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3 TRIMESTRE 2011 N 296

Oua os podcasts e leia os comentrios adicionais www.portaliap.com.br

RECONSTRUIRDesafios para a viDa crist luz Do livro De Neemias

VAMOS

12 JUL 2011

Sem indiferena!

Imprio Persa no poder: O imprio Persa dominou o mundo antigo entre 550 e 330 a. C. Em uma srie de batalhas brilhantes, Ciro o Grande, primeiro uniu os medos e os persas. Capturou a Babilnia e, simplesmente apoderou-se de seu vasto imprio. A religio da Prsia era o Zoroastrismo, uma f que pregava uma deidade do mal resistida por Ahura Mazda, o deus da luz. A tolerncia persa a outras religies est refletida no apoio de uma srie de reis persas que cuidaram dos judeus. (RICHARDS, Lawrence O. Guia do Leitor da Bblia: uma anlise de Gnesis a Apocalipse captulo por captulo. 6 ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2007, p. 318). O autor do livro: bem provvel que Neemias tenha sido o autor de seu livro. Ele se descreveu simplesmente como filho de Hacalias, um homem cujo nome no aparece em nenhum outro lugar na Bblia. Neemias falou sobre sua ocupao no versculo 11 do primeiro captulo: Nesse tempo eu era copeiro do rei. Isso tudo que sabemos sobre suas credenciais terrenas. Era copeiro do rei e filho de Hacalias. (SWINDOLL, Charles. Liderana em tempos de crise: como Neemias motivou seu povo para alcanar uma viso. So Paulo: Mundo Cristo, 2004, p. 24). A data da conversa: Segundo nosso calendrio, a data da conversao, que colocou em andamento os grandes eventos deste livro, era entre meados de novembro e meados de dezembro de 446 a.C., e a abordagem ao rei no captulo 2 deve ter ocorrido logo aps, no ms de maro/abril de 445. Os dois incidentes aqui registrados so considerados dentro do vigsimo ano de Artaxerxes, que reinou desde 464 at 423. Passaram cerca de treze anos depois de Esdras ter partido para Jerusalm. (KIDNER, Derek. Esdras e Neemias: introduo e comentrio. So Paulo: Mundo Cristo e Vida Nova, 1985, p. 84). Contexto de Neemias: Em 446 a.C., Neemias alto oficial na corte persa. Ele fica perturbado quando ouve o relato das condies da Judia (...). Cidades sem muros, nos tempos antigos, no tinham defesas contra inimigos. Alm do mais importante, nessa poca, cidades sem muros 2 |

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eram reputadas como insignificantes. Assim, a falta de muro para Jerusalm era uma desgraa para a cidade que Deus havia escolhido trazia desonra ao Senhor! (RICHARDS, Lawrence O. Guia do Leitor da Bblia: uma anlise de Gnesis a Apocalipse captulo por captulo. 6 ed., Rio de Janeiro: CPAD, 2007, p. 315). A Orao de um patriota: Embora vivendo no luxo, no palcio de inverno dos reis persas, o corao de Neemias era profundamente sensvel a tudo que afetava seu povo. Mas ele passava das lgrimas para a orao, do homem para Deus. Ah! Se pudssemos suspirar e gemer por causa das rachaduras e brechas da igreja de Deus. Teramos muito mais sucesso em nossa atuao junto aos homens se, como Neemias, buscssemos mais intensamente a Deus. (MEYER, F. B. Comentrio Bblico. 2 ed. Belo Horizonte: Betnia, 2002, p. 241). Uma orao comovente: Essa orao de Neemias muito bela, saturada de citaes da Escrituram e foi eficiente com Deus porque se baseava em sua prpria Palavra. Ela estava molhada em lgrimas de contrio pelo pecado, e oferecida dia e noite, sem cessar. Nem era solitria, porque parece que havia um pequeno grupo que orava com ele (v.11). Senhor, ensina-nos a orar assim, at que outros venham ajoelhar-se conosco. (MEYER, F. B. Comentrio Bblico. 2 ed. Belo Horizonte: Betnia, 2002, p. 241). O copeiro: Ele provava o vinho e os alimentos antes de o rei ingerilos. Se houvesse algum veneno neles o copeiro no viveria, mas o rei, sim. Mediante a prtica deste costume, uma grande intimidade desenvolvia-se entre quem provava e quem comia e bebia, entre o copeiro e o rei. De fato, os historiadores da antiguidade supe que o copeiro, com exceo da esposa do rei, era a nica pessoa em posio de influenciar o monarca. (SWINDOLL, Charles. Liderana em tempos de crise: como Neemias motivou seu povo para alcanar uma viso. So Paulo: Mundo Cristo, 2004, pp. 16-17).

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9 JUL 2011

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Deus est no controle!

No ms de nis (Ne 2:1): Somente quatro dos nomes dos meses usados na histria mais antiga de Israel esto registrados no AT: abibe, o primeiro ms (x 13:4), zive (zife), o segundo ms (1 Rs 6:1), etanim, o stimo (1 Rs 8:2), e bul, o oitavo ms (1 Rs 6:38). Com maior freqncia os meses eram designados por seu nmero (...). Mais tarde, nomes babilnicos foram incorporados na lngua hebraica. Destes, sete so mencionados no AT: nis, o primeiro (Ne 2:1), siv, o terceiro (Et 8:9), elul, o sexto (Ne 6:15), quisleu, o nono (Zc 7:1), tebete, o dcimo (ET 2:16), sebate, o dcimo primeiro (Zc 1:7) e adar, o dcimo segundo (Et 3:7) O primeiro ms, abibe/nis, comeava na primavera com o equincio vernal. (HARRIS, R. Laird. Dicionrio Internacional de Teologia do Antigo Testamento. So Paulo: Vida Nova, 1998, p. 431). A tristeza de Neemias (Ne 2:1): Muitos comentaristas (por exemplo, Adam Clarke ad loc) sugeriram que os reis da Prsia estavam acostumados a ter diversos copeiros, talvez um para cada trimestre do ano. Isto pode explicar por que a tristeza de Neemias no foi detectada pelo rei antes de quatro meses aps a chegada das notcias de Jerusalm. Tambm possvel que, com a ajuda de Deus, ele tenha sido capaz de ocultar o seu pesar e guardar o seu segredo at que chagasse o momento oportuno, para estar certo do favor do rei. (MULDER, Chester O. Comentrio Bblico Beacon: Josu a Ester. Rio de Janeiro: CPAD, 2009, vol 2, p. 512). Com muito medo (Ne 2:2): Certo dia, enquanto servia vinho ao rei, sua expresso facial denunciou a tristeza que carregava no corao. A pergunta do rei produziu-lhe uma onde de nervosismo, pois no era permitido demonstrar tristeza na frente de um monarca (Et 4:2). George Willams observa: Para os monarcas orientais que vivem diariamente sob o temor de envenenamento, qualquer aparncia de perturbao no copeiro seria considerado algo muito suspeito. (MACDONALD, William. Comentrio Bblico Popular, versculo por versculo. So Paulo: Mundo Cristo, 2010, p. 326).

