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Novembro Azul: campanha de conscientização sobre câncer de próstata tinge monumentos pelo país Página 12 Iniciativa ressalta a necessidade dos exames de prevenção da doença, que acomete um a cada seis homens no Brasil Vitória - ES, Novembro de 2014 - Ano I - Nº 10 - Circulação em todo território nacional - E-mail: [email protected] ENTREVISTA: Dra. Keila Monteiro de Carvalho USO CONTÍNUO DE TABLET, SMARTPHONES E AFINS PODEM CAUSAR DANOS À VISÃO? Página 08 Muito é dito sobre o uso inadequado da tecnologia, principalmente no que diz respeito à parte visual. Mas será que de fato o uso do uso contínuo do tablet e smartphones e afins podem causar danos à visão? A oftalmologista Dra. Keila M. Carvalho responde a algumas perguntas que podem esclarecer as dúvidas de muitas pessoas Hospitais do ES começam a testar super virucida contra o vírus ebola Com a possível chegada do mortal vírus Ebola, o Espírito Santo larga na frente e depois da realização vitoriosa de um fórum internacional de higienização hospitalar no final de setembro, o HIGIHOSP 2014, decide em comum acordo com a comunidade cientifica local, que o nosso Estado será um dos primeiros Estados brasileiros a começar a testar um dos mais modernos produtos para higienização de ambientes do mundo. Página 11 Dra. Keila Monteiro de Carvalho

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Page 1: USO CONTÍNUO DE T ABLET, SMARTPHONES E AFINS PODEM … · 2014-11-06 · Novembro Azul: campanha de conscientização sobre câncer de próstata tinge monumentos pelo país Página

Novembro Azul: campanha de conscientização sobrecâncer de próstata tinge monumentos pelo país

Página 12

Iniciativa ressalta a necessidade dos exames de prevenção da doença, que acomete um a cada seis homens no Brasil

Vitória - ES, Novembro de 2014 - Ano I - Nº 10 - Circulação em todo território nacional - E-mail: [email protected]

ENTREVISTA: Dra. Keila Monteiro de Carvalho USO CONTÍNUO DE TABLET, SMARTPHONESE AFINS PODEM CAUSAR DANOS À VISÃO?

Página 08

Muito é dito sobre o uso inadequado da tecnologia, principalmente no que diz respeito à parte visual. Mas será que de fato o uso do uso contínuo do tablet e smartphones e afins podem causar danos à visão? A oftalmologista Dra. Keila M. Carvalho responde a algumas perguntas que podem esclarecer as dúvidas de muitas pessoas

Hospitais do ES começam a testar super virucida contra o vírus ebolaCom a possível chegada do mortal vírus Ebola, o Espírito Santo larga na frente e depois da realização vitoriosa de um fórum internacional de higienização hospitalar no final de setembro, o HIGIHOSP 2014, decide em comum acordo com a comunidade cientifica local, que o nosso Estado será um dos primeiros Estados brasileiros a começar a testar um dos mais modernos produtos para higienização de ambientes do mundo. Página 11

Dra. Keila Monteiro de Carvalho

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SaúdeES02Ciência e saúde é aqui!

Novembro 2014

Consumir estas bebidas não vira medicação preventiva. Os maiores fatores para doenças cardiovasculares são o sedentarismo e exageros alimentares

O fato de se falar de cerveja e esportes não causa mais nenhu-ma surpresa. A volumosa publicidade e a sua liberação para con-sumo em todas as arenas da Copa do Mundo, foi no mínimo, polêmica e com idas e vindas de vários políticos até que aprova-ram uma Lei específica liberatória. Os argumentos contra, previ-ram problemas de toda ordem como consequência aos abusos alcoólicos, mas nada ocorreu.

Três meses depois ninguém mais se lembra dessa disputa entre liberar e não liberar o consumo de cerveja nos campos de futebol. Recentemente aconteceu o Mundial de Basquete na Espanha e por acaso caminhando nas ruas de Barcelona nos

deparamos com enormes “outdoors” mostrando ídolos nacionais de basquete com uma cerveja espanhola, que era a única patroci-nadora da forte equipe daquele país.

Em setembro, tivemos em Bruxelas o 7º Simpósio Europeu Cerveja e Saúde, com vários professores de medicina do Velho Continente. O temático deixou claro o foco principal: novos aspectos dos efeitos na saúde do consumo moderado de cerveja. Foi lembrado que consumo moderado está definido em 700 ml/dia de cerveja para homens e a metade para mulheres. Sempre deixando claro que existem situações que se proíbe o consumo: gestantes e crianças, diabéticos e hipertensos não controlados.

Uma conferência interessante foi sobre hábitos de vida e a famosa barriga, 16 pesquisas internacionais feitas na Europa (Espanha, França, Dinamarca, Finlândia e Reino Unido), con-cluiu que preferencias entre as várias bebidas (cerveja, vinho e destilados) foram exclusivamente culturais e que a barriga dependeu unicamente de hábitos alimentares NÃO SAUDÁVEIS e sem relação alguma com a cerveja.

Está ocorrendo um gradativo aumento de consumo de cerve-ja sem álcool, em países europeus, primeiro pela melhora do sabor delas como também para evitar problemas relacionados ao ato de dirigir carros e outros meios de locomoção (bicicletas, barcos etc)

Evidente que beber cerveja ou vinho ou destilados não se deve confundir com medicação preventiva, mas alimentação saudável e consumo moderado de bebidas alcoólicas como cer-veja ou vinho não causou danos à saúde. O alcoolismo, o tabagis-mo, os erros e exageros alimentares, o sedentarismo foram os principais fatores de risco para doenças cardiovasculares encon-trados nessas pesquisas.

*NABIL CHORAYEBDoutor em cardiologia pela FMUSP. Especialista em Cardio-logia e medicina do Esporte.

Fonte: Eu Atleta

*Dr Nabil GhorayebCardiologista

Opiniões

Todo o câncer de mama é tratável, mas nem todos são curá-veis. A depender da fase em que o tumor foi diagnosticado (o que chamamos de estadiamento) o médico ou médica utilizará estratégias diferentes para melhor tratar o paciente. A depen-der do estadiamento, o foco do tratamento oncológico poderá ser com intuito curativo ou paliativo.

O tratamento com intuito curativo: se aplica quando os tumores estão localizados na mama e até mesmo com metás-tase axilar (metástase regional), mas que não atingiram outros órgãos (metástase sistêmica).

Nesta circunstância o foco é curar o paciente, e o médico utilizará o tratamento oncológico máximo. Cirurgia é o trata-mento principal, no entanto, quimioterapia, hormonioterapia e radioterapia são os tratamentos utilizados a depender do grau de necessidade e da indicação médica (nem todos os pacientes vão precisar de todas as modalidades acima menci-onadas de tratamento).

Já o tratamento com intuito paliativo: é a estratégia utiliza-da para os pacientes que apresentam doença metastática sistê-mica (espalhamento pelo sangue das células tumorais origina-das da mama para outros órgãos com: ossos, pulmão, pleura, fígado, etc.).

Nesta fase dificilmente a doença poderá ser curada efeti-vamente, mas poderá ser muito bem controlada. Fator muito importante neste tópico é o volume de doença que o paciente tem, ou seja, o grau de contaminação dos órgãos envolvidos (o que chamamos de carga tumoral). Como exemplo citamos: o número de nódulos metastáticos presentes, o tamanho destes nódulos, o número de locais acometidos (fígado isolado; fíga-do + pulmão; fígado + pulmão + osso) e a condição clínica do paciente. Quanto menor a carga tumoral melhor será o contro-le deste paciente. Nestes casos, o foco primordial do trata-mento é aumentar a sobrevida, reduzir os sintomas (dor, falta de ar, perda de apetite, perda de peso) e melhora/preservar a qualidade de vida dos pacientes.

Ou seja, mesmo para os pacientes com doença em fase metastática sistêmica temos tratamento a oferecer. O foco aqui é cronificar a doença permitindo que a paciente viva o maior tempo e da melhor forma possível.

Quando um câncer está curado?Este assunto é bastante controverso. Antes havia a ideia do

"número mágico" de 5 anos após o tratamento, o que, muitas vezes, esta relacionado com término da hormonioterapia (que em geral dura 5 anos). É verdade que a maioria das recidivas

ocorre nos cinco primeiros anos após o tratamento, mas nos dias de hoje entendemos que o tumor de mama pode apresen-tar recidivas tardias (após cinco ou mesmo 10 anos do trata-mento inicial) na dependência do tipo biológico do tumor.

Logo, este número de cinco anos já não pode ser aplicado nos dias de hoje de forma rigorosa, necessitando sim um con-trole médico periódico por toda a vida, ao menos uma vez ao ano após este período de cinco anos. Reforçamos que este controle médico anual já é o mínimo que uma mulher após os 40 anos de idade necessita realizar com o mastologis-ta/cirurgião oncologista (mesmo sem diagnóstico prévio de câncer) conforme recomendação da Sociedade Brasileira de Mastologia e Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica.

Bem, mas as pacientes não precisam viver com o fantasma da possibilidade de recidiva pela vida toda, uma vez que esse medo impedirá o pleno objetivo do tratamento médico que é que os pacientes vivam bem. O nosso entendimento atual é que o paciente deve se sentir curado logo após o término do tratamento cirúrgico e término da quimioterapia/radioterapia, uma vez que não mais exista evidência de doença. Ou seja, o paciente deve tão logo quanto possível aproveitar toda a ple-nitude de sua vida já na fase pós-tratamento, e não esperar os 5 anos para começar a aproveitar a vida novamente. Mas deve sempre manter um estreito controle médico.

Caso o tumor retorne algum dia (recidiva), a depender se esta recidiva ocorreu na mama, na axila ou em algum outro órgão, o tratamento seria reiniciado valendo as estratégias de tratamento comentadas no inicio do texto.

O câncer de mama, assim como todos os demais tumores, terá sua maior chance de cura quanto mais precocemente for diagnosticado, ou seja, quanto menor for o tamanho do nódu-lo mamário no momento do diagnóstico, associado a ausência de metástase nos gânglios da axila e ausência de metástase nos demais órgãos.

Outro critério cada mais vez em destaque é o subtipo do câncer de mama. Nem todos os tumores de mama são iguais. Existem tumorais mais agressivos e tumores menos agressi-vos, é o que chamamos de comportamento biológico do tumor. Para tumores de comportamento biológico menos agressivo as chances de cura serão maiores, e para aqueles de comportamento biológico mais agressivo as chances de cura serão menores.

Evitando a recidivaOs principais cuidados para o tumor não voltar (recidiva)

consistem em, primordialmente, realizar o tratamento médico correto e adequado (cirurgia, quimioterapia e/ou hormoniote-rapia, radioterapia, etc) na dependência da indicação médica. Ou seja, é o grau de adesão do paciente ao tratamento oncoló-gico. A paciente não deve abandonar o tratamento no meio, deve se envolver com o tratamento e seguir as recomendações médicas.

Os principais fatores relacionados à redução do risco de

recorrência tumoral, associado a realização do tratamento oncológico acima mencionados são:

Ÿ Controle adequado de peso, uma vez que pacientes com obesidade apresentam mais recidivas que pacientes magras

Ÿ Prática de atividade física regularŸ Alimentação adequadaŸ Hábitos saudáveis de vidaŸ Não utilização de anticoncepcional oral ou de terapia

de reposição hormonalŸ Redução ou parada do consumo de bebida alcoólicaŸ Redução ou parada do tabagismo.Chamamos aqui a atenção para a gravidez. A gravidez já

foi tida anteriormente como um fator que piorava a sobrevida das pacientes que tiveram câncer de mama, mas hoje em dia já é vista como algo possível e sem piora na sobrevida das paci-entes. Para aquelas pacientes que desejam fortemente engra-vidar após o tratamento do câncer de mama, será necessária uma conversa muito específica com seu médico ou médica para entender o risco primário da doença voltar (baseado no estadiamento inicial) e a suspensão da hormonioterapia para aquelas que estão utilizando esta modalidade de tratamento. Para isso, será necessária uma avaliação multidisciplinar envolvendo mastologia/cirurgião oncologista, oncologista clínico e ginecologista/obstetra.

