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i UNVERSIDADE FEDERAL DE SÃO JOÃO DEL REI CAMPUS SETE LAGOAS CURSO DE BACHARELADO INTERDISCIPLINAR EM BIOSSISTEMAS INGRID THABATA SILVA VIANA CARACTERIZAÇÃO FÍSICA, FÍSICO-QUÍMICA E QUÍMICA DE MOSTO E SUCO INTEGRAL EM CULTIVARES DE VIDEIRA Sete Lagoas MG Setembro de 2016

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UNVERSIDADE FEDERAL DE SÃO JOÃO DEL REI

CAMPUS SETE LAGOAS

CURSO DE BACHARELADO INTERDISCIPLINAR EM BIOSSISTEMAS

INGRID THABATA SILVA VIANA

CARACTERIZAÇÃO FÍSICA, FÍSICO-QUÍMICA E QUÍMICA DE MOSTO E

SUCO INTEGRAL EM CULTIVARES DE VIDEIRA

Sete Lagoas – MG

Setembro de 2016

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INGRID THABATA SILVA VIANA

CARACTERIZAÇÃO FÍSIC, FÍSICO-QUÍMICA E QUÍMICA DE MOSTO E SUCO

INTEGRAL EM CULTIVARES DE VIDEIRA

Sete Lagoas-MG

Setembro de 2016

Trabalho de Conclusão de Curso

apresentado ao Curso de Bacharelado

Interdisciplinar em Biossistemas,

como requisito parcial para obtenção

do título em Bacharel Interdisciplinar

em Biossistemas.

Orientador: Profo. Dr. Júlio Onésio

Ferreira Melo

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INGRID THABATA SILVA VIANA

CARACTERIZAÇÃO FÍSICA, FÍSICO-QUÍMICA E QUÍMICA DE MOSTO E

SUCO INTEGRAL EM CULTIVARES DE VIDEIRA

Sete Lagoas _____ de _____________ de 2016.

BANCA EXAMINADORA

Prof. Dr. Júlio Onésio Ferreira Melo _________________________________

Orientador

Pós.Drª. Mayara N. S. Guedes ___________________________________

Co-Orientadora

Prof. Dr. José Carlos M. Rufini ___________________________________

Examinador

Prof. Ms. Gabriel Vinícius Araújo Fonseca ___________________________________

Examinador

Nota final: ___________

Sete Lagoas – MG

Setembro de 2016

Trabalho de Conclusão de Curso

apresentado ao Curso de Bacharelado

Interdisciplinar em Biossistemas, como

requisito parcial para obtenção do título

em Bacharel Interdisciplinar em

Biossistemas.

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DEDICATÓRIA

Este trabalho dedico à minha família: meus pais, José Aparecido e Luci, ao meu irmão

Alef e meus avós pelo estimulo e confiança em mim depositados, em especial, à minha

cachorrinha Lalynha por todo amor e carinho.

Sem vocês, nada disso seria possível...

Salmo 23

O Senhor é meu pastor: nada me faltará,

Ele me faz repousar em pastos verdejantes,

Leva-me para juntos das águas de descanso:

Refrigera-me a alma.

Guia-me pelas veredas da justiça

Por amor de seu nome

Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal nenhum.

Porque tu estás comigo:

A tua vara e teu cajado, me consolam.

Preparas-me uma mesa

Na presença dos meus adversários.

Unges-me a cabeça com óleo:

O meu cálice transborda.

Bondade e misericórdia certamente me seguirão todos os dias da minha vida: e habitarei

na Casa do senhor para todo o sempre.

Amém!

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AGRADECIMENTOS

A Deus, luz de minha vida, presença constante em todos os momentos de dificuldades e

vitórias em minha vida

A Nossa Senhora, que sempre intercedeu junto ao Pai por todas minhas preces

À minha mãe Luci pelos grandes ensinamentos que me proporcionou, amor

incondicional, companheirismo, apoio e incentivo constante. Ao meu pai José Aparecido

por financiar meus estudos, pelo grande exemplo de profissionalismo e excelentes

ensinamentos e por estar sempre ao meu lado e me apoiar nos momentos difíceis. Ao

irmão Alef, pelo carinho e apoio. Obrigada, vocês foram fundamentais para conclusão

deste trabalho, tudo que sou hoje eu devo a vocês.

A minha cachorrinha Lalynha pelo amor e carinho

Aos meus familiares que alegram-me e fazem a vida parecer mais simples

Ao grupo Santa Casa de Misericórdia de Belo Horizonte-MG, em especial, ao Dr.

Alexandre Fenelon e minhas enfermeiras que foram meus anjos da guarda nos momentos

de dificuldades durante meu tratamento de Leucemia. Muito obrigada por toda a ajuda.

A família Araújo Fonseca, em especial Creso e Dirce, pela hospedagem e pela

descontração nas tardes de domingo e com muita comida boa.

Aos meus amigos, Fabricio Fernandes, Paola Campos, Camila Araújo, Denise Fonseca,

Thiago Colaço, Jessy Mendonça, Luma Martins, Mayara Guedes, minhas companheiras

de Repúblicas e Gustavo Hernandes pela amizade, carinho, tolerância, ensinamentos e

bons momentos compartilhados

A minha amiga Laura, pela amizade e por toda a ajuda para realização deste trabalho

Ao pesquisador da Embrapa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA Uva e

Vinho, Bento Gonçalves) Dr. Celito Crivellaro Guerra pela colaboração e incentivo

Ao Prof. Dr. Júlio Onésio, pela orientação, confiança e oportunidades. Um grande

exemplo de pesquisador a ser seguido... quem sabe um dia chego lá...

