validaÇÃo de processos: aspectos teóricos e proposição de

44
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL Faculdade de Farmácia Disciplina de Estágio Curricular em Farmácia VALIDAÇÃO DE PROCESSOS: Aspectos teóricos e proposição de protocolo para sistema de purificação de água Leonel Augusto Morais Almeida Porto Alegre, novembro de 2007.

Upload: others

Post on 18-Dec-2021

4 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: VALIDAÇÃO DE PROCESSOS: Aspectos teóricos e proposição de

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

Faculdade de Farmaacutecia

Disciplina de Estaacutegio Curricular em Farmaacutecia

VALIDACcedilAtildeO DE PROCESSOS Aspectos teoacutericos e proposiccedilatildeo de

protocolo para sistema de purificaccedilatildeo de aacutegua

Leonel Augusto Morais Almeida

Porto Alegre novembro de 2007

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

Faculdade de Farmaacutecia

Disciplina de Estaacutegio Curricular em Farmaacutecia

VALIDACcedilAtildeO DE PROCESSOS Aspectos teoacutericos e proposiccedilatildeo de

protocolo para sistema de purificaccedilatildeo de aacutegua

Leonel Augusto Morais Almeida

Trabalho de Conclusatildeo

da Disciplina de Estaacutegio Curricular em Farmaacutecia

Orientadora Profordf Dra Letiacutecia Sherer Koester

Co-orientador Prof Dr Helder Ferreira Teixeira

Porto Alegre novembro de 2007

Agradecimentos

Agradeccedilo agrave Faculdade de Farmaacutecia da UFRGS pela prontidatildeo auxiacutelio e

apoio na elaboraccedilatildeo deste trabalho na pessoa do Professor Dr Joseacute Acircngelo agrave Professora

Dra Letiacutecia Koester pela sua dedicaccedilatildeo compreensatildeo prontidatildeo ajuda alegria e

carinho durante a elaboraccedilatildeo deste trabalho sendo uma pessoa que levo como um

exemplo de organizaccedilatildeo dedicaccedilatildeo e amor ao seu trabalho ao Professor Dr Helder

Teixeira pelos seus encaminhamentos e esclarecimentos a minha querida Cris que

sempre esteve ao meu lado durante esta caminhada sendo uma companheira amiga e

uma luz em meu caminho aos queridos amigos Letiacutecia e Geancarlo pela ajuda

companheirismo e carinho durante esta caminhada agrave Nicolle Larissa e Fernando pelos

maravilhosos estudos que fizemos juntos a todos meus colegas de faculdade aos

amigos da Dose Certa pela ajuda Agradeccedilo por fim a minha famiacutelia pela sua ajuda

durante a faculdade e por sua compreensatildeo e apoio ao realizar minhas escolhas

Sumaacuterio

Resumo v

1 Introduccedilatildeo 6

2 Referencial teoacuterico

21 Conceito e aspectos regulatoacuterios 7

22 Tipos de validaccedilatildeo 8

23 Por que validar 10

24 Validaccedilatildeo versus qualificaccedilatildeo 11

25 Estaacutegios da validaccedilatildeo 12

26 Processos sujeitos agrave validaccedilatildeo 13

27 Dificuldades frequumlentemente encontradas durante a validaccedilatildeo 15

3 Proposiccedilatildeo de um protocolo para validaccedilatildeo de um processo de purificaccedilatildeo de aacutegua

existente na Central de abastecimento de aacuteguas da Faculdade de Farmaacutecia 17

4 Consideraccedilotildees finais e perspectivas 40

5 Referecircncias 41

v

Resumo

A validaccedilatildeo de processos eacute uma ferramenta importante na tarefa de garantir a qualidade

dos produtos farmacecircuticos sendo assim parte da Garantia da Qualidade A validaccedilatildeo

natildeo eacute somente um aspecto exigido pelas legislaccedilotildees farmacecircuticas mas tambeacutem uma

praacutetica que estaacute associada a vaacuterios benefiacutecios incluindo a proacutepria reduccedilatildeo dos custos de

produccedilatildeo Desse modo o presente trabalho apresenta em uma primeira parte uma

revisatildeo da literatura sobre o tema a fim de esclarecer em que consiste a validaccedilatildeo de

processos sua importacircncia e as principais dificuldades encontradas ao se validar Em

uma segunda etapa o trabalho apresenta um protocolo para a validaccedilatildeo de um sistema

de purificaccedilatildeo de aacutegua existente na Central de Aacuteguas da Faculdade de Farmaacutecia

UFRGS com o objetivo de esclarecer de maneira praacutetica como a validaccedilatildeo pode ser

realizada

6

1 Introduccedilatildeo

As atividades relativas agrave fabricaccedilatildeo e controle de medicamentos tecircm sido alvos

da mais intensa regulamentaccedilatildeo e fiscalizaccedilatildeo no segmento farmacecircutico pois uma

produccedilatildeo com qualidade eacute importante para se evitar erros que podem prejudicar a sauacutede

humana (Aleem et al 2002 Alencar et al 2004a)

A validaccedilatildeo de processos foi desenvolvida e aplicada como um recurso para

assegurar a qualidade do produto final A validaccedilatildeo eacute portanto crucial no alcance dessa

tarefa e um requisito regulatoacuterio para a aprovaccedilatildeo de um medicamento (Aleem et al

2002)

A validaccedilatildeo de processos estaacute inserida no contexto da Garantia da Qualidade

que eacute definida como a totalidade das providecircncias tomadas com o objetivo de garantir

que os produtos estejam dentro dos padrotildees de qualidade exigidos para que possam ser

utilizados para os fins propostos (Brasil 2003) As Boas Praacuteticas de Fabricaccedilatildeo

constituem tambeacutem parte da Garantia da Qualidade e asseguram que os produtos satildeo

consistentemente produzidos e controlados com padrotildees de qualidade apropriados para

o uso pretendido e requerido (Brasil 2003)

Neste contexto o trabalho teve por objetivos em uma primeira etapa esclarecer

em que consiste a validaccedilatildeo de processos por meio de uma revisatildeo de literatura atual

acerca do tema e em uma segunda etapa apresentar um protocolo para a validaccedilatildeo de

um sistema de purificaccedilatildeo de aacutegua existente na Central de Aacuteguas da Faculdade de

Farmaacutecia UFRGS Da Rosa (2007) em trabalho recente atestou que a aacutegua potaacutevel

disponiacutevel na Faculdade e que por sua vez consiste na aacutegua de alimentaccedilatildeo para os

sistemas de purificaccedilatildeo apresenta qualidade microbioloacutegica satisfatoacuteria cumprindo

com os requisitos expressos na Portaria Nordm 518 de 25 de marccedilo de 2004 do Ministeacuterio

da Sauacutede Nesse contexto com relaccedilatildeo agrave proposiccedilatildeo deste protocolo os objetivos

especiacuteficos foram (i) exemplificar a validaccedilatildeo de um processo amplamente empregado

em Farmaacutecias e Induacutestrias Farmacecircuticas (ii) atestar a qualidade da aacutegua purificada

produzida e (iii) servir como subsiacutedio agrave validaccedilatildeo de outros sistemas

7

2 Referencial Teoacuterico

21 Conceitos e Aspectos Regulatoacuterios

Nos uacuteltimos trinta anos a validaccedilatildeo de processos tem evoluiacutedo Para a maioria

das pessoas que trabalham na induacutestria ela surgiu como um requisito regulatoacuterio e

consequumlentemente foi muitas vezes considerada apenas uma obrigatoriedade Apesar de

originalmente ter sido criticada a validaccedilatildeo de processos eacute hoje bem aceita e

considerada parte da qualidade total e do monitoramento de processos (Helle et al

2003) Entretanto segundo Nash (1993) havia muita confusatildeo sobre o que eacute validaccedilatildeo

de processos e o que constitui a documentaccedilatildeo relativa agrave validaccedilatildeo de processos De

acordo com Haider (2002) as principais definiccedilotildees de validaccedilatildeo satildeo

bull Accedilatildeo de prover de acordo com os princiacutepios de Boas Praacuteticas de Fabricaccedilatildeo

que procedimentos processos equipamentos materiais atividades ou

sistemas de fato conduzam aos resultados esperados

bull Evidecircncia documental que provecirc a um especiacutefico processo um alto grau de

confianccedila de que poderaacute consistentemente apresentar um produto reunindo

suas preacute-determinadas especificaccedilotildees atributos e caracteriacutesticas de

qualidade

bull Obter e documentar evidecircncias que demonstrem que um meacutetodo pode

apresentar os resultados pretendidos e de acordo com os limites definidos

bull Accedilatildeo de verificar que qualquer processo procedimento atividade material

sistema ou equipamento usado na produccedilatildeo ou controle realizaraacute os

resultados desejados e pretendidos

Definiccedilotildees semelhantes a estas se encontram na legislaccedilatildeo brasileira e

internacional as quais seguem na tabela 1

8

Tabela 1 Principais definiccedilotildees de validaccedilatildeo de processos dos Oacutergatildeos Internacionais e Nacionais

Oacutergatildeo Definiccedilatildeo

ANVISA ndash Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria (Brasil)

(Brasil 2003) (Brasil 2007)

Ato documentado que atesta que qualquer procedimento processo equipamento material operaccedilatildeo ou sistema realmente conduz aos resultados esperados

FDA ndash Food and Drug Administration (Estados Unidos) (FDA 1987)

Evidecircncia documentalmente estabelecida que provecirc com alto grau de confianccedila que um processo especiacutefico poderaacute produzir consistentemente um produto reunindo suas preacute-determinadas especificaccedilotildees e caracteriacutesticas de qualidade

EMEA ndash European Agency for the Evaluation of Medicinal Products (Uniatildeo Europeacuteia)

(EMEA 2001)

Meio de assegurar e prover evidecircncias de que processos satildeo capazes de produzir consistentemente um produto final com a qualidade requerida

PICS ndash Pharmaceutical Inspection Convention and Pharmaceutical Inspection Co-operation Scheme (Genebra Suiacuteccedila) (PICS 2004)

Meio de assegurar e prover evidecircncias de que processos satildeo capazes de repetidamente e confiavelmente produzirem um produto final com a qualidade requerida

Outras definiccedilotildees semelhantes a essas existem e muito embora as expressotildees

variem a essecircncia de todas eacute a mesma assegurar que o processo quando operado sob as

condiccedilotildees preacute-determinadas resultaraacute em um produto que reuniraacute as especificaccedilotildees e

seus atributos de qualidade Em siacutentese validaccedilatildeo de processos assegura que o processo

faz o que se propotildee a fazer (Loftus 1993 Aleem et al 2002)

22 Tipos de Validaccedilatildeo

Os tipos de validaccedilatildeo de processos dependem da situaccedilatildeo na qual seratildeo

aplicados e das particularidades de cada sistema O FDA atraveacutes de seu guia sobre os

princiacutepios gerais da validaccedilatildeo de processos menciona trecircs tipos de validaccedilatildeo (FDA

1987 Nash 1993) Atualmente haacute quatro tipos de validaccedilatildeo (Nash 1993 Brasil 2003

PICS 2004)

9

Normalmente espera-se que a validaccedilatildeo de um processo seja completada antes

da produccedilatildeo de um produto final cuja intenccedilatildeo eacute a comercializaccedilatildeo Onde isto natildeo eacute

possiacutevel se faz necessaacuterio validar o processo durante a rotina de produccedilatildeo Processos

que vecircm sendo usados haacute algum tempo tambeacutem devem ser validados Na teoria um

exerciacutecio de validaccedilatildeo somente precisaria ser realizado uma vez Na praacutetica os

processos raramente ficam estaacuteticos Componentes satildeo alterados (insumos e materiais

de embalagem) equipamentos satildeo modificados e o ambiente do processo natildeo pode ser

considerado idecircntico ao ambiente da validaccedilatildeo inicial Assim um programa regular de

revalidaccedilatildeo eacute essencial (PICS 2004) Nessa perspectiva foram definidos quatro tipos

de validaccedilatildeo

A validaccedilatildeo prospectiva eacute realizada durante o estaacutegio de desenvolvimento do

produto atraveacutes da anaacutelise dos riscos do processo de fabricaccedilatildeo o qual eacute detalhado em

passos individuais estes por sua vez satildeo definidos com base na experiecircncia passada

para determinar se os mesmos podem ocasionar situaccedilotildees criacuteticas (Brasil 2003) Esta

validaccedilatildeo eacute completada e os resultados satildeo aprovados previamente a qualquer produccedilatildeo

e comercializaccedilatildeo do produto (Haider 2002)

A validaccedilatildeo concorrente se refere a uma combinaccedilatildeo de validaccedilatildeo

retrospectiva e prospectiva Normalmente eacute aplicado no caso de um processo existente

natildeo previamente validado ou insuficientemente validado (Haider 2002) e

normalmente eacute realizada durante a produccedilatildeo de rotina (Brasil 2003) Em certas

circunstacircncias natildeo eacute necessaacuterio um completo programa de validaccedilatildeo antes da rotina de

produccedilatildeo iniciar Nestes casos isso seraacute conhecido dentro do avanccedilo da produccedilatildeo do

produto final que seraacute comercializado ou estocado Eacute empregado em circunstacircncias

onde haacute por exemplo um processo sendo transferido para fechar um negoacutecio de

terceirizaccedilatildeo entre produtor e distribuidor (PICS 2004)

A validaccedilatildeo retrospectiva eacute empregada para aqueles processos de uso

rotineiro dentro de vaacuterias companhias que natildeo passaram por uma validaccedilatildeo de processo

formalmente documentada A validaccedilatildeo desses processos eacute possiacutevel atraveacutes de dados

histoacutericos que forneccedilam a evidecircncia documental necessaacuteria de que o processo produza

os resultados esperados Aleacutem disso atraveacutes de uma validaccedilatildeo retrospectiva pode ser

realizada uma anaacutelise de tendecircncia para determinar a extensatildeo na qual os paracircmetros do

processo encontram-se dentro da faixa permitida (PICS 2004) Entretanto a legislaccedilatildeo

10

brasileira (Brasil 2003) lembra que obviamente a validaccedilatildeo retrospectiva natildeo eacute uma

medida da garantia da qualidade em si proacutepria e nunca deve ser aplicada a novos

processos ou produtos Somente pode ser considerada em circunstacircncias especiais por

exemplo quando os requisitos de validaccedilatildeo satildeo estabelecidos pela primeira vez dentro

de uma empresa desde que seja realizado sob as mesmas condiccedilotildees operacionais

(Brasil 2003)

A revalidaccedilatildeo perioacutedica pode ser considerada o quarto tipo e eacute implementada

atraveacutes da anaacutelise de tendecircncias com o objetivo de verificar se o processo se encontra

sob controle e que as mudanccedilas introduzidas intencionalmente ou natildeo dentro de um

processo eou no ambiente do processo natildeo afetam adversamente as caracteriacutesticas do

processo e a qualidade do produto (Brasil 2003 PICS 2004)

A legislaccedilatildeo brasileira (Brasil 2003) cita algumas mudanccedilas tiacutepicas que

requerem revalidaccedilatildeo por exemplo alteraccedilotildees de (i) mateacuterias-primas que geram

mudanccedilas nas propriedades fiacutesicas do produto e afetam adversamente o processo de

produccedilatildeo (ii) de material de embalagem que podem gerar mudanccedilas no procedimento

de embalagem e podem afetar a estabilidade do produto como por exemplo a

substituiccedilatildeo do material de envase de plaacutestico por vidro (iii) de processo que podem

afetar os passos subsequumlentes do processo e a qualidade do produto por exemplo o

tempo de mistura a temperatura de secagem e o processo de resfriamento (iv) de

equipamento incluindo instrumentos de mediccedilatildeo onde qualquer substituiccedilatildeo reparo e

manutenccedilatildeo podem afetar tanto o processo quanto o produto e por fim (v) alteraccedilotildees

na aacuterea de produccedilatildeo e utilidades que podem afetar as condiccedilotildees ambientais e que em

consequumlecircncia gerem a necessidade de uma revalidaccedilatildeo do processo principalmente na

fabricaccedilatildeo de produtos esteacutereis onde este paracircmetro eacute criacutetico

23 Por que validar

A validaccedilatildeo eacute basicamente uma boa praacutetica de negoacutecios aleacutem de permitir que os

processos de produccedilatildeo sejam realizados com maior teacutecnica e economia (Aleem et al

2002) A seguir satildeo apresentadas as vantagens de se validar um processo produtivo

bull Aspectos regulatoacuterios atualmente as Boas Praacuteticas de Fabricaccedilatildeo (BPF) tecircm

sido estabelecidas por todo o mundo As BPF basicamente servem como

diretriz mas natildeo provecircem passo-a-passo instruccedilotildees de como executaacute-las

11

Entretanto o plano mestre de validaccedilatildeo associados aos Procedimentos

Operacionais Padratildeo (POPs) definem exatamente responsabilidades quem

quando onde como etc (Haider 2002)

bull Garantia da qualidade validaccedilatildeo provecirc seguranccedila na obtenccedilatildeo dos produtos

com alta qualidade assim a validaccedilatildeo conduz a um menor nuacutemero de erros

de produccedilatildeo e como resultado reduz o nuacutemero de reclamaccedilotildees do

consumidor e ldquorecallsrdquo de medicamentos (Aleem et al 2002 Haider 2002)

bull Reduccedilatildeo de custos processos operados sob niacuteveis proacuteximos de seus limites

muitas vezes causam custos pois satildeo necessaacuterias reinspeccedilotildees retestes e

rejeiccedilotildees A validaccedilatildeo conduz agrave otimizaccedilatildeo dos processos e

consequumlentemente agrave diminuiccedilatildeo dos custos (Haider 2002) aleacutem de gerar

um alto rendimento maior rapidez e confiabilidade na instalaccedilatildeo de novos

equipamentos faacutecil desenvolvimento de trabalho para uma maior escala

faacutecil manutenccedilatildeo dos equipamentos e mais raacutepida automaccedilatildeo do processo

(Haider 2002) Outros custos de qualidade incluem gastos com marketing e

obrigaccedilotildees processuais devidos a problemas externos com a imagem da

empresa (Aleem et al 2002 Haider 2002)

24 Validaccedilatildeo versus Qualificaccedilatildeo

A validaccedilatildeo e a qualificaccedilatildeo possuem conceitos semelhantes e em alguns casos

na literatura se utiliza o termo ldquovalidaccedilatildeordquo em substituiccedilatildeo ao termo ldquoqualificaccedilatildeordquo o

que gera uma falta de clareza em relaccedilatildeo a esses dois termos e suas utilizaccedilotildees (Aleem

et al 2002 Anvisa 2006)

Segundo Le Hir (1997) a qualificaccedilatildeo consiste em verificar que um aparelho

funciona corretamente para o uso a que se destina jaacute a validaccedilatildeo estaria mais

relacionada a um procedimento do que a um aparelho e consiste em verificar se uma

operaccedilatildeo previamente descrita com toda a precisatildeo permite realmente atingir os

resultados desejados De forma semelhante a legislaccedilatildeo brasileira (Brasil 2003)

determina que antes de iniciar a validaccedilatildeo do processo os equipamentos utilizados na

produccedilatildeo e os instrumentos de controle bem como a formulaccedilatildeo devem ser

qualificados

12

Eacute importante ressaltar que a qualificaccedilatildeo eacute parte da validaccedilatildeo mas a qualificaccedilatildeo

de uma etapa do processo individualmente natildeo constitui a validaccedilatildeo do processo (Lord

et al 2003) Segundo Aleem e colaboradores (2002) o maior desafio eacute o de garantir

que todos esses itens individualmente qualificados trabalhem juntos como um sistema

integrado da maneira esperada e usando os procedimentos e materiais preacute-definidos

Faz-se entatildeo necessaacuterio responder a uma pergunta ldquoquando qualificar e quando

validarrdquo O que o Pharmaceutical Inspection Convention and Pharmaceutical

Inspection Co-operation Scheme (PICS 2004) relata eacute que eacute impossiacutevel definir

categoricamente quando a qualificaccedilatildeo e a validaccedilatildeo satildeo necessaacuterias pois operaccedilotildees de

produccedilatildeo e instalaccedilotildees satildeo consideravelmente grandes e complexas

O que se sabe eacute que a qualificaccedilatildeo deve estar completa antes da validaccedilatildeo ser

conduzida O processo de qualificaccedilatildeo deve constituir-se em processo sistemaacutetico e

loacutegico bem como ser iniciado pelas fases de desenho das instalaccedilotildees equipamentos e

utilidades (Anvisa 2006) O conceito de qualificaccedilatildeo de equipamentos natildeo eacute uma

novidade Vaacuterios fornecedores vecircm executando constantemente verificaccedilotildees para

confirmar a funcionalidade de seus equipamentos tanto antes quanto depois da

instalaccedilatildeo entretanto eacute um requisito da BPF que cada companhia farmacecircutica

identifique qual qualificaccedilatildeo e validaccedilatildeo satildeo requeridas para provar o controle dos

aspectos criacuteticos de sua operaccedilatildeo (PICS 2004)

O processo farmacecircutico percorre um longo caminho em direccedilatildeo agrave determinaccedilatildeo

de quais aspectos de uma operaccedilatildeo satildeo criacuteticos Muitas empresas asseguram a validaccedilatildeo

como uma seacuterie de estudos separados de cada componente de um sistema completo

(Hofmann 1993)

25 Estaacutegios da Validaccedilatildeo (DQ IQ OQ e PQ)

A validaccedilatildeo tem sido dividida em sucessivos e sistemaacuteticos passos conhecidos

como Qualificaccedilatildeo da Instalaccedilatildeo (IQ) Qualificaccedilatildeo da Operaccedilatildeo (OQ) Qualificaccedilatildeo da

Performance (PQ) ou desempenho e Validaccedilatildeo de Processo (PV) Do ponto de vista

funcional cada passo abrange maior funcionalidade que o seu antecessor Mais

recentemente outro passo conhecido como Qualificaccedilatildeo de Desenho (PQ) foi

introduzido (Aleem et al 2002)

13

Esses passos podem ser mais claramente determinados da seguinte maneira a

Validaccedilatildeo de Processos deve estabelecer e prover evidecircncias documentais que

garantam que as dependecircncias utilidades de apoio equipamentos e processos devem ser

designados de acordo com os requerimentos das BPFs isto normalmente constitui DQ

Jaacute as evidecircncias documentais que estabelecem que os mesmos foram construiacutedos e

instalados em conformidade com suas especificaccedilotildees constituem a IQ E se os mesmos

devidamente documentados estatildeo operando de acordo com suas especificaccedilotildees

constitui a OQ Quando um processo especiacutefico produz consistentemente um produto

que reuacutene suas especificaccedilotildees e atributos de qualidade isto constitui a PV sendo que o

termo PQ tambeacutem pode ser usado com essa conotaccedilatildeo (PICS 2004 ANVISA 2006)

Apoacutes a validaccedilatildeo de um processo uma seacuterie de experimentos deve ser realizada

a fim de determinar os pontos criacuteticos do processo Estes experimentos podem

incorporar um elemento de mudanccedila para determinar a robustez do processo A inserccedilatildeo

de uma mudanccedila eacute geralmente referida como um exerciacutecio de ldquopior casordquo O uso de

novos materiais sobre condiccedilotildees limites de suas especificaccedilotildees pode indicar a

habilidade do processo de continuar produzindo um produto final com suas

especificaccedilotildees (PICS 2004)

A legislaccedilatildeo brasileira (Brasil 2003) acrescenta que a escolha do procedimento

a validar deve priorizar as atividades relacionadas agrave capacidade do processo por

exemplo a capacidade de o processo operar sem dificuldades quando os paracircmetros se

aproximam de limites aceitaacuteveis O uso de faixas de aceitaccedilatildeo para a qualidade das

mateacuterias-primas em lotes experimentais pode tornar possiacutevel estimar a extensatildeo na qual

o processo ainda continua sendo capaz de produzir um produto final que atende agraves

especificaccedilotildees

26 Processos sujeitos agrave validaccedilatildeo

Segundo a legislaccedilatildeo brasileira (Brasil 2003) e diretrizes internacionais (FDA

1987 PICS 2004) deve-se realizar a validaccedilatildeo de todos os processos de fabricaccedilatildeo e

inclusive as atividades de suporte incluindo as operaccedilotildees de limpeza A seguir seratildeo

comentados dois processos de validaccedilatildeo sendo um deles uma atividade de suporte e o

outro um processo de fabricaccedilatildeo

14

A validaccedilatildeo das operaccedilotildees de limpeza eacute de suma importacircncia na induacutestria

farmacecircutica pois resiacuteduos de produtos ou mesmo os proacuteprios agentes de limpeza

podem constituir uma fonte de contaminaccedilatildeo Mesmo quando se utiliza um

equipamento ldquodedicadordquo ou seja de uso exclusivo para processar um produto haacute que

se considerar a contaminaccedilatildeo do proacuteximo lote com produtos de degradaccedilatildeo Na

validaccedilatildeo de limpeza haacute vaacuterios aspectos a serem considerados tais como (i) se o

equipamento eacute dedicado ou natildeo (ii) o tipo de limpeza se manual semi-automatizada ou

mesmo automatizada (do inglecircs CIP ndash clean in place) (iii) as teacutecnicas de amostragem

(uso de swab rinsagem monitoramento direto na superfiacutecie entre outros) (iv) os

agentes de limpeza a serem empregados (v) o meacutetodo de anaacutelise que deve possuir

elevada sensibilidade e (vi) os relacionados ao produto como sua solubilidade e

toxicidade

Assim muitas vezes se recorre ao uso de teacutecnicas como a anaacutelise de carbono

orgacircnico total (TOC) (Guazzaroni et al 1998) que eacute capaz de medir traccedilos de

substacircncias que apresentem carbono em sua composiccedilatildeo ndash o que se aplica tanto agrave

anaacutelise de resiacuteduos dos produtos quanto dos proacuteprios tensoativos empregados na

limpeza De qualquer modo a validaccedilatildeo de operaccedilotildees de limpeza normalmente se

baseia na seleccedilatildeo do ldquopior casordquo (McCormick e Cullen 1993 PICS 2004) definindo-

se os limites de resiacuteduo quiacutemico e microbioloacutegico aceitaacuteveis no proacuteximo lote a ser

produzido atraveacutes de foacutermulas matemaacuteticas Estas questotildees satildeo aprofundadas nos

trabalhos de LeBlanc (1998) e Alencar e colaboradores (2006) aleacutem das diretrizes

apresentadas pelo Pharmaceutical Inspection Convention and Pharmaceutical

Inspection Co-operation Scheme (PICS 2004) e Agecircncia Nacional de Vigilacircncia

Sanitaacuteria (ANVISA 2006)

Como segundo exemplo a validaccedilatildeo da produccedilatildeo de formas farmacecircuticas

soacutelidas eacute realizada de maneira geral atraveacutes do uso de controles estatiacutesticos meacutetodos

que satildeo empregados em um contexto de validaccedilatildeo retrospectiva ou concorrente

Segundo Alencar e colaboradores (2004b) trata-se de uma ferramenta simples na sua

aplicaccedilatildeo capaz de permitir faacutecil compreensatildeo raacutepidas accedilotildees de controle pelo pessoal

de operaccedilatildeo rica nos resultados que pode apresentar sobre o comportamento do

processo Com relaccedilatildeo a planos de amostragem em misturas e formas soacutelidas o FDA

apresenta um guia bastante uacutetil intitulado Guidance for Industry Powder Blends and

15

Finished Dosage Units mdash Stratified In-Process Dosage Unit Sampling and Assessment

que apresenta as aplicaccedilotildees dos controles estatiacutesticos de acordo com cada necessidade

(FDA 2003)

27 Dificuldades frequumlentemente encontradas durante a validaccedilatildeo

Segundo Lord e colaboradores (2003) atualmente o maior problema na

induacutestria eacute Qual eacute a melhor estrutura organizacional para se realizar um processo de

validaccedilatildeo

Neste sentido Jeater e colaboradores (1993) descreveram que o trabalho de

validaccedilatildeo de processos na induacutestria farmacecircutica eacute geralmente organizado dentro de

alguma das seguintes estruturas uma consultoria uma forccedila-tarefa ou um grupo

dedicado exclusivamente agrave validaccedilatildeo Em cada uma delas haacute aspectos positivos e

negativos mas a forma com que os grupos de validaccedilatildeo satildeo desenvolvidos e

controlados dependeraacute das circunstacircncias locais medidas organizacionais estrutura e

personalidade das pessoas responsaacuteveis pelo estabelecimento de um processo de

validaccedilatildeo

Na validaccedilatildeo de processos eacute necessaacuterio considerar o fator humano que eacute muitas

vezes causa de natildeo conformidades ou falhas de produccedilatildeo Kieffer (1998) em seu artigo

ldquoValidation and the Human Elementrdquo descreveu que na validaccedilatildeo inicialmente o

elemento humano natildeo foi considerado como criacutetico dentro do processo enquanto que os

aspectos tecnoloacutegicos eram estudados profundamente entretanto esse elemento deve

ser analisado como parte da validaccedilatildeo e a construccedilatildeo dos processos deve visar sua

proacutepria simplificaccedilatildeo resultando em menos falhas humanas ou natildeo O mesmo autor

acrescenta que nem sempre as causas de natildeo conformidade satildeo humanas muitas vezes

os sistemas natildeo satildeo corretamente desenhados e acabam sendo a causa das falhas

humanas nesses casos a abordagem eacute redesenhar o sistema de modo a simplificaacute-lo e

posteriormente treinar o pessoal envolvido para novamente validar o sistema Ao longo

do tempo tendo em vista a necessidade e importacircncia das pessoas dentro de um

processo de validaccedilatildeo passou-se a considerar esse fator e a proacutepria legislaccedilatildeo brasileira

(Brasil 2003) determina que ldquoo treinamento adequado e a motivaccedilatildeo do pessoal satildeo

16

preacute-requisitos para uma validaccedilatildeo bem sucedida todo o pessoal deve ser motivado a

apoiar a empresa na manutenccedilatildeo dos padrotildees de qualidaderdquo

Outro aspecto a considerar no processo de validaccedilatildeo satildeo os documentos gerados

durante a validaccedilatildeo e qualificaccedilatildeo aos quais no passado natildeo foi dedicada suficiente

atenccedilatildeo Consequumlentemente as empresas natildeo tem sido capazes de prover evidecircncias

documentais que reflitam o tempo e esforccedilo despendido na execuccedilatildeo desta atividade O

desenvolvimento da documentaccedilatildeo de uma validaccedilatildeo eacute parte essencial do sucesso de

qualquer programa ou estudo de validaccedilatildeo O objetivo principal eacute assegurar que a

documentaccedilatildeo eacute capaz de provar que o processo ou sistema trabalha como o

programado eacute reprodutiacutevel e que suas especificaccedilotildees e atributos de qualidade

encontram-se estabelecidas A documentaccedilatildeo deve ser concisa natildeo-ambiacutegua detalhada

e completa (Castilla e Sena 2001)

Segundo Castilla e Sena (2001) uma boa documentaccedilatildeo de validaccedilatildeo deve ser

ldquouma descriccedilatildeo histoacuterica do que foi produzido envasado limpo embaladordquo Trazer o

como isto foi feito e quais controles foram realizados no local Deve ser um caminho

para minimizar erros e variaccedilotildees e prover evidecircncias de que ldquoalgo aconteceurdquo

descrevendo como onde e por quem isto foi feito colocando tambeacutem ldquotudo que vocecirc

quis saber mas teve medo de perguntarrdquo ou seja descrever a histoacuteria do produto seus

componentes equipamentos e processos antes do produto ser introduzido no mercadordquo

E obviamente deve estar em conformidade com os requerimentos das BPF e assegurar

reprodutibilidade

Por fim um problema encontrado ao se validar um processo eacute a falta de clareza

sobre os conceitos relacionados agrave validaccedilatildeo o que adveacutem do fato de a terminologia

relacionada agrave validaccedilatildeo ter mudado seu sentido com o tempo (Nash 1993 Aleem et al

2002)

17

3 Proposiccedilatildeo de um protocolo para validaccedilatildeo de um processo de

purificaccedilatildeo de aacutegua existente na Central de abastecimento de aacuteguas

da Faculdade de FarmaacuteciaUFRGS

Apoacutes a apresentaccedilatildeo dos conceitos principais aplicaccedilotildees e vantagens da

validaccedilatildeo esta parte do trabalho tem por objetivo demonstrar como se realiza a

validaccedilatildeo a partir da proposiccedilatildeo de um protocolo de validaccedilatildeo de um sistema de

purificaccedilatildeo de aacutegua abordando os principais aspectos a serem observados e as anaacutelises

que se fazem necessaacuterias para se validar o sistema

Os sistemas de purificaccedilatildeo de aacutegua satildeo considerados sistemas criacuteticos de

qualidade e podem influir diretamente na qualidade dos produtos por isso devem ser

validados (Johnson 1993 WHO 2005 WHO 2006) A validaccedilatildeo de um sistema de

purificaccedilatildeo de aacutegua deve seguir os passos que normalmente satildeo utilizados para a

maioria das validaccedilotildees Qualificaccedilatildeo de Design (DQ) Qualificaccedilatildeo da Instalaccedilatildeo (IQ)

Qualificaccedilatildeo da Operaccedilatildeo (OQ) e Validaccedilatildeo de Processo (PV)

Segundo a Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (WHO 2005 WHO 2006) para a

validaccedilatildeo deste processo em especial satildeo necessaacuterias trecircs fases que envolvem uma

coleta de dados prolongada a fim de se garantir que o sistema independentemente da

variaccedilatildeo sazonal sobre a aacutegua de alimentaccedilatildeo e sobre o sistema de tratamento mantecircm-

se produzindo consistentemente aacutegua dentro de suas especificaccedilotildees farmacopecircicas

Resumidamente a primeira fase prevecirc a realizaccedilatildeo atraveacutes de testes diaacuterios na aacutegua

coletada de pontos preacute-determinados durante duas a quatro semanas (validaccedilatildeo

prospectiva) Apoacutes a aprovaccedilatildeo na primeira fase de testes a aacutegua produzida pelo

sistema poderaacute ser utilizada e entatildeo eacute conduzida a segunda fase de testes onde seratildeo

avaliados os mesmo pontos de coleta da primeira fase durante um periacuteodo de trecircs

semanas (validaccedilatildeo concorrente) Soacute entatildeo passa-se agrave terceira fase de validaccedilatildeo onde o

sistema eacute monitorado em periacuteodos a serem definidos em menor nuacutemero de pontos de

coleta durante um ano tendo-se assim a avaliaccedilatildeo da influecircncia da variaccedilatildeo sazonal da

aacutegua sobre o sistema e sua validaccedilatildeo completada

Uma abordagem anterior descrita por Johnson (1993) relata a conduccedilatildeo de duas

fases Na etapa inicial o sistema eacute operado sob uma ldquocondiccedilatildeo de estresserdquo ou seja

manteacutem-se o sistema abaixo de suas condiccedilotildees normais de operaccedilatildeo pelo periacuteodo de

18

quatro a seis meses de monitoramento a fim de verificar a robustez do sistema Na

etapa subsequumlente realizam-se testes com o sistema operando em sua normalidade

durante o periacuteodo de no miacutenimo um ano assim constata-se que o sistema produz aacutegua

dentro das especificaccedilotildees independentemente da sazonalidade microbioloacutegica Como

nesta abordagem o sistema opera sob ldquocondiccedilatildeo de estresserdquo na etapa inicial natildeo eacute

indicada a conduccedilatildeo de uma validaccedilatildeo concorrente tendo em vista o risco associado de

natildeo conformidade da aacutegua produzida pelo sistema

O sistema de purificaccedilatildeo de aacuteguas a ser validado seraacute o instalado na Central de

Aacuteguas da Faculdade de Farmaacutecia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul

(UFRGS) Devido agrave necessidade de se realizar uma validaccedilatildeo concorrente pois o

sistema jaacute se encontra instalado e em operaccedilatildeo optou-se por seguir as diretrizes da

Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (WHO 2005 WHO 2006) que se aplicam mais ao

caso aleacutem de ser mais atual A seguir eacute apresentado o protocolo de validaccedilatildeo do

Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacuteguas

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

ASSUNTO Protocolo de Validaccedilatildeo do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

I Objetivo

O objetivo da Validaccedilatildeo do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacuteguas eacute demonstrar que a

aacutegua fornecida pelo sistema atende agraves especificaccedilotildees (quiacutemicas e microbioloacutegicas) para

utilizaccedilatildeo nos laboratoacuterios da Faculdade de Farmaacutecia da UFRGS para a realizaccedilatildeo de

experimentos As especificaccedilotildees seratildeo as descritas na Farmacopeacuteia Brasileira uma vez

que esta constitui o compecircndio oficial brasileiro aleacutem de determinar um maior nuacutemero

de anaacutelises quiacutemicas em relaccedilatildeo aos compecircndios internacionais

II Descriccedilatildeo do Sistema de aacutegua

O sistema de purificaccedilatildeo de aacuteguas a ser validado estaacute instalado na Central de

Aacuteguas da Faculdade de Farmaacutecia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul

(UFRGS) A aacutegua de alimentaccedilatildeo eacute proveniente do sistema de tratamento de aacutegua

clorada da rede municipal (aacutegua de superfiacutecie) A aacutegua entatildeo passa para dois

reservatoacuterios de 5000 litros e segue por gravidade ateacute a Central de Aacuteguas

II1 Sistema de preacute-tratamento

A aacutegua proveniente dos reservatoacuterios de aacutegua passa para a secccedilatildeo de preacute-

tratamento que eacute composta dos meios filtrantes descritos abaixo em carcaccedilas de

polipropileno

a) Filtro retrolavaacutevel com redutor de pressatildeo

b) Filtro de porosidade 5microm com carvatildeo ativado com manocircmetro

c) Filtro de polipropileno de porosidade 1microm com manocircmetro

A filtraccedilatildeo atraveacutes destes filtros tem por objetivo alimentar o sistema de osmose

reversa com aacutegua potaacutevel que necessita do seguinte preacute-tratamento

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Tabela 1 Paracircmetros da aacutegua provinda do sistema de preacute-tratamento

Paracircmetro Especificaccedilatildeo ou limite de aceitaccedilatildeo

Preacute-filtragem 5microm e carvatildeo ativado

Iacutendice de silte Maacuteximo 3

Teor Salino Maacuteximo 2000 mgL

Teor de Cl lt001 mgl

Teor de Mg lt005 mgl

Teor de Feacute lt005 mgl

Gama do valor de pH 4 ndash 11

Remoccedilatildeo de 99 de bacteacuterias e partiacuteculas -

II2 Sistema de Tratamento por Osmose Reversa

A secccedilatildeo de tratamento eacute composta por um sistema de purificaccedilatildeo de aacuteguas

atraveacutes de osmose reversa (OR) modelo TKA LAB-UPW do fabricante TKA (ArtNdeg

083007-SO)

II3 Sistema de Armazenamento

A aacutegua tratada pelo sistema de Osmose Reversa (OR) eacute armazenada em um

tanque de 75 L incluindo torneira de extraccedilatildeo por onde a aacutegua purificada eacute coletada O

armazenamento e coleta da aacutegua purificada ocorrem agrave temperatura ambiente A aacutegua

purificada permanece no tanque de armazenamento por no maacuteximo vinte minutos a cada

vinte minutos a bomba de recirculaccedilatildeo eacute acionada e recircula a aacutegua no tanque

conduzindo-a pela lacircmpada de oxidaccedilatildeo UV e pelo jogo de cartuchos deionizadores

A Figura 1 apresenta os componentes do sistema de Osmose Reversa (OR) e do

sistema de armazenamento e suas especificaccedilotildees

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Figura 1 Desenho esquemaacutetico do sistema de osmose reversa e do sistema de

armazenamento 1- Vaacutelvula solenoacuteide da aacutegua de alimentaccedilatildeo (Art Ndeg 150003) 2-

Bomba auxiliar com transformador (Art Ndeg 190046) 3- Moacutedulo de osmose reversa

composto por Carcaccedila 1812 (Art Ndeg 220047) e Membrana de osmose reversa 1812

(Art Ndeg 220046) 4- Vaacutelvula reguladora de pressatildeo (Art Ndeg 150060) 5- Vaacutelvula

solenoacuteide de enxaguamento por jato de aacutegua (Art Ndeg 150003) 6- Ceacutelula medidora de

condutividade (apoacutes agrave OR) (Art Ndeg 160126) 7- Foto-oxidaccedilatildeo de UV (Art Ndeg

250011) 8- Conjunto de deionizaccedilatildeo composto por Carcaccedila de filtro (Art Ndeg 065310)

e Jogo de cartuchos permutador de iacuteons e resina de adsorccedilatildeo (Art Ndeg 093011) 9-

Ceacutelula de mediccedilatildeo de condutividade da aacutegua purificada (Art Ndeg 160126) 10- Tanque

de 75 litros incluindo jogo de montagem na parede (Art Ndeg 065075) 11- Bomba de

recirculaccedilatildeo (Art Ndeg 190028) 12- Vaacutelvula de controle (Art Ndeg 150009) 13- Controle

por microprocessador (Art Ndeg 160181) 14- Entrada de aacutegua provinda do sistema de

preacute-tratamento 15- Saiacuteda da aacutegua purificada Torneira de extraccedilatildeo 16- Saiacuteda frac34rdquo do

concentrado

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

II4 Princiacutepio de Funcionamento do Sistema de Osmose Reversa

A aacutegua de alimentaccedilatildeo provinda do sistema de preacute-tratamento entra no sistema

com pressatildeo maacutexima de 6 Bar A vaacutelvula solenoacuteide da aacutegua de alimentaccedilatildeo (Figura 1-1)

permanece fechada quando o sistema estaacute no modo de espera ou parado para impedir

que a aacutegua de alimentaccedilatildeo passe pela membrana e transborde no tanque de

armazenamento A membrana semi-permeaacutevel (Figura 1-3) reteacutem 96 dos sais

dissolvidos e 99 das bacteacuterias e dos soacutelidos suspensos na aacutegua de alimentaccedilatildeo A aacutegua

purificada passa agora atraveacutes das fases de tratamento duplo (Figura 1- 7 e 8) e eacute

recolhida no tanque de armazenamento (Figura 1-10) Os sais e outros elementos

rejeitados satildeo eliminados do sistema atraveacutes do fluxo do ldquoconcentradordquo A ceacutelula

medidora da condutividade (Figura 1-6) mede a condutividade da aacutegua purificada (apoacutes

os jogos de cartuchos (Figura 1-7 e 8) o que eacute visualizado no menu de controle do

microprocessador (Figura 1-13) A bomba de recirculaccedilatildeo (Figura 1-11) eacute acionada a

cada a cada vinte minutos e recircula a aacutegua no tanque conduzindo-a pela lacircmpada de

oxidaccedilatildeo UV (Figura 1- 7) e pelo jogo de cartuchos deionizadores (Figura 1-8)

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Um desenho de montagem do sistema de tratamento completo segue na Figura 2

Figura 2 Desenho esquemaacutetico do Sistema de Purificaccedilatildeo de aacuteguas e suas

especificaccedilotildees 1- Aacutegua de alimentaccedilatildeo conexatildeo frac34rdquo (pressatildeo miacutenima 2 bar) 2- Filtro retrolavaacutevel (Art Ndeg 115999) 21- Redutor de pressatildeo (Art Ndeg 115998) 3- Preacute-filtro de 5microm + carvatildeo ativado (Art Ndeg 065201) com um manocircmetro (Art Ndeg 065311) 4-

Filtro de polipropileno de porosidade 1 microm (Art Ndeg 065101) com um manocircmetro (Art Ndeg 065311) 5- Equipamento de Osmose reversa TKA-HPW 220V ndash 100W (Art Ndeg 083007-SO) 6- Tanque de armazenamento de capacidade 75 L (Art Ndeg 115996) 7- Kit de instalaccedilatildeo (Art Ndeg 115994) 8- Caixa de aacutegua de 5000 L 9- Rede puacuteblica de

abastecimento

Caixa drsquoaacutegua (8)

Rede Puacuteblica (9)

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

III Qualificaccedilatildeo da Instalaccedilatildeo (IQ)

A fase da Qualificaccedilatildeo da Instalaccedilatildeo (IQ) estaacute associada agrave verificaccedilatildeo da

instalaccedilatildeo dos equipamentos de acordo com as especificaccedilotildees do fabricante aleacutem da

calibraccedilatildeo dos instrumentos e o estabelecimento de um programa de manutenccedilatildeo

preventiva (Johnson 1993) A Tabela 2 apresenta as especificaccedilotildees do sistema de

purificaccedilatildeo de aacuteguas e as accedilotildees que se fazem necessaacuterias para efetuar a qualificaccedilatildeo

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Tabela 2 Especificaccedilotildees fornecidas pelo fabricante e atividade a ser realizada para qualificar a instalaccedilatildeo

Especificaccedilatildeo Paracircmetro especificado em manual

Atividade a ser realizada para qualificar a

instalaccedilatildeo Tensatildeo Eleacutetrica 127220V 60Hz Registro de Calibraccedilatildeo do

estabilizador Potecircncia Eleacutetrica 01 Kw Verificaccedilatildeo e registro Temperatura ambiente +2degc a +35degC Registro do

monitoramento da temperatura

Pressatildeo do permeado 0 bar Verificaccedilatildeo e registro Pressatildeo operacional 6 bar maacutex Registro da verificaccedilatildeo da

pressatildeo da aacutegua de alimentaccedilatildeo

Temperatura de alimentaccedilatildeo +1degC a +30degC Registro da verificaccedilatildeo de temperatura

Pressatildeo da aacutegua de alimentaccedilatildeo

2 a 6 bar Registro da verificaccedilatildeo da pressatildeo da aacutegua de

alimentaccedilatildeo Calibraccedilatildeo dos controles ao longo do processo

Condutiviacutemetro e manocircmetro

Registro das calibraccedilotildees realizadas

Treinamento dos Operadores -- Realizaccedilatildeo e registro de treinamento

Programa de Manutenccedilatildeo Preventiva

Enxaacuteguumle e desinfecccedilatildeo dos tanques de

estocagem tubulaccedilotildees e carcaccedilas (anualmente)

Elaboraccedilatildeo do POP de enxaacuteguumle e desinfecccedilatildeo

Capacidade de carga das

paredes ou chatildeo

-- Registros da verificaccedilatildeo da instalaccedilatildeo

Tubulaccedilatildeo de Drenagem de

112rdquo livre para o esgoto -- Registro da verificaccedilatildeo da

Instalaccedilatildeo

Espaccedilo de trabalho suficiente -- 64 m2

Conexatildeo aacutegua de alimentaccedilatildeo

de frac34rdquo(com registro)

-- Registro da verificaccedilatildeo da instalaccedilatildeo

Ponto de Coleta do sistema de

preacute-tratamento -- Instalaccedilatildeo de registro na

entrada da aacutegua provinda do preacute-tratamento

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

IV Qualificaccedilatildeo da Operaccedilatildeo (OQ)

Esta etapa estaacute relacionada agrave garantia de que cada componente esteja

funcionando de acordo com o especificado As accedilotildees a serem realizadas na fase de

qualificaccedilatildeo da operaccedilatildeo seguem na tabela 3

Tabela 3 Accedilotildees a serem realizadas na fase de Qualificaccedilatildeo da Operaccedilatildeo (Johnson 1993)

Accedilatildeo Atividade a ser realizada 1 Preencher o sistema com aacutegua e reparar

quaisquer fugas e substituir vaacutelvulas ou vedaccedilotildees defeituosas

Verificaccedilatildeo de vazamentos e registro da realizaccedilatildeo de manutenccedilatildeo por pessoal autorizado

2 Verificar o bom funcionamento das vaacutelvulas e controles ao longo do processo

Calibraccedilatildeo dos Manocircmetros e Condutiviacutemetro do tanque de armazenamento

3 Registrar a realizaccedilatildeo da sanitizaccedilatildeo da caixa de aacutegua e da distribuiccedilatildeo do sistema

Realizaccedilatildeo da Sanitizaccedilatildeo e seu Registro

4 Elaboraccedilatildeo de POPs que descrevem os procedimentos de ligar desligar e sanitizar os equipamentos e o sistema

Seguem em anexo B

5 Verificaccedilatildeo da variaccedilatildeo da vazatildeo de aacutegua em comparaccedilatildeo as especificaccedilotildees do fornecedor

Protocolo de Serviccedilo (PS001) Anexo C

6 Avaliar a produccedilatildeo nominal do sistema 7 Lh a 15degC 7 Avaliar a eficiecircncia do sistema de preacute-

tratamento Atraveacutes da Fase 1 de validaccedilatildeo se avaliaraacute a eficiecircncia do sistema de preacute-tratamento

V Process validation (PV)

Apoacutes a realizaccedilatildeo das trecircs primeiras qualificaccedilotildees seraacute necessaacuterio realizar testes

que comprovem que o sistema realiza a purificaccedilatildeo da aacutegua da maneira a que se propotildee

Para realizar essa tarefa como descrito anteriormente segue-se a abordagem da

Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (WHO 2005) que determina trecircs fases para a validaccedilatildeo

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

V1 Plano de amostragem

V11 Pontos de amostragem

A tabela 4 descreve os pontos de coleta sua localizaccedilatildeo e a especificaccedilatildeo do tipo

de aacutegua

Tabela 4 Pontos de validaccedilatildeo localizaccedilatildeo e suas especificaccedilotildees de avaliaccedilatildeo Nuacutemero Local Tipo de aacutegua

1 Entrada do sistema de purificaccedilatildeo de aacutegua (torneira da pia)

Aacutegua potaacutevel

2 Aacutegua de alimentaccedilatildeo da osmose reversa Aacutegua potaacutevel natildeo clorada

3 Ponto de coleta da aacutegua purificada Aacutegua purificada

V12 Testes Requeridos e Criteacuterio de Aceitaccedilatildeo

Os testes requeridos e seus criteacuterios de aceitaccedilatildeo estatildeo descritos nas tabelas 4 e

5 Os testes para Aacutegua Purificada seratildeo realizados de acordo com a Farmacopeacuteia

Brasileira 4ordf ediccedilatildeo (F Bras IV 2005) e para aacutegua potaacutevel de acordo com os limites

estabelecidos na Portaria 51804 do Ministeacuterio da Sauacutede

V121 Aacutegua Potaacutevel

Tabela 5 Criteacuterios de Aceitaccedilatildeo para aacutegua potaacutevel Testes Microbioloacutegicos Especificaccedilatildeo Contagem Heterotroacutefica Total le 500UFCMl Patoacutegenos Ausecircncia de Coliformes Testes Quiacutemicos Especificaccedilatildeo Cor lt 15 UH Cloro 02 a 05 ppm pH 60 a 95 Turbidez lt 5UT Unidade Hazen (mg Pt-CoL) Unidade de turbidez

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

V122 Aacutegua Purificada

Tabela 6 Criteacuterios de Aceitaccedilatildeo para aacutegua purificada Testes Microbioloacutegicos Especificaccedilatildeo Contagem Heterotroacutefica Total le 100UFCmL Patoacutegenos Ausecircncia de coliformes P aeruginosa S

aureus e E Coli termotolerantes Testes Quiacutemicos Especificaccedilatildeo Acidez ou Alcalinidade Cumpre o Teste Amocircnio No maacuteximo 02 ppm Aparecircncia Liacutequido incolor liacutempido insiacutepido e

inodoro Caacutelcio e Magneacutesio Cumpre o Teste Cloretos Cumpre o Teste Condutividade No maacuteximo 21 microScm Metais Pesados No maacuteximo 01 ppm Nitratos No maacuteximo 02 ppm pH 5 -7 Resiacuteduo por evaporaccedilatildeo No maacuteximo 0001 Substacircncias Oxidaacuteveis Cumpre o Teste Sulfatos Cumpre o Teste Os testes seratildeo realizados de acordo com a Farmacopeacuteia Brasileira 4ordf ediccedilatildeo (F Bras IV 2005)

V13 Cronograma de Amostragem

Para a Fase 1 da validaccedilatildeo seratildeo realizados testes quiacutemicos e bioloacutegicos para

todos os pontos de amostragem durante trecircs semanas em trecircs periacuteodos de cinco dias

Apoacutes a conclusatildeo satisfatoacuteria dessa fase se realizaraacute a Fase 2 de validaccedilatildeo fase em que

a aacutegua produzida pode ser utilizada Nesta fase deve-se realizar novamente e

diariamente todos os testes quiacutemicos e bioloacutegicos para todos os pontos de amostragem

durante quatro semanas em quatro periacuteodos de cinco dias Para a Fase 3 de validaccedilatildeo

seratildeo realizados os mesmos testes quiacutemicos e microbioloacutegicos para todos os pontos de

amostragem semanalmente durante um ano O cronograma dos pontos de amostragem

segue na tabela 7

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Tabela 7 Cronograma de validaccedilatildeo

Fase de

Validaccedilatildeo

Ponto de

Amostragem

Periacuteodo de

Anaacutelise

Frequumlecircncia de

Anaacutelise

Tipo de Testes

a Realizar

1 1 2 Semanas Trecircs periacuteodos de

5 dias

Aacutegua Potaacutevel

1 2 2 Semanas Trecircs periacuteodos de 5 dias

Aacutegua potaacutevel

natildeo clorada

1 3 2 Semanas Trecircs periacuteodos de 5 dias

Aacutegua

Purificada

2 1 3 Semanas Quatro periacuteodos

de 5 dias

Aacutegua Potaacutevel

2 2 3 Semanas Quatro periacuteodos

de 5 dias

Aacutegua potaacutevel

natildeo clorada

2 3 3 Semanas Quatro periacuteodos

de 5 dias

Aacutegua

Purificada

3 1 1 Ano Semanal Aacutegua Potaacutevel

3 2 1 Ano Semanal Aacutegua potaacutevel

natildeo clorada

3 3 1 Ano Semanal Aacutegua

Purificada

V2 Fase 1

Periacuteodo de testes de trecircs semanas em trecircs periacuteodos de cinco dias para

monitoramento do sistema intensivamente durante este periacuteodo o sistema deve operar

continuamente sem falhas ou desvios de qualidade

Para essa fase seratildeo realizados os seguintes testes

bull Realizar testes quiacutemicos e microbioloacutegicos de acordo o plano de amostragem

bull Desenvolver faixas de operaccedilatildeo adequadas

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

bull Desenvolver e finalizar procedimentos de operaccedilotildees limpeza desinfecccedilatildeo e

manutenccedilatildeo

bull Demonstrar a produccedilatildeo e entrega da aacutegua na qualidade e quantidade exigida

bull Usar e aperfeiccediloar os POPs de operaccedilatildeo (ver anexo) manutenccedilatildeo desinfecccedilatildeo e

soluccedilatildeo de problemas

bull Verificar alertas provisoacuterios e accedilotildees de niacuteveis

bull Desenvolver e refinar procedimentos de testes de natildeo conformidade

V3 Fase 2

Outro periacuteodo de testes de quatro semanas em quatro periacuteodos de cinco dias a

ser realizado de maneira mais intensiva atraveacutes de um acompanhamento dos POPs

aperfeiccediloados apoacutes a conclusatildeo da Fase 1 O sistema de amostragem eacute idecircntico ao da

fase inicial e aacutegua pode ser utilizada para a fabricaccedilatildeo durante essa fase O sistema

deve

bull Demonstrar a produccedilatildeo e entrega da aacutegua na qualidade e quantidade exigida

quando o sistema eacute operado de acordo com os POPs

bull Demonstrar que o sistema estaacute sob controle

V4 Fase 3

Esta fase seraacute executada por no miacutenimo um ano apoacutes a conclusatildeo satisfatoacuteria da

fase dois a aacutegua pode ser usada para a fabricaccedilatildeo durante esta fase produccedilatildeo que tem os

devidos fins e caracteriacutesticas

bull Demonstrar que o sistema estaacute sob controle durante um longo periacuteodo de tempo

garantindo que as variaccedilotildees sazonais foram avaliadas

bull Locais de amostra frequumlecircncia de amostras e testes devem ser reduzido ao padratildeo

de rotina normal (semanalmente)

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

POP ndeg001 Versatildeo 06112007 Validade 06112008 Paacutegina 14

Procedimento Operacional Padratildeo 001

Instruccedilotildees de Uso do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

1 Objetivo Orientar a operaccedilatildeo do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

2 Aplicaccedilatildeo Ao pessoal responsaacutevel pela operaccedilatildeo e monitoramento do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

3 Materiais Necessaacuterios Protocolo de Serviccedilo (PS 001) Protocolo de Manutenccedilatildeo (PM 001) Protocolo de Produccedilatildeo de Aacutegua Purificada (PP 001)

4 Cuidados Especiais Verificar se o aparelho estaacute limpo e adequado a sua utilizaccedilatildeo Verificar a temperatura e umidade do ambiente Verificar a temperatura da aacutegua de alimentaccedilatildeo Verificar a pressatildeo da aacutegua de alimentaccedilatildeo

5 Procedimento 51 Ligar o Disjuntor (A) que alimenta a Central de Aacuteguas

A

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

POP ndeg001 Versatildeo 06112007 Validade 06112008 Paacutegina 24

Procedimento Operacional Padratildeo 001

Instruccedilotildees de Uso do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

52 Ligar o Estabilizador (B) de energia que alimenta o aparelho de Osmose Reversa

53 Abrir o registro (C) da aacutegua de alimentaccedilatildeo

54 Verificar os paracircmetros do item Cuidados Especiais e anotaacute-los no Protocolo de Serviccedilo

(PS 001)

B

C

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

POP ndeg001 Versatildeo 06112007 Validade 06112008 Paacutegina 34

Procedimento Operacional Padratildeo 001

Instruccedilotildees de Uso do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

55 Acionar a tecla ONOFF (1)

56 Visualizar no display (2) ldquoCleaningrdquo - referente agrave operaccedilatildeo do sistema de enxaacutegue que

entra automaticamente em operaccedilatildeo 57 Visualizar no display (2) ldquoProductionrdquo (produccedilatildeo) - referente agrave operaccedilatildeo do sistema de

Osmose Reversa 58 Apoacutes 2 minutos de produccedilatildeo acionar a tecla MENU (3) duas vezes para verificar a

condutividade da aacutegua de produccedilatildeo Caso visualize a mensagem ldquoError-CPrdquo paacutere a produccedilatildeo e despreze a aacutegua do tanque abrindo o registro do ponto de coleta de aacutegua purificada (D)

59 Quando o tanque de armazenamento estiver cheio ocorreraacute outro enxaacuteguumle automaacutetico e

no display (2) apareceraacute a mensagem ldquoCleaningrdquo 510 Completando-se este ciclo o aparelho entra em modo de operaccedilatildeo ldquoStand byrdquo sendo

visualizado no display (2) a mesma mensagem ldquoStand byrdquo

1

2

3

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

POP ndeg001 Versatildeo 06112007 Validade 06112008 Paacutegina 44

Procedimento Operacional Padratildeo 001

Instruccedilotildees de Uso do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

511 Retire a Aacutegua Purificada do tanque de armazenamento abrindo o registro do Ponto de Coleta (D)

512 Ao final da produccedilatildeo acionar a tecla ONOFF (1) desligar o Estabilizador de energia (B)

e fechar o registro da aacutegua de alimentaccedilatildeo (C) e o disjuntor da Central de Aacuteguas (A) 513 Anotar o valor final produzido no Protocolo de Produccedilatildeo de Aacutegua Purificada

6 Observaccedilotildees Limpeza Mensal Manutenccedilatildeo Realizada pelo fabricante sempre que constatado que fora dos paracircmetros

D

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

Protocolo ndeg001 Versatildeo 06112007 Validade 06112008

Protocolo de Serviccedilo (PS 001)

Protocolo de Verificaccedilatildeo dos Paracircmetros do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

Data Temp Ambiente

(degC)

Umidade ()

Temp Aacutegua de

Alimentaccedilatildeo (degC)

Pressatildeo Aacutegua de

Alimentaccedilatildeo (bar)

Condutividade da aacutegua Produzida (microScm)

Responsaacutevel

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash

RS Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

Protocolo ndeg002 Versatildeo 06112007 Validade 06112008

Protocolo de Manutenccedilatildeo (PM 001)

Protocolo de Verificaccedilatildeo da Manutenccedilatildeo do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

Tipo de Sistema

Nuacutemero de Identificaccedilatildeo

Ano de Fabricaccedilatildeo

Data Dureza da aacutegua de

alimentaccedilatildeo (degdH)

Pressatildeo de operaccedilatildeo

(bar)

Taxa de Permeado

(Lh)

Uacuteltima Troca de Preacute-filtro

Uacuteltima troca de Fosfato

Uacuteltima limpeza

desinfecccedilatildeo

Ass

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash

RS Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

Protocolo ndeg003 Versatildeo 06112007 Validade 06112008

Protocolo de Produccedilatildeo (PP 001)

Protocolo de Produccedilatildeo de Aacutegua Purificada

Data Produccedilatildeo Diaacuteria Responsaacutevel

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash

RS Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

Protocolo ndeg004 Versatildeo 06112007 Validade 06112008

Resultados da Validaccedilatildeo do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

Aacutegua Purificada

DATA

PONTO DE COLETA

Testes Microbioloacutegicos

Especificaccedilatildeo ____ ____ ____ ____ ____

Contagem Heterotroacutefica Total

le 100UFCmL

Patoacutegenos Ausecircncia de coliformes P aeruginosa S aureus

Testes Quiacutemicos Especificaccedilatildeo ____ ____ ____ ____ ____ Acidez ou Alcalinidade

Cumpre o Teste

Amocircnio No maacuteximo 02 ppm Aparecircncia Liacutequido incolor liacutempido

insiacutepido e inodoro

Caacutelcio e Magneacutesio Cumpre o Teste Cloretos Cumpre o Teste Condutividade No maacuteximo 21 microScm Metais Pesado No maacuteximo 01 ppm Nitratos No maacuteximo 02 ppm pH 5 -7 Resiacuteduo por evaporaccedilatildeo

No maacuteximo 0001

Substacircncias Oxidaacuteveis Cumpre o Teste Sulfatos Cumpre o Teste Os testes seratildeo realizados de acordo com a Farmacopeacuteia Brasileira 4ordf ediccedilatildeo (F Bras IV 2005)

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash

RS Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

Protocolo ndeg 005 Versatildeo 06112007 Validade 06112008

Resultados da Validaccedilatildeo do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua Aacutegua Potaacutevel

Data

Ponto de

Coleta

Especificaccedilotildees Anaacutelise Quiacutemica Anaacutelise Microbioloacutegica

Cloro pH Cor

Turbidez Contagem Heterotroacutefica

Total

Patoacutegenos

02 ndash 05 ppm

60 ndash 95 15 UH 5 UT

lt 500 UFCmL Ausecircncia de coliformes

Unidade Hazen (mg Pt-CoL)

Unidade de turbidez

40

4 Consideraccedilotildees finais e perspectivas

Ao longo do tempo a importacircncia da validaccedilatildeo de processos para a Garantia da

Qualidade foi sendo melhor compreendida pelo segmento farmacecircutico e com isso foi

contemplada pelos oacutergatildeos reguladores e aplicada pelos profissionais deste segmento

Se a validaccedilatildeo estaacute bem definida e eacute amplamente compreendida como pocircde ser

observado pelo nuacutemero de trabalhos e legislaccedilotildees revisados neste trabalho um dos

desafios que se apresentam atualmente consiste em ampliar o entendimento de como

realizaacute-la na praacutetica A proposiccedilatildeo de um protocolo para a validaccedilatildeo de um processo de

purificaccedilatildeo de aacutegua teve como um de seus objetivos exemplificar esta tarefa e assim

auxiliar na elaboraccedilatildeo de outros protocolos Assim como perspectiva deste trabalho

espera-se fornecer subsiacutedio agrave validaccedilatildeo de outros processos farmacecircuticos de

purificaccedilatildeo de aacutegua ou mesmo outros

Isto porque embora cada processo possua aspectos especiacuteficos os quais devem

ser cuidadosamente avaliados durante a validaccedilatildeo o entendimento e aplicaccedilatildeo

adequados da terminologia relacionada agrave validaccedilatildeo auxiliam na conduccedilatildeo de uma

validaccedilatildeo adequada e bem documentada

41

5 Referecircncias

ALEEM H ZHAO Y LORD S MCCARTHY T SHARRATT P N Pharmaceutical process validation an overview Proceedings of the Institution of Mechanical Engineers Part E Process Mechanical Engineering v 217 p141 ndash 150 2002

ALENCAR J R B Pinto P M D V Neto P P V Oliveira A T C Medeiros F P M Ramos S V V Rolim P J N Strategy in pharmaceutical process validation of purified water Revista Brasileira de Farmaacutecia v 85 n3 p85-88 2004a ALENCAR JRB Souza M B J Rolim P J N Lopes C E Uso de controle estatiacutestico de processo (CEP) para validaccedilatildeo de processo de glibenclamida comprimidos Revista Brasileira de Farmaacutecia v85 n3 p115-119 2004b

ALENCAR J R B CLEMENTINO M R A ROLIM P J N Cleaning validation of equipments in medicines industry strategy to select the ldquoworst caserdquo Revista Brasileira de Farmaacutecia v87 n 1 p13-18 2006

ANVISA ndash Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria Gerecircncia Geral de Inspeccedilatildeo e Controle de Medicamentos e Produtos Guias relacionados agrave garantia de qualidade Brasiacutelia 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwanvisagovbrinspecaoguias_qualidadepdfgt Acesso em 12 nov 2007

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria (ANVISA) Resoluccedilatildeo RDC nordm 210 de 04082003 DOU de 14082003 Disponiacutevel em lthttpe-legisanvisagovbrleisrefpublicshowActphpid=22321ampword=gt Acesso em 30 set 2007

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria (ANVISA) Resoluccedilatildeo RDC nordm 67 de 08102007 DOU de 09102007 Disponiacutevel em lthttpe-legisanvisagovbrleisrefpublicshowActphpid=28806ampword= gt Acesso em 30 nov 2007

42

BRASIL Ministeacuterio de Estado da Sauacutede Portaria nordm 518 de 25032004 DOU de 26032004 Disponiacutevel em lthttpe-legisanvisagovbrleisrefpublicshowActphpid=22322ampwordgt Acesso em 30 set 2007

CASTILLA B SENA F J Validation documentation Journal of Validation Technology v7 n 2 p 166-123 2001

DA ROSA PS Diagnoacutestico e avaliaccedilatildeo da qualidade microbioloacutegica da aacutegua na Faculdade de Farmaacutecia Trabalho de Conclusatildeo de Curso de Graduaccedilatildeo Disciplina de Estaacutegio Curricular em Farmaacutecia Faculdade de Farmaacutecia Universidade Federal do Rio Grande do Sul Porto Alegre 2007

EMEA - European Agency for Evaluation of Medicinal Products Note for guidance on process validation London 2001 Disponiacutevel em lthttpwwwemeaeuropaeupdfshumanqwp084896enpdfgt Acesso em 12 nov 2007

FARMACOPEacuteIA BRASILEIRA 4 ed Satildeo Paulo Atheneu 2004 pV224

FARMACOPEacuteIA BRASILEIRA 4 ed Satildeo Paulo Atheneu 2005 Fasciacuteculo 6 p263

FDA ndash Food and Drug Administration - Center for Drug Evaluation and Research (CDER) Guidance for Industry Powder Blends and Finished Dosage Units mdash Stratified In-Process Dosage Unit Sampling and Assessment Rockville 2003 Disponiacutevel em lthttpwwwfdagovCDERGUIDANCE5831dfthtmgt Acesso em 12 nov 2007

FDA ndash Food and Drug Administration - Division of Manufacturing and Product Quality (HFN-320) Center for Drugs and Biologics Guidelines on general principles of process validation Rockville 1987 Disponiacutevel em lthttpwwwfdagovCDERGUIDANCEpvhtmgt Acesso em 12 nov 2007

GUAZZARONI M YIIN B YU JL Application of total organic carbon analysis for cleaning validation in pharmaceutical manufacturing American Biotechnology Laboratory v 16 n 10 p 66-67 1998

HAIDER S I Validation standard operating procedures a step-by-step guide for achieving compliance in the pharmaceutical medical device and biotech industries 2 ed Boca Raton CRC 2002

43

HELLE M R YLIRUUSI J MANNERMAA J P A literature review of pharmaceutical process validation Pharmaceutical Technology Europe Part 3 v15 p 52-57 2003

HOFMANN K L Sterile products validation In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 103

JEATER J P CULLEN L F PAPARIELLO GJ Organizing for validation In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 9

JOHNSON W M Validation of water system for sterile and nonsterile products In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 299 - 317

KIEFFER RG Validation and the human element PDA Journal of Pharmaceutical Science and Technology v52 n2 p52-54 1998

LE HIR A Noccedilotildees de farmaacutecia galecircnica 6 ed Satildeo Paulo Organizaccedilatildeo Andrei 1997 p 137-138

LeBLANC D A Establishing scientifically justified acceptance criteria for cleaning validation of finished drug products Pharmaceutical Technology 1998 Disponiacutevel em ltwwwadvanstarcomgt Acesso em 30 set 2007

LOFTUS B T The Regulatory basis for process In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 2 - 32

LORD SV MCCARTHY T ALEEM H ZHAO Y SHARRATT P N Reinterpreting validation Proceedings of the Institution of Mechanical Engineers Part E Process Mechanical Engineering v 217 p287- 292 2003

MCCOLMICK P Y CULLEN L F Cleaning validation In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 319 - 322

NASH R A Introduction In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993

44

PICS - Pharmaceutical Inspection Convention and Pharmaceutical Inspection Co-operation Scheme Recommendations on validation master plan installation and operational qualification non-sterile process validation cleaning validation Genebra 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwnewwayzconzrefmaterialpics_pi006_2VMPpdfgt Acesso em 30 set 2007

TKA WASSERAUFBEREITUNGSSYSTEME GMBH Operating instructions TKA LAB ndash UPW Article ndeg 083007-SO Niederelbert 2001

WHO ndash World Health Organization Suplementary guidelines on good manufacturing practices (GMP) validation Genebra 2005 p 22-23 Disponiacutevel em lthttpwwwwhointmedicinesservicesexpertcommitteespharmprepValidation_QAS_055_Rev2combinedpdfgtAcesso em Acesso em 30 set 2007

WHO ndash World Health Organization Supplementary training modules on good manufacturing practice water for pharmaceutical use Part 1 introduction and treatment Genebra 2001 Disponiacutevel em ltftpftpwhointmedicinesGMPgmptrainsuplmtWater01pptgt Acesso em 30 set 2007

WHO ndash World Health Organization Supplementary training modules on good manufacturing practice water for pharmaceutical use Part 2 water purification engineering Genebra 2001 Disponiacutevel em ltftpftpwhointmedicinesGMPgmptrainsuplmtWater02pptgt Acesso em 30 set 2007

WHO ndash World Health Organization Supplementary training modules on good manufacturing practice water for pharmaceutical use Part 3 inspection of water systems Genebra 2001 Disponiacutevel em ltftpftpwhointmedicinesGMPgmptrainsuplmtWater03pptgt Acesso em 30 set 2007

WHO ndash World Health Organization Who good manufacturing practices water for pharmaceutical use Genebra 2005 (Technical Report Series n 929 Anexo 3)

WHO ndash World Health Organization Who Expert Committee on specifications for pharmaceutical preparations Genebra 2006 p 125 ndash 126 (Technical Report Series n 937 Anexo 4 Apecircndice II) Disponiacutevel em lthttpwhqlibdocwhointtrsWHO_TRS_937_engpdfpage=359gt Acesso em 01 dez 2007

  • Outras definiccedilotildees semelhantes a essas existem e muito embora as expressotildees variem a essecircncia de todas eacute a mesma assegurar que o processo quando operado sob as condiccedilotildees preacute-determinadas resultaraacute em um produto que reuniraacute as especificaccedilotildees e seus
Page 2: VALIDAÇÃO DE PROCESSOS: Aspectos teóricos e proposição de

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

Faculdade de Farmaacutecia

Disciplina de Estaacutegio Curricular em Farmaacutecia

VALIDACcedilAtildeO DE PROCESSOS Aspectos teoacutericos e proposiccedilatildeo de

protocolo para sistema de purificaccedilatildeo de aacutegua

Leonel Augusto Morais Almeida

Trabalho de Conclusatildeo

da Disciplina de Estaacutegio Curricular em Farmaacutecia

Orientadora Profordf Dra Letiacutecia Sherer Koester

Co-orientador Prof Dr Helder Ferreira Teixeira

Porto Alegre novembro de 2007

Agradecimentos

Agradeccedilo agrave Faculdade de Farmaacutecia da UFRGS pela prontidatildeo auxiacutelio e

apoio na elaboraccedilatildeo deste trabalho na pessoa do Professor Dr Joseacute Acircngelo agrave Professora

Dra Letiacutecia Koester pela sua dedicaccedilatildeo compreensatildeo prontidatildeo ajuda alegria e

carinho durante a elaboraccedilatildeo deste trabalho sendo uma pessoa que levo como um

exemplo de organizaccedilatildeo dedicaccedilatildeo e amor ao seu trabalho ao Professor Dr Helder

Teixeira pelos seus encaminhamentos e esclarecimentos a minha querida Cris que

sempre esteve ao meu lado durante esta caminhada sendo uma companheira amiga e

uma luz em meu caminho aos queridos amigos Letiacutecia e Geancarlo pela ajuda

companheirismo e carinho durante esta caminhada agrave Nicolle Larissa e Fernando pelos

maravilhosos estudos que fizemos juntos a todos meus colegas de faculdade aos

amigos da Dose Certa pela ajuda Agradeccedilo por fim a minha famiacutelia pela sua ajuda

durante a faculdade e por sua compreensatildeo e apoio ao realizar minhas escolhas

Sumaacuterio

Resumo v

1 Introduccedilatildeo 6

2 Referencial teoacuterico

21 Conceito e aspectos regulatoacuterios 7

22 Tipos de validaccedilatildeo 8

23 Por que validar 10

24 Validaccedilatildeo versus qualificaccedilatildeo 11

25 Estaacutegios da validaccedilatildeo 12

26 Processos sujeitos agrave validaccedilatildeo 13

27 Dificuldades frequumlentemente encontradas durante a validaccedilatildeo 15

3 Proposiccedilatildeo de um protocolo para validaccedilatildeo de um processo de purificaccedilatildeo de aacutegua

existente na Central de abastecimento de aacuteguas da Faculdade de Farmaacutecia 17

4 Consideraccedilotildees finais e perspectivas 40

5 Referecircncias 41

v

Resumo

A validaccedilatildeo de processos eacute uma ferramenta importante na tarefa de garantir a qualidade

dos produtos farmacecircuticos sendo assim parte da Garantia da Qualidade A validaccedilatildeo

natildeo eacute somente um aspecto exigido pelas legislaccedilotildees farmacecircuticas mas tambeacutem uma

praacutetica que estaacute associada a vaacuterios benefiacutecios incluindo a proacutepria reduccedilatildeo dos custos de

produccedilatildeo Desse modo o presente trabalho apresenta em uma primeira parte uma

revisatildeo da literatura sobre o tema a fim de esclarecer em que consiste a validaccedilatildeo de

processos sua importacircncia e as principais dificuldades encontradas ao se validar Em

uma segunda etapa o trabalho apresenta um protocolo para a validaccedilatildeo de um sistema

de purificaccedilatildeo de aacutegua existente na Central de Aacuteguas da Faculdade de Farmaacutecia

UFRGS com o objetivo de esclarecer de maneira praacutetica como a validaccedilatildeo pode ser

realizada

6

1 Introduccedilatildeo

As atividades relativas agrave fabricaccedilatildeo e controle de medicamentos tecircm sido alvos

da mais intensa regulamentaccedilatildeo e fiscalizaccedilatildeo no segmento farmacecircutico pois uma

produccedilatildeo com qualidade eacute importante para se evitar erros que podem prejudicar a sauacutede

humana (Aleem et al 2002 Alencar et al 2004a)

A validaccedilatildeo de processos foi desenvolvida e aplicada como um recurso para

assegurar a qualidade do produto final A validaccedilatildeo eacute portanto crucial no alcance dessa

tarefa e um requisito regulatoacuterio para a aprovaccedilatildeo de um medicamento (Aleem et al

2002)

A validaccedilatildeo de processos estaacute inserida no contexto da Garantia da Qualidade

que eacute definida como a totalidade das providecircncias tomadas com o objetivo de garantir

que os produtos estejam dentro dos padrotildees de qualidade exigidos para que possam ser

utilizados para os fins propostos (Brasil 2003) As Boas Praacuteticas de Fabricaccedilatildeo

constituem tambeacutem parte da Garantia da Qualidade e asseguram que os produtos satildeo

consistentemente produzidos e controlados com padrotildees de qualidade apropriados para

o uso pretendido e requerido (Brasil 2003)

Neste contexto o trabalho teve por objetivos em uma primeira etapa esclarecer

em que consiste a validaccedilatildeo de processos por meio de uma revisatildeo de literatura atual

acerca do tema e em uma segunda etapa apresentar um protocolo para a validaccedilatildeo de

um sistema de purificaccedilatildeo de aacutegua existente na Central de Aacuteguas da Faculdade de

Farmaacutecia UFRGS Da Rosa (2007) em trabalho recente atestou que a aacutegua potaacutevel

disponiacutevel na Faculdade e que por sua vez consiste na aacutegua de alimentaccedilatildeo para os

sistemas de purificaccedilatildeo apresenta qualidade microbioloacutegica satisfatoacuteria cumprindo

com os requisitos expressos na Portaria Nordm 518 de 25 de marccedilo de 2004 do Ministeacuterio

da Sauacutede Nesse contexto com relaccedilatildeo agrave proposiccedilatildeo deste protocolo os objetivos

especiacuteficos foram (i) exemplificar a validaccedilatildeo de um processo amplamente empregado

em Farmaacutecias e Induacutestrias Farmacecircuticas (ii) atestar a qualidade da aacutegua purificada

produzida e (iii) servir como subsiacutedio agrave validaccedilatildeo de outros sistemas

7

2 Referencial Teoacuterico

21 Conceitos e Aspectos Regulatoacuterios

Nos uacuteltimos trinta anos a validaccedilatildeo de processos tem evoluiacutedo Para a maioria

das pessoas que trabalham na induacutestria ela surgiu como um requisito regulatoacuterio e

consequumlentemente foi muitas vezes considerada apenas uma obrigatoriedade Apesar de

originalmente ter sido criticada a validaccedilatildeo de processos eacute hoje bem aceita e

considerada parte da qualidade total e do monitoramento de processos (Helle et al

2003) Entretanto segundo Nash (1993) havia muita confusatildeo sobre o que eacute validaccedilatildeo

de processos e o que constitui a documentaccedilatildeo relativa agrave validaccedilatildeo de processos De

acordo com Haider (2002) as principais definiccedilotildees de validaccedilatildeo satildeo

bull Accedilatildeo de prover de acordo com os princiacutepios de Boas Praacuteticas de Fabricaccedilatildeo

que procedimentos processos equipamentos materiais atividades ou

sistemas de fato conduzam aos resultados esperados

bull Evidecircncia documental que provecirc a um especiacutefico processo um alto grau de

confianccedila de que poderaacute consistentemente apresentar um produto reunindo

suas preacute-determinadas especificaccedilotildees atributos e caracteriacutesticas de

qualidade

bull Obter e documentar evidecircncias que demonstrem que um meacutetodo pode

apresentar os resultados pretendidos e de acordo com os limites definidos

bull Accedilatildeo de verificar que qualquer processo procedimento atividade material

sistema ou equipamento usado na produccedilatildeo ou controle realizaraacute os

resultados desejados e pretendidos

Definiccedilotildees semelhantes a estas se encontram na legislaccedilatildeo brasileira e

internacional as quais seguem na tabela 1

8

Tabela 1 Principais definiccedilotildees de validaccedilatildeo de processos dos Oacutergatildeos Internacionais e Nacionais

Oacutergatildeo Definiccedilatildeo

ANVISA ndash Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria (Brasil)

(Brasil 2003) (Brasil 2007)

Ato documentado que atesta que qualquer procedimento processo equipamento material operaccedilatildeo ou sistema realmente conduz aos resultados esperados

FDA ndash Food and Drug Administration (Estados Unidos) (FDA 1987)

Evidecircncia documentalmente estabelecida que provecirc com alto grau de confianccedila que um processo especiacutefico poderaacute produzir consistentemente um produto reunindo suas preacute-determinadas especificaccedilotildees e caracteriacutesticas de qualidade

EMEA ndash European Agency for the Evaluation of Medicinal Products (Uniatildeo Europeacuteia)

(EMEA 2001)

Meio de assegurar e prover evidecircncias de que processos satildeo capazes de produzir consistentemente um produto final com a qualidade requerida

PICS ndash Pharmaceutical Inspection Convention and Pharmaceutical Inspection Co-operation Scheme (Genebra Suiacuteccedila) (PICS 2004)

Meio de assegurar e prover evidecircncias de que processos satildeo capazes de repetidamente e confiavelmente produzirem um produto final com a qualidade requerida

Outras definiccedilotildees semelhantes a essas existem e muito embora as expressotildees

variem a essecircncia de todas eacute a mesma assegurar que o processo quando operado sob as

condiccedilotildees preacute-determinadas resultaraacute em um produto que reuniraacute as especificaccedilotildees e

seus atributos de qualidade Em siacutentese validaccedilatildeo de processos assegura que o processo

faz o que se propotildee a fazer (Loftus 1993 Aleem et al 2002)

22 Tipos de Validaccedilatildeo

Os tipos de validaccedilatildeo de processos dependem da situaccedilatildeo na qual seratildeo

aplicados e das particularidades de cada sistema O FDA atraveacutes de seu guia sobre os

princiacutepios gerais da validaccedilatildeo de processos menciona trecircs tipos de validaccedilatildeo (FDA

1987 Nash 1993) Atualmente haacute quatro tipos de validaccedilatildeo (Nash 1993 Brasil 2003

PICS 2004)

9

Normalmente espera-se que a validaccedilatildeo de um processo seja completada antes

da produccedilatildeo de um produto final cuja intenccedilatildeo eacute a comercializaccedilatildeo Onde isto natildeo eacute

possiacutevel se faz necessaacuterio validar o processo durante a rotina de produccedilatildeo Processos

que vecircm sendo usados haacute algum tempo tambeacutem devem ser validados Na teoria um

exerciacutecio de validaccedilatildeo somente precisaria ser realizado uma vez Na praacutetica os

processos raramente ficam estaacuteticos Componentes satildeo alterados (insumos e materiais

de embalagem) equipamentos satildeo modificados e o ambiente do processo natildeo pode ser

considerado idecircntico ao ambiente da validaccedilatildeo inicial Assim um programa regular de

revalidaccedilatildeo eacute essencial (PICS 2004) Nessa perspectiva foram definidos quatro tipos

de validaccedilatildeo

A validaccedilatildeo prospectiva eacute realizada durante o estaacutegio de desenvolvimento do

produto atraveacutes da anaacutelise dos riscos do processo de fabricaccedilatildeo o qual eacute detalhado em

passos individuais estes por sua vez satildeo definidos com base na experiecircncia passada

para determinar se os mesmos podem ocasionar situaccedilotildees criacuteticas (Brasil 2003) Esta

validaccedilatildeo eacute completada e os resultados satildeo aprovados previamente a qualquer produccedilatildeo

e comercializaccedilatildeo do produto (Haider 2002)

A validaccedilatildeo concorrente se refere a uma combinaccedilatildeo de validaccedilatildeo

retrospectiva e prospectiva Normalmente eacute aplicado no caso de um processo existente

natildeo previamente validado ou insuficientemente validado (Haider 2002) e

normalmente eacute realizada durante a produccedilatildeo de rotina (Brasil 2003) Em certas

circunstacircncias natildeo eacute necessaacuterio um completo programa de validaccedilatildeo antes da rotina de

produccedilatildeo iniciar Nestes casos isso seraacute conhecido dentro do avanccedilo da produccedilatildeo do

produto final que seraacute comercializado ou estocado Eacute empregado em circunstacircncias

onde haacute por exemplo um processo sendo transferido para fechar um negoacutecio de

terceirizaccedilatildeo entre produtor e distribuidor (PICS 2004)

A validaccedilatildeo retrospectiva eacute empregada para aqueles processos de uso

rotineiro dentro de vaacuterias companhias que natildeo passaram por uma validaccedilatildeo de processo

formalmente documentada A validaccedilatildeo desses processos eacute possiacutevel atraveacutes de dados

histoacutericos que forneccedilam a evidecircncia documental necessaacuteria de que o processo produza

os resultados esperados Aleacutem disso atraveacutes de uma validaccedilatildeo retrospectiva pode ser

realizada uma anaacutelise de tendecircncia para determinar a extensatildeo na qual os paracircmetros do

processo encontram-se dentro da faixa permitida (PICS 2004) Entretanto a legislaccedilatildeo

10

brasileira (Brasil 2003) lembra que obviamente a validaccedilatildeo retrospectiva natildeo eacute uma

medida da garantia da qualidade em si proacutepria e nunca deve ser aplicada a novos

processos ou produtos Somente pode ser considerada em circunstacircncias especiais por

exemplo quando os requisitos de validaccedilatildeo satildeo estabelecidos pela primeira vez dentro

de uma empresa desde que seja realizado sob as mesmas condiccedilotildees operacionais

(Brasil 2003)

A revalidaccedilatildeo perioacutedica pode ser considerada o quarto tipo e eacute implementada

atraveacutes da anaacutelise de tendecircncias com o objetivo de verificar se o processo se encontra

sob controle e que as mudanccedilas introduzidas intencionalmente ou natildeo dentro de um

processo eou no ambiente do processo natildeo afetam adversamente as caracteriacutesticas do

processo e a qualidade do produto (Brasil 2003 PICS 2004)

A legislaccedilatildeo brasileira (Brasil 2003) cita algumas mudanccedilas tiacutepicas que

requerem revalidaccedilatildeo por exemplo alteraccedilotildees de (i) mateacuterias-primas que geram

mudanccedilas nas propriedades fiacutesicas do produto e afetam adversamente o processo de

produccedilatildeo (ii) de material de embalagem que podem gerar mudanccedilas no procedimento

de embalagem e podem afetar a estabilidade do produto como por exemplo a

substituiccedilatildeo do material de envase de plaacutestico por vidro (iii) de processo que podem

afetar os passos subsequumlentes do processo e a qualidade do produto por exemplo o

tempo de mistura a temperatura de secagem e o processo de resfriamento (iv) de

equipamento incluindo instrumentos de mediccedilatildeo onde qualquer substituiccedilatildeo reparo e

manutenccedilatildeo podem afetar tanto o processo quanto o produto e por fim (v) alteraccedilotildees

na aacuterea de produccedilatildeo e utilidades que podem afetar as condiccedilotildees ambientais e que em

consequumlecircncia gerem a necessidade de uma revalidaccedilatildeo do processo principalmente na

fabricaccedilatildeo de produtos esteacutereis onde este paracircmetro eacute criacutetico

23 Por que validar

A validaccedilatildeo eacute basicamente uma boa praacutetica de negoacutecios aleacutem de permitir que os

processos de produccedilatildeo sejam realizados com maior teacutecnica e economia (Aleem et al

2002) A seguir satildeo apresentadas as vantagens de se validar um processo produtivo

bull Aspectos regulatoacuterios atualmente as Boas Praacuteticas de Fabricaccedilatildeo (BPF) tecircm

sido estabelecidas por todo o mundo As BPF basicamente servem como

diretriz mas natildeo provecircem passo-a-passo instruccedilotildees de como executaacute-las

11

Entretanto o plano mestre de validaccedilatildeo associados aos Procedimentos

Operacionais Padratildeo (POPs) definem exatamente responsabilidades quem

quando onde como etc (Haider 2002)

bull Garantia da qualidade validaccedilatildeo provecirc seguranccedila na obtenccedilatildeo dos produtos

com alta qualidade assim a validaccedilatildeo conduz a um menor nuacutemero de erros

de produccedilatildeo e como resultado reduz o nuacutemero de reclamaccedilotildees do

consumidor e ldquorecallsrdquo de medicamentos (Aleem et al 2002 Haider 2002)

bull Reduccedilatildeo de custos processos operados sob niacuteveis proacuteximos de seus limites

muitas vezes causam custos pois satildeo necessaacuterias reinspeccedilotildees retestes e

rejeiccedilotildees A validaccedilatildeo conduz agrave otimizaccedilatildeo dos processos e

consequumlentemente agrave diminuiccedilatildeo dos custos (Haider 2002) aleacutem de gerar

um alto rendimento maior rapidez e confiabilidade na instalaccedilatildeo de novos

equipamentos faacutecil desenvolvimento de trabalho para uma maior escala

faacutecil manutenccedilatildeo dos equipamentos e mais raacutepida automaccedilatildeo do processo

(Haider 2002) Outros custos de qualidade incluem gastos com marketing e

obrigaccedilotildees processuais devidos a problemas externos com a imagem da

empresa (Aleem et al 2002 Haider 2002)

24 Validaccedilatildeo versus Qualificaccedilatildeo

A validaccedilatildeo e a qualificaccedilatildeo possuem conceitos semelhantes e em alguns casos

na literatura se utiliza o termo ldquovalidaccedilatildeordquo em substituiccedilatildeo ao termo ldquoqualificaccedilatildeordquo o

que gera uma falta de clareza em relaccedilatildeo a esses dois termos e suas utilizaccedilotildees (Aleem

et al 2002 Anvisa 2006)

Segundo Le Hir (1997) a qualificaccedilatildeo consiste em verificar que um aparelho

funciona corretamente para o uso a que se destina jaacute a validaccedilatildeo estaria mais

relacionada a um procedimento do que a um aparelho e consiste em verificar se uma

operaccedilatildeo previamente descrita com toda a precisatildeo permite realmente atingir os

resultados desejados De forma semelhante a legislaccedilatildeo brasileira (Brasil 2003)

determina que antes de iniciar a validaccedilatildeo do processo os equipamentos utilizados na

produccedilatildeo e os instrumentos de controle bem como a formulaccedilatildeo devem ser

qualificados

12

Eacute importante ressaltar que a qualificaccedilatildeo eacute parte da validaccedilatildeo mas a qualificaccedilatildeo

de uma etapa do processo individualmente natildeo constitui a validaccedilatildeo do processo (Lord

et al 2003) Segundo Aleem e colaboradores (2002) o maior desafio eacute o de garantir

que todos esses itens individualmente qualificados trabalhem juntos como um sistema

integrado da maneira esperada e usando os procedimentos e materiais preacute-definidos

Faz-se entatildeo necessaacuterio responder a uma pergunta ldquoquando qualificar e quando

validarrdquo O que o Pharmaceutical Inspection Convention and Pharmaceutical

Inspection Co-operation Scheme (PICS 2004) relata eacute que eacute impossiacutevel definir

categoricamente quando a qualificaccedilatildeo e a validaccedilatildeo satildeo necessaacuterias pois operaccedilotildees de

produccedilatildeo e instalaccedilotildees satildeo consideravelmente grandes e complexas

O que se sabe eacute que a qualificaccedilatildeo deve estar completa antes da validaccedilatildeo ser

conduzida O processo de qualificaccedilatildeo deve constituir-se em processo sistemaacutetico e

loacutegico bem como ser iniciado pelas fases de desenho das instalaccedilotildees equipamentos e

utilidades (Anvisa 2006) O conceito de qualificaccedilatildeo de equipamentos natildeo eacute uma

novidade Vaacuterios fornecedores vecircm executando constantemente verificaccedilotildees para

confirmar a funcionalidade de seus equipamentos tanto antes quanto depois da

instalaccedilatildeo entretanto eacute um requisito da BPF que cada companhia farmacecircutica

identifique qual qualificaccedilatildeo e validaccedilatildeo satildeo requeridas para provar o controle dos

aspectos criacuteticos de sua operaccedilatildeo (PICS 2004)

O processo farmacecircutico percorre um longo caminho em direccedilatildeo agrave determinaccedilatildeo

de quais aspectos de uma operaccedilatildeo satildeo criacuteticos Muitas empresas asseguram a validaccedilatildeo

como uma seacuterie de estudos separados de cada componente de um sistema completo

(Hofmann 1993)

25 Estaacutegios da Validaccedilatildeo (DQ IQ OQ e PQ)

A validaccedilatildeo tem sido dividida em sucessivos e sistemaacuteticos passos conhecidos

como Qualificaccedilatildeo da Instalaccedilatildeo (IQ) Qualificaccedilatildeo da Operaccedilatildeo (OQ) Qualificaccedilatildeo da

Performance (PQ) ou desempenho e Validaccedilatildeo de Processo (PV) Do ponto de vista

funcional cada passo abrange maior funcionalidade que o seu antecessor Mais

recentemente outro passo conhecido como Qualificaccedilatildeo de Desenho (PQ) foi

introduzido (Aleem et al 2002)

13

Esses passos podem ser mais claramente determinados da seguinte maneira a

Validaccedilatildeo de Processos deve estabelecer e prover evidecircncias documentais que

garantam que as dependecircncias utilidades de apoio equipamentos e processos devem ser

designados de acordo com os requerimentos das BPFs isto normalmente constitui DQ

Jaacute as evidecircncias documentais que estabelecem que os mesmos foram construiacutedos e

instalados em conformidade com suas especificaccedilotildees constituem a IQ E se os mesmos

devidamente documentados estatildeo operando de acordo com suas especificaccedilotildees

constitui a OQ Quando um processo especiacutefico produz consistentemente um produto

que reuacutene suas especificaccedilotildees e atributos de qualidade isto constitui a PV sendo que o

termo PQ tambeacutem pode ser usado com essa conotaccedilatildeo (PICS 2004 ANVISA 2006)

Apoacutes a validaccedilatildeo de um processo uma seacuterie de experimentos deve ser realizada

a fim de determinar os pontos criacuteticos do processo Estes experimentos podem

incorporar um elemento de mudanccedila para determinar a robustez do processo A inserccedilatildeo

de uma mudanccedila eacute geralmente referida como um exerciacutecio de ldquopior casordquo O uso de

novos materiais sobre condiccedilotildees limites de suas especificaccedilotildees pode indicar a

habilidade do processo de continuar produzindo um produto final com suas

especificaccedilotildees (PICS 2004)

A legislaccedilatildeo brasileira (Brasil 2003) acrescenta que a escolha do procedimento

a validar deve priorizar as atividades relacionadas agrave capacidade do processo por

exemplo a capacidade de o processo operar sem dificuldades quando os paracircmetros se

aproximam de limites aceitaacuteveis O uso de faixas de aceitaccedilatildeo para a qualidade das

mateacuterias-primas em lotes experimentais pode tornar possiacutevel estimar a extensatildeo na qual

o processo ainda continua sendo capaz de produzir um produto final que atende agraves

especificaccedilotildees

26 Processos sujeitos agrave validaccedilatildeo

Segundo a legislaccedilatildeo brasileira (Brasil 2003) e diretrizes internacionais (FDA

1987 PICS 2004) deve-se realizar a validaccedilatildeo de todos os processos de fabricaccedilatildeo e

inclusive as atividades de suporte incluindo as operaccedilotildees de limpeza A seguir seratildeo

comentados dois processos de validaccedilatildeo sendo um deles uma atividade de suporte e o

outro um processo de fabricaccedilatildeo

14

A validaccedilatildeo das operaccedilotildees de limpeza eacute de suma importacircncia na induacutestria

farmacecircutica pois resiacuteduos de produtos ou mesmo os proacuteprios agentes de limpeza

podem constituir uma fonte de contaminaccedilatildeo Mesmo quando se utiliza um

equipamento ldquodedicadordquo ou seja de uso exclusivo para processar um produto haacute que

se considerar a contaminaccedilatildeo do proacuteximo lote com produtos de degradaccedilatildeo Na

validaccedilatildeo de limpeza haacute vaacuterios aspectos a serem considerados tais como (i) se o

equipamento eacute dedicado ou natildeo (ii) o tipo de limpeza se manual semi-automatizada ou

mesmo automatizada (do inglecircs CIP ndash clean in place) (iii) as teacutecnicas de amostragem

(uso de swab rinsagem monitoramento direto na superfiacutecie entre outros) (iv) os

agentes de limpeza a serem empregados (v) o meacutetodo de anaacutelise que deve possuir

elevada sensibilidade e (vi) os relacionados ao produto como sua solubilidade e

toxicidade

Assim muitas vezes se recorre ao uso de teacutecnicas como a anaacutelise de carbono

orgacircnico total (TOC) (Guazzaroni et al 1998) que eacute capaz de medir traccedilos de

substacircncias que apresentem carbono em sua composiccedilatildeo ndash o que se aplica tanto agrave

anaacutelise de resiacuteduos dos produtos quanto dos proacuteprios tensoativos empregados na

limpeza De qualquer modo a validaccedilatildeo de operaccedilotildees de limpeza normalmente se

baseia na seleccedilatildeo do ldquopior casordquo (McCormick e Cullen 1993 PICS 2004) definindo-

se os limites de resiacuteduo quiacutemico e microbioloacutegico aceitaacuteveis no proacuteximo lote a ser

produzido atraveacutes de foacutermulas matemaacuteticas Estas questotildees satildeo aprofundadas nos

trabalhos de LeBlanc (1998) e Alencar e colaboradores (2006) aleacutem das diretrizes

apresentadas pelo Pharmaceutical Inspection Convention and Pharmaceutical

Inspection Co-operation Scheme (PICS 2004) e Agecircncia Nacional de Vigilacircncia

Sanitaacuteria (ANVISA 2006)

Como segundo exemplo a validaccedilatildeo da produccedilatildeo de formas farmacecircuticas

soacutelidas eacute realizada de maneira geral atraveacutes do uso de controles estatiacutesticos meacutetodos

que satildeo empregados em um contexto de validaccedilatildeo retrospectiva ou concorrente

Segundo Alencar e colaboradores (2004b) trata-se de uma ferramenta simples na sua

aplicaccedilatildeo capaz de permitir faacutecil compreensatildeo raacutepidas accedilotildees de controle pelo pessoal

de operaccedilatildeo rica nos resultados que pode apresentar sobre o comportamento do

processo Com relaccedilatildeo a planos de amostragem em misturas e formas soacutelidas o FDA

apresenta um guia bastante uacutetil intitulado Guidance for Industry Powder Blends and

15

Finished Dosage Units mdash Stratified In-Process Dosage Unit Sampling and Assessment

que apresenta as aplicaccedilotildees dos controles estatiacutesticos de acordo com cada necessidade

(FDA 2003)

27 Dificuldades frequumlentemente encontradas durante a validaccedilatildeo

Segundo Lord e colaboradores (2003) atualmente o maior problema na

induacutestria eacute Qual eacute a melhor estrutura organizacional para se realizar um processo de

validaccedilatildeo

Neste sentido Jeater e colaboradores (1993) descreveram que o trabalho de

validaccedilatildeo de processos na induacutestria farmacecircutica eacute geralmente organizado dentro de

alguma das seguintes estruturas uma consultoria uma forccedila-tarefa ou um grupo

dedicado exclusivamente agrave validaccedilatildeo Em cada uma delas haacute aspectos positivos e

negativos mas a forma com que os grupos de validaccedilatildeo satildeo desenvolvidos e

controlados dependeraacute das circunstacircncias locais medidas organizacionais estrutura e

personalidade das pessoas responsaacuteveis pelo estabelecimento de um processo de

validaccedilatildeo

Na validaccedilatildeo de processos eacute necessaacuterio considerar o fator humano que eacute muitas

vezes causa de natildeo conformidades ou falhas de produccedilatildeo Kieffer (1998) em seu artigo

ldquoValidation and the Human Elementrdquo descreveu que na validaccedilatildeo inicialmente o

elemento humano natildeo foi considerado como criacutetico dentro do processo enquanto que os

aspectos tecnoloacutegicos eram estudados profundamente entretanto esse elemento deve

ser analisado como parte da validaccedilatildeo e a construccedilatildeo dos processos deve visar sua

proacutepria simplificaccedilatildeo resultando em menos falhas humanas ou natildeo O mesmo autor

acrescenta que nem sempre as causas de natildeo conformidade satildeo humanas muitas vezes

os sistemas natildeo satildeo corretamente desenhados e acabam sendo a causa das falhas

humanas nesses casos a abordagem eacute redesenhar o sistema de modo a simplificaacute-lo e

posteriormente treinar o pessoal envolvido para novamente validar o sistema Ao longo

do tempo tendo em vista a necessidade e importacircncia das pessoas dentro de um

processo de validaccedilatildeo passou-se a considerar esse fator e a proacutepria legislaccedilatildeo brasileira

(Brasil 2003) determina que ldquoo treinamento adequado e a motivaccedilatildeo do pessoal satildeo

16

preacute-requisitos para uma validaccedilatildeo bem sucedida todo o pessoal deve ser motivado a

apoiar a empresa na manutenccedilatildeo dos padrotildees de qualidaderdquo

Outro aspecto a considerar no processo de validaccedilatildeo satildeo os documentos gerados

durante a validaccedilatildeo e qualificaccedilatildeo aos quais no passado natildeo foi dedicada suficiente

atenccedilatildeo Consequumlentemente as empresas natildeo tem sido capazes de prover evidecircncias

documentais que reflitam o tempo e esforccedilo despendido na execuccedilatildeo desta atividade O

desenvolvimento da documentaccedilatildeo de uma validaccedilatildeo eacute parte essencial do sucesso de

qualquer programa ou estudo de validaccedilatildeo O objetivo principal eacute assegurar que a

documentaccedilatildeo eacute capaz de provar que o processo ou sistema trabalha como o

programado eacute reprodutiacutevel e que suas especificaccedilotildees e atributos de qualidade

encontram-se estabelecidas A documentaccedilatildeo deve ser concisa natildeo-ambiacutegua detalhada

e completa (Castilla e Sena 2001)

Segundo Castilla e Sena (2001) uma boa documentaccedilatildeo de validaccedilatildeo deve ser

ldquouma descriccedilatildeo histoacuterica do que foi produzido envasado limpo embaladordquo Trazer o

como isto foi feito e quais controles foram realizados no local Deve ser um caminho

para minimizar erros e variaccedilotildees e prover evidecircncias de que ldquoalgo aconteceurdquo

descrevendo como onde e por quem isto foi feito colocando tambeacutem ldquotudo que vocecirc

quis saber mas teve medo de perguntarrdquo ou seja descrever a histoacuteria do produto seus

componentes equipamentos e processos antes do produto ser introduzido no mercadordquo

E obviamente deve estar em conformidade com os requerimentos das BPF e assegurar

reprodutibilidade

Por fim um problema encontrado ao se validar um processo eacute a falta de clareza

sobre os conceitos relacionados agrave validaccedilatildeo o que adveacutem do fato de a terminologia

relacionada agrave validaccedilatildeo ter mudado seu sentido com o tempo (Nash 1993 Aleem et al

2002)

17

3 Proposiccedilatildeo de um protocolo para validaccedilatildeo de um processo de

purificaccedilatildeo de aacutegua existente na Central de abastecimento de aacuteguas

da Faculdade de FarmaacuteciaUFRGS

Apoacutes a apresentaccedilatildeo dos conceitos principais aplicaccedilotildees e vantagens da

validaccedilatildeo esta parte do trabalho tem por objetivo demonstrar como se realiza a

validaccedilatildeo a partir da proposiccedilatildeo de um protocolo de validaccedilatildeo de um sistema de

purificaccedilatildeo de aacutegua abordando os principais aspectos a serem observados e as anaacutelises

que se fazem necessaacuterias para se validar o sistema

Os sistemas de purificaccedilatildeo de aacutegua satildeo considerados sistemas criacuteticos de

qualidade e podem influir diretamente na qualidade dos produtos por isso devem ser

validados (Johnson 1993 WHO 2005 WHO 2006) A validaccedilatildeo de um sistema de

purificaccedilatildeo de aacutegua deve seguir os passos que normalmente satildeo utilizados para a

maioria das validaccedilotildees Qualificaccedilatildeo de Design (DQ) Qualificaccedilatildeo da Instalaccedilatildeo (IQ)

Qualificaccedilatildeo da Operaccedilatildeo (OQ) e Validaccedilatildeo de Processo (PV)

Segundo a Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (WHO 2005 WHO 2006) para a

validaccedilatildeo deste processo em especial satildeo necessaacuterias trecircs fases que envolvem uma

coleta de dados prolongada a fim de se garantir que o sistema independentemente da

variaccedilatildeo sazonal sobre a aacutegua de alimentaccedilatildeo e sobre o sistema de tratamento mantecircm-

se produzindo consistentemente aacutegua dentro de suas especificaccedilotildees farmacopecircicas

Resumidamente a primeira fase prevecirc a realizaccedilatildeo atraveacutes de testes diaacuterios na aacutegua

coletada de pontos preacute-determinados durante duas a quatro semanas (validaccedilatildeo

prospectiva) Apoacutes a aprovaccedilatildeo na primeira fase de testes a aacutegua produzida pelo

sistema poderaacute ser utilizada e entatildeo eacute conduzida a segunda fase de testes onde seratildeo

avaliados os mesmo pontos de coleta da primeira fase durante um periacuteodo de trecircs

semanas (validaccedilatildeo concorrente) Soacute entatildeo passa-se agrave terceira fase de validaccedilatildeo onde o

sistema eacute monitorado em periacuteodos a serem definidos em menor nuacutemero de pontos de

coleta durante um ano tendo-se assim a avaliaccedilatildeo da influecircncia da variaccedilatildeo sazonal da

aacutegua sobre o sistema e sua validaccedilatildeo completada

Uma abordagem anterior descrita por Johnson (1993) relata a conduccedilatildeo de duas

fases Na etapa inicial o sistema eacute operado sob uma ldquocondiccedilatildeo de estresserdquo ou seja

manteacutem-se o sistema abaixo de suas condiccedilotildees normais de operaccedilatildeo pelo periacuteodo de

18

quatro a seis meses de monitoramento a fim de verificar a robustez do sistema Na

etapa subsequumlente realizam-se testes com o sistema operando em sua normalidade

durante o periacuteodo de no miacutenimo um ano assim constata-se que o sistema produz aacutegua

dentro das especificaccedilotildees independentemente da sazonalidade microbioloacutegica Como

nesta abordagem o sistema opera sob ldquocondiccedilatildeo de estresserdquo na etapa inicial natildeo eacute

indicada a conduccedilatildeo de uma validaccedilatildeo concorrente tendo em vista o risco associado de

natildeo conformidade da aacutegua produzida pelo sistema

O sistema de purificaccedilatildeo de aacuteguas a ser validado seraacute o instalado na Central de

Aacuteguas da Faculdade de Farmaacutecia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul

(UFRGS) Devido agrave necessidade de se realizar uma validaccedilatildeo concorrente pois o

sistema jaacute se encontra instalado e em operaccedilatildeo optou-se por seguir as diretrizes da

Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (WHO 2005 WHO 2006) que se aplicam mais ao

caso aleacutem de ser mais atual A seguir eacute apresentado o protocolo de validaccedilatildeo do

Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacuteguas

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

ASSUNTO Protocolo de Validaccedilatildeo do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

I Objetivo

O objetivo da Validaccedilatildeo do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacuteguas eacute demonstrar que a

aacutegua fornecida pelo sistema atende agraves especificaccedilotildees (quiacutemicas e microbioloacutegicas) para

utilizaccedilatildeo nos laboratoacuterios da Faculdade de Farmaacutecia da UFRGS para a realizaccedilatildeo de

experimentos As especificaccedilotildees seratildeo as descritas na Farmacopeacuteia Brasileira uma vez

que esta constitui o compecircndio oficial brasileiro aleacutem de determinar um maior nuacutemero

de anaacutelises quiacutemicas em relaccedilatildeo aos compecircndios internacionais

II Descriccedilatildeo do Sistema de aacutegua

O sistema de purificaccedilatildeo de aacuteguas a ser validado estaacute instalado na Central de

Aacuteguas da Faculdade de Farmaacutecia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul

(UFRGS) A aacutegua de alimentaccedilatildeo eacute proveniente do sistema de tratamento de aacutegua

clorada da rede municipal (aacutegua de superfiacutecie) A aacutegua entatildeo passa para dois

reservatoacuterios de 5000 litros e segue por gravidade ateacute a Central de Aacuteguas

II1 Sistema de preacute-tratamento

A aacutegua proveniente dos reservatoacuterios de aacutegua passa para a secccedilatildeo de preacute-

tratamento que eacute composta dos meios filtrantes descritos abaixo em carcaccedilas de

polipropileno

a) Filtro retrolavaacutevel com redutor de pressatildeo

b) Filtro de porosidade 5microm com carvatildeo ativado com manocircmetro

c) Filtro de polipropileno de porosidade 1microm com manocircmetro

A filtraccedilatildeo atraveacutes destes filtros tem por objetivo alimentar o sistema de osmose

reversa com aacutegua potaacutevel que necessita do seguinte preacute-tratamento

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Tabela 1 Paracircmetros da aacutegua provinda do sistema de preacute-tratamento

Paracircmetro Especificaccedilatildeo ou limite de aceitaccedilatildeo

Preacute-filtragem 5microm e carvatildeo ativado

Iacutendice de silte Maacuteximo 3

Teor Salino Maacuteximo 2000 mgL

Teor de Cl lt001 mgl

Teor de Mg lt005 mgl

Teor de Feacute lt005 mgl

Gama do valor de pH 4 ndash 11

Remoccedilatildeo de 99 de bacteacuterias e partiacuteculas -

II2 Sistema de Tratamento por Osmose Reversa

A secccedilatildeo de tratamento eacute composta por um sistema de purificaccedilatildeo de aacuteguas

atraveacutes de osmose reversa (OR) modelo TKA LAB-UPW do fabricante TKA (ArtNdeg

083007-SO)

II3 Sistema de Armazenamento

A aacutegua tratada pelo sistema de Osmose Reversa (OR) eacute armazenada em um

tanque de 75 L incluindo torneira de extraccedilatildeo por onde a aacutegua purificada eacute coletada O

armazenamento e coleta da aacutegua purificada ocorrem agrave temperatura ambiente A aacutegua

purificada permanece no tanque de armazenamento por no maacuteximo vinte minutos a cada

vinte minutos a bomba de recirculaccedilatildeo eacute acionada e recircula a aacutegua no tanque

conduzindo-a pela lacircmpada de oxidaccedilatildeo UV e pelo jogo de cartuchos deionizadores

A Figura 1 apresenta os componentes do sistema de Osmose Reversa (OR) e do

sistema de armazenamento e suas especificaccedilotildees

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Figura 1 Desenho esquemaacutetico do sistema de osmose reversa e do sistema de

armazenamento 1- Vaacutelvula solenoacuteide da aacutegua de alimentaccedilatildeo (Art Ndeg 150003) 2-

Bomba auxiliar com transformador (Art Ndeg 190046) 3- Moacutedulo de osmose reversa

composto por Carcaccedila 1812 (Art Ndeg 220047) e Membrana de osmose reversa 1812

(Art Ndeg 220046) 4- Vaacutelvula reguladora de pressatildeo (Art Ndeg 150060) 5- Vaacutelvula

solenoacuteide de enxaguamento por jato de aacutegua (Art Ndeg 150003) 6- Ceacutelula medidora de

condutividade (apoacutes agrave OR) (Art Ndeg 160126) 7- Foto-oxidaccedilatildeo de UV (Art Ndeg

250011) 8- Conjunto de deionizaccedilatildeo composto por Carcaccedila de filtro (Art Ndeg 065310)

e Jogo de cartuchos permutador de iacuteons e resina de adsorccedilatildeo (Art Ndeg 093011) 9-

Ceacutelula de mediccedilatildeo de condutividade da aacutegua purificada (Art Ndeg 160126) 10- Tanque

de 75 litros incluindo jogo de montagem na parede (Art Ndeg 065075) 11- Bomba de

recirculaccedilatildeo (Art Ndeg 190028) 12- Vaacutelvula de controle (Art Ndeg 150009) 13- Controle

por microprocessador (Art Ndeg 160181) 14- Entrada de aacutegua provinda do sistema de

preacute-tratamento 15- Saiacuteda da aacutegua purificada Torneira de extraccedilatildeo 16- Saiacuteda frac34rdquo do

concentrado

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

II4 Princiacutepio de Funcionamento do Sistema de Osmose Reversa

A aacutegua de alimentaccedilatildeo provinda do sistema de preacute-tratamento entra no sistema

com pressatildeo maacutexima de 6 Bar A vaacutelvula solenoacuteide da aacutegua de alimentaccedilatildeo (Figura 1-1)

permanece fechada quando o sistema estaacute no modo de espera ou parado para impedir

que a aacutegua de alimentaccedilatildeo passe pela membrana e transborde no tanque de

armazenamento A membrana semi-permeaacutevel (Figura 1-3) reteacutem 96 dos sais

dissolvidos e 99 das bacteacuterias e dos soacutelidos suspensos na aacutegua de alimentaccedilatildeo A aacutegua

purificada passa agora atraveacutes das fases de tratamento duplo (Figura 1- 7 e 8) e eacute

recolhida no tanque de armazenamento (Figura 1-10) Os sais e outros elementos

rejeitados satildeo eliminados do sistema atraveacutes do fluxo do ldquoconcentradordquo A ceacutelula

medidora da condutividade (Figura 1-6) mede a condutividade da aacutegua purificada (apoacutes

os jogos de cartuchos (Figura 1-7 e 8) o que eacute visualizado no menu de controle do

microprocessador (Figura 1-13) A bomba de recirculaccedilatildeo (Figura 1-11) eacute acionada a

cada a cada vinte minutos e recircula a aacutegua no tanque conduzindo-a pela lacircmpada de

oxidaccedilatildeo UV (Figura 1- 7) e pelo jogo de cartuchos deionizadores (Figura 1-8)

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Um desenho de montagem do sistema de tratamento completo segue na Figura 2

Figura 2 Desenho esquemaacutetico do Sistema de Purificaccedilatildeo de aacuteguas e suas

especificaccedilotildees 1- Aacutegua de alimentaccedilatildeo conexatildeo frac34rdquo (pressatildeo miacutenima 2 bar) 2- Filtro retrolavaacutevel (Art Ndeg 115999) 21- Redutor de pressatildeo (Art Ndeg 115998) 3- Preacute-filtro de 5microm + carvatildeo ativado (Art Ndeg 065201) com um manocircmetro (Art Ndeg 065311) 4-

Filtro de polipropileno de porosidade 1 microm (Art Ndeg 065101) com um manocircmetro (Art Ndeg 065311) 5- Equipamento de Osmose reversa TKA-HPW 220V ndash 100W (Art Ndeg 083007-SO) 6- Tanque de armazenamento de capacidade 75 L (Art Ndeg 115996) 7- Kit de instalaccedilatildeo (Art Ndeg 115994) 8- Caixa de aacutegua de 5000 L 9- Rede puacuteblica de

abastecimento

Caixa drsquoaacutegua (8)

Rede Puacuteblica (9)

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

III Qualificaccedilatildeo da Instalaccedilatildeo (IQ)

A fase da Qualificaccedilatildeo da Instalaccedilatildeo (IQ) estaacute associada agrave verificaccedilatildeo da

instalaccedilatildeo dos equipamentos de acordo com as especificaccedilotildees do fabricante aleacutem da

calibraccedilatildeo dos instrumentos e o estabelecimento de um programa de manutenccedilatildeo

preventiva (Johnson 1993) A Tabela 2 apresenta as especificaccedilotildees do sistema de

purificaccedilatildeo de aacuteguas e as accedilotildees que se fazem necessaacuterias para efetuar a qualificaccedilatildeo

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Tabela 2 Especificaccedilotildees fornecidas pelo fabricante e atividade a ser realizada para qualificar a instalaccedilatildeo

Especificaccedilatildeo Paracircmetro especificado em manual

Atividade a ser realizada para qualificar a

instalaccedilatildeo Tensatildeo Eleacutetrica 127220V 60Hz Registro de Calibraccedilatildeo do

estabilizador Potecircncia Eleacutetrica 01 Kw Verificaccedilatildeo e registro Temperatura ambiente +2degc a +35degC Registro do

monitoramento da temperatura

Pressatildeo do permeado 0 bar Verificaccedilatildeo e registro Pressatildeo operacional 6 bar maacutex Registro da verificaccedilatildeo da

pressatildeo da aacutegua de alimentaccedilatildeo

Temperatura de alimentaccedilatildeo +1degC a +30degC Registro da verificaccedilatildeo de temperatura

Pressatildeo da aacutegua de alimentaccedilatildeo

2 a 6 bar Registro da verificaccedilatildeo da pressatildeo da aacutegua de

alimentaccedilatildeo Calibraccedilatildeo dos controles ao longo do processo

Condutiviacutemetro e manocircmetro

Registro das calibraccedilotildees realizadas

Treinamento dos Operadores -- Realizaccedilatildeo e registro de treinamento

Programa de Manutenccedilatildeo Preventiva

Enxaacuteguumle e desinfecccedilatildeo dos tanques de

estocagem tubulaccedilotildees e carcaccedilas (anualmente)

Elaboraccedilatildeo do POP de enxaacuteguumle e desinfecccedilatildeo

Capacidade de carga das

paredes ou chatildeo

-- Registros da verificaccedilatildeo da instalaccedilatildeo

Tubulaccedilatildeo de Drenagem de

112rdquo livre para o esgoto -- Registro da verificaccedilatildeo da

Instalaccedilatildeo

Espaccedilo de trabalho suficiente -- 64 m2

Conexatildeo aacutegua de alimentaccedilatildeo

de frac34rdquo(com registro)

-- Registro da verificaccedilatildeo da instalaccedilatildeo

Ponto de Coleta do sistema de

preacute-tratamento -- Instalaccedilatildeo de registro na

entrada da aacutegua provinda do preacute-tratamento

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

IV Qualificaccedilatildeo da Operaccedilatildeo (OQ)

Esta etapa estaacute relacionada agrave garantia de que cada componente esteja

funcionando de acordo com o especificado As accedilotildees a serem realizadas na fase de

qualificaccedilatildeo da operaccedilatildeo seguem na tabela 3

Tabela 3 Accedilotildees a serem realizadas na fase de Qualificaccedilatildeo da Operaccedilatildeo (Johnson 1993)

Accedilatildeo Atividade a ser realizada 1 Preencher o sistema com aacutegua e reparar

quaisquer fugas e substituir vaacutelvulas ou vedaccedilotildees defeituosas

Verificaccedilatildeo de vazamentos e registro da realizaccedilatildeo de manutenccedilatildeo por pessoal autorizado

2 Verificar o bom funcionamento das vaacutelvulas e controles ao longo do processo

Calibraccedilatildeo dos Manocircmetros e Condutiviacutemetro do tanque de armazenamento

3 Registrar a realizaccedilatildeo da sanitizaccedilatildeo da caixa de aacutegua e da distribuiccedilatildeo do sistema

Realizaccedilatildeo da Sanitizaccedilatildeo e seu Registro

4 Elaboraccedilatildeo de POPs que descrevem os procedimentos de ligar desligar e sanitizar os equipamentos e o sistema

Seguem em anexo B

5 Verificaccedilatildeo da variaccedilatildeo da vazatildeo de aacutegua em comparaccedilatildeo as especificaccedilotildees do fornecedor

Protocolo de Serviccedilo (PS001) Anexo C

6 Avaliar a produccedilatildeo nominal do sistema 7 Lh a 15degC 7 Avaliar a eficiecircncia do sistema de preacute-

tratamento Atraveacutes da Fase 1 de validaccedilatildeo se avaliaraacute a eficiecircncia do sistema de preacute-tratamento

V Process validation (PV)

Apoacutes a realizaccedilatildeo das trecircs primeiras qualificaccedilotildees seraacute necessaacuterio realizar testes

que comprovem que o sistema realiza a purificaccedilatildeo da aacutegua da maneira a que se propotildee

Para realizar essa tarefa como descrito anteriormente segue-se a abordagem da

Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (WHO 2005) que determina trecircs fases para a validaccedilatildeo

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

V1 Plano de amostragem

V11 Pontos de amostragem

A tabela 4 descreve os pontos de coleta sua localizaccedilatildeo e a especificaccedilatildeo do tipo

de aacutegua

Tabela 4 Pontos de validaccedilatildeo localizaccedilatildeo e suas especificaccedilotildees de avaliaccedilatildeo Nuacutemero Local Tipo de aacutegua

1 Entrada do sistema de purificaccedilatildeo de aacutegua (torneira da pia)

Aacutegua potaacutevel

2 Aacutegua de alimentaccedilatildeo da osmose reversa Aacutegua potaacutevel natildeo clorada

3 Ponto de coleta da aacutegua purificada Aacutegua purificada

V12 Testes Requeridos e Criteacuterio de Aceitaccedilatildeo

Os testes requeridos e seus criteacuterios de aceitaccedilatildeo estatildeo descritos nas tabelas 4 e

5 Os testes para Aacutegua Purificada seratildeo realizados de acordo com a Farmacopeacuteia

Brasileira 4ordf ediccedilatildeo (F Bras IV 2005) e para aacutegua potaacutevel de acordo com os limites

estabelecidos na Portaria 51804 do Ministeacuterio da Sauacutede

V121 Aacutegua Potaacutevel

Tabela 5 Criteacuterios de Aceitaccedilatildeo para aacutegua potaacutevel Testes Microbioloacutegicos Especificaccedilatildeo Contagem Heterotroacutefica Total le 500UFCMl Patoacutegenos Ausecircncia de Coliformes Testes Quiacutemicos Especificaccedilatildeo Cor lt 15 UH Cloro 02 a 05 ppm pH 60 a 95 Turbidez lt 5UT Unidade Hazen (mg Pt-CoL) Unidade de turbidez

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

V122 Aacutegua Purificada

Tabela 6 Criteacuterios de Aceitaccedilatildeo para aacutegua purificada Testes Microbioloacutegicos Especificaccedilatildeo Contagem Heterotroacutefica Total le 100UFCmL Patoacutegenos Ausecircncia de coliformes P aeruginosa S

aureus e E Coli termotolerantes Testes Quiacutemicos Especificaccedilatildeo Acidez ou Alcalinidade Cumpre o Teste Amocircnio No maacuteximo 02 ppm Aparecircncia Liacutequido incolor liacutempido insiacutepido e

inodoro Caacutelcio e Magneacutesio Cumpre o Teste Cloretos Cumpre o Teste Condutividade No maacuteximo 21 microScm Metais Pesados No maacuteximo 01 ppm Nitratos No maacuteximo 02 ppm pH 5 -7 Resiacuteduo por evaporaccedilatildeo No maacuteximo 0001 Substacircncias Oxidaacuteveis Cumpre o Teste Sulfatos Cumpre o Teste Os testes seratildeo realizados de acordo com a Farmacopeacuteia Brasileira 4ordf ediccedilatildeo (F Bras IV 2005)

V13 Cronograma de Amostragem

Para a Fase 1 da validaccedilatildeo seratildeo realizados testes quiacutemicos e bioloacutegicos para

todos os pontos de amostragem durante trecircs semanas em trecircs periacuteodos de cinco dias

Apoacutes a conclusatildeo satisfatoacuteria dessa fase se realizaraacute a Fase 2 de validaccedilatildeo fase em que

a aacutegua produzida pode ser utilizada Nesta fase deve-se realizar novamente e

diariamente todos os testes quiacutemicos e bioloacutegicos para todos os pontos de amostragem

durante quatro semanas em quatro periacuteodos de cinco dias Para a Fase 3 de validaccedilatildeo

seratildeo realizados os mesmos testes quiacutemicos e microbioloacutegicos para todos os pontos de

amostragem semanalmente durante um ano O cronograma dos pontos de amostragem

segue na tabela 7

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Tabela 7 Cronograma de validaccedilatildeo

Fase de

Validaccedilatildeo

Ponto de

Amostragem

Periacuteodo de

Anaacutelise

Frequumlecircncia de

Anaacutelise

Tipo de Testes

a Realizar

1 1 2 Semanas Trecircs periacuteodos de

5 dias

Aacutegua Potaacutevel

1 2 2 Semanas Trecircs periacuteodos de 5 dias

Aacutegua potaacutevel

natildeo clorada

1 3 2 Semanas Trecircs periacuteodos de 5 dias

Aacutegua

Purificada

2 1 3 Semanas Quatro periacuteodos

de 5 dias

Aacutegua Potaacutevel

2 2 3 Semanas Quatro periacuteodos

de 5 dias

Aacutegua potaacutevel

natildeo clorada

2 3 3 Semanas Quatro periacuteodos

de 5 dias

Aacutegua

Purificada

3 1 1 Ano Semanal Aacutegua Potaacutevel

3 2 1 Ano Semanal Aacutegua potaacutevel

natildeo clorada

3 3 1 Ano Semanal Aacutegua

Purificada

V2 Fase 1

Periacuteodo de testes de trecircs semanas em trecircs periacuteodos de cinco dias para

monitoramento do sistema intensivamente durante este periacuteodo o sistema deve operar

continuamente sem falhas ou desvios de qualidade

Para essa fase seratildeo realizados os seguintes testes

bull Realizar testes quiacutemicos e microbioloacutegicos de acordo o plano de amostragem

bull Desenvolver faixas de operaccedilatildeo adequadas

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

bull Desenvolver e finalizar procedimentos de operaccedilotildees limpeza desinfecccedilatildeo e

manutenccedilatildeo

bull Demonstrar a produccedilatildeo e entrega da aacutegua na qualidade e quantidade exigida

bull Usar e aperfeiccediloar os POPs de operaccedilatildeo (ver anexo) manutenccedilatildeo desinfecccedilatildeo e

soluccedilatildeo de problemas

bull Verificar alertas provisoacuterios e accedilotildees de niacuteveis

bull Desenvolver e refinar procedimentos de testes de natildeo conformidade

V3 Fase 2

Outro periacuteodo de testes de quatro semanas em quatro periacuteodos de cinco dias a

ser realizado de maneira mais intensiva atraveacutes de um acompanhamento dos POPs

aperfeiccediloados apoacutes a conclusatildeo da Fase 1 O sistema de amostragem eacute idecircntico ao da

fase inicial e aacutegua pode ser utilizada para a fabricaccedilatildeo durante essa fase O sistema

deve

bull Demonstrar a produccedilatildeo e entrega da aacutegua na qualidade e quantidade exigida

quando o sistema eacute operado de acordo com os POPs

bull Demonstrar que o sistema estaacute sob controle

V4 Fase 3

Esta fase seraacute executada por no miacutenimo um ano apoacutes a conclusatildeo satisfatoacuteria da

fase dois a aacutegua pode ser usada para a fabricaccedilatildeo durante esta fase produccedilatildeo que tem os

devidos fins e caracteriacutesticas

bull Demonstrar que o sistema estaacute sob controle durante um longo periacuteodo de tempo

garantindo que as variaccedilotildees sazonais foram avaliadas

bull Locais de amostra frequumlecircncia de amostras e testes devem ser reduzido ao padratildeo

de rotina normal (semanalmente)

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

POP ndeg001 Versatildeo 06112007 Validade 06112008 Paacutegina 14

Procedimento Operacional Padratildeo 001

Instruccedilotildees de Uso do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

1 Objetivo Orientar a operaccedilatildeo do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

2 Aplicaccedilatildeo Ao pessoal responsaacutevel pela operaccedilatildeo e monitoramento do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

3 Materiais Necessaacuterios Protocolo de Serviccedilo (PS 001) Protocolo de Manutenccedilatildeo (PM 001) Protocolo de Produccedilatildeo de Aacutegua Purificada (PP 001)

4 Cuidados Especiais Verificar se o aparelho estaacute limpo e adequado a sua utilizaccedilatildeo Verificar a temperatura e umidade do ambiente Verificar a temperatura da aacutegua de alimentaccedilatildeo Verificar a pressatildeo da aacutegua de alimentaccedilatildeo

5 Procedimento 51 Ligar o Disjuntor (A) que alimenta a Central de Aacuteguas

A

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

POP ndeg001 Versatildeo 06112007 Validade 06112008 Paacutegina 24

Procedimento Operacional Padratildeo 001

Instruccedilotildees de Uso do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

52 Ligar o Estabilizador (B) de energia que alimenta o aparelho de Osmose Reversa

53 Abrir o registro (C) da aacutegua de alimentaccedilatildeo

54 Verificar os paracircmetros do item Cuidados Especiais e anotaacute-los no Protocolo de Serviccedilo

(PS 001)

B

C

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

POP ndeg001 Versatildeo 06112007 Validade 06112008 Paacutegina 34

Procedimento Operacional Padratildeo 001

Instruccedilotildees de Uso do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

55 Acionar a tecla ONOFF (1)

56 Visualizar no display (2) ldquoCleaningrdquo - referente agrave operaccedilatildeo do sistema de enxaacutegue que

entra automaticamente em operaccedilatildeo 57 Visualizar no display (2) ldquoProductionrdquo (produccedilatildeo) - referente agrave operaccedilatildeo do sistema de

Osmose Reversa 58 Apoacutes 2 minutos de produccedilatildeo acionar a tecla MENU (3) duas vezes para verificar a

condutividade da aacutegua de produccedilatildeo Caso visualize a mensagem ldquoError-CPrdquo paacutere a produccedilatildeo e despreze a aacutegua do tanque abrindo o registro do ponto de coleta de aacutegua purificada (D)

59 Quando o tanque de armazenamento estiver cheio ocorreraacute outro enxaacuteguumle automaacutetico e

no display (2) apareceraacute a mensagem ldquoCleaningrdquo 510 Completando-se este ciclo o aparelho entra em modo de operaccedilatildeo ldquoStand byrdquo sendo

visualizado no display (2) a mesma mensagem ldquoStand byrdquo

1

2

3

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

POP ndeg001 Versatildeo 06112007 Validade 06112008 Paacutegina 44

Procedimento Operacional Padratildeo 001

Instruccedilotildees de Uso do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

511 Retire a Aacutegua Purificada do tanque de armazenamento abrindo o registro do Ponto de Coleta (D)

512 Ao final da produccedilatildeo acionar a tecla ONOFF (1) desligar o Estabilizador de energia (B)

e fechar o registro da aacutegua de alimentaccedilatildeo (C) e o disjuntor da Central de Aacuteguas (A) 513 Anotar o valor final produzido no Protocolo de Produccedilatildeo de Aacutegua Purificada

6 Observaccedilotildees Limpeza Mensal Manutenccedilatildeo Realizada pelo fabricante sempre que constatado que fora dos paracircmetros

D

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

Protocolo ndeg001 Versatildeo 06112007 Validade 06112008

Protocolo de Serviccedilo (PS 001)

Protocolo de Verificaccedilatildeo dos Paracircmetros do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

Data Temp Ambiente

(degC)

Umidade ()

Temp Aacutegua de

Alimentaccedilatildeo (degC)

Pressatildeo Aacutegua de

Alimentaccedilatildeo (bar)

Condutividade da aacutegua Produzida (microScm)

Responsaacutevel

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash

RS Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

Protocolo ndeg002 Versatildeo 06112007 Validade 06112008

Protocolo de Manutenccedilatildeo (PM 001)

Protocolo de Verificaccedilatildeo da Manutenccedilatildeo do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

Tipo de Sistema

Nuacutemero de Identificaccedilatildeo

Ano de Fabricaccedilatildeo

Data Dureza da aacutegua de

alimentaccedilatildeo (degdH)

Pressatildeo de operaccedilatildeo

(bar)

Taxa de Permeado

(Lh)

Uacuteltima Troca de Preacute-filtro

Uacuteltima troca de Fosfato

Uacuteltima limpeza

desinfecccedilatildeo

Ass

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash

RS Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

Protocolo ndeg003 Versatildeo 06112007 Validade 06112008

Protocolo de Produccedilatildeo (PP 001)

Protocolo de Produccedilatildeo de Aacutegua Purificada

Data Produccedilatildeo Diaacuteria Responsaacutevel

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash

RS Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

Protocolo ndeg004 Versatildeo 06112007 Validade 06112008

Resultados da Validaccedilatildeo do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

Aacutegua Purificada

DATA

PONTO DE COLETA

Testes Microbioloacutegicos

Especificaccedilatildeo ____ ____ ____ ____ ____

Contagem Heterotroacutefica Total

le 100UFCmL

Patoacutegenos Ausecircncia de coliformes P aeruginosa S aureus

Testes Quiacutemicos Especificaccedilatildeo ____ ____ ____ ____ ____ Acidez ou Alcalinidade

Cumpre o Teste

Amocircnio No maacuteximo 02 ppm Aparecircncia Liacutequido incolor liacutempido

insiacutepido e inodoro

Caacutelcio e Magneacutesio Cumpre o Teste Cloretos Cumpre o Teste Condutividade No maacuteximo 21 microScm Metais Pesado No maacuteximo 01 ppm Nitratos No maacuteximo 02 ppm pH 5 -7 Resiacuteduo por evaporaccedilatildeo

No maacuteximo 0001

Substacircncias Oxidaacuteveis Cumpre o Teste Sulfatos Cumpre o Teste Os testes seratildeo realizados de acordo com a Farmacopeacuteia Brasileira 4ordf ediccedilatildeo (F Bras IV 2005)

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash

RS Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

Protocolo ndeg 005 Versatildeo 06112007 Validade 06112008

Resultados da Validaccedilatildeo do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua Aacutegua Potaacutevel

Data

Ponto de

Coleta

Especificaccedilotildees Anaacutelise Quiacutemica Anaacutelise Microbioloacutegica

Cloro pH Cor

Turbidez Contagem Heterotroacutefica

Total

Patoacutegenos

02 ndash 05 ppm

60 ndash 95 15 UH 5 UT

lt 500 UFCmL Ausecircncia de coliformes

Unidade Hazen (mg Pt-CoL)

Unidade de turbidez

40

4 Consideraccedilotildees finais e perspectivas

Ao longo do tempo a importacircncia da validaccedilatildeo de processos para a Garantia da

Qualidade foi sendo melhor compreendida pelo segmento farmacecircutico e com isso foi

contemplada pelos oacutergatildeos reguladores e aplicada pelos profissionais deste segmento

Se a validaccedilatildeo estaacute bem definida e eacute amplamente compreendida como pocircde ser

observado pelo nuacutemero de trabalhos e legislaccedilotildees revisados neste trabalho um dos

desafios que se apresentam atualmente consiste em ampliar o entendimento de como

realizaacute-la na praacutetica A proposiccedilatildeo de um protocolo para a validaccedilatildeo de um processo de

purificaccedilatildeo de aacutegua teve como um de seus objetivos exemplificar esta tarefa e assim

auxiliar na elaboraccedilatildeo de outros protocolos Assim como perspectiva deste trabalho

espera-se fornecer subsiacutedio agrave validaccedilatildeo de outros processos farmacecircuticos de

purificaccedilatildeo de aacutegua ou mesmo outros

Isto porque embora cada processo possua aspectos especiacuteficos os quais devem

ser cuidadosamente avaliados durante a validaccedilatildeo o entendimento e aplicaccedilatildeo

adequados da terminologia relacionada agrave validaccedilatildeo auxiliam na conduccedilatildeo de uma

validaccedilatildeo adequada e bem documentada

41

5 Referecircncias

ALEEM H ZHAO Y LORD S MCCARTHY T SHARRATT P N Pharmaceutical process validation an overview Proceedings of the Institution of Mechanical Engineers Part E Process Mechanical Engineering v 217 p141 ndash 150 2002

ALENCAR J R B Pinto P M D V Neto P P V Oliveira A T C Medeiros F P M Ramos S V V Rolim P J N Strategy in pharmaceutical process validation of purified water Revista Brasileira de Farmaacutecia v 85 n3 p85-88 2004a ALENCAR JRB Souza M B J Rolim P J N Lopes C E Uso de controle estatiacutestico de processo (CEP) para validaccedilatildeo de processo de glibenclamida comprimidos Revista Brasileira de Farmaacutecia v85 n3 p115-119 2004b

ALENCAR J R B CLEMENTINO M R A ROLIM P J N Cleaning validation of equipments in medicines industry strategy to select the ldquoworst caserdquo Revista Brasileira de Farmaacutecia v87 n 1 p13-18 2006

ANVISA ndash Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria Gerecircncia Geral de Inspeccedilatildeo e Controle de Medicamentos e Produtos Guias relacionados agrave garantia de qualidade Brasiacutelia 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwanvisagovbrinspecaoguias_qualidadepdfgt Acesso em 12 nov 2007

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria (ANVISA) Resoluccedilatildeo RDC nordm 210 de 04082003 DOU de 14082003 Disponiacutevel em lthttpe-legisanvisagovbrleisrefpublicshowActphpid=22321ampword=gt Acesso em 30 set 2007

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria (ANVISA) Resoluccedilatildeo RDC nordm 67 de 08102007 DOU de 09102007 Disponiacutevel em lthttpe-legisanvisagovbrleisrefpublicshowActphpid=28806ampword= gt Acesso em 30 nov 2007

42

BRASIL Ministeacuterio de Estado da Sauacutede Portaria nordm 518 de 25032004 DOU de 26032004 Disponiacutevel em lthttpe-legisanvisagovbrleisrefpublicshowActphpid=22322ampwordgt Acesso em 30 set 2007

CASTILLA B SENA F J Validation documentation Journal of Validation Technology v7 n 2 p 166-123 2001

DA ROSA PS Diagnoacutestico e avaliaccedilatildeo da qualidade microbioloacutegica da aacutegua na Faculdade de Farmaacutecia Trabalho de Conclusatildeo de Curso de Graduaccedilatildeo Disciplina de Estaacutegio Curricular em Farmaacutecia Faculdade de Farmaacutecia Universidade Federal do Rio Grande do Sul Porto Alegre 2007

EMEA - European Agency for Evaluation of Medicinal Products Note for guidance on process validation London 2001 Disponiacutevel em lthttpwwwemeaeuropaeupdfshumanqwp084896enpdfgt Acesso em 12 nov 2007

FARMACOPEacuteIA BRASILEIRA 4 ed Satildeo Paulo Atheneu 2004 pV224

FARMACOPEacuteIA BRASILEIRA 4 ed Satildeo Paulo Atheneu 2005 Fasciacuteculo 6 p263

FDA ndash Food and Drug Administration - Center for Drug Evaluation and Research (CDER) Guidance for Industry Powder Blends and Finished Dosage Units mdash Stratified In-Process Dosage Unit Sampling and Assessment Rockville 2003 Disponiacutevel em lthttpwwwfdagovCDERGUIDANCE5831dfthtmgt Acesso em 12 nov 2007

FDA ndash Food and Drug Administration - Division of Manufacturing and Product Quality (HFN-320) Center for Drugs and Biologics Guidelines on general principles of process validation Rockville 1987 Disponiacutevel em lthttpwwwfdagovCDERGUIDANCEpvhtmgt Acesso em 12 nov 2007

GUAZZARONI M YIIN B YU JL Application of total organic carbon analysis for cleaning validation in pharmaceutical manufacturing American Biotechnology Laboratory v 16 n 10 p 66-67 1998

HAIDER S I Validation standard operating procedures a step-by-step guide for achieving compliance in the pharmaceutical medical device and biotech industries 2 ed Boca Raton CRC 2002

43

HELLE M R YLIRUUSI J MANNERMAA J P A literature review of pharmaceutical process validation Pharmaceutical Technology Europe Part 3 v15 p 52-57 2003

HOFMANN K L Sterile products validation In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 103

JEATER J P CULLEN L F PAPARIELLO GJ Organizing for validation In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 9

JOHNSON W M Validation of water system for sterile and nonsterile products In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 299 - 317

KIEFFER RG Validation and the human element PDA Journal of Pharmaceutical Science and Technology v52 n2 p52-54 1998

LE HIR A Noccedilotildees de farmaacutecia galecircnica 6 ed Satildeo Paulo Organizaccedilatildeo Andrei 1997 p 137-138

LeBLANC D A Establishing scientifically justified acceptance criteria for cleaning validation of finished drug products Pharmaceutical Technology 1998 Disponiacutevel em ltwwwadvanstarcomgt Acesso em 30 set 2007

LOFTUS B T The Regulatory basis for process In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 2 - 32

LORD SV MCCARTHY T ALEEM H ZHAO Y SHARRATT P N Reinterpreting validation Proceedings of the Institution of Mechanical Engineers Part E Process Mechanical Engineering v 217 p287- 292 2003

MCCOLMICK P Y CULLEN L F Cleaning validation In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 319 - 322

NASH R A Introduction In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993

44

PICS - Pharmaceutical Inspection Convention and Pharmaceutical Inspection Co-operation Scheme Recommendations on validation master plan installation and operational qualification non-sterile process validation cleaning validation Genebra 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwnewwayzconzrefmaterialpics_pi006_2VMPpdfgt Acesso em 30 set 2007

TKA WASSERAUFBEREITUNGSSYSTEME GMBH Operating instructions TKA LAB ndash UPW Article ndeg 083007-SO Niederelbert 2001

WHO ndash World Health Organization Suplementary guidelines on good manufacturing practices (GMP) validation Genebra 2005 p 22-23 Disponiacutevel em lthttpwwwwhointmedicinesservicesexpertcommitteespharmprepValidation_QAS_055_Rev2combinedpdfgtAcesso em Acesso em 30 set 2007

WHO ndash World Health Organization Supplementary training modules on good manufacturing practice water for pharmaceutical use Part 1 introduction and treatment Genebra 2001 Disponiacutevel em ltftpftpwhointmedicinesGMPgmptrainsuplmtWater01pptgt Acesso em 30 set 2007

WHO ndash World Health Organization Supplementary training modules on good manufacturing practice water for pharmaceutical use Part 2 water purification engineering Genebra 2001 Disponiacutevel em ltftpftpwhointmedicinesGMPgmptrainsuplmtWater02pptgt Acesso em 30 set 2007

WHO ndash World Health Organization Supplementary training modules on good manufacturing practice water for pharmaceutical use Part 3 inspection of water systems Genebra 2001 Disponiacutevel em ltftpftpwhointmedicinesGMPgmptrainsuplmtWater03pptgt Acesso em 30 set 2007

WHO ndash World Health Organization Who good manufacturing practices water for pharmaceutical use Genebra 2005 (Technical Report Series n 929 Anexo 3)

WHO ndash World Health Organization Who Expert Committee on specifications for pharmaceutical preparations Genebra 2006 p 125 ndash 126 (Technical Report Series n 937 Anexo 4 Apecircndice II) Disponiacutevel em lthttpwhqlibdocwhointtrsWHO_TRS_937_engpdfpage=359gt Acesso em 01 dez 2007

  • Outras definiccedilotildees semelhantes a essas existem e muito embora as expressotildees variem a essecircncia de todas eacute a mesma assegurar que o processo quando operado sob as condiccedilotildees preacute-determinadas resultaraacute em um produto que reuniraacute as especificaccedilotildees e seus
Page 3: VALIDAÇÃO DE PROCESSOS: Aspectos teóricos e proposição de

Agradecimentos

Agradeccedilo agrave Faculdade de Farmaacutecia da UFRGS pela prontidatildeo auxiacutelio e

apoio na elaboraccedilatildeo deste trabalho na pessoa do Professor Dr Joseacute Acircngelo agrave Professora

Dra Letiacutecia Koester pela sua dedicaccedilatildeo compreensatildeo prontidatildeo ajuda alegria e

carinho durante a elaboraccedilatildeo deste trabalho sendo uma pessoa que levo como um

exemplo de organizaccedilatildeo dedicaccedilatildeo e amor ao seu trabalho ao Professor Dr Helder

Teixeira pelos seus encaminhamentos e esclarecimentos a minha querida Cris que

sempre esteve ao meu lado durante esta caminhada sendo uma companheira amiga e

uma luz em meu caminho aos queridos amigos Letiacutecia e Geancarlo pela ajuda

companheirismo e carinho durante esta caminhada agrave Nicolle Larissa e Fernando pelos

maravilhosos estudos que fizemos juntos a todos meus colegas de faculdade aos

amigos da Dose Certa pela ajuda Agradeccedilo por fim a minha famiacutelia pela sua ajuda

durante a faculdade e por sua compreensatildeo e apoio ao realizar minhas escolhas

Sumaacuterio

Resumo v

1 Introduccedilatildeo 6

2 Referencial teoacuterico

21 Conceito e aspectos regulatoacuterios 7

22 Tipos de validaccedilatildeo 8

23 Por que validar 10

24 Validaccedilatildeo versus qualificaccedilatildeo 11

25 Estaacutegios da validaccedilatildeo 12

26 Processos sujeitos agrave validaccedilatildeo 13

27 Dificuldades frequumlentemente encontradas durante a validaccedilatildeo 15

3 Proposiccedilatildeo de um protocolo para validaccedilatildeo de um processo de purificaccedilatildeo de aacutegua

existente na Central de abastecimento de aacuteguas da Faculdade de Farmaacutecia 17

4 Consideraccedilotildees finais e perspectivas 40

5 Referecircncias 41

v

Resumo

A validaccedilatildeo de processos eacute uma ferramenta importante na tarefa de garantir a qualidade

dos produtos farmacecircuticos sendo assim parte da Garantia da Qualidade A validaccedilatildeo

natildeo eacute somente um aspecto exigido pelas legislaccedilotildees farmacecircuticas mas tambeacutem uma

praacutetica que estaacute associada a vaacuterios benefiacutecios incluindo a proacutepria reduccedilatildeo dos custos de

produccedilatildeo Desse modo o presente trabalho apresenta em uma primeira parte uma

revisatildeo da literatura sobre o tema a fim de esclarecer em que consiste a validaccedilatildeo de

processos sua importacircncia e as principais dificuldades encontradas ao se validar Em

uma segunda etapa o trabalho apresenta um protocolo para a validaccedilatildeo de um sistema

de purificaccedilatildeo de aacutegua existente na Central de Aacuteguas da Faculdade de Farmaacutecia

UFRGS com o objetivo de esclarecer de maneira praacutetica como a validaccedilatildeo pode ser

realizada

6

1 Introduccedilatildeo

As atividades relativas agrave fabricaccedilatildeo e controle de medicamentos tecircm sido alvos

da mais intensa regulamentaccedilatildeo e fiscalizaccedilatildeo no segmento farmacecircutico pois uma

produccedilatildeo com qualidade eacute importante para se evitar erros que podem prejudicar a sauacutede

humana (Aleem et al 2002 Alencar et al 2004a)

A validaccedilatildeo de processos foi desenvolvida e aplicada como um recurso para

assegurar a qualidade do produto final A validaccedilatildeo eacute portanto crucial no alcance dessa

tarefa e um requisito regulatoacuterio para a aprovaccedilatildeo de um medicamento (Aleem et al

2002)

A validaccedilatildeo de processos estaacute inserida no contexto da Garantia da Qualidade

que eacute definida como a totalidade das providecircncias tomadas com o objetivo de garantir

que os produtos estejam dentro dos padrotildees de qualidade exigidos para que possam ser

utilizados para os fins propostos (Brasil 2003) As Boas Praacuteticas de Fabricaccedilatildeo

constituem tambeacutem parte da Garantia da Qualidade e asseguram que os produtos satildeo

consistentemente produzidos e controlados com padrotildees de qualidade apropriados para

o uso pretendido e requerido (Brasil 2003)

Neste contexto o trabalho teve por objetivos em uma primeira etapa esclarecer

em que consiste a validaccedilatildeo de processos por meio de uma revisatildeo de literatura atual

acerca do tema e em uma segunda etapa apresentar um protocolo para a validaccedilatildeo de

um sistema de purificaccedilatildeo de aacutegua existente na Central de Aacuteguas da Faculdade de

Farmaacutecia UFRGS Da Rosa (2007) em trabalho recente atestou que a aacutegua potaacutevel

disponiacutevel na Faculdade e que por sua vez consiste na aacutegua de alimentaccedilatildeo para os

sistemas de purificaccedilatildeo apresenta qualidade microbioloacutegica satisfatoacuteria cumprindo

com os requisitos expressos na Portaria Nordm 518 de 25 de marccedilo de 2004 do Ministeacuterio

da Sauacutede Nesse contexto com relaccedilatildeo agrave proposiccedilatildeo deste protocolo os objetivos

especiacuteficos foram (i) exemplificar a validaccedilatildeo de um processo amplamente empregado

em Farmaacutecias e Induacutestrias Farmacecircuticas (ii) atestar a qualidade da aacutegua purificada

produzida e (iii) servir como subsiacutedio agrave validaccedilatildeo de outros sistemas

7

2 Referencial Teoacuterico

21 Conceitos e Aspectos Regulatoacuterios

Nos uacuteltimos trinta anos a validaccedilatildeo de processos tem evoluiacutedo Para a maioria

das pessoas que trabalham na induacutestria ela surgiu como um requisito regulatoacuterio e

consequumlentemente foi muitas vezes considerada apenas uma obrigatoriedade Apesar de

originalmente ter sido criticada a validaccedilatildeo de processos eacute hoje bem aceita e

considerada parte da qualidade total e do monitoramento de processos (Helle et al

2003) Entretanto segundo Nash (1993) havia muita confusatildeo sobre o que eacute validaccedilatildeo

de processos e o que constitui a documentaccedilatildeo relativa agrave validaccedilatildeo de processos De

acordo com Haider (2002) as principais definiccedilotildees de validaccedilatildeo satildeo

bull Accedilatildeo de prover de acordo com os princiacutepios de Boas Praacuteticas de Fabricaccedilatildeo

que procedimentos processos equipamentos materiais atividades ou

sistemas de fato conduzam aos resultados esperados

bull Evidecircncia documental que provecirc a um especiacutefico processo um alto grau de

confianccedila de que poderaacute consistentemente apresentar um produto reunindo

suas preacute-determinadas especificaccedilotildees atributos e caracteriacutesticas de

qualidade

bull Obter e documentar evidecircncias que demonstrem que um meacutetodo pode

apresentar os resultados pretendidos e de acordo com os limites definidos

bull Accedilatildeo de verificar que qualquer processo procedimento atividade material

sistema ou equipamento usado na produccedilatildeo ou controle realizaraacute os

resultados desejados e pretendidos

Definiccedilotildees semelhantes a estas se encontram na legislaccedilatildeo brasileira e

internacional as quais seguem na tabela 1

8

Tabela 1 Principais definiccedilotildees de validaccedilatildeo de processos dos Oacutergatildeos Internacionais e Nacionais

Oacutergatildeo Definiccedilatildeo

ANVISA ndash Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria (Brasil)

(Brasil 2003) (Brasil 2007)

Ato documentado que atesta que qualquer procedimento processo equipamento material operaccedilatildeo ou sistema realmente conduz aos resultados esperados

FDA ndash Food and Drug Administration (Estados Unidos) (FDA 1987)

Evidecircncia documentalmente estabelecida que provecirc com alto grau de confianccedila que um processo especiacutefico poderaacute produzir consistentemente um produto reunindo suas preacute-determinadas especificaccedilotildees e caracteriacutesticas de qualidade

EMEA ndash European Agency for the Evaluation of Medicinal Products (Uniatildeo Europeacuteia)

(EMEA 2001)

Meio de assegurar e prover evidecircncias de que processos satildeo capazes de produzir consistentemente um produto final com a qualidade requerida

PICS ndash Pharmaceutical Inspection Convention and Pharmaceutical Inspection Co-operation Scheme (Genebra Suiacuteccedila) (PICS 2004)

Meio de assegurar e prover evidecircncias de que processos satildeo capazes de repetidamente e confiavelmente produzirem um produto final com a qualidade requerida

Outras definiccedilotildees semelhantes a essas existem e muito embora as expressotildees

variem a essecircncia de todas eacute a mesma assegurar que o processo quando operado sob as

condiccedilotildees preacute-determinadas resultaraacute em um produto que reuniraacute as especificaccedilotildees e

seus atributos de qualidade Em siacutentese validaccedilatildeo de processos assegura que o processo

faz o que se propotildee a fazer (Loftus 1993 Aleem et al 2002)

22 Tipos de Validaccedilatildeo

Os tipos de validaccedilatildeo de processos dependem da situaccedilatildeo na qual seratildeo

aplicados e das particularidades de cada sistema O FDA atraveacutes de seu guia sobre os

princiacutepios gerais da validaccedilatildeo de processos menciona trecircs tipos de validaccedilatildeo (FDA

1987 Nash 1993) Atualmente haacute quatro tipos de validaccedilatildeo (Nash 1993 Brasil 2003

PICS 2004)

9

Normalmente espera-se que a validaccedilatildeo de um processo seja completada antes

da produccedilatildeo de um produto final cuja intenccedilatildeo eacute a comercializaccedilatildeo Onde isto natildeo eacute

possiacutevel se faz necessaacuterio validar o processo durante a rotina de produccedilatildeo Processos

que vecircm sendo usados haacute algum tempo tambeacutem devem ser validados Na teoria um

exerciacutecio de validaccedilatildeo somente precisaria ser realizado uma vez Na praacutetica os

processos raramente ficam estaacuteticos Componentes satildeo alterados (insumos e materiais

de embalagem) equipamentos satildeo modificados e o ambiente do processo natildeo pode ser

considerado idecircntico ao ambiente da validaccedilatildeo inicial Assim um programa regular de

revalidaccedilatildeo eacute essencial (PICS 2004) Nessa perspectiva foram definidos quatro tipos

de validaccedilatildeo

A validaccedilatildeo prospectiva eacute realizada durante o estaacutegio de desenvolvimento do

produto atraveacutes da anaacutelise dos riscos do processo de fabricaccedilatildeo o qual eacute detalhado em

passos individuais estes por sua vez satildeo definidos com base na experiecircncia passada

para determinar se os mesmos podem ocasionar situaccedilotildees criacuteticas (Brasil 2003) Esta

validaccedilatildeo eacute completada e os resultados satildeo aprovados previamente a qualquer produccedilatildeo

e comercializaccedilatildeo do produto (Haider 2002)

A validaccedilatildeo concorrente se refere a uma combinaccedilatildeo de validaccedilatildeo

retrospectiva e prospectiva Normalmente eacute aplicado no caso de um processo existente

natildeo previamente validado ou insuficientemente validado (Haider 2002) e

normalmente eacute realizada durante a produccedilatildeo de rotina (Brasil 2003) Em certas

circunstacircncias natildeo eacute necessaacuterio um completo programa de validaccedilatildeo antes da rotina de

produccedilatildeo iniciar Nestes casos isso seraacute conhecido dentro do avanccedilo da produccedilatildeo do

produto final que seraacute comercializado ou estocado Eacute empregado em circunstacircncias

onde haacute por exemplo um processo sendo transferido para fechar um negoacutecio de

terceirizaccedilatildeo entre produtor e distribuidor (PICS 2004)

A validaccedilatildeo retrospectiva eacute empregada para aqueles processos de uso

rotineiro dentro de vaacuterias companhias que natildeo passaram por uma validaccedilatildeo de processo

formalmente documentada A validaccedilatildeo desses processos eacute possiacutevel atraveacutes de dados

histoacutericos que forneccedilam a evidecircncia documental necessaacuteria de que o processo produza

os resultados esperados Aleacutem disso atraveacutes de uma validaccedilatildeo retrospectiva pode ser

realizada uma anaacutelise de tendecircncia para determinar a extensatildeo na qual os paracircmetros do

processo encontram-se dentro da faixa permitida (PICS 2004) Entretanto a legislaccedilatildeo

10

brasileira (Brasil 2003) lembra que obviamente a validaccedilatildeo retrospectiva natildeo eacute uma

medida da garantia da qualidade em si proacutepria e nunca deve ser aplicada a novos

processos ou produtos Somente pode ser considerada em circunstacircncias especiais por

exemplo quando os requisitos de validaccedilatildeo satildeo estabelecidos pela primeira vez dentro

de uma empresa desde que seja realizado sob as mesmas condiccedilotildees operacionais

(Brasil 2003)

A revalidaccedilatildeo perioacutedica pode ser considerada o quarto tipo e eacute implementada

atraveacutes da anaacutelise de tendecircncias com o objetivo de verificar se o processo se encontra

sob controle e que as mudanccedilas introduzidas intencionalmente ou natildeo dentro de um

processo eou no ambiente do processo natildeo afetam adversamente as caracteriacutesticas do

processo e a qualidade do produto (Brasil 2003 PICS 2004)

A legislaccedilatildeo brasileira (Brasil 2003) cita algumas mudanccedilas tiacutepicas que

requerem revalidaccedilatildeo por exemplo alteraccedilotildees de (i) mateacuterias-primas que geram

mudanccedilas nas propriedades fiacutesicas do produto e afetam adversamente o processo de

produccedilatildeo (ii) de material de embalagem que podem gerar mudanccedilas no procedimento

de embalagem e podem afetar a estabilidade do produto como por exemplo a

substituiccedilatildeo do material de envase de plaacutestico por vidro (iii) de processo que podem

afetar os passos subsequumlentes do processo e a qualidade do produto por exemplo o

tempo de mistura a temperatura de secagem e o processo de resfriamento (iv) de

equipamento incluindo instrumentos de mediccedilatildeo onde qualquer substituiccedilatildeo reparo e

manutenccedilatildeo podem afetar tanto o processo quanto o produto e por fim (v) alteraccedilotildees

na aacuterea de produccedilatildeo e utilidades que podem afetar as condiccedilotildees ambientais e que em

consequumlecircncia gerem a necessidade de uma revalidaccedilatildeo do processo principalmente na

fabricaccedilatildeo de produtos esteacutereis onde este paracircmetro eacute criacutetico

23 Por que validar

A validaccedilatildeo eacute basicamente uma boa praacutetica de negoacutecios aleacutem de permitir que os

processos de produccedilatildeo sejam realizados com maior teacutecnica e economia (Aleem et al

2002) A seguir satildeo apresentadas as vantagens de se validar um processo produtivo

bull Aspectos regulatoacuterios atualmente as Boas Praacuteticas de Fabricaccedilatildeo (BPF) tecircm

sido estabelecidas por todo o mundo As BPF basicamente servem como

diretriz mas natildeo provecircem passo-a-passo instruccedilotildees de como executaacute-las

11

Entretanto o plano mestre de validaccedilatildeo associados aos Procedimentos

Operacionais Padratildeo (POPs) definem exatamente responsabilidades quem

quando onde como etc (Haider 2002)

bull Garantia da qualidade validaccedilatildeo provecirc seguranccedila na obtenccedilatildeo dos produtos

com alta qualidade assim a validaccedilatildeo conduz a um menor nuacutemero de erros

de produccedilatildeo e como resultado reduz o nuacutemero de reclamaccedilotildees do

consumidor e ldquorecallsrdquo de medicamentos (Aleem et al 2002 Haider 2002)

bull Reduccedilatildeo de custos processos operados sob niacuteveis proacuteximos de seus limites

muitas vezes causam custos pois satildeo necessaacuterias reinspeccedilotildees retestes e

rejeiccedilotildees A validaccedilatildeo conduz agrave otimizaccedilatildeo dos processos e

consequumlentemente agrave diminuiccedilatildeo dos custos (Haider 2002) aleacutem de gerar

um alto rendimento maior rapidez e confiabilidade na instalaccedilatildeo de novos

equipamentos faacutecil desenvolvimento de trabalho para uma maior escala

faacutecil manutenccedilatildeo dos equipamentos e mais raacutepida automaccedilatildeo do processo

(Haider 2002) Outros custos de qualidade incluem gastos com marketing e

obrigaccedilotildees processuais devidos a problemas externos com a imagem da

empresa (Aleem et al 2002 Haider 2002)

24 Validaccedilatildeo versus Qualificaccedilatildeo

A validaccedilatildeo e a qualificaccedilatildeo possuem conceitos semelhantes e em alguns casos

na literatura se utiliza o termo ldquovalidaccedilatildeordquo em substituiccedilatildeo ao termo ldquoqualificaccedilatildeordquo o

que gera uma falta de clareza em relaccedilatildeo a esses dois termos e suas utilizaccedilotildees (Aleem

et al 2002 Anvisa 2006)

Segundo Le Hir (1997) a qualificaccedilatildeo consiste em verificar que um aparelho

funciona corretamente para o uso a que se destina jaacute a validaccedilatildeo estaria mais

relacionada a um procedimento do que a um aparelho e consiste em verificar se uma

operaccedilatildeo previamente descrita com toda a precisatildeo permite realmente atingir os

resultados desejados De forma semelhante a legislaccedilatildeo brasileira (Brasil 2003)

determina que antes de iniciar a validaccedilatildeo do processo os equipamentos utilizados na

produccedilatildeo e os instrumentos de controle bem como a formulaccedilatildeo devem ser

qualificados

12

Eacute importante ressaltar que a qualificaccedilatildeo eacute parte da validaccedilatildeo mas a qualificaccedilatildeo

de uma etapa do processo individualmente natildeo constitui a validaccedilatildeo do processo (Lord

et al 2003) Segundo Aleem e colaboradores (2002) o maior desafio eacute o de garantir

que todos esses itens individualmente qualificados trabalhem juntos como um sistema

integrado da maneira esperada e usando os procedimentos e materiais preacute-definidos

Faz-se entatildeo necessaacuterio responder a uma pergunta ldquoquando qualificar e quando

validarrdquo O que o Pharmaceutical Inspection Convention and Pharmaceutical

Inspection Co-operation Scheme (PICS 2004) relata eacute que eacute impossiacutevel definir

categoricamente quando a qualificaccedilatildeo e a validaccedilatildeo satildeo necessaacuterias pois operaccedilotildees de

produccedilatildeo e instalaccedilotildees satildeo consideravelmente grandes e complexas

O que se sabe eacute que a qualificaccedilatildeo deve estar completa antes da validaccedilatildeo ser

conduzida O processo de qualificaccedilatildeo deve constituir-se em processo sistemaacutetico e

loacutegico bem como ser iniciado pelas fases de desenho das instalaccedilotildees equipamentos e

utilidades (Anvisa 2006) O conceito de qualificaccedilatildeo de equipamentos natildeo eacute uma

novidade Vaacuterios fornecedores vecircm executando constantemente verificaccedilotildees para

confirmar a funcionalidade de seus equipamentos tanto antes quanto depois da

instalaccedilatildeo entretanto eacute um requisito da BPF que cada companhia farmacecircutica

identifique qual qualificaccedilatildeo e validaccedilatildeo satildeo requeridas para provar o controle dos

aspectos criacuteticos de sua operaccedilatildeo (PICS 2004)

O processo farmacecircutico percorre um longo caminho em direccedilatildeo agrave determinaccedilatildeo

de quais aspectos de uma operaccedilatildeo satildeo criacuteticos Muitas empresas asseguram a validaccedilatildeo

como uma seacuterie de estudos separados de cada componente de um sistema completo

(Hofmann 1993)

25 Estaacutegios da Validaccedilatildeo (DQ IQ OQ e PQ)

A validaccedilatildeo tem sido dividida em sucessivos e sistemaacuteticos passos conhecidos

como Qualificaccedilatildeo da Instalaccedilatildeo (IQ) Qualificaccedilatildeo da Operaccedilatildeo (OQ) Qualificaccedilatildeo da

Performance (PQ) ou desempenho e Validaccedilatildeo de Processo (PV) Do ponto de vista

funcional cada passo abrange maior funcionalidade que o seu antecessor Mais

recentemente outro passo conhecido como Qualificaccedilatildeo de Desenho (PQ) foi

introduzido (Aleem et al 2002)

13

Esses passos podem ser mais claramente determinados da seguinte maneira a

Validaccedilatildeo de Processos deve estabelecer e prover evidecircncias documentais que

garantam que as dependecircncias utilidades de apoio equipamentos e processos devem ser

designados de acordo com os requerimentos das BPFs isto normalmente constitui DQ

Jaacute as evidecircncias documentais que estabelecem que os mesmos foram construiacutedos e

instalados em conformidade com suas especificaccedilotildees constituem a IQ E se os mesmos

devidamente documentados estatildeo operando de acordo com suas especificaccedilotildees

constitui a OQ Quando um processo especiacutefico produz consistentemente um produto

que reuacutene suas especificaccedilotildees e atributos de qualidade isto constitui a PV sendo que o

termo PQ tambeacutem pode ser usado com essa conotaccedilatildeo (PICS 2004 ANVISA 2006)

Apoacutes a validaccedilatildeo de um processo uma seacuterie de experimentos deve ser realizada

a fim de determinar os pontos criacuteticos do processo Estes experimentos podem

incorporar um elemento de mudanccedila para determinar a robustez do processo A inserccedilatildeo

de uma mudanccedila eacute geralmente referida como um exerciacutecio de ldquopior casordquo O uso de

novos materiais sobre condiccedilotildees limites de suas especificaccedilotildees pode indicar a

habilidade do processo de continuar produzindo um produto final com suas

especificaccedilotildees (PICS 2004)

A legislaccedilatildeo brasileira (Brasil 2003) acrescenta que a escolha do procedimento

a validar deve priorizar as atividades relacionadas agrave capacidade do processo por

exemplo a capacidade de o processo operar sem dificuldades quando os paracircmetros se

aproximam de limites aceitaacuteveis O uso de faixas de aceitaccedilatildeo para a qualidade das

mateacuterias-primas em lotes experimentais pode tornar possiacutevel estimar a extensatildeo na qual

o processo ainda continua sendo capaz de produzir um produto final que atende agraves

especificaccedilotildees

26 Processos sujeitos agrave validaccedilatildeo

Segundo a legislaccedilatildeo brasileira (Brasil 2003) e diretrizes internacionais (FDA

1987 PICS 2004) deve-se realizar a validaccedilatildeo de todos os processos de fabricaccedilatildeo e

inclusive as atividades de suporte incluindo as operaccedilotildees de limpeza A seguir seratildeo

comentados dois processos de validaccedilatildeo sendo um deles uma atividade de suporte e o

outro um processo de fabricaccedilatildeo

14

A validaccedilatildeo das operaccedilotildees de limpeza eacute de suma importacircncia na induacutestria

farmacecircutica pois resiacuteduos de produtos ou mesmo os proacuteprios agentes de limpeza

podem constituir uma fonte de contaminaccedilatildeo Mesmo quando se utiliza um

equipamento ldquodedicadordquo ou seja de uso exclusivo para processar um produto haacute que

se considerar a contaminaccedilatildeo do proacuteximo lote com produtos de degradaccedilatildeo Na

validaccedilatildeo de limpeza haacute vaacuterios aspectos a serem considerados tais como (i) se o

equipamento eacute dedicado ou natildeo (ii) o tipo de limpeza se manual semi-automatizada ou

mesmo automatizada (do inglecircs CIP ndash clean in place) (iii) as teacutecnicas de amostragem

(uso de swab rinsagem monitoramento direto na superfiacutecie entre outros) (iv) os

agentes de limpeza a serem empregados (v) o meacutetodo de anaacutelise que deve possuir

elevada sensibilidade e (vi) os relacionados ao produto como sua solubilidade e

toxicidade

Assim muitas vezes se recorre ao uso de teacutecnicas como a anaacutelise de carbono

orgacircnico total (TOC) (Guazzaroni et al 1998) que eacute capaz de medir traccedilos de

substacircncias que apresentem carbono em sua composiccedilatildeo ndash o que se aplica tanto agrave

anaacutelise de resiacuteduos dos produtos quanto dos proacuteprios tensoativos empregados na

limpeza De qualquer modo a validaccedilatildeo de operaccedilotildees de limpeza normalmente se

baseia na seleccedilatildeo do ldquopior casordquo (McCormick e Cullen 1993 PICS 2004) definindo-

se os limites de resiacuteduo quiacutemico e microbioloacutegico aceitaacuteveis no proacuteximo lote a ser

produzido atraveacutes de foacutermulas matemaacuteticas Estas questotildees satildeo aprofundadas nos

trabalhos de LeBlanc (1998) e Alencar e colaboradores (2006) aleacutem das diretrizes

apresentadas pelo Pharmaceutical Inspection Convention and Pharmaceutical

Inspection Co-operation Scheme (PICS 2004) e Agecircncia Nacional de Vigilacircncia

Sanitaacuteria (ANVISA 2006)

Como segundo exemplo a validaccedilatildeo da produccedilatildeo de formas farmacecircuticas

soacutelidas eacute realizada de maneira geral atraveacutes do uso de controles estatiacutesticos meacutetodos

que satildeo empregados em um contexto de validaccedilatildeo retrospectiva ou concorrente

Segundo Alencar e colaboradores (2004b) trata-se de uma ferramenta simples na sua

aplicaccedilatildeo capaz de permitir faacutecil compreensatildeo raacutepidas accedilotildees de controle pelo pessoal

de operaccedilatildeo rica nos resultados que pode apresentar sobre o comportamento do

processo Com relaccedilatildeo a planos de amostragem em misturas e formas soacutelidas o FDA

apresenta um guia bastante uacutetil intitulado Guidance for Industry Powder Blends and

15

Finished Dosage Units mdash Stratified In-Process Dosage Unit Sampling and Assessment

que apresenta as aplicaccedilotildees dos controles estatiacutesticos de acordo com cada necessidade

(FDA 2003)

27 Dificuldades frequumlentemente encontradas durante a validaccedilatildeo

Segundo Lord e colaboradores (2003) atualmente o maior problema na

induacutestria eacute Qual eacute a melhor estrutura organizacional para se realizar um processo de

validaccedilatildeo

Neste sentido Jeater e colaboradores (1993) descreveram que o trabalho de

validaccedilatildeo de processos na induacutestria farmacecircutica eacute geralmente organizado dentro de

alguma das seguintes estruturas uma consultoria uma forccedila-tarefa ou um grupo

dedicado exclusivamente agrave validaccedilatildeo Em cada uma delas haacute aspectos positivos e

negativos mas a forma com que os grupos de validaccedilatildeo satildeo desenvolvidos e

controlados dependeraacute das circunstacircncias locais medidas organizacionais estrutura e

personalidade das pessoas responsaacuteveis pelo estabelecimento de um processo de

validaccedilatildeo

Na validaccedilatildeo de processos eacute necessaacuterio considerar o fator humano que eacute muitas

vezes causa de natildeo conformidades ou falhas de produccedilatildeo Kieffer (1998) em seu artigo

ldquoValidation and the Human Elementrdquo descreveu que na validaccedilatildeo inicialmente o

elemento humano natildeo foi considerado como criacutetico dentro do processo enquanto que os

aspectos tecnoloacutegicos eram estudados profundamente entretanto esse elemento deve

ser analisado como parte da validaccedilatildeo e a construccedilatildeo dos processos deve visar sua

proacutepria simplificaccedilatildeo resultando em menos falhas humanas ou natildeo O mesmo autor

acrescenta que nem sempre as causas de natildeo conformidade satildeo humanas muitas vezes

os sistemas natildeo satildeo corretamente desenhados e acabam sendo a causa das falhas

humanas nesses casos a abordagem eacute redesenhar o sistema de modo a simplificaacute-lo e

posteriormente treinar o pessoal envolvido para novamente validar o sistema Ao longo

do tempo tendo em vista a necessidade e importacircncia das pessoas dentro de um

processo de validaccedilatildeo passou-se a considerar esse fator e a proacutepria legislaccedilatildeo brasileira

(Brasil 2003) determina que ldquoo treinamento adequado e a motivaccedilatildeo do pessoal satildeo

16

preacute-requisitos para uma validaccedilatildeo bem sucedida todo o pessoal deve ser motivado a

apoiar a empresa na manutenccedilatildeo dos padrotildees de qualidaderdquo

Outro aspecto a considerar no processo de validaccedilatildeo satildeo os documentos gerados

durante a validaccedilatildeo e qualificaccedilatildeo aos quais no passado natildeo foi dedicada suficiente

atenccedilatildeo Consequumlentemente as empresas natildeo tem sido capazes de prover evidecircncias

documentais que reflitam o tempo e esforccedilo despendido na execuccedilatildeo desta atividade O

desenvolvimento da documentaccedilatildeo de uma validaccedilatildeo eacute parte essencial do sucesso de

qualquer programa ou estudo de validaccedilatildeo O objetivo principal eacute assegurar que a

documentaccedilatildeo eacute capaz de provar que o processo ou sistema trabalha como o

programado eacute reprodutiacutevel e que suas especificaccedilotildees e atributos de qualidade

encontram-se estabelecidas A documentaccedilatildeo deve ser concisa natildeo-ambiacutegua detalhada

e completa (Castilla e Sena 2001)

Segundo Castilla e Sena (2001) uma boa documentaccedilatildeo de validaccedilatildeo deve ser

ldquouma descriccedilatildeo histoacuterica do que foi produzido envasado limpo embaladordquo Trazer o

como isto foi feito e quais controles foram realizados no local Deve ser um caminho

para minimizar erros e variaccedilotildees e prover evidecircncias de que ldquoalgo aconteceurdquo

descrevendo como onde e por quem isto foi feito colocando tambeacutem ldquotudo que vocecirc

quis saber mas teve medo de perguntarrdquo ou seja descrever a histoacuteria do produto seus

componentes equipamentos e processos antes do produto ser introduzido no mercadordquo

E obviamente deve estar em conformidade com os requerimentos das BPF e assegurar

reprodutibilidade

Por fim um problema encontrado ao se validar um processo eacute a falta de clareza

sobre os conceitos relacionados agrave validaccedilatildeo o que adveacutem do fato de a terminologia

relacionada agrave validaccedilatildeo ter mudado seu sentido com o tempo (Nash 1993 Aleem et al

2002)

17

3 Proposiccedilatildeo de um protocolo para validaccedilatildeo de um processo de

purificaccedilatildeo de aacutegua existente na Central de abastecimento de aacuteguas

da Faculdade de FarmaacuteciaUFRGS

Apoacutes a apresentaccedilatildeo dos conceitos principais aplicaccedilotildees e vantagens da

validaccedilatildeo esta parte do trabalho tem por objetivo demonstrar como se realiza a

validaccedilatildeo a partir da proposiccedilatildeo de um protocolo de validaccedilatildeo de um sistema de

purificaccedilatildeo de aacutegua abordando os principais aspectos a serem observados e as anaacutelises

que se fazem necessaacuterias para se validar o sistema

Os sistemas de purificaccedilatildeo de aacutegua satildeo considerados sistemas criacuteticos de

qualidade e podem influir diretamente na qualidade dos produtos por isso devem ser

validados (Johnson 1993 WHO 2005 WHO 2006) A validaccedilatildeo de um sistema de

purificaccedilatildeo de aacutegua deve seguir os passos que normalmente satildeo utilizados para a

maioria das validaccedilotildees Qualificaccedilatildeo de Design (DQ) Qualificaccedilatildeo da Instalaccedilatildeo (IQ)

Qualificaccedilatildeo da Operaccedilatildeo (OQ) e Validaccedilatildeo de Processo (PV)

Segundo a Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (WHO 2005 WHO 2006) para a

validaccedilatildeo deste processo em especial satildeo necessaacuterias trecircs fases que envolvem uma

coleta de dados prolongada a fim de se garantir que o sistema independentemente da

variaccedilatildeo sazonal sobre a aacutegua de alimentaccedilatildeo e sobre o sistema de tratamento mantecircm-

se produzindo consistentemente aacutegua dentro de suas especificaccedilotildees farmacopecircicas

Resumidamente a primeira fase prevecirc a realizaccedilatildeo atraveacutes de testes diaacuterios na aacutegua

coletada de pontos preacute-determinados durante duas a quatro semanas (validaccedilatildeo

prospectiva) Apoacutes a aprovaccedilatildeo na primeira fase de testes a aacutegua produzida pelo

sistema poderaacute ser utilizada e entatildeo eacute conduzida a segunda fase de testes onde seratildeo

avaliados os mesmo pontos de coleta da primeira fase durante um periacuteodo de trecircs

semanas (validaccedilatildeo concorrente) Soacute entatildeo passa-se agrave terceira fase de validaccedilatildeo onde o

sistema eacute monitorado em periacuteodos a serem definidos em menor nuacutemero de pontos de

coleta durante um ano tendo-se assim a avaliaccedilatildeo da influecircncia da variaccedilatildeo sazonal da

aacutegua sobre o sistema e sua validaccedilatildeo completada

Uma abordagem anterior descrita por Johnson (1993) relata a conduccedilatildeo de duas

fases Na etapa inicial o sistema eacute operado sob uma ldquocondiccedilatildeo de estresserdquo ou seja

manteacutem-se o sistema abaixo de suas condiccedilotildees normais de operaccedilatildeo pelo periacuteodo de

18

quatro a seis meses de monitoramento a fim de verificar a robustez do sistema Na

etapa subsequumlente realizam-se testes com o sistema operando em sua normalidade

durante o periacuteodo de no miacutenimo um ano assim constata-se que o sistema produz aacutegua

dentro das especificaccedilotildees independentemente da sazonalidade microbioloacutegica Como

nesta abordagem o sistema opera sob ldquocondiccedilatildeo de estresserdquo na etapa inicial natildeo eacute

indicada a conduccedilatildeo de uma validaccedilatildeo concorrente tendo em vista o risco associado de

natildeo conformidade da aacutegua produzida pelo sistema

O sistema de purificaccedilatildeo de aacuteguas a ser validado seraacute o instalado na Central de

Aacuteguas da Faculdade de Farmaacutecia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul

(UFRGS) Devido agrave necessidade de se realizar uma validaccedilatildeo concorrente pois o

sistema jaacute se encontra instalado e em operaccedilatildeo optou-se por seguir as diretrizes da

Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (WHO 2005 WHO 2006) que se aplicam mais ao

caso aleacutem de ser mais atual A seguir eacute apresentado o protocolo de validaccedilatildeo do

Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacuteguas

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

ASSUNTO Protocolo de Validaccedilatildeo do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

I Objetivo

O objetivo da Validaccedilatildeo do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacuteguas eacute demonstrar que a

aacutegua fornecida pelo sistema atende agraves especificaccedilotildees (quiacutemicas e microbioloacutegicas) para

utilizaccedilatildeo nos laboratoacuterios da Faculdade de Farmaacutecia da UFRGS para a realizaccedilatildeo de

experimentos As especificaccedilotildees seratildeo as descritas na Farmacopeacuteia Brasileira uma vez

que esta constitui o compecircndio oficial brasileiro aleacutem de determinar um maior nuacutemero

de anaacutelises quiacutemicas em relaccedilatildeo aos compecircndios internacionais

II Descriccedilatildeo do Sistema de aacutegua

O sistema de purificaccedilatildeo de aacuteguas a ser validado estaacute instalado na Central de

Aacuteguas da Faculdade de Farmaacutecia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul

(UFRGS) A aacutegua de alimentaccedilatildeo eacute proveniente do sistema de tratamento de aacutegua

clorada da rede municipal (aacutegua de superfiacutecie) A aacutegua entatildeo passa para dois

reservatoacuterios de 5000 litros e segue por gravidade ateacute a Central de Aacuteguas

II1 Sistema de preacute-tratamento

A aacutegua proveniente dos reservatoacuterios de aacutegua passa para a secccedilatildeo de preacute-

tratamento que eacute composta dos meios filtrantes descritos abaixo em carcaccedilas de

polipropileno

a) Filtro retrolavaacutevel com redutor de pressatildeo

b) Filtro de porosidade 5microm com carvatildeo ativado com manocircmetro

c) Filtro de polipropileno de porosidade 1microm com manocircmetro

A filtraccedilatildeo atraveacutes destes filtros tem por objetivo alimentar o sistema de osmose

reversa com aacutegua potaacutevel que necessita do seguinte preacute-tratamento

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Tabela 1 Paracircmetros da aacutegua provinda do sistema de preacute-tratamento

Paracircmetro Especificaccedilatildeo ou limite de aceitaccedilatildeo

Preacute-filtragem 5microm e carvatildeo ativado

Iacutendice de silte Maacuteximo 3

Teor Salino Maacuteximo 2000 mgL

Teor de Cl lt001 mgl

Teor de Mg lt005 mgl

Teor de Feacute lt005 mgl

Gama do valor de pH 4 ndash 11

Remoccedilatildeo de 99 de bacteacuterias e partiacuteculas -

II2 Sistema de Tratamento por Osmose Reversa

A secccedilatildeo de tratamento eacute composta por um sistema de purificaccedilatildeo de aacuteguas

atraveacutes de osmose reversa (OR) modelo TKA LAB-UPW do fabricante TKA (ArtNdeg

083007-SO)

II3 Sistema de Armazenamento

A aacutegua tratada pelo sistema de Osmose Reversa (OR) eacute armazenada em um

tanque de 75 L incluindo torneira de extraccedilatildeo por onde a aacutegua purificada eacute coletada O

armazenamento e coleta da aacutegua purificada ocorrem agrave temperatura ambiente A aacutegua

purificada permanece no tanque de armazenamento por no maacuteximo vinte minutos a cada

vinte minutos a bomba de recirculaccedilatildeo eacute acionada e recircula a aacutegua no tanque

conduzindo-a pela lacircmpada de oxidaccedilatildeo UV e pelo jogo de cartuchos deionizadores

A Figura 1 apresenta os componentes do sistema de Osmose Reversa (OR) e do

sistema de armazenamento e suas especificaccedilotildees

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Figura 1 Desenho esquemaacutetico do sistema de osmose reversa e do sistema de

armazenamento 1- Vaacutelvula solenoacuteide da aacutegua de alimentaccedilatildeo (Art Ndeg 150003) 2-

Bomba auxiliar com transformador (Art Ndeg 190046) 3- Moacutedulo de osmose reversa

composto por Carcaccedila 1812 (Art Ndeg 220047) e Membrana de osmose reversa 1812

(Art Ndeg 220046) 4- Vaacutelvula reguladora de pressatildeo (Art Ndeg 150060) 5- Vaacutelvula

solenoacuteide de enxaguamento por jato de aacutegua (Art Ndeg 150003) 6- Ceacutelula medidora de

condutividade (apoacutes agrave OR) (Art Ndeg 160126) 7- Foto-oxidaccedilatildeo de UV (Art Ndeg

250011) 8- Conjunto de deionizaccedilatildeo composto por Carcaccedila de filtro (Art Ndeg 065310)

e Jogo de cartuchos permutador de iacuteons e resina de adsorccedilatildeo (Art Ndeg 093011) 9-

Ceacutelula de mediccedilatildeo de condutividade da aacutegua purificada (Art Ndeg 160126) 10- Tanque

de 75 litros incluindo jogo de montagem na parede (Art Ndeg 065075) 11- Bomba de

recirculaccedilatildeo (Art Ndeg 190028) 12- Vaacutelvula de controle (Art Ndeg 150009) 13- Controle

por microprocessador (Art Ndeg 160181) 14- Entrada de aacutegua provinda do sistema de

preacute-tratamento 15- Saiacuteda da aacutegua purificada Torneira de extraccedilatildeo 16- Saiacuteda frac34rdquo do

concentrado

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

II4 Princiacutepio de Funcionamento do Sistema de Osmose Reversa

A aacutegua de alimentaccedilatildeo provinda do sistema de preacute-tratamento entra no sistema

com pressatildeo maacutexima de 6 Bar A vaacutelvula solenoacuteide da aacutegua de alimentaccedilatildeo (Figura 1-1)

permanece fechada quando o sistema estaacute no modo de espera ou parado para impedir

que a aacutegua de alimentaccedilatildeo passe pela membrana e transborde no tanque de

armazenamento A membrana semi-permeaacutevel (Figura 1-3) reteacutem 96 dos sais

dissolvidos e 99 das bacteacuterias e dos soacutelidos suspensos na aacutegua de alimentaccedilatildeo A aacutegua

purificada passa agora atraveacutes das fases de tratamento duplo (Figura 1- 7 e 8) e eacute

recolhida no tanque de armazenamento (Figura 1-10) Os sais e outros elementos

rejeitados satildeo eliminados do sistema atraveacutes do fluxo do ldquoconcentradordquo A ceacutelula

medidora da condutividade (Figura 1-6) mede a condutividade da aacutegua purificada (apoacutes

os jogos de cartuchos (Figura 1-7 e 8) o que eacute visualizado no menu de controle do

microprocessador (Figura 1-13) A bomba de recirculaccedilatildeo (Figura 1-11) eacute acionada a

cada a cada vinte minutos e recircula a aacutegua no tanque conduzindo-a pela lacircmpada de

oxidaccedilatildeo UV (Figura 1- 7) e pelo jogo de cartuchos deionizadores (Figura 1-8)

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Um desenho de montagem do sistema de tratamento completo segue na Figura 2

Figura 2 Desenho esquemaacutetico do Sistema de Purificaccedilatildeo de aacuteguas e suas

especificaccedilotildees 1- Aacutegua de alimentaccedilatildeo conexatildeo frac34rdquo (pressatildeo miacutenima 2 bar) 2- Filtro retrolavaacutevel (Art Ndeg 115999) 21- Redutor de pressatildeo (Art Ndeg 115998) 3- Preacute-filtro de 5microm + carvatildeo ativado (Art Ndeg 065201) com um manocircmetro (Art Ndeg 065311) 4-

Filtro de polipropileno de porosidade 1 microm (Art Ndeg 065101) com um manocircmetro (Art Ndeg 065311) 5- Equipamento de Osmose reversa TKA-HPW 220V ndash 100W (Art Ndeg 083007-SO) 6- Tanque de armazenamento de capacidade 75 L (Art Ndeg 115996) 7- Kit de instalaccedilatildeo (Art Ndeg 115994) 8- Caixa de aacutegua de 5000 L 9- Rede puacuteblica de

abastecimento

Caixa drsquoaacutegua (8)

Rede Puacuteblica (9)

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

III Qualificaccedilatildeo da Instalaccedilatildeo (IQ)

A fase da Qualificaccedilatildeo da Instalaccedilatildeo (IQ) estaacute associada agrave verificaccedilatildeo da

instalaccedilatildeo dos equipamentos de acordo com as especificaccedilotildees do fabricante aleacutem da

calibraccedilatildeo dos instrumentos e o estabelecimento de um programa de manutenccedilatildeo

preventiva (Johnson 1993) A Tabela 2 apresenta as especificaccedilotildees do sistema de

purificaccedilatildeo de aacuteguas e as accedilotildees que se fazem necessaacuterias para efetuar a qualificaccedilatildeo

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Tabela 2 Especificaccedilotildees fornecidas pelo fabricante e atividade a ser realizada para qualificar a instalaccedilatildeo

Especificaccedilatildeo Paracircmetro especificado em manual

Atividade a ser realizada para qualificar a

instalaccedilatildeo Tensatildeo Eleacutetrica 127220V 60Hz Registro de Calibraccedilatildeo do

estabilizador Potecircncia Eleacutetrica 01 Kw Verificaccedilatildeo e registro Temperatura ambiente +2degc a +35degC Registro do

monitoramento da temperatura

Pressatildeo do permeado 0 bar Verificaccedilatildeo e registro Pressatildeo operacional 6 bar maacutex Registro da verificaccedilatildeo da

pressatildeo da aacutegua de alimentaccedilatildeo

Temperatura de alimentaccedilatildeo +1degC a +30degC Registro da verificaccedilatildeo de temperatura

Pressatildeo da aacutegua de alimentaccedilatildeo

2 a 6 bar Registro da verificaccedilatildeo da pressatildeo da aacutegua de

alimentaccedilatildeo Calibraccedilatildeo dos controles ao longo do processo

Condutiviacutemetro e manocircmetro

Registro das calibraccedilotildees realizadas

Treinamento dos Operadores -- Realizaccedilatildeo e registro de treinamento

Programa de Manutenccedilatildeo Preventiva

Enxaacuteguumle e desinfecccedilatildeo dos tanques de

estocagem tubulaccedilotildees e carcaccedilas (anualmente)

Elaboraccedilatildeo do POP de enxaacuteguumle e desinfecccedilatildeo

Capacidade de carga das

paredes ou chatildeo

-- Registros da verificaccedilatildeo da instalaccedilatildeo

Tubulaccedilatildeo de Drenagem de

112rdquo livre para o esgoto -- Registro da verificaccedilatildeo da

Instalaccedilatildeo

Espaccedilo de trabalho suficiente -- 64 m2

Conexatildeo aacutegua de alimentaccedilatildeo

de frac34rdquo(com registro)

