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2 o semestre ENCARTE Principais Novidades Legislativas 2017 e 1º semestre 2018 Selecionadas e Comentadas Bônus 2018 VADE MECUM revista ampliada atualizada 4 a edição

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2o semestre

ENCARTE Principais Novidades

Legislativas 2017 e 1º semestre 2018

Selecionadas e Comentadas

Bônus

2018

VADE MECUM

revistaampliadaatualizada

4a edição

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CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL Art . 5º

CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL

Promulgada em 05 de outubro de 1988

`` DOU 191‑A, de 05.10.1988.

PREÂMBULO

Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembleia Nacional Consti-tuinte para instituir um Estado Democrá-tico, destinado a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supre-mos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia social e comprometida, na ordem interna e internacional, com a solução pacífica das controvérsias, promulgamos, sob a proteção de Deus, a seguinte CONSTITUIÇÃO DA RE-PÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL .

TÍTULO I DOS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS

Art. 1º A República Federativa do Brasil, for-mada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:

`` arts. 18, caput; e 60, § 4º, I e II, desta CF.I - a soberania;

`` arts. 20, VI; 21, I e III; 84, VII, VIII, XIX e XX, desta CF.`` arts. 36, 237, I a III, 260, 263, NCPC.`` arts. 780 a 790, CPP.`` arts. 215 a 229, RISTF.

II - a cidadania;`` arts. 5º, XXXIV, LIV, LXXI, LXXIII e LXXVII; e 60, § 4º, desta CF.`` Lei 9.265/1996 (Estabelece a gratuidade dos atos necessários ao exercício da cidadania).`` Lei 10.835/2004 (Institui a renda básica da cidadania).

III - a dignidade da pessoa humana;`` arts. 5º, XLII, XLIII, XLVIII, XLIX, L; 34, VII, b; 226, § 7º, 227; e 230 desta CF.`` art. 8º, III, da Lei 11.340/2006 (Cria mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher).`` Dec. 4.171/1957 (Promulga a Convenção 29, OIT, sobre trabalho forçado ou obrigatório).`` Dec. 58.822/1966 (Promulga a Convenção 105, OIT, sobre abolição do trabalho forçado).`` Súm. Vin. 6; 11; 14; e 56, STF.

IV - os valores sociais do trabalho e da livre-iniciativa;

`` arts. 6º a 11; e 170, desta CF.`` Lei 12.529/2011 (Estrutura o Sistema Brasilei‑ro de Defesa da Concorrência; dispõe sobre a prevenção e repressão às infrações contra a ordem econômica).

V - o pluralismo político .`` art. 17 desta CF.`` Lei 9.096/1995 (Lei dos Partidos políticos).

Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de represen-tantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição .

`` arts. 14; 27, § 4º; 29, XIII; 60, § 4, II; e 61, § 2º, desta CF.`` art. 1º, Lei 9.709/1998 (Regulamenta a execução do disposto nos incisos I, II e III do art. 14 desta CF).

Art. 2º São Poderes da União, indepen-dentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário .

`` art. 60, § 4º, III, desta CF.`` Súm. 649, STF.`` Súm. Vinc. 37, STF.

Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil:I ‑ construir uma sociedade livre, justa e solidária;

`` art. 29, 1, d, Dec. 99.710/1990 (Promulga a Con‑venção Sobre os Direitos das Crianças).`` art. 10, 1, Dec. 591/1992 (Promulga o Pacto Internacional Sobre Direitos Econômicos, So‑ciais e Culturais).

II ‑ garantir o desenvolvimento nacional;`` arts. 23, p.u., e 174, § 1º, desta CF.

III ‑ erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais;

`` arts. 23, X; e 214 desta CF.`` EC 31/2000 (Fundo de Combate e Erradicação da Pobreza).`` arts. 79 a 81, ADCT.`` LC 111/2001 (Dispõe sobre o Fundo de Combate e Erradicação da Pobreza).

IV ‑ promover o bem de todos, sem pre-conceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação .

`` art. 4º desta CF.`` Lei 7.716/1989 (Lei do Racismo).`` Lei 11.340/2006 (Cria mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher).`` Lei 12.288/2010 (Estatuto da Igualdade Racial)`` Dec. 62.150/1968 (Promulga a Convenção 111, OIT, sobre discriminação em matéria de emprego e profissão.)`` Dec. 3.956/2001 (Promulga a Convenção Intera‑mericana para Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Contra Pessoas Portadoras de Deficiência).`` Dec. 4.377/2002 (Promulga a Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discrimi‑nação Contra a Mulher).`` Dec. 4.886/2003 (Dispõe sobre a Política Nacio‑nal de Promoção da Igualdade Racial ‑ PNPIR)`` Dec. 5.397/2005 (Dispõe sobre a composição, competência e funcionamento do Conselho Nacional de Combate à Discriminação ‑ CNCD).`` ADPF 132 (DOU, 13.05.2011) e ADIn 4.277.

Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos seguintes princípios:

`` arts. 21, I; e 84, VII e VIII, desta CF.`` art. 39, V, Lei 9.082/1995 (Dispõe sobre a intensi‑ficação das relações internacionais do Brasil com os seus parceiros comerciais, em função de um maior apoio do Banco do Brasil S.A. ao finan‑ciamento dos setores exportador e importador).`` art. 3º, a, LC 75/1993 (Estatuto do Ministério Público da União).

I ‑ independência nacional;`` arts. 78, caput; e 91, § 1º, III e IV, desta CF.

`` Lei 8.183/1991 (Dispõe sobre a organização e o funcionamento do Conselho de Defesa Nacional) e Dec. 893/1993 (Regulamento).

II ‑ prevalência dos direitos humanos;`` Dec. 678/1992 (Promulga a Convenção Ame‑ricana sobre Direitos Humanos ‑ Pacto de São José da Costa Rica).`` Dec. 4.463/2002 (Dispõe sobre a declaração de reconhecimento da competência obrigatória da Corte Interamericana em todos os casos relati‑vos à interpretação ou aplicação da Convenção Americana sobre Direitos Humanos).`` Dec. 6.980/2009 (Dispõe sobre a estrutura re‑gimental da Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República, trans‑formada em Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República pelo art. 3º, I, da Lei 12.314/2010).`` Lei 12.528/2011 (Cria a Comissão Nacional da Verdade no âmbito da Casa Civil da Presidência da República).`` Dec. 8.767/2016 (Promulga a Convenção Inter‑nacional para a Proteção de Todas as Pessoas contra o Desaparecimento Forçado).

III ‑ autodeterminação dos povos;IV ‑ não intervenção;

`` art. 2º, Dec. Leg. 44/1995 (Organização dos Estados Americanos ‑ Protocolo de reforma)

V ‑ igualdade entre os Estados;VI ‑ defesa da paz;VII ‑ solução pacífica dos conflitos;VIII ‑ repúdio ao terrorismo e ao racismo;

`` art. 5º, XLII e XLIII, desta CF.`` Lei 7.716/1989 (Lei do Racismo).`` Lei 8.072/1990 (Lei dos Crimes Hediondos).`` Dec. 5.639/2005 (Promulga a Convenção Inte‑ramericana contra o Terrorismo).

IX ‑ cooperação entre os povos para o pro-gresso da humanidade;X ‑ concessão de asilo político .

`` Dec. 55.929/1965 (Promulga a Convenção sobre Asilo Territorial).`` art. 98, II, Dec. 99.244/1990 (Dispõe sobre a reorganização e o funcionamento dos órgãos da Presidência da República).`` Lei 9.474/1997 (Estatuto dos Refugiados, de 1951).

Parágrafo único. A República Federativa do Brasil buscará a integração econômi-ca, política, social e cultural dos povos da América Latina, visando à formação de uma comunidade latino-americana de nações .

`` Dec. 350/1991 (Promulga o Tratado para a Cons‑tituição de um Mercado Comum ‑ Mercosul).`` Dec. 992/1993 (Protocolo para solução de con‑trovérsias ‑ Mercosul).

TÍTULO II DOS DIREITOS E GARANTIAS

FUNDAMENTAIS

CAPÍTULO I DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS

Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza,

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CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL Art . 5º

garantindo-se aos brasileiros e aos estran-geiros residentes no país a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:

`` arts. 5º, §§ 1º e 2º; 14, caput; e 60, § 4º, IV, desta CF.`` Lei 1.542/1952 (Dispõe sobre o casamento dos funcionários da carreira de diplomata com pes‑soa de nacionalidade estrangeira).`` Lei 5.709/1971 (Regula a aquisição de imóvel rural por estrangeiro residente no país ou pessoa jurídica estrangeira autorizada a funcionar no Brasil).`` Lei 13.445/2017 (Institui a Lei de Migração).`` Lei 8.159/1991 (Dispõe sobre a Política Nacional de Arquivos Públicos e Privados).`` Lei 12.288/2010 (Estatuto da Igualdade Racial).`` Súm. 683, STF.`` Súm. Vin. 6; 11, 34 e 37, STF.

I - homens e mulheres são iguais em direi-tos e obrigações, nos termos desta Consti-tuição;

`` arts. 143, § 2º; e 226, § 5º, desta CF.`` art. 372, CLT.`` art. 4º, Lei 8.159/1991 (Dispõe sobre a Política Nacional de Arquivos Públicos e Privados).`` Lei 9.029/1995 (Proíbe a exigência de atestado de gravidez e esterilização, e outras práticas discriminatórias, para efeitos admissionais ou de permanência da relação jurídica de trabalho.`` Lei 12.318/2010 (Lei da Alienação Parental).`` Dec. 678/1992 (Promulga a Convenção Ame‑ricana sobre Direitos Humanos ‑ Pacto de São José da Costa Rica).`` Dec. 4.377/2002 (Promulga a Convenção sobre a Eliminação de todas as Formas de Discriminação contra a Mulher, de 1979).`` Dec. Leg. 26/1994 (Convenção sobre a eliminação de todas as formas de discriminação contra a mulher)`` Port. 1.246/2010, MTE (Orienta as empresas e os trabalhadores em relação à testagem relacionada ao vírus da imunodeficiência adquirida ‑ HIV).

II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei;

`` arts. 14º, § 1º ; e 143 desta CF.`` Súm. 636 e 686, STF.`` Súm. Vinc. 37 e 44, STF.

III - ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante;

`` incs. XLIII; XLVII, e; XLIX; LXII; LXIII; LXV; e LXVI deste artigo.`` art. 4º, b, Lei 4.898/1965 (Lei do Abuso de Autoridade).`` arts. 2º e 8º, Lei 8.072/1990 (Lei dos Crimes Hediondos).`` Lei 9.455/1997 (Lei dos Crimes de Tortura).`` Lei 12.847/2013 (Institui o Sistema Nacional de Prevenção e Combate à Tortura; cria o Comitê Nacional de Prevenção e Combate à Tortura e o Mecanismo Nacional de Prevenção e Combate à Tortura).`` Súm. Vin. 6; 11 e 37, STF.`` Dec. 6.085/2007 (Promulga o Protocolo Facul‑tativo à Convenção contra a Tortura e Outros Tratamentos ou Penas Cruéis, Desumanos ou Degradantes, adotado em 18.12.2002).`` Dec. 40/1991 (Ratifica a Convenção Contra a Tortura e Outros Tratamentos ou Penas Cruéis).`` art. 5º, Dec. 678/1992 (Promulga a Convenção Americana sobre Direitos Humanos ‑ Pacto de São José da Costa Rica).`` Dec. 8.154/2013 (Regulamenta o funcionamento do Sistema Nacional de Prevenção e Combate à Tortura, a composição e o funcionamento do Comitê Nacional de Prevenção e Combate à Tortura e dispõe sobre o Mecanismo Nacional de Prevenção e Combate à Tortura).

IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato;

`` art. 220, § 1º, desta CF.`` art. 1º , Lei 7.524/1986 (Dispõe sobre a mani‑festação, por militar inativo, de pensamento e opinião políticos e filosóficos).`` art. 2º, a, Lei 8.389/1991 (Institui o Conselho Nacional de Comunicação Social).`` art. 6º, XIV, e, LC 75/1993 (Lei Orgânica do Ministério Público da União).

V - é assegurado o direito de resposta, pro-porcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou à imagem;

`` art. 220, § 1º, desta CF.`` art. 6º, Lei 8.159/1991 (Dispõe sobre a Política Nacional de Arquivos Públicos e Privados).`` Lei 7.524/1986 (Dispõe sobre a manifestação, por militar inativo, de pensamento e opinião políticos ou filosóficos).`` Dec. 1.171/1994 (Aprova o código de ética profissional do servidor público civil do Poder Executivo Federal).`` Súm. 37; 227; 362; 387; 388; e 403, STJ.

VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exer-cício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias;

`` arts. 208 a 212, CP`` art. 3º, d e e, Lei 4.898/1965 (Lei do Abuso de Autoridade).`` art. 24, Lei 7.210/1984 (Lei de Execuções Penais).`` arts. 16, II; e 124, XIV, Lei 8.069/1990 (ECA).`` art. 39, Lei 8.313/1991 (Restabelece princípios da Lei 7.505/1986 e institui o Programa Nacional de Apoio a Cultura ‑ PRONAC).`` arts. 23 a 26, Lei 12.288/2010 (Estatuto da Igual‑dade Racial).`` art. 12, 1, do Anexo, Dec. 678/1992 (Promulga a Convenção Americana sobre Direitos Humanos ‑ Pacto de São José da Costa Rica).

VII - é assegurada, nos termos da lei, a pres-tação de assistência religiosa nas entidades civis e militares de internação coletiva;

`` Lei 6.923/1981 (Dispõe sobre o serviço de assis‑tência religiosa nas Forças Armadas).`` art. 24, Lei 7.210/1984 (Lei de Execuções Penais).`` art. 124, XIV, Lei 8.069/1990 (ECA).`` Lei 9.982/2000 (Dispõe sobre prestação de as‑sistência religiosa nas entidades hospitalares públicas e privadas, bem como nos estabeleci‑mentos prisionais civis e militares).

VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei;

`` arts. 15, IV, e 143, §§ 1º e 2º , desta CF.`` Lei 7.210/1984 (Lei de Execuções Penais).`` Lei 8.239/1991 (Dispõe sobre a prestação de ser‑viço alternativo ao serviço militar obrigatório).`` Dec.‑Lei 1.002/1969 (Código de Processo Penal Militar ‑ CPPM).

IX - é livre a expressão da atividade intelec-tual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença;

`` art. 220, § 2º , desta CF.`` art. 39, Lei 8.313/1991 (Restabelece princípios da Lei 7.505/1986 e institui o Programa Nacional de Apoio a Cultura ‑ PRONAC).`` Lei 9.456/1997 (Institui a Lei de Proteção de Cultivares).`` Lei 9.609/1998 (Dispõe sobre a proteção da pro‑priedade intelectual de programa de computador e sua comercialização no país).`` Lei 9.610/1998 (Lei de Direitos Autorais).`` art. 5º, d, LC 75/1993 (Lei Orgânica do Ministério Público da União).

X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo

dano material ou moral decorrente de sua violação;

`` art. 37, § 3º, II, desta CF.`` art. 114, VI, CF.`` arts. 186 e 927, CC.`` arts. 4º; 6º; e 23, § 1º, Lei 8.159/1991 (Dispõe sobre a Política Nacional de Arquivos Públicos e Privados).`` art. 30, V, Lei 8.935/1994 (Lei dos Serviços No‑tariais e de Registro).`` art. 101, § 1º, Lei 11.101/2005 (Lei de Recuperação de Empresas e Falências).`` art. 11, 2, Dec. 678/1992 (Promulga a Convenção Americana sobre Direitos Humanos ‑ Pacto de São José da Costa Rica).`` Súm. 714, STF.`` Súm. 227; 387; 388; 403; e 420, STJ.`` Súm. Vinc. 11, STF.

XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem con-sentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para pres-tar socorro, ou, durante o dia, por determi-nação judicial;

`` art. 150, §§ 1º a 5º, CP.`` arts. 212 a 217, NCPC.`` art. 266, §§ 1º a 5º, CPM.`` art. 301, CPP.`` art. 11, Pacto de San Jose da Costa Rica.

XII - é inviolável o sigilo da correspondên-cia e das comunicações telegráficas, de dados e das comunicações telefônicas, sal-vo, no último caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de investigação criminal ou ins-trução processual penal;

`` arts.136, § 1º, I, b e c; e 139, III, desta CF.`` arts. 151 e 152, CP.`` art. 227, CPM.`` art. 233, CPP.`` arts. 55 a 57, Lei 4.117/1962 (Código Brasileiro de Telecomunicações).`` art. 3º, c, Lei 4.898/1965 (Lei do Abuso de Au‑toridade).`` Lei 6.538/1978 (Dispõe sobre os Serviços Postais).`` art. 7º, II, Lei 8.906/1994 (Estatuto da Advocacia e a OAB).`` Lei 9.296/1996 (Lei das Interceptações Tele‑fônicas).`` art. 6º, XVIII, a, LC 75/1993 (Lei Orgânica do Ministério Público da União).`` Dec. 3.505/2000 (Institui a Política de Segurança da Informação nos órgãos e entidades da Admi‑nistração Pública Federal).`` art. 11, Pacto de San Jose da Costa Rica.`` Res. 59/2008, CNJ (Disciplina e uniformiza as rotinas visando ao aperfeiçoamento do procedi‑mento de interceptação de comunicações telefô‑nicas e de sistemas de informática e telemática nos órgãos jurisdicionais do Poder Judiciário).

XIII - é livre o exercício de qualquer traba-lho, ofício ou profissão, atendidas as quali-ficações profissionais que a lei estabelecer;

`` arts. 170 e 220, § 1º, desta CF.`` art. 6º, Pacto de San Jose da Costa Rica.

XIV - é assegurado a todos o acesso à in-formação e resguardado o sigilo da fonte, quando necessário ao exercício profissio-nal;

`` art. 220, § 1º, desta CF.`` art. 154, CP.`` art. 8º, 2º, LC 75/1993 (Lei Orgânica do Minis‑tério Público da União).`` art. 6º, Lei 8.394/1991 (Dispõe sobre a preserva‑ção, organização e proteção dos acervos docu‑mentais privados dos Presidentes da República).`` ADPF 130.

XV - é livre a locomoção no território nacio-nal em tempo de paz, podendo qualquer

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CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL Art . 5º

CON

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pessoa, nos termos da lei, nele entrar, per-manecer ou dele sair com seus bens;

`` arts. 109, X; e 139, desta CF.`` art. 3º, a, Lei 4.898/1965 (Lei do Abuso de Au‑toridade).`` art. 2º, III, Lei 7.685/1988 (Dispõe sobre o registro provisório para o estrangeiro em situação ilegal em território nacional).`` Dec. 96.998/1988 (Regulamenta o Dec.‑Lei 2.481/1988, que dispõe sobre o registro provi‑sório para o estrangeiro em situação ilegal no território nacional). `` art. 22, Pacto de San Jose da Costa Rica.

XVI - todos podem reunir-se pacificamen-te, sem armas, em locais abertos ao públi-co, independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente;

`` arts. 109, X; 136, § 1º, I, a; e 139, IV; desta CF.`` art. 3º, a, Lei 4.898/1965 (Lei do Abuso de Au‑toridade).`` art. 2º, III, Lei 7.685/1988 (Dispõe sobre o registro provisório para o estrangeiro em situação ilegal em território nacional).`` art. 21, Dec. 592/1992 (Promulga o Pacto In‑ternacional sobre Direitos Civis e Políticos).`` art. 15, Anexo, Dec. 678/1992 (Promulga a Con‑venção Americana sobre Direitos Humanos ‑ Pacto de São José da Costa Rica).

XVII - é plena a liberdade de associação para fins lícitos, vedada a de caráter para-militar;

`` arts. 8º; 17, § 4º; e 37, VI, desta CF.`` art. 199, CP.`` art. 3º, f, da Lei 4.898/1965 (Lei do Abuso de Autoridade).`` art. 117, VII, Lei 8.112/1990 (Estatuto dos Ser‑vidores Públicos Civis da União, Autarquias e Fundações Públicas Federais).

XVIII - a criação de associações e, na forma da lei, a de cooperativas independem de autorização, sendo vedada a interferência estatal em seu funcionamento;

`` arts. 8º, I; e 37, VI, desta CF.`` Lei 5.764/1971 (Define a Política Nacional de Cooperativismo e institui o regime jurídico das sociedades cooperativas).`` Lei 9.867/1999 (Dispõe sobre a criação e o fun‑cionamento de Cooperativas Sociais, visando à integração social dos cidadãos).`` Dec. 8.163/2013 (Institui o Programa Nacional de Apoio ao Associativismo e Cooperativismo Social ‑ Pronacoop Social).

XIX - as associações só poderão ser com-pulsoriamente dissolvidas ou ter suas ati-vidades suspensas por decisão judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito em julgado; XX - ninguém poderá ser compelido a asso-ciar-se ou a permanecer associado;

`` art. 117, VII, Lei 8.112/1990 (Estatuto dos Ser‑vidores Públicos Civis da União, Autarquias e Fundações Públicas Federais).`` art. 4º, II, a, Lei 8.078/1990 (Código de Defesa do Consumidor, CDC).`` art. 16, Pacto de San Jose da Costa Rica.`` ADIn 3.464.

XXI - as entidades associativas, quando expressamente autorizadas, têm legitimi-dade para representar seus filiados judicial ou extrajudicialmente;

`` art. 82, VI, CDC.`` art. 5º, Lei 7.347/1985 (Lei da Ação Civil Pública).`` art. 210, III, Lei 8.069/1990 (ECA).`` arts. 3º e 5º, I e III, Lei 7.853/1989 (Lei de Apoio às Pessoas Portadoras de Deficiência, regula‑mentada pelo Dec. 3.298/1999).

`` Súm. 629, STF.XXII - é garantido o direito de propriedade;

`` art. 243 desta CF.`` arts. 1.228 a 1.368, CC/2002`` Lei 4.504/1964 (Estatuto da Terra).`` art. 2º, I, Lei 8.171/1991 (Política agrícola).`` arts. 1º; 4º; e 15, Lei 8.257/1991 (Dispõe sobre a expropriação das glebas nas quais se localizem culturas ilegais de plantas psicotrópicas).

