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UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA Marcelo Fraga Bacellar PROJETO DE PESQUISA E DESENVOLVIMENTO DE FAMiLIA TlPOGRAFICA "CAPANGA" Curitiba 2007

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UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA

Marcelo Fraga Bacellar

PROJETO DE PESQUISA E DESENVOLVIMENTO DE FAMiLIATlPOGRAFICA "CAPANGA"

Curitiba2007

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Marcelo Fraga Bacellar

PROJETO DE PESQUISA E DESENVOLVIMENTO DE FAMiLIATIPOGRAFICA "CAPANGA"

Trabalho de Conclusao de Curso apresentado aocurso de Design Gnflfico da faculdade de Ci€mciasExatas e Tecnol6gicas da Universidade Tuiuli doParana, como requisito parcial para a obten~o dograu de Bacharel em Design Grafico. Orientador:Professor Ms. Marcelo Caito Gallina.

Curitiba2007

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PROJETO DE PESQUISA E DESENVOLVIMENTO DE FAMiLIATIPOGRAFICA "CAPANGA"

Curitiba2007

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~Ei, ei, varno acordar, varno acordar!Porque 0 sol nao espera, dernorou, varno acordar!

o tempo nao cansa!Ontern a noite voce pediu, voce pediu ..

urna oportunidade, rnais uma chancee como Deus e bom, nao e nao, nego?

Olha ai, rnais um dia, todo seu ..que ceu azullouco, hein?

Varno acordar, vamo acordar ...Agora vern com a sua cara, sou mais voce nessa guerra

A pregui~a e inimiga da vitoria,o fraco nao tem espa~o

e 0 covarde morre sem tentar ...Nao vou te enganar:

o bagulho tei doido, ninguern confia em ninguem, nem em voce,e os inimigos vem de gra~a.

t. a selva de pedra, ela esmaga os humildes demais.Voce e do tamanho do seu sonho.

Faz 0 certo, faz a sua, vamo acordar, varno acordar. ..cabe~a erguida, olhar sincero

Ta com rnedo de que? Nunca foi facit..Junta seus peda~os e desce pra arena

mas lembre~se, aconte~a 0 que aconte~a,nada como urn dia apos 0 outro dia"

Racionais Mcs.

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RESUMO

Este documento tern por objetivo desenvolver urn estudo relacionado a tipografiaatraves do levantamento de dados historicos, conceituais e praticos, pesquisar suasmatrizes teoricas, aplicac;6es e preceitos tecnicos, culminando no desenvolvimento deuma familia tipogrcHica digital. Por tim, a acepc;ao deste projeto e a de promover urnresgate de conhecimentos existentes em tipografia.

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ABSTRACTThis document have as a main aim developing a study about thypography troughthistorical, conceptive and pratical the search of data, studying theorical fundaments,applications end technical presets ending on the development of a digital typefacefamily. After all, the reason of this project is promoting some rescue of the alreadyexisting knoledges in thypography.

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LlSTA DE FIGURAS

FIGURA 1 - NARRAyAO PROTO-HISTGRICA. ..

FIGURA 2 - EVOLUyAo DO FONEMA. ..

. 16

. 18

FIGURA 3 - ALFABETO FENicIO... ...20FIGURA 4 - QUADRO EVOLUTIVO DO ALFABETO FENicIO 22

FIGURA 5 - MATERIAlS E COMPOSlyAo DAS ESCRITAS... . 23

FIGURA 6 - FONEMAS GREGOS E ROMAN OS CORRESPONDENTES 24

FIGURA 7 - TRANSlyAO DAS ESCRITAS ... . 25

FIGURA 8 - MANUSCRITAS ROMANAS E ESCRITAS CURSIVAS 26

FIGURA 9 - DESENVOLVIMENTO DA ESCRITA CHINESA. 27

FIGURA 10 - CALIGRAFIA CHINESA. .. ...28

FIGURA 11 - EXEMPLOS DE CLASSIFICAyAO DE TIPOGRAFIA. 30

FIGURA 12 - CLASSIFICAyAO: BASTAo, EGiPCIA, ELZEVIR E DID01. 32

FIGURA 13 - CLASSIFICAyOES TECNICAS GERAIS EM TIPOGRAFIA. 33

FIGURA 14 - VARIAyOES DE ANGULAyAo ..... . 33

FIGURA 15 - DE ESPESSURA DOS TRAYOS... . 33

FIGURA 16 - QUANTO A INCLINAyAO... . 33

FIGURA 17 - QUANTO A LARGURA DO TIPO 33

FIGURA 18 - FORMULA BAslCA DE LEGIBILIDADE EM TIPOS 36

FIGURA 19 - EXEMPLO DE DIAGRAMAyAo... . 39FIGURA 20 - SERIFAS E 0 TRIANGULO DO FECHAMENTO... . .41

FIGURA 21 - A IMAGEM DO LUTADOR DE BOXE .41

FIGURA 22 - ADORNOS EXISTENTES NA FORMA DA LETRA .42

FIGURA 23 - UMA MANCHA GRAFICA COM ESPAYAMENTO... . ..42

FIGURA 24 - PREDIOS.. . ..43

FIGURA 25 - AJUSTE QPTICO... . .43

FIGURA 26 - RELAyAO TRIADICA DE SIGNO .44

FIGURA 27 - PAINEL SEMANTICO ...

FIGURA 28 - CAPAS DE DISCO ...

. ..45

.............................. .46

FIGURA 29 - HISTGRIAS EM QUADRINHOS .47

FIGURA 30 - PDSTERES DE FILMES B ..47

FIGURA 31 - JETSONS .48

FIGURA 32 - CORRIDA MALUCA. .49

FIGURA 33 - MANSAo FOSTER PARA AMIGOS IMAGINARIOS... ....49

FIGURA 34 - MR BEAN ... ........................................................... .49

FIGURA 35 - SIMI LARES DE FAMiLIA TIPOGRAFICAS 51

FIGURA 36 - HELVETlCA. 53

FIGURA 37 - DIN.. . 53

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FIGURA 38 - TIMES NEW ROMAN ....

