vanessa vanda rosa trabalho de conclusÃo de …siaibib01.univali.br/pdf/vanessa vanda rosa.pdf ·...

81
UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ VANESSA VANDA ROSA TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO TCC ANÁLISE DOS PROCESSOS LOGÍSTICOS DA EMPRESA UNIFLOR COMÉRCIO ATACADISTA DE FLORES LTDA. Biguaçu, SC 2012.

Upload: vantuong

Post on 24-Dec-2018

216 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: VANESSA VANDA ROSA TRABALHO DE CONCLUSÃO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Vanessa Vanda Rosa.pdf · durante toda caminhada, onde mesmo quando ausente, eles sabiam que eu estava me

1

UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ

VANESSA VANDA ROSA

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO – TCC

ANÁLISE DOS PROCESSOS LOGÍSTICOS DA EMPRESA UNIFLOR COMÉRCIO

ATACADISTA DE FLORES LTDA.

Biguaçu, SC

2012.

Page 2: VANESSA VANDA ROSA TRABALHO DE CONCLUSÃO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Vanessa Vanda Rosa.pdf · durante toda caminhada, onde mesmo quando ausente, eles sabiam que eu estava me

2

UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ

VANESSA VANDA ROSA

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO – TCC

ANÁLISE DOS PROCESSOS LOGÉSTICOS DA EMPRESA UNIFLOR COMÉRCIO

ATACADISTA DE FLORES LTDA.

Trabalho de Conclusão de Estágio apresentado ao Curso de Administração do Centro de Ciências Sociais Aplicadas – Gestão da Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI, campus Biguaçu, como requisito para obtenção do título em Bacharel em Administração.

Professor Orientador: Rosalbo Ferreira

Biguaçu

2012.

Page 3: VANESSA VANDA ROSA TRABALHO DE CONCLUSÃO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Vanessa Vanda Rosa.pdf · durante toda caminhada, onde mesmo quando ausente, eles sabiam que eu estava me

3

VANESSA VANDA ROSA

ANÁLISE DOS PROCESSOS LOGISTICOS UNIFLOR COMERCIO ATACADISTA

DE FLORES

Este trabalho de conclusão de estagio será julgado para obtenção do titulo de

bacharel em administração que será aprovado pelo curso de administração da

universidade do vale do Itajaí, centro de ciências sociais aplicadas gestão do

campus de Biguaçu.

Profo DRo Valério Cristofolini

UNIVALI, Campus Biguaçu

Coordenador do curso.

Banca examinadora:

Profo DRo Rosalbo Ferreira

UNIVALI, Campus Biguaçu

Professor Orientador

Profo Rogério Raul da Silva

UNIVALI, Campus Biguaçu

Membro

Profa Vanderleia Lohn

UNIVALI, Campus Biguaçu

Membro

Page 4: VANESSA VANDA ROSA TRABALHO DE CONCLUSÃO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Vanessa Vanda Rosa.pdf · durante toda caminhada, onde mesmo quando ausente, eles sabiam que eu estava me

4

Dedicatória: Agradeço a Deus por ter me dado

forças nesta caminhada; a minha família; meus

amigos e namorado que sempre me apoiaram

durante toda caminhada, onde mesmo quando

ausente, eles sabiam que eu estava me

dedicando a realização deste trabalho, sempre

me apoiaram na realização de um sonho sendo

insistente e persistente para poder alcança-lo.

Page 5: VANESSA VANDA ROSA TRABALHO DE CONCLUSÃO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Vanessa Vanda Rosa.pdf · durante toda caminhada, onde mesmo quando ausente, eles sabiam que eu estava me

5

“Que os vossos esforços desafiem as

impossibilidades, lembrai-vos de que as grandes

coisas do homem foram conquistadas do que

parecia impossível”.

Charles Chaplin

Page 6: VANESSA VANDA ROSA TRABALHO DE CONCLUSÃO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Vanessa Vanda Rosa.pdf · durante toda caminhada, onde mesmo quando ausente, eles sabiam que eu estava me

6

AGRADECIMENTOS

Em especial meus pais Paulo Geraldino Rosa e Vanda Flores Rosa, pelo

exemplo de vida, onde me ensinaram seus valores e princípios vividos.

Aos meus irmãos João Paulo Rosa e Fernando Rosa sempre incentivando

para poder alcançar meus objetivos.

Ao meu namorado que está ao meu lado me incentivando a vencer.

À empresa Uniflor, pela oportunidade de desenvolver o trabalho, e a

realização desta pesquisa.

Ao professor orientador Rosalbo Ferreira e demais professores pela

dedicação durante a realização deste trabalho acadêmico.

Aos meus amigos que sempre me apoiaram. Obrigado a todos pelo apoio,

dedicação e amizade.

Page 7: VANESSA VANDA ROSA TRABALHO DE CONCLUSÃO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Vanessa Vanda Rosa.pdf · durante toda caminhada, onde mesmo quando ausente, eles sabiam que eu estava me

7

RESUMO

Rosa, Vanessa Vanda. Análise dos processos logísticos da empresa Uniflor comercio atacadista de flores Ltda. Trabalho de Conclusão de Estágio (Graduação em Administração) – Universidade do Vale do Itajaí, Biguaçu, 2012.

Nos últimos anos, a logística veio crescendo e se tornando um fator determinante para o sucesso das organizações. O crescimento da tecnologia vem auxiliando os colaboradores na implantação de softwares capazes de auxiliá-los nas tarefas do dia-a-dia. A rapidez e a confiabilidade na entrega dos seus produtos são fatores importantes quando se trata de qualidade e atendimento ao cliente. O presente estudo, realizado na empresa Uniflor Comércio Atacadista de Flores Ltda., visa buscar informações sobre logística, armazenamento e distribuição, identificando eventuais falhas nos processos logísticos, propondo melhorias adequadas ás funções logísticas da empresa, visando o lucro desejado. A aplicação pratica da pesquisa ocorreu na armazenagem e distribuição das mercadorias, mediante a pesquisa realizada com perguntas objetivas sobre a logística da empresa Uniflor aos colaboradores e sócios. Após os dados serem coletados, tabulados e analisados, foi possível propor com esse trabalho sugestões a empresa e melhorias a serem estruturadas a um planejamento estratégico de logística.

Palavras chave: Logística de distribuição e armazenamento.

Page 8: VANESSA VANDA ROSA TRABALHO DE CONCLUSÃO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Vanessa Vanda Rosa.pdf · durante toda caminhada, onde mesmo quando ausente, eles sabiam que eu estava me

8

ABSTRAT

Rosa, Vanessa Vanda. Analysis of logistics processes of the company UniFlor wholesale trade of flowers Ltda. Conclusion Work Internship (Graduate Management) - University of Vale do Itajai, Biguacu, 2012.

In recent years, logistics has been growing and becoming a determining factor for the success of organizations. The growth of technology has helped developers in deploying software able to assist them in the tasks of day-to-day. The speed and reliability in the delivery of their products are important factors when it comes to quality and customer service. The present study, conducted at the company Uniflor Wholesalers Flowers Ltda., Aims to seek information on logistics, warehousing and distribution, identifying any gaps in logistics processes and propose appropriate improvements to the functions of the logistics company, targeting the desired profit. The practical application of the research occurred in the storage and distribution of goods, through research conducted with objective questions about the logistics company Uniflor employees and partners. After the data is collected, tabulated and analyzed, it was possible to propose suggestions to work with this company and improvements to be structured strategic planning logistics

Keywords: Logistics distribution and storage.

Page 9: VANESSA VANDA ROSA TRABALHO DE CONCLUSÃO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Vanessa Vanda Rosa.pdf · durante toda caminhada, onde mesmo quando ausente, eles sabiam que eu estava me

9

LISTA DE QUADROS

Quadro 1 ....................................................................................................................18

Quadro 2 ....................................................................................................................20

Quadro 3 ....................................................................................................................36

Quadro 4 ....................................................................................................................41

Quadro 5 ....................................................................................................................52

Quadro 6 ....................................................................................................................56

Page 10: VANESSA VANDA ROSA TRABALHO DE CONCLUSÃO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Vanessa Vanda Rosa.pdf · durante toda caminhada, onde mesmo quando ausente, eles sabiam que eu estava me

10

LISTA DE FIGURAS

Figura 01....................................................................................................................23

Figura 02....................................................................................................................33

Figura 03....................................................................................................................45

Figura 04....................................................................................................................52

Figura 05....................................................................................................................64

Figura 06....................................................................................................................68

Figura 07....................................................................................................................72

Figura 08....................................................................................................................73

Page 11: VANESSA VANDA ROSA TRABALHO DE CONCLUSÃO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Vanessa Vanda Rosa.pdf · durante toda caminhada, onde mesmo quando ausente, eles sabiam que eu estava me

11

LISTA DE FOTOS

Foto 1 ........................................................................................................................50

Foto 2 ........................................................................................................................56

Foto 3 ........................................................................................................................58

Foto 4 ........................................................................................................................59

Foto 5 ........................................................................................................................60

Foto 6 ........................................................................................................................62

Foto 7 ........................................................................................................................66

Foto 8 ........................................................................................................................67

Page 12: VANESSA VANDA ROSA TRABALHO DE CONCLUSÃO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Vanessa Vanda Rosa.pdf · durante toda caminhada, onde mesmo quando ausente, eles sabiam que eu estava me

12

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................14

1.1 OBJETIVOS ....................................................................................................15

1.1.1 Objetivo geral ..................................................................................................15

1.1.2 Objetivo específico ..........................................................................................15

1.2 JUSTIFICATIVA ..............................................................................................15

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .....................................................................17

2.1 EVOLUÇÃO DA LOGÍSTICA ..........................................................................17

2.1.1 Logística empresarial ...................................................................................21

2.1.2 O papel da logística ......................................................................................24

2.1.3 Logística integrada .......................................................................................26

2.1.4 Logística de distribuição ..............................................................................27

2.2 CADEIA DE ABASTECIMENTO .....................................................................28

2.3 ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS ................................................................29

2.3.1 Processamento de Pedidos .........................................................................30

2.3.2 Compras ........................................................................................................34

2.3.3 Transporte .....................................................................................................35

2.3.4 Armazenagem e estocagem.........................................................................37

2.3.5 Arranjo físico .................................................................................................39

2.3.6 Estoque ..........................................................................................................40

2.3.7 Manuseio .......................................................................................................42

2.3.8 Distribuição ...................................................................................................43

2.4 SERVIÇO AO CLIENTE .................................................................................44

2.5 DISTRIBUIÇAO FISICA, .................................................................................45

2.6 TERCEIRIZAÇÃO ...........................................................................................47

3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS........................................................48

4 LEVANTAMENTO E ANÀLISE DE DADOS...................................................50

4.1 CARACTERIZAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO......................................................50

4.1.1 Organograma da empresa ...........................................................................52

4.1.2 Visão, Missão e Objetivos ............................................................................54

4.1.3 Produtos ........................................................................................................54

4.1.4 Fornecedores ................................................................................................54

Page 13: VANESSA VANDA ROSA TRABALHO DE CONCLUSÃO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Vanessa Vanda Rosa.pdf · durante toda caminhada, onde mesmo quando ausente, eles sabiam que eu estava me

13

4.2 LEVANTAMENTO DE DADOS........................................................................57

4.2.1 Descrever o processo logístico atual .........................................................57

4.2.2 Avaliação do processo de recebimento e armazenamento.......................62

4.2.3 Fluxograma de atividades ............................................................................64

4.2.4 O processo de distribuição ..........................................................................65

4.2.4.1 LAYOUT ATUAL DA EMPRESA ...................................................................68

4.3 PROPOSTAS DE MELHORIAS .....................................................................70

4.3.1 Primeira Proposta: Novos funcionários......................................................69

4.3.2 Segunda Proposta: Hora certa.....................................................................69

4.3.3 Terceira Proposta: Contratar serviços .......................................................70

4.3.4 Quarta Proposta: Visitas aos produtores....................................................70

4.3.5 Quinta Proposta ............................................................................................71

4.3.6 Sexta Proposta: Câmera fria.........................................................................71

4.3.7 Sétima Proposta: Uniformes.........................................................................72

4.3.8 Oitava Proposta ............................................................................................72

4.3.9 Nona Proposta ..............................................................................................73

5 CONCLUSÕES E RECOMENFAÇÕES .........................................................76

REFERÊNCIAS .........................................................................................................76

ANEXOS ...................................................................................................................78

Page 14: VANESSA VANDA ROSA TRABALHO DE CONCLUSÃO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Vanessa Vanda Rosa.pdf · durante toda caminhada, onde mesmo quando ausente, eles sabiam que eu estava me

14

1 INTRODUÇÃO

O mercado mundial sofre constantes mudanças. A cada dia, um novo produto

é lançado no mercado, a fim de suprir as exigências de um consumidor cada vez

mais exigente. A busca pela perfeição não é fácil. Satisfazer os clientes e, ao

mesmo tempo, lhes fornecer produtos com menor custo, boa qualidade e com mais

agilidade nas entregas são objetivos que as organizações buscam alcançar.

Neste mercado tão competitivo se sobressaem as ideias inovadoras, que

visam o sucesso e o lucro desejado pelos gestores. O grande desafio da logística

consiste em reduzir o ciclo do pedido, que é o tempo total entre o cliente realizar um

pedido e o mesmo ser entregue. Ela pode levar à redução de custos, mais agilidade

e rapidez nas entregas dos produtos, fazendo com que mais clientes fiquem

satisfeitos com os serviços da empresa. Logo, é importante contar com sistemas

eficientes de recebimento de pedido, checagem de estoque, separação, expedição e

entrega do produto comprado para o cliente.

A análise das atividades logísticas refere-se à empresa UNIFLOR Comércio

Atacadista de Flores Ltda., localizada em Governador Celso Ramos. A empresa tem

suas atividades voltadas para o comércio de plantas e flores nacionais e importadas.

Atende toda a região de Florianópolis, Itajaí, Blumenau, Brusque, Criciúma, Joinville,

Tubarão e Biguaçu. A empresa compra 90% dos produtos em São Paulo, sobretudo

específico em Holambra e Ceasa, e 10% são comprados na região em que atua.

Os índices de concorrentes aumentam a cada ano, fazendo a empresa perder

clientes e fornecedores.

O problema da empresa é não fornecer o produto certo ou até mesmo deixar

de comprar o produto. Nota-se que há concentração de poder, tornando o processo

de decisão mais demorado, ou, até mesmo, “inútil”.

Por fim, destaca-se que este trabalho tem como objetivo responder a seguinte

pergunta: que melhorias são possíveis de ser adotadas nos processos de logística

da empresa UNIFLOR?

Page 15: VANESSA VANDA ROSA TRABALHO DE CONCLUSÃO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Vanessa Vanda Rosa.pdf · durante toda caminhada, onde mesmo quando ausente, eles sabiam que eu estava me

15

1.1 OBJETIVOS

1.1.1 Objetivo Geral

Analisar os processos de logística da empresa UNIFLOR Comércio

Atacadista de Flores Ltda., em Governador Celso Ramos, no período de março a

novembro de 2012.

1.1.2 Objetivos específicos

1- Descrever o atual processo logístico de distribuição da empresa Uniflor

Comércio Atacadista de Flores Ltda.;

2- Avaliar os processos de recebimento e armazenamento da empresa Uniflor

Comércio Atacadista de Flores Ltda.;

3- Identificar as falhas nos processos de distribuição da empresa, para poder

modificá-las;

4- Propor melhorias adequadas para as necessidades da empresa.

5- Propor um organograma e um fluxograma das atividades desenvolvidas na

distribuição empresa Uniflor comércio atacadista de flores Ltda.;

1.2 JUSTIFICATIVA

A elaboração deste trabalho acadêmico é importante, por meio dele pode-se

entender como se pode melhorar as atividades logísticas de uma determinada

organização. Para se conquistar e manter clientes, as organizações buscam se

diferenciar de seus concorrentes, levando em consideração que os clientes estão

cada vez mais informados e exigentes, isso leva as empresas a se tornarem mais

criativas, ágeis e flexíveis, mas também a aumentar a sua qualidade e

confiabilidade.

A aplicação da logística pode ser delineada na obtenção da vantagem

competitiva. Pois, suas metas são: disponibilizar o produto certo, na quantidade

certa, no momento certo, nas condições adequadas para o cliente certo ao preço

justo. Assim, fica evidente a intenção de se atingir, simultaneamente, a eficiência e

Page 16: VANESSA VANDA ROSA TRABALHO DE CONCLUSÃO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Vanessa Vanda Rosa.pdf · durante toda caminhada, onde mesmo quando ausente, eles sabiam que eu estava me

16

eficácia nesse processo. A diminuição dos custos se dará pela execução correta do

fluxo de materiais.

Nesse sentido, o momento é oportuno para se realizar o estudo na empresa

Uniflor Comércio Atacadista de Flores Ltda. A empresa atua no ramo de flores, e

conta atualmente com 15 funcionários, haja vista que os gestores vêm a

necessidade de se conhecer melhor as atividades logísticas disponíveis para obter

resultados mais precisos á organização.

