variaÇÃo inter e intraespecÍfica da...

74
Universidade Federal da Grande Dourados Faculdade de Ciências Biológicas e Ambientais Programa de Pós-Graduação em Entomologia e Conservação da Biodiversidade VARIAÇÃO INTER E INTRAESPECÍFICA DA COMPOSIÇÃO QUÍMICA CUTICULAR DE VESPAS EUSSOCIAIS EVA RAMONA PEREIRA SOARES DouradosMS Março2015

Upload: others

Post on 25-Jul-2020

0 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: VARIAÇÃO INTER E INTRAESPECÍFICA DA …files.ufgd.edu.br/arquivos/arquivos/78/MESTRADO-DOUTORADO...derivados entre as abelhas e as vespas. A organização da sociedade destes organismos

Universidade Federal da Grande Dourados

Faculdade de Ciências Biológicas e Ambientais

Programa de Pós-Graduação em

Entomologia e Conservação da Biodiversidade

VARIAÇÃO INTER E INTRAESPECÍFICA DA

COMPOSIÇÃO QUÍMICA CUTICULAR DE VESPAS

EUSSOCIAIS

EVA RAMONA PEREIRA SOARES

Dourados–MS

Março–2015

Page 2: VARIAÇÃO INTER E INTRAESPECÍFICA DA …files.ufgd.edu.br/arquivos/arquivos/78/MESTRADO-DOUTORADO...derivados entre as abelhas e as vespas. A organização da sociedade destes organismos

Universidade Federal da Grande Dourados

Faculdade de Ciências Biológicas e Ambientais

Programa de Pós-Graduação em

Entomologia e Conservação da Biodiversidade

EVA RAMONA PEREIRA SOARES

VARIAÇÃO INTER E INTRAESPECÍFICA DA COMPOSIÇÃO

QUÍMICA CUTICULAR DE VESPAS EUSSOCIAIS

Dissertação apresentada à Universidade Federal

da Grande Dourados (UFGD), como parte dos

requisitos exigidos para obtenção do título de

MESTRE EM ENTOMOLOGIA E

CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE.

Área de Concentração: Entomologia

Orientador: Dr. William Fernando Antonialli Junior

Coorientador: Dr. Cláudia Andrea Lima Cardoso

Dourados–MS

Março–2015

Page 3: VARIAÇÃO INTER E INTRAESPECÍFICA DA …files.ufgd.edu.br/arquivos/arquivos/78/MESTRADO-DOUTORADO...derivados entre as abelhas e as vespas. A organização da sociedade destes organismos

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP).

S676v Soares, Eva Ramona Pereira.

Variação inter e intraespecífica da composição química

cuticular de vespas eussociais. / Eva Ramona Pereira Soares. –

Dourados, MS: UFGD, 2015.

64f.

Orientador: Prof. Dr. William Fernando Antonialli Junior.

Dissertação (Mestrado em Entomologia e Conservação da

Biodiversidade) – Universidade Federal da Grande Dourados.

1. Insetos sociais. 2. Hidrocarbonetos cuticulares. 3. Perfil

químico. I. Título.

CDD – 595.798

Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca Central – UFGD.

©Todos os direitos reservados. Permitido a publicação parcial desde que citada a

fonte.

Page 4: VARIAÇÃO INTER E INTRAESPECÍFICA DA …files.ufgd.edu.br/arquivos/arquivos/78/MESTRADO-DOUTORADO...derivados entre as abelhas e as vespas. A organização da sociedade destes organismos
Page 5: VARIAÇÃO INTER E INTRAESPECÍFICA DA …files.ufgd.edu.br/arquivos/arquivos/78/MESTRADO-DOUTORADO...derivados entre as abelhas e as vespas. A organização da sociedade destes organismos

BIOGRAFIA DO ACADÊMICO

Eva Ramona Pereira Soares, natural de Ponta Porã – Mato Grosso do Sul

nascida aos 10 de Junho de 1985, filha de Severiana Carmona e Adolfo Pereira Soares.

Cursou todo o Ensino Fundamental na Escola Estadual Geni Marques

Magalhães – Ponta Porã /MS e o Ensino Médio na Escola Estadual Dr. Fernando Corrêa

da Costa.

Graduada em Ciências Biológicas – Licenciatura pela Universidade Estadual de

Mato Grosso do Sul – UEMS, Unidade de Dourados de 2008 a 2012, na qual foi aluna

de Iniciação científica pelo período de três anos (2010/2012) desenvolvendo trabalho

relacionado a diferenças morfofisiológicas em vespas sociais, pesquisa que gerou um

artigo cujo título “Reproductive Status of Females in the Eusocial Wasp Polistes ferreri

Saussure (Hymenoptera: Vespidae)” publicado na revista Neotropical Entomology.

Atualmente desenvolve projeto relacionado a composição química cuticular de

vespas sociais utilizando a técnica de cromatografia gasosa acoplada à espectrometria

de massa CG-MS.

Page 6: VARIAÇÃO INTER E INTRAESPECÍFICA DA …files.ufgd.edu.br/arquivos/arquivos/78/MESTRADO-DOUTORADO...derivados entre as abelhas e as vespas. A organização da sociedade destes organismos

AGRADECIMENTOS

Agradeço,

Primeiramente a Deus, por me amar incondicionalmente e me capacitar a

conquistas que jamais imaginei alcançar, por me dar ânimo para jamais desistir dos

meus sonhos e principalmente por colocar amigos tão valiosos em meu caminho.

Ao Prof. Dr. William Fernando Antonialli Junior pela confiança depositada em

mim e oportunidade de fazer parte do seu grupo de pesquisa e desenvolver este trabalho,

também por ser o responsável por grande parte da minha formação, já que pude contar

com sua orientação desde a graduação, agradeço incondicionalmente a paciência no

decorrer da pesquisa, pelas correções, “puxões de orelha” e principalmente pela

amizade.

À Prof. Dr. Claudia Andrea Lima Cardoso pela coorientação, paciência e

carinho ao me ensinar a interpretar os dados, por se esforçar incondicionalmente a

ajudar sempre que precisei mesmo chegando de surpresa em sua sala, por dicas valiosas

no decorrer deste trabalho, pelo companheirismo em nossa viagem a Ribeirão Preto e

principalmente por ser uma grande amiga.

Ao amigo Prof. Dr. Fabio dos Santos Nascimento pela gentileza e cordialidade

que sempre me recebeu em seu laboratório (Laboratório de Comportamento e Ecologia

de Insetos Sociais da Universidade de São Paulo – USP - Ribeirão Preto), pela

orientação, paciência e incentivo durante a realização das análises químicas referente a

este trabalho.

Ao Sr. Sidnei Mateus, mestre e doutor em entomologia, técnico do Laboratório

de Comportamento e Ecologia de Insetos Sociais da Universidade de São Paulo – USP -

Ribeirão Preto, pela ajuda durante a realização das análises químicas e por sempre me

socorrer quando o cromatógrafo insistia em me “deixar na mão”.

Ao Programa de Pós-Graduação em Entomologia e Conservação da

Biodiversidade da Universidade Federal da Grande Dourados pela oportunidade.

Á Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul e ao Laboratório de

Comportamento e Ecologia de Insetos Sociais da Universidade de São Paulo – USP -

Ribeirão Preto pelo apoio técnico.

À CAPES pelo auxílio financeiro.

Page 7: VARIAÇÃO INTER E INTRAESPECÍFICA DA …files.ufgd.edu.br/arquivos/arquivos/78/MESTRADO-DOUTORADO...derivados entre as abelhas e as vespas. A organização da sociedade destes organismos

Aos meus pais, Severiana e Adolfo, e a todos os meus irmãos, pois cada um de

forma diferente, sempre torceram por mim. Em especial a minha irmã Cida que nesse

tempo, quando mais precisei me socorreu financeiramente.

Ao meu amado Marcelo, por todo amor e confiança depositado em mim, por ser

sempre paciente, e sempre me confortar me dando ânimo para continuar mesmo nas

horas mais difíceis.

À amiga MSc. Daniela Lima pela colaboração com as análises químicas, além

de me receber em sua casa com todo carinho me fazendo se sentir em casa durante o

tempo que estive em Ribeirão Preto.

À amiga Dr. Viviana de Oliveira Torres pela colaboração durante a realização

desta dissertação, auxiliando com as análises estatísticas e correções da mesma.

À amiga e “irmãzinha” Kamylla, que me ajudou sempre que precisei, sobre tudo

pela ajuda na preparação das amostras e também companheirismo a primeira viagem a

Ribeirão Preto.

Aos demais “irmãos científicos” Denise, Ellen, Angélica, Michele, Erika, Ingrid,

Rafaela, Elica, Nathan, Marlon, Luan, Junior e Thiago, não só pelos momentos bons e

de descontração em nossos churrasquinhos e confraternizações, mas também pelos

momentos de crises e desentendimentos que com certeza contribuíram para o nosso

crescimento.

Às zeladoras Raimunda, Inês e Elizangela pela amizade, por rirem comigo

quando estou feliz e “tirando sarro” de tudo e também por se preocuparem quando

percebem que estou triste, e, principalmente por cuidar sempre com carinho e zelo de

nosso ambiente de trabalho.

Por fim, e de forma alguma menos importante, aos amigos do Mestrado em

Entomologia e Conservação da Biodiversidade da UFGD, incluindo o melhor secretário

que nosso Programa de Pós-Graduação poderia ter, Marcelo, que esteve sempre pronto a

nos ajudar sem medir esforços. Todos de forma diferente fizeram parte dessa rápida

jornada, com alguns terei o privilégio de conviver o tempo de mais uma conquista, o

Doutorado, outros pode ser que jamais verei novamente, porém, todos ficarão marcados

em minha memória.

Page 8: VARIAÇÃO INTER E INTRAESPECÍFICA DA …files.ufgd.edu.br/arquivos/arquivos/78/MESTRADO-DOUTORADO...derivados entre as abelhas e as vespas. A organização da sociedade destes organismos

“Se não podemos compreender o mínimo de uma flor ou de um inseto, como

poderemos compreender o máximo do universo!”

Marquês de Maricá

Page 9: VARIAÇÃO INTER E INTRAESPECÍFICA DA …files.ufgd.edu.br/arquivos/arquivos/78/MESTRADO-DOUTORADO...derivados entre as abelhas e as vespas. A organização da sociedade destes organismos

Dedicatória

À senhora Severiana Carmona, exemplo de bondade e alegria, e que, mesmo sem

“muito entender”, sempre vibrou com minhas conquistas, melhor mãe não poderia

existir,

Dedico

Page 10: VARIAÇÃO INTER E INTRAESPECÍFICA DA …files.ufgd.edu.br/arquivos/arquivos/78/MESTRADO-DOUTORADO...derivados entre as abelhas e as vespas. A organização da sociedade destes organismos

SUMÁRIO

RESUMO GERAL ..................................................................................... 1

GENERAL ABSTRACT............................................................................ 1

INTRODUÇÃO GERAL ........................................................................... 2

REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ................................................................... 4

Hidrocarbonetos cuticulares em Vespas sociais ....................................... 4

OBJETIVO GERAL .................................................................................. 8

HIPÓTESE ................................................................................................. 8

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................ 9

VARIAÇÃO INTER E INTRAESPECÍFICA DOS COMPOSTOS

QUÍMICOS CUTICULARES DE VESPAS EUSSOCIAIS POLISTINAE

................................................................................................................. 20

RESUMO ................................................................................................. 20

ABSTRACT ............................................................................................. 21

INTRODUÇÃO ....................................................................................... 21

MATERIAIS E MÉTODOS ..................................................................... 23

RESULTADOS ........................................................................................ 25

Variação interespecífica entre 5 espécies de vespas Polistinae .............. 25

Variação intraespecífica dos compostos químicos cuticulares da espécie

Mischocyttarus consimilis ..................................................................... 26

Variação intraespecífica dos compostos químicos cuticulares da espécie

Mischocyttarus bertonii ......................................................................... 27

Variação intraespecífica dos compostos químicos cuticulares da espécie

Mischocyttarus latior ............................................................................ 28

Variação intraespecífica dos compostos químicos cuticulares da espécie

Polistes versicolor ................................................................................. 28

Variação intraespecífica dos compostos químicos cuticulares da espécie

Polybia paulista ................................................................................ ....29

DISCUSSÃO ........................................................................................... 29

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................... 32

Page 11: VARIAÇÃO INTER E INTRAESPECÍFICA DA …files.ufgd.edu.br/arquivos/arquivos/78/MESTRADO-DOUTORADO...derivados entre as abelhas e as vespas. A organização da sociedade destes organismos

1

RESUMO GERAL

A família Polistinae desperta o interesse de muitos pesquisadores, podendo

auxiliar no entendimento da evolução do comportamento eussocial, uma vez que é

constituída por espécies que apresentam diferentes níveis de organização social. Neste

contexto para manter a organização destas sociedades os insetos desenvolveram um

mecanismo de comunicação complexo, no qual se destacam a troca de sinais na forma

de compostos químicos. Uma categoria particular destes compostos, os hidrocarbonetos

cuticulares (HCs) vem sendo estudado com destaque devido sua importância durantes as

interações entre companheiros de ninhos. Dessa forma, este trabalho teve por objetivo

avaliar a variação intraespecífica dos compostos químicos cuticulares entre colônias de

espécies de vespas sociais. Foram analisadas as composições químicas cuticulares de

cinco espécies, de três diferentes gêneros. As análises foram feitas por cromatografia

gasosa acoplada a espectrometria de massas (CG-EM). Os resultados evidenciam que há

diferenças quantitativas e qualitativas entre os perfis de HCs das espécies avaliadas.

Além disso, cada uma das colônias análisadas também diferem entre si de forma quali e

quantitativa, de acordo ou não com o tipo de ambiente em que as elas estavam

nidificadas, conferindo a cada espécie e/ou colônia um perfil químico cuticular

particular.

GENERAL ABSTRACT

The Polistinae family arouses the interest of many researchers, and may help in

understanding the evolution of eusocial behavior, since it is made up of species with

different levels of social organization. In this contexto for keeping the organization of

these societies the insects have developed a complex communication mechanism, which

sets out the exchange of signals in the form of chemical compounds. A particular

category of these compounds, the cuticular hydrocarbons (CHs) has been studied

especially because of its importance for the interactions between nest mates. Thus, this

study aimed to assess the intraspecific variation of chemical compounds cuticular

between colonies of social wasp species. The cuticular chemical composition of five

species were analyzed from three different genres. The analyzes were done by gas

chromatography coupled to mass spectrometry (GC-MS). The results show that there

are relevant differences between the HCs profiles of species evaluated. In addition, each

of your colonies also differ in qualitatively and quantitatively, agree or disagree with the

Page 12: VARIAÇÃO INTER E INTRAESPECÍFICA DA …files.ufgd.edu.br/arquivos/arquivos/78/MESTRADO-DOUTORADO...derivados entre as abelhas e as vespas. A organização da sociedade destes organismos

2

type of environment in which they were nesting, giving each species and colony one

particular cuticular chemical profile.

Keywords: Polistinae, alkanes, chemical profile, surface pheromones.

INTRODUÇÃO GERAL

Os insetos sociais compreendem as formigas, os térmitas e os grupos mais

derivados entre as abelhas e as vespas. A organização da sociedade destes organismos

compõe-se de uma ou poucas fêmeas reprodutivas, operárias e um grande número de

crias (Wilson 1971, 1975).

Neste contexto, as vespas da família Vespidae são extremamente importantes

para o entendimento da origem e evolução do comportamento social em insetos

(Markiewicz & O’Donnell 2001), uma vez que abrange desde espécies solitárias até

altamente eussociais.

A família Vespidae é constituída atualmente por seis subfamílias: Euparagiinae,

Masarinae, Eumeninae, Stenogastrinae, Polistinae e Vespinae, entretanto, o

comportamento social está presente apenas em Stenogastrinae, Polistinae e Vespinae.

(Carpenter & Marques 2001).

Polistinae é uma subfamília que possui distribuição cosmopolita, contudo, sua

maior diversidade está concentrada na região Neotropical (Carpenter & Marques 2001).

As características comportamentais dessa subfamília merecem destaque, sobretudo, os

modos de fundação de suas colônias. Sua fundação pode ocorrer de modo independente,

na qual as fêmeas constroem ninhos simples e sem envelope protetor, fundados por uma

ou poucas fêmeas, representadas pelos gêneros Polistes, Mischocyttarus, Belonogaster,

Parapolybia e algumas espécies de Ropalidia (Jeanne 1980, Gadagkar 1991, Jeanne

1991). Ou ainda, fundação por enxameagem, na qual várias rainhas são acompanhadas

por centenas de operárias. Suas colônias são numerosas e os ninhos geralmente

constituídos por envelope protetor, representados pelos 20 gêneros da tribo Epiponini,

pelo gênero Polybioides e alguns Ropalidia (Jeanne 1980, 1991).

Outro aspecto importante da evolução do comportamento social em vespas é o

mecanismo de determinação de castas (rainha e operária), uma vez que pode ocorrer

tanto de forma pré-imaginal quanto pós-imaginal. Na determinação de castas pós-

imaginal, a casta é, ao menos em parte determinada durante a fase de adulto e as

operarias não perdem sua capacidade de reprodução (Gadagkar 1991). Por outro lado,

Page 13: VARIAÇÃO INTER E INTRAESPECÍFICA DA …files.ufgd.edu.br/arquivos/arquivos/78/MESTRADO-DOUTORADO...derivados entre as abelhas e as vespas. A organização da sociedade destes organismos

3

na determinação de castas pré-imaginal a nutrição larval e a taxa de desenvolvimento

dos imaturos são afetadas (Hunt 1991, O’Donnell 1998) dando origem a duas castas

distintas. Dessa forma, a subfamília Polistinae possui características evolutivas

importantes para entender como estes parâmetros evoluíram nas vespas eussociais (Ross

& Matthews 1991).

Quanto ao repertório comportamental, rainhas evitam realizar atividades de alto

custo energético e risco, tais como forrageamento, as quais são desempenhadas com

maior frequência pelas operárias (Strassmann et al 1984, O’Donnell 1998). Além disso,

a manutenção da colônia e alimentação de adultos e imaturos são tarefas mais

frequentes do repertório de operárias (Pratte & Jeanne 1984). Logo, o repertório

comportamental da rainha é menor quando comparado ao das operárias (Pardi 1948,

Jeanne 1972, Giannotti 1999, Zara & Balestieri 2000, Torres et al 2009, Torres et al

2012).

Para manter essa complexa organização, os insetos sociais desenvolveram um

mecanismo de comunicação complexo, no qual se destaca a troca de sinais de várias

origens, sobretudo, os químicos, sendo os receptores olfativos extremamente

importantes nesse processo (Ferreira-Caliman et al 2007). Essa comunicação ocorre de

forma cooperativa e é essencial para a manutenção da integridade das sociedades de

insetos (Wilson 1971). Para isso, são utilizados mecanismos que envolvem compostos

químicos denominados feromônios e receptores olfativos amplamente distribuídos pelos

apêndices, especialmente nas antenas (Atkins 1980). Tais respostas comportamentais

dos insetos estão intimamente relacionadas às variações quantitativas e qualitativas

desses compostos, no meio em que vivem (Howard & Blomquist 2005).

Respostas comportamentais que precisam de dispersão rápida desses sinais

químicos, como os de alarme, podem envolver feromônios constituídos por moléculas

pequenas e que são altamente voláteis, entretanto, os insetos sociais desenvolveram

vários outros mecanismos de comunicação nos quais estão envolvidos compostos não

voláteis como muitos hidrocarbonetos (Howard & Blomquist 2005).

Os HCs são sintetizados por células da derme denominados de oenócitos e é

sabido que sua composição pode ser influenciada tanto genética quanto ambientalmente,

podendo sofrer alterações temporais, de nidificações, dieta, dentre outros (Vander Meer

& Morel 1998, Richard & Hunt 2013). A cutícula dos insetos, portanto, é revestida por

hidrocarbonetos que primariamente oferecem uma barreira de proteção contra a

desidratação (Lockey 1988). No entanto durante o processo evolutivo, esses compostos

Page 14: VARIAÇÃO INTER E INTRAESPECÍFICA DA …files.ufgd.edu.br/arquivos/arquivos/78/MESTRADO-DOUTORADO...derivados entre as abelhas e as vespas. A organização da sociedade destes organismos

4

foram sendo cada vez mais empregados para a comunicação intraespecífica,

principalmente, entre os insetos sociais (Le Conte & Hefetz 2008).

A conservação de um monopólio reprodutivo por parte da rainha é um marco

atingido pelos insetos sociais e em espécies eussociais menos derivadas acreditava-se

que a rainha mantinha seu status reprodutivo usando agressividade para com as demais

fêmeas, contudo, nas últimas décadas diversos estudos vêm demonstrando a

importância e o papel dos HCs na comunicação entre membros das colônias e na

sinalização do status da rainha (Bonavita-Cougourdan et al 1991, Peeters et al 1999,

Liebig et al 2000, Sledge et al 2001, Dapporto et al 2005).

REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Hidrocarbonetos cuticulares em Vespas sociais

Os insetos sociais apresentam um sistema de organização complexo e, para

manter a coesão entre os membros de suas colônias desenvolveram mecanismos

específicos de comunicação, sendo a comunicação química a mais importante (Lorenzi

et al 1997, Singer & Espelie 1997, Ferreira-Caliman et al 2007). As colônias funcionam

como sistemas fechados cujos membros mantem os intrusos fora, sendo consideradas

sistemas biológicos complexos e estruturados devido as numerosas interações entre seus

membros (Greene 2010). Além disso, essas colônias tipicamente contêm entre dezenas e

milhões de indivíduos sendo então coordenadas de modo a funcionarem como unidades

ecológicas coesas (Bourke 1999, Billen 2006).

Neste contexto, a comunicação entre os membros de uma colônia pode ocorrer

por meio de diversos canais sensoriais, como os visuais, os acústicos, os táteis, os

magnéticos e, sobretudo, os químicos (Billen 2006). A comunicação química, é

vantajosa em relação às demais por permitir que a transmissão dessas informações

ocorra de forma rápida e eficiente em diversas condições (Zahavi 2008, Richard & Hunt

2013). Compostos químicos que carregam alguma informação foram denominados por

Vilela & Della Lucia (2001) de semioquímicos, que podem estar envolvidos na

comunicação intraespecífica (feromônios) ou em interações interespecíficas

(aleloquímicos). Os feromônios apresentam uma grande diversidade na sua composição

química, função e origem biossintética (D'ettorre & Moore 2008) enquanto que os

aleloquímicos são subdivididos em cairomônios, que beneficiam o receptor do sinal

Page 15: VARIAÇÃO INTER E INTRAESPECÍFICA DA …files.ufgd.edu.br/arquivos/arquivos/78/MESTRADO-DOUTORADO...derivados entre as abelhas e as vespas. A organização da sociedade destes organismos

5

químico e alomônios os quais beneficiam quem está emitindo (Ali & Morgan 1990,

Billen 2006, Richard & Hunt 2013).

Esses sinais químicos são tipicamente voláteis e podem ser constituídos por um

único componente ativo ou um complexo de substâncias produzidas em uma ou mais

glândulas exócrinas (Billen 2006, Billen & Morgan 1998). Estes compostos são

utilizados no reconhecimento de coespecíficos, e sua composição pode ser determinada

tanto por componentes genéticos (Ratnieks 1991, Page et al 1991) quanto por fatores

ambientais (Ratnieks 1991, Gamboa 1996). Os ambientais seriam aqueles adquiridos

pelos indivíduos a partir das condições ambientais em que está exposto, como alimento

e material levado para o ninho, e os hereditários estariam relacionados a fatores

genéticos e fatores exógenos (Gamboa et al 1986).

Um caso particular de compostos usados na comunicação química que não têm

origem glandular são os lipídios cuticulares. Tais lipídios recobrem a cutícula de insetos

e outros artrópodes terrestres formando uma camada hidrofóbica (Blomquist &

Bagnéres 2010). As classes de compostos mais comumente encontrados em insetos são

os ésteres, álcoois, ácidos graxos e hidrocarbonetos, sendo os últimos, os mais

abundantes na cutícula e os que têm recebido mais atenção devido à sua importância,

especialmente para comunicação em insetos sociais (Lockey 1988). Estes compostos

são produzidos nos oenócitos, células secretoras derivadas de células epidérmicas

(Lockey 1988), os quais são transportados até a cutícula via hemolinfa por proteínas

chamadas lipoforinas e depositados em diversas partes do corpo do inseto (Bagnéres &

Blomquist 2010, Blomquist et al 1998).

Os hidrocarbonetos cuticulares (HCs) são formados basicamente de hidrogênio e

carbono e são parte constituinte da camada lipídica que recobre a cutícula dos insetos,

cuja função primaria é evitar dessecação dos indivíduos (Lockey 1988). Entretanto,

apresentam um papel secundário como mediadores na comunicação química (Blomquist

2010). Assim, esses compostos atuam como feromônios de contato, conferindo uma

assinatura química especifica ao indivíduo e permitindo que por meio do perfil desses

HCs, indivíduos co-especificos sejam identificados e que a estrutura hierárquica da

colônia seja mantida (Provost et al 2008).

Os principais hidrocarbonetos que compõem a cutícula dos insetos são os

alcanos lineares, os alcanos ramificados e os alcenos (Lockey 1998, Howard &

Blomquist 2005) e são importantes para o estabelecimento da organização social e por

Page 16: VARIAÇÃO INTER E INTRAESPECÍFICA DA …files.ufgd.edu.br/arquivos/arquivos/78/MESTRADO-DOUTORADO...derivados entre as abelhas e as vespas. A organização da sociedade destes organismos

6

isso constituem grande parte das pesquisas sobre semioquímicos utilizados no processo

de reconhecimento (Lorenzi et al 1997).

Os HCs apresentam peso molecular relativamente alto e por isso são compostos

químicos não voláteis atuando como feromônios de contato, que recebem essa

denominação porque são percebidos por um inseto somente quando este entra em

contato direto com a cutícula de outro por meio de antenação (Lorenzi et al 1996).

Como consequência do peso molecular relativamente alto, os HCs apresentam baixa

volatilidade e, dessa forma, normalmente compõem misturas complexas que variam de

forma quantitativa, qualitativa e estrutural (D'ettorre & Moore 2008).

Este grande número de compostos e sua complexidade estrutural possibilita aos

insetos portarem informações complexas em sua própria cutícula (Lorenzi et al 1996).

Essas variações estruturais e conformação geométrica dos hidrocarbonetos cuticulares

podem ter evoluído de modo a fornecer um conteúdo informacional sem prejudicar a

habilidade de reter água (Blomquist 2010). Assim, os arranjos de hidrocarbonetos

cuticulares em insetos sociais, funcionam como “perfis químicos” dos indivíduos

(Gamboa et al 1986, Gamboa 1996).

O perfil químico de cada indivíduo carrega informações sobre sua idade, sexo,

linhagem, casta, fertilidade, estado fisiológico, grupo funcional, entre outras (Lorenzi et

al 1996, Provost et al 2008) e o conjunto de perfis químicos dos membros de uma

colônia forma uma assinatura química colonial ou “odor” característico da colônia. O

odor colonial é provavelmente adquirido poucas horas após a emergência de um imago,

pelo contato com o material do ninho e outros membros da colônia (Espelie et al 1990,

Singer & Espelie 1992, 1997, Singer et al 1998) e é usado como modelo de comparação

no processo de reconhecimento entre companheiros e não-companheiros de ninho (non-

nestmates) (D’ettorre & Lenoir 2010, Sturgis & Gordon 2012).

Segundo Van Zweden & D’ettorre (2010) a capacidade de reconhecer e

discriminar indivíduos a partir de sua assinatura química é amplamente difundida entre

os insetos sociais. Esta capacidade consiste na detecção de sinais químicos e na

comparação desses sinais com um modelo desencadeando uma resposta

comportamental. Assim, a atividade total de uma colônia em um dado momento é o

reflexo das interações entre todos os seus membros, reguladas por trocas de informações

baseadas principalmente em sinais químicos (Greene & Gordon 2003), com isso,

informações como o tipo de tarefa que uma operária executa na colônia ou o grupo ao

qual pertence, podem estar contidas no seu perfil químico.

Page 17: VARIAÇÃO INTER E INTRAESPECÍFICA DA …files.ufgd.edu.br/arquivos/arquivos/78/MESTRADO-DOUTORADO...derivados entre as abelhas e as vespas. A organização da sociedade destes organismos

7

Por outro lado, o ponto de fusão e as diferenças na conformação molecular

apresentadas por esses HCs são indicadoras da sua capacidade de proteção contra a

dessecação (Gibbs & Pomonis 1995). Assim, os alcanos lineares são normalmente

apontados como a principal classe responsável por essa função devido a sua geometria

plana e alto ponto de fusão, enquanto que os alcenos e alcanos ramificados são menos

eficientes na capacidade de retenção de água e normalmente são destacados pela sua

importância na comunicação química (Van Wilgenburg et al 2011). Estudos citam os

alcanos ramificados como os compostos mais relevantes para discriminação de

coespecíficos (Bonavita-Cougourdan et al 1991, Espelie et al 1994, Layton et al 1994,

Dani et al 1996, Lorenzi et al 1997). Contudo, a função de cada um destes compostos

ainda não está plenamente entendida (Tannure-Nascimento et al 2007).

Porém, tal abundância desses compostos podem impor dificuldades sobre o

inseto porque internamente, HCs ramificados podem baixar a temperatura do ponto de

ruptura da epicutícula, o que aumenta a vulnerabilidade do inseto à dessecação até

mesmo em temperaturas ambientes inferiores (Hefetz 2007). Entretanto, o perfil de HCs

ricos em uma grande variedade de alcanos ramificados, sugere então que eles possuam

funções adicionais, cujo benefício compensa sua desvantagem em impermeabilização.

Por exemplo, a sua mistura com os alcanos de cadeia linear aumenta a fluidez, o que

auxilia no seu transporte através dos canais dos poros, bem como facilita a sua

distribuição uniforme sobre a superfície cuticular (Buckner 1993).

Em vespas sociais, então, os estudos de comunicação química estão focados em

alguns aspectos da atividade da colônia, como os feromônios envolvidos no

comportamento de alarme e defesa, marcação de substrato e trilha para enxameio,

reconhecimento intracolonial, feromônios sexuais e feromônios relacionados à

dominância e status social (Landolt et al 1998, Bruschini et al 2010). Portanto, os HCs

cuticulares são importantes compostos envolvidos na comunicação química atuando no

reconhecimento intra e interespecificos (HCs) (Monnin, 2006, Blomquist & Bagneres

2010).

Os estudos de Howard et al (1982), Bonavita-Cougourdan et al (1987) e Breed

et al (1988) são os pioneiros em destacar a importância do papel dos HCs para

reconhecimento em insetos sociais. Entretanto, atualmente, diversos estudos tem

demonstrado a importância desses compostos no papel de reconhecimento

intraespecífico (Layton et al 1994, Sledge et al 2001, Dapporto et al 2004, Dapporto et

Page 18: VARIAÇÃO INTER E INTRAESPECÍFICA DA …files.ufgd.edu.br/arquivos/arquivos/78/MESTRADO-DOUTORADO...derivados entre as abelhas e as vespas. A organização da sociedade destes organismos

8

al 2005, Monnin 2006, Tannure-Nascimento et al 2007, Antonialli-Junior et al 2008,

Cotoneschi et al 2009, Izzo et al 2010, Neves et al 2012).

Por outro lado, o perfil de hidrocarbonetos cuticulares também vem sendo

utilizado para propor relações interespecíficas, como por exemplo, os trabalhos de

Jallon & Davida (1987) com espécies do gênero Drosophila, Bagnères et al (1991) em

térmitas do gênero Reticulitermes Sutton & Carlson (1993) em larvas de tefritídeos,

Elmes et al (2002) em borboletas do gênero Myrmica, Antonialli-Junior et al 2007 em

formigas do gênero Ectatomma e Braga et al (2013) em moscas Sarcophagidae.

Assim, Bagnères & Wicker-Thomas (2010) enfatizam também, a importância

dos HCs como ferramenta taxonômica em insetos sociais, e dentre os trabalhos que já

foram realizados para este fim, podemos citar o de Kaib et al (1991) com térmitas,

Martin et al (2008) com formigas e Baracchi et al (2010) com vespas Stenogastrinae. O

uso destes compostos como ferramenta taxonômica também é destacada por Kather &

Martin (2012), entretanto, esses autores ressaltam que é importante ser utilizada em

conjunto com outros métodos convencionais como morfologia, ecologia e análise

molecular. Esses autores também enfatizam a confiabilidade dos HCs para este fim,

uma vez que são produtos metabólicos estáveis, hereditários e dependentes da espécie.

Outros estudos que já mostraram a importância desses compostos para distinção

intraespecífica são os de Sledge et al (2001) e Tannure-Nascimento et al (2007), os

quais avaliaram que os HCs também foram significativamente importantes para

distinção intraespecífica em Polistes dominula e Polistes satan, respectivamente.

Em resumo, os compostos químicos cuticulares são de fato importantes para o

sucesso evolutivo dos insetos sociais, servindo como sinalizadores das interações entre

membros das colônias. Como sua composição pode variar tanto por fatores genéticos,

como por ambientais podem ser usados como ferramenta taxômica complementar.

OBJETIVO GERAL

Descrever e comparar os perfis químico cuticulares de 5 espécies de vespas

sociais da Subfamilia Polistinae (Hymenoptera:Vespidae), avaliando as relações intra e

interespecíficas.

HIPÓTESE

Nos insetos sociais os hidrocarbonetos cuticulares têm importante papel no

reconhecimento de coespecíficos, portanto, o perfil de HCs pode ser utilizado como

Page 19: VARIAÇÃO INTER E INTRAESPECÍFICA DA …files.ufgd.edu.br/arquivos/arquivos/78/MESTRADO-DOUTORADO...derivados entre as abelhas e as vespas. A organização da sociedade destes organismos

9

sinal de reconhecimento inter e intraespecíficos e, deste modo, usá-los como ferramenta

taxonômica complementar.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Ali MF, Morgan D (1990) Chemical communication in insect communities: a guide to

insect pheromones with special emphasis on social insects. Biol. Rev., v. 65, p.

227–247.

Antonialli-Junior WF, Andrade LHC, Súarez YR, Lima SM (2008) Intra- and

interspecific variation of cuticular hydrocarbon composition in two Ectatomma

species (Hymenoptera: Formicidae) based on Fourier transform infrared

photoacoustic spectroscopy. Genet. Mol. Res., 7(2): 559-566.

Antonialli-junior WF, Lima SM, Andrade LHC, Súarez YR (2007) Comparative study

of the cuticular hydrocarbon in queens, workers and males of Ectatomma

vizzotoi (Hymenoptera: Formicidae) by Fourier transform-infrared photoacoustic

spectroscopy. Genet. Mol. Res., 6: 492-499.

Atkins MD (1980) Introduction to insect behaviour. Macmillan Publi., New York.

Bagneres AG & Wicker-Thomas C (2010) Chemical taxonomy with hydrocarbons, p.

121-162. In Blomquist GJ & Bagneres AG (eds) Insect hydrocarbons: biology,

biochemistry, and chemical ecology. Cambridge: Cambridge U. P.

Bagneres AG, Blomquist GJ (2010) Site of synthesis, mechanism of transport and

selective deposition of hydrocarbons p.75-99. In Blomquist GJ, Bagneres AG

(eds). Insect hydrocarbons: biology, biochemistry and chemical ecology.

Cambridge: Cambridge U. P. 506p.

Bagneres, AG, Morgan ED (1991) The postpharyngeal glands and the cuticle contain

the same characteristic hydrocarbons. Experientia, 47: 106–111.

Page 20: VARIAÇÃO INTER E INTRAESPECÍFICA DA …files.ufgd.edu.br/arquivos/arquivos/78/MESTRADO-DOUTORADO...derivados entre as abelhas e as vespas. A organização da sociedade destes organismos

10

Baracchi D, Dapporto L, Tesseo S, Hashim R, Turillazzi S (2010) Medium molecular

weight polar substance of the cuticle as tools in the study of the taxonomy,

systematics and chemical ecology of tropical hover wasps (Hymenoptera:

Stenogastrinae). J. Zool. Syst. Evol., 48(2): 109–114. DOI: 10.1111/j.1439-

0469.2009.00543.x

Bego LR (1989) Behavioral interactions among queens of the polygynic stingless bee

Melipona bicolor bicolor Lepeletier. Braz. J. Med. Biol. Res., 22: 587 – 596.

Billen J (2006) Signal variety and communication in social insects. Proc. Neth.

Entomol. Soc. Meet., – Vol. 17.

Billen J, Morgan ED (1998) Pheromone communication in socal insects: sources and

secretions, p.3-33. In: Meer RKV, Breed MD, Espelie KE, Winston ML (eds)

Pheromone communication in social insects: ants, wasps, bees, and termites.

Westview Press, 388p.

Blomquist GJ (2010) Structure and analysis of insect hydrocarbons, p.19-34. In

Blomquist GJ, Bagneres AG (eds) Insect hydrocarbons: biology, biochemistry,

and chemical ecology. New York: Cambridge U. P.

Blomquist GJ et al (1998) The cuticle and cuticular hydrocarbons of insects: structure,

function, and biochemistry, p. 35-54. In Vander Meer RK et al. (eds) Pheromone

communication in social insects: ants, wasps, bees, and termites. Colorado:

Westview Press.

Blomquist GJ, Bagneres AG (2010) Insect hydrocarbons: biology, biochemistry, and

chemical ecology. New York: Cambridge U. P.

Bonavita-Cougourdan A, Clement JL, Lange C (1987) Nestmate recognition: the role of

cuticular hydrocarbons in the ant Camponotus vagus Scop. J. Entomol. Science,

22: 1–10.

Page 21: VARIAÇÃO INTER E INTRAESPECÍFICA DA …files.ufgd.edu.br/arquivos/arquivos/78/MESTRADO-DOUTORADO...derivados entre as abelhas e as vespas. A organização da sociedade destes organismos

11

Bonavita-Cougourdan A, Theraulaz G, Bagneres AG, Roux M, Pratte M, Provost E,

Clement JL (1991) Cuticular hydrocarbons, social organization and ovarian

development in a polistine wasp: Polistes dominulus Christ. Comp. Biochem.

Physiol., 100: 667–680. DOI: org/10.1016/0305-0491(91)90272-F.

Bourke AFG (1999) Colony size, social complexity and reproductive conflict in social

insects. J. Evolution. Biol., 12(2): 245–257. DOI: 10.1046/j.1420-

9101.1999.00028.x.

Braga MV, Pinto ZT, Carvalho-Queiroz MM, Matsumoto N, Blomquist GJ (2013)

Cuticular hydrocarbons as a tool for the identification of insect species: Puparial

cases from Sarcophagidae. Acta Trop., 128(3): 479–485. DOI:

10.1016/j.actatropica.2013.07.014.

Breed MD, Stiller TM, Moor MJ (1988) The ontogeny of kin discrimination cues in the

honey bee, Apis mellifera. Behav. Genet., 18: 439–448.

DOI10.1007/BF01065513.

Bruschini C, Cervo R, Turillazzi S (2010) Pheromones in social wasps. Vitam. Horm.,

v. 83, n. 10, p. 447–492.

Buckner JS (1993) Cuticular polar lipids of insects, p.227-270. In Stan-Ley-Samuelson

DW, Nelson DR (eds.): Insect lipids: chemistry, biochemistry and biology. –

University of Nebraska Press, Lincoln and London.

Carpenter JM (1991) Phylogenetic relationships and the origin of social behavior in the

Vespidae, p.7-32. In Ross KG, Matthews RW (eds.), The social biology of

wasps. Ithaca: Cornell U. P.

Carpenter JM, Marques OM (2001) Contribuicao ao estudo dos vespideos do Brasil

(Insecta, Hymenoptera, Vespoidae, Vespidae). Cruz das Almas: Universidade

Federal da Bahia. Publicacoes Digitais, Vol. II.

Page 22: VARIAÇÃO INTER E INTRAESPECÍFICA DA …files.ufgd.edu.br/arquivos/arquivos/78/MESTRADO-DOUTORADO...derivados entre as abelhas e as vespas. A organização da sociedade destes organismos

12

Cotoneschi C, Dani FR, Cervo R, Scala C, Strassmann JE, Queller DC, Turillazzi S

(2009) Polistes dominulus (Hymenoptera, Vespidae) larvae show different

cuticular patterns according to their sex: workers seem not use this chemical

information. Chem. Senses, 34: 195–202. DOI: 10.1093/chemse/bjn079.

D’ettorre P, Lenoir A (2010) Nestmate Recognition, p.194-209. In Lach L, Parr CL,

Abbott KL (eds) Ant Ecology. Oxford: Oxford U. P.

Dani FR, Turillazzi S, Morgan ED (1996) Dufour gland secretion of Polistes wasp:

chemical composition and possible involvement in nestmate recognition

(Hymenoptera: Vespidae). J. Insect Physiol., 42: 541–548.

DOI.org/10.1016/0022- 1910(95)00136-0.

Dapporto L, Palagi E, Turillazzi S (2004) Cuticular hydrocarbons of Polistes

dominulusas a biogeographic tool: a study of populations from the Tuscan

archipelago and surrounding areas. J. Chem Ecol., 30: 2139–2151.

Doi: 10.1023/B:JOEC.0000048779.47821.38

Dapporto L, Sledge FM, Turillazzi S (2005) Dynamics of cuticular chemical profiles of

Polistes dominulus workers in orphaned nests (Hymenoptera, Vespidae). J.

