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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA DEPARTAMENTO DE TECNOLOGIA COLEGIADO DE ENGENHARIA CIVIL TIAGO MELO DO NASCIMENTO USO DA COMPUTAÇÃO GRÁFICA COMO FERRAMENTA PARA O DESENVOLVIMENTO DE PROJETOS: ESTUDO DE CASO DE UMA EDIFICAÇÃO NA UEFS FEIRA DE SANTANA BA 2012

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA

DEPARTAMENTO DE TECNOLOGIA

COLEGIADO DE ENGENHARIA CIVIL

TIAGO MELO DO NASCIMENTO

USO DA COMPUTAÇÃO GRÁFICA COMO FERRAMENTA PARA O

DESENVOLVIMENTO DE PROJETOS:

ESTUDO DE CASO DE UMA EDIFICAÇÃO NA UEFS

FEIRA DE SANTANA – BA 2012

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TIAGO MELO DO NASCIMENTO

USO DA COMPUTAÇÃO GRÁFICA COMO FERRAMENTA PARA O

DESENVOLVIMENTO DE PROJETOS:

ESTUDO DE CASO DE UMA EDIFICAÇÃO NA UEFS

Trabalho de conclusão de curso apresentado ao

departamento de tecnologia da universidade estadual

de Feira de Santana como requisito para obtenção de

título de bacharel em engenharia civil.

ORIENTADOR: PROF. MSC. Luis Cláudio Alves Borja.

FEIRA DE SANTANA – BA 2012

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TIAGO MELO DO NASCIMENTO

USO DA COMPUTAÇÃO GRÁFICA COMO FERRAMENTA PARA O

DESENVOLVIMENTO DE PROJETOS:

ESTUDO DE CASO DE UMA EDIFICAÇÃO NA UEFS

Projeto de pesquisa apresentado à banca Examinadora de qualificação da disciplina TEC 174 – Projeto Final II, do curso de Engenharia Civil da Universidade Estadual de Feira de Santana, ministrada pelo professor Engº Gerinaldo Costa.

FEIRA DE SANTANA, 23 DE MARÇO DE 2012

________________________________________________________ Professor orientador: Msc. Luis Claudio Alves Borja

Universidade Estadual de Feira de Santana

________________________________________________________ Professor: MSc. Nilo Márcio de Andrade Teixeira

Universidade Estadual de Feira de Santana

________________________________________________________ Arquiteta: Mariana Sousa da Silva

Universidade Estadual de Feira de Santana

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Dedico este trabalho,

À minha mãe e meu pai, os quais amo muito

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Os ventos que às vezes tiram algo que amamos, são

os mesmos que trazem algo que aprendemos a amar...

Por isso não devemos chorar pelo que nos foi tirado e

sim, aprender a amar o que nos foi dado.

Pois tudo aquilo que é realmente nosso, nunca se vai

para sempre...

Bob Marley

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AGRADECIMENTO

Acima de tudo a Deus, por ter me dado sabedoria, saúde e disposição para a

realização deste trabalho.

Aos meus pais, Antonio e Rosa, que me deram toda a estrutura para que me

tornasse a pessoa que sou hoje. Pela confiança e pelo amor incondicional que me

fortalece todos os dias. Em especial à minha mãe pela inteira dedicação e por muitas

vezes ter deixado de lado seus sonhos para acreditar nos meus. Obrigado novamente

pais, está conquista também é de vocês. Agradeço também aos meus irmãos, os quais

não faço distinções, Carolina, Daiana, Daise, Mariza, Vanderlei e Uelson, pelo

entusiasmo, carinho e descontração vividos a cada dia, me ajudam a superar todas as

adversidades.

A minha namorada Patrícia. Obrigado meu amor, por tudo, você transformou a

minha vida. Obrigado pelo seu carinho, sua atenção, sua vibração com as minhas

conquistas e seu ombro em cada momento difícil que você me ajudou a atravessar.

Sem você, essa conquista não teria o mesmo gosto. Agradeço também a toda a sua

família, especial ao meu sogro Bomfim e a minha sogra Jédida e os meus cunhados,

Edson e Anna Paula, que acompanharam essa fase da minha vida.

A toda minha família, avós, tios, madrinhas e primos, por ter me acompanhado

durante toda trajetória, me dando atenção e apoio em todos os momentos. Aos meus

amigos de Cruz das Almas, por terem me ajudado a recarregar as minhas energias

para completar a minha tarefa. Em especial a Rodrigo pelo apoio e pelo

companheirismo, e sem sombra de duvida a sua mãe Vera, que me acolheu como um

filho, e a toda família Lagos, meu muito obrigado.

Aos meus novos irmãos, Mailson e Tainã, minha eterna gratidão pela amizade

verdadeira, estiveram comigo durante os piores e melhores momentos da universidade.

“Obrigado amigos, pelos erros que me emprestastes, pois com eles pude corrigir os

meus”. Gostaria também de agradecer pelo companheirismo e por muitas vezes me

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enxergar melhor do que eu sou. Com vocês ao meu lado os momentos difíceis se

tornaram extremamente prazerosos.

Agradeço também a turma 2006.2, que tornaram a convivência acadêmica muito

mais agradável, em especial aqueles que sempre estiveram ao meu lado, Marcos Jr. e

Rafael Petró, os dois caras mais brilhantes que já conheci, admiro vocês.

Ao professor orientador Luis Borja, pela paciência, dinamismo, confiança e por

ter acreditado em nosso potencial.

A toda equipe da GEPRO pela cooperação, esta colaboração foi fundamental

para a concretização deste trabalho, em especial a Nilo Teixeira e Mariana Sousa, que

contribuíram no desenvolvimento do estudo de caso, fornecendo informações

pertinentes para o delineamento da pesquisa.

Enfim a todas as pessoas que me ajudaram, não poderia deixar de expressar à minha

imensa gratidão.

Muito obrigado!

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RESUMO

NASCIMENTO, T. M. Uso da computação grafica como ferramenta para o desenvolvimento de projetos: estudo de caso de uma edificação na UEFS. Feira de Santana, 2012. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Engenharia Civil) – Universidade Estadual de Feira de Santana.

O presente trabalho pretende avaliar a utilização da ferramenta computacional de modelagem tridimensional no desenvolvimento de projetos de engenharia. A fase de projeto constitui uma das primeiras etapas do processo de produção e contém um grande potencial para contribuir com sucesso do empreendimento, além disso, todas as decisões tomadas durante a fase inicial do projeto potencializam as chances de reduzir custos, neste âmbito o desenho tridimensional pode auxiliar o projetista no desenvolvimento dos projetos, tornando possível uma visualização além do mundo da pagina. A modelagem computacional tridimensional permite uma visualização mais próxima do que seria o projeto quando executado através de uma “maquete eletrônica”, o que possibilita ao projetista demonstrar o empreendimento sobre uma mudança do ângulo de visão em relação ao objeto, facilitando a compreensão e entendimento sem precisar de um elevado conhecimento técnico e específico. A pesquisa objetiva o uso da ferramenta 3D no auxilio do desenvolvimento de representação 2D e 3D, através de um estudo de caso realizado na UEFS. O delineamento da pesquisa consiste na elaboração do projeto de arquitetura na fase de concepção com uso da computação gráfica em três dimensões, analisando através do modelo as principais vantagens, o que destaca as possíveis falhas detectadas na representação em 2D como simbolismo, fragmentação, ambiguidade, que podem induzir projetistas de diferentes especialidades a gerar soluções incompatíveis. Nesta pesquisa foi possível observar algumas vantagens da modelagem tridimensional. A utilização do sistema fornece ao projetista uma antecipação construtiva, uma facilidade na leitura de projetos e interação com o objeto representado.

Palavras-chave: Projeto, Representação Tridimensional, Auxilio ao projetista.

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ABSTRACT

NASCIMENTO, T. M. Use of computer graphics as tool for development projects: a case study of a buildingin UEFS. Feira de Santana, 2012. Completion of course work (graduate in Civil Engineering) - State University of Feira de Santana.

The present work aims to evaluate the use of three-dimensional modeling software tool in the development of engineering projects. The design phase is one of the first steps of the production process and contains a great potential to contribute to business success, moreover, all decisions made during the initial phase of the project enhance the chances of reducing costs, in this context the three-dimensional design is able to help the designer the projects’ development, enabling a view of the world beyond the page. The three-dimensional computer modeling allows a closer view of what could be the project when run through a "computer model", which enables the designer to demonstrate the development from other point of view of the object, facilitating comprehension and understanding without need a high technical knowledge. The research aims to use the 3D tool as an aid in the development of 2D and 3D representation, through a case study conducted in UEFS. The research is the development of architectural design at the design stage using computer graphics in three dimensions by analyzing the main advantages of the model, which highlights the possible faults detected in the 2D representation and symbolism, fragmentation, ambiguity, that may induce designers from different disciplines to generate incompatible solutions. This research was possible to observe the advantages of three-dimensional modeling. The use of the system provides the designer a constructive advance, make it easier reading projects and interaction with the object represented.

Keywords: Design, Three Dimensional Representation, Help the designer.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 01 - Ciclo da qualidade na Construção Civil e a relação entre projeto e os demais

participantes do ciclo (MELHADO 1993). ........................................................................ 9

Figura 02 - Capacidade de influenciar o custo final de um empreendimento de edifício

ao longo de suas fases (CII, 1987 apud MELHADO, 1994)........................................... 10

Figura 03 - Gráfico que relaciona o tempo de desenvolvimento de um empreendimento

e o custo mensal das atividades, com a ideia de um maior "investimento" na fase de

projeto (BARROS & MELHADO, 1993 apud MELHADO, 1994) .................................... 11

Figura 04 - Fluxograma da estrutura do processo de produção (CALEGARE, 2007). ... 18

Figura 05 - Planta baixa, corte, fachada e vista 3D de uma edificação a ser construída

(ESPINHEIRA, 2004) .................................................................................................... 21

Figura 06 - Esquema geral das atividades do processo de projeto em 2D (FERREIRA,

2007)............................................................................................................................. 24

Figura 07 - Ciclo genérico de atividades de projeto usando CAD 3D (FERREIRA, 2007).

...................................................................................................................................... 26

Figura 08 - Modelo 3D projeto estrutural e de instalações (MILKALDO JR. E SCHEER

2007)............................................................................................................................. 30

Figura 9 - Modelo 3D integração de projetos (MILKALDO JR. E SCHEER 2007). ........ 31

Figura 18 - Planta baixa do térreo detalhe do banheiro (Adaptado de GEPRO, 2012) .. 41

Figura 19 - Corte do banheiro modelo 3D ..................................................................... 41

Figura 20 - Representação da fachada edifício em 2D (Adaptado de GEPRO, 2012) ... 42

Figura 21 - Representação das plantas baixas do térreo e superior (Adaptado de

GEPRO, 2012) .............................................................................................................. 43

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Figura 22 - Representação do edifício em 3D ............................................................... 44

Figura 23 - Planta baixa e fachada destacado as esquadrias (Adaptado de GEPRO,

2012)............................................................................................................................. 45

Figura 24 - Planta baixa e fachada destacando a esquadria (Adaptado da GEPRO,

2012)............................................................................................................................. 46

Figura 25 - Representação das esquadrias do laboratório e do banheiro em 3D. ......... 46

Figura 26 - Fachada mostrando o detalhe em vidro (Adaptado da GEPRO, 2012) ....... 47

Figura 27 - Fachada no modelo 3D. .............................................................................. 48

Figura 28 – Simulação da altura da esquadria no modelo 3D (Adaptado da GEPRO,

2012)............................................................................................................................. 48

Figura 29 - Detalhe do guarda-corpo na escada (Adaptado da GEPRO, 2012) ............ 49

Figura 30 - Detalhe do elemento de proteção na escada usando o modelo 3D. ........... 50

Figura 31 - Vistas externas da edificação em 3D .......................................................... 50

Figura 32 - Indicação dos cortes no modelo tridimensional ........................................... 51

Figura 33 - Passeio virtual pela edificação .................................................................... 52

Figura 34 - Análise da insolação na edificação ............................................................. 53

Figura 35 - Análise da textura na edificação ................................................................. 53

Figura 36 - Representação da Biblioteca e do centro de pós- graduação em 3D .......... 54

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1 - Quadro comparativo entre etapas do processo de projeto descritas por

autores nacionais (MIKALDO JÚNIOR, 2006). .............................................................. 14

Quadro 2 - Prancheta versus CAD (SPECK, 2005) ....................................................... 22

Quadro 3 - Principais vantagens do método de representação no CAD 3D (Adaptado de