Em resumo, todas as pacientes são tratáveis e este trata-mento irá depender da fase em que o tumor foi diagnosticado. O tratamento sempre terá o objetivo de cuidar bem do ser humano e ofertar a ele o melhor método disponível para que possa ser efetivamente curado, ou para aqueles casos em que a cura não seja possível, que ele possa viver com dignidade e com qualidade de vida pelo maior tempo possível.

*Dr Wesley Andrade- Médico Mastologista e Cirurgião Oncologista- Mestre e Doutor em Oncologia- Vice-Presidente da Soc. Brasileira de Cirurgia Oncológica - Reg. SP- Médico Titular da Sociedade Brasileira de Mastologia- Médico Titular - Depto de Mastologia do Hospital A. C. Camargo

Fonte: Minha Vida

Câncer de mama: quando podemos dizer que está curado?*Dr Wesley Andrade

Mastologista

As matérias assinadas são de responsabilidade de seus autores, não refletindo, necessariamente, a opinião de ES Saúde

Publicação da Editora Castro Circulação em todo o Brasil

Diretor Responsável: Luiz Sérgio de Freitas CastroJornalista Resp.: Danilo Salvadeo - FENAJ-ES 0535-JP

Assessoria Jurídica: Dr. Geraldo Ribeiro da Costa Jr - OAB-ES 14593

Redação: Rua Castorina G. Durão - Três Barras - Linhares-ES CEP.: 29.907-170Tel.: (27) 3371-6244 - Cel. 999685641 - e-mail: [email protected]

O conteúdo desta publicação tem caráter informativo e não substitui consultas médicas.

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SaúdeESCiência e saúde é aqui!

Novembro 2014 03

Por Fernanda Mena e Monique Oliveira

Fonte: Folha de S Paulo

A raiz de um arbusto que cresce no oeste da África tem sido usada no tratamento de dependentes químicos em clínicas brasileiras, ainda que, até agora, faltem

pesquisas que deem respaldo a essa prática.Para acessar os efeitos terapêuticos da ibogaína –princí-

pio ativo extraído da planta Tabernanthe iboga, ou simples-mente iboga– a Universidade Federal de São Paulo acaba de concluir o primeiro estudo do mundo realizado com depen-dentes de crack e de cocaína.

Seus resultados, publicados no britânico "Journal of Psychopharmacology", serão divulgados no Global Addic-tion Conference, encontro internacional de especialistas em dependência química que acontece de 10 a 12 de novembro no Rio.

O estudo avaliou o uso da ibogaína no tratamento de 75 usuários (67 homens e oito mulheres) de drogas diversas –crack, cocaína, álcool e tabaco. A eles foi ministrada ibo-gaína em sua forma pura, o hidrocloreto de ibogaína (HCL1), importado do Canadá.

Os cientistas relatam que 100% das mulheres e 57% dos homens mantiveram a abstinência por quase um ano após o

uso de, em média, duas doses de ibogaína.Na literatura científica, um tratamento que alcance dois

meses de abstinência é considerado bem-sucedido."É por isso que os resultados com a iboga chamaram

tanto a nossa atenção", diz o psiquiatra Dartiu Xavier, coor-denador do estudo. Sob o efeito da iboga, pacientes relatam rever a vida como um filme. "É como se tivessem feito psi-coterapia intensiva."

Uma hipótese é que a ibogaína, um alucinógeno, atue sobre o sistema de recompensa do cérebro, que tem sua atividade aumentada sob o efeito de drogas como cocaína e crack.

"Ela parece ser capaz de 'reiniciar' esse sistema, como a gente faz quando reformata o disco rígido de um computa-dor", diz Xavier.

Ainda que os resultados do estudo sejam positivos, a ibogaína só pode ser considerada como tratamento após um trabalho controlado, no qual um grupo recebe a substância e outro, placebo. O psiquiatra não aconselha o uso da substân-cia.

SUBCULTURAMesmo tendo efeitos desconhecidos e podendo ser até

fatal sem acompanhamento médico, o uso da iboga tem se disseminado em clínicas para dependentes.

Em São Paulo e no interior, o tratamento custa de R$

5.000 a R$ 8.000.O período de internação varia de cinco dias a dois meses.

Algumas clínicas oferecem tratamento psicológico e dizem avaliar as condições de saúde do paciente antes da terapia.

Leia aqui depoimento de cantora que se livrou de crack depois da ibogaína e também de mãe que viu a filha voltar às drogas no mesmo dia que chegou da clínica.

Em uma das clínicas contatadas pela Folha, a substância usada é extraída em um laboratório. Em outra, é usado chá de raiz importada do Gabão.

Rogério Moreira de Souza, do Instituto Brasileiro de Terapias Alternativas, em Paulínia (SP), diz importar de um laboratório europeu a ibogaína que ministra há oito anos.

Para ele, a disseminação da iboga traz riscos. "Tem gente fazendo tratamento com substância de baixa qualidade, o que compromete o resultado", diz.

A literatura médica registra 3.000 casos de uso de iboga. Seu efeito contra a dependência foi relatado pela primeira vez em 1962, quando o norte-americano Howard Lotsof, um viciado em opioides, registrou experiência benéfica com a planta. Há, no entanto, relatos de dezenas de mortes,

principalmente porque a droga, em alta dosagem, provoca alterações cardíacas.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária informa que não há medicamento registrado no Brasil com a ibogaína, e, por isso, alegações terapêuticas a esse produto são ilegais.

Mas a substância não está na lista de compostos proibi-dos e pode ser importada para uso pessoal.

Raiz alucinógena é testada para tratar dependência

A cantora Clarice Seabra, 55, superou o vícioem crack após terapia que utilizou a ibogaína

Creusa dos Santos, 53, tentou, sem sucesso, tratar as filhas, dependentes químicas, com ibogaína

Geral

A exposição ao sol pode desacelerar o ganho de peso e o desenvolvimento de diabetes tipo 2, segundo pesqui-sa realizada em ratos.

Cientistas descobriram que a radiação ultravioleta em ratos superalimentados fez com que os animais comes-sem menos. Mas a vitamina D, produzida pelo corpo em resposta à luz solar, não estaria envolvida no fenômeno, disse o estudo.

Após o tratamento com luz ultravioleta, os ratos do estudo também apresentaram menores sinais de alerta de diabetes tipo 2, tais como níveis anormais de glicose e resistência à insulina (condição em que a insulina produ-zida pelo corpo é insuficiente ou ineficiente para proces-sar a glicose nas células).

Estes efeitos estavam ligados ao óxido nítrico, que é liberado pela pele após a exposição à luz solar. O mesmo efeito foi obtido quando um creme contendo este com-posto foi aplicado sobre a pele dos ratos.

Os pesquisadores disseram que os resultados devem ser interpretados com cautela, pois ratos são animais noturnos, cobertos de pelo, e que normalmente não são expostos a muita luz solar.

A descoberta, feita por cientistas de Edimburgo (Escócia), Southampton (Inglaterra) e Perth (Austrália),

foi divulgada na publicação científica Diabetes. Mais pesquisas são necessárias para descobrir se a luz do sol tem o mesmo efeito em humanos, disseram especialistas.

"Nós sabemos de estudos epidemiológicos que aque-les que tomam sol vivem mais do que aqueles que pas-sam a vida na sombra. Estudos como esse nos ajudam a entender como o sol pode ser bom para nós", disse Richard Weller, professor de dermatologia da Universi-dade de Edimburgo.

"Precisamos lembrar que o câncer de pele não é a única doença que pode matar e talvez devessemos equili-brar o nosso conselho de exposição ao sol".

Shelley Gorman, do Instituto Telethon Kids, de Perth,

na Austrália, e principal autora do estudo, disse que os resultados mostraram que a luz do sol era um elemento importante de um estilo de vida saudável.

"Eles sugerem que a exposição ocasional da pele à luz solar, juntamente com a prática de exercícios e uma dieta saudável, pode ajudar a prevenir o desenvolvimento da obesidade em crianças".

Fonte: BBC Brasil

Luz do sol pode reduzir ganho de peso e controlar diabetes, diz estudo

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SaúdeES04Ciência e saúde é aqui!

Novembro 2014 Diabetes

A decisão do Ministério da Saúde no sentido de negar a disponibilização de análogos de insuli-na até mesmo para populações especiais (crian-

ças, gestantes e pacientes com hipoglicemia não per-cebida) causou profunda indignação nos profissionais de saúde responsáveis pelo atendimento desses paci-entes com maior risco de hipoglicemia, que efetiva-mente necessitam dessa classe de medicamentos.

O Dr. Walter Minicucci, Presidente da Sociedade Brasileira de Diabetes, assim se manifestou:

“O governo brasileiro continua com inverdades e distorções a respeito do uso de análogos de insulina. Segundo a matéria que foi produzida pelo jornal Folha de São Paulo, agora o Ministério da Saúde diz que as insulinas análogas são produtos mais recentes e que se encon t ram sob v ig i lânc ia pós -comercialização!!! O primeiro análogo de insulina de curta duração foi lançado nos Estados Unidos

ainda em 1996, portanto, há quase 20 anos... O pri-meiro análogo de insulina de longa duração foi lan-çado no ano 2.000, portanto, há 14 anos... E todos os análogos lançados até hoje apresentam um desempe-

nho terapêutico e uma segurança de uso maior do que as insulinas tradicionais. Em resumo, o argumento agora utilizado pelo Ministério da Saúde não corres-ponde à verdade. Resta a nós lutarmos contra este olhar distorcido e perguntarmos para os nossos legis-ladores nesta área se eles sabem que as sociedades médicas em todo o do mundo, envolvidas no trata-mento do Diabetes, recomendam um tratamento dife-renciado do diabetes tipo 1 em determinados grupos de maior risco de hipoglicemias graves e que no pri-meiro mundo é este o tratamento dado para esses paci-entes e que, infelizmente, é negado para a população diabética brasileira mais necessitada”.

Segundo o Dr. Walter Minicucci, o governo optou por dar tratamento de segunda classe a esses grupos de pacientes com diabetes tipo 1.

Dr. Walter Minicucci Presidente da SBD

Segundo o Ministério da Saúde, metade dos brasileiros está com sobrepeso. O endocrinologista Ivan Cesar Correia de Sousa afirma que a conscientização da população deve ir além de inte-resses estéticos

Em 2015, cerca de 2,3 bilhões de adultos vão estar com sobrepeso e mais de 700 milhões serão obesos, segundo estimati-va da Organização Mundial da Saúde. 11 de outubro é o Dia Nacional de Prevenção da Obesidade. A data tem como objetivo conscientizar a população sobre a importância da atividade física e de uma dieta adequada. No Brasil, segundo o Ministério da Saúde, cerca de metade da população está acima do peso ideal.

O endocrinologista Ivan Cesar Correia de Sousa explica que são necessárias ações imediatas de prevenção à obesidade, já que o problema atingiu proporções epidêmicas no País. “A cada dia vejo mais jovens acima do peso. Caso o quadro atual não mude, a população tende a se tornar mais obesa nos próximos anos aqui no Brasil”, avalia o médico, membro da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM).

