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1 UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ Samile Laureano Socio RELATO DE EXPERIÊNCIA AUDITORIA DE ENFERMAGEM: RETROSPECTIVA E SISTEMATIZAÇÃO EM UMA OPERADORA DE SAÚDE CURITIBA 2012

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UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ

Samile Laureano Socio

RELATO DE EXPERIÊNCIA AUDITORIA DE ENFERMAGEM:

RETROSPECTIVA E SISTEMATIZAÇÃO EM UMA OPERADORA DE

SAÚDE

CURITIBA

2012

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Samile Laureano Socio

RELATO DE EXPERIÊNCIA AUDITORIA DE ENFERMAGEM:

RETROSPECTIVA E SISTEMATIZAÇÃO EM UMA OPERADORA DE

SAÚDE

Trabalho de Conclusão de Curso apresentada ao curso de Pós Graduação Auditoria e Gestão em Saúde da Universidade Tuiuti do Paraná, como requisito para a obtenção do título de especialização. Orientador (a): Ozana de Campos

CURITIBA

2012

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TERMO DE APROVAÇÃO

Samile Laureano Socio

RELATO DE EXPERIÊNCIA AUDITORIA DE ENFERMAGEM:

RETROSPECTIVA E SISTEMATIZAÇÃO EM UMA OPERADORA DE

SAÚDE

Curitiba, ____de____________________de 2012.

__________________________________________

Curso de Auditoria e Gestão em Saúde

Universidade Tuiuti do Paraná

Orientador: Prof. Dr. __________________________ Instituição e Departamento Prof. Dr. __________________________ Instituição e Departamento Prof. Dr. __________________________ Instituição e Departamento

Esta dissertação (monografia) foi julgada e aprovada para a obtenção do título de

especialização, no curso de Auditoria e Gestão em Saúde da Universidade Educacional Tuiuti do

Paraná.

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DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho aos meus pais Maria e Ariovaldo, por todo amor, carinho, força

e dedicação que me proporcionam todos os dias, e ao meu marido Eduardo por

estar sempre ao meu lado, um grande companheiro, e principalmente a Deus, pois

sem ele nada se concretizaria em minha vida.

5

AGRADECIMENTO

Primeiramente a Deus que me concedeu entendimento e força no decorrer de toda

minha formação e principalmente para a realização deste estudo.

A minha orientadora, que sabiamente apontou meu potencial levando ao

crescimento interior.

Gostaria de agradecer igualmente a todos os professores que estiveram ao nosso

lado nessa jornada.

Quero aproveitar esta oportunidade para agradecer também os meus colegas de

curso que estiveram comigo nesta árdua caminhada.

Muito Obrigada!

6

A Auditoria, através da análise e verificação operativa, possibilita avaliar a qualidade dos processos, sistemas e serviços e a necessidade de melhoria ou de ação preventiva/corretiva/saneadora (GÓIAS, 2005, p. 16)

7

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .......................................................................................................11

1.1 OBJETIVOS.....................................................................................................14

1.1.1 Objetivo Geral .................................................................................................14

1.1.2 Objetivo Específico .........................................................................................14

2 METODOLOGIA...................................... ...............................................................15

3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ........................... ..................................................17

3.1 AUDITORIA .........................................................................................................17

3.1.1Tipos de auditoria ..............................................................................................22

3.1.1.1Auditoria Prospectiva......................................................................................23

3.1.1.2Auditoria Concorrente .....................................................................................25

3.1.1.3Auditoria Retrospectiva ..................................................................................26

3.2 Auditoria de Enfermagem.....................................................................................28

4. RELATO DE EXPERIÊNCIA........................... ......................................................33

CONCLUSÃO ......................................... ..................................................................42

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................ .................................................44

11

14

14

14

15

17

17

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26

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33

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LISTA DE SIGLAS

ANS Agencia Nacional de Saúde

COFEN Conselho Federal de Enfermagem

INAMPS Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social

INPS Instituto Nacional de Previdência Social

INSS Instituto Nacional de Seguridade Social

OPME Órteses, Próteses e Materiais Especiais

SADT Serviço Auxiliar de Diagnóstico e Tratamento

SCIELO Scientific Electronic Online

SNA Sistema Nacional de Auditoria

SUS Sistema Único de Saúde

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RESUMO

Este tema tão abrangente vem apresentar a sistematização da auditoria de enfermagem retrospectiva em uma operadora de saúde através de um relato de experiência vivenciado em uma cooperativa médica através do cargo de enfermeira auditora. O referido estudo tem por justificativa analisar juntamente com esta operadora os procedimentos necessários realizados pelo (a) enfermeiro (a) auditor (a) na auditoria retrospectiva. Tendo assim o objetivo conceituar através da fundamentação teórica a auditoria e tipos de auditoria, apresentando o papel do auditor de enfermagem diante da visão de autores renomados, a importância da Auditoria de Enfermagem Retrospectiva, demonstrando assim, qual o processo de trabalho de uma enfermeira auditora em uma operadora de saúde. A metodologia aplicada do referido trabalho será baseado em uma vivencia profissional, material de sala de aula, levantamentos bibliográficos, busca eletrônica de artigos baseados em dados scielo (Scientific Eletronic Online). E a pesquisa teórica se deu de forma qualitativo-descritiva, utilizando dados primários e dados secundários fundamentado em autores renomados, através da pesquisa bibliográfica. Os resultados do referido estudo apontam que a Auditoria Retrospectiva é de suma importância para os planos de Saúde, pois avalia a assistência de enfermagem prestada ao cliente através do prontuário, verificando os procedimentos frente aos padrões e protocolos estabelecidos, adequando desta forma o custo por procedimento. Palavras-chave: Auditoria de enfermagem. Operadora de saúde. Auditoria Retrospectiva.

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ABSTRACT

This theme is present as comprehensive systematization of nursing audit retrospective in a health carrier through an experience report on a cooperative medical lived through the nurse's office audit. The study is to examine with this justification operator performed the procedures required by (a) nurse (a) auditor (a) in the retrospective audit. Having thus conceptualize the goal through theoretical types of audit and audit, with the role of the auditor of nursing at the sight of renowned authors, identifying the importance Audit Retrospective, thus demonstrating that the process work of a nurse auditor in a health carrier. The methodology of this work will be based on an experienced professional, classroom materials, literature surveys, electronic search of articles based on data SCIELO (Scientific Electronic Online). And the theoretical research took place in a qualitative / descriptive, using primary data and secondary data based on well-known authors, through the literature search. The results of this study indicate that the Audit Retrospective is of paramount importance to health insurance, it evaluates the nursing care delivered to clients through the records, checking procedures against the standards and protocols, thereby adjusting the cost per procedure. Key words: Audit of nursing. Operator health. Retrospective audit.

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1 INTRODUÇÃO

A saúde no Brasil já foi marcada por vários tipos de demandas social,

política e econômica. E na Constituição Federal de 1988 define em seu Art. 196 que

“a saúde é direito de todos e dever do Estado”, mas tem sido difícil de ser atendida,

pois o Sistema Único de Saúde (SUS) não está sendo capaz de oferecer assistência

a todos os que necessitam de um atendimento público, levando assim há uma

procura maior dos serviços oferecidos pela saúde privada. Os serviços privados de

assistência médica, hospitalar e laboratorial tem uma grande diversidade estrutural

(PEREIRA FILHO, 2011).