A todos colegas de laboratório e da UFSJ por toda ajuda, contribuição e apoio durante o

desenvolvimento do meu trabalho

Aos membros da banca, pela contribuição para melhoria da qualidade deste trabalho

À UFSJ, pela oportunidade de realização do curso de graduação e a EMPRESA de

Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais – Epamig pela realização do estágio final de

curso.

Muito Obrigada

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LISTA DE ABREVIATURA E SIGLAS

ANVISA Agência Nacional de Vigilância Sanitária

APPCC Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle

BPF Boas Práticas de Fabricação

cv Cultivar

g Grama

IC Intensidade Cromática

IN Instrução Normativa

Kg Kilograma

L Litro

MAPA Ministerío da Agricultura e Pecuária

mg Miligrama

mL Mililitro

pH Potencial Hidrogeniônico ou Potencial Hidrogênio

PM Peso Molecular

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1. Organização estrutural do cacho de uva (GOMES, 2006) ............................... 3

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LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1. Valores Médios de sólidos solúveis totais (oBrix) ........................................ 11

Gráfico 2. Valores médios de pH .................................................................................. 11

Gráfico 3. Valores médios de acidez total (AT) ............................................................ 12

Gráfico 4. Valores médios de relação sólidos solúveis totais com acidez total

(SST/AT). ....................................................................................................................... 13

Gráfico 5. Valores médios de potássio (K) .................................................................... 14

Gráfico 6.Valores médios de sódio (Na) ....................................................................... 14

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1- Número de H+ dos ácidos orgânicos ............................................................... 9

Tabela 2- Tabela 2- Comparação dos valores médios para as respectivas

análises.............................................................................................................................11

Tabela 3- Parâmetros de cor das amostras de mosto e suco integral ............................. 15

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SUMÁRIO

RESUMO ...................................................................................................................................... i

ABSTRACT .................................................................................................................................. i

1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 1

2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ........................................................................................... 3

2.1. Aspectos gerais da uva e do suco .................................................................................. 3

2.2. Características das cultivares Vitis labrusca ................................................................. 4

2.3. Legislação brasileira para suco...................................................................................... 5

2.4. Principais constituintes do suco integral ....................................................................... 5

2.5. Qualidade e segurança do suco integral ........................................................................ 7

3. MATERIAL E MÉTODOS ................................................................................................ 8

3.1. Local de realização do trabalho ..................................................................................... 8

3.2. Amostras de Vitis labrusca ........................................................................................... 8

3.3. Análises físico-químicas ............................................................................................... 8

3.4. Delineamento estatístico ............................................................................................... 9

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO ...................................................................................... 10

5. CONCLUSÃO ................................................................................................................... 16

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................ 17

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RESUMO

Nos últimos anos observou-se um importante incremento na produção de derivados da

uva, como o suco de uva integral. Desta forma, pretendeu-se com a realização deste

estudo avaliar a composição do suco de uva integral de Vitis labrusca, das cultivares de

mosto Isabel, Bordô e Concord na composição do suco de uva integral do comércio de

Bento Gonçalves-RS. As amostras foram avaliadas quanto às análises clássicas: oBrix,

pH, acidez titulável, relação oBrix/acidez titulável efetuados através de métodos, física,

físico-química e química. Os elementos minerais potássio e sódio analisados por emissão

de chama e a intensidade de cor por colorimetria. Para análise estatística dos dados,

aplicou-se o teste de Tukey ao nível de 5% de significância. Os teores de sucos de uva

integral avaliados, SS, AT e minerais apresentaram de acordo com a legislação, o pH

esteve dentro da média comparativa com outros trabalhos. A determinação da cor

demonstrou a necessidade de realizar cortes.

Palavras-chave: Qualidade, mosto de uva, Vitis labrusca.

ABSTRACT

In recent years there has been a significant increase in production derived from grapes,

such as grape juice full. In this way it was intended with this study to evaluate the

composition of the whole grape juice Vitis labrusca, Isabel, Bordô and Concord in the

composition of the integral grape juice trade in Bento Gonçalves-RS. The samples were

evaluated for classic analysis: Brix, pH, titratable acidity, ratio Brix/titratable acidity

made by methods, physics, physical chemistry and chemistry. The mineral elements K e

Na had been analysed by flame emission and color intensity by colorimetry. Statitical

analysis of the data, we applied the Tukey test at 5% significance. Achieved ood results

for oBrix, acidity, ratio and mineral are in agrément with the legislation, the pH was within

the comparative average with other work. Color determination showed that the shelf life

can influence the concentration.

Keywords: Quality, grape must, Vitis labrusca.

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1. INTRODUÇÃO

As primeiras variedades de uva foram introduzidas no Brasil pelos colonizadores

portugueses em 1532, por Martin Afonso de Souza, na então Capitania de São Vicente, atualmente

Estado de São Paulo (CATALUÑA,1991). A viticultura brasileira é uma atividade tradicional de

regiões de clima temperado, sendo que na década de 1960, houve um crescimento da fronteira

vitícola, com o plantio de uvas no Vale do Submédio São Francisco, segundo Leão e Possídeo

(2000) e Protas et al. (2006) novos polos de produção de uvas nas regiões norte do Paraná,

noroeste de São Paulo e logo em seguida na região norte de Minas Gerais, demonstrando forte

potencial, como alternativa para as regiões tropicais.

A maior parte da produção dos vinhos produzidos no Brasil é de cultivares americanas

(como Vitis labrusca e Vitis bourquina) e híbridas complexas, porém, os sucos produzidos destas

mesmas cultivares, proporcionam um produto com ótimas características organolépticas e

aromático. Segundo Guerra et al. (2009) estes produtos não sendo de longa maturação,

apresentam preços acessíveis e atendem ao paladar de consumidores de cada região.

