usufruto É o direito real de: desfrutar um objeto na totalidade de suas relações, sem lhe alterar...

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USUFRUTO USUFRUTO É o direito real de: É o direito real de: Desfrutar um objeto na Desfrutar um objeto na totalidade de suas relações, totalidade de suas relações, Sem lhe alterar a substância, Sem lhe alterar a substância, Exercido em caráter temporário Exercido em caráter temporário

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Page 1: USUFRUTO É o direito real de: Desfrutar um objeto na totalidade de suas relações, Sem lhe alterar a substância, Exercido em caráter temporário

USUFRUTOUSUFRUTOÉ o direito real de:É o direito real de:

Desfrutar um objeto na totalidade de Desfrutar um objeto na totalidade de suas relações, suas relações,Sem lhe alterar a substância,Sem lhe alterar a substância,Exercido em caráter temporárioExercido em caráter temporário

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SUJEITOSSUJEITOS

USUFRUTUÁRIO: USUFRUTUÁRIO: – detém os poderes de usar e fruir da coisa, detém os poderes de usar e fruir da coisa,

explorando-a economicamente, tendo a explorando-a economicamente, tendo a posse direta da posse direta da res.res.

NU-PROPRIETÁRIO: NU-PROPRIETÁRIO: – é o dono do bem, despido dos poderes é o dono do bem, despido dos poderes

Elementares, detendo apenas o direito à Elementares, detendo apenas o direito à substância da coisa (substância da coisa (ius disponendi).ius disponendi).

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OBJETO (1390)OBJETO (1390)

Bem MÓVEL;Bem MÓVEL;Bem IMÓVEL;Bem IMÓVEL;PATRIMÔNIO inteiro ou em parte deste;PATRIMÔNIO inteiro ou em parte deste;DIREITO.DIREITO.

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BEM MÓVELBEM MÓVELCorpóreos;Corpóreos;Incorpóreos (fundo de comércio, Incorpóreos (fundo de comércio, quotas e ações de sociedades quotas e ações de sociedades empresárias, direitos do autor, etc)empresárias, direitos do autor, etc)não podem ser fungíveis, nem não podem ser fungíveis, nem consumíveis;consumíveis;QUASE-USUFRUTO: dá-se quando o QUASE-USUFRUTO: dá-se quando o usufruto recai sobre bens fungíveis e usufruto recai sobre bens fungíveis e consumíveis.consumíveis.

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BEM IMÓVELBEM IMÓVELConstitui-se mediante registro no Constitui-se mediante registro no CRI, salvo:CRI, salvo:– se resultar de usucapião;se resultar de usucapião;–O usufruto dos bens dos filhosO usufruto dos bens dos filhosO usufruto estende-se aos O usufruto estende-se aos acessórios da coisa e seus acessórios da coisa e seus acrescidos, salvo disposição em acrescidos, salvo disposição em contrário.contrário.

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PATRIMÔNIOPATRIMÔNIO

todo patrimônio ou sobre parte deste;todo patrimônio ou sobre parte deste;Neste caso o usufruto incide, Neste caso o usufruto incide, individualmente, sobre os bens que individualmente, sobre os bens que constituiem o patrimônio;constituiem o patrimônio;O usufrutuário será obrigado aos juros O usufrutuário será obrigado aos juros da dívida que onerar o patrimônio ou da dívida que onerar o patrimônio ou parte dele.parte dele.

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DIREITOSDIREITOSUSUFRUTO DE CRÉDITO:USUFRUTO DE CRÉDITO:– O O usufrutuário poderá praticar atos de usufrutuário poderá praticar atos de

disposição, como cobrar a respectiva disposição, como cobrar a respectiva dívida e aplicar a quantia recebida, tendo dívida e aplicar a quantia recebida, tendo direito aos frutos civis da aplicaçãodireito aos frutos civis da aplicação..

USUFRUTO DE VALORES:USUFRUTO DE VALORES:– Recai em títulos nominativos (apólices da Recai em títulos nominativos (apólices da

dívida pública, ações e títulos de crédito), dívida pública, ações e títulos de crédito), cabendo ao usufrutuário os frutos civis cabendo ao usufrutuário os frutos civis dos títulos (juros e dividendos).dos títulos (juros e dividendos).