A obesidade é uma doença e os riscos à saúde são diversos, como hipertensão, diabetes, problemas respiratórios, doenças cardiovasculares, aumento da incidência de câncer entre outros. O lado emocional também apresenta reflexos, gerando ansieda-de, perda da autoestima, alterações do comportamento alimentar

e, em casos mais graves, depressão."A conscientização é o melhor caminho para a obesidade.

Com informação, as pessoas se alimentam melhor, acrescentan-do hortaliças na dieta, e reforçam a atividade física, um dos fato-

res determinantes para uma vida mais saudável", diz Ivan Cesar, que acrescenta: "Beber água e ter uma boa noite de sono também são mudanças que fazem a diferença”.

Estabilização do índice de obesidade no BrasilA pesquisa Vigitel 2013 (Vigilância de Fatores de Risco e

Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico), divulgada no início do ano pelo Ministério da Saúde, indica que 50,8% dos brasileiros estão acima do peso ideal e que, destes, 17,5% são obesos. Os resultados do estudo cessam a média de crescimento de 1,3 ponto percentual ao ano que vinha sendo registrada desde a primeira edição, realizada em 2006 - quando o proporção de pessoas acima do peso era de 42,6% e de obesos era de 11,8%.

De acordo com o endocrinologista, a estabilização do índice, após oito anos, ainda não aponta para uma redução de brasileiros que estão acima do peso. “Os números apresentados são impor-tantes para acompanhar a obesidade no Brasil, mas termos 50,8% de pessoas acima do peso ideal no Brasil, sendo 17,5% de obesos, está distante de qualquer índice aceitável”, ressalta o especialista.

Fonte: www.segs.com.br

Dr. Ivan Cesar Correia de Sousa

Um trabalho apresentado no último Congresso da American Heart Association, em junho de 2014, mostrou mais alguns dados que nos permitem avaliar as complexas e perigosas associ-ações entre ataques cardíacos e diabetes.

Reconhecer e tratar a doença de forma precoce previne com-plicações cardiovasculares. Nada menos que 10% dos pacientes tiveram seu diabetes diagnosticado enquanto estavam hospitali-zados para o tratamento de ataques cardíacos.

O estudo analisou dados de 2.800 pacientes com ataques cardíacos que não tinham sido diagnosticados com diabetes. O estudo foi desenvolvido em 24 hospitais americanos. Um dado do estudo ainda mais preocupante mostrou que menos de 1/3 dos pacientes que tiveram o diagnóstico comprovado durante a hos-pitalização receberam alta hospitalar acompanhada de uma ori-entação educacional ou mesmo um tratamento adequado visan-do o controle do diabetes.

Além disso, também foi altamente preocupante o fato de que os médicos atendentes não reconheceram a presença do diabetes em 69% desses pacientes previamente não diagnosticados antes da hospitalização. A probabilidade desses médicos reconhece-

rem a presença do diabetes seria 17 vezes maior se eles tivessem solicitado a realização de um simples teste de hemoglobina gli-cada como componente importante do conjunto de medidas

diagnósticas aplicáveis a pacientes admitidos por problema de ataques cardíacos. Muito embora o teste isolado de glicemia possa mostrar alteração no momento do diagnóstico, o fato é que, em muitos casos, a glicemia isolada pode estar normal. Quando consideramos não apenas a glicemia isolada mas, sim, a glicemia média, representada pelos valores do teste de hemoglobina glica-da, melhoramos consideravelmente a probabilidade de detectar o diabetes em pacientes hospitalizados e até então ainda não diag-nosticados com a doença.

Para complicar a situação, a American Heart Association ressalta o fato de que duas entre três pessoas com diabetes morre de doença cardíaca. Muito embora a histórica polêmica sobre o eventual papel do diabetes mal controlado no aumento do risco cardiovascular, vários estudos têm demonstrado uma correlação bastante provável entre essas duas condições clínicas.

E você, o que acha que vem primeiro: o ataque cardíaco ou o diabetes?

Por Dr. Augusto Pimazoni-Netto

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SaúdeESCiência e saúde é aqui!

Novembro 2014 05Saúde Bucal

O segredo para se ter uma saúde bucal impecável é mais simples do que se pensa. Basta visitar o dentista pelo menos duas vezes por ano, fazer uma limpeza bucal

completa e eficiente após as refeições e beber bastante água. Mas, por mais fácil que pareça, poucas pessoas mantêm esses hábitos. E é aí que os inimigos dos dentes e da boca surgem com mais facilidade. A pedido do Terra, Luana Campos, cirur-giã-dentista da clínica Interclin, listou 12 doenças bucais que, se não evitadas ou tratadas corretamente, podem virar um pro-blema sério.

CárieA cárie está entre as doenças dentárias mais comuns do

mundo. Ela surge quando as bactérias da boca passam a trans-formar os restos de alimentos (que se acumulam por conta de uma higienização falha) em ácidos que corroem o dente. “Os primeiros sinais da cárie são manchas brancas ou amarronza-das que, se não tratadas, podem causar inflamação e dor”, diz a especialista. Embora comum e fácil de tratar, é bom ter muito cuidado com essa doença, pois ela é transmissível e infecciosa.

GengiviteTambém bastante comum, a gengivite é uma inflamação na

gengiva que acomete nove entre dez pessoas. Esse fato é bas-tante desanimador, uma vez que, segundo Luana, a principal causa dessa doença é má escovação e higiene bucal. Entre os sintomas estão: gengiva vermelha escura, moles e inchadas, sangramento ao escovar os dentes e dor local. “Em alguns casos, pode ocorrer a presença de úlcera e, quando não tratada, a piora do quadro inflamatório (periodontite) pode causar a perda do dente”, diz Luana.

HalitoseO mau hálito atinge cerca de 40% da população e pode ser

causado por gengivite, estresse, ansiedade, alimentação erra-da, baixo consumo de água, doenças sistêmicas ou por má higienização da boca. O tratamento vai depender da origem do problema, embora a maioria seja baseada em acompanhamen-to médico e mudanças de hábitos alimentares, de rotina e de higiene do paciente.

AftasAs aftas são formas comuns de úlceras (feridas) na boca e

costumam ser brancas ou amareladas e bastante doloridas. “Elas podem aparecer após trauma local (mordida ou atrito), baixa imunidade, estresse emocional, deficiência vitamínica, mudança hormonal, por causa de alguma doença específica ou por uso de algumas medicações”, diz Luana.

HerpesO herpes labial é uma doença infectocontagiosa causada

por um vírus (HSV). Ele se apresenta por pequenas vesículas que, ao se romperem, formam úlceras doloridas. “Baixa imuni-dade, manter contato íntimo e compartilhar objetos com uma pessoa que tenha herpes labial são fatores de risco para a doen-ça, já que é altamente contagiosa e geralmente não manifesta sinais de ocorrência no início da infecção”, diz a especialista.

Boca seca / xerostomia

O sintoma de boca seca (xerostomia) pode acontecer pela diminuição do fluxo salivar ou pela alteração da composição da saliva. Suas causas podem ser de desordens autoimunes (AIDS e lúpus), desordens hormonais (diabetes e disfunção da tireoide), desordens neuronais (parkinson e paralisia cerebral), depressão, consumo de alguns remédios (mais de 500 remédi-os podem afetar as glândulas salivares), entre outras.

Ressecamento dos lábiosO ressecamento labial pode ser causado por dias de muito

frio ou muito calor, poluição, baixa umidade do ar, alguns tipos de medicamentos ou pode estar associado à hipossalivação (diminuição do fluxo salivar). “Ao contrário do que muitos fazem, passar a língua nos lábios não é aconselhável. Ainda que, num primeiro momento, alivie o sintoma, a saliva pode agredir (pela ação de algumas enzimas) e ressecar ainda mais o lábio. O ideal é procurar a orientação do cirurgião-dentista ( para eliminar a hipótese de alguma outra doença), beber bas-tante água e passar produtos hidratantes no local”, diz Luana.

TártaroO tártaro dentário é a calcificação da placa bacteriana que

não foi removida durante a escovação. “Ele é caracterizado por uma camada mais escura, amarelada e pode ser observado na base dos dentes mesmo após escovação. O tratamento e remo-

ção do tártaro devem ser realizados pelo cirurgião-dentista que fará uma raspagem e alisamento dos elementos dentais afeta-dos, além de remover a placa bacteriana, deixando os dentes mais saudáveis”, diz Luana.

Sensibilidade dentalA sensibilidade dental pode ser definida com uma dor agu-

da, de curta duração, causada pela exposição da dentina (parte mais interna do dente). Diversos fatores podem ocasionar esse problema, entre eles: escovação com força excessiva, gengivi-te, bruxismo, erosão ácida, clareamento dental, restaurações mal adaptadas ou quebradas e etc.

BruxismoO bruxismo se caracteriza pelo hábito de apertar os dentes

ou rangê-los com frequência. Essa prática pode causar dores dentais, musculares e articulares, além de desgaste dentário. “Estresse, ansiedade e desalinhamento dental, são algumas das suas causas”, diz a especialista.

Doença do beijo (mononucleose infecciosa)A mononucleose é uma doença infectocontagiosa causada

por um vírus e é conhecida como doença do beijo por ser trans-mitida de uma pessoa para outra principalmente pela saliva. Os principais sintomas apresentados pelo paciente infectado são: mal estar, dor de cabeça, febre, dor de garganta, ínguas no pes-coço e inflamação no fígado.

HPVO Papilomavírus Humano (HPV) pode ser transmitido pelo

sexo oral sem proteção. O HPV normalmente afeta o palato (céu da boca), língua ou lábios, mas também pode aparecer em outros lugares da boca e garganta. Os sinais da doença incluem pequenas verrugas esbranquiçadas, as quais podem se juntar e formar placas. “O diagnóstico da lesão é importante e se dá com análise clínica e, quando necessário, biópsia. O tratamen-to não garante a cura, pois o HPV pode voltar”, diz Luana.

Fonte: Saúde Terra

Conheça e combata os 12 maiores inimigos da saúde bucal

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SaúdeES06Ciência e saúde é aqui!

Novembro 2014

A musculação não deve ser encarada como uma atividade indispensável para os corredores. Ela tem a sua importân-cia e, dependendo do seu objetivo, pode ser uma grande

aliada para você encarar os seus desafios. Mas você pode não gostar de malhar e preferir fazer uma outra atividade comple-mentar ou pode não ter tempo para nada disso, é corrida e olhe lá. Mas fique tranquilo, não malhar não significa que você vai se machucar. Se você consegue fazer musculação de forma regular, seus músculos tendem a ficar mais resistentes e, com isso, se o seu negócio é desempenho e velocidade, você talvez passe a ter a capacidade de tolerar um treinamento mais intenso, e se conse-gue treinar mais forte, talvez possa alcançar metas mais difíceis.

Se você não curte malhar e prefere fazer apenas outra ativida-de complementar à corrida, não tem problema, pode fazer. Atual-mente o corredor tem várias opções, como por exemplo o Pilates, que veio pra ficar e desenvolve um belo trabalho de alongamento e força; os sistemas de treinamento funcional estão avançando e se solidificando (com vários exercícios interessantes para os corredores); os treinos na areia, com movimentos de saltos, zigue-zagues, agachamentos e piques; ou mesmo um ou outro exercício simples de agachamento ou com uso de elásticos em casa mesmo. Todas essas atividades também têm o objetivo de promover uma melhora geral no seu corpo.