Este estudo é uma oportunidade para se detectar os motivos de atrasos dos

produtos até chegar os clientes e por que há falta dos mesmos, quando se tem um

contato direto com o fornecedor visto que os concorrentes, que atuam na mesma

região da empresa, conseguem comprar os produtos. Assim, detectando as causas,

poderemos chegar às soluções para combatê-las.

O trabalho é viável de ser realizado no período de um ano, além do fato de os

custos serem irrisórios. O acesso às informações é permitido, tendo em vista que a

pesquisadora é funcionária da organização e os gestores têm interesse no

desenvolvimento deste estudo.

Page 17: VANESSA VANDA ROSA TRABALHO DE CONCLUSÃO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Vanessa Vanda Rosa.pdf · durante toda caminhada, onde mesmo quando ausente, eles sabiam que eu estava me

17

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

A produção cientifica tem significações teóricas encontradas na literatura e

servirá como fonte para a fundamentação deste trabalho acadêmico e para a

solução do problema de pesquisa. Neste trabalho serão abordados os conceitos de

logística, que envolvem administração de materiais, transporte, gestão de estoques,

dentre outros, tornando possível descrever o tema proposto para o presente estudo,

sendo expostas ideias de diferentes autores, com o intuito de proporcionar melhor

entendimento sobre as questões trabalhadas.

2.1 EVOLUÇÃO DA LOGÍSTICA

Como um fator de sucesso, sem levar em consideração o tamanho e as

metas de uma empresa, a logística está assumindo, cada vez mais, uma posição de

destaque no pensamento e na ação estratégica.

Nesta década, a logística efetuou mudanças de grandes alcances e

melhorias na indústria e na economia. Sua área de influência e seu volume

cresceram continuamente e tornaram-se um fator de eficiência.

Novaes (2004, p 31) afirma que em quase 60 anos, logo após a Segunda

Guerra Mundial, a logística apresentou uma evolução continuada, sendo hoje

considerada como um dos elementos-chave na estratégia competitiva das

empresas. No inicio, era confundida com o transporte e a armazenagem de

produtos; hoje é o ponto nevrálgico da cadeia produtiva integrada. A evolução dos

processos logísticos se divide em quatro fases:

Na primeira Fase a atuação é segmentada, pois após a segunda guerra, a

indústria procurou preencher importantes lacunas de demanda existentes no

mercado consumidor, aproveitando a capacidade ociosa e novos processos de

produção em série. Nessa época não havia os sofisticados sistemas e comunicação

e de informática disponíveis hoje. O vendedor preenchia manualmente uma nota ou

pedido, esse documento era enviado ao deposito, que separava o produto no

estoque e programava a entrega ao cliente. O nível de estoque era periodicamente

revisto. Nos momentos certos, fazia-se uma avaliação das necessidades do produto.

Page 18: VANESSA VANDA ROSA TRABALHO DE CONCLUSÃO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Vanessa Vanda Rosa.pdf · durante toda caminhada, onde mesmo quando ausente, eles sabiam que eu estava me

18

O varejista fazia então um pedido ao fabricante ou distribuidor, negociando

preços, formas de pagamento e prazos de entrega. Nessa primeira fase da logística

o estoque era o elemento-chave do balanceamento da cadeia de distribuição.

Adotava-se então, o método de controle dos estoques EOQ (Economic Order

Quantity – quantidade econômica do pedido), onde os estoques eram renovados de

forma a minimizar a soma do custo de inventario, do custo de transporte e do custo

para elaborar o pedido (NOVAES, 2004, p 31).

A segunda fase é a integração rígida, pois se caracteriza como uma busca

inicial de racionalização integrada de suprimento, mais ainda muito rígida, pois não

permitia a correção dinâmica, real time, do planejamento ao longo do tempo

(NOVAES, 2004, p 31).

Na terceira fase a integração passa a ser flexível – está caracterizada pela

integração dinâmica e flexível entre os agentes da cadeia de suprimento, em dois

níveis: dentro da empresa e nas inter-relações da empresa com seus fornecedores e

clientes (NOVAES, 2004, p 31).

É na quarta fase da logística que ocorre um grande salto qualitativo da maior

importância: as empresas da cadeia de suprimento passam a tratar a questão

logística de forma estratégica, ou seja, em lugar de otimizar pontualmente as

operações, focalizando os procedimentos logísticos como geradores de custo, as

empresas participantes da cadeias de suprimento passaram a trabalhar mais

próximos, trocando as informações, antes consideradas confidentes, e formando

parcerias (NOVAES, 2004, p 31).

Em outra perspectiva, Ballou (1995, p.26) diz que o desenvolvimento histórico

da logística desmembra-se em três eras:

Quadro 1: Desenvolvimento da logística

Antes de 1950 Chamado de anos adormecidos

1950-1970 Chamado de período do desenvolvimento

1970 e além Chamado de anos do crescimento

Fonte: Balou (1995, p.26)

Na era dos anos adormecidos não existia nenhuma filosofia dominante para

guiar o campo. As empresas fragmentavam a administração de atividades-chave em

Page 19: VANESSA VANDA ROSA TRABALHO DE CONCLUSÃO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Vanessa Vanda Rosa.pdf · durante toda caminhada, onde mesmo quando ausente, eles sabiam que eu estava me

19

logística. Ou seja, o transporte era encontrado frequentemente sob o comando

gerencial da produção; os estoques eram responsabilidade de marketing, finanças

ou produção; e o processamento de pedidos era controlado por finanças ou vendas.

Isso resultava um conflito de objetivos e de responsabilidades para as atividades

logísticas. Olhando-se em retrospectiva, nem o ambiente econômico nem a teoria

estavam aptos para a criação do clima necessário a uma mudança de atitudes

(BALLOU,1995, p.26).

A área de administração de marketing estava crescendo em importância,

assim como a administração estava mudando seu foco da produção para uma

orientação para marketing (consumidor). Após a segunda guerra mundial, a

economia dos EUA experimentou rápido crescimento, devido parcialmente a

demanda reprimida dos anos de depressão e à posição dominante da indústria

americana no mercado mundial. O clima era para vender e produzir. Os lucros eram

altos. Certa ineficiência na distribuição de produtos podia ser tolerada

(BALLOU,1995, p.26).

O período de desenvolvimento foi propicio para novidades no pensamento

administrativo. Em 1954, o professor de marketing Paul Converse, disse que as

companhias prestavam muito mais atenção a compra e venda do que a

administração física. Peter Drucker, escritor e consultor de administração,

chamavam as atividades de distribuição que ocorriam após a produção dos bens de

“as áreas de negócios infelizmente mais desprezadas e mais promissoras na

América”. Posteriormente, reconheceu-se que um evento-chave para o

desenvolvimento da logística empresarial como disciplina foi um estudo conduzido

para determinar o papel que o transporte aéreo poderia desempenhar na distribuição

física. Esse estudo mostrava que o alto custo do transporte aéreo não

necessariamente deteria o uso deste serviço, mas a chave para a aceitação deveria

ser seu menor custo total. Ele tornou-se importante argumento para um

reagrupamento logístico de atividades dentro das firmas e também auxiliou a

explicar a reorganização em torno das atividades de distribuição que estava

ocorrendo em algumas poucas empresas pioneiras. O conhecimento do custo total é

um principio importante para a logística empresarial (BALLOU,1995, p.26)..

Nos anos de crescimento algumas empresas estavam começando a colher os

benefícios do uso dos princípios básicos de logística. Atualmente, a logística é

Page 20: VANESSA VANDA ROSA TRABALHO DE CONCLUSÃO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Vanessa Vanda Rosa.pdf · durante toda caminhada, onde mesmo quando ausente, eles sabiam que eu estava me

20

entendida como a integração tanto da administração de materiais como da

distribuição física. Entretanto, esta integração leva a ligações, muito mais estreitas

com a função de produção/operação em muitas firmas, de modo que se pode

esperar no futuro que produção e logística se aproximarão muito mais em conceito e

pratica (BALLOU,1995, p.26).

“A logística empresarial é um campo fascinante e em plena expansão, com o

potencial para a obtenção de resultados extraordinários para a organização”. Esta

nova dinâmica do conceito logístico, reduz drasticamente os conflitos e desperdícios

decorrentes dos interesses departamentais do antigo paradigma. A evolução da

logística, conforme Pozo (2002, p.14), esta dividido em:

Quadro 2: A evolução da logística.

Principio: até os anos 50 Mercados estavam em estado de tranquilidade, a satisfação do cliente não existia.

Até os anos 60 As empresas começaram a se preocupar com a satisfação do cliente, surge o conceito de logística empresarial que era motivado pela atitude do consumidor.

Até os anos 70 Este é o período considerado como desenvolvimento da logística.

Após os anos 70 As atividades logísticas passam pelo controle e identificação de oportunidades para redução de custos, nos prazos de entrega e aumento da qualidade no cumprimento do prazo.

Anos 80 A logística passa a ser considerada como perfeita, quando há integração da administração de materiais em sua totalidade e distribuição física dos produtos e serviços com a plena satisfação do cliente e dos acionistas.

Após os anos 80

A logística passa a ter um desenvolvimento revolucionário, instigado pelas demandas ocasionadas pela globalização, pela alteração da economia mundial e pelo grande uso de computadores na administração.

Fonte: Pozo (2002, p.14)

A atividade logística militar na Segunda Guerra Mundial foi o ponto de partida

para muitos dos conceitos logísticos utilizados atualmente (POZO, 2002,p.14).

No principio, as empresas fragmentavam a administração de atividades-

chaves do pleno nível de serviço, ou seja, a distribuição era encontrada

Page 21: VANESSA VANDA ROSA TRABALHO DE CONCLUSÃO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Vanessa Vanda Rosa.pdf · durante toda caminhada, onde mesmo quando ausente, eles sabiam que eu estava me

21

frequentemente subordinada ao marketing; o planejamento e controle da produção,

sob o comando da área industrial; os estoques eram responsabilidade da área

administrativa, o processamento de pedidos era controlado por vendas; a

responsabilidade de compras estava sob o comando de finanças. Isso resultava um

enorme conflito de objetivos e de responsabilidades para as atividades logísticas.

Entretanto, alguns estudiosos da logística empresarial, identificavam a natureza da

distribuição física diretamente relacionada com o processo de suprimentos e

produção para o bom desenvolvimento do mercado (POZO, 2002,p.14).

Os anos de 50 a 75 representa a época de decolagem para a teoria e a

pratica da logística empresarial (POZO, 2002,p.14).

Já nos anos 70, os diversos fatores que afetaram a economia mundial, em

especial a dos EUA, que afeta a comunidade mundial, proporcionaram a busca de

novas ações administrativas, para fazer frente á nova era mercadológica em

andamento. As análises de longo prazo com incrementos em inovação tecnológica,

novas metodologias de custeio, novas ferramentas para redefinição de processos e

adequação dos negócios também passaram por controle e identificação de

oportunidades, juntamente com a disponibilidade constante dos produtos,

programação das entregas, facilidade na gestão dos pedidos e flexibilização da

fabricação (POZO, 2002,p.14).

Os anos 70 assistem à consolidação dos conceitos como o MRP (Material

Requirements Planning) (POZO, 2002,p.14).

Após os anos 80, um novo contexto de economia globalizada passou a ser

utilizado pelas as empresas que passam a competir em nível mundial, mesmo

dentro de seu território local, sendo obrigadas a passar de moldes multinacionais de

operações para moldes mundiais de operação (POZO, 2002,p.14).

2.1.1 Logística empresarial

A linha entre a desordem e a ordem está na logística. Se a logística está bem

estruturada na empresa, todos os seus processos ocorrem sem nenhum imprevisto.

Todavia, manter os processos logísticos desestruturados, acarretam em enumeras

complicações no decorrer de todo o processo.

Page 22: VANESSA VANDA ROSA TRABALHO DE CONCLUSÃO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Vanessa Vanda Rosa.pdf · durante toda caminhada, onde mesmo quando ausente, eles sabiam que eu estava me

22

Logística é o processo de planejar, implementar e controlar de maneira

eficiente o fluxo e a armazenagem de produtos, bem como os serviços e

informações associados, cobrindo desde o ponto de origem até o ponto de consumo,

com o objetivo de atender aos requisitos do consumidor. (NOVAES, 2007, p.31).

E para Ballou (1995, p.31) a logística empresarial associa estudo e

administração dos fluxos de bens e serviços e da informação associada que os põe

em movimento. Ela trata de todas as atividades de movimentação e armazenagem,

que facilitam o fluxo de produtos desde o ponto de aquisição de matéria-prima até o

ponto de consumo final, assim como dos fluxos de informações que colocam os

produtos em movimento, com o propósito de providenciar níveis de serviço

adequados aos clientes a um custo razoável. Sua missão é colocar as mercadorias

ou serviços certos no lugar e no instante corretos e na condição desejada, ao menos

custo possível.

Para Filho (2009, p.31), um aspecto importante a ressaltar é o fato de que a

logística somente satisfaz necessidades dos clientes e, como consequência, as

necessidades da empresa em termos de lucratividade e rentabilidade, se conseguir

entregar seus produtos: com a qualidade esperada pelos clientes; na forma

desejada pelos clientes; ao custo adequado; com o preço esperado pelo cliente; no

local esperado pelo cliente; e principalmente no prazo certo.

Numa nova visão, dentro do âmbito empresarial, denomina-se “logística”, o

processo de planejamento, implantação e controle do fluxo eficiente e eficaz de

mercadorias, serviços e das informações relativas desde o ponto de origem até o

ponto de consumo com o propósito de atender às exigências dos clientes. (BALLOU,

2007, p. 27).

Page 23: VANESSA VANDA ROSA TRABALHO DE CONCLUSÃO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Vanessa Vanda Rosa.pdf · durante toda caminhada, onde mesmo quando ausente, eles sabiam que eu estava me

23

Figura 1: Representação esquemática do conceito de logística.

MEIO EXTERNO

Fonte: Filho (2004, p. 31).

O esquema da figura 1 sintetiza o conceito de logística e, além disso, permite

perceber a relação da logística com o meio ambiente interno e com o externo, como

elemento integrador das funções administrativas de suprimentos, planejamento e

controle da produção e distribuição física.

Em complemento a esta posição, Novaes (2007, p. 31) explica que o conceito

de Logística, na sua origem, estava essencialmente ligado às operações militares.

Ao decidir avançar suas tropas seguindo uma determinada estratégia militar, os

generais precisavam ter, sob suas ordens, uma equipe que providenciasse o

deslocamento, na hora certa, de munição, víveres, equipamentos e socorro médico

para o campo de batalha.

Conforme Dornier et al. (2000, p. 39), logística é a gestão de fluxos entre

funções de negócio. Assim como em qualquer atividade de produção, a logística

LOGÍSTICA É A PARTE DA CADEIA DE

SUPRIMENTOS QUE PLANEJA,

IMPLEMENTA E CONTROLA O ...

DESDE UM

PONTO DE

ORIGEM

DE FORMA

EFICIENTE

E EFETIVA

CONFORME

NECESSIDADES

DOS CLIENTES

ATÉ UM

PONTO DE

CONSUMO

... FLUXO E ARMAZENAGEM DE

MATÉRIAS-PRIMAS

PRODUTOS EM PROCESSO

PRODUTOS ACABADOS

INFORMAÇÕES

MEIO INTERNO

Page 24: VANESSA VANDA ROSA TRABALHO DE CONCLUSÃO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Vanessa Vanda Rosa.pdf · durante toda caminhada, onde mesmo quando ausente, eles sabiam que eu estava me

24

requer ferramentas de produção (armazéns, procedimentos de preparação de

ordem, caminhões e assim por diante) cuja otimização deve garantir o mínimo custo

de produção possível.

E para Ballou (1995, p. 53), o planejamento logístico procura resolver quatro

grandes áreas de problemas: níveis de serviços aos clientes, localização das

instalações, decisões sobre estoques e decisões sobre transporte.

Verifica-se, nessa perspectiva, que o objetivo da logística é atender

adequadamente o consumidor final, administrando globalmente a empresa e seus

agentes logísticos externos, através de um processo de gestão integrado,

cooperativo e harmonioso de negócios, que de forma sistêmica e simbiótica envolve

toda a cadeia de demanda e suprimento. (JACOBSEN, 2009, p. 17)

Na mesma concepção, Novaes (2007, p.37) explica que todos os elementos

do processo logístico devem ser enfocados com um único objetivo: satisfazer as

necessidades e preferências dos consumidores finais. No entanto, cada elemento da

cadeia logística é também cliente de seus fornecedores. Por isso é preciso conhecer

as necessidades de cada um dos componentes do processo, buscando sua

satisfação plena.

A moderna logística procura incorporar: Prazos previamente acertados e

cumpridos integralmente, ao longo de toda a cadeia de suprimento; Integração

efetiva e sistêmica entre todos os setores da empresa; Integração efetiva e estreita

com fornecedores e clientes; Busca da otimização global, envolvendo a

racionalização dos processos e a redução de custos em toda a cadeia de

suprimentos; Satisfação plena do cliente, mantendo nível de serviço preestabelecido

e adequado (NOVAES, 2007, p.37).