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CARACTERÍSTICASCARACTERÍSTICASÉ direito real sobre coisa alheia;É direito real sobre coisa alheia;Atribui ao usufrutuário a posse direta e ao nu-Atribui ao usufrutuário a posse direta e ao nu-proprietário a posse indireta;proprietário a posse indireta;É temporário, não podendo exceder à vida do É temporário, não podendo exceder à vida do usufrutuário (pessoa física) ou 30 anos (pessoa usufrutuário (pessoa física) ou 30 anos (pessoa jurídica);jurídica);Pode ser constituído em caráter vitalício ou por Pode ser constituído em caráter vitalício ou por determinado tempo;determinado tempo;É intransmissível e inalienável;É intransmissível e inalienável;– É permitida a cessão a título gratuito ou oneroso do É permitida a cessão a título gratuito ou oneroso do

exercício do usufruto, assim o usufrutuário poderá, por exercício do usufruto, assim o usufrutuário poderá, por exemplo alugar o imóvel para terceiros;exemplo alugar o imóvel para terceiros;

É impenhorável, não podendo ser penhorado em É impenhorável, não podendo ser penhorado em ação executiva movida em face do usufrutuário;ação executiva movida em face do usufrutuário;– O exercício do usufruto, se tiver expressão econômica, O exercício do usufruto, se tiver expressão econômica,

pode ser penhoradopode ser penhorado

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CLASSIFICAÇÃOCLASSIFICAÇÃOQUANTO À ORIGEM:QUANTO À ORIGEM:

LEGAL: instituído por lei:LEGAL: instituído por lei:– Usufruto do pai ou da mãe sobre os bens dos Usufruto do pai ou da mãe sobre os bens dos

filhos menores (art. 1689, I);filhos menores (art. 1689, I);– Usufruto do cônjuge sobre os bens do outro, Usufruto do cônjuge sobre os bens do outro,

quando couber (1652, I);quando couber (1652, I);– Conferido aos silvícolas, sobre as riquezas do Conferido aos silvícolas, sobre as riquezas do

solo, dos rios e do lagos existentes nas terras solo, dos rios e do lagos existentes nas terras tradicionalmente ocupadas por estes (CF/88, art. tradicionalmente ocupadas por estes (CF/88, art. 231, par. 2 e ADCT, art. 67).231, par. 2 e ADCT, art. 67).

CONVENCIONAL: CONVENCIONAL: – POR ALIENAÇÃO: ocorre quando o proprietário POR ALIENAÇÃO: ocorre quando o proprietário

concede o usufruto a um indivíduo, conservando a concede o usufruto a um indivíduo, conservando a nua-propriedade;nua-propriedade;

– POR RETENÇÃO: o dono do bem, por contrato, POR RETENÇÃO: o dono do bem, por contrato, transfere a nua-propriedade, reservando para si o transfere a nua-propriedade, reservando para si o usufruto.usufruto.

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CLASSIFICAÇÃO QUANTO À CLASSIFICAÇÃO QUANTO À DURAÇÃODURAÇÃO

VITALÍCIO: estabelecido até a morte do usufrutuário;VITALÍCIO: estabelecido até a morte do usufrutuário;

TEMPORÁRIO: quando tem sua duração submetida TEMPORÁRIO: quando tem sua duração submetida a prazo preestabelecido.a prazo preestabelecido.

SILMULTÂNEO: quando o usufruto for constituído, SILMULTÂNEO: quando o usufruto for constituído, em favor de duas ou mais pessoas:em favor de duas ou mais pessoas:– Quando for instituído por ato Quando for instituído por ato inter vivos : inter vivos : art. 1411 do CC;art. 1411 do CC;– Quando estabelecido Quando estabelecido causa mortis: causa mortis: art. 1946 do CC.art. 1946 do CC.

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CONSTITUIÇÃOCONSTITUIÇÃOPOR LEI;POR LEI;POR NEGÓCIO JURÍDICO;POR NEGÓCIO JURÍDICO;POR SUB-ROGAÇÃO REAL: ocorre quando POR SUB-ROGAÇÃO REAL: ocorre quando há a substituição do bem sobre o qual incide há a substituição do bem sobre o qual incide o usufruto por outro (ex.: usufruto de crédito o usufruto por outro (ex.: usufruto de crédito para usufruto de coisa)para usufruto de coisa)POR USUCAPIÃO: Neste caso o usufruto de POR USUCAPIÃO: Neste caso o usufruto de imóveis constitui-se sem o registro imóveis constitui-se sem o registro imobiliário.imobiliário.