-- Registro da verificaccedilatildeo da instalaccedilatildeo

Ponto de Coleta do sistema de

preacute-tratamento -- Instalaccedilatildeo de registro na

entrada da aacutegua provinda do preacute-tratamento

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

IV Qualificaccedilatildeo da Operaccedilatildeo (OQ)

Esta etapa estaacute relacionada agrave garantia de que cada componente esteja

funcionando de acordo com o especificado As accedilotildees a serem realizadas na fase de

qualificaccedilatildeo da operaccedilatildeo seguem na tabela 3

Tabela 3 Accedilotildees a serem realizadas na fase de Qualificaccedilatildeo da Operaccedilatildeo (Johnson 1993)

Accedilatildeo Atividade a ser realizada 1 Preencher o sistema com aacutegua e reparar

quaisquer fugas e substituir vaacutelvulas ou vedaccedilotildees defeituosas

Verificaccedilatildeo de vazamentos e registro da realizaccedilatildeo de manutenccedilatildeo por pessoal autorizado

2 Verificar o bom funcionamento das vaacutelvulas e controles ao longo do processo

Calibraccedilatildeo dos Manocircmetros e Condutiviacutemetro do tanque de armazenamento

3 Registrar a realizaccedilatildeo da sanitizaccedilatildeo da caixa de aacutegua e da distribuiccedilatildeo do sistema

Realizaccedilatildeo da Sanitizaccedilatildeo e seu Registro

4 Elaboraccedilatildeo de POPs que descrevem os procedimentos de ligar desligar e sanitizar os equipamentos e o sistema

Seguem em anexo B

5 Verificaccedilatildeo da variaccedilatildeo da vazatildeo de aacutegua em comparaccedilatildeo as especificaccedilotildees do fornecedor

Protocolo de Serviccedilo (PS001) Anexo C

6 Avaliar a produccedilatildeo nominal do sistema 7 Lh a 15degC 7 Avaliar a eficiecircncia do sistema de preacute-

tratamento Atraveacutes da Fase 1 de validaccedilatildeo se avaliaraacute a eficiecircncia do sistema de preacute-tratamento

V Process validation (PV)

Apoacutes a realizaccedilatildeo das trecircs primeiras qualificaccedilotildees seraacute necessaacuterio realizar testes

que comprovem que o sistema realiza a purificaccedilatildeo da aacutegua da maneira a que se propotildee

Para realizar essa tarefa como descrito anteriormente segue-se a abordagem da

Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (WHO 2005) que determina trecircs fases para a validaccedilatildeo

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

V1 Plano de amostragem

V11 Pontos de amostragem

A tabela 4 descreve os pontos de coleta sua localizaccedilatildeo e a especificaccedilatildeo do tipo

de aacutegua

Tabela 4 Pontos de validaccedilatildeo localizaccedilatildeo e suas especificaccedilotildees de avaliaccedilatildeo Nuacutemero Local Tipo de aacutegua

1 Entrada do sistema de purificaccedilatildeo de aacutegua (torneira da pia)

Aacutegua potaacutevel

2 Aacutegua de alimentaccedilatildeo da osmose reversa Aacutegua potaacutevel natildeo clorada

3 Ponto de coleta da aacutegua purificada Aacutegua purificada

V12 Testes Requeridos e Criteacuterio de Aceitaccedilatildeo

Os testes requeridos e seus criteacuterios de aceitaccedilatildeo estatildeo descritos nas tabelas 4 e

5 Os testes para Aacutegua Purificada seratildeo realizados de acordo com a Farmacopeacuteia

Brasileira 4ordf ediccedilatildeo (F Bras IV 2005) e para aacutegua potaacutevel de acordo com os limites

estabelecidos na Portaria 51804 do Ministeacuterio da Sauacutede

V121 Aacutegua Potaacutevel

Tabela 5 Criteacuterios de Aceitaccedilatildeo para aacutegua potaacutevel Testes Microbioloacutegicos Especificaccedilatildeo Contagem Heterotroacutefica Total le 500UFCMl Patoacutegenos Ausecircncia de Coliformes Testes Quiacutemicos Especificaccedilatildeo Cor lt 15 UH Cloro 02 a 05 ppm pH 60 a 95 Turbidez lt 5UT Unidade Hazen (mg Pt-CoL) Unidade de turbidez

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

V122 Aacutegua Purificada

Tabela 6 Criteacuterios de Aceitaccedilatildeo para aacutegua purificada Testes Microbioloacutegicos Especificaccedilatildeo Contagem Heterotroacutefica Total le 100UFCmL Patoacutegenos Ausecircncia de coliformes P aeruginosa S

aureus e E Coli termotolerantes Testes Quiacutemicos Especificaccedilatildeo Acidez ou Alcalinidade Cumpre o Teste Amocircnio No maacuteximo 02 ppm Aparecircncia Liacutequido incolor liacutempido insiacutepido e

inodoro Caacutelcio e Magneacutesio Cumpre o Teste Cloretos Cumpre o Teste Condutividade No maacuteximo 21 microScm Metais Pesados No maacuteximo 01 ppm Nitratos No maacuteximo 02 ppm pH 5 -7 Resiacuteduo por evaporaccedilatildeo No maacuteximo 0001 Substacircncias Oxidaacuteveis Cumpre o Teste Sulfatos Cumpre o Teste Os testes seratildeo realizados de acordo com a Farmacopeacuteia Brasileira 4ordf ediccedilatildeo (F Bras IV 2005)

V13 Cronograma de Amostragem

Para a Fase 1 da validaccedilatildeo seratildeo realizados testes quiacutemicos e bioloacutegicos para

todos os pontos de amostragem durante trecircs semanas em trecircs periacuteodos de cinco dias

Apoacutes a conclusatildeo satisfatoacuteria dessa fase se realizaraacute a Fase 2 de validaccedilatildeo fase em que

a aacutegua produzida pode ser utilizada Nesta fase deve-se realizar novamente e

diariamente todos os testes quiacutemicos e bioloacutegicos para todos os pontos de amostragem

durante quatro semanas em quatro periacuteodos de cinco dias Para a Fase 3 de validaccedilatildeo

seratildeo realizados os mesmos testes quiacutemicos e microbioloacutegicos para todos os pontos de

amostragem semanalmente durante um ano O cronograma dos pontos de amostragem

segue na tabela 7

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Tabela 7 Cronograma de validaccedilatildeo

Fase de

Validaccedilatildeo

Ponto de

Amostragem

Periacuteodo de

Anaacutelise

Frequumlecircncia de

Anaacutelise

Tipo de Testes

a Realizar

1 1 2 Semanas Trecircs periacuteodos de

5 dias

Aacutegua Potaacutevel

1 2 2 Semanas Trecircs periacuteodos de 5 dias

Aacutegua potaacutevel

natildeo clorada

1 3 2 Semanas Trecircs periacuteodos de 5 dias

Aacutegua

Purificada

2 1 3 Semanas Quatro periacuteodos

de 5 dias

Aacutegua Potaacutevel

2 2 3 Semanas Quatro periacuteodos

de 5 dias

Aacutegua potaacutevel

natildeo clorada

2 3 3 Semanas Quatro periacuteodos

de 5 dias

Aacutegua

Purificada

3 1 1 Ano Semanal Aacutegua Potaacutevel

3 2 1 Ano Semanal Aacutegua potaacutevel

natildeo clorada

3 3 1 Ano Semanal Aacutegua

Purificada

V2 Fase 1

Periacuteodo de testes de trecircs semanas em trecircs periacuteodos de cinco dias para

monitoramento do sistema intensivamente durante este periacuteodo o sistema deve operar

continuamente sem falhas ou desvios de qualidade

Para essa fase seratildeo realizados os seguintes testes

bull Realizar testes quiacutemicos e microbioloacutegicos de acordo o plano de amostragem

bull Desenvolver faixas de operaccedilatildeo adequadas

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

bull Desenvolver e finalizar procedimentos de operaccedilotildees limpeza desinfecccedilatildeo e

manutenccedilatildeo

bull Demonstrar a produccedilatildeo e entrega da aacutegua na qualidade e quantidade exigida

bull Usar e aperfeiccediloar os POPs de operaccedilatildeo (ver anexo) manutenccedilatildeo desinfecccedilatildeo e

soluccedilatildeo de problemas

bull Verificar alertas provisoacuterios e accedilotildees de niacuteveis

bull Desenvolver e refinar procedimentos de testes de natildeo conformidade

V3 Fase 2

Outro periacuteodo de testes de quatro semanas em quatro periacuteodos de cinco dias a

ser realizado de maneira mais intensiva atraveacutes de um acompanhamento dos POPs

aperfeiccediloados apoacutes a conclusatildeo da Fase 1 O sistema de amostragem eacute idecircntico ao da

fase inicial e aacutegua pode ser utilizada para a fabricaccedilatildeo durante essa fase O sistema

deve

bull Demonstrar a produccedilatildeo e entrega da aacutegua na qualidade e quantidade exigida

quando o sistema eacute operado de acordo com os POPs

bull Demonstrar que o sistema estaacute sob controle

V4 Fase 3

Esta fase seraacute executada por no miacutenimo um ano apoacutes a conclusatildeo satisfatoacuteria da

fase dois a aacutegua pode ser usada para a fabricaccedilatildeo durante esta fase produccedilatildeo que tem os

devidos fins e caracteriacutesticas

bull Demonstrar que o sistema estaacute sob controle durante um longo periacuteodo de tempo

garantindo que as variaccedilotildees sazonais foram avaliadas

bull Locais de amostra frequumlecircncia de amostras e testes devem ser reduzido ao padratildeo

de rotina normal (semanalmente)

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

POP ndeg001 Versatildeo 06112007 Validade 06112008 Paacutegina 14

Procedimento Operacional Padratildeo 001

Instruccedilotildees de Uso do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

1 Objetivo Orientar a operaccedilatildeo do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

2 Aplicaccedilatildeo Ao pessoal responsaacutevel pela operaccedilatildeo e monitoramento do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

3 Materiais Necessaacuterios Protocolo de Serviccedilo (PS 001) Protocolo de Manutenccedilatildeo (PM 001) Protocolo de Produccedilatildeo de Aacutegua Purificada (PP 001)

4 Cuidados Especiais Verificar se o aparelho estaacute limpo e adequado a sua utilizaccedilatildeo Verificar a temperatura e umidade do ambiente Verificar a temperatura da aacutegua de alimentaccedilatildeo Verificar a pressatildeo da aacutegua de alimentaccedilatildeo

5 Procedimento 51 Ligar o Disjuntor (A) que alimenta a Central de Aacuteguas

A

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

POP ndeg001 Versatildeo 06112007 Validade 06112008 Paacutegina 24

Procedimento Operacional Padratildeo 001

Instruccedilotildees de Uso do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

52 Ligar o Estabilizador (B) de energia que alimenta o aparelho de Osmose Reversa

53 Abrir o registro (C) da aacutegua de alimentaccedilatildeo

54 Verificar os paracircmetros do item Cuidados Especiais e anotaacute-los no Protocolo de Serviccedilo

(PS 001)

B

C

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

POP ndeg001 Versatildeo 06112007 Validade 06112008 Paacutegina 34

Procedimento Operacional Padratildeo 001

Instruccedilotildees de Uso do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

55 Acionar a tecla ONOFF (1)

56 Visualizar no display (2) ldquoCleaningrdquo - referente agrave operaccedilatildeo do sistema de enxaacutegue que

entra automaticamente em operaccedilatildeo 57 Visualizar no display (2) ldquoProductionrdquo (produccedilatildeo) - referente agrave operaccedilatildeo do sistema de

Osmose Reversa 58 Apoacutes 2 minutos de produccedilatildeo acionar a tecla MENU (3) duas vezes para verificar a

condutividade da aacutegua de produccedilatildeo Caso visualize a mensagem ldquoError-CPrdquo paacutere a produccedilatildeo e despreze a aacutegua do tanque abrindo o registro do ponto de coleta de aacutegua purificada (D)

59 Quando o tanque de armazenamento estiver cheio ocorreraacute outro enxaacuteguumle automaacutetico e

no display (2) apareceraacute a mensagem ldquoCleaningrdquo 510 Completando-se este ciclo o aparelho entra em modo de operaccedilatildeo ldquoStand byrdquo sendo

visualizado no display (2) a mesma mensagem ldquoStand byrdquo

1

2

3

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

POP ndeg001 Versatildeo 06112007 Validade 06112008 Paacutegina 44

Procedimento Operacional Padratildeo 001

Instruccedilotildees de Uso do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

511 Retire a Aacutegua Purificada do tanque de armazenamento abrindo o registro do Ponto de Coleta (D)

512 Ao final da produccedilatildeo acionar a tecla ONOFF (1) desligar o Estabilizador de energia (B)

e fechar o registro da aacutegua de alimentaccedilatildeo (C) e o disjuntor da Central de Aacuteguas (A) 513 Anotar o valor final produzido no Protocolo de Produccedilatildeo de Aacutegua Purificada

6 Observaccedilotildees Limpeza Mensal Manutenccedilatildeo Realizada pelo fabricante sempre que constatado que fora dos paracircmetros

D

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

Protocolo ndeg001 Versatildeo 06112007 Validade 06112008

Protocolo de Serviccedilo (PS 001)

Protocolo de Verificaccedilatildeo dos Paracircmetros do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

Data Temp Ambiente

(degC)

Umidade ()

Temp Aacutegua de

Alimentaccedilatildeo (degC)

Pressatildeo Aacutegua de

Alimentaccedilatildeo (bar)

Condutividade da aacutegua Produzida (microScm)

Responsaacutevel

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash

RS Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

Protocolo ndeg002 Versatildeo 06112007 Validade 06112008

Protocolo de Manutenccedilatildeo (PM 001)

Protocolo de Verificaccedilatildeo da Manutenccedilatildeo do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

Tipo de Sistema

Nuacutemero de Identificaccedilatildeo

Ano de Fabricaccedilatildeo

Data Dureza da aacutegua de

alimentaccedilatildeo (degdH)

Pressatildeo de operaccedilatildeo

(bar)

Taxa de Permeado

(Lh)

Uacuteltima Troca de Preacute-filtro

Uacuteltima troca de Fosfato

Uacuteltima limpeza

desinfecccedilatildeo

Ass

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash

RS Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

Protocolo ndeg003 Versatildeo 06112007 Validade 06112008

Protocolo de Produccedilatildeo (PP 001)

Protocolo de Produccedilatildeo de Aacutegua Purificada

Data Produccedilatildeo Diaacuteria Responsaacutevel

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash

RS Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

Protocolo ndeg004 Versatildeo 06112007 Validade 06112008

Resultados da Validaccedilatildeo do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

Aacutegua Purificada

DATA

PONTO DE COLETA

Testes Microbioloacutegicos

Especificaccedilatildeo ____ ____ ____ ____ ____

Contagem Heterotroacutefica Total

le 100UFCmL

Patoacutegenos Ausecircncia de coliformes P aeruginosa S aureus

Testes Quiacutemicos Especificaccedilatildeo ____ ____ ____ ____ ____ Acidez ou Alcalinidade

Cumpre o Teste

Amocircnio No maacuteximo 02 ppm Aparecircncia Liacutequido incolor liacutempido

insiacutepido e inodoro

Caacutelcio e Magneacutesio Cumpre o Teste Cloretos Cumpre o Teste Condutividade No maacuteximo 21 microScm Metais Pesado No maacuteximo 01 ppm Nitratos No maacuteximo 02 ppm pH 5 -7 Resiacuteduo por evaporaccedilatildeo

No maacuteximo 0001

Substacircncias Oxidaacuteveis Cumpre o Teste Sulfatos Cumpre o Teste Os testes seratildeo realizados de acordo com a Farmacopeacuteia Brasileira 4ordf ediccedilatildeo (F Bras IV 2005)

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash

RS Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

Protocolo ndeg 005 Versatildeo 06112007 Validade 06112008

Resultados da Validaccedilatildeo do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua Aacutegua Potaacutevel

Data

Ponto de

Coleta

Especificaccedilotildees Anaacutelise Quiacutemica Anaacutelise Microbioloacutegica

Cloro pH Cor

Turbidez Contagem Heterotroacutefica

Total

Patoacutegenos

02 ndash 05 ppm

60 ndash 95 15 UH 5 UT

lt 500 UFCmL Ausecircncia de coliformes

Unidade Hazen (mg Pt-CoL)

Unidade de turbidez

40

4 Consideraccedilotildees finais e perspectivas

Ao longo do tempo a importacircncia da validaccedilatildeo de processos para a Garantia da

Qualidade foi sendo melhor compreendida pelo segmento farmacecircutico e com isso foi

contemplada pelos oacutergatildeos reguladores e aplicada pelos profissionais deste segmento

Se a validaccedilatildeo estaacute bem definida e eacute amplamente compreendida como pocircde ser

observado pelo nuacutemero de trabalhos e legislaccedilotildees revisados neste trabalho um dos

desafios que se apresentam atualmente consiste em ampliar o entendimento de como

realizaacute-la na praacutetica A proposiccedilatildeo de um protocolo para a validaccedilatildeo de um processo de

purificaccedilatildeo de aacutegua teve como um de seus objetivos exemplificar esta tarefa e assim

auxiliar na elaboraccedilatildeo de outros protocolos Assim como perspectiva deste trabalho

espera-se fornecer subsiacutedio agrave validaccedilatildeo de outros processos farmacecircuticos de

purificaccedilatildeo de aacutegua ou mesmo outros

Isto porque embora cada processo possua aspectos especiacuteficos os quais devem

ser cuidadosamente avaliados durante a validaccedilatildeo o entendimento e aplicaccedilatildeo

adequados da terminologia relacionada agrave validaccedilatildeo auxiliam na conduccedilatildeo de uma

validaccedilatildeo adequada e bem documentada

41

5 Referecircncias

ALEEM H ZHAO Y LORD S MCCARTHY T SHARRATT P N Pharmaceutical process validation an overview Proceedings of the Institution of Mechanical Engineers Part E Process Mechanical Engineering v 217 p141 ndash 150 2002

ALENCAR J R B Pinto P M D V Neto P P V Oliveira A T C Medeiros F P M Ramos S V V Rolim P J N Strategy in pharmaceutical process validation of purified water Revista Brasileira de Farmaacutecia v 85 n3 p85-88 2004a ALENCAR JRB Souza M B J Rolim P J N Lopes C E Uso de controle estatiacutestico de processo (CEP) para validaccedilatildeo de processo de glibenclamida comprimidos Revista Brasileira de Farmaacutecia v85 n3 p115-119 2004b

ALENCAR J R B CLEMENTINO M R A ROLIM P J N Cleaning validation of equipments in medicines industry strategy to select the ldquoworst caserdquo Revista Brasileira de Farmaacutecia v87 n 1 p13-18 2006

ANVISA ndash Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria Gerecircncia Geral de Inspeccedilatildeo e Controle de Medicamentos e Produtos Guias relacionados agrave garantia de qualidade Brasiacutelia 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwanvisagovbrinspecaoguias_qualidadepdfgt Acesso em 12 nov 2007

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria (ANVISA) Resoluccedilatildeo RDC nordm 210 de 04082003 DOU de 14082003 Disponiacutevel em lthttpe-legisanvisagovbrleisrefpublicshowActphpid=22321ampword=gt Acesso em 30 set 2007

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria (ANVISA) Resoluccedilatildeo RDC nordm 67 de 08102007 DOU de 09102007 Disponiacutevel em lthttpe-legisanvisagovbrleisrefpublicshowActphpid=28806ampword= gt Acesso em 30 nov 2007

42

BRASIL Ministeacuterio de Estado da Sauacutede Portaria nordm 518 de 25032004 DOU de 26032004 Disponiacutevel em lthttpe-legisanvisagovbrleisrefpublicshowActphpid=22322ampwordgt Acesso em 30 set 2007

CASTILLA B SENA F J Validation documentation Journal of Validation Technology v7 n 2 p 166-123 2001

DA ROSA PS Diagnoacutestico e avaliaccedilatildeo da qualidade microbioloacutegica da aacutegua na Faculdade de Farmaacutecia Trabalho de Conclusatildeo de Curso de Graduaccedilatildeo Disciplina de Estaacutegio Curricular em Farmaacutecia Faculdade de Farmaacutecia Universidade Federal do Rio Grande do Sul Porto Alegre 2007

EMEA - European Agency for Evaluation of Medicinal Products Note for guidance on process validation London 2001 Disponiacutevel em lthttpwwwemeaeuropaeupdfshumanqwp084896enpdfgt Acesso em 12 nov 2007

FARMACOPEacuteIA BRASILEIRA 4 ed Satildeo Paulo Atheneu 2004 pV224

FARMACOPEacuteIA BRASILEIRA 4 ed Satildeo Paulo Atheneu 2005 Fasciacuteculo 6 p263

FDA ndash Food and Drug Administration - Center for Drug Evaluation and Research (CDER) Guidance for Industry Powder Blends and Finished Dosage Units mdash Stratified In-Process Dosage Unit Sampling and Assessment Rockville 2003 Disponiacutevel em lthttpwwwfdagovCDERGUIDANCE5831dfthtmgt Acesso em 12 nov 2007

FDA ndash Food and Drug Administration - Division of Manufacturing and Product Quality (HFN-320) Center for Drugs and Biologics Guidelines on general principles of process validation Rockville 1987 Disponiacutevel em lthttpwwwfdagovCDERGUIDANCEpvhtmgt Acesso em 12 nov 2007

GUAZZARONI M YIIN B YU JL Application of total organic carbon analysis for cleaning validation in pharmaceutical manufacturing American Biotechnology Laboratory v 16 n 10 p 66-67 1998

HAIDER S I Validation standard operating procedures a step-by-step guide for achieving compliance in the pharmaceutical medical device and biotech industries 2 ed Boca Raton CRC 2002

43

HELLE M R YLIRUUSI J MANNERMAA J P A literature review of pharmaceutical process validation Pharmaceutical Technology Europe Part 3 v15 p 52-57 2003

HOFMANN K L Sterile products validation In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 103

JEATER J P CULLEN L F PAPARIELLO GJ Organizing for validation In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 9

JOHNSON W M Validation of water system for sterile and nonsterile products In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 299 - 317

KIEFFER RG Validation and the human element PDA Journal of Pharmaceutical Science and Technology v52 n2 p52-54 1998

LE HIR A Noccedilotildees de farmaacutecia galecircnica 6 ed Satildeo Paulo Organizaccedilatildeo Andrei 1997 p 137-138

LeBLANC D A Establishing scientifically justified acceptance criteria for cleaning validation of finished drug products Pharmaceutical Technology 1998 Disponiacutevel em ltwwwadvanstarcomgt Acesso em 30 set 2007

LOFTUS B T The Regulatory basis for process In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 2 - 32

LORD SV MCCARTHY T ALEEM H ZHAO Y SHARRATT P N Reinterpreting validation Proceedings of the Institution of Mechanical Engineers Part E Process Mechanical Engineering v 217 p287- 292 2003

MCCOLMICK P Y CULLEN L F Cleaning validation In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 319 - 322

NASH R A Introduction In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993

44

PICS - Pharmaceutical Inspection Convention and Pharmaceutical Inspection Co-operation Scheme Recommendations on validation master plan installation and operational qualification non-sterile process validation cleaning validation Genebra 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwnewwayzconzrefmaterialpics_pi006_2VMPpdfgt Acesso em 30 set 2007

TKA WASSERAUFBEREITUNGSSYSTEME GMBH Operating instructions TKA LAB ndash UPW Article ndeg 083007-SO Niederelbert 2001

WHO ndash World Health Organization Suplementary guidelines on good manufacturing practices (GMP) validation Genebra 2005 p 22-23 Disponiacutevel em lthttpwwwwhointmedicinesservicesexpertcommitteespharmprepValidation_QAS_055_Rev2combinedpdfgtAcesso em Acesso em 30 set 2007

WHO ndash World Health Organization Supplementary training modules on good manufacturing practice water for pharmaceutical use Part 1 introduction and treatment Genebra 2001 Disponiacutevel em ltftpftpwhointmedicinesGMPgmptrainsuplmtWater01pptgt Acesso em 30 set 2007

WHO ndash World Health Organization Supplementary training modules on good manufacturing practice water for pharmaceutical use Part 2 water purification engineering Genebra 2001 Disponiacutevel em ltftpftpwhointmedicinesGMPgmptrainsuplmtWater02pptgt Acesso em 30 set 2007

WHO ndash World Health Organization Supplementary training modules on good manufacturing practice water for pharmaceutical use Part 3 inspection of water systems Genebra 2001 Disponiacutevel em ltftpftpwhointmedicinesGMPgmptrainsuplmtWater03pptgt Acesso em 30 set 2007

WHO ndash World Health Organization Who good manufacturing practices water for pharmaceutical use Genebra 2005 (Technical Report Series n 929 Anexo 3)

WHO ndash World Health Organization Who Expert Committee on specifications for pharmaceutical preparations Genebra 2006 p 125 ndash 126 (Technical Report Series n 937 Anexo 4 Apecircndice II) Disponiacutevel em lthttpwhqlibdocwhointtrsWHO_TRS_937_engpdfpage=359gt Acesso em 01 dez 2007

  • Outras definiccedilotildees semelhantes a essas existem e muito embora as expressotildees variem a essecircncia de todas eacute a mesma assegurar que o processo quando operado sob as condiccedilotildees preacute-determinadas resultaraacute em um produto que reuniraacute as especificaccedilotildees e seus
Page 4: VALIDAÇÃO DE PROCESSOS: Aspectos teóricos e proposição de

Sumaacuterio

Resumo v

1 Introduccedilatildeo 6

2 Referencial teoacuterico

21 Conceito e aspectos regulatoacuterios 7

22 Tipos de validaccedilatildeo 8

23 Por que validar 10

24 Validaccedilatildeo versus qualificaccedilatildeo 11

25 Estaacutegios da validaccedilatildeo 12

26 Processos sujeitos agrave validaccedilatildeo 13

27 Dificuldades frequumlentemente encontradas durante a validaccedilatildeo 15

3 Proposiccedilatildeo de um protocolo para validaccedilatildeo de um processo de purificaccedilatildeo de aacutegua

existente na Central de abastecimento de aacuteguas da Faculdade de Farmaacutecia 17

4 Consideraccedilotildees finais e perspectivas 40

5 Referecircncias 41

v

Resumo

A validaccedilatildeo de processos eacute uma ferramenta importante na tarefa de garantir a qualidade

dos produtos farmacecircuticos sendo assim parte da Garantia da Qualidade A validaccedilatildeo

natildeo eacute somente um aspecto exigido pelas legislaccedilotildees farmacecircuticas mas tambeacutem uma

praacutetica que estaacute associada a vaacuterios benefiacutecios incluindo a proacutepria reduccedilatildeo dos custos de

produccedilatildeo Desse modo o presente trabalho apresenta em uma primeira parte uma

revisatildeo da literatura sobre o tema a fim de esclarecer em que consiste a validaccedilatildeo de

processos sua importacircncia e as principais dificuldades encontradas ao se validar Em

uma segunda etapa o trabalho apresenta um protocolo para a validaccedilatildeo de um sistema

de purificaccedilatildeo de aacutegua existente na Central de Aacuteguas da Faculdade de Farmaacutecia

UFRGS com o objetivo de esclarecer de maneira praacutetica como a validaccedilatildeo pode ser

realizada

6

1 Introduccedilatildeo

As atividades relativas agrave fabricaccedilatildeo e controle de medicamentos tecircm sido alvos

da mais intensa regulamentaccedilatildeo e fiscalizaccedilatildeo no segmento farmacecircutico pois uma

produccedilatildeo com qualidade eacute importante para se evitar erros que podem prejudicar a sauacutede

humana (Aleem et al 2002 Alencar et al 2004a)

A validaccedilatildeo de processos foi desenvolvida e aplicada como um recurso para

assegurar a qualidade do produto final A validaccedilatildeo eacute portanto crucial no alcance dessa

tarefa e um requisito regulatoacuterio para a aprovaccedilatildeo de um medicamento (Aleem et al

2002)

A validaccedilatildeo de processos estaacute inserida no contexto da Garantia da Qualidade

que eacute definida como a totalidade das providecircncias tomadas com o objetivo de garantir

que os produtos estejam dentro dos padrotildees de qualidade exigidos para que possam ser

utilizados para os fins propostos (Brasil 2003) As Boas Praacuteticas de Fabricaccedilatildeo

constituem tambeacutem parte da Garantia da Qualidade e asseguram que os produtos satildeo

consistentemente produzidos e controlados com padrotildees de qualidade apropriados para

o uso pretendido e requerido (Brasil 2003)

Neste contexto o trabalho teve por objetivos em uma primeira etapa esclarecer

em que consiste a validaccedilatildeo de processos por meio de uma revisatildeo de literatura atual

acerca do tema e em uma segunda etapa apresentar um protocolo para a validaccedilatildeo de

um sistema de purificaccedilatildeo de aacutegua existente na Central de Aacuteguas da Faculdade de

Farmaacutecia UFRGS Da Rosa (2007) em trabalho recente atestou que a aacutegua potaacutevel

disponiacutevel na Faculdade e que por sua vez consiste na aacutegua de alimentaccedilatildeo para os

sistemas de purificaccedilatildeo apresenta qualidade microbioloacutegica satisfatoacuteria cumprindo

com os requisitos expressos na Portaria Nordm 518 de 25 de marccedilo de 2004 do Ministeacuterio

da Sauacutede Nesse contexto com relaccedilatildeo agrave proposiccedilatildeo deste protocolo os objetivos

especiacuteficos foram (i) exemplificar a validaccedilatildeo de um processo amplamente empregado

em Farmaacutecias e Induacutestrias Farmacecircuticas (ii) atestar a qualidade da aacutegua purificada

produzida e (iii) servir como subsiacutedio agrave validaccedilatildeo de outros sistemas

7

2 Referencial Teoacuterico

21 Conceitos e Aspectos Regulatoacuterios

Nos uacuteltimos trinta anos a validaccedilatildeo de processos tem evoluiacutedo Para a maioria

das pessoas que trabalham na induacutestria ela surgiu como um requisito regulatoacuterio e

consequumlentemente foi muitas vezes considerada apenas uma obrigatoriedade Apesar de

originalmente ter sido criticada a validaccedilatildeo de processos eacute hoje bem aceita e

considerada parte da qualidade total e do monitoramento de processos (Helle et al

2003) Entretanto segundo Nash (1993) havia muita confusatildeo sobre o que eacute validaccedilatildeo

de processos e o que constitui a documentaccedilatildeo relativa agrave validaccedilatildeo de processos De

acordo com Haider (2002) as principais definiccedilotildees de validaccedilatildeo satildeo

bull Accedilatildeo de prover de acordo com os princiacutepios de Boas Praacuteticas de Fabricaccedilatildeo

que procedimentos processos equipamentos materiais atividades ou

sistemas de fato conduzam aos resultados esperados

bull Evidecircncia documental que provecirc a um especiacutefico processo um alto grau de

confianccedila de que poderaacute consistentemente apresentar um produto reunindo

suas preacute-determinadas especificaccedilotildees atributos e caracteriacutesticas de

qualidade

bull Obter e documentar evidecircncias que demonstrem que um meacutetodo pode

apresentar os resultados pretendidos e de acordo com os limites definidos

bull Accedilatildeo de verificar que qualquer processo procedimento atividade material

sistema ou equipamento usado na produccedilatildeo ou controle realizaraacute os

resultados desejados e pretendidos

Definiccedilotildees semelhantes a estas se encontram na legislaccedilatildeo brasileira e

internacional as quais seguem na tabela 1

8

Tabela 1 Principais definiccedilotildees de validaccedilatildeo de processos dos Oacutergatildeos Internacionais e Nacionais

Oacutergatildeo Definiccedilatildeo

ANVISA ndash Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria (Brasil)

(Brasil 2003) (Brasil 2007)

Ato documentado que atesta que qualquer procedimento processo equipamento material operaccedilatildeo ou sistema realmente conduz aos resultados esperados

FDA ndash Food and Drug Administration (Estados Unidos) (FDA 1987)

Evidecircncia documentalmente estabelecida que provecirc com alto grau de confianccedila que um processo especiacutefico poderaacute produzir consistentemente um produto reunindo suas preacute-determinadas especificaccedilotildees e caracteriacutesticas de qualidade

EMEA ndash European Agency for the Evaluation of Medicinal Products (Uniatildeo Europeacuteia)

(EMEA 2001)

Meio de assegurar e prover evidecircncias de que processos satildeo capazes de produzir consistentemente um produto final com a qualidade requerida

PICS ndash Pharmaceutical Inspection Convention and Pharmaceutical Inspection Co-operation Scheme (Genebra Suiacuteccedila) (PICS 2004)

Meio de assegurar e prover evidecircncias de que processos satildeo capazes de repetidamente e confiavelmente produzirem um produto final com a qualidade requerida

Outras definiccedilotildees semelhantes a essas existem e muito embora as expressotildees

variem a essecircncia de todas eacute a mesma assegurar que o processo quando operado sob as

condiccedilotildees preacute-determinadas resultaraacute em um produto que reuniraacute as especificaccedilotildees e

seus atributos de qualidade Em siacutentese validaccedilatildeo de processos assegura que o processo

faz o que se propotildee a fazer (Loftus 1993 Aleem et al 2002)

22 Tipos de Validaccedilatildeo

Os tipos de validaccedilatildeo de processos dependem da situaccedilatildeo na qual seratildeo

aplicados e das particularidades de cada sistema O FDA atraveacutes de seu guia sobre os

princiacutepios gerais da validaccedilatildeo de processos menciona trecircs tipos de validaccedilatildeo (FDA

1987 Nash 1993) Atualmente haacute quatro tipos de validaccedilatildeo (Nash 1993 Brasil 2003

PICS 2004)

9

Normalmente espera-se que a validaccedilatildeo de um processo seja completada antes

da produccedilatildeo de um produto final cuja intenccedilatildeo eacute a comercializaccedilatildeo Onde isto natildeo eacute

possiacutevel se faz necessaacuterio validar o processo durante a rotina de produccedilatildeo Processos

que vecircm sendo usados haacute algum tempo tambeacutem devem ser validados Na teoria um

exerciacutecio de validaccedilatildeo somente precisaria ser realizado uma vez Na praacutetica os

processos raramente ficam estaacuteticos Componentes satildeo alterados (insumos e materiais

de embalagem) equipamentos satildeo modificados e o ambiente do processo natildeo pode ser

considerado idecircntico ao ambiente da validaccedilatildeo inicial Assim um programa regular de

revalidaccedilatildeo eacute essencial (PICS 2004) Nessa perspectiva foram definidos quatro tipos

de validaccedilatildeo

A validaccedilatildeo prospectiva eacute realizada durante o estaacutegio de desenvolvimento do

produto atraveacutes da anaacutelise dos riscos do processo de fabricaccedilatildeo o qual eacute detalhado em

passos individuais estes por sua vez satildeo definidos com base na experiecircncia passada

para determinar se os mesmos podem ocasionar situaccedilotildees criacuteticas (Brasil 2003) Esta

validaccedilatildeo eacute completada e os resultados satildeo aprovados previamente a qualquer produccedilatildeo

e comercializaccedilatildeo do produto (Haider 2002)

A validaccedilatildeo concorrente se refere a uma combinaccedilatildeo de validaccedilatildeo

retrospectiva e prospectiva Normalmente eacute aplicado no caso de um processo existente

natildeo previamente validado ou insuficientemente validado (Haider 2002) e

normalmente eacute realizada durante a produccedilatildeo de rotina (Brasil 2003) Em certas

circunstacircncias natildeo eacute necessaacuterio um completo programa de validaccedilatildeo antes da rotina de

produccedilatildeo iniciar Nestes casos isso seraacute conhecido dentro do avanccedilo da produccedilatildeo do

produto final que seraacute comercializado ou estocado Eacute empregado em circunstacircncias

onde haacute por exemplo um processo sendo transferido para fechar um negoacutecio de

terceirizaccedilatildeo entre produtor e distribuidor (PICS 2004)

A validaccedilatildeo retrospectiva eacute empregada para aqueles processos de uso

rotineiro dentro de vaacuterias companhias que natildeo passaram por uma validaccedilatildeo de processo

formalmente documentada A validaccedilatildeo desses processos eacute possiacutevel atraveacutes de dados

histoacutericos que forneccedilam a evidecircncia documental necessaacuteria de que o processo produza

os resultados esperados Aleacutem disso atraveacutes de uma validaccedilatildeo retrospectiva pode ser

realizada uma anaacutelise de tendecircncia para determinar a extensatildeo na qual os paracircmetros do

processo encontram-se dentro da faixa permitida (PICS 2004) Entretanto a legislaccedilatildeo

10

brasileira (Brasil 2003) lembra que obviamente a validaccedilatildeo retrospectiva natildeo eacute uma

medida da garantia da qualidade em si proacutepria e nunca deve ser aplicada a novos

processos ou produtos Somente pode ser considerada em circunstacircncias especiais por

exemplo quando os requisitos de validaccedilatildeo satildeo estabelecidos pela primeira vez dentro

de uma empresa desde que seja realizado sob as mesmas condiccedilotildees operacionais

(Brasil 2003)

A revalidaccedilatildeo perioacutedica pode ser considerada o quarto tipo e eacute implementada

atraveacutes da anaacutelise de tendecircncias com o objetivo de verificar se o processo se encontra

sob controle e que as mudanccedilas introduzidas intencionalmente ou natildeo dentro de um

processo eou no ambiente do processo natildeo afetam adversamente as caracteriacutesticas do

processo e a qualidade do produto (Brasil 2003 PICS 2004)

A legislaccedilatildeo brasileira (Brasil 2003) cita algumas mudanccedilas tiacutepicas que

requerem revalidaccedilatildeo por exemplo alteraccedilotildees de (i) mateacuterias-primas que geram

mudanccedilas nas propriedades fiacutesicas do produto e afetam adversamente o processo de

produccedilatildeo (ii) de material de embalagem que podem gerar mudanccedilas no procedimento

de embalagem e podem afetar a estabilidade do produto como por exemplo a

substituiccedilatildeo do material de envase de plaacutestico por vidro (iii) de processo que podem

afetar os passos subsequumlentes do processo e a qualidade do produto por exemplo o

tempo de mistura a temperatura de secagem e o processo de resfriamento (iv) de

equipamento incluindo instrumentos de mediccedilatildeo onde qualquer substituiccedilatildeo reparo e

manutenccedilatildeo podem afetar tanto o processo quanto o produto e por fim (v) alteraccedilotildees

na aacuterea de produccedilatildeo e utilidades que podem afetar as condiccedilotildees ambientais e que em

consequumlecircncia gerem a necessidade de uma revalidaccedilatildeo do processo principalmente na

fabricaccedilatildeo de produtos esteacutereis onde este paracircmetro eacute criacutetico

23 Por que validar

A validaccedilatildeo eacute basicamente uma boa praacutetica de negoacutecios aleacutem de permitir que os

processos de produccedilatildeo sejam realizados com maior teacutecnica e economia (Aleem et al

2002) A seguir satildeo apresentadas as vantagens de se validar um processo produtivo

bull Aspectos regulatoacuterios atualmente as Boas Praacuteticas de Fabricaccedilatildeo (BPF) tecircm

sido estabelecidas por todo o mundo As BPF basicamente servem como

diretriz mas natildeo provecircem passo-a-passo instruccedilotildees de como executaacute-las

11

Entretanto o plano mestre de validaccedilatildeo associados aos Procedimentos

Operacionais Padratildeo (POPs) definem exatamente responsabilidades quem

quando onde como etc (Haider 2002)

bull Garantia da qualidade validaccedilatildeo provecirc seguranccedila na obtenccedilatildeo dos produtos

com alta qualidade assim a validaccedilatildeo conduz a um menor nuacutemero de erros

de produccedilatildeo e como resultado reduz o nuacutemero de reclamaccedilotildees do

consumidor e ldquorecallsrdquo de medicamentos (Aleem et al 2002 Haider 2002)

bull Reduccedilatildeo de custos processos operados sob niacuteveis proacuteximos de seus limites

muitas vezes causam custos pois satildeo necessaacuterias reinspeccedilotildees retestes e

rejeiccedilotildees A validaccedilatildeo conduz agrave otimizaccedilatildeo dos processos e

consequumlentemente agrave diminuiccedilatildeo dos custos (Haider 2002) aleacutem de gerar

um alto rendimento maior rapidez e confiabilidade na instalaccedilatildeo de novos

equipamentos faacutecil desenvolvimento de trabalho para uma maior escala

faacutecil manutenccedilatildeo dos equipamentos e mais raacutepida automaccedilatildeo do processo

(Haider 2002) Outros custos de qualidade incluem gastos com marketing e

obrigaccedilotildees processuais devidos a problemas externos com a imagem da

empresa (Aleem et al 2002 Haider 2002)

24 Validaccedilatildeo versus Qualificaccedilatildeo

A validaccedilatildeo e a qualificaccedilatildeo possuem conceitos semelhantes e em alguns casos

na literatura se utiliza o termo ldquovalidaccedilatildeordquo em substituiccedilatildeo ao termo ldquoqualificaccedilatildeordquo o

que gera uma falta de clareza em relaccedilatildeo a esses dois termos e suas utilizaccedilotildees (Aleem

et al 2002 Anvisa 2006)

Segundo Le Hir (1997) a qualificaccedilatildeo consiste em verificar que um aparelho

funciona corretamente para o uso a que se destina jaacute a validaccedilatildeo estaria mais

relacionada a um procedimento do que a um aparelho e consiste em verificar se uma

operaccedilatildeo previamente descrita com toda a precisatildeo permite realmente atingir os

resultados desejados De forma semelhante a legislaccedilatildeo brasileira (Brasil 2003)

determina que antes de iniciar a validaccedilatildeo do processo os equipamentos utilizados na

produccedilatildeo e os instrumentos de controle bem como a formulaccedilatildeo devem ser

qualificados

12

Eacute importante ressaltar que a qualificaccedilatildeo eacute parte da validaccedilatildeo mas a qualificaccedilatildeo

de uma etapa do processo individualmente natildeo constitui a validaccedilatildeo do processo (Lord

et al 2003) Segundo Aleem e colaboradores (2002) o maior desafio eacute o de garantir

que todos esses itens individualmente qualificados trabalhem juntos como um sistema

integrado da maneira esperada e usando os procedimentos e materiais preacute-definidos

Faz-se entatildeo necessaacuterio responder a uma pergunta ldquoquando qualificar e quando

validarrdquo O que o Pharmaceutical Inspection Convention and Pharmaceutical

Inspection Co-operation Scheme (PICS 2004) relata eacute que eacute impossiacutevel definir

categoricamente quando a qualificaccedilatildeo e a validaccedilatildeo satildeo necessaacuterias pois operaccedilotildees de

produccedilatildeo e instalaccedilotildees satildeo consideravelmente grandes e complexas

O que se sabe eacute que a qualificaccedilatildeo deve estar completa antes da validaccedilatildeo ser

conduzida O processo de qualificaccedilatildeo deve constituir-se em processo sistemaacutetico e

loacutegico bem como ser iniciado pelas fases de desenho das instalaccedilotildees equipamentos e

utilidades (Anvisa 2006) O conceito de qualificaccedilatildeo de equipamentos natildeo eacute uma

novidade Vaacuterios fornecedores vecircm executando constantemente verificaccedilotildees para

confirmar a funcionalidade de seus equipamentos tanto antes quanto depois da

instalaccedilatildeo entretanto eacute um requisito da BPF que cada companhia farmacecircutica

identifique qual qualificaccedilatildeo e validaccedilatildeo satildeo requeridas para provar o controle dos

aspectos criacuteticos de sua operaccedilatildeo (PICS 2004)

O processo farmacecircutico percorre um longo caminho em direccedilatildeo agrave determinaccedilatildeo

de quais aspectos de uma operaccedilatildeo satildeo criacuteticos Muitas empresas asseguram a validaccedilatildeo

como uma seacuterie de estudos separados de cada componente de um sistema completo

(Hofmann 1993)

25 Estaacutegios da Validaccedilatildeo (DQ IQ OQ e PQ)

A validaccedilatildeo tem sido dividida em sucessivos e sistemaacuteticos passos conhecidos

como Qualificaccedilatildeo da Instalaccedilatildeo (IQ) Qualificaccedilatildeo da Operaccedilatildeo (OQ) Qualificaccedilatildeo da

Performance (PQ) ou desempenho e Validaccedilatildeo de Processo (PV) Do ponto de vista

funcional cada passo abrange maior funcionalidade que o seu antecessor Mais

recentemente outro passo conhecido como Qualificaccedilatildeo de Desenho (PQ) foi

introduzido (Aleem et al 2002)

13

Esses passos podem ser mais claramente determinados da seguinte maneira a

Validaccedilatildeo de Processos deve estabelecer e prover evidecircncias documentais que

garantam que as dependecircncias utilidades de apoio equipamentos e processos devem ser

designados de acordo com os requerimentos das BPFs isto normalmente constitui DQ

Jaacute as evidecircncias documentais que estabelecem que os mesmos foram construiacutedos e

instalados em conformidade com suas especificaccedilotildees constituem a IQ E se os mesmos

devidamente documentados estatildeo operando de acordo com suas especificaccedilotildees

constitui a OQ Quando um processo especiacutefico produz consistentemente um produto

que reuacutene suas especificaccedilotildees e atributos de qualidade isto constitui a PV sendo que o

termo PQ tambeacutem pode ser usado com essa conotaccedilatildeo (PICS 2004 ANVISA 2006)

Apoacutes a validaccedilatildeo de um processo uma seacuterie de experimentos deve ser realizada

a fim de determinar os pontos criacuteticos do processo Estes experimentos podem

incorporar um elemento de mudanccedila para determinar a robustez do processo A inserccedilatildeo

de uma mudanccedila eacute geralmente referida como um exerciacutecio de ldquopior casordquo O uso de

novos materiais sobre condiccedilotildees limites de suas especificaccedilotildees pode indicar a

habilidade do processo de continuar produzindo um produto final com suas

especificaccedilotildees (PICS 2004)

A legislaccedilatildeo brasileira (Brasil 2003) acrescenta que a escolha do procedimento

a validar deve priorizar as atividades relacionadas agrave capacidade do processo por

exemplo a capacidade de o processo operar sem dificuldades quando os paracircmetros se

aproximam de limites aceitaacuteveis O uso de faixas de aceitaccedilatildeo para a qualidade das

mateacuterias-primas em lotes experimentais pode tornar possiacutevel estimar a extensatildeo na qual

o processo ainda continua sendo capaz de produzir um produto final que atende agraves

especificaccedilotildees

26 Processos sujeitos agrave validaccedilatildeo

Segundo a legislaccedilatildeo brasileira (Brasil 2003) e diretrizes internacionais (FDA

1987 PICS 2004) deve-se realizar a validaccedilatildeo de todos os processos de fabricaccedilatildeo e

inclusive as atividades de suporte incluindo as operaccedilotildees de limpeza A seguir seratildeo

comentados dois processos de validaccedilatildeo sendo um deles uma atividade de suporte e o

outro um processo de fabricaccedilatildeo

14

A validaccedilatildeo das operaccedilotildees de limpeza eacute de suma importacircncia na induacutestria

farmacecircutica pois resiacuteduos de produtos ou mesmo os proacuteprios agentes de limpeza

podem constituir uma fonte de contaminaccedilatildeo Mesmo quando se utiliza um

equipamento ldquodedicadordquo ou seja de uso exclusivo para processar um produto haacute que

se considerar a contaminaccedilatildeo do proacuteximo lote com produtos de degradaccedilatildeo Na

validaccedilatildeo de limpeza haacute vaacuterios aspectos a serem considerados tais como (i) se o

equipamento eacute dedicado ou natildeo (ii) o tipo de limpeza se manual semi-automatizada ou

mesmo automatizada (do inglecircs CIP ndash clean in place) (iii) as teacutecnicas de amostragem

(uso de swab rinsagem monitoramento direto na superfiacutecie entre outros) (iv) os

agentes de limpeza a serem empregados (v) o meacutetodo de anaacutelise que deve possuir

elevada sensibilidade e (vi) os relacionados ao produto como sua solubilidade e

toxicidade

Assim muitas vezes se recorre ao uso de teacutecnicas como a anaacutelise de carbono

orgacircnico total (TOC) (Guazzaroni et al 1998) que eacute capaz de medir traccedilos de

substacircncias que apresentem carbono em sua composiccedilatildeo ndash o que se aplica tanto agrave

anaacutelise de resiacuteduos dos produtos quanto dos proacuteprios tensoativos empregados na

limpeza De qualquer modo a validaccedilatildeo de operaccedilotildees de limpeza normalmente se

baseia na seleccedilatildeo do ldquopior casordquo (McCormick e Cullen 1993 PICS 2004) definindo-

se os limites de resiacuteduo quiacutemico e microbioloacutegico aceitaacuteveis no proacuteximo lote a ser

produzido atraveacutes de foacutermulas matemaacuteticas Estas questotildees satildeo aprofundadas nos

trabalhos de LeBlanc (1998) e Alencar e colaboradores (2006) aleacutem das diretrizes

apresentadas pelo Pharmaceutical Inspection Convention and Pharmaceutical

Inspection Co-operation Scheme (PICS 2004) e Agecircncia Nacional de Vigilacircncia

Sanitaacuteria (ANVISA 2006)

Como segundo exemplo a validaccedilatildeo da produccedilatildeo de formas farmacecircuticas

soacutelidas eacute realizada de maneira geral atraveacutes do uso de controles estatiacutesticos meacutetodos

que satildeo empregados em um contexto de validaccedilatildeo retrospectiva ou concorrente

Segundo Alencar e colaboradores (2004b) trata-se de uma ferramenta simples na sua

aplicaccedilatildeo capaz de permitir faacutecil compreensatildeo raacutepidas accedilotildees de controle pelo pessoal

de operaccedilatildeo rica nos resultados que pode apresentar sobre o comportamento do

processo Com relaccedilatildeo a planos de amostragem em misturas e formas soacutelidas o FDA

apresenta um guia bastante uacutetil intitulado Guidance for Industry Powder Blends and

15

Finished Dosage Units mdash Stratified In-Process Dosage Unit Sampling and Assessment

que apresenta as aplicaccedilotildees dos controles estatiacutesticos de acordo com cada necessidade

(FDA 2003)

27 Dificuldades frequumlentemente encontradas durante a validaccedilatildeo

Segundo Lord e colaboradores (2003) atualmente o maior problema na

induacutestria eacute Qual eacute a melhor estrutura organizacional para se realizar um processo de

validaccedilatildeo

Neste sentido Jeater e colaboradores (1993) descreveram que o trabalho de

validaccedilatildeo de processos na induacutestria farmacecircutica eacute geralmente organizado dentro de

alguma das seguintes estruturas uma consultoria uma forccedila-tarefa ou um grupo

dedicado exclusivamente agrave validaccedilatildeo Em cada uma delas haacute aspectos positivos e

negativos mas a forma com que os grupos de validaccedilatildeo satildeo desenvolvidos e

controlados dependeraacute das circunstacircncias locais medidas organizacionais estrutura e

personalidade das pessoas responsaacuteveis pelo estabelecimento de um processo de

validaccedilatildeo

Na validaccedilatildeo de processos eacute necessaacuterio considerar o fator humano que eacute muitas

vezes causa de natildeo conformidades ou falhas de produccedilatildeo Kieffer (1998) em seu artigo

ldquoValidation and the Human Elementrdquo descreveu que na validaccedilatildeo inicialmente o

elemento humano natildeo foi considerado como criacutetico dentro do processo enquanto que os

aspectos tecnoloacutegicos eram estudados profundamente entretanto esse elemento deve

ser analisado como parte da validaccedilatildeo e a construccedilatildeo dos processos deve visar sua

proacutepria simplificaccedilatildeo resultando em menos falhas humanas ou natildeo O mesmo autor

acrescenta que nem sempre as causas de natildeo conformidade satildeo humanas muitas vezes

os sistemas natildeo satildeo corretamente desenhados e acabam sendo a causa das falhas

humanas nesses casos a abordagem eacute redesenhar o sistema de modo a simplificaacute-lo e

posteriormente treinar o pessoal envolvido para novamente validar o sistema Ao longo

do tempo tendo em vista a necessidade e importacircncia das pessoas dentro de um

processo de validaccedilatildeo passou-se a considerar esse fator e a proacutepria legislaccedilatildeo brasileira

(Brasil 2003) determina que ldquoo treinamento adequado e a motivaccedilatildeo do pessoal satildeo

16

preacute-requisitos para uma validaccedilatildeo bem sucedida todo o pessoal deve ser motivado a

apoiar a empresa na manutenccedilatildeo dos padrotildees de qualidaderdquo

Outro aspecto a considerar no processo de validaccedilatildeo satildeo os documentos gerados

durante a validaccedilatildeo e qualificaccedilatildeo aos quais no passado natildeo foi dedicada suficiente

atenccedilatildeo Consequumlentemente as empresas natildeo tem sido capazes de prover evidecircncias

documentais que reflitam o tempo e esforccedilo despendido na execuccedilatildeo desta atividade O

desenvolvimento da documentaccedilatildeo de uma validaccedilatildeo eacute parte essencial do sucesso de

qualquer programa ou estudo de validaccedilatildeo O objetivo principal eacute assegurar que a

documentaccedilatildeo eacute capaz de provar que o processo ou sistema trabalha como o

programado eacute reprodutiacutevel e que suas especificaccedilotildees e atributos de qualidade

encontram-se estabelecidas A documentaccedilatildeo deve ser concisa natildeo-ambiacutegua detalhada

e completa (Castilla e Sena 2001)

Segundo Castilla e Sena (2001) uma boa documentaccedilatildeo de validaccedilatildeo deve ser

ldquouma descriccedilatildeo histoacuterica do que foi produzido envasado limpo embaladordquo Trazer o

como isto foi feito e quais controles foram realizados no local Deve ser um caminho

para minimizar erros e variaccedilotildees e prover evidecircncias de que ldquoalgo aconteceurdquo

descrevendo como onde e por quem isto foi feito colocando tambeacutem ldquotudo que vocecirc

quis saber mas teve medo de perguntarrdquo ou seja descrever a histoacuteria do produto seus

componentes equipamentos e processos antes do produto ser introduzido no mercadordquo

E obviamente deve estar em conformidade com os requerimentos das BPF e assegurar

reprodutibilidade

Por fim um problema encontrado ao se validar um processo eacute a falta de clareza

sobre os conceitos relacionados agrave validaccedilatildeo o que adveacutem do fato de a terminologia

relacionada agrave validaccedilatildeo ter mudado seu sentido com o tempo (Nash 1993 Aleem et al

2002)

17

3 Proposiccedilatildeo de um protocolo para validaccedilatildeo de um processo de

purificaccedilatildeo de aacutegua existente na Central de abastecimento de aacuteguas

da Faculdade de FarmaacuteciaUFRGS

Apoacutes a apresentaccedilatildeo dos conceitos principais aplicaccedilotildees e vantagens da

validaccedilatildeo esta parte do trabalho tem por objetivo demonstrar como se realiza a

validaccedilatildeo a partir da proposiccedilatildeo de um protocolo de validaccedilatildeo de um sistema de

purificaccedilatildeo de aacutegua abordando os principais aspectos a serem observados e as anaacutelises

que se fazem necessaacuterias para se validar o sistema

Os sistemas de purificaccedilatildeo de aacutegua satildeo considerados sistemas criacuteticos de

qualidade e podem influir diretamente na qualidade dos produtos por isso devem ser

validados (Johnson 1993 WHO 2005 WHO 2006) A validaccedilatildeo de um sistema de

purificaccedilatildeo de aacutegua deve seguir os passos que normalmente satildeo utilizados para a

maioria das validaccedilotildees Qualificaccedilatildeo de Design (DQ) Qualificaccedilatildeo da Instalaccedilatildeo (IQ)

Qualificaccedilatildeo da Operaccedilatildeo (OQ) e Validaccedilatildeo de Processo (PV)

Segundo a Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (WHO 2005 WHO 2006) para a

validaccedilatildeo deste processo em especial satildeo necessaacuterias trecircs fases que envolvem uma

coleta de dados prolongada a fim de se garantir que o sistema independentemente da

variaccedilatildeo sazonal sobre a aacutegua de alimentaccedilatildeo e sobre o sistema de tratamento mantecircm-

se produzindo consistentemente aacutegua dentro de suas especificaccedilotildees farmacopecircicas

Resumidamente a primeira fase prevecirc a realizaccedilatildeo atraveacutes de testes diaacuterios na aacutegua

coletada de pontos preacute-determinados durante duas a quatro semanas (validaccedilatildeo

prospectiva) Apoacutes a aprovaccedilatildeo na primeira fase de testes a aacutegua produzida pelo

sistema poderaacute ser utilizada e entatildeo eacute conduzida a segunda fase de testes onde seratildeo

avaliados os mesmo pontos de coleta da primeira fase durante um periacuteodo de trecircs

semanas (validaccedilatildeo concorrente) Soacute entatildeo passa-se agrave terceira fase de validaccedilatildeo onde o

sistema eacute monitorado em periacuteodos a serem definidos em menor nuacutemero de pontos de

coleta durante um ano tendo-se assim a avaliaccedilatildeo da influecircncia da variaccedilatildeo sazonal da

aacutegua sobre o sistema e sua validaccedilatildeo completada

Uma abordagem anterior descrita por Johnson (1993) relata a conduccedilatildeo de duas

fases Na etapa inicial o sistema eacute operado sob uma ldquocondiccedilatildeo de estresserdquo ou seja

manteacutem-se o sistema abaixo de suas condiccedilotildees normais de operaccedilatildeo pelo periacuteodo de

18

quatro a seis meses de monitoramento a fim de verificar a robustez do sistema Na

etapa subsequumlente realizam-se testes com o sistema operando em sua normalidade

durante o periacuteodo de no miacutenimo um ano assim constata-se que o sistema produz aacutegua

dentro das especificaccedilotildees independentemente da sazonalidade microbioloacutegica Como

nesta abordagem o sistema opera sob ldquocondiccedilatildeo de estresserdquo na etapa inicial natildeo eacute

indicada a conduccedilatildeo de uma validaccedilatildeo concorrente tendo em vista o risco associado de

natildeo conformidade da aacutegua produzida pelo sistema

O sistema de purificaccedilatildeo de aacuteguas a ser validado seraacute o instalado na Central de

Aacuteguas da Faculdade de Farmaacutecia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul

(UFRGS) Devido agrave necessidade de se realizar uma validaccedilatildeo concorrente pois o

sistema jaacute se encontra instalado e em operaccedilatildeo optou-se por seguir as diretrizes da

Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (WHO 2005 WHO 2006) que se aplicam mais ao

caso aleacutem de ser mais atual A seguir eacute apresentado o protocolo de validaccedilatildeo do

Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacuteguas

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

ASSUNTO Protocolo de Validaccedilatildeo do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

I Objetivo

O objetivo da Validaccedilatildeo do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacuteguas eacute demonstrar que a

aacutegua fornecida pelo sistema atende agraves especificaccedilotildees (quiacutemicas e microbioloacutegicas) para

utilizaccedilatildeo nos laboratoacuterios da Faculdade de Farmaacutecia da UFRGS para a realizaccedilatildeo de

experimentos As especificaccedilotildees seratildeo as descritas na Farmacopeacuteia Brasileira uma vez

que esta constitui o compecircndio oficial brasileiro aleacutem de determinar um maior nuacutemero

de anaacutelises quiacutemicas em relaccedilatildeo aos compecircndios internacionais

II Descriccedilatildeo do Sistema de aacutegua

O sistema de purificaccedilatildeo de aacuteguas a ser validado estaacute instalado na Central de

Aacuteguas da Faculdade de Farmaacutecia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul

(UFRGS) A aacutegua de alimentaccedilatildeo eacute proveniente do sistema de tratamento de aacutegua

clorada da rede municipal (aacutegua de superfiacutecie) A aacutegua entatildeo passa para dois

reservatoacuterios de 5000 litros e segue por gravidade ateacute a Central de Aacuteguas

II1 Sistema de preacute-tratamento

A aacutegua proveniente dos reservatoacuterios de aacutegua passa para a secccedilatildeo de preacute-

tratamento que eacute composta dos meios filtrantes descritos abaixo em carcaccedilas de

polipropileno

a) Filtro retrolavaacutevel com redutor de pressatildeo

b) Filtro de porosidade 5microm com carvatildeo ativado com manocircmetro

c) Filtro de polipropileno de porosidade 1microm com manocircmetro

A filtraccedilatildeo atraveacutes destes filtros tem por objetivo alimentar o sistema de osmose

reversa com aacutegua potaacutevel que necessita do seguinte preacute-tratamento

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Tabela 1 Paracircmetros da aacutegua provinda do sistema de preacute-tratamento

Paracircmetro Especificaccedilatildeo ou limite de aceitaccedilatildeo

Preacute-filtragem 5microm e carvatildeo ativado

Iacutendice de silte Maacuteximo 3

Teor Salino Maacuteximo 2000 mgL

Teor de Cl lt001 mgl

Teor de Mg lt005 mgl

Teor de Feacute lt005 mgl

Gama do valor de pH 4 ndash 11

Remoccedilatildeo de 99 de bacteacuterias e partiacuteculas -

II2 Sistema de Tratamento por Osmose Reversa

A secccedilatildeo de tratamento eacute composta por um sistema de purificaccedilatildeo de aacuteguas

atraveacutes de osmose reversa (OR) modelo TKA LAB-UPW do fabricante TKA (ArtNdeg

083007-SO)

II3 Sistema de Armazenamento

A aacutegua tratada pelo sistema de Osmose Reversa (OR) eacute armazenada em um

tanque de 75 L incluindo torneira de extraccedilatildeo por onde a aacutegua purificada eacute coletada O

armazenamento e coleta da aacutegua purificada ocorrem agrave temperatura ambiente A aacutegua

purificada permanece no tanque de armazenamento por no maacuteximo vinte minutos a cada

vinte minutos a bomba de recirculaccedilatildeo eacute acionada e recircula a aacutegua no tanque

conduzindo-a pela lacircmpada de oxidaccedilatildeo UV e pelo jogo de cartuchos deionizadores

A Figura 1 apresenta os componentes do sistema de Osmose Reversa (OR) e do

sistema de armazenamento e suas especificaccedilotildees

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Figura 1 Desenho esquemaacutetico do sistema de osmose reversa e do sistema de

armazenamento 1- Vaacutelvula solenoacuteide da aacutegua de alimentaccedilatildeo (Art Ndeg 150003) 2-

Bomba auxiliar com transformador (Art Ndeg 190046) 3- Moacutedulo de osmose reversa

composto por Carcaccedila 1812 (Art Ndeg 220047) e Membrana de osmose reversa 1812

(Art Ndeg 220046) 4- Vaacutelvula reguladora de pressatildeo (Art Ndeg 150060) 5- Vaacutelvula

solenoacuteide de enxaguamento por jato de aacutegua (Art Ndeg 150003) 6- Ceacutelula medidora de

condutividade (apoacutes agrave OR) (Art Ndeg 160126) 7- Foto-oxidaccedilatildeo de UV (Art Ndeg

250011) 8- Conjunto de deionizaccedilatildeo composto por Carcaccedila de filtro (Art Ndeg 065310)

e Jogo de cartuchos permutador de iacuteons e resina de adsorccedilatildeo (Art Ndeg 093011) 9-

Ceacutelula de mediccedilatildeo de condutividade da aacutegua purificada (Art Ndeg 160126) 10- Tanque

de 75 litros incluindo jogo de montagem na parede (Art Ndeg 065075) 11- Bomba de

recirculaccedilatildeo (Art Ndeg 190028) 12- Vaacutelvula de controle (Art Ndeg 150009) 13- Controle

por microprocessador (Art Ndeg 160181) 14- Entrada de aacutegua provinda do sistema de

preacute-tratamento 15- Saiacuteda da aacutegua purificada Torneira de extraccedilatildeo 16- Saiacuteda frac34rdquo do

concentrado

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

II4 Princiacutepio de Funcionamento do Sistema de Osmose Reversa

A aacutegua de alimentaccedilatildeo provinda do sistema de preacute-tratamento entra no sistema

com pressatildeo maacutexima de 6 Bar A vaacutelvula solenoacuteide da aacutegua de alimentaccedilatildeo (Figura 1-1)

permanece fechada quando o sistema estaacute no modo de espera ou parado para impedir

que a aacutegua de alimentaccedilatildeo passe pela membrana e transborde no tanque de

armazenamento A membrana semi-permeaacutevel (Figura 1-3) reteacutem 96 dos sais

dissolvidos e 99 das bacteacuterias e dos soacutelidos suspensos na aacutegua de alimentaccedilatildeo A aacutegua

purificada passa agora atraveacutes das fases de tratamento duplo (Figura 1- 7 e 8) e eacute

recolhida no tanque de armazenamento (Figura 1-10) Os sais e outros elementos

rejeitados satildeo eliminados do sistema atraveacutes do fluxo do ldquoconcentradordquo A ceacutelula

medidora da condutividade (Figura 1-6) mede a condutividade da aacutegua purificada (apoacutes

os jogos de cartuchos (Figura 1-7 e 8) o que eacute visualizado no menu de controle do

microprocessador (Figura 1-13) A bomba de recirculaccedilatildeo (Figura 1-11) eacute acionada a

cada a cada vinte minutos e recircula a aacutegua no tanque conduzindo-a pela lacircmpada de

oxidaccedilatildeo UV (Figura 1- 7) e pelo jogo de cartuchos deionizadores (Figura 1-8)

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Um desenho de montagem do sistema de tratamento completo segue na Figura 2

Figura 2 Desenho esquemaacutetico do Sistema de Purificaccedilatildeo de aacuteguas e suas

especificaccedilotildees 1- Aacutegua de alimentaccedilatildeo conexatildeo frac34rdquo (pressatildeo miacutenima 2 bar) 2- Filtro retrolavaacutevel (Art Ndeg 115999) 21- Redutor de pressatildeo (Art Ndeg 115998) 3- Preacute-filtro de 5microm + carvatildeo ativado (Art Ndeg 065201) com um manocircmetro (Art Ndeg 065311) 4-

Filtro de polipropileno de porosidade 1 microm (Art Ndeg 065101) com um manocircmetro (Art Ndeg 065311) 5- Equipamento de Osmose reversa TKA-HPW 220V ndash 100W (Art Ndeg 083007-SO) 6- Tanque de armazenamento de capacidade 75 L (Art Ndeg 115996) 7- Kit de instalaccedilatildeo (Art Ndeg 115994) 8- Caixa de aacutegua de 5000 L 9- Rede puacuteblica de

abastecimento

Caixa drsquoaacutegua (8)

Rede Puacuteblica (9)

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

III Qualificaccedilatildeo da Instalaccedilatildeo (IQ)

A fase da Qualificaccedilatildeo da Instalaccedilatildeo (IQ) estaacute associada agrave verificaccedilatildeo da

instalaccedilatildeo dos equipamentos de acordo com as especificaccedilotildees do fabricante aleacutem da

calibraccedilatildeo dos instrumentos e o estabelecimento de um programa de manutenccedilatildeo

preventiva (Johnson 1993) A Tabela 2 apresenta as especificaccedilotildees do sistema de

purificaccedilatildeo de aacuteguas e as accedilotildees que se fazem necessaacuterias para efetuar a qualificaccedilatildeo

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Tabela 2 Especificaccedilotildees fornecidas pelo fabricante e atividade a ser realizada para qualificar a instalaccedilatildeo

Especificaccedilatildeo Paracircmetro especificado em manual

Atividade a ser realizada para qualificar a

instalaccedilatildeo Tensatildeo Eleacutetrica 127220V 60Hz Registro de Calibraccedilatildeo do

estabilizador Potecircncia Eleacutetrica 01 Kw Verificaccedilatildeo e registro Temperatura ambiente +2degc a +35degC Registro do

monitoramento da temperatura

Pressatildeo do permeado 0 bar Verificaccedilatildeo e registro Pressatildeo operacional 6 bar maacutex Registro da verificaccedilatildeo da

pressatildeo da aacutegua de alimentaccedilatildeo

Temperatura de alimentaccedilatildeo +1degC a +30degC Registro da verificaccedilatildeo de temperatura

Pressatildeo da aacutegua de alimentaccedilatildeo

2 a 6 bar Registro da verificaccedilatildeo da pressatildeo da aacutegua de

alimentaccedilatildeo Calibraccedilatildeo dos controles ao longo do processo

Condutiviacutemetro e manocircmetro

Registro das calibraccedilotildees realizadas

Treinamento dos Operadores -- Realizaccedilatildeo e registro de treinamento

Programa de Manutenccedilatildeo Preventiva

Enxaacuteguumle e desinfecccedilatildeo dos tanques de

estocagem tubulaccedilotildees e carcaccedilas (anualmente)

Elaboraccedilatildeo do POP de enxaacuteguumle e desinfecccedilatildeo

Capacidade de carga das

paredes ou chatildeo

-- Registros da verificaccedilatildeo da instalaccedilatildeo

Tubulaccedilatildeo de Drenagem de

112rdquo livre para o esgoto -- Registro da verificaccedilatildeo da

Instalaccedilatildeo

Espaccedilo de trabalho suficiente -- 64 m2

Conexatildeo aacutegua de alimentaccedilatildeo

de frac34rdquo(com registro)

-- Registro da verificaccedilatildeo da instalaccedilatildeo

Ponto de Coleta do sistema de

preacute-tratamento -- Instalaccedilatildeo de registro na

entrada da aacutegua provinda do preacute-tratamento

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

IV Qualificaccedilatildeo da Operaccedilatildeo (OQ)

Esta etapa estaacute relacionada agrave garantia de que cada componente esteja

funcionando de acordo com o especificado As accedilotildees a serem realizadas na fase de

qualificaccedilatildeo da operaccedilatildeo seguem na tabela 3

Tabela 3 Accedilotildees a serem realizadas na fase de Qualificaccedilatildeo da Operaccedilatildeo (Johnson 1993)

Accedilatildeo Atividade a ser realizada 1 Preencher o sistema com aacutegua e reparar

quaisquer fugas e substituir vaacutelvulas ou vedaccedilotildees defeituosas

Verificaccedilatildeo de vazamentos e registro da realizaccedilatildeo de manutenccedilatildeo por pessoal autorizado

2 Verificar o bom funcionamento das vaacutelvulas e controles ao longo do processo

Calibraccedilatildeo dos Manocircmetros e Condutiviacutemetro do tanque de armazenamento

3 Registrar a realizaccedilatildeo da sanitizaccedilatildeo da caixa de aacutegua e da distribuiccedilatildeo do sistema

Realizaccedilatildeo da Sanitizaccedilatildeo e seu Registro

4 Elaboraccedilatildeo de POPs que descrevem os procedimentos de ligar desligar e sanitizar os equipamentos e o sistema

Seguem em anexo B

5 Verificaccedilatildeo da variaccedilatildeo da vazatildeo de aacutegua em comparaccedilatildeo as especificaccedilotildees do fornecedor

Protocolo de Serviccedilo (PS001) Anexo C

6 Avaliar a produccedilatildeo nominal do sistema 7 Lh a 15degC 7 Avaliar a eficiecircncia do sistema de preacute-

tratamento Atraveacutes da Fase 1 de validaccedilatildeo se avaliaraacute a eficiecircncia do sistema de preacute-tratamento

V Process validation (PV)

Apoacutes a realizaccedilatildeo das trecircs primeiras qualificaccedilotildees seraacute necessaacuterio realizar testes

que comprovem que o sistema realiza a purificaccedilatildeo da aacutegua da maneira a que se propotildee

Para realizar essa tarefa como descrito anteriormente segue-se a abordagem da

Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (WHO 2005) que determina trecircs fases para a validaccedilatildeo

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

V1 Plano de amostragem

V11 Pontos de amostragem

A tabela 4 descreve os pontos de coleta sua localizaccedilatildeo e a especificaccedilatildeo do tipo

de aacutegua

Tabela 4 Pontos de validaccedilatildeo localizaccedilatildeo e suas especificaccedilotildees de avaliaccedilatildeo Nuacutemero Local Tipo de aacutegua

1 Entrada do sistema de purificaccedilatildeo de aacutegua (torneira da pia)

Aacutegua potaacutevel

2 Aacutegua de alimentaccedilatildeo da osmose reversa Aacutegua potaacutevel natildeo clorada

3 Ponto de coleta da aacutegua purificada Aacutegua purificada

V12 Testes Requeridos e Criteacuterio de Aceitaccedilatildeo

Os testes requeridos e seus criteacuterios de aceitaccedilatildeo estatildeo descritos nas tabelas 4 e

5 Os testes para Aacutegua Purificada seratildeo realizados de acordo com a Farmacopeacuteia

Brasileira 4ordf ediccedilatildeo (F Bras IV 2005) e para aacutegua potaacutevel de acordo com os limites

estabelecidos na Portaria 51804 do Ministeacuterio da Sauacutede

V121 Aacutegua Potaacutevel

Tabela 5 Criteacuterios de Aceitaccedilatildeo para aacutegua potaacutevel Testes Microbioloacutegicos Especificaccedilatildeo Contagem Heterotroacutefica Total le 500UFCMl Patoacutegenos Ausecircncia de Coliformes Testes Quiacutemicos Especificaccedilatildeo Cor lt 15 UH Cloro 02 a 05 ppm pH 60 a 95 Turbidez lt 5UT Unidade Hazen (mg Pt-CoL) Unidade de turbidez

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

V122 Aacutegua Purificada

Tabela 6 Criteacuterios de Aceitaccedilatildeo para aacutegua purificada Testes Microbioloacutegicos Especificaccedilatildeo Contagem Heterotroacutefica Total le 100UFCmL Patoacutegenos Ausecircncia de coliformes P aeruginosa S

aureus e E Coli termotolerantes Testes Quiacutemicos Especificaccedilatildeo Acidez ou Alcalinidade Cumpre o Teste Amocircnio No maacuteximo 02 ppm Aparecircncia Liacutequido incolor liacutempido insiacutepido e

inodoro Caacutelcio e Magneacutesio Cumpre o Teste Cloretos Cumpre o Teste Condutividade No maacuteximo 21 microScm Metais Pesados No maacuteximo 01 ppm Nitratos No maacuteximo 02 ppm pH 5 -7 Resiacuteduo por evaporaccedilatildeo No maacuteximo 0001 Substacircncias Oxidaacuteveis Cumpre o Teste Sulfatos Cumpre o Teste Os testes seratildeo realizados de acordo com a Farmacopeacuteia Brasileira 4ordf ediccedilatildeo (F Bras IV 2005)

V13 Cronograma de Amostragem

Para a Fase 1 da validaccedilatildeo seratildeo realizados testes quiacutemicos e bioloacutegicos para

todos os pontos de amostragem durante trecircs semanas em trecircs periacuteodos de cinco dias

Apoacutes a conclusatildeo satisfatoacuteria dessa fase se realizaraacute a Fase 2 de validaccedilatildeo fase em que

a aacutegua produzida pode ser utilizada Nesta fase deve-se realizar novamente e

diariamente todos os testes quiacutemicos e bioloacutegicos para todos os pontos de amostragem

durante quatro semanas em quatro periacuteodos de cinco dias Para a Fase 3 de validaccedilatildeo

seratildeo realizados os mesmos testes quiacutemicos e microbioloacutegicos para todos os pontos de

amostragem semanalmente durante um ano O cronograma dos pontos de amostragem

segue na tabela 7

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Tabela 7 Cronograma de validaccedilatildeo

Fase de

Validaccedilatildeo

Ponto de

Amostragem

Periacuteodo de

Anaacutelise

Frequumlecircncia de

Anaacutelise

Tipo de Testes

a Realizar

1 1 2 Semanas Trecircs periacuteodos de

5 dias

Aacutegua Potaacutevel

1 2 2 Semanas Trecircs periacuteodos de 5 dias

Aacutegua potaacutevel

natildeo clorada

1 3 2 Semanas Trecircs periacuteodos de 5 dias

Aacutegua

Purificada

2 1 3 Semanas Quatro periacuteodos

de 5 dias

Aacutegua Potaacutevel

2 2 3 Semanas Quatro periacuteodos

de 5 dias

Aacutegua potaacutevel

natildeo clorada

2 3 3 Semanas Quatro periacuteodos

de 5 dias

Aacutegua

Purificada

3 1 1 Ano Semanal Aacutegua Potaacutevel

3 2 1 Ano Semanal Aacutegua potaacutevel

natildeo clorada

3 3 1 Ano Semanal Aacutegua

Purificada

V2 Fase 1

Periacuteodo de testes de trecircs semanas em trecircs periacuteodos de cinco dias para

monitoramento do sistema intensivamente durante este periacuteodo o sistema deve operar

continuamente sem falhas ou desvios de qualidade

Para essa fase seratildeo realizados os seguintes testes

bull Realizar testes quiacutemicos e microbioloacutegicos de acordo o plano de amostragem

bull Desenvolver faixas de operaccedilatildeo adequadas

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

bull Desenvolver e finalizar procedimentos de operaccedilotildees limpeza desinfecccedilatildeo e

manutenccedilatildeo

bull Demonstrar a produccedilatildeo e entrega da aacutegua na qualidade e quantidade exigida

bull Usar e aperfeiccediloar os POPs de operaccedilatildeo (ver anexo) manutenccedilatildeo desinfecccedilatildeo e

soluccedilatildeo de problemas

bull Verificar alertas provisoacuterios e accedilotildees de niacuteveis

bull Desenvolver e refinar procedimentos de testes de natildeo conformidade

V3 Fase 2

Outro periacuteodo de testes de quatro semanas em quatro periacuteodos de cinco dias a

ser realizado de maneira mais intensiva atraveacutes de um acompanhamento dos POPs

aperfeiccediloados apoacutes a conclusatildeo da Fase 1 O sistema de amostragem eacute idecircntico ao da

fase inicial e aacutegua pode ser utilizada para a fabricaccedilatildeo durante essa fase O sistema

deve

bull Demonstrar a produccedilatildeo e entrega da aacutegua na qualidade e quantidade exigida

quando o sistema eacute operado de acordo com os POPs

bull Demonstrar que o sistema estaacute sob controle

V4 Fase 3

Esta fase seraacute executada por no miacutenimo um ano apoacutes a conclusatildeo satisfatoacuteria da

fase dois a aacutegua pode ser usada para a fabricaccedilatildeo durante esta fase produccedilatildeo que tem os

devidos fins e caracteriacutesticas

bull Demonstrar que o sistema estaacute sob controle durante um longo periacuteodo de tempo

garantindo que as variaccedilotildees sazonais foram avaliadas

bull Locais de amostra frequumlecircncia de amostras e testes devem ser reduzido ao padratildeo

de rotina normal (semanalmente)

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

POP ndeg001 Versatildeo 06112007 Validade 06112008 Paacutegina 14

Procedimento Operacional Padratildeo 001

Instruccedilotildees de Uso do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

1 Objetivo Orientar a operaccedilatildeo do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

2 Aplicaccedilatildeo Ao pessoal responsaacutevel pela operaccedilatildeo e monitoramento do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

3 Materiais Necessaacuterios Protocolo de Serviccedilo (PS 001) Protocolo de Manutenccedilatildeo (PM 001) Protocolo de Produccedilatildeo de Aacutegua Purificada (PP 001)

4 Cuidados Especiais Verificar se o aparelho estaacute limpo e adequado a sua utilizaccedilatildeo Verificar a temperatura e umidade do ambiente Verificar a temperatura da aacutegua de alimentaccedilatildeo Verificar a pressatildeo da aacutegua de alimentaccedilatildeo

5 Procedimento 51 Ligar o Disjuntor (A) que alimenta a Central de Aacuteguas

A

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

POP ndeg001 Versatildeo 06112007 Validade 06112008 Paacutegina 24

Procedimento Operacional Padratildeo 001

Instruccedilotildees de Uso do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

52 Ligar o Estabilizador (B) de energia que alimenta o aparelho de Osmose Reversa

53 Abrir o registro (C) da aacutegua de alimentaccedilatildeo

54 Verificar os paracircmetros do item Cuidados Especiais e anotaacute-los no Protocolo de Serviccedilo

(PS 001)

B

C

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

POP ndeg001 Versatildeo 06112007 Validade 06112008 Paacutegina 34

Procedimento Operacional Padratildeo 001

Instruccedilotildees de Uso do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

55 Acionar a tecla ONOFF (1)

56 Visualizar no display (2) ldquoCleaningrdquo - referente agrave operaccedilatildeo do sistema de enxaacutegue que

entra automaticamente em operaccedilatildeo 57 Visualizar no display (2) ldquoProductionrdquo (produccedilatildeo) - referente agrave operaccedilatildeo do sistema de

Osmose Reversa 58 Apoacutes 2 minutos de produccedilatildeo acionar a tecla MENU (3) duas vezes para verificar a

condutividade da aacutegua de produccedilatildeo Caso visualize a mensagem ldquoError-CPrdquo paacutere a produccedilatildeo e despreze a aacutegua do tanque abrindo o registro do ponto de coleta de aacutegua purificada (D)

59 Quando o tanque de armazenamento estiver cheio ocorreraacute outro enxaacuteguumle automaacutetico e

no display (2) apareceraacute a mensagem ldquoCleaningrdquo 510 Completando-se este ciclo o aparelho entra em modo de operaccedilatildeo ldquoStand byrdquo sendo

visualizado no display (2) a mesma mensagem ldquoStand byrdquo

1

2

3

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

POP ndeg001 Versatildeo 06112007 Validade 06112008 Paacutegina 44

Procedimento Operacional Padratildeo 001

Instruccedilotildees de Uso do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

511 Retire a Aacutegua Purificada do tanque de armazenamento abrindo o registro do Ponto de Coleta (D)

512 Ao final da produccedilatildeo acionar a tecla ONOFF (1) desligar o Estabilizador de energia (B)

e fechar o registro da aacutegua de alimentaccedilatildeo (C) e o disjuntor da Central de Aacuteguas (A) 513 Anotar o valor final produzido no Protocolo de Produccedilatildeo de Aacutegua Purificada

6 Observaccedilotildees Limpeza Mensal Manutenccedilatildeo Realizada pelo fabricante sempre que constatado que fora dos paracircmetros

D

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

Protocolo ndeg001 Versatildeo 06112007 Validade 06112008

Protocolo de Serviccedilo (PS 001)

Protocolo de Verificaccedilatildeo dos Paracircmetros do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

Data Temp Ambiente

(degC)

Umidade ()

Temp Aacutegua de

Alimentaccedilatildeo (degC)

Pressatildeo Aacutegua de

Alimentaccedilatildeo (bar)

Condutividade da aacutegua Produzida (microScm)

Responsaacutevel

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash

RS Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

Protocolo ndeg002 Versatildeo 06112007 Validade 06112008

Protocolo de Manutenccedilatildeo (PM 001)

Protocolo de Verificaccedilatildeo da Manutenccedilatildeo do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

Tipo de Sistema

Nuacutemero de Identificaccedilatildeo

Ano de Fabricaccedilatildeo

Data Dureza da aacutegua de

alimentaccedilatildeo (degdH)

Pressatildeo de operaccedilatildeo

(bar)

Taxa de Permeado

(Lh)

Uacuteltima Troca de Preacute-filtro

Uacuteltima troca de Fosfato

Uacuteltima limpeza

desinfecccedilatildeo

Ass

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash

RS Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

Protocolo ndeg003 Versatildeo 06112007 Validade 06112008

Protocolo de Produccedilatildeo (PP 001)

Protocolo de Produccedilatildeo de Aacutegua Purificada

Data Produccedilatildeo Diaacuteria Responsaacutevel

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash

RS Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

Protocolo ndeg004 Versatildeo 06112007 Validade 06112008

Resultados da Validaccedilatildeo do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

Aacutegua Purificada

DATA

PONTO DE COLETA

Testes Microbioloacutegicos

Especificaccedilatildeo ____ ____ ____ ____ ____

Contagem Heterotroacutefica Total

le 100UFCmL

Patoacutegenos Ausecircncia de coliformes P aeruginosa S aureus

Testes Quiacutemicos Especificaccedilatildeo ____ ____ ____ ____ ____ Acidez ou Alcalinidade

Cumpre o Teste

Amocircnio No maacuteximo 02 ppm Aparecircncia Liacutequido incolor liacutempido

insiacutepido e inodoro

Caacutelcio e Magneacutesio Cumpre o Teste Cloretos Cumpre o Teste Condutividade No maacuteximo 21 microScm Metais Pesado No maacuteximo 01 ppm Nitratos No maacuteximo 02 ppm pH 5 -7 Resiacuteduo por evaporaccedilatildeo

No maacuteximo 0001

Substacircncias Oxidaacuteveis Cumpre o Teste Sulfatos Cumpre o Teste Os testes seratildeo realizados de acordo com a Farmacopeacuteia Brasileira 4ordf ediccedilatildeo (F Bras IV 2005)

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash

RS Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

Protocolo ndeg 005 Versatildeo 06112007 Validade 06112008

Resultados da Validaccedilatildeo do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua Aacutegua Potaacutevel

Data

Ponto de

Coleta

Especificaccedilotildees Anaacutelise Quiacutemica Anaacutelise Microbioloacutegica

Cloro pH Cor

Turbidez Contagem Heterotroacutefica

Total

Patoacutegenos

02 ndash 05 ppm

60 ndash 95 15 UH 5 UT

lt 500 UFCmL Ausecircncia de coliformes

Unidade Hazen (mg Pt-CoL)

Unidade de turbidez

40

4 Consideraccedilotildees finais e perspectivas

Ao longo do tempo a importacircncia da validaccedilatildeo de processos para a Garantia da

Qualidade foi sendo melhor compreendida pelo segmento farmacecircutico e com isso foi

contemplada pelos oacutergatildeos reguladores e aplicada pelos profissionais deste segmento

Se a validaccedilatildeo estaacute bem definida e eacute amplamente compreendida como pocircde ser

observado pelo nuacutemero de trabalhos e legislaccedilotildees revisados neste trabalho um dos

desafios que se apresentam atualmente consiste em ampliar o entendimento de como

realizaacute-la na praacutetica A proposiccedilatildeo de um protocolo para a validaccedilatildeo de um processo de

purificaccedilatildeo de aacutegua teve como um de seus objetivos exemplificar esta tarefa e assim

auxiliar na elaboraccedilatildeo de outros protocolos Assim como perspectiva deste trabalho

espera-se fornecer subsiacutedio agrave validaccedilatildeo de outros processos farmacecircuticos de

purificaccedilatildeo de aacutegua ou mesmo outros

Isto porque embora cada processo possua aspectos especiacuteficos os quais devem

ser cuidadosamente avaliados durante a validaccedilatildeo o entendimento e aplicaccedilatildeo

adequados da terminologia relacionada agrave validaccedilatildeo auxiliam na conduccedilatildeo de uma

validaccedilatildeo adequada e bem documentada

41

5 Referecircncias

ALEEM H ZHAO Y LORD S MCCARTHY T SHARRATT P N Pharmaceutical process validation an overview Proceedings of the Institution of Mechanical Engineers Part E Process Mechanical Engineering v 217 p141 ndash 150 2002

ALENCAR J R B Pinto P M D V Neto P P V Oliveira A T C Medeiros F P M Ramos S V V Rolim P J N Strategy in pharmaceutical process validation of purified water Revista Brasileira de Farmaacutecia v 85 n3 p85-88 2004a ALENCAR JRB Souza M B J Rolim P J N Lopes C E Uso de controle estatiacutestico de processo (CEP) para validaccedilatildeo de processo de glibenclamida comprimidos Revista Brasileira de Farmaacutecia v85 n3 p115-119 2004b

ALENCAR J R B CLEMENTINO M R A ROLIM P J N Cleaning validation of equipments in medicines industry strategy to select the ldquoworst caserdquo Revista Brasileira de Farmaacutecia v87 n 1 p13-18 2006

ANVISA ndash Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria Gerecircncia Geral de Inspeccedilatildeo e Controle de Medicamentos e Produtos Guias relacionados agrave garantia de qualidade Brasiacutelia 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwanvisagovbrinspecaoguias_qualidadepdfgt Acesso em 12 nov 2007

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria (ANVISA) Resoluccedilatildeo RDC nordm 210 de 04082003 DOU de 14082003 Disponiacutevel em lthttpe-legisanvisagovbrleisrefpublicshowActphpid=22321ampword=gt Acesso em 30 set 2007

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria (ANVISA) Resoluccedilatildeo RDC nordm 67 de 08102007 DOU de 09102007 Disponiacutevel em lthttpe-legisanvisagovbrleisrefpublicshowActphpid=28806ampword= gt Acesso em 30 nov 2007

42

BRASIL Ministeacuterio de Estado da Sauacutede Portaria nordm 518 de 25032004 DOU de 26032004 Disponiacutevel em lthttpe-legisanvisagovbrleisrefpublicshowActphpid=22322ampwordgt Acesso em 30 set 2007

CASTILLA B SENA F J Validation documentation Journal of Validation Technology v7 n 2 p 166-123 2001

DA ROSA PS Diagnoacutestico e avaliaccedilatildeo da qualidade microbioloacutegica da aacutegua na Faculdade de Farmaacutecia Trabalho de Conclusatildeo de Curso de Graduaccedilatildeo Disciplina de Estaacutegio Curricular em Farmaacutecia Faculdade de Farmaacutecia Universidade Federal do Rio Grande do Sul Porto Alegre 2007

EMEA - European Agency for Evaluation of Medicinal Products Note for guidance on process validation London 2001 Disponiacutevel em lthttpwwwemeaeuropaeupdfshumanqwp084896enpdfgt Acesso em 12 nov 2007

FARMACOPEacuteIA BRASILEIRA 4 ed Satildeo Paulo Atheneu 2004 pV224

FARMACOPEacuteIA BRASILEIRA 4 ed Satildeo Paulo Atheneu 2005 Fasciacuteculo 6 p263

FDA ndash Food and Drug Administration - Center for Drug Evaluation and Research (CDER) Guidance for Industry Powder Blends and Finished Dosage Units mdash Stratified In-Process Dosage Unit Sampling and Assessment Rockville 2003 Disponiacutevel em lthttpwwwfdagovCDERGUIDANCE5831dfthtmgt Acesso em 12 nov 2007

FDA ndash Food and Drug Administration - Division of Manufacturing and Product Quality (HFN-320) Center for Drugs and Biologics Guidelines on general principles of process validation Rockville 1987 Disponiacutevel em lthttpwwwfdagovCDERGUIDANCEpvhtmgt Acesso em 12 nov 2007

GUAZZARONI M YIIN B YU JL Application of total organic carbon analysis for cleaning validation in pharmaceutical manufacturing American Biotechnology Laboratory v 16 n 10 p 66-67 1998

HAIDER S I Validation standard operating procedures a step-by-step guide for achieving compliance in the pharmaceutical medical device and biotech industries 2 ed Boca Raton CRC 2002

43

HELLE M R YLIRUUSI J MANNERMAA J P A literature review of pharmaceutical process validation Pharmaceutical Technology Europe Part 3 v15 p 52-57 2003

HOFMANN K L Sterile products validation In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 103

JEATER J P CULLEN L F PAPARIELLO GJ Organizing for validation In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 9

JOHNSON W M Validation of water system for sterile and nonsterile products In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 299 - 317

KIEFFER RG Validation and the human element PDA Journal of Pharmaceutical Science and Technology v52 n2 p52-54 1998

LE HIR A Noccedilotildees de farmaacutecia galecircnica 6 ed Satildeo Paulo Organizaccedilatildeo Andrei 1997 p 137-138

LeBLANC D A Establishing scientifically justified acceptance criteria for cleaning validation of finished drug products Pharmaceutical Technology 1998 Disponiacutevel em ltwwwadvanstarcomgt Acesso em 30 set 2007

LOFTUS B T The Regulatory basis for process In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 2 - 32

LORD SV MCCARTHY T ALEEM H ZHAO Y SHARRATT P N Reinterpreting validation Proceedings of the Institution of Mechanical Engineers Part E Process Mechanical Engineering v 217 p287- 292 2003

MCCOLMICK P Y CULLEN L F Cleaning validation In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 319 - 322

NASH R A Introduction In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993

44

PICS - Pharmaceutical Inspection Convention and Pharmaceutical Inspection Co-operation Scheme Recommendations on validation master plan installation and operational qualification non-sterile process validation cleaning validation Genebra 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwnewwayzconzrefmaterialpics_pi006_2VMPpdfgt Acesso em 30 set 2007

TKA WASSERAUFBEREITUNGSSYSTEME GMBH Operating instructions TKA LAB ndash UPW Article ndeg 083007-SO Niederelbert 2001

WHO ndash World Health Organization Suplementary guidelines on good manufacturing practices (GMP) validation Genebra 2005 p 22-23 Disponiacutevel em lthttpwwwwhointmedicinesservicesexpertcommitteespharmprepValidation_QAS_055_Rev2combinedpdfgtAcesso em Acesso em 30 set 2007

WHO ndash World Health Organization Supplementary training modules on good manufacturing practice water for pharmaceutical use Part 1 introduction and treatment Genebra 2001 Disponiacutevel em ltftpftpwhointmedicinesGMPgmptrainsuplmtWater01pptgt Acesso em 30 set 2007

WHO ndash World Health Organization Supplementary training modules on good manufacturing practice water for pharmaceutical use Part 2 water purification engineering Genebra 2001 Disponiacutevel em ltftpftpwhointmedicinesGMPgmptrainsuplmtWater02pptgt Acesso em 30 set 2007

WHO ndash World Health Organization Supplementary training modules on good manufacturing practice water for pharmaceutical use Part 3 inspection of water systems Genebra 2001 Disponiacutevel em ltftpftpwhointmedicinesGMPgmptrainsuplmtWater03pptgt Acesso em 30 set 2007

WHO ndash World Health Organization Who good manufacturing practices water for pharmaceutical use Genebra 2005 (Technical Report Series n 929 Anexo 3)

WHO ndash World Health Organization Who Expert Committee on specifications for pharmaceutical preparations Genebra 2006 p 125 ndash 126 (Technical Report Series n 937 Anexo 4 Apecircndice II) Disponiacutevel em lthttpwhqlibdocwhointtrsWHO_TRS_937_engpdfpage=359gt Acesso em 01 dez 2007

  • Outras definiccedilotildees semelhantes a essas existem e muito embora as expressotildees variem a essecircncia de todas eacute a mesma assegurar que o processo quando operado sob as condiccedilotildees preacute-determinadas resultaraacute em um produto que reuniraacute as especificaccedilotildees e seus
Page 5: VALIDAÇÃO DE PROCESSOS: Aspectos teóricos e proposição de

v

Resumo

A validaccedilatildeo de processos eacute uma ferramenta importante na tarefa de garantir a qualidade

dos produtos farmacecircuticos sendo assim parte da Garantia da Qualidade A validaccedilatildeo

natildeo eacute somente um aspecto exigido pelas legislaccedilotildees farmacecircuticas mas tambeacutem uma

praacutetica que estaacute associada a vaacuterios benefiacutecios incluindo a proacutepria reduccedilatildeo dos custos de

produccedilatildeo Desse modo o presente trabalho apresenta em uma primeira parte uma

revisatildeo da literatura sobre o tema a fim de esclarecer em que consiste a validaccedilatildeo de

processos sua importacircncia e as principais dificuldades encontradas ao se validar Em

uma segunda etapa o trabalho apresenta um protocolo para a validaccedilatildeo de um sistema

de purificaccedilatildeo de aacutegua existente na Central de Aacuteguas da Faculdade de Farmaacutecia

UFRGS com o objetivo de esclarecer de maneira praacutetica como a validaccedilatildeo pode ser

realizada

6

1 Introduccedilatildeo

As atividades relativas agrave fabricaccedilatildeo e controle de medicamentos tecircm sido alvos

da mais intensa regulamentaccedilatildeo e fiscalizaccedilatildeo no segmento farmacecircutico pois uma

produccedilatildeo com qualidade eacute importante para se evitar erros que podem prejudicar a sauacutede

humana (Aleem et al 2002 Alencar et al 2004a)

A validaccedilatildeo de processos foi desenvolvida e aplicada como um recurso para

assegurar a qualidade do produto final A validaccedilatildeo eacute portanto crucial no alcance dessa

tarefa e um requisito regulatoacuterio para a aprovaccedilatildeo de um medicamento (Aleem et al

2002)

A validaccedilatildeo de processos estaacute inserida no contexto da Garantia da Qualidade

que eacute definida como a totalidade das providecircncias tomadas com o objetivo de garantir

que os produtos estejam dentro dos padrotildees de qualidade exigidos para que possam ser

utilizados para os fins propostos (Brasil 2003) As Boas Praacuteticas de Fabricaccedilatildeo

constituem tambeacutem parte da Garantia da Qualidade e asseguram que os produtos satildeo

consistentemente produzidos e controlados com padrotildees de qualidade apropriados para

o uso pretendido e requerido (Brasil 2003)

Neste contexto o trabalho teve por objetivos em uma primeira etapa esclarecer

em que consiste a validaccedilatildeo de processos por meio de uma revisatildeo de literatura atual

acerca do tema e em uma segunda etapa apresentar um protocolo para a validaccedilatildeo de

um sistema de purificaccedilatildeo de aacutegua existente na Central de Aacuteguas da Faculdade de

Farmaacutecia UFRGS Da Rosa (2007) em trabalho recente atestou que a aacutegua potaacutevel

disponiacutevel na Faculdade e que por sua vez consiste na aacutegua de alimentaccedilatildeo para os

sistemas de purificaccedilatildeo apresenta qualidade microbioloacutegica satisfatoacuteria cumprindo

com os requisitos expressos na Portaria Nordm 518 de 25 de marccedilo de 2004 do Ministeacuterio

da Sauacutede Nesse contexto com relaccedilatildeo agrave proposiccedilatildeo deste protocolo os objetivos

especiacuteficos foram (i) exemplificar a validaccedilatildeo de um processo amplamente empregado

em Farmaacutecias e Induacutestrias Farmacecircuticas (ii) atestar a qualidade da aacutegua purificada

produzida e (iii) servir como subsiacutedio agrave validaccedilatildeo de outros sistemas

7

2 Referencial Teoacuterico

21 Conceitos e Aspectos Regulatoacuterios

Nos uacuteltimos trinta anos a validaccedilatildeo de processos tem evoluiacutedo Para a maioria

das pessoas que trabalham na induacutestria ela surgiu como um requisito regulatoacuterio e

consequumlentemente foi muitas vezes considerada apenas uma obrigatoriedade Apesar de

originalmente ter sido criticada a validaccedilatildeo de processos eacute hoje bem aceita e

considerada parte da qualidade total e do monitoramento de processos (Helle et al

2003) Entretanto segundo Nash (1993) havia muita confusatildeo sobre o que eacute validaccedilatildeo

de processos e o que constitui a documentaccedilatildeo relativa agrave validaccedilatildeo de processos De

acordo com Haider (2002) as principais definiccedilotildees de validaccedilatildeo satildeo

bull Accedilatildeo de prover de acordo com os princiacutepios de Boas Praacuteticas de Fabricaccedilatildeo

que procedimentos processos equipamentos materiais atividades ou

sistemas de fato conduzam aos resultados esperados

bull Evidecircncia documental que provecirc a um especiacutefico processo um alto grau de

confianccedila de que poderaacute consistentemente apresentar um produto reunindo

suas preacute-determinadas especificaccedilotildees atributos e caracteriacutesticas de

qualidade

bull Obter e documentar evidecircncias que demonstrem que um meacutetodo pode

apresentar os resultados pretendidos e de acordo com os limites definidos

bull Accedilatildeo de verificar que qualquer processo procedimento atividade material

sistema ou equipamento usado na produccedilatildeo ou controle realizaraacute os

resultados desejados e pretendidos

Definiccedilotildees semelhantes a estas se encontram na legislaccedilatildeo brasileira e

internacional as quais seguem na tabela 1

8

Tabela 1 Principais definiccedilotildees de validaccedilatildeo de processos dos Oacutergatildeos Internacionais e Nacionais

Oacutergatildeo Definiccedilatildeo

ANVISA ndash Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria (Brasil)

(Brasil 2003) (Brasil 2007)

Ato documentado que atesta que qualquer procedimento processo equipamento material operaccedilatildeo ou sistema realmente conduz aos resultados esperados

FDA ndash Food and Drug Administration (Estados Unidos) (FDA 1987)

Evidecircncia documentalmente estabelecida que provecirc com alto grau de confianccedila que um processo especiacutefico poderaacute produzir consistentemente um produto reunindo suas preacute-determinadas especificaccedilotildees e caracteriacutesticas de qualidade

EMEA ndash European Agency for the Evaluation of Medicinal Products (Uniatildeo Europeacuteia)

(EMEA 2001)

Meio de assegurar e prover evidecircncias de que processos satildeo capazes de produzir consistentemente um produto final com a qualidade requerida

PICS ndash Pharmaceutical Inspection Convention and Pharmaceutical Inspection Co-operation Scheme (Genebra Suiacuteccedila) (PICS 2004)

Meio de assegurar e prover evidecircncias de que processos satildeo capazes de repetidamente e confiavelmente produzirem um produto final com a qualidade requerida

Outras definiccedilotildees semelhantes a essas existem e muito embora as expressotildees

variem a essecircncia de todas eacute a mesma assegurar que o processo quando operado sob as

condiccedilotildees preacute-determinadas resultaraacute em um produto que reuniraacute as especificaccedilotildees e

seus atributos de qualidade Em siacutentese validaccedilatildeo de processos assegura que o processo

faz o que se propotildee a fazer (Loftus 1993 Aleem et al 2002)

22 Tipos de Validaccedilatildeo

Os tipos de validaccedilatildeo de processos dependem da situaccedilatildeo na qual seratildeo

aplicados e das particularidades de cada sistema O FDA atraveacutes de seu guia sobre os

princiacutepios gerais da validaccedilatildeo de processos menciona trecircs tipos de validaccedilatildeo (FDA

1987 Nash 1993) Atualmente haacute quatro tipos de validaccedilatildeo (Nash 1993 Brasil 2003

PICS 2004)

9

Normalmente espera-se que a validaccedilatildeo de um processo seja completada antes

da produccedilatildeo de um produto final cuja intenccedilatildeo eacute a comercializaccedilatildeo Onde isto natildeo eacute

possiacutevel se faz necessaacuterio validar o processo durante a rotina de produccedilatildeo Processos

que vecircm sendo usados haacute algum tempo tambeacutem devem ser validados Na teoria um

exerciacutecio de validaccedilatildeo somente precisaria ser realizado uma vez Na praacutetica os

processos raramente ficam estaacuteticos Componentes satildeo alterados (insumos e materiais

de embalagem) equipamentos satildeo modificados e o ambiente do processo natildeo pode ser

considerado idecircntico ao ambiente da validaccedilatildeo inicial Assim um programa regular de

revalidaccedilatildeo eacute essencial (PICS 2004) Nessa perspectiva foram definidos quatro tipos

de validaccedilatildeo

A validaccedilatildeo prospectiva eacute realizada durante o estaacutegio de desenvolvimento do

produto atraveacutes da anaacutelise dos riscos do processo de fabricaccedilatildeo o qual eacute detalhado em

passos individuais estes por sua vez satildeo definidos com base na experiecircncia passada

para determinar se os mesmos podem ocasionar situaccedilotildees criacuteticas (Brasil 2003) Esta

validaccedilatildeo eacute completada e os resultados satildeo aprovados previamente a qualquer produccedilatildeo

e comercializaccedilatildeo do produto (Haider 2002)

A validaccedilatildeo concorrente se refere a uma combinaccedilatildeo de validaccedilatildeo

retrospectiva e prospectiva Normalmente eacute aplicado no caso de um processo existente

natildeo previamente validado ou insuficientemente validado (Haider 2002) e

normalmente eacute realizada durante a produccedilatildeo de rotina (Brasil 2003) Em certas

circunstacircncias natildeo eacute necessaacuterio um completo programa de validaccedilatildeo antes da rotina de

produccedilatildeo iniciar Nestes casos isso seraacute conhecido dentro do avanccedilo da produccedilatildeo do

produto final que seraacute comercializado ou estocado Eacute empregado em circunstacircncias

onde haacute por exemplo um processo sendo transferido para fechar um negoacutecio de

terceirizaccedilatildeo entre produtor e distribuidor (PICS 2004)

A validaccedilatildeo retrospectiva eacute empregada para aqueles processos de uso

rotineiro dentro de vaacuterias companhias que natildeo passaram por uma validaccedilatildeo de processo

formalmente documentada A validaccedilatildeo desses processos eacute possiacutevel atraveacutes de dados

histoacutericos que forneccedilam a evidecircncia documental necessaacuteria de que o processo produza

os resultados esperados Aleacutem disso atraveacutes de uma validaccedilatildeo retrospectiva pode ser

realizada uma anaacutelise de tendecircncia para determinar a extensatildeo na qual os paracircmetros do

processo encontram-se dentro da faixa permitida (PICS 2004) Entretanto a legislaccedilatildeo

10

brasileira (Brasil 2003) lembra que obviamente a validaccedilatildeo retrospectiva natildeo eacute uma

medida da garantia da qualidade em si proacutepria e nunca deve ser aplicada a novos

processos ou produtos Somente pode ser considerada em circunstacircncias especiais por

exemplo quando os requisitos de validaccedilatildeo satildeo estabelecidos pela primeira vez dentro

de uma empresa desde que seja realizado sob as mesmas condiccedilotildees operacionais

(Brasil 2003)

A revalidaccedilatildeo perioacutedica pode ser considerada o quarto tipo e eacute implementada

atraveacutes da anaacutelise de tendecircncias com o objetivo de verificar se o processo se encontra

sob controle e que as mudanccedilas introduzidas intencionalmente ou natildeo dentro de um

processo eou no ambiente do processo natildeo afetam adversamente as caracteriacutesticas do

processo e a qualidade do produto (Brasil 2003 PICS 2004)

A legislaccedilatildeo brasileira (Brasil 2003) cita algumas mudanccedilas tiacutepicas que

requerem revalidaccedilatildeo por exemplo alteraccedilotildees de (i) mateacuterias-primas que geram

mudanccedilas nas propriedades fiacutesicas do produto e afetam adversamente o processo de

produccedilatildeo (ii) de material de embalagem que podem gerar mudanccedilas no procedimento

de embalagem e podem afetar a estabilidade do produto como por exemplo a

substituiccedilatildeo do material de envase de plaacutestico por vidro (iii) de processo que podem

afetar os passos subsequumlentes do processo e a qualidade do produto por exemplo o

tempo de mistura a temperatura de secagem e o processo de resfriamento (iv) de

equipamento incluindo instrumentos de mediccedilatildeo onde qualquer substituiccedilatildeo reparo e

manutenccedilatildeo podem afetar tanto o processo quanto o produto e por fim (v) alteraccedilotildees

na aacuterea de produccedilatildeo e utilidades que podem afetar as condiccedilotildees ambientais e que em

consequumlecircncia gerem a necessidade de uma revalidaccedilatildeo do processo principalmente na

fabricaccedilatildeo de produtos esteacutereis onde este paracircmetro eacute criacutetico

23 Por que validar

A validaccedilatildeo eacute basicamente uma boa praacutetica de negoacutecios aleacutem de permitir que os

processos de produccedilatildeo sejam realizados com maior teacutecnica e economia (Aleem et al

2002) A seguir satildeo apresentadas as vantagens de se validar um processo produtivo

bull Aspectos regulatoacuterios atualmente as Boas Praacuteticas de Fabricaccedilatildeo (BPF) tecircm

sido estabelecidas por todo o mundo As BPF basicamente servem como

diretriz mas natildeo provecircem passo-a-passo instruccedilotildees de como executaacute-las

11

Entretanto o plano mestre de validaccedilatildeo associados aos Procedimentos

Operacionais Padratildeo (POPs) definem exatamente responsabilidades quem

quando onde como etc (Haider 2002)

bull Garantia da qualidade validaccedilatildeo provecirc seguranccedila na obtenccedilatildeo dos produtos

com alta qualidade assim a validaccedilatildeo conduz a um menor nuacutemero de erros

de produccedilatildeo e como resultado reduz o nuacutemero de reclamaccedilotildees do

consumidor e ldquorecallsrdquo de medicamentos (Aleem et al 2002 Haider 2002)

bull Reduccedilatildeo de custos processos operados sob niacuteveis proacuteximos de seus limites

muitas vezes causam custos pois satildeo necessaacuterias reinspeccedilotildees retestes e

rejeiccedilotildees A validaccedilatildeo conduz agrave otimizaccedilatildeo dos processos e

consequumlentemente agrave diminuiccedilatildeo dos custos (Haider 2002) aleacutem de gerar

um alto rendimento maior rapidez e confiabilidade na instalaccedilatildeo de novos

equipamentos faacutecil desenvolvimento de trabalho para uma maior escala

faacutecil manutenccedilatildeo dos equipamentos e mais raacutepida automaccedilatildeo do processo

(Haider 2002) Outros custos de qualidade incluem gastos com marketing e

obrigaccedilotildees processuais devidos a problemas externos com a imagem da

empresa (Aleem et al 2002 Haider 2002)

24 Validaccedilatildeo versus Qualificaccedilatildeo

A validaccedilatildeo e a qualificaccedilatildeo possuem conceitos semelhantes e em alguns casos

na literatura se utiliza o termo ldquovalidaccedilatildeordquo em substituiccedilatildeo ao termo ldquoqualificaccedilatildeordquo o

que gera uma falta de clareza em relaccedilatildeo a esses dois termos e suas utilizaccedilotildees (Aleem

et al 2002 Anvisa 2006)

Segundo Le Hir (1997) a qualificaccedilatildeo consiste em verificar que um aparelho

funciona corretamente para o uso a que se destina jaacute a validaccedilatildeo estaria mais

relacionada a um procedimento do que a um aparelho e consiste em verificar se uma

operaccedilatildeo previamente descrita com toda a precisatildeo permite realmente atingir os

resultados desejados De forma semelhante a legislaccedilatildeo brasileira (Brasil 2003)

determina que antes de iniciar a validaccedilatildeo do processo os equipamentos utilizados na

produccedilatildeo e os instrumentos de controle bem como a formulaccedilatildeo devem ser

qualificados

12

Eacute importante ressaltar que a qualificaccedilatildeo eacute parte da validaccedilatildeo mas a qualificaccedilatildeo

de uma etapa do processo individualmente natildeo constitui a validaccedilatildeo do processo (Lord

et al 2003) Segundo Aleem e colaboradores (2002) o maior desafio eacute o de garantir

que todos esses itens individualmente qualificados trabalhem juntos como um sistema

integrado da maneira esperada e usando os procedimentos e materiais preacute-definidos

Faz-se entatildeo necessaacuterio responder a uma pergunta ldquoquando qualificar e quando

validarrdquo O que o Pharmaceutical Inspection Convention and Pharmaceutical

Inspection Co-operation Scheme (PICS 2004) relata eacute que eacute impossiacutevel definir

categoricamente quando a qualificaccedilatildeo e a validaccedilatildeo satildeo necessaacuterias pois operaccedilotildees de

produccedilatildeo e instalaccedilotildees satildeo consideravelmente grandes e complexas

O que se sabe eacute que a qualificaccedilatildeo deve estar completa antes da validaccedilatildeo ser

conduzida O processo de qualificaccedilatildeo deve constituir-se em processo sistemaacutetico e

loacutegico bem como ser iniciado pelas fases de desenho das instalaccedilotildees equipamentos e

utilidades (Anvisa 2006) O conceito de qualificaccedilatildeo de equipamentos natildeo eacute uma

novidade Vaacuterios fornecedores vecircm executando constantemente verificaccedilotildees para

confirmar a funcionalidade de seus equipamentos tanto antes quanto depois da

instalaccedilatildeo entretanto eacute um requisito da BPF que cada companhia farmacecircutica

identifique qual qualificaccedilatildeo e validaccedilatildeo satildeo requeridas para provar o controle dos

aspectos criacuteticos de sua operaccedilatildeo (PICS 2004)

O processo farmacecircutico percorre um longo caminho em direccedilatildeo agrave determinaccedilatildeo

de quais aspectos de uma operaccedilatildeo satildeo criacuteticos Muitas empresas asseguram a validaccedilatildeo

como uma seacuterie de estudos separados de cada componente de um sistema completo

(Hofmann 1993)

25 Estaacutegios da Validaccedilatildeo (DQ IQ OQ e PQ)

A validaccedilatildeo tem sido dividida em sucessivos e sistemaacuteticos passos conhecidos

como Qualificaccedilatildeo da Instalaccedilatildeo (IQ) Qualificaccedilatildeo da Operaccedilatildeo (OQ) Qualificaccedilatildeo da

Performance (PQ) ou desempenho e Validaccedilatildeo de Processo (PV) Do ponto de vista

funcional cada passo abrange maior funcionalidade que o seu antecessor Mais

recentemente outro passo conhecido como Qualificaccedilatildeo de Desenho (PQ) foi

introduzido (Aleem et al 2002)

13

Esses passos podem ser mais claramente determinados da seguinte maneira a

Validaccedilatildeo de Processos deve estabelecer e prover evidecircncias documentais que

garantam que as dependecircncias utilidades de apoio equipamentos e processos devem ser

designados de acordo com os requerimentos das BPFs isto normalmente constitui DQ

Jaacute as evidecircncias documentais que estabelecem que os mesmos foram construiacutedos e

instalados em conformidade com suas especificaccedilotildees constituem a IQ E se os mesmos

devidamente documentados estatildeo operando de acordo com suas especificaccedilotildees

constitui a OQ Quando um processo especiacutefico produz consistentemente um produto

que reuacutene suas especificaccedilotildees e atributos de qualidade isto constitui a PV sendo que o

termo PQ tambeacutem pode ser usado com essa conotaccedilatildeo (PICS 2004 ANVISA 2006)

Apoacutes a validaccedilatildeo de um processo uma seacuterie de experimentos deve ser realizada

a fim de determinar os pontos criacuteticos do processo Estes experimentos podem

incorporar um elemento de mudanccedila para determinar a robustez do processo A inserccedilatildeo

de uma mudanccedila eacute geralmente referida como um exerciacutecio de ldquopior casordquo O uso de

novos materiais sobre condiccedilotildees limites de suas especificaccedilotildees pode indicar a

habilidade do processo de continuar produzindo um produto final com suas

especificaccedilotildees (PICS 2004)

A legislaccedilatildeo brasileira (Brasil 2003) acrescenta que a escolha do procedimento

a validar deve priorizar as atividades relacionadas agrave capacidade do processo por

exemplo a capacidade de o processo operar sem dificuldades quando os paracircmetros se

aproximam de limites aceitaacuteveis O uso de faixas de aceitaccedilatildeo para a qualidade das

mateacuterias-primas em lotes experimentais pode tornar possiacutevel estimar a extensatildeo na qual

o processo ainda continua sendo capaz de produzir um produto final que atende agraves

especificaccedilotildees

26 Processos sujeitos agrave validaccedilatildeo

Segundo a legislaccedilatildeo brasileira (Brasil 2003) e diretrizes internacionais (FDA

1987 PICS 2004) deve-se realizar a validaccedilatildeo de todos os processos de fabricaccedilatildeo e

inclusive as atividades de suporte incluindo as operaccedilotildees de limpeza A seguir seratildeo

comentados dois processos de validaccedilatildeo sendo um deles uma atividade de suporte e o

outro um processo de fabricaccedilatildeo

14

A validaccedilatildeo das operaccedilotildees de limpeza eacute de suma importacircncia na induacutestria

farmacecircutica pois resiacuteduos de produtos ou mesmo os proacuteprios agentes de limpeza

podem constituir uma fonte de contaminaccedilatildeo Mesmo quando se utiliza um

equipamento ldquodedicadordquo ou seja de uso exclusivo para processar um produto haacute que

se considerar a contaminaccedilatildeo do proacuteximo lote com produtos de degradaccedilatildeo Na

validaccedilatildeo de limpeza haacute vaacuterios aspectos a serem considerados tais como (i) se o

equipamento eacute dedicado ou natildeo (ii) o tipo de limpeza se manual semi-automatizada ou

mesmo automatizada (do inglecircs CIP ndash clean in place) (iii) as teacutecnicas de amostragem

(uso de swab rinsagem monitoramento direto na superfiacutecie entre outros) (iv) os

agentes de limpeza a serem empregados (v) o meacutetodo de anaacutelise que deve possuir

elevada sensibilidade e (vi) os relacionados ao produto como sua solubilidade e

toxicidade

Assim muitas vezes se recorre ao uso de teacutecnicas como a anaacutelise de carbono

orgacircnico total (TOC) (Guazzaroni et al 1998) que eacute capaz de medir traccedilos de

substacircncias que apresentem carbono em sua composiccedilatildeo ndash o que se aplica tanto agrave

anaacutelise de resiacuteduos dos produtos quanto dos proacuteprios tensoativos empregados na

limpeza De qualquer modo a validaccedilatildeo de operaccedilotildees de limpeza normalmente se

baseia na seleccedilatildeo do ldquopior casordquo (McCormick e Cullen 1993 PICS 2004) definindo-

se os limites de resiacuteduo quiacutemico e microbioloacutegico aceitaacuteveis no proacuteximo lote a ser

produzido atraveacutes de foacutermulas matemaacuteticas Estas questotildees satildeo aprofundadas nos

trabalhos de LeBlanc (1998) e Alencar e colaboradores (2006) aleacutem das diretrizes

apresentadas pelo Pharmaceutical Inspection Convention and Pharmaceutical

Inspection Co-operation Scheme (PICS 2004) e Agecircncia Nacional de Vigilacircncia

Sanitaacuteria (ANVISA 2006)

Como segundo exemplo a validaccedilatildeo da produccedilatildeo de formas farmacecircuticas

soacutelidas eacute realizada de maneira geral atraveacutes do uso de controles estatiacutesticos meacutetodos

que satildeo empregados em um contexto de validaccedilatildeo retrospectiva ou concorrente

Segundo Alencar e colaboradores (2004b) trata-se de uma ferramenta simples na sua

aplicaccedilatildeo capaz de permitir faacutecil compreensatildeo raacutepidas accedilotildees de controle pelo pessoal

de operaccedilatildeo rica nos resultados que pode apresentar sobre o comportamento do

processo Com relaccedilatildeo a planos de amostragem em misturas e formas soacutelidas o FDA

apresenta um guia bastante uacutetil intitulado Guidance for Industry Powder Blends and

15

Finished Dosage Units mdash Stratified In-Process Dosage Unit Sampling and Assessment

que apresenta as aplicaccedilotildees dos controles estatiacutesticos de acordo com cada necessidade

(FDA 2003)

27 Dificuldades frequumlentemente encontradas durante a validaccedilatildeo

Segundo Lord e colaboradores (2003) atualmente o maior problema na

induacutestria eacute Qual eacute a melhor estrutura organizacional para se realizar um processo de

validaccedilatildeo

Neste sentido Jeater e colaboradores (1993) descreveram que o trabalho de

validaccedilatildeo de processos na induacutestria farmacecircutica eacute geralmente organizado dentro de

alguma das seguintes estruturas uma consultoria uma forccedila-tarefa ou um grupo

dedicado exclusivamente agrave validaccedilatildeo Em cada uma delas haacute aspectos positivos e

negativos mas a forma com que os grupos de validaccedilatildeo satildeo desenvolvidos e

controlados dependeraacute das circunstacircncias locais medidas organizacionais estrutura e

personalidade das pessoas responsaacuteveis pelo estabelecimento de um processo de

validaccedilatildeo

Na validaccedilatildeo de processos eacute necessaacuterio considerar o fator humano que eacute muitas

vezes causa de natildeo conformidades ou falhas de produccedilatildeo Kieffer (1998) em seu artigo

ldquoValidation and the Human Elementrdquo descreveu que na validaccedilatildeo inicialmente o

elemento humano natildeo foi considerado como criacutetico dentro do processo enquanto que os

aspectos tecnoloacutegicos eram estudados profundamente entretanto esse elemento deve

ser analisado como parte da validaccedilatildeo e a construccedilatildeo dos processos deve visar sua

proacutepria simplificaccedilatildeo resultando em menos falhas humanas ou natildeo O mesmo autor

acrescenta que nem sempre as causas de natildeo conformidade satildeo humanas muitas vezes

os sistemas natildeo satildeo corretamente desenhados e acabam sendo a causa das falhas

humanas nesses casos a abordagem eacute redesenhar o sistema de modo a simplificaacute-lo e

posteriormente treinar o pessoal envolvido para novamente validar o sistema Ao longo

do tempo tendo em vista a necessidade e importacircncia das pessoas dentro de um

processo de validaccedilatildeo passou-se a considerar esse fator e a proacutepria legislaccedilatildeo brasileira

(Brasil 2003) determina que ldquoo treinamento adequado e a motivaccedilatildeo do pessoal satildeo

16

preacute-requisitos para uma validaccedilatildeo bem sucedida todo o pessoal deve ser motivado a

apoiar a empresa na manutenccedilatildeo dos padrotildees de qualidaderdquo

Outro aspecto a considerar no processo de validaccedilatildeo satildeo os documentos gerados

durante a validaccedilatildeo e qualificaccedilatildeo aos quais no passado natildeo foi dedicada suficiente

atenccedilatildeo Consequumlentemente as empresas natildeo tem sido capazes de prover evidecircncias

documentais que reflitam o tempo e esforccedilo despendido na execuccedilatildeo desta atividade O

desenvolvimento da documentaccedilatildeo de uma validaccedilatildeo eacute parte essencial do sucesso de

qualquer programa ou estudo de validaccedilatildeo O objetivo principal eacute assegurar que a

documentaccedilatildeo eacute capaz de provar que o processo ou sistema trabalha como o

programado eacute reprodutiacutevel e que suas especificaccedilotildees e atributos de qualidade

encontram-se estabelecidas A documentaccedilatildeo deve ser concisa natildeo-ambiacutegua detalhada

e completa (Castilla e Sena 2001)

Segundo Castilla e Sena (2001) uma boa documentaccedilatildeo de validaccedilatildeo deve ser

ldquouma descriccedilatildeo histoacuterica do que foi produzido envasado limpo embaladordquo Trazer o

como isto foi feito e quais controles foram realizados no local Deve ser um caminho

para minimizar erros e variaccedilotildees e prover evidecircncias de que ldquoalgo aconteceurdquo

descrevendo como onde e por quem isto foi feito colocando tambeacutem ldquotudo que vocecirc

quis saber mas teve medo de perguntarrdquo ou seja descrever a histoacuteria do produto seus

componentes equipamentos e processos antes do produto ser introduzido no mercadordquo

E obviamente deve estar em conformidade com os requerimentos das BPF e assegurar

reprodutibilidade

Por fim um problema encontrado ao se validar um processo eacute a falta de clareza

sobre os conceitos relacionados agrave validaccedilatildeo o que adveacutem do fato de a terminologia

relacionada agrave validaccedilatildeo ter mudado seu sentido com o tempo (Nash 1993 Aleem et al

2002)

17

3 Proposiccedilatildeo de um protocolo para validaccedilatildeo de um processo de

purificaccedilatildeo de aacutegua existente na Central de abastecimento de aacuteguas

da Faculdade de FarmaacuteciaUFRGS

Apoacutes a apresentaccedilatildeo dos conceitos principais aplicaccedilotildees e vantagens da

validaccedilatildeo esta parte do trabalho tem por objetivo demonstrar como se realiza a

validaccedilatildeo a partir da proposiccedilatildeo de um protocolo de validaccedilatildeo de um sistema de

purificaccedilatildeo de aacutegua abordando os principais aspectos a serem observados e as anaacutelises

que se fazem necessaacuterias para se validar o sistema

Os sistemas de purificaccedilatildeo de aacutegua satildeo considerados sistemas criacuteticos de

qualidade e podem influir diretamente na qualidade dos produtos por isso devem ser

validados (Johnson 1993 WHO 2005 WHO 2006) A validaccedilatildeo de um sistema de

purificaccedilatildeo de aacutegua deve seguir os passos que normalmente satildeo utilizados para a

maioria das validaccedilotildees Qualificaccedilatildeo de Design (DQ) Qualificaccedilatildeo da Instalaccedilatildeo (IQ)

Qualificaccedilatildeo da Operaccedilatildeo (OQ) e Validaccedilatildeo de Processo (PV)

Segundo a Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (WHO 2005 WHO 2006) para a

validaccedilatildeo deste processo em especial satildeo necessaacuterias trecircs fases que envolvem uma

coleta de dados prolongada a fim de se garantir que o sistema independentemente da

variaccedilatildeo sazonal sobre a aacutegua de alimentaccedilatildeo e sobre o sistema de tratamento mantecircm-

se produzindo consistentemente aacutegua dentro de suas especificaccedilotildees farmacopecircicas

Resumidamente a primeira fase prevecirc a realizaccedilatildeo atraveacutes de testes diaacuterios na aacutegua

coletada de pontos preacute-determinados durante duas a quatro semanas (validaccedilatildeo

prospectiva) Apoacutes a aprovaccedilatildeo na primeira fase de testes a aacutegua produzida pelo

sistema poderaacute ser utilizada e entatildeo eacute conduzida a segunda fase de testes onde seratildeo

avaliados os mesmo pontos de coleta da primeira fase durante um periacuteodo de trecircs

semanas (validaccedilatildeo concorrente) Soacute entatildeo passa-se agrave terceira fase de validaccedilatildeo onde o

sistema eacute monitorado em periacuteodos a serem definidos em menor nuacutemero de pontos de

coleta durante um ano tendo-se assim a avaliaccedilatildeo da influecircncia da variaccedilatildeo sazonal da

aacutegua sobre o sistema e sua validaccedilatildeo completada

Uma abordagem anterior descrita por Johnson (1993) relata a conduccedilatildeo de duas

fases Na etapa inicial o sistema eacute operado sob uma ldquocondiccedilatildeo de estresserdquo ou seja

manteacutem-se o sistema abaixo de suas condiccedilotildees normais de operaccedilatildeo pelo periacuteodo de

18

quatro a seis meses de monitoramento a fim de verificar a robustez do sistema Na

etapa subsequumlente realizam-se testes com o sistema operando em sua normalidade

durante o periacuteodo de no miacutenimo um ano assim constata-se que o sistema produz aacutegua

dentro das especificaccedilotildees independentemente da sazonalidade microbioloacutegica Como

nesta abordagem o sistema opera sob ldquocondiccedilatildeo de estresserdquo na etapa inicial natildeo eacute

indicada a conduccedilatildeo de uma validaccedilatildeo concorrente tendo em vista o risco associado de

natildeo conformidade da aacutegua produzida pelo sistema

O sistema de purificaccedilatildeo de aacuteguas a ser validado seraacute o instalado na Central de

Aacuteguas da Faculdade de Farmaacutecia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul

(UFRGS) Devido agrave necessidade de se realizar uma validaccedilatildeo concorrente pois o

sistema jaacute se encontra instalado e em operaccedilatildeo optou-se por seguir as diretrizes da

Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (WHO 2005 WHO 2006) que se aplicam mais ao

caso aleacutem de ser mais atual A seguir eacute apresentado o protocolo de validaccedilatildeo do

Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacuteguas

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

ASSUNTO Protocolo de Validaccedilatildeo do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

I Objetivo

O objetivo da Validaccedilatildeo do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacuteguas eacute demonstrar que a

aacutegua fornecida pelo sistema atende agraves especificaccedilotildees (quiacutemicas e microbioloacutegicas) para

utilizaccedilatildeo nos laboratoacuterios da Faculdade de Farmaacutecia da UFRGS para a realizaccedilatildeo de

experimentos As especificaccedilotildees seratildeo as descritas na Farmacopeacuteia Brasileira uma vez

que esta constitui o compecircndio oficial brasileiro aleacutem de determinar um maior nuacutemero

de anaacutelises quiacutemicas em relaccedilatildeo aos compecircndios internacionais

II Descriccedilatildeo do Sistema de aacutegua

O sistema de purificaccedilatildeo de aacuteguas a ser validado estaacute instalado na Central de

Aacuteguas da Faculdade de Farmaacutecia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul

(UFRGS) A aacutegua de alimentaccedilatildeo eacute proveniente do sistema de tratamento de aacutegua

clorada da rede municipal (aacutegua de superfiacutecie) A aacutegua entatildeo passa para dois

reservatoacuterios de 5000 litros e segue por gravidade ateacute a Central de Aacuteguas

II1 Sistema de preacute-tratamento

A aacutegua proveniente dos reservatoacuterios de aacutegua passa para a secccedilatildeo de preacute-

tratamento que eacute composta dos meios filtrantes descritos abaixo em carcaccedilas de

polipropileno

a) Filtro retrolavaacutevel com redutor de pressatildeo

b) Filtro de porosidade 5microm com carvatildeo ativado com manocircmetro

c) Filtro de polipropileno de porosidade 1microm com manocircmetro

A filtraccedilatildeo atraveacutes destes filtros tem por objetivo alimentar o sistema de osmose

reversa com aacutegua potaacutevel que necessita do seguinte preacute-tratamento

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Tabela 1 Paracircmetros da aacutegua provinda do sistema de preacute-tratamento

Paracircmetro Especificaccedilatildeo ou limite de aceitaccedilatildeo

Preacute-filtragem 5microm e carvatildeo ativado

Iacutendice de silte Maacuteximo 3

Teor Salino Maacuteximo 2000 mgL

Teor de Cl lt001 mgl

Teor de Mg lt005 mgl

Teor de Feacute lt005 mgl

Gama do valor de pH 4 ndash 11

Remoccedilatildeo de 99 de bacteacuterias e partiacuteculas -

II2 Sistema de Tratamento por Osmose Reversa

A secccedilatildeo de tratamento eacute composta por um sistema de purificaccedilatildeo de aacuteguas

atraveacutes de osmose reversa (OR) modelo TKA LAB-UPW do fabricante TKA (ArtNdeg

083007-SO)

II3 Sistema de Armazenamento

A aacutegua tratada pelo sistema de Osmose Reversa (OR) eacute armazenada em um

tanque de 75 L incluindo torneira de extraccedilatildeo por onde a aacutegua purificada eacute coletada O

armazenamento e coleta da aacutegua purificada ocorrem agrave temperatura ambiente A aacutegua

purificada permanece no tanque de armazenamento por no maacuteximo vinte minutos a cada

vinte minutos a bomba de recirculaccedilatildeo eacute acionada e recircula a aacutegua no tanque

conduzindo-a pela lacircmpada de oxidaccedilatildeo UV e pelo jogo de cartuchos deionizadores

A Figura 1 apresenta os componentes do sistema de Osmose Reversa (OR) e do

sistema de armazenamento e suas especificaccedilotildees

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Figura 1 Desenho esquemaacutetico do sistema de osmose reversa e do sistema de

armazenamento 1- Vaacutelvula solenoacuteide da aacutegua de alimentaccedilatildeo (Art Ndeg 150003) 2-

Bomba auxiliar com transformador (Art Ndeg 190046) 3- Moacutedulo de osmose reversa

composto por Carcaccedila 1812 (Art Ndeg 220047) e Membrana de osmose reversa 1812

(Art Ndeg 220046) 4- Vaacutelvula reguladora de pressatildeo (Art Ndeg 150060) 5- Vaacutelvula

solenoacuteide de enxaguamento por jato de aacutegua (Art Ndeg 150003) 6- Ceacutelula medidora de

condutividade (apoacutes agrave OR) (Art Ndeg 160126) 7- Foto-oxidaccedilatildeo de UV (Art Ndeg

250011) 8- Conjunto de deionizaccedilatildeo composto por Carcaccedila de filtro (Art Ndeg 065310)

e Jogo de cartuchos permutador de iacuteons e resina de adsorccedilatildeo (Art Ndeg 093011) 9-

Ceacutelula de mediccedilatildeo de condutividade da aacutegua purificada (Art Ndeg 160126) 10- Tanque

de 75 litros incluindo jogo de montagem na parede (Art Ndeg 065075) 11- Bomba de

recirculaccedilatildeo (Art Ndeg 190028) 12- Vaacutelvula de controle (Art Ndeg 150009) 13- Controle

por microprocessador (Art Ndeg 160181) 14- Entrada de aacutegua provinda do sistema de

preacute-tratamento 15- Saiacuteda da aacutegua purificada Torneira de extraccedilatildeo 16- Saiacuteda frac34rdquo do

concentrado

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

II4 Princiacutepio de Funcionamento do Sistema de Osmose Reversa

A aacutegua de alimentaccedilatildeo provinda do sistema de preacute-tratamento entra no sistema

com pressatildeo maacutexima de 6 Bar A vaacutelvula solenoacuteide da aacutegua de alimentaccedilatildeo (Figura 1-1)

permanece fechada quando o sistema estaacute no modo de espera ou parado para impedir

que a aacutegua de alimentaccedilatildeo passe pela membrana e transborde no tanque de

armazenamento A membrana semi-permeaacutevel (Figura 1-3) reteacutem 96 dos sais

dissolvidos e 99 das bacteacuterias e dos soacutelidos suspensos na aacutegua de alimentaccedilatildeo A aacutegua

purificada passa agora atraveacutes das fases de tratamento duplo (Figura 1- 7 e 8) e eacute

recolhida no tanque de armazenamento (Figura 1-10) Os sais e outros elementos

rejeitados satildeo eliminados do sistema atraveacutes do fluxo do ldquoconcentradordquo A ceacutelula

medidora da condutividade (Figura 1-6) mede a condutividade da aacutegua purificada (apoacutes

os jogos de cartuchos (Figura 1-7 e 8) o que eacute visualizado no menu de controle do

microprocessador (Figura 1-13) A bomba de recirculaccedilatildeo (Figura 1-11) eacute acionada a

cada a cada vinte minutos e recircula a aacutegua no tanque conduzindo-a pela lacircmpada de

oxidaccedilatildeo UV (Figura 1- 7) e pelo jogo de cartuchos deionizadores (Figura 1-8)

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Um desenho de montagem do sistema de tratamento completo segue na Figura 2

Figura 2 Desenho esquemaacutetico do Sistema de Purificaccedilatildeo de aacuteguas e suas

especificaccedilotildees 1- Aacutegua de alimentaccedilatildeo conexatildeo frac34rdquo (pressatildeo miacutenima 2 bar) 2- Filtro retrolavaacutevel (Art Ndeg 115999) 21- Redutor de pressatildeo (Art Ndeg 115998) 3- Preacute-filtro de 5microm + carvatildeo ativado (Art Ndeg 065201) com um manocircmetro (Art Ndeg 065311) 4-

Filtro de polipropileno de porosidade 1 microm (Art Ndeg 065101) com um manocircmetro (Art Ndeg 065311) 5- Equipamento de Osmose reversa TKA-HPW 220V ndash 100W (Art Ndeg 083007-SO) 6- Tanque de armazenamento de capacidade 75 L (Art Ndeg 115996) 7- Kit de instalaccedilatildeo (Art Ndeg 115994) 8- Caixa de aacutegua de 5000 L 9- Rede puacuteblica de

abastecimento

Caixa drsquoaacutegua (8)

Rede Puacuteblica (9)

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

III Qualificaccedilatildeo da Instalaccedilatildeo (IQ)

A fase da Qualificaccedilatildeo da Instalaccedilatildeo (IQ) estaacute associada agrave verificaccedilatildeo da

instalaccedilatildeo dos equipamentos de acordo com as especificaccedilotildees do fabricante aleacutem da

calibraccedilatildeo dos instrumentos e o estabelecimento de um programa de manutenccedilatildeo

preventiva (Johnson 1993) A Tabela 2 apresenta as especificaccedilotildees do sistema de

purificaccedilatildeo de aacuteguas e as accedilotildees que se fazem necessaacuterias para efetuar a qualificaccedilatildeo

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Tabela 2 Especificaccedilotildees fornecidas pelo fabricante e atividade a ser realizada para qualificar a instalaccedilatildeo

Especificaccedilatildeo Paracircmetro especificado em manual

Atividade a ser realizada para qualificar a

instalaccedilatildeo Tensatildeo Eleacutetrica 127220V 60Hz Registro de Calibraccedilatildeo do

estabilizador Potecircncia Eleacutetrica 01 Kw Verificaccedilatildeo e registro Temperatura ambiente +2degc a +35degC Registro do

monitoramento da temperatura

Pressatildeo do permeado 0 bar Verificaccedilatildeo e registro Pressatildeo operacional 6 bar maacutex Registro da verificaccedilatildeo da

pressatildeo da aacutegua de alimentaccedilatildeo

Temperatura de alimentaccedilatildeo +1degC a +30degC Registro da verificaccedilatildeo de temperatura

Pressatildeo da aacutegua de alimentaccedilatildeo

2 a 6 bar Registro da verificaccedilatildeo da pressatildeo da aacutegua de

alimentaccedilatildeo Calibraccedilatildeo dos controles ao longo do processo

Condutiviacutemetro e manocircmetro

Registro das calibraccedilotildees realizadas

Treinamento dos Operadores -- Realizaccedilatildeo e registro de treinamento

Programa de Manutenccedilatildeo Preventiva

Enxaacuteguumle e desinfecccedilatildeo dos tanques de

estocagem tubulaccedilotildees e carcaccedilas (anualmente)

Elaboraccedilatildeo do POP de enxaacuteguumle e desinfecccedilatildeo

Capacidade de carga das

paredes ou chatildeo

-- Registros da verificaccedilatildeo da instalaccedilatildeo

Tubulaccedilatildeo de Drenagem de

112rdquo livre para o esgoto -- Registro da verificaccedilatildeo da

Instalaccedilatildeo

Espaccedilo de trabalho suficiente -- 64 m2

Conexatildeo aacutegua de alimentaccedilatildeo

de frac34rdquo(com registro)

-- Registro da verificaccedilatildeo da instalaccedilatildeo

Ponto de Coleta do sistema de

preacute-tratamento -- Instalaccedilatildeo de registro na

entrada da aacutegua provinda do preacute-tratamento

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

IV Qualificaccedilatildeo da Operaccedilatildeo (OQ)

Esta etapa estaacute relacionada agrave garantia de que cada componente esteja

funcionando de acordo com o especificado As accedilotildees a serem realizadas na fase de

qualificaccedilatildeo da operaccedilatildeo seguem na tabela 3

Tabela 3 Accedilotildees a serem realizadas na fase de Qualificaccedilatildeo da Operaccedilatildeo (Johnson 1993)

Accedilatildeo Atividade a ser realizada 1 Preencher o sistema com aacutegua e reparar

quaisquer fugas e substituir vaacutelvulas ou vedaccedilotildees defeituosas

Verificaccedilatildeo de vazamentos e registro da realizaccedilatildeo de manutenccedilatildeo por pessoal autorizado

2 Verificar o bom funcionamento das vaacutelvulas e controles ao longo do processo

Calibraccedilatildeo dos Manocircmetros e Condutiviacutemetro do tanque de armazenamento

3 Registrar a realizaccedilatildeo da sanitizaccedilatildeo da caixa de aacutegua e da distribuiccedilatildeo do sistema

Realizaccedilatildeo da Sanitizaccedilatildeo e seu Registro

4 Elaboraccedilatildeo de POPs que descrevem os procedimentos de ligar desligar e sanitizar os equipamentos e o sistema

Seguem em anexo B

5 Verificaccedilatildeo da variaccedilatildeo da vazatildeo de aacutegua em comparaccedilatildeo as especificaccedilotildees do fornecedor

Protocolo de Serviccedilo (PS001) Anexo C

6 Avaliar a produccedilatildeo nominal do sistema 7 Lh a 15degC 7 Avaliar a eficiecircncia do sistema de preacute-

tratamento Atraveacutes da Fase 1 de validaccedilatildeo se avaliaraacute a eficiecircncia do sistema de preacute-tratamento

V Process validation (PV)

Apoacutes a realizaccedilatildeo das trecircs primeiras qualificaccedilotildees seraacute necessaacuterio realizar testes

que comprovem que o sistema realiza a purificaccedilatildeo da aacutegua da maneira a que se propotildee

Para realizar essa tarefa como descrito anteriormente segue-se a abordagem da

Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (WHO 2005) que determina trecircs fases para a validaccedilatildeo

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

V1 Plano de amostragem

V11 Pontos de amostragem

A tabela 4 descreve os pontos de coleta sua localizaccedilatildeo e a especificaccedilatildeo do tipo

de aacutegua

Tabela 4 Pontos de validaccedilatildeo localizaccedilatildeo e suas especificaccedilotildees de avaliaccedilatildeo Nuacutemero Local Tipo de aacutegua

1 Entrada do sistema de purificaccedilatildeo de aacutegua (torneira da pia)

Aacutegua potaacutevel

2 Aacutegua de alimentaccedilatildeo da osmose reversa Aacutegua potaacutevel natildeo clorada

3 Ponto de coleta da aacutegua purificada Aacutegua purificada

V12 Testes Requeridos e Criteacuterio de Aceitaccedilatildeo

Os testes requeridos e seus criteacuterios de aceitaccedilatildeo estatildeo descritos nas tabelas 4 e

5 Os testes para Aacutegua Purificada seratildeo realizados de acordo com a Farmacopeacuteia

Brasileira 4ordf ediccedilatildeo (F Bras IV 2005) e para aacutegua potaacutevel de acordo com os limites

estabelecidos na Portaria 51804 do Ministeacuterio da Sauacutede

V121 Aacutegua Potaacutevel

Tabela 5 Criteacuterios de Aceitaccedilatildeo para aacutegua potaacutevel Testes Microbioloacutegicos Especificaccedilatildeo Contagem Heterotroacutefica Total le 500UFCMl Patoacutegenos Ausecircncia de Coliformes Testes Quiacutemicos Especificaccedilatildeo Cor lt 15 UH Cloro 02 a 05 ppm pH 60 a 95 Turbidez lt 5UT Unidade Hazen (mg Pt-CoL) Unidade de turbidez

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

V122 Aacutegua Purificada

Tabela 6 Criteacuterios de Aceitaccedilatildeo para aacutegua purificada Testes Microbioloacutegicos Especificaccedilatildeo Contagem Heterotroacutefica Total le 100UFCmL Patoacutegenos Ausecircncia de coliformes P aeruginosa S

aureus e E Coli termotolerantes Testes Quiacutemicos Especificaccedilatildeo Acidez ou Alcalinidade Cumpre o Teste Amocircnio No maacuteximo 02 ppm Aparecircncia Liacutequido incolor liacutempido insiacutepido e

inodoro Caacutelcio e Magneacutesio Cumpre o Teste Cloretos Cumpre o Teste Condutividade No maacuteximo 21 microScm Metais Pesados No maacuteximo 01 ppm Nitratos No maacuteximo 02 ppm pH 5 -7 Resiacuteduo por evaporaccedilatildeo No maacuteximo 0001 Substacircncias Oxidaacuteveis Cumpre o Teste Sulfatos Cumpre o Teste Os testes seratildeo realizados de acordo com a Farmacopeacuteia Brasileira 4ordf ediccedilatildeo (F Bras IV 2005)

V13 Cronograma de Amostragem

Para a Fase 1 da validaccedilatildeo seratildeo realizados testes quiacutemicos e bioloacutegicos para

todos os pontos de amostragem durante trecircs semanas em trecircs periacuteodos de cinco dias

Apoacutes a conclusatildeo satisfatoacuteria dessa fase se realizaraacute a Fase 2 de validaccedilatildeo fase em que

a aacutegua produzida pode ser utilizada Nesta fase deve-se realizar novamente e

diariamente todos os testes quiacutemicos e bioloacutegicos para todos os pontos de amostragem

durante quatro semanas em quatro periacuteodos de cinco dias Para a Fase 3 de validaccedilatildeo

seratildeo realizados os mesmos testes quiacutemicos e microbioloacutegicos para todos os pontos de

amostragem semanalmente durante um ano O cronograma dos pontos de amostragem

segue na tabela 7

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Tabela 7 Cronograma de validaccedilatildeo

Fase de

Validaccedilatildeo

Ponto de

Amostragem

Periacuteodo de

Anaacutelise

Frequumlecircncia de

Anaacutelise

Tipo de Testes

a Realizar

1 1 2 Semanas Trecircs periacuteodos de

5 dias

Aacutegua Potaacutevel

1 2 2 Semanas Trecircs periacuteodos de 5 dias

Aacutegua potaacutevel

natildeo clorada

1 3 2 Semanas Trecircs periacuteodos de 5 dias

Aacutegua

Purificada

2 1 3 Semanas Quatro periacuteodos

de 5 dias

Aacutegua Potaacutevel

2 2 3 Semanas Quatro periacuteodos

de 5 dias

Aacutegua potaacutevel

natildeo clorada

2 3 3 Semanas Quatro periacuteodos

de 5 dias

Aacutegua

Purificada

3 1 1 Ano Semanal Aacutegua Potaacutevel

3 2 1 Ano Semanal Aacutegua potaacutevel

natildeo clorada

3 3 1 Ano Semanal Aacutegua

Purificada

V2 Fase 1

Periacuteodo de testes de trecircs semanas em trecircs periacuteodos de cinco dias para

monitoramento do sistema intensivamente durante este periacuteodo o sistema deve operar

continuamente sem falhas ou desvios de qualidade

Para essa fase seratildeo realizados os seguintes testes

bull Realizar testes quiacutemicos e microbioloacutegicos de acordo o plano de amostragem

bull Desenvolver faixas de operaccedilatildeo adequadas

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

bull Desenvolver e finalizar procedimentos de operaccedilotildees limpeza desinfecccedilatildeo e

manutenccedilatildeo

bull Demonstrar a produccedilatildeo e entrega da aacutegua na qualidade e quantidade exigida

bull Usar e aperfeiccediloar os POPs de operaccedilatildeo (ver anexo) manutenccedilatildeo desinfecccedilatildeo e

soluccedilatildeo de problemas

bull Verificar alertas provisoacuterios e accedilotildees de niacuteveis

bull Desenvolver e refinar procedimentos de testes de natildeo conformidade

V3 Fase 2

Outro periacuteodo de testes de quatro semanas em quatro periacuteodos de cinco dias a

ser realizado de maneira mais intensiva atraveacutes de um acompanhamento dos POPs

aperfeiccediloados apoacutes a conclusatildeo da Fase 1 O sistema de amostragem eacute idecircntico ao da

fase inicial e aacutegua pode ser utilizada para a fabricaccedilatildeo durante essa fase O sistema

deve

bull Demonstrar a produccedilatildeo e entrega da aacutegua na qualidade e quantidade exigida

quando o sistema eacute operado de acordo com os POPs

bull Demonstrar que o sistema estaacute sob controle

V4 Fase 3

Esta fase seraacute executada por no miacutenimo um ano apoacutes a conclusatildeo satisfatoacuteria da

fase dois a aacutegua pode ser usada para a fabricaccedilatildeo durante esta fase produccedilatildeo que tem os

devidos fins e caracteriacutesticas

bull Demonstrar que o sistema estaacute sob controle durante um longo periacuteodo de tempo

garantindo que as variaccedilotildees sazonais foram avaliadas

bull Locais de amostra frequumlecircncia de amostras e testes devem ser reduzido ao padratildeo

de rotina normal (semanalmente)

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

POP ndeg001 Versatildeo 06112007 Validade 06112008 Paacutegina 14

Procedimento Operacional Padratildeo 001

Instruccedilotildees de Uso do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

1 Objetivo Orientar a operaccedilatildeo do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

2 Aplicaccedilatildeo Ao pessoal responsaacutevel pela operaccedilatildeo e monitoramento do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

3 Materiais Necessaacuterios Protocolo de Serviccedilo (PS 001) Protocolo de Manutenccedilatildeo (PM 001) Protocolo de Produccedilatildeo de Aacutegua Purificada (PP 001)

4 Cuidados Especiais Verificar se o aparelho estaacute limpo e adequado a sua utilizaccedilatildeo Verificar a temperatura e umidade do ambiente Verificar a temperatura da aacutegua de alimentaccedilatildeo Verificar a pressatildeo da aacutegua de alimentaccedilatildeo

5 Procedimento 51 Ligar o Disjuntor (A) que alimenta a Central de Aacuteguas

A

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

POP ndeg001 Versatildeo 06112007 Validade 06112008 Paacutegina 24

Procedimento Operacional Padratildeo 001

Instruccedilotildees de Uso do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

52 Ligar o Estabilizador (B) de energia que alimenta o aparelho de Osmose Reversa

53 Abrir o registro (C) da aacutegua de alimentaccedilatildeo

54 Verificar os paracircmetros do item Cuidados Especiais e anotaacute-los no Protocolo de Serviccedilo

(PS 001)

B

C

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

POP ndeg001 Versatildeo 06112007 Validade 06112008 Paacutegina 34

Procedimento Operacional Padratildeo 001

Instruccedilotildees de Uso do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

55 Acionar a tecla ONOFF (1)

56 Visualizar no display (2) ldquoCleaningrdquo - referente agrave operaccedilatildeo do sistema de enxaacutegue que

entra automaticamente em operaccedilatildeo 57 Visualizar no display (2) ldquoProductionrdquo (produccedilatildeo) - referente agrave operaccedilatildeo do sistema de

Osmose Reversa 58 Apoacutes 2 minutos de produccedilatildeo acionar a tecla MENU (3) duas vezes para verificar a

condutividade da aacutegua de produccedilatildeo Caso visualize a mensagem ldquoError-CPrdquo paacutere a produccedilatildeo e despreze a aacutegua do tanque abrindo o registro do ponto de coleta de aacutegua purificada (D)

59 Quando o tanque de armazenamento estiver cheio ocorreraacute outro enxaacuteguumle automaacutetico e

no display (2) apareceraacute a mensagem ldquoCleaningrdquo 510 Completando-se este ciclo o aparelho entra em modo de operaccedilatildeo ldquoStand byrdquo sendo

visualizado no display (2) a mesma mensagem ldquoStand byrdquo

1

2

3

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

POP ndeg001 Versatildeo 06112007 Validade 06112008 Paacutegina 44

Procedimento Operacional Padratildeo 001

Instruccedilotildees de Uso do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

511 Retire a Aacutegua Purificada do tanque de armazenamento abrindo o registro do Ponto de Coleta (D)

512 Ao final da produccedilatildeo acionar a tecla ONOFF (1) desligar o Estabilizador de energia (B)

e fechar o registro da aacutegua de alimentaccedilatildeo (C) e o disjuntor da Central de Aacuteguas (A) 513 Anotar o valor final produzido no Protocolo de Produccedilatildeo de Aacutegua Purificada

6 Observaccedilotildees Limpeza Mensal Manutenccedilatildeo Realizada pelo fabricante sempre que constatado que fora dos paracircmetros

D

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

Protocolo ndeg001 Versatildeo 06112007 Validade 06112008

Protocolo de Serviccedilo (PS 001)

Protocolo de Verificaccedilatildeo dos Paracircmetros do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

Data Temp Ambiente

(degC)

Umidade ()

Temp Aacutegua de

Alimentaccedilatildeo (degC)

Pressatildeo Aacutegua de

Alimentaccedilatildeo (bar)

Condutividade da aacutegua Produzida (microScm)

Responsaacutevel

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash

RS Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

Protocolo ndeg002 Versatildeo 06112007 Validade 06112008

Protocolo de Manutenccedilatildeo (PM 001)

Protocolo de Verificaccedilatildeo da Manutenccedilatildeo do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

Tipo de Sistema

Nuacutemero de Identificaccedilatildeo

Ano de Fabricaccedilatildeo

Data Dureza da aacutegua de

alimentaccedilatildeo (degdH)

Pressatildeo de operaccedilatildeo

(bar)

Taxa de Permeado

(Lh)

Uacuteltima Troca de Preacute-filtro

Uacuteltima troca de Fosfato

Uacuteltima limpeza

desinfecccedilatildeo

Ass

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash

RS Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

Protocolo ndeg003 Versatildeo 06112007 Validade 06112008

Protocolo de Produccedilatildeo (PP 001)

Protocolo de Produccedilatildeo de Aacutegua Purificada

Data Produccedilatildeo Diaacuteria Responsaacutevel

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash

RS Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

Protocolo ndeg004 Versatildeo 06112007 Validade 06112008

Resultados da Validaccedilatildeo do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

Aacutegua Purificada

DATA

PONTO DE COLETA

Testes Microbioloacutegicos

Especificaccedilatildeo ____ ____ ____ ____ ____

Contagem Heterotroacutefica Total

le 100UFCmL

Patoacutegenos Ausecircncia de coliformes P aeruginosa S aureus

Testes Quiacutemicos Especificaccedilatildeo ____ ____ ____ ____ ____ Acidez ou Alcalinidade

Cumpre o Teste

Amocircnio No maacuteximo 02 ppm Aparecircncia Liacutequido incolor liacutempido

insiacutepido e inodoro

Caacutelcio e Magneacutesio Cumpre o Teste Cloretos Cumpre o Teste Condutividade No maacuteximo 21 microScm Metais Pesado No maacuteximo 01 ppm Nitratos No maacuteximo 02 ppm pH 5 -7 Resiacuteduo por evaporaccedilatildeo

No maacuteximo 0001

Substacircncias Oxidaacuteveis Cumpre o Teste Sulfatos Cumpre o Teste Os testes seratildeo realizados de acordo com a Farmacopeacuteia Brasileira 4ordf ediccedilatildeo (F Bras IV 2005)

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash

RS Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

Protocolo ndeg 005 Versatildeo 06112007 Validade 06112008

Resultados da Validaccedilatildeo do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua Aacutegua Potaacutevel

Data

Ponto de

Coleta

Especificaccedilotildees Anaacutelise Quiacutemica Anaacutelise Microbioloacutegica

Cloro pH Cor

Turbidez Contagem Heterotroacutefica

Total

Patoacutegenos

02 ndash 05 ppm

60 ndash 95 15 UH 5 UT

lt 500 UFCmL Ausecircncia de coliformes

Unidade Hazen (mg Pt-CoL)

Unidade de turbidez

40

4 Consideraccedilotildees finais e perspectivas

Ao longo do tempo a importacircncia da validaccedilatildeo de processos para a Garantia da

Qualidade foi sendo melhor compreendida pelo segmento farmacecircutico e com isso foi

contemplada pelos oacutergatildeos reguladores e aplicada pelos profissionais deste segmento

Se a validaccedilatildeo estaacute bem definida e eacute amplamente compreendida como pocircde ser

observado pelo nuacutemero de trabalhos e legislaccedilotildees revisados neste trabalho um dos

desafios que se apresentam atualmente consiste em ampliar o entendimento de como

realizaacute-la na praacutetica A proposiccedilatildeo de um protocolo para a validaccedilatildeo de um processo de

purificaccedilatildeo de aacutegua teve como um de seus objetivos exemplificar esta tarefa e assim

auxiliar na elaboraccedilatildeo de outros protocolos Assim como perspectiva deste trabalho

espera-se fornecer subsiacutedio agrave validaccedilatildeo de outros processos farmacecircuticos de

purificaccedilatildeo de aacutegua ou mesmo outros

Isto porque embora cada processo possua aspectos especiacuteficos os quais devem

ser cuidadosamente avaliados durante a validaccedilatildeo o entendimento e aplicaccedilatildeo

adequados da terminologia relacionada agrave validaccedilatildeo auxiliam na conduccedilatildeo de uma

validaccedilatildeo adequada e bem documentada

41

5 Referecircncias

ALEEM H ZHAO Y LORD S MCCARTHY T SHARRATT P N Pharmaceutical process validation an overview Proceedings of the Institution of Mechanical Engineers Part E Process Mechanical Engineering v 217 p141 ndash 150 2002

ALENCAR J R B Pinto P M D V Neto P P V Oliveira A T C Medeiros F P M Ramos S V V Rolim P J N Strategy in pharmaceutical process validation of purified water Revista Brasileira de Farmaacutecia v 85 n3 p85-88 2004a ALENCAR JRB Souza M B J Rolim P J N Lopes C E Uso de controle estatiacutestico de processo (CEP) para validaccedilatildeo de processo de glibenclamida comprimidos Revista Brasileira de Farmaacutecia v85 n3 p115-119 2004b

ALENCAR J R B CLEMENTINO M R A ROLIM P J N Cleaning validation of equipments in medicines industry strategy to select the ldquoworst caserdquo Revista Brasileira de Farmaacutecia v87 n 1 p13-18 2006

ANVISA ndash Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria Gerecircncia Geral de Inspeccedilatildeo e Controle de Medicamentos e Produtos Guias relacionados agrave garantia de qualidade Brasiacutelia 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwanvisagovbrinspecaoguias_qualidadepdfgt Acesso em 12 nov 2007

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria (ANVISA) Resoluccedilatildeo RDC nordm 210 de 04082003 DOU de 14082003 Disponiacutevel em lthttpe-legisanvisagovbrleisrefpublicshowActphpid=22321ampword=gt Acesso em 30 set 2007

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria (ANVISA) Resoluccedilatildeo RDC nordm 67 de 08102007 DOU de 09102007 Disponiacutevel em lthttpe-legisanvisagovbrleisrefpublicshowActphpid=28806ampword= gt Acesso em 30 nov 2007

42

BRASIL Ministeacuterio de Estado da Sauacutede Portaria nordm 518 de 25032004 DOU de 26032004 Disponiacutevel em lthttpe-legisanvisagovbrleisrefpublicshowActphpid=22322ampwordgt Acesso em 30 set 2007

CASTILLA B SENA F J Validation documentation Journal of Validation Technology v7 n 2 p 166-123 2001

DA ROSA PS Diagnoacutestico e avaliaccedilatildeo da qualidade microbioloacutegica da aacutegua na Faculdade de Farmaacutecia Trabalho de Conclusatildeo de Curso de Graduaccedilatildeo Disciplina de Estaacutegio Curricular em Farmaacutecia Faculdade de Farmaacutecia Universidade Federal do Rio Grande do Sul Porto Alegre 2007

EMEA - European Agency for Evaluation of Medicinal Products Note for guidance on process validation London 2001 Disponiacutevel em lthttpwwwemeaeuropaeupdfshumanqwp084896enpdfgt Acesso em 12 nov 2007

FARMACOPEacuteIA BRASILEIRA 4 ed Satildeo Paulo Atheneu 2004 pV224

FARMACOPEacuteIA BRASILEIRA 4 ed Satildeo Paulo Atheneu 2005 Fasciacuteculo 6 p263

FDA ndash Food and Drug Administration - Center for Drug Evaluation and Research (CDER) Guidance for Industry Powder Blends and Finished Dosage Units mdash Stratified In-Process Dosage Unit Sampling and Assessment Rockville 2003 Disponiacutevel em lthttpwwwfdagovCDERGUIDANCE5831dfthtmgt Acesso em 12 nov 2007

FDA ndash Food and Drug Administration - Division of Manufacturing and Product Quality (HFN-320) Center for Drugs and Biologics Guidelines on general principles of process validation Rockville 1987 Disponiacutevel em lthttpwwwfdagovCDERGUIDANCEpvhtmgt Acesso em 12 nov 2007

GUAZZARONI M YIIN B YU JL Application of total organic carbon analysis for cleaning validation in pharmaceutical manufacturing American Biotechnology Laboratory v 16 n 10 p 66-67 1998

HAIDER S I Validation standard operating procedures a step-by-step guide for achieving compliance in the pharmaceutical medical device and biotech industries 2 ed Boca Raton CRC 2002

43

HELLE M R YLIRUUSI J MANNERMAA J P A literature review of pharmaceutical process validation Pharmaceutical Technology Europe Part 3 v15 p 52-57 2003

HOFMANN K L Sterile products validation In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 103

JEATER J P CULLEN L F PAPARIELLO GJ Organizing for validation In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 9

JOHNSON W M Validation of water system for sterile and nonsterile products In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 299 - 317

KIEFFER RG Validation and the human element PDA Journal of Pharmaceutical Science and Technology v52 n2 p52-54 1998

LE HIR A Noccedilotildees de farmaacutecia galecircnica 6 ed Satildeo Paulo Organizaccedilatildeo Andrei 1997 p 137-138

LeBLANC D A Establishing scientifically justified acceptance criteria for cleaning validation of finished drug products Pharmaceutical Technology 1998 Disponiacutevel em ltwwwadvanstarcomgt Acesso em 30 set 2007

LOFTUS B T The Regulatory basis for process In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 2 - 32

LORD SV MCCARTHY T ALEEM H ZHAO Y SHARRATT P N Reinterpreting validation Proceedings of the Institution of Mechanical Engineers Part E Process Mechanical Engineering v 217 p287- 292 2003

MCCOLMICK P Y CULLEN L F Cleaning validation In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 319 - 322

NASH R A Introduction In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993

44

PICS - Pharmaceutical Inspection Convention and Pharmaceutical Inspection Co-operation Scheme Recommendations on validation master plan installation and operational qualification non-sterile process validation cleaning validation Genebra 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwnewwayzconzrefmaterialpics_pi006_2VMPpdfgt Acesso em 30 set 2007

TKA WASSERAUFBEREITUNGSSYSTEME GMBH Operating instructions TKA LAB ndash UPW Article ndeg 083007-SO Niederelbert 2001

WHO ndash World Health Organization Suplementary guidelines on good manufacturing practices (GMP) validation Genebra 2005 p 22-23 Disponiacutevel em lthttpwwwwhointmedicinesservicesexpertcommitteespharmprepValidation_QAS_055_Rev2combinedpdfgtAcesso em Acesso em 30 set 2007

WHO ndash World Health Organization Supplementary training modules on good manufacturing practice water for pharmaceutical use Part 1 introduction and treatment Genebra 2001 Disponiacutevel em ltftpftpwhointmedicinesGMPgmptrainsuplmtWater01pptgt Acesso em 30 set 2007

WHO ndash World Health Organization Supplementary training modules on good manufacturing practice water for pharmaceutical use Part 2 water purification engineering Genebra 2001 Disponiacutevel em ltftpftpwhointmedicinesGMPgmptrainsuplmtWater02pptgt Acesso em 30 set 2007

WHO ndash World Health Organization Supplementary training modules on good manufacturing practice water for pharmaceutical use Part 3 inspection of water systems Genebra 2001 Disponiacutevel em ltftpftpwhointmedicinesGMPgmptrainsuplmtWater03pptgt Acesso em 30 set 2007

WHO ndash World Health Organization Who good manufacturing practices water for pharmaceutical use Genebra 2005 (Technical Report Series n 929 Anexo 3)

WHO ndash World Health Organization Who Expert Committee on specifications for pharmaceutical preparations Genebra 2006 p 125 ndash 126 (Technical Report Series n 937 Anexo 4 Apecircndice II) Disponiacutevel em lthttpwhqlibdocwhointtrsWHO_TRS_937_engpdfpage=359gt Acesso em 01 dez 2007

  • Outras definiccedilotildees semelhantes a essas existem e muito embora as expressotildees variem a essecircncia de todas eacute a mesma assegurar que o processo quando operado sob as condiccedilotildees preacute-determinadas resultaraacute em um produto que reuniraacute as especificaccedilotildees e seus
Page 6: VALIDAÇÃO DE PROCESSOS: Aspectos teóricos e proposição de

6

1 Introduccedilatildeo

As atividades relativas agrave fabricaccedilatildeo e controle de medicamentos tecircm sido alvos

da mais intensa regulamentaccedilatildeo e fiscalizaccedilatildeo no segmento farmacecircutico pois uma

produccedilatildeo com qualidade eacute importante para se evitar erros que podem prejudicar a sauacutede

humana (Aleem et al 2002 Alencar et al 2004a)

A validaccedilatildeo de processos foi desenvolvida e aplicada como um recurso para

assegurar a qualidade do produto final A validaccedilatildeo eacute portanto crucial no alcance dessa

tarefa e um requisito regulatoacuterio para a aprovaccedilatildeo de um medicamento (Aleem et al

2002)

A validaccedilatildeo de processos estaacute inserida no contexto da Garantia da Qualidade

que eacute definida como a totalidade das providecircncias tomadas com o objetivo de garantir

que os produtos estejam dentro dos padrotildees de qualidade exigidos para que possam ser

utilizados para os fins propostos (Brasil 2003) As Boas Praacuteticas de Fabricaccedilatildeo

constituem tambeacutem parte da Garantia da Qualidade e asseguram que os produtos satildeo

consistentemente produzidos e controlados com padrotildees de qualidade apropriados para

o uso pretendido e requerido (Brasil 2003)

Neste contexto o trabalho teve por objetivos em uma primeira etapa esclarecer

em que consiste a validaccedilatildeo de processos por meio de uma revisatildeo de literatura atual

acerca do tema e em uma segunda etapa apresentar um protocolo para a validaccedilatildeo de

um sistema de purificaccedilatildeo de aacutegua existente na Central de Aacuteguas da Faculdade de

Farmaacutecia UFRGS Da Rosa (2007) em trabalho recente atestou que a aacutegua potaacutevel

disponiacutevel na Faculdade e que por sua vez consiste na aacutegua de alimentaccedilatildeo para os

sistemas de purificaccedilatildeo apresenta qualidade microbioloacutegica satisfatoacuteria cumprindo

com os requisitos expressos na Portaria Nordm 518 de 25 de marccedilo de 2004 do Ministeacuterio

da Sauacutede Nesse contexto com relaccedilatildeo agrave proposiccedilatildeo deste protocolo os objetivos

especiacuteficos foram (i) exemplificar a validaccedilatildeo de um processo amplamente empregado

em Farmaacutecias e Induacutestrias Farmacecircuticas (ii) atestar a qualidade da aacutegua purificada

produzida e (iii) servir como subsiacutedio agrave validaccedilatildeo de outros sistemas

7

2 Referencial Teoacuterico

21 Conceitos e Aspectos Regulatoacuterios

Nos uacuteltimos trinta anos a validaccedilatildeo de processos tem evoluiacutedo Para a maioria

das pessoas que trabalham na induacutestria ela surgiu como um requisito regulatoacuterio e

consequumlentemente foi muitas vezes considerada apenas uma obrigatoriedade Apesar de

originalmente ter sido criticada a validaccedilatildeo de processos eacute hoje bem aceita e

considerada parte da qualidade total e do monitoramento de processos (Helle et al

2003) Entretanto segundo Nash (1993) havia muita confusatildeo sobre o que eacute validaccedilatildeo

de processos e o que constitui a documentaccedilatildeo relativa agrave validaccedilatildeo de processos De

acordo com Haider (2002) as principais definiccedilotildees de validaccedilatildeo satildeo

bull Accedilatildeo de prover de acordo com os princiacutepios de Boas Praacuteticas de Fabricaccedilatildeo

que procedimentos processos equipamentos materiais atividades ou

sistemas de fato conduzam aos resultados esperados

bull Evidecircncia documental que provecirc a um especiacutefico processo um alto grau de

confianccedila de que poderaacute consistentemente apresentar um produto reunindo

suas preacute-determinadas especificaccedilotildees atributos e caracteriacutesticas de

qualidade

bull Obter e documentar evidecircncias que demonstrem que um meacutetodo pode

apresentar os resultados pretendidos e de acordo com os limites definidos

bull Accedilatildeo de verificar que qualquer processo procedimento atividade material

sistema ou equipamento usado na produccedilatildeo ou controle realizaraacute os

resultados desejados e pretendidos

Definiccedilotildees semelhantes a estas se encontram na legislaccedilatildeo brasileira e

internacional as quais seguem na tabela 1

8

Tabela 1 Principais definiccedilotildees de validaccedilatildeo de processos dos Oacutergatildeos Internacionais e Nacionais

Oacutergatildeo Definiccedilatildeo

ANVISA ndash Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria (Brasil)

(Brasil 2003) (Brasil 2007)

Ato documentado que atesta que qualquer procedimento processo equipamento material operaccedilatildeo ou sistema realmente conduz aos resultados esperados

FDA ndash Food and Drug Administration (Estados Unidos) (FDA 1987)

Evidecircncia documentalmente estabelecida que provecirc com alto grau de confianccedila que um processo especiacutefico poderaacute produzir consistentemente um produto reunindo suas preacute-determinadas especificaccedilotildees e caracteriacutesticas de qualidade

EMEA ndash European Agency for the Evaluation of Medicinal Products (Uniatildeo Europeacuteia)

(EMEA 2001)

Meio de assegurar e prover evidecircncias de que processos satildeo capazes de produzir consistentemente um produto final com a qualidade requerida

PICS ndash Pharmaceutical Inspection Convention and Pharmaceutical Inspection Co-operation Scheme (Genebra Suiacuteccedila) (PICS 2004)

Meio de assegurar e prover evidecircncias de que processos satildeo capazes de repetidamente e confiavelmente produzirem um produto final com a qualidade requerida

Outras definiccedilotildees semelhantes a essas existem e muito embora as expressotildees

variem a essecircncia de todas eacute a mesma assegurar que o processo quando operado sob as

condiccedilotildees preacute-determinadas resultaraacute em um produto que reuniraacute as especificaccedilotildees e

seus atributos de qualidade Em siacutentese validaccedilatildeo de processos assegura que o processo

faz o que se propotildee a fazer (Loftus 1993 Aleem et al 2002)

22 Tipos de Validaccedilatildeo

Os tipos de validaccedilatildeo de processos dependem da situaccedilatildeo na qual seratildeo

aplicados e das particularidades de cada sistema O FDA atraveacutes de seu guia sobre os

princiacutepios gerais da validaccedilatildeo de processos menciona trecircs tipos de validaccedilatildeo (FDA

1987 Nash 1993) Atualmente haacute quatro tipos de validaccedilatildeo (Nash 1993 Brasil 2003

PICS 2004)

9

Normalmente espera-se que a validaccedilatildeo de um processo seja completada antes

da produccedilatildeo de um produto final cuja intenccedilatildeo eacute a comercializaccedilatildeo Onde isto natildeo eacute

possiacutevel se faz necessaacuterio validar o processo durante a rotina de produccedilatildeo Processos

que vecircm sendo usados haacute algum tempo tambeacutem devem ser validados Na teoria um

exerciacutecio de validaccedilatildeo somente precisaria ser realizado uma vez Na praacutetica os

processos raramente ficam estaacuteticos Componentes satildeo alterados (insumos e materiais

de embalagem) equipamentos satildeo modificados e o ambiente do processo natildeo pode ser

considerado idecircntico ao ambiente da validaccedilatildeo inicial Assim um programa regular de

revalidaccedilatildeo eacute essencial (PICS 2004) Nessa perspectiva foram definidos quatro tipos

de validaccedilatildeo

A validaccedilatildeo prospectiva eacute realizada durante o estaacutegio de desenvolvimento do

produto atraveacutes da anaacutelise dos riscos do processo de fabricaccedilatildeo o qual eacute detalhado em

passos individuais estes por sua vez satildeo definidos com base na experiecircncia passada

para determinar se os mesmos podem ocasionar situaccedilotildees criacuteticas (Brasil 2003) Esta

validaccedilatildeo eacute completada e os resultados satildeo aprovados previamente a qualquer produccedilatildeo

e comercializaccedilatildeo do produto (Haider 2002)

A validaccedilatildeo concorrente se refere a uma combinaccedilatildeo de validaccedilatildeo

retrospectiva e prospectiva Normalmente eacute aplicado no caso de um processo existente

natildeo previamente validado ou insuficientemente validado (Haider 2002) e

normalmente eacute realizada durante a produccedilatildeo de rotina (Brasil 2003) Em certas

circunstacircncias natildeo eacute necessaacuterio um completo programa de validaccedilatildeo antes da rotina de

produccedilatildeo iniciar Nestes casos isso seraacute conhecido dentro do avanccedilo da produccedilatildeo do

produto final que seraacute comercializado ou estocado Eacute empregado em circunstacircncias

onde haacute por exemplo um processo sendo transferido para fechar um negoacutecio de

terceirizaccedilatildeo entre produtor e distribuidor (PICS 2004)

A validaccedilatildeo retrospectiva eacute empregada para aqueles processos de uso

rotineiro dentro de vaacuterias companhias que natildeo passaram por uma validaccedilatildeo de processo

formalmente documentada A validaccedilatildeo desses processos eacute possiacutevel atraveacutes de dados

histoacutericos que forneccedilam a evidecircncia documental necessaacuteria de que o processo produza

os resultados esperados Aleacutem disso atraveacutes de uma validaccedilatildeo retrospectiva pode ser

realizada uma anaacutelise de tendecircncia para determinar a extensatildeo na qual os paracircmetros do

processo encontram-se dentro da faixa permitida (PICS 2004) Entretanto a legislaccedilatildeo

10

brasileira (Brasil 2003) lembra que obviamente a validaccedilatildeo retrospectiva natildeo eacute uma

medida da garantia da qualidade em si proacutepria e nunca deve ser aplicada a novos

processos ou produtos Somente pode ser considerada em circunstacircncias especiais por

exemplo quando os requisitos de validaccedilatildeo satildeo estabelecidos pela primeira vez dentro

de uma empresa desde que seja realizado sob as mesmas condiccedilotildees operacionais

(Brasil 2003)

A revalidaccedilatildeo perioacutedica pode ser considerada o quarto tipo e eacute implementada

atraveacutes da anaacutelise de tendecircncias com o objetivo de verificar se o processo se encontra

sob controle e que as mudanccedilas introduzidas intencionalmente ou natildeo dentro de um

processo eou no ambiente do processo natildeo afetam adversamente as caracteriacutesticas do

processo e a qualidade do produto (Brasil 2003 PICS 2004)

A legislaccedilatildeo brasileira (Brasil 2003) cita algumas mudanccedilas tiacutepicas que

requerem revalidaccedilatildeo por exemplo alteraccedilotildees de (i) mateacuterias-primas que geram

mudanccedilas nas propriedades fiacutesicas do produto e afetam adversamente o processo de

produccedilatildeo (ii) de material de embalagem que podem gerar mudanccedilas no procedimento

de embalagem e podem afetar a estabilidade do produto como por exemplo a

substituiccedilatildeo do material de envase de plaacutestico por vidro (iii) de processo que podem

afetar os passos subsequumlentes do processo e a qualidade do produto por exemplo o

tempo de mistura a temperatura de secagem e o processo de resfriamento (iv) de

equipamento incluindo instrumentos de mediccedilatildeo onde qualquer substituiccedilatildeo reparo e

manutenccedilatildeo podem afetar tanto o processo quanto o produto e por fim (v) alteraccedilotildees

na aacuterea de produccedilatildeo e utilidades que podem afetar as condiccedilotildees ambientais e que em

consequumlecircncia gerem a necessidade de uma revalidaccedilatildeo do processo principalmente na

fabricaccedilatildeo de produtos esteacutereis onde este paracircmetro eacute criacutetico

23 Por que validar

A validaccedilatildeo eacute basicamente uma boa praacutetica de negoacutecios aleacutem de permitir que os

processos de produccedilatildeo sejam realizados com maior teacutecnica e economia (Aleem et al

2002) A seguir satildeo apresentadas as vantagens de se validar um processo produtivo

bull Aspectos regulatoacuterios atualmente as Boas Praacuteticas de Fabricaccedilatildeo (BPF) tecircm

sido estabelecidas por todo o mundo As BPF basicamente servem como

diretriz mas natildeo provecircem passo-a-passo instruccedilotildees de como executaacute-las

11

Entretanto o plano mestre de validaccedilatildeo associados aos Procedimentos

Operacionais Padratildeo (POPs) definem exatamente responsabilidades quem

quando onde como etc (Haider 2002)

bull Garantia da qualidade validaccedilatildeo provecirc seguranccedila na obtenccedilatildeo dos produtos

com alta qualidade assim a validaccedilatildeo conduz a um menor nuacutemero de erros

de produccedilatildeo e como resultado reduz o nuacutemero de reclamaccedilotildees do

consumidor e ldquorecallsrdquo de medicamentos (Aleem et al 2002 Haider 2002)

bull Reduccedilatildeo de custos processos operados sob niacuteveis proacuteximos de seus limites

muitas vezes causam custos pois satildeo necessaacuterias reinspeccedilotildees retestes e

rejeiccedilotildees A validaccedilatildeo conduz agrave otimizaccedilatildeo dos processos e

consequumlentemente agrave diminuiccedilatildeo dos custos (Haider 2002) aleacutem de gerar

um alto rendimento maior rapidez e confiabilidade na instalaccedilatildeo de novos

equipamentos faacutecil desenvolvimento de trabalho para uma maior escala

faacutecil manutenccedilatildeo dos equipamentos e mais raacutepida automaccedilatildeo do processo

(Haider 2002) Outros custos de qualidade incluem gastos com marketing e

obrigaccedilotildees processuais devidos a problemas externos com a imagem da

empresa (Aleem et al 2002 Haider 2002)

24 Validaccedilatildeo versus Qualificaccedilatildeo

A validaccedilatildeo e a qualificaccedilatildeo possuem conceitos semelhantes e em alguns casos

na literatura se utiliza o termo ldquovalidaccedilatildeordquo em substituiccedilatildeo ao termo ldquoqualificaccedilatildeordquo o

que gera uma falta de clareza em relaccedilatildeo a esses dois termos e suas utilizaccedilotildees (Aleem

et al 2002 Anvisa 2006)

Segundo Le Hir (1997) a qualificaccedilatildeo consiste em verificar que um aparelho

funciona corretamente para o uso a que se destina jaacute a validaccedilatildeo estaria mais

relacionada a um procedimento do que a um aparelho e consiste em verificar se uma

operaccedilatildeo previamente descrita com toda a precisatildeo permite realmente atingir os

resultados desejados De forma semelhante a legislaccedilatildeo brasileira (Brasil 2003)

determina que antes de iniciar a validaccedilatildeo do processo os equipamentos utilizados na

produccedilatildeo e os instrumentos de controle bem como a formulaccedilatildeo devem ser

qualificados

12

Eacute importante ressaltar que a qualificaccedilatildeo eacute parte da validaccedilatildeo mas a qualificaccedilatildeo

de uma etapa do processo individualmente natildeo constitui a validaccedilatildeo do processo (Lord

et al 2003) Segundo Aleem e colaboradores (2002) o maior desafio eacute o de garantir

que todos esses itens individualmente qualificados trabalhem juntos como um sistema

integrado da maneira esperada e usando os procedimentos e materiais preacute-definidos

Faz-se entatildeo necessaacuterio responder a uma pergunta ldquoquando qualificar e quando

validarrdquo O que o Pharmaceutical Inspection Convention and Pharmaceutical

Inspection Co-operation Scheme (PICS 2004) relata eacute que eacute impossiacutevel definir

categoricamente quando a qualificaccedilatildeo e a validaccedilatildeo satildeo necessaacuterias pois operaccedilotildees de

produccedilatildeo e instalaccedilotildees satildeo consideravelmente grandes e complexas

O que se sabe eacute que a qualificaccedilatildeo deve estar completa antes da validaccedilatildeo ser

conduzida O processo de qualificaccedilatildeo deve constituir-se em processo sistemaacutetico e

loacutegico bem como ser iniciado pelas fases de desenho das instalaccedilotildees equipamentos e

utilidades (Anvisa 2006) O conceito de qualificaccedilatildeo de equipamentos natildeo eacute uma

novidade Vaacuterios fornecedores vecircm executando constantemente verificaccedilotildees para

confirmar a funcionalidade de seus equipamentos tanto antes quanto depois da

instalaccedilatildeo entretanto eacute um requisito da BPF que cada companhia farmacecircutica

identifique qual qualificaccedilatildeo e validaccedilatildeo satildeo requeridas para provar o controle dos

aspectos criacuteticos de sua operaccedilatildeo (PICS 2004)

O processo farmacecircutico percorre um longo caminho em direccedilatildeo agrave determinaccedilatildeo

de quais aspectos de uma operaccedilatildeo satildeo criacuteticos Muitas empresas asseguram a validaccedilatildeo

como uma seacuterie de estudos separados de cada componente de um sistema completo

(Hofmann 1993)

25 Estaacutegios da Validaccedilatildeo (DQ IQ OQ e PQ)

A validaccedilatildeo tem sido dividida em sucessivos e sistemaacuteticos passos conhecidos

como Qualificaccedilatildeo da Instalaccedilatildeo (IQ) Qualificaccedilatildeo da Operaccedilatildeo (OQ) Qualificaccedilatildeo da

Performance (PQ) ou desempenho e Validaccedilatildeo de Processo (PV) Do ponto de vista

funcional cada passo abrange maior funcionalidade que o seu antecessor Mais

recentemente outro passo conhecido como Qualificaccedilatildeo de Desenho (PQ) foi

introduzido (Aleem et al 2002)

13

Esses passos podem ser mais claramente determinados da seguinte maneira a

Validaccedilatildeo de Processos deve estabelecer e prover evidecircncias documentais que

garantam que as dependecircncias utilidades de apoio equipamentos e processos devem ser

designados de acordo com os requerimentos das BPFs isto normalmente constitui DQ

Jaacute as evidecircncias documentais que estabelecem que os mesmos foram construiacutedos e

instalados em conformidade com suas especificaccedilotildees constituem a IQ E se os mesmos

devidamente documentados estatildeo operando de acordo com suas especificaccedilotildees

constitui a OQ Quando um processo especiacutefico produz consistentemente um produto

que reuacutene suas especificaccedilotildees e atributos de qualidade isto constitui a PV sendo que o

termo PQ tambeacutem pode ser usado com essa conotaccedilatildeo (PICS 2004 ANVISA 2006)

Apoacutes a validaccedilatildeo de um processo uma seacuterie de experimentos deve ser realizada

a fim de determinar os pontos criacuteticos do processo Estes experimentos podem

incorporar um elemento de mudanccedila para determinar a robustez do processo A inserccedilatildeo

de uma mudanccedila eacute geralmente referida como um exerciacutecio de ldquopior casordquo O uso de

novos materiais sobre condiccedilotildees limites de suas especificaccedilotildees pode indicar a

habilidade do processo de continuar produzindo um produto final com suas

especificaccedilotildees (PICS 2004)

A legislaccedilatildeo brasileira (Brasil 2003) acrescenta que a escolha do procedimento

a validar deve priorizar as atividades relacionadas agrave capacidade do processo por

exemplo a capacidade de o processo operar sem dificuldades quando os paracircmetros se

aproximam de limites aceitaacuteveis O uso de faixas de aceitaccedilatildeo para a qualidade das

mateacuterias-primas em lotes experimentais pode tornar possiacutevel estimar a extensatildeo na qual

o processo ainda continua sendo capaz de produzir um produto final que atende agraves

especificaccedilotildees

26 Processos sujeitos agrave validaccedilatildeo

Segundo a legislaccedilatildeo brasileira (Brasil 2003) e diretrizes internacionais (FDA

1987 PICS 2004) deve-se realizar a validaccedilatildeo de todos os processos de fabricaccedilatildeo e

inclusive as atividades de suporte incluindo as operaccedilotildees de limpeza A seguir seratildeo

comentados dois processos de validaccedilatildeo sendo um deles uma atividade de suporte e o

outro um processo de fabricaccedilatildeo

14

A validaccedilatildeo das operaccedilotildees de limpeza eacute de suma importacircncia na induacutestria

farmacecircutica pois resiacuteduos de produtos ou mesmo os proacuteprios agentes de limpeza

podem constituir uma fonte de contaminaccedilatildeo Mesmo quando se utiliza um

equipamento ldquodedicadordquo ou seja de uso exclusivo para processar um produto haacute que

se considerar a contaminaccedilatildeo do proacuteximo lote com produtos de degradaccedilatildeo Na

validaccedilatildeo de limpeza haacute vaacuterios aspectos a serem considerados tais como (i) se o

equipamento eacute dedicado ou natildeo (ii) o tipo de limpeza se manual semi-automatizada ou

mesmo automatizada (do inglecircs CIP ndash clean in place) (iii) as teacutecnicas de amostragem

(uso de swab rinsagem monitoramento direto na superfiacutecie entre outros) (iv) os

agentes de limpeza a serem empregados (v) o meacutetodo de anaacutelise que deve possuir

elevada sensibilidade e (vi) os relacionados ao produto como sua solubilidade e

toxicidade

Assim muitas vezes se recorre ao uso de teacutecnicas como a anaacutelise de carbono

orgacircnico total (TOC) (Guazzaroni et al 1998) que eacute capaz de medir traccedilos de

substacircncias que apresentem carbono em sua composiccedilatildeo ndash o que se aplica tanto agrave

anaacutelise de resiacuteduos dos produtos quanto dos proacuteprios tensoativos empregados na

limpeza De qualquer modo a validaccedilatildeo de operaccedilotildees de limpeza normalmente se

baseia na seleccedilatildeo do ldquopior casordquo (McCormick e Cullen 1993 PICS 2004) definindo-

se os limites de resiacuteduo quiacutemico e microbioloacutegico aceitaacuteveis no proacuteximo lote a ser

produzido atraveacutes de foacutermulas matemaacuteticas Estas questotildees satildeo aprofundadas nos

trabalhos de LeBlanc (1998) e Alencar e colaboradores (2006) aleacutem das diretrizes

apresentadas pelo Pharmaceutical Inspection Convention and Pharmaceutical

Inspection Co-operation Scheme (PICS 2004) e Agecircncia Nacional de Vigilacircncia

Sanitaacuteria (ANVISA 2006)

Como segundo exemplo a validaccedilatildeo da produccedilatildeo de formas farmacecircuticas

soacutelidas eacute realizada de maneira geral atraveacutes do uso de controles estatiacutesticos meacutetodos

que satildeo empregados em um contexto de validaccedilatildeo retrospectiva ou concorrente

Segundo Alencar e colaboradores (2004b) trata-se de uma ferramenta simples na sua

aplicaccedilatildeo capaz de permitir faacutecil compreensatildeo raacutepidas accedilotildees de controle pelo pessoal

de operaccedilatildeo rica nos resultados que pode apresentar sobre o comportamento do

processo Com relaccedilatildeo a planos de amostragem em misturas e formas soacutelidas o FDA

apresenta um guia bastante uacutetil intitulado Guidance for Industry Powder Blends and

15

Finished Dosage Units mdash Stratified In-Process Dosage Unit Sampling and Assessment

que apresenta as aplicaccedilotildees dos controles estatiacutesticos de acordo com cada necessidade

(FDA 2003)

27 Dificuldades frequumlentemente encontradas durante a validaccedilatildeo

Segundo Lord e colaboradores (2003) atualmente o maior problema na

induacutestria eacute Qual eacute a melhor estrutura organizacional para se realizar um processo de

validaccedilatildeo

Neste sentido Jeater e colaboradores (1993) descreveram que o trabalho de

validaccedilatildeo de processos na induacutestria farmacecircutica eacute geralmente organizado dentro de

alguma das seguintes estruturas uma consultoria uma forccedila-tarefa ou um grupo

dedicado exclusivamente agrave validaccedilatildeo Em cada uma delas haacute aspectos positivos e

negativos mas a forma com que os grupos de validaccedilatildeo satildeo desenvolvidos e

controlados dependeraacute das circunstacircncias locais medidas organizacionais estrutura e

personalidade das pessoas responsaacuteveis pelo estabelecimento de um processo de

validaccedilatildeo

Na validaccedilatildeo de processos eacute necessaacuterio considerar o fator humano que eacute muitas

vezes causa de natildeo conformidades ou falhas de produccedilatildeo Kieffer (1998) em seu artigo

ldquoValidation and the Human Elementrdquo descreveu que na validaccedilatildeo inicialmente o

elemento humano natildeo foi considerado como criacutetico dentro do processo enquanto que os

aspectos tecnoloacutegicos eram estudados profundamente entretanto esse elemento deve

ser analisado como parte da validaccedilatildeo e a construccedilatildeo dos processos deve visar sua

proacutepria simplificaccedilatildeo resultando em menos falhas humanas ou natildeo O mesmo autor

acrescenta que nem sempre as causas de natildeo conformidade satildeo humanas muitas vezes

os sistemas natildeo satildeo corretamente desenhados e acabam sendo a causa das falhas

humanas nesses casos a abordagem eacute redesenhar o sistema de modo a simplificaacute-lo e

posteriormente treinar o pessoal envolvido para novamente validar o sistema Ao longo

do tempo tendo em vista a necessidade e importacircncia das pessoas dentro de um

processo de validaccedilatildeo passou-se a considerar esse fator e a proacutepria legislaccedilatildeo brasileira

