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Boletim dos Amigos dos Açores – Associação Ecológica nº 23 2005 V i d á l i a • Plantas Medicinais e • Plantas Medicinais e Educação Ambiental Educação Ambiental • Relatório de Actividades • Relatório de Actividades de 2004 de 2004 • Plano de Actividades para • Plano de Actividades para 2005 2005 • Gruta da Rua João do Rego • Gruta da Rua João do Rego • Associação Negawatt • Associação Negawatt

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Boletim dos Amigos dos Açores – Associação Ecológica nº 23 • 2005

V i d á l i a

• Plantas Medicinais e• Plantas Medicinais eEducação AmbientalEducação Ambiental

• Relatório de Actividades• Relatório de Actividadesde 2004de 2004

• Plano de Actividades para• Plano de Actividades para20052005

• Gruta da Rua João do Rego• Gruta da Rua João do Rego• Associação Negawatt• Associação Negawatt

Vidália 23 2

Sumário

Vidália

Boletim dos Amigos dos Açores– Associação Ecológica

Distribuição gratuita entre os sócios

Os artigos são da responsabilida-de dos autores e não representamobrigatoriamente a posição ofi-cial da Associação.

É permitida a reprodução etranscrição, desde que citada afonte e o autor

ApoioDirecção Regional do Ambiente

Execução Gráfica e ImpressãoEGA

Empresa Gráfica Açoreana, Lda.

ÓRGÃOS SOCIAIS PARA 2005-2006

DIRECCCAO

PresidenteTeófilo Braga

SecretárioFrancisco Botelho

TesoureiroMário Furtado

VogaisMaria Manuela Livro

Lúcia VenturaSuplentes

Sérgio Diogo CaetanoGilda Pontes

CONSELHO FISCAL

PresidentePaula SantosSecretário

Eduardo SantosVogal

George HayesSuplentes

Emanuel MachadoPedro Teves

ASSEMBLEIA GERAL

PresidenteJoão Nunes

Vice-PresidenteLuís Guimarães

SecretárioEva Almeida Lima

SuplentesMaria do Carmo Moreira

Cristina Ferreira

Sede SocialEstá instalada no edifício da Juntade Freguesia do Pico da Pedra,Avenida da Paz, 14. Ali se encon-tram todas as publicações editadase uma biblioteca especializada natemática ambiental. Os interessa-dos poderão visitá-la todos os diasúteis das 8:30h às 12h e das 13h às16h. Aconselha-se a marcação davisita. Contacto: Carla Oliveira,Tel. 296 498 004

Editorial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3

Educação AmbientalPlantas Medicinais e Educação

Ambiental . . . . . . . . . . . . . . . . 4

Vida AssociativaActividades Realizadas

em 2004 . . . . . . . . . . . . . . . . . 6

PedestrianismoPercurso Pedestre de Santo

António . . . . . . . . . . . . . . . . . 8

EspeleologiaGruta da Rua João do Rego . . . .9

Vida AssociativaPlano de Actividades

para 2005 . . . . . . . . . . . . . . . 13

EnergiaAssociação Negawatt . . . . . . . .16

Publicações e Materiais paraVenda . . . . . . . . . . . . . . . . . .18

Novos Sócios . . . . . . . . . . . . . . 19

Boletim de Inscrição . . . . . . . . 19

Humor Verde . . . . . . . . . . . . . . 20

www.virtualazores.com/amigosdosacores

e-mail:[email protected]@gmail.com

Tel. 296 498 004Fax 296 498 006

3 Vidália 23

Editorial

Neste primeiro número do boletim Vidá-lia de 2005, continua-se a dar destaque à VidaAssociativa, bem como a divulgar artigos sobreo património natural e cultural da nossa Região.

Neste boletim, apresenta-se uma síntesedo Relatório de Actividades dos Amigos dosAçores, relativo ao ano de 2004, bem como oPlano de Actividades para o ano em curso. Noque diz respeito às actividades deste ano, desta-camos as que constam dos seguintes projectos:Introduções Versus Endemismos, Conhecerpara Proteger, Espeleologia-Centro de Iterpre-tação da Gruta do Carvão-Norte, CoastwatchEurope e Amigos dos Açores- 20 anos emDefesa do Ambiente.

Um texto sobre Plantas Medicinais eEducação Ambiental é publicado neste número

do Vidália, bem como outro sobre a problemá-tica energética, onde se divulga a acção daassociação francesa “Négawatt”. O pedestria-nismo, também, é contemplado neste númeroatravés da divulgação de um percurso pedestreexistente na freguesia de Santo António, noconcelho de Ponta Delgada.

Por último, e para esclarecer, uma vez portodas, a posição da nossa associação face àpolémica à volta da Gruta da Rua João doRego, em Ponta Delgada, aproveita-se para tor-nar público o documento, datado de Outubro de2004, “Gruta da Rua João do Rego- Caracteri-zação Sumária e Medidas de Preservação aAdoptar”.

Vidália 23 4

Educação Ambiental

É por demais conhecida, por um lado, aimportância das plantas medicinais para a saúdehumana e, por outro lado, a preocupante situa-ção em que se encontram a nível mundial. Aeste respeito, em 1988, na Declaração deChiang Mai, a Organização Mundial de Saúdechamava a atenção das Nações Unidas para acrescente e inaceitável perda destas plantasdevido à destruição do seu habitat e às práticasinsustentáveis de recolha.