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DIREITOS DO USUFRUTUÁRIODIREITOS DO USUFRUTUÁRIOÀ posse:À posse:– pessoalmente ou por meio de representante;pessoalmente ou por meio de representante;

ceder o exercício do uso a qualquer título;ceder o exercício do uso a qualquer título;gozar da coisa, apropriando-se de seus frutos;gozar da coisa, apropriando-se de seus frutos;– Os frutos naturais pendentes no início do usufruto pertencem ao Os frutos naturais pendentes no início do usufruto pertencem ao

usufrutuário, os pendentes no término do usufruto pertencem ao nu-usufrutuário, os pendentes no término do usufruto pertencem ao nu-proprietário, ressalvados direito de terceiros que os tenha adquirido;proprietário, ressalvados direito de terceiros que os tenha adquirido;

– Os frutos civis pertencem ao nu-proprietário, se vencidos no início do Os frutos civis pertencem ao nu-proprietário, se vencidos no início do usufruto e ao usufrutuário se vencidos na data em que cessa o usufruto;usufruto e ao usufrutuário se vencidos na data em que cessa o usufruto;

– As crias dos animais pertencerão ao usufrutuário, deduzidas quantas As crias dos animais pertencerão ao usufrutuário, deduzidas quantas bastem para inteirar as cabeças existentes no início do usufruto;bastem para inteirar as cabeças existentes no início do usufruto;

O usufrutuário tem o direito de administrar a coisa, sem contudo O usufrutuário tem o direito de administrar a coisa, sem contudo mudar a sua destinação econômica, sem o consenso do nu-mudar a sua destinação econômica, sem o consenso do nu-proprietário;proprietário;Tem o direito de cobrar, quando o usufruto recai em títulos de crédito, Tem o direito de cobrar, quando o usufruto recai em títulos de crédito, as respectivas dívidas e de perceber os frutos;as respectivas dívidas e de perceber os frutos;– Deve empregar a importância em títulos da mesma natureza ou da dívida Deve empregar a importância em títulos da mesma natureza ou da dívida

pública, com cláusula de atualizaçãopública, com cláusula de atualização monetária segundo os índices oficiais; monetária segundo os índices oficiais;

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DEVERES DO USUFRUTUÁRIODEVERES DO USUFRUTUÁRIOInventariar os bens móveis que receber;Inventariar os bens móveis que receber;Dar caução real ou fideijussória, se lhe exigir o dono;Dar caução real ou fideijussória, se lhe exigir o dono;– O usufrutuário que não puder ou quiser dar caução suficiente, perderá o direito O usufrutuário que não puder ou quiser dar caução suficiente, perderá o direito

de administrar os bens do usufruto;de administrar os bens do usufruto;– Neste caso, os bens serão administrados pelo nu-proprietário, que terá que Neste caso, os bens serão administrados pelo nu-proprietário, que terá que

prestar caução, para garantir ao usufrutuário a entrega dos rendimentos líquidosprestar caução, para garantir ao usufrutuário a entrega dos rendimentos líquidosFruir dos benefícios da coisa com moderação;Fruir dos benefícios da coisa com moderação;Não dar a coisa destinação diversa daquela lhe outorgada pelo nu-Não dar a coisa destinação diversa daquela lhe outorgada pelo nu-proprietário;proprietário;Arcar com as despesas ordinárias de conservação dos bens no estado em Arcar com as despesas ordinárias de conservação dos bens no estado em que os recebeu efetuando reparações e conserto de custo módicoque os recebeu efetuando reparações e conserto de custo módico– Consideram-se módicas as despesas menores de 2/3 do rendimento líquido Consideram-se módicas as despesas menores de 2/3 do rendimento líquido

anual;anual;Defender a coisa usufruída, impedindo que sejam constituídas situações Defender a coisa usufruída, impedindo que sejam constituídas situações jurídicas contrárias ao proprietário, dando-lhe ciência de qualquer lesão jurídicas contrárias ao proprietário, dando-lhe ciência de qualquer lesão produzida contra a posse da coisa;produzida contra a posse da coisa;Pagar:Pagar:– Prêmios de seguros, se a coisa estiver segurada;Prêmios de seguros, se a coisa estiver segurada;– Despesas de condomínios;Despesas de condomínios;– Tributos devidos em razão da posse ou rendimentos da coisa;Tributos devidos em razão da posse ou rendimentos da coisa;

Restituir o bem, no estado em que o recebeu, ao término do usufruto.Restituir o bem, no estado em que o recebeu, ao término do usufruto.