Por volta de 1920, surgem às primeiras empresas de medicina de grupo ao

qual começou nos Estados Unidos. Em 1.923, através da Lei Elói Chaves é criado

as Caixas de Aposentadorias e Pensões para trabalhadores das ferrovias, onde são

inclusos encargos e a assistência médica aos filiados e seus dependentes. Entre

1.933 e 1.939, o governo Vargas unifica as diversas Caixas de Aposentadoria e

Institutos de Aposentadoria, por categoria profissional (IAPI, IAPC, IAPTEC, etc.)

(HISTÓRICO DA SAÚDE NO BRASIL, 2011).

De acordo com o Histórico da Saúde no Brasil (2011), as empresas de

medicina de grupo surgiu na década de 60 para atender, de início, aos trabalhadores

do ABC paulista, pois as indústrias multinacionais que estava se instalando nesta

região, acharam precária a saúde pública, e buscaram através das empresas de

medicina de grupo com diferentes planos de saúde, propiciar atendimento médico de

qualidade a seus empregados, onde essas empresas evoluíram e prosperaram em

todo o país.

Diante das exigências impostas por várias empresas surgem diversos tipos

de planos de saúde e dentre o Instituto Nacional de Assistência Médica da

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Previdência Social (INAMPS) que era restrito aos empregados que contribuíam com

a previdência social, foi criado pelo regime militar em 1974 pelo desmembramento

do Instituto Nacional de Previdência Social (INPS), atual Instituto Nacional de

Seguridade Social (INSS); filiada ao Ministério da Previdência e Assistência Social

(atual Ministério da Previdência Social), tendo por finalidade prestar atendimento

médico aos que contribuíam com a previdência social (empregados de carteira

assinada). O INAMPS era subordinado ao Ministério da Previdência e Assistência

Social e era responsável pela assistência médica individualizada (O QUE É O SUS,

2011).

O INAMPS tinha estabelecimentos próprios, mas a maioria dos

atendimentos era realizada pela iniciativa privada, pois os convênios estabeleciam a

remuneração por atendimentos. Nos primeiro anos da década de 70 aconteceu uma

crise do financiamento da previdência social, com repercussões no INAMPS e

meados da década de 80 o INAMPS passou por diversas mudanças nos

atendimento, adotando medidas que aproximam sua ação de uma cobertura

universal de clientela, tendo o fim da exigência da carteira do INAMPS para o

atendimento nos hospitais próprios e conveniados da rede pública (O QUE É O

SUS, 2011).

Com a globalização ocorreu o crescimento do mercado capitalista e as

empresas tiveram que investir em tecnologia, aprimorando os ambientes internos,

com o intuito de reduzir custos e tornar seus negócios mais competitivos.

Assim, houve a necessidade das demonstrações financeiras das empresas

de serem analisadas por profissionais que não tivessem vinculo empregatício com a

mesma, surgindo desta forma, a profissão do auditor, profissional responsável em

analisar as contas e emitir uma opinião. A evolução da auditoria ocasionou o

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desenvolvimento econômico dos países, do crescimento das empresas e expansão

das atividades produtoras, gerando um futuro promissor na administração dos

negócios e de práticas financeiras.

Diante desta linha introdutória o referido estudo foi subdividido em quatro

partes sendo que na primeira parte está os objetivos gerais e específicos. Na

Segunda parte está a Metodologia utilizada no decorrer do trabalho. Na terceira

parte está a Fundamentação teórica fundamentado e embasado em autores

renomados para apresentar conceitos sobre a sistematização da Auditoria de

enfermagem retrospectiva em uma operadora de saúde, destacando nos subtítulos

Auditoria, tipos de Auditoria, Auditoria Prospectiva, Auditoria Concorrente, Auditoria

Retrospectiva, Auditoria de Enfermagem em sequencia está o Relato de Experiência

e a Conclusão, sendo finalizado com as referências bibliográficas.

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1.1 OBJETIVOS

O referido trabalho irá demonstrar através do Objetivo Geral e Objetivos Específicos,

as metas que se deseja alcançar.

1.1.1 Objetivo Geral

Descrever a sistematização da auditoria de enfermagem uma analise

retrospectiva em uma operadora de saúde.

1.1.2 Objetivos Específicos

• Conceituar através da fundamentação teórica a auditoria e tipos de auditoria;

• Apresentar o papel do auditor de enfermagem diante da visão de autores

renomados;

• Identificar a importância da Auditoria de Enfermagem Retrospectiva;

• Demonstrar qual o processo de trabalho de uma enfermeira auditora em uma

operadora de saúde.

15

2. METODOLOGIA

A metodologia aplicada do referido trabalho será baseado em uma vivencia

profissional, material de sala de aula, levantamentos bibliográficos, busca eletrônica

de artigos baseados em dados scielo (Scientific Eletronic Online).

A natureza da pesquisa será de forma aplicada através dos instrumentos,

meios e métodos para se chegar às aplicações práticas (SANTOS, 2007).

Ao analisar a referida empresa buscou apontar a auditoria de enfermagem

retrospectiva e como embasamento foi necessário realizar uma pesquisa teórica que

se deu de forma qualitativo-descritiva, onde para Minayo (2003) pesquisa qualitativa

é o pensamento a ser seguido e trata-se do conjunto de técnicas adotados para

construir uma realidade através de crenças, valores e significados.

E de acordo com Gil (1991) a pesquisa descritiva, como o próprio nome diz,

descreve as características de determinada população ou fenômeno ou o

estabelecimento de relações entre variáveis, envolvendo o uso de técnicas

padronizadas de coleta de dados: questionário e observação sistemática, fazendo

um levantamento do assunto abordado.

Para o desenvolvimento desta pesquisa os dados primários, feito através da

vivencia profissional em uma empresa e os dados secundários relacionado à teoria,

fundamentado em autores renomados, através da pesquisa bibliográfica.

De acordo com Gil (2007, p. 64) a “pesquisa bibliográfica é desenvolvida a

partir de material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos

científicos.”

Para Santos (2007, p. 126) “é um tipo de pesquisa obrigatório a todo e

qualquer modelo de trabalho científico”. É um estudo organizado sistematicamente

com base em materiais publicados. São exigidas a busca de informações

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bibliográficas e a seleção de documentos que se relacionam com os objetivos da

pesquisa.

Ainda de acordo com Santos (2007, p. 139), a Fundamentação teórica

também conhecida como referencial teórico, revisão da literatura ou ainda

pressupostos teórico, a fundamentação teórica é a parte do planejamento/projeto

que apresenta o desenvolvimento de um texto sobre o tema, com base nos

principais autores consultados, no qual o aluno não tentará esgotar o assunto, pois é

um estudo ainda prévio da pesquisa.