Entre nós, os primeiros povoadores terãotrazido consigo o conhecimento empírico e agrande maioria das plantas usadas na medicinapopular. A prova está no que escreveu GasparFrutuoso a este propósito. Assim, referindo-se àilha de Santa Maria, Frutuoso menciona “umJoão Vaz Melão, que se chamava das Virtudes,pela com que curava, natural de Viseu, dondeveio à ilha logo no princípio, depois de ser acha-da... onde tinha muita fazenda e uma grandecasa que lhe não servia mais do que dos enfer-mos que de muita parte o buscavam, os quais elecurava, por amor de deus, só com ervas e azei-te, sem mais outra mezinha”. Do mesmo modo,ao descrever a fertilidade da ilha Terceira, Fru-tuoso relata a existência de “muito mel e bompasto para ele, como é alecrim, rosmaninho,erva ursa, ou timo, queiró, poejos, cubres e mui-tas flores de árvores diversas, muito género deervas, de que usam os boticários”.

As plantas medicinais poderão ser utiliza-das como instrumento facilitador no processode Educação Ambiental. Por outro lado, o tra-balho com as plantas medicinais, por parte detodos os agentes educativos, a ser implementa-do, deverá contribuir para a valorização da cul-tura popular e para a conservação das plantasmedicinais e dos conhecimentos que se têmsobre cada uma delas.

Neste texto, pretendo apenas apresentaralgumas sugestões de actividades que podemser feitas nas escolas, usando as plantas medici-nais como recurso.

Em primeiro lugar, o estudo das plantasmedicinais poderá oferecer uma oportunidadepara interligar conhecimentos de várias discipli-nas. A título de exemplo, refira-se que é possí-vel explorar conteúdos da química (composi-ção, produção de misturas, etc.), da biologia(fisiologia vegetal, saúde, habitats, etc.), da edu-cação visual (desenho das plantas), da geografia(origem geográfica e diversidade das plantas),da história (o cultivo das plantas ao longo dostempos), etc. Com a revisão curricular emcurso, nas nossas escolas, o estudo das plantasusadas na medicina popular poderá ser um bomtema a tratar na Área de Projecto.

No que diz respeito à Educação Ambien-tal, a montagem de um herbário com as plan-

Plantas Medicinais e Educação AmbientalTeófilo Braga

5 Vidália 23

tas medicinais usadas numa dada localidade éuma actividade que poderá entusiasmar osalunos. Ligada à montagem do herbário estásempre subjacente uma visita de estudo para acolecta das plantas, uma pesquisa sobre asdesignações comuns de cada uma delas, osseus nomes científicos, as exigências em ter-mos de solos e água, os fins a que se desti-nam, as partes que devem ser utilizadas, even-tuais contra indicações e perigos no seu uso eoutras utilizações das plantas na região. A pro-cura de informações sobre as diversas plantasnão se deve limitar à pesquisa bibliográficaou ao recurso à internet, é muito importanteque se façam entrevistas a pessoas, sobretudoas mais idosas, que conheçam e/ou usem asplantas no seu dia a dia.

Outra actividade que poderá contribuirpara a educação dos jovens alunos, para alémde contribuir para a ocupação saudável dos

seus tempos livres, é a criação de um pequenojardim de plantas medicinais. Para a suaimplementação, tudo o que foi dito sobre acriação do herbário pode, aqui, ser posto emprática.

Por último, toda a experiência acumula-da por cada escola poderá ser alvo de divulga-ção, quer através da edição de uma pequenabrochura, quer na produção de um vídeo ou deum CD. Para além de constituir um prémiopara os alunos, que têm a possibilidade de vero seu trabalho reconhecido e difundido, pode-rá ser um instrumento encorajador e facilita-dor do trabalho de outras escolas.

Bibliografia:MARCATTO, C., (s/d), Utilização de

Plantas Medicinais em Educação Ambien-tal (polic.)

Vidália 23 6

os números 3 e 4 da folha informativa “Percur-sos Pedestres”. No que concerne a reedições,foram reeditados os roteiros do Sanguinho, dasSete Cidades e da Serra Devassa, assim comoum desdobrável sobre o Cagarro, com uma tira-gem de 1500 exemplares.

Relativamente a Congressos, Semináriose Formação, a associação promoveu/participounum total de 11 eventos, de onde se destacam oXI Simpósio Internacional de Vulcanologia e as3as Jornadas Internacionais de Vulcanologia,ambas realizadas na Ilha do Pico.

Setecentos e quinze pessoas (715) estive-ram presentes nas visitas de estudo/passeiospedestres organizadas pelos Amigos dos Aço-res. No âmbito do Projecto “caminhar para

O Plano de Actividades para 2004 daAssociação Ecológica AMIGOS DOS AÇO-RES contemplou um conjunto de projectos emvárias áreas da protecção da Natureza e da Edu-cação Ambiental, alguns dos quais já foram ini-ciados em anos anteriores.

Assim, no que diz respeito a edições,com uma tiragem de 1500 exemplares, forameditados dois números do boletim Vidália; doislivros, um sobre plantas nativas e outro sobreplantas ornamentais, um calendário sobre plan-tas endémicas, dois desdobráveis sobre a Grutado Carvão, um destinado a adultos e outro des-tinado aos jovens e, finalmente, o livro “Per-cursos Pedestres na Ilha de São Miguel”. Comuma tiragem de 50 exemplares, foram editados

Vida Associativa

Actividades Realizadas em 2004

7 Vidália 23

Água. Ainda em colaboração com a Arena, rea-lizou-se uma visita de estudo à Central Geotér-mica da Ribeira Grande, com a participação de35 alunos da Escola Secundária das Laranjei-ras.