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CAUSAS DE EXTINÇÃO DO CAUSAS DE EXTINÇÃO DO USUFRUTO (1410)USUFRUTO (1410)

Renúncia ou morte do usufrutuário;Renúncia ou morte do usufrutuário;Termo da duração do usufruto;Termo da duração do usufruto;Extinção da pessoa jurídica ou decurso de 30 anos;Extinção da pessoa jurídica ou decurso de 30 anos;Cessação do motivo que deu origem ao usufruto;Cessação do motivo que deu origem ao usufruto;Destruição da coisa (ver 1407, 1408 e 1409);Destruição da coisa (ver 1407, 1408 e 1409);Consolidação;Consolidação;Culpa do usufrutuário, nos casos de alienação, Culpa do usufrutuário, nos casos de alienação, deteorização ou ruína do bem;deteorização ou ruína do bem;Não uso, ou não fruição da coisa.Não uso, ou não fruição da coisa.Obs.: deve ser cancelado o registro no CRIObs.: deve ser cancelado o registro no CRIVide, ainda, arts. 1411 e 1946 do CC.Vide, ainda, arts. 1411 e 1946 do CC.

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USO (art. 1412):USO (art. 1412):

É direito real sobre coisa alheia, É direito real sobre coisa alheia, mediante o qual é assegurado ao mediante o qual é assegurado ao usuário o direito de usar e fruir dos usuário o direito de usar e fruir dos frutos do bem gravado, limitado às frutos do bem gravado, limitado às suas necessidades e de sua família.suas necessidades e de sua família.A doutrina costuma classificar o direito A doutrina costuma classificar o direito real de uso como sendo um usufruto real de uso como sendo um usufruto diminuto.diminuto.

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NECESSIDADES DO USUÁRIONECESSIDADES DO USUÁRIOserão avaliadas de acordo com:serão avaliadas de acordo com:– a condição social; e a condição social; e – o lugar onde ele viver.o lugar onde ele viver.

O uso não é imutável, podem sofrer acréscimo e O uso não é imutável, podem sofrer acréscimo e diminuição em função das necessidades pessoais diminuição em função das necessidades pessoais do usuário;do usuário;– Excluem-se as necessidades comerciais e industriais do Excluem-se as necessidades comerciais e industriais do

beneficiáriobeneficiário

As necessidades da família do usuário abrangem:As necessidades da família do usuário abrangem:– As do seu cônjuge ou companheiro;As do seu cônjuge ou companheiro;– As de seus filhos solteiros e As de seus filhos solteiros e – As das pessoas que lhe prestem serviços domésticos;As das pessoas que lhe prestem serviços domésticos;– De qualquer outra pessoa que seja dependente do usuário, De qualquer outra pessoa que seja dependente do usuário,

desde que se prove a sua necessidade.desde que se prove a sua necessidade.

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CARACTERÍSTICASCARACTERÍSTICASMUTABILIDADE: O MUTABILIDADE: O quantum doquantum do direito real de uso modifica-se direito real de uso modifica-se em função das necessidades do usuário e de sua família;em função das necessidades do usuário e de sua família;

TEMPORALIDADE: o direito de uso é temporário, tendo, no TEMPORALIDADE: o direito de uso é temporário, tendo, no máximo, a duração da vida de seu titular, ou o prazo máximo, a duração da vida de seu titular, ou o prazo estabelecido no título constitutivo;estabelecido no título constitutivo;

INDIVISIBILIDADE: O direito de uso é indivisível, não podendo INDIVISIBILIDADE: O direito de uso é indivisível, não podendo ser constituído ser constituído pro parte;pro parte;

INTRANSMISSIBILIDADE: o direito de uso não se transmite INTRANSMISSIBILIDADE: o direito de uso não se transmite inter vivos ou causa mortisinter vivos ou causa mortis;;

INCESSIBILIDADE: o exercício do direito de uso é INCESSIBILIDADE: o exercício do direito de uso é personalíssimo, não comportando cessão por qualquer título.personalíssimo, não comportando cessão por qualquer título.– Alguns autores sustentam, todavia que se o uso feito pelo Alguns autores sustentam, todavia que se o uso feito pelo

proprietário da coisa consistia em alugar ou arrendar a coisa, o proprietário da coisa consistia em alugar ou arrendar a coisa, o usuário poderá manter este comportamento.usuário poderá manter este comportamento.