XXIII - a propriedade atenderá a sua função social;

`` arts. 156, § 1º; 170, III; 182, § 2º; e 186 desta CF.`` art. 5º, Lei 4.657/1942 (Lei de Introdução às nor‑mas do Direito Brasileiro ‑ LInDB, antiga LICC).`` arts. 2º; 12; 18, a; e 47, I, Lei 4.504/1964 (Estatuto da Terra).`` art. 2º, I, Lei 8.171/1991 (Lei da Política Agrícola).`` arts. 2º, § 1º, 5º, § 2º, Lei 8.629/1993 (Regula‑menta dispositivos constitucionais relativos à reforma agrária).`` arts. 27 a 37, Lei 12.288/2010 (Estatuto da Igual‑dade Racial).`` Lei 12.529/2011 (Estrutura o Sistema Brasilei‑ro de Defesa da Concorrência; dispõe sobre a prevenção e repressão às infrações contra a ordem econômica).

XXIV - a lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por necessidade ou utilidade pública, ou por interesse social, mediante justa e prévia indenização em dinheiro, ressalvados os casos previstos nesta Constituição;

`` arts. 22, II, 182, § 2º, 184; 185, I e II, desta CF.`` art. 1.275, V, CC/2002.`` Lei 4.132/1962 (Define os casos de desapropria‑ção por interesse social).`` Lei 4.504/1964 (Estatuto da Terra).`` Lei 6.602/1978 (Desapropriação por utilidade pública).`` arts. 2º, § 1º; 5º, § 2º; e 7º, IV, Lei 8.629/1993 (Regulamenta dispositivos constitucionais re‑lativos à reforma agrária).`` art. 10, Lei 9.074/1995 (Estabelece normas para outorga e prorrogações das concessões e per‑missões de serviços públicos).`` arts. 1º a 4º; e 18, LC 76/1993 (Procedimento contraditório especial para o processo de desa‑propriação de imóvel rural por interesse social).`` Dec.‑Lei 3.365/1941 (Lei das Desapropriações).`` Dec.‑Lei 1.075/1970 (Lei da imissão de posse, initio litis, em imóveis residenciais urbanos).`` Súm. 23; 111; 157; 164; 218; 345; 378; 416; 561; 618; e 652, STF.`` Súm. 69; 70; 113; 114; e 119, STJ.

XXV - no caso de iminente perigo públi-co, a autoridade competente poderá usar de propriedade particular, assegurada ao proprietário indenização ulterior, se hou-ver dano;XXVI - a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada pela família, não será objeto de penhora para pagamento de débitos decorrentes de sua atividade produtiva, dispondo a lei sobre os meios de financiar o seu desenvolvimento;

`` art. 185 desta CF.`` Lei 4.504/1964 (Estatuto da Terra).`` art. 4º, § 2º, Lei 8.009/1990 (Lei da Impenhora‑bilidade do Bem de Família).`` art. 4º, II, e p.u., Lei 8.629/1993 (Regulamenta dispositivos constitucionais relativos à reforma agrária).`` arts. 4º, I, LC 76/1993 (Procedimento contradi‑tório especial para o processo de desapropriação de imóvel rural por interesse social).`` Súm. 364, STJ.

XXVII - aos autores pertence o direito ex-clusivo de utilização, publicação ou repro-dução de suas obras, transmissível aos her-deiros pelo tempo que a lei fixar;

`` art. 184, CP`` art. 842, § 3º, CPC`` art. 30, Lei 8.977/1995 (Dispõe sobre o servi‑ço de TV a cabo, regulamentado pelo Dec. n. 2.206/1997).`` Lei 9.456/1997 (Institui a Lei de Proteção de Cultivares).`` Lei 9.609/1998 (Dispõe sobre a proteção da pro‑priedade intelectual de programa de computador e sua comercialização no país).`` Lei 9.610/1998 (Lei de Direitos autorais).`` Dec. 2.206/1997 (Regulamenta o serviço de TV a cabo).`` Súm. 386, STF.

XXVIII - são assegurados, nos termos da lei:

a) a proteção às participações individuais em obras coletivas e à reprodução da imagem e voz humanas, inclusive nas atividades desportivas;

`` Lei 6.533/1978 (Dispõe sobre a regulamentação das profissões de artista e técnico em espetáculos de diversões).`` Lei 9.610/1998 (Lei de Direitos Autorais).

b) o direito de fiscalização do aproveita-mento econômico das obras que criarem ou de que participarem aos criadores, aos intérpretes e às respectivas representações sindicais e associativas; XXIX - a lei assegurará aos autores de in-ventos industriais privilégio temporário para sua utilização, bem como proteção às criações industriais, à propriedade das marcas, aos nomes de empresas e a outros signos distintivos, tendo em vista o interes-se social e o desenvolvimento tecnológico e econômico do país;

`` art. 4º, IV, CDC.`` Lei 9.279/1996 (Propriedade intelectual) e Dec. 2.553/1998 (Regulamento).`` art. 48, IV, Lei 11.101/2005 (Lei de Recuperação de Empresas e Falência).

XXX - é garantido o direito de herança; `` art. 1.784 e ss., CC/2002`` art. 743, § 2º, NCPC.`` Lei 8.971/1994 (Regula os direitos dos compa‑nheiros a alimentos e à sucessão).`` Lei 9.278/1996 (Lei da União Estável).

XXXI - a sucessão de bens de estrangei-ros situados no país será regulada pela lei brasileira em benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, sempre que não lhes seja mais favorável a lei pessoal do de cujus;

`` art. 10, § 1º e 2º, Lei 4.657/1942 (Lei de Intro‑dução às normas do Direito Brasileiro ‑ LInDB, antiga LICC).

XXXII - o Estado promoverá, na forma da lei, a defesa do consumidor;

`` art. 48, ADCT.`` Lei 8.078/1990 (CDC).`` art. 4º, Lei 8.137/1990 (Lei dos Crimes contra a ordem tributária, econômica e contra as relações de consumo).`` Lei 8.178/1991 (Estabelece regras sobre preços e salários).`` Lei 8.979/1995 (Torna obrigatória divulgação de preço total de mercadorias à venda).`` Lei 12.529/2011 (Estrutura o Sistema Brasilei‑ro de Defesa da Concorrência; dispõe sobre a prevenção e repressão às infrações contra a ordem econômica).

XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu inte-resse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à se-gurança da sociedade e do Estado;

`` arts. 5º, LXXII e 37, § 3º, II, desta CF.

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CÓDIGO CIVIL

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LEI DE INTRODUÇÃO ÀS NORMAS DO DIREITO BRASILEIRO

DECRETO‑LEI N. 4.657, DE 04 DE SETEMBRO DE 1942

Lei de Introdução às normas do Direito Brasileiro

`` Antiga Lei de Introdução ao Código Civil (LICC). Ementa com redação dada pela Lei 12.376/2010.`` DOU, 09.09.1942.

O Presidente da República, usando da atribuição que lhe confere o artigo 180 da Constituição, decreta:

Art. 1º Salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o país quarenta e cinco dias depois de oficialmente publicada.

`` art. 62, §§ 3º; 4º; 6º e 7º, CF.`` arts. 101 a 104, CTN.`` Lei 2.145/1953 (Cria a Carteira de Comércio Ex-terior. Dispõe sobre o intercâmbio comercial com o exterior).`` Lei 2.410/1955 (Prorroga até 30.06.1956 o regime de licença para o intercâmbio comercial com o exterior, nos termos estabelecidos na Lei 2.145/1955).`` Lei 2.770/1956 (Suprime a concessão de medidas liminares nas ações e procedimentos judiciais de qualquer natureza que visem a liberação de bens, mercadorias ou coisas de procedência estrangeira).`` Lei 3.244/1957 (Dispõe sobre a reforma da tarifa das alfândegas).`` Lei 4.966/1966 (Isenta dos impostos de importação e consumo e da taxa de despacho aduaneiro os bens dos imigrantes).`` Dec.-Lei 333/1967 (Dispõe sobre a entrada em vigor das deliberações do Conselho de Política Aduaneira e incorpora às alíquotas do imposto de importação a taxa de despacho aduaneiro).`` art. 8º, LC 95/1998 (Dispõe sobre a elaboração, a redação, a alteração e a consolidação das leis).

§ 1º Nos Estados, estrangeiros, a obrigato‑riedade da lei brasileira, quando admitida, se inicia três meses depois de oficialmente publicada.§ 2º (Revogado pela Lei 12.036/2009.)§ 3º Se, antes de entrar a lei em vigor, ocorrer nova publicação de seu texto, destinada a correção, o prazo deste artigo e dos pa‑rágrafos anteriores começará a correr da nova publicação.§ 4º As correções a texto de lei já em vigor consideram‑se lei nova.

Art. 2º Não se destinando à vigência temporária, a lei terá vigor até que outra a modifique ou revogue.

`` LC 95/1998 (Dispõe sobre a elaboração, a re-dação, a alteração e a consolidação das leis).

§ 1º A lei posterior revoga a anterior quando expressamente o declare, quando seja com ela incompatível ou quando regule inteira‑mente a matéria de que tratava a lei anterior. § 2º A lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par das já existentes, não revoga nem modifica a lei anterior.§ 3º Salvo disposição em contrário, a lei revogada não se restaura por ter a lei revo‑gadora perdido a vigência.

Art. 3º Ninguém se escusa de cumprir a lei, alegando que não a conhece.

Art. 4º Quando a lei for omissa, o juiz de‑cidirá o caso de acordo com a analogia, os costumes e os princípios gerais de direito.

`` arts. 140, 375 e 723, NCPC.`` arts. 100; 101 e 107 a 111, CTN.`` art. 8º, CLT.`` art. 2º, Lei 9.307/1996 (Lei da Arbitragem).

Art. 5º Na aplicação da lei, o juiz atenderá aos fins sociais a que ela se dirige e às exi‑gências do bem comum.

Art. 6º A Lei em vigor terá efeito imediato e geral, respeitados o ato jurídico perfeito, o direito adquirido e a coisa julgada. (Redação dada pela Lei 3.238/1957.)

`` art. 5º, XXXVI, CF.`` art. 1.787, CC/2002.`` Súm. Vinc. 1, STF.

§ 1º Reputa‑se ato jurídico perfeito o já consumado segundo a lei vigente ao tempo em que se efetuou. (Parágrafo incluído pela Lei 3.238/1957.)§ 2º Consideram‑se adquiridos assim os direitos que o seu titular, ou alguém por ele, possa exercer, como aqueles cujo co‑meço do exercício tenha termo pré‑fixo, ou condição preestabelecida inalterável, a arbítrio de outrem. (Parágrafo incluído pela Lei 3.238/1957.)

`` arts. 131 e 135, CC/2002.§ 3º Chama‑se coisa julgada ou caso julgado a decisão judicial de que já não caiba recurso. (Parágrafo incluído pela Lei 3.238/1957.)

`` art. 5º, XXXVI, CF.`` arts. 121; 126 a 128; 131 e 135, CC/2002.`` art. 502, NCPC.

Art. 7º A lei do país em que domiciliada a pessoa determina as regras sobre o começo e o fim da personalidade, o nome, a capaci‑dade e os direitos de família.

