"Uso Correto e Seguro de Defensivos Agricolase Boas Praticas Agricolas" - ANDEF.

Araxá – MG – 31/07 a 1/08/2007

Eng. Agr. Orlando Palocci NetoEmail: opalocci@itelefonica.com.brFone: 016 – 36172765Cel: 016 – 9154-9557

O AGRONEGÓCIO BRASILEIRO

MERCOSUL3,0%

ÁFRICA6,9%

CHINA7,7%

DEMAIS DESTINOS

16,6%OCEANIA

0,5%

ORIENTE MÉDIO8,4%

ÁSIA (-)OR.MÉDIO e CHINA 11%

EUA14,2%

U.E-2531,4%

Fonte: MAPA

2006

Exportações Brasileiras (em valor): Principais Mercados

MERCOSUL2,7%

ÁFRICA5,4%

CHINA5,5%

DEMAIS DESTINOS

14,5%OCEANIA0,4%

ORIENTE MÉDIO6,3% ÁSIA

(-)OR.MÉDIO e CHINA

11%

EUA16,7%

U.E-2537,3%

2002

Produção Exportação

Suco de Laranja 1º 1º

Açúcar 1º 1º

Café 1º 1º

Álcool 2º 1º

Complexo Soja 2º 1º

Carne Bovina 2º 1º

Tabaco 2º 1º

Carne de Frango 3º 1º

Carne Suína 4º 4º

Brasil - Ranking MundialPrincipais Produtos

Fontes: MAPA e USDA * Dados preliminares

Ranking 2006*: Produção e Exportação

Em 2005, o agronegócio foi responsável por:

Fontes: CEPEA-USP/CNA, MAPA e IPEA

EMPREGOS

PIB EXPORTAÇÕES (2006) 27,9% 36,0%

37,0%

Produção com Sustentabilidade

IBGE e CONAB – adaptação MAPA

Elaboração – revista VEJA edição 03/03/2004

DISTRIBUIÇÃO TERRITORIALEstimativa em milhões de ha

FLORESTA AMAZÔNICA 350PASTAGENS 220ÁREAS PROTEGIDAS 55CULTURAS ANUAIS 47CULTURAS PERMANENTES 15CIDADES, LAGOS E ESTRADAS 20

FLORESTAS CULTIVADAS 5

707Outros usos 38

Área não explorada, ainda disponível para a agricultura

106

TOTAL .... 851

Exigências dos distribuidores, cadeias de supermercados e consumidores mundial.

SustentabilidadeSustentabilidade CertificaçãoCertificação

Alimentos SegurosAlimentos Seguros

• Boa Pratica Agrícola• A boa prática agrícola é o conjunto de medidas

adotadas pelo agricultor com o objetivo de produzir economicamente fibras e alimentos saudáveis, com qualidade e de forma a preservar a saúde das pessoas e o meio ambiente. A boa prática agrícola é considerada um dos alicerces da agricultura sustentável, pois somente através dela os agricultores poderão preservar os recursos naturais para as gerações futuras.

• Exemplos de práticas importantes:• Manejo e conservação do solo para evitar erosões• Manejo integrado de pragas• Manejo integrado de culturas• Preservação das matas ciliares• Preservação dos recursos hídricos• Uso correto e seguro dos produtos fitossanitários• Adquirir produtos apenas sob receituário agronômico• Usar apenas produtos fitossanitários registrados para a cultura• Usar as doses recomendadas na rotulagem• Respeitar os períodos de carência (intervalo de segurança)• Utilizar os Equipamentos de Proteção Individual• Calibrar adequadamente os equipamentos aplicadores• Realizar a tríplice lavagem das embalagens• Descartar adequadamente as embalagens vazias

Segurança Alimentar

• Acesso ao alimento

• Qualidade Nutricional

• Segurança do alimento

FATORES DA PRODUÇÃO AGRÍCOLA(Rabbringe e De Wit, 1989)

Fatores determinantes:Solo e luz solar

Fatores limitantes:Falta de água,

nitrogênio ou fósforo

Fatores redutores:Pragas, doenças

e plantas daninhas

FATORES DE RISCOAquisição / Receita AgronômicaTransporteArmazenamentoEPITecnologia de AplicaçãoPreparo da CaldaDestinação de Sobras e Embalagens

DEFESA FITOSSANITÁRIA

Insetos Fungos Plantas daninhas

850.000 espécies

80.000 espécies

2.600 espécies

10.000 espécies: Pragas

1.500 espécies: Doenças

600 espécies:

Competição

PERDAS DEVIDO A PRAGAS/DOENÇAS/PLANTAS INVASORAS

Pragas

Doenças

Plantas invasoras

Total

14%

12%

9%

35%

Pragas

Doenças

38%

27%

9%

14%

Paises em Desenvolvimento

Paises Desenvolvidos

Fonte: GIFAP

Fonte: FAO

3.4 bilhõesde toneladas

3.0

2.7

2.4

2.1

1.92.0

2.22.3

2.52.7

1995 2000 2005 2010 2015 2020

Produção Necessária: + 2,4% ao anoProdução Estimada: + 1,5% ao ano

CRESCIMENTO NECESSÁRIO NA PRODUÇÃO DE GRÃOS ATÉ 2020

1.9

BRASIL

AUMENTO DAS EXPORTAÇÕESDOS AGRONEGÓCIOS

2000US$ 21,75

bilhões

2006US$ 45 bilhões

Defensivos Agrícolas

PRODUTOS FITOSSANITÁRIOSSinonímias:

Agrotóxicos

Pesticidas

Produtos Fitossanitários

Agroquímicos

Uso RacionalizadoSeguro:

- ao usuário- consumidor- ambiente

Altamente ativo e com custo competitivoApropriado para programa de MIP

Não é a solução para todos os males

DEFESA VEGETAL

DefensivoAgrícola

Instrumento Auxiliar na Proteção das plantas

Não aumenta a produtividade

Lei 7802 (11/07/89) – Lei dos Agrotóxicos

Decreto 98816 (11/01/90) revog 4074/02

Civil e Penal sobre danos à

Saúde e ao Meio Ambiente

Civil e Penal sobre danos à

Saúde e ao Meio Ambiente

Do profissionalDo usuárioDo comercianteDo registranteDo produtorDo empregador

Do profissionalDo usuárioDo comercianteDo registranteDo produtorDo empregador

Penalidade:Penalidade: Pena de reclusão e multa de 1000 MVR

BRASIL

150.000 Substâncias são sintetizadas

500 São selecionadas como possíveis candidatas

50 Vão para ensaios de campo

2 São apresentadas para registro

1 Vai para o mercado

Tempo: 10 - 12 anosCusto: 200 a 250 milhões de dólares

DESENVOLVIMENTO DE PRODUTODESENVOLVIMENTO DE PRODUTO

Theophrastus Bombastus vonHohenheim

(1494-1541)

- Paracelsus -

“Tudo é veneno, nada é sem veneno; somente a dose determina o que é

veneno ou não.”

TOXICIDADE: CLASSIFICAÇÃO

II

DL50 Oral(mg/kg)

Sólido

DL50 Dérm.(mg/kg)

CL50 Inal.(mg/l)

1h Expos.Olhos

Opacidade da CórneaReversível ou não

em 7 dias. Irritação persistente

Sem Opacidade daCórnea. Irritação

Reversível em 7 dias

Sem Opacidade daCórnea. Irritação

Reversível em 72 horas

Sem Opacidade daCórnea. Irritação

Reversível em 24 horas

Pele

Corrosivo < 0.2<5

<20

0.2-2

2-20

> 20

IrritaçãoSevera

IrritaçãoModerada

IrritaçãoLeve

IIII

IIIIII

IVIV

Sólido

<10

<40

5-50

50-500

>500

20-200

200-2000

>2000

10-100

100-1000

>1000

40-400

400-4000

>4000

2097

1315

371242

0

500

1000

1500

2000

2500

1960 1970 1980 1990

Doses (g/ha)

EVOLUÇÃO DOS HERBICIDAS

1.097,50

300,571,55 69,75

0

500

1000

1500

2000

2500

1960 1970 1980 1990

Doses (g/ha)

EVOLUÇÃO DOS INSETICIDAS

1.393,50

533,5414,5

185,45

0

500

1000

1500

2000

2500

1960 1970 1980 1990

Doses (g/ha)

EVOLUÇÃO DOS FUNGICIDAS

64,8949,9

4492

10466

0

2000

4000

6000

8000

10000

12000

1960 1970 1980 1990

DL50 (mg/kg)

INSETICIDAS – REDUÇÃO DE TOXICIDADE

Produtos DL50 Oral Aguda (mg/kg)

Malathion 50% A (Referência) 4.000Malathion 50% B 1.064Malathion 50% C 300Malathion Tec Purificado 8.000

ISOMALATHION (Impureza) 89

Diazinon Técnico: 1978 300 – 422Diazinon Técnico: 1985 696 – 1012Diazinon Técnico: 1989 1250

TEPP (Impureza) 0,46 – 4,08Fonte:ANDEF 2005

O SIGNIFICADO DAS IMPUREZASExemplos

FATORES DE RISCOAquisição / Receita AgronômicaTransporteArmazenamentoEPITecnologia de AplicaçãoPreparo da CaldaDestinação de Sobras e Embalagens

Aquisição / Receituário Agronômico

FATORES QUE MINIMIZAM OS RISCOS

1

Verifique as condições da embalagem:

• Não compre produtos com embalagens danificadas.