2.1.2 O papel da logística

Atualmente vivenciam-se tempos de muita competição entre as organizações,

onde qualidade e preço são bastante parecidos e, nesse contexto, o papel

desempenhado pela Logística Empresarial é cada vez mais relevante. A Logística,

no Brasil, está passando por um período de mudanças, tanto as práticas

empresariais quanto em termos de eficiência, qualidade e disponibilidade da

Page 25: VANESSA VANDA ROSA TRABALHO DE CONCLUSÃO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Vanessa Vanda Rosa.pdf · durante toda caminhada, onde mesmo quando ausente, eles sabiam que eu estava me

25

infraestrutura de transportes e comunicações – elementos fundamentais para uma

Logística moderna (Site: administradores.com.br).

O ambiente altamente competitivo aliado ao fenômeno da globalização vem

exigindo das organizações maior agilidade, melhores performances e a constante

procura pela redução de seus custos. E, nesse universo de enormes exigências em

termos de produtividade e de qualidade no atendimento, a Logística passou a

assumir um papel de fundamental importância entre as diversas atividades das

organizações (Site: administradores.com.br).

A logística tem um papel muito importante no processo de disseminação da

informação, podendo ajudar positivamente caso seja bem equacionado, ou

prejudicar seriamente os esforços mercadológicos, quando for mal formulado. É a

logística que dá condições reais de garantir a posse do produto, por parte do

consumidor, no momento desejado. (NOVAES, 2004, p.13).

E para Dornier, et al. (2000, p.82) A tendência rumo à economia mundial

integrada a á arena competitiva esta forçando as empresas a projetar produtos para

um mercado global e a racionalizar seus processos produtivos de forma a maximizar

os recursos corporativos.

Em outra perspectiva, Browersox e Closs (2009, p. 37), tratam a logística

como competência alcançada pela coordenação e um projeto de rede, informação,

transporte, estoque, armazenagem, manuseio de materiais e embalagem. O desafio

está em gerenciar o trabalho relacionado a essas áreas funcionais de maneira

orquestrada, com o objetivo de gerar a capacidade necessária ao atendimento das

exigências logísticas.

Numa nova visão, Filho (2006, p. 40), afirma que o processo de avaliação de

desempenho dos sistemas logísticos apresenta-se como de fundamental

importância para o sucesso empresarial, sobretudo no que diz respeito à melhoria

do nível de serviço oferecido aos clientes. Cada vez mais os produtos se tornam

parecidos, e assim é necessário diferenciá-los junto aos clientes, o que pode ser

conseguido com maior desempenho logístico, que é uma das áreas mais

importantes para conseguir tais diferenciais.

Para uma empresa, que tem a responsabilidade de disponibilizar o produto

certo, na hora certa, no local certo e com custo adequado, isso é muito mais

importante ainda, pois transporte, maior disponibilidade de estoque, processamento

Page 26: VANESSA VANDA ROSA TRABALHO DE CONCLUSÃO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Vanessa Vanda Rosa.pdf · durante toda caminhada, onde mesmo quando ausente, eles sabiam que eu estava me

26

mais rápidos de pedidos e menor perda ou dano de transporte geralmente afetam

positivamente os clientes, e por consequência, as vendas. Desse modo, partindo de

um pressuposto que dois objetivos principais dos sistemas logísticos são: atingir o

maior nível de serviço possível, e, conseguir os menores custos totais possíveis, fica

fácil compreender que isto somente é possível de ser atingido quando as empresas

avaliam constantemente o desempenho dos seus sistemas logísticos para verificar

se os mesmos estão atingidos os objetivos propostos (FILHO, 2006, p. 41).

2.1.3 Logística integrada

Numa época em que a sociedade é cada vez mais competitiva, dinâmica,

interactiva, instável e evolutiva, a adaptação a essa realidade é, cada vez mais, uma

necessidade para que as empresas queiram conquistar e fidelizar os seus clientes.

A globalização e o ciclo de vida curto dos produtos obrigam as empresas a inovarem

rapidamente as suas técnicas de gestão. Os produtos rapidamente se tornam

commodities, quer em termos de características intrínsecas do próprio produto, quer

pelo preço, pelo que cada vez mais a aposta na diferenciação deve passar pela

optimização dos serviços, superando a expectativa de seus clientes com

atendimentos rápidos e eficazes.

Bowersox, Closs (2009, p.43) definem logística como a competência que

vincula a empresa a seus clientes e fornecedores. As informações recebidas de

clientes e sobre eles fluem pela empresa na forma de atividades de vendas,

previsões e pedidos. As informações são filtradas em planos específicos de compras

e de produção.

O tempo em que as empresas apenas se orientavam para vender os seus

produtos, sem preocupação com as necessidades e satisfação dos clientes,

terminou. Hoje, já não basta satisfazer, é necessário encantar. Os consumidores são

cada vez mais exigentes em qualidade, rapidez e sensíveis aos preços, obrigando

as empresas a uma eficiente e eficaz gestão de compras, gestão de produção,

gestão logistica e gestão comercial. Tendo consciência desta realidade e dos

avanços tecnologicos na área da informação, “é necessária uma metodologia que

consiga planear, implementar e controlar da maneira eficaz e eficiente o fluxo de

produtos, serviços e informações desde o ponto de origem (fornecedores), com a

Page 27: VANESSA VANDA ROSA TRABALHO DE CONCLUSÃO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Vanessa Vanda Rosa.pdf · durante toda caminhada, onde mesmo quando ausente, eles sabiam que eu estava me

27

compra de matérias primas ou produtos acabados, passando pela produção,

armazenamento, stockagem, transportes, até o ponto de consumo (cliente)

(WIKIPÉDIA).

2.1.4 Logística de distribuição

A distribuição define como devem ser os canais de comercialização. Se o

produto e comercializado no atacado, as vendas podem ser efetuadas em grandes

lotes, a partir da fabrica ou de depósitos próprios estrategicamente localizados ou de

depósitos de terceiros (atacadista). Se for comercializado no varejo, desejamos

definir que tipo de estabelecimento venderá o produto, qual o lote mínimo, com que

frequência, etc. (NOVAES; ALVARENGA, 1994, p. 62).

Já para Dias (1986, p.363) comprar bem, procurando os melhores preços e

prazos de pagamento para as matérias-primas, e estocar de maneira a evitar perdas

e no mínimo custo já não são fatores mais importantes de lucratividade. Nos últimos

anos a distribuição tornou-se uma questão comercial e muitas empresas não

hesitam em afirmar que são seus custos que determinam atualmente a sua

rentabilidade ou o seu prejuízo.

O autor aborda ainda uma segunda definição do conceito de distribuição:

A utilização de canais existentes de distribuição e facilidades operacionais, com a finalidade de maximizar a sua contribuição para a lucratividade da empresa, por intermédio de um equilíbrio entre as necessidades de atendimento ao cliente e o custo incorrido (DIAS,1986, p.363).

Ainda no entendimento de Dias (1986, p.363), a natureza do mercado, o tipo

de produto e a capacidade da produção, cada um desses métodos de distribuição

necessita de um sistema considerado mais apropriado e mais econômico para a

obtenção dos resultados desejados:

a. Distribuição pela própria organização de vendas: é mais indicada quando há

produção em massa para a distribuição em ritmo acelerado de bens de consumo.

Também é quando se trata de bens de produção, na forma de produtos

Page 28: VANESSA VANDA ROSA TRABALHO DE CONCLUSÃO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Vanessa Vanda Rosa.pdf · durante toda caminhada, onde mesmo quando ausente, eles sabiam que eu estava me

28

especializados e técnicos, de trabalho de venda mais difícil, tais como

maquinarias para indústria, equipamento, etc.

b. Distribuição por meio de organização de vendas de terceiros: é mais indicada

para produtos conhecidos, de venda nos varejos, ou seja, de consumo popular e

acelerado, desde que a taxa seja conveniente e o trabalho se apresente

satisfatório.

c. Distribuição por intermédio de representantes comissionados (agentes): são

empresas que se dedicam ao trabalho de distribuição de produtos

manufaturados, assumindo a venda de uma infinidade de produtos diferentes.

Sua eficiência é relativa e depende da margem que a mercadoria possa oferece.

d. Distribuição através de firmas distribuidoras especializadas: são mais

recomendadas para esta espécie de trabalho os produtos especializados para

uso técnico, produtos de transformação destinados às indústrias, equipamentos

técnicos, maquinarias para indústria, material para construção e, destinados à

embalagem e conservação dos produtos.

A distribuição dos produtos deve ser um ponto a ser discutido pelos gestores

da empresa como um fator de competitividade, assim, a empresa conquista a

confiabilidade dos clientes entregando os produtos na hora certa e no momento

desejado (WIKIPÉDIA).

Segundo Ballou (1995, p. 40) distribuição física é o ramo da logística

empresarial que trata de movimentação, estocagem e processamento de pedidos

dos produtos finais da firma. Na mesma visão, Dias (1986, p. 367), traz a distribuição

física como sendo o elo entre a fabrica e o departamento de vendas, tendo uma

importância muito grande no sucesso ou insucesso de ambas as funções e,

consequentemente, influindo diretamente na rentabilidade das operações.

2.2 CADEIA DE ABASTECIMENTO

A cadeia de suprimento se estende desde o fornecedor da matéria-prima

destinada á fabricação de um determinado produto, até o consumidor final,

passando pela manufatura, centros de distribuição, atacadistas (quando há) e

varejistas (NOVAES, 2004, p.189).

Page 29: VANESSA VANDA ROSA TRABALHO DE CONCLUSÃO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Vanessa Vanda Rosa.pdf · durante toda caminhada, onde mesmo quando ausente, eles sabiam que eu estava me

29

A cadeia de suprimentos representa uma rede de organizações, através de ligações nos dois sentidos, dos diferentes processos e atividades que produzem valor na forma de produtos e serviços que são colocados nas mãos de consumidor final (CHRISTOPHER, 1997, p.13).

Em complemento às definições de Novaes (2004) e Christopher (1997),

Jacobsen (2009, p.121) sustenta que o gerenciamento da cadeia de suprimentos

representa uma visão holística de administração, que planeja, programa e controla

de uma forma sistêmica toda a cadeia de demanda e suprimentos, desde os

fornecedores ate o cliente final. Visando trazer benefícios para todos os agentes

logísticos envolvidos. Como consequência pode ser possível reduzir os custos de

transporte, armazenagem, diminuindo estoques, tornando o retorno dos

investimentos maior, melhorando o nível de serviços e o tempo dos ciclos.

Já para Dornier et al. (2000, p. 369) caracterizam a cadeia de suprimentos

como a gestão de atividades que transformam as matérias-primas em produtos

intermediários e produtos finais, e que entregam esses produtos finais aos clientes.

O autor foca em três aspectos principais da cadeia de suprimentos: entidade

interfuncional, estratégia de estoque e outros recursos produtivos e, integradora e

coordenadora das atividades de produção e logística.

Já Gonçalves (2004, p. 272) diz que uma cadeia de suprimentos começa com

as matérias-primas e insumos destinados à produção de um determinado produto,

que são armazenados em depósitos de intermediários, normalmente denominados

centros de distribuição, e posteriormente, despachados para diversos varejistas ou

clientes.

2.3 ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS

A finalidade da administração de materiais é assegurar o abastecimento

continuo dos itens que entram na fabricação dos bens e de outros em decorrência

da programação conjunta das áreas de vendas e de produção. A otimização dos

investimentos em estoques é um dos principais objetivos da gestão de materiais.

Com isso, é possível contribuir para a maximização do lucro sobre o capital

investido.

Page 30: VANESSA VANDA ROSA TRABALHO DE CONCLUSÃO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Vanessa Vanda Rosa.pdf · durante toda caminhada, onde mesmo quando ausente, eles sabiam que eu estava me

30

Segundo Ballou (1995, p.58) a administração de materiais é o inverso da

distribuição física, ela trata do fluxo de produtos para a firma, mas muitas de suas

atividades são compartilhadas com a distribuição física. Uma boa administração de

materiais significa coordenar a movimentação de suprimentos com as exigências de

operação. Onde seu objetivo deve ser prover o material certo, no local de operação

certo, no instante correto e em condições utilizável ao custo mínimo.

Em outra perspectiva, Dias (1996, p.12) afirma que a administração de

materiais compreende o agrupamento de materiais de várias origens e a

coordenação dessa atividade com a demanda de produtos ou serviços da empresa.

Ela ainda pode incluir a maioria ou a totalidade das atividades realizadas pelos

seguintes departamentos: compras, recebimento, planejamento e controle da

produção, expedição, tráfego e estoques.

Novaes (2007, p. 242) sustenta que a distribuição física cobre os segmentos

que vão desde a saída do produto na fabrica ate sua entrega final ao consumidor. O

objetivo geral da distribuição física, como meta ideal, é o de levar os produtos certos

para lugares certos, no momento certo e com nível de serviço desejado, pelo menor

custo possível.

E para Dias (1986, p.16). A administração de materiais compreende o

agrupamento de materiais de várias origens e a coordenação dessa atividade com a

demanda de produtos ou serviços da empresa. Desse modo, soma esforços de

vários setores, que, naturalmente, apresentam visões diferentes.

2.3.1 Processamento de Pedidos

O processamento de pedidos representa várias atividades incluídas no ciclo

do pedido do cliente. Mais concretamente, as actividades são: a preparação, a

transmissão, o recebimento e expedição do pedido e o relatório da situação do

pedido. Dependendo do tipo do pedido estas actividades necessitam de um

determinado tempo para serem completadas.

“O tempo necessário para completar as atividades do ciclo do pedido

representa o ponto fundamental do serviço ao cliente”. O processamento de pedidos

seja representado por uma variedade de atividades incluídas no ciclo de pedido do

Page 31: VANESSA VANDA ROSA TRABALHO DE CONCLUSÃO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Vanessa Vanda Rosa.pdf · durante toda caminhada, onde mesmo quando ausente, eles sabiam que eu estava me

31

cliente: preparação, transmissão, recebimento e expedição do pedido, e o relatório

da situação do pedido. (BALLOU, 2006, p. 121)

Em outra perspectiva, Dias (1990, p.239) explica que o pedido de compra é

um contrato formal entre a empresa e o fornecedor, representando fielmente todas

as condições em que foi feita a negociação. Desse modo, o fornecedor deve estar

ciente de todas as cláusulas e pré-requisitos constantes no impresso, alterações do

pedido por parte do mesmo, devem ser informadas à empresa para que não surjam

dúvidas sobre os produtos a serem fornecidos.

Conforme Ballou (2006, p. 122), a preparação do pedido engloba as

atividades relacionadas com a coleta das informações necessárias sobre os

produtos e serviços pretendidos e a requisição formal dos produtos a serem

adquiridos; a determinação de um vendedor treinado, o preenchimento dos

formulários, determinar a disponibilidade de estoque, transmitir por telefone as

informações do pedido ao encarregado de vendas ou escolher a partir de sites da

internet. Desse modo, essas atividades são altamente beneficiadas pela tecnologia.

Existem várias ferramentas que são uma grande ajuda tais como: os códigos

de barra, que nos dão a descrição dos produtos pretendidos, tais como, o seu

tamanho e quantidade; os sites dos fornecedores com informação acerca dos seus

produtos ou até a possibilidade de fazer as encomendas online; ou os computadores

das empresas, que através do intercâmbio electrónico de dados, já geram pedidos

directamente para evitar as faltas de stock (BALLOU, 2006, p. 122).

Estas tecnologias vão aos poucos eliminando várias tarefas, que no passado

tinham de ser feitas manualmente, tornando o tempo de preparação do pedido mais

curto, reduzindo também o tempo de ciclo do pedido do cliente. Quando o pedido já

foi efetuado, a primeira atividade a efetuar no ciclo de processamento é a

transmissão de informações. Esta atividade passa por transmitir os documentos do

ponto de origem para o fornecedor. Esta transmissão pode ser realizada

manualmente, ou seja por serviço postal ou entregue por funcionários; ou

electronicamente, o método mais utilizado actualmente, através da internet,

máquinas de fax, comunicações de satélite ou EDI, que é uma ligação electrónica

exclusiva entre os computadores dos compradores e dos vendedores (WIKIPEDIA).

O tempo para a transmissão de informações varia conforme o método

utilizado, sendo a transmissão via postal o método mais lento e o intercâmbio

Page 32: VANESSA VANDA ROSA TRABALHO DE CONCLUSÃO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Vanessa Vanda Rosa.pdf · durante toda caminhada, onde mesmo quando ausente, eles sabiam que eu estava me

32

electrónico o método mais rápido. As características de desempenho que têm de ser

pesadas para a escolha do método a utilizar são a rapidez, a confiabilidade e a

precisão, que devem ser comparadas com o seu preço, sendo a relação entre o

desempenho e as receitas o maior desafio (WIKIPEDIA).

A distribuição de tarefas no atendimento de pedidos, a colheita dos pedidos,

os seus limites de tamanho e o seu momento de entrada afectam o tempo de ciclo,

ou seja, se uma equipa de vendas se se organizar e realizar várias tarefas ao

mesmo tempo, vão conseguir reduzir o tempo de ciclo do pedido. Também pode ser

imposto um volume mínimo de pedidos aceites, o que reduz os custos nos

transportes. Juntando vários pedidos paralelos que vão para a mesma região, pode

ser criada uma rota de transportes eficiente que vai reduzir substancialmente os

custos (BALLOU, 2006, p. 123-125).