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OBJETOOBJETO

Bens móveis desde que não sejam Bens móveis desde que não sejam consumíveis ou fungíveis;consumíveis ou fungíveis;

Bens imóveis.Bens imóveis.

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CONSTITUIÇÃOCONSTITUIÇÃO

POR CONVENÇÃO: POR CONVENÇÃO: – Por ato Por ato inter vivos, inter vivos, negócio jurídico, negócio jurídico,

instituído pelo constituinte em favor do instituído pelo constituinte em favor do usuário e inscrição no CRI, no caso de usuário e inscrição no CRI, no caso de imóveis;imóveis;

– Por ato Por ato causa mortis, causa mortis, através de através de declarações de última vontadedeclarações de última vontade

POR USUCAPIÃO.POR USUCAPIÃO.

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DIREITOS E DEVERES DO DIREITOS E DEVERES DO USUÁRIOUSUÁRIO

Fruir a utilidade da coisa;Fruir a utilidade da coisa;Extrair os frutos necessários para as suas Extrair os frutos necessários para as suas necessidades e de sua família, sem comprometer a necessidades e de sua família, sem comprometer a substância da coisa ou dar destinação diversa substância da coisa ou dar destinação diversa daquela para qual o uso foi constituído;daquela para qual o uso foi constituído;Melhorar o bem, introduzindo benfeitorias que o Melhorar o bem, introduzindo benfeitorias que o tornem mais agradável;tornem mais agradável;Administrar a coisa;Administrar a coisa;Conservar a coisa;Conservar a coisa;Não retirar rendimentos ou frutos que excedam à Não retirar rendimentos ou frutos que excedam à parte necessária para suas necessidades;parte necessária para suas necessidades;Proteger o bem, através dos remédios possessórios;Proteger o bem, através dos remédios possessórios;Restituir a coisa.Restituir a coisa.

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EXTINÇÃOEXTINÇÃO

Morte do usuário;Morte do usuário;Renúncia do usuário;Renúncia do usuário;Destruição da coisa;Destruição da coisa;Consolidação;Consolidação;Conduta irregular do usuário, desde Conduta irregular do usuário, desde que tenha agido com culpaque tenha agido com culpa

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CONCESSÃO DE USO ESPECIAL PARA CONCESSÃO DE USO ESPECIAL PARA FINS DE MORADIA.FINS DE MORADIA.

Art. 183, § 1° DA CF/88, Lei 11.481/07 e Art. 183, § 1° DA CF/88, Lei 11.481/07 e MP 2220/01MP 2220/01

é instrumento pelo qual é possível é instrumento pelo qual é possível regularizar a situação das áreas regularizar a situação das áreas públicas ocupadas por população de públicas ocupadas por população de baixa renda.baixa renda.

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Concessão de uso individual Concessão de uso ColetivaPossuir, como sua, área de até 250 m2, por 5 anos, até 30 de junho de 2001

Possuir coletivamente área superior a 250m2 de forma tal que não seja possível individualizar os lotes ocupados por cada um dos moradores

Posse de área urbana pública Posse de área urbana públicaPosse sem interrupção e oposição pelo período mínimo de 5 anos

Posse sem interrupção e oposição pelo período mínimo de 5 anos

Posse destinada para fins de moradia própria ou de sua família

Posse destinada para fins de moradia própria ou de sua família

Não ser proprietário de outro imóvel urbano ou rural

Não ser proprietário de outro imóvel urbano ou ruralOcupação por população de baixa renda

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CONSTITUIÇÃOCONSTITUIÇÃO

de forma gratuita ao homem ou à mulher, ou a ambos, de forma gratuita ao homem ou à mulher, ou a ambos, independentemente do estado civil.independentemente do estado civil.pela via administrativa perante o órgão competente da pela via administrativa perante o órgão competente da Administração Pública ou, em caso de recusa ou omissão deste, Administração Pública ou, em caso de recusa ou omissão deste, pela via judicial.pela via judicial.– A Administração Pública terá o prazo máximo de doze meses para A Administração Pública terá o prazo máximo de doze meses para

decidir o pedido, contado da data de seu protocolo.decidir o pedido, contado da data de seu protocolo.– Em caso de ação judicial, a concessão de uso especial para fins de Em caso de ação judicial, a concessão de uso especial para fins de