(Brasil 2003) determina que ldquoo treinamento adequado e a motivaccedilatildeo do pessoal satildeo

16

preacute-requisitos para uma validaccedilatildeo bem sucedida todo o pessoal deve ser motivado a

apoiar a empresa na manutenccedilatildeo dos padrotildees de qualidaderdquo

Outro aspecto a considerar no processo de validaccedilatildeo satildeo os documentos gerados

durante a validaccedilatildeo e qualificaccedilatildeo aos quais no passado natildeo foi dedicada suficiente

atenccedilatildeo Consequumlentemente as empresas natildeo tem sido capazes de prover evidecircncias

documentais que reflitam o tempo e esforccedilo despendido na execuccedilatildeo desta atividade O

desenvolvimento da documentaccedilatildeo de uma validaccedilatildeo eacute parte essencial do sucesso de

qualquer programa ou estudo de validaccedilatildeo O objetivo principal eacute assegurar que a

documentaccedilatildeo eacute capaz de provar que o processo ou sistema trabalha como o

programado eacute reprodutiacutevel e que suas especificaccedilotildees e atributos de qualidade

encontram-se estabelecidas A documentaccedilatildeo deve ser concisa natildeo-ambiacutegua detalhada

e completa (Castilla e Sena 2001)

Segundo Castilla e Sena (2001) uma boa documentaccedilatildeo de validaccedilatildeo deve ser

ldquouma descriccedilatildeo histoacuterica do que foi produzido envasado limpo embaladordquo Trazer o

como isto foi feito e quais controles foram realizados no local Deve ser um caminho

para minimizar erros e variaccedilotildees e prover evidecircncias de que ldquoalgo aconteceurdquo

descrevendo como onde e por quem isto foi feito colocando tambeacutem ldquotudo que vocecirc

quis saber mas teve medo de perguntarrdquo ou seja descrever a histoacuteria do produto seus

componentes equipamentos e processos antes do produto ser introduzido no mercadordquo

E obviamente deve estar em conformidade com os requerimentos das BPF e assegurar

reprodutibilidade

Por fim um problema encontrado ao se validar um processo eacute a falta de clareza

sobre os conceitos relacionados agrave validaccedilatildeo o que adveacutem do fato de a terminologia

relacionada agrave validaccedilatildeo ter mudado seu sentido com o tempo (Nash 1993 Aleem et al

2002)

17

3 Proposiccedilatildeo de um protocolo para validaccedilatildeo de um processo de

purificaccedilatildeo de aacutegua existente na Central de abastecimento de aacuteguas

da Faculdade de FarmaacuteciaUFRGS

Apoacutes a apresentaccedilatildeo dos conceitos principais aplicaccedilotildees e vantagens da

validaccedilatildeo esta parte do trabalho tem por objetivo demonstrar como se realiza a

validaccedilatildeo a partir da proposiccedilatildeo de um protocolo de validaccedilatildeo de um sistema de

purificaccedilatildeo de aacutegua abordando os principais aspectos a serem observados e as anaacutelises

que se fazem necessaacuterias para se validar o sistema

Os sistemas de purificaccedilatildeo de aacutegua satildeo considerados sistemas criacuteticos de

qualidade e podem influir diretamente na qualidade dos produtos por isso devem ser

validados (Johnson 1993 WHO 2005 WHO 2006) A validaccedilatildeo de um sistema de

purificaccedilatildeo de aacutegua deve seguir os passos que normalmente satildeo utilizados para a

maioria das validaccedilotildees Qualificaccedilatildeo de Design (DQ) Qualificaccedilatildeo da Instalaccedilatildeo (IQ)

Qualificaccedilatildeo da Operaccedilatildeo (OQ) e Validaccedilatildeo de Processo (PV)

Segundo a Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (WHO 2005 WHO 2006) para a

validaccedilatildeo deste processo em especial satildeo necessaacuterias trecircs fases que envolvem uma

coleta de dados prolongada a fim de se garantir que o sistema independentemente da

variaccedilatildeo sazonal sobre a aacutegua de alimentaccedilatildeo e sobre o sistema de tratamento mantecircm-

se produzindo consistentemente aacutegua dentro de suas especificaccedilotildees farmacopecircicas

Resumidamente a primeira fase prevecirc a realizaccedilatildeo atraveacutes de testes diaacuterios na aacutegua

coletada de pontos preacute-determinados durante duas a quatro semanas (validaccedilatildeo

prospectiva) Apoacutes a aprovaccedilatildeo na primeira fase de testes a aacutegua produzida pelo

sistema poderaacute ser utilizada e entatildeo eacute conduzida a segunda fase de testes onde seratildeo

avaliados os mesmo pontos de coleta da primeira fase durante um periacuteodo de trecircs

semanas (validaccedilatildeo concorrente) Soacute entatildeo passa-se agrave terceira fase de validaccedilatildeo onde o

sistema eacute monitorado em periacuteodos a serem definidos em menor nuacutemero de pontos de

coleta durante um ano tendo-se assim a avaliaccedilatildeo da influecircncia da variaccedilatildeo sazonal da

aacutegua sobre o sistema e sua validaccedilatildeo completada

Uma abordagem anterior descrita por Johnson (1993) relata a conduccedilatildeo de duas

fases Na etapa inicial o sistema eacute operado sob uma ldquocondiccedilatildeo de estresserdquo ou seja

manteacutem-se o sistema abaixo de suas condiccedilotildees normais de operaccedilatildeo pelo periacuteodo de

18

quatro a seis meses de monitoramento a fim de verificar a robustez do sistema Na

etapa subsequumlente realizam-se testes com o sistema operando em sua normalidade

durante o periacuteodo de no miacutenimo um ano assim constata-se que o sistema produz aacutegua

dentro das especificaccedilotildees independentemente da sazonalidade microbioloacutegica Como

nesta abordagem o sistema opera sob ldquocondiccedilatildeo de estresserdquo na etapa inicial natildeo eacute

indicada a conduccedilatildeo de uma validaccedilatildeo concorrente tendo em vista o risco associado de

natildeo conformidade da aacutegua produzida pelo sistema

O sistema de purificaccedilatildeo de aacuteguas a ser validado seraacute o instalado na Central de

Aacuteguas da Faculdade de Farmaacutecia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul

(UFRGS) Devido agrave necessidade de se realizar uma validaccedilatildeo concorrente pois o

sistema jaacute se encontra instalado e em operaccedilatildeo optou-se por seguir as diretrizes da

Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (WHO 2005 WHO 2006) que se aplicam mais ao

caso aleacutem de ser mais atual A seguir eacute apresentado o protocolo de validaccedilatildeo do

Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacuteguas

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

ASSUNTO Protocolo de Validaccedilatildeo do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

I Objetivo

O objetivo da Validaccedilatildeo do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacuteguas eacute demonstrar que a

aacutegua fornecida pelo sistema atende agraves especificaccedilotildees (quiacutemicas e microbioloacutegicas) para

utilizaccedilatildeo nos laboratoacuterios da Faculdade de Farmaacutecia da UFRGS para a realizaccedilatildeo de

experimentos As especificaccedilotildees seratildeo as descritas na Farmacopeacuteia Brasileira uma vez

que esta constitui o compecircndio oficial brasileiro aleacutem de determinar um maior nuacutemero

de anaacutelises quiacutemicas em relaccedilatildeo aos compecircndios internacionais

II Descriccedilatildeo do Sistema de aacutegua

O sistema de purificaccedilatildeo de aacuteguas a ser validado estaacute instalado na Central de

Aacuteguas da Faculdade de Farmaacutecia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul

(UFRGS) A aacutegua de alimentaccedilatildeo eacute proveniente do sistema de tratamento de aacutegua

clorada da rede municipal (aacutegua de superfiacutecie) A aacutegua entatildeo passa para dois

reservatoacuterios de 5000 litros e segue por gravidade ateacute a Central de Aacuteguas

II1 Sistema de preacute-tratamento

A aacutegua proveniente dos reservatoacuterios de aacutegua passa para a secccedilatildeo de preacute-

tratamento que eacute composta dos meios filtrantes descritos abaixo em carcaccedilas de

polipropileno

a) Filtro retrolavaacutevel com redutor de pressatildeo

b) Filtro de porosidade 5microm com carvatildeo ativado com manocircmetro

c) Filtro de polipropileno de porosidade 1microm com manocircmetro

A filtraccedilatildeo atraveacutes destes filtros tem por objetivo alimentar o sistema de osmose

reversa com aacutegua potaacutevel que necessita do seguinte preacute-tratamento

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Tabela 1 Paracircmetros da aacutegua provinda do sistema de preacute-tratamento

Paracircmetro Especificaccedilatildeo ou limite de aceitaccedilatildeo

Preacute-filtragem 5microm e carvatildeo ativado

Iacutendice de silte Maacuteximo 3

Teor Salino Maacuteximo 2000 mgL

Teor de Cl lt001 mgl

Teor de Mg lt005 mgl

Teor de Feacute lt005 mgl

Gama do valor de pH 4 ndash 11

Remoccedilatildeo de 99 de bacteacuterias e partiacuteculas -

II2 Sistema de Tratamento por Osmose Reversa

A secccedilatildeo de tratamento eacute composta por um sistema de purificaccedilatildeo de aacuteguas

atraveacutes de osmose reversa (OR) modelo TKA LAB-UPW do fabricante TKA (ArtNdeg

083007-SO)

II3 Sistema de Armazenamento

A aacutegua tratada pelo sistema de Osmose Reversa (OR) eacute armazenada em um

tanque de 75 L incluindo torneira de extraccedilatildeo por onde a aacutegua purificada eacute coletada O

armazenamento e coleta da aacutegua purificada ocorrem agrave temperatura ambiente A aacutegua

purificada permanece no tanque de armazenamento por no maacuteximo vinte minutos a cada

vinte minutos a bomba de recirculaccedilatildeo eacute acionada e recircula a aacutegua no tanque

conduzindo-a pela lacircmpada de oxidaccedilatildeo UV e pelo jogo de cartuchos deionizadores

A Figura 1 apresenta os componentes do sistema de Osmose Reversa (OR) e do

sistema de armazenamento e suas especificaccedilotildees

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Figura 1 Desenho esquemaacutetico do sistema de osmose reversa e do sistema de

armazenamento 1- Vaacutelvula solenoacuteide da aacutegua de alimentaccedilatildeo (Art Ndeg 150003) 2-

Bomba auxiliar com transformador (Art Ndeg 190046) 3- Moacutedulo de osmose reversa

composto por Carcaccedila 1812 (Art Ndeg 220047) e Membrana de osmose reversa 1812

(Art Ndeg 220046) 4- Vaacutelvula reguladora de pressatildeo (Art Ndeg 150060) 5- Vaacutelvula

solenoacuteide de enxaguamento por jato de aacutegua (Art Ndeg 150003) 6- Ceacutelula medidora de

condutividade (apoacutes agrave OR) (Art Ndeg 160126) 7- Foto-oxidaccedilatildeo de UV (Art Ndeg

250011) 8- Conjunto de deionizaccedilatildeo composto por Carcaccedila de filtro (Art Ndeg 065310)

e Jogo de cartuchos permutador de iacuteons e resina de adsorccedilatildeo (Art Ndeg 093011) 9-

Ceacutelula de mediccedilatildeo de condutividade da aacutegua purificada (Art Ndeg 160126) 10- Tanque

de 75 litros incluindo jogo de montagem na parede (Art Ndeg 065075) 11- Bomba de

recirculaccedilatildeo (Art Ndeg 190028) 12- Vaacutelvula de controle (Art Ndeg 150009) 13- Controle

por microprocessador (Art Ndeg 160181) 14- Entrada de aacutegua provinda do sistema de

preacute-tratamento 15- Saiacuteda da aacutegua purificada Torneira de extraccedilatildeo 16- Saiacuteda frac34rdquo do

concentrado

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

II4 Princiacutepio de Funcionamento do Sistema de Osmose Reversa

A aacutegua de alimentaccedilatildeo provinda do sistema de preacute-tratamento entra no sistema

com pressatildeo maacutexima de 6 Bar A vaacutelvula solenoacuteide da aacutegua de alimentaccedilatildeo (Figura 1-1)

permanece fechada quando o sistema estaacute no modo de espera ou parado para impedir

que a aacutegua de alimentaccedilatildeo passe pela membrana e transborde no tanque de

armazenamento A membrana semi-permeaacutevel (Figura 1-3) reteacutem 96 dos sais

dissolvidos e 99 das bacteacuterias e dos soacutelidos suspensos na aacutegua de alimentaccedilatildeo A aacutegua

purificada passa agora atraveacutes das fases de tratamento duplo (Figura 1- 7 e 8) e eacute

recolhida no tanque de armazenamento (Figura 1-10) Os sais e outros elementos

rejeitados satildeo eliminados do sistema atraveacutes do fluxo do ldquoconcentradordquo A ceacutelula

medidora da condutividade (Figura 1-6) mede a condutividade da aacutegua purificada (apoacutes

os jogos de cartuchos (Figura 1-7 e 8) o que eacute visualizado no menu de controle do

microprocessador (Figura 1-13) A bomba de recirculaccedilatildeo (Figura 1-11) eacute acionada a

cada a cada vinte minutos e recircula a aacutegua no tanque conduzindo-a pela lacircmpada de

oxidaccedilatildeo UV (Figura 1- 7) e pelo jogo de cartuchos deionizadores (Figura 1-8)

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Um desenho de montagem do sistema de tratamento completo segue na Figura 2

Figura 2 Desenho esquemaacutetico do Sistema de Purificaccedilatildeo de aacuteguas e suas

especificaccedilotildees 1- Aacutegua de alimentaccedilatildeo conexatildeo frac34rdquo (pressatildeo miacutenima 2 bar) 2- Filtro retrolavaacutevel (Art Ndeg 115999) 21- Redutor de pressatildeo (Art Ndeg 115998) 3- Preacute-filtro de 5microm + carvatildeo ativado (Art Ndeg 065201) com um manocircmetro (Art Ndeg 065311) 4-

Filtro de polipropileno de porosidade 1 microm (Art Ndeg 065101) com um manocircmetro (Art Ndeg 065311) 5- Equipamento de Osmose reversa TKA-HPW 220V ndash 100W (Art Ndeg 083007-SO) 6- Tanque de armazenamento de capacidade 75 L (Art Ndeg 115996) 7- Kit de instalaccedilatildeo (Art Ndeg 115994) 8- Caixa de aacutegua de 5000 L 9- Rede puacuteblica de

abastecimento

Caixa drsquoaacutegua (8)

Rede Puacuteblica (9)

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

III Qualificaccedilatildeo da Instalaccedilatildeo (IQ)

A fase da Qualificaccedilatildeo da Instalaccedilatildeo (IQ) estaacute associada agrave verificaccedilatildeo da

instalaccedilatildeo dos equipamentos de acordo com as especificaccedilotildees do fabricante aleacutem da

calibraccedilatildeo dos instrumentos e o estabelecimento de um programa de manutenccedilatildeo

preventiva (Johnson 1993) A Tabela 2 apresenta as especificaccedilotildees do sistema de

purificaccedilatildeo de aacuteguas e as accedilotildees que se fazem necessaacuterias para efetuar a qualificaccedilatildeo

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Tabela 2 Especificaccedilotildees fornecidas pelo fabricante e atividade a ser realizada para qualificar a instalaccedilatildeo

Especificaccedilatildeo Paracircmetro especificado em manual

Atividade a ser realizada para qualificar a

instalaccedilatildeo Tensatildeo Eleacutetrica 127220V 60Hz Registro de Calibraccedilatildeo do

estabilizador Potecircncia Eleacutetrica 01 Kw Verificaccedilatildeo e registro Temperatura ambiente +2degc a +35degC Registro do

monitoramento da temperatura

Pressatildeo do permeado 0 bar Verificaccedilatildeo e registro Pressatildeo operacional 6 bar maacutex Registro da verificaccedilatildeo da

pressatildeo da aacutegua de alimentaccedilatildeo

Temperatura de alimentaccedilatildeo +1degC a +30degC Registro da verificaccedilatildeo de temperatura

Pressatildeo da aacutegua de alimentaccedilatildeo

2 a 6 bar Registro da verificaccedilatildeo da pressatildeo da aacutegua de

alimentaccedilatildeo Calibraccedilatildeo dos controles ao longo do processo

Condutiviacutemetro e manocircmetro

Registro das calibraccedilotildees realizadas

Treinamento dos Operadores -- Realizaccedilatildeo e registro de treinamento

Programa de Manutenccedilatildeo Preventiva

Enxaacuteguumle e desinfecccedilatildeo dos tanques de

estocagem tubulaccedilotildees e carcaccedilas (anualmente)

Elaboraccedilatildeo do POP de enxaacuteguumle e desinfecccedilatildeo

Capacidade de carga das

paredes ou chatildeo

-- Registros da verificaccedilatildeo da instalaccedilatildeo

Tubulaccedilatildeo de Drenagem de

112rdquo livre para o esgoto -- Registro da verificaccedilatildeo da

Instalaccedilatildeo

Espaccedilo de trabalho suficiente -- 64 m2

Conexatildeo aacutegua de alimentaccedilatildeo

de frac34rdquo(com registro)

-- Registro da verificaccedilatildeo da instalaccedilatildeo

Ponto de Coleta do sistema de

preacute-tratamento -- Instalaccedilatildeo de registro na

entrada da aacutegua provinda do preacute-tratamento

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

IV Qualificaccedilatildeo da Operaccedilatildeo (OQ)

Esta etapa estaacute relacionada agrave garantia de que cada componente esteja

funcionando de acordo com o especificado As accedilotildees a serem realizadas na fase de

qualificaccedilatildeo da operaccedilatildeo seguem na tabela 3

Tabela 3 Accedilotildees a serem realizadas na fase de Qualificaccedilatildeo da Operaccedilatildeo (Johnson 1993)

Accedilatildeo Atividade a ser realizada 1 Preencher o sistema com aacutegua e reparar

quaisquer fugas e substituir vaacutelvulas ou vedaccedilotildees defeituosas

Verificaccedilatildeo de vazamentos e registro da realizaccedilatildeo de manutenccedilatildeo por pessoal autorizado

2 Verificar o bom funcionamento das vaacutelvulas e controles ao longo do processo

Calibraccedilatildeo dos Manocircmetros e Condutiviacutemetro do tanque de armazenamento

3 Registrar a realizaccedilatildeo da sanitizaccedilatildeo da caixa de aacutegua e da distribuiccedilatildeo do sistema

Realizaccedilatildeo da Sanitizaccedilatildeo e seu Registro

4 Elaboraccedilatildeo de POPs que descrevem os procedimentos de ligar desligar e sanitizar os equipamentos e o sistema

Seguem em anexo B

5 Verificaccedilatildeo da variaccedilatildeo da vazatildeo de aacutegua em comparaccedilatildeo as especificaccedilotildees do fornecedor

Protocolo de Serviccedilo (PS001) Anexo C

6 Avaliar a produccedilatildeo nominal do sistema 7 Lh a 15degC 7 Avaliar a eficiecircncia do sistema de preacute-

tratamento Atraveacutes da Fase 1 de validaccedilatildeo se avaliaraacute a eficiecircncia do sistema de preacute-tratamento

V Process validation (PV)

Apoacutes a realizaccedilatildeo das trecircs primeiras qualificaccedilotildees seraacute necessaacuterio realizar testes

que comprovem que o sistema realiza a purificaccedilatildeo da aacutegua da maneira a que se propotildee

Para realizar essa tarefa como descrito anteriormente segue-se a abordagem da

Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (WHO 2005) que determina trecircs fases para a validaccedilatildeo

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

V1 Plano de amostragem

V11 Pontos de amostragem

A tabela 4 descreve os pontos de coleta sua localizaccedilatildeo e a especificaccedilatildeo do tipo

de aacutegua

Tabela 4 Pontos de validaccedilatildeo localizaccedilatildeo e suas especificaccedilotildees de avaliaccedilatildeo Nuacutemero Local Tipo de aacutegua

1 Entrada do sistema de purificaccedilatildeo de aacutegua (torneira da pia)

Aacutegua potaacutevel

2 Aacutegua de alimentaccedilatildeo da osmose reversa Aacutegua potaacutevel natildeo clorada

3 Ponto de coleta da aacutegua purificada Aacutegua purificada

V12 Testes Requeridos e Criteacuterio de Aceitaccedilatildeo

Os testes requeridos e seus criteacuterios de aceitaccedilatildeo estatildeo descritos nas tabelas 4 e

5 Os testes para Aacutegua Purificada seratildeo realizados de acordo com a Farmacopeacuteia

Brasileira 4ordf ediccedilatildeo (F Bras IV 2005) e para aacutegua potaacutevel de acordo com os limites

estabelecidos na Portaria 51804 do Ministeacuterio da Sauacutede

V121 Aacutegua Potaacutevel

Tabela 5 Criteacuterios de Aceitaccedilatildeo para aacutegua potaacutevel Testes Microbioloacutegicos Especificaccedilatildeo Contagem Heterotroacutefica Total le 500UFCMl Patoacutegenos Ausecircncia de Coliformes Testes Quiacutemicos Especificaccedilatildeo Cor lt 15 UH Cloro 02 a 05 ppm pH 60 a 95 Turbidez lt 5UT Unidade Hazen (mg Pt-CoL) Unidade de turbidez

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

V122 Aacutegua Purificada

Tabela 6 Criteacuterios de Aceitaccedilatildeo para aacutegua purificada Testes Microbioloacutegicos Especificaccedilatildeo Contagem Heterotroacutefica Total le 100UFCmL Patoacutegenos Ausecircncia de coliformes P aeruginosa S

aureus e E Coli termotolerantes Testes Quiacutemicos Especificaccedilatildeo Acidez ou Alcalinidade Cumpre o Teste Amocircnio No maacuteximo 02 ppm Aparecircncia Liacutequido incolor liacutempido insiacutepido e

inodoro Caacutelcio e Magneacutesio Cumpre o Teste Cloretos Cumpre o Teste Condutividade No maacuteximo 21 microScm Metais Pesados No maacuteximo 01 ppm Nitratos No maacuteximo 02 ppm pH 5 -7 Resiacuteduo por evaporaccedilatildeo No maacuteximo 0001 Substacircncias Oxidaacuteveis Cumpre o Teste Sulfatos Cumpre o Teste Os testes seratildeo realizados de acordo com a Farmacopeacuteia Brasileira 4ordf ediccedilatildeo (F Bras IV 2005)

V13 Cronograma de Amostragem

Para a Fase 1 da validaccedilatildeo seratildeo realizados testes quiacutemicos e bioloacutegicos para

todos os pontos de amostragem durante trecircs semanas em trecircs periacuteodos de cinco dias

Apoacutes a conclusatildeo satisfatoacuteria dessa fase se realizaraacute a Fase 2 de validaccedilatildeo fase em que

a aacutegua produzida pode ser utilizada Nesta fase deve-se realizar novamente e

diariamente todos os testes quiacutemicos e bioloacutegicos para todos os pontos de amostragem

durante quatro semanas em quatro periacuteodos de cinco dias Para a Fase 3 de validaccedilatildeo

seratildeo realizados os mesmos testes quiacutemicos e microbioloacutegicos para todos os pontos de

amostragem semanalmente durante um ano O cronograma dos pontos de amostragem

segue na tabela 7

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Tabela 7 Cronograma de validaccedilatildeo

Fase de

Validaccedilatildeo

Ponto de

Amostragem

Periacuteodo de

Anaacutelise

Frequumlecircncia de

Anaacutelise

Tipo de Testes

a Realizar

1 1 2 Semanas Trecircs periacuteodos de

5 dias

Aacutegua Potaacutevel

1 2 2 Semanas Trecircs periacuteodos de 5 dias

Aacutegua potaacutevel

natildeo clorada

1 3 2 Semanas Trecircs periacuteodos de 5 dias

Aacutegua

Purificada

2 1 3 Semanas Quatro periacuteodos

de 5 dias

Aacutegua Potaacutevel

2 2 3 Semanas Quatro periacuteodos

de 5 dias

Aacutegua potaacutevel

natildeo clorada

2 3 3 Semanas Quatro periacuteodos

de 5 dias

Aacutegua

Purificada

3 1 1 Ano Semanal Aacutegua Potaacutevel

3 2 1 Ano Semanal Aacutegua potaacutevel

natildeo clorada

3 3 1 Ano Semanal Aacutegua

Purificada

V2 Fase 1

Periacuteodo de testes de trecircs semanas em trecircs periacuteodos de cinco dias para

monitoramento do sistema intensivamente durante este periacuteodo o sistema deve operar

continuamente sem falhas ou desvios de qualidade

Para essa fase seratildeo realizados os seguintes testes

bull Realizar testes quiacutemicos e microbioloacutegicos de acordo o plano de amostragem

bull Desenvolver faixas de operaccedilatildeo adequadas

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

bull Desenvolver e finalizar procedimentos de operaccedilotildees limpeza desinfecccedilatildeo e

manutenccedilatildeo

bull Demonstrar a produccedilatildeo e entrega da aacutegua na qualidade e quantidade exigida

bull Usar e aperfeiccediloar os POPs de operaccedilatildeo (ver anexo) manutenccedilatildeo desinfecccedilatildeo e

soluccedilatildeo de problemas

bull Verificar alertas provisoacuterios e accedilotildees de niacuteveis

bull Desenvolver e refinar procedimentos de testes de natildeo conformidade

V3 Fase 2

Outro periacuteodo de testes de quatro semanas em quatro periacuteodos de cinco dias a

ser realizado de maneira mais intensiva atraveacutes de um acompanhamento dos POPs

aperfeiccediloados apoacutes a conclusatildeo da Fase 1 O sistema de amostragem eacute idecircntico ao da

fase inicial e aacutegua pode ser utilizada para a fabricaccedilatildeo durante essa fase O sistema

deve

bull Demonstrar a produccedilatildeo e entrega da aacutegua na qualidade e quantidade exigida

quando o sistema eacute operado de acordo com os POPs

bull Demonstrar que o sistema estaacute sob controle

V4 Fase 3

Esta fase seraacute executada por no miacutenimo um ano apoacutes a conclusatildeo satisfatoacuteria da

fase dois a aacutegua pode ser usada para a fabricaccedilatildeo durante esta fase produccedilatildeo que tem os

devidos fins e caracteriacutesticas

bull Demonstrar que o sistema estaacute sob controle durante um longo periacuteodo de tempo

garantindo que as variaccedilotildees sazonais foram avaliadas

bull Locais de amostra frequumlecircncia de amostras e testes devem ser reduzido ao padratildeo

de rotina normal (semanalmente)

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

POP ndeg001 Versatildeo 06112007 Validade 06112008 Paacutegina 14

Procedimento Operacional Padratildeo 001

Instruccedilotildees de Uso do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

1 Objetivo Orientar a operaccedilatildeo do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

2 Aplicaccedilatildeo Ao pessoal responsaacutevel pela operaccedilatildeo e monitoramento do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

3 Materiais Necessaacuterios Protocolo de Serviccedilo (PS 001) Protocolo de Manutenccedilatildeo (PM 001) Protocolo de Produccedilatildeo de Aacutegua Purificada (PP 001)

4 Cuidados Especiais Verificar se o aparelho estaacute limpo e adequado a sua utilizaccedilatildeo Verificar a temperatura e umidade do ambiente Verificar a temperatura da aacutegua de alimentaccedilatildeo Verificar a pressatildeo da aacutegua de alimentaccedilatildeo

5 Procedimento 51 Ligar o Disjuntor (A) que alimenta a Central de Aacuteguas

A

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

POP ndeg001 Versatildeo 06112007 Validade 06112008 Paacutegina 24

Procedimento Operacional Padratildeo 001

Instruccedilotildees de Uso do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

52 Ligar o Estabilizador (B) de energia que alimenta o aparelho de Osmose Reversa

53 Abrir o registro (C) da aacutegua de alimentaccedilatildeo

54 Verificar os paracircmetros do item Cuidados Especiais e anotaacute-los no Protocolo de Serviccedilo

(PS 001)

B

C

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

POP ndeg001 Versatildeo 06112007 Validade 06112008 Paacutegina 34

Procedimento Operacional Padratildeo 001

Instruccedilotildees de Uso do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

55 Acionar a tecla ONOFF (1)

56 Visualizar no display (2) ldquoCleaningrdquo - referente agrave operaccedilatildeo do sistema de enxaacutegue que

entra automaticamente em operaccedilatildeo 57 Visualizar no display (2) ldquoProductionrdquo (produccedilatildeo) - referente agrave operaccedilatildeo do sistema de

Osmose Reversa 58 Apoacutes 2 minutos de produccedilatildeo acionar a tecla MENU (3) duas vezes para verificar a

condutividade da aacutegua de produccedilatildeo Caso visualize a mensagem ldquoError-CPrdquo paacutere a produccedilatildeo e despreze a aacutegua do tanque abrindo o registro do ponto de coleta de aacutegua purificada (D)

59 Quando o tanque de armazenamento estiver cheio ocorreraacute outro enxaacuteguumle automaacutetico e

no display (2) apareceraacute a mensagem ldquoCleaningrdquo 510 Completando-se este ciclo o aparelho entra em modo de operaccedilatildeo ldquoStand byrdquo sendo

visualizado no display (2) a mesma mensagem ldquoStand byrdquo

1

2

3

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

POP ndeg001 Versatildeo 06112007 Validade 06112008 Paacutegina 44

Procedimento Operacional Padratildeo 001

Instruccedilotildees de Uso do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

511 Retire a Aacutegua Purificada do tanque de armazenamento abrindo o registro do Ponto de Coleta (D)

512 Ao final da produccedilatildeo acionar a tecla ONOFF (1) desligar o Estabilizador de energia (B)

e fechar o registro da aacutegua de alimentaccedilatildeo (C) e o disjuntor da Central de Aacuteguas (A) 513 Anotar o valor final produzido no Protocolo de Produccedilatildeo de Aacutegua Purificada

6 Observaccedilotildees Limpeza Mensal Manutenccedilatildeo Realizada pelo fabricante sempre que constatado que fora dos paracircmetros

D

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

Protocolo ndeg001 Versatildeo 06112007 Validade 06112008

Protocolo de Serviccedilo (PS 001)

Protocolo de Verificaccedilatildeo dos Paracircmetros do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

Data Temp Ambiente

(degC)

Umidade ()

Temp Aacutegua de

Alimentaccedilatildeo (degC)

Pressatildeo Aacutegua de

Alimentaccedilatildeo (bar)

Condutividade da aacutegua Produzida (microScm)

Responsaacutevel

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash

RS Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

Protocolo ndeg002 Versatildeo 06112007 Validade 06112008

Protocolo de Manutenccedilatildeo (PM 001)

Protocolo de Verificaccedilatildeo da Manutenccedilatildeo do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

Tipo de Sistema

Nuacutemero de Identificaccedilatildeo

Ano de Fabricaccedilatildeo

Data Dureza da aacutegua de

alimentaccedilatildeo (degdH)

Pressatildeo de operaccedilatildeo

(bar)

Taxa de Permeado

(Lh)

Uacuteltima Troca de Preacute-filtro

Uacuteltima troca de Fosfato

Uacuteltima limpeza

desinfecccedilatildeo

Ass

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash

RS Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

Protocolo ndeg003 Versatildeo 06112007 Validade 06112008

Protocolo de Produccedilatildeo (PP 001)

Protocolo de Produccedilatildeo de Aacutegua Purificada

Data Produccedilatildeo Diaacuteria Responsaacutevel

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash

RS Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

Protocolo ndeg004 Versatildeo 06112007 Validade 06112008

Resultados da Validaccedilatildeo do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

Aacutegua Purificada

DATA

PONTO DE COLETA

Testes Microbioloacutegicos

Especificaccedilatildeo ____ ____ ____ ____ ____

Contagem Heterotroacutefica Total

le 100UFCmL

Patoacutegenos Ausecircncia de coliformes P aeruginosa S aureus

Testes Quiacutemicos Especificaccedilatildeo ____ ____ ____ ____ ____ Acidez ou Alcalinidade

Cumpre o Teste

Amocircnio No maacuteximo 02 ppm Aparecircncia Liacutequido incolor liacutempido

insiacutepido e inodoro

Caacutelcio e Magneacutesio Cumpre o Teste Cloretos Cumpre o Teste Condutividade No maacuteximo 21 microScm Metais Pesado No maacuteximo 01 ppm Nitratos No maacuteximo 02 ppm pH 5 -7 Resiacuteduo por evaporaccedilatildeo

No maacuteximo 0001

Substacircncias Oxidaacuteveis Cumpre o Teste Sulfatos Cumpre o Teste Os testes seratildeo realizados de acordo com a Farmacopeacuteia Brasileira 4ordf ediccedilatildeo (F Bras IV 2005)

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash

RS Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

Protocolo ndeg 005 Versatildeo 06112007 Validade 06112008

Resultados da Validaccedilatildeo do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua Aacutegua Potaacutevel

Data

Ponto de

Coleta

Especificaccedilotildees Anaacutelise Quiacutemica Anaacutelise Microbioloacutegica

Cloro pH Cor

Turbidez Contagem Heterotroacutefica

Total

Patoacutegenos

02 ndash 05 ppm

60 ndash 95 15 UH 5 UT

lt 500 UFCmL Ausecircncia de coliformes

Unidade Hazen (mg Pt-CoL)

Unidade de turbidez

40

4 Consideraccedilotildees finais e perspectivas

Ao longo do tempo a importacircncia da validaccedilatildeo de processos para a Garantia da

Qualidade foi sendo melhor compreendida pelo segmento farmacecircutico e com isso foi

contemplada pelos oacutergatildeos reguladores e aplicada pelos profissionais deste segmento

Se a validaccedilatildeo estaacute bem definida e eacute amplamente compreendida como pocircde ser

observado pelo nuacutemero de trabalhos e legislaccedilotildees revisados neste trabalho um dos

desafios que se apresentam atualmente consiste em ampliar o entendimento de como

realizaacute-la na praacutetica A proposiccedilatildeo de um protocolo para a validaccedilatildeo de um processo de

purificaccedilatildeo de aacutegua teve como um de seus objetivos exemplificar esta tarefa e assim

auxiliar na elaboraccedilatildeo de outros protocolos Assim como perspectiva deste trabalho

espera-se fornecer subsiacutedio agrave validaccedilatildeo de outros processos farmacecircuticos de

purificaccedilatildeo de aacutegua ou mesmo outros

Isto porque embora cada processo possua aspectos especiacuteficos os quais devem

ser cuidadosamente avaliados durante a validaccedilatildeo o entendimento e aplicaccedilatildeo

adequados da terminologia relacionada agrave validaccedilatildeo auxiliam na conduccedilatildeo de uma

validaccedilatildeo adequada e bem documentada

41

5 Referecircncias

ALEEM H ZHAO Y LORD S MCCARTHY T SHARRATT P N Pharmaceutical process validation an overview Proceedings of the Institution of Mechanical Engineers Part E Process Mechanical Engineering v 217 p141 ndash 150 2002

ALENCAR J R B Pinto P M D V Neto P P V Oliveira A T C Medeiros F P M Ramos S V V Rolim P J N Strategy in pharmaceutical process validation of purified water Revista Brasileira de Farmaacutecia v 85 n3 p85-88 2004a ALENCAR JRB Souza M B J Rolim P J N Lopes C E Uso de controle estatiacutestico de processo (CEP) para validaccedilatildeo de processo de glibenclamida comprimidos Revista Brasileira de Farmaacutecia v85 n3 p115-119 2004b

ALENCAR J R B CLEMENTINO M R A ROLIM P J N Cleaning validation of equipments in medicines industry strategy to select the ldquoworst caserdquo Revista Brasileira de Farmaacutecia v87 n 1 p13-18 2006

ANVISA ndash Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria Gerecircncia Geral de Inspeccedilatildeo e Controle de Medicamentos e Produtos Guias relacionados agrave garantia de qualidade Brasiacutelia 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwanvisagovbrinspecaoguias_qualidadepdfgt Acesso em 12 nov 2007

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria (ANVISA) Resoluccedilatildeo RDC nordm 210 de 04082003 DOU de 14082003 Disponiacutevel em lthttpe-legisanvisagovbrleisrefpublicshowActphpid=22321ampword=gt Acesso em 30 set 2007

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria (ANVISA) Resoluccedilatildeo RDC nordm 67 de 08102007 DOU de 09102007 Disponiacutevel em lthttpe-legisanvisagovbrleisrefpublicshowActphpid=28806ampword= gt Acesso em 30 nov 2007

42

BRASIL Ministeacuterio de Estado da Sauacutede Portaria nordm 518 de 25032004 DOU de 26032004 Disponiacutevel em lthttpe-legisanvisagovbrleisrefpublicshowActphpid=22322ampwordgt Acesso em 30 set 2007

CASTILLA B SENA F J Validation documentation Journal of Validation Technology v7 n 2 p 166-123 2001

DA ROSA PS Diagnoacutestico e avaliaccedilatildeo da qualidade microbioloacutegica da aacutegua na Faculdade de Farmaacutecia Trabalho de Conclusatildeo de Curso de Graduaccedilatildeo Disciplina de Estaacutegio Curricular em Farmaacutecia Faculdade de Farmaacutecia Universidade Federal do Rio Grande do Sul Porto Alegre 2007

EMEA - European Agency for Evaluation of Medicinal Products Note for guidance on process validation London 2001 Disponiacutevel em lthttpwwwemeaeuropaeupdfshumanqwp084896enpdfgt Acesso em 12 nov 2007

FARMACOPEacuteIA BRASILEIRA 4 ed Satildeo Paulo Atheneu 2004 pV224

FARMACOPEacuteIA BRASILEIRA 4 ed Satildeo Paulo Atheneu 2005 Fasciacuteculo 6 p263

FDA ndash Food and Drug Administration - Center for Drug Evaluation and Research (CDER) Guidance for Industry Powder Blends and Finished Dosage Units mdash Stratified In-Process Dosage Unit Sampling and Assessment Rockville 2003 Disponiacutevel em lthttpwwwfdagovCDERGUIDANCE5831dfthtmgt Acesso em 12 nov 2007

FDA ndash Food and Drug Administration - Division of Manufacturing and Product Quality (HFN-320) Center for Drugs and Biologics Guidelines on general principles of process validation Rockville 1987 Disponiacutevel em lthttpwwwfdagovCDERGUIDANCEpvhtmgt Acesso em 12 nov 2007

GUAZZARONI M YIIN B YU JL Application of total organic carbon analysis for cleaning validation in pharmaceutical manufacturing American Biotechnology Laboratory v 16 n 10 p 66-67 1998

HAIDER S I Validation standard operating procedures a step-by-step guide for achieving compliance in the pharmaceutical medical device and biotech industries 2 ed Boca Raton CRC 2002

43

HELLE M R YLIRUUSI J MANNERMAA J P A literature review of pharmaceutical process validation Pharmaceutical Technology Europe Part 3 v15 p 52-57 2003

HOFMANN K L Sterile products validation In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 103

JEATER J P CULLEN L F PAPARIELLO GJ Organizing for validation In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 9

JOHNSON W M Validation of water system for sterile and nonsterile products In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 299 - 317

KIEFFER RG Validation and the human element PDA Journal of Pharmaceutical Science and Technology v52 n2 p52-54 1998

LE HIR A Noccedilotildees de farmaacutecia galecircnica 6 ed Satildeo Paulo Organizaccedilatildeo Andrei 1997 p 137-138

LeBLANC D A Establishing scientifically justified acceptance criteria for cleaning validation of finished drug products Pharmaceutical Technology 1998 Disponiacutevel em ltwwwadvanstarcomgt Acesso em 30 set 2007

LOFTUS B T The Regulatory basis for process In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 2 - 32

LORD SV MCCARTHY T ALEEM H ZHAO Y SHARRATT P N Reinterpreting validation Proceedings of the Institution of Mechanical Engineers Part E Process Mechanical Engineering v 217 p287- 292 2003

MCCOLMICK P Y CULLEN L F Cleaning validation In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 319 - 322

NASH R A Introduction In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993

44

PICS - Pharmaceutical Inspection Convention and Pharmaceutical Inspection Co-operation Scheme Recommendations on validation master plan installation and operational qualification non-sterile process validation cleaning validation Genebra 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwnewwayzconzrefmaterialpics_pi006_2VMPpdfgt Acesso em 30 set 2007

TKA WASSERAUFBEREITUNGSSYSTEME GMBH Operating instructions TKA LAB ndash UPW Article ndeg 083007-SO Niederelbert 2001

WHO ndash World Health Organization Suplementary guidelines on good manufacturing practices (GMP) validation Genebra 2005 p 22-23 Disponiacutevel em lthttpwwwwhointmedicinesservicesexpertcommitteespharmprepValidation_QAS_055_Rev2combinedpdfgtAcesso em Acesso em 30 set 2007

WHO ndash World Health Organization Supplementary training modules on good manufacturing practice water for pharmaceutical use Part 1 introduction and treatment Genebra 2001 Disponiacutevel em ltftpftpwhointmedicinesGMPgmptrainsuplmtWater01pptgt Acesso em 30 set 2007

WHO ndash World Health Organization Supplementary training modules on good manufacturing practice water for pharmaceutical use Part 2 water purification engineering Genebra 2001 Disponiacutevel em ltftpftpwhointmedicinesGMPgmptrainsuplmtWater02pptgt Acesso em 30 set 2007

WHO ndash World Health Organization Supplementary training modules on good manufacturing practice water for pharmaceutical use Part 3 inspection of water systems Genebra 2001 Disponiacutevel em ltftpftpwhointmedicinesGMPgmptrainsuplmtWater03pptgt Acesso em 30 set 2007

WHO ndash World Health Organization Who good manufacturing practices water for pharmaceutical use Genebra 2005 (Technical Report Series n 929 Anexo 3)

WHO ndash World Health Organization Who Expert Committee on specifications for pharmaceutical preparations Genebra 2006 p 125 ndash 126 (Technical Report Series n 937 Anexo 4 Apecircndice II) Disponiacutevel em lthttpwhqlibdocwhointtrsWHO_TRS_937_engpdfpage=359gt Acesso em 01 dez 2007

  • Outras definiccedilotildees semelhantes a essas existem e muito embora as expressotildees variem a essecircncia de todas eacute a mesma assegurar que o processo quando operado sob as condiccedilotildees preacute-determinadas resultaraacute em um produto que reuniraacute as especificaccedilotildees e seus
Page 7: VALIDAÇÃO DE PROCESSOS: Aspectos teóricos e proposição de

7

2 Referencial Teoacuterico

21 Conceitos e Aspectos Regulatoacuterios

Nos uacuteltimos trinta anos a validaccedilatildeo de processos tem evoluiacutedo Para a maioria

das pessoas que trabalham na induacutestria ela surgiu como um requisito regulatoacuterio e

consequumlentemente foi muitas vezes considerada apenas uma obrigatoriedade Apesar de

originalmente ter sido criticada a validaccedilatildeo de processos eacute hoje bem aceita e

considerada parte da qualidade total e do monitoramento de processos (Helle et al

2003) Entretanto segundo Nash (1993) havia muita confusatildeo sobre o que eacute validaccedilatildeo

de processos e o que constitui a documentaccedilatildeo relativa agrave validaccedilatildeo de processos De

acordo com Haider (2002) as principais definiccedilotildees de validaccedilatildeo satildeo

bull Accedilatildeo de prover de acordo com os princiacutepios de Boas Praacuteticas de Fabricaccedilatildeo

que procedimentos processos equipamentos materiais atividades ou

sistemas de fato conduzam aos resultados esperados

bull Evidecircncia documental que provecirc a um especiacutefico processo um alto grau de

confianccedila de que poderaacute consistentemente apresentar um produto reunindo

suas preacute-determinadas especificaccedilotildees atributos e caracteriacutesticas de

qualidade

bull Obter e documentar evidecircncias que demonstrem que um meacutetodo pode

apresentar os resultados pretendidos e de acordo com os limites definidos

bull Accedilatildeo de verificar que qualquer processo procedimento atividade material

sistema ou equipamento usado na produccedilatildeo ou controle realizaraacute os

resultados desejados e pretendidos

Definiccedilotildees semelhantes a estas se encontram na legislaccedilatildeo brasileira e

internacional as quais seguem na tabela 1

8

Tabela 1 Principais definiccedilotildees de validaccedilatildeo de processos dos Oacutergatildeos Internacionais e Nacionais

Oacutergatildeo Definiccedilatildeo

ANVISA ndash Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria (Brasil)

(Brasil 2003) (Brasil 2007)

Ato documentado que atesta que qualquer procedimento processo equipamento material operaccedilatildeo ou sistema realmente conduz aos resultados esperados

FDA ndash Food and Drug Administration (Estados Unidos) (FDA 1987)

Evidecircncia documentalmente estabelecida que provecirc com alto grau de confianccedila que um processo especiacutefico poderaacute produzir consistentemente um produto reunindo suas preacute-determinadas especificaccedilotildees e caracteriacutesticas de qualidade

EMEA ndash European Agency for the Evaluation of Medicinal Products (Uniatildeo Europeacuteia)

(EMEA 2001)

Meio de assegurar e prover evidecircncias de que processos satildeo capazes de produzir consistentemente um produto final com a qualidade requerida

PICS ndash Pharmaceutical Inspection Convention and Pharmaceutical Inspection Co-operation Scheme (Genebra Suiacuteccedila) (PICS 2004)

Meio de assegurar e prover evidecircncias de que processos satildeo capazes de repetidamente e confiavelmente produzirem um produto final com a qualidade requerida

Outras definiccedilotildees semelhantes a essas existem e muito embora as expressotildees

variem a essecircncia de todas eacute a mesma assegurar que o processo quando operado sob as

condiccedilotildees preacute-determinadas resultaraacute em um produto que reuniraacute as especificaccedilotildees e

seus atributos de qualidade Em siacutentese validaccedilatildeo de processos assegura que o processo

faz o que se propotildee a fazer (Loftus 1993 Aleem et al 2002)

22 Tipos de Validaccedilatildeo

Os tipos de validaccedilatildeo de processos dependem da situaccedilatildeo na qual seratildeo

aplicados e das particularidades de cada sistema O FDA atraveacutes de seu guia sobre os

princiacutepios gerais da validaccedilatildeo de processos menciona trecircs tipos de validaccedilatildeo (FDA

1987 Nash 1993) Atualmente haacute quatro tipos de validaccedilatildeo (Nash 1993 Brasil 2003

PICS 2004)

9

Normalmente espera-se que a validaccedilatildeo de um processo seja completada antes

da produccedilatildeo de um produto final cuja intenccedilatildeo eacute a comercializaccedilatildeo Onde isto natildeo eacute

possiacutevel se faz necessaacuterio validar o processo durante a rotina de produccedilatildeo Processos

que vecircm sendo usados haacute algum tempo tambeacutem devem ser validados Na teoria um

exerciacutecio de validaccedilatildeo somente precisaria ser realizado uma vez Na praacutetica os

processos raramente ficam estaacuteticos Componentes satildeo alterados (insumos e materiais

de embalagem) equipamentos satildeo modificados e o ambiente do processo natildeo pode ser

considerado idecircntico ao ambiente da validaccedilatildeo inicial Assim um programa regular de

revalidaccedilatildeo eacute essencial (PICS 2004) Nessa perspectiva foram definidos quatro tipos

de validaccedilatildeo

A validaccedilatildeo prospectiva eacute realizada durante o estaacutegio de desenvolvimento do

produto atraveacutes da anaacutelise dos riscos do processo de fabricaccedilatildeo o qual eacute detalhado em

passos individuais estes por sua vez satildeo definidos com base na experiecircncia passada

para determinar se os mesmos podem ocasionar situaccedilotildees criacuteticas (Brasil 2003) Esta

validaccedilatildeo eacute completada e os resultados satildeo aprovados previamente a qualquer produccedilatildeo

e comercializaccedilatildeo do produto (Haider 2002)

A validaccedilatildeo concorrente se refere a uma combinaccedilatildeo de validaccedilatildeo

retrospectiva e prospectiva Normalmente eacute aplicado no caso de um processo existente

natildeo previamente validado ou insuficientemente validado (Haider 2002) e

normalmente eacute realizada durante a produccedilatildeo de rotina (Brasil 2003) Em certas

circunstacircncias natildeo eacute necessaacuterio um completo programa de validaccedilatildeo antes da rotina de

produccedilatildeo iniciar Nestes casos isso seraacute conhecido dentro do avanccedilo da produccedilatildeo do

produto final que seraacute comercializado ou estocado Eacute empregado em circunstacircncias

onde haacute por exemplo um processo sendo transferido para fechar um negoacutecio de

terceirizaccedilatildeo entre produtor e distribuidor (PICS 2004)

A validaccedilatildeo retrospectiva eacute empregada para aqueles processos de uso

rotineiro dentro de vaacuterias companhias que natildeo passaram por uma validaccedilatildeo de processo

formalmente documentada A validaccedilatildeo desses processos eacute possiacutevel atraveacutes de dados

histoacutericos que forneccedilam a evidecircncia documental necessaacuteria de que o processo produza

os resultados esperados Aleacutem disso atraveacutes de uma validaccedilatildeo retrospectiva pode ser

realizada uma anaacutelise de tendecircncia para determinar a extensatildeo na qual os paracircmetros do

processo encontram-se dentro da faixa permitida (PICS 2004) Entretanto a legislaccedilatildeo

10

brasileira (Brasil 2003) lembra que obviamente a validaccedilatildeo retrospectiva natildeo eacute uma

medida da garantia da qualidade em si proacutepria e nunca deve ser aplicada a novos

processos ou produtos Somente pode ser considerada em circunstacircncias especiais por

exemplo quando os requisitos de validaccedilatildeo satildeo estabelecidos pela primeira vez dentro

de uma empresa desde que seja realizado sob as mesmas condiccedilotildees operacionais

(Brasil 2003)

A revalidaccedilatildeo perioacutedica pode ser considerada o quarto tipo e eacute implementada

atraveacutes da anaacutelise de tendecircncias com o objetivo de verificar se o processo se encontra

sob controle e que as mudanccedilas introduzidas intencionalmente ou natildeo dentro de um

processo eou no ambiente do processo natildeo afetam adversamente as caracteriacutesticas do

processo e a qualidade do produto (Brasil 2003 PICS 2004)

A legislaccedilatildeo brasileira (Brasil 2003) cita algumas mudanccedilas tiacutepicas que

requerem revalidaccedilatildeo por exemplo alteraccedilotildees de (i) mateacuterias-primas que geram

mudanccedilas nas propriedades fiacutesicas do produto e afetam adversamente o processo de

produccedilatildeo (ii) de material de embalagem que podem gerar mudanccedilas no procedimento

de embalagem e podem afetar a estabilidade do produto como por exemplo a

substituiccedilatildeo do material de envase de plaacutestico por vidro (iii) de processo que podem

afetar os passos subsequumlentes do processo e a qualidade do produto por exemplo o

tempo de mistura a temperatura de secagem e o processo de resfriamento (iv) de

equipamento incluindo instrumentos de mediccedilatildeo onde qualquer substituiccedilatildeo reparo e

manutenccedilatildeo podem afetar tanto o processo quanto o produto e por fim (v) alteraccedilotildees

na aacuterea de produccedilatildeo e utilidades que podem afetar as condiccedilotildees ambientais e que em

consequumlecircncia gerem a necessidade de uma revalidaccedilatildeo do processo principalmente na

fabricaccedilatildeo de produtos esteacutereis onde este paracircmetro eacute criacutetico

23 Por que validar

A validaccedilatildeo eacute basicamente uma boa praacutetica de negoacutecios aleacutem de permitir que os

processos de produccedilatildeo sejam realizados com maior teacutecnica e economia (Aleem et al

2002) A seguir satildeo apresentadas as vantagens de se validar um processo produtivo

bull Aspectos regulatoacuterios atualmente as Boas Praacuteticas de Fabricaccedilatildeo (BPF) tecircm

sido estabelecidas por todo o mundo As BPF basicamente servem como

diretriz mas natildeo provecircem passo-a-passo instruccedilotildees de como executaacute-las

11

Entretanto o plano mestre de validaccedilatildeo associados aos Procedimentos

Operacionais Padratildeo (POPs) definem exatamente responsabilidades quem

quando onde como etc (Haider 2002)

bull Garantia da qualidade validaccedilatildeo provecirc seguranccedila na obtenccedilatildeo dos produtos

com alta qualidade assim a validaccedilatildeo conduz a um menor nuacutemero de erros

de produccedilatildeo e como resultado reduz o nuacutemero de reclamaccedilotildees do

consumidor e ldquorecallsrdquo de medicamentos (Aleem et al 2002 Haider 2002)

bull Reduccedilatildeo de custos processos operados sob niacuteveis proacuteximos de seus limites

muitas vezes causam custos pois satildeo necessaacuterias reinspeccedilotildees retestes e

rejeiccedilotildees A validaccedilatildeo conduz agrave otimizaccedilatildeo dos processos e

consequumlentemente agrave diminuiccedilatildeo dos custos (Haider 2002) aleacutem de gerar

um alto rendimento maior rapidez e confiabilidade na instalaccedilatildeo de novos

equipamentos faacutecil desenvolvimento de trabalho para uma maior escala

faacutecil manutenccedilatildeo dos equipamentos e mais raacutepida automaccedilatildeo do processo

(Haider 2002) Outros custos de qualidade incluem gastos com marketing e

obrigaccedilotildees processuais devidos a problemas externos com a imagem da

empresa (Aleem et al 2002 Haider 2002)

24 Validaccedilatildeo versus Qualificaccedilatildeo

A validaccedilatildeo e a qualificaccedilatildeo possuem conceitos semelhantes e em alguns casos

na literatura se utiliza o termo ldquovalidaccedilatildeordquo em substituiccedilatildeo ao termo ldquoqualificaccedilatildeordquo o

que gera uma falta de clareza em relaccedilatildeo a esses dois termos e suas utilizaccedilotildees (Aleem

et al 2002 Anvisa 2006)

Segundo Le Hir (1997) a qualificaccedilatildeo consiste em verificar que um aparelho

funciona corretamente para o uso a que se destina jaacute a validaccedilatildeo estaria mais

relacionada a um procedimento do que a um aparelho e consiste em verificar se uma

operaccedilatildeo previamente descrita com toda a precisatildeo permite realmente atingir os

resultados desejados De forma semelhante a legislaccedilatildeo brasileira (Brasil 2003)

determina que antes de iniciar a validaccedilatildeo do processo os equipamentos utilizados na

produccedilatildeo e os instrumentos de controle bem como a formulaccedilatildeo devem ser

qualificados

12

Eacute importante ressaltar que a qualificaccedilatildeo eacute parte da validaccedilatildeo mas a qualificaccedilatildeo

de uma etapa do processo individualmente natildeo constitui a validaccedilatildeo do processo (Lord

et al 2003) Segundo Aleem e colaboradores (2002) o maior desafio eacute o de garantir

que todos esses itens individualmente qualificados trabalhem juntos como um sistema

integrado da maneira esperada e usando os procedimentos e materiais preacute-definidos

Faz-se entatildeo necessaacuterio responder a uma pergunta ldquoquando qualificar e quando

validarrdquo O que o Pharmaceutical Inspection Convention and Pharmaceutical

Inspection Co-operation Scheme (PICS 2004) relata eacute que eacute impossiacutevel definir

categoricamente quando a qualificaccedilatildeo e a validaccedilatildeo satildeo necessaacuterias pois operaccedilotildees de

produccedilatildeo e instalaccedilotildees satildeo consideravelmente grandes e complexas

O que se sabe eacute que a qualificaccedilatildeo deve estar completa antes da validaccedilatildeo ser

conduzida O processo de qualificaccedilatildeo deve constituir-se em processo sistemaacutetico e

loacutegico bem como ser iniciado pelas fases de desenho das instalaccedilotildees equipamentos e

utilidades (Anvisa 2006) O conceito de qualificaccedilatildeo de equipamentos natildeo eacute uma

novidade Vaacuterios fornecedores vecircm executando constantemente verificaccedilotildees para

confirmar a funcionalidade de seus equipamentos tanto antes quanto depois da

instalaccedilatildeo entretanto eacute um requisito da BPF que cada companhia farmacecircutica

identifique qual qualificaccedilatildeo e validaccedilatildeo satildeo requeridas para provar o controle dos

aspectos criacuteticos de sua operaccedilatildeo (PICS 2004)

O processo farmacecircutico percorre um longo caminho em direccedilatildeo agrave determinaccedilatildeo

de quais aspectos de uma operaccedilatildeo satildeo criacuteticos Muitas empresas asseguram a validaccedilatildeo

como uma seacuterie de estudos separados de cada componente de um sistema completo

(Hofmann 1993)

25 Estaacutegios da Validaccedilatildeo (DQ IQ OQ e PQ)

A validaccedilatildeo tem sido dividida em sucessivos e sistemaacuteticos passos conhecidos

como Qualificaccedilatildeo da Instalaccedilatildeo (IQ) Qualificaccedilatildeo da Operaccedilatildeo (OQ) Qualificaccedilatildeo da

Performance (PQ) ou desempenho e Validaccedilatildeo de Processo (PV) Do ponto de vista

funcional cada passo abrange maior funcionalidade que o seu antecessor Mais

recentemente outro passo conhecido como Qualificaccedilatildeo de Desenho (PQ) foi

introduzido (Aleem et al 2002)

13

Esses passos podem ser mais claramente determinados da seguinte maneira a

Validaccedilatildeo de Processos deve estabelecer e prover evidecircncias documentais que

garantam que as dependecircncias utilidades de apoio equipamentos e processos devem ser

designados de acordo com os requerimentos das BPFs isto normalmente constitui DQ

Jaacute as evidecircncias documentais que estabelecem que os mesmos foram construiacutedos e

instalados em conformidade com suas especificaccedilotildees constituem a IQ E se os mesmos

devidamente documentados estatildeo operando de acordo com suas especificaccedilotildees

constitui a OQ Quando um processo especiacutefico produz consistentemente um produto

que reuacutene suas especificaccedilotildees e atributos de qualidade isto constitui a PV sendo que o

termo PQ tambeacutem pode ser usado com essa conotaccedilatildeo (PICS 2004 ANVISA 2006)

Apoacutes a validaccedilatildeo de um processo uma seacuterie de experimentos deve ser realizada

a fim de determinar os pontos criacuteticos do processo Estes experimentos podem

incorporar um elemento de mudanccedila para determinar a robustez do processo A inserccedilatildeo

de uma mudanccedila eacute geralmente referida como um exerciacutecio de ldquopior casordquo O uso de

novos materiais sobre condiccedilotildees limites de suas especificaccedilotildees pode indicar a

habilidade do processo de continuar produzindo um produto final com suas

especificaccedilotildees (PICS 2004)

A legislaccedilatildeo brasileira (Brasil 2003) acrescenta que a escolha do procedimento

a validar deve priorizar as atividades relacionadas agrave capacidade do processo por

exemplo a capacidade de o processo operar sem dificuldades quando os paracircmetros se

aproximam de limites aceitaacuteveis O uso de faixas de aceitaccedilatildeo para a qualidade das

mateacuterias-primas em lotes experimentais pode tornar possiacutevel estimar a extensatildeo na qual

o processo ainda continua sendo capaz de produzir um produto final que atende agraves

especificaccedilotildees

26 Processos sujeitos agrave validaccedilatildeo

Segundo a legislaccedilatildeo brasileira (Brasil 2003) e diretrizes internacionais (FDA

1987 PICS 2004) deve-se realizar a validaccedilatildeo de todos os processos de fabricaccedilatildeo e

inclusive as atividades de suporte incluindo as operaccedilotildees de limpeza A seguir seratildeo

comentados dois processos de validaccedilatildeo sendo um deles uma atividade de suporte e o

outro um processo de fabricaccedilatildeo

14

A validaccedilatildeo das operaccedilotildees de limpeza eacute de suma importacircncia na induacutestria

farmacecircutica pois resiacuteduos de produtos ou mesmo os proacuteprios agentes de limpeza

podem constituir uma fonte de contaminaccedilatildeo Mesmo quando se utiliza um

equipamento ldquodedicadordquo ou seja de uso exclusivo para processar um produto haacute que

se considerar a contaminaccedilatildeo do proacuteximo lote com produtos de degradaccedilatildeo Na

validaccedilatildeo de limpeza haacute vaacuterios aspectos a serem considerados tais como (i) se o

equipamento eacute dedicado ou natildeo (ii) o tipo de limpeza se manual semi-automatizada ou

mesmo automatizada (do inglecircs CIP ndash clean in place) (iii) as teacutecnicas de amostragem

(uso de swab rinsagem monitoramento direto na superfiacutecie entre outros) (iv) os

agentes de limpeza a serem empregados (v) o meacutetodo de anaacutelise que deve possuir

elevada sensibilidade e (vi) os relacionados ao produto como sua solubilidade e

toxicidade

Assim muitas vezes se recorre ao uso de teacutecnicas como a anaacutelise de carbono

orgacircnico total (TOC) (Guazzaroni et al 1998) que eacute capaz de medir traccedilos de

substacircncias que apresentem carbono em sua composiccedilatildeo ndash o que se aplica tanto agrave

anaacutelise de resiacuteduos dos produtos quanto dos proacuteprios tensoativos empregados na

limpeza De qualquer modo a validaccedilatildeo de operaccedilotildees de limpeza normalmente se

baseia na seleccedilatildeo do ldquopior casordquo (McCormick e Cullen 1993 PICS 2004) definindo-

se os limites de resiacuteduo quiacutemico e microbioloacutegico aceitaacuteveis no proacuteximo lote a ser

produzido atraveacutes de foacutermulas matemaacuteticas Estas questotildees satildeo aprofundadas nos

trabalhos de LeBlanc (1998) e Alencar e colaboradores (2006) aleacutem das diretrizes

apresentadas pelo Pharmaceutical Inspection Convention and Pharmaceutical

Inspection Co-operation Scheme (PICS 2004) e Agecircncia Nacional de Vigilacircncia

Sanitaacuteria (ANVISA 2006)

Como segundo exemplo a validaccedilatildeo da produccedilatildeo de formas farmacecircuticas

soacutelidas eacute realizada de maneira geral atraveacutes do uso de controles estatiacutesticos meacutetodos

que satildeo empregados em um contexto de validaccedilatildeo retrospectiva ou concorrente

Segundo Alencar e colaboradores (2004b) trata-se de uma ferramenta simples na sua

aplicaccedilatildeo capaz de permitir faacutecil compreensatildeo raacutepidas accedilotildees de controle pelo pessoal

de operaccedilatildeo rica nos resultados que pode apresentar sobre o comportamento do

processo Com relaccedilatildeo a planos de amostragem em misturas e formas soacutelidas o FDA

apresenta um guia bastante uacutetil intitulado Guidance for Industry Powder Blends and

15

Finished Dosage Units mdash Stratified In-Process Dosage Unit Sampling and Assessment

que apresenta as aplicaccedilotildees dos controles estatiacutesticos de acordo com cada necessidade

(FDA 2003)

27 Dificuldades frequumlentemente encontradas durante a validaccedilatildeo

Segundo Lord e colaboradores (2003) atualmente o maior problema na

induacutestria eacute Qual eacute a melhor estrutura organizacional para se realizar um processo de

validaccedilatildeo

Neste sentido Jeater e colaboradores (1993) descreveram que o trabalho de

validaccedilatildeo de processos na induacutestria farmacecircutica eacute geralmente organizado dentro de

alguma das seguintes estruturas uma consultoria uma forccedila-tarefa ou um grupo

dedicado exclusivamente agrave validaccedilatildeo Em cada uma delas haacute aspectos positivos e

negativos mas a forma com que os grupos de validaccedilatildeo satildeo desenvolvidos e

controlados dependeraacute das circunstacircncias locais medidas organizacionais estrutura e

personalidade das pessoas responsaacuteveis pelo estabelecimento de um processo de

validaccedilatildeo

Na validaccedilatildeo de processos eacute necessaacuterio considerar o fator humano que eacute muitas

vezes causa de natildeo conformidades ou falhas de produccedilatildeo Kieffer (1998) em seu artigo

ldquoValidation and the Human Elementrdquo descreveu que na validaccedilatildeo inicialmente o

elemento humano natildeo foi considerado como criacutetico dentro do processo enquanto que os

aspectos tecnoloacutegicos eram estudados profundamente entretanto esse elemento deve

ser analisado como parte da validaccedilatildeo e a construccedilatildeo dos processos deve visar sua

proacutepria simplificaccedilatildeo resultando em menos falhas humanas ou natildeo O mesmo autor

acrescenta que nem sempre as causas de natildeo conformidade satildeo humanas muitas vezes

os sistemas natildeo satildeo corretamente desenhados e acabam sendo a causa das falhas

humanas nesses casos a abordagem eacute redesenhar o sistema de modo a simplificaacute-lo e

posteriormente treinar o pessoal envolvido para novamente validar o sistema Ao longo

do tempo tendo em vista a necessidade e importacircncia das pessoas dentro de um

processo de validaccedilatildeo passou-se a considerar esse fator e a proacutepria legislaccedilatildeo brasileira

(Brasil 2003) determina que ldquoo treinamento adequado e a motivaccedilatildeo do pessoal satildeo

16

preacute-requisitos para uma validaccedilatildeo bem sucedida todo o pessoal deve ser motivado a

apoiar a empresa na manutenccedilatildeo dos padrotildees de qualidaderdquo

Outro aspecto a considerar no processo de validaccedilatildeo satildeo os documentos gerados

durante a validaccedilatildeo e qualificaccedilatildeo aos quais no passado natildeo foi dedicada suficiente

atenccedilatildeo Consequumlentemente as empresas natildeo tem sido capazes de prover evidecircncias

documentais que reflitam o tempo e esforccedilo despendido na execuccedilatildeo desta atividade O

desenvolvimento da documentaccedilatildeo de uma validaccedilatildeo eacute parte essencial do sucesso de

qualquer programa ou estudo de validaccedilatildeo O objetivo principal eacute assegurar que a

documentaccedilatildeo eacute capaz de provar que o processo ou sistema trabalha como o

programado eacute reprodutiacutevel e que suas especificaccedilotildees e atributos de qualidade

encontram-se estabelecidas A documentaccedilatildeo deve ser concisa natildeo-ambiacutegua detalhada

e completa (Castilla e Sena 2001)

Segundo Castilla e Sena (2001) uma boa documentaccedilatildeo de validaccedilatildeo deve ser

ldquouma descriccedilatildeo histoacuterica do que foi produzido envasado limpo embaladordquo Trazer o

como isto foi feito e quais controles foram realizados no local Deve ser um caminho

para minimizar erros e variaccedilotildees e prover evidecircncias de que ldquoalgo aconteceurdquo

descrevendo como onde e por quem isto foi feito colocando tambeacutem ldquotudo que vocecirc

quis saber mas teve medo de perguntarrdquo ou seja descrever a histoacuteria do produto seus

componentes equipamentos e processos antes do produto ser introduzido no mercadordquo

E obviamente deve estar em conformidade com os requerimentos das BPF e assegurar

reprodutibilidade

Por fim um problema encontrado ao se validar um processo eacute a falta de clareza

sobre os conceitos relacionados agrave validaccedilatildeo o que adveacutem do fato de a terminologia

relacionada agrave validaccedilatildeo ter mudado seu sentido com o tempo (Nash 1993 Aleem et al

2002)

17

3 Proposiccedilatildeo de um protocolo para validaccedilatildeo de um processo de

purificaccedilatildeo de aacutegua existente na Central de abastecimento de aacuteguas

da Faculdade de FarmaacuteciaUFRGS

Apoacutes a apresentaccedilatildeo dos conceitos principais aplicaccedilotildees e vantagens da

validaccedilatildeo esta parte do trabalho tem por objetivo demonstrar como se realiza a

validaccedilatildeo a partir da proposiccedilatildeo de um protocolo de validaccedilatildeo de um sistema de

purificaccedilatildeo de aacutegua abordando os principais aspectos a serem observados e as anaacutelises

que se fazem necessaacuterias para se validar o sistema

Os sistemas de purificaccedilatildeo de aacutegua satildeo considerados sistemas criacuteticos de

qualidade e podem influir diretamente na qualidade dos produtos por isso devem ser

validados (Johnson 1993 WHO 2005 WHO 2006) A validaccedilatildeo de um sistema de

purificaccedilatildeo de aacutegua deve seguir os passos que normalmente satildeo utilizados para a

maioria das validaccedilotildees Qualificaccedilatildeo de Design (DQ) Qualificaccedilatildeo da Instalaccedilatildeo (IQ)

Qualificaccedilatildeo da Operaccedilatildeo (OQ) e Validaccedilatildeo de Processo (PV)

Segundo a Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (WHO 2005 WHO 2006) para a

validaccedilatildeo deste processo em especial satildeo necessaacuterias trecircs fases que envolvem uma

coleta de dados prolongada a fim de se garantir que o sistema independentemente da

variaccedilatildeo sazonal sobre a aacutegua de alimentaccedilatildeo e sobre o sistema de tratamento mantecircm-

se produzindo consistentemente aacutegua dentro de suas especificaccedilotildees farmacopecircicas

Resumidamente a primeira fase prevecirc a realizaccedilatildeo atraveacutes de testes diaacuterios na aacutegua

coletada de pontos preacute-determinados durante duas a quatro semanas (validaccedilatildeo

prospectiva) Apoacutes a aprovaccedilatildeo na primeira fase de testes a aacutegua produzida pelo

sistema poderaacute ser utilizada e entatildeo eacute conduzida a segunda fase de testes onde seratildeo

avaliados os mesmo pontos de coleta da primeira fase durante um periacuteodo de trecircs

semanas (validaccedilatildeo concorrente) Soacute entatildeo passa-se agrave terceira fase de validaccedilatildeo onde o

sistema eacute monitorado em periacuteodos a serem definidos em menor nuacutemero de pontos de

coleta durante um ano tendo-se assim a avaliaccedilatildeo da influecircncia da variaccedilatildeo sazonal da

aacutegua sobre o sistema e sua validaccedilatildeo completada

Uma abordagem anterior descrita por Johnson (1993) relata a conduccedilatildeo de duas

fases Na etapa inicial o sistema eacute operado sob uma ldquocondiccedilatildeo de estresserdquo ou seja

manteacutem-se o sistema abaixo de suas condiccedilotildees normais de operaccedilatildeo pelo periacuteodo de

18

quatro a seis meses de monitoramento a fim de verificar a robustez do sistema Na

etapa subsequumlente realizam-se testes com o sistema operando em sua normalidade

durante o periacuteodo de no miacutenimo um ano assim constata-se que o sistema produz aacutegua

dentro das especificaccedilotildees independentemente da sazonalidade microbioloacutegica Como

nesta abordagem o sistema opera sob ldquocondiccedilatildeo de estresserdquo na etapa inicial natildeo eacute

indicada a conduccedilatildeo de uma validaccedilatildeo concorrente tendo em vista o risco associado de

natildeo conformidade da aacutegua produzida pelo sistema

O sistema de purificaccedilatildeo de aacuteguas a ser validado seraacute o instalado na Central de

Aacuteguas da Faculdade de Farmaacutecia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul

(UFRGS) Devido agrave necessidade de se realizar uma validaccedilatildeo concorrente pois o

sistema jaacute se encontra instalado e em operaccedilatildeo optou-se por seguir as diretrizes da

Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (WHO 2005 WHO 2006) que se aplicam mais ao

caso aleacutem de ser mais atual A seguir eacute apresentado o protocolo de validaccedilatildeo do

Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacuteguas

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

ASSUNTO Protocolo de Validaccedilatildeo do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

I Objetivo

O objetivo da Validaccedilatildeo do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacuteguas eacute demonstrar que a

aacutegua fornecida pelo sistema atende agraves especificaccedilotildees (quiacutemicas e microbioloacutegicas) para

utilizaccedilatildeo nos laboratoacuterios da Faculdade de Farmaacutecia da UFRGS para a realizaccedilatildeo de

experimentos As especificaccedilotildees seratildeo as descritas na Farmacopeacuteia Brasileira uma vez

que esta constitui o compecircndio oficial brasileiro aleacutem de determinar um maior nuacutemero

de anaacutelises quiacutemicas em relaccedilatildeo aos compecircndios internacionais

II Descriccedilatildeo do Sistema de aacutegua

O sistema de purificaccedilatildeo de aacuteguas a ser validado estaacute instalado na Central de

Aacuteguas da Faculdade de Farmaacutecia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul

(UFRGS) A aacutegua de alimentaccedilatildeo eacute proveniente do sistema de tratamento de aacutegua

clorada da rede municipal (aacutegua de superfiacutecie) A aacutegua entatildeo passa para dois

reservatoacuterios de 5000 litros e segue por gravidade ateacute a Central de Aacuteguas

II1 Sistema de preacute-tratamento

A aacutegua proveniente dos reservatoacuterios de aacutegua passa para a secccedilatildeo de preacute-

tratamento que eacute composta dos meios filtrantes descritos abaixo em carcaccedilas de

polipropileno

a) Filtro retrolavaacutevel com redutor de pressatildeo

b) Filtro de porosidade 5microm com carvatildeo ativado com manocircmetro

c) Filtro de polipropileno de porosidade 1microm com manocircmetro

A filtraccedilatildeo atraveacutes destes filtros tem por objetivo alimentar o sistema de osmose

reversa com aacutegua potaacutevel que necessita do seguinte preacute-tratamento

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Tabela 1 Paracircmetros da aacutegua provinda do sistema de preacute-tratamento

Paracircmetro Especificaccedilatildeo ou limite de aceitaccedilatildeo

Preacute-filtragem 5microm e carvatildeo ativado

Iacutendice de silte Maacuteximo 3

Teor Salino Maacuteximo 2000 mgL

Teor de Cl lt001 mgl

Teor de Mg lt005 mgl

Teor de Feacute lt005 mgl

Gama do valor de pH 4 ndash 11

Remoccedilatildeo de 99 de bacteacuterias e partiacuteculas -

II2 Sistema de Tratamento por Osmose Reversa

A secccedilatildeo de tratamento eacute composta por um sistema de purificaccedilatildeo de aacuteguas

atraveacutes de osmose reversa (OR) modelo TKA LAB-UPW do fabricante TKA (ArtNdeg

083007-SO)

II3 Sistema de Armazenamento

A aacutegua tratada pelo sistema de Osmose Reversa (OR) eacute armazenada em um

tanque de 75 L incluindo torneira de extraccedilatildeo por onde a aacutegua purificada eacute coletada O

armazenamento e coleta da aacutegua purificada ocorrem agrave temperatura ambiente A aacutegua

purificada permanece no tanque de armazenamento por no maacuteximo vinte minutos a cada

vinte minutos a bomba de recirculaccedilatildeo eacute acionada e recircula a aacutegua no tanque

conduzindo-a pela lacircmpada de oxidaccedilatildeo UV e pelo jogo de cartuchos deionizadores

A Figura 1 apresenta os componentes do sistema de Osmose Reversa (OR) e do

sistema de armazenamento e suas especificaccedilotildees

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Figura 1 Desenho esquemaacutetico do sistema de osmose reversa e do sistema de

armazenamento 1- Vaacutelvula solenoacuteide da aacutegua de alimentaccedilatildeo (Art Ndeg 150003) 2-

Bomba auxiliar com transformador (Art Ndeg 190046) 3- Moacutedulo de osmose reversa

composto por Carcaccedila 1812 (Art Ndeg 220047) e Membrana de osmose reversa 1812

(Art Ndeg 220046) 4- Vaacutelvula reguladora de pressatildeo (Art Ndeg 150060) 5- Vaacutelvula

solenoacuteide de enxaguamento por jato de aacutegua (Art Ndeg 150003) 6- Ceacutelula medidora de

condutividade (apoacutes agrave OR) (Art Ndeg 160126) 7- Foto-oxidaccedilatildeo de UV (Art Ndeg

250011) 8- Conjunto de deionizaccedilatildeo composto por Carcaccedila de filtro (Art Ndeg 065310)

e Jogo de cartuchos permutador de iacuteons e resina de adsorccedilatildeo (Art Ndeg 093011) 9-

Ceacutelula de mediccedilatildeo de condutividade da aacutegua purificada (Art Ndeg 160126) 10- Tanque

de 75 litros incluindo jogo de montagem na parede (Art Ndeg 065075) 11- Bomba de

recirculaccedilatildeo (Art Ndeg 190028) 12- Vaacutelvula de controle (Art Ndeg 150009) 13- Controle

por microprocessador (Art Ndeg 160181) 14- Entrada de aacutegua provinda do sistema de

preacute-tratamento 15- Saiacuteda da aacutegua purificada Torneira de extraccedilatildeo 16- Saiacuteda frac34rdquo do

concentrado

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

II4 Princiacutepio de Funcionamento do Sistema de Osmose Reversa

A aacutegua de alimentaccedilatildeo provinda do sistema de preacute-tratamento entra no sistema

com pressatildeo maacutexima de 6 Bar A vaacutelvula solenoacuteide da aacutegua de alimentaccedilatildeo (Figura 1-1)

permanece fechada quando o sistema estaacute no modo de espera ou parado para impedir

que a aacutegua de alimentaccedilatildeo passe pela membrana e transborde no tanque de

armazenamento A membrana semi-permeaacutevel (Figura 1-3) reteacutem 96 dos sais

dissolvidos e 99 das bacteacuterias e dos soacutelidos suspensos na aacutegua de alimentaccedilatildeo A aacutegua

purificada passa agora atraveacutes das fases de tratamento duplo (Figura 1- 7 e 8) e eacute

recolhida no tanque de armazenamento (Figura 1-10) Os sais e outros elementos

rejeitados satildeo eliminados do sistema atraveacutes do fluxo do ldquoconcentradordquo A ceacutelula

medidora da condutividade (Figura 1-6) mede a condutividade da aacutegua purificada (apoacutes

os jogos de cartuchos (Figura 1-7 e 8) o que eacute visualizado no menu de controle do

microprocessador (Figura 1-13) A bomba de recirculaccedilatildeo (Figura 1-11) eacute acionada a

cada a cada vinte minutos e recircula a aacutegua no tanque conduzindo-a pela lacircmpada de

oxidaccedilatildeo UV (Figura 1- 7) e pelo jogo de cartuchos deionizadores (Figura 1-8)

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Um desenho de montagem do sistema de tratamento completo segue na Figura 2

Figura 2 Desenho esquemaacutetico do Sistema de Purificaccedilatildeo de aacuteguas e suas

especificaccedilotildees 1- Aacutegua de alimentaccedilatildeo conexatildeo frac34rdquo (pressatildeo miacutenima 2 bar) 2- Filtro retrolavaacutevel (Art Ndeg 115999) 21- Redutor de pressatildeo (Art Ndeg 115998) 3- Preacute-filtro de 5microm + carvatildeo ativado (Art Ndeg 065201) com um manocircmetro (Art Ndeg 065311) 4-

Filtro de polipropileno de porosidade 1 microm (Art Ndeg 065101) com um manocircmetro (Art Ndeg 065311) 5- Equipamento de Osmose reversa TKA-HPW 220V ndash 100W (Art Ndeg 083007-SO) 6- Tanque de armazenamento de capacidade 75 L (Art Ndeg 115996) 7- Kit de instalaccedilatildeo (Art Ndeg 115994) 8- Caixa de aacutegua de 5000 L 9- Rede puacuteblica de

abastecimento

Caixa drsquoaacutegua (8)

Rede Puacuteblica (9)

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

III Qualificaccedilatildeo da Instalaccedilatildeo (IQ)

A fase da Qualificaccedilatildeo da Instalaccedilatildeo (IQ) estaacute associada agrave verificaccedilatildeo da

instalaccedilatildeo dos equipamentos de acordo com as especificaccedilotildees do fabricante aleacutem da

calibraccedilatildeo dos instrumentos e o estabelecimento de um programa de manutenccedilatildeo

preventiva (Johnson 1993) A Tabela 2 apresenta as especificaccedilotildees do sistema de

purificaccedilatildeo de aacuteguas e as accedilotildees que se fazem necessaacuterias para efetuar a qualificaccedilatildeo

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Tabela 2 Especificaccedilotildees fornecidas pelo fabricante e atividade a ser realizada para qualificar a instalaccedilatildeo

Especificaccedilatildeo Paracircmetro especificado em manual

Atividade a ser realizada para qualificar a

instalaccedilatildeo Tensatildeo Eleacutetrica 127220V 60Hz Registro de Calibraccedilatildeo do

estabilizador Potecircncia Eleacutetrica 01 Kw Verificaccedilatildeo e registro Temperatura ambiente +2degc a +35degC Registro do

monitoramento da temperatura

Pressatildeo do permeado 0 bar Verificaccedilatildeo e registro Pressatildeo operacional 6 bar maacutex Registro da verificaccedilatildeo da

pressatildeo da aacutegua de alimentaccedilatildeo

Temperatura de alimentaccedilatildeo +1degC a +30degC Registro da verificaccedilatildeo de temperatura

Pressatildeo da aacutegua de alimentaccedilatildeo

2 a 6 bar Registro da verificaccedilatildeo da pressatildeo da aacutegua de

alimentaccedilatildeo Calibraccedilatildeo dos controles ao longo do processo

Condutiviacutemetro e manocircmetro

Registro das calibraccedilotildees realizadas

Treinamento dos Operadores -- Realizaccedilatildeo e registro de treinamento

Programa de Manutenccedilatildeo Preventiva

Enxaacuteguumle e desinfecccedilatildeo dos tanques de

estocagem tubulaccedilotildees e carcaccedilas (anualmente)

Elaboraccedilatildeo do POP de enxaacuteguumle e desinfecccedilatildeo

Capacidade de carga das

paredes ou chatildeo

-- Registros da verificaccedilatildeo da instalaccedilatildeo

Tubulaccedilatildeo de Drenagem de

112rdquo livre para o esgoto -- Registro da verificaccedilatildeo da

Instalaccedilatildeo

Espaccedilo de trabalho suficiente -- 64 m2

Conexatildeo aacutegua de alimentaccedilatildeo

de frac34rdquo(com registro)

-- Registro da verificaccedilatildeo da instalaccedilatildeo

Ponto de Coleta do sistema de

preacute-tratamento -- Instalaccedilatildeo de registro na

entrada da aacutegua provinda do preacute-tratamento

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

IV Qualificaccedilatildeo da Operaccedilatildeo (OQ)

Esta etapa estaacute relacionada agrave garantia de que cada componente esteja

funcionando de acordo com o especificado As accedilotildees a serem realizadas na fase de

qualificaccedilatildeo da operaccedilatildeo seguem na tabela 3

Tabela 3 Accedilotildees a serem realizadas na fase de Qualificaccedilatildeo da Operaccedilatildeo (Johnson 1993)

Accedilatildeo Atividade a ser realizada 1 Preencher o sistema com aacutegua e reparar

quaisquer fugas e substituir vaacutelvulas ou vedaccedilotildees defeituosas

Verificaccedilatildeo de vazamentos e registro da realizaccedilatildeo de manutenccedilatildeo por pessoal autorizado

2 Verificar o bom funcionamento das vaacutelvulas e controles ao longo do processo

Calibraccedilatildeo dos Manocircmetros e Condutiviacutemetro do tanque de armazenamento

3 Registrar a realizaccedilatildeo da sanitizaccedilatildeo da caixa de aacutegua e da distribuiccedilatildeo do sistema

Realizaccedilatildeo da Sanitizaccedilatildeo e seu Registro

4 Elaboraccedilatildeo de POPs que descrevem os procedimentos de ligar desligar e sanitizar os equipamentos e o sistema

Seguem em anexo B

5 Verificaccedilatildeo da variaccedilatildeo da vazatildeo de aacutegua em comparaccedilatildeo as especificaccedilotildees do fornecedor

Protocolo de Serviccedilo (PS001) Anexo C

6 Avaliar a produccedilatildeo nominal do sistema 7 Lh a 15degC 7 Avaliar a eficiecircncia do sistema de preacute-

tratamento Atraveacutes da Fase 1 de validaccedilatildeo se avaliaraacute a eficiecircncia do sistema de preacute-tratamento

V Process validation (PV)

Apoacutes a realizaccedilatildeo das trecircs primeiras qualificaccedilotildees seraacute necessaacuterio realizar testes

que comprovem que o sistema realiza a purificaccedilatildeo da aacutegua da maneira a que se propotildee

Para realizar essa tarefa como descrito anteriormente segue-se a abordagem da

Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (WHO 2005) que determina trecircs fases para a validaccedilatildeo

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

V1 Plano de amostragem

V11 Pontos de amostragem

A tabela 4 descreve os pontos de coleta sua localizaccedilatildeo e a especificaccedilatildeo do tipo

de aacutegua

Tabela 4 Pontos de validaccedilatildeo localizaccedilatildeo e suas especificaccedilotildees de avaliaccedilatildeo Nuacutemero Local Tipo de aacutegua

1 Entrada do sistema de purificaccedilatildeo de aacutegua (torneira da pia)

Aacutegua potaacutevel

2 Aacutegua de alimentaccedilatildeo da osmose reversa Aacutegua potaacutevel natildeo clorada

3 Ponto de coleta da aacutegua purificada Aacutegua purificada

V12 Testes Requeridos e Criteacuterio de Aceitaccedilatildeo

Os testes requeridos e seus criteacuterios de aceitaccedilatildeo estatildeo descritos nas tabelas 4 e

5 Os testes para Aacutegua Purificada seratildeo realizados de acordo com a Farmacopeacuteia

Brasileira 4ordf ediccedilatildeo (F Bras IV 2005) e para aacutegua potaacutevel de acordo com os limites

estabelecidos na Portaria 51804 do Ministeacuterio da Sauacutede

V121 Aacutegua Potaacutevel

Tabela 5 Criteacuterios de Aceitaccedilatildeo para aacutegua potaacutevel Testes Microbioloacutegicos Especificaccedilatildeo Contagem Heterotroacutefica Total le 500UFCMl Patoacutegenos Ausecircncia de Coliformes Testes Quiacutemicos Especificaccedilatildeo Cor lt 15 UH Cloro 02 a 05 ppm pH 60 a 95 Turbidez lt 5UT Unidade Hazen (mg Pt-CoL) Unidade de turbidez

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

V122 Aacutegua Purificada

Tabela 6 Criteacuterios de Aceitaccedilatildeo para aacutegua purificada Testes Microbioloacutegicos Especificaccedilatildeo Contagem Heterotroacutefica Total le 100UFCmL Patoacutegenos Ausecircncia de coliformes P aeruginosa S

aureus e E Coli termotolerantes Testes Quiacutemicos Especificaccedilatildeo Acidez ou Alcalinidade Cumpre o Teste Amocircnio No maacuteximo 02 ppm Aparecircncia Liacutequido incolor liacutempido insiacutepido e

inodoro Caacutelcio e Magneacutesio Cumpre o Teste Cloretos Cumpre o Teste Condutividade No maacuteximo 21 microScm Metais Pesados No maacuteximo 01 ppm Nitratos No maacuteximo 02 ppm pH 5 -7 Resiacuteduo por evaporaccedilatildeo No maacuteximo 0001 Substacircncias Oxidaacuteveis Cumpre o Teste Sulfatos Cumpre o Teste Os testes seratildeo realizados de acordo com a Farmacopeacuteia Brasileira 4ordf ediccedilatildeo (F Bras IV 2005)

V13 Cronograma de Amostragem

Para a Fase 1 da validaccedilatildeo seratildeo realizados testes quiacutemicos e bioloacutegicos para

todos os pontos de amostragem durante trecircs semanas em trecircs periacuteodos de cinco dias

Apoacutes a conclusatildeo satisfatoacuteria dessa fase se realizaraacute a Fase 2 de validaccedilatildeo fase em que

a aacutegua produzida pode ser utilizada Nesta fase deve-se realizar novamente e

diariamente todos os testes quiacutemicos e bioloacutegicos para todos os pontos de amostragem

durante quatro semanas em quatro periacuteodos de cinco dias Para a Fase 3 de validaccedilatildeo

seratildeo realizados os mesmos testes quiacutemicos e microbioloacutegicos para todos os pontos de

amostragem semanalmente durante um ano O cronograma dos pontos de amostragem

segue na tabela 7

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Tabela 7 Cronograma de validaccedilatildeo

Fase de

Validaccedilatildeo

Ponto de

Amostragem

Periacuteodo de

Anaacutelise

Frequumlecircncia de

Anaacutelise

Tipo de Testes

a Realizar

1 1 2 Semanas Trecircs periacuteodos de

5 dias

Aacutegua Potaacutevel

1 2 2 Semanas Trecircs periacuteodos de 5 dias

Aacutegua potaacutevel

natildeo clorada

1 3 2 Semanas Trecircs periacuteodos de 5 dias

Aacutegua

Purificada

2 1 3 Semanas Quatro periacuteodos

de 5 dias

Aacutegua Potaacutevel

2 2 3 Semanas Quatro periacuteodos

de 5 dias

Aacutegua potaacutevel

natildeo clorada

2 3 3 Semanas Quatro periacuteodos

de 5 dias

Aacutegua

Purificada

3 1 1 Ano Semanal Aacutegua Potaacutevel

3 2 1 Ano Semanal Aacutegua potaacutevel

natildeo clorada

3 3 1 Ano Semanal Aacutegua

Purificada

V2 Fase 1

Periacuteodo de testes de trecircs semanas em trecircs periacuteodos de cinco dias para

monitoramento do sistema intensivamente durante este periacuteodo o sistema deve operar

continuamente sem falhas ou desvios de qualidade

Para essa fase seratildeo realizados os seguintes testes

bull Realizar testes quiacutemicos e microbioloacutegicos de acordo o plano de amostragem

bull Desenvolver faixas de operaccedilatildeo adequadas

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

bull Desenvolver e finalizar procedimentos de operaccedilotildees limpeza desinfecccedilatildeo e

manutenccedilatildeo

bull Demonstrar a produccedilatildeo e entrega da aacutegua na qualidade e quantidade exigida

bull Usar e aperfeiccediloar os POPs de operaccedilatildeo (ver anexo) manutenccedilatildeo desinfecccedilatildeo e

soluccedilatildeo de problemas

bull Verificar alertas provisoacuterios e accedilotildees de niacuteveis

bull Desenvolver e refinar procedimentos de testes de natildeo conformidade

V3 Fase 2

Outro periacuteodo de testes de quatro semanas em quatro periacuteodos de cinco dias a

ser realizado de maneira mais intensiva atraveacutes de um acompanhamento dos POPs

aperfeiccediloados apoacutes a conclusatildeo da Fase 1 O sistema de amostragem eacute idecircntico ao da

fase inicial e aacutegua pode ser utilizada para a fabricaccedilatildeo durante essa fase O sistema

deve

bull Demonstrar a produccedilatildeo e entrega da aacutegua na qualidade e quantidade exigida

quando o sistema eacute operado de acordo com os POPs

bull Demonstrar que o sistema estaacute sob controle

V4 Fase 3

Esta fase seraacute executada por no miacutenimo um ano apoacutes a conclusatildeo satisfatoacuteria da

fase dois a aacutegua pode ser usada para a fabricaccedilatildeo durante esta fase produccedilatildeo que tem os

devidos fins e caracteriacutesticas

bull Demonstrar que o sistema estaacute sob controle durante um longo periacuteodo de tempo

garantindo que as variaccedilotildees sazonais foram avaliadas

bull Locais de amostra frequumlecircncia de amostras e testes devem ser reduzido ao padratildeo

de rotina normal (semanalmente)

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

POP ndeg001 Versatildeo 06112007 Validade 06112008 Paacutegina 14

Procedimento Operacional Padratildeo 001

Instruccedilotildees de Uso do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

1 Objetivo Orientar a operaccedilatildeo do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

2 Aplicaccedilatildeo Ao pessoal responsaacutevel pela operaccedilatildeo e monitoramento do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

3 Materiais Necessaacuterios Protocolo de Serviccedilo (PS 001) Protocolo de Manutenccedilatildeo (PM 001) Protocolo de Produccedilatildeo de Aacutegua Purificada (PP 001)

4 Cuidados Especiais Verificar se o aparelho estaacute limpo e adequado a sua utilizaccedilatildeo Verificar a temperatura e umidade do ambiente Verificar a temperatura da aacutegua de alimentaccedilatildeo Verificar a pressatildeo da aacutegua de alimentaccedilatildeo

5 Procedimento 51 Ligar o Disjuntor (A) que alimenta a Central de Aacuteguas

A

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

POP ndeg001 Versatildeo 06112007 Validade 06112008 Paacutegina 24

Procedimento Operacional Padratildeo 001

Instruccedilotildees de Uso do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

52 Ligar o Estabilizador (B) de energia que alimenta o aparelho de Osmose Reversa

53 Abrir o registro (C) da aacutegua de alimentaccedilatildeo

54 Verificar os paracircmetros do item Cuidados Especiais e anotaacute-los no Protocolo de Serviccedilo

(PS 001)

B

C

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

POP ndeg001 Versatildeo 06112007 Validade 06112008 Paacutegina 34

Procedimento Operacional Padratildeo 001

Instruccedilotildees de Uso do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

55 Acionar a tecla ONOFF (1)

56 Visualizar no display (2) ldquoCleaningrdquo - referente agrave operaccedilatildeo do sistema de enxaacutegue que

entra automaticamente em operaccedilatildeo 57 Visualizar no display (2) ldquoProductionrdquo (produccedilatildeo) - referente agrave operaccedilatildeo do sistema de

Osmose Reversa 58 Apoacutes 2 minutos de produccedilatildeo acionar a tecla MENU (3) duas vezes para verificar a

condutividade da aacutegua de produccedilatildeo Caso visualize a mensagem ldquoError-CPrdquo paacutere a produccedilatildeo e despreze a aacutegua do tanque abrindo o registro do ponto de coleta de aacutegua purificada (D)

59 Quando o tanque de armazenamento estiver cheio ocorreraacute outro enxaacuteguumle automaacutetico e

no display (2) apareceraacute a mensagem ldquoCleaningrdquo 510 Completando-se este ciclo o aparelho entra em modo de operaccedilatildeo ldquoStand byrdquo sendo

visualizado no display (2) a mesma mensagem ldquoStand byrdquo

1

2

3

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

POP ndeg001 Versatildeo 06112007 Validade 06112008 Paacutegina 44

Procedimento Operacional Padratildeo 001

Instruccedilotildees de Uso do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

511 Retire a Aacutegua Purificada do tanque de armazenamento abrindo o registro do Ponto de Coleta (D)

512 Ao final da produccedilatildeo acionar a tecla ONOFF (1) desligar o Estabilizador de energia (B)

e fechar o registro da aacutegua de alimentaccedilatildeo (C) e o disjuntor da Central de Aacuteguas (A) 513 Anotar o valor final produzido no Protocolo de Produccedilatildeo de Aacutegua Purificada

6 Observaccedilotildees Limpeza Mensal Manutenccedilatildeo Realizada pelo fabricante sempre que constatado que fora dos paracircmetros

D

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

Protocolo ndeg001 Versatildeo 06112007 Validade 06112008

Protocolo de Serviccedilo (PS 001)

Protocolo de Verificaccedilatildeo dos Paracircmetros do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

Data Temp Ambiente

(degC)

Umidade ()

Temp Aacutegua de

Alimentaccedilatildeo (degC)

Pressatildeo Aacutegua de

Alimentaccedilatildeo (bar)

Condutividade da aacutegua Produzida (microScm)

Responsaacutevel

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash

RS Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

Protocolo ndeg002 Versatildeo 06112007 Validade 06112008

Protocolo de Manutenccedilatildeo (PM 001)

Protocolo de Verificaccedilatildeo da Manutenccedilatildeo do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

Tipo de Sistema

Nuacutemero de Identificaccedilatildeo

Ano de Fabricaccedilatildeo

Data Dureza da aacutegua de

alimentaccedilatildeo (degdH)

Pressatildeo de operaccedilatildeo

(bar)

Taxa de Permeado

(Lh)

Uacuteltima Troca de Preacute-filtro

Uacuteltima troca de Fosfato

Uacuteltima limpeza

desinfecccedilatildeo

Ass

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash

RS Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

Protocolo ndeg003 Versatildeo 06112007 Validade 06112008

Protocolo de Produccedilatildeo (PP 001)

Protocolo de Produccedilatildeo de Aacutegua Purificada

Data Produccedilatildeo Diaacuteria Responsaacutevel

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash

RS Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

Protocolo ndeg004 Versatildeo 06112007 Validade 06112008

Resultados da Validaccedilatildeo do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

Aacutegua Purificada

DATA

PONTO DE COLETA

Testes Microbioloacutegicos

Especificaccedilatildeo ____ ____ ____ ____ ____

Contagem Heterotroacutefica Total

le 100UFCmL

Patoacutegenos Ausecircncia de coliformes P aeruginosa S aureus

Testes Quiacutemicos Especificaccedilatildeo ____ ____ ____ ____ ____ Acidez ou Alcalinidade

Cumpre o Teste

Amocircnio No maacuteximo 02 ppm Aparecircncia Liacutequido incolor liacutempido

insiacutepido e inodoro

Caacutelcio e Magneacutesio Cumpre o Teste Cloretos Cumpre o Teste Condutividade No maacuteximo 21 microScm Metais Pesado No maacuteximo 01 ppm Nitratos No maacuteximo 02 ppm pH 5 -7 Resiacuteduo por evaporaccedilatildeo

No maacuteximo 0001

Substacircncias Oxidaacuteveis Cumpre o Teste Sulfatos Cumpre o Teste Os testes seratildeo realizados de acordo com a Farmacopeacuteia Brasileira 4ordf ediccedilatildeo (F Bras IV 2005)

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash

RS Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

Protocolo ndeg 005 Versatildeo 06112007 Validade 06112008

Resultados da Validaccedilatildeo do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua Aacutegua Potaacutevel

Data

Ponto de

Coleta

Especificaccedilotildees Anaacutelise Quiacutemica Anaacutelise Microbioloacutegica

Cloro pH Cor

Turbidez Contagem Heterotroacutefica

Total

Patoacutegenos

02 ndash 05 ppm

60 ndash 95 15 UH 5 UT

lt 500 UFCmL Ausecircncia de coliformes

Unidade Hazen (mg Pt-CoL)

Unidade de turbidez

40

4 Consideraccedilotildees finais e perspectivas

Ao longo do tempo a importacircncia da validaccedilatildeo de processos para a Garantia da

Qualidade foi sendo melhor compreendida pelo segmento farmacecircutico e com isso foi

contemplada pelos oacutergatildeos reguladores e aplicada pelos profissionais deste segmento

Se a validaccedilatildeo estaacute bem definida e eacute amplamente compreendida como pocircde ser

observado pelo nuacutemero de trabalhos e legislaccedilotildees revisados neste trabalho um dos

desafios que se apresentam atualmente consiste em ampliar o entendimento de como

realizaacute-la na praacutetica A proposiccedilatildeo de um protocolo para a validaccedilatildeo de um processo de

purificaccedilatildeo de aacutegua teve como um de seus objetivos exemplificar esta tarefa e assim

auxiliar na elaboraccedilatildeo de outros protocolos Assim como perspectiva deste trabalho

espera-se fornecer subsiacutedio agrave validaccedilatildeo de outros processos farmacecircuticos de

purificaccedilatildeo de aacutegua ou mesmo outros

Isto porque embora cada processo possua aspectos especiacuteficos os quais devem

ser cuidadosamente avaliados durante a validaccedilatildeo o entendimento e aplicaccedilatildeo

adequados da terminologia relacionada agrave validaccedilatildeo auxiliam na conduccedilatildeo de uma

validaccedilatildeo adequada e bem documentada

41

5 Referecircncias

ALEEM H ZHAO Y LORD S MCCARTHY T SHARRATT P N Pharmaceutical process validation an overview Proceedings of the Institution of Mechanical Engineers Part E Process Mechanical Engineering v 217 p141 ndash 150 2002

ALENCAR J R B Pinto P M D V Neto P P V Oliveira A T C Medeiros F P M Ramos S V V Rolim P J N Strategy in pharmaceutical process validation of purified water Revista Brasileira de Farmaacutecia v 85 n3 p85-88 2004a ALENCAR JRB Souza M B J Rolim P J N Lopes C E Uso de controle estatiacutestico de processo (CEP) para validaccedilatildeo de processo de glibenclamida comprimidos Revista Brasileira de Farmaacutecia v85 n3 p115-119 2004b

ALENCAR J R B CLEMENTINO M R A ROLIM P J N Cleaning validation of equipments in medicines industry strategy to select the ldquoworst caserdquo Revista Brasileira de Farmaacutecia v87 n 1 p13-18 2006

ANVISA ndash Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria Gerecircncia Geral de Inspeccedilatildeo e Controle de Medicamentos e Produtos Guias relacionados agrave garantia de qualidade Brasiacutelia 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwanvisagovbrinspecaoguias_qualidadepdfgt Acesso em 12 nov 2007

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria (ANVISA) Resoluccedilatildeo RDC nordm 210 de 04082003 DOU de 14082003 Disponiacutevel em lthttpe-legisanvisagovbrleisrefpublicshowActphpid=22321ampword=gt Acesso em 30 set 2007

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria (ANVISA) Resoluccedilatildeo RDC nordm 67 de 08102007 DOU de 09102007 Disponiacutevel em lthttpe-legisanvisagovbrleisrefpublicshowActphpid=28806ampword= gt Acesso em 30 nov 2007

42

BRASIL Ministeacuterio de Estado da Sauacutede Portaria nordm 518 de 25032004 DOU de 26032004 Disponiacutevel em lthttpe-legisanvisagovbrleisrefpublicshowActphpid=22322ampwordgt Acesso em 30 set 2007

CASTILLA B SENA F J Validation documentation Journal of Validation Technology v7 n 2 p 166-123 2001

DA ROSA PS Diagnoacutestico e avaliaccedilatildeo da qualidade microbioloacutegica da aacutegua na Faculdade de Farmaacutecia Trabalho de Conclusatildeo de Curso de Graduaccedilatildeo Disciplina de Estaacutegio Curricular em Farmaacutecia Faculdade de Farmaacutecia Universidade Federal do Rio Grande do Sul Porto Alegre 2007

EMEA - European Agency for Evaluation of Medicinal Products Note for guidance on process validation London 2001 Disponiacutevel em lthttpwwwemeaeuropaeupdfshumanqwp084896enpdfgt Acesso em 12 nov 2007

FARMACOPEacuteIA BRASILEIRA 4 ed Satildeo Paulo Atheneu 2004 pV224

FARMACOPEacuteIA BRASILEIRA 4 ed Satildeo Paulo Atheneu 2005 Fasciacuteculo 6 p263

FDA ndash Food and Drug Administration - Center for Drug Evaluation and Research (CDER) Guidance for Industry Powder Blends and Finished Dosage Units mdash Stratified In-Process Dosage Unit Sampling and Assessment Rockville 2003 Disponiacutevel em lthttpwwwfdagovCDERGUIDANCE5831dfthtmgt Acesso em 12 nov 2007

FDA ndash Food and Drug Administration - Division of Manufacturing and Product Quality (HFN-320) Center for Drugs and Biologics Guidelines on general principles of process validation Rockville 1987 Disponiacutevel em lthttpwwwfdagovCDERGUIDANCEpvhtmgt Acesso em 12 nov 2007

GUAZZARONI M YIIN B YU JL Application of total organic carbon analysis for cleaning validation in pharmaceutical manufacturing American Biotechnology Laboratory v 16 n 10 p 66-67 1998

HAIDER S I Validation standard operating procedures a step-by-step guide for achieving compliance in the pharmaceutical medical device and biotech industries 2 ed Boca Raton CRC 2002

43

HELLE M R YLIRUUSI J MANNERMAA J P A literature review of pharmaceutical process validation Pharmaceutical Technology Europe Part 3 v15 p 52-57 2003

HOFMANN K L Sterile products validation In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 103

JEATER J P CULLEN L F PAPARIELLO GJ Organizing for validation In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 9

JOHNSON W M Validation of water system for sterile and nonsterile products In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 299 - 317

KIEFFER RG Validation and the human element PDA Journal of Pharmaceutical Science and Technology v52 n2 p52-54 1998

LE HIR A Noccedilotildees de farmaacutecia galecircnica 6 ed Satildeo Paulo Organizaccedilatildeo Andrei 1997 p 137-138

LeBLANC D A Establishing scientifically justified acceptance criteria for cleaning validation of finished drug products Pharmaceutical Technology 1998 Disponiacutevel em ltwwwadvanstarcomgt Acesso em 30 set 2007

LOFTUS B T The Regulatory basis for process In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 2 - 32

LORD SV MCCARTHY T ALEEM H ZHAO Y SHARRATT P N Reinterpreting validation Proceedings of the Institution of Mechanical Engineers Part E Process Mechanical Engineering v 217 p287- 292 2003

MCCOLMICK P Y CULLEN L F Cleaning validation In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 319 - 322

NASH R A Introduction In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993

44

PICS - Pharmaceutical Inspection Convention and Pharmaceutical Inspection Co-operation Scheme Recommendations on validation master plan installation and operational qualification non-sterile process validation cleaning validation Genebra 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwnewwayzconzrefmaterialpics_pi006_2VMPpdfgt Acesso em 30 set 2007

TKA WASSERAUFBEREITUNGSSYSTEME GMBH Operating instructions TKA LAB ndash UPW Article ndeg 083007-SO Niederelbert 2001

WHO ndash World Health Organization Suplementary guidelines on good manufacturing practices (GMP) validation Genebra 2005 p 22-23 Disponiacutevel em lthttpwwwwhointmedicinesservicesexpertcommitteespharmprepValidation_QAS_055_Rev2combinedpdfgtAcesso em Acesso em 30 set 2007

WHO ndash World Health Organization Supplementary training modules on good manufacturing practice water for pharmaceutical use Part 1 introduction and treatment Genebra 2001 Disponiacutevel em ltftpftpwhointmedicinesGMPgmptrainsuplmtWater01pptgt Acesso em 30 set 2007

WHO ndash World Health Organization Supplementary training modules on good manufacturing practice water for pharmaceutical use Part 2 water purification engineering Genebra 2001 Disponiacutevel em ltftpftpwhointmedicinesGMPgmptrainsuplmtWater02pptgt Acesso em 30 set 2007

WHO ndash World Health Organization Supplementary training modules on good manufacturing practice water for pharmaceutical use Part 3 inspection of water systems Genebra 2001 Disponiacutevel em ltftpftpwhointmedicinesGMPgmptrainsuplmtWater03pptgt Acesso em 30 set 2007

WHO ndash World Health Organization Who good manufacturing practices water for pharmaceutical use Genebra 2005 (Technical Report Series n 929 Anexo 3)

WHO ndash World Health Organization Who Expert Committee on specifications for pharmaceutical preparations Genebra 2006 p 125 ndash 126 (Technical Report Series n 937 Anexo 4 Apecircndice II) Disponiacutevel em lthttpwhqlibdocwhointtrsWHO_TRS_937_engpdfpage=359gt Acesso em 01 dez 2007

  • Outras definiccedilotildees semelhantes a essas existem e muito embora as expressotildees variem a essecircncia de todas eacute a mesma assegurar que o processo quando operado sob as condiccedilotildees preacute-determinadas resultaraacute em um produto que reuniraacute as especificaccedilotildees e seus
Page 8: VALIDAÇÃO DE PROCESSOS: Aspectos teóricos e proposição de

8

Tabela 1 Principais definiccedilotildees de validaccedilatildeo de processos dos Oacutergatildeos Internacionais e Nacionais

Oacutergatildeo Definiccedilatildeo

ANVISA ndash Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria (Brasil)

(Brasil 2003) (Brasil 2007)

Ato documentado que atesta que qualquer procedimento processo equipamento material operaccedilatildeo ou sistema realmente conduz aos resultados esperados

FDA ndash Food and Drug Administration (Estados Unidos) (FDA 1987)

Evidecircncia documentalmente estabelecida que provecirc com alto grau de confianccedila que um processo especiacutefico poderaacute produzir consistentemente um produto reunindo suas preacute-determinadas especificaccedilotildees e caracteriacutesticas de qualidade

EMEA ndash European Agency for the Evaluation of Medicinal Products (Uniatildeo Europeacuteia)

(EMEA 2001)

Meio de assegurar e prover evidecircncias de que processos satildeo capazes de produzir consistentemente um produto final com a qualidade requerida

PICS ndash Pharmaceutical Inspection Convention and Pharmaceutical Inspection Co-operation Scheme (Genebra Suiacuteccedila) (PICS 2004)

Meio de assegurar e prover evidecircncias de que processos satildeo capazes de repetidamente e confiavelmente produzirem um produto final com a qualidade requerida

Outras definiccedilotildees semelhantes a essas existem e muito embora as expressotildees

variem a essecircncia de todas eacute a mesma assegurar que o processo quando operado sob as

condiccedilotildees preacute-determinadas resultaraacute em um produto que reuniraacute as especificaccedilotildees e

seus atributos de qualidade Em siacutentese validaccedilatildeo de processos assegura que o processo

faz o que se propotildee a fazer (Loftus 1993 Aleem et al 2002)

22 Tipos de Validaccedilatildeo

Os tipos de validaccedilatildeo de processos dependem da situaccedilatildeo na qual seratildeo

aplicados e das particularidades de cada sistema O FDA atraveacutes de seu guia sobre os

princiacutepios gerais da validaccedilatildeo de processos menciona trecircs tipos de validaccedilatildeo (FDA

1987 Nash 1993) Atualmente haacute quatro tipos de validaccedilatildeo (Nash 1993 Brasil 2003

PICS 2004)

9

Normalmente espera-se que a validaccedilatildeo de um processo seja completada antes

da produccedilatildeo de um produto final cuja intenccedilatildeo eacute a comercializaccedilatildeo Onde isto natildeo eacute

possiacutevel se faz necessaacuterio validar o processo durante a rotina de produccedilatildeo Processos

que vecircm sendo usados haacute algum tempo tambeacutem devem ser validados Na teoria um

exerciacutecio de validaccedilatildeo somente precisaria ser realizado uma vez Na praacutetica os

processos raramente ficam estaacuteticos Componentes satildeo alterados (insumos e materiais

de embalagem) equipamentos satildeo modificados e o ambiente do processo natildeo pode ser

considerado idecircntico ao ambiente da validaccedilatildeo inicial Assim um programa regular de

revalidaccedilatildeo eacute essencial (PICS 2004) Nessa perspectiva foram definidos quatro tipos

de validaccedilatildeo

A validaccedilatildeo prospectiva eacute realizada durante o estaacutegio de desenvolvimento do

produto atraveacutes da anaacutelise dos riscos do processo de fabricaccedilatildeo o qual eacute detalhado em

passos individuais estes por sua vez satildeo definidos com base na experiecircncia passada

para determinar se os mesmos podem ocasionar situaccedilotildees criacuteticas (Brasil 2003) Esta

validaccedilatildeo eacute completada e os resultados satildeo aprovados previamente a qualquer produccedilatildeo

e comercializaccedilatildeo do produto (Haider 2002)

A validaccedilatildeo concorrente se refere a uma combinaccedilatildeo de validaccedilatildeo

retrospectiva e prospectiva Normalmente eacute aplicado no caso de um processo existente

natildeo previamente validado ou insuficientemente validado (Haider 2002) e

normalmente eacute realizada durante a produccedilatildeo de rotina (Brasil 2003) Em certas

circunstacircncias natildeo eacute necessaacuterio um completo programa de validaccedilatildeo antes da rotina de

produccedilatildeo iniciar Nestes casos isso seraacute conhecido dentro do avanccedilo da produccedilatildeo do

produto final que seraacute comercializado ou estocado Eacute empregado em circunstacircncias

onde haacute por exemplo um processo sendo transferido para fechar um negoacutecio de

terceirizaccedilatildeo entre produtor e distribuidor (PICS 2004)

A validaccedilatildeo retrospectiva eacute empregada para aqueles processos de uso

rotineiro dentro de vaacuterias companhias que natildeo passaram por uma validaccedilatildeo de processo

formalmente documentada A validaccedilatildeo desses processos eacute possiacutevel atraveacutes de dados

histoacutericos que forneccedilam a evidecircncia documental necessaacuteria de que o processo produza

os resultados esperados Aleacutem disso atraveacutes de uma validaccedilatildeo retrospectiva pode ser

realizada uma anaacutelise de tendecircncia para determinar a extensatildeo na qual os paracircmetros do

processo encontram-se dentro da faixa permitida (PICS 2004) Entretanto a legislaccedilatildeo

10

brasileira (Brasil 2003) lembra que obviamente a validaccedilatildeo retrospectiva natildeo eacute uma

medida da garantia da qualidade em si proacutepria e nunca deve ser aplicada a novos

processos ou produtos Somente pode ser considerada em circunstacircncias especiais por

exemplo quando os requisitos de validaccedilatildeo satildeo estabelecidos pela primeira vez dentro

de uma empresa desde que seja realizado sob as mesmas condiccedilotildees operacionais

(Brasil 2003)

A revalidaccedilatildeo perioacutedica pode ser considerada o quarto tipo e eacute implementada

atraveacutes da anaacutelise de tendecircncias com o objetivo de verificar se o processo se encontra

sob controle e que as mudanccedilas introduzidas intencionalmente ou natildeo dentro de um

processo eou no ambiente do processo natildeo afetam adversamente as caracteriacutesticas do

processo e a qualidade do produto (Brasil 2003 PICS 2004)

A legislaccedilatildeo brasileira (Brasil 2003) cita algumas mudanccedilas tiacutepicas que

requerem revalidaccedilatildeo por exemplo alteraccedilotildees de (i) mateacuterias-primas que geram

mudanccedilas nas propriedades fiacutesicas do produto e afetam adversamente o processo de

produccedilatildeo (ii) de material de embalagem que podem gerar mudanccedilas no procedimento

de embalagem e podem afetar a estabilidade do produto como por exemplo a

substituiccedilatildeo do material de envase de plaacutestico por vidro (iii) de processo que podem

afetar os passos subsequumlentes do processo e a qualidade do produto por exemplo o

tempo de mistura a temperatura de secagem e o processo de resfriamento (iv) de

equipamento incluindo instrumentos de mediccedilatildeo onde qualquer substituiccedilatildeo reparo e

manutenccedilatildeo podem afetar tanto o processo quanto o produto e por fim (v) alteraccedilotildees

na aacuterea de produccedilatildeo e utilidades que podem afetar as condiccedilotildees ambientais e que em

consequumlecircncia gerem a necessidade de uma revalidaccedilatildeo do processo principalmente na

fabricaccedilatildeo de produtos esteacutereis onde este paracircmetro eacute criacutetico

23 Por que validar

A validaccedilatildeo eacute basicamente uma boa praacutetica de negoacutecios aleacutem de permitir que os

processos de produccedilatildeo sejam realizados com maior teacutecnica e economia (Aleem et al

2002) A seguir satildeo apresentadas as vantagens de se validar um processo produtivo

bull Aspectos regulatoacuterios atualmente as Boas Praacuteticas de Fabricaccedilatildeo (BPF) tecircm

sido estabelecidas por todo o mundo As BPF basicamente servem como

diretriz mas natildeo provecircem passo-a-passo instruccedilotildees de como executaacute-las

11

Entretanto o plano mestre de validaccedilatildeo associados aos Procedimentos

Operacionais Padratildeo (POPs) definem exatamente responsabilidades quem

quando onde como etc (Haider 2002)

bull Garantia da qualidade validaccedilatildeo provecirc seguranccedila na obtenccedilatildeo dos produtos

com alta qualidade assim a validaccedilatildeo conduz a um menor nuacutemero de erros

de produccedilatildeo e como resultado reduz o nuacutemero de reclamaccedilotildees do

consumidor e ldquorecallsrdquo de medicamentos (Aleem et al 2002 Haider 2002)

bull Reduccedilatildeo de custos processos operados sob niacuteveis proacuteximos de seus limites

muitas vezes causam custos pois satildeo necessaacuterias reinspeccedilotildees retestes e

rejeiccedilotildees A validaccedilatildeo conduz agrave otimizaccedilatildeo dos processos e

consequumlentemente agrave diminuiccedilatildeo dos custos (Haider 2002) aleacutem de gerar

um alto rendimento maior rapidez e confiabilidade na instalaccedilatildeo de novos

equipamentos faacutecil desenvolvimento de trabalho para uma maior escala

faacutecil manutenccedilatildeo dos equipamentos e mais raacutepida automaccedilatildeo do processo

(Haider 2002) Outros custos de qualidade incluem gastos com marketing e

obrigaccedilotildees processuais devidos a problemas externos com a imagem da

empresa (Aleem et al 2002 Haider 2002)

24 Validaccedilatildeo versus Qualificaccedilatildeo

A validaccedilatildeo e a qualificaccedilatildeo possuem conceitos semelhantes e em alguns casos

na literatura se utiliza o termo ldquovalidaccedilatildeordquo em substituiccedilatildeo ao termo ldquoqualificaccedilatildeordquo o

que gera uma falta de clareza em relaccedilatildeo a esses dois termos e suas utilizaccedilotildees (Aleem

et al 2002 Anvisa 2006)

Segundo Le Hir (1997) a qualificaccedilatildeo consiste em verificar que um aparelho

funciona corretamente para o uso a que se destina jaacute a validaccedilatildeo estaria mais

relacionada a um procedimento do que a um aparelho e consiste em verificar se uma

operaccedilatildeo previamente descrita com toda a precisatildeo permite realmente atingir os

resultados desejados De forma semelhante a legislaccedilatildeo brasileira (Brasil 2003)

determina que antes de iniciar a validaccedilatildeo do processo os equipamentos utilizados na

produccedilatildeo e os instrumentos de controle bem como a formulaccedilatildeo devem ser

qualificados

12

Eacute importante ressaltar que a qualificaccedilatildeo eacute parte da validaccedilatildeo mas a qualificaccedilatildeo

de uma etapa do processo individualmente natildeo constitui a validaccedilatildeo do processo (Lord

et al 2003) Segundo Aleem e colaboradores (2002) o maior desafio eacute o de garantir

que todos esses itens individualmente qualificados trabalhem juntos como um sistema

integrado da maneira esperada e usando os procedimentos e materiais preacute-definidos

Faz-se entatildeo necessaacuterio responder a uma pergunta ldquoquando qualificar e quando

validarrdquo O que o Pharmaceutical Inspection Convention and Pharmaceutical

Inspection Co-operation Scheme (PICS 2004) relata eacute que eacute impossiacutevel definir

categoricamente quando a qualificaccedilatildeo e a validaccedilatildeo satildeo necessaacuterias pois operaccedilotildees de

produccedilatildeo e instalaccedilotildees satildeo consideravelmente grandes e complexas

O que se sabe eacute que a qualificaccedilatildeo deve estar completa antes da validaccedilatildeo ser

conduzida O processo de qualificaccedilatildeo deve constituir-se em processo sistemaacutetico e

loacutegico bem como ser iniciado pelas fases de desenho das instalaccedilotildees equipamentos e

utilidades (Anvisa 2006) O conceito de qualificaccedilatildeo de equipamentos natildeo eacute uma

novidade Vaacuterios fornecedores vecircm executando constantemente verificaccedilotildees para

confirmar a funcionalidade de seus equipamentos tanto antes quanto depois da

instalaccedilatildeo entretanto eacute um requisito da BPF que cada companhia farmacecircutica

identifique qual qualificaccedilatildeo e validaccedilatildeo satildeo requeridas para provar o controle dos

aspectos criacuteticos de sua operaccedilatildeo (PICS 2004)

O processo farmacecircutico percorre um longo caminho em direccedilatildeo agrave determinaccedilatildeo

de quais aspectos de uma operaccedilatildeo satildeo criacuteticos Muitas empresas asseguram a validaccedilatildeo

como uma seacuterie de estudos separados de cada componente de um sistema completo

(Hofmann 1993)

25 Estaacutegios da Validaccedilatildeo (DQ IQ OQ e PQ)

A validaccedilatildeo tem sido dividida em sucessivos e sistemaacuteticos passos conhecidos

como Qualificaccedilatildeo da Instalaccedilatildeo (IQ) Qualificaccedilatildeo da Operaccedilatildeo (OQ) Qualificaccedilatildeo da

Performance (PQ) ou desempenho e Validaccedilatildeo de Processo (PV) Do ponto de vista

funcional cada passo abrange maior funcionalidade que o seu antecessor Mais

recentemente outro passo conhecido como Qualificaccedilatildeo de Desenho (PQ) foi

introduzido (Aleem et al 2002)

13

Esses passos podem ser mais claramente determinados da seguinte maneira a

Validaccedilatildeo de Processos deve estabelecer e prover evidecircncias documentais que

garantam que as dependecircncias utilidades de apoio equipamentos e processos devem ser

designados de acordo com os requerimentos das BPFs isto normalmente constitui DQ

Jaacute as evidecircncias documentais que estabelecem que os mesmos foram construiacutedos e

instalados em conformidade com suas especificaccedilotildees constituem a IQ E se os mesmos

devidamente documentados estatildeo operando de acordo com suas especificaccedilotildees

constitui a OQ Quando um processo especiacutefico produz consistentemente um produto

que reuacutene suas especificaccedilotildees e atributos de qualidade isto constitui a PV sendo que o

termo PQ tambeacutem pode ser usado com essa conotaccedilatildeo (PICS 2004 ANVISA 2006)

Apoacutes a validaccedilatildeo de um processo uma seacuterie de experimentos deve ser realizada

a fim de determinar os pontos criacuteticos do processo Estes experimentos podem

incorporar um elemento de mudanccedila para determinar a robustez do processo A inserccedilatildeo

de uma mudanccedila eacute geralmente referida como um exerciacutecio de ldquopior casordquo O uso de

novos materiais sobre condiccedilotildees limites de suas especificaccedilotildees pode indicar a

habilidade do processo de continuar produzindo um produto final com suas

especificaccedilotildees (PICS 2004)

A legislaccedilatildeo brasileira (Brasil 2003) acrescenta que a escolha do procedimento

a validar deve priorizar as atividades relacionadas agrave capacidade do processo por

exemplo a capacidade de o processo operar sem dificuldades quando os paracircmetros se

aproximam de limites aceitaacuteveis O uso de faixas de aceitaccedilatildeo para a qualidade das

mateacuterias-primas em lotes experimentais pode tornar possiacutevel estimar a extensatildeo na qual

o processo ainda continua sendo capaz de produzir um produto final que atende agraves

especificaccedilotildees

26 Processos sujeitos agrave validaccedilatildeo

Segundo a legislaccedilatildeo brasileira (Brasil 2003) e diretrizes internacionais (FDA

1987 PICS 2004) deve-se realizar a validaccedilatildeo de todos os processos de fabricaccedilatildeo e

inclusive as atividades de suporte incluindo as operaccedilotildees de limpeza A seguir seratildeo

comentados dois processos de validaccedilatildeo sendo um deles uma atividade de suporte e o

outro um processo de fabricaccedilatildeo

14

A validaccedilatildeo das operaccedilotildees de limpeza eacute de suma importacircncia na induacutestria

farmacecircutica pois resiacuteduos de produtos ou mesmo os proacuteprios agentes de limpeza

podem constituir uma fonte de contaminaccedilatildeo Mesmo quando se utiliza um

equipamento ldquodedicadordquo ou seja de uso exclusivo para processar um produto haacute que

se considerar a contaminaccedilatildeo do proacuteximo lote com produtos de degradaccedilatildeo Na

validaccedilatildeo de limpeza haacute vaacuterios aspectos a serem considerados tais como (i) se o

equipamento eacute dedicado ou natildeo (ii) o tipo de limpeza se manual semi-automatizada ou

mesmo automatizada (do inglecircs CIP ndash clean in place) (iii) as teacutecnicas de amostragem

(uso de swab rinsagem monitoramento direto na superfiacutecie entre outros) (iv) os

agentes de limpeza a serem empregados (v) o meacutetodo de anaacutelise que deve possuir

elevada sensibilidade e (vi) os relacionados ao produto como sua solubilidade e

toxicidade

Assim muitas vezes se recorre ao uso de teacutecnicas como a anaacutelise de carbono

orgacircnico total (TOC) (Guazzaroni et al 1998) que eacute capaz de medir traccedilos de

substacircncias que apresentem carbono em sua composiccedilatildeo ndash o que se aplica tanto agrave

anaacutelise de resiacuteduos dos produtos quanto dos proacuteprios tensoativos empregados na

limpeza De qualquer modo a validaccedilatildeo de operaccedilotildees de limpeza normalmente se

baseia na seleccedilatildeo do ldquopior casordquo (McCormick e Cullen 1993 PICS 2004) definindo-

se os limites de resiacuteduo quiacutemico e microbioloacutegico aceitaacuteveis no proacuteximo lote a ser

produzido atraveacutes de foacutermulas matemaacuteticas Estas questotildees satildeo aprofundadas nos

trabalhos de LeBlanc (1998) e Alencar e colaboradores (2006) aleacutem das diretrizes

apresentadas pelo Pharmaceutical Inspection Convention and Pharmaceutical

Inspection Co-operation Scheme (PICS 2004) e Agecircncia Nacional de Vigilacircncia

Sanitaacuteria (ANVISA 2006)

Como segundo exemplo a validaccedilatildeo da produccedilatildeo de formas farmacecircuticas

soacutelidas eacute realizada de maneira geral atraveacutes do uso de controles estatiacutesticos meacutetodos

que satildeo empregados em um contexto de validaccedilatildeo retrospectiva ou concorrente

Segundo Alencar e colaboradores (2004b) trata-se de uma ferramenta simples na sua

aplicaccedilatildeo capaz de permitir faacutecil compreensatildeo raacutepidas accedilotildees de controle pelo pessoal

de operaccedilatildeo rica nos resultados que pode apresentar sobre o comportamento do

processo Com relaccedilatildeo a planos de amostragem em misturas e formas soacutelidas o FDA

apresenta um guia bastante uacutetil intitulado Guidance for Industry Powder Blends and

15

Finished Dosage Units mdash Stratified In-Process Dosage Unit Sampling and Assessment

que apresenta as aplicaccedilotildees dos controles estatiacutesticos de acordo com cada necessidade

(FDA 2003)

27 Dificuldades frequumlentemente encontradas durante a validaccedilatildeo

Segundo Lord e colaboradores (2003) atualmente o maior problema na

induacutestria eacute Qual eacute a melhor estrutura organizacional para se realizar um processo de

validaccedilatildeo

Neste sentido Jeater e colaboradores (1993) descreveram que o trabalho de

validaccedilatildeo de processos na induacutestria farmacecircutica eacute geralmente organizado dentro de

alguma das seguintes estruturas uma consultoria uma forccedila-tarefa ou um grupo

dedicado exclusivamente agrave validaccedilatildeo Em cada uma delas haacute aspectos positivos e

negativos mas a forma com que os grupos de validaccedilatildeo satildeo desenvolvidos e

controlados dependeraacute das circunstacircncias locais medidas organizacionais estrutura e

personalidade das pessoas responsaacuteveis pelo estabelecimento de um processo de

validaccedilatildeo

Na validaccedilatildeo de processos eacute necessaacuterio considerar o fator humano que eacute muitas

vezes causa de natildeo conformidades ou falhas de produccedilatildeo Kieffer (1998) em seu artigo

ldquoValidation and the Human Elementrdquo descreveu que na validaccedilatildeo inicialmente o

elemento humano natildeo foi considerado como criacutetico dentro do processo enquanto que os

aspectos tecnoloacutegicos eram estudados profundamente entretanto esse elemento deve

ser analisado como parte da validaccedilatildeo e a construccedilatildeo dos processos deve visar sua

proacutepria simplificaccedilatildeo resultando em menos falhas humanas ou natildeo O mesmo autor

acrescenta que nem sempre as causas de natildeo conformidade satildeo humanas muitas vezes

os sistemas natildeo satildeo corretamente desenhados e acabam sendo a causa das falhas

humanas nesses casos a abordagem eacute redesenhar o sistema de modo a simplificaacute-lo e

posteriormente treinar o pessoal envolvido para novamente validar o sistema Ao longo

do tempo tendo em vista a necessidade e importacircncia das pessoas dentro de um

processo de validaccedilatildeo passou-se a considerar esse fator e a proacutepria legislaccedilatildeo brasileira

(Brasil 2003) determina que ldquoo treinamento adequado e a motivaccedilatildeo do pessoal satildeo

16

preacute-requisitos para uma validaccedilatildeo bem sucedida todo o pessoal deve ser motivado a

apoiar a empresa na manutenccedilatildeo dos padrotildees de qualidaderdquo

Outro aspecto a considerar no processo de validaccedilatildeo satildeo os documentos gerados

durante a validaccedilatildeo e qualificaccedilatildeo aos quais no passado natildeo foi dedicada suficiente

atenccedilatildeo Consequumlentemente as empresas natildeo tem sido capazes de prover evidecircncias

documentais que reflitam o tempo e esforccedilo despendido na execuccedilatildeo desta atividade O

desenvolvimento da documentaccedilatildeo de uma validaccedilatildeo eacute parte essencial do sucesso de

qualquer programa ou estudo de validaccedilatildeo O objetivo principal eacute assegurar que a

documentaccedilatildeo eacute capaz de provar que o processo ou sistema trabalha como o

programado eacute reprodutiacutevel e que suas especificaccedilotildees e atributos de qualidade

encontram-se estabelecidas A documentaccedilatildeo deve ser concisa natildeo-ambiacutegua detalhada

e completa (Castilla e Sena 2001)

Segundo Castilla e Sena (2001) uma boa documentaccedilatildeo de validaccedilatildeo deve ser

ldquouma descriccedilatildeo histoacuterica do que foi produzido envasado limpo embaladordquo Trazer o

como isto foi feito e quais controles foram realizados no local Deve ser um caminho

para minimizar erros e variaccedilotildees e prover evidecircncias de que ldquoalgo aconteceurdquo

descrevendo como onde e por quem isto foi feito colocando tambeacutem ldquotudo que vocecirc

quis saber mas teve medo de perguntarrdquo ou seja descrever a histoacuteria do produto seus

componentes equipamentos e processos antes do produto ser introduzido no mercadordquo

E obviamente deve estar em conformidade com os requerimentos das BPF e assegurar

reprodutibilidade

Por fim um problema encontrado ao se validar um processo eacute a falta de clareza

sobre os conceitos relacionados agrave validaccedilatildeo o que adveacutem do fato de a terminologia

relacionada agrave validaccedilatildeo ter mudado seu sentido com o tempo (Nash 1993 Aleem et al

2002)

17

3 Proposiccedilatildeo de um protocolo para validaccedilatildeo de um processo de

purificaccedilatildeo de aacutegua existente na Central de abastecimento de aacuteguas

da Faculdade de FarmaacuteciaUFRGS

Apoacutes a apresentaccedilatildeo dos conceitos principais aplicaccedilotildees e vantagens da

validaccedilatildeo esta parte do trabalho tem por objetivo demonstrar como se realiza a

validaccedilatildeo a partir da proposiccedilatildeo de um protocolo de validaccedilatildeo de um sistema de

purificaccedilatildeo de aacutegua abordando os principais aspectos a serem observados e as anaacutelises

que se fazem necessaacuterias para se validar o sistema

Os sistemas de purificaccedilatildeo de aacutegua satildeo considerados sistemas criacuteticos de

qualidade e podem influir diretamente na qualidade dos produtos por isso devem ser

validados (Johnson 1993 WHO 2005 WHO 2006) A validaccedilatildeo de um sistema de

purificaccedilatildeo de aacutegua deve seguir os passos que normalmente satildeo utilizados para a

maioria das validaccedilotildees Qualificaccedilatildeo de Design (DQ) Qualificaccedilatildeo da Instalaccedilatildeo (IQ)

Qualificaccedilatildeo da Operaccedilatildeo (OQ) e Validaccedilatildeo de Processo (PV)

Segundo a Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (WHO 2005 WHO 2006) para a

validaccedilatildeo deste processo em especial satildeo necessaacuterias trecircs fases que envolvem uma

coleta de dados prolongada a fim de se garantir que o sistema independentemente da

variaccedilatildeo sazonal sobre a aacutegua de alimentaccedilatildeo e sobre o sistema de tratamento mantecircm-

se produzindo consistentemente aacutegua dentro de suas especificaccedilotildees farmacopecircicas

Resumidamente a primeira fase prevecirc a realizaccedilatildeo atraveacutes de testes diaacuterios na aacutegua

coletada de pontos preacute-determinados durante duas a quatro semanas (validaccedilatildeo

prospectiva) Apoacutes a aprovaccedilatildeo na primeira fase de testes a aacutegua produzida pelo

sistema poderaacute ser utilizada e entatildeo eacute conduzida a segunda fase de testes onde seratildeo

avaliados os mesmo pontos de coleta da primeira fase durante um periacuteodo de trecircs

semanas (validaccedilatildeo concorrente) Soacute entatildeo passa-se agrave terceira fase de validaccedilatildeo onde o

sistema eacute monitorado em periacuteodos a serem definidos em menor nuacutemero de pontos de

coleta durante um ano tendo-se assim a avaliaccedilatildeo da influecircncia da variaccedilatildeo sazonal da

aacutegua sobre o sistema e sua validaccedilatildeo completada

Uma abordagem anterior descrita por Johnson (1993) relata a conduccedilatildeo de duas

fases Na etapa inicial o sistema eacute operado sob uma ldquocondiccedilatildeo de estresserdquo ou seja

manteacutem-se o sistema abaixo de suas condiccedilotildees normais de operaccedilatildeo pelo periacuteodo de

18

quatro a seis meses de monitoramento a fim de verificar a robustez do sistema Na

etapa subsequumlente realizam-se testes com o sistema operando em sua normalidade

durante o periacuteodo de no miacutenimo um ano assim constata-se que o sistema produz aacutegua

dentro das especificaccedilotildees independentemente da sazonalidade microbioloacutegica Como

nesta abordagem o sistema opera sob ldquocondiccedilatildeo de estresserdquo na etapa inicial natildeo eacute

indicada a conduccedilatildeo de uma validaccedilatildeo concorrente tendo em vista o risco associado de

natildeo conformidade da aacutegua produzida pelo sistema

O sistema de purificaccedilatildeo de aacuteguas a ser validado seraacute o instalado na Central de

Aacuteguas da Faculdade de Farmaacutecia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul

(UFRGS) Devido agrave necessidade de se realizar uma validaccedilatildeo concorrente pois o

sistema jaacute se encontra instalado e em operaccedilatildeo optou-se por seguir as diretrizes da

Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (WHO 2005 WHO 2006) que se aplicam mais ao

caso aleacutem de ser mais atual A seguir eacute apresentado o protocolo de validaccedilatildeo do

Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacuteguas

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

ASSUNTO Protocolo de Validaccedilatildeo do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

I Objetivo

O objetivo da Validaccedilatildeo do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacuteguas eacute demonstrar que a

aacutegua fornecida pelo sistema atende agraves especificaccedilotildees (quiacutemicas e microbioloacutegicas) para

utilizaccedilatildeo nos laboratoacuterios da Faculdade de Farmaacutecia da UFRGS para a realizaccedilatildeo de

experimentos As especificaccedilotildees seratildeo as descritas na Farmacopeacuteia Brasileira uma vez

que esta constitui o compecircndio oficial brasileiro aleacutem de determinar um maior nuacutemero

de anaacutelises quiacutemicas em relaccedilatildeo aos compecircndios internacionais

II Descriccedilatildeo do Sistema de aacutegua

O sistema de purificaccedilatildeo de aacuteguas a ser validado estaacute instalado na Central de

Aacuteguas da Faculdade de Farmaacutecia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul

(UFRGS) A aacutegua de alimentaccedilatildeo eacute proveniente do sistema de tratamento de aacutegua

clorada da rede municipal (aacutegua de superfiacutecie) A aacutegua entatildeo passa para dois

reservatoacuterios de 5000 litros e segue por gravidade ateacute a Central de Aacuteguas

II1 Sistema de preacute-tratamento

A aacutegua proveniente dos reservatoacuterios de aacutegua passa para a secccedilatildeo de preacute-

tratamento que eacute composta dos meios filtrantes descritos abaixo em carcaccedilas de

polipropileno

a) Filtro retrolavaacutevel com redutor de pressatildeo

b) Filtro de porosidade 5microm com carvatildeo ativado com manocircmetro

c) Filtro de polipropileno de porosidade 1microm com manocircmetro

A filtraccedilatildeo atraveacutes destes filtros tem por objetivo alimentar o sistema de osmose

reversa com aacutegua potaacutevel que necessita do seguinte preacute-tratamento

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Tabela 1 Paracircmetros da aacutegua provinda do sistema de preacute-tratamento

Paracircmetro Especificaccedilatildeo ou limite de aceitaccedilatildeo

Preacute-filtragem 5microm e carvatildeo ativado

Iacutendice de silte Maacuteximo 3

Teor Salino Maacuteximo 2000 mgL

Teor de Cl lt001 mgl

Teor de Mg lt005 mgl

Teor de Feacute lt005 mgl

Gama do valor de pH 4 ndash 11

Remoccedilatildeo de 99 de bacteacuterias e partiacuteculas -

II2 Sistema de Tratamento por Osmose Reversa

A secccedilatildeo de tratamento eacute composta por um sistema de purificaccedilatildeo de aacuteguas

atraveacutes de osmose reversa (OR) modelo TKA LAB-UPW do fabricante TKA (ArtNdeg

083007-SO)

II3 Sistema de Armazenamento

A aacutegua tratada pelo sistema de Osmose Reversa (OR) eacute armazenada em um

tanque de 75 L incluindo torneira de extraccedilatildeo por onde a aacutegua purificada eacute coletada O

armazenamento e coleta da aacutegua purificada ocorrem agrave temperatura ambiente A aacutegua

purificada permanece no tanque de armazenamento por no maacuteximo vinte minutos a cada

vinte minutos a bomba de recirculaccedilatildeo eacute acionada e recircula a aacutegua no tanque

conduzindo-a pela lacircmpada de oxidaccedilatildeo UV e pelo jogo de cartuchos deionizadores

A Figura 1 apresenta os componentes do sistema de Osmose Reversa (OR) e do

sistema de armazenamento e suas especificaccedilotildees

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Figura 1 Desenho esquemaacutetico do sistema de osmose reversa e do sistema de

armazenamento 1- Vaacutelvula solenoacuteide da aacutegua de alimentaccedilatildeo (Art Ndeg 150003) 2-

Bomba auxiliar com transformador (Art Ndeg 190046) 3- Moacutedulo de osmose reversa

composto por Carcaccedila 1812 (Art Ndeg 220047) e Membrana de osmose reversa 1812

(Art Ndeg 220046) 4- Vaacutelvula reguladora de pressatildeo (Art Ndeg 150060) 5- Vaacutelvula

solenoacuteide de enxaguamento por jato de aacutegua (Art Ndeg 150003) 6- Ceacutelula medidora de

condutividade (apoacutes agrave OR) (Art Ndeg 160126) 7- Foto-oxidaccedilatildeo de UV (Art Ndeg

250011) 8- Conjunto de deionizaccedilatildeo composto por Carcaccedila de filtro (Art Ndeg 065310)

e Jogo de cartuchos permutador de iacuteons e resina de adsorccedilatildeo (Art Ndeg 093011) 9-

Ceacutelula de mediccedilatildeo de condutividade da aacutegua purificada (Art Ndeg 160126) 10- Tanque

de 75 litros incluindo jogo de montagem na parede (Art Ndeg 065075) 11- Bomba de

recirculaccedilatildeo (Art Ndeg 190028) 12- Vaacutelvula de controle (Art Ndeg 150009) 13- Controle

por microprocessador (Art Ndeg 160181) 14- Entrada de aacutegua provinda do sistema de

preacute-tratamento 15- Saiacuteda da aacutegua purificada Torneira de extraccedilatildeo 16- Saiacuteda frac34rdquo do

concentrado

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

II4 Princiacutepio de Funcionamento do Sistema de Osmose Reversa

A aacutegua de alimentaccedilatildeo provinda do sistema de preacute-tratamento entra no sistema

com pressatildeo maacutexima de 6 Bar A vaacutelvula solenoacuteide da aacutegua de alimentaccedilatildeo (Figura 1-1)

permanece fechada quando o sistema estaacute no modo de espera ou parado para impedir

que a aacutegua de alimentaccedilatildeo passe pela membrana e transborde no tanque de

armazenamento A membrana semi-permeaacutevel (Figura 1-3) reteacutem 96 dos sais

dissolvidos e 99 das bacteacuterias e dos soacutelidos suspensos na aacutegua de alimentaccedilatildeo A aacutegua

purificada passa agora atraveacutes das fases de tratamento duplo (Figura 1- 7 e 8) e eacute

recolhida no tanque de armazenamento (Figura 1-10) Os sais e outros elementos

rejeitados satildeo eliminados do sistema atraveacutes do fluxo do ldquoconcentradordquo A ceacutelula

medidora da condutividade (Figura 1-6) mede a condutividade da aacutegua purificada (apoacutes

os jogos de cartuchos (Figura 1-7 e 8) o que eacute visualizado no menu de controle do

microprocessador (Figura 1-13) A bomba de recirculaccedilatildeo (Figura 1-11) eacute acionada a

cada a cada vinte minutos e recircula a aacutegua no tanque conduzindo-a pela lacircmpada de

oxidaccedilatildeo UV (Figura 1- 7) e pelo jogo de cartuchos deionizadores (Figura 1-8)

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Um desenho de montagem do sistema de tratamento completo segue na Figura 2

Figura 2 Desenho esquemaacutetico do Sistema de Purificaccedilatildeo de aacuteguas e suas

especificaccedilotildees 1- Aacutegua de alimentaccedilatildeo conexatildeo frac34rdquo (pressatildeo miacutenima 2 bar) 2- Filtro retrolavaacutevel (Art Ndeg 115999) 21- Redutor de pressatildeo (Art Ndeg 115998) 3- Preacute-filtro de 5microm + carvatildeo ativado (Art Ndeg 065201) com um manocircmetro (Art Ndeg 065311) 4-

Filtro de polipropileno de porosidade 1 microm (Art Ndeg 065101) com um manocircmetro (Art Ndeg 065311) 5- Equipamento de Osmose reversa TKA-HPW 220V ndash 100W (Art Ndeg 083007-SO) 6- Tanque de armazenamento de capacidade 75 L (Art Ndeg 115996) 7- Kit de instalaccedilatildeo (Art Ndeg 115994) 8- Caixa de aacutegua de 5000 L 9- Rede puacuteblica de

abastecimento

Caixa drsquoaacutegua (8)

Rede Puacuteblica (9)

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

III Qualificaccedilatildeo da Instalaccedilatildeo (IQ)

A fase da Qualificaccedilatildeo da Instalaccedilatildeo (IQ) estaacute associada agrave verificaccedilatildeo da

instalaccedilatildeo dos equipamentos de acordo com as especificaccedilotildees do fabricante aleacutem da

calibraccedilatildeo dos instrumentos e o estabelecimento de um programa de manutenccedilatildeo

preventiva (Johnson 1993) A Tabela 2 apresenta as especificaccedilotildees do sistema de

purificaccedilatildeo de aacuteguas e as accedilotildees que se fazem necessaacuterias para efetuar a qualificaccedilatildeo

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Tabela 2 Especificaccedilotildees fornecidas pelo fabricante e atividade a ser realizada para qualificar a instalaccedilatildeo

Especificaccedilatildeo Paracircmetro especificado em manual

Atividade a ser realizada para qualificar a

instalaccedilatildeo Tensatildeo Eleacutetrica 127220V 60Hz Registro de Calibraccedilatildeo do

estabilizador Potecircncia Eleacutetrica 01 Kw Verificaccedilatildeo e registro Temperatura ambiente +2degc a +35degC Registro do

monitoramento da temperatura

Pressatildeo do permeado 0 bar Verificaccedilatildeo e registro Pressatildeo operacional 6 bar maacutex Registro da verificaccedilatildeo da

pressatildeo da aacutegua de alimentaccedilatildeo

Temperatura de alimentaccedilatildeo +1degC a +30degC Registro da verificaccedilatildeo de temperatura

Pressatildeo da aacutegua de alimentaccedilatildeo

2 a 6 bar Registro da verificaccedilatildeo da pressatildeo da aacutegua de

alimentaccedilatildeo Calibraccedilatildeo dos controles ao longo do processo

Condutiviacutemetro e manocircmetro

Registro das calibraccedilotildees realizadas

Treinamento dos Operadores -- Realizaccedilatildeo e registro de treinamento

Programa de Manutenccedilatildeo Preventiva

Enxaacuteguumle e desinfecccedilatildeo dos tanques de

estocagem tubulaccedilotildees e carcaccedilas (anualmente)

Elaboraccedilatildeo do POP de enxaacuteguumle e desinfecccedilatildeo

Capacidade de carga das

paredes ou chatildeo

-- Registros da verificaccedilatildeo da instalaccedilatildeo

Tubulaccedilatildeo de Drenagem de

112rdquo livre para o esgoto -- Registro da verificaccedilatildeo da

Instalaccedilatildeo

Espaccedilo de trabalho suficiente -- 64 m2

Conexatildeo aacutegua de alimentaccedilatildeo

de frac34rdquo(com registro)

-- Registro da verificaccedilatildeo da instalaccedilatildeo

Ponto de Coleta do sistema de

preacute-tratamento -- Instalaccedilatildeo de registro na

entrada da aacutegua provinda do preacute-tratamento

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

IV Qualificaccedilatildeo da Operaccedilatildeo (OQ)

Esta etapa estaacute relacionada agrave garantia de que cada componente esteja

funcionando de acordo com o especificado As accedilotildees a serem realizadas na fase de

qualificaccedilatildeo da operaccedilatildeo seguem na tabela 3

Tabela 3 Accedilotildees a serem realizadas na fase de Qualificaccedilatildeo da Operaccedilatildeo (Johnson 1993)

Accedilatildeo Atividade a ser realizada 1 Preencher o sistema com aacutegua e reparar

quaisquer fugas e substituir vaacutelvulas ou vedaccedilotildees defeituosas

Verificaccedilatildeo de vazamentos e registro da realizaccedilatildeo de manutenccedilatildeo por pessoal autorizado

2 Verificar o bom funcionamento das vaacutelvulas e controles ao longo do processo

Calibraccedilatildeo dos Manocircmetros e Condutiviacutemetro do tanque de armazenamento

3 Registrar a realizaccedilatildeo da sanitizaccedilatildeo da caixa de aacutegua e da distribuiccedilatildeo do sistema

Realizaccedilatildeo da Sanitizaccedilatildeo e seu Registro

4 Elaboraccedilatildeo de POPs que descrevem os procedimentos de ligar desligar e sanitizar os equipamentos e o sistema

Seguem em anexo B

5 Verificaccedilatildeo da variaccedilatildeo da vazatildeo de aacutegua em comparaccedilatildeo as especificaccedilotildees do fornecedor

Protocolo de Serviccedilo (PS001) Anexo C

6 Avaliar a produccedilatildeo nominal do sistema 7 Lh a 15degC 7 Avaliar a eficiecircncia do sistema de preacute-

tratamento Atraveacutes da Fase 1 de validaccedilatildeo se avaliaraacute a eficiecircncia do sistema de preacute-tratamento

V Process validation (PV)

Apoacutes a realizaccedilatildeo das trecircs primeiras qualificaccedilotildees seraacute necessaacuterio realizar testes

que comprovem que o sistema realiza a purificaccedilatildeo da aacutegua da maneira a que se propotildee

Para realizar essa tarefa como descrito anteriormente segue-se a abordagem da

Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (WHO 2005) que determina trecircs fases para a validaccedilatildeo

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

V1 Plano de amostragem

V11 Pontos de amostragem

A tabela 4 descreve os pontos de coleta sua localizaccedilatildeo e a especificaccedilatildeo do tipo

de aacutegua

Tabela 4 Pontos de validaccedilatildeo localizaccedilatildeo e suas especificaccedilotildees de avaliaccedilatildeo Nuacutemero Local Tipo de aacutegua

1 Entrada do sistema de purificaccedilatildeo de aacutegua (torneira da pia)

Aacutegua potaacutevel

2 Aacutegua de alimentaccedilatildeo da osmose reversa Aacutegua potaacutevel natildeo clorada

3 Ponto de coleta da aacutegua purificada Aacutegua purificada

V12 Testes Requeridos e Criteacuterio de Aceitaccedilatildeo

Os testes requeridos e seus criteacuterios de aceitaccedilatildeo estatildeo descritos nas tabelas 4 e

5 Os testes para Aacutegua Purificada seratildeo realizados de acordo com a Farmacopeacuteia

Brasileira 4ordf ediccedilatildeo (F Bras IV 2005) e para aacutegua potaacutevel de acordo com os limites

estabelecidos na Portaria 51804 do Ministeacuterio da Sauacutede

V121 Aacutegua Potaacutevel

Tabela 5 Criteacuterios de Aceitaccedilatildeo para aacutegua potaacutevel Testes Microbioloacutegicos Especificaccedilatildeo Contagem Heterotroacutefica Total le 500UFCMl Patoacutegenos Ausecircncia de Coliformes Testes Quiacutemicos Especificaccedilatildeo Cor lt 15 UH Cloro 02 a 05 ppm pH 60 a 95 Turbidez lt 5UT Unidade Hazen (mg Pt-CoL) Unidade de turbidez

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

V122 Aacutegua Purificada

Tabela 6 Criteacuterios de Aceitaccedilatildeo para aacutegua purificada Testes Microbioloacutegicos Especificaccedilatildeo Contagem Heterotroacutefica Total le 100UFCmL Patoacutegenos Ausecircncia de coliformes P aeruginosa S

aureus e E Coli termotolerantes Testes Quiacutemicos Especificaccedilatildeo Acidez ou Alcalinidade Cumpre o Teste Amocircnio No maacuteximo 02 ppm Aparecircncia Liacutequido incolor liacutempido insiacutepido e

inodoro Caacutelcio e Magneacutesio Cumpre o Teste Cloretos Cumpre o Teste Condutividade No maacuteximo 21 microScm Metais Pesados No maacuteximo 01 ppm Nitratos No maacuteximo 02 ppm pH 5 -7 Resiacuteduo por evaporaccedilatildeo No maacuteximo 0001 Substacircncias Oxidaacuteveis Cumpre o Teste Sulfatos Cumpre o Teste Os testes seratildeo realizados de acordo com a Farmacopeacuteia Brasileira 4ordf ediccedilatildeo (F Bras IV 2005)

V13 Cronograma de Amostragem

Para a Fase 1 da validaccedilatildeo seratildeo realizados testes quiacutemicos e bioloacutegicos para

todos os pontos de amostragem durante trecircs semanas em trecircs periacuteodos de cinco dias

Apoacutes a conclusatildeo satisfatoacuteria dessa fase se realizaraacute a Fase 2 de validaccedilatildeo fase em que

a aacutegua produzida pode ser utilizada Nesta fase deve-se realizar novamente e

diariamente todos os testes quiacutemicos e bioloacutegicos para todos os pontos de amostragem

durante quatro semanas em quatro periacuteodos de cinco dias Para a Fase 3 de validaccedilatildeo

seratildeo realizados os mesmos testes quiacutemicos e microbioloacutegicos para todos os pontos de

amostragem semanalmente durante um ano O cronograma dos pontos de amostragem

segue na tabela 7

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Tabela 7 Cronograma de validaccedilatildeo

Fase de

Validaccedilatildeo

Ponto de

Amostragem

Periacuteodo de

Anaacutelise

Frequumlecircncia de

Anaacutelise

Tipo de Testes

a Realizar

1 1 2 Semanas Trecircs periacuteodos de

5 dias

Aacutegua Potaacutevel

1 2 2 Semanas Trecircs periacuteodos de 5 dias

Aacutegua potaacutevel

natildeo clorada

1 3 2 Semanas Trecircs periacuteodos de 5 dias

Aacutegua

Purificada

2 1 3 Semanas Quatro periacuteodos

de 5 dias

Aacutegua Potaacutevel

2 2 3 Semanas Quatro periacuteodos

de 5 dias

Aacutegua potaacutevel

natildeo clorada

2 3 3 Semanas Quatro periacuteodos

de 5 dias

Aacutegua

Purificada

3 1 1 Ano Semanal Aacutegua Potaacutevel

3 2 1 Ano Semanal Aacutegua potaacutevel

natildeo clorada

3 3 1 Ano Semanal Aacutegua

Purificada

V2 Fase 1

Periacuteodo de testes de trecircs semanas em trecircs periacuteodos de cinco dias para

monitoramento do sistema intensivamente durante este periacuteodo o sistema deve operar

continuamente sem falhas ou desvios de qualidade

Para essa fase seratildeo realizados os seguintes testes

bull Realizar testes quiacutemicos e microbioloacutegicos de acordo o plano de amostragem

bull Desenvolver faixas de operaccedilatildeo adequadas

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

bull Desenvolver e finalizar procedimentos de operaccedilotildees limpeza desinfecccedilatildeo e

manutenccedilatildeo

bull Demonstrar a produccedilatildeo e entrega da aacutegua na qualidade e quantidade exigida

bull Usar e aperfeiccediloar os POPs de operaccedilatildeo (ver anexo) manutenccedilatildeo desinfecccedilatildeo e

soluccedilatildeo de problemas

bull Verificar alertas provisoacuterios e accedilotildees de niacuteveis

bull Desenvolver e refinar procedimentos de testes de natildeo conformidade

V3 Fase 2

Outro periacuteodo de testes de quatro semanas em quatro periacuteodos de cinco dias a

ser realizado de maneira mais intensiva atraveacutes de um acompanhamento dos POPs

aperfeiccediloados apoacutes a conclusatildeo da Fase 1 O sistema de amostragem eacute idecircntico ao da

fase inicial e aacutegua pode ser utilizada para a fabricaccedilatildeo durante essa fase O sistema

deve

bull Demonstrar a produccedilatildeo e entrega da aacutegua na qualidade e quantidade exigida

quando o sistema eacute operado de acordo com os POPs

bull Demonstrar que o sistema estaacute sob controle

V4 Fase 3

Esta fase seraacute executada por no miacutenimo um ano apoacutes a conclusatildeo satisfatoacuteria da

fase dois a aacutegua pode ser usada para a fabricaccedilatildeo durante esta fase produccedilatildeo que tem os

devidos fins e caracteriacutesticas

bull Demonstrar que o sistema estaacute sob controle durante um longo periacuteodo de tempo

garantindo que as variaccedilotildees sazonais foram avaliadas

bull Locais de amostra frequumlecircncia de amostras e testes devem ser reduzido ao padratildeo

de rotina normal (semanalmente)

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

POP ndeg001 Versatildeo 06112007 Validade 06112008 Paacutegina 14

Procedimento Operacional Padratildeo 001

Instruccedilotildees de Uso do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

1 Objetivo Orientar a operaccedilatildeo do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

2 Aplicaccedilatildeo Ao pessoal responsaacutevel pela operaccedilatildeo e monitoramento do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

3 Materiais Necessaacuterios Protocolo de Serviccedilo (PS 001) Protocolo de Manutenccedilatildeo (PM 001) Protocolo de Produccedilatildeo de Aacutegua Purificada (PP 001)

4 Cuidados Especiais Verificar se o aparelho estaacute limpo e adequado a sua utilizaccedilatildeo Verificar a temperatura e umidade do ambiente Verificar a temperatura da aacutegua de alimentaccedilatildeo Verificar a pressatildeo da aacutegua de alimentaccedilatildeo

5 Procedimento 51 Ligar o Disjuntor (A) que alimenta a Central de Aacuteguas

A

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

POP ndeg001 Versatildeo 06112007 Validade 06112008 Paacutegina 24

Procedimento Operacional Padratildeo 001

Instruccedilotildees de Uso do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

52 Ligar o Estabilizador (B) de energia que alimenta o aparelho de Osmose Reversa

53 Abrir o registro (C) da aacutegua de alimentaccedilatildeo

54 Verificar os paracircmetros do item Cuidados Especiais e anotaacute-los no Protocolo de Serviccedilo

(PS 001)

B

C

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

POP ndeg001 Versatildeo 06112007 Validade 06112008 Paacutegina 34

Procedimento Operacional Padratildeo 001

Instruccedilotildees de Uso do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

55 Acionar a tecla ONOFF (1)

56 Visualizar no display (2) ldquoCleaningrdquo - referente agrave operaccedilatildeo do sistema de enxaacutegue que

entra automaticamente em operaccedilatildeo 57 Visualizar no display (2) ldquoProductionrdquo (produccedilatildeo) - referente agrave operaccedilatildeo do sistema de

Osmose Reversa 58 Apoacutes 2 minutos de produccedilatildeo acionar a tecla MENU (3) duas vezes para verificar a

condutividade da aacutegua de produccedilatildeo Caso visualize a mensagem ldquoError-CPrdquo paacutere a produccedilatildeo e despreze a aacutegua do tanque abrindo o registro do ponto de coleta de aacutegua purificada (D)

59 Quando o tanque de armazenamento estiver cheio ocorreraacute outro enxaacuteguumle automaacutetico e

no display (2) apareceraacute a mensagem ldquoCleaningrdquo 510 Completando-se este ciclo o aparelho entra em modo de operaccedilatildeo ldquoStand byrdquo sendo

visualizado no display (2) a mesma mensagem ldquoStand byrdquo

1

2

3

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

POP ndeg001 Versatildeo 06112007 Validade 06112008 Paacutegina 44

Procedimento Operacional Padratildeo 001

Instruccedilotildees de Uso do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

511 Retire a Aacutegua Purificada do tanque de armazenamento abrindo o registro do Ponto de Coleta (D)

512 Ao final da produccedilatildeo acionar a tecla ONOFF (1) desligar o Estabilizador de energia (B)

e fechar o registro da aacutegua de alimentaccedilatildeo (C) e o disjuntor da Central de Aacuteguas (A) 513 Anotar o valor final produzido no Protocolo de Produccedilatildeo de Aacutegua Purificada

6 Observaccedilotildees Limpeza Mensal Manutenccedilatildeo Realizada pelo fabricante sempre que constatado que fora dos paracircmetros

D

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

Protocolo ndeg001 Versatildeo 06112007 Validade 06112008

Protocolo de Serviccedilo (PS 001)

Protocolo de Verificaccedilatildeo dos Paracircmetros do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

Data Temp Ambiente

(degC)

Umidade ()

Temp Aacutegua de

Alimentaccedilatildeo (degC)

Pressatildeo Aacutegua de

Alimentaccedilatildeo (bar)

Condutividade da aacutegua Produzida (microScm)

Responsaacutevel

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash

RS Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

Protocolo ndeg002 Versatildeo 06112007 Validade 06112008

Protocolo de Manutenccedilatildeo (PM 001)

Protocolo de Verificaccedilatildeo da Manutenccedilatildeo do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

Tipo de Sistema

Nuacutemero de Identificaccedilatildeo

Ano de Fabricaccedilatildeo

Data Dureza da aacutegua de

alimentaccedilatildeo (degdH)

Pressatildeo de operaccedilatildeo

(bar)

Taxa de Permeado

(Lh)

Uacuteltima Troca de Preacute-filtro

Uacuteltima troca de Fosfato

Uacuteltima limpeza

desinfecccedilatildeo

Ass

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash

RS Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

Protocolo ndeg003 Versatildeo 06112007 Validade 06112008

Protocolo de Produccedilatildeo (PP 001)

Protocolo de Produccedilatildeo de Aacutegua Purificada

Data Produccedilatildeo Diaacuteria Responsaacutevel

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash

RS Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

Protocolo ndeg004 Versatildeo 06112007 Validade 06112008

Resultados da Validaccedilatildeo do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

Aacutegua Purificada

DATA

PONTO DE COLETA

Testes Microbioloacutegicos

Especificaccedilatildeo ____ ____ ____ ____ ____

Contagem Heterotroacutefica Total

le 100UFCmL

Patoacutegenos Ausecircncia de coliformes P aeruginosa S aureus

Testes Quiacutemicos Especificaccedilatildeo ____ ____ ____ ____ ____ Acidez ou Alcalinidade

Cumpre o Teste

Amocircnio No maacuteximo 02 ppm Aparecircncia Liacutequido incolor liacutempido

insiacutepido e inodoro

Caacutelcio e Magneacutesio Cumpre o Teste Cloretos Cumpre o Teste Condutividade No maacuteximo 21 microScm Metais Pesado No maacuteximo 01 ppm Nitratos No maacuteximo 02 ppm pH 5 -7 Resiacuteduo por evaporaccedilatildeo

No maacuteximo 0001

Substacircncias Oxidaacuteveis Cumpre o Teste Sulfatos Cumpre o Teste Os testes seratildeo realizados de acordo com a Farmacopeacuteia Brasileira 4ordf ediccedilatildeo (F Bras IV 2005)

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash

RS Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

Protocolo ndeg 005 Versatildeo 06112007 Validade 06112008

Resultados da Validaccedilatildeo do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua Aacutegua Potaacutevel

Data

Ponto de

Coleta

Especificaccedilotildees Anaacutelise Quiacutemica Anaacutelise Microbioloacutegica

Cloro pH Cor

Turbidez Contagem Heterotroacutefica

Total

Patoacutegenos

02 ndash 05 ppm

60 ndash 95 15 UH 5 UT

lt 500 UFCmL Ausecircncia de coliformes

Unidade Hazen (mg Pt-CoL)

Unidade de turbidez

40

4 Consideraccedilotildees finais e perspectivas

Ao longo do tempo a importacircncia da validaccedilatildeo de processos para a Garantia da

Qualidade foi sendo melhor compreendida pelo segmento farmacecircutico e com isso foi

contemplada pelos oacutergatildeos reguladores e aplicada pelos profissionais deste segmento

Se a validaccedilatildeo estaacute bem definida e eacute amplamente compreendida como pocircde ser

observado pelo nuacutemero de trabalhos e legislaccedilotildees revisados neste trabalho um dos

desafios que se apresentam atualmente consiste em ampliar o entendimento de como

realizaacute-la na praacutetica A proposiccedilatildeo de um protocolo para a validaccedilatildeo de um processo de

purificaccedilatildeo de aacutegua teve como um de seus objetivos exemplificar esta tarefa e assim

auxiliar na elaboraccedilatildeo de outros protocolos Assim como perspectiva deste trabalho

espera-se fornecer subsiacutedio agrave validaccedilatildeo de outros processos farmacecircuticos de

purificaccedilatildeo de aacutegua ou mesmo outros

Isto porque embora cada processo possua aspectos especiacuteficos os quais devem

ser cuidadosamente avaliados durante a validaccedilatildeo o entendimento e aplicaccedilatildeo

adequados da terminologia relacionada agrave validaccedilatildeo auxiliam na conduccedilatildeo de uma

validaccedilatildeo adequada e bem documentada

41

5 Referecircncias

ALEEM H ZHAO Y LORD S MCCARTHY T SHARRATT P N Pharmaceutical process validation an overview Proceedings of the Institution of Mechanical Engineers Part E Process Mechanical Engineering v 217 p141 ndash 150 2002

ALENCAR J R B Pinto P M D V Neto P P V Oliveira A T C Medeiros F P M Ramos S V V Rolim P J N Strategy in pharmaceutical process validation of purified water Revista Brasileira de Farmaacutecia v 85 n3 p85-88 2004a ALENCAR JRB Souza M B J Rolim P J N Lopes C E Uso de controle estatiacutestico de processo (CEP) para validaccedilatildeo de processo de glibenclamida comprimidos Revista Brasileira de Farmaacutecia v85 n3 p115-119 2004b

ALENCAR J R B CLEMENTINO M R A ROLIM P J N Cleaning validation of equipments in medicines industry strategy to select the ldquoworst caserdquo Revista Brasileira de Farmaacutecia v87 n 1 p13-18 2006

ANVISA ndash Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria Gerecircncia Geral de Inspeccedilatildeo e Controle de Medicamentos e Produtos Guias relacionados agrave garantia de qualidade Brasiacutelia 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwanvisagovbrinspecaoguias_qualidadepdfgt Acesso em 12 nov 2007

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria (ANVISA) Resoluccedilatildeo RDC nordm 210 de 04082003 DOU de 14082003 Disponiacutevel em lthttpe-legisanvisagovbrleisrefpublicshowActphpid=22321ampword=gt Acesso em 30 set 2007

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria (ANVISA) Resoluccedilatildeo RDC nordm 67 de 08102007 DOU de 09102007 Disponiacutevel em lthttpe-legisanvisagovbrleisrefpublicshowActphpid=28806ampword= gt Acesso em 30 nov 2007

42

BRASIL Ministeacuterio de Estado da Sauacutede Portaria nordm 518 de 25032004 DOU de 26032004 Disponiacutevel em lthttpe-legisanvisagovbrleisrefpublicshowActphpid=22322ampwordgt Acesso em 30 set 2007

CASTILLA B SENA F J Validation documentation Journal of Validation Technology v7 n 2 p 166-123 2001

DA ROSA PS Diagnoacutestico e avaliaccedilatildeo da qualidade microbioloacutegica da aacutegua na Faculdade de Farmaacutecia Trabalho de Conclusatildeo de Curso de Graduaccedilatildeo Disciplina de Estaacutegio Curricular em Farmaacutecia Faculdade de Farmaacutecia Universidade Federal do Rio Grande do Sul Porto Alegre 2007

EMEA - European Agency for Evaluation of Medicinal Products Note for guidance on process validation London 2001 Disponiacutevel em lthttpwwwemeaeuropaeupdfshumanqwp084896enpdfgt Acesso em 12 nov 2007

FARMACOPEacuteIA BRASILEIRA 4 ed Satildeo Paulo Atheneu 2004 pV224

FARMACOPEacuteIA BRASILEIRA 4 ed Satildeo Paulo Atheneu 2005 Fasciacuteculo 6 p263

FDA ndash Food and Drug Administration - Center for Drug Evaluation and Research (CDER) Guidance for Industry Powder Blends and Finished Dosage Units mdash Stratified In-Process Dosage Unit Sampling and Assessment Rockville 2003 Disponiacutevel em lthttpwwwfdagovCDERGUIDANCE5831dfthtmgt Acesso em 12 nov 2007

FDA ndash Food and Drug Administration - Division of Manufacturing and Product Quality (HFN-320) Center for Drugs and Biologics Guidelines on general principles of process validation Rockville 1987 Disponiacutevel em lthttpwwwfdagovCDERGUIDANCEpvhtmgt Acesso em 12 nov 2007

GUAZZARONI M YIIN B YU JL Application of total organic carbon analysis for cleaning validation in pharmaceutical manufacturing American Biotechnology Laboratory v 16 n 10 p 66-67 1998

HAIDER S I Validation standard operating procedures a step-by-step guide for achieving compliance in the pharmaceutical medical device and biotech industries 2 ed Boca Raton CRC 2002

43

HELLE M R YLIRUUSI J MANNERMAA J P A literature review of pharmaceutical process validation Pharmaceutical Technology Europe Part 3 v15 p 52-57 2003

HOFMANN K L Sterile products validation In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 103

JEATER J P CULLEN L F PAPARIELLO GJ Organizing for validation In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 9

JOHNSON W M Validation of water system for sterile and nonsterile products In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 299 - 317

KIEFFER RG Validation and the human element PDA Journal of Pharmaceutical Science and Technology v52 n2 p52-54 1998

LE HIR A Noccedilotildees de farmaacutecia galecircnica 6 ed Satildeo Paulo Organizaccedilatildeo Andrei 1997 p 137-138

LeBLANC D A Establishing scientifically justified acceptance criteria for cleaning validation of finished drug products Pharmaceutical Technology 1998 Disponiacutevel em ltwwwadvanstarcomgt Acesso em 30 set 2007

LOFTUS B T The Regulatory basis for process In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 2 - 32

LORD SV MCCARTHY T ALEEM H ZHAO Y SHARRATT P N Reinterpreting validation Proceedings of the Institution of Mechanical Engineers Part E Process Mechanical Engineering v 217 p287- 292 2003

MCCOLMICK P Y CULLEN L F Cleaning validation In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 319 - 322

NASH R A Introduction In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993

44

PICS - Pharmaceutical Inspection Convention and Pharmaceutical Inspection Co-operation Scheme Recommendations on validation master plan installation and operational qualification non-sterile process validation cleaning validation Genebra 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwnewwayzconzrefmaterialpics_pi006_2VMPpdfgt Acesso em 30 set 2007

TKA WASSERAUFBEREITUNGSSYSTEME GMBH Operating instructions TKA LAB ndash UPW Article ndeg 083007-SO Niederelbert 2001

WHO ndash World Health Organization Suplementary guidelines on good manufacturing practices (GMP) validation Genebra 2005 p 22-23 Disponiacutevel em lthttpwwwwhointmedicinesservicesexpertcommitteespharmprepValidation_QAS_055_Rev2combinedpdfgtAcesso em Acesso em 30 set 2007

WHO ndash World Health Organization Supplementary training modules on good manufacturing practice water for pharmaceutical use Part 1 introduction and treatment Genebra 2001 Disponiacutevel em ltftpftpwhointmedicinesGMPgmptrainsuplmtWater01pptgt Acesso em 30 set 2007

WHO ndash World Health Organization Supplementary training modules on good manufacturing practice water for pharmaceutical use Part 2 water purification engineering Genebra 2001 Disponiacutevel em ltftpftpwhointmedicinesGMPgmptrainsuplmtWater02pptgt Acesso em 30 set 2007

WHO ndash World Health Organization Supplementary training modules on good manufacturing practice water for pharmaceutical use Part 3 inspection of water systems Genebra 2001 Disponiacutevel em ltftpftpwhointmedicinesGMPgmptrainsuplmtWater03pptgt Acesso em 30 set 2007

WHO ndash World Health Organization Who good manufacturing practices water for pharmaceutical use Genebra 2005 (Technical Report Series n 929 Anexo 3)

WHO ndash World Health Organization Who Expert Committee on specifications for pharmaceutical preparations Genebra 2006 p 125 ndash 126 (Technical Report Series n 937 Anexo 4 Apecircndice II) Disponiacutevel em lthttpwhqlibdocwhointtrsWHO_TRS_937_engpdfpage=359gt Acesso em 01 dez 2007

  • Outras definiccedilotildees semelhantes a essas existem e muito embora as expressotildees variem a essecircncia de todas eacute a mesma assegurar que o processo quando operado sob as condiccedilotildees preacute-determinadas resultaraacute em um produto que reuniraacute as especificaccedilotildees e seus
Page 9: VALIDAÇÃO DE PROCESSOS: Aspectos teóricos e proposição de

9

Normalmente espera-se que a validaccedilatildeo de um processo seja completada antes

da produccedilatildeo de um produto final cuja intenccedilatildeo eacute a comercializaccedilatildeo Onde isto natildeo eacute

possiacutevel se faz necessaacuterio validar o processo durante a rotina de produccedilatildeo Processos

que vecircm sendo usados haacute algum tempo tambeacutem devem ser validados Na teoria um

exerciacutecio de validaccedilatildeo somente precisaria ser realizado uma vez Na praacutetica os

processos raramente ficam estaacuteticos Componentes satildeo alterados (insumos e materiais

de embalagem) equipamentos satildeo modificados e o ambiente do processo natildeo pode ser

considerado idecircntico ao ambiente da validaccedilatildeo inicial Assim um programa regular de

revalidaccedilatildeo eacute essencial (PICS 2004) Nessa perspectiva foram definidos quatro tipos

de validaccedilatildeo

A validaccedilatildeo prospectiva eacute realizada durante o estaacutegio de desenvolvimento do

produto atraveacutes da anaacutelise dos riscos do processo de fabricaccedilatildeo o qual eacute detalhado em

passos individuais estes por sua vez satildeo definidos com base na experiecircncia passada

para determinar se os mesmos podem ocasionar situaccedilotildees criacuteticas (Brasil 2003) Esta

validaccedilatildeo eacute completada e os resultados satildeo aprovados previamente a qualquer produccedilatildeo

e comercializaccedilatildeo do produto (Haider 2002)

A validaccedilatildeo concorrente se refere a uma combinaccedilatildeo de validaccedilatildeo

retrospectiva e prospectiva Normalmente eacute aplicado no caso de um processo existente

natildeo previamente validado ou insuficientemente validado (Haider 2002) e

normalmente eacute realizada durante a produccedilatildeo de rotina (Brasil 2003) Em certas

circunstacircncias natildeo eacute necessaacuterio um completo programa de validaccedilatildeo antes da rotina de

produccedilatildeo iniciar Nestes casos isso seraacute conhecido dentro do avanccedilo da produccedilatildeo do

produto final que seraacute comercializado ou estocado Eacute empregado em circunstacircncias

onde haacute por exemplo um processo sendo transferido para fechar um negoacutecio de

terceirizaccedilatildeo entre produtor e distribuidor (PICS 2004)

A validaccedilatildeo retrospectiva eacute empregada para aqueles processos de uso

rotineiro dentro de vaacuterias companhias que natildeo passaram por uma validaccedilatildeo de processo

formalmente documentada A validaccedilatildeo desses processos eacute possiacutevel atraveacutes de dados

histoacutericos que forneccedilam a evidecircncia documental necessaacuteria de que o processo produza

os resultados esperados Aleacutem disso atraveacutes de uma validaccedilatildeo retrospectiva pode ser

realizada uma anaacutelise de tendecircncia para determinar a extensatildeo na qual os paracircmetros do

processo encontram-se dentro da faixa permitida (PICS 2004) Entretanto a legislaccedilatildeo

10

brasileira (Brasil 2003) lembra que obviamente a validaccedilatildeo retrospectiva natildeo eacute uma

medida da garantia da qualidade em si proacutepria e nunca deve ser aplicada a novos

processos ou produtos Somente pode ser considerada em circunstacircncias especiais por

exemplo quando os requisitos de validaccedilatildeo satildeo estabelecidos pela primeira vez dentro

de uma empresa desde que seja realizado sob as mesmas condiccedilotildees operacionais

(Brasil 2003)

A revalidaccedilatildeo perioacutedica pode ser considerada o quarto tipo e eacute implementada

atraveacutes da anaacutelise de tendecircncias com o objetivo de verificar se o processo se encontra

sob controle e que as mudanccedilas introduzidas intencionalmente ou natildeo dentro de um

processo eou no ambiente do processo natildeo afetam adversamente as caracteriacutesticas do

processo e a qualidade do produto (Brasil 2003 PICS 2004)

A legislaccedilatildeo brasileira (Brasil 2003) cita algumas mudanccedilas tiacutepicas que

requerem revalidaccedilatildeo por exemplo alteraccedilotildees de (i) mateacuterias-primas que geram

mudanccedilas nas propriedades fiacutesicas do produto e afetam adversamente o processo de

produccedilatildeo (ii) de material de embalagem que podem gerar mudanccedilas no procedimento

de embalagem e podem afetar a estabilidade do produto como por exemplo a

substituiccedilatildeo do material de envase de plaacutestico por vidro (iii) de processo que podem

afetar os passos subsequumlentes do processo e a qualidade do produto por exemplo o

tempo de mistura a temperatura de secagem e o processo de resfriamento (iv) de

equipamento incluindo instrumentos de mediccedilatildeo onde qualquer substituiccedilatildeo reparo e

manutenccedilatildeo podem afetar tanto o processo quanto o produto e por fim (v) alteraccedilotildees

na aacuterea de produccedilatildeo e utilidades que podem afetar as condiccedilotildees ambientais e que em

consequumlecircncia gerem a necessidade de uma revalidaccedilatildeo do processo principalmente na

fabricaccedilatildeo de produtos esteacutereis onde este paracircmetro eacute criacutetico

23 Por que validar

A validaccedilatildeo eacute basicamente uma boa praacutetica de negoacutecios aleacutem de permitir que os

processos de produccedilatildeo sejam realizados com maior teacutecnica e economia (Aleem et al

2002) A seguir satildeo apresentadas as vantagens de se validar um processo produtivo

bull Aspectos regulatoacuterios atualmente as Boas Praacuteticas de Fabricaccedilatildeo (BPF) tecircm

sido estabelecidas por todo o mundo As BPF basicamente servem como

diretriz mas natildeo provecircem passo-a-passo instruccedilotildees de como executaacute-las

11

Entretanto o plano mestre de validaccedilatildeo associados aos Procedimentos

Operacionais Padratildeo (POPs) definem exatamente responsabilidades quem

quando onde como etc (Haider 2002)

bull Garantia da qualidade validaccedilatildeo provecirc seguranccedila na obtenccedilatildeo dos produtos

com alta qualidade assim a validaccedilatildeo conduz a um menor nuacutemero de erros

de produccedilatildeo e como resultado reduz o nuacutemero de reclamaccedilotildees do

consumidor e ldquorecallsrdquo de medicamentos (Aleem et al 2002 Haider 2002)

bull Reduccedilatildeo de custos processos operados sob niacuteveis proacuteximos de seus limites

muitas vezes causam custos pois satildeo necessaacuterias reinspeccedilotildees retestes e

rejeiccedilotildees A validaccedilatildeo conduz agrave otimizaccedilatildeo dos processos e

consequumlentemente agrave diminuiccedilatildeo dos custos (Haider 2002) aleacutem de gerar

um alto rendimento maior rapidez e confiabilidade na instalaccedilatildeo de novos

equipamentos faacutecil desenvolvimento de trabalho para uma maior escala

faacutecil manutenccedilatildeo dos equipamentos e mais raacutepida automaccedilatildeo do processo

(Haider 2002) Outros custos de qualidade incluem gastos com marketing e

obrigaccedilotildees processuais devidos a problemas externos com a imagem da

empresa (Aleem et al 2002 Haider 2002)

24 Validaccedilatildeo versus Qualificaccedilatildeo

A validaccedilatildeo e a qualificaccedilatildeo possuem conceitos semelhantes e em alguns casos

na literatura se utiliza o termo ldquovalidaccedilatildeordquo em substituiccedilatildeo ao termo ldquoqualificaccedilatildeordquo o

que gera uma falta de clareza em relaccedilatildeo a esses dois termos e suas utilizaccedilotildees (Aleem

et al 2002 Anvisa 2006)

Segundo Le Hir (1997) a qualificaccedilatildeo consiste em verificar que um aparelho

funciona corretamente para o uso a que se destina jaacute a validaccedilatildeo estaria mais

relacionada a um procedimento do que a um aparelho e consiste em verificar se uma

operaccedilatildeo previamente descrita com toda a precisatildeo permite realmente atingir os

resultados desejados De forma semelhante a legislaccedilatildeo brasileira (Brasil 2003)

determina que antes de iniciar a validaccedilatildeo do processo os equipamentos utilizados na

produccedilatildeo e os instrumentos de controle bem como a formulaccedilatildeo devem ser

qualificados

12

Eacute importante ressaltar que a qualificaccedilatildeo eacute parte da validaccedilatildeo mas a qualificaccedilatildeo

de uma etapa do processo individualmente natildeo constitui a validaccedilatildeo do processo (Lord

et al 2003) Segundo Aleem e colaboradores (2002) o maior desafio eacute o de garantir

que todos esses itens individualmente qualificados trabalhem juntos como um sistema

integrado da maneira esperada e usando os procedimentos e materiais preacute-definidos

Faz-se entatildeo necessaacuterio responder a uma pergunta ldquoquando qualificar e quando

validarrdquo O que o Pharmaceutical Inspection Convention and Pharmaceutical

Inspection Co-operation Scheme (PICS 2004) relata eacute que eacute impossiacutevel definir

categoricamente quando a qualificaccedilatildeo e a validaccedilatildeo satildeo necessaacuterias pois operaccedilotildees de

produccedilatildeo e instalaccedilotildees satildeo consideravelmente grandes e complexas

O que se sabe eacute que a qualificaccedilatildeo deve estar completa antes da validaccedilatildeo ser

conduzida O processo de qualificaccedilatildeo deve constituir-se em processo sistemaacutetico e

loacutegico bem como ser iniciado pelas fases de desenho das instalaccedilotildees equipamentos e

utilidades (Anvisa 2006) O conceito de qualificaccedilatildeo de equipamentos natildeo eacute uma

novidade Vaacuterios fornecedores vecircm executando constantemente verificaccedilotildees para

confirmar a funcionalidade de seus equipamentos tanto antes quanto depois da

instalaccedilatildeo entretanto eacute um requisito da BPF que cada companhia farmacecircutica

identifique qual qualificaccedilatildeo e validaccedilatildeo satildeo requeridas para provar o controle dos

aspectos criacuteticos de sua operaccedilatildeo (PICS 2004)

O processo farmacecircutico percorre um longo caminho em direccedilatildeo agrave determinaccedilatildeo

de quais aspectos de uma operaccedilatildeo satildeo criacuteticos Muitas empresas asseguram a validaccedilatildeo

como uma seacuterie de estudos separados de cada componente de um sistema completo

(Hofmann 1993)

25 Estaacutegios da Validaccedilatildeo (DQ IQ OQ e PQ)

A validaccedilatildeo tem sido dividida em sucessivos e sistemaacuteticos passos conhecidos

como Qualificaccedilatildeo da Instalaccedilatildeo (IQ) Qualificaccedilatildeo da Operaccedilatildeo (OQ) Qualificaccedilatildeo da

Performance (PQ) ou desempenho e Validaccedilatildeo de Processo (PV) Do ponto de vista

funcional cada passo abrange maior funcionalidade que o seu antecessor Mais

recentemente outro passo conhecido como Qualificaccedilatildeo de Desenho (PQ) foi

introduzido (Aleem et al 2002)

13

Esses passos podem ser mais claramente determinados da seguinte maneira a

Validaccedilatildeo de Processos deve estabelecer e prover evidecircncias documentais que

garantam que as dependecircncias utilidades de apoio equipamentos e processos devem ser

designados de acordo com os requerimentos das BPFs isto normalmente constitui DQ

Jaacute as evidecircncias documentais que estabelecem que os mesmos foram construiacutedos e

instalados em conformidade com suas especificaccedilotildees constituem a IQ E se os mesmos

devidamente documentados estatildeo operando de acordo com suas especificaccedilotildees

constitui a OQ Quando um processo especiacutefico produz consistentemente um produto

que reuacutene suas especificaccedilotildees e atributos de qualidade isto constitui a PV sendo que o

termo PQ tambeacutem pode ser usado com essa conotaccedilatildeo (PICS 2004 ANVISA 2006)

Apoacutes a validaccedilatildeo de um processo uma seacuterie de experimentos deve ser realizada

a fim de determinar os pontos criacuteticos do processo Estes experimentos podem

incorporar um elemento de mudanccedila para determinar a robustez do processo A inserccedilatildeo

de uma mudanccedila eacute geralmente referida como um exerciacutecio de ldquopior casordquo O uso de

novos materiais sobre condiccedilotildees limites de suas especificaccedilotildees pode indicar a

habilidade do processo de continuar produzindo um produto final com suas

especificaccedilotildees (PICS 2004)

A legislaccedilatildeo brasileira (Brasil 2003) acrescenta que a escolha do procedimento

a validar deve priorizar as atividades relacionadas agrave capacidade do processo por

exemplo a capacidade de o processo operar sem dificuldades quando os paracircmetros se

aproximam de limites aceitaacuteveis O uso de faixas de aceitaccedilatildeo para a qualidade das

mateacuterias-primas em lotes experimentais pode tornar possiacutevel estimar a extensatildeo na qual

o processo ainda continua sendo capaz de produzir um produto final que atende agraves

especificaccedilotildees

26 Processos sujeitos agrave validaccedilatildeo

Segundo a legislaccedilatildeo brasileira (Brasil 2003) e diretrizes internacionais (FDA

1987 PICS 2004) deve-se realizar a validaccedilatildeo de todos os processos de fabricaccedilatildeo e

inclusive as atividades de suporte incluindo as operaccedilotildees de limpeza A seguir seratildeo

comentados dois processos de validaccedilatildeo sendo um deles uma atividade de suporte e o

outro um processo de fabricaccedilatildeo

14

A validaccedilatildeo das operaccedilotildees de limpeza eacute de suma importacircncia na induacutestria

farmacecircutica pois resiacuteduos de produtos ou mesmo os proacuteprios agentes de limpeza

podem constituir uma fonte de contaminaccedilatildeo Mesmo quando se utiliza um

equipamento ldquodedicadordquo ou seja de uso exclusivo para processar um produto haacute que

se considerar a contaminaccedilatildeo do proacuteximo lote com produtos de degradaccedilatildeo Na

validaccedilatildeo de limpeza haacute vaacuterios aspectos a serem considerados tais como (i) se o

equipamento eacute dedicado ou natildeo (ii) o tipo de limpeza se manual semi-automatizada ou

mesmo automatizada (do inglecircs CIP ndash clean in place) (iii) as teacutecnicas de amostragem

(uso de swab rinsagem monitoramento direto na superfiacutecie entre outros) (iv) os

agentes de limpeza a serem empregados (v) o meacutetodo de anaacutelise que deve possuir

elevada sensibilidade e (vi) os relacionados ao produto como sua solubilidade e

toxicidade

Assim muitas vezes se recorre ao uso de teacutecnicas como a anaacutelise de carbono

orgacircnico total (TOC) (Guazzaroni et al 1998) que eacute capaz de medir traccedilos de

substacircncias que apresentem carbono em sua composiccedilatildeo ndash o que se aplica tanto agrave

anaacutelise de resiacuteduos dos produtos quanto dos proacuteprios tensoativos empregados na

limpeza De qualquer modo a validaccedilatildeo de operaccedilotildees de limpeza normalmente se

baseia na seleccedilatildeo do ldquopior casordquo (McCormick e Cullen 1993 PICS 2004) definindo-

se os limites de resiacuteduo quiacutemico e microbioloacutegico aceitaacuteveis no proacuteximo lote a ser

produzido atraveacutes de foacutermulas matemaacuteticas Estas questotildees satildeo aprofundadas nos

trabalhos de LeBlanc (1998) e Alencar e colaboradores (2006) aleacutem das diretrizes

apresentadas pelo Pharmaceutical Inspection Convention and Pharmaceutical

Inspection Co-operation Scheme (PICS 2004) e Agecircncia Nacional de Vigilacircncia

Sanitaacuteria (ANVISA 2006)

Como segundo exemplo a validaccedilatildeo da produccedilatildeo de formas farmacecircuticas

soacutelidas eacute realizada de maneira geral atraveacutes do uso de controles estatiacutesticos meacutetodos

que satildeo empregados em um contexto de validaccedilatildeo retrospectiva ou concorrente

Segundo Alencar e colaboradores (2004b) trata-se de uma ferramenta simples na sua

aplicaccedilatildeo capaz de permitir faacutecil compreensatildeo raacutepidas accedilotildees de controle pelo pessoal

de operaccedilatildeo rica nos resultados que pode apresentar sobre o comportamento do

processo Com relaccedilatildeo a planos de amostragem em misturas e formas soacutelidas o FDA

apresenta um guia bastante uacutetil intitulado Guidance for Industry Powder Blends and

15

Finished Dosage Units mdash Stratified In-Process Dosage Unit Sampling and Assessment

que apresenta as aplicaccedilotildees dos controles estatiacutesticos de acordo com cada necessidade

(FDA 2003)

