univesridade castelo branco prof. alexandra anastacio nutriÇÃo clÍnica ii

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UNIVESRIDADE CASTELO UNIVESRIDADE CASTELO BRANCO BRANCO PROF. ALEXANDRA ANASTACIO PROF. ALEXANDRA ANASTACIO NUTRIÇÃO CLÍNICA II NUTRIÇÃO CLÍNICA II

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Page 1: UNIVESRIDADE CASTELO BRANCO PROF. ALEXANDRA ANASTACIO NUTRIÇÃO CLÍNICA II

UNIVESRIDADE CASTELO UNIVESRIDADE CASTELO BRANCOBRANCO

PROF. ALEXANDRA ANASTACIOPROF. ALEXANDRA ANASTACIONUTRIÇÃO CLÍNICA IINUTRIÇÃO CLÍNICA II

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DISTÚRBIOS DO TGI DISTÚRBIOS DO TGI BAIXOBAIXO

SINTOMAS COMUNS DE SINTOMAS COMUNS DE DISFUNÇÃO INTESTINALDISFUNÇÃO INTESTINAL

• GASES INTESTINAIS E GASES INTESTINAIS E FLATULÊNCIAFLATULÊNCIA

• CONSTIPAÇÃOCONSTIPAÇÃO• DIARRÉIADIARRÉIA• ESTEATORRÉIAESTEATORRÉIA• ENTERITE POR RADIAÇÃOENTERITE POR RADIAÇÃO• GASTROENTERITE EOSINÓFILAGASTROENTERITE EOSINÓFILA

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GASES INTESTINAIS E GASES INTESTINAIS E FLATULÊNCIAFLATULÊNCIA

• FISIOPATOLOGIAFISIOPATOLOGIA– Gases intestinais incluem: N2,O2,CO2, H2e CH4 ( metano)– 200 ml de gás estão presentes , com excreção média de

700 ml– Sofre grande variação de volume e excreção– Vias: engolir, trocas entre o TGI e o sangue, produção

dentro do TGI– Eliminação: respiração, eructação ( arroto) ou passados

retalmente– Sintomas: distensão abdominal, cólica– CAUSAS: inatividade física, motilidade GI diminuída,

aerofagia, dieta e distúrbios GIs, flora bacteriana, consumo de fibras, intolerância à lactose, consumo de álcool, áçúcares simples, frutose

– FORMAS DE EVITAR: comer lentamente, mastigar com a boca fechada, privar-se de beber através de canudinhos, evitar alimentos flatulentos

– ALIMENTOS: Leguminosas, açúcares simples, doces, couve-flor, brócolis- Vão ser restritos de acordo com a causa da flatulência

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CONSTIPAÇÃOCONSTIPAÇÃO• FISIOPATOLOGIAFISIOPATOLOGIA

– DEFINIÇÃO: altamente subjetiva. Inclui fezes duras, evacuação incompleta, esforço para defecar e movimentos intestinais não frequentes ou menos que 3 fezes por semana são eliminadas enquanto uma pessoa está consumindo uma dieta de alto teor de resíduo ou mais de 3 dias se passam sem passagem de fezes ou o peso de fezes eliminadas em 1 dia totaliza menos que 35 g

– Peso normal das fezes é aproximadamente 100 a 200 g /dia e a frequência normal pode variar de uma defecação a cada 3 dias a 3 vezes por dia. Tempo de trânsito normal varia de cerca de 18 a 48 horas.

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CONSTIPAÇÃOCONSTIPAÇÃO• FISIOPATOLOGIAFISIOPATOLOGIA

– CAUSAS SISTÊMICAS: CAUSAS SISTÊMICAS: •Uso crônico de laxantesUso crônico de laxantes•Anormalidades metabólicas e endócrinas Anormalidades metabólicas e endócrinas

como hipotireoidismo, uremia e hipercalcemiacomo hipotireoidismo, uremia e hipercalcemia•Ausência de exercícioAusência de exercício• Ignorar o estímulo de defecarIgnorar o estímulo de defecar•Doença vascular do intestino grossoDoença vascular do intestino grosso•Doença neuromuscular sistêmica que leva á Doença neuromuscular sistêmica que leva á

deficiência dos músculos voluntáriosdeficiência dos músculos voluntários•Dieta precária, pobre em fibrasDieta precária, pobre em fibras•GravidesGravides

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CONSTIPAÇÃOCONSTIPAÇÃO•FISIOPATOLOGIAFISIOPATOLOGIA

– CAUSAS GASTROINTESTINAIS: CAUSAS GASTROINTESTINAIS: •Doenças da parte superior do TGIDoenças da parte superior do TGI

– Doença celíacaDoença celíaca– Úlcera duodenalÚlcera duodenal– Câncer gástricoCâncer gástrico– Fibrose císticaFibrose cística

•Doenças do intestino grosso resultando em:Doenças do intestino grosso resultando em:– Falha de propulsão por todo o cólon ( inércia Falha de propulsão por todo o cólon ( inércia

colônica)colônica)– Falha de passagem através das estruturas Falha de passagem através das estruturas

anorretais ( obstrução da saída)anorretais ( obstrução da saída)•Síndrome do intestino irritávelSíndrome do intestino irritável•Fissuras anais ou hemorróidasFissuras anais ou hemorróidas•Abusos de laxantesAbusos de laxantes

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CONSTIPAÇÃOCONSTIPAÇÃO• TRATAMENTOTRATAMENTO

– Inclui a fibra dietética adequadaInclui a fibra dietética adequada– Ingestão aumentada de líquidosIngestão aumentada de líquidos– Exercício físico na rotina diária pessoal Exercício físico na rotina diária pessoal – Atenção ao estímulo de defecarAtenção ao estímulo de defecar– Retirada de laxantesRetirada de laxantes– Tratamento da doença de base com uso Tratamento da doença de base com uso

de medicamentos específicosde medicamentos específicos

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CONSTIPAÇÃOCONSTIPAÇÃO• CUIDADO NUTRICIONALCUIDADO NUTRICIONAL

– Fornecimento de uma dieta normal rica Fornecimento de uma dieta normal rica em fibras solúveis e insolúveis em fibras solúveis e insolúveis ( diferença entre fibra solúvel e ( diferença entre fibra solúvel e insolúvel)insolúvel)

– Dieta com 25 g de fibras/dia: frutas , Dieta com 25 g de fibras/dia: frutas , vegetais, cereais integraisvegetais, cereais integrais

– Aumento da ingestão hídricaAumento da ingestão hídrica– LAXANTES:LAXANTES: óleo mineral após as óleo mineral após as

refeições interfere com o a absorção de refeições interfere com o a absorção de caroteno e vits lipossolúveis A, D e Kcaroteno e vits lipossolúveis A, D e K

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DIARRÉIADIARRÉIA• FISIOPATOLOGIAFISIOPATOLOGIA

– A diarréia é caracterizada pela evacuação A diarréia é caracterizada pela evacuação frequente de fezes líquidas , frequente de fezes líquidas , acompanhadas de uma perda excessiva acompanhadas de uma perda excessiva de líquidos e eletrólitos, principalmente de líquidos e eletrólitos, principalmente sódio e potássiosódio e potássio

– Causas:Causas:•Trânsito excessivamente rápido dos conteúdos Trânsito excessivamente rápido dos conteúdos

intestinais através do intestino delgadointestinais através do intestino delgado•Digestão enzimática diminuída de alimentosDigestão enzimática diminuída de alimentos•Absorção diminuída de líquidos e nutrientesAbsorção diminuída de líquidos e nutrientes•Secreção aumentada de líquidos no TGISecreção aumentada de líquidos no TGI

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DIARRÉIADIARRÉIA• TIPOS DE DIARRÉIATIPOS DE DIARRÉIA

– DIARRÉIAS OSMÓTICAS: DIARRÉIAS OSMÓTICAS: • Causadas pela presença no trato intestinal de Causadas pela presença no trato intestinal de

solutos osmoticamente ativos que são pouco solutos osmoticamente ativos que são pouco absorvidosabsorvidos