`` arts. 1º a 10; 22 a 39, 70 a 78 e 1.511 a 1.638, CC/2002.`` Lei 6.015/1973 (Lei de Registros Públicos).`` V Dec. 66.605/1970 (Promulgou a Convenção sobre Consentimento para Casamento).`` v. Lei 13.445/2017 (Lei de Migração).`` Enunciado 408 das Jornadas de Direito Civil.

§ 1º Realizando‑se o casamento no Brasil, será aplicada a lei brasileira quanto aos im‑pedimentos dirimentes e às formalidades da celebração.

`` art. 1.511 e ss., CC/2002.`` arts. 8º e 9º, Lei 1.110/1950 (Dispõe sobre o reconhecimento dos efeitos civis do casamento religioso).`` Lei 6.015/1973 (Lei de Registros Públicos).

§ 2º O casamento de estrangeiros poderá celebrar‑se perante autoridades diplomáticas ou consulares do país de ambos os nubentes. (Redação dada pela Lei 3.238/1957.)

`` art. 1.544, CC/2002.§ 3º Tendo os nubentes domicílio diverso, regerá os casos de invalidade do matrimônio a lei do primeiro domicílio conjugal.

`` arts. 1.548 a 1.564, CC/2002.§ 4º O regime de bens, legal ou convencio‑nal, obedece à lei do país em que tiverem os nubentes domicílio, e, se este for diverso, a do primeiro domicílio conjugal.

`` arts. 1.658 a 1.666, CC/2002.§ 5º O estrangeiro casado que se naturalizar brasileiro pode, mediante expressa anuência de seu cônjuge, requerer ao juiz, no ato de entrega do decreto de naturalização, se apostile ao mesmo a adoção do regime de comunhão parcial de bens, respeitados os direitos de terceiros e dada esta adoção ao competente registro. (Redação dada pela Lei 6.515/1977.)

`` arts. 1.658 a 1.666, CC/2002.§ 6º O divórcio realizado no estrangeiro, se um ou ambos os cônjuges forem brasi‑leiros, só será reconhecido no Brasil depois de 1 (um) ano da data da sentença, salvo se houver sido antecedida de separação judicial por igual prazo, caso em que a homologação produzirá efeito imediato, obedecidas as condições estabelecidas para a eficácia das sentenças estrangeiras no país. O Superior Tribunal de Justiça, na forma de seu regimento interno, poderá reexaminar, a requerimento do interessado, decisões já proferidas em pedidos de homologação de sentenças estrangeiras de divórcio de brasileiros, a fim de que passem a produzir todos os efeitos legais. (Redação dada pela Lei 12.036/2009.)

`` arts. 105, I, l; e 227, § 6º, CF.`` art. 961, NCPC.

§ 7º Salvo o caso de abandono, o domicílio do chefe da família estende‑se ao outro cônjuge e aos filhos não emancipados, e o do tutor ou curador aos incapazes sob sua guarda.

`` arts. 226, § 5º; e 227, § 6º, CF.`` arts. 3º; 4º; e 76, p.u., CC/2002.`` Lei 10.216/2001 (Dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas portadoras de transtornos mentais e redireciona o modelo assistencial em saúde mental).

§ 8º Quando a pessoa não tiver domicílio, considerar‑se‑á domiciliada no lugar de sua residência ou naquele em que se encontre.

`` art. 46, NCPC.

Art. 8º Para qualificar os bens e regular as relações a eles concernentes, aplicar‑se‑á a lei do país em que estiverem situados.

`` arts. 1.431 a 1435; 1.438 a 1.440; 1.442; 1.445; 1.446; 1.451 a 1.460 e 1.467 a 1.471, CC/2002.

§ 1º Aplicar‑se‑á a lei do país em que for domiciliado o proprietário, quanto aos bens móveis que ele trouxer ou se destinarem a transporte para outros lugares.§ 2º O penhor regula‑se pela lei do domicílio que tiver a pessoa, em cuja posse se encontre a coisa apenhada.

LEI DE INTRODUÇÃO ÀS NOR-

MAS

DO DIREITO BRASILEIRO

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CC

Lei de introdução às normas do direito BrasiLeiro art. 24

179

Art. 9º Para qualificar e reger as obrigações, aplicar‑se‑á a lei do país em que se constituírem.§ 1º Destinando‑se a obrigação a ser exe‑cutada no Brasil e dependendo de forma essencial, será esta observada, admitidas as peculiaridades da lei estrangeira quanto aos requisitos extrínsecos do ato.§ 2º A obrigação resultante do contrato reputa‑se constituída no lugar em que residir o proponente.

Art. 10. A sucessão por morte ou por ausên‑cia obedece à lei do país em que domiciliado o defunto ou o desaparecido, qualquer que seja a natureza e a situação dos bens.

`` arts. 26 a 39; 469 a 483; 1.784 e ss., CC/2002.§ 1º A sucessão de bens de estrangeiros, situ‑ados no país, será regulada pela lei brasileira em benefício do cônjuge ou dos filhos brasi‑leiros, ou de quem os represente, sempre que não lhes seja mais favorável à lei pessoal do de cujus. (Redação dada pela Lei 9.047/1995.)

`` art. 5º, XXXI, CF.`` arts. 1.851 a 1.856, CC/2002.

§ 2º A lei do domicílio do herdeiro ou le‑gatário regula a capacidade para suceder.

`` art. 5º, XXX e XXXI, CF.`` arts. 1.798 a 1.803, CC/2002.

Art. 11. As organizações destinadas a fins de interesse coletivo, como as sociedades e as fundações, obedecem à lei do Estado em que se constituírem.

`` arts. 40 a 69; 981 e ss., CC/2002.`` art. 75, NCPC.

§ 1º Não poderão, entretanto ter no Brasil filiais, agências ou estabelecimentos antes de serem os atos constitutivos aprovados pelo Governo brasileiro, ficando sujeitas à lei brasileira.

`` art. 170, p.u., CF.`` arts. 21 e 75, NCPC.`` art. 32, II, Lei 8.934/1994 (Dispõe sobre o Registro Público de Empresas Mercantis e Atividades Afins).

§ 2º Os Governos estrangeiros, bem como as organizações de qualquer natureza, que eles tenham constituído, dirijam ou hajam investido de funções públicas, não poderão adquirir no Brasil bens imóveis ou suscetí‑veis de desapropriação.§ 3º Os Governos estrangeiros podem ad‑quirir a propriedade dos prédios necessá‑rios à sede dos representantes diplomáticos ou dos agentes consulares.

Art. 12. É competente a autoridade judici‑ária brasileira, quando for o réu domiciliado no Brasil ou aqui tiver de ser cumprida a obrigação.

`` arts. 21 a 24, NCPC.§ 1º Só à autoridade judiciária brasileira compete conhecer das ações relativas a imóveis situados no Brasil. § 2º A autoridade judiciária brasileira cum‑prirá, concedido o exequatur e segundo a forma estabelecida pele lei brasileira, as diligências deprecadas por autoridade estrangeira competente, observando a lei desta, quanto ao objeto das diligências.

`` Com a EC 45/2004 a concessão de exequatur às cartas rogatórias passou a ser da competência do STJ (art. 105, I, i, CF).`` arts. 105, I, i; e 109, X, CF.`` arts. 21, 23, 36, 46, 47, 268, 256, NCPC.

Art. 13. A prova dos fatos ocorridos em país estrangeiro rege‑se pela lei que nele vigorar, quanto ao ônus e aos meios de produzir‑se, não admitindo os tribunais brasileiros provas que a lei brasileira desconheça.

`` arts. 373 e 374, NCPC.`` Lei 6.015/1973 (Lei de Registros Públicos).

Art. 14. Não conhecendo a lei estrangeira, poderá o juiz exigir de quem a invoca prova do texto e da vigência.

`` art. 376, NCPC.

Art. 15. Será executada no Brasil a sen‑tença proferida no estrangeiro, que reúna os seguintes requisitos:

`` arts. 36, 268, 961 e 965, NCPC.a) haver sido proferida por juiz competente;

`` Súm. 381, STF.b) terem sido as partes citadas ou haver‑se legalmente verificado à revelia; c) ter passado em julgado e estar reves‑tida das formalidades necessárias para a execução no lugar em que foi proferida;

`` Súm. 420, STF.d) estar traduzida por intérprete autorizado; e) ter sido homologada pelo Supremo Tri‑bunal Federal.

`` Com a EC 45/2004 a concessão de exequatur às cartas rogatórias passou a ser da competência do STJ (art. 105, I, i, CF).`` art. 105, I, i, CF.`` art. 961, NCPC.`` art. 9º, CP.`` arts. 787 a 790, CPP.

Parágrafo único. (Revogado pela Lei 12.036/2009.)

Art. 16. Quando, nos termos dos artigos precedentes, se houver de aplicar a lei es‑trangeira, ter‑se‑á em vista a disposição desta, sem considerar‑se qualquer remissão por ela feita a outra lei.Art. 17. As leis, atos e sentenças de ou‑tro país, bem como quaisquer declarações de vontade, não terão eficácia no Brasil, quando ofenderem a soberania nacional, a ordem pública e os bons costumes.

`` art. 781, CPP.

Art. 18. Tratando‑se de brasileiros, são competentes as autoridades consulares brasileiras para lhes celebrar o casamento e os mais atos de Registro Civil e de tabe‑lionato, inclusive o registro de nascimento e de óbito dos filhos de brasileiro ou brasileira nascido no país da sede do Consulado. (Redação dada pela Lei 3.238/1957.)§ 1º As autoridades consulares brasileiras também poderão celebrar a separação con‑sensual e o divórcio consensual de brasileiros, não havendo filhos menores ou incapazes do casal e observados os requisitos legais quanto aos prazos, devendo constar da respectiva escritura pública as disposições relativas à descrição e à partilha dos bens comuns e à pensão alimentícia e, ainda, ao acordo quanto à retomada pelo cônjuge de seu nome de solteiro ou à manutenção do nome adotado quando se deu o casamento. (Acrescentado pela Lei 12.874/2013. Vigência: 120 dias de sua publicação oficial.)§ 2º É indispensável a assistência de advo‑gado, devidamente constituído, que se dará mediante a subscrição de petição, junta‑mente com ambas as partes, ou com apenas uma delas, caso a outra constitua advogado próprio, não se fazendo necessário que a assinatura do advogado conste da escritura pública. (Acrescentado pela Lei 12.874/2013. Vigência: 120 dias de sua publicação oficial.)

Art. 19. Reputam‑se válidos todos os atos indicados no artigo anterior e ce‑lebrados pelos cônsules brasileiros na vigência do Decreto‑Lei n. 4.657, de 04 de setembro de 1942, desde que satisfaçam todos os requisitos legais. (Incluído pela Lei 3.238/1957.)Parágrafo único. No caso em que a cele‑bração desses atos tiver sido recusada pelas

autoridades consulares, com fundamento no artigo 18 do mesmo Decreto‑Lei, ao interessado é facultado renovar o pedido dentro em 90 (noventa) dias contados da data da publicação desta lei. (Incluído pela Lei 3.238/1957.)