Contudo, o setor vitivinícola brasileiro é caracterizado pela diversidade, formado por

inúmeras cadeias produtivas, como uvas finas (Vitis viniferas), uvas americanas (Vitis labrusca)

e híbridas para mesa, sendo uvas finas para elaboração de vinhos finos, e uvas americanas e

híbridas para a elaboração de vinhos de mesa e sucos.

No Rio Grande do Sul, a produção de suco de uva está totalmente concentrada no mercado

brasileiro, com forte tendência de expansão para regiões tropicais como Mato Grosso, Goiás e

Vale do Rio São Francisco (CAMARGO, 2005). As principais cultivares de videira utilizada para

a elaboração de suco, destacam-se a Vitis labrusca (Isabel, Bordô, Concord e Niágara Branca), a

Vitis bourquina (Jacquez) e híbridas (Seibel 2).

A cultivar Concord é referência em qualidade para a produção de suco de uva, por causa

de suas características de aroma e sabor, a cultivar Isabel é bastante utilizada pelo volume de uvas

disponível no mercado, sendo que a Bordô, Jacquez e a Seibel contribuem em menor quantidade

como matéria-prima para a melhoria da coloração do suco.

A quantidade de açúcar do suco depende da cultivar e do nível de maturação da uva,

sendo que os dois principais açúcares do suco de uva integral são a glicose e a frutose (RIZZON

et al., 1998) com quantidades menores de arabinose, galactose, manose, ramnose, ribose, sacarose

e xilose (OUGH, 1996). Estes constituintes, proporcionam acúmulo de açúcares presentes na uva,

que variam em função de fatores como o clima, solo, estágio de maturação e variedade, na qual,

o início da maturação, a predominância é da glicose (AQUARONE et al., 2001).

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A concentração de açúcares é formada através de reserva da planta e sintetizada nas folhas

pela ação da luz solar no período de maturação das bagas (POMMER, 2003). A acidez do suco é

consequência da presença dos principais ácidos presente da uva, que são os ácidos tartárico,

málico, cítrico, ascórbico e fosfórico, variando em função das condições edafoclimáticas, da

cultivar utilizada e dos métodos de cultivos durante o desenvolvimento (PEYNAUD, 1997;

USSEGLIO-TOMASSET, 1995). Estes ácidos orgânicos lhe conferem um pH baixo, garantindo

um equilíbrio entre os gostos doce e ácido.

Atualmente, o mercado nacional vem ganhando força nos últimos anos, passando de 150

mL per capita até 1995 para 480 mL em 1998, situando-se em 390 mL per capita, em 2003 (IBGE,

2004). Nota-se que, nas últimas décadas, ocorreu um importante aumento na produção e

crescimento na produção e comercialização de produtos derivados de uva, como vinhos e sucos,

sendo que, o suco de uva integral ganhou destaque no mercado nacional. De acordo com Rigon

(2006), constatou um crescimento na produção de sucos de uva de aproximadamente 60 % em

2006, em relação ao ano de 2003, enquanto que os demais derivados da uva tiveram sua produção

incrementada em apenas 4,6 %.

Segundo Maia et al. (2013) os sucos de frutas estão sendo incorporados ao mercado em

grande parte na redução de preço e praticidade de consumo, na qual constitui um nicho de

mercado economicamente importante para viticultura nacional (BARBOSA, 2010).

Sendo assim, em 2009, Mello (2010) constatou um aumento de 35,15 % na produção de

suco de uva integral e 14,28 % na elaboração de suco concentrado. Portanto, o investimento em

recursos tecnológicos e inovadores, com foco na melhoria da qualidade do produto, é

imprescindível para favorecer a competitividade e sustentabilidade do setor Vitivinícola

Brasileiro, no entanto, os parâmetros físico-químico dos sucos permitem avaliar o controle na

elaboração, que podem ser relacionados aos principais fatores tecnológicos empregados durante

a sua elaboração (BARBOSA, 2010).

Assim pretendeu-se com a realização do presente trabalho avaliar a caracterização na

composição física, físico-química, química e mineral de suco de uva integral de diferentes marcas

comerciais na região de Bento Gonçalves das cultivares Bordô (Ives), Concord e Isabel de Vitis

labrusca. Portanto, o outro objetivo deste estudo foi avaliar a influência da intensidade cromática

dos sucos de uva integral produzidos a partir destas cultivares de uva.

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2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

A videira é uma planta pertencente à família das Vitaceae, gênero Vitis e

subgênero Euvitis, que corresponde a maior parte das vinhas cultivadas no mundo. A

introdução da cultura, corresponde a mais antiga e foi introduzida no Brasil no século

XVI no atual estado de São Paulo.

No Rio Grande do Sul, os primeiros vinhedos de cultivares Vitis viníferas foram

implantados, sendo que, na década seguinte surgiram doenças fúngicas que dizimaram a

viticultura, portanto, somente cultivares resistentes às doenças, como a Isabel (Vitis

labrusca), passaram a ser plantadas em diversas regiões do país e tornando como base

para o desenvolvimento da Viticultura comercial nos estados de São Paulo e Rio Grande

do Sul (CATALUÑA, 1998; PROTAS; CAMARGO; MELO, 2008).

2.1. Aspectos gerais da uva e do suco

A uva é constituída de uma parte herbácea chamada de engaço na qual a

extremidade é chamada de pedicelo, o mesmo, é um canal de transporte de elementos

nutritivos e a outra parte carnosa da uva é denominada de baga, que se liga ao engaço

pelo pedicelo. O feixe que fica preso ao pedicelo, quando é retirado da baga, é chamado

de pincel (BOULTON, 1995) (FIGURA 1).

