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Urbanismo e Adaptação às Alterações Climáticas As frentes de água João Pedro T. A. Costa 2013-04-10

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Page 1: Urbanismo e Adaptação às Alterações Climáticas As frentes de

Urbanismo e Adaptação às Alterações Climáticas

As frentes de água

João Pedro T. A. Costa

2013-04-10

Page 2: Urbanismo e Adaptação às Alterações Climáticas As frentes de

As nossas cidades mudaram mais depressa do que a nossa capacidade de ajustar o pensamento e,

por essa razão, a crise actual do espaço público é devida à falta de confiança sobre o que

realmente necessitamos hoje. O nosso problema não é de memória; é antes de ajustamento das

nossas ideias ao que deve ser uma forma urbana apropriada, para ir de encontro à realidade

contemporânea da cultura e da sociedade. O que precisamos no desenho urbano de hoje é,

acima de tudo, de recalibrar as nossas ideias à actualidade do nosso tempo.

(…)

É no quadro destas dificuldades que um espaço se abriu na cidade, permitindo expressões de

esperança para a vitalidade urbana. As frentes de água urbanas fornecem-nos esse espaço. “On

the waterfront”, vemos instantes de novos paradigmas de fazer cidade, visões parciais do que

as nossas cidades podem ser. Se a cidade chegar a ser olhada como um reflexo da sociedade e

dos seus problemas, é, em si mesma, um problema sem precedentes. Centralizando-nos nas

frentes de água urbanas, somos capazes de isolar e focalizar respostas específicas para os

problemas de falta de ordem e confusão referidos.

MARSHALL, Richard (2001); Waterfronts in post-industrial cities; Londres; Spon Press; pp.3/4 (tradução do autor).

Page 3: Urbanismo e Adaptação às Alterações Climáticas As frentes de

Primeiro enquadramento para a Lição:

- A incerteza resultante da velocidade de transformação dos fenómenos e da sua compreensão.

(sobre as alterações climáticas e frentes de água)

A incerteza ainda é grande e é pouco provável que venha a ser reduzida. (…) É mesmo provável que, apesar dos

enormes progressos, os fenómenos do século XXI se antecipem à sua previsão comprovada.

OPPENHEIMER, Michael (2010); Ice Sheets, Sea Level Rise, and the Increasing Risk to Deltas; Roterdão; Deltas in Times of Climate Change

(tradução do autor).

Page 4: Urbanismo e Adaptação às Alterações Climáticas As frentes de

Segundo enquadramento para a Lição:

- O estudo de amostras, tipos ou partes do fenómeno urbano como forma de contribuir para a

compreensão do seu todo: as frentes de água.

(a propósito do estudo da morfologia urbana)

Sem entrar em discussões sobre o conceito de cidade, podemos afirmar que esta representa uma realidade

dinâmica; no estudo da cidade, não podemos fazer mais do que agrupar as questões em problemas

organizados, com um aspecto e uma lógica internas.

ROSSI, Aldo (s/d); Consideraciones sobre la Morfología Urbana y la Tipología de la Edificación; Barcelona; documento policopiado, ETSAB-

UPC (tradução do autor).

Page 5: Urbanismo e Adaptação às Alterações Climáticas As frentes de

Sumário da Lição:

1. Sobre a transformação das frentes de água e os ciclos tecnológicos

2. Alterações climáticas e território

3. Urbanismo e adaptação às alterações climáticas, as frentes de água :

Enquadramento

Casos representativos

4. Urbanismo e adaptação às alterações climáticas: novos desafios (a propósito das frentes de água)

5. Sobre o desenho urbano na adaptação das frentes de água às alterações climáticas

Page 6: Urbanismo e Adaptação às Alterações Climáticas As frentes de

1. SOBRE A TRANSFORMAÇÃO DAS FRENTES DE ÁGUA E OS CICLOS TECNOLÓGICOS

Page 7: Urbanismo e Adaptação às Alterações Climáticas As frentes de

O crescimento das cidades esteve sempre correlacionado, ao longo da história, com o desenvolvimento dos

meios de transporte e de armazenamento dos bens necessários para aprovisionar quantitativos

populacionais cada vez maiores, qualquer que fosse a estação do ano. Esteve igualmente correlacionado

com as técnicas de transporte e de armazenamento das informações necessárias à organização do trabalho e

das trocas, (…). Finalmente, a dimensão das cidades dependeu dos meios de transporte e de

“armazenamento” das pessoas, em particular das técnicas de construção em altura, da gestão urbana dos

fluxos e dos serviços (…).

A história das cidades foi assim ritmada pela história das técnicas de transporte e armazenamento de bens (b), de

informações (i), e de pessoas (p). Este sistema de mobilidade, a que chamamos “sistema bip”, está no centro

das dinâmicas urbanas, da escrita à internet, passando pela roda, a imprensa, o caminho-de-ferro, o

telégrafo, o betão armado, a esterilização, a pasteurização e a refrigeração, o carro eléctrico, o elevador, o

telefone, o automóvel, a telefonia, etc. O crescimento horizontal e vertical das cidades tornou-se possível pela

invenção e aplicação destas técnicas.

ASCHER, François (2010 [2001 | 2008]); Novos princípios do urbanismo | Novos compromissos urbanos; Lisboa; Livros Horizonte; pp.21/22.

Page 8: Urbanismo e Adaptação às Alterações Climáticas As frentes de

A primeira industrialização:

Carvão como fonte energética.

Incremento da mobilidade: marítima / fluvial, caminho-de-

ferro.

Explosão dos usos portuários, com localização urbana

central, mediante novos aterros (séc. XIX) em frente à

cidade.

Actividade industrial requer:

- Terrenos planos com acesso à frente de água;

- Acesso ao caminho-de-ferro e/ou porto;

- Relevância do depósito em armazém de proximidade.

Crescimento urbano suportado pela relação directa

emprego => residência.

Ruptura da relação de integração cidade-porto, até então

existente.

Frente de água de Duisburgo na 1ª industrialização (Ruhrort)

Appelbaum, 1991

Page 9: Urbanismo e Adaptação às Alterações Climáticas As frentes de

A segunda industrialização:

Petroquímica como fonte energética.

Incremento da mobilidade: marítima, caminho-de-ferro,

viária, aérea.

Porto afasta-se da cidade, com localização urbana

periférica (jusante), mediante novos aterros (séc. XX).

Actividade industrial requer:

- Afastamento das zonas residenciais (segurança +

reacção à poluição da 1ª industrialização);

- Terrenos planos;

- Acesso ao caminho-de-ferro e/ou porto.

Crescimento urbano suportado pelo incremento da

mobilidade colectiva / individual e zonamento funcional.

Afastamento das funções portuária e urbana.

Decadência das áreas portuárias da 1ª industrialização.

Frente de água de Roterdão na 2ª industrialização (Botlek) e decadência do

território da 1ª industrialização (Kop van Zuid)

Meyer, 1999

Page 10: Urbanismo e Adaptação às Alterações Climáticas As frentes de

Encontramo-nos num momento precário da nossa história.

Enfrentamos perspectivas reais de um degelo

económico à escala da Grande Depressão. A crise do

crédito tem como componente a crise energética

global e a crise da alteração do clima, criando um

cataclismo potencial para a civilização. Não há outra

saída: precisamos de rever radicalmente a forma

como usamos a energia na nossa sociedade

RIFKIN, Jeremy; CARVALHO, Maria da Graça; CONSOLI, Angelo; BONIFACIO,

Matteo (2008); Leading the Way to the Third Industrial Revolution; in:

European Energy Review, special edition, Dezembro de 2008; Groningen;

Castel International Publishers; p.4 (tradução do autor).

Sociedade pós-industrial ou terceira industrialização ?