SPECK, 2005 & ESPINHEIRA, 2004) ........................................................................... 29

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................... 1

1.1 JUSTIFICATIVA .............................................................................................. 3

1.2 OBJETIVOS .................................................................................................... 4

1.2.1 Objetivo Geral ..................................................................................... 4

1.2.2 Objetivo Específico ............................................................................. 4

1.3 METODOLOGIA .............................................................................................. 5

2 PROJETOS NA COSTRUÇÃO CIVIL ............................................................................... 6

2.1 SURGIMENTO E EVOLUÇÃO DA ATIVIDADE DE CONSTRUIR ................... 6

2.2 O CONCEITO DE PROJETO .......................................................................... 7

2.3 RELEVÂNCIA DO PROJETO NA BUSCA DA QUALIDADE ........................... 8

2.4 PROCESSO DE ELABORAÇÃO DE PROJETO ........................................... 12

2.4.1 Compatibilização De Projetos ........................................................... 14

2.4.2 Importância da Compatibilização ...................................................... 15

3 MODELAGEM GRÁFICA NA CONSTRUÇÃO CIVIL ................................................ 19

3.1 EVOLUÇÃO DOS MEIOS DE REPRESENTAÇÃO ....................................... 19

3.2 TECNOLOGIA DO CAD ................................................................................ 20

3.2.1 Representação Bidimensional........................................................... 23

3.2.2 Representação Tridimensional.......................................................... 24

3.3 IMPORTÂNCIA DA MODELAGEM TRIDIMENSIONAL ................................. 27

3.4 COMPATIBILIZAÇÃO UTILIZANDO O MODELO TRIDIMENSIONAL........... 30

3.5 SOFTWARE QUE UTILIZAM O SISTEMA CAD ............................................ 33

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3.5.1 Auto CAD .......................................................................................... 33

3.5.2 Google SketchUp .............................................................................. 34

4 METÓDO DA PESQUISA .................................................................................................. 36

5 ESTUDO DE CASO ............................................................................................................. 37

5.1 CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO ............................................ 37

5.1.1 Gerência de Projetos da UEFS ......................................................... 38

5.1.2 Localização ....................................................................................... 38

5.1.3 Descrição Do Empreendimento ........................................................ 38

6 APRESENTAÇÃO DOS DADOS E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS ...................... 40

6.1 ANÁLISE DA MODELAGEM ......................................................................... 40

6.2 VANTAGENS ENCONTRADAS NO MODELO 3D ........................................ 50

6.3 DIFICUDADES ENCONTRADAS DURANTE A MODELAGEM ..................... 54

7 CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................................... 56

8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................... 58

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1 INTRODUÇÃO

A construção civil se enquadra em uma das atividades mais representativas para

a economia de uma nação, além de ser responsável direta por uma parcela significativa

do produto interno bruto (PIB). Sendo assim, como reflexo deste peso econômico, nos

últimos anos, notou-se um aumento da conscientização da importância dos projetistas

no cenário da construção civil no Brasil junto com o incentivo a padronização dos

processos projectuais.

Na opinião de Adesse e Melhado (2003) tentando se adequar as exigências do

mercado imobiliário, o setor da construção civil busca cada vez mais atender as

necessidades dos seus consumidores. Procurando oferecer melhores produtos,

algumas empresas apostam nas inovações tecnológicas, na capacitação dos

profissionais e no desenvolvimento dos processos empresariais, com o intuito de

ampliar a produtividade, reduzir os custos e, sobretudo, melhorar o atendimento aos

clientes e a qualidade dos produtos.

A fase de projeto contém um grande potencial para contribuir com o sucesso e

desempenho de todo o empreendimento, em contrapartida a falta de relação entre os

projetos apresentam uma falha que pode implicar diretamente na qualidade final do

produto, onde cuidados na fase inicial do projeto potencializam as chances de reduzir

os custos por falhas.

Conforme Moreira (2008) o constante aumento da complexidade das

construções aliado a competitividade do mercado, têm ocasionado uma pressão sobre

os projetistas, diminuindo os prazos de execução dos empreendimentos. Isso acarreta

numa sobreposição entre as etapas de projeto, tornado o processo menos eficiente.

“Entretanto para que se possa dar suporte ao crescimento descontrolado dos centros

urbanos e as transformações que ocorrem nos empreendimentos estão, sendo criadas

ferramentas que auxiliem no planejamento e acompanhamento, fazendo com que se

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revele uma forte tendência em realizar estudos de viabilidade” (MILITÃO E CARVALHO,

2000).

Nas ultimas décadas tornou-se notória a contribuição dos computadores para o

desenvolvimento de projetos, principalmente no que diz respeito a parte grafica, devido

a precisão e a facilidade no desenho e redesenho. Dentre os recursos oferecidos o

sistema CAD (Computed-Aided Design) é o que mais se destaca, devido a fácil

manipulação e visualização, além de fornecer representações no espaço tridimensional.

A modelagem em três dimensões permite ao projetista abstrair-se de um modelo

em duas dimensões, para um modelo prático, onde a interação entre o observador e o

objeto se faz através de várias faces e diferentes perspectivas, proporcionando um

melhor entendimento e análise das possiveis incompatibilidades de projetos. Quando se

faz a modelagem e agrupam-se os projetos complementares, podem-se antever

possíveis problemas que iriam ocorrer na execução, podendo assim, diminuir

retrabalhos e desperdícios que são originados devido às interferências físicas causadas

na concepção dos projetos. Um dos principais fatores do aparecimento de inferências

físicas entre os projetos se deve ao fato, de que na maioria das vezes estes projetos

são feitos de forma segregada e só são confrontados durante a execução.

As novas técnicas de representação gráfica, através do uso do computador

geram possibilidades de igualdade no critério de representação, pois antes, o domínio

das técnicas de desenhar era privilégio de profissionais com reconhecida habilidade.

“Portanto, entendendo o potencial e a representatividade das ferramentas CAD 2D e

3D, faz-se pensar como algumas empresa de engenharia não adotaram tal ferramenta,

tendo em vista as possibilidades de obter maior eficácia, competitividade e portanto,

melhores condições de se manterem no mercado nas mais diversas etapas de projeto”

(SPECK, 2005).

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1.1 JUSTIFICATIVA

O setor de construção de edifícios no Brasil tem apresentado, historicamente,

uma lenta evolução tecnológica, comparativamente a outros setores industriais. As

características da produção, no canteiro de obras, acarretam baixa produtividade e

elevados índices de desperdícios de material e de mão-de-obra (FONTENELLE 2002).

Na análise de Fabrício (2002) quando não se oferece uma atenção adequada à

fase de projeto, alguns problemas podem passar despercebidos, proporcionando

soluções incompletas. Nesta perspectiva, grande parte dos problemas pode ser

resolvida durante a execução da obra, pela própria equipe de execução, no entanto

estas decisões podem acarretar em desperdícios e retrabalhos futuros. Com o tempo

cada vez mais reduzido para elaboração de projetos, nota-se o estreitamento ou a

supressão de algumas etapas. “Portanto uma das etapas prejudicadas é a

compatibilização que a falta da mesma acarreta em atrasos no cronograma, produtos

de má qualidade e acréscimos do custo da obra” (CALEGARE E BARTH 2007).

Segundo Fontenelle (2002) dos setores industriais existentes, o da construção

civil é o que se encontra mais atrasado, muitos são os fatores que consolidam esta

afirmação, entre eles estão, a baixa produtividade, o elevado índice de desperdício de

materiais, má qualificação da mão de obra e um baixo nível de industrialização, todos

estes fatores contribuem para um produto de baixa qualidade.

A construção de edifícios representa grande parte do produto da construção civil,

e apresenta uma das maiores atividades econômicas do país, e devido a estes motivos,

tais eventos englobam uma série de instituições como: incorporadores, projetistas,

construtores e outros, que se empenha no propósito de realizar tais construções,

baseado nestas informações se fazem necessário à evolução deste trabalho para que

se possa aprimorar o processo de desenvolvimento do produto.

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4

1.2 OBJETIVOS

1.2.1 Objetivo Geral

Analisar as possibilidades do uso da modelagem tridimensional nas etapas de

concepção de projetos de arquitetura.

1.2.2 Objetivo Específico

Comparar os dois métodos de representação, verificando os parâmetros como,

facilidade de leitura de projeto e interação com o observador;

Avaliar as possíveis diferenças na elaboração de projetos entre os modelos de

representação;

Identificas as principais dificuldades para a elaboração do modelo tridimensional.

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1.3 METODOLOGIA

O presente trabalho teve como metodologia adotada, a pesquisa bibliográfica

associada ao estudo de caso. Na opinião de Gil (2008) “a revisão bibliográfica têm em

seu escopo, uma abrangência muito maior em torno do assunto abordado, em

comparação a pesquisa direta”. O mesmo autor ainda define a pesquisa como o

“processo formal e sistemático de desenvolvimento do método científico”. Utilizaram-se

também, procedimentos metodológicos tais como: revisão bibliográfica, que esteve

estruturada em uma listagem e fichamentos de livros que serviram como base teórica

da pesquisa.

Realização de uma revisão bibliográfica em livros, artigos científicos, revistas,

periódicos e internet;

Obtenção do projeto de arquitetura em fase de concepção (anteprojeto);

Modelagem tridimensional do empreendimento;

Estudo comparativo das representações em 2D e 3D;

Análise e discussão dos dados;

Resultados e sugestões.

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2 PROJETOS NA COSTRUÇÃO CIVIL

2.1 SURGIMENTO E EVOLUÇÃO DA ATIVIDADE DE CONSTRUIR

A construção civil pode ser considerada uma das atividades mais antigas da

civilização, e em particular, a construção de edificios acompanhou as variações para

realizar os desígnios humanos, como abrigo, proteção, diversão entre outros. As

primeiras técnicas construtivas surgiram a partir da observação da natureza, isto

devido às grandes limitações da época (FABRÍCIO, 2002).

Segundo Niemeyer (1986) nos velhos tempos, projetar e construir eram

considerados como uma única atividade, porém com o avanço tecnológico e o

aumento da complexidade das construções, estas atividades sofreram uma

separação, nascendo à figura do arquiteto com função de projetar, e o engenheiro

com o papel de executar os projetos.

Na opinião de Fabrício (2002) projetar pode ser considerado como uma das

atividades mais intelectuais do mundo, pois a caracterização desta etapa se

consolida através das aplicações criativas do conhecimento técnico, para atender a

sociedade no âmbito cultural e econômico, através de soluções arrojadas e

inovadoras.

Dentro da linha de pensamento, Melhado (1994) afirma que com “a

construção seguindo de forma separada da projetação, surgiu um novo termo

construtibilidade, que consiste no ato de realizar planejamentos, contratações e

desempenhar atividades no canteiro, com o intuito de atingir objetivos globais dentro

de um empreendimento”.

No âmbito geral, a atividade de construção tornou-se uma atividade difícil

devido à complexidade dos empreendimentos, mas para tornar as construções

factiveis foi necessário segregar algumas áreas com o intuito de re-dividir o trabalho

proporcionando um melhor aproveitamento dos profissionais envolvidos na tarefa.

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2.2 CONCEITOS DE PROJETO

Etimologicamente projetar vem do latim “projectu”, e significa lançar para

diante. Do ponto de vista das ideias expressa uma formalização ou concretização de

algo visando executar ou realizar no futuro (HEIDEGGER, SARTRE apud MOREIRA

2008).

Conforme a NBR 5670, a palavra projeto significa:

“definição qualitativa e quantitativa dos atributos técnicos econômicos e financeiros de um serviço ou obra de engenharia e arquitetura, com base em dados, elementos, informações, estudo, discriminações técnicas, cálculos, desenhos, normas, projeções e disposições espaciais” (ABNT, 1977, p.07)

De acordo com o dicionário Aurélio temos as seguintes definições para

projeto: “o que se tem a intenção de fazer”, (...) “plano de realizar qualquer coisa”,

(...) ou mais especificamente no setor de construção, “estudo, com desenho e

descrição, de uma construção que se pretende realizar”

Na vertente filosófica, o projeto representa uma antecipação das

possibilidades, isto é, uma previsão dos planos ou uma prospecção do que será

executado. (MOREIRA, 2008)

Na análise de Ferreira (2007), onde ele afirma que: projeto é uma ideia que se

forma de algo que se deseja realizar no futuro.

Diante do exposto, Melhado (1994) comenta que: projeto pode ser encarado

como o conjunto de indicações e detalhes construtivos, sendo útil no planejamento e

na programação das atividades de execução, permitindo um melhor gerenciamento

dos recursos.

Alguns autores definem a palavra projeto como uma coisa dinâmica, que está

sempre sofrendo mudanças, é por isso, que se intitula o conceito dinâmico de

projeto usando a palavra projetação.

