valor de uso e valor de troca num contexto de...
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Anais Semana de Geografia. Volume 1, Número 1. Ponta Grossa: UEPG, 2014. ISSN 2317-9759
XXI Semana de Geografia, III Semana e Jornada Científica de Geografia do Ensino a Distância da UEPG, XV
Jornada Científica da Geografia e VIII Encontro do Saber Escolar e o Conhecimento Geográfico
"Os desafios, as novas perspectivas e abordagens da Geografia"
VALOR DE USO E VALOR DE TROCA NUM CONTEXTO DE
CIDADE-MERCADORIA: O CASO DE FLORIANÓPOLIS – SC
SILVA, Marcia Alves Soares da
Introdução
No contexto capitalista, há notadamente uma imposição de um novo modo de
apropriação do espaço da cidade, com formas cada vez mais mutantes em tempos cada vez
mais efêmeros (CARLOS, 2007). As cidades perderam seu valor de uso em detrimento do
valor de troca, caracterizando-se como cidades-mercadoria, sendo o consumo do espaço a
principal característica da produção do espaço urbano. A urbanização em nome do turismo e
da expansão imobiliária nega as particularidades e reais necessidades dos moradores locais,
sendo o marketing da cidade o contribuinte para a criação de cidades imaginárias, que nega a
pobreza, as desigualdades, a segregação e os problemas ambientais. Florianópolis é um
grande exemplo de cidade-mercadoria, onde a especulação imobiliária, juntamente com o
capital turístico criou a Ilha da “Magia”, que não é tão mágica assim para todos os seus
moradores.
A capital catarinense, seguindo os moldes desenvolvimentistas da década de 1950,
inicia um rápido e intenso processo de urbanização, possibilitado pelos grandes investimentos
imobiliários e turísticos. Tal processo propiciou um projeto de venda da cidade e a criação do
marketing da “Ilha da Magia”, onde, na contemporaneidade, percebe-se que os projetos de
urbanização contemporânea são marcados pela banalização da forma-mercadoria, onde as
cidades, vistas como mercadorias, são projetadas para atender os interesses dos atores
hegemônicos, especialmente aqueles relacionados ao turismo e planejamento urbano. Nessa
análise, as cidades tornam-se negócios, projetadas pelos planejadores urbanos e por
promotores culturais para entrarem nos circuitos mundiais de consumo, desconsiderando
muitas vezes as particularidades locais. Assim, na capital catarinense temos um incisivo
projeto de cidade-mercadoria, onde as transformações devido à urbanização negligenciam o
modo de vida, o cotidiano e anseios das populações locais, cuja projeto de venda da cidade
claramente aconteceu pela participação do capital turístico e imobiliário, juntamente com
Poder Público, no intuito de projetar a capital catarinense ao mercado internacional. Nesse
viés, tal artigo tem por objetivo discutir sobre esse projeto de venda da cidade de
Florianópolis, levando em consideração especialmente a atuação do turismo e do mercado
imobiliário.
Objetivos
O presente trabalho tem por objetivo discutir a relação entre os atuais projetos urbanos
e o processo de venda da cidade, culminando na construção de cidades-mercadorias, onde o
espaço do valor de troca impõe-se sobre o espaço do valor de uso. A discussão tem como
pano de fundo Florianópolis, SC, cujos projetos de venda da cidade são notáveis, numa
visível jogada do marketing turístico e imobiliário. A pesquisa é resultado da dissertação de
mestrado defendida no Programa de Pós-Graduação em Geografia da Universidade Federal
Fluminense (UFF), em 2014, que teve como objetivo fazer uma relação entre o processo de
urbanização da Florianópolis, levando em consideração os interesses turísticos e imobiliários,
e a cultura açoriana, reinventada para entrar nos circuitos de consumo da cidade.
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Anais Semana de Geografia. Volume 1, Número 1. Ponta Grossa: UEPG, 2014. ISSN 2317-9759
XXI Semana de Geografia, III Semana e Jornada Científica de Geografia do Ensino a Distância da UEPG, XV
Jornada Científica da Geografia e VIII Encontro do Saber Escolar e o Conhecimento Geográfico
"Os desafios, as novas perspectivas e abordagens da Geografia"
Metodologia
Para esta discussão, a metodologia principal foi análise bibliográfica, especialmente a
partir das contribuições de Carlos (2005, 2007, 2009), Lefebvre (2001), Vainer et al (2000) e
Sanchéz (2003), embora na dissertação de mestrado também tenha sido utilizada entrevistas
semiestruturadas com moradores de dois distritos de Florianópolis, Pântano do Sul e Ribeirão
da Ilha.