Na mesma concepção, Christopher (1997, p. 52) afirma que o ciclo do pedido

é o tempo entre o recebimento do pedido e a entrega do produto. Os padrões devem

ser definidos de acordo com as exigências do cliente.

Para evitar entregas parciais e grandes demoras na informação sobre a

situação dos pedidos, deve-se reter o pedido até à reposição dos itens em falta.

Evidentemente, isto não é uma boa opção do ponto de vista do cliente, portanto tem

de ser uma opção ponderada entre os custos de informação e transporte e o

benefício da manutenção do nível dos serviços. Esta decisão requer procedimentos

de processamento sofisticados (BALLOU, 2006, p. 123-125).

Page 33: VANESSA VANDA ROSA TRABALHO DE CONCLUSÃO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Vanessa Vanda Rosa.pdf · durante toda caminhada, onde mesmo quando ausente, eles sabiam que eu estava me

33

Figura 2: Elementos típicos do processamento de pedidos

Prepara Preparação do pedido

Requisição de produtos ou serviços

Transmissão do pedido

Transmitindo as informações do pedido

Entrada do pedido

Verificando estoque

Verificando a exatidão

Conferindo o credito

Pedido em atraso/pedido cancelado

Transcrição

Faturamento dos dados

Relatório da situação do pedido

Rastreamento

Comunicando o cliente

Atendimento do pedido

Retenção, produção ou compra do produto

Embalagem para despacho

Programação da entrega

Preparação da documentação de embarque

Fonte: Ballou (2006, p. 122).

Pedido

Page 34: VANESSA VANDA ROSA TRABALHO DE CONCLUSÃO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Vanessa Vanda Rosa.pdf · durante toda caminhada, onde mesmo quando ausente, eles sabiam que eu estava me

34

A tecnologia vai passo a passo eliminando a necessidade do preenchimento

manual dos formulários de pedidos. Computadores ativados pela voz e codificação

sem fio de informação sobre produtos, chamada de sistemas de identificação e

radiofrequência são novas tecnologias que tornam cada vez mais curto o tempo de

preparação do pedido, no ciclo do pedido da empresa. (BALLOU, 2006, p. 123)

2.3.2 Compras

Dias (1996, p. 259) diz que compras têm como finalidade suprir as

necessidades de materiais ou serviços, planejá-las quantitativamente e satisfazê-las

no momento certo com as quantidades corretas, verificar se recebeu efetivamente o

que foi comprado e providenciar armazenamento.

Em complemento a esta posição, Heinritz (1983, p. 13) enfatiza que para se

ter uma posição competitiva de vendas favorável e para que se obtenham lucros

satisfatórios, os materiais devem ser adquiridos ao mais baixo custo, desde que

satisfaçam as exigências de qualidade e de processamento. O custo das aquisições

e o custo da manutenção de estoques também devem ser mantidos em um nível

economico. A responsabilidade pelas compras é, algumas vezes, definida como a

capacidade de comprar os materiais da qualidade certa, na quantidade certa, no

tempo certo, ao preço certo e na fonte certa. E para Ballou (2006, p. 356) as

compras envolvem a aquisição de matérias-primas, suprimentos e componentes

para o conjunto da organização.

Para se manter um volume de vendas e um perfil competitivo no mercado, e consequentemente, gerar lucros satisfatórios, a minimização de custos deve ser perseguida e alcançada, principalmente os que se referem aos materiais utilizados, já que representam uma parcela por demais considerável na estrutura de custo total (DIAS, 1996, p. 259)

Na mesma concepção, Heinritz, (1983, p. 13) nos traz as metas fundamentais

das compras: Manutenção da continuidade de suprimentos, para dar cobertura aos

organogramas de produção; Propiciar cobertura com um mínimo de investimento em

estoques de materiais, desde que representam vantagens econômicas e seguras

para o plano total; Evitar a duplicação, desperdício e obsolência de materiais; A

Page 35: VANESSA VANDA ROSA TRABALHO DE CONCLUSÃO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Vanessa Vanda Rosa.pdf · durante toda caminhada, onde mesmo quando ausente, eles sabiam que eu estava me

35

aquisição de materiais aos custos mais baixos, desde que satisfaçam as exigências

de qualidade e de finalidade requeridas; Sustentação da posição competitiva da

empresa dentro da sua indústria, especificamente no que tange aos custos dos

materiais. E relaciona as atividades típicas de compras: Manutenção de requisitos

de compras; Manutenção de requisitos de preços; Manutenção de requisitos de

estoque e de consumo; Manutenção de requisitos de vendedores; Manutenção de

arquivos de especificações; Manutenção de arquivos de catálogos.

De forma mais abrangente, Ballou (2006, p. 356) relaciona as atividades

associadas às compras: Selecionar e qualificar fornecedores; Avaliar desempenho

de fornecedores; Negociar contratos; Comparar preços, qualidade e serviços;

Programar as compras; Estabelecer os termos das vendas; Avaliar o valor recebido;

Mensurar a qualidade recebida; Prever mudanças de preços, serviços e, às vezes,

da demanda; Especificar a forma em que os produtos devem ser recebidos.

Na mesma concepção Heinritz (1983, p. 13) sugere que se faça uma pesquisa

antes de comprar os produtos, levando em consideração: O estudo do mercado; O

estudo dos materiais; Analise de custos; Investigação de fontes de fornecimentos;

Inspeção das fábricas dos fornecedores; Desenvolvimento de fontes de

fornecimento; Desenvolvimento de fontes e materiais alternativos.

2.3.3 Transporte

“O transporte normalmente representa o elemento mais importante em termos

de custos logísticos para inúmeras empresas. A movimentação de cargas absorve

de um a dois terços dos custos logísticos totais”. (BALLOU, 2006, p. 149).

Em complemento a esta posição, Dias (1996, p.321) aborda que a função

primordial dos transportes é otimizar os custos, prazos e qualidade de atendimento.

Convém enfatizar que o transporte é a movimentação ou fluxo físico de

produtos ao longo dos canais de distribuição, utilizando-se de seus modais para ligar

unidades de produção ou armazenagem aos pontos de compra ou consumo. Além

disso, deve contribuir de forma expressiva, com o objetivo logístico de disponibilizar

o produto certo, onde existe demanda potencial na quantidade certa, no momento

certo e ao menor custo possível. (JACOBSEN, 2009, p.211).

Page 36: VANESSA VANDA ROSA TRABALHO DE CONCLUSÃO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Vanessa Vanda Rosa.pdf · durante toda caminhada, onde mesmo quando ausente, eles sabiam que eu estava me

36

Desse modo, Novaes (2007, p. 244) destaca as características mais

importantes das diversas modalidades para a distribuição de produtos, e Dias (1987,

p.33) cita as características, a seu ver, positivas e negativas dos modais de

transporte:

Quadro 3: Características dos modais de transportes.

Novaes (2007, p. 244) Dias (1987, p. 33). Dias (1987, p. 33).

Características Positivas Características Negativas

Transporte

Rodoviário

Alcança praticamente

qualquer ponto do

território nacional. Porem,

não alcança locais muito

remotos, pois não tem

expressão econômica

para demandar esse tipo

de serviço.

Flexibilidade, controle,

infraestrutura e tarifas,

posteriormente, as

características.

Inexistência de padronização,

retorno, a nível nacional,

consumo de combustível por

t/km e distribuição dos terminais

aos pontos de vendas.

Transporte

Ferroviário

Mais eficiente em termos

de consumo de

combustível e de outros

custos operacionais, por

operar unidades de maior

capacidade de carga (os

trens).

Maior quantidade relativa,

tarifas competitivas para

grandes quantidades,

consumo energético por

t/km, fonte energética:

eletricidade;

Deficiência operacional,

inflexibilidade, rede nacional,

infraestrutura arcaica, avarias e

extravios, prazos de trânsito,

falta de redes de armazéns em

apoio ao sistema;

Transporte

Aquaviário

Transportes de qualquer

produto classificado como

carga geral, com

origem/destino nos portos

por elas servidos.

Maior quantidade relativa,

tarifas competitivas para

grandes quantidades,

consumo energético t/km

baixo.

Portos com acessos precários,

rede insuficiente, operações não

uniformes, congestionamentos,

equipamentos deficientes; e

navios com insuficiência e

prazos de trânsito;

Transporte

Aéreo

Tempo de percurso em

grandes distâncias.

Custo, rotas, aeroportos

despreparados e inadequação

para grandes volumes.

Fonte: Novaes (2007, p. 244) e Dias (1987, p. 33).

Page 37: VANESSA VANDA ROSA TRABALHO DE CONCLUSÃO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Vanessa Vanda Rosa.pdf · durante toda caminhada, onde mesmo quando ausente, eles sabiam que eu estava me

37

2.3.4 Armazenagem e estocagem

A armazenagem aparece como uma das funções que se agrega ao sistema

logístico, pois na área de suprimentos é necessário adotar um sistema de

armazenagem racional de matérias-primas e insumos. No processo de produção,

são gerados estoques de produtos em processo, e, na distribuição, a necessidade

de armazenagem de produto acabado é, talvez, a mais complexa em termos

logísticos, por exigir grande velocidade na operação e flexibilidade para atender às

exigências e flutuações do mercado.

A armazenagem é uma atividade que tem como finalidade a estocagem de

produtos. Desse modo, possui a importante função de atender com efetividade à

cadeia de abastecimento, mantendo as unidades de itens de estoque em instalações

adequadas, permitindo uma crescente melhoria no nível de serviço prestado aos

clientes. O local onde os produtos, de uso dos diversos setores são recebidos,

conferidos, escados, conservados, distribuídos e controlados, é chamado de

almoxarifado. Os produtos ficam ali aguardando o momento de serem consumidos.

(JACOBSEN, 2009, p.195).

Na mesma concepção, Ballou (1995, p.152) destaca armazenagem e

manuseio de mercadorias como componentes essenciais do conjunto de atividades

logísticas. Desse modo, seus custos podem absorver de 12 a 40% das despesas

logística da empresa.

O conceito de ocupação física que se concentrava mais na área do que na

altura, esta mudando. Em geral, o espaço destinado à armazenagem era sempre

relegado ao local menos adequado. Com o passar do tempo, o mau aproveitamento

do espaço tornou-se um comportamento anti-econômico. Não era mais suficiente

apenas guardar a mercadoria com o maior cuidado possível. Racionalizar a altura

ocupada foi a solução encontrada para reduzir o espaço e guardar maior quantidade

de material (BALLOU, 1995, p.152).

Um método adequado para estocar matéria-prima, peças em processamento

e produtos acabados permite diminuir os custos de operação, melhorar a qualidade

dos produtos e acelerar o ritmo dos trabalhos. (DIAS, 1996, p.135).

Na mesma concepção Chiavenato (1991, p. 115) afirma que as necessidades

de materiais nem sempre são imediatas e quase nunca são constantes. Enquanto os

Page 38: VANESSA VANDA ROSA TRABALHO DE CONCLUSÃO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Vanessa Vanda Rosa.pdf · durante toda caminhada, onde mesmo quando ausente, eles sabiam que eu estava me

38

materiais não são necessários ao processo produtivo, eles precisam ser

armazenados. No momento oportuno, quando necessários, os materiais devem

estar imediatamente disponíveis para a utilização no processo produtivo.

Na mesma concepção, Chiavenato (1991, p.115) diz que o armazenamento

de materiais funciona como um bolsão, capaz de suprir às necessidades da

produção. Por outro lado, o armazenamento de produtos acabados também funciona

como um bolsão que supre às necessidades de vendas da empresa. Ambos servem

para amortecer as incertezas quanto às entradas de insumos e as incertezas quanto

às saídas de produtos acabados.

A armazenagem dos materiais assumiu, então, uma grande importância na

obtenção de maiores lucros. Independente de como foi embalado o material, ou de

como foi movimentado, a etapa posterior é a armazenagem. Os termos

"armazenagem" e "estocagem" são frequentemente usados para identificar coisas

semelhantes. Mas podem-se distinguir os dois, referindo-se à guarda de produtos

acabados como "armazenagem" e à guarda de matérias-primas como "estocagem"

(CHIAVENATO, 1991, p. 115).

A importância da Armazenagem na Logística é que ela leva soluções para os

problemas de estocagem de materiais que possibilitam uma melhor integração entre

as cadeias de suprimento, produção e distribuição. Além de reduzir custos e

aumentar a satisfação do cliente, a armazenagem correta fornece muitos outros

benefícios indiretos tais como centralização de remessas, o que aumenta a

visibilidade dos pedidos, fornecendo informações que não eram capturadas

(WIKIPÉDIA).

Podemos utilizar o Sistema de Relatório de Pedido em Aberto e medir o

impacto dos atrasos de produção em operações de remessas e atendimento ao

cliente, enquanto rastreamos questões de pedidos em aberto. Essas informações

são usadas para identificar e corrigir problemas durante o processo de

armazenagem assim como para manter os clientes informados do status de seu

pedido. Permitindo que a empresa gerencie as questões de pedidos em aberto, a

equipe de vendas perde menos tempo resolvendo problemas, tendo assim mais

tempo para vender (WIKIPÉDIA).

Para Chiavenato (1991, p.123) existem três tipos de estocagem: estocagem

de MP (matéria-prima) – é o resultado da diferença entre as médias de consumo e

Page 39: VANESSA VANDA ROSA TRABALHO DE CONCLUSÃO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Vanessa Vanda Rosa.pdf · durante toda caminhada, onde mesmo quando ausente, eles sabiam que eu estava me

39

as de recebimento de material. O nível de estocagem de MP depende das

quantidades de material compradas, recebidas, e do prazo de entrega do fornecedor

– estocagem intermediária – é a estocagem dos materiais em processamento ou em

vias, dos materiais semiacabados e dos acabados ou componentes. A estocagem

intermediária resulta das diferentes capacidades das máquinas ou seções

produtivas. – estocagem de PA (produtos acabados) – é a estocagem que ocorre no

depósito de PAs. Geralmente é centralizada e sua localização depende do mercado

de clientes que a empresa procura atender.

No passado, um armazém era definido como “um lugar para guardar

materiais”. Hoje é Armazenagem integra a politica da empresa no que diz respeito a

produção , marketing, finanças. A essência fundamental da armazenagem é estar

provido de espaço para o fluxo de materiais entre as funções comerciais e

operacionais que em grande parte não mantem uma frequência de fluxo, variando

em função da demanda e capacidade de produção.

2.3.5 Arranjo físico

O arranjo físico tem os seguintes objetivos: integrar máquinas, pessoas e

materiais para possibilitar uma produção eficiente; reduzir transportes e

movimentação de materiais; proporcionar utilização eficiente do espaço ocupado;

Facilitar e melhorar as condições de trabalho; Permitir flexibilidade, a fim de atender

possíveis mudanças (SLACK; CHAMBERS; JOHNSTON; 2007, p. 200).

O arranjo físico de uma operação produtiva preocupa-se com o

posicionamento físico dos recursos de transformação, ou seja, arranjo físico é

decidir onde colocar todas as instalações, máquinas, equipamentos e pessoal da

produção. há uma dupla pressão para a decisão sobre o arranjo físico. A mudança

de arranjo físico pode ser de execução difícil e cara, portanto, os gerentes de

produção podem relutar em fazê-la com frequência. Ao mesmo tempo, eles não

podem errar em sua decisão. A consequência de qualquer mau julgamento na

definição do arranjo físico terá efeitos de longo prazo consideráveis na operação

(SLACK; CHAMBERS; JOHNSTON; 2007, p. 200).

O planejamento de um arranjo físico é recomendável a qualquer empresa,

grande ou pequena. Com um bom arranjo físico obtêm-se resultados

Page 40: VANESSA VANDA ROSA TRABALHO DE CONCLUSÃO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Vanessa Vanda Rosa.pdf · durante toda caminhada, onde mesmo quando ausente, eles sabiam que eu estava me

40

surpreendentes na redução de custos de operação e no aumento de produtividade.

A melhor utilização do espaço disponível que resulte em um processamento mais

efetivo, através da menor distancia, no menor tempo. (VIEIRA, p.13).

Já Chiavenato (1991, p.119), conceitua arranjo físico como sendo a

disposição física dos equipamentos, pessoas e materiais, da maneira mais

adequada ao processo produtivo. Significa a colocação racional dos diversos

elementos combinados para proporcionar a produção de produtos/serviços. O

arranjo físico tem os seguintes objetivos: integrar maquinas, pessoas e materiais

para possibilitar uma produção eficiente; reduzir transportes e movimentos de

materiais; permitir um fluxo de materiais e produtos de longo processo produtivo,

evitando gargalos de produção; proporcionar utilização eficiente do espaço ocupado;

facilitar e melhorar as condições de trabalho; permitir flexibilidade, a fim de atender

possíveis mudanças.

2.3.6 Estoque

O objetivo do estoque não é deixar faltar material ao processo de fabricação,

evitando alta imobilização aos recursos financeiros. Uma das mais importantes

funções da administração de materiais está relacionada com o controle de níveis de

estoque.