Com um número mais alargado de parti-cipantes do que no ano anterior, a associaçãocoordenou o Projecto Coastwatch na ilha deSão Miguel.

Na sequência de um Protocolo assinadocom a Secretaria Regional do Ambiente, osAmigos dos Açores continuam a responsabili-zar-se pelo funcionamento das Ecotecas daRibeira Grande e de Ponta Delgada, às quaistem cedido diverso material necessário às suasactividades.

No que diz respeito à ComunicaçãoSocial, foram dadas dezoito entrevistas, realiza-ram-se sete reportagens, foram publicadas duasnotícias e foi feita uma denúncia. Há ainda aregistar a participação num programa da RTP –Açores.

Em relação a reuniões com as mais diver-sas instituições/entidades, registam-se duasreuniões com o deputado do Partido Socialista,Manuel Campos, a participação na reuniãoentre a Secretaria Regional do Ambiente, aCâmara Municipal de Ponta Delgada e o Labo-ratório Regional de Engenharia Civil e aaudiência com o Presidente do Governo Regio-

melhor conhecer e prote-ger”, percursos pedestresdestinados a jovens, onúmero de participantes foide trezentos e sessenta edois (362).

No âmbito da espeleo-logia, continuou-se a pro-mover ou a guiar visitas deestudo à Gruta do Carvão,essencialmente para jovensestudantes. O número totalde visitantes foi de 274(duzentos e setenta e qua-tro). A associação acompa-nhou, ainda, a visita dogrupo de investigadores e espeleólogos, presen-tes no XI Simpósio Internacional de Vulcanolo-gia, a esta mesma gruta.

Foram apoiados, através da cedência demateriais ou acompanhamento de visitas deestudo, etc., 10 estabelecimentos de ensino.Entre estes, encontra-se uma escola do 2º e 3ºciclos de Portugal Continental.

Seis entidades foram apoiadas através dacedência de materiais diversos.

Foi comemorado o Dia Mundial da Flo-resta e da Água, em colaboração com a Direc-ção Regional dos Recursos Florestais, atravésda elaboração e apresentação de um power-point sobre a Reserva Florestal de Recreio doPinhal da Paz.

O Dia da Terra foi comemorado na Esco-la EB JI de Santo António, através de uma ses-são para os 150 alunos da Escola.

O Dia Mundial do Ambiente foi come-morado com um passeio pedestre no MonteEscuro – Vila Franca do Campo.

Em colaboração com a Arena- AgênciaRegional da Energia da Região Autónoma dosAçores, realizou-se uma visita de estudo para35 alunos e 3 professores das Escolas EB 2/3Canto da Maia e Secundária da Lagoa, à Cen-tral Geotérmica da Ribeira Grande e à CentralHidroeléctrica da Fajã do Redondo. Na ocasiãoforam distribuídos materiais sobre a Energia e a

Vidália 23 8

Características do Percurso

Início do percurso pedestre: no Beco das Terças.Extensão: 3 km (aprox).Duração Média: 1 h e 30 m.Grau de dificuldade: baixa (nível I, numa escala

de 1 a 3).Forma: Circular.Fim do Percurso: Beco das Terças.Observações: Especial cuidado na descida, sobre-

tudo junto ao mar.

Este percurso inicia-se no Beco das Ter-ças, na freguesia de Santo António, Concelhode Ponta Delgada, localizada na costa Norte dailha de São Miguel.

O percurso prossegue por uma canada deterra batida que dá acesso ao litoral rochoso, oqual se caracteriza pela presença de calhaurolado e pela vista panorâmica de grande exten-são de orla costeira, intensamente escarpada,para o lado das Capelas.

Nesta zona costeira, à semelhança demuitas outras, podemos encontrar o bracel(Festuca petraea), umaplanta endémica dos Açoresque antigamente era usadacomo pincel pelos caiado-res e que actualmente, devi-do à acção humana e à pro-liferação de espéciesinvasoras, se encontra con-finada a zonas costeirasescarpadas.

No percurso, locali-za-se uma central hidroe-léctrica que terá servidopara abastecer os moinhosexistentes no local, bemcomo algumas moradiasparticulares de Santo Antó-

nio, antes da chegada da rede eléctrica de ser-viço público que ocorreu em 1976.

Junto à Central, e devido à acentuadahumidade que caracteriza este local, é possívelencontrar, entre outras plantas, inhames (Colo-casia esculenta), uma raiz trazida pelos casaismouriscos que se estabeleceram em SãoMiguel, cujas primeiras plantações na ilhadatam de 1661, altura em que o seu cultivo foiimposto, servindo de base à alimentação popu-lar.

Relativamente próximo do local ondeoutrora se localizavam as Pias, que antigamen-te eram utilizadas pelas pessoas locais paralavar a roupa, desfruta-se de uma vista panorâ-mica da costa Norte da ilha de São Miguel,desde a Ponta dos Fenais da Ajuda até ao lito-ral de Santo António.

Depois de percorrida a subida pela Ruada Fonte Grande, chega-se ao Caminho Velho,onde se pode observar um Teatro do EspíritoSanto.

Pedestrianismo

Percurso Pedestre de Santo AntónioCatarina Furtado

9 Vidália 23

-1I tnorudãço ArGtu aadR auJ ão oodR ge oof iedettc-da,ae muOutrb oed2 00,0n qaeuela rrauemtnoadc dida eedP noatD leagad ,ond ceruosd ert-balaoh seds naaeemtn oábisoce fectuados pelosServiços Municipalizados da Câmara Munici-pal de Ponta Delgada.