Resultados e discussões
Os atuais projetos urbanos são construídos numa lógica hegemônica de consumo do
lugar, por se realizarem em função da reprodução econômica, onde a mercantilização da
cultura já é uma realidade e o espaço urbano, transformado em local de consumo, legitima a
ideia de cidade-mercadoria. Tais projetos não seriam possíveis sem que houvessem estratégias
de consenso impostas aos indivíduos, sendo necessário a identificação do cidadão com a
cidade, criando assim o consenso-cidadão-consumidor. Para que tal consenso se realize, os
atores hegemônicos constroem determinados “modelos” e procuram impor leituras e
representações do urbano, influenciando outros atores na definição de estratégias espaciais
para a construção da cidade-mercadoria. Essa estratégia global acontece no território da
sociedade do consumo dirigido, cidades renovadas para serem centros de consumo, com
imposição de uma ideologia que prega a felicidade a partir do consumo exacerbado. Alguns
investimentos, públicos e privados, são apresentados como bom para todos a longo prazo, no
qual o cidadão se identifica com a imagem propagada. Contudo, os benefícios da
modernização para muitos, acontecem apenas no plano do imaginário (SANCHÉZ, 2001;
2003).
A forjada identificação dos indivíduos com os projetos urbanos da cidade-mercadoria
acontece principalmente no plano cultural. Sobre isso, Sanchéz (2001, p. 35) acredita que “Há
um complexo intercâmbio entre a transformação material e o simbolismo cultural, entre a
reestruturação de lugares e a construção de identidades. Desse modo, a cultura é o meio que
relaciona a textura da paisagem ao texto social”.
Sanchéz (2001) afirma que a globalização afeta a (re)produção do espaço urbano,
atingindo portanto as políticas públicas de reestruturação deste espaço, no qual os atuais
projetos urbanos possuem a pretensão de se inserirem no mercado mundial. Atua como
legitimação dos processos hegemônicos globais e imposição de um pensamento único.
O que acontece é a formação de um mercado mundial de cidades, com a ideia de
cidades-modelo, criada pelos governos locais, atores hegemônicos, agências multilaterais e
redes mundiais de cidades. Essas cidades possuem alcance global, já que há a construção de
imagens baseada na racionalidade dos processos de reprodução da economia global, para se
tornarem dominantes, consumíveis, legitimadas através de formas modernas de dominação e
técnicas de manipulação cultural divulga da cidade. Assim, o espaço ganha a forma adequada
e desejada pelos atores hegemônicos, o que revela a importância do city marketing nas
políticas urbanas
Consideramos o urbano além das suas formas1, ou seja, como prática social, onde as
1 Entendemos a urbanização enquanto forma como aquela sublinhada por Carlos (2007) evidenciada na
paisagem, equipamentos, traçado e desenhos urbanos. Comumente está associada à infraestrutura urbana, como
saneamento básico, asfalto, luz elétrica, por exemplo. Sobre isto, Sposito (2001) afirma que a urbanização é um processo e a cidade é a forma espacial, sendo que Carlos (2007) critica a forma de imposição de um novo modo
de apropriação do espaço da cidade, com formas cada vez mais mutantes em tempos cada vez mais efêmeros. “É
assim também que a metrópole se realiza realizando uma transformação constante em um tempo cada vez mais
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transformações do espaço urbano também repercutem nos modos de vida, no cotidiano, na
apropriação do espaço pelos sujeitos. Neste sentido, as culturas, identidades, sentimentos de
pertencimento a todo momento necessitam se reinventar de forma muito mais rápida e
intensa, já que as contradições na produção do espaço dizem respeito a integração e
desintegração da vida cotidiana pelo empobrecimento das relações sociais (como as de
vizinhança), enfraquecimento do comércio local, esvaziamento das ruas pelos moradores,
substituídos pelo fluxo de automóveis. A contradição maior está no espaço enquanto valor de
troca (cidade como negócio) e enquanto valor de uso (vida cotidiana, espaço improdutivo)
(CARLOS, 2005).
Dentro desta lógica, a cultura vai além da construção para o ser, mas vêm sendo
apropriada e vendida pelo turismo e pelo capital imobiliário, onde muitas vezes são forjados
elementos culturais, no intuito de projetar as cidades para o mercado turístico. Florianópolis é
um grande exemplo, já que o turismo tem se mostrado como um dos setores de maior
arrecadação, havendo uma apropriação e por vezes invenção das tradições locais, onde
claramente a cultura local é fonte de marketing e venda da cidade.