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Uma orao relmpago (Ne 2:4): No se esquea, porm, que essa orao emergencial teve por base quatro meses de jejum e orao (...). Com disse George Morrison: Ele no teve mais do que um instante para fazer essa orao. O silncio teria sido interpretado equivocadamente. Se tivesse fechado os olhos e se demorado numa prece devota, o rei teria suspeitado imediatamente de um caso de traio. (WIERSBE, Warren W. Comentrio Bblico expositivo: AT. Vol 2. Santo Andr, SP: Geogrfica, 2006, p. 622). Orei ao Deus dos cus (Ne 2:4): Como belo esse exemplo para ns!, observa outro famoso comentarista, mas ele acrescenta: No possvel adquirir esse hbito da orao fervorosa, a menos que se passe prolongados perodos em santa comunho com o Senhor. Quando se fica muito tempo em particular com Deus, no ser difcil, em nenhum momento, fazer-lhe uma pergunta. O mercado cheio ou a rua lotada podem, a qualquer momento, converter-se em um lugar de orao. (MULDER, Chester O. (et al). Comentrio Bblico Beacon: Josu a Ester. Rio de Janeiro: CPAD, 2009, vol 2, p. 512). A boa mo de Deus sobre mim (Ne 2:8): Neemias reconhecia Deus em tudo. Ele no atribua o seu sucesso s circunstancias favorveis, nem oportunidade de apresentar o seu pedido, nem ao bom humor em que se encontrava o monarca, nem combinao de todos esses fatores. Causas secundrias no iriam explicar o resultado; ele deveria ser rastreado at sua verdadeira origem Deus, e somente Deus deve ter toda a glria. (MULDER, Chester O. (et al). Comentrio Bblico Beacon: Josu a Ester. Rio de Janeiro: CPAD, 2009, vol 2, p. 513). Acrescentei mais isto ao meu pedido (Ne 2:7-8): Neemias no poderia deixar seu cargo sem a aprovao do rei, assim como tambm no poderia trabalhar em Jerusalm sem a autorizao do rei. A presso de governantes locais fez com as obras parassem no passado (Ed 4), e Neemias no queria que a histria se repetisse. Pediu a Artaxerxes que o nomeasse governador de Jud e que lhe desse a autoridade necessria para reconstruir os muros da cidade. (WIERSBE, Warren W. Comentrio Bblico expositivo: Antigo Testamento. Santo Andr: Geogrfica, 2006, vol 2, p. 622).

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16 JUL 2011

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Muito trabalho pela frente

Neemias observa tudo noite, sem dizer nada a ningum: esse lado da liderana que o observador indiferente ou mesmo os obreiros nunca enxergam. As pessoas tm a falsa idia de que o lder tem uma vida estimulante, sob holofotes, banhada pelos aplausos extticos contnuos do pblico. Essa imagem de um lder bem sucedido promovida em todo o pas pela exposio da TV e na imprensa (...). Deus, porm, da incio ao segundo papel de Neemias [o de construtor] mostrandonos que lderes bem-sucedidos sabem como se conduzir na solido. no silncio que o indivduo garante o respeito do pblico. (SWINDOLL, Charles. Liderana em tempos de crise: como Neemias motivou seu povo para alcanar uma viso. So Paulo: Mundo Cristo, 2004, p. 51). Inspecionando os muros: Neemias fala duas vezes sobre inspecionar os danos (vv. 13-15). O termo hebraico para contemplar (inspecionar) significa observar algo cuidadosamente. um termo mdico para examinar a extenso de um ferimento. Neemias fez averiguao cuidadosa, conscienciosa, do muro, por um motivo: como lder, era sua obrigao conhecer os detalhes e preparar um plano de ao. Existe, entretanto, uma grande diferena entre ter conhecimento dos detalhes e se perder nesses detalhes. (SWINDOLL, Charles. Liderana em tempos de crise: como Neemias motivou seu povo para alcanar uma viso. So Paulo: Mundo Cristo, 2004, p. 52). preciso avaliar antes de agir: Isso deu a Neemias a capacidade de olhar ao redor, frente, para dentro e para cima. O lder segue a lei do carpinteiro: mede duas vezes e corta apenas uma. A precipitao no agir pode pr a perder grandes projetos. Entusiasmo no sinnimo de precipitao. Neemias esperou a hora certa para falar com Artaxerxes e agora espera a hora certa de falar com o povo. (LOPES, Hernandes Dias. Neemias: o lder que restaurou uma nao. So Paulo: Hagnos, 2006, p. 49-50). preciso investigar, antes de motivar: Esta verdade se estabelece por trs razes: Primeira, o trabalho envolvia considervel perigo. Acura6 |

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do conhecimento da situao abre as portas para a mobilizao. Segunda, o trabalho envolvia sacrifcio pessoal. Neemias avaliou a gravidade do problema antes de comear a agir. Os dias utilizados em pesquisa, estudo, meditao, no so dias perdidos. Terceiro, o trabalho requeria grande coragem moral. Deus no nos chama para obras fceis. Neemias trabalhou doze anos como governador de Jerusalm. Ele deu sua vida por aquela camisa. (LOPES, Hernandes Dias. Neemias: o lder que restaurou uma nao. So Paulo: Hagnos, 2006, p. 50). Um apelo por ajuda (2:17): Neemias mexe com o brio do povo. Ele move o povo do sentimento do patriotismo. Ele abre seus olhos para a realidade em que viviam. Neemias mostra que no podemos nos conformar com o caos, com a crise, com o oprbrio. Mas Neemias tambm chama o povo para trabalhar. Jamais a reforma teria sido feita se o povo no se envolvesse. Cada um precisa fazer sua parte. No adianta culpar os outros e apenas ver o que eles precisam fazer (LOPES, Hernandes Dias. Neemias: o lder que restaurou uma nao. So Paulo: Hagnos, 2006, p. 51). Um estranho que diz a verdade: s vezes necessrio um estranho para enxergar com clareza aquilo que foi abrandado pela familiaridade. A perspectiva de Neemias significante. Do lado do dbito o oprbrio que chama a sua ateno porque Jerusalm deve ser vista como a cidade do grande Rei e a alegria de toda a terra. E do lado do crdito, fala da boa mo do seu Deus que estivera com ele, e somente ento das palavras (do) rei. Esta realmente era a ordem certa, como causa e efeito. (KIDNER, Derek. Esdras e Neemias: introduo e comentrio. So Paulo: Mundo Cristo e Vida Nova, 1985, p. 90). Inimigo poderoso: Gesm, o rabe (2:19): H evidncia de que Gesm (cf. 6.1ss.), longe de ser um estranho desprezvel, foi uma figura ainda mais poderosa do que seus companheiros, embora provavelmente menos seriamente dedicado causa deles. (...) Gesm e seu filho reinavam sobre uma liga de tribos rabes que tomaram o controle de Moabe e Edom (os vizinhos de Jud ao leste e ao sul) juntamente com partes da Arbia e das reas em direo ao Egito, sob o imprio persa. (KIDNER, Derek. Esdras e Neemias: introduo e comentrio. So Paulo: Mundo Cristo e Vida Nova, 1985, pp. 90-91).

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23 JUL 2011

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Planejar preciso

Caminhos para o sucesso do lder: NEEMIAS 3 UM DOS textos mais fantsticos da Bblia. Ele tem muitos princpios sobre liderana e aponta vrios caminhos para o sucesso. Esse texto fala da estratgia usada na construo do muro de Jerusalm. Havia oito portas, duas de cada lado. Havia 38 grupos de trabalho que deviam construir um exrcito comandado por Neemias (4.20). Neemias mobiliza o povo para o trabalho e torna-se o pai do chamado mutiro. (LOPES, Hernandes Dias. Neemias: o lder que restaurou uma nao. So Paulo: Hagnos, 2006, p. 54). Organizar para trabalhar: Neemias organiza o trabalho dos muros, designando sees para as famlias, vizinhos e mesmo associaes de negociantes (3.1-32). Essa estratgia fixa responsabilidades para cada parte da tarefa. Tambm cria equipes de trabalho, alm de grupos existentes, que aprendem a trabalhar cooperativamente. E isso anima a competio, no entre indivduos, mas entre as equipes. (RICHARDS, Lawrence O. Guia do Leitor da Bblia: uma anlise de Gnesis a Apocalipse captulo por captulo. 6 ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2007, p. 316). Coloque as pessoas nos lugares certos: Esse princpio percebido pelas expresses junto a ele e ao seu lado (3.2-15). Como dissemos, o lder tem a viso do farol alto. Ele v sobre os ombros dos gigantes. Ele tem uma viso global e compreende como ajudar os outros a encontrar sua utilidade neste contexto. O segredo do sucesso nomear as pessoas certas para os lugares certos. Neemias sabia onde cada pessoa devia estar, onde devia trabalhar e o que devia fazer (LOPES, Hernandes Dias. Neemias: o lder que restaurou uma nao. So Paulo: Hagnos, 2006, p. 57). Praticidade e diversidade: Neemias organizou pessoas para trabalharem to perto de casa quanto possvel. Assim eles tinham interesse pessoal em construir aquela seo do muro que defenderia suas prprias casas ou negcios (...). Neemias organizou grupos de trabalho em vrias bases diferentes. Algumas foram organizadas pela vizinhana; outras, por famlia, posio social e profisso. No se preocupe com a diversidade 8 |