Em Agosto de 2002, a Associação “Ami-gos dos Açores”, elaborou, para a SecretariaRegional do Ambiente, o relatório “GRUTADA RUA JOÃO DO REGO, PONTA DELGA-DA (S. MIGUEL): CARACTERIZAÇÃOPATRIMONIAL”.

De entre outros trabalhos desenvolvidosnesta gruta lávica, merecem destaque os traba-lhos de cartografia efectuados, em Novembrode 2000, por técnicos da Divisão de Topografia,

Desenho e Cartografia, da Secretaria Regionalda Habitação e Equipamentos (SRHE), bemcomo trabalhos preliminares de inventariaçãoda gruta, levados a cabo pelos Amigos dos Aço-res, e de que resultou um Parecer Prévio, envia-do à SRA.

2- Caracterização Sumária da Cavidade Vul-cânicaA Gruta da Rua João do Rego localiza-se

na zona poente da cidade de Ponta Delgada eapresenta-se segundo dois ramos sensivelmen-te paralelos entre si, de orientação geral NW-SE. Estes ramos desenvolvem-se sobretudo emterrenos de moradias da Rua João do Rego e dafábrica de açúcar da SINAGA, de cotas variá-veis entre 11,5 e 13,5 m. O traça-

Espeleologia

Gruta da Rua João do RegoCaracterização Sumária e Medidas de Prevenção a Adoptar

Con t i nua

Vidália 23 10

do da gruta interfere, ainda, com terrenos inte-grados em moradias da 1ª Rua de Santa Clara(Figura 1).

Enquanto que o ramo nascente da grutaapresenta uma extensão de cerca de 100 m, oramo poente é mais extenso, atingindo cerca de200 m de comprimento. Estes dois ramos inter-sectam-se sob a Rua João do Rego, ao longo daqual se desenvolvem, igualmente, cerca de 40m da extensão da gruta, estes últimos segundouma orientação aproximada N-S.

De acordo com os levantamentos efectua-dos pelos topógrafos da Divisão de Topografia,Desenho e Cartografia, da SRHE, e para a zonada Rua João do Rego, o tecto da gruta encon-tra-se a uma profundidade variável de 2,76 a3,55 m relativamente ao nível daquele arrua-mento.

Na gruta, existem várias zonas colapsa-das (do tecto, paredes e/ou bancadas), de dife-

rente magnitude. Algumas destas derrocadas,sobretudo aquelas de maior magnitude, terãosido originadas, ou potenciadas, por acçõeshumanas. Refira-se, por outro lado, que aszonas em que os colapsos são menos importan-tes (e.g. que afectam zonas do tecto com cercade 20 a 40 cm de espessura), colocam menoresconstrangimentos, em termos de estabilidade,nesta estrutura subterrânea.

Do mesmo modo, a fendilhação existentenas paredes e tectos da cavidade vulcânica é, nasua maioria, intrínseca à génese da própriagruta e resulta do arrefecimento, e estalamento,da escoada lávica. Nalguns locais, acções natu-rais e/ou as acções humanas acima referidaspotenciaram deslocamentos em algumas destasfendas.

3- Importância Patrimonial da Gruta daRua João do RegoEsta gruta revela-se como uma das mais

notáveis cavidades subterrâneas naturais dailha de S. Miguel e apresenta um importantevalor patrimonial, do ponto de vista geológico.

O inegável interesse vulcanoespeleológi-co desta gruta lávica está patente, por exemplo,no vasto conjunto de micro-estruturas e de for-mas geológicas típicas (na sua grande maioriaem bom estado de conservação) que se podeobservar, e que incluem longos troços de bal-cões, paredes estriadas, numerosas estalactiteslávicas de fusão, pingos e escorrências de lava,bem como “paredes inchadas” e bolhas de gásde dimensões diversas, localizadas quer notecto quer nas paredes da gruta.

Não obstante, e em termos ambientais, aGruta da Rua João do Rego apresenta-se fragili-zada e algo degradada, em grande parte devido aser usada como vazadouro (designadamente deesgotos domésticos de moradias instaladas nassuas proximidades) e por, simultaneamente, terpermanecido isolada do exterior.

Por outro lado, a descoberta da Gruta daRua João do Rego, que junto com a “Gruta doCarvão” e a “Gruta do Paim”, constituem omaior sistema cavernícola da Ilha de São

Figura 1. Traçado da “Gruta da Rua João doRego”. A amarelo- muros; X- raízes; Al- “algar daRua José Bensaúde”; G- garagem. Indicam-se osnúmeros de polícia de edifícios da Rua João do

Rego e da 1ª Rua de Santa Clara.

11 Vidália 23

Miguel (cf. Figura 2), veio permitir o acesso auma parte deste sistema, inacessível há algumtempo.

Figura 2. Implantação dos vários troços da Grutado Carvão conhecidos e cartografados. “Troço I”-Rua do Carvão; “Troço II”- Rua do Paim; “Troço

III”- Rua João do Rego; A- Algar da Rua JoséBensaúde; B- casa dos “Madeiras”.

4. Considerações Finais e RecomendaçõesAs obras de saneamento básico previstas

para este arruamento da cidade de Ponta Del-gada, tal como inicialmente projectadas, irãointerferir directamente com esta gruta vulcâni-ca, afectando-a irremediavelmente ao longo decerca de 45 m.