Em tal perspectiva, o espaço urbano também é fruto de uma dimensão cultural, seja
por sua monumentalidade, mas também pelo seu modo de vida. Porém, o que temos são
homens e relações coisificadas, onde suas obras e produtos lhes são subtraídos. O espaço
urbano produzido tende a ser percebido apenas em suas formas, não exaltando que a produção
e reprodução no espaço urbano também diz respeito as relações interpessoais, logo, relações
que envolvem cultura e identidade. Neste contexto, o valor de troca tende a se sobrepor ao
uso, em um espaço onde os lugares de apropriação diminuem, até quase desaparecerem, como
nos espaços públicos. Tal processo contraditório, ao realizar o solo urbano como mercadoria
indispensável à reprodução do capital financeiro, o faz em detrimento da realização do uso,
onde o tal espaço improdutivo (da realização da vida que não mediada pelo mercado) se choca
com as necessidades da construção dos espaços produtivos, ou seja, da realização do valor
(CARLOS, 2007).
Vivenciamos o lugar de consumo e o consumo do lugar, onde os promotores
imobiliários criam espaços de consumo, de felicidade, propagadas pela publicidade e
propiciando ainda mais a venda do espaço, especialmente devido as qualidades estéticas, um
importante fator na manutenção da ideia de venda da cidade. Tais promotores vendem uma
parcela do espaço codificado pelo urbanismo, onde o espaço torna-se valor de troca e sua
venda se assemelha à venda de estilos de vida, ou seja, toda a cidade (renovada) é incorporada
nas estratégias de agentes imobiliários. A cidade e a realidade urbana dependem do valor de
uso, contudo o valor de troca e a generalização da mercadoria pela industrialização tendem a
destruir, ao subordiná-las a si, a cidade e a realidade urbana, refúgios do valor de uso,
embriões de uma virtual predominância e de uma revalorização do uso (SÁNCHES, 2003
apud. LEFEBVRE, 2001).
Nesse viés, a cidade tem sido idealizada como uma empresa, perdendo seu caráter de
polis:
De um lado a city, impondo-se à cidade como espaço e objeto e sujeito de negócios;
de outro lado, a polis, afirmando a possibilidade de uma cidade como espaço do
encontro e confronto entre cidadãos. Ali onde a mercantilização do espaço público está sendo contestada, ali onde os citadinos investidos de cidadania politizam o
quotidiano e quotidianizam a política, através de um permanente processo de
reconstrução e reapropriação dos espaços públicos, estão despontando os primeiros
rápido imposto através da fluidez das formas urbanas que se impõem como renovação constante. As
transformações nas formas da cidade impõem transformações nos tempos de vida e nos modos de apropriação
dos lugares através de mudanças de usos” (CARLOS, 2007, p. 45).
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elementos de uma alternativa que, por não estar ainda modelada e consolidada, nem
por isso é menos promissora (VAINER, 2000, p. 101).
De acordo com Sanchéz (2003) percebe-se que o espaço urbano não é apenas um mero
cenário das relações sociais, mas também uma instância para a dominação econômica ou
ideológica, no qual o espaço do valor de troca impõe-se sobre o espaço do valor de uso, ou
seja, os modos de apropriação são cada vez mais determinados pelos mercados. O acesso ao
espaço acontece pela mediação do mercado, que impõe mudanças profundas nos modos de
uso e consumo, ao legitimar processos hegemônicos globais e a imposição de um pensamento
único, sendo as singularidades políticas, culturais, urbanísticas da cidade vendidas de modo
semelhante. Os meios de comunicação e informação estão articulados aos interesses
dominantes e são instrumentos-chave na produção da subjetividade coletiva, a partir da
criação de símbolos e signos.
A vida cotidiana implode através do conflito entre a imposição de novos modelos
culturais e comportamentais, invadidos pelo mundo mercadoria, estabelecida no plano do
mundial, e as especificidades da vida no lugar apoiada em antigas relações de sociabilidade. O
empobrecimento da vida acontece à medida que as relações entre as pessoas passam a ser
substituídas por relações profissionais ou institucionais. Quando o espaço é transformado em
valor de troca (cidade-mercadoria), ignora-se o conteúdo da prática socioespacial da cidade,
sendo que este processo, que se realiza como norma, invade o espaço privado, sem, no
entanto, recriar identidades ou “pertencimentos” (CARLOS, 2005; 2007)
O uso produtivo da cidade se impondo ao uso improdutivo revela a construção da
cidade dos negócios, criando a cidade enquanto exterioridade – onde os usos entram
em confronto. Desse modo, os termos em que a reprodução se realiza revela o
conflito entre espaços produtivos e improdutivos na metrópole bem como as
condições em que se constroem os termos da cidadania” (CARLOS, 2005, p. 36)
Em Florianópolis, a vida cotidiana por muito tempo foi marcada pelo ar tranquilo,
bucólico e pacato. A capital catarinense praticamente desde a sua ocupação açoriana no
século XVIII até meados do século XX era rural e baseada na pesca, cuja vida nos bairros
possuía profundos laços com o mar, com os engenhos, com o bater dos bilros, com as cant igas
de ratoeiras, com as relações de compadrio. Atualmente, até mesmo nesses locais mais
distantes do centro como Pântano do Sul e Ribeirão da Ilha as ruas, principalmente durante a
semana ficam vazias, exceto na hora do “rush”, quando os moradores voltam para suas casas
ao final do trabalho. Claramente representa, entre outras questões, que tais lugares hoje
podem ser chamados de bairros-dormitório, onde as relações de vizinhança se restringem aos
antigos moradores, especialmente os idosos.