Figura1. Organização estrutural do cacho de uva (GOMES, 2006)

A composição química do suco de uva depende da variedade de uva utilizada na

elaboração, bem como, de sua forma de cultivo, do comportamento do clima, adequado

estágio e maturação e dos tratamentos a que o produto é submetido (MARZAROTTO,

2005), de modo geral, as uvas mais maduras favorecem um suco de melhor qualidade,

pois, apresentar maior teor de açúcar, expresso em sólidos solúveis totais, e possuem

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menor acidez, expressa em ácido tartárico, apresentando uma relação equilibrada de

açúcar/acidez.

As cultivares de Vitis labrusca e seus híbridos constituem a elaboração de suco de

uva no Brasil devido as suas ótimas características organolépticas e bem aromáticas. As

principais cultivares utilizadas na elaboração de suco no Brasil são Concord, Isabel e

Bordô e segundo (RIZZON; MANFROI; MENEGUZZO, 1998; RIZZON; MIELE,

1995) esta escolha é marcadamente influenciada pelo hábito e paladar particular de cada

região do país. Estas cultivares apresentam a vantagem de manter seu sabor mesmo

quando exposta ao calor durante as etapas de processamento (MARZAROTTO, 2005).

2.2. Características das cultivares Vitis labrusca

As principais cultivares utilizadas na elaboração de suco no Brasil destacam-se

três da espécie Vitis labrusca, a Bordô (Ives), Concord e a Isabel.

A cultivar Bordô também conhecida como Folha de Figo, sendo seu nome correto

é Ives. Esta cultivar, tem boa aceitação para o plantio pelos viticultores, apresentando alta

resistência às doenças fúngicas e boa produtividade. Possui elevado teor de matéria

corante, sendo muito procurada pela estrutura agroindustrial existente, pois permite

aumentar a intensidade de cor dos sucos e dos vinhos provenientes de cultivares com

coloração baixa. O teor de açúcar do mosto, geralmente varia de 14⁰ a 17⁰Brix, e a acidez

total é considerada baixa. A colheita na região de Bento Gonçalves inicia-se em torno da

metade do mês de janeiro (RIZZON et al., 1998).

A cultivar Concord também chamada de Bergerac, Francesa ou Francesa Preta.

Trata-se de uma uva muito difundida nos Estados Unidos, principalmente em nova York,

Washington e Michigan. Além de suco, essa cultivar é plantada também para a produção

de uva de mesa e para vinho. Possui maturação precoce, ocorrendo a colheita na região

de Bento Gonçalves no período de 25 de janeiro a início de 5 de fevereiro. O teor de

açúcar do mosto varia entre 14⁰ e 16 ºBrix, e acidez do mosto é relativamente baixa

(RIZZON et al., 1998). O suco mais procurado pelo consumidor, uma vez que mantém

as características da uva fresa ao longo das etapas de processamento e por apresentar

melhor preço de comercialização.

A cultivar Isabel é uma cultivar mais difundida nos vinhedos da Serra Gaúcha,

também conhecida pelo nome de Americana, Uva Manga e Nacional, além de Frutilla no

Uruguai e de Fragola na Itália. Esta cultivar é empregada para elaboração de vinho,

consumo in natura, sucos e geleias. A Isabel apresenta elevado potencial de acúmulo de

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açúcar na baga, podendo variar, em função das safras, entre 15⁰ e 19⁰ Brix, sendo que, o

teor de acidez é semelhante ao da cv. Concord. A cv. Isabel origina suco com menor

intensidade aromática e de cor em relação da cv. Concord. A colheita na região de Bento

Gonçalves acontece em fevereiro e início de março (RIZZON et al., 1998)

2.3. Legislação brasileira para suco

O suco de uva, a legislação brasileira (BRASIL, 2000) define como uma bebida

não fermentada e não diluída, obtida da parte comestível da uva (Vitis sp.) sã, fresca e

madura, através de processo tecnológico adequado, ou do mosto sulfitado ou concentrado,

sendo tolerada a presença de álcool etílico até no máximo 0,5% v/v, resultando em um

produto com coloração, aroma e sabor característico da fruta de origem, podendo ser

classificado da seguinte forma:

Suco integral: comercializado na sua concentração natural e sem

adição de açúcar;

Suco Desidratado: produto sob o estado sólido, obtido pela

desidratação do suco integral;

Suco Reconstituído: produto obtido pela diluição do suco

concentrado ou desidratado, até a concentração original do suco ou ao teor de

sólidos solúveis totais mínimo, estabelecido nos respectivos padrões de identidade

e qualidade (BRASIL, 2000). Desta forma, o mercado atual conta com as classes

de sucos convencionais e orgânicos.

2.4. Principais constituintes do suco de uva integral

Além da água, o suco de uva integral possui um elevado teor de açúcares,

proporcionando um sabor doce e atribuindo características de bebida energética

(RIZZON et al., 1998). Os ácidos orgânicos responsável pelo sabor ácido do suco de uva,

além de possuir um poder bactericida. Os principais ácidos presentes no suco e na uva

são, o ácido tartárico, o ácido málico e o ácido cítrico. Estes ácidos apresentam uma ação

estimulante da secreção salivar e do suco gástrico (RIZZON et al., 1998). Entre os

elementos minerais, na qual, são absorvidos pela raiz da videira, através da solução do

solo, na forma de sais, que se acumulam nos frutos, tratamentos fitossanitários, na película

da baga, e etc. Dos quais podemos destacar o cálcio (Ca), cobre (Cu), ferro (Fe),

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manganês (Mg), zinco (Zn), potássio (K), sódio (Na) e etc. Entre os elementos minerais,

destacam-se os baixos valores de sódio, que não favorecem a hipertensão arterial e os

elevados de potássio, que estimulam o funcionamento dos rins e o regulamentos do

coração (MARZAROTTO, 2005).