27 Dificuldades frequumlentemente encontradas durante a validaccedilatildeo

Segundo Lord e colaboradores (2003) atualmente o maior problema na

induacutestria eacute Qual eacute a melhor estrutura organizacional para se realizar um processo de

validaccedilatildeo

Neste sentido Jeater e colaboradores (1993) descreveram que o trabalho de

validaccedilatildeo de processos na induacutestria farmacecircutica eacute geralmente organizado dentro de

alguma das seguintes estruturas uma consultoria uma forccedila-tarefa ou um grupo

dedicado exclusivamente agrave validaccedilatildeo Em cada uma delas haacute aspectos positivos e

negativos mas a forma com que os grupos de validaccedilatildeo satildeo desenvolvidos e

controlados dependeraacute das circunstacircncias locais medidas organizacionais estrutura e

personalidade das pessoas responsaacuteveis pelo estabelecimento de um processo de

validaccedilatildeo

Na validaccedilatildeo de processos eacute necessaacuterio considerar o fator humano que eacute muitas

vezes causa de natildeo conformidades ou falhas de produccedilatildeo Kieffer (1998) em seu artigo

ldquoValidation and the Human Elementrdquo descreveu que na validaccedilatildeo inicialmente o

elemento humano natildeo foi considerado como criacutetico dentro do processo enquanto que os

aspectos tecnoloacutegicos eram estudados profundamente entretanto esse elemento deve

ser analisado como parte da validaccedilatildeo e a construccedilatildeo dos processos deve visar sua

proacutepria simplificaccedilatildeo resultando em menos falhas humanas ou natildeo O mesmo autor

acrescenta que nem sempre as causas de natildeo conformidade satildeo humanas muitas vezes

os sistemas natildeo satildeo corretamente desenhados e acabam sendo a causa das falhas

humanas nesses casos a abordagem eacute redesenhar o sistema de modo a simplificaacute-lo e

posteriormente treinar o pessoal envolvido para novamente validar o sistema Ao longo

do tempo tendo em vista a necessidade e importacircncia das pessoas dentro de um

processo de validaccedilatildeo passou-se a considerar esse fator e a proacutepria legislaccedilatildeo brasileira

(Brasil 2003) determina que ldquoo treinamento adequado e a motivaccedilatildeo do pessoal satildeo

16

preacute-requisitos para uma validaccedilatildeo bem sucedida todo o pessoal deve ser motivado a

apoiar a empresa na manutenccedilatildeo dos padrotildees de qualidaderdquo

Outro aspecto a considerar no processo de validaccedilatildeo satildeo os documentos gerados

durante a validaccedilatildeo e qualificaccedilatildeo aos quais no passado natildeo foi dedicada suficiente

atenccedilatildeo Consequumlentemente as empresas natildeo tem sido capazes de prover evidecircncias

documentais que reflitam o tempo e esforccedilo despendido na execuccedilatildeo desta atividade O

desenvolvimento da documentaccedilatildeo de uma validaccedilatildeo eacute parte essencial do sucesso de

qualquer programa ou estudo de validaccedilatildeo O objetivo principal eacute assegurar que a

documentaccedilatildeo eacute capaz de provar que o processo ou sistema trabalha como o

programado eacute reprodutiacutevel e que suas especificaccedilotildees e atributos de qualidade

encontram-se estabelecidas A documentaccedilatildeo deve ser concisa natildeo-ambiacutegua detalhada

e completa (Castilla e Sena 2001)

Segundo Castilla e Sena (2001) uma boa documentaccedilatildeo de validaccedilatildeo deve ser

ldquouma descriccedilatildeo histoacuterica do que foi produzido envasado limpo embaladordquo Trazer o

como isto foi feito e quais controles foram realizados no local Deve ser um caminho

para minimizar erros e variaccedilotildees e prover evidecircncias de que ldquoalgo aconteceurdquo

descrevendo como onde e por quem isto foi feito colocando tambeacutem ldquotudo que vocecirc

quis saber mas teve medo de perguntarrdquo ou seja descrever a histoacuteria do produto seus

componentes equipamentos e processos antes do produto ser introduzido no mercadordquo

E obviamente deve estar em conformidade com os requerimentos das BPF e assegurar

reprodutibilidade

Por fim um problema encontrado ao se validar um processo eacute a falta de clareza

sobre os conceitos relacionados agrave validaccedilatildeo o que adveacutem do fato de a terminologia

relacionada agrave validaccedilatildeo ter mudado seu sentido com o tempo (Nash 1993 Aleem et al

2002)

17

3 Proposiccedilatildeo de um protocolo para validaccedilatildeo de um processo de

purificaccedilatildeo de aacutegua existente na Central de abastecimento de aacuteguas

da Faculdade de FarmaacuteciaUFRGS

Apoacutes a apresentaccedilatildeo dos conceitos principais aplicaccedilotildees e vantagens da

validaccedilatildeo esta parte do trabalho tem por objetivo demonstrar como se realiza a

validaccedilatildeo a partir da proposiccedilatildeo de um protocolo de validaccedilatildeo de um sistema de

purificaccedilatildeo de aacutegua abordando os principais aspectos a serem observados e as anaacutelises

que se fazem necessaacuterias para se validar o sistema

Os sistemas de purificaccedilatildeo de aacutegua satildeo considerados sistemas criacuteticos de

qualidade e podem influir diretamente na qualidade dos produtos por isso devem ser

validados (Johnson 1993 WHO 2005 WHO 2006) A validaccedilatildeo de um sistema de

purificaccedilatildeo de aacutegua deve seguir os passos que normalmente satildeo utilizados para a

maioria das validaccedilotildees Qualificaccedilatildeo de Design (DQ) Qualificaccedilatildeo da Instalaccedilatildeo (IQ)

Qualificaccedilatildeo da Operaccedilatildeo (OQ) e Validaccedilatildeo de Processo (PV)

Segundo a Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (WHO 2005 WHO 2006) para a

validaccedilatildeo deste processo em especial satildeo necessaacuterias trecircs fases que envolvem uma

coleta de dados prolongada a fim de se garantir que o sistema independentemente da

variaccedilatildeo sazonal sobre a aacutegua de alimentaccedilatildeo e sobre o sistema de tratamento mantecircm-

se produzindo consistentemente aacutegua dentro de suas especificaccedilotildees farmacopecircicas

Resumidamente a primeira fase prevecirc a realizaccedilatildeo atraveacutes de testes diaacuterios na aacutegua

coletada de pontos preacute-determinados durante duas a quatro semanas (validaccedilatildeo

prospectiva) Apoacutes a aprovaccedilatildeo na primeira fase de testes a aacutegua produzida pelo

sistema poderaacute ser utilizada e entatildeo eacute conduzida a segunda fase de testes onde seratildeo

avaliados os mesmo pontos de coleta da primeira fase durante um periacuteodo de trecircs

semanas (validaccedilatildeo concorrente) Soacute entatildeo passa-se agrave terceira fase de validaccedilatildeo onde o

sistema eacute monitorado em periacuteodos a serem definidos em menor nuacutemero de pontos de

coleta durante um ano tendo-se assim a avaliaccedilatildeo da influecircncia da variaccedilatildeo sazonal da

aacutegua sobre o sistema e sua validaccedilatildeo completada

Uma abordagem anterior descrita por Johnson (1993) relata a conduccedilatildeo de duas

fases Na etapa inicial o sistema eacute operado sob uma ldquocondiccedilatildeo de estresserdquo ou seja

manteacutem-se o sistema abaixo de suas condiccedilotildees normais de operaccedilatildeo pelo periacuteodo de

18

quatro a seis meses de monitoramento a fim de verificar a robustez do sistema Na

etapa subsequumlente realizam-se testes com o sistema operando em sua normalidade

durante o periacuteodo de no miacutenimo um ano assim constata-se que o sistema produz aacutegua

dentro das especificaccedilotildees independentemente da sazonalidade microbioloacutegica Como

nesta abordagem o sistema opera sob ldquocondiccedilatildeo de estresserdquo na etapa inicial natildeo eacute

indicada a conduccedilatildeo de uma validaccedilatildeo concorrente tendo em vista o risco associado de

natildeo conformidade da aacutegua produzida pelo sistema

O sistema de purificaccedilatildeo de aacuteguas a ser validado seraacute o instalado na Central de

Aacuteguas da Faculdade de Farmaacutecia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul

(UFRGS) Devido agrave necessidade de se realizar uma validaccedilatildeo concorrente pois o

sistema jaacute se encontra instalado e em operaccedilatildeo optou-se por seguir as diretrizes da

Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (WHO 2005 WHO 2006) que se aplicam mais ao

caso aleacutem de ser mais atual A seguir eacute apresentado o protocolo de validaccedilatildeo do

Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacuteguas

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

ASSUNTO Protocolo de Validaccedilatildeo do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

I Objetivo

O objetivo da Validaccedilatildeo do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacuteguas eacute demonstrar que a

aacutegua fornecida pelo sistema atende agraves especificaccedilotildees (quiacutemicas e microbioloacutegicas) para

utilizaccedilatildeo nos laboratoacuterios da Faculdade de Farmaacutecia da UFRGS para a realizaccedilatildeo de

experimentos As especificaccedilotildees seratildeo as descritas na Farmacopeacuteia Brasileira uma vez

que esta constitui o compecircndio oficial brasileiro aleacutem de determinar um maior nuacutemero

de anaacutelises quiacutemicas em relaccedilatildeo aos compecircndios internacionais

II Descriccedilatildeo do Sistema de aacutegua

O sistema de purificaccedilatildeo de aacuteguas a ser validado estaacute instalado na Central de

Aacuteguas da Faculdade de Farmaacutecia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul

(UFRGS) A aacutegua de alimentaccedilatildeo eacute proveniente do sistema de tratamento de aacutegua

clorada da rede municipal (aacutegua de superfiacutecie) A aacutegua entatildeo passa para dois

reservatoacuterios de 5000 litros e segue por gravidade ateacute a Central de Aacuteguas

II1 Sistema de preacute-tratamento

A aacutegua proveniente dos reservatoacuterios de aacutegua passa para a secccedilatildeo de preacute-

tratamento que eacute composta dos meios filtrantes descritos abaixo em carcaccedilas de

polipropileno

a) Filtro retrolavaacutevel com redutor de pressatildeo

b) Filtro de porosidade 5microm com carvatildeo ativado com manocircmetro

c) Filtro de polipropileno de porosidade 1microm com manocircmetro

A filtraccedilatildeo atraveacutes destes filtros tem por objetivo alimentar o sistema de osmose

reversa com aacutegua potaacutevel que necessita do seguinte preacute-tratamento

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Tabela 1 Paracircmetros da aacutegua provinda do sistema de preacute-tratamento

Paracircmetro Especificaccedilatildeo ou limite de aceitaccedilatildeo

Preacute-filtragem 5microm e carvatildeo ativado

Iacutendice de silte Maacuteximo 3

Teor Salino Maacuteximo 2000 mgL

Teor de Cl lt001 mgl

Teor de Mg lt005 mgl

Teor de Feacute lt005 mgl

Gama do valor de pH 4 ndash 11

Remoccedilatildeo de 99 de bacteacuterias e partiacuteculas -

II2 Sistema de Tratamento por Osmose Reversa

A secccedilatildeo de tratamento eacute composta por um sistema de purificaccedilatildeo de aacuteguas

atraveacutes de osmose reversa (OR) modelo TKA LAB-UPW do fabricante TKA (ArtNdeg

083007-SO)

II3 Sistema de Armazenamento

A aacutegua tratada pelo sistema de Osmose Reversa (OR) eacute armazenada em um

tanque de 75 L incluindo torneira de extraccedilatildeo por onde a aacutegua purificada eacute coletada O

armazenamento e coleta da aacutegua purificada ocorrem agrave temperatura ambiente A aacutegua

purificada permanece no tanque de armazenamento por no maacuteximo vinte minutos a cada

vinte minutos a bomba de recirculaccedilatildeo eacute acionada e recircula a aacutegua no tanque

conduzindo-a pela lacircmpada de oxidaccedilatildeo UV e pelo jogo de cartuchos deionizadores

A Figura 1 apresenta os componentes do sistema de Osmose Reversa (OR) e do

sistema de armazenamento e suas especificaccedilotildees

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Figura 1 Desenho esquemaacutetico do sistema de osmose reversa e do sistema de

armazenamento 1- Vaacutelvula solenoacuteide da aacutegua de alimentaccedilatildeo (Art Ndeg 150003) 2-

Bomba auxiliar com transformador (Art Ndeg 190046) 3- Moacutedulo de osmose reversa

composto por Carcaccedila 1812 (Art Ndeg 220047) e Membrana de osmose reversa 1812

(Art Ndeg 220046) 4- Vaacutelvula reguladora de pressatildeo (Art Ndeg 150060) 5- Vaacutelvula

solenoacuteide de enxaguamento por jato de aacutegua (Art Ndeg 150003) 6- Ceacutelula medidora de

condutividade (apoacutes agrave OR) (Art Ndeg 160126) 7- Foto-oxidaccedilatildeo de UV (Art Ndeg

250011) 8- Conjunto de deionizaccedilatildeo composto por Carcaccedila de filtro (Art Ndeg 065310)

e Jogo de cartuchos permutador de iacuteons e resina de adsorccedilatildeo (Art Ndeg 093011) 9-

Ceacutelula de mediccedilatildeo de condutividade da aacutegua purificada (Art Ndeg 160126) 10- Tanque

de 75 litros incluindo jogo de montagem na parede (Art Ndeg 065075) 11- Bomba de

recirculaccedilatildeo (Art Ndeg 190028) 12- Vaacutelvula de controle (Art Ndeg 150009) 13- Controle

por microprocessador (Art Ndeg 160181) 14- Entrada de aacutegua provinda do sistema de

preacute-tratamento 15- Saiacuteda da aacutegua purificada Torneira de extraccedilatildeo 16- Saiacuteda frac34rdquo do

concentrado

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

II4 Princiacutepio de Funcionamento do Sistema de Osmose Reversa

A aacutegua de alimentaccedilatildeo provinda do sistema de preacute-tratamento entra no sistema

com pressatildeo maacutexima de 6 Bar A vaacutelvula solenoacuteide da aacutegua de alimentaccedilatildeo (Figura 1-1)

permanece fechada quando o sistema estaacute no modo de espera ou parado para impedir

que a aacutegua de alimentaccedilatildeo passe pela membrana e transborde no tanque de

armazenamento A membrana semi-permeaacutevel (Figura 1-3) reteacutem 96 dos sais

dissolvidos e 99 das bacteacuterias e dos soacutelidos suspensos na aacutegua de alimentaccedilatildeo A aacutegua

purificada passa agora atraveacutes das fases de tratamento duplo (Figura 1- 7 e 8) e eacute

recolhida no tanque de armazenamento (Figura 1-10) Os sais e outros elementos

rejeitados satildeo eliminados do sistema atraveacutes do fluxo do ldquoconcentradordquo A ceacutelula

medidora da condutividade (Figura 1-6) mede a condutividade da aacutegua purificada (apoacutes

os jogos de cartuchos (Figura 1-7 e 8) o que eacute visualizado no menu de controle do

microprocessador (Figura 1-13) A bomba de recirculaccedilatildeo (Figura 1-11) eacute acionada a

cada a cada vinte minutos e recircula a aacutegua no tanque conduzindo-a pela lacircmpada de

oxidaccedilatildeo UV (Figura 1- 7) e pelo jogo de cartuchos deionizadores (Figura 1-8)

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Um desenho de montagem do sistema de tratamento completo segue na Figura 2

Figura 2 Desenho esquemaacutetico do Sistema de Purificaccedilatildeo de aacuteguas e suas

especificaccedilotildees 1- Aacutegua de alimentaccedilatildeo conexatildeo frac34rdquo (pressatildeo miacutenima 2 bar) 2- Filtro retrolavaacutevel (Art Ndeg 115999) 21- Redutor de pressatildeo (Art Ndeg 115998) 3- Preacute-filtro de 5microm + carvatildeo ativado (Art Ndeg 065201) com um manocircmetro (Art Ndeg 065311) 4-

Filtro de polipropileno de porosidade 1 microm (Art Ndeg 065101) com um manocircmetro (Art Ndeg 065311) 5- Equipamento de Osmose reversa TKA-HPW 220V ndash 100W (Art Ndeg 083007-SO) 6- Tanque de armazenamento de capacidade 75 L (Art Ndeg 115996) 7- Kit de instalaccedilatildeo (Art Ndeg 115994) 8- Caixa de aacutegua de 5000 L 9- Rede puacuteblica de

abastecimento

Caixa drsquoaacutegua (8)

Rede Puacuteblica (9)

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

III Qualificaccedilatildeo da Instalaccedilatildeo (IQ)

A fase da Qualificaccedilatildeo da Instalaccedilatildeo (IQ) estaacute associada agrave verificaccedilatildeo da

instalaccedilatildeo dos equipamentos de acordo com as especificaccedilotildees do fabricante aleacutem da

calibraccedilatildeo dos instrumentos e o estabelecimento de um programa de manutenccedilatildeo

preventiva (Johnson 1993) A Tabela 2 apresenta as especificaccedilotildees do sistema de

purificaccedilatildeo de aacuteguas e as accedilotildees que se fazem necessaacuterias para efetuar a qualificaccedilatildeo

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Tabela 2 Especificaccedilotildees fornecidas pelo fabricante e atividade a ser realizada para qualificar a instalaccedilatildeo

Especificaccedilatildeo Paracircmetro especificado em manual

Atividade a ser realizada para qualificar a

instalaccedilatildeo Tensatildeo Eleacutetrica 127220V 60Hz Registro de Calibraccedilatildeo do

estabilizador Potecircncia Eleacutetrica 01 Kw Verificaccedilatildeo e registro Temperatura ambiente +2degc a +35degC Registro do

monitoramento da temperatura

Pressatildeo do permeado 0 bar Verificaccedilatildeo e registro Pressatildeo operacional 6 bar maacutex Registro da verificaccedilatildeo da

pressatildeo da aacutegua de alimentaccedilatildeo

Temperatura de alimentaccedilatildeo +1degC a +30degC Registro da verificaccedilatildeo de temperatura

Pressatildeo da aacutegua de alimentaccedilatildeo

2 a 6 bar Registro da verificaccedilatildeo da pressatildeo da aacutegua de

alimentaccedilatildeo Calibraccedilatildeo dos controles ao longo do processo

Condutiviacutemetro e manocircmetro

Registro das calibraccedilotildees realizadas

Treinamento dos Operadores -- Realizaccedilatildeo e registro de treinamento

Programa de Manutenccedilatildeo Preventiva

Enxaacuteguumle e desinfecccedilatildeo dos tanques de

estocagem tubulaccedilotildees e carcaccedilas (anualmente)

Elaboraccedilatildeo do POP de enxaacuteguumle e desinfecccedilatildeo

Capacidade de carga das

paredes ou chatildeo

-- Registros da verificaccedilatildeo da instalaccedilatildeo

Tubulaccedilatildeo de Drenagem de

112rdquo livre para o esgoto -- Registro da verificaccedilatildeo da

Instalaccedilatildeo

Espaccedilo de trabalho suficiente -- 64 m2

Conexatildeo aacutegua de alimentaccedilatildeo

de frac34rdquo(com registro)

-- Registro da verificaccedilatildeo da instalaccedilatildeo

Ponto de Coleta do sistema de

preacute-tratamento -- Instalaccedilatildeo de registro na

entrada da aacutegua provinda do preacute-tratamento

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

IV Qualificaccedilatildeo da Operaccedilatildeo (OQ)

Esta etapa estaacute relacionada agrave garantia de que cada componente esteja

funcionando de acordo com o especificado As accedilotildees a serem realizadas na fase de

qualificaccedilatildeo da operaccedilatildeo seguem na tabela 3

Tabela 3 Accedilotildees a serem realizadas na fase de Qualificaccedilatildeo da Operaccedilatildeo (Johnson 1993)

Accedilatildeo Atividade a ser realizada 1 Preencher o sistema com aacutegua e reparar

quaisquer fugas e substituir vaacutelvulas ou vedaccedilotildees defeituosas

Verificaccedilatildeo de vazamentos e registro da realizaccedilatildeo de manutenccedilatildeo por pessoal autorizado

2 Verificar o bom funcionamento das vaacutelvulas e controles ao longo do processo

Calibraccedilatildeo dos Manocircmetros e Condutiviacutemetro do tanque de armazenamento

3 Registrar a realizaccedilatildeo da sanitizaccedilatildeo da caixa de aacutegua e da distribuiccedilatildeo do sistema

Realizaccedilatildeo da Sanitizaccedilatildeo e seu Registro

4 Elaboraccedilatildeo de POPs que descrevem os procedimentos de ligar desligar e sanitizar os equipamentos e o sistema

Seguem em anexo B

5 Verificaccedilatildeo da variaccedilatildeo da vazatildeo de aacutegua em comparaccedilatildeo as especificaccedilotildees do fornecedor

Protocolo de Serviccedilo (PS001) Anexo C

6 Avaliar a produccedilatildeo nominal do sistema 7 Lh a 15degC 7 Avaliar a eficiecircncia do sistema de preacute-

tratamento Atraveacutes da Fase 1 de validaccedilatildeo se avaliaraacute a eficiecircncia do sistema de preacute-tratamento

V Process validation (PV)

Apoacutes a realizaccedilatildeo das trecircs primeiras qualificaccedilotildees seraacute necessaacuterio realizar testes

que comprovem que o sistema realiza a purificaccedilatildeo da aacutegua da maneira a que se propotildee

Para realizar essa tarefa como descrito anteriormente segue-se a abordagem da

Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (WHO 2005) que determina trecircs fases para a validaccedilatildeo

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

V1 Plano de amostragem

V11 Pontos de amostragem

A tabela 4 descreve os pontos de coleta sua localizaccedilatildeo e a especificaccedilatildeo do tipo

de aacutegua

Tabela 4 Pontos de validaccedilatildeo localizaccedilatildeo e suas especificaccedilotildees de avaliaccedilatildeo Nuacutemero Local Tipo de aacutegua

1 Entrada do sistema de purificaccedilatildeo de aacutegua (torneira da pia)

Aacutegua potaacutevel

2 Aacutegua de alimentaccedilatildeo da osmose reversa Aacutegua potaacutevel natildeo clorada

3 Ponto de coleta da aacutegua purificada Aacutegua purificada

V12 Testes Requeridos e Criteacuterio de Aceitaccedilatildeo

Os testes requeridos e seus criteacuterios de aceitaccedilatildeo estatildeo descritos nas tabelas 4 e

5 Os testes para Aacutegua Purificada seratildeo realizados de acordo com a Farmacopeacuteia

Brasileira 4ordf ediccedilatildeo (F Bras IV 2005) e para aacutegua potaacutevel de acordo com os limites

estabelecidos na Portaria 51804 do Ministeacuterio da Sauacutede

V121 Aacutegua Potaacutevel

Tabela 5 Criteacuterios de Aceitaccedilatildeo para aacutegua potaacutevel Testes Microbioloacutegicos Especificaccedilatildeo Contagem Heterotroacutefica Total le 500UFCMl Patoacutegenos Ausecircncia de Coliformes Testes Quiacutemicos Especificaccedilatildeo Cor lt 15 UH Cloro 02 a 05 ppm pH 60 a 95 Turbidez lt 5UT Unidade Hazen (mg Pt-CoL) Unidade de turbidez

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

V122 Aacutegua Purificada

Tabela 6 Criteacuterios de Aceitaccedilatildeo para aacutegua purificada Testes Microbioloacutegicos Especificaccedilatildeo Contagem Heterotroacutefica Total le 100UFCmL Patoacutegenos Ausecircncia de coliformes P aeruginosa S

aureus e E Coli termotolerantes Testes Quiacutemicos Especificaccedilatildeo Acidez ou Alcalinidade Cumpre o Teste Amocircnio No maacuteximo 02 ppm Aparecircncia Liacutequido incolor liacutempido insiacutepido e

inodoro Caacutelcio e Magneacutesio Cumpre o Teste Cloretos Cumpre o Teste Condutividade No maacuteximo 21 microScm Metais Pesados No maacuteximo 01 ppm Nitratos No maacuteximo 02 ppm pH 5 -7 Resiacuteduo por evaporaccedilatildeo No maacuteximo 0001 Substacircncias Oxidaacuteveis Cumpre o Teste Sulfatos Cumpre o Teste Os testes seratildeo realizados de acordo com a Farmacopeacuteia Brasileira 4ordf ediccedilatildeo (F Bras IV 2005)

V13 Cronograma de Amostragem

Para a Fase 1 da validaccedilatildeo seratildeo realizados testes quiacutemicos e bioloacutegicos para

todos os pontos de amostragem durante trecircs semanas em trecircs periacuteodos de cinco dias

Apoacutes a conclusatildeo satisfatoacuteria dessa fase se realizaraacute a Fase 2 de validaccedilatildeo fase em que

a aacutegua produzida pode ser utilizada Nesta fase deve-se realizar novamente e

diariamente todos os testes quiacutemicos e bioloacutegicos para todos os pontos de amostragem

durante quatro semanas em quatro periacuteodos de cinco dias Para a Fase 3 de validaccedilatildeo

seratildeo realizados os mesmos testes quiacutemicos e microbioloacutegicos para todos os pontos de

amostragem semanalmente durante um ano O cronograma dos pontos de amostragem

segue na tabela 7

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Tabela 7 Cronograma de validaccedilatildeo

Fase de

Validaccedilatildeo

Ponto de

Amostragem

Periacuteodo de

Anaacutelise

Frequumlecircncia de

Anaacutelise

Tipo de Testes

a Realizar

1 1 2 Semanas Trecircs periacuteodos de

5 dias

Aacutegua Potaacutevel

1 2 2 Semanas Trecircs periacuteodos de 5 dias

Aacutegua potaacutevel

natildeo clorada

1 3 2 Semanas Trecircs periacuteodos de 5 dias

Aacutegua

Purificada

2 1 3 Semanas Quatro periacuteodos

de 5 dias

Aacutegua Potaacutevel

2 2 3 Semanas Quatro periacuteodos

de 5 dias

Aacutegua potaacutevel

natildeo clorada

2 3 3 Semanas Quatro periacuteodos

de 5 dias

Aacutegua

Purificada

3 1 1 Ano Semanal Aacutegua Potaacutevel

3 2 1 Ano Semanal Aacutegua potaacutevel

natildeo clorada

3 3 1 Ano Semanal Aacutegua

Purificada

V2 Fase 1

Periacuteodo de testes de trecircs semanas em trecircs periacuteodos de cinco dias para

monitoramento do sistema intensivamente durante este periacuteodo o sistema deve operar

continuamente sem falhas ou desvios de qualidade

Para essa fase seratildeo realizados os seguintes testes

bull Realizar testes quiacutemicos e microbioloacutegicos de acordo o plano de amostragem

bull Desenvolver faixas de operaccedilatildeo adequadas

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

bull Desenvolver e finalizar procedimentos de operaccedilotildees limpeza desinfecccedilatildeo e

manutenccedilatildeo

bull Demonstrar a produccedilatildeo e entrega da aacutegua na qualidade e quantidade exigida

bull Usar e aperfeiccediloar os POPs de operaccedilatildeo (ver anexo) manutenccedilatildeo desinfecccedilatildeo e

soluccedilatildeo de problemas

bull Verificar alertas provisoacuterios e accedilotildees de niacuteveis

bull Desenvolver e refinar procedimentos de testes de natildeo conformidade

V3 Fase 2

Outro periacuteodo de testes de quatro semanas em quatro periacuteodos de cinco dias a

ser realizado de maneira mais intensiva atraveacutes de um acompanhamento dos POPs

aperfeiccediloados apoacutes a conclusatildeo da Fase 1 O sistema de amostragem eacute idecircntico ao da

fase inicial e aacutegua pode ser utilizada para a fabricaccedilatildeo durante essa fase O sistema

deve

bull Demonstrar a produccedilatildeo e entrega da aacutegua na qualidade e quantidade exigida

quando o sistema eacute operado de acordo com os POPs

bull Demonstrar que o sistema estaacute sob controle

V4 Fase 3

Esta fase seraacute executada por no miacutenimo um ano apoacutes a conclusatildeo satisfatoacuteria da

fase dois a aacutegua pode ser usada para a fabricaccedilatildeo durante esta fase produccedilatildeo que tem os

devidos fins e caracteriacutesticas

bull Demonstrar que o sistema estaacute sob controle durante um longo periacuteodo de tempo

garantindo que as variaccedilotildees sazonais foram avaliadas

bull Locais de amostra frequumlecircncia de amostras e testes devem ser reduzido ao padratildeo

de rotina normal (semanalmente)

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

POP ndeg001 Versatildeo 06112007 Validade 06112008 Paacutegina 14

Procedimento Operacional Padratildeo 001

Instruccedilotildees de Uso do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

1 Objetivo Orientar a operaccedilatildeo do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

2 Aplicaccedilatildeo Ao pessoal responsaacutevel pela operaccedilatildeo e monitoramento do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

3 Materiais Necessaacuterios Protocolo de Serviccedilo (PS 001) Protocolo de Manutenccedilatildeo (PM 001) Protocolo de Produccedilatildeo de Aacutegua Purificada (PP 001)

4 Cuidados Especiais Verificar se o aparelho estaacute limpo e adequado a sua utilizaccedilatildeo Verificar a temperatura e umidade do ambiente Verificar a temperatura da aacutegua de alimentaccedilatildeo Verificar a pressatildeo da aacutegua de alimentaccedilatildeo

5 Procedimento 51 Ligar o Disjuntor (A) que alimenta a Central de Aacuteguas

A

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

POP ndeg001 Versatildeo 06112007 Validade 06112008 Paacutegina 24

Procedimento Operacional Padratildeo 001

Instruccedilotildees de Uso do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

52 Ligar o Estabilizador (B) de energia que alimenta o aparelho de Osmose Reversa

53 Abrir o registro (C) da aacutegua de alimentaccedilatildeo

54 Verificar os paracircmetros do item Cuidados Especiais e anotaacute-los no Protocolo de Serviccedilo

(PS 001)

B

C

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

POP ndeg001 Versatildeo 06112007 Validade 06112008 Paacutegina 34

Procedimento Operacional Padratildeo 001

Instruccedilotildees de Uso do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

55 Acionar a tecla ONOFF (1)

56 Visualizar no display (2) ldquoCleaningrdquo - referente agrave operaccedilatildeo do sistema de enxaacutegue que

entra automaticamente em operaccedilatildeo 57 Visualizar no display (2) ldquoProductionrdquo (produccedilatildeo) - referente agrave operaccedilatildeo do sistema de

Osmose Reversa 58 Apoacutes 2 minutos de produccedilatildeo acionar a tecla MENU (3) duas vezes para verificar a

condutividade da aacutegua de produccedilatildeo Caso visualize a mensagem ldquoError-CPrdquo paacutere a produccedilatildeo e despreze a aacutegua do tanque abrindo o registro do ponto de coleta de aacutegua purificada (D)

59 Quando o tanque de armazenamento estiver cheio ocorreraacute outro enxaacuteguumle automaacutetico e

no display (2) apareceraacute a mensagem ldquoCleaningrdquo 510 Completando-se este ciclo o aparelho entra em modo de operaccedilatildeo ldquoStand byrdquo sendo

visualizado no display (2) a mesma mensagem ldquoStand byrdquo

1

2

3

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

POP ndeg001 Versatildeo 06112007 Validade 06112008 Paacutegina 44

Procedimento Operacional Padratildeo 001

Instruccedilotildees de Uso do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

511 Retire a Aacutegua Purificada do tanque de armazenamento abrindo o registro do Ponto de Coleta (D)

512 Ao final da produccedilatildeo acionar a tecla ONOFF (1) desligar o Estabilizador de energia (B)

e fechar o registro da aacutegua de alimentaccedilatildeo (C) e o disjuntor da Central de Aacuteguas (A) 513 Anotar o valor final produzido no Protocolo de Produccedilatildeo de Aacutegua Purificada

6 Observaccedilotildees Limpeza Mensal Manutenccedilatildeo Realizada pelo fabricante sempre que constatado que fora dos paracircmetros

D

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

Protocolo ndeg001 Versatildeo 06112007 Validade 06112008

Protocolo de Serviccedilo (PS 001)

Protocolo de Verificaccedilatildeo dos Paracircmetros do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

Data Temp Ambiente

(degC)

Umidade ()

Temp Aacutegua de

Alimentaccedilatildeo (degC)

Pressatildeo Aacutegua de

Alimentaccedilatildeo (bar)

Condutividade da aacutegua Produzida (microScm)

Responsaacutevel

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash

RS Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

Protocolo ndeg002 Versatildeo 06112007 Validade 06112008

Protocolo de Manutenccedilatildeo (PM 001)

Protocolo de Verificaccedilatildeo da Manutenccedilatildeo do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

Tipo de Sistema

Nuacutemero de Identificaccedilatildeo

Ano de Fabricaccedilatildeo

Data Dureza da aacutegua de

alimentaccedilatildeo (degdH)

Pressatildeo de operaccedilatildeo

(bar)

Taxa de Permeado

(Lh)

Uacuteltima Troca de Preacute-filtro

Uacuteltima troca de Fosfato

Uacuteltima limpeza

desinfecccedilatildeo

Ass

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash

RS Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

Protocolo ndeg003 Versatildeo 06112007 Validade 06112008

Protocolo de Produccedilatildeo (PP 001)

Protocolo de Produccedilatildeo de Aacutegua Purificada

Data Produccedilatildeo Diaacuteria Responsaacutevel

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash

RS Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

Protocolo ndeg004 Versatildeo 06112007 Validade 06112008

Resultados da Validaccedilatildeo do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

Aacutegua Purificada

DATA

PONTO DE COLETA

Testes Microbioloacutegicos

Especificaccedilatildeo ____ ____ ____ ____ ____

Contagem Heterotroacutefica Total

le 100UFCmL

Patoacutegenos Ausecircncia de coliformes P aeruginosa S aureus

Testes Quiacutemicos Especificaccedilatildeo ____ ____ ____ ____ ____ Acidez ou Alcalinidade

Cumpre o Teste

Amocircnio No maacuteximo 02 ppm Aparecircncia Liacutequido incolor liacutempido

insiacutepido e inodoro

Caacutelcio e Magneacutesio Cumpre o Teste Cloretos Cumpre o Teste Condutividade No maacuteximo 21 microScm Metais Pesado No maacuteximo 01 ppm Nitratos No maacuteximo 02 ppm pH 5 -7 Resiacuteduo por evaporaccedilatildeo

No maacuteximo 0001

Substacircncias Oxidaacuteveis Cumpre o Teste Sulfatos Cumpre o Teste Os testes seratildeo realizados de acordo com a Farmacopeacuteia Brasileira 4ordf ediccedilatildeo (F Bras IV 2005)

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash

RS Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

Protocolo ndeg 005 Versatildeo 06112007 Validade 06112008

Resultados da Validaccedilatildeo do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua Aacutegua Potaacutevel

Data

Ponto de

Coleta

Especificaccedilotildees Anaacutelise Quiacutemica Anaacutelise Microbioloacutegica

Cloro pH Cor

Turbidez Contagem Heterotroacutefica

Total

Patoacutegenos

02 ndash 05 ppm

60 ndash 95 15 UH 5 UT

lt 500 UFCmL Ausecircncia de coliformes

Unidade Hazen (mg Pt-CoL)

Unidade de turbidez

40

4 Consideraccedilotildees finais e perspectivas

Ao longo do tempo a importacircncia da validaccedilatildeo de processos para a Garantia da

Qualidade foi sendo melhor compreendida pelo segmento farmacecircutico e com isso foi

contemplada pelos oacutergatildeos reguladores e aplicada pelos profissionais deste segmento

Se a validaccedilatildeo estaacute bem definida e eacute amplamente compreendida como pocircde ser

observado pelo nuacutemero de trabalhos e legislaccedilotildees revisados neste trabalho um dos

desafios que se apresentam atualmente consiste em ampliar o entendimento de como

realizaacute-la na praacutetica A proposiccedilatildeo de um protocolo para a validaccedilatildeo de um processo de

purificaccedilatildeo de aacutegua teve como um de seus objetivos exemplificar esta tarefa e assim

auxiliar na elaboraccedilatildeo de outros protocolos Assim como perspectiva deste trabalho

espera-se fornecer subsiacutedio agrave validaccedilatildeo de outros processos farmacecircuticos de

purificaccedilatildeo de aacutegua ou mesmo outros

Isto porque embora cada processo possua aspectos especiacuteficos os quais devem

ser cuidadosamente avaliados durante a validaccedilatildeo o entendimento e aplicaccedilatildeo

adequados da terminologia relacionada agrave validaccedilatildeo auxiliam na conduccedilatildeo de uma

validaccedilatildeo adequada e bem documentada

41

5 Referecircncias

ALEEM H ZHAO Y LORD S MCCARTHY T SHARRATT P N Pharmaceutical process validation an overview Proceedings of the Institution of Mechanical Engineers Part E Process Mechanical Engineering v 217 p141 ndash 150 2002

ALENCAR J R B Pinto P M D V Neto P P V Oliveira A T C Medeiros F P M Ramos S V V Rolim P J N Strategy in pharmaceutical process validation of purified water Revista Brasileira de Farmaacutecia v 85 n3 p85-88 2004a ALENCAR JRB Souza M B J Rolim P J N Lopes C E Uso de controle estatiacutestico de processo (CEP) para validaccedilatildeo de processo de glibenclamida comprimidos Revista Brasileira de Farmaacutecia v85 n3 p115-119 2004b

ALENCAR J R B CLEMENTINO M R A ROLIM P J N Cleaning validation of equipments in medicines industry strategy to select the ldquoworst caserdquo Revista Brasileira de Farmaacutecia v87 n 1 p13-18 2006

ANVISA ndash Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria Gerecircncia Geral de Inspeccedilatildeo e Controle de Medicamentos e Produtos Guias relacionados agrave garantia de qualidade Brasiacutelia 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwanvisagovbrinspecaoguias_qualidadepdfgt Acesso em 12 nov 2007

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria (ANVISA) Resoluccedilatildeo RDC nordm 210 de 04082003 DOU de 14082003 Disponiacutevel em lthttpe-legisanvisagovbrleisrefpublicshowActphpid=22321ampword=gt Acesso em 30 set 2007

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria (ANVISA) Resoluccedilatildeo RDC nordm 67 de 08102007 DOU de 09102007 Disponiacutevel em lthttpe-legisanvisagovbrleisrefpublicshowActphpid=28806ampword= gt Acesso em 30 nov 2007

42

BRASIL Ministeacuterio de Estado da Sauacutede Portaria nordm 518 de 25032004 DOU de 26032004 Disponiacutevel em lthttpe-legisanvisagovbrleisrefpublicshowActphpid=22322ampwordgt Acesso em 30 set 2007

CASTILLA B SENA F J Validation documentation Journal of Validation Technology v7 n 2 p 166-123 2001

DA ROSA PS Diagnoacutestico e avaliaccedilatildeo da qualidade microbioloacutegica da aacutegua na Faculdade de Farmaacutecia Trabalho de Conclusatildeo de Curso de Graduaccedilatildeo Disciplina de Estaacutegio Curricular em Farmaacutecia Faculdade de Farmaacutecia Universidade Federal do Rio Grande do Sul Porto Alegre 2007

EMEA - European Agency for Evaluation of Medicinal Products Note for guidance on process validation London 2001 Disponiacutevel em lthttpwwwemeaeuropaeupdfshumanqwp084896enpdfgt Acesso em 12 nov 2007

FARMACOPEacuteIA BRASILEIRA 4 ed Satildeo Paulo Atheneu 2004 pV224

FARMACOPEacuteIA BRASILEIRA 4 ed Satildeo Paulo Atheneu 2005 Fasciacuteculo 6 p263

FDA ndash Food and Drug Administration - Center for Drug Evaluation and Research (CDER) Guidance for Industry Powder Blends and Finished Dosage Units mdash Stratified In-Process Dosage Unit Sampling and Assessment Rockville 2003 Disponiacutevel em lthttpwwwfdagovCDERGUIDANCE5831dfthtmgt Acesso em 12 nov 2007

FDA ndash Food and Drug Administration - Division of Manufacturing and Product Quality (HFN-320) Center for Drugs and Biologics Guidelines on general principles of process validation Rockville 1987 Disponiacutevel em lthttpwwwfdagovCDERGUIDANCEpvhtmgt Acesso em 12 nov 2007

GUAZZARONI M YIIN B YU JL Application of total organic carbon analysis for cleaning validation in pharmaceutical manufacturing American Biotechnology Laboratory v 16 n 10 p 66-67 1998

HAIDER S I Validation standard operating procedures a step-by-step guide for achieving compliance in the pharmaceutical medical device and biotech industries 2 ed Boca Raton CRC 2002

43

HELLE M R YLIRUUSI J MANNERMAA J P A literature review of pharmaceutical process validation Pharmaceutical Technology Europe Part 3 v15 p 52-57 2003

HOFMANN K L Sterile products validation In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 103

JEATER J P CULLEN L F PAPARIELLO GJ Organizing for validation In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 9

JOHNSON W M Validation of water system for sterile and nonsterile products In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 299 - 317

KIEFFER RG Validation and the human element PDA Journal of Pharmaceutical Science and Technology v52 n2 p52-54 1998

LE HIR A Noccedilotildees de farmaacutecia galecircnica 6 ed Satildeo Paulo Organizaccedilatildeo Andrei 1997 p 137-138

LeBLANC D A Establishing scientifically justified acceptance criteria for cleaning validation of finished drug products Pharmaceutical Technology 1998 Disponiacutevel em ltwwwadvanstarcomgt Acesso em 30 set 2007

LOFTUS B T The Regulatory basis for process In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 2 - 32

LORD SV MCCARTHY T ALEEM H ZHAO Y SHARRATT P N Reinterpreting validation Proceedings of the Institution of Mechanical Engineers Part E Process Mechanical Engineering v 217 p287- 292 2003

MCCOLMICK P Y CULLEN L F Cleaning validation In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 319 - 322

NASH R A Introduction In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993

44

PICS - Pharmaceutical Inspection Convention and Pharmaceutical Inspection Co-operation Scheme Recommendations on validation master plan installation and operational qualification non-sterile process validation cleaning validation Genebra 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwnewwayzconzrefmaterialpics_pi006_2VMPpdfgt Acesso em 30 set 2007

TKA WASSERAUFBEREITUNGSSYSTEME GMBH Operating instructions TKA LAB ndash UPW Article ndeg 083007-SO Niederelbert 2001

WHO ndash World Health Organization Suplementary guidelines on good manufacturing practices (GMP) validation Genebra 2005 p 22-23 Disponiacutevel em lthttpwwwwhointmedicinesservicesexpertcommitteespharmprepValidation_QAS_055_Rev2combinedpdfgtAcesso em Acesso em 30 set 2007

WHO ndash World Health Organization Supplementary training modules on good manufacturing practice water for pharmaceutical use Part 1 introduction and treatment Genebra 2001 Disponiacutevel em ltftpftpwhointmedicinesGMPgmptrainsuplmtWater01pptgt Acesso em 30 set 2007

WHO ndash World Health Organization Supplementary training modules on good manufacturing practice water for pharmaceutical use Part 2 water purification engineering Genebra 2001 Disponiacutevel em ltftpftpwhointmedicinesGMPgmptrainsuplmtWater02pptgt Acesso em 30 set 2007

WHO ndash World Health Organization Supplementary training modules on good manufacturing practice water for pharmaceutical use Part 3 inspection of water systems Genebra 2001 Disponiacutevel em ltftpftpwhointmedicinesGMPgmptrainsuplmtWater03pptgt Acesso em 30 set 2007

WHO ndash World Health Organization Who good manufacturing practices water for pharmaceutical use Genebra 2005 (Technical Report Series n 929 Anexo 3)

WHO ndash World Health Organization Who Expert Committee on specifications for pharmaceutical preparations Genebra 2006 p 125 ndash 126 (Technical Report Series n 937 Anexo 4 Apecircndice II) Disponiacutevel em lthttpwhqlibdocwhointtrsWHO_TRS_937_engpdfpage=359gt Acesso em 01 dez 2007

  • Outras definiccedilotildees semelhantes a essas existem e muito embora as expressotildees variem a essecircncia de todas eacute a mesma assegurar que o processo quando operado sob as condiccedilotildees preacute-determinadas resultaraacute em um produto que reuniraacute as especificaccedilotildees e seus
Page 10: VALIDAÇÃO DE PROCESSOS: Aspectos teóricos e proposição de

10

brasileira (Brasil 2003) lembra que obviamente a validaccedilatildeo retrospectiva natildeo eacute uma

medida da garantia da qualidade em si proacutepria e nunca deve ser aplicada a novos

processos ou produtos Somente pode ser considerada em circunstacircncias especiais por

exemplo quando os requisitos de validaccedilatildeo satildeo estabelecidos pela primeira vez dentro

de uma empresa desde que seja realizado sob as mesmas condiccedilotildees operacionais

(Brasil 2003)

A revalidaccedilatildeo perioacutedica pode ser considerada o quarto tipo e eacute implementada

atraveacutes da anaacutelise de tendecircncias com o objetivo de verificar se o processo se encontra

sob controle e que as mudanccedilas introduzidas intencionalmente ou natildeo dentro de um

processo eou no ambiente do processo natildeo afetam adversamente as caracteriacutesticas do

processo e a qualidade do produto (Brasil 2003 PICS 2004)

A legislaccedilatildeo brasileira (Brasil 2003) cita algumas mudanccedilas tiacutepicas que

requerem revalidaccedilatildeo por exemplo alteraccedilotildees de (i) mateacuterias-primas que geram

mudanccedilas nas propriedades fiacutesicas do produto e afetam adversamente o processo de

produccedilatildeo (ii) de material de embalagem que podem gerar mudanccedilas no procedimento

de embalagem e podem afetar a estabilidade do produto como por exemplo a

substituiccedilatildeo do material de envase de plaacutestico por vidro (iii) de processo que podem

afetar os passos subsequumlentes do processo e a qualidade do produto por exemplo o

tempo de mistura a temperatura de secagem e o processo de resfriamento (iv) de

equipamento incluindo instrumentos de mediccedilatildeo onde qualquer substituiccedilatildeo reparo e

manutenccedilatildeo podem afetar tanto o processo quanto o produto e por fim (v) alteraccedilotildees

na aacuterea de produccedilatildeo e utilidades que podem afetar as condiccedilotildees ambientais e que em

consequumlecircncia gerem a necessidade de uma revalidaccedilatildeo do processo principalmente na

fabricaccedilatildeo de produtos esteacutereis onde este paracircmetro eacute criacutetico

23 Por que validar

A validaccedilatildeo eacute basicamente uma boa praacutetica de negoacutecios aleacutem de permitir que os

processos de produccedilatildeo sejam realizados com maior teacutecnica e economia (Aleem et al

2002) A seguir satildeo apresentadas as vantagens de se validar um processo produtivo

bull Aspectos regulatoacuterios atualmente as Boas Praacuteticas de Fabricaccedilatildeo (BPF) tecircm

sido estabelecidas por todo o mundo As BPF basicamente servem como

diretriz mas natildeo provecircem passo-a-passo instruccedilotildees de como executaacute-las

11

Entretanto o plano mestre de validaccedilatildeo associados aos Procedimentos

Operacionais Padratildeo (POPs) definem exatamente responsabilidades quem

quando onde como etc (Haider 2002)

bull Garantia da qualidade validaccedilatildeo provecirc seguranccedila na obtenccedilatildeo dos produtos

com alta qualidade assim a validaccedilatildeo conduz a um menor nuacutemero de erros

de produccedilatildeo e como resultado reduz o nuacutemero de reclamaccedilotildees do

consumidor e ldquorecallsrdquo de medicamentos (Aleem et al 2002 Haider 2002)

bull Reduccedilatildeo de custos processos operados sob niacuteveis proacuteximos de seus limites

muitas vezes causam custos pois satildeo necessaacuterias reinspeccedilotildees retestes e

rejeiccedilotildees A validaccedilatildeo conduz agrave otimizaccedilatildeo dos processos e

consequumlentemente agrave diminuiccedilatildeo dos custos (Haider 2002) aleacutem de gerar

um alto rendimento maior rapidez e confiabilidade na instalaccedilatildeo de novos

equipamentos faacutecil desenvolvimento de trabalho para uma maior escala

faacutecil manutenccedilatildeo dos equipamentos e mais raacutepida automaccedilatildeo do processo

(Haider 2002) Outros custos de qualidade incluem gastos com marketing e

obrigaccedilotildees processuais devidos a problemas externos com a imagem da

empresa (Aleem et al 2002 Haider 2002)

24 Validaccedilatildeo versus Qualificaccedilatildeo

A validaccedilatildeo e a qualificaccedilatildeo possuem conceitos semelhantes e em alguns casos

na literatura se utiliza o termo ldquovalidaccedilatildeordquo em substituiccedilatildeo ao termo ldquoqualificaccedilatildeordquo o

que gera uma falta de clareza em relaccedilatildeo a esses dois termos e suas utilizaccedilotildees (Aleem

et al 2002 Anvisa 2006)

Segundo Le Hir (1997) a qualificaccedilatildeo consiste em verificar que um aparelho

funciona corretamente para o uso a que se destina jaacute a validaccedilatildeo estaria mais

relacionada a um procedimento do que a um aparelho e consiste em verificar se uma

operaccedilatildeo previamente descrita com toda a precisatildeo permite realmente atingir os

resultados desejados De forma semelhante a legislaccedilatildeo brasileira (Brasil 2003)

determina que antes de iniciar a validaccedilatildeo do processo os equipamentos utilizados na

produccedilatildeo e os instrumentos de controle bem como a formulaccedilatildeo devem ser

qualificados

12

Eacute importante ressaltar que a qualificaccedilatildeo eacute parte da validaccedilatildeo mas a qualificaccedilatildeo

de uma etapa do processo individualmente natildeo constitui a validaccedilatildeo do processo (Lord

et al 2003) Segundo Aleem e colaboradores (2002) o maior desafio eacute o de garantir

que todos esses itens individualmente qualificados trabalhem juntos como um sistema

integrado da maneira esperada e usando os procedimentos e materiais preacute-definidos

Faz-se entatildeo necessaacuterio responder a uma pergunta ldquoquando qualificar e quando

validarrdquo O que o Pharmaceutical Inspection Convention and Pharmaceutical

Inspection Co-operation Scheme (PICS 2004) relata eacute que eacute impossiacutevel definir

categoricamente quando a qualificaccedilatildeo e a validaccedilatildeo satildeo necessaacuterias pois operaccedilotildees de

produccedilatildeo e instalaccedilotildees satildeo consideravelmente grandes e complexas

O que se sabe eacute que a qualificaccedilatildeo deve estar completa antes da validaccedilatildeo ser

conduzida O processo de qualificaccedilatildeo deve constituir-se em processo sistemaacutetico e

loacutegico bem como ser iniciado pelas fases de desenho das instalaccedilotildees equipamentos e

utilidades (Anvisa 2006) O conceito de qualificaccedilatildeo de equipamentos natildeo eacute uma

novidade Vaacuterios fornecedores vecircm executando constantemente verificaccedilotildees para

confirmar a funcionalidade de seus equipamentos tanto antes quanto depois da

instalaccedilatildeo entretanto eacute um requisito da BPF que cada companhia farmacecircutica

identifique qual qualificaccedilatildeo e validaccedilatildeo satildeo requeridas para provar o controle dos

aspectos criacuteticos de sua operaccedilatildeo (PICS 2004)

O processo farmacecircutico percorre um longo caminho em direccedilatildeo agrave determinaccedilatildeo

de quais aspectos de uma operaccedilatildeo satildeo criacuteticos Muitas empresas asseguram a validaccedilatildeo

como uma seacuterie de estudos separados de cada componente de um sistema completo

(Hofmann 1993)

25 Estaacutegios da Validaccedilatildeo (DQ IQ OQ e PQ)

A validaccedilatildeo tem sido dividida em sucessivos e sistemaacuteticos passos conhecidos

como Qualificaccedilatildeo da Instalaccedilatildeo (IQ) Qualificaccedilatildeo da Operaccedilatildeo (OQ) Qualificaccedilatildeo da

Performance (PQ) ou desempenho e Validaccedilatildeo de Processo (PV) Do ponto de vista

funcional cada passo abrange maior funcionalidade que o seu antecessor Mais

recentemente outro passo conhecido como Qualificaccedilatildeo de Desenho (PQ) foi

introduzido (Aleem et al 2002)

13

Esses passos podem ser mais claramente determinados da seguinte maneira a

Validaccedilatildeo de Processos deve estabelecer e prover evidecircncias documentais que

garantam que as dependecircncias utilidades de apoio equipamentos e processos devem ser

designados de acordo com os requerimentos das BPFs isto normalmente constitui DQ

Jaacute as evidecircncias documentais que estabelecem que os mesmos foram construiacutedos e

instalados em conformidade com suas especificaccedilotildees constituem a IQ E se os mesmos

devidamente documentados estatildeo operando de acordo com suas especificaccedilotildees

constitui a OQ Quando um processo especiacutefico produz consistentemente um produto

que reuacutene suas especificaccedilotildees e atributos de qualidade isto constitui a PV sendo que o

termo PQ tambeacutem pode ser usado com essa conotaccedilatildeo (PICS 2004 ANVISA 2006)

Apoacutes a validaccedilatildeo de um processo uma seacuterie de experimentos deve ser realizada

a fim de determinar os pontos criacuteticos do processo Estes experimentos podem

incorporar um elemento de mudanccedila para determinar a robustez do processo A inserccedilatildeo

de uma mudanccedila eacute geralmente referida como um exerciacutecio de ldquopior casordquo O uso de

novos materiais sobre condiccedilotildees limites de suas especificaccedilotildees pode indicar a

habilidade do processo de continuar produzindo um produto final com suas

especificaccedilotildees (PICS 2004)

A legislaccedilatildeo brasileira (Brasil 2003) acrescenta que a escolha do procedimento

a validar deve priorizar as atividades relacionadas agrave capacidade do processo por

exemplo a capacidade de o processo operar sem dificuldades quando os paracircmetros se

aproximam de limites aceitaacuteveis O uso de faixas de aceitaccedilatildeo para a qualidade das

mateacuterias-primas em lotes experimentais pode tornar possiacutevel estimar a extensatildeo na qual

o processo ainda continua sendo capaz de produzir um produto final que atende agraves

especificaccedilotildees

26 Processos sujeitos agrave validaccedilatildeo

Segundo a legislaccedilatildeo brasileira (Brasil 2003) e diretrizes internacionais (FDA

1987 PICS 2004) deve-se realizar a validaccedilatildeo de todos os processos de fabricaccedilatildeo e

inclusive as atividades de suporte incluindo as operaccedilotildees de limpeza A seguir seratildeo

comentados dois processos de validaccedilatildeo sendo um deles uma atividade de suporte e o

outro um processo de fabricaccedilatildeo

14

A validaccedilatildeo das operaccedilotildees de limpeza eacute de suma importacircncia na induacutestria

farmacecircutica pois resiacuteduos de produtos ou mesmo os proacuteprios agentes de limpeza

podem constituir uma fonte de contaminaccedilatildeo Mesmo quando se utiliza um

equipamento ldquodedicadordquo ou seja de uso exclusivo para processar um produto haacute que

se considerar a contaminaccedilatildeo do proacuteximo lote com produtos de degradaccedilatildeo Na

validaccedilatildeo de limpeza haacute vaacuterios aspectos a serem considerados tais como (i) se o

equipamento eacute dedicado ou natildeo (ii) o tipo de limpeza se manual semi-automatizada ou

mesmo automatizada (do inglecircs CIP ndash clean in place) (iii) as teacutecnicas de amostragem

(uso de swab rinsagem monitoramento direto na superfiacutecie entre outros) (iv) os

agentes de limpeza a serem empregados (v) o meacutetodo de anaacutelise que deve possuir

elevada sensibilidade e (vi) os relacionados ao produto como sua solubilidade e

toxicidade

Assim muitas vezes se recorre ao uso de teacutecnicas como a anaacutelise de carbono

orgacircnico total (TOC) (Guazzaroni et al 1998) que eacute capaz de medir traccedilos de

substacircncias que apresentem carbono em sua composiccedilatildeo ndash o que se aplica tanto agrave

anaacutelise de resiacuteduos dos produtos quanto dos proacuteprios tensoativos empregados na

limpeza De qualquer modo a validaccedilatildeo de operaccedilotildees de limpeza normalmente se

baseia na seleccedilatildeo do ldquopior casordquo (McCormick e Cullen 1993 PICS 2004) definindo-

se os limites de resiacuteduo quiacutemico e microbioloacutegico aceitaacuteveis no proacuteximo lote a ser

produzido atraveacutes de foacutermulas matemaacuteticas Estas questotildees satildeo aprofundadas nos

trabalhos de LeBlanc (1998) e Alencar e colaboradores (2006) aleacutem das diretrizes

apresentadas pelo Pharmaceutical Inspection Convention and Pharmaceutical

Inspection Co-operation Scheme (PICS 2004) e Agecircncia Nacional de Vigilacircncia

Sanitaacuteria (ANVISA 2006)

Como segundo exemplo a validaccedilatildeo da produccedilatildeo de formas farmacecircuticas

soacutelidas eacute realizada de maneira geral atraveacutes do uso de controles estatiacutesticos meacutetodos

que satildeo empregados em um contexto de validaccedilatildeo retrospectiva ou concorrente

Segundo Alencar e colaboradores (2004b) trata-se de uma ferramenta simples na sua

aplicaccedilatildeo capaz de permitir faacutecil compreensatildeo raacutepidas accedilotildees de controle pelo pessoal

de operaccedilatildeo rica nos resultados que pode apresentar sobre o comportamento do

processo Com relaccedilatildeo a planos de amostragem em misturas e formas soacutelidas o FDA

apresenta um guia bastante uacutetil intitulado Guidance for Industry Powder Blends and

15

Finished Dosage Units mdash Stratified In-Process Dosage Unit Sampling and Assessment

que apresenta as aplicaccedilotildees dos controles estatiacutesticos de acordo com cada necessidade

(FDA 2003)

27 Dificuldades frequumlentemente encontradas durante a validaccedilatildeo

Segundo Lord e colaboradores (2003) atualmente o maior problema na

induacutestria eacute Qual eacute a melhor estrutura organizacional para se realizar um processo de

validaccedilatildeo

Neste sentido Jeater e colaboradores (1993) descreveram que o trabalho de

validaccedilatildeo de processos na induacutestria farmacecircutica eacute geralmente organizado dentro de

alguma das seguintes estruturas uma consultoria uma forccedila-tarefa ou um grupo

dedicado exclusivamente agrave validaccedilatildeo Em cada uma delas haacute aspectos positivos e

negativos mas a forma com que os grupos de validaccedilatildeo satildeo desenvolvidos e

controlados dependeraacute das circunstacircncias locais medidas organizacionais estrutura e

personalidade das pessoas responsaacuteveis pelo estabelecimento de um processo de

validaccedilatildeo

Na validaccedilatildeo de processos eacute necessaacuterio considerar o fator humano que eacute muitas

vezes causa de natildeo conformidades ou falhas de produccedilatildeo Kieffer (1998) em seu artigo

ldquoValidation and the Human Elementrdquo descreveu que na validaccedilatildeo inicialmente o

elemento humano natildeo foi considerado como criacutetico dentro do processo enquanto que os

aspectos tecnoloacutegicos eram estudados profundamente entretanto esse elemento deve

ser analisado como parte da validaccedilatildeo e a construccedilatildeo dos processos deve visar sua

proacutepria simplificaccedilatildeo resultando em menos falhas humanas ou natildeo O mesmo autor

acrescenta que nem sempre as causas de natildeo conformidade satildeo humanas muitas vezes

os sistemas natildeo satildeo corretamente desenhados e acabam sendo a causa das falhas

humanas nesses casos a abordagem eacute redesenhar o sistema de modo a simplificaacute-lo e

posteriormente treinar o pessoal envolvido para novamente validar o sistema Ao longo

do tempo tendo em vista a necessidade e importacircncia das pessoas dentro de um

processo de validaccedilatildeo passou-se a considerar esse fator e a proacutepria legislaccedilatildeo brasileira

(Brasil 2003) determina que ldquoo treinamento adequado e a motivaccedilatildeo do pessoal satildeo

16

preacute-requisitos para uma validaccedilatildeo bem sucedida todo o pessoal deve ser motivado a

apoiar a empresa na manutenccedilatildeo dos padrotildees de qualidaderdquo

Outro aspecto a considerar no processo de validaccedilatildeo satildeo os documentos gerados

durante a validaccedilatildeo e qualificaccedilatildeo aos quais no passado natildeo foi dedicada suficiente

atenccedilatildeo Consequumlentemente as empresas natildeo tem sido capazes de prover evidecircncias

documentais que reflitam o tempo e esforccedilo despendido na execuccedilatildeo desta atividade O

desenvolvimento da documentaccedilatildeo de uma validaccedilatildeo eacute parte essencial do sucesso de

qualquer programa ou estudo de validaccedilatildeo O objetivo principal eacute assegurar que a

documentaccedilatildeo eacute capaz de provar que o processo ou sistema trabalha como o

programado eacute reprodutiacutevel e que suas especificaccedilotildees e atributos de qualidade

encontram-se estabelecidas A documentaccedilatildeo deve ser concisa natildeo-ambiacutegua detalhada

e completa (Castilla e Sena 2001)

Segundo Castilla e Sena (2001) uma boa documentaccedilatildeo de validaccedilatildeo deve ser

ldquouma descriccedilatildeo histoacuterica do que foi produzido envasado limpo embaladordquo Trazer o

como isto foi feito e quais controles foram realizados no local Deve ser um caminho

para minimizar erros e variaccedilotildees e prover evidecircncias de que ldquoalgo aconteceurdquo

descrevendo como onde e por quem isto foi feito colocando tambeacutem ldquotudo que vocecirc

quis saber mas teve medo de perguntarrdquo ou seja descrever a histoacuteria do produto seus

componentes equipamentos e processos antes do produto ser introduzido no mercadordquo

E obviamente deve estar em conformidade com os requerimentos das BPF e assegurar

reprodutibilidade

Por fim um problema encontrado ao se validar um processo eacute a falta de clareza

sobre os conceitos relacionados agrave validaccedilatildeo o que adveacutem do fato de a terminologia

relacionada agrave validaccedilatildeo ter mudado seu sentido com o tempo (Nash 1993 Aleem et al

2002)

17

3 Proposiccedilatildeo de um protocolo para validaccedilatildeo de um processo de

purificaccedilatildeo de aacutegua existente na Central de abastecimento de aacuteguas

da Faculdade de FarmaacuteciaUFRGS

Apoacutes a apresentaccedilatildeo dos conceitos principais aplicaccedilotildees e vantagens da

validaccedilatildeo esta parte do trabalho tem por objetivo demonstrar como se realiza a

validaccedilatildeo a partir da proposiccedilatildeo de um protocolo de validaccedilatildeo de um sistema de

purificaccedilatildeo de aacutegua abordando os principais aspectos a serem observados e as anaacutelises

que se fazem necessaacuterias para se validar o sistema

Os sistemas de purificaccedilatildeo de aacutegua satildeo considerados sistemas criacuteticos de

qualidade e podem influir diretamente na qualidade dos produtos por isso devem ser

validados (Johnson 1993 WHO 2005 WHO 2006) A validaccedilatildeo de um sistema de

purificaccedilatildeo de aacutegua deve seguir os passos que normalmente satildeo utilizados para a

maioria das validaccedilotildees Qualificaccedilatildeo de Design (DQ) Qualificaccedilatildeo da Instalaccedilatildeo (IQ)

Qualificaccedilatildeo da Operaccedilatildeo (OQ) e Validaccedilatildeo de Processo (PV)

Segundo a Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (WHO 2005 WHO 2006) para a

validaccedilatildeo deste processo em especial satildeo necessaacuterias trecircs fases que envolvem uma

coleta de dados prolongada a fim de se garantir que o sistema independentemente da

variaccedilatildeo sazonal sobre a aacutegua de alimentaccedilatildeo e sobre o sistema de tratamento mantecircm-

se produzindo consistentemente aacutegua dentro de suas especificaccedilotildees farmacopecircicas

Resumidamente a primeira fase prevecirc a realizaccedilatildeo atraveacutes de testes diaacuterios na aacutegua

coletada de pontos preacute-determinados durante duas a quatro semanas (validaccedilatildeo

prospectiva) Apoacutes a aprovaccedilatildeo na primeira fase de testes a aacutegua produzida pelo

sistema poderaacute ser utilizada e entatildeo eacute conduzida a segunda fase de testes onde seratildeo

avaliados os mesmo pontos de coleta da primeira fase durante um periacuteodo de trecircs

semanas (validaccedilatildeo concorrente) Soacute entatildeo passa-se agrave terceira fase de validaccedilatildeo onde o

sistema eacute monitorado em periacuteodos a serem definidos em menor nuacutemero de pontos de

coleta durante um ano tendo-se assim a avaliaccedilatildeo da influecircncia da variaccedilatildeo sazonal da

aacutegua sobre o sistema e sua validaccedilatildeo completada

Uma abordagem anterior descrita por Johnson (1993) relata a conduccedilatildeo de duas

fases Na etapa inicial o sistema eacute operado sob uma ldquocondiccedilatildeo de estresserdquo ou seja

manteacutem-se o sistema abaixo de suas condiccedilotildees normais de operaccedilatildeo pelo periacuteodo de

18

quatro a seis meses de monitoramento a fim de verificar a robustez do sistema Na

etapa subsequumlente realizam-se testes com o sistema operando em sua normalidade

durante o periacuteodo de no miacutenimo um ano assim constata-se que o sistema produz aacutegua

dentro das especificaccedilotildees independentemente da sazonalidade microbioloacutegica Como

nesta abordagem o sistema opera sob ldquocondiccedilatildeo de estresserdquo na etapa inicial natildeo eacute

indicada a conduccedilatildeo de uma validaccedilatildeo concorrente tendo em vista o risco associado de

natildeo conformidade da aacutegua produzida pelo sistema

O sistema de purificaccedilatildeo de aacuteguas a ser validado seraacute o instalado na Central de

Aacuteguas da Faculdade de Farmaacutecia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul

(UFRGS) Devido agrave necessidade de se realizar uma validaccedilatildeo concorrente pois o

sistema jaacute se encontra instalado e em operaccedilatildeo optou-se por seguir as diretrizes da

Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (WHO 2005 WHO 2006) que se aplicam mais ao

caso aleacutem de ser mais atual A seguir eacute apresentado o protocolo de validaccedilatildeo do

Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacuteguas

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

ASSUNTO Protocolo de Validaccedilatildeo do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

I Objetivo

O objetivo da Validaccedilatildeo do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacuteguas eacute demonstrar que a

aacutegua fornecida pelo sistema atende agraves especificaccedilotildees (quiacutemicas e microbioloacutegicas) para

utilizaccedilatildeo nos laboratoacuterios da Faculdade de Farmaacutecia da UFRGS para a realizaccedilatildeo de

experimentos As especificaccedilotildees seratildeo as descritas na Farmacopeacuteia Brasileira uma vez

que esta constitui o compecircndio oficial brasileiro aleacutem de determinar um maior nuacutemero

de anaacutelises quiacutemicas em relaccedilatildeo aos compecircndios internacionais

II Descriccedilatildeo do Sistema de aacutegua

O sistema de purificaccedilatildeo de aacuteguas a ser validado estaacute instalado na Central de

Aacuteguas da Faculdade de Farmaacutecia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul

(UFRGS) A aacutegua de alimentaccedilatildeo eacute proveniente do sistema de tratamento de aacutegua

clorada da rede municipal (aacutegua de superfiacutecie) A aacutegua entatildeo passa para dois

reservatoacuterios de 5000 litros e segue por gravidade ateacute a Central de Aacuteguas

II1 Sistema de preacute-tratamento

A aacutegua proveniente dos reservatoacuterios de aacutegua passa para a secccedilatildeo de preacute-

tratamento que eacute composta dos meios filtrantes descritos abaixo em carcaccedilas de

polipropileno

a) Filtro retrolavaacutevel com redutor de pressatildeo

b) Filtro de porosidade 5microm com carvatildeo ativado com manocircmetro

c) Filtro de polipropileno de porosidade 1microm com manocircmetro

A filtraccedilatildeo atraveacutes destes filtros tem por objetivo alimentar o sistema de osmose

reversa com aacutegua potaacutevel que necessita do seguinte preacute-tratamento

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Tabela 1 Paracircmetros da aacutegua provinda do sistema de preacute-tratamento

Paracircmetro Especificaccedilatildeo ou limite de aceitaccedilatildeo

Preacute-filtragem 5microm e carvatildeo ativado

Iacutendice de silte Maacuteximo 3

Teor Salino Maacuteximo 2000 mgL

Teor de Cl lt001 mgl

Teor de Mg lt005 mgl

Teor de Feacute lt005 mgl

Gama do valor de pH 4 ndash 11

Remoccedilatildeo de 99 de bacteacuterias e partiacuteculas -

II2 Sistema de Tratamento por Osmose Reversa

A secccedilatildeo de tratamento eacute composta por um sistema de purificaccedilatildeo de aacuteguas

atraveacutes de osmose reversa (OR) modelo TKA LAB-UPW do fabricante TKA (ArtNdeg

083007-SO)

II3 Sistema de Armazenamento

A aacutegua tratada pelo sistema de Osmose Reversa (OR) eacute armazenada em um

tanque de 75 L incluindo torneira de extraccedilatildeo por onde a aacutegua purificada eacute coletada O

armazenamento e coleta da aacutegua purificada ocorrem agrave temperatura ambiente A aacutegua

purificada permanece no tanque de armazenamento por no maacuteximo vinte minutos a cada

vinte minutos a bomba de recirculaccedilatildeo eacute acionada e recircula a aacutegua no tanque

conduzindo-a pela lacircmpada de oxidaccedilatildeo UV e pelo jogo de cartuchos deionizadores

A Figura 1 apresenta os componentes do sistema de Osmose Reversa (OR) e do

sistema de armazenamento e suas especificaccedilotildees

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Figura 1 Desenho esquemaacutetico do sistema de osmose reversa e do sistema de

armazenamento 1- Vaacutelvula solenoacuteide da aacutegua de alimentaccedilatildeo (Art Ndeg 150003) 2-

Bomba auxiliar com transformador (Art Ndeg 190046) 3- Moacutedulo de osmose reversa

composto por Carcaccedila 1812 (Art Ndeg 220047) e Membrana de osmose reversa 1812

(Art Ndeg 220046) 4- Vaacutelvula reguladora de pressatildeo (Art Ndeg 150060) 5- Vaacutelvula

solenoacuteide de enxaguamento por jato de aacutegua (Art Ndeg 150003) 6- Ceacutelula medidora de

condutividade (apoacutes agrave OR) (Art Ndeg 160126) 7- Foto-oxidaccedilatildeo de UV (Art Ndeg

250011) 8- Conjunto de deionizaccedilatildeo composto por Carcaccedila de filtro (Art Ndeg 065310)

e Jogo de cartuchos permutador de iacuteons e resina de adsorccedilatildeo (Art Ndeg 093011) 9-

Ceacutelula de mediccedilatildeo de condutividade da aacutegua purificada (Art Ndeg 160126) 10- Tanque

de 75 litros incluindo jogo de montagem na parede (Art Ndeg 065075) 11- Bomba de

recirculaccedilatildeo (Art Ndeg 190028) 12- Vaacutelvula de controle (Art Ndeg 150009) 13- Controle

por microprocessador (Art Ndeg 160181) 14- Entrada de aacutegua provinda do sistema de

preacute-tratamento 15- Saiacuteda da aacutegua purificada Torneira de extraccedilatildeo 16- Saiacuteda frac34rdquo do

concentrado

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

II4 Princiacutepio de Funcionamento do Sistema de Osmose Reversa

A aacutegua de alimentaccedilatildeo provinda do sistema de preacute-tratamento entra no sistema

com pressatildeo maacutexima de 6 Bar A vaacutelvula solenoacuteide da aacutegua de alimentaccedilatildeo (Figura 1-1)

permanece fechada quando o sistema estaacute no modo de espera ou parado para impedir

que a aacutegua de alimentaccedilatildeo passe pela membrana e transborde no tanque de

armazenamento A membrana semi-permeaacutevel (Figura 1-3) reteacutem 96 dos sais

dissolvidos e 99 das bacteacuterias e dos soacutelidos suspensos na aacutegua de alimentaccedilatildeo A aacutegua

purificada passa agora atraveacutes das fases de tratamento duplo (Figura 1- 7 e 8) e eacute

recolhida no tanque de armazenamento (Figura 1-10) Os sais e outros elementos

rejeitados satildeo eliminados do sistema atraveacutes do fluxo do ldquoconcentradordquo A ceacutelula

medidora da condutividade (Figura 1-6) mede a condutividade da aacutegua purificada (apoacutes

os jogos de cartuchos (Figura 1-7 e 8) o que eacute visualizado no menu de controle do

microprocessador (Figura 1-13) A bomba de recirculaccedilatildeo (Figura 1-11) eacute acionada a

cada a cada vinte minutos e recircula a aacutegua no tanque conduzindo-a pela lacircmpada de

oxidaccedilatildeo UV (Figura 1- 7) e pelo jogo de cartuchos deionizadores (Figura 1-8)

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Um desenho de montagem do sistema de tratamento completo segue na Figura 2

Figura 2 Desenho esquemaacutetico do Sistema de Purificaccedilatildeo de aacuteguas e suas

especificaccedilotildees 1- Aacutegua de alimentaccedilatildeo conexatildeo frac34rdquo (pressatildeo miacutenima 2 bar) 2- Filtro retrolavaacutevel (Art Ndeg 115999) 21- Redutor de pressatildeo (Art Ndeg 115998) 3- Preacute-filtro de 5microm + carvatildeo ativado (Art Ndeg 065201) com um manocircmetro (Art Ndeg 065311) 4-

Filtro de polipropileno de porosidade 1 microm (Art Ndeg 065101) com um manocircmetro (Art Ndeg 065311) 5- Equipamento de Osmose reversa TKA-HPW 220V ndash 100W (Art Ndeg 083007-SO) 6- Tanque de armazenamento de capacidade 75 L (Art Ndeg 115996) 7- Kit de instalaccedilatildeo (Art Ndeg 115994) 8- Caixa de aacutegua de 5000 L 9- Rede puacuteblica de

abastecimento

Caixa drsquoaacutegua (8)

Rede Puacuteblica (9)

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

III Qualificaccedilatildeo da Instalaccedilatildeo (IQ)

A fase da Qualificaccedilatildeo da Instalaccedilatildeo (IQ) estaacute associada agrave verificaccedilatildeo da

instalaccedilatildeo dos equipamentos de acordo com as especificaccedilotildees do fabricante aleacutem da

calibraccedilatildeo dos instrumentos e o estabelecimento de um programa de manutenccedilatildeo

preventiva (Johnson 1993) A Tabela 2 apresenta as especificaccedilotildees do sistema de

purificaccedilatildeo de aacuteguas e as accedilotildees que se fazem necessaacuterias para efetuar a qualificaccedilatildeo

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Tabela 2 Especificaccedilotildees fornecidas pelo fabricante e atividade a ser realizada para qualificar a instalaccedilatildeo

Especificaccedilatildeo Paracircmetro especificado em manual

Atividade a ser realizada para qualificar a

instalaccedilatildeo Tensatildeo Eleacutetrica 127220V 60Hz Registro de Calibraccedilatildeo do

estabilizador Potecircncia Eleacutetrica 01 Kw Verificaccedilatildeo e registro Temperatura ambiente +2degc a +35degC Registro do

monitoramento da temperatura

Pressatildeo do permeado 0 bar Verificaccedilatildeo e registro Pressatildeo operacional 6 bar maacutex Registro da verificaccedilatildeo da

pressatildeo da aacutegua de alimentaccedilatildeo

Temperatura de alimentaccedilatildeo +1degC a +30degC Registro da verificaccedilatildeo de temperatura

Pressatildeo da aacutegua de alimentaccedilatildeo

2 a 6 bar Registro da verificaccedilatildeo da pressatildeo da aacutegua de

alimentaccedilatildeo Calibraccedilatildeo dos controles ao longo do processo

Condutiviacutemetro e manocircmetro

Registro das calibraccedilotildees realizadas

Treinamento dos Operadores -- Realizaccedilatildeo e registro de treinamento

Programa de Manutenccedilatildeo Preventiva

Enxaacuteguumle e desinfecccedilatildeo dos tanques de

estocagem tubulaccedilotildees e carcaccedilas (anualmente)

Elaboraccedilatildeo do POP de enxaacuteguumle e desinfecccedilatildeo

Capacidade de carga das

paredes ou chatildeo

-- Registros da verificaccedilatildeo da instalaccedilatildeo

Tubulaccedilatildeo de Drenagem de

112rdquo livre para o esgoto -- Registro da verificaccedilatildeo da

Instalaccedilatildeo

Espaccedilo de trabalho suficiente -- 64 m2

Conexatildeo aacutegua de alimentaccedilatildeo

de frac34rdquo(com registro)

-- Registro da verificaccedilatildeo da instalaccedilatildeo

Ponto de Coleta do sistema de

preacute-tratamento -- Instalaccedilatildeo de registro na

entrada da aacutegua provinda do preacute-tratamento

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

IV Qualificaccedilatildeo da Operaccedilatildeo (OQ)

Esta etapa estaacute relacionada agrave garantia de que cada componente esteja

funcionando de acordo com o especificado As accedilotildees a serem realizadas na fase de

qualificaccedilatildeo da operaccedilatildeo seguem na tabela 3

Tabela 3 Accedilotildees a serem realizadas na fase de Qualificaccedilatildeo da Operaccedilatildeo (Johnson 1993)

Accedilatildeo Atividade a ser realizada 1 Preencher o sistema com aacutegua e reparar

quaisquer fugas e substituir vaacutelvulas ou vedaccedilotildees defeituosas

Verificaccedilatildeo de vazamentos e registro da realizaccedilatildeo de manutenccedilatildeo por pessoal autorizado

2 Verificar o bom funcionamento das vaacutelvulas e controles ao longo do processo

Calibraccedilatildeo dos Manocircmetros e Condutiviacutemetro do tanque de armazenamento

3 Registrar a realizaccedilatildeo da sanitizaccedilatildeo da caixa de aacutegua e da distribuiccedilatildeo do sistema

Realizaccedilatildeo da Sanitizaccedilatildeo e seu Registro

4 Elaboraccedilatildeo de POPs que descrevem os procedimentos de ligar desligar e sanitizar os equipamentos e o sistema

Seguem em anexo B

5 Verificaccedilatildeo da variaccedilatildeo da vazatildeo de aacutegua em comparaccedilatildeo as especificaccedilotildees do fornecedor

Protocolo de Serviccedilo (PS001) Anexo C

6 Avaliar a produccedilatildeo nominal do sistema 7 Lh a 15degC 7 Avaliar a eficiecircncia do sistema de preacute-

tratamento Atraveacutes da Fase 1 de validaccedilatildeo se avaliaraacute a eficiecircncia do sistema de preacute-tratamento

V Process validation (PV)

Apoacutes a realizaccedilatildeo das trecircs primeiras qualificaccedilotildees seraacute necessaacuterio realizar testes

que comprovem que o sistema realiza a purificaccedilatildeo da aacutegua da maneira a que se propotildee

Para realizar essa tarefa como descrito anteriormente segue-se a abordagem da

Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (WHO 2005) que determina trecircs fases para a validaccedilatildeo

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

V1 Plano de amostragem

V11 Pontos de amostragem

A tabela 4 descreve os pontos de coleta sua localizaccedilatildeo e a especificaccedilatildeo do tipo

de aacutegua

Tabela 4 Pontos de validaccedilatildeo localizaccedilatildeo e suas especificaccedilotildees de avaliaccedilatildeo Nuacutemero Local Tipo de aacutegua

1 Entrada do sistema de purificaccedilatildeo de aacutegua (torneira da pia)

Aacutegua potaacutevel

2 Aacutegua de alimentaccedilatildeo da osmose reversa Aacutegua potaacutevel natildeo clorada

3 Ponto de coleta da aacutegua purificada Aacutegua purificada

V12 Testes Requeridos e Criteacuterio de Aceitaccedilatildeo

Os testes requeridos e seus criteacuterios de aceitaccedilatildeo estatildeo descritos nas tabelas 4 e

5 Os testes para Aacutegua Purificada seratildeo realizados de acordo com a Farmacopeacuteia

Brasileira 4ordf ediccedilatildeo (F Bras IV 2005) e para aacutegua potaacutevel de acordo com os limites

estabelecidos na Portaria 51804 do Ministeacuterio da Sauacutede

V121 Aacutegua Potaacutevel

Tabela 5 Criteacuterios de Aceitaccedilatildeo para aacutegua potaacutevel Testes Microbioloacutegicos Especificaccedilatildeo Contagem Heterotroacutefica Total le 500UFCMl Patoacutegenos Ausecircncia de Coliformes Testes Quiacutemicos Especificaccedilatildeo Cor lt 15 UH Cloro 02 a 05 ppm pH 60 a 95 Turbidez lt 5UT Unidade Hazen (mg Pt-CoL) Unidade de turbidez

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

V122 Aacutegua Purificada

Tabela 6 Criteacuterios de Aceitaccedilatildeo para aacutegua purificada Testes Microbioloacutegicos Especificaccedilatildeo Contagem Heterotroacutefica Total le 100UFCmL Patoacutegenos Ausecircncia de coliformes P aeruginosa S

aureus e E Coli termotolerantes Testes Quiacutemicos Especificaccedilatildeo Acidez ou Alcalinidade Cumpre o Teste Amocircnio No maacuteximo 02 ppm Aparecircncia Liacutequido incolor liacutempido insiacutepido e

inodoro Caacutelcio e Magneacutesio Cumpre o Teste Cloretos Cumpre o Teste Condutividade No maacuteximo 21 microScm Metais Pesados No maacuteximo 01 ppm Nitratos No maacuteximo 02 ppm pH 5 -7 Resiacuteduo por evaporaccedilatildeo No maacuteximo 0001 Substacircncias Oxidaacuteveis Cumpre o Teste Sulfatos Cumpre o Teste Os testes seratildeo realizados de acordo com a Farmacopeacuteia Brasileira 4ordf ediccedilatildeo (F Bras IV 2005)

V13 Cronograma de Amostragem

Para a Fase 1 da validaccedilatildeo seratildeo realizados testes quiacutemicos e bioloacutegicos para

todos os pontos de amostragem durante trecircs semanas em trecircs periacuteodos de cinco dias

Apoacutes a conclusatildeo satisfatoacuteria dessa fase se realizaraacute a Fase 2 de validaccedilatildeo fase em que

a aacutegua produzida pode ser utilizada Nesta fase deve-se realizar novamente e

diariamente todos os testes quiacutemicos e bioloacutegicos para todos os pontos de amostragem

durante quatro semanas em quatro periacuteodos de cinco dias Para a Fase 3 de validaccedilatildeo

seratildeo realizados os mesmos testes quiacutemicos e microbioloacutegicos para todos os pontos de

amostragem semanalmente durante um ano O cronograma dos pontos de amostragem

segue na tabela 7

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Tabela 7 Cronograma de validaccedilatildeo

Fase de

Validaccedilatildeo

Ponto de

Amostragem

Periacuteodo de

Anaacutelise

Frequumlecircncia de

Anaacutelise

Tipo de Testes

a Realizar

1 1 2 Semanas Trecircs periacuteodos de

5 dias

Aacutegua Potaacutevel

1 2 2 Semanas Trecircs periacuteodos de 5 dias

Aacutegua potaacutevel

natildeo clorada

1 3 2 Semanas Trecircs periacuteodos de 5 dias

Aacutegua

Purificada

2 1 3 Semanas Quatro periacuteodos

de 5 dias

Aacutegua Potaacutevel

2 2 3 Semanas Quatro periacuteodos

de 5 dias

Aacutegua potaacutevel

natildeo clorada

2 3 3 Semanas Quatro periacuteodos

de 5 dias

Aacutegua

Purificada

3 1 1 Ano Semanal Aacutegua Potaacutevel

3 2 1 Ano Semanal Aacutegua potaacutevel

natildeo clorada

3 3 1 Ano Semanal Aacutegua

Purificada

V2 Fase 1

Periacuteodo de testes de trecircs semanas em trecircs periacuteodos de cinco dias para

monitoramento do sistema intensivamente durante este periacuteodo o sistema deve operar

continuamente sem falhas ou desvios de qualidade

Para essa fase seratildeo realizados os seguintes testes

bull Realizar testes quiacutemicos e microbioloacutegicos de acordo o plano de amostragem

bull Desenvolver faixas de operaccedilatildeo adequadas

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

bull Desenvolver e finalizar procedimentos de operaccedilotildees limpeza desinfecccedilatildeo e

manutenccedilatildeo

bull Demonstrar a produccedilatildeo e entrega da aacutegua na qualidade e quantidade exigida

bull Usar e aperfeiccediloar os POPs de operaccedilatildeo (ver anexo) manutenccedilatildeo desinfecccedilatildeo e

soluccedilatildeo de problemas

bull Verificar alertas provisoacuterios e accedilotildees de niacuteveis

bull Desenvolver e refinar procedimentos de testes de natildeo conformidade

V3 Fase 2

Outro periacuteodo de testes de quatro semanas em quatro periacuteodos de cinco dias a

ser realizado de maneira mais intensiva atraveacutes de um acompanhamento dos POPs

aperfeiccediloados apoacutes a conclusatildeo da Fase 1 O sistema de amostragem eacute idecircntico ao da

fase inicial e aacutegua pode ser utilizada para a fabricaccedilatildeo durante essa fase O sistema

deve

bull Demonstrar a produccedilatildeo e entrega da aacutegua na qualidade e quantidade exigida

quando o sistema eacute operado de acordo com os POPs

bull Demonstrar que o sistema estaacute sob controle

V4 Fase 3

Esta fase seraacute executada por no miacutenimo um ano apoacutes a conclusatildeo satisfatoacuteria da

fase dois a aacutegua pode ser usada para a fabricaccedilatildeo durante esta fase produccedilatildeo que tem os

devidos fins e caracteriacutesticas

bull Demonstrar que o sistema estaacute sob controle durante um longo periacuteodo de tempo

garantindo que as variaccedilotildees sazonais foram avaliadas

bull Locais de amostra frequumlecircncia de amostras e testes devem ser reduzido ao padratildeo

de rotina normal (semanalmente)

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

POP ndeg001 Versatildeo 06112007 Validade 06112008 Paacutegina 14

Procedimento Operacional Padratildeo 001

Instruccedilotildees de Uso do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

1 Objetivo Orientar a operaccedilatildeo do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

2 Aplicaccedilatildeo Ao pessoal responsaacutevel pela operaccedilatildeo e monitoramento do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

3 Materiais Necessaacuterios Protocolo de Serviccedilo (PS 001) Protocolo de Manutenccedilatildeo (PM 001) Protocolo de Produccedilatildeo de Aacutegua Purificada (PP 001)

4 Cuidados Especiais Verificar se o aparelho estaacute limpo e adequado a sua utilizaccedilatildeo Verificar a temperatura e umidade do ambiente Verificar a temperatura da aacutegua de alimentaccedilatildeo Verificar a pressatildeo da aacutegua de alimentaccedilatildeo

5 Procedimento 51 Ligar o Disjuntor (A) que alimenta a Central de Aacuteguas

A

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

POP ndeg001 Versatildeo 06112007 Validade 06112008 Paacutegina 24

Procedimento Operacional Padratildeo 001

Instruccedilotildees de Uso do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

52 Ligar o Estabilizador (B) de energia que alimenta o aparelho de Osmose Reversa

53 Abrir o registro (C) da aacutegua de alimentaccedilatildeo

54 Verificar os paracircmetros do item Cuidados Especiais e anotaacute-los no Protocolo de Serviccedilo

(PS 001)

B

C

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

POP ndeg001 Versatildeo 06112007 Validade 06112008 Paacutegina 34

Procedimento Operacional Padratildeo 001

Instruccedilotildees de Uso do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

55 Acionar a tecla ONOFF (1)

56 Visualizar no display (2) ldquoCleaningrdquo - referente agrave operaccedilatildeo do sistema de enxaacutegue que

entra automaticamente em operaccedilatildeo 57 Visualizar no display (2) ldquoProductionrdquo (produccedilatildeo) - referente agrave operaccedilatildeo do sistema de

Osmose Reversa 58 Apoacutes 2 minutos de produccedilatildeo acionar a tecla MENU (3) duas vezes para verificar a

condutividade da aacutegua de produccedilatildeo Caso visualize a mensagem ldquoError-CPrdquo paacutere a produccedilatildeo e despreze a aacutegua do tanque abrindo o registro do ponto de coleta de aacutegua purificada (D)

59 Quando o tanque de armazenamento estiver cheio ocorreraacute outro enxaacuteguumle automaacutetico e

no display (2) apareceraacute a mensagem ldquoCleaningrdquo 510 Completando-se este ciclo o aparelho entra em modo de operaccedilatildeo ldquoStand byrdquo sendo

visualizado no display (2) a mesma mensagem ldquoStand byrdquo

1

2

3

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

POP ndeg001 Versatildeo 06112007 Validade 06112008 Paacutegina 44

Procedimento Operacional Padratildeo 001

Instruccedilotildees de Uso do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

511 Retire a Aacutegua Purificada do tanque de armazenamento abrindo o registro do Ponto de Coleta (D)

512 Ao final da produccedilatildeo acionar a tecla ONOFF (1) desligar o Estabilizador de energia (B)

e fechar o registro da aacutegua de alimentaccedilatildeo (C) e o disjuntor da Central de Aacuteguas (A) 513 Anotar o valor final produzido no Protocolo de Produccedilatildeo de Aacutegua Purificada

6 Observaccedilotildees Limpeza Mensal Manutenccedilatildeo Realizada pelo fabricante sempre que constatado que fora dos paracircmetros

D

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

Protocolo ndeg001 Versatildeo 06112007 Validade 06112008

Protocolo de Serviccedilo (PS 001)

Protocolo de Verificaccedilatildeo dos Paracircmetros do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

Data Temp Ambiente

(degC)

Umidade ()

Temp Aacutegua de

Alimentaccedilatildeo (degC)

Pressatildeo Aacutegua de

Alimentaccedilatildeo (bar)

Condutividade da aacutegua Produzida (microScm)

Responsaacutevel

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash

RS Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

Protocolo ndeg002 Versatildeo 06112007 Validade 06112008

Protocolo de Manutenccedilatildeo (PM 001)

Protocolo de Verificaccedilatildeo da Manutenccedilatildeo do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

Tipo de Sistema

Nuacutemero de Identificaccedilatildeo

Ano de Fabricaccedilatildeo

Data Dureza da aacutegua de

alimentaccedilatildeo (degdH)

Pressatildeo de operaccedilatildeo

(bar)

Taxa de Permeado

(Lh)

Uacuteltima Troca de Preacute-filtro

Uacuteltima troca de Fosfato

Uacuteltima limpeza

desinfecccedilatildeo

Ass

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash

RS Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

Protocolo ndeg003 Versatildeo 06112007 Validade 06112008

Protocolo de Produccedilatildeo (PP 001)

Protocolo de Produccedilatildeo de Aacutegua Purificada

Data Produccedilatildeo Diaacuteria Responsaacutevel

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash

RS Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

Protocolo ndeg004 Versatildeo 06112007 Validade 06112008

Resultados da Validaccedilatildeo do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

Aacutegua Purificada

DATA

PONTO DE COLETA

Testes Microbioloacutegicos

Especificaccedilatildeo ____ ____ ____ ____ ____

Contagem Heterotroacutefica Total

le 100UFCmL

Patoacutegenos Ausecircncia de coliformes P aeruginosa S aureus

Testes Quiacutemicos Especificaccedilatildeo ____ ____ ____ ____ ____ Acidez ou Alcalinidade

Cumpre o Teste

Amocircnio No maacuteximo 02 ppm Aparecircncia Liacutequido incolor liacutempido

insiacutepido e inodoro

Caacutelcio e Magneacutesio Cumpre o Teste Cloretos Cumpre o Teste Condutividade No maacuteximo 21 microScm Metais Pesado No maacuteximo 01 ppm Nitratos No maacuteximo 02 ppm pH 5 -7 Resiacuteduo por evaporaccedilatildeo

No maacuteximo 0001

Substacircncias Oxidaacuteveis Cumpre o Teste Sulfatos Cumpre o Teste Os testes seratildeo realizados de acordo com a Farmacopeacuteia Brasileira 4ordf ediccedilatildeo (F Bras IV 2005)

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash

RS Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

Protocolo ndeg 005 Versatildeo 06112007 Validade 06112008

Resultados da Validaccedilatildeo do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua Aacutegua Potaacutevel

Data

Ponto de

Coleta

Especificaccedilotildees Anaacutelise Quiacutemica Anaacutelise Microbioloacutegica

Cloro pH Cor

Turbidez Contagem Heterotroacutefica

Total

Patoacutegenos

02 ndash 05 ppm

60 ndash 95 15 UH 5 UT

lt 500 UFCmL Ausecircncia de coliformes

Unidade Hazen (mg Pt-CoL)

Unidade de turbidez

40

4 Consideraccedilotildees finais e perspectivas

Ao longo do tempo a importacircncia da validaccedilatildeo de processos para a Garantia da

Qualidade foi sendo melhor compreendida pelo segmento farmacecircutico e com isso foi

contemplada pelos oacutergatildeos reguladores e aplicada pelos profissionais deste segmento

Se a validaccedilatildeo estaacute bem definida e eacute amplamente compreendida como pocircde ser

observado pelo nuacutemero de trabalhos e legislaccedilotildees revisados neste trabalho um dos

desafios que se apresentam atualmente consiste em ampliar o entendimento de como

realizaacute-la na praacutetica A proposiccedilatildeo de um protocolo para a validaccedilatildeo de um processo de

purificaccedilatildeo de aacutegua teve como um de seus objetivos exemplificar esta tarefa e assim

auxiliar na elaboraccedilatildeo de outros protocolos Assim como perspectiva deste trabalho

espera-se fornecer subsiacutedio agrave validaccedilatildeo de outros processos farmacecircuticos de

purificaccedilatildeo de aacutegua ou mesmo outros

Isto porque embora cada processo possua aspectos especiacuteficos os quais devem

ser cuidadosamente avaliados durante a validaccedilatildeo o entendimento e aplicaccedilatildeo

adequados da terminologia relacionada agrave validaccedilatildeo auxiliam na conduccedilatildeo de uma

validaccedilatildeo adequada e bem documentada

41

5 Referecircncias

ALEEM H ZHAO Y LORD S MCCARTHY T SHARRATT P N Pharmaceutical process validation an overview Proceedings of the Institution of Mechanical Engineers Part E Process Mechanical Engineering v 217 p141 ndash 150 2002

ALENCAR J R B Pinto P M D V Neto P P V Oliveira A T C Medeiros F P M Ramos S V V Rolim P J N Strategy in pharmaceutical process validation of purified water Revista Brasileira de Farmaacutecia v 85 n3 p85-88 2004a ALENCAR JRB Souza M B J Rolim P J N Lopes C E Uso de controle estatiacutestico de processo (CEP) para validaccedilatildeo de processo de glibenclamida comprimidos Revista Brasileira de Farmaacutecia v85 n3 p115-119 2004b

ALENCAR J R B CLEMENTINO M R A ROLIM P J N Cleaning validation of equipments in medicines industry strategy to select the ldquoworst caserdquo Revista Brasileira de Farmaacutecia v87 n 1 p13-18 2006

ANVISA ndash Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria Gerecircncia Geral de Inspeccedilatildeo e Controle de Medicamentos e Produtos Guias relacionados agrave garantia de qualidade Brasiacutelia 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwanvisagovbrinspecaoguias_qualidadepdfgt Acesso em 12 nov 2007

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria (ANVISA) Resoluccedilatildeo RDC nordm 210 de 04082003 DOU de 14082003 Disponiacutevel em lthttpe-legisanvisagovbrleisrefpublicshowActphpid=22321ampword=gt Acesso em 30 set 2007

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria (ANVISA) Resoluccedilatildeo RDC nordm 67 de 08102007 DOU de 09102007 Disponiacutevel em lthttpe-legisanvisagovbrleisrefpublicshowActphpid=28806ampword= gt Acesso em 30 nov 2007

42

BRASIL Ministeacuterio de Estado da Sauacutede Portaria nordm 518 de 25032004 DOU de 26032004 Disponiacutevel em lthttpe-legisanvisagovbrleisrefpublicshowActphpid=22322ampwordgt Acesso em 30 set 2007

CASTILLA B SENA F J Validation documentation Journal of Validation Technology v7 n 2 p 166-123 2001

DA ROSA PS Diagnoacutestico e avaliaccedilatildeo da qualidade microbioloacutegica da aacutegua na Faculdade de Farmaacutecia Trabalho de Conclusatildeo de Curso de Graduaccedilatildeo Disciplina de Estaacutegio Curricular em Farmaacutecia Faculdade de Farmaacutecia Universidade Federal do Rio Grande do Sul Porto Alegre 2007

EMEA - European Agency for Evaluation of Medicinal Products Note for guidance on process validation London 2001 Disponiacutevel em lthttpwwwemeaeuropaeupdfshumanqwp084896enpdfgt Acesso em 12 nov 2007

FARMACOPEacuteIA BRASILEIRA 4 ed Satildeo Paulo Atheneu 2004 pV224

FARMACOPEacuteIA BRASILEIRA 4 ed Satildeo Paulo Atheneu 2005 Fasciacuteculo 6 p263

FDA ndash Food and Drug Administration - Center for Drug Evaluation and Research (CDER) Guidance for Industry Powder Blends and Finished Dosage Units mdash Stratified In-Process Dosage Unit Sampling and Assessment Rockville 2003 Disponiacutevel em lthttpwwwfdagovCDERGUIDANCE5831dfthtmgt Acesso em 12 nov 2007

FDA ndash Food and Drug Administration - Division of Manufacturing and Product Quality (HFN-320) Center for Drugs and Biologics Guidelines on general principles of process validation Rockville 1987 Disponiacutevel em lthttpwwwfdagovCDERGUIDANCEpvhtmgt Acesso em 12 nov 2007

GUAZZARONI M YIIN B YU JL Application of total organic carbon analysis for cleaning validation in pharmaceutical manufacturing American Biotechnology Laboratory v 16 n 10 p 66-67 1998

HAIDER S I Validation standard operating procedures a step-by-step guide for achieving compliance in the pharmaceutical medical device and biotech industries 2 ed Boca Raton CRC 2002

43

HELLE M R YLIRUUSI J MANNERMAA J P A literature review of pharmaceutical process validation Pharmaceutical Technology Europe Part 3 v15 p 52-57 2003

HOFMANN K L Sterile products validation In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 103

JEATER J P CULLEN L F PAPARIELLO GJ Organizing for validation In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 9

JOHNSON W M Validation of water system for sterile and nonsterile products In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 299 - 317

KIEFFER RG Validation and the human element PDA Journal of Pharmaceutical Science and Technology v52 n2 p52-54 1998

LE HIR A Noccedilotildees de farmaacutecia galecircnica 6 ed Satildeo Paulo Organizaccedilatildeo Andrei 1997 p 137-138

LeBLANC D A Establishing scientifically justified acceptance criteria for cleaning validation of finished drug products Pharmaceutical Technology 1998 Disponiacutevel em ltwwwadvanstarcomgt Acesso em 30 set 2007

LOFTUS B T The Regulatory basis for process In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 2 - 32

LORD SV MCCARTHY T ALEEM H ZHAO Y SHARRATT P N Reinterpreting validation Proceedings of the Institution of Mechanical Engineers Part E Process Mechanical Engineering v 217 p287- 292 2003

MCCOLMICK P Y CULLEN L F Cleaning validation In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 319 - 322

NASH R A Introduction In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993

44

PICS - Pharmaceutical Inspection Convention and Pharmaceutical Inspection Co-operation Scheme Recommendations on validation master plan installation and operational qualification non-sterile process validation cleaning validation Genebra 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwnewwayzconzrefmaterialpics_pi006_2VMPpdfgt Acesso em 30 set 2007

TKA WASSERAUFBEREITUNGSSYSTEME GMBH Operating instructions TKA LAB ndash UPW Article ndeg 083007-SO Niederelbert 2001

WHO ndash World Health Organization Suplementary guidelines on good manufacturing practices (GMP) validation Genebra 2005 p 22-23 Disponiacutevel em lthttpwwwwhointmedicinesservicesexpertcommitteespharmprepValidation_QAS_055_Rev2combinedpdfgtAcesso em Acesso em 30 set 2007

WHO ndash World Health Organization Supplementary training modules on good manufacturing practice water for pharmaceutical use Part 1 introduction and treatment Genebra 2001 Disponiacutevel em ltftpftpwhointmedicinesGMPgmptrainsuplmtWater01pptgt Acesso em 30 set 2007

WHO ndash World Health Organization Supplementary training modules on good manufacturing practice water for pharmaceutical use Part 2 water purification engineering Genebra 2001 Disponiacutevel em ltftpftpwhointmedicinesGMPgmptrainsuplmtWater02pptgt Acesso em 30 set 2007

WHO ndash World Health Organization Supplementary training modules on good manufacturing practice water for pharmaceutical use Part 3 inspection of water systems Genebra 2001 Disponiacutevel em ltftpftpwhointmedicinesGMPgmptrainsuplmtWater03pptgt Acesso em 30 set 2007

WHO ndash World Health Organization Who good manufacturing practices water for pharmaceutical use Genebra 2005 (Technical Report Series n 929 Anexo 3)

WHO ndash World Health Organization Who Expert Committee on specifications for pharmaceutical preparations Genebra 2006 p 125 ndash 126 (Technical Report Series n 937 Anexo 4 Apecircndice II) Disponiacutevel em lthttpwhqlibdocwhointtrsWHO_TRS_937_engpdfpage=359gt Acesso em 01 dez 2007

  • Outras definiccedilotildees semelhantes a essas existem e muito embora as expressotildees variem a essecircncia de todas eacute a mesma assegurar que o processo quando operado sob as condiccedilotildees preacute-determinadas resultaraacute em um produto que reuniraacute as especificaccedilotildees e seus
Page 11: VALIDAÇÃO DE PROCESSOS: Aspectos teóricos e proposição de

11

Entretanto o plano mestre de validaccedilatildeo associados aos Procedimentos

Operacionais Padratildeo (POPs) definem exatamente responsabilidades quem

quando onde como etc (Haider 2002)

bull Garantia da qualidade validaccedilatildeo provecirc seguranccedila na obtenccedilatildeo dos produtos

com alta qualidade assim a validaccedilatildeo conduz a um menor nuacutemero de erros

de produccedilatildeo e como resultado reduz o nuacutemero de reclamaccedilotildees do

consumidor e ldquorecallsrdquo de medicamentos (Aleem et al 2002 Haider 2002)

bull Reduccedilatildeo de custos processos operados sob niacuteveis proacuteximos de seus limites

muitas vezes causam custos pois satildeo necessaacuterias reinspeccedilotildees retestes e

rejeiccedilotildees A validaccedilatildeo conduz agrave otimizaccedilatildeo dos processos e

consequumlentemente agrave diminuiccedilatildeo dos custos (Haider 2002) aleacutem de gerar

um alto rendimento maior rapidez e confiabilidade na instalaccedilatildeo de novos

equipamentos faacutecil desenvolvimento de trabalho para uma maior escala

faacutecil manutenccedilatildeo dos equipamentos e mais raacutepida automaccedilatildeo do processo

(Haider 2002) Outros custos de qualidade incluem gastos com marketing e

obrigaccedilotildees processuais devidos a problemas externos com a imagem da

empresa (Aleem et al 2002 Haider 2002)

24 Validaccedilatildeo versus Qualificaccedilatildeo

A validaccedilatildeo e a qualificaccedilatildeo possuem conceitos semelhantes e em alguns casos

na literatura se utiliza o termo ldquovalidaccedilatildeordquo em substituiccedilatildeo ao termo ldquoqualificaccedilatildeordquo o

que gera uma falta de clareza em relaccedilatildeo a esses dois termos e suas utilizaccedilotildees (Aleem

et al 2002 Anvisa 2006)

Segundo Le Hir (1997) a qualificaccedilatildeo consiste em verificar que um aparelho

funciona corretamente para o uso a que se destina jaacute a validaccedilatildeo estaria mais

relacionada a um procedimento do que a um aparelho e consiste em verificar se uma

operaccedilatildeo previamente descrita com toda a precisatildeo permite realmente atingir os

resultados desejados De forma semelhante a legislaccedilatildeo brasileira (Brasil 2003)

determina que antes de iniciar a validaccedilatildeo do processo os equipamentos utilizados na

produccedilatildeo e os instrumentos de controle bem como a formulaccedilatildeo devem ser

qualificados

12

Eacute importante ressaltar que a qualificaccedilatildeo eacute parte da validaccedilatildeo mas a qualificaccedilatildeo

de uma etapa do processo individualmente natildeo constitui a validaccedilatildeo do processo (Lord

et al 2003) Segundo Aleem e colaboradores (2002) o maior desafio eacute o de garantir

que todos esses itens individualmente qualificados trabalhem juntos como um sistema

integrado da maneira esperada e usando os procedimentos e materiais preacute-definidos

Faz-se entatildeo necessaacuterio responder a uma pergunta ldquoquando qualificar e quando

validarrdquo O que o Pharmaceutical Inspection Convention and Pharmaceutical

Inspection Co-operation Scheme (PICS 2004) relata eacute que eacute impossiacutevel definir

categoricamente quando a qualificaccedilatildeo e a validaccedilatildeo satildeo necessaacuterias pois operaccedilotildees de

produccedilatildeo e instalaccedilotildees satildeo consideravelmente grandes e complexas

O que se sabe eacute que a qualificaccedilatildeo deve estar completa antes da validaccedilatildeo ser

conduzida O processo de qualificaccedilatildeo deve constituir-se em processo sistemaacutetico e

loacutegico bem como ser iniciado pelas fases de desenho das instalaccedilotildees equipamentos e

utilidades (Anvisa 2006) O conceito de qualificaccedilatildeo de equipamentos natildeo eacute uma

novidade Vaacuterios fornecedores vecircm executando constantemente verificaccedilotildees para

confirmar a funcionalidade de seus equipamentos tanto antes quanto depois da

instalaccedilatildeo entretanto eacute um requisito da BPF que cada companhia farmacecircutica

identifique qual qualificaccedilatildeo e validaccedilatildeo satildeo requeridas para provar o controle dos

aspectos criacuteticos de sua operaccedilatildeo (PICS 2004)

O processo farmacecircutico percorre um longo caminho em direccedilatildeo agrave determinaccedilatildeo

de quais aspectos de uma operaccedilatildeo satildeo criacuteticos Muitas empresas asseguram a validaccedilatildeo

como uma seacuterie de estudos separados de cada componente de um sistema completo

(Hofmann 1993)

25 Estaacutegios da Validaccedilatildeo (DQ IQ OQ e PQ)

A validaccedilatildeo tem sido dividida em sucessivos e sistemaacuteticos passos conhecidos

como Qualificaccedilatildeo da Instalaccedilatildeo (IQ) Qualificaccedilatildeo da Operaccedilatildeo (OQ) Qualificaccedilatildeo da

Performance (PQ) ou desempenho e Validaccedilatildeo de Processo (PV) Do ponto de vista

funcional cada passo abrange maior funcionalidade que o seu antecessor Mais

recentemente outro passo conhecido como Qualificaccedilatildeo de Desenho (PQ) foi

introduzido (Aleem et al 2002)

13

Esses passos podem ser mais claramente determinados da seguinte maneira a

Validaccedilatildeo de Processos deve estabelecer e prover evidecircncias documentais que

garantam que as dependecircncias utilidades de apoio equipamentos e processos devem ser

designados de acordo com os requerimentos das BPFs isto normalmente constitui DQ

Jaacute as evidecircncias documentais que estabelecem que os mesmos foram construiacutedos e

instalados em conformidade com suas especificaccedilotildees constituem a IQ E se os mesmos

devidamente documentados estatildeo operando de acordo com suas especificaccedilotildees

constitui a OQ Quando um processo especiacutefico produz consistentemente um produto

que reuacutene suas especificaccedilotildees e atributos de qualidade isto constitui a PV sendo que o

termo PQ tambeacutem pode ser usado com essa conotaccedilatildeo (PICS 2004 ANVISA 2006)

Apoacutes a validaccedilatildeo de um processo uma seacuterie de experimentos deve ser realizada

a fim de determinar os pontos criacuteticos do processo Estes experimentos podem

incorporar um elemento de mudanccedila para determinar a robustez do processo A inserccedilatildeo

de uma mudanccedila eacute geralmente referida como um exerciacutecio de ldquopior casordquo O uso de

novos materiais sobre condiccedilotildees limites de suas especificaccedilotildees pode indicar a

habilidade do processo de continuar produzindo um produto final com suas

especificaccedilotildees (PICS 2004)

A legislaccedilatildeo brasileira (Brasil 2003) acrescenta que a escolha do procedimento

a validar deve priorizar as atividades relacionadas agrave capacidade do processo por

exemplo a capacidade de o processo operar sem dificuldades quando os paracircmetros se

aproximam de limites aceitaacuteveis O uso de faixas de aceitaccedilatildeo para a qualidade das

mateacuterias-primas em lotes experimentais pode tornar possiacutevel estimar a extensatildeo na qual

o processo ainda continua sendo capaz de produzir um produto final que atende agraves

especificaccedilotildees

26 Processos sujeitos agrave validaccedilatildeo

Segundo a legislaccedilatildeo brasileira (Brasil 2003) e diretrizes internacionais (FDA

1987 PICS 2004) deve-se realizar a validaccedilatildeo de todos os processos de fabricaccedilatildeo e

inclusive as atividades de suporte incluindo as operaccedilotildees de limpeza A seguir seratildeo

comentados dois processos de validaccedilatildeo sendo um deles uma atividade de suporte e o

outro um processo de fabricaccedilatildeo

14

A validaccedilatildeo das operaccedilotildees de limpeza eacute de suma importacircncia na induacutestria

farmacecircutica pois resiacuteduos de produtos ou mesmo os proacuteprios agentes de limpeza

podem constituir uma fonte de contaminaccedilatildeo Mesmo quando se utiliza um

equipamento ldquodedicadordquo ou seja de uso exclusivo para processar um produto haacute que

se considerar a contaminaccedilatildeo do proacuteximo lote com produtos de degradaccedilatildeo Na

validaccedilatildeo de limpeza haacute vaacuterios aspectos a serem considerados tais como (i) se o

equipamento eacute dedicado ou natildeo (ii) o tipo de limpeza se manual semi-automatizada ou

mesmo automatizada (do inglecircs CIP ndash clean in place) (iii) as teacutecnicas de amostragem

(uso de swab rinsagem monitoramento direto na superfiacutecie entre outros) (iv) os

agentes de limpeza a serem empregados (v) o meacutetodo de anaacutelise que deve possuir

elevada sensibilidade e (vi) os relacionados ao produto como sua solubilidade e

toxicidade

Assim muitas vezes se recorre ao uso de teacutecnicas como a anaacutelise de carbono

orgacircnico total (TOC) (Guazzaroni et al 1998) que eacute capaz de medir traccedilos de

substacircncias que apresentem carbono em sua composiccedilatildeo ndash o que se aplica tanto agrave

anaacutelise de resiacuteduos dos produtos quanto dos proacuteprios tensoativos empregados na

limpeza De qualquer modo a validaccedilatildeo de operaccedilotildees de limpeza normalmente se

baseia na seleccedilatildeo do ldquopior casordquo (McCormick e Cullen 1993 PICS 2004) definindo-

se os limites de resiacuteduo quiacutemico e microbioloacutegico aceitaacuteveis no proacuteximo lote a ser

produzido atraveacutes de foacutermulas matemaacuteticas Estas questotildees satildeo aprofundadas nos

trabalhos de LeBlanc (1998) e Alencar e colaboradores (2006) aleacutem das diretrizes

apresentadas pelo Pharmaceutical Inspection Convention and Pharmaceutical

Inspection Co-operation Scheme (PICS 2004) e Agecircncia Nacional de Vigilacircncia

Sanitaacuteria (ANVISA 2006)

Como segundo exemplo a validaccedilatildeo da produccedilatildeo de formas farmacecircuticas

soacutelidas eacute realizada de maneira geral atraveacutes do uso de controles estatiacutesticos meacutetodos

que satildeo empregados em um contexto de validaccedilatildeo retrospectiva ou concorrente

Segundo Alencar e colaboradores (2004b) trata-se de uma ferramenta simples na sua

aplicaccedilatildeo capaz de permitir faacutecil compreensatildeo raacutepidas accedilotildees de controle pelo pessoal

de operaccedilatildeo rica nos resultados que pode apresentar sobre o comportamento do

processo Com relaccedilatildeo a planos de amostragem em misturas e formas soacutelidas o FDA

apresenta um guia bastante uacutetil intitulado Guidance for Industry Powder Blends and

15

Finished Dosage Units mdash Stratified In-Process Dosage Unit Sampling and Assessment

que apresenta as aplicaccedilotildees dos controles estatiacutesticos de acordo com cada necessidade

(FDA 2003)

27 Dificuldades frequumlentemente encontradas durante a validaccedilatildeo

Segundo Lord e colaboradores (2003) atualmente o maior problema na

induacutestria eacute Qual eacute a melhor estrutura organizacional para se realizar um processo de

validaccedilatildeo

Neste sentido Jeater e colaboradores (1993) descreveram que o trabalho de

validaccedilatildeo de processos na induacutestria farmacecircutica eacute geralmente organizado dentro de

alguma das seguintes estruturas uma consultoria uma forccedila-tarefa ou um grupo

dedicado exclusivamente agrave validaccedilatildeo Em cada uma delas haacute aspectos positivos e

negativos mas a forma com que os grupos de validaccedilatildeo satildeo desenvolvidos e

controlados dependeraacute das circunstacircncias locais medidas organizacionais estrutura e

personalidade das pessoas responsaacuteveis pelo estabelecimento de um processo de

validaccedilatildeo

Na validaccedilatildeo de processos eacute necessaacuterio considerar o fator humano que eacute muitas

vezes causa de natildeo conformidades ou falhas de produccedilatildeo Kieffer (1998) em seu artigo

ldquoValidation and the Human Elementrdquo descreveu que na validaccedilatildeo inicialmente o

elemento humano natildeo foi considerado como criacutetico dentro do processo enquanto que os

aspectos tecnoloacutegicos eram estudados profundamente entretanto esse elemento deve

ser analisado como parte da validaccedilatildeo e a construccedilatildeo dos processos deve visar sua

proacutepria simplificaccedilatildeo resultando em menos falhas humanas ou natildeo O mesmo autor

acrescenta que nem sempre as causas de natildeo conformidade satildeo humanas muitas vezes

os sistemas natildeo satildeo corretamente desenhados e acabam sendo a causa das falhas

humanas nesses casos a abordagem eacute redesenhar o sistema de modo a simplificaacute-lo e

posteriormente treinar o pessoal envolvido para novamente validar o sistema Ao longo

do tempo tendo em vista a necessidade e importacircncia das pessoas dentro de um

processo de validaccedilatildeo passou-se a considerar esse fator e a proacutepria legislaccedilatildeo brasileira

(Brasil 2003) determina que ldquoo treinamento adequado e a motivaccedilatildeo do pessoal satildeo

16

preacute-requisitos para uma validaccedilatildeo bem sucedida todo o pessoal deve ser motivado a

apoiar a empresa na manutenccedilatildeo dos padrotildees de qualidaderdquo

Outro aspecto a considerar no processo de validaccedilatildeo satildeo os documentos gerados

durante a validaccedilatildeo e qualificaccedilatildeo aos quais no passado natildeo foi dedicada suficiente

atenccedilatildeo Consequumlentemente as empresas natildeo tem sido capazes de prover evidecircncias

documentais que reflitam o tempo e esforccedilo despendido na execuccedilatildeo desta atividade O

desenvolvimento da documentaccedilatildeo de uma validaccedilatildeo eacute parte essencial do sucesso de

qualquer programa ou estudo de validaccedilatildeo O objetivo principal eacute assegurar que a

documentaccedilatildeo eacute capaz de provar que o processo ou sistema trabalha como o

programado eacute reprodutiacutevel e que suas especificaccedilotildees e atributos de qualidade

encontram-se estabelecidas A documentaccedilatildeo deve ser concisa natildeo-ambiacutegua detalhada

e completa (Castilla e Sena 2001)

Segundo Castilla e Sena (2001) uma boa documentaccedilatildeo de validaccedilatildeo deve ser

ldquouma descriccedilatildeo histoacuterica do que foi produzido envasado limpo embaladordquo Trazer o

como isto foi feito e quais controles foram realizados no local Deve ser um caminho

para minimizar erros e variaccedilotildees e prover evidecircncias de que ldquoalgo aconteceurdquo

descrevendo como onde e por quem isto foi feito colocando tambeacutem ldquotudo que vocecirc

quis saber mas teve medo de perguntarrdquo ou seja descrever a histoacuteria do produto seus

componentes equipamentos e processos antes do produto ser introduzido no mercadordquo

E obviamente deve estar em conformidade com os requerimentos das BPF e assegurar

reprodutibilidade

Por fim um problema encontrado ao se validar um processo eacute a falta de clareza

sobre os conceitos relacionados agrave validaccedilatildeo o que adveacutem do fato de a terminologia

relacionada agrave validaccedilatildeo ter mudado seu sentido com o tempo (Nash 1993 Aleem et al

2002)

17

3 Proposiccedilatildeo de um protocolo para validaccedilatildeo de um processo de

purificaccedilatildeo de aacutegua existente na Central de abastecimento de aacuteguas

da Faculdade de FarmaacuteciaUFRGS

Apoacutes a apresentaccedilatildeo dos conceitos principais aplicaccedilotildees e vantagens da

validaccedilatildeo esta parte do trabalho tem por objetivo demonstrar como se realiza a

validaccedilatildeo a partir da proposiccedilatildeo de um protocolo de validaccedilatildeo de um sistema de

purificaccedilatildeo de aacutegua abordando os principais aspectos a serem observados e as anaacutelises

que se fazem necessaacuterias para se validar o sistema

Os sistemas de purificaccedilatildeo de aacutegua satildeo considerados sistemas criacuteticos de

qualidade e podem influir diretamente na qualidade dos produtos por isso devem ser

validados (Johnson 1993 WHO 2005 WHO 2006) A validaccedilatildeo de um sistema de

purificaccedilatildeo de aacutegua deve seguir os passos que normalmente satildeo utilizados para a

maioria das validaccedilotildees Qualificaccedilatildeo de Design (DQ) Qualificaccedilatildeo da Instalaccedilatildeo (IQ)

Qualificaccedilatildeo da Operaccedilatildeo (OQ) e Validaccedilatildeo de Processo (PV)

Segundo a Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (WHO 2005 WHO 2006) para a

validaccedilatildeo deste processo em especial satildeo necessaacuterias trecircs fases que envolvem uma

coleta de dados prolongada a fim de se garantir que o sistema independentemente da

variaccedilatildeo sazonal sobre a aacutegua de alimentaccedilatildeo e sobre o sistema de tratamento mantecircm-

se produzindo consistentemente aacutegua dentro de suas especificaccedilotildees farmacopecircicas

Resumidamente a primeira fase prevecirc a realizaccedilatildeo atraveacutes de testes diaacuterios na aacutegua

coletada de pontos preacute-determinados durante duas a quatro semanas (validaccedilatildeo

prospectiva) Apoacutes a aprovaccedilatildeo na primeira fase de testes a aacutegua produzida pelo

sistema poderaacute ser utilizada e entatildeo eacute conduzida a segunda fase de testes onde seratildeo

avaliados os mesmo pontos de coleta da primeira fase durante um periacuteodo de trecircs

semanas (validaccedilatildeo concorrente) Soacute entatildeo passa-se agrave terceira fase de validaccedilatildeo onde o

sistema eacute monitorado em periacuteodos a serem definidos em menor nuacutemero de pontos de

coleta durante um ano tendo-se assim a avaliaccedilatildeo da influecircncia da variaccedilatildeo sazonal da

aacutegua sobre o sistema e sua validaccedilatildeo completada

Uma abordagem anterior descrita por Johnson (1993) relata a conduccedilatildeo de duas

fases Na etapa inicial o sistema eacute operado sob uma ldquocondiccedilatildeo de estresserdquo ou seja

manteacutem-se o sistema abaixo de suas condiccedilotildees normais de operaccedilatildeo pelo periacuteodo de

18

quatro a seis meses de monitoramento a fim de verificar a robustez do sistema Na

etapa subsequumlente realizam-se testes com o sistema operando em sua normalidade

durante o periacuteodo de no miacutenimo um ano assim constata-se que o sistema produz aacutegua

dentro das especificaccedilotildees independentemente da sazonalidade microbioloacutegica Como

nesta abordagem o sistema opera sob ldquocondiccedilatildeo de estresserdquo na etapa inicial natildeo eacute

indicada a conduccedilatildeo de uma validaccedilatildeo concorrente tendo em vista o risco associado de

natildeo conformidade da aacutegua produzida pelo sistema

O sistema de purificaccedilatildeo de aacuteguas a ser validado seraacute o instalado na Central de

Aacuteguas da Faculdade de Farmaacutecia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul

(UFRGS) Devido agrave necessidade de se realizar uma validaccedilatildeo concorrente pois o

sistema jaacute se encontra instalado e em operaccedilatildeo optou-se por seguir as diretrizes da

Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (WHO 2005 WHO 2006) que se aplicam mais ao

caso aleacutem de ser mais atual A seguir eacute apresentado o protocolo de validaccedilatildeo do

Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacuteguas

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

ASSUNTO Protocolo de Validaccedilatildeo do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

I Objetivo

O objetivo da Validaccedilatildeo do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacuteguas eacute demonstrar que a

aacutegua fornecida pelo sistema atende agraves especificaccedilotildees (quiacutemicas e microbioloacutegicas) para

utilizaccedilatildeo nos laboratoacuterios da Faculdade de Farmaacutecia da UFRGS para a realizaccedilatildeo de

experimentos As especificaccedilotildees seratildeo as descritas na Farmacopeacuteia Brasileira uma vez

que esta constitui o compecircndio oficial brasileiro aleacutem de determinar um maior nuacutemero

de anaacutelises quiacutemicas em relaccedilatildeo aos compecircndios internacionais

II Descriccedilatildeo do Sistema de aacutegua

O sistema de purificaccedilatildeo de aacuteguas a ser validado estaacute instalado na Central de

Aacuteguas da Faculdade de Farmaacutecia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul

(UFRGS) A aacutegua de alimentaccedilatildeo eacute proveniente do sistema de tratamento de aacutegua

clorada da rede municipal (aacutegua de superfiacutecie) A aacutegua entatildeo passa para dois

reservatoacuterios de 5000 litros e segue por gravidade ateacute a Central de Aacuteguas

II1 Sistema de preacute-tratamento

A aacutegua proveniente dos reservatoacuterios de aacutegua passa para a secccedilatildeo de preacute-

tratamento que eacute composta dos meios filtrantes descritos abaixo em carcaccedilas de

polipropileno

a) Filtro retrolavaacutevel com redutor de pressatildeo

b) Filtro de porosidade 5microm com carvatildeo ativado com manocircmetro

c) Filtro de polipropileno de porosidade 1microm com manocircmetro

A filtraccedilatildeo atraveacutes destes filtros tem por objetivo alimentar o sistema de osmose

reversa com aacutegua potaacutevel que necessita do seguinte preacute-tratamento

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Tabela 1 Paracircmetros da aacutegua provinda do sistema de preacute-tratamento

Paracircmetro Especificaccedilatildeo ou limite de aceitaccedilatildeo

Preacute-filtragem 5microm e carvatildeo ativado

Iacutendice de silte Maacuteximo 3

Teor Salino Maacuteximo 2000 mgL

Teor de Cl lt001 mgl

Teor de Mg lt005 mgl

Teor de Feacute lt005 mgl

Gama do valor de pH 4 ndash 11

Remoccedilatildeo de 99 de bacteacuterias e partiacuteculas -

II2 Sistema de Tratamento por Osmose Reversa

A secccedilatildeo de tratamento eacute composta por um sistema de purificaccedilatildeo de aacuteguas

atraveacutes de osmose reversa (OR) modelo TKA LAB-UPW do fabricante TKA (ArtNdeg

083007-SO)

II3 Sistema de Armazenamento

A aacutegua tratada pelo sistema de Osmose Reversa (OR) eacute armazenada em um

tanque de 75 L incluindo torneira de extraccedilatildeo por onde a aacutegua purificada eacute coletada O

armazenamento e coleta da aacutegua purificada ocorrem agrave temperatura ambiente A aacutegua

purificada permanece no tanque de armazenamento por no maacuteximo vinte minutos a cada

vinte minutos a bomba de recirculaccedilatildeo eacute acionada e recircula a aacutegua no tanque

conduzindo-a pela lacircmpada de oxidaccedilatildeo UV e pelo jogo de cartuchos deionizadores

A Figura 1 apresenta os componentes do sistema de Osmose Reversa (OR) e do

sistema de armazenamento e suas especificaccedilotildees

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Figura 1 Desenho esquemaacutetico do sistema de osmose reversa e do sistema de

armazenamento 1- Vaacutelvula solenoacuteide da aacutegua de alimentaccedilatildeo (Art Ndeg 150003) 2-

Bomba auxiliar com transformador (Art Ndeg 190046) 3- Moacutedulo de osmose reversa

composto por Carcaccedila 1812 (Art Ndeg 220047) e Membrana de osmose reversa 1812

(Art Ndeg 220046) 4- Vaacutelvula reguladora de pressatildeo (Art Ndeg 150060) 5- Vaacutelvula

solenoacuteide de enxaguamento por jato de aacutegua (Art Ndeg 150003) 6- Ceacutelula medidora de

condutividade (apoacutes agrave OR) (Art Ndeg 160126) 7- Foto-oxidaccedilatildeo de UV (Art Ndeg

250011) 8- Conjunto de deionizaccedilatildeo composto por Carcaccedila de filtro (Art Ndeg 065310)

e Jogo de cartuchos permutador de iacuteons e resina de adsorccedilatildeo (Art Ndeg 093011) 9-

Ceacutelula de mediccedilatildeo de condutividade da aacutegua purificada (Art Ndeg 160126) 10- Tanque

de 75 litros incluindo jogo de montagem na parede (Art Ndeg 065075) 11- Bomba de

recirculaccedilatildeo (Art Ndeg 190028) 12- Vaacutelvula de controle (Art Ndeg 150009) 13- Controle

por microprocessador (Art Ndeg 160181) 14- Entrada de aacutegua provinda do sistema de

preacute-tratamento 15- Saiacuteda da aacutegua purificada Torneira de extraccedilatildeo 16- Saiacuteda frac34rdquo do

concentrado

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

II4 Princiacutepio de Funcionamento do Sistema de Osmose Reversa

A aacutegua de alimentaccedilatildeo provinda do sistema de preacute-tratamento entra no sistema

com pressatildeo maacutexima de 6 Bar A vaacutelvula solenoacuteide da aacutegua de alimentaccedilatildeo (Figura 1-1)

permanece fechada quando o sistema estaacute no modo de espera ou parado para impedir

que a aacutegua de alimentaccedilatildeo passe pela membrana e transborde no tanque de

armazenamento A membrana semi-permeaacutevel (Figura 1-3) reteacutem 96 dos sais

dissolvidos e 99 das bacteacuterias e dos soacutelidos suspensos na aacutegua de alimentaccedilatildeo A aacutegua

purificada passa agora atraveacutes das fases de tratamento duplo (Figura 1- 7 e 8) e eacute

recolhida no tanque de armazenamento (Figura 1-10) Os sais e outros elementos

rejeitados satildeo eliminados do sistema atraveacutes do fluxo do ldquoconcentradordquo A ceacutelula

medidora da condutividade (Figura 1-6) mede a condutividade da aacutegua purificada (apoacutes

os jogos de cartuchos (Figura 1-7 e 8) o que eacute visualizado no menu de controle do

microprocessador (Figura 1-13) A bomba de recirculaccedilatildeo (Figura 1-11) eacute acionada a

cada a cada vinte minutos e recircula a aacutegua no tanque conduzindo-a pela lacircmpada de

oxidaccedilatildeo UV (Figura 1- 7) e pelo jogo de cartuchos deionizadores (Figura 1-8)

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Um desenho de montagem do sistema de tratamento completo segue na Figura 2

Figura 2 Desenho esquemaacutetico do Sistema de Purificaccedilatildeo de aacuteguas e suas

especificaccedilotildees 1- Aacutegua de alimentaccedilatildeo conexatildeo frac34rdquo (pressatildeo miacutenima 2 bar) 2- Filtro retrolavaacutevel (Art Ndeg 115999) 21- Redutor de pressatildeo (Art Ndeg 115998) 3- Preacute-filtro de 5microm + carvatildeo ativado (Art Ndeg 065201) com um manocircmetro (Art Ndeg 065311) 4-

Filtro de polipropileno de porosidade 1 microm (Art Ndeg 065101) com um manocircmetro (Art Ndeg 065311) 5- Equipamento de Osmose reversa TKA-HPW 220V ndash 100W (Art Ndeg 083007-SO) 6- Tanque de armazenamento de capacidade 75 L (Art Ndeg 115996) 7- Kit de instalaccedilatildeo (Art Ndeg 115994) 8- Caixa de aacutegua de 5000 L 9- Rede puacuteblica de

abastecimento

Caixa drsquoaacutegua (8)

Rede Puacuteblica (9)

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

III Qualificaccedilatildeo da Instalaccedilatildeo (IQ)

A fase da Qualificaccedilatildeo da Instalaccedilatildeo (IQ) estaacute associada agrave verificaccedilatildeo da

instalaccedilatildeo dos equipamentos de acordo com as especificaccedilotildees do fabricante aleacutem da

calibraccedilatildeo dos instrumentos e o estabelecimento de um programa de manutenccedilatildeo

preventiva (Johnson 1993) A Tabela 2 apresenta as especificaccedilotildees do sistema de

purificaccedilatildeo de aacuteguas e as accedilotildees que se fazem necessaacuterias para efetuar a qualificaccedilatildeo

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Tabela 2 Especificaccedilotildees fornecidas pelo fabricante e atividade a ser realizada para qualificar a instalaccedilatildeo

Especificaccedilatildeo Paracircmetro especificado em manual

Atividade a ser realizada para qualificar a

instalaccedilatildeo Tensatildeo Eleacutetrica 127220V 60Hz Registro de Calibraccedilatildeo do

estabilizador Potecircncia Eleacutetrica 01 Kw Verificaccedilatildeo e registro Temperatura ambiente +2degc a +35degC Registro do

monitoramento da temperatura

Pressatildeo do permeado 0 bar Verificaccedilatildeo e registro Pressatildeo operacional 6 bar maacutex Registro da verificaccedilatildeo da

pressatildeo da aacutegua de alimentaccedilatildeo

Temperatura de alimentaccedilatildeo +1degC a +30degC Registro da verificaccedilatildeo de temperatura

Pressatildeo da aacutegua de alimentaccedilatildeo

2 a 6 bar Registro da verificaccedilatildeo da pressatildeo da aacutegua de

alimentaccedilatildeo Calibraccedilatildeo dos controles ao longo do processo

Condutiviacutemetro e manocircmetro

Registro das calibraccedilotildees realizadas

Treinamento dos Operadores -- Realizaccedilatildeo e registro de treinamento

Programa de Manutenccedilatildeo Preventiva

Enxaacuteguumle e desinfecccedilatildeo dos tanques de

estocagem tubulaccedilotildees e carcaccedilas (anualmente)

Elaboraccedilatildeo do POP de enxaacuteguumle e desinfecccedilatildeo

Capacidade de carga das

paredes ou chatildeo

-- Registros da verificaccedilatildeo da instalaccedilatildeo

Tubulaccedilatildeo de Drenagem de

112rdquo livre para o esgoto -- Registro da verificaccedilatildeo da

Instalaccedilatildeo

Espaccedilo de trabalho suficiente -- 64 m2

Conexatildeo aacutegua de alimentaccedilatildeo

de frac34rdquo(com registro)

-- Registro da verificaccedilatildeo da instalaccedilatildeo

Ponto de Coleta do sistema de

preacute-tratamento -- Instalaccedilatildeo de registro na

entrada da aacutegua provinda do preacute-tratamento

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

IV Qualificaccedilatildeo da Operaccedilatildeo (OQ)

Esta etapa estaacute relacionada agrave garantia de que cada componente esteja

funcionando de acordo com o especificado As accedilotildees a serem realizadas na fase de

qualificaccedilatildeo da operaccedilatildeo seguem na tabela 3

Tabela 3 Accedilotildees a serem realizadas na fase de Qualificaccedilatildeo da Operaccedilatildeo (Johnson 1993)

Accedilatildeo Atividade a ser realizada 1 Preencher o sistema com aacutegua e reparar

quaisquer fugas e substituir vaacutelvulas ou vedaccedilotildees defeituosas

Verificaccedilatildeo de vazamentos e registro da realizaccedilatildeo de manutenccedilatildeo por pessoal autorizado

2 Verificar o bom funcionamento das vaacutelvulas e controles ao longo do processo

Calibraccedilatildeo dos Manocircmetros e Condutiviacutemetro do tanque de armazenamento

3 Registrar a realizaccedilatildeo da sanitizaccedilatildeo da caixa de aacutegua e da distribuiccedilatildeo do sistema

Realizaccedilatildeo da Sanitizaccedilatildeo e seu Registro

4 Elaboraccedilatildeo de POPs que descrevem os procedimentos de ligar desligar e sanitizar os equipamentos e o sistema

Seguem em anexo B

5 Verificaccedilatildeo da variaccedilatildeo da vazatildeo de aacutegua em comparaccedilatildeo as especificaccedilotildees do fornecedor

Protocolo de Serviccedilo (PS001) Anexo C

6 Avaliar a produccedilatildeo nominal do sistema 7 Lh a 15degC 7 Avaliar a eficiecircncia do sistema de preacute-

tratamento Atraveacutes da Fase 1 de validaccedilatildeo se avaliaraacute a eficiecircncia do sistema de preacute-tratamento

V Process validation (PV)

Apoacutes a realizaccedilatildeo das trecircs primeiras qualificaccedilotildees seraacute necessaacuterio realizar testes

que comprovem que o sistema realiza a purificaccedilatildeo da aacutegua da maneira a que se propotildee

Para realizar essa tarefa como descrito anteriormente segue-se a abordagem da

Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (WHO 2005) que determina trecircs fases para a validaccedilatildeo

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

V1 Plano de amostragem

V11 Pontos de amostragem

A tabela 4 descreve os pontos de coleta sua localizaccedilatildeo e a especificaccedilatildeo do tipo

de aacutegua

Tabela 4 Pontos de validaccedilatildeo localizaccedilatildeo e suas especificaccedilotildees de avaliaccedilatildeo Nuacutemero Local Tipo de aacutegua

1 Entrada do sistema de purificaccedilatildeo de aacutegua (torneira da pia)

Aacutegua potaacutevel

2 Aacutegua de alimentaccedilatildeo da osmose reversa Aacutegua potaacutevel natildeo clorada

3 Ponto de coleta da aacutegua purificada Aacutegua purificada

V12 Testes Requeridos e Criteacuterio de Aceitaccedilatildeo

Os testes requeridos e seus criteacuterios de aceitaccedilatildeo estatildeo descritos nas tabelas 4 e

5 Os testes para Aacutegua Purificada seratildeo realizados de acordo com a Farmacopeacuteia

Brasileira 4ordf ediccedilatildeo (F Bras IV 2005) e para aacutegua potaacutevel de acordo com os limites

estabelecidos na Portaria 51804 do Ministeacuterio da Sauacutede

V121 Aacutegua Potaacutevel

Tabela 5 Criteacuterios de Aceitaccedilatildeo para aacutegua potaacutevel Testes Microbioloacutegicos Especificaccedilatildeo Contagem Heterotroacutefica Total le 500UFCMl Patoacutegenos Ausecircncia de Coliformes Testes Quiacutemicos Especificaccedilatildeo Cor lt 15 UH Cloro 02 a 05 ppm pH 60 a 95 Turbidez lt 5UT Unidade Hazen (mg Pt-CoL) Unidade de turbidez

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

V122 Aacutegua Purificada

Tabela 6 Criteacuterios de Aceitaccedilatildeo para aacutegua purificada Testes Microbioloacutegicos Especificaccedilatildeo Contagem Heterotroacutefica Total le 100UFCmL Patoacutegenos Ausecircncia de coliformes P aeruginosa S

aureus e E Coli termotolerantes Testes Quiacutemicos Especificaccedilatildeo Acidez ou Alcalinidade Cumpre o Teste Amocircnio No maacuteximo 02 ppm Aparecircncia Liacutequido incolor liacutempido insiacutepido e

inodoro Caacutelcio e Magneacutesio Cumpre o Teste Cloretos Cumpre o Teste Condutividade No maacuteximo 21 microScm Metais Pesados No maacuteximo 01 ppm Nitratos No maacuteximo 02 ppm pH 5 -7 Resiacuteduo por evaporaccedilatildeo No maacuteximo 0001 Substacircncias Oxidaacuteveis Cumpre o Teste Sulfatos Cumpre o Teste Os testes seratildeo realizados de acordo com a Farmacopeacuteia Brasileira 4ordf ediccedilatildeo (F Bras IV 2005)

V13 Cronograma de Amostragem

Para a Fase 1 da validaccedilatildeo seratildeo realizados testes quiacutemicos e bioloacutegicos para

todos os pontos de amostragem durante trecircs semanas em trecircs periacuteodos de cinco dias

Apoacutes a conclusatildeo satisfatoacuteria dessa fase se realizaraacute a Fase 2 de validaccedilatildeo fase em que

a aacutegua produzida pode ser utilizada Nesta fase deve-se realizar novamente e

diariamente todos os testes quiacutemicos e bioloacutegicos para todos os pontos de amostragem

durante quatro semanas em quatro periacuteodos de cinco dias Para a Fase 3 de validaccedilatildeo

seratildeo realizados os mesmos testes quiacutemicos e microbioloacutegicos para todos os pontos de

amostragem semanalmente durante um ano O cronograma dos pontos de amostragem

segue na tabela 7

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Tabela 7 Cronograma de validaccedilatildeo

Fase de

Validaccedilatildeo

Ponto de

Amostragem

Periacuteodo de

Anaacutelise

Frequumlecircncia de

Anaacutelise

Tipo de Testes

a Realizar

1 1 2 Semanas Trecircs periacuteodos de

5 dias

Aacutegua Potaacutevel

1 2 2 Semanas Trecircs periacuteodos de 5 dias

Aacutegua potaacutevel

natildeo clorada

1 3 2 Semanas Trecircs periacuteodos de 5 dias

Aacutegua

Purificada

2 1 3 Semanas Quatro periacuteodos

de 5 dias

Aacutegua Potaacutevel

2 2 3 Semanas Quatro periacuteodos

de 5 dias

Aacutegua potaacutevel

natildeo clorada

2 3 3 Semanas Quatro periacuteodos

de 5 dias

Aacutegua

Purificada

3 1 1 Ano Semanal Aacutegua Potaacutevel

3 2 1 Ano Semanal Aacutegua potaacutevel

natildeo clorada

3 3 1 Ano Semanal Aacutegua

Purificada

V2 Fase 1

Periacuteodo de testes de trecircs semanas em trecircs periacuteodos de cinco dias para

monitoramento do sistema intensivamente durante este periacuteodo o sistema deve operar

continuamente sem falhas ou desvios de qualidade

Para essa fase seratildeo realizados os seguintes testes

bull Realizar testes quiacutemicos e microbioloacutegicos de acordo o plano de amostragem

bull Desenvolver faixas de operaccedilatildeo adequadas

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

bull Desenvolver e finalizar procedimentos de operaccedilotildees limpeza desinfecccedilatildeo e

manutenccedilatildeo

bull Demonstrar a produccedilatildeo e entrega da aacutegua na qualidade e quantidade exigida

bull Usar e aperfeiccediloar os POPs de operaccedilatildeo (ver anexo) manutenccedilatildeo desinfecccedilatildeo e

soluccedilatildeo de problemas

bull Verificar alertas provisoacuterios e accedilotildees de niacuteveis

bull Desenvolver e refinar procedimentos de testes de natildeo conformidade

V3 Fase 2

Outro periacuteodo de testes de quatro semanas em quatro periacuteodos de cinco dias a

ser realizado de maneira mais intensiva atraveacutes de um acompanhamento dos POPs

aperfeiccediloados apoacutes a conclusatildeo da Fase 1 O sistema de amostragem eacute idecircntico ao da

fase inicial e aacutegua pode ser utilizada para a fabricaccedilatildeo durante essa fase O sistema

deve

bull Demonstrar a produccedilatildeo e entrega da aacutegua na qualidade e quantidade exigida

quando o sistema eacute operado de acordo com os POPs

bull Demonstrar que o sistema estaacute sob controle

V4 Fase 3

Esta fase seraacute executada por no miacutenimo um ano apoacutes a conclusatildeo satisfatoacuteria da

fase dois a aacutegua pode ser usada para a fabricaccedilatildeo durante esta fase produccedilatildeo que tem os

devidos fins e caracteriacutesticas

bull Demonstrar que o sistema estaacute sob controle durante um longo periacuteodo de tempo

garantindo que as variaccedilotildees sazonais foram avaliadas

bull Locais de amostra frequumlecircncia de amostras e testes devem ser reduzido ao padratildeo

de rotina normal (semanalmente)

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

POP ndeg001 Versatildeo 06112007 Validade 06112008 Paacutegina 14

Procedimento Operacional Padratildeo 001

Instruccedilotildees de Uso do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

1 Objetivo Orientar a operaccedilatildeo do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

2 Aplicaccedilatildeo Ao pessoal responsaacutevel pela operaccedilatildeo e monitoramento do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

3 Materiais Necessaacuterios Protocolo de Serviccedilo (PS 001) Protocolo de Manutenccedilatildeo (PM 001) Protocolo de Produccedilatildeo de Aacutegua Purificada (PP 001)

4 Cuidados Especiais Verificar se o aparelho estaacute limpo e adequado a sua utilizaccedilatildeo Verificar a temperatura e umidade do ambiente Verificar a temperatura da aacutegua de alimentaccedilatildeo Verificar a pressatildeo da aacutegua de alimentaccedilatildeo

5 Procedimento 51 Ligar o Disjuntor (A) que alimenta a Central de Aacuteguas

A

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

POP ndeg001 Versatildeo 06112007 Validade 06112008 Paacutegina 24

Procedimento Operacional Padratildeo 001

Instruccedilotildees de Uso do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

52 Ligar o Estabilizador (B) de energia que alimenta o aparelho de Osmose Reversa

53 Abrir o registro (C) da aacutegua de alimentaccedilatildeo

54 Verificar os paracircmetros do item Cuidados Especiais e anotaacute-los no Protocolo de Serviccedilo

(PS 001)

B

C

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

POP ndeg001 Versatildeo 06112007 Validade 06112008 Paacutegina 34

Procedimento Operacional Padratildeo 001

Instruccedilotildees de Uso do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

55 Acionar a tecla ONOFF (1)

56 Visualizar no display (2) ldquoCleaningrdquo - referente agrave operaccedilatildeo do sistema de enxaacutegue que

entra automaticamente em operaccedilatildeo 57 Visualizar no display (2) ldquoProductionrdquo (produccedilatildeo) - referente agrave operaccedilatildeo do sistema de

Osmose Reversa 58 Apoacutes 2 minutos de produccedilatildeo acionar a tecla MENU (3) duas vezes para verificar a

condutividade da aacutegua de produccedilatildeo Caso visualize a mensagem ldquoError-CPrdquo paacutere a produccedilatildeo e despreze a aacutegua do tanque abrindo o registro do ponto de coleta de aacutegua purificada (D)

59 Quando o tanque de armazenamento estiver cheio ocorreraacute outro enxaacuteguumle automaacutetico e

no display (2) apareceraacute a mensagem ldquoCleaningrdquo 510 Completando-se este ciclo o aparelho entra em modo de operaccedilatildeo ldquoStand byrdquo sendo

visualizado no display (2) a mesma mensagem ldquoStand byrdquo

1

2

3

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

POP ndeg001 Versatildeo 06112007 Validade 06112008 Paacutegina 44

Procedimento Operacional Padratildeo 001

Instruccedilotildees de Uso do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

511 Retire a Aacutegua Purificada do tanque de armazenamento abrindo o registro do Ponto de Coleta (D)

512 Ao final da produccedilatildeo acionar a tecla ONOFF (1) desligar o Estabilizador de energia (B)

e fechar o registro da aacutegua de alimentaccedilatildeo (C) e o disjuntor da Central de Aacuteguas (A) 513 Anotar o valor final produzido no Protocolo de Produccedilatildeo de Aacutegua Purificada

6 Observaccedilotildees Limpeza Mensal Manutenccedilatildeo Realizada pelo fabricante sempre que constatado que fora dos paracircmetros

D

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

Protocolo ndeg001 Versatildeo 06112007 Validade 06112008

Protocolo de Serviccedilo (PS 001)

Protocolo de Verificaccedilatildeo dos Paracircmetros do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

Data Temp Ambiente

(degC)

Umidade ()

Temp Aacutegua de

Alimentaccedilatildeo (degC)

Pressatildeo Aacutegua de

Alimentaccedilatildeo (bar)

Condutividade da aacutegua Produzida (microScm)

Responsaacutevel

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash

RS Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

Protocolo ndeg002 Versatildeo 06112007 Validade 06112008

Protocolo de Manutenccedilatildeo (PM 001)

Protocolo de Verificaccedilatildeo da Manutenccedilatildeo do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

Tipo de Sistema

Nuacutemero de Identificaccedilatildeo

Ano de Fabricaccedilatildeo

Data Dureza da aacutegua de

alimentaccedilatildeo (degdH)

Pressatildeo de operaccedilatildeo

(bar)

Taxa de Permeado

(Lh)

Uacuteltima Troca de Preacute-filtro

Uacuteltima troca de Fosfato

Uacuteltima limpeza

desinfecccedilatildeo

Ass

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash

RS Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

Protocolo ndeg003 Versatildeo 06112007 Validade 06112008

Protocolo de Produccedilatildeo (PP 001)

Protocolo de Produccedilatildeo de Aacutegua Purificada

Data Produccedilatildeo Diaacuteria Responsaacutevel

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash

RS Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

Protocolo ndeg004 Versatildeo 06112007 Validade 06112008

Resultados da Validaccedilatildeo do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

Aacutegua Purificada

DATA

PONTO DE COLETA

Testes Microbioloacutegicos

Especificaccedilatildeo ____ ____ ____ ____ ____

Contagem Heterotroacutefica Total

le 100UFCmL

Patoacutegenos Ausecircncia de coliformes P aeruginosa S aureus

Testes Quiacutemicos Especificaccedilatildeo ____ ____ ____ ____ ____ Acidez ou Alcalinidade

Cumpre o Teste

Amocircnio No maacuteximo 02 ppm Aparecircncia Liacutequido incolor liacutempido

insiacutepido e inodoro

Caacutelcio e Magneacutesio Cumpre o Teste Cloretos Cumpre o Teste Condutividade No maacuteximo 21 microScm Metais Pesado No maacuteximo 01 ppm Nitratos No maacuteximo 02 ppm pH 5 -7 Resiacuteduo por evaporaccedilatildeo

No maacuteximo 0001

Substacircncias Oxidaacuteveis Cumpre o Teste Sulfatos Cumpre o Teste Os testes seratildeo realizados de acordo com a Farmacopeacuteia Brasileira 4ordf ediccedilatildeo (F Bras IV 2005)

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash

RS Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

Protocolo ndeg 005 Versatildeo 06112007 Validade 06112008

Resultados da Validaccedilatildeo do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua Aacutegua Potaacutevel

Data

Ponto de

Coleta

Especificaccedilotildees Anaacutelise Quiacutemica Anaacutelise Microbioloacutegica

Cloro pH Cor

Turbidez Contagem Heterotroacutefica

Total

Patoacutegenos

02 ndash 05 ppm

60 ndash 95 15 UH 5 UT

lt 500 UFCmL Ausecircncia de coliformes

Unidade Hazen (mg Pt-CoL)

Unidade de turbidez

40

4 Consideraccedilotildees finais e perspectivas

Ao longo do tempo a importacircncia da validaccedilatildeo de processos para a Garantia da

Qualidade foi sendo melhor compreendida pelo segmento farmacecircutico e com isso foi

contemplada pelos oacutergatildeos reguladores e aplicada pelos profissionais deste segmento

Se a validaccedilatildeo estaacute bem definida e eacute amplamente compreendida como pocircde ser

observado pelo nuacutemero de trabalhos e legislaccedilotildees revisados neste trabalho um dos

desafios que se apresentam atualmente consiste em ampliar o entendimento de como

realizaacute-la na praacutetica A proposiccedilatildeo de um protocolo para a validaccedilatildeo de um processo de

purificaccedilatildeo de aacutegua teve como um de seus objetivos exemplificar esta tarefa e assim

auxiliar na elaboraccedilatildeo de outros protocolos Assim como perspectiva deste trabalho

espera-se fornecer subsiacutedio agrave validaccedilatildeo de outros processos farmacecircuticos de

purificaccedilatildeo de aacutegua ou mesmo outros

Isto porque embora cada processo possua aspectos especiacuteficos os quais devem

ser cuidadosamente avaliados durante a validaccedilatildeo o entendimento e aplicaccedilatildeo

adequados da terminologia relacionada agrave validaccedilatildeo auxiliam na conduccedilatildeo de uma

validaccedilatildeo adequada e bem documentada

41

5 Referecircncias

ALEEM H ZHAO Y LORD S MCCARTHY T SHARRATT P N Pharmaceutical process validation an overview Proceedings of the Institution of Mechanical Engineers Part E Process Mechanical Engineering v 217 p141 ndash 150 2002

ALENCAR J R B Pinto P M D V Neto P P V Oliveira A T C Medeiros F P M Ramos S V V Rolim P J N Strategy in pharmaceutical process validation of purified water Revista Brasileira de Farmaacutecia v 85 n3 p85-88 2004a ALENCAR JRB Souza M B J Rolim P J N Lopes C E Uso de controle estatiacutestico de processo (CEP) para validaccedilatildeo de processo de glibenclamida comprimidos Revista Brasileira de Farmaacutecia v85 n3 p115-119 2004b

ALENCAR J R B CLEMENTINO M R A ROLIM P J N Cleaning validation of equipments in medicines industry strategy to select the ldquoworst caserdquo Revista Brasileira de Farmaacutecia v87 n 1 p13-18 2006

ANVISA ndash Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria Gerecircncia Geral de Inspeccedilatildeo e Controle de Medicamentos e Produtos Guias relacionados agrave garantia de qualidade Brasiacutelia 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwanvisagovbrinspecaoguias_qualidadepdfgt Acesso em 12 nov 2007

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria (ANVISA) Resoluccedilatildeo RDC nordm 210 de 04082003 DOU de 14082003 Disponiacutevel em lthttpe-legisanvisagovbrleisrefpublicshowActphpid=22321ampword=gt Acesso em 30 set 2007

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria (ANVISA) Resoluccedilatildeo RDC nordm 67 de 08102007 DOU de 09102007 Disponiacutevel em lthttpe-legisanvisagovbrleisrefpublicshowActphpid=28806ampword= gt Acesso em 30 nov 2007

42

BRASIL Ministeacuterio de Estado da Sauacutede Portaria nordm 518 de 25032004 DOU de 26032004 Disponiacutevel em lthttpe-legisanvisagovbrleisrefpublicshowActphpid=22322ampwordgt Acesso em 30 set 2007

CASTILLA B SENA F J Validation documentation Journal of Validation Technology v7 n 2 p 166-123 2001

DA ROSA PS Diagnoacutestico e avaliaccedilatildeo da qualidade microbioloacutegica da aacutegua na Faculdade de Farmaacutecia Trabalho de Conclusatildeo de Curso de Graduaccedilatildeo Disciplina de Estaacutegio Curricular em Farmaacutecia Faculdade de Farmaacutecia Universidade Federal do Rio Grande do Sul Porto Alegre 2007

EMEA - European Agency for Evaluation of Medicinal Products Note for guidance on process validation London 2001 Disponiacutevel em lthttpwwwemeaeuropaeupdfshumanqwp084896enpdfgt Acesso em 12 nov 2007

FARMACOPEacuteIA BRASILEIRA 4 ed Satildeo Paulo Atheneu 2004 pV224

FARMACOPEacuteIA BRASILEIRA 4 ed Satildeo Paulo Atheneu 2005 Fasciacuteculo 6 p263

FDA ndash Food and Drug Administration - Center for Drug Evaluation and Research (CDER) Guidance for Industry Powder Blends and Finished Dosage Units mdash Stratified In-Process Dosage Unit Sampling and Assessment Rockville 2003 Disponiacutevel em lthttpwwwfdagovCDERGUIDANCE5831dfthtmgt Acesso em 12 nov 2007

FDA ndash Food and Drug Administration - Division of Manufacturing and Product Quality (HFN-320) Center for Drugs and Biologics Guidelines on general principles of process validation Rockville 1987 Disponiacutevel em lthttpwwwfdagovCDERGUIDANCEpvhtmgt Acesso em 12 nov 2007

GUAZZARONI M YIIN B YU JL Application of total organic carbon analysis for cleaning validation in pharmaceutical manufacturing American Biotechnology Laboratory v 16 n 10 p 66-67 1998

HAIDER S I Validation standard operating procedures a step-by-step guide for achieving compliance in the pharmaceutical medical device and biotech industries 2 ed Boca Raton CRC 2002

43

HELLE M R YLIRUUSI J MANNERMAA J P A literature review of pharmaceutical process validation Pharmaceutical Technology Europe Part 3 v15 p 52-57 2003

HOFMANN K L Sterile products validation In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 103

JEATER J P CULLEN L F PAPARIELLO GJ Organizing for validation In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 9

JOHNSON W M Validation of water system for sterile and nonsterile products In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 299 - 317

KIEFFER RG Validation and the human element PDA Journal of Pharmaceutical Science and Technology v52 n2 p52-54 1998

LE HIR A Noccedilotildees de farmaacutecia galecircnica 6 ed Satildeo Paulo Organizaccedilatildeo Andrei 1997 p 137-138

LeBLANC D A Establishing scientifically justified acceptance criteria for cleaning validation of finished drug products Pharmaceutical Technology 1998 Disponiacutevel em ltwwwadvanstarcomgt Acesso em 30 set 2007

LOFTUS B T The Regulatory basis for process In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 2 - 32

LORD SV MCCARTHY T ALEEM H ZHAO Y SHARRATT P N Reinterpreting validation Proceedings of the Institution of Mechanical Engineers Part E Process Mechanical Engineering v 217 p287- 292 2003

MCCOLMICK P Y CULLEN L F Cleaning validation In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 319 - 322

NASH R A Introduction In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993

44

PICS - Pharmaceutical Inspection Convention and Pharmaceutical Inspection Co-operation Scheme Recommendations on validation master plan installation and operational qualification non-sterile process validation cleaning validation Genebra 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwnewwayzconzrefmaterialpics_pi006_2VMPpdfgt Acesso em 30 set 2007

TKA WASSERAUFBEREITUNGSSYSTEME GMBH Operating instructions TKA LAB ndash UPW Article ndeg 083007-SO Niederelbert 2001

WHO ndash World Health Organization Suplementary guidelines on good manufacturing practices (GMP) validation Genebra 2005 p 22-23 Disponiacutevel em lthttpwwwwhointmedicinesservicesexpertcommitteespharmprepValidation_QAS_055_Rev2combinedpdfgtAcesso em Acesso em 30 set 2007

WHO ndash World Health Organization Supplementary training modules on good manufacturing practice water for pharmaceutical use Part 1 introduction and treatment Genebra 2001 Disponiacutevel em ltftpftpwhointmedicinesGMPgmptrainsuplmtWater01pptgt Acesso em 30 set 2007

WHO ndash World Health Organization Supplementary training modules on good manufacturing practice water for pharmaceutical use Part 2 water purification engineering Genebra 2001 Disponiacutevel em ltftpftpwhointmedicinesGMPgmptrainsuplmtWater02pptgt Acesso em 30 set 2007

WHO ndash World Health Organization Supplementary training modules on good manufacturing practice water for pharmaceutical use Part 3 inspection of water systems Genebra 2001 Disponiacutevel em ltftpftpwhointmedicinesGMPgmptrainsuplmtWater03pptgt Acesso em 30 set 2007

WHO ndash World Health Organization Who good manufacturing practices water for pharmaceutical use Genebra 2005 (Technical Report Series n 929 Anexo 3)

WHO ndash World Health Organization Who Expert Committee on specifications for pharmaceutical preparations Genebra 2006 p 125 ndash 126 (Technical Report Series n 937 Anexo 4 Apecircndice II) Disponiacutevel em lthttpwhqlibdocwhointtrsWHO_TRS_937_engpdfpage=359gt Acesso em 01 dez 2007

  • Outras definiccedilotildees semelhantes a essas existem e muito embora as expressotildees variem a essecircncia de todas eacute a mesma assegurar que o processo quando operado sob as condiccedilotildees preacute-determinadas resultaraacute em um produto que reuniraacute as especificaccedilotildees e seus
Page 12: VALIDAÇÃO DE PROCESSOS: Aspectos teóricos e proposição de

12

Eacute importante ressaltar que a qualificaccedilatildeo eacute parte da validaccedilatildeo mas a qualificaccedilatildeo

de uma etapa do processo individualmente natildeo constitui a validaccedilatildeo do processo (Lord

et al 2003) Segundo Aleem e colaboradores (2002) o maior desafio eacute o de garantir

que todos esses itens individualmente qualificados trabalhem juntos como um sistema

integrado da maneira esperada e usando os procedimentos e materiais preacute-definidos

Faz-se entatildeo necessaacuterio responder a uma pergunta ldquoquando qualificar e quando

validarrdquo O que o Pharmaceutical Inspection Convention and Pharmaceutical

Inspection Co-operation Scheme (PICS 2004) relata eacute que eacute impossiacutevel definir

categoricamente quando a qualificaccedilatildeo e a validaccedilatildeo satildeo necessaacuterias pois operaccedilotildees de

produccedilatildeo e instalaccedilotildees satildeo consideravelmente grandes e complexas

O que se sabe eacute que a qualificaccedilatildeo deve estar completa antes da validaccedilatildeo ser

conduzida O processo de qualificaccedilatildeo deve constituir-se em processo sistemaacutetico e

loacutegico bem como ser iniciado pelas fases de desenho das instalaccedilotildees equipamentos e

utilidades (Anvisa 2006) O conceito de qualificaccedilatildeo de equipamentos natildeo eacute uma

novidade Vaacuterios fornecedores vecircm executando constantemente verificaccedilotildees para

confirmar a funcionalidade de seus equipamentos tanto antes quanto depois da

instalaccedilatildeo entretanto eacute um requisito da BPF que cada companhia farmacecircutica

identifique qual qualificaccedilatildeo e validaccedilatildeo satildeo requeridas para provar o controle dos

aspectos criacuteticos de sua operaccedilatildeo (PICS 2004)

O processo farmacecircutico percorre um longo caminho em direccedilatildeo agrave determinaccedilatildeo

de quais aspectos de uma operaccedilatildeo satildeo criacuteticos Muitas empresas asseguram a validaccedilatildeo

como uma seacuterie de estudos separados de cada componente de um sistema completo

(Hofmann 1993)

25 Estaacutegios da Validaccedilatildeo (DQ IQ OQ e PQ)

A validaccedilatildeo tem sido dividida em sucessivos e sistemaacuteticos passos conhecidos

como Qualificaccedilatildeo da Instalaccedilatildeo (IQ) Qualificaccedilatildeo da Operaccedilatildeo (OQ) Qualificaccedilatildeo da

Performance (PQ) ou desempenho e Validaccedilatildeo de Processo (PV) Do ponto de vista

funcional cada passo abrange maior funcionalidade que o seu antecessor Mais

recentemente outro passo conhecido como Qualificaccedilatildeo de Desenho (PQ) foi

introduzido (Aleem et al 2002)

13

Esses passos podem ser mais claramente determinados da seguinte maneira a

Validaccedilatildeo de Processos deve estabelecer e prover evidecircncias documentais que

garantam que as dependecircncias utilidades de apoio equipamentos e processos devem ser

designados de acordo com os requerimentos das BPFs isto normalmente constitui DQ

Jaacute as evidecircncias documentais que estabelecem que os mesmos foram construiacutedos e

instalados em conformidade com suas especificaccedilotildees constituem a IQ E se os mesmos

devidamente documentados estatildeo operando de acordo com suas especificaccedilotildees

constitui a OQ Quando um processo especiacutefico produz consistentemente um produto

que reuacutene suas especificaccedilotildees e atributos de qualidade isto constitui a PV sendo que o

termo PQ tambeacutem pode ser usado com essa conotaccedilatildeo (PICS 2004 ANVISA 2006)

Apoacutes a validaccedilatildeo de um processo uma seacuterie de experimentos deve ser realizada

a fim de determinar os pontos criacuteticos do processo Estes experimentos podem

incorporar um elemento de mudanccedila para determinar a robustez do processo A inserccedilatildeo

de uma mudanccedila eacute geralmente referida como um exerciacutecio de ldquopior casordquo O uso de

novos materiais sobre condiccedilotildees limites de suas especificaccedilotildees pode indicar a

habilidade do processo de continuar produzindo um produto final com suas

especificaccedilotildees (PICS 2004)

A legislaccedilatildeo brasileira (Brasil 2003) acrescenta que a escolha do procedimento

a validar deve priorizar as atividades relacionadas agrave capacidade do processo por

exemplo a capacidade de o processo operar sem dificuldades quando os paracircmetros se

aproximam de limites aceitaacuteveis O uso de faixas de aceitaccedilatildeo para a qualidade das

mateacuterias-primas em lotes experimentais pode tornar possiacutevel estimar a extensatildeo na qual

o processo ainda continua sendo capaz de produzir um produto final que atende agraves

especificaccedilotildees

26 Processos sujeitos agrave validaccedilatildeo

Segundo a legislaccedilatildeo brasileira (Brasil 2003) e diretrizes internacionais (FDA

1987 PICS 2004) deve-se realizar a validaccedilatildeo de todos os processos de fabricaccedilatildeo e

inclusive as atividades de suporte incluindo as operaccedilotildees de limpeza A seguir seratildeo

comentados dois processos de validaccedilatildeo sendo um deles uma atividade de suporte e o

outro um processo de fabricaccedilatildeo

14

A validaccedilatildeo das operaccedilotildees de limpeza eacute de suma importacircncia na induacutestria

farmacecircutica pois resiacuteduos de produtos ou mesmo os proacuteprios agentes de limpeza

podem constituir uma fonte de contaminaccedilatildeo Mesmo quando se utiliza um

equipamento ldquodedicadordquo ou seja de uso exclusivo para processar um produto haacute que

se considerar a contaminaccedilatildeo do proacuteximo lote com produtos de degradaccedilatildeo Na

validaccedilatildeo de limpeza haacute vaacuterios aspectos a serem considerados tais como (i) se o

equipamento eacute dedicado ou natildeo (ii) o tipo de limpeza se manual semi-automatizada ou

mesmo automatizada (do inglecircs CIP ndash clean in place) (iii) as teacutecnicas de amostragem

(uso de swab rinsagem monitoramento direto na superfiacutecie entre outros) (iv) os

agentes de limpeza a serem empregados (v) o meacutetodo de anaacutelise que deve possuir

elevada sensibilidade e (vi) os relacionados ao produto como sua solubilidade e

toxicidade

Assim muitas vezes se recorre ao uso de teacutecnicas como a anaacutelise de carbono

orgacircnico total (TOC) (Guazzaroni et al 1998) que eacute capaz de medir traccedilos de

substacircncias que apresentem carbono em sua composiccedilatildeo ndash o que se aplica tanto agrave

anaacutelise de resiacuteduos dos produtos quanto dos proacuteprios tensoativos empregados na

limpeza De qualquer modo a validaccedilatildeo de operaccedilotildees de limpeza normalmente se

baseia na seleccedilatildeo do ldquopior casordquo (McCormick e Cullen 1993 PICS 2004) definindo-

se os limites de resiacuteduo quiacutemico e microbioloacutegico aceitaacuteveis no proacuteximo lote a ser

produzido atraveacutes de foacutermulas matemaacuteticas Estas questotildees satildeo aprofundadas nos

trabalhos de LeBlanc (1998) e Alencar e colaboradores (2006) aleacutem das diretrizes

apresentadas pelo Pharmaceutical Inspection Convention and Pharmaceutical

Inspection Co-operation Scheme (PICS 2004) e Agecircncia Nacional de Vigilacircncia

Sanitaacuteria (ANVISA 2006)

Como segundo exemplo a validaccedilatildeo da produccedilatildeo de formas farmacecircuticas

soacutelidas eacute realizada de maneira geral atraveacutes do uso de controles estatiacutesticos meacutetodos

que satildeo empregados em um contexto de validaccedilatildeo retrospectiva ou concorrente

Segundo Alencar e colaboradores (2004b) trata-se de uma ferramenta simples na sua

aplicaccedilatildeo capaz de permitir faacutecil compreensatildeo raacutepidas accedilotildees de controle pelo pessoal

de operaccedilatildeo rica nos resultados que pode apresentar sobre o comportamento do

processo Com relaccedilatildeo a planos de amostragem em misturas e formas soacutelidas o FDA

apresenta um guia bastante uacutetil intitulado Guidance for Industry Powder Blends and

15

Finished Dosage Units mdash Stratified In-Process Dosage Unit Sampling and Assessment

que apresenta as aplicaccedilotildees dos controles estatiacutesticos de acordo com cada necessidade

(FDA 2003)

27 Dificuldades frequumlentemente encontradas durante a validaccedilatildeo

Segundo Lord e colaboradores (2003) atualmente o maior problema na

induacutestria eacute Qual eacute a melhor estrutura organizacional para se realizar um processo de

validaccedilatildeo

Neste sentido Jeater e colaboradores (1993) descreveram que o trabalho de

validaccedilatildeo de processos na induacutestria farmacecircutica eacute geralmente organizado dentro de

alguma das seguintes estruturas uma consultoria uma forccedila-tarefa ou um grupo

dedicado exclusivamente agrave validaccedilatildeo Em cada uma delas haacute aspectos positivos e

negativos mas a forma com que os grupos de validaccedilatildeo satildeo desenvolvidos e

controlados dependeraacute das circunstacircncias locais medidas organizacionais estrutura e

personalidade das pessoas responsaacuteveis pelo estabelecimento de um processo de

validaccedilatildeo

Na validaccedilatildeo de processos eacute necessaacuterio considerar o fator humano que eacute muitas

vezes causa de natildeo conformidades ou falhas de produccedilatildeo Kieffer (1998) em seu artigo

ldquoValidation and the Human Elementrdquo descreveu que na validaccedilatildeo inicialmente o

elemento humano natildeo foi considerado como criacutetico dentro do processo enquanto que os

aspectos tecnoloacutegicos eram estudados profundamente entretanto esse elemento deve

ser analisado como parte da validaccedilatildeo e a construccedilatildeo dos processos deve visar sua

proacutepria simplificaccedilatildeo resultando em menos falhas humanas ou natildeo O mesmo autor

acrescenta que nem sempre as causas de natildeo conformidade satildeo humanas muitas vezes

os sistemas natildeo satildeo corretamente desenhados e acabam sendo a causa das falhas

humanas nesses casos a abordagem eacute redesenhar o sistema de modo a simplificaacute-lo e

posteriormente treinar o pessoal envolvido para novamente validar o sistema Ao longo

do tempo tendo em vista a necessidade e importacircncia das pessoas dentro de um

processo de validaccedilatildeo passou-se a considerar esse fator e a proacutepria legislaccedilatildeo brasileira

(Brasil 2003) determina que ldquoo treinamento adequado e a motivaccedilatildeo do pessoal satildeo

16

preacute-requisitos para uma validaccedilatildeo bem sucedida todo o pessoal deve ser motivado a

apoiar a empresa na manutenccedilatildeo dos padrotildees de qualidaderdquo

Outro aspecto a considerar no processo de validaccedilatildeo satildeo os documentos gerados

durante a validaccedilatildeo e qualificaccedilatildeo aos quais no passado natildeo foi dedicada suficiente

atenccedilatildeo Consequumlentemente as empresas natildeo tem sido capazes de prover evidecircncias

documentais que reflitam o tempo e esforccedilo despendido na execuccedilatildeo desta atividade O

desenvolvimento da documentaccedilatildeo de uma validaccedilatildeo eacute parte essencial do sucesso de

qualquer programa ou estudo de validaccedilatildeo O objetivo principal eacute assegurar que a

documentaccedilatildeo eacute capaz de provar que o processo ou sistema trabalha como o

programado eacute reprodutiacutevel e que suas especificaccedilotildees e atributos de qualidade

encontram-se estabelecidas A documentaccedilatildeo deve ser concisa natildeo-ambiacutegua detalhada

e completa (Castilla e Sena 2001)

Segundo Castilla e Sena (2001) uma boa documentaccedilatildeo de validaccedilatildeo deve ser

ldquouma descriccedilatildeo histoacuterica do que foi produzido envasado limpo embaladordquo Trazer o

como isto foi feito e quais controles foram realizados no local Deve ser um caminho

para minimizar erros e variaccedilotildees e prover evidecircncias de que ldquoalgo aconteceurdquo

descrevendo como onde e por quem isto foi feito colocando tambeacutem ldquotudo que vocecirc

quis saber mas teve medo de perguntarrdquo ou seja descrever a histoacuteria do produto seus

componentes equipamentos e processos antes do produto ser introduzido no mercadordquo

E obviamente deve estar em conformidade com os requerimentos das BPF e assegurar

reprodutibilidade

Por fim um problema encontrado ao se validar um processo eacute a falta de clareza

sobre os conceitos relacionados agrave validaccedilatildeo o que adveacutem do fato de a terminologia

relacionada agrave validaccedilatildeo ter mudado seu sentido com o tempo (Nash 1993 Aleem et al

2002)

17

3 Proposiccedilatildeo de um protocolo para validaccedilatildeo de um processo de

purificaccedilatildeo de aacutegua existente na Central de abastecimento de aacuteguas

da Faculdade de FarmaacuteciaUFRGS

Apoacutes a apresentaccedilatildeo dos conceitos principais aplicaccedilotildees e vantagens da

validaccedilatildeo esta parte do trabalho tem por objetivo demonstrar como se realiza a

validaccedilatildeo a partir da proposiccedilatildeo de um protocolo de validaccedilatildeo de um sistema de

purificaccedilatildeo de aacutegua abordando os principais aspectos a serem observados e as anaacutelises

que se fazem necessaacuterias para se validar o sistema

Os sistemas de purificaccedilatildeo de aacutegua satildeo considerados sistemas criacuteticos de

qualidade e podem influir diretamente na qualidade dos produtos por isso devem ser

validados (Johnson 1993 WHO 2005 WHO 2006) A validaccedilatildeo de um sistema de

purificaccedilatildeo de aacutegua deve seguir os passos que normalmente satildeo utilizados para a

maioria das validaccedilotildees Qualificaccedilatildeo de Design (DQ) Qualificaccedilatildeo da Instalaccedilatildeo (IQ)

Qualificaccedilatildeo da Operaccedilatildeo (OQ) e Validaccedilatildeo de Processo (PV)

Segundo a Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (WHO 2005 WHO 2006) para a

validaccedilatildeo deste processo em especial satildeo necessaacuterias trecircs fases que envolvem uma

coleta de dados prolongada a fim de se garantir que o sistema independentemente da

variaccedilatildeo sazonal sobre a aacutegua de alimentaccedilatildeo e sobre o sistema de tratamento mantecircm-

se produzindo consistentemente aacutegua dentro de suas especificaccedilotildees farmacopecircicas

Resumidamente a primeira fase prevecirc a realizaccedilatildeo atraveacutes de testes diaacuterios na aacutegua

coletada de pontos preacute-determinados durante duas a quatro semanas (validaccedilatildeo

prospectiva) Apoacutes a aprovaccedilatildeo na primeira fase de testes a aacutegua produzida pelo

sistema poderaacute ser utilizada e entatildeo eacute conduzida a segunda fase de testes onde seratildeo

avaliados os mesmo pontos de coleta da primeira fase durante um periacuteodo de trecircs

semanas (validaccedilatildeo concorrente) Soacute entatildeo passa-se agrave terceira fase de validaccedilatildeo onde o

sistema eacute monitorado em periacuteodos a serem definidos em menor nuacutemero de pontos de

coleta durante um ano tendo-se assim a avaliaccedilatildeo da influecircncia da variaccedilatildeo sazonal da

aacutegua sobre o sistema e sua validaccedilatildeo completada

Uma abordagem anterior descrita por Johnson (1993) relata a conduccedilatildeo de duas

fases Na etapa inicial o sistema eacute operado sob uma ldquocondiccedilatildeo de estresserdquo ou seja

manteacutem-se o sistema abaixo de suas condiccedilotildees normais de operaccedilatildeo pelo periacuteodo de

18

quatro a seis meses de monitoramento a fim de verificar a robustez do sistema Na

etapa subsequumlente realizam-se testes com o sistema operando em sua normalidade

durante o periacuteodo de no miacutenimo um ano assim constata-se que o sistema produz aacutegua

dentro das especificaccedilotildees independentemente da sazonalidade microbioloacutegica Como

nesta abordagem o sistema opera sob ldquocondiccedilatildeo de estresserdquo na etapa inicial natildeo eacute

indicada a conduccedilatildeo de uma validaccedilatildeo concorrente tendo em vista o risco associado de

natildeo conformidade da aacutegua produzida pelo sistema

O sistema de purificaccedilatildeo de aacuteguas a ser validado seraacute o instalado na Central de

Aacuteguas da Faculdade de Farmaacutecia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul

(UFRGS) Devido agrave necessidade de se realizar uma validaccedilatildeo concorrente pois o

sistema jaacute se encontra instalado e em operaccedilatildeo optou-se por seguir as diretrizes da

Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (WHO 2005 WHO 2006) que se aplicam mais ao

caso aleacutem de ser mais atual A seguir eacute apresentado o protocolo de validaccedilatildeo do

Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacuteguas

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

ASSUNTO Protocolo de Validaccedilatildeo do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

I Objetivo

O objetivo da Validaccedilatildeo do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacuteguas eacute demonstrar que a

aacutegua fornecida pelo sistema atende agraves especificaccedilotildees (quiacutemicas e microbioloacutegicas) para

utilizaccedilatildeo nos laboratoacuterios da Faculdade de Farmaacutecia da UFRGS para a realizaccedilatildeo de

experimentos As especificaccedilotildees seratildeo as descritas na Farmacopeacuteia Brasileira uma vez

que esta constitui o compecircndio oficial brasileiro aleacutem de determinar um maior nuacutemero

de anaacutelises quiacutemicas em relaccedilatildeo aos compecircndios internacionais

II Descriccedilatildeo do Sistema de aacutegua

O sistema de purificaccedilatildeo de aacuteguas a ser validado estaacute instalado na Central de

Aacuteguas da Faculdade de Farmaacutecia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul

(UFRGS) A aacutegua de alimentaccedilatildeo eacute proveniente do sistema de tratamento de aacutegua

clorada da rede municipal (aacutegua de superfiacutecie) A aacutegua entatildeo passa para dois

reservatoacuterios de 5000 litros e segue por gravidade ateacute a Central de Aacuteguas

II1 Sistema de preacute-tratamento

A aacutegua proveniente dos reservatoacuterios de aacutegua passa para a secccedilatildeo de preacute-

tratamento que eacute composta dos meios filtrantes descritos abaixo em carcaccedilas de

polipropileno

a) Filtro retrolavaacutevel com redutor de pressatildeo

b) Filtro de porosidade 5microm com carvatildeo ativado com manocircmetro

c) Filtro de polipropileno de porosidade 1microm com manocircmetro

A filtraccedilatildeo atraveacutes destes filtros tem por objetivo alimentar o sistema de osmose

reversa com aacutegua potaacutevel que necessita do seguinte preacute-tratamento

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Tabela 1 Paracircmetros da aacutegua provinda do sistema de preacute-tratamento

Paracircmetro Especificaccedilatildeo ou limite de aceitaccedilatildeo

Preacute-filtragem 5microm e carvatildeo ativado

Iacutendice de silte Maacuteximo 3

Teor Salino Maacuteximo 2000 mgL

Teor de Cl lt001 mgl

Teor de Mg lt005 mgl

Teor de Feacute lt005 mgl

Gama do valor de pH 4 ndash 11

Remoccedilatildeo de 99 de bacteacuterias e partiacuteculas -

II2 Sistema de Tratamento por Osmose Reversa

A secccedilatildeo de tratamento eacute composta por um sistema de purificaccedilatildeo de aacuteguas

atraveacutes de osmose reversa (OR) modelo TKA LAB-UPW do fabricante TKA (ArtNdeg

083007-SO)

II3 Sistema de Armazenamento

A aacutegua tratada pelo sistema de Osmose Reversa (OR) eacute armazenada em um

tanque de 75 L incluindo torneira de extraccedilatildeo por onde a aacutegua purificada eacute coletada O

armazenamento e coleta da aacutegua purificada ocorrem agrave temperatura ambiente A aacutegua

purificada permanece no tanque de armazenamento por no maacuteximo vinte minutos a cada

vinte minutos a bomba de recirculaccedilatildeo eacute acionada e recircula a aacutegua no tanque

conduzindo-a pela lacircmpada de oxidaccedilatildeo UV e pelo jogo de cartuchos deionizadores

A Figura 1 apresenta os componentes do sistema de Osmose Reversa (OR) e do

sistema de armazenamento e suas especificaccedilotildees

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Figura 1 Desenho esquemaacutetico do sistema de osmose reversa e do sistema de

armazenamento 1- Vaacutelvula solenoacuteide da aacutegua de alimentaccedilatildeo (Art Ndeg 150003) 2-

Bomba auxiliar com transformador (Art Ndeg 190046) 3- Moacutedulo de osmose reversa

composto por Carcaccedila 1812 (Art Ndeg 220047) e Membrana de osmose reversa 1812

(Art Ndeg 220046) 4- Vaacutelvula reguladora de pressatildeo (Art Ndeg 150060) 5- Vaacutelvula

solenoacuteide de enxaguamento por jato de aacutegua (Art Ndeg 150003) 6- Ceacutelula medidora de

condutividade (apoacutes agrave OR) (Art Ndeg 160126) 7- Foto-oxidaccedilatildeo de UV (Art Ndeg

250011) 8- Conjunto de deionizaccedilatildeo composto por Carcaccedila de filtro (Art Ndeg 065310)

e Jogo de cartuchos permutador de iacuteons e resina de adsorccedilatildeo (Art Ndeg 093011) 9-

Ceacutelula de mediccedilatildeo de condutividade da aacutegua purificada (Art Ndeg 160126) 10- Tanque

de 75 litros incluindo jogo de montagem na parede (Art Ndeg 065075) 11- Bomba de

recirculaccedilatildeo (Art Ndeg 190028) 12- Vaacutelvula de controle (Art Ndeg 150009) 13- Controle

por microprocessador (Art Ndeg 160181) 14- Entrada de aacutegua provinda do sistema de

preacute-tratamento 15- Saiacuteda da aacutegua purificada Torneira de extraccedilatildeo 16- Saiacuteda frac34rdquo do

concentrado

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

II4 Princiacutepio de Funcionamento do Sistema de Osmose Reversa

A aacutegua de alimentaccedilatildeo provinda do sistema de preacute-tratamento entra no sistema

com pressatildeo maacutexima de 6 Bar A vaacutelvula solenoacuteide da aacutegua de alimentaccedilatildeo (Figura 1-1)

permanece fechada quando o sistema estaacute no modo de espera ou parado para impedir

que a aacutegua de alimentaccedilatildeo passe pela membrana e transborde no tanque de

armazenamento A membrana semi-permeaacutevel (Figura 1-3) reteacutem 96 dos sais

dissolvidos e 99 das bacteacuterias e dos soacutelidos suspensos na aacutegua de alimentaccedilatildeo A aacutegua

purificada passa agora atraveacutes das fases de tratamento duplo (Figura 1- 7 e 8) e eacute

recolhida no tanque de armazenamento (Figura 1-10) Os sais e outros elementos

rejeitados satildeo eliminados do sistema atraveacutes do fluxo do ldquoconcentradordquo A ceacutelula

medidora da condutividade (Figura 1-6) mede a condutividade da aacutegua purificada (apoacutes

os jogos de cartuchos (Figura 1-7 e 8) o que eacute visualizado no menu de controle do

microprocessador (Figura 1-13) A bomba de recirculaccedilatildeo (Figura 1-11) eacute acionada a

cada a cada vinte minutos e recircula a aacutegua no tanque conduzindo-a pela lacircmpada de

oxidaccedilatildeo UV (Figura 1- 7) e pelo jogo de cartuchos deionizadores (Figura 1-8)

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Um desenho de montagem do sistema de tratamento completo segue na Figura 2

Figura 2 Desenho esquemaacutetico do Sistema de Purificaccedilatildeo de aacuteguas e suas

especificaccedilotildees 1- Aacutegua de alimentaccedilatildeo conexatildeo frac34rdquo (pressatildeo miacutenima 2 bar) 2- Filtro retrolavaacutevel (Art Ndeg 115999) 21- Redutor de pressatildeo (Art Ndeg 115998) 3- Preacute-filtro de 5microm + carvatildeo ativado (Art Ndeg 065201) com um manocircmetro (Art Ndeg 065311) 4-

Filtro de polipropileno de porosidade 1 microm (Art Ndeg 065101) com um manocircmetro (Art Ndeg 065311) 5- Equipamento de Osmose reversa TKA-HPW 220V ndash 100W (Art Ndeg 083007-SO) 6- Tanque de armazenamento de capacidade 75 L (Art Ndeg 115996) 7- Kit de instalaccedilatildeo (Art Ndeg 115994) 8- Caixa de aacutegua de 5000 L 9- Rede puacuteblica de

abastecimento

Caixa drsquoaacutegua (8)

Rede Puacuteblica (9)

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

III Qualificaccedilatildeo da Instalaccedilatildeo (IQ)

A fase da Qualificaccedilatildeo da Instalaccedilatildeo (IQ) estaacute associada agrave verificaccedilatildeo da

instalaccedilatildeo dos equipamentos de acordo com as especificaccedilotildees do fabricante aleacutem da

calibraccedilatildeo dos instrumentos e o estabelecimento de um programa de manutenccedilatildeo

preventiva (Johnson 1993) A Tabela 2 apresenta as especificaccedilotildees do sistema de

purificaccedilatildeo de aacuteguas e as accedilotildees que se fazem necessaacuterias para efetuar a qualificaccedilatildeo

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Tabela 2 Especificaccedilotildees fornecidas pelo fabricante e atividade a ser realizada para qualificar a instalaccedilatildeo

Especificaccedilatildeo Paracircmetro especificado em manual

Atividade a ser realizada para qualificar a

instalaccedilatildeo Tensatildeo Eleacutetrica 127220V 60Hz Registro de Calibraccedilatildeo do

estabilizador Potecircncia Eleacutetrica 01 Kw Verificaccedilatildeo e registro Temperatura ambiente +2degc a +35degC Registro do

monitoramento da temperatura

Pressatildeo do permeado 0 bar Verificaccedilatildeo e registro Pressatildeo operacional 6 bar maacutex Registro da verificaccedilatildeo da

pressatildeo da aacutegua de alimentaccedilatildeo

Temperatura de alimentaccedilatildeo +1degC a +30degC Registro da verificaccedilatildeo de temperatura

Pressatildeo da aacutegua de alimentaccedilatildeo

2 a 6 bar Registro da verificaccedilatildeo da pressatildeo da aacutegua de

alimentaccedilatildeo Calibraccedilatildeo dos controles ao longo do processo

Condutiviacutemetro e manocircmetro

Registro das calibraccedilotildees realizadas

Treinamento dos Operadores -- Realizaccedilatildeo e registro de treinamento

Programa de Manutenccedilatildeo Preventiva

Enxaacuteguumle e desinfecccedilatildeo dos tanques de

estocagem tubulaccedilotildees e carcaccedilas (anualmente)

Elaboraccedilatildeo do POP de enxaacuteguumle e desinfecccedilatildeo

Capacidade de carga das

paredes ou chatildeo

-- Registros da verificaccedilatildeo da instalaccedilatildeo

Tubulaccedilatildeo de Drenagem de

112rdquo livre para o esgoto -- Registro da verificaccedilatildeo da

Instalaccedilatildeo

Espaccedilo de trabalho suficiente -- 64 m2

Conexatildeo aacutegua de alimentaccedilatildeo

de frac34rdquo(com registro)

-- Registro da verificaccedilatildeo da instalaccedilatildeo

Ponto de Coleta do sistema de

preacute-tratamento -- Instalaccedilatildeo de registro na

entrada da aacutegua provinda do preacute-tratamento

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

IV Qualificaccedilatildeo da Operaccedilatildeo (OQ)

Esta etapa estaacute relacionada agrave garantia de que cada componente esteja

funcionando de acordo com o especificado As accedilotildees a serem realizadas na fase de

qualificaccedilatildeo da operaccedilatildeo seguem na tabela 3

Tabela 3 Accedilotildees a serem realizadas na fase de Qualificaccedilatildeo da Operaccedilatildeo (Johnson 1993)

Accedilatildeo Atividade a ser realizada 1 Preencher o sistema com aacutegua e reparar

quaisquer fugas e substituir vaacutelvulas ou vedaccedilotildees defeituosas

Verificaccedilatildeo de vazamentos e registro da realizaccedilatildeo de manutenccedilatildeo por pessoal autorizado

2 Verificar o bom funcionamento das vaacutelvulas e controles ao longo do processo

Calibraccedilatildeo dos Manocircmetros e Condutiviacutemetro do tanque de armazenamento

3 Registrar a realizaccedilatildeo da sanitizaccedilatildeo da caixa de aacutegua e da distribuiccedilatildeo do sistema

Realizaccedilatildeo da Sanitizaccedilatildeo e seu Registro

4 Elaboraccedilatildeo de POPs que descrevem os procedimentos de ligar desligar e sanitizar os equipamentos e o sistema

Seguem em anexo B

5 Verificaccedilatildeo da variaccedilatildeo da vazatildeo de aacutegua em comparaccedilatildeo as especificaccedilotildees do fornecedor

Protocolo de Serviccedilo (PS001) Anexo C

6 Avaliar a produccedilatildeo nominal do sistema 7 Lh a 15degC 7 Avaliar a eficiecircncia do sistema de preacute-

tratamento Atraveacutes da Fase 1 de validaccedilatildeo se avaliaraacute a eficiecircncia do sistema de preacute-tratamento

V Process validation (PV)

Apoacutes a realizaccedilatildeo das trecircs primeiras qualificaccedilotildees seraacute necessaacuterio realizar testes

que comprovem que o sistema realiza a purificaccedilatildeo da aacutegua da maneira a que se propotildee

Para realizar essa tarefa como descrito anteriormente segue-se a abordagem da

Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (WHO 2005) que determina trecircs fases para a validaccedilatildeo

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

V1 Plano de amostragem

V11 Pontos de amostragem

A tabela 4 descreve os pontos de coleta sua localizaccedilatildeo e a especificaccedilatildeo do tipo

de aacutegua

Tabela 4 Pontos de validaccedilatildeo localizaccedilatildeo e suas especificaccedilotildees de avaliaccedilatildeo Nuacutemero Local Tipo de aacutegua

1 Entrada do sistema de purificaccedilatildeo de aacutegua (torneira da pia)

Aacutegua potaacutevel

2 Aacutegua de alimentaccedilatildeo da osmose reversa Aacutegua potaacutevel natildeo clorada

3 Ponto de coleta da aacutegua purificada Aacutegua purificada

V12 Testes Requeridos e Criteacuterio de Aceitaccedilatildeo

Os testes requeridos e seus criteacuterios de aceitaccedilatildeo estatildeo descritos nas tabelas 4 e

