão do 'sp$rito pode chegar ao ponto de conduzir o indiv$duo a dar os passos mais rid$culose comprometedores.

72. @m dos caracteres distintivos dos maus 'sp$ritos # a imposi%ão eles dão ordens equerem ser obedecidos os bons nunca se imp&em dão conselhos, e, se não são atendidos,retiramse. 4esulta da$ que a impressão que em n+s produzem os maus 'sp$ritos # semprepenosa, fatigante e muitas vezes desagrad*vel ela provoca uma agita%ão febril, movimentosbruscos e desordenados a dos bons, pelo contr*rio, # calma, branda e agrad*vel.

73.  A subjuga%ão obsessional designada outrora sob o nome de possessão, # umconstrangimento f$sico e/ercido sempre por 'sp$ritos da pior esp#cie e que pode ir àneutraliza%ão do livrearb$trio do paciente. 'la se limita, muitas vezes, a simples impress&esdesagrad*veis por#m, em muitos casos provoca movimentos desordenados, atos insensatos,gritos, palavras injuriosas ou incoerentes, de que o subjugado, às vezes, compreende o rid$culo,mas não pode absterse. 'ste estado difere essencialmente da loucura patol+gica com que

erradamente a confundem, pois na possessão não h* lesão orgânica alguma sendo diversa acausa, outros devem ser tamb#m os meios de cur*la. A aplica%ão de tratamentos inadequadospoder*, muitas vezes, determinar o aparecimento de uma verdadeira loucura, onde s+ havia umacausa moral.

74. Na loucura propriamente dita, a causa do mal # interna importa restituir o organismo aoseu estado normal na subjuga%ão, essa causa # e/terna, e temse necessidade de libertar odoente de um inimigo invis$vel, não lhe opondo rem#dios materiais, por#m uma for%a moralsuperior à dele. A e/peri"ncia prova que nunca, em tal caso, os e/orcismos produziram resultadosatisfat+rio antes agravaram ao inv#s de que melhorarem a situa%ão. ;ndicando a verdadeirafonte do mal, s+ o 'spiritismo pode dar os meios de combat"lo, fazendo a educa%ão moral do

'sp$rito obsessor. 6or conselhos prudentemente dirigidos, chegase a torn*lo melhor e a faz"lorenunciar voluntariamente à atormenta%ão do enfermo, que então fica livre.

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75. A subjuga%ão obsessional # ordinariamente individual quando, por#m, uma falange de'sp$ritos maus se lan%a sobre uma povoa%ão, ela pode apresentar car*ter epid"mico. 8oi umfenômeno desse g"nero que se verificou ao tempo do !risto s+ um poder moral superior podiaentão domar esses entes malfazejos, designados sob o nome de demônios, e restituir a calma àssuas v$timas.

76. @m fato importante a considerarse # que a obsessão, qualquer que seja a sua natureza,# independente da mediunidade, e que ela se encontra, em todos os graus, principalmente o7ltimo, em grande n7mero de pessoas que nunca ouviram falar de 'spiritismo. -e fato, os'sp$ritos, tendo e/istido em todos os tempos, t"m sempre e/ercido a mesma influ"ncia amediunidade não # uma causa, mas simples modo de manifesta%ão dessa influ"ncia pelo quepodemos dizer com certeza que todo m#dium obsidiado sofre de um modo qualquer e, muitasvezes, nos atos mais comuns da sua vida, os efeitos dessa influ"ncia que, sem a mediunidade,se manifestaria por outros efeitos, muitas vezes atribu$dos a enfermidades misteriosas, queescapam às investiga%&es da medicina. 6ela mediunidade o ente mal#fico denuncia a suapresen%a sem ela, # um inimigo oculto, de quem se não desconfia.

77. )s que repelem tudo que não afete os nossos sentidos, não admitem essa causa ocultamas, quando a ci"ncia tiver sa$do da senda materialista, reconhecer* na a%ão do mundo invis$velque nos cerca, e no meio do qual vivemos, um poder que reage sobre as coisas f$sicas, assimcomo sobre as morais. er* um novo caminho aberto ao progresso e a chave de grande n7merode fenômenos at# hoje mal compreendidos.

78. !omo a obsessão nunca pode ser produto de um bom 'sp$rito, tornase um pontoessencial o saber reconhecerse a natureza dos que se apresentam. ) m#dium não esclarecidopode ser enganado pelas apar"ncias, mas o prevenido percebe o menor sinal suspeito, e o'sp$rito, vendo que nada pode fazer, retirase. ) conhecimento pr#vio dos meios de distinguir osbons dos maus 'sp$ritos # , pois, indispens*vel ao m#dium que se não quer e/por a cair numla%o. 'le o # tamb#m ao simples observador, que pode, por esse meio, apreciar o justo valor doque v" e ouve.