FIGURA 39 - SWISS ..

FIGURA 40 - SIMILARES DE FAMiLIA TIPOGRAFICAS ...

FIGURA 41 GERAc;:Ao DE ALTERNATlVAS .

FIGURA 42 - GERA<;AO DE ALTERNATIVA. .

. 53

. 53

54

. 55

. 55

FIGURA 43 - GERA<;AO DE ALTERNATlVAS 56

FIGURA 44 - ESTUDO INICIAL DA LETRA "U" 56

FIGURA 45 ESTUDO DE SIMILARIDADE 57

FIGURA 46 _ GERA<;Ao DE ALTERNATIVAS 58

FIGURA 47 - GERA<;AO DE ALTERNATIVAS 58

FIGURA 48 - ESTUDOS PARA LETRA EM ITALICO 59

FIGURA 49 - DESENHO DE LETRAS 60

FIGURA 50 - AJUSTES NOS CARACTERES 60

FIGURA 51 - REPRODU<;Ao 61

FIGURA 52 - AJUSTE DE KERNING 62

FIGURA 53 - TRUE TYPE GERADO... . 62

FIGURA 54 - FONTE APLICADA EM UM ARQUIVO DE WORD 62

FIGURA 55 MODELOS DE FACA PARA EMBALAGEM 63

FIGURA 56 - CADILLAC E FORD FALCON 64

FIGURA 57 - EMBALAGEM COM DIANTEIRA TRIANGULAR 65

FIGURA 58 ALTERNATIVAS DE EMBALAGEM ..

FIGURA 59 ALTERNATIVAS DE EMBALAGEM ... 65

. 66

FIGURA 60

FIGURA 61

FIGURA 62

GERA<;AO DE ALTERNATIVAS 67

GERAc;:Ao DE ALTERNATIVA... . 68

GERA<;Ao DE ALTERNATIVAS 69

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SUMARIO

1.INTRODUc;;Ao .. . 11

1.1 JUSTIFICATIVA.. . 11

1.2 FORMULAC;;AO DO PROBLEMA. 13

1.3 OBJETlVO ..

1.3.1 Objetivo geral..

1.3.2 Objetivos especificos ..

2. 0 QUE Eo ESCRITA ..

2.1 FORMACAO DA ESCRITA..

............... 13

. 13

. 13

. 14

. 15

. 15

.................. 17

. 18

. 21

. 24

2.1.1 Escrita embrionaria ..

2.2 Desenvolvimento da escrita ..

2.3 Escrita cuneiforme ..

2.4 DesenvoJvimento das letras ..

2.5 DESENVOLVIMENTO DO ALFASETO OCIDENTAL..

2.5.1 Desenvolvimento de maiusculas e minusculas 25

2.5.2 EscritasOrientais .... . 27

2.5.2.1 Escritas de origem pictorica 27

2.5.2.1.1 Escrita Chinesa .. . 27

........................ 29

. 29

. 30

3. TIPOGRAFIA ...

3.1 PRECEITOS sAslcos ..

3.1.1 Conceitos Gerais de Tipografia ...

3.1.2 Classificat;:ao tecnica de tipografica 31

4. ERGONOMIA 35

4.1 Legibilidade .

5. PROJETO EDITORIAL..

5.1 Diagramal'ao ..

..35

. 37

. 38

5.1.1 Malhas construtivas 38

6. TEO RIA DE GESTALT APLICADA A TIPOGRAFIA .. . .40

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6,1 Fundamenta9<3odaTeoriadeGestaJt. ..

7. SiGNOS E SiMBOLOS ..

7.1 Signo ..

B.CONCEITO ..

9.SIMILARES ..

10. GERAc;:Ao DE ALTERNATIVAS ..

10.1 TIPOGRAFICA. ...

10.2EMBALAGEM ..

10.3 CARTAZ ..

11. CONSIDERAC;:OES FINAlS ..

12.GLOSsARIO ..

13.REFERENCIAS ..

...... .40

. .44

............................ .44

. .45

. 50

. 54

. 54

..............63

. 67

. ..70

. ~ n. 76

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II

1.INTRODUCAo

o projeto descrito neste documento tern como objetivo desenvolver urna

pesquisa em tipografia que por sua vez culminara na prodw;:ao de urna Familia

Tipografica. Esta familia tipogn3fica tera a sua aplicac;ao em nos seus tres pesos, sendo

estes: regular, italico e Bold.

1.1 JUSTIFICATIVA

No Brasil, a processo de produc;ao tipogrcHica passui quantias

significativamente inferiores ao resto do mundo. Poucos sao as profissionais de design

que atualmente desenvolvem projetos relacionados a tipografia (Urn exemplo que ajuda

a ilustrar este contexte e 0 catalogo da sa Bienal de design da ADG, que par sua vez,

de 309 projetos expostos, apenas quatro sao projetos tipograficos) muitas vezes, em

decorrencia ao contexto mercadologico deste tipo de prodw;:ao, consequentemente

fazendo com que conhecimentos tecnicos e praticos venham a perder-se com 0 passar

do tempo, podendo provocar assim, um declfnio no conhecimento de prodw;:ao

tipografica.

Este panorama pode ser considerado extremamente prejudicial para 0 design,

haja visto que ao perder tal conhecimento, profissionais utilizadores de tipografia

estarao sempre predispostos a utiliza1;:ao de familias tipograficas ja existentes,

impossibilitando assim uma atualizagao, tanto em conceitos esteticos quanta tecnicos.,

causando uma consequente estagna1;:ao quanto a produgao de conhecimento

relacionada a tipografia.