Entre as substâncias nitrogenadas, encontramos na forma de polipeptídeos que

provêm das transformações realizadas pelas folhas, além de proteínas, apresentam-se

antes da maturação total e depois decrescem até a colheita, polipeptídios, nitrogênio

amoniacal que provêm de nitratos do solo e de sua degradação, os aminoácidos que são

considerados essenciais para o organismo humano (MARZAROTTO, 2005).

Encontramos também os compostos fenólicos, principalmente, os ácidos

fenólicos, antocianinas e taninos, que são responsáveis pela cor e adstringência do suco

de uva, sendo atribuída estes compostos, pela ação benéfica no sentido de regular a

permeabilidade e a resistência dos vasos sanguíneos, conhecida como propriedade

vitamínica P ou vitamina da permeabilidade capilar (MARZAROTTO, 2005).

Segundo Cabrita et al., (2003), os principais grupos de compostos fenólicos são

os flavonóides e não-flavonóides, sendo que o primeiro grupo, destaca-se (catequina,

epicatequina e epigalocatequina), flavonóis (caempferol, quercetina e miricetina) e as

antocianinas e ao segundo grupo, pertencem os ácidos fenólicos (ácido tartárico, ácido

málico, ácido acético), hidroxibenzóicos e hidroxicinâmicos. Sendo as catequinas e

epicatequinas, presentes em sementes de uvas, são os principais compostos fenólicos

responsáveis pelo sabor e adstringência de vinhos e sucos de uva.

A quercetina, caempferol e miricetina, embora encontrada em menor quantidade,

possuem importante papel no desenvolvimento da coloração do vinho e sucos de uva. Já

os ácidos fenólicos, usualmente encontrados em baixas concentrações, representam um

dos principais compostos em uvas brancas, influenciando o aroma e gosto.

As vitaminas são substâncias que, em doses menores, são indispensáveis ao

desenvolvimento e ao funcionamento do organismo. As principalmente vitaminas

encontradas no suco de uva integral são as do complexo B, além da C e do Inositol

(MARZAROTTO, 2005) sendo que a vitamina C, é essencial ao consumo humano por

não ser sintetizada em nosso organismo, tendo de ser incorporada na forma de frutas,

hortaliças ou medicamentos, conforme Fonseca et al (1969), sendo que a uva apresenta

vitamina C de 4,6 mg/100 (REGINA, 2002).

Encontramos também substâncias péctica, que possui poder geleificante,

contribuindo para aumentar a viscosidade do suco de uva, no amadurecimento de frutas,

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clarificação e redução de viscosidade em sucos, e no tratamento preliminar da uva em

indústrias vinícolas, na maceração, liquefação (ALMEIDA et al., 2005).

2.5. Qualidade e segurança do suco integral

A qualidade da uva depende de um conjunto de fatores para a elaboração de um

bom suco, que devem ser controlados durante toda a sua cadeia produtiva, entre os quais

destacam-se: i) maturação e o estado fitossanitário, na qual, o acompanhamento da

maturação da uva são feitos através da determinação do teor de açúcares no mostímetro.

O estado fitossanitário, é importante, pois deve-se colher a uva sã, em tempos

chuvosos, retardar a maturação e favorece o aparecimento de podridão na baga,

ocasionando maturação incompleta e podridão do cacho, sendo prejudiciais na qualidade

da uva para o suco. ii) tecnologia de colheita e transporte adequados da matéria-prima,

colocadas em caixas plásticas de 20 Kg de capacidade, sendo fatores positivos para a

qualidade do suco. iii) manejo agronômico adequado, deve-se atender a dosagem e o

prazo de carência para cada produto.

A qualidade para a indústria de alimentos atualmente é uma vantagem competitiva

no mercado, sendo, o aspecto segurança do produto um fator determinante, pois qualquer

problema pode comprometer a saúde do consumidor e proporcionando prejuízos à

empresa.

Sendo assim, normas são implementadas dentro do setor vitícola, como a

implantação do Sistema de Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle (APPCC) e

Boas Práticas de Fabricação (BPF), na qual, não é obrigatório para o setor Vitivinícola,

más o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) apenas sugere a

implantação das BPF em vinícolas através da Instrução Normativa – IN nº 05 de abril de

2000, que estabelece os requisitos essenciais de higiene e de BPF para fabricação de

bebidas e vinagre, incluindo o vinho e derivados, elaborados/industrializados para o

consumo humano ( BRASIL, 2000). Entretanto, além de garantir a segurança, agregar

qualidades aos produtos e aos consumidores, reduzindo custos e aumentando a

lucratividade empresarial.

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3. MATERIAL E MÉTODOS

3.1. Local de realização do trabalho

As análises foram realizadas no Laboratório de Análise de Alimentos da

Universidade Federal de São João del Rei – campus Sete Lagoas.

3.2. Amostras de mosto e suco de uva integral

O trabalho foi realizado com três mostos de cultivares Vitis labrusca (Concord,

Isabel e Bordô) fornecidas pela Embrapa Uva e Vinho e três marcas de suco integral,

obtidas nos supermercados da cidade de Bento Gonçalves, RS. As três marcas de suco de

uva integral foram codificadas como amostras A (cv. Bordô, cv. Concord e cv. Isabel), B

(cv. Concord e cv. Isabel) e C (cv. Bordô e cv. Isabel).

3.3. Análises físico-químicas

As seguintes análises clássicas foram realizadas: teor de sólidos solúveis (SS), pH,

acidez total (AT), relação (SS/AT), índice de cor por colorímetro marca Konica Minota

Sensing, Japan e modelo CHROMA METER, CR-400 e minerais, analisadas segundo os

padrões de identidade e qualidade estabelecidos para produtos derivados de uva

(BRASIL, 2000).

-Determinação do índice de refração e graus Brix: o teor de sólidos solúveis totais

das amostras foi determinado por meio de refratômetro digital de bancada com

compensação de temperatura e os resultados expressos em ⁰Brix, segundo a metodologia

descrita pela AOAC (2000).