Art. 20. Nas esferas administrativa, contro‑ladora e judicial, não se decidirá com base em valores jurídicos abstratos sem que sejam consideradas as consequências práticas da decisão. (Incluído pela Lei nº 13.655, de 2018)Parágrafo único. A motivação demonstrará a necessidade e a adequação da medida imposta ou da invalidação de ato, contrato, ajuste, processo ou norma administrativa, inclusive em face das possíveis alternativas. (Incluído pela Lei nº 13.655, de 2018)

Art. 21. A decisão que, nas esferas adminis‑trativa, controladora ou judicial, decretar a invalidação de ato, contrato, ajuste, processo ou norma administrativa deverá indicar de modo expresso suas consequências jurídi‑cas e administrativas. (Incluído pela Lei nº 13.655, de 2018)Parágrafo único. A decisão a que se refere o caput deste artigo deverá, quando for o caso, indicar as condições para que a re‑gularização ocorra de modo proporcional e equânime e sem prejuízo aos interesses gerais, não se podendo impor aos sujeitos atingidos ônus ou perdas que, em função das peculiaridades do caso, sejam anormais ou excessivos. (Incluído pela Lei nº 13.655, de 2018)

Art. 22. Na interpretação de normas sobre gestão pública, serão considerados os obs‑táculos e as dificuldades reais do gestor e as exigências das políticas públicas a seu cargo, sem prejuízo dos direitos dos administrados.§ 1º Em decisão sobre regularidade de con‑duta ou validade de ato, contrato, ajuste, processo ou norma administrativa, serão consideradas as circunstâncias práticas que houverem imposto, limitado ou condiciona‑do a ação do agente. (Incluído pela Lei nº 13.655, de 2018) § 2º Na aplicação de sanções, serão conside‑radas a natureza e a gravidade da infração cometida, os danos que dela provierem para a administração pública, as circunstâncias agravantes ou atenuantes e os antecedentes do agente. (Incluído pela Lei nº 13.655, de 2018)§ 3º As sanções aplicadas ao agente serão levadas em conta na dosimetria das demais sanções de mesma natureza e relativas ao mesmo fato. (Incluído pela Lei nº 13.655, de 2018)

Art. 23. A decisão administrativa, contro ladora ou judicial que estabelecer in‑terpretação ou orientação nova sobre norma de conteúdo indeterminado, impondo novo dever ou novo condicionamento de direito, deverá prever regime de transição quando indispensável para que o novo dever ou condicionamento de direito seja cumprido de modo proporcional, equânime e eficiente e sem prejuízo aos interesses gerais.Parágrafo único. (Vetado). (Incluído pela Lei nº 13.655, de 2018).

`` Veto não apreciado pelo Congresso Nacional até o fechamento dessa edição.

Art. 24. A revisão, nas esferas adminis‑trativa, controladora ou judicial, quanto à

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CÓDIGO PENAL MILITAR

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CPM

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CÓDIGO PENAL MILITAR

DECRETO‑LEI N. 1.001, DE 21 DE OUTUBRO DE 1969

`` DOU, 21.10.1969.

Os Ministros da Marinha de Guerra, do Exército e da Aeronáutica Militar, usando das atribuições que lhes confere o art . 3º do Ato Institucional n . 16, de 14 de outubro de 1969, combinado com o § 1º do art . 2º, do Ato Institucional n . 5, de 13 de dezembro de 1968, decretam:

CÓDIGO PENAL MILITAR PARTE GERAL

LIVRO ÚNICO

TÍTULO I DA APLICAÇÃO DA LEI PENAL

MILITAR

Princípio de legalidade

Art. 1º Não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal .

`` art. 5º, XXXIX, CF.`` art. 1º, CP.

Lei supressiva de incriminação

Art. 2º Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime, cessando, em virtude dela, a própria vigência de sentença condenatória irrecorrível, salvo quanto aos efeitos de natureza civil .

`` art. 5º, XL, CF.`` art. 2º, CP.`` art. 66, Lei 7.210/1984 (Lei de Execuções Penais).`` art. 9º, Pacto de São José da Costa Rica.

Retroatividade de lei mais benigna § 1º A lei posterior que, de qualquer outro modo, favorece o agente, aplica‑se retroati‑vamente, ainda quando já tenha sobrevindo sentença condenatória irrecorrível .

`` art. 5º, XL, CF.`` Súm. 611, STF.

Apuração da maior benignidade § 2º Para se reconhecer qual a mais favo‑rável, a lei posterior e a anterior devem ser consideradas separadamente, cada qual no conjunto de suas normas aplicáveis ao fato .

`` art. 5º, XXXIX, CF.

Medidas de segurança

Art. 3º As medidas de segurança regem‑se pela lei vigente ao tempo da sentença, prevalecendo, entretanto, se diversa, a lei vigente ao tempo da execução .

`` arts. 110 a 120 deste Código.`` arts. 659 a 674, CPPM.

Lei excepcional ou temporária

Art. 4º A lei excepcional ou temporária, embora decorrido o período de sua du‑ração ou cessadas as circunstâncias que a determinaram, aplica‑se ao fato praticado durante sua vigência .

`` art. 3º, CP.

Tempo do crime

Art. 5º Considera‑se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o do resultado .

`` art. 4º, CP.

Lugar do crime

Art. 6º Considera‑se praticado o fato, no lugar em que se desenvolveu a atividade criminosa, no todo ou em parte, e ainda que sob forma de participação, bem como onde se produziu ou deveria produzir‑se o resultado . Nos crimes omissivos, o fato considera‑se praticado no lugar em que deveria realizar‑se a ação omitida .

`` art. 6º, CP.`` arts. 88 a 92, CPPM.

Territorialidade, extraterritorialidade

Art. 7º Aplica‑se a lei penal militar, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de direito internacional, ao crime cometido, no todo ou em parte no território nacional, ou fora dele, ainda que, neste caso, o agente esteja sendo processado ou tenha sido jul‑gado pela justiça estrangeira .

`` art. 7º, CP.`` art. 4º, CPPM.`` art. 40, Lei 11.343/2006 (Institui o Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas - Sisnad; prescreve medidas para prevenção do uso indevido, atenção e reinserção social de usuários e dependentes de drogas; estabelece normas para repressão à produção não autorizada e ao tráfico ilícito de drogas).

Território nacional por extensão § 1º Para os efeitos da lei penal militar consideram‑se como extensão do território nacional as aeronaves e os navios brasileiros, onde quer que se encontrem, sob comando militar ou militarmente utilizados ou ocupa‑dos por ordem legal de autoridade compe‑tente, ainda que de propriedade privada .

Ampliação a aeronaves ou navios estran‑geiros § 2º É também aplicável a lei penal militar ao crime praticado a bordo de aeronaves ou navios estrangeiros, desde que em lugar sujeito à administração militar, e o crime atente contra as instituições militares . Conceito de navio § 3º Para efeito da aplicação deste Código, considera‑se navio toda embarcação sob comando militar .

Pena cumprida no estrangeiro

Art. 8º A pena cumprida no estrangeiro atenua a pena imposta no Brasil pelo mesmo crime, quando diversas, ou nela é computa‑da, quando idênticas .

`` art. 8º, CP.

Crimes militares em tempo de paz

Art. 9º Consideram‑se crimes militares, em tempo de paz: I ‑ os crimes de que trata este Código, quan‑do definidos de modo diverso na lei penal comum, ou nela não previstos, qualquer

que seja o agente, salvo disposição espe‑cial; II ‑ os crimes previstos neste Código e os previstos na legislação penal, quando pra‑ticados: (Redação dada pela Lei nº 13 .491, de 2017) a) por militar em situação de atividade ou assemelhado, contra militar na mesma situ‑ação ou assemelhado;

`` arts. 21 e 22 deste Código.`` art. 84, CPPM.

b) por militar em situação de atividade ou assemelhado, em lugar sujeito à adminis‑tração militar, contra militar da reserva, ou reformado, ou assemelhado, ou civil; c) por militar em serviço ou atuando em razão da função, em comissão de natureza militar, ou em formatura, ainda que fora do lugar sujeito à administração militar contra militar da reserva, ou reformado, ou civil; (Redação dada pela Lei 9 .299/1996 .)

`` LC 97/1999 (Dispõe sobre as normas gerais para a organização, o preparo e o emprego das Forças Armadas).

d) por militar durante o período de mano‑bras ou exercício, contra militar da reserva, ou reformado, ou assemelhado, ou civil; e) por militar em situação de atividade, ou assemelhado, contra o patrimônio sob a administração militar, ou a ordem admi‑nistrativa militar;

`` art. 251, § 2º, deste Código.f) (Revogada .)III ‑ os crimes praticados por militar da reserva, ou reformado, ou por civil, contra as instituições militares, considerando‑se como tais não só os compreendidos no inciso I, como os do inciso II, nos seguintes casos: a) contra o patrimônio sob a administração militar, ou contra a ordem administrativa militar; b) em lugar sujeito à administração militar contra militar em situação de atividade ou assemelhado, ou contra funcionário de Ministério militar ou da Justiça Militar, no exercício de função inerente ao seu cargo; c) contra militar em formatura, ou durante o período de prontidão, vigilância, obser‑vação, exploração, exercício, acampamento, acantonamento ou manobras; d) ainda que fora do lugar sujeito à admi‑nistração militar, contra militar em função de natureza militar, ou no desempenho de serviço de vigilância, garantia e preser‑vação da ordem pública, administrativa ou judiciária, quando legalmente requisitado para aquele fim, ou em obediência a deter‑minação legal superior .

§ 1° Os crimes de que trata este artigo, quan‑do dolosos contra a vida e cometidos por militares contra civil, serão da competência do Tribunal do Júri . (Redação dada pela Lei nº 13 .491, de 2017)§ 2° Os crimes de que trata este artigo, quando dolosos contra a vida e cometidos por militares das Forças Armadas contra civil,

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ESTATUTO DA CIDADE Art. 4º

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ESTATUTO DA CIDADE

LEI Nº 10.257, DE 10 DE JULHO DE 2001

Regulamenta os arts. 182 e 183 da Constituição Federal, estabelece diretrizes gerais da política urbana e dá outras providências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

CAPÍTULO I. DIRETRIZES GERAIS

Art. 1º. Na execução da política urbana, de que tratam os arts. 182 e 183 da Constituição Federal, será aplicado o previsto nesta Lei.

`` CF: arts. 182, § 2º e 225.`` Lei nº 6.938, de 31‑8‑1981, dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente.`` Lei nº 9.605, de 12‑2‑1998, dispõe sobre os crimes ambientais.