Por outro lado, e como foi por diversasvezes realçado pelos “Amigos dos Açores”, asobras em causa, tal como previstas, levantamimportantes questões de segurança, relaciona-das sobretudo com a estabilidade das constru-ções (e.g. moradias) existentes na zona e, emespecial, sobre o traçado da gruta.

A análise destas questões, para a área deinfluência da Gruta da Rua João do Rego, foiobjecto de parecer recente, por parte do Labo-

ratório Nacional de Engenharia Civil. Refira-se, a este propósito, que a grande maioria dasmoradias da Rua João do Rego implantadassobre o traçado da gruta estão localizadas dolado poente do arruamento, com disposição embanda, embora existam algumas moradias dolado nascente da rua igualmente sobre o traça-do da gruta (Figura 1).

Apesar das considerações anteriores,entende-se que a existência da Gruta da RuaJoão do Rego e a efectivação de obras de sanea-mento básico nesta artéria não são inconciliá-veis, para o que parecem existir, aliás, soluçõestécnicas estudadas, nomeadamente o desvio, amontante, das tubagens de saneamento ou acolocação/construção de um canal de escoa-mento superficial (e.g. ao nível do arruamento).

Enquanto que o desvio das tubagens desaneamento evitaria uma interacção directacom a cavidade vulcânica e, logo, a manuten-ção das actuais condições de estabilidade dazona, a construção de um canal de escoamentosuperficial (conjugada com a ligação das mora-dias à rede de saneamento básico), não só teriauma interferência directa mínima com a cavi-dade vulcânica, como esta deixaria de ser afec-tada pelos esgotos domésticos existentes nazona.

Em qualquer circunstância, entende-seque a manutenção das condições de estabilida-de actualmente existentes na zona passam, emcerta medida, pela preservação desta gruta epela manutenção da sua configuração actual,evitando-se a sua destruição e a consequenteperda do “efeito de abóbada”.

Assim, na prossecução dos trabalhos desaneamento dever-se-á privilegiar a preservaçãoda Gruta da Rua João do Rego, considerando-seque:a) em todas as obras previstas na Rua João do

Rego que interfiram directamente com o tra-çado da gruta, deverão ser minimizadas asvibrações a induzir no terreno, de modo aevitar colapsos nesta cavidade. No decur-so das obras deverá ser feita, Con t i nua

Vidália 23 12

também, uma monitorização permanentedas condições de estabilidade da gruta, veri-ficando-se, por exemplo, a existência denovos colapsos ou a queda de pedras;

b) quaisquer danos significativos que venham aser causadas no tecto da gruta durante as obras(e.g. fase de escavação), irão causar gravesproblemas de estabilidade aos edifíciosactualmente implantados sobre a gruta e colo-carão em causa a segurança da própria obra;

c) atendendo à profundidade a que se encontrao túnel lávico relativamente ao nível da RuaJoão do Rego (2,7 a 3,5 m, segundo dadosdos S.M.P.D.), deverá ser abandonada acolocação das manilhas à cota actualmenteprevista, procurando-se soluções alternati-vas para o traçado da rede de saneamentobásico;

d) não obstante, quaisquer obras de reforço dascondições de estabilidade e de segurançaexistentes na zona e que venham a interferirdirectamente com a cavidade vulcânica,deverão ser limitadas ao mínimo possível edeverão ser devidamente enquadradas nascondições geológicas existentes na gruta,procurando-se, deste modo, minimizar

potenciais impactes causados;e) trabalhos de escavação, colocação de mani-

lhas de betão no interior da gruta, construçãode túnel artificial, ou outras soluções constru-tivas que venham a ser impostas, devem terem conta o exposto nos pontos anteriores,designadamente em termos de segurança e demedidas minimizadoras de impactes;

f) os trabalhos de saneamento a efectuar (eprevisíveis para uma extensão máxima de 45metros da gruta) não poderão obstruir passa-gens e deverão manter as facilidades de pro-gressão actualmente existentes na Gruta daRua João do Rego, tal como efectuado emoutras intervenções (e.g. sob a 2ª Circular, àRua do Paim);

g) independentemente da solução construtivaadoptada, deverá ser contemplado umacesso local à gruta, que poderá ser do tipo“caixa de espera”, de modo a permitir 1) amonitorização das condições da gruta lávi-ca; 2) a monitorização das condições deestabilidade das construções (e.g. mora-dias) existentes na zona e 3) a realizaçãode visitas, nomeadamente de carácter cien-tífico.

13 Vidália 23

Vida Associativa

Plano de Actividades para 2005

INTRODUÇÃOO Plano de Actividades para 2005 da

Associação Ecológica AMIGOS DOS AÇO-RES contempla um conjunto de projectos emvárias áreas da protecção da Natureza e da Edu-cação Ambiental, alguns dos quais foram ini-ciados em anos anteriores.

De entre as diversas actividades previs-tas, destacamos a Criação do Centro de Visita-ção da Gruta do Carvão (troço Norte), o qual,para além de centro de acolhimento de visitan-tes e de interpretação vulcanoespeleológica,funcionará como sede do Grupo de Trabalho deEspeleologia (GTE).

VIDÁLIAA publicação de artigos sobre a proble-

mática do património natural e construído e a

divulgação das actividades associativas junto dopúblico em geral e, em especial, dos associados,são os objectivos que nos levam a continuar aeditar, semestralmente, o boletim VIDÁLIA.