Segundo Oliveira (1993), projetação refere-se ao projeto em ação, ou seja, o

projeto sendo desenvolvida, logo a palavra projeto demonstrará uma situação

estática, e projetação denota uma situação dinâmica. Nas colocações de Moreira,

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(2008), afirmando que a projetação de edificações é uma das atividades mais

importantes da construção civil, e desta forma é de suma importância identificar as

principais relações entre o processo de projeto da construção civil.

É com base na descrição de Melhado (1994), que se pode verificar a

diferença do termo projetar:

i. O conceito "estático", que se refere ao, "projeto como um produto, constituído

de elementos gráficos e descritivos, ordenados e elaborados segundo uma

linguagem apropriada, visando atender às necessidades da fase de

execução";

ii. O conceito "dinâmico" de projeto, que lhe confere "um sentido de processo

por meio do qual são produzidas soluções, referentes ao processo de

desenvolvimento dos projetos".

2.3 RELEVÂNCIA DO PROJETO NA BUSCA DA QUALIDADE

A busca pela qualidade dos produtos está presente no meio industrial há

varias décadas. Uma das características principal está atrelada à necessidade de

desenvolver mecanismos que garantam o controle, minimizem as incertezas e

potencialize a redução de produtos defeituosos. (MELHADO, 1994)

As empresas têm tratado a elaboração de projetos como uma atividade

secundária, contratando os projetistas de forma independente e analisando como

critério principal o preço do serviço, desta forma, a elaboração dos projetos não

acontece de maneira conjunta e a participação dos projetistas mediante a junção

dos projetos só ocorrem durante a execução (FABRICIO, 2002).

Ainda, conforme Fontenelle (2002), a fase de projeto contém um grande

potencial para contribuir com o sucesso e desempenho de todo o empreendimento,

e cabe nesta fase identificar e atender toda a demanda e necessidade do produto

para que se evite o máximo de imprevistos.

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9

Atualmente a etapa de projeto tem sido um desafio para que as empresas

possam criar um sistema que garanta o princípio básico de qualidade, a falta de

relação entre os projetos apresenta uma falha que implica diretamente na qualidade

final do empreendimento. Com isto, para que se possa aumentar o patamar de

qualidade é necessário programar o sistema de planejamento, e todos os elementos

envolvidos no ciclo de qualidade que apresente um melhor rendimento (MELHADO,

1994). A relação entre os elementos do ciclo de qualidade podem ser observados

melhor de acordo com a Figura 01.

Figura 01 - Ciclo da qualidade na Construção Civil e a relação entre projeto e os demais

participantes do ciclo (MELHADO 1993).

Na opinião de Fabrício (2002) a figura revela que a implantação da

engenharia simultânea é uma importante ferramenta para integrar os agentes e os

sistemas de gestão presentes na construção de um empreendimento. As principais

vantagens deste método são a ampliação da qualidade dos produtos e a satisfação

dos clientes.

Segundo Melhado (1994), o ciclo de qualidade demonstra a influência entre o

projeto e as demais áreas afins como execução de obras, distribuidores de

materiais, planejamento e fabricantes. A falta de interação entre estas áreas implica

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10

desfavoravelmente na relação com o usuário, na fase de operação e principalmente

na manutenção.

Usando ainda as palavras de Melhado (1994), todas as decisões tomadas

durante a fase inicial do projeto potencializam as chances de reduzir os custos por

falhas, estas são considerações feitas pelo grupo do Construction Industry Institute -

CII voltado à importância das fases iniciais do empreendimento. Ilustrado através da

Figura 02.

Figura 02 - Capacidade de influenciar o custo final de um empreendimento de edifício ao

longo de suas fases (CII, 1987 apud MELHADO, 1994).

Como citado anteriormente, a falta de uma atenção adequada à fase de

projeto, alguns problemas podem passar despercebidos, neste caso, as soluções

escolhidas não são eficientes ou incompletas, e a maior parte destes problemas é

resolvida durante a execução da obra, pela própria equipe de execução, como às

vezes as equipes não conseguem “enxergar” o projeto como um todo, isso pode

acarretar em retrabalho e desperdício no futuro (FABRICIO, 2002).

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O projeto atua como um transmissor de informações e quando não se confere

grandes responsabilidades durante esta etapa, podem aparecem problemas

inesperados que acarretam em inferências físicas alimentando o custo total da obra

(CALEGARE E BARTH 2007).

Segundo Melhado (1994), o investimento inicial permite um maior

desenvolvimento na fase de projeto, isto ocasionará num deslocamento no custo

inicial do empreendimento, mas em longo prazo este esforço acarretará numa

diminuição do custo final como pode ser ilustrado na Figura 03. No entanto, esta é

uma prática não muito utilizada no Brasil e quase sempre os investimentos com

projetos só são para satisfazer questões legais.

Figura 03 - Gráfico que relaciona o tempo de desenvolvimento de um empreendimento e o

custo mensal das atividades, com a ideia de um maior "investimento" na fase de projeto

(BARROS & MELHADO, 1993 apud MELHADO, 1994)

De imediato é constatado um aumento no custo do empreendimento, mas

com o passar do tempo, é no final da obra que este custo é minimizado em função

da diminuição dos imprevistos.

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12

2.4 PROCESSO DE ELABORAÇÃO DE PROJETO

Na elaboração de projetos alguns autores usam um sistema sequencial, para

facilitar o desenvolvimento processual do projeto, estas subdivisões apresentam

diferentes nomenclaturas entre os projetistas. (FABRICÍO, 2002)

Segundo a NBR 13531/1995 todas as etapas técnicas de projetos podem ser

divididas como processo de desenvolvimento das atividades, e são listadas abaixo:

i. Levantamento (LV): etapa destinada à coleta de informações de referência

(dados físicos, técnicos, legais e jurídicos, e outros) que representem as

condições já existentes, que são de interesse na elaboração do projeto;

ii. Programa de Necessidade (PN): etapa que determina as exigências de

caráter prescritivo ou de desempenho (necessidades e expectativas dos

usuários), que devem ser satisfeitas pela edificação;

iii. Estudo de Viabilidade (EV): etapa na qual se elabora a análise e as

avaliações para a escolha e recomendação de alternativas para concepção

da edificação e de seus elementos, instalações e componentes;

iv. Estudo Preliminar (EP): etapa em que ocorre a concepção e a representação

do conjunto de informações técnicas iniciais e aproximadas, precisas para a

compreensão da configuração da edificação, podendo existir soluções

alternativas;

v. Anteprojeto (AP) e/ou Pré-executivo (PR): etapa destinada à concepção e à

representação das informações técnicas provisórias de detalhamento da

edificação necessárias ao inter-relacionamento das atividades técnicas de

projetos, e suficientes à elaboração de estimativas aproximadas de custos e

de prazos dos serviços inerentes à obra;

vi. Projeto Legal (PL): etapa da representação das informações técnicas exigidas

para análise e aprovação por parte dos órgãos competentes para obtenção

das licenças e demais documentos indispensáveis para as atividades de

construção;

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vii. Projeto Básico (PB): etapa opcional que se destina à representação técnica

ainda não completa ou definitiva, mas consideradas compatíveis com os

demais projetos e suficientes à licitação (contratação) dos serviços de obras

correspondentes;

viii. Projeto para Execução (PE): etapa em que ocorre a representação final das

informações técnicas completas, definitivas, necessárias e suficientes à

licitação e à execução;

Silva e Sousa (2003) listam as etapas do processo sob a ótica da gestão de

qualidade, tendo como embasamento teórico o planejamento estratégico de

negócios.

Fase I – Planejamento do empreendimento;

Fase II – Concepção do produto;

Fase III – Desenvolvimento do produto, dividido nas etapas de anteprojeto, projeto legal, projeto pré-executivo, projeto executivo e detalhamento, projeto de produção;

Fase IV – Entrega final do projeto;

Fase V – Acompanhamento técnico da obra;

Fase VI – Desenvolvimento do projeto “As Built”;

Fase VII - Acompanhamento técnico e elaboração dos documentos para o manual do usuário;

Fase VIII – Avaliação da satisfação do cliente final.

Alguns autores descrevem a fase de projeto separando em algumas etapas.

Nesta linha de pensamento Milkaldo (2006) relacionou quatro destes autores através

no quadro 01, mostrando as divisões sequenciais do processo, como se podem

observar as principais etapas que sofrem variações são as iniciais e finais estas

variações podem se dar devido aos diferentes tipos de projetos

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Quadro 1 - Quadro comparativo entre etapas do processo de projeto descritas por autores

nacionais (MIKALDO JÚNIOR, 2006).

De forma geral afirma Fabrício (2002), que os projetistas têm como maior

preocupação, organizar as etapas do processo de projetos na construção civil,

criando assim marcos de entrega parcial do projeto, além de definir os serviços

associados a cada etapa, desta forma, ficam facilitados negociações e pagamentos

nas fases intermediárias.

2.4.1 Compatibilização de Projetos

A compatibilização de projetos é a etapa na qual se integram os projetos

referentes a um empreendimento, tentando ajustar e corrigir as possíveis

interferências entre as diferentes especialidades, visando melhorar o padrão de

qualidade do empreendimento.

A compatibilização é considerada como um dos elementos do projeto, onde

os componentes do projeto interagem, mas não conflitem entre si, formando um

conjunto de informações consistentes e confiáveis (GRAZIANO, 2003).

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Rodríguez (2005), afirma que a compatibilização de projetos, tem as

seguintes características, análise, averiguação e correção das inconformidades entre

as diferentes soluções adotadas no projeto.

Neste âmbito, Callegari (2007) define compatibilização, como uma atividade

que visa juntar e gerenciar vários projetos de uma mesma obra, tendo como intuito

melhorar a harmonia e minimizar conflitos. Neste contexto oferecendo ao

empreendimento uma simplificação na execução, uma diminuição de desperdícios

através da correção de possíveis falhas, melhorando assim a utilização dos

recursos.

No enfoque de Melhado (1994), a compatibilização consiste na sobreposição

de projetos de diferentes especialidades, com o intuito de verificar as possíveis

interposições. Através desta análise, podem ser identificados os prováveis

problemas para que possam ser solucionados. Dessa forma, ainda que a

compatibilização deva ocorrer quando os projetos já estiverem concebidos,

funcionam como uma “malha fina”, na qual possíveis erros sejam detectados.

2.4.2 Importância da Compatibilização

Na pesquisa realizada pela Financiadora de Estudos e Projetos - FINEP e

pelo Instituto Brasileiro de Tecnologia e Qualidade da Construção - ITQC (1998)

apud Mikaldo. (2006) sobre a análise de desperdícios, constatou-se que um dos

maiores causadores dos desperdícios na construção civil é a falta de

compatibilização dos projetos.

Neste sentido, Graziano (2003) comenta que, nos últimos 30 anos, o grande

número de obras, contextualiza a separação entre projeto e execução,

impulsionando o desenvolvimento do setor de compatibilização.

Um dos principais fatores que aumentam a necessidade de se compatibilizar

projetos está vinculado, ao fato de que o desenvolvimento dos projetos ocorre de

forma separada ou segregada, fazendo às vezes até parecer que os projetos são

totalmente independentes.

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Outro aspecto segundo Mikaldo (2006) é que antes dos anos 60 a equipe de

projeto era a mesma da execução, isso facilitava a prática construtiva, pois eles

sabiam das necessidades do empreendimento. Com o passar do tempo, os

projetistas se afastaram da execução quebrando este elo, tornando cada vez mais

intenso a necessidade da compatibilização.

Ao desenvolver projetos sem uma análise das possíveis inferências físicas ou

da compatibilização, pode-se gerar consequências desfavoráveis, tais como:

aumento de retrabalho, atraso no cronograma de execução, e produtos de má

qualidade, que frequentemente conduzem á acréscimo dos custos das obras.

Utilizando a compatibilização como ferramenta para promover a integração

entre os projetos, pode se resolver de forma eficiente o principal problema de

interferência físicas da associação dos projetos.

Ainda segundo o autor, existe uma preocupação em contratar todos os

projetistas, ou ao menos consultá-los, na etapa de concepção inicial do

empreendimento, a fim de evitar problemas futuros de incompatibilidade entre

projetos (MELHADO, 2005).

A coordenação de projetos e o planejamento gerencial revelam um dos

principais fatores para a garantia da qualidade dos serviços no setor, isso porque ele

realça o elo entre os projetistas, empreendedor, a obra, fornecedor e clientes,

transformando-se em um disseminador de informações (ADESSE; MELHADO,

2003).