As publicag6es existentes em design relacionadas a tipografia no Brasil, apesar

de possuir uma quantidade consideravel de volumes editados, seja par tradugao de

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12

autores estrangeiros, seja par autores nacionais, abordam em sua grande maioria

preceitos te6ricos sabre 0 processo de constrU/;:ao tipografica, seja atraves de analises

comparativas relacionadas a aspectos formais, seja muitas vezes abordando aspectos

praticos em tipografia.

Ha tambsm uma infinidade de conhecimentos praticos que muitas vezes naD

sao abordados em public8r;:oes relacionadas ao tema, como as conhecimentos

utilizados par tipografos para a produc;ao de matrizes de tipos, conhecimentos estes

adquiridos atrav9S da pn3tica profissional.

Oentre as editoras com tltulos disponiveis no Brasil responsaveis par

public8r;:oes relacionadas ao lema encontram-se:

Cosac Naify

Rosari

2AB

Martins Fontes

LGE

Edltora Senac Sp

VM Editora

Editora Quartet

Em se tratando de aspectos tecnicos ligados ao DeSign grafico A produc;ao

tipografica envolve conhecimentos te6ricos de semi6tica, teoria de Gestalt, geometria e

matematica, hist6ria da arte dentre outros. Alem destes conhecimentos, este projeto

possibilita uma pesquisa em campos que precedem 0 design grafico, como a profissao

de tip6grafo, promovendo assim um resgate hist6rico que por sua vez mantem auxilia

na manutenc;ao e atualizac;ao do conhecimento.

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13

1.2 FORMULA<;:AO DO PROBLEMA

o projeto a ser desenvolvido destina-se a pesquisar as seguintes aspectos: 0

que e uma familia tipografica? Qual e 0 panorama da tipografia no Brasil atualmente,

quais sao as para metros e requisitos necessarios para 0 desenvolvimento de uma

familia tipografica? Qual sera a sua aplicacao pn3tica? Qual sera 0 seu embasamento

tecnico e teo rica?

1.30BJETIVO

o objetivo foi dividido em geral (0 que se pretende com a pesquisa) e as

especfficos (passos para realizacao do geral).

1.3.1 Objetivo geral

Utilizar conhecimentos adquiridos em tipografia para a produc;;ao de uma familia

tipogrirfica de no minima tres pesos visando sua aplicac;;ao pra.tica em projetos editoriais

e afins.

1.3.2 Objetivos especificos

- Promover urn resgate de conhecimentos existentes em tipografia;

~ Oferecer uma aplicaGao pratica dos conhecimentos existentes atraves do

desenvolvimento de uma familia tipografica;

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14

2.0 QUE E ESC RITA

Segundo citar;80 de David Diringer, pode~se definir escrita como: "Literal e

resumidamente a escrita e a expressao grafica do discurso, a fixac;ao da linguagem

lalada"

Pode se dizer que a escrita e 0 instrumento auxiliar da linguagem e principal

ferramenta de fixac;ao da Gultura ante a existemcia humana. A escrita tern como merito

difundir a inteligemcia transmissivel, DU seja: a lei, a religiao, a matematica, a literatura

provavelmente seriam perdidos au desfiguradas sem a existencia da escrita.

A escrita acompanha a evolUr;80 Gultura humana desde 0 principia da sua

exislencia. As civilizac;6es antigas da Grecia, China e pre-colombianas do Mexico

consideravam a escrita de tal importimcia que atribufam a sua existencia a divindades e

seres mfticas de sua cultura (Hermes, na Gracia, par exempla). 0 aparecimenta de uma

escrita sistematica e canvencianada exerce um profunda grau de influencia na pracesso

evolutivo humano, pois assim como a descoberta do fogo propicia ao homem 0 dominic

do ambiente ffsico a escrita propiciou ao homem 0 dominio dos seus conhecimentos

podendo assim desenvolver a sua consciemcia bem como 0 seu intelecto.

E fato que a humanidade tem como caracteristica intrfnseca, a necessidade de

registrar a sua existencia atraves de expressoes graficas, poram, os primeiros registros

de um sistema de signos convencionados em um sistema relativamente completo

(preambulo do alfabeto) sao datados de meados do seculo IV. a.C. Logicamente ha

inumeros registros datados do periodo Paleoiftico (20.000 anos a.C.) como circulos e

demais sfmbolos que possufam fungoes diversas, poram tais sfmbolos nao possuiam

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15

relac;ao cognitiva entre si. Fato e que tada expressao humana oriunda de uma

necessidade de comunicac;ao, e estes elementos datados como anteriores ao seculo IV

a.C. consistem em uma experiencia para a comunicac;ao e para a formac;:ao de uma

escrita sistematica e de signos convencionados. Quase paradoxalmente, estas formas

de expressao devem ser percebidas antes de tude como evocac;:6es magicas

decorrentes do medo e da inseguranc;;a dos fenomenos da natureza.

2.1 FORMAJ;AO DA ESCRITA

2.1.1 Escrita embrionaria

Para tenlar analisar 0 processo de construc;ao da escrita e necessaria relaciona-

10com a processo de evoluc;ao da comunicac;ao humana como urn todo. Fato e que a

ser humane tern par instinto, a necessidade de se expressar corporalmente,

sustentando 0 discurso atraves de sinais e gestos simultaneamente enquanto se

comunica verbalmente. Sabe-se tambem que esta linguagem corporal e parte

integrante do processo de comunical;ao, haja visto a infinidade de express6es e sinais

convencionados que sao utilizados no dia a dia. A necessidade de represental;aO do

discurso nos leva, por exemplo, a desenhar figuras mesmo que imaginariamente ao

tentar representar determinado objeto em uma con versa. Provavelmente esta

necessidade tenha levado 0 homem a fazer represental;oes graficas na tentativa de

narrar algum ocorrido.