CONGRESSOS, SEMINÁRIOS, FORMA-ÇÃO

Sendo a participação em congressos,seminários e acções de formação na área doAmbiente fundamental ao desenvolvimentopleno das nossas actividades, pretende-segarantir a disponibilização de uma verba parafazer face às despesas associadas à preparaçãode eventuais comunicações e deslocações. Estáprevista, entre outras, a participação no VIIEncontro Regional de Educação Ambiental,bem como nas I Jornadas Técnicas de Pedes-trianismo.

Vidália 23 14

INTRODUÇÕES VERSUS ENDEMISMOSPretendemos, com o presente projecto,

alertar e consciencializar os jovens açorianospara este problema, através da reedição devários materiais, chamando a atenção para operigo da introdução de espécies exóticas, bemcomo editar outros, para divulgar espéciesendémicas. Está prevista a edição de um calen-dário sobre fauna dos Açores e de um livro dedivulgação de plantas usadas na medicinapopular.

AVIFAUNA DOS AÇORESCom este projecto, pretende-se dar a

conhecer o património avifaunístico dos Açorese contribuir para a conservação do mesmo.Nesse sentido, a associação colaborará comoutras ONGAS, nomeadamente com a SPEAna divulgação das suas actividades. Continuar-se-á a reedição e distribuição de desdobráveissobre o cagarro e o garajau e dar-se-á continui-dade à iniciativa SOS- Cagarro, nos meses deOutubro e Novembro.

CONHECER PARA PROTEGERTendo por objectivo principal a verifica-

ção "in loco" do estado do ambiente e a recolhade elementos para uma futura elaboração de iti-nerários de descoberta da natureza e roteiros depercursos pedestres, realizar-se-ão 12 passeiospedestres/visitas de estudo. Estas visitas serãocomplementadas, com a distribuição, aosórgãos de comunicação social e aos participan-tes, de informações sobre os locais a visitar.

ESPELEOLOGIA- CENTRO DE INTER-PRETAÇÃO DA GRUTA DO CARVÃO

Pretende-se adaptar o edifício de acesso àGruta do Carvão (Norte) a centro de acolhimen-to de visitantes, de interpretação vulcanoespe-leológica e a sede do Grupo de trabalho de Espe-leologia. Continuar-se-á a promover e aacompanhar visitas de estudo à Gruta do Carvãoe a participar no GESPEA, Grupo de Trabalhode Espeleologia criado pela Secretaria Regionaldo Ambiente. Continuar-se-á a elaboração do

glossário de termos vulcanoespeleológicos.PEDESTRIANISMO

Em sequência da edição nos anos ante-riores de vários roteiros de percursos pedes-tres, pretende-se proceder à reedição dos quese venham a esgotar, abrangendo o patrimóniohistórico, artístico, natural e etnográfico, ins-trumentos de carácter interdisciplinar indis-pensável à Educação Ambiental e útil aodesenvolvimento de um turismo alternativo,mais respeitador do Ambiente.

Pretende-se, também, no âmbito dacolaboração com a Secretaria Regional daEconomia, preparar textos para novos rotei-ros.

CAMINHAR PARA MELHOR CONHE-CER E PROTEGER

Este projecto tem por principais destina-tários grupos de jovens de escolas da ilha de S.Miguel, bem como jovens pertencentes aAssociações Juvenis ou a grupos de Jovensligados às Paróquias. São seus objectivos,entre outros, despertar o prazer de apreciar aNatureza, sensibilizar para a necessidade dasua preservação e fomentar a discussão sobrehábitos saudáveis e proporcionar alternativasde ocupação dos tempos livres.

APOIO À ESCOLA-ACÇÕES DE SENSI-BILIZAÇÃO- ÁGUA E RESÍDUOS

Este projecto consistirá de visitas a esco-las de vários níveis de ensino, onde se realiza-rão acções de sensibilização e distribuição demateriais editados pelos Amigos dos Açores oupor outras entidades. De entre os temas a tratar,será dado destaque às questões relacionadascom a água e com os resíduos, estando previstaa reedição de um desdobrável sobre a água ealguns materiais sobre resíduos.

COMEMORAÇÕESCom este projecto pretende-se assinalar

algumas datas importantes no calendário paraa protecção da Natureza e do Ambiente,nomeadamente os Dias da Floresta, da Água,

15 Vidália 23

da Terra e do Ambiente. ECOTECAS DE PONTA DELGADA E DARIBERA GRANDE

Os Amigos dos Açores, na sequência deum Protocolo a assinar com a Secretaria Regio-nal do Ambiente, ficarão responsáveis pelo fun-cionamento da Ecoteca de Ponta Delgada, cola-borando na sua coordenação, assegurando ocumprimento do Plano de Actividades e projec-tando novas iniciativas.

CENTRO DE DOCUMENTAÇÃO DOSAMIGOS DOS AÇORES

Pretende-se dinamizar o Centro de Docu-mentação dos Amigos dos Açores que possuiuma biblioteca onde poderá ser consultadabibliografia sobre as seguintes temáticas: meiofísico (água, ar e solos), actividades humanas,energia, conservação da natureza e resíduos. Aomesmo tempo, far-se-á uma maior divulgaçãodo mesmo e proceder-se-á ao seu enriqueci-mento, através da aquisição de novas obras emateriais, bem como da assinatura de revistas.