No início dos anos 80, as empresas e construtoras sentiram a necessidade de

um compatibilizador de projetos, esta função mais tarde passou a ser executada

pelo coordenador. Esta necessidade originou-se devido aos seguintes fatores:

segregação entre o projeto e execução, especialização cada vez maior entre as

diferentes áreas de projetos, equipes de projetos localizadas em diferentes lugares,

e aumento da tecnologia nos empreendimentos (MILKALDO, 2006).

Para Ferreira (2001) o compatibilizador tem como função levar a informação

dimensional para a discussão, dando assim uma ênfase adicional a este processo

de produção, além de sobrepor desenhos tradicionalmente.

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Na fase do processo o projeto propõe-se como melhoria a conscientização da

participação dos projetistas envolvidos, bem como a existência do coordenador que

integra os processos e verifica possíveis incompatibilidades físicas e funcionais dos

projetos desenvolvidos. Neste caso ele atua como mediador e transmissor das

informações, além de ser gerente das propostas e das soluções a serem aplicadas.

A ausência de um profissional qualificado ou com capacidade de gerenciar

não gera só perdas financeiras para a empresa, como também prejuízo as demais

empresas envolvidas, além de apresentar retrabalho e correção pós entrega

(ADESSE; MELHADO, 2003).

Ainda segundo Melhado (1994) a coordenação de projeto é um dos principais

integrantes da compatibilização, pois é ele que promoverá a comunicação adequada

entre os projetistas, verificando as viabilidades e as principais alternativas,

potencializando as mesmas. Essa interação pode ser demonstrada de acordo com a

Figura 04.

FRANCO & AGOPYAN (1994) apud TAVARES (2001), descrevem diversos

objetivos para a atividade de coordenação de projetos.

Garantir a perfeita comunicação entre participantes do projeto;

Garantir a comunicação e a integração entre as diversas etapas do

empreendimento;

Coordenar o processo de forma a solucionar as interferências entre as partes

do projeto elaborado pelos distintos projetistas;

Garantir a coerência entre o produto projetado e o modo de produção, com

especial atenção para a tecnologia do processo construtivo utilizado e para a

“cultura construtiva” da empresa;

Conduzir as decisões a serem tomadas no desenvolvimento do projeto;

Controlar a qualidade das etapas de desenvolvimento do projeto.

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Figura 04 - Fluxograma da estrutura do processo de produção (CALEGARE, 2007).

Conforme a figura 05 e segundo Adesse e Melhado (2003) a coordenação de

projetos inclui um vasto conjunto de ações envolvidas no planejamento,

organização, direção e controle do processo de projeto. Na realidade, essa

coordenação deveria ser realizada por um profissional específico, um Coordenador

de Projetos, responsável por desenvolver as ações de coordenação, domínio e troca

de informações entre projetistas, para que os projetos sejam elaborados de forma

organizada, no tempo determinado e com cumprimento dos objetivos definidos.

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3 MODELAGEM GRÁFICA NA CONSTRUÇÃO CIVIL

3.1 EVOLUÇÃO DOS MEIOS DE REPRESENTAÇÃO

A representação através de desenhos é considerada como uma das primeiras

formas de comunicação da humanidade. Os primeiros registros de desenhos foram

deixados pelos homens pré-históricos, que tentavam representar animais, nas

paredes e tetos das cavernas (REGO apud SPECK 2005).

Segundo Rego apud Moreira (2008) o desenho foi uma forma de

representação muito utilizada no renascimento, porém quando a ideia de pensar se

configurou através dos desenhos, ouve uma segregação entre os que pensavam

(projetistas), e os que executavam (construtores). Desta forma os arquitetos

passariam a projetar, elaborando desenhos com linguagens comuns para o

entendimento dos construtores (MOREIRA, 2008).

O movimento humanista e científico da época catapultou o desenvolvimento

da representação, facilitando a sua sistematização e regularização, isso porque

nesta época os desenhos não ofereciam formas técnicas precisas (CATTANI, 2001).

Conforme Moreira (2008), a segunda sistematização foi caracterizada no

século XVIII, pelo desenvolvimento da geometria descritiva, criada por Gaspar

Monge, que representava objetos tridimensionais em espaços bidimensionais do

papel, este método contempla a análise topológica, geométrica e dimensional do

objeto, a partir de um conjunto de artifícios gráficos.

Com a revolução industrial, as máquinas forneceram diversas transformações

no mundo, e também na forma de representar. A partir do século XIX, notou-se a

necessidade de projetos cada vez mais rigorosos, isso forçou os projetistas a

desenvolveram uma linguagem representativa mais comum. Visando atender esta

necessidade foram desenvolvidas as primeiras normas técnicas de representação

grafica de projetos (SPECK, 2005).

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Com o avanço tecnológico e advento do computador, a representação gráfica

enfrenta na opinião de Moreira (2008) a terceira sistematização. Do conjunto de

tecnologias aquela que melhor contribuiu no processo de projetação foi o CAD –

Computed Aided Design ou Desenho Assistido por Computador, este processo se

diferencia dos anteriores pela diferente forma de interação entre o instrumento e o

indivíduo.

Nas ultimas décadas os processos representativos dos desenhos técnicos

sofreram enormes variações, passando pela utilização de métodos como, a régua T

e esquadros para o desenho assistido, primeiro usando o método bidimensional e

depois o tridimensional o qual revelou uma forte tendência para a modelagem

geométrica (SPECK, 2005). Com o passar do tempo as novas técnicas

representativas foram surgindo, com o intuito de possibilitar uma maior interação,

tornado as representações mais claras e fiéis, atendendo as viabilidades

construtivas do projeto (MOREIRA, 2008).

3.2 TECNOLOGIA DO CAD

A ferramenta CAD (Computed-Aided Design ou Desenho Assistido por

Computador) é um software que promove uma automatização global do processo de

projeto, baseando-se na representação computacional do modelo (SPECK, 2005).

Conforme Moreira (2008), com a origem desta tecnologia nos anos 80, os

resultados alcançados com a utilização do modelo, promoveu aumento tanto em

velocidade quanto em qualidade de projeto. Porém, no começo esta ferramenta não

passava de uma prancheta eletrônica, isso porque na época o sistema tinha muito

pouco a oferecer.

Segundo a Amaral e Pina (2010), nos últimos anos a técnica de CAD, vem

sendo bastante aplicada na área de engenharia, revelando assim um aumento na

eficiência e rapidez na realização dos projetos, isso porque a ferramenta utiliza

programas computacionais, tornando assim o método muito mais versátil e cada vez

mais detalhados, conforme ilustrado na Figura 05.

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Figura 05 - Planta baixa, corte, fachada e vista 3D de uma edificação a ser construída

(ESPINHEIRA, 2004)

Ferreira (2007) relata que o desenho assistido por computador pode

proporcionar aos projetistas representações em planta, corte, elevações e até

perspectiva, sejam em formas bidimensionais ou tridimensionais. Diferente dos

métodos clássicos como a utilização da prancheta, o CAD fornece aos projetistas

funções automáticas que auxiliam na tomada de decisões, como, cálculo de área,

perímetro, volume, e até soluções mais avançadas como sistemas integrados de

informação. Na opinião de Speck (2005), a utilização deste sistema permite ao

projetista uma redução do tempo designado no ciclo de exploração, devido ao uso

do princípio gráfico interativo, permitindo realizar alterações com o modelo, e

analisar mudanças refletidas em seguida.

Ainda, segundo este autor nas ultimas décadas, a ferramenta CAD, aumentou

a precisão, rapidez e comunicação, reduzindo a demanda, tornando as ferramentas

tradicionais obsoletas. O processo de projeto sofreu enormes impactos devido às

fortes ações tecnológicas, isso confrontou diretamente os métodos tradicionais,

evidenciando a eficácia do sistema CAD em relação aos desenhos realizados na

prancheta. Isto pode ser verificado segundo o quadro 02.

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Quadro 2 - Prancheta versus CAD (SPECK, 2005)

PRANCHETA CAD

Custo menor do projeto e desenho feito à mão livre ou com instrumentos;

Maior custo inicial do projeto e atualização do desenho feito em CAD;

Custo menor dos instrumentos e materiais de desenho;

Maior custo inicial para atualização do hardware e software;

Baixa produtividade devido à produção de desenhos estarem diretamente ligada à habilidade do desenhista;

Aumento da produtividade do projetista, com a experiência;

Maior espaço ocupado para a armazenagem dos desenhos e projetos (armários, mapotecas, etc.);

Menor espaço na Armazenagem, pendrive, CDs etc.;

Maior tempo gasto para o envio dos desenhos para outras empresas através dos correios etc.;

Diminuição do tempo gasto para o envio dos desenhos e projetos pela internet;

Desenhos e projetos em 2D e 2 1/2D com suas respectivas projeções ortográficas;

Desenho em 3D e posterior obtenção automática de desenho de conjuntos e detalhes;

Repetição dos desenhos e projetos nas mais diversas áreas das engenharias (plantas, des. Hidráulicos, des. Elétrico, des. Mecânico em papel vegetal é um trabalho muito grande;

O CAD propicia o trabalho com biblioteca de objetos e simbologias elétrica, hidráulica, civil, mecânica, layout etc. Criação de uma base de dados para manufatura;

Modelos estáticos 2 1/2D em papel; Modelos dinâmicos com simulações e movimentos;

Protótipos físicos (maquetes); Protótipos digitais (maquetes eletrônicas);

Erros de representação geométrica e erros de cotas que seriam detectados durante a montagem dos equipamentos.

Melhora da qualidade do projeto

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3.2.1 Representação Bidimensional

A ferramenta CAD 2D está vinculada a representação grafica através de

plantas, elevações cortes, no qual o projetista utiliza os recursos de computação

para expressar de forma bidimensional os objetos desejados, esta tecnologia vem

substituir os métodos tradicionais, como as pranchetas (FERREIRA, 2007).

Conforme Speck (2005), o CAD bidimensional permite que os desenhos

sejam criados, manipulados e apresentados graficamente na tela do computador.

Além de permitir numeras vantagens que são listadas:

Facilidade de criação e alteração do desenho;

Melhoria na qualidade gráfica;

Maior facilidade no arquivamento, recuperação e transporte dos desenhos;

Possibilidade de reaproveitamento de informações já existentes, seja em

projetos realizados anteriormente, seja em detalhes-padrão de bibliotecas;

Possibilidade de organização das informações em diversas camadas (layers),

o que facilita a criação de novas pranchas, combinando-se as informações

dessas camadas;

Maior consistência entre os desenhos gerados por diversos projetistas, pois

estes passam a trabalhar sobre uma base de dados comum constantemente

atualizada.

Porém mesmo com tantos benefícios a mecanização da tarefa do desenho

não propiciou a total integração do processo de projeto, pois a representação

geométrica do desenho continua com a natureza bidimensional (SPECK, 2005).

Uma das etapas de projeto que não sofreu grande influência com o sistema

de CAD foi à compatibilização, pois para que ela seja efetuada, os envolvidos terão

que realizar interferência entre os projetos, promovendo de forma convencional a

sobreposição entre as diferentes especialidades de projetos (FERREIRA, 2007).

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Ainda conforme o autor, o método bidimensional para o desenvolvimento do projeto,

segue as seguintes etapas: interpretação do modelo, análise, codificação da solução

em forma gráfica, interpretação das atividades, conferência e correção com uma

retroalimentação, conforme ilustrado pela figura 06.

Figura 06 - Esquema geral das atividades do processo de projeto em 2D (FERREIRA,

2007).

O processo de projeto bidimensional admite um grande número de

interpretações e codificações do desenho, desta forma o projetista deverá estar

muito mais atento do que em situações convencionais, diante disto, o aparecimento

de possíveis erros, pode ocorrer, mesmo em profissionais experientes.

3.2.2 Representação Tridimensional

A representação tridimensional surgiu no início dos anos 70, e era chamado

de geométrico tridimensional. A principal vantagem deste sistema é que o projetista

deixa de trabalhar somente com as projeções e passa a interagir diretamente com o

modelo (SPECK, 2005).

Processo de Projeto Bidimensional

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A representação gráfica em 3D vem se destacando cada vez mais na área de

projetos devido a sua vasta aplicabilidade e ao seu desempenho perante a

utilização, além do que, permite uma melhor inferência perante as

incompatibilidades.

De acordo com Speck (2005) a modelagem 3D proporciona ao observador

uma excelente percepção, pois o mesmo irá possuir diferentes pontos de vista

proporcionando uma melhor integração entre o projetista e o objeto. O sistema ainda

oferece uma comodidade para a edição do modelo onde se pode adicionar ou

eliminar elementos através de diferentes vistas. Ainda conforme o autor, a

representação tridimensional oferece como principal vantagem em relação ao

método bidimensional a interação com a forma real do objeto.

