usinas nucleares

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“Revisão estratégica do governo deve excluir quatro novas usinas nucleares.” O Estado de São Paulo. Quarta-feira, 1 de junho de 2011. Victor Manuel Leonardo Brandão Usinas Nucleares As usinas nucleares são uma fonte de energia muito polêmica, e isso não é de hoje. Elas trazem muitos benefícios para as áreas em que estão instaladas, porém trazem também muitos riscos e, portanto, portanto deve-se analisar muito bem a área e a tecnologia que a usina usará antes de implantá-la no lugar. O funcionamento das usinas nucleares se dá pela fissão do núcleo do Urânio enriquecido (urânio-235) que provoca a liberação de nêutrons quando ele se quebra e esses nêutrons quebram mais núcleos de urânio e assim por diante, formando uma reação em cadeia. Essa fissão gera calor que aquece a água em volta das varetas de urânio, que vira vapor e gira uma turbina e assim a energia é gerada. O reator é resfriado por um fluxo constante de água, normalmente vinda do mar, e que depois de resfriar o reator volta para o mar, só que mais quente e isso pode ser prejudicial para o ecossistema local. A principal diferença entre uma usina nuclear e uma bomba atômica é que na usina, as reações de fissão são controladas e por isso a usina não explode. Na teoria as usinas nucleares são fontes muito boas de energia, comparadas as outras, pois elas não causam tanto dano ao

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Page 1: Usinas Nucleares

“Revisão estratégica do governo deve excluir quatro novas usinas nucleares.”

O Estado de São Paulo. Quarta-feira, 1 de junho de 2011.

Victor Manuel

Leonardo Brandão

Usinas Nucleares

As usinas nucleares são uma fonte de energia muito polêmica, e isso não é de

hoje. Elas trazem muitos benefícios para as áreas em que estão instaladas, porém

trazem também muitos riscos e, portanto, portanto deve-se analisar muito bem a área e

a tecnologia que a usina usará antes de implantá-la no lugar.

O funcionamento das usinas nucleares se dá pela fissão do núcleo do Urânio

enriquecido (urânio-235) que provoca a liberação de nêutrons quando ele se quebra e

esses nêutrons quebram mais núcleos de urânio e assim por diante, formando uma

reação em cadeia. Essa fissão gera calor que aquece a água em volta das varetas de

urânio, que vira vapor e gira uma turbina e assim a energia é gerada. O reator é

resfriado por um fluxo constante de água, normalmente vinda do mar, e que depois de

resfriar o reator volta para o mar, só que mais quente e isso pode ser prejudicial para o

ecossistema local. A principal diferença entre uma usina nuclear e uma bomba atômica é

que na usina, as reações de fissão são controladas e por isso a usina não explode.

Na teoria as usinas nucleares são fontes muito boas de energia, comparadas as

outras, pois elas não causam tanto dano ao meio ambiente e conseguem produzir

grandes quantidades de energia. O único porém, é que num acidente o material

radioativo das usinas vaza para o ambiente. Em Chernobyl, por exemplo, os operários

não tiveram os cuidados necessários na hora de fazer uma observação do reator

funcionando com pouca energia e ele saiu de controle e explodiu. Os moradores

vizinhos foram avisados somente 30 horas depois do acontecido e vários ja tinham sido

expostos à radiação. As consequências desse erro se mostram até hoje, pois ainda que

a usina tenha sido coberta por concreto, a cidade virou uma cidade-fantasma, várias

pessoas morreram a curto e longo prazo, e outras sofrem o efeito da radiação até hoje,

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pois ela pode ser passada de pais para filhos tambêm, porque é o DNA das pessoas que

se altera.

Fotos de Chernobyl, antes e depois da explosão da usina nuclear. (antes em cima, depois em baixo)

No Brasil, está sendo gerada uma polêmica em torno da construção da usina

nuclear Angra-III, que já está há muito tempo “pronta” para ser construída, mas a sua

tecnologia é uma tecnologia alemã muito antiga e isso aumenta os riscos de algum

acidente na usina. Também não sabem se devem desativar as usinas Angra-I e Angra-II,

pois a tecnologia das duas é a mesma tecnologia vinda da Alemanha. Como elas

produzem a maior parte da energia do Rio de Janeiro e para desativá-las seria um custo

muito alto, o melhor a fazer é deixá-las funcionando como estão no momento e fazer

constantes manutenções, pois esta tecnologia não é mais tão confiável e muitas novas

já surgiram.

Como dito na reportagem: “A construção de quatro novas usinas nucleares até

2030, prevista nos planos estratégicos do governo, está sob reavaliação da Empresa de

pesquisa Energética(EPE). O novo Plano Nacional de Energia (PNE), levará em conta a

oportunidade política de expansão do programa nuclear brasileiro seguir adiante.”

O maior problema em torno da construção dessas usinas é o medo mundial que

está girando em torno delas atualmente, em sua maior parte pela usina nuclear de

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Fukushima, no Japão. Vários países já estão com planos de desativar algumas ou todas

usinas nucleares, como Alemanha ou China, porém isso provavelmente não será feito,

pois esses países não sobreviveriam sem essas usinas.

Muitos cientistas em torno do mundo estão apoiando a construção de novas

usinas nucleares e assim diminuir também os gases poluentes emitidos por outros tipos

de energia, em sua maioria, pelas usinas termoelétricas. Eles acham que são casos

isolados que dão errado, como em Fukushima, que a explosão se deu por conta do

maremoto, que atingiu as usinas e por isso somente algumas proteções devem ser

tomadas para que as usinas fiquem seguras para serem instaladas em qualquer lugar.

Essa é uma questão muito polêmica; os dois lados devem ser apresentados e as

soluções para isso devem ser pensadas, mas a cada dia novas tecnologias estão

surgindo, então devemos nos basear no passado para corrigir os erros para o futuro e

assim tudo ficar mais seguro.

Referência Bibliográfica:

SAMARCO, Christiane. SALOMON, Marta. Revisão estratégica do governo

deve excluir quatro novas usinas nucleares, O Estado de São Paulo, Brasília,

Jun. 2011, Disponível em: < http://www.estadao.com.br/noticias/vidae,revisao-

estrategica-do-governo-deve-excluir-quatro-novas-usinas-

nucleares,726421,0.htm > Acesso em: 7º Jun. 2011.