Insect Physiol., 51(3): 969–973. Doi:10.1016/j.jinsphys.2005.04.011

DOI:10.1146/annurev.en.27.010182.001053

D'ettorre P, Moore AJ (2008) Chemical communication and the coordination of social

interactions in insects, p.81-96. In D'ettorre P, Hughes DP (Eds). Sociobiology

of communication: an interdisciplinary perspective. New York: Oxford U. P.

Elmes GW, Akino T, Clarke TRT (2002) Interspecific differences in cuticular

hydrocarbon profiles of Myrmica ants are sufficiently consistent to explain host

specificity by Maculinea (large blue) butterflies. Oecologia, 130: 525–535. DOI

10.1007/s00442-001-0857-5.

Page 23: VARIAÇÃO INTER E INTRAESPECÍFICA DA …files.ufgd.edu.br/arquivos/arquivos/78/MESTRADO-DOUTORADO...derivados entre as abelhas e as vespas. A organização da sociedade destes organismos

13

Espelie K, Chapman RF, Sword GA (1994) Variation in the surface lipids of the

grasshopper, Schistocerca americana (Drury). Biochem. Syst. Ecol., 22: 563–

575. DOI.org/10.1016/0305-1978(94)90068-X.

Espelie KE, Wenzel JW, Chang G (1990) Surface lipids of social wasp Polistes

metricus Say and its nest and nest pedicel and their relation to nestmate

recognition. J. Chem. Ecol., 16(7): 2229–2241

Evans HE, West-Eberhard MJ (1970) The wasps. Ann Arbor: University of Michigan

Press.

Ferreira-Caliman MJ, Cabral GCP, Mateus S, Turatti ICC, Nascimento FS, Zucchi R

(2007) Composicao quimica da epicuticula de 77 operarias de Melipona

marginata (Hymenoptera, Apinae, Meliponini). Anais do VIII Congresso de

Ecologia do Brasil: 1–2.

Gadagkar R (1991) Belonogaster, Mischocyttarus, Parapolybia, and independent

founding Ropalidi, p. 149-190. In Ross KG, Matthews RW (eds), The social

biology of wasps. Ithaca: Cornell U. P.

Gamboa GJ (1996) Kin recognition in social wasps, p.161-177. In: Turillazzi S, West-

Eberhard MJ. Natural History and Evolution of Paper-Wasps. Oxford U. P.

Gamboa GJ, Reeve HK, Ferguson ID, Wacker TL (1986a) Nestmate recognition in

social wasps: origin and acquisition of recognition odours. Anim. Behav., 34:

685–695. DOI:10.1016/S0003-3472(86)80053-7

Giannotti E (1999) Organization of the eussocial wasp Mischocyttarus cerberus styx

(Hymenoptera: Vespidae). Sociobiology, 33: 325–338.

Gibbs A, Pomonis JG (1995) Physical properties of insect cuticular hydrocarbons: The

effects of chain length, methyl-branching and unsaturation. Comparative

Page 24: VARIAÇÃO INTER E INTRAESPECÍFICA DA …files.ufgd.edu.br/arquivos/arquivos/78/MESTRADO-DOUTORADO...derivados entre as abelhas e as vespas. A organização da sociedade destes organismos

14

Biochemistry and Physiology Part B: Biochem. Mol. Biol., v. 112, n. 2, p. 243–

249.

Greene MJ (2010) Cuticular hydrocarbon cues in the formation and maintenance of

insect social groups, p. 244-253. In Blomquist GJ, Bagnères AG. (eds). Insect

hydrocarbons: biology, biochemistry, and chemical ecology. New York:

Cambridge U. P.

Greene MJ, Gordon DM (2003) Cuticular hydrocarbons inform task decisions. Nature,

v. 423, p. 2190.

Hefetz A (2007) The evolution of hydrocarbon pheromone parsimony in ants

(Hymenoptera: Formicidae) – interplay of colony odor uniformity and odor

idiosyncrasy. A review. Myrmecol. News. 10, 59-68.

Howard RW, Blomquist GJ (1982) Chemical ecology and biochemistry of insect

hydrocarbons. Annu. Rev. Entomol., 27: 149–172.

Howard RW, Blomquist GJ (2005) Ecological, behavioural, and biochemical aspects of

insect hydrocarbons. Annu. Rev. Entomol., 50, 371—393.

Hunt JH (1991) Nourishment and the evolution of the Social Vespidae, p.426-450. In

Ross KG, Matthews RW (eds.), The social biology of wasps. Ithaca, New York:

Cornell U. P.

Izzo A, Wells M, Huang Z, Tibbetts E. (2010) Cuticular hydrocarbons correlate with

fertility, not dominance, in a paper wasp, Polistes dominulus. Behav. Ecol.

Sociobiol., 64: 857–874. DOI 10.1007/s00265-010-0902-7.

Jallon JM, David JR (1987) Variations in cuticular hydrocarbons among the eight

species of the Drosophila melanogaster subgroup. Evolution, 41(2): 294–302.

Jeanne RL (1972) Social biology of the Neotropical wasp Mischocyttarus drewseni.

Bull. Mus. Comp. Zool., 3: 63– 150.

Page 25: VARIAÇÃO INTER E INTRAESPECÍFICA DA …files.ufgd.edu.br/arquivos/arquivos/78/MESTRADO-DOUTORADO...derivados entre as abelhas e as vespas. A organização da sociedade destes organismos

15

Jeanne RL (1980) Evolution of social behavior in Vespidae. Annu. Rev. Entomol., 25:

371–395.

Jeanne RL (1991) Polyethism, p389-425. In Ross KG, Matthews RW (eds), The social

biology of wasps. Ithaca: Cornell U. P.

Kaib M, Brandl R, Bagine RKN (1991) Cuticular hydrocarbons profiles: a valuable tool

in termite taxonomy. Naturwissenschaften, 78: 176–179.

DOI:10.1007/BF01136208.

Kather R, Martin SJ (2012) Cuticular hydrocarbon profiles as a taxonomic tool:

advantages, limitations and technical aspects. Physiol. Entomol., 37, 25–32.

DOI:10.1111/j.1365-3032.2011.00826.x

Landolt PJ, Jeanne RL, Reed HC (1998) Chemical communication in social wasps,

p.216-235. In Vander Meer RK et al. (Eds). Pheromone communication in social

insects: ants, wasps, bees, and termites. Colorado: Westview Press.

Layton JM, Camann MA, Espelie KE (1994) Cuticular lipids profiles of queens,

workers and males of social wasp Polistes metricus say are colony-specific. J.

Chem. Ecol., 20(9): 2307–2321. DOI: 10.1007/BF02033205.

Le Conte Y, Hefetz A (2008) Primer pheromones in social hymenoptera. Annu. Rev.

Entomol., 53: 523 – 542.

Leal WS (2005) Pheromone reception. Top. Curr. Chem., 240: 1-36. DOI:

10.1007/b98314.

Liebig J, Peeters C, Oldham NJ, Markstadter C, Holldobler B (2000) Are variations in

cuticular hydrocarbons of queens and workers a reliable signal of fertility in the

ant Harpegnathos saltator?. P. Natl. Acad. Sci. USA., 97(8): 4124–4131

Doi:10.1073/pnas.97.8.4124.

Page 26: VARIAÇÃO INTER E INTRAESPECÍFICA DA …files.ufgd.edu.br/arquivos/arquivos/78/MESTRADO-DOUTORADO...derivados entre as abelhas e as vespas. A organização da sociedade destes organismos

16

Lockey KH (1988) Lipids of the insect cuticle: origin, composition and function. Comp.

Biochem. Phys. B., v. 89, p. 595-645.

Lorenzi M, Bagnères AG, Clément JL (1996) The role of cuticular hydrocarbons in

social insects: is it the same in paper-wasps? P.178-188. In Turillazzi S, West-

Eberhard MJ (eds). Natural history and evolution of paper-wasps. New York:

Oxford U. P.

Lorenzi MC, Bagneres AG, Clement JL, Turillazzi S (1997) Polistes biglumis

bimaculatus epicuticular hydrocarbons and nestmate recognition (Hymenoptera,

Vespidae). Insect. Soc., 44: 123–138. Doi 10.1007/s000400050035.

Markiewicz DA, O’Donnell S (2001) Social dominance, task performance and

nutrition: implications for reproduction in eusocial wasps. J. Comp. Physiol. A

Sens. Neural Behav. Physiol., 187: 327–333.

Martin SJ, Helantera H, Drijfhout FP (2008) Evolution of species-specific cuticular

hydrocarbon patterns in Formica ants. Biol. J. Linn. Soc., 95: 131–140.

DOI:10.1111/j.1095-8312.2008.01038.x.

Monnin T (2006) Chemical recognition of reproductive status in social insects. Ann.

Zool. Fenn., 43: 515–530.

Neves EF, Andrade LHC, Súarez YR, Lima SM, Antonialli-Junior WF (2012) Age-

related changes in the surface pheromones of the wasp Mischocyttarus

consimilis (Hymenoptera: Vespidae). Genet. Mol. Res., 11 (3): 1891-1898. DOI:

10.4238/2012.July.19.8

O’Donnell S (1998) Dominance and polyethism in the eusocial wasp Mischocyttarus

mastigophorus (Hymenoptera: Vespidae). Behav. Ecol. Sociobiol., 43: 327–331.

DOI:10.1007/s002650050498.

Page 27: VARIAÇÃO INTER E INTRAESPECÍFICA DA …files.ufgd.edu.br/arquivos/arquivos/78/MESTRADO-DOUTORADO...derivados entre as abelhas e as vespas. A organização da sociedade destes organismos

17

Page REJr, Metcalf RA, Metcalf RL, Erickson EHJr, Lampman RL (1991) Extractable

hydrocarbons and kin recognition in honeybee (Apis mellifera L.). J. Chem.

Ecol., 17(4): 745–756. DOI 10.1007/BF00994197.

Pardi L (1948) Dominance order in Polistes wasps. Physiol. Zool., 21: 1–13.

Peeters C, Monnin T, Malosse C (1999) Cuticular hydrocarbons correlated with

reproductive status in a queen less ant. P. Roy. Soc B., 266: 1323–1327.

DOI:10.1098/rspb.1999.0782.

Pratte M, Jeanne RL (1984) Antenal drumming behavior in Polistes wasps

(Hymenoptera: Vespidae). Z. Angew., 66: 177–188.

Provost E, Blight O, Tirard A, Renucci M (2008) Hydrocarbons and insects’ social

physiology, p.19-72. In Maes RP (eds), Insect Physiol. new res. Nova Science

Publishers.

Ratnieks FLW (1991) The evolution of genetic odor-cue diversity in social

hymenoptera. Am. Nat., 137 (2): 202-226.

Richard FJ, Hunt JH (2013) Intracolony chemical communication in social insects.

Insectes Soc., 60: 275–291. DOI 10.1007/s00040-013-0306-6.

Ross KG, Matthews RW (1991) The social biology of wasps. Ithaca, New York:

Cornell U. P.

Singer TL, Espelie KE (1992) Social wasps use nest paper hydrocarbons for nestmate

recognition. Anim. Behav., 44(1): 63–68. DOI.org/10.1016/S0003-

3472(05)80755-9.

Singer TL, Espelie KE (1997) Exposure to nest paper hydrocarbons is importante for

nest recognition by a social wasp, Polistes metricus Say (Hymenoptera,

Vespidae). Insectes Soc., 44: 245–254. DOI 10.1007/s000400050045.

Page 28: VARIAÇÃO INTER E INTRAESPECÍFICA DA …files.ufgd.edu.br/arquivos/arquivos/78/MESTRADO-DOUTORADO...derivados entre as abelhas e as vespas. A organização da sociedade destes organismos

18

Singer TL, Espelie KE, Gamboa GJ (1998) Nest and nestmate discrimination in

independent-founding wasp, p.104-125. In Vander Meer RK et al. (eds.).

Pheromone communication in social insects, Westview, Boulder.

Sledge MF, Boscaro F, Turillazzi S (2001) Cuticular hydrocarbons and reproductive

status in the social wasp Polistes dominulus. Behav. Ecol. Sociobiol., 49: 401–

409. DOI:10.1007/s002650000311.

Strassmann JE, Meyer DC, Marlock RL (1984) Behavioral castes in the social wasp,

Polistes exclamans (Hymenoptera: Vespidae). Sociobiology, 8: 211–224.

Sturgis SJ, Gordon DM (2012) Nestmate recognition in ants (Hymenoptera:

Formicidae): a review. Myrmecological News, v. 16, p. 101–110.

Sutton BD, Carlson DA (1993) Interspecific variation in tephritid fruit fly larvae surface

hydrocarbons. Arch. Insect Biochem. Physiol., 23(2):53–65.

DOI:10.1002/arch.940230202.

Tannure-Nascimento IC, Nascimento FS, Turatti IC, Lopes NP, Trigo JR, Zucchi R

(2007) Colony membership is reflected by variations in cuticular hydrocarbon

profile in a Neotropical paper wasp, Polistes satan (Hymenoptera, Vespidae).

Genet. Mol. Res., v.6, p. 390-396.

Torres VO, Antonialli-Junior WF, Giannotti E (2009) Divisao de trabalho em colonias

da vespa social neotropical Polistes canadensis canadenses Linnaeus

(Hymenoptera, Vespidae). Rev. Bras. Entomol., 53(4): 593–599.

Torres VO, Montagna TS, Raizer J, Antonialli-Junior WF (2012) Division of labor in

colonies of the eusocial wasp, Mischocyttarus consimilis. J. Insect Sci., 12:21.

DOI: 10.1673/031.012.2101.

Page 29: VARIAÇÃO INTER E INTRAESPECÍFICA DA …files.ufgd.edu.br/arquivos/arquivos/78/MESTRADO-DOUTORADO...derivados entre as abelhas e as vespas. A organização da sociedade destes organismos

19

Van Wilgenburg E, Felden A, Choe DH, Sulc R , Luo J ,Shea KJ , Elgar MA , Tsutsui

ND (2011). Learning and discrimination of cuticular hydrocarbons in a social

insect. Biol. Lett., v. 8, n. 1, p. 17–20.

Van zweden JS, D'ettorre P (2010) Nestmate recognition in social insects and the role of

hydrocarbons, p. 222-243. In Blomquist GJ, Bagnères AG (eds). Insect

hydrocarbons: biology, biochemistry, and chemical ecology. New York:

Cambridge U. P.

Vander Meer RK, Morel L (1998) Nestmate recognition in ants, p.79-103. In: Vander

Meer RK, Breed M, Winston M, Espelie KE (eds). Pheromone communication

in social insects. Westview Press Boulder. 368p.

Vilela EF, Della Lucia TMC (2001) Introdução aos semioquímicos e terminologia, p. 9-

12. In: ______. Feromônios de insetos: biologia, química e emprego no manejo

de pragas. Ribeirão Preto: Holos Editora.

Wilson EO (1971) The insect societies. Belknap Press, Harvard University Press,

Cambridge Massachusetts, 548p.

Wilson EO (1975) Sociobiology the new synthesis. Cambridge, MA: Ed. Belknap press.

697p.

Zahavi A (2008) The handicap principle and signalling in collaborative systems, p. 1-9.

In D'ettorre P, Hughes DP (Eds). Sociobiology of communication: Na

interdisciplinary perspective. New York: Oxford U. P.

Zara FJ, Balestieri JBP (2000) Behavioural catalogue of Polistes versicolor Oliver

(Vespidae: Polistinae) post-emergence colonies. Naturalia, 25: 301– 319.

Page 30: VARIAÇÃO INTER E INTRAESPECÍFICA DA …files.ufgd.edu.br/arquivos/arquivos/78/MESTRADO-DOUTORADO...derivados entre as abelhas e as vespas. A organização da sociedade destes organismos

20

Variação inter e intraespecífica dos compostos químicos

cuticulares de vespas eussociais Polistinae

Eva R. P. Soares1,2

; Rafael da S. Souza3; Nathan R. Batista

2; Cláudia A. L. Cardoso

3; Viviana de O.

Torres2; Fabio S. Nascimento

4; William F. Antonialli-Junior

1,2

1 Programa de Pós-graduação em Entomologia e Conservação da Biodiversidade, Universidade Federal

da Grande Dourados, 79804-970 Dourados-MS, Brasil. 2 Laboratório de Ecologia Comportamental,

Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul, 79804-970 Dourados-MS, Brasil. 3Centro de pesquisa em

biodiversidade, Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul, 79804-970 Dourados-MS, Brasil

4 Departamento de Biologia, Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Ribeirão Preto, Universidade de

São Paulo, 14040-901 Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil.

*Endereço para correspondência: [email protected].

RESUMO

As vespas sociais são notáveis devido a várias características comportamentais,

sobretudo, seu variável nível de organização social. Para manter a organização desse

sistema, os insetos sociais desenvolveram mecanismos de comunicação química

específicos, nos quais utilizam diversos tipos de compostos químicos que mediam

diferentes interações comportamentais, dentre esses, os hidrocarbonetos cuticulares

(HCs), que devido sua importância comprovada como sinais de reconhecimento entre

coespecíficos, também vem sendo investigados como ferramenta taxômica para avaliar

diferenças intra e interespecíficas. Dessa forma, este trabalho teve por objetivo avaliar a

variação inter e intraespecífica dos compostos químicos cuticulares entre colônias de

espécies de vespas sociais. Para avaliar os compostos químicos cuticulares foi utilizada

a técnica cromatografia gasosa acoplada a espectrometria de massas (CG-EM). Todas as

colônias pertencentes a mesma espécie apresentaram uma variedade de hidrocarbonetos

cuticulares (HCs), entre C17 a C37. Em relação aos compostos identificados em ordem de

maior abundância, estão os alcanos ramificados, alcanos lineares e alcenos,

respectivamente. Os resultados evidenciam que há diferenças quantitativas e qualitativas

entre os perfis de HCs das espécies avaliadas. Além disso, as colônias também diferiram

entre si de forma quali e quantitativa, conferindo a cada espécie e/ou colônia um perfil

químico cuticular particular, que pode ter relação em alguns casos com o tipo de

ambiente em que as colônias estavam nidificadas.

Palavras-chave: alcanos, perfil químico, feromônios de superfície.

Page 31: VARIAÇÃO INTER E INTRAESPECÍFICA DA …files.ufgd.edu.br/arquivos/arquivos/78/MESTRADO-DOUTORADO...derivados entre as abelhas e as vespas. A organização da sociedade destes organismos

21

ABSTRACT

The social wasps are notable due to various behavioral characteristics, especially

its variable level of social organization. To maintain the organization of this system the

social insects developed specific mechanisms of chemical communication in which use

various types of chemical compounds that mediate different behavioral interactions

among these, the cuticular hydrocarbons (CHs), which because of its importance proven

as recognition signals between conspecifics, is also being investigated as taxomic tool to

assess intra- and interspecific differences. Thus, this study aimed to evaluate the inter

and intraspecific variation of chemical compounds cuticular between colonies of social

wasp species. To evaluate the cuticular chemical compounds was used the technique of

gas chromatography coupled to mass spectrometry (GC-MS). All colonies of the same

species showed a variety of cuticular hydrocarbons (CHs) between the C17 –C37. In

relation to the compounds identified in order of greatest abundance, are branched

alkanes, linear alkanes and alkenes, respectively. The results show that there are

relevant differences between the HCs profiles the species evaluated. In addition, each of

your colonies also differ in qualitatively and quantitatively, giving each species and

colony or one particular cuticular chemical profile, which may be related in some cases

to the type of environment in which the colonies were nesting.

Keywords: alkanes, chemical profile, surface pheromones.

INTRODUÇÃO

Os insetos eussociais apresentam um sistema de organização que os define, no

qual há a divisão de trabalho reprodutivo, cuidado cooperativo com a prole e

sobreposição de gerações adultas (Wilson 1971). Esta organização é mantida pela troca

de sinais durante suas interações, sobretudo os sinais químicos, que são recebidos e

processados pelo cérebro e resultam em respostas mecânicas (Chapman 1998). Dentre

estes insetos estão as vespas sociais pertencentes à subfamília Polistinae, que são

conhecidas popularmente como “marimbondos ou cabas” e, juntamente com algumas

espécies de abelhas, todas as espécies de formigas e cupins, apresentam elevados níveis

de organização e socialidade (Wilson 1971).

Portanto, uma das condições que favoreceram a evolução e coesão dessa

complexa sociedade é a capacidade de reconhecimento entre companheiros e não

Page 32: VARIAÇÃO INTER E INTRAESPECÍFICA DA …files.ufgd.edu.br/arquivos/arquivos/78/MESTRADO-DOUTORADO...derivados entre as abelhas e as vespas. A organização da sociedade destes organismos

22

companheiros de ninhos (Singer et al 1998). A comunicação química é de fato, a mais

amplamente difundida entre os insetos sociais, a qual é baseada em informações

transmitidas por compostos químicos denominadas de semioquímicos ou ainda

chamados de feromônios, quando usados durante a comunicação entre indivíduos da

mesma espécie (Billen 2006).