Page 11: Urbanismo e Adaptação às Alterações Climáticas As frentes de

A terceira industrialização:

Sociedade pós-carbono, desenvolvimento das

“energias limpas”, alterações climáticas.

Porto logístico, porto recreativo.

Que novos paradigmas de mobilidade?

Transformação da actividade industrial:

- Deslocalização das actividades da segunda

industrialização;

- Nova industria tecnológica, não segregada;

- Eficiência logística.

Reestruturação metropolitana suportada pelas redes,

policentrismo, resiliência urbana (sociedade do risco).

Libertação industrial e portuária da frente de água

urbana central (1ª industrialização, continuação) e

periférica (2ª industrialização, novo fenómeno).

Frente de água de Roterdão na 3ª industrialização (Maasvlakte II) e decadência

do território da 2ªindustrialização (Merwehaven, Waalhaven e Eemhaven)

Dick Sellenraad, 2008

Page 12: Urbanismo e Adaptação às Alterações Climáticas As frentes de

2. ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS E TERRITÓRIO

Page 13: Urbanismo e Adaptação às Alterações Climáticas As frentes de

Quadro n.º 1: Esquema síntese dos cenários socioeconómicos A1, A2, B1 e B2, que serviram de base ao 4º Relatório de Avaliação do IPCC. IPCC, 2007

Page 14: Urbanismo e Adaptação às Alterações Climáticas As frentes de

Projeções de subida da temperatura média global, atmosférica e oceânica superficial, para diferentes cenários socioeconómicos, e projeção cartográfica do respetivo

aquecimento no globo, nos horizontes 2020-2029 e 2090-2099. IPCC, 2007b, fig.3.2

Page 15: Urbanismo e Adaptação às Alterações Climáticas As frentes de

Projecção cartográfica da distribuição do aquecimento global, para o cenário A1B, no Verão, no horizonte 2099 (ºC). IPCC, 2007

Page 16: Urbanismo e Adaptação às Alterações Climáticas As frentes de

Subida do Nível do Mar (SLR):

Resulta do aquecimento global, através de 3

processos:

- Expansão térmica dos oceanos;

- Degelo dos glaciares de montanhas e

pequenas massas geladas;

- Degelo e desintegração das massas

geladas da Gronelândia e Antártico.

Subsidência do solo, local/regional, contribui

para o efeito da SRL em territórios

específicos.

Aquecimento médio global v/s SLR. IPCC, Working Group I, 2007

Page 17: Urbanismo e Adaptação às Alterações Climáticas As frentes de

Recent rate:

~3 mm/year

1870/2000:

~2 mm/year

SLR médio global (1870-2000). IPCC, Working Group I, 2007

Page 18: Urbanismo e Adaptação às Alterações Climáticas As frentes de

Quadro n.º 2: Dados Síntese do 4º Relatório de Avaliação do IPCC, 2007

Variação da Temperatura Média

(2090-2099, relativamente a 1980-1999)

Subida do Nível Médio do Mar

(2090-2099 relativamente a 1980-1999)

Cenário Melhor Estimativa Intervalo Provável Intervalos baseados em modelos, excluindo rápidas alterações de

dinâmicas futuras no degelo

Concentrações de CO2 constantes

(ano 2000) 0.6ºC 0.3ºC - 0.9ºC NA

Cenário B1 1.8ºC 1.1ºC – 2.9ºC 0.18m – 0.38m

Cenário A1T 2.4ºC 1.4ºC – 3.8ºC 0.20m – 0.45m

Cenário B2 2.4ºC 1.4ºC – 3.8ºC 0.20m – 0.43m

Cenário A1B 2.8ºC 1.7ºC – 4.4ºC 0.21m – 0.48m

Cenário A2 3.4ºC 2.0ºC – 5.4ºC 0.23m – 0.51m

Cenário A1F1 4.0ºC 2.4ºC – 6.4ºC 0.25m – 0.59m

Fonte: IPCC, 2007

Page 19: Urbanismo e Adaptação às Alterações Climáticas As frentes de

Dinâmica das massas de gelo

continentais e SLR:

Contributo potencial para a SLR a partir

das massas de gelo continental:

- Antárctica ocidental: ~5 m;

- Antárctica oriental: ~52 m;

- Gronelândia: ~ 5 m.

(Michael Oppenheimer, 2010)

As dinâmicas das massas de gelo

constituem processos complexos.

Processo dinâmico das massas de gelo. Michael Oppenheimer (NASA), 2010

Page 20: Urbanismo e Adaptação às Alterações Climáticas As frentes de

Quadro n.º 3: Subida do Nível do Mar (SLR), projeções para 2100

Autor Melhor Cenário Cenário Recomendado Pior Cenário Cenário Extremo ++

Hansen, 2007 - - 2,0m 5,0m

Rahmstorf, 2007*

(cenários IPCC, 2007) 0,5m 0,6m (B1) – 1,0m (A1) 1,4m -

Pfeffer et al, 2008 0,8m 0,8 (por defeito) - 2,0m

Vellinga et al, 2009 0,55m - 1,15m -

Grinsted et al, 2009

(cenário IPCC-A1b, 2007) 0,9m - 1,3m -

Nicholls et al, 2010

(cenário IPCC-A1b, 2007) 0,2m 0,5m – 1,0m - -

Filipe Duarte Santos, 2010

(para Cascais) 0,6m - 1,0m -

Rahmstorf, 2010

(Filipe Duarte Santos, 2011) - 1,4m - -

* Não considerando processos dinâmicos de alteração das massas de gelo

Fonte: Projeto FCT Estuários e Deltas Urbanizados, FA/UTL e FSHS/UNL, 2012

Page 21: Urbanismo e Adaptação às Alterações Climáticas As frentes de

Institution of Civil Engineers UK / Royal Institute of British Architects (RIBA)

SLR médio global (1900-2000) e projeções por modelo para 2100 . Shum et all, 2008

Page 22: Urbanismo e Adaptação às Alterações Climáticas As frentes de

Quadro n.º 4: Subida do Nível do Mar (SLR), projeções para 2100

Entidade / Documento Melhor Cenário Cenário Recomendado Pior Cenário Cenário Extremo ++

Defra, 2006

(Londres 2115, baseado no UKCIP02) 0,55m 1,13m 1,60m -

Dutch Delta Commission, 2008 0,65m 0,85m 1,30m -

Thames Estuary 2100 Plan, 2009 0,20m - 0,90m 2,7m

U.S. Global Change Research Program, 2009 0,60m 0,90m – 1,20m - -

New York (NYCPCC), 2009* 0,30m - 0,75m 1,08m

New York (NYCPCC), 2009

(para o horizonte 2080) 1,0m - 1,4m -

UK Climate Projections, 2009 0,12m - 0,82m 0,93m – 1,90m

California Climate Action Team Report, 2009 (cenários

IPCC, 2007)

0,6m – 1,0m

(B2) -

1,0m – 1,4m

(A1f1) -

California Climate Adaptation Strategy, 2009 (Knowles,

2008) - 1,40m - -

Lincolnshire 2115, Atkins, 2010

(baseado UKCIP02) 0,55m 1,13m 1,60m -

Climate Rotterdam 2100, 2010 - 0,85m 1,20m -

North Carolina SLR Assessment Report, 2010 0,4m 1,0m 1,4m -

Defra, 2010

(Londres 2095, baseado no UKCIP09) 0,37m - 0,53m 0,93m – 1,90m

Filipe Duarte Santos, 2010

(Cascais) 0,6m - 1,0m -

* Não considerando processos dinâmicos de alteração das massas de gelo

Fonte: Projeto FCT Estuários e Deltas Urbanizados, FA/UTL e FSHS/UNL, 2012

Page 23: Urbanismo e Adaptação às Alterações Climáticas As frentes de

Fonte: Travis, Will 2010

Page 24: Urbanismo e Adaptação às Alterações Climáticas As frentes de

3. URBANISMO E ADAPTAÇÃO ÀS ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS, AS FRENTES DE ÁGUA

Page 25: Urbanismo e Adaptação às Alterações Climáticas As frentes de

Dos quatro maiores impactos da subida do nível do (…) o movimento de recuo do território nas

frentes de água é aquele que mais atenção atrai nos países ocidentais. Podemos responder a

esta erosão de três modos. Podemos abandonar as frentes e relocalizar os edifícios e infra-

estruturas longe da linha costeira que se encontra em recuo. Podemos armar estas frentes com

infra-estruturas defensivas. Ou podemos alimentar artificialmente e empurrar as praias em

direcção ao mar. Todas estas soluções têm um constrangimento principal: são muito caras. As

últimas duas têm limitações adicionais. São soluções temporárias, aceitáveis apenas para

pequenas elevações do nível do mar. Além disso, a sua existência pode encorajar o aumento da

densidade do desenvolvimento, tornando as respostas de longo prazo ainda mais difíceis e

caras.