• Observe o prazo de validade.

• Rótulo e lacre devem estar em perfeito estado.

AQUISIÇÃO

Decreto n° 96.044 de 18/05/88> Resolução n° 420, de 12/02/04 da ANTT > Decreto nº1797 de 25/01/96 (Mercosul) > Normas Técnicas> Leis de Crimes Ambientais

(Lei nº 9.605, de 13/02/98)> Decreto nº3179 de 21/09/99 > Leg. Estadual e Municipal

PENALIDADES:•Veículo e/ou carga apreendida•Multas de 123,4 a 617 UFIRs•Pena de reclusão de 1 a 4 anos

TRANSPORTE

Lei Nº 9.605 - 13/02/98Dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e dá outras providências.Art. 56. Produzir, processar, embalar, importar, exportar, comercializar, fornecer, transportar, armazenar, guardar, ter em depósito ou usar produto ou substância tóxica, perigosa ou nociva à saúde humana ou ao meio ambiente, em desacordo com as exigências estabelecidas em leis ou nos seus regulamentos

CRIMES AMBIENTAIS

ARMAZENAMENTO

• DEPÓSITOS DE REVENDEDORES, COOPERATIVAS, GRANDES OU PEQUENOS CONSUMIDORES DEVEMSER RACIONALMENTE PLANEJADOS E OBEDECER REGULAMENTAÇÕES VIGENTES.

• A ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT) EDITOU A NORMA QUE DEFINE PADRÕES DE ARMAZENAGEM (NBR 9843)

• LEGISLAÇÕES DIVERSAS, INCLUSIVE ALGUMAS MUNICIPAIS, ESTABELECEM DETALHES PARTICULARES EM RELAÇÃO A LOCALIZAÇÃO DOS DEPÓSITOS.

ARMAZENAMENTO

• Paredes de alvenaria.• Ventilação e iluminação.• Piso impermeável. Soleira nas portas.• Pé direito de 4 metros.• Proteção contra incêndios

ARMAZÉM

ARMAZENAMENTO

DEPÓSITO:

• Construir em local seguro

• Deve estar isolado e devidamente sinalizado

• Distante de fontes d’água

• Ter piso pavimentado

• Boa ventilação e iluminação

ARMAZENAMENTO

• Nunca armazene com alimentos, rações animais, sementes e medicamentos

• Não armazene embalagens abertas ou com vazamentos

• Faça uma armazenagem organizada

• Não permita a entrada no depósito de crianças, animais e pessoas não autorizadas

• Permaneça o menor tempo possível no armazém• Mantenha o local fechado com chave

ARMAZENAMENTO

CONCLUSÕES:CONCLUSÕES:

• Seguir Orientações dos Fabricantes;

• Realizar Vistorias Periódicas;

• Responsável pelo Armazém, deve estar Capacitado para a Função;

• Em Caso de Emergência, entrar em contatoimediatamente com os fabricantes dos produtos eórgãos responsáveis

EQUIPAMENTOS PROTEÇÃO INDIVIDUAL

Inalatória

OralDérmica

Ocular

VIAS DE EXPOSIÇÃO

Risco = Toxicidade X Exposição

RISCO

É a probabilidade de um evento causar efeito adverso à saúde.

Alto

BaixoAlto

Baixo

Alta

AltaBaixa

Baixa

Alta

BaixaAlta

Baixa

L

EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL

AVENTAL

TOUCA ÁRABE OU CAPUZ

VISEIRA OU ÓCULOS

RESPIRADORES

P F F 1ou 2P - 1ou 2

COMO VESTIR E RETIRAR

X

EXPOSIÇÃO· RESPIRATÓRIA: região das narinas e boca: 0,2 %

· DÉRMICA : partes do corpo: 99,8 %

ABSORÇÃO

RESPIRATÓRIA - Potencial = 100 % x 0,2 % Exposição é 0,2

DÉRMICA : Potencial = 10 % x 99,8 %Exposição é 9,98

O POTENCIAL DE INTOXICAÇÃO PELA VIA DÉRMICA É49,9 VEZES MAIOR QUE PELA VIA RESPIRATÓRIA".