• Ex. diarréias que acompanham a síndrome do Ex. diarréias que acompanham a síndrome do esvaziamento rápido e após a ingestão de esvaziamento rápido e após a ingestão de lactose na presença de uma deficiência de lactose na presença de uma deficiência de lactaselactase

– DIARRÉIAS SECRETÓRIAS: DIARRÉIAS SECRETÓRIAS: • Resultado da secreção ativa de eletrólitos e Resultado da secreção ativa de eletrólitos e

água pelo epitélio intestinal água pelo epitélio intestinal • Causadas por exotoxinas bacterianas, vírus, Causadas por exotoxinas bacterianas, vírus,

secreção de hormônio intestinal aumentadasecreção de hormônio intestinal aumentada• Não são aliviadas pelo jejumNão são aliviadas pelo jejum

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DIARRÉIADIARRÉIA• TIPOS DE DIARRÉIATIPOS DE DIARRÉIA

– EXSUDATIVAS: EXSUDATIVAS: • Estão sempre associadas à lesão na mucosa, o Estão sempre associadas à lesão na mucosa, o

que leva ao extravasamento de muco, sangue e que leva ao extravasamento de muco, sangue e proteínas plasmáticas com um acúmulo de líquido proteínas plasmáticas com um acúmulo de líquido de eltrólitos e água no intestinode eltrólitos e água no intestino

• As diarréias associadas à colite ulcerática crônica As diarréias associadas à colite ulcerática crônica e enterite por radiação são exemplose enterite por radiação são exemplos

– DIARRÉIAS DE CONTATO MUCOSO LIMITADO: DIARRÉIAS DE CONTATO MUCOSO LIMITADO: • Resultam de condições de mistura de quimo e Resultam de condições de mistura de quimo e

exposição deste ao epitélio intestinal exposição deste ao epitélio intestinal inadequadas, normalmente devido à destruição ou inadequadas, normalmente devido à destruição ou diminuição na mucosa , ex. dç de Chron ou após diminuição na mucosa , ex. dç de Chron ou após ressecção intestinal extensaressecção intestinal extensa

• Normalmente complicado pela esteatorréia e Normalmente complicado pela esteatorréia e pelas concentrações luminais reduzidas de sais pelas concentrações luminais reduzidas de sais biliares conjugadosbiliares conjugados

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DIARRÉIADIARRÉIA– CUIDADO NUTRICIONALCUIDADO NUTRICIONAL

•Como a diarréia é um sintoma, o objetivo do Como a diarréia é um sintoma, o objetivo do tratamento é remover a causa- tratamento tratamento é remover a causa- tratamento clínicoclínico

•2ª etapa: reposição de líquidos e eletrólitos2ª etapa: reposição de líquidos e eletrólitos•3ª etapa: nutricional3ª etapa: nutricional

– Aumento da ingestão de fibras Aumento da ingestão de fibras – Quando cessa a diarréia e ocorre a tolerância Quando cessa a diarréia e ocorre a tolerância

alimentar, as quantidades devem ser aumentadas alimentar, as quantidades devem ser aumentadas gradativamente. Primeiro alimentos fontes em amido ( gradativamente. Primeiro alimentos fontes em amido ( batata, arroz, cereais simples...) e seguidos por batata, arroz, cereais simples...) e seguidos por alimentos proteicos alimentos proteicos

– Álcoois, açúcares, lactose, frutose e sacarose devem Álcoois, açúcares, lactose, frutose e sacarose devem ser evitadosser evitados

– Formulação da dieta se houver necessidadeFormulação da dieta se houver necessidade– Restrição de gordurasRestrição de gorduras– ATENÇÃO: eletrólitos como sódio e potássio, ferroATENÇÃO: eletrólitos como sódio e potássio, ferro

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ESTEATORRÉIAESTEATORRÉIA– FISIOPATOLOGIAFISIOPATOLOGIA

•Consequência da má absorção na Consequência da má absorção na qual a gordura não absorvida qual a gordura não absorvida permanece nas fezespermanece nas fezes

•Até 60 g de gordura podem ser Até 60 g de gordura podem ser perdidos com esta condiçãoperdidos com esta condição

•DIAGNÓSTICO: fezes de 72 horas são DIAGNÓSTICO: fezes de 72 horas são coletadas e analisadas quanto à coletadas e analisadas quanto à gordura e ao mesmo tempo a gordura e ao mesmo tempo a ingestão dietética é registrada.ingestão dietética é registrada.

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ESTEATORRÉIAESTEATORRÉIA– CAUSASCAUSAS

• Insuficiência biliar secundária à Insuficiência biliar secundária à hepatopatia, obstrução biliar, síndrome da hepatopatia, obstrução biliar, síndrome da alça cega ou ressecção ilealalça cega ou ressecção ileal

• Insuficiência pancreáticaInsuficiência pancreática•Falha de absorção normal devido a dano na Falha de absorção normal devido a dano na

mucosa como na doença celíaca e doença mucosa como na doença celíaca e doença de chron e após terapia de radiação GIde chron e após terapia de radiação GI

•Reesterificação de gordura diminuída , Reesterificação de gordura diminuída , formação e transporte diminuídos de formação e transporte diminuídos de quilomícrons como ocorre na quilomícrons como ocorre na abetalipoproteinemia e linfangiectasia abetalipoproteinemia e linfangiectasia intestinalintestinal

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ESTEATORRÉIAESTEATORRÉIA– CUIDADO NUTRICIONALCUIDADO NUTRICIONAL

•Sintoma e não uma doença, deve-se Sintoma e não uma doença, deve-se tratar a causa de má absorçãotratar a causa de má absorção

•Aumento da ingestão calórica pela Aumento da ingestão calórica pela perda de pesoperda de peso

•Aumento na ingestão de proteínas e Aumento na ingestão de proteínas e carboidratoscarboidratos

•Adição de gordura segundo a tolerânciaAdição de gordura segundo a tolerância•Suplementação de vitaminas e Suplementação de vitaminas e

minerais com ênfase nas vitaminas minerais com ênfase nas vitaminas lipossolúveis e minerais como cálcio, lipossolúveis e minerais como cálcio, zinco, magnésio e ferro.zinco, magnésio e ferro.

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ESTEATORRÉIAESTEATORRÉIA– CUIDADO NUTRICIONALCUIDADO NUTRICIONAL

•TCM- TCM- A ingestão inadequada de calorias A ingestão inadequada de calorias pode ser aliviada pelo uso de TCMpode ser aliviada pelo uso de TCM

•Feitas de AGs que possuem de 8 a 10 Feitas de AGs que possuem de 8 a 10 átomos de carbono ( 16 a 18 da maioria)átomos de carbono ( 16 a 18 da maioria)

•São hidrolisados rapidamente, São hidrolisados rapidamente, necessitam de pequena qtdd de lipase necessitam de pequena qtdd de lipase intestinal disponível ao invés da lipase intestinal disponível ao invés da lipase pancreática, produtos de hidrólise são pancreática, produtos de hidrólise são facilmente dispersos e absorvidos na facilmente dispersos e absorvidos na ausência de ácidos biliares, entram ausência de ácidos biliares, entram diretamente no sangue venoso portal até diretamente no sangue venoso portal até o fígado sem serem ressintetizados em o fígado sem serem ressintetizados em triglicerídeos.triglicerídeos.