Estes feromônios normalmente são divididos em dois tipos: substâncias leves e

voláteis que são secretadas por glândulas e cadeias de hidrocarbonetos encontradas na

cutícula (Howard 1993). Tais hidrocarbonetos cuticulares (HCs) estão agrupados numa

classe de compostos pouco voláteis conhecidos como “feromônios de superfície” que

são absorvidos pela superfície do corpo e são percebidos por outros insetos, a distâncias

pequenas ou detectados por contato direto (Abdalla et al 2003).

Os HCs são compostos formados basicamente de hidrogênio e carbono e têm

recebido maior atenção nas últimas décadas (Blomquist & Bagnères 2010). Estes

compostos fazem parte da camada lipídica que recobre a cutícula dos insetos e são

essenciais para a sua sobrevivência, pois têm como função primária evitar dessecação

dos indivíduos (Lockey 1988), além de criar uma barreira contra microrganismos

(Provost et al 2008). Estes HCs são sintetizados juntamente com outros lipídios que

compõem a cutícula, os quais são produzidos nos oenócitos, células secretoras derivadas

de células epidérmicas (Lockey 1988) e transportados até a cutícula via hemolinfa por

proteínas chamadas lipoforinas e depositados em diversas partes o corpo do inseto

(Bagnères & Blomquist 2010).

Dentre as centenas de HCs já identificados nos insetos existem três grupos que

se destacam: os n-alcanos, os compostos com ramificações metil e os hidrocarbonetos

insaturados (Blomquist 2010). Estes compostos atuam ainda, como sinais durante a

comunicação entre os insetos, sobretudo, os sociais, possibilitando o reconhecimento de

companheiros de ninho, do seu sexo, e casta (Howard 1993, Singer et al 1998; Vander

Meer & Morel 1998).

Esse sistema de reconhecimento elaborado permite a identificação de co-

específicos, mas também a distinção entre aqueles que possuem relação de parentesco,

uma vez que estes compostos presentes na cutícula dos insetos podem variar de acordo

com fatores genéticos ou mesmo exógenos (Ratnieks 1991, Page et al 1991, Arnold et

al 1996, Dahbi et al 1996, Gamboa et al 1996, Blomquist & Bagnères 2010, Kather &

Martin 2012). Dentre os componentes exógenos, aquele que contribui de forma

relevante é a dieta (Le Moli et al 1992, Liang & Silverman 2000, Buczkowski et al

Page 33: VARIAÇÃO INTER E INTRAESPECÍFICA DA …files.ufgd.edu.br/arquivos/arquivos/78/MESTRADO-DOUTORADO...derivados entre as abelhas e as vespas. A organização da sociedade destes organismos

23

2005, Sovari et al 2008). Ainda em relação a dieta, estes compostos também podem

variar de acordo com o ambiente em que suas colônias estão nidificadas.

Portanto, outra função importante destes compostos, já explorada em espécies de

vespas sociais é poder atuar como ferramenta biogeográfica, como já comprovada na

espécie Polistes dominula, na qual estes sinais variam significativamente entre

diferentes populações desta espécie (Dapporto et al 2004), podendo portanto, serem

usados como ferramenta taxonômica.

Contudo, ainda existem relativamente poucos trabalhos explorando este tema, de

fato, entre os trabalhos que avaliaram o uso dos HCs como ferramenta taxônomica, em

insetos sociais temos: Kaib et al (1991) com térmitas, Martin et al (2008) com formigas

e Baracchi et al (2010) com vespas Stenogastrinae.

Atualmente, o perfil químico de HCs vem sendo cada vez mais explorado como

um marcador bioquímico, servindo com uma ferramenta complementar útil para avaliar

variações entre populações de insetos (Dapporto et al 2004, Calderón-Fernández et al

2005).

No entanto, apesar da importância reconhecida destes compostos como

sinalizadores e ou marcadores bioquímicos, ainda são poucos os trabalhos que ja

exploraram seu uso como ferramenta para avaliar as variações inter e intraespecíficas,

sobretudo em vespas sociais. Portanto, o objetivo deste trabalho foi avaliar as relações

intra e interespecíficas entre espécies de vespas Polistinae empregando seus perfis

químicos cuticulares.

MATERIAIS E MÉTODOS

Coleta

As coletas foram realizadas em diferentes áreas dos municípios de Ivinhema,

Mundo Novo e Dourados no Estado de Mato Grosso do Sul e, Guaíra e Palotina no

Estado do Paraná. Foram coletadas colônias das seguintes espécies de vespas Polistinae:

Mischocyttarus bertonii, Mischocyttarus latior, Polistes versicolor, Polybia paulista e

Mischocyttarus consimilis, cujo número de colônias por local está discriminado na

Tabela 1.

Após coleta, todos os indivíduos adultos foram sacrificados por congelamento e

conservados até o momento da extração dos compostos, uma vez que o uso de qualquer

tipo de fixador ou conservante químico poderia reagir com os compostos da cutícula.

Page 34: VARIAÇÃO INTER E INTRAESPECÍFICA DA …files.ufgd.edu.br/arquivos/arquivos/78/MESTRADO-DOUTORADO...derivados entre as abelhas e as vespas. A organização da sociedade destes organismos

24

Para padronização das condições das colônias, todas foram coletadas em fase de pós-

emergência.

Extração dos compostos cuticulares para análise química

Os compostos cuticulares foram extraídos por contato de cada indivíduo durante

2 minutos em 2mL de hexano (Vetec, grau HPLC). Em seguida cada extrato obtido foi

seco em capela de exaustão e armazenado até o dia da análise, sendo então solubilizados

em 200 µL de hexano. Foram feitas extrações de 3 a 10 fêmeas adultas por colônia,

número que variou de acordo com o número de indivíduos na colônia e número de

colônias coletadas e também da espécie, uma vez que algumas espécies foram mais

abundantes que outras.

As espécies utilizadas foram identificadas pelo Prof. Dr. Orlando Tobias Silveira

(Museu Paraense Emílio Goeldi), especialista na área de taxonomia, sistemática e

biogeografia de Vespidae.

As análises foram realizadas em um sistema de cromatografo a gás acoplado à

espectrometria de massa CG-MS (SHIMADZU, modelo GCMS-QP 2010) equipado

com uma coluna DB5-MS (30.0 m de comprimento x 0,25 mm de diâmetro interno x

0,25 µm de espessura de filme). Rampa de aquecimento com temperatura inicial de

150oC alcançando 280°C à 3

oC min

-1 e permanecendo na temperatura final por 25

minutos. O hélio (99,999 %) foi empregado como gás de arraste em um fluxo de 1 mL

min-1

e as injeções foram de 1 µL no modo splitless. As temperaturas do injetor,

detector e da linha de transferência foram 250ºC, 250ºC e 290°C, respectivamente. Os

parâmetros de varredua do espectrômetro de massas incluíram voltagem de ionização de

impacto de elétron de 70 e V, na faixa de massa de 40 a 600 m/z e com intervalo de

varredura de 0.3s.

Para identificação dos compostos analisados foram empregados os índices de

retenção calculados (Van den Dool & Kratz, 1963) empregando uma série de alcanos

lineares, a biblioteca do equipamento (NIST21 e WILEY229), análise dos espectros de

massas. No caso dos alcanos lineares (C8-C40) também foram empregados os padrões

destes compostos.

A área do pico de cada composto foi determinada por integração manual de cada

cromatograma de íons totais (TIC). Em seguida todas as áreas foram transformadas em

áreas percentuais relativas.

Page 35: VARIAÇÃO INTER E INTRAESPECÍFICA DA …files.ufgd.edu.br/arquivos/arquivos/78/MESTRADO-DOUTORADO...derivados entre as abelhas e as vespas. A organização da sociedade destes organismos

25

Análise estatísticas

Foram realizadas análises discriminantes para avaliar as diferenças inter e

intraespecíficas empregando o Software SYSTAT 12, utilizando os valores percentuais

calculados a partir das áreas dos picos representadas nos cromatogramas de cada vespa.

Para reduzir o número de variáveis, todos os compostos presentes em menos do que

75% das amostras pertencentes ao mesmo grupo (espécies e/ou colônia) foram

excluídos de acordo com a metodologia já proposta por Dapporto et al (2004). Portanto,

o número de compostos comuns e o número de compostos utilizados para análises

estatísticas irão diferir.

RESULTADOS

Variação interespecífica entre 5 espécies de vespas Polistinae

Os compostos químicos identificados no perfil químico das 5 espécies variaram

de C17 a C37 e, dentre estes compostos os mais frequentes foram os alcanos ramificados,

alcanos lineares e alcenos, respectivamente. De acordo com as Tabelas 2, 3, 4, 5 e 6, é

possível detectar diferenças qualitativas e quantitativas entre a composição química

cuticular de cada espécie. Além disso, na maioria das espécies o número de compostos

identificados foi maior que 50% e, em termos de abundância, estes compostos

representaram mais de 80% das amostras.

Em termos comparativos, a espécie M. consimilis apresenta o maior número de

compostos identificados (60) e destes, o nonadecano, 4,8-dimetil hexacosano e 7 metil

tritriacontano das espécies analisadas foram detectados somente nesta espécie sendo

compostos exclusivos de algumas colônias analisadas. Já M. latior apresentou o menor

número de compostos identificados, 43, sendo o tritriacontano detectado apenas em M.

latior sendo exclusivo em uma das colônias analisadas. Para M. bertonii 61 compostos

foram identificados, dentre estes o 8-metil tetracosano, x-metil tritriacontano, 2-metil

docosano, 7-metil pentacosano, 11-metil dotriacontano, 10-metil dotriacontano,

pentatriacontano, 7-metil nonacosano, 14-metil triacontano e x-metil pentatriacontano

foram encontados somente nesta espécie sendo identificados com exclusividade em

duas das colônias analisadas desta espécie, sendo portanto, a espécie com maior número

de compostos encontrados somente em colônias de M. bertonii. Na cutícula de P.

versicolor foram identificados 53 compostos e destes o composto octadecano foi

Page 36: VARIAÇÃO INTER E INTRAESPECÍFICA DA …files.ufgd.edu.br/arquivos/arquivos/78/MESTRADO-DOUTORADO...derivados entre as abelhas e as vespas. A organização da sociedade destes organismos

26

detectado apenas nesta espécie. De P. paulista foram identificados 54 compostos e

nenhum deles foi exclusivo desta espécie.

Portanto, apenas analisando as diferenças qualitativas entre as espécies é

possível identificar uma nítida separação entre elas, uma vez que há variação na

quantidade de compostos identificados, abundância e exclusividade de compostos em

algumas colônias analisadas na maioria das espécies estudadas.

Dentre os compostos identificados 10 ocorreram em todas as espécies: 3-metil

octadecano (1), pentacosano (2), heptacosano (3), 3-metil heptacosano (4), octacosano

(5), x-metil octasoano (6), 3-metil octacosano (7), nonacosano (8), 13-metil nonacosano

(9) e 3-metil triacontano (10) (Fig. 1). Contudo, ao analisar a abundância de cada

composto nos cromatogramas (Fig. 1) é possível identificar diferenças quantitativas

entre eles. Os compostos 1, 2, 5 e 6 apresentam baixa abundância em todas as espécies

analisadas, já o composto 4 teve menor abundância apenas em P. versicolor.

O composto 7 ocorre em maior abundância, na espécie M. latior. Os compostos

9 e 10 apresentaram baixa abundância nas três espécies de Mischocyttarus, variando nas

demais. Por fim o composto 8 apresentou baixa abundância apenas em M. bertonii.

Além disso, ao analisar as diferenças quantitativas entre os compostos comuns à

75% das amostras, apenas 10 foram utilizados para a análise discriminante. Neste

sentido, a análise discriminante comprovou que há diferenças significativas entre estes

10 compostos químicos cuticulares entre as espécies (Wilks’Lambda= 0,006; F=

44,412; p<0,001 Fig. 1), dentre os quais 9 foram importantes para a separação dos

grupos. A primeira raiz canônica explicou 61,2 % dos resultados e a segunda 27,4 %,

portanto, juntas explicam 88,6 % dos resultados.

Ao analisar o diagrama de dispersão é possível identificar que o agrupamento

das amostras das espécies não seguiu um padrão de proximidade filogenética entre elas,

uma vez que as três espécies de Mischocyttarus ficaram relativamente separadas, sendo

que apenas M. latior e M. bertonii ficaram mais próximas, enquanto M. consimilis se

aproximou mais de P. versicolor.

Variação intraespecífica dos compostos químicos cuticulares da espécie

Mischocyttarus consimilis

As colônias de M. consimilis apresentaram um total de 163 compostos, destes 60

foram identificados (Tab. 2), ou seja, 47,8 % dos compostos, contudo, em termos de

abundância os compostos identificados representam 76,72 % ± 4,44 % do total. Em

Page 37: VARIAÇÃO INTER E INTRAESPECÍFICA DA …files.ufgd.edu.br/arquivos/arquivos/78/MESTRADO-DOUTORADO...derivados entre as abelhas e as vespas. A organização da sociedade destes organismos

27

ordem de maior frequência dos compostos identificados estão os metil alcanos, os

alcanos lineares, os dimetil alcanos, seguido por alcenos, respectivamente.

Dentre os compostos identificados 44 foram comuns a todas as colônias

analisadas, os quais estão identificados na Tab. 2, portanto, é nítida a diferença

qualitativa entre as colônias, uma vez que alguns compostos foram exclusivos para

algumas delas.

Além disso, há diferenças quantitativas significativas entre os perfis químicos

das colônias (Wilks’Lambda= 0,001; F= 2,426; p<0,001 Fig. 5). Dos 87 compostos

presentes em mais de 75% das amostras, 53 foram importantes para a separação dos

grupos. Na análise a primeira raiz canônica explicou 80 % dos resultados e a segunda 8

%, portanto, juntas explicam 88 % dos resultados (Fig. 5).

Variação intraespecífica dos compostos químicos cuticulares da espécie

Mischocyttarus bertonii

Nas amostras de M. bertonii foi possível detectar 93 compostos, dos quais 61

foram identificados (Tab. 3), portanto, 64,5 % do total. Foram identificados 36 metil

alcanos, 15 alcanos lineares, 5 dimetil alcanos e 4 alcenos, respectivamente, além disso,

em termos de abundância os compostos identificados representaram em média 90,26 %

± 4,71 % do total.

Dos compostos identificados, 21 foram comuns a todas as colônias: 3-metil

octadecano, 3- metil tricosano, x-metil tetracosano, pentacosano, 5- metil pentacosano,

3-metil pentacosano, hexacosano, 1-heptacoseno, heptacosano, 13-metil heptacosano, 5-

metil heptacosano, 3-metil heptacosano, octacosano, x-metil-octacosano, nonacosene,

nonacosano, 13,17- dimetil nonacosano, triacontano, 3-metil triacontano, hentriacontano,

13-metil hentriacontano, tritriacontano, 13, 17-dimetil tritriacontano (Tab. 3). No

entanto, apesar do número de compostos comuns às colônias é possível identificar uma

diferença qualitativa entre elas.

Além disso, há diferenças quantitativas significativas entre os perfis químicos

das colônias (Wilks’Lambda= 0,001; F= 6,647; p<0,001 Fig. 1), e dentre os 19

compostos presentes em 75% das amostras 13 foram importantes para a separação dos

grupos. A primeira raiz canônica explicou 83 % dos resultados e a segunda 9 %,

portanto, juntas explicam 92 % dos resultados (Fig. 1).

Page 38: VARIAÇÃO INTER E INTRAESPECÍFICA DA …files.ufgd.edu.br/arquivos/arquivos/78/MESTRADO-DOUTORADO...derivados entre as abelhas e as vespas. A organização da sociedade destes organismos

28

Variação intraespecífica dos compostos químicos cuticulares da espécie

Mischocyttarus latior

Foram detectados 81 compostos químicos cuticulares entre as colônias de M.

latior, dos quais 43 (53 %) foram identificados (Tab. 4). Foram identificados, 25 metil

alcanos, 15 alcanos lineares, 2 dimetil alcanos e apenas 1 alceno, respectivamente, os

quais em termos de abundância representam 88,56 % ± 3,07 % do total de compostos

identificados.

Dentre os compostos identificados, 26 foram comuns a todas as colônias: 3-metil

octadecano, nonadecano, 2-metil nonadecano, eicosano- 2-metil heneicosano, docosano,

2-metil docosano, 7-pentacoseno, 5-metil pentacosano, hexacosano, 3-metil

hexacosano, heptacosano, 5-metil heptacosano, 3-metil heptacosano, octacosano, x-

metil octacosano, 3-metil octacosano, nonacosano, 13-metil nonacosano, 2-metil

nonacosano, triacontano, 14-metil triacontano, 3-metil triacontano, hentriacontano,

dotriacontano, x-metil tetratriacontano (Tab. 4). Contudo, ao analisar a Tab. 4 é possível

identificar as diferenças qualitativas entre uma colônia e outra.

Além disso, ao analisar diferenças quantitativas apenas entre os compostos

presentes em 75% dos indivíduos a análise discriminante aponta que há diferenças

quantitativas significativas entre eles (Wilks’Lambda= 0,002; F= 7,356; p<0,001 Fig.

1). Dos 22 compostos utilizados na análise, 9 foram importantes para a separação dos

grupos. A primeira raiz canônica explicou 63,3 % dos resultados e a segunda 34,4 %,

portanto, juntas explicam 97,7 % dos resultados (Fig. 2).

Variação intraespecífica dos compostos químicos cuticulares da espécie

Polistes versicolor

Foram encontrados 157 compostos cuticulares nas colônias de P. versicolor, dos

quais 53 (37, 7%) foram identificados (Tab. 5), contudo, em termos de abundância estes

compostos identificados representam 76,55 % ± 8,16 % do total. Foram identificados 27

metil alcanos, 19 alcanos lineares, 6 dimetil alcanos e apenas 1 alceno, respectivamente.

Do total de compostos 42 foram comuns a todas as colônias Tab. 5. Portanto, é possível

identificar diferenças qualitativas entre as colônias.

Por outro lado, a análise discriminante também aponta diferenças quantitativas

significativas entre os compostos químicos das colônais desta espécie (Wilks’Lambda=

0,001; F= 6,765; p<0,001 Fig. 4). E, dentre 38 compostos utilizados para análise

estatística 22 foram importantes para a separação dos grupos. Neste sentido, as duas

Page 39: VARIAÇÃO INTER E INTRAESPECÍFICA DA …files.ufgd.edu.br/arquivos/arquivos/78/MESTRADO-DOUTORADO...derivados entre as abelhas e as vespas. A organização da sociedade destes organismos

29

raízes canônicas explicaram 84,5 % dos resultados, sendo que a primeira explicou 68,3

% e a segunda 16,2 % (Fig. 3).

Variação intraespecífica dos compostos químicos cuticulares da espécie

Polybia paulista

Nas colônias desta espécie foi possível detectar 137 compostos, dos quais 54

(39,4 %) foram identificados (Tab. 6), e destes 32 foram metil alcanos, 15 alcanos

lineares, 5 dimetil alcanos e 2 alcenos. No entanto, em termos de abundância os

compostos identificados representam 85,57 % ± 3,33 % do total.

Dentre os compostos apenas o composto 14- metil triacontano não foi

encontrado em uma das colônias (Tab. 6). Portanto, as colônias de P. paulista diferem,

de forma geral, quantitativamente uma das outras. De fato, a análise análise

discriminante apontou diferenças quantitativas significativas entre os perfis químicos

das colônias (Wilks’Lambda= 0,001; F= 617,804; p<0,001 Fig. 4).

Dentre os 26 compostos utilizados para a análise discriminante, 20 foram

importantes para a distinção dos grupos, sendo que a primeira raiz canônica explicou

84,2 % dos resultados e a segunda 15,2 % (Fig. 4), no qual houve a separação nítida das

três colônias analisadas, as quais foram coletadas em três cidades diferentes.

DISCUSSÃO

De forma geral, dos compostos identificados em todas as espécies os mais

abundantes, na ordem, foram os alcanos ramificados, alcanos lineares, e alcenos,

respectivamente (Fig. 8). Tannure-Nascimeto et al (2007) também encontraram

resultados similares analisando compostos químicos cuticulares de Polistes satan.

Tanto para as análises de distinção inter ou intraespecífica os alcanos

ramificados foram os mais importantes para separação dos grupos, junto com alguns

lineares. De fato, outros estudos já haviam citados os alcanos ramificados como os

compostos mais relevantes para discriminação de coespecíficos, como em colônias de

Polistes dominula (Bonavita-Cougourdan et al 1991, Dani et al 1996) e outras Polistes

(Espelie et al 1994, Layton et al 1994, Lorenzi et al 1997). Contudo, nestes estudos

alguns alcanos lineares também foram referidos como relevantes, portanto, os resultados

aqui apresentados corroboram estes estudos anteriores.