(…)

A ciência diz-nos que as frentes de água mundiais terão um aspecto diferente dentro de cem anos.

PILKEY, Orrin H.; YOUNG, Rob (2009); The rising sea; Island Press, Shearwater Books; pp.159 e 182 (tradução do autor).

Page 26: Urbanismo e Adaptação às Alterações Climáticas As frentes de

O Urbanismo e as alterações climáticas:

(Peter Calthorpe, 2010)

Tem-se centrado essencialmente em perspectivas

de mitigação, designadamente:

- O debate entre a cidade compacta, com a sua

“dieta de carbono”, e as regiões metropolitanas,

“obesas em carbono”;

- As diferentes formas de “comunidades

sustentáveis”:

* A cidade sustentável;

* O bairro sustentável – ecourbanismo (Miguel

Ruano, 1999);

* O edifício (micro-geração, solar, solar passivo);

* A orientação da eficiência energética;

- As “cidades verdes”, reforçando os sumidouros.

Concurso internacional Re:Vision Dallas, solução vencedora

Data + MOOV, 2009

Placa Solar Fotovoltaica do Fórum Universal das Culturas

Barcelona, 2004

Page 27: Urbanismo e Adaptação às Alterações Climáticas As frentes de

A adaptação às alterações climáticas:

Desde o 3º Relatório de Avaliação do IPCC (2001) foram

avançados dados relativos a possíveis impactos

territoriais, motivando estudos desagregados:

- Em Portugal correspondeu ao primeiro relatório do

Projecto SIAM (Santos, Forbes, Moita, 2002).

Conjugação de acontecimentos precipitou a emergência

desta agenda:

- As ondas de choque do Furacão Katrina, em New

Orleans (Agosto de 2005);

- O 4º Relatório de Avaliação do IPCC (2007);

- O Plano de Acção de Bali (Dezembro de 2007),

reforçado pela “visão partilhada para uma acção de

cooperação de longo prazo” (Acordo de Cancún,

Dezembro de 2010);

- O relatório “Working together with water. A living land

builds for its future”, apresentado em 2008 pela

Comissão Delta Holandesa.

New Orleans, depois da passagem do Katrina (29 Agosto 2005)

Deltares, 2010

Page 28: Urbanismo e Adaptação às Alterações Climáticas As frentes de

Quadro n.º 5: Princípios Estratégicos de Adaptação às Alterações Climáticas em Frentes de Água

Autor Perspetiva Princípios Estratégicos de Adaptação

Bruij, Klijn et al, 2009 Inundações Flood prevention Flood protection Flood control

Peel, 2009 Urbana Retreat Defend Attack

Deltares, 2010 Inundações (Proteção Civil) Flood prevention Flood management Post-flood Measures

Costa et al, 2010 Urbana Abandonment Resistence Resilience

Rijke, Veerbeek et al, 2010 Urbana Business as usual Opportunistic Adaptation Active Adaptation

Fonte: Projeto FCT Estuários e Deltas Urbanizados, FA/UTL e FSHS/UNL, 2012

Page 29: Urbanismo e Adaptação às Alterações Climáticas As frentes de

Jacarta, Indonésia, Simulação 3D, sobre fotografia aérea, do impacto estimado da combinação dos fenómenos de subida do nível do mar e de subsidiência dos solos, nos

horizontes 2025 e 2050, por comparação com 2005. Hadi, Susandi, et al, 2007

Page 30: Urbanismo e Adaptação às Alterações Climáticas As frentes de

3. CASOS REPRESENTATIVOS: HOLANDA E ROTERDÃO

Page 31: Urbanismo e Adaptação às Alterações Climáticas As frentes de

As alterações climáticas impõem-se perante nós: uma nova realidade que não pode ser ignorada. As

previsões de subida do nível do mar e as maiores flutuações nas descargas dos rios compelem-

nos para olhar longe para o futuro, para alargar o nosso horizonte e para antecipar

desenvolvimentos que terão lugar mais à frente.

(…)

O desafio da Holanda nos próximos séculos não é apenas uma ameaça; oferece também novas

perspectivas. Mudar a forma como o país é gerido cria novas opções; trabalhar com a água pode

melhorar a qualidade do ambiente e oferece excelentes oportunidades para ideias e aplicações

inovadoras. (…) Afinal, ‘A living land builds for the future’.

VEERMAN, C.P. (2008); Foreword; ; in: Deltacommissie; Working together with water - A living land builds for its future; Wilfried ten Brinke.;

pp.6/7 (tradução do autor).

Page 32: Urbanismo e Adaptação às Alterações Climáticas As frentes de

Esquema territorial síntese das acções nacionais do “Delta Programme”

Deltacommissie, 2008

Esquema territorial do impacto estimado das alterações climáticas na

Holanda, nos horizontes 2050 e 2100

Deltacommissie, 2008

Page 33: Urbanismo e Adaptação às Alterações Climáticas As frentes de

Climate change adaptation: simulations Climate Rotterdam 2100 (2010)

Climate Rotterdam 2100 (2010):

=> Delta Commission, 2008: “Working together with water. A living land builds for its future”

- http://www.deltacommissie.com/en/advies

- SLR scenario: 0.65 – 1.30 m, 0.85 m recommended for planning

=> Netherlands climate research:

- http://www.climateresearchnetherlands.nl

- http://www.rotterdamclimateinitiative.nl/

=> Rotterdam climate proof city, 3 pillars:

- Knowledge: international leading centre for water knowledge and climate change expertise

- Actions: enhance city’s and port attractiveness

- Positioning: innovation and knowledge as an export product

=> Rotterdam’s adaptation strategy:

- Urban water system

- Adaptative building

- Flood management

- Accessibility

- Urban climate

Page 34: Urbanismo e Adaptação às Alterações Climáticas As frentes de

Pavilhão Flutuante (Delta Sync e Dura Vermeer, 2010), um dos sete projectos de disseminação da Estratégia de Adaptação às Alterações Climáticas de Roterdão, um edifício

multifuncional sustentável e totalmente autónomo, exemplar pelo seu efeito emblemático. Fotografia do autor, 2010

Page 35: Urbanismo e Adaptação às Alterações Climáticas As frentes de

Planta síntese da “Rotterdam Water City 2030”.

Roterdam Climate Iniciative, 2010

Page 36: Urbanismo e Adaptação às Alterações Climáticas As frentes de

Climate change adaptation: simulations Climate Rotterdam 2100 (2010)

Water plaza, De Urbanisten, 2009

Page 37: Urbanismo e Adaptação às Alterações Climáticas As frentes de

De Urbanisten and the wondrous water square, De Urbanisten, 2010

Page 38: Urbanismo e Adaptação às Alterações Climáticas As frentes de

De Urbanisten and the wondrous water square, De Urbanisten, 2010

Page 39: Urbanismo e Adaptação às Alterações Climáticas As frentes de

3. CASOS REPRESENTATIVOS: ESTADOS UNIDOS, SÃO FRANCISCO E NOVA IORQUE

Page 40: Urbanismo e Adaptação às Alterações Climáticas As frentes de

A sociedade e os ecossistemas podem adaptar-se a algumas alterações climáticas, mas isso demora

tempo. A rápida velocidade e a grande quantidade de alterações climáticas projectadas para este

século vão desafiar a capacidade da sociedade e dos sistemas naturais em se adaptarem.