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DISTÚRBIOS DO TGI BAIXODISTÚRBIOS DO TGI BAIXODOENÇAS DO INTESTINO DOENÇAS DO INTESTINO

DELGADODELGADO• DOENÇA CELÍACADOENÇA CELÍACA• ESPRUE TROPICALESPRUE TROPICAL• DEFICIÊNCIA DE LACTASEDEFICIÊNCIA DE LACTASE• DOENÇAS INTESTINAIS DOENÇAS INTESTINAIS

INFLAMATÓRIAS ( DII E dç de Chron)INFLAMATÓRIAS ( DII E dç de Chron)• AMILOIDOSEAMILOIDOSE• LINFANGIECTASIA INTESTINAL LINFANGIECTASIA INTESTINAL • ABETALIPOPROTEINEMIAABETALIPOPROTEINEMIA• CIRURGIA INTESTINAL ( Ressecção do CIRURGIA INTESTINAL ( Ressecção do

intestino delgado)intestino delgado)

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DOENÇA CELÍACADOENÇA CELÍACAEnteropatia sensível ao glúten Enteropatia sensível ao glúten

ou sprue não tropicalou sprue não tropical– FISIOPATOLOGIAFISIOPATOLOGIA

• Causada por uma reação à Causada por uma reação à gliadinagliadina, o componente do , o componente do glúten solúvel em álcoolglúten solúvel em álcool

• O dano na mucosa intestinal resulta em má absorção O dano na mucosa intestinal resulta em má absorção potencial ou real de virtualmente todos os nutrientespotencial ou real de virtualmente todos os nutrientes

• Mecanismo da gliadina- desconhecido . Tem sido Mecanismo da gliadina- desconhecido . Tem sido considerado: anticorpos antigliadina, aumento de produtos considerado: anticorpos antigliadina, aumento de produtos de genes HLA Classe II e outros e envolvimento viral de genes HLA Classe II e outros e envolvimento viral

• Afeta a mucosa das porções proximal e média do intestino Afeta a mucosa das porções proximal e média do intestino delgado, podendo envolver os segmentos distaisdelgado, podendo envolver os segmentos distais

• Ocorre atrofia e achatamento das vilosidades, limitando a Ocorre atrofia e achatamento das vilosidades, limitando a área disponível para absorção: deficiência de área disponível para absorção: deficiência de dissacaridases e peptidases necessárias para a digestão e dissacaridases e peptidases necessárias para a digestão e também de carreadores necessários para o transporte de também de carreadores necessários para o transporte de nutrientes para a corrente sanguíneanutrientes para a corrente sanguínea

• Há liberação diminuída de colecistocinase que diminui Há liberação diminuída de colecistocinase que diminui também as secreções biliar e ´pancreática- piora da também as secreções biliar e ´pancreática- piora da digestãodigestão

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DOENÇA CELÍACADOENÇA CELÍACAEnteropatia sensível ao glúten Enteropatia sensível ao glúten

ou sprue não tropicalou sprue não tropical– FISIOPATOLOGIAFISIOPATOLOGIA

• A gliadina deve ser evitada por toda a vidaA gliadina deve ser evitada por toda a vida• Dependendo da extensão atingida, os pacientes Dependendo da extensão atingida, os pacientes

podem estar sem sintomas ou apresentar desconforto podem estar sem sintomas ou apresentar desconforto GI significante, má absorção e desnutrição. GI significante, má absorção e desnutrição.

• SINTOMAS: SINTOMAS: – Diarréia ( 10 evacuações)Diarréia ( 10 evacuações)– Falha de crescimento ( em crianças )Falha de crescimento ( em crianças )– VômitosVômitos– Abdome inchadoAbdome inchado– Fezes com aparência anormal, odor e quantidadeFezes com aparência anormal, odor e quantidade– Perda de peso Perda de peso – FraquezaFraqueza– FadigaFadiga– AnemiaAnemia– Doença óssea osteopênicaDoença óssea osteopênica– Doença auto-imuneDoença auto-imune

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DOENÇA CELÍACADOENÇA CELÍACAEnteropatia sensível ao glúten Enteropatia sensível ao glúten

ou sprue não tropicalou sprue não tropical– CUIDADO NUTRICIONALCUIDADO NUTRICIONAL

• Remoção completa da gliadina- melhora clínica imediataRemoção completa da gliadina- melhora clínica imediata• Primeiras semanas sem gliadina- dieta deve ser Primeiras semanas sem gliadina- dieta deve ser

suplementada com vitaminas ,minerais, proteína extra para suplementada com vitaminas ,minerais, proteína extra para tratar deficiênciastratar deficiências

• Trigo, aveia , centeio e cevada são excluídosTrigo, aveia , centeio e cevada são excluídos• Os produtos feitos de milho, batata, arroz , feijão de soja, Os produtos feitos de milho, batata, arroz , feijão de soja,

tapioca, araruta, amaranto e trigo sarraceno podem ser tapioca, araruta, amaranto e trigo sarraceno podem ser substituídos nos produtos alimentaressubstituídos nos produtos alimentares

• Observar os rótulos de produtosObservar os rótulos de produtos• O risco de doença maligna , especialmente linfoma, é O risco de doença maligna , especialmente linfoma, é

aumentado e a adesão à dieta sem glúten parece reduzir o aumentado e a adesão à dieta sem glúten parece reduzir o riscorisco

• Dieta com pouca lactose, sacaroseDieta com pouca lactose, sacarose• Atenção à anemia: ferro, folato e B12Atenção à anemia: ferro, folato e B12• Reposição de líquidos e eletrólitos na diarréia gravesReposição de líquidos e eletrólitos na diarréia graves• Adição de cálcio e vitamina D para corrigir a osteoporose ou Adição de cálcio e vitamina D para corrigir a osteoporose ou

oesteomaláciaoesteomalácia• Uso de TCMUso de TCM

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ESPRUE TROPICALESPRUE TROPICAL

– FISIOPATOLOGIAFISIOPATOLOGIA• É uma síndrome de etiologia desconhecida É uma síndrome de etiologia desconhecida

que ocorre em áreas tropicais , com exceção que ocorre em áreas tropicais , com exceção da África.da África.

•Pode ser sequela de uma diarréia infecciosa Pode ser sequela de uma diarréia infecciosa aguda com subsequente contaminação do aguda com subsequente contaminação do intestino por bactériasintestino por bactérias

•A deficiência nutricional pode aumentar a A deficiência nutricional pode aumentar a susceptiblidade a um agente infeccioso, as susceptiblidade a um agente infeccioso, as alterações na superfície celular são menos alterações na superfície celular são menos graves que anteriormentegraves que anteriormente

•A mucosa gástrica pode ser atrofiada e A mucosa gástrica pode ser atrofiada e inflamada com secreção diminuída de ácido inflamada com secreção diminuída de ácido clorídrico e fator intrínsecoclorídrico e fator intrínseco

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ESPRUE TROPICALESPRUE TROPICAL

– SINTOMASSINTOMAS• DiarréiaDiarréia•AnorexiaAnorexia•Distensão abdominalDistensão abdominal•Deficiências nutricionais: cegueira Deficiências nutricionais: cegueira

noturna, glossite, estomatie, queilose, noturna, glossite, estomatie, queilose, palidez, edema, anemia por palidez, edema, anemia por deficiência de ferro, ácido fólico e deficiência de ferro, ácido fólico e vitamina B12vitamina B12

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ESPRUE TROPICALESPRUE TROPICAL

– CUIDADO NUTRICIONALCUIDADO NUTRICIONAL• O tratamento envolve a restauração O tratamento envolve a restauração

dos fluidos, eletrólitos e nutrientesdos fluidos, eletrólitos e nutrientes•Terapia com antibióticos Terapia com antibióticos •Administração de folato e B12Administração de folato e B12

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DEFICIÊNCIA DE LACTASEDEFICIÊNCIA DE LACTASE

– FISIOPATOLOGIAFISIOPATOLOGIA• Intolerância à lactose é muito comumIntolerância à lactose é muito comum• Atinge todos os grupos etáriosAtinge todos os grupos etários•A lactose que não é hidrolisada em A lactose que não é hidrolisada em

galactose e glicose permanece no galactose e glicose permanece no intestino e atua osmoticamente para intestino e atua osmoticamente para atrair a água para o intestino . As atrair a água para o intestino . As bactérias colônicas fermentam a bactérias colônicas fermentam a lactose não digerida, gerando AGCC, lactose não digerida, gerando AGCC, dióxido de carbono e gás hidrogêniodióxido de carbono e gás hidrogênio

•SINTOMAS: SINTOMAS: inchaço abdominal, inchaço abdominal, flatulência, cólicas e diarréiaflatulência, cólicas e diarréia

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DEFICIÊNCIA DE LACTASEDEFICIÊNCIA DE LACTASE

– FISIOPATOLOGIAFISIOPATOLOGIA•HIPOLACTASIA: HIPOLACTASIA: declínio de lactase declínio de lactase

do tipo adulto do tipo adulto •CAUSAS: CAUSAS: Infecção no intestino Infecção no intestino

delgado ou destruição das células delgado ou destruição das células mucosas por outras causas, cirurgia mucosas por outras causas, cirurgia intestinal , desuso prolongado do TGI, intestinal , desuso prolongado do TGI, NPT. Retorna lentamente.NPT. Retorna lentamente.