5 Os testes para Aacutegua Purificada seratildeo realizados de acordo com a Farmacopeacuteia

Brasileira 4ordf ediccedilatildeo (F Bras IV 2005) e para aacutegua potaacutevel de acordo com os limites

estabelecidos na Portaria 51804 do Ministeacuterio da Sauacutede

V121 Aacutegua Potaacutevel

Tabela 5 Criteacuterios de Aceitaccedilatildeo para aacutegua potaacutevel Testes Microbioloacutegicos Especificaccedilatildeo Contagem Heterotroacutefica Total le 500UFCMl Patoacutegenos Ausecircncia de Coliformes Testes Quiacutemicos Especificaccedilatildeo Cor lt 15 UH Cloro 02 a 05 ppm pH 60 a 95 Turbidez lt 5UT Unidade Hazen (mg Pt-CoL) Unidade de turbidez

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

V122 Aacutegua Purificada

Tabela 6 Criteacuterios de Aceitaccedilatildeo para aacutegua purificada Testes Microbioloacutegicos Especificaccedilatildeo Contagem Heterotroacutefica Total le 100UFCmL Patoacutegenos Ausecircncia de coliformes P aeruginosa S

aureus e E Coli termotolerantes Testes Quiacutemicos Especificaccedilatildeo Acidez ou Alcalinidade Cumpre o Teste Amocircnio No maacuteximo 02 ppm Aparecircncia Liacutequido incolor liacutempido insiacutepido e

inodoro Caacutelcio e Magneacutesio Cumpre o Teste Cloretos Cumpre o Teste Condutividade No maacuteximo 21 microScm Metais Pesados No maacuteximo 01 ppm Nitratos No maacuteximo 02 ppm pH 5 -7 Resiacuteduo por evaporaccedilatildeo No maacuteximo 0001 Substacircncias Oxidaacuteveis Cumpre o Teste Sulfatos Cumpre o Teste Os testes seratildeo realizados de acordo com a Farmacopeacuteia Brasileira 4ordf ediccedilatildeo (F Bras IV 2005)

V13 Cronograma de Amostragem

Para a Fase 1 da validaccedilatildeo seratildeo realizados testes quiacutemicos e bioloacutegicos para

todos os pontos de amostragem durante trecircs semanas em trecircs periacuteodos de cinco dias

Apoacutes a conclusatildeo satisfatoacuteria dessa fase se realizaraacute a Fase 2 de validaccedilatildeo fase em que

a aacutegua produzida pode ser utilizada Nesta fase deve-se realizar novamente e

diariamente todos os testes quiacutemicos e bioloacutegicos para todos os pontos de amostragem

durante quatro semanas em quatro periacuteodos de cinco dias Para a Fase 3 de validaccedilatildeo

seratildeo realizados os mesmos testes quiacutemicos e microbioloacutegicos para todos os pontos de

amostragem semanalmente durante um ano O cronograma dos pontos de amostragem

segue na tabela 7

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Tabela 7 Cronograma de validaccedilatildeo

Fase de

Validaccedilatildeo

Ponto de

Amostragem

Periacuteodo de

Anaacutelise

Frequumlecircncia de

Anaacutelise

Tipo de Testes

a Realizar

1 1 2 Semanas Trecircs periacuteodos de

5 dias

Aacutegua Potaacutevel

1 2 2 Semanas Trecircs periacuteodos de 5 dias

Aacutegua potaacutevel

natildeo clorada

1 3 2 Semanas Trecircs periacuteodos de 5 dias

Aacutegua

Purificada

2 1 3 Semanas Quatro periacuteodos

de 5 dias

Aacutegua Potaacutevel

2 2 3 Semanas Quatro periacuteodos

de 5 dias

Aacutegua potaacutevel

natildeo clorada

2 3 3 Semanas Quatro periacuteodos

de 5 dias

Aacutegua

Purificada

3 1 1 Ano Semanal Aacutegua Potaacutevel

3 2 1 Ano Semanal Aacutegua potaacutevel

natildeo clorada

3 3 1 Ano Semanal Aacutegua

Purificada

V2 Fase 1

Periacuteodo de testes de trecircs semanas em trecircs periacuteodos de cinco dias para

monitoramento do sistema intensivamente durante este periacuteodo o sistema deve operar

continuamente sem falhas ou desvios de qualidade

Para essa fase seratildeo realizados os seguintes testes

bull Realizar testes quiacutemicos e microbioloacutegicos de acordo o plano de amostragem

bull Desenvolver faixas de operaccedilatildeo adequadas

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

bull Desenvolver e finalizar procedimentos de operaccedilotildees limpeza desinfecccedilatildeo e

manutenccedilatildeo

bull Demonstrar a produccedilatildeo e entrega da aacutegua na qualidade e quantidade exigida

bull Usar e aperfeiccediloar os POPs de operaccedilatildeo (ver anexo) manutenccedilatildeo desinfecccedilatildeo e

soluccedilatildeo de problemas

bull Verificar alertas provisoacuterios e accedilotildees de niacuteveis

bull Desenvolver e refinar procedimentos de testes de natildeo conformidade

V3 Fase 2

Outro periacuteodo de testes de quatro semanas em quatro periacuteodos de cinco dias a

ser realizado de maneira mais intensiva atraveacutes de um acompanhamento dos POPs

aperfeiccediloados apoacutes a conclusatildeo da Fase 1 O sistema de amostragem eacute idecircntico ao da

fase inicial e aacutegua pode ser utilizada para a fabricaccedilatildeo durante essa fase O sistema

deve

bull Demonstrar a produccedilatildeo e entrega da aacutegua na qualidade e quantidade exigida

quando o sistema eacute operado de acordo com os POPs

bull Demonstrar que o sistema estaacute sob controle

V4 Fase 3

Esta fase seraacute executada por no miacutenimo um ano apoacutes a conclusatildeo satisfatoacuteria da

fase dois a aacutegua pode ser usada para a fabricaccedilatildeo durante esta fase produccedilatildeo que tem os

devidos fins e caracteriacutesticas

bull Demonstrar que o sistema estaacute sob controle durante um longo periacuteodo de tempo

garantindo que as variaccedilotildees sazonais foram avaliadas

bull Locais de amostra frequumlecircncia de amostras e testes devem ser reduzido ao padratildeo

de rotina normal (semanalmente)

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

POP ndeg001 Versatildeo 06112007 Validade 06112008 Paacutegina 14

Procedimento Operacional Padratildeo 001

Instruccedilotildees de Uso do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

1 Objetivo Orientar a operaccedilatildeo do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

2 Aplicaccedilatildeo Ao pessoal responsaacutevel pela operaccedilatildeo e monitoramento do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

3 Materiais Necessaacuterios Protocolo de Serviccedilo (PS 001) Protocolo de Manutenccedilatildeo (PM 001) Protocolo de Produccedilatildeo de Aacutegua Purificada (PP 001)

4 Cuidados Especiais Verificar se o aparelho estaacute limpo e adequado a sua utilizaccedilatildeo Verificar a temperatura e umidade do ambiente Verificar a temperatura da aacutegua de alimentaccedilatildeo Verificar a pressatildeo da aacutegua de alimentaccedilatildeo

5 Procedimento 51 Ligar o Disjuntor (A) que alimenta a Central de Aacuteguas

A

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

POP ndeg001 Versatildeo 06112007 Validade 06112008 Paacutegina 24

Procedimento Operacional Padratildeo 001

Instruccedilotildees de Uso do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

52 Ligar o Estabilizador (B) de energia que alimenta o aparelho de Osmose Reversa

53 Abrir o registro (C) da aacutegua de alimentaccedilatildeo

54 Verificar os paracircmetros do item Cuidados Especiais e anotaacute-los no Protocolo de Serviccedilo

(PS 001)

B

C

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

POP ndeg001 Versatildeo 06112007 Validade 06112008 Paacutegina 34

Procedimento Operacional Padratildeo 001

Instruccedilotildees de Uso do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

55 Acionar a tecla ONOFF (1)

56 Visualizar no display (2) ldquoCleaningrdquo - referente agrave operaccedilatildeo do sistema de enxaacutegue que

entra automaticamente em operaccedilatildeo 57 Visualizar no display (2) ldquoProductionrdquo (produccedilatildeo) - referente agrave operaccedilatildeo do sistema de

Osmose Reversa 58 Apoacutes 2 minutos de produccedilatildeo acionar a tecla MENU (3) duas vezes para verificar a

condutividade da aacutegua de produccedilatildeo Caso visualize a mensagem ldquoError-CPrdquo paacutere a produccedilatildeo e despreze a aacutegua do tanque abrindo o registro do ponto de coleta de aacutegua purificada (D)

59 Quando o tanque de armazenamento estiver cheio ocorreraacute outro enxaacuteguumle automaacutetico e

no display (2) apareceraacute a mensagem ldquoCleaningrdquo 510 Completando-se este ciclo o aparelho entra em modo de operaccedilatildeo ldquoStand byrdquo sendo

visualizado no display (2) a mesma mensagem ldquoStand byrdquo

1

2

3

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

POP ndeg001 Versatildeo 06112007 Validade 06112008 Paacutegina 44

Procedimento Operacional Padratildeo 001

Instruccedilotildees de Uso do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

511 Retire a Aacutegua Purificada do tanque de armazenamento abrindo o registro do Ponto de Coleta (D)

512 Ao final da produccedilatildeo acionar a tecla ONOFF (1) desligar o Estabilizador de energia (B)

e fechar o registro da aacutegua de alimentaccedilatildeo (C) e o disjuntor da Central de Aacuteguas (A) 513 Anotar o valor final produzido no Protocolo de Produccedilatildeo de Aacutegua Purificada

6 Observaccedilotildees Limpeza Mensal Manutenccedilatildeo Realizada pelo fabricante sempre que constatado que fora dos paracircmetros

D

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

Protocolo ndeg001 Versatildeo 06112007 Validade 06112008

Protocolo de Serviccedilo (PS 001)

Protocolo de Verificaccedilatildeo dos Paracircmetros do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

Data Temp Ambiente

(degC)

Umidade ()

Temp Aacutegua de

Alimentaccedilatildeo (degC)

Pressatildeo Aacutegua de

Alimentaccedilatildeo (bar)

Condutividade da aacutegua Produzida (microScm)

Responsaacutevel

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash

RS Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

Protocolo ndeg002 Versatildeo 06112007 Validade 06112008

Protocolo de Manutenccedilatildeo (PM 001)

Protocolo de Verificaccedilatildeo da Manutenccedilatildeo do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

Tipo de Sistema

Nuacutemero de Identificaccedilatildeo

Ano de Fabricaccedilatildeo

Data Dureza da aacutegua de

alimentaccedilatildeo (degdH)

Pressatildeo de operaccedilatildeo

(bar)

Taxa de Permeado

(Lh)

Uacuteltima Troca de Preacute-filtro

Uacuteltima troca de Fosfato

Uacuteltima limpeza

desinfecccedilatildeo

Ass

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash

RS Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

Protocolo ndeg003 Versatildeo 06112007 Validade 06112008

Protocolo de Produccedilatildeo (PP 001)

Protocolo de Produccedilatildeo de Aacutegua Purificada

Data Produccedilatildeo Diaacuteria Responsaacutevel

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash

RS Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

Protocolo ndeg004 Versatildeo 06112007 Validade 06112008

Resultados da Validaccedilatildeo do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

Aacutegua Purificada

DATA

PONTO DE COLETA

Testes Microbioloacutegicos

Especificaccedilatildeo ____ ____ ____ ____ ____

Contagem Heterotroacutefica Total

le 100UFCmL

Patoacutegenos Ausecircncia de coliformes P aeruginosa S aureus

Testes Quiacutemicos Especificaccedilatildeo ____ ____ ____ ____ ____ Acidez ou Alcalinidade

Cumpre o Teste

Amocircnio No maacuteximo 02 ppm Aparecircncia Liacutequido incolor liacutempido

insiacutepido e inodoro

Caacutelcio e Magneacutesio Cumpre o Teste Cloretos Cumpre o Teste Condutividade No maacuteximo 21 microScm Metais Pesado No maacuteximo 01 ppm Nitratos No maacuteximo 02 ppm pH 5 -7 Resiacuteduo por evaporaccedilatildeo

No maacuteximo 0001

Substacircncias Oxidaacuteveis Cumpre o Teste Sulfatos Cumpre o Teste Os testes seratildeo realizados de acordo com a Farmacopeacuteia Brasileira 4ordf ediccedilatildeo (F Bras IV 2005)

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash

RS Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

Protocolo ndeg 005 Versatildeo 06112007 Validade 06112008

Resultados da Validaccedilatildeo do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua Aacutegua Potaacutevel

Data

Ponto de

Coleta

Especificaccedilotildees Anaacutelise Quiacutemica Anaacutelise Microbioloacutegica

Cloro pH Cor

Turbidez Contagem Heterotroacutefica

Total

Patoacutegenos

02 ndash 05 ppm

60 ndash 95 15 UH 5 UT

lt 500 UFCmL Ausecircncia de coliformes

Unidade Hazen (mg Pt-CoL)

Unidade de turbidez

40

4 Consideraccedilotildees finais e perspectivas

Ao longo do tempo a importacircncia da validaccedilatildeo de processos para a Garantia da

Qualidade foi sendo melhor compreendida pelo segmento farmacecircutico e com isso foi

contemplada pelos oacutergatildeos reguladores e aplicada pelos profissionais deste segmento

Se a validaccedilatildeo estaacute bem definida e eacute amplamente compreendida como pocircde ser

observado pelo nuacutemero de trabalhos e legislaccedilotildees revisados neste trabalho um dos

desafios que se apresentam atualmente consiste em ampliar o entendimento de como

realizaacute-la na praacutetica A proposiccedilatildeo de um protocolo para a validaccedilatildeo de um processo de

purificaccedilatildeo de aacutegua teve como um de seus objetivos exemplificar esta tarefa e assim

auxiliar na elaboraccedilatildeo de outros protocolos Assim como perspectiva deste trabalho

espera-se fornecer subsiacutedio agrave validaccedilatildeo de outros processos farmacecircuticos de

purificaccedilatildeo de aacutegua ou mesmo outros

Isto porque embora cada processo possua aspectos especiacuteficos os quais devem

ser cuidadosamente avaliados durante a validaccedilatildeo o entendimento e aplicaccedilatildeo

adequados da terminologia relacionada agrave validaccedilatildeo auxiliam na conduccedilatildeo de uma

validaccedilatildeo adequada e bem documentada

41

5 Referecircncias

ALEEM H ZHAO Y LORD S MCCARTHY T SHARRATT P N Pharmaceutical process validation an overview Proceedings of the Institution of Mechanical Engineers Part E Process Mechanical Engineering v 217 p141 ndash 150 2002

ALENCAR J R B Pinto P M D V Neto P P V Oliveira A T C Medeiros F P M Ramos S V V Rolim P J N Strategy in pharmaceutical process validation of purified water Revista Brasileira de Farmaacutecia v 85 n3 p85-88 2004a ALENCAR JRB Souza M B J Rolim P J N Lopes C E Uso de controle estatiacutestico de processo (CEP) para validaccedilatildeo de processo de glibenclamida comprimidos Revista Brasileira de Farmaacutecia v85 n3 p115-119 2004b

ALENCAR J R B CLEMENTINO M R A ROLIM P J N Cleaning validation of equipments in medicines industry strategy to select the ldquoworst caserdquo Revista Brasileira de Farmaacutecia v87 n 1 p13-18 2006

ANVISA ndash Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria Gerecircncia Geral de Inspeccedilatildeo e Controle de Medicamentos e Produtos Guias relacionados agrave garantia de qualidade Brasiacutelia 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwanvisagovbrinspecaoguias_qualidadepdfgt Acesso em 12 nov 2007

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria (ANVISA) Resoluccedilatildeo RDC nordm 210 de 04082003 DOU de 14082003 Disponiacutevel em lthttpe-legisanvisagovbrleisrefpublicshowActphpid=22321ampword=gt Acesso em 30 set 2007

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria (ANVISA) Resoluccedilatildeo RDC nordm 67 de 08102007 DOU de 09102007 Disponiacutevel em lthttpe-legisanvisagovbrleisrefpublicshowActphpid=28806ampword= gt Acesso em 30 nov 2007

42

BRASIL Ministeacuterio de Estado da Sauacutede Portaria nordm 518 de 25032004 DOU de 26032004 Disponiacutevel em lthttpe-legisanvisagovbrleisrefpublicshowActphpid=22322ampwordgt Acesso em 30 set 2007

CASTILLA B SENA F J Validation documentation Journal of Validation Technology v7 n 2 p 166-123 2001

DA ROSA PS Diagnoacutestico e avaliaccedilatildeo da qualidade microbioloacutegica da aacutegua na Faculdade de Farmaacutecia Trabalho de Conclusatildeo de Curso de Graduaccedilatildeo Disciplina de Estaacutegio Curricular em Farmaacutecia Faculdade de Farmaacutecia Universidade Federal do Rio Grande do Sul Porto Alegre 2007

EMEA - European Agency for Evaluation of Medicinal Products Note for guidance on process validation London 2001 Disponiacutevel em lthttpwwwemeaeuropaeupdfshumanqwp084896enpdfgt Acesso em 12 nov 2007

FARMACOPEacuteIA BRASILEIRA 4 ed Satildeo Paulo Atheneu 2004 pV224

FARMACOPEacuteIA BRASILEIRA 4 ed Satildeo Paulo Atheneu 2005 Fasciacuteculo 6 p263

FDA ndash Food and Drug Administration - Center for Drug Evaluation and Research (CDER) Guidance for Industry Powder Blends and Finished Dosage Units mdash Stratified In-Process Dosage Unit Sampling and Assessment Rockville 2003 Disponiacutevel em lthttpwwwfdagovCDERGUIDANCE5831dfthtmgt Acesso em 12 nov 2007

FDA ndash Food and Drug Administration - Division of Manufacturing and Product Quality (HFN-320) Center for Drugs and Biologics Guidelines on general principles of process validation Rockville 1987 Disponiacutevel em lthttpwwwfdagovCDERGUIDANCEpvhtmgt Acesso em 12 nov 2007

GUAZZARONI M YIIN B YU JL Application of total organic carbon analysis for cleaning validation in pharmaceutical manufacturing American Biotechnology Laboratory v 16 n 10 p 66-67 1998

HAIDER S I Validation standard operating procedures a step-by-step guide for achieving compliance in the pharmaceutical medical device and biotech industries 2 ed Boca Raton CRC 2002

43

HELLE M R YLIRUUSI J MANNERMAA J P A literature review of pharmaceutical process validation Pharmaceutical Technology Europe Part 3 v15 p 52-57 2003

HOFMANN K L Sterile products validation In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 103

JEATER J P CULLEN L F PAPARIELLO GJ Organizing for validation In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 9

JOHNSON W M Validation of water system for sterile and nonsterile products In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 299 - 317

KIEFFER RG Validation and the human element PDA Journal of Pharmaceutical Science and Technology v52 n2 p52-54 1998

LE HIR A Noccedilotildees de farmaacutecia galecircnica 6 ed Satildeo Paulo Organizaccedilatildeo Andrei 1997 p 137-138

LeBLANC D A Establishing scientifically justified acceptance criteria for cleaning validation of finished drug products Pharmaceutical Technology 1998 Disponiacutevel em ltwwwadvanstarcomgt Acesso em 30 set 2007

LOFTUS B T The Regulatory basis for process In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 2 - 32

LORD SV MCCARTHY T ALEEM H ZHAO Y SHARRATT P N Reinterpreting validation Proceedings of the Institution of Mechanical Engineers Part E Process Mechanical Engineering v 217 p287- 292 2003

MCCOLMICK P Y CULLEN L F Cleaning validation In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 319 - 322

NASH R A Introduction In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993

44

PICS - Pharmaceutical Inspection Convention and Pharmaceutical Inspection Co-operation Scheme Recommendations on validation master plan installation and operational qualification non-sterile process validation cleaning validation Genebra 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwnewwayzconzrefmaterialpics_pi006_2VMPpdfgt Acesso em 30 set 2007

TKA WASSERAUFBEREITUNGSSYSTEME GMBH Operating instructions TKA LAB ndash UPW Article ndeg 083007-SO Niederelbert 2001

WHO ndash World Health Organization Suplementary guidelines on good manufacturing practices (GMP) validation Genebra 2005 p 22-23 Disponiacutevel em lthttpwwwwhointmedicinesservicesexpertcommitteespharmprepValidation_QAS_055_Rev2combinedpdfgtAcesso em Acesso em 30 set 2007

WHO ndash World Health Organization Supplementary training modules on good manufacturing practice water for pharmaceutical use Part 1 introduction and treatment Genebra 2001 Disponiacutevel em ltftpftpwhointmedicinesGMPgmptrainsuplmtWater01pptgt Acesso em 30 set 2007

WHO ndash World Health Organization Supplementary training modules on good manufacturing practice water for pharmaceutical use Part 2 water purification engineering Genebra 2001 Disponiacutevel em ltftpftpwhointmedicinesGMPgmptrainsuplmtWater02pptgt Acesso em 30 set 2007

WHO ndash World Health Organization Supplementary training modules on good manufacturing practice water for pharmaceutical use Part 3 inspection of water systems Genebra 2001 Disponiacutevel em ltftpftpwhointmedicinesGMPgmptrainsuplmtWater03pptgt Acesso em 30 set 2007

WHO ndash World Health Organization Who good manufacturing practices water for pharmaceutical use Genebra 2005 (Technical Report Series n 929 Anexo 3)

WHO ndash World Health Organization Who Expert Committee on specifications for pharmaceutical preparations Genebra 2006 p 125 ndash 126 (Technical Report Series n 937 Anexo 4 Apecircndice II) Disponiacutevel em lthttpwhqlibdocwhointtrsWHO_TRS_937_engpdfpage=359gt Acesso em 01 dez 2007

  • Outras definiccedilotildees semelhantes a essas existem e muito embora as expressotildees variem a essecircncia de todas eacute a mesma assegurar que o processo quando operado sob as condiccedilotildees preacute-determinadas resultaraacute em um produto que reuniraacute as especificaccedilotildees e seus
Page 13: VALIDAÇÃO DE PROCESSOS: Aspectos teóricos e proposição de

13

Esses passos podem ser mais claramente determinados da seguinte maneira a

Validaccedilatildeo de Processos deve estabelecer e prover evidecircncias documentais que

garantam que as dependecircncias utilidades de apoio equipamentos e processos devem ser

designados de acordo com os requerimentos das BPFs isto normalmente constitui DQ

Jaacute as evidecircncias documentais que estabelecem que os mesmos foram construiacutedos e

instalados em conformidade com suas especificaccedilotildees constituem a IQ E se os mesmos

devidamente documentados estatildeo operando de acordo com suas especificaccedilotildees

constitui a OQ Quando um processo especiacutefico produz consistentemente um produto

que reuacutene suas especificaccedilotildees e atributos de qualidade isto constitui a PV sendo que o

termo PQ tambeacutem pode ser usado com essa conotaccedilatildeo (PICS 2004 ANVISA 2006)

Apoacutes a validaccedilatildeo de um processo uma seacuterie de experimentos deve ser realizada

a fim de determinar os pontos criacuteticos do processo Estes experimentos podem

incorporar um elemento de mudanccedila para determinar a robustez do processo A inserccedilatildeo

de uma mudanccedila eacute geralmente referida como um exerciacutecio de ldquopior casordquo O uso de

novos materiais sobre condiccedilotildees limites de suas especificaccedilotildees pode indicar a

habilidade do processo de continuar produzindo um produto final com suas

especificaccedilotildees (PICS 2004)

A legislaccedilatildeo brasileira (Brasil 2003) acrescenta que a escolha do procedimento

a validar deve priorizar as atividades relacionadas agrave capacidade do processo por

exemplo a capacidade de o processo operar sem dificuldades quando os paracircmetros se

aproximam de limites aceitaacuteveis O uso de faixas de aceitaccedilatildeo para a qualidade das

mateacuterias-primas em lotes experimentais pode tornar possiacutevel estimar a extensatildeo na qual

o processo ainda continua sendo capaz de produzir um produto final que atende agraves

especificaccedilotildees

26 Processos sujeitos agrave validaccedilatildeo

Segundo a legislaccedilatildeo brasileira (Brasil 2003) e diretrizes internacionais (FDA

1987 PICS 2004) deve-se realizar a validaccedilatildeo de todos os processos de fabricaccedilatildeo e

inclusive as atividades de suporte incluindo as operaccedilotildees de limpeza A seguir seratildeo

comentados dois processos de validaccedilatildeo sendo um deles uma atividade de suporte e o

outro um processo de fabricaccedilatildeo

14

A validaccedilatildeo das operaccedilotildees de limpeza eacute de suma importacircncia na induacutestria

farmacecircutica pois resiacuteduos de produtos ou mesmo os proacuteprios agentes de limpeza

podem constituir uma fonte de contaminaccedilatildeo Mesmo quando se utiliza um

equipamento ldquodedicadordquo ou seja de uso exclusivo para processar um produto haacute que

se considerar a contaminaccedilatildeo do proacuteximo lote com produtos de degradaccedilatildeo Na

validaccedilatildeo de limpeza haacute vaacuterios aspectos a serem considerados tais como (i) se o

equipamento eacute dedicado ou natildeo (ii) o tipo de limpeza se manual semi-automatizada ou

mesmo automatizada (do inglecircs CIP ndash clean in place) (iii) as teacutecnicas de amostragem

(uso de swab rinsagem monitoramento direto na superfiacutecie entre outros) (iv) os

agentes de limpeza a serem empregados (v) o meacutetodo de anaacutelise que deve possuir

elevada sensibilidade e (vi) os relacionados ao produto como sua solubilidade e

toxicidade

Assim muitas vezes se recorre ao uso de teacutecnicas como a anaacutelise de carbono

orgacircnico total (TOC) (Guazzaroni et al 1998) que eacute capaz de medir traccedilos de

substacircncias que apresentem carbono em sua composiccedilatildeo ndash o que se aplica tanto agrave

anaacutelise de resiacuteduos dos produtos quanto dos proacuteprios tensoativos empregados na

limpeza De qualquer modo a validaccedilatildeo de operaccedilotildees de limpeza normalmente se

baseia na seleccedilatildeo do ldquopior casordquo (McCormick e Cullen 1993 PICS 2004) definindo-

se os limites de resiacuteduo quiacutemico e microbioloacutegico aceitaacuteveis no proacuteximo lote a ser

produzido atraveacutes de foacutermulas matemaacuteticas Estas questotildees satildeo aprofundadas nos

trabalhos de LeBlanc (1998) e Alencar e colaboradores (2006) aleacutem das diretrizes

apresentadas pelo Pharmaceutical Inspection Convention and Pharmaceutical

Inspection Co-operation Scheme (PICS 2004) e Agecircncia Nacional de Vigilacircncia

Sanitaacuteria (ANVISA 2006)

Como segundo exemplo a validaccedilatildeo da produccedilatildeo de formas farmacecircuticas

soacutelidas eacute realizada de maneira geral atraveacutes do uso de controles estatiacutesticos meacutetodos

que satildeo empregados em um contexto de validaccedilatildeo retrospectiva ou concorrente

Segundo Alencar e colaboradores (2004b) trata-se de uma ferramenta simples na sua

aplicaccedilatildeo capaz de permitir faacutecil compreensatildeo raacutepidas accedilotildees de controle pelo pessoal

de operaccedilatildeo rica nos resultados que pode apresentar sobre o comportamento do

processo Com relaccedilatildeo a planos de amostragem em misturas e formas soacutelidas o FDA

apresenta um guia bastante uacutetil intitulado Guidance for Industry Powder Blends and

15

Finished Dosage Units mdash Stratified In-Process Dosage Unit Sampling and Assessment

que apresenta as aplicaccedilotildees dos controles estatiacutesticos de acordo com cada necessidade

(FDA 2003)

27 Dificuldades frequumlentemente encontradas durante a validaccedilatildeo

Segundo Lord e colaboradores (2003) atualmente o maior problema na

induacutestria eacute Qual eacute a melhor estrutura organizacional para se realizar um processo de

validaccedilatildeo

Neste sentido Jeater e colaboradores (1993) descreveram que o trabalho de

validaccedilatildeo de processos na induacutestria farmacecircutica eacute geralmente organizado dentro de

alguma das seguintes estruturas uma consultoria uma forccedila-tarefa ou um grupo

dedicado exclusivamente agrave validaccedilatildeo Em cada uma delas haacute aspectos positivos e

negativos mas a forma com que os grupos de validaccedilatildeo satildeo desenvolvidos e

controlados dependeraacute das circunstacircncias locais medidas organizacionais estrutura e

personalidade das pessoas responsaacuteveis pelo estabelecimento de um processo de

validaccedilatildeo

Na validaccedilatildeo de processos eacute necessaacuterio considerar o fator humano que eacute muitas

vezes causa de natildeo conformidades ou falhas de produccedilatildeo Kieffer (1998) em seu artigo

ldquoValidation and the Human Elementrdquo descreveu que na validaccedilatildeo inicialmente o

elemento humano natildeo foi considerado como criacutetico dentro do processo enquanto que os

aspectos tecnoloacutegicos eram estudados profundamente entretanto esse elemento deve

ser analisado como parte da validaccedilatildeo e a construccedilatildeo dos processos deve visar sua

proacutepria simplificaccedilatildeo resultando em menos falhas humanas ou natildeo O mesmo autor

acrescenta que nem sempre as causas de natildeo conformidade satildeo humanas muitas vezes

os sistemas natildeo satildeo corretamente desenhados e acabam sendo a causa das falhas

humanas nesses casos a abordagem eacute redesenhar o sistema de modo a simplificaacute-lo e

posteriormente treinar o pessoal envolvido para novamente validar o sistema Ao longo

do tempo tendo em vista a necessidade e importacircncia das pessoas dentro de um

processo de validaccedilatildeo passou-se a considerar esse fator e a proacutepria legislaccedilatildeo brasileira

(Brasil 2003) determina que ldquoo treinamento adequado e a motivaccedilatildeo do pessoal satildeo

16

preacute-requisitos para uma validaccedilatildeo bem sucedida todo o pessoal deve ser motivado a

apoiar a empresa na manutenccedilatildeo dos padrotildees de qualidaderdquo

Outro aspecto a considerar no processo de validaccedilatildeo satildeo os documentos gerados

durante a validaccedilatildeo e qualificaccedilatildeo aos quais no passado natildeo foi dedicada suficiente

atenccedilatildeo Consequumlentemente as empresas natildeo tem sido capazes de prover evidecircncias

documentais que reflitam o tempo e esforccedilo despendido na execuccedilatildeo desta atividade O

desenvolvimento da documentaccedilatildeo de uma validaccedilatildeo eacute parte essencial do sucesso de

qualquer programa ou estudo de validaccedilatildeo O objetivo principal eacute assegurar que a

documentaccedilatildeo eacute capaz de provar que o processo ou sistema trabalha como o

programado eacute reprodutiacutevel e que suas especificaccedilotildees e atributos de qualidade

encontram-se estabelecidas A documentaccedilatildeo deve ser concisa natildeo-ambiacutegua detalhada

e completa (Castilla e Sena 2001)

Segundo Castilla e Sena (2001) uma boa documentaccedilatildeo de validaccedilatildeo deve ser

ldquouma descriccedilatildeo histoacuterica do que foi produzido envasado limpo embaladordquo Trazer o

como isto foi feito e quais controles foram realizados no local Deve ser um caminho

para minimizar erros e variaccedilotildees e prover evidecircncias de que ldquoalgo aconteceurdquo

descrevendo como onde e por quem isto foi feito colocando tambeacutem ldquotudo que vocecirc

quis saber mas teve medo de perguntarrdquo ou seja descrever a histoacuteria do produto seus

componentes equipamentos e processos antes do produto ser introduzido no mercadordquo

E obviamente deve estar em conformidade com os requerimentos das BPF e assegurar

reprodutibilidade

Por fim um problema encontrado ao se validar um processo eacute a falta de clareza

sobre os conceitos relacionados agrave validaccedilatildeo o que adveacutem do fato de a terminologia

relacionada agrave validaccedilatildeo ter mudado seu sentido com o tempo (Nash 1993 Aleem et al

2002)

17

3 Proposiccedilatildeo de um protocolo para validaccedilatildeo de um processo de

purificaccedilatildeo de aacutegua existente na Central de abastecimento de aacuteguas

da Faculdade de FarmaacuteciaUFRGS

Apoacutes a apresentaccedilatildeo dos conceitos principais aplicaccedilotildees e vantagens da

validaccedilatildeo esta parte do trabalho tem por objetivo demonstrar como se realiza a

validaccedilatildeo a partir da proposiccedilatildeo de um protocolo de validaccedilatildeo de um sistema de

purificaccedilatildeo de aacutegua abordando os principais aspectos a serem observados e as anaacutelises

que se fazem necessaacuterias para se validar o sistema

Os sistemas de purificaccedilatildeo de aacutegua satildeo considerados sistemas criacuteticos de

qualidade e podem influir diretamente na qualidade dos produtos por isso devem ser

validados (Johnson 1993 WHO 2005 WHO 2006) A validaccedilatildeo de um sistema de

purificaccedilatildeo de aacutegua deve seguir os passos que normalmente satildeo utilizados para a

maioria das validaccedilotildees Qualificaccedilatildeo de Design (DQ) Qualificaccedilatildeo da Instalaccedilatildeo (IQ)

Qualificaccedilatildeo da Operaccedilatildeo (OQ) e Validaccedilatildeo de Processo (PV)

Segundo a Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (WHO 2005 WHO 2006) para a

validaccedilatildeo deste processo em especial satildeo necessaacuterias trecircs fases que envolvem uma

coleta de dados prolongada a fim de se garantir que o sistema independentemente da

variaccedilatildeo sazonal sobre a aacutegua de alimentaccedilatildeo e sobre o sistema de tratamento mantecircm-

se produzindo consistentemente aacutegua dentro de suas especificaccedilotildees farmacopecircicas

Resumidamente a primeira fase prevecirc a realizaccedilatildeo atraveacutes de testes diaacuterios na aacutegua

coletada de pontos preacute-determinados durante duas a quatro semanas (validaccedilatildeo

prospectiva) Apoacutes a aprovaccedilatildeo na primeira fase de testes a aacutegua produzida pelo

sistema poderaacute ser utilizada e entatildeo eacute conduzida a segunda fase de testes onde seratildeo

avaliados os mesmo pontos de coleta da primeira fase durante um periacuteodo de trecircs

semanas (validaccedilatildeo concorrente) Soacute entatildeo passa-se agrave terceira fase de validaccedilatildeo onde o

sistema eacute monitorado em periacuteodos a serem definidos em menor nuacutemero de pontos de

coleta durante um ano tendo-se assim a avaliaccedilatildeo da influecircncia da variaccedilatildeo sazonal da

aacutegua sobre o sistema e sua validaccedilatildeo completada

Uma abordagem anterior descrita por Johnson (1993) relata a conduccedilatildeo de duas

fases Na etapa inicial o sistema eacute operado sob uma ldquocondiccedilatildeo de estresserdquo ou seja

manteacutem-se o sistema abaixo de suas condiccedilotildees normais de operaccedilatildeo pelo periacuteodo de

18

quatro a seis meses de monitoramento a fim de verificar a robustez do sistema Na

etapa subsequumlente realizam-se testes com o sistema operando em sua normalidade

durante o periacuteodo de no miacutenimo um ano assim constata-se que o sistema produz aacutegua

dentro das especificaccedilotildees independentemente da sazonalidade microbioloacutegica Como

nesta abordagem o sistema opera sob ldquocondiccedilatildeo de estresserdquo na etapa inicial natildeo eacute

indicada a conduccedilatildeo de uma validaccedilatildeo concorrente tendo em vista o risco associado de

natildeo conformidade da aacutegua produzida pelo sistema

O sistema de purificaccedilatildeo de aacuteguas a ser validado seraacute o instalado na Central de

Aacuteguas da Faculdade de Farmaacutecia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul

(UFRGS) Devido agrave necessidade de se realizar uma validaccedilatildeo concorrente pois o

sistema jaacute se encontra instalado e em operaccedilatildeo optou-se por seguir as diretrizes da

Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (WHO 2005 WHO 2006) que se aplicam mais ao

caso aleacutem de ser mais atual A seguir eacute apresentado o protocolo de validaccedilatildeo do

Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacuteguas

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

ASSUNTO Protocolo de Validaccedilatildeo do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

I Objetivo

O objetivo da Validaccedilatildeo do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacuteguas eacute demonstrar que a

aacutegua fornecida pelo sistema atende agraves especificaccedilotildees (quiacutemicas e microbioloacutegicas) para

utilizaccedilatildeo nos laboratoacuterios da Faculdade de Farmaacutecia da UFRGS para a realizaccedilatildeo de

experimentos As especificaccedilotildees seratildeo as descritas na Farmacopeacuteia Brasileira uma vez

que esta constitui o compecircndio oficial brasileiro aleacutem de determinar um maior nuacutemero

de anaacutelises quiacutemicas em relaccedilatildeo aos compecircndios internacionais

II Descriccedilatildeo do Sistema de aacutegua

O sistema de purificaccedilatildeo de aacuteguas a ser validado estaacute instalado na Central de

Aacuteguas da Faculdade de Farmaacutecia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul

(UFRGS) A aacutegua de alimentaccedilatildeo eacute proveniente do sistema de tratamento de aacutegua

clorada da rede municipal (aacutegua de superfiacutecie) A aacutegua entatildeo passa para dois

reservatoacuterios de 5000 litros e segue por gravidade ateacute a Central de Aacuteguas

II1 Sistema de preacute-tratamento

A aacutegua proveniente dos reservatoacuterios de aacutegua passa para a secccedilatildeo de preacute-

tratamento que eacute composta dos meios filtrantes descritos abaixo em carcaccedilas de

polipropileno

a) Filtro retrolavaacutevel com redutor de pressatildeo

b) Filtro de porosidade 5microm com carvatildeo ativado com manocircmetro

c) Filtro de polipropileno de porosidade 1microm com manocircmetro

A filtraccedilatildeo atraveacutes destes filtros tem por objetivo alimentar o sistema de osmose

reversa com aacutegua potaacutevel que necessita do seguinte preacute-tratamento

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Tabela 1 Paracircmetros da aacutegua provinda do sistema de preacute-tratamento

Paracircmetro Especificaccedilatildeo ou limite de aceitaccedilatildeo

Preacute-filtragem 5microm e carvatildeo ativado

Iacutendice de silte Maacuteximo 3

Teor Salino Maacuteximo 2000 mgL

Teor de Cl lt001 mgl

Teor de Mg lt005 mgl

Teor de Feacute lt005 mgl

Gama do valor de pH 4 ndash 11

Remoccedilatildeo de 99 de bacteacuterias e partiacuteculas -

II2 Sistema de Tratamento por Osmose Reversa

A secccedilatildeo de tratamento eacute composta por um sistema de purificaccedilatildeo de aacuteguas

atraveacutes de osmose reversa (OR) modelo TKA LAB-UPW do fabricante TKA (ArtNdeg

083007-SO)

II3 Sistema de Armazenamento

A aacutegua tratada pelo sistema de Osmose Reversa (OR) eacute armazenada em um

tanque de 75 L incluindo torneira de extraccedilatildeo por onde a aacutegua purificada eacute coletada O

armazenamento e coleta da aacutegua purificada ocorrem agrave temperatura ambiente A aacutegua

purificada permanece no tanque de armazenamento por no maacuteximo vinte minutos a cada

vinte minutos a bomba de recirculaccedilatildeo eacute acionada e recircula a aacutegua no tanque

conduzindo-a pela lacircmpada de oxidaccedilatildeo UV e pelo jogo de cartuchos deionizadores

A Figura 1 apresenta os componentes do sistema de Osmose Reversa (OR) e do

sistema de armazenamento e suas especificaccedilotildees

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Figura 1 Desenho esquemaacutetico do sistema de osmose reversa e do sistema de

armazenamento 1- Vaacutelvula solenoacuteide da aacutegua de alimentaccedilatildeo (Art Ndeg 150003) 2-

Bomba auxiliar com transformador (Art Ndeg 190046) 3- Moacutedulo de osmose reversa

composto por Carcaccedila 1812 (Art Ndeg 220047) e Membrana de osmose reversa 1812

(Art Ndeg 220046) 4- Vaacutelvula reguladora de pressatildeo (Art Ndeg 150060) 5- Vaacutelvula

solenoacuteide de enxaguamento por jato de aacutegua (Art Ndeg 150003) 6- Ceacutelula medidora de

condutividade (apoacutes agrave OR) (Art Ndeg 160126) 7- Foto-oxidaccedilatildeo de UV (Art Ndeg

250011) 8- Conjunto de deionizaccedilatildeo composto por Carcaccedila de filtro (Art Ndeg 065310)

e Jogo de cartuchos permutador de iacuteons e resina de adsorccedilatildeo (Art Ndeg 093011) 9-

Ceacutelula de mediccedilatildeo de condutividade da aacutegua purificada (Art Ndeg 160126) 10- Tanque

de 75 litros incluindo jogo de montagem na parede (Art Ndeg 065075) 11- Bomba de

recirculaccedilatildeo (Art Ndeg 190028) 12- Vaacutelvula de controle (Art Ndeg 150009) 13- Controle

por microprocessador (Art Ndeg 160181) 14- Entrada de aacutegua provinda do sistema de

preacute-tratamento 15- Saiacuteda da aacutegua purificada Torneira de extraccedilatildeo 16- Saiacuteda frac34rdquo do

concentrado

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

II4 Princiacutepio de Funcionamento do Sistema de Osmose Reversa

A aacutegua de alimentaccedilatildeo provinda do sistema de preacute-tratamento entra no sistema

com pressatildeo maacutexima de 6 Bar A vaacutelvula solenoacuteide da aacutegua de alimentaccedilatildeo (Figura 1-1)

permanece fechada quando o sistema estaacute no modo de espera ou parado para impedir

que a aacutegua de alimentaccedilatildeo passe pela membrana e transborde no tanque de

armazenamento A membrana semi-permeaacutevel (Figura 1-3) reteacutem 96 dos sais

dissolvidos e 99 das bacteacuterias e dos soacutelidos suspensos na aacutegua de alimentaccedilatildeo A aacutegua

purificada passa agora atraveacutes das fases de tratamento duplo (Figura 1- 7 e 8) e eacute

recolhida no tanque de armazenamento (Figura 1-10) Os sais e outros elementos

rejeitados satildeo eliminados do sistema atraveacutes do fluxo do ldquoconcentradordquo A ceacutelula

medidora da condutividade (Figura 1-6) mede a condutividade da aacutegua purificada (apoacutes

os jogos de cartuchos (Figura 1-7 e 8) o que eacute visualizado no menu de controle do

microprocessador (Figura 1-13) A bomba de recirculaccedilatildeo (Figura 1-11) eacute acionada a

cada a cada vinte minutos e recircula a aacutegua no tanque conduzindo-a pela lacircmpada de

oxidaccedilatildeo UV (Figura 1- 7) e pelo jogo de cartuchos deionizadores (Figura 1-8)

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Um desenho de montagem do sistema de tratamento completo segue na Figura 2

Figura 2 Desenho esquemaacutetico do Sistema de Purificaccedilatildeo de aacuteguas e suas

especificaccedilotildees 1- Aacutegua de alimentaccedilatildeo conexatildeo frac34rdquo (pressatildeo miacutenima 2 bar) 2- Filtro retrolavaacutevel (Art Ndeg 115999) 21- Redutor de pressatildeo (Art Ndeg 115998) 3- Preacute-filtro de 5microm + carvatildeo ativado (Art Ndeg 065201) com um manocircmetro (Art Ndeg 065311) 4-

Filtro de polipropileno de porosidade 1 microm (Art Ndeg 065101) com um manocircmetro (Art Ndeg 065311) 5- Equipamento de Osmose reversa TKA-HPW 220V ndash 100W (Art Ndeg 083007-SO) 6- Tanque de armazenamento de capacidade 75 L (Art Ndeg 115996) 7- Kit de instalaccedilatildeo (Art Ndeg 115994) 8- Caixa de aacutegua de 5000 L 9- Rede puacuteblica de

abastecimento

Caixa drsquoaacutegua (8)

Rede Puacuteblica (9)

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

III Qualificaccedilatildeo da Instalaccedilatildeo (IQ)

A fase da Qualificaccedilatildeo da Instalaccedilatildeo (IQ) estaacute associada agrave verificaccedilatildeo da

instalaccedilatildeo dos equipamentos de acordo com as especificaccedilotildees do fabricante aleacutem da

calibraccedilatildeo dos instrumentos e o estabelecimento de um programa de manutenccedilatildeo

preventiva (Johnson 1993) A Tabela 2 apresenta as especificaccedilotildees do sistema de

purificaccedilatildeo de aacuteguas e as accedilotildees que se fazem necessaacuterias para efetuar a qualificaccedilatildeo

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Tabela 2 Especificaccedilotildees fornecidas pelo fabricante e atividade a ser realizada para qualificar a instalaccedilatildeo

Especificaccedilatildeo Paracircmetro especificado em manual

Atividade a ser realizada para qualificar a

instalaccedilatildeo Tensatildeo Eleacutetrica 127220V 60Hz Registro de Calibraccedilatildeo do

estabilizador Potecircncia Eleacutetrica 01 Kw Verificaccedilatildeo e registro Temperatura ambiente +2degc a +35degC Registro do

monitoramento da temperatura

Pressatildeo do permeado 0 bar Verificaccedilatildeo e registro Pressatildeo operacional 6 bar maacutex Registro da verificaccedilatildeo da

pressatildeo da aacutegua de alimentaccedilatildeo

Temperatura de alimentaccedilatildeo +1degC a +30degC Registro da verificaccedilatildeo de temperatura

Pressatildeo da aacutegua de alimentaccedilatildeo

2 a 6 bar Registro da verificaccedilatildeo da pressatildeo da aacutegua de

alimentaccedilatildeo Calibraccedilatildeo dos controles ao longo do processo

Condutiviacutemetro e manocircmetro

Registro das calibraccedilotildees realizadas

Treinamento dos Operadores -- Realizaccedilatildeo e registro de treinamento

Programa de Manutenccedilatildeo Preventiva

Enxaacuteguumle e desinfecccedilatildeo dos tanques de

estocagem tubulaccedilotildees e carcaccedilas (anualmente)

Elaboraccedilatildeo do POP de enxaacuteguumle e desinfecccedilatildeo

Capacidade de carga das

paredes ou chatildeo

-- Registros da verificaccedilatildeo da instalaccedilatildeo

Tubulaccedilatildeo de Drenagem de

112rdquo livre para o esgoto -- Registro da verificaccedilatildeo da

Instalaccedilatildeo

Espaccedilo de trabalho suficiente -- 64 m2

Conexatildeo aacutegua de alimentaccedilatildeo

de frac34rdquo(com registro)

-- Registro da verificaccedilatildeo da instalaccedilatildeo

Ponto de Coleta do sistema de

preacute-tratamento -- Instalaccedilatildeo de registro na

entrada da aacutegua provinda do preacute-tratamento

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

IV Qualificaccedilatildeo da Operaccedilatildeo (OQ)

Esta etapa estaacute relacionada agrave garantia de que cada componente esteja

funcionando de acordo com o especificado As accedilotildees a serem realizadas na fase de

qualificaccedilatildeo da operaccedilatildeo seguem na tabela 3

Tabela 3 Accedilotildees a serem realizadas na fase de Qualificaccedilatildeo da Operaccedilatildeo (Johnson 1993)

Accedilatildeo Atividade a ser realizada 1 Preencher o sistema com aacutegua e reparar

quaisquer fugas e substituir vaacutelvulas ou vedaccedilotildees defeituosas

Verificaccedilatildeo de vazamentos e registro da realizaccedilatildeo de manutenccedilatildeo por pessoal autorizado

2 Verificar o bom funcionamento das vaacutelvulas e controles ao longo do processo

Calibraccedilatildeo dos Manocircmetros e Condutiviacutemetro do tanque de armazenamento

3 Registrar a realizaccedilatildeo da sanitizaccedilatildeo da caixa de aacutegua e da distribuiccedilatildeo do sistema

Realizaccedilatildeo da Sanitizaccedilatildeo e seu Registro

4 Elaboraccedilatildeo de POPs que descrevem os procedimentos de ligar desligar e sanitizar os equipamentos e o sistema

Seguem em anexo B

5 Verificaccedilatildeo da variaccedilatildeo da vazatildeo de aacutegua em comparaccedilatildeo as especificaccedilotildees do fornecedor

Protocolo de Serviccedilo (PS001) Anexo C

6 Avaliar a produccedilatildeo nominal do sistema 7 Lh a 15degC 7 Avaliar a eficiecircncia do sistema de preacute-

tratamento Atraveacutes da Fase 1 de validaccedilatildeo se avaliaraacute a eficiecircncia do sistema de preacute-tratamento

V Process validation (PV)

Apoacutes a realizaccedilatildeo das trecircs primeiras qualificaccedilotildees seraacute necessaacuterio realizar testes

que comprovem que o sistema realiza a purificaccedilatildeo da aacutegua da maneira a que se propotildee

Para realizar essa tarefa como descrito anteriormente segue-se a abordagem da

Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (WHO 2005) que determina trecircs fases para a validaccedilatildeo

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

V1 Plano de amostragem

V11 Pontos de amostragem

A tabela 4 descreve os pontos de coleta sua localizaccedilatildeo e a especificaccedilatildeo do tipo

de aacutegua

Tabela 4 Pontos de validaccedilatildeo localizaccedilatildeo e suas especificaccedilotildees de avaliaccedilatildeo Nuacutemero Local Tipo de aacutegua

1 Entrada do sistema de purificaccedilatildeo de aacutegua (torneira da pia)

Aacutegua potaacutevel

2 Aacutegua de alimentaccedilatildeo da osmose reversa Aacutegua potaacutevel natildeo clorada

3 Ponto de coleta da aacutegua purificada Aacutegua purificada

V12 Testes Requeridos e Criteacuterio de Aceitaccedilatildeo

Os testes requeridos e seus criteacuterios de aceitaccedilatildeo estatildeo descritos nas tabelas 4 e

5 Os testes para Aacutegua Purificada seratildeo realizados de acordo com a Farmacopeacuteia

Brasileira 4ordf ediccedilatildeo (F Bras IV 2005) e para aacutegua potaacutevel de acordo com os limites

estabelecidos na Portaria 51804 do Ministeacuterio da Sauacutede

V121 Aacutegua Potaacutevel

Tabela 5 Criteacuterios de Aceitaccedilatildeo para aacutegua potaacutevel Testes Microbioloacutegicos Especificaccedilatildeo Contagem Heterotroacutefica Total le 500UFCMl Patoacutegenos Ausecircncia de Coliformes Testes Quiacutemicos Especificaccedilatildeo Cor lt 15 UH Cloro 02 a 05 ppm pH 60 a 95 Turbidez lt 5UT Unidade Hazen (mg Pt-CoL) Unidade de turbidez

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

V122 Aacutegua Purificada

Tabela 6 Criteacuterios de Aceitaccedilatildeo para aacutegua purificada Testes Microbioloacutegicos Especificaccedilatildeo Contagem Heterotroacutefica Total le 100UFCmL Patoacutegenos Ausecircncia de coliformes P aeruginosa S

aureus e E Coli termotolerantes Testes Quiacutemicos Especificaccedilatildeo Acidez ou Alcalinidade Cumpre o Teste Amocircnio No maacuteximo 02 ppm Aparecircncia Liacutequido incolor liacutempido insiacutepido e

inodoro Caacutelcio e Magneacutesio Cumpre o Teste Cloretos Cumpre o Teste Condutividade No maacuteximo 21 microScm Metais Pesados No maacuteximo 01 ppm Nitratos No maacuteximo 02 ppm pH 5 -7 Resiacuteduo por evaporaccedilatildeo No maacuteximo 0001 Substacircncias Oxidaacuteveis Cumpre o Teste Sulfatos Cumpre o Teste Os testes seratildeo realizados de acordo com a Farmacopeacuteia Brasileira 4ordf ediccedilatildeo (F Bras IV 2005)

V13 Cronograma de Amostragem

Para a Fase 1 da validaccedilatildeo seratildeo realizados testes quiacutemicos e bioloacutegicos para

todos os pontos de amostragem durante trecircs semanas em trecircs periacuteodos de cinco dias

Apoacutes a conclusatildeo satisfatoacuteria dessa fase se realizaraacute a Fase 2 de validaccedilatildeo fase em que

a aacutegua produzida pode ser utilizada Nesta fase deve-se realizar novamente e

diariamente todos os testes quiacutemicos e bioloacutegicos para todos os pontos de amostragem

durante quatro semanas em quatro periacuteodos de cinco dias Para a Fase 3 de validaccedilatildeo

seratildeo realizados os mesmos testes quiacutemicos e microbioloacutegicos para todos os pontos de

amostragem semanalmente durante um ano O cronograma dos pontos de amostragem

segue na tabela 7

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Tabela 7 Cronograma de validaccedilatildeo

Fase de

Validaccedilatildeo

Ponto de

Amostragem

Periacuteodo de

Anaacutelise

Frequumlecircncia de

Anaacutelise

Tipo de Testes

a Realizar

1 1 2 Semanas Trecircs periacuteodos de

5 dias

Aacutegua Potaacutevel

1 2 2 Semanas Trecircs periacuteodos de 5 dias

Aacutegua potaacutevel

natildeo clorada

1 3 2 Semanas Trecircs periacuteodos de 5 dias

Aacutegua

Purificada

2 1 3 Semanas Quatro periacuteodos

de 5 dias

Aacutegua Potaacutevel

2 2 3 Semanas Quatro periacuteodos

de 5 dias

Aacutegua potaacutevel

natildeo clorada

2 3 3 Semanas Quatro periacuteodos

de 5 dias

Aacutegua

Purificada

3 1 1 Ano Semanal Aacutegua Potaacutevel

3 2 1 Ano Semanal Aacutegua potaacutevel

natildeo clorada

3 3 1 Ano Semanal Aacutegua

Purificada

V2 Fase 1

Periacuteodo de testes de trecircs semanas em trecircs periacuteodos de cinco dias para

monitoramento do sistema intensivamente durante este periacuteodo o sistema deve operar

continuamente sem falhas ou desvios de qualidade

Para essa fase seratildeo realizados os seguintes testes

bull Realizar testes quiacutemicos e microbioloacutegicos de acordo o plano de amostragem

bull Desenvolver faixas de operaccedilatildeo adequadas

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

bull Desenvolver e finalizar procedimentos de operaccedilotildees limpeza desinfecccedilatildeo e

manutenccedilatildeo

bull Demonstrar a produccedilatildeo e entrega da aacutegua na qualidade e quantidade exigida

bull Usar e aperfeiccediloar os POPs de operaccedilatildeo (ver anexo) manutenccedilatildeo desinfecccedilatildeo e

soluccedilatildeo de problemas

bull Verificar alertas provisoacuterios e accedilotildees de niacuteveis

bull Desenvolver e refinar procedimentos de testes de natildeo conformidade

V3 Fase 2

Outro periacuteodo de testes de quatro semanas em quatro periacuteodos de cinco dias a

ser realizado de maneira mais intensiva atraveacutes de um acompanhamento dos POPs

aperfeiccediloados apoacutes a conclusatildeo da Fase 1 O sistema de amostragem eacute idecircntico ao da

fase inicial e aacutegua pode ser utilizada para a fabricaccedilatildeo durante essa fase O sistema

deve

bull Demonstrar a produccedilatildeo e entrega da aacutegua na qualidade e quantidade exigida

quando o sistema eacute operado de acordo com os POPs

bull Demonstrar que o sistema estaacute sob controle

V4 Fase 3

Esta fase seraacute executada por no miacutenimo um ano apoacutes a conclusatildeo satisfatoacuteria da

fase dois a aacutegua pode ser usada para a fabricaccedilatildeo durante esta fase produccedilatildeo que tem os

devidos fins e caracteriacutesticas

bull Demonstrar que o sistema estaacute sob controle durante um longo periacuteodo de tempo

garantindo que as variaccedilotildees sazonais foram avaliadas

bull Locais de amostra frequumlecircncia de amostras e testes devem ser reduzido ao padratildeo

de rotina normal (semanalmente)

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

POP ndeg001 Versatildeo 06112007 Validade 06112008 Paacutegina 14

Procedimento Operacional Padratildeo 001

Instruccedilotildees de Uso do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

1 Objetivo Orientar a operaccedilatildeo do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

2 Aplicaccedilatildeo Ao pessoal responsaacutevel pela operaccedilatildeo e monitoramento do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

3 Materiais Necessaacuterios Protocolo de Serviccedilo (PS 001) Protocolo de Manutenccedilatildeo (PM 001) Protocolo de Produccedilatildeo de Aacutegua Purificada (PP 001)

4 Cuidados Especiais Verificar se o aparelho estaacute limpo e adequado a sua utilizaccedilatildeo Verificar a temperatura e umidade do ambiente Verificar a temperatura da aacutegua de alimentaccedilatildeo Verificar a pressatildeo da aacutegua de alimentaccedilatildeo

5 Procedimento 51 Ligar o Disjuntor (A) que alimenta a Central de Aacuteguas

A

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

POP ndeg001 Versatildeo 06112007 Validade 06112008 Paacutegina 24

Procedimento Operacional Padratildeo 001

Instruccedilotildees de Uso do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

52 Ligar o Estabilizador (B) de energia que alimenta o aparelho de Osmose Reversa

53 Abrir o registro (C) da aacutegua de alimentaccedilatildeo

54 Verificar os paracircmetros do item Cuidados Especiais e anotaacute-los no Protocolo de Serviccedilo

(PS 001)

B

C

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

POP ndeg001 Versatildeo 06112007 Validade 06112008 Paacutegina 34

Procedimento Operacional Padratildeo 001

Instruccedilotildees de Uso do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

55 Acionar a tecla ONOFF (1)

56 Visualizar no display (2) ldquoCleaningrdquo - referente agrave operaccedilatildeo do sistema de enxaacutegue que

entra automaticamente em operaccedilatildeo 57 Visualizar no display (2) ldquoProductionrdquo (produccedilatildeo) - referente agrave operaccedilatildeo do sistema de

Osmose Reversa 58 Apoacutes 2 minutos de produccedilatildeo acionar a tecla MENU (3) duas vezes para verificar a

condutividade da aacutegua de produccedilatildeo Caso visualize a mensagem ldquoError-CPrdquo paacutere a produccedilatildeo e despreze a aacutegua do tanque abrindo o registro do ponto de coleta de aacutegua purificada (D)

59 Quando o tanque de armazenamento estiver cheio ocorreraacute outro enxaacuteguumle automaacutetico e

no display (2) apareceraacute a mensagem ldquoCleaningrdquo 510 Completando-se este ciclo o aparelho entra em modo de operaccedilatildeo ldquoStand byrdquo sendo

visualizado no display (2) a mesma mensagem ldquoStand byrdquo

1

2

3

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

POP ndeg001 Versatildeo 06112007 Validade 06112008 Paacutegina 44

Procedimento Operacional Padratildeo 001

Instruccedilotildees de Uso do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

511 Retire a Aacutegua Purificada do tanque de armazenamento abrindo o registro do Ponto de Coleta (D)

512 Ao final da produccedilatildeo acionar a tecla ONOFF (1) desligar o Estabilizador de energia (B)

e fechar o registro da aacutegua de alimentaccedilatildeo (C) e o disjuntor da Central de Aacuteguas (A) 513 Anotar o valor final produzido no Protocolo de Produccedilatildeo de Aacutegua Purificada

6 Observaccedilotildees Limpeza Mensal Manutenccedilatildeo Realizada pelo fabricante sempre que constatado que fora dos paracircmetros

D

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

Protocolo ndeg001 Versatildeo 06112007 Validade 06112008

Protocolo de Serviccedilo (PS 001)

Protocolo de Verificaccedilatildeo dos Paracircmetros do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

Data Temp Ambiente

(degC)

Umidade ()

Temp Aacutegua de

Alimentaccedilatildeo (degC)

Pressatildeo Aacutegua de

Alimentaccedilatildeo (bar)

Condutividade da aacutegua Produzida (microScm)

Responsaacutevel

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash

RS Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

Protocolo ndeg002 Versatildeo 06112007 Validade 06112008

Protocolo de Manutenccedilatildeo (PM 001)

Protocolo de Verificaccedilatildeo da Manutenccedilatildeo do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

Tipo de Sistema

Nuacutemero de Identificaccedilatildeo

Ano de Fabricaccedilatildeo

Data Dureza da aacutegua de

alimentaccedilatildeo (degdH)

Pressatildeo de operaccedilatildeo

(bar)

Taxa de Permeado

(Lh)

Uacuteltima Troca de Preacute-filtro

Uacuteltima troca de Fosfato

Uacuteltima limpeza

desinfecccedilatildeo

Ass

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash

RS Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

Protocolo ndeg003 Versatildeo 06112007 Validade 06112008

Protocolo de Produccedilatildeo (PP 001)

Protocolo de Produccedilatildeo de Aacutegua Purificada

Data Produccedilatildeo Diaacuteria Responsaacutevel

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash

RS Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

Protocolo ndeg004 Versatildeo 06112007 Validade 06112008

Resultados da Validaccedilatildeo do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

Aacutegua Purificada

DATA

PONTO DE COLETA

Testes Microbioloacutegicos

Especificaccedilatildeo ____ ____ ____ ____ ____

Contagem Heterotroacutefica Total

le 100UFCmL

Patoacutegenos Ausecircncia de coliformes P aeruginosa S aureus

Testes Quiacutemicos Especificaccedilatildeo ____ ____ ____ ____ ____ Acidez ou Alcalinidade

Cumpre o Teste

Amocircnio No maacuteximo 02 ppm Aparecircncia Liacutequido incolor liacutempido

insiacutepido e inodoro

Caacutelcio e Magneacutesio Cumpre o Teste Cloretos Cumpre o Teste Condutividade No maacuteximo 21 microScm Metais Pesado No maacuteximo 01 ppm Nitratos No maacuteximo 02 ppm pH 5 -7 Resiacuteduo por evaporaccedilatildeo

No maacuteximo 0001

Substacircncias Oxidaacuteveis Cumpre o Teste Sulfatos Cumpre o Teste Os testes seratildeo realizados de acordo com a Farmacopeacuteia Brasileira 4ordf ediccedilatildeo (F Bras IV 2005)

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash

RS Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

Protocolo ndeg 005 Versatildeo 06112007 Validade 06112008

Resultados da Validaccedilatildeo do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua Aacutegua Potaacutevel

Data

Ponto de

Coleta

Especificaccedilotildees Anaacutelise Quiacutemica Anaacutelise Microbioloacutegica

Cloro pH Cor

Turbidez Contagem Heterotroacutefica

Total

Patoacutegenos

02 ndash 05 ppm

60 ndash 95 15 UH 5 UT

lt 500 UFCmL Ausecircncia de coliformes

Unidade Hazen (mg Pt-CoL)

Unidade de turbidez

40

4 Consideraccedilotildees finais e perspectivas

Ao longo do tempo a importacircncia da validaccedilatildeo de processos para a Garantia da

Qualidade foi sendo melhor compreendida pelo segmento farmacecircutico e com isso foi

contemplada pelos oacutergatildeos reguladores e aplicada pelos profissionais deste segmento

Se a validaccedilatildeo estaacute bem definida e eacute amplamente compreendida como pocircde ser

observado pelo nuacutemero de trabalhos e legislaccedilotildees revisados neste trabalho um dos

desafios que se apresentam atualmente consiste em ampliar o entendimento de como

realizaacute-la na praacutetica A proposiccedilatildeo de um protocolo para a validaccedilatildeo de um processo de

purificaccedilatildeo de aacutegua teve como um de seus objetivos exemplificar esta tarefa e assim

auxiliar na elaboraccedilatildeo de outros protocolos Assim como perspectiva deste trabalho

espera-se fornecer subsiacutedio agrave validaccedilatildeo de outros processos farmacecircuticos de

purificaccedilatildeo de aacutegua ou mesmo outros

Isto porque embora cada processo possua aspectos especiacuteficos os quais devem

ser cuidadosamente avaliados durante a validaccedilatildeo o entendimento e aplicaccedilatildeo

adequados da terminologia relacionada agrave validaccedilatildeo auxiliam na conduccedilatildeo de uma

validaccedilatildeo adequada e bem documentada

41

5 Referecircncias

ALEEM H ZHAO Y LORD S MCCARTHY T SHARRATT P N Pharmaceutical process validation an overview Proceedings of the Institution of Mechanical Engineers Part E Process Mechanical Engineering v 217 p141 ndash 150 2002

ALENCAR J R B Pinto P M D V Neto P P V Oliveira A T C Medeiros F P M Ramos S V V Rolim P J N Strategy in pharmaceutical process validation of purified water Revista Brasileira de Farmaacutecia v 85 n3 p85-88 2004a ALENCAR JRB Souza M B J Rolim P J N Lopes C E Uso de controle estatiacutestico de processo (CEP) para validaccedilatildeo de processo de glibenclamida comprimidos Revista Brasileira de Farmaacutecia v85 n3 p115-119 2004b

ALENCAR J R B CLEMENTINO M R A ROLIM P J N Cleaning validation of equipments in medicines industry strategy to select the ldquoworst caserdquo Revista Brasileira de Farmaacutecia v87 n 1 p13-18 2006

ANVISA ndash Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria Gerecircncia Geral de Inspeccedilatildeo e Controle de Medicamentos e Produtos Guias relacionados agrave garantia de qualidade Brasiacutelia 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwanvisagovbrinspecaoguias_qualidadepdfgt Acesso em 12 nov 2007

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria (ANVISA) Resoluccedilatildeo RDC nordm 210 de 04082003 DOU de 14082003 Disponiacutevel em lthttpe-legisanvisagovbrleisrefpublicshowActphpid=22321ampword=gt Acesso em 30 set 2007

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria (ANVISA) Resoluccedilatildeo RDC nordm 67 de 08102007 DOU de 09102007 Disponiacutevel em lthttpe-legisanvisagovbrleisrefpublicshowActphpid=28806ampword= gt Acesso em 30 nov 2007

42

BRASIL Ministeacuterio de Estado da Sauacutede Portaria nordm 518 de 25032004 DOU de 26032004 Disponiacutevel em lthttpe-legisanvisagovbrleisrefpublicshowActphpid=22322ampwordgt Acesso em 30 set 2007

CASTILLA B SENA F J Validation documentation Journal of Validation Technology v7 n 2 p 166-123 2001

DA ROSA PS Diagnoacutestico e avaliaccedilatildeo da qualidade microbioloacutegica da aacutegua na Faculdade de Farmaacutecia Trabalho de Conclusatildeo de Curso de Graduaccedilatildeo Disciplina de Estaacutegio Curricular em Farmaacutecia Faculdade de Farmaacutecia Universidade Federal do Rio Grande do Sul Porto Alegre 2007

EMEA - European Agency for Evaluation of Medicinal Products Note for guidance on process validation London 2001 Disponiacutevel em lthttpwwwemeaeuropaeupdfshumanqwp084896enpdfgt Acesso em 12 nov 2007

FARMACOPEacuteIA BRASILEIRA 4 ed Satildeo Paulo Atheneu 2004 pV224

FARMACOPEacuteIA BRASILEIRA 4 ed Satildeo Paulo Atheneu 2005 Fasciacuteculo 6 p263

FDA ndash Food and Drug Administration - Center for Drug Evaluation and Research (CDER) Guidance for Industry Powder Blends and Finished Dosage Units mdash Stratified In-Process Dosage Unit Sampling and Assessment Rockville 2003 Disponiacutevel em lthttpwwwfdagovCDERGUIDANCE5831dfthtmgt Acesso em 12 nov 2007

FDA ndash Food and Drug Administration - Division of Manufacturing and Product Quality (HFN-320) Center for Drugs and Biologics Guidelines on general principles of process validation Rockville 1987 Disponiacutevel em lthttpwwwfdagovCDERGUIDANCEpvhtmgt Acesso em 12 nov 2007

GUAZZARONI M YIIN B YU JL Application of total organic carbon analysis for cleaning validation in pharmaceutical manufacturing American Biotechnology Laboratory v 16 n 10 p 66-67 1998

HAIDER S I Validation standard operating procedures a step-by-step guide for achieving compliance in the pharmaceutical medical device and biotech industries 2 ed Boca Raton CRC 2002

43

HELLE M R YLIRUUSI J MANNERMAA J P A literature review of pharmaceutical process validation Pharmaceutical Technology Europe Part 3 v15 p 52-57 2003

HOFMANN K L Sterile products validation In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 103

JEATER J P CULLEN L F PAPARIELLO GJ Organizing for validation In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 9

JOHNSON W M Validation of water system for sterile and nonsterile products In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 299 - 317

KIEFFER RG Validation and the human element PDA Journal of Pharmaceutical Science and Technology v52 n2 p52-54 1998

LE HIR A Noccedilotildees de farmaacutecia galecircnica 6 ed Satildeo Paulo Organizaccedilatildeo Andrei 1997 p 137-138

LeBLANC D A Establishing scientifically justified acceptance criteria for cleaning validation of finished drug products Pharmaceutical Technology 1998 Disponiacutevel em ltwwwadvanstarcomgt Acesso em 30 set 2007

LOFTUS B T The Regulatory basis for process In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 2 - 32

LORD SV MCCARTHY T ALEEM H ZHAO Y SHARRATT P N Reinterpreting validation Proceedings of the Institution of Mechanical Engineers Part E Process Mechanical Engineering v 217 p287- 292 2003

MCCOLMICK P Y CULLEN L F Cleaning validation In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 319 - 322

NASH R A Introduction In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993

44

PICS - Pharmaceutical Inspection Convention and Pharmaceutical Inspection Co-operation Scheme Recommendations on validation master plan installation and operational qualification non-sterile process validation cleaning validation Genebra 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwnewwayzconzrefmaterialpics_pi006_2VMPpdfgt Acesso em 30 set 2007

TKA WASSERAUFBEREITUNGSSYSTEME GMBH Operating instructions TKA LAB ndash UPW Article ndeg 083007-SO Niederelbert 2001

WHO ndash World Health Organization Suplementary guidelines on good manufacturing practices (GMP) validation Genebra 2005 p 22-23 Disponiacutevel em lthttpwwwwhointmedicinesservicesexpertcommitteespharmprepValidation_QAS_055_Rev2combinedpdfgtAcesso em Acesso em 30 set 2007

WHO ndash World Health Organization Supplementary training modules on good manufacturing practice water for pharmaceutical use Part 1 introduction and treatment Genebra 2001 Disponiacutevel em ltftpftpwhointmedicinesGMPgmptrainsuplmtWater01pptgt Acesso em 30 set 2007

WHO ndash World Health Organization Supplementary training modules on good manufacturing practice water for pharmaceutical use Part 2 water purification engineering Genebra 2001 Disponiacutevel em ltftpftpwhointmedicinesGMPgmptrainsuplmtWater02pptgt Acesso em 30 set 2007

WHO ndash World Health Organization Supplementary training modules on good manufacturing practice water for pharmaceutical use Part 3 inspection of water systems Genebra 2001 Disponiacutevel em ltftpftpwhointmedicinesGMPgmptrainsuplmtWater03pptgt Acesso em 30 set 2007

WHO ndash World Health Organization Who good manufacturing practices water for pharmaceutical use Genebra 2005 (Technical Report Series n 929 Anexo 3)

WHO ndash World Health Organization Who Expert Committee on specifications for pharmaceutical preparations Genebra 2006 p 125 ndash 126 (Technical Report Series n 937 Anexo 4 Apecircndice II) Disponiacutevel em lthttpwhqlibdocwhointtrsWHO_TRS_937_engpdfpage=359gt Acesso em 01 dez 2007

  • Outras definiccedilotildees semelhantes a essas existem e muito embora as expressotildees variem a essecircncia de todas eacute a mesma assegurar que o processo quando operado sob as condiccedilotildees preacute-determinadas resultaraacute em um produto que reuniraacute as especificaccedilotildees e seus
Page 14: VALIDAÇÃO DE PROCESSOS: Aspectos teóricos e proposição de

14

A validaccedilatildeo das operaccedilotildees de limpeza eacute de suma importacircncia na induacutestria

farmacecircutica pois resiacuteduos de produtos ou mesmo os proacuteprios agentes de limpeza

podem constituir uma fonte de contaminaccedilatildeo Mesmo quando se utiliza um

equipamento ldquodedicadordquo ou seja de uso exclusivo para processar um produto haacute que

se considerar a contaminaccedilatildeo do proacuteximo lote com produtos de degradaccedilatildeo Na

validaccedilatildeo de limpeza haacute vaacuterios aspectos a serem considerados tais como (i) se o

equipamento eacute dedicado ou natildeo (ii) o tipo de limpeza se manual semi-automatizada ou

mesmo automatizada (do inglecircs CIP ndash clean in place) (iii) as teacutecnicas de amostragem

(uso de swab rinsagem monitoramento direto na superfiacutecie entre outros) (iv) os

agentes de limpeza a serem empregados (v) o meacutetodo de anaacutelise que deve possuir

elevada sensibilidade e (vi) os relacionados ao produto como sua solubilidade e

toxicidade

Assim muitas vezes se recorre ao uso de teacutecnicas como a anaacutelise de carbono

orgacircnico total (TOC) (Guazzaroni et al 1998) que eacute capaz de medir traccedilos de

substacircncias que apresentem carbono em sua composiccedilatildeo ndash o que se aplica tanto agrave

anaacutelise de resiacuteduos dos produtos quanto dos proacuteprios tensoativos empregados na

limpeza De qualquer modo a validaccedilatildeo de operaccedilotildees de limpeza normalmente se

baseia na seleccedilatildeo do ldquopior casordquo (McCormick e Cullen 1993 PICS 2004) definindo-

se os limites de resiacuteduo quiacutemico e microbioloacutegico aceitaacuteveis no proacuteximo lote a ser

produzido atraveacutes de foacutermulas matemaacuteticas Estas questotildees satildeo aprofundadas nos

trabalhos de LeBlanc (1998) e Alencar e colaboradores (2006) aleacutem das diretrizes

apresentadas pelo Pharmaceutical Inspection Convention and Pharmaceutical

Inspection Co-operation Scheme (PICS 2004) e Agecircncia Nacional de Vigilacircncia

Sanitaacuteria (ANVISA 2006)

Como segundo exemplo a validaccedilatildeo da produccedilatildeo de formas farmacecircuticas

soacutelidas eacute realizada de maneira geral atraveacutes do uso de controles estatiacutesticos meacutetodos

que satildeo empregados em um contexto de validaccedilatildeo retrospectiva ou concorrente

Segundo Alencar e colaboradores (2004b) trata-se de uma ferramenta simples na sua

aplicaccedilatildeo capaz de permitir faacutecil compreensatildeo raacutepidas accedilotildees de controle pelo pessoal

de operaccedilatildeo rica nos resultados que pode apresentar sobre o comportamento do

processo Com relaccedilatildeo a planos de amostragem em misturas e formas soacutelidas o FDA

apresenta um guia bastante uacutetil intitulado Guidance for Industry Powder Blends and

15

Finished Dosage Units mdash Stratified In-Process Dosage Unit Sampling and Assessment

que apresenta as aplicaccedilotildees dos controles estatiacutesticos de acordo com cada necessidade

(FDA 2003)

27 Dificuldades frequumlentemente encontradas durante a validaccedilatildeo

Segundo Lord e colaboradores (2003) atualmente o maior problema na

induacutestria eacute Qual eacute a melhor estrutura organizacional para se realizar um processo de

validaccedilatildeo

Neste sentido Jeater e colaboradores (1993) descreveram que o trabalho de

validaccedilatildeo de processos na induacutestria farmacecircutica eacute geralmente organizado dentro de

alguma das seguintes estruturas uma consultoria uma forccedila-tarefa ou um grupo

dedicado exclusivamente agrave validaccedilatildeo Em cada uma delas haacute aspectos positivos e

negativos mas a forma com que os grupos de validaccedilatildeo satildeo desenvolvidos e

controlados dependeraacute das circunstacircncias locais medidas organizacionais estrutura e

personalidade das pessoas responsaacuteveis pelo estabelecimento de um processo de

validaccedilatildeo

Na validaccedilatildeo de processos eacute necessaacuterio considerar o fator humano que eacute muitas

vezes causa de natildeo conformidades ou falhas de produccedilatildeo Kieffer (1998) em seu artigo

ldquoValidation and the Human Elementrdquo descreveu que na validaccedilatildeo inicialmente o

elemento humano natildeo foi considerado como criacutetico dentro do processo enquanto que os

aspectos tecnoloacutegicos eram estudados profundamente entretanto esse elemento deve

ser analisado como parte da validaccedilatildeo e a construccedilatildeo dos processos deve visar sua

proacutepria simplificaccedilatildeo resultando em menos falhas humanas ou natildeo O mesmo autor

acrescenta que nem sempre as causas de natildeo conformidade satildeo humanas muitas vezes

os sistemas natildeo satildeo corretamente desenhados e acabam sendo a causa das falhas

humanas nesses casos a abordagem eacute redesenhar o sistema de modo a simplificaacute-lo e

posteriormente treinar o pessoal envolvido para novamente validar o sistema Ao longo

do tempo tendo em vista a necessidade e importacircncia das pessoas dentro de um

processo de validaccedilatildeo passou-se a considerar esse fator e a proacutepria legislaccedilatildeo brasileira

(Brasil 2003) determina que ldquoo treinamento adequado e a motivaccedilatildeo do pessoal satildeo

16

preacute-requisitos para uma validaccedilatildeo bem sucedida todo o pessoal deve ser motivado a

apoiar a empresa na manutenccedilatildeo dos padrotildees de qualidaderdquo

Outro aspecto a considerar no processo de validaccedilatildeo satildeo os documentos gerados

durante a validaccedilatildeo e qualificaccedilatildeo aos quais no passado natildeo foi dedicada suficiente

atenccedilatildeo Consequumlentemente as empresas natildeo tem sido capazes de prover evidecircncias

documentais que reflitam o tempo e esforccedilo despendido na execuccedilatildeo desta atividade O

desenvolvimento da documentaccedilatildeo de uma validaccedilatildeo eacute parte essencial do sucesso de

qualquer programa ou estudo de validaccedilatildeo O objetivo principal eacute assegurar que a

documentaccedilatildeo eacute capaz de provar que o processo ou sistema trabalha como o

programado eacute reprodutiacutevel e que suas especificaccedilotildees e atributos de qualidade

encontram-se estabelecidas A documentaccedilatildeo deve ser concisa natildeo-ambiacutegua detalhada

e completa (Castilla e Sena 2001)

Segundo Castilla e Sena (2001) uma boa documentaccedilatildeo de validaccedilatildeo deve ser

ldquouma descriccedilatildeo histoacuterica do que foi produzido envasado limpo embaladordquo Trazer o

como isto foi feito e quais controles foram realizados no local Deve ser um caminho

para minimizar erros e variaccedilotildees e prover evidecircncias de que ldquoalgo aconteceurdquo

descrevendo como onde e por quem isto foi feito colocando tambeacutem ldquotudo que vocecirc

quis saber mas teve medo de perguntarrdquo ou seja descrever a histoacuteria do produto seus

componentes equipamentos e processos antes do produto ser introduzido no mercadordquo

E obviamente deve estar em conformidade com os requerimentos das BPF e assegurar

reprodutibilidade

Por fim um problema encontrado ao se validar um processo eacute a falta de clareza

sobre os conceitos relacionados agrave validaccedilatildeo o que adveacutem do fato de a terminologia

relacionada agrave validaccedilatildeo ter mudado seu sentido com o tempo (Nash 1993 Aleem et al

2002)

17

3 Proposiccedilatildeo de um protocolo para validaccedilatildeo de um processo de

purificaccedilatildeo de aacutegua existente na Central de abastecimento de aacuteguas

da Faculdade de FarmaacuteciaUFRGS

Apoacutes a apresentaccedilatildeo dos conceitos principais aplicaccedilotildees e vantagens da

validaccedilatildeo esta parte do trabalho tem por objetivo demonstrar como se realiza a

validaccedilatildeo a partir da proposiccedilatildeo de um protocolo de validaccedilatildeo de um sistema de

purificaccedilatildeo de aacutegua abordando os principais aspectos a serem observados e as anaacutelises

que se fazem necessaacuterias para se validar o sistema

Os sistemas de purificaccedilatildeo de aacutegua satildeo considerados sistemas criacuteticos de

qualidade e podem influir diretamente na qualidade dos produtos por isso devem ser

validados (Johnson 1993 WHO 2005 WHO 2006) A validaccedilatildeo de um sistema de

purificaccedilatildeo de aacutegua deve seguir os passos que normalmente satildeo utilizados para a

maioria das validaccedilotildees Qualificaccedilatildeo de Design (DQ) Qualificaccedilatildeo da Instalaccedilatildeo (IQ)

Qualificaccedilatildeo da Operaccedilatildeo (OQ) e Validaccedilatildeo de Processo (PV)

Segundo a Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (WHO 2005 WHO 2006) para a

validaccedilatildeo deste processo em especial satildeo necessaacuterias trecircs fases que envolvem uma

coleta de dados prolongada a fim de se garantir que o sistema independentemente da

variaccedilatildeo sazonal sobre a aacutegua de alimentaccedilatildeo e sobre o sistema de tratamento mantecircm-

se produzindo consistentemente aacutegua dentro de suas especificaccedilotildees farmacopecircicas

Resumidamente a primeira fase prevecirc a realizaccedilatildeo atraveacutes de testes diaacuterios na aacutegua

coletada de pontos preacute-determinados durante duas a quatro semanas (validaccedilatildeo

prospectiva) Apoacutes a aprovaccedilatildeo na primeira fase de testes a aacutegua produzida pelo

sistema poderaacute ser utilizada e entatildeo eacute conduzida a segunda fase de testes onde seratildeo

avaliados os mesmo pontos de coleta da primeira fase durante um periacuteodo de trecircs

semanas (validaccedilatildeo concorrente) Soacute entatildeo passa-se agrave terceira fase de validaccedilatildeo onde o

sistema eacute monitorado em periacuteodos a serem definidos em menor nuacutemero de pontos de

coleta durante um ano tendo-se assim a avaliaccedilatildeo da influecircncia da variaccedilatildeo sazonal da

aacutegua sobre o sistema e sua validaccedilatildeo completada

Uma abordagem anterior descrita por Johnson (1993) relata a conduccedilatildeo de duas

fases Na etapa inicial o sistema eacute operado sob uma ldquocondiccedilatildeo de estresserdquo ou seja

manteacutem-se o sistema abaixo de suas condiccedilotildees normais de operaccedilatildeo pelo periacuteodo de

18

quatro a seis meses de monitoramento a fim de verificar a robustez do sistema Na

etapa subsequumlente realizam-se testes com o sistema operando em sua normalidade

durante o periacuteodo de no miacutenimo um ano assim constata-se que o sistema produz aacutegua

dentro das especificaccedilotildees independentemente da sazonalidade microbioloacutegica Como

nesta abordagem o sistema opera sob ldquocondiccedilatildeo de estresserdquo na etapa inicial natildeo eacute

indicada a conduccedilatildeo de uma validaccedilatildeo concorrente tendo em vista o risco associado de

natildeo conformidade da aacutegua produzida pelo sistema

O sistema de purificaccedilatildeo de aacuteguas a ser validado seraacute o instalado na Central de

Aacuteguas da Faculdade de Farmaacutecia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul

(UFRGS) Devido agrave necessidade de se realizar uma validaccedilatildeo concorrente pois o

sistema jaacute se encontra instalado e em operaccedilatildeo optou-se por seguir as diretrizes da

Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (WHO 2005 WHO 2006) que se aplicam mais ao

caso aleacutem de ser mais atual A seguir eacute apresentado o protocolo de validaccedilatildeo do

Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacuteguas

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

ASSUNTO Protocolo de Validaccedilatildeo do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

I Objetivo

O objetivo da Validaccedilatildeo do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacuteguas eacute demonstrar que a

aacutegua fornecida pelo sistema atende agraves especificaccedilotildees (quiacutemicas e microbioloacutegicas) para

utilizaccedilatildeo nos laboratoacuterios da Faculdade de Farmaacutecia da UFRGS para a realizaccedilatildeo de

experimentos As especificaccedilotildees seratildeo as descritas na Farmacopeacuteia Brasileira uma vez

que esta constitui o compecircndio oficial brasileiro aleacutem de determinar um maior nuacutemero

de anaacutelises quiacutemicas em relaccedilatildeo aos compecircndios internacionais

II Descriccedilatildeo do Sistema de aacutegua

O sistema de purificaccedilatildeo de aacuteguas a ser validado estaacute instalado na Central de

Aacuteguas da Faculdade de Farmaacutecia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul

(UFRGS) A aacutegua de alimentaccedilatildeo eacute proveniente do sistema de tratamento de aacutegua

clorada da rede municipal (aacutegua de superfiacutecie) A aacutegua entatildeo passa para dois

reservatoacuterios de 5000 litros e segue por gravidade ateacute a Central de Aacuteguas

II1 Sistema de preacute-tratamento

A aacutegua proveniente dos reservatoacuterios de aacutegua passa para a secccedilatildeo de preacute-

tratamento que eacute composta dos meios filtrantes descritos abaixo em carcaccedilas de

polipropileno

a) Filtro retrolavaacutevel com redutor de pressatildeo

b) Filtro de porosidade 5microm com carvatildeo ativado com manocircmetro

c) Filtro de polipropileno de porosidade 1microm com manocircmetro

A filtraccedilatildeo atraveacutes destes filtros tem por objetivo alimentar o sistema de osmose

reversa com aacutegua potaacutevel que necessita do seguinte preacute-tratamento

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Tabela 1 Paracircmetros da aacutegua provinda do sistema de preacute-tratamento

Paracircmetro Especificaccedilatildeo ou limite de aceitaccedilatildeo

Preacute-filtragem 5microm e carvatildeo ativado

Iacutendice de silte Maacuteximo 3

Teor Salino Maacuteximo 2000 mgL

Teor de Cl lt001 mgl

Teor de Mg lt005 mgl

Teor de Feacute lt005 mgl

Gama do valor de pH 4 ndash 11

Remoccedilatildeo de 99 de bacteacuterias e partiacuteculas -

II2 Sistema de Tratamento por Osmose Reversa

A secccedilatildeo de tratamento eacute composta por um sistema de purificaccedilatildeo de aacuteguas

atraveacutes de osmose reversa (OR) modelo TKA LAB-UPW do fabricante TKA (ArtNdeg

083007-SO)

II3 Sistema de Armazenamento

A aacutegua tratada pelo sistema de Osmose Reversa (OR) eacute armazenada em um

tanque de 75 L incluindo torneira de extraccedilatildeo por onde a aacutegua purificada eacute coletada O

armazenamento e coleta da aacutegua purificada ocorrem agrave temperatura ambiente A aacutegua

purificada permanece no tanque de armazenamento por no maacuteximo vinte minutos a cada

vinte minutos a bomba de recirculaccedilatildeo eacute acionada e recircula a aacutegua no tanque

conduzindo-a pela lacircmpada de oxidaccedilatildeo UV e pelo jogo de cartuchos deionizadores

A Figura 1 apresenta os componentes do sistema de Osmose Reversa (OR) e do

sistema de armazenamento e suas especificaccedilotildees

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Figura 1 Desenho esquemaacutetico do sistema de osmose reversa e do sistema de

armazenamento 1- Vaacutelvula solenoacuteide da aacutegua de alimentaccedilatildeo (Art Ndeg 150003) 2-

Bomba auxiliar com transformador (Art Ndeg 190046) 3- Moacutedulo de osmose reversa

composto por Carcaccedila 1812 (Art Ndeg 220047) e Membrana de osmose reversa 1812

(Art Ndeg 220046) 4- Vaacutelvula reguladora de pressatildeo (Art Ndeg 150060) 5- Vaacutelvula

solenoacuteide de enxaguamento por jato de aacutegua (Art Ndeg 150003) 6- Ceacutelula medidora de

condutividade (apoacutes agrave OR) (Art Ndeg 160126) 7- Foto-oxidaccedilatildeo de UV (Art Ndeg

250011) 8- Conjunto de deionizaccedilatildeo composto por Carcaccedila de filtro (Art Ndeg 065310)

e Jogo de cartuchos permutador de iacuteons e resina de adsorccedilatildeo (Art Ndeg 093011) 9-

Ceacutelula de mediccedilatildeo de condutividade da aacutegua purificada (Art Ndeg 160126) 10- Tanque

de 75 litros incluindo jogo de montagem na parede (Art Ndeg 065075) 11- Bomba de

recirculaccedilatildeo (Art Ndeg 190028) 12- Vaacutelvula de controle (Art Ndeg 150009) 13- Controle

por microprocessador (Art Ndeg 160181) 14- Entrada de aacutegua provinda do sistema de

preacute-tratamento 15- Saiacuteda da aacutegua purificada Torneira de extraccedilatildeo 16- Saiacuteda frac34rdquo do

concentrado

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

II4 Princiacutepio de Funcionamento do Sistema de Osmose Reversa

A aacutegua de alimentaccedilatildeo provinda do sistema de preacute-tratamento entra no sistema

com pressatildeo maacutexima de 6 Bar A vaacutelvula solenoacuteide da aacutegua de alimentaccedilatildeo (Figura 1-1)

permanece fechada quando o sistema estaacute no modo de espera ou parado para impedir

que a aacutegua de alimentaccedilatildeo passe pela membrana e transborde no tanque de

armazenamento A membrana semi-permeaacutevel (Figura 1-3) reteacutem 96 dos sais

dissolvidos e 99 das bacteacuterias e dos soacutelidos suspensos na aacutegua de alimentaccedilatildeo A aacutegua

purificada passa agora atraveacutes das fases de tratamento duplo (Figura 1- 7 e 8) e eacute

recolhida no tanque de armazenamento (Figura 1-10) Os sais e outros elementos

rejeitados satildeo eliminados do sistema atraveacutes do fluxo do ldquoconcentradordquo A ceacutelula

medidora da condutividade (Figura 1-6) mede a condutividade da aacutegua purificada (apoacutes

os jogos de cartuchos (Figura 1-7 e 8) o que eacute visualizado no menu de controle do

microprocessador (Figura 1-13) A bomba de recirculaccedilatildeo (Figura 1-11) eacute acionada a

cada a cada vinte minutos e recircula a aacutegua no tanque conduzindo-a pela lacircmpada de

oxidaccedilatildeo UV (Figura 1- 7) e pelo jogo de cartuchos deionizadores (Figura 1-8)

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Um desenho de montagem do sistema de tratamento completo segue na Figura 2

Figura 2 Desenho esquemaacutetico do Sistema de Purificaccedilatildeo de aacuteguas e suas

especificaccedilotildees 1- Aacutegua de alimentaccedilatildeo conexatildeo frac34rdquo (pressatildeo miacutenima 2 bar) 2- Filtro retrolavaacutevel (Art Ndeg 115999) 21- Redutor de pressatildeo (Art Ndeg 115998) 3- Preacute-filtro de 5microm + carvatildeo ativado (Art Ndeg 065201) com um manocircmetro (Art Ndeg 065311) 4-

Filtro de polipropileno de porosidade 1 microm (Art Ndeg 065101) com um manocircmetro (Art Ndeg 065311) 5- Equipamento de Osmose reversa TKA-HPW 220V ndash 100W (Art Ndeg 083007-SO) 6- Tanque de armazenamento de capacidade 75 L (Art Ndeg 115996) 7- Kit de instalaccedilatildeo (Art Ndeg 115994) 8- Caixa de aacutegua de 5000 L 9- Rede puacuteblica de

abastecimento

Caixa drsquoaacutegua (8)

Rede Puacuteblica (9)

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

III Qualificaccedilatildeo da Instalaccedilatildeo (IQ)

A fase da Qualificaccedilatildeo da Instalaccedilatildeo (IQ) estaacute associada agrave verificaccedilatildeo da

instalaccedilatildeo dos equipamentos de acordo com as especificaccedilotildees do fabricante aleacutem da

calibraccedilatildeo dos instrumentos e o estabelecimento de um programa de manutenccedilatildeo

preventiva (Johnson 1993) A Tabela 2 apresenta as especificaccedilotildees do sistema de

purificaccedilatildeo de aacuteguas e as accedilotildees que se fazem necessaacuterias para efetuar a qualificaccedilatildeo

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Tabela 2 Especificaccedilotildees fornecidas pelo fabricante e atividade a ser realizada para qualificar a instalaccedilatildeo

Especificaccedilatildeo Paracircmetro especificado em manual

Atividade a ser realizada para qualificar a

instalaccedilatildeo Tensatildeo Eleacutetrica 127220V 60Hz Registro de Calibraccedilatildeo do

estabilizador Potecircncia Eleacutetrica 01 Kw Verificaccedilatildeo e registro Temperatura ambiente +2degc a +35degC Registro do

monitoramento da temperatura

Pressatildeo do permeado 0 bar Verificaccedilatildeo e registro Pressatildeo operacional 6 bar maacutex Registro da verificaccedilatildeo da

pressatildeo da aacutegua de alimentaccedilatildeo

Temperatura de alimentaccedilatildeo +1degC a +30degC Registro da verificaccedilatildeo de temperatura

Pressatildeo da aacutegua de alimentaccedilatildeo

2 a 6 bar Registro da verificaccedilatildeo da pressatildeo da aacutegua de

alimentaccedilatildeo Calibraccedilatildeo dos controles ao longo do processo

Condutiviacutemetro e manocircmetro

Registro das calibraccedilotildees realizadas

Treinamento dos Operadores -- Realizaccedilatildeo e registro de treinamento

Programa de Manutenccedilatildeo Preventiva

Enxaacuteguumle e desinfecccedilatildeo dos tanques de

estocagem tubulaccedilotildees e carcaccedilas (anualmente)

Elaboraccedilatildeo do POP de enxaacuteguumle e desinfecccedilatildeo

Capacidade de carga das

paredes ou chatildeo

-- Registros da verificaccedilatildeo da instalaccedilatildeo

Tubulaccedilatildeo de Drenagem de

112rdquo livre para o esgoto -- Registro da verificaccedilatildeo da

Instalaccedilatildeo

Espaccedilo de trabalho suficiente -- 64 m2

Conexatildeo aacutegua de alimentaccedilatildeo

de frac34rdquo(com registro)

-- Registro da verificaccedilatildeo da instalaccedilatildeo

Ponto de Coleta do sistema de

preacute-tratamento -- Instalaccedilatildeo de registro na

entrada da aacutegua provinda do preacute-tratamento

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

IV Qualificaccedilatildeo da Operaccedilatildeo (OQ)

Esta etapa estaacute relacionada agrave garantia de que cada componente esteja

funcionando de acordo com o especificado As accedilotildees a serem realizadas na fase de

qualificaccedilatildeo da operaccedilatildeo seguem na tabela 3

Tabela 3 Accedilotildees a serem realizadas na fase de Qualificaccedilatildeo da Operaccedilatildeo (Johnson 1993)

Accedilatildeo Atividade a ser realizada 1 Preencher o sistema com aacutegua e reparar

quaisquer fugas e substituir vaacutelvulas ou vedaccedilotildees defeituosas

Verificaccedilatildeo de vazamentos e registro da realizaccedilatildeo de manutenccedilatildeo por pessoal autorizado

2 Verificar o bom funcionamento das vaacutelvulas e controles ao longo do processo

Calibraccedilatildeo dos Manocircmetros e Condutiviacutemetro do tanque de armazenamento

3 Registrar a realizaccedilatildeo da sanitizaccedilatildeo da caixa de aacutegua e da distribuiccedilatildeo do sistema

Realizaccedilatildeo da Sanitizaccedilatildeo e seu Registro

4 Elaboraccedilatildeo de POPs que descrevem os procedimentos de ligar desligar e sanitizar os equipamentos e o sistema

Seguem em anexo B

5 Verificaccedilatildeo da variaccedilatildeo da vazatildeo de aacutegua em comparaccedilatildeo as especificaccedilotildees do fornecedor

Protocolo de Serviccedilo (PS001) Anexo C

6 Avaliar a produccedilatildeo nominal do sistema 7 Lh a 15degC 7 Avaliar a eficiecircncia do sistema de preacute-

tratamento Atraveacutes da Fase 1 de validaccedilatildeo se avaliaraacute a eficiecircncia do sistema de preacute-tratamento

V Process validation (PV)

Apoacutes a realizaccedilatildeo das trecircs primeiras qualificaccedilotildees seraacute necessaacuterio realizar testes

que comprovem que o sistema realiza a purificaccedilatildeo da aacutegua da maneira a que se propotildee

Para realizar essa tarefa como descrito anteriormente segue-se a abordagem da

Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (WHO 2005) que determina trecircs fases para a validaccedilatildeo

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

V1 Plano de amostragem

V11 Pontos de amostragem

A tabela 4 descreve os pontos de coleta sua localizaccedilatildeo e a especificaccedilatildeo do tipo

de aacutegua

Tabela 4 Pontos de validaccedilatildeo localizaccedilatildeo e suas especificaccedilotildees de avaliaccedilatildeo Nuacutemero Local Tipo de aacutegua

1 Entrada do sistema de purificaccedilatildeo de aacutegua (torneira da pia)

Aacutegua potaacutevel

2 Aacutegua de alimentaccedilatildeo da osmose reversa Aacutegua potaacutevel natildeo clorada

3 Ponto de coleta da aacutegua purificada Aacutegua purificada

V12 Testes Requeridos e Criteacuterio de Aceitaccedilatildeo

Os testes requeridos e seus criteacuterios de aceitaccedilatildeo estatildeo descritos nas tabelas 4 e

5 Os testes para Aacutegua Purificada seratildeo realizados de acordo com a Farmacopeacuteia

Brasileira 4ordf ediccedilatildeo (F Bras IV 2005) e para aacutegua potaacutevel de acordo com os limites

estabelecidos na Portaria 51804 do Ministeacuterio da Sauacutede

V121 Aacutegua Potaacutevel

Tabela 5 Criteacuterios de Aceitaccedilatildeo para aacutegua potaacutevel Testes Microbioloacutegicos Especificaccedilatildeo Contagem Heterotroacutefica Total le 500UFCMl Patoacutegenos Ausecircncia de Coliformes Testes Quiacutemicos Especificaccedilatildeo Cor lt 15 UH Cloro 02 a 05 ppm pH 60 a 95 Turbidez lt 5UT Unidade Hazen (mg Pt-CoL) Unidade de turbidez

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

V122 Aacutegua Purificada

Tabela 6 Criteacuterios de Aceitaccedilatildeo para aacutegua purificada Testes Microbioloacutegicos Especificaccedilatildeo Contagem Heterotroacutefica Total le 100UFCmL Patoacutegenos Ausecircncia de coliformes P aeruginosa S

aureus e E Coli termotolerantes Testes Quiacutemicos Especificaccedilatildeo Acidez ou Alcalinidade Cumpre o Teste Amocircnio No maacuteximo 02 ppm Aparecircncia Liacutequido incolor liacutempido insiacutepido e

inodoro Caacutelcio e Magneacutesio Cumpre o Teste Cloretos Cumpre o Teste Condutividade No maacuteximo 21 microScm Metais Pesados No maacuteximo 01 ppm Nitratos No maacuteximo 02 ppm pH 5 -7 Resiacuteduo por evaporaccedilatildeo No maacuteximo 0001 Substacircncias Oxidaacuteveis Cumpre o Teste Sulfatos Cumpre o Teste Os testes seratildeo realizados de acordo com a Farmacopeacuteia Brasileira 4ordf ediccedilatildeo (F Bras IV 2005)

V13 Cronograma de Amostragem

Para a Fase 1 da validaccedilatildeo seratildeo realizados testes quiacutemicos e bioloacutegicos para

todos os pontos de amostragem durante trecircs semanas em trecircs periacuteodos de cinco dias

Apoacutes a conclusatildeo satisfatoacuteria dessa fase se realizaraacute a Fase 2 de validaccedilatildeo fase em que

a aacutegua produzida pode ser utilizada Nesta fase deve-se realizar novamente e

diariamente todos os testes quiacutemicos e bioloacutegicos para todos os pontos de amostragem

durante quatro semanas em quatro periacuteodos de cinco dias Para a Fase 3 de validaccedilatildeo

seratildeo realizados os mesmos testes quiacutemicos e microbioloacutegicos para todos os pontos de

amostragem semanalmente durante um ano O cronograma dos pontos de amostragem

segue na tabela 7

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Tabela 7 Cronograma de validaccedilatildeo

Fase de

Validaccedilatildeo

Ponto de

Amostragem

Periacuteodo de

Anaacutelise

Frequumlecircncia de

Anaacutelise

Tipo de Testes

a Realizar

1 1 2 Semanas Trecircs periacuteodos de

5 dias

Aacutegua Potaacutevel

1 2 2 Semanas Trecircs periacuteodos de 5 dias

Aacutegua potaacutevel

natildeo clorada

1 3 2 Semanas Trecircs periacuteodos de 5 dias

Aacutegua

Purificada

2 1 3 Semanas Quatro periacuteodos

de 5 dias

Aacutegua Potaacutevel

2 2 3 Semanas Quatro periacuteodos

de 5 dias

Aacutegua potaacutevel

natildeo clorada

2 3 3 Semanas Quatro periacuteodos

de 5 dias

Aacutegua

Purificada

3 1 1 Ano Semanal Aacutegua Potaacutevel

3 2 1 Ano Semanal Aacutegua potaacutevel

natildeo clorada

3 3 1 Ano Semanal Aacutegua

Purificada

V2 Fase 1

Periacuteodo de testes de trecircs semanas em trecircs periacuteodos de cinco dias para

monitoramento do sistema intensivamente durante este periacuteodo o sistema deve operar

continuamente sem falhas ou desvios de qualidade

Para essa fase seratildeo realizados os seguintes testes

bull Realizar testes quiacutemicos e microbioloacutegicos de acordo o plano de amostragem

bull Desenvolver faixas de operaccedilatildeo adequadas

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

bull Desenvolver e finalizar procedimentos de operaccedilotildees limpeza desinfecccedilatildeo e

manutenccedilatildeo

bull Demonstrar a produccedilatildeo e entrega da aacutegua na qualidade e quantidade exigida

bull Usar e aperfeiccediloar os POPs de operaccedilatildeo (ver anexo) manutenccedilatildeo desinfecccedilatildeo e

soluccedilatildeo de problemas

bull Verificar alertas provisoacuterios e accedilotildees de niacuteveis

bull Desenvolver e refinar procedimentos de testes de natildeo conformidade

V3 Fase 2

Outro periacuteodo de testes de quatro semanas em quatro periacuteodos de cinco dias a

ser realizado de maneira mais intensiva atraveacutes de um acompanhamento dos POPs

aperfeiccediloados apoacutes a conclusatildeo da Fase 1 O sistema de amostragem eacute idecircntico ao da

fase inicial e aacutegua pode ser utilizada para a fabricaccedilatildeo durante essa fase O sistema

deve

bull Demonstrar a produccedilatildeo e entrega da aacutegua na qualidade e quantidade exigida

quando o sistema eacute operado de acordo com os POPs

bull Demonstrar que o sistema estaacute sob controle

V4 Fase 3

Esta fase seraacute executada por no miacutenimo um ano apoacutes a conclusatildeo satisfatoacuteria da

fase dois a aacutegua pode ser usada para a fabricaccedilatildeo durante esta fase produccedilatildeo que tem os

devidos fins e caracteriacutesticas

bull Demonstrar que o sistema estaacute sob controle durante um longo periacuteodo de tempo

garantindo que as variaccedilotildees sazonais foram avaliadas

bull Locais de amostra frequumlecircncia de amostras e testes devem ser reduzido ao padratildeo

de rotina normal (semanalmente)

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

POP ndeg001 Versatildeo 06112007 Validade 06112008 Paacutegina 14

Procedimento Operacional Padratildeo 001

Instruccedilotildees de Uso do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

1 Objetivo Orientar a operaccedilatildeo do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

2 Aplicaccedilatildeo Ao pessoal responsaacutevel pela operaccedilatildeo e monitoramento do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

3 Materiais Necessaacuterios Protocolo de Serviccedilo (PS 001) Protocolo de Manutenccedilatildeo (PM 001) Protocolo de Produccedilatildeo de Aacutegua Purificada (PP 001)

4 Cuidados Especiais Verificar se o aparelho estaacute limpo e adequado a sua utilizaccedilatildeo Verificar a temperatura e umidade do ambiente Verificar a temperatura da aacutegua de alimentaccedilatildeo Verificar a pressatildeo da aacutegua de alimentaccedilatildeo

5 Procedimento 51 Ligar o Disjuntor (A) que alimenta a Central de Aacuteguas

A

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

POP ndeg001 Versatildeo 06112007 Validade 06112008 Paacutegina 24

Procedimento Operacional Padratildeo 001

Instruccedilotildees de Uso do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

52 Ligar o Estabilizador (B) de energia que alimenta o aparelho de Osmose Reversa

53 Abrir o registro (C) da aacutegua de alimentaccedilatildeo

54 Verificar os paracircmetros do item Cuidados Especiais e anotaacute-los no Protocolo de Serviccedilo

(PS 001)

B

C

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

POP ndeg001 Versatildeo 06112007 Validade 06112008 Paacutegina 34

Procedimento Operacional Padratildeo 001

Instruccedilotildees de Uso do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

55 Acionar a tecla ONOFF (1)

56 Visualizar no display (2) ldquoCleaningrdquo - referente agrave operaccedilatildeo do sistema de enxaacutegue que

entra automaticamente em operaccedilatildeo 57 Visualizar no display (2) ldquoProductionrdquo (produccedilatildeo) - referente agrave operaccedilatildeo do sistema de

Osmose Reversa 58 Apoacutes 2 minutos de produccedilatildeo acionar a tecla MENU (3) duas vezes para verificar a

condutividade da aacutegua de produccedilatildeo Caso visualize a mensagem ldquoError-CPrdquo paacutere a produccedilatildeo e despreze a aacutegua do tanque abrindo o registro do ponto de coleta de aacutegua purificada (D)

59 Quando o tanque de armazenamento estiver cheio ocorreraacute outro enxaacuteguumle automaacutetico e

no display (2) apareceraacute a mensagem ldquoCleaningrdquo 510 Completando-se este ciclo o aparelho entra em modo de operaccedilatildeo ldquoStand byrdquo sendo

visualizado no display (2) a mesma mensagem ldquoStand byrdquo

1

2

3

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

POP ndeg001 Versatildeo 06112007 Validade 06112008 Paacutegina 44

Procedimento Operacional Padratildeo 001

Instruccedilotildees de Uso do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

511 Retire a Aacutegua Purificada do tanque de armazenamento abrindo o registro do Ponto de Coleta (D)

512 Ao final da produccedilatildeo acionar a tecla ONOFF (1) desligar o Estabilizador de energia (B)

e fechar o registro da aacutegua de alimentaccedilatildeo (C) e o disjuntor da Central de Aacuteguas (A) 513 Anotar o valor final produzido no Protocolo de Produccedilatildeo de Aacutegua Purificada

6 Observaccedilotildees Limpeza Mensal Manutenccedilatildeo Realizada pelo fabricante sempre que constatado que fora dos paracircmetros

D

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

Protocolo ndeg001 Versatildeo 06112007 Validade 06112008

Protocolo de Serviccedilo (PS 001)

Protocolo de Verificaccedilatildeo dos Paracircmetros do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

Data Temp Ambiente

(degC)

Umidade ()

Temp Aacutegua de

Alimentaccedilatildeo (degC)

Pressatildeo Aacutegua de

Alimentaccedilatildeo (bar)

Condutividade da aacutegua Produzida (microScm)

Responsaacutevel

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash

RS Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

Protocolo ndeg002 Versatildeo 06112007 Validade 06112008

Protocolo de Manutenccedilatildeo (PM 001)

Protocolo de Verificaccedilatildeo da Manutenccedilatildeo do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

Tipo de Sistema

Nuacutemero de Identificaccedilatildeo

Ano de Fabricaccedilatildeo

Data Dureza da aacutegua de

alimentaccedilatildeo (degdH)

Pressatildeo de operaccedilatildeo

(bar)

Taxa de Permeado

(Lh)

Uacuteltima Troca de Preacute-filtro

Uacuteltima troca de Fosfato

Uacuteltima limpeza

desinfecccedilatildeo

Ass

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash

RS Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

Protocolo ndeg003 Versatildeo 06112007 Validade 06112008

Protocolo de Produccedilatildeo (PP 001)

Protocolo de Produccedilatildeo de Aacutegua Purificada

Data Produccedilatildeo Diaacuteria Responsaacutevel

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash

RS Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

Protocolo ndeg004 Versatildeo 06112007 Validade 06112008

Resultados da Validaccedilatildeo do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

Aacutegua Purificada

DATA

PONTO DE COLETA

Testes Microbioloacutegicos

Especificaccedilatildeo ____ ____ ____ ____ ____

Contagem Heterotroacutefica Total

le 100UFCmL

Patoacutegenos Ausecircncia de coliformes P aeruginosa S aureus

Testes Quiacutemicos Especificaccedilatildeo ____ ____ ____ ____ ____ Acidez ou Alcalinidade

Cumpre o Teste

Amocircnio No maacuteximo 02 ppm Aparecircncia Liacutequido incolor liacutempido

insiacutepido e inodoro

Caacutelcio e Magneacutesio Cumpre o Teste Cloretos Cumpre o Teste Condutividade No maacuteximo 21 microScm Metais Pesado No maacuteximo 01 ppm Nitratos No maacuteximo 02 ppm pH 5 -7 Resiacuteduo por evaporaccedilatildeo

No maacuteximo 0001

Substacircncias Oxidaacuteveis Cumpre o Teste Sulfatos Cumpre o Teste Os testes seratildeo realizados de acordo com a Farmacopeacuteia Brasileira 4ordf ediccedilatildeo (F Bras IV 2005)

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash

RS Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

Protocolo ndeg 005 Versatildeo 06112007 Validade 06112008

Resultados da Validaccedilatildeo do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua Aacutegua Potaacutevel

Data

Ponto de

Coleta

Especificaccedilotildees Anaacutelise Quiacutemica Anaacutelise Microbioloacutegica

Cloro pH Cor

Turbidez Contagem Heterotroacutefica

Total

Patoacutegenos

02 ndash 05 ppm

60 ndash 95 15 UH 5 UT

lt 500 UFCmL Ausecircncia de coliformes

Unidade Hazen (mg Pt-CoL)

Unidade de turbidez

40

4 Consideraccedilotildees finais e perspectivas

Ao longo do tempo a importacircncia da validaccedilatildeo de processos para a Garantia da

Qualidade foi sendo melhor compreendida pelo segmento farmacecircutico e com isso foi

contemplada pelos oacutergatildeos reguladores e aplicada pelos profissionais deste segmento

Se a validaccedilatildeo estaacute bem definida e eacute amplamente compreendida como pocircde ser

observado pelo nuacutemero de trabalhos e legislaccedilotildees revisados neste trabalho um dos

desafios que se apresentam atualmente consiste em ampliar o entendimento de como

realizaacute-la na praacutetica A proposiccedilatildeo de um protocolo para a validaccedilatildeo de um processo de

purificaccedilatildeo de aacutegua teve como um de seus objetivos exemplificar esta tarefa e assim

auxiliar na elaboraccedilatildeo de outros protocolos Assim como perspectiva deste trabalho

espera-se fornecer subsiacutedio agrave validaccedilatildeo de outros processos farmacecircuticos de

purificaccedilatildeo de aacutegua ou mesmo outros

Isto porque embora cada processo possua aspectos especiacuteficos os quais devem

ser cuidadosamente avaliados durante a validaccedilatildeo o entendimento e aplicaccedilatildeo

adequados da terminologia relacionada agrave validaccedilatildeo auxiliam na conduccedilatildeo de uma

validaccedilatildeo adequada e bem documentada

41

5 Referecircncias

ALEEM H ZHAO Y LORD S MCCARTHY T SHARRATT P N Pharmaceutical process validation an overview Proceedings of the Institution of Mechanical Engineers Part E Process Mechanical Engineering v 217 p141 ndash 150 2002

ALENCAR J R B Pinto P M D V Neto P P V Oliveira A T C Medeiros F P M Ramos S V V Rolim P J N Strategy in pharmaceutical process validation of purified water Revista Brasileira de Farmaacutecia v 85 n3 p85-88 2004a ALENCAR JRB Souza M B J Rolim P J N Lopes C E Uso de controle estatiacutestico de processo (CEP) para validaccedilatildeo de processo de glibenclamida comprimidos Revista Brasileira de Farmaacutecia v85 n3 p115-119 2004b

ALENCAR J R B CLEMENTINO M R A ROLIM P J N Cleaning validation of equipments in medicines industry strategy to select the ldquoworst caserdquo Revista Brasileira de Farmaacutecia v87 n 1 p13-18 2006

ANVISA ndash Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria Gerecircncia Geral de Inspeccedilatildeo e Controle de Medicamentos e Produtos Guias relacionados agrave garantia de qualidade Brasiacutelia 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwanvisagovbrinspecaoguias_qualidadepdfgt Acesso em 12 nov 2007

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria (ANVISA) Resoluccedilatildeo RDC nordm 210 de 04082003 DOU de 14082003 Disponiacutevel em lthttpe-legisanvisagovbrleisrefpublicshowActphpid=22321ampword=gt Acesso em 30 set 2007

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria (ANVISA) Resoluccedilatildeo RDC nordm 67 de 08102007 DOU de 09102007 Disponiacutevel em lthttpe-legisanvisagovbrleisrefpublicshowActphpid=28806ampword= gt Acesso em 30 nov 2007

42

BRASIL Ministeacuterio de Estado da Sauacutede Portaria nordm 518 de 25032004 DOU de 26032004 Disponiacutevel em lthttpe-legisanvisagovbrleisrefpublicshowActphpid=22322ampwordgt Acesso em 30 set 2007

CASTILLA B SENA F J Validation documentation Journal of Validation Technology v7 n 2 p 166-123 2001

DA ROSA PS Diagnoacutestico e avaliaccedilatildeo da qualidade microbioloacutegica da aacutegua na Faculdade de Farmaacutecia Trabalho de Conclusatildeo de Curso de Graduaccedilatildeo Disciplina de Estaacutegio Curricular em Farmaacutecia Faculdade de Farmaacutecia Universidade Federal do Rio Grande do Sul Porto Alegre 2007

EMEA - European Agency for Evaluation of Medicinal Products Note for guidance on process validation London 2001 Disponiacutevel em lthttpwwwemeaeuropaeupdfshumanqwp084896enpdfgt Acesso em 12 nov 2007

FARMACOPEacuteIA BRASILEIRA 4 ed Satildeo Paulo Atheneu 2004 pV224

FARMACOPEacuteIA BRASILEIRA 4 ed Satildeo Paulo Atheneu 2005 Fasciacuteculo 6 p263

FDA ndash Food and Drug Administration - Center for Drug Evaluation and Research (CDER) Guidance for Industry Powder Blends and Finished Dosage Units mdash Stratified In-Process Dosage Unit Sampling and Assessment Rockville 2003 Disponiacutevel em lthttpwwwfdagovCDERGUIDANCE5831dfthtmgt Acesso em 12 nov 2007

FDA ndash Food and Drug Administration - Division of Manufacturing and Product Quality (HFN-320) Center for Drugs and Biologics Guidelines on general principles of process validation Rockville 1987 Disponiacutevel em lthttpwwwfdagovCDERGUIDANCEpvhtmgt Acesso em 12 nov 2007

GUAZZARONI M YIIN B YU JL Application of total organic carbon analysis for cleaning validation in pharmaceutical manufacturing American Biotechnology Laboratory v 16 n 10 p 66-67 1998

HAIDER S I Validation standard operating procedures a step-by-step guide for achieving compliance in the pharmaceutical medical device and biotech industries 2 ed Boca Raton CRC 2002

43

HELLE M R YLIRUUSI J MANNERMAA J P A literature review of pharmaceutical process validation Pharmaceutical Technology Europe Part 3 v15 p 52-57 2003

HOFMANN K L Sterile products validation In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 103

JEATER J P CULLEN L F PAPARIELLO GJ Organizing for validation In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 9

JOHNSON W M Validation of water system for sterile and nonsterile products In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 299 - 317

KIEFFER RG Validation and the human element PDA Journal of Pharmaceutical Science and Technology v52 n2 p52-54 1998

LE HIR A Noccedilotildees de farmaacutecia galecircnica 6 ed Satildeo Paulo Organizaccedilatildeo Andrei 1997 p 137-138

LeBLANC D A Establishing scientifically justified acceptance criteria for cleaning validation of finished drug products Pharmaceutical Technology 1998 Disponiacutevel em ltwwwadvanstarcomgt Acesso em 30 set 2007

LOFTUS B T The Regulatory basis for process In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 2 - 32

LORD SV MCCARTHY T ALEEM H ZHAO Y SHARRATT P N Reinterpreting validation Proceedings of the Institution of Mechanical Engineers Part E Process Mechanical Engineering v 217 p287- 292 2003

MCCOLMICK P Y CULLEN L F Cleaning validation In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 319 - 322

NASH R A Introduction In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993

44

PICS - Pharmaceutical Inspection Convention and Pharmaceutical Inspection Co-operation Scheme Recommendations on validation master plan installation and operational qualification non-sterile process validation cleaning validation Genebra 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwnewwayzconzrefmaterialpics_pi006_2VMPpdfgt Acesso em 30 set 2007

TKA WASSERAUFBEREITUNGSSYSTEME GMBH Operating instructions TKA LAB ndash UPW Article ndeg 083007-SO Niederelbert 2001

WHO ndash World Health Organization Suplementary guidelines on good manufacturing practices (GMP) validation Genebra 2005 p 22-23 Disponiacutevel em lthttpwwwwhointmedicinesservicesexpertcommitteespharmprepValidation_QAS_055_Rev2combinedpdfgtAcesso em Acesso em 30 set 2007

WHO ndash World Health Organization Supplementary training modules on good manufacturing practice water for pharmaceutical use Part 1 introduction and treatment Genebra 2001 Disponiacutevel em ltftpftpwhointmedicinesGMPgmptrainsuplmtWater01pptgt Acesso em 30 set 2007

WHO ndash World Health Organization Supplementary training modules on good manufacturing practice water for pharmaceutical use Part 2 water purification engineering Genebra 2001 Disponiacutevel em ltftpftpwhointmedicinesGMPgmptrainsuplmtWater02pptgt Acesso em 30 set 2007

WHO ndash World Health Organization Supplementary training modules on good manufacturing practice water for pharmaceutical use Part 3 inspection of water systems Genebra 2001 Disponiacutevel em ltftpftpwhointmedicinesGMPgmptrainsuplmtWater03pptgt Acesso em 30 set 2007

WHO ndash World Health Organization Who good manufacturing practices water for pharmaceutical use Genebra 2005 (Technical Report Series n 929 Anexo 3)

WHO ndash World Health Organization Who Expert Committee on specifications for pharmaceutical preparations Genebra 2006 p 125 ndash 126 (Technical Report Series n 937 Anexo 4 Apecircndice II) Disponiacutevel em lthttpwhqlibdocwhointtrsWHO_TRS_937_engpdfpage=359gt Acesso em 01 dez 2007

  • Outras definiccedilotildees semelhantes a essas existem e muito embora as expressotildees variem a essecircncia de todas eacute a mesma assegurar que o processo quando operado sob as condiccedilotildees preacute-determinadas resultaraacute em um produto que reuniraacute as especificaccedilotildees e seus
Page 15: VALIDAÇÃO DE PROCESSOS: Aspectos teóricos e proposição de

15

Finished Dosage Units mdash Stratified In-Process Dosage Unit Sampling and Assessment

que apresenta as aplicaccedilotildees dos controles estatiacutesticos de acordo com cada necessidade

(FDA 2003)

27 Dificuldades frequumlentemente encontradas durante a validaccedilatildeo

Segundo Lord e colaboradores (2003) atualmente o maior problema na

induacutestria eacute Qual eacute a melhor estrutura organizacional para se realizar um processo de

validaccedilatildeo

Neste sentido Jeater e colaboradores (1993) descreveram que o trabalho de

validaccedilatildeo de processos na induacutestria farmacecircutica eacute geralmente organizado dentro de

alguma das seguintes estruturas uma consultoria uma forccedila-tarefa ou um grupo

dedicado exclusivamente agrave validaccedilatildeo Em cada uma delas haacute aspectos positivos e

negativos mas a forma com que os grupos de validaccedilatildeo satildeo desenvolvidos e

controlados dependeraacute das circunstacircncias locais medidas organizacionais estrutura e

personalidade das pessoas responsaacuteveis pelo estabelecimento de um processo de

validaccedilatildeo

Na validaccedilatildeo de processos eacute necessaacuterio considerar o fator humano que eacute muitas

vezes causa de natildeo conformidades ou falhas de produccedilatildeo Kieffer (1998) em seu artigo

ldquoValidation and the Human Elementrdquo descreveu que na validaccedilatildeo inicialmente o

elemento humano natildeo foi considerado como criacutetico dentro do processo enquanto que os

aspectos tecnoloacutegicos eram estudados profundamente entretanto esse elemento deve

ser analisado como parte da validaccedilatildeo e a construccedilatildeo dos processos deve visar sua

proacutepria simplificaccedilatildeo resultando em menos falhas humanas ou natildeo O mesmo autor

acrescenta que nem sempre as causas de natildeo conformidade satildeo humanas muitas vezes

os sistemas natildeo satildeo corretamente desenhados e acabam sendo a causa das falhas

humanas nesses casos a abordagem eacute redesenhar o sistema de modo a simplificaacute-lo e

posteriormente treinar o pessoal envolvido para novamente validar o sistema Ao longo

do tempo tendo em vista a necessidade e importacircncia das pessoas dentro de um

processo de validaccedilatildeo passou-se a considerar esse fator e a proacutepria legislaccedilatildeo brasileira

(Brasil 2003) determina que ldquoo treinamento adequado e a motivaccedilatildeo do pessoal satildeo

16

preacute-requisitos para uma validaccedilatildeo bem sucedida todo o pessoal deve ser motivado a

apoiar a empresa na manutenccedilatildeo dos padrotildees de qualidaderdquo

Outro aspecto a considerar no processo de validaccedilatildeo satildeo os documentos gerados

durante a validaccedilatildeo e qualificaccedilatildeo aos quais no passado natildeo foi dedicada suficiente

atenccedilatildeo Consequumlentemente as empresas natildeo tem sido capazes de prover evidecircncias

documentais que reflitam o tempo e esforccedilo despendido na execuccedilatildeo desta atividade O

desenvolvimento da documentaccedilatildeo de uma validaccedilatildeo eacute parte essencial do sucesso de

qualquer programa ou estudo de validaccedilatildeo O objetivo principal eacute assegurar que a

documentaccedilatildeo eacute capaz de provar que o processo ou sistema trabalha como o

programado eacute reprodutiacutevel e que suas especificaccedilotildees e atributos de qualidade

encontram-se estabelecidas A documentaccedilatildeo deve ser concisa natildeo-ambiacutegua detalhada

e completa (Castilla e Sena 2001)

Segundo Castilla e Sena (2001) uma boa documentaccedilatildeo de validaccedilatildeo deve ser

ldquouma descriccedilatildeo histoacuterica do que foi produzido envasado limpo embaladordquo Trazer o

como isto foi feito e quais controles foram realizados no local Deve ser um caminho

para minimizar erros e variaccedilotildees e prover evidecircncias de que ldquoalgo aconteceurdquo

descrevendo como onde e por quem isto foi feito colocando tambeacutem ldquotudo que vocecirc

quis saber mas teve medo de perguntarrdquo ou seja descrever a histoacuteria do produto seus

componentes equipamentos e processos antes do produto ser introduzido no mercadordquo

E obviamente deve estar em conformidade com os requerimentos das BPF e assegurar

reprodutibilidade

Por fim um problema encontrado ao se validar um processo eacute a falta de clareza

sobre os conceitos relacionados agrave validaccedilatildeo o que adveacutem do fato de a terminologia

relacionada agrave validaccedilatildeo ter mudado seu sentido com o tempo (Nash 1993 Aleem et al

2002)

17

3 Proposiccedilatildeo de um protocolo para validaccedilatildeo de um processo de

purificaccedilatildeo de aacutegua existente na Central de abastecimento de aacuteguas

da Faculdade de FarmaacuteciaUFRGS

Apoacutes a apresentaccedilatildeo dos conceitos principais aplicaccedilotildees e vantagens da

validaccedilatildeo esta parte do trabalho tem por objetivo demonstrar como se realiza a

validaccedilatildeo a partir da proposiccedilatildeo de um protocolo de validaccedilatildeo de um sistema de

purificaccedilatildeo de aacutegua abordando os principais aspectos a serem observados e as anaacutelises

que se fazem necessaacuterias para se validar o sistema

Os sistemas de purificaccedilatildeo de aacutegua satildeo considerados sistemas criacuteticos de

qualidade e podem influir diretamente na qualidade dos produtos por isso devem ser

validados (Johnson 1993 WHO 2005 WHO 2006) A validaccedilatildeo de um sistema de

purificaccedilatildeo de aacutegua deve seguir os passos que normalmente satildeo utilizados para a

maioria das validaccedilotildees Qualificaccedilatildeo de Design (DQ) Qualificaccedilatildeo da Instalaccedilatildeo (IQ)

Qualificaccedilatildeo da Operaccedilatildeo (OQ) e Validaccedilatildeo de Processo (PV)

Segundo a Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (WHO 2005 WHO 2006) para a

validaccedilatildeo deste processo em especial satildeo necessaacuterias trecircs fases que envolvem uma

coleta de dados prolongada a fim de se garantir que o sistema independentemente da

variaccedilatildeo sazonal sobre a aacutegua de alimentaccedilatildeo e sobre o sistema de tratamento mantecircm-

se produzindo consistentemente aacutegua dentro de suas especificaccedilotildees farmacopecircicas

Resumidamente a primeira fase prevecirc a realizaccedilatildeo atraveacutes de testes diaacuterios na aacutegua

coletada de pontos preacute-determinados durante duas a quatro semanas (validaccedilatildeo

prospectiva) Apoacutes a aprovaccedilatildeo na primeira fase de testes a aacutegua produzida pelo

sistema poderaacute ser utilizada e entatildeo eacute conduzida a segunda fase de testes onde seratildeo

avaliados os mesmo pontos de coleta da primeira fase durante um periacuteodo de trecircs

semanas (validaccedilatildeo concorrente) Soacute entatildeo passa-se agrave terceira fase de validaccedilatildeo onde o

sistema eacute monitorado em periacuteodos a serem definidos em menor nuacutemero de pontos de

coleta durante um ano tendo-se assim a avaliaccedilatildeo da influecircncia da variaccedilatildeo sazonal da

aacutegua sobre o sistema e sua validaccedilatildeo completada

Uma abordagem anterior descrita por Johnson (1993) relata a conduccedilatildeo de duas

fases Na etapa inicial o sistema eacute operado sob uma ldquocondiccedilatildeo de estresserdquo ou seja

manteacutem-se o sistema abaixo de suas condiccedilotildees normais de operaccedilatildeo pelo periacuteodo de

18

quatro a seis meses de monitoramento a fim de verificar a robustez do sistema Na

etapa subsequumlente realizam-se testes com o sistema operando em sua normalidade

durante o periacuteodo de no miacutenimo um ano assim constata-se que o sistema produz aacutegua

dentro das especificaccedilotildees independentemente da sazonalidade microbioloacutegica Como

nesta abordagem o sistema opera sob ldquocondiccedilatildeo de estresserdquo na etapa inicial natildeo eacute

indicada a conduccedilatildeo de uma validaccedilatildeo concorrente tendo em vista o risco associado de

natildeo conformidade da aacutegua produzida pelo sistema

O sistema de purificaccedilatildeo de aacuteguas a ser validado seraacute o instalado na Central de

Aacuteguas da Faculdade de Farmaacutecia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul

(UFRGS) Devido agrave necessidade de se realizar uma validaccedilatildeo concorrente pois o

sistema jaacute se encontra instalado e em operaccedilatildeo optou-se por seguir as diretrizes da

Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (WHO 2005 WHO 2006) que se aplicam mais ao

caso aleacutem de ser mais atual A seguir eacute apresentado o protocolo de validaccedilatildeo do

Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacuteguas

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

ASSUNTO Protocolo de Validaccedilatildeo do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

I Objetivo

O objetivo da Validaccedilatildeo do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacuteguas eacute demonstrar que a

aacutegua fornecida pelo sistema atende agraves especificaccedilotildees (quiacutemicas e microbioloacutegicas) para

utilizaccedilatildeo nos laboratoacuterios da Faculdade de Farmaacutecia da UFRGS para a realizaccedilatildeo de

experimentos As especificaccedilotildees seratildeo as descritas na Farmacopeacuteia Brasileira uma vez

que esta constitui o compecircndio oficial brasileiro aleacutem de determinar um maior nuacutemero

de anaacutelises quiacutemicas em relaccedilatildeo aos compecircndios internacionais

II Descriccedilatildeo do Sistema de aacutegua

O sistema de purificaccedilatildeo de aacuteguas a ser validado estaacute instalado na Central de

Aacuteguas da Faculdade de Farmaacutecia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul

(UFRGS) A aacutegua de alimentaccedilatildeo eacute proveniente do sistema de tratamento de aacutegua

clorada da rede municipal (aacutegua de superfiacutecie) A aacutegua entatildeo passa para dois

reservatoacuterios de 5000 litros e segue por gravidade ateacute a Central de Aacuteguas

II1 Sistema de preacute-tratamento

A aacutegua proveniente dos reservatoacuterios de aacutegua passa para a secccedilatildeo de preacute-

tratamento que eacute composta dos meios filtrantes descritos abaixo em carcaccedilas de

polipropileno

a) Filtro retrolavaacutevel com redutor de pressatildeo

b) Filtro de porosidade 5microm com carvatildeo ativado com manocircmetro

c) Filtro de polipropileno de porosidade 1microm com manocircmetro

A filtraccedilatildeo atraveacutes destes filtros tem por objetivo alimentar o sistema de osmose

reversa com aacutegua potaacutevel que necessita do seguinte preacute-tratamento

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Tabela 1 Paracircmetros da aacutegua provinda do sistema de preacute-tratamento

Paracircmetro Especificaccedilatildeo ou limite de aceitaccedilatildeo

Preacute-filtragem 5microm e carvatildeo ativado

Iacutendice de silte Maacuteximo 3

Teor Salino Maacuteximo 2000 mgL

Teor de Cl lt001 mgl

Teor de Mg lt005 mgl

Teor de Feacute lt005 mgl

Gama do valor de pH 4 ndash 11

Remoccedilatildeo de 99 de bacteacuterias e partiacuteculas -

II2 Sistema de Tratamento por Osmose Reversa

A secccedilatildeo de tratamento eacute composta por um sistema de purificaccedilatildeo de aacuteguas

atraveacutes de osmose reversa (OR) modelo TKA LAB-UPW do fabricante TKA (ArtNdeg

083007-SO)

II3 Sistema de Armazenamento

A aacutegua tratada pelo sistema de Osmose Reversa (OR) eacute armazenada em um

tanque de 75 L incluindo torneira de extraccedilatildeo por onde a aacutegua purificada eacute coletada O

armazenamento e coleta da aacutegua purificada ocorrem agrave temperatura ambiente A aacutegua

purificada permanece no tanque de armazenamento por no maacuteximo vinte minutos a cada

vinte minutos a bomba de recirculaccedilatildeo eacute acionada e recircula a aacutegua no tanque

conduzindo-a pela lacircmpada de oxidaccedilatildeo UV e pelo jogo de cartuchos deionizadores

A Figura 1 apresenta os componentes do sistema de Osmose Reversa (OR) e do

sistema de armazenamento e suas especificaccedilotildees

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Figura 1 Desenho esquemaacutetico do sistema de osmose reversa e do sistema de

armazenamento 1- Vaacutelvula solenoacuteide da aacutegua de alimentaccedilatildeo (Art Ndeg 150003) 2-

Bomba auxiliar com transformador (Art Ndeg 190046) 3- Moacutedulo de osmose reversa

composto por Carcaccedila 1812 (Art Ndeg 220047) e Membrana de osmose reversa 1812

(Art Ndeg 220046) 4- Vaacutelvula reguladora de pressatildeo (Art Ndeg 150060) 5- Vaacutelvula

solenoacuteide de enxaguamento por jato de aacutegua (Art Ndeg 150003) 6- Ceacutelula medidora de

condutividade (apoacutes agrave OR) (Art Ndeg 160126) 7- Foto-oxidaccedilatildeo de UV (Art Ndeg

250011) 8- Conjunto de deionizaccedilatildeo composto por Carcaccedila de filtro (Art Ndeg 065310)

e Jogo de cartuchos permutador de iacuteons e resina de adsorccedilatildeo (Art Ndeg 093011) 9-

Ceacutelula de mediccedilatildeo de condutividade da aacutegua purificada (Art Ndeg 160126) 10- Tanque

de 75 litros incluindo jogo de montagem na parede (Art Ndeg 065075) 11- Bomba de

recirculaccedilatildeo (Art Ndeg 190028) 12- Vaacutelvula de controle (Art Ndeg 150009) 13- Controle

por microprocessador (Art Ndeg 160181) 14- Entrada de aacutegua provinda do sistema de

preacute-tratamento 15- Saiacuteda da aacutegua purificada Torneira de extraccedilatildeo 16- Saiacuteda frac34rdquo do

concentrado

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

II4 Princiacutepio de Funcionamento do Sistema de Osmose Reversa

A aacutegua de alimentaccedilatildeo provinda do sistema de preacute-tratamento entra no sistema

com pressatildeo maacutexima de 6 Bar A vaacutelvula solenoacuteide da aacutegua de alimentaccedilatildeo (Figura 1-1)

permanece fechada quando o sistema estaacute no modo de espera ou parado para impedir

que a aacutegua de alimentaccedilatildeo passe pela membrana e transborde no tanque de

armazenamento A membrana semi-permeaacutevel (Figura 1-3) reteacutem 96 dos sais

dissolvidos e 99 das bacteacuterias e dos soacutelidos suspensos na aacutegua de alimentaccedilatildeo A aacutegua

purificada passa agora atraveacutes das fases de tratamento duplo (Figura 1- 7 e 8) e eacute

recolhida no tanque de armazenamento (Figura 1-10) Os sais e outros elementos

rejeitados satildeo eliminados do sistema atraveacutes do fluxo do ldquoconcentradordquo A ceacutelula

medidora da condutividade (Figura 1-6) mede a condutividade da aacutegua purificada (apoacutes

os jogos de cartuchos (Figura 1-7 e 8) o que eacute visualizado no menu de controle do

microprocessador (Figura 1-13) A bomba de recirculaccedilatildeo (Figura 1-11) eacute acionada a

cada a cada vinte minutos e recircula a aacutegua no tanque conduzindo-a pela lacircmpada de

oxidaccedilatildeo UV (Figura 1- 7) e pelo jogo de cartuchos deionizadores (Figura 1-8)

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Um desenho de montagem do sistema de tratamento completo segue na Figura 2

Figura 2 Desenho esquemaacutetico do Sistema de Purificaccedilatildeo de aacuteguas e suas

especificaccedilotildees 1- Aacutegua de alimentaccedilatildeo conexatildeo frac34rdquo (pressatildeo miacutenima 2 bar) 2- Filtro retrolavaacutevel (Art Ndeg 115999) 21- Redutor de pressatildeo (Art Ndeg 115998) 3- Preacute-filtro de 5microm + carvatildeo ativado (Art Ndeg 065201) com um manocircmetro (Art Ndeg 065311) 4-

Filtro de polipropileno de porosidade 1 microm (Art Ndeg 065101) com um manocircmetro (Art Ndeg 065311) 5- Equipamento de Osmose reversa TKA-HPW 220V ndash 100W (Art Ndeg 083007-SO) 6- Tanque de armazenamento de capacidade 75 L (Art Ndeg 115996) 7- Kit de instalaccedilatildeo (Art Ndeg 115994) 8- Caixa de aacutegua de 5000 L 9- Rede puacuteblica de

abastecimento

Caixa drsquoaacutegua (8)

Rede Puacuteblica (9)

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

III Qualificaccedilatildeo da Instalaccedilatildeo (IQ)

A fase da Qualificaccedilatildeo da Instalaccedilatildeo (IQ) estaacute associada agrave verificaccedilatildeo da

instalaccedilatildeo dos equipamentos de acordo com as especificaccedilotildees do fabricante aleacutem da

calibraccedilatildeo dos instrumentos e o estabelecimento de um programa de manutenccedilatildeo

preventiva (Johnson 1993) A Tabela 2 apresenta as especificaccedilotildees do sistema de

purificaccedilatildeo de aacuteguas e as accedilotildees que se fazem necessaacuterias para efetuar a qualificaccedilatildeo

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Tabela 2 Especificaccedilotildees fornecidas pelo fabricante e atividade a ser realizada para qualificar a instalaccedilatildeo

Especificaccedilatildeo Paracircmetro especificado em manual

Atividade a ser realizada para qualificar a

instalaccedilatildeo Tensatildeo Eleacutetrica 127220V 60Hz Registro de Calibraccedilatildeo do

estabilizador Potecircncia Eleacutetrica 01 Kw Verificaccedilatildeo e registro Temperatura ambiente +2degc a +35degC Registro do

monitoramento da temperatura

Pressatildeo do permeado 0 bar Verificaccedilatildeo e registro Pressatildeo operacional 6 bar maacutex Registro da verificaccedilatildeo da

pressatildeo da aacutegua de alimentaccedilatildeo

Temperatura de alimentaccedilatildeo +1degC a +30degC Registro da verificaccedilatildeo de temperatura

Pressatildeo da aacutegua de alimentaccedilatildeo

2 a 6 bar Registro da verificaccedilatildeo da pressatildeo da aacutegua de

alimentaccedilatildeo Calibraccedilatildeo dos controles ao longo do processo

Condutiviacutemetro e manocircmetro

Registro das calibraccedilotildees realizadas

Treinamento dos Operadores -- Realizaccedilatildeo e registro de treinamento

Programa de Manutenccedilatildeo Preventiva

Enxaacuteguumle e desinfecccedilatildeo dos tanques de

estocagem tubulaccedilotildees e carcaccedilas (anualmente)

Elaboraccedilatildeo do POP de enxaacuteguumle e desinfecccedilatildeo

Capacidade de carga das

paredes ou chatildeo

-- Registros da verificaccedilatildeo da instalaccedilatildeo

Tubulaccedilatildeo de Drenagem de

112rdquo livre para o esgoto -- Registro da verificaccedilatildeo da

Instalaccedilatildeo

Espaccedilo de trabalho suficiente -- 64 m2

Conexatildeo aacutegua de alimentaccedilatildeo

de frac34rdquo(com registro)

-- Registro da verificaccedilatildeo da instalaccedilatildeo

Ponto de Coleta do sistema de

preacute-tratamento -- Instalaccedilatildeo de registro na

entrada da aacutegua provinda do preacute-tratamento

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

IV Qualificaccedilatildeo da Operaccedilatildeo (OQ)

Esta etapa estaacute relacionada agrave garantia de que cada componente esteja

funcionando de acordo com o especificado As accedilotildees a serem realizadas na fase de

qualificaccedilatildeo da operaccedilatildeo seguem na tabela 3

Tabela 3 Accedilotildees a serem realizadas na fase de Qualificaccedilatildeo da Operaccedilatildeo (Johnson 1993)

Accedilatildeo Atividade a ser realizada 1 Preencher o sistema com aacutegua e reparar

quaisquer fugas e substituir vaacutelvulas ou vedaccedilotildees defeituosas

Verificaccedilatildeo de vazamentos e registro da realizaccedilatildeo de manutenccedilatildeo por pessoal autorizado

2 Verificar o bom funcionamento das vaacutelvulas e controles ao longo do processo

Calibraccedilatildeo dos Manocircmetros e Condutiviacutemetro do tanque de armazenamento

3 Registrar a realizaccedilatildeo da sanitizaccedilatildeo da caixa de aacutegua e da distribuiccedilatildeo do sistema

Realizaccedilatildeo da Sanitizaccedilatildeo e seu Registro

4 Elaboraccedilatildeo de POPs que descrevem os procedimentos de ligar desligar e sanitizar os equipamentos e o sistema

Seguem em anexo B

5 Verificaccedilatildeo da variaccedilatildeo da vazatildeo de aacutegua em comparaccedilatildeo as especificaccedilotildees do fornecedor

Protocolo de Serviccedilo (PS001) Anexo C

6 Avaliar a produccedilatildeo nominal do sistema 7 Lh a 15degC 7 Avaliar a eficiecircncia do sistema de preacute-

tratamento Atraveacutes da Fase 1 de validaccedilatildeo se avaliaraacute a eficiecircncia do sistema de preacute-tratamento

V Process validation (PV)

Apoacutes a realizaccedilatildeo das trecircs primeiras qualificaccedilotildees seraacute necessaacuterio realizar testes

que comprovem que o sistema realiza a purificaccedilatildeo da aacutegua da maneira a que se propotildee

Para realizar essa tarefa como descrito anteriormente segue-se a abordagem da

Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (WHO 2005) que determina trecircs fases para a validaccedilatildeo

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

V1 Plano de amostragem

V11 Pontos de amostragem

A tabela 4 descreve os pontos de coleta sua localizaccedilatildeo e a especificaccedilatildeo do tipo

de aacutegua

Tabela 4 Pontos de validaccedilatildeo localizaccedilatildeo e suas especificaccedilotildees de avaliaccedilatildeo Nuacutemero Local Tipo de aacutegua

1 Entrada do sistema de purificaccedilatildeo de aacutegua (torneira da pia)

Aacutegua potaacutevel

2 Aacutegua de alimentaccedilatildeo da osmose reversa Aacutegua potaacutevel natildeo clorada

3 Ponto de coleta da aacutegua purificada Aacutegua purificada

V12 Testes Requeridos e Criteacuterio de Aceitaccedilatildeo

Os testes requeridos e seus criteacuterios de aceitaccedilatildeo estatildeo descritos nas tabelas 4 e

5 Os testes para Aacutegua Purificada seratildeo realizados de acordo com a Farmacopeacuteia

Brasileira 4ordf ediccedilatildeo (F Bras IV 2005) e para aacutegua potaacutevel de acordo com os limites

estabelecidos na Portaria 51804 do Ministeacuterio da Sauacutede

V121 Aacutegua Potaacutevel

Tabela 5 Criteacuterios de Aceitaccedilatildeo para aacutegua potaacutevel Testes Microbioloacutegicos Especificaccedilatildeo Contagem Heterotroacutefica Total le 500UFCMl Patoacutegenos Ausecircncia de Coliformes Testes Quiacutemicos Especificaccedilatildeo Cor lt 15 UH Cloro 02 a 05 ppm pH 60 a 95 Turbidez lt 5UT Unidade Hazen (mg Pt-CoL) Unidade de turbidez

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

V122 Aacutegua Purificada

Tabela 6 Criteacuterios de Aceitaccedilatildeo para aacutegua purificada Testes Microbioloacutegicos Especificaccedilatildeo Contagem Heterotroacutefica Total le 100UFCmL Patoacutegenos Ausecircncia de coliformes P aeruginosa S

aureus e E Coli termotolerantes Testes Quiacutemicos Especificaccedilatildeo Acidez ou Alcalinidade Cumpre o Teste Amocircnio No maacuteximo 02 ppm Aparecircncia Liacutequido incolor liacutempido insiacutepido e

inodoro Caacutelcio e Magneacutesio Cumpre o Teste Cloretos Cumpre o Teste Condutividade No maacuteximo 21 microScm Metais Pesados No maacuteximo 01 ppm Nitratos No maacuteximo 02 ppm pH 5 -7 Resiacuteduo por evaporaccedilatildeo No maacuteximo 0001 Substacircncias Oxidaacuteveis Cumpre o Teste Sulfatos Cumpre o Teste Os testes seratildeo realizados de acordo com a Farmacopeacuteia Brasileira 4ordf ediccedilatildeo (F Bras IV 2005)

V13 Cronograma de Amostragem

Para a Fase 1 da validaccedilatildeo seratildeo realizados testes quiacutemicos e bioloacutegicos para

todos os pontos de amostragem durante trecircs semanas em trecircs periacuteodos de cinco dias

Apoacutes a conclusatildeo satisfatoacuteria dessa fase se realizaraacute a Fase 2 de validaccedilatildeo fase em que

a aacutegua produzida pode ser utilizada Nesta fase deve-se realizar novamente e

diariamente todos os testes quiacutemicos e bioloacutegicos para todos os pontos de amostragem

durante quatro semanas em quatro periacuteodos de cinco dias Para a Fase 3 de validaccedilatildeo

seratildeo realizados os mesmos testes quiacutemicos e microbioloacutegicos para todos os pontos de

amostragem semanalmente durante um ano O cronograma dos pontos de amostragem

segue na tabela 7

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Tabela 7 Cronograma de validaccedilatildeo

Fase de

Validaccedilatildeo

Ponto de

Amostragem

Periacuteodo de

Anaacutelise

Frequumlecircncia de

Anaacutelise

Tipo de Testes

a Realizar

1 1 2 Semanas Trecircs periacuteodos de

5 dias

Aacutegua Potaacutevel

1 2 2 Semanas Trecircs periacuteodos de 5 dias

Aacutegua potaacutevel

natildeo clorada

1 3 2 Semanas Trecircs periacuteodos de 5 dias

Aacutegua

Purificada

2 1 3 Semanas Quatro periacuteodos

de 5 dias

Aacutegua Potaacutevel

2 2 3 Semanas Quatro periacuteodos

de 5 dias

Aacutegua potaacutevel

natildeo clorada

2 3 3 Semanas Quatro periacuteodos

de 5 dias

Aacutegua

Purificada

3 1 1 Ano Semanal Aacutegua Potaacutevel

3 2 1 Ano Semanal Aacutegua potaacutevel

natildeo clorada

3 3 1 Ano Semanal Aacutegua

Purificada

V2 Fase 1

Periacuteodo de testes de trecircs semanas em trecircs periacuteodos de cinco dias para

monitoramento do sistema intensivamente durante este periacuteodo o sistema deve operar

continuamente sem falhas ou desvios de qualidade

Para essa fase seratildeo realizados os seguintes testes

bull Realizar testes quiacutemicos e microbioloacutegicos de acordo o plano de amostragem

bull Desenvolver faixas de operaccedilatildeo adequadas

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

bull Desenvolver e finalizar procedimentos de operaccedilotildees limpeza desinfecccedilatildeo e

manutenccedilatildeo

bull Demonstrar a produccedilatildeo e entrega da aacutegua na qualidade e quantidade exigida

bull Usar e aperfeiccediloar os POPs de operaccedilatildeo (ver anexo) manutenccedilatildeo desinfecccedilatildeo e

soluccedilatildeo de problemas

bull Verificar alertas provisoacuterios e accedilotildees de niacuteveis

bull Desenvolver e refinar procedimentos de testes de natildeo conformidade

V3 Fase 2

Outro periacuteodo de testes de quatro semanas em quatro periacuteodos de cinco dias a

ser realizado de maneira mais intensiva atraveacutes de um acompanhamento dos POPs

aperfeiccediloados apoacutes a conclusatildeo da Fase 1 O sistema de amostragem eacute idecircntico ao da

fase inicial e aacutegua pode ser utilizada para a fabricaccedilatildeo durante essa fase O sistema

deve

bull Demonstrar a produccedilatildeo e entrega da aacutegua na qualidade e quantidade exigida

quando o sistema eacute operado de acordo com os POPs

bull Demonstrar que o sistema estaacute sob controle

V4 Fase 3

Esta fase seraacute executada por no miacutenimo um ano apoacutes a conclusatildeo satisfatoacuteria da

fase dois a aacutegua pode ser usada para a fabricaccedilatildeo durante esta fase produccedilatildeo que tem os

devidos fins e caracteriacutesticas

bull Demonstrar que o sistema estaacute sob controle durante um longo periacuteodo de tempo

garantindo que as variaccedilotildees sazonais foram avaliadas

bull Locais de amostra frequumlecircncia de amostras e testes devem ser reduzido ao padratildeo

de rotina normal (semanalmente)

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

POP ndeg001 Versatildeo 06112007 Validade 06112008 Paacutegina 14

Procedimento Operacional Padratildeo 001

Instruccedilotildees de Uso do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

1 Objetivo Orientar a operaccedilatildeo do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

2 Aplicaccedilatildeo Ao pessoal responsaacutevel pela operaccedilatildeo e monitoramento do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

3 Materiais Necessaacuterios Protocolo de Serviccedilo (PS 001) Protocolo de Manutenccedilatildeo (PM 001) Protocolo de Produccedilatildeo de Aacutegua Purificada (PP 001)

4 Cuidados Especiais Verificar se o aparelho estaacute limpo e adequado a sua utilizaccedilatildeo Verificar a temperatura e umidade do ambiente Verificar a temperatura da aacutegua de alimentaccedilatildeo Verificar a pressatildeo da aacutegua de alimentaccedilatildeo

5 Procedimento 51 Ligar o Disjuntor (A) que alimenta a Central de Aacuteguas

A

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

POP ndeg001 Versatildeo 06112007 Validade 06112008 Paacutegina 24

Procedimento Operacional Padratildeo 001

Instruccedilotildees de Uso do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

52 Ligar o Estabilizador (B) de energia que alimenta o aparelho de Osmose Reversa

53 Abrir o registro (C) da aacutegua de alimentaccedilatildeo

54 Verificar os paracircmetros do item Cuidados Especiais e anotaacute-los no Protocolo de Serviccedilo

(PS 001)

B

C

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

POP ndeg001 Versatildeo 06112007 Validade 06112008 Paacutegina 34

Procedimento Operacional Padratildeo 001

Instruccedilotildees de Uso do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

55 Acionar a tecla ONOFF (1)

56 Visualizar no display (2) ldquoCleaningrdquo - referente agrave operaccedilatildeo do sistema de enxaacutegue que

entra automaticamente em operaccedilatildeo 57 Visualizar no display (2) ldquoProductionrdquo (produccedilatildeo) - referente agrave operaccedilatildeo do sistema de

Osmose Reversa 58 Apoacutes 2 minutos de produccedilatildeo acionar a tecla MENU (3) duas vezes para verificar a

condutividade da aacutegua de produccedilatildeo Caso visualize a mensagem ldquoError-CPrdquo paacutere a produccedilatildeo e despreze a aacutegua do tanque abrindo o registro do ponto de coleta de aacutegua purificada (D)

59 Quando o tanque de armazenamento estiver cheio ocorreraacute outro enxaacuteguumle automaacutetico e

no display (2) apareceraacute a mensagem ldquoCleaningrdquo 510 Completando-se este ciclo o aparelho entra em modo de operaccedilatildeo ldquoStand byrdquo sendo

visualizado no display (2) a mesma mensagem ldquoStand byrdquo

1

2

3

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

POP ndeg001 Versatildeo 06112007 Validade 06112008 Paacutegina 44

Procedimento Operacional Padratildeo 001

Instruccedilotildees de Uso do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

511 Retire a Aacutegua Purificada do tanque de armazenamento abrindo o registro do Ponto de Coleta (D)

512 Ao final da produccedilatildeo acionar a tecla ONOFF (1) desligar o Estabilizador de energia (B)

e fechar o registro da aacutegua de alimentaccedilatildeo (C) e o disjuntor da Central de Aacuteguas (A) 513 Anotar o valor final produzido no Protocolo de Produccedilatildeo de Aacutegua Purificada

6 Observaccedilotildees Limpeza Mensal Manutenccedilatildeo Realizada pelo fabricante sempre que constatado que fora dos paracircmetros

D

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

Protocolo ndeg001 Versatildeo 06112007 Validade 06112008

Protocolo de Serviccedilo (PS 001)

Protocolo de Verificaccedilatildeo dos Paracircmetros do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

Data Temp Ambiente

(degC)

Umidade ()

Temp Aacutegua de

Alimentaccedilatildeo (degC)

Pressatildeo Aacutegua de

Alimentaccedilatildeo (bar)

Condutividade da aacutegua Produzida (microScm)

Responsaacutevel

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash

RS Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

Protocolo ndeg002 Versatildeo 06112007 Validade 06112008

Protocolo de Manutenccedilatildeo (PM 001)

Protocolo de Verificaccedilatildeo da Manutenccedilatildeo do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

Tipo de Sistema

Nuacutemero de Identificaccedilatildeo

Ano de Fabricaccedilatildeo

Data Dureza da aacutegua de

alimentaccedilatildeo (degdH)

Pressatildeo de operaccedilatildeo

(bar)

Taxa de Permeado

(Lh)

Uacuteltima Troca de Preacute-filtro

Uacuteltima troca de Fosfato

Uacuteltima limpeza

desinfecccedilatildeo

Ass

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash

RS Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

Protocolo ndeg003 Versatildeo 06112007 Validade 06112008

Protocolo de Produccedilatildeo (PP 001)

Protocolo de Produccedilatildeo de Aacutegua Purificada

Data Produccedilatildeo Diaacuteria Responsaacutevel

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash

RS Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

Protocolo ndeg004 Versatildeo 06112007 Validade 06112008

Resultados da Validaccedilatildeo do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

Aacutegua Purificada

DATA

PONTO DE COLETA

Testes Microbioloacutegicos

Especificaccedilatildeo ____ ____ ____ ____ ____

Contagem Heterotroacutefica Total

le 100UFCmL

Patoacutegenos Ausecircncia de coliformes P aeruginosa S aureus

Testes Quiacutemicos Especificaccedilatildeo ____ ____ ____ ____ ____ Acidez ou Alcalinidade

Cumpre o Teste

Amocircnio No maacuteximo 02 ppm Aparecircncia Liacutequido incolor liacutempido

insiacutepido e inodoro

Caacutelcio e Magneacutesio Cumpre o Teste Cloretos Cumpre o Teste Condutividade No maacuteximo 21 microScm Metais Pesado No maacuteximo 01 ppm Nitratos No maacuteximo 02 ppm pH 5 -7 Resiacuteduo por evaporaccedilatildeo

No maacuteximo 0001

Substacircncias Oxidaacuteveis Cumpre o Teste Sulfatos Cumpre o Teste Os testes seratildeo realizados de acordo com a Farmacopeacuteia Brasileira 4ordf ediccedilatildeo (F Bras IV 2005)

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash

RS Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

Protocolo ndeg 005 Versatildeo 06112007 Validade 06112008

Resultados da Validaccedilatildeo do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua Aacutegua Potaacutevel

Data

Ponto de

Coleta

Especificaccedilotildees Anaacutelise Quiacutemica Anaacutelise Microbioloacutegica

Cloro pH Cor

Turbidez Contagem Heterotroacutefica

Total

Patoacutegenos

02 ndash 05 ppm

60 ndash 95 15 UH 5 UT

lt 500 UFCmL Ausecircncia de coliformes

Unidade Hazen (mg Pt-CoL)

Unidade de turbidez

40

4 Consideraccedilotildees finais e perspectivas

Ao longo do tempo a importacircncia da validaccedilatildeo de processos para a Garantia da

Qualidade foi sendo melhor compreendida pelo segmento farmacecircutico e com isso foi

contemplada pelos oacutergatildeos reguladores e aplicada pelos profissionais deste segmento

Se a validaccedilatildeo estaacute bem definida e eacute amplamente compreendida como pocircde ser

observado pelo nuacutemero de trabalhos e legislaccedilotildees revisados neste trabalho um dos

desafios que se apresentam atualmente consiste em ampliar o entendimento de como

realizaacute-la na praacutetica A proposiccedilatildeo de um protocolo para a validaccedilatildeo de um processo de

purificaccedilatildeo de aacutegua teve como um de seus objetivos exemplificar esta tarefa e assim

auxiliar na elaboraccedilatildeo de outros protocolos Assim como perspectiva deste trabalho

espera-se fornecer subsiacutedio agrave validaccedilatildeo de outros processos farmacecircuticos de

purificaccedilatildeo de aacutegua ou mesmo outros

Isto porque embora cada processo possua aspectos especiacuteficos os quais devem

ser cuidadosamente avaliados durante a validaccedilatildeo o entendimento e aplicaccedilatildeo

adequados da terminologia relacionada agrave validaccedilatildeo auxiliam na conduccedilatildeo de uma

validaccedilatildeo adequada e bem documentada

41

5 Referecircncias

ALEEM H ZHAO Y LORD S MCCARTHY T SHARRATT P N Pharmaceutical process validation an overview Proceedings of the Institution of Mechanical Engineers Part E Process Mechanical Engineering v 217 p141 ndash 150 2002

ALENCAR J R B Pinto P M D V Neto P P V Oliveira A T C Medeiros F P M Ramos S V V Rolim P J N Strategy in pharmaceutical process validation of purified water Revista Brasileira de Farmaacutecia v 85 n3 p85-88 2004a ALENCAR JRB Souza M B J Rolim P J N Lopes C E Uso de controle estatiacutestico de processo (CEP) para validaccedilatildeo de processo de glibenclamida comprimidos Revista Brasileira de Farmaacutecia v85 n3 p115-119 2004b

ALENCAR J R B CLEMENTINO M R A ROLIM P J N Cleaning validation of equipments in medicines industry strategy to select the ldquoworst caserdquo Revista Brasileira de Farmaacutecia v87 n 1 p13-18 2006

ANVISA ndash Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria Gerecircncia Geral de Inspeccedilatildeo e Controle de Medicamentos e Produtos Guias relacionados agrave garantia de qualidade Brasiacutelia 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwanvisagovbrinspecaoguias_qualidadepdfgt Acesso em 12 nov 2007

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria (ANVISA) Resoluccedilatildeo RDC nordm 210 de 04082003 DOU de 14082003 Disponiacutevel em lthttpe-legisanvisagovbrleisrefpublicshowActphpid=22321ampword=gt Acesso em 30 set 2007

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria (ANVISA) Resoluccedilatildeo RDC nordm 67 de 08102007 DOU de 09102007 Disponiacutevel em lthttpe-legisanvisagovbrleisrefpublicshowActphpid=28806ampword= gt Acesso em 30 nov 2007

42

BRASIL Ministeacuterio de Estado da Sauacutede Portaria nordm 518 de 25032004 DOU de 26032004 Disponiacutevel em lthttpe-legisanvisagovbrleisrefpublicshowActphpid=22322ampwordgt Acesso em 30 set 2007

CASTILLA B SENA F J Validation documentation Journal of Validation Technology v7 n 2 p 166-123 2001

DA ROSA PS Diagnoacutestico e avaliaccedilatildeo da qualidade microbioloacutegica da aacutegua na Faculdade de Farmaacutecia Trabalho de Conclusatildeo de Curso de Graduaccedilatildeo Disciplina de Estaacutegio Curricular em Farmaacutecia Faculdade de Farmaacutecia Universidade Federal do Rio Grande do Sul Porto Alegre 2007

EMEA - European Agency for Evaluation of Medicinal Products Note for guidance on process validation London 2001 Disponiacutevel em lthttpwwwemeaeuropaeupdfshumanqwp084896enpdfgt Acesso em 12 nov 2007

FARMACOPEacuteIA BRASILEIRA 4 ed Satildeo Paulo Atheneu 2004 pV224

FARMACOPEacuteIA BRASILEIRA 4 ed Satildeo Paulo Atheneu 2005 Fasciacuteculo 6 p263

FDA ndash Food and Drug Administration - Center for Drug Evaluation and Research (CDER) Guidance for Industry Powder Blends and Finished Dosage Units mdash Stratified In-Process Dosage Unit Sampling and Assessment Rockville 2003 Disponiacutevel em lthttpwwwfdagovCDERGUIDANCE5831dfthtmgt Acesso em 12 nov 2007

FDA ndash Food and Drug Administration - Division of Manufacturing and Product Quality (HFN-320) Center for Drugs and Biologics Guidelines on general principles of process validation Rockville 1987 Disponiacutevel em lthttpwwwfdagovCDERGUIDANCEpvhtmgt Acesso em 12 nov 2007

GUAZZARONI M YIIN B YU JL Application of total organic carbon analysis for cleaning validation in pharmaceutical manufacturing American Biotechnology Laboratory v 16 n 10 p 66-67 1998

HAIDER S I Validation standard operating procedures a step-by-step guide for achieving compliance in the pharmaceutical medical device and biotech industries 2 ed Boca Raton CRC 2002

43

HELLE M R YLIRUUSI J MANNERMAA J P A literature review of pharmaceutical process validation Pharmaceutical Technology Europe Part 3 v15 p 52-57 2003

HOFMANN K L Sterile products validation In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 103

JEATER J P CULLEN L F PAPARIELLO GJ Organizing for validation In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 9

JOHNSON W M Validation of water system for sterile and nonsterile products In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 299 - 317

KIEFFER RG Validation and the human element PDA Journal of Pharmaceutical Science and Technology v52 n2 p52-54 1998

LE HIR A Noccedilotildees de farmaacutecia galecircnica 6 ed Satildeo Paulo Organizaccedilatildeo Andrei 1997 p 137-138

LeBLANC D A Establishing scientifically justified acceptance criteria for cleaning validation of finished drug products Pharmaceutical Technology 1998 Disponiacutevel em ltwwwadvanstarcomgt Acesso em 30 set 2007

LOFTUS B T The Regulatory basis for process In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 2 - 32

LORD SV MCCARTHY T ALEEM H ZHAO Y SHARRATT P N Reinterpreting validation Proceedings of the Institution of Mechanical Engineers Part E Process Mechanical Engineering v 217 p287- 292 2003

MCCOLMICK P Y CULLEN L F Cleaning validation In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 319 - 322

NASH R A Introduction In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993

44

PICS - Pharmaceutical Inspection Convention and Pharmaceutical Inspection Co-operation Scheme Recommendations on validation master plan installation and operational qualification non-sterile process validation cleaning validation Genebra 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwnewwayzconzrefmaterialpics_pi006_2VMPpdfgt Acesso em 30 set 2007

TKA WASSERAUFBEREITUNGSSYSTEME GMBH Operating instructions TKA LAB ndash UPW Article ndeg 083007-SO Niederelbert 2001

WHO ndash World Health Organization Suplementary guidelines on good manufacturing practices (GMP) validation Genebra 2005 p 22-23 Disponiacutevel em lthttpwwwwhointmedicinesservicesexpertcommitteespharmprepValidation_QAS_055_Rev2combinedpdfgtAcesso em Acesso em 30 set 2007

WHO ndash World Health Organization Supplementary training modules on good manufacturing practice water for pharmaceutical use Part 1 introduction and treatment Genebra 2001 Disponiacutevel em ltftpftpwhointmedicinesGMPgmptrainsuplmtWater01pptgt Acesso em 30 set 2007

WHO ndash World Health Organization Supplementary training modules on good manufacturing practice water for pharmaceutical use Part 2 water purification engineering Genebra 2001 Disponiacutevel em ltftpftpwhointmedicinesGMPgmptrainsuplmtWater02pptgt Acesso em 30 set 2007

WHO ndash World Health Organization Supplementary training modules on good manufacturing practice water for pharmaceutical use Part 3 inspection of water systems Genebra 2001 Disponiacutevel em ltftpftpwhointmedicinesGMPgmptrainsuplmtWater03pptgt Acesso em 30 set 2007

WHO ndash World Health Organization Who good manufacturing practices water for pharmaceutical use Genebra 2005 (Technical Report Series n 929 Anexo 3)

WHO ndash World Health Organization Who Expert Committee on specifications for pharmaceutical preparations Genebra 2006 p 125 ndash 126 (Technical Report Series n 937 Anexo 4 Apecircndice II) Disponiacutevel em lthttpwhqlibdocwhointtrsWHO_TRS_937_engpdfpage=359gt Acesso em 01 dez 2007

  • Outras definiccedilotildees semelhantes a essas existem e muito embora as expressotildees variem a essecircncia de todas eacute a mesma assegurar que o processo quando operado sob as condiccedilotildees preacute-determinadas resultaraacute em um produto que reuniraacute as especificaccedilotildees e seus
Page 16: VALIDAÇÃO DE PROCESSOS: Aspectos teóricos e proposição de

16

preacute-requisitos para uma validaccedilatildeo bem sucedida todo o pessoal deve ser motivado a

apoiar a empresa na manutenccedilatildeo dos padrotildees de qualidaderdquo

Outro aspecto a considerar no processo de validaccedilatildeo satildeo os documentos gerados

durante a validaccedilatildeo e qualificaccedilatildeo aos quais no passado natildeo foi dedicada suficiente

atenccedilatildeo Consequumlentemente as empresas natildeo tem sido capazes de prover evidecircncias

documentais que reflitam o tempo e esforccedilo despendido na execuccedilatildeo desta atividade O

desenvolvimento da documentaccedilatildeo de uma validaccedilatildeo eacute parte essencial do sucesso de

qualquer programa ou estudo de validaccedilatildeo O objetivo principal eacute assegurar que a

documentaccedilatildeo eacute capaz de provar que o processo ou sistema trabalha como o

programado eacute reprodutiacutevel e que suas especificaccedilotildees e atributos de qualidade

encontram-se estabelecidas A documentaccedilatildeo deve ser concisa natildeo-ambiacutegua detalhada

e completa (Castilla e Sena 2001)

Segundo Castilla e Sena (2001) uma boa documentaccedilatildeo de validaccedilatildeo deve ser

ldquouma descriccedilatildeo histoacuterica do que foi produzido envasado limpo embaladordquo Trazer o

como isto foi feito e quais controles foram realizados no local Deve ser um caminho

para minimizar erros e variaccedilotildees e prover evidecircncias de que ldquoalgo aconteceurdquo

descrevendo como onde e por quem isto foi feito colocando tambeacutem ldquotudo que vocecirc

quis saber mas teve medo de perguntarrdquo ou seja descrever a histoacuteria do produto seus

componentes equipamentos e processos antes do produto ser introduzido no mercadordquo

E obviamente deve estar em conformidade com os requerimentos das BPF e assegurar

reprodutibilidade

Por fim um problema encontrado ao se validar um processo eacute a falta de clareza

sobre os conceitos relacionados agrave validaccedilatildeo o que adveacutem do fato de a terminologia

relacionada agrave validaccedilatildeo ter mudado seu sentido com o tempo (Nash 1993 Aleem et al

2002)

17

3 Proposiccedilatildeo de um protocolo para validaccedilatildeo de um processo de

purificaccedilatildeo de aacutegua existente na Central de abastecimento de aacuteguas

da Faculdade de FarmaacuteciaUFRGS

Apoacutes a apresentaccedilatildeo dos conceitos principais aplicaccedilotildees e vantagens da

validaccedilatildeo esta parte do trabalho tem por objetivo demonstrar como se realiza a

validaccedilatildeo a partir da proposiccedilatildeo de um protocolo de validaccedilatildeo de um sistema de

purificaccedilatildeo de aacutegua abordando os principais aspectos a serem observados e as anaacutelises

que se fazem necessaacuterias para se validar o sistema

Os sistemas de purificaccedilatildeo de aacutegua satildeo considerados sistemas criacuteticos de

qualidade e podem influir diretamente na qualidade dos produtos por isso devem ser

validados (Johnson 1993 WHO 2005 WHO 2006) A validaccedilatildeo de um sistema de

purificaccedilatildeo de aacutegua deve seguir os passos que normalmente satildeo utilizados para a

maioria das validaccedilotildees Qualificaccedilatildeo de Design (DQ) Qualificaccedilatildeo da Instalaccedilatildeo (IQ)

Qualificaccedilatildeo da Operaccedilatildeo (OQ) e Validaccedilatildeo de Processo (PV)

Segundo a Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (WHO 2005 WHO 2006) para a

validaccedilatildeo deste processo em especial satildeo necessaacuterias trecircs fases que envolvem uma

coleta de dados prolongada a fim de se garantir que o sistema independentemente da

variaccedilatildeo sazonal sobre a aacutegua de alimentaccedilatildeo e sobre o sistema de tratamento mantecircm-

se produzindo consistentemente aacutegua dentro de suas especificaccedilotildees farmacopecircicas

Resumidamente a primeira fase prevecirc a realizaccedilatildeo atraveacutes de testes diaacuterios na aacutegua

coletada de pontos preacute-determinados durante duas a quatro semanas (validaccedilatildeo

prospectiva) Apoacutes a aprovaccedilatildeo na primeira fase de testes a aacutegua produzida pelo

sistema poderaacute ser utilizada e entatildeo eacute conduzida a segunda fase de testes onde seratildeo

avaliados os mesmo pontos de coleta da primeira fase durante um periacuteodo de trecircs

semanas (validaccedilatildeo concorrente) Soacute entatildeo passa-se agrave terceira fase de validaccedilatildeo onde o

sistema eacute monitorado em periacuteodos a serem definidos em menor nuacutemero de pontos de

coleta durante um ano tendo-se assim a avaliaccedilatildeo da influecircncia da variaccedilatildeo sazonal da

aacutegua sobre o sistema e sua validaccedilatildeo completada

Uma abordagem anterior descrita por Johnson (1993) relata a conduccedilatildeo de duas

fases Na etapa inicial o sistema eacute operado sob uma ldquocondiccedilatildeo de estresserdquo ou seja

manteacutem-se o sistema abaixo de suas condiccedilotildees normais de operaccedilatildeo pelo periacuteodo de

18

quatro a seis meses de monitoramento a fim de verificar a robustez do sistema Na

etapa subsequumlente realizam-se testes com o sistema operando em sua normalidade

durante o periacuteodo de no miacutenimo um ano assim constata-se que o sistema produz aacutegua

dentro das especificaccedilotildees independentemente da sazonalidade microbioloacutegica Como

nesta abordagem o sistema opera sob ldquocondiccedilatildeo de estresserdquo na etapa inicial natildeo eacute

indicada a conduccedilatildeo de uma validaccedilatildeo concorrente tendo em vista o risco associado de

natildeo conformidade da aacutegua produzida pelo sistema

O sistema de purificaccedilatildeo de aacuteguas a ser validado seraacute o instalado na Central de

Aacuteguas da Faculdade de Farmaacutecia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul

(UFRGS) Devido agrave necessidade de se realizar uma validaccedilatildeo concorrente pois o

sistema jaacute se encontra instalado e em operaccedilatildeo optou-se por seguir as diretrizes da

Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (WHO 2005 WHO 2006) que se aplicam mais ao

caso aleacutem de ser mais atual A seguir eacute apresentado o protocolo de validaccedilatildeo do

Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacuteguas

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

ASSUNTO Protocolo de Validaccedilatildeo do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

I Objetivo

O objetivo da Validaccedilatildeo do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacuteguas eacute demonstrar que a

aacutegua fornecida pelo sistema atende agraves especificaccedilotildees (quiacutemicas e microbioloacutegicas) para

utilizaccedilatildeo nos laboratoacuterios da Faculdade de Farmaacutecia da UFRGS para a realizaccedilatildeo de

experimentos As especificaccedilotildees seratildeo as descritas na Farmacopeacuteia Brasileira uma vez

que esta constitui o compecircndio oficial brasileiro aleacutem de determinar um maior nuacutemero

de anaacutelises quiacutemicas em relaccedilatildeo aos compecircndios internacionais

II Descriccedilatildeo do Sistema de aacutegua

O sistema de purificaccedilatildeo de aacuteguas a ser validado estaacute instalado na Central de

Aacuteguas da Faculdade de Farmaacutecia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul

(UFRGS) A aacutegua de alimentaccedilatildeo eacute proveniente do sistema de tratamento de aacutegua

clorada da rede municipal (aacutegua de superfiacutecie) A aacutegua entatildeo passa para dois

reservatoacuterios de 5000 litros e segue por gravidade ateacute a Central de Aacuteguas

II1 Sistema de preacute-tratamento

A aacutegua proveniente dos reservatoacuterios de aacutegua passa para a secccedilatildeo de preacute-

tratamento que eacute composta dos meios filtrantes descritos abaixo em carcaccedilas de

polipropileno

a) Filtro retrolavaacutevel com redutor de pressatildeo

b) Filtro de porosidade 5microm com carvatildeo ativado com manocircmetro

c) Filtro de polipropileno de porosidade 1microm com manocircmetro

A filtraccedilatildeo atraveacutes destes filtros tem por objetivo alimentar o sistema de osmose

reversa com aacutegua potaacutevel que necessita do seguinte preacute-tratamento

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Tabela 1 Paracircmetros da aacutegua provinda do sistema de preacute-tratamento

Paracircmetro Especificaccedilatildeo ou limite de aceitaccedilatildeo

Preacute-filtragem 5microm e carvatildeo ativado

Iacutendice de silte Maacuteximo 3

Teor Salino Maacuteximo 2000 mgL

Teor de Cl lt001 mgl

Teor de Mg lt005 mgl

Teor de Feacute lt005 mgl

Gama do valor de pH 4 ndash 11

Remoccedilatildeo de 99 de bacteacuterias e partiacuteculas -

II2 Sistema de Tratamento por Osmose Reversa

A secccedilatildeo de tratamento eacute composta por um sistema de purificaccedilatildeo de aacuteguas

atraveacutes de osmose reversa (OR) modelo TKA LAB-UPW do fabricante TKA (ArtNdeg

083007-SO)

II3 Sistema de Armazenamento

A aacutegua tratada pelo sistema de Osmose Reversa (OR) eacute armazenada em um

tanque de 75 L incluindo torneira de extraccedilatildeo por onde a aacutegua purificada eacute coletada O

armazenamento e coleta da aacutegua purificada ocorrem agrave temperatura ambiente A aacutegua

purificada permanece no tanque de armazenamento por no maacuteximo vinte minutos a cada

vinte minutos a bomba de recirculaccedilatildeo eacute acionada e recircula a aacutegua no tanque

conduzindo-a pela lacircmpada de oxidaccedilatildeo UV e pelo jogo de cartuchos deionizadores

A Figura 1 apresenta os componentes do sistema de Osmose Reversa (OR) e do

sistema de armazenamento e suas especificaccedilotildees

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Figura 1 Desenho esquemaacutetico do sistema de osmose reversa e do sistema de

armazenamento 1- Vaacutelvula solenoacuteide da aacutegua de alimentaccedilatildeo (Art Ndeg 150003) 2-

Bomba auxiliar com transformador (Art Ndeg 190046) 3- Moacutedulo de osmose reversa

composto por Carcaccedila 1812 (Art Ndeg 220047) e Membrana de osmose reversa 1812

(Art Ndeg 220046) 4- Vaacutelvula reguladora de pressatildeo (Art Ndeg 150060) 5- Vaacutelvula

solenoacuteide de enxaguamento por jato de aacutegua (Art Ndeg 150003) 6- Ceacutelula medidora de

condutividade (apoacutes agrave OR) (Art Ndeg 160126) 7- Foto-oxidaccedilatildeo de UV (Art Ndeg

250011) 8- Conjunto de deionizaccedilatildeo composto por Carcaccedila de filtro (Art Ndeg 065310)

e Jogo de cartuchos permutador de iacuteons e resina de adsorccedilatildeo (Art Ndeg 093011) 9-

Ceacutelula de mediccedilatildeo de condutividade da aacutegua purificada (Art Ndeg 160126) 10- Tanque

de 75 litros incluindo jogo de montagem na parede (Art Ndeg 065075) 11- Bomba de

recirculaccedilatildeo (Art Ndeg 190028) 12- Vaacutelvula de controle (Art Ndeg 150009) 13- Controle

por microprocessador (Art Ndeg 160181) 14- Entrada de aacutegua provinda do sistema de

preacute-tratamento 15- Saiacuteda da aacutegua purificada Torneira de extraccedilatildeo 16- Saiacuteda frac34rdquo do

concentrado

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

II4 Princiacutepio de Funcionamento do Sistema de Osmose Reversa

A aacutegua de alimentaccedilatildeo provinda do sistema de preacute-tratamento entra no sistema

com pressatildeo maacutexima de 6 Bar A vaacutelvula solenoacuteide da aacutegua de alimentaccedilatildeo (Figura 1-1)

permanece fechada quando o sistema estaacute no modo de espera ou parado para impedir

que a aacutegua de alimentaccedilatildeo passe pela membrana e transborde no tanque de

armazenamento A membrana semi-permeaacutevel (Figura 1-3) reteacutem 96 dos sais

dissolvidos e 99 das bacteacuterias e dos soacutelidos suspensos na aacutegua de alimentaccedilatildeo A aacutegua

purificada passa agora atraveacutes das fases de tratamento duplo (Figura 1- 7 e 8) e eacute

recolhida no tanque de armazenamento (Figura 1-10) Os sais e outros elementos

rejeitados satildeo eliminados do sistema atraveacutes do fluxo do ldquoconcentradordquo A ceacutelula

medidora da condutividade (Figura 1-6) mede a condutividade da aacutegua purificada (apoacutes

os jogos de cartuchos (Figura 1-7 e 8) o que eacute visualizado no menu de controle do

microprocessador (Figura 1-13) A bomba de recirculaccedilatildeo (Figura 1-11) eacute acionada a

cada a cada vinte minutos e recircula a aacutegua no tanque conduzindo-a pela lacircmpada de

oxidaccedilatildeo UV (Figura 1- 7) e pelo jogo de cartuchos deionizadores (Figura 1-8)

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Um desenho de montagem do sistema de tratamento completo segue na Figura 2

Figura 2 Desenho esquemaacutetico do Sistema de Purificaccedilatildeo de aacuteguas e suas

especificaccedilotildees 1- Aacutegua de alimentaccedilatildeo conexatildeo frac34rdquo (pressatildeo miacutenima 2 bar) 2- Filtro retrolavaacutevel (Art Ndeg 115999) 21- Redutor de pressatildeo (Art Ndeg 115998) 3- Preacute-filtro de 5microm + carvatildeo ativado (Art Ndeg 065201) com um manocircmetro (Art Ndeg 065311) 4-

Filtro de polipropileno de porosidade 1 microm (Art Ndeg 065101) com um manocircmetro (Art Ndeg 065311) 5- Equipamento de Osmose reversa TKA-HPW 220V ndash 100W (Art Ndeg 083007-SO) 6- Tanque de armazenamento de capacidade 75 L (Art Ndeg 115996) 7- Kit de instalaccedilatildeo (Art Ndeg 115994) 8- Caixa de aacutegua de 5000 L 9- Rede puacuteblica de

abastecimento

Caixa drsquoaacutegua (8)

Rede Puacuteblica (9)

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

III Qualificaccedilatildeo da Instalaccedilatildeo (IQ)

A fase da Qualificaccedilatildeo da Instalaccedilatildeo (IQ) estaacute associada agrave verificaccedilatildeo da

instalaccedilatildeo dos equipamentos de acordo com as especificaccedilotildees do fabricante aleacutem da

calibraccedilatildeo dos instrumentos e o estabelecimento de um programa de manutenccedilatildeo

preventiva (Johnson 1993) A Tabela 2 apresenta as especificaccedilotildees do sistema de

purificaccedilatildeo de aacuteguas e as accedilotildees que se fazem necessaacuterias para efetuar a qualificaccedilatildeo

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Tabela 2 Especificaccedilotildees fornecidas pelo fabricante e atividade a ser realizada para qualificar a instalaccedilatildeo

Especificaccedilatildeo Paracircmetro especificado em manual

Atividade a ser realizada para qualificar a

instalaccedilatildeo Tensatildeo Eleacutetrica 127220V 60Hz Registro de Calibraccedilatildeo do

estabilizador Potecircncia Eleacutetrica 01 Kw Verificaccedilatildeo e registro Temperatura ambiente +2degc a +35degC Registro do

monitoramento da temperatura

Pressatildeo do permeado 0 bar Verificaccedilatildeo e registro Pressatildeo operacional 6 bar maacutex Registro da verificaccedilatildeo da

pressatildeo da aacutegua de alimentaccedilatildeo

Temperatura de alimentaccedilatildeo +1degC a +30degC Registro da verificaccedilatildeo de temperatura

Pressatildeo da aacutegua de alimentaccedilatildeo

2 a 6 bar Registro da verificaccedilatildeo da pressatildeo da aacutegua de

alimentaccedilatildeo Calibraccedilatildeo dos controles ao longo do processo

Condutiviacutemetro e manocircmetro

Registro das calibraccedilotildees realizadas

Treinamento dos Operadores -- Realizaccedilatildeo e registro de treinamento

Programa de Manutenccedilatildeo Preventiva

Enxaacuteguumle e desinfecccedilatildeo dos tanques de

estocagem tubulaccedilotildees e carcaccedilas (anualmente)

Elaboraccedilatildeo do POP de enxaacuteguumle e desinfecccedilatildeo

Capacidade de carga das

paredes ou chatildeo

-- Registros da verificaccedilatildeo da instalaccedilatildeo

Tubulaccedilatildeo de Drenagem de

112rdquo livre para o esgoto -- Registro da verificaccedilatildeo da

Instalaccedilatildeo

Espaccedilo de trabalho suficiente -- 64 m2

Conexatildeo aacutegua de alimentaccedilatildeo

de frac34rdquo(com registro)

-- Registro da verificaccedilatildeo da instalaccedilatildeo

Ponto de Coleta do sistema de

preacute-tratamento -- Instalaccedilatildeo de registro na

entrada da aacutegua provinda do preacute-tratamento

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

IV Qualificaccedilatildeo da Operaccedilatildeo (OQ)

Esta etapa estaacute relacionada agrave garantia de que cada componente esteja

funcionando de acordo com o especificado As accedilotildees a serem realizadas na fase de

qualificaccedilatildeo da operaccedilatildeo seguem na tabela 3

Tabela 3 Accedilotildees a serem realizadas na fase de Qualificaccedilatildeo da Operaccedilatildeo (Johnson 1993)

Accedilatildeo Atividade a ser realizada 1 Preencher o sistema com aacutegua e reparar

quaisquer fugas e substituir vaacutelvulas ou vedaccedilotildees defeituosas

Verificaccedilatildeo de vazamentos e registro da realizaccedilatildeo de manutenccedilatildeo por pessoal autorizado

2 Verificar o bom funcionamento das vaacutelvulas e controles ao longo do processo

Calibraccedilatildeo dos Manocircmetros e Condutiviacutemetro do tanque de armazenamento

3 Registrar a realizaccedilatildeo da sanitizaccedilatildeo da caixa de aacutegua e da distribuiccedilatildeo do sistema

Realizaccedilatildeo da Sanitizaccedilatildeo e seu Registro

4 Elaboraccedilatildeo de POPs que descrevem os procedimentos de ligar desligar e sanitizar os equipamentos e o sistema

Seguem em anexo B

5 Verificaccedilatildeo da variaccedilatildeo da vazatildeo de aacutegua em comparaccedilatildeo as especificaccedilotildees do fornecedor

Protocolo de Serviccedilo (PS001) Anexo C

6 Avaliar a produccedilatildeo nominal do sistema 7 Lh a 15degC 7 Avaliar a eficiecircncia do sistema de preacute-

tratamento Atraveacutes da Fase 1 de validaccedilatildeo se avaliaraacute a eficiecircncia do sistema de preacute-tratamento

V Process validation (PV)

Apoacutes a realizaccedilatildeo das trecircs primeiras qualificaccedilotildees seraacute necessaacuterio realizar testes

que comprovem que o sistema realiza a purificaccedilatildeo da aacutegua da maneira a que se propotildee

Para realizar essa tarefa como descrito anteriormente segue-se a abordagem da

Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (WHO 2005) que determina trecircs fases para a validaccedilatildeo

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

V1 Plano de amostragem

V11 Pontos de amostragem

A tabela 4 descreve os pontos de coleta sua localizaccedilatildeo e a especificaccedilatildeo do tipo

de aacutegua

Tabela 4 Pontos de validaccedilatildeo localizaccedilatildeo e suas especificaccedilotildees de avaliaccedilatildeo Nuacutemero Local Tipo de aacutegua

1 Entrada do sistema de purificaccedilatildeo de aacutegua (torneira da pia)

Aacutegua potaacutevel

2 Aacutegua de alimentaccedilatildeo da osmose reversa Aacutegua potaacutevel natildeo clorada

3 Ponto de coleta da aacutegua purificada Aacutegua purificada

V12 Testes Requeridos e Criteacuterio de Aceitaccedilatildeo

Os testes requeridos e seus criteacuterios de aceitaccedilatildeo estatildeo descritos nas tabelas 4 e

5 Os testes para Aacutegua Purificada seratildeo realizados de acordo com a Farmacopeacuteia

Brasileira 4ordf ediccedilatildeo (F Bras IV 2005) e para aacutegua potaacutevel de acordo com os limites

estabelecidos na Portaria 51804 do Ministeacuterio da Sauacutede

V121 Aacutegua Potaacutevel

Tabela 5 Criteacuterios de Aceitaccedilatildeo para aacutegua potaacutevel Testes Microbioloacutegicos Especificaccedilatildeo Contagem Heterotroacutefica Total le 500UFCMl Patoacutegenos Ausecircncia de Coliformes Testes Quiacutemicos Especificaccedilatildeo Cor lt 15 UH Cloro 02 a 05 ppm pH 60 a 95 Turbidez lt 5UT Unidade Hazen (mg Pt-CoL) Unidade de turbidez

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

V122 Aacutegua Purificada

Tabela 6 Criteacuterios de Aceitaccedilatildeo para aacutegua purificada Testes Microbioloacutegicos Especificaccedilatildeo Contagem Heterotroacutefica Total le 100UFCmL Patoacutegenos Ausecircncia de coliformes P aeruginosa S

aureus e E Coli termotolerantes Testes Quiacutemicos Especificaccedilatildeo Acidez ou Alcalinidade Cumpre o Teste Amocircnio No maacuteximo 02 ppm Aparecircncia Liacutequido incolor liacutempido insiacutepido e

inodoro Caacutelcio e Magneacutesio Cumpre o Teste Cloretos Cumpre o Teste Condutividade No maacuteximo 21 microScm Metais Pesados No maacuteximo 01 ppm Nitratos No maacuteximo 02 ppm pH 5 -7 Resiacuteduo por evaporaccedilatildeo No maacuteximo 0001 Substacircncias Oxidaacuteveis Cumpre o Teste Sulfatos Cumpre o Teste Os testes seratildeo realizados de acordo com a Farmacopeacuteia Brasileira 4ordf ediccedilatildeo (F Bras IV 2005)

V13 Cronograma de Amostragem

Para a Fase 1 da validaccedilatildeo seratildeo realizados testes quiacutemicos e bioloacutegicos para

todos os pontos de amostragem durante trecircs semanas em trecircs periacuteodos de cinco dias

Apoacutes a conclusatildeo satisfatoacuteria dessa fase se realizaraacute a Fase 2 de validaccedilatildeo fase em que

a aacutegua produzida pode ser utilizada Nesta fase deve-se realizar novamente e

diariamente todos os testes quiacutemicos e bioloacutegicos para todos os pontos de amostragem

durante quatro semanas em quatro periacuteodos de cinco dias Para a Fase 3 de validaccedilatildeo

seratildeo realizados os mesmos testes quiacutemicos e microbioloacutegicos para todos os pontos de

amostragem semanalmente durante um ano O cronograma dos pontos de amostragem

segue na tabela 7

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Tabela 7 Cronograma de validaccedilatildeo