Entretanto, tenha a sensibilidade de identificar o quanto de musculação ou dessas outras atividades faz bem para você. É importante ter tempo pra descansar desses treinos e cuidados para se alimentar de forma ainda mais criteriosa. Treinar muscu-lação demais, por exemplo, pode atrapalhar o período de descan-so da corrida e, com isso, uma atividade que teria vindo para somar no ganho de condicionamento pode atrapalhar o seu desempenho nas corridas.

Mas se você não gosta de musculação ou não consegue nada além do tempo pra treinar corrida? Relaxe, existem coisas na sua vida que podem não mudar, e pode ser que você tenha que correr pelo resto da vida sem malhar. Talvez a maior causa dos machu-cados nos corredores seja o excesso de treinos, não a falta de musculação ou algo complementar. E se você já sabe que a sua realidade é essa, de uma maneira geral, pegue mais leve nos treinos, faça as progressões de volume e de intensidade com mais cuidado, talvez valha a pena fazer algumas caminhadas no seu longão ou diminuir a intensidade daquele treino intervalado que

te deixa exausto no final.Fique atento ao equilíbrio entre as práticas esportivas e as

coisas que você faz durante o dia. Se em um dia chegar mais cansado do trabalho, malhe mais leve ou faça um pouco menos da aula de Pilates. Não force a barra para fazer as atividades com-plementares se estiver com sono ou muito dolorido de um treino de corrida. Nesse caso, talvez seja melhor trocar o uma hora de treino por uma hora de sono. Se você souber dosar e administrar todos os seus dias, vai tirar o melhor proveito das atividades fora da corrida e continuará sem se machucar.

Atividades complementares, como a musculação, deixam músculos mais resistentes (Foto: Getty Images)

Por Gustavo Luz Távora - Fomte: Eu Atleta

Fitness

Por Aline Chrispan Fonte: Minha VidaDa sensação de liberdade à prática em grupo, a corrida de rua

ganha adeptos por todo o Brasil, interessados em um estilo de vida saudável e novas amizades. Mas antes de calçar os tênis e dar as primeiras passadas, o esportista precisa cercar-se de cuida-dos, o que evitarão lesões e frustrações no futuro.

Por ser uma modalidade esportiva livre, progressiva à cami-nhada, é comum que as pessoas não se atentem às questões de saúde antes de iniciar a corrida de rua. Exercícios de baixa inten-sidade, como caminhar, trazem benefícios importantes para o organismo, mas não causam alterações drásticas no metabolis-mo, a ponto de expor o praticante à alguma complicação séria, como é o caso da corrida.

No entanto, alguns fatores de risco são indicadores da neces-sidade de uma avaliação com o médico cardiologista e ortopedis-ta (se houver queixa de dor pré-existente), antes de iniciar ativi-dades físicas intensas. Atenção especial caso o esportista tenha mais de 40 anos, apresente alterações na pressão arterial e na glicemia, dores no peito, desmaios ou tonturas, excesso de peso, sedentarismo, histórico de câncer ou histórico familiar de hiper-tensão, diabetes, problemas cardíacos ou na coluna.

Algumas alterações são muitas vezes desconhecidas pelas pessoas e somente quando o coração trabalha com esforço é que elas aparecem. Por isso, é importante que a consulta ao médico seja uma rotina regular de prevenção à saúde e cuidado pessoal. Esse hábito pode ser adotado não só na prática da corrida, mas também antes de ingressar na academia para musculação, nata-ção ou artes marciais, por exemplo.

Primeiros passosA avaliação física inicial feita nas academias ou pelo educa-

dor físico em serviços particulares não substitui a avaliação médica. A primeira tem como objetivo avaliar o indivíduo quan-to aos níveis de capacidade cardiovascular, força e composição corporal, por exemplo. É usada como um parâmetro para que o educador responsável possa iniciar um programa de treinamento com qualidade e baseado no estado atual de condicionamento físico do indivíduo.

A orientação feita por um educador físico em qualquer práti-ca também é um cuidado importante a ser considerado para que lesões físicas sejam evitadas. Quando o esporte é a corrida, por exemplo para não atletas, as lesões mais comuns são as muscula-res e as de joelho, mais especificamente a síndrome do estresse tibial (canelite), tendinite do tendão calcâneo e fascite plantar. Lesões anteriores e fatores relacionados ao treinamento como duração, intensidade e tipo de treino são associados ao desenvol-vimento de algumas das lesões citadas anteriormente.

Se o indivíduo for sedentário, é indicado que os exercícios comecem pela prática de caminhada por duas ou três semanas para depois progredir ao treino de corrida, que deve começar com intervalos de corrida e caminhada. O ritmo dessa corrida inicial precisa ser leve para que a adaptação muscular e metabóli-ca ocorra sem prejuízos ou desconfortos.

Portanto, adote comportamentos de prevenção e cuidado para que a prática de atividades não venha a ser um fator negativo e gerador de prejuízos à sua integridade física. Consulte um médico, fique atento aos sinais do seu corpo e procure um serviço especializado para orientá-lo sobre a melhor maneira de condu-zir um programa de condicionamento físico.

Como começarPara quem sonha participar de provas, procurar um grupo de

corrida, sob supervisão de educadores físicos, é uma ótima opção para que a pessoa tenha orientação adequada quanto ao aqueci-mento, fortalecimento muscular necessário e prescrição de trei-namento adequada ao seu nível. Além disso, estar em grupo favorece a disciplina e ajuda aqueles que não gostam de treinar sozinhos.

Para começar, a dica é aquecer por dez minutos com movi-mentos articulares e caminhada com pequenas corridas. Feito isso, os intervalos de corrida podem ser de um a dois minutos por

três de caminhada, até completar 30 minutos. Após a meia hora, faça mais dez minutos de caminhada. O tempo de corrida pode aumentar um minuto progressivamente a cada semana, sempre com intervalo de dois a três minutos de caminhada, até que 15 a 20 minutos de corrida sejam possíveis de forma contínua. Ao alcançar 30 minutos ou 5 km, em ritmo moderado, é o momento de pensar em outros objetivos.

Importante: para começar a correr, a intensidade não deve ser priorizada. É preciso ganhar volume, ou seja, conseguir correr uma determinada distância em um tempo considerável sempre em ritmo leve a moderado. O ritmo moderado é sempre confortá-vel e possível de manter uma conversa; se estiver ofegante é porque está acima do ritmo que deveria.

Um ponto muito importante é observar que pessoas com sobrepeso ou obesas devem manter a caminhada rápida até que emagreçam para depois começarem a corrida. O excesso de peso pode prejudicar as articulações e causar lesões, atrapalhando o objetivo principal em longo prazo. O melhor é não ter pressa e, sim, ter disciplina.

Benefícios da corridaDo controle e manutenção do peso corporal à prevenção de

doenças como o câncer, recebemos inúmeros benefícios ao ado-tarmos um estilo de vida saudável com a prática de exercícios. O movimento agrega vantagens físicas e emocionais e nem sempre exige grandes investimentos. A corrida, por exemplo, é uma atividade natural ao corpo e pode ser praticada em diferentes ambientes.

A vontade de estar ao ar livre, experimentando variados per-cursos, é um dos motivos que estimula o aumento de corredores em praças, parques e ruas de todo o país. A atividade física, se entendida como benefício e sem o peso da obrigação, pode con-tribuir de várias formas para o bem-estar e valorização da autoes-tima. A corrida, em especial, por seu dinamismo e praticidade, torna-se estimulante e promove o convívio social. Cercado de cuidados, o sonho de completar ou até mesmo vencer uma prova de longa distância fica mais próximo. Desafie-se e bons treinos!

Cuidados ao começar a corrida de rua

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Novembro 2014 07

Por Tatiana Gabbi - Fonte: Minha Vida

Mais da metade das pacientes que procuram o consultó-rio dermatológico se queixam espontaneamente de queda de cabelo em algum momento da consulta.

Dificilmente alguma mulher irá negar os sintomas se questionar-mos ativamente. Por que isso acontece? Estamos todas doentes? É uma epidemia? Culpa de nossa alimentação?

Antes de mais nada é preciso esclarecer algo que pode surpre-

ender a maior parte dos leitores: os cabelos caem como parte normal de seu ciclo de vida e é importante diferenciarmos a queda normal da queda patológica. Muitas vezes as pacientes que nos procuram acabaram de se mudar, trocaram o piso de casa ou se casaram e passaram a se assustar com a quantidade de fios "perdidos" por aí. Dependendo do comprimento do cabelo, essa impressão pode ficar ainda mais acentuada!

Cabe, portanto, ao médico dermatologista examinar o couro

cabeludo em busca de alterações e realizar o exame de tração, em que puxamos os fios em tufos, na cabeça toda, para quantificar-mos a queda e determinarmos se é uma queda normal do ciclo do cabelo ou se é uma queda disfuncional.

A queda disfuncional é causada por doenças sistêmicas como anemia, doenças da tireoide, distúrbios nutricionais e também pode surgir após infecções que cursaram com febre alta, após tratamentos hormonais, após cirurgias e após o parto, dentre as causas mais comuns. Algumas doenças cutâneas podem levar à queda, como a alopecia areata, mas nestes casos, além da queda, há a presença de áreas sem pelos.

No entanto, conforme mencionamos anteriormente, na gran-de maioria dos casos, trata-se apenas da queda normal do ciclo do cabelo. E é fundamental esclarecermos como ele funciona para evitar dúvidas e tratamentos desnecessários com shampoos e fórmulas "milagrosos" que muitas vezes representam um gasto inútil.

O ciclo de crescimento dos cabelosO crescimento dos cabelos é cíclico e nem todos os fios estão

na mesma fase de crescimento: se isso acontecesse, ficaríamos carecas por alguns períodos. O fio de cabelo cresce por um perío-do geneticamente determinado, que dura de dois a seis anos. Durante essa fase, chamada anágena, o fio atingirá seu compri-mento máximo. Dependendo de quanto ela dure, os seus cabelos poderão ser mais longos ou mais curtos. Depois dessa fase há uma interrupção no crescimento dos fios e tem início a fase catá-gena, que dura poucas semanas. Finalmente o fio entra na fase telógena, em que ele se prepara para cair, porém isso só ocorre quando um novo fio está pronto para nascer dentro daquele folí-culo. Essa última fase dura cerca de três meses.

Um adulto normal apresenta 10% dos fios na fase telógena! Isso significa que, se considerarmos a quantidade normal de cabelos no couro cabeludo, é absolutamente normal e dentro do esperado uma queda de cerca de 100 fios ao dia. Mesmo quando

o paciente tem um aumento na queda, devido à presença de algu-ma das condições clínicas supracitadas, precisamos orientar e esclarecer três pontos muito importantes:

1) Mesmo em grandes volumes, essa queda não irá resultar em calvície;

2) É o problema mais benigno que pode ocorrer nos cabelos, pois uma vez eliminada a causa, o paciente recupera todos os cabelos perdidos;

3) A calvície feminina ou alopecia androgenética é outra doença e já foi abordada em outros conteúdos do site.

Portanto, o dermatologista irá, em primeiro lugar, realizar um exame clínico para determinar se a queda é ou não é patológica e na sequência irá esclarecer o paciente sobre o ciclo do cabelo, no primeiro caso, ou pedir exames complementares, no segundo. Espero ter contribuído para ajudá-las a compreender melhor sobre essas questões!