Por exemplo, é difícil e caro alterar ou substituir infra-estruturas desenhadas para as décadas

passadas (tais como edifícios, pontes, estradas, aeroportos, reservatórios e portos) em resposta

à continua e/ou abrupta alteração do clima.

Os impactos esperados serão progressivamente mais severos para pessoas e lugares, à medida que

a temperatura aumentar.

(…)

A humanidade soube adaptar-se à alteração das condições climáticas no passado, mas, no futuro, a

adaptação vai ser especialmente desafiante porque a sociedade não se vai ajustar a uma nova

constante, mas antes a situações em rápida alteração (...).

O ‘timing’ e a intensidade dessas mudanças não serão sabidos com segurança.

KARL, Thomas R.; MELILLO, Jerry M.; PETERSON, Thomas C. – ed. (2009); Global Climate Change Impacts in the United States; Nova

Iorque; U.S. Global Change Research Program, Cambridge University Press; pp.10/11 (tradução do autor).

Page 41: Urbanismo e Adaptação às Alterações Climáticas As frentes de

Baía de São Francisco, em 1849 e projecção de subida do nível médio do mar de 1,0m, no horizonte 2100, correspondendo aproximadamente

à inundação de todas as áreas de aterro entretanto construídas

Travis, Will, 2010

Page 42: Urbanismo e Adaptação às Alterações Climáticas As frentes de

Baía de São Francisco, em 1849 e projecção de subida do nível médio do mar de 1,0m, no horizonte 2100,

correspondendo aproximadamente à inundação de todas as áreas de aterro entretanto construídas

Travis, Will, 2010

Page 43: Urbanismo e Adaptação às Alterações Climáticas As frentes de

Climate change adaptation: simulations San Francisco Bay US (2008)

San Francisco Bay (2008):

=> San Francisco observed sea level with trend of 19.3 cm last century

(California Climate Action Team Report, 2006)

=> SFB projected temperature warming scenarios:

- Lower emissions scenario: 3.5 – 5.0 ºC

- Medium emissions scenario: 5.5 – 8.0 ºC

- High emissions scenario: 8.0 – 10.0 ºC

=> SFB projected 2100 sea level rise, reviewing IPCC4AS:

(California Climate Action Team Report, 2009)

- B1 scenario: 0.6 – 1.0 m

- A1f1 scenario: 1.0 – 1.4 m

30 cm increase in sea level rise would shift the 100-year storm surge-induced flood event to once every 10 years

=> Rising Tides Design Ideas Competition, 2008:

www.risingtidescompetition.com

San Francisco Bay, 0.4 m sea level rise simulation

Source: Travis, Will (2010)

Area subject to high tide with 0.4m of sea level rise

Current 100-year flood plain

Page 44: Urbanismo e Adaptação às Alterações Climáticas As frentes de

Climate change adaptation: simulations San Francisco Bay US (2008)

Page 45: Urbanismo e Adaptação às Alterações Climáticas As frentes de

Baía de São Francisco, em 1849 e projecção de subida do nível médio do mar de 1,0m, no horizonte 2100, correspondendo

aproximadamente à inundação de todas as áreas de aterro entretanto construídas

Travis, Will, 2010

Page 46: Urbanismo e Adaptação às Alterações Climáticas As frentes de

São Francisco, Baía Sul (Silicon

Valey), projecção de subida do nível

médio do mar

0,4m, no horizonte 2050

1,4m, no horizonte 2100

Travis, Will, 2010

Page 47: Urbanismo e Adaptação às Alterações Climáticas As frentes de

São Francisco, Baía Central, projecção de

subida do nível médio do mar

0,4m, no horizonte 2050

1,4m, no horizonte 2100

Travis, Will, 2010

Page 48: Urbanismo e Adaptação às Alterações Climáticas As frentes de

São Francisco, Baía Sul (Silicon

Valey), projecção de subida do nível

médio do mar, assinalando as áreas

de desenvolvimento urbano

prioritário e a infra-estrutura viária

principal

0,4m, no horizonte 2050

1,4m, no horizonte 2100

Travis, Will, 2010

Page 49: Urbanismo e Adaptação às Alterações Climáticas As frentes de

São Francisco, Baía Central,

projecção de subida do nível médio

do mar, assinalando as principais

infra-estruturas e parques

0,4m, no horizonte 2050

1,4m, no horizonte 2100

Travis, Will, 2010

Page 50: Urbanismo e Adaptação às Alterações Climáticas As frentes de

Climate change adaptation: simulations San Francisco Bay US (2008)

Page 51: Urbanismo e Adaptação às Alterações Climáticas As frentes de
Page 52: Urbanismo e Adaptação às Alterações Climáticas As frentes de

Nova Iorque: áreas potencialmente afectadas pela maior

inundação de cada 100 anos, incorporando critérios do

IPCC (2007)

Grady, Maroko, Patrick, Solecki, 2009

Page 53: Urbanismo e Adaptação às Alterações Climáticas As frentes de

0.13 m, 2020

0.33 m, 2050

0.58 m, 2080

Nova Iorque: áreas potencialmente afectadas pela maior

inundação de cada 100 anos, incorporando critérios do

IPCC (2007)

Grady, Maroko, Patrick, Solecki, 2009

Page 54: Urbanismo e Adaptação às Alterações Climáticas As frentes de

0.23 m, 2020

0.69 m, 2050

1.35 m, 2080

Nova Iorque: áreas potencialmente afectadas pela maior

inundação de cada 100 anos, incorporando as

observações do degelo na subida do nível do mar

Grady, Maroko, Patrick, Solecki, 2009

Page 55: Urbanismo e Adaptação às Alterações Climáticas As frentes de

0.23 m, 2020

0.69 m, 2050

1.35 m, 2080

Nova Iorque, Baixa de Manhattan: áreas potencialmente

afectadas pela maior inundação de cada 100 anos,

incorporando as observações do degelo na subida do

nível do mar

Grady, Maroko, Patrick, Solecki, 2009

Page 56: Urbanismo e Adaptação às Alterações Climáticas As frentes de

Nova Iorque, Manhattan (sul) e Brooklyn (norte):

jurisdições, solo de controlo governamental e infra-

estruturas críticas

Grady, Maroko, Patrick, Solecki, 2009

Page 57: Urbanismo e Adaptação às Alterações Climáticas As frentes de

0.23 m, 2020

0.69 m, 2050

1.35 m, 2080

Nova Iorque, Baía de Jamaica: áreas potencialmente afectadas

pela maior inundação de cada 100 anos, incorporando as

observações do degelo na subida do nível do mar

Grady, Maroko, Patrick, Solecki, 2009

Page 58: Urbanismo e Adaptação às Alterações Climáticas As frentes de

Nova Iorque, Baía de Jamaica: jurisdições, solo de

controlo governamental e infra-estruturas críticas

Grady, Maroko, Patrick, Solecki, 2009

Page 59: Urbanismo e Adaptação às Alterações Climáticas As frentes de

What if New York City… Design competition, 2008

=> Design based on changing conditions of a

hypothetical neighborhood, Prospect Shore,

after a catastrophic coastal storm hits New

York City:

- Hit by a category 3 hurricane

- 7.0 m ocean elevation

- 210 km/h winds

=> 3 parallel tracks: what happens at the scale of

the city, what happens at the scale of the

neighborhood, and what happens at the scale

of a household

=> 10 winners + 10 honorable mentions

=> Competition:

http://www.nyc.gov/html/whatifnyc/html/home/

home.shtml

=> Results:

http://www.whatifnyc.net/

Page 60: Urbanismo e Adaptação às Alterações Climáticas As frentes de

What if New York City… Design competition, 2008

=> Design based on changing conditions of a

hypothetical neighborhood, Prospect Shore,

after a catastrophic coastal storm hits New

York City:

- Hit by a category 3 hurricane

- 7.0 m ocean elevation

- 210 km/h winds

=> 3 parallel tracks: what happens at the scale of

the city, what happens at the scale of the

neighborhood, and what happens at the scale

of a household

=> 10 winners + 10 honorable mentions

=> Competition:

http://www.nyc.gov/html/whatifnyc/html/home/

home.shtml

=> Results:

http://www.whatifnyc.net/

Page 61: Urbanismo e Adaptação às Alterações Climáticas As frentes de

Nova Iorque: concurso “What if NYC?”, proposta vencedora, propondo estruturas residenciais de emergência flutuantes

Garofalo, Tang, Newell, Casanega, 2008

Page 62: Urbanismo e Adaptação às Alterações Climáticas As frentes de

Nova Iorque, proposta de infra-estrutura

leve para transformar a “Upper Bay”

numa “Palisade Bay”, em cenários de

subida do nível médio do mar.

Nordenson, Seavitt, Yarinsky, 2010

Page 63: Urbanismo e Adaptação às Alterações Climáticas As frentes de

Maryland Department of Planning (MDP) – Sea Level Rise

Page 64: Urbanismo e Adaptação às Alterações Climáticas As frentes de

3. CASOS REPRESENTATIVOS: REINO UNIDO, KINGSTON UPPON-HULL E LONDRES

Page 65: Urbanismo e Adaptação às Alterações Climáticas As frentes de

O futuro das cidades costeiras e estuarinas no Reino Unido é afectado por dois factores: as

mudanças no ambiente físico e os constrangimentos criados pelo homem.

As mudanças no ambiente físico consistem na subida do nível do mar, na diminuição do território e

no aumento da frequência de tempestades. Estas tendências de longo prazo requerem

adaptação urgente.

O que podemos enfrentar, com efeito imediato, são os constrangimentos criados pelo homem na

gestão costeira sustentável a longo prazo. Esses constrangimentos incluem recursos

financeiros limitados, comunicação pouco clara entre numerosos agentes e um planeamento

orientado para um horizonte temporal inapropriado.

ROBINSON, Dickon; HAMER, Ben – coord. (2009); Facing Up to Rising Sea-Levels: Retreat? Defend? Attack? The Future of our Coastal and

Estuarine Cities; RIBA – Royal Institute of British Architects / Building Futures, Institution of Civil Engineers; pp.5 (tradução do autor).

Page 66: Urbanismo e Adaptação às Alterações Climáticas As frentes de

Diagrama de governabilidade para as frentes de

água britânicas

Robinson, Hamer, 2009

Page 67: Urbanismo e Adaptação às Alterações Climáticas As frentes de

Impacto de uma SLR de 2,0m no Reino Unido, RIBA - Royal Institute of British Architects / Institution of Civil Engineers . Robinson, Hamer, 2009

Page 68: Urbanismo e Adaptação às Alterações Climáticas As frentes de

Cenários de alteração do clima e SLR no Reino Unido, Met Office. Jason Lowe et al, 2010

Page 69: Urbanismo e Adaptação às Alterações Climáticas As frentes de

Kingston Upon Hull, carta de zonas de risco de inundação, 2007. Robinson, Hamer, 2009

Page 70: Urbanismo e Adaptação às Alterações Climáticas As frentes de

Kingston Upon Hull, estratégia “Retreat” num cenário de subida do nível médio do mar de 2,0 m para o horizonte 2100. Robinson, Hamer, 2009

Page 71: Urbanismo e Adaptação às Alterações Climáticas As frentes de

Kingston Upon Hull, estratégia “Defend” num cenário de subida do nível médio do mar de 2,0 m para o horizonte 2100. Robinson, Hamer, 2009

Page 72: Urbanismo e Adaptação às Alterações Climáticas As frentes de

Kingston Upon Hull, estratégia “Attack” num cenário de subida do nível médio do mar de 2,0 m para o horizonte 2100. Robinson, Hamer, 2009

Page 73: Urbanismo e Adaptação às Alterações Climáticas As frentes de

Kingston Upon Hull, pormenor planimétrico e simulação tridimensional para as três estratégias, no horizonte 2100. Robinson, Hamer, 2009

Recuar Atacar Defender

Page 74: Urbanismo e Adaptação às Alterações Climáticas As frentes de

Thames Estuary 2100 Plan (2009):

=> Climate change could lead to increases in sea level, storm surge height and peak river flows but the question is by how much

=> SLR in the Thames over the next century due to thermal expansion of the oceans, melting glaciers and polar ice is likely 0.2 – 0.9 m

=> There remains a lot of uncertainty over the contribution of polar ice melt to increasing SLR. At the extreme, SLR may be up to 2.0 m, although this is thought to be highly unlikely

=> Storm surge height and frequency in the North Sea is unlikely to change

=> Peak freshwater flows for the Thames, e.g. at Kingston, could increase by around 40% by 2080

=> Without effective mitigation future generations in London and the Thames estuary may have to deal with climate change which exceeds 2.7 m extreme scenario by 2100

Page 75: Urbanismo e Adaptação às Alterações Climáticas As frentes de
Page 76: Urbanismo e Adaptação às Alterações Climáticas As frentes de

Londres, Risco de inundação atual no Rio Tamisa. Thames Estuary 2100 Plan, 2009

Page 77: Urbanismo e Adaptação às Alterações Climáticas As frentes de

Londres, “Zonas de acção no Estuário do Tamisa”, no horizonte 2100, identificando a laranja a zona 2 – Londres Central, incluindo as subunidades “London City” e

“Wandsworth to Deptford”. Thames Estuary 2100 Plan, 2009

Page 78: Urbanismo e Adaptação às Alterações Climáticas As frentes de

Londres, “unidades territoriais na gestão do risco de

inundações”, no horizonte 2100. Zona 2 – Londres Central,

subunidade “London City”

Thames Estuary 2100 Plan, 2009

Áreas prioritárias para evacuar e oferecer refugio

Edifícios resilientes às inundações

Edifícios resistentes às inundações

Page 79: Urbanismo e Adaptação às Alterações Climáticas As frentes de

Londres, “unidades territoriais na gestão do risco de

inundações”, no horizonte 2100. Zona 2 – Londres Central,

subunidade “Wandsworth to Deptford”

Thames Estuary 2100 Plan, 2009

Áreas prioritárias para evacuar e oferecer refugio

Edifícios resilientes às inundações

Edifícios resistentes às inundações

Page 80: Urbanismo e Adaptação às Alterações Climáticas As frentes de

3. O CASO DE LISBOA E O ESTUÁRIO DO TEJO

Page 81: Urbanismo e Adaptação às Alterações Climáticas As frentes de

Não há uma receita “mágica” para um planeamento de sucesso que responda aos impactos das

alterações climáticas e ao risco de desastres. Não há uma sequência de medidas única, nem de

instrumentos ou processos.

(…) Cada exemplo ilustrativo oferece uma opção potencial. (…)

Todavia, qualquer exemplo deve ser adaptado ao contexto específico de cada cidade, como parte de

uma estratégia de gestão única. As nossas orientações apresentam a medida de sucesso para

uma cidade resiliente baseada em quatro pontos:

- Compreender as ameaças de impacto sobre a vossa cidade;

- Avaliar as características e vulnerabilidades únicas da vossa cidade;

- Aprender com a experiência de outras cidades, e;

- Preparar um plano “your own way”.