.A função principal da administração de estoques é maximizar o uso dos

recursos envolvidos na área logística da empresa. É importante saber, que quando

temos estoques elevados, para atender plenamente a demanda, ele acarreta

necessidade de elevado capital de giro, e produzem altos custos. No entanto, baixos

estoques podem acarretar custos difíceis de serem contabilizados em fase de atraso

de entrega, replanejamento do processo produtivo, insatisfação do cliente e,

principalmente, a perda de cliente. (POZO, 2002, p.33).

Na mesma concepção, Ballou (2006, p. 272) coloca em evidência razões a

favor e contra para se manter estoques atualmente: razões a favor dos estoques:

melhorar o serviço ao cliente e reduzir os custos (com compras e transporte); razões

contra dos estoques: aumento dos custos com manutenção e armazenagem de

estoques.

Page 41: VANESSA VANDA ROSA TRABALHO DE CONCLUSÃO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Vanessa Vanda Rosa.pdf · durante toda caminhada, onde mesmo quando ausente, eles sabiam que eu estava me

41

Estoques são acumulações de matérias-primas, suprimentos, componentes, materiais em processos e produtos acabados que surgem em numerosos pontos do canal de produção e logística das empresas. (BALLOU, 2006, p. 271)

Registrar os estoques, seja manualmente ou informatizadamente, têm como

finalidade o controle da quantidade de materiais existentes, tanto o volume físico

como financeiro. Deve-se fazer uma avaliação de estoques anual, deverá ser

realizada em termos de preço, visando proporcionar uma avaliação exata do

material e informações financeiras atualizadas. (JACOBSEN, 2006, p. 73).

Quadro 4: Tipos de estoques.

Estoques no canal

São estoques em transito entre elos do canal de suprimentos, onde a movimentação é lenta e/ou as distâncias longas ou há muitos elos, o montante de estoque no canal tende facilmente a superar aquele existente nos depósitos.

Estoques mantidos para fins de especulação

Matérias-primas são compradas tanto para especulação quanto para o suprimento das necessidades operacionais.

Estoques regulares ou cíclicos

São estoques necessários para suprir a demanda media durante o tempo transcorrido entre excessivos reabastecimentos.

Estoques como pulmão São contra a variabilidade na demanda e nos prazos de reposição. O estoque de segurança é acrescentado ao estoque normal necessário pra suprir as condições da demanda média e do prazo de entrega médio.

Estoque obsoleto, morto ou evaporado

Parte do estoque sempre se deteriora, fica ultrapassado ou acaba sendo perdido/ roubado durante um armazenamento prolongado.

Fonte: Ballou (2006).

Os estoques são usados para atender às necessidades decorrentes das

diferenças entre fornecimento e demanda na produção. O estoque acontece em

operações produtivas porque os ritmos de fornecimento e de demanda nem sempre

andam juntos.

Para Jacobsen (2006, p.87), o estoque era visto, numa visão clássica, como

um investimento indispensável e representava uma segurança contra imprevistos

diversos, mas, na verdade mascaravam problemas como: peças com defeito, defeito

Page 42: VANESSA VANDA ROSA TRABALHO DE CONCLUSÃO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Vanessa Vanda Rosa.pdf · durante toda caminhada, onde mesmo quando ausente, eles sabiam que eu estava me

42

nas maquinas, erros de quantidade, refugo, gargalos, operadores despreparados,

absenteísmo, desequilíbrio de carga de trabalho, negligência e imperícia; já dentro

da visão just-in-time, a manutenção de estoques, em excesso principalmente,

agrega custos adicionais, representando um desperdício pelo uso indevido de

espaço, funcionários e equipamentos, controle de movimentação, imobilização de

capital, riscos de manter estoques (obsolência, danos, furtos e deterioração).

Just-in-time é tanto uma filosofia como um método de planejamento e controle de manufatura e da gestão de estoques, que visa atender a demanda de bens e serviços na quantidade necessária, na qualidade adequada, no momento oportuno e no lugar certo, eliminando perdas e desperdícios através da melhoria permanente da produtividade (JACOBSEN, 2006, p.87).

Para Dias (1996, p.23) a administração de estoques deve minimizar o capital

total investido em estoques, pois ele é caro e aumenta continuadamente, uma vez

que o custo financeiro aumenta.

2.3.7 Manuseio

O correto gerenciamento do manuseio e armazenagem é essencial. Produtos

entregues com danos ou em volumes de difícil manuseio contribuem negativamente

para a satisfação do cliente e, portanto, para que ele volte a comprar. O manuseio

ou movimentação interna de produtos e materiais significa transportar quantidades

de bens por distancias relativamente pequenas, quando comparadas com as

distancias na movimentação de longo curso executada pelas companhias

transportadoras (BALLOU, 1995, p.172).

Para Pozo (p. 91) o manuseio de materiais consiste no transporte a curta

distancia que ocorre no interior ou próximo a uma empresa ou em um centro de

distribuição, armazém ou fabrica. Esse procedimento consiste em carregar e

descarregar veículos de transportes, montar contêineres, contentores, caixas e todo

e qualquer sistema de proteção ao produto e de entrega ao cliente. Os principais

objetivos de manuseio de materiais são: Otimizar a utilização cubica dos armazéns;

Otimizar a eficiência operacional dos armazéns; Reduzir custos de movimentação;

Otimizar a carga de cada transporte; Melhorar o atendimento do mercado.

Page 43: VANESSA VANDA ROSA TRABALHO DE CONCLUSÃO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Vanessa Vanda Rosa.pdf · durante toda caminhada, onde mesmo quando ausente, eles sabiam que eu estava me

43

2.3.8 Distribuição

Distribuição é um dos processos da logística responsável pela administração

dos materiais a partir da saída do produto da linha de produção até a entrega do

produto no destino final. Após o produto pronto ele tipicamente é encaminhado ao

distribuidor. O distribuidor por sua vez vende o produto para um varejista e em

seguida aos consumidores finais. Este é o processo mais comum de distribuição,

porém dentro desse contexto existe uma série de variáveis e decisões trade-

off (termo usado com frequência para significar uma restrição à capacidade de

escolha entre duas coisas), a serem tomadas pelo profissional de logística.

O marketing vê que a distribuição é um dos processos mais críticos, pois

problemas como o atraso na entrega são refletidos diretamente no cliente. A partir

do momento que o produto é vendido a Distribuição se torna uma atividade de front

office e ela é capaz de trazer benefícios e problemas resultantes de sua atuação

(WIKIPÉDIA).

As empresas estão cada vez mais terceirizando suas atividades relacionadas

a distribuição e focando suas atividades no core bussiness da empresa. A

distribuição tem grande importância dentro da empresa por ser uma atividade de alto

custo. Os custos de distribuição estão diretamente associados ao peso, volume,

preço, Lead Time do cliente, importância na cadeia de abastecimento, fragilidade,

tipo e estado físico do material e estes aspectos influenciam ainda na escolha

do modal de transporte, dos equipamentos de movimentação, da qualificação e

quantidade pessoal envolvido na operação, pontos de apoio, seguro, entre outros

(WIKIPÉDIA).

A palavra distribuição esta associada também a entrega de cargas

fracionadas, neste tipo de entrega o produto/material é entregue em mais de um

destinatário, aproveitando a viagem e os custos envolvidos. As entrega neste caso

devem ser muito bem planejadas, pois a entrega unitizada tem um menor custo total

e menor lead time, as entregas fracionadas devem ser utilizadas somente quando

não for possível a entrega direta com o veículo completamente ocupado

(WIKIPÉDIA).

O conjunto de atividades que se inicia quando recebemos um pedido de

fornecimento de nosso produto e passa a seguir pela empresa que nos fornece a

Page 44: VANESSA VANDA ROSA TRABALHO DE CONCLUSÃO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Vanessa Vanda Rosa.pdf · durante toda caminhada, onde mesmo quando ausente, eles sabiam que eu estava me

44

matéria-prima até o momento que colocamos nosso produto na mão do cliente,

chama-se logística. Para que o cliente possa receber o produto, dependemos do

estágio chamado distribuição, ou seja, é o modo como faremos para o cliente

receber sua necessidade. Dentre as atividades do sistema de distribuição

importantes para o sucesso do processo estão: estoques de produtos acabados,

embalagens de proteção, depósito de distribuição e transporte (POZO, 2002, p.168).

2.4 SERVIÇO AO CLIENTE

Christopher (1997, p. 26) sustenta que a finalidade principal do sistema

logístico é a satisfação do cliente. Desse modo, muitas empresas bem-sucedidas

começaram a examinar os padrões de seus serviços internos para que todas as

pessoas que trabalham no negócio compreendessem que elas deveriam prestar

serviço para alguém. Assim, o autor responde a pergunta: o que é serviço ao

cliente? Em complemento a esta posição, Dornier et al. (2000, p. 97) sustentam que

a política de serviço ao cliente inclui disponibilidade de estoque, velocidade de

entrega e preenchimento do pedido. Assim, está ligada às políticas de estoques e

transporte.

A função do serviço ao cliente é fornecer “utilidade de tempo e de lugar” na transferência de mercadorias e serviços entre o comprador e o vendedor. [...] não existe qualquer valor no produto ou serviço, até que ele esteja nas mãos do cliente ou consumidor.(CHRISTOPHER, 1997, p. 26)

Segundo Ballou (2006, p. 94), serviço ao cliente refere-se especificamente à

cadeia de atividades de satisfação de vendas que começa normalmente com a

formalização do pedido e termina na entrega das mercadorias ao cliente. E, para

algumas empresas serviço ao cliente é a rapidez e a confiabilidade da

disponibilização dos itens encomendados aos clientes. Já na visão de Bowersox;

Closs (2009, p.63) cliente é a entidade à porta de qualquer destino de entrega.

Destinos típicos vão desde a residência do consumidor, as empresas varejistas e

atacadistas até os locais de recebimento das fabricas e os depósitos das empresas.

Page 45: VANESSA VANDA ROSA TRABALHO DE CONCLUSÃO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Vanessa Vanda Rosa.pdf · durante toda caminhada, onde mesmo quando ausente, eles sabiam que eu estava me

45

2.5 DISTRIBUIÇÃO FÍSICA

Comprar bem, procurando os melhores preços e prazos de pagamento para

as matérias-primas, e estocar de maneira a evitar perdas ao mínimo custo podem

não gerarem lucratividade. A distribuição física corresponde á movimentação dos

produtos acabados ou semiacabados de uma unidade fabril para outra ou da

empresa para seu cliente onde também exige a coordenação entre demanda e

suprimento (DIAS, 1987, p. 145).

Figura 3: Sistema logístico

Administração de materiais Distribuição Física

LOGÍSTICA

Fonte: Dias (1987, p.144).

A figura 3 mostra aspectos das operações da empresa, como fluxo de

material e de informações, podemos observar que a distribuição se concentra nos

fluxos a partir do deposito dos produtos acabados (DIAS, 1987, p.145).

O sistema de controle não deve de maneira alguma ser ignorado ou mal

aplicado; um exame periódico e /ou continuo, tendo um feedbacke um monitor que

indiquem claramente o quanto do sistema de distribuição está atendendo aos

objetivos finais, é fundamental. Desse modo, o controle deve fixar os critérios e a

Matéria prima

Submontagens

Componentes

Material de embalagens

almoxarifado

de

componentes

Almoxarifado

de produtos

acabados

Produtos

em

transito

Empresa

Cliente

CLIENTE

Page 46: VANESSA VANDA ROSA TRABALHO DE CONCLUSÃO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Vanessa Vanda Rosa.pdf · durante toda caminhada, onde mesmo quando ausente, eles sabiam que eu estava me

46

criação de modelos de determinação do custo e os objetivos da distribuição” (DIAS,

1987, p.145).

Para Alvarenga (1994, p.215) a distribuição física de produtos passou a

ocupar um papel de destaque nos problemas logístico das empresas. Isso se deve

ao custo crescente do dinheiro que força as empresas a reduzir os estoques e a

agilizar o manuseio, transporte e distribuição dos seus produtos. Por outro lado, a

concorrência entre as empresas exige que os níveis de serviços oferecidos aos

clientes melhorem cada vez mais.

Em complemento a esta posição, Novaes (2007, p. 241) afirma “o objetivo

geral da distribuição física, [...], é o de levar os produtos certos para lugares certos,

no momento certo e com o nível de serviço desejado, pelo menor custo possível”. A

distribuição física se agrega à saída do produto da fabrica até sua entrega final ao

consumidor, seja de produtos realizados com a participação de alguns

componentes, físicos ou informacionais.

As instalações físicas fornecem os espaços destinados a abrigar as

mercadorias até que sejam transferidas para as lojas ou entregues aos

clientes.

Estoques de produtos diz respeito à oferta de produtos se abriu num leque de

opções muito grande, com variedade de tipos, capacidade, acabamento e

cores nunca vistos, ocasionando um acréscimo expressivo nos níveis de

estoque.

Veículos servem para a distribuição e o deslocamento espacial das

mercadorias. Uma vez que os produtos são normalmente comercializados em

pontos diversos dos locais de fabricação.

Informações diversas são necessárias para operar um sistema de

distribuição, ou seja, é necessário saber as quantidades de produtos a serem

entregues aos clientes, condições para entrega, roteiros de distribuição, entre

outros. Hardware e sofware: são aplicativos que ajudam os administradores a

planejar, programar e controlar as atividades de distribuição.

A estrutura de custos estando adequada e constantemente atualizada pode

diminuir os custos de entregas.

Page 47: VANESSA VANDA ROSA TRABALHO DE CONCLUSÃO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Vanessa Vanda Rosa.pdf · durante toda caminhada, onde mesmo quando ausente, eles sabiam que eu estava me

47

Pessoal: com a sofisticação dos equipamentos e do tratamento da informação

nas atividades logísticas nos dias de hoje, torna-se necessário reciclar o

elemento humano, capacitando e treinando os colaboradores encarregados

da entrega (NOVAES; 2007, p. 241).

2.4 TERCEIRIZAÇÂO

“Muitos fabricantes industriais estão abordando um modelo de terceirização

que corta bruscamente a quantidade de material que de fato eles mesmos fabricam”.

(DORNIER et al., 2000, p. 262)

Em complemento, Novaes (2007, p. 288), apresenta três razões principais

para que as empresas busquem soluções externas, em atividades realizadas por

elas próprias: a necessidade de manter o foco nas funções que formam as

competências centrais da empresa, uma relação custo/eficiência desfavorável das

atividades objeto de subconcentração e problemas financeiros. Nesse sentido, a

organização deve acreditar que a terceirização seja uma alternativa viável para a

obtenção de melhorias no seu sistema logístico ou que leve à adequação desde as

atuais demandas do mercado.

Dornier et. Al. (2000) abordam ainda razões estratégicas e táticas: Razões

estratégicas: melhora o foco do negócio, obtém acesso capacidades de nível

mundial, acelera os benefícios de reengenharia, compartilha os riscos e libera

recursos para outras finalidades. Razões táticas: reduz ou controla os custos de

operação, torna disponíveis os fundos de capital, gera a introdução de capital,

compensa a falta de recursos internos e melhora a gestão de funções difíceis ou fora

de controle.

Na mesma perspectiva, Ballou (2006, p. 559) enfatiza que as empresas vêm

reconhecendo a existência de vantagens estratégicas e operacionais na

terceirização de suas atividades logísticas. Entre os benefícios, estão: custos

reduzidos e menores investimentos de capital; acesso a tecnologias novas e

habilidades gerenciais, vantagens competitivas; acesso à informação útil para o

planejamento; redução de riscos e incerteza.

Page 48: VANESSA VANDA ROSA TRABALHO DE CONCLUSÃO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Vanessa Vanda Rosa.pdf · durante toda caminhada, onde mesmo quando ausente, eles sabiam que eu estava me

48

3 PROCEDIMENTO METODOLÓGICO

Nesta parte está explicitada a metodologia da pesquisa que foi utilizada no

presente trabalho. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, onde, de acordo com

Fachin (2001, p.82), é caracterizada pelos seus atributos e relaciona aspectos não

somente mensuráveis, mais também definidos descritivamente. A qualidade, como

se manifesta, pode simplesmente ser definida como uma extensão ao longo da

escala e em termos da qual o atributo da variável pode ser apreciado.

Quanto aos meios, a pesquisa foi de maneira bibliográfica e documental.

Fachin (2001, p.125) considera a pesquisa bibliográfica diz respeito ao conjunto de

conhecimentos humanos reunidos nas obras. Tem como base fundamental conduzir

o leitor a determinado assunto e produção, coleção, armazenamento, reprodução,

utilização e comunicação das informações coletadas para o desempenho da

pesquisa. A pesquisa bibliográfica constitui o ato de ler, selecionar, fichar, organizar

e arquivar tópicos de interesses para a pesquisa em pauta.

E para Bervian (1996, p.48) a pesquisa bibliográfica procura explicar um

problema a partir de referências teóricas publicadas em documentos. Ela busca

conhecer e analisar as contribuições culturais ou cientificas do passados existentes

sobre um determinado assunto, tema ou problema.