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DEFICIÊNCIA DE LACTASEDEFICIÊNCIA DE LACTASE– CUIDADO NUTRICIONALCUIDADO NUTRICIONAL

– Consumo reduzido de alimentos que contém Consumo reduzido de alimentos que contém lactose ( não ausente): iogurte com culturas lactose ( não ausente): iogurte com culturas ativas ( resultado de uma beta galactosidase ativas ( resultado de uma beta galactosidase microbiana na cultura bacteriana que facilita microbiana na cultura bacteriana que facilita a digestão da lactose no intestino- depende a digestão da lactose no intestino- depende da marca e do método de processamento, da marca e do método de processamento, enzima é sensível ao congelamento. Ex. enzima é sensível ao congelamento. Ex. frozen iogurte pode não ser tolerado), frozen iogurte pode não ser tolerado), queijos ( esvaziamento gástrico lentos do queijos ( esvaziamento gástrico lentos do que bebidas lácteas e são mais pobres em que bebidas lácteas e são mais pobres em lactose)lactose)

– Retirada de açúcares simples: sacaroseRetirada de açúcares simples: sacarose– Permitido o uso da enzima lactase e os Permitido o uso da enzima lactase e os

derivados de leite tratados com enzimas derivados de leite tratados com enzimas lactase (Lactaid)lactase (Lactaid)

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DOENÇAS INTESTINAIS DOENÇAS INTESTINAIS INFLAMATÓRIASINFLAMATÓRIAS

– FISIOPATOLOGIAFISIOPATOLOGIA• Duas principais formas de DII são a Duas principais formas de DII são a Doença de crohn e colite Doença de crohn e colite ulcerativaulcerativa

•Início ocorre entre as idades de 15 a Início ocorre entre as idades de 15 a 30 anos em ambos os sexos30 anos em ambos os sexos

• CAUSA: CAUSA: desconhecida, desconhecida, predisposição genética, fenômeno predisposição genética, fenômeno auto-imune. Gatilho: interações virais auto-imune. Gatilho: interações virais ou bacterianas com células imunes ou bacterianas com células imunes que recobrem a parede mucosa do que recobrem a parede mucosa do trato intestinal .trato intestinal .

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DOENÇAS INTESTINAIS DOENÇAS INTESTINAIS INFLAMATÓRIASINFLAMATÓRIAS

– FISIOPATOLOGIAFISIOPATOLOGIA• SINTOMAS: SINTOMAS:

– Obstruções GI parciaisObstruções GI parciais- má absorção- má absorção– Trânsito GI alteradoTrânsito GI alterado– Secreções aumentadasSecreções aumentadas– AversõesAversões– Alergias alimentaresAlergias alimentares– Reações imunológicas a alimentos Reações imunológicas a alimentos

específicosespecíficos

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DOENÇAS INTESTINAIS DOENÇAS INTESTINAIS INFLAMATÓRIASINFLAMATÓRIAS

– FISIOPATOLOGIAFISIOPATOLOGIA• O TGI é o principal órgão imune o O TGI é o principal órgão imune o qual é revestido com grande qual é revestido com grande quantidade de células imunes quantidade de células imunes como macrófagos e linfócitos Tcomo macrófagos e linfócitos T

•Na DII ou os mecanismos Na DII ou os mecanismos reguladores são defeituosos ou os reguladores são defeituosos ou os fatores que estimulam a resposta fatores que estimulam a resposta imunológica e a fase aguda são imunológica e a fase aguda são intensificados , levando à fibrose intensificados , levando à fibrose e destruição tecidual e destruição tecidual

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DOENÇAS INTESTINAIS DOENÇAS INTESTINAIS INFLAMATÓRIASINFLAMATÓRIAS– FISIOPATOLOGIAFISIOPATOLOGIA

• A doença de Crohn e a colite ulcerativa A doença de Crohn e a colite ulcerativa compartilham algumas características clínicascompartilham algumas características clínicas

– Intolerâncias alimentares Intolerâncias alimentares – Estreitamento gastrointestinal ( náusea, crescimento Estreitamento gastrointestinal ( náusea, crescimento

bacteriano e diarréia)bacteriano e diarréia)– Inflamações e ressecções cirúrgicasInflamações e ressecções cirúrgicas– Dor abdominalDor abdominal– Aversões alimentares, ansiedade e medo de comerAversões alimentares, ansiedade e medo de comer– Interações droga-nutrientesInterações droga-nutrientes– Alergias alimentaresAlergias alimentares– Restrições alimentaresRestrições alimentares– DiarréiaDiarréia– FebreFebre– Perda de pesoPerda de peso– Desnutrição proteico-calórica ( sangramento, Desnutrição proteico-calórica ( sangramento,

esteatorreia,sangue, minerais, eletrólitos,proteínas)esteatorreia,sangue, minerais, eletrólitos,proteínas)– Deficiência de crescimentoDeficiência de crescimento– Manifestações extra-intesinais: artrítica, Manifestações extra-intesinais: artrítica,

dermatológicas e hepáticadermatológicas e hepática– Anemias ( perda de sangue e anorexia)Anemias ( perda de sangue e anorexia)

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DESNUTRIÇÃODESNUTRIÇÃO• DIMINUIÇÃO DA INGESTÃO DE NUTRIENTESDIMINUIÇÃO DA INGESTÃO DE NUTRIENTES

– Anorexia relacionada à doençaAnorexia relacionada à doença– Iatrogênica ( restrições dietéticas injustificadas)Iatrogênica ( restrições dietéticas injustificadas)

• MÁ ABSORÇÃOMÁ ABSORÇÃO– Diminuição da superfície absortiva ( doenças, fístulas, Diminuição da superfície absortiva ( doenças, fístulas,

ressecção)ressecção)– Superpopulação bacterianaSuperpopulação bacteriana– Deficiência de sais biliaresDeficiência de sais biliares

• AUMENTO DAS PERDAS INTESTINAISAUMENTO DAS PERDAS INTESTINAIS– Enteropatia com perda de proteínaEnteropatia com perda de proteína– Eletrólitos , minerais, alimentos-traçoEletrólitos , minerais, alimentos-traço– SangramentoSangramento

• AUMENTO DA DEMANDAAUMENTO DA DEMANDA– Sepse, febreSepse, febre– Maior reposição celularMaior reposição celular

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DOENÇAS INTESTINAIS DOENÇAS INTESTINAIS INFLAMATÓRIASINFLAMATÓRIAS

– DOENÇA DE CROHNDOENÇA DE CROHN• Pode envolver qualquer parte do TGI, da boca Pode envolver qualquer parte do TGI, da boca

ao ânusao ânus•O intestino delgado, e especialmente o íleo O intestino delgado, e especialmente o íleo

terminal, estão envolvido sem cerca de 75% terminal, estão envolvido sem cerca de 75% dos casos e apenas 15 a 25% dos casos dos casos e apenas 15 a 25% dos casos envolvem apenas o cólonenvolvem apenas o cólon

•Nos segmentos do intestino envolvidos, a Nos segmentos do intestino envolvidos, a inflamação pode ser contínua e fica separada inflamação pode ser contínua e fica separada das porções saudáveisdas porções saudáveis