Moreira (2008) comenta sobre algumas vantagens do sistema de modelagem

de sólidos

A representação exata de formas tridimensionais;

Derivação automática de algumas dimensões da forma incluindo volume e

área de superfície;

Corte das secções, incluindo derivações da propriedade destas secções;

Geração automática de peças ou conjunto, com dimensionamento

automático.

As maquetes eletrônicas criadas no CAD 3D permitem o desenvolvimento da

realidade virtual, possibilitando ao cliente uma “caminhada” sobre o futuro projeto,

concedendo uma visualização, e um melhor entendimento mesmo para aqueles que

são “leigos” no assunto (SPECK, 2005).

Assim, como no método de CAD 2D, Ferreira (2007) estabeleceu uma

organização da sequência de desenvolvimento de projetos no CAD 3D. Diferente do

anterior neste método, a interpretação é seguida por um processo simultâneo no

qual o individuo, modela, visualiza, corrige e analisa, submetendo o desenho a uma

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nova modelagem, se necessário, até satisfazer todas as condições, segundo a figura

07.

Figura 07 - Ciclo genérico de atividades de projeto usando CAD 3D (FERREIRA, 2007).

A utilização deste método diminui a maioria dos erros geométricos, devido à

fácil visualização e interação com o modelo. Verifica-se também que haverá uma

redução das analises mentais, diminuindo assim a grande carga cognitiva. Como as

diferentes especialidades de projetos podem se relacionar num mesmo modelo,

haverá uma diminuição das inferências ocasionando uma menor necessidade da

presença do coordenador de projetos, para possíveis compatibilizações.

Existem basicamente três tipos de sistemas de representação tridimensional,

que são: arestas, superfícies e sólidos.

Arestas

Dos sistemas de representação o modelo de arestas ou wireframe era até

então o mais empregado entre os principais modeladores CAD, que consiste

basicamente na união entre linhas e pontos no espaço permitindo assim, a produção

de modelos tridimensionais e garantindo a visibilidade das vistas 2D (SPECK, 2005).

O modelo de armação em arame é um dos métodos que aproveita a capacidade de

Processo de Projeto Tridimensional

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processamento bem menos acentuada do que os outros modelos, isso porque não

existe superfície neste modelo, e as suas principais formas são constituídas de

vértices, curvas, linhas e retas, e o seu funcionamento está baseado na união de

pontos e linhas formando assim um modelo espacial.

Superfícies

O sistema de modelagem de superfície é identificado por utilizar malhas nos

seus planos, onde os planos são representados por superfícies, no qual a definição

do objeto ficará ainda mais precisa em relação ao modelo anterior, e nos planos

curvos são utilizadas elementos de pequenas dimensões para melhorar a sua

definição e suavizar o contorno do objeto (FERREIRA, 2007).

Sólidos

Neste tipo de modelagem verificamos que das três, ela será aquela que mais

utilizará a capacidade de processamento. Este modelo é basicamente representado

pela utilização de todo volume sólido, isto proporciona a esta tecnologia uma melhor

capacidade de definições do objeto, além do que permite uma construção de objetos

ainda mais complexos. Devido ao fato de que os objetos formados são de

características solidas, torna mais fácil a edição destes sólidos, através de

combinações como (intersecção, subtração, união), além de poder efetuar

operações como (efetuar chanfro, criar arredondamentos, estipula cortes).

(FERREIRA, 2007)

3.3 IMPORTÂNCIA DA MODELAGEM TRIDIMENSIONAL

Com a inserção dos modeladores de sólidos, o ciclo de projeto foi bastante

reduzido. Os modeladores CAD 3D atuais, detalham os projetos de forma

automática, tornando desnecessária a utilização de muitas horas para a execução

desta tarefa, como era realizada nos métodos tradicionais. Com isso a mão de obra

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28

que era utilizada para a revisão e alteração do desenho pode ser remanejada para

atender outras necessidades, tornando o processo mais eficiente (SPECK, 2005).

O avanço tecnológico impulsionou o desenvolvimento das ferramentas da

Computação Gráfica, tornado o processo de projeto mais versátil e flexível,

possibilitando aos projetistas um maior reconhecimento e simulação do objeto

modelado, admitindo melhores resultados no produto final. A interação

proporcionada pelo modelo aumenta a visualização e interpretação, isso devido a

construção de uma “maquete eletrônica”, complementa os procedimentos clássicos,

permitindo o observador manter uma melhor relação com o projeto (ESPINHEIRA,

2004).

Esta técnica do desenho 3D permite uma visualização mais próxima do que

seria o projeto quando executado. Alguns profissionais recorrem à terceira dimensão

para facilitar a compreensão e, sobretudo para evitar problemas de má interpretação

dos clientes (MOREIRA, 2008).

Entretanto, Espinheira (2004) afirma que no nosso entorto praticamente todos

os objetos são tridimensionais, infelizmente esta visualização se ocorre na de cada

observador, isto porque a representação acontece basicamente em duas

dimensões.

Com o desenvolvimento de projetos cada vez mais complexos aplicados nas

indústrias automobilística, naval, e aeronáutica, a modelagem deu um grande salto,

pois, os desenhos bidimensionais não eram suficientes para conceber a

representação necessária (SPECK, 2005). Ainda conforme o autor as técnicas de

modelagem geométrica computacional mudaram totalmente a forma com que o

projeto era elaborado, tornando muito mais produtivo. Exemplificando melhor, o

modelamento de sólidos é composto de sólidos primitivos com o qual se aplica

operações booleanas (união, diferença e intersecção), tornando este artifício

completamente diferente das formas tradicionais. Fazendo uma pequena

comparação, o projetista se assemelha a um escultor modelando a forma dos

objetos retirando ou acrescentando volumes.

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29

Na análise de Espinheira (2004) o desenho 3D consiste em ampliar as

limitação óbvias da representação gráfica em 2D, permitindo uma visualização além

do mundo da pagina. Algumas das principais vantagens do método de

representação tridimensional no CAD 3D foram descritas pelos seguintes autores

Speck (2005) e Espinheira (2004), e são listadas na forma de quadro 03.

Quadro 3 - Principais vantagens do método de representação no CAD 3D (Adaptado de

SPECK, 2005 & ESPINHEIRA, 2004)

SPECK (2005) ESPINHEIRA (2004)

Permitem que os usuários não-

técnicos, que não sejam da

engenharia, tenham acesso às

informações do projeto através de

uma interface simples e intuitiva;

Comportam deslocamentos do

usuário em torno do modelo, através

de recursos como walk around (andar

ao redor) e fly-bys (sobrevôos), e

ainda, a circulação no interior do

modelo – walkthrough

Acessam modelos 3D e desenhos 2D

gerados em diferentes sistemas CAD;

Admite simulações do processo

construtivo, dos materiais de

construção e de acabamento.

Trabalham com arquivos que sejam

ao mesmo tempo leves e informativos;

Cria visualizações do modelo em

várias escalas e níveis de

detalhamento

Reduzem ou eliminam o uso de papel

(paperless) e a geração de desenhos

(drawingless).

Permite a visualização futura da obra

em várias fases da construção

É notório que o desenho 3D permite ampliar o horizonte da representação

gráfica, possibilitando ao espectador mudar o ângulo de visão do objeto, facilitando a

compreensão. A utilização da técnica 3D permite que indivíduos que não são ligados

a área de projetos, interpretem as plantas, tornado assim o projeto muito mais claro.

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30

3.4 COMPATIBILIZAÇÃO UTILIZANDO O MODELO TRIDIMENSIONAL

A compatibilização tridimensional complementa o método tradicional de

sobreposição de projetos, com a utilização das novas ferramentas empregadas na

tecnologia da informação. A ferramenta torna o processo de compatibilização muito

mais flexível, minimizando o retrabalho, desperdício de materiais, tempo de

execução de projetos e consequentemente aumentando a qualidade do mesmo

(MIKALDO JR. e SCHEER 2007).

Para demonstrar os benefícios da compatibilização tridimensional, Milkaldo Jr.

e Scheer (2007) utilizou o pacote de software da AltoQi compostos por, Eberick,

referente a projetos estruturais de concreto armado, Hydros referente a projetos de

instalações hidráulicas e Lumine usado para concepção de projetos de instalações

elétricas. O projeto estrutural usou componentes como pilares, vigas e lajes, já o de

instalações hidráulicas considerou conexões, tubos horizontais e verticais, e por fim,

o de instalações elétricas usou como elementos, dutos elétricos, tomadas e

interruptores. Todos estes softwares utilizados disponibilizam representação em 3D,

segundo a figura 08.

Figura 08 - Modelo 3D projeto estrutural e de instalações (MILKALDO JR. E SCHEER 2007)

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31

O modelo 3D permite uma integração entre as diferentes especialidades de

projetos, melhorando a visualização e compreensão das possíveis interferências.

Segundo Mikaldo Jr. (2006), o mercado brasileiro detém poucos software

que funcionem como compatibilizadores para suprir as necessidades deste

mercado, o AltoQi desenvolveu um programa para integrar os software, Eberick,

Hydros e Lumine, com o intuito de detectar de forma automática as possíveis

interferência físicas entre os projetos. Este programa é denominado como SAI

(Software de Analisa de Inferência), e lista as inferências repassando as

informações de forma gráfica e escrita para que o projetista tome as melhores

decisões. A figura 09 ressalva a integração dos projetos de diferentes

especialidades.

Figura 9 - Modelo 3D integração de projetos (MILKALDO JR. E SCHEER 2007).

De forma geral sugere-se que os modelos 3D sejam executados como parte

do procedimento para o dimensionamento dos projetos, utilizando softwares que

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32

admitam este artifício. Dessa forma, facilita-se bastante a etapa de compatibilização,

tornando possível cumprir esta fase em pouco tempo.

No estudo de Mikaldo Jr. e Scheer (2007), foram listados como vantagens e

desvantagens do método:

Vantagens

Facilidade de compreensão e visualização das interferências;

Verificação de um número maior de interferências na etapa de projetos;

Redução do número de reuniões de compatibilização;

Precisão nas alterações de projetos, como furos em vigas, evitando

patologias;

Redução do número de modificações, por facilidade de visualização;

Maior compreensão de logística e execução, em função dos modelos 3D;

Agilidade na integração dos modelos 3D;

Redução de retrabalhos e desperdício de materiais.

Desvantagens

Falta de interoperabilidade com os softwares de projetos complementares e o

arquitetônico;

Limitações de modelagem do software;

Dificuldade de modificação dos modelos em 3D;

Poucos profissionais habilitados para atuar no desenvolvimento de projetos

em 3D;

Falta de filtros no software, gerando listas de irregularidades muito

carregadas;

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33

Algumas limitações na modelagem e nos filtros dos softwares.

A partir da análise Mikaldo Jr. e Scheer (2007) afirmam que as vantagens

superam as desvantagens. E mencionan que as empresas de softwares devem

investir em sistemas que desenvolvam projetos integrados, utilizando os recursos da

internet.

3.5 SOFTWARES QUE UTILIZAM O SISTEMA CAD

O CAD foi lançado tendo como principal finalidade aumentar a produtividade

na elaboração de desenhos técnicos. Bastante difundido, logo se popularizou,

devido à expansão tecnológica dos microcomputadores. Conhecido como

“prancheta eletrônica”, abrange tanto representações bidimensionais quanto

tridimensionais, além de oferecer uma boa visualização da obra em fase de

construção. (SPECK, 2005).

Conforme o autor, na atualidade, a maioria dos softwares que usam o sistema

CAD existentes no mercado, partem de objetos tridimensionais, através dos mesmos

obtém projeções, cortes e secções, além de conseguir de forma automática algumas

dimensões incluindo volumétrias, áreas de superfícies e cálculos de elementos

finitos. Em paralelo estes softwares possuem um banco de dados que fornecem as

propriedades dos materiais, tolerância especifica que auxilia no desenvolvimento do

projeto.

3.5.1 Auto CAD

O AutoCAD é um software desenvolvido desde 1982 pela Autodesck, para

representação de desenho assistido por computador ou CAD. O programa detém as

tecnologias de representação bidimensional e tridimensional, permitindo ao usuário

simular o desempenho das suas idéias sob condições realistas mais cedo no

processo de projeto (AUTODESK, 2012).