Fase de

Validaccedilatildeo

Ponto de

Amostragem

Periacuteodo de

Anaacutelise

Frequumlecircncia de

Anaacutelise

Tipo de Testes

a Realizar

1 1 2 Semanas Trecircs periacuteodos de

5 dias

Aacutegua Potaacutevel

1 2 2 Semanas Trecircs periacuteodos de 5 dias

Aacutegua potaacutevel

natildeo clorada

1 3 2 Semanas Trecircs periacuteodos de 5 dias

Aacutegua

Purificada

2 1 3 Semanas Quatro periacuteodos

de 5 dias

Aacutegua Potaacutevel

2 2 3 Semanas Quatro periacuteodos

de 5 dias

Aacutegua potaacutevel

natildeo clorada

2 3 3 Semanas Quatro periacuteodos

de 5 dias

Aacutegua

Purificada

3 1 1 Ano Semanal Aacutegua Potaacutevel

3 2 1 Ano Semanal Aacutegua potaacutevel

natildeo clorada

3 3 1 Ano Semanal Aacutegua

Purificada

V2 Fase 1

Periacuteodo de testes de trecircs semanas em trecircs periacuteodos de cinco dias para

monitoramento do sistema intensivamente durante este periacuteodo o sistema deve operar

continuamente sem falhas ou desvios de qualidade

Para essa fase seratildeo realizados os seguintes testes

bull Realizar testes quiacutemicos e microbioloacutegicos de acordo o plano de amostragem

bull Desenvolver faixas de operaccedilatildeo adequadas

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

bull Desenvolver e finalizar procedimentos de operaccedilotildees limpeza desinfecccedilatildeo e

manutenccedilatildeo

bull Demonstrar a produccedilatildeo e entrega da aacutegua na qualidade e quantidade exigida

bull Usar e aperfeiccediloar os POPs de operaccedilatildeo (ver anexo) manutenccedilatildeo desinfecccedilatildeo e

soluccedilatildeo de problemas

bull Verificar alertas provisoacuterios e accedilotildees de niacuteveis

bull Desenvolver e refinar procedimentos de testes de natildeo conformidade

V3 Fase 2

Outro periacuteodo de testes de quatro semanas em quatro periacuteodos de cinco dias a

ser realizado de maneira mais intensiva atraveacutes de um acompanhamento dos POPs

aperfeiccediloados apoacutes a conclusatildeo da Fase 1 O sistema de amostragem eacute idecircntico ao da

fase inicial e aacutegua pode ser utilizada para a fabricaccedilatildeo durante essa fase O sistema

deve

bull Demonstrar a produccedilatildeo e entrega da aacutegua na qualidade e quantidade exigida

quando o sistema eacute operado de acordo com os POPs

bull Demonstrar que o sistema estaacute sob controle

V4 Fase 3

Esta fase seraacute executada por no miacutenimo um ano apoacutes a conclusatildeo satisfatoacuteria da

fase dois a aacutegua pode ser usada para a fabricaccedilatildeo durante esta fase produccedilatildeo que tem os

devidos fins e caracteriacutesticas

bull Demonstrar que o sistema estaacute sob controle durante um longo periacuteodo de tempo

garantindo que as variaccedilotildees sazonais foram avaliadas

bull Locais de amostra frequumlecircncia de amostras e testes devem ser reduzido ao padratildeo

de rotina normal (semanalmente)

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

POP ndeg001 Versatildeo 06112007 Validade 06112008 Paacutegina 14

Procedimento Operacional Padratildeo 001

Instruccedilotildees de Uso do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

1 Objetivo Orientar a operaccedilatildeo do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

2 Aplicaccedilatildeo Ao pessoal responsaacutevel pela operaccedilatildeo e monitoramento do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

3 Materiais Necessaacuterios Protocolo de Serviccedilo (PS 001) Protocolo de Manutenccedilatildeo (PM 001) Protocolo de Produccedilatildeo de Aacutegua Purificada (PP 001)

4 Cuidados Especiais Verificar se o aparelho estaacute limpo e adequado a sua utilizaccedilatildeo Verificar a temperatura e umidade do ambiente Verificar a temperatura da aacutegua de alimentaccedilatildeo Verificar a pressatildeo da aacutegua de alimentaccedilatildeo

5 Procedimento 51 Ligar o Disjuntor (A) que alimenta a Central de Aacuteguas

A

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

POP ndeg001 Versatildeo 06112007 Validade 06112008 Paacutegina 24

Procedimento Operacional Padratildeo 001

Instruccedilotildees de Uso do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

52 Ligar o Estabilizador (B) de energia que alimenta o aparelho de Osmose Reversa

53 Abrir o registro (C) da aacutegua de alimentaccedilatildeo

54 Verificar os paracircmetros do item Cuidados Especiais e anotaacute-los no Protocolo de Serviccedilo

(PS 001)

B

C

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

POP ndeg001 Versatildeo 06112007 Validade 06112008 Paacutegina 34

Procedimento Operacional Padratildeo 001

Instruccedilotildees de Uso do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

55 Acionar a tecla ONOFF (1)

56 Visualizar no display (2) ldquoCleaningrdquo - referente agrave operaccedilatildeo do sistema de enxaacutegue que

entra automaticamente em operaccedilatildeo 57 Visualizar no display (2) ldquoProductionrdquo (produccedilatildeo) - referente agrave operaccedilatildeo do sistema de

Osmose Reversa 58 Apoacutes 2 minutos de produccedilatildeo acionar a tecla MENU (3) duas vezes para verificar a

condutividade da aacutegua de produccedilatildeo Caso visualize a mensagem ldquoError-CPrdquo paacutere a produccedilatildeo e despreze a aacutegua do tanque abrindo o registro do ponto de coleta de aacutegua purificada (D)

59 Quando o tanque de armazenamento estiver cheio ocorreraacute outro enxaacuteguumle automaacutetico e

no display (2) apareceraacute a mensagem ldquoCleaningrdquo 510 Completando-se este ciclo o aparelho entra em modo de operaccedilatildeo ldquoStand byrdquo sendo

visualizado no display (2) a mesma mensagem ldquoStand byrdquo

1

2

3

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

POP ndeg001 Versatildeo 06112007 Validade 06112008 Paacutegina 44

Procedimento Operacional Padratildeo 001

Instruccedilotildees de Uso do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

511 Retire a Aacutegua Purificada do tanque de armazenamento abrindo o registro do Ponto de Coleta (D)

512 Ao final da produccedilatildeo acionar a tecla ONOFF (1) desligar o Estabilizador de energia (B)

e fechar o registro da aacutegua de alimentaccedilatildeo (C) e o disjuntor da Central de Aacuteguas (A) 513 Anotar o valor final produzido no Protocolo de Produccedilatildeo de Aacutegua Purificada

6 Observaccedilotildees Limpeza Mensal Manutenccedilatildeo Realizada pelo fabricante sempre que constatado que fora dos paracircmetros

D

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

Protocolo ndeg001 Versatildeo 06112007 Validade 06112008

Protocolo de Serviccedilo (PS 001)

Protocolo de Verificaccedilatildeo dos Paracircmetros do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

Data Temp Ambiente

(degC)

Umidade ()

Temp Aacutegua de

Alimentaccedilatildeo (degC)

Pressatildeo Aacutegua de

Alimentaccedilatildeo (bar)

Condutividade da aacutegua Produzida (microScm)

Responsaacutevel

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash

RS Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

Protocolo ndeg002 Versatildeo 06112007 Validade 06112008

Protocolo de Manutenccedilatildeo (PM 001)

Protocolo de Verificaccedilatildeo da Manutenccedilatildeo do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

Tipo de Sistema

Nuacutemero de Identificaccedilatildeo

Ano de Fabricaccedilatildeo

Data Dureza da aacutegua de

alimentaccedilatildeo (degdH)

Pressatildeo de operaccedilatildeo

(bar)

Taxa de Permeado

(Lh)

Uacuteltima Troca de Preacute-filtro

Uacuteltima troca de Fosfato

Uacuteltima limpeza

desinfecccedilatildeo

Ass

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash

RS Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

Protocolo ndeg003 Versatildeo 06112007 Validade 06112008

Protocolo de Produccedilatildeo (PP 001)

Protocolo de Produccedilatildeo de Aacutegua Purificada

Data Produccedilatildeo Diaacuteria Responsaacutevel

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash

RS Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

Protocolo ndeg004 Versatildeo 06112007 Validade 06112008

Resultados da Validaccedilatildeo do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

Aacutegua Purificada

DATA

PONTO DE COLETA

Testes Microbioloacutegicos

Especificaccedilatildeo ____ ____ ____ ____ ____

Contagem Heterotroacutefica Total

le 100UFCmL

Patoacutegenos Ausecircncia de coliformes P aeruginosa S aureus

Testes Quiacutemicos Especificaccedilatildeo ____ ____ ____ ____ ____ Acidez ou Alcalinidade

Cumpre o Teste

Amocircnio No maacuteximo 02 ppm Aparecircncia Liacutequido incolor liacutempido

insiacutepido e inodoro

Caacutelcio e Magneacutesio Cumpre o Teste Cloretos Cumpre o Teste Condutividade No maacuteximo 21 microScm Metais Pesado No maacuteximo 01 ppm Nitratos No maacuteximo 02 ppm pH 5 -7 Resiacuteduo por evaporaccedilatildeo

No maacuteximo 0001

Substacircncias Oxidaacuteveis Cumpre o Teste Sulfatos Cumpre o Teste Os testes seratildeo realizados de acordo com a Farmacopeacuteia Brasileira 4ordf ediccedilatildeo (F Bras IV 2005)

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash

RS Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

Protocolo ndeg 005 Versatildeo 06112007 Validade 06112008

Resultados da Validaccedilatildeo do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua Aacutegua Potaacutevel

Data

Ponto de

Coleta

Especificaccedilotildees Anaacutelise Quiacutemica Anaacutelise Microbioloacutegica

Cloro pH Cor

Turbidez Contagem Heterotroacutefica

Total

Patoacutegenos

02 ndash 05 ppm

60 ndash 95 15 UH 5 UT

lt 500 UFCmL Ausecircncia de coliformes

Unidade Hazen (mg Pt-CoL)

Unidade de turbidez

40

4 Consideraccedilotildees finais e perspectivas

Ao longo do tempo a importacircncia da validaccedilatildeo de processos para a Garantia da

Qualidade foi sendo melhor compreendida pelo segmento farmacecircutico e com isso foi

contemplada pelos oacutergatildeos reguladores e aplicada pelos profissionais deste segmento

Se a validaccedilatildeo estaacute bem definida e eacute amplamente compreendida como pocircde ser

observado pelo nuacutemero de trabalhos e legislaccedilotildees revisados neste trabalho um dos

desafios que se apresentam atualmente consiste em ampliar o entendimento de como

realizaacute-la na praacutetica A proposiccedilatildeo de um protocolo para a validaccedilatildeo de um processo de

purificaccedilatildeo de aacutegua teve como um de seus objetivos exemplificar esta tarefa e assim

auxiliar na elaboraccedilatildeo de outros protocolos Assim como perspectiva deste trabalho

espera-se fornecer subsiacutedio agrave validaccedilatildeo de outros processos farmacecircuticos de

purificaccedilatildeo de aacutegua ou mesmo outros

Isto porque embora cada processo possua aspectos especiacuteficos os quais devem

ser cuidadosamente avaliados durante a validaccedilatildeo o entendimento e aplicaccedilatildeo

adequados da terminologia relacionada agrave validaccedilatildeo auxiliam na conduccedilatildeo de uma

validaccedilatildeo adequada e bem documentada

41

5 Referecircncias

ALEEM H ZHAO Y LORD S MCCARTHY T SHARRATT P N Pharmaceutical process validation an overview Proceedings of the Institution of Mechanical Engineers Part E Process Mechanical Engineering v 217 p141 ndash 150 2002

ALENCAR J R B Pinto P M D V Neto P P V Oliveira A T C Medeiros F P M Ramos S V V Rolim P J N Strategy in pharmaceutical process validation of purified water Revista Brasileira de Farmaacutecia v 85 n3 p85-88 2004a ALENCAR JRB Souza M B J Rolim P J N Lopes C E Uso de controle estatiacutestico de processo (CEP) para validaccedilatildeo de processo de glibenclamida comprimidos Revista Brasileira de Farmaacutecia v85 n3 p115-119 2004b

ALENCAR J R B CLEMENTINO M R A ROLIM P J N Cleaning validation of equipments in medicines industry strategy to select the ldquoworst caserdquo Revista Brasileira de Farmaacutecia v87 n 1 p13-18 2006

ANVISA ndash Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria Gerecircncia Geral de Inspeccedilatildeo e Controle de Medicamentos e Produtos Guias relacionados agrave garantia de qualidade Brasiacutelia 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwanvisagovbrinspecaoguias_qualidadepdfgt Acesso em 12 nov 2007

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria (ANVISA) Resoluccedilatildeo RDC nordm 210 de 04082003 DOU de 14082003 Disponiacutevel em lthttpe-legisanvisagovbrleisrefpublicshowActphpid=22321ampword=gt Acesso em 30 set 2007

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria (ANVISA) Resoluccedilatildeo RDC nordm 67 de 08102007 DOU de 09102007 Disponiacutevel em lthttpe-legisanvisagovbrleisrefpublicshowActphpid=28806ampword= gt Acesso em 30 nov 2007

42

BRASIL Ministeacuterio de Estado da Sauacutede Portaria nordm 518 de 25032004 DOU de 26032004 Disponiacutevel em lthttpe-legisanvisagovbrleisrefpublicshowActphpid=22322ampwordgt Acesso em 30 set 2007

CASTILLA B SENA F J Validation documentation Journal of Validation Technology v7 n 2 p 166-123 2001

DA ROSA PS Diagnoacutestico e avaliaccedilatildeo da qualidade microbioloacutegica da aacutegua na Faculdade de Farmaacutecia Trabalho de Conclusatildeo de Curso de Graduaccedilatildeo Disciplina de Estaacutegio Curricular em Farmaacutecia Faculdade de Farmaacutecia Universidade Federal do Rio Grande do Sul Porto Alegre 2007

EMEA - European Agency for Evaluation of Medicinal Products Note for guidance on process validation London 2001 Disponiacutevel em lthttpwwwemeaeuropaeupdfshumanqwp084896enpdfgt Acesso em 12 nov 2007

FARMACOPEacuteIA BRASILEIRA 4 ed Satildeo Paulo Atheneu 2004 pV224

FARMACOPEacuteIA BRASILEIRA 4 ed Satildeo Paulo Atheneu 2005 Fasciacuteculo 6 p263

FDA ndash Food and Drug Administration - Center for Drug Evaluation and Research (CDER) Guidance for Industry Powder Blends and Finished Dosage Units mdash Stratified In-Process Dosage Unit Sampling and Assessment Rockville 2003 Disponiacutevel em lthttpwwwfdagovCDERGUIDANCE5831dfthtmgt Acesso em 12 nov 2007

FDA ndash Food and Drug Administration - Division of Manufacturing and Product Quality (HFN-320) Center for Drugs and Biologics Guidelines on general principles of process validation Rockville 1987 Disponiacutevel em lthttpwwwfdagovCDERGUIDANCEpvhtmgt Acesso em 12 nov 2007

GUAZZARONI M YIIN B YU JL Application of total organic carbon analysis for cleaning validation in pharmaceutical manufacturing American Biotechnology Laboratory v 16 n 10 p 66-67 1998

HAIDER S I Validation standard operating procedures a step-by-step guide for achieving compliance in the pharmaceutical medical device and biotech industries 2 ed Boca Raton CRC 2002

43

HELLE M R YLIRUUSI J MANNERMAA J P A literature review of pharmaceutical process validation Pharmaceutical Technology Europe Part 3 v15 p 52-57 2003

HOFMANN K L Sterile products validation In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 103

JEATER J P CULLEN L F PAPARIELLO GJ Organizing for validation In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 9

JOHNSON W M Validation of water system for sterile and nonsterile products In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 299 - 317

KIEFFER RG Validation and the human element PDA Journal of Pharmaceutical Science and Technology v52 n2 p52-54 1998

LE HIR A Noccedilotildees de farmaacutecia galecircnica 6 ed Satildeo Paulo Organizaccedilatildeo Andrei 1997 p 137-138

LeBLANC D A Establishing scientifically justified acceptance criteria for cleaning validation of finished drug products Pharmaceutical Technology 1998 Disponiacutevel em ltwwwadvanstarcomgt Acesso em 30 set 2007

LOFTUS B T The Regulatory basis for process In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 2 - 32

LORD SV MCCARTHY T ALEEM H ZHAO Y SHARRATT P N Reinterpreting validation Proceedings of the Institution of Mechanical Engineers Part E Process Mechanical Engineering v 217 p287- 292 2003

MCCOLMICK P Y CULLEN L F Cleaning validation In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 319 - 322

NASH R A Introduction In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993

44

PICS - Pharmaceutical Inspection Convention and Pharmaceutical Inspection Co-operation Scheme Recommendations on validation master plan installation and operational qualification non-sterile process validation cleaning validation Genebra 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwnewwayzconzrefmaterialpics_pi006_2VMPpdfgt Acesso em 30 set 2007

TKA WASSERAUFBEREITUNGSSYSTEME GMBH Operating instructions TKA LAB ndash UPW Article ndeg 083007-SO Niederelbert 2001

WHO ndash World Health Organization Suplementary guidelines on good manufacturing practices (GMP) validation Genebra 2005 p 22-23 Disponiacutevel em lthttpwwwwhointmedicinesservicesexpertcommitteespharmprepValidation_QAS_055_Rev2combinedpdfgtAcesso em Acesso em 30 set 2007

WHO ndash World Health Organization Supplementary training modules on good manufacturing practice water for pharmaceutical use Part 1 introduction and treatment Genebra 2001 Disponiacutevel em ltftpftpwhointmedicinesGMPgmptrainsuplmtWater01pptgt Acesso em 30 set 2007

WHO ndash World Health Organization Supplementary training modules on good manufacturing practice water for pharmaceutical use Part 2 water purification engineering Genebra 2001 Disponiacutevel em ltftpftpwhointmedicinesGMPgmptrainsuplmtWater02pptgt Acesso em 30 set 2007

WHO ndash World Health Organization Supplementary training modules on good manufacturing practice water for pharmaceutical use Part 3 inspection of water systems Genebra 2001 Disponiacutevel em ltftpftpwhointmedicinesGMPgmptrainsuplmtWater03pptgt Acesso em 30 set 2007

WHO ndash World Health Organization Who good manufacturing practices water for pharmaceutical use Genebra 2005 (Technical Report Series n 929 Anexo 3)

WHO ndash World Health Organization Who Expert Committee on specifications for pharmaceutical preparations Genebra 2006 p 125 ndash 126 (Technical Report Series n 937 Anexo 4 Apecircndice II) Disponiacutevel em lthttpwhqlibdocwhointtrsWHO_TRS_937_engpdfpage=359gt Acesso em 01 dez 2007

  • Outras definiccedilotildees semelhantes a essas existem e muito embora as expressotildees variem a essecircncia de todas eacute a mesma assegurar que o processo quando operado sob as condiccedilotildees preacute-determinadas resultaraacute em um produto que reuniraacute as especificaccedilotildees e seus
Page 17: VALIDAÇÃO DE PROCESSOS: Aspectos teóricos e proposição de

17

3 Proposiccedilatildeo de um protocolo para validaccedilatildeo de um processo de

purificaccedilatildeo de aacutegua existente na Central de abastecimento de aacuteguas

da Faculdade de FarmaacuteciaUFRGS

Apoacutes a apresentaccedilatildeo dos conceitos principais aplicaccedilotildees e vantagens da

validaccedilatildeo esta parte do trabalho tem por objetivo demonstrar como se realiza a

validaccedilatildeo a partir da proposiccedilatildeo de um protocolo de validaccedilatildeo de um sistema de

purificaccedilatildeo de aacutegua abordando os principais aspectos a serem observados e as anaacutelises

que se fazem necessaacuterias para se validar o sistema

Os sistemas de purificaccedilatildeo de aacutegua satildeo considerados sistemas criacuteticos de

qualidade e podem influir diretamente na qualidade dos produtos por isso devem ser

validados (Johnson 1993 WHO 2005 WHO 2006) A validaccedilatildeo de um sistema de

purificaccedilatildeo de aacutegua deve seguir os passos que normalmente satildeo utilizados para a

maioria das validaccedilotildees Qualificaccedilatildeo de Design (DQ) Qualificaccedilatildeo da Instalaccedilatildeo (IQ)

Qualificaccedilatildeo da Operaccedilatildeo (OQ) e Validaccedilatildeo de Processo (PV)

Segundo a Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (WHO 2005 WHO 2006) para a

validaccedilatildeo deste processo em especial satildeo necessaacuterias trecircs fases que envolvem uma

coleta de dados prolongada a fim de se garantir que o sistema independentemente da

variaccedilatildeo sazonal sobre a aacutegua de alimentaccedilatildeo e sobre o sistema de tratamento mantecircm-

se produzindo consistentemente aacutegua dentro de suas especificaccedilotildees farmacopecircicas

Resumidamente a primeira fase prevecirc a realizaccedilatildeo atraveacutes de testes diaacuterios na aacutegua

coletada de pontos preacute-determinados durante duas a quatro semanas (validaccedilatildeo

prospectiva) Apoacutes a aprovaccedilatildeo na primeira fase de testes a aacutegua produzida pelo

sistema poderaacute ser utilizada e entatildeo eacute conduzida a segunda fase de testes onde seratildeo

avaliados os mesmo pontos de coleta da primeira fase durante um periacuteodo de trecircs

semanas (validaccedilatildeo concorrente) Soacute entatildeo passa-se agrave terceira fase de validaccedilatildeo onde o

sistema eacute monitorado em periacuteodos a serem definidos em menor nuacutemero de pontos de

coleta durante um ano tendo-se assim a avaliaccedilatildeo da influecircncia da variaccedilatildeo sazonal da

aacutegua sobre o sistema e sua validaccedilatildeo completada

Uma abordagem anterior descrita por Johnson (1993) relata a conduccedilatildeo de duas

fases Na etapa inicial o sistema eacute operado sob uma ldquocondiccedilatildeo de estresserdquo ou seja

manteacutem-se o sistema abaixo de suas condiccedilotildees normais de operaccedilatildeo pelo periacuteodo de

18

quatro a seis meses de monitoramento a fim de verificar a robustez do sistema Na

etapa subsequumlente realizam-se testes com o sistema operando em sua normalidade

durante o periacuteodo de no miacutenimo um ano assim constata-se que o sistema produz aacutegua

dentro das especificaccedilotildees independentemente da sazonalidade microbioloacutegica Como

nesta abordagem o sistema opera sob ldquocondiccedilatildeo de estresserdquo na etapa inicial natildeo eacute

indicada a conduccedilatildeo de uma validaccedilatildeo concorrente tendo em vista o risco associado de

natildeo conformidade da aacutegua produzida pelo sistema

O sistema de purificaccedilatildeo de aacuteguas a ser validado seraacute o instalado na Central de

Aacuteguas da Faculdade de Farmaacutecia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul

(UFRGS) Devido agrave necessidade de se realizar uma validaccedilatildeo concorrente pois o

sistema jaacute se encontra instalado e em operaccedilatildeo optou-se por seguir as diretrizes da

Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (WHO 2005 WHO 2006) que se aplicam mais ao

caso aleacutem de ser mais atual A seguir eacute apresentado o protocolo de validaccedilatildeo do

Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacuteguas

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

ASSUNTO Protocolo de Validaccedilatildeo do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

I Objetivo

O objetivo da Validaccedilatildeo do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacuteguas eacute demonstrar que a

aacutegua fornecida pelo sistema atende agraves especificaccedilotildees (quiacutemicas e microbioloacutegicas) para

utilizaccedilatildeo nos laboratoacuterios da Faculdade de Farmaacutecia da UFRGS para a realizaccedilatildeo de

experimentos As especificaccedilotildees seratildeo as descritas na Farmacopeacuteia Brasileira uma vez

que esta constitui o compecircndio oficial brasileiro aleacutem de determinar um maior nuacutemero

de anaacutelises quiacutemicas em relaccedilatildeo aos compecircndios internacionais

II Descriccedilatildeo do Sistema de aacutegua

O sistema de purificaccedilatildeo de aacuteguas a ser validado estaacute instalado na Central de

Aacuteguas da Faculdade de Farmaacutecia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul

(UFRGS) A aacutegua de alimentaccedilatildeo eacute proveniente do sistema de tratamento de aacutegua

clorada da rede municipal (aacutegua de superfiacutecie) A aacutegua entatildeo passa para dois

reservatoacuterios de 5000 litros e segue por gravidade ateacute a Central de Aacuteguas

II1 Sistema de preacute-tratamento

A aacutegua proveniente dos reservatoacuterios de aacutegua passa para a secccedilatildeo de preacute-

tratamento que eacute composta dos meios filtrantes descritos abaixo em carcaccedilas de

polipropileno

a) Filtro retrolavaacutevel com redutor de pressatildeo

b) Filtro de porosidade 5microm com carvatildeo ativado com manocircmetro

c) Filtro de polipropileno de porosidade 1microm com manocircmetro

A filtraccedilatildeo atraveacutes destes filtros tem por objetivo alimentar o sistema de osmose

reversa com aacutegua potaacutevel que necessita do seguinte preacute-tratamento

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Tabela 1 Paracircmetros da aacutegua provinda do sistema de preacute-tratamento

Paracircmetro Especificaccedilatildeo ou limite de aceitaccedilatildeo

Preacute-filtragem 5microm e carvatildeo ativado

Iacutendice de silte Maacuteximo 3

Teor Salino Maacuteximo 2000 mgL

Teor de Cl lt001 mgl

Teor de Mg lt005 mgl

Teor de Feacute lt005 mgl

Gama do valor de pH 4 ndash 11

Remoccedilatildeo de 99 de bacteacuterias e partiacuteculas -

II2 Sistema de Tratamento por Osmose Reversa

A secccedilatildeo de tratamento eacute composta por um sistema de purificaccedilatildeo de aacuteguas

atraveacutes de osmose reversa (OR) modelo TKA LAB-UPW do fabricante TKA (ArtNdeg

083007-SO)

II3 Sistema de Armazenamento

A aacutegua tratada pelo sistema de Osmose Reversa (OR) eacute armazenada em um

tanque de 75 L incluindo torneira de extraccedilatildeo por onde a aacutegua purificada eacute coletada O

armazenamento e coleta da aacutegua purificada ocorrem agrave temperatura ambiente A aacutegua

purificada permanece no tanque de armazenamento por no maacuteximo vinte minutos a cada

vinte minutos a bomba de recirculaccedilatildeo eacute acionada e recircula a aacutegua no tanque

conduzindo-a pela lacircmpada de oxidaccedilatildeo UV e pelo jogo de cartuchos deionizadores

A Figura 1 apresenta os componentes do sistema de Osmose Reversa (OR) e do

sistema de armazenamento e suas especificaccedilotildees

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Figura 1 Desenho esquemaacutetico do sistema de osmose reversa e do sistema de

armazenamento 1- Vaacutelvula solenoacuteide da aacutegua de alimentaccedilatildeo (Art Ndeg 150003) 2-

Bomba auxiliar com transformador (Art Ndeg 190046) 3- Moacutedulo de osmose reversa

composto por Carcaccedila 1812 (Art Ndeg 220047) e Membrana de osmose reversa 1812

(Art Ndeg 220046) 4- Vaacutelvula reguladora de pressatildeo (Art Ndeg 150060) 5- Vaacutelvula

solenoacuteide de enxaguamento por jato de aacutegua (Art Ndeg 150003) 6- Ceacutelula medidora de

condutividade (apoacutes agrave OR) (Art Ndeg 160126) 7- Foto-oxidaccedilatildeo de UV (Art Ndeg

250011) 8- Conjunto de deionizaccedilatildeo composto por Carcaccedila de filtro (Art Ndeg 065310)

e Jogo de cartuchos permutador de iacuteons e resina de adsorccedilatildeo (Art Ndeg 093011) 9-

Ceacutelula de mediccedilatildeo de condutividade da aacutegua purificada (Art Ndeg 160126) 10- Tanque

de 75 litros incluindo jogo de montagem na parede (Art Ndeg 065075) 11- Bomba de

recirculaccedilatildeo (Art Ndeg 190028) 12- Vaacutelvula de controle (Art Ndeg 150009) 13- Controle

por microprocessador (Art Ndeg 160181) 14- Entrada de aacutegua provinda do sistema de

preacute-tratamento 15- Saiacuteda da aacutegua purificada Torneira de extraccedilatildeo 16- Saiacuteda frac34rdquo do

concentrado

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

II4 Princiacutepio de Funcionamento do Sistema de Osmose Reversa

A aacutegua de alimentaccedilatildeo provinda do sistema de preacute-tratamento entra no sistema

com pressatildeo maacutexima de 6 Bar A vaacutelvula solenoacuteide da aacutegua de alimentaccedilatildeo (Figura 1-1)

permanece fechada quando o sistema estaacute no modo de espera ou parado para impedir

que a aacutegua de alimentaccedilatildeo passe pela membrana e transborde no tanque de

armazenamento A membrana semi-permeaacutevel (Figura 1-3) reteacutem 96 dos sais

dissolvidos e 99 das bacteacuterias e dos soacutelidos suspensos na aacutegua de alimentaccedilatildeo A aacutegua

purificada passa agora atraveacutes das fases de tratamento duplo (Figura 1- 7 e 8) e eacute

recolhida no tanque de armazenamento (Figura 1-10) Os sais e outros elementos

rejeitados satildeo eliminados do sistema atraveacutes do fluxo do ldquoconcentradordquo A ceacutelula

medidora da condutividade (Figura 1-6) mede a condutividade da aacutegua purificada (apoacutes

os jogos de cartuchos (Figura 1-7 e 8) o que eacute visualizado no menu de controle do

microprocessador (Figura 1-13) A bomba de recirculaccedilatildeo (Figura 1-11) eacute acionada a

cada a cada vinte minutos e recircula a aacutegua no tanque conduzindo-a pela lacircmpada de

oxidaccedilatildeo UV (Figura 1- 7) e pelo jogo de cartuchos deionizadores (Figura 1-8)

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Um desenho de montagem do sistema de tratamento completo segue na Figura 2

Figura 2 Desenho esquemaacutetico do Sistema de Purificaccedilatildeo de aacuteguas e suas

especificaccedilotildees 1- Aacutegua de alimentaccedilatildeo conexatildeo frac34rdquo (pressatildeo miacutenima 2 bar) 2- Filtro retrolavaacutevel (Art Ndeg 115999) 21- Redutor de pressatildeo (Art Ndeg 115998) 3- Preacute-filtro de 5microm + carvatildeo ativado (Art Ndeg 065201) com um manocircmetro (Art Ndeg 065311) 4-

Filtro de polipropileno de porosidade 1 microm (Art Ndeg 065101) com um manocircmetro (Art Ndeg 065311) 5- Equipamento de Osmose reversa TKA-HPW 220V ndash 100W (Art Ndeg 083007-SO) 6- Tanque de armazenamento de capacidade 75 L (Art Ndeg 115996) 7- Kit de instalaccedilatildeo (Art Ndeg 115994) 8- Caixa de aacutegua de 5000 L 9- Rede puacuteblica de

abastecimento

Caixa drsquoaacutegua (8)

Rede Puacuteblica (9)

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

III Qualificaccedilatildeo da Instalaccedilatildeo (IQ)

A fase da Qualificaccedilatildeo da Instalaccedilatildeo (IQ) estaacute associada agrave verificaccedilatildeo da

instalaccedilatildeo dos equipamentos de acordo com as especificaccedilotildees do fabricante aleacutem da

calibraccedilatildeo dos instrumentos e o estabelecimento de um programa de manutenccedilatildeo

preventiva (Johnson 1993) A Tabela 2 apresenta as especificaccedilotildees do sistema de

purificaccedilatildeo de aacuteguas e as accedilotildees que se fazem necessaacuterias para efetuar a qualificaccedilatildeo

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Tabela 2 Especificaccedilotildees fornecidas pelo fabricante e atividade a ser realizada para qualificar a instalaccedilatildeo

Especificaccedilatildeo Paracircmetro especificado em manual

Atividade a ser realizada para qualificar a

instalaccedilatildeo Tensatildeo Eleacutetrica 127220V 60Hz Registro de Calibraccedilatildeo do

estabilizador Potecircncia Eleacutetrica 01 Kw Verificaccedilatildeo e registro Temperatura ambiente +2degc a +35degC Registro do

monitoramento da temperatura

Pressatildeo do permeado 0 bar Verificaccedilatildeo e registro Pressatildeo operacional 6 bar maacutex Registro da verificaccedilatildeo da

pressatildeo da aacutegua de alimentaccedilatildeo

Temperatura de alimentaccedilatildeo +1degC a +30degC Registro da verificaccedilatildeo de temperatura

Pressatildeo da aacutegua de alimentaccedilatildeo

2 a 6 bar Registro da verificaccedilatildeo da pressatildeo da aacutegua de

alimentaccedilatildeo Calibraccedilatildeo dos controles ao longo do processo

Condutiviacutemetro e manocircmetro

Registro das calibraccedilotildees realizadas

Treinamento dos Operadores -- Realizaccedilatildeo e registro de treinamento

Programa de Manutenccedilatildeo Preventiva

Enxaacuteguumle e desinfecccedilatildeo dos tanques de

estocagem tubulaccedilotildees e carcaccedilas (anualmente)

Elaboraccedilatildeo do POP de enxaacuteguumle e desinfecccedilatildeo

Capacidade de carga das

paredes ou chatildeo

-- Registros da verificaccedilatildeo da instalaccedilatildeo

Tubulaccedilatildeo de Drenagem de

112rdquo livre para o esgoto -- Registro da verificaccedilatildeo da

Instalaccedilatildeo

Espaccedilo de trabalho suficiente -- 64 m2

Conexatildeo aacutegua de alimentaccedilatildeo

de frac34rdquo(com registro)

-- Registro da verificaccedilatildeo da instalaccedilatildeo

Ponto de Coleta do sistema de

preacute-tratamento -- Instalaccedilatildeo de registro na

entrada da aacutegua provinda do preacute-tratamento

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

IV Qualificaccedilatildeo da Operaccedilatildeo (OQ)

Esta etapa estaacute relacionada agrave garantia de que cada componente esteja

funcionando de acordo com o especificado As accedilotildees a serem realizadas na fase de

qualificaccedilatildeo da operaccedilatildeo seguem na tabela 3

Tabela 3 Accedilotildees a serem realizadas na fase de Qualificaccedilatildeo da Operaccedilatildeo (Johnson 1993)

Accedilatildeo Atividade a ser realizada 1 Preencher o sistema com aacutegua e reparar

quaisquer fugas e substituir vaacutelvulas ou vedaccedilotildees defeituosas

Verificaccedilatildeo de vazamentos e registro da realizaccedilatildeo de manutenccedilatildeo por pessoal autorizado

2 Verificar o bom funcionamento das vaacutelvulas e controles ao longo do processo

Calibraccedilatildeo dos Manocircmetros e Condutiviacutemetro do tanque de armazenamento

3 Registrar a realizaccedilatildeo da sanitizaccedilatildeo da caixa de aacutegua e da distribuiccedilatildeo do sistema

Realizaccedilatildeo da Sanitizaccedilatildeo e seu Registro

4 Elaboraccedilatildeo de POPs que descrevem os procedimentos de ligar desligar e sanitizar os equipamentos e o sistema

Seguem em anexo B

5 Verificaccedilatildeo da variaccedilatildeo da vazatildeo de aacutegua em comparaccedilatildeo as especificaccedilotildees do fornecedor

Protocolo de Serviccedilo (PS001) Anexo C

6 Avaliar a produccedilatildeo nominal do sistema 7 Lh a 15degC 7 Avaliar a eficiecircncia do sistema de preacute-

tratamento Atraveacutes da Fase 1 de validaccedilatildeo se avaliaraacute a eficiecircncia do sistema de preacute-tratamento

V Process validation (PV)

Apoacutes a realizaccedilatildeo das trecircs primeiras qualificaccedilotildees seraacute necessaacuterio realizar testes

que comprovem que o sistema realiza a purificaccedilatildeo da aacutegua da maneira a que se propotildee

Para realizar essa tarefa como descrito anteriormente segue-se a abordagem da

Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (WHO 2005) que determina trecircs fases para a validaccedilatildeo

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

V1 Plano de amostragem

V11 Pontos de amostragem

A tabela 4 descreve os pontos de coleta sua localizaccedilatildeo e a especificaccedilatildeo do tipo

de aacutegua

Tabela 4 Pontos de validaccedilatildeo localizaccedilatildeo e suas especificaccedilotildees de avaliaccedilatildeo Nuacutemero Local Tipo de aacutegua

1 Entrada do sistema de purificaccedilatildeo de aacutegua (torneira da pia)

Aacutegua potaacutevel

2 Aacutegua de alimentaccedilatildeo da osmose reversa Aacutegua potaacutevel natildeo clorada

3 Ponto de coleta da aacutegua purificada Aacutegua purificada

V12 Testes Requeridos e Criteacuterio de Aceitaccedilatildeo

Os testes requeridos e seus criteacuterios de aceitaccedilatildeo estatildeo descritos nas tabelas 4 e

5 Os testes para Aacutegua Purificada seratildeo realizados de acordo com a Farmacopeacuteia

Brasileira 4ordf ediccedilatildeo (F Bras IV 2005) e para aacutegua potaacutevel de acordo com os limites

estabelecidos na Portaria 51804 do Ministeacuterio da Sauacutede

V121 Aacutegua Potaacutevel

Tabela 5 Criteacuterios de Aceitaccedilatildeo para aacutegua potaacutevel Testes Microbioloacutegicos Especificaccedilatildeo Contagem Heterotroacutefica Total le 500UFCMl Patoacutegenos Ausecircncia de Coliformes Testes Quiacutemicos Especificaccedilatildeo Cor lt 15 UH Cloro 02 a 05 ppm pH 60 a 95 Turbidez lt 5UT Unidade Hazen (mg Pt-CoL) Unidade de turbidez

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

V122 Aacutegua Purificada

Tabela 6 Criteacuterios de Aceitaccedilatildeo para aacutegua purificada Testes Microbioloacutegicos Especificaccedilatildeo Contagem Heterotroacutefica Total le 100UFCmL Patoacutegenos Ausecircncia de coliformes P aeruginosa S

aureus e E Coli termotolerantes Testes Quiacutemicos Especificaccedilatildeo Acidez ou Alcalinidade Cumpre o Teste Amocircnio No maacuteximo 02 ppm Aparecircncia Liacutequido incolor liacutempido insiacutepido e

inodoro Caacutelcio e Magneacutesio Cumpre o Teste Cloretos Cumpre o Teste Condutividade No maacuteximo 21 microScm Metais Pesados No maacuteximo 01 ppm Nitratos No maacuteximo 02 ppm pH 5 -7 Resiacuteduo por evaporaccedilatildeo No maacuteximo 0001 Substacircncias Oxidaacuteveis Cumpre o Teste Sulfatos Cumpre o Teste Os testes seratildeo realizados de acordo com a Farmacopeacuteia Brasileira 4ordf ediccedilatildeo (F Bras IV 2005)

V13 Cronograma de Amostragem

Para a Fase 1 da validaccedilatildeo seratildeo realizados testes quiacutemicos e bioloacutegicos para

todos os pontos de amostragem durante trecircs semanas em trecircs periacuteodos de cinco dias

Apoacutes a conclusatildeo satisfatoacuteria dessa fase se realizaraacute a Fase 2 de validaccedilatildeo fase em que

a aacutegua produzida pode ser utilizada Nesta fase deve-se realizar novamente e

diariamente todos os testes quiacutemicos e bioloacutegicos para todos os pontos de amostragem

durante quatro semanas em quatro periacuteodos de cinco dias Para a Fase 3 de validaccedilatildeo

seratildeo realizados os mesmos testes quiacutemicos e microbioloacutegicos para todos os pontos de

amostragem semanalmente durante um ano O cronograma dos pontos de amostragem

segue na tabela 7

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Tabela 7 Cronograma de validaccedilatildeo

Fase de

Validaccedilatildeo

Ponto de

Amostragem

Periacuteodo de

Anaacutelise

Frequumlecircncia de

Anaacutelise

Tipo de Testes

a Realizar

1 1 2 Semanas Trecircs periacuteodos de

5 dias

Aacutegua Potaacutevel

1 2 2 Semanas Trecircs periacuteodos de 5 dias

Aacutegua potaacutevel

natildeo clorada

1 3 2 Semanas Trecircs periacuteodos de 5 dias

Aacutegua

Purificada

2 1 3 Semanas Quatro periacuteodos

de 5 dias

Aacutegua Potaacutevel

2 2 3 Semanas Quatro periacuteodos

de 5 dias

Aacutegua potaacutevel

natildeo clorada

2 3 3 Semanas Quatro periacuteodos

de 5 dias

Aacutegua

Purificada

3 1 1 Ano Semanal Aacutegua Potaacutevel

3 2 1 Ano Semanal Aacutegua potaacutevel

natildeo clorada

3 3 1 Ano Semanal Aacutegua

Purificada

V2 Fase 1

Periacuteodo de testes de trecircs semanas em trecircs periacuteodos de cinco dias para

monitoramento do sistema intensivamente durante este periacuteodo o sistema deve operar

continuamente sem falhas ou desvios de qualidade

Para essa fase seratildeo realizados os seguintes testes

bull Realizar testes quiacutemicos e microbioloacutegicos de acordo o plano de amostragem

bull Desenvolver faixas de operaccedilatildeo adequadas

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

bull Desenvolver e finalizar procedimentos de operaccedilotildees limpeza desinfecccedilatildeo e

manutenccedilatildeo

bull Demonstrar a produccedilatildeo e entrega da aacutegua na qualidade e quantidade exigida

bull Usar e aperfeiccediloar os POPs de operaccedilatildeo (ver anexo) manutenccedilatildeo desinfecccedilatildeo e

soluccedilatildeo de problemas

bull Verificar alertas provisoacuterios e accedilotildees de niacuteveis

bull Desenvolver e refinar procedimentos de testes de natildeo conformidade

V3 Fase 2

Outro periacuteodo de testes de quatro semanas em quatro periacuteodos de cinco dias a

ser realizado de maneira mais intensiva atraveacutes de um acompanhamento dos POPs

aperfeiccediloados apoacutes a conclusatildeo da Fase 1 O sistema de amostragem eacute idecircntico ao da

fase inicial e aacutegua pode ser utilizada para a fabricaccedilatildeo durante essa fase O sistema

deve

bull Demonstrar a produccedilatildeo e entrega da aacutegua na qualidade e quantidade exigida

quando o sistema eacute operado de acordo com os POPs

bull Demonstrar que o sistema estaacute sob controle

V4 Fase 3

Esta fase seraacute executada por no miacutenimo um ano apoacutes a conclusatildeo satisfatoacuteria da

fase dois a aacutegua pode ser usada para a fabricaccedilatildeo durante esta fase produccedilatildeo que tem os

devidos fins e caracteriacutesticas

bull Demonstrar que o sistema estaacute sob controle durante um longo periacuteodo de tempo

garantindo que as variaccedilotildees sazonais foram avaliadas

bull Locais de amostra frequumlecircncia de amostras e testes devem ser reduzido ao padratildeo

de rotina normal (semanalmente)

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

POP ndeg001 Versatildeo 06112007 Validade 06112008 Paacutegina 14

Procedimento Operacional Padratildeo 001

Instruccedilotildees de Uso do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

1 Objetivo Orientar a operaccedilatildeo do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

2 Aplicaccedilatildeo Ao pessoal responsaacutevel pela operaccedilatildeo e monitoramento do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

3 Materiais Necessaacuterios Protocolo de Serviccedilo (PS 001) Protocolo de Manutenccedilatildeo (PM 001) Protocolo de Produccedilatildeo de Aacutegua Purificada (PP 001)

4 Cuidados Especiais Verificar se o aparelho estaacute limpo e adequado a sua utilizaccedilatildeo Verificar a temperatura e umidade do ambiente Verificar a temperatura da aacutegua de alimentaccedilatildeo Verificar a pressatildeo da aacutegua de alimentaccedilatildeo

5 Procedimento 51 Ligar o Disjuntor (A) que alimenta a Central de Aacuteguas

A

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

POP ndeg001 Versatildeo 06112007 Validade 06112008 Paacutegina 24

Procedimento Operacional Padratildeo 001

Instruccedilotildees de Uso do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

52 Ligar o Estabilizador (B) de energia que alimenta o aparelho de Osmose Reversa

53 Abrir o registro (C) da aacutegua de alimentaccedilatildeo

54 Verificar os paracircmetros do item Cuidados Especiais e anotaacute-los no Protocolo de Serviccedilo

(PS 001)

B

C

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

POP ndeg001 Versatildeo 06112007 Validade 06112008 Paacutegina 34

Procedimento Operacional Padratildeo 001

Instruccedilotildees de Uso do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

55 Acionar a tecla ONOFF (1)

56 Visualizar no display (2) ldquoCleaningrdquo - referente agrave operaccedilatildeo do sistema de enxaacutegue que

entra automaticamente em operaccedilatildeo 57 Visualizar no display (2) ldquoProductionrdquo (produccedilatildeo) - referente agrave operaccedilatildeo do sistema de

Osmose Reversa 58 Apoacutes 2 minutos de produccedilatildeo acionar a tecla MENU (3) duas vezes para verificar a

condutividade da aacutegua de produccedilatildeo Caso visualize a mensagem ldquoError-CPrdquo paacutere a produccedilatildeo e despreze a aacutegua do tanque abrindo o registro do ponto de coleta de aacutegua purificada (D)

59 Quando o tanque de armazenamento estiver cheio ocorreraacute outro enxaacuteguumle automaacutetico e

no display (2) apareceraacute a mensagem ldquoCleaningrdquo 510 Completando-se este ciclo o aparelho entra em modo de operaccedilatildeo ldquoStand byrdquo sendo

visualizado no display (2) a mesma mensagem ldquoStand byrdquo

1

2

3

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

POP ndeg001 Versatildeo 06112007 Validade 06112008 Paacutegina 44

Procedimento Operacional Padratildeo 001

Instruccedilotildees de Uso do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

511 Retire a Aacutegua Purificada do tanque de armazenamento abrindo o registro do Ponto de Coleta (D)

512 Ao final da produccedilatildeo acionar a tecla ONOFF (1) desligar o Estabilizador de energia (B)

e fechar o registro da aacutegua de alimentaccedilatildeo (C) e o disjuntor da Central de Aacuteguas (A) 513 Anotar o valor final produzido no Protocolo de Produccedilatildeo de Aacutegua Purificada

6 Observaccedilotildees Limpeza Mensal Manutenccedilatildeo Realizada pelo fabricante sempre que constatado que fora dos paracircmetros

D

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

Protocolo ndeg001 Versatildeo 06112007 Validade 06112008

Protocolo de Serviccedilo (PS 001)

Protocolo de Verificaccedilatildeo dos Paracircmetros do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

Data Temp Ambiente

(degC)

Umidade ()

Temp Aacutegua de

Alimentaccedilatildeo (degC)

Pressatildeo Aacutegua de

Alimentaccedilatildeo (bar)

Condutividade da aacutegua Produzida (microScm)

Responsaacutevel

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash

RS Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

Protocolo ndeg002 Versatildeo 06112007 Validade 06112008

Protocolo de Manutenccedilatildeo (PM 001)

Protocolo de Verificaccedilatildeo da Manutenccedilatildeo do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

Tipo de Sistema

Nuacutemero de Identificaccedilatildeo

Ano de Fabricaccedilatildeo

Data Dureza da aacutegua de

alimentaccedilatildeo (degdH)

Pressatildeo de operaccedilatildeo

(bar)

Taxa de Permeado

(Lh)

Uacuteltima Troca de Preacute-filtro

Uacuteltima troca de Fosfato

Uacuteltima limpeza

desinfecccedilatildeo

Ass

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash

RS Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

Protocolo ndeg003 Versatildeo 06112007 Validade 06112008

Protocolo de Produccedilatildeo (PP 001)

Protocolo de Produccedilatildeo de Aacutegua Purificada

Data Produccedilatildeo Diaacuteria Responsaacutevel

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash

RS Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

Protocolo ndeg004 Versatildeo 06112007 Validade 06112008

Resultados da Validaccedilatildeo do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

Aacutegua Purificada

DATA

PONTO DE COLETA

Testes Microbioloacutegicos

Especificaccedilatildeo ____ ____ ____ ____ ____

Contagem Heterotroacutefica Total

le 100UFCmL

Patoacutegenos Ausecircncia de coliformes P aeruginosa S aureus

Testes Quiacutemicos Especificaccedilatildeo ____ ____ ____ ____ ____ Acidez ou Alcalinidade

Cumpre o Teste

Amocircnio No maacuteximo 02 ppm Aparecircncia Liacutequido incolor liacutempido

insiacutepido e inodoro

Caacutelcio e Magneacutesio Cumpre o Teste Cloretos Cumpre o Teste Condutividade No maacuteximo 21 microScm Metais Pesado No maacuteximo 01 ppm Nitratos No maacuteximo 02 ppm pH 5 -7 Resiacuteduo por evaporaccedilatildeo

No maacuteximo 0001

Substacircncias Oxidaacuteveis Cumpre o Teste Sulfatos Cumpre o Teste Os testes seratildeo realizados de acordo com a Farmacopeacuteia Brasileira 4ordf ediccedilatildeo (F Bras IV 2005)

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash

RS Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

Protocolo ndeg 005 Versatildeo 06112007 Validade 06112008

Resultados da Validaccedilatildeo do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua Aacutegua Potaacutevel

Data

Ponto de

Coleta

Especificaccedilotildees Anaacutelise Quiacutemica Anaacutelise Microbioloacutegica

Cloro pH Cor

Turbidez Contagem Heterotroacutefica

Total

Patoacutegenos

02 ndash 05 ppm

60 ndash 95 15 UH 5 UT

lt 500 UFCmL Ausecircncia de coliformes

Unidade Hazen (mg Pt-CoL)

Unidade de turbidez

40

4 Consideraccedilotildees finais e perspectivas

Ao longo do tempo a importacircncia da validaccedilatildeo de processos para a Garantia da

Qualidade foi sendo melhor compreendida pelo segmento farmacecircutico e com isso foi

contemplada pelos oacutergatildeos reguladores e aplicada pelos profissionais deste segmento

Se a validaccedilatildeo estaacute bem definida e eacute amplamente compreendida como pocircde ser

observado pelo nuacutemero de trabalhos e legislaccedilotildees revisados neste trabalho um dos

desafios que se apresentam atualmente consiste em ampliar o entendimento de como

realizaacute-la na praacutetica A proposiccedilatildeo de um protocolo para a validaccedilatildeo de um processo de

purificaccedilatildeo de aacutegua teve como um de seus objetivos exemplificar esta tarefa e assim

auxiliar na elaboraccedilatildeo de outros protocolos Assim como perspectiva deste trabalho

espera-se fornecer subsiacutedio agrave validaccedilatildeo de outros processos farmacecircuticos de

purificaccedilatildeo de aacutegua ou mesmo outros

Isto porque embora cada processo possua aspectos especiacuteficos os quais devem

ser cuidadosamente avaliados durante a validaccedilatildeo o entendimento e aplicaccedilatildeo

adequados da terminologia relacionada agrave validaccedilatildeo auxiliam na conduccedilatildeo de uma

validaccedilatildeo adequada e bem documentada

41

5 Referecircncias

ALEEM H ZHAO Y LORD S MCCARTHY T SHARRATT P N Pharmaceutical process validation an overview Proceedings of the Institution of Mechanical Engineers Part E Process Mechanical Engineering v 217 p141 ndash 150 2002

ALENCAR J R B Pinto P M D V Neto P P V Oliveira A T C Medeiros F P M Ramos S V V Rolim P J N Strategy in pharmaceutical process validation of purified water Revista Brasileira de Farmaacutecia v 85 n3 p85-88 2004a ALENCAR JRB Souza M B J Rolim P J N Lopes C E Uso de controle estatiacutestico de processo (CEP) para validaccedilatildeo de processo de glibenclamida comprimidos Revista Brasileira de Farmaacutecia v85 n3 p115-119 2004b

ALENCAR J R B CLEMENTINO M R A ROLIM P J N Cleaning validation of equipments in medicines industry strategy to select the ldquoworst caserdquo Revista Brasileira de Farmaacutecia v87 n 1 p13-18 2006

ANVISA ndash Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria Gerecircncia Geral de Inspeccedilatildeo e Controle de Medicamentos e Produtos Guias relacionados agrave garantia de qualidade Brasiacutelia 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwanvisagovbrinspecaoguias_qualidadepdfgt Acesso em 12 nov 2007

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria (ANVISA) Resoluccedilatildeo RDC nordm 210 de 04082003 DOU de 14082003 Disponiacutevel em lthttpe-legisanvisagovbrleisrefpublicshowActphpid=22321ampword=gt Acesso em 30 set 2007

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria (ANVISA) Resoluccedilatildeo RDC nordm 67 de 08102007 DOU de 09102007 Disponiacutevel em lthttpe-legisanvisagovbrleisrefpublicshowActphpid=28806ampword= gt Acesso em 30 nov 2007

42

BRASIL Ministeacuterio de Estado da Sauacutede Portaria nordm 518 de 25032004 DOU de 26032004 Disponiacutevel em lthttpe-legisanvisagovbrleisrefpublicshowActphpid=22322ampwordgt Acesso em 30 set 2007

CASTILLA B SENA F J Validation documentation Journal of Validation Technology v7 n 2 p 166-123 2001

DA ROSA PS Diagnoacutestico e avaliaccedilatildeo da qualidade microbioloacutegica da aacutegua na Faculdade de Farmaacutecia Trabalho de Conclusatildeo de Curso de Graduaccedilatildeo Disciplina de Estaacutegio Curricular em Farmaacutecia Faculdade de Farmaacutecia Universidade Federal do Rio Grande do Sul Porto Alegre 2007

EMEA - European Agency for Evaluation of Medicinal Products Note for guidance on process validation London 2001 Disponiacutevel em lthttpwwwemeaeuropaeupdfshumanqwp084896enpdfgt Acesso em 12 nov 2007

FARMACOPEacuteIA BRASILEIRA 4 ed Satildeo Paulo Atheneu 2004 pV224

FARMACOPEacuteIA BRASILEIRA 4 ed Satildeo Paulo Atheneu 2005 Fasciacuteculo 6 p263

FDA ndash Food and Drug Administration - Center for Drug Evaluation and Research (CDER) Guidance for Industry Powder Blends and Finished Dosage Units mdash Stratified In-Process Dosage Unit Sampling and Assessment Rockville 2003 Disponiacutevel em lthttpwwwfdagovCDERGUIDANCE5831dfthtmgt Acesso em 12 nov 2007

FDA ndash Food and Drug Administration - Division of Manufacturing and Product Quality (HFN-320) Center for Drugs and Biologics Guidelines on general principles of process validation Rockville 1987 Disponiacutevel em lthttpwwwfdagovCDERGUIDANCEpvhtmgt Acesso em 12 nov 2007

GUAZZARONI M YIIN B YU JL Application of total organic carbon analysis for cleaning validation in pharmaceutical manufacturing American Biotechnology Laboratory v 16 n 10 p 66-67 1998

HAIDER S I Validation standard operating procedures a step-by-step guide for achieving compliance in the pharmaceutical medical device and biotech industries 2 ed Boca Raton CRC 2002

43

HELLE M R YLIRUUSI J MANNERMAA J P A literature review of pharmaceutical process validation Pharmaceutical Technology Europe Part 3 v15 p 52-57 2003

HOFMANN K L Sterile products validation In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 103

JEATER J P CULLEN L F PAPARIELLO GJ Organizing for validation In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 9

JOHNSON W M Validation of water system for sterile and nonsterile products In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 299 - 317

KIEFFER RG Validation and the human element PDA Journal of Pharmaceutical Science and Technology v52 n2 p52-54 1998

LE HIR A Noccedilotildees de farmaacutecia galecircnica 6 ed Satildeo Paulo Organizaccedilatildeo Andrei 1997 p 137-138

LeBLANC D A Establishing scientifically justified acceptance criteria for cleaning validation of finished drug products Pharmaceutical Technology 1998 Disponiacutevel em ltwwwadvanstarcomgt Acesso em 30 set 2007

LOFTUS B T The Regulatory basis for process In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 2 - 32

LORD SV MCCARTHY T ALEEM H ZHAO Y SHARRATT P N Reinterpreting validation Proceedings of the Institution of Mechanical Engineers Part E Process Mechanical Engineering v 217 p287- 292 2003

MCCOLMICK P Y CULLEN L F Cleaning validation In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 319 - 322

NASH R A Introduction In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993

44

PICS - Pharmaceutical Inspection Convention and Pharmaceutical Inspection Co-operation Scheme Recommendations on validation master plan installation and operational qualification non-sterile process validation cleaning validation Genebra 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwnewwayzconzrefmaterialpics_pi006_2VMPpdfgt Acesso em 30 set 2007

TKA WASSERAUFBEREITUNGSSYSTEME GMBH Operating instructions TKA LAB ndash UPW Article ndeg 083007-SO Niederelbert 2001

WHO ndash World Health Organization Suplementary guidelines on good manufacturing practices (GMP) validation Genebra 2005 p 22-23 Disponiacutevel em lthttpwwwwhointmedicinesservicesexpertcommitteespharmprepValidation_QAS_055_Rev2combinedpdfgtAcesso em Acesso em 30 set 2007

WHO ndash World Health Organization Supplementary training modules on good manufacturing practice water for pharmaceutical use Part 1 introduction and treatment Genebra 2001 Disponiacutevel em ltftpftpwhointmedicinesGMPgmptrainsuplmtWater01pptgt Acesso em 30 set 2007

WHO ndash World Health Organization Supplementary training modules on good manufacturing practice water for pharmaceutical use Part 2 water purification engineering Genebra 2001 Disponiacutevel em ltftpftpwhointmedicinesGMPgmptrainsuplmtWater02pptgt Acesso em 30 set 2007

WHO ndash World Health Organization Supplementary training modules on good manufacturing practice water for pharmaceutical use Part 3 inspection of water systems Genebra 2001 Disponiacutevel em ltftpftpwhointmedicinesGMPgmptrainsuplmtWater03pptgt Acesso em 30 set 2007

WHO ndash World Health Organization Who good manufacturing practices water for pharmaceutical use Genebra 2005 (Technical Report Series n 929 Anexo 3)

WHO ndash World Health Organization Who Expert Committee on specifications for pharmaceutical preparations Genebra 2006 p 125 ndash 126 (Technical Report Series n 937 Anexo 4 Apecircndice II) Disponiacutevel em lthttpwhqlibdocwhointtrsWHO_TRS_937_engpdfpage=359gt Acesso em 01 dez 2007

  • Outras definiccedilotildees semelhantes a essas existem e muito embora as expressotildees variem a essecircncia de todas eacute a mesma assegurar que o processo quando operado sob as condiccedilotildees preacute-determinadas resultaraacute em um produto que reuniraacute as especificaccedilotildees e seus
Page 18: VALIDAÇÃO DE PROCESSOS: Aspectos teóricos e proposição de

18

quatro a seis meses de monitoramento a fim de verificar a robustez do sistema Na

etapa subsequumlente realizam-se testes com o sistema operando em sua normalidade

durante o periacuteodo de no miacutenimo um ano assim constata-se que o sistema produz aacutegua

dentro das especificaccedilotildees independentemente da sazonalidade microbioloacutegica Como

nesta abordagem o sistema opera sob ldquocondiccedilatildeo de estresserdquo na etapa inicial natildeo eacute

indicada a conduccedilatildeo de uma validaccedilatildeo concorrente tendo em vista o risco associado de

natildeo conformidade da aacutegua produzida pelo sistema

O sistema de purificaccedilatildeo de aacuteguas a ser validado seraacute o instalado na Central de

Aacuteguas da Faculdade de Farmaacutecia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul

(UFRGS) Devido agrave necessidade de se realizar uma validaccedilatildeo concorrente pois o

sistema jaacute se encontra instalado e em operaccedilatildeo optou-se por seguir as diretrizes da

Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (WHO 2005 WHO 2006) que se aplicam mais ao

caso aleacutem de ser mais atual A seguir eacute apresentado o protocolo de validaccedilatildeo do

Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacuteguas

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

ASSUNTO Protocolo de Validaccedilatildeo do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

I Objetivo

O objetivo da Validaccedilatildeo do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacuteguas eacute demonstrar que a

aacutegua fornecida pelo sistema atende agraves especificaccedilotildees (quiacutemicas e microbioloacutegicas) para

utilizaccedilatildeo nos laboratoacuterios da Faculdade de Farmaacutecia da UFRGS para a realizaccedilatildeo de

experimentos As especificaccedilotildees seratildeo as descritas na Farmacopeacuteia Brasileira uma vez

que esta constitui o compecircndio oficial brasileiro aleacutem de determinar um maior nuacutemero

de anaacutelises quiacutemicas em relaccedilatildeo aos compecircndios internacionais

II Descriccedilatildeo do Sistema de aacutegua

O sistema de purificaccedilatildeo de aacuteguas a ser validado estaacute instalado na Central de

Aacuteguas da Faculdade de Farmaacutecia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul

(UFRGS) A aacutegua de alimentaccedilatildeo eacute proveniente do sistema de tratamento de aacutegua

clorada da rede municipal (aacutegua de superfiacutecie) A aacutegua entatildeo passa para dois

reservatoacuterios de 5000 litros e segue por gravidade ateacute a Central de Aacuteguas

II1 Sistema de preacute-tratamento

A aacutegua proveniente dos reservatoacuterios de aacutegua passa para a secccedilatildeo de preacute-

tratamento que eacute composta dos meios filtrantes descritos abaixo em carcaccedilas de

polipropileno

a) Filtro retrolavaacutevel com redutor de pressatildeo

b) Filtro de porosidade 5microm com carvatildeo ativado com manocircmetro

c) Filtro de polipropileno de porosidade 1microm com manocircmetro

A filtraccedilatildeo atraveacutes destes filtros tem por objetivo alimentar o sistema de osmose

reversa com aacutegua potaacutevel que necessita do seguinte preacute-tratamento

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Tabela 1 Paracircmetros da aacutegua provinda do sistema de preacute-tratamento

Paracircmetro Especificaccedilatildeo ou limite de aceitaccedilatildeo

Preacute-filtragem 5microm e carvatildeo ativado

Iacutendice de silte Maacuteximo 3

Teor Salino Maacuteximo 2000 mgL

Teor de Cl lt001 mgl

Teor de Mg lt005 mgl

Teor de Feacute lt005 mgl

Gama do valor de pH 4 ndash 11

Remoccedilatildeo de 99 de bacteacuterias e partiacuteculas -

II2 Sistema de Tratamento por Osmose Reversa

A secccedilatildeo de tratamento eacute composta por um sistema de purificaccedilatildeo de aacuteguas

atraveacutes de osmose reversa (OR) modelo TKA LAB-UPW do fabricante TKA (ArtNdeg

083007-SO)

II3 Sistema de Armazenamento

A aacutegua tratada pelo sistema de Osmose Reversa (OR) eacute armazenada em um

tanque de 75 L incluindo torneira de extraccedilatildeo por onde a aacutegua purificada eacute coletada O

armazenamento e coleta da aacutegua purificada ocorrem agrave temperatura ambiente A aacutegua

purificada permanece no tanque de armazenamento por no maacuteximo vinte minutos a cada

vinte minutos a bomba de recirculaccedilatildeo eacute acionada e recircula a aacutegua no tanque

conduzindo-a pela lacircmpada de oxidaccedilatildeo UV e pelo jogo de cartuchos deionizadores

A Figura 1 apresenta os componentes do sistema de Osmose Reversa (OR) e do

sistema de armazenamento e suas especificaccedilotildees

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Figura 1 Desenho esquemaacutetico do sistema de osmose reversa e do sistema de

armazenamento 1- Vaacutelvula solenoacuteide da aacutegua de alimentaccedilatildeo (Art Ndeg 150003) 2-

Bomba auxiliar com transformador (Art Ndeg 190046) 3- Moacutedulo de osmose reversa

composto por Carcaccedila 1812 (Art Ndeg 220047) e Membrana de osmose reversa 1812

(Art Ndeg 220046) 4- Vaacutelvula reguladora de pressatildeo (Art Ndeg 150060) 5- Vaacutelvula

solenoacuteide de enxaguamento por jato de aacutegua (Art Ndeg 150003) 6- Ceacutelula medidora de

condutividade (apoacutes agrave OR) (Art Ndeg 160126) 7- Foto-oxidaccedilatildeo de UV (Art Ndeg

250011) 8- Conjunto de deionizaccedilatildeo composto por Carcaccedila de filtro (Art Ndeg 065310)

e Jogo de cartuchos permutador de iacuteons e resina de adsorccedilatildeo (Art Ndeg 093011) 9-

Ceacutelula de mediccedilatildeo de condutividade da aacutegua purificada (Art Ndeg 160126) 10- Tanque

de 75 litros incluindo jogo de montagem na parede (Art Ndeg 065075) 11- Bomba de

recirculaccedilatildeo (Art Ndeg 190028) 12- Vaacutelvula de controle (Art Ndeg 150009) 13- Controle

por microprocessador (Art Ndeg 160181) 14- Entrada de aacutegua provinda do sistema de

preacute-tratamento 15- Saiacuteda da aacutegua purificada Torneira de extraccedilatildeo 16- Saiacuteda frac34rdquo do

concentrado

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

II4 Princiacutepio de Funcionamento do Sistema de Osmose Reversa

A aacutegua de alimentaccedilatildeo provinda do sistema de preacute-tratamento entra no sistema

com pressatildeo maacutexima de 6 Bar A vaacutelvula solenoacuteide da aacutegua de alimentaccedilatildeo (Figura 1-1)

permanece fechada quando o sistema estaacute no modo de espera ou parado para impedir

que a aacutegua de alimentaccedilatildeo passe pela membrana e transborde no tanque de

armazenamento A membrana semi-permeaacutevel (Figura 1-3) reteacutem 96 dos sais

dissolvidos e 99 das bacteacuterias e dos soacutelidos suspensos na aacutegua de alimentaccedilatildeo A aacutegua

purificada passa agora atraveacutes das fases de tratamento duplo (Figura 1- 7 e 8) e eacute

recolhida no tanque de armazenamento (Figura 1-10) Os sais e outros elementos

rejeitados satildeo eliminados do sistema atraveacutes do fluxo do ldquoconcentradordquo A ceacutelula

medidora da condutividade (Figura 1-6) mede a condutividade da aacutegua purificada (apoacutes

os jogos de cartuchos (Figura 1-7 e 8) o que eacute visualizado no menu de controle do

microprocessador (Figura 1-13) A bomba de recirculaccedilatildeo (Figura 1-11) eacute acionada a

cada a cada vinte minutos e recircula a aacutegua no tanque conduzindo-a pela lacircmpada de

oxidaccedilatildeo UV (Figura 1- 7) e pelo jogo de cartuchos deionizadores (Figura 1-8)

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Um desenho de montagem do sistema de tratamento completo segue na Figura 2

Figura 2 Desenho esquemaacutetico do Sistema de Purificaccedilatildeo de aacuteguas e suas

especificaccedilotildees 1- Aacutegua de alimentaccedilatildeo conexatildeo frac34rdquo (pressatildeo miacutenima 2 bar) 2- Filtro retrolavaacutevel (Art Ndeg 115999) 21- Redutor de pressatildeo (Art Ndeg 115998) 3- Preacute-filtro de 5microm + carvatildeo ativado (Art Ndeg 065201) com um manocircmetro (Art Ndeg 065311) 4-

Filtro de polipropileno de porosidade 1 microm (Art Ndeg 065101) com um manocircmetro (Art Ndeg 065311) 5- Equipamento de Osmose reversa TKA-HPW 220V ndash 100W (Art Ndeg 083007-SO) 6- Tanque de armazenamento de capacidade 75 L (Art Ndeg 115996) 7- Kit de instalaccedilatildeo (Art Ndeg 115994) 8- Caixa de aacutegua de 5000 L 9- Rede puacuteblica de

abastecimento

Caixa drsquoaacutegua (8)

Rede Puacuteblica (9)

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

III Qualificaccedilatildeo da Instalaccedilatildeo (IQ)

A fase da Qualificaccedilatildeo da Instalaccedilatildeo (IQ) estaacute associada agrave verificaccedilatildeo da

instalaccedilatildeo dos equipamentos de acordo com as especificaccedilotildees do fabricante aleacutem da

calibraccedilatildeo dos instrumentos e o estabelecimento de um programa de manutenccedilatildeo

preventiva (Johnson 1993) A Tabela 2 apresenta as especificaccedilotildees do sistema de

purificaccedilatildeo de aacuteguas e as accedilotildees que se fazem necessaacuterias para efetuar a qualificaccedilatildeo

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Tabela 2 Especificaccedilotildees fornecidas pelo fabricante e atividade a ser realizada para qualificar a instalaccedilatildeo

Especificaccedilatildeo Paracircmetro especificado em manual

Atividade a ser realizada para qualificar a

instalaccedilatildeo Tensatildeo Eleacutetrica 127220V 60Hz Registro de Calibraccedilatildeo do

estabilizador Potecircncia Eleacutetrica 01 Kw Verificaccedilatildeo e registro Temperatura ambiente +2degc a +35degC Registro do

monitoramento da temperatura

Pressatildeo do permeado 0 bar Verificaccedilatildeo e registro Pressatildeo operacional 6 bar maacutex Registro da verificaccedilatildeo da

pressatildeo da aacutegua de alimentaccedilatildeo

Temperatura de alimentaccedilatildeo +1degC a +30degC Registro da verificaccedilatildeo de temperatura

Pressatildeo da aacutegua de alimentaccedilatildeo

2 a 6 bar Registro da verificaccedilatildeo da pressatildeo da aacutegua de

alimentaccedilatildeo Calibraccedilatildeo dos controles ao longo do processo

Condutiviacutemetro e manocircmetro

Registro das calibraccedilotildees realizadas

Treinamento dos Operadores -- Realizaccedilatildeo e registro de treinamento

Programa de Manutenccedilatildeo Preventiva

Enxaacuteguumle e desinfecccedilatildeo dos tanques de

estocagem tubulaccedilotildees e carcaccedilas (anualmente)

Elaboraccedilatildeo do POP de enxaacuteguumle e desinfecccedilatildeo

Capacidade de carga das

paredes ou chatildeo

-- Registros da verificaccedilatildeo da instalaccedilatildeo

Tubulaccedilatildeo de Drenagem de

112rdquo livre para o esgoto -- Registro da verificaccedilatildeo da

Instalaccedilatildeo

Espaccedilo de trabalho suficiente -- 64 m2

Conexatildeo aacutegua de alimentaccedilatildeo

de frac34rdquo(com registro)

-- Registro da verificaccedilatildeo da instalaccedilatildeo

Ponto de Coleta do sistema de

preacute-tratamento -- Instalaccedilatildeo de registro na

entrada da aacutegua provinda do preacute-tratamento

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

IV Qualificaccedilatildeo da Operaccedilatildeo (OQ)

Esta etapa estaacute relacionada agrave garantia de que cada componente esteja

funcionando de acordo com o especificado As accedilotildees a serem realizadas na fase de

qualificaccedilatildeo da operaccedilatildeo seguem na tabela 3

Tabela 3 Accedilotildees a serem realizadas na fase de Qualificaccedilatildeo da Operaccedilatildeo (Johnson 1993)

Accedilatildeo Atividade a ser realizada 1 Preencher o sistema com aacutegua e reparar

quaisquer fugas e substituir vaacutelvulas ou vedaccedilotildees defeituosas

Verificaccedilatildeo de vazamentos e registro da realizaccedilatildeo de manutenccedilatildeo por pessoal autorizado

2 Verificar o bom funcionamento das vaacutelvulas e controles ao longo do processo

Calibraccedilatildeo dos Manocircmetros e Condutiviacutemetro do tanque de armazenamento

3 Registrar a realizaccedilatildeo da sanitizaccedilatildeo da caixa de aacutegua e da distribuiccedilatildeo do sistema

Realizaccedilatildeo da Sanitizaccedilatildeo e seu Registro

4 Elaboraccedilatildeo de POPs que descrevem os procedimentos de ligar desligar e sanitizar os equipamentos e o sistema

Seguem em anexo B

5 Verificaccedilatildeo da variaccedilatildeo da vazatildeo de aacutegua em comparaccedilatildeo as especificaccedilotildees do fornecedor

Protocolo de Serviccedilo (PS001) Anexo C

6 Avaliar a produccedilatildeo nominal do sistema 7 Lh a 15degC 7 Avaliar a eficiecircncia do sistema de preacute-

tratamento Atraveacutes da Fase 1 de validaccedilatildeo se avaliaraacute a eficiecircncia do sistema de preacute-tratamento

V Process validation (PV)

Apoacutes a realizaccedilatildeo das trecircs primeiras qualificaccedilotildees seraacute necessaacuterio realizar testes

que comprovem que o sistema realiza a purificaccedilatildeo da aacutegua da maneira a que se propotildee

Para realizar essa tarefa como descrito anteriormente segue-se a abordagem da

Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (WHO 2005) que determina trecircs fases para a validaccedilatildeo

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

V1 Plano de amostragem

V11 Pontos de amostragem

A tabela 4 descreve os pontos de coleta sua localizaccedilatildeo e a especificaccedilatildeo do tipo

de aacutegua

Tabela 4 Pontos de validaccedilatildeo localizaccedilatildeo e suas especificaccedilotildees de avaliaccedilatildeo Nuacutemero Local Tipo de aacutegua

1 Entrada do sistema de purificaccedilatildeo de aacutegua (torneira da pia)

Aacutegua potaacutevel

2 Aacutegua de alimentaccedilatildeo da osmose reversa Aacutegua potaacutevel natildeo clorada

3 Ponto de coleta da aacutegua purificada Aacutegua purificada

V12 Testes Requeridos e Criteacuterio de Aceitaccedilatildeo

Os testes requeridos e seus criteacuterios de aceitaccedilatildeo estatildeo descritos nas tabelas 4 e

5 Os testes para Aacutegua Purificada seratildeo realizados de acordo com a Farmacopeacuteia

Brasileira 4ordf ediccedilatildeo (F Bras IV 2005) e para aacutegua potaacutevel de acordo com os limites

estabelecidos na Portaria 51804 do Ministeacuterio da Sauacutede

V121 Aacutegua Potaacutevel

Tabela 5 Criteacuterios de Aceitaccedilatildeo para aacutegua potaacutevel Testes Microbioloacutegicos Especificaccedilatildeo Contagem Heterotroacutefica Total le 500UFCMl Patoacutegenos Ausecircncia de Coliformes Testes Quiacutemicos Especificaccedilatildeo Cor lt 15 UH Cloro 02 a 05 ppm pH 60 a 95 Turbidez lt 5UT Unidade Hazen (mg Pt-CoL) Unidade de turbidez

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

V122 Aacutegua Purificada

Tabela 6 Criteacuterios de Aceitaccedilatildeo para aacutegua purificada Testes Microbioloacutegicos Especificaccedilatildeo Contagem Heterotroacutefica Total le 100UFCmL Patoacutegenos Ausecircncia de coliformes P aeruginosa S

aureus e E Coli termotolerantes Testes Quiacutemicos Especificaccedilatildeo Acidez ou Alcalinidade Cumpre o Teste Amocircnio No maacuteximo 02 ppm Aparecircncia Liacutequido incolor liacutempido insiacutepido e

inodoro Caacutelcio e Magneacutesio Cumpre o Teste Cloretos Cumpre o Teste Condutividade No maacuteximo 21 microScm Metais Pesados No maacuteximo 01 ppm Nitratos No maacuteximo 02 ppm pH 5 -7 Resiacuteduo por evaporaccedilatildeo No maacuteximo 0001 Substacircncias Oxidaacuteveis Cumpre o Teste Sulfatos Cumpre o Teste Os testes seratildeo realizados de acordo com a Farmacopeacuteia Brasileira 4ordf ediccedilatildeo (F Bras IV 2005)

V13 Cronograma de Amostragem

Para a Fase 1 da validaccedilatildeo seratildeo realizados testes quiacutemicos e bioloacutegicos para

todos os pontos de amostragem durante trecircs semanas em trecircs periacuteodos de cinco dias

Apoacutes a conclusatildeo satisfatoacuteria dessa fase se realizaraacute a Fase 2 de validaccedilatildeo fase em que

a aacutegua produzida pode ser utilizada Nesta fase deve-se realizar novamente e

diariamente todos os testes quiacutemicos e bioloacutegicos para todos os pontos de amostragem

durante quatro semanas em quatro periacuteodos de cinco dias Para a Fase 3 de validaccedilatildeo

seratildeo realizados os mesmos testes quiacutemicos e microbioloacutegicos para todos os pontos de

amostragem semanalmente durante um ano O cronograma dos pontos de amostragem

segue na tabela 7

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Tabela 7 Cronograma de validaccedilatildeo

Fase de

Validaccedilatildeo

Ponto de

Amostragem

Periacuteodo de

Anaacutelise

Frequumlecircncia de

Anaacutelise

Tipo de Testes

a Realizar

1 1 2 Semanas Trecircs periacuteodos de

5 dias

Aacutegua Potaacutevel

1 2 2 Semanas Trecircs periacuteodos de 5 dias

Aacutegua potaacutevel

natildeo clorada

1 3 2 Semanas Trecircs periacuteodos de 5 dias

Aacutegua

Purificada

2 1 3 Semanas Quatro periacuteodos

de 5 dias

Aacutegua Potaacutevel

2 2 3 Semanas Quatro periacuteodos

de 5 dias

Aacutegua potaacutevel

natildeo clorada

2 3 3 Semanas Quatro periacuteodos

de 5 dias

Aacutegua

Purificada

3 1 1 Ano Semanal Aacutegua Potaacutevel

3 2 1 Ano Semanal Aacutegua potaacutevel

natildeo clorada

3 3 1 Ano Semanal Aacutegua

Purificada

V2 Fase 1

Periacuteodo de testes de trecircs semanas em trecircs periacuteodos de cinco dias para

monitoramento do sistema intensivamente durante este periacuteodo o sistema deve operar

continuamente sem falhas ou desvios de qualidade

Para essa fase seratildeo realizados os seguintes testes

bull Realizar testes quiacutemicos e microbioloacutegicos de acordo o plano de amostragem

bull Desenvolver faixas de operaccedilatildeo adequadas

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

bull Desenvolver e finalizar procedimentos de operaccedilotildees limpeza desinfecccedilatildeo e

manutenccedilatildeo

bull Demonstrar a produccedilatildeo e entrega da aacutegua na qualidade e quantidade exigida

bull Usar e aperfeiccediloar os POPs de operaccedilatildeo (ver anexo) manutenccedilatildeo desinfecccedilatildeo e

soluccedilatildeo de problemas

bull Verificar alertas provisoacuterios e accedilotildees de niacuteveis

bull Desenvolver e refinar procedimentos de testes de natildeo conformidade

V3 Fase 2

Outro periacuteodo de testes de quatro semanas em quatro periacuteodos de cinco dias a

ser realizado de maneira mais intensiva atraveacutes de um acompanhamento dos POPs

aperfeiccediloados apoacutes a conclusatildeo da Fase 1 O sistema de amostragem eacute idecircntico ao da

fase inicial e aacutegua pode ser utilizada para a fabricaccedilatildeo durante essa fase O sistema

deve

bull Demonstrar a produccedilatildeo e entrega da aacutegua na qualidade e quantidade exigida

quando o sistema eacute operado de acordo com os POPs

bull Demonstrar que o sistema estaacute sob controle

V4 Fase 3

Esta fase seraacute executada por no miacutenimo um ano apoacutes a conclusatildeo satisfatoacuteria da

fase dois a aacutegua pode ser usada para a fabricaccedilatildeo durante esta fase produccedilatildeo que tem os

devidos fins e caracteriacutesticas

bull Demonstrar que o sistema estaacute sob controle durante um longo periacuteodo de tempo

garantindo que as variaccedilotildees sazonais foram avaliadas

bull Locais de amostra frequumlecircncia de amostras e testes devem ser reduzido ao padratildeo

de rotina normal (semanalmente)

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

POP ndeg001 Versatildeo 06112007 Validade 06112008 Paacutegina 14

Procedimento Operacional Padratildeo 001

Instruccedilotildees de Uso do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

1 Objetivo Orientar a operaccedilatildeo do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

2 Aplicaccedilatildeo Ao pessoal responsaacutevel pela operaccedilatildeo e monitoramento do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

3 Materiais Necessaacuterios Protocolo de Serviccedilo (PS 001) Protocolo de Manutenccedilatildeo (PM 001) Protocolo de Produccedilatildeo de Aacutegua Purificada (PP 001)

4 Cuidados Especiais Verificar se o aparelho estaacute limpo e adequado a sua utilizaccedilatildeo Verificar a temperatura e umidade do ambiente Verificar a temperatura da aacutegua de alimentaccedilatildeo Verificar a pressatildeo da aacutegua de alimentaccedilatildeo

5 Procedimento 51 Ligar o Disjuntor (A) que alimenta a Central de Aacuteguas

A

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

POP ndeg001 Versatildeo 06112007 Validade 06112008 Paacutegina 24

Procedimento Operacional Padratildeo 001

Instruccedilotildees de Uso do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

52 Ligar o Estabilizador (B) de energia que alimenta o aparelho de Osmose Reversa

53 Abrir o registro (C) da aacutegua de alimentaccedilatildeo

54 Verificar os paracircmetros do item Cuidados Especiais e anotaacute-los no Protocolo de Serviccedilo

(PS 001)

B

C

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

POP ndeg001 Versatildeo 06112007 Validade 06112008 Paacutegina 34

Procedimento Operacional Padratildeo 001

Instruccedilotildees de Uso do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

55 Acionar a tecla ONOFF (1)

56 Visualizar no display (2) ldquoCleaningrdquo - referente agrave operaccedilatildeo do sistema de enxaacutegue que

entra automaticamente em operaccedilatildeo 57 Visualizar no display (2) ldquoProductionrdquo (produccedilatildeo) - referente agrave operaccedilatildeo do sistema de

Osmose Reversa 58 Apoacutes 2 minutos de produccedilatildeo acionar a tecla MENU (3) duas vezes para verificar a

condutividade da aacutegua de produccedilatildeo Caso visualize a mensagem ldquoError-CPrdquo paacutere a produccedilatildeo e despreze a aacutegua do tanque abrindo o registro do ponto de coleta de aacutegua purificada (D)

59 Quando o tanque de armazenamento estiver cheio ocorreraacute outro enxaacuteguumle automaacutetico e

no display (2) apareceraacute a mensagem ldquoCleaningrdquo 510 Completando-se este ciclo o aparelho entra em modo de operaccedilatildeo ldquoStand byrdquo sendo

visualizado no display (2) a mesma mensagem ldquoStand byrdquo

1

2

3

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

POP ndeg001 Versatildeo 06112007 Validade 06112008 Paacutegina 44

Procedimento Operacional Padratildeo 001

Instruccedilotildees de Uso do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

511 Retire a Aacutegua Purificada do tanque de armazenamento abrindo o registro do Ponto de Coleta (D)

512 Ao final da produccedilatildeo acionar a tecla ONOFF (1) desligar o Estabilizador de energia (B)

e fechar o registro da aacutegua de alimentaccedilatildeo (C) e o disjuntor da Central de Aacuteguas (A) 513 Anotar o valor final produzido no Protocolo de Produccedilatildeo de Aacutegua Purificada

6 Observaccedilotildees Limpeza Mensal Manutenccedilatildeo Realizada pelo fabricante sempre que constatado que fora dos paracircmetros

D

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

Protocolo ndeg001 Versatildeo 06112007 Validade 06112008

Protocolo de Serviccedilo (PS 001)

Protocolo de Verificaccedilatildeo dos Paracircmetros do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

Data Temp Ambiente

(degC)

Umidade ()

Temp Aacutegua de

Alimentaccedilatildeo (degC)

Pressatildeo Aacutegua de

Alimentaccedilatildeo (bar)

Condutividade da aacutegua Produzida (microScm)

Responsaacutevel

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash

RS Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

Protocolo ndeg002 Versatildeo 06112007 Validade 06112008

Protocolo de Manutenccedilatildeo (PM 001)

Protocolo de Verificaccedilatildeo da Manutenccedilatildeo do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

Tipo de Sistema

Nuacutemero de Identificaccedilatildeo

Ano de Fabricaccedilatildeo

Data Dureza da aacutegua de

alimentaccedilatildeo (degdH)

Pressatildeo de operaccedilatildeo

(bar)

Taxa de Permeado

(Lh)

Uacuteltima Troca de Preacute-filtro

Uacuteltima troca de Fosfato

Uacuteltima limpeza

desinfecccedilatildeo

Ass

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash

RS Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

Protocolo ndeg003 Versatildeo 06112007 Validade 06112008

Protocolo de Produccedilatildeo (PP 001)

Protocolo de Produccedilatildeo de Aacutegua Purificada

Data Produccedilatildeo Diaacuteria Responsaacutevel

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash

RS Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

Protocolo ndeg004 Versatildeo 06112007 Validade 06112008

Resultados da Validaccedilatildeo do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

Aacutegua Purificada

DATA

PONTO DE COLETA

Testes Microbioloacutegicos

Especificaccedilatildeo ____ ____ ____ ____ ____

Contagem Heterotroacutefica Total

le 100UFCmL

Patoacutegenos Ausecircncia de coliformes P aeruginosa S aureus

Testes Quiacutemicos Especificaccedilatildeo ____ ____ ____ ____ ____ Acidez ou Alcalinidade

Cumpre o Teste

Amocircnio No maacuteximo 02 ppm Aparecircncia Liacutequido incolor liacutempido

insiacutepido e inodoro

Caacutelcio e Magneacutesio Cumpre o Teste Cloretos Cumpre o Teste Condutividade No maacuteximo 21 microScm Metais Pesado No maacuteximo 01 ppm Nitratos No maacuteximo 02 ppm pH 5 -7 Resiacuteduo por evaporaccedilatildeo

No maacuteximo 0001

Substacircncias Oxidaacuteveis Cumpre o Teste Sulfatos Cumpre o Teste Os testes seratildeo realizados de acordo com a Farmacopeacuteia Brasileira 4ordf ediccedilatildeo (F Bras IV 2005)

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash

RS Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

Protocolo ndeg 005 Versatildeo 06112007 Validade 06112008

Resultados da Validaccedilatildeo do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua Aacutegua Potaacutevel

Data

Ponto de

Coleta

Especificaccedilotildees Anaacutelise Quiacutemica Anaacutelise Microbioloacutegica

Cloro pH Cor

Turbidez Contagem Heterotroacutefica

Total

Patoacutegenos

02 ndash 05 ppm

60 ndash 95 15 UH 5 UT

lt 500 UFCmL Ausecircncia de coliformes

Unidade Hazen (mg Pt-CoL)

Unidade de turbidez

40

4 Consideraccedilotildees finais e perspectivas

Ao longo do tempo a importacircncia da validaccedilatildeo de processos para a Garantia da

Qualidade foi sendo melhor compreendida pelo segmento farmacecircutico e com isso foi

contemplada pelos oacutergatildeos reguladores e aplicada pelos profissionais deste segmento

Se a validaccedilatildeo estaacute bem definida e eacute amplamente compreendida como pocircde ser

observado pelo nuacutemero de trabalhos e legislaccedilotildees revisados neste trabalho um dos

desafios que se apresentam atualmente consiste em ampliar o entendimento de como

realizaacute-la na praacutetica A proposiccedilatildeo de um protocolo para a validaccedilatildeo de um processo de

purificaccedilatildeo de aacutegua teve como um de seus objetivos exemplificar esta tarefa e assim

auxiliar na elaboraccedilatildeo de outros protocolos Assim como perspectiva deste trabalho

espera-se fornecer subsiacutedio agrave validaccedilatildeo de outros processos farmacecircuticos de

purificaccedilatildeo de aacutegua ou mesmo outros

Isto porque embora cada processo possua aspectos especiacuteficos os quais devem

ser cuidadosamente avaliados durante a validaccedilatildeo o entendimento e aplicaccedilatildeo

adequados da terminologia relacionada agrave validaccedilatildeo auxiliam na conduccedilatildeo de uma

validaccedilatildeo adequada e bem documentada

41

5 Referecircncias

ALEEM H ZHAO Y LORD S MCCARTHY T SHARRATT P N Pharmaceutical process validation an overview Proceedings of the Institution of Mechanical Engineers Part E Process Mechanical Engineering v 217 p141 ndash 150 2002

ALENCAR J R B Pinto P M D V Neto P P V Oliveira A T C Medeiros F P M Ramos S V V Rolim P J N Strategy in pharmaceutical process validation of purified water Revista Brasileira de Farmaacutecia v 85 n3 p85-88 2004a ALENCAR JRB Souza M B J Rolim P J N Lopes C E Uso de controle estatiacutestico de processo (CEP) para validaccedilatildeo de processo de glibenclamida comprimidos Revista Brasileira de Farmaacutecia v85 n3 p115-119 2004b

ALENCAR J R B CLEMENTINO M R A ROLIM P J N Cleaning validation of equipments in medicines industry strategy to select the ldquoworst caserdquo Revista Brasileira de Farmaacutecia v87 n 1 p13-18 2006

ANVISA ndash Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria Gerecircncia Geral de Inspeccedilatildeo e Controle de Medicamentos e Produtos Guias relacionados agrave garantia de qualidade Brasiacutelia 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwanvisagovbrinspecaoguias_qualidadepdfgt Acesso em 12 nov 2007

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria (ANVISA) Resoluccedilatildeo RDC nordm 210 de 04082003 DOU de 14082003 Disponiacutevel em lthttpe-legisanvisagovbrleisrefpublicshowActphpid=22321ampword=gt Acesso em 30 set 2007

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria (ANVISA) Resoluccedilatildeo RDC nordm 67 de 08102007 DOU de 09102007 Disponiacutevel em lthttpe-legisanvisagovbrleisrefpublicshowActphpid=28806ampword= gt Acesso em 30 nov 2007

42

BRASIL Ministeacuterio de Estado da Sauacutede Portaria nordm 518 de 25032004 DOU de 26032004 Disponiacutevel em lthttpe-legisanvisagovbrleisrefpublicshowActphpid=22322ampwordgt Acesso em 30 set 2007

CASTILLA B SENA F J Validation documentation Journal of Validation Technology v7 n 2 p 166-123 2001

DA ROSA PS Diagnoacutestico e avaliaccedilatildeo da qualidade microbioloacutegica da aacutegua na Faculdade de Farmaacutecia Trabalho de Conclusatildeo de Curso de Graduaccedilatildeo Disciplina de Estaacutegio Curricular em Farmaacutecia Faculdade de Farmaacutecia Universidade Federal do Rio Grande do Sul Porto Alegre 2007

EMEA - European Agency for Evaluation of Medicinal Products Note for guidance on process validation London 2001 Disponiacutevel em lthttpwwwemeaeuropaeupdfshumanqwp084896enpdfgt Acesso em 12 nov 2007

FARMACOPEacuteIA BRASILEIRA 4 ed Satildeo Paulo Atheneu 2004 pV224

FARMACOPEacuteIA BRASILEIRA 4 ed Satildeo Paulo Atheneu 2005 Fasciacuteculo 6 p263

FDA ndash Food and Drug Administration - Center for Drug Evaluation and Research (CDER) Guidance for Industry Powder Blends and Finished Dosage Units mdash Stratified In-Process Dosage Unit Sampling and Assessment Rockville 2003 Disponiacutevel em lthttpwwwfdagovCDERGUIDANCE5831dfthtmgt Acesso em 12 nov 2007

FDA ndash Food and Drug Administration - Division of Manufacturing and Product Quality (HFN-320) Center for Drugs and Biologics Guidelines on general principles of process validation Rockville 1987 Disponiacutevel em lthttpwwwfdagovCDERGUIDANCEpvhtmgt Acesso em 12 nov 2007

GUAZZARONI M YIIN B YU JL Application of total organic carbon analysis for cleaning validation in pharmaceutical manufacturing American Biotechnology Laboratory v 16 n 10 p 66-67 1998

HAIDER S I Validation standard operating procedures a step-by-step guide for achieving compliance in the pharmaceutical medical device and biotech industries 2 ed Boca Raton CRC 2002

43

HELLE M R YLIRUUSI J MANNERMAA J P A literature review of pharmaceutical process validation Pharmaceutical Technology Europe Part 3 v15 p 52-57 2003

HOFMANN K L Sterile products validation In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 103

JEATER J P CULLEN L F PAPARIELLO GJ Organizing for validation In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 9

JOHNSON W M Validation of water system for sterile and nonsterile products In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 299 - 317

KIEFFER RG Validation and the human element PDA Journal of Pharmaceutical Science and Technology v52 n2 p52-54 1998

LE HIR A Noccedilotildees de farmaacutecia galecircnica 6 ed Satildeo Paulo Organizaccedilatildeo Andrei 1997 p 137-138

LeBLANC D A Establishing scientifically justified acceptance criteria for cleaning validation of finished drug products Pharmaceutical Technology 1998 Disponiacutevel em ltwwwadvanstarcomgt Acesso em 30 set 2007

LOFTUS B T The Regulatory basis for process In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 2 - 32

LORD SV MCCARTHY T ALEEM H ZHAO Y SHARRATT P N Reinterpreting validation Proceedings of the Institution of Mechanical Engineers Part E Process Mechanical Engineering v 217 p287- 292 2003

MCCOLMICK P Y CULLEN L F Cleaning validation In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 319 - 322

NASH R A Introduction In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993

44

PICS - Pharmaceutical Inspection Convention and Pharmaceutical Inspection Co-operation Scheme Recommendations on validation master plan installation and operational qualification non-sterile process validation cleaning validation Genebra 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwnewwayzconzrefmaterialpics_pi006_2VMPpdfgt Acesso em 30 set 2007

TKA WASSERAUFBEREITUNGSSYSTEME GMBH Operating instructions TKA LAB ndash UPW Article ndeg 083007-SO Niederelbert 2001

WHO ndash World Health Organization Suplementary guidelines on good manufacturing practices (GMP) validation Genebra 2005 p 22-23 Disponiacutevel em lthttpwwwwhointmedicinesservicesexpertcommitteespharmprepValidation_QAS_055_Rev2combinedpdfgtAcesso em Acesso em 30 set 2007

WHO ndash World Health Organization Supplementary training modules on good manufacturing practice water for pharmaceutical use Part 1 introduction and treatment Genebra 2001 Disponiacutevel em ltftpftpwhointmedicinesGMPgmptrainsuplmtWater01pptgt Acesso em 30 set 2007

WHO ndash World Health Organization Supplementary training modules on good manufacturing practice water for pharmaceutical use Part 2 water purification engineering Genebra 2001 Disponiacutevel em ltftpftpwhointmedicinesGMPgmptrainsuplmtWater02pptgt Acesso em 30 set 2007

WHO ndash World Health Organization Supplementary training modules on good manufacturing practice water for pharmaceutical use Part 3 inspection of water systems Genebra 2001 Disponiacutevel em ltftpftpwhointmedicinesGMPgmptrainsuplmtWater03pptgt Acesso em 30 set 2007

WHO ndash World Health Organization Who good manufacturing practices water for pharmaceutical use Genebra 2005 (Technical Report Series n 929 Anexo 3)

WHO ndash World Health Organization Who Expert Committee on specifications for pharmaceutical preparations Genebra 2006 p 125 ndash 126 (Technical Report Series n 937 Anexo 4 Apecircndice II) Disponiacutevel em lthttpwhqlibdocwhointtrsWHO_TRS_937_engpdfpage=359gt Acesso em 01 dez 2007

  • Outras definiccedilotildees semelhantes a essas existem e muito embora as expressotildees variem a essecircncia de todas eacute a mesma assegurar que o processo quando operado sob as condiccedilotildees preacute-determinadas resultaraacute em um produto que reuniraacute as especificaccedilotildees e seus
Page 19: VALIDAÇÃO DE PROCESSOS: Aspectos teóricos e proposição de

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

ASSUNTO Protocolo de Validaccedilatildeo do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

I Objetivo

O objetivo da Validaccedilatildeo do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacuteguas eacute demonstrar que a

aacutegua fornecida pelo sistema atende agraves especificaccedilotildees (quiacutemicas e microbioloacutegicas) para

utilizaccedilatildeo nos laboratoacuterios da Faculdade de Farmaacutecia da UFRGS para a realizaccedilatildeo de

experimentos As especificaccedilotildees seratildeo as descritas na Farmacopeacuteia Brasileira uma vez

que esta constitui o compecircndio oficial brasileiro aleacutem de determinar um maior nuacutemero

de anaacutelises quiacutemicas em relaccedilatildeo aos compecircndios internacionais

II Descriccedilatildeo do Sistema de aacutegua

O sistema de purificaccedilatildeo de aacuteguas a ser validado estaacute instalado na Central de

Aacuteguas da Faculdade de Farmaacutecia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul

(UFRGS) A aacutegua de alimentaccedilatildeo eacute proveniente do sistema de tratamento de aacutegua

clorada da rede municipal (aacutegua de superfiacutecie) A aacutegua entatildeo passa para dois

reservatoacuterios de 5000 litros e segue por gravidade ateacute a Central de Aacuteguas

II1 Sistema de preacute-tratamento

A aacutegua proveniente dos reservatoacuterios de aacutegua passa para a secccedilatildeo de preacute-

tratamento que eacute composta dos meios filtrantes descritos abaixo em carcaccedilas de

polipropileno

a) Filtro retrolavaacutevel com redutor de pressatildeo

b) Filtro de porosidade 5microm com carvatildeo ativado com manocircmetro

c) Filtro de polipropileno de porosidade 1microm com manocircmetro

A filtraccedilatildeo atraveacutes destes filtros tem por objetivo alimentar o sistema de osmose

reversa com aacutegua potaacutevel que necessita do seguinte preacute-tratamento

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Tabela 1 Paracircmetros da aacutegua provinda do sistema de preacute-tratamento

Paracircmetro Especificaccedilatildeo ou limite de aceitaccedilatildeo

Preacute-filtragem 5microm e carvatildeo ativado

Iacutendice de silte Maacuteximo 3

Teor Salino Maacuteximo 2000 mgL

Teor de Cl lt001 mgl

Teor de Mg lt005 mgl

Teor de Feacute lt005 mgl

Gama do valor de pH 4 ndash 11

Remoccedilatildeo de 99 de bacteacuterias e partiacuteculas -

II2 Sistema de Tratamento por Osmose Reversa

A secccedilatildeo de tratamento eacute composta por um sistema de purificaccedilatildeo de aacuteguas

atraveacutes de osmose reversa (OR) modelo TKA LAB-UPW do fabricante TKA (ArtNdeg

083007-SO)

II3 Sistema de Armazenamento

A aacutegua tratada pelo sistema de Osmose Reversa (OR) eacute armazenada em um

tanque de 75 L incluindo torneira de extraccedilatildeo por onde a aacutegua purificada eacute coletada O

armazenamento e coleta da aacutegua purificada ocorrem agrave temperatura ambiente A aacutegua

purificada permanece no tanque de armazenamento por no maacuteximo vinte minutos a cada

vinte minutos a bomba de recirculaccedilatildeo eacute acionada e recircula a aacutegua no tanque

conduzindo-a pela lacircmpada de oxidaccedilatildeo UV e pelo jogo de cartuchos deionizadores

A Figura 1 apresenta os componentes do sistema de Osmose Reversa (OR) e do

sistema de armazenamento e suas especificaccedilotildees

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Figura 1 Desenho esquemaacutetico do sistema de osmose reversa e do sistema de

armazenamento 1- Vaacutelvula solenoacuteide da aacutegua de alimentaccedilatildeo (Art Ndeg 150003) 2-

Bomba auxiliar com transformador (Art Ndeg 190046) 3- Moacutedulo de osmose reversa

composto por Carcaccedila 1812 (Art Ndeg 220047) e Membrana de osmose reversa 1812

(Art Ndeg 220046) 4- Vaacutelvula reguladora de pressatildeo (Art Ndeg 150060) 5- Vaacutelvula

solenoacuteide de enxaguamento por jato de aacutegua (Art Ndeg 150003) 6- Ceacutelula medidora de

condutividade (apoacutes agrave OR) (Art Ndeg 160126) 7- Foto-oxidaccedilatildeo de UV (Art Ndeg

250011) 8- Conjunto de deionizaccedilatildeo composto por Carcaccedila de filtro (Art Ndeg 065310)

e Jogo de cartuchos permutador de iacuteons e resina de adsorccedilatildeo (Art Ndeg 093011) 9-

Ceacutelula de mediccedilatildeo de condutividade da aacutegua purificada (Art Ndeg 160126) 10- Tanque

de 75 litros incluindo jogo de montagem na parede (Art Ndeg 065075) 11- Bomba de

recirculaccedilatildeo (Art Ndeg 190028) 12- Vaacutelvula de controle (Art Ndeg 150009) 13- Controle

por microprocessador (Art Ndeg 160181) 14- Entrada de aacutegua provinda do sistema de

preacute-tratamento 15- Saiacuteda da aacutegua purificada Torneira de extraccedilatildeo 16- Saiacuteda frac34rdquo do

concentrado

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

II4 Princiacutepio de Funcionamento do Sistema de Osmose Reversa

A aacutegua de alimentaccedilatildeo provinda do sistema de preacute-tratamento entra no sistema

com pressatildeo maacutexima de 6 Bar A vaacutelvula solenoacuteide da aacutegua de alimentaccedilatildeo (Figura 1-1)

permanece fechada quando o sistema estaacute no modo de espera ou parado para impedir

que a aacutegua de alimentaccedilatildeo passe pela membrana e transborde no tanque de

armazenamento A membrana semi-permeaacutevel (Figura 1-3) reteacutem 96 dos sais

dissolvidos e 99 das bacteacuterias e dos soacutelidos suspensos na aacutegua de alimentaccedilatildeo A aacutegua

purificada passa agora atraveacutes das fases de tratamento duplo (Figura 1- 7 e 8) e eacute

recolhida no tanque de armazenamento (Figura 1-10) Os sais e outros elementos

rejeitados satildeo eliminados do sistema atraveacutes do fluxo do ldquoconcentradordquo A ceacutelula

medidora da condutividade (Figura 1-6) mede a condutividade da aacutegua purificada (apoacutes

os jogos de cartuchos (Figura 1-7 e 8) o que eacute visualizado no menu de controle do

microprocessador (Figura 1-13) A bomba de recirculaccedilatildeo (Figura 1-11) eacute acionada a

cada a cada vinte minutos e recircula a aacutegua no tanque conduzindo-a pela lacircmpada de

oxidaccedilatildeo UV (Figura 1- 7) e pelo jogo de cartuchos deionizadores (Figura 1-8)

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Um desenho de montagem do sistema de tratamento completo segue na Figura 2

Figura 2 Desenho esquemaacutetico do Sistema de Purificaccedilatildeo de aacuteguas e suas

especificaccedilotildees 1- Aacutegua de alimentaccedilatildeo conexatildeo frac34rdquo (pressatildeo miacutenima 2 bar) 2- Filtro retrolavaacutevel (Art Ndeg 115999) 21- Redutor de pressatildeo (Art Ndeg 115998) 3- Preacute-filtro de 5microm + carvatildeo ativado (Art Ndeg 065201) com um manocircmetro (Art Ndeg 065311) 4-

Filtro de polipropileno de porosidade 1 microm (Art Ndeg 065101) com um manocircmetro (Art Ndeg 065311) 5- Equipamento de Osmose reversa TKA-HPW 220V ndash 100W (Art Ndeg 083007-SO) 6- Tanque de armazenamento de capacidade 75 L (Art Ndeg 115996) 7- Kit de instalaccedilatildeo (Art Ndeg 115994) 8- Caixa de aacutegua de 5000 L 9- Rede puacuteblica de

abastecimento

Caixa drsquoaacutegua (8)

Rede Puacuteblica (9)

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

III Qualificaccedilatildeo da Instalaccedilatildeo (IQ)

A fase da Qualificaccedilatildeo da Instalaccedilatildeo (IQ) estaacute associada agrave verificaccedilatildeo da

instalaccedilatildeo dos equipamentos de acordo com as especificaccedilotildees do fabricante aleacutem da

calibraccedilatildeo dos instrumentos e o estabelecimento de um programa de manutenccedilatildeo

preventiva (Johnson 1993) A Tabela 2 apresenta as especificaccedilotildees do sistema de

purificaccedilatildeo de aacuteguas e as accedilotildees que se fazem necessaacuterias para efetuar a qualificaccedilatildeo

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Tabela 2 Especificaccedilotildees fornecidas pelo fabricante e atividade a ser realizada para qualificar a instalaccedilatildeo

Especificaccedilatildeo Paracircmetro especificado em manual

Atividade a ser realizada para qualificar a

instalaccedilatildeo Tensatildeo Eleacutetrica 127220V 60Hz Registro de Calibraccedilatildeo do

estabilizador Potecircncia Eleacutetrica 01 Kw Verificaccedilatildeo e registro Temperatura ambiente +2degc a +35degC Registro do

monitoramento da temperatura

Pressatildeo do permeado 0 bar Verificaccedilatildeo e registro Pressatildeo operacional 6 bar maacutex Registro da verificaccedilatildeo da

pressatildeo da aacutegua de alimentaccedilatildeo

Temperatura de alimentaccedilatildeo +1degC a +30degC Registro da verificaccedilatildeo de temperatura

Pressatildeo da aacutegua de alimentaccedilatildeo

2 a 6 bar Registro da verificaccedilatildeo da pressatildeo da aacutegua de

alimentaccedilatildeo Calibraccedilatildeo dos controles ao longo do processo

Condutiviacutemetro e manocircmetro

Registro das calibraccedilotildees realizadas

Treinamento dos Operadores -- Realizaccedilatildeo e registro de treinamento

Programa de Manutenccedilatildeo Preventiva

Enxaacuteguumle e desinfecccedilatildeo dos tanques de

estocagem tubulaccedilotildees e carcaccedilas (anualmente)

Elaboraccedilatildeo do POP de enxaacuteguumle e desinfecccedilatildeo

Capacidade de carga das

paredes ou chatildeo

-- Registros da verificaccedilatildeo da instalaccedilatildeo

Tubulaccedilatildeo de Drenagem de

112rdquo livre para o esgoto -- Registro da verificaccedilatildeo da

Instalaccedilatildeo

Espaccedilo de trabalho suficiente -- 64 m2

Conexatildeo aacutegua de alimentaccedilatildeo

de frac34rdquo(com registro)

-- Registro da verificaccedilatildeo da instalaccedilatildeo

Ponto de Coleta do sistema de

preacute-tratamento -- Instalaccedilatildeo de registro na

entrada da aacutegua provinda do preacute-tratamento

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

IV Qualificaccedilatildeo da Operaccedilatildeo (OQ)

Esta etapa estaacute relacionada agrave garantia de que cada componente esteja

funcionando de acordo com o especificado As accedilotildees a serem realizadas na fase de

qualificaccedilatildeo da operaccedilatildeo seguem na tabela 3

Tabela 3 Accedilotildees a serem realizadas na fase de Qualificaccedilatildeo da Operaccedilatildeo (Johnson 1993)

Accedilatildeo Atividade a ser realizada 1 Preencher o sistema com aacutegua e reparar

quaisquer fugas e substituir vaacutelvulas ou vedaccedilotildees defeituosas

Verificaccedilatildeo de vazamentos e registro da realizaccedilatildeo de manutenccedilatildeo por pessoal autorizado

2 Verificar o bom funcionamento das vaacutelvulas e controles ao longo do processo

Calibraccedilatildeo dos Manocircmetros e Condutiviacutemetro do tanque de armazenamento

3 Registrar a realizaccedilatildeo da sanitizaccedilatildeo da caixa de aacutegua e da distribuiccedilatildeo do sistema

Realizaccedilatildeo da Sanitizaccedilatildeo e seu Registro

4 Elaboraccedilatildeo de POPs que descrevem os procedimentos de ligar desligar e sanitizar os equipamentos e o sistema

Seguem em anexo B

5 Verificaccedilatildeo da variaccedilatildeo da vazatildeo de aacutegua em comparaccedilatildeo as especificaccedilotildees do fornecedor

Protocolo de Serviccedilo (PS001) Anexo C

6 Avaliar a produccedilatildeo nominal do sistema 7 Lh a 15degC 7 Avaliar a eficiecircncia do sistema de preacute-

tratamento Atraveacutes da Fase 1 de validaccedilatildeo se avaliaraacute a eficiecircncia do sistema de preacute-tratamento

V Process validation (PV)

Apoacutes a realizaccedilatildeo das trecircs primeiras qualificaccedilotildees seraacute necessaacuterio realizar testes

que comprovem que o sistema realiza a purificaccedilatildeo da aacutegua da maneira a que se propotildee

Para realizar essa tarefa como descrito anteriormente segue-se a abordagem da

Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (WHO 2005) que determina trecircs fases para a validaccedilatildeo

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

V1 Plano de amostragem

V11 Pontos de amostragem

A tabela 4 descreve os pontos de coleta sua localizaccedilatildeo e a especificaccedilatildeo do tipo

de aacutegua

Tabela 4 Pontos de validaccedilatildeo localizaccedilatildeo e suas especificaccedilotildees de avaliaccedilatildeo Nuacutemero Local Tipo de aacutegua

1 Entrada do sistema de purificaccedilatildeo de aacutegua (torneira da pia)

Aacutegua potaacutevel

2 Aacutegua de alimentaccedilatildeo da osmose reversa Aacutegua potaacutevel natildeo clorada

3 Ponto de coleta da aacutegua purificada Aacutegua purificada

V12 Testes Requeridos e Criteacuterio de Aceitaccedilatildeo

Os testes requeridos e seus criteacuterios de aceitaccedilatildeo estatildeo descritos nas tabelas 4 e

5 Os testes para Aacutegua Purificada seratildeo realizados de acordo com a Farmacopeacuteia

Brasileira 4ordf ediccedilatildeo (F Bras IV 2005) e para aacutegua potaacutevel de acordo com os limites

estabelecidos na Portaria 51804 do Ministeacuterio da Sauacutede

V121 Aacutegua Potaacutevel

Tabela 5 Criteacuterios de Aceitaccedilatildeo para aacutegua potaacutevel Testes Microbioloacutegicos Especificaccedilatildeo Contagem Heterotroacutefica Total le 500UFCMl Patoacutegenos Ausecircncia de Coliformes Testes Quiacutemicos Especificaccedilatildeo Cor lt 15 UH Cloro 02 a 05 ppm pH 60 a 95 Turbidez lt 5UT Unidade Hazen (mg Pt-CoL) Unidade de turbidez

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

V122 Aacutegua Purificada

Tabela 6 Criteacuterios de Aceitaccedilatildeo para aacutegua purificada Testes Microbioloacutegicos Especificaccedilatildeo Contagem Heterotroacutefica Total le 100UFCmL Patoacutegenos Ausecircncia de coliformes P aeruginosa S

aureus e E Coli termotolerantes Testes Quiacutemicos Especificaccedilatildeo Acidez ou Alcalinidade Cumpre o Teste Amocircnio No maacuteximo 02 ppm Aparecircncia Liacutequido incolor liacutempido insiacutepido e

inodoro Caacutelcio e Magneacutesio Cumpre o Teste Cloretos Cumpre o Teste Condutividade No maacuteximo 21 microScm Metais Pesados No maacuteximo 01 ppm Nitratos No maacuteximo 02 ppm pH 5 -7 Resiacuteduo por evaporaccedilatildeo No maacuteximo 0001 Substacircncias Oxidaacuteveis Cumpre o Teste Sulfatos Cumpre o Teste Os testes seratildeo realizados de acordo com a Farmacopeacuteia Brasileira 4ordf ediccedilatildeo (F Bras IV 2005)

V13 Cronograma de Amostragem

Para a Fase 1 da validaccedilatildeo seratildeo realizados testes quiacutemicos e bioloacutegicos para

todos os pontos de amostragem durante trecircs semanas em trecircs periacuteodos de cinco dias

Apoacutes a conclusatildeo satisfatoacuteria dessa fase se realizaraacute a Fase 2 de validaccedilatildeo fase em que

a aacutegua produzida pode ser utilizada Nesta fase deve-se realizar novamente e

diariamente todos os testes quiacutemicos e bioloacutegicos para todos os pontos de amostragem

durante quatro semanas em quatro periacuteodos de cinco dias Para a Fase 3 de validaccedilatildeo

seratildeo realizados os mesmos testes quiacutemicos e microbioloacutegicos para todos os pontos de

amostragem semanalmente durante um ano O cronograma dos pontos de amostragem

segue na tabela 7

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Tabela 7 Cronograma de validaccedilatildeo

Fase de

Validaccedilatildeo

Ponto de

Amostragem

Periacuteodo de

Anaacutelise

Frequumlecircncia de

Anaacutelise

Tipo de Testes

a Realizar

1 1 2 Semanas Trecircs periacuteodos de

5 dias

Aacutegua Potaacutevel

1 2 2 Semanas Trecircs periacuteodos de 5 dias

Aacutegua potaacutevel

natildeo clorada

1 3 2 Semanas Trecircs periacuteodos de 5 dias

Aacutegua

Purificada

2 1 3 Semanas Quatro periacuteodos

de 5 dias

Aacutegua Potaacutevel

2 2 3 Semanas Quatro periacuteodos

de 5 dias

Aacutegua potaacutevel

natildeo clorada

2 3 3 Semanas Quatro periacuteodos

de 5 dias

Aacutegua

Purificada

3 1 1 Ano Semanal Aacutegua Potaacutevel

3 2 1 Ano Semanal Aacutegua potaacutevel

natildeo clorada

3 3 1 Ano Semanal Aacutegua

Purificada

V2 Fase 1

Periacuteodo de testes de trecircs semanas em trecircs periacuteodos de cinco dias para

monitoramento do sistema intensivamente durante este periacuteodo o sistema deve operar

continuamente sem falhas ou desvios de qualidade

Para essa fase seratildeo realizados os seguintes testes

bull Realizar testes quiacutemicos e microbioloacutegicos de acordo o plano de amostragem

bull Desenvolver faixas de operaccedilatildeo adequadas

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

bull Desenvolver e finalizar procedimentos de operaccedilotildees limpeza desinfecccedilatildeo e

manutenccedilatildeo

bull Demonstrar a produccedilatildeo e entrega da aacutegua na qualidade e quantidade exigida

bull Usar e aperfeiccediloar os POPs de operaccedilatildeo (ver anexo) manutenccedilatildeo desinfecccedilatildeo e

soluccedilatildeo de problemas

bull Verificar alertas provisoacuterios e accedilotildees de niacuteveis

bull Desenvolver e refinar procedimentos de testes de natildeo conformidade

V3 Fase 2

Outro periacuteodo de testes de quatro semanas em quatro periacuteodos de cinco dias a

ser realizado de maneira mais intensiva atraveacutes de um acompanhamento dos POPs

aperfeiccediloados apoacutes a conclusatildeo da Fase 1 O sistema de amostragem eacute idecircntico ao da

fase inicial e aacutegua pode ser utilizada para a fabricaccedilatildeo durante essa fase O sistema

deve

bull Demonstrar a produccedilatildeo e entrega da aacutegua na qualidade e quantidade exigida

quando o sistema eacute operado de acordo com os POPs

bull Demonstrar que o sistema estaacute sob controle

V4 Fase 3

Esta fase seraacute executada por no miacutenimo um ano apoacutes a conclusatildeo satisfatoacuteria da

fase dois a aacutegua pode ser usada para a fabricaccedilatildeo durante esta fase produccedilatildeo que tem os

devidos fins e caracteriacutesticas

bull Demonstrar que o sistema estaacute sob controle durante um longo periacuteodo de tempo

garantindo que as variaccedilotildees sazonais foram avaliadas

bull Locais de amostra frequumlecircncia de amostras e testes devem ser reduzido ao padratildeo

de rotina normal (semanalmente)

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

POP ndeg001 Versatildeo 06112007 Validade 06112008 Paacutegina 14

Procedimento Operacional Padratildeo 001

Instruccedilotildees de Uso do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

1 Objetivo Orientar a operaccedilatildeo do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

2 Aplicaccedilatildeo Ao pessoal responsaacutevel pela operaccedilatildeo e monitoramento do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

3 Materiais Necessaacuterios Protocolo de Serviccedilo (PS 001) Protocolo de Manutenccedilatildeo (PM 001) Protocolo de Produccedilatildeo de Aacutegua Purificada (PP 001)

4 Cuidados Especiais Verificar se o aparelho estaacute limpo e adequado a sua utilizaccedilatildeo Verificar a temperatura e umidade do ambiente Verificar a temperatura da aacutegua de alimentaccedilatildeo Verificar a pressatildeo da aacutegua de alimentaccedilatildeo

5 Procedimento 51 Ligar o Disjuntor (A) que alimenta a Central de Aacuteguas

A

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

POP ndeg001 Versatildeo 06112007 Validade 06112008 Paacutegina 24

Procedimento Operacional Padratildeo 001

Instruccedilotildees de Uso do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

52 Ligar o Estabilizador (B) de energia que alimenta o aparelho de Osmose Reversa

53 Abrir o registro (C) da aacutegua de alimentaccedilatildeo

54 Verificar os paracircmetros do item Cuidados Especiais e anotaacute-los no Protocolo de Serviccedilo

(PS 001)

B

C

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

POP ndeg001 Versatildeo 06112007 Validade 06112008 Paacutegina 34

Procedimento Operacional Padratildeo 001

Instruccedilotildees de Uso do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

55 Acionar a tecla ONOFF (1)

56 Visualizar no display (2) ldquoCleaningrdquo - referente agrave operaccedilatildeo do sistema de enxaacutegue que

entra automaticamente em operaccedilatildeo 57 Visualizar no display (2) ldquoProductionrdquo (produccedilatildeo) - referente agrave operaccedilatildeo do sistema de

Osmose Reversa 58 Apoacutes 2 minutos de produccedilatildeo acionar a tecla MENU (3) duas vezes para verificar a

condutividade da aacutegua de produccedilatildeo Caso visualize a mensagem ldquoError-CPrdquo paacutere a produccedilatildeo e despreze a aacutegua do tanque abrindo o registro do ponto de coleta de aacutegua purificada (D)

59 Quando o tanque de armazenamento estiver cheio ocorreraacute outro enxaacuteguumle automaacutetico e

no display (2) apareceraacute a mensagem ldquoCleaningrdquo 510 Completando-se este ciclo o aparelho entra em modo de operaccedilatildeo ldquoStand byrdquo sendo

visualizado no display (2) a mesma mensagem ldquoStand byrdquo

1

2

3

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

POP ndeg001 Versatildeo 06112007 Validade 06112008 Paacutegina 44

Procedimento Operacional Padratildeo 001

Instruccedilotildees de Uso do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

511 Retire a Aacutegua Purificada do tanque de armazenamento abrindo o registro do Ponto de Coleta (D)

512 Ao final da produccedilatildeo acionar a tecla ONOFF (1) desligar o Estabilizador de energia (B)

e fechar o registro da aacutegua de alimentaccedilatildeo (C) e o disjuntor da Central de Aacuteguas (A) 513 Anotar o valor final produzido no Protocolo de Produccedilatildeo de Aacutegua Purificada

6 Observaccedilotildees Limpeza Mensal Manutenccedilatildeo Realizada pelo fabricante sempre que constatado que fora dos paracircmetros

D

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

Protocolo ndeg001 Versatildeo 06112007 Validade 06112008

Protocolo de Serviccedilo (PS 001)

Protocolo de Verificaccedilatildeo dos Paracircmetros do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

Data Temp Ambiente

(degC)

Umidade ()

Temp Aacutegua de

Alimentaccedilatildeo (degC)

Pressatildeo Aacutegua de

Alimentaccedilatildeo (bar)

Condutividade da aacutegua Produzida (microScm)

Responsaacutevel

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash

RS Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

Protocolo ndeg002 Versatildeo 06112007 Validade 06112008

Protocolo de Manutenccedilatildeo (PM 001)

Protocolo de Verificaccedilatildeo da Manutenccedilatildeo do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

Tipo de Sistema

Nuacutemero de Identificaccedilatildeo

Ano de Fabricaccedilatildeo

Data Dureza da aacutegua de

alimentaccedilatildeo (degdH)

Pressatildeo de operaccedilatildeo

(bar)

Taxa de Permeado

(Lh)

Uacuteltima Troca de Preacute-filtro

Uacuteltima troca de Fosfato

Uacuteltima limpeza

desinfecccedilatildeo

Ass

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash

RS Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

Protocolo ndeg003 Versatildeo 06112007 Validade 06112008

Protocolo de Produccedilatildeo (PP 001)

Protocolo de Produccedilatildeo de Aacutegua Purificada

Data Produccedilatildeo Diaacuteria Responsaacutevel

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash

RS Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

Protocolo ndeg004 Versatildeo 06112007 Validade 06112008

Resultados da Validaccedilatildeo do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

Aacutegua Purificada

DATA

PONTO DE COLETA

Testes Microbioloacutegicos

Especificaccedilatildeo ____ ____ ____ ____ ____

Contagem Heterotroacutefica Total

le 100UFCmL

Patoacutegenos Ausecircncia de coliformes P aeruginosa S aureus

Testes Quiacutemicos Especificaccedilatildeo ____ ____ ____ ____ ____ Acidez ou Alcalinidade

Cumpre o Teste

Amocircnio No maacuteximo 02 ppm Aparecircncia Liacutequido incolor liacutempido

insiacutepido e inodoro

Caacutelcio e Magneacutesio Cumpre o Teste Cloretos Cumpre o Teste Condutividade No maacuteximo 21 microScm Metais Pesado No maacuteximo 01 ppm Nitratos No maacuteximo 02 ppm pH 5 -7 Resiacuteduo por evaporaccedilatildeo

No maacuteximo 0001

Substacircncias Oxidaacuteveis Cumpre o Teste Sulfatos Cumpre o Teste Os testes seratildeo realizados de acordo com a Farmacopeacuteia Brasileira 4ordf ediccedilatildeo (F Bras IV 2005)

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash

RS Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

Protocolo ndeg 005 Versatildeo 06112007 Validade 06112008

Resultados da Validaccedilatildeo do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua Aacutegua Potaacutevel

Data

Ponto de

Coleta

Especificaccedilotildees Anaacutelise Quiacutemica Anaacutelise Microbioloacutegica

Cloro pH Cor

Turbidez Contagem Heterotroacutefica

Total

Patoacutegenos

02 ndash 05 ppm

60 ndash 95 15 UH 5 UT

lt 500 UFCmL Ausecircncia de coliformes

Unidade Hazen (mg Pt-CoL)

Unidade de turbidez

40

4 Consideraccedilotildees finais e perspectivas

Ao longo do tempo a importacircncia da validaccedilatildeo de processos para a Garantia da

Qualidade foi sendo melhor compreendida pelo segmento farmacecircutico e com isso foi

contemplada pelos oacutergatildeos reguladores e aplicada pelos profissionais deste segmento

Se a validaccedilatildeo estaacute bem definida e eacute amplamente compreendida como pocircde ser

observado pelo nuacutemero de trabalhos e legislaccedilotildees revisados neste trabalho um dos

desafios que se apresentam atualmente consiste em ampliar o entendimento de como

realizaacute-la na praacutetica A proposiccedilatildeo de um protocolo para a validaccedilatildeo de um processo de

purificaccedilatildeo de aacutegua teve como um de seus objetivos exemplificar esta tarefa e assim

auxiliar na elaboraccedilatildeo de outros protocolos Assim como perspectiva deste trabalho

espera-se fornecer subsiacutedio agrave validaccedilatildeo de outros processos farmacecircuticos de

purificaccedilatildeo de aacutegua ou mesmo outros

Isto porque embora cada processo possua aspectos especiacuteficos os quais devem

ser cuidadosamente avaliados durante a validaccedilatildeo o entendimento e aplicaccedilatildeo

adequados da terminologia relacionada agrave validaccedilatildeo auxiliam na conduccedilatildeo de uma

validaccedilatildeo adequada e bem documentada

41

5 Referecircncias

ALEEM H ZHAO Y LORD S MCCARTHY T SHARRATT P N Pharmaceutical process validation an overview Proceedings of the Institution of Mechanical Engineers Part E Process Mechanical Engineering v 217 p141 ndash 150 2002

ALENCAR J R B Pinto P M D V Neto P P V Oliveira A T C Medeiros F P M Ramos S V V Rolim P J N Strategy in pharmaceutical process validation of purified water Revista Brasileira de Farmaacutecia v 85 n3 p85-88 2004a ALENCAR JRB Souza M B J Rolim P J N Lopes C E Uso de controle estatiacutestico de processo (CEP) para validaccedilatildeo de processo de glibenclamida comprimidos Revista Brasileira de Farmaacutecia v85 n3 p115-119 2004b

ALENCAR J R B CLEMENTINO M R A ROLIM P J N Cleaning validation of equipments in medicines industry strategy to select the ldquoworst caserdquo Revista Brasileira de Farmaacutecia v87 n 1 p13-18 2006

ANVISA ndash Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria Gerecircncia Geral de Inspeccedilatildeo e Controle de Medicamentos e Produtos Guias relacionados agrave garantia de qualidade Brasiacutelia 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwanvisagovbrinspecaoguias_qualidadepdfgt Acesso em 12 nov 2007

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria (ANVISA) Resoluccedilatildeo RDC nordm 210 de 04082003 DOU de 14082003 Disponiacutevel em lthttpe-legisanvisagovbrleisrefpublicshowActphpid=22321ampword=gt Acesso em 30 set 2007

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria (ANVISA) Resoluccedilatildeo RDC nordm 67 de 08102007 DOU de 09102007 Disponiacutevel em lthttpe-legisanvisagovbrleisrefpublicshowActphpid=28806ampword= gt Acesso em 30 nov 2007

42

BRASIL Ministeacuterio de Estado da Sauacutede Portaria nordm 518 de 25032004 DOU de 26032004 Disponiacutevel em lthttpe-legisanvisagovbrleisrefpublicshowActphpid=22322ampwordgt Acesso em 30 set 2007

CASTILLA B SENA F J Validation documentation Journal of Validation Technology v7 n 2 p 166-123 2001

DA ROSA PS Diagnoacutestico e avaliaccedilatildeo da qualidade microbioloacutegica da aacutegua na Faculdade de Farmaacutecia Trabalho de Conclusatildeo de Curso de Graduaccedilatildeo Disciplina de Estaacutegio Curricular em Farmaacutecia Faculdade de Farmaacutecia Universidade Federal do Rio Grande do Sul Porto Alegre 2007

EMEA - European Agency for Evaluation of Medicinal Products Note for guidance on process validation London 2001 Disponiacutevel em lthttpwwwemeaeuropaeupdfshumanqwp084896enpdfgt Acesso em 12 nov 2007

FARMACOPEacuteIA BRASILEIRA 4 ed Satildeo Paulo Atheneu 2004 pV224

FARMACOPEacuteIA BRASILEIRA 4 ed Satildeo Paulo Atheneu 2005 Fasciacuteculo 6 p263

FDA ndash Food and Drug Administration - Center for Drug Evaluation and Research (CDER) Guidance for Industry Powder Blends and Finished Dosage Units mdash Stratified In-Process Dosage Unit Sampling and Assessment Rockville 2003 Disponiacutevel em lthttpwwwfdagovCDERGUIDANCE5831dfthtmgt Acesso em 12 nov 2007

FDA ndash Food and Drug Administration - Division of Manufacturing and Product Quality (HFN-320) Center for Drugs and Biologics Guidelines on general principles of process validation Rockville 1987 Disponiacutevel em lthttpwwwfdagovCDERGUIDANCEpvhtmgt Acesso em 12 nov 2007

GUAZZARONI M YIIN B YU JL Application of total organic carbon analysis for cleaning validation in pharmaceutical manufacturing American Biotechnology Laboratory v 16 n 10 p 66-67 1998

HAIDER S I Validation standard operating procedures a step-by-step guide for achieving compliance in the pharmaceutical medical device and biotech industries 2 ed Boca Raton CRC 2002

43

HELLE M R YLIRUUSI J MANNERMAA J P A literature review of pharmaceutical process validation Pharmaceutical Technology Europe Part 3 v15 p 52-57 2003

HOFMANN K L Sterile products validation In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 103

JEATER J P CULLEN L F PAPARIELLO GJ Organizing for validation In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 9

JOHNSON W M Validation of water system for sterile and nonsterile products In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 299 - 317

KIEFFER RG Validation and the human element PDA Journal of Pharmaceutical Science and Technology v52 n2 p52-54 1998

LE HIR A Noccedilotildees de farmaacutecia galecircnica 6 ed Satildeo Paulo Organizaccedilatildeo Andrei 1997 p 137-138

LeBLANC D A Establishing scientifically justified acceptance criteria for cleaning validation of finished drug products Pharmaceutical Technology 1998 Disponiacutevel em ltwwwadvanstarcomgt Acesso em 30 set 2007

LOFTUS B T The Regulatory basis for process In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 2 - 32

LORD SV MCCARTHY T ALEEM H ZHAO Y SHARRATT P N Reinterpreting validation Proceedings of the Institution of Mechanical Engineers Part E Process Mechanical Engineering v 217 p287- 292 2003

MCCOLMICK P Y CULLEN L F Cleaning validation In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 319 - 322

NASH R A Introduction In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993

44

PICS - Pharmaceutical Inspection Convention and Pharmaceutical Inspection Co-operation Scheme Recommendations on validation master plan installation and operational qualification non-sterile process validation cleaning validation Genebra 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwnewwayzconzrefmaterialpics_pi006_2VMPpdfgt Acesso em 30 set 2007

TKA WASSERAUFBEREITUNGSSYSTEME GMBH Operating instructions TKA LAB ndash UPW Article ndeg 083007-SO Niederelbert 2001

WHO ndash World Health Organization Suplementary guidelines on good manufacturing practices (GMP) validation Genebra 2005 p 22-23 Disponiacutevel em lthttpwwwwhointmedicinesservicesexpertcommitteespharmprepValidation_QAS_055_Rev2combinedpdfgtAcesso em Acesso em 30 set 2007

WHO ndash World Health Organization Supplementary training modules on good manufacturing practice water for pharmaceutical use Part 1 introduction and treatment Genebra 2001 Disponiacutevel em ltftpftpwhointmedicinesGMPgmptrainsuplmtWater01pptgt Acesso em 30 set 2007

WHO ndash World Health Organization Supplementary training modules on good manufacturing practice water for pharmaceutical use Part 2 water purification engineering Genebra 2001 Disponiacutevel em ltftpftpwhointmedicinesGMPgmptrainsuplmtWater02pptgt Acesso em 30 set 2007

WHO ndash World Health Organization Supplementary training modules on good manufacturing practice water for pharmaceutical use Part 3 inspection of water systems Genebra 2001 Disponiacutevel em ltftpftpwhointmedicinesGMPgmptrainsuplmtWater03pptgt Acesso em 30 set 2007

WHO ndash World Health Organization Who good manufacturing practices water for pharmaceutical use Genebra 2005 (Technical Report Series n 929 Anexo 3)

WHO ndash World Health Organization Who Expert Committee on specifications for pharmaceutical preparations Genebra 2006 p 125 ndash 126 (Technical Report Series n 937 Anexo 4 Apecircndice II) Disponiacutevel em lthttpwhqlibdocwhointtrsWHO_TRS_937_engpdfpage=359gt Acesso em 01 dez 2007

  • Outras definiccedilotildees semelhantes a essas existem e muito embora as expressotildees variem a essecircncia de todas eacute a mesma assegurar que o processo quando operado sob as condiccedilotildees preacute-determinadas resultaraacute em um produto que reuniraacute as especificaccedilotildees e seus
Page 20: VALIDAÇÃO DE PROCESSOS: Aspectos teóricos e proposição de

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Tabela 1 Paracircmetros da aacutegua provinda do sistema de preacute-tratamento

Paracircmetro Especificaccedilatildeo ou limite de aceitaccedilatildeo

Preacute-filtragem 5microm e carvatildeo ativado

Iacutendice de silte Maacuteximo 3

Teor Salino Maacuteximo 2000 mgL

Teor de Cl lt001 mgl

Teor de Mg lt005 mgl

Teor de Feacute lt005 mgl

Gama do valor de pH 4 ndash 11

Remoccedilatildeo de 99 de bacteacuterias e partiacuteculas -

II2 Sistema de Tratamento por Osmose Reversa

A secccedilatildeo de tratamento eacute composta por um sistema de purificaccedilatildeo de aacuteguas

atraveacutes de osmose reversa (OR) modelo TKA LAB-UPW do fabricante TKA (ArtNdeg

083007-SO)

II3 Sistema de Armazenamento

A aacutegua tratada pelo sistema de Osmose Reversa (OR) eacute armazenada em um

tanque de 75 L incluindo torneira de extraccedilatildeo por onde a aacutegua purificada eacute coletada O

armazenamento e coleta da aacutegua purificada ocorrem agrave temperatura ambiente A aacutegua

purificada permanece no tanque de armazenamento por no maacuteximo vinte minutos a cada

vinte minutos a bomba de recirculaccedilatildeo eacute acionada e recircula a aacutegua no tanque

conduzindo-a pela lacircmpada de oxidaccedilatildeo UV e pelo jogo de cartuchos deionizadores

A Figura 1 apresenta os componentes do sistema de Osmose Reversa (OR) e do

sistema de armazenamento e suas especificaccedilotildees

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Figura 1 Desenho esquemaacutetico do sistema de osmose reversa e do sistema de

armazenamento 1- Vaacutelvula solenoacuteide da aacutegua de alimentaccedilatildeo (Art Ndeg 150003) 2-

Bomba auxiliar com transformador (Art Ndeg 190046) 3- Moacutedulo de osmose reversa

composto por Carcaccedila 1812 (Art Ndeg 220047) e Membrana de osmose reversa 1812

(Art Ndeg 220046) 4- Vaacutelvula reguladora de pressatildeo (Art Ndeg 150060) 5- Vaacutelvula

solenoacuteide de enxaguamento por jato de aacutegua (Art Ndeg 150003) 6- Ceacutelula medidora de

condutividade (apoacutes agrave OR) (Art Ndeg 160126) 7- Foto-oxidaccedilatildeo de UV (Art Ndeg

250011) 8- Conjunto de deionizaccedilatildeo composto por Carcaccedila de filtro (Art Ndeg 065310)

e Jogo de cartuchos permutador de iacuteons e resina de adsorccedilatildeo (Art Ndeg 093011) 9-

Ceacutelula de mediccedilatildeo de condutividade da aacutegua purificada (Art Ndeg 160126) 10- Tanque

de 75 litros incluindo jogo de montagem na parede (Art Ndeg 065075) 11- Bomba de

recirculaccedilatildeo (Art Ndeg 190028) 12- Vaacutelvula de controle (Art Ndeg 150009) 13- Controle

por microprocessador (Art Ndeg 160181) 14- Entrada de aacutegua provinda do sistema de

preacute-tratamento 15- Saiacuteda da aacutegua purificada Torneira de extraccedilatildeo 16- Saiacuteda frac34rdquo do

concentrado

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

II4 Princiacutepio de Funcionamento do Sistema de Osmose Reversa

A aacutegua de alimentaccedilatildeo provinda do sistema de preacute-tratamento entra no sistema

com pressatildeo maacutexima de 6 Bar A vaacutelvula solenoacuteide da aacutegua de alimentaccedilatildeo (Figura 1-1)

permanece fechada quando o sistema estaacute no modo de espera ou parado para impedir

que a aacutegua de alimentaccedilatildeo passe pela membrana e transborde no tanque de

armazenamento A membrana semi-permeaacutevel (Figura 1-3) reteacutem 96 dos sais

dissolvidos e 99 das bacteacuterias e dos soacutelidos suspensos na aacutegua de alimentaccedilatildeo A aacutegua

purificada passa agora atraveacutes das fases de tratamento duplo (Figura 1- 7 e 8) e eacute

recolhida no tanque de armazenamento (Figura 1-10) Os sais e outros elementos

rejeitados satildeo eliminados do sistema atraveacutes do fluxo do ldquoconcentradordquo A ceacutelula

medidora da condutividade (Figura 1-6) mede a condutividade da aacutegua purificada (apoacutes

os jogos de cartuchos (Figura 1-7 e 8) o que eacute visualizado no menu de controle do

microprocessador (Figura 1-13) A bomba de recirculaccedilatildeo (Figura 1-11) eacute acionada a

cada a cada vinte minutos e recircula a aacutegua no tanque conduzindo-a pela lacircmpada de

oxidaccedilatildeo UV (Figura 1- 7) e pelo jogo de cartuchos deionizadores (Figura 1-8)

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Um desenho de montagem do sistema de tratamento completo segue na Figura 2

Figura 2 Desenho esquemaacutetico do Sistema de Purificaccedilatildeo de aacuteguas e suas

especificaccedilotildees 1- Aacutegua de alimentaccedilatildeo conexatildeo frac34rdquo (pressatildeo miacutenima 2 bar) 2- Filtro retrolavaacutevel (Art Ndeg 115999) 21- Redutor de pressatildeo (Art Ndeg 115998) 3- Preacute-filtro de 5microm + carvatildeo ativado (Art Ndeg 065201) com um manocircmetro (Art Ndeg 065311) 4-

Filtro de polipropileno de porosidade 1 microm (Art Ndeg 065101) com um manocircmetro (Art Ndeg 065311) 5- Equipamento de Osmose reversa TKA-HPW 220V ndash 100W (Art Ndeg 083007-SO) 6- Tanque de armazenamento de capacidade 75 L (Art Ndeg 115996) 7- Kit de instalaccedilatildeo (Art Ndeg 115994) 8- Caixa de aacutegua de 5000 L 9- Rede puacuteblica de

abastecimento

Caixa drsquoaacutegua (8)

Rede Puacuteblica (9)

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

III Qualificaccedilatildeo da Instalaccedilatildeo (IQ)

A fase da Qualificaccedilatildeo da Instalaccedilatildeo (IQ) estaacute associada agrave verificaccedilatildeo da

instalaccedilatildeo dos equipamentos de acordo com as especificaccedilotildees do fabricante aleacutem da

calibraccedilatildeo dos instrumentos e o estabelecimento de um programa de manutenccedilatildeo

preventiva (Johnson 1993) A Tabela 2 apresenta as especificaccedilotildees do sistema de

purificaccedilatildeo de aacuteguas e as accedilotildees que se fazem necessaacuterias para efetuar a qualificaccedilatildeo

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Tabela 2 Especificaccedilotildees fornecidas pelo fabricante e atividade a ser realizada para qualificar a instalaccedilatildeo

Especificaccedilatildeo Paracircmetro especificado em manual

Atividade a ser realizada para qualificar a

instalaccedilatildeo Tensatildeo Eleacutetrica 127220V 60Hz Registro de Calibraccedilatildeo do

estabilizador Potecircncia Eleacutetrica 01 Kw Verificaccedilatildeo e registro Temperatura ambiente +2degc a +35degC Registro do

monitoramento da temperatura

Pressatildeo do permeado 0 bar Verificaccedilatildeo e registro Pressatildeo operacional 6 bar maacutex Registro da verificaccedilatildeo da

pressatildeo da aacutegua de alimentaccedilatildeo

Temperatura de alimentaccedilatildeo +1degC a +30degC Registro da verificaccedilatildeo de temperatura

Pressatildeo da aacutegua de alimentaccedilatildeo

2 a 6 bar Registro da verificaccedilatildeo da pressatildeo da aacutegua de

alimentaccedilatildeo Calibraccedilatildeo dos controles ao longo do processo

Condutiviacutemetro e manocircmetro

Registro das calibraccedilotildees realizadas

Treinamento dos Operadores -- Realizaccedilatildeo e registro de treinamento

Programa de Manutenccedilatildeo Preventiva

Enxaacuteguumle e desinfecccedilatildeo dos tanques de

estocagem tubulaccedilotildees e carcaccedilas (anualmente)

Elaboraccedilatildeo do POP de enxaacuteguumle e desinfecccedilatildeo

Capacidade de carga das

paredes ou chatildeo

-- Registros da verificaccedilatildeo da instalaccedilatildeo

Tubulaccedilatildeo de Drenagem de

112rdquo livre para o esgoto -- Registro da verificaccedilatildeo da

Instalaccedilatildeo

Espaccedilo de trabalho suficiente -- 64 m2

Conexatildeo aacutegua de alimentaccedilatildeo

de frac34rdquo(com registro)

-- Registro da verificaccedilatildeo da instalaccedilatildeo

Ponto de Coleta do sistema de

preacute-tratamento -- Instalaccedilatildeo de registro na

entrada da aacutegua provinda do preacute-tratamento

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

IV Qualificaccedilatildeo da Operaccedilatildeo (OQ)

Esta etapa estaacute relacionada agrave garantia de que cada componente esteja

funcionando de acordo com o especificado As accedilotildees a serem realizadas na fase de

qualificaccedilatildeo da operaccedilatildeo seguem na tabela 3

Tabela 3 Accedilotildees a serem realizadas na fase de Qualificaccedilatildeo da Operaccedilatildeo (Johnson 1993)

Accedilatildeo Atividade a ser realizada 1 Preencher o sistema com aacutegua e reparar

quaisquer fugas e substituir vaacutelvulas ou vedaccedilotildees defeituosas

Verificaccedilatildeo de vazamentos e registro da realizaccedilatildeo de manutenccedilatildeo por pessoal autorizado

2 Verificar o bom funcionamento das vaacutelvulas e controles ao longo do processo

Calibraccedilatildeo dos Manocircmetros e Condutiviacutemetro do tanque de armazenamento

3 Registrar a realizaccedilatildeo da sanitizaccedilatildeo da caixa de aacutegua e da distribuiccedilatildeo do sistema

Realizaccedilatildeo da Sanitizaccedilatildeo e seu Registro

4 Elaboraccedilatildeo de POPs que descrevem os procedimentos de ligar desligar e sanitizar os equipamentos e o sistema

Seguem em anexo B

5 Verificaccedilatildeo da variaccedilatildeo da vazatildeo de aacutegua em comparaccedilatildeo as especificaccedilotildees do fornecedor

Protocolo de Serviccedilo (PS001) Anexo C

6 Avaliar a produccedilatildeo nominal do sistema 7 Lh a 15degC 7 Avaliar a eficiecircncia do sistema de preacute-

tratamento Atraveacutes da Fase 1 de validaccedilatildeo se avaliaraacute a eficiecircncia do sistema de preacute-tratamento

V Process validation (PV)

Apoacutes a realizaccedilatildeo das trecircs primeiras qualificaccedilotildees seraacute necessaacuterio realizar testes

que comprovem que o sistema realiza a purificaccedilatildeo da aacutegua da maneira a que se propotildee

Para realizar essa tarefa como descrito anteriormente segue-se a abordagem da

Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (WHO 2005) que determina trecircs fases para a validaccedilatildeo

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

V1 Plano de amostragem

V11 Pontos de amostragem

A tabela 4 descreve os pontos de coleta sua localizaccedilatildeo e a especificaccedilatildeo do tipo

de aacutegua

Tabela 4 Pontos de validaccedilatildeo localizaccedilatildeo e suas especificaccedilotildees de avaliaccedilatildeo Nuacutemero Local Tipo de aacutegua

1 Entrada do sistema de purificaccedilatildeo de aacutegua (torneira da pia)

Aacutegua potaacutevel

2 Aacutegua de alimentaccedilatildeo da osmose reversa Aacutegua potaacutevel natildeo clorada

3 Ponto de coleta da aacutegua purificada Aacutegua purificada

V12 Testes Requeridos e Criteacuterio de Aceitaccedilatildeo

Os testes requeridos e seus criteacuterios de aceitaccedilatildeo estatildeo descritos nas tabelas 4 e

5 Os testes para Aacutegua Purificada seratildeo realizados de acordo com a Farmacopeacuteia

Brasileira 4ordf ediccedilatildeo (F Bras IV 2005) e para aacutegua potaacutevel de acordo com os limites

estabelecidos na Portaria 51804 do Ministeacuterio da Sauacutede

V121 Aacutegua Potaacutevel

Tabela 5 Criteacuterios de Aceitaccedilatildeo para aacutegua potaacutevel Testes Microbioloacutegicos Especificaccedilatildeo Contagem Heterotroacutefica Total le 500UFCMl Patoacutegenos Ausecircncia de Coliformes Testes Quiacutemicos Especificaccedilatildeo Cor lt 15 UH Cloro 02 a 05 ppm pH 60 a 95 Turbidez lt 5UT Unidade Hazen (mg Pt-CoL) Unidade de turbidez

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

V122 Aacutegua Purificada

Tabela 6 Criteacuterios de Aceitaccedilatildeo para aacutegua purificada Testes Microbioloacutegicos Especificaccedilatildeo Contagem Heterotroacutefica Total le 100UFCmL Patoacutegenos Ausecircncia de coliformes P aeruginosa S

aureus e E Coli termotolerantes Testes Quiacutemicos Especificaccedilatildeo Acidez ou Alcalinidade Cumpre o Teste Amocircnio No maacuteximo 02 ppm Aparecircncia Liacutequido incolor liacutempido insiacutepido e

inodoro Caacutelcio e Magneacutesio Cumpre o Teste Cloretos Cumpre o Teste Condutividade No maacuteximo 21 microScm Metais Pesados No maacuteximo 01 ppm Nitratos No maacuteximo 02 ppm pH 5 -7 Resiacuteduo por evaporaccedilatildeo No maacuteximo 0001 Substacircncias Oxidaacuteveis Cumpre o Teste Sulfatos Cumpre o Teste Os testes seratildeo realizados de acordo com a Farmacopeacuteia Brasileira 4ordf ediccedilatildeo (F Bras IV 2005)

V13 Cronograma de Amostragem

Para a Fase 1 da validaccedilatildeo seratildeo realizados testes quiacutemicos e bioloacutegicos para

todos os pontos de amostragem durante trecircs semanas em trecircs periacuteodos de cinco dias

Apoacutes a conclusatildeo satisfatoacuteria dessa fase se realizaraacute a Fase 2 de validaccedilatildeo fase em que

a aacutegua produzida pode ser utilizada Nesta fase deve-se realizar novamente e

diariamente todos os testes quiacutemicos e bioloacutegicos para todos os pontos de amostragem

durante quatro semanas em quatro periacuteodos de cinco dias Para a Fase 3 de validaccedilatildeo

seratildeo realizados os mesmos testes quiacutemicos e microbioloacutegicos para todos os pontos de

amostragem semanalmente durante um ano O cronograma dos pontos de amostragem

segue na tabela 7

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Tabela 7 Cronograma de validaccedilatildeo

Fase de

Validaccedilatildeo

Ponto de

Amostragem

Periacuteodo de

Anaacutelise

Frequumlecircncia de

Anaacutelise

Tipo de Testes

a Realizar

1 1 2 Semanas Trecircs periacuteodos de

5 dias

Aacutegua Potaacutevel

1 2 2 Semanas Trecircs periacuteodos de 5 dias

Aacutegua potaacutevel

natildeo clorada

1 3 2 Semanas Trecircs periacuteodos de 5 dias

Aacutegua

Purificada

2 1 3 Semanas Quatro periacuteodos

de 5 dias

Aacutegua Potaacutevel

2 2 3 Semanas Quatro periacuteodos

de 5 dias

Aacutegua potaacutevel

natildeo clorada

2 3 3 Semanas Quatro periacuteodos

de 5 dias

Aacutegua

Purificada

3 1 1 Ano Semanal Aacutegua Potaacutevel

3 2 1 Ano Semanal Aacutegua potaacutevel

natildeo clorada

3 3 1 Ano Semanal Aacutegua

Purificada

V2 Fase 1

Periacuteodo de testes de trecircs semanas em trecircs periacuteodos de cinco dias para

monitoramento do sistema intensivamente durante este periacuteodo o sistema deve operar

continuamente sem falhas ou desvios de qualidade

Para essa fase seratildeo realizados os seguintes testes

bull Realizar testes quiacutemicos e microbioloacutegicos de acordo o plano de amostragem

bull Desenvolver faixas de operaccedilatildeo adequadas

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

bull Desenvolver e finalizar procedimentos de operaccedilotildees limpeza desinfecccedilatildeo e

manutenccedilatildeo

bull Demonstrar a produccedilatildeo e entrega da aacutegua na qualidade e quantidade exigida

bull Usar e aperfeiccediloar os POPs de operaccedilatildeo (ver anexo) manutenccedilatildeo desinfecccedilatildeo e

soluccedilatildeo de problemas

bull Verificar alertas provisoacuterios e accedilotildees de niacuteveis

bull Desenvolver e refinar procedimentos de testes de natildeo conformidade

V3 Fase 2

Outro periacuteodo de testes de quatro semanas em quatro periacuteodos de cinco dias a

ser realizado de maneira mais intensiva atraveacutes de um acompanhamento dos POPs

aperfeiccediloados apoacutes a conclusatildeo da Fase 1 O sistema de amostragem eacute idecircntico ao da

fase inicial e aacutegua pode ser utilizada para a fabricaccedilatildeo durante essa fase O sistema

deve

bull Demonstrar a produccedilatildeo e entrega da aacutegua na qualidade e quantidade exigida

quando o sistema eacute operado de acordo com os POPs

bull Demonstrar que o sistema estaacute sob controle

V4 Fase 3

Esta fase seraacute executada por no miacutenimo um ano apoacutes a conclusatildeo satisfatoacuteria da

fase dois a aacutegua pode ser usada para a fabricaccedilatildeo durante esta fase produccedilatildeo que tem os

devidos fins e caracteriacutesticas

bull Demonstrar que o sistema estaacute sob controle durante um longo periacuteodo de tempo

garantindo que as variaccedilotildees sazonais foram avaliadas

bull Locais de amostra frequumlecircncia de amostras e testes devem ser reduzido ao padratildeo

de rotina normal (semanalmente)

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

POP ndeg001 Versatildeo 06112007 Validade 06112008 Paacutegina 14

Procedimento Operacional Padratildeo 001

Instruccedilotildees de Uso do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

1 Objetivo Orientar a operaccedilatildeo do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

2 Aplicaccedilatildeo Ao pessoal responsaacutevel pela operaccedilatildeo e monitoramento do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

3 Materiais Necessaacuterios Protocolo de Serviccedilo (PS 001) Protocolo de Manutenccedilatildeo (PM 001) Protocolo de Produccedilatildeo de Aacutegua Purificada (PP 001)

4 Cuidados Especiais Verificar se o aparelho estaacute limpo e adequado a sua utilizaccedilatildeo Verificar a temperatura e umidade do ambiente Verificar a temperatura da aacutegua de alimentaccedilatildeo Verificar a pressatildeo da aacutegua de alimentaccedilatildeo

5 Procedimento 51 Ligar o Disjuntor (A) que alimenta a Central de Aacuteguas

A

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

POP ndeg001 Versatildeo 06112007 Validade 06112008 Paacutegina 24

Procedimento Operacional Padratildeo 001

Instruccedilotildees de Uso do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

52 Ligar o Estabilizador (B) de energia que alimenta o aparelho de Osmose Reversa

53 Abrir o registro (C) da aacutegua de alimentaccedilatildeo

54 Verificar os paracircmetros do item Cuidados Especiais e anotaacute-los no Protocolo de Serviccedilo

(PS 001)

B

C

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

POP ndeg001 Versatildeo 06112007 Validade 06112008 Paacutegina 34

Procedimento Operacional Padratildeo 001

Instruccedilotildees de Uso do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

55 Acionar a tecla ONOFF (1)

56 Visualizar no display (2) ldquoCleaningrdquo - referente agrave operaccedilatildeo do sistema de enxaacutegue que

entra automaticamente em operaccedilatildeo 57 Visualizar no display (2) ldquoProductionrdquo (produccedilatildeo) - referente agrave operaccedilatildeo do sistema de

Osmose Reversa 58 Apoacutes 2 minutos de produccedilatildeo acionar a tecla MENU (3) duas vezes para verificar a

condutividade da aacutegua de produccedilatildeo Caso visualize a mensagem ldquoError-CPrdquo paacutere a produccedilatildeo e despreze a aacutegua do tanque abrindo o registro do ponto de coleta de aacutegua purificada (D)

59 Quando o tanque de armazenamento estiver cheio ocorreraacute outro enxaacuteguumle automaacutetico e

no display (2) apareceraacute a mensagem ldquoCleaningrdquo 510 Completando-se este ciclo o aparelho entra em modo de operaccedilatildeo ldquoStand byrdquo sendo

visualizado no display (2) a mesma mensagem ldquoStand byrdquo

1

2

3

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

POP ndeg001 Versatildeo 06112007 Validade 06112008 Paacutegina 44

Procedimento Operacional Padratildeo 001

Instruccedilotildees de Uso do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

511 Retire a Aacutegua Purificada do tanque de armazenamento abrindo o registro do Ponto de Coleta (D)

512 Ao final da produccedilatildeo acionar a tecla ONOFF (1) desligar o Estabilizador de energia (B)

e fechar o registro da aacutegua de alimentaccedilatildeo (C) e o disjuntor da Central de Aacuteguas (A) 513 Anotar o valor final produzido no Protocolo de Produccedilatildeo de Aacutegua Purificada

6 Observaccedilotildees Limpeza Mensal Manutenccedilatildeo Realizada pelo fabricante sempre que constatado que fora dos paracircmetros

D

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

Protocolo ndeg001 Versatildeo 06112007 Validade 06112008

Protocolo de Serviccedilo (PS 001)

Protocolo de Verificaccedilatildeo dos Paracircmetros do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

Data Temp Ambiente

(degC)

Umidade ()

Temp Aacutegua de

Alimentaccedilatildeo (degC)

Pressatildeo Aacutegua de

Alimentaccedilatildeo (bar)

Condutividade da aacutegua Produzida (microScm)

Responsaacutevel

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash

RS Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

Protocolo ndeg002 Versatildeo 06112007 Validade 06112008

Protocolo de Manutenccedilatildeo (PM 001)

Protocolo de Verificaccedilatildeo da Manutenccedilatildeo do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

Tipo de Sistema

Nuacutemero de Identificaccedilatildeo

Ano de Fabricaccedilatildeo

Data Dureza da aacutegua de

alimentaccedilatildeo (degdH)

Pressatildeo de operaccedilatildeo

(bar)

Taxa de Permeado

(Lh)

Uacuteltima Troca de Preacute-filtro

Uacuteltima troca de Fosfato

Uacuteltima limpeza

desinfecccedilatildeo

Ass

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash

RS Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

Protocolo ndeg003 Versatildeo 06112007 Validade 06112008

Protocolo de Produccedilatildeo (PP 001)

Protocolo de Produccedilatildeo de Aacutegua Purificada

Data Produccedilatildeo Diaacuteria Responsaacutevel

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash

RS Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

Protocolo ndeg004 Versatildeo 06112007 Validade 06112008

Resultados da Validaccedilatildeo do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

Aacutegua Purificada

DATA

PONTO DE COLETA

Testes Microbioloacutegicos

Especificaccedilatildeo ____ ____ ____ ____ ____

Contagem Heterotroacutefica Total

le 100UFCmL

Patoacutegenos Ausecircncia de coliformes P aeruginosa S aureus

Testes Quiacutemicos Especificaccedilatildeo ____ ____ ____ ____ ____ Acidez ou Alcalinidade

Cumpre o Teste

Amocircnio No maacuteximo 02 ppm Aparecircncia Liacutequido incolor liacutempido

insiacutepido e inodoro

Caacutelcio e Magneacutesio Cumpre o Teste Cloretos Cumpre o Teste Condutividade No maacuteximo 21 microScm Metais Pesado No maacuteximo 01 ppm Nitratos No maacuteximo 02 ppm pH 5 -7 Resiacuteduo por evaporaccedilatildeo

No maacuteximo 0001

Substacircncias Oxidaacuteveis Cumpre o Teste Sulfatos Cumpre o Teste Os testes seratildeo realizados de acordo com a Farmacopeacuteia Brasileira 4ordf ediccedilatildeo (F Bras IV 2005)

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash

RS Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

Protocolo ndeg 005 Versatildeo 06112007 Validade 06112008

Resultados da Validaccedilatildeo do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua Aacutegua Potaacutevel

Data

Ponto de

Coleta

Especificaccedilotildees Anaacutelise Quiacutemica Anaacutelise Microbioloacutegica

Cloro pH Cor

Turbidez Contagem Heterotroacutefica

Total

Patoacutegenos

02 ndash 05 ppm

60 ndash 95 15 UH 5 UT

lt 500 UFCmL Ausecircncia de coliformes

Unidade Hazen (mg Pt-CoL)

Unidade de turbidez

40

4 Consideraccedilotildees finais e perspectivas

Ao longo do tempo a importacircncia da validaccedilatildeo de processos para a Garantia da

Qualidade foi sendo melhor compreendida pelo segmento farmacecircutico e com isso foi

contemplada pelos oacutergatildeos reguladores e aplicada pelos profissionais deste segmento

Se a validaccedilatildeo estaacute bem definida e eacute amplamente compreendida como pocircde ser

observado pelo nuacutemero de trabalhos e legislaccedilotildees revisados neste trabalho um dos

desafios que se apresentam atualmente consiste em ampliar o entendimento de como

realizaacute-la na praacutetica A proposiccedilatildeo de um protocolo para a validaccedilatildeo de um processo de

purificaccedilatildeo de aacutegua teve como um de seus objetivos exemplificar esta tarefa e assim

auxiliar na elaboraccedilatildeo de outros protocolos Assim como perspectiva deste trabalho

espera-se fornecer subsiacutedio agrave validaccedilatildeo de outros processos farmacecircuticos de

purificaccedilatildeo de aacutegua ou mesmo outros

Isto porque embora cada processo possua aspectos especiacuteficos os quais devem

ser cuidadosamente avaliados durante a validaccedilatildeo o entendimento e aplicaccedilatildeo

adequados da terminologia relacionada agrave validaccedilatildeo auxiliam na conduccedilatildeo de uma

validaccedilatildeo adequada e bem documentada

41

5 Referecircncias

ALEEM H ZHAO Y LORD S MCCARTHY T SHARRATT P N Pharmaceutical process validation an overview Proceedings of the Institution of Mechanical Engineers Part E Process Mechanical Engineering v 217 p141 ndash 150 2002

ALENCAR J R B Pinto P M D V Neto P P V Oliveira A T C Medeiros F P M Ramos S V V Rolim P J N Strategy in pharmaceutical process validation of purified water Revista Brasileira de Farmaacutecia v 85 n3 p85-88 2004a ALENCAR JRB Souza M B J Rolim P J N Lopes C E Uso de controle estatiacutestico de processo (CEP) para validaccedilatildeo de processo de glibenclamida comprimidos Revista Brasileira de Farmaacutecia v85 n3 p115-119 2004b

ALENCAR J R B CLEMENTINO M R A ROLIM P J N Cleaning validation of equipments in medicines industry strategy to select the ldquoworst caserdquo Revista Brasileira de Farmaacutecia v87 n 1 p13-18 2006

ANVISA ndash Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria Gerecircncia Geral de Inspeccedilatildeo e Controle de Medicamentos e Produtos Guias relacionados agrave garantia de qualidade Brasiacutelia 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwanvisagovbrinspecaoguias_qualidadepdfgt Acesso em 12 nov 2007

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria (ANVISA) Resoluccedilatildeo RDC nordm 210 de 04082003 DOU de 14082003 Disponiacutevel em lthttpe-legisanvisagovbrleisrefpublicshowActphpid=22321ampword=gt Acesso em 30 set 2007

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria (ANVISA) Resoluccedilatildeo RDC nordm 67 de 08102007 DOU de 09102007 Disponiacutevel em lthttpe-legisanvisagovbrleisrefpublicshowActphpid=28806ampword= gt Acesso em 30 nov 2007

42

BRASIL Ministeacuterio de Estado da Sauacutede Portaria nordm 518 de 25032004 DOU de 26032004 Disponiacutevel em lthttpe-legisanvisagovbrleisrefpublicshowActphpid=22322ampwordgt Acesso em 30 set 2007

CASTILLA B SENA F J Validation documentation Journal of Validation Technology v7 n 2 p 166-123 2001

DA ROSA PS Diagnoacutestico e avaliaccedilatildeo da qualidade microbioloacutegica da aacutegua na Faculdade de Farmaacutecia Trabalho de Conclusatildeo de Curso de Graduaccedilatildeo Disciplina de Estaacutegio Curricular em Farmaacutecia Faculdade de Farmaacutecia Universidade Federal do Rio Grande do Sul Porto Alegre 2007

EMEA - European Agency for Evaluation of Medicinal Products Note for guidance on process validation London 2001 Disponiacutevel em lthttpwwwemeaeuropaeupdfshumanqwp084896enpdfgt Acesso em 12 nov 2007

FARMACOPEacuteIA BRASILEIRA 4 ed Satildeo Paulo Atheneu 2004 pV224

FARMACOPEacuteIA BRASILEIRA 4 ed Satildeo Paulo Atheneu 2005 Fasciacuteculo 6 p263

FDA ndash Food and Drug Administration - Center for Drug Evaluation and Research (CDER) Guidance for Industry Powder Blends and Finished Dosage Units mdash Stratified In-Process Dosage Unit Sampling and Assessment Rockville 2003 Disponiacutevel em lthttpwwwfdagovCDERGUIDANCE5831dfthtmgt Acesso em 12 nov 2007

FDA ndash Food and Drug Administration - Division of Manufacturing and Product Quality (HFN-320) Center for Drugs and Biologics Guidelines on general principles of process validation Rockville 1987 Disponiacutevel em lthttpwwwfdagovCDERGUIDANCEpvhtmgt Acesso em 12 nov 2007

GUAZZARONI M YIIN B YU JL Application of total organic carbon analysis for cleaning validation in pharmaceutical manufacturing American Biotechnology Laboratory v 16 n 10 p 66-67 1998

HAIDER S I Validation standard operating procedures a step-by-step guide for achieving compliance in the pharmaceutical medical device and biotech industries 2 ed Boca Raton CRC 2002

43

HELLE M R YLIRUUSI J MANNERMAA J P A literature review of pharmaceutical process validation Pharmaceutical Technology Europe Part 3 v15 p 52-57 2003

HOFMANN K L Sterile products validation In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 103

JEATER J P CULLEN L F PAPARIELLO GJ Organizing for validation In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 9

JOHNSON W M Validation of water system for sterile and nonsterile products In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 299 - 317

KIEFFER RG Validation and the human element PDA Journal of Pharmaceutical Science and Technology v52 n2 p52-54 1998

LE HIR A Noccedilotildees de farmaacutecia galecircnica 6 ed Satildeo Paulo Organizaccedilatildeo Andrei 1997 p 137-138

LeBLANC D A Establishing scientifically justified acceptance criteria for cleaning validation of finished drug products Pharmaceutical Technology 1998 Disponiacutevel em ltwwwadvanstarcomgt Acesso em 30 set 2007

LOFTUS B T The Regulatory basis for process In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 2 - 32

LORD SV MCCARTHY T ALEEM H ZHAO Y SHARRATT P N Reinterpreting validation Proceedings of the Institution of Mechanical Engineers Part E Process Mechanical Engineering v 217 p287- 292 2003

MCCOLMICK P Y CULLEN L F Cleaning validation In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 319 - 322

NASH R A Introduction In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993

44

PICS - Pharmaceutical Inspection Convention and Pharmaceutical Inspection Co-operation Scheme Recommendations on validation master plan installation and operational qualification non-sterile process validation cleaning validation Genebra 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwnewwayzconzrefmaterialpics_pi006_2VMPpdfgt Acesso em 30 set 2007

TKA WASSERAUFBEREITUNGSSYSTEME GMBH Operating instructions TKA LAB ndash UPW Article ndeg 083007-SO Niederelbert 2001

WHO ndash World Health Organization Suplementary guidelines on good manufacturing practices (GMP) validation Genebra 2005 p 22-23 Disponiacutevel em lthttpwwwwhointmedicinesservicesexpertcommitteespharmprepValidation_QAS_055_Rev2combinedpdfgtAcesso em Acesso em 30 set 2007

WHO ndash World Health Organization Supplementary training modules on good manufacturing practice water for pharmaceutical use Part 1 introduction and treatment Genebra 2001 Disponiacutevel em ltftpftpwhointmedicinesGMPgmptrainsuplmtWater01pptgt Acesso em 30 set 2007

WHO ndash World Health Organization Supplementary training modules on good manufacturing practice water for pharmaceutical use Part 2 water purification engineering Genebra 2001 Disponiacutevel em ltftpftpwhointmedicinesGMPgmptrainsuplmtWater02pptgt Acesso em 30 set 2007

WHO ndash World Health Organization Supplementary training modules on good manufacturing practice water for pharmaceutical use Part 3 inspection of water systems Genebra 2001 Disponiacutevel em ltftpftpwhointmedicinesGMPgmptrainsuplmtWater03pptgt Acesso em 30 set 2007

WHO ndash World Health Organization Who good manufacturing practices water for pharmaceutical use Genebra 2005 (Technical Report Series n 929 Anexo 3)

WHO ndash World Health Organization Who Expert Committee on specifications for pharmaceutical preparations Genebra 2006 p 125 ndash 126 (Technical Report Series n 937 Anexo 4 Apecircndice II) Disponiacutevel em lthttpwhqlibdocwhointtrsWHO_TRS_937_engpdfpage=359gt Acesso em 01 dez 2007

  • Outras definiccedilotildees semelhantes a essas existem e muito embora as expressotildees variem a essecircncia de todas eacute a mesma assegurar que o processo quando operado sob as condiccedilotildees preacute-determinadas resultaraacute em um produto que reuniraacute as especificaccedilotildees e seus
Page 21: VALIDAÇÃO DE PROCESSOS: Aspectos teóricos e proposição de

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Figura 1 Desenho esquemaacutetico do sistema de osmose reversa e do sistema de

armazenamento 1- Vaacutelvula solenoacuteide da aacutegua de alimentaccedilatildeo (Art Ndeg 150003) 2-

Bomba auxiliar com transformador (Art Ndeg 190046) 3- Moacutedulo de osmose reversa

composto por Carcaccedila 1812 (Art Ndeg 220047) e Membrana de osmose reversa 1812

(Art Ndeg 220046) 4- Vaacutelvula reguladora de pressatildeo (Art Ndeg 150060) 5- Vaacutelvula

solenoacuteide de enxaguamento por jato de aacutegua (Art Ndeg 150003) 6- Ceacutelula medidora de

condutividade (apoacutes agrave OR) (Art Ndeg 160126) 7- Foto-oxidaccedilatildeo de UV (Art Ndeg

250011) 8- Conjunto de deionizaccedilatildeo composto por Carcaccedila de filtro (Art Ndeg 065310)

e Jogo de cartuchos permutador de iacuteons e resina de adsorccedilatildeo (Art Ndeg 093011) 9-

Ceacutelula de mediccedilatildeo de condutividade da aacutegua purificada (Art Ndeg 160126) 10- Tanque

de 75 litros incluindo jogo de montagem na parede (Art Ndeg 065075) 11- Bomba de

recirculaccedilatildeo (Art Ndeg 190028) 12- Vaacutelvula de controle (Art Ndeg 150009) 13- Controle

por microprocessador (Art Ndeg 160181) 14- Entrada de aacutegua provinda do sistema de

preacute-tratamento 15- Saiacuteda da aacutegua purificada Torneira de extraccedilatildeo 16- Saiacuteda frac34rdquo do

concentrado

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

II4 Princiacutepio de Funcionamento do Sistema de Osmose Reversa

A aacutegua de alimentaccedilatildeo provinda do sistema de preacute-tratamento entra no sistema

com pressatildeo maacutexima de 6 Bar A vaacutelvula solenoacuteide da aacutegua de alimentaccedilatildeo (Figura 1-1)

permanece fechada quando o sistema estaacute no modo de espera ou parado para impedir

que a aacutegua de alimentaccedilatildeo passe pela membrana e transborde no tanque de

armazenamento A membrana semi-permeaacutevel (Figura 1-3) reteacutem 96 dos sais

dissolvidos e 99 das bacteacuterias e dos soacutelidos suspensos na aacutegua de alimentaccedilatildeo A aacutegua

purificada passa agora atraveacutes das fases de tratamento duplo (Figura 1- 7 e 8) e eacute

recolhida no tanque de armazenamento (Figura 1-10) Os sais e outros elementos

rejeitados satildeo eliminados do sistema atraveacutes do fluxo do ldquoconcentradordquo A ceacutelula

medidora da condutividade (Figura 1-6) mede a condutividade da aacutegua purificada (apoacutes

os jogos de cartuchos (Figura 1-7 e 8) o que eacute visualizado no menu de controle do

microprocessador (Figura 1-13) A bomba de recirculaccedilatildeo (Figura 1-11) eacute acionada a

cada a cada vinte minutos e recircula a aacutegua no tanque conduzindo-a pela lacircmpada de

oxidaccedilatildeo UV (Figura 1- 7) e pelo jogo de cartuchos deionizadores (Figura 1-8)

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Um desenho de montagem do sistema de tratamento completo segue na Figura 2

Figura 2 Desenho esquemaacutetico do Sistema de Purificaccedilatildeo de aacuteguas e suas

especificaccedilotildees 1- Aacutegua de alimentaccedilatildeo conexatildeo frac34rdquo (pressatildeo miacutenima 2 bar) 2- Filtro retrolavaacutevel (Art Ndeg 115999) 21- Redutor de pressatildeo (Art Ndeg 115998) 3- Preacute-filtro de 5microm + carvatildeo ativado (Art Ndeg 065201) com um manocircmetro (Art Ndeg 065311) 4-

Filtro de polipropileno de porosidade 1 microm (Art Ndeg 065101) com um manocircmetro (Art Ndeg 065311) 5- Equipamento de Osmose reversa TKA-HPW 220V ndash 100W (Art Ndeg 083007-SO) 6- Tanque de armazenamento de capacidade 75 L (Art Ndeg 115996) 7- Kit de instalaccedilatildeo (Art Ndeg 115994) 8- Caixa de aacutegua de 5000 L 9- Rede puacuteblica de

abastecimento

Caixa drsquoaacutegua (8)

Rede Puacuteblica (9)

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

III Qualificaccedilatildeo da Instalaccedilatildeo (IQ)

A fase da Qualificaccedilatildeo da Instalaccedilatildeo (IQ) estaacute associada agrave verificaccedilatildeo da

instalaccedilatildeo dos equipamentos de acordo com as especificaccedilotildees do fabricante aleacutem da

calibraccedilatildeo dos instrumentos e o estabelecimento de um programa de manutenccedilatildeo

preventiva (Johnson 1993) A Tabela 2 apresenta as especificaccedilotildees do sistema de

purificaccedilatildeo de aacuteguas e as accedilotildees que se fazem necessaacuterias para efetuar a qualificaccedilatildeo

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Tabela 2 Especificaccedilotildees fornecidas pelo fabricante e atividade a ser realizada para qualificar a instalaccedilatildeo

Especificaccedilatildeo Paracircmetro especificado em manual

Atividade a ser realizada para qualificar a

instalaccedilatildeo Tensatildeo Eleacutetrica 127220V 60Hz Registro de Calibraccedilatildeo do

estabilizador Potecircncia Eleacutetrica 01 Kw Verificaccedilatildeo e registro Temperatura ambiente +2degc a +35degC Registro do

monitoramento da temperatura

Pressatildeo do permeado 0 bar Verificaccedilatildeo e registro Pressatildeo operacional 6 bar maacutex Registro da verificaccedilatildeo da

pressatildeo da aacutegua de alimentaccedilatildeo

Temperatura de alimentaccedilatildeo +1degC a +30degC Registro da verificaccedilatildeo de temperatura

Pressatildeo da aacutegua de alimentaccedilatildeo

2 a 6 bar Registro da verificaccedilatildeo da pressatildeo da aacutegua de

alimentaccedilatildeo Calibraccedilatildeo dos controles ao longo do processo

Condutiviacutemetro e manocircmetro

Registro das calibraccedilotildees realizadas

Treinamento dos Operadores -- Realizaccedilatildeo e registro de treinamento

Programa de Manutenccedilatildeo Preventiva

Enxaacuteguumle e desinfecccedilatildeo dos tanques de

estocagem tubulaccedilotildees e carcaccedilas (anualmente)

Elaboraccedilatildeo do POP de enxaacuteguumle e desinfecccedilatildeo

Capacidade de carga das

paredes ou chatildeo

-- Registros da verificaccedilatildeo da instalaccedilatildeo

Tubulaccedilatildeo de Drenagem de

112rdquo livre para o esgoto -- Registro da verificaccedilatildeo da

Instalaccedilatildeo

Espaccedilo de trabalho suficiente -- 64 m2

Conexatildeo aacutegua de alimentaccedilatildeo

de frac34rdquo(com registro)

-- Registro da verificaccedilatildeo da instalaccedilatildeo

Ponto de Coleta do sistema de

preacute-tratamento -- Instalaccedilatildeo de registro na

entrada da aacutegua provinda do preacute-tratamento

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

IV Qualificaccedilatildeo da Operaccedilatildeo (OQ)

Esta etapa estaacute relacionada agrave garantia de que cada componente esteja

funcionando de acordo com o especificado As accedilotildees a serem realizadas na fase de

qualificaccedilatildeo da operaccedilatildeo seguem na tabela 3

Tabela 3 Accedilotildees a serem realizadas na fase de Qualificaccedilatildeo da Operaccedilatildeo (Johnson 1993)

Accedilatildeo Atividade a ser realizada 1 Preencher o sistema com aacutegua e reparar

quaisquer fugas e substituir vaacutelvulas ou vedaccedilotildees defeituosas

Verificaccedilatildeo de vazamentos e registro da realizaccedilatildeo de manutenccedilatildeo por pessoal autorizado

2 Verificar o bom funcionamento das vaacutelvulas e controles ao longo do processo

Calibraccedilatildeo dos Manocircmetros e Condutiviacutemetro do tanque de armazenamento

3 Registrar a realizaccedilatildeo da sanitizaccedilatildeo da caixa de aacutegua e da distribuiccedilatildeo do sistema

Realizaccedilatildeo da Sanitizaccedilatildeo e seu Registro

4 Elaboraccedilatildeo de POPs que descrevem os procedimentos de ligar desligar e sanitizar os equipamentos e o sistema

Seguem em anexo B

5 Verificaccedilatildeo da variaccedilatildeo da vazatildeo de aacutegua em comparaccedilatildeo as especificaccedilotildees do fornecedor

Protocolo de Serviccedilo (PS001) Anexo C

6 Avaliar a produccedilatildeo nominal do sistema 7 Lh a 15degC 7 Avaliar a eficiecircncia do sistema de preacute-

tratamento Atraveacutes da Fase 1 de validaccedilatildeo se avaliaraacute a eficiecircncia do sistema de preacute-tratamento

V Process validation (PV)

Apoacutes a realizaccedilatildeo das trecircs primeiras qualificaccedilotildees seraacute necessaacuterio realizar testes

que comprovem que o sistema realiza a purificaccedilatildeo da aacutegua da maneira a que se propotildee

Para realizar essa tarefa como descrito anteriormente segue-se a abordagem da

Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (WHO 2005) que determina trecircs fases para a validaccedilatildeo

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

V1 Plano de amostragem

V11 Pontos de amostragem

A tabela 4 descreve os pontos de coleta sua localizaccedilatildeo e a especificaccedilatildeo do tipo

de aacutegua

Tabela 4 Pontos de validaccedilatildeo localizaccedilatildeo e suas especificaccedilotildees de avaliaccedilatildeo Nuacutemero Local Tipo de aacutegua

1 Entrada do sistema de purificaccedilatildeo de aacutegua (torneira da pia)

Aacutegua potaacutevel

2 Aacutegua de alimentaccedilatildeo da osmose reversa Aacutegua potaacutevel natildeo clorada

3 Ponto de coleta da aacutegua purificada Aacutegua purificada

V12 Testes Requeridos e Criteacuterio de Aceitaccedilatildeo

Os testes requeridos e seus criteacuterios de aceitaccedilatildeo estatildeo descritos nas tabelas 4 e

5 Os testes para Aacutegua Purificada seratildeo realizados de acordo com a Farmacopeacuteia

Brasileira 4ordf ediccedilatildeo (F Bras IV 2005) e para aacutegua potaacutevel de acordo com os limites

estabelecidos na Portaria 51804 do Ministeacuterio da Sauacutede

V121 Aacutegua Potaacutevel

Tabela 5 Criteacuterios de Aceitaccedilatildeo para aacutegua potaacutevel Testes Microbioloacutegicos Especificaccedilatildeo Contagem Heterotroacutefica Total le 500UFCMl Patoacutegenos Ausecircncia de Coliformes Testes Quiacutemicos Especificaccedilatildeo Cor lt 15 UH Cloro 02 a 05 ppm pH 60 a 95 Turbidez lt 5UT Unidade Hazen (mg Pt-CoL) Unidade de turbidez

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

V122 Aacutegua Purificada

Tabela 6 Criteacuterios de Aceitaccedilatildeo para aacutegua purificada Testes Microbioloacutegicos Especificaccedilatildeo Contagem Heterotroacutefica Total le 100UFCmL Patoacutegenos Ausecircncia de coliformes P aeruginosa S

aureus e E Coli termotolerantes Testes Quiacutemicos Especificaccedilatildeo Acidez ou Alcalinidade Cumpre o Teste Amocircnio No maacuteximo 02 ppm Aparecircncia Liacutequido incolor liacutempido insiacutepido e

inodoro Caacutelcio e Magneacutesio Cumpre o Teste Cloretos Cumpre o Teste Condutividade No maacuteximo 21 microScm Metais Pesados No maacuteximo 01 ppm Nitratos No maacuteximo 02 ppm pH 5 -7 Resiacuteduo por evaporaccedilatildeo No maacuteximo 0001 Substacircncias Oxidaacuteveis Cumpre o Teste Sulfatos Cumpre o Teste Os testes seratildeo realizados de acordo com a Farmacopeacuteia Brasileira 4ordf ediccedilatildeo (F Bras IV 2005)

V13 Cronograma de Amostragem

Para a Fase 1 da validaccedilatildeo seratildeo realizados testes quiacutemicos e bioloacutegicos para

todos os pontos de amostragem durante trecircs semanas em trecircs periacuteodos de cinco dias

Apoacutes a conclusatildeo satisfatoacuteria dessa fase se realizaraacute a Fase 2 de validaccedilatildeo fase em que

a aacutegua produzida pode ser utilizada Nesta fase deve-se realizar novamente e

diariamente todos os testes quiacutemicos e bioloacutegicos para todos os pontos de amostragem

durante quatro semanas em quatro periacuteodos de cinco dias Para a Fase 3 de validaccedilatildeo

seratildeo realizados os mesmos testes quiacutemicos e microbioloacutegicos para todos os pontos de

amostragem semanalmente durante um ano O cronograma dos pontos de amostragem

segue na tabela 7

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Tabela 7 Cronograma de validaccedilatildeo

Fase de

Validaccedilatildeo

Ponto de

Amostragem

Periacuteodo de

Anaacutelise

Frequumlecircncia de

Anaacutelise

Tipo de Testes

a Realizar

1 1 2 Semanas Trecircs periacuteodos de

5 dias

Aacutegua Potaacutevel

1 2 2 Semanas Trecircs periacuteodos de 5 dias

Aacutegua potaacutevel

natildeo clorada

1 3 2 Semanas Trecircs periacuteodos de 5 dias

Aacutegua

Purificada

2 1 3 Semanas Quatro periacuteodos

de 5 dias

Aacutegua Potaacutevel

2 2 3 Semanas Quatro periacuteodos

de 5 dias

Aacutegua potaacutevel

natildeo clorada

2 3 3 Semanas Quatro periacuteodos

de 5 dias

Aacutegua

Purificada

3 1 1 Ano Semanal Aacutegua Potaacutevel

3 2 1 Ano Semanal Aacutegua potaacutevel

natildeo clorada

3 3 1 Ano Semanal Aacutegua

Purificada

V2 Fase 1

Periacuteodo de testes de trecircs semanas em trecircs periacuteodos de cinco dias para

monitoramento do sistema intensivamente durante este periacuteodo o sistema deve operar

continuamente sem falhas ou desvios de qualidade

Para essa fase seratildeo realizados os seguintes testes

bull Realizar testes quiacutemicos e microbioloacutegicos de acordo o plano de amostragem

bull Desenvolver faixas de operaccedilatildeo adequadas

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

bull Desenvolver e finalizar procedimentos de operaccedilotildees limpeza desinfecccedilatildeo e

manutenccedilatildeo

bull Demonstrar a produccedilatildeo e entrega da aacutegua na qualidade e quantidade exigida

bull Usar e aperfeiccediloar os POPs de operaccedilatildeo (ver anexo) manutenccedilatildeo desinfecccedilatildeo e

soluccedilatildeo de problemas

bull Verificar alertas provisoacuterios e accedilotildees de niacuteveis

bull Desenvolver e refinar procedimentos de testes de natildeo conformidade

V3 Fase 2

Outro periacuteodo de testes de quatro semanas em quatro periacuteodos de cinco dias a

ser realizado de maneira mais intensiva atraveacutes de um acompanhamento dos POPs

aperfeiccediloados apoacutes a conclusatildeo da Fase 1 O sistema de amostragem eacute idecircntico ao da

fase inicial e aacutegua pode ser utilizada para a fabricaccedilatildeo durante essa fase O sistema

deve

bull Demonstrar a produccedilatildeo e entrega da aacutegua na qualidade e quantidade exigida

quando o sistema eacute operado de acordo com os POPs

bull Demonstrar que o sistema estaacute sob controle

V4 Fase 3

Esta fase seraacute executada por no miacutenimo um ano apoacutes a conclusatildeo satisfatoacuteria da

fase dois a aacutegua pode ser usada para a fabricaccedilatildeo durante esta fase produccedilatildeo que tem os

devidos fins e caracteriacutesticas

bull Demonstrar que o sistema estaacute sob controle durante um longo periacuteodo de tempo

garantindo que as variaccedilotildees sazonais foram avaliadas

bull Locais de amostra frequumlecircncia de amostras e testes devem ser reduzido ao padratildeo

de rotina normal (semanalmente)

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

POP ndeg001 Versatildeo 06112007 Validade 06112008 Paacutegina 14

Procedimento Operacional Padratildeo 001

Instruccedilotildees de Uso do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

1 Objetivo Orientar a operaccedilatildeo do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

2 Aplicaccedilatildeo Ao pessoal responsaacutevel pela operaccedilatildeo e monitoramento do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

3 Materiais Necessaacuterios Protocolo de Serviccedilo (PS 001) Protocolo de Manutenccedilatildeo (PM 001) Protocolo de Produccedilatildeo de Aacutegua Purificada (PP 001)

4 Cuidados Especiais Verificar se o aparelho estaacute limpo e adequado a sua utilizaccedilatildeo Verificar a temperatura e umidade do ambiente Verificar a temperatura da aacutegua de alimentaccedilatildeo Verificar a pressatildeo da aacutegua de alimentaccedilatildeo

5 Procedimento 51 Ligar o Disjuntor (A) que alimenta a Central de Aacuteguas

A

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

POP ndeg001 Versatildeo 06112007 Validade 06112008 Paacutegina 24

Procedimento Operacional Padratildeo 001

Instruccedilotildees de Uso do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

52 Ligar o Estabilizador (B) de energia que alimenta o aparelho de Osmose Reversa

53 Abrir o registro (C) da aacutegua de alimentaccedilatildeo

54 Verificar os paracircmetros do item Cuidados Especiais e anotaacute-los no Protocolo de Serviccedilo

(PS 001)

B

C

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

POP ndeg001 Versatildeo 06112007 Validade 06112008 Paacutegina 34

Procedimento Operacional Padratildeo 001

Instruccedilotildees de Uso do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

55 Acionar a tecla ONOFF (1)

56 Visualizar no display (2) ldquoCleaningrdquo - referente agrave operaccedilatildeo do sistema de enxaacutegue que

entra automaticamente em operaccedilatildeo 57 Visualizar no display (2) ldquoProductionrdquo (produccedilatildeo) - referente agrave operaccedilatildeo do sistema de

Osmose Reversa 58 Apoacutes 2 minutos de produccedilatildeo acionar a tecla MENU (3) duas vezes para verificar a

condutividade da aacutegua de produccedilatildeo Caso visualize a mensagem ldquoError-CPrdquo paacutere a produccedilatildeo e despreze a aacutegua do tanque abrindo o registro do ponto de coleta de aacutegua purificada (D)

59 Quando o tanque de armazenamento estiver cheio ocorreraacute outro enxaacuteguumle automaacutetico e

no display (2) apareceraacute a mensagem ldquoCleaningrdquo 510 Completando-se este ciclo o aparelho entra em modo de operaccedilatildeo ldquoStand byrdquo sendo

visualizado no display (2) a mesma mensagem ldquoStand byrdquo

1

2

3

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

POP ndeg001 Versatildeo 06112007 Validade 06112008 Paacutegina 44

Procedimento Operacional Padratildeo 001

Instruccedilotildees de Uso do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

511 Retire a Aacutegua Purificada do tanque de armazenamento abrindo o registro do Ponto de Coleta (D)

512 Ao final da produccedilatildeo acionar a tecla ONOFF (1) desligar o Estabilizador de energia (B)

e fechar o registro da aacutegua de alimentaccedilatildeo (C) e o disjuntor da Central de Aacuteguas (A) 513 Anotar o valor final produzido no Protocolo de Produccedilatildeo de Aacutegua Purificada

6 Observaccedilotildees Limpeza Mensal Manutenccedilatildeo Realizada pelo fabricante sempre que constatado que fora dos paracircmetros

D

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

Protocolo ndeg001 Versatildeo 06112007 Validade 06112008

Protocolo de Serviccedilo (PS 001)

Protocolo de Verificaccedilatildeo dos Paracircmetros do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

Data Temp Ambiente

(degC)

Umidade ()

Temp Aacutegua de

Alimentaccedilatildeo (degC)

Pressatildeo Aacutegua de

Alimentaccedilatildeo (bar)

Condutividade da aacutegua Produzida (microScm)

Responsaacutevel

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash

RS Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

Protocolo ndeg002 Versatildeo 06112007 Validade 06112008

Protocolo de Manutenccedilatildeo (PM 001)

Protocolo de Verificaccedilatildeo da Manutenccedilatildeo do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

Tipo de Sistema

Nuacutemero de Identificaccedilatildeo

Ano de Fabricaccedilatildeo

Data Dureza da aacutegua de

alimentaccedilatildeo (degdH)

Pressatildeo de operaccedilatildeo

(bar)

Taxa de Permeado

(Lh)

Uacuteltima Troca de Preacute-filtro

Uacuteltima troca de Fosfato

Uacuteltima limpeza

desinfecccedilatildeo

Ass

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash

RS Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

Protocolo ndeg003 Versatildeo 06112007 Validade 06112008

Protocolo de Produccedilatildeo (PP 001)

Protocolo de Produccedilatildeo de Aacutegua Purificada

Data Produccedilatildeo Diaacuteria Responsaacutevel

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash

RS Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

Protocolo ndeg004 Versatildeo 06112007 Validade 06112008

Resultados da Validaccedilatildeo do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

Aacutegua Purificada

DATA

PONTO DE COLETA

Testes Microbioloacutegicos

Especificaccedilatildeo ____ ____ ____ ____ ____

Contagem Heterotroacutefica Total

le 100UFCmL

Patoacutegenos Ausecircncia de coliformes P aeruginosa S aureus

Testes Quiacutemicos Especificaccedilatildeo ____ ____ ____ ____ ____ Acidez ou Alcalinidade

Cumpre o Teste

Amocircnio No maacuteximo 02 ppm Aparecircncia Liacutequido incolor liacutempido

insiacutepido e inodoro

Caacutelcio e Magneacutesio Cumpre o Teste Cloretos Cumpre o Teste Condutividade No maacuteximo 21 microScm Metais Pesado No maacuteximo 01 ppm Nitratos No maacuteximo 02 ppm pH 5 -7 Resiacuteduo por evaporaccedilatildeo