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na igreja. Deus d s pessoas diferentes dons e chama-nos de diferentes culturas e formaes e formaes. Contudo, a igreja nica; e crentes devem trabalhar e adorar juntos. (RICHARDS, Lawrence O. Guia do Leitor da Bblia: uma anlise de Gnesis a Apocalipse captulo por captulo. 6 ed., Rio de Janeiro: CPAD, 2007, p. 316). Baruque: algum que trabalhou com entusiasmo (3:20): As palavras com zelo [se referindo a Baruque] so as nicas palavras descritivas que h neste captulo. Outros so reconhecidos por realizarem o seu trabalho, e h aqueles que no trabalham de forma alguma. Este homem fez seu trabalho de tal modo, que Neemias anotou sua atitude. Trabalhou com entusiasmo. Quase trs mil anos depois, ainda conhecem o seu nome. No sabemos exatamente o que ele fez. Talvez ele tenha trabalhado mais rpido que os demais, ou durante mais horas, ou talvez tenha demonstrado uma atitude especialmente positiva. Graas a seu entusiasmo, Baruque continua sendo exemplo para ns. (WARREN, Rick. Liderana com propsitos. So Paulo: Vida, 2008, pp. 92-93). Algumas mulheres: merecidamente reconhecidas (3:12): Naqueles dias, as mulheres no faziam trabalhos de homem. Culturalmente, era raro que elas fossem reconhecidas. No entanto, Neemias as reconheceu. Ele atribuiu o mrito a quem era devido. Creio que o nico propsito pelo qual Neemias escreveu o terceiro captulo foi o de demonstrar o valor do reconhecimento. (WARREN, Rick. Liderana com propsitos. So Paulo: Vida, 2008, p. 93). Alguns nobres no quiseram trabalhar (3:5): interessante o fato de que, enquanto Neemias est honrando a tantos pelo trabalho feito, lembra agora esses supostos notveis pelo que fizeram. Que epitfio! Graas a Neemias so milhares de pessoas que leram desde aqueles tempos a respeito dos esforos dos que construram o muro e tambm a respeito dos que no se esforaram para levantar nem um s tijolo. (WARREN, Rick. Liderana com propsitos. So Paulo: Vida, 2008, p. 93).

Comentrios adicionais

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30 JUL 2011

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Intriga da oposio

Sofrendo a dor da zombaria: Sambalate e seus amigos haviam comeado a zombar dos judeus mesmo antes do incio das obras dos muros. Zombaram de ns, e nos desprezaram (Ne 2:19). O texto no explica qual era exatamente a relao privilegiada de Sambalate com o exrcito de Samaria. Talvez tenha ajuntado o exrcito como uma demonstrao de fora, a fim de amedrontar os judeus. Ao proferir seu discurso de abertura diante do exrcito, Sambalate intensificou o poder de sua zombaria fazendo algumas pessoas importantes rirem dos judeus. (WIERSBE, Warren W. Comentrio Bblico Expositivo: Antigo Testamento: Histricos. Santo Andr: Geogrfica, 2006, vol. 2, p.634). Neemias reage: Qual foi a reao de Neemias a todo esse escrnio? Orou e pediu a Deus que combatesse o inimigo por ele. Essa terceira vez que vemos Neemias orando (1:4-11; 2:4) e no ser a ltima. Neemias no permitiu ser distrado de seu trabalho ao gastar tempo respondendo s palavras desses homens. O Senhor havia escutado as provocaes zombeteiras de Sambalate e Tobias e trataria com eles a sua maneira e a seu tempo. (WIERSBE, Warren W. Comentrio Bblico Expositivo: Antigo Testamento: Histricos. Santo Andr: Geogrfica, 2006, vol. 2, p.634). Os inimigos apelam para a violncia fsica: A observao de escrnio de Tobias foi que esses muros, restaurados, seriam to frgeis que o simples toque de uma raposa seria suficiente para derrub-los (v. 3). Mas os judeus no se deixaram atrapalhar por essa zombaria e, em vez de responder ou retaliar, confiaram a questo a Deus em orao (v. 4,5) e continuaram o trabalho (v. 6). Por causa disso, Sambalate decidiu ento recorrer ao ataque fsico. Com esse fim, reuniu os seus aliados, acrescentando aos que j tinha (2:19) os homens de Asdode (v. 7). (BRUCE, F. F. (Editor geral). Comentrio Bblico NVI: Antigo e Novo Testamento. So Paulo: Vida, 2009, p.685). Ser contra o povo de Deus, ser contra o prprio Deus: A orao de Neemias parece um salmo imprecatrio, como os Salmos 69, 79, e 10 |

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139:19-22. Devemos nos lembrar de que Neemias orava como um servo do Senhor preocupado com a glria de Deus. No pedia vingana pessoal, mas sim vindicao oficial para o povo de Deus. O inimigo havia cometido o pecado terrvel de provocar a Deus com blasfmias diante dos construtores. A oposio de Sambalate e Tobias aos judeus era, na realidade, uma oposio ao Senhor. (WIERSBE, Warren W. Comentrio Bblico Expositivo: Antigo Testamento: Histricos. Santo Andr: Geogrfica, 2006, vol. 2, pp.634-635). Cuidando da defesa: Por no ter um exrcito profissional, Neemias equipou e armou os construtores. Aqueles que transportavam o material (v. 17) tinham uma mo livre, e nessa mo carregavam uma arma. Os construtores (v. 18) no tinham nenhuma mo livre; assim, cada um trazia na cintura uma espada. Neemias tambm providenciou que um corneteiro estivesse constantemente vigiando para perceber sinais da aproximao do inimigo e, se visse algo perigoso, tocasse a trombeta, ao que todos os construtores deveriam se reunir no ponto em que estava o perigo (v. 19,20). (BRUCE, F. F. (Editor geral). Comentrio Bblico NVI: Antigo e Novo Testamento. So Paulo: Vida, 2009, p.685). Vigilncia, uma arma contra a oposio: Nas basta orar, preciso vigiar. Precisamos manter os olhos abertos. preciso existir estreita conexo entre o cu e a terra, confiana e boa organizao, f e obras. Precisamos estar atentos aos ardis, laos e ciladas do inimigo. Precisamos vigiar sempre, de dia e de noite. Muitos caem porque deixam de vigiar. Sanso caiu no diante de um exrcito, mas no colo de uma mulher. Davi no perdeu a mais importante batalha da sua vida no campo de guerra, mas na cama do adultrio. O apstolo Pedro, porque no vigiou, dormiu; porque dormiu na hora que devia orar, negou o seu Senhor. (LOPES, Hernandes Dias. Neemias: O lder que restaurou uma nao. So Paulo: Hagnos, 2006, p.68). O trabalho tem de continuar, apesar da oposio: Deus quem frustra os desgnios do inimigo (4.15). Deus quem peleja por ns. Ele quem adestra os nossos braos para a peleja. Ele quem desbarata os nossos inimigos e frustra os seus planos. Do Senhor a guerra, Ele o nosso defensor e Dele vem a vitria. [...] Como voc tem reagido aos ataques do inimigo? Neemias enfrentou as zombarias com orao e com trabalho concentrado (4.1-6); os compls, com orao e com a colocao de sentinelas (4.7-9); as ameaas mais fortes com uma chamada geral s armas e com exortao: Lembra-vos do Senhor [...] e pelejai. (LOPES, Hernandes Dias. Neemias: O lder que restaurou uma nao. So Paulo: Hagnos, 2006, p.74).

Comentrios adicionais

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6 AGO 2011

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Como lidar com a injustia social?