Danni et al (2001) sugeriram que a abundância dos compostos que compõem a

assinatura química é importante para a percepção do sinal químico recebido pelo inseto.

Neste sentido, os resultados obtidos apontam que os compostos identificados foram os

Page 40: VARIAÇÃO INTER E INTRAESPECÍFICA DA …files.ufgd.edu.br/arquivos/arquivos/78/MESTRADO-DOUTORADO...derivados entre as abelhas e as vespas. A organização da sociedade destes organismos

30

mais abundantes (mais de 80%), portanto, possivelmente os mais importantes para a

composição da assinatura química.

Por outro lado, a maior abundância de alcanos ramificados pode ser explicado

pelo fato de que tantos os resultados apresentados aqui, quanto os de Tannure-

Nascimento et al (2007), referem-se a análise de indivíduos adultos.

De fato, Cotoneschi et al (2007) avaliando os diferentes estágios de

desenvolvimento de Polistes dominula encontraram maior abundância de alcanos

linerares em imaturos e maior abundancia de alcanos ramificados em adultos,

destacando a importância e abundância dos alcanos ramificados em adultos. Espelie &

Hermann (1990), também constataram que o perfil químico fica mais complexo do ovo

até a forma adulta, sendo que há uma diminuição da abundância dos alcanos lineares e

um aumento na abundância dos alcanos ramificados. Os compostos mais pesados,

aqueles de cadeia mais longa vão se tornando mais frequentes, inserindo então, uma

clara variação nos perfis químicos ao longo dos estágios de desenvolvimento, até a

forma adulta (Brown et al 1991)

Gamboa et al (1996) discutem que tal abundância de alcanos ramificados pode

impor dificuldades para o inseto adulto porque, internamente HCs ramificados podem

baixar a temperatura do ponto de ruptura da epicutícula, o que aumenta a

vulnerabilidade do inseto à dessecação até mesmo em temperaturas ambientes inferiores

(Hefetz 2007). Entretanto, o perfil de HCs ricos em uma grande variedade de alcanos

ramificados, sugere que estes compostos têm funções adicionais, cujo benefício

compensa desvantagem em impermeabilização. Por exemplo, a sua mistura com os

alcanos de cadeia linear aumenta a fluidez, o que auxilia no seu transporte através dos

canais dos poros, bem como facilita a sua distribuição uniforme sobre a superfície

cuticular (Buckner 1993).

Os resultados evidenciam que há diferenças quantitativas e qualitativas entre os

perfis de HCs entre as espécies avaliadas. Além disso, cada uma das colônias também

diferem entre si de forma quali e quantitativa, conferindo a cada espécie e/ou colônia

um perfil químico cuticular particular.

O perfil químico particular de cada colônia (Tabelas 2, 3, 4, 5 e 6), comprova

que os HCs atuam como feromônios de contato para identificação de co-especificos,

corroborando com resultados já obtidos por Monnin (2006), Provost et al (2008),

atuando, portanto, como uma assinatura química não só a nível de indivíduo, mas

também da colônia. Tais compostos além de atuarem no reconhecimento do papel de

Page 41: VARIAÇÃO INTER E INTRAESPECÍFICA DA …files.ufgd.edu.br/arquivos/arquivos/78/MESTRADO-DOUTORADO...derivados entre as abelhas e as vespas. A organização da sociedade destes organismos

31

cada indivíduo dentro da colônia podem ser utilizados para compor a assinatura de cada

colônia (Layton et al 1994, Sledge et al 2001, Dapporto et al 2004, Dapporto et al 2005,

Monnin 2006, Antonialli-Junior et al 2007, Tannure-Nascimento et al 2008, Cotoneschi

et al 2009, Izzo et al 2010, Neves et al 2012).

Uma vez que cada espécie possui em perfil químico característico, eles podem

então, serem usados de forma complementar como ferramenta taxonômica. De fato, a

importância desses HCs como ferramenta taxonômica em insetos sociais é enfatizada

por Bagnères & Wicker-Thomas (2010) e entre os trabalhos que já foram realizados

para este fim, podemos citar o de Kaib et al (1991) com térmitas, Martin et al (2008)

com formigas e Baracchi et al (2010) com vespas Stenogastrinae.

Além disso, o uso destes compostos como ferramenta taxonômica também é

destacado por Kather & Martin (2012), entretanto, esses autores ressaltam que é

importante ser utilizada em conjunto com outros métodos convencionais como

morfologia, ecologia e análise molecular. Esses autores também enfatizam a

confiabilidade dos HCs para este fim, uma vez que são produtos metabólicos estáveis,

hereditários e dependentes da espécie.

Em todas as espécies estudadas é possível perceber que apesar do perfil de HCs

ser semelhante quanto a diversidade de compostos entre as colônias, ele podem se

diferir significativamente em termos quantitativos (Tab. 2, 3, 4, 5 e 6), conferindo a

cada colônia uma identidade química cuticular específica. Outros estudos que já

mostraram a importância desses compostos para distinção intraespecífica são os de

Sledge et al (2001) e Tannure-Nascimento et al (2007), os quais avaliaram que os HCs

também foram significativamente importantes para distinção intraespecífica em Polistes

dominula e Polistes satan, respectivamente.

Este perfil químico característico de cada colônia está relacionado ao fato de que

insetos sociais normalmente são eficientes na discriminação de companheiros de ninhos

(Wilson 1971, Howard et al 1982, Bonavita-Cougourdan et al 1987, Arnold et al 2000.)

e esta discriminação está baseada principalmente em sinais químicos, e os principais

compostos envolvidos neste processo são os HCs (Espelie & Hermann 1990, Howard &

Blomquist 2005).

Outros trabalhos ainda tem destacado a importância do perfil de HCs para a

distinção de populações (Dapporto et al 2004). Neste contexto, há estudos que discutem

que a semelhança do perfil de HCs está relacionada à proximidade entre colônias, as

quais, devem ter um maior nível de parentesco em relação as mais distantes, destacando

Page 42: VARIAÇÃO INTER E INTRAESPECÍFICA DA …files.ufgd.edu.br/arquivos/arquivos/78/MESTRADO-DOUTORADO...derivados entre as abelhas e as vespas. A organização da sociedade destes organismos

32

a importância dos fatores genético para compor o perfil de HCs das colônais (Dapporto

et al 2004). Além disso, estes autores sugerem que esta similaridade também pode ser

explicada pelo compartilhamento dos mesmos microhabitat entre colônias próximas.

Portanto, a partir dos resultados é possível concluir que, de fato, a composição

química cuticular de cada espécie é complexa, em termos de compostos, sendo que

entre elas há diferenças qualitativas e quantitativas, demostrando que, de fato, seus

perfis químicos podem ser usados como parâmetro para distinguir estas espécies. Além

disto, as diferenças entre colônias de uma mesma espécie, são, de forma geral,

quantitativas se agrupando em alguns casos por conta de estarem nidificadas no mesmo

tipo de ambiente, ou por ocorrerem próximas umas das outras, destacando, desta

maneira a importância dos fatores genéticos e ambientais para compor a assinatura

química da colônia. Assim, por estas análises também pode-se inferir que estes

compostos podem ser usados como ferramenta biogeográfica para avaliar diferenças

entre populações de vespas sociais.

AGRADECIMENTOS

Ao Dr. Orlando T. Silveira (Museu Paraense Emílio Goeldi) pela identificação

das espécies. À CAPES pela bolsa concedida, ao CNPq e FUNDECT pelo apoio

financeiro.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

Abdalla FC, Jones GR, Morgan ED, Cruz-Landim C (2003) Comparative study of the

cuticular hydrocarbon composition of Melipona bicolor Lepeletier, 1836

(Hymenoptera, Meliponini) workers and queens. Genet. Mol. Res., 2: 191–199.

Antonialli-junior WF, Lima SM, Andrade LHC, Súarez YR (2007) Comparative study

of the cuticular hydrocarbon in queens, workers and males of Ectatomma

vizzotoi (Hymenoptera: Formicidae) by Fourier transform-infrared photoacoustic

spectroscopy. Genet. Mol. Res., 6: 492-499.

Arnold G, Quenet B, Cornuet JM, Masson C, Deschepper B, Estoup A, Gasquil P

(1996) Kin recognition in honeybees. Nature, 379: 498. DOI:10.1038/379498a0

Page 43: VARIAÇÃO INTER E INTRAESPECÍFICA DA …files.ufgd.edu.br/arquivos/arquivos/78/MESTRADO-DOUTORADO...derivados entre as abelhas e as vespas. A organização da sociedade destes organismos

33

Bagneres AG & Blomquist GJ (2010) Site of synthesis, mechanism of transport and

selective deposition of hydrocarbons p.75-99. In Blomquist GJ, Bagneres AG

(Eds). Insect hydrocarbons: biology, biochemistry and chemical ecology.

Cambridge: Cambridge U. P. 506p.

Bagnères AG, Wicker-Thomas C (2010) Site of synthesis, mechanism of transport and

selective deposition of hydrocarbons, p.75-99. In Blomquist GJ, Bagnères AG

(Eds.), Insect hydrocarbons: biology, biochemistry, and chemical ecology. New

York: Cambridge U. P.

Baracchi D, Dapporto L, Tesseo S, Hashim R, Turillazzi S (2010) Medium molecular

weight polar substance of the cuticle as tools in the study of the taxonomy,

systematics and chemical ecology of tropical hover wasps (Hymenoptera:

Stenogastrinae). J. Zool. Syst. Evol., 48(2): 109–114. DOI: 10.1111/j.1439-

0469.2009.00543.x.

Billen J (2006). Signal variety and communication in social insects. Proc. Neth.

Entomol. Soc. Meet., - VOLUME 17.

Blomquist GJ (2010) Structure and analysis of insect hydrocarbons, p.19-34. In

Blomquist GJ, Bagnères AG (Eds.), Insect hydrocarbons: biology, biochemistry,

and chemical ecology. New York: Cambridge U. P.

Blomquist GJ, Bagneres AG (2010) Insect hydrocarbons: biology, biochemistry, and

chemical ecology. New York: Cambridge U. P.

Bonavita-Cougourdan A, Clement JL, Lange C (1987) Nestmate recognition: the role of

cuticular hydrocarbons in the ant Camponotus vagus Scop. J. Entomol. Science.,

22: 1–10.

Bonavita-Cougourdan A, Theraulaz G, Bagneres AG, Roux M, Pratte M, Provost E,

Clement JL (1991) Cuticular hydrocarbons, social organization and ovarian

Page 44: VARIAÇÃO INTER E INTRAESPECÍFICA DA …files.ufgd.edu.br/arquivos/arquivos/78/MESTRADO-DOUTORADO...derivados entre as abelhas e as vespas. A organização da sociedade destes organismos

34

development in a polistine wasp: Polistes dominulus Christ. Comp. Biochem.

Physiol., 100: 667–680. DOI: org/10.1016/0305-0491(91)90272-F.

Brown WV, Spradbery JP, Lacey MJ (1991) Changes in the cuticular hydrocarbon

composition during development of the social wasp, Vespula germânica (F.)

(Hymenoptera: Vespidae). Comp. Biochem. Physiol., Vol 99B pp. 553-562.

Buckner JS (1993) Cuticular polar lipids of insects, p.227-270. In Stan-Ley-Samuelson

DW, Nelson DR (Eds.): Insect lipids: chemistry, biochemistry and biology –

University of Nebraska Press, Lincoln and London.

Buczkowski G, Silverman J (2005) Context-dependent nestmate discrimination and the

effect of action thresholds on exogenous cue recognition in the Argentine ant.

Anim. Behav., 69: 741–749. DOI:10.1016/j.anbehav.2004.06.027.

Calderón Fernández G, Juárez MP, Monroy MC, Menes M, Bustamante D M,

Mijailovsky S (2005) Intraspecific variability in Triatoma dimidiata (Hemiptera:

Reduviidae) 54 populations from Guatemala based on chemical and

morphometric analyses. J. Med. Entomol., 42: 29-35.

Chapman R F (1998) The insects: structure and function. Cambridge: Cambridge U. P.

770 p.

Cotoneschi C, Dani FR, Cervo R, Scala C, Strassmann JE, Queller DC, Turillazzi S

(2009) Polistes dominulus (Hymenoptera, Vespidae) larvae show different

cuticular patterns according to their sex: workers seem not use this chemical

information. Chem. Senses, 34: 195–202. DOI: 10.1093/chemse/bjn079.

Cotoneschi C, Dani FR, Cervo R, Sledge MF, Turillazzi S (2007) Polistes

dominulus (Hymenoptera: Vespidae) larvae possess their own chemical

signatures. J. Insect Physiol., 53, 954–963. Doi: 10.1016/j.jinsphys.2006.12.016.

Page 45: VARIAÇÃO INTER E INTRAESPECÍFICA DA …files.ufgd.edu.br/arquivos/arquivos/78/MESTRADO-DOUTORADO...derivados entre as abelhas e as vespas. A organização da sociedade destes organismos

35

Dahbi A, Lenoir A, Tinaud A, Taghizadeh T, Francke W, Hefetz A (1996) Chemistry of

the postpharyngeal gland secretion and its implication for the phylogeny of the

Iberian Cataglyphis species (Hymenoptera: Formicidae). Chemoecology 7: 163-

171.

Dani FR, Jones GR, Destri S, Spencer SH, Turillazzi S (2001) Deciphering the

recognition signature within the cuticular chemicalprofile of paper wasps. Anim.

Behav., 62: 165-171.

Dani FR, Turillazzi S, Morgan ED (1996) Dufour gland secretion of Polistes wasp:

chemical composition and possible involvement in nestmate recognition

(Hymenoptera: Vespidae). J. Insect Physiol., 42: 541–548.

DOI.org/10.1016/0022- 1910(95)00136-0.

Dapporto L, Palagi E, Turillazzi S (2004) Cuticular hydrocarbons of Polistes dominulus

as a biogeographic tool: a study of populations from the Tuscan archipelago and

surrounding areas. J. Chem. Ecol., 30: 2139–2151.

Dapporto L, Sledge FM, Turillazzi S (2005) Dynamics of cuticular chemicalprofiles of

Polistes dominulus workers in orphaned nests (Hymenoptera, Vespidae). J.

Insect Physiol., 51: 969–973. DOI.org/10.1016/j.jinsphys.2005.04.011.

Espelie K, Chapman RF, Sword GA (1994) Variation in the surface lipids of the

grasshopper, Schistocerca americana (Drury). Biochem. Syst. Ecol., 22: 563–

575. DOI.org/10.1016/0305-1978(94)90068-X.

Espelie KE, Hermann HR (1990) Surface lipids of the social wasp Polistes annularis

(L.) and its nest and nest pedicel. J. Chem. Ecol., 16(6): 1841–1852.

Espelie KE, Hermann HR (1990) Surface lipids of the social wasp Polistes annularis

(L.) and its nest and nest pedicel. J. Chem. Ecol., 16(6): 1841–1852.

Page 46: VARIAÇÃO INTER E INTRAESPECÍFICA DA …files.ufgd.edu.br/arquivos/arquivos/78/MESTRADO-DOUTORADO...derivados entre as abelhas e as vespas. A organização da sociedade destes organismos

36

Gamboa G J (1996) Kin recognition in social wasps, p.161-177. In: Turillazzi S, West-

Eberhard MJ. Natural History and Evolution of Paper-Wasps. Oxford U P.

Hefetz A (2007) The evolution of hydrocarbon pheromone parsimony in ants

(Hymenoptera: Formicidae) – interplay of colony odor uniformity and odor

idiosyncrasy. A review. Myrmecol. News. 10, 59-68.

Howard RW (1993) Cuticular hydrocarbon and chemical communication, p.179-226. In

Stanley-Samuelson DW, Nelson DR (Eds.), Insect lipids: chemistry,

biochemistry and biology. Lincoln: University of Nebraska Press.

Howard RW, Blomquist GJ (1982) Chemical ecology and biochemistry of insect

hydrocarbons. Annu. Rev. Entomol., 27: 149-172.

DOI:10.1146/annurev.en.27.010182.001053

Howard RW, Blomquist GJ (2005) Ecological, behavioral, and biochemical aspects of

insect hydrocarbons. Annu. Rev. Entomol., 50: 371-393.

Izzo A, Wells M, Huang Z, Tibbetts E (2010) Cuticular hydrocarbons correlate with

fertility, not dominance, in a paper wasp, Polistes dominulus. Behav. Ecol.

Sociobiol., 64: 857–874. DOI 10.1007/s00265-010-0902-7

Kaib M, Brandl R, Bagine RKN (1991) Cuticular hydrocarbons profiles: a valuable tool

in termite taxonomy. Naturwissenschaften, 78: 176–179.

DOI:10.1007/BF01136208.

Kather R, Martin SJ (2012) Cuticular hydrocarbon profiles as a taxonomic tool:

advantages, limitations and technical aspects. Physiol. Entomol., 37: 25–32.

DOI: 10.1111/j.1365-3032.2011.00826.x.

Layton JM, Camann MA, Espelie KE (1994) Cuticular lipids profiles of queens,

workers and males of social wasp Polistes metricus say are colony-specific. J.

Chem. Ecol., 20(9): 2307–2321. DOI: 10.1007/BF02033205

Page 47: VARIAÇÃO INTER E INTRAESPECÍFICA DA …files.ufgd.edu.br/arquivos/arquivos/78/MESTRADO-DOUTORADO...derivados entre as abelhas e as vespas. A organização da sociedade destes organismos

37

Le Moli F, Mori A, Grasso DA (1992) Nestmate and conspecific nonnestmate

recognition in Formica cunnicularia Latr.: the effect of diet difference p.161-

165. In Billen J (Ed.), Biology and evolution of social insects. Leuven, Belgium:

Leuven U. P.

Liang D, Silverman J (2000) ‘You are what you eat’: diet modifies cuticular

hydrocarbons and nestmate recognition in the Argentine ant, Linepithema

humile. Naturwissenschaften. 87: 412–416.

Lockey KH (1988) Lipids of the insect cuticle: origin, composition and function. Comp.

Biochem. Physiol. B., v. 89, p. 595-645.

Lorenzi MC, Bagneres AG, Clement JL, Turillazzi S (1997) Polistes biglumis

bimaculatus epicuticular hydrocarbons and nestmate recognition (Hymenoptera,

Vespidae). Insect. Soc., 44: 123–138. Doi 10.1007/s000400050035.

Martin SJ, Helantera H, Drijfhout FP (2008) Evolution of species-specific cuticular

hydrocarbon patterns in Formica ants. Biol. J. Linn. Soc., 95: 131–140.

DOI:10.1111/j.1095-8312.2008.01038.x.

Monnin T (2006) Chemical recognition of reproductive status in social insects. Ann.

Zool. Fenn., 43: 515–530.

Neves EF, Andrade LHC, Súarez YR, Lima SM, Antonialli-Junior WF (2012) Age-

related changes in the surface pheromones of the wasp Mischocyttarus

consimilis (Hymenoptera: Vespidae). Genet. Mol. Res., 11 (3): 1891-1898. DOI:

10.4238/2012.July.19.8

Page REJr, Metcalf RA, Metcalf RL, Erickson EHJr, Lampman RL (1991) Extractable

hydrocarbons and kin recognition in honeybee (Apis mellifera L.). J. Chem.

Ecol., 17(4): 745–756. DOI 10.1007/BF00994197.

Page 48: VARIAÇÃO INTER E INTRAESPECÍFICA DA …files.ufgd.edu.br/arquivos/arquivos/78/MESTRADO-DOUTORADO...derivados entre as abelhas e as vespas. A organização da sociedade destes organismos

38

Provost E, Blight O, Tirard A, Renucci M (2008) Hydrocarbons and insects’ social

physiology, p.19-72. In: Maes RP (eds), Insect Physiol. New. Res., Nova

Science Publishers.

Ratnieks FLW (1991) The evolution of genetic odor-cue diversity in social

hymenoptera. Am. Nat., 137(2): 202–226.

Singer TL, Espelie EK, Gamboa GJ (1998) Nest and nestmate discrimination in

independent-founding wasps, p.104-125. In: Vander Meer RK, Breed MD,

Winston ML, Espelie EK (eds). Pheromone communication in social insects.

Boulder, Westview Press.

Sledge MF, Boscaro F, Turillazzi S (2001) Cuticular hydrocarbons and reproductive

status in the social wasp Polistes dominulus. Behav. Ecol. Sociobiol., 49: 401–

409. DOI:10.1007/s002650000311.

Sovari J, Theodora P, Turillazzi S, Hakkarainen H, Sundsteom L (2008) Food

resources, chemical signaling, and nestmate recognition in the ant Formica

aquilonia. Behav. Ecol., 19: 441–447. DOI: 10.1093/beheco/arm160.