moradia será declarada pelo juiz, mediante sentença.moradia será declarada pelo juiz, mediante sentença.– O título conferido por via administrativa ou por sentença judicial O título conferido por via administrativa ou por sentença judicial

servirá para efeito de registro no cartório de registro de imóveis.servirá para efeito de registro no cartório de registro de imóveis.Na concessão de uso especial coletiva será atribuída igual fração Na concessão de uso especial coletiva será atribuída igual fração ideal de terreno a cada possuidor, independentemente da ideal de terreno a cada possuidor, independentemente da dimensão do terreno que cada um ocupe, salvo hipótese de dimensão do terreno que cada um ocupe, salvo hipótese de acordo escrito entre os ocupantes, estabelecendo frações ideais acordo escrito entre os ocupantes, estabelecendo frações ideais diferenciadas.diferenciadas.Neste caso, a fração ideal atribuída a cada possuidor não poderá Neste caso, a fração ideal atribuída a cada possuidor não poderá ser superior a duzentos e cinqüenta metros quadrados.ser superior a duzentos e cinqüenta metros quadrados.

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CONSTITUIÇÃOCONSTITUIÇÃONo caso de a ocupação acarretar risco à vida ou à No caso de a ocupação acarretar risco à vida ou à saúde dos ocupantes, o Poder Público garantirá ao saúde dos ocupantes, o Poder Público garantirá ao possuidor o exercício do direito de concessão de possuidor o exercício do direito de concessão de uso em outro local.uso em outro local.

Faculta-se ao Poder Público assegurar o exercício do Faculta-se ao Poder Público assegurar o exercício do direito de concessão de uso em outro local na direito de concessão de uso em outro local na hipótese de ocupação de imóvel:hipótese de ocupação de imóvel:– de uso comum do povo;de uso comum do povo;– destinado a projeto de urbanização;destinado a projeto de urbanização;– de interesse da defesa nacional, da preservação ambiental e de interesse da defesa nacional, da preservação ambiental e

da proteção dos ecossistemas naturais;da proteção dos ecossistemas naturais;– reservado à construção de represas e obras congêneres; oureservado à construção de represas e obras congêneres; ou– situado em via de comunicação.situado em via de comunicação.

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TRANSMISSÃOTRANSMISSÃO

O direito de concessão de uso especial O direito de concessão de uso especial para fins de moradia é transferível por para fins de moradia é transferível por ato ato inter vivosinter vivos ou ou causa mortis.causa mortis.

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EXTINÇÃOEXTINÇÃO

Se o concessionário der ao imóvel Se o concessionário der ao imóvel destinação diversa da moradia para si destinação diversa da moradia para si ou para sua família; ouou para sua família; ouSe o concessionário adquirir a Se o concessionário adquirir a propriedade ou a concessão de uso de propriedade ou a concessão de uso de outro imóvel urbano ou rural.outro imóvel urbano ou rural.– a extinção será averbada no cartório de a extinção será averbada no cartório de

registro de imóveis, por meio de registro de imóveis, por meio de declaração do Poder Público concedente.declaração do Poder Público concedente.

Page 28: USUFRUTO É o direito real de: Desfrutar um objeto na totalidade de suas relações, Sem lhe alterar a substância, Exercido em caráter temporário

CONCESSÃO DE DIREITO REAL CONCESSÃO DE DIREITO REAL DE USO (DL 271/67)DE USO (DL 271/67)

Trata-se de concessão de uso de terrenos públicos ou Trata-se de concessão de uso de terrenos públicos ou particulares remunerada ou gratuita, por tempo certo ou particulares remunerada ou gratuita, por tempo certo ou indeterminado, como direito real resolúvel, para fins indeterminado, como direito real resolúvel, para fins específicos de:específicos de:– regularização fundiária de interesse social, regularização fundiária de interesse social, – urbanização,urbanização,– industrialização,industrialização,– edificação, edificação, – cultivo da terra, cultivo da terra, – aproveitamento sustentável das várzeas, aproveitamento sustentável das várzeas, – preservação das comunidades  tradicionais e seus meios de preservação das comunidades  tradicionais e seus meios de

subsistência ou outras modalidades de interesse social em subsistência ou outras modalidades de interesse social em áreas urbanas. áreas urbanas.

Page 29: USUFRUTO É o direito real de: Desfrutar um objeto na totalidade de suas relações, Sem lhe alterar a substância, Exercido em caráter temporário

HABITAÇÃO (Art. 1414)HABITAÇÃO (Art. 1414)

É direito real limitado e temporário de É direito real limitado e temporário de ocupar gratuitamente casa alheia, para ocupar gratuitamente casa alheia, para a morada do titular e de sua família.a morada do titular e de sua família.