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34

Entre os vários programas de CAD, o AutoCAD é o mais usado em todo

mundo. O sistema dispensa os métodos de representação tradicional, e funciona

basicamente como uma prancheta eletrônica sendo usado para desenhar

componentes e sistemas mecânicos, elétricos, eletromecânicos e eletrônicos, assim

como edifícios, automóveis, aviões, navios, circuitos integrados, redes telefônicas e

de computadores (PET, 2010)

O software AutoCad é uma plataforma de trabalho em que os usuários

desenham os projetos usando as ferramentas disponíveis no programa. Outros

software aproveitam a plataforma do AutoCad para acoplar outros programas e

oferecer funcionalidade para diversos fins. Os plug-ins aparecem em função da

instalação dos softwares sobre a plataforma do AutoCad, e disponibilizam

ferramentas para específicos projetos, que não são encontrados nos softwares

originais (JUSTI, 2008)

3.5.2 Google SketchUp

O software Google SketchUp foi inicialmente desenvolvido por uma empresa

norte americana (At Last Software) e depois vendido a Google no ano de 2006. O

software já se encontra na oitava versão, e conta com a versão gratuita, composta

de algumas restrições e a versão paga, que disponibiliza todas as ferramentas da

gratuita e mais alguns recursos específicos (GOOGLE, 2010).

O Google SketchUp é uma ferramenta na qual você pode criar modelos 3D,

admitindo a importação, de outros desenhos de CAD, fotos, imagens aéreas e

outras informações. O programa comporta a atribuição de componentes dinâmicos,

além de permitir exportações em diversos formatos para possíveis redireções

(GOOGLE, 2010)

Um plug-in usado no SketchUp permite uma conexão com o Google Earth,

comportando o modelo tridimensional no ambiente do Google Earth. Outra vantagem

do programa é o fornecimento de uma série de elementos pré-definidos, tais como

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35

árvores, carros e uma diversidade de modelos compartilhados através do Armazém

3D da Google Sketchup (VINICIOS E ZANATA, 2010).

O programa Sketchup é caracterizado por ser uma ferramenta simples e de

natureza intuitiva, mas bastante eficaz permitindo ao usuário desenvolver

rapidamente processos gráficos e detalhamentos de arquitetura. O aumento na

popularidade do programa não se dá única, e exclusivamente pelo fato de se tratar

de uma versão gratuita, mas por ser bastante versátil, de fácil aplicação.

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36

4 MÉTODO DA PESQUISA

O presente trabalho buscou identificar as possibilidades do emprego da

computação gráfica nos projetos de construção civil, fundamentado no levantamento

bibliográfico que foi baseado em livros, artigos científicos, revistas, periódicos e

internet.

Inicialmente, por se tratar de uma revisão bibliográfica, fez-se um

levantamento do referencial teórico para a área de estudo. Pesquisou-se sobre o

Projeto de Arquitetura e sua relação com a construção civil, abordando alguns de

seus conceitos, processo de concepção e representação.

Como foco principal da pesquisa, foram abordados as possíveis aplicações da

modelagem tridimensional, verificando a sua aplicação na concepção de projetos de

arquitetura, utilizando a tecnologia CAD, e a representação de modelos 3D e 2D.

Após o embasamento necessário adquirido com a revisão bibliográfica, deu-

se inicio ao estudo de caso. Como parte importante executou-se a coleta e estudo

do anteprojeto, fase atual da concepção do projeto arquitetônico de ampliação da

biblioteca da UEFS.

O Projeto de Ampliação da Biblioteca, ainda em fase de concepção, está

sendo elaborado pela equipe da GEPRO em papel e plataforma CAD, e que nesta

fase já apresenta estudos da planta de situação, planta de localização, planta baixa,

planta de cobertura, cortes, fachadas, além de memoriais descritivos.

Por se tratar de uma ampliação de prédio existente, foram realizadas algumas

visitas “in loco” para compreender melhor as possíveis interferências entre o projeto

de ampliação e o prédio existente.

Após análise das peças gráficas bidimensionais fornecidas realizou-se uma

modelagem tridimensional, utilizando o software sketchup, supervisionadas pelo

professor orientador e com anuência do representante da equipe responsável pelo

projeto.

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37

Durante o tempo de desenvolvimento do modelo tridimensional foi sendo feito

o registro das diferenças entre os modelos 2D e 3D, as dificuldades para concepção

do modelo e registradas as possíveis contribuições à concepção do projeto

proporcionadas pelo modelo tridimensional no estudo, simulação e representação do

projeto.

5 ESTUDO DE CASO

5.1 CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO

O empreendimento adotado no estudo de caso em questão contempla uma

obra civil de construção do Centro de Conhecimento da Pós-graduação da

Universidade Estadual de Feira de Santana, UEFS (GEPRO, 2012).

O projeto foi escolhido por estar em fase de concepção (fase de anteprojeto),

permitindo experimentar e verificar as possíveis contribuições ao projeto.

Dentre os principais motivos da construção do empreendimento, pode-se

destacar a necessidade de fornecer um espaço, no qual haja materiais didáticos

destinados a pesquisas. De certa forma, este espaço pode ser caracterizado como

uma ampliação da biblioteca da UEFS.

O financiamento para a realização da construção da ampliação da biblioteca é

derivado de um convênio firmado com a Financiadora de Estudos e Projetos –

FINEP. Esta é uma empresa pública vinculada ao Ministério da Ciência e

Tecnologia, que tem por finalidade apoiar estudos, projetos e programas de

interesse para o desenvolvimento econômico, social, científico e tecnológico do País

(GEPRO, 2012).

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5.1.1 Gerência de Projetos da UEFS

O anteprojeto foi fornecido pela Gerência de Projetos e Obras (GEPRO) uma

repartição ligada a Unidade de Infra-estrutura e Serviços da UEFS, UNINFRA.

A GEPRO é o setor técnico-administrativo responsável pela expansão física

do campus universitário, atuando na concepção e realização de projetos.

O setor para cumprir estas atividades conta com um quadro de funcionários,

formando uma equipe de multiprofissionais, divididos entre arquitetos, engenheiros

civis, técnicos de edificações e estagiários de engenharia.

A GEPRO contribuiu de forma significativa para a realização deste trabalho,

disponibilizando o acesso ao anteprojeto da ampliação da biblioteca, memoriais

descritivos preliminares, além de fornecer informações pertinentes sobre a

edificação, que colaboraram para a caracterização da obra.

5.1.2 Localização

A obra adotada para o estudo de caso em questão localiza-se no Campus da

Universidade Estadual de Feira de Santana – UEFS, na Avenida Transnordestina,

Km 03, s/n, Bairro Novo Horizonte, no município de Feira de Santana – Bahia.

O Centro de Conhecimento da Pós-graduação será construído entre a

biblioteca e o CPD. De acordo com Anexo 01.

5.1.3 Descrição Do Empreendimento

A planta de situação descreve a posição do empreendimento entre os prédios

existentes, biblioteca e CPD (ANEXO 02).

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39

A solução arquitetônica apresentada no anteprojeto consiste na construção de

uma área de 1.945,18 m², e divide-se em dois pavimentos, com um acesso elevado

a biblioteca antiga. O pavimento térreo é dividido em área de exposição, multimeios,

laboratório didático de informática, salas de apoio, guarda volumes e banheiros.

Conforme Anexo 03.

No pavimento superior a solução adotada contempla a construção de quatro

auditórios, duas salas de videoconferência e banheiros. (ANEXO 04)

A planta baixa da casa de máquina demonstra os acessos as condensadoras

de ar, conforme Anexo 05.

A planta de cobertura ilustra o direcionamento das telhas e as partes que

possuem laje dispensando cobertura, segundo Anexo 06.

Os cortes evidenciam elementos, como pé direito e detalhamento de escadas,

conforme Anexo 07.

As fachadas descrevem os revestimentos que serão utilizados na construção,

entre eles estão o revestimento rústico cerâmico tipo tijolinho, pintura na cor de

concreto, além de acabamentos com vidros temperados, segundo Anexo 08.

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40

6 APRESENTAÇÃO DOS DADOS E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

6.1 ANÁLISE DA MODELAGEM

Através da leitura do anteprojeto fornecido identificou-se que já estão

definidos a tipologia do prédio, seu programa arquitetônico com a caracterização e

dimensão dos espaços e definido, a distribuição espacial dos mesmos, seus fluxos e

acessos.

Apesar do projeto estar subordinado a uma equipe técnica especializada, a

concepção dos mesmos desde suas fases iniciais, muitas vezes precisa ser

submetido à aprovação em outros grupos não necessariamente relacionados ao

campo de projetos de construção, como gestores, professores e futuros usuários.

Estes outros grupos precisam de certa forma de linguagens visuais mais simples na

representação do projeto em suas diversas fases (estudo, anteprojeto, projeto

básico e executivo) para facilitar o entendimento dos mesmos e assim orientar as

discussões e decisões entre o grupo de técnicos e os outros agentes.

Muitas vezes também, são necessárias informações complementares entre os

agentes da equipe de projeto. Um exemplo são as informações para facilitar a

comunicação entre a equipe técnica (arquitetos e engenheiros) e a equipe de apoio

formada pelos desenhistas.

A representação tridimensional pode ajudar a expandir a capacidade desta

comunicação, técnico x desenhista. Como exemplo, podemos citar a representação

bidimensional da região dos banheiros. A planta baixa conforme a figura 18 da

região pode ajudar o desenvolvimento futuro da planta de detalhes internos, que

compreenderá as vistas e cortes. Apesar de provavelmente já estarem estabelecido

entre o projetista e o desenhista, as condições que orientaram o desenvolvimentos,

destes detalhes, o modelo tridimensional permite que o projetista explique o que

pretende ou então que o desenhista evidencie que entendeu corretamente a solução

proposta.

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41

4 3 1

4 3 1

4 3 1

Figura 10 - Planta baixa do térreo detalhe do banheiro (Adaptado de GEPRO, 2012)

Se, por exemplo, o repasse da informação fosse limitado a fornecer ao

desenhista apenas a planta baixa e que o mesmo desenvolvesse a planta de

detalhes problemas de interpretação poderiam surgir. Na figura 19 podemos simular

a situação. Como os cortes não interceptam esta região, seria mais difícil de

identificar a existência de forros ou até mesmo os padrões dos revestimentos nas

paredes, assim, como, identificar as suas alturas.

Figura 11 - Corte do banheiro modelo 3D

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Dúvidas como estas podem interferir na elaboração do orçamento, pois o

levantamento dos materiais exige interpretação do projeto, e este tipo de situação

pode gerar margens de erro. Entretanto, o risco poderia ser minimizado com um

esboço tridimensional que além de permitir estudar melhor a situação e a ocorrência

de possíveis conflitos, auxiliaria o desenhista na representação da planta de

detalhamento, com suas vistas e cortes na região dos banheiros. O esboço

tridimensional poderia ajudar a reduzir tempo e evitaria retrabalhos.

Nesta fase, a interpretação e o entendimento do projeto dependem muito da

capacidade e do conhecimento técnico dos agentes envolvidos, onde algumas

informações só são adquiridas quando se faz o cruzamento entre informações de

duas ou mais plantas, exigindo da equipe de técnicos e pessoal de apoio maior

capacidade de compreensão e abstração do projeto. O modelo tridimensional com

as informações unificadas complementa a representação bidimensional, que

algumas vezes mostra-se fragmentada.

Outro exemplo, diz respeito à relação entre as plantas baixas e as fachadas,

em que o entendimento de uma depende muitas vezes da informação contida na

outra e o entendimento, mesmo dominado pelo projetista que concebeu o projeto

muitas vezes não fica claro para outros agentes envolvidos. Para tentar ilustra esta

afirmação destacamos a planta preliminar da fachada na figura 20, que dividimos em

6 quadrantes.

Figura 12 - Representação da fachada edifício em 2D (Adaptado de GEPRO, 2012)

Além dos projetistas e o desenhista se outro agente precisar fazer uma leitura

do projeto apenas na forma bidimensional, poderá ter a sensação de que as faces

A

E

B

C

D F

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43

da fachada estão todas num ainda plano, e mesmo assim pode ter dificuldades de

compreensão, mesmo visualizando a planta baixa do térreo e do pavimento superior.

Diante da análise, notamos que os quadrantes A, C e E se localizam num

mesmo plano, entretanto o quadrante D e F estão num plano à frente 5 metros, em

relação a A, C, E, e o quadrante B esta compreendido num plano 20 metros a frente

dos planos A, D e F. conforme a figura 21.