Tannure-Nascimento IC, Nascimento FS, Turatti IC, Lopes NP, Trigo JR, Zucchi R

(2007) Colony membership is reflected by variations in cuticular hydrocarbon

profile in a Neotropical paper wasp, Polistes satan (Hymenoptera, Vespidae).

Genet. Mol Res., v. 6, p. 390-396.

Tannure-Nascimento IC, Nascimento FS, Zucchi R (2008) The look of royalty: visual

and odour signals of reproductive status in a paper wasp. Proc. R. Soc. B., 275:

2555–2561.

Van den Dool H, Kratz PD (1963) Ageneralization index system includind linear

temperature programmed gas-liquid chromatography. J. Chromatogr., 11, 463-

471.

Page 49: VARIAÇÃO INTER E INTRAESPECÍFICA DA …files.ufgd.edu.br/arquivos/arquivos/78/MESTRADO-DOUTORADO...derivados entre as abelhas e as vespas. A organização da sociedade destes organismos

39

Vander Meer RK, Morel L (1998) Nestmate recognition in ants, p.79-103. In: Vander

Meer RK, Breed M, Winston M, Espelie KE (eds). Pheromone communication

in social insects. Westview Press Boulder. 368p.

Wilson EO (1971) The insect societies. Belknap Press, Harvard University Press,

Cambridge Massachusetts, 548p.

Page 50: VARIAÇÃO INTER E INTRAESPECÍFICA DA …files.ufgd.edu.br/arquivos/arquivos/78/MESTRADO-DOUTORADO...derivados entre as abelhas e as vespas. A organização da sociedade destes organismos

40

Tabela 1. Número total de colônias coletadas e, por local de coleta para cada espécie de vespas sociais Polistinae.

Espécie

Nº de colônias coletadas

Local de coleta (número de colônias coletadas por

município).

Mischocyttarus bertonii 5 Mundo Novo (5)

Mischocyttarus latior 4 Dourados (2); Ivinhema (2)

Polistes versicolor 5 Mundo Novo (3); Dourados (1); Guaíra (1)

Polybia paulista 3 Mundo Novo (1); Ivinhema (1); (Dourados)

Mischocyttarus consimilis 11 Mundo Novo (9); Dourados (1); Palotina (1)

Page 51: VARIAÇÃO INTER E INTRAESPECÍFICA DA …files.ufgd.edu.br/arquivos/arquivos/78/MESTRADO-DOUTORADO...derivados entre as abelhas e as vespas. A organização da sociedade destes organismos

41

Tabela 2. Valores médios de área relativa percentual e seus desvios padrões de hidrocarbonetos cuticulares identificados nas colônias de

Michocyttarus consimilis.

Tempo

de

retenção

(min)

Composto

Ind.

Calc

Ind.

lit

Col. 1

Média ±

DP

(%)

Col. 2

Média

± DP

(%)

Col. 3

Média

± DP

(%)

Col. 4

Média

± DP

(%)

Col. 5

Média

± DP

(%)

Col. 6

Média

± DP

(%)

Col. 7

Média

± DP

(%)

Col. 8

Média

± DP

(%)

Col. 9

Média ±

DP

(%)

Col. 10

Média ±

DP

(%)

Col. 11

Média

± DP

(%)

9,774 5-metil heptadecano

1752

1749 - - - - - - - - - 0,08 ±

0,12

0,01 ±

0,01

10,985 Octadecano 1795 1800 - 0,13 ± 0,12

0,03 ± 0,05

0,06 ± 0,06

0,20± 0,22

0,20± 0,03

0,46 ± 0,64

0,22 ± 0,10

0,07 ± 0,11

0,04 ± 0,05

0,03 ± 0,01

13,442 3-metil octadecano* 1872 1875

0,05 ± 0,03

0,06 ± 0,01

0,11 ± 0,04

0,16 ± 0,12

0,12 ± 0,04

0,16 ± 0,03

0,15 ± 0,03

0,16 ± 0,04

0,23 ± 0,12

0,35 ± 0,27

0,09 ± 0,02

16,626 2-metil nonadecano* 1964 1962 0,55 ± 0,32

3,25 ± 2,80

2,54 ± 1,74

1,73 ± 2,67

2,65 ± 2,56

3,64 ± 2,84

0,89 ± 0,90

2,05 ± 0,68

1,92 ± 1,86

0,17 ± 0,02

0,19 ± 0,28

17,959 Eicosano* 2001 2000 0,05 ± 0,07

0,78 ± 0,45

0,55 ± 0,15

0,83 ± 0,5

1,34 ± 0,74

0,96 ± 0,11

1,27 ± 1,39

1,28 ± 0,22

1,27 ± 0,62

0,08 ± 0,04

0,28 ± 0,24

21,733 Heneicosano 2099 2100 0,03 ±

0,02

0,01 ±

0,01

0,03 ±

0,03

0,07 ±

0,03

0,03 ±

0,03

0,06 ±

0,06

0,08 ±

0,04

0,06 ±

0,07

0,01 ±

0,03

0,36 ±

0,51 -

23,266 9-metil heneicosano* 2140 - 1,36 ± 1,58

0,26 ± 0,45

3,56 ± 3,19

1,12 ± 0,98

2,64 ± 3,27

0,94 ± 1,63

5,36 ± 4,79

7,99 ± 2,92

4,61 ± 5,84

0,12 ± 0,17

0,89 ± 1,54

Page 52: VARIAÇÃO INTER E INTRAESPECÍFICA DA …files.ufgd.edu.br/arquivos/arquivos/78/MESTRADO-DOUTORADO...derivados entre as abelhas e as vespas. A organização da sociedade destes organismos

42

24,428 2-metil heneicosano* 2170 - 1,76 ± 0,68

4,85 ± 1,70

3,9 ± 3,43

8,41 ± 5,24

9,78 ± 4,62

10,91 ± 4,01

4,99 ± 4,46

11,12 ± 3,26

6,76 ± 4,55

1,67 ± 0,05

2,24 ± 2,51

25,604 Docosano* 2201 2200 0,03 ± 0,02

0,22 ± 0,04

0,31 ± 0,05

0,23 ± 0,20

0,46 ± 0,13

0,33 ± 0,03

0,33 ± 0,47

0,6 ± 0,15

0,99 ± 0,43

0,11 ± 0,02

0,29 ± 0,14

28,393

1-tricosene 2278 2289 - - 0,01 ± 0,02

- - 0,03 ± 0,05

0,14 ± 0,20

0,02 ± 0,04

- - -

29,491 Tricosano* 2301 2300 0,03 ± 0,02

0,10± 0,11

0,09 ± 0,01

0,40 ± 0,46

0,23 ± 0,06

0,50 ± 0,57

0,20 ± 0,13

0,26 ± 0,08

0,30 ± 0,37

1,59 ± 2,16

0,05 ± 0,01

30,548 x-metil tricosano* 2329 - 0,01 ±

0,01

0,02 ±

0,02

0,08 ±

0,06

0,03 ±

0,03

0,09 ±

0,08

0,15 ±

0,11

0,05 ±

0,07

0,06 ±

0,05

0,04 ±

0,06

0,02 ±

0,02

0,03 ±

0,03

32,258 3- metil tricosano 2373 2371 0,01 ± 0,01

0,03 ± 0,01

0,03 ± 0,02

0,01 ± 0,02

0,14 ± 0,03

0,05 ± 0,04

0,04 ± 0,05

0,06 ± 0,06

- 0,02 ± 0,02

-

33,313 Tetracosano* 2401 2400 0,04 ± 0,03

0,01 ± 0,01

0,03 ± 0,01

0,05 ± 0,03

0,01 ± 0,01

0,01 ± 0,01

0,02 ± 0,01

0,04 ± 0,02

0,05± 0,06

0,09 ± 0,10

0,02 ± 0,03

Page 53: VARIAÇÃO INTER E INTRAESPECÍFICA DA …files.ufgd.edu.br/arquivos/arquivos/78/MESTRADO-DOUTORADO...derivados entre as abelhas e as vespas. A organização da sociedade destes organismos

43

33,543

x,y- dimetil tricosano 2406 - - -

0,02 ± 0,02

- - - - - - 0,04 ± 0,06

-

34,445 10- metil tetracosano 2431 2434 - 0,01 ± 0,01

- 0,01 ± 0,01

0,15 ± 0,17

0,01 ± 0,01

- 0,06 ± 0,03

- 0,11 ± 0,13

-

36,179 7-pentacoseno 2477 2476 - 0,14 ± 0,24

0,03 ± 0,03

0,08 ± 0,08

0,32 ± 0,27

0,3 ± 0,31

0,49 ± 0,10

0,43 ± 0,11

0,16 ± 0,28

0,13 ± 0,14

0,01 ± 0,02

37,058 pentacosano* 2501 2500 0,06 ± 0,03

0,05 ± 0,01

0,13 ± 0,03

0,51 ± 0,17

0,26 ± 0,06

0,29 ± 0,09

0,19 ± 0,14

0,18 ± 0,09

0,29 ± 0,30

1,43 ± 1,79

0,12 ± 0,03

38,308

x- metil pentacosano

2535 - - - -

0,06 ± 0,08

-

0,02 ± 0,04

- -

0,02 ± 0,05

0,12 ± 0,17

-

38,811 5- metil pentacosano* 2549 2549 0,11 ± 0,06

0,09 ± 0,02

0,27 ± 0,09

0,43 ± 0,36

0,33 ± 0,4

0,11 ± 0,11

0,09 ± 0,04

0,12 ± 0,04

0,34 ± 0,17

0,42 ± 0,35

0,16 ± 0,01

39,725 3- metil pentacosano* 2573 2572 0,01 ±

0,01

0,02 ±

0,01

0,04 ±

0,01

0,12 ±

0,05

0,23 ±

0,18 0,08 ± 0

0,57 ±

0,83

0,12 ±

0,04

0,03 ±

0,03

0,23 ±

0,25

0,04 ±

0,02

40,711 hexacosano* 2600 2600 0,05 ± 0,01

0,02 ± 0,01

0,05 ± 0,01

0,1 ± 0,02

0,06 ± 0,01

0,06 ± 0,03

0,06 ± 0,04

0,06 ± 0,02

0,06 ± 0,04

0,10 ± 0,06

0,03 ± 0.01

43,082 2-metil hexacosano 2656 2656 0,03 ± 0,03

0,01 ± 0,01

0,01 ± 0,01

0,04 ± 0,04

0,02 ± 0,03

0,04 ± 0,01

0,05 ± 0,03

0,03 ± 0,01

0,01 ± 0,01

- 0,01 ± 0,01

43,303 3- metil hexacosano* 2672 2672 0,02 ± 0,01

0,03 ± 0,01

0,06 ± 0,03

0,13 ± 0,08

0,04 ± 0,02

0,08 ± 0,01

0,08 ± 0,05

0,07 ± 0,02

0,05 ± 0,06

0,06 ± 0,01

0,04 ± 0,01

Page 54: VARIAÇÃO INTER E INTRAESPECÍFICA DA …files.ufgd.edu.br/arquivos/arquivos/78/MESTRADO-DOUTORADO...derivados entre as abelhas e as vespas. A organização da sociedade destes organismos

44

43,980

4,8- dimetil hexacosano

2689 2690 0,06 ± 0,07

- - - - - - - - - -

44,263 heptacosano* 2698 2700 0,84 ± 0,37

0,83 ± 0,20

1,67 ± 0,64

2,20 ± 0,89

1,64 ± 0,52

1,96 ± 0,71

1,42 ± 1,05

1,53 ± 0,33

1,91 ± 0,51

2,96 ± 0,66

0,74 ± 0,08

44,809 x, y- dimetil heptacosano 2714 - 0,01 ± 0,02

0,01 ± 0,01

- 0,02 ± 0,02

0,23 ± 0,22

0,02 ± 0,02

0,57 ± 0,97

0,06 ± 0,06

- 0,27 ± 0,33

0,01 ± 0,02

45,370

x- metil heptacosano*

2731

-

0,01 ± 0,02

0,03 ± 0,01

0,10 ± 0,11

0,07 ± 0,01

0,01 ± 0,02

0,02 ± 0,02

0,02 ± 0,03

0,07 ± 0,04

0,02 ± 0,05

0,05 ± 0,01

0,06 ± 0,01

45,699 7- metil heptacosano 2741 2739 - - - - - 0,01 ±

0,01

0,01 ±

0,01 - - - -

46,001 5- metil heptacosano* 2750 2750 0,07 ± 0,03

0,1 ± 0,01

0,04 ± 0,01

0,21 ± 0,10

0,10 ± 0,04

0,14 ± 0,04

0,15 ± 0,11

0,19 ± 0,07

0,11 ± 0,05

0,05 ± 0,07

0,10 ± 0,01

46,807 3-metil heptacosano* 2774 2771 2,59 ± 1,47

3,89 ± 0,35

5,10 ± 0,38

6,81 ± 1,94

3,01 ± 0,77

6,01 ± 0,14

5,64 ± 2,55

4,76 ± 0,87

5,56 ± 0,97

6,09 ± 1,39

3,35 ± 0,26

47,702 octacosano* 2801 2800 0,14 ± 0,06

0,19 ± 0,07

0,34 ± 0,18

0,25 ± 0,12

0,21 ± 0,03

0,25 ± 0,06

0,17 ± 0,06

0,24 ± 0,08

0,43 ± 0,08

0,56 ± 0,14

0,15 ± 0,02

47,998 3, 11- dimetil heptacosano 2810 2810 0,05 ±

0,05

0,03 ±

0,01

0,01 ±

0,01

0,03 ±

0,03

0,03 ±

0,03

0,08 ±

0,03

0,11 ±

0,09

0,07 ±

0,03 - -

0,05 ±

0,01

48,603 x-metil octacosano* 2828 - 0,39 ± 0,20

0,36 ± 0,14

1,10 ± 0,99

0,38 ± 0,38

0,15 ± 0,08

0,50 ± 0,14

0,27 ± 0,22

0,27 ± 0,15

0,49 ± 0,25

1,94 ± 2,41

0,22 ± 0,05

49,644 2-metil octacosano* 2859 2858 0,36 ± 0,19

0,59 ± 0,04

0,52 ± 0,34

0,65 ± 0,22

0,64 ± 0,29

0,66 ± 0,17

0,51 ± 0,16

0,56 ± 0,08

0,66 ± 0,14

0,92 ± 0,07

0,46 ± 0,03

50,147 3-metil octacosano* 2874 2875 0,14 ± 0,07

0,24 ± 0,03

0,29 ± 0,07

0,22 ± 0,08

0,18 ± 0,02

0,21 ± 0,05

0,14 ± 0,05

0,19 ± 0,03

0,26 ± 0,06

0,38 ± 0,05

0,20 ± 0,02

50,663 4,8- dimetil octacosano* 2890 2890 0,07 ±

0,02

0,08 ±

0,01

0,04 ±

0,04

0,14 ±

0,05

0,05 ±

0,02

0,11 ±

0,09

0,12 ±

0,10

0,11 ±

0,05

0,14 ±

0,12

0,19 ±

0,26

0,11 ±

0,01

51,099 nonacosano* 2903 2900 3,27 ± 1,58

3,7 ± 1,23

5,74 ± 3,73

3,15 ± 1,50

5,14 ± 1,58

2,91 ± 0,39

1,83 ± 0,69

3,01 ± 0,96

4,76 ± 1,46

9,10 ± 0,44

3,19 ± 0,29

52,085 13-metil nonacosano* 2934 2931 0,91 ± 0,19

0,98 ± 0,16

2,29 ± 1,16

1,47 ± 0,39

0,69 ± 0,23

1,07 ± 0,41

0,86 ± 0,74

2,18 ± 0,67

1,37 ± 0,29

0,41 ± 0,58

1,58 ± 0,18

Page 55: VARIAÇÃO INTER E INTRAESPECÍFICA DA …files.ufgd.edu.br/arquivos/arquivos/78/MESTRADO-DOUTORADO...derivados entre as abelhas e as vespas. A organização da sociedade destes organismos

45

52,376 7-metil nonacosano* 2939 2939 0,08 ± 0,03

0,11 ± 0,01

0,45 ± 0,53

0,22 ± 0,08

0,13 ± 0,07

0,33 ± 0,09

0,14 ± 0,09

0,21 ± 0,06

0,21 ± 0,21

1,08 ± 1,37

0,19 ± 0,04

52,685 5-metil nonacosano* 2952 2950 0,11 ± 0,02

0,20 ± 0,06

0,17 ± 0,11

0,11 ± 0,07

0,17 ± 0,04

0,08 ± 0,02

0,08 ± 0,05

0,15 ± 0,04

0,14 ± 0,07

0,24 ± 0,02

0,21 ± 0,03

52,922 x, y- dimetil nonacosano* 2956 - 0,44 ± 0,06

0,30 ± 0,04

0,24 ± 0,22

0,44 ± 0,16

0,23 ± 0,06

0,28 ± 0,20

0,19 ± 0,13

0,33 ± 0,23

0,13 ± 0,27

0,30 ± 0,01

0,32 ± 0,04

52,937

11,19-dimetil nonacosano

2960 2962 - - - - -

0,10 ± 0,17

0,15 ± 0,27

0,10 ± 0,17

0,48 ± 0,31

- -

53,258 7,17-dimetil nonacosano 2970 2973 1,05 ± 1,76

0,01 ± 0,01

0,46 ± 0,80

- - - 0,85 ± 1,47

- 0,66 ± 1,98

- -

53,471 5,9- dimetil nonacosano* 2977 2976 4,02 ±

4,57

7,76 ±

1,10

9,45 ±

5,37

5,90 ±

2,23

6,08 ±

1,01

5,06 ±

1,23

2,97 ±

2,62

5,87 ±

1,65

7,78 ±

3,46

12,82 ±

6,15

6,87 ±

0,42

54,383 Triacontano* 3000 3000 2,13 ± 1,01

3,24 ± 0,40

2,26 ± 1,55

3,84 ± 1,34

3,16 ± 1,07

1,97 ± 0,39

2,48 ± 1,65

3,29 ± 0,78

2,71 ± 0,43

2,01 ± 1,39

4,15 ± 0,33

55,278 14-metil triacontano* 3034 3034 1,14 ± 0,58

1,28 ± 0,35

1,41 ± 0,39

2,05 ± 0,64

1,33 ± 0,21

1,31 ± 0,24

1,29 ± 1,28

1,90 ± 0,33

1,54 ± 0,32

1,16 ± 0,65

2,71 ± 0,3

56,096 2- metil triacontano* 3060 3062 0,66 ± 0,52

1,01 ± 0,06

0,62 ± 0,31

0,83 ± 0,26

0,63 ± 0,25

0,97 ± 0,38

0,87 ± 0,19

1,03 ± 0,21

1,25 ± 0,58

0,64 ± 0,73

1,45 ± 0,16

56,596 3-metil triacontano* 3076 3075 0,13 ±

0,09

0,21 ±

0,01

0,17 ±

0,09

0,17 ±

0,09

0,28 ±

0,06

0,07 ±

0,08

0,09 ±

0,04

0,19 ±

0,03

0,18 ±

0,10

0,17 ±

0,24

0,29 ±

0,03

57,444 Hentriacontano* 3103 3100 1,51 ± 0,85

2,08 ± 0,69

2,37 ± 2,21

2,84 ± 4,57

3,42 ± 1,47

2,76 ± 4,08

1,19 ± 1,6

0,63 ± 1,09

0,68 ± 1,37

3,63 ± 5,13

5,48 ± 1,13

58,410 x-metil hentriacontano* 3135 - 3,60 ±

1,38

4,74 ±

0,84

8,96 ±

5,34

4,54 ±

1,29

3,08 ±

0,49

3,73 ±

0,65

3,16 ±

1,6

5,75 ±

0,86

5,45 ±

1,57

6,39 ±

4,07

6,80 ±

0,63

59,095 13,17- dimetil hentriacontano

3157 3155 5,91 ± 4,07

8,18 ± 2,51

6,33 ± 4,2

8,36 ± 1,57

4,39 ± 1,3

8,55 ± 1,45

7,38 ± 2,4

9,97 ± 1,77

10,63 ± 2,93

4,17 ± 5,19

-

59,720 3-metil hentriacontano* 3178 3180

1,76 ± 1,29

2,57 ± 0,17

1,02 ± 1,22

0,19 ± 0,14

1,86 ± 0,84

0,35 ± 0,22

0,74 ± 0,47

1,07 ± 0,88

0,97 ± 1,15

3,31 ± 2,81

1,96 ± 1,25

Page 56: VARIAÇÃO INTER E INTRAESPECÍFICA DA …files.ufgd.edu.br/arquivos/arquivos/78/MESTRADO-DOUTORADO...derivados entre as abelhas e as vespas. A organização da sociedade destes organismos

46

*Compostos comuns a todas as colônias. Col. = colônia, Ind. Calc = índice calculado, Ind. Lit = índice da literatura, DP = desvio padrão

60,609 Dotriacontano* 3207 3200 2,32 ± 1,36

3,72 ± 0,36

2,17 ± 1,51

3,54 ± 0,93

3,70 ± 1,31

2,12 ± 0,66

2,49 ± 0,95

2,52 ± 0,21

2,93 ± 0,57

2,07 ± 1,18

4,90± 0,39

61,377 11-metil dotriacontano 3233 3228 - 1,23 ± 2,14

1,4 ± 1,72

2,98 ± 1,01

1,2 ± 2,08

2,4 ± 0,79

2,76 ± 0,87

2,25 ±0,59

2,91 ± 0,41

2,24 ± 1,41

4,90 ± 0,52

61,981 12,16-dimetil dotriacontano 3254 3257 1,82 ± 2,17

0,46 ± 0,06

0,10 ± 0,18

0,09 ± 0,16

- 0,85 ± 0,58

0,43 ± 0,50

- 0,52 ± 0,31

0,54 ± 0,77

0,35 ± 0,31

62,339 2-metil dotriacontano* 3260 3262 0,66 ± 0,31

1,01 ± 0,07

0,52 ± 0,32

0,67 ± 0,35

0,99 ± 1,18

0,40 ± 0,69

1,16 ± 1,59

1,17 ± 0,57

0,79 ± 0,45

0,78 ± 0,92

1,30 ± 0,06

63,406 tritriacontano 3300 3300 1,51 ± 0,84

0,28 ± 0,06

0,31 ± 0,25

0,25 ± 0,07

0,72 ± 0,27

- 0,11 ± 0,11

- 0,16 ± 0,16

0,32 ± 0,11

0,31 ± 0,08

64,299 13- metil tritriacontano* 3333 3332 0,99 ±

0,92

1,99 ±

0,21

3,62 ±

2,63

0,93 ±

0,81

1,43 ±

0,47

0,78 ±

0,81

0,88 ±

0,29

1,42 ±

1,17

1,59 ±

0,74

0,69 ±

0,97

3,15 ±

0,21

Page 57: VARIAÇÃO INTER E INTRAESPECÍFICA DA …files.ufgd.edu.br/arquivos/arquivos/78/MESTRADO-DOUTORADO...derivados entre as abelhas e as vespas. A organização da sociedade destes organismos

47

Tabela 3. Valores médios de área relativa percentual e seus desvios padrões de hidrocarbonetos cuticulares identificados nas colônias de

Michocyttarus bertonii.