•Envolvimento da mucosa é transmural Envolvimento da mucosa é transmural afetando todas as camadas da mucosa: à afetando todas as camadas da mucosa: à medida que a inflamação, ulceração, abscesso medida que a inflamação, ulceração, abscesso e fístulas se resolvem, a fibrose, espessamento e fístulas se resolvem, a fibrose, espessamento submucoso e formação de escaras podem submucoso e formação de escaras podem aparecer, levando a segmentos estreitados do aparecer, levando a segmentos estreitados do intestino e obstrução parcial ou completa do intestino e obstrução parcial ou completa do lúmem intestinallúmem intestinal

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DOENÇAS INTESTINAIS DOENÇAS INTESTINAIS INFLAMATÓRIASINFLAMATÓRIAS

– DOENÇA DE CROHNDOENÇA DE CROHN• A cirurgia pode ser necessária A cirurgia pode ser necessária para reparar estrituras ou remover para reparar estrituras ou remover porções do intestino quando o porções do intestino quando o tratamento clínico falhatratamento clínico falha

•50 a 70% das pessoas são 50 a 70% das pessoas são submetidas a cirurgia que não submetidas a cirurgia que não cura- remissão ocorre dentro de 3 cura- remissão ocorre dentro de 3 anos e recuperação é de 30 a 70% anos e recuperação é de 30 a 70% ( tipo de cirurgia e idade da ( tipo de cirurgia e idade da operação)operação)

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DOENÇAS INTESTINAIS DOENÇAS INTESTINAIS INFLAMATÓRIASINFLAMATÓRIAS

– COLITE ULCERATIVACOLITE ULCERATIVA• Ela envolve apenas o cólon e sempre Ela envolve apenas o cólon e sempre

se estende a partir do retose estende a partir do reto•A mucos difusamente inflamada com A mucos difusamente inflamada com

pequenas úlceraspequenas úlceras•Estreitamentos são rarosEstreitamentos são raros•Ocorre mais nas pessoas jovens com Ocorre mais nas pessoas jovens com

idade entre 15 a 30 anos , com pico idade entre 15 a 30 anos , com pico aos 50-60 anosaos 50-60 anos

•Em muitos casos o cólon deve ser Em muitos casos o cólon deve ser removido e uma bolsa ileal ou removido e uma bolsa ileal ou anastomose ileoanal criadaanastomose ileoanal criada

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DOENÇAS INTESTINAIS DOENÇAS INTESTINAIS INFLAMATÓRIASINFLAMATÓRIAS

– TRATAMENTO CLÍNICOTRATAMENTO CLÍNICO• OBJETIVOS:OBJETIVOS:

– Induzir e manter a remissão e o Induzir e manter a remissão e o estado nutricionalestado nutricional

– Uso de corticosteróides, Uso de corticosteróides, antiinflamatórios antiinflamatórios ( aminossalicilatos), agentes ( aminossalicilatos), agentes imunossupressores ( ciclosporia, imunossupressores ( ciclosporia, azatioprina, mercaptopurina ) e azatioprina, mercaptopurina ) e antibióticos ( metronidazol)antibióticos ( metronidazol)

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DOENÇAS INTESTINAIS DOENÇAS INTESTINAIS INFLAMATÓRIASINFLAMATÓRIAS– CUIDADO NUTRICIONALCUIDADO NUTRICIONAL

• Importante no tratamento dos sintomas e remissãoImportante no tratamento dos sintomas e remissão• Nutrição parenteral – ressecções extensasNutrição parenteral – ressecções extensas• Nutrição enteral – via ideal ( via oral ou sonda ) fórmulas Nutrição enteral – via ideal ( via oral ou sonda ) fórmulas

elementares ou oligoméricas dependendo da localização e elementares ou oligoméricas dependendo da localização e extensão da doençaextensão da doença

• VET: aumentado ( cal/ml aumentada) FI- 1,75 / 35 a 40 Kcal/Kg/diaVET: aumentado ( cal/ml aumentada) FI- 1,75 / 35 a 40 Kcal/Kg/dia• PTN: Hiperproteica ( hidrólise da ptn) -1,0 a 2,0 g/Kg/diaPTN: Hiperproteica ( hidrólise da ptn) -1,0 a 2,0 g/Kg/dia• VITS E MIN.: Suplementação e interações VITS E MIN.: Suplementação e interações • Pouco resíduo Pouco resíduo • Isenta de lactose, sacarose e glútenIsenta de lactose, sacarose e glúten• Baixa osmolaridadeBaixa osmolaridade• LIP: TCM e uso de W3 ( diminui a resposta inflamatória 3-5g/dia)- LIP: TCM e uso de W3 ( diminui a resposta inflamatória 3-5g/dia)-

hipolipídica ( menor que 20% VET)hipolipídica ( menor que 20% VET)• OUTROS: glutamina ( céls de rápida proliferação- 30 g OUTROS: glutamina ( céls de rápida proliferação- 30 g

/dia)),arginina ( ativador potente de células T) antioxidantes e /dia)),arginina ( ativador potente de células T) antioxidantes e fibras fermentáveis, FOOS, retirada de alimentos flatulentos fibras fermentáveis, FOOS, retirada de alimentos flatulentos (brócolis, couve-flor, couve, repolho, nabo, cebola crua, pimentão (brócolis, couve-flor, couve, repolho, nabo, cebola crua, pimentão verde, rabanete, pepino, batata-doce, leguminosas, frutos do mar, verde, rabanete, pepino, batata-doce, leguminosas, frutos do mar, melão , abacate , melancia, ovo cozido ou frito, oleaginosas, melão , abacate , melancia, ovo cozido ou frito, oleaginosas, bebidas gasosas, exc esso de açúcar, doces concentrados ).bebidas gasosas, exc esso de açúcar, doces concentrados ).

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DISTÚRBIOS DO TGI BAIXODISTÚRBIOS DO TGI BAIXODOENÇAS DO INTESTINO DOENÇAS DO INTESTINO

GROSSOGROSSO

• SÍNDROME DO INTESTINO SÍNDROME DO INTESTINO IRRITÁVELIRRITÁVEL

• DOENÇA DIVERTICULARDOENÇA DIVERTICULAR

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SÍNDROME DO INTESTINO SÍNDROME DO INTESTINO IRRITÁVELIRRITÁVEL

• FISIOPATOLOGIAFISIOPATOLOGIA– Não é uma doença e sim uma síndrome Não é uma doença e sim uma síndrome

que envolve :que envolve :•DOR ABDOMINAL( ALIVIADA POR DOR ABDOMINAL( ALIVIADA POR

DEFECAÇÃO)DEFECAÇÃO)• INCHAÇO INCHAÇO •MOVIMENTOS INTESTINAIS ANORMAISMOVIMENTOS INTESTINAIS ANORMAIS•DIARRÉIA ALTERNANTE : CONSTIPAÇÃODIARRÉIA ALTERNANTE : CONSTIPAÇÃO•DOR RETALDOR RETAL•MUCO NAS FEZESMUCO NAS FEZES•FOTO DA PAG. 31,6 KRAUSE PG 662FOTO DA PAG. 31,6 KRAUSE PG 662

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SÍNDROME DO INTESTINO SÍNDROME DO INTESTINO IRRITÁVELIRRITÁVEL

• FISIOPATOLOGIAFISIOPATOLOGIA– CAUSAS: CAUSAS:

• Agentes estressantes como divórcioAgentes estressantes como divórcio• Mudanças de empregoMudanças de emprego• ViagemViagem• Nova localização ou situação socialNova localização ou situação social• Excesso de uso de laxantes e outros medicamentos sem Excesso de uso de laxantes e outros medicamentos sem

prescriçãoprescrição• AntibióticosAntibióticos• CafeínaCafeína• Enfermidade GI préviaEnfermidade GI prévia• Ausência de regularidade no sono, descanso e ingestão de Ausência de regularidade no sono, descanso e ingestão de

líquidolíquidoPodem disparar o início ou piorar os sintomas Podem disparar o início ou piorar os sintomas