2.0

0

1 2 2

3 3 2

4 3 1

4 3 1

4 3 1

3 2 1

3 2 1

3 2 1

3 2 1

3 2 1

3 2 1

3 2 1

2 3 1

2 3 1

4 3 1

4 3 1

4 3 1

2 2 1

1 1 2

3 2 1 3 2 1

3 2 1

.15 .15

3 2 13 2 1

3 2 1

3 2 1

3 2 1

3 2 1

3 2 1

3 2 2

4 3 1

2 3 1

4 3 1

4 3 1

4 3 1

2 3 1

Figura 13 - Representação das plantas baixas do térreo e superior (Adaptado de GEPRO,

2012)

Podemos notar que através do método tradicional onde as projeções são

dispostas segundo suas projeções ortogonais (vistas orográficas) em duas

dimensões, nem sempre é fácil extrair informações observando uma única planta, e

que a visualização do conjunto necessita de conhecimento técnico e abstração. O

modelo 3D permite facilitar este entendimento, pois ele possibilita a unificação do

modelo apresentado, concomitante vária vista do desenho, tornado mais claro a

compreensão do projeto, conforme a figura 22.

C

F

E

D

A

C

A

B

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44

Figura 14 - Representação do edifício em 3D

Vale salientar que em algumas fases durante o desenvolvimento do projeto, o

mesmo é submetido à aprovação de gestores e outros profissionais não

necessariamente da área de construção civil, como arquitetos e engenheiros, mas

que necessitam consultar e entender os diversos projetos. Nestes momentos de

análise e discussão ampliada ou quando submetidos à aprovação em outras áreas,

é necessário fornecer representação dos projetos, além das consagradas plantas

(baixas, cortes e fachadas) em linguagens cuja interpretação seja fácil, como as

permitidas pelas perspectivas e modelagens.

Com o aumento da complexidade do projeto e com o desenvolvimento das

próximas etapas, a dificuldade de leitura e interpretação também aumenta, porém a

ferramenta de representação em 3D complementa a representação tradicional,

permitindo que mesmo indivíduos “leigos” na leitura de projetos, possam mais

facilmente compreender o prédio representado, participando melhor do seu

desenvolvimento.

Na fase de anteprojeto alguns elementos ainda não estão totalmente

definidos, dessa forma é necessário realizar revisões para que se possa tornar o

projeto cada vez mais completo. A modelagem tridimensional pode auxiliar o

projetista na realização das revisões, pois para construção do modelo 3D, é

necessário que se busque as informações na representação bidimensional. Na

consulta dos dados para a construção da maquete eletrônica é possível verificar as

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45

informações representadas nas plantas graficas 2D, identificando se existem

elementos que precisam ser submetidos a uma nova revisão.

A figura 23 que destaca a representação das esquadrias do laboratório, ainda

na fase de anteprojeto, na planta baixa e também as respectivas esquadrias na

fachada.

3.00x.50 h=2.00

1.5

0

1.50

Figura 15 - Planta baixa e fachada destacado as esquadrias (Adaptado de GEPRO, 2012).

Nota-se que a compatibilização nesta fase ainda será feita avaliando

conjuntamente as plantas baixas e fachadas.

O modelo 3D pode auxiliar este processo de compatibilização, pois permite à

equipe coordenada pelos projetistas, com a construção de um modelo virtual

simulando a construção, identificando os elementos e suas características nos seus

diversos planos. Neste caso, em particular, permitirá unificar as dimensões das

esquadrias tanto na sua representação em planta baixa quanto na sua

representação da fachada do prédio.

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46

43

1

23

143

1

43

1

43

1

23

1

3.00x.50 h=2.00

1.0

02.5

0

7.00

1.0

02.5

0

7.00

Figura 16 - Planta baixa e fachada destacando a esquadria (Adaptado da GEPRO, 2012)

No modelo 3D a equipe pode reunir as informações em um único elemento,

diminuindo a fragmentação na sua representação. Segundo a figura 25.

Figura 17 - Representação das esquadrias do laboratório e do banheiro em 3D.

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47

Por ter as informações contidas em um único elemento, o modelo 3D pode

ajudar o projetista a identificar plantas que necessitam de compatibilização, de

projetos que, ainda encontra-se na fase de concepção, e ainda será submetida a

alterações e revisões. Como exemplo foi simulada a representação da fachada

como base a representação bidimensional do anteprojeto, conforme a figura 26.

Figura 18 - Fachada mostrando o detalhe em vidro (Adaptado da GEPRO, 2012)

Com o apoio da simulação em 3D e sob a orientação da equipe de

arquitetura, foi facilitada a identificação de que a fachada com o detalhe em vidro só

aconteceria em uma das faces do prédio. A figura 27 apresenta o modelo que

evidencia que nesta fachada não existirá vidro, existindo vidro apenas na fachada

oposta.

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48

Figura 19 - Fachada no modelo 3D.

Por se tratar de um projeto preliminar algumas informações ainda serão

especificadas pelos projetistas, como por exemplo as esquadrias internas do

laboratório didático de informática, que ainda não foram totalmente definidas. No

entanto, o modelo 3D pode ser usado como uma ferramenta auxiliar, tornando

possível ao projetista testar as possiveis altura verificando entre as alternativas, a

que melhor se enquadra nesta situação. A figura 28 descreve a planta baixa do

laboratório e uma simulação no modelo 3D com uma das possíveis opções de altura.

Figura 20 – Simulação da altura da esquadria no modelo 3D (Adaptado da GEPRO, 2012)

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49

Podemos notar que no desenho da escada ainda se encontra na fase de

detalhamento, conforme a figura 29, retirada da planta baixa e corte. Para auxiliar o

detalhamento, que pode ser feito pela equipe de desenhistas, o projetista pode

utilizar o modelo 3D para descrever as informações e tornar a comunicação entre o

projetista e desenhista ainda mais facilitada.

Figura 21 - Detalhe do guarda-corpo na escada (Adaptado da GEPRO, 2012)

O projetista pode usar a modelagem 3D para realizar simulações de

elementos. Conforme a figura 30 extraída do modelo 3D, o projetista pode simular o

detalhamento da escada tanto com os elementos de proteção com o acabamento e

as texturas, possibilitando uma melhor comunicação entre o projetista e o

desenhista.

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50

Figura 22 - Detalhe do elemento de proteção na escada usando o modelo 3D.

6.2 VANTAGENS ENCONTRADAS NO MODELO 3D

A modelagem 3D permite ao projetista escolher o ângulo de observação

auxiliando no desenvolvimento do projeto. Como exemplo, a Figura 31 demonstra a

edificação sobre várias perspectivas, evidenciando uma das vantagens deste

sistema tridimensional que é a apresentação da edificação para os gestores e

futuros usuários de forma mais facilitada.

Figura 23 - Vistas externas da edificação em 3D

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51

Na modelagem tridimensional é possível também realizar cortes em diversos

planos, tornando mais fácil a visualização do interior da edificação, cujos cortes

extraídos do modelo 3D podem ser gerados de forma automática. Dessa forma se

houver a necessidade de novos cortes além daqueles que já existem no modelo 2D,

o projetista pode desenvolver com o auxilio daqueles gerados no modelo 3D e ao

mesmo tempo orientar e acompanhar o detalhamento dos projetos.

A figura 32, retirada do modelo 3D, evidencia as possibilidades do sistema

seccionar qualquer plano, permitindo uma melhor análise e o esclarecimento de

possíveis dúvidas.

Figura 24 - Indicação dos cortes no modelo tridimensional

Além destes recursos, alguns programas computacionais que usam as

técnicas de representação em 3D detêm os recursos de criação de cenas e

animações, que permitem ao observador realizar passeios virtuais percorrendo tanto

a parte interna quanto externa, melhorando o entendimento e a interação do

observador. Uma grande vantagem das animações se deve à apresentação do

projeto aos clientes e outros agentes, pois não é preciso um conhecimento técnico

mais especifico, o que torna o entendimento mais fácil.

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52

A figura 33 descreve o passeio virtual através de cenas pré-determinadas no

modelo elaborado no sketchup.

Figura 25 - Passeio virtual pela edificação

Outro recurso da ferramenta gráfica é a simulação da insolação na edificação,

tornando possível realizar estudos nas diversas etapas da elaboração do projeto,

verificando a influência da insolação no empreendimento, com o intuito de fornecer

informações sobre a insolação compatível ao conforto térmico esperado, além de

promover o melhor uso da iluminação natural. A figura 34 o estudo da insolação em

meses e horários diferente do ano.

1 2

3 4

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53

Figura 26 - Análise da insolação na edificação

Ainda é possível a simulação e análise de diferentes texturas, permitindo ao

projetista realizar combinações de cores e materiais, aumentando a eficiência do

processo de projeto, isso pode ser mais bem ilustrado conforme a figura 35 abaixo.

Figura 27 - Análise da textura na edificação

Fev 08:00h Fev 16:00h

Nov 08:00h Nov 16:00h

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54

Na realização da modelagem, além de desenhar o Centro de Conhecimento

da Pós-Graduação, foi possível desenhar a volumetria da biblioteca existente, e o

elemento de acesso entre eles. Mesmo não aplicando técnicas de compatibilização,

foi possível perceber que a ferramenta de modelagem 3D, permite ao projetista e

sua equipe analisar as possíveis interferências físicas, através do modelo e sua

volumetria.

Outra abordagem é possibilidade realização de estudos de compatibilização

entre o projeto arquitetônico e o projeto topográfico, podendo antecipar algumas

decisões. A figura 36 demonstra as edificações e o elemento de acesso entre eles,

em um mesmo plano, entretanto se tivéssemos modelado a topografia a equipe

também poderia usar esta informação para auxiliar o estudo da implantação do

prédio, seus acessos e as circulações (rampas e outros).

Figura 28 - Representação da Biblioteca e do centro de pós- graduação em 3D

Dentre as vantagens, pode-se observar que a ferramenta 3D pode auxiliar o

projetista em algumas decisões, fornecendo ao projetista um complemento para

tomada de decisões. O modelo 3D não substitui a representação bidimensional, ele

a completa e juntos podem permitir ao projetista explorar as diversas soluções na

busca de um projeto melhor.

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55

6.3 DIFICUDADES ENCONTRADAS DURANTE A MODELAGEM

Uma das dificuldades foi o equipamento disponível para a realização do

modelo, pois para realizar modelagens em 3D, os softwares necessitam de

computadores com maior capacidade processamento de dados. À medida que se

adiciona mais elementos e informações ao projeto, mais exigimos da capacidade do

computador.

O desenvolvimento do modelo apresentou dificuldade, pois foi realizado em

uma máquina com pouca capacidade de processamento, e com a elaboração do

desenho e o incremento de novas informações, as operações se tornaram cada vez

mais difíceis. Pelo mesmo motivo não foi possível representar todos os elementos.

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56

7 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Esta pesquisa apresentou um resultado estimulante para a utilização dos

programas de modelagem tridimensional no apoio a elaboração de projetos

arquitetônicos.

A representação tridimensional pode ajudar a expandir a capacidade da

comunicação entre os técnicos e desenhistas, permitindo que o projetista explique o

que pretende, ou então que o desenhista evidencie que entendeu corretamente a

solução proposta.

Este auxílio na comunicação e representação do projeto também acontece no

desenvolvimento dos projetos, no qual é necessário que grupos não relacionados

diretamente com o campo de projetos da construção civil, como gestores,

professores e futuros usuários, acompanhem e aprovem os determinados projetos.

Estes grupos necessitam de uma linguagem mais simples, para que os mesmos

possam entender e participar das discussões. Dessa forma o modelo 3D pode

auxiliar o projetista facilitando o entendimento destes agentes.

Por se tratar de um projeto preliminar algumas informações ainda serão

especificadas pelo projetista, dessa forma o modelo 3D pode auxiliar o projetista na

tomada de decisões, pois o modelo permite criar simulações de elementos, e de

texturas, além da criação de cenas e animações, que permitem outras vistas e

realizar sobrevôos, facilitando o entendimento.

Como a construção do modelo 3D se forma a partir da extração das

informações obtidos no sistema 2D, através da consulta dos dados para a

construção da maquete eletrônica, é possível verificar as informações representadas

nas plantas gráficas 2D, identificando se existem elementos que precisam ser

submetidos a uma nova revisão. Dessa forma, o modelo 3D pode também auxiliar o

projetista na identificação dos elementos que necessitam de ajustes.

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57

Mesmo não aplicando o processo de compatibilização, foi possível observar

as possibilidades que o modelo pode ser utilizado, permitindo ao projetista uma

análise de possíveis interferências físicas.

O objetivo da pesquisa não é reduzir a importância da representação 2D,

pois este sistema é extremamente necessário para elaboração de projetos. O

principal foco da pesquisa é usar o sistema 3D como ferramenta de

complementação.

Assim, acreditamos que a pesquisa conseguiu atingir seus objetivos ao

apresentarmos as possibilidades do uso da modelagem tridimensional, desenho 3D,

como técnica de apoio ao processo de concepção do projeto de arquitetura,

complementando-o, sem o intui substituir as técnicas tradicionais de representação

bidimensional.