A pesquisa foi de forma documental, utilizando os documentos da empresa.

Também foi utilizada a pesquisa através da observação, pelo fato da acadêmica

trabalhar na empresa a 6 anos e conhecer todos os processos logísticos da

empresa.

A pesquisa documental é toda informação de forma oral, escrita ou

visualizada, ela consiste na coleta, classificação, seleção difusa e na utilização de

toda espécie de informações, compreendendo também as técnicas e métodos que

facilitam a sua busca e a sua identificação. Para a pesquisa documental, considera-

se documento qualquer informação sob a forma de textos, imagens, sons, sinais em

papel/madeira/pedra, gravações, pintura, incrustações e outros. (FACHIN, 2001,

p.152).

Foi utilizado também a observação, com o objetivo de pressupor e captar com

precisão os aspectos essenciais e acidentais de um fenômeno do contexto empírico.

Page 49: VANESSA VANDA ROSA TRABALHO DE CONCLUSÃO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Vanessa Vanda Rosa.pdf · durante toda caminhada, onde mesmo quando ausente, eles sabiam que eu estava me

49

Para Fachin (2001, p.35) método observacional é a busca, levada a efeito com

cautela e predeterminação, em contraste com as percepções do senso comum.

Na mesma perspectiva Bervian (1996, p.24) diz que observar é aplicar

atentamente os sentidos a um objeto, para dele adquirir um conhecimento claro e

preciso. A observação é de importância capital nas ciências. É dela que depende o

valor de todos os outros processos.

Quanto aos fins, trata-se de uma pesquisa descritiva e exploratória. A

pesquisa descritiva os fatos são observados, registrados, analisados, classificados e

interpretados, sem que o pesquisador interfira neles. Isso significa que os

fenômenos do mundo físico e humano são estudados, mas não manipulados pelo

consumidor (ANDRADE; 1999, p. 106).

“Uma das características da pesquisa descritiva é a técnica padronizada da

coleta de dados, realizada principalmente através de questionário e da observação

sistemática”. (ANDRADE, 1999 p.106).

A pesquisa exploratória tem por finalidade [...] proporcionar maiores

informações sobre determinado assunto, facilitar a delimitação de um tema de

trabalho, definir os objetivos ou formular as hipóteses de uma pesquisa ou descobrir

novo tipo de enfoque para o trabalho que se tem em mente.

Os dados foram coletados por meio de entrevista focalizada com os

funcionários da empresa: gerente administrativo, sócios, auxiliares de escritórios,

subordinados e os clientes varejistas. De acordo com Andrade (1999, p. 134) a

entrevista focalizada consiste em elaborar um roteiro com tópicos que serão

abordados para orientar a conversa. Este tipo de entrevista confere mais liberdade

tanto para o pesquisador quanto para o entrevistado. O entrevistado pode alongar-

se em determinados tópicos, trazendo mais informações e a entrevista transcorre

mais como conversa informal, mesmo quando o roteiro é obdecido.

Page 50: VANESSA VANDA ROSA TRABALHO DE CONCLUSÃO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Vanessa Vanda Rosa.pdf · durante toda caminhada, onde mesmo quando ausente, eles sabiam que eu estava me

50

4 LEVANTAMENTO E ANÀLISE DE DADOS

Para desenvolver o presente trabalho foi feito um levantamento de dados,

buscando todas as informações que possam contribuir para melhor entendimento da

organização e seus processos.

4.1 CARACTERIZAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO

Foto1: Logotipo da empresa.

Fonte: Dados primários (2012).

A empresa Uniflor Comércio Atacadista de Flores Ltda foi fundada em 1991

por dois irmãos. Um deles trabalhava no ramo como vendedor de outra empresa de

atacadista de flores que existia, o outro trabalhava num restaurante próprio. Na

época, o comércio no ramo de floristas estava dando certo, já o empreendimento

com o restaurante não estava bem, então, mesmo com um baixo nível de

alfabetização dos dois, mas com experiências vivenciadas, eles decidiram abrir uma

empresa atacadista de flores e plantas.

Na região da Grande Florianópolis, havia poucas empresas nesse ramo, mas

as poucas que tinham, cresciam a cada ano, pois existia baixa concorrência. Surgiu

então uma empresa especializada na distribuição de flores e plantas, a Uniflor (uni -

unidos, flor – flores).

Page 51: VANESSA VANDA ROSA TRABALHO DE CONCLUSÃO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Vanessa Vanda Rosa.pdf · durante toda caminhada, onde mesmo quando ausente, eles sabiam que eu estava me

51

O prédio que era utilizado como restaurante foi reformado e transformado na

sede da empresa, compraram um caminhão com pouco dinheiro que tinham, e

começaram a comprar produtos de fornecedores do estado de São Paulo, e

revender na região de Florianópolis, onde conquistaram seus primeiros clientes, e

mais tarde, suas entregas cresceram pelo litoral catarinense.

Atualmente, a empresa atua como atacadista de flores e plantas, com cerca

de 90 % de seus fornecedores do estado de São Paulo, e 10 % de Santa Catarina, e

atua no estado de Santa Catarina, principalmente no vale do Itajaí, sul do estado,

região serrana e grande Florianópolis Os produtos chegam sempre novos no centro

de distribuição duas vezes por semana, e não ficam estocados, são imediatamente

separados e distribuídos por meios e rotas predefinidos. Além de flores e plantas, a

empresa trabalha com artigos para decoração, como espumas florais e alguns tipos

de embalagens sob encomenda.

A empresa localiza-se na Rua Vitalino Ávila, no bairro de Areias de Baixo, na

cidade de Governador Celso Ramos, no estado de Santa Catarina, e possui uma

nova e ampla sede, contendo todo sistema administrativo e de distribuição.

Seu quadro de funcionários é composto por cerca de 15 colaboradores, sendo

que alguns fixos, principalmente no setor financeiro e de vendas, e motoristas, e

outros temporários, como ajudantes.

Sua estrutura organizacional é bem simples, não é exatamente dividida, mas

possui gerente, setor administrativo e de vendas. Todos os funcionários do setor

administrativo aprendem a fazer as funções uns dos outros, mas em épocas de

maior demanda (grandes vendas, e datas comemorativas), falta mão de obra

especializada, ocasionando reclamações, principalmente nos setores de

atendimento ao cliente, e setor de vendas.

Page 52: VANESSA VANDA ROSA TRABALHO DE CONCLUSÃO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Vanessa Vanda Rosa.pdf · durante toda caminhada, onde mesmo quando ausente, eles sabiam que eu estava me

52

Quadro 5: Pontos fracos e pontos fortes da empresa.

Pontos fracos Pontos fortes

Falta de comando central capaz de gerar uma reação rápida para enfrentar os desafios do mercado;

Disponibilidade de recursos financeiros e administrativos para autofinanciamento obtido de poupança compulsória feita pela família;

Falta de planejamento para médio e longo prazos;

Importantes relações comunitárias e comerciais decorrentes de um nome respeitado;

Falta de preparação/formação profissional; Organização interna leal e dedicada.

Conflitos que surgem entre os interesses da família e os da empresa como um todo;

Falta de participação efetiva dos sócios que legalmente constituem a empresa nas suas atividades do dia-a-dia.

Fonte: Dados primários.

O quadro 5 mostra os pontos fracos e fortes da empresa analisada, que

podem servir como vantagem ou desvantagem para a empresa.

As principais características da Uniflor como empresa familiar são:

Dificuldades na separação entre o que é pessoal e profissional;

Centralização do poder e autoritarismo;

Estrutura administrativa e operacional "enxuta";

Exigência de dedicação exclusiva dos familiares, priorizando os interesses da

empresa;

Valorização da confiança mútua, pelos vínculos familiares, e entre

empregados antigos e os proprietários exercem papel importante no

desempenho da empresa.

Page 53: VANESSA VANDA ROSA TRABALHO DE CONCLUSÃO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Vanessa Vanda Rosa.pdf · durante toda caminhada, onde mesmo quando ausente, eles sabiam que eu estava me

53

4.1.1 Organograma da empresa

Figura 04: Organograma da Uniflor Comércio Atacadista de Flores Ltda.

Fonte: Dados primários.

Page 54: VANESSA VANDA ROSA TRABALHO DE CONCLUSÃO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Vanessa Vanda Rosa.pdf · durante toda caminhada, onde mesmo quando ausente, eles sabiam que eu estava me

54

A empresa não apresenta organograma definido, mais para este trabalho a

acadêmica elaborou o organograma tentando explicar as funções subordinadas e

funções principais da empresa.

Sócios majoritários: responsáveis pela empresa e pelas decisões tomadas

juntamente a um gerente administrativo. São eles os responsáveis pelas

manutenções dos caminhões da empresa e serviços relacionados aos bancos;

Também descarregam e separam pedidos juntamente com os funcionários. Um

dos sócios faz entrega de mercadorias para a região de Florianópolis.

Gerente administrativo: responsável pelas decisões financeiras, administrativas,

pela área de compra. Tudo que é comprado é passado pela inspeção do

gerente. Ele exerce função de sócio, e delega poucas funções aos mesmos.

Setor de compras e vendas: são responsáveis pelos pedidos dos clientes

diretamente das floriculturas e dos clientes varejistas. Eles somam todos os

pedidos, verificam onde e com quem comprar os produtos, conferem tudo antes

de passar ao gerente. Também ajudam a descarregar e separar os pedidos

quando chega o caminhão na empresa.

Auxiliares de escritório: ajudam os gerentes de compra e venda na preparação

dos pedidos, ligam para as floriculturas para auxiliar nos pedidos. São

responsáveis pelas notas fiscais da empresa. Também ajudam a descarregar e

separar os pedidos quando chega o caminhão na empresa.

Todos os funcionários da empresa exercem mais de uma função. Alem de

serem responsáveis pelo seu exercício, auxiliam também, para descarregar, conferir

e separar os pedidos alem de receberem ajuda de outros contratados apenas para

descarregar o caminhão.

Page 55: VANESSA VANDA ROSA TRABALHO DE CONCLUSÃO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Vanessa Vanda Rosa.pdf · durante toda caminhada, onde mesmo quando ausente, eles sabiam que eu estava me

55

4.1.2 Visão, Missão, Objetivos e Valores

- Visão: Tornar-se a melhor empresa de atacado de flores da região da Grande

Florianópolis até 2015.

- Missão: Comercializar flores selecionadas, priorizando satisfação dos clientes,

obtendo os produtos certos, na hora certa, na quantidade correta, no local certo, nas

condições adequadas a num preço competitivo.

- Objetivos: Satisfazer plenamente nossos clientes, tendo disponibilidade de todos

os produtos relacionados ao nosso ramo. Tendo uma frota totalmente especializada

nas entregas e priorizando o nosso atendimento com qualidade e habilidade em

nossos serviços.

- Valores: Alcançar as nossas metas e vencê-las, aderindo a padrões de excelência;

obter um desempenho melhor que os dos nossos concorrentes;

4.1.3 Produtos

A empresa Uniflor Comércio Atacadista de Flores Ltda. comercializa flores

naturais. São flores para presentes, decorações de casamentos e aniversários.

Em 1994 a empresa contava com 200 produtos sem muitas variedades,

número que veio crescendo ao longo de 18 anos, pois a cada ano os produtores

procuraram inovar criando flores com diferentes variedades e cores, e a empresa

procura trazer essas novidades para seus clientes, inovando no ramo que atua. Com

isso, foi possível o crescimento também da credibilidade e do número de

fornecedores e, consequentemente, a confiabilidade e o número de clientes.

4.1.4 Fornecedores

Atualmente a empresa trabalha com cinco fornecedores principais, ooperativa

Veiling Holambra, Ceasesp Campinas, Ceasesp – SP, Cooperplantas e Cooperflora.

O quadro 5 mostra como as empresas trabalham e o seu tamanho no

mercado. Todas recebem compradores de praticamente todas as regiões do Estado

de São Paulo abastecendo mais de 500 municípios, e alguns estados do Brasil.

Page 56: VANESSA VANDA ROSA TRABALHO DE CONCLUSÃO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Vanessa Vanda Rosa.pdf · durante toda caminhada, onde mesmo quando ausente, eles sabiam que eu estava me

56

Quadro 6: Principais fornecedores da empresa.

Fornecedores O que é

Cooperativa

Veiling Holambra

Principal centro de comercialização de flores e plantas do Brasil,

responsável por cerca de 45% do mercado nacional. Concentra a

produção de cerca de 400 fornecedores da macro-região da

Holambra e outras regiões produtoras.

CEAGESP de

Campinas

A Ceasa-Campinas tem o maior Mercado Permanente de Flores e

Plantas Ornamentais da América Latina que movimenta uma média

de 4 mil toneladas de produtos por mês. São 28,6 mil m2 de área

construída com infra-estrutura completa. Tem cerca de 7 mil clientes

cadastrados e recebe mais de 20 mil pessoas por mês das 5 regiões

do país.

CEAGESP de São

Paulo (capital)

Maior empresa de abastecimento de São Paulo, o Ceagesp, ao

longo de sua história, acompanhou o desenvolvimento da cidade.

Nascida no final da década de 1960, o Entreposto começou quando

o antigo Mercado Central, aberto na década de 1930 para um

milhão de habitantes não era mais suficiente para atender a

demanda.

Cooperplantas A CooperPlantas é a mais nova cooperativa no segmento de

comercialização de flores e plantas em Holambra. Foi fundada em

outubro de 2003, por produtores de Holambra e região. Possui hoje

em seu quadro 70 sócios, tem como objetivo formar um ELO entre a

cadeia de produção e o da comercialização. Tem como meta

principal as vendas "intermediadas", pois resultam em melhor

otimização e eficácia da logística nos respectivos elos da cadeia,

fazendo com que haja assim menor exposição dos produtos, e,

conseqüentemente, mantenham sua qualidade excepcional até

chegarem ao consumidor final.

Cooperflora Criada em 1999 por um grupo de produtores de Holambra (São

Paulo), a Cooperflora tem como competência-chave levar flores

(corte ou vasos) de qualidade a todas as regiões do Brasil, e, assim,

valorizar e desenvolver a produção de seus cooperados.

Fonte: Sites das empresas: Cooperativa Veiling, Ceasesp Campinas, Ceasesp – SP,; Cooperplantas , Cooperflora.

Page 57: VANESSA VANDA ROSA TRABALHO DE CONCLUSÃO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Vanessa Vanda Rosa.pdf · durante toda caminhada, onde mesmo quando ausente, eles sabiam que eu estava me

57

A empresa Veiling possui um sistema principal de comercialização: KLOK. É

um relógio conhecido com Klok, ele mostra as informações referentes o produto

(inclusive o preço) no momento das vendas, permitindo a comercialização de

grandes quantidades e variedades de produtos em tempo recorde

(www.veiling.com.br).

Foto 2: O relógio Klok da cooperativa Veiling Holambra.

Fonte: http://www.veiling.com.br.

Page 58: VANESSA VANDA ROSA TRABALHO DE CONCLUSÃO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Vanessa Vanda Rosa.pdf · durante toda caminhada, onde mesmo quando ausente, eles sabiam que eu estava me

58

4.2 LEVANTAMENTO DE DADOS

Neste capítulo serão abordados dados da empresa dos processos de

armazenamento, recebimento e distribuição da empresa para melhor entendimento

do seu funcionamento.

4.2.1 Descrever o processo logístico atual

No inicio, a empresa trabalhava com duas linhas de distribuição (Brusque e

Blumenau). O depósito era pequeno, em datas comemorativas, onde ocorria maior

demanda, eram alugados depósitos próximos à empresa para colocar as flores na

qual não eram entregues aos clientes por imediato.

Três anos mais tarde, observando o mercado concorrente ao seu redor, a

empresa conseguiu comprar mais um caminhão, e, criou mais uma linha de

distribuição, para Florianópolis, hoje em dia realizada por um sócio da empresa.

Após quatro anos, a empresa teve um crescimento de aproximadamente 50%

números de clientes varejistas e linhas de distribuição para Santa Catarina. Seria

ótimo para a empresa, mais acredite não é. A empresa não soube administrar o

crescimento. Ela teve um aumento somente em números de distribuidores mais não

em quantidade de flores disponibilizadas aos mesmos. Ou seja, as mesmas

quantidades de flores são compradas e distribuídas ao número maior de linhas de

distribuições. O tamanho da carroceria do caminhão que traz as flores da São Paulo

é o mesmo de quando a empresa começo. Houve mudança apenas no modelo.

Quando a empresa apresenta maior demanda ela disponibiliza outro caminhão para

completar o carregamento. A falta de espaço no caminhão se dá também pelo fato

da empresa trazer mercadorias para os concorrentes da região.

Atualmente, a empresa fornece para nove clientes varejistas e cerca de 40

floriculturas. Esse crescimento proporcionou à empresa uma mudança de

localização, com depósito maior e mais amplo propicio para um armazenamento de

um número maior de mercadorias, e salas maiores, contento os mesmos

computadores ultrapassados, e poucos equipamentos novos.