Tempo

de

retenção

(min)

Composto

Ind. Calc

Ind. lit

Col. 1

Média ± DP

%

Col. 2

Média ± DP

%

Col. 3

Média ± DP

%

Col. 4

Média ± DP

%

Col. 5

Média ± DP

%

9,930 5-metil heptadecano 1757 1749 - 0,03 ± 0,06 0,72 ± 0,38 - 0,10 ± 0,16 10,945 Octadecano 1794 1800 - 0,06 ± 0,11 - 0,03 ± 0,04 0,02 ± 0,03

13,394 3-metil octadecano* 1871 1875 0,07 ± 0,14 0,26 ± 0,14 2,04 ± 2,43 0,27 ± 0,25 0,19 ± 0,09

16,520 2-metil nonadecano 1961 1962 0,02 ± 0,04 - - 0,25 ± 0,31 2,25 ± 2,39

18,705 eicosano* 2001 2000 0,60 ± 0,27 0,55 ± 0,39 0,31 ± 0,09 0,50 ± 0,17 0,37 ± 0,19

21,692 heneicosano 2098 2100 - 0,32 ± 0,18 - 0,05 ± 0,13 0,11 ± 0,17

23,073 9-metil heneicosano 2135 2138 - 0,39 ± 0,61 0,04 ± 0,05 2,64 ± 2,97 11,08 ± 8,89

24,392 2-metil heneicosano* 2169 2170 9,51 ± 3,76 9,44 ± 6,19 0,04 ± 0,06 9,01 ± 7,55 1,55 ± 3,47

25,42 Docosano 2196 2200 - 0,27 ± 0,19 0,01 ± 0,02 0,40 ± 0,31 0,22 ± 0,20

28,377 2-metil docosano 2272 2270 - 0,15 ± 0,16 0,02 ± 0,03 - -

28,822 tricoseno 2284 2277 - 0,11 ± 0,12 - 0,10 ± 0,11 0,1 ± 0,15

29,444 tricosano 2300 2300 - 3,26 ± 2,01 0,09 ± 0,08 0,48 ± 0,84 0,67 ± 1,25

30,512 x-metil tricosano 2329 - - 0,02 ± 0,04 - 0.01 ± 0,01 0,02 ± 0,04 32,241 3-metil tricosano 2373 2373 0,04 ± 0,09 0,30 ± 0,23 - 0,01 ± 0,04 0,11 ± 0,07

33,275 tetracosano 2400 2400 - 0,20 ± 0,15 1,24 ± 0,22 0,03 ± 0,06 0,02 ± 0,04

34,362 x-metil tetracosano 2429 - 0,08 ± 0,15 0,30 ± 0,23 - 0,20 ± 0,17 0,17 ± 0,22

34,395 8-metil tetracosano 2430 2430 0,08 ± 0,15 - 0,25 ± 0,09 - -

36,054 7-pentacoseno 2474 2476 0,06 ± 0,10 0,24 ± 0,07 0,54 ± 0,04 - 0,15 ± 0,14

37,014 pentacosano 2499 2500 2,10 ± 1,58 4,56 ± 1,97 0,31 ± 0,06 1,21 ± 0,81 2,23 ± 1,17

38,314 7-metil pentacosano 2535 2537 - 0,02 ± 0,03 39,51 ± 7,88 - -

38,751 5- metil pentacosano* 2547 2549 0,39 ± 0,57 0,85 ± 0,73 10,34 ± 6,01 0,38 ± 0,18 0,55 ± 0,28

39,682 3-metil pentacosano* 2572 2572 0,67 ± 0,15 0,92 ± 0,39 2,08 ± 4,50 0,85 ± 0,83 0,36 ± 0,22

40,66 hexacosano* 2599 2600 0,38 ± 0,07 0,41 ± 0,10 0,02 ± 0,04 4,42 ± 11,34 0,29 ± 0,10

43,316 1-heptacoseno* 2672 2673 33,42 ± 9,21 17,71 ± 4,20 0,15 ± 0,03 28,96 ± 16,48 20,13 ± 12,32 44,219 heptacosano* 2697 2700 7,81 ± 4,92 11,38 ± 5,00 9,48 ± 1,95 9,97 ± 6,32 9,24 ± 3,83

45,354 13-metil heptacosano* 2730 2731 0,16 ± 0,19 0,14 ± 0,14 0,39 ± 0,11 0,20 ± 0,33 0,07 ± 0,06

45,640 7- metil heptacosano 2739 2739 - - 0,22 ± 0,24 - 0,08 ± 0,03

Page 58: VARIAÇÃO INTER E INTRAESPECÍFICA DA …files.ufgd.edu.br/arquivos/arquivos/78/MESTRADO-DOUTORADO...derivados entre as abelhas e as vespas. A organização da sociedade destes organismos

48

45,949 5- metil heptacosano* 2748 2750 0,08 ± 0,16 0,03 ± 0,05 2,64 ± 5,82 1,32 ± 3,7 0,12 ± 0,03

46,735 3-metil heptacosano* 2772 2771 9,43 ± 2,41 4,55 ± 2,89 4,61 ± 5,9 8,12 ± 4,89 7,45 ± 1,98

47,647 octacosano* 2799 2800 0,47 ± 0,11 0,52 ± 0,17 0,23 ± 0,32 1,28 ± 1,94 0,40 ± 0,22

48,533 x-metil octacosano* 2826 - 0,67 ± 0,28 1,08 ± 1,07 3,41 ± 0,75 2,08 ± 3,50 0,49 ± 0,17

49,495 2-metil octacosano 2855 2858 - - 0,11 ± 0,15 0,08 ± 0,21 0,2 ± 0,28

50,173 3-metil octacosano 2875 2875 12,42 ± 2,61 7,60 ± 1,86 - - 7,79 ± 1,70

50,444 Nonacoseno 2883 2888 0,54 ± 0,37 0,28 ± 0,31 - 2,12 ± 3,06 0,41 ± 0,12

50,991 Nonacosano* 2900 2900 3,67 ± 1,35 5,18 ± 1,15 2,74 ± 0,30 3,32 ± 2,40 3,82 ± 1,78

52,010 13-metil nonacosano 2931 2931 - 0,04 ± 0,08 0,02 ± 0,05 0,58 ± 1,30 0,41 ± 0,46

52,079 x-metil triacontano 2933 - 0,47 ± 0,94 - - - -

52,319 7-metil nonacosano 2941 2939 - - - - 0,02 ± 0,03

53,368 13,17-dimetil

nonacosano* 2973 2973 2,89 ± 0,97 1,78 ± 0,91 0,10 ± 0,22 2,33 ± 1,65 1,72 ± 1,27

54,215 Triacontano* 3000 3000 0,06 ± 0,12 0,31 ± 0,11 1,97 ± 1,43 0,71 ± 1,08 0,52 ± 0,86

55,171 14-metil triacontano 3030 3034 - - 0,54 ± -0,50 - 0,07 ± 0,10

55,209 x-metil triacontano 3032 - 0,07 ± 0,15 0,19 ± 0,19 - - -

56,63 3-metil triacontano* 3075 3075 0,89 ± -0,41 1,26 ± 0,41 0,09 ± 0,21 0,65 ± 0,89 0,56 ± 0,36

57,301 hentriacontano* 3098 3100 2,39 ± 1,14 2,39 ± 1,14 1,96 ± 1,42 4,48 ± 3,31 4,33 ± 2,30

58,244 13-metil hentriacontano* 3129 3132 2,49 ± 3,65 2,48 ± 3,65 0,53 ± 0,50 1,30 ± 1,93 3,08 ± 3,52

59,394 13,17-dimetil

hentriacontano

3167

3155 -

-

-

1,61 ± 2,72 0,06 ± 0,13

59,595 3-metil hentriacontano 3172 3174 - 0,98 ± 0,41 0,62 ± 0,22 - 0,49 ± 0,39 61,244 dotriacontano 3206 3200 0,86 ± 0,53 - - - 0,22 ± 0,41

61,272 11-metil dotriacontano 3227 3228 - 0,08 ± 0,13 - - -

62,11 12,16-dimetil

dotriacontano 3253 3257 - 0,75 ± 0,81 0,05 ± 0,10 0,08 ± 0,15 0,13 ± 0,27

63,342 tritriacontano* 3291 3300 0,14 ± 0,23 0,25 ± 0,26 0,40 ± 0,3 0,3 ± 0,42 0,82 ± 1,09

64,163 13-metil tritriacontano 3320 3332 1,60 ± 1,82 - - 0,86 ± 0,56 0,68 ± 1,02

64,182 13-metil tritriacontano 3321 3322 - 0,19 ± 0,33 0,28 ± 0,56 - -

64,190 10-metil dotriacontano 3321 3325 - 3,71 ± 1,46 - - -

64,921 13, 17- dimetil

tritriacontano*

3349

3355 0,17 ± 0,27 0,28 ± 0,18 0,08 ± 0,18 0,16 ± 0,19 0,50 ± 0,36

65,535 11,21-dimetil

tritriacontano 3372 - 0,06 ± 0,08 0,03 ± 0,06 - - -

65,913 5,17-dimetil

tritriacontano 3387 3384 0,32 ± 0,64 0,95 ± 0,83 - 0,05 ± 0,11 0,13 ± 0,01

Page 59: VARIAÇÃO INTER E INTRAESPECÍFICA DA …files.ufgd.edu.br/arquivos/arquivos/78/MESTRADO-DOUTORADO...derivados entre as abelhas e as vespas. A organização da sociedade destes organismos

49

67,444 13-,15-metil

tetratriacontano 3435 3423 0,22 ± 0,22 0,19 ± 0,25 - 0,24 ± 0,29 -

69,672 pentatriacontano 3501 3500 - 0,03 ± 0,06 - - -

70,646 x-metil pentatriacontano 3525 - - - - - 0,12 ± 0,2

71,966 x, y dimetil

pentatriacontano 3558 - - 0,14 ± 0,24 - - 0,04 ± 0,09

*Compostos comuns a todas as colônias. Col. = colônia, Ind. Calc = índice calculado, Ind. Lit = índice da literatura, DP = desvio padrão

Page 60: VARIAÇÃO INTER E INTRAESPECÍFICA DA …files.ufgd.edu.br/arquivos/arquivos/78/MESTRADO-DOUTORADO...derivados entre as abelhas e as vespas. A organização da sociedade destes organismos

50

Tabela 4. Valores médios de área relativa percentual e seus desvios padrões de hidrocarbonetos cuticulares identificados nas colônias de

Mischocyttarus latior.

Tempo de retenção (min)

Composto Ind. Calc

Ind. lit

Col. 1

Média ± DP

%

Col. 2

Média ± DP

%

Col. 3

Média ± DP

%

Col. 4

Média ± DP

% 13,383 3-metil octadecano* 1870 1876 0,11 ± 0,03 0,08 ± 0,03 0,07 ± 0,05 0,12 ± 0,06

14,316 nonadecano* 1899 1900 0,05 ± 0,01 0,05 ± 0,01 0,06 ± 0,02 0,08 ± 0,02

16,525 2-metil nonadecano* 1961 1962 0,02 ± 0,02 0,26 ± 0,43 0,03 ± 0,03 0,01 ± 0,01

17,903 eicosano* 2000 2000 0,10 ± 0,13 0,11 ± 0,12 0,05 ± 0,06 0,02 ± 0,04

21,686 heneicosano 2098 2100 - 0,01 ± 0,02 0,10 ± 0,10 0,06 ± 0,04

23,271 9-metil heneicosano 2140 2139 0,10 ± 0,13 1,48 ± 2,49 - -

24,33 2-metil heneicosano* 2168 2169 2,26 ± 2,34 1,51 ± 1,65 1,19 ± 1,64 0,40 ± 0,53

25,415 docosano* 2198 2200 0,07 ± 0,09 0,07 ± 0,10 0,02 ± 0,04 0,01 ± 0,02

28,226 2-metil docosano* 2269 2272 0,09 ± 0,04 0,10 ± 0,02 0,21 ± 0,22 0,08 ± 0,05

29,428 tricosano 2299 2300 - 0,02 ± 0,05 0,02 ± 0,04 0,01 ± 0,03 33,249 tetracosano 2399 2400 - - 0,01 ± 0,01 0,01 ± 0,01

34,344 x-metil tetracosano 2428 - 0,04 ± 0,03 0,03 ± 0,03 - -

35,981 7-pentacoseno* 2472 2471 0,03 ± 0,04 0,01 ± 0,03 0,02 ± 0,03 0,44 ± 0,25

36,977 pentacosano 2499 2500 0,32 ± 0,17 0,18 ± 0,14 0,44 ± 0,35 -

38,743 5-metil pentacosano* 2547 2551 0,22 ± 0,07 0,09 ± 0,06 1,08 ± 1,94 0,15 ± 0,08

39,69 3-metil pentacosano 2573 2572 - 0,05 ± 0,12 0,04 ± 0,06 0,01 ± 0,02

40,642 hexacosano* 2599 2600 0,22 ± 0,07 0,14 ± 0,04 0,2 ± 0,12 0,16 ± 0,02

43,272 3- metil hexacosano* 2671 2673 0,49 ± 0,15 0,37 ± 0,15 0,5 ± 0,22 0,55 ± 0,22

44,22 heptacosano* 2697 2700 13,03 ± 2,03 9,63 ± 2,09 11,95 ± 3,33 11,31 ± 1,45

45,297 13-metil heptacosano 2729 2732 0,15 ± 0,14 0,01 ± 0,02 - -

45,31 7- metil heptacosano 2729 2739 - 0,03 ± 0,03 0,23 ± 0,22 0,25 ± 0,16

45,944 5- metil heptacosano* 2748 2751 0,08 ± 0,03 0,03 ± 0,04 0,06 ± 0,05 0,08 ± 0,03 46,747 3-metil heptacosano* 2772 2771 8,60 ± 0,86 7,74 ± 0,97 7,74 ± 1,33 6,96 ± 0,80

47,642 octacosano* 2799 2800 1,06 ± 0,46 0,66 ± 0,25 0,78 ± 0,38 0,67 ± 0,21

48,539 x-metil octacosano* 2826 - 0,93 ± 0,29 0,38 ± 0,19 0,41 ± 0,16 0,33 ± 0,11

49,62 2-metil octacosano 2858 2858 32,7 ± 17,04 0,16 ± 0,35 0,05 ± 0,08 -

50,295 3-metil octacosano* 2879 2875 6,67 ± 16,33 44,53 ± 3,99 41,34 ± 4,47 45,45 ± 4,56

51,024 nonacosano* 2901 2900 7,98 ± 4,67 9,06 ± 5,14 6,12 ± 3,77 6,72 ± 1,59

51,977 13-metil nonacosano* 2931 2931 2,42 ± 2,12 0,97 ± 0,69 3,87 ± 4,19 4,41 ± 3,01

Page 61: VARIAÇÃO INTER E INTRAESPECÍFICA DA …files.ufgd.edu.br/arquivos/arquivos/78/MESTRADO-DOUTORADO...derivados entre as abelhas e as vespas. A organização da sociedade destes organismos

51

52,289 7-metil nonacosano 2940 2939 0,03 ± 0,06 - 0,09 ± 0,08 0,09 ± 0,09

52,511 5-metil nonacosano 2947 2951 0,06 ± 0,06 0,10 ± 0,05 0,04 ± 0,06 -

53,377 2-metil nonacosano 2974 2965 8,97 ± 1,62 8,09 ± 1,71 7,96 ± 2,06 7,29 ± 1,17

54,234 triacontano* 3000 3000 0,07 ± 0,11 0,01 ± 0,04 0,04 ± 0,05 0,01 ± 0,02

55,148 14-metil triacontano* 3029 3034 0,01 ± 0,02 0,01 ± 0,01 0,03 ± 0,04 0,03 ± 0,05

56,627 3-metil triacontano* 3077 3075 1,88 ± 0,73 1,54 ± 0,54 2,43 ± 1,72 2,63 ± 1,22

57,259 hentriacontano* 3097 3100 1,63 ± 0,34 1,3 ± 1,24 0,70± 0,27 0,98 ± 0,51

58,143 13-metil hentriacontano 3128 3132 0,07 ± 0,10 0,27 ± 0,55 - 0,26 ± 0,23

59,590 dodriacontano* 3173 3200 0,65 ± 0,37 0,51 ± 0,17 0,47 ± 0,31 0,40 ± 0,16

62,096 12,16-dimetil dotriacontano 3252 3257 0,01 ± 0,01 0,23 ± 0,56 - -

62,716 2-metil dotriacontano 3272 3266 - 0,02 ± 0,03 0,01 ± 0,02 - 64,407 tritriacontano 3329 3300 - - - 0,13 ± 0,28

65,250 11,21-dimetil tritriacontano 3363 3362 0,01 ± 0,03 0,01 ± 0,03 - -

67,406 x-metil tetratriacontano* 3434 - 0,09 ± 0,05 0,03 ± 0,04 0,07 ± 0,08 0,11 ± 0,07

*Compostos comuns a todas as colônias. Col. = colônia, Ind. Calc = índice calculado, Ind. Lit = índice da literatura, DP = desvio padrão

Page 62: VARIAÇÃO INTER E INTRAESPECÍFICA DA …files.ufgd.edu.br/arquivos/arquivos/78/MESTRADO-DOUTORADO...derivados entre as abelhas e as vespas. A organização da sociedade destes organismos

52

Tabela 5. Valores médios de área relativa percentual e seus desvios padrões de hidrocarbonetos cuticulares identificados

nas colônias de Polistes versicolor.

Tempo

de

retenção

(min)

Composto

Ind.