– DIAGNÓSTICO:DIAGNÓSTICO:• Baseado na presença de sintomas clínicos de intestino Baseado na presença de sintomas clínicos de intestino

irritável por 3 meses ou mais irritável por 3 meses ou mais • Alternância da função intestinal Alternância da função intestinal

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SÍNDROME DO INTESTINO SÍNDROME DO INTESTINO IRRITÁVELIRRITÁVEL

• CUIDADO NUTRICIONALCUIDADO NUTRICIONAL– Diferente da DII não é uma ameaça à vida e não resulta Diferente da DII não é uma ameaça à vida e não resulta

em má digestão ou má absorção dos nutrientesem má digestão ou má absorção dos nutrientes– OBJETIVO: garantir ingestão de nutrientes adequada, OBJETIVO: garantir ingestão de nutrientes adequada,

utilizar uma dieta que não contribua para os sintomas e utilizar uma dieta que não contribua para os sintomas e evitar os sintomas GIevitar os sintomas GI

– Dieta normalDieta normal– Alto teor de fibras ( motilidade intestinal e alivia a Alto teor de fibras ( motilidade intestinal e alivia a

pressão de constrição)- 20 a 30 gpressão de constrição)- 20 a 30 g– Ingestão hídrica adequadaIngestão hídrica adequada– Evitar excesso de gorduras na dieta, cafeína e açúcares Evitar excesso de gorduras na dieta, cafeína e açúcares

( especialmente frutose e álcool, lactose em indivíduos ( especialmente frutose e álcool, lactose em indivíduos deficientes em lactase) e bebidas alcólicasdeficientes em lactase) e bebidas alcólicas

– Uso de agentes anticolinérgicos ou antidiarréicos pode Uso de agentes anticolinérgicos ou antidiarréicos pode ser necessário na falha do tratamento dietéticoser necessário na falha do tratamento dietético

– Redução do estresseRedução do estresse

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DOENÇA DIVERTICULARDOENÇA DIVERTICULAR

• FISIOPATOLOGIAFISIOPATOLOGIA– A diverticulose se refere a herniações semelhantes a sacos A diverticulose se refere a herniações semelhantes a sacos

da parede colônicada parede colônica– Provavelmente as evaginações sejam resultado de Provavelmente as evaginações sejam resultado de

pressões colônicas aumentadas a longo prazopressões colônicas aumentadas a longo prazo– Causa desconhecida- provável: ingestão reduzida de fibras Causa desconhecida- provável: ingestão reduzida de fibras

e constipaçãoe constipação– É relativamente rara em países com alta ingestão de fibrasÉ relativamente rara em países com alta ingestão de fibras– Crescente onde a ocidentalização da dieta e a ingestão de Crescente onde a ocidentalização da dieta e a ingestão de

alimentos refinados começaram alimentos refinados começaram – Aumenta com a idade : 30% em indivíduos com mais de 50 Aumenta com a idade : 30% em indivíduos com mais de 50

anos e 50% com mais de 70 anos e 66% com mais de 80 anos e 50% com mais de 70 anos e 66% com mais de 80 anosanos

– COMPLICAÇÕES: variam de sangramento suave sem COMPLICAÇÕES: variam de sangramento suave sem dor e hábitos intestinais alterados dor e hábitos intestinais alterados

– COLOCAR A FOTO DA KRAUSE PG 663COLOCAR A FOTO DA KRAUSE PG 663

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DOENÇA DIVERTICULARDOENÇA DIVERTICULAR

• FISIOPATOLOGIAFISIOPATOLOGIA– A diverticulite é o mesmo processo só A diverticulite é o mesmo processo só

que há a inflamação ( formação de que há a inflamação ( formação de abscessos, perfuração aguda, abscessos, perfuração aguda, sangramento, obstrução e sepse) sangramento, obstrução e sepse)

– 10 A 25 % dos pacientes com 10 A 25 % dos pacientes com diverticulose desenvolvem diverticulose desenvolvem

– 1/3 dos internados necessitam de 1/3 dos internados necessitam de cirurgia cirurgia

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DOENÇA DIVERTICULARDOENÇA DIVERTICULAR

• CUIDADO NUTRICIONALCUIDADO NUTRICIONAL– DIVERTICULOSE: DIVERTICULOSE:

• Dieta rica em fibrasDieta rica em fibras• Aumento da ingestão hídricaAumento da ingestão hídrica• Maior consumo de verduras e frutas Maior consumo de verduras e frutas • Menor consumo de industrializadosMenor consumo de industrializados

– DIVERTICULITE: DIVERTICULITE: • Dieta com pouco resíduo Dieta com pouco resíduo • Dieta elementar ou NPTDieta elementar ou NPT• Retorno gradual de uma dieta com fibrasRetorno gradual de uma dieta com fibras• Baixo teor de gordurasBaixo teor de gorduras• Em casos de perfuração não utilizar sementes, nozes Em casos de perfuração não utilizar sementes, nozes

ou cascas de materia vegetal , pedaços grandes de ou cascas de materia vegetal , pedaços grandes de alimentosalimentos

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DISTÚRBIOS DO TGI BAIXODISTÚRBIOS DO TGI BAIXOOUTROSOUTROS

• SÍNDROME DO INTESTINO CURTOSÍNDROME DO INTESTINO CURTO• SÍNDROME DA ALÇA CEGASÍNDROME DA ALÇA CEGA• ILEOSTOMIA OU COLOSTOMIAILEOSTOMIA OU COLOSTOMIA• CIRURGIA RETALCIRURGIA RETAL

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RESSECÇÃO DO INTESTINO RESSECÇÃO DO INTESTINO DELGADO E SÍNDROME DO DELGADO E SÍNDROME DO

INTESTINO CURTOINTESTINO CURTO• FISIOPATOLOGIAFISIOPATOLOGIA– Se refere a um conjunto de sinais e sintomas usados para Se refere a um conjunto de sinais e sintomas usados para

descrever as consequências nutricionais e metabólicas de descrever as consequências nutricionais e metabólicas de grandes ressecções do intestino delgadograndes ressecções do intestino delgado

– Ressecções de 40 a 50% podem levar a algumas das Ressecções de 40 a 50% podem levar a algumas das consequências de SIC. Ressecção de 70% ou mais de int. consequências de SIC. Ressecção de 70% ou mais de int. delgado deixa um paciente com 70-100 cm . Pacientes com delgado deixa um paciente com 70-100 cm . Pacientes com menos de 100 cm de intestino delgado que não apresentam menos de 100 cm de intestino delgado que não apresentam cólon em continuidade – necessitam de NPcólon em continuidade – necessitam de NP

– Com o tempo o intestino remanescente sofre alteraçoes Com o tempo o intestino remanescente sofre alteraçoes tanto estruturais quanto funcionais que aumentam a tanto estruturais quanto funcionais que aumentam a absorção de nutrientes e fluidosabsorção de nutrientes e fluidos

– CAUSAS MAIS COMUNS: CAUSAS MAIS COMUNS: • Doença de Crohn Doença de Crohn • Enterite por radiaçãoEnterite por radiação• Infarto mesentéricoInfarto mesentérico• Doença malignaDoença maligna• VólvuloVólvulo

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RESSECÇÃO DO INTESTINO RESSECÇÃO DO INTESTINO DELGADO E SÍNDROME DO DELGADO E SÍNDROME DO

INTESTINO CURTOINTESTINO CURTO• FISIOPATOLOGIAFISIOPATOLOGIA

– COMPLICAÇÕES: COMPLICAÇÕES: • Má absorção de nutrientes ( vitaminas hidrossolúveis Má absorção de nutrientes ( vitaminas hidrossolúveis

são absorvidas no jejuno proximal- B12, folato. Mais de são absorvidas no jejuno proximal- B12, folato. Mais de 60 cm de íleo for ressecado, deve haver injeções 60 cm de íleo for ressecado, deve haver injeções mensais de B12)mensais de B12)