A prtica da explorao: [Os] judeus ricos [...] exploravam os prprios irmos e irms, oferecendo-lhes emprstimos e tomando deles suas terras e seus filhos como garantia (Lv 25:39, 40). Crianas judias tinham de escolher entre a fome e a servido! A lei permitia que os judeus emprestassem dinheiro uns aos outros, mas no deveriam cobrar juros como faziam os agiotas (Dt 23:19, 20). Antes, deveriam tratar uns aos outros com amor at mesmo ao tomar algo como garantia (Dt 24:10-13; x 22:25-27) ou tornar um de seus compatriotas um servo (Lv 25:35-46). (WIERSBE, Warren W. Comentrio Bblico Expositivo: Antigo Testamento: Histricos. Santo Andr: Geogrfica, 2006, Volume 2, p.639). Devolvendo o que se adquiriu injustamente: Uma vez que era um homem de ao, Neemias disse aos credores que deveriam restituir os juros e as garantias que haviam tomado de seus compatriotas bem como as propriedades que haviam confiscado na execuo de hipotecas. Esse passo radical de f e de amor no resolveria de imediato todos os problemas econmicos do povo, mas pelo menos evitaria que a crise piorasse. Tambm daria ao povo aflito a oportunidade de comear outra vez. [...] Eles prometeram obedecer, de modo que Neemias fez com que prestassem um juramento diante dos sacerdotes e de outros oficiais da cidade. (WIERSBE, Warren W. Comentrio Bblico Expositivo: Antigo Testamento: Histricos. Santo Andr: Geogrfica, 2006, Volume 2, p.641). Um lder exemplar: Neemias deixa registrado agora o exemplo louvvel que ele deu como governador. A maioria dos homens na posio dele teria amealhado recursos tanto para o seu proveito pessoal quanto para os seus servos por meio de tributao extra das atividades da comunidade, e isso de fato fora praticado pelos governadores anteriores (v. 15). Mas, embora Neemias tivesse o direito de fazer isso, por temer a Deus e por ter compaixo das pessoas necessitadas, se absteve de faz-lo. Alm disso, ele se humilhou ao se envolver no trabalho fsico dos muros, assim como faziam os seus servos. (BRUCE, F. F. (Editor geral). Comentrio Bblico NVI: Antigo e Novo Testamento. So Paulo: Vida, 2009, p.686). 12 |

Lies Bblicas 3 Trimestre de 2011

preciso coragem para se enfrentar a injustia: Nos versculos 1 a 12 vimos como Neemias teve coragem para confrontar os nobres acerca da usura. Eles haviam se aproveitado da crise econmica para enriquecer. Eles emprestaram dinheiro com juros altos aos seus irmos e acabaram tomando suas casas, vinhas, terras e filhos. Mas no bastou apenas coragem a Neemias. Ele precisou tambm de exemplo e vida. As pessoas aceitam o lder, depois os seus planos. Eles tm confiana na viso, quando tm confiana no lder. (LOPES, Hernandes Dias. Neemias: O lder que restaurou uma nao. So Paulo: Hagnos, 2006, pp.87-88). Observando as instrues da lei: Neemias zangou-se porque o povo havia esquecido a lei mosaica. [...] A lei preservou o povo de Israel, ensinando-os a viver uns com os outros. As tribos de Deus deveriam viver de modo diferente dos demais povos, em vista das instrues pessoais que Deus lhes dera. Sua lei deu aos judeus ensinamentos para viver de maneira justa e piedosa como famlia. Os escolhidos estavam enfrentando problemas nos dias de Neemias por terem deixado de seguir as instrues. Seria bom que os cristos do sculo XXI prestassem maior ateno s diretrizes de Deus. (SWINDOLL, Charles R. Liderana em tempos de crise: como Neemias motivou seu povo para alcanar uma viso. So Paulo: Mundo Cristo, 2004, p.90). Uma realidade lamentvel: Quantas vezes j fomos enganados e ficamos frustrados com as promessas de alguns polticos. Prometeram seriedade, lisura, honestidade, combate corrupo, e logo depois, com a instalao de algumas comisses parlamentares de inqurito, quando destamparam o poo do abismo, sentimos o cheiro de enxofre no ar: a corrupo j estava orquestrada, o governo j loteado s ratazanas esfaimadas. Outras vezes, vemos homens que comeam bem-intencionados, mas se encantam com o poder, vendem a conscincia por dinheiro, traem o povo e oprimem aqueles que neles esperavam. (LOPES, Hernandes Dias. Neemias: O lder que restaurou uma nao. So Paulo: Hagnos, 2006, p.94). Um final feliz: ... [Neemias] transformou clamor em louvor. O povo comeou com um clamor cheio de dor por causa da opresso e terminou louvando a Deus cheio de alegria. A crise uma encruzilhada que a uns abate, a outros exalta. Uns olham o problema, outros a oportunidade. Uns vem as dificuldades, outros a soluo. O clamor tornou-se uma reunio festiva de louvor. Por qu? Porque Neemias teve capacidade de se indignar, confrontar, exemplificar, pedir restituio e dar exemplo. (LOPES, Hernandes Dias. Neemias: O lder que restaurou uma nao. So Paulo: Hagnos, 2006, p.91).

Comentrios adicionais

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13 AGO 2011

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Triunfo em meio s calnias

Cuidado com a distrao: Os inimigos no queriam ver a obra concluda. Os muros estavam fechados, mas as portas no tinham sido ainda restauradas. A cidade ainda estava vulnervel. As portas vazias e abertas eram a ltima esperana do inimigo em deixar a obra no meio do caminho. O inimigo no desiste, ele ainda d a sua ltima cartada. Ele faz um plano para distrair os obreiros e desvi-los da obra no meio do caminho. O diabo ataca de maneira especial aqueles que esto na metade do caminho. O meio do caminho um lugar perigoso. (LOPES, Hernandes Dias. Neemias: O lder que restaurou uma nao. So Paulo: Hagnos, 2006, p.98). Reconhecendo um boato: Reconhecemos um boato, antes de tudo, por causa da sua fonte no declarada. Segundo, um boato notado pelo exagero e impreciso. O rumor se espalha e um modo exagerado, e os ouvintes ingnuos, fofoqueiros se alimentam desse tipo de lixo. Passam a notcia de uma boca para o ouvido do outro, e quando chega em voc, j se tornou uma notcia completamente imprecisa (...). O boato produz mgoa pessoal e falta de entendimento. Qual foi o resultado desta informao em relao a Neemias? Isso o magoou de fato foi planejado com esse objetivo magoar. (SWINDOLL, Charles. Vamos construir juntos. So Paulo: Candeia, 2008, p. 133). Um convite traioeiro: A plancie de Ono localizava-se a 32 Km ao norte de Jerusalm; um vale bonito e verdejante. Sambalate e Gesem estavam dizendo: Voc precisa sair um pouco. H tanto tempo voc est assentando esses tijolos, Neemias. Tivemos nossas diferenas, um pouco de desentendimento, mas vamos nos reunir. Venha at Ono. Neemias disse: Ah, no. Para Ono, no. No subirei at l. No nessa vida. Por que Neemias respondeu negativamente? Estavam tramando fazer-me o mal (verso 2). (...) Ao aproximar-se do perigo alguma coisa dentro dele diz: No ouse fazer isso, h alguma coisa errada. (SWINDOLL, Charles. Vamos construir juntos. So Paulo: Candeia, 2008, pp. 130-131). Uma correspondncia caluniosa: O inimigo usa vrias armas. Ele verstil e tem vrias mscaras. Para impedir a obra e desencorajar os 14 |