No maacuteximo 0001

Substacircncias Oxidaacuteveis Cumpre o Teste Sulfatos Cumpre o Teste Os testes seratildeo realizados de acordo com a Farmacopeacuteia Brasileira 4ordf ediccedilatildeo (F Bras IV 2005)

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash

RS Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

Protocolo ndeg 005 Versatildeo 06112007 Validade 06112008

Resultados da Validaccedilatildeo do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua Aacutegua Potaacutevel

Data

Ponto de

Coleta

Especificaccedilotildees Anaacutelise Quiacutemica Anaacutelise Microbioloacutegica

Cloro pH Cor

Turbidez Contagem Heterotroacutefica

Total

Patoacutegenos

02 ndash 05 ppm

60 ndash 95 15 UH 5 UT

lt 500 UFCmL Ausecircncia de coliformes

Unidade Hazen (mg Pt-CoL)

Unidade de turbidez

40

4 Consideraccedilotildees finais e perspectivas

Ao longo do tempo a importacircncia da validaccedilatildeo de processos para a Garantia da

Qualidade foi sendo melhor compreendida pelo segmento farmacecircutico e com isso foi

contemplada pelos oacutergatildeos reguladores e aplicada pelos profissionais deste segmento

Se a validaccedilatildeo estaacute bem definida e eacute amplamente compreendida como pocircde ser

observado pelo nuacutemero de trabalhos e legislaccedilotildees revisados neste trabalho um dos

desafios que se apresentam atualmente consiste em ampliar o entendimento de como

realizaacute-la na praacutetica A proposiccedilatildeo de um protocolo para a validaccedilatildeo de um processo de

purificaccedilatildeo de aacutegua teve como um de seus objetivos exemplificar esta tarefa e assim

auxiliar na elaboraccedilatildeo de outros protocolos Assim como perspectiva deste trabalho

espera-se fornecer subsiacutedio agrave validaccedilatildeo de outros processos farmacecircuticos de

purificaccedilatildeo de aacutegua ou mesmo outros

Isto porque embora cada processo possua aspectos especiacuteficos os quais devem

ser cuidadosamente avaliados durante a validaccedilatildeo o entendimento e aplicaccedilatildeo

adequados da terminologia relacionada agrave validaccedilatildeo auxiliam na conduccedilatildeo de uma

validaccedilatildeo adequada e bem documentada

41

5 Referecircncias

ALEEM H ZHAO Y LORD S MCCARTHY T SHARRATT P N Pharmaceutical process validation an overview Proceedings of the Institution of Mechanical Engineers Part E Process Mechanical Engineering v 217 p141 ndash 150 2002

ALENCAR J R B Pinto P M D V Neto P P V Oliveira A T C Medeiros F P M Ramos S V V Rolim P J N Strategy in pharmaceutical process validation of purified water Revista Brasileira de Farmaacutecia v 85 n3 p85-88 2004a ALENCAR JRB Souza M B J Rolim P J N Lopes C E Uso de controle estatiacutestico de processo (CEP) para validaccedilatildeo de processo de glibenclamida comprimidos Revista Brasileira de Farmaacutecia v85 n3 p115-119 2004b

ALENCAR J R B CLEMENTINO M R A ROLIM P J N Cleaning validation of equipments in medicines industry strategy to select the ldquoworst caserdquo Revista Brasileira de Farmaacutecia v87 n 1 p13-18 2006

ANVISA ndash Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria Gerecircncia Geral de Inspeccedilatildeo e Controle de Medicamentos e Produtos Guias relacionados agrave garantia de qualidade Brasiacutelia 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwanvisagovbrinspecaoguias_qualidadepdfgt Acesso em 12 nov 2007

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria (ANVISA) Resoluccedilatildeo RDC nordm 210 de 04082003 DOU de 14082003 Disponiacutevel em lthttpe-legisanvisagovbrleisrefpublicshowActphpid=22321ampword=gt Acesso em 30 set 2007

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria (ANVISA) Resoluccedilatildeo RDC nordm 67 de 08102007 DOU de 09102007 Disponiacutevel em lthttpe-legisanvisagovbrleisrefpublicshowActphpid=28806ampword= gt Acesso em 30 nov 2007

42

BRASIL Ministeacuterio de Estado da Sauacutede Portaria nordm 518 de 25032004 DOU de 26032004 Disponiacutevel em lthttpe-legisanvisagovbrleisrefpublicshowActphpid=22322ampwordgt Acesso em 30 set 2007

CASTILLA B SENA F J Validation documentation Journal of Validation Technology v7 n 2 p 166-123 2001

DA ROSA PS Diagnoacutestico e avaliaccedilatildeo da qualidade microbioloacutegica da aacutegua na Faculdade de Farmaacutecia Trabalho de Conclusatildeo de Curso de Graduaccedilatildeo Disciplina de Estaacutegio Curricular em Farmaacutecia Faculdade de Farmaacutecia Universidade Federal do Rio Grande do Sul Porto Alegre 2007

EMEA - European Agency for Evaluation of Medicinal Products Note for guidance on process validation London 2001 Disponiacutevel em lthttpwwwemeaeuropaeupdfshumanqwp084896enpdfgt Acesso em 12 nov 2007

FARMACOPEacuteIA BRASILEIRA 4 ed Satildeo Paulo Atheneu 2004 pV224

FARMACOPEacuteIA BRASILEIRA 4 ed Satildeo Paulo Atheneu 2005 Fasciacuteculo 6 p263

FDA ndash Food and Drug Administration - Center for Drug Evaluation and Research (CDER) Guidance for Industry Powder Blends and Finished Dosage Units mdash Stratified In-Process Dosage Unit Sampling and Assessment Rockville 2003 Disponiacutevel em lthttpwwwfdagovCDERGUIDANCE5831dfthtmgt Acesso em 12 nov 2007

FDA ndash Food and Drug Administration - Division of Manufacturing and Product Quality (HFN-320) Center for Drugs and Biologics Guidelines on general principles of process validation Rockville 1987 Disponiacutevel em lthttpwwwfdagovCDERGUIDANCEpvhtmgt Acesso em 12 nov 2007

GUAZZARONI M YIIN B YU JL Application of total organic carbon analysis for cleaning validation in pharmaceutical manufacturing American Biotechnology Laboratory v 16 n 10 p 66-67 1998

HAIDER S I Validation standard operating procedures a step-by-step guide for achieving compliance in the pharmaceutical medical device and biotech industries 2 ed Boca Raton CRC 2002

43

HELLE M R YLIRUUSI J MANNERMAA J P A literature review of pharmaceutical process validation Pharmaceutical Technology Europe Part 3 v15 p 52-57 2003

HOFMANN K L Sterile products validation In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 103

JEATER J P CULLEN L F PAPARIELLO GJ Organizing for validation In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 9

JOHNSON W M Validation of water system for sterile and nonsterile products In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 299 - 317

KIEFFER RG Validation and the human element PDA Journal of Pharmaceutical Science and Technology v52 n2 p52-54 1998

LE HIR A Noccedilotildees de farmaacutecia galecircnica 6 ed Satildeo Paulo Organizaccedilatildeo Andrei 1997 p 137-138

LeBLANC D A Establishing scientifically justified acceptance criteria for cleaning validation of finished drug products Pharmaceutical Technology 1998 Disponiacutevel em ltwwwadvanstarcomgt Acesso em 30 set 2007

LOFTUS B T The Regulatory basis for process In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 2 - 32

LORD SV MCCARTHY T ALEEM H ZHAO Y SHARRATT P N Reinterpreting validation Proceedings of the Institution of Mechanical Engineers Part E Process Mechanical Engineering v 217 p287- 292 2003

MCCOLMICK P Y CULLEN L F Cleaning validation In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 319 - 322

NASH R A Introduction In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993

44

PICS - Pharmaceutical Inspection Convention and Pharmaceutical Inspection Co-operation Scheme Recommendations on validation master plan installation and operational qualification non-sterile process validation cleaning validation Genebra 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwnewwayzconzrefmaterialpics_pi006_2VMPpdfgt Acesso em 30 set 2007

TKA WASSERAUFBEREITUNGSSYSTEME GMBH Operating instructions TKA LAB ndash UPW Article ndeg 083007-SO Niederelbert 2001

WHO ndash World Health Organization Suplementary guidelines on good manufacturing practices (GMP) validation Genebra 2005 p 22-23 Disponiacutevel em lthttpwwwwhointmedicinesservicesexpertcommitteespharmprepValidation_QAS_055_Rev2combinedpdfgtAcesso em Acesso em 30 set 2007

WHO ndash World Health Organization Supplementary training modules on good manufacturing practice water for pharmaceutical use Part 1 introduction and treatment Genebra 2001 Disponiacutevel em ltftpftpwhointmedicinesGMPgmptrainsuplmtWater01pptgt Acesso em 30 set 2007

WHO ndash World Health Organization Supplementary training modules on good manufacturing practice water for pharmaceutical use Part 2 water purification engineering Genebra 2001 Disponiacutevel em ltftpftpwhointmedicinesGMPgmptrainsuplmtWater02pptgt Acesso em 30 set 2007

WHO ndash World Health Organization Supplementary training modules on good manufacturing practice water for pharmaceutical use Part 3 inspection of water systems Genebra 2001 Disponiacutevel em ltftpftpwhointmedicinesGMPgmptrainsuplmtWater03pptgt Acesso em 30 set 2007

WHO ndash World Health Organization Who good manufacturing practices water for pharmaceutical use Genebra 2005 (Technical Report Series n 929 Anexo 3)

WHO ndash World Health Organization Who Expert Committee on specifications for pharmaceutical preparations Genebra 2006 p 125 ndash 126 (Technical Report Series n 937 Anexo 4 Apecircndice II) Disponiacutevel em lthttpwhqlibdocwhointtrsWHO_TRS_937_engpdfpage=359gt Acesso em 01 dez 2007

  • Outras definiccedilotildees semelhantes a essas existem e muito embora as expressotildees variem a essecircncia de todas eacute a mesma assegurar que o processo quando operado sob as condiccedilotildees preacute-determinadas resultaraacute em um produto que reuniraacute as especificaccedilotildees e seus
Page 22: VALIDAÇÃO DE PROCESSOS: Aspectos teóricos e proposição de

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

II4 Princiacutepio de Funcionamento do Sistema de Osmose Reversa

A aacutegua de alimentaccedilatildeo provinda do sistema de preacute-tratamento entra no sistema

com pressatildeo maacutexima de 6 Bar A vaacutelvula solenoacuteide da aacutegua de alimentaccedilatildeo (Figura 1-1)

permanece fechada quando o sistema estaacute no modo de espera ou parado para impedir

que a aacutegua de alimentaccedilatildeo passe pela membrana e transborde no tanque de

armazenamento A membrana semi-permeaacutevel (Figura 1-3) reteacutem 96 dos sais

dissolvidos e 99 das bacteacuterias e dos soacutelidos suspensos na aacutegua de alimentaccedilatildeo A aacutegua

purificada passa agora atraveacutes das fases de tratamento duplo (Figura 1- 7 e 8) e eacute

recolhida no tanque de armazenamento (Figura 1-10) Os sais e outros elementos

rejeitados satildeo eliminados do sistema atraveacutes do fluxo do ldquoconcentradordquo A ceacutelula

medidora da condutividade (Figura 1-6) mede a condutividade da aacutegua purificada (apoacutes

os jogos de cartuchos (Figura 1-7 e 8) o que eacute visualizado no menu de controle do

microprocessador (Figura 1-13) A bomba de recirculaccedilatildeo (Figura 1-11) eacute acionada a

cada a cada vinte minutos e recircula a aacutegua no tanque conduzindo-a pela lacircmpada de

oxidaccedilatildeo UV (Figura 1- 7) e pelo jogo de cartuchos deionizadores (Figura 1-8)

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Um desenho de montagem do sistema de tratamento completo segue na Figura 2

Figura 2 Desenho esquemaacutetico do Sistema de Purificaccedilatildeo de aacuteguas e suas

especificaccedilotildees 1- Aacutegua de alimentaccedilatildeo conexatildeo frac34rdquo (pressatildeo miacutenima 2 bar) 2- Filtro retrolavaacutevel (Art Ndeg 115999) 21- Redutor de pressatildeo (Art Ndeg 115998) 3- Preacute-filtro de 5microm + carvatildeo ativado (Art Ndeg 065201) com um manocircmetro (Art Ndeg 065311) 4-

Filtro de polipropileno de porosidade 1 microm (Art Ndeg 065101) com um manocircmetro (Art Ndeg 065311) 5- Equipamento de Osmose reversa TKA-HPW 220V ndash 100W (Art Ndeg 083007-SO) 6- Tanque de armazenamento de capacidade 75 L (Art Ndeg 115996) 7- Kit de instalaccedilatildeo (Art Ndeg 115994) 8- Caixa de aacutegua de 5000 L 9- Rede puacuteblica de

abastecimento

Caixa drsquoaacutegua (8)

Rede Puacuteblica (9)

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

III Qualificaccedilatildeo da Instalaccedilatildeo (IQ)

A fase da Qualificaccedilatildeo da Instalaccedilatildeo (IQ) estaacute associada agrave verificaccedilatildeo da

instalaccedilatildeo dos equipamentos de acordo com as especificaccedilotildees do fabricante aleacutem da

calibraccedilatildeo dos instrumentos e o estabelecimento de um programa de manutenccedilatildeo

preventiva (Johnson 1993) A Tabela 2 apresenta as especificaccedilotildees do sistema de

purificaccedilatildeo de aacuteguas e as accedilotildees que se fazem necessaacuterias para efetuar a qualificaccedilatildeo

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Tabela 2 Especificaccedilotildees fornecidas pelo fabricante e atividade a ser realizada para qualificar a instalaccedilatildeo

Especificaccedilatildeo Paracircmetro especificado em manual

Atividade a ser realizada para qualificar a

instalaccedilatildeo Tensatildeo Eleacutetrica 127220V 60Hz Registro de Calibraccedilatildeo do

estabilizador Potecircncia Eleacutetrica 01 Kw Verificaccedilatildeo e registro Temperatura ambiente +2degc a +35degC Registro do

monitoramento da temperatura

Pressatildeo do permeado 0 bar Verificaccedilatildeo e registro Pressatildeo operacional 6 bar maacutex Registro da verificaccedilatildeo da

pressatildeo da aacutegua de alimentaccedilatildeo

Temperatura de alimentaccedilatildeo +1degC a +30degC Registro da verificaccedilatildeo de temperatura

Pressatildeo da aacutegua de alimentaccedilatildeo

2 a 6 bar Registro da verificaccedilatildeo da pressatildeo da aacutegua de

alimentaccedilatildeo Calibraccedilatildeo dos controles ao longo do processo

Condutiviacutemetro e manocircmetro

Registro das calibraccedilotildees realizadas

Treinamento dos Operadores -- Realizaccedilatildeo e registro de treinamento

Programa de Manutenccedilatildeo Preventiva

Enxaacuteguumle e desinfecccedilatildeo dos tanques de

estocagem tubulaccedilotildees e carcaccedilas (anualmente)

Elaboraccedilatildeo do POP de enxaacuteguumle e desinfecccedilatildeo

Capacidade de carga das

paredes ou chatildeo

-- Registros da verificaccedilatildeo da instalaccedilatildeo

Tubulaccedilatildeo de Drenagem de

112rdquo livre para o esgoto -- Registro da verificaccedilatildeo da

Instalaccedilatildeo

Espaccedilo de trabalho suficiente -- 64 m2

Conexatildeo aacutegua de alimentaccedilatildeo

de frac34rdquo(com registro)

-- Registro da verificaccedilatildeo da instalaccedilatildeo

Ponto de Coleta do sistema de

preacute-tratamento -- Instalaccedilatildeo de registro na

entrada da aacutegua provinda do preacute-tratamento

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

IV Qualificaccedilatildeo da Operaccedilatildeo (OQ)

Esta etapa estaacute relacionada agrave garantia de que cada componente esteja

funcionando de acordo com o especificado As accedilotildees a serem realizadas na fase de

qualificaccedilatildeo da operaccedilatildeo seguem na tabela 3

Tabela 3 Accedilotildees a serem realizadas na fase de Qualificaccedilatildeo da Operaccedilatildeo (Johnson 1993)

Accedilatildeo Atividade a ser realizada 1 Preencher o sistema com aacutegua e reparar

quaisquer fugas e substituir vaacutelvulas ou vedaccedilotildees defeituosas

Verificaccedilatildeo de vazamentos e registro da realizaccedilatildeo de manutenccedilatildeo por pessoal autorizado

2 Verificar o bom funcionamento das vaacutelvulas e controles ao longo do processo

Calibraccedilatildeo dos Manocircmetros e Condutiviacutemetro do tanque de armazenamento

3 Registrar a realizaccedilatildeo da sanitizaccedilatildeo da caixa de aacutegua e da distribuiccedilatildeo do sistema

Realizaccedilatildeo da Sanitizaccedilatildeo e seu Registro

4 Elaboraccedilatildeo de POPs que descrevem os procedimentos de ligar desligar e sanitizar os equipamentos e o sistema

Seguem em anexo B

5 Verificaccedilatildeo da variaccedilatildeo da vazatildeo de aacutegua em comparaccedilatildeo as especificaccedilotildees do fornecedor

Protocolo de Serviccedilo (PS001) Anexo C

6 Avaliar a produccedilatildeo nominal do sistema 7 Lh a 15degC 7 Avaliar a eficiecircncia do sistema de preacute-

tratamento Atraveacutes da Fase 1 de validaccedilatildeo se avaliaraacute a eficiecircncia do sistema de preacute-tratamento

V Process validation (PV)

Apoacutes a realizaccedilatildeo das trecircs primeiras qualificaccedilotildees seraacute necessaacuterio realizar testes

que comprovem que o sistema realiza a purificaccedilatildeo da aacutegua da maneira a que se propotildee

Para realizar essa tarefa como descrito anteriormente segue-se a abordagem da

Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (WHO 2005) que determina trecircs fases para a validaccedilatildeo

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

V1 Plano de amostragem

V11 Pontos de amostragem

A tabela 4 descreve os pontos de coleta sua localizaccedilatildeo e a especificaccedilatildeo do tipo

de aacutegua

Tabela 4 Pontos de validaccedilatildeo localizaccedilatildeo e suas especificaccedilotildees de avaliaccedilatildeo Nuacutemero Local Tipo de aacutegua

1 Entrada do sistema de purificaccedilatildeo de aacutegua (torneira da pia)

Aacutegua potaacutevel

2 Aacutegua de alimentaccedilatildeo da osmose reversa Aacutegua potaacutevel natildeo clorada

3 Ponto de coleta da aacutegua purificada Aacutegua purificada

V12 Testes Requeridos e Criteacuterio de Aceitaccedilatildeo

Os testes requeridos e seus criteacuterios de aceitaccedilatildeo estatildeo descritos nas tabelas 4 e

5 Os testes para Aacutegua Purificada seratildeo realizados de acordo com a Farmacopeacuteia

Brasileira 4ordf ediccedilatildeo (F Bras IV 2005) e para aacutegua potaacutevel de acordo com os limites

estabelecidos na Portaria 51804 do Ministeacuterio da Sauacutede

V121 Aacutegua Potaacutevel

Tabela 5 Criteacuterios de Aceitaccedilatildeo para aacutegua potaacutevel Testes Microbioloacutegicos Especificaccedilatildeo Contagem Heterotroacutefica Total le 500UFCMl Patoacutegenos Ausecircncia de Coliformes Testes Quiacutemicos Especificaccedilatildeo Cor lt 15 UH Cloro 02 a 05 ppm pH 60 a 95 Turbidez lt 5UT Unidade Hazen (mg Pt-CoL) Unidade de turbidez

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

V122 Aacutegua Purificada

Tabela 6 Criteacuterios de Aceitaccedilatildeo para aacutegua purificada Testes Microbioloacutegicos Especificaccedilatildeo Contagem Heterotroacutefica Total le 100UFCmL Patoacutegenos Ausecircncia de coliformes P aeruginosa S

aureus e E Coli termotolerantes Testes Quiacutemicos Especificaccedilatildeo Acidez ou Alcalinidade Cumpre o Teste Amocircnio No maacuteximo 02 ppm Aparecircncia Liacutequido incolor liacutempido insiacutepido e

inodoro Caacutelcio e Magneacutesio Cumpre o Teste Cloretos Cumpre o Teste Condutividade No maacuteximo 21 microScm Metais Pesados No maacuteximo 01 ppm Nitratos No maacuteximo 02 ppm pH 5 -7 Resiacuteduo por evaporaccedilatildeo No maacuteximo 0001 Substacircncias Oxidaacuteveis Cumpre o Teste Sulfatos Cumpre o Teste Os testes seratildeo realizados de acordo com a Farmacopeacuteia Brasileira 4ordf ediccedilatildeo (F Bras IV 2005)

V13 Cronograma de Amostragem

Para a Fase 1 da validaccedilatildeo seratildeo realizados testes quiacutemicos e bioloacutegicos para

todos os pontos de amostragem durante trecircs semanas em trecircs periacuteodos de cinco dias

Apoacutes a conclusatildeo satisfatoacuteria dessa fase se realizaraacute a Fase 2 de validaccedilatildeo fase em que

a aacutegua produzida pode ser utilizada Nesta fase deve-se realizar novamente e

diariamente todos os testes quiacutemicos e bioloacutegicos para todos os pontos de amostragem

durante quatro semanas em quatro periacuteodos de cinco dias Para a Fase 3 de validaccedilatildeo

seratildeo realizados os mesmos testes quiacutemicos e microbioloacutegicos para todos os pontos de

amostragem semanalmente durante um ano O cronograma dos pontos de amostragem

segue na tabela 7

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Tabela 7 Cronograma de validaccedilatildeo

Fase de

Validaccedilatildeo

Ponto de

Amostragem

Periacuteodo de

Anaacutelise

Frequumlecircncia de

Anaacutelise

Tipo de Testes

a Realizar

1 1 2 Semanas Trecircs periacuteodos de

5 dias

Aacutegua Potaacutevel

1 2 2 Semanas Trecircs periacuteodos de 5 dias

Aacutegua potaacutevel

natildeo clorada

1 3 2 Semanas Trecircs periacuteodos de 5 dias

Aacutegua

Purificada

2 1 3 Semanas Quatro periacuteodos

de 5 dias

Aacutegua Potaacutevel

2 2 3 Semanas Quatro periacuteodos

de 5 dias

Aacutegua potaacutevel

natildeo clorada

2 3 3 Semanas Quatro periacuteodos

de 5 dias

Aacutegua

Purificada

3 1 1 Ano Semanal Aacutegua Potaacutevel

3 2 1 Ano Semanal Aacutegua potaacutevel

natildeo clorada

3 3 1 Ano Semanal Aacutegua

Purificada

V2 Fase 1

Periacuteodo de testes de trecircs semanas em trecircs periacuteodos de cinco dias para

monitoramento do sistema intensivamente durante este periacuteodo o sistema deve operar

continuamente sem falhas ou desvios de qualidade

Para essa fase seratildeo realizados os seguintes testes

bull Realizar testes quiacutemicos e microbioloacutegicos de acordo o plano de amostragem

bull Desenvolver faixas de operaccedilatildeo adequadas

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

bull Desenvolver e finalizar procedimentos de operaccedilotildees limpeza desinfecccedilatildeo e

manutenccedilatildeo

bull Demonstrar a produccedilatildeo e entrega da aacutegua na qualidade e quantidade exigida

bull Usar e aperfeiccediloar os POPs de operaccedilatildeo (ver anexo) manutenccedilatildeo desinfecccedilatildeo e

soluccedilatildeo de problemas

bull Verificar alertas provisoacuterios e accedilotildees de niacuteveis

bull Desenvolver e refinar procedimentos de testes de natildeo conformidade

V3 Fase 2

Outro periacuteodo de testes de quatro semanas em quatro periacuteodos de cinco dias a

ser realizado de maneira mais intensiva atraveacutes de um acompanhamento dos POPs

aperfeiccediloados apoacutes a conclusatildeo da Fase 1 O sistema de amostragem eacute idecircntico ao da

fase inicial e aacutegua pode ser utilizada para a fabricaccedilatildeo durante essa fase O sistema

deve

bull Demonstrar a produccedilatildeo e entrega da aacutegua na qualidade e quantidade exigida

quando o sistema eacute operado de acordo com os POPs

bull Demonstrar que o sistema estaacute sob controle

V4 Fase 3

Esta fase seraacute executada por no miacutenimo um ano apoacutes a conclusatildeo satisfatoacuteria da

fase dois a aacutegua pode ser usada para a fabricaccedilatildeo durante esta fase produccedilatildeo que tem os

devidos fins e caracteriacutesticas

bull Demonstrar que o sistema estaacute sob controle durante um longo periacuteodo de tempo

garantindo que as variaccedilotildees sazonais foram avaliadas

bull Locais de amostra frequumlecircncia de amostras e testes devem ser reduzido ao padratildeo

de rotina normal (semanalmente)

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

POP ndeg001 Versatildeo 06112007 Validade 06112008 Paacutegina 14

Procedimento Operacional Padratildeo 001

Instruccedilotildees de Uso do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

1 Objetivo Orientar a operaccedilatildeo do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

2 Aplicaccedilatildeo Ao pessoal responsaacutevel pela operaccedilatildeo e monitoramento do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

3 Materiais Necessaacuterios Protocolo de Serviccedilo (PS 001) Protocolo de Manutenccedilatildeo (PM 001) Protocolo de Produccedilatildeo de Aacutegua Purificada (PP 001)

4 Cuidados Especiais Verificar se o aparelho estaacute limpo e adequado a sua utilizaccedilatildeo Verificar a temperatura e umidade do ambiente Verificar a temperatura da aacutegua de alimentaccedilatildeo Verificar a pressatildeo da aacutegua de alimentaccedilatildeo

5 Procedimento 51 Ligar o Disjuntor (A) que alimenta a Central de Aacuteguas

A

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

POP ndeg001 Versatildeo 06112007 Validade 06112008 Paacutegina 24

Procedimento Operacional Padratildeo 001

Instruccedilotildees de Uso do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

52 Ligar o Estabilizador (B) de energia que alimenta o aparelho de Osmose Reversa

53 Abrir o registro (C) da aacutegua de alimentaccedilatildeo

54 Verificar os paracircmetros do item Cuidados Especiais e anotaacute-los no Protocolo de Serviccedilo

(PS 001)

B

C

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

POP ndeg001 Versatildeo 06112007 Validade 06112008 Paacutegina 34

Procedimento Operacional Padratildeo 001

Instruccedilotildees de Uso do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

55 Acionar a tecla ONOFF (1)

56 Visualizar no display (2) ldquoCleaningrdquo - referente agrave operaccedilatildeo do sistema de enxaacutegue que

entra automaticamente em operaccedilatildeo 57 Visualizar no display (2) ldquoProductionrdquo (produccedilatildeo) - referente agrave operaccedilatildeo do sistema de

Osmose Reversa 58 Apoacutes 2 minutos de produccedilatildeo acionar a tecla MENU (3) duas vezes para verificar a

condutividade da aacutegua de produccedilatildeo Caso visualize a mensagem ldquoError-CPrdquo paacutere a produccedilatildeo e despreze a aacutegua do tanque abrindo o registro do ponto de coleta de aacutegua purificada (D)

59 Quando o tanque de armazenamento estiver cheio ocorreraacute outro enxaacuteguumle automaacutetico e

no display (2) apareceraacute a mensagem ldquoCleaningrdquo 510 Completando-se este ciclo o aparelho entra em modo de operaccedilatildeo ldquoStand byrdquo sendo

visualizado no display (2) a mesma mensagem ldquoStand byrdquo

1

2

3

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

POP ndeg001 Versatildeo 06112007 Validade 06112008 Paacutegina 44

Procedimento Operacional Padratildeo 001

Instruccedilotildees de Uso do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

511 Retire a Aacutegua Purificada do tanque de armazenamento abrindo o registro do Ponto de Coleta (D)

512 Ao final da produccedilatildeo acionar a tecla ONOFF (1) desligar o Estabilizador de energia (B)

e fechar o registro da aacutegua de alimentaccedilatildeo (C) e o disjuntor da Central de Aacuteguas (A) 513 Anotar o valor final produzido no Protocolo de Produccedilatildeo de Aacutegua Purificada

6 Observaccedilotildees Limpeza Mensal Manutenccedilatildeo Realizada pelo fabricante sempre que constatado que fora dos paracircmetros

D

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

Protocolo ndeg001 Versatildeo 06112007 Validade 06112008

Protocolo de Serviccedilo (PS 001)

Protocolo de Verificaccedilatildeo dos Paracircmetros do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

Data Temp Ambiente

(degC)

Umidade ()

Temp Aacutegua de

Alimentaccedilatildeo (degC)

Pressatildeo Aacutegua de

Alimentaccedilatildeo (bar)

Condutividade da aacutegua Produzida (microScm)

Responsaacutevel

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash

RS Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

Protocolo ndeg002 Versatildeo 06112007 Validade 06112008

Protocolo de Manutenccedilatildeo (PM 001)

Protocolo de Verificaccedilatildeo da Manutenccedilatildeo do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

Tipo de Sistema

Nuacutemero de Identificaccedilatildeo

Ano de Fabricaccedilatildeo

Data Dureza da aacutegua de

alimentaccedilatildeo (degdH)

Pressatildeo de operaccedilatildeo

(bar)

Taxa de Permeado

(Lh)

Uacuteltima Troca de Preacute-filtro

Uacuteltima troca de Fosfato

Uacuteltima limpeza

desinfecccedilatildeo

Ass

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash

RS Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

Protocolo ndeg003 Versatildeo 06112007 Validade 06112008

Protocolo de Produccedilatildeo (PP 001)

Protocolo de Produccedilatildeo de Aacutegua Purificada

Data Produccedilatildeo Diaacuteria Responsaacutevel

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash

RS Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

Protocolo ndeg004 Versatildeo 06112007 Validade 06112008

Resultados da Validaccedilatildeo do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

Aacutegua Purificada

DATA

PONTO DE COLETA

Testes Microbioloacutegicos

Especificaccedilatildeo ____ ____ ____ ____ ____

Contagem Heterotroacutefica Total

le 100UFCmL

Patoacutegenos Ausecircncia de coliformes P aeruginosa S aureus

Testes Quiacutemicos Especificaccedilatildeo ____ ____ ____ ____ ____ Acidez ou Alcalinidade

Cumpre o Teste

Amocircnio No maacuteximo 02 ppm Aparecircncia Liacutequido incolor liacutempido

insiacutepido e inodoro

Caacutelcio e Magneacutesio Cumpre o Teste Cloretos Cumpre o Teste Condutividade No maacuteximo 21 microScm Metais Pesado No maacuteximo 01 ppm Nitratos No maacuteximo 02 ppm pH 5 -7 Resiacuteduo por evaporaccedilatildeo

No maacuteximo 0001

Substacircncias Oxidaacuteveis Cumpre o Teste Sulfatos Cumpre o Teste Os testes seratildeo realizados de acordo com a Farmacopeacuteia Brasileira 4ordf ediccedilatildeo (F Bras IV 2005)

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash

RS Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

Protocolo ndeg 005 Versatildeo 06112007 Validade 06112008

Resultados da Validaccedilatildeo do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua Aacutegua Potaacutevel

Data

Ponto de

Coleta

Especificaccedilotildees Anaacutelise Quiacutemica Anaacutelise Microbioloacutegica

Cloro pH Cor

Turbidez Contagem Heterotroacutefica

Total

Patoacutegenos

02 ndash 05 ppm

60 ndash 95 15 UH 5 UT

lt 500 UFCmL Ausecircncia de coliformes

Unidade Hazen (mg Pt-CoL)

Unidade de turbidez

40

4 Consideraccedilotildees finais e perspectivas

Ao longo do tempo a importacircncia da validaccedilatildeo de processos para a Garantia da

Qualidade foi sendo melhor compreendida pelo segmento farmacecircutico e com isso foi

contemplada pelos oacutergatildeos reguladores e aplicada pelos profissionais deste segmento

Se a validaccedilatildeo estaacute bem definida e eacute amplamente compreendida como pocircde ser

observado pelo nuacutemero de trabalhos e legislaccedilotildees revisados neste trabalho um dos

desafios que se apresentam atualmente consiste em ampliar o entendimento de como

realizaacute-la na praacutetica A proposiccedilatildeo de um protocolo para a validaccedilatildeo de um processo de

purificaccedilatildeo de aacutegua teve como um de seus objetivos exemplificar esta tarefa e assim

auxiliar na elaboraccedilatildeo de outros protocolos Assim como perspectiva deste trabalho

espera-se fornecer subsiacutedio agrave validaccedilatildeo de outros processos farmacecircuticos de

purificaccedilatildeo de aacutegua ou mesmo outros

Isto porque embora cada processo possua aspectos especiacuteficos os quais devem

ser cuidadosamente avaliados durante a validaccedilatildeo o entendimento e aplicaccedilatildeo

adequados da terminologia relacionada agrave validaccedilatildeo auxiliam na conduccedilatildeo de uma

validaccedilatildeo adequada e bem documentada

41

5 Referecircncias

ALEEM H ZHAO Y LORD S MCCARTHY T SHARRATT P N Pharmaceutical process validation an overview Proceedings of the Institution of Mechanical Engineers Part E Process Mechanical Engineering v 217 p141 ndash 150 2002

ALENCAR J R B Pinto P M D V Neto P P V Oliveira A T C Medeiros F P M Ramos S V V Rolim P J N Strategy in pharmaceutical process validation of purified water Revista Brasileira de Farmaacutecia v 85 n3 p85-88 2004a ALENCAR JRB Souza M B J Rolim P J N Lopes C E Uso de controle estatiacutestico de processo (CEP) para validaccedilatildeo de processo de glibenclamida comprimidos Revista Brasileira de Farmaacutecia v85 n3 p115-119 2004b

ALENCAR J R B CLEMENTINO M R A ROLIM P J N Cleaning validation of equipments in medicines industry strategy to select the ldquoworst caserdquo Revista Brasileira de Farmaacutecia v87 n 1 p13-18 2006

ANVISA ndash Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria Gerecircncia Geral de Inspeccedilatildeo e Controle de Medicamentos e Produtos Guias relacionados agrave garantia de qualidade Brasiacutelia 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwanvisagovbrinspecaoguias_qualidadepdfgt Acesso em 12 nov 2007

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria (ANVISA) Resoluccedilatildeo RDC nordm 210 de 04082003 DOU de 14082003 Disponiacutevel em lthttpe-legisanvisagovbrleisrefpublicshowActphpid=22321ampword=gt Acesso em 30 set 2007

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria (ANVISA) Resoluccedilatildeo RDC nordm 67 de 08102007 DOU de 09102007 Disponiacutevel em lthttpe-legisanvisagovbrleisrefpublicshowActphpid=28806ampword= gt Acesso em 30 nov 2007

42

BRASIL Ministeacuterio de Estado da Sauacutede Portaria nordm 518 de 25032004 DOU de 26032004 Disponiacutevel em lthttpe-legisanvisagovbrleisrefpublicshowActphpid=22322ampwordgt Acesso em 30 set 2007

CASTILLA B SENA F J Validation documentation Journal of Validation Technology v7 n 2 p 166-123 2001

DA ROSA PS Diagnoacutestico e avaliaccedilatildeo da qualidade microbioloacutegica da aacutegua na Faculdade de Farmaacutecia Trabalho de Conclusatildeo de Curso de Graduaccedilatildeo Disciplina de Estaacutegio Curricular em Farmaacutecia Faculdade de Farmaacutecia Universidade Federal do Rio Grande do Sul Porto Alegre 2007

EMEA - European Agency for Evaluation of Medicinal Products Note for guidance on process validation London 2001 Disponiacutevel em lthttpwwwemeaeuropaeupdfshumanqwp084896enpdfgt Acesso em 12 nov 2007

FARMACOPEacuteIA BRASILEIRA 4 ed Satildeo Paulo Atheneu 2004 pV224

FARMACOPEacuteIA BRASILEIRA 4 ed Satildeo Paulo Atheneu 2005 Fasciacuteculo 6 p263

FDA ndash Food and Drug Administration - Center for Drug Evaluation and Research (CDER) Guidance for Industry Powder Blends and Finished Dosage Units mdash Stratified In-Process Dosage Unit Sampling and Assessment Rockville 2003 Disponiacutevel em lthttpwwwfdagovCDERGUIDANCE5831dfthtmgt Acesso em 12 nov 2007

FDA ndash Food and Drug Administration - Division of Manufacturing and Product Quality (HFN-320) Center for Drugs and Biologics Guidelines on general principles of process validation Rockville 1987 Disponiacutevel em lthttpwwwfdagovCDERGUIDANCEpvhtmgt Acesso em 12 nov 2007

GUAZZARONI M YIIN B YU JL Application of total organic carbon analysis for cleaning validation in pharmaceutical manufacturing American Biotechnology Laboratory v 16 n 10 p 66-67 1998

HAIDER S I Validation standard operating procedures a step-by-step guide for achieving compliance in the pharmaceutical medical device and biotech industries 2 ed Boca Raton CRC 2002

43

HELLE M R YLIRUUSI J MANNERMAA J P A literature review of pharmaceutical process validation Pharmaceutical Technology Europe Part 3 v15 p 52-57 2003

HOFMANN K L Sterile products validation In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 103

JEATER J P CULLEN L F PAPARIELLO GJ Organizing for validation In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 9

JOHNSON W M Validation of water system for sterile and nonsterile products In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 299 - 317

KIEFFER RG Validation and the human element PDA Journal of Pharmaceutical Science and Technology v52 n2 p52-54 1998

LE HIR A Noccedilotildees de farmaacutecia galecircnica 6 ed Satildeo Paulo Organizaccedilatildeo Andrei 1997 p 137-138

LeBLANC D A Establishing scientifically justified acceptance criteria for cleaning validation of finished drug products Pharmaceutical Technology 1998 Disponiacutevel em ltwwwadvanstarcomgt Acesso em 30 set 2007

LOFTUS B T The Regulatory basis for process In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 2 - 32

LORD SV MCCARTHY T ALEEM H ZHAO Y SHARRATT P N Reinterpreting validation Proceedings of the Institution of Mechanical Engineers Part E Process Mechanical Engineering v 217 p287- 292 2003

MCCOLMICK P Y CULLEN L F Cleaning validation In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 319 - 322

NASH R A Introduction In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993

44

PICS - Pharmaceutical Inspection Convention and Pharmaceutical Inspection Co-operation Scheme Recommendations on validation master plan installation and operational qualification non-sterile process validation cleaning validation Genebra 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwnewwayzconzrefmaterialpics_pi006_2VMPpdfgt Acesso em 30 set 2007

TKA WASSERAUFBEREITUNGSSYSTEME GMBH Operating instructions TKA LAB ndash UPW Article ndeg 083007-SO Niederelbert 2001

WHO ndash World Health Organization Suplementary guidelines on good manufacturing practices (GMP) validation Genebra 2005 p 22-23 Disponiacutevel em lthttpwwwwhointmedicinesservicesexpertcommitteespharmprepValidation_QAS_055_Rev2combinedpdfgtAcesso em Acesso em 30 set 2007

WHO ndash World Health Organization Supplementary training modules on good manufacturing practice water for pharmaceutical use Part 1 introduction and treatment Genebra 2001 Disponiacutevel em ltftpftpwhointmedicinesGMPgmptrainsuplmtWater01pptgt Acesso em 30 set 2007

WHO ndash World Health Organization Supplementary training modules on good manufacturing practice water for pharmaceutical use Part 2 water purification engineering Genebra 2001 Disponiacutevel em ltftpftpwhointmedicinesGMPgmptrainsuplmtWater02pptgt Acesso em 30 set 2007

WHO ndash World Health Organization Supplementary training modules on good manufacturing practice water for pharmaceutical use Part 3 inspection of water systems Genebra 2001 Disponiacutevel em ltftpftpwhointmedicinesGMPgmptrainsuplmtWater03pptgt Acesso em 30 set 2007

WHO ndash World Health Organization Who good manufacturing practices water for pharmaceutical use Genebra 2005 (Technical Report Series n 929 Anexo 3)

WHO ndash World Health Organization Who Expert Committee on specifications for pharmaceutical preparations Genebra 2006 p 125 ndash 126 (Technical Report Series n 937 Anexo 4 Apecircndice II) Disponiacutevel em lthttpwhqlibdocwhointtrsWHO_TRS_937_engpdfpage=359gt Acesso em 01 dez 2007

  • Outras definiccedilotildees semelhantes a essas existem e muito embora as expressotildees variem a essecircncia de todas eacute a mesma assegurar que o processo quando operado sob as condiccedilotildees preacute-determinadas resultaraacute em um produto que reuniraacute as especificaccedilotildees e seus
Page 23: VALIDAÇÃO DE PROCESSOS: Aspectos teóricos e proposição de

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Um desenho de montagem do sistema de tratamento completo segue na Figura 2

Figura 2 Desenho esquemaacutetico do Sistema de Purificaccedilatildeo de aacuteguas e suas

especificaccedilotildees 1- Aacutegua de alimentaccedilatildeo conexatildeo frac34rdquo (pressatildeo miacutenima 2 bar) 2- Filtro retrolavaacutevel (Art Ndeg 115999) 21- Redutor de pressatildeo (Art Ndeg 115998) 3- Preacute-filtro de 5microm + carvatildeo ativado (Art Ndeg 065201) com um manocircmetro (Art Ndeg 065311) 4-

Filtro de polipropileno de porosidade 1 microm (Art Ndeg 065101) com um manocircmetro (Art Ndeg 065311) 5- Equipamento de Osmose reversa TKA-HPW 220V ndash 100W (Art Ndeg 083007-SO) 6- Tanque de armazenamento de capacidade 75 L (Art Ndeg 115996) 7- Kit de instalaccedilatildeo (Art Ndeg 115994) 8- Caixa de aacutegua de 5000 L 9- Rede puacuteblica de

abastecimento

Caixa drsquoaacutegua (8)

Rede Puacuteblica (9)

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

III Qualificaccedilatildeo da Instalaccedilatildeo (IQ)

A fase da Qualificaccedilatildeo da Instalaccedilatildeo (IQ) estaacute associada agrave verificaccedilatildeo da

instalaccedilatildeo dos equipamentos de acordo com as especificaccedilotildees do fabricante aleacutem da

calibraccedilatildeo dos instrumentos e o estabelecimento de um programa de manutenccedilatildeo

preventiva (Johnson 1993) A Tabela 2 apresenta as especificaccedilotildees do sistema de

purificaccedilatildeo de aacuteguas e as accedilotildees que se fazem necessaacuterias para efetuar a qualificaccedilatildeo

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Tabela 2 Especificaccedilotildees fornecidas pelo fabricante e atividade a ser realizada para qualificar a instalaccedilatildeo

Especificaccedilatildeo Paracircmetro especificado em manual

Atividade a ser realizada para qualificar a

instalaccedilatildeo Tensatildeo Eleacutetrica 127220V 60Hz Registro de Calibraccedilatildeo do

estabilizador Potecircncia Eleacutetrica 01 Kw Verificaccedilatildeo e registro Temperatura ambiente +2degc a +35degC Registro do

monitoramento da temperatura

Pressatildeo do permeado 0 bar Verificaccedilatildeo e registro Pressatildeo operacional 6 bar maacutex Registro da verificaccedilatildeo da

pressatildeo da aacutegua de alimentaccedilatildeo

Temperatura de alimentaccedilatildeo +1degC a +30degC Registro da verificaccedilatildeo de temperatura

Pressatildeo da aacutegua de alimentaccedilatildeo

2 a 6 bar Registro da verificaccedilatildeo da pressatildeo da aacutegua de

alimentaccedilatildeo Calibraccedilatildeo dos controles ao longo do processo

Condutiviacutemetro e manocircmetro

Registro das calibraccedilotildees realizadas

Treinamento dos Operadores -- Realizaccedilatildeo e registro de treinamento

Programa de Manutenccedilatildeo Preventiva

Enxaacuteguumle e desinfecccedilatildeo dos tanques de

estocagem tubulaccedilotildees e carcaccedilas (anualmente)

Elaboraccedilatildeo do POP de enxaacuteguumle e desinfecccedilatildeo

Capacidade de carga das

paredes ou chatildeo

-- Registros da verificaccedilatildeo da instalaccedilatildeo

Tubulaccedilatildeo de Drenagem de

112rdquo livre para o esgoto -- Registro da verificaccedilatildeo da

Instalaccedilatildeo

Espaccedilo de trabalho suficiente -- 64 m2

Conexatildeo aacutegua de alimentaccedilatildeo

de frac34rdquo(com registro)

-- Registro da verificaccedilatildeo da instalaccedilatildeo

Ponto de Coleta do sistema de

preacute-tratamento -- Instalaccedilatildeo de registro na

entrada da aacutegua provinda do preacute-tratamento

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

IV Qualificaccedilatildeo da Operaccedilatildeo (OQ)

Esta etapa estaacute relacionada agrave garantia de que cada componente esteja

funcionando de acordo com o especificado As accedilotildees a serem realizadas na fase de

qualificaccedilatildeo da operaccedilatildeo seguem na tabela 3

Tabela 3 Accedilotildees a serem realizadas na fase de Qualificaccedilatildeo da Operaccedilatildeo (Johnson 1993)

Accedilatildeo Atividade a ser realizada 1 Preencher o sistema com aacutegua e reparar

quaisquer fugas e substituir vaacutelvulas ou vedaccedilotildees defeituosas

Verificaccedilatildeo de vazamentos e registro da realizaccedilatildeo de manutenccedilatildeo por pessoal autorizado

2 Verificar o bom funcionamento das vaacutelvulas e controles ao longo do processo

Calibraccedilatildeo dos Manocircmetros e Condutiviacutemetro do tanque de armazenamento

3 Registrar a realizaccedilatildeo da sanitizaccedilatildeo da caixa de aacutegua e da distribuiccedilatildeo do sistema

Realizaccedilatildeo da Sanitizaccedilatildeo e seu Registro

4 Elaboraccedilatildeo de POPs que descrevem os procedimentos de ligar desligar e sanitizar os equipamentos e o sistema

Seguem em anexo B

5 Verificaccedilatildeo da variaccedilatildeo da vazatildeo de aacutegua em comparaccedilatildeo as especificaccedilotildees do fornecedor

Protocolo de Serviccedilo (PS001) Anexo C

6 Avaliar a produccedilatildeo nominal do sistema 7 Lh a 15degC 7 Avaliar a eficiecircncia do sistema de preacute-

tratamento Atraveacutes da Fase 1 de validaccedilatildeo se avaliaraacute a eficiecircncia do sistema de preacute-tratamento

V Process validation (PV)

Apoacutes a realizaccedilatildeo das trecircs primeiras qualificaccedilotildees seraacute necessaacuterio realizar testes

que comprovem que o sistema realiza a purificaccedilatildeo da aacutegua da maneira a que se propotildee

Para realizar essa tarefa como descrito anteriormente segue-se a abordagem da

Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (WHO 2005) que determina trecircs fases para a validaccedilatildeo

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

V1 Plano de amostragem

V11 Pontos de amostragem

A tabela 4 descreve os pontos de coleta sua localizaccedilatildeo e a especificaccedilatildeo do tipo

de aacutegua

Tabela 4 Pontos de validaccedilatildeo localizaccedilatildeo e suas especificaccedilotildees de avaliaccedilatildeo Nuacutemero Local Tipo de aacutegua

1 Entrada do sistema de purificaccedilatildeo de aacutegua (torneira da pia)

Aacutegua potaacutevel

2 Aacutegua de alimentaccedilatildeo da osmose reversa Aacutegua potaacutevel natildeo clorada

3 Ponto de coleta da aacutegua purificada Aacutegua purificada

V12 Testes Requeridos e Criteacuterio de Aceitaccedilatildeo

Os testes requeridos e seus criteacuterios de aceitaccedilatildeo estatildeo descritos nas tabelas 4 e

5 Os testes para Aacutegua Purificada seratildeo realizados de acordo com a Farmacopeacuteia

Brasileira 4ordf ediccedilatildeo (F Bras IV 2005) e para aacutegua potaacutevel de acordo com os limites

estabelecidos na Portaria 51804 do Ministeacuterio da Sauacutede

V121 Aacutegua Potaacutevel

Tabela 5 Criteacuterios de Aceitaccedilatildeo para aacutegua potaacutevel Testes Microbioloacutegicos Especificaccedilatildeo Contagem Heterotroacutefica Total le 500UFCMl Patoacutegenos Ausecircncia de Coliformes Testes Quiacutemicos Especificaccedilatildeo Cor lt 15 UH Cloro 02 a 05 ppm pH 60 a 95 Turbidez lt 5UT Unidade Hazen (mg Pt-CoL) Unidade de turbidez

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

V122 Aacutegua Purificada

Tabela 6 Criteacuterios de Aceitaccedilatildeo para aacutegua purificada Testes Microbioloacutegicos Especificaccedilatildeo Contagem Heterotroacutefica Total le 100UFCmL Patoacutegenos Ausecircncia de coliformes P aeruginosa S

aureus e E Coli termotolerantes Testes Quiacutemicos Especificaccedilatildeo Acidez ou Alcalinidade Cumpre o Teste Amocircnio No maacuteximo 02 ppm Aparecircncia Liacutequido incolor liacutempido insiacutepido e

inodoro Caacutelcio e Magneacutesio Cumpre o Teste Cloretos Cumpre o Teste Condutividade No maacuteximo 21 microScm Metais Pesados No maacuteximo 01 ppm Nitratos No maacuteximo 02 ppm pH 5 -7 Resiacuteduo por evaporaccedilatildeo No maacuteximo 0001 Substacircncias Oxidaacuteveis Cumpre o Teste Sulfatos Cumpre o Teste Os testes seratildeo realizados de acordo com a Farmacopeacuteia Brasileira 4ordf ediccedilatildeo (F Bras IV 2005)

V13 Cronograma de Amostragem

Para a Fase 1 da validaccedilatildeo seratildeo realizados testes quiacutemicos e bioloacutegicos para

todos os pontos de amostragem durante trecircs semanas em trecircs periacuteodos de cinco dias

Apoacutes a conclusatildeo satisfatoacuteria dessa fase se realizaraacute a Fase 2 de validaccedilatildeo fase em que

a aacutegua produzida pode ser utilizada Nesta fase deve-se realizar novamente e

diariamente todos os testes quiacutemicos e bioloacutegicos para todos os pontos de amostragem

durante quatro semanas em quatro periacuteodos de cinco dias Para a Fase 3 de validaccedilatildeo

seratildeo realizados os mesmos testes quiacutemicos e microbioloacutegicos para todos os pontos de

amostragem semanalmente durante um ano O cronograma dos pontos de amostragem

segue na tabela 7

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Tabela 7 Cronograma de validaccedilatildeo

Fase de

Validaccedilatildeo

Ponto de

Amostragem

Periacuteodo de

Anaacutelise

Frequumlecircncia de

Anaacutelise

Tipo de Testes

a Realizar

1 1 2 Semanas Trecircs periacuteodos de

5 dias

Aacutegua Potaacutevel

1 2 2 Semanas Trecircs periacuteodos de 5 dias

Aacutegua potaacutevel

natildeo clorada

1 3 2 Semanas Trecircs periacuteodos de 5 dias

Aacutegua

Purificada

2 1 3 Semanas Quatro periacuteodos

de 5 dias

Aacutegua Potaacutevel

2 2 3 Semanas Quatro periacuteodos

de 5 dias

Aacutegua potaacutevel

natildeo clorada

2 3 3 Semanas Quatro periacuteodos

de 5 dias

Aacutegua

Purificada

3 1 1 Ano Semanal Aacutegua Potaacutevel

3 2 1 Ano Semanal Aacutegua potaacutevel

natildeo clorada

3 3 1 Ano Semanal Aacutegua

Purificada

V2 Fase 1

Periacuteodo de testes de trecircs semanas em trecircs periacuteodos de cinco dias para

monitoramento do sistema intensivamente durante este periacuteodo o sistema deve operar

continuamente sem falhas ou desvios de qualidade

Para essa fase seratildeo realizados os seguintes testes

bull Realizar testes quiacutemicos e microbioloacutegicos de acordo o plano de amostragem

bull Desenvolver faixas de operaccedilatildeo adequadas

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

bull Desenvolver e finalizar procedimentos de operaccedilotildees limpeza desinfecccedilatildeo e

manutenccedilatildeo

bull Demonstrar a produccedilatildeo e entrega da aacutegua na qualidade e quantidade exigida

bull Usar e aperfeiccediloar os POPs de operaccedilatildeo (ver anexo) manutenccedilatildeo desinfecccedilatildeo e

soluccedilatildeo de problemas

bull Verificar alertas provisoacuterios e accedilotildees de niacuteveis

bull Desenvolver e refinar procedimentos de testes de natildeo conformidade

V3 Fase 2

Outro periacuteodo de testes de quatro semanas em quatro periacuteodos de cinco dias a

ser realizado de maneira mais intensiva atraveacutes de um acompanhamento dos POPs

aperfeiccediloados apoacutes a conclusatildeo da Fase 1 O sistema de amostragem eacute idecircntico ao da

fase inicial e aacutegua pode ser utilizada para a fabricaccedilatildeo durante essa fase O sistema

deve

bull Demonstrar a produccedilatildeo e entrega da aacutegua na qualidade e quantidade exigida

quando o sistema eacute operado de acordo com os POPs

bull Demonstrar que o sistema estaacute sob controle

V4 Fase 3

Esta fase seraacute executada por no miacutenimo um ano apoacutes a conclusatildeo satisfatoacuteria da

fase dois a aacutegua pode ser usada para a fabricaccedilatildeo durante esta fase produccedilatildeo que tem os

devidos fins e caracteriacutesticas

bull Demonstrar que o sistema estaacute sob controle durante um longo periacuteodo de tempo

garantindo que as variaccedilotildees sazonais foram avaliadas

bull Locais de amostra frequumlecircncia de amostras e testes devem ser reduzido ao padratildeo

de rotina normal (semanalmente)

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

POP ndeg001 Versatildeo 06112007 Validade 06112008 Paacutegina 14

Procedimento Operacional Padratildeo 001

Instruccedilotildees de Uso do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

1 Objetivo Orientar a operaccedilatildeo do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

2 Aplicaccedilatildeo Ao pessoal responsaacutevel pela operaccedilatildeo e monitoramento do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

3 Materiais Necessaacuterios Protocolo de Serviccedilo (PS 001) Protocolo de Manutenccedilatildeo (PM 001) Protocolo de Produccedilatildeo de Aacutegua Purificada (PP 001)

4 Cuidados Especiais Verificar se o aparelho estaacute limpo e adequado a sua utilizaccedilatildeo Verificar a temperatura e umidade do ambiente Verificar a temperatura da aacutegua de alimentaccedilatildeo Verificar a pressatildeo da aacutegua de alimentaccedilatildeo

5 Procedimento 51 Ligar o Disjuntor (A) que alimenta a Central de Aacuteguas

A

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

POP ndeg001 Versatildeo 06112007 Validade 06112008 Paacutegina 24

Procedimento Operacional Padratildeo 001

Instruccedilotildees de Uso do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

52 Ligar o Estabilizador (B) de energia que alimenta o aparelho de Osmose Reversa

53 Abrir o registro (C) da aacutegua de alimentaccedilatildeo

54 Verificar os paracircmetros do item Cuidados Especiais e anotaacute-los no Protocolo de Serviccedilo

(PS 001)

B

C

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

POP ndeg001 Versatildeo 06112007 Validade 06112008 Paacutegina 34

Procedimento Operacional Padratildeo 001

Instruccedilotildees de Uso do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

55 Acionar a tecla ONOFF (1)

56 Visualizar no display (2) ldquoCleaningrdquo - referente agrave operaccedilatildeo do sistema de enxaacutegue que

entra automaticamente em operaccedilatildeo 57 Visualizar no display (2) ldquoProductionrdquo (produccedilatildeo) - referente agrave operaccedilatildeo do sistema de

Osmose Reversa 58 Apoacutes 2 minutos de produccedilatildeo acionar a tecla MENU (3) duas vezes para verificar a

condutividade da aacutegua de produccedilatildeo Caso visualize a mensagem ldquoError-CPrdquo paacutere a produccedilatildeo e despreze a aacutegua do tanque abrindo o registro do ponto de coleta de aacutegua purificada (D)

59 Quando o tanque de armazenamento estiver cheio ocorreraacute outro enxaacuteguumle automaacutetico e

no display (2) apareceraacute a mensagem ldquoCleaningrdquo 510 Completando-se este ciclo o aparelho entra em modo de operaccedilatildeo ldquoStand byrdquo sendo

visualizado no display (2) a mesma mensagem ldquoStand byrdquo

1

2

3

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

POP ndeg001 Versatildeo 06112007 Validade 06112008 Paacutegina 44

Procedimento Operacional Padratildeo 001

Instruccedilotildees de Uso do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

511 Retire a Aacutegua Purificada do tanque de armazenamento abrindo o registro do Ponto de Coleta (D)

512 Ao final da produccedilatildeo acionar a tecla ONOFF (1) desligar o Estabilizador de energia (B)

e fechar o registro da aacutegua de alimentaccedilatildeo (C) e o disjuntor da Central de Aacuteguas (A) 513 Anotar o valor final produzido no Protocolo de Produccedilatildeo de Aacutegua Purificada

6 Observaccedilotildees Limpeza Mensal Manutenccedilatildeo Realizada pelo fabricante sempre que constatado que fora dos paracircmetros

D

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

Protocolo ndeg001 Versatildeo 06112007 Validade 06112008

Protocolo de Serviccedilo (PS 001)

Protocolo de Verificaccedilatildeo dos Paracircmetros do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

Data Temp Ambiente

(degC)

Umidade ()

Temp Aacutegua de

Alimentaccedilatildeo (degC)

Pressatildeo Aacutegua de

Alimentaccedilatildeo (bar)

Condutividade da aacutegua Produzida (microScm)

Responsaacutevel

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash

RS Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

Protocolo ndeg002 Versatildeo 06112007 Validade 06112008

Protocolo de Manutenccedilatildeo (PM 001)

Protocolo de Verificaccedilatildeo da Manutenccedilatildeo do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

Tipo de Sistema

Nuacutemero de Identificaccedilatildeo

Ano de Fabricaccedilatildeo

Data Dureza da aacutegua de

alimentaccedilatildeo (degdH)

Pressatildeo de operaccedilatildeo

(bar)

Taxa de Permeado

(Lh)

Uacuteltima Troca de Preacute-filtro

Uacuteltima troca de Fosfato

Uacuteltima limpeza

desinfecccedilatildeo

Ass

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash

RS Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

Protocolo ndeg003 Versatildeo 06112007 Validade 06112008

Protocolo de Produccedilatildeo (PP 001)

Protocolo de Produccedilatildeo de Aacutegua Purificada

Data Produccedilatildeo Diaacuteria Responsaacutevel

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash

RS Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

Protocolo ndeg004 Versatildeo 06112007 Validade 06112008

Resultados da Validaccedilatildeo do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

Aacutegua Purificada

DATA

PONTO DE COLETA

Testes Microbioloacutegicos

Especificaccedilatildeo ____ ____ ____ ____ ____

Contagem Heterotroacutefica Total

le 100UFCmL

Patoacutegenos Ausecircncia de coliformes P aeruginosa S aureus

Testes Quiacutemicos Especificaccedilatildeo ____ ____ ____ ____ ____ Acidez ou Alcalinidade

Cumpre o Teste

Amocircnio No maacuteximo 02 ppm Aparecircncia Liacutequido incolor liacutempido

insiacutepido e inodoro

Caacutelcio e Magneacutesio Cumpre o Teste Cloretos Cumpre o Teste Condutividade No maacuteximo 21 microScm Metais Pesado No maacuteximo 01 ppm Nitratos No maacuteximo 02 ppm pH 5 -7 Resiacuteduo por evaporaccedilatildeo

No maacuteximo 0001

Substacircncias Oxidaacuteveis Cumpre o Teste Sulfatos Cumpre o Teste Os testes seratildeo realizados de acordo com a Farmacopeacuteia Brasileira 4ordf ediccedilatildeo (F Bras IV 2005)

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash

RS Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

Protocolo ndeg 005 Versatildeo 06112007 Validade 06112008

Resultados da Validaccedilatildeo do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua Aacutegua Potaacutevel

Data

Ponto de

Coleta

Especificaccedilotildees Anaacutelise Quiacutemica Anaacutelise Microbioloacutegica

Cloro pH Cor

Turbidez Contagem Heterotroacutefica

Total

Patoacutegenos

02 ndash 05 ppm

60 ndash 95 15 UH 5 UT

lt 500 UFCmL Ausecircncia de coliformes

Unidade Hazen (mg Pt-CoL)

Unidade de turbidez

40

4 Consideraccedilotildees finais e perspectivas

Ao longo do tempo a importacircncia da validaccedilatildeo de processos para a Garantia da

Qualidade foi sendo melhor compreendida pelo segmento farmacecircutico e com isso foi

contemplada pelos oacutergatildeos reguladores e aplicada pelos profissionais deste segmento

Se a validaccedilatildeo estaacute bem definida e eacute amplamente compreendida como pocircde ser

observado pelo nuacutemero de trabalhos e legislaccedilotildees revisados neste trabalho um dos

desafios que se apresentam atualmente consiste em ampliar o entendimento de como

realizaacute-la na praacutetica A proposiccedilatildeo de um protocolo para a validaccedilatildeo de um processo de

purificaccedilatildeo de aacutegua teve como um de seus objetivos exemplificar esta tarefa e assim

auxiliar na elaboraccedilatildeo de outros protocolos Assim como perspectiva deste trabalho

espera-se fornecer subsiacutedio agrave validaccedilatildeo de outros processos farmacecircuticos de

purificaccedilatildeo de aacutegua ou mesmo outros

Isto porque embora cada processo possua aspectos especiacuteficos os quais devem

ser cuidadosamente avaliados durante a validaccedilatildeo o entendimento e aplicaccedilatildeo

adequados da terminologia relacionada agrave validaccedilatildeo auxiliam na conduccedilatildeo de uma

validaccedilatildeo adequada e bem documentada

41

5 Referecircncias

ALEEM H ZHAO Y LORD S MCCARTHY T SHARRATT P N Pharmaceutical process validation an overview Proceedings of the Institution of Mechanical Engineers Part E Process Mechanical Engineering v 217 p141 ndash 150 2002

ALENCAR J R B Pinto P M D V Neto P P V Oliveira A T C Medeiros F P M Ramos S V V Rolim P J N Strategy in pharmaceutical process validation of purified water Revista Brasileira de Farmaacutecia v 85 n3 p85-88 2004a ALENCAR JRB Souza M B J Rolim P J N Lopes C E Uso de controle estatiacutestico de processo (CEP) para validaccedilatildeo de processo de glibenclamida comprimidos Revista Brasileira de Farmaacutecia v85 n3 p115-119 2004b

ALENCAR J R B CLEMENTINO M R A ROLIM P J N Cleaning validation of equipments in medicines industry strategy to select the ldquoworst caserdquo Revista Brasileira de Farmaacutecia v87 n 1 p13-18 2006

ANVISA ndash Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria Gerecircncia Geral de Inspeccedilatildeo e Controle de Medicamentos e Produtos Guias relacionados agrave garantia de qualidade Brasiacutelia 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwanvisagovbrinspecaoguias_qualidadepdfgt Acesso em 12 nov 2007

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria (ANVISA) Resoluccedilatildeo RDC nordm 210 de 04082003 DOU de 14082003 Disponiacutevel em lthttpe-legisanvisagovbrleisrefpublicshowActphpid=22321ampword=gt Acesso em 30 set 2007

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria (ANVISA) Resoluccedilatildeo RDC nordm 67 de 08102007 DOU de 09102007 Disponiacutevel em lthttpe-legisanvisagovbrleisrefpublicshowActphpid=28806ampword= gt Acesso em 30 nov 2007

42

BRASIL Ministeacuterio de Estado da Sauacutede Portaria nordm 518 de 25032004 DOU de 26032004 Disponiacutevel em lthttpe-legisanvisagovbrleisrefpublicshowActphpid=22322ampwordgt Acesso em 30 set 2007

CASTILLA B SENA F J Validation documentation Journal of Validation Technology v7 n 2 p 166-123 2001

DA ROSA PS Diagnoacutestico e avaliaccedilatildeo da qualidade microbioloacutegica da aacutegua na Faculdade de Farmaacutecia Trabalho de Conclusatildeo de Curso de Graduaccedilatildeo Disciplina de Estaacutegio Curricular em Farmaacutecia Faculdade de Farmaacutecia Universidade Federal do Rio Grande do Sul Porto Alegre 2007

EMEA - European Agency for Evaluation of Medicinal Products Note for guidance on process validation London 2001 Disponiacutevel em lthttpwwwemeaeuropaeupdfshumanqwp084896enpdfgt Acesso em 12 nov 2007

FARMACOPEacuteIA BRASILEIRA 4 ed Satildeo Paulo Atheneu 2004 pV224

FARMACOPEacuteIA BRASILEIRA 4 ed Satildeo Paulo Atheneu 2005 Fasciacuteculo 6 p263

FDA ndash Food and Drug Administration - Center for Drug Evaluation and Research (CDER) Guidance for Industry Powder Blends and Finished Dosage Units mdash Stratified In-Process Dosage Unit Sampling and Assessment Rockville 2003 Disponiacutevel em lthttpwwwfdagovCDERGUIDANCE5831dfthtmgt Acesso em 12 nov 2007

FDA ndash Food and Drug Administration - Division of Manufacturing and Product Quality (HFN-320) Center for Drugs and Biologics Guidelines on general principles of process validation Rockville 1987 Disponiacutevel em lthttpwwwfdagovCDERGUIDANCEpvhtmgt Acesso em 12 nov 2007

GUAZZARONI M YIIN B YU JL Application of total organic carbon analysis for cleaning validation in pharmaceutical manufacturing American Biotechnology Laboratory v 16 n 10 p 66-67 1998

HAIDER S I Validation standard operating procedures a step-by-step guide for achieving compliance in the pharmaceutical medical device and biotech industries 2 ed Boca Raton CRC 2002

43

HELLE M R YLIRUUSI J MANNERMAA J P A literature review of pharmaceutical process validation Pharmaceutical Technology Europe Part 3 v15 p 52-57 2003

HOFMANN K L Sterile products validation In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 103

JEATER J P CULLEN L F PAPARIELLO GJ Organizing for validation In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 9

JOHNSON W M Validation of water system for sterile and nonsterile products In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 299 - 317

KIEFFER RG Validation and the human element PDA Journal of Pharmaceutical Science and Technology v52 n2 p52-54 1998

LE HIR A Noccedilotildees de farmaacutecia galecircnica 6 ed Satildeo Paulo Organizaccedilatildeo Andrei 1997 p 137-138

LeBLANC D A Establishing scientifically justified acceptance criteria for cleaning validation of finished drug products Pharmaceutical Technology 1998 Disponiacutevel em ltwwwadvanstarcomgt Acesso em 30 set 2007

LOFTUS B T The Regulatory basis for process In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 2 - 32

LORD SV MCCARTHY T ALEEM H ZHAO Y SHARRATT P N Reinterpreting validation Proceedings of the Institution of Mechanical Engineers Part E Process Mechanical Engineering v 217 p287- 292 2003

MCCOLMICK P Y CULLEN L F Cleaning validation In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 319 - 322

NASH R A Introduction In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993

44

PICS - Pharmaceutical Inspection Convention and Pharmaceutical Inspection Co-operation Scheme Recommendations on validation master plan installation and operational qualification non-sterile process validation cleaning validation Genebra 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwnewwayzconzrefmaterialpics_pi006_2VMPpdfgt Acesso em 30 set 2007

TKA WASSERAUFBEREITUNGSSYSTEME GMBH Operating instructions TKA LAB ndash UPW Article ndeg 083007-SO Niederelbert 2001

WHO ndash World Health Organization Suplementary guidelines on good manufacturing practices (GMP) validation Genebra 2005 p 22-23 Disponiacutevel em lthttpwwwwhointmedicinesservicesexpertcommitteespharmprepValidation_QAS_055_Rev2combinedpdfgtAcesso em Acesso em 30 set 2007

WHO ndash World Health Organization Supplementary training modules on good manufacturing practice water for pharmaceutical use Part 1 introduction and treatment Genebra 2001 Disponiacutevel em ltftpftpwhointmedicinesGMPgmptrainsuplmtWater01pptgt Acesso em 30 set 2007

WHO ndash World Health Organization Supplementary training modules on good manufacturing practice water for pharmaceutical use Part 2 water purification engineering Genebra 2001 Disponiacutevel em ltftpftpwhointmedicinesGMPgmptrainsuplmtWater02pptgt Acesso em 30 set 2007

WHO ndash World Health Organization Supplementary training modules on good manufacturing practice water for pharmaceutical use Part 3 inspection of water systems Genebra 2001 Disponiacutevel em ltftpftpwhointmedicinesGMPgmptrainsuplmtWater03pptgt Acesso em 30 set 2007

WHO ndash World Health Organization Who good manufacturing practices water for pharmaceutical use Genebra 2005 (Technical Report Series n 929 Anexo 3)

WHO ndash World Health Organization Who Expert Committee on specifications for pharmaceutical preparations Genebra 2006 p 125 ndash 126 (Technical Report Series n 937 Anexo 4 Apecircndice II) Disponiacutevel em lthttpwhqlibdocwhointtrsWHO_TRS_937_engpdfpage=359gt Acesso em 01 dez 2007

  • Outras definiccedilotildees semelhantes a essas existem e muito embora as expressotildees variem a essecircncia de todas eacute a mesma assegurar que o processo quando operado sob as condiccedilotildees preacute-determinadas resultaraacute em um produto que reuniraacute as especificaccedilotildees e seus
Page 24: VALIDAÇÃO DE PROCESSOS: Aspectos teóricos e proposição de

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

III Qualificaccedilatildeo da Instalaccedilatildeo (IQ)

A fase da Qualificaccedilatildeo da Instalaccedilatildeo (IQ) estaacute associada agrave verificaccedilatildeo da

instalaccedilatildeo dos equipamentos de acordo com as especificaccedilotildees do fabricante aleacutem da

calibraccedilatildeo dos instrumentos e o estabelecimento de um programa de manutenccedilatildeo

preventiva (Johnson 1993) A Tabela 2 apresenta as especificaccedilotildees do sistema de

purificaccedilatildeo de aacuteguas e as accedilotildees que se fazem necessaacuterias para efetuar a qualificaccedilatildeo

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Tabela 2 Especificaccedilotildees fornecidas pelo fabricante e atividade a ser realizada para qualificar a instalaccedilatildeo

Especificaccedilatildeo Paracircmetro especificado em manual

Atividade a ser realizada para qualificar a

instalaccedilatildeo Tensatildeo Eleacutetrica 127220V 60Hz Registro de Calibraccedilatildeo do

estabilizador Potecircncia Eleacutetrica 01 Kw Verificaccedilatildeo e registro Temperatura ambiente +2degc a +35degC Registro do

monitoramento da temperatura

Pressatildeo do permeado 0 bar Verificaccedilatildeo e registro Pressatildeo operacional 6 bar maacutex Registro da verificaccedilatildeo da

pressatildeo da aacutegua de alimentaccedilatildeo

Temperatura de alimentaccedilatildeo +1degC a +30degC Registro da verificaccedilatildeo de temperatura

Pressatildeo da aacutegua de alimentaccedilatildeo

2 a 6 bar Registro da verificaccedilatildeo da pressatildeo da aacutegua de

alimentaccedilatildeo Calibraccedilatildeo dos controles ao longo do processo

Condutiviacutemetro e manocircmetro

Registro das calibraccedilotildees realizadas

Treinamento dos Operadores -- Realizaccedilatildeo e registro de treinamento

Programa de Manutenccedilatildeo Preventiva

Enxaacuteguumle e desinfecccedilatildeo dos tanques de

estocagem tubulaccedilotildees e carcaccedilas (anualmente)

Elaboraccedilatildeo do POP de enxaacuteguumle e desinfecccedilatildeo

Capacidade de carga das

paredes ou chatildeo

-- Registros da verificaccedilatildeo da instalaccedilatildeo

Tubulaccedilatildeo de Drenagem de

112rdquo livre para o esgoto -- Registro da verificaccedilatildeo da

Instalaccedilatildeo

Espaccedilo de trabalho suficiente -- 64 m2

Conexatildeo aacutegua de alimentaccedilatildeo

de frac34rdquo(com registro)

-- Registro da verificaccedilatildeo da instalaccedilatildeo

Ponto de Coleta do sistema de

preacute-tratamento -- Instalaccedilatildeo de registro na

entrada da aacutegua provinda do preacute-tratamento

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

IV Qualificaccedilatildeo da Operaccedilatildeo (OQ)

Esta etapa estaacute relacionada agrave garantia de que cada componente esteja

funcionando de acordo com o especificado As accedilotildees a serem realizadas na fase de

qualificaccedilatildeo da operaccedilatildeo seguem na tabela 3

Tabela 3 Accedilotildees a serem realizadas na fase de Qualificaccedilatildeo da Operaccedilatildeo (Johnson 1993)

Accedilatildeo Atividade a ser realizada 1 Preencher o sistema com aacutegua e reparar

quaisquer fugas e substituir vaacutelvulas ou vedaccedilotildees defeituosas

Verificaccedilatildeo de vazamentos e registro da realizaccedilatildeo de manutenccedilatildeo por pessoal autorizado

2 Verificar o bom funcionamento das vaacutelvulas e controles ao longo do processo

Calibraccedilatildeo dos Manocircmetros e Condutiviacutemetro do tanque de armazenamento

3 Registrar a realizaccedilatildeo da sanitizaccedilatildeo da caixa de aacutegua e da distribuiccedilatildeo do sistema

Realizaccedilatildeo da Sanitizaccedilatildeo e seu Registro

4 Elaboraccedilatildeo de POPs que descrevem os procedimentos de ligar desligar e sanitizar os equipamentos e o sistema

Seguem em anexo B

5 Verificaccedilatildeo da variaccedilatildeo da vazatildeo de aacutegua em comparaccedilatildeo as especificaccedilotildees do fornecedor

Protocolo de Serviccedilo (PS001) Anexo C

6 Avaliar a produccedilatildeo nominal do sistema 7 Lh a 15degC 7 Avaliar a eficiecircncia do sistema de preacute-

tratamento Atraveacutes da Fase 1 de validaccedilatildeo se avaliaraacute a eficiecircncia do sistema de preacute-tratamento

V Process validation (PV)

Apoacutes a realizaccedilatildeo das trecircs primeiras qualificaccedilotildees seraacute necessaacuterio realizar testes

que comprovem que o sistema realiza a purificaccedilatildeo da aacutegua da maneira a que se propotildee

Para realizar essa tarefa como descrito anteriormente segue-se a abordagem da

Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (WHO 2005) que determina trecircs fases para a validaccedilatildeo

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

V1 Plano de amostragem

V11 Pontos de amostragem

A tabela 4 descreve os pontos de coleta sua localizaccedilatildeo e a especificaccedilatildeo do tipo

de aacutegua

Tabela 4 Pontos de validaccedilatildeo localizaccedilatildeo e suas especificaccedilotildees de avaliaccedilatildeo Nuacutemero Local Tipo de aacutegua

1 Entrada do sistema de purificaccedilatildeo de aacutegua (torneira da pia)

Aacutegua potaacutevel

2 Aacutegua de alimentaccedilatildeo da osmose reversa Aacutegua potaacutevel natildeo clorada

3 Ponto de coleta da aacutegua purificada Aacutegua purificada

V12 Testes Requeridos e Criteacuterio de Aceitaccedilatildeo

Os testes requeridos e seus criteacuterios de aceitaccedilatildeo estatildeo descritos nas tabelas 4 e

5 Os testes para Aacutegua Purificada seratildeo realizados de acordo com a Farmacopeacuteia

Brasileira 4ordf ediccedilatildeo (F Bras IV 2005) e para aacutegua potaacutevel de acordo com os limites

estabelecidos na Portaria 51804 do Ministeacuterio da Sauacutede

V121 Aacutegua Potaacutevel

Tabela 5 Criteacuterios de Aceitaccedilatildeo para aacutegua potaacutevel Testes Microbioloacutegicos Especificaccedilatildeo Contagem Heterotroacutefica Total le 500UFCMl Patoacutegenos Ausecircncia de Coliformes Testes Quiacutemicos Especificaccedilatildeo Cor lt 15 UH Cloro 02 a 05 ppm pH 60 a 95 Turbidez lt 5UT Unidade Hazen (mg Pt-CoL) Unidade de turbidez

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

V122 Aacutegua Purificada

Tabela 6 Criteacuterios de Aceitaccedilatildeo para aacutegua purificada Testes Microbioloacutegicos Especificaccedilatildeo Contagem Heterotroacutefica Total le 100UFCmL Patoacutegenos Ausecircncia de coliformes P aeruginosa S

aureus e E Coli termotolerantes Testes Quiacutemicos Especificaccedilatildeo Acidez ou Alcalinidade Cumpre o Teste Amocircnio No maacuteximo 02 ppm Aparecircncia Liacutequido incolor liacutempido insiacutepido e

inodoro Caacutelcio e Magneacutesio Cumpre o Teste Cloretos Cumpre o Teste Condutividade No maacuteximo 21 microScm Metais Pesados No maacuteximo 01 ppm Nitratos No maacuteximo 02 ppm pH 5 -7 Resiacuteduo por evaporaccedilatildeo No maacuteximo 0001 Substacircncias Oxidaacuteveis Cumpre o Teste Sulfatos Cumpre o Teste Os testes seratildeo realizados de acordo com a Farmacopeacuteia Brasileira 4ordf ediccedilatildeo (F Bras IV 2005)

V13 Cronograma de Amostragem

Para a Fase 1 da validaccedilatildeo seratildeo realizados testes quiacutemicos e bioloacutegicos para

todos os pontos de amostragem durante trecircs semanas em trecircs periacuteodos de cinco dias

Apoacutes a conclusatildeo satisfatoacuteria dessa fase se realizaraacute a Fase 2 de validaccedilatildeo fase em que

a aacutegua produzida pode ser utilizada Nesta fase deve-se realizar novamente e

diariamente todos os testes quiacutemicos e bioloacutegicos para todos os pontos de amostragem

durante quatro semanas em quatro periacuteodos de cinco dias Para a Fase 3 de validaccedilatildeo

seratildeo realizados os mesmos testes quiacutemicos e microbioloacutegicos para todos os pontos de

amostragem semanalmente durante um ano O cronograma dos pontos de amostragem

segue na tabela 7

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Tabela 7 Cronograma de validaccedilatildeo

Fase de

Validaccedilatildeo

Ponto de

Amostragem

Periacuteodo de

Anaacutelise

Frequumlecircncia de

Anaacutelise

Tipo de Testes

a Realizar

1 1 2 Semanas Trecircs periacuteodos de

5 dias

Aacutegua Potaacutevel

1 2 2 Semanas Trecircs periacuteodos de 5 dias

Aacutegua potaacutevel

natildeo clorada

1 3 2 Semanas Trecircs periacuteodos de 5 dias

Aacutegua

Purificada

2 1 3 Semanas Quatro periacuteodos

de 5 dias

Aacutegua Potaacutevel

2 2 3 Semanas Quatro periacuteodos

de 5 dias

Aacutegua potaacutevel

natildeo clorada

2 3 3 Semanas Quatro periacuteodos

de 5 dias

Aacutegua

Purificada

3 1 1 Ano Semanal Aacutegua Potaacutevel

3 2 1 Ano Semanal Aacutegua potaacutevel

natildeo clorada

3 3 1 Ano Semanal Aacutegua

Purificada

V2 Fase 1

Periacuteodo de testes de trecircs semanas em trecircs periacuteodos de cinco dias para

monitoramento do sistema intensivamente durante este periacuteodo o sistema deve operar

continuamente sem falhas ou desvios de qualidade

Para essa fase seratildeo realizados os seguintes testes

bull Realizar testes quiacutemicos e microbioloacutegicos de acordo o plano de amostragem

bull Desenvolver faixas de operaccedilatildeo adequadas

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

bull Desenvolver e finalizar procedimentos de operaccedilotildees limpeza desinfecccedilatildeo e

manutenccedilatildeo

bull Demonstrar a produccedilatildeo e entrega da aacutegua na qualidade e quantidade exigida

bull Usar e aperfeiccediloar os POPs de operaccedilatildeo (ver anexo) manutenccedilatildeo desinfecccedilatildeo e

soluccedilatildeo de problemas

bull Verificar alertas provisoacuterios e accedilotildees de niacuteveis

bull Desenvolver e refinar procedimentos de testes de natildeo conformidade

V3 Fase 2

Outro periacuteodo de testes de quatro semanas em quatro periacuteodos de cinco dias a

ser realizado de maneira mais intensiva atraveacutes de um acompanhamento dos POPs

aperfeiccediloados apoacutes a conclusatildeo da Fase 1 O sistema de amostragem eacute idecircntico ao da

fase inicial e aacutegua pode ser utilizada para a fabricaccedilatildeo durante essa fase O sistema

deve

bull Demonstrar a produccedilatildeo e entrega da aacutegua na qualidade e quantidade exigida

quando o sistema eacute operado de acordo com os POPs

bull Demonstrar que o sistema estaacute sob controle

V4 Fase 3

Esta fase seraacute executada por no miacutenimo um ano apoacutes a conclusatildeo satisfatoacuteria da

fase dois a aacutegua pode ser usada para a fabricaccedilatildeo durante esta fase produccedilatildeo que tem os

devidos fins e caracteriacutesticas

bull Demonstrar que o sistema estaacute sob controle durante um longo periacuteodo de tempo

garantindo que as variaccedilotildees sazonais foram avaliadas

bull Locais de amostra frequumlecircncia de amostras e testes devem ser reduzido ao padratildeo

de rotina normal (semanalmente)

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

POP ndeg001 Versatildeo 06112007 Validade 06112008 Paacutegina 14

Procedimento Operacional Padratildeo 001

Instruccedilotildees de Uso do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

1 Objetivo Orientar a operaccedilatildeo do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

2 Aplicaccedilatildeo Ao pessoal responsaacutevel pela operaccedilatildeo e monitoramento do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

3 Materiais Necessaacuterios Protocolo de Serviccedilo (PS 001) Protocolo de Manutenccedilatildeo (PM 001) Protocolo de Produccedilatildeo de Aacutegua Purificada (PP 001)

4 Cuidados Especiais Verificar se o aparelho estaacute limpo e adequado a sua utilizaccedilatildeo Verificar a temperatura e umidade do ambiente Verificar a temperatura da aacutegua de alimentaccedilatildeo Verificar a pressatildeo da aacutegua de alimentaccedilatildeo

5 Procedimento 51 Ligar o Disjuntor (A) que alimenta a Central de Aacuteguas

A

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

POP ndeg001 Versatildeo 06112007 Validade 06112008 Paacutegina 24

Procedimento Operacional Padratildeo 001

Instruccedilotildees de Uso do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

52 Ligar o Estabilizador (B) de energia que alimenta o aparelho de Osmose Reversa

53 Abrir o registro (C) da aacutegua de alimentaccedilatildeo

54 Verificar os paracircmetros do item Cuidados Especiais e anotaacute-los no Protocolo de Serviccedilo

(PS 001)

B

C

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

POP ndeg001 Versatildeo 06112007 Validade 06112008 Paacutegina 34

Procedimento Operacional Padratildeo 001

Instruccedilotildees de Uso do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

55 Acionar a tecla ONOFF (1)

56 Visualizar no display (2) ldquoCleaningrdquo - referente agrave operaccedilatildeo do sistema de enxaacutegue que

entra automaticamente em operaccedilatildeo 57 Visualizar no display (2) ldquoProductionrdquo (produccedilatildeo) - referente agrave operaccedilatildeo do sistema de

Osmose Reversa 58 Apoacutes 2 minutos de produccedilatildeo acionar a tecla MENU (3) duas vezes para verificar a

condutividade da aacutegua de produccedilatildeo Caso visualize a mensagem ldquoError-CPrdquo paacutere a produccedilatildeo e despreze a aacutegua do tanque abrindo o registro do ponto de coleta de aacutegua purificada (D)

59 Quando o tanque de armazenamento estiver cheio ocorreraacute outro enxaacuteguumle automaacutetico e

no display (2) apareceraacute a mensagem ldquoCleaningrdquo 510 Completando-se este ciclo o aparelho entra em modo de operaccedilatildeo ldquoStand byrdquo sendo

visualizado no display (2) a mesma mensagem ldquoStand byrdquo

1

2

3

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

POP ndeg001 Versatildeo 06112007 Validade 06112008 Paacutegina 44

Procedimento Operacional Padratildeo 001

Instruccedilotildees de Uso do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

511 Retire a Aacutegua Purificada do tanque de armazenamento abrindo o registro do Ponto de Coleta (D)

512 Ao final da produccedilatildeo acionar a tecla ONOFF (1) desligar o Estabilizador de energia (B)

e fechar o registro da aacutegua de alimentaccedilatildeo (C) e o disjuntor da Central de Aacuteguas (A) 513 Anotar o valor final produzido no Protocolo de Produccedilatildeo de Aacutegua Purificada

6 Observaccedilotildees Limpeza Mensal Manutenccedilatildeo Realizada pelo fabricante sempre que constatado que fora dos paracircmetros

D

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

Protocolo ndeg001 Versatildeo 06112007 Validade 06112008

Protocolo de Serviccedilo (PS 001)

Protocolo de Verificaccedilatildeo dos Paracircmetros do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

Data Temp Ambiente

(degC)

Umidade ()

Temp Aacutegua de

Alimentaccedilatildeo (degC)

Pressatildeo Aacutegua de

Alimentaccedilatildeo (bar)

Condutividade da aacutegua Produzida (microScm)

Responsaacutevel

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash

RS Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

Protocolo ndeg002 Versatildeo 06112007 Validade 06112008

Protocolo de Manutenccedilatildeo (PM 001)

Protocolo de Verificaccedilatildeo da Manutenccedilatildeo do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

Tipo de Sistema

Nuacutemero de Identificaccedilatildeo

Ano de Fabricaccedilatildeo

Data Dureza da aacutegua de

alimentaccedilatildeo (degdH)

Pressatildeo de operaccedilatildeo

(bar)

Taxa de Permeado

(Lh)

Uacuteltima Troca de Preacute-filtro

Uacuteltima troca de Fosfato

Uacuteltima limpeza

desinfecccedilatildeo

Ass

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash

RS Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

Protocolo ndeg003 Versatildeo 06112007 Validade 06112008

Protocolo de Produccedilatildeo (PP 001)

Protocolo de Produccedilatildeo de Aacutegua Purificada

Data Produccedilatildeo Diaacuteria Responsaacutevel

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash

RS Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

Protocolo ndeg004 Versatildeo 06112007 Validade 06112008

Resultados da Validaccedilatildeo do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

Aacutegua Purificada

DATA

PONTO DE COLETA

Testes Microbioloacutegicos

Especificaccedilatildeo ____ ____ ____ ____ ____

Contagem Heterotroacutefica Total

le 100UFCmL

Patoacutegenos Ausecircncia de coliformes P aeruginosa S aureus

Testes Quiacutemicos Especificaccedilatildeo ____ ____ ____ ____ ____ Acidez ou Alcalinidade

Cumpre o Teste

Amocircnio No maacuteximo 02 ppm Aparecircncia Liacutequido incolor liacutempido

insiacutepido e inodoro

Caacutelcio e Magneacutesio Cumpre o Teste Cloretos Cumpre o Teste Condutividade No maacuteximo 21 microScm Metais Pesado No maacuteximo 01 ppm Nitratos No maacuteximo 02 ppm pH 5 -7 Resiacuteduo por evaporaccedilatildeo

No maacuteximo 0001

Substacircncias Oxidaacuteveis Cumpre o Teste Sulfatos Cumpre o Teste Os testes seratildeo realizados de acordo com a Farmacopeacuteia Brasileira 4ordf ediccedilatildeo (F Bras IV 2005)

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash

RS Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

Protocolo ndeg 005 Versatildeo 06112007 Validade 06112008

Resultados da Validaccedilatildeo do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua Aacutegua Potaacutevel

Data

Ponto de

Coleta

Especificaccedilotildees Anaacutelise Quiacutemica Anaacutelise Microbioloacutegica

Cloro pH Cor

Turbidez Contagem Heterotroacutefica

Total

Patoacutegenos

02 ndash 05 ppm

60 ndash 95 15 UH 5 UT

lt 500 UFCmL Ausecircncia de coliformes

Unidade Hazen (mg Pt-CoL)

Unidade de turbidez

40

4 Consideraccedilotildees finais e perspectivas

Ao longo do tempo a importacircncia da validaccedilatildeo de processos para a Garantia da

Qualidade foi sendo melhor compreendida pelo segmento farmacecircutico e com isso foi

contemplada pelos oacutergatildeos reguladores e aplicada pelos profissionais deste segmento

Se a validaccedilatildeo estaacute bem definida e eacute amplamente compreendida como pocircde ser

observado pelo nuacutemero de trabalhos e legislaccedilotildees revisados neste trabalho um dos

desafios que se apresentam atualmente consiste em ampliar o entendimento de como

realizaacute-la na praacutetica A proposiccedilatildeo de um protocolo para a validaccedilatildeo de um processo de

purificaccedilatildeo de aacutegua teve como um de seus objetivos exemplificar esta tarefa e assim

auxiliar na elaboraccedilatildeo de outros protocolos Assim como perspectiva deste trabalho

espera-se fornecer subsiacutedio agrave validaccedilatildeo de outros processos farmacecircuticos de

purificaccedilatildeo de aacutegua ou mesmo outros

Isto porque embora cada processo possua aspectos especiacuteficos os quais devem

ser cuidadosamente avaliados durante a validaccedilatildeo o entendimento e aplicaccedilatildeo

adequados da terminologia relacionada agrave validaccedilatildeo auxiliam na conduccedilatildeo de uma

validaccedilatildeo adequada e bem documentada

41

5 Referecircncias

ALEEM H ZHAO Y LORD S MCCARTHY T SHARRATT P N Pharmaceutical process validation an overview Proceedings of the Institution of Mechanical Engineers Part E Process Mechanical Engineering v 217 p141 ndash 150 2002

ALENCAR J R B Pinto P M D V Neto P P V Oliveira A T C Medeiros F P M Ramos S V V Rolim P J N Strategy in pharmaceutical process validation of purified water Revista Brasileira de Farmaacutecia v 85 n3 p85-88 2004a ALENCAR JRB Souza M B J Rolim P J N Lopes C E Uso de controle estatiacutestico de processo (CEP) para validaccedilatildeo de processo de glibenclamida comprimidos Revista Brasileira de Farmaacutecia v85 n3 p115-119 2004b

ALENCAR J R B CLEMENTINO M R A ROLIM P J N Cleaning validation of equipments in medicines industry strategy to select the ldquoworst caserdquo Revista Brasileira de Farmaacutecia v87 n 1 p13-18 2006

ANVISA ndash Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria Gerecircncia Geral de Inspeccedilatildeo e Controle de Medicamentos e Produtos Guias relacionados agrave garantia de qualidade Brasiacutelia 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwanvisagovbrinspecaoguias_qualidadepdfgt Acesso em 12 nov 2007

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria (ANVISA) Resoluccedilatildeo RDC nordm 210 de 04082003 DOU de 14082003 Disponiacutevel em lthttpe-legisanvisagovbrleisrefpublicshowActphpid=22321ampword=gt Acesso em 30 set 2007

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria (ANVISA) Resoluccedilatildeo RDC nordm 67 de 08102007 DOU de 09102007 Disponiacutevel em lthttpe-legisanvisagovbrleisrefpublicshowActphpid=28806ampword= gt Acesso em 30 nov 2007

42

BRASIL Ministeacuterio de Estado da Sauacutede Portaria nordm 518 de 25032004 DOU de 26032004 Disponiacutevel em lthttpe-legisanvisagovbrleisrefpublicshowActphpid=22322ampwordgt Acesso em 30 set 2007

CASTILLA B SENA F J Validation documentation Journal of Validation Technology v7 n 2 p 166-123 2001

DA ROSA PS Diagnoacutestico e avaliaccedilatildeo da qualidade microbioloacutegica da aacutegua na Faculdade de Farmaacutecia Trabalho de Conclusatildeo de Curso de Graduaccedilatildeo Disciplina de Estaacutegio Curricular em Farmaacutecia Faculdade de Farmaacutecia Universidade Federal do Rio Grande do Sul Porto Alegre 2007

EMEA - European Agency for Evaluation of Medicinal Products Note for guidance on process validation London 2001 Disponiacutevel em lthttpwwwemeaeuropaeupdfshumanqwp084896enpdfgt Acesso em 12 nov 2007

FARMACOPEacuteIA BRASILEIRA 4 ed Satildeo Paulo Atheneu 2004 pV224

FARMACOPEacuteIA BRASILEIRA 4 ed Satildeo Paulo Atheneu 2005 Fasciacuteculo 6 p263

FDA ndash Food and Drug Administration - Center for Drug Evaluation and Research (CDER) Guidance for Industry Powder Blends and Finished Dosage Units mdash Stratified In-Process Dosage Unit Sampling and Assessment Rockville 2003 Disponiacutevel em lthttpwwwfdagovCDERGUIDANCE5831dfthtmgt Acesso em 12 nov 2007

FDA ndash Food and Drug Administration - Division of Manufacturing and Product Quality (HFN-320) Center for Drugs and Biologics Guidelines on general principles of process validation Rockville 1987 Disponiacutevel em lthttpwwwfdagovCDERGUIDANCEpvhtmgt Acesso em 12 nov 2007

GUAZZARONI M YIIN B YU JL Application of total organic carbon analysis for cleaning validation in pharmaceutical manufacturing American Biotechnology Laboratory v 16 n 10 p 66-67 1998

HAIDER S I Validation standard operating procedures a step-by-step guide for achieving compliance in the pharmaceutical medical device and biotech industries 2 ed Boca Raton CRC 2002

43

HELLE M R YLIRUUSI J MANNERMAA J P A literature review of pharmaceutical process validation Pharmaceutical Technology Europe Part 3 v15 p 52-57 2003

HOFMANN K L Sterile products validation In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 103

JEATER J P CULLEN L F PAPARIELLO GJ Organizing for validation In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 9

JOHNSON W M Validation of water system for sterile and nonsterile products In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 299 - 317

KIEFFER RG Validation and the human element PDA Journal of Pharmaceutical Science and Technology v52 n2 p52-54 1998

LE HIR A Noccedilotildees de farmaacutecia galecircnica 6 ed Satildeo Paulo Organizaccedilatildeo Andrei 1997 p 137-138

LeBLANC D A Establishing scientifically justified acceptance criteria for cleaning validation of finished drug products Pharmaceutical Technology 1998 Disponiacutevel em ltwwwadvanstarcomgt Acesso em 30 set 2007

LOFTUS B T The Regulatory basis for process In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 2 - 32

LORD SV MCCARTHY T ALEEM H ZHAO Y SHARRATT P N Reinterpreting validation Proceedings of the Institution of Mechanical Engineers Part E Process Mechanical Engineering v 217 p287- 292 2003

MCCOLMICK P Y CULLEN L F Cleaning validation In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 319 - 322

NASH R A Introduction In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993

44

PICS - Pharmaceutical Inspection Convention and Pharmaceutical Inspection Co-operation Scheme Recommendations on validation master plan installation and operational qualification non-sterile process validation cleaning validation Genebra 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwnewwayzconzrefmaterialpics_pi006_2VMPpdfgt Acesso em 30 set 2007

TKA WASSERAUFBEREITUNGSSYSTEME GMBH Operating instructions TKA LAB ndash UPW Article ndeg 083007-SO Niederelbert 2001

WHO ndash World Health Organization Suplementary guidelines on good manufacturing practices (GMP) validation Genebra 2005 p 22-23 Disponiacutevel em lthttpwwwwhointmedicinesservicesexpertcommitteespharmprepValidation_QAS_055_Rev2combinedpdfgtAcesso em Acesso em 30 set 2007

WHO ndash World Health Organization Supplementary training modules on good manufacturing practice water for pharmaceutical use Part 1 introduction and treatment Genebra 2001 Disponiacutevel em ltftpftpwhointmedicinesGMPgmptrainsuplmtWater01pptgt Acesso em 30 set 2007

WHO ndash World Health Organization Supplementary training modules on good manufacturing practice water for pharmaceutical use Part 2 water purification engineering Genebra 2001 Disponiacutevel em ltftpftpwhointmedicinesGMPgmptrainsuplmtWater02pptgt Acesso em 30 set 2007

WHO ndash World Health Organization Supplementary training modules on good manufacturing practice water for pharmaceutical use Part 3 inspection of water systems Genebra 2001 Disponiacutevel em ltftpftpwhointmedicinesGMPgmptrainsuplmtWater03pptgt Acesso em 30 set 2007

WHO ndash World Health Organization Who good manufacturing practices water for pharmaceutical use Genebra 2005 (Technical Report Series n 929 Anexo 3)

WHO ndash World Health Organization Who Expert Committee on specifications for pharmaceutical preparations Genebra 2006 p 125 ndash 126 (Technical Report Series n 937 Anexo 4 Apecircndice II) Disponiacutevel em lthttpwhqlibdocwhointtrsWHO_TRS_937_engpdfpage=359gt Acesso em 01 dez 2007

  • Outras definiccedilotildees semelhantes a essas existem e muito embora as expressotildees variem a essecircncia de todas eacute a mesma assegurar que o processo quando operado sob as condiccedilotildees preacute-determinadas resultaraacute em um produto que reuniraacute as especificaccedilotildees e seus
Page 25: VALIDAÇÃO DE PROCESSOS: Aspectos teóricos e proposição de

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Tabela 2 Especificaccedilotildees fornecidas pelo fabricante e atividade a ser realizada para qualificar a instalaccedilatildeo

Especificaccedilatildeo Paracircmetro especificado em manual

Atividade a ser realizada para qualificar a

instalaccedilatildeo Tensatildeo Eleacutetrica 127220V 60Hz Registro de Calibraccedilatildeo do

estabilizador Potecircncia Eleacutetrica 01 Kw Verificaccedilatildeo e registro Temperatura ambiente +2degc a +35degC Registro do

monitoramento da temperatura

Pressatildeo do permeado 0 bar Verificaccedilatildeo e registro Pressatildeo operacional 6 bar maacutex Registro da verificaccedilatildeo da

pressatildeo da aacutegua de alimentaccedilatildeo

Temperatura de alimentaccedilatildeo +1degC a +30degC Registro da verificaccedilatildeo de temperatura

Pressatildeo da aacutegua de alimentaccedilatildeo

2 a 6 bar Registro da verificaccedilatildeo da pressatildeo da aacutegua de

alimentaccedilatildeo Calibraccedilatildeo dos controles ao longo do processo

Condutiviacutemetro e manocircmetro

Registro das calibraccedilotildees realizadas

Treinamento dos Operadores -- Realizaccedilatildeo e registro de treinamento

Programa de Manutenccedilatildeo Preventiva

Enxaacuteguumle e desinfecccedilatildeo dos tanques de

estocagem tubulaccedilotildees e carcaccedilas (anualmente)

Elaboraccedilatildeo do POP de enxaacuteguumle e desinfecccedilatildeo

Capacidade de carga das

paredes ou chatildeo

-- Registros da verificaccedilatildeo da instalaccedilatildeo

Tubulaccedilatildeo de Drenagem de

112rdquo livre para o esgoto -- Registro da verificaccedilatildeo da

Instalaccedilatildeo

Espaccedilo de trabalho suficiente -- 64 m2

Conexatildeo aacutegua de alimentaccedilatildeo

de frac34rdquo(com registro)

-- Registro da verificaccedilatildeo da instalaccedilatildeo

Ponto de Coleta do sistema de

preacute-tratamento -- Instalaccedilatildeo de registro na

entrada da aacutegua provinda do preacute-tratamento

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

IV Qualificaccedilatildeo da Operaccedilatildeo (OQ)

Esta etapa estaacute relacionada agrave garantia de que cada componente esteja

funcionando de acordo com o especificado As accedilotildees a serem realizadas na fase de

qualificaccedilatildeo da operaccedilatildeo seguem na tabela 3

Tabela 3 Accedilotildees a serem realizadas na fase de Qualificaccedilatildeo da Operaccedilatildeo (Johnson 1993)

Accedilatildeo Atividade a ser realizada 1 Preencher o sistema com aacutegua e reparar

quaisquer fugas e substituir vaacutelvulas ou vedaccedilotildees defeituosas

Verificaccedilatildeo de vazamentos e registro da realizaccedilatildeo de manutenccedilatildeo por pessoal autorizado

2 Verificar o bom funcionamento das vaacutelvulas e controles ao longo do processo

Calibraccedilatildeo dos Manocircmetros e Condutiviacutemetro do tanque de armazenamento

3 Registrar a realizaccedilatildeo da sanitizaccedilatildeo da caixa de aacutegua e da distribuiccedilatildeo do sistema

Realizaccedilatildeo da Sanitizaccedilatildeo e seu Registro

4 Elaboraccedilatildeo de POPs que descrevem os procedimentos de ligar desligar e sanitizar os equipamentos e o sistema

Seguem em anexo B

5 Verificaccedilatildeo da variaccedilatildeo da vazatildeo de aacutegua em comparaccedilatildeo as especificaccedilotildees do fornecedor

Protocolo de Serviccedilo (PS001) Anexo C

6 Avaliar a produccedilatildeo nominal do sistema 7 Lh a 15degC 7 Avaliar a eficiecircncia do sistema de preacute-

tratamento Atraveacutes da Fase 1 de validaccedilatildeo se avaliaraacute a eficiecircncia do sistema de preacute-tratamento

V Process validation (PV)

Apoacutes a realizaccedilatildeo das trecircs primeiras qualificaccedilotildees seraacute necessaacuterio realizar testes

que comprovem que o sistema realiza a purificaccedilatildeo da aacutegua da maneira a que se propotildee

Para realizar essa tarefa como descrito anteriormente segue-se a abordagem da

Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (WHO 2005) que determina trecircs fases para a validaccedilatildeo

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

V1 Plano de amostragem

V11 Pontos de amostragem

A tabela 4 descreve os pontos de coleta sua localizaccedilatildeo e a especificaccedilatildeo do tipo

de aacutegua

Tabela 4 Pontos de validaccedilatildeo localizaccedilatildeo e suas especificaccedilotildees de avaliaccedilatildeo Nuacutemero Local Tipo de aacutegua

1 Entrada do sistema de purificaccedilatildeo de aacutegua (torneira da pia)

Aacutegua potaacutevel

2 Aacutegua de alimentaccedilatildeo da osmose reversa Aacutegua potaacutevel natildeo clorada

3 Ponto de coleta da aacutegua purificada Aacutegua purificada

V12 Testes Requeridos e Criteacuterio de Aceitaccedilatildeo

Os testes requeridos e seus criteacuterios de aceitaccedilatildeo estatildeo descritos nas tabelas 4 e

5 Os testes para Aacutegua Purificada seratildeo realizados de acordo com a Farmacopeacuteia

Brasileira 4ordf ediccedilatildeo (F Bras IV 2005) e para aacutegua potaacutevel de acordo com os limites

estabelecidos na Portaria 51804 do Ministeacuterio da Sauacutede

V121 Aacutegua Potaacutevel

Tabela 5 Criteacuterios de Aceitaccedilatildeo para aacutegua potaacutevel Testes Microbioloacutegicos Especificaccedilatildeo Contagem Heterotroacutefica Total le 500UFCMl Patoacutegenos Ausecircncia de Coliformes Testes Quiacutemicos Especificaccedilatildeo Cor lt 15 UH Cloro 02 a 05 ppm pH 60 a 95 Turbidez lt 5UT Unidade Hazen (mg Pt-CoL) Unidade de turbidez

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

V122 Aacutegua Purificada

Tabela 6 Criteacuterios de Aceitaccedilatildeo para aacutegua purificada Testes Microbioloacutegicos Especificaccedilatildeo Contagem Heterotroacutefica Total le 100UFCmL Patoacutegenos Ausecircncia de coliformes P aeruginosa S

aureus e E Coli termotolerantes Testes Quiacutemicos Especificaccedilatildeo Acidez ou Alcalinidade Cumpre o Teste Amocircnio No maacuteximo 02 ppm Aparecircncia Liacutequido incolor liacutempido insiacutepido e

inodoro Caacutelcio e Magneacutesio Cumpre o Teste Cloretos Cumpre o Teste Condutividade No maacuteximo 21 microScm Metais Pesados No maacuteximo 01 ppm Nitratos No maacuteximo 02 ppm pH 5 -7 Resiacuteduo por evaporaccedilatildeo No maacuteximo 0001 Substacircncias Oxidaacuteveis Cumpre o Teste Sulfatos Cumpre o Teste Os testes seratildeo realizados de acordo com a Farmacopeacuteia Brasileira 4ordf ediccedilatildeo (F Bras IV 2005)

V13 Cronograma de Amostragem

Para a Fase 1 da validaccedilatildeo seratildeo realizados testes quiacutemicos e bioloacutegicos para

todos os pontos de amostragem durante trecircs semanas em trecircs periacuteodos de cinco dias

Apoacutes a conclusatildeo satisfatoacuteria dessa fase se realizaraacute a Fase 2 de validaccedilatildeo fase em que

a aacutegua produzida pode ser utilizada Nesta fase deve-se realizar novamente e

diariamente todos os testes quiacutemicos e bioloacutegicos para todos os pontos de amostragem

durante quatro semanas em quatro periacuteodos de cinco dias Para a Fase 3 de validaccedilatildeo

seratildeo realizados os mesmos testes quiacutemicos e microbioloacutegicos para todos os pontos de

amostragem semanalmente durante um ano O cronograma dos pontos de amostragem

segue na tabela 7

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Tabela 7 Cronograma de validaccedilatildeo

Fase de

Validaccedilatildeo

Ponto de

Amostragem

Periacuteodo de

Anaacutelise

Frequumlecircncia de

Anaacutelise

Tipo de Testes

a Realizar

1 1 2 Semanas Trecircs periacuteodos de

5 dias

Aacutegua Potaacutevel

1 2 2 Semanas Trecircs periacuteodos de 5 dias

Aacutegua potaacutevel

natildeo clorada

1 3 2 Semanas Trecircs periacuteodos de 5 dias

Aacutegua

Purificada

2 1 3 Semanas Quatro periacuteodos

de 5 dias

Aacutegua Potaacutevel

2 2 3 Semanas Quatro periacuteodos

de 5 dias

Aacutegua potaacutevel

natildeo clorada

2 3 3 Semanas Quatro periacuteodos

de 5 dias

Aacutegua

Purificada

3 1 1 Ano Semanal Aacutegua Potaacutevel

3 2 1 Ano Semanal Aacutegua potaacutevel

natildeo clorada

3 3 1 Ano Semanal Aacutegua

Purificada

V2 Fase 1

Periacuteodo de testes de trecircs semanas em trecircs periacuteodos de cinco dias para

monitoramento do sistema intensivamente durante este periacuteodo o sistema deve operar

continuamente sem falhas ou desvios de qualidade

Para essa fase seratildeo realizados os seguintes testes

bull Realizar testes quiacutemicos e microbioloacutegicos de acordo o plano de amostragem

bull Desenvolver faixas de operaccedilatildeo adequadas

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

bull Desenvolver e finalizar procedimentos de operaccedilotildees limpeza desinfecccedilatildeo e

manutenccedilatildeo

bull Demonstrar a produccedilatildeo e entrega da aacutegua na qualidade e quantidade exigida

bull Usar e aperfeiccediloar os POPs de operaccedilatildeo (ver anexo) manutenccedilatildeo desinfecccedilatildeo e

soluccedilatildeo de problemas

bull Verificar alertas provisoacuterios e accedilotildees de niacuteveis

bull Desenvolver e refinar procedimentos de testes de natildeo conformidade

V3 Fase 2

Outro periacuteodo de testes de quatro semanas em quatro periacuteodos de cinco dias a

ser realizado de maneira mais intensiva atraveacutes de um acompanhamento dos POPs

aperfeiccediloados apoacutes a conclusatildeo da Fase 1 O sistema de amostragem eacute idecircntico ao da

fase inicial e aacutegua pode ser utilizada para a fabricaccedilatildeo durante essa fase O sistema

deve

bull Demonstrar a produccedilatildeo e entrega da aacutegua na qualidade e quantidade exigida

quando o sistema eacute operado de acordo com os POPs

bull Demonstrar que o sistema estaacute sob controle

V4 Fase 3

Esta fase seraacute executada por no miacutenimo um ano apoacutes a conclusatildeo satisfatoacuteria da

fase dois a aacutegua pode ser usada para a fabricaccedilatildeo durante esta fase produccedilatildeo que tem os

devidos fins e caracteriacutesticas

bull Demonstrar que o sistema estaacute sob controle durante um longo periacuteodo de tempo

garantindo que as variaccedilotildees sazonais foram avaliadas

bull Locais de amostra frequumlecircncia de amostras e testes devem ser reduzido ao padratildeo

de rotina normal (semanalmente)

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

POP ndeg001 Versatildeo 06112007 Validade 06112008 Paacutegina 14

Procedimento Operacional Padratildeo 001

Instruccedilotildees de Uso do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

1 Objetivo Orientar a operaccedilatildeo do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

2 Aplicaccedilatildeo Ao pessoal responsaacutevel pela operaccedilatildeo e monitoramento do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

3 Materiais Necessaacuterios Protocolo de Serviccedilo (PS 001) Protocolo de Manutenccedilatildeo (PM 001) Protocolo de Produccedilatildeo de Aacutegua Purificada (PP 001)

4 Cuidados Especiais Verificar se o aparelho estaacute limpo e adequado a sua utilizaccedilatildeo Verificar a temperatura e umidade do ambiente Verificar a temperatura da aacutegua de alimentaccedilatildeo Verificar a pressatildeo da aacutegua de alimentaccedilatildeo

5 Procedimento 51 Ligar o Disjuntor (A) que alimenta a Central de Aacuteguas

A

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

POP ndeg001 Versatildeo 06112007 Validade 06112008 Paacutegina 24

Procedimento Operacional Padratildeo 001

Instruccedilotildees de Uso do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

52 Ligar o Estabilizador (B) de energia que alimenta o aparelho de Osmose Reversa

53 Abrir o registro (C) da aacutegua de alimentaccedilatildeo

54 Verificar os paracircmetros do item Cuidados Especiais e anotaacute-los no Protocolo de Serviccedilo

(PS 001)

B

C

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

POP ndeg001 Versatildeo 06112007 Validade 06112008 Paacutegina 34

Procedimento Operacional Padratildeo 001

Instruccedilotildees de Uso do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

55 Acionar a tecla ONOFF (1)

56 Visualizar no display (2) ldquoCleaningrdquo - referente agrave operaccedilatildeo do sistema de enxaacutegue que

entra automaticamente em operaccedilatildeo 57 Visualizar no display (2) ldquoProductionrdquo (produccedilatildeo) - referente agrave operaccedilatildeo do sistema de

Osmose Reversa 58 Apoacutes 2 minutos de produccedilatildeo acionar a tecla MENU (3) duas vezes para verificar a

condutividade da aacutegua de produccedilatildeo Caso visualize a mensagem ldquoError-CPrdquo paacutere a produccedilatildeo e despreze a aacutegua do tanque abrindo o registro do ponto de coleta de aacutegua purificada (D)

59 Quando o tanque de armazenamento estiver cheio ocorreraacute outro enxaacuteguumle automaacutetico e

no display (2) apareceraacute a mensagem ldquoCleaningrdquo 510 Completando-se este ciclo o aparelho entra em modo de operaccedilatildeo ldquoStand byrdquo sendo

visualizado no display (2) a mesma mensagem ldquoStand byrdquo

1

2

3

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

POP ndeg001 Versatildeo 06112007 Validade 06112008 Paacutegina 44

Procedimento Operacional Padratildeo 001

Instruccedilotildees de Uso do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

511 Retire a Aacutegua Purificada do tanque de armazenamento abrindo o registro do Ponto de Coleta (D)

512 Ao final da produccedilatildeo acionar a tecla ONOFF (1) desligar o Estabilizador de energia (B)

e fechar o registro da aacutegua de alimentaccedilatildeo (C) e o disjuntor da Central de Aacuteguas (A) 513 Anotar o valor final produzido no Protocolo de Produccedilatildeo de Aacutegua Purificada

6 Observaccedilotildees Limpeza Mensal Manutenccedilatildeo Realizada pelo fabricante sempre que constatado que fora dos paracircmetros

D

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

Protocolo ndeg001 Versatildeo 06112007 Validade 06112008

Protocolo de Serviccedilo (PS 001)

Protocolo de Verificaccedilatildeo dos Paracircmetros do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

Data Temp Ambiente

(degC)

Umidade ()

Temp Aacutegua de

Alimentaccedilatildeo (degC)

Pressatildeo Aacutegua de

Alimentaccedilatildeo (bar)

Condutividade da aacutegua Produzida (microScm)

Responsaacutevel

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash

RS Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

Protocolo ndeg002 Versatildeo 06112007 Validade 06112008

Protocolo de Manutenccedilatildeo (PM 001)

Protocolo de Verificaccedilatildeo da Manutenccedilatildeo do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

Tipo de Sistema

Nuacutemero de Identificaccedilatildeo

Ano de Fabricaccedilatildeo

Data Dureza da aacutegua de

alimentaccedilatildeo (degdH)

Pressatildeo de operaccedilatildeo

(bar)

Taxa de Permeado

(Lh)

Uacuteltima Troca de Preacute-filtro

Uacuteltima troca de Fosfato

Uacuteltima limpeza

desinfecccedilatildeo

Ass

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash

RS Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

Protocolo ndeg003 Versatildeo 06112007 Validade 06112008

Protocolo de Produccedilatildeo (PP 001)

Protocolo de Produccedilatildeo de Aacutegua Purificada

Data Produccedilatildeo Diaacuteria Responsaacutevel

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash

RS Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

Protocolo ndeg004 Versatildeo 06112007 Validade 06112008

Resultados da Validaccedilatildeo do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

Aacutegua Purificada

DATA

PONTO DE COLETA

Testes Microbioloacutegicos

Especificaccedilatildeo ____ ____ ____ ____ ____

Contagem Heterotroacutefica Total

le 100UFCmL

Patoacutegenos Ausecircncia de coliformes P aeruginosa S aureus

Testes Quiacutemicos Especificaccedilatildeo ____ ____ ____ ____ ____ Acidez ou Alcalinidade

Cumpre o Teste

Amocircnio No maacuteximo 02 ppm Aparecircncia Liacutequido incolor liacutempido

insiacutepido e inodoro

Caacutelcio e Magneacutesio Cumpre o Teste Cloretos Cumpre o Teste Condutividade No maacuteximo 21 microScm Metais Pesado No maacuteximo 01 ppm Nitratos No maacuteximo 02 ppm pH 5 -7 Resiacuteduo por evaporaccedilatildeo

No maacuteximo 0001

Substacircncias Oxidaacuteveis Cumpre o Teste Sulfatos Cumpre o Teste Os testes seratildeo realizados de acordo com a Farmacopeacuteia Brasileira 4ordf ediccedilatildeo (F Bras IV 2005)

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash

RS Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

Protocolo ndeg 005 Versatildeo 06112007 Validade 06112008

Resultados da Validaccedilatildeo do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua Aacutegua Potaacutevel

Data

Ponto de

Coleta

Especificaccedilotildees Anaacutelise Quiacutemica Anaacutelise Microbioloacutegica

Cloro pH Cor

Turbidez Contagem Heterotroacutefica

Total

Patoacutegenos

02 ndash 05 ppm

60 ndash 95 15 UH 5 UT

lt 500 UFCmL Ausecircncia de coliformes

Unidade Hazen (mg Pt-CoL)

Unidade de turbidez

40

4 Consideraccedilotildees finais e perspectivas

Ao longo do tempo a importacircncia da validaccedilatildeo de processos para a Garantia da

Qualidade foi sendo melhor compreendida pelo segmento farmacecircutico e com isso foi

contemplada pelos oacutergatildeos reguladores e aplicada pelos profissionais deste segmento

Se a validaccedilatildeo estaacute bem definida e eacute amplamente compreendida como pocircde ser

observado pelo nuacutemero de trabalhos e legislaccedilotildees revisados neste trabalho um dos

desafios que se apresentam atualmente consiste em ampliar o entendimento de como

realizaacute-la na praacutetica A proposiccedilatildeo de um protocolo para a validaccedilatildeo de um processo de

purificaccedilatildeo de aacutegua teve como um de seus objetivos exemplificar esta tarefa e assim

auxiliar na elaboraccedilatildeo de outros protocolos Assim como perspectiva deste trabalho

espera-se fornecer subsiacutedio agrave validaccedilatildeo de outros processos farmacecircuticos de

purificaccedilatildeo de aacutegua ou mesmo outros

Isto porque embora cada processo possua aspectos especiacuteficos os quais devem

ser cuidadosamente avaliados durante a validaccedilatildeo o entendimento e aplicaccedilatildeo

adequados da terminologia relacionada agrave validaccedilatildeo auxiliam na conduccedilatildeo de uma

validaccedilatildeo adequada e bem documentada

41

5 Referecircncias

ALEEM H ZHAO Y LORD S MCCARTHY T SHARRATT P N Pharmaceutical process validation an overview Proceedings of the Institution of Mechanical Engineers Part E Process Mechanical Engineering v 217 p141 ndash 150 2002

ALENCAR J R B Pinto P M D V Neto P P V Oliveira A T C Medeiros F P M Ramos S V V Rolim P J N Strategy in pharmaceutical process validation of purified water Revista Brasileira de Farmaacutecia v 85 n3 p85-88 2004a ALENCAR JRB Souza M B J Rolim P J N Lopes C E Uso de controle estatiacutestico de processo (CEP) para validaccedilatildeo de processo de glibenclamida comprimidos Revista Brasileira de Farmaacutecia v85 n3 p115-119 2004b

ALENCAR J R B CLEMENTINO M R A ROLIM P J N Cleaning validation of equipments in medicines industry strategy to select the ldquoworst caserdquo Revista Brasileira de Farmaacutecia v87 n 1 p13-18 2006

ANVISA ndash Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria Gerecircncia Geral de Inspeccedilatildeo e Controle de Medicamentos e Produtos Guias relacionados agrave garantia de qualidade Brasiacutelia 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwanvisagovbrinspecaoguias_qualidadepdfgt Acesso em 12 nov 2007

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria (ANVISA) Resoluccedilatildeo RDC nordm 210 de 04082003 DOU de 14082003 Disponiacutevel em lthttpe-legisanvisagovbrleisrefpublicshowActphpid=22321ampword=gt Acesso em 30 set 2007

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria (ANVISA) Resoluccedilatildeo RDC nordm 67 de 08102007 DOU de 09102007 Disponiacutevel em lthttpe-legisanvisagovbrleisrefpublicshowActphpid=28806ampword= gt Acesso em 30 nov 2007

42

BRASIL Ministeacuterio de Estado da Sauacutede Portaria nordm 518 de 25032004 DOU de 26032004 Disponiacutevel em lthttpe-legisanvisagovbrleisrefpublicshowActphpid=22322ampwordgt Acesso em 30 set 2007

CASTILLA B SENA F J Validation documentation Journal of Validation Technology v7 n 2 p 166-123 2001

DA ROSA PS Diagnoacutestico e avaliaccedilatildeo da qualidade microbioloacutegica da aacutegua na Faculdade de Farmaacutecia Trabalho de Conclusatildeo de Curso de Graduaccedilatildeo Disciplina de Estaacutegio Curricular em Farmaacutecia Faculdade de Farmaacutecia Universidade Federal do Rio Grande do Sul Porto Alegre 2007

EMEA - European Agency for Evaluation of Medicinal Products Note for guidance on process validation London 2001 Disponiacutevel em lthttpwwwemeaeuropaeupdfshumanqwp084896enpdfgt Acesso em 12 nov 2007

FARMACOPEacuteIA BRASILEIRA 4 ed Satildeo Paulo Atheneu 2004 pV224

FARMACOPEacuteIA BRASILEIRA 4 ed Satildeo Paulo Atheneu 2005 Fasciacuteculo 6 p263

FDA ndash Food and Drug Administration - Center for Drug Evaluation and Research (CDER) Guidance for Industry Powder Blends and Finished Dosage Units mdash Stratified In-Process Dosage Unit Sampling and Assessment Rockville 2003 Disponiacutevel em lthttpwwwfdagovCDERGUIDANCE5831dfthtmgt Acesso em 12 nov 2007

FDA ndash Food and Drug Administration - Division of Manufacturing and Product Quality (HFN-320) Center for Drugs and Biologics Guidelines on general principles of process validation Rockville 1987 Disponiacutevel em lthttpwwwfdagovCDERGUIDANCEpvhtmgt Acesso em 12 nov 2007

GUAZZARONI M YIIN B YU JL Application of total organic carbon analysis for cleaning validation in pharmaceutical manufacturing American Biotechnology Laboratory v 16 n 10 p 66-67 1998

HAIDER S I Validation standard operating procedures a step-by-step guide for achieving compliance in the pharmaceutical medical device and biotech industries 2 ed Boca Raton CRC 2002

43

HELLE M R YLIRUUSI J MANNERMAA J P A literature review of pharmaceutical process validation Pharmaceutical Technology Europe Part 3 v15 p 52-57 2003

HOFMANN K L Sterile products validation In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 103

JEATER J P CULLEN L F PAPARIELLO GJ Organizing for validation In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 9

JOHNSON W M Validation of water system for sterile and nonsterile products In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 299 - 317

KIEFFER RG Validation and the human element PDA Journal of Pharmaceutical Science and Technology v52 n2 p52-54 1998

LE HIR A Noccedilotildees de farmaacutecia galecircnica 6 ed Satildeo Paulo Organizaccedilatildeo Andrei 1997 p 137-138

LeBLANC D A Establishing scientifically justified acceptance criteria for cleaning validation of finished drug products Pharmaceutical Technology 1998 Disponiacutevel em ltwwwadvanstarcomgt Acesso em 30 set 2007

LOFTUS B T The Regulatory basis for process In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 2 - 32

LORD SV MCCARTHY T ALEEM H ZHAO Y SHARRATT P N Reinterpreting validation Proceedings of the Institution of Mechanical Engineers Part E Process Mechanical Engineering v 217 p287- 292 2003

MCCOLMICK P Y CULLEN L F Cleaning validation In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 319 - 322

NASH R A Introduction In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993

44

PICS - Pharmaceutical Inspection Convention and Pharmaceutical Inspection Co-operation Scheme Recommendations on validation master plan installation and operational qualification non-sterile process validation cleaning validation Genebra 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwnewwayzconzrefmaterialpics_pi006_2VMPpdfgt Acesso em 30 set 2007

TKA WASSERAUFBEREITUNGSSYSTEME GMBH Operating instructions TKA LAB ndash UPW Article ndeg 083007-SO Niederelbert 2001

WHO ndash World Health Organization Suplementary guidelines on good manufacturing practices (GMP) validation Genebra 2005 p 22-23 Disponiacutevel em lthttpwwwwhointmedicinesservicesexpertcommitteespharmprepValidation_QAS_055_Rev2combinedpdfgtAcesso em Acesso em 30 set 2007

WHO ndash World Health Organization Supplementary training modules on good manufacturing practice water for pharmaceutical use Part 1 introduction and treatment Genebra 2001 Disponiacutevel em ltftpftpwhointmedicinesGMPgmptrainsuplmtWater01pptgt Acesso em 30 set 2007

WHO ndash World Health Organization Supplementary training modules on good manufacturing practice water for pharmaceutical use Part 2 water purification engineering Genebra 2001 Disponiacutevel em ltftpftpwhointmedicinesGMPgmptrainsuplmtWater02pptgt Acesso em 30 set 2007

WHO ndash World Health Organization Supplementary training modules on good manufacturing practice water for pharmaceutical use Part 3 inspection of water systems Genebra 2001 Disponiacutevel em ltftpftpwhointmedicinesGMPgmptrainsuplmtWater03pptgt Acesso em 30 set 2007

WHO ndash World Health Organization Who good manufacturing practices water for pharmaceutical use Genebra 2005 (Technical Report Series n 929 Anexo 3)

WHO ndash World Health Organization Who Expert Committee on specifications for pharmaceutical preparations Genebra 2006 p 125 ndash 126 (Technical Report Series n 937 Anexo 4 Apecircndice II) Disponiacutevel em lthttpwhqlibdocwhointtrsWHO_TRS_937_engpdfpage=359gt Acesso em 01 dez 2007

  • Outras definiccedilotildees semelhantes a essas existem e muito embora as expressotildees variem a essecircncia de todas eacute a mesma assegurar que o processo quando operado sob as condiccedilotildees preacute-determinadas resultaraacute em um produto que reuniraacute as especificaccedilotildees e seus
Page 26: VALIDAÇÃO DE PROCESSOS: Aspectos teóricos e proposição de

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

IV Qualificaccedilatildeo da Operaccedilatildeo (OQ)

Esta etapa estaacute relacionada agrave garantia de que cada componente esteja

funcionando de acordo com o especificado As accedilotildees a serem realizadas na fase de

qualificaccedilatildeo da operaccedilatildeo seguem na tabela 3

Tabela 3 Accedilotildees a serem realizadas na fase de Qualificaccedilatildeo da Operaccedilatildeo (Johnson 1993)

Accedilatildeo Atividade a ser realizada 1 Preencher o sistema com aacutegua e reparar

quaisquer fugas e substituir vaacutelvulas ou vedaccedilotildees defeituosas

Verificaccedilatildeo de vazamentos e registro da realizaccedilatildeo de manutenccedilatildeo por pessoal autorizado

2 Verificar o bom funcionamento das vaacutelvulas e controles ao longo do processo

Calibraccedilatildeo dos Manocircmetros e Condutiviacutemetro do tanque de armazenamento

3 Registrar a realizaccedilatildeo da sanitizaccedilatildeo da caixa de aacutegua e da distribuiccedilatildeo do sistema

Realizaccedilatildeo da Sanitizaccedilatildeo e seu Registro

4 Elaboraccedilatildeo de POPs que descrevem os procedimentos de ligar desligar e sanitizar os equipamentos e o sistema

Seguem em anexo B

5 Verificaccedilatildeo da variaccedilatildeo da vazatildeo de aacutegua em comparaccedilatildeo as especificaccedilotildees do fornecedor

Protocolo de Serviccedilo (PS001) Anexo C

6 Avaliar a produccedilatildeo nominal do sistema 7 Lh a 15degC 7 Avaliar a eficiecircncia do sistema de preacute-

tratamento Atraveacutes da Fase 1 de validaccedilatildeo se avaliaraacute a eficiecircncia do sistema de preacute-tratamento

V Process validation (PV)

Apoacutes a realizaccedilatildeo das trecircs primeiras qualificaccedilotildees seraacute necessaacuterio realizar testes

que comprovem que o sistema realiza a purificaccedilatildeo da aacutegua da maneira a que se propotildee

Para realizar essa tarefa como descrito anteriormente segue-se a abordagem da

Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (WHO 2005) que determina trecircs fases para a validaccedilatildeo

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

V1 Plano de amostragem

V11 Pontos de amostragem

A tabela 4 descreve os pontos de coleta sua localizaccedilatildeo e a especificaccedilatildeo do tipo

de aacutegua

Tabela 4 Pontos de validaccedilatildeo localizaccedilatildeo e suas especificaccedilotildees de avaliaccedilatildeo Nuacutemero Local Tipo de aacutegua

1 Entrada do sistema de purificaccedilatildeo de aacutegua (torneira da pia)

Aacutegua potaacutevel

2 Aacutegua de alimentaccedilatildeo da osmose reversa Aacutegua potaacutevel natildeo clorada

3 Ponto de coleta da aacutegua purificada Aacutegua purificada

V12 Testes Requeridos e Criteacuterio de Aceitaccedilatildeo

Os testes requeridos e seus criteacuterios de aceitaccedilatildeo estatildeo descritos nas tabelas 4 e

5 Os testes para Aacutegua Purificada seratildeo realizados de acordo com a Farmacopeacuteia

Brasileira 4ordf ediccedilatildeo (F Bras IV 2005) e para aacutegua potaacutevel de acordo com os limites

estabelecidos na Portaria 51804 do Ministeacuterio da Sauacutede

V121 Aacutegua Potaacutevel

Tabela 5 Criteacuterios de Aceitaccedilatildeo para aacutegua potaacutevel Testes Microbioloacutegicos Especificaccedilatildeo Contagem Heterotroacutefica Total le 500UFCMl Patoacutegenos Ausecircncia de Coliformes Testes Quiacutemicos Especificaccedilatildeo Cor lt 15 UH Cloro 02 a 05 ppm pH 60 a 95 Turbidez lt 5UT Unidade Hazen (mg Pt-CoL) Unidade de turbidez

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

V122 Aacutegua Purificada

Tabela 6 Criteacuterios de Aceitaccedilatildeo para aacutegua purificada Testes Microbioloacutegicos Especificaccedilatildeo Contagem Heterotroacutefica Total le 100UFCmL Patoacutegenos Ausecircncia de coliformes P aeruginosa S

aureus e E Coli termotolerantes Testes Quiacutemicos Especificaccedilatildeo Acidez ou Alcalinidade Cumpre o Teste Amocircnio No maacuteximo 02 ppm Aparecircncia Liacutequido incolor liacutempido insiacutepido e

inodoro Caacutelcio e Magneacutesio Cumpre o Teste Cloretos Cumpre o Teste Condutividade No maacuteximo 21 microScm Metais Pesados No maacuteximo 01 ppm Nitratos No maacuteximo 02 ppm pH 5 -7 Resiacuteduo por evaporaccedilatildeo No maacuteximo 0001 Substacircncias Oxidaacuteveis Cumpre o Teste Sulfatos Cumpre o Teste Os testes seratildeo realizados de acordo com a Farmacopeacuteia Brasileira 4ordf ediccedilatildeo (F Bras IV 2005)

V13 Cronograma de Amostragem

Para a Fase 1 da validaccedilatildeo seratildeo realizados testes quiacutemicos e bioloacutegicos para

todos os pontos de amostragem durante trecircs semanas em trecircs periacuteodos de cinco dias

Apoacutes a conclusatildeo satisfatoacuteria dessa fase se realizaraacute a Fase 2 de validaccedilatildeo fase em que

a aacutegua produzida pode ser utilizada Nesta fase deve-se realizar novamente e

diariamente todos os testes quiacutemicos e bioloacutegicos para todos os pontos de amostragem

durante quatro semanas em quatro periacuteodos de cinco dias Para a Fase 3 de validaccedilatildeo

seratildeo realizados os mesmos testes quiacutemicos e microbioloacutegicos para todos os pontos de

amostragem semanalmente durante um ano O cronograma dos pontos de amostragem

segue na tabela 7

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Tabela 7 Cronograma de validaccedilatildeo

Fase de

Validaccedilatildeo

Ponto de

Amostragem

Periacuteodo de

Anaacutelise

Frequumlecircncia de

Anaacutelise

Tipo de Testes

a Realizar

1 1 2 Semanas Trecircs periacuteodos de

5 dias

Aacutegua Potaacutevel

1 2 2 Semanas Trecircs periacuteodos de 5 dias

Aacutegua potaacutevel

natildeo clorada

1 3 2 Semanas Trecircs periacuteodos de 5 dias

Aacutegua

Purificada

2 1 3 Semanas Quatro periacuteodos

de 5 dias

Aacutegua Potaacutevel

2 2 3 Semanas Quatro periacuteodos

de 5 dias

Aacutegua potaacutevel

natildeo clorada

2 3 3 Semanas Quatro periacuteodos

de 5 dias

Aacutegua

Purificada

3 1 1 Ano Semanal Aacutegua Potaacutevel

3 2 1 Ano Semanal Aacutegua potaacutevel

natildeo clorada

3 3 1 Ano Semanal Aacutegua

Purificada

V2 Fase 1

Periacuteodo de testes de trecircs semanas em trecircs periacuteodos de cinco dias para

monitoramento do sistema intensivamente durante este periacuteodo o sistema deve operar

continuamente sem falhas ou desvios de qualidade

Para essa fase seratildeo realizados os seguintes testes

bull Realizar testes quiacutemicos e microbioloacutegicos de acordo o plano de amostragem

bull Desenvolver faixas de operaccedilatildeo adequadas

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

bull Desenvolver e finalizar procedimentos de operaccedilotildees limpeza desinfecccedilatildeo e

manutenccedilatildeo

bull Demonstrar a produccedilatildeo e entrega da aacutegua na qualidade e quantidade exigida

bull Usar e aperfeiccediloar os POPs de operaccedilatildeo (ver anexo) manutenccedilatildeo desinfecccedilatildeo e

soluccedilatildeo de problemas

bull Verificar alertas provisoacuterios e accedilotildees de niacuteveis

bull Desenvolver e refinar procedimentos de testes de natildeo conformidade

V3 Fase 2

Outro periacuteodo de testes de quatro semanas em quatro periacuteodos de cinco dias a

ser realizado de maneira mais intensiva atraveacutes de um acompanhamento dos POPs

aperfeiccediloados apoacutes a conclusatildeo da Fase 1 O sistema de amostragem eacute idecircntico ao da

fase inicial e aacutegua pode ser utilizada para a fabricaccedilatildeo durante essa fase O sistema

deve

bull Demonstrar a produccedilatildeo e entrega da aacutegua na qualidade e quantidade exigida

quando o sistema eacute operado de acordo com os POPs

bull Demonstrar que o sistema estaacute sob controle

V4 Fase 3

Esta fase seraacute executada por no miacutenimo um ano apoacutes a conclusatildeo satisfatoacuteria da

fase dois a aacutegua pode ser usada para a fabricaccedilatildeo durante esta fase produccedilatildeo que tem os

devidos fins e caracteriacutesticas

bull Demonstrar que o sistema estaacute sob controle durante um longo periacuteodo de tempo

garantindo que as variaccedilotildees sazonais foram avaliadas

bull Locais de amostra frequumlecircncia de amostras e testes devem ser reduzido ao padratildeo

de rotina normal (semanalmente)

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

POP ndeg001 Versatildeo 06112007 Validade 06112008 Paacutegina 14

Procedimento Operacional Padratildeo 001

Instruccedilotildees de Uso do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

1 Objetivo Orientar a operaccedilatildeo do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

2 Aplicaccedilatildeo Ao pessoal responsaacutevel pela operaccedilatildeo e monitoramento do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

3 Materiais Necessaacuterios Protocolo de Serviccedilo (PS 001) Protocolo de Manutenccedilatildeo (PM 001) Protocolo de Produccedilatildeo de Aacutegua Purificada (PP 001)

4 Cuidados Especiais Verificar se o aparelho estaacute limpo e adequado a sua utilizaccedilatildeo Verificar a temperatura e umidade do ambiente Verificar a temperatura da aacutegua de alimentaccedilatildeo Verificar a pressatildeo da aacutegua de alimentaccedilatildeo

5 Procedimento 51 Ligar o Disjuntor (A) que alimenta a Central de Aacuteguas

A

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

POP ndeg001 Versatildeo 06112007 Validade 06112008 Paacutegina 24

Procedimento Operacional Padratildeo 001

Instruccedilotildees de Uso do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

52 Ligar o Estabilizador (B) de energia que alimenta o aparelho de Osmose Reversa

53 Abrir o registro (C) da aacutegua de alimentaccedilatildeo

54 Verificar os paracircmetros do item Cuidados Especiais e anotaacute-los no Protocolo de Serviccedilo

(PS 001)

B

C

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

POP ndeg001 Versatildeo 06112007 Validade 06112008 Paacutegina 34

Procedimento Operacional Padratildeo 001

Instruccedilotildees de Uso do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

55 Acionar a tecla ONOFF (1)

56 Visualizar no display (2) ldquoCleaningrdquo - referente agrave operaccedilatildeo do sistema de enxaacutegue que

entra automaticamente em operaccedilatildeo 57 Visualizar no display (2) ldquoProductionrdquo (produccedilatildeo) - referente agrave operaccedilatildeo do sistema de

Osmose Reversa 58 Apoacutes 2 minutos de produccedilatildeo acionar a tecla MENU (3) duas vezes para verificar a

condutividade da aacutegua de produccedilatildeo Caso visualize a mensagem ldquoError-CPrdquo paacutere a produccedilatildeo e despreze a aacutegua do tanque abrindo o registro do ponto de coleta de aacutegua purificada (D)

59 Quando o tanque de armazenamento estiver cheio ocorreraacute outro enxaacuteguumle automaacutetico e

no display (2) apareceraacute a mensagem ldquoCleaningrdquo 510 Completando-se este ciclo o aparelho entra em modo de operaccedilatildeo ldquoStand byrdquo sendo

visualizado no display (2) a mesma mensagem ldquoStand byrdquo

1

2

3

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

POP ndeg001 Versatildeo 06112007 Validade 06112008 Paacutegina 44

Procedimento Operacional Padratildeo 001

Instruccedilotildees de Uso do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

511 Retire a Aacutegua Purificada do tanque de armazenamento abrindo o registro do Ponto de Coleta (D)

512 Ao final da produccedilatildeo acionar a tecla ONOFF (1) desligar o Estabilizador de energia (B)

e fechar o registro da aacutegua de alimentaccedilatildeo (C) e o disjuntor da Central de Aacuteguas (A) 513 Anotar o valor final produzido no Protocolo de Produccedilatildeo de Aacutegua Purificada

6 Observaccedilotildees Limpeza Mensal Manutenccedilatildeo Realizada pelo fabricante sempre que constatado que fora dos paracircmetros

D

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

Protocolo ndeg001 Versatildeo 06112007 Validade 06112008

Protocolo de Serviccedilo (PS 001)

Protocolo de Verificaccedilatildeo dos Paracircmetros do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

Data Temp Ambiente

(degC)

Umidade ()

Temp Aacutegua de

Alimentaccedilatildeo (degC)

Pressatildeo Aacutegua de

Alimentaccedilatildeo (bar)

Condutividade da aacutegua Produzida (microScm)

Responsaacutevel

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash

RS Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

Protocolo ndeg002 Versatildeo 06112007 Validade 06112008

Protocolo de Manutenccedilatildeo (PM 001)

Protocolo de Verificaccedilatildeo da Manutenccedilatildeo do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

Tipo de Sistema

Nuacutemero de Identificaccedilatildeo

Ano de Fabricaccedilatildeo

Data Dureza da aacutegua de

alimentaccedilatildeo (degdH)

Pressatildeo de operaccedilatildeo

(bar)

Taxa de Permeado

(Lh)

Uacuteltima Troca de Preacute-filtro

Uacuteltima troca de Fosfato

Uacuteltima limpeza

desinfecccedilatildeo

Ass

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash

RS Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

Protocolo ndeg003 Versatildeo 06112007 Validade 06112008

Protocolo de Produccedilatildeo (PP 001)

Protocolo de Produccedilatildeo de Aacutegua Purificada

Data Produccedilatildeo Diaacuteria Responsaacutevel

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash

RS Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

Protocolo ndeg004 Versatildeo 06112007 Validade 06112008

Resultados da Validaccedilatildeo do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

Aacutegua Purificada

DATA

PONTO DE COLETA

Testes Microbioloacutegicos

Especificaccedilatildeo ____ ____ ____ ____ ____

Contagem Heterotroacutefica Total

le 100UFCmL

Patoacutegenos Ausecircncia de coliformes P aeruginosa S aureus

Testes Quiacutemicos Especificaccedilatildeo ____ ____ ____ ____ ____ Acidez ou Alcalinidade

Cumpre o Teste

Amocircnio No maacuteximo 02 ppm Aparecircncia Liacutequido incolor liacutempido

insiacutepido e inodoro

Caacutelcio e Magneacutesio Cumpre o Teste Cloretos Cumpre o Teste Condutividade No maacuteximo 21 microScm Metais Pesado No maacuteximo 01 ppm Nitratos No maacuteximo 02 ppm pH 5 -7 Resiacuteduo por evaporaccedilatildeo

No maacuteximo 0001

Substacircncias Oxidaacuteveis Cumpre o Teste Sulfatos Cumpre o Teste Os testes seratildeo realizados de acordo com a Farmacopeacuteia Brasileira 4ordf ediccedilatildeo (F Bras IV 2005)

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash

RS Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

Protocolo ndeg 005 Versatildeo 06112007 Validade 06112008

Resultados da Validaccedilatildeo do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua Aacutegua Potaacutevel

Data

Ponto de

Coleta

Especificaccedilotildees Anaacutelise Quiacutemica Anaacutelise Microbioloacutegica

Cloro pH Cor

Turbidez Contagem Heterotroacutefica

Total

Patoacutegenos

02 ndash 05 ppm

60 ndash 95 15 UH 5 UT

lt 500 UFCmL Ausecircncia de coliformes

Unidade Hazen (mg Pt-CoL)

Unidade de turbidez

40

4 Consideraccedilotildees finais e perspectivas

Ao longo do tempo a importacircncia da validaccedilatildeo de processos para a Garantia da

Qualidade foi sendo melhor compreendida pelo segmento farmacecircutico e com isso foi

contemplada pelos oacutergatildeos reguladores e aplicada pelos profissionais deste segmento

Se a validaccedilatildeo estaacute bem definida e eacute amplamente compreendida como pocircde ser

observado pelo nuacutemero de trabalhos e legislaccedilotildees revisados neste trabalho um dos

desafios que se apresentam atualmente consiste em ampliar o entendimento de como

realizaacute-la na praacutetica A proposiccedilatildeo de um protocolo para a validaccedilatildeo de um processo de

purificaccedilatildeo de aacutegua teve como um de seus objetivos exemplificar esta tarefa e assim

auxiliar na elaboraccedilatildeo de outros protocolos Assim como perspectiva deste trabalho

espera-se fornecer subsiacutedio agrave validaccedilatildeo de outros processos farmacecircuticos de

purificaccedilatildeo de aacutegua ou mesmo outros

Isto porque embora cada processo possua aspectos especiacuteficos os quais devem

ser cuidadosamente avaliados durante a validaccedilatildeo o entendimento e aplicaccedilatildeo

adequados da terminologia relacionada agrave validaccedilatildeo auxiliam na conduccedilatildeo de uma

validaccedilatildeo adequada e bem documentada

41

5 Referecircncias

ALEEM H ZHAO Y LORD S MCCARTHY T SHARRATT P N Pharmaceutical process validation an overview Proceedings of the Institution of Mechanical Engineers Part E Process Mechanical Engineering v 217 p141 ndash 150 2002

ALENCAR J R B Pinto P M D V Neto P P V Oliveira A T C Medeiros F P M Ramos S V V Rolim P J N Strategy in pharmaceutical process validation of purified water Revista Brasileira de Farmaacutecia v 85 n3 p85-88 2004a ALENCAR JRB Souza M B J Rolim P J N Lopes C E Uso de controle estatiacutestico de processo (CEP) para validaccedilatildeo de processo de glibenclamida comprimidos Revista Brasileira de Farmaacutecia v85 n3 p115-119 2004b

ALENCAR J R B CLEMENTINO M R A ROLIM P J N Cleaning validation of equipments in medicines industry strategy to select the ldquoworst caserdquo Revista Brasileira de Farmaacutecia v87 n 1 p13-18 2006

ANVISA ndash Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria Gerecircncia Geral de Inspeccedilatildeo e Controle de Medicamentos e Produtos Guias relacionados agrave garantia de qualidade Brasiacutelia 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwanvisagovbrinspecaoguias_qualidadepdfgt Acesso em 12 nov 2007

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria (ANVISA) Resoluccedilatildeo RDC nordm 210 de 04082003 DOU de 14082003 Disponiacutevel em lthttpe-legisanvisagovbrleisrefpublicshowActphpid=22321ampword=gt Acesso em 30 set 2007

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria (ANVISA) Resoluccedilatildeo RDC nordm 67 de 08102007 DOU de 09102007 Disponiacutevel em lthttpe-legisanvisagovbrleisrefpublicshowActphpid=28806ampword= gt Acesso em 30 nov 2007

42

BRASIL Ministeacuterio de Estado da Sauacutede Portaria nordm 518 de 25032004 DOU de 26032004 Disponiacutevel em lthttpe-legisanvisagovbrleisrefpublicshowActphpid=22322ampwordgt Acesso em 30 set 2007

CASTILLA B SENA F J Validation documentation Journal of Validation Technology v7 n 2 p 166-123 2001

DA ROSA PS Diagnoacutestico e avaliaccedilatildeo da qualidade microbioloacutegica da aacutegua na Faculdade de Farmaacutecia Trabalho de Conclusatildeo de Curso de Graduaccedilatildeo Disciplina de Estaacutegio Curricular em Farmaacutecia Faculdade de Farmaacutecia Universidade Federal do Rio Grande do Sul Porto Alegre 2007

EMEA - European Agency for Evaluation of Medicinal Products Note for guidance on process validation London 2001 Disponiacutevel em lthttpwwwemeaeuropaeupdfshumanqwp084896enpdfgt Acesso em 12 nov 2007

FARMACOPEacuteIA BRASILEIRA 4 ed Satildeo Paulo Atheneu 2004 pV224

FARMACOPEacuteIA BRASILEIRA 4 ed Satildeo Paulo Atheneu 2005 Fasciacuteculo 6 p263

FDA ndash Food and Drug Administration - Center for Drug Evaluation and Research (CDER) Guidance for Industry Powder Blends and Finished Dosage Units mdash Stratified In-Process Dosage Unit Sampling and Assessment Rockville 2003 Disponiacutevel em lthttpwwwfdagovCDERGUIDANCE5831dfthtmgt Acesso em 12 nov 2007

FDA ndash Food and Drug Administration - Division of Manufacturing and Product Quality (HFN-320) Center for Drugs and Biologics Guidelines on general principles of process validation Rockville 1987 Disponiacutevel em lthttpwwwfdagovCDERGUIDANCEpvhtmgt Acesso em 12 nov 2007

GUAZZARONI M YIIN B YU JL Application of total organic carbon analysis for cleaning validation in pharmaceutical manufacturing American Biotechnology Laboratory v 16 n 10 p 66-67 1998

HAIDER S I Validation standard operating procedures a step-by-step guide for achieving compliance in the pharmaceutical medical device and biotech industries 2 ed Boca Raton CRC 2002

43

HELLE M R YLIRUUSI J MANNERMAA J P A literature review of pharmaceutical process validation Pharmaceutical Technology Europe Part 3 v15 p 52-57 2003

HOFMANN K L Sterile products validation In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 103

JEATER J P CULLEN L F PAPARIELLO GJ Organizing for validation In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 9

JOHNSON W M Validation of water system for sterile and nonsterile products In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 299 - 317

KIEFFER RG Validation and the human element PDA Journal of Pharmaceutical Science and Technology v52 n2 p52-54 1998

LE HIR A Noccedilotildees de farmaacutecia galecircnica 6 ed Satildeo Paulo Organizaccedilatildeo Andrei 1997 p 137-138

LeBLANC D A Establishing scientifically justified acceptance criteria for cleaning validation of finished drug products Pharmaceutical Technology 1998 Disponiacutevel em ltwwwadvanstarcomgt Acesso em 30 set 2007

LOFTUS B T The Regulatory basis for process In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 2 - 32

LORD SV MCCARTHY T ALEEM H ZHAO Y SHARRATT P N Reinterpreting validation Proceedings of the Institution of Mechanical Engineers Part E Process Mechanical Engineering v 217 p287- 292 2003

MCCOLMICK P Y CULLEN L F Cleaning validation In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 319 - 322

NASH R A Introduction In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993

44

PICS - Pharmaceutical Inspection Convention and Pharmaceutical Inspection Co-operation Scheme Recommendations on validation master plan installation and operational qualification non-sterile process validation cleaning validation Genebra 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwnewwayzconzrefmaterialpics_pi006_2VMPpdfgt Acesso em 30 set 2007

TKA WASSERAUFBEREITUNGSSYSTEME GMBH Operating instructions TKA LAB ndash UPW Article ndeg 083007-SO Niederelbert 2001

WHO ndash World Health Organization Suplementary guidelines on good manufacturing practices (GMP) validation Genebra 2005 p 22-23 Disponiacutevel em lthttpwwwwhointmedicinesservicesexpertcommitteespharmprepValidation_QAS_055_Rev2combinedpdfgtAcesso em Acesso em 30 set 2007

WHO ndash World Health Organization Supplementary training modules on good manufacturing practice water for pharmaceutical use Part 1 introduction and treatment Genebra 2001 Disponiacutevel em ltftpftpwhointmedicinesGMPgmptrainsuplmtWater01pptgt Acesso em 30 set 2007

WHO ndash World Health Organization Supplementary training modules on good manufacturing practice water for pharmaceutical use Part 2 water purification engineering Genebra 2001 Disponiacutevel em ltftpftpwhointmedicinesGMPgmptrainsuplmtWater02pptgt Acesso em 30 set 2007

WHO ndash World Health Organization Supplementary training modules on good manufacturing practice water for pharmaceutical use Part 3 inspection of water systems Genebra 2001 Disponiacutevel em ltftpftpwhointmedicinesGMPgmptrainsuplmtWater03pptgt Acesso em 30 set 2007

WHO ndash World Health Organization Who good manufacturing practices water for pharmaceutical use Genebra 2005 (Technical Report Series n 929 Anexo 3)

WHO ndash World Health Organization Who Expert Committee on specifications for pharmaceutical preparations Genebra 2006 p 125 ndash 126 (Technical Report Series n 937 Anexo 4 Apecircndice II) Disponiacutevel em lthttpwhqlibdocwhointtrsWHO_TRS_937_engpdfpage=359gt Acesso em 01 dez 2007

  • Outras definiccedilotildees semelhantes a essas existem e muito embora as expressotildees variem a essecircncia de todas eacute a mesma assegurar que o processo quando operado sob as condiccedilotildees preacute-determinadas resultaraacute em um produto que reuniraacute as especificaccedilotildees e seus
Page 27: VALIDAÇÃO DE PROCESSOS: Aspectos teóricos e proposição de

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

V1 Plano de amostragem

V11 Pontos de amostragem

A tabela 4 descreve os pontos de coleta sua localizaccedilatildeo e a especificaccedilatildeo do tipo

de aacutegua

Tabela 4 Pontos de validaccedilatildeo localizaccedilatildeo e suas especificaccedilotildees de avaliaccedilatildeo Nuacutemero Local Tipo de aacutegua

1 Entrada do sistema de purificaccedilatildeo de aacutegua (torneira da pia)

Aacutegua potaacutevel

2 Aacutegua de alimentaccedilatildeo da osmose reversa Aacutegua potaacutevel natildeo clorada

3 Ponto de coleta da aacutegua purificada Aacutegua purificada

V12 Testes Requeridos e Criteacuterio de Aceitaccedilatildeo

Os testes requeridos e seus criteacuterios de aceitaccedilatildeo estatildeo descritos nas tabelas 4 e

5 Os testes para Aacutegua Purificada seratildeo realizados de acordo com a Farmacopeacuteia

Brasileira 4ordf ediccedilatildeo (F Bras IV 2005) e para aacutegua potaacutevel de acordo com os limites

estabelecidos na Portaria 51804 do Ministeacuterio da Sauacutede

V121 Aacutegua Potaacutevel

Tabela 5 Criteacuterios de Aceitaccedilatildeo para aacutegua potaacutevel Testes Microbioloacutegicos Especificaccedilatildeo Contagem Heterotroacutefica Total le 500UFCMl Patoacutegenos Ausecircncia de Coliformes Testes Quiacutemicos Especificaccedilatildeo Cor lt 15 UH Cloro 02 a 05 ppm pH 60 a 95 Turbidez lt 5UT Unidade Hazen (mg Pt-CoL) Unidade de turbidez

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

V122 Aacutegua Purificada

Tabela 6 Criteacuterios de Aceitaccedilatildeo para aacutegua purificada Testes Microbioloacutegicos Especificaccedilatildeo Contagem Heterotroacutefica Total le 100UFCmL Patoacutegenos Ausecircncia de coliformes P aeruginosa S

aureus e E Coli termotolerantes Testes Quiacutemicos Especificaccedilatildeo Acidez ou Alcalinidade Cumpre o Teste Amocircnio No maacuteximo 02 ppm Aparecircncia Liacutequido incolor liacutempido insiacutepido e

inodoro Caacutelcio e Magneacutesio Cumpre o Teste Cloretos Cumpre o Teste Condutividade No maacuteximo 21 microScm Metais Pesados No maacuteximo 01 ppm Nitratos No maacuteximo 02 ppm pH 5 -7 Resiacuteduo por evaporaccedilatildeo No maacuteximo 0001 Substacircncias Oxidaacuteveis Cumpre o Teste Sulfatos Cumpre o Teste Os testes seratildeo realizados de acordo com a Farmacopeacuteia Brasileira 4ordf ediccedilatildeo (F Bras IV 2005)

V13 Cronograma de Amostragem

Para a Fase 1 da validaccedilatildeo seratildeo realizados testes quiacutemicos e bioloacutegicos para

todos os pontos de amostragem durante trecircs semanas em trecircs periacuteodos de cinco dias

Apoacutes a conclusatildeo satisfatoacuteria dessa fase se realizaraacute a Fase 2 de validaccedilatildeo fase em que

a aacutegua produzida pode ser utilizada Nesta fase deve-se realizar novamente e

diariamente todos os testes quiacutemicos e bioloacutegicos para todos os pontos de amostragem

durante quatro semanas em quatro periacuteodos de cinco dias Para a Fase 3 de validaccedilatildeo

seratildeo realizados os mesmos testes quiacutemicos e microbioloacutegicos para todos os pontos de

amostragem semanalmente durante um ano O cronograma dos pontos de amostragem

segue na tabela 7

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Tabela 7 Cronograma de validaccedilatildeo

Fase de

Validaccedilatildeo

Ponto de

Amostragem

Periacuteodo de

Anaacutelise

Frequumlecircncia de

Anaacutelise

Tipo de Testes

a Realizar

1 1 2 Semanas Trecircs periacuteodos de

5 dias

Aacutegua Potaacutevel

1 2 2 Semanas Trecircs periacuteodos de 5 dias

Aacutegua potaacutevel

natildeo clorada

1 3 2 Semanas Trecircs periacuteodos de 5 dias

Aacutegua

Purificada

2 1 3 Semanas Quatro periacuteodos

de 5 dias

Aacutegua Potaacutevel

2 2 3 Semanas Quatro periacuteodos

de 5 dias

Aacutegua potaacutevel

natildeo clorada

2 3 3 Semanas Quatro periacuteodos

de 5 dias

Aacutegua

Purificada

3 1 1 Ano Semanal Aacutegua Potaacutevel

3 2 1 Ano Semanal Aacutegua potaacutevel

natildeo clorada

3 3 1 Ano Semanal Aacutegua

Purificada

V2 Fase 1

Periacuteodo de testes de trecircs semanas em trecircs periacuteodos de cinco dias para

monitoramento do sistema intensivamente durante este periacuteodo o sistema deve operar

continuamente sem falhas ou desvios de qualidade

Para essa fase seratildeo realizados os seguintes testes

bull Realizar testes quiacutemicos e microbioloacutegicos de acordo o plano de amostragem

bull Desenvolver faixas de operaccedilatildeo adequadas

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

bull Desenvolver e finalizar procedimentos de operaccedilotildees limpeza desinfecccedilatildeo e

manutenccedilatildeo

bull Demonstrar a produccedilatildeo e entrega da aacutegua na qualidade e quantidade exigida

bull Usar e aperfeiccediloar os POPs de operaccedilatildeo (ver anexo) manutenccedilatildeo desinfecccedilatildeo e

soluccedilatildeo de problemas

bull Verificar alertas provisoacuterios e accedilotildees de niacuteveis

bull Desenvolver e refinar procedimentos de testes de natildeo conformidade

V3 Fase 2

Outro periacuteodo de testes de quatro semanas em quatro periacuteodos de cinco dias a

ser realizado de maneira mais intensiva atraveacutes de um acompanhamento dos POPs

aperfeiccediloados apoacutes a conclusatildeo da Fase 1 O sistema de amostragem eacute idecircntico ao da

fase inicial e aacutegua pode ser utilizada para a fabricaccedilatildeo durante essa fase O sistema

deve

bull Demonstrar a produccedilatildeo e entrega da aacutegua na qualidade e quantidade exigida

quando o sistema eacute operado de acordo com os POPs

bull Demonstrar que o sistema estaacute sob controle

V4 Fase 3

Esta fase seraacute executada por no miacutenimo um ano apoacutes a conclusatildeo satisfatoacuteria da

fase dois a aacutegua pode ser usada para a fabricaccedilatildeo durante esta fase produccedilatildeo que tem os

devidos fins e caracteriacutesticas

bull Demonstrar que o sistema estaacute sob controle durante um longo periacuteodo de tempo

garantindo que as variaccedilotildees sazonais foram avaliadas

bull Locais de amostra frequumlecircncia de amostras e testes devem ser reduzido ao padratildeo

de rotina normal (semanalmente)

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

POP ndeg001 Versatildeo 06112007 Validade 06112008 Paacutegina 14

Procedimento Operacional Padratildeo 001

Instruccedilotildees de Uso do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

1 Objetivo Orientar a operaccedilatildeo do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

2 Aplicaccedilatildeo Ao pessoal responsaacutevel pela operaccedilatildeo e monitoramento do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

3 Materiais Necessaacuterios Protocolo de Serviccedilo (PS 001) Protocolo de Manutenccedilatildeo (PM 001) Protocolo de Produccedilatildeo de Aacutegua Purificada (PP 001)

4 Cuidados Especiais Verificar se o aparelho estaacute limpo e adequado a sua utilizaccedilatildeo Verificar a temperatura e umidade do ambiente Verificar a temperatura da aacutegua de alimentaccedilatildeo Verificar a pressatildeo da aacutegua de alimentaccedilatildeo

5 Procedimento 51 Ligar o Disjuntor (A) que alimenta a Central de Aacuteguas

A

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

POP ndeg001 Versatildeo 06112007 Validade 06112008 Paacutegina 24

Procedimento Operacional Padratildeo 001

Instruccedilotildees de Uso do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

52 Ligar o Estabilizador (B) de energia que alimenta o aparelho de Osmose Reversa

53 Abrir o registro (C) da aacutegua de alimentaccedilatildeo

54 Verificar os paracircmetros do item Cuidados Especiais e anotaacute-los no Protocolo de Serviccedilo

(PS 001)

B

C

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

POP ndeg001 Versatildeo 06112007 Validade 06112008 Paacutegina 34

Procedimento Operacional Padratildeo 001

Instruccedilotildees de Uso do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

55 Acionar a tecla ONOFF (1)

56 Visualizar no display (2) ldquoCleaningrdquo - referente agrave operaccedilatildeo do sistema de enxaacutegue que

entra automaticamente em operaccedilatildeo 57 Visualizar no display (2) ldquoProductionrdquo (produccedilatildeo) - referente agrave operaccedilatildeo do sistema de

Osmose Reversa 58 Apoacutes 2 minutos de produccedilatildeo acionar a tecla MENU (3) duas vezes para verificar a

condutividade da aacutegua de produccedilatildeo Caso visualize a mensagem ldquoError-CPrdquo paacutere a produccedilatildeo e despreze a aacutegua do tanque abrindo o registro do ponto de coleta de aacutegua purificada (D)

59 Quando o tanque de armazenamento estiver cheio ocorreraacute outro enxaacuteguumle automaacutetico e

no display (2) apareceraacute a mensagem ldquoCleaningrdquo 510 Completando-se este ciclo o aparelho entra em modo de operaccedilatildeo ldquoStand byrdquo sendo

visualizado no display (2) a mesma mensagem ldquoStand byrdquo

1

2

3

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

POP ndeg001 Versatildeo 06112007 Validade 06112008 Paacutegina 44

Procedimento Operacional Padratildeo 001

Instruccedilotildees de Uso do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

511 Retire a Aacutegua Purificada do tanque de armazenamento abrindo o registro do Ponto de Coleta (D)

512 Ao final da produccedilatildeo acionar a tecla ONOFF (1) desligar o Estabilizador de energia (B)

e fechar o registro da aacutegua de alimentaccedilatildeo (C) e o disjuntor da Central de Aacuteguas (A) 513 Anotar o valor final produzido no Protocolo de Produccedilatildeo de Aacutegua Purificada

6 Observaccedilotildees Limpeza Mensal Manutenccedilatildeo Realizada pelo fabricante sempre que constatado que fora dos paracircmetros

D

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

Protocolo ndeg001 Versatildeo 06112007 Validade 06112008

Protocolo de Serviccedilo (PS 001)

Protocolo de Verificaccedilatildeo dos Paracircmetros do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

Data Temp Ambiente

(degC)

Umidade ()

Temp Aacutegua de

Alimentaccedilatildeo (degC)

Pressatildeo Aacutegua de

Alimentaccedilatildeo (bar)

Condutividade da aacutegua Produzida (microScm)

Responsaacutevel

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash

RS Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

Protocolo ndeg002 Versatildeo 06112007 Validade 06112008

Protocolo de Manutenccedilatildeo (PM 001)

Protocolo de Verificaccedilatildeo da Manutenccedilatildeo do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

Tipo de Sistema

Nuacutemero de Identificaccedilatildeo

Ano de Fabricaccedilatildeo

Data Dureza da aacutegua de

alimentaccedilatildeo (degdH)

Pressatildeo de operaccedilatildeo

(bar)

Taxa de Permeado

(Lh)

Uacuteltima Troca de Preacute-filtro

Uacuteltima troca de Fosfato

Uacuteltima limpeza

desinfecccedilatildeo

Ass

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash

RS Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

Protocolo ndeg003 Versatildeo 06112007 Validade 06112008

Protocolo de Produccedilatildeo (PP 001)

Protocolo de Produccedilatildeo de Aacutegua Purificada

Data Produccedilatildeo Diaacuteria Responsaacutevel

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash

RS Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

Protocolo ndeg004 Versatildeo 06112007 Validade 06112008

Resultados da Validaccedilatildeo do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

Aacutegua Purificada

DATA

PONTO DE COLETA

Testes Microbioloacutegicos

Especificaccedilatildeo ____ ____ ____ ____ ____

Contagem Heterotroacutefica Total

le 100UFCmL

Patoacutegenos Ausecircncia de coliformes P aeruginosa S aureus

Testes Quiacutemicos Especificaccedilatildeo ____ ____ ____ ____ ____ Acidez ou Alcalinidade

Cumpre o Teste

Amocircnio No maacuteximo 02 ppm Aparecircncia Liacutequido incolor liacutempido

insiacutepido e inodoro

Caacutelcio e Magneacutesio Cumpre o Teste Cloretos Cumpre o Teste Condutividade No maacuteximo 21 microScm Metais Pesado No maacuteximo 01 ppm Nitratos No maacuteximo 02 ppm pH 5 -7 Resiacuteduo por evaporaccedilatildeo

No maacuteximo 0001

Substacircncias Oxidaacuteveis Cumpre o Teste Sulfatos Cumpre o Teste Os testes seratildeo realizados de acordo com a Farmacopeacuteia Brasileira 4ordf ediccedilatildeo (F Bras IV 2005)

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash

RS Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

Protocolo ndeg 005 Versatildeo 06112007 Validade 06112008

Resultados da Validaccedilatildeo do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua Aacutegua Potaacutevel

Data

Ponto de

Coleta

Especificaccedilotildees Anaacutelise Quiacutemica Anaacutelise Microbioloacutegica

Cloro pH Cor

Turbidez Contagem Heterotroacutefica

Total

Patoacutegenos

02 ndash 05 ppm

60 ndash 95 15 UH 5 UT

lt 500 UFCmL Ausecircncia de coliformes

Unidade Hazen (mg Pt-CoL)

Unidade de turbidez

40

4 Consideraccedilotildees finais e perspectivas

Ao longo do tempo a importacircncia da validaccedilatildeo de processos para a Garantia da

Qualidade foi sendo melhor compreendida pelo segmento farmacecircutico e com isso foi

contemplada pelos oacutergatildeos reguladores e aplicada pelos profissionais deste segmento

Se a validaccedilatildeo estaacute bem definida e eacute amplamente compreendida como pocircde ser

observado pelo nuacutemero de trabalhos e legislaccedilotildees revisados neste trabalho um dos

desafios que se apresentam atualmente consiste em ampliar o entendimento de como

realizaacute-la na praacutetica A proposiccedilatildeo de um protocolo para a validaccedilatildeo de um processo de

purificaccedilatildeo de aacutegua teve como um de seus objetivos exemplificar esta tarefa e assim

auxiliar na elaboraccedilatildeo de outros protocolos Assim como perspectiva deste trabalho

espera-se fornecer subsiacutedio agrave validaccedilatildeo de outros processos farmacecircuticos de

purificaccedilatildeo de aacutegua ou mesmo outros

Isto porque embora cada processo possua aspectos especiacuteficos os quais devem

ser cuidadosamente avaliados durante a validaccedilatildeo o entendimento e aplicaccedilatildeo

adequados da terminologia relacionada agrave validaccedilatildeo auxiliam na conduccedilatildeo de uma

validaccedilatildeo adequada e bem documentada

41

5 Referecircncias

ALEEM H ZHAO Y LORD S MCCARTHY T SHARRATT P N Pharmaceutical process validation an overview Proceedings of the Institution of Mechanical Engineers Part E Process Mechanical Engineering v 217 p141 ndash 150 2002

ALENCAR J R B Pinto P M D V Neto P P V Oliveira A T C Medeiros F P M Ramos S V V Rolim P J N Strategy in pharmaceutical process validation of purified water Revista Brasileira de Farmaacutecia v 85 n3 p85-88 2004a ALENCAR JRB Souza M B J Rolim P J N Lopes C E Uso de controle estatiacutestico de processo (CEP) para validaccedilatildeo de processo de glibenclamida comprimidos Revista Brasileira de Farmaacutecia v85 n3 p115-119 2004b

ALENCAR J R B CLEMENTINO M R A ROLIM P J N Cleaning validation of equipments in medicines industry strategy to select the ldquoworst caserdquo Revista Brasileira de Farmaacutecia v87 n 1 p13-18 2006

ANVISA ndash Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria Gerecircncia Geral de Inspeccedilatildeo e Controle de Medicamentos e Produtos Guias relacionados agrave garantia de qualidade Brasiacutelia 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwanvisagovbrinspecaoguias_qualidadepdfgt Acesso em 12 nov 2007

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria (ANVISA) Resoluccedilatildeo RDC nordm 210 de 04082003 DOU de 14082003 Disponiacutevel em lthttpe-legisanvisagovbrleisrefpublicshowActphpid=22321ampword=gt Acesso em 30 set 2007

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria (ANVISA) Resoluccedilatildeo RDC nordm 67 de 08102007 DOU de 09102007 Disponiacutevel em lthttpe-legisanvisagovbrleisrefpublicshowActphpid=28806ampword= gt Acesso em 30 nov 2007

42

BRASIL Ministeacuterio de Estado da Sauacutede Portaria nordm 518 de 25032004 DOU de 26032004 Disponiacutevel em lthttpe-legisanvisagovbrleisrefpublicshowActphpid=22322ampwordgt Acesso em 30 set 2007

CASTILLA B SENA F J Validation documentation Journal of Validation Technology v7 n 2 p 166-123 2001

DA ROSA PS Diagnoacutestico e avaliaccedilatildeo da qualidade microbioloacutegica da aacutegua na Faculdade de Farmaacutecia Trabalho de Conclusatildeo de Curso de Graduaccedilatildeo Disciplina de Estaacutegio Curricular em Farmaacutecia Faculdade de Farmaacutecia Universidade Federal do Rio Grande do Sul Porto Alegre 2007

EMEA - European Agency for Evaluation of Medicinal Products Note for guidance on process validation London 2001 Disponiacutevel em lthttpwwwemeaeuropaeupdfshumanqwp084896enpdfgt Acesso em 12 nov 2007

FARMACOPEacuteIA BRASILEIRA 4 ed Satildeo Paulo Atheneu 2004 pV224

FARMACOPEacuteIA BRASILEIRA 4 ed Satildeo Paulo Atheneu 2005 Fasciacuteculo 6 p263

FDA ndash Food and Drug Administration - Center for Drug Evaluation and Research (CDER) Guidance for Industry Powder Blends and Finished Dosage Units mdash Stratified In-Process Dosage Unit Sampling and Assessment Rockville 2003 Disponiacutevel em lthttpwwwfdagovCDERGUIDANCE5831dfthtmgt Acesso em 12 nov 2007

FDA ndash Food and Drug Administration - Division of Manufacturing and Product Quality (HFN-320) Center for Drugs and Biologics Guidelines on general principles of process validation Rockville 1987 Disponiacutevel em lthttpwwwfdagovCDERGUIDANCEpvhtmgt Acesso em 12 nov 2007

GUAZZARONI M YIIN B YU JL Application of total organic carbon analysis for cleaning validation in pharmaceutical manufacturing American Biotechnology Laboratory v 16 n 10 p 66-67 1998

HAIDER S I Validation standard operating procedures a step-by-step guide for achieving compliance in the pharmaceutical medical device and biotech industries 2 ed Boca Raton CRC 2002

43

HELLE M R YLIRUUSI J MANNERMAA J P A literature review of pharmaceutical process validation Pharmaceutical Technology Europe Part 3 v15 p 52-57 2003

HOFMANN K L Sterile products validation In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 103

JEATER J P CULLEN L F PAPARIELLO GJ Organizing for validation In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 9

JOHNSON W M Validation of water system for sterile and nonsterile products In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 299 - 317

KIEFFER RG Validation and the human element PDA Journal of Pharmaceutical Science and Technology v52 n2 p52-54 1998

LE HIR A Noccedilotildees de farmaacutecia galecircnica 6 ed Satildeo Paulo Organizaccedilatildeo Andrei 1997 p 137-138

LeBLANC D A Establishing scientifically justified acceptance criteria for cleaning validation of finished drug products Pharmaceutical Technology 1998 Disponiacutevel em ltwwwadvanstarcomgt Acesso em 30 set 2007

LOFTUS B T The Regulatory basis for process In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 2 - 32

LORD SV MCCARTHY T ALEEM H ZHAO Y SHARRATT P N Reinterpreting validation Proceedings of the Institution of Mechanical Engineers Part E Process Mechanical Engineering v 217 p287- 292 2003

MCCOLMICK P Y CULLEN L F Cleaning validation In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 319 - 322

NASH R A Introduction In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993

44

PICS - Pharmaceutical Inspection Convention and Pharmaceutical Inspection Co-operation Scheme Recommendations on validation master plan installation and operational qualification non-sterile process validation cleaning validation Genebra 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwnewwayzconzrefmaterialpics_pi006_2VMPpdfgt Acesso em 30 set 2007

TKA WASSERAUFBEREITUNGSSYSTEME GMBH Operating instructions TKA LAB ndash UPW Article ndeg 083007-SO Niederelbert 2001

WHO ndash World Health Organization Suplementary guidelines on good manufacturing practices (GMP) validation Genebra 2005 p 22-23 Disponiacutevel em lthttpwwwwhointmedicinesservicesexpertcommitteespharmprepValidation_QAS_055_Rev2combinedpdfgtAcesso em Acesso em 30 set 2007

WHO ndash World Health Organization Supplementary training modules on good manufacturing practice water for pharmaceutical use Part 1 introduction and treatment Genebra 2001 Disponiacutevel em ltftpftpwhointmedicinesGMPgmptrainsuplmtWater01pptgt Acesso em 30 set 2007

WHO ndash World Health Organization Supplementary training modules on good manufacturing practice water for pharmaceutical use Part 2 water purification engineering Genebra 2001 Disponiacutevel em ltftpftpwhointmedicinesGMPgmptrainsuplmtWater02pptgt Acesso em 30 set 2007

WHO ndash World Health Organization Supplementary training modules on good manufacturing practice water for pharmaceutical use Part 3 inspection of water systems Genebra 2001 Disponiacutevel em ltftpftpwhointmedicinesGMPgmptrainsuplmtWater03pptgt Acesso em 30 set 2007

WHO ndash World Health Organization Who good manufacturing practices water for pharmaceutical use Genebra 2005 (Technical Report Series n 929 Anexo 3)

WHO ndash World Health Organization Who Expert Committee on specifications for pharmaceutical preparations Genebra 2006 p 125 ndash 126 (Technical Report Series n 937 Anexo 4 Apecircndice II) Disponiacutevel em lthttpwhqlibdocwhointtrsWHO_TRS_937_engpdfpage=359gt Acesso em 01 dez 2007

  • Outras definiccedilotildees semelhantes a essas existem e muito embora as expressotildees variem a essecircncia de todas eacute a mesma assegurar que o processo quando operado sob as condiccedilotildees preacute-determinadas resultaraacute em um produto que reuniraacute as especificaccedilotildees e seus
Page 28: VALIDAÇÃO DE PROCESSOS: Aspectos teóricos e proposição de

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

V122 Aacutegua Purificada

Tabela 6 Criteacuterios de Aceitaccedilatildeo para aacutegua purificada Testes Microbioloacutegicos Especificaccedilatildeo Contagem Heterotroacutefica Total le 100UFCmL Patoacutegenos Ausecircncia de coliformes P aeruginosa S

aureus e E Coli termotolerantes Testes Quiacutemicos Especificaccedilatildeo Acidez ou Alcalinidade Cumpre o Teste Amocircnio No maacuteximo 02 ppm Aparecircncia Liacutequido incolor liacutempido insiacutepido e

inodoro Caacutelcio e Magneacutesio Cumpre o Teste Cloretos Cumpre o Teste Condutividade No maacuteximo 21 microScm Metais Pesados No maacuteximo 01 ppm Nitratos No maacuteximo 02 ppm pH 5 -7 Resiacuteduo por evaporaccedilatildeo No maacuteximo 0001 Substacircncias Oxidaacuteveis Cumpre o Teste Sulfatos Cumpre o Teste Os testes seratildeo realizados de acordo com a Farmacopeacuteia Brasileira 4ordf ediccedilatildeo (F Bras IV 2005)

V13 Cronograma de Amostragem

Para a Fase 1 da validaccedilatildeo seratildeo realizados testes quiacutemicos e bioloacutegicos para

todos os pontos de amostragem durante trecircs semanas em trecircs periacuteodos de cinco dias

Apoacutes a conclusatildeo satisfatoacuteria dessa fase se realizaraacute a Fase 2 de validaccedilatildeo fase em que

a aacutegua produzida pode ser utilizada Nesta fase deve-se realizar novamente e

diariamente todos os testes quiacutemicos e bioloacutegicos para todos os pontos de amostragem

durante quatro semanas em quatro periacuteodos de cinco dias Para a Fase 3 de validaccedilatildeo

seratildeo realizados os mesmos testes quiacutemicos e microbioloacutegicos para todos os pontos de

amostragem semanalmente durante um ano O cronograma dos pontos de amostragem

segue na tabela 7

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Tabela 7 Cronograma de validaccedilatildeo

Fase de

Validaccedilatildeo

Ponto de

Amostragem

Periacuteodo de

Anaacutelise

Frequumlecircncia de

Anaacutelise

Tipo de Testes

a Realizar

1 1 2 Semanas Trecircs periacuteodos de

5 dias

Aacutegua Potaacutevel

1 2 2 Semanas Trecircs periacuteodos de 5 dias

Aacutegua potaacutevel

natildeo clorada

1 3 2 Semanas Trecircs periacuteodos de 5 dias

Aacutegua

Purificada

2 1 3 Semanas Quatro periacuteodos

de 5 dias

Aacutegua Potaacutevel

2 2 3 Semanas Quatro periacuteodos

de 5 dias

Aacutegua potaacutevel

natildeo clorada

2 3 3 Semanas Quatro periacuteodos

de 5 dias

Aacutegua

Purificada

3 1 1 Ano Semanal Aacutegua Potaacutevel

3 2 1 Ano Semanal Aacutegua potaacutevel

natildeo clorada

3 3 1 Ano Semanal Aacutegua

Purificada

V2 Fase 1

Periacuteodo de testes de trecircs semanas em trecircs periacuteodos de cinco dias para

monitoramento do sistema intensivamente durante este periacuteodo o sistema deve operar

continuamente sem falhas ou desvios de qualidade

Para essa fase seratildeo realizados os seguintes testes

bull Realizar testes quiacutemicos e microbioloacutegicos de acordo o plano de amostragem

bull Desenvolver faixas de operaccedilatildeo adequadas

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

bull Desenvolver e finalizar procedimentos de operaccedilotildees limpeza desinfecccedilatildeo e

manutenccedilatildeo

bull Demonstrar a produccedilatildeo e entrega da aacutegua na qualidade e quantidade exigida

bull Usar e aperfeiccediloar os POPs de operaccedilatildeo (ver anexo) manutenccedilatildeo desinfecccedilatildeo e

soluccedilatildeo de problemas

bull Verificar alertas provisoacuterios e accedilotildees de niacuteveis

bull Desenvolver e refinar procedimentos de testes de natildeo conformidade

V3 Fase 2

Outro periacuteodo de testes de quatro semanas em quatro periacuteodos de cinco dias a

ser realizado de maneira mais intensiva atraveacutes de um acompanhamento dos POPs

aperfeiccediloados apoacutes a conclusatildeo da Fase 1 O sistema de amostragem eacute idecircntico ao da

fase inicial e aacutegua pode ser utilizada para a fabricaccedilatildeo durante essa fase O sistema

deve

bull Demonstrar a produccedilatildeo e entrega da aacutegua na qualidade e quantidade exigida

quando o sistema eacute operado de acordo com os POPs

bull Demonstrar que o sistema estaacute sob controle

V4 Fase 3

Esta fase seraacute executada por no miacutenimo um ano apoacutes a conclusatildeo satisfatoacuteria da

fase dois a aacutegua pode ser usada para a fabricaccedilatildeo durante esta fase produccedilatildeo que tem os

devidos fins e caracteriacutesticas

bull Demonstrar que o sistema estaacute sob controle durante um longo periacuteodo de tempo

garantindo que as variaccedilotildees sazonais foram avaliadas

bull Locais de amostra frequumlecircncia de amostras e testes devem ser reduzido ao padratildeo

de rotina normal (semanalmente)

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

POP ndeg001 Versatildeo 06112007 Validade 06112008 Paacutegina 14

Procedimento Operacional Padratildeo 001

Instruccedilotildees de Uso do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

1 Objetivo Orientar a operaccedilatildeo do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

2 Aplicaccedilatildeo Ao pessoal responsaacutevel pela operaccedilatildeo e monitoramento do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

3 Materiais Necessaacuterios Protocolo de Serviccedilo (PS 001) Protocolo de Manutenccedilatildeo (PM 001) Protocolo de Produccedilatildeo de Aacutegua Purificada (PP 001)

4 Cuidados Especiais Verificar se o aparelho estaacute limpo e adequado a sua utilizaccedilatildeo Verificar a temperatura e umidade do ambiente Verificar a temperatura da aacutegua de alimentaccedilatildeo Verificar a pressatildeo da aacutegua de alimentaccedilatildeo

5 Procedimento 51 Ligar o Disjuntor (A) que alimenta a Central de Aacuteguas

A

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

POP ndeg001 Versatildeo 06112007 Validade 06112008 Paacutegina 24

Procedimento Operacional Padratildeo 001

Instruccedilotildees de Uso do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

52 Ligar o Estabilizador (B) de energia que alimenta o aparelho de Osmose Reversa

53 Abrir o registro (C) da aacutegua de alimentaccedilatildeo

54 Verificar os paracircmetros do item Cuidados Especiais e anotaacute-los no Protocolo de Serviccedilo

(PS 001)

B

C

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

POP ndeg001 Versatildeo 06112007 Validade 06112008 Paacutegina 34

Procedimento Operacional Padratildeo 001

Instruccedilotildees de Uso do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

55 Acionar a tecla ONOFF (1)

56 Visualizar no display (2) ldquoCleaningrdquo - referente agrave operaccedilatildeo do sistema de enxaacutegue que

entra automaticamente em operaccedilatildeo 57 Visualizar no display (2) ldquoProductionrdquo (produccedilatildeo) - referente agrave operaccedilatildeo do sistema de

Osmose Reversa 58 Apoacutes 2 minutos de produccedilatildeo acionar a tecla MENU (3) duas vezes para verificar a

condutividade da aacutegua de produccedilatildeo Caso visualize a mensagem ldquoError-CPrdquo paacutere a produccedilatildeo e despreze a aacutegua do tanque abrindo o registro do ponto de coleta de aacutegua purificada (D)

59 Quando o tanque de armazenamento estiver cheio ocorreraacute outro enxaacuteguumle automaacutetico e

no display (2) apareceraacute a mensagem ldquoCleaningrdquo 510 Completando-se este ciclo o aparelho entra em modo de operaccedilatildeo ldquoStand byrdquo sendo

visualizado no display (2) a mesma mensagem ldquoStand byrdquo

1

2

3

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

POP ndeg001 Versatildeo 06112007 Validade 06112008 Paacutegina 44

Procedimento Operacional Padratildeo 001

Instruccedilotildees de Uso do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

511 Retire a Aacutegua Purificada do tanque de armazenamento abrindo o registro do Ponto de Coleta (D)

512 Ao final da produccedilatildeo acionar a tecla ONOFF (1) desligar o Estabilizador de energia (B)

e fechar o registro da aacutegua de alimentaccedilatildeo (C) e o disjuntor da Central de Aacuteguas (A) 513 Anotar o valor final produzido no Protocolo de Produccedilatildeo de Aacutegua Purificada

6 Observaccedilotildees Limpeza Mensal Manutenccedilatildeo Realizada pelo fabricante sempre que constatado que fora dos paracircmetros

D

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

Protocolo ndeg001 Versatildeo 06112007 Validade 06112008

Protocolo de Serviccedilo (PS 001)

Protocolo de Verificaccedilatildeo dos Paracircmetros do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

Data Temp Ambiente

(degC)

Umidade ()

Temp Aacutegua de

Alimentaccedilatildeo (degC)

Pressatildeo Aacutegua de

Alimentaccedilatildeo (bar)

Condutividade da aacutegua Produzida (microScm)

Responsaacutevel

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash

RS Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

Protocolo ndeg002 Versatildeo 06112007 Validade 06112008

Protocolo de Manutenccedilatildeo (PM 001)

Protocolo de Verificaccedilatildeo da Manutenccedilatildeo do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

Tipo de Sistema

Nuacutemero de Identificaccedilatildeo

Ano de Fabricaccedilatildeo

Data Dureza da aacutegua de

alimentaccedilatildeo (degdH)

Pressatildeo de operaccedilatildeo

(bar)

Taxa de Permeado

(Lh)

Uacuteltima Troca de Preacute-filtro

Uacuteltima troca de Fosfato

Uacuteltima limpeza

desinfecccedilatildeo

Ass

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash

RS Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

Protocolo ndeg003 Versatildeo 06112007 Validade 06112008

Protocolo de Produccedilatildeo (PP 001)

Protocolo de Produccedilatildeo de Aacutegua Purificada

Data Produccedilatildeo Diaacuteria Responsaacutevel

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash

RS Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

Protocolo ndeg004 Versatildeo 06112007 Validade 06112008

Resultados da Validaccedilatildeo do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

Aacutegua Purificada

DATA

PONTO DE COLETA

Testes Microbioloacutegicos

Especificaccedilatildeo ____ ____ ____ ____ ____

Contagem Heterotroacutefica Total

le 100UFCmL

Patoacutegenos Ausecircncia de coliformes P aeruginosa S aureus

Testes Quiacutemicos Especificaccedilatildeo ____ ____ ____ ____ ____ Acidez ou Alcalinidade

Cumpre o Teste

Amocircnio No maacuteximo 02 ppm Aparecircncia Liacutequido incolor liacutempido

insiacutepido e inodoro

Caacutelcio e Magneacutesio Cumpre o Teste Cloretos Cumpre o Teste Condutividade No maacuteximo 21 microScm Metais Pesado No maacuteximo 01 ppm Nitratos No maacuteximo 02 ppm pH 5 -7 Resiacuteduo por evaporaccedilatildeo

No maacuteximo 0001

Substacircncias Oxidaacuteveis Cumpre o Teste Sulfatos Cumpre o Teste Os testes seratildeo realizados de acordo com a Farmacopeacuteia Brasileira 4ordf ediccedilatildeo (F Bras IV 2005)

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash

RS Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

Protocolo ndeg 005 Versatildeo 06112007 Validade 06112008

Resultados da Validaccedilatildeo do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua Aacutegua Potaacutevel

Data

Ponto de

Coleta

Especificaccedilotildees Anaacutelise Quiacutemica Anaacutelise Microbioloacutegica

Cloro pH Cor

Turbidez Contagem Heterotroacutefica

Total

Patoacutegenos

02 ndash 05 ppm

60 ndash 95 15 UH 5 UT

lt 500 UFCmL Ausecircncia de coliformes

Unidade Hazen (mg Pt-CoL)

Unidade de turbidez

40

4 Consideraccedilotildees finais e perspectivas

Ao longo do tempo a importacircncia da validaccedilatildeo de processos para a Garantia da

Qualidade foi sendo melhor compreendida pelo segmento farmacecircutico e com isso foi

contemplada pelos oacutergatildeos reguladores e aplicada pelos profissionais deste segmento

Se a validaccedilatildeo estaacute bem definida e eacute amplamente compreendida como pocircde ser

observado pelo nuacutemero de trabalhos e legislaccedilotildees revisados neste trabalho um dos

desafios que se apresentam atualmente consiste em ampliar o entendimento de como

realizaacute-la na praacutetica A proposiccedilatildeo de um protocolo para a validaccedilatildeo de um processo de

purificaccedilatildeo de aacutegua teve como um de seus objetivos exemplificar esta tarefa e assim

auxiliar na elaboraccedilatildeo de outros protocolos Assim como perspectiva deste trabalho

espera-se fornecer subsiacutedio agrave validaccedilatildeo de outros processos farmacecircuticos de

purificaccedilatildeo de aacutegua ou mesmo outros

Isto porque embora cada processo possua aspectos especiacuteficos os quais devem

ser cuidadosamente avaliados durante a validaccedilatildeo o entendimento e aplicaccedilatildeo

adequados da terminologia relacionada agrave validaccedilatildeo auxiliam na conduccedilatildeo de uma

validaccedilatildeo adequada e bem documentada

41

5 Referecircncias

ALEEM H ZHAO Y LORD S MCCARTHY T SHARRATT P N Pharmaceutical process validation an overview Proceedings of the Institution of Mechanical Engineers Part E Process Mechanical Engineering v 217 p141 ndash 150 2002

ALENCAR J R B Pinto P M D V Neto P P V Oliveira A T C Medeiros F P M Ramos S V V Rolim P J N Strategy in pharmaceutical process validation of purified water Revista Brasileira de Farmaacutecia v 85 n3 p85-88 2004a ALENCAR JRB Souza M B J Rolim P J N Lopes C E Uso de controle estatiacutestico de processo (CEP) para validaccedilatildeo de processo de glibenclamida comprimidos Revista Brasileira de Farmaacutecia v85 n3 p115-119 2004b

ALENCAR J R B CLEMENTINO M R A ROLIM P J N Cleaning validation of equipments in medicines industry strategy to select the ldquoworst caserdquo Revista Brasileira de Farmaacutecia v87 n 1 p13-18 2006

ANVISA ndash Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria Gerecircncia Geral de Inspeccedilatildeo e Controle de Medicamentos e Produtos Guias relacionados agrave garantia de qualidade Brasiacutelia 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwanvisagovbrinspecaoguias_qualidadepdfgt Acesso em 12 nov 2007