Foram feitas observações na organização, bem como consultas autorizadas

em documentos fornecidos pela empresa, analisando-se como a empresa vem se

utilizando da auditoria de enfermagem retrospectiva e segundo Godoy (1995, p. 21)

os dados coletados na análise documental possibilitam a validação das informações

obtidas com a organização pesquisada na primeira etapa de coleta de dados.

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3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

A auditoria através de métodos e técnicas determina se as ações e os

resultados da empresa estão dentro dos parâmetros das metas planejadas, e para

verificar com exatidão este procedimento são necessários alguns requisitos que

serão abordados no decorrer desta fundamentação teórica de acordo com alguns

autores reconhecidos e renomados, destacando os conceitos sobre a Auditoria,

Tipos de Auditoria, Auditoria de Enfermagem, Relato de Experiência vivenciado na

auditoria de enfermagem retrospectiva em uma operadora de Saúde.

3.1 AUDITORIA

De acordo com o Manual de Auditoria Interna (2008) os ambientes das

empresas estão cada vez mais exigindo a adoção de medidas e técnicas de

acompanhamento e controle para diminuir falhas e evitar problemas que possam

colocar a empresa em risco, perante o comércio de forma geral, os acionistas e os

clientes, proporcionando a aplicação de diversos mecanismos, oferecendo várias

alternativas para solucionar os problemas encontrados no ambiente das

organizações. Dentre estas alternativas está a auditoria.

A palavra auditoria tem sua origem do latim “audire” que significa ouvir. No

inicio da história todas as pessoas que possuíam a função de verificar a legitimidade

dos fatos econômico-financeiros, prestando contas a um superior, poderia ser

considerado um auditor (RIOLLINO; KLIUKAS, 2003).

A auditoria no Brasil surgiu com a vinda de empresas internacionais e com o

crescimento das nacionais, ou seja, a partir da evolução dos mercados capitais.

18

Porém só oficializada em 1968, através do Banco Central do Brasil (RIOLLINO;

KLIUKAS, 2003).

De acordo com Sá (1982, p.25), Auditoria:

[...] é uma tecnologia contábil aplicada ao sistemático exame dos registros, demonstrações e de quaisquer informes ou elementos de consideração contábil, visando a apresentar opiniões, conclusões, críticas e orientações sobre situações ou fenômenos patrimoniais da riqueza aziendal, pública ou privada, quer ocorrido, quer por ocorrer ou prospectados e diagnosticados.

Auditoria é o “processo sistemático, documentado e independente, para

obter evidência de auditoria e avaliá-la objetivamente para determinar a extensão na

qual os critérios de auditoria são atendidos” (INTERPRETAÇÃO DA NORMA E

TÉCNICAS DE GESTÃO POR PROCESSOS ISO 9001:2008, 2011, p.47).

Auditoria: é o exame sistemático e independente dos fatos pela observação, medição, ensaio ou outras técnicas apropriadas de uma atividade, elemento ou sistema para verificar a adequação aos requisitos preconizados pelas leis e normas vigentes e determinar se as ações e seus resultados estão de acordo com as disposições planejadas (GOIAS, 2005, p.16).

De acordo com Camelo, Pinheiro, Campos e Oliveira (2009), no Brasil em

1990 a Lei nº 8080, conhecida como Lei Orgânica da Saúde estabeleceu a

necessidade de criação do Sistema Nacional de Auditoria (SNA), e em 1993 a Lei nº

8689 de 27 de julho de 1993, criou a SNA e estabeleceu como sua competência o

acompanhamento, a fiscalização, o controle e a avaliação técnico cientifica, contábil,

financeira e patrimonial das ações e serviços de saúde.

O Ministério da Saúde a partir de um setor criou a Agencia Nacional de

Saúde (ANS) ao qual a mesma nasceu através da Lei Nº 9.961 28 de janeiro de

2000. Tal lei descreve em seu Art. 1º que agência reguladora tem as funções de

regulação, normatização, controle e fiscalização das atividades que garantem a

19

assistência suplementar à saúde. As competências da ANS descritas no Art. 4º da

Lei federal conforme segue:

[...]

XV – Estabelecer critérios de aferição e controle de qualidade dos serviços

oferecidos pelas operadoras de planos privados de assistência a saúde,

sejam eles próprios, referenciados, contratados ou conveniados;

[...]

XXVI – Fiscalizar a atuação das operadoras e prestadores de serviços de

saúde com relação à abrangência das coberturas de patologias e

procedimentos;

[...]

XXXVII – Zelar pela qualidade dos serviços de assistência a saúde no

âmbito da assistência a saúde suplementar.

A Agencia Nacional de Saúde de acordo com a Lei supracitada tem por

finalidade a missão de promover a defesa do interesse publico na assistência

suplementar à saúde, regular as operadoras setoriais inclusive quanto às suas

relações com prestadores e consumidores, e contribuir para o desenvolvimento das

ações de saúde no país.

Contudo para Paim e Zucchi (2008) as operadoras de saúde passaram a

buscar ferramentas que atendessem a essa regulamentação, dentre essas

ferramentas inclui-se a auditoria de avaliação da qualidade dos serviços

credenciados, identificando as condições de funcionamento e qualidade da

assistência fornecida aos seus usuários.

De acordo com Franco e Marra (1992), a auditoria apresenta diversas

formas, de acordo com as suas características peculiares, e com os fins a que se

destina, podendo ser realizada para confirmar com exatidão as demonstrações

contábeis, para ter melhor controle administrativo, atendendo as exigências legais,

20

as obrigações fiscais, entre outros, não deixando de apurar erros e fraudes, onde

deverá ter as revisões integrais dos documentos relativos à conta examinada e dos

registros contábeis.

O objetivo da auditoria é aumentar o grau de confiança nas demonstrações contábeis por parte dos usuários. Isso é alcançado mediante a expressão de uma opinião pelo auditor sobre se as demonstrações contábeis foram elaboradas em todos os aspectos relevantes, em conformidade com uma estrutura de relatório financeiro aplicável. No caso da maioria das estruturas conceituais para fins gerais, essa opinião expressa se as demonstrações contábeis estão apresentadas adequadamente, em todos os aspectos relevantes, em conformidade com a estrutura de relatório financeiro. A auditoria conduzida em conformidade com as normas de auditoria e exigências éticas relevantes capacita o auditor a formar essa opinião (MELHEM; COSTA, 2011, p. 104).

Para Corbari & Macedo (2011), a auditoria vem ampliando sua ação diante

de qualquer atividade profissional sobre um determinado objeto para mensurá-lo e

avaliá-lo com o objetivo de propor ajustes e correções necessárias, devendo ser

exercida com honestidade e padrão moral.

Segundo o Manual de Auditoria Interna (2008), as auditorias têm

aumentado, influenciando a especialização do quadro de auditores, formando uma

equipe com visão multidisciplinar, atuando de forma coordenada e tendo como

finalidade o assessoramento da administração nas empresas, agindo de forma

eficiente e com eficácia, no que se refere às pessoas, à logística, aos controles,

ao processo de gestão administrativa, entre outros.

Os auditores [...] deverão aperfeiçoar seus conhecimentos, capacidades e outras competências mediante um desenvolvimento profissional contínuo. A formação continuada pode ser obtida pela frequência a conferências, seminários, cursos universitários, programas de formação interna e participação em projetos de pesquisa (MANUAL DE AUDITORIA INTERNA, 2008, p. 23).