Na maior parte das vezes a queda é natural do ciclo de vida dos fios e cabe ao dermatologista avaliar

Beleza

A idade traz muitas coisas boas: experiência, maturidade, conhecimento...Mas para os cabelos a mudança, infelizmen-te, não será das melhores. A partir dos 50 anos o fio passará

por algumas transformações que o tornará mais frágil, portanto muito mais quebradiço. As alterações hormonais da menopausa vão afetar a quantidade de fios e até a hidratação natural dos cabelos. Por outro lado, a queda na produção de melanina fará os fios brancos aparecerem. Essa lista pode ser ainda maior, dependendo do tipo e características do cabelo de cada mulher. "Nessa fase da vida esco-lher xampu, condicionador e cremes de forma aleatória geralmente não supre todas as necessidades desses fios, são necessários produ-tos e cuidados específicos", explica a dermatologista Maria Fernan-da Gavazzoni, professora do curso de pós-graduação do Instituto Professor Azulay da Santa Casa de Rio de Janeiro. Confira a seguir todas as dicas para garantir cabelos maduros e bem cuidados.

Cabelo mais ralo na menopausaAlopecia androgenética feminina é o nome técnico para a dimi-

nuição da quantidade de cabelo (rarefação capilar), que ocorre prin-cipalmente no topo da cabeça, em outras palavras o cabelo fica mais ralo e podem até aparecer falhas visíveis. Como o próprio nome já diz, o problema tem causas hormonais e genéticas, ou seja, a dimi-nuição dos hormônios que causa a alopecia é determinada por mar-cadores hereditários. Portanto, se a sua mãe tem, é provável que você apresente a rarefação capilar no futuro.

A dermatologista Maria Fernanda Gavazzoni explica que, nor-malmente, de cada folículo piloso - o orifício por onde o cabelo sai - saem de dois a três fios de cabelo. "Um pouco antes e durante a meno-pausa, a queda dos hormônios causará a diminuição para um fio em cada poro", explica.

Maria Fernanda explica que os resultados da reposição hormo-nal sobre a alopecia serão muito discretos. O tratamento clínico mais usado é feito com medicação tópica, ou seja, aplicável no couro cabeludo, que estimula o crescimento dos fios. O tratamento é feito com o minoxidil, um medicamento que inicialmente era usado para tratar casos de hipertensão, mas que se mostrou eficaz para lidar com a queda de cabelo. O uso em concentrações de 2% é apro-vado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). "A maioria das mulheres não gosta dessa medicação, pois ela deixa os fios oleosos e pesados" explica. "Costumamos recomendar a aplica-ção à noite, antes de dormir, é necessário que o cabelo seja lavado ao acordar".

Fio de cabelo mais finoCom o passar dos anos, há uma perda da massa capilar dos fios,

daí a sensação de que o cabelo afina. O que, além de contribuir para a perda de volume, deixa o fio muito mais fácil e suscetível à quebra. "Existem fórmulas que aumentam o diâmetro dos fios", explica a dermatologista Maria Fernanda. "Esses produtos são compostos por polímeros de acrilato e devem ser passados no cabelo após o xampu e o condicionador". Essa substância encorpa o fio, cria volume e dá resistência sem deixar o fio pesado. No entanto, seu efeito é tempo-rário.

Os polímeros estão disponíveis em diversos produtos de beleza

e dificilmente resultam em irritação ou reação alérgica. Os cosméti-cos em forma de spray com polímeros de acrilato são os mais fáceis de encontrar, estão disponíveis em farmácias, lojas de cosméticos e em sites de compra na internet. Mas também existem géis e cremes para pentear com essa finalidade.

Menos brilhoCom a diminuição da hidratação, o brilho, produto direto do

primeiro, também diminuirá. Para reconquistar o brilho, além de seguir as orientações para uma boa hidratação a cada quinze dias, uma boa opção é investir em finalizadores à base de silicone, sprays de brilho e óleos vegetais com silicone na composição (uma vez que é o silicone que garante a aderência do produto ao fio). Use depois do banho, com os cabelos úmidos. A cabeleireira Marília Kikuchi, consultora da Condor, recomenda principalmente os óleos vegetais de coco e abacate.

Cabelos brancos"Com 50 anos, 50% das pessoas terão 50% dos cabelos bran-

cos", conta a dermatologista Maria Fernanda. "Inicialmente, os fios brancos são mais fortes que os cabelos de cor natural, mas depois eles também se afinam, tornando-se mais frágeis", explica. Se a ideia é a adotar os fios grisalhos ou totalmente brancos, além de ser necessário manter todos os cuidados - que você já viu acima - com os cabelos maduros, serão necessários alguns truques para manter a cor bonita, livre do amarelamento.

Para cuidar, os xampus específicos para cabelos grisalhos não podem ser deixados de lado. Mas você não deve aplicá-lo em todas as lavagens, o ideal é usá-lo a cada semana ou 15 dias. "Este tipo de xampu é feito à base de pigmentos violetas, que vão produzir um reflexo prateado, fazendo com que o branco amarelado ganhe um tom acinzentado, brilhante e saudável", explica a cabeleireira Marí-lia Kikuchi.

Antes de tingirQuem tem muitos cabelos brancos e opta por tingir o cabelo

pode deixar as madeixas ainda mais expostas a danos. "Assim como o envelhecimento, a química causa o afinamento dos fios, responsá-vel pela fragilidade do cabelo", explica a dermatologista Maria Fernanda. Por isso, o ideal é que o cabelo esteja muito bem cuidado antes de aplicar a coloração.

"Para aplicar qualquer química nos cabelos, o ideal é que eles estejam hidratados", explica o dermatologista Adriano Almeida, membro da Sociedade Brasileira para Estudos do Cabelo. "Um cabelo saudável responde melhor às agressões químicas, evitando o ressecamento extremo dos fios".

O tonalizante será uma boa opção para quem tem apenas alguns fios de cabelo branco, pois ele tinge de maneira menos agressiva, mas eficaz nesses casos. Para quem tem o cabelo todo branco, o melhor é optar por uma tonalidade mais clara, que deixará o cresci-mento da raiz em cor diferente mais discreto e espaçará a necessida-de de retoques. Além disso, vale investir em tinturas que contenham polímeros de acrilato na composição, que ajudam a devolver volu-me aos fios.

Depois de tingirPara contornar o problema da fragilidade dos fios - que agora

será mais intenso - é essencial tratar as alterações que podem apare-cer. Por exemplo, caso haja uma acentuação da diminuição dos cabelos, procure o médico para o melhor tratamento para estimular o crescimento dos fios. E não se esqueça de colocar em prática todos os truques para cabelos maduros citados anteriormente para estimu-lar o engrossamento do fio e manter a hidratação.

Não é indicado tingir os fios da raiz às pontas toda vez que o retoque for necessário, o que acontece a cada 15 ou 30 dias, em média."A raiz sofrerá a primeira agressão, mas a ponta de um cabelo de 60 centímetros, por exemplo, tem, em média, cinco anos", alerta Adriano. "Isso causará um dano muito maior ao comprimento do fio".

Optar por cortes mais curtos ou mesmo aparar as pontas com uma frequência maior - por exemplo, uma vez ao mês - ajuda a evitar o dano ao fio. Além disso, a frequência das hidratações deve ser ao menos semanal e específica para cabelos tingidos, o que além de cuidar, ajuda na fixação da cor e diminui a necessidade de uma nova pintura do cabelo em um curto espaço de tempo. O xampu e condici-onador para cabelos tingidos também atuam com essa finalidade e também devem ser usados.

Cuidados com os cabelos para mulheres que já passaram dos 50 anos

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SaúdeES08Ciência e saúde é aqui!

Novembro 2014

Por Marcia Asevedo - Fonte: Veja Bem

Muito é dito sobre o uso inadequado da tecno-logia, principalmente no que diz respeito à parte visual. Mas será que de fato o uso do

uso contínuo do tablet e smartphones e afins podem causar danos à visão? A oftalmologista Dra. Keila M. Carvalho responde a algumas perguntas que podem esclarecer as dúvidas de muitas pessoas.

O uso prolongado de aparelhos como tablets e smartphones podem causar problemas de visão? Por quê?

Nos últimos anos, tem havido uma crescente populari-dade dos tablets, com destaque para os com tela de tinta e o outro com tela comum. Os aparelhos com tinta possuem geralmente um sistema muito limitado, que não podem rodar softwares complexos e nem jogos, e se destinam quase que exclusivamente à leitura de livros. Deste grupo o mais popular é o Kindle da Amazon. Já os tablets com tela comum são utilizados para navegar na internet, jogos e utilizar programas complexos, como os usados para mos-trar documentos de texto, planilhas eletrônicas etc. Deste grupo os mais populares são o iPad e o Samsung Galaxy Tab.

A capacidade de adaptar o tamanho da fonte também pode abrir oportunidades de leitura para pessoas com defi-ciência visual ou baixa visão

Embora tenha sido aceito que a leitura em telas eletrôni-cas é lenta e associada à fadiga visual, esta nova geração está explicitamente propensa a usar esses dispositivos para leitura. Pesquisas mostraram que, em comparação com as telas eletrônicas, a leitura em papel é mais rápida e exige menos fixações por linha. Neste caso, seria de esperar efei-tos diferenciais quando se compara o comportamento de leitura em telas dos tipos e-Ink e LCD. Mas os estudos mos-traram que nos dois displays (tablets com tela de tinta e os LCDs) a leitura sobre estes tipos de exibição foi muito semelhante em termos de medidas subjetivas e objetivas.

Em relação aos problemas visuais, podemos considerar o cansaço visual resultante do uso contínuo e sem observa-ção das necessidades ergonômicas.

Assim como ocorre com o computador, o uso prolon-gado destes equipamentos pode levar a problemas como síndrome do olho seco, fadiga e irritação nos olhos? Por que isso acontece?

Muitos trabalhos têm demonstrado que o uso de terminais de vídeo (computador e outros) está associado a sintomas de cansa-ço visual e diminuição da taxa de piscamento. O uso de telas antirreflexo no monitor previnem a propagação da luz a partir da superfície da tela e daí não ocorre essa redução do piscamento,

dando menos sintomas. Quando se pisca menos, acontece a dimi-nuição da lubrificação natural levando à chamada “síndrome do olho seco”.

Existe algum exercício a ser realizado durante as pausas para lubrificar os olhos?

O piscar voluntário deve ser recomendado, assim os efeitos da diminuição do piscamento ficam minimizados e evita-se o olho seco.

Utilizar estes equipamentos no escuro pode prejudicar a visão?

Baixos níveis de fluxos de luz ambiental criam condições inadequadas de visualização e também podem causar fadiga ocular. Pode ser atribuído a variações no estado de adaptação à intensidade da luz, que ocorre quando o leitor desloca o olhar de forma intermitente entre o monitor mais brilhante e o escuro ambiental. Para melhorar esta situação, sugere-se que a pessoa aumente a iluminação ambiente para minimizar as diferenças de adaptação do olho, reduzindo, potencialmente, a fadiga visual. A sugestão é uma luz ambiente entre 75-150 lux no caso dos LCDs típicos. O uso de LCDs com baixa refletividade e com maiores índices de luminância inerentes pode proporcionar melhoria das condições de visualização, resultando em ergonomia nas leituras em vídeos.

Para não prejudicar a visão, que cuidados devem ser tomados na hora de usar estes aparelhos (distância para leitura, tempo de utilização e de pausa, posição em que o aparelho deve ficar em relação aos olhos)?

Em uma série de experimentos com pessoas de visão normal, o desempenho foi consistentemente melhor com polaridade positiva (texto escuro em fundo claro) do que com displays pola-ridade negativa (texto claro sobre fundo escuro). Esta vantagem da polaridade positiva foi independente da iluminação ambiente (escuridão versus iluminação típica de escritório) e de cromatici-dade (preto e branco versus azul e amarelo).