• Desequilíbrios hidroeletrolíticos e cátions bivalentes Desequilíbrios hidroeletrolíticos e cátions bivalentes ( Ca, Mg,Zn,Cu, Se, Cr, Fe, Mo))( Ca, Mg,Zn,Cu, Se, Cr, Fe, Mo))

• Perda de pesoPerda de peso• Deficiência de crescimento ( nas crianças)Deficiência de crescimento ( nas crianças)• Hiper secreção gástricaHiper secreção gástrica• Cálculos renais de oxalato ( nefrolitíase)Cálculos renais de oxalato ( nefrolitíase)• Cálculos biliares de colesterol ( colelitíase- devido a Cálculos biliares de colesterol ( colelitíase- devido a

menor concentração de sais biliares na bile secundária menor concentração de sais biliares na bile secundária a ressecção ileal e má absorção de sais biliares)a ressecção ileal e má absorção de sais biliares)

• Consequências dependem: do tipo de TN, idade, Consequências dependem: do tipo de TN, idade, localização da ressecção, saúde do TGIlocalização da ressecção, saúde do TGI

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RESSECÇÃO JEJUNALRESSECÇÃO JEJUNAL• Normalmente a maior parte da digestão e absorção Normalmente a maior parte da digestão e absorção

do alimento e nutrientes ocorre nos primeiros 100 cm do alimento e nutrientes ocorre nos primeiros 100 cm do intestino delgadodo intestino delgado

• O que resta a ser digerido e fermentado e absorvido O que resta a ser digerido e fermentado e absorvido são pequenas quantidades de açúcares, amido-são pequenas quantidades de açúcares, amido-resistentes, fibra, lipídios, fibra dietética e fluidosresistentes, fibra, lipídios, fibra dietética e fluidos

• O íleo é capaz de realizar as funções do jejuno , O íleo é capaz de realizar as funções do jejuno , especialmente após um período de adaptaçãoespecialmente após um período de adaptação

• A motilidade do íleo é lenta e os hormônios A motilidade do íleo é lenta e os hormônios secretados no íleo e cólon ajudam a tornar mais secretados no íleo e cólon ajudam a tornar mais lento o esvaziamento e secreções gástricaslento o esvaziamento e secreções gástricas

• A reserva funcional para absorção de A reserva funcional para absorção de micronutrientes , quantidaes excessivas de açúcares micronutrientes , quantidaes excessivas de açúcares ( lactose) e lipídeos é reduzida( lactose) e lipídeos é reduzida

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RESSECÇÕES ILEAISRESSECÇÕES ILEAIS• Ressecções significantes do íleo , principalmente o distal Ressecções significantes do íleo , principalmente o distal

produzem maiores complicações nutricionais e clínicasproduzem maiores complicações nutricionais e clínicas• O íleo distal é o único local para a absorção do complexo O íleo distal é o único local para a absorção do complexo

vitamina B12 e fator intrínsico e sais biliares e o íleo vitamina B12 e fator intrínsico e sais biliares e o íleo normalmente absorve uma porção maior dos vários normalmente absorve uma porção maior dos vários litros de fluido ingerido/secretado no GIlitros de fluido ingerido/secretado no GI

• Se o íleo não puder reciclar os sais biliares, as lipases Se o íleo não puder reciclar os sais biliares, as lipases pancreáticas e gástricas não serão capazes de digerir pancreáticas e gástricas não serão capazes de digerir alguns triglicerídeos em ácidos graxos e alguns triglicerídeos em ácidos graxos e monoglicerídeosmonoglicerídeos

• RESULTADO: má absorção de gorduras, vitaminas A,D e RESULTADO: má absorção de gorduras, vitaminas A,D e E, ácidos graxos , cálcio, zinco, magnésio, má absorção E, ácidos graxos , cálcio, zinco, magnésio, má absorção de oxalato( hiperoxalúria e cálculos de oxalato renal ) , de oxalato( hiperoxalúria e cálculos de oxalato renal ) , irritação da mucosa devido ao contato dos sais biliares irritação da mucosa devido ao contato dos sais biliares resultando em aumento do fluido e eletrólito , cálculos resultando em aumento do fluido e eletrólito , cálculos biliares, alta fermentação bacteriana devido à biliares, alta fermentação bacteriana devido à diminuição do pH do meiodiminuição do pH do meio

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RESSECÇÕES ILEAISRESSECÇÕES ILEAISTRATAMENTO CLÍNICO E CIRÚRGICOTRATAMENTO CLÍNICO E CIRÚRGICO

--Medicamentos para retardar o Medicamentos para retardar o esvaziamento gástrico, diminuir as secreções e esvaziamento gástrico, diminuir as secreções e tornar mais lenta a motilidade gastrointestinal e tornar mais lenta a motilidade gastrointestinal e tratar o crescimento baceriano excessivo tratar o crescimento baceriano excessivo

- CIRURGIA: inclui a reversão dos - CIRURGIA: inclui a reversão dos segmentos do intestino pode tornar mais lento o segmentos do intestino pode tornar mais lento o trânsito de conteúdos GIs, criação de trânsito de conteúdos GIs, criação de reservatórios para servir como uma forma de reservatórios para servir como uma forma de cólon, aumento do comprimento intestinal e cólon, aumento do comprimento intestinal e transplante intestinaltransplante intestinal

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RESSECÇÕES ILEAISRESSECÇÕES ILEAISCUIDADO NUTRICIONALCUIDADO NUTRICIONAL

--Inicialmente em uma ressecção intestinal Inicialmente em uma ressecção intestinal extensa: NPT para restaurar e manter o EMextensa: NPT para restaurar e manter o EM

-A duração da NPT dependerá da extesnão -A duração da NPT dependerá da extesnão da ressecção ileal, saúde do paciente e condição da ressecção ileal, saúde do paciente e condição do TGI remanescentedo TGI remanescente

- Alguns podem necessitar de - Alguns podem necessitar de suplementação por toda a vida com nutrição suplementação por toda a vida com nutrição parenteral para manter o estado de fluidos e parenteral para manter o estado de fluidos e nutricional adequadosnutricional adequados

NE: iniciar precocemente e aumentar a NE: iniciar precocemente e aumentar a concentração e volumes gradualmente, evitar concentração e volumes gradualmente, evitar fórmulas hiperosmolaresfórmulas hiperosmolares

VIA ORAL: pequenas refeições e frequentes, VIA ORAL: pequenas refeições e frequentes, evoluir gradativamenteevoluir gradativamente

VET: aumentadoVET: aumentado

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RESSECÇÕES ILEAISRESSECÇÕES ILEAISCUIDADO NUTRICIONALCUIDADO NUTRICIONAL

--PTNS: aumentada ( hidrolisada), glutaminaPTNS: aumentada ( hidrolisada), glutamina-LIP: reduzida, TCM-LIP: reduzida, TCM-CHO: Evitar doces concentrados e excessos -CHO: Evitar doces concentrados e excessos

de carboidratos ( O ácido D-láctico é produzido de carboidratos ( O ácido D-láctico é produzido pela fermentação de carboidratos mal absorvidos pela fermentação de carboidratos mal absorvidos no cólon. Seres humanos não possuem a enzima no cólon. Seres humanos não possuem a enzima para metabolizá-la,e seus níveis aumentados para metabolizá-la,e seus níveis aumentados podem levar a acidose metabólica)podem levar a acidose metabólica)

-OUTROS: Cafeína evitar, alimentos ricos -OUTROS: Cafeína evitar, alimentos ricos em oxalato ( se liga ao cálcio para formar um em oxalato ( se liga ao cálcio para formar um complexo. Na SIC , o cálcio se liga a ácidos graxos complexo. Na SIC , o cálcio se liga a ácidos graxos não absorvidos e deixa o oxalato livre para ser não absorvidos e deixa o oxalato livre para ser absorvido no cólon. Sais biliares mal absorvidos absorvido no cólon. Sais biliares mal absorvidos que chegam ao cólon aumentam a absorção de que chegam ao cólon aumentam a absorção de oxalato aumentando a permeabilidade intestinal)oxalato aumentando a permeabilidade intestinal)