21

O trabalho de auditoria não deve ser afetado por interesses pessoais e deve

ser assumido com toda a responsabilidade e ser feito com eficiência devendo ser

utilizada para cumprir os procedimentos necessários. Assim, segundo INTOSAI

(2001 apud Corbari & Macedo, 2011), “a informação obtida pelos auditores no

processo de auditoria não deverá ser revelada a terceiros, nem oralmente nem por

escrito”.

Para Castro (2008) a auditoria garante que os controles sejam adequados,

corretamente executados, espelhando a realidade da entidade consistindo em um

mecanismo de controle, revisando e avaliando a eficiência e auxiliando nas tomadas

de decisões. E Melhem & Costa (2011) destaca que o processo de auditoria tem

normas específicas que são o caminho que deve ser observado pelo auditor no

decorrer do seu trabalho e é imprescindível para o editor verificar constantemente a

atualização dessas normas.

O auditor deve se preocupar com as habilidades de comunicação verbal

entre os membros da empresa, mantendo um bom relacionamento, no intuito de

adquirir cooperação para executar as tarefas designadas, procurando ver as coisas

do ponto de vista da outra pessoa, sendo necessário ter maturidade, controle

emocional e esforço consciente (MANUAL DE AUDITORIA INTERNA, 2008).

O trabalho de uma auditoria deve ser adequadamente planejado, supervisionado e suportado por papéis de trabalho feitos com profissionalismo e alta competência, além de obter evidências relevantes, fidedignas e suficientes para dar suporte razoável ao parecer do auditor (Corbari & Macedo, 2011, p. 2018)

Assim, segundo Corbari & Macedo (2011), a extensão dos procedimentos de

auditoria devem ser estendidas até conseguir elementos dos fatos para formar e

fundamentar o parecer do auditor, colhendo informações necessárias para encontrar

22

o objeto de análise definindo a amplitude do trabalho. Assim, a auditoria consiste no

levantamento dos dados in loco relativos ao órgão auditado, ao qual permite ao

auditor o conhecimento prático das operações e do ambiente da organização.

O INTOSAI (2001, apud Corbari e Macedo, 2011) destaca que o auditor tem

que levar em consideração os conteúdos que estão à disposição nos documentos de

trabalho devendo ser completos e detalhados permitindo ao auditor fundamentar as

suas conclusões.

A auditoria não tem finalidade punitiva, do ponto de vista da assistência á

saúde, ela verifica o cuidado, detecta erros e os analisa quanto à natureza e

significado, fornecendo indicadores de padrão ou tendência, assim como subsidio

para modificação de procedimentos e técnicas, com o objetivo primordial de

promover melhoria da assistência ao paciente (MANUAL DE CONSULTAS DAS

NORMAS DE AUDITORIA MÉDICA, 2011).

3.1.1 Tipos de auditoria

A auditoria pode ser dividida em Analítica ou Operacional. Segundo Manual

de Consultas das normas de Auditoria Médica (2011) a Auditoria Analítica é o

conjunto de procedimentos especializados que consistem na análise de relatórios,

processos e documentos, visando avaliar se o serviço ou sistema de saúde atendem

as normas e padrões previamente definidos. Porém para Manual de Auditoria de

contas médicas (2005) afirma objetivar a identificação de situações consideradas

incomuns e passiveis de avaliação.

Diante dos fatos o Manual de Consultas das normas de Manual de

Consultas das normas de Auditoria Médica (2011) considera Auditoria Operacional a

23

verificação de processos e documentos comparados aos requisitos

legais/normativos e atividades relativas a áreas de saúde através do exame direto

dos fatos, documentações e situações.

Para a auditoria em execução, esta se divide em três tipos sendo auditoria

prospectiva, concorrente e retrospectiva.

3.1.1.1 Auditoria Prospectiva

Segundo Manual de Consultas das normas de Auditoria Médica (2011) a

Auditoria Prospectiva tem caráter preventivo procurando detectar situações de

alarmes evitando problemas futuros.

Justos (2011) destaca em sua aula de auditoria em saúde, que a auditoria

prospectiva são as auditorias médicas e de enfermagem antes da realização de um

evento, exemplos;

• Auditoria de Liberação Prévia: dando suporte médico e técnico a central

de liberação de beneficiários da operadora de saúde

• Serviços de Rede de Atendimento, dimensionamento da rede própria ou

credenciada e atividades de manutenção e avaliação periódica da rede

de atendimento

• Pericias pré-operatórias Médicas, odontológicas, psicológicas, exames

médicos ou odontológicos periciais físicos e/ou documentais em

pacientes

• Entrevista Qualificada, contratação de planos de beneficiários.

24

Para Justus (2011) a perícia médica é o exame pericial, documental e clinico

realizado por médico com finalidade de validar ou autorizar procedimentos médicos

podendo ser pré ou pós, sendo imprescindível para agilizar a decisão diante a

incerteza.

Auditoria prospectiva apresenta-se algumas não conformidades mais

comuns referente à liberação previa como, por exemplo: falta de código ou descrição

do procedimento e ou Serviço Auxiliar de Diagnóstico e Tratamento (SADT),

ausência de justificativa do médico assistente, solicitação excessiva de códigos,

solicitação de materiais e medicamentos importados, solicitação de procedimentos

não reconhecidos pelas sociedades médicas, solicitações de Órteses, Próteses e

Materiais Especiais (OPME), resistência do envio de relatórios complementares e

distorções, fraudes e desobediências às regras básicas praticadas por alguns

profissionais e instituições que prestam assistência à saúde (JUSTUS, 2011).

Pra definir melhor a auditoria prospectiva, esta possibilita que os

procedimentos realizados nos pacientes sejam analisados previamente pelos

médicos auditores evitando assim glosas e/ou complicações futuras.

3.1.1.2 Auditoria Concorrente

O Manual de Auditoria de contas médicas (2005) afirma que a Auditoria

Concorrente é o acompanhamento contínuo das hospitalizações enfocando os

custos e a qualidade dos serviços prestados, observando os prontuários com as

prescrições, evoluções médicas e anotações de enfermagem, possibilitando a

discussão relacionada ao paciente entre o médico auditor e o médico assistente.

25

Justus (2011) define como auditoria concorrente as auditorias médicas e de

enfermagem durante a realização de um evento, com o objetivo de identificar

distorções em contas hospitalares, promover correções, buscar aperfeiçoamento do

atendimento médico-hospitalar ou ambulatorial, mensuração da qualidade de

assistência e os custos das instituições de saúde. Assim, a auditoria concorrente é:

• Visita Médica Hospitalar: acompanhamento do médico auditor durante o

internamento hospitalar – convenio;

• Visita Hospitalar de Enfermeiro: acompanhamento do enfermeiro auditor

durante o internamento hospitalar – convenio;

• Auditoria Hospitalar no Leito: acompanhamento do enfermeiro auditor

durante o internamento hospitalar – prestador de serviço.