Em pesquisa, foi avaliado o efeito da distância de visualiza-ção em relação ao desconforto e fadiga. Concluiu-se que os pro-blemas na visão de longe foram um pouco menores que em dis-tância próxima. Além disso, foi encontrada falta de correção refracional, podendo ocasionar mais desconforto ocular princi-palmente em pessoas que já tem algum distúrbio de motilidade ocular, como pequenos desvios dos olhos.

A distância de visualização da tela ideal é relacionada à acui-dade visual do usuário. No caso da pessoa usar óculos, sabemos que, como cada grau tem seu comprimento focal, o alcance de visualização do vídeo vai depender dessas condições ópticas. Para pessoas com visão normal, recomenda-se que mantenha um espaço confortável, entre 33 cm e 40 cm. Se a pessoa tiver baixa visão, este intervalo vai mudar de acordo com os óculos que utiliza. À posição dos olhos em relação à tela, considera-se ideal a pessoa olhar ligeiramente para baixo, com ângulo de cerca de 20 graus.

O uso destes aparelhos em um veículo em movimento como carro ou metrô pode levar a problemas de visão? E durante a prática de atividade física (na esteira, por exem-plo) causa algum mal à visão?

O enjoo com leitura em veículos em movimento ocorre por características pessoais e não ligadas ao tipo de leitura. Pode ocorrer tanto quando se lê em papel como em tablets, com telas de tinta ou LCDs. Já durante a atividade física, não é recomenda-do de maneira alguma, principalmente porque ao ler a pessoa não consegue manter a postura adequada levando a possíveis proble-mas e dores daí decorrentes. Não há benefício algum em ler durante a atividade física, ao contrário, este é um momento espe-cial para o descanso mental.

Sobre os displays em 3DO aumento recente do uso de displays estéreos (3D) tem sido

acompanhado por preocupação pública sobre os potenciais efei-tos adversos, associados com a visualização prolongada de ima-gens estéreis. Existem inúmeras fontes potenciais de efeitos adversos, mas uma das principais é o conflito da acomodação-convergência nos displays, que afetam o conforto visual gerando fadiga ocular. Acomodação e convergência binocular são fatores predominantes que ocasionam astenopia (cansaço visual), após a visualização de telas 3D.

Visualização em 3D estereoscópico proporciona maior imer-são, mas também pode levar a sintomas de enjoo com o movi-mento. Jovens espectadores incorrem em maior imersão, mas também maiores sintomas de náuseas com o movimento em visualização 3D, o que poderá ser reduzido se distância e ângulo de visões maiores forem adotados.

*Dra. Keila Monteiro de CarvalhoMédica oftalmologista e doutora em cirurgia pela UNICAMP, chefe do Departamento de Oftalmologia da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp, professora associada na disciplina de oftalmologia da UNICAMP e diretora do CBO - Conselho Brasileiro de Oftalmologia

Uso contínuo do tablet, smartphones e afins podem causar danos à visão?

Dra. Keila Monteiro de Carvalho

Os cuidados com a saúde devem acontecer em qualquer idade, por isso, quem cuida do corpo está atento aos sinais do tempo; que fatalmente vão aparecer. Podem demorar ou serem retardados, mas são inevitáveis. Segundo especia-listas, aos 25 anos o indivíduo começa a envelhecer; é nesta fase que os indícios aparecem, e o corpo começa a sofrer alterações. Com os olhos não é diferente. O olho normal jovem apresenta mais facilidade de acomodar a visão, alte-rando o foco em um objeto que esteja perto ou longe. Esta habilidade de focalizar diminui com a idade, essa perda de intensidade acontece de maneira universal e previsível.

No olho humano existe uma lente interna (o cristalino). A ação de um músculo interno do olho, o músculo ciliar, move o cristalino focando os objetos para perto e para longe (acomodação). O cristalino cresce dentro do olho durante toda a vida. Após os 40 anos, este crescimento atinge níveis que impedem sua completa acomodação, estabelecendo a presbiopia, que avança lentamente até atingir seu maior grau por volta dos 55 anos de idade.

As queixas mais comuns entre adultos que procuram atendimento oftalmológico, por conta da “vista cansada”, como a presbiopia é chamada, são: sensação de cansaço na vista, coceira nos olhos, dificuldade para focalizar imagens e lacrimejamento. Após uma avaliação pelo médico oftal-

mologista, o paciente receberá a indicação que for mais adequada para o caso e de acordo com seus hábitos.

Tratamentos: Correção com óculos: as lentes utilizadas para esta

dificuldade visual podem ser monofocais (pra perto) ou multifocais (perto, meia distância e longe).

Lentes de contato multifocais ou monofocais, com

monovisão (a visão funcional de um olho para longe e de outro para perto).

Implante de lentes intraoculares, multifocais ou mono-focais com monovisão.

Esta cirurgia tem duas indicações: para pessoas que se submeteram à cirurgia refrativa a laser e estão com dificul-dades para enxergar de perto e pessoas que fizeram cirurgia de catarata com implante de lente intraocular.

Fonte: Veja Bem - SBO

Presbiopia: a síndrome do braço curto

Oftalmologia

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Novembro 2014 09

Pesquisadores da Suécia, após acompanhar um grupo de homens por quatro décadas, descobriram uma relação entre distúrbios do sono e risco elevado de demência.

Segundo os especialistas, por exemplo, a chance de ter Alzheimer ao envelhecer foi 51% maior entre aqueles que se queixam de insônia e outros problemas para dormir. As conclusões fazem parte de uma pesquisa divulgada nesta semana periódico Alzheimer's & Dementia.

“É importante ressaltar que existem vários fatores, como o exercício físico, que podem influenciar a saúde do cérebro. Assim, concluímos que bons hábitos de sono são também essenciais para manter em dia a saúde do órgão conforme envelhecemos”, explica Christian Benedict, um dos autores do estudo e pesquisador da Universidade Uppsala, na Suécia.

Na pesquisa, a equipe acompanhou cerca de 1 000 homens de 50 anos de idade entre 1970 e 2010. Os autores cruzaram dados sobre relatos de distúrbios do sono e a incidência de demência entre os participantes.

Relação — De acordo com o estudo, os homens que relatavam ter problemas para dormir tiveram um risco 33% maior de desenvolver alguma demência em comparação com

aqueles que não apresentavam distúrbios do sono. No caso específico do Alzheimer, essa chance foi 51% mais elevada. A pesquisa também concluiu que o risco de demência aumentou quando os problemas relacionados ao sono eram apresentados por homens acima dos 70 anos.

“Quanto mais tarde o distúrbio do sono é relatado, maior o risco de o homem desenvolver a doença de Alzheimer. Esses resultados sugerem que as estratégias destinadas à melhora da qualidade do sono no fim da vida podem ajudar a reduzir o risco da demência”, diz Benedict.

Sono - Outras pesquisas já constataram a importância de uma boa noite de sono para o cérebro. Por exemplo, um estudo recente da Universidade de Bonn, na Alemanha, concluiu que uma noite sem dormir causa sintomas de esquizofrenia. Além disso, um trabalho feito nos Estados Unidos e publicado em agosto mostrou que o risco de obesidade é 20% maior em jovens que dormem menos do que seis horas por noite.

Fonte: Veja

Estudo associa insônia a risco de Alzheimer em homens

Professor Christian Benedict

Um projeto de iniciação científica do curso de fisioterapia de uma faculdade em Vitória usa a tecnologia de entretenimento para trabalhar a recuperação de pacientes com doença de parkin-son. Segundo os professores, atualmente, o projeto trabalha experimentando como a 'gameterapia' - terapia através de jogos de videogame - pode auxiliar na melhoria do equilíbrio do paci-ente que tem a doença.

A proposta é da estudante Vivian Oliveira Silva, que montou um projeto aprovado pela comissão de iniciação científica da faculdade. Através do videogame, os pacientes podem ter acesso a vários jogos de ação e, com o auxílio de um tipo de controle remoto, pode jogar até tênis sem ter que ir para uma quadra de esportes, por exemplo. Como a prática exige movimentação corporal, acaba auxiliando na deficiência motora deles e, ao mesmo tempo, divertindo.

“O jogo trabalha os reflexos dos pacientes. Achei essa técnica interessante porque é diferente na fisioterapia. Nós não vemos muitas técnicas s envolvendo a informática nessa recuperação. É uma forma de dinamizar os atendimentos dos pacientes”, contou a estudante.

Segundo os professores, a 'gameterapia' já é utilizada em países como os Estados Unidos e cehgou ao Brasil há dois anos.

É uma terapia adicional à fisioterapia e vem para somar como técnica para recuperação de pacientes com alguma sequela neu-rológica.

Segundo a estudante Vivian, além de se movimentar, os jogos

fazem com que o organismo do paciente libere substâncias que dão prazer. "O paciente não encara o tratamento como uma obri-gação, mas como um momento de diversão", disse.

ServiçoOs atendimentos são realizados todas as quintas, das 8h às

17h, em uma sala da faculdade Católica Salesiana. Os pacientes têm 40 minutos de atendimento fisioterápico toda semana. Os interessados podem procurar a Clínica Integrada de Atenção à Saúde da Católica (Ciasc) pelo telefone 27 3331-8654.

Mal de parkinsonO mal de parkinson uma doença cerebral que causa tremores

e dificuldades para caminhar, se movimentar e se coordenar. A doença afeta homens e mulheres e é mais comum nos idosos.

Os sintomas iniciais são a dificuldade para começar ou conti-nuar os movimentos, como começar a caminhar ou se levantar de uma cadeira. Isso acontece porque os músculos, principalmente os das pernas, ficam rígidos. A doença não tem cura, mas há trata-mentos para melhorar a qualidade de vida dos pacientes.

Pacientes com doença de parkinson no ES são tratados com 'gameterapia’Do G1 ES, com informações da TV Gazeta

Videogame auxilia pacientes com a doença (Foto: TV Gazeta)

Geral

RIO - Dois importantes estudos publicados na revista Nature reforçam ainda mais a teoria de que fatores genéticos estariam por trás do autismo, condição cerebral que há mais de meio século intriga a Ciência. Dentre as contribuições, as pes-quisas identificaram mais de 100 genes envolvi-dos no autismo e o risco de desenvolvê-lo.

O autismo, que aparece mais ou menos em uma em cada 100 crianças, é um transtorno do desenvolvimento que afeta as habilidades sociais, comunicação e linguagem, e muitas vezes se mani-festa antes de três anos de idade.

As mutações novas e herdadas são o principal fator de risco para o desenvolvimento de autismo; somando ambos os tipos de mutações, os dois novos estudos identificaram mais de 100 genes de risco. São de longe os maiores estudos da genética do autismo feito até o momento.

A primeira pesquisa, que envolve 37 institui-ções científicas internacionais, analisou o genoma de 3.871 autistas e 9.937 pessoas sem o transtorno. O segundo, capitaneado pelo Cold Spring Harbor Laboratory de Nova York, levantou os genomas de 2,5 mil famílias que tenham ao menos uma criança autista, com um foco particular nas mutações

novas, aquelas que não apareciam nos genes dos pais.

Estas mutações novas são parte da razão de que a influência genética no autismo era subesti-mada nos estudos iniciais: apesar de ter uma causa genética, esses casos não tinham relações familia-res óbvias.

- Nossos óvulos e espermatozóides sofrem mutação ao longo do tempo, e isso é parte do meca-nismo de geração da diversidade humana - diz Anjo Carracedo, da Universidade de Santiago de Compostela e co-autor do primeiro estudo.

Os resultados têm implicações imediatas para o diagnóstico genético do autismo, que agora taxa de previsão do transtorno para 20%. Apesar de a precisão ainda ser baixa, as pesquisas abrem cami-nho para o aperfeiçoamento desse método.