-Determinação do pH: as amostras foram realizadas em titulador potenciométrico

digital.

-Determinação da acidez total segundo a metodologia do Instituto Adolfo Lutz

(2008), a qual fundamenta-se na titulação dos ácidos orgânicos para frutas pela

determinação de acidez. A determinação da AT foi realizada por titulação do suco com

solução padronizada de NaOH 0,1N, adotando-se como ponto-final da titulação o

pH=8,2, e o resultado, expresso em porcentagem de ácido tartárico. A acidez total foi

calculada utilizando-se a equação:

Acidez total(g) =𝑉 𝑥 𝐹 𝑥 𝑀 𝑥 𝑃𝑀

10 𝑥 𝑃 𝑥 𝑛 = g de ácido orgânico /100 mL de suco Equação (1),

onde:

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V = volume da solução de hidróxido de sódio gasto na titulação em mL

M = molaridade da solução de hidróxido de sódio

P = massa da amostra em g ou volume pipetado em mL

PM = peso molecular do ácido correspondente em g

n = número de hidrogênios ionizáveis ( Tabela 1)

F = fator de correção da solução de hidróxido de sódio

Tabela 1- Número de H+ dos ácidos orgânicos

-Determinação da relação SS/AT pela divisão do teor de sólidos solúveis totais

pela acidez titulável.

-Determinação colorimétrica pelo sistema CIELAB utilizando colorímetro

portátil Konica Minolta CR/400 - Sensing, INC- Japão, o qual foi calibrado em placa de

porcelana branca. Aproximadamente 2mL de amostra foi colocada em uma cubeta de

vidro de 2mm de espessura ref. 8207937-Konica Minolta e assim foi realizada a leitura

do sistema de cores.

A coordenada L* representa o quanto mais claro ou mais escuro é a amostra, com

valores variando de L* = 0 é preto e L* =100 claridade total. Já as coordenadas que

indicam a direção das cores são: +a* = vermelho e –a* = verde; +b* =amarelo e –b*

=azul. Além desta coordenadas de cores, também foi feita a leitura dos parâmetros de cor

como valor de croma C* = (a*2 +b*2)1/2, que representa a pureza da cor, e a medida do

ângulo (Hue) h* = tg-1(b*/a*), que representa a tonalidade da cor.

-Determinação de minerais que constituem as cinzas, sendo K e Na analisadas por

emissão de chama (PERKIN-ELMER, 2000).

3.4. Delineamento estatístico

Os valores médios para os parâmetros física, físico-química, química e os dados

colorimétricos foram tratados estatisticamente usando ANOVA e teste de Tukey

(p<0,05), através dos softwares IBM® SPSS® Statistics ou SISVAR (FERREIRA, 2000).

Ácidos orgânicos PM (g) N

ácido cítrico 192 3

ácido tartárico 150 2

ácido málico 134 2

ácido lático 90 1

ácido acético 60 1

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4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Os valores médios encontrados para as análises física, físico-química e química

dos mostos e sucos de uva integral estão mostrados na Tabela 2.

Tabela 2- Comparação dos valores médios para as respectivas análises

Parâmetros Amostras

Concord Bordô Isabel

Marca

A

Marca

B

Marca

C

Média Média Média Média Média Média

°Brix (SS) 14,90a 15,37b 19,17c 16,30d 16,10d 14,80a

pH 3,06a 3,19a,b 3,10a 3,26a,b 3,23a,b 3,33b

AT(g.ác.tartárico/100mL¹) 0,85a 0,91b 0,83a 0,78c 0,76c 0,83a

SS/AT (ác.tartárico) 17,55a,d 16,81a 23,06b 20,99c 21,29c 17,85d

K (mg/L) 59,95a,c 74,29a 63,86a,c 33,89b,d 22,16b 49,52c,d

Na (mg/L) 2,07a 1,55a 1,80a 2,27a 2,80a 1,77a

Os sólidos solúveis (SS) expressos em 0Brix são utilizados como índice de

maturidade para alguns frutos, indicando a quantidade de substâncias que se encontram

dissolvidos no suco, na qual constituído em sua maioria por açúcares (CHAVEZ et al.,

2004). É necessário estar em equilíbrio com a acidez total, sendo característica

fundamental para a qualidade do suco e estar relacionado às características climáticas do

meio, principalmente próximo à maturação.

Os valores médios encontrados de sólidos solúveis (SS) variaram

significativamente entre as três marcas analisadas como mostra o gráfico 1.

15,37 14,90

19,17

16,30 16,1014,80

Bordô Concord Isabel Marca A Marca B Marca C

Média de (SST)⁰Brix

Observação: os valores na mesma linha e subtabela que não compartilham o mesmo

subscrito são bastante diferentes em p < 0,05 no teste de igualdade bilateral para

médias de coluna. As células sem nenhuma subscrito não são incluídas no teste. Os

testes consideram variâncias iguais.

Gráfico 1. Valores Médios de sólidos

solúveis (oBrix) em diferentes mostos e sucos

de uva integral

Legenda

Amostras Cultivares

Mosto Bordô Bordô

Mosto Concord Concord

Mosto Isabel Isabel

Marca A Bordô, Concord e Isabel

Marca B Isabel e Concord

Marca C Bordô e Isabel

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O suco integral da marca ‘A’ (16,30⁰Brix), na qual é elaborado com as três

cultivares de mosto Vitis labrusca apresentou em média níveis aceitáveis juntamente com

a marca B (16,10⁰Brix) que apresenta Concord e Isabel em sua elaboração, porém, a

marca C (14,80⁰Brix), elaborado com Bordô e Isabel, produziu um nível muito mais

baixo, menos não obtendo Concord. Segundo a Legislação Brasileira (BRASIL, 1994),

que estabelece mínimo exigido de 14,00⁰Brix, todos apresentaram adequados na

avaliação do seguinte parâmetro apresentado na tabela 2.