COASTWATCH EUROPETendo como principais objectivos especí-

ficos: 1- recolher dados sobre as características

das zonas de costa e também sobre os principaisproblemas ambientais que as afectam, 2- elabo-rar uma base de dados nacional e internacionalactualizada (ano a ano) sobre o estado do litoral,3- fornecer aos órgãos de decisão local, nacionale internacional elementos que contribuam para agestão sustentada do Litoral, para a recuperaçãode zonas degradadas e para a preservação dasáreas sensíveis e 4- alertar a população para osproblemas ambientais da zona costeira e para aurgência da sua protecção, pretende-se imple-mentar o projecto na Ilha de São Miguel e, sepossível, alargá-lo a outras ilhas.

AMIGOS DOS AÇORES- 20 ANOS EMDEFESA DO AMBIENTE

Para assinalar os 20 anos de actividade dosAmigos dos Açores, pretende-se editar uma bro-chura onde, para além de uma apresentação daassociação e seus projectos, será feita uma síntesedas suas actividades durante aquele período.

ÁREAS PROTEGIDAS E TURISMOPelo seu interesse e actualidade, preten-

de-se editar uma brochura intítulada "ÁreasProtegidas e Turismo", da autoria do engenhei-ro silvicultor e arquitecto paisagísta, FernandoSantos Pessoa.

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O consumo de energia está hoje no centrodas atenções de todos aqueles que se preocupamcom o nosso planeta.

O consumo mundial de energia permane-ceu durante muito tempo estável, enquanto ohomem utilizava a energia apenas para a suasobrevivência. A partir de 1850, a RevoluçãoIndustrial provocou um aumento brutal dasnecessidades de energia, agravado depois com oaumento do nível de vida e o crescimento simul-tâneo da população.

A situação é, hoje, alarmante. As desigual-dades, o crescimento não controlado do consu-mo de energia, o aumento da poluição doambiente e o desperdício dos recursos fósseislimitados são os principais factores responsáveispor esta realidade.

Actualmente, consumimos muita energiae, ao ritmo deste nosso consumo, de que recur-sos energéticos disporemos no futuro? Comoquebrar com este comportamento irresponsávelsem reduzir a nossa qualidade de vida?

Existem muitas respostas, simples, de bomsenso, imediatamente aplicáveis por todos. Estasrespostas baseiam-se na eficiência energética,isto é, na redução da quantidade de energianecessária para um mesmo serviço e no uso detodas as formas de energias renováveis, pois sóassim será possível evitar tanto desperdício deenergia e caminhar para um futuro energéticosustentável.

Um futuro energético é o que pretende aAssociação Négawatt. Esta associação tem porobjectivo promover e desenvolver o conceito e aprática de “Négawatts” em todos os níveis danossa sociedade, ou seja, promover a reduçãodos consumos de energia, o desenvolvimento daeficiência energética, das economias de energiae das energias renováveis. Deseja assim contri-buir para a protecção da nossa biosfera, para apreservação e divisão equitativa dos recursosnaturais, para a preservação da saúde e da quali-dade de vida.

Através do seu apelo “Négawatt”, a asso-

Energia

Associação NegawattCorália Lopes

ciação sugere-nos mudar o nosso olhar sobre aenergia, para melhor consumir em vez de consu-mir mais, divulgando assim um recurso, novo eescondido, mas gigantesco: os “Négawatts”.Este recurso representa a energia não consumidagraças a uma utilização mais moderada e maiseficiente da energia.

Produzir menos watts é falar de produçãode “négawatts”e produzi-los é, portanto, rom-per com os nossos maus hábitos, evitando o des-perdício.

Longe do retorno à vela ou ao candeeiro apetróleo, pretende-se então “caçar” watts inúteisgraças ao uso mais eficiente da energia e recor-rer ao uso das energias renováveis.

Existem verdadeiras reservas de “néga-watts” e em quantidades consideráveis, superio-res a metade da produção mundial actual deenergia. São soluções já hoje disponíveis, fiáveise de vantagens múltiplas: ausência de poluição,criação de empregos, responsabilidade, solida-riedade, etc.

Esta nova abordagem da questão energéti-ca apresenta três componentes fundamentais :

- A sobriedade energética em todos osníveis da organização da nossa sociedade e noscomportamentos individuais para eliminar osdesperdícios absurdos. Apoia-se na responsabili-zação de todos, do produtor aocidadão;

- A melhoria da eficiênciaenergética dos nossos edifícios,dos meios de transporte e de todosos equipamentos que nós utiliza-mos para reduzir as perdas e paramelhor usar a energia;

- Por fim, o aproveitamentodas energias renováveis, por defi-nição inesgotáveis, descentraliza-das e com fraco impacto no nossoambiente. Só a utilização de ener-gias renováveis permite equilibraras nossas necessidades com osrecursos do nosso planeta.

Segundo o apelo da associa-ção, não há razão para retardar

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mais a nossa caminhada em direcção a um equi-líbrio tão vital. O tempo pressiona para nosempenharmos nesta diligência: as três décadasque virão serão cruciais para quebrar com o cres-cimento desmesurado dos nossos consumos erealizar uma verdadeira solidariedade entre aspessoas através de um modelo energético equita-tivo.

A associação “Négawatt” pretende fazercompreender que os “négawatts” são acessíveisa cada um de nós e que o percurso proposto sejaregistado de maneira prioritária e durável nasopções políticas.

Para a concretização do seu objectivo, aassociação oferece como meios de acção a pes-quisa, a produção e a difusão de informação,bem como a organização de mudanças de toda anatureza.