Os trabalhos também forneceram um quadro teórico mais completo de quantas mudanças gené-ticas se combinam para afetar o cérebro de crian-ças com autismo ", mas também sobre a base gené-tica que nos faz seres humanos sociais ". Logica-mente, esses mesmos genes deve ser, quando funcionando corretamente, a lógica das estruturas sociais do cérebro.

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SaúdeES10Ciência e saúde é aqui!

Novembro 2014

Projeto tem como objetivo criar pílula que, uma vez na corrente sanguínea, libera pequenas partículas capazes de identificar atividades anormais no orga-

nismoO Google anunciou que está trabalhando no desenvol-

vimento de uma cápsula que, uma vez ingerida, é capaz de detectar a presença de um câncer ou outras doenças, como as cardíacas. Segundo a empresa, a ideia é que a pílula libe-re, na corrente sanguínea do paciente, nanopartículas que identificam alterações bioquímicas no organismo e que, por meio de sensores, transmitem essas informações a um computador portátil.

Em comunicado, o Google afirmou que o diagnóstico precoce do câncer é fundamental para aumentar a taxa de sobreviventes entre pacientes com a doença e lamentou que, em alguns tumores, como o de pâncreas, esse tipo de detecção ainda não seja viável.

O novo projeto é conduzido pelo Google X, divisão da empresa dedicada a pesquisas em inovações. Recentemen-te, a companhia anunciou outras iniciativas em saúde,

como lentes de contato que ajudam pessoas a tratar o diabe-tes e uma colher antitremor desenvolvida para pacientes com Parkinson.

TecnologiaEm uma conferência realizada nesta terça-feira na Cali-

fórnia, Andrew Conrad, chefe científico do Google X, explicou que as nanopartículas da cápsula devem conter

um material magnético, além de anticorpos ou proteínas capazes de ligar-se a diferentes moléculas do organismo. Assim, um dispositivo portátil usado pelo paciente pode-ria, por meio de sensores, recolher as informações das nano-partículas, interpretá-las e descobrir se há alguma ativida-de anormal no corpo do indivíduo.

“Como o núcleo dessas partículas é magnético, você pode identificá-las em qualquer lugar do corpo. Essas pequenas partículas se espalhariam pelo organismo e, depo-is, nós as reuniríamos de volta em um lugar e perguntaría-mos: 'Então, o que você viu? Você encontrou um câncer? Você identificou algo que se parece com um quadro de ataque cardíaco? Você encontrou excesso de sódio?'”, disse Conrad.

De acordo com o Google, o projeto da cápsula para detectar o câncer está em fase inicial, e estima-se que as pesquisas serão concluídas em cinco a sete anos.

Fonte: Veja (Com agência EFE)

Estatísticas anuais da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que os homens vivem, em média, seis anos a menos que as mulheres, isso ocorre devido a falta de cuidados com a saúde e o desinteresse em consultas regulares. Os dados são ainda mais preocupantes. Em 2014, o Brasil deve registrar 576.580 mil novos casos de câncer. Do total, a previsão é que 52% da ocorrên-cia da doença seja registrada entre homens, de acordo com levan-tamentos realizados pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca).

Muitas doenças poderiam ser evitadas se os homens procuras-sem os centros de saúde com frequência, mas grande parte deles resiste em buscar ações preventivas. Uma das principais barreiras vem da cultura machista de rotular o homem como um ser inatin-gível em que o simples fato de procurar ajuda médica seja sinal de fraqueza. Consequentemente, os serviços de saúde seriam dirigi-dos para os mais frágeis como as crianças, mulheres e idosos. O Ministério da Saúde vem criando políticas e ações para tentar quebrar estes paradigmas e aumentar a procura dos serviços de saúde pelos homens brasileiros. Ter cuidado consigo é extrema-mente importante. É esta lógica que nós oncologistas estamos tentando trazer para o sistema.

Dados da Organização mundial da Saúde mostram que os homens morrem mais cedo que as mulheres, vivendo aproxima-damente até os 70 anos de idade. Dos 20 anos aos 40, as causas da

mortalidade são acidentes, violência e homicídios; após os 40 anos, entre os principais fatores estão os acidentes vasculares cerebrais, infartos e o câncer de próstata.

Estudos realizados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) anualmente mostram que 62.3% das mulheres fazem consultas de rotina, em contrapartida, 46,7% dos homens visitam os consultórios. As estatísticas também apontam que as mulheres buscam mais serviços para realização de exames de rotina e prevenção (40,3% mulheres e 28,4% homens), enquanto os homens procuram serviços de saúde principalmente por motivo de doença já manifesta (36,3% homens e 33,4% mulheres).

Ainda temos muito que progredir para incentivar o sexo mascu-lino a buscar a prevenção. A criação de campanhas de conscientiza-ção em prol desta causa é indispensável. O fato é que a dor ainda é o principal motivo que os leva a procurar um médico, mas se os homens adotassem o hábito de irem a consultas de rotina, e procu-rassem especialistas frequentemente, antes mesmo dos sinais da dor, os números poderiam ser mais favoráveis.

*Evanius Garcia Wiermann, oncologista e presiden-te da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica

(SBOC). Este texto foi publicado no dia 12/09/2014 pelo jornal Hoje em Dia

O homem e os cuidados com a saúde* Por Evanius Garcia Wiermann

Geral

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SaúdeESCiência e saúde é aqui!

Novembro 2014 11

Por Flávia Duarte - Revista do Correio Brasiliense

No câncer, tudo é superlativo. A começar pelo susto de receber o diagnóstico. A incidência da doença é altíssima e em escala mundial. Nos países em desenvolvimento,

são 7 milhões de novos casos a cada ano, sendo que 4.820 pacien-tes vão a óbito. Esses números não são tão menores em países desenvolvidos: são 5,5 milhões de casos anuais e 2 milhões de mortes. Além disso, milhões são investidos na busca por novos tratamentos.

Para que a batalha contra esse mal seja vitoriosa, milhares de cientistas em todo o mundo se debruçam sobre microscópios e equipamentos de última geração para tentar entender o compor-tamento dos tumores e descobrir a fórmula mágica para detê-los. Um grupo desses pesquisadores está concentrado no Centro de Pesquisa e Desenvolvimento da Pfizer, em La Jolla, em San Diego, na Califórnia. São cinco prédios, nos quais estão instala-dos laboratórios e equipamentos especializados em biologia computacional e estrutural, design molecular, metabolismo de medicamentos, química de alto rendimento e farmacologia.

Desses esforços se espera, senão a cura, a descoberta de trata-mentos que melhorem a sobrevida dos pacientes. Um longo caminho já foi percorrido desde os anos 1980, quando ganhou força a administração de citóxicos e de quimioterapia. Esse tipo de droga tem a desvantagem de destruir as células saudáveis além das cancerígenas. Na década passada, muito se falou de terapia-alvo e da possibilidade de “mirar” o tumor. Agora, as apostas são em medicina de precisão, aquela que estuda a genéti-ca do tumor e personaliza o tratamento, usando medicamentos específicos para cada pessoa, com respostas muito mais eficien-tes.

A Revista do Correio conversou com o oncologista Roberto Uehara, médico da Pfizer da América Latina, para traduzir esses termos médicos que indicam os avanços da oncologia. “Estamos falando de pacientes com doença incurável e avançada. O objeti-vo é fazer com que eles vivam mais e com qualidade. E também minimizar a chance de a doença voltar”, resume o especialista.

Apostas da ciência

Terapia-alvo“É quando existe um medicamento o qual se sabe exatamente

onde ele vai atuar. Essa terapia-alvo é interessante porque já está vindo a segunda geração do mesmo remédio. Para aqueles paci-entes que ficaram resistentes, desenvolveu-se a mesma droga, da mesma classe, contra o mesmo tipo de alvo, só que de segunda geração, que vai combater a resistência daquele tumor.”

Medicina de precisão“Em uma população de 10 pessoas com câncer de pulmão,

por exemplo, você faz um teste genético do tumor para saber quem vai se beneficiar com aquele tratamento. Na prática, é retirado um pedaço do tumor e feito um teste para saber se ele tem aquela mutação para qual a medicação é indicada. Isso bene-ficia o paciente porque ele não vai receber uma terapia que não precisa e terá menos efeitos colaterais. Um exemplo é um tumor hematológico chamado mieloma. Existem várias drogas para tratar esse tumor, mas não se sabe qual dar para qual paciente. Então o que se faz? Dá um, não funciona. Quando progride, dá outro. Tem alguns tumores que você sabe qual é a mutação, mas não sabe qual a droga-alvo para a mutação.”

Imuno-oncologia“O tratamento imunológico não é novo, mas agora está vindo

uma imunoterapia nova, mais assertiva porque sabe-se em que parte do sistema imunológico exatamente ela vai atuar. Dessa maneira, estão tentando descobrir qual o marcador que vai sele-cionar melhor o paciente. Esse é o esforço da medicina hoje. Na imunoterapia, basicamente, busca-se que o sistema imunológico combata o tumor. Esse é o objetivo maior. Uma das teorias é que o câncer é uma célula do seu corpo e o sistema imunológico pro-cura combater aquilo que é extremamente diferente, como uma bactéria ou um vírus. Como a célula do tumor se parece com você, o sistema imunológico fica meio confuso. É célula do cor-po, mas não é, pois algumas coisas são diferentes. Esse é um mecanismo inteligente que o tumor criou para escapar do sistema imunológico. Uma das coisas que essas drogas fazem é tentar estimular o sistema imunológico para ele que identifique, de maneira mais eficiente, que aquilo é célula de câncer e passe a atacá-la.”

VacinasO conceito tradicional de vacinas é quando você pega um

agente estranho e coloca em contato com seu sistema imune,

como é feito com a vacina da gripe, da tuberculose. Pega-se uma parte da bactéria, coloca em contato com o soro humano. Então, é produzido um anticorpo especificamente contra aquilo e, depois, injetado na pessoa, que fica imunizada. Com o câncer, estão tentando fazer a mesma coisa. Existe uma vacina aprovada para o câncer de próstata, por exemplo. Tira-se um fragmento do tumor, prepara aquilo no laboratório com células do paciente e injeta na pessoa de novo. Esse é o conceito clássico da vacina e pode ser usado quando a doença é metastática.”

Epigenética“Quando se controla a expressão dos genes, especialmente os

que são relacionados ao câncer, pode-se controlar o desenvolvi-mento, a disseminação e a progressão dos tumores. Há alguns tumores que a gente sabe: se ele tiver determinado gene, será mais ou menos agresssivo. Esse gene está superativado naquele câncer. Ao inibi-lo sem destruir a célula, consigo evitar que esse gene mande a sinalização de progressão e de divisão celular.”

Biomarcadores“Como o próprio nome diz, é um marcador biológico, que vai

dar alguma informação específica. Por exemplo, um biomarca-dor pode dizer que tal tumor é positivo para aquela mutação genética, ou não, se vai ser sensível à determinada terapia.”

Anticorpo monoclonal“Esse anticorpo é uma molécula grande. Não é como os

outros fármacos de moléculas sintéticas, que entram na célula tumoral. O anticorpo monoclonal, como é grande, fica do lado de fora da célula. Existem substâncias na membrana celular que são como chave e fechadura, e o anticorpo monoclonal tem de se encaixar exatamente naquela fechadura, que só aquela célula tem. Assim, é possível combiná-lo com a quimioterapia e a medi-cação só vai chegar naquela célula específica, na qual o anticorpo se ligou. O tratamento é mais específico e com menos efeitos adversos. Temos dois fármacos assim para doenças hematológi-cas, por exemplo.”