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CONTEÚDOCONTEÚDOo titular não poderá:o titular não poderá:Alugar o imóvel;Alugar o imóvel;Emprestar o imóvel;Emprestar o imóvel;Utilizar o imóvel para fins comerciais e Utilizar o imóvel para fins comerciais e industriaisindustriaisSe o direito real de habitação for conferido a Se o direito real de habitação for conferido a mais de uma pessoa, qualquer delas, que mais de uma pessoa, qualquer delas, que habite sozinha a casa, não terá de pagar habite sozinha a casa, não terá de pagar aluguel à outra, mas não pode inibir o direito aluguel à outra, mas não pode inibir o direito da outra pessoa.da outra pessoa.

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CARACTERÍSTICASCARACTERÍSTICAS

A habitação é direito:A habitação é direito:– Personalíssimo;Personalíssimo;– Temporário;Temporário;– Intransmissível;Intransmissível;– Não suscetível de cessão;Não suscetível de cessão;– Indivisível;Indivisível;– Gratuito.Gratuito.

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CONSTITUIÇÃOCONSTITUIÇÃOPOR CONVENÇÃO: POR CONVENÇÃO: – Por ato Por ato inter vivos inscrito inter vivos inscrito no CRI, no caso de imóveis; no CRI, no caso de imóveis;– Por ato Por ato causa mortis, causa mortis, através de declarações de última através de declarações de última

vontadevontadePOR USUCAPIÃO.POR USUCAPIÃO.POR FORÇA DA LEI: POR FORÇA DA LEI: – assegurado ao cônjuge sobrevivente, qualquer que seja o assegurado ao cônjuge sobrevivente, qualquer que seja o

regime de bens, sem prejuízo da participação que lhe caiba regime de bens, sem prejuízo da participação que lhe caiba na herança, relativamente ao imóvel destinado à residência na herança, relativamente ao imóvel destinado à residência da família, desde que seja o único daquela natureza a da família, desde que seja o único daquela natureza a inventariar (art. 1831 do CC);inventariar (art. 1831 do CC);

– En. 117 do CEJ: “O direito real de habitação deve ser En. 117 do CEJ: “O direito real de habitação deve ser estendido ao companheiro, seja por não Ter sido revogada estendido ao companheiro, seja por não Ter sido revogada a previsão da Lei 9.278/96, seja em razão da interpretação a previsão da Lei 9.278/96, seja em razão da interpretação analógica do art. 1.831, informado pelo art. 6º, caput, da analógica do art. 1.831, informado pelo art. 6º, caput, da Constituição Federal de 1988”.Constituição Federal de 1988”.

Page 33: USUFRUTO É o direito real de: Desfrutar um objeto na totalidade de suas relações, Sem lhe alterar a substância, Exercido em caráter temporário

DIREITOS E DEVERES DO DIREITOS E DEVERES DO HABITADORHABITADOR

Morar na casa com sua família;Morar na casa com sua família;Defender sua posse por meio de interditos Defender sua posse por meio de interditos possessórios;possessórios;Receber indenização pelas benfeitorias necessárias Receber indenização pelas benfeitorias necessárias que fizer;que fizer;Guardar e conservar o prédio;Guardar e conservar o prédio;Não alugar nem emprestar o imóvel;Não alugar nem emprestar o imóvel;Fazer o seguro, caso exigido, devendo o valor ser Fazer o seguro, caso exigido, devendo o valor ser empregado na reedificação do prédio, salvo por empregado na reedificação do prédio, salvo por culpa do habitador;culpa do habitador;Pagar os tributos que recaiam sobre o prédio;Pagar os tributos que recaiam sobre o prédio;Restituir o prédio ao proprietário ou a seus Restituir o prédio ao proprietário ou a seus sucessores, no estado em que o recebeu, salvo sucessores, no estado em que o recebeu, salvo deteriorização derivada do uso regular.deteriorização derivada do uso regular.

Page 34: USUFRUTO É o direito real de: Desfrutar um objeto na totalidade de suas relações, Sem lhe alterar a substância, Exercido em caráter temporário

EXTINÇÃOEXTINÇÃO

pelos mesmos modos de extinção do pelos mesmos modos de extinção do uso e usufruto.uso e usufruto.