A linha comum consiste em adotar a estratégia que melhor prepare a vossa cidade para agir e reagir

com efetividade aos impactos das alterações climáticas e ao risco de desastres.

PRASAD, Neeraj; RANGHIEI, Frederica; SHAH, Fatima; TROHANIS, Zoe; KESSLER, Earl; SINHA, Ravi (2009); Climate Resilient Cities. A

Primer on Reducing Vulnerabilities to Disasters; Washington, D.C.; The World Bank; pp.99/100 (tradução do autor).

Page 82: Urbanismo e Adaptação às Alterações Climáticas As frentes de

Estimativa de aquecimento em Portugal continental para o horizonte 2100, nas estações de Inverno, Primavera, Verão e Outono (temperaturas

máximas).

Santos, Miranda, 2006

Estimativa de variação da precipitação em Portugal continental para o horizonte 2100: variação anual e relativa às estações de Inverno e Verão.

Santos, Miranda, 2006

Page 83: Urbanismo e Adaptação às Alterações Climáticas As frentes de

Estimativa mensal de aumento da temperatura média anual e da variação da precipitação para Cascais, nos horizontes 2050 e 2100. Santos, Cruz, 2010

Page 84: Urbanismo e Adaptação às Alterações Climáticas As frentes de

Proposta de revisão do PROT-AML: Carta de

Multi-Perigos da AML. CCDR-LVT, 2011

Page 85: Urbanismo e Adaptação às Alterações Climáticas As frentes de

Revisão do PDM de Lisboa,

Carta de Riscos Naturais I e

Antrópicos no Município de

Lisboa.

Câmara Municipal de Lisboa,

2011

Page 86: Urbanismo e Adaptação às Alterações Climáticas As frentes de

Registo de inundação na ribeira de

Lisboa, com a Praça do Comércio

durante a inundação de 1945.

Arquivo Fotográfico da Câmara

Municipal de Lisboa, Judah Benoliel

Page 87: Urbanismo e Adaptação às Alterações Climáticas As frentes de

Registo de inundação na ribeira de

Lisboa, com o Cais do Sodré, diante

da Estação Ferroviária, durante a

inundação de 1945.

Arquivo Fotográfico da Câmara

Municipal de Lisboa, Judah Benoliel

Page 88: Urbanismo e Adaptação às Alterações Climáticas As frentes de

Quadro n.º 7: Fatores de cálculo de inundação na ribeira de Lisboa, no horizonte 2100

(incremento relativamente à cota 0,00 da cartografia de terra)

Cenários para 2100

Subida do

Nível do

Mar

Correcção

Cartográfica

Incremento

de Maré

(corrigido)

Ondulação Elevação por

Cheias

Elevação

Meteorológica

IPCC (2007) cenário A1

Rahmstorf (2007) cenário B1

CCIAM - Portugal (2010) cenário B1

0.6

0,16 m

(Antunes,

2011a)

1.92 m

(62 eventos

em 2011)

2.12 m

(21 eventos

em 2011)

2,22 m

(4 eventos

em 2011)

~ 0.20 m

(ondulação

frequente)

a

~0.40 m

(eventos

extremos)

0,15 m

(cheias

progressivas do

Tejo)

+

0,45 m

(“flash flood”

nas ribeiras

urbanas)

0,40 m

(1 evento em 5

anos)

0,50 m

(1 evento em 25

anos)

0,58 m

(1 evento em 100

anos)

Rahmstorf (2007) cenário A1

CCIAM - Portugal (2010) cenário A1

North Carolina SLR AR (2010) cenário recomendado

1.0

Vellinga et al (2009) pior cenário

Defra (2006) cenário recomendado

Climate Rotterdam (2010) pior cenário

1.2

Comissão Delta Holandesa (2008) pior cenário 1.3

Rahmstorf (2007) pior cenário

California CATR (2009) A1f1

North Carolina SLR AR (2010) pior cenário

Rahmstorf (2010) cenário recomendado

1.4

Defra (2006) pior cenário

New York CPCC (2009) pior cenário 1.6

Hansen (2007)

Pfeffer et al (2008) cenário extremo

Thames Estuary Plan (2009) cenário elevado ++

Defra, Londres (2010) cenário extremo

2.0

Projecto FCT “Urbanised Estuaries and Deltas”, FA/UTL e FSHS/UNL, 2012

(articulada com a ARH-Tejo, 2010)

Page 89: Urbanismo e Adaptação às Alterações Climáticas As frentes de

Projecto FCT “Urbanised Estuaries and Deltas” (Arquivo Fotográfico de Lisboa: Artur Inácio Bastos; Paulo Guedes; fotógrafo não identificado. Modelação tridimensional de Luiza

Barone, Saul Sieiro, Ana Raquel Ferrão, Ruben Guerreiro, Ivo Nascimento, Duarte Gameiro, Mónica Fernandes, Joana Almeida)

Page 90: Urbanismo e Adaptação às Alterações Climáticas As frentes de

Projecto FCT “Urbanised Estuaries and Deltas” (Arquivo Fotográfico de Lisboa : fotógrafo não identificado; Eduardo Portugal. Modelação tridimensional de Luiza Barone, Duarte

Gameiro, Mónica Fernandes, Joana Almeida, Alexandra Hancock, Joana Caldeira, Daniela Pinto, Ruben Guerreiro, Ana Raquel Ferrão, Ivo Nascimento)

Page 91: Urbanismo e Adaptação às Alterações Climáticas As frentes de

Projecto FCT “Urbanised Estuaries and Deltas” (Arquivo Fotográfico de Lisboa: fotógrafo não. Modelação tridimensional de Luiza Barone, Deolinda Farinha, Sueli d'Avó, Ana

Catarina Cordeiro)

Page 92: Urbanismo e Adaptação às Alterações Climáticas As frentes de

Projecto FCT “Urbanised Estuaries and Deltas” (Fotografias de Filipe Jorge. Modelação tridimensional de Luiza Barone, Duarte Gameiro, Mónica Fernandes, Joana Almeida,

Joana Matias, Celso Teixeira, Cláudia Moreira, Deolinda Farinha, Sueli d'Avó, Ana Catarina Cordeiro)

Page 93: Urbanismo e Adaptação às Alterações Climáticas As frentes de

Projecto FCT “Urbanised Estuaries and Deltas” (Fotografias de Filipe Jorge. Modelação tridimensional de Luiza Barone, Saúl Sieiro, Alexandra Hancock, Joana Caldeira,

Daniela Pinto)

Page 94: Urbanismo e Adaptação às Alterações Climáticas As frentes de

Levantamento funcional do edificado afetado por uma inundação ribeirinha ao atingir o tipping point da cota 4,5m. Projeto FCT Estuários e Deltas Urbanizados, 2012

Page 95: Urbanismo e Adaptação às Alterações Climáticas As frentes de

Levantamento da tipologia construtiva edificado afetado por uma inundação ribeirinha ao atingir o tipping point da cota 4,5m. Projeto FCT Estuários e Deltas Urbanizados, 2012

Page 96: Urbanismo e Adaptação às Alterações Climáticas As frentes de

Função dominante no piso térreo nos 1.225 edifícios afetados por uma inundação ribeirinha na cota 4,50m. Projeto FCT Estuários e Deltas Urbanizados, 2012

Função dominante nos 1.225 edifícios afetados por uma inundação ribeirinha na cota 4,50m. Projeto FCT Estuários e Deltas Urbanizados, 2012

Page 97: Urbanismo e Adaptação às Alterações Climáticas As frentes de

URBANISMO E ADAPTAÇÃO ÀS ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS: NOVOS DESAFIOS

(A PROPÓSITO DAS FRENTES DE ÁGUA)

Page 98: Urbanismo e Adaptação às Alterações Climáticas As frentes de

As imagens eram duras: com o presságio de um céu cinzento acima, um rio turbulento espumava

pelas traseiras, e uma multidão de pessoas – homens e mulheres – corriam contra o tempo para

se salvarem. Com a temperatura abaixo de zero e uma tempestade de neve tardia para a

primavera, os voluntários trabalhavam de forma precipitada mas eficiente para construir diques,

usando milhões de sacos de areia (…).