Sendo que a cv. Bordô geralmente apresenta 140 a 17⁰Brix e acidez total mais

baixa. Em outros trabalhos foram determinados teores de sólidos solúveis de 14 a

18,9oBrix (NAGATO et al., 2003); 14,21 a 17,3oBrix (SANTANA et al., 2008); 15,5 a

18,5oBrix (ROMBALDI et al., 2004); 17,22oBrix em suco integral (ARCANJO, 2005),

também exibiram níveis de SS de 14,5 oBrix, que atendiam aos padrões preconizados em

sucos de uvas comerciais do Rio Grande do Sul.

Na avaliação do pH, foram observadas pequenas variações nos valores médios

para as três marcas de sucos de uva integral apresentados pelo gráfico 2.

Foram encontrados valores de pH variando entre 3,06 a 3,33, valores esses que se

encontraram dentro da faixa especificada. Segundo Gurak et al. (2008) o pH é um critério

importante, pois determina a forma pela qual as antitoxinas estão presentes no suco. O

pH também influência a qualidade gustativa do suco e pode ser influenciado

principalmente pela variabilidade genética das diferentes cultivares utilizadas e pelo

processamento.

A marca ‘C’ (3,33) apresentou o maior valor do que as demais marcas como

mostra a tabela1. Rizzon e Miele (1995) avaliando as caraterísticas analíticas de suco de

3,19

3,063,10

3,26 3,23

3,33

Média de pH

Gráfico 2. Valores Médios de pH em

diferentes mostos e sucos de uva integral

Legenda

Amostras Cultivares

Mosto Bordô Bordô

Mosto Concord Concord

Mosto Isabel Isabel

Marca A Bordô, Concord

e Isabel

Marca B Isabel e Concord

Marca C Bordô e Isabel

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uva elaborados no Rio Grande do Sul encontraram valores para pH de 2,8 a 3,43, estes

valores semelhantes encontrados nos sucos das marcas ‘A’ (3,26) e marca ‘B’ (3,23) e

marca ‘C’ (3,33), podem estar relacionado com o tipo de cultivar elaborada, pois as cv.

Concord e Isabel apresentam acidez do mosto relativamente baixa, enquanto que Rizzon

e Likon (2006) encontraram para esta mesma cultivar 3,44.

Presume-se que os valores de pH mais elevados nos sucos contendo Bordô, como

é o caso da marca A e B, sejam consequência dos menores teores de ácidos orgânicos

desta cultivar, evidenciando pelas análises de acidez total.

No gráfico 3, a acidez total (AT) dos sucos de uva integral analisados variaram de

0,76 a 0,91 gramas de ácido tartárico/g .100 ml-1 de suco, estando dentro do teor máximo

de acidez total exigido que é de um teor máximo de 0,90 gramas de ácido

tartárico/g.100mL-1 de suco (MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, 2004).

De acordo com Rizzon e Link (2006) e Gurak, et al., (2008) a acidez do suco varia

de acordo com as características das variedades de uva utilizadas no processamento do

suco.

A palatabilidade dos frutos é um atributo medido pela relação SS/AT considerada

um indicativo de qualidade de suco de uva integral, na qual representa um parâmetro

importante no equilíbrio entre o gosto doce e ácidos presentes na fruta e assim estabelece

o sabor do suco, estas apresentadas os valores médios da relação SS/AT no gráfico 4.

0,91 0,85 0,83 0,78 0,76 0,83

Média de AT( g. ác.tartárico/100mL -¹ )

Gráfico 3. Valores Médios de Acidez total (AT)

em diferentes mostos e sucos de uva integral

Legenda

Amostras Cultivares

Mosto Bordô Bordô

Mosto Concord Concord

Mosto Isabel Isabel

Marca A Bordô, Concord

e Isabel

Marca B Isabel e Concord

Marca C Bordô e Isabel

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A Legislação Brasileira estabelece os limites dessa relação (SS/AT) de 15 e 45

(BRASIL, 1998), sendo que valores fora desta faixa pode descaracterizar o sabor do suco.

Assim nota-se, de modo geral, que todos os sucos enquadram-se nos parâmetros

estabelecidos pela legislação. A relação SS/AT para a marca C figurou como a menor

média (17,85), valor que coincide com aqueles apresentados por Martins et al. (2009).

Certamente, este suco apresenta características sensoriais mais ácidas quando comparadas

com as demais amostras de suco.

O mosto Isabel, por sua vez, foi o que obteve maior relação de proporcionalidade

com valores médios de 23,06 %. Sendo que o mosto Bordô e mosto Concord apresentou

índices 16,81 % e 17,55 % respectivamente, devido à acidez mais baixa. Isto pode ser

justificado pelo fato da marca C apresentar valores próximo ao mesmo como mostra a

tabela 1. Como o suco da marca A, é elaborado por uma mistura de uvas Bordô, Concord

e Isabel, depreende-se que em sua composição final ele tenha apresentado características

intermediárias de acidez e doçura, que resultaram em uma relação SS/AT equilibrada.

De acordo com o gráfico 4, os três mostos não tem diferença significativamente

entre o mesmo como mostra a tabela 2.