Parágrafo único. Para todos os efeitos, esta Lei, denominada Estatuto da Cidade, estabelece normas de ordem pública e interesse social que regulam o uso da pro-priedade urbana em prol do bem coletivo, da segurança e do bem-estar dos cidadãos, bem como do equilíbrio ambiental.Art. 2º. A política urbana tem por objeti-vo ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e da propriedade urbana, mediante as seguintes diretrizes gerais:I – garantia do direito a cidades sustentá-veis, entendido como o direito à terra urba-na, à moradia, ao saneamento ambiental, à infraestrutura urbana, ao transporte e aos serviços públicos, ao trabalho e ao lazer, para as presentes e futuras gerações;II – gestão democrática por meio da par-ticipação da população e de associações representativas dos vários segmentos da comunidade na formulação, execução e acompanhamento de planos, programas e projetos de desenvolvimento urbano;III – cooperação entre os governos, a ini-ciativa privada e os demais setores da so-ciedade no processo de urbanização, em atendimento ao interesse social;IV – planejamento do desenvolvimento das cidades, da distribuição espacial da população e das atividades econômicas do Município e do território sob sua área de influência, de modo a evitar e corrigir as distorções do crescimento urbano e seus efeitos negativos sobre o meio ambiente;V – oferta de equipamentos urbanos e co-munitários, transporte e serviços públicos adequados aos interesses e necessidades da população e às características locais;VI – ordenação e controle do uso do solo, de forma a evitar:

a) a utilização inadequada dos imóveis urbanos;b) a proximidade de usos incompatíveis ou inconvenientes;

c) o parcelamento do solo, a edificação ou o uso excessivos ou inadequados em relação à infraestrutura urbana;d) a instalação de empreendimentos ou ati-vidades que possam funcionar como polos geradores de tráfego, sem a previsão da infraestrutura correspondente;e) a retenção especulativa de imóvel urbano, que resulte na sua subutilização ou não utilização;f) a deterioração das áreas urbanizadas;g) a poluição e a degradação ambiental;

`` Lei nº 6.766, de 19‑12‑1979, dispõe sobre o par‑celamento do solo urbano.`` Lei nº 9.605, de 12‑2‑1998, dispõe sobre os crimes ambientais.

h) a exposição da população a riscos de desastres. (Incluído dada pela Lei nº 12.608, de 2012)VII – integração e complementaridade en-tre as atividades urbanas e rurais, tendo em vista o desenvolvimento socioeconômico do Município e do território sob sua área de influência;VIII – adoção de padrões de produção e consumo de bens e serviços e de expansão urbana compatíveis com os limites da sus-tentabilidade ambiental, social e econômi-ca do Município e do território sob sua área de influência;IX – justa distribuição dos benefícios e ônus decorrentes do processo de urbanização;X – adequação dos instrumentos de políti-ca econômica, tributária e financeira e dos gastos públicos aos objetivos do desen-volvimento urbano, de modo a privilegiar os investimentos geradores de bem-estar geral e a fruição dos bens pelos diferentes segmentos sociais;XI – recuperação dos investimentos do Po-der Público de que tenha resultado a valo-rização de imóveis urbanos;XII – proteção, preservação e recuperação do meio ambiente natural e construído, do patrimônio cultural, histórico, artístico, pai-sagístico e arqueológico;

`` CF: arts. 5º, LXXIII, 23, III e IV, 24, VII, 170, VI, 216 e 225.`` Lei nº 7.347, de 24‑7‑1985, dispõe sobre ação civil pública.

XIII – audiência do Poder Público munici-pal e da população interessada nos proces-sos de implantação de empreendimentos ou atividades com efeitos potencialmente negativos sobre o meio ambiente natural ou construído, o conforto ou a segurança da população;XIV – regularização fundiária e urbaniza-ção de áreas ocupadas por população de baixa renda mediante o estabelecimento de normas especiais de urbanização, uso e ocupação do solo e edificação, considera-das a situação socioeconômica da popula-ção e as normas ambientais;XV – simplificação da legislação de par-celamento, uso e ocupação do solo e das

normas edilícias, com vistas a permitir a redução dos custos e o aumento da oferta dos lotes e unidades habitacionais;

`` Lei nº 6.766, de 19‑12‑1979, que dispõe sobre o parcelamento do solo urbano.

XVI – isonomia de condições para os agen-tes públicos e privados na promoção de empreendimentos e atividades relativos ao processo de urbanização, atendido o inte-resse social.XVII – estímulo à utilização, nos parcela-mentos do solo e nas edificações urbanas, de sistemas operacionais, padrões constru-tivos e aportes tecnológicos que objetivem a redução de impactos ambientais e a eco-nomia de recursos naturais. (Incluído pela Lei nº 12.836, de 2013)XVIII – tratamento prioritário às obras e edificações de infraestrutura de energia, telecomunicações, abastecimento de água e saneamento. (Incluído pela Lei nº 13.116, de 2015)

Art. 3º. Compete à União, entre outras atribuições de interesse da política urbana:I – legislar sobre normas gerais de direito urbanístico;II – legislar sobre normas para a coopera-ção entre a União, os Estados, o Distrito Fe-deral e os Municípios em relação à política urbana, tendo em vista o equilíbrio do de-senvolvimento e do bem-estar em âmbito nacional;III – promover, por iniciativa própria e em conjunto com os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, programas de construção de moradias e melhoria das condições habitacionais, de saneamento básico, das calçadas, dos passeios públicos, do mobi-liário urbano e dos demais espaços de uso público; (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015)IV – instituir diretrizes para desenvolvi-mento urbano, inclusive habitação, sanea-mento básico, transporte e mobilidade ur-bana, que incluam regras de acessibilidade aos locais de uso público; (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015)V – elaborar e executar planos nacionais e regionais de ordenação do território e de desenvolvimento econômico e social.

CAPÍTULO II. DOS INSTRUMENTOS DA POLÍTICA

URBANA

SEÇÃO I. DOS INSTRUMENTOS EM GERAL

Art. 4º. Para os fins desta Lei, serão utiliza-dos, entre outros instrumentos:I – planos nacionais, regionais e estaduais de ordenação do território e de desenvolvi-mento econômico e social;

`` CF: art. 21, IX.

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ESTATUTO DO TORCEDOR

LEI Nº 10.671, DE 15 DE MAIO DE 2003

Dispõe sobre o Estatuto de Defesa do Torcedor e dá outras providências

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

CAPÍTULO I. DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 1º. Este Estatuto estabelece normas de proteção e defesa do torcedor.

Art. 1º-A. A prevenção da violência nos esportes é de responsabilidade do poder público, das confederações, federações, ligas, clubes, associações ou entidades es-portivas, entidades recreativas e associações de torcedores, inclusive de seus respectivos dirigentes, bem como daqueles que, de qualquer forma, promovem, organizam, coordenam ou participam dos eventos es-portivos. (Incluído pela Lei nº 12.299, de 2010).

Art. 2º. Torcedor é toda pessoa que aprecie, apoie ou se associe a qualquer entidade de prática desportiva do País e acompa-nhe a prática de determinada modalidade esportiva.Parágrafo único. Salvo prova em contrá-rio, presumem-se a apreciação, o apoio ou o acompanhamento de que trata o caput deste artigo.

Art. 2º-A. Considera-se torcida organizada, para os efeitos desta Lei, a pessoa jurídica de direito privado ou existente de fato, que se organize para o fim de torcer e apoiar entidade de prática esportiva de qualquer natureza ou modalidade. (Incluído pela Lei nº 12.299, de 2010).Parágrafo único. A torcida organizada deverá manter cadastro atualizado de seus associados ou membros, o qual deverá con-ter, pelo menos, as seguintes informações: (Incluído pela Lei nº 12.299, de 2010).I  – nome completo; (Incluído pela Lei nº 12.299, de 2010).II – fotografia; (Incluído pela Lei nº 12.299, de 2010).III – filiação; (Incluído pela Lei nº 12.299, de 2010).IV – número do registro civil; (Incluído pela Lei nº 12.299, de 2010).V  – número do CPF; (Incluído pela Lei nº 12.299, de 2010).VI – data de nascimento; (Incluído pela Lei nº 12.299, de 2010).VII  – estado civil; (Incluído pela Lei nº 12.299, de 2010).VIII – profissão; (Incluído pela Lei nº 12.299, de 2010).

IX  – endereço completo; e (Incluído pela Lei nº 12.299, de 2010).X  – escolaridade. (Incluído pela Lei nº 12.299, de 2010).

Art. 3º. Para todos os efeitos legais, equi-param-se a fornecedor, nos termos da Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990, a entidade responsável pela organização da competição, bem como a entidade de práti-ca desportiva detentora do mando de jogo.

Art. 4º. (VETADO)

CAPÍTULO II. DA TRANSPARÊNCIA NA

ORGANIZAÇÃO

Art. 5º. São asseguradas ao torcedor a publicidade e transparência na organiza-ção das competições administradas pelas entidades de administração do desporto, bem como pelas ligas de que trata o art. 20 da Lei nº 9.615, de 24 de março de 1998.§ 1º. As entidades de que trata o caput farão publicar na internet, em sítio da entidade responsável pela organização do evento: (Incluído pela Lei nº 12.299, de 2010).I  – a íntegra do regulamento da competi-ção; (Incluído pela Lei nº 12.299, de 2010).II – as tabelas da competição, contendo as partidas que serão realizadas, com especi-ficação de sua data, local e horário; (Incluí-do pela Lei nº 12.299, de 2010).III – o nome e as formas de contato do Ou-vidor da Competição de que trata o art. 6º; (Incluído pela Lei nº 12.299, de 2010).IV  – os borderôs completos das partidas; (Incluído pela Lei nº 12.299, de 2010).V – a escalação dos árbitros imediatamen-te após sua definição; e (Incluído pela Lei nº 12.299, de 2010).VI  – a relação dos nomes dos torcedo-res impedidos de comparecer ao local do evento desportivo. (Incluído pela Lei nº 12.299, de 2010).§  2º. Os dados contidos nos itens V e VI também deverão ser afixados ostensiva-mente em local visível, em caracteres facil-mente legíveis, do lado externo de todas as entradas do local onde se realiza o evento esportivo. (Incluído pela Lei nº 12.299, de 2010).§  3º. O juiz deve comunicar às entidades de que trata o caput decisão judicial ou aceitação de proposta de transação penal ou suspensão do processo que implique o impedimento do torcedor de frequentar estádios desportivos. (Incluído pela Lei nº 12.299, de 2010).

Art. 6º. A entidade responsável pela orga-nização da competição, previamente ao seu início, designará o Ouvidor da Competição,

fornecendo-lhe os meios de comunicação necessários ao amplo acesso dos torcedores.§  1º. São deveres do Ouvidor da Compe-tição recolher as sugestões, propostas e reclamações que receber dos torcedores, examiná-las e propor à respectiva entidade medidas necessárias ao aperfeiçoamento da competição e ao benefício do torcedor.§ 2º. É assegurado ao torcedor:I – o amplo acesso ao Ouvidor da Compe-tição, mediante comunicação postal ou mensagem eletrônica; eII  – o direito de receber do Ouvidor da Competição as respostas às sugestões, pro-postas e reclamações, que encaminhou, no prazo de trinta dias.§ 3º. Na hipótese de que trata o inciso II do § 2º, o Ouvidor da Competição utilizará, prioritariamente, o mesmo meio de comu-nicação utilizado pelo torcedor para o en-caminhamento de sua mensagem.§ 4º. O sítio da internet em que forem pu-blicadas as informações de que trata o § 1º do art. 5º conterá, também, as manifesta-ções e propostas do Ouvidor da Competi-ção. (Redação dada pela Lei nº 12.299, de 2010).§ 5º. A função de Ouvidor da Competição poderá ser remunerada pelas entidades de prática desportiva participantes da compe-tição.

Art. 7º. É direito do torcedor a divulgação, durante a realização da partida, da renda obtida pelo pagamento de ingressos e do número de espectadores pagantes e não--pagantes, por intermédio dos serviços de som e imagem instalados no estádio em que se realiza a partida, pela entidade res-ponsável pela organização da competição.