Calc

Ind.

lit

Col. 1

Média ± DP

%

Col. 2

Média ± DP

%

Col. 3

Média ± DP

%

Col. 4

Média ± DP

%

Col. 5

Média ± DP

%

11,102 Octadecano 1799 1800 - 0,03 ± 0,06 - - -

13,396 3-metil octadecano* 1871 1876 0,07 ± 0,05 0,47 ± 0,65 0,12 ± 0,09 0,03 ± 0,03 0,06 ± 0,05

14,320 Nonadecano 1899 1900 0,01 ± 0,01 0,02 ± 0,04 - - 0,01 ± 0,01

17,750 eicosano* 1999 2000 0,03 ± 0,07 0,04 ± 0,06 0,01 ± 0,01 0,19 ± 0,1 0,13 ± 0,29

21,698 heneicosano* 2099 2100 0,07 ± 0,09 0,15 ± 0,20 0,08 ± 0,09 0,04 ± 0,08 0,33 ± 0,64

25,425 Docosano 2196 2200 - 0,05 ± 0,07 0,02 ± 0,04 0,12 ± 0,12 0,16 ± 0,22

28,348 Tricoseno 2272 2275 0,26 ± 0,26 - 0,37 ± 0,44 0,05 ± 0,05 0,38 ± 0,49

29,430 tricosano* 2299 2300 0,72 ± 0,82 1,11 ± 1,22 1,10 ± 1,37 0,17 ± 0,19 0,63 ± 0,96

33,254 tetracosano* 2399 2400 0,02 ± 0,02 0,14 ± 0,15 0,02 ± 0,06 0,05 ± 0,08 0,05 ± 0,07

33,497 x,y- dimetil tricosano 2406

-

0,01 ± 0,01 - 0,01 ± 0,01 - -

36,999 pentacosano* 2499 2500 0,26 ± 0,25 0,4 ± 0,31 0,33 ± 0,32 0,16 ± 0,07 0,25 ± 0,20

38,242 x- metil pentacosano* 2533 - 0,03 ± 0,03 0,05 ± 0,06 0,03 ± 0,04 0,01 ± 0,04 0,01 ± 0,03

38,752 5- metil pentacosano* 2546 2549 0,16 ± 0,08 0,75 ± 0,97 1,00 ± 0,71 0,41 ± 0,57 0,34 ± 0,30

39,648 3- metil pentacosano* 2571 2572 0,01 ± 0,07 0,12 ± 0,19 0,10 ± 0,10 0,04 ± 0,03 0,06 ± 0,05

40,645 hexacosano* 2599 2600 0,04 ± 0,04 0,09 ± 0,13 0,05 ± 0,06 0,02 ± 0,03 0,10 ± 0,15

43,256 3- metil hexacosano 2670 2672 0,02 ± 0,02 0,01 ± 0,03 0,02 ± 0,03 - 0,03 ± 0,04

44,202 Heptacosano* 2696 2700 0,67 ± 0,51 1,59 ± 0,68 1,03 ± 0,68 0,76 ± 0,92 0,38 ± 0,38

45,306 13-metil heptacosano* 2729 2731 0,11 ± 0,10 0,6 ± 0,73 0,24 ± 0,21 0,22 ± 0,32 0,06 ± 0,06

45,628 7- metil heptacosano* 2739 2739 0,02 ± 0,02 0,03 ± 0,03 0,02 ± 0,02 0,05 ± 0,04 0,02 ± 0,01

45,954 5- metil heptacosano 2748 2750 0,02 ± 0,02 0,01 ± 0,02 0,02 ± 0,02 - 0,01 ± 0,02

46,749 3-metil heptacosano* 2772 2771 1,44 ± 0,34 1,14 ± 0,31 1,13 ± 0,33 0,99 ± 0,14 1,29 ± 0,43

Page 63: VARIAÇÃO INTER E INTRAESPECÍFICA DA …files.ufgd.edu.br/arquivos/arquivos/78/MESTRADO-DOUTORADO...derivados entre as abelhas e as vespas. A organização da sociedade destes organismos

53

47,644 Octacosano* 2799 2800 0,26 ± 0,10 0,44 ± 0,17 0,26 ± 0,17 0,20 ± 0,11 0,24 ± 0,14

48,540 x- metil octacosano* 2826 - 0,73 ± 0,58 1,52 ± 1,99 0,87 ± 0,69 0,76 ± 0,42 1,23 ± 1,12

48,681 14-metil octacosano 2830 2829 0,01 ± 0,02 0,03 ± 0,06 0,03 ± 0,05 0,01 ± 0,03 -

49,601 2-metil octacosano* 2858 2858 0,12 ± 0,18 0,18 ± 0,41 0,05 ± 0,03 0,07 ± 0,05 0,08 ± 0,04

50,157 3-metil octacosano* 2874 2875 0,67 ± 0,37 0,46 ± 0,28 0,59 ± 0,41 0,74 ± 0,32 0,68 ± 0,31

51,010 Nonacosano* 2900 2900 6,21 ± 2,49 10,44 ± 2,67 5,62 ± 2,15 5,33 ± 3,02 4,59 ± 1,53

51,974 13-metil nonacosano* 2930 2931 2,79 ± 2,98 5,32 ± 3,71 3,89 ± 2,74 2,63 ± 3,4 1,45 ± 0,75

52,327 7-metil nonacosano* 2941 2939 0,45 ± 0,30 0,40± 0,27 0,47 ± 0,36 0,36 ± 0,19 0,36 ± 0,28

52,642 5-metil nonacosano* 2951 2950 0,31 ± 0,06 0,21 ± 0,14 0,23 ± 0,06 0,40 ± 0,09 0,29 ± 0,10

53,105 11,19-dimetil nonacosano* 2965 2963 0,24 ± 0,27 0,27 ± 0,17 0,37 ± 0,35 2,57 ± 5,49 0,24 ± 0,24

53,402 7,17-dimetil nonacosano* 2974 2973 12,29 ± 2,84 7,92 ± 3,45 9,26 ± 4,04 12,04 ± 6,09 11,59 ± 4,82

54,236 Triacontano* 3000 3000 0,52 ± 0,17 0,81 ± 0,39 0,51 ± 0,18 0,62 ± 0,17 0,41 ± 0,14

55,145 14-metil triacontano* 3029 3034 0,42 ± 0,20 0,85 ± 0,27 0,48 ± 0,2 0,57 ± 0,27 0,27 ± 0,08

56,666 3-metil triacontano* 3078 3075 2,73 ± 2,01 2,03 ± 1,36 3,96 ± 3,11 3,92 ± 2,12 2,4 ± 1,74

57,351 Hentriacontano* 3100 3100 3,46 ± 2,55 7,38 ± 3,24 5,76 ± 2,49 0,81 ± 2,14 0,51 ± 1,62

58,279 13-metil hentriacontano* 3130 3132 15,25 ± 4,72 24,08 ± 4,41 16,25 ± 4,46 19,31 ± 3,46 10,12 ± 4,84

58,891 5-metil hentriacontano* 3150 3150 0,43 ± 0,15 0,37 ± 0,32 0,60 ± 0,60 0,6 ± 0,23 0,35 ± 0,19

60,428 Dotriacontano* 3201 3200 0,75 ± 0,64 1,05 ± 1,05 0,66 ± 0,55 1,04 ± 0,38 0,39 ± 0,32

61,228 11-metil dotriacontano* 3228 3228 1,78 ± 0,69 0,86 ± 0,23 0,98 ± 0,6 1,11 ± 0,16 1,41 ± 0,85

62,048 12,16-dimetil dotriacontano* 3256 3257 0,21 ± 0,29 0,29 ± 0,47 0,16 ± 0,15 0,39 ± 0,14 0,16 ± 0,14

62,341 2-metil dotriacontano* 3266 3262 0,02 ± 0,03 0,03 ± 0,03 0,1 ± 0,19 0,07 ± 0,04 0,01 ± 0,02

63,356 Tritriacontano* 3301 3300 0,37 ± 0,26 0,98 ± 1,22 0,51 ± 0,41 2,71 ± 3,82 0,12 ± 0,26

64,166 x-metil tritriacontano* 3328 - 26,12 ± 9,5 10,74 ± 2,5 14,21 ± 8,06 13,22 ± 1,14 21,33 ± 11,49

64,654 7-metil tritriacontano* 3345 3340 0,01 ± 0,03 0,12 ± 0,25 0,84 ± 2,61 0,21 ± 0,50 0,02 ± 0,04

64,868 13, 17-dimetil

tritriacontano* 3352 3355 0,16 ± 0,13 0,24 ± 0,33 0,23 ± 0,26 0,68 ± 0,59 0,10 ± 0,05

65,590 3- metil tritriacontano* 3377 3376 0,80 ± 1,73 0,29 ± 0,48 0,25 ± 0,25 0,46 ± 0,28 0,15 ± 0,11

66,293 Tetratriacontano 3401 3400 - 0,25 ± 0,78 - - 0,33 ± 1,04

Page 64: VARIAÇÃO INTER E INTRAESPECÍFICA DA …files.ufgd.edu.br/arquivos/arquivos/78/MESTRADO-DOUTORADO...derivados entre as abelhas e as vespas. A organização da sociedade destes organismos

54

*Compostos comuns a todas as colônias. Col, = colonia, Ind, Calc = índice calculado, Ind, Lit = índice da literatura, DP = desvio padrão

67,113 x-metil tetratriacontano* 3425 - 0,31 ± 0,14 0,10 ± 0,07 0,19 ± 0,10 0,25 ± 0,10 0,22 ± 0,12

69,672 Pentatriacontano 3501 3500 - - - - 0 ± 0,01

70,665 x-metil pentatriacontano* 3531 - 2,33 ± 0,35 0,07 ± 0,23 0,36 ± 0,69 1,76 ± 1,57 1,36 ± 1,05

72,285 x,y-dimetil

pentatriacontano* 3565 - 0,04 ± 0,06 0,03 ± 0,10 0,08 ± 0,09 0,02 ± 0,05 0,02 ± 0,05

78,843 Heptatriacontano 3703 3700 - 0,03 ± 0,11 - - 0,01 ± 0,03

Page 65: VARIAÇÃO INTER E INTRAESPECÍFICA DA …files.ufgd.edu.br/arquivos/arquivos/78/MESTRADO-DOUTORADO...derivados entre as abelhas e as vespas. A organização da sociedade destes organismos

55

Tabela 6. Valores médios de área relativa percentual e seus desvios padrões de hidrocarbonetos cuticulares

identificados nas colônias de Polybia paulista. Tempo

de

retenção

(min)

Composto

Ind.

Calc

Ind.

lit

Col. 1

Média ± DP

%

Col. 2

Média ± DP

%

Col. 3

Média ± DP

%

13,334 3-metil octadecano 1869 1976 0,23 ± 0,07 0,16 ± 0,12 0,14 ± 0,10

16,583 2-metil nonadecano 1963 1962 0,17 ± 0,13 0,36 ± 0,41 2,77 ± 3,86

17,695 eicosano 1999 2000 0,17 ± 0,06 0,08 ± 0,05 0,41 ± 0,40

21,689 heneicosano 2098 2100 0,10 ± 0,08 0,79 ± 1,36 0,27 ± 0,67

23,173 9-metil heneicosano 2137 2139 0,67 ± 0,60 2,50 ± 2,54 0,56 ± 1,75

24,296 2-metil heneicosano 2167 2169 5,40 ± 1,91 2,56 ± 2,28 7,08 ± 4,24

25,367 docosano 2199 2200 0,23 ± 0,07 0,06 ± 0,07 0,27 ± 0,16 28,274 2-metil docosano 2270 2272 0,07 ± 0,08 0,08 ± 0,08 0,06 ± 0,08

28,758 tricoseno 2282 2277 0,10 ± 0,10 0,29 ± 0,72 0,06 ± 0,15

29,372 tricosano 2298 2300 0,35 ± 0,13 2,99 ± 3,81 0,71 ± 1,56

30,464 x-metil tricosano 2326 - 0,01 ± 0,02 0,01 ± 0,01 0,03 ± 0,04

31,339 7-metil tricosano 2349 2342 0,03 ± 0,04 0,07 ± 0,06 0,01 ± 0,01

33,206 tetracosano 2398 2400 0,12 ± 0,07 0,14 ± 0,07 0,02 ± 0,05

34,315 x-metil tetracosano 2427 - 0,16 ± 0,09 0,35 ± 0,89 0,12 ± 0,18

35,925 7-pentacoseno 2470 2470 0,06 ± 0,04 0,08 ± 0,03 0,01 ± 0,02

36,951 pentacosano 2498 2500 0,72 ± 0,21 6,55 ± 10,91 0,43 ± 0,30

38,199 x- metil pentacosano 2532 - 0,12 ± 0,10 0,68 ± 0,40 0,15 ± 0,10

38,489 6- metil pentacosano 2540 2541 0,06 ± 0,04 0,21 ± 0,20 0,03 ± 0,04

38,694 5- metil pentacosano 2545 2549 1,51 ± 0,48 1,08 ± 0,74 0,76 ± 0,61 39,613 3- metil pentacosano 2570 2572 0,38 ± 0,11 1,15 ± 1,05 0,40 ± 0,19

40,606 hexacosano 2598 2600 0,33 ± 0,22 0,66 ± 0,25 0,17 ± 0,06

43,215 3- metil hexacosano 2669 2672 0,33 ± 0,10 0,44 ± 0,25 0,29 ± 0,14

44,169 heptacosano 2695 2700 5,80 ± 1,09 11,05 ± 2,81 4,34 ± 1,19

45,422 13-metil heptacosano 2732 2731 1,54 ± 0,74 0,36 ± 0,77 4,05 ± 3,18

45,587 7- metil heptacosano 2737 2739 0,39 ± 0,19 0,53 ± 0,39 0,63 ± 0,39

45,899 5- metil heptacosano 2747 2750 0,65 ± 0,30 0,98 ± 0,59 1,51 ± 0,75

46,680 3-metil heptacosano 2770 2771 3,74 ± 0,82 5,55 ± 2,88 5,33 ± 1,48

47,595 octacosano 2797 2800 1,32 ± 0,41 0,93 ± 0,46 0,56 ± 0,24

48,490 x-metil octacosano 2824 - 2,62 ± 0,86 2,12 ± 1,11 1,69 ± 0,87

Page 66: VARIAÇÃO INTER E INTRAESPECÍFICA DA …files.ufgd.edu.br/arquivos/arquivos/78/MESTRADO-DOUTORADO...derivados entre as abelhas e as vespas. A organização da sociedade destes organismos

56

48,665 14-metil octacosano 2830 2829 1,03 ± 0,40 1,34 ± 0,71 1,58 ± 0,91

49,529 2-metil octacosano 2856 2858 0,38 ± 0,12 0,81 ± 1,35 0,50 ± 0,42

50,114 3-metil octacosano 2873 2875 0,88 ± 0,20 0,69 ± 0,30 0,88 ± 0,26

50,955 nonacosano 2898 2900 10,99 ± 3,34 5,13 ± 2,37 6,06 ± 2,18

51,996 13-metil nonacosano 2931 2931 17,73 ± 2,14 12,46 ± 7,51 19,8 ± 4,65

52,270 7-metil nonacosano 2939 2939 0,73 ± 0,13 0,19 ± 0,14 0,64 ± 0,18

52,569 5-metil nonacosano 2949 2950 0,90 ± 0,10 0,37 ± 0,18 0,83 ± 0,17

53,319 7,17-dimetil nonacosano 2972 2973 5,21 ± 0,71 1,72 ± 0,79 2,90 ± 0,87

54,267 triacontano 3001 3000 3,41 ± 0,39 2,03 ± 1,09 4,73 ± 1,64

55,095 14-meti ltriacontano 3028 3034 - 0,86 ± 0,45 1,51 ± 0,46

56,576 3-metil triacontano 3075 3075 0,08 ± 0,10 0,06 ± 0,06 0,08 ± 0,09 57,280 hentriacontano 3097 3100 1,86 ± 0,62 5,55 ± 1,71 1,50 ± 1,98

58,202 13-metil hentriacontano 3128 3132 12,3 ± 1,19 4,82 ± 2,15 9,13 ± 2,01

58,831 5-metil hentriacontano 3148 3150 0,15 ± 0,07 0,03 ± 0,07 0,07 ± 0,11

59,531 3-metil hentriacontano 3171 3170 0,34 ± 0,16 0,09 ± 0,12 0,12 ± 0,13

60,413 dotriacontano 3200 3200 1,25 ± 0,49 0,55 ± 0,30 1,08 ± 0,28

61,159 11-metil dotriacontano 3226 3228 0,30 ± 0,20 0,18 ± 0,13 0,16 ± 0,10

62,031 12,16-dimetil

dotriacontano 3255 3255 0,15 ± 0,12 0,51 ± 1,27 0,25 ± 0,36

63,275 tritriacontano 3298 3300 0,20± 0,24 0,47 ± 1,10 0,16 ± 0,24

64,072 x-metil tritriacontano 3325 - 1,08 ± 1,01 0,32 ± 0,13 0,52 ± 0,32

65,218 11,21-dimetil tritriacontano

3364 3362 0,36 ± 0,48 0,17 ± 0,10 0,04 ± 0,08

65,814 5,17-dimetil

tritriacontano 3385 3384 0,10 ± 0,10 0,42 ± 1,08 0,19 ± 0,34

66,198 tetratriacontano 3399 3400 0,06 ± 0,08 0,02 ± 0,04 0,01 ± 0,02

67,338 x-metil tetratriacontano 3432 - 0,22 ± 0,14 0,28 ± 0,2 0,14 ± 0,18

72,234 x,y-dimetil

pentatriacontano 3564 - 0,05 ± 0,14 0,26 ± 0,25 0,03 ± 0,10

Col. = colônia, Ind. Calc = índice calculado, Ind. Lit = índice da literatura, DP = desvio padrão

Page 67: VARIAÇÃO INTER E INTRAESPECÍFICA DA …files.ufgd.edu.br/arquivos/arquivos/78/MESTRADO-DOUTORADO...derivados entre as abelhas e as vespas. A organização da sociedade destes organismos

57

Figura 01. Cromatogramas de 5 espécies de vespas sociais Polistinae, com indicação dos 10 compostos comuns a todas elas. * 1= 3-metil octadecano; 2= pentacosano; 3= heptacosano; 4=

3-metil heptacosano; 5= octacosano; 6= x-metil loctacosano; 7= 3-metil octacosano; 8= nonacosano; 9= 13-metil nonacosano; 10= 3-metil triacontano.

Page 68: VARIAÇÃO INTER E INTRAESPECÍFICA DA …files.ufgd.edu.br/arquivos/arquivos/78/MESTRADO-DOUTORADO...derivados entre as abelhas e as vespas. A organização da sociedade destes organismos

58

Figura 2. Diagrama de dispersão dos resultados da análise discriminante mostrando as duas raízes canônicas para a diferenciação de 5 espécies de vespas

Polistinae com base nos compostos cuticulares de fêmeas.

Page 69: VARIAÇÃO INTER E INTRAESPECÍFICA DA …files.ufgd.edu.br/arquivos/arquivos/78/MESTRADO-DOUTORADO...derivados entre as abelhas e as vespas. A organização da sociedade destes organismos

59

Figura 3. Diagrama de dispersão dos resultados da análise discriminante mostrando as duas raízes canônicas para a diferenciação das 5 colônias de

Mischocyttarus consimilis com base nos compostos cuticulares de fêmeas .

Page 70: VARIAÇÃO INTER E INTRAESPECÍFICA DA …files.ufgd.edu.br/arquivos/arquivos/78/MESTRADO-DOUTORADO...derivados entre as abelhas e as vespas. A organização da sociedade destes organismos

60

Figura 4. Diagrama de dispersão dos resultados da análise discriminante mostrando as duas raízes canônicas para a diferenciação das 5 colônias de

Mischocyttarus bertonii com base nos compostos cuticulares de fêmeas

Page 71: VARIAÇÃO INTER E INTRAESPECÍFICA DA …files.ufgd.edu.br/arquivos/arquivos/78/MESTRADO-DOUTORADO...derivados entre as abelhas e as vespas. A organização da sociedade destes organismos

61

Figura 5. Diagrama de dispersão dos resultados da análise discriminante mostrando as duas raízes canônicas para a diferenciação das 4 colônias de

Mischocyttarus latior com base nos compostos cuticulares de fêmeas.

Page 72: VARIAÇÃO INTER E INTRAESPECÍFICA DA …files.ufgd.edu.br/arquivos/arquivos/78/MESTRADO-DOUTORADO...derivados entre as abelhas e as vespas. A organização da sociedade destes organismos

62

Figura 6. Diagrama de dispersão dos resultados da análise discriminante mostrando as duas raízes canônicas para a diferenciação das 5 colônias de Polistes

versicolor com base nos compostos cuticulares de fêmeas

Page 73: VARIAÇÃO INTER E INTRAESPECÍFICA DA …files.ufgd.edu.br/arquivos/arquivos/78/MESTRADO-DOUTORADO...derivados entre as abelhas e as vespas. A organização da sociedade destes organismos

63

Figura 7. Diagrama de dispersão dos resultados da análise discriminante mostrando as duas raízes canônicas para a diferenciação das 3 colônias de Polybia

paulista com base nos compostos cuticulares de fêmeas.

Page 74: VARIAÇÃO INTER E INTRAESPECÍFICA DA …files.ufgd.edu.br/arquivos/arquivos/78/MESTRADO-DOUTORADO...derivados entre as abelhas e as vespas. A organização da sociedade destes organismos

64

Figura 8. Gráfico da abundância dos compostos identificados em todas as espécies de Polistinae. Sp1. Mischocyttarus consimilis; Sp2. Mischocyttarus

bertonii; Sp3. Mischocyttarus latio; Sp4. Polistes versicolor; Sp5. Polybia paulista