A inundação do “Red River” (Mississípi) de 2009 (…) foi a mais rápida inundação de sempre. A

velocidade, juntamente com os 50 centímetros de neve que caíram, esmagou os modelos de

previsão existentes (…).

Não se enganem: o aquecimento global aumenta a probabilidade de inundações como as do “Red

River”. E este fenómeno coloca uma questão central:

Se souberem que uma inundação vem a caminho, vão esperar pelo momento em que a água chegue

à vossa porta ou vão correr para a margem mais perto e começar a encher um saco de areia?

CULLEN, Heidi (2010); The Weather of the Future. Heat Waves, Extreme Storms, and Other Scenes from a Climate-Changed Planet; Nova

Iorque; Harper Collins Publishers; pp.4/5 (tradução do autor).

Page 99: Urbanismo e Adaptação às Alterações Climáticas As frentes de

Urbanismo e Adaptação às Alterações Climáticas, novos desafios:

Construir uma estreita relação entre as duas áreas do saber

Page 100: Urbanismo e Adaptação às Alterações Climáticas As frentes de

Urbanismo e Adaptação às Alterações Climáticas, novos desafios:

Construir uma estreita relação entre as duas áreas do saber

Planear, projectar e gerir o território em cenários de (in)previsibilidade do clima

Page 101: Urbanismo e Adaptação às Alterações Climáticas As frentes de

Urbanismo e Adaptação às Alterações Climáticas, novos desafios:

Construir uma estreita relação entre as duas áreas do saber

Planear, projectar e gerir o território em cenários de (in)previsibilidade do clima

Antecipar impactos: a agenda “what if?”

Page 102: Urbanismo e Adaptação às Alterações Climáticas As frentes de

Urbanismo e Adaptação às Alterações Climáticas, novos desafios:

Construir uma estreita relação entre as duas áreas do saber

Planear, projectar e gerir o território em cenários de (in)previsibilidade do clima

Antecipar impactos: a agenda “what if?”

Novos horizontes temporais para o Urbanismo

Page 103: Urbanismo e Adaptação às Alterações Climáticas As frentes de

Urbanismo e Adaptação às Alterações Climáticas, novos desafios:

Construir uma estreita relação entre as duas áreas do saber

Planear, projectar e gerir o território em cenários de (in)previsibilidade do clima

Antecipar impactos: a agenda “what if?”

Novos horizontes temporais para o Urbanismo

Um novo olhar sobre os factores de risco locais resultantes das alterações climáticas

Page 104: Urbanismo e Adaptação às Alterações Climáticas As frentes de

Urbanismo e Adaptação às Alterações Climáticas, novos desafios:

Construir uma estreita relação entre as duas áreas do saber

Planear, projectar e gerir o território em cenários de (in)previsibilidade do clima

Antecipar impactos: a agenda “what if?”

Novos horizontes temporais para o Urbanismo

Um novo olhar sobre os factores de risco locais resultantes das alterações climáticas

Recuperar ensinamentos relativos ao desenho da cidade

Page 105: Urbanismo e Adaptação às Alterações Climáticas As frentes de

Urbanismo e Adaptação às Alterações Climáticas, novos desafios:

Construir uma estreita relação entre as duas áreas do saber

Planear, projectar e gerir o território em cenários de (in)previsibilidade do clima

Antecipar impactos: a agenda “what if?”

Novos horizontes temporais para o Urbanismo

Um novo olhar sobre os factores de risco locais resultantes das alterações climáticas

Recuperar ensinamentos relativos ao desenho da cidade

Desenvolver soluções de inovação e criatividade no Urbanismo

Page 106: Urbanismo e Adaptação às Alterações Climáticas As frentes de

Urbanismo e Adaptação às Alterações Climáticas, novos desafios:

Construir uma estreita relação entre as duas áreas do saber

Planear, projectar e gerir o território em cenários de (in)previsibilidade do clima

Antecipar impactos: a agenda “what if?”

Novos horizontes temporais para o Urbanismo

Um novo olhar sobre os factores de risco locais resultantes das alterações climáticas

Recuperar ensinamentos relativos ao desenho da cidade

Desenvolver soluções de inovação e criatividade no Urbanismo

Encontrar novas formas de governabilidade

Page 107: Urbanismo e Adaptação às Alterações Climáticas As frentes de

4. SOBRE O DESENHO URBANO NA ADAPTAÇÃO DAS FRENTES DE ÁGUA ÀS ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS

Page 108: Urbanismo e Adaptação às Alterações Climáticas As frentes de

(...) O urbanista veterano (Joe Brown) havia sido recrutado (…) para preparar um plano de reconstrução da

cidade, destruída pelo Furacão Katrina (…).

Uma parte substancial de Nova Orleans podia ser salva, disse, entre acenos e murmúrios de aprovação. Mas

aproximadamente um quarto da cidade encontrava-se em absoluta ruína e mantinha-se sob elevado risco de

inundação futura. Brown passou diagramas, sugerindo a transformação de alguns desses quarteirões em

espaços abertos.

A reacção foi rápida e severa. Um membro da Câmara acusou-o de querer “substituir excelentes bairros por peixes

e animais”, lembra-se. Uma parte dos membros da audiência levantou-se e afirmou “tudo o que queremos é

reaver as nossas casas”. Os urbanistas estavam perplexos.

(…)

(…) A colisão da ciência com a psicologia humana frustra os urbanistas, quando estes procuram proteger as

comunidades do perigo.

COUZIN, Jennifer (2008); Living in the Danger Zone; in: Science, Vol. 319, Issue 5864; p.748 (tradução do autor).

Page 109: Urbanismo e Adaptação às Alterações Climáticas As frentes de

A adaptação da cidade consolidada às alterações

climáticas:

Opções conceptuais de fundo:

- Necessidade ponderar o abandono de áreas urbanas,

v/s

* Reacção das comunidades (New Orleans);

* Valor patrimonial (Veneza), ou;

* Opção incomportável para as sociedades (Jacarta);

- Opção de “business as usual” (Rijke, Veerbeek, et al,

2010);

- Resistência: soluções de infra-estrutura defensiva;

- Resiliência: “working with nature” (Comissão Delta,

2008)

Inundações de Jacarta de 2 Fevereiro 2007, em áreas de urbanização precária

AFP, Stringer

Praça de São Marcos, Veneza, nas inundações de 2 Dezembro 2008

Franco Debernardi, 2008

Page 110: Urbanismo e Adaptação às Alterações Climáticas As frentes de

Hamburgo, ribeira de “Johannisbollwerk” na década de 1960, antes da construção das estruturas defensivas contra inundações, seguindo-se as três gerações de dique: a

“Baumwall”; o dique como espaço público, e; o dique multifuncional, projectado por Zaha Hadid (fotomontagem)

Fotografias do autor; Jorgen Bracker; Zaha Hadid

Page 111: Urbanismo e Adaptação às Alterações Climáticas As frentes de

Vista de um sistema de dique flexível em funcionamento no Rio Meuse, Holanda.

Deltares, 2010

Page 112: Urbanismo e Adaptação às Alterações Climáticas As frentes de

“Landungsbrücken”, estação fluvial de Hamburgo de 1910, adaptada para protecção contra a inundação do Elbe mediante a aplicação de uma estrutura defensiva móvel

Müller, 2010

Page 113: Urbanismo e Adaptação às Alterações Climáticas As frentes de

Vistas de quatro arruamentos de Lisboa durante as inundações de 29 de Outubro de 2010, funcionando como ribeiros superficiais.