Proteção Conforto

BUSCA DO EQUILÍBRIO

OPERAÇÃO x EPI x EXPOSIÇÃO

INTOXICAÇÃO DURANTE O MANUSEIO OU APLICAÇÃO

DE AGROTÓXICOS É ACIDENTE DE TRABALHO

JUSTIÇA DO TRABALHO

LEI 6.514 - (22.12.77) e Lei 5.889 ( 08.06.73)

NORMAS REGULAMENTADORAS DO MIN. DO TRABALHO.

N.R. 06: estabelece as obrigações do empregador em relação ao EPI.N.R. 28: fixa o valor das multas, por empregado, em UFIR.

NORMAS REGULAMENTADORAS RURAIS

N.R.R. 04: informa quais os EPI a serem utilizados. N.R.R. 05: dispõe sobre produtos químicos.

PORTARIA MTb 17/01: Nova Redação às normas de segurança ao trabalhador rural

ASPECTOS LEGAIS

É OBRIGAÇÃO DO EMPREGADORfornecer os EPI adequados ao trabalho instruir e treinar quanto ao uso dos EPI fiscalizar e exigir o uso dos EPI repor os EPI danificados

É OBRIGAÇÃO DO TRABALHADORusar e conservar os EPI

"Os EPIs só poderão ser expostos à venda ou utilizados com a indicação do número do Certificado de Aprovação (C.A.) do Ministério do Trabalho"(MTb).

• Nota Fiscal• Certificado de Aprovação emitido pelo

Ministério do Trabalho (etiqueta).• Protocolo para o empregado assinar o

recebimento.• Lista de presença e certificados de

participação em treinamentos• Advertência formal pelo não uso

DOCUMENTOS A SEREM OBSERVADOS:

Não consigo achar para comprar !Os aplicadores não usam !Os equipamentos são desconfortáveis !Não existe fiscalização no campo !O preço é muito alto !

ALGUNS MITOS SOBRE EPI

99,95%Insumos,

fertilizantes, sementes,

material, mão-de-obra,custo administrativo,

produtos, fitossanitários etc.

EPI 0,05%

O CUSTO É BAIXO

Ventos

Temperatura do soloe do ar. Trabalhe nas horas mais frescas do dia

Umidade relativa do ar

Chuva

CUIDADOS ANTES DA APLICAÇÃO

Observe as condições climáticas:

CUIDADOS ANTES DA APLICAÇÃOCondições Máquinas e equipamentos

Use equipamento adequado

Selecione os bicos corretos para os pulverizadores e os dosadores para as granuladeiras

Verifique filtros e mangueiras

Regule os equipamentos

Treine os usuários

MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS PARA APLICAÇÃO

CUIDADOS PARA O MANUSEIO E APLICAÇÃO

Leia e siga rigorosamente Leia e siga rigorosamente as instruas instruçções do rões do róótulo, tulo,

bula e receitubula e receituáário agronômicorio agronômico

• Instruções de uso.

• Limitações de uso.

• Dados relativos à proteção da saúde humana.

• Dados relativos à proteção do meio ambiente.

BULA

Usar EPI completo

Local aberto ou ventilado

Longe de crianças, mulheres grávidas e animais

Usar os instrumentos adequados para a dosagem e mistura dos produtos

Preparar apenas a quantidade da calda necessária

Fazer tríplice lavagem ou lavagem sob pressão

PREPARO DA CALDA

Repita 3 vezesRepita 3 vezes

Esgotar todo o conteúdo da

embalagem do produto

Colocar 1/4de água do

volume total

Agitar bempara lavar aembalagem

Despejar a água da lavagem

dentro do pulverizador

Furar o fundo da embalagem para não ser reutilizada

e conserve o rótulo

TRÍPLICE LAVAGEM

Tome banho após a aplicação.

Lave separadamente as roupas de trabalho

das roupas normais da família.

Respeite o intervalo de segurança (período de carência) e o intervalo de reentrada.

CUIDADOS COMPLEMENTARES

Conclusão:

Produtos fitossanitários existem para proteger a sua lavoura.

Use corretamente.

Use com segurança.

Proteja a sua saúde, a dos outros e o meio ambiente.

USO CORRETO E SEGURO

Educação e Treinamento do Homem do Campo

www.andef.com.brandef@andef.com.br

(11) 3087-5033