Justus (2011) apresenta algumas não conformidades apresentadas

mediante a auditoria concorrente: falta de justificativa médica longa permanência;

mudança ou inclusão de procedimentos sem liberação prévia; uso de OPMEs;

medicamentos especiais; dieta parenteral e enteral sem liberação prévia; ausência

de evolução diária e ou registros incompletos.

Para atender a demanda das internações apresentadas os auditores

médicos/enfermeiros destinam-se ao prestador de serviço para acompanhar os

atendimentos prestados ao cliente, avaliando a qualidade de assistência prestada,

adquirindo conhecimento das condições apresentadas pelo usuário através dos

dados do prontuário do paciente, promovendo correções, diminuições de custos e

evitando glosas futuras, sem lesar o código de ética profissional, emitindo assim no

final da visita um relatório que será encaminhado ao setor de auditoria retrospectiva.

26

3.1.1.3 Auditoria Retrospectiva

A auditoria retrospectiva é aquela realizada após a alta do paciente, onde se

utiliza o prontuário para avaliação. Neste tipo de auditoria, o paciente não é

beneficiado após a avaliação dos dados obtidos na auditoria, entretanto o benefício

se reverte para a assistência de forma global (KURCGANT, 2006).

A auditoria retrospectiva é a auditoria feita após a alta do paciente, e os

dados obtidos não reverterão em benefícios deste paciente diretamente, mas sim

para a assistência de maneira global. Também tem a desvantagem de não permitir

saber se o que foi feito não foi anotado (PEREIRA & TAKAHASHI, 1991).

Para Manual de Consultas das normas de Auditoria Médica (2011) a

Auditoria Retrospectiva descreve ser de extrema importância, pois avalia resultados

e corriges as falhas apresentadas.

A auditoria mencionada acima realiza a analise de documentos, de relatórios

encaminhados pela auditoria concorrente, autorizações prévias, de contas médicas

propriamente dita com analise do auditor médico e de enfermagem (MANUAL DE

AUDITORIA DE CONTAS MÉDICAS, 2005).

Justus (2011) menciona em sua aula lecionada que auditoria retrospectiva

são as auditorias médicas e de enfermagem após a realização de um evento, segue

como exemplo:

• Pericia Pós-Operatória, exames médicos ou odontológicos periciais

físicos e ou documentais em pacientes após a realização do

procedimento;

• Analise de Contas Hospitalares In Loco, auditoria das cobranças dos

procedimentos médicos realizados na sede do prestador de serviço

27

• Analise de Contas Médica /Odontológica e Hospitalares nas

operadoras de saúde, auditoria de cobrança dos procedimentos

médicos realizados na sede da operadora.

Neste momento podem-se gerar glosas dos procedimentos realizados, e

para Rodrigues, Perroca e Jericó (2004) glosa significa cancelamento ou recusa,

parcial ou total de orçamento, conta, verba por serem considerados ilegais ou

indevidos, ou seja itens que o auditor da operadora (plano de saúde) não considera

cabível para o pagamento.

Para Justus (2011) as glosas podem ser classificadas como administrativas

ou técnicas. As administrativas são decorrentes de falhas operacionais no momento

da cobrança, falta de interação entre o plano de saúde e o prestador de serviço

(instituição hospitalar), ou ainda falha na analise da conta do prestador, as técnicas

são apresentações dos valores de serviços, honorários, materiais e medicamentos

utilizados.

3.2 AUDITORIA DE ENFERMAGEM

De acordo com Paim & Ciconelli (2007) diante do desenvolvimento do setor

capitalista no país, a saúde procurou aprimorar seus atendimentos para atender com

eficiência a nova demanda imposta pela sociedade, procurando alternativas para

adaptar-se a um mercado cada vez mais competitivo, garantindo bons resultados

satisfazendo assim seus clientes.

Assim, Berti & Almeida (2005) destaca que os serviços direcionados para a

saúde tem por objetivo atender com eficiência, eficácia, acessibilidade e

adequabilidade, e de acordo com Cunha et al (2003) os funcionários especializados

28

na área de saúde estão 24 horas envolvidos com os pacientes tanto nos cuidados

quanto no tratamento, garantindo a qualidade dos serviços prestados. Diante desta

prestação de serviços qualificados muitas empresas estão utilizando a auditoria para

solucionar ou qualificar seus atendimentos.

Segundo Scarparo & Ferraz (2008) a auditoria de enfermagem está cada

vez mais sendo inserida no mercado de trabalho, tanto na área contábil quanto na

qualidade dos serviços, documentos ou processos, ao qual cumpre uma finalidade

institucional voltada para o enfoque empresarial e mercadológico, mas também há

uma tendência do enfoque do mercado voltado para o cliente, no que diz respeito na

qualidade do produto ou serviço.

A auditoria de enfermagem tem sido uma ferramenta importante nas

instituições de saúde, com a finalidade de avaliar, verificar e melhorar a qualidade da

assistência, processos e custos, concentrando nos registros e anotações de

enfermagem, ao qual faz parte da rotina destas empresas com o intuito de avaliar os

aspectos qualitativos da assistência requerida pelo paciente, os processos internos e

as contas hospitalares, possibilitando a análise das questões específicas e relativas

à enfermagem (LOPES, 1998 apud SCARPARO et al, 2009).

A auditoria de enfermagem é uma avaliação da qualidade prestada ao

cliente através da análise dos prontuários, onde será acompanhado o cliente in loco

e verificar a compatibilidade entre os procedimentos realizados e os itens cobrados

na conta hospitalar, garantindo justa cobrança e pagamento adequado, ou seja,

verificar se os resultados da assistência estão de acordo com os objetivos (MOTTA,

2003 apud SCARPARO et al, 2009).

Diante da auditoria de enfermagem Faraco e Albuquerque (2004 apud

SCARPARO et al, 2009) destaca que é um dos meios essenciais para avaliar a

29

qualidade da assistência, oferecendo informações para os profissionais direcionarem

suas atividades, levando-os a refletir sobre a ação individual e coletiva, no que diz

respeito à avaliação da assistência prestada ao paciente de acordo com os itens

cobrados na conta hospitalar.

A auditoria segundo Buzatti & Chianca (2005) está associado no controle

administrativo e financeiro das empresas diagnosticando os erros em cobranças nas

instituições de saúde, falha de registros de materiais e medicamentos utilizados pela

equipe de enfermagem quanto médica.

Luz et al (2007) relatam que a auditoria de enfermagem avalia e revisa

detalhadamente os registros clínicos realizados pelos profissionais qualificados,

verificando a qualidade da assistência aos serviços prestados.

Quando o assunto é a qualidade da assistência em saúde, os clientes estão

exigindo no seu atendimento ocasionando impactos na credibilidade da instituição e

a auditoria é um processo de avaliação para redirecionar as ações após as análises

do serviço, verificando os problemas para que possam ser tomadas as decisões

corretivas e ou preventivas para refazer as ações (FARACO; ALBUQUERQUE,

2004).

Motta (2003) expõe que a auditoria de enfermagem, é o processo onde as

atividades de enfermagem são avaliadas diante da prestação de serviços aos

clientes, analisando os prontuários e verificando se os procedimentos realizados são

compatíveis com os itens que compõem a conta hospitalar cobrados.