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obreiros eles usaram vrios expedientes (...) espalharam a boataria. Enviaram agora uma carta aberta. Aquilo era uma espcie de entrevista coletiva para falar uma srie de coisas ruins sobre o lder Neemias. Aquela carta aberta era uma espcie de assassinato moral. J que no podem matar Neemias, querem destruir sua reputao. Os inimigos querem espalhar confuso, medo intriga e jogam informaes mentirosas para se espalhar entre o povo. (LOPES, Hernandes Dias. Neemias: O lder que restaurou uma nao. So Paulo: Hagnos, 2006, pp.100-101). Como lidar com a calnia: Neemias fez as duas nicas coisas possveis: negou o rumor em termos acentuadamente prticos a Sambalate, que era a prpria fonte (6.8); e orou: Agora, pois, Deus, esfora as minhas mos (6.9). Noutras palavras: pediu a Deus que o capacitasse a ignorar a fofoca e o ajudasse a prosseguir como inspirador, organizador e supervisor, at que a reconstruo fosse terminada. Ele entendeu que o real objetivo do boateiro era desmoraliz-lo, bem como ao povo, com o medo daquilo que Artaxerxes poderia fazer, se fossem adiante e completassem os muros. (PACKER, I. J. Neemias: paixo pela fidelidade Sabedoria extrada do livro de Neemias. Rio de Janeiro: CPAD, 2010, p.147). Entregando a causa nas mos de Deus: Neemias precisava de muita graa para viver pacificamente, trabalhar com firmeza e liderar com vigor, a despeito da incerteza de no saber se Artaxerxes receberia a denncia de Sambalate e creria nela, e, se assim sucedesse, o chamaria de volta para decapit-lo. Contudo, quando os servos de Deus se acham em dificuldade, e humildemente persistem no trabalho que Deus lhes destinou, a graa lhes dada em grande medida. necessrio entregar a causa a Deus e abraar a promessa de que Ele o inocentar no final, no importa o que acontea em curto prazo. Neemias sabia disso, e o trabalho prosseguiu. (PACKER, I. J. Neemias: Paixo pela fidelidade- Sabedoria extrada do livro de Neemias. Rio de Janeiro: CPAD, 2010, p.147). Um alerta para ns: No acredite em tudo o que voc ouve ou l sobre lderes cristos. Analise as fontes e recuse firmemente aceitar como verdade qualquer coisa que no possa ser comprovada. Fique especialmente atento s notcias que a mdia divulga sobre lderes evanglicos, pois a maioria daqueles que trabalham para os meios de comunicao no simpatiza com o evangelho. Alguns reprteres, em busca de histrias empolgantes, exageram coisas insignificantes at adquirirem propores sensacionais, enquanto outros citam declaraes inteiramente fora do contexto. (WIERSBE, Warren W. Comentrio Bblico Expositivo: Antigo Testamento: Histricos. Santo Andr: Geogrfica, 2006, vol. 2, p.648).

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Reorganizando a comunidade

Linha divisria: O captulo 7 a linha divisria dentro do livro de Neemias. A primeira fase da sua vida foi a etapa da construo. A segunda foi o perodo de consolidao. Nos seis primeiros captulos, lemos sobre a reconstruo dos muros. Os captulos de 7 a 12 descrevem a consolidao da cidade. So duas fases muito diferentes. Na sua vida, Neemias passou de copeiro de rei a governador de Jud. Agora, acabou o grande esforo para levantar os muros e seu papel muda de novo. Agora tem de usar um conjunto diferente de habilidades como lder. No fazer a transio entre construir e manter a principal razo pela qual os negcios quebram. (WARREN, Rick. Liderana com propsitos. So Paulo: Vida, 2008, p. 178). Habilidades gerenciais: Neemias estava pronto. No captulo 7, Neemias demonstra suas tarefas gerenciais, essenciais para o crescimento consolidado. Voc sabia que entre 90 e 95% das igrejas fundadas nunca passaram de duzentas ou trezentas pessoas?Chegam a duzentas ou trezentas pessoas, e depois diminuem de tamanho. Sobem e descem. Porque os lderes no sabem fazer a transio que Neemias apresenta no captulo 7, suas igrejas nunca crescem. (WARREN, Rick. Liderana com propsitos. So Paulo: Vida, 2008, p. 180). Hananias: Hanani era irmo de Neemias. Ele voltou com os exilados na poca de Esdras. Ao perceber a runa de Jerusalm, ele vai a Sus encontrarse com Neemias. Ele a ponte entre o caos da cidade e sua restaurao. Ele leva a Neemias o retrato da cidade: falta de proteo, falta de justia, pobreza e oprbrio. Hanani era um homem corajoso e abnegado. Havia uma cerrada oposio ao redor e um decreto do rei contrrio reconstruo da cidade (Ed 4.16). Ele expe sua prpria vida, porque um homem que pensa nos outros mais do que em si mesmo. (LOPES, Hernandes Dias. Neemias: o lder que restaurou uma nao. So Paulo: Hagnos, 2006, p. 123). Capacidade de delegar: Em sua condio de governador, Neemias tinha agora um pessoal completo e contava com porteiros, cantores, levi16 |Lies Bblicas 3 Trimestre de 2011

tas, um prefeito e um chefe de polcia. Estava demonstrando uma habilidade de liderana chave em toda a organizao que cresce: a capacidade de delegar. Estava envolvendo outras pessoas. Sabia que a administrao diria da provncia era servio para mais de um homem, assim, estava entregando a responsabilidade, repartindo-a. (WARREN, Rick. Liderana com propsitos. So Paulo: Vida, 2008, p. 181). Histria importante (7:5): Nossas razes so importantes. Temos uma memria, um passado; estamos ligados a uma rica esperana. Vivemos um tempo de perda de memria, uma espcie de amnsia histrica. No sabemos quem somos, porque no sabemos de onde viemos. No podemos amar o que no conhecemos. Sem o conhecimento da histria no daremos valor ao legado que recebemos. Ficar sem razes, annimo, era a ltima coisa que uma israelita poderia desejar. Se quisermos avanar com segurana para o futuro precisamos estar comprometidos com as razes do passado. (LOPES, Hernandes Dias. Neemias: o lder que restaurou uma nao. So Paulo: Hagnos, 2006, p. 125). Uma sociedade bem ordenada (cap. 11): No o pedantismo burocrtico que preservou estes nomes. A razo de ser disto , mais uma vez, que estas pessoas e seu cronista tm conscincia das suas razes e da sua estrutura como povo de Deus. Esta no qualquer ral de refugiados, estabelecendo-se em qualquer lugar: tem a dignidade da ordem e dos seus parentescos reconhecidos; acima de tudo, da sua vocao para ser reino de sacerdotes e nao santa (x 19.6). (KIDNER, Derek. Esdras e Neemias: introduo e comentrio. So Paulo: Mundo Cristo e Vida Nova, 1985, p. 128). Annimos: Um estudioso fez um clculo complexo e apropriado, e concluiu que, provavelmente, um milho de pessoas ou mais estavam vivendo nas regies adjacentes de Jerusalm. Um dcimo do povo mudou fora, entretanto um grande nmero deles veio para o interior da cidade porque foram impelidos interiormente. Eles se transformaram, para usar meu ttulo, nos voluntrios annimos. As Escrituras mal mencionam um nico nome destes. (SWINDOLL, Charles. Vamos construir juntos. So Paulo: Candeia, 2008, p. 181).

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27 AGO 2011

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Reavivamento atravs da Escritura

A leitura pblica (Ne 7:73b-8:12): Os eventos descritos nesse captulo ocorreram quando chegou o stimo ms (8:1), o ms de tisri. No entanto, a histria contada nos v. 1-12 ocorreu no primeiro dia do stimo ms (v.2), o dia em que era celebrada festa das trombetas (Lv 23:24) pelos judeus. Isso ocorreu somente alguns dias aps a concluso da reconstruo da cidade, que aconteceu no vigsimo quinto dia de elul (6:15), o sexto ms. (BRUCE, F. F. Comentrio Bblico NVI: Antigo e Novo Testamento. So Paulo: Vida, 2009, p. 688). A porta das guas (Ne 8:1): A porta das guas era a porta do lado leste de Jerusalm pela qual os cidados passaram quando desciam fonte de Giom para buscar gua. Ao raiar do dia, a multido se reuniu na praa do lado de dentro dessa porta, e desde o raiar da manh at o meio dia (v. 3) ouviram a leitura que Esdras e os seus colegas sacerdotes fizeram dos vrios rolos do Pentateuco. Certamente foi lido o trecho LV 23:23-35, que descreve a celebrao da festa das trombetas naquele dia especfico; mas evidentemente devem ter lido muitas instrues morais das diversas partes do Pentateuco. (BRUCE, F. F. Comentrio Bblico NVI: Antigo e Novo Testamento. So Paulo: Editora Vida, 2009, p. 688). Uma pregao expositiva (Ne 8:4-5): Esdras e os levitas foram os primeiros de uma extensa linhagem de pregadores que explicam a Bblia. Esse mtodo tem sido abenoado por Deus ao longo dos sculos e continuam a ser um instrumento eficaz para levar os cristos maturidade espiritual. Pregaes textuais e temticas podem, com freqncia, ser inspiradoras e teis, porm seus benefcios espirituais no se comparam aos resultados alcanados por ministrios semelhantes ao de Esdras. Abenoado sos cristos que tem o privilgio de ouvir pregaes expositivas sobre a Escritura. (CAMPBELL, Donald apud. MACDONALD, William. Comentrio Bblico Popular, versculos por versculo. So Paulo: Mundo Cristo, 2010, p. 330). Esdras lia a Lei ao povo: A vocao do sacerdote Esdras, por ser escriba, era dedicar-se a estudar a Lei do Senhor e a pratic-la, e a ensina aos seus decretos e mandamentos aos israelitas (Ed 7:10). Ensinar as leis de 18 |