16,81 17,55

23,0620,99 21,29

17,85

Média de SS/AT(ác.tartárico)

Gráfico 4. Valores Médios de sólidos solúveis

com acidez total (SS/AT) em diferentes

mostos e sucos de uva integral

Legenda

Amostras Cultivares

Mosto Bordô Bordô

Mosto Concord Concord

Mosto Isabel Isabel

Marca A Bordô, Concord e Isabel

Marca B Isabel e Concord

Marca C Bordô e Isabel

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Os valores médios de potássio variaram de 22,16 a 63,86, a marca A (33,89)

apresenta em sua elaboração as três cultivares de mosto, sendo que o valor médio de

potássio, abaixa bruscamente para a marca B (22,16), mostrando significativamente

diferente entre os mostos Concord e Isabel em sua elaboração, na qual a marca A,

aproximado o valor médio do mosto Bordô (49,52) que obtêm um menor média de K,

comparado com os três mostos.

Sendo que a marca B, elaborado com mosto Concord e mosto Isabel, possuem

valores médios maiores de K. Já a marca C (49,52) que é elaborado com os mostos Bordô

e Isabel obtendo maior média de K, sendo estatisticamente diferente entre a marca A e B

de acordo com a tabela 2. Segundo Rizzon e Miele (1995) entre os elementos minerais K

e Na, o mínimo encontrado na literatura é de 6,34 mg/L e 1,4 mg/L respectivamente.

Já o gráfico 6, mostra os valores médios de sódio (Na) para as amostras.

49,52

59,9563,86

33,89

22,16

49,52

Média de K(mg/L)

1,552,07

1,802,27

2,80

1,77

Média de Na(mg/L)

Gráfico 5. Valores Médios de potássio (K)

em diferentes mostos e sucos de uva

integral

Gráfico 6. Valores Médios de sódio (Na) em

diferentes mostos e sucos de uva integral

Legenda

Amostras Cultivares

Mosto Bordô Bordô

Mosto Concord Concord

Mosto Isabel Isabel

Marca A Bordô, Concord

e Isabel Marca B Isabel e Concord

Marca C Bordô e Isabel

Legenda

Amostras Cultivares

Mosto Bordô Bordô

Mosto Concord Concord

Mosto Isabel Isabel

Marca A Bordô, Concord

e Isabel

Marca B Isabel e Concord

Marca C Bordô e Isabel

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A marca B elevou o valor da média de Na, em relação a marca A, que possui um

equilíbrio quando comparada com os valores médio dos três mostos, sendo que a marca

B, não possui o mosto Bordô em sua formulação. Quando combina Isabel e Bordo, a

marca C obtêm uma discrepância, em relação as marcas A e B.

Em relação aos valores médios de sódio, é necessário mencionar ainda a grande

disparidade entre as informações fornecidas pelos fabricantes, e os valores obtidos nas

análises. Segundo que a Anvisa (2003) recomenda o uso de porções de 100 g ou 100 mL.

A Tabela 3, mostra os resultados dos parâmetros de cor para seis amostras.

Tabela 3- Parâmetros de cor das amostras de mosto e suco integral

Amostras L* a* b* C* IC h*

Bordô 18.58 c 2.12 d 1.17675 c 2.425 d 14.3995 e 361.6132 d

Concord 20.94325 a 6.06325 a 0.84 e 6.1215 a 23.7305 a 367.1932 a

Isabel 20.03675 b 3.84675 b 1.42325 b 4.1015 b 20.56 b 362.5785 c

Marca A 18.57675 c 2.40325 c 1.41 b 2.7865 c 16.814 d 361.5048 d

Marca B 18.56675 c 1.86 e 1.59 a 2.44775 d 15.8102 d 360.8698 e

Marca C 19.84675 b 3.91675 b 1.05 d 4.05525 b 18.9985 c 363.6425 b

Médias seguidas por letra iguais na mesma coluna não diferem significativamente pelo

teste de Tukey ao nível de 5% de significância (p<0,05), n experimental=6.

A amostra C apresentou média para o parâmetro L* (luminosidade ou claridade)

de 19.84675, sendo uma das amostras de maior luminosidade; também apresentou maior

valor de C* ou pureza (4.05525) e h* ou tonalidade cromática (363.6425) em relação às

demais amostras de mosto e suco integral. Por outro lado a amostra B apresentou menor

valor de C* (2.44775) e menor valor de h* (360.8698), e pode ser relacionada com a cor

amarela, indicando um possível aumento na concentração de taninos, polimerização de

taninos e combinação de antocianinas com taninos (FREITAS, 2006).

Entretanto, altos valores de b* não são desejáveis em sucos de uva, pois podem

indicar aumento da oxidação do produto (BORGES et al., 2013). O mosto da cv. Bordô

L* = 0 é preto e L* =100 claridade total; +a* = vermelho e –a* = verde; +b* =amarelo e

–b* =azul; C* = (a*2 +b*2)1/2 pureza da cor; ângulo (Hue) h* = tg-1(b*/a*) tonalidade da

cor; IC= intensidade de cor

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neste trabalho apresentaram valores médios de14,4 (IC), sendo utilizado como corte dos

sucos (Blends) para aumentar a intensidade de cor nos sucos e melhoria da cor e sabor.

5. CONCLUSÃO

Os parâmetros oBrix, Acidez total e relação SST/AT, tanto para os sucos quanto

para o mosto estão dentro dos índices da Legislação Brasileira.

Quanto ao pH, não há legislação específica, os valores deste estudo foram

próximos a dados reportados pela literatura. Portanto, é possível aplicar os procedimentos

necessários para adequar os sucos produzidos às exigências legais, seja selecionando

cultivares de uvas com características físico-químicas mais adequadas para o

processamento ou corrigindo possíveis inadequações no processamento do suco.

A determinação dos teores minerais em produtos industrializados é importante

para garantir a qualidade e autenticidade dos mesmos.

A análise física da cor é um parâmetro importante e/ou determinante na indicação

do padrão de qualidade de suco de uva integral, sendo a necessidade de maior fiscalização

e o estabelecimento de padrões de qualidade mais rígidos nas indústrias.

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