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--RESSECÇÕES ILEAIS: tempo aumentado RESSECÇÕES ILEAIS: tempo aumentado para recuperação, aumento da para recuperação, aumento da suplementação de vitaminas lipossolúveis, suplementação de vitaminas lipossolúveis, cálcio, magnésio e zinco , limitação da cálcio, magnésio e zinco , limitação da gordura dietética com uso de TCMgordura dietética com uso de TCM

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SÍNDROME DA ALÇA CEGASÍNDROME DA ALÇA CEGA ( CRESCIMENTO ( CRESCIMENTO

BACTERIANO EXCESSIVO)BACTERIANO EXCESSIVO)• FISIOPATOLOGIAFISIOPATOLOGIA

– É um distúrbio caracterizado pelo crescimento É um distúrbio caracterizado pelo crescimento bacteriano excessivo que resulta da estase do bacteriano excessivo que resulta da estase do trato intestinal como um resultado da doença trato intestinal como um resultado da doença obstrutiva , enterite de radiação , formação de obstrutiva , enterite de radiação , formação de fístula ou reparo cirúrgico do intestinofístula ou reparo cirúrgico do intestino

– As bactérias desconjugam os sais biliares que As bactérias desconjugam os sais biliares que além de serem citotóxicos , são menos eficazes além de serem citotóxicos , são menos eficazes como formadores de micelascomo formadores de micelas

– Consequência: pouca absorção de gordura e Consequência: pouca absorção de gordura e esteatorréia , má absorção de carboidratos ocorre esteatorréia , má absorção de carboidratos ocorre devido à lesão à borda em escova secundária aos devido à lesão à borda em escova secundária aos efeitos tóxicos dos produtos do catabolismo efeitos tóxicos dos produtos do catabolismo bacteriano e consequente perda de enzimasbacteriano e consequente perda de enzimas

– Vitamina B12 é usada para o crescimento Vitamina B12 é usada para o crescimento bacterianobacteriano

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SÍNDROME DA ALÇA CEGASÍNDROME DA ALÇA CEGA ( CRESCIMENTO ( CRESCIMENTO

BACTERIANO EXCESSIVO)BACTERIANO EXCESSIVO)• TRATAMENTOTRATAMENTO

– Remoção da alça cega ou Remoção da alça cega ou – Controle do crescimento bacteriano Controle do crescimento bacteriano

excessivo com antibióticosexcessivo com antibióticos– Dieta sem lactoseDieta sem lactose– Pobre em gorduras + TCMPobre em gorduras + TCM– Suplementação de B12 parenteral pode Suplementação de B12 parenteral pode

ser útilser útil

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ILEOSTOMIA OU ILEOSTOMIA OU COLOSTOMIACOLOSTOMIA• FISIOPATOLOGIAFISIOPATOLOGIA

– Pacientes com colite ulcerativa grave, doença de Pacientes com colite ulcerativa grave, doença de crohn, câncer de cólon ou trauma intestinal – crohn, câncer de cólon ou trauma intestinal – necessitam de criação cirúrgica de uma abertura necessitam de criação cirúrgica de uma abertura na superfície corpórea para o trato intestinal para na superfície corpórea para o trato intestinal para permitir a defecação da porção intacta do intestinopermitir a defecação da porção intacta do intestino

– ILEOSTOMIA ( abertura dentro do íleo): ILEOSTOMIA ( abertura dentro do íleo): Quando todo o cólon, reto e ânus devem ser Quando todo o cólon, reto e ânus devem ser removidosremovidos

– COLOSTOMIA:COLOSTOMIA:apenas o reto e ânus forem apenas o reto e ânus forem removidosremovidos

– A abertura ou estoma encolhe até o tamanho de A abertura ou estoma encolhe até o tamanho de um níquel e eliminação por ela depende de sua um níquel e eliminação por ela depende de sua localizaçãolocalização

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ILEOSTOMIA OU ILEOSTOMIA OU COLOSTOMIACOLOSTOMIA• FISIOPATOLOGIAFISIOPATOLOGIA

– A consistência das fezes de uma ileostomia é líquida , A consistência das fezes de uma ileostomia é líquida , enquanto de uma colostomia varia de mole a regularmente enquanto de uma colostomia varia de mole a regularmente bem-formadabem-formada

– As fezes de uma colostomia do lado esquerdo do cólon são As fezes de uma colostomia do lado esquerdo do cólon são mais firmes que a do lado direitomais firmes que a do lado direito

– Odor das fezes da ileostomia é mais ácido. O odor Odor das fezes da ileostomia é mais ácido. O odor desagradável decorre: esteatorréia ou bacterías que atuam desagradável decorre: esteatorréia ou bacterías que atuam em alimentos produzindo gases mal cheirososem alimentos produzindo gases mal cheirosos

– Alimentos que causam odor: milho, feijões secos, cebolas, Alimentos que causam odor: milho, feijões secos, cebolas, repolho, alimentos muito condimentados, peixe, antibióticos repolho, alimentos muito condimentados, peixe, antibióticos e alguns suplementos de vitaminas e minerais, higiene e alguns suplementos de vitaminas e minerais, higiene inadequada do estoma ou uma complicação da ileostomia inadequada do estoma ou uma complicação da ileostomia que permite crescimento bacteriano excessivo no íleo.que permite crescimento bacteriano excessivo no íleo.

– GASES: bolsa fica tensa e distendida GASES: bolsa fica tensa e distendida – Fezes firmes em 7 a 10 diasFezes firmes em 7 a 10 dias

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ILEOSTOMIA OU ILEOSTOMIA OU COLOSTOMIACOLOSTOMIA• CUIDADO NUTRICIONALCUIDADO NUTRICIONAL

– Ingestão adequada de água devido à perdas excessivas de Ingestão adequada de água devido à perdas excessivas de sal e água pela ileostomiasal e água pela ileostomia

– VET: adequado às necessidades do paciente. Igual de VET: adequado às necessidades do paciente. Igual de indivíduos normaisindivíduos normais

– Recomenda-se vitamina E: antioxidante que inibe as Recomenda-se vitamina E: antioxidante que inibe as enzimas lipoxidases e podem desempenhar um papel na enzimas lipoxidases e podem desempenhar um papel na atenuação da atividade da doençaatenuação da atividade da doença

– Suplementação de B12Suplementação de B12– Suplementação de vitamina C: devido a baixas ingestões de Suplementação de vitamina C: devido a baixas ingestões de

vegetais e frutas vegetais e frutas– Evitar vegetais muito fibrosos para evitar que fiquem Evitar vegetais muito fibrosos para evitar que fiquem

retidos no ponto onde o íleo se estreitaretidos no ponto onde o íleo se estreita– Mastigar bem todos os alimentosMastigar bem todos os alimentos– Alimentação normal, evitando só as intolerâncias Alimentação normal, evitando só as intolerâncias

individuaisindividuais

Page 58: UNIVESRIDADE CASTELO BRANCO PROF. ALEXANDRA ANASTACIO NUTRIÇÃO CLÍNICA II

CIRURGIA RETALCIRURGIA RETAL• CUIDADO NUTRICIONALCUIDADO NUTRICIONAL

– O cuidado nutricional após a cirurgia retal O cuidado nutricional após a cirurgia retal como hemorroidectomia deve ser dirigido como hemorroidectomia deve ser dirigido à permitir a cicatrização da ferida e à permitir a cicatrização da ferida e prevenir a infecção da ferida pelas fezesprevenir a infecção da ferida pelas fezes

– Dieta constipante , bem como drogas Dieta constipante , bem como drogas – Dieta de resíduo mínimo – dietas Dieta de resíduo mínimo – dietas

quimicamente definidas ( oligoméricas ou quimicamente definidas ( oligoméricas ou monoméricas)monoméricas)

– Dieta normal é reassumida após a Dieta normal é reassumida após a cicatrização e deverá aumentar o cicatrização e deverá aumentar o consumo de líquidos e alimentação rica consumo de líquidos e alimentação rica em fibrasem fibras