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Deus queles que no s conheciam foi um dos propsitos para os quais o rei Artaxerxes havia mandado Esdras da Babilnia para Jerusalm (Ed 7:25). (...) Poucos judeus possuam cpias pessoais dos escritos da Lei; assim, a nica forma em que poderiam se familiarizar com a Lei era por maio de leituras em pblico, e isso era feito com freqncia. (BRUCE, F. F. Comentrio Bblico NVI: Antigo e Novo Testamento. So Paulo: Vida, 2009, p. 688). O choro do povo: Provavelmente no se deve explicar a reao inicial pelo fato de a lei ser desconhecida para eles, mas, sim, pelo fato de a interpretao que Esdras e os levitas deram (7,8) deixar clara para o povo, de um modo inteiramente novo, a relevncia dessa lei (...). Esdras (talvez pela primeira vez) desenvolveu um meio de interpretar as Escrituras. Por esse mtodo se mostrava que textos das Escrituras considerados ultrapassados revelavam os princpios subjacentes da vontade de Deus, princpios cuja relevncia transcendia ao tempo. O resultado foi que, quando os judeus vieram a perceber o quanto sua vida tinha ficado aqum dos padres divinos, a conscincia de cada um foi despertada. (CARSON, D. A. Comentrio Bblico Vida Nova. So Paulo: Vida Nova, 2009, p. 666). Tristeza e alegria (Ne 8:9-10): O primeiro resultado mencionando a respeito dessa leitura que ela causou muita tristeza, pois tomaram conscincia de que a lei de Deus havia sido infringida. Porque todo o povo chorava, ouvindo as palavras da lei (9). Mas essa tristeza no durou muito tempo: Bem-aventurados os que choram, porque sero consolados (Mt 5:4). Quando Neemias e Esdras viram que o povo estava arrependido e chorava, eles provavelmente disseram: no vos entristeais, mas alegra-vos porque Deus foi bondoso e perdoou o vosso pecado (...) no vos entristeais, porque a alegria do Senhor a nossa fora (10). (MULDER, Chester O. (et al). Comentrio Bblico Beacon: Josu a Ester. Rio de Janeiro: CPAD, 2009, vol. 2, p. 524). A leitura diria da Bblia (Ne 8:18): No versculo 18, observamos que a leitura da lei era feita diariamente, desde o primeiro dia at ao derradeiro da festa. Isso nos d a entender a importncia e o valor da leitura da Bblia Sagrada. Devemos ler a Bblia regularmente: (1) Por causa de seu infinito valor e preciosidade; (2) Porque ela edifica a nossa vida interior e espiritual a vida de Deus na alma; (3) Porque todos os grandes avivamentos tm estado associados a um elevado respeito pela Palavra escrita; (4) Porque atravs dessa Palavra que voc ser julgado. (MULDER, Chester O. (et al). Comentrio Bblico Beacon: Josu a Ester. Rio de Janeiro: CPAD, 2009, vol. 2, p. 526).

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103 SET 2011

Recordar para crescer

Novamente reunidos (Ne 9:1): A alegre Festa dos Tabernculos havia chegado ao fim. Agora, era justo que as pessoas dedicassem mais ateno s advertncias recebidas durantes os vrios dias em que Esdras recitava a lei de Deus. Depois de um breve intervalo, logo depois da Festa dos Tabernculos, isto , no vigsimo quarto dia desse movimentado ms, o povo retornou, provavelmente, a convite de Esdras para passar um dia em jejum e orao, e, em um profundo exame da alma. (MULDER, Chester O. (et al). Comentrio Bblico Beacon: Josu a Ester. Rio de Janeiro: CPAD, 2009, Vol 2, p. 526). Cad Esdras e Neemias? O detalhe marcante desse pargrafo a ausncia dos nomes quer de Esdras quer de Neemias. A nfase est em cada individuo aceitar em palavra, atitude (v. 1) e ao (v. 2) uma parcela de responsabilidade pelo pecado passado e pelas agruras presentes na comunidade. Por esse motivo, foi adequado que dois grupos de levitas, de outra forma desconhecidos, conduzissem a congregao em sua adorao e confisso (vv. 4,5). (CARSON, D. A. Comentrio Bblico Vida Nova. So Paulo: Vida Nova, 2009, p. 667). O quebrantamento do povo (Ne 9:1-5): O povo caminhou da festa (8:13018) para o jejum (9:1-3). O povo absteve-se de comida como uma forma de quebrar a rotina da satisfao automtica dos apetites, para voltar-se para Deus. O povo jejuou e cobriu-se com pano de saco. Esse um smbolo de contrio, arrependimento e profundo quebrantamento. Reavivamento comea com choro, humilhao e quebrantamento diante de Deus (2 Cr 7:14). No podemos adorar o Rei da glria antes de contemplarmos a triste realidade do nosso pecado. (LOPES, Hernandes D. Neemias: O lder que restaurou uma nao. So Paulo: Hagnos, 2006, p. 146). A orao de confisso de Israel (Ne 9): Essa orao faz uma retrospectiva da histria de Israel e revela tanto a majestade de Deus quanto a depravao dos seres humanos. Israel respondeu grande bondade de Deus (Nm 9:17,25) e sua grande misericrdia (v. 31) com grandes blas20 |

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fmias (vv. 18, 26) que resultaram numa grande angstia (v. 37). (...) A ler esta orao, observe como suas palavras revelam a grandeza de Deus (Ne 9:9:1-6), a bondade de Deus (vv. 7-30) e a graa de Deus (vv. 31-38). (WIERSBE, Warren W. Comentrio Bblico expositivo: Antigo Testamento. Santo Andr: Geogrfica, 2006, vol 2, p. 660). Orando a Bblia: Outra forma de esboar a orao acompanhar sua progresso nos livros da Bblia: Gnesis (v. 6-8), xodo (v. 9-13), Levtico (v.14), Nmeros (v. 15-20, exceto v. 18), Nmeros e Deuteronmio (v. 21-23), Josu (v. 24-25, Juzes (v 26-29), 1 Samuel at 2 Crnicas (V. 30-37). Eis uma verdadeira orao bblica! Todos os acontecimentos so observados do ponto de vista de Deus. A fidelidade do Senhor do Senhor reconhecida atravs da histria e sua misericrdia e graa so reconhecidas como o nico fundamento no qual Israel pode se firmar. (MACDONALD, William. Comentrio Bblico Popular: versculo por versculo. So Paulo: Mundo Cristo, 2010, p. 330). No s recordar, mas confessar: O povo tambm dedicou algum tempo confisso de seus pecados (vv. 2,3) e buscou o perdo do Senhor. A comemorao anual do Dia da Expiao havia passado, mas os adoradores sabiam que precisavam ser constantemente purificados e renovados pelo Senhor. No devemos nos tornar to introspectivos a ponto de comearmos a deixar o Senhor de lado, mas devemos ser honestos em nosso relacionamento com ele (1 Jo 1:5-10). Sempre que vir algum pecado ou erro em sua vida, volte-se imediatamente, pela f, para Cristo, busque seu perdo e, depois disso, continue olhando para ele. (WIERSBE, Warren W. Comentrio Bblico expositivo: Antigo Testamento. Santo Andr: Geogrfica, 2006, vol 2, p. 662). Uma lio prtica para hoje: tempo da Igreja reunir-se sob a Palavra de Deus para renovar sua aliana com o Senhor. Precisamos ter esse senso da glria de Deus em nossos cultos, com arrependimento, confisso, adorao e percepo clara de quem Deus e o que Ele faz. Precisamos olhar para o passado e ver as lies da Histria, pois o mesmo Deus fez, faz, e far maravilhas na vida do Seu povo. (LOPES, Hernandes Dias. Neemias: O lder que restaurou uma nao. So Paulo: Hagnos, 2006, p. 153).