Olivério G., Tiago Ferreira, Paulo Ribeiro, Inácia Tavares

Page 114: Urbanismo e Adaptação às Alterações Climáticas As frentes de

Vista da Rua 5 de Outubro, durante o temporal da Madeira de 20 de Fevereiro de 2010, com o transbordo da Ribeira de Santa Luzia para o arruamento.

Autor não identificado, 2010

Page 115: Urbanismo e Adaptação às Alterações Climáticas As frentes de

Reprodução da estrutura hidrológica de

Barcelona, entre os séculos X e XI, sobre

ortofotomapa contemporâneo.

A. Martin, 1997

Page 116: Urbanismo e Adaptação às Alterações Climáticas As frentes de

Barcelona, “Parc Joan Miró” e depósito subterrâneo de

águas pluviais

Clavegueram de Barcelona; Maria Matos Silva, 2010

Page 117: Urbanismo e Adaptação às Alterações Climáticas As frentes de

Conceito de “praça de água”: traçado da recolha de água pluvial na “unidade de bacia” urbana e simulação do funcionamento da

praça em quatro situações climatéricas distintas, “De Urbanisten”

Boer, Jorritsma, van Peijpe, 2010

Page 118: Urbanismo e Adaptação às Alterações Climáticas As frentes de

Novas formas de ocupação urbana na frente de água:

Opções conceptuais de fundo:

- O “Plano B” da cidade

- Novas formas de ocupação urbana, resilientes

a inundações

Hamburgo, operação de regeneração urbana da “HafenCity”

Fotografias do autor, 2003 e 2009; Müller, 2010

Page 119: Urbanismo e Adaptação às Alterações Climáticas As frentes de

A Arca de Noé, arquétipo bíblico de estrutura flutuante.

E. Hicks, 1846

Ilhas flutuantes do Lago Titicaca, tribo Uros, construídas a partir de

vegetação autóctone.

Sebastian Valmor, 2010

Page 120: Urbanismo e Adaptação às Alterações Climáticas As frentes de

“Teatro del Mondo”,

Aldo Rossi, Veneza,

1979

Page 121: Urbanismo e Adaptação às Alterações Climáticas As frentes de

Casas anfíbias, construídas sobre os diques e resilientes às inundações: “Maasbommel”, Factor Architecten e Dura Vermeer, Holanda, 2004.

Dura Vermeer, 2010

Page 122: Urbanismo e Adaptação às Alterações Climáticas As frentes de

Casas flutuantes, construídas em Ohé en Laak (Limburg), Holanda, Dura Vermeer, 2012

Page 123: Urbanismo e Adaptação às Alterações Climáticas As frentes de

Casas flutuantes segundo o conceito

patenteado “box-in-a-box”,

Rondaywinkelaar Architecten,

Amesterdão, 2010.

Watergaten, 2011

Page 124: Urbanismo e Adaptação às Alterações Climáticas As frentes de

“Floating Villa”, Finlândia, 2010

Marina Housing Ltd, 2010

Page 125: Urbanismo e Adaptação às Alterações Climáticas As frentes de

SPA flutuante, Rexwal, Alemanha, 2010. Deutsche Composite GmbH, 2010

Page 126: Urbanismo e Adaptação às Alterações Climáticas As frentes de

Campo de golfe flutuante para as Maldivas, Dutch Docklands e Arquiteto Koen Olthuis, Waterstudio, 2012

Page 127: Urbanismo e Adaptação às Alterações Climáticas As frentes de

Piscina flutuante “Badeschiff”, Susanne Lorenz and Gil Wilk, Berlim, 2004. AMP Arquitectos, 2010

Page 128: Urbanismo e Adaptação às Alterações Climáticas As frentes de

Quiosque flutuante, Lagny-sur-Marne, França, 2010. Hansen Marina Builder, 2011

Page 129: Urbanismo e Adaptação às Alterações Climáticas As frentes de

“Yumemai Bridge”, Osaka, Japão,

Yokogawa Bridge Corporation, 2011

GEOlocations, autor desconhecido

Ponte flutuante das Docklands de Londres, Anthony Hunt Associates e

Future Systems (actualmente Amanda Levete Architects), 1996.

The Happy Pontist, 2010

Page 130: Urbanismo e Adaptação às Alterações Climáticas As frentes de

Jardins flutuantes , Bangladesh

António Amado, 2012

Jardins flutuantes de Sun Moon Lake, Taiwan

Olthuis, Keuning, 2010

Page 131: Urbanismo e Adaptação às Alterações Climáticas As frentes de

Casas-contentor flutuantes para apoio humanitário às inundações no

Paquistão, Richard Moreta, 2010

Green Container International Aid, 2010

Casa-elevador de baixo custo para Dhaka, Bangladesh, 2010

Buoyant Foundation Project, Ontario

Page 132: Urbanismo e Adaptação às Alterações Climáticas As frentes de

“Swimming City”, Dura Vermeer, 2005.

Page 133: Urbanismo e Adaptação às Alterações Climáticas As frentes de

Complexo turístico flutuante Ocean Flower, nas Maldivas, Dutch

Docklands e Arquiteto Koen Olthuis, Waterstudio, 2012

A plataforma petrolífera flutuante “Nautilus”

Olthuis, Keuning, 2010; William Fox Associates

Page 134: Urbanismo e Adaptação às Alterações Climáticas As frentes de

Utopias I: Ecoboot, Van Beuren. Waterarchitect, 2009.

Page 135: Urbanismo e Adaptação às Alterações Climáticas As frentes de

Utopias III: Lilypad, Vincent Callebaut, 2008

Utopias II: Sea Tree, Arquiteto Koen Olthuis. Waterstudio, 2011

Page 136: Urbanismo e Adaptação às Alterações Climáticas As frentes de

O presente plural.

Tudo varia tanto com o tempo como com o lugar, e não podemos atribuir a nada uma qualidade invariante como a

que a ideia de estilo se pressupõe, mesmo quando separamos os objectos dos seus enquadramentos.

(…)

O estilo é como um arco-íris. É um fenómeno de percepção governado pela coincidência de determinadas

condições físicas. (…) O estilo integra-se na consideração de grupos estáticos de entidades.

Desaparece logo que essas entidades são devolvidas ao fluxo do tempo.

KUBLER, George (1990) [1961]; A Forma do Tempo. Observações sobre a história dos objectos; Lisboa; Vega; pp.175.

Page 137: Urbanismo e Adaptação às Alterações Climáticas As frentes de

Terreiro do Paço, 29 de Setembro de

2011, preia-mar de 4,26m

Maria Matos Silva

Page 138: Urbanismo e Adaptação às Alterações Climáticas As frentes de

Perante outras agendas curto prazo, qual é o momento para abordar a

adaptação das cidades e do território às alterações climáticas?

Page 139: Urbanismo e Adaptação às Alterações Climáticas As frentes de

Perante outras agendas curto prazo, qual é o momento para abordar a

adaptação das cidades e do território às alterações climáticas?

Que uso deve dar a disciplina, no planeamento e desenho da cidade, à

informação já hoje disponível?

Page 140: Urbanismo e Adaptação às Alterações Climáticas As frentes de

Perante outras agendas curto prazo, qual é o momento para abordar a

adaptação das cidades e do território às alterações climáticas?

Que uso deve dar a disciplina, no planeamento e desenho da cidade, à

informação já hoje disponível?

Nesta matéria, é ainda tempo de olhar para o lado?

Page 141: Urbanismo e Adaptação às Alterações Climáticas As frentes de

Obrigado!

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Piscina das alterações climáticas, Ogilvy & Mather, Mumbai, India. Shirin Johari, 2008