Para descobrir, reflectir, debater e agir, aassociação tem à disposição de todos uma pági-na na Internet, na qual disponibiliza importantesdocumentos e apresenta também diversas suges-tões essenciais para a produção de “négawatts”.

Para mais informações sobre esta associa-ção, consultar www.negawatt.org ou entrar emcontacto com a mesma através do endereço [email protected] .

LIVROS Associados Não Assoc. Nº ValorGrutas, Algares e Vulcões 5,00 7,50Lagoas e Lagoeiros da Ilha de São Miguel 7,50 12,50Paisagens Vulcânicas dos Açores 5,00 8,00Borboletas Nocturnas dos Açores Grátis 2,50Moinhos da Ribeira Grande Grátis 2,50Parque Natural Reg. Plataforma Costeira das Lajes do Pico Grátis 2,50Cavidades Vulcânicas dos Açores Grátis 2,50Orientação Grátis 1,00Percursos Pedestres em São Miguel Grátis 5,00Plantas Nativas dos Açores Grátis 2,50Plantas Ornamentais dos Açores Grátis 2,50BROCHURASPercurso Pedestre da Ribeirinha Grátis 1,50Percurso Pedestre do Salto do Cabrito Grátis 1,50Percurso Pedestre da Serra Devassa Grátis 1,50Percurso Pedestre do Pico da Vela Grátis 1,50Percurso Pedestre das Três Lagoas Grátis 1,50Percurso Pedestre Praia – Lagoa do Fogo Grátis 1,50Percurso Pedestre Pinhal da Paz Grátis 1,50Percurso Pedestre do Sanguinho Grátis 1,50Percurso Pedestre das Sete Cidades Grátis 1,50Percurso Pedestre das Quatro Fábricas da Luz Grátis 1,50Percurso Pedestre da Ponta da Madrugada Grátis 1,50Percurso Pedestre da Fajã do Calhau Grátis 1,50Percurso Pedestre das Furnas Grátis 1,50Percurso Pedestre de Santa Bárbara Grátis 1,50OUTROS MATERIAISBonés "Amigos dos Açores" 2,00 3,00T-Shirt "Salvemos o Pombo Torcaz" 3,00 4,00T-Shirt "Golfinhos" 4,00 5,00T-Shirt "Amigos dos Açores" 5,00 6,00Casacos para Protecção da Chuva 10,00 11,00Sweat-Shirt "Amigos dos Açores" 12,50 13,00

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Publicações e Materiais para Venda

Nota: todos os pedidos deverão ser acompanhados do respectivo pagamento em cheque ou vale postal.Para o estrangeiro ao valor total deverá acrescentado 2

AMIGOS DOS AÇORES- Avenida da Paz,14 9600-053 PICO DA PEDRATelefones - 296 498 004 / 296 498 774 Fax - 296 498 006 E-mail - [email protected]

Formulário de EncomendaPor favor envie as quantidades acima assinaladas para o endereço:

Nome

Rua e nº

Código Postal

19 Vidália 23

Novos Sócios

BOLETIM DE INSCRIÇÃO

Os AMIGOS DOS AÇORES são uma asso-ciação regional de defesa do ambiente, inde-pendente do poder político-económico e aparti-dária, que vem, desde 1985, trabalhandoininterruptamente a favor da conservação damaior riqueza dos Açores: o seu patrimónionatural.No entanto, uma associação como esta, paradesempenhar ainda melhor o seu papel, tem decontinuar a aumentar a sua principal base deapoio: os seus associados.

Porque é fundamental contribuir para a garantiada existência de uma voz independente e firmena defesa do ambiente nos Açores, vimos con-vidá-lo(a) a aderir aos Amigos dos Açores, paratal basta preencher a ficha que junto enviamose devolvê-la para:

AMIGOS DOS AÇORESAvenida da Paz, 14

9600-053 PICO DA PEDRA

SÓCIO N.º _______Quota anual (mínimo 10 )_________,____ Donativo anual ________,____

NOME _____________________________________________________________________________

MORADA __________________________________________________________________________

LOCALIDADE______________________________CÓDIGO POSTAL ________________________

TELEFONE_____________________ E-MAIL ____________________________________________

PROFISSÃO ____________________________________ DATA DE NASCIMENTO ____/____/____

N.º DO B. IDENTIDADE____________________ N.º DE CONTRIBUINTE ___________________

TIPO DE COLABORAÇÃO____________________________________________________________

PARTICIPAÇÃO NOS PASSEIOS PEDESTRES: SIM________ NÃ0________

DATA____/____/____ ASSINATURA____________________________________________________

AO BANCO _________________________________

Agência de _______________________________

_________________, ___ de ___________ de ______

Exmos.Senhores,

Por débito na minha conta com o NIB _______________________________ nesse Banco,solicito que transfiram para crédito da conta dos AMIGOS DOS AÇORES com o NIB001200009399438830116 (Agência de Ponta Delgada do BANCO COMERCIAL DOSAÇORES), a importância de ___________ , ____ , no primeiro dia útil de _________________de cada ano, até instruções minhas em contrário. Agradeço ainda que, ao efectuarem astransferências, indiquem sempre o nome completo e morada do ordenante. Esta ordem anulatodas as eventuais anteriores.

De V.Exas.Muito Atentamente

_________________________________(nome completo) (assinatura idêntica à existente no Banco)

(quota anual + donativo)

• A associação passará recibo dos donativos, os quais poderão ser deduzidos à colecta do ano para efeitos de IRS ou IRC.

HUMOR VERDE