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria (ANVISA) Resoluccedilatildeo RDC nordm 210 de 04082003 DOU de 14082003 Disponiacutevel em lthttpe-legisanvisagovbrleisrefpublicshowActphpid=22321ampword=gt Acesso em 30 set 2007

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria (ANVISA) Resoluccedilatildeo RDC nordm 67 de 08102007 DOU de 09102007 Disponiacutevel em lthttpe-legisanvisagovbrleisrefpublicshowActphpid=28806ampword= gt Acesso em 30 nov 2007

42

BRASIL Ministeacuterio de Estado da Sauacutede Portaria nordm 518 de 25032004 DOU de 26032004 Disponiacutevel em lthttpe-legisanvisagovbrleisrefpublicshowActphpid=22322ampwordgt Acesso em 30 set 2007

CASTILLA B SENA F J Validation documentation Journal of Validation Technology v7 n 2 p 166-123 2001

DA ROSA PS Diagnoacutestico e avaliaccedilatildeo da qualidade microbioloacutegica da aacutegua na Faculdade de Farmaacutecia Trabalho de Conclusatildeo de Curso de Graduaccedilatildeo Disciplina de Estaacutegio Curricular em Farmaacutecia Faculdade de Farmaacutecia Universidade Federal do Rio Grande do Sul Porto Alegre 2007

EMEA - European Agency for Evaluation of Medicinal Products Note for guidance on process validation London 2001 Disponiacutevel em lthttpwwwemeaeuropaeupdfshumanqwp084896enpdfgt Acesso em 12 nov 2007

FARMACOPEacuteIA BRASILEIRA 4 ed Satildeo Paulo Atheneu 2004 pV224

FARMACOPEacuteIA BRASILEIRA 4 ed Satildeo Paulo Atheneu 2005 Fasciacuteculo 6 p263

FDA ndash Food and Drug Administration - Center for Drug Evaluation and Research (CDER) Guidance for Industry Powder Blends and Finished Dosage Units mdash Stratified In-Process Dosage Unit Sampling and Assessment Rockville 2003 Disponiacutevel em lthttpwwwfdagovCDERGUIDANCE5831dfthtmgt Acesso em 12 nov 2007

FDA ndash Food and Drug Administration - Division of Manufacturing and Product Quality (HFN-320) Center for Drugs and Biologics Guidelines on general principles of process validation Rockville 1987 Disponiacutevel em lthttpwwwfdagovCDERGUIDANCEpvhtmgt Acesso em 12 nov 2007

GUAZZARONI M YIIN B YU JL Application of total organic carbon analysis for cleaning validation in pharmaceutical manufacturing American Biotechnology Laboratory v 16 n 10 p 66-67 1998

HAIDER S I Validation standard operating procedures a step-by-step guide for achieving compliance in the pharmaceutical medical device and biotech industries 2 ed Boca Raton CRC 2002

43

HELLE M R YLIRUUSI J MANNERMAA J P A literature review of pharmaceutical process validation Pharmaceutical Technology Europe Part 3 v15 p 52-57 2003

HOFMANN K L Sterile products validation In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 103

JEATER J P CULLEN L F PAPARIELLO GJ Organizing for validation In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 9

JOHNSON W M Validation of water system for sterile and nonsterile products In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 299 - 317

KIEFFER RG Validation and the human element PDA Journal of Pharmaceutical Science and Technology v52 n2 p52-54 1998

LE HIR A Noccedilotildees de farmaacutecia galecircnica 6 ed Satildeo Paulo Organizaccedilatildeo Andrei 1997 p 137-138

LeBLANC D A Establishing scientifically justified acceptance criteria for cleaning validation of finished drug products Pharmaceutical Technology 1998 Disponiacutevel em ltwwwadvanstarcomgt Acesso em 30 set 2007

LOFTUS B T The Regulatory basis for process In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 2 - 32

LORD SV MCCARTHY T ALEEM H ZHAO Y SHARRATT P N Reinterpreting validation Proceedings of the Institution of Mechanical Engineers Part E Process Mechanical Engineering v 217 p287- 292 2003

MCCOLMICK P Y CULLEN L F Cleaning validation In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 319 - 322

NASH R A Introduction In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993

44

PICS - Pharmaceutical Inspection Convention and Pharmaceutical Inspection Co-operation Scheme Recommendations on validation master plan installation and operational qualification non-sterile process validation cleaning validation Genebra 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwnewwayzconzrefmaterialpics_pi006_2VMPpdfgt Acesso em 30 set 2007

TKA WASSERAUFBEREITUNGSSYSTEME GMBH Operating instructions TKA LAB ndash UPW Article ndeg 083007-SO Niederelbert 2001

WHO ndash World Health Organization Suplementary guidelines on good manufacturing practices (GMP) validation Genebra 2005 p 22-23 Disponiacutevel em lthttpwwwwhointmedicinesservicesexpertcommitteespharmprepValidation_QAS_055_Rev2combinedpdfgtAcesso em Acesso em 30 set 2007

WHO ndash World Health Organization Supplementary training modules on good manufacturing practice water for pharmaceutical use Part 1 introduction and treatment Genebra 2001 Disponiacutevel em ltftpftpwhointmedicinesGMPgmptrainsuplmtWater01pptgt Acesso em 30 set 2007

WHO ndash World Health Organization Supplementary training modules on good manufacturing practice water for pharmaceutical use Part 2 water purification engineering Genebra 2001 Disponiacutevel em ltftpftpwhointmedicinesGMPgmptrainsuplmtWater02pptgt Acesso em 30 set 2007

WHO ndash World Health Organization Supplementary training modules on good manufacturing practice water for pharmaceutical use Part 3 inspection of water systems Genebra 2001 Disponiacutevel em ltftpftpwhointmedicinesGMPgmptrainsuplmtWater03pptgt Acesso em 30 set 2007

WHO ndash World Health Organization Who good manufacturing practices water for pharmaceutical use Genebra 2005 (Technical Report Series n 929 Anexo 3)

WHO ndash World Health Organization Who Expert Committee on specifications for pharmaceutical preparations Genebra 2006 p 125 ndash 126 (Technical Report Series n 937 Anexo 4 Apecircndice II) Disponiacutevel em lthttpwhqlibdocwhointtrsWHO_TRS_937_engpdfpage=359gt Acesso em 01 dez 2007

  • Outras definiccedilotildees semelhantes a essas existem e muito embora as expressotildees variem a essecircncia de todas eacute a mesma assegurar que o processo quando operado sob as condiccedilotildees preacute-determinadas resultaraacute em um produto que reuniraacute as especificaccedilotildees e seus
Page 29: VALIDAÇÃO DE PROCESSOS: Aspectos teóricos e proposição de

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Tabela 7 Cronograma de validaccedilatildeo

Fase de

Validaccedilatildeo

Ponto de

Amostragem

Periacuteodo de

Anaacutelise

Frequumlecircncia de

Anaacutelise

Tipo de Testes

a Realizar

1 1 2 Semanas Trecircs periacuteodos de

5 dias

Aacutegua Potaacutevel

1 2 2 Semanas Trecircs periacuteodos de 5 dias

Aacutegua potaacutevel

natildeo clorada

1 3 2 Semanas Trecircs periacuteodos de 5 dias

Aacutegua

Purificada

2 1 3 Semanas Quatro periacuteodos

de 5 dias

Aacutegua Potaacutevel

2 2 3 Semanas Quatro periacuteodos

de 5 dias

Aacutegua potaacutevel

natildeo clorada

2 3 3 Semanas Quatro periacuteodos

de 5 dias

Aacutegua

Purificada

3 1 1 Ano Semanal Aacutegua Potaacutevel

3 2 1 Ano Semanal Aacutegua potaacutevel

natildeo clorada

3 3 1 Ano Semanal Aacutegua

Purificada

V2 Fase 1

Periacuteodo de testes de trecircs semanas em trecircs periacuteodos de cinco dias para

monitoramento do sistema intensivamente durante este periacuteodo o sistema deve operar

continuamente sem falhas ou desvios de qualidade

Para essa fase seratildeo realizados os seguintes testes

bull Realizar testes quiacutemicos e microbioloacutegicos de acordo o plano de amostragem

bull Desenvolver faixas de operaccedilatildeo adequadas

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

bull Desenvolver e finalizar procedimentos de operaccedilotildees limpeza desinfecccedilatildeo e

manutenccedilatildeo

bull Demonstrar a produccedilatildeo e entrega da aacutegua na qualidade e quantidade exigida

bull Usar e aperfeiccediloar os POPs de operaccedilatildeo (ver anexo) manutenccedilatildeo desinfecccedilatildeo e

soluccedilatildeo de problemas

bull Verificar alertas provisoacuterios e accedilotildees de niacuteveis

bull Desenvolver e refinar procedimentos de testes de natildeo conformidade

V3 Fase 2

Outro periacuteodo de testes de quatro semanas em quatro periacuteodos de cinco dias a

ser realizado de maneira mais intensiva atraveacutes de um acompanhamento dos POPs

aperfeiccediloados apoacutes a conclusatildeo da Fase 1 O sistema de amostragem eacute idecircntico ao da

fase inicial e aacutegua pode ser utilizada para a fabricaccedilatildeo durante essa fase O sistema

deve

bull Demonstrar a produccedilatildeo e entrega da aacutegua na qualidade e quantidade exigida

quando o sistema eacute operado de acordo com os POPs

bull Demonstrar que o sistema estaacute sob controle

V4 Fase 3

Esta fase seraacute executada por no miacutenimo um ano apoacutes a conclusatildeo satisfatoacuteria da

fase dois a aacutegua pode ser usada para a fabricaccedilatildeo durante esta fase produccedilatildeo que tem os

devidos fins e caracteriacutesticas

bull Demonstrar que o sistema estaacute sob controle durante um longo periacuteodo de tempo

garantindo que as variaccedilotildees sazonais foram avaliadas

bull Locais de amostra frequumlecircncia de amostras e testes devem ser reduzido ao padratildeo

de rotina normal (semanalmente)

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

POP ndeg001 Versatildeo 06112007 Validade 06112008 Paacutegina 14

Procedimento Operacional Padratildeo 001

Instruccedilotildees de Uso do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

1 Objetivo Orientar a operaccedilatildeo do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

2 Aplicaccedilatildeo Ao pessoal responsaacutevel pela operaccedilatildeo e monitoramento do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

3 Materiais Necessaacuterios Protocolo de Serviccedilo (PS 001) Protocolo de Manutenccedilatildeo (PM 001) Protocolo de Produccedilatildeo de Aacutegua Purificada (PP 001)

4 Cuidados Especiais Verificar se o aparelho estaacute limpo e adequado a sua utilizaccedilatildeo Verificar a temperatura e umidade do ambiente Verificar a temperatura da aacutegua de alimentaccedilatildeo Verificar a pressatildeo da aacutegua de alimentaccedilatildeo

5 Procedimento 51 Ligar o Disjuntor (A) que alimenta a Central de Aacuteguas

A

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

POP ndeg001 Versatildeo 06112007 Validade 06112008 Paacutegina 24

Procedimento Operacional Padratildeo 001

Instruccedilotildees de Uso do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

52 Ligar o Estabilizador (B) de energia que alimenta o aparelho de Osmose Reversa

53 Abrir o registro (C) da aacutegua de alimentaccedilatildeo

54 Verificar os paracircmetros do item Cuidados Especiais e anotaacute-los no Protocolo de Serviccedilo

(PS 001)

B

C

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

POP ndeg001 Versatildeo 06112007 Validade 06112008 Paacutegina 34

Procedimento Operacional Padratildeo 001

Instruccedilotildees de Uso do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

55 Acionar a tecla ONOFF (1)

56 Visualizar no display (2) ldquoCleaningrdquo - referente agrave operaccedilatildeo do sistema de enxaacutegue que

entra automaticamente em operaccedilatildeo 57 Visualizar no display (2) ldquoProductionrdquo (produccedilatildeo) - referente agrave operaccedilatildeo do sistema de

Osmose Reversa 58 Apoacutes 2 minutos de produccedilatildeo acionar a tecla MENU (3) duas vezes para verificar a

condutividade da aacutegua de produccedilatildeo Caso visualize a mensagem ldquoError-CPrdquo paacutere a produccedilatildeo e despreze a aacutegua do tanque abrindo o registro do ponto de coleta de aacutegua purificada (D)

59 Quando o tanque de armazenamento estiver cheio ocorreraacute outro enxaacuteguumle automaacutetico e

no display (2) apareceraacute a mensagem ldquoCleaningrdquo 510 Completando-se este ciclo o aparelho entra em modo de operaccedilatildeo ldquoStand byrdquo sendo

visualizado no display (2) a mesma mensagem ldquoStand byrdquo

1

2

3

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

POP ndeg001 Versatildeo 06112007 Validade 06112008 Paacutegina 44

Procedimento Operacional Padratildeo 001

Instruccedilotildees de Uso do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

511 Retire a Aacutegua Purificada do tanque de armazenamento abrindo o registro do Ponto de Coleta (D)

512 Ao final da produccedilatildeo acionar a tecla ONOFF (1) desligar o Estabilizador de energia (B)

e fechar o registro da aacutegua de alimentaccedilatildeo (C) e o disjuntor da Central de Aacuteguas (A) 513 Anotar o valor final produzido no Protocolo de Produccedilatildeo de Aacutegua Purificada

6 Observaccedilotildees Limpeza Mensal Manutenccedilatildeo Realizada pelo fabricante sempre que constatado que fora dos paracircmetros

D

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

Protocolo ndeg001 Versatildeo 06112007 Validade 06112008

Protocolo de Serviccedilo (PS 001)

Protocolo de Verificaccedilatildeo dos Paracircmetros do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

Data Temp Ambiente

(degC)

Umidade ()

Temp Aacutegua de

Alimentaccedilatildeo (degC)

Pressatildeo Aacutegua de

Alimentaccedilatildeo (bar)

Condutividade da aacutegua Produzida (microScm)

Responsaacutevel

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash

RS Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

Protocolo ndeg002 Versatildeo 06112007 Validade 06112008

Protocolo de Manutenccedilatildeo (PM 001)

Protocolo de Verificaccedilatildeo da Manutenccedilatildeo do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

Tipo de Sistema

Nuacutemero de Identificaccedilatildeo

Ano de Fabricaccedilatildeo

Data Dureza da aacutegua de

alimentaccedilatildeo (degdH)

Pressatildeo de operaccedilatildeo

(bar)

Taxa de Permeado

(Lh)

Uacuteltima Troca de Preacute-filtro

Uacuteltima troca de Fosfato

Uacuteltima limpeza

desinfecccedilatildeo

Ass

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash

RS Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

Protocolo ndeg003 Versatildeo 06112007 Validade 06112008

Protocolo de Produccedilatildeo (PP 001)

Protocolo de Produccedilatildeo de Aacutegua Purificada

Data Produccedilatildeo Diaacuteria Responsaacutevel

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash

RS Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

Protocolo ndeg004 Versatildeo 06112007 Validade 06112008

Resultados da Validaccedilatildeo do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

Aacutegua Purificada

DATA

PONTO DE COLETA

Testes Microbioloacutegicos

Especificaccedilatildeo ____ ____ ____ ____ ____

Contagem Heterotroacutefica Total

le 100UFCmL

Patoacutegenos Ausecircncia de coliformes P aeruginosa S aureus

Testes Quiacutemicos Especificaccedilatildeo ____ ____ ____ ____ ____ Acidez ou Alcalinidade

Cumpre o Teste

Amocircnio No maacuteximo 02 ppm Aparecircncia Liacutequido incolor liacutempido

insiacutepido e inodoro

Caacutelcio e Magneacutesio Cumpre o Teste Cloretos Cumpre o Teste Condutividade No maacuteximo 21 microScm Metais Pesado No maacuteximo 01 ppm Nitratos No maacuteximo 02 ppm pH 5 -7 Resiacuteduo por evaporaccedilatildeo

No maacuteximo 0001

Substacircncias Oxidaacuteveis Cumpre o Teste Sulfatos Cumpre o Teste Os testes seratildeo realizados de acordo com a Farmacopeacuteia Brasileira 4ordf ediccedilatildeo (F Bras IV 2005)

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash

RS Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

Protocolo ndeg 005 Versatildeo 06112007 Validade 06112008

Resultados da Validaccedilatildeo do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua Aacutegua Potaacutevel

Data

Ponto de

Coleta

Especificaccedilotildees Anaacutelise Quiacutemica Anaacutelise Microbioloacutegica

Cloro pH Cor

Turbidez Contagem Heterotroacutefica

Total

Patoacutegenos

02 ndash 05 ppm

60 ndash 95 15 UH 5 UT

lt 500 UFCmL Ausecircncia de coliformes

Unidade Hazen (mg Pt-CoL)

Unidade de turbidez

40

4 Consideraccedilotildees finais e perspectivas

Ao longo do tempo a importacircncia da validaccedilatildeo de processos para a Garantia da

Qualidade foi sendo melhor compreendida pelo segmento farmacecircutico e com isso foi

contemplada pelos oacutergatildeos reguladores e aplicada pelos profissionais deste segmento

Se a validaccedilatildeo estaacute bem definida e eacute amplamente compreendida como pocircde ser

observado pelo nuacutemero de trabalhos e legislaccedilotildees revisados neste trabalho um dos

desafios que se apresentam atualmente consiste em ampliar o entendimento de como

realizaacute-la na praacutetica A proposiccedilatildeo de um protocolo para a validaccedilatildeo de um processo de

purificaccedilatildeo de aacutegua teve como um de seus objetivos exemplificar esta tarefa e assim

auxiliar na elaboraccedilatildeo de outros protocolos Assim como perspectiva deste trabalho

espera-se fornecer subsiacutedio agrave validaccedilatildeo de outros processos farmacecircuticos de

purificaccedilatildeo de aacutegua ou mesmo outros

Isto porque embora cada processo possua aspectos especiacuteficos os quais devem

ser cuidadosamente avaliados durante a validaccedilatildeo o entendimento e aplicaccedilatildeo

adequados da terminologia relacionada agrave validaccedilatildeo auxiliam na conduccedilatildeo de uma

validaccedilatildeo adequada e bem documentada

41

5 Referecircncias

ALEEM H ZHAO Y LORD S MCCARTHY T SHARRATT P N Pharmaceutical process validation an overview Proceedings of the Institution of Mechanical Engineers Part E Process Mechanical Engineering v 217 p141 ndash 150 2002

ALENCAR J R B Pinto P M D V Neto P P V Oliveira A T C Medeiros F P M Ramos S V V Rolim P J N Strategy in pharmaceutical process validation of purified water Revista Brasileira de Farmaacutecia v 85 n3 p85-88 2004a ALENCAR JRB Souza M B J Rolim P J N Lopes C E Uso de controle estatiacutestico de processo (CEP) para validaccedilatildeo de processo de glibenclamida comprimidos Revista Brasileira de Farmaacutecia v85 n3 p115-119 2004b

ALENCAR J R B CLEMENTINO M R A ROLIM P J N Cleaning validation of equipments in medicines industry strategy to select the ldquoworst caserdquo Revista Brasileira de Farmaacutecia v87 n 1 p13-18 2006

ANVISA ndash Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria Gerecircncia Geral de Inspeccedilatildeo e Controle de Medicamentos e Produtos Guias relacionados agrave garantia de qualidade Brasiacutelia 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwanvisagovbrinspecaoguias_qualidadepdfgt Acesso em 12 nov 2007

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria (ANVISA) Resoluccedilatildeo RDC nordm 210 de 04082003 DOU de 14082003 Disponiacutevel em lthttpe-legisanvisagovbrleisrefpublicshowActphpid=22321ampword=gt Acesso em 30 set 2007

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria (ANVISA) Resoluccedilatildeo RDC nordm 67 de 08102007 DOU de 09102007 Disponiacutevel em lthttpe-legisanvisagovbrleisrefpublicshowActphpid=28806ampword= gt Acesso em 30 nov 2007

42

BRASIL Ministeacuterio de Estado da Sauacutede Portaria nordm 518 de 25032004 DOU de 26032004 Disponiacutevel em lthttpe-legisanvisagovbrleisrefpublicshowActphpid=22322ampwordgt Acesso em 30 set 2007

CASTILLA B SENA F J Validation documentation Journal of Validation Technology v7 n 2 p 166-123 2001

DA ROSA PS Diagnoacutestico e avaliaccedilatildeo da qualidade microbioloacutegica da aacutegua na Faculdade de Farmaacutecia Trabalho de Conclusatildeo de Curso de Graduaccedilatildeo Disciplina de Estaacutegio Curricular em Farmaacutecia Faculdade de Farmaacutecia Universidade Federal do Rio Grande do Sul Porto Alegre 2007

EMEA - European Agency for Evaluation of Medicinal Products Note for guidance on process validation London 2001 Disponiacutevel em lthttpwwwemeaeuropaeupdfshumanqwp084896enpdfgt Acesso em 12 nov 2007

FARMACOPEacuteIA BRASILEIRA 4 ed Satildeo Paulo Atheneu 2004 pV224

FARMACOPEacuteIA BRASILEIRA 4 ed Satildeo Paulo Atheneu 2005 Fasciacuteculo 6 p263

FDA ndash Food and Drug Administration - Center for Drug Evaluation and Research (CDER) Guidance for Industry Powder Blends and Finished Dosage Units mdash Stratified In-Process Dosage Unit Sampling and Assessment Rockville 2003 Disponiacutevel em lthttpwwwfdagovCDERGUIDANCE5831dfthtmgt Acesso em 12 nov 2007

FDA ndash Food and Drug Administration - Division of Manufacturing and Product Quality (HFN-320) Center for Drugs and Biologics Guidelines on general principles of process validation Rockville 1987 Disponiacutevel em lthttpwwwfdagovCDERGUIDANCEpvhtmgt Acesso em 12 nov 2007

GUAZZARONI M YIIN B YU JL Application of total organic carbon analysis for cleaning validation in pharmaceutical manufacturing American Biotechnology Laboratory v 16 n 10 p 66-67 1998

HAIDER S I Validation standard operating procedures a step-by-step guide for achieving compliance in the pharmaceutical medical device and biotech industries 2 ed Boca Raton CRC 2002

43

HELLE M R YLIRUUSI J MANNERMAA J P A literature review of pharmaceutical process validation Pharmaceutical Technology Europe Part 3 v15 p 52-57 2003

HOFMANN K L Sterile products validation In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 103

JEATER J P CULLEN L F PAPARIELLO GJ Organizing for validation In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 9

JOHNSON W M Validation of water system for sterile and nonsterile products In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 299 - 317

KIEFFER RG Validation and the human element PDA Journal of Pharmaceutical Science and Technology v52 n2 p52-54 1998

LE HIR A Noccedilotildees de farmaacutecia galecircnica 6 ed Satildeo Paulo Organizaccedilatildeo Andrei 1997 p 137-138

LeBLANC D A Establishing scientifically justified acceptance criteria for cleaning validation of finished drug products Pharmaceutical Technology 1998 Disponiacutevel em ltwwwadvanstarcomgt Acesso em 30 set 2007

LOFTUS B T The Regulatory basis for process In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 2 - 32

LORD SV MCCARTHY T ALEEM H ZHAO Y SHARRATT P N Reinterpreting validation Proceedings of the Institution of Mechanical Engineers Part E Process Mechanical Engineering v 217 p287- 292 2003

MCCOLMICK P Y CULLEN L F Cleaning validation In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 319 - 322

NASH R A Introduction In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993

44

PICS - Pharmaceutical Inspection Convention and Pharmaceutical Inspection Co-operation Scheme Recommendations on validation master plan installation and operational qualification non-sterile process validation cleaning validation Genebra 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwnewwayzconzrefmaterialpics_pi006_2VMPpdfgt Acesso em 30 set 2007

TKA WASSERAUFBEREITUNGSSYSTEME GMBH Operating instructions TKA LAB ndash UPW Article ndeg 083007-SO Niederelbert 2001

WHO ndash World Health Organization Suplementary guidelines on good manufacturing practices (GMP) validation Genebra 2005 p 22-23 Disponiacutevel em lthttpwwwwhointmedicinesservicesexpertcommitteespharmprepValidation_QAS_055_Rev2combinedpdfgtAcesso em Acesso em 30 set 2007

WHO ndash World Health Organization Supplementary training modules on good manufacturing practice water for pharmaceutical use Part 1 introduction and treatment Genebra 2001 Disponiacutevel em ltftpftpwhointmedicinesGMPgmptrainsuplmtWater01pptgt Acesso em 30 set 2007

WHO ndash World Health Organization Supplementary training modules on good manufacturing practice water for pharmaceutical use Part 2 water purification engineering Genebra 2001 Disponiacutevel em ltftpftpwhointmedicinesGMPgmptrainsuplmtWater02pptgt Acesso em 30 set 2007

WHO ndash World Health Organization Supplementary training modules on good manufacturing practice water for pharmaceutical use Part 3 inspection of water systems Genebra 2001 Disponiacutevel em ltftpftpwhointmedicinesGMPgmptrainsuplmtWater03pptgt Acesso em 30 set 2007

WHO ndash World Health Organization Who good manufacturing practices water for pharmaceutical use Genebra 2005 (Technical Report Series n 929 Anexo 3)

WHO ndash World Health Organization Who Expert Committee on specifications for pharmaceutical preparations Genebra 2006 p 125 ndash 126 (Technical Report Series n 937 Anexo 4 Apecircndice II) Disponiacutevel em lthttpwhqlibdocwhointtrsWHO_TRS_937_engpdfpage=359gt Acesso em 01 dez 2007

  • Outras definiccedilotildees semelhantes a essas existem e muito embora as expressotildees variem a essecircncia de todas eacute a mesma assegurar que o processo quando operado sob as condiccedilotildees preacute-determinadas resultaraacute em um produto que reuniraacute as especificaccedilotildees e seus
Page 30: VALIDAÇÃO DE PROCESSOS: Aspectos teóricos e proposição de

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

bull Desenvolver e finalizar procedimentos de operaccedilotildees limpeza desinfecccedilatildeo e

manutenccedilatildeo

bull Demonstrar a produccedilatildeo e entrega da aacutegua na qualidade e quantidade exigida

bull Usar e aperfeiccediloar os POPs de operaccedilatildeo (ver anexo) manutenccedilatildeo desinfecccedilatildeo e

soluccedilatildeo de problemas

bull Verificar alertas provisoacuterios e accedilotildees de niacuteveis

bull Desenvolver e refinar procedimentos de testes de natildeo conformidade

V3 Fase 2

Outro periacuteodo de testes de quatro semanas em quatro periacuteodos de cinco dias a

ser realizado de maneira mais intensiva atraveacutes de um acompanhamento dos POPs

aperfeiccediloados apoacutes a conclusatildeo da Fase 1 O sistema de amostragem eacute idecircntico ao da

fase inicial e aacutegua pode ser utilizada para a fabricaccedilatildeo durante essa fase O sistema

deve

bull Demonstrar a produccedilatildeo e entrega da aacutegua na qualidade e quantidade exigida

quando o sistema eacute operado de acordo com os POPs

bull Demonstrar que o sistema estaacute sob controle

V4 Fase 3

Esta fase seraacute executada por no miacutenimo um ano apoacutes a conclusatildeo satisfatoacuteria da

fase dois a aacutegua pode ser usada para a fabricaccedilatildeo durante esta fase produccedilatildeo que tem os

devidos fins e caracteriacutesticas

bull Demonstrar que o sistema estaacute sob controle durante um longo periacuteodo de tempo

garantindo que as variaccedilotildees sazonais foram avaliadas

bull Locais de amostra frequumlecircncia de amostras e testes devem ser reduzido ao padratildeo

de rotina normal (semanalmente)

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

POP ndeg001 Versatildeo 06112007 Validade 06112008 Paacutegina 14

Procedimento Operacional Padratildeo 001

Instruccedilotildees de Uso do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

1 Objetivo Orientar a operaccedilatildeo do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

2 Aplicaccedilatildeo Ao pessoal responsaacutevel pela operaccedilatildeo e monitoramento do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

3 Materiais Necessaacuterios Protocolo de Serviccedilo (PS 001) Protocolo de Manutenccedilatildeo (PM 001) Protocolo de Produccedilatildeo de Aacutegua Purificada (PP 001)

4 Cuidados Especiais Verificar se o aparelho estaacute limpo e adequado a sua utilizaccedilatildeo Verificar a temperatura e umidade do ambiente Verificar a temperatura da aacutegua de alimentaccedilatildeo Verificar a pressatildeo da aacutegua de alimentaccedilatildeo

5 Procedimento 51 Ligar o Disjuntor (A) que alimenta a Central de Aacuteguas

A

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

POP ndeg001 Versatildeo 06112007 Validade 06112008 Paacutegina 24

Procedimento Operacional Padratildeo 001

Instruccedilotildees de Uso do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

52 Ligar o Estabilizador (B) de energia que alimenta o aparelho de Osmose Reversa

53 Abrir o registro (C) da aacutegua de alimentaccedilatildeo

54 Verificar os paracircmetros do item Cuidados Especiais e anotaacute-los no Protocolo de Serviccedilo

(PS 001)

B

C

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

POP ndeg001 Versatildeo 06112007 Validade 06112008 Paacutegina 34

Procedimento Operacional Padratildeo 001

Instruccedilotildees de Uso do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

55 Acionar a tecla ONOFF (1)

56 Visualizar no display (2) ldquoCleaningrdquo - referente agrave operaccedilatildeo do sistema de enxaacutegue que

entra automaticamente em operaccedilatildeo 57 Visualizar no display (2) ldquoProductionrdquo (produccedilatildeo) - referente agrave operaccedilatildeo do sistema de

Osmose Reversa 58 Apoacutes 2 minutos de produccedilatildeo acionar a tecla MENU (3) duas vezes para verificar a

condutividade da aacutegua de produccedilatildeo Caso visualize a mensagem ldquoError-CPrdquo paacutere a produccedilatildeo e despreze a aacutegua do tanque abrindo o registro do ponto de coleta de aacutegua purificada (D)

59 Quando o tanque de armazenamento estiver cheio ocorreraacute outro enxaacuteguumle automaacutetico e

no display (2) apareceraacute a mensagem ldquoCleaningrdquo 510 Completando-se este ciclo o aparelho entra em modo de operaccedilatildeo ldquoStand byrdquo sendo

visualizado no display (2) a mesma mensagem ldquoStand byrdquo

1

2

3

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

POP ndeg001 Versatildeo 06112007 Validade 06112008 Paacutegina 44

Procedimento Operacional Padratildeo 001

Instruccedilotildees de Uso do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

511 Retire a Aacutegua Purificada do tanque de armazenamento abrindo o registro do Ponto de Coleta (D)

512 Ao final da produccedilatildeo acionar a tecla ONOFF (1) desligar o Estabilizador de energia (B)

e fechar o registro da aacutegua de alimentaccedilatildeo (C) e o disjuntor da Central de Aacuteguas (A) 513 Anotar o valor final produzido no Protocolo de Produccedilatildeo de Aacutegua Purificada

6 Observaccedilotildees Limpeza Mensal Manutenccedilatildeo Realizada pelo fabricante sempre que constatado que fora dos paracircmetros

D

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

Protocolo ndeg001 Versatildeo 06112007 Validade 06112008

Protocolo de Serviccedilo (PS 001)

Protocolo de Verificaccedilatildeo dos Paracircmetros do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

Data Temp Ambiente

(degC)

Umidade ()

Temp Aacutegua de

Alimentaccedilatildeo (degC)

Pressatildeo Aacutegua de

Alimentaccedilatildeo (bar)

Condutividade da aacutegua Produzida (microScm)

Responsaacutevel

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash

RS Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

Protocolo ndeg002 Versatildeo 06112007 Validade 06112008

Protocolo de Manutenccedilatildeo (PM 001)

Protocolo de Verificaccedilatildeo da Manutenccedilatildeo do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

Tipo de Sistema

Nuacutemero de Identificaccedilatildeo

Ano de Fabricaccedilatildeo

Data Dureza da aacutegua de

alimentaccedilatildeo (degdH)

Pressatildeo de operaccedilatildeo

(bar)

Taxa de Permeado

(Lh)

Uacuteltima Troca de Preacute-filtro

Uacuteltima troca de Fosfato

Uacuteltima limpeza

desinfecccedilatildeo

Ass

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash

RS Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

Protocolo ndeg003 Versatildeo 06112007 Validade 06112008

Protocolo de Produccedilatildeo (PP 001)

Protocolo de Produccedilatildeo de Aacutegua Purificada

Data Produccedilatildeo Diaacuteria Responsaacutevel

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash

RS Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

Protocolo ndeg004 Versatildeo 06112007 Validade 06112008

Resultados da Validaccedilatildeo do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

Aacutegua Purificada

DATA

PONTO DE COLETA

Testes Microbioloacutegicos

Especificaccedilatildeo ____ ____ ____ ____ ____

Contagem Heterotroacutefica Total

le 100UFCmL

Patoacutegenos Ausecircncia de coliformes P aeruginosa S aureus

Testes Quiacutemicos Especificaccedilatildeo ____ ____ ____ ____ ____ Acidez ou Alcalinidade

Cumpre o Teste

Amocircnio No maacuteximo 02 ppm Aparecircncia Liacutequido incolor liacutempido

insiacutepido e inodoro

Caacutelcio e Magneacutesio Cumpre o Teste Cloretos Cumpre o Teste Condutividade No maacuteximo 21 microScm Metais Pesado No maacuteximo 01 ppm Nitratos No maacuteximo 02 ppm pH 5 -7 Resiacuteduo por evaporaccedilatildeo

No maacuteximo 0001

Substacircncias Oxidaacuteveis Cumpre o Teste Sulfatos Cumpre o Teste Os testes seratildeo realizados de acordo com a Farmacopeacuteia Brasileira 4ordf ediccedilatildeo (F Bras IV 2005)

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash

RS Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

Protocolo ndeg 005 Versatildeo 06112007 Validade 06112008

Resultados da Validaccedilatildeo do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua Aacutegua Potaacutevel

Data

Ponto de

Coleta

Especificaccedilotildees Anaacutelise Quiacutemica Anaacutelise Microbioloacutegica

Cloro pH Cor

Turbidez Contagem Heterotroacutefica

Total

Patoacutegenos

02 ndash 05 ppm

60 ndash 95 15 UH 5 UT

lt 500 UFCmL Ausecircncia de coliformes

Unidade Hazen (mg Pt-CoL)

Unidade de turbidez

40

4 Consideraccedilotildees finais e perspectivas

Ao longo do tempo a importacircncia da validaccedilatildeo de processos para a Garantia da

Qualidade foi sendo melhor compreendida pelo segmento farmacecircutico e com isso foi

contemplada pelos oacutergatildeos reguladores e aplicada pelos profissionais deste segmento

Se a validaccedilatildeo estaacute bem definida e eacute amplamente compreendida como pocircde ser

observado pelo nuacutemero de trabalhos e legislaccedilotildees revisados neste trabalho um dos

desafios que se apresentam atualmente consiste em ampliar o entendimento de como

realizaacute-la na praacutetica A proposiccedilatildeo de um protocolo para a validaccedilatildeo de um processo de

purificaccedilatildeo de aacutegua teve como um de seus objetivos exemplificar esta tarefa e assim

auxiliar na elaboraccedilatildeo de outros protocolos Assim como perspectiva deste trabalho

espera-se fornecer subsiacutedio agrave validaccedilatildeo de outros processos farmacecircuticos de

purificaccedilatildeo de aacutegua ou mesmo outros

Isto porque embora cada processo possua aspectos especiacuteficos os quais devem

ser cuidadosamente avaliados durante a validaccedilatildeo o entendimento e aplicaccedilatildeo

adequados da terminologia relacionada agrave validaccedilatildeo auxiliam na conduccedilatildeo de uma

validaccedilatildeo adequada e bem documentada

41

5 Referecircncias

ALEEM H ZHAO Y LORD S MCCARTHY T SHARRATT P N Pharmaceutical process validation an overview Proceedings of the Institution of Mechanical Engineers Part E Process Mechanical Engineering v 217 p141 ndash 150 2002

ALENCAR J R B Pinto P M D V Neto P P V Oliveira A T C Medeiros F P M Ramos S V V Rolim P J N Strategy in pharmaceutical process validation of purified water Revista Brasileira de Farmaacutecia v 85 n3 p85-88 2004a ALENCAR JRB Souza M B J Rolim P J N Lopes C E Uso de controle estatiacutestico de processo (CEP) para validaccedilatildeo de processo de glibenclamida comprimidos Revista Brasileira de Farmaacutecia v85 n3 p115-119 2004b

ALENCAR J R B CLEMENTINO M R A ROLIM P J N Cleaning validation of equipments in medicines industry strategy to select the ldquoworst caserdquo Revista Brasileira de Farmaacutecia v87 n 1 p13-18 2006

ANVISA ndash Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria Gerecircncia Geral de Inspeccedilatildeo e Controle de Medicamentos e Produtos Guias relacionados agrave garantia de qualidade Brasiacutelia 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwanvisagovbrinspecaoguias_qualidadepdfgt Acesso em 12 nov 2007

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria (ANVISA) Resoluccedilatildeo RDC nordm 210 de 04082003 DOU de 14082003 Disponiacutevel em lthttpe-legisanvisagovbrleisrefpublicshowActphpid=22321ampword=gt Acesso em 30 set 2007

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria (ANVISA) Resoluccedilatildeo RDC nordm 67 de 08102007 DOU de 09102007 Disponiacutevel em lthttpe-legisanvisagovbrleisrefpublicshowActphpid=28806ampword= gt Acesso em 30 nov 2007

42

BRASIL Ministeacuterio de Estado da Sauacutede Portaria nordm 518 de 25032004 DOU de 26032004 Disponiacutevel em lthttpe-legisanvisagovbrleisrefpublicshowActphpid=22322ampwordgt Acesso em 30 set 2007

CASTILLA B SENA F J Validation documentation Journal of Validation Technology v7 n 2 p 166-123 2001

DA ROSA PS Diagnoacutestico e avaliaccedilatildeo da qualidade microbioloacutegica da aacutegua na Faculdade de Farmaacutecia Trabalho de Conclusatildeo de Curso de Graduaccedilatildeo Disciplina de Estaacutegio Curricular em Farmaacutecia Faculdade de Farmaacutecia Universidade Federal do Rio Grande do Sul Porto Alegre 2007

EMEA - European Agency for Evaluation of Medicinal Products Note for guidance on process validation London 2001 Disponiacutevel em lthttpwwwemeaeuropaeupdfshumanqwp084896enpdfgt Acesso em 12 nov 2007

FARMACOPEacuteIA BRASILEIRA 4 ed Satildeo Paulo Atheneu 2004 pV224

FARMACOPEacuteIA BRASILEIRA 4 ed Satildeo Paulo Atheneu 2005 Fasciacuteculo 6 p263

FDA ndash Food and Drug Administration - Center for Drug Evaluation and Research (CDER) Guidance for Industry Powder Blends and Finished Dosage Units mdash Stratified In-Process Dosage Unit Sampling and Assessment Rockville 2003 Disponiacutevel em lthttpwwwfdagovCDERGUIDANCE5831dfthtmgt Acesso em 12 nov 2007

FDA ndash Food and Drug Administration - Division of Manufacturing and Product Quality (HFN-320) Center for Drugs and Biologics Guidelines on general principles of process validation Rockville 1987 Disponiacutevel em lthttpwwwfdagovCDERGUIDANCEpvhtmgt Acesso em 12 nov 2007

GUAZZARONI M YIIN B YU JL Application of total organic carbon analysis for cleaning validation in pharmaceutical manufacturing American Biotechnology Laboratory v 16 n 10 p 66-67 1998

HAIDER S I Validation standard operating procedures a step-by-step guide for achieving compliance in the pharmaceutical medical device and biotech industries 2 ed Boca Raton CRC 2002

43

HELLE M R YLIRUUSI J MANNERMAA J P A literature review of pharmaceutical process validation Pharmaceutical Technology Europe Part 3 v15 p 52-57 2003

HOFMANN K L Sterile products validation In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 103

JEATER J P CULLEN L F PAPARIELLO GJ Organizing for validation In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 9

JOHNSON W M Validation of water system for sterile and nonsterile products In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 299 - 317

KIEFFER RG Validation and the human element PDA Journal of Pharmaceutical Science and Technology v52 n2 p52-54 1998

LE HIR A Noccedilotildees de farmaacutecia galecircnica 6 ed Satildeo Paulo Organizaccedilatildeo Andrei 1997 p 137-138

LeBLANC D A Establishing scientifically justified acceptance criteria for cleaning validation of finished drug products Pharmaceutical Technology 1998 Disponiacutevel em ltwwwadvanstarcomgt Acesso em 30 set 2007

LOFTUS B T The Regulatory basis for process In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 2 - 32

LORD SV MCCARTHY T ALEEM H ZHAO Y SHARRATT P N Reinterpreting validation Proceedings of the Institution of Mechanical Engineers Part E Process Mechanical Engineering v 217 p287- 292 2003

MCCOLMICK P Y CULLEN L F Cleaning validation In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 319 - 322

NASH R A Introduction In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993

44

PICS - Pharmaceutical Inspection Convention and Pharmaceutical Inspection Co-operation Scheme Recommendations on validation master plan installation and operational qualification non-sterile process validation cleaning validation Genebra 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwnewwayzconzrefmaterialpics_pi006_2VMPpdfgt Acesso em 30 set 2007

TKA WASSERAUFBEREITUNGSSYSTEME GMBH Operating instructions TKA LAB ndash UPW Article ndeg 083007-SO Niederelbert 2001

WHO ndash World Health Organization Suplementary guidelines on good manufacturing practices (GMP) validation Genebra 2005 p 22-23 Disponiacutevel em lthttpwwwwhointmedicinesservicesexpertcommitteespharmprepValidation_QAS_055_Rev2combinedpdfgtAcesso em Acesso em 30 set 2007

WHO ndash World Health Organization Supplementary training modules on good manufacturing practice water for pharmaceutical use Part 1 introduction and treatment Genebra 2001 Disponiacutevel em ltftpftpwhointmedicinesGMPgmptrainsuplmtWater01pptgt Acesso em 30 set 2007

WHO ndash World Health Organization Supplementary training modules on good manufacturing practice water for pharmaceutical use Part 2 water purification engineering Genebra 2001 Disponiacutevel em ltftpftpwhointmedicinesGMPgmptrainsuplmtWater02pptgt Acesso em 30 set 2007

WHO ndash World Health Organization Supplementary training modules on good manufacturing practice water for pharmaceutical use Part 3 inspection of water systems Genebra 2001 Disponiacutevel em ltftpftpwhointmedicinesGMPgmptrainsuplmtWater03pptgt Acesso em 30 set 2007

WHO ndash World Health Organization Who good manufacturing practices water for pharmaceutical use Genebra 2005 (Technical Report Series n 929 Anexo 3)

WHO ndash World Health Organization Who Expert Committee on specifications for pharmaceutical preparations Genebra 2006 p 125 ndash 126 (Technical Report Series n 937 Anexo 4 Apecircndice II) Disponiacutevel em lthttpwhqlibdocwhointtrsWHO_TRS_937_engpdfpage=359gt Acesso em 01 dez 2007

  • Outras definiccedilotildees semelhantes a essas existem e muito embora as expressotildees variem a essecircncia de todas eacute a mesma assegurar que o processo quando operado sob as condiccedilotildees preacute-determinadas resultaraacute em um produto que reuniraacute as especificaccedilotildees e seus
Page 31: VALIDAÇÃO DE PROCESSOS: Aspectos teóricos e proposição de

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

POP ndeg001 Versatildeo 06112007 Validade 06112008 Paacutegina 14

Procedimento Operacional Padratildeo 001

Instruccedilotildees de Uso do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

1 Objetivo Orientar a operaccedilatildeo do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

2 Aplicaccedilatildeo Ao pessoal responsaacutevel pela operaccedilatildeo e monitoramento do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

3 Materiais Necessaacuterios Protocolo de Serviccedilo (PS 001) Protocolo de Manutenccedilatildeo (PM 001) Protocolo de Produccedilatildeo de Aacutegua Purificada (PP 001)

4 Cuidados Especiais Verificar se o aparelho estaacute limpo e adequado a sua utilizaccedilatildeo Verificar a temperatura e umidade do ambiente Verificar a temperatura da aacutegua de alimentaccedilatildeo Verificar a pressatildeo da aacutegua de alimentaccedilatildeo

5 Procedimento 51 Ligar o Disjuntor (A) que alimenta a Central de Aacuteguas

A

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

POP ndeg001 Versatildeo 06112007 Validade 06112008 Paacutegina 24

Procedimento Operacional Padratildeo 001

Instruccedilotildees de Uso do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

52 Ligar o Estabilizador (B) de energia que alimenta o aparelho de Osmose Reversa

53 Abrir o registro (C) da aacutegua de alimentaccedilatildeo

54 Verificar os paracircmetros do item Cuidados Especiais e anotaacute-los no Protocolo de Serviccedilo

(PS 001)

B

C

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

POP ndeg001 Versatildeo 06112007 Validade 06112008 Paacutegina 34

Procedimento Operacional Padratildeo 001

Instruccedilotildees de Uso do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

55 Acionar a tecla ONOFF (1)

56 Visualizar no display (2) ldquoCleaningrdquo - referente agrave operaccedilatildeo do sistema de enxaacutegue que

entra automaticamente em operaccedilatildeo 57 Visualizar no display (2) ldquoProductionrdquo (produccedilatildeo) - referente agrave operaccedilatildeo do sistema de

Osmose Reversa 58 Apoacutes 2 minutos de produccedilatildeo acionar a tecla MENU (3) duas vezes para verificar a

condutividade da aacutegua de produccedilatildeo Caso visualize a mensagem ldquoError-CPrdquo paacutere a produccedilatildeo e despreze a aacutegua do tanque abrindo o registro do ponto de coleta de aacutegua purificada (D)

59 Quando o tanque de armazenamento estiver cheio ocorreraacute outro enxaacuteguumle automaacutetico e

no display (2) apareceraacute a mensagem ldquoCleaningrdquo 510 Completando-se este ciclo o aparelho entra em modo de operaccedilatildeo ldquoStand byrdquo sendo

visualizado no display (2) a mesma mensagem ldquoStand byrdquo

1

2

3

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

POP ndeg001 Versatildeo 06112007 Validade 06112008 Paacutegina 44

Procedimento Operacional Padratildeo 001

Instruccedilotildees de Uso do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

511 Retire a Aacutegua Purificada do tanque de armazenamento abrindo o registro do Ponto de Coleta (D)

512 Ao final da produccedilatildeo acionar a tecla ONOFF (1) desligar o Estabilizador de energia (B)

e fechar o registro da aacutegua de alimentaccedilatildeo (C) e o disjuntor da Central de Aacuteguas (A) 513 Anotar o valor final produzido no Protocolo de Produccedilatildeo de Aacutegua Purificada

6 Observaccedilotildees Limpeza Mensal Manutenccedilatildeo Realizada pelo fabricante sempre que constatado que fora dos paracircmetros

D

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

Protocolo ndeg001 Versatildeo 06112007 Validade 06112008

Protocolo de Serviccedilo (PS 001)

Protocolo de Verificaccedilatildeo dos Paracircmetros do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

Data Temp Ambiente

(degC)

Umidade ()

Temp Aacutegua de

Alimentaccedilatildeo (degC)

Pressatildeo Aacutegua de

Alimentaccedilatildeo (bar)

Condutividade da aacutegua Produzida (microScm)

Responsaacutevel

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash

RS Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

Protocolo ndeg002 Versatildeo 06112007 Validade 06112008

Protocolo de Manutenccedilatildeo (PM 001)

Protocolo de Verificaccedilatildeo da Manutenccedilatildeo do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

Tipo de Sistema

Nuacutemero de Identificaccedilatildeo

Ano de Fabricaccedilatildeo

Data Dureza da aacutegua de

alimentaccedilatildeo (degdH)

Pressatildeo de operaccedilatildeo

(bar)

Taxa de Permeado

(Lh)

Uacuteltima Troca de Preacute-filtro

Uacuteltima troca de Fosfato

Uacuteltima limpeza

desinfecccedilatildeo

Ass

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash

RS Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

Protocolo ndeg003 Versatildeo 06112007 Validade 06112008

Protocolo de Produccedilatildeo (PP 001)

Protocolo de Produccedilatildeo de Aacutegua Purificada

Data Produccedilatildeo Diaacuteria Responsaacutevel

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash

RS Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

Protocolo ndeg004 Versatildeo 06112007 Validade 06112008

Resultados da Validaccedilatildeo do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

Aacutegua Purificada

DATA

PONTO DE COLETA

Testes Microbioloacutegicos

Especificaccedilatildeo ____ ____ ____ ____ ____

Contagem Heterotroacutefica Total

le 100UFCmL

Patoacutegenos Ausecircncia de coliformes P aeruginosa S aureus

Testes Quiacutemicos Especificaccedilatildeo ____ ____ ____ ____ ____ Acidez ou Alcalinidade

Cumpre o Teste

Amocircnio No maacuteximo 02 ppm Aparecircncia Liacutequido incolor liacutempido

insiacutepido e inodoro

Caacutelcio e Magneacutesio Cumpre o Teste Cloretos Cumpre o Teste Condutividade No maacuteximo 21 microScm Metais Pesado No maacuteximo 01 ppm Nitratos No maacuteximo 02 ppm pH 5 -7 Resiacuteduo por evaporaccedilatildeo

No maacuteximo 0001

Substacircncias Oxidaacuteveis Cumpre o Teste Sulfatos Cumpre o Teste Os testes seratildeo realizados de acordo com a Farmacopeacuteia Brasileira 4ordf ediccedilatildeo (F Bras IV 2005)

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash

RS Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

Protocolo ndeg 005 Versatildeo 06112007 Validade 06112008

Resultados da Validaccedilatildeo do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua Aacutegua Potaacutevel

Data

Ponto de

Coleta

Especificaccedilotildees Anaacutelise Quiacutemica Anaacutelise Microbioloacutegica

Cloro pH Cor

Turbidez Contagem Heterotroacutefica

Total

Patoacutegenos

02 ndash 05 ppm

60 ndash 95 15 UH 5 UT

lt 500 UFCmL Ausecircncia de coliformes

Unidade Hazen (mg Pt-CoL)

Unidade de turbidez

40

4 Consideraccedilotildees finais e perspectivas

Ao longo do tempo a importacircncia da validaccedilatildeo de processos para a Garantia da

Qualidade foi sendo melhor compreendida pelo segmento farmacecircutico e com isso foi

contemplada pelos oacutergatildeos reguladores e aplicada pelos profissionais deste segmento

Se a validaccedilatildeo estaacute bem definida e eacute amplamente compreendida como pocircde ser

observado pelo nuacutemero de trabalhos e legislaccedilotildees revisados neste trabalho um dos

desafios que se apresentam atualmente consiste em ampliar o entendimento de como

realizaacute-la na praacutetica A proposiccedilatildeo de um protocolo para a validaccedilatildeo de um processo de

purificaccedilatildeo de aacutegua teve como um de seus objetivos exemplificar esta tarefa e assim

auxiliar na elaboraccedilatildeo de outros protocolos Assim como perspectiva deste trabalho

espera-se fornecer subsiacutedio agrave validaccedilatildeo de outros processos farmacecircuticos de

purificaccedilatildeo de aacutegua ou mesmo outros

Isto porque embora cada processo possua aspectos especiacuteficos os quais devem

ser cuidadosamente avaliados durante a validaccedilatildeo o entendimento e aplicaccedilatildeo

adequados da terminologia relacionada agrave validaccedilatildeo auxiliam na conduccedilatildeo de uma

validaccedilatildeo adequada e bem documentada

41

5 Referecircncias

ALEEM H ZHAO Y LORD S MCCARTHY T SHARRATT P N Pharmaceutical process validation an overview Proceedings of the Institution of Mechanical Engineers Part E Process Mechanical Engineering v 217 p141 ndash 150 2002

ALENCAR J R B Pinto P M D V Neto P P V Oliveira A T C Medeiros F P M Ramos S V V Rolim P J N Strategy in pharmaceutical process validation of purified water Revista Brasileira de Farmaacutecia v 85 n3 p85-88 2004a ALENCAR JRB Souza M B J Rolim P J N Lopes C E Uso de controle estatiacutestico de processo (CEP) para validaccedilatildeo de processo de glibenclamida comprimidos Revista Brasileira de Farmaacutecia v85 n3 p115-119 2004b

ALENCAR J R B CLEMENTINO M R A ROLIM P J N Cleaning validation of equipments in medicines industry strategy to select the ldquoworst caserdquo Revista Brasileira de Farmaacutecia v87 n 1 p13-18 2006

ANVISA ndash Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria Gerecircncia Geral de Inspeccedilatildeo e Controle de Medicamentos e Produtos Guias relacionados agrave garantia de qualidade Brasiacutelia 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwanvisagovbrinspecaoguias_qualidadepdfgt Acesso em 12 nov 2007

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria (ANVISA) Resoluccedilatildeo RDC nordm 210 de 04082003 DOU de 14082003 Disponiacutevel em lthttpe-legisanvisagovbrleisrefpublicshowActphpid=22321ampword=gt Acesso em 30 set 2007

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria (ANVISA) Resoluccedilatildeo RDC nordm 67 de 08102007 DOU de 09102007 Disponiacutevel em lthttpe-legisanvisagovbrleisrefpublicshowActphpid=28806ampword= gt Acesso em 30 nov 2007

42

BRASIL Ministeacuterio de Estado da Sauacutede Portaria nordm 518 de 25032004 DOU de 26032004 Disponiacutevel em lthttpe-legisanvisagovbrleisrefpublicshowActphpid=22322ampwordgt Acesso em 30 set 2007

CASTILLA B SENA F J Validation documentation Journal of Validation Technology v7 n 2 p 166-123 2001

DA ROSA PS Diagnoacutestico e avaliaccedilatildeo da qualidade microbioloacutegica da aacutegua na Faculdade de Farmaacutecia Trabalho de Conclusatildeo de Curso de Graduaccedilatildeo Disciplina de Estaacutegio Curricular em Farmaacutecia Faculdade de Farmaacutecia Universidade Federal do Rio Grande do Sul Porto Alegre 2007

EMEA - European Agency for Evaluation of Medicinal Products Note for guidance on process validation London 2001 Disponiacutevel em lthttpwwwemeaeuropaeupdfshumanqwp084896enpdfgt Acesso em 12 nov 2007

FARMACOPEacuteIA BRASILEIRA 4 ed Satildeo Paulo Atheneu 2004 pV224

FARMACOPEacuteIA BRASILEIRA 4 ed Satildeo Paulo Atheneu 2005 Fasciacuteculo 6 p263

FDA ndash Food and Drug Administration - Center for Drug Evaluation and Research (CDER) Guidance for Industry Powder Blends and Finished Dosage Units mdash Stratified In-Process Dosage Unit Sampling and Assessment Rockville 2003 Disponiacutevel em lthttpwwwfdagovCDERGUIDANCE5831dfthtmgt Acesso em 12 nov 2007

FDA ndash Food and Drug Administration - Division of Manufacturing and Product Quality (HFN-320) Center for Drugs and Biologics Guidelines on general principles of process validation Rockville 1987 Disponiacutevel em lthttpwwwfdagovCDERGUIDANCEpvhtmgt Acesso em 12 nov 2007

GUAZZARONI M YIIN B YU JL Application of total organic carbon analysis for cleaning validation in pharmaceutical manufacturing American Biotechnology Laboratory v 16 n 10 p 66-67 1998

HAIDER S I Validation standard operating procedures a step-by-step guide for achieving compliance in the pharmaceutical medical device and biotech industries 2 ed Boca Raton CRC 2002

43

HELLE M R YLIRUUSI J MANNERMAA J P A literature review of pharmaceutical process validation Pharmaceutical Technology Europe Part 3 v15 p 52-57 2003

HOFMANN K L Sterile products validation In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 103

JEATER J P CULLEN L F PAPARIELLO GJ Organizing for validation In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 9

JOHNSON W M Validation of water system for sterile and nonsterile products In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 299 - 317

KIEFFER RG Validation and the human element PDA Journal of Pharmaceutical Science and Technology v52 n2 p52-54 1998

LE HIR A Noccedilotildees de farmaacutecia galecircnica 6 ed Satildeo Paulo Organizaccedilatildeo Andrei 1997 p 137-138

LeBLANC D A Establishing scientifically justified acceptance criteria for cleaning validation of finished drug products Pharmaceutical Technology 1998 Disponiacutevel em ltwwwadvanstarcomgt Acesso em 30 set 2007

LOFTUS B T The Regulatory basis for process In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 2 - 32

LORD SV MCCARTHY T ALEEM H ZHAO Y SHARRATT P N Reinterpreting validation Proceedings of the Institution of Mechanical Engineers Part E Process Mechanical Engineering v 217 p287- 292 2003

MCCOLMICK P Y CULLEN L F Cleaning validation In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 319 - 322

NASH R A Introduction In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993

44

PICS - Pharmaceutical Inspection Convention and Pharmaceutical Inspection Co-operation Scheme Recommendations on validation master plan installation and operational qualification non-sterile process validation cleaning validation Genebra 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwnewwayzconzrefmaterialpics_pi006_2VMPpdfgt Acesso em 30 set 2007

TKA WASSERAUFBEREITUNGSSYSTEME GMBH Operating instructions TKA LAB ndash UPW Article ndeg 083007-SO Niederelbert 2001

WHO ndash World Health Organization Suplementary guidelines on good manufacturing practices (GMP) validation Genebra 2005 p 22-23 Disponiacutevel em lthttpwwwwhointmedicinesservicesexpertcommitteespharmprepValidation_QAS_055_Rev2combinedpdfgtAcesso em Acesso em 30 set 2007

WHO ndash World Health Organization Supplementary training modules on good manufacturing practice water for pharmaceutical use Part 1 introduction and treatment Genebra 2001 Disponiacutevel em ltftpftpwhointmedicinesGMPgmptrainsuplmtWater01pptgt Acesso em 30 set 2007

WHO ndash World Health Organization Supplementary training modules on good manufacturing practice water for pharmaceutical use Part 2 water purification engineering Genebra 2001 Disponiacutevel em ltftpftpwhointmedicinesGMPgmptrainsuplmtWater02pptgt Acesso em 30 set 2007

WHO ndash World Health Organization Supplementary training modules on good manufacturing practice water for pharmaceutical use Part 3 inspection of water systems Genebra 2001 Disponiacutevel em ltftpftpwhointmedicinesGMPgmptrainsuplmtWater03pptgt Acesso em 30 set 2007

WHO ndash World Health Organization Who good manufacturing practices water for pharmaceutical use Genebra 2005 (Technical Report Series n 929 Anexo 3)

WHO ndash World Health Organization Who Expert Committee on specifications for pharmaceutical preparations Genebra 2006 p 125 ndash 126 (Technical Report Series n 937 Anexo 4 Apecircndice II) Disponiacutevel em lthttpwhqlibdocwhointtrsWHO_TRS_937_engpdfpage=359gt Acesso em 01 dez 2007

  • Outras definiccedilotildees semelhantes a essas existem e muito embora as expressotildees variem a essecircncia de todas eacute a mesma assegurar que o processo quando operado sob as condiccedilotildees preacute-determinadas resultaraacute em um produto que reuniraacute as especificaccedilotildees e seus
Page 32: VALIDAÇÃO DE PROCESSOS: Aspectos teóricos e proposição de

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

POP ndeg001 Versatildeo 06112007 Validade 06112008 Paacutegina 24

Procedimento Operacional Padratildeo 001

Instruccedilotildees de Uso do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

52 Ligar o Estabilizador (B) de energia que alimenta o aparelho de Osmose Reversa

53 Abrir o registro (C) da aacutegua de alimentaccedilatildeo

54 Verificar os paracircmetros do item Cuidados Especiais e anotaacute-los no Protocolo de Serviccedilo

(PS 001)

B

C

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

POP ndeg001 Versatildeo 06112007 Validade 06112008 Paacutegina 34

Procedimento Operacional Padratildeo 001

Instruccedilotildees de Uso do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

55 Acionar a tecla ONOFF (1)

56 Visualizar no display (2) ldquoCleaningrdquo - referente agrave operaccedilatildeo do sistema de enxaacutegue que

entra automaticamente em operaccedilatildeo 57 Visualizar no display (2) ldquoProductionrdquo (produccedilatildeo) - referente agrave operaccedilatildeo do sistema de

Osmose Reversa 58 Apoacutes 2 minutos de produccedilatildeo acionar a tecla MENU (3) duas vezes para verificar a

condutividade da aacutegua de produccedilatildeo Caso visualize a mensagem ldquoError-CPrdquo paacutere a produccedilatildeo e despreze a aacutegua do tanque abrindo o registro do ponto de coleta de aacutegua purificada (D)

59 Quando o tanque de armazenamento estiver cheio ocorreraacute outro enxaacuteguumle automaacutetico e

no display (2) apareceraacute a mensagem ldquoCleaningrdquo 510 Completando-se este ciclo o aparelho entra em modo de operaccedilatildeo ldquoStand byrdquo sendo

visualizado no display (2) a mesma mensagem ldquoStand byrdquo

1

2

3

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

POP ndeg001 Versatildeo 06112007 Validade 06112008 Paacutegina 44

Procedimento Operacional Padratildeo 001

Instruccedilotildees de Uso do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

511 Retire a Aacutegua Purificada do tanque de armazenamento abrindo o registro do Ponto de Coleta (D)

512 Ao final da produccedilatildeo acionar a tecla ONOFF (1) desligar o Estabilizador de energia (B)

e fechar o registro da aacutegua de alimentaccedilatildeo (C) e o disjuntor da Central de Aacuteguas (A) 513 Anotar o valor final produzido no Protocolo de Produccedilatildeo de Aacutegua Purificada

6 Observaccedilotildees Limpeza Mensal Manutenccedilatildeo Realizada pelo fabricante sempre que constatado que fora dos paracircmetros

D

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

Protocolo ndeg001 Versatildeo 06112007 Validade 06112008

Protocolo de Serviccedilo (PS 001)

Protocolo de Verificaccedilatildeo dos Paracircmetros do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

Data Temp Ambiente

(degC)

Umidade ()

Temp Aacutegua de

Alimentaccedilatildeo (degC)

Pressatildeo Aacutegua de

Alimentaccedilatildeo (bar)

Condutividade da aacutegua Produzida (microScm)

Responsaacutevel

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash

RS Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

Protocolo ndeg002 Versatildeo 06112007 Validade 06112008

Protocolo de Manutenccedilatildeo (PM 001)

Protocolo de Verificaccedilatildeo da Manutenccedilatildeo do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

Tipo de Sistema

Nuacutemero de Identificaccedilatildeo

Ano de Fabricaccedilatildeo

Data Dureza da aacutegua de

alimentaccedilatildeo (degdH)

Pressatildeo de operaccedilatildeo

(bar)

Taxa de Permeado

(Lh)

Uacuteltima Troca de Preacute-filtro

Uacuteltima troca de Fosfato

Uacuteltima limpeza

desinfecccedilatildeo

Ass

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash

RS Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

Protocolo ndeg003 Versatildeo 06112007 Validade 06112008

Protocolo de Produccedilatildeo (PP 001)

Protocolo de Produccedilatildeo de Aacutegua Purificada

Data Produccedilatildeo Diaacuteria Responsaacutevel

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash

RS Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

Protocolo ndeg004 Versatildeo 06112007 Validade 06112008

Resultados da Validaccedilatildeo do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

Aacutegua Purificada

DATA

PONTO DE COLETA

Testes Microbioloacutegicos

Especificaccedilatildeo ____ ____ ____ ____ ____

Contagem Heterotroacutefica Total

le 100UFCmL

Patoacutegenos Ausecircncia de coliformes P aeruginosa S aureus

Testes Quiacutemicos Especificaccedilatildeo ____ ____ ____ ____ ____ Acidez ou Alcalinidade

Cumpre o Teste

Amocircnio No maacuteximo 02 ppm Aparecircncia Liacutequido incolor liacutempido

insiacutepido e inodoro

Caacutelcio e Magneacutesio Cumpre o Teste Cloretos Cumpre o Teste Condutividade No maacuteximo 21 microScm Metais Pesado No maacuteximo 01 ppm Nitratos No maacuteximo 02 ppm pH 5 -7 Resiacuteduo por evaporaccedilatildeo

No maacuteximo 0001

Substacircncias Oxidaacuteveis Cumpre o Teste Sulfatos Cumpre o Teste Os testes seratildeo realizados de acordo com a Farmacopeacuteia Brasileira 4ordf ediccedilatildeo (F Bras IV 2005)

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash

RS Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

Protocolo ndeg 005 Versatildeo 06112007 Validade 06112008

Resultados da Validaccedilatildeo do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua Aacutegua Potaacutevel

Data

Ponto de

Coleta

Especificaccedilotildees Anaacutelise Quiacutemica Anaacutelise Microbioloacutegica

Cloro pH Cor

Turbidez Contagem Heterotroacutefica

Total

Patoacutegenos

02 ndash 05 ppm

60 ndash 95 15 UH 5 UT

lt 500 UFCmL Ausecircncia de coliformes

Unidade Hazen (mg Pt-CoL)

Unidade de turbidez

40

4 Consideraccedilotildees finais e perspectivas

Ao longo do tempo a importacircncia da validaccedilatildeo de processos para a Garantia da

Qualidade foi sendo melhor compreendida pelo segmento farmacecircutico e com isso foi

contemplada pelos oacutergatildeos reguladores e aplicada pelos profissionais deste segmento

Se a validaccedilatildeo estaacute bem definida e eacute amplamente compreendida como pocircde ser

observado pelo nuacutemero de trabalhos e legislaccedilotildees revisados neste trabalho um dos

desafios que se apresentam atualmente consiste em ampliar o entendimento de como

realizaacute-la na praacutetica A proposiccedilatildeo de um protocolo para a validaccedilatildeo de um processo de

purificaccedilatildeo de aacutegua teve como um de seus objetivos exemplificar esta tarefa e assim

auxiliar na elaboraccedilatildeo de outros protocolos Assim como perspectiva deste trabalho

espera-se fornecer subsiacutedio agrave validaccedilatildeo de outros processos farmacecircuticos de

purificaccedilatildeo de aacutegua ou mesmo outros

Isto porque embora cada processo possua aspectos especiacuteficos os quais devem

ser cuidadosamente avaliados durante a validaccedilatildeo o entendimento e aplicaccedilatildeo

adequados da terminologia relacionada agrave validaccedilatildeo auxiliam na conduccedilatildeo de uma

validaccedilatildeo adequada e bem documentada

41

5 Referecircncias

ALEEM H ZHAO Y LORD S MCCARTHY T SHARRATT P N Pharmaceutical process validation an overview Proceedings of the Institution of Mechanical Engineers Part E Process Mechanical Engineering v 217 p141 ndash 150 2002

ALENCAR J R B Pinto P M D V Neto P P V Oliveira A T C Medeiros F P M Ramos S V V Rolim P J N Strategy in pharmaceutical process validation of purified water Revista Brasileira de Farmaacutecia v 85 n3 p85-88 2004a ALENCAR JRB Souza M B J Rolim P J N Lopes C E Uso de controle estatiacutestico de processo (CEP) para validaccedilatildeo de processo de glibenclamida comprimidos Revista Brasileira de Farmaacutecia v85 n3 p115-119 2004b

ALENCAR J R B CLEMENTINO M R A ROLIM P J N Cleaning validation of equipments in medicines industry strategy to select the ldquoworst caserdquo Revista Brasileira de Farmaacutecia v87 n 1 p13-18 2006

ANVISA ndash Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria Gerecircncia Geral de Inspeccedilatildeo e Controle de Medicamentos e Produtos Guias relacionados agrave garantia de qualidade Brasiacutelia 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwanvisagovbrinspecaoguias_qualidadepdfgt Acesso em 12 nov 2007

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria (ANVISA) Resoluccedilatildeo RDC nordm 210 de 04082003 DOU de 14082003 Disponiacutevel em lthttpe-legisanvisagovbrleisrefpublicshowActphpid=22321ampword=gt Acesso em 30 set 2007

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria (ANVISA) Resoluccedilatildeo RDC nordm 67 de 08102007 DOU de 09102007 Disponiacutevel em lthttpe-legisanvisagovbrleisrefpublicshowActphpid=28806ampword= gt Acesso em 30 nov 2007

42

BRASIL Ministeacuterio de Estado da Sauacutede Portaria nordm 518 de 25032004 DOU de 26032004 Disponiacutevel em lthttpe-legisanvisagovbrleisrefpublicshowActphpid=22322ampwordgt Acesso em 30 set 2007

CASTILLA B SENA F J Validation documentation Journal of Validation Technology v7 n 2 p 166-123 2001

DA ROSA PS Diagnoacutestico e avaliaccedilatildeo da qualidade microbioloacutegica da aacutegua na Faculdade de Farmaacutecia Trabalho de Conclusatildeo de Curso de Graduaccedilatildeo Disciplina de Estaacutegio Curricular em Farmaacutecia Faculdade de Farmaacutecia Universidade Federal do Rio Grande do Sul Porto Alegre 2007

EMEA - European Agency for Evaluation of Medicinal Products Note for guidance on process validation London 2001 Disponiacutevel em lthttpwwwemeaeuropaeupdfshumanqwp084896enpdfgt Acesso em 12 nov 2007

FARMACOPEacuteIA BRASILEIRA 4 ed Satildeo Paulo Atheneu 2004 pV224

FARMACOPEacuteIA BRASILEIRA 4 ed Satildeo Paulo Atheneu 2005 Fasciacuteculo 6 p263

FDA ndash Food and Drug Administration - Center for Drug Evaluation and Research (CDER) Guidance for Industry Powder Blends and Finished Dosage Units mdash Stratified In-Process Dosage Unit Sampling and Assessment Rockville 2003 Disponiacutevel em lthttpwwwfdagovCDERGUIDANCE5831dfthtmgt Acesso em 12 nov 2007

FDA ndash Food and Drug Administration - Division of Manufacturing and Product Quality (HFN-320) Center for Drugs and Biologics Guidelines on general principles of process validation Rockville 1987 Disponiacutevel em lthttpwwwfdagovCDERGUIDANCEpvhtmgt Acesso em 12 nov 2007

GUAZZARONI M YIIN B YU JL Application of total organic carbon analysis for cleaning validation in pharmaceutical manufacturing American Biotechnology Laboratory v 16 n 10 p 66-67 1998

HAIDER S I Validation standard operating procedures a step-by-step guide for achieving compliance in the pharmaceutical medical device and biotech industries 2 ed Boca Raton CRC 2002

43

HELLE M R YLIRUUSI J MANNERMAA J P A literature review of pharmaceutical process validation Pharmaceutical Technology Europe Part 3 v15 p 52-57 2003

HOFMANN K L Sterile products validation In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 103

JEATER J P CULLEN L F PAPARIELLO GJ Organizing for validation In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 9

JOHNSON W M Validation of water system for sterile and nonsterile products In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 299 - 317

KIEFFER RG Validation and the human element PDA Journal of Pharmaceutical Science and Technology v52 n2 p52-54 1998

LE HIR A Noccedilotildees de farmaacutecia galecircnica 6 ed Satildeo Paulo Organizaccedilatildeo Andrei 1997 p 137-138

LeBLANC D A Establishing scientifically justified acceptance criteria for cleaning validation of finished drug products Pharmaceutical Technology 1998 Disponiacutevel em ltwwwadvanstarcomgt Acesso em 30 set 2007

LOFTUS B T The Regulatory basis for process In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 2 - 32

LORD SV MCCARTHY T ALEEM H ZHAO Y SHARRATT P N Reinterpreting validation Proceedings of the Institution of Mechanical Engineers Part E Process Mechanical Engineering v 217 p287- 292 2003

MCCOLMICK P Y CULLEN L F Cleaning validation In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 319 - 322

NASH R A Introduction In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993

44

PICS - Pharmaceutical Inspection Convention and Pharmaceutical Inspection Co-operation Scheme Recommendations on validation master plan installation and operational qualification non-sterile process validation cleaning validation Genebra 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwnewwayzconzrefmaterialpics_pi006_2VMPpdfgt Acesso em 30 set 2007

TKA WASSERAUFBEREITUNGSSYSTEME GMBH Operating instructions TKA LAB ndash UPW Article ndeg 083007-SO Niederelbert 2001

WHO ndash World Health Organization Suplementary guidelines on good manufacturing practices (GMP) validation Genebra 2005 p 22-23 Disponiacutevel em lthttpwwwwhointmedicinesservicesexpertcommitteespharmprepValidation_QAS_055_Rev2combinedpdfgtAcesso em Acesso em 30 set 2007

WHO ndash World Health Organization Supplementary training modules on good manufacturing practice water for pharmaceutical use Part 1 introduction and treatment Genebra 2001 Disponiacutevel em ltftpftpwhointmedicinesGMPgmptrainsuplmtWater01pptgt Acesso em 30 set 2007

WHO ndash World Health Organization Supplementary training modules on good manufacturing practice water for pharmaceutical use Part 2 water purification engineering Genebra 2001 Disponiacutevel em ltftpftpwhointmedicinesGMPgmptrainsuplmtWater02pptgt Acesso em 30 set 2007

WHO ndash World Health Organization Supplementary training modules on good manufacturing practice water for pharmaceutical use Part 3 inspection of water systems Genebra 2001 Disponiacutevel em ltftpftpwhointmedicinesGMPgmptrainsuplmtWater03pptgt Acesso em 30 set 2007

WHO ndash World Health Organization Who good manufacturing practices water for pharmaceutical use Genebra 2005 (Technical Report Series n 929 Anexo 3)

WHO ndash World Health Organization Who Expert Committee on specifications for pharmaceutical preparations Genebra 2006 p 125 ndash 126 (Technical Report Series n 937 Anexo 4 Apecircndice II) Disponiacutevel em lthttpwhqlibdocwhointtrsWHO_TRS_937_engpdfpage=359gt Acesso em 01 dez 2007

  • Outras definiccedilotildees semelhantes a essas existem e muito embora as expressotildees variem a essecircncia de todas eacute a mesma assegurar que o processo quando operado sob as condiccedilotildees preacute-determinadas resultaraacute em um produto que reuniraacute as especificaccedilotildees e seus
Page 33: VALIDAÇÃO DE PROCESSOS: Aspectos teóricos e proposição de

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

POP ndeg001 Versatildeo 06112007 Validade 06112008 Paacutegina 34

Procedimento Operacional Padratildeo 001

Instruccedilotildees de Uso do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

55 Acionar a tecla ONOFF (1)

56 Visualizar no display (2) ldquoCleaningrdquo - referente agrave operaccedilatildeo do sistema de enxaacutegue que

entra automaticamente em operaccedilatildeo 57 Visualizar no display (2) ldquoProductionrdquo (produccedilatildeo) - referente agrave operaccedilatildeo do sistema de

Osmose Reversa 58 Apoacutes 2 minutos de produccedilatildeo acionar a tecla MENU (3) duas vezes para verificar a

condutividade da aacutegua de produccedilatildeo Caso visualize a mensagem ldquoError-CPrdquo paacutere a produccedilatildeo e despreze a aacutegua do tanque abrindo o registro do ponto de coleta de aacutegua purificada (D)

59 Quando o tanque de armazenamento estiver cheio ocorreraacute outro enxaacuteguumle automaacutetico e

no display (2) apareceraacute a mensagem ldquoCleaningrdquo 510 Completando-se este ciclo o aparelho entra em modo de operaccedilatildeo ldquoStand byrdquo sendo

visualizado no display (2) a mesma mensagem ldquoStand byrdquo

1

2

3

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

POP ndeg001 Versatildeo 06112007 Validade 06112008 Paacutegina 44

Procedimento Operacional Padratildeo 001

Instruccedilotildees de Uso do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

511 Retire a Aacutegua Purificada do tanque de armazenamento abrindo o registro do Ponto de Coleta (D)

512 Ao final da produccedilatildeo acionar a tecla ONOFF (1) desligar o Estabilizador de energia (B)

e fechar o registro da aacutegua de alimentaccedilatildeo (C) e o disjuntor da Central de Aacuteguas (A) 513 Anotar o valor final produzido no Protocolo de Produccedilatildeo de Aacutegua Purificada

6 Observaccedilotildees Limpeza Mensal Manutenccedilatildeo Realizada pelo fabricante sempre que constatado que fora dos paracircmetros

D

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

Protocolo ndeg001 Versatildeo 06112007 Validade 06112008

Protocolo de Serviccedilo (PS 001)

Protocolo de Verificaccedilatildeo dos Paracircmetros do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

Data Temp Ambiente

(degC)

Umidade ()

Temp Aacutegua de

Alimentaccedilatildeo (degC)

Pressatildeo Aacutegua de

Alimentaccedilatildeo (bar)

Condutividade da aacutegua Produzida (microScm)

Responsaacutevel

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash

RS Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

Protocolo ndeg002 Versatildeo 06112007 Validade 06112008

Protocolo de Manutenccedilatildeo (PM 001)

Protocolo de Verificaccedilatildeo da Manutenccedilatildeo do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

Tipo de Sistema

Nuacutemero de Identificaccedilatildeo

Ano de Fabricaccedilatildeo

Data Dureza da aacutegua de

alimentaccedilatildeo (degdH)

Pressatildeo de operaccedilatildeo

(bar)

Taxa de Permeado

(Lh)

Uacuteltima Troca de Preacute-filtro

Uacuteltima troca de Fosfato

Uacuteltima limpeza

desinfecccedilatildeo

Ass

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash

RS Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

Protocolo ndeg003 Versatildeo 06112007 Validade 06112008

Protocolo de Produccedilatildeo (PP 001)

Protocolo de Produccedilatildeo de Aacutegua Purificada

Data Produccedilatildeo Diaacuteria Responsaacutevel

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash

RS Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

Protocolo ndeg004 Versatildeo 06112007 Validade 06112008

Resultados da Validaccedilatildeo do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

Aacutegua Purificada

DATA

PONTO DE COLETA

Testes Microbioloacutegicos

Especificaccedilatildeo ____ ____ ____ ____ ____

Contagem Heterotroacutefica Total

le 100UFCmL

Patoacutegenos Ausecircncia de coliformes P aeruginosa S aureus

Testes Quiacutemicos Especificaccedilatildeo ____ ____ ____ ____ ____ Acidez ou Alcalinidade

Cumpre o Teste

Amocircnio No maacuteximo 02 ppm Aparecircncia Liacutequido incolor liacutempido

insiacutepido e inodoro

Caacutelcio e Magneacutesio Cumpre o Teste Cloretos Cumpre o Teste Condutividade No maacuteximo 21 microScm Metais Pesado No maacuteximo 01 ppm Nitratos No maacuteximo 02 ppm pH 5 -7 Resiacuteduo por evaporaccedilatildeo

No maacuteximo 0001

Substacircncias Oxidaacuteveis Cumpre o Teste Sulfatos Cumpre o Teste Os testes seratildeo realizados de acordo com a Farmacopeacuteia Brasileira 4ordf ediccedilatildeo (F Bras IV 2005)

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash

RS Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

Protocolo ndeg 005 Versatildeo 06112007 Validade 06112008

Resultados da Validaccedilatildeo do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua Aacutegua Potaacutevel

Data

Ponto de

Coleta

Especificaccedilotildees Anaacutelise Quiacutemica Anaacutelise Microbioloacutegica

Cloro pH Cor

Turbidez Contagem Heterotroacutefica

Total

Patoacutegenos

02 ndash 05 ppm

60 ndash 95 15 UH 5 UT

lt 500 UFCmL Ausecircncia de coliformes

Unidade Hazen (mg Pt-CoL)

Unidade de turbidez

40

4 Consideraccedilotildees finais e perspectivas

Ao longo do tempo a importacircncia da validaccedilatildeo de processos para a Garantia da

Qualidade foi sendo melhor compreendida pelo segmento farmacecircutico e com isso foi

contemplada pelos oacutergatildeos reguladores e aplicada pelos profissionais deste segmento

Se a validaccedilatildeo estaacute bem definida e eacute amplamente compreendida como pocircde ser

observado pelo nuacutemero de trabalhos e legislaccedilotildees revisados neste trabalho um dos

desafios que se apresentam atualmente consiste em ampliar o entendimento de como

realizaacute-la na praacutetica A proposiccedilatildeo de um protocolo para a validaccedilatildeo de um processo de

purificaccedilatildeo de aacutegua teve como um de seus objetivos exemplificar esta tarefa e assim

auxiliar na elaboraccedilatildeo de outros protocolos Assim como perspectiva deste trabalho

espera-se fornecer subsiacutedio agrave validaccedilatildeo de outros processos farmacecircuticos de

purificaccedilatildeo de aacutegua ou mesmo outros

Isto porque embora cada processo possua aspectos especiacuteficos os quais devem

ser cuidadosamente avaliados durante a validaccedilatildeo o entendimento e aplicaccedilatildeo

adequados da terminologia relacionada agrave validaccedilatildeo auxiliam na conduccedilatildeo de uma

validaccedilatildeo adequada e bem documentada

41

5 Referecircncias

ALEEM H ZHAO Y LORD S MCCARTHY T SHARRATT P N Pharmaceutical process validation an overview Proceedings of the Institution of Mechanical Engineers Part E Process Mechanical Engineering v 217 p141 ndash 150 2002

ALENCAR J R B Pinto P M D V Neto P P V Oliveira A T C Medeiros F P M Ramos S V V Rolim P J N Strategy in pharmaceutical process validation of purified water Revista Brasileira de Farmaacutecia v 85 n3 p85-88 2004a ALENCAR JRB Souza M B J Rolim P J N Lopes C E Uso de controle estatiacutestico de processo (CEP) para validaccedilatildeo de processo de glibenclamida comprimidos Revista Brasileira de Farmaacutecia v85 n3 p115-119 2004b

ALENCAR J R B CLEMENTINO M R A ROLIM P J N Cleaning validation of equipments in medicines industry strategy to select the ldquoworst caserdquo Revista Brasileira de Farmaacutecia v87 n 1 p13-18 2006

ANVISA ndash Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria Gerecircncia Geral de Inspeccedilatildeo e Controle de Medicamentos e Produtos Guias relacionados agrave garantia de qualidade Brasiacutelia 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwanvisagovbrinspecaoguias_qualidadepdfgt Acesso em 12 nov 2007

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria (ANVISA) Resoluccedilatildeo RDC nordm 210 de 04082003 DOU de 14082003 Disponiacutevel em lthttpe-legisanvisagovbrleisrefpublicshowActphpid=22321ampword=gt Acesso em 30 set 2007

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria (ANVISA) Resoluccedilatildeo RDC nordm 67 de 08102007 DOU de 09102007 Disponiacutevel em lthttpe-legisanvisagovbrleisrefpublicshowActphpid=28806ampword= gt Acesso em 30 nov 2007

42

BRASIL Ministeacuterio de Estado da Sauacutede Portaria nordm 518 de 25032004 DOU de 26032004 Disponiacutevel em lthttpe-legisanvisagovbrleisrefpublicshowActphpid=22322ampwordgt Acesso em 30 set 2007

CASTILLA B SENA F J Validation documentation Journal of Validation Technology v7 n 2 p 166-123 2001

DA ROSA PS Diagnoacutestico e avaliaccedilatildeo da qualidade microbioloacutegica da aacutegua na Faculdade de Farmaacutecia Trabalho de Conclusatildeo de Curso de Graduaccedilatildeo Disciplina de Estaacutegio Curricular em Farmaacutecia Faculdade de Farmaacutecia Universidade Federal do Rio Grande do Sul Porto Alegre 2007

EMEA - European Agency for Evaluation of Medicinal Products Note for guidance on process validation London 2001 Disponiacutevel em lthttpwwwemeaeuropaeupdfshumanqwp084896enpdfgt Acesso em 12 nov 2007

FARMACOPEacuteIA BRASILEIRA 4 ed Satildeo Paulo Atheneu 2004 pV224

FARMACOPEacuteIA BRASILEIRA 4 ed Satildeo Paulo Atheneu 2005 Fasciacuteculo 6 p263

FDA ndash Food and Drug Administration - Center for Drug Evaluation and Research (CDER) Guidance for Industry Powder Blends and Finished Dosage Units mdash Stratified In-Process Dosage Unit Sampling and Assessment Rockville 2003 Disponiacutevel em lthttpwwwfdagovCDERGUIDANCE5831dfthtmgt Acesso em 12 nov 2007

FDA ndash Food and Drug Administration - Division of Manufacturing and Product Quality (HFN-320) Center for Drugs and Biologics Guidelines on general principles of process validation Rockville 1987 Disponiacutevel em lthttpwwwfdagovCDERGUIDANCEpvhtmgt Acesso em 12 nov 2007

GUAZZARONI M YIIN B YU JL Application of total organic carbon analysis for cleaning validation in pharmaceutical manufacturing American Biotechnology Laboratory v 16 n 10 p 66-67 1998

HAIDER S I Validation standard operating procedures a step-by-step guide for achieving compliance in the pharmaceutical medical device and biotech industries 2 ed Boca Raton CRC 2002

43

HELLE M R YLIRUUSI J MANNERMAA J P A literature review of pharmaceutical process validation Pharmaceutical Technology Europe Part 3 v15 p 52-57 2003

HOFMANN K L Sterile products validation In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 103

JEATER J P CULLEN L F PAPARIELLO GJ Organizing for validation In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 9

JOHNSON W M Validation of water system for sterile and nonsterile products In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 299 - 317

KIEFFER RG Validation and the human element PDA Journal of Pharmaceutical Science and Technology v52 n2 p52-54 1998

LE HIR A Noccedilotildees de farmaacutecia galecircnica 6 ed Satildeo Paulo Organizaccedilatildeo Andrei 1997 p 137-138

LeBLANC D A Establishing scientifically justified acceptance criteria for cleaning validation of finished drug products Pharmaceutical Technology 1998 Disponiacutevel em ltwwwadvanstarcomgt Acesso em 30 set 2007

LOFTUS B T The Regulatory basis for process In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 2 - 32

LORD SV MCCARTHY T ALEEM H ZHAO Y SHARRATT P N Reinterpreting validation Proceedings of the Institution of Mechanical Engineers Part E Process Mechanical Engineering v 217 p287- 292 2003

MCCOLMICK P Y CULLEN L F Cleaning validation In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 319 - 322

NASH R A Introduction In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993

44

PICS - Pharmaceutical Inspection Convention and Pharmaceutical Inspection Co-operation Scheme Recommendations on validation master plan installation and operational qualification non-sterile process validation cleaning validation Genebra 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwnewwayzconzrefmaterialpics_pi006_2VMPpdfgt Acesso em 30 set 2007

TKA WASSERAUFBEREITUNGSSYSTEME GMBH Operating instructions TKA LAB ndash UPW Article ndeg 083007-SO Niederelbert 2001

WHO ndash World Health Organization Suplementary guidelines on good manufacturing practices (GMP) validation Genebra 2005 p 22-23 Disponiacutevel em lthttpwwwwhointmedicinesservicesexpertcommitteespharmprepValidation_QAS_055_Rev2combinedpdfgtAcesso em Acesso em 30 set 2007

WHO ndash World Health Organization Supplementary training modules on good manufacturing practice water for pharmaceutical use Part 1 introduction and treatment Genebra 2001 Disponiacutevel em ltftpftpwhointmedicinesGMPgmptrainsuplmtWater01pptgt Acesso em 30 set 2007

WHO ndash World Health Organization Supplementary training modules on good manufacturing practice water for pharmaceutical use Part 2 water purification engineering Genebra 2001 Disponiacutevel em ltftpftpwhointmedicinesGMPgmptrainsuplmtWater02pptgt Acesso em 30 set 2007

WHO ndash World Health Organization Supplementary training modules on good manufacturing practice water for pharmaceutical use Part 3 inspection of water systems Genebra 2001 Disponiacutevel em ltftpftpwhointmedicinesGMPgmptrainsuplmtWater03pptgt Acesso em 30 set 2007

WHO ndash World Health Organization Who good manufacturing practices water for pharmaceutical use Genebra 2005 (Technical Report Series n 929 Anexo 3)

WHO ndash World Health Organization Who Expert Committee on specifications for pharmaceutical preparations Genebra 2006 p 125 ndash 126 (Technical Report Series n 937 Anexo 4 Apecircndice II) Disponiacutevel em lthttpwhqlibdocwhointtrsWHO_TRS_937_engpdfpage=359gt Acesso em 01 dez 2007

  • Outras definiccedilotildees semelhantes a essas existem e muito embora as expressotildees variem a essecircncia de todas eacute a mesma assegurar que o processo quando operado sob as condiccedilotildees preacute-determinadas resultaraacute em um produto que reuniraacute as especificaccedilotildees e seus
Page 34: VALIDAÇÃO DE PROCESSOS: Aspectos teóricos e proposição de

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

POP ndeg001 Versatildeo 06112007 Validade 06112008 Paacutegina 44

Procedimento Operacional Padratildeo 001

Instruccedilotildees de Uso do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

511 Retire a Aacutegua Purificada do tanque de armazenamento abrindo o registro do Ponto de Coleta (D)

512 Ao final da produccedilatildeo acionar a tecla ONOFF (1) desligar o Estabilizador de energia (B)

e fechar o registro da aacutegua de alimentaccedilatildeo (C) e o disjuntor da Central de Aacuteguas (A) 513 Anotar o valor final produzido no Protocolo de Produccedilatildeo de Aacutegua Purificada

6 Observaccedilotildees Limpeza Mensal Manutenccedilatildeo Realizada pelo fabricante sempre que constatado que fora dos paracircmetros

D

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

Protocolo ndeg001 Versatildeo 06112007 Validade 06112008

Protocolo de Serviccedilo (PS 001)

Protocolo de Verificaccedilatildeo dos Paracircmetros do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

Data Temp Ambiente

(degC)

Umidade ()

Temp Aacutegua de

Alimentaccedilatildeo (degC)

Pressatildeo Aacutegua de

Alimentaccedilatildeo (bar)

Condutividade da aacutegua Produzida (microScm)

Responsaacutevel

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash

RS Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

Protocolo ndeg002 Versatildeo 06112007 Validade 06112008

Protocolo de Manutenccedilatildeo (PM 001)

Protocolo de Verificaccedilatildeo da Manutenccedilatildeo do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

Tipo de Sistema

Nuacutemero de Identificaccedilatildeo

Ano de Fabricaccedilatildeo

Data Dureza da aacutegua de

alimentaccedilatildeo (degdH)

Pressatildeo de operaccedilatildeo

(bar)

Taxa de Permeado

(Lh)

Uacuteltima Troca de Preacute-filtro

Uacuteltima troca de Fosfato

Uacuteltima limpeza

desinfecccedilatildeo

Ass

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash

RS Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

Protocolo ndeg003 Versatildeo 06112007 Validade 06112008

Protocolo de Produccedilatildeo (PP 001)

Protocolo de Produccedilatildeo de Aacutegua Purificada

Data Produccedilatildeo Diaacuteria Responsaacutevel

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash

RS Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

Protocolo ndeg004 Versatildeo 06112007 Validade 06112008

Resultados da Validaccedilatildeo do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

Aacutegua Purificada

DATA

PONTO DE COLETA

Testes Microbioloacutegicos

Especificaccedilatildeo ____ ____ ____ ____ ____

Contagem Heterotroacutefica Total

le 100UFCmL

Patoacutegenos Ausecircncia de coliformes P aeruginosa S aureus

Testes Quiacutemicos Especificaccedilatildeo ____ ____ ____ ____ ____ Acidez ou Alcalinidade

Cumpre o Teste

Amocircnio No maacuteximo 02 ppm Aparecircncia Liacutequido incolor liacutempido

insiacutepido e inodoro

Caacutelcio e Magneacutesio Cumpre o Teste Cloretos Cumpre o Teste Condutividade No maacuteximo 21 microScm Metais Pesado No maacuteximo 01 ppm Nitratos No maacuteximo 02 ppm pH 5 -7 Resiacuteduo por evaporaccedilatildeo

No maacuteximo 0001

Substacircncias Oxidaacuteveis Cumpre o Teste Sulfatos Cumpre o Teste Os testes seratildeo realizados de acordo com a Farmacopeacuteia Brasileira 4ordf ediccedilatildeo (F Bras IV 2005)

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash

RS Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

Protocolo ndeg 005 Versatildeo 06112007 Validade 06112008

Resultados da Validaccedilatildeo do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua Aacutegua Potaacutevel

Data

Ponto de

Coleta

Especificaccedilotildees Anaacutelise Quiacutemica Anaacutelise Microbioloacutegica

Cloro pH Cor

Turbidez Contagem Heterotroacutefica

Total

Patoacutegenos

02 ndash 05 ppm

60 ndash 95 15 UH 5 UT

lt 500 UFCmL Ausecircncia de coliformes

Unidade Hazen (mg Pt-CoL)

Unidade de turbidez

40

4 Consideraccedilotildees finais e perspectivas

Ao longo do tempo a importacircncia da validaccedilatildeo de processos para a Garantia da

Qualidade foi sendo melhor compreendida pelo segmento farmacecircutico e com isso foi

contemplada pelos oacutergatildeos reguladores e aplicada pelos profissionais deste segmento

Se a validaccedilatildeo estaacute bem definida e eacute amplamente compreendida como pocircde ser

observado pelo nuacutemero de trabalhos e legislaccedilotildees revisados neste trabalho um dos

desafios que se apresentam atualmente consiste em ampliar o entendimento de como

realizaacute-la na praacutetica A proposiccedilatildeo de um protocolo para a validaccedilatildeo de um processo de

purificaccedilatildeo de aacutegua teve como um de seus objetivos exemplificar esta tarefa e assim

auxiliar na elaboraccedilatildeo de outros protocolos Assim como perspectiva deste trabalho

espera-se fornecer subsiacutedio agrave validaccedilatildeo de outros processos farmacecircuticos de

purificaccedilatildeo de aacutegua ou mesmo outros

Isto porque embora cada processo possua aspectos especiacuteficos os quais devem

ser cuidadosamente avaliados durante a validaccedilatildeo o entendimento e aplicaccedilatildeo

adequados da terminologia relacionada agrave validaccedilatildeo auxiliam na conduccedilatildeo de uma

validaccedilatildeo adequada e bem documentada

41

5 Referecircncias

ALEEM H ZHAO Y LORD S MCCARTHY T SHARRATT P N Pharmaceutical process validation an overview Proceedings of the Institution of Mechanical Engineers Part E Process Mechanical Engineering v 217 p141 ndash 150 2002

ALENCAR J R B Pinto P M D V Neto P P V Oliveira A T C Medeiros F P M Ramos S V V Rolim P J N Strategy in pharmaceutical process validation of purified water Revista Brasileira de Farmaacutecia v 85 n3 p85-88 2004a ALENCAR JRB Souza M B J Rolim P J N Lopes C E Uso de controle estatiacutestico de processo (CEP) para validaccedilatildeo de processo de glibenclamida comprimidos Revista Brasileira de Farmaacutecia v85 n3 p115-119 2004b

ALENCAR J R B CLEMENTINO M R A ROLIM P J N Cleaning validation of equipments in medicines industry strategy to select the ldquoworst caserdquo Revista Brasileira de Farmaacutecia v87 n 1 p13-18 2006

ANVISA ndash Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria Gerecircncia Geral de Inspeccedilatildeo e Controle de Medicamentos e Produtos Guias relacionados agrave garantia de qualidade Brasiacutelia 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwanvisagovbrinspecaoguias_qualidadepdfgt Acesso em 12 nov 2007

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria (ANVISA) Resoluccedilatildeo RDC nordm 210 de 04082003 DOU de 14082003 Disponiacutevel em lthttpe-legisanvisagovbrleisrefpublicshowActphpid=22321ampword=gt Acesso em 30 set 2007

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria (ANVISA) Resoluccedilatildeo RDC nordm 67 de 08102007 DOU de 09102007 Disponiacutevel em lthttpe-legisanvisagovbrleisrefpublicshowActphpid=28806ampword= gt Acesso em 30 nov 2007

42

BRASIL Ministeacuterio de Estado da Sauacutede Portaria nordm 518 de 25032004 DOU de 26032004 Disponiacutevel em lthttpe-legisanvisagovbrleisrefpublicshowActphpid=22322ampwordgt Acesso em 30 set 2007

CASTILLA B SENA F J Validation documentation Journal of Validation Technology v7 n 2 p 166-123 2001

DA ROSA PS Diagnoacutestico e avaliaccedilatildeo da qualidade microbioloacutegica da aacutegua na Faculdade de Farmaacutecia Trabalho de Conclusatildeo de Curso de Graduaccedilatildeo Disciplina de Estaacutegio Curricular em Farmaacutecia Faculdade de Farmaacutecia Universidade Federal do Rio Grande do Sul Porto Alegre 2007

EMEA - European Agency for Evaluation of Medicinal Products Note for guidance on process validation London 2001 Disponiacutevel em lthttpwwwemeaeuropaeupdfshumanqwp084896enpdfgt Acesso em 12 nov 2007

FARMACOPEacuteIA BRASILEIRA 4 ed Satildeo Paulo Atheneu 2004 pV224

FARMACOPEacuteIA BRASILEIRA 4 ed Satildeo Paulo Atheneu 2005 Fasciacuteculo 6 p263

FDA ndash Food and Drug Administration - Center for Drug Evaluation and Research (CDER) Guidance for Industry Powder Blends and Finished Dosage Units mdash Stratified In-Process Dosage Unit Sampling and Assessment Rockville 2003 Disponiacutevel em lthttpwwwfdagovCDERGUIDANCE5831dfthtmgt Acesso em 12 nov 2007

FDA ndash Food and Drug Administration - Division of Manufacturing and Product Quality (HFN-320) Center for Drugs and Biologics Guidelines on general principles of process validation Rockville 1987 Disponiacutevel em lthttpwwwfdagovCDERGUIDANCEpvhtmgt Acesso em 12 nov 2007

GUAZZARONI M YIIN B YU JL Application of total organic carbon analysis for cleaning validation in pharmaceutical manufacturing American Biotechnology Laboratory v 16 n 10 p 66-67 1998

HAIDER S I Validation standard operating procedures a step-by-step guide for achieving compliance in the pharmaceutical medical device and biotech industries 2 ed Boca Raton CRC 2002

43

HELLE M R YLIRUUSI J MANNERMAA J P A literature review of pharmaceutical process validation Pharmaceutical Technology Europe Part 3 v15 p 52-57 2003

HOFMANN K L Sterile products validation In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 103

JEATER J P CULLEN L F PAPARIELLO GJ Organizing for validation In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 9

JOHNSON W M Validation of water system for sterile and nonsterile products In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 299 - 317

KIEFFER RG Validation and the human element PDA Journal of Pharmaceutical Science and Technology v52 n2 p52-54 1998

LE HIR A Noccedilotildees de farmaacutecia galecircnica 6 ed Satildeo Paulo Organizaccedilatildeo Andrei 1997 p 137-138

LeBLANC D A Establishing scientifically justified acceptance criteria for cleaning validation of finished drug products Pharmaceutical Technology 1998 Disponiacutevel em ltwwwadvanstarcomgt Acesso em 30 set 2007

LOFTUS B T The Regulatory basis for process In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 2 - 32

LORD SV MCCARTHY T ALEEM H ZHAO Y SHARRATT P N Reinterpreting validation Proceedings of the Institution of Mechanical Engineers Part E Process Mechanical Engineering v 217 p287- 292 2003

MCCOLMICK P Y CULLEN L F Cleaning validation In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 319 - 322

NASH R A Introduction In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993

44

PICS - Pharmaceutical Inspection Convention and Pharmaceutical Inspection Co-operation Scheme Recommendations on validation master plan installation and operational qualification non-sterile process validation cleaning validation Genebra 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwnewwayzconzrefmaterialpics_pi006_2VMPpdfgt Acesso em 30 set 2007

TKA WASSERAUFBEREITUNGSSYSTEME GMBH Operating instructions TKA LAB ndash UPW Article ndeg 083007-SO Niederelbert 2001

WHO ndash World Health Organization Suplementary guidelines on good manufacturing practices (GMP) validation Genebra 2005 p 22-23 Disponiacutevel em lthttpwwwwhointmedicinesservicesexpertcommitteespharmprepValidation_QAS_055_Rev2combinedpdfgtAcesso em Acesso em 30 set 2007

WHO ndash World Health Organization Supplementary training modules on good manufacturing practice water for pharmaceutical use Part 1 introduction and treatment Genebra 2001 Disponiacutevel em ltftpftpwhointmedicinesGMPgmptrainsuplmtWater01pptgt Acesso em 30 set 2007

WHO ndash World Health Organization Supplementary training modules on good manufacturing practice water for pharmaceutical use Part 2 water purification engineering Genebra 2001 Disponiacutevel em ltftpftpwhointmedicinesGMPgmptrainsuplmtWater02pptgt Acesso em 30 set 2007

WHO ndash World Health Organization Supplementary training modules on good manufacturing practice water for pharmaceutical use Part 3 inspection of water systems Genebra 2001 Disponiacutevel em ltftpftpwhointmedicinesGMPgmptrainsuplmtWater03pptgt Acesso em 30 set 2007

WHO ndash World Health Organization Who good manufacturing practices water for pharmaceutical use Genebra 2005 (Technical Report Series n 929 Anexo 3)

WHO ndash World Health Organization Who Expert Committee on specifications for pharmaceutical preparations Genebra 2006 p 125 ndash 126 (Technical Report Series n 937 Anexo 4 Apecircndice II) Disponiacutevel em lthttpwhqlibdocwhointtrsWHO_TRS_937_engpdfpage=359gt Acesso em 01 dez 2007

  • Outras definiccedilotildees semelhantes a essas existem e muito embora as expressotildees variem a essecircncia de todas eacute a mesma assegurar que o processo quando operado sob as condiccedilotildees preacute-determinadas resultaraacute em um produto que reuniraacute as especificaccedilotildees e seus
Page 35: VALIDAÇÃO DE PROCESSOS: Aspectos teóricos e proposição de

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash RS

Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

Protocolo ndeg001 Versatildeo 06112007 Validade 06112008

Protocolo de Serviccedilo (PS 001)

Protocolo de Verificaccedilatildeo dos Paracircmetros do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

Data Temp Ambiente

(degC)

Umidade ()

Temp Aacutegua de

Alimentaccedilatildeo (degC)

Pressatildeo Aacutegua de

Alimentaccedilatildeo (bar)

Condutividade da aacutegua Produzida (microScm)

Responsaacutevel

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash

RS Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

Protocolo ndeg002 Versatildeo 06112007 Validade 06112008

Protocolo de Manutenccedilatildeo (PM 001)

Protocolo de Verificaccedilatildeo da Manutenccedilatildeo do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

Tipo de Sistema

Nuacutemero de Identificaccedilatildeo

Ano de Fabricaccedilatildeo

Data Dureza da aacutegua de

alimentaccedilatildeo (degdH)

Pressatildeo de operaccedilatildeo

(bar)

Taxa de Permeado

(Lh)

Uacuteltima Troca de Preacute-filtro

Uacuteltima troca de Fosfato

Uacuteltima limpeza

desinfecccedilatildeo

Ass

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash

RS Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

Protocolo ndeg003 Versatildeo 06112007 Validade 06112008

Protocolo de Produccedilatildeo (PP 001)

Protocolo de Produccedilatildeo de Aacutegua Purificada

Data Produccedilatildeo Diaacuteria Responsaacutevel

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash

RS Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

Protocolo ndeg004 Versatildeo 06112007 Validade 06112008

Resultados da Validaccedilatildeo do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

Aacutegua Purificada

DATA

PONTO DE COLETA

Testes Microbioloacutegicos

Especificaccedilatildeo ____ ____ ____ ____ ____

Contagem Heterotroacutefica Total

le 100UFCmL

Patoacutegenos Ausecircncia de coliformes P aeruginosa S aureus

Testes Quiacutemicos Especificaccedilatildeo ____ ____ ____ ____ ____ Acidez ou Alcalinidade

Cumpre o Teste

Amocircnio No maacuteximo 02 ppm Aparecircncia Liacutequido incolor liacutempido

insiacutepido e inodoro

Caacutelcio e Magneacutesio Cumpre o Teste Cloretos Cumpre o Teste Condutividade No maacuteximo 21 microScm Metais Pesado No maacuteximo 01 ppm Nitratos No maacuteximo 02 ppm pH 5 -7 Resiacuteduo por evaporaccedilatildeo

No maacuteximo 0001

Substacircncias Oxidaacuteveis Cumpre o Teste Sulfatos Cumpre o Teste Os testes seratildeo realizados de acordo com a Farmacopeacuteia Brasileira 4ordf ediccedilatildeo (F Bras IV 2005)

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash

RS Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

Protocolo ndeg 005 Versatildeo 06112007 Validade 06112008

Resultados da Validaccedilatildeo do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua Aacutegua Potaacutevel

Data

Ponto de

Coleta

Especificaccedilotildees Anaacutelise Quiacutemica Anaacutelise Microbioloacutegica

Cloro pH Cor

Turbidez Contagem Heterotroacutefica

Total

Patoacutegenos

02 ndash 05 ppm

60 ndash 95 15 UH 5 UT

lt 500 UFCmL Ausecircncia de coliformes

Unidade Hazen (mg Pt-CoL)

Unidade de turbidez

40

4 Consideraccedilotildees finais e perspectivas

Ao longo do tempo a importacircncia da validaccedilatildeo de processos para a Garantia da

Qualidade foi sendo melhor compreendida pelo segmento farmacecircutico e com isso foi

contemplada pelos oacutergatildeos reguladores e aplicada pelos profissionais deste segmento

Se a validaccedilatildeo estaacute bem definida e eacute amplamente compreendida como pocircde ser

observado pelo nuacutemero de trabalhos e legislaccedilotildees revisados neste trabalho um dos

desafios que se apresentam atualmente consiste em ampliar o entendimento de como

realizaacute-la na praacutetica A proposiccedilatildeo de um protocolo para a validaccedilatildeo de um processo de

purificaccedilatildeo de aacutegua teve como um de seus objetivos exemplificar esta tarefa e assim

auxiliar na elaboraccedilatildeo de outros protocolos Assim como perspectiva deste trabalho

espera-se fornecer subsiacutedio agrave validaccedilatildeo de outros processos farmacecircuticos de

purificaccedilatildeo de aacutegua ou mesmo outros

Isto porque embora cada processo possua aspectos especiacuteficos os quais devem

ser cuidadosamente avaliados durante a validaccedilatildeo o entendimento e aplicaccedilatildeo

adequados da terminologia relacionada agrave validaccedilatildeo auxiliam na conduccedilatildeo de uma

validaccedilatildeo adequada e bem documentada

41

5 Referecircncias

ALEEM H ZHAO Y LORD S MCCARTHY T SHARRATT P N Pharmaceutical process validation an overview Proceedings of the Institution of Mechanical Engineers Part E Process Mechanical Engineering v 217 p141 ndash 150 2002

ALENCAR J R B Pinto P M D V Neto P P V Oliveira A T C Medeiros F P M Ramos S V V Rolim P J N Strategy in pharmaceutical process validation of purified water Revista Brasileira de Farmaacutecia v 85 n3 p85-88 2004a ALENCAR JRB Souza M B J Rolim P J N Lopes C E Uso de controle estatiacutestico de processo (CEP) para validaccedilatildeo de processo de glibenclamida comprimidos Revista Brasileira de Farmaacutecia v85 n3 p115-119 2004b

ALENCAR J R B CLEMENTINO M R A ROLIM P J N Cleaning validation of equipments in medicines industry strategy to select the ldquoworst caserdquo Revista Brasileira de Farmaacutecia v87 n 1 p13-18 2006

ANVISA ndash Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria Gerecircncia Geral de Inspeccedilatildeo e Controle de Medicamentos e Produtos Guias relacionados agrave garantia de qualidade Brasiacutelia 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwanvisagovbrinspecaoguias_qualidadepdfgt Acesso em 12 nov 2007

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria (ANVISA) Resoluccedilatildeo RDC nordm 210 de 04082003 DOU de 14082003 Disponiacutevel em lthttpe-legisanvisagovbrleisrefpublicshowActphpid=22321ampword=gt Acesso em 30 set 2007

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria (ANVISA) Resoluccedilatildeo RDC nordm 67 de 08102007 DOU de 09102007 Disponiacutevel em lthttpe-legisanvisagovbrleisrefpublicshowActphpid=28806ampword= gt Acesso em 30 nov 2007

42

BRASIL Ministeacuterio de Estado da Sauacutede Portaria nordm 518 de 25032004 DOU de 26032004 Disponiacutevel em lthttpe-legisanvisagovbrleisrefpublicshowActphpid=22322ampwordgt Acesso em 30 set 2007

CASTILLA B SENA F J Validation documentation Journal of Validation Technology v7 n 2 p 166-123 2001

DA ROSA PS Diagnoacutestico e avaliaccedilatildeo da qualidade microbioloacutegica da aacutegua na Faculdade de Farmaacutecia Trabalho de Conclusatildeo de Curso de Graduaccedilatildeo Disciplina de Estaacutegio Curricular em Farmaacutecia Faculdade de Farmaacutecia Universidade Federal do Rio Grande do Sul Porto Alegre 2007

EMEA - European Agency for Evaluation of Medicinal Products Note for guidance on process validation London 2001 Disponiacutevel em lthttpwwwemeaeuropaeupdfshumanqwp084896enpdfgt Acesso em 12 nov 2007

FARMACOPEacuteIA BRASILEIRA 4 ed Satildeo Paulo Atheneu 2004 pV224

FARMACOPEacuteIA BRASILEIRA 4 ed Satildeo Paulo Atheneu 2005 Fasciacuteculo 6 p263

FDA ndash Food and Drug Administration - Center for Drug Evaluation and Research (CDER) Guidance for Industry Powder Blends and Finished Dosage Units mdash Stratified In-Process Dosage Unit Sampling and Assessment Rockville 2003 Disponiacutevel em lthttpwwwfdagovCDERGUIDANCE5831dfthtmgt Acesso em 12 nov 2007

FDA ndash Food and Drug Administration - Division of Manufacturing and Product Quality (HFN-320) Center for Drugs and Biologics Guidelines on general principles of process validation Rockville 1987 Disponiacutevel em lthttpwwwfdagovCDERGUIDANCEpvhtmgt Acesso em 12 nov 2007

GUAZZARONI M YIIN B YU JL Application of total organic carbon analysis for cleaning validation in pharmaceutical manufacturing American Biotechnology Laboratory v 16 n 10 p 66-67 1998

HAIDER S I Validation standard operating procedures a step-by-step guide for achieving compliance in the pharmaceutical medical device and biotech industries 2 ed Boca Raton CRC 2002

43

HELLE M R YLIRUUSI J MANNERMAA J P A literature review of pharmaceutical process validation Pharmaceutical Technology Europe Part 3 v15 p 52-57 2003

HOFMANN K L Sterile products validation In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 103

JEATER J P CULLEN L F PAPARIELLO GJ Organizing for validation In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 9

JOHNSON W M Validation of water system for sterile and nonsterile products In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 299 - 317

KIEFFER RG Validation and the human element PDA Journal of Pharmaceutical Science and Technology v52 n2 p52-54 1998

LE HIR A Noccedilotildees de farmaacutecia galecircnica 6 ed Satildeo Paulo Organizaccedilatildeo Andrei 1997 p 137-138

LeBLANC D A Establishing scientifically justified acceptance criteria for cleaning validation of finished drug products Pharmaceutical Technology 1998 Disponiacutevel em ltwwwadvanstarcomgt Acesso em 30 set 2007

LOFTUS B T The Regulatory basis for process In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 2 - 32

LORD SV MCCARTHY T ALEEM H ZHAO Y SHARRATT P N Reinterpreting validation Proceedings of the Institution of Mechanical Engineers Part E Process Mechanical Engineering v 217 p287- 292 2003

MCCOLMICK P Y CULLEN L F Cleaning validation In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 319 - 322

NASH R A Introduction In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993

44

PICS - Pharmaceutical Inspection Convention and Pharmaceutical Inspection Co-operation Scheme Recommendations on validation master plan installation and operational qualification non-sterile process validation cleaning validation Genebra 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwnewwayzconzrefmaterialpics_pi006_2VMPpdfgt Acesso em 30 set 2007

TKA WASSERAUFBEREITUNGSSYSTEME GMBH Operating instructions TKA LAB ndash UPW Article ndeg 083007-SO Niederelbert 2001

WHO ndash World Health Organization Suplementary guidelines on good manufacturing practices (GMP) validation Genebra 2005 p 22-23 Disponiacutevel em lthttpwwwwhointmedicinesservicesexpertcommitteespharmprepValidation_QAS_055_Rev2combinedpdfgtAcesso em Acesso em 30 set 2007

WHO ndash World Health Organization Supplementary training modules on good manufacturing practice water for pharmaceutical use Part 1 introduction and treatment Genebra 2001 Disponiacutevel em ltftpftpwhointmedicinesGMPgmptrainsuplmtWater01pptgt Acesso em 30 set 2007

WHO ndash World Health Organization Supplementary training modules on good manufacturing practice water for pharmaceutical use Part 2 water purification engineering Genebra 2001 Disponiacutevel em ltftpftpwhointmedicinesGMPgmptrainsuplmtWater02pptgt Acesso em 30 set 2007

WHO ndash World Health Organization Supplementary training modules on good manufacturing practice water for pharmaceutical use Part 3 inspection of water systems Genebra 2001 Disponiacutevel em ltftpftpwhointmedicinesGMPgmptrainsuplmtWater03pptgt Acesso em 30 set 2007

WHO ndash World Health Organization Who good manufacturing practices water for pharmaceutical use Genebra 2005 (Technical Report Series n 929 Anexo 3)

WHO ndash World Health Organization Who Expert Committee on specifications for pharmaceutical preparations Genebra 2006 p 125 ndash 126 (Technical Report Series n 937 Anexo 4 Apecircndice II) Disponiacutevel em lthttpwhqlibdocwhointtrsWHO_TRS_937_engpdfpage=359gt Acesso em 01 dez 2007

  • Outras definiccedilotildees semelhantes a essas existem e muito embora as expressotildees variem a essecircncia de todas eacute a mesma assegurar que o processo quando operado sob as condiccedilotildees preacute-determinadas resultaraacute em um produto que reuniraacute as especificaccedilotildees e seus
Page 36: VALIDAÇÃO DE PROCESSOS: Aspectos teóricos e proposição de

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash

RS Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

Protocolo ndeg002 Versatildeo 06112007 Validade 06112008

Protocolo de Manutenccedilatildeo (PM 001)

Protocolo de Verificaccedilatildeo da Manutenccedilatildeo do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

Tipo de Sistema

Nuacutemero de Identificaccedilatildeo

Ano de Fabricaccedilatildeo

Data Dureza da aacutegua de

alimentaccedilatildeo (degdH)

Pressatildeo de operaccedilatildeo

(bar)

Taxa de Permeado

(Lh)

Uacuteltima Troca de Preacute-filtro

Uacuteltima troca de Fosfato

Uacuteltima limpeza

desinfecccedilatildeo

Ass

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash

RS Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

Protocolo ndeg003 Versatildeo 06112007 Validade 06112008

Protocolo de Produccedilatildeo (PP 001)

Protocolo de Produccedilatildeo de Aacutegua Purificada

Data Produccedilatildeo Diaacuteria Responsaacutevel

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash

RS Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

Protocolo ndeg004 Versatildeo 06112007 Validade 06112008

Resultados da Validaccedilatildeo do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

Aacutegua Purificada

DATA

PONTO DE COLETA

Testes Microbioloacutegicos

Especificaccedilatildeo ____ ____ ____ ____ ____

Contagem Heterotroacutefica Total

le 100UFCmL

Patoacutegenos Ausecircncia de coliformes P aeruginosa S aureus

Testes Quiacutemicos Especificaccedilatildeo ____ ____ ____ ____ ____ Acidez ou Alcalinidade

Cumpre o Teste

Amocircnio No maacuteximo 02 ppm Aparecircncia Liacutequido incolor liacutempido

insiacutepido e inodoro

Caacutelcio e Magneacutesio Cumpre o Teste Cloretos Cumpre o Teste Condutividade No maacuteximo 21 microScm Metais Pesado No maacuteximo 01 ppm Nitratos No maacuteximo 02 ppm pH 5 -7 Resiacuteduo por evaporaccedilatildeo

No maacuteximo 0001

Substacircncias Oxidaacuteveis Cumpre o Teste Sulfatos Cumpre o Teste Os testes seratildeo realizados de acordo com a Farmacopeacuteia Brasileira 4ordf ediccedilatildeo (F Bras IV 2005)

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash

RS Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

Protocolo ndeg 005 Versatildeo 06112007 Validade 06112008

Resultados da Validaccedilatildeo do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua Aacutegua Potaacutevel

Data

Ponto de

Coleta

Especificaccedilotildees Anaacutelise Quiacutemica Anaacutelise Microbioloacutegica

Cloro pH Cor

Turbidez Contagem Heterotroacutefica

Total

Patoacutegenos

02 ndash 05 ppm

60 ndash 95 15 UH 5 UT

lt 500 UFCmL Ausecircncia de coliformes

Unidade Hazen (mg Pt-CoL)

Unidade de turbidez

40

4 Consideraccedilotildees finais e perspectivas

Ao longo do tempo a importacircncia da validaccedilatildeo de processos para a Garantia da

Qualidade foi sendo melhor compreendida pelo segmento farmacecircutico e com isso foi

contemplada pelos oacutergatildeos reguladores e aplicada pelos profissionais deste segmento

Se a validaccedilatildeo estaacute bem definida e eacute amplamente compreendida como pocircde ser

observado pelo nuacutemero de trabalhos e legislaccedilotildees revisados neste trabalho um dos

desafios que se apresentam atualmente consiste em ampliar o entendimento de como

realizaacute-la na praacutetica A proposiccedilatildeo de um protocolo para a validaccedilatildeo de um processo de

purificaccedilatildeo de aacutegua teve como um de seus objetivos exemplificar esta tarefa e assim

auxiliar na elaboraccedilatildeo de outros protocolos Assim como perspectiva deste trabalho

espera-se fornecer subsiacutedio agrave validaccedilatildeo de outros processos farmacecircuticos de

purificaccedilatildeo de aacutegua ou mesmo outros

Isto porque embora cada processo possua aspectos especiacuteficos os quais devem

ser cuidadosamente avaliados durante a validaccedilatildeo o entendimento e aplicaccedilatildeo

adequados da terminologia relacionada agrave validaccedilatildeo auxiliam na conduccedilatildeo de uma

validaccedilatildeo adequada e bem documentada

41

5 Referecircncias

ALEEM H ZHAO Y LORD S MCCARTHY T SHARRATT P N Pharmaceutical process validation an overview Proceedings of the Institution of Mechanical Engineers Part E Process Mechanical Engineering v 217 p141 ndash 150 2002

ALENCAR J R B Pinto P M D V Neto P P V Oliveira A T C Medeiros F P M Ramos S V V Rolim P J N Strategy in pharmaceutical process validation of purified water Revista Brasileira de Farmaacutecia v 85 n3 p85-88 2004a ALENCAR JRB Souza M B J Rolim P J N Lopes C E Uso de controle estatiacutestico de processo (CEP) para validaccedilatildeo de processo de glibenclamida comprimidos Revista Brasileira de Farmaacutecia v85 n3 p115-119 2004b

ALENCAR J R B CLEMENTINO M R A ROLIM P J N Cleaning validation of equipments in medicines industry strategy to select the ldquoworst caserdquo Revista Brasileira de Farmaacutecia v87 n 1 p13-18 2006

ANVISA ndash Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria Gerecircncia Geral de Inspeccedilatildeo e Controle de Medicamentos e Produtos Guias relacionados agrave garantia de qualidade Brasiacutelia 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwanvisagovbrinspecaoguias_qualidadepdfgt Acesso em 12 nov 2007

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria (ANVISA) Resoluccedilatildeo RDC nordm 210 de 04082003 DOU de 14082003 Disponiacutevel em lthttpe-legisanvisagovbrleisrefpublicshowActphpid=22321ampword=gt Acesso em 30 set 2007

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria (ANVISA) Resoluccedilatildeo RDC nordm 67 de 08102007 DOU de 09102007 Disponiacutevel em lthttpe-legisanvisagovbrleisrefpublicshowActphpid=28806ampword= gt Acesso em 30 nov 2007

42

BRASIL Ministeacuterio de Estado da Sauacutede Portaria nordm 518 de 25032004 DOU de 26032004 Disponiacutevel em lthttpe-legisanvisagovbrleisrefpublicshowActphpid=22322ampwordgt Acesso em 30 set 2007

CASTILLA B SENA F J Validation documentation Journal of Validation Technology v7 n 2 p 166-123 2001

DA ROSA PS Diagnoacutestico e avaliaccedilatildeo da qualidade microbioloacutegica da aacutegua na Faculdade de Farmaacutecia Trabalho de Conclusatildeo de Curso de Graduaccedilatildeo Disciplina de Estaacutegio Curricular em Farmaacutecia Faculdade de Farmaacutecia Universidade Federal do Rio Grande do Sul Porto Alegre 2007

EMEA - European Agency for Evaluation of Medicinal Products Note for guidance on process validation London 2001 Disponiacutevel em lthttpwwwemeaeuropaeupdfshumanqwp084896enpdfgt Acesso em 12 nov 2007

FARMACOPEacuteIA BRASILEIRA 4 ed Satildeo Paulo Atheneu 2004 pV224

FARMACOPEacuteIA BRASILEIRA 4 ed Satildeo Paulo Atheneu 2005 Fasciacuteculo 6 p263

FDA ndash Food and Drug Administration - Center for Drug Evaluation and Research (CDER) Guidance for Industry Powder Blends and Finished Dosage Units mdash Stratified In-Process Dosage Unit Sampling and Assessment Rockville 2003 Disponiacutevel em lthttpwwwfdagovCDERGUIDANCE5831dfthtmgt Acesso em 12 nov 2007

FDA ndash Food and Drug Administration - Division of Manufacturing and Product Quality (HFN-320) Center for Drugs and Biologics Guidelines on general principles of process validation Rockville 1987 Disponiacutevel em lthttpwwwfdagovCDERGUIDANCEpvhtmgt Acesso em 12 nov 2007

GUAZZARONI M YIIN B YU JL Application of total organic carbon analysis for cleaning validation in pharmaceutical manufacturing American Biotechnology Laboratory v 16 n 10 p 66-67 1998

HAIDER S I Validation standard operating procedures a step-by-step guide for achieving compliance in the pharmaceutical medical device and biotech industries 2 ed Boca Raton CRC 2002

43

HELLE M R YLIRUUSI J MANNERMAA J P A literature review of pharmaceutical process validation Pharmaceutical Technology Europe Part 3 v15 p 52-57 2003

HOFMANN K L Sterile products validation In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 103

JEATER J P CULLEN L F PAPARIELLO GJ Organizing for validation In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 9

JOHNSON W M Validation of water system for sterile and nonsterile products In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 299 - 317

KIEFFER RG Validation and the human element PDA Journal of Pharmaceutical Science and Technology v52 n2 p52-54 1998

LE HIR A Noccedilotildees de farmaacutecia galecircnica 6 ed Satildeo Paulo Organizaccedilatildeo Andrei 1997 p 137-138

LeBLANC D A Establishing scientifically justified acceptance criteria for cleaning validation of finished drug products Pharmaceutical Technology 1998 Disponiacutevel em ltwwwadvanstarcomgt Acesso em 30 set 2007

LOFTUS B T The Regulatory basis for process In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 2 - 32

LORD SV MCCARTHY T ALEEM H ZHAO Y SHARRATT P N Reinterpreting validation Proceedings of the Institution of Mechanical Engineers Part E Process Mechanical Engineering v 217 p287- 292 2003

MCCOLMICK P Y CULLEN L F Cleaning validation In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 319 - 322

NASH R A Introduction In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993

44

PICS - Pharmaceutical Inspection Convention and Pharmaceutical Inspection Co-operation Scheme Recommendations on validation master plan installation and operational qualification non-sterile process validation cleaning validation Genebra 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwnewwayzconzrefmaterialpics_pi006_2VMPpdfgt Acesso em 30 set 2007

TKA WASSERAUFBEREITUNGSSYSTEME GMBH Operating instructions TKA LAB ndash UPW Article ndeg 083007-SO Niederelbert 2001

WHO ndash World Health Organization Suplementary guidelines on good manufacturing practices (GMP) validation Genebra 2005 p 22-23 Disponiacutevel em lthttpwwwwhointmedicinesservicesexpertcommitteespharmprepValidation_QAS_055_Rev2combinedpdfgtAcesso em Acesso em 30 set 2007

WHO ndash World Health Organization Supplementary training modules on good manufacturing practice water for pharmaceutical use Part 1 introduction and treatment Genebra 2001 Disponiacutevel em ltftpftpwhointmedicinesGMPgmptrainsuplmtWater01pptgt Acesso em 30 set 2007

WHO ndash World Health Organization Supplementary training modules on good manufacturing practice water for pharmaceutical use Part 2 water purification engineering Genebra 2001 Disponiacutevel em ltftpftpwhointmedicinesGMPgmptrainsuplmtWater02pptgt Acesso em 30 set 2007

WHO ndash World Health Organization Supplementary training modules on good manufacturing practice water for pharmaceutical use Part 3 inspection of water systems Genebra 2001 Disponiacutevel em ltftpftpwhointmedicinesGMPgmptrainsuplmtWater03pptgt Acesso em 30 set 2007

WHO ndash World Health Organization Who good manufacturing practices water for pharmaceutical use Genebra 2005 (Technical Report Series n 929 Anexo 3)

WHO ndash World Health Organization Who Expert Committee on specifications for pharmaceutical preparations Genebra 2006 p 125 ndash 126 (Technical Report Series n 937 Anexo 4 Apecircndice II) Disponiacutevel em lthttpwhqlibdocwhointtrsWHO_TRS_937_engpdfpage=359gt Acesso em 01 dez 2007

  • Outras definiccedilotildees semelhantes a essas existem e muito embora as expressotildees variem a essecircncia de todas eacute a mesma assegurar que o processo quando operado sob as condiccedilotildees preacute-determinadas resultaraacute em um produto que reuniraacute as especificaccedilotildees e seus
Page 37: VALIDAÇÃO DE PROCESSOS: Aspectos teóricos e proposição de

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash

RS Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

Protocolo ndeg003 Versatildeo 06112007 Validade 06112008

Protocolo de Produccedilatildeo (PP 001)

Protocolo de Produccedilatildeo de Aacutegua Purificada

Data Produccedilatildeo Diaacuteria Responsaacutevel

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash

RS Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

Protocolo ndeg004 Versatildeo 06112007 Validade 06112008

Resultados da Validaccedilatildeo do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

Aacutegua Purificada

DATA

PONTO DE COLETA

Testes Microbioloacutegicos

Especificaccedilatildeo ____ ____ ____ ____ ____

Contagem Heterotroacutefica Total

le 100UFCmL

Patoacutegenos Ausecircncia de coliformes P aeruginosa S aureus

Testes Quiacutemicos Especificaccedilatildeo ____ ____ ____ ____ ____ Acidez ou Alcalinidade

Cumpre o Teste

Amocircnio No maacuteximo 02 ppm Aparecircncia Liacutequido incolor liacutempido

insiacutepido e inodoro

Caacutelcio e Magneacutesio Cumpre o Teste Cloretos Cumpre o Teste Condutividade No maacuteximo 21 microScm Metais Pesado No maacuteximo 01 ppm Nitratos No maacuteximo 02 ppm pH 5 -7 Resiacuteduo por evaporaccedilatildeo

No maacuteximo 0001

Substacircncias Oxidaacuteveis Cumpre o Teste Sulfatos Cumpre o Teste Os testes seratildeo realizados de acordo com a Farmacopeacuteia Brasileira 4ordf ediccedilatildeo (F Bras IV 2005)

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash

RS Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

Protocolo ndeg 005 Versatildeo 06112007 Validade 06112008

Resultados da Validaccedilatildeo do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua Aacutegua Potaacutevel

Data

Ponto de

Coleta

Especificaccedilotildees Anaacutelise Quiacutemica Anaacutelise Microbioloacutegica

Cloro pH Cor

Turbidez Contagem Heterotroacutefica

Total

Patoacutegenos

02 ndash 05 ppm

60 ndash 95 15 UH 5 UT

lt 500 UFCmL Ausecircncia de coliformes

Unidade Hazen (mg Pt-CoL)

Unidade de turbidez

40

4 Consideraccedilotildees finais e perspectivas

Ao longo do tempo a importacircncia da validaccedilatildeo de processos para a Garantia da

Qualidade foi sendo melhor compreendida pelo segmento farmacecircutico e com isso foi

contemplada pelos oacutergatildeos reguladores e aplicada pelos profissionais deste segmento

Se a validaccedilatildeo estaacute bem definida e eacute amplamente compreendida como pocircde ser

observado pelo nuacutemero de trabalhos e legislaccedilotildees revisados neste trabalho um dos

desafios que se apresentam atualmente consiste em ampliar o entendimento de como

realizaacute-la na praacutetica A proposiccedilatildeo de um protocolo para a validaccedilatildeo de um processo de

purificaccedilatildeo de aacutegua teve como um de seus objetivos exemplificar esta tarefa e assim

auxiliar na elaboraccedilatildeo de outros protocolos Assim como perspectiva deste trabalho

espera-se fornecer subsiacutedio agrave validaccedilatildeo de outros processos farmacecircuticos de

purificaccedilatildeo de aacutegua ou mesmo outros

Isto porque embora cada processo possua aspectos especiacuteficos os quais devem

ser cuidadosamente avaliados durante a validaccedilatildeo o entendimento e aplicaccedilatildeo

adequados da terminologia relacionada agrave validaccedilatildeo auxiliam na conduccedilatildeo de uma

validaccedilatildeo adequada e bem documentada

41

5 Referecircncias

ALEEM H ZHAO Y LORD S MCCARTHY T SHARRATT P N Pharmaceutical process validation an overview Proceedings of the Institution of Mechanical Engineers Part E Process Mechanical Engineering v 217 p141 ndash 150 2002

ALENCAR J R B Pinto P M D V Neto P P V Oliveira A T C Medeiros F P M Ramos S V V Rolim P J N Strategy in pharmaceutical process validation of purified water Revista Brasileira de Farmaacutecia v 85 n3 p85-88 2004a ALENCAR JRB Souza M B J Rolim P J N Lopes C E Uso de controle estatiacutestico de processo (CEP) para validaccedilatildeo de processo de glibenclamida comprimidos Revista Brasileira de Farmaacutecia v85 n3 p115-119 2004b

ALENCAR J R B CLEMENTINO M R A ROLIM P J N Cleaning validation of equipments in medicines industry strategy to select the ldquoworst caserdquo Revista Brasileira de Farmaacutecia v87 n 1 p13-18 2006

ANVISA ndash Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria Gerecircncia Geral de Inspeccedilatildeo e Controle de Medicamentos e Produtos Guias relacionados agrave garantia de qualidade Brasiacutelia 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwanvisagovbrinspecaoguias_qualidadepdfgt Acesso em 12 nov 2007

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria (ANVISA) Resoluccedilatildeo RDC nordm 210 de 04082003 DOU de 14082003 Disponiacutevel em lthttpe-legisanvisagovbrleisrefpublicshowActphpid=22321ampword=gt Acesso em 30 set 2007

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria (ANVISA) Resoluccedilatildeo RDC nordm 67 de 08102007 DOU de 09102007 Disponiacutevel em lthttpe-legisanvisagovbrleisrefpublicshowActphpid=28806ampword= gt Acesso em 30 nov 2007

42

BRASIL Ministeacuterio de Estado da Sauacutede Portaria nordm 518 de 25032004 DOU de 26032004 Disponiacutevel em lthttpe-legisanvisagovbrleisrefpublicshowActphpid=22322ampwordgt Acesso em 30 set 2007

CASTILLA B SENA F J Validation documentation Journal of Validation Technology v7 n 2 p 166-123 2001

DA ROSA PS Diagnoacutestico e avaliaccedilatildeo da qualidade microbioloacutegica da aacutegua na Faculdade de Farmaacutecia Trabalho de Conclusatildeo de Curso de Graduaccedilatildeo Disciplina de Estaacutegio Curricular em Farmaacutecia Faculdade de Farmaacutecia Universidade Federal do Rio Grande do Sul Porto Alegre 2007

EMEA - European Agency for Evaluation of Medicinal Products Note for guidance on process validation London 2001 Disponiacutevel em lthttpwwwemeaeuropaeupdfshumanqwp084896enpdfgt Acesso em 12 nov 2007

FARMACOPEacuteIA BRASILEIRA 4 ed Satildeo Paulo Atheneu 2004 pV224

FARMACOPEacuteIA BRASILEIRA 4 ed Satildeo Paulo Atheneu 2005 Fasciacuteculo 6 p263

FDA ndash Food and Drug Administration - Center for Drug Evaluation and Research (CDER) Guidance for Industry Powder Blends and Finished Dosage Units mdash Stratified In-Process Dosage Unit Sampling and Assessment Rockville 2003 Disponiacutevel em lthttpwwwfdagovCDERGUIDANCE5831dfthtmgt Acesso em 12 nov 2007

FDA ndash Food and Drug Administration - Division of Manufacturing and Product Quality (HFN-320) Center for Drugs and Biologics Guidelines on general principles of process validation Rockville 1987 Disponiacutevel em lthttpwwwfdagovCDERGUIDANCEpvhtmgt Acesso em 12 nov 2007

GUAZZARONI M YIIN B YU JL Application of total organic carbon analysis for cleaning validation in pharmaceutical manufacturing American Biotechnology Laboratory v 16 n 10 p 66-67 1998

HAIDER S I Validation standard operating procedures a step-by-step guide for achieving compliance in the pharmaceutical medical device and biotech industries 2 ed Boca Raton CRC 2002

43

HELLE M R YLIRUUSI J MANNERMAA J P A literature review of pharmaceutical process validation Pharmaceutical Technology Europe Part 3 v15 p 52-57 2003

HOFMANN K L Sterile products validation In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 103

JEATER J P CULLEN L F PAPARIELLO GJ Organizing for validation In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 9

JOHNSON W M Validation of water system for sterile and nonsterile products In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 299 - 317

KIEFFER RG Validation and the human element PDA Journal of Pharmaceutical Science and Technology v52 n2 p52-54 1998

LE HIR A Noccedilotildees de farmaacutecia galecircnica 6 ed Satildeo Paulo Organizaccedilatildeo Andrei 1997 p 137-138

LeBLANC D A Establishing scientifically justified acceptance criteria for cleaning validation of finished drug products Pharmaceutical Technology 1998 Disponiacutevel em ltwwwadvanstarcomgt Acesso em 30 set 2007

LOFTUS B T The Regulatory basis for process In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 2 - 32

LORD SV MCCARTHY T ALEEM H ZHAO Y SHARRATT P N Reinterpreting validation Proceedings of the Institution of Mechanical Engineers Part E Process Mechanical Engineering v 217 p287- 292 2003

MCCOLMICK P Y CULLEN L F Cleaning validation In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 319 - 322

NASH R A Introduction In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993

44

PICS - Pharmaceutical Inspection Convention and Pharmaceutical Inspection Co-operation Scheme Recommendations on validation master plan installation and operational qualification non-sterile process validation cleaning validation Genebra 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwnewwayzconzrefmaterialpics_pi006_2VMPpdfgt Acesso em 30 set 2007

TKA WASSERAUFBEREITUNGSSYSTEME GMBH Operating instructions TKA LAB ndash UPW Article ndeg 083007-SO Niederelbert 2001

WHO ndash World Health Organization Suplementary guidelines on good manufacturing practices (GMP) validation Genebra 2005 p 22-23 Disponiacutevel em lthttpwwwwhointmedicinesservicesexpertcommitteespharmprepValidation_QAS_055_Rev2combinedpdfgtAcesso em Acesso em 30 set 2007

WHO ndash World Health Organization Supplementary training modules on good manufacturing practice water for pharmaceutical use Part 1 introduction and treatment Genebra 2001 Disponiacutevel em ltftpftpwhointmedicinesGMPgmptrainsuplmtWater01pptgt Acesso em 30 set 2007

WHO ndash World Health Organization Supplementary training modules on good manufacturing practice water for pharmaceutical use Part 2 water purification engineering Genebra 2001 Disponiacutevel em ltftpftpwhointmedicinesGMPgmptrainsuplmtWater02pptgt Acesso em 30 set 2007

WHO ndash World Health Organization Supplementary training modules on good manufacturing practice water for pharmaceutical use Part 3 inspection of water systems Genebra 2001 Disponiacutevel em ltftpftpwhointmedicinesGMPgmptrainsuplmtWater03pptgt Acesso em 30 set 2007

WHO ndash World Health Organization Who good manufacturing practices water for pharmaceutical use Genebra 2005 (Technical Report Series n 929 Anexo 3)

WHO ndash World Health Organization Who Expert Committee on specifications for pharmaceutical preparations Genebra 2006 p 125 ndash 126 (Technical Report Series n 937 Anexo 4 Apecircndice II) Disponiacutevel em lthttpwhqlibdocwhointtrsWHO_TRS_937_engpdfpage=359gt Acesso em 01 dez 2007

  • Outras definiccedilotildees semelhantes a essas existem e muito embora as expressotildees variem a essecircncia de todas eacute a mesma assegurar que o processo quando operado sob as condiccedilotildees preacute-determinadas resultaraacute em um produto que reuniraacute as especificaccedilotildees e seus
Page 38: VALIDAÇÃO DE PROCESSOS: Aspectos teóricos e proposição de

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash

RS Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

Protocolo ndeg004 Versatildeo 06112007 Validade 06112008

Resultados da Validaccedilatildeo do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua

Aacutegua Purificada

DATA

PONTO DE COLETA

Testes Microbioloacutegicos

Especificaccedilatildeo ____ ____ ____ ____ ____

Contagem Heterotroacutefica Total

le 100UFCmL

Patoacutegenos Ausecircncia de coliformes P aeruginosa S aureus

Testes Quiacutemicos Especificaccedilatildeo ____ ____ ____ ____ ____ Acidez ou Alcalinidade

Cumpre o Teste

Amocircnio No maacuteximo 02 ppm Aparecircncia Liacutequido incolor liacutempido

insiacutepido e inodoro

Caacutelcio e Magneacutesio Cumpre o Teste Cloretos Cumpre o Teste Condutividade No maacuteximo 21 microScm Metais Pesado No maacuteximo 01 ppm Nitratos No maacuteximo 02 ppm pH 5 -7 Resiacuteduo por evaporaccedilatildeo

No maacuteximo 0001

Substacircncias Oxidaacuteveis Cumpre o Teste Sulfatos Cumpre o Teste Os testes seratildeo realizados de acordo com a Farmacopeacuteia Brasileira 4ordf ediccedilatildeo (F Bras IV 2005)

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash

RS Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

Protocolo ndeg 005 Versatildeo 06112007 Validade 06112008

Resultados da Validaccedilatildeo do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua Aacutegua Potaacutevel

Data

Ponto de

Coleta

Especificaccedilotildees Anaacutelise Quiacutemica Anaacutelise Microbioloacutegica

Cloro pH Cor

Turbidez Contagem Heterotroacutefica

Total

Patoacutegenos

02 ndash 05 ppm

60 ndash 95 15 UH 5 UT

lt 500 UFCmL Ausecircncia de coliformes

Unidade Hazen (mg Pt-CoL)

Unidade de turbidez

40

4 Consideraccedilotildees finais e perspectivas

Ao longo do tempo a importacircncia da validaccedilatildeo de processos para a Garantia da

Qualidade foi sendo melhor compreendida pelo segmento farmacecircutico e com isso foi

contemplada pelos oacutergatildeos reguladores e aplicada pelos profissionais deste segmento

Se a validaccedilatildeo estaacute bem definida e eacute amplamente compreendida como pocircde ser

observado pelo nuacutemero de trabalhos e legislaccedilotildees revisados neste trabalho um dos

desafios que se apresentam atualmente consiste em ampliar o entendimento de como

realizaacute-la na praacutetica A proposiccedilatildeo de um protocolo para a validaccedilatildeo de um processo de

purificaccedilatildeo de aacutegua teve como um de seus objetivos exemplificar esta tarefa e assim

auxiliar na elaboraccedilatildeo de outros protocolos Assim como perspectiva deste trabalho

espera-se fornecer subsiacutedio agrave validaccedilatildeo de outros processos farmacecircuticos de

purificaccedilatildeo de aacutegua ou mesmo outros

Isto porque embora cada processo possua aspectos especiacuteficos os quais devem

ser cuidadosamente avaliados durante a validaccedilatildeo o entendimento e aplicaccedilatildeo

adequados da terminologia relacionada agrave validaccedilatildeo auxiliam na conduccedilatildeo de uma

validaccedilatildeo adequada e bem documentada

41

5 Referecircncias

ALEEM H ZHAO Y LORD S MCCARTHY T SHARRATT P N Pharmaceutical process validation an overview Proceedings of the Institution of Mechanical Engineers Part E Process Mechanical Engineering v 217 p141 ndash 150 2002

ALENCAR J R B Pinto P M D V Neto P P V Oliveira A T C Medeiros F P M Ramos S V V Rolim P J N Strategy in pharmaceutical process validation of purified water Revista Brasileira de Farmaacutecia v 85 n3 p85-88 2004a ALENCAR JRB Souza M B J Rolim P J N Lopes C E Uso de controle estatiacutestico de processo (CEP) para validaccedilatildeo de processo de glibenclamida comprimidos Revista Brasileira de Farmaacutecia v85 n3 p115-119 2004b

ALENCAR J R B CLEMENTINO M R A ROLIM P J N Cleaning validation of equipments in medicines industry strategy to select the ldquoworst caserdquo Revista Brasileira de Farmaacutecia v87 n 1 p13-18 2006

ANVISA ndash Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria Gerecircncia Geral de Inspeccedilatildeo e Controle de Medicamentos e Produtos Guias relacionados agrave garantia de qualidade Brasiacutelia 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwanvisagovbrinspecaoguias_qualidadepdfgt Acesso em 12 nov 2007

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria (ANVISA) Resoluccedilatildeo RDC nordm 210 de 04082003 DOU de 14082003 Disponiacutevel em lthttpe-legisanvisagovbrleisrefpublicshowActphpid=22321ampword=gt Acesso em 30 set 2007

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria (ANVISA) Resoluccedilatildeo RDC nordm 67 de 08102007 DOU de 09102007 Disponiacutevel em lthttpe-legisanvisagovbrleisrefpublicshowActphpid=28806ampword= gt Acesso em 30 nov 2007

42

BRASIL Ministeacuterio de Estado da Sauacutede Portaria nordm 518 de 25032004 DOU de 26032004 Disponiacutevel em lthttpe-legisanvisagovbrleisrefpublicshowActphpid=22322ampwordgt Acesso em 30 set 2007

CASTILLA B SENA F J Validation documentation Journal of Validation Technology v7 n 2 p 166-123 2001

DA ROSA PS Diagnoacutestico e avaliaccedilatildeo da qualidade microbioloacutegica da aacutegua na Faculdade de Farmaacutecia Trabalho de Conclusatildeo de Curso de Graduaccedilatildeo Disciplina de Estaacutegio Curricular em Farmaacutecia Faculdade de Farmaacutecia Universidade Federal do Rio Grande do Sul Porto Alegre 2007

EMEA - European Agency for Evaluation of Medicinal Products Note for guidance on process validation London 2001 Disponiacutevel em lthttpwwwemeaeuropaeupdfshumanqwp084896enpdfgt Acesso em 12 nov 2007

FARMACOPEacuteIA BRASILEIRA 4 ed Satildeo Paulo Atheneu 2004 pV224

FARMACOPEacuteIA BRASILEIRA 4 ed Satildeo Paulo Atheneu 2005 Fasciacuteculo 6 p263

FDA ndash Food and Drug Administration - Center for Drug Evaluation and Research (CDER) Guidance for Industry Powder Blends and Finished Dosage Units mdash Stratified In-Process Dosage Unit Sampling and Assessment Rockville 2003 Disponiacutevel em lthttpwwwfdagovCDERGUIDANCE5831dfthtmgt Acesso em 12 nov 2007

FDA ndash Food and Drug Administration - Division of Manufacturing and Product Quality (HFN-320) Center for Drugs and Biologics Guidelines on general principles of process validation Rockville 1987 Disponiacutevel em lthttpwwwfdagovCDERGUIDANCEpvhtmgt Acesso em 12 nov 2007

GUAZZARONI M YIIN B YU JL Application of total organic carbon analysis for cleaning validation in pharmaceutical manufacturing American Biotechnology Laboratory v 16 n 10 p 66-67 1998

HAIDER S I Validation standard operating procedures a step-by-step guide for achieving compliance in the pharmaceutical medical device and biotech industries 2 ed Boca Raton CRC 2002

43

HELLE M R YLIRUUSI J MANNERMAA J P A literature review of pharmaceutical process validation Pharmaceutical Technology Europe Part 3 v15 p 52-57 2003

HOFMANN K L Sterile products validation In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 103

JEATER J P CULLEN L F PAPARIELLO GJ Organizing for validation In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 9

JOHNSON W M Validation of water system for sterile and nonsterile products In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 299 - 317

KIEFFER RG Validation and the human element PDA Journal of Pharmaceutical Science and Technology v52 n2 p52-54 1998

LE HIR A Noccedilotildees de farmaacutecia galecircnica 6 ed Satildeo Paulo Organizaccedilatildeo Andrei 1997 p 137-138

LeBLANC D A Establishing scientifically justified acceptance criteria for cleaning validation of finished drug products Pharmaceutical Technology 1998 Disponiacutevel em ltwwwadvanstarcomgt Acesso em 30 set 2007

LOFTUS B T The Regulatory basis for process In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 2 - 32

LORD SV MCCARTHY T ALEEM H ZHAO Y SHARRATT P N Reinterpreting validation Proceedings of the Institution of Mechanical Engineers Part E Process Mechanical Engineering v 217 p287- 292 2003

MCCOLMICK P Y CULLEN L F Cleaning validation In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 319 - 322

NASH R A Introduction In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993

44

PICS - Pharmaceutical Inspection Convention and Pharmaceutical Inspection Co-operation Scheme Recommendations on validation master plan installation and operational qualification non-sterile process validation cleaning validation Genebra 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwnewwayzconzrefmaterialpics_pi006_2VMPpdfgt Acesso em 30 set 2007

TKA WASSERAUFBEREITUNGSSYSTEME GMBH Operating instructions TKA LAB ndash UPW Article ndeg 083007-SO Niederelbert 2001

WHO ndash World Health Organization Suplementary guidelines on good manufacturing practices (GMP) validation Genebra 2005 p 22-23 Disponiacutevel em lthttpwwwwhointmedicinesservicesexpertcommitteespharmprepValidation_QAS_055_Rev2combinedpdfgtAcesso em Acesso em 30 set 2007

WHO ndash World Health Organization Supplementary training modules on good manufacturing practice water for pharmaceutical use Part 1 introduction and treatment Genebra 2001 Disponiacutevel em ltftpftpwhointmedicinesGMPgmptrainsuplmtWater01pptgt Acesso em 30 set 2007

WHO ndash World Health Organization Supplementary training modules on good manufacturing practice water for pharmaceutical use Part 2 water purification engineering Genebra 2001 Disponiacutevel em ltftpftpwhointmedicinesGMPgmptrainsuplmtWater02pptgt Acesso em 30 set 2007

WHO ndash World Health Organization Supplementary training modules on good manufacturing practice water for pharmaceutical use Part 3 inspection of water systems Genebra 2001 Disponiacutevel em ltftpftpwhointmedicinesGMPgmptrainsuplmtWater03pptgt Acesso em 30 set 2007

WHO ndash World Health Organization Who good manufacturing practices water for pharmaceutical use Genebra 2005 (Technical Report Series n 929 Anexo 3)

WHO ndash World Health Organization Who Expert Committee on specifications for pharmaceutical preparations Genebra 2006 p 125 ndash 126 (Technical Report Series n 937 Anexo 4 Apecircndice II) Disponiacutevel em lthttpwhqlibdocwhointtrsWHO_TRS_937_engpdfpage=359gt Acesso em 01 dez 2007

  • Outras definiccedilotildees semelhantes a essas existem e muito embora as expressotildees variem a essecircncia de todas eacute a mesma assegurar que o processo quando operado sob as condiccedilotildees preacute-determinadas resultaraacute em um produto que reuniraacute as especificaccedilotildees e seus
Page 39: VALIDAÇÃO DE PROCESSOS: Aspectos teóricos e proposição de

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE FARMAacuteCIA

Av Ipiranga 2752 ndash Bairro Santana ndash CEP 90610-000 ndash Porto Alegre ndash

RS Telefone (51) 3308 5090 ndash E-mail facfarfarmaciaufrgsbr

Elaborado por Revisado por Responsaacutevel Data Data Data

Protocolo ndeg 005 Versatildeo 06112007 Validade 06112008

Resultados da Validaccedilatildeo do Sistema de Purificaccedilatildeo de Aacutegua Aacutegua Potaacutevel

Data

Ponto de

Coleta

Especificaccedilotildees Anaacutelise Quiacutemica Anaacutelise Microbioloacutegica

Cloro pH Cor

Turbidez Contagem Heterotroacutefica

Total

Patoacutegenos

02 ndash 05 ppm

60 ndash 95 15 UH 5 UT

lt 500 UFCmL Ausecircncia de coliformes

Unidade Hazen (mg Pt-CoL)

Unidade de turbidez

40

4 Consideraccedilotildees finais e perspectivas

Ao longo do tempo a importacircncia da validaccedilatildeo de processos para a Garantia da

Qualidade foi sendo melhor compreendida pelo segmento farmacecircutico e com isso foi

contemplada pelos oacutergatildeos reguladores e aplicada pelos profissionais deste segmento

Se a validaccedilatildeo estaacute bem definida e eacute amplamente compreendida como pocircde ser

observado pelo nuacutemero de trabalhos e legislaccedilotildees revisados neste trabalho um dos

desafios que se apresentam atualmente consiste em ampliar o entendimento de como

realizaacute-la na praacutetica A proposiccedilatildeo de um protocolo para a validaccedilatildeo de um processo de

purificaccedilatildeo de aacutegua teve como um de seus objetivos exemplificar esta tarefa e assim

auxiliar na elaboraccedilatildeo de outros protocolos Assim como perspectiva deste trabalho

espera-se fornecer subsiacutedio agrave validaccedilatildeo de outros processos farmacecircuticos de

purificaccedilatildeo de aacutegua ou mesmo outros

Isto porque embora cada processo possua aspectos especiacuteficos os quais devem

ser cuidadosamente avaliados durante a validaccedilatildeo o entendimento e aplicaccedilatildeo

adequados da terminologia relacionada agrave validaccedilatildeo auxiliam na conduccedilatildeo de uma

validaccedilatildeo adequada e bem documentada

41

5 Referecircncias

ALEEM H ZHAO Y LORD S MCCARTHY T SHARRATT P N Pharmaceutical process validation an overview Proceedings of the Institution of Mechanical Engineers Part E Process Mechanical Engineering v 217 p141 ndash 150 2002

ALENCAR J R B Pinto P M D V Neto P P V Oliveira A T C Medeiros F P M Ramos S V V Rolim P J N Strategy in pharmaceutical process validation of purified water Revista Brasileira de Farmaacutecia v 85 n3 p85-88 2004a ALENCAR JRB Souza M B J Rolim P J N Lopes C E Uso de controle estatiacutestico de processo (CEP) para validaccedilatildeo de processo de glibenclamida comprimidos Revista Brasileira de Farmaacutecia v85 n3 p115-119 2004b

ALENCAR J R B CLEMENTINO M R A ROLIM P J N Cleaning validation of equipments in medicines industry strategy to select the ldquoworst caserdquo Revista Brasileira de Farmaacutecia v87 n 1 p13-18 2006

ANVISA ndash Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria Gerecircncia Geral de Inspeccedilatildeo e Controle de Medicamentos e Produtos Guias relacionados agrave garantia de qualidade Brasiacutelia 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwanvisagovbrinspecaoguias_qualidadepdfgt Acesso em 12 nov 2007

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria (ANVISA) Resoluccedilatildeo RDC nordm 210 de 04082003 DOU de 14082003 Disponiacutevel em lthttpe-legisanvisagovbrleisrefpublicshowActphpid=22321ampword=gt Acesso em 30 set 2007

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria (ANVISA) Resoluccedilatildeo RDC nordm 67 de 08102007 DOU de 09102007 Disponiacutevel em lthttpe-legisanvisagovbrleisrefpublicshowActphpid=28806ampword= gt Acesso em 30 nov 2007

42

BRASIL Ministeacuterio de Estado da Sauacutede Portaria nordm 518 de 25032004 DOU de 26032004 Disponiacutevel em lthttpe-legisanvisagovbrleisrefpublicshowActphpid=22322ampwordgt Acesso em 30 set 2007

CASTILLA B SENA F J Validation documentation Journal of Validation Technology v7 n 2 p 166-123 2001

DA ROSA PS Diagnoacutestico e avaliaccedilatildeo da qualidade microbioloacutegica da aacutegua na Faculdade de Farmaacutecia Trabalho de Conclusatildeo de Curso de Graduaccedilatildeo Disciplina de Estaacutegio Curricular em Farmaacutecia Faculdade de Farmaacutecia Universidade Federal do Rio Grande do Sul Porto Alegre 2007

EMEA - European Agency for Evaluation of Medicinal Products Note for guidance on process validation London 2001 Disponiacutevel em lthttpwwwemeaeuropaeupdfshumanqwp084896enpdfgt Acesso em 12 nov 2007

FARMACOPEacuteIA BRASILEIRA 4 ed Satildeo Paulo Atheneu 2004 pV224

FARMACOPEacuteIA BRASILEIRA 4 ed Satildeo Paulo Atheneu 2005 Fasciacuteculo 6 p263

FDA ndash Food and Drug Administration - Center for Drug Evaluation and Research (CDER) Guidance for Industry Powder Blends and Finished Dosage Units mdash Stratified In-Process Dosage Unit Sampling and Assessment Rockville 2003 Disponiacutevel em lthttpwwwfdagovCDERGUIDANCE5831dfthtmgt Acesso em 12 nov 2007

FDA ndash Food and Drug Administration - Division of Manufacturing and Product Quality (HFN-320) Center for Drugs and Biologics Guidelines on general principles of process validation Rockville 1987 Disponiacutevel em lthttpwwwfdagovCDERGUIDANCEpvhtmgt Acesso em 12 nov 2007

GUAZZARONI M YIIN B YU JL Application of total organic carbon analysis for cleaning validation in pharmaceutical manufacturing American Biotechnology Laboratory v 16 n 10 p 66-67 1998

HAIDER S I Validation standard operating procedures a step-by-step guide for achieving compliance in the pharmaceutical medical device and biotech industries 2 ed Boca Raton CRC 2002

43

HELLE M R YLIRUUSI J MANNERMAA J P A literature review of pharmaceutical process validation Pharmaceutical Technology Europe Part 3 v15 p 52-57 2003

HOFMANN K L Sterile products validation In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 103

JEATER J P CULLEN L F PAPARIELLO GJ Organizing for validation In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 9

JOHNSON W M Validation of water system for sterile and nonsterile products In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 299 - 317

KIEFFER RG Validation and the human element PDA Journal of Pharmaceutical Science and Technology v52 n2 p52-54 1998

LE HIR A Noccedilotildees de farmaacutecia galecircnica 6 ed Satildeo Paulo Organizaccedilatildeo Andrei 1997 p 137-138

LeBLANC D A Establishing scientifically justified acceptance criteria for cleaning validation of finished drug products Pharmaceutical Technology 1998 Disponiacutevel em ltwwwadvanstarcomgt Acesso em 30 set 2007

LOFTUS B T The Regulatory basis for process In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 2 - 32

LORD SV MCCARTHY T ALEEM H ZHAO Y SHARRATT P N Reinterpreting validation Proceedings of the Institution of Mechanical Engineers Part E Process Mechanical Engineering v 217 p287- 292 2003

MCCOLMICK P Y CULLEN L F Cleaning validation In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 319 - 322

NASH R A Introduction In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993

44

PICS - Pharmaceutical Inspection Convention and Pharmaceutical Inspection Co-operation Scheme Recommendations on validation master plan installation and operational qualification non-sterile process validation cleaning validation Genebra 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwnewwayzconzrefmaterialpics_pi006_2VMPpdfgt Acesso em 30 set 2007

TKA WASSERAUFBEREITUNGSSYSTEME GMBH Operating instructions TKA LAB ndash UPW Article ndeg 083007-SO Niederelbert 2001

WHO ndash World Health Organization Suplementary guidelines on good manufacturing practices (GMP) validation Genebra 2005 p 22-23 Disponiacutevel em lthttpwwwwhointmedicinesservicesexpertcommitteespharmprepValidation_QAS_055_Rev2combinedpdfgtAcesso em Acesso em 30 set 2007

WHO ndash World Health Organization Supplementary training modules on good manufacturing practice water for pharmaceutical use Part 1 introduction and treatment Genebra 2001 Disponiacutevel em ltftpftpwhointmedicinesGMPgmptrainsuplmtWater01pptgt Acesso em 30 set 2007

WHO ndash World Health Organization Supplementary training modules on good manufacturing practice water for pharmaceutical use Part 2 water purification engineering Genebra 2001 Disponiacutevel em ltftpftpwhointmedicinesGMPgmptrainsuplmtWater02pptgt Acesso em 30 set 2007

WHO ndash World Health Organization Supplementary training modules on good manufacturing practice water for pharmaceutical use Part 3 inspection of water systems Genebra 2001 Disponiacutevel em ltftpftpwhointmedicinesGMPgmptrainsuplmtWater03pptgt Acesso em 30 set 2007

WHO ndash World Health Organization Who good manufacturing practices water for pharmaceutical use Genebra 2005 (Technical Report Series n 929 Anexo 3)

WHO ndash World Health Organization Who Expert Committee on specifications for pharmaceutical preparations Genebra 2006 p 125 ndash 126 (Technical Report Series n 937 Anexo 4 Apecircndice II) Disponiacutevel em lthttpwhqlibdocwhointtrsWHO_TRS_937_engpdfpage=359gt Acesso em 01 dez 2007

  • Outras definiccedilotildees semelhantes a essas existem e muito embora as expressotildees variem a essecircncia de todas eacute a mesma assegurar que o processo quando operado sob as condiccedilotildees preacute-determinadas resultaraacute em um produto que reuniraacute as especificaccedilotildees e seus
Page 40: VALIDAÇÃO DE PROCESSOS: Aspectos teóricos e proposição de

40

4 Consideraccedilotildees finais e perspectivas

Ao longo do tempo a importacircncia da validaccedilatildeo de processos para a Garantia da

Qualidade foi sendo melhor compreendida pelo segmento farmacecircutico e com isso foi

contemplada pelos oacutergatildeos reguladores e aplicada pelos profissionais deste segmento

Se a validaccedilatildeo estaacute bem definida e eacute amplamente compreendida como pocircde ser

observado pelo nuacutemero de trabalhos e legislaccedilotildees revisados neste trabalho um dos

desafios que se apresentam atualmente consiste em ampliar o entendimento de como

realizaacute-la na praacutetica A proposiccedilatildeo de um protocolo para a validaccedilatildeo de um processo de

purificaccedilatildeo de aacutegua teve como um de seus objetivos exemplificar esta tarefa e assim

auxiliar na elaboraccedilatildeo de outros protocolos Assim como perspectiva deste trabalho

espera-se fornecer subsiacutedio agrave validaccedilatildeo de outros processos farmacecircuticos de

purificaccedilatildeo de aacutegua ou mesmo outros

Isto porque embora cada processo possua aspectos especiacuteficos os quais devem

ser cuidadosamente avaliados durante a validaccedilatildeo o entendimento e aplicaccedilatildeo

adequados da terminologia relacionada agrave validaccedilatildeo auxiliam na conduccedilatildeo de uma

validaccedilatildeo adequada e bem documentada

41

5 Referecircncias

ALEEM H ZHAO Y LORD S MCCARTHY T SHARRATT P N Pharmaceutical process validation an overview Proceedings of the Institution of Mechanical Engineers Part E Process Mechanical Engineering v 217 p141 ndash 150 2002

ALENCAR J R B Pinto P M D V Neto P P V Oliveira A T C Medeiros F P M Ramos S V V Rolim P J N Strategy in pharmaceutical process validation of purified water Revista Brasileira de Farmaacutecia v 85 n3 p85-88 2004a ALENCAR JRB Souza M B J Rolim P J N Lopes C E Uso de controle estatiacutestico de processo (CEP) para validaccedilatildeo de processo de glibenclamida comprimidos Revista Brasileira de Farmaacutecia v85 n3 p115-119 2004b

ALENCAR J R B CLEMENTINO M R A ROLIM P J N Cleaning validation of equipments in medicines industry strategy to select the ldquoworst caserdquo Revista Brasileira de Farmaacutecia v87 n 1 p13-18 2006

ANVISA ndash Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria Gerecircncia Geral de Inspeccedilatildeo e Controle de Medicamentos e Produtos Guias relacionados agrave garantia de qualidade Brasiacutelia 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwanvisagovbrinspecaoguias_qualidadepdfgt Acesso em 12 nov 2007

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria (ANVISA) Resoluccedilatildeo RDC nordm 210 de 04082003 DOU de 14082003 Disponiacutevel em lthttpe-legisanvisagovbrleisrefpublicshowActphpid=22321ampword=gt Acesso em 30 set 2007

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria (ANVISA) Resoluccedilatildeo RDC nordm 67 de 08102007 DOU de 09102007 Disponiacutevel em lthttpe-legisanvisagovbrleisrefpublicshowActphpid=28806ampword= gt Acesso em 30 nov 2007

42

BRASIL Ministeacuterio de Estado da Sauacutede Portaria nordm 518 de 25032004 DOU de 26032004 Disponiacutevel em lthttpe-legisanvisagovbrleisrefpublicshowActphpid=22322ampwordgt Acesso em 30 set 2007

CASTILLA B SENA F J Validation documentation Journal of Validation Technology v7 n 2 p 166-123 2001

DA ROSA PS Diagnoacutestico e avaliaccedilatildeo da qualidade microbioloacutegica da aacutegua na Faculdade de Farmaacutecia Trabalho de Conclusatildeo de Curso de Graduaccedilatildeo Disciplina de Estaacutegio Curricular em Farmaacutecia Faculdade de Farmaacutecia Universidade Federal do Rio Grande do Sul Porto Alegre 2007

EMEA - European Agency for Evaluation of Medicinal Products Note for guidance on process validation London 2001 Disponiacutevel em lthttpwwwemeaeuropaeupdfshumanqwp084896enpdfgt Acesso em 12 nov 2007

FARMACOPEacuteIA BRASILEIRA 4 ed Satildeo Paulo Atheneu 2004 pV224

FARMACOPEacuteIA BRASILEIRA 4 ed Satildeo Paulo Atheneu 2005 Fasciacuteculo 6 p263

FDA ndash Food and Drug Administration - Center for Drug Evaluation and Research (CDER) Guidance for Industry Powder Blends and Finished Dosage Units mdash Stratified In-Process Dosage Unit Sampling and Assessment Rockville 2003 Disponiacutevel em lthttpwwwfdagovCDERGUIDANCE5831dfthtmgt Acesso em 12 nov 2007

FDA ndash Food and Drug Administration - Division of Manufacturing and Product Quality (HFN-320) Center for Drugs and Biologics Guidelines on general principles of process validation Rockville 1987 Disponiacutevel em lthttpwwwfdagovCDERGUIDANCEpvhtmgt Acesso em 12 nov 2007

GUAZZARONI M YIIN B YU JL Application of total organic carbon analysis for cleaning validation in pharmaceutical manufacturing American Biotechnology Laboratory v 16 n 10 p 66-67 1998

HAIDER S I Validation standard operating procedures a step-by-step guide for achieving compliance in the pharmaceutical medical device and biotech industries 2 ed Boca Raton CRC 2002

43

HELLE M R YLIRUUSI J MANNERMAA J P A literature review of pharmaceutical process validation Pharmaceutical Technology Europe Part 3 v15 p 52-57 2003

HOFMANN K L Sterile products validation In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 103

JEATER J P CULLEN L F PAPARIELLO GJ Organizing for validation In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 9

JOHNSON W M Validation of water system for sterile and nonsterile products In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 299 - 317

KIEFFER RG Validation and the human element PDA Journal of Pharmaceutical Science and Technology v52 n2 p52-54 1998

LE HIR A Noccedilotildees de farmaacutecia galecircnica 6 ed Satildeo Paulo Organizaccedilatildeo Andrei 1997 p 137-138

LeBLANC D A Establishing scientifically justified acceptance criteria for cleaning validation of finished drug products Pharmaceutical Technology 1998 Disponiacutevel em ltwwwadvanstarcomgt Acesso em 30 set 2007

LOFTUS B T The Regulatory basis for process In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 2 - 32

LORD SV MCCARTHY T ALEEM H ZHAO Y SHARRATT P N Reinterpreting validation Proceedings of the Institution of Mechanical Engineers Part E Process Mechanical Engineering v 217 p287- 292 2003

MCCOLMICK P Y CULLEN L F Cleaning validation In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 319 - 322

NASH R A Introduction In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993

44

PICS - Pharmaceutical Inspection Convention and Pharmaceutical Inspection Co-operation Scheme Recommendations on validation master plan installation and operational qualification non-sterile process validation cleaning validation Genebra 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwnewwayzconzrefmaterialpics_pi006_2VMPpdfgt Acesso em 30 set 2007

TKA WASSERAUFBEREITUNGSSYSTEME GMBH Operating instructions TKA LAB ndash UPW Article ndeg 083007-SO Niederelbert 2001

WHO ndash World Health Organization Suplementary guidelines on good manufacturing practices (GMP) validation Genebra 2005 p 22-23 Disponiacutevel em lthttpwwwwhointmedicinesservicesexpertcommitteespharmprepValidation_QAS_055_Rev2combinedpdfgtAcesso em Acesso em 30 set 2007

WHO ndash World Health Organization Supplementary training modules on good manufacturing practice water for pharmaceutical use Part 1 introduction and treatment Genebra 2001 Disponiacutevel em ltftpftpwhointmedicinesGMPgmptrainsuplmtWater01pptgt Acesso em 30 set 2007

WHO ndash World Health Organization Supplementary training modules on good manufacturing practice water for pharmaceutical use Part 2 water purification engineering Genebra 2001 Disponiacutevel em ltftpftpwhointmedicinesGMPgmptrainsuplmtWater02pptgt Acesso em 30 set 2007

WHO ndash World Health Organization Supplementary training modules on good manufacturing practice water for pharmaceutical use Part 3 inspection of water systems Genebra 2001 Disponiacutevel em ltftpftpwhointmedicinesGMPgmptrainsuplmtWater03pptgt Acesso em 30 set 2007

WHO ndash World Health Organization Who good manufacturing practices water for pharmaceutical use Genebra 2005 (Technical Report Series n 929 Anexo 3)

WHO ndash World Health Organization Who Expert Committee on specifications for pharmaceutical preparations Genebra 2006 p 125 ndash 126 (Technical Report Series n 937 Anexo 4 Apecircndice II) Disponiacutevel em lthttpwhqlibdocwhointtrsWHO_TRS_937_engpdfpage=359gt Acesso em 01 dez 2007

  • Outras definiccedilotildees semelhantes a essas existem e muito embora as expressotildees variem a essecircncia de todas eacute a mesma assegurar que o processo quando operado sob as condiccedilotildees preacute-determinadas resultaraacute em um produto que reuniraacute as especificaccedilotildees e seus
Page 41: VALIDAÇÃO DE PROCESSOS: Aspectos teóricos e proposição de

41

5 Referecircncias

ALEEM H ZHAO Y LORD S MCCARTHY T SHARRATT P N Pharmaceutical process validation an overview Proceedings of the Institution of Mechanical Engineers Part E Process Mechanical Engineering v 217 p141 ndash 150 2002

ALENCAR J R B Pinto P M D V Neto P P V Oliveira A T C Medeiros F P M Ramos S V V Rolim P J N Strategy in pharmaceutical process validation of purified water Revista Brasileira de Farmaacutecia v 85 n3 p85-88 2004a ALENCAR JRB Souza M B J Rolim P J N Lopes C E Uso de controle estatiacutestico de processo (CEP) para validaccedilatildeo de processo de glibenclamida comprimidos Revista Brasileira de Farmaacutecia v85 n3 p115-119 2004b

ALENCAR J R B CLEMENTINO M R A ROLIM P J N Cleaning validation of equipments in medicines industry strategy to select the ldquoworst caserdquo Revista Brasileira de Farmaacutecia v87 n 1 p13-18 2006

ANVISA ndash Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria Gerecircncia Geral de Inspeccedilatildeo e Controle de Medicamentos e Produtos Guias relacionados agrave garantia de qualidade Brasiacutelia 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwanvisagovbrinspecaoguias_qualidadepdfgt Acesso em 12 nov 2007

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria (ANVISA) Resoluccedilatildeo RDC nordm 210 de 04082003 DOU de 14082003 Disponiacutevel em lthttpe-legisanvisagovbrleisrefpublicshowActphpid=22321ampword=gt Acesso em 30 set 2007

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria (ANVISA) Resoluccedilatildeo RDC nordm 67 de 08102007 DOU de 09102007 Disponiacutevel em lthttpe-legisanvisagovbrleisrefpublicshowActphpid=28806ampword= gt Acesso em 30 nov 2007

42

BRASIL Ministeacuterio de Estado da Sauacutede Portaria nordm 518 de 25032004 DOU de 26032004 Disponiacutevel em lthttpe-legisanvisagovbrleisrefpublicshowActphpid=22322ampwordgt Acesso em 30 set 2007

CASTILLA B SENA F J Validation documentation Journal of Validation Technology v7 n 2 p 166-123 2001

DA ROSA PS Diagnoacutestico e avaliaccedilatildeo da qualidade microbioloacutegica da aacutegua na Faculdade de Farmaacutecia Trabalho de Conclusatildeo de Curso de Graduaccedilatildeo Disciplina de Estaacutegio Curricular em Farmaacutecia Faculdade de Farmaacutecia Universidade Federal do Rio Grande do Sul Porto Alegre 2007

EMEA - European Agency for Evaluation of Medicinal Products Note for guidance on process validation London 2001 Disponiacutevel em lthttpwwwemeaeuropaeupdfshumanqwp084896enpdfgt Acesso em 12 nov 2007

FARMACOPEacuteIA BRASILEIRA 4 ed Satildeo Paulo Atheneu 2004 pV224

FARMACOPEacuteIA BRASILEIRA 4 ed Satildeo Paulo Atheneu 2005 Fasciacuteculo 6 p263

FDA ndash Food and Drug Administration - Center for Drug Evaluation and Research (CDER) Guidance for Industry Powder Blends and Finished Dosage Units mdash Stratified In-Process Dosage Unit Sampling and Assessment Rockville 2003 Disponiacutevel em lthttpwwwfdagovCDERGUIDANCE5831dfthtmgt Acesso em 12 nov 2007

FDA ndash Food and Drug Administration - Division of Manufacturing and Product Quality (HFN-320) Center for Drugs and Biologics Guidelines on general principles of process validation Rockville 1987 Disponiacutevel em lthttpwwwfdagovCDERGUIDANCEpvhtmgt Acesso em 12 nov 2007

GUAZZARONI M YIIN B YU JL Application of total organic carbon analysis for cleaning validation in pharmaceutical manufacturing American Biotechnology Laboratory v 16 n 10 p 66-67 1998

HAIDER S I Validation standard operating procedures a step-by-step guide for achieving compliance in the pharmaceutical medical device and biotech industries 2 ed Boca Raton CRC 2002

43

HELLE M R YLIRUUSI J MANNERMAA J P A literature review of pharmaceutical process validation Pharmaceutical Technology Europe Part 3 v15 p 52-57 2003

HOFMANN K L Sterile products validation In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 103

JEATER J P CULLEN L F PAPARIELLO GJ Organizing for validation In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 9

JOHNSON W M Validation of water system for sterile and nonsterile products In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 299 - 317

KIEFFER RG Validation and the human element PDA Journal of Pharmaceutical Science and Technology v52 n2 p52-54 1998

LE HIR A Noccedilotildees de farmaacutecia galecircnica 6 ed Satildeo Paulo Organizaccedilatildeo Andrei 1997 p 137-138

LeBLANC D A Establishing scientifically justified acceptance criteria for cleaning validation of finished drug products Pharmaceutical Technology 1998 Disponiacutevel em ltwwwadvanstarcomgt Acesso em 30 set 2007

LOFTUS B T The Regulatory basis for process In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 2 - 32

LORD SV MCCARTHY T ALEEM H ZHAO Y SHARRATT P N Reinterpreting validation Proceedings of the Institution of Mechanical Engineers Part E Process Mechanical Engineering v 217 p287- 292 2003

MCCOLMICK P Y CULLEN L F Cleaning validation In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 319 - 322

NASH R A Introduction In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993

44

PICS - Pharmaceutical Inspection Convention and Pharmaceutical Inspection Co-operation Scheme Recommendations on validation master plan installation and operational qualification non-sterile process validation cleaning validation Genebra 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwnewwayzconzrefmaterialpics_pi006_2VMPpdfgt Acesso em 30 set 2007

TKA WASSERAUFBEREITUNGSSYSTEME GMBH Operating instructions TKA LAB ndash UPW Article ndeg 083007-SO Niederelbert 2001

WHO ndash World Health Organization Suplementary guidelines on good manufacturing practices (GMP) validation Genebra 2005 p 22-23 Disponiacutevel em lthttpwwwwhointmedicinesservicesexpertcommitteespharmprepValidation_QAS_055_Rev2combinedpdfgtAcesso em Acesso em 30 set 2007

WHO ndash World Health Organization Supplementary training modules on good manufacturing practice water for pharmaceutical use Part 1 introduction and treatment Genebra 2001 Disponiacutevel em ltftpftpwhointmedicinesGMPgmptrainsuplmtWater01pptgt Acesso em 30 set 2007

WHO ndash World Health Organization Supplementary training modules on good manufacturing practice water for pharmaceutical use Part 2 water purification engineering Genebra 2001 Disponiacutevel em ltftpftpwhointmedicinesGMPgmptrainsuplmtWater02pptgt Acesso em 30 set 2007

WHO ndash World Health Organization Supplementary training modules on good manufacturing practice water for pharmaceutical use Part 3 inspection of water systems Genebra 2001 Disponiacutevel em ltftpftpwhointmedicinesGMPgmptrainsuplmtWater03pptgt Acesso em 30 set 2007

WHO ndash World Health Organization Who good manufacturing practices water for pharmaceutical use Genebra 2005 (Technical Report Series n 929 Anexo 3)

WHO ndash World Health Organization Who Expert Committee on specifications for pharmaceutical preparations Genebra 2006 p 125 ndash 126 (Technical Report Series n 937 Anexo 4 Apecircndice II) Disponiacutevel em lthttpwhqlibdocwhointtrsWHO_TRS_937_engpdfpage=359gt Acesso em 01 dez 2007

  • Outras definiccedilotildees semelhantes a essas existem e muito embora as expressotildees variem a essecircncia de todas eacute a mesma assegurar que o processo quando operado sob as condiccedilotildees preacute-determinadas resultaraacute em um produto que reuniraacute as especificaccedilotildees e seus
Page 42: VALIDAÇÃO DE PROCESSOS: Aspectos teóricos e proposição de

42

BRASIL Ministeacuterio de Estado da Sauacutede Portaria nordm 518 de 25032004 DOU de 26032004 Disponiacutevel em lthttpe-legisanvisagovbrleisrefpublicshowActphpid=22322ampwordgt Acesso em 30 set 2007

CASTILLA B SENA F J Validation documentation Journal of Validation Technology v7 n 2 p 166-123 2001

DA ROSA PS Diagnoacutestico e avaliaccedilatildeo da qualidade microbioloacutegica da aacutegua na Faculdade de Farmaacutecia Trabalho de Conclusatildeo de Curso de Graduaccedilatildeo Disciplina de Estaacutegio Curricular em Farmaacutecia Faculdade de Farmaacutecia Universidade Federal do Rio Grande do Sul Porto Alegre 2007

EMEA - European Agency for Evaluation of Medicinal Products Note for guidance on process validation London 2001 Disponiacutevel em lthttpwwwemeaeuropaeupdfshumanqwp084896enpdfgt Acesso em 12 nov 2007

FARMACOPEacuteIA BRASILEIRA 4 ed Satildeo Paulo Atheneu 2004 pV224

FARMACOPEacuteIA BRASILEIRA 4 ed Satildeo Paulo Atheneu 2005 Fasciacuteculo 6 p263

FDA ndash Food and Drug Administration - Center for Drug Evaluation and Research (CDER) Guidance for Industry Powder Blends and Finished Dosage Units mdash Stratified In-Process Dosage Unit Sampling and Assessment Rockville 2003 Disponiacutevel em lthttpwwwfdagovCDERGUIDANCE5831dfthtmgt Acesso em 12 nov 2007

FDA ndash Food and Drug Administration - Division of Manufacturing and Product Quality (HFN-320) Center for Drugs and Biologics Guidelines on general principles of process validation Rockville 1987 Disponiacutevel em lthttpwwwfdagovCDERGUIDANCEpvhtmgt Acesso em 12 nov 2007

GUAZZARONI M YIIN B YU JL Application of total organic carbon analysis for cleaning validation in pharmaceutical manufacturing American Biotechnology Laboratory v 16 n 10 p 66-67 1998

HAIDER S I Validation standard operating procedures a step-by-step guide for achieving compliance in the pharmaceutical medical device and biotech industries 2 ed Boca Raton CRC 2002

43

HELLE M R YLIRUUSI J MANNERMAA J P A literature review of pharmaceutical process validation Pharmaceutical Technology Europe Part 3 v15 p 52-57 2003

HOFMANN K L Sterile products validation In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 103

JEATER J P CULLEN L F PAPARIELLO GJ Organizing for validation In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 9

JOHNSON W M Validation of water system for sterile and nonsterile products In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 299 - 317

KIEFFER RG Validation and the human element PDA Journal of Pharmaceutical Science and Technology v52 n2 p52-54 1998

LE HIR A Noccedilotildees de farmaacutecia galecircnica 6 ed Satildeo Paulo Organizaccedilatildeo Andrei 1997 p 137-138

LeBLANC D A Establishing scientifically justified acceptance criteria for cleaning validation of finished drug products Pharmaceutical Technology 1998 Disponiacutevel em ltwwwadvanstarcomgt Acesso em 30 set 2007

LOFTUS B T The Regulatory basis for process In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 2 - 32

LORD SV MCCARTHY T ALEEM H ZHAO Y SHARRATT P N Reinterpreting validation Proceedings of the Institution of Mechanical Engineers Part E Process Mechanical Engineering v 217 p287- 292 2003

MCCOLMICK P Y CULLEN L F Cleaning validation In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 319 - 322

NASH R A Introduction In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993

44

PICS - Pharmaceutical Inspection Convention and Pharmaceutical Inspection Co-operation Scheme Recommendations on validation master plan installation and operational qualification non-sterile process validation cleaning validation Genebra 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwnewwayzconzrefmaterialpics_pi006_2VMPpdfgt Acesso em 30 set 2007

TKA WASSERAUFBEREITUNGSSYSTEME GMBH Operating instructions TKA LAB ndash UPW Article ndeg 083007-SO Niederelbert 2001

WHO ndash World Health Organization Suplementary guidelines on good manufacturing practices (GMP) validation Genebra 2005 p 22-23 Disponiacutevel em lthttpwwwwhointmedicinesservicesexpertcommitteespharmprepValidation_QAS_055_Rev2combinedpdfgtAcesso em Acesso em 30 set 2007

WHO ndash World Health Organization Supplementary training modules on good manufacturing practice water for pharmaceutical use Part 1 introduction and treatment Genebra 2001 Disponiacutevel em ltftpftpwhointmedicinesGMPgmptrainsuplmtWater01pptgt Acesso em 30 set 2007

WHO ndash World Health Organization Supplementary training modules on good manufacturing practice water for pharmaceutical use Part 2 water purification engineering Genebra 2001 Disponiacutevel em ltftpftpwhointmedicinesGMPgmptrainsuplmtWater02pptgt Acesso em 30 set 2007

WHO ndash World Health Organization Supplementary training modules on good manufacturing practice water for pharmaceutical use Part 3 inspection of water systems Genebra 2001 Disponiacutevel em ltftpftpwhointmedicinesGMPgmptrainsuplmtWater03pptgt Acesso em 30 set 2007

WHO ndash World Health Organization Who good manufacturing practices water for pharmaceutical use Genebra 2005 (Technical Report Series n 929 Anexo 3)

WHO ndash World Health Organization Who Expert Committee on specifications for pharmaceutical preparations Genebra 2006 p 125 ndash 126 (Technical Report Series n 937 Anexo 4 Apecircndice II) Disponiacutevel em lthttpwhqlibdocwhointtrsWHO_TRS_937_engpdfpage=359gt Acesso em 01 dez 2007

  • Outras definiccedilotildees semelhantes a essas existem e muito embora as expressotildees variem a essecircncia de todas eacute a mesma assegurar que o processo quando operado sob as condiccedilotildees preacute-determinadas resultaraacute em um produto que reuniraacute as especificaccedilotildees e seus
Page 43: VALIDAÇÃO DE PROCESSOS: Aspectos teóricos e proposição de

43

HELLE M R YLIRUUSI J MANNERMAA J P A literature review of pharmaceutical process validation Pharmaceutical Technology Europe Part 3 v15 p 52-57 2003

HOFMANN K L Sterile products validation In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 103

JEATER J P CULLEN L F PAPARIELLO GJ Organizing for validation In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 9

JOHNSON W M Validation of water system for sterile and nonsterile products In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 299 - 317

KIEFFER RG Validation and the human element PDA Journal of Pharmaceutical Science and Technology v52 n2 p52-54 1998

LE HIR A Noccedilotildees de farmaacutecia galecircnica 6 ed Satildeo Paulo Organizaccedilatildeo Andrei 1997 p 137-138

LeBLANC D A Establishing scientifically justified acceptance criteria for cleaning validation of finished drug products Pharmaceutical Technology 1998 Disponiacutevel em ltwwwadvanstarcomgt Acesso em 30 set 2007

LOFTUS B T The Regulatory basis for process In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 2 - 32

LORD SV MCCARTHY T ALEEM H ZHAO Y SHARRATT P N Reinterpreting validation Proceedings of the Institution of Mechanical Engineers Part E Process Mechanical Engineering v 217 p287- 292 2003

MCCOLMICK P Y CULLEN L F Cleaning validation In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993 p 319 - 322

NASH R A Introduction In NASH R A BERRY IR Pharmaceutical process validation 2 ed New York Marcel Dekker 1993

44

PICS - Pharmaceutical Inspection Convention and Pharmaceutical Inspection Co-operation Scheme Recommendations on validation master plan installation and operational qualification non-sterile process validation cleaning validation Genebra 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwnewwayzconzrefmaterialpics_pi006_2VMPpdfgt Acesso em 30 set 2007

TKA WASSERAUFBEREITUNGSSYSTEME GMBH Operating instructions TKA LAB ndash UPW Article ndeg 083007-SO Niederelbert 2001

WHO ndash World Health Organization Suplementary guidelines on good manufacturing practices (GMP) validation Genebra 2005 p 22-23 Disponiacutevel em lthttpwwwwhointmedicinesservicesexpertcommitteespharmprepValidation_QAS_055_Rev2combinedpdfgtAcesso em Acesso em 30 set 2007

WHO ndash World Health Organization Supplementary training modules on good manufacturing practice water for pharmaceutical use Part 1 introduction and treatment Genebra 2001 Disponiacutevel em ltftpftpwhointmedicinesGMPgmptrainsuplmtWater01pptgt Acesso em 30 set 2007

WHO ndash World Health Organization Supplementary training modules on good manufacturing practice water for pharmaceutical use Part 2 water purification engineering Genebra 2001 Disponiacutevel em ltftpftpwhointmedicinesGMPgmptrainsuplmtWater02pptgt Acesso em 30 set 2007

WHO ndash World Health Organization Supplementary training modules on good manufacturing practice water for pharmaceutical use Part 3 inspection of water systems Genebra 2001 Disponiacutevel em ltftpftpwhointmedicinesGMPgmptrainsuplmtWater03pptgt Acesso em 30 set 2007

WHO ndash World Health Organization Who good manufacturing practices water for pharmaceutical use Genebra 2005 (Technical Report Series n 929 Anexo 3)

WHO ndash World Health Organization Who Expert Committee on specifications for pharmaceutical preparations Genebra 2006 p 125 ndash 126 (Technical Report Series n 937 Anexo 4 Apecircndice II) Disponiacutevel em lthttpwhqlibdocwhointtrsWHO_TRS_937_engpdfpage=359gt Acesso em 01 dez 2007

  • Outras definiccedilotildees semelhantes a essas existem e muito embora as expressotildees variem a essecircncia de todas eacute a mesma assegurar que o processo quando operado sob as condiccedilotildees preacute-determinadas resultaraacute em um produto que reuniraacute as especificaccedilotildees e seus
Page 44: VALIDAÇÃO DE PROCESSOS: Aspectos teóricos e proposição de

44

PICS - Pharmaceutical Inspection Convention and Pharmaceutical Inspection Co-operation Scheme Recommendations on validation master plan installation and operational qualification non-sterile process validation cleaning validation Genebra 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwnewwayzconzrefmaterialpics_pi006_2VMPpdfgt Acesso em 30 set 2007

TKA WASSERAUFBEREITUNGSSYSTEME GMBH Operating instructions TKA LAB ndash UPW Article ndeg 083007-SO Niederelbert 2001

WHO ndash World Health Organization Suplementary guidelines on good manufacturing practices (GMP) validation Genebra 2005 p 22-23 Disponiacutevel em lthttpwwwwhointmedicinesservicesexpertcommitteespharmprepValidation_QAS_055_Rev2combinedpdfgtAcesso em Acesso em 30 set 2007

WHO ndash World Health Organization Supplementary training modules on good manufacturing practice water for pharmaceutical use Part 1 introduction and treatment Genebra 2001 Disponiacutevel em ltftpftpwhointmedicinesGMPgmptrainsuplmtWater01pptgt Acesso em 30 set 2007

WHO ndash World Health Organization Supplementary training modules on good manufacturing practice water for pharmaceutical use Part 2 water purification engineering Genebra 2001 Disponiacutevel em ltftpftpwhointmedicinesGMPgmptrainsuplmtWater02pptgt Acesso em 30 set 2007

WHO ndash World Health Organization Supplementary training modules on good manufacturing practice water for pharmaceutical use Part 3 inspection of water systems Genebra 2001 Disponiacutevel em ltftpftpwhointmedicinesGMPgmptrainsuplmtWater03pptgt Acesso em 30 set 2007

WHO ndash World Health Organization Who good manufacturing practices water for pharmaceutical use Genebra 2005 (Technical Report Series n 929 Anexo 3)

WHO ndash World Health Organization Who Expert Committee on specifications for pharmaceutical preparations Genebra 2006 p 125 ndash 126 (Technical Report Series n 937 Anexo 4 Apecircndice II) Disponiacutevel em lthttpwhqlibdocwhointtrsWHO_TRS_937_engpdfpage=359gt Acesso em 01 dez 2007

  • Outras definiccedilotildees semelhantes a essas existem e muito embora as expressotildees variem a essecircncia de todas eacute a mesma assegurar que o processo quando operado sob as condiccedilotildees preacute-determinadas resultaraacute em um produto que reuniraacute as especificaccedilotildees e seus