De acordo com Scarparo (2005) fazem parte da equipe de auditoria

diferentes profissionais, que realizam a análise do prontuário tanto no faturamento

quanto verificando as glosas efetuadas e redigindo relatórios finais para a tomada de

decisão.

30

A auditoria nas contas hospitalares, realizada pelo enfermeiro auditor, tem

por objetivo agir diante dos resultados da auditoria de contas hospitalares, pois

esses processos assistenciais geram receita de acordo com os registros dos

procedimentos realizados, onde este tem a oportunidade de solucionar as

irregularidades no processo do trabalho assistencial, onde pode ocasionar a queda

de sua qualidade, gerando gastos extras e trabalhos desnecessários em relação ao

consumo indevido de equipamentos, informações inadequadas, desperdício de

materiais e de medicamentos, compra desnecessárias influenciando ao excesso de

estoques, entre outros, ou seja, a auditoria oferece informações para a melhoria da

qualidade assistencial (SCARPARO et al, 2009).

Desta forma, de acordo com Scarparo et al (2009), o enfermeiro auditor

diante dos contratos institucionais, pode oferecer assistência de boa qualidade com

um custo compatível, mantendo uma conduta ética, política e profissional, dentro

dos fundamentos da Lei que rege o exercício profissional e para a realização da

auditoria de enfermagem deve ser utilizados instrumentos padronizados de acordo

com os processos da assistência de enfermagem, dando uma direção para os

procedimentos necessários, tendo como base os padrões da prática assistencial,

com condições importantes para a realização da avaliação dos resultados que se

deseja alcançar, onde o enfermeiro deve agir diante dos objetivos de acordo com a

estrutura, os processos e os resultados da assistência, sempre almejando a

qualidade.

A profissão de enfermagem tem na auditoria a possibilidade de desenvolvimento de indicadores de assistência, estabelecimento de critérios de avaliação e consequente geração de novos conhecimentos – o que é conseguido através da análise que permite um levantamento dos problemas de enfermagem, as diversas condutas adotadas para cada um deles, e o grau de resolutividade destas (KURCGANT, 2006, p.217).

31

Ao realizar a auditoria de enfermagem é de suma importância o enfermeiro

auditor conhecer e dominar todos os processos que envolvam o atendimento do

paciente, onde devem ser utilizados métodos adequados, identificar falhas no

serviço oferecido, garantindo o controle da qualidade da assistência oferecida pelos

profissionais de saúde e dos serviços de apoio (SCARPARO et al, 2009).

A ação de auditar em enfermagem tem por finalidade ampliar seus serviços,

motivando o direcionamento de hospitais e serviços de saúde em geral, valorizando

a administração de controle, avaliação e as ações certas, tendo o desenvolvimento

da atuação dos enfermeiros neste segmento levantando questões que diz respeito

ao gerenciamento e à administração do serviço de enfermagem (SCARPARO et al,

2009).

A auditoria de enfermagem é uma avaliação sistemática da qualidade da

assistência em enfermagem prestada ao cliente, pela analise dos prontuários e

verificação da compatibilidade entre procedimentos realizados e os itens que

compõe a conta hospitalar cobrada, garantindo um pagamento justo mediante

cobrança adequada (JUSTUS, 2011).

A Resolução 266/2001 do Conselho Federal de Enfermagem (COFEN)

estabelece no Art. 1º sendo de competência do Enfermeiro Auditor nos exercícios de

suas atividades: organizar, dirigir, planejar, coordenar e avaliar, prestar consultoria,

auditoria e emissão de parecer sobre os serviços de auditoria de Enfermagem.

A Lei 7.498 de 25 de junho de 1986 Art. º 11 afirma que incumbe ao

Enfermeiro Auditor:

I – Privativamente;

h) Consultoria, auditoria e emissão de parecer sobre matéria de

Enfermagem.

32

Justus (2011) descreve que o perfil do enfermeiro auditor é ter experiência

como enfermeiro em vários setores do hospital tais como Emergência, UTI, Centro

Cirúrgicos e outros, atuar com bom senso não interferindo nas normas internas dos

hospitais auditados, estarem atualizado quanto às mudanças nas técnicas de

enfermagem e lançamento de novos produtos na área, atuar com imparcialidade na

analise dos procedimentos, evitando comprometimento de origem afetiva, política e

comercial com o contratado, estar sempre atenta ao Código de Ética Profissional e

guardar sigilo das informações. Esse perfil torna-se muito importante para a atuação

do enfermeiro auditor durante o trabalho desenvolvido.

33

4. RELATO DE EXPERIÊNCIA

Os planos de saúde tem a origem nas Santas Casas de Misericórdias,

instituições vinculadas a igreja católica tendo como base uma rede filantrópica, com

o inicio do processo de industrialização a demanda pelos atendimentos teve um

crescimento considerável ao qual as instituições hospitalares privadas tornaram-se

as principais prestadoras de serviços à classe média emergente.

A Agência Nacional de Saúde (ANS) segue a Lei 9656 de 03 de junho de

1998 ao qual dispõe sobre os planos e seguros privados de assistência à saúde ao

qual conceitua em seu inciso I do art. 1º o que é um plano de saúde:

I – Plano Privado de Assistência à Saúde: prestação continuada de serviços

ou coberturas de custos assistenciais a preço pré ou pós estabelecidos, por prazo

indeterminado, com finalidade de garantir, sem limite financeiro, a assistência a

saúde, pela faculdade de acesso e atendimento por profissionais ou serviços de

saúde, livremente escolhidos, integrantes ou não de rede credenciada, contratada

ou referenciada, visando assistência médica, hospitalar e odontológica, a ser paga

integral ou parcialmente às expensas da operadora contratada, mediante reembolso

ou pagamento direto ao prestador, por conta e ordem do consumidor;

Mediante diferentes características dos produtos ofertados no mercado a lei

supracitada estabeleceu em seu § 1º:

§ 1º - Esta subordinada às normas e à fiscalização da Agencia Nacional de

Saúde Suplementar – ANS – qualquer modalidade de produto, serviço e contrato

que apresente, além da garantia de cobertura financeira de riscos de assistência

médica, hospitalar e odontológica, outras características que o difere de atividade

exclusivamente financeira;

34

O relato de experiência foi vivenciado em uma operadora de saúde, através

do cargo de enfermeira auditora, ao qual desenvolve o trabalho de auditoria

retrospectiva. Na referida empresa contempla em seu quadro de recursos humanos

70 funcionários a maioria com carga horária de 44 horas semanais, distribuídos em

setores de contas médicas, faturamento, financeiro, tecnologia da informação,

recursos humanos, programa de saúde ocupacional, assistência ao home care,

medicina preventiva, marketing, expedição, atendimento, intercambio, auditoria

médica/enfermagem, jurídico e diretoria executiva composta pelos cargos de diretor,

vice-diretor e superintendente.

A auditoria retrospectiva é quando um paciente realizou um procedimento

pelo plano de saúde e depois do atendimento é encaminhada para a empresa uma

fatura de pagamento e antes de executarem o pagamento passará pela auditoria

Médica e de Enfermagem, ou seja, esta auditoria é realizada depois do

procedimento médico ter acontecido.