Angiogênese“Para o tumor crescer e se proliferar dentro do paciente, um

dos mecanismos é secretar substâncias que vão produzir e gerar vasos sanguíneos, que vão sair do tumor para outras partes do corpo. Por que ele faz isso? Porque ele quer sangue, oxigênio e nutrientes. Assim, ele se dissemina. Quando esse processo de angiogênese é bloqueado, o tumor é controlado. Os medicamen-tos antiangiogênicos bloqueiam a formação de novos vasos e agridem o tumor. É como se ele morresse por inanição.”

Dicionário do câncer: conheça os termos médicos que indicam avanços da oncologiaGeral

O Oxivir encabeça uma nova geração de germicidas e virucidas criados para desinfetar superfícies de ambientes voltados especialmente ao atendimento de saúde.

Com a possível chegada do mortal vírus Ebola, o Espírito Santo larga na frente e depois da realização vitoriosa de um fórum internacional de higienização hospitalar no final de setembro, o HIGIHOSP 2014, decide em comum acordo com a comunidade cientifica local, que o nosso Estado será um dos primeiros Estados brasileiros a começar a testar um dos mais modernos produtos para higienização de ambientes do mundo.

Trata-se do Oxivir, super-produto recém-lançado nos Estados Unidos e, até o momento, testado com enorme sucesso apenas em SP e no Rio Grande do Norte.

Descrito por uma combinação de identificações químicas fora da compreensão pelos leigos, resultante das pesquisas mais avançadas já desenvolvida neste setor.

O Oxivir encabeça uma nova geração de germicidas e virucidas criados para desinfetar superfícies de ambientes voltados especialmente ao atendimento de saúde. Mas também pode ser aplicado com segurança em instalações dedicadas a processos industriais, atividades comerciais, empreendimentos de logística, hospedagem de pessoas, transporte de passageiros, educação de crianças, adolescentes e adultos, práticas esportivas, abrigo de animais e outros mais.

Seu uso foi liberado pelas mais importantes agências de vigilância sanitária do Primeiro Mundo. Isto aconteceu porque o Oxivir está de acordo com os mais rígidos protocolos de segurança aceitos internacionalmente em termos de respeito à vida e ao meio ambiente. O mesmo aconteceu aqui no Brasil, País no qual as normas de esterilização de hospitais, clínicas, laboratórios, postos de atendimento médico e demais setores estão cada vez mais rígidas.

Isto alcança administrações federal, estaduais e municipais, publicas e privadas de saúde e entidades de controle e fiscalização, órgãos de representação de classe e gestores em geral, sejam de atividade pública ou privada e requer que todos busquem soluções comprometidas com os mais elevados padrões de qualidade e

excelência. É neste sentido que a empresa capixaba MQuintão Serviços

Hospitalares , depois de já ter lançado no final de setembro , o projeto do CHS (Centro de Higienização do Sudeste) que promete, segundo autoridades e lideranças do setor saúde, virá a ser a maior central de serviços e produtos específicos para limpeza e higienização de hospital da região sudeste. Eles já estão se preconizando para formatar um sistema emergencial de contenção

e bloqueio de epidemias como Ebola e outras.Essa empresa que recebeu vários prêmios nesse ano por sua

atuação pioneira, que já atua na área da saúde a mais de 4 décadas e seguindo a linha dos outros Estados , e hoje atua com uma super equipe de ASG (auxiliar de Serviços Gerais) “Higienistas” em vários hospitais do ES, está incorporando o Oxivir à matriz de insumos da sua prestação de serviços de alta complexidade através da BRILHO (Brigada de Limpeza Hospitalar Ostensiva) que é uma equipe de profissionais treinados para a higienização de ambientes de alta complexidade e com uma contaminação especifica como : UTI´s , CTI´s , Laboratório , Pronto Socorros e Salas Cirúrgicas de Grande Cirurgias.

Esse produto deverá ser testado nos maiores hospitais do ES por se tratar de um produto de altíssima performance, que não utiliza água e que não existe similar em nosso Estado.

Segundo o Presidente do Grupo, o Administrador Hospitalar Dr Mauro Freitas Quintão Todos os procedimentos dentro da manipulação e do transito do paciente suspeito de Ebola , devem ser conduzidos em cabines e ambulância de segurança biológica Classe III ou cabines de Classe II usadas em associação com roupas de proteção pessoal com pressão positiva e ventiladas por sistema de suporte de vida.

É recomendada a supervisão de profissionais com experiência de higienização e ambientes contaminados e bloqueio de possíveis catástrofes biológicas. O apoio 24h de um Bioquímico com expertise em Microbiologia é primordial.

Para isso os governos deve lançar mão de mecanismos jurídicos como a lei 8666 que permite a contratação emergencial de profissionais com NOTÓRIO saber.

O Vírus não é uma pessoa que escolhe a quem ele pode ou não contaminar e por isso toda cautela e precaução ainda é poça diante de um micro-organismo que poço conhecemos. Devemos ter a humildade em reconhecer que conhecemos pouco e para manipular e higienizar esses ambientes se exigirá um aparato de EPIs (matérias de segurança) específicos para a situação de bloqueio de catástrofe.

A medicina de precisão trabalha a partir do perfil genético do paciente e do tipo de tumor que o aflige

Hospitais do ES começam a testar super virucida contra o vírus ebola

Dr Mauro Freitas Quintão

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SaúdeES12Ciência e saúde é aqui!

Novembro 2014

Por Zulmira Furbino - Saúde Plena

Iniciativa ressalta a necessidade dos exames de pre-venção da doença, que acomete um a cada seis homens no BrasilNa segunda-feira, 3, quando as luzes do Congresso

Nacional foram tomadas por uma iluminação azul, foi dada a largada para a campanha de conscientização sobre o câncer de próstata, idealizada pelo Instituto Lado a Lado pela Vida, em parceria com a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU). A ideia do Novembro Azul é desmistificar a doença, que, segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), acomete um a cada seis homens no Brasil. As estimativas mostram que 69 mil novos casos deverão ser diagnosticados somente em 2014 no país, um a cada 7,6 minutos. E o pior é que cerca de 13 mil brasileiros vão morrer em decorrência da doença, o que significa um óbito a cada 40 minutos.

Depois do aparecimento dos sintomas, mais de 95% dos casos de câncer de próstata já se encontram em fase avançada. Daí a importância da realização do exame regular através do toque retal e do PSA, orienta o presi-dente da SBU, Carlos Corradi Fonseca. De acordo com ele, o câncer de próstata rouba do homem 7,3 anos de vida na comparação com as mulheres e isso ocorre por-que eles não se cuidam.

“Pessoas do sexo masculino não costumam ir ao médico porque acham que são super-homens, e o cân-cer de próstata, quando não é detectado no início, rara-mente tem cura”, sustenta. O urologista recomenda que, a partir de 50 anos, todo homem deve fazer o exame periódico. Se houver histórico familiar e se a pessoa for negra ou obesa, a recomendação é procurar um urolo-gista a partir dos 45 anos.

Fonseca alerta que o câncer de próstata é assintomá-tico em sua fase inicial. “O exame de toque e o PSA, feito por meio da coleta de sangue, detectam a maior parte dos tumores em fase inicial, e, nesses casos, as chances de cura são de 90%”, avisa. Segundo ele, os tumores variam entre os pouco, os medianos e os muito agressivos. “No caso de ser diagnosticado um câncer pouco agressivo, é possível pensar num tratamento ini-cial a partir de uma observação vigilante. Se ele é médio ou muito agressivo, o tratamento deve ser iniciado logo que é dado o diagnóstico, principalmente com cirurgia ou radioterapia”, explica. A cirurgia, assegura, é o trata-mento com maior índice de cura. Quando a doença se espalha, a saída é a hormonoterapia, por meio da qual a produção de testosterona no organismo é inibida, mas isso só ocorre nas fases mais avançadas.

Para o professor da Faculdade de Medicina da Uni-versidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e urologis-ta do Instituto Biocor, Daniel Xavier Lima, a boa notícia é que muitos tabus já caíram no que se refere à disposi-ção dos homens de enfrentarem seus medos e preconce-itos quanto ao exame de toque, essencial para o diag-nóstico da doença. “O que existe, ainda, são informa-ções desencontradas”, garante. De acordo com ele, um estudo norte-americano sustentou que não houve redu-ção da mortalidade por câncer de próstata em função do rastreamento. “Trata-se de um estudo isolado que, infe-lizmente, teve muita repercussão porque muitos médi-

cos generalistas interpretaram que não seria mais preci-so fazer os exames”, explica. Por causa disso, o próprio Ministério da Saúde retirou o exame de próstata da roti-na obrigatória. Assim, a dificuldade de conscientizar as pessoas aumentou, principalmente na rede pública, onde o paciente é, em geral, menos esclarecido (ou rece-be menos esclarecimentos).

“Leciono no Hospital das Clínicas e observo que os pacientes já não estão sendo encaminhados para o ras-treamento. Isso vai levar, daqui a alguns anos, a um aumento no número de tumores avançados”, garante Lima. De acordo com ele, o rastreamento é responsável por 40% da redução das mortes por câncer de próstata de 1990 para cá. “Esse procedimento ficou mais popu-larizado a partir de meados da década de 90, com a realização do PSA e do toque. Nada pode justificar essa redução na procura a não ser a sua diminuição, até porque o número de diagnósticos aumentou”, alerta.

Bruno Ferrari, oncologista e presidente do conselho administrativo da rede Oncoclínicas do Brasil, chama atenção para outro problema: o câncer de próstata não acomete apenas os idosos, mas é a partir dos 50 anos que sua frequência começa a aumentar. Depois da cirurgia, as duas maiores sequelas, segundo ele, são a incontinên-cia urinária e a disfunção erétil. Ambas têm tratamento e podem ser revertidas. “São essas duas coisas que afas-tam o homem do diagnóstico. Mas é preciso lembrar que, quanto mais precoce é o tratamento, menos muti-lante ele é.” A campanha Novembro Azul é realizada há cinco anos e, de lá para cá, de acordo com o oncologista, houve um pequeno aumento no número de diagnósticos precoces. “Precisamos envolver toda a sociedade, e não apenas os médicos. A gente vê poucos casos sobre a doença na mídia. As celebridades não aparecem mor-

rendo de câncer de próstata”, lembra.

FisioterapiaPara ajudar os pacientes na recuperação durante o

pós-operatório, uma das recomendações é a fisioterapia para disfunções do assoalho pélvico. De acordo com a fisioterapeuta Maria Cristina da Cruz, responsável pelo serviço no Hospital ds Clínicas, o tratamento consiste em educar o paciente sobre a forma como o corpo vai funcionar depois da cirurgia e sobre qual será o seu papel em sua própria recuperação.

Ela chama a atenção para o fato de que o tratamento difere de pessoa para pessoa. “Não adianta fazer exercí-cios genéricos. Para haver resultado, as contrações devem ser adequadas e os exercícios, específicos para cada caso”, lembra. De acordo com ela, além de tomar consciência da própria musculatura e de fazer os exercí-cios, alguns homens precisam passar pela eletroestimu-lação e biofeedback, que permite ao paciente visualizar a qualidade das contrações.

Não adianta fugir» Entre 10% e 20% dos casos não são detectados pela

dosagem de PSA no sangue. O exame de toque e o PSA são complementares

» Fatores de risco: idade, histórico familiar, raça (maior incidência em negros), alimentação inadequada, sedentarismo, obesidade

» Prevenção: não é possível evitar a doença. Mas pode-se diagnosticá-la precocemente, quando as chan-ces de cura são de cerca de 90%.

Fonte: Instituto Lado a Lado pela Vida

Novembro Azul: Campanha de conscientização sobre câncer de próstata tinge monumentos pelo país

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