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16

FIGURA 1 w Narra980 proto-historica

FONTE: Sinais e Simbolos, editora Martins Fontes, 2006. p. 18

Acredila-se que a linguagem escrita com a prop6sito de preservac;ao da fala

surge com uma relac;ao direta com elementos da fala, como sflabas, palavras au ate

mesma, frases. Tal estagio e denominado como "pictografia" e e a estagio mais

rudimentar da escrita e precede a escrita embrionaria, pais, naD se limitam mais a

imagens desconexas, alterando 0 seu carater de ilustrac;ao para a de representac;ao da

linguagem falada, tornando-s9 entaD atemporal, passivel de interpreta.;:ao mesma

posterior aD discurso. Esta codificac;ao se da atraves de figuras cuja possuem

representac;oes especificas denominadas "pictogramas".Estes elementos ainda nao sao

denominaC;ao oral para quem os representa.

oriundos de uma representac;c3o fonetica e sim simb61ica, apesar de possuir uma

Seguindo 0 desenvolvimento da escrita encontra-se a "escrita ideografica" que

par sua vez mostra-se bem mais evoluida que a escrita pict6rica por ser capaz de

transmitir subjetividades e abstrac;oes referentes aos simbolos. Um exemplo e um boi,

que pode ser representado apenas pelo esboc;o da sua cabec;a nao havendo a

necessidade de representar 0 seu corpo ou uma nuvem que pode representar um

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17

simbolismo. como no casa, a chuva. Suas representa~6es individuais sao denominadas

ideogramas.

Posteriormente, surgem as escritas "analfticas transicionais" que correspondem

ao processo de transil;;ao entre a esenta ideografica e a escrita fonatica. Sao por origem

representados por elementos ideogrc'lficos, porem com 0 seu desenvolvimento

comec;am a surgir elementos foneticos em suas representac;6es.

A escrita fonalica e a primeira representac;ao objetiva da tala, naD havendo urna

necessidade de ser representada com qualquer forma, naD havendo necessidade de

representayao entre a sua forma e a som a ser representado. Par sua vez, esta escrita

apresenta a primeiro rompimento com a universalidade das escritas anteriores. A partir

da escrita fonetica que se desenvolveu a escrita alfabetica ocidental como conhecemos.

2.2 Desenvolvimento da escrita

o processo evolutivo da escrita nao se de de forma linear, a forma.;:ao de

alfabetos e a sua decerrente evolu.;:ao podem ser clara mente divididas em duas

categorias principais:

Escritas de origem figurativa - estas escritas evoluiram dentro da escrita

pict6rica, sendo abstrafda em sua forma e estilizada em alguns niveis, porem mantendo

alguma familiaridade com a escrita original.

Escritas de influencia fonetica - nesta escrita percebe-se clara mente a evolu.;:ao

e a interferemcia da fonetica na sua representa.;:ao escrita. Par/3m a sua representa';:8o

atinge 0 grau completos de abstra';:8o da forma perdendo completamente a relar;ao com

a sua forma original.

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18

FIGURA 2 - Evoluyao do fonema Aleph (tauro) da subtravao da sua representa<;:ao ate

a abstra<;:ao total da forma.

De~envo'V'f'1?ntoda escrita fal'(]d

FONTE:Sinaise Simbolos.editoraMartinsFontes,2006. p. 22

2.3 Escrita cuneiforme

Pode se considerar a escrita cuneiforme (do latim, cuneus - cunha e forma -

forma) juntamente com a escrita hieroglifica egipcia (do grego, hieroglyphika,hier6s -

sagrados e glyphein - escrita) urna das mais importantes para a constrw;;:ao do alfabeto

latina.

A escrita cuneiforme e 0 sistema de escrita mais antigo ate hoje registrado. Seu

desenvolvimento e atribuido aos sumerios, urn pavo cuja origem e etnia permanecem

indecifrados. Seja qual for a origem exata desta eserita, 0 conhecimento desta ebaseado em um achado de grande significagao encontrado em Uruk (a Biblia Erech, a

noroeste de Ur). Foram encontradas milhares de pequenas tabuas e fragmentos com

inscrigoes de uma escrita pictografica com imperfeigoes cujo acredita se pertencer aescrita sumeria.

Este sistema de escrita era composto por mais de 900 sfmbolos diferentes, estes

sfmbolos sao compostos por elementos pictoricos na sua acepgao mais simples,

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19

abstraindo qualquer influencia ideogn!ifica, porem em urn segundo e5tagio, percebe se a

transic;ao deste sistema para urna escrita ideogritfica e fanatica. Concomitantemente a

escrita sumeria acaba sofrendo processo de fonetizac;ao:

No extrato de Uruk III, encontram-se tabuas em que 0 sinal seta possuia

significac;ao dupla na lingua sumeria, ti (f1echa) e ti (vida). Sendo a similaridade fanatica

o (Jnico el0 em comum dentre ambas as palavras.

Devido a essas ambiguidades na escrita, as sumerios desenvolveram urna

crasse de sinais denominados "determinativos" que tinham por func;:ao indicar a

classjfica~o pertencente a cada palavra: passaros, substantiv~s proprios masculinos,

divindades, etc.

Atribui-se a compJexidade do seu sistema e a vasta quantidade de sfmbolos para

a 0 alfabeto as principais agravantes para a nao sobrevivencia desta escrita.

Tendo a sua existencia datada de meados de 4.000 a.C. os sombrios foram

durante cerca de 1500 anas 0 grupa cultural daminante no Oriente Media. Possuiam

uma literatura bastante evoluida possuindo registros de arquivos de um complexo

sistema juridico, administrativo, comercial e religioso. Sua escrita possuiu

caracteristicas mais evolufdas, no que diz respeito ao processo de progressao da

escrita, seus pictogramas, se comparados com os hier6glifos egfpcios apresentam uma

maior facilidade de interpretac;ao e legibilidade, alem de possuir uma sintetizarao e

estilizar;ao da forma.

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20

FIGURA 3 - Alfabeto fenfcio

11 iii E[ 1(- -f;:<n « , «If « iii I(~ I<f " 1(- "--I:: '·1 !I ,= " ~<lf ?,<. iii J~ 1(1 ii r{- ,-«,,« iiilHlii ~iii ::~ rll -rr! , <<IL~_jTL 1(- !(f II 1<- ,ii (=<. IHi ::(jir -I" , ii 1i Z< "IT! iii F- 11 <=< K-;11 ,r. ~ii l1 ~ !=( {W iI, -Irl :( ii {i. ii I~ •...<,::(1<-, Ti -hI -'" '- :hl n- :=1 -M '- ii, (I (ii :( <ii ««II «1(- ~ '1 « m '- «II « ,7, If 1<1ii 1(- , -1:=H ::r1< " «II «JII 1(-lS!J_U~~i<r~--'-1r1(- 1(1 ii 1(- "':( ,"i, -hI" I' ii, ~II~ -1:;-<=< <ii « •..«f1 « ii, 1<- 1<'7~i~<:< 1(- ;;-, " i-, <-~ <=< «" ,~, -,,~:<~~-;;r<-\polleo que sabia, observou que 0 grupo de sinais que MOnter havia lidoCOmo"rei"

(Rei)

FONTE: Sinais e Simbolos, editora Martins Fontes, 2006. p. 22

E na escrita hieroglifica que se encontra as primeiros sinais de interven.;:ao

fonetica na esenta, urn exemplo encontra-se em uma tabua datada de meados do

SEkula XXX a.C., denominada "Tabua de Narmer" aonde se descreve nas suas duas

faces representac;6es pictoricas de urn exercito egipcio rnarchando contra 0 inirnigo ou

urn rei egipcio puninda urn inirnigo, porem nota-se a intervenl;:ao fonetica na insen;:ao de

names pr6prios nessas escrituras. Este objeto auxilia a afirmar esta fase da escrita

como pertencente ao estagio de transi9Bo da escrita. Os hieroglifos subdividiarn-se em

tres classes de caracteres: ideogramas. fonogramas e demais complementos foneticos.

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21

2.4 Desenvolvimento das letras:

Habitantes das regioes do Oriente Pr6ximo, no segundo mil€mio antes de Cristo,

existam urna numerasa quantidade de sistemas de escrita provenientes das mais

diferentes Irnguas e dialetos.

Durante a mesma epoea, as fenicias, urn povoado que passu fa 0 comercio como

principal fonte de subsistencia, possufram urna escrita que sintetiz8va algumas dessas

escritas existentes. Par se tratar de urn pavo de comerciantes, as fenieios S8

relacionavam com as mais diferentes pav~s, fazendo com que eles absorvessem

caracteristicas de boa parte dos pavos com quem havia relac;c3o. Foi neste perfodo que

houve urn grande passe no processo de formac;ao da escrita, a inovac;ao de fundir

consoantes em silabas, porem as registrando como unidades sonoras menores, ex:

Cban, "d( e ugunpara "bn, "dn e "gn). grac;:asa esta metamorfose ao desenvolvimento das

consoantes foneticas fenicias obteve se 0 grande ponto de partida do que considera se

a escrita alfabetica atual.

Com 0 desenvolvimento e a devida progressao historica, 0 alfabeto fenicio

chegou a sua sintese maxima reduzindo seu alfabeto me vinle e dois sinais foneticos,

atribui-se a esta sinlese a grande expansao da escrita fenicia pelos povos.

Posteriormente, os aramaicos difundem 0 alfabeto como meio internacional de

comunicat;ao, possuindo uma expansao significativa no Oriente Proximo, Africa, Asia

Menor e Africa e ate mesmo na India.

Par naa haver uma camunicat;ao formal e pela dificuldade de transmissao de

informat;5es devida ao isolamenta de cada regiao, desenvolveu se diferenles

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22

ramific8c;oes para 0 alfabeto, dando origem as mais diferentes ramific8.;;oes existentes,

originando as alfabetos ocidentais utilizados atualmente.

FIGURA4 •Quadro evolutivo do alfabeto fenfcio

v,

[II; LsL I

tv ...

~ -"'l'-T"

G8 ,1Jl6J d [18

0 f 4J~J "/

L

FONTE: Sinais e Simbolos. editora Martins Fontes. 2006. p. 44

Neste processo de transforma9ao da escrita Dutra interferencia significativa

provem dos greg05, que senti ram a necessidade de ampliar mais a vocaliza~o fenicia,

que par sua vez apresentava-se relativamente imprecisa para a fonetica grega. Para

que fosse passivel reproduzir 0 Grego antigo, que passui urna grande riqueza em

modulac;6es, houve significativas transformac,;:6es, como 0 UA" e 0 "E" que derivam dos

fonemas fenfcies "han "he" ou 0 "0" que provem do fonema "ajn" muito dificil de ser

pronunciado. Alguns estudiosos consideram estas intervenc;:6es vocalicas uma das mais

importantes fases para a existencia da escrita ocidental, grac;:as a isso 0 Latim fosse

elevado ao palamar de escrita que une os povos.

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23

Par sua vez, a evoluvao da escrita em seus aspectos formais sao atribuidos aos

materia is utilizados para a sua reprodu~o. atribui se as formas circulares e cheias de

contrastes na escrita hebraica pela utiliza980 de pen as. anteriormente a escrita era

desenhada em estilete, 0 que naD permitia 0 desenvolvimento de formas circulares com

a devida velocidade e precisao.

FIGURA 5 ~materiais e composicao das escritas

FONTE: Sinais e Sfmbolos, editora Martins Fontes, 2006. p. 45

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24

2.5 DESENVOLVIMENTO DO ALFABETO OCIDENTAL

Como sugerido anteriormente, as alfabetos ocidentais derivam do alfabeto grego

antigo, que por sua vez originou-se do alfabeto fenicic. Baseado nos 22 sfmbolos do

alfabeto fenicio, a alfabeto grego incorporou mais simbolos no seu alfabeto, pratica esla

muito comum nos alfabetos ocidentais.

Acredita se que par volta de SOO.a.C. 0 alfabeto grego ja havia side adotado

pelos etruscos para usa proprio.

Abaixo, uma tabela demonstrativa do alfabeto fenicio e as suas devidas

adaptac;6es de fonemas 9re905 e remanos correspondentes:

FIGURA 6 - Fonemas gregos e romanos correspondentes

<,"

l:fJ~~L ElL [2:"L2.. [81: [ELLBlDl,J~L [IJ, B,bQ].. txlo [Q]~EE[3JUJ [I]" [21,W"'"[1, ~N

'"FONTE: Sinais e Sfmbolos, editora Martins Fontes, 2006. p. 56

2.5.1 Oesenvolvimento de maiusculas e minusculas

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A escrita ocidental e claramente dividida em duas vias paralelas que coexistiram

simultaneamente: A escrita monumental capitular e a escrita manuscrita.

A escrita monumental capitular, sempre utilizada em inscril;oes em rochas,

palacios e nas placas de sinalizac;ao, por sua vez, a eserita manuscrita era recorrente

em anotac;6es, correspondencias, e demais registros simi lares.

Ambas as escritas evoluiram de formas completamente distintas, seja pelo

material utilizado para a sua composic;ao, seja pelo seu meio e utilizac;ao, isso eclaramente percebido quando a escrita manuscrita safre constantes modificac;6es e a

escrita monumental segue urna linearidade e obedii!'ncia aos aspectos formais de sua

origem.

Na escrita manuscrita ha uma necessidade de agilidade na sua composi9aO e

seus materia is de composic;ao sao mais flexiveis, a soma de ambos as aspectos

transforma esta escrita, agregando a ela formas arredondadas, e a formal;ao de hastes

ascendentes e descendentes, indicativos de sinais maiusculos e minusculos. Com a

necessidade de uma escrita dinamica a desenho e muitas vezes sintetizado em urn

unico tral;o elaborado.

FIGURA 7 - Transicao das escritas

FONTE: Sinais e Simbolos, editora Martins Fontes, 2006. p. 68

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Como decorrencia do processo historico da escrita, as escritas alema e inglesa

adicionaram sinais ao alfabeto grego, por esle processo ser posterior ao processo de

forma.;ao e consolida.;ao da escrita grega, as sfmbolos incorporados "K", "Y", "W", "X" e

"Z" naD sofreram alterar;:oes dn3sticas dentre as escritas manuscrita e monumental.

Neste processo, percebe-se tambem as simllaridades entre as letras U e V que

praticamente naD possufam distim;ao de usc.

o aspecto mais interessante entre ambas as escritas e 0 fata de ambas

coexistirem, au seja, nac houve uma substituicfjo, 0 que e recorrenles no processo de

natural de desenvolvimento da escrita.

Hoje em dia pos5uimos dais alfabetos fundidos, maiusculos e minusculos, ambos

sao utilizados simultaneamente, como, par exemplo, a utilizac;:aa de capitulares em

names pr6prios e inscric;:6es de titulas e afins e a escrita minuscula que e a principal

forma de escrita, devido a sua utilizac;:ao massiva.

Movimentas como a Bauhaus se opunham a esta utilizac;:ao, alegando uma

sinterizac;:aa da forma propondo apenas a utilizacao de letras minusculas.

FIGURA 8 - manuscritas romanas e escritas cursivas

, rcrlmV}.\ W~lNEM..Ai\)m~UNS·mam\lrm,lMrW!NS1NGlWllM'kr/.-P/n't:(;:-rr>----·lh,r·rj'/(;/I,,.,

J "r; ..J.a,"r/~r!'~--r.v.".::

FONTE: Sinais e Simbolos. edilora Martins Fontes, 2006. p. 77

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27

2.5.2 Escritas Orientais

Aqui principais escritas orientals serao mencionadas apenas a titulo de ilustrac;ao, haja

vista que a objetivo desta pesquisa e abler a formayao do alfabeto ocidental atua!. Alem

do mais, a riqueza e a complexidade estrutural destas escritas merecem urn estudo

singular qual naD seria passivel sintetiza~lo em urn capitulo.

2.5.2.1 Escritas de origem pictorica

2.5.2.1.1 Escrita Chinesa

Responsavel par originar a escrita japanesa e grande parte das escritas pictoricas

existentes na Asia, a escrita chinesa manteve sua constjtui~o atraves do estagio

pict6rico. Os elementos componentes do seu conjunto de signos provem de urn mesma

sistema arcaico de escrita e sua constituiy8,o atual e urna renovaf;ao linear deste

mesmo sistema, ou seja, apesar de sofrer alteraf;oes significativas, a escrita chinesa

mantem as mesmas propriedades de sua constituif;ao original, ao contn3rio das demais

escritas ocidentais, como visto anteriormente.

o surgimento da escrita chinesa e algo obscuro e com pieta mente indefinido, dentre as

inumeras hip6teses de relacionadas a sua formacao. Alguns estudiosos atribuem a sua

formaf;ao a infiuencia, p~r mais que remota, de escritas cuneiformes exteriores a China.

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FIGURA 9 - Desenvolvimento da escrita chinesa

FONTE: Sinais e Simbolos, editora Martins Fontes, 2006. p. 77

FIGURA 10 - Caligrafia chinesa

FONTE: Sinais e Simbolos, editora Martins Fontes, 2006. p. 77

Atualmente a escrita chinesa e composta par cerca de 8000 caracteres, porem, no

seculo XX, as dificuldades para manter 0 usa desta escrita sam ada a influencia exterior

faz com que a China desenvolva uma sinlese de seu sistema de escrita, contendo

cerca de 600 caracteres. sendo esla para utilizac§o basica. Posteriormente, durante 0

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29

regime comunista chines, empreendeu-se uma revisao sistematica da escrita, tendo

como objetivo 0 desenvolvimento de um alfabeto similar ao alfabeto romano, porem

pOUCO 59 sa be sabre a aplicac;:ao deste empreendimento.

A Atualiza';;8o da lingua chinesa aconteee de forma complicada, a grande quantidade

de dialetos existentes somados a insufici€mcia gramatical tarnam-S9 agravantes para 0

processo de renovac;:ao da lingua chinesa.

3. TIPOGRAFIA

3.1 PRECEITOS BAslCOS

MArte que compreende as varias operacoes conducentes a impressao dos

teXlos, desde a criacao dos caracleres a sua composivao e impressaa, de

modo que resulle num produtor grafico ao mesma tempo adequado, leg(vel e

agradavel. 2 sistema de imprimir com formas em relevo: impressao

tipografica. 3 eslilo ou arranjo tipografico. -

A tlpografia e orlunda da pictografia, que por sua vez tem seus primeiros

registres em figuras rudimentares existentes no periodo primitiv~. Posteriormente, a

escrita sofre uma grande transformac;:ao com a origem da escrita latina. Desenvolvida

pelos remanos, atraves de grande infiuencia grega, a escrita remana e composto de 22

letras, a composic;:ao textual se dava sem espac;:amentos e sem pontuac;:ao. Com 0 inicio

da era crista, a tipografia desenvolveu-se de foram mais tecnica e precisa, alem de

incorporar novas letras 80 alfabeto existente, Com a queda do Imperio Romano, a

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30

escrita sofre influencia de outras etnias e assim incorporando novos sfmbolos e

recursos de linguagem.

Ao contrario do que acredita-se, a inven~ao dos tipos m6veis nao pertence a

Gutenberg e sim ao Chines Pi-Cheng, que utilizou moldes de porcelana e

posteriormente em bronze para imprimir matrizes. 0 desenvolvimento da tipografia

como conhecemos atualmente deu-se com Jean Gutenberg atraves da cria'Yao de tipos

m6veis. Principia fundamental da impressao que e utilizada atualmente. Pode-s8 dizer

que a principal relevancia de Gutenberg para a historia baseia-s8 no fato de ter

desenvolvido a primeira grande obra impressa (Biblia) utilizando-se de diferentes

teenicas existentes, feunidas e sendo capaz de reproduzi-Ia a partir de uma matriz.

3.1.1 Conceitos Gerais de Tipografia

Bem como as artes aplicadas, a tipografia possui uma classificaQao que se divide

em escolas e e contemporanea a varios periodos referentes a historia da arte. Segue

em figura anexada, alguns modelos e classificaQoes de estilos tipograficos.

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31

FIGURA 11 - Exemplos de classificava,o de tipografia

abpfoc alDpfoe abpfoe abpfoeabEfoe abpfoe abpfoe Ilbpfoe

abpfoe qiJlJlllr<IHr abpfoe abpfoeabpfoe 4dP/~/iv1' abpfoe abp[oe

'"Elements oftyphographic style, Cosac Naify, 2005 - p. 05

3.1.2 Classifica<;ao tecnica de tipografica

"Uma familia tipografica e urn conjunto de caracteres que guardam as

mesmas caracterfsticas essenciais de seu desenho, independentemente do

peso, da inc1inacao e do corpo. A familia €I identificada par urn nome,

atribuido par seu autor, casa tipografica au distribuidora de fontes.~

(Lucy Niemeyer,2001)

A base fundamental do desenvolvimento tipografico encontra-se em sua

classifica<;ao tecnica, que define a sua formatagao, bern como a sua melhor aplicaf):ao

tecnica.

As primeiras classifica90es tecnicas de tipografia eram abrangentes demais e

obedecia inumeros criterios e distin90es. como tamanho (diamante, perola, filosofia,

olho de mosca, etc.) porem, com 0 inicio da produ9ao industrial e a grande escala de

defini90es, 0 grafico frances, Francis Thibaudeau, desenvolve uma classifica9ao

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32

generica para as tipos desenvolvido ap6s uma detalhada analise comparativa de forma.

Primordialmente Thibaudeau definiu a tipografia em qualro familias: Bastao, Egipcia,

Elzevir e Didot.

Dentro desta classific81;c30 primaria, surge-se outras sub-classifica.;5es e assim

consequentemente uma discriminac;ao extremamente segmentada de cada tipo.

FIGURA 12 - Classificac;ao: Bastao, Egipcia, Elzevire Didot

ABCDEFGHIJKLMNOPQRSTUVWXYZabcdefghijklmnopprstuvwxyz-1234567890 iiil6 ae"iOu

§£/)&Si';:,.- A\Hi :UEFG1IIJ I\.L.\I"\()PI!RS'IT\ \\\YZ illwdpJ"!!hijklilIllOPlJr,lu\"\\ ') z 123-1:;67890fll'i()(1 ,)t?h')tJ aeill(1 k\piQu

.. : :&.,;!) C': \,,00

A--,

AI.l(·J)I:I·,(,III.JKI.'I"OPQRSTU\'\\'\YZ~cL~d~hijklmIH)pqrstu\''~'Z -12,-!- 5()7XljC >':?!":;S£-;-. T'{ Fn.:,t' ,1>«il&i~I~H'IJr

ABCDEFGHIJKLMNOPQRSTUVWXYZ abcdefghijklmnopqrstuvwxyz1231t567890iiooC;:c;:

FONTE: acervo pessoal

Dentro destas sub-classificac;:oes existem preceitos de avaliac;:ao do estilo tipografico de

cada familia, estas familias sao analisadas per:

Barra: partes horizontais das letras.

Hastes ou fuste: partes verticais das letras.

Barriga ou panc;:aou bojo: partes curvas das letras.

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Cerifas: os travos decorativos nas extremidades das letras.

Cabeva ou Apice: parte superior das letras.

Base ou Pe: parte inferior das letras.

Montante ou trave: partes inclinadas das letras.

A familias tipograficas sao subdivididas em categorias, segundo:

Pesos de seus travos.

Largura relativa de seus caracteres.

Variavao de inciinav8.o.

FIGURA 13 - Classifica<;6es tecnicas gerais em tipografia

FONTE: acervo pessoal

FIGURA 14 - Varia<;6es de angula~o

FONTE: acervo pessoal

FIGURA 15 - De espessura dos tra90s

AA

33

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34

FONTE: aceNO pessoal

FIGURA 16 - Quanta a inclinac,:ao

Aa Aanormal, mlnaoo ua!ico, gTl(o, inclinado

FONTE: aceNO pessoal

FIGURA 17 - Quanta a largura do tipo

Aa Aacondensado, ape/lado expandido. largo

FONTE: acervo pessoal

Ao desenvolver uma familia tipografica deve-se considerar criterios denominados

"intervenr;;oes na aplicaryao dos tipos" (Falcao, Franciane). Sao estes criterios:

Espacejamento: Coman do pre-determinados de espacejamento para as elementos das

fontes.

Kerning: Ajustamento de espar;;os horizontais entre pares de caracteres especificos em

urn textc. Muito utilizado quando e necessaria 0 ajuste de esparyo entre letra devido a

composiry<30com tipos diferentes, visando criar urn espac;:o igual entre as letras.

Tracking: Cantrale do espac;:a media entre as earaeteres num blaea de texta definidas

par niveis de variac;:aa.

Leading: espac;amenta entre linhas

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35

4. EGONOMIA

~A Ergonomia e uma ciencia interdisciplinar. Ela compreende a fisiologia e a

psicologia do trabalho, bern como a antropometria e a sociedade no trabalho.

o objetivo pratico da Ergonomia e a adapta9ao do posto de trabalho, dos

intrumentos, das maquinas, dos horarios, do meio ambiente as exigencias do

homem. A realizacao de tais objetivos, ao n[vel industrial, propicia urna

facilidade do trabalho e urn rendimento do esfare<> humano (1968)."

(Grandjean, E.)

A ergonomia e a estudo fundamental entre as relag6es do homem para com as

objetos de prodU<;c30.Para 0 processo de produc;ao em design, torna-se fundamental

abler conhecimento deste tema para obter urn melhor resultado quanta a receptividade

da informagc3o.

4.1 Legibilidade

"Esta e a qualidade prioritaria que se persegue no design de mensagens de

advertencia de cartazes." Como dito par Lucy Niemeyer.

Para que a receptor obtenha um bam entendimento e a c~rreta interpretag80 da

mensagem e recomendavel a utilizag8,o de um estudo ergonomico relacionando 0

objeto em desenvolvimento e 0 leitor. Segue abaixo um dos calculos de legibilidade.

o tamanho de letras e numeros depende da distancia de leitura. Recomenda-se

que a altura de letras e numeros seja 1/200 da distancia em miifmetros.

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1000 mm (1 m) 5 mm

3600 - 6000 30

1800 - 360018

900-18009

500 - 900 4,5

Ate 500 mm 2,5 mm

'Disl£lncia de Leitura (mm) Altura da Lelra (mm)

36

FIGURA 18 - Formula basica de legibilidade em tipos

FONTE: acelVo pessoal

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37

5. PROJETO EDITORIAL

DefiniC;:80de projeto segundo 0 dicionario Aurelio:

"1 plano; intento; designio; 2 empresa, empreendimenlo 3. redacao

provis6ria de lei, etc 4 arquit: Plano geral de edificac;:ao"

DefiniC;30 de editoraC;:<3o segundo 0 dicionario Aurelio:

"1 Editar; feunir; organizar, anolar e geralmente, larnbem prefaciar e

posfaciar (texto de urn QU varios autores), para publicar;ao."

Baseado neste preceito inicial de projeto pode-s9 considerar projeto editorial

como urn planejamento au urn estudo de forma que ira definir urn conjunto de materias

e publicac;:oes. 0 projeto Editorial e a elemento fundamental para a unidade deste

determinado conjunto.

As variac;:6es de projeto editorial encontram-se fundamental mente em:

Jarnal

Revista

Livre

Almanaque

Mais especificamente, a projeto editorial define todos os parametras de

formata9ao do objeto, bern como seus materiais e processos a ser utilizados.

o projeto editorial estabelece pad roes quanto a forma e quanta aos materia is e

processos de produ~ao do mesmo.

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38

5.1 Diagramal;ao

Oefinic;ao do dicioninio Aurelio para diagrama~o:

"Projeto de pagina, folha solta, anuncio, etc., que contem indica9ao rigorosa das

medidas de impressao; espelho - Boneeo."

MO livro e um espelho f1exivel da mente e do corpo, seu tamanho e

proporQ3es gerais, a cor e a taxlura do papel, 0 som Que produz quando as

paginas sao viradas, 0 cheiro do papel, da cola e da tinla, tude se mistura ao

tamanho, a forma e ao posicionamento dos lipos para revelar um pouco do

mundo em que foi feito. Sa 0 livro se parecer apenas com urna maquina de

papel produzida conforme conveni€mcia de outras maquinas, s6 maquinas

van querer le-Io. ~

(Bimghurst. R)

5.1.1 Malhas construtivas

aThe basic principle of a grid is extremely simple. A grid is the graphic design equivalent

of a building's foundations ... ~