Nesta perspectiva, a cidade torna-se palco do espetáculo, o que dificulta um olhar mais
sensível sobre a realidade, ao obscurecer e eliminar o cotidiano e sua construção, as práticas
culturais, a apropriação dos espaços públicos. Isso porque nessa lógica, o espaço é produzido
de forma homogênea, sendo que é na vida cotidiana que se criam as formas, a dinâmica da
vida e o seu conteúdo (CARLOS, 2009).
A valorização do que é tradicional, como as festas, a culinária, religiosidades, crenças
e mitos, o artesanato - é uma forma de garantir a identidade do povo e da cidade. A
manutenção da tradição, oferece na prática, um sentido de continuidade. Por isso a
necessidade de estudos que visibilizem os atores sociais como no caso dos descendentes
açorianos em Florianópolis, incorporados nesse processo, buscando a preservação de suas
raízes culturais, a defesa do lugar, bem como sua memória e identidade coletiva na tentativa
de resguardar suas singularidades.
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"Os desafios, as novas perspectivas e abordagens da Geografia"
O espaço ganha uma importância ainda maior para o capital, já que o espaço da cidade
se realiza enquanto mercadoria: as cidades começam a serem vendidas, independente de suas
particularidades e singularidades. Para que se realize como mercadoria, pronta para o
consumo, são necessárias estratégias que promovam o consumo da cidade, ou seja, a partir de
representações manipuladas, que obedeçam uma determinada visão. Essas estratégias não
seriam possíveis se não houvesse a utilização da mídia como meio de
comunicação/informação na difusão e afirmação desse consumo exacerbado.
Considerações finais
Tal debate mostra a pertinência da compreensão da dimensão cultural no espaço
urbano, suas múltiplas manifestações e sentidos para as pessoas, já que é necessária para a
construção da identidade. Compreende-se identidade não só como identificação, mas como
pertencimento e enraizamento por um determinado lugar, que se modificado, também
modificará a construção identitária. Neste sentido, é emergente traduzir a vida urbana em sua
realidade prático-sensível, já que a cidade também é espaço do simbólico, que desperta
sentimentos, emoções e a sensibilidade das pessoas
A construção da identidade acontece no cotidiano. Contudo, com a negação do
cotidiano, as relações coisificadas, a ausência de comunicação, as relações fragmentadas e
diluição dos contatos e perda das referências, fica mais complexa a construção identitária e o
sentimento de pertencimento. A vida, cada vez mais normatizada, coisifica os sentimentos e a
relação com o outro, por isso torna-se importante o resgate das emoções, sentimentos,
vivências, pensando a cidade para além das formas, já que o modo de vida urbano também é
diz respeito à questão cultural.
Percebe-se que os projetos de urbanização contemporânea são marcados pela
banalização da forma-mercadoria, onde as cidades, vistas como mercadorias são projetadas
para atender os interesses dos atores hegemônicos. Nessa análise, as cidades tornam-se
negócios, projetada pelos planejadores urbanos e por promotores culturais para entrarem nos
circuitos mundiais de consumo, desconsiderando muitas vezes as particularidades locais.
Assim, na capital catarinense temos um incisivo projeto de cidade-mercadoria, onde as
transformações devido à urbanização negligenciam o modo de vida, o cotidiano e anseios das
populações locais.
Referências bibliográficas
VAINER, Carlos. Pátria, empresa e mercadora. Notas sobre a estratégia discursiva do
Planejamento Estratégico Urbano. In: ARANTES, Otília; VAINER, Carlos; MARICATO,
Ermínia. A cidade do pensamento único. Desmanchando consensos. 3.ed. Rio de Janeiro:
Vozes, 2000.
CARLOS, Ana Fani Alessandri. A reprodução da cidade como “negócio”. In: CARLOS, Ana
Fani; CARRERAS, C. Urbanização e mundialização. Estudos sobre a metrópole. São
Paulo: Contexto, 2005.
______. O espaço urbano: novos escritos sobre a cidade, São Paulo: FFLCH, 2007ª.
LEFEBVRE, Henri. O direito à cidade. São Paulo: Centauro, 2001.
SANCHÉZ, Fernanda. A reinvenção das cidades para um mercado mundial. Chapecó:
Argos, 2003.