O auditor são os profissionais que conferem essas ações com os preços

cobrados evitando desperdícios, com o intuito de reduzir custos, garantindo que

todos os procedimentos e equipamentos utilizados sejam cobrados adequadamente

e desta forma será mantido os interesses econômico-financeiros da empresa,

analisando as contas hospitalares, através de uma prática diária diante da

conferência de contas, garantindo o cumprimento dos acordos e contratos

estabelecidos entre hospitais e operadoras de planos de saúde.

Conforme Manual de Consultas das Normas de Auditoria Médica e

Enfermagem (2011), afirma que as atribuições do enfermeiro auditor em uma

operadora de saúde será avaliar a assistência de enfermagem prestada ao cliente

através do prontuário, verificar a observância dos procedimentos frente aos padrões

35

e protocolos estabelecidos, adequar o custo por procedimento, elaborar

relatórios/Planilhas através das quais se define o perfil do prestador: custo por dia,

custo por procedimento, comparativos entre prestadores por especialidade,

participar de visitas hospitalares, avaliar, controlar as empresas prestadoras de

serviços, fornecendo dados para a manutenção/continuidade do convênio.

A auditoria retrospectiva identifica e notifica erros dos procedimentos

garantindo a cobrança de todos os itens, sinalizando o uso certo dos materiais,

evitando desperdícios.

Geralmente chegam em torno de um único prestador uma média de 300

internamentos por mês, e pronto atendimento em media 2 mil mês. As contas são

analisadas pela auditoria médica e de enfermagem. Porém quando esta conta

ultrapassa R$ 5 mil reais, é realizado auditoria in loco no prestador verificando se o

que foi cobrando é realmente aquilo que foi executado. As contas hospitalares

podem ser compactada ou desmembrada. Na conta compactada o prestador envia o

relatório completo com os valores totais, já na conta desmembrada o hospital envia

um relatório de cobrança que contem todos os itens utilizados no atendimento do

paciente diariamente e separadamente. Para realizar auditoria retrospectiva

coerente e precisa é necessário ter normativas dos planos, tabela AMB ( associação

médica brasileira) CBHPM (código brasileiro hierárquico de procedimentos médicos),

Brasíndice (guia farmacêutico ao qual fornece pesquisa de preços de materiais e

medicamentos em ordem alfabéticas, os preços são fornecidos pelos laboratórios),

Simpro, CID 10(classificação internação de doenças), formulários, utilização de

manuais, protocolos, valores das taxas e diárias, compreender o contrato firmado

entre a operadora de saúde com o prestador, possuir conhecimento técnico, verificar

compatibilidade de tempo de internação com os valores e quantidades de materiais,

36

medicamentos e procedimentos realizados, observar as liberações prévias e ter

conhecimento preciso do cronograma de pagamento das faturas.

A glosa pode ser considerada como recusa parcial ou total de um

orçamento, podendo ser classificadas como administrativas ou técnicas. As falhas

administrativas estão relacionadas como, por exemplo, as falhas operacionais no

momento da cobrança, estas são mais fáceis de serem negociadas chegando à um

consenso entre as partes, já falhas técnicas podem estar envolvidas na

apresentação dos serviços médicos, materiais e medicamento utilizados, sendo

estas mais difíceis para a negociação.

Caso não haja nenhuma glosa é realizado um relatório da auditoria da

enfermagem, carimba-se a conta e encaminhada para o setor de contas médicas

para ser processada. Caso haja glosa, emitimos a carta e solicitamos para o

enfermeiro do hospital prestador realizar a sua justificativa. Após isso iremos discutir

tecnicamente, com embasamentos teóricos a forma da cobrança e chegando assim

em um consenso entre hospital e operadora de saúde. Como disse anteriormente

vou descrever algumas glosas vivenciadas no meu local de trabalho durante

auditoria in loco.

Relacionado a falhas administrativas: Internação de urgência e emergência

quando o quadro clinico é eletivo, rasuras e erros de digitação, ausência de

assinatura médica, falta da identificação do paciente no prontuário e sua assinatura,

prontuário inexistente, ausência de guias liberadas, ausência datas das solicitações

dos procedimentos.

Glosas relacionadas a taxas: ausência de prescrição e evolução médica,

incompatibilidade com o numero de diárias cobradas, troca de acomodação sem

relatar a transferência, tempo incompatível com a taxa cobrada.

37

Glosas quanto medicamentos: ausência de checagem da equipe de

enfermagem, medicamento prescrito não é o mesmo medicamento cobrado, rasuras

nas checagem, incompatível com o quadro clinico apresentado, medicamento de

alto custo sem liberação previa.

Relacionado a materiais: presença de materiais inclusos em taxa de sala,

utilização de materiais de alto custo sem liberação previa, ausência de checagem de

materiais, utilização em excesso sem justificativa para o procedimento realizado,

cobrança de OPME cujo código difere do utilizado.

Relacionado à gasoterapia: horas excedentes com o utilizado, não prescrito

pelo médico, ausência da checagem da enfermagem, CID incompatível com sua

utilização.

Quanto fisioterapia: Sem liberação previa, sem carimbo e assinatura, sem

evolução ou mesmo incompatível com o quadro clinico apresentado.

Quanto a exames: cobrança excessiva frente ao motivo da internação,

ausência de laudos e liberação para exames de alto custo, exames realizados com

datas anteriores a internação, exames que não pertence ao paciente.

Referente à hemoderivados: excesso de equipos para os

hemocomponentes, ausência da solicitação médica, ausência do carimbo assinatura

e relato da equipe enfermagem durante a transfusão, ausência da liberação da

quantidade descrita pelo banco de sangue, cobrança inadequado quanto as bolsas e

os exames composto por bolsas.

Relacionado ao Centro Cirúrgico: ausência da descrição cirúrgica, ausência

da prescrição dos medicamentos na ficha anestésica, sem registro da enfermagem

quanto à permanência na Sala de Recuperação Pós Anestésica, cobrança de

38

materiais inclusos em taxa de sala, ausência do carimbo e assinatura médica,

ausência da descrição dos materiais de OPME.

A pratica da auditoria diz que aquilo que está registrado no prontuário é

exatamente o que foi realizado no paciente, sendo assim todos os itens que não

constam no registro podem ser considerados como não realizados.

Desta forma a auditoria retrospectiva in loco favorece analise e o consenso

entre hospital e a operadora de saúde, pode ser cobrado justamente àquilo que

realmente foi utilizado, e quando as glosas são executadas a vantagem para o

prestador será a possibilidade de no decorrer de outras cobranças evitarem erros

garantindo uma cobrança efetiva e sem glosa.

Após a realização dos procedimentos os prestadores geram a cobrança e

encaminham para a operadora de saúde, o beneficiário pode ser da operadora local,

reside na mesma cidade e compõe o plano de saúde, operadora estadual ou seja,

reside em outra cidade dentro do estado da operadora de origem, ou pode ser

operadora nacional, reside em outro estado. Logo em seguida as operadoras tanto a

de origem quanto a executora devem prestar contas entre si, geralmente este fato

ocorre através de câmaras de compensação ao qual é o momento de encontro das

contas ou diretamente pelo correio. Atualmente existe as câmaras de compensação

que são Mercosul, Norte/Nordeste, Câmara Estadual, Câmara Mato Grosso do Sul.