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58

8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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FABRICIO, M. M. Projeto Simultâneo na Construção de Edifícios. Tese

(Doutorado em Engenharia). Escola Politécnica da Universidade de São Paulo. São

Paulo. USP, 2002

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produção de vedação vertical em edificações. (Dissertação de mestrado) - Escola

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59

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60

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2005.

SOLANO, R. S. Compatibilização de projetos na construção civil de

edificações: Método das dimensões possíveis e fundamentais. In: V

WORKSHOP DE GESTÃO DO PROCESSO DE PROJETO NA CONSTRUÇÃO DE

EDIFÍCIOS, Anais. Florianópolis, 2005.

TAVARES, J. W. Desenvolvimento de um modelo para compatibilização das interfaces entre especialidades do projeto de edificações em empresas construtoras de pequeno porte. Dissertação (Mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina. Santa Catarina, 2001.

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61

ANEXO

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ANEXO 01 - Localização Do Objeto De Estudo No Campus Da Uefs (Adaptada De Gepro,

2010)

MO

ISE

S

AUDT V

SALA DE PROF

CANTINA

230

235 240

MO

NS

EN

HO

R

RU

A

RESERVATÓRIO

MT 5

DCHF

MA 7

MT 7

AUD IV

SALA DE PROF

NÚCLEO DE SAÚDE

EXA

RU

A I

M P 7

M P 3

PAT 3

CRIS

PONTO DE COLETIVO

M A 6

DSAU

MT 6

MA 5

DEXA

RN 48

DFISICA

CANTINA

RU

A G

COORD POS DEDU

SALA PROF

MA 4

AUD 3DEDU

ANEXO

MT 4

PONTO DE COLETIVO

COLTEC

DTEC

CANTINA

DCIS

MA 3

RESERVATÓRIO

MT 3

( A

NTIG

A E

STR

AD

A R

EA

L O

U D

OS

B

OIA

DE

IRO

S )

GO

AL

VE

S

DO

CO

UT

O

M P 6

MPE

RESERVATÓRIO

MAE

M P 5

PAT 5

M P 4

PAT 4

LABOTEC

ENGENHARIA DE ALIMENTOS

LABORATÓRIO

ANEXO

PAT 1

PARQUE

225

M P 1

P/ C

EN

TR

O

BUEIRO

240

PONTO DE COLETIVO

RN O

PEF

ANF.

DE BIOLOGIALABORATÓRIO

POSLET

COLDCIS

DLET

MA 2

MT 2

RESERVATÓRIO

MT 1

RESERVATÓRIO

AUD 1E2MA 1

DCBIO

CANTINA

SERTÃO

DO

GALPÃO

CASA

PAU BRASIL

GUARITA

ESTACIONAMENTO

ESTAÇÃO CLIMATOLÓGICA

EM CONSTRUÇÃO

LAB. LETRAS/EDUCAÇÃO

M P 2

PAT 2

PRÉ-ESCOLA

CRECHE

PISCINA

POLIESPORTIVO

PARQUE

VESTIÁRIO

COORDENAÇÃO

E

GINÁSTICA II

SALÃO DE

GINÁSTICA I

SALÃO DE

LAPH

POÇO

ARTESIANODESATIVADO

LAB. DIDÁTICO DE BIOLOGIA

BIOTÉRIO

MANUTENÇÃOEEA

235

CASA DO LIXO

235

P/ S

ER

RIN

HA

230

CENTRO DE

TREINAMENTO (CPD)

MANUTENÇÃOGARAGEM /

C.A.U. I

DE EXATAS

LABORATÓRIO

LABORATÓRIO DE SAÚDE

A CONSTRUIR

LABORATÓRIO

DE FÍSICA LABOTEC

ANEXO LABEXA

PAT 7

PESQUISA PPGM

LABORATÓRIO

LAB. DE

ENGENHARIA DE COMPUTAÇÃO

LABORATÓRIO

OFICINA

DE FÍSICA

LABORATÓRIO DE

HISTÓRIA E FILOSOFIA

ESPAÇO RESERVADO

PARA DECIS

EM CONSTRUÇÃO

FUTURA AMPLIAÇÃO

ÁREA DE ESTUDO

GALPÃO DE ODONTO

ODONTO

HERBÁRIO

DOS ÍNDIOS

RESIDÊNCIA

RESIDÊNCIA UNIVERSITÁRIA

POÇO ARTESIANO

BIBLIOTECA

E DA ARTE

PRAÇA DO ENGENHO

PÓS-GRADUAÇÃO

DE ATLETISMO

CAMPO C/ PISTA

GINÁSIO

C. A

. U. II

C.A.U. III

AUDITÓRIO

RESTAURANTE

BANCOS

EMPRESA JÚNIOR

PROFORMA

DA'S

PRAÇA

CEPAV

PROJETO BÁSICO CEB

EM ESTUDO

ÁREA DE ESTUDOPAVILHÃO DE AULA

SUBESTAÇÃO

RESERVATORIO

INFERIOR

DOS ÍNDIOS

AMPLIAÇÃO RESIDÊNCIA

ÁREA DE ESTUDO

PRÉDIO DE MEDICINA

RESIDÊNCIA UNIVERSITÁRIA

AMPLIAÇÃO

ADMINISTRAÇÃO CENTRAL

ZOOLOGIA

AMBULATÓRIO DA UEFS

HERBÁRIOANEXO DO

ECOLOGIA MOLECULAR (CBEM)

CENTRO BIODIVERSIDADE E

EM ESTUDO

PRÉDIO DE INSETÁRIO

EM ESTUDO

PRÉDIO EXISTENTE

SEM ESCALA

ALA "A"ALA CENTRAL

ALA "B"PRÉDIO A CONSTRUIR

PRÉDIO EXISTENTE

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TIPO DO SERVIÇO

ESCALA

TIPO DE PLANTA

DATA

ORGÃO

DESENHISTA PRANCHA

TIPO DO PROJETO

NOME DA CONSTRUÇÃO

1/250 FEV/2012

MUNICIPIO

ARQNILO TEIXEIRA

DESENVOLVIMENTOARQUITETOS

An

exo

02 - P

lan

ta d

e s

ituaçã

o (G

EP

RO

, 20

12

)

Page 78: USO DA COMPUTAÇÃO GRÁFICA COMO FERRAMENTA …civil.uefs.br/DOCUMENTOS/TIAGO MELO DO NASCIMENTO.pdf · NASCIMENTO, T. M. Uso da computação grafica como ferramenta para o desenvolvimento

5.0

3.1

37

.93

4.5

02

.30

.03

6.2

7.1

57

.50

.15

5.0

0.1

55

.00

.15

6.0

0.3

05

.00

10.0

01

0.0

01

0.0

01

0.0

01

0.0

05

.30

1.80 .30 .30 .30 .30 .30 .30 .30 .30 .30 .30 .30 2.65

9.70 .30 9.70 .30 2.90

10.3

2.1

3.15

2.0

9.1

53

.50

.15

3.5

0.1

55

.85

.15

10.15 5.00

5.70 4.15

3.8

5.1

53

.40

5.00

.15

3.3

0.1

53

.30

.15

9.7

0.3

05

.00

.15 15.00

5.15

1.50

2.3

0

5.00

7.00

.60

9.70

9.70 .30 19.70

.30 29.70 .30

.15 2.00 .15 4.50

2.00 .15 4.50

2.00

2.0

0

.60

27.3

7.0

32

.97

.15

.30 9.70

.60

9.4

0.6

0

2.00

1 2 2

3 3 2

4 3 1

4 3 1

4 3 1

3 2 1

3 2 1

3 2 1

3 2 1

3 2 1

3 2 1

3 2 1

2 3 1

2 3 1

4 3 1

4 3 1

4 3 1

2 2 1

1 1 2

3 2 1 3 2 1

3 2 1

TIPO DO SERVIÇO

ESCALA

TIPO DE PLANTA

DATA

ORGÃO

DESENHISTA PRANCHA

TIPO DO PROJETO

NOME DA CONSTRUÇÃO

1/75 FEV/2012

MUNICIPIO

ARQNILO TEIXEIRA

DESENVOLVIMENTOARQUITETOS

TETO

Tabela de Especificações

PISO

PAREDE

1. Piso pré-moldado de concreto 40x40

2. Granito pólido 80x80 cinza corumbá

3. Piso industrial de alta resistência pólido

com junta plástica modulação 1,00x1,00m

1. Revestimento cerâmico 15x5 acabamento rústico

2. Pintura acrílica fosc cor branco neve

3. Cerâmca PEI 3 30x60 cor branco esmaltada

1. Forro de fibra mineral branco com perfis

de alumínio branco 62,5x62,5cm

4. Granito pólido 40x40 cinza corumbá

cor cinza claro

tipo tijolinho

2. Laje aparente acabamento pintura acrílica

fosca cor concreto

An

exo

03 - P

lan

ta b

aix

a p

avim

en

to té

rreo

(GE

PR

O, 2

01

2)

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TIPO DO SERVIÇO

ESCALA

TIPO DE PLANTA

DATA

ORGÃO

DESENHISTA PRANCHA

TIPO DO PROJETO

NOME DA CONSTRUÇÃO

1/75 FEV/2012

MUNICIPIO

ARQNILO TEIXEIRA

DESENVOLVIMENTOARQUITETOS

5.0

3

10.0

0

.03

14.8

46.3

0.1

52.0

0.1

510.5

0.1

511.1

5.3

05.0

0

10.0

010.0

05.0

015.0

05.3

0

20.6

0.1

52.7

0.1

532.0

0

10.3

2.1

3.15

2.0

9.1

53.5

03.5

0.1

5

2.9

0.1

517.4

0.1

5

9.7

0.3

05.0

0

.15 9.85 .15 9.85 .15 10.00 .15

.15 7.70 .15 2.00

9.85

2.50

7.35

2.00 .15 1.80 .30 .30 .30 .30 .30 .30 .30 .30 .30 .30 .30 2.75

.15 1.80 .15

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3 2 1

3 2 1

3 2 1

3 2 1

3 2 1

3 2 2

4 3 1

2 3 1

4 3 1

4 3 1

4 3 1

2 3 1

TETO

Tabela de Especificações

PISO

PAREDE

1. Piso pré-moldado de concreto 40x40

2. Granito pólido 80x80 cinza corumbá

3. Piso industrial de alta resistência pólido

com junta plástica modulação 1,00x1,00m

1. Revestimento cerâmico 15x5 acabamento rústico

2. Pintura acrílica fosc cor branco neve

3. Cerâmca PEI 3 30x60 cor branco esmaltada

1. Forro de fibra mineral branco com perfis

de alumínio branco 62,5x62,5cm

4. Granito pólido 40x40 cinza corumbá

cor cinza claro

tipo tijolinho

2. Laje aparente acabamento pintura acrílica

fosca cor concreto

An

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TIPO DO SERVIÇO

ESCALA

TIPO DE PLANTA

DATA

ORGÃO

DESENHISTA PRANCHA

TIPO DO PROJETO

NOME DA CONSTRUÇÃO

1/75 FEV/2012

MUNICIPIO

ARQNILO TEIXEIRA

DESENVOLVIMENTOARQUITETOS

h=2.0

0

3.0

0x.5

0

h=2.0

0

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14.8

4.1

51

0.3

0.1

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6.1

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0

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19.85 .15

2.5

0

TIPO DO SERVIÇO

ESCALA

TIPO DE PLANTA

DATA

ORGÃO

DESENHISTA PRANCHA

TIPO DO PROJETO

NOME DA CONSTRUÇÃO

1/75 FEV/2012

MUNICIPIO

ARQNILO TEIXEIRA

DESENVOLVIMENTOARQUITETOS

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)

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3.9

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0

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0.1

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3.6

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12

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2.2

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0.3

0

2.0

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5.5

5

3.9

05

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2.1

01

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0

3.2

0

1.7

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1.4

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0.5

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0

1.1

0

TIPO DO SERVIÇO

ESCALA

TIPO DE PLANTA

DATA

ORGÃO

DESENHISTA PRANCHA

TIPO DO PROJETO

NOME DA CONSTRUÇÃO

1/75 FEV/2012

MUNICIPIO

ARQNILO TEIXEIRA

DESENVOLVIMENTOARQUITETOS

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DESENVOLVIMENTO

TIPO DO SERVIÇO

ESCALA

TIPO DE PLANTA

DATA

ORGÃO

DESENHISTA PRANCHA

TIPO DO PROJETO

NOME DA CONSTRUÇÃO

1/75 FEV/2012

MUNICIPIO

ARQNILO TEIXEIRA

DESENVOLVIMENTOARQUITETOS

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