Page 59: VANESSA VANDA ROSA TRABALHO DE CONCLUSÃO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Vanessa Vanda Rosa.pdf · durante toda caminhada, onde mesmo quando ausente, eles sabiam que eu estava me

59

Foto 3: Antiga sede da empresa.

Fonte: Dados primários (2012).

Observando a figura 06, podemos notar que a empresa necessitava de

reformas, apresentando um depósito pequeno com uma estrutura incapaz de

suportar o crescimento da demanda. Ao descarregar o caminhão que vinha se São

Paulo, o fluxo de materiais e pessoas dentro do depósito se tornava limitado,

impossibilitado de suportar todas as mercadorias.

O crescimento da empresa levou a construção de uma nova sede, maior

capaz de seportar o armazenamento das mercadorias, principalmente quando

ocoorre uma demanda maior.

Page 60: VANESSA VANDA ROSA TRABALHO DE CONCLUSÃO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Vanessa Vanda Rosa.pdf · durante toda caminhada, onde mesmo quando ausente, eles sabiam que eu estava me

60

Foto 4: Nova sede da empresa.

Fonte: Dados primários (2012).

A nova sede da empresa praticamente dobrou de tamanho (conforme a foto

3), em relação ao volume de produtos que podem ser armazenados. Os escritórios

também sofreram aumento possibilitando melhor fluxo de pessoas.

Cada porta esta reservada a um caminhão que faz o carregamento das

mercadorias para a distribuição aos clientes finais. A porta maior seria o local

destinado para o descarregamento do caminhão que transporta os produtos de São

Paulo. Porém, dificulta a movimentação de mercadorias, pois se torna um processo

demorado, de levar os produtos do inicio ao fim do depósito.

Page 61: VANESSA VANDA ROSA TRABALHO DE CONCLUSÃO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Vanessa Vanda Rosa.pdf · durante toda caminhada, onde mesmo quando ausente, eles sabiam que eu estava me

61

Foto 5: Atual caminhão da empresa, que transporta as flores de São Paulo.

Fonte: Dados primários.

Com o crescimento da empresa, veio também a necessidade de trocar o

antigo caminhão da empresa por um mais moderno capaz de suportar tantos

quilômetros percorridos por semana, com um baú de aproximadamente 12 m de

comprimento por 4 m de altura, possibilitando uma maior quantidade de produtos

transportados.

Por se tratar de uma empresa atacadista, a Uniflor não possui estoques. Ela

trabalha com a soma dos pedidos de clientes (floriculturas e varejistas). São feitas

as compras na Cooperativa Velling, localizada em Holambra (São Paulo) e nas

empresas Ceagesp São Paulo capital, Ceagesp em Campinas, Cooperplantas e

Cooperfloras em Ceasa (São Paulo), que são empresas distribuidoras de flores

naturais. As compras são feitas por telefone e via internet (cerca de 80% do total dos

pedidos), algumas plantas são compradas na região em que a empresa atua (10%)

e o comprador (e motorista) da empresa compra o restante (10%) que não fora

Page 62: VANESSA VANDA ROSA TRABALHO DE CONCLUSÃO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Vanessa Vanda Rosa.pdf · durante toda caminhada, onde mesmo quando ausente, eles sabiam que eu estava me

62

conseguido no leilão na Cooperativa Velling Holambra ou em algumas feiras em São

Paulo. As compras são sempre realizadas nas terças e nas sextas-feiras (à noite) e

nas quartas e sábados (pela manhã).

Os compradores ligam para os produtores e pedem para garantirem as flores.

Mais, em época de muita procura as flores se tornam caras e escassas, tornando-se

um problema quando a empresa garante ao cliente e o produtor não nos envia os

pedidos certos.

O comprador da empresa liga para o gerente de compras passando as flores

que não estão disponíveis naquele dia. O gerente repassa isso aos clientes. Alguns

clientes questionam a empresa, pois alguns concorrentes da região conseguem os

pedidos e garantem as flores, então porque a empresa não consegue comprar

também? Embora esta seja uma pergunta fácil de responder, ela não é. A empresa

não consegue comprar todas as flores dos pedidos há algum tempo, e isso é motivo

de desordem e discórdia dos clientes. O gerente de administrativo não permite que

os compradores liguem para os produtores a toda hora para comprar as flores,

impossibilitando também, a procura de novos fornecedores para a empresa poder

comprar um numero maior e diferenciado de produtos.

Outro ponto a ser citado seria a falta de equipamentos mais atualizados para

melhorar o contato com os produtores. A empresa trabalha com programas de

computadores do ano de 1997.

O caminhão chega ao depósito sempre nas segundas de madrugada e nas

quintas à tarde. As flores são descarregadas e ao mesmo tempo são separados os

pedidos dos clientes. Mais a empresa não possui funcionários suficientes para essa

atividade. Cada funcionário exerce duas ou mais funções pela qual ele não foi

contratado para exercer. Por isso os sócios impuseram normas para os funcionários

na hora de descarregar o caminhão, mais nem sempre deu certo. É sempre uma

desordem, todos pegam flores que não estão nos seus podidos para separar

faltando para outro pedido. As flores não são todas conferidas e depois separadas

que seria o certo a fazer para verificar se o produtor enviou os pedidos certos. Após

a conferencia, os produtos são liberados para carregamento.

Por se tratar de flores naturais, a empresa não tem como garantir 100% das

flores com boa qualidade. Às vezes, alguns fatores afetam a qualidade, como: mal

carregamento, a temperatura do baú do caminhão, uma freada brusca, o clima na

Page 63: VANESSA VANDA ROSA TRABALHO DE CONCLUSÃO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Vanessa Vanda Rosa.pdf · durante toda caminhada, onde mesmo quando ausente, eles sabiam que eu estava me

63

região onde os produtores plantam seus produtos, o atraso em entregar a

mercadoria, entre outros fatores, podem acabar estragando os produtos.

Foto 6: A empresa vista por dentro.

Fonte: Dados primários.

A empresa se preocupou com a forma de armazenamento das mercadorias

descarregadas até serem carregadas nos caminhões que fazem as distribuições aos

clientes, aumentando o tamanho de seu depósito. Na figura 09, pode ser vista a

forma de como estão organizadas as prateleiras dentro do depósito.

4.2.2 Avaliação do processo de recebimento e armazenamento

Após a chegada do caminhão à empresa, as mercadorias são separadas por

pedidos e colocadas em prateleiras até o responsável pela separação conferir e

liberar o carregamento para o caminhão que fará a distribuição.

Page 64: VANESSA VANDA ROSA TRABALHO DE CONCLUSÃO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Vanessa Vanda Rosa.pdf · durante toda caminhada, onde mesmo quando ausente, eles sabiam que eu estava me

64

A empresa não armazena seus produtos por muito tempo. O tempo máximo

que as flores ficam expostas nas prateleiras do depósito é de uma semana, pois a

empresa não possui estoques por se tratar de flores naturais, podendo acarretar

perdas à empresa. Para esse processo a empresa teria que investir numa câmera

fria com maiores recursos e capacidade de armazenamento, aumentando a

durabilidade das flores.

As flores que são descarregadas são diretamente separadas por pedidos dos

clientes diretos e varejistas. Não são conferidas todas as mercadorias quando

chegam ao deposito, somente depois de separar todos os pedidos que são

conferidos. Muitas vezes ocorre do produtor não enviar toda mercadoria, que são

carregados em São Paulo, pois há apenas um motorista, o mesmo faz as compras

diretas com os produtores, e um carregador, ficando difícil conferir tudo que entra no

caminhão. Nesse sentido, as flores que faltam são percebidas apenas após a

separação dos pedidos, assim, os funcionários somam a quantidade que falta e

dividem entre os clientes descontando dos seus pedidos.

Em épocas de demanda maior, como dia das mães e dia de finados, a

empresa recebe flores todos os dias da semana, seja com o caminhão próprio ou

fretando as mercadorias, o numero flores dos pedidos praticamente quadriplica,

assim os produtos ficam nas prateleiras por no máximo cinco dias, até todas as

mercadorias serem entregues aos clientes.

Page 65: VANESSA VANDA ROSA TRABALHO DE CONCLUSÃO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Vanessa Vanda Rosa.pdf · durante toda caminhada, onde mesmo quando ausente, eles sabiam que eu estava me

65

4.2.3 Fluxograma de atividades

A empresa não possui um fluxograma de atividades, mais para a realização

deste trabalho, a acadêmica desenhou o fluxograma apresentado a seguir.

Figura 5: Fluxograma de atividades

.

Fonte: Dados primários.

Page 66: VANESSA VANDA ROSA TRABALHO DE CONCLUSÃO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Vanessa Vanda Rosa.pdf · durante toda caminhada, onde mesmo quando ausente, eles sabiam que eu estava me

66

A preparação dos pedidos é feita sempre nas terças (para as mercadorias

chegarem á empresa na quinta) e nas sextas (onde as mercadorias chegam nas

segundas de madrugada). A empresa não possui horário específico para os clientes

passaram os pedidos, isso causa transtorno e muitas vezes, a empresa não garante

as flores.

Após as compras realizadas, a Holambra passa à empresa o relatório dos

produtos comprados. Esse relatório é conferido e caso ocorra algum erro, é passado

o retorno à Holambra, e solucionado via internet.

Toda semana ocorre a falta de mercadoria. Isso ocorre ou pelo fato dos

pedidos passados com atraso, ou no caso de algum desastre natural: por se tratar

de flores naturais os produtores não têm como prevê se chove de mais ou de

menos, por exemplo, e estragar as flores.

O caminhão é carregado em São Paulo, e viaja 10 horas até chegar à

empresa. Esta possui poucos funcionários, tornando-se difícil o descarregamento e

a separação dos pedidos, se tornando mais demorado todo o processo até a

liberação aos clientes varejistas para a entrega aos clientes finais.

4.2.4 O processo de distribuição

Após a chegada dos produtos ao depósito, os produtos são conferidos e

separados por pedidos. Os entregadores carregam os caminhões e levam os

produtos aos clientes. Cerca de 90% dos produtos já estão vendidos, e os outros

10% são flores compradas a mais para vendas realizadas no dia da entrega.

Assim, alguns clientes vão até o caminhão e pegam as flores para seu

pedido, a empresa não tem como saber se eles pegam a mais, ou se o produtor não

mandou o pedido certo para a empresa.

Parece tudo muito fácil e descomplicado. Mais não é! A empresa possui

poucos funcionários desde na área de compra e venda ate na hora de separar os

pedidos. Por esse motivo, os sócios da empresa também realizam as tarefas de

separar, conferir e carregar os caminhões para a entrega aos clientes.

Page 67: VANESSA VANDA ROSA TRABALHO DE CONCLUSÃO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Vanessa Vanda Rosa.pdf · durante toda caminhada, onde mesmo quando ausente, eles sabiam que eu estava me

67

Foto 7: Caminhão sendo carregado.

Fonte: Dados primários.

Todos os caminhões apresentam prateleiras nos baús de diferentes tamanhos

para poder alocar as flores com tamanhos diferentes. São carregados conforme os

pedidos dos clientes, separadamente. Conforme a figura 10, podemos observar

como estão organizadas as mercadorias no caminhão que realiza as entregas ao

cliente, apresentadas em dias com a demanda normal, pois quando a demanda

aumenta, são acopladas prateleiras móveis aos caminhões, possibilitando maior

numero de flores carregadas.

Após o carregamento das mercadorias, os produtos são entregues aos

clientes finais. Alguns clientes fazem decorações, por esse motivo alguns confiam as

chaves de suas floriculturas aos entregadores para ser possível entregar as flores de

madrugada.

Como as flores têm que serem compradas em Holambra e Ceasa (São Paulo)

os clientes tem que passar os pedidos até certo horário do dia. Para dar tempo dos

produtores prepararem a entrega ao carregador da empresa em São Paulo. Mais

isso não acorre na prática. A empresa aceita pedidos dos clientes a toda hora, e

Page 68: VANESSA VANDA ROSA TRABALHO DE CONCLUSÃO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Vanessa Vanda Rosa.pdf · durante toda caminhada, onde mesmo quando ausente, eles sabiam que eu estava me

68

pior, garante na maioria das vezes os produtos. E quando os produtores das

cooperativas em Holambra ou Ceasa não disponibilizam as flores à empresa, são

diminuídas as quantidades dos clientes. Isso não seria nenhum problema se fossem

descontadas as flores dos pedidos passados com atraso à empresa. Contudo, isso

não ocorre na prática. São sempre descontadas as flores principalmente de cliente

que sempre passam pedido no horário. Essas falhas ocorrem diariamente.

A empresa possui dois motoristas responsáveis pelo carregamento das

mercadorias e por cerca de 20% das compras (quando a empresa não consegue

contato com os produtores por telefone ou via internet) na cooperativa Velling em

Holambra e Ceasa. Mais eles sozinhos não conseguem comprar e conferir todos

produtos que entram no caminhão. O tempo é curto, eles têm que conseguir

carregar, conferir e comprar em apenas algumas horas, sobrecarregando-os.

A empresa mudou-se para uma sede maior há dois meses. Nessa sede, ela

construiu uma câmera fria, mais ainda não foi inaugurada e a empresa ainda não se

interessou em discutir o assunto entre os associados para a conclusão da câmera.

Causando transtorno entre os clientes que necessitam armazenar as flores que não

foram vendidas por mais tempo.

Foto 8: Câmera da empresa.

Fonte: Dados primários.

No momento a câmera fria, construída para armazenar e manter a

durabilidade das flores está sendo usada como um depósito de entulhos pelos

sócios da empresa.

Page 69: VANESSA VANDA ROSA TRABALHO DE CONCLUSÃO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Vanessa Vanda Rosa.pdf · durante toda caminhada, onde mesmo quando ausente, eles sabiam que eu estava me

69

4.2.4.1 LAYOUT ATUAL DA EMPRESA

Por se tratar de uma empresa familiar, onde os donos foram criados numa

época diferente, a empresa possui uma cultura organizacional calhada.

Praticamente usaram o mesmo Layout, da sede da empresa antiga, aumentando

apenas o tamanho da estrutura. Acarretando nas mesmas falhas.

Figura 6: Layout atual da empresa

Fonte: dados primários.

O crescimento do depósito da empresa se deu devido o crescimento de sua

demanda. Seu antigo depósito não era grande o suficiente para suportar o aumento.

Mas, o layout atual da empresa apresenta algumas falhas, como: a escada foi

construída em lugar não propicio, ela está no meio do deposito atrapalhando o fluxo

de produtos ao descarregar o caminhão, não apresenta cozinha, funcionários da

empresa fazem sua pausa para o café nas salas ou vão para casa fazer seu

intervalo tornando demorada a pausa para o café, a porta onde se descarrega as

mercadorias chegadas de São Paulo é a ultima, dificultando o manuseio dos

produtos, ao separar os pedidos, os funcionários tem que levar mercadorias do fim

do deposito ao inicio, demorando na volta e assim demorando ao descarregar as

mercadorias do caminhão.

Page 70: VANESSA VANDA ROSA TRABALHO DE CONCLUSÃO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Vanessa Vanda Rosa.pdf · durante toda caminhada, onde mesmo quando ausente, eles sabiam que eu estava me

70

4.3 PROPOSTAS DE MELHORIAS

Após desenvolver a metodologia para aplicação do estudo, surgiram ideias

para as propostas de melhorias da empresa. A logística engloba atividades de

gerenciamento de estoques, armazenamento e recebimento de mercadorias, tendo

como objetivo levar os produtos certos e na hora certa aos clientes. A seguir serão

apresentadas algumas propostas, com o objetivo de melhorar a área de logística da

empresa estudada.

Foram desenvolvidas as propostas através de conversas informais com os

funcionários da empresa. Dentre outras perguntas, quatro foram mais relevantes e

através delas foram desenvolvidas as propostas para a empresa. São elas:

Quais os atividades que você discorda na empresa?

Quais os pontos que você acha que devem melhorar na empresa?

Como devem ser passados os pedidos na empresa?

Você concorda com o atual layout da empresa? O que deveria mudar?

4.3.1 Primeira Proposta: Novos funcionários

Contratação e capacitação de funcionários para maior agilidade nas compras,

nas vendas, ao descarregar, conferir e separar os pedidos na empresa,

consequentemente, melhorará o relacionamento com os clientes.

Atualmente a empresa apresenta uma deficiência no quadro de funcionários,

pelos custos causados por eles. Mas, dificulta todos os processos do fluxograma de

atividades da empresa, pois todos os funcionários executam mais de uma tarefa

todos os dias, tornando-as mais demoradas e cansativas.

Funcionários motivados, com pensamentos competitivos, eficientes podem

garantir bons resultados á empresa. A conquista da visibilidade no ramo em que

atua, estando sempre à frente da concorrência, se dá aos profissionais capacitados

e em sintonia com os seus objetivos e metas a serem seguidas.

Page 71: VANESSA VANDA ROSA TRABALHO DE CONCLUSÃO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Vanessa Vanda Rosa.pdf · durante toda caminhada, onde mesmo quando ausente, eles sabiam que eu estava me

71

4.3.2 Segunda Proposta: Hora certa

Propor um horário certo para passar os pedidos aos gerentes, pois assim os

produtores poderão garantir a quantidade e a qualidade dos produtos.