Art. 8º. As competições de atletas pro-fissionais de que participem entidades integrantes da organização desportiva do País deverão ser promovidas de acordo com calendário anual de eventos oficiais que:I – garanta às entidades de prática despor-tiva participação em competições durante pelo menos dez meses do ano;II – adote, em pelo menos uma competição de âmbito nacional, sistema de disputa em que as equipes participantes conheçam, previamente ao seu início, a quantidade de partidas que disputarão, bem como seus adversários.

CAPÍTULO III. DO REGULAMENTO DA

COMPETIÇÃO

Art. 9º. É direito do torcedor que o regula-mento, as tabelas da competição e o nome do Ouvidor da Competição sejam divulga-dos até 60 (sessenta) dias antes de seu início, na forma do § 1º do art. 5º. (Redação dada pela Lei nº 12.299, de 2010).

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ESTATUTO DO DESARMAMENTOArt. 1º

1074

ESTATUTO DO DESARMAMENTO

LEI Nº 10.826, DE 22 DE DEZEMBRO DE 2003

Dispõe sobre registro, posse e comercialização de armas de fogo e munição, sobre o Sistema Nacional de Armas  – SINARM, define crimes e dá outras pro‑vidências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

CAPÍTULO I. DO SISTEMA NACIONAL DE ARMAS

Art. 1º. O Sistema Nacional de Armas – SI-NARM, instituído no Ministério da Justiça, no âmbito da Polícia Federal, tem circunscrição em todo o território nacional.

Art. 2º. Ao SINARM compete:I – identificar as características e a proprie-dade de armas de fogo, mediante cadastro;II – cadastrar as armas de fogo produzidas, importadas e vendidas no País;III – cadastrar as autorizações de porte de arma de fogo e as renovações expedidas pela Polícia Federal;IV  – cadastrar as transferências de pro-priedade, extravio, furto, roubo e outras ocorrências suscetíveis de alterar os dados cadastrais, inclusive as decorrentes de fe-chamento de empresas de segurança pri-vada e de transporte de valores;V – identificar as modificações que alterem as características ou o funcionamento de arma de fogo;VI  – integrar no cadastro os acervos poli-ciais já existentes;VII – cadastrar as apreensões de armas de fogo, inclusive as vinculadas a procedimen-tos policiais e judiciais;VIII  – cadastrar os armeiros em atividade no País, bem como conceder licença para exercer a atividade;IX – cadastrar mediante registro os produ-tores, atacadistas, varejistas, exportadores e importadores autorizados de armas de fogo, acessórios e munições;X  – cadastrar a identificação do cano da arma, as características das impressões de raiamento e de microestriamento de projétil disparado, conforme marcação e testes obrigatoriamente realizados pelo fabricante;XI  – informar às Secretarias de Segurança Pública dos Estados e do Distrito Federal os registros e autorizações de porte de armas de fogo nos respectivos territórios, bem como manter o cadastro atualizado para consulta.

Parágrafo único. As disposições deste arti-go não alcançam as armas de fogo das Forças Armadas e Auxiliares, bem como as demais que constem dos seus registros próprios.

CAPÍTULO II. DO REGISTRO

Art. 3º. É obrigatório o registro de arma de fogo no órgão competente.

Parágrafo único. As armas de fogo de uso restrito serão registradas no Comando do Exército, na forma do regulamento desta Lei.

Art. 4º. Para adquirir arma de fogo de uso permitido o interessado deverá, além de declarar a efetiva necessidade, atender aos seguintes requisitos:I  – comprovação de idoneidade, com a apresentação de certidões negativas de antecedentes criminais fornecidas pela Justiça Federal, Estadual, Militar e Eleitoral e de não estar respondendo a inquérito policial ou a processo criminal, que pode-rão ser fornecidas por meios eletrônicos; (Redação dada pela Lei nº 11.706, de 2008)

II  – apresentação de documento compro-batório de ocupação lícita e de residência certa;

III – comprovação de capacidade técnica e de aptidão psicológica para o manuseio de arma de fogo, atestadas na forma disposta no regulamento desta Lei.

§  1º. O SINARM expedirá autorização de compra de arma de fogo após atendidos os requisitos anteriormente estabelecidos, em nome do requerente e para a arma indi-cada, sendo intransferível esta autorização.

§ 2º. A aquisição de munição somente po-derá ser feita no calibre correspondente à arma registrada e na quantidade estabe-lecida no regulamento desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 11.706, de 2008)

§ 3º. A empresa que comercializar arma de fogo em território nacional é obrigada a co-municar a venda à autoridade competente, como também a manter banco de dados com todas as características da arma e có-pia dos documentos previstos neste artigo.

§  4º. A empresa que comercializa armas de fogo, acessórios e munições responde legalmente por essas mercadorias, ficando registradas como de sua propriedade en-quanto não forem vendidas.

§ 5º. A comercialização de armas de fogo, acessórios e munições entre pessoas físicas somente será efetivada mediante autoriza-ção do SINARM.

§ 6º. A expedição da autorização a que se refere o § 1º será concedida, ou recusada com a devida fundamentação, no prazo de 30 (trinta) dias úteis, a contar da data do re-querimento do interessado.

§  7º. O registro precário a que se refere o § 4º prescinde do cumprimento dos requi-sitos dos incisos I, II e III deste artigo.

§  8º. Estará dispensado das exigências constantes do inciso III do caput deste artigo, na forma do regulamento, o inte-ressado em adquirir arma de fogo de uso permitido que comprove estar autorizado a portar arma com as mesmas característi-cas daquela a ser adquirida. (Incluído pela Lei nº 11.706, de 2008)

Art. 5º. O certificado de Registro de Arma de Fogo, com validade em todo o territó-rio nacional, autoriza o seu proprietário a manter a arma de fogo exclusivamente no interior de sua residência ou domicílio, ou dependência desses, ou, ainda, no seu local de trabalho, desde que seja ele o titular ou o responsável legal pelo estabelecimento ou empresa. (Redação dada pela Lei nº 10.884, de 2004)§ 1º. O certificado de registro de arma de fogo será expedido pela Polícia Federal e será precedido de autorização do SINARM.§ 2º. Os requisitos de que tratam os incisos I, II e III do art. 4º deverão ser comprovados periodicamente, em período não inferior a 3 (três) anos, na conformidade do esta-belecido no regulamento desta Lei, para a renovação do Certificado de Registro de Arma de Fogo.§ 3º. O proprietário de arma de fogo com certificados de registro de propriedade expedido por órgão estadual ou do Distri-to Federal até a data da publicação desta Lei que não optar pela entrega espontânea prevista no art. 32 desta Lei deverá renová--lo mediante o pertinente registro federal, até o dia 31 de dezembro de 2008, ante a apresentação de documento de identifica-ção pessoal e comprovante de residência fixa, ficando dispensado do pagamento de taxas e do cumprimento das demais exigências constantes dos incisos I a III do caput do art. 4º desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 11.706, de 2008)§ 4º. Para fins do cumprimento do disposto no § 3º deste artigo, o proprietário de arma de fogo poderá obter, no Departamento de Polícia Federal, certificado de registro pro-visório, expedido na rede mundial de com-putadores – internet, na forma do regula-mento e obedecidos os procedimentos a seguir: (Redação dada pela Lei nº 11.706, de 2008)I – emissão de certificado de registro pro-visório pela internet, com validade inicial de 90 (noventa) dias; e (Incluído pela Lei nº 11.706, de 2008)II  – revalidação pela unidade do Departa-mento de Polícia Federal do certificado de registro provisório pelo prazo que estimar como necessário para a emissão definitiva do certificado de registro de propriedade. (Incluído pela Lei nº 11.706, de 2008)

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ESTATUTO DA MICROEMPRESA E DA EMPRESA DE PEQUENO PORTE

ESTA

TUTO

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1105

FaixaPercentual de Repartição dos Tributos

IRPJ CSLL Cofins PIS/Pasep CPP ICMS

1ª Faixa 5,50% 3,50% 12,74% 2,76% 41,50% 34,00%

2ª Faixa 5,50% 3,50% 12,74% 2,76% 41,50% 34,00%

3ª Faixa 5,50% 3,50% 12,74% 2,76% 42,00% 33,50%

4ª Faixa 5,50% 3,50% 12,74% 2,76% 42,00% 33,50%

5ª Faixa 5,50% 3,50% 12,74% 2,76% 42,00% 33,50%

6ª Faixa 13,50% 10,00% 28,27% 6,13% 42,10% –

ANEXO II DA LEI COMPLEMENTAR Nº 123, DE 14 DE DEZEMBRO DE 2006 (VIGÊNCIA: 01/01/2012)

ALÍQUOTAS E PARTILHA DO SIMPLES NACIONAL – INDÚSTRIA

Receita Bruta em 12 meses (em R$ ) Alíquota IRPJ CSLL Cofins PIS/Pasep CPP ICMS IPI

Até 180.000,00 4,50% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 2,75% 1,25% 0,50%

De 180.000,01 a 360.000,00 5,97% 0,00% 0,00% 0,86% 0,00% 2,75% 1,86% 0,50%

De 360.000,01 a 540.000,00 7,34% 0,27% 0,31% 0,95% 0,23% 2,75% 2,33% 0,50%

De 540.000,01 a 720.000,00 8,04% 0,35% 0,35% 1,04% 0,25% 2,99% 2,56% 0,50%

De 720.000,01 a 900.000,00 8,10% 0,35% 0,35% 1,05% 0,25% 3,02% 2,58% 0,50%

De 900.000,01 a 1.080.000,00 8,78% 0,38% 0,38% 1,15% 0,27% 3,28% 2,82% 0,50%

De 1.080.000,01 a 1.260.000,00 8,86% 0,39% 0,39% 1,16% 0,28% 3,30% 2,84% 0,50%

De 1.260.000,01 a 1.440.000,00 8,95% 0,39% 0,39% 1,17% 0,28% 3,35% 2,87% 0,50%

De 1.440.000,01 a 1.620.000,00 9,53% 0,42% 0,42% 1,25% 0,30% 3,57% 3,07% 0,50%

De 1.620.000,01 a 1.800.000,00 9,62% 0,42% 0,42% 1,26% 0,30% 3,62% 3,10% 0,50%

De 1.800.000,01 a 1.980.000,00 10,45% 0,46% 0,46% 1,38% 0,33% 3,94% 3,38% 0,50%

De 1.980.000,01 a 2.160.000,00 10,54% 0,46% 0,46% 1,39% 0,33% 3,99% 3,41% 0,50%

De 2.160.000,01 a 2.340.000,00 10,63% 0,47% 0,47% 1,40% 0,33% 4,01% 3,45% 0,50%

De 2.340.000,01 a 2.520.000,00 10,73% 0,47% 0,47% 1,42% 0,34% 4,05% 3,48% 0,50%

De 2.520.000,01 a 2.700.000,00 10,82% 0,48% 0,48% 1,43% 0,34% 4,08% 3,51% 0,50%

De 2.700.000,01 a 2.880.000,00 11,73% 0,52% 0,52% 1,56% 0,37% 4,44% 3,82% 0,50%

De 2.880.000,01 a 3.060.000,00 11,82% 0,52% 0,52% 1,57% 0,37% 4,49% 3,85% 0,50%

De 3.060.000,01 a 3.240.000,00 11,92% 0,53% 0,53% 1,58% 0,38% 4,52% 3,88% 0,50%

De 3.240.000,01 a 3.420.000,00 12,01% 0,53% 0,53% 1,60% 0,38% 4,56% 3,91% 0,50%

De 3.420.000,01 a 3.600.000,00 12,11% 0,54% 0,54% 1,60% 0,38% 4,60% 3,95% 0,50%

Nova redação:

Vade Mecum Jus 4ed.indb 1105 03/07/2018 13:00:38

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ESTATUTO DA MICROEMPRESA E DA EMPRESA DE PEQUENO PORTE

1106

ANEXO II DA LEI COMPLEMENTAR Nº 123, DE 14 DE DEZEMBRO DE 2006

ALÍQUOTAS E PARTILHA DO SIMPLES NACIONAL – INDÚSTRIA (REDAÇÃO DADA PELA LEI COMPLEMENTAR Nº 155, DE 2016, EM VIGOR A PARTIR DE 1º DE JANEIRO DE 2018)

Receita Bruta em 12 Meses (em R$ ) Alíquota Valor a Deduzir (em R$ )

1ª Faixa Até 180.000,00 4,50% –

2ª Faixa De 180.000,01 a 360.000,00 7,80% 5.940,00

3ª Faixa De 360.000,01 a 720.000,00 10,00% 13.860,00

4ª Faixa De 720.000,01 a 1.800.000,00 11,20% 22.500,00

5ª Faixa De 1.800.000,01 a 3.600.000,00 14,70% 85.500,00

6ª Faixa De 3.600.000,01 a 4.800.000,00 30,00% 720.000,00

FaixaPercentual de Repartição dos Tributos

IRPJ CSLL Cofins PIS/Pasep CPP IPI ICMS

1ª Faixa 5,50% 3,50% 11, 51 % 2,49% 37,50% 7,50% 32,00%

2ª Faixa 5,50% 3,50% 11, 5 1 % 2,49% 37,50% 7,50% 32,00%

3ª Faixa 5,50% 3,50% 11, 5 1 % 2,49% 37,50% 7,50% 32,00%

4ª Faixa 5,50% 3,50% 11, 5 1 % 2,49% 37,50% 7,50% 32,00%

5ª Faixa 5,50% 3,50% 11, 5 1 % 2,49% 37,50% 7,50% 32,00%

6ª Faixa 8,50% 7,50% 20,96% 4,54% 23,50% 35,00% –

ANEXO III DA LEI COMPLEMENTAR Nº 123, DE 14 DE DEZEMBRO DE 2006 (VIGÊNCIA: 01/01/2012)

ALÍQUOTAS E PARTILHA DO SIMPLES NACIONAL – RECEITAS DE LOCAÇÃO DE BENS MÓVEIS E DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS NÃO RELACIONADOS NOS §§ 5º-C E 5º-D DO ART. 18 DESTA LEI COMPLEMENTAR

Receita Bruta em 12 meses (em R$ ) Alíquota IRPJ CSLL Cofins PIS/Pasep CPP ISS

Até 180.000,00 6,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 4,00% 2,00%

De 180.000,01 a 360.000,00 8,21% 0,00% 0,00% 1,42% 0,00% 4,00% 2,79%

De 360.000,01 a 540.000,00 10,26% 0,48% 0,43% 1,43% 0,35% 4,07% 3,50%

De 540.000,01 a 720.000,00 11,31% 0,53% 0,53% 1,56% 0,38% 4,47% 3,84%

De 720.000,01 a 900.000,00 11,40% 0,53% 0,52% 1,58% 0,38% 4,52% 3,87%

De 900.000,01 a 1.080.000,00 12,42% 0,57% 0,57% 1,73% 0,40% 4,92% 4,23%

De 1.080.000,01 a 1.260.000,00 12,54% 0,59% 0,56% 1,74% 0,42% 4,97% 4,26%

De 1.260.000,01 a 1.440.000,00 12,68% 0,59% 0,57% 1,76% 0,42% 5,03% 4,31%

De 1.440.000,01 a 1.620.000,00 13,55% 0,63% 0,61% 1,88% 0,45% 5,37% 4,61%

De 1.620.000,01 a 1.800.000,00 13,68% 0,63% 0,64% 1,89% 0,45% 5,42% 4,65%

De 1.800.000,01 a 1.980.000,00 14,93% 0,69% 0,69% 2,07% 0,50% 5,98% 5,00%

De 1.980.000,01 a 2.160.000,00 15,06% 0,69% 0,69% 2,09% 0,50% 6,09% 5,00%

Vade Mecum Jus 4ed.indb 1106 03/07/2018 13:00:38

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ESTA

TUTO

S

1125

ESTATUTO DA METRÓPOLE

LEI Nº 13.089, DE 12 DE JANEIRO DE 2015

Institui o Estatuto da Metrópole, altera a Lei n. 10.257, de 10 de julho de 2001, e dá outras provi‑dências.

`` DOU, 13.1.2015.A Presidenta da República. Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1º Esta Lei, denominada Estatuto da Metrópole, estabelece diretrizes gerais para o planejamento, a gestão e a execução das funções públicas de interesse comum em regiões metropolitanas e em aglomerações urbanas instituídas pelos Estados, normas gerais sobre o plano de desenvolvimento urbano integrado e outros instrumentos de governança interfederativa, e critérios para o apoio da União a ações que envolvam governança interfederativa no campo do desenvolvimento urbano, com base nos incisos XX do art. 21, IX do art. 23 e I do art. 24, no § 3º do art. 25 e no art. 182 da Constituição Federal.§ 1º Além das regiões metropolitanas e das aglomerações urbanas, as disposições desta Lei aplicam-se, no que couber:I - às microrregiões instituídas pelos Esta-dos com fundamento em funções públicas de interesse comum com características predominantemente urbanas;II - (Vetado.)

§ 2º Na aplicação das disposições desta Lei, serão observadas as normas gerais de direito urbanístico estabelecidas na Lei nº 10.257, de 10 de julho de 2001 (Estatuto da Cidade). (Redação dada pela Lei nº 13.683, de 2018)

Art. 2º Para os efeitos desta Lei, consi-deram-se:I - aglomeração urbana: unidade territorial urbana constituída pelo agrupamento de 2 (dois) ou mais Municípios limítrofes, carac-terizada por complementaridade funcional e integração das dinâmicas geográficas, ambientais, políticas e socioeconômicas;II - função pública de interesse comum: política pública ou ação nela inserida cuja realização por parte de um Município, iso-ladamente, seja inviável ou cause impacto em Municípios limítrofes;III - gestão plena: condição de região me-tropolitana ou de aglomeração urbana que possui:a) formalização e delimitação mediante lei complementar estadual;b) estrutura de governança interfederativa própria, nos termos do art. 8º desta Lei; ec) plano de desenvolvimento urbano inte-grado aprovado mediante lei estadual;

IV - governança interfederativa: compar-tilhamento de responsabilidades e ações entre entes da Federação em termos de organização, planejamento e execução de funções públicas de interesse comum;V - metrópole: espaço urbano com conti-nuidade territorial que, em razão de sua população e relevância política e socioeco-nômica, tem influência nacional ou sobre uma região que configure, no mínimo, a área de influência de uma capital regional, conforme os critérios adotados pela Fun-dação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE;VI - plano de desenvolvimento urbano in-tegrado: instrumento que estabelece, com base em processo permanente de planeja-mento, viabilização econômico-financeira e gestão, as diretrizes para o desenvolvi-mento territorial estratégico e os projetos estruturantes da região metropolitana e aglomeração urbana; (Redação dada pela Lei nº 13.683, de 2018)VII - região metropolitana: unidade regio-nal instituída pelos Estados, mediante lei complementar, constituída por agrupa-mento de Municípios limítrofes para in-tegrar a organização, o planejamento e a execução de funções públicas de interesse comum; (Redação dada pela Lei nº 13.683, de 2018)VIII - área metropolitana: representação da expansão contínua da malha urbana da metrópole, conurbada pela integração dos sistemas viários, abrangendo, especial-mente, áreas habitacionais, de serviços e industriais com a presença de deslocamen-tos pendulares no território; (Incluído pela Lei nº 13.683, de 2018)IX - governança interfederativa das fun-ções públicas de interesse comum: com-partilhamento de responsabilidades e ações entre entes da Federação em termos de organização, planejamento e execução de funções públicas de interesse comum, mediante a execução de um sistema inte-grado e articulado de planejamento, de projetos, de estruturação financeira, de implantação, de operação e de gestão. (In-cluído pela Lei nº 13.683, de 2018)

Parágrafo único. Cabe ao colegiado da mi-crorregião decidir sobre a adoção do Plano de Desenvolvimento Urbano ou quaisquer matérias de impacto. (Parágrafo único com redação dada pela Lei nº 13.683, de 2018)

CAPÍTULO II DA INSTITUIÇÃO DE REGIÕES

METROPOLITANAS E DE AGLOMERAÇÕES URBANAS

Art. 3º Os Estados, mediante lei com-plementar, poderão instituir regiões metropolitanas e aglomerações urbanas,

constituídas por agrupamento de Municí-pios limítrofes, para integrar a organização, o planejamento e a execução de funções públicas de interesse comum.§ 1º O Estado e os Municípios inclusos em região metropolitana ou em aglomeração urbana formalizada e delimitada na forma do caput deste artigo deverão promover a governança interfederativa, sem prejuízo de outras determinações desta Lei. (Parágrafo único transformado em § 1º, com redação dada pela Lei nº 13.683, de 2018)§ 2º A criação de uma região metropolitana, de aglomeração urbana ou de microrregião deve ser precedida de estudos técnicos e audiências públicas que envolvam todos os Municípios pertencentes à unidade ter-ritorial. (Incluído pela Lei nº 13.683, de 2018)

Art. 4º A instituição de região metro-politana ou de aglomeração urbana que envolva Municípios pertencentes a mais de um Estado será formalizada mediante a aprovação de leis complementares pelas assembleias legislativas de cada um dos Estados envolvidos.Parágrafo único. Até a aprovação das leis complementares previstas no caput deste artigo por todos os Estados envolvidos, a região metropolitana ou a aglomeração urbana terá validade apenas para os Municí-pios dos Estados que já houverem aprovado a respectiva lei.

Art. 5º As leis complementares estaduais referidas nos arts. 3º e 4º desta Lei definirão, no mínimo:I - os Municípios que integram a unidade territorial urbana;II - os campos funcionais ou funções pú-blicas de interesse comum que justificam a instituição da unidade territorial urbana;III - a conformação da estrutura de gover-nança interfederativa, incluindo a organi-zação administrativa e o sistema integrado de alocação de recursos e de prestação de contas; eIV - os meios de controle social da organi-zação, do planejamento e da execução de funções públicas de interesse comum.

§ 1º No processo de elaboração da lei complementar, serão explicitados os cri-térios técnicos adotados para a definição do conteúdo previsto nos incisos I e II do caput deste artigo.§ 2º Respeitadas as unidades territoriais ur-banas criadas mediante lei complementar estadual até a data de entrada em vigor desta Lei, a instituição de região metropo-litana impõe a observância do conceito es-tabelecido no inciso VII do caput do art. 2º.

CAPÍTULO III A GOVERNANÇA INTERFEDERATIVA

Vade Mecum Jus 4ed.indb 1125 03/07/2018 13:00:43