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10 SET 2011

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Assumindo compromissos

Depois da confisso, a obedincia (Ne 9:38): O ltimo versculo (v.38) , de vrias maneiras, a parte mais importante da orao. Os judeus perceberam que o problema eram eles, no o Senhor. Com base nisso, se dispuseram a fazer algo a respeito da situao (para mais detalhes sobre essa aliana, cf. cap. 10). Orao e confisso, apesar de importantssimas, no substituem a obedincia. (MACDONALD, William. Comentrio Bblico Popular: versculo por versculo. So Paulo: Mundo Cristo, 2010, p. 331). O pacto selado (Ne 10:1-39): Na concluso da orao registrada no captulo 9 foi estabelecido um pacto de lealdade. Vemos, agora, que esse pacto foi colocado em prtica, selado (v. 1), isto , registrado oficialmente com um selo pessoal pelos seguintes representantes do povo: (1) Neemias, o Tirsata, isto , o governador, 1; (2) os sacerdotes, 1-8; (3) os levitas, 9-13; e (4) os chefes do povo, isto , os lderes das principais famlias 14-17. O restante do povo, os que tinham capacidade para atender firmemente aderiram... e convieram... num juramento, isto , assumiram um juramento sob pena de serem amaldioados, de que andariam na lei de Deus. (MULDER, Chester O. (et al). Comentrio Bblico Beacon: Josu a Ester. Vol 2. Rio de Janeiro: CPAD, 2009, p. 527). Por que se afastar dos outros povos? A mistura das raas entre os judeus no seria tanto uma questo de pureza racial, mas de preservao da religio. A mistura de credos levaria ao afrouxamento das relaes com Deus. A questo no era o preconceito racial, mas a fidelidade espiritual. Essa separao no foi apenas negativa; eles se apartaram daqueles povos para a Palavra de Deus. O povo tinha se aparta no dos povos, mas de suas crenas, de suas prticas pags, de seu sincretismo religioso. O que eles queriam era uma reforma na doutrina e na vida. (LOPES, Hernandes D. Neemias: O lder que restaurou uma nao. So Paulo: Hagnos, 2006, p. 169). Uma histria que ilustra: E certa igreja, havia um homem que sempre terminava suas oraes pedindo: E, Senhor, remove as teias de aranha da minha vida! Remove as teias de aranha da minha vida!. Um dos 22 |

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membros da igreja se cansou de ouvir aquele pedido insincero semana aps semana. Pois no via mudana alguma na vida daquele homem. Assim, na semana seguinte, quando ouviu o homem pedir em orao Senhor, remove as teias de aranha da minha vida, esse interrompeu dizendo: E, Senhor, aproveite e mate a aranha!. (WIERSBE, Warren W. Comentrio Bblico expositivo: Antigo Testamento. Santo Andr, SP: Geogrfica, 2006, vol 2, p. 667). Submisso e obedincia palavra (Ne 10:29): De suma importncia a prpria aliana. H a deciso de se submeterem autoridade das Escrituras. Eles sabiam que no podiam esperar bnos de Deus sem obedincia Sua Palavra. A Palavra de Deus era sua carta de alforria. O povo no buscava milagres, no estava atrs de prosperidade e sade, nem procurava os atalhos do misticismo. Eles entraram em aliana para andar na lei de Deus, para cumprir os mandamentos do Senhor. O grande projeto de vida deles era obedincia. Eles queriam reforma d e vida! (LOPES, Hernandes Dias. Neemias: O lder que restaurou uma nao. So Paulo: Hagnos, 2006, p. 169). O resumo do compromisso de Israel: (1) que no contrassem matrimnio com os pagos (v.30); (2) que no participassem do comrcio no sbado e em dias sagrados (v. 31); (3) que garantissem o sustento adequado dos funcionrios do templo e a manuteno de suas atividades, fazendo regularmente suas contribuies estipuladas (v. 32-39), uma deciso que eles resumiram da seguinte forma: No negligenciaremos o templo de nosso Deus (v.39). (BRUCE, F. F. Comentrio Bblico NVI: Antigo e Novo Testamento. So Paulo: Vida, 2009, p. 690). O elo econmico: O elo de ligao que une todas essas medidas o econmico. Assim, buscavam-se casamentos socialmente vantajosos com pagos; tratava-se o sbado como qualquer dia, pois isso aumentava os dias teis; plantava-se na terra todos os anos, pois assim aumentava o estoque de gros pelo mesmo fator; sonegavam-se os impostos para a manuteno do culto religioso, pois este era muito dispendioso. O arrependimento, com muito mais freqncia do que geralmente pensamos, econmico, pois o econmico expressa concretamente os valores da vida. (LOPES, Hernandes D. Neemias: O lder que restaurou uma nao. So Paulo: Hagnos, 2006, p. 174).

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17 SET 2011

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hora de celebrar!

Celebrao e unio: A liderana unida trouxe alegria entre todo o povo (12.43). A unio do povo de Deus, j uma grande causa de alegria e um smbolo de vitria. Naquela festa os lderes e todo o povo celebraram ao Senhor. Onde h unio entre o povo de Deus, ali o Senhor ordena a Sua beno e a vida para sempre. No h adorao vertical sem comunho horizontal. No podemos cultuar a Deus de forma sincera se no amarmos os irmos de forma verdadeira. Onde falta comunho, inexiste adorao. (LOPES, Hernandes Dias. Neemias: O lder que restaurou uma nao. So Paulo: Hagnos, 2006, p.189). Dia de festa: O texto de Neemias 12.27-43 descreve a procisso cerimonial e os louvores com que os muros reconstrudos foram dedicados a Deus. Foi um dia de livre deleite, onde a tnica foi a ao de graas. E sacrificaram, no mesmo dia, grandes sacrifcios e se alegraram, porque Deus os alegrara com grande alegria; e at as mulheres e os meninos se alegraram, de modo que a alegria de Jerusalm se ouviu at de longe. desse modo que glorificamos a Deus quando ele nos abenoa? (...) Cantar era a ordem do dia, e assim em toda a adorao prescrita em ambos os Testamentos. (PACKER, I. J. Neemias: Paixo pela fidelidade Sabedoria extrada do livro de Neemias. 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2010, pp.182-183). Celebrao e pureza, uma combinao necessria: A celebrao era muito mais importante de que uma brincadeira e diverso. Perceba uma coisa muito importante do verso 30: Os sacerdotes e os levitas se purificaram cerimonialmente, e depois purificaram tambm o povo, as portas e os muros. No podemos omitir que antes da celebrao a purificao teve o seu lugar. (...) O corao tinha que estar puro para continuarem a celebrao do muro. Precisamos tambm a nos lembrar que para ministrar a outras pessoas nosso corao deve estar limpo diante de Deus. (SWINDOLL, Charles. Vamos construir juntos. So Paulo: Candeia, 2008, pp. 130-131). Celebrar mostrar os feitos de Deus: ... o povo estava testemunhando ao mundo que os observava, que Deus havia feito sua obra e que so24 |