Pedidos passados depois do horário serão colocados para um pedido extra,

ou seja, se conseguir a compra devidamente com os produtores, é passado aos

clientes, caso não seja, os mesmos ficarão sem os produtos, pois em épocas de

maior demanda as flores se tornam caras e escassas.

A toda hora os clientes entregam pedidos aos gerentes, dificultando a soma e

a compra dos produtos, os produtores precisam de antecedência nos pedidos para

preparar a entrega ou a colheita.

4.3.3 Terceira Proposta: Contratar serviços

Fazer um contrato de aquisição de flores, com os produtores em São Paulo,

para que haja maior disponibilidade de produtos e a garantia os produtos toda

semana.

A cooperativa Velling Holambra trabalha com contratos de flores, ou seja,

garante a qualidade, quantidade e preço durante o período do contrato, que pode

durar seis meses ou um ano, onde seria mais fácil comprar os produtos para

disponibilizar aos clientes. Assim a empresa pode comprar mais e estocar na

câmera fria por poucos até uma semana, dependendo do tipo de flor e da demanda,

tratando como uma vantagem perante seus demais concorrentes na região.

4.3.4 Quarta Proposta: Visitas aos produtores

Todo mês um funcionário deve ir à São Paulo para visitar todos os

produtores, pesquisando preços, prazos, e até mesmo novos produtores e novas

variedades, trazendo inovação aos clientes.

A empresa tem um comprador, que também é o motorista da empresa, e se

tornará mais demorado se ele mesmo procurar novos produtores e fizer a pesquisa

de preços e produtos novos.

Page 72: VANESSA VANDA ROSA TRABALHO DE CONCLUSÃO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Vanessa Vanda Rosa.pdf · durante toda caminhada, onde mesmo quando ausente, eles sabiam que eu estava me

72

Manter um bom relacionamento com os fornecedores também pode ser uma

estratégia para conseguir a compra de todos os produtos que a empresa necessita

disponibilizar aos clientes. Uma parceria feita com os produtores, pode servir como

ponto chave no quesito relacionamento, acarretando em prioridades diante da

concorrência cada vez mais acirrada.

4.3.5 Quinta Proposta: Visita aos clientes

Visitar os clientes mensalmente fazendo uma pesquisa externa visando

procurar e identificar eventuais falhas na distribuição e relacionamento distribuidores

e clientes, resolvendo os problemas encontrados juntamente os com os mesmos

para poder fideliza-los.

Temos que tratar os clientes como amigos. Tentar conversar com eles e

perceber suas necessidades, criar um elo entre empresa – cliente, a fim de atender

suas prioridades e pedidos certos, como uma estratégia competitiva, pode colocar a

empresa sempre à frente dos seus concorrentes, visando o lucro desejado.

4.3.6 Sexta Proposta: Câmara fria

Visitar os clientes mensalmente fazendo uma pesquisa externa visando

procurar e identificar eventuais falhas na distribuição e relacionamento distribuidores

e clientes, resolvendo os problemas encontrados juntamente os com os mesmos

para poder fideliza-los.

Embora a visita ao cliente possa contrastar com a velocidade dos novos

meios de comunicação, definitivamente é importante visitar o Cliente. Temos que

tratar os clientes como amigos. Tentar conversar com eles e perceber suas

necessidades, criar um elo entre empresa – cliente, a fim de atender suas

prioridades e pedidos certos, como uma estratégia competitiva, pode colocar a

empresa sempre à frente dos seus concorrentes, visando o lucro desejado.

A visita ao Cliente demonstra interesse e mostra como ele é importante para a

empresa. Faz com que o cliente se sinta importante. Propicia um melhor

entendimento do problema do cliente e assim fará com que você tenha maiores

Page 73: VANESSA VANDA ROSA TRABALHO DE CONCLUSÃO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Vanessa Vanda Rosa.pdf · durante toda caminhada, onde mesmo quando ausente, eles sabiam que eu estava me

73

chances de vender seus produtos. Será uma excelente oportunidade para conhecer

a visão que ele tem da empresa.

Se organizar adequadamente para a visita ao Cliente pode ser considerado

"meio caminho andado" em direção ao sucesso.

Figura 7: Proposta de layout da câmera fria.

Fonte: Dados primários.

4.3.7 Sétima Proposta: Uniformes

Propor a criação de uniformes como uma forma de comunicação, um

diferencial para a identificação da empresa.

Atualmente, o uniforme transformou-se em um cartão de visitas, e, para

muitos clientes, sinônimo de confiança. Os benefícios que seu uso são diversos e

vão desde o conforto e economia de tempo e dinheiro para o funcionário à

adequação do ambiente de trabalho que reflete bom gosto e respeito pelos clientes.

O uniforme que antigamente servia apenas para padronizar, hoje constitui

mais um elemento à disposição das empresas que procuram diferenciais para

marcar sua imagem.

Os uniformes estão passando por uma revolução, e aqueles modelos

tradicionais estão dando lugar a trajes mais elaborados. Hoje em dia estão cada vez

mais adaptados as tendências da moda e principalmente estão sendo criados

modelos que além de práticos, são visualmente mais bonitos e elegantes.

Page 74: VANESSA VANDA ROSA TRABALHO DE CONCLUSÃO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Vanessa Vanda Rosa.pdf · durante toda caminhada, onde mesmo quando ausente, eles sabiam que eu estava me

74

4.3.8 Oitava Proposta: Mudança no Layout

Proponho uma mudança no layout da empresa, visando maior agilidade no

desenvolver das atividades diárias da empresa, como descarregamento e

armazenamento das mercadorias vindas de São Paulo.

Uma simples mudança na porta onde se descarrega mercadorias pode levar

uma melhor distribuição dos produtos, e maior agilidade ao descarregar o caminhão,

mudando também as prateleiras de lugar, disponibilizando melhor a área do

deposito, visando melhorar o fluxo de pessoas e mercadorias.

Figura 8: Apresentação do novo Layout da empresa.

Fonte: Dados primários.

4.3.9 Nona Proposta: Aquisição de novas ferramentas de trabalho

Propor à empresa a aquisição de novos computadores mais rápidos e

modernos, possibilitando maior agilidade nos processos logísticos da empresa,

mudando também, os programas e softwares utilizados atualmente, que são antigos

e ultrapassados.

A empresa precisa entender que o mundo mudou, se modernizou, e não vai

parar. Atualizar e reciclar são palavras no vocabulário trabalhista de qualquer um

atualmente. Muitos mais que formação, experiência ou até competência, a

atualização pode ser o grande diferencial para quem quer se manter ativo no

mercado.

Para não ficar pra trás a organização tem que seguir essa mudança.

Softwares mais modernos irão facilitar muito o trabalho dos colaborados, agilizando

Page 75: VANESSA VANDA ROSA TRABALHO DE CONCLUSÃO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Vanessa Vanda Rosa.pdf · durante toda caminhada, onde mesmo quando ausente, eles sabiam que eu estava me

75

suas tarefas diárias. Os custos desse processo poderão ser abatidos com os lucros

posteriores á esta aplicação, que só trará benefícios á empresa, como: maior

rapidez na preparação dos pedidos, melhor contato com os produtores em São

Paulo através do Voip (telefone via internet, ou seja, é o roteamento de conversação

humana usando a Internet), proporcionando à empresa maior agilidade no contato

com os fornecedores, cadastrar produtos, clientes, cheques e ao pesquisar preços,

dentre outras atividades.

Page 76: VANESSA VANDA ROSA TRABALHO DE CONCLUSÃO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Vanessa Vanda Rosa.pdf · durante toda caminhada, onde mesmo quando ausente, eles sabiam que eu estava me

76

5 CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES

Nos dias atuais, se percebe que ao passo que a logística foi sendo percebida

como área funcional, cresceu também sua importância, sendo que, em certas

organizações, é vista de forma estratégica e considerada o diferencial que traz

resultados para a organização, principalmente quando se trata de logística interna

ou logística industrial.

A realização das tarefas logísticas vem agregando valor às empresas devido

o seu desenvolvimento, se tornando vantagens competitivas. As terceirizações de

serviços são vistos como uma queda nos custos para a empresa. A avaliação da

empresa sobre a decisão de terceirizar ou não uma operação logística deve ser

clara e impor as necessidades e vantagens ou desvantagens á empresa e o que

esta realmente precisa naquele momento.

O estudo teve como objetivo principal analisar a área da logística da empresa

familiar Uniflor Comércio Atacadista de Flores Ltda., situada em Governador Celso

Ramos, nota-se que a empresa apresentava urgência por melhorias. Por motivo do

seu crescimento, a empresa se preocupou apenas com sua estrutura.

Durante o estágio, a organização teve necessidades de expandir sua

estrutura, mudando-se de localização, concluindo a obra, que havia iniciado há um

ano, duplicando sua estrutura. Podendo assim armazenar maior quantidade de

mercadorias, tanto em épocas de pico quanto em dias de demandas normais. Mas,

o modo como estava estruturada a logística na empresa não houve mudanças.

Com o um mercado cada vez mais competitivo e exigente, ter uma logística

bem estruturada faz com que a organização esteja na frente de seus concorrentes,

satisfazendo as necessidades dos clientes e, como consequência, as necessidades

da empresa em termos de lucratividade e rentabilidade, se a empresa conseguir o

produto certo aos clientes, na hora certa, na quantidade correta, no local certo, nas

condições adequadas a um preço competitivo.

Alem do fluxo de materiais, a logística exige também um fluxo de

informações, pois suas atividades afetam os índices de preços, os custos

financeiros, a produtividade, os custos de energia e a satisfação dos clientes.

A empresa deve sempre seguir as atualizações do mercado e da tecnologia.

A implantação de novos softwares pode tornar mais ágil as realizações das tarefas

Page 77: VANESSA VANDA ROSA TRABALHO DE CONCLUSÃO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Vanessa Vanda Rosa.pdf · durante toda caminhada, onde mesmo quando ausente, eles sabiam que eu estava me

77

diárias da organização, para atender as necessidades da empresa e dos clientes,

chegando sempre à frente dos seus concorrentes.

O relacionamento com os clientes leva a empresa a ter lucratividade em longo

prazo, ela deve criar uma relação não só de empresa e cliente, mais de amigos.

Após a definição dos conceitos, foi efetuada uma pesquisa documental na

empresa. Os dados coletados foram documentados e relacionados às principais

atividades envolvidas com a distribuição e estocagem dos materiais da organização.

As informações adquiridas foram organizadas em fluxogramas para demonstrarem

os resultados adquiridos, onde tornaram possível a analise dos processos gerenciais

das atividades logísticas da empresa.

Os objetivos do estudo realizado foram alcançados: foi feita uma analise nos

processos de logística da empresa UNIFLOR Comércio Atacadista de Flores Ltda.,

onde foi possível detectar o atual processo logístico de distribuição, avaliando os

processos de recebimento e armazenamento, sendo possível elaborar um

organograma e um fluxograma das atividades desenvolvidas na distribuição,

identificando possíveis falhas nos processos de distribuição da empresa, para poder

modificá-los, diante deste contexto, surgiram ideias para propor melhorias

adequadas para suprir as necessidades da empresa.

Page 78: VANESSA VANDA ROSA TRABALHO DE CONCLUSÃO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Vanessa Vanda Rosa.pdf · durante toda caminhada, onde mesmo quando ausente, eles sabiam que eu estava me

78

REFERÊNCIAS

ANDRADE, Maria Marg. Introdução à metodologia do trabalho científico. 4a ed. São Paulo: Atlas, 1999. BALLOU, Ronald H. Logística empresarial: Transportes, administração de materiais, distribuição física. São Paulo: Atlas, 1995. ______. Gerenciamento da cadeia de suprimentos. Logística empresarial. 5.ed. Porto Alegre: Bookman, 2006. BOWERSOX, Donald J. CLOSS, David J. Logística empresarial. O processo de integração da cadeia de suprimento. São Paulo: Atlas, 2009. CHIAVENATO, Idalberto. Iniciação à administração de materiais. São Paulo: McGraw-Hill, 1991. CHRISTOPHER, Martin. Logística e gerenciamento da cadeia de suprimentos: Estratégias para a redução de custos e melhoria dos serviços. São Paulo: Pioneira, 1997. DIAS, Marco Aurélio P. Administração de materiais: Edição compacta. 3.ed. São Paulo: Atlas, 1990. ______.Transporte e distribuição física. São Paulo: Atlas, 1987. ______. Administração de materiais: Uma abordagem logística. 4.ed. São Paulo: Atlas, 1996. DORNIER, Philippe-Pierre. et al. Logística e Operações Globais. Texto e casos. São Paulo: Atlas, 2000. FACHIN, Odília. Fundamentos de metodologia. 5.ed. São Paulo: Saraiva, 2005. FILHO, Edelvino Razzolini. Logistica: Evolução na administração. Curitiba: Juruá, 2009. GONÇALVES, Paulo Sérgio. Administração de materiais. 3 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004. HARMON, Roy L. Reinventando a distribuição: Logística de distribuição classe mundial. Rio de Janeiro: Campus, 1994. HEINRITZ, Stuart F. FARRELL, Paul V. Compras. Princípios e aplicações. São Paulo: Atlas, 1983. JACOBSEN, Mércio. Logística empresarial. 3.ed. Univali: Itajaí, 2009. NOVAES, Antonio Galvão. Logística e gerenciamento da cadeia de distribuição: Estratégia, operação e avaliação. 3.ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2007. NOVAES, Antonio Galvão. Logística e gerenciamento da cadeia de distribuição: Estratégia, operação e avaliação. 2.ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004. _____. ALVARENGA, Antonio Carlos. Logística aplicada: Suprimento e distribuição física. 2.ed. São Paulo: Pioneira, 1994.

Page 79: VANESSA VANDA ROSA TRABALHO DE CONCLUSÃO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Vanessa Vanda Rosa.pdf · durante toda caminhada, onde mesmo quando ausente, eles sabiam que eu estava me

79

POZO; Hamilton. Administração de recursos materiais e patrimoniais: Uma abordagem logística. 2 ed. São Paulo: Atlas, 2002. SLACK, Nigel; CHAMBERS, Stuart; JOHNSTON, Robert. Administração da produção. 2.ed. São Paulo: Atlas, 2007. VIEIRA, Augusto Cesar Gadelha. Manual de layout. ARMAZANAGEM, Logística. Web artigos. mai. 2012. Disponível em: <http://www.webartigos.com/artigos/logistica-de-armazenagem-distribuicao-e-gestao-de-estoques/11778/ > Acesso em: 4 mai. 2012 DISTRIBUIÇÃO, Logística. Wikipédia. 23 mai. 2012. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Distribui%C3%A7%C3%A3o_(log%C3%ADstica)> Acesso 23 mai. 2012. INTEGRADA, Logística organizacional. Wikipédia. 4 mai. 2012. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Log%C3%ADstica#A_Log.C3.ADstica_organizacionalintegrada> Acesso em: 4 mai 2012. LOGÌSTICA. Wikipédia. 23 mai. 2012. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Log%C3%ADstica>. Acesso 23 mai.2012. MATERIAIS, Distribuição. Blog de Jorge Luiz Ribeiro Cesário. 23 mai. 2012. Disponível em: <http:gestaodemateriais.blogspot.com.br/2008/11/i-administrao-de-materiais-conceitos.html> Acesso 23 mai.2012. PEDIDOS, Processamento. CLIENTE< serviços. Logística. Wikilivros. 4 mai. 2012. Disponível em: <http://pt.wikibooks.org/wiki/Log%C3%ADstica/Servi%C3%A7o_ao_cliente/Processamento_de_pedidos>. Acesso em: 4 mai. 2012. HOLAMBRA, Cooperativa Veiling. História da empresa. Disponível em : <http://www.veiling.com.br/.>. Acesso em: 16 nov. 2012. CEASESP. História da empresa. <http://www.ceasacampinas.com.br/novo/Inst_Historia.asp>. Acesso em: 16 nov. 2012. CEASESP. História da empresa. <http://www.cidadedesaopaulo.com/sp/br/o-que-visitar/atrativos/pontos-turisticos/1188-ceagesp>. Acesso em: 16 nov. 2012. COOPERFLORA. História da empresa. <http://www.cooperflora.com.br/>. Acesso em: 16 nov. 2012. COOPERPLANTAS. História da empresa. <http://www.cooperplantas.com.br/>. Acesso em: 16 nov. 2012.

Page 80: VANESSA VANDA ROSA TRABALHO DE CONCLUSÃO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Vanessa Vanda Rosa.pdf · durante toda caminhada, onde mesmo quando ausente, eles sabiam que eu estava me

80

ANEXOS

Principais Produtos vendidos pela empresa:

Foto: Crisântemo.

Fonte: Cooperativa Veiling Holambra. Foto: Phalaenopsis.

Fonte: Cooperativa Veiling Holambra.

Page 81: VANESSA VANDA ROSA TRABALHO DE CONCLUSÃO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Vanessa Vanda Rosa.pdf · durante toda caminhada, onde mesmo quando ausente, eles sabiam que eu estava me

81

Foto: Rosas.

Fonte: Dados primários.