Desta forma se o beneficiário realiza o procedimento que não seja a operadora

origem que executou, a operadora executora dentro dos protocolos e manuais

existentes solicita a liberação do atendimento do beneficiário através do setor de

intercambio, ao qual o mesmo tem a função de estabelecer a comunicação entre

elas garantindo atendimento ao beneficiário. Após a liberação pela origem a

operadora executora realiza o procedimento e encaminha a fatura para a origem.

39

Neste momento as contas antes de serem efetivamente pagas, o setor de contas

médicas ao qual é responsável por todo o pagamento dos procedimentos e

honorários médicos encaminham a fatura para analise da auditoria de enfermagem e

auditoria médica.

A auditoria de enfermagem irá realizar as analises devidas conforme descrito

acima, observando as liberações previas, as taxas, diárias, materiais e

procedimentos, entre outras analises e se estão devidamente corretos.

Para analise das contas de outras cidade ,ou estado, primeiramente verifica-

se no sistema o que realmente foi liberado previamente, quais materiais, quais

medicamentos, observa-se se o procedimento é alto custo como por exemplo

quimioterápicos, se o hospital ao qual o beneficiário foi atendimento há cobertura

contratual, pois caso seja um hospital que contenha tabela própria e alto custo, isto

irá gerar um custo considerável para a operadora de saúde. Analisar qual médico

auditor que verificou e liberou o procedimento apresentado.

Neste momento é necessário extrema atenção, pois existe dois tipos de

regras para a auditar as contas hospitalares. Irei descrever para melhor

entendimento.

Quando estamos analisando a conta, observamos criteriosamente o local

que o beneficiário foi atendido, se esta dentro do Estado do Paraná ou se esta em

outro Estado. Caso esteja dentro do estado do paraná, existe regras, manuais,

protocolos e atas para auditar essas contas, assim como existe liberações de

procedimentos que podem ser realizados dentro do estado e fora do estado não

será devido. Quando o atendimento foi executado fora do estado do paraná as

regras serão diferentes, como por exemplo: no Rol de Procedimento pode haver

40

algum procedimento cirúrgico que não há cobertura por vídeo, mas dentro do estado

do Paraná a cobrança por vídeo pode ser realizada.

Frente ao exposto se houver glosa técnica ou operacional mediante

justificativa em anexa, a origem emite uma carta de contestação, ou seja, nesta

carta constará o motivo da glosa apresentada para a operadora executora, caso a

mesma tenha uma justificativa adequada ira reencaminhar para a operadora origem,

caso contrário poderá concordar com a glosa apresentada.

Quanto ao acompanhamento dos pacientes com tempo de permanência

prolongado acima de 7 dias faço a analises diárias, o prestador encaminha todos os

dias uma lista com os nomes dos beneficiários que deram entrada no hospital para

internamento e os que permanecem internados, ao qual nós transferimos para uma

planilha do nosso sistema que nos permite visualizar quantidade dos dias internado

e em anexo as evoluções de cada paciente. Diante de tal informação vamos até o

hospital, analisamos o prontuário do paciente, os materiais utilizados, os

procedimentos realizados, os exames solicitados, caso haja alguma divergência

deixamos um relatório em anexo na conta para a enfermeira responsável, e logo em

seguida vamos até o leito visitar o paciente, observar a qualidade da assistência

prestada, a satisfação do cliente quanto ao atendimento. Após a visita fazemos

relatórios e deixamos em anexo na planilha dos internados. Quando o internamento

for processado e analisado, nós observamos se os relatórios realizados estão

compatíveis com a cobrança gerada.

Com a experiência que tenho como enfermeira auditora em uma operadora

de saúde posso afirmar que para que haja um trabalho eficiente e adequado

necessita da colaboração e entendimento de todas as partes envolvidas nos

processos. Sendo assim o perfil do enfermeiro e o seu papel é de extrema

41

importância, pois o enfermeiro deve ser imparcial, objetivo, independente, buscar

atualização e conhecimentos técnicos, ter cautela e zelo profissional,

comportamento extremamente ético, ser tolerante, agir como educador quando

necessário, ter humildade, e não ter uma visão apenas voltada para custos e

receitas mas principalmente para a qualidade da assistência prestada.

42

CONCLUSÃO

As empresas em um modo geral estão necessitando cada vez mais medidas

e técnicas de acompanhamento e controle para diminuir falhas e evitar problemas

que possam colocar a empresa em risco, e diante das alternativas está a auditoria

que passou por vários processos e mudanças para atender a evolução dos

mercados capitais.

Diante dessas empresas estão englobadas as operadoras de saúde que

perante a auditoria buscam ferramentas para avaliar a qualidade dos serviços

credenciados, identificando as condições de funcionamento e qualidade da

assistência fornecida aos seus usuários, propondo ajustes e correções necessárias,

devendo ser exercida com honestidade, agindo de forma eficiente e com eficácia,

devendo ser utilizada para cumprir os procedimentos necessários e desta forma o

auditor tem que manter um bom relacionamento, adquirindo cooperação para

executar as tarefas designadas, colhendo informações necessárias ao qual permitirá

ter o conhecimento prático das operações e do ambiente da organização.

A auditoria pode ser Analítica que consistem na análise de relatórios,

processos e documentos e Operacional que verifica processos e documentos

comparados aos requisitos legais/normativos e atividades relativas a áreas de saúde

através do exame direto dos fatos, documentações e situações sendo está

subdividida em Auditoria Prospectiva que procura detectar situações de alarmes

evitando problemas futuros, Auditoria Concorrente que é o acompanhamento

contínuo das hospitalizações e a Auditoria Retrospectiva que é realizada após a alta

do paciente, onde se utiliza o prontuário do paciente para avaliação, avaliando

resultados e corrigindo as falhas apresentadas, analisando documentos, relatórios

43

encaminhados pela auditoria concorrente, autorizações prévias, de contas médicas

propriamente dita com analise do auditor médico e de enfermagem.

A Auditoria de Enfermagem tem a finalidade de avaliar, verificar e melhorar a

qualidade da assistência, processos e custos, concentrando nos registros e

anotações de enfermagem, os processos internos e as contas hospitalares,

garantindo justa cobrança e pagamento adequado.

O relato de experiência foi vivenciado em uma operadora de saúde, através

do cargo de enfermeira auditora, ao qual desenvolve o trabalho de auditoria

retrospectiva que é realizado logo após a alta do paciente onde é encaminhada para

a empresa uma fatura de pagamento dos procedimentos realizados durante o

tratamento do paciente e antes de pagarem passa pela auditoria Médica e de

Enfermagem e os auditores irão conferir essas ações com os preços cobrados

evitando desperdícios, com o intuito de reduzir custos, garantindo o cumprimento

dos acordos e contratos estabelecidos entre hospitais e operadoras de planos de

saúde.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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