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mente ele deveria ser glorificado. O inimigo havia dito que os muros seriam to frgeis que at uma raposa poderia derrub-los (Ne 4:3), mas l estava o povo marchando sobre os muros! Um testemunho e tanto a gentios incrdulos do poder de Deus e da realidade da f. Foi mais uma oportunidade de provar a essas pessoas como por interveno de nosso Deus que fizemos esta obra (6:16). (WIERSBE, Warren W. Comentrio Bblico Expositivo: Antigo Testamento: Histrico. Santo Andr: Geogrfica, 2006, vol. 2, p. 675). Louvor, um sacrifcio agradvel: ... a parte mais importante desse culto de consagrao no foi a marcha ao redor dos muros, mas sim o louvor jubiloso do coro e do povo. Por meio de Jesus, pois, ofereamos a Deus, sempre, sacrifcio de louvor, que fruto de lbios que confessam o seu nome (Hb 13:15). Louvarei com cnticos o nome de Deus, exalt-lo-ei com aes de graas. Ser isso muito mais agradvel ao SENHOR do que um boi ou um novilho com chifres e unhas (Sl 69:30, 31). (WIERSBE, Warren W. Comentrio Bblico Expositivo: Antigo Testamento: Histricos. Santo Andr: Geogrfica, 2006, vol. 2, p. 675). Antes de louvarmos a Deus: Somos pecadores, precisamos nos humilhar. Antes de louvarmos a Deus temos de passar pela Porta do Monturo, do quebrantamento, da humilhao, da convico de pecado, da confisso. ali que reconhecemos que somos p e precisamos da misericrdia de Deus. ali o lugar do exame, onde despojamo-nos de qualquer pretensa vaidade e nos humilhamos sob a poderosa mo de Deus. ali que somos confrontados com o mal que h em ns. ali que podemos proclamar como Davi: Deus tirou-me de um poo de perdio, de um tremedal de lama [...] e me ps nos lbios um novo cntico. (LOPES, Hernandes Dias. Neemias: O lder que restaurou uma nao. So Paulo: Hagnos, 2006, p.191). O louvor e o testemunho pessoal: A msica serva da mensagem, instrumento de comunicao de Deus com o homem e do homem com Deus. O louvor deve ser resultado da vida frutfera da igreja. As pessoas louvam e adoram porque tm vida e no porque h um bloco de cnticos e outro de pregao no culto. Louvor sem vida barulho intolervel aos ouvidos de Deus (Am 5.20,21). A igreja cresce no louvor. A msica tem o poder de trazer quebrantamento (Sl 40.3), pois Deus habita no meio dos louvores. (LOPES, Hernandes Dias. Neemias: O lder que restaurou uma nao. So Paulo: Hagnos, 2006, pp.195-196).

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24 SET 2011

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Sempre reformando

Uma atitude reprovvel: Se no bastasse o parentesco com o inimigo, agora Eliasibe levou Tobias para dentro do templo. Ele ps o inimigo dentro da casa de Deus. Certamente ele substituiu os sacerdotes e levitas que cuidavam da Casa de Deus por um homem vil, que perseguira to tenazmente o povo de Deus. No h maior corrupo do que essa, de tirar da Casa de Deus os obreiros fiis e colocar no lugar o prprio inimigo. Eliasibe usou de forma repulsiva sua liderana e aproveitou a ausncia de Neemias para destruir a obra de Deus. (LOPES, Hernandes Dias. Neemias: O lder que restaurou uma nao. So Paulo: Hagnos, 2006, p.206). Quebra de votos: Neemias descobriu que o fogo da devoo havia se apagado em Jerusalm. Seu primeiro mandato como governador durou doze anos (Ne 5:14), depois dos quais ele voltou ao palcio a fim de dar seu relatrio ao rei (13:6). provvel que tenha se ausentado cerca de um ano, mas quando voltou a Jerusalm, descobriu que a situao de deteriorara drasticamente, pois o povo no cumprira os votos que havia feito (cap. 10). Mais que depressa, Neemias tomou uma srie de medidas decisivas a fim de mudar essa situao. (WIERSBE, Warren W. Comentrio Bblico Expositivo: Antigo Testamento: Histricos. Santo Andr: Geogrfica, 2006, vol. 2, p. 678). Desvio de dinheiro na casa de Deus: Eliasibe fez uma cmara grande para Tobias exatamente no lugar onde eram depositados os dzimos e ofertas para os sacerdotes, levitas e cantores (13.5). Neemias diz que ele fizera isso para beneficiar Tobias (13.7). Os dzimos e as ofertas para o sacerdcio foram desviados para Tobias. Por isso, os obreiros da Casa de Deus, por falta de sustento, precisaram fugir para os campos e o inimigo instalou-se dentro da casa de Deus e a profanou (13.10). O verbo fugir do versculo 10 indica fugir por perseguio. (LOPES, Hernandes Dias. Neemias: O lder que restaurou uma nao. So Paulo: Hagnos, 2006, pp.206-207). A reforma na rea financeira: Lemos no versculo 11 [cap.13 de Neemias]: Ento, contendi com os magistrados. Embora estivesse perdendo cada vez mais votos na eleio, Neemias foi perseverante: Isto est 26 |

Lies Bblicas 3 Trimestre de 2011

errado. Deus requer na lei que se paguem os dzimos, e vocs no esto fazendo isso. Neemias reuniu ento os oficiais do templo e disse: Por que se desamparou a Casa de Deus? Ajuntei os levitas e os cantores e os restitu a seus postos (v.11). Suspeito que Neemias tenha at levantado a voz nessa repreenso verbal aos oficiais. Disse, com efeito: Isto no deve acontecer na vida do povo de Deus! A seguir sugeriu um plano de mudana e logo o ps em operao. (SWINDOLL, Charles R. Liderana em tempos de crise: como Neemias motivou seu povo para alcanar uma viso. So Paulo: Mundo Cristo, 2004, pp. 184-185). A reforma relacionada aos casamentos mistos: Neemias comeou a tratar do problema expressando seu horror ao ver algo assim ocorrendo em Israel (Ne 13:25). Numa situao semelhante, Esdras havia arrancado os prprios cabelos e a barba (Ed 10), mas Neemias ateve-se a repreender os transgressores e fez o povo prometer que no procederia mais dessa maneira. Neemias tambm fez um sermo, lembrando o povo de que a runa de Salomo, um dos maiores reis de Israel, havia sido provocada por seus casamentos com mulheres estrangeiras (Ne 13:26; 1 Rs 11:4-8). (WIERSBE, Warren W. Comentrio Bblico Expositivo: Antigo Testamento: Histricos. Santo Andr: Geogrfica, 2006, vol. 2, p. 680). A reforma relacionada ao sbado: ...na poca de Neemias o dia era medido das seis da tarde at as seis da tarde seguinte. Portanto, o sbado, pelo nosso tempo, ia de seis da tarde, na sexta-feira, at seis da tarde de sbado. Neemias viu o Sol comeando a se pr e disse: Fechem as portas. O sbado est comeando. Lemos no versculo 19 [de Ne 13]: Ordenei que se fechassem [as portas]; e determinei que no se abrissem, seno aps o sbado. (...) Voc acha que Neemias fez muitos amigos entre os que tinham peixe fora da porta de Jerusalm e esperavam para entrar com a mercadoria? Acha que isso o aborreceu? Veja o versculo 21: Protestei, pois, contra eles. (SWINDOLL, Charles R. Liderana em tempos de crise: como Neemias motivou seu povo para alcanar uma viso. So Paulo: Mundo Cristo, 2004, p.187). Expulsando o inimigo: ... nos versculos 6 e 7, ele diz: ... e voltei para Jerusalm. Ento soube do mal que Eliasibe fizera para beneficiar a Tobias. Em resumo, Neemias voltou a Jerusalm e descobriu que a casa de Deus fora infiltrada por Tobias e seus planos malignos. Qual a reao de Neemias? Ele agarrou o problema pela garganta! O versculo 8 diz: Isso muito me indignou. Neemias foi cauteloso ao revelar, em primeiro lugar, sua atitude em relao ao mal, antes de nos contar qual seria sua reao contra ele. Atirei todos os mveis da casa de Tobias fora da cmara. (SWINDOLL, Charles R. Liderana em tempos de crise: como Neemias motivou seu povo para alcanar uma viso. So Paulo: Mundo Cristo, 2004, p.182). | 27

Comentrios adicionais

47 AssembleiaUm dever do consagrado, um direito do membro

Geral

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25, 26 e 27 de novembro de 2011Estncia rvore da Vida Sumar, SP Informaes nas pginas 102 e 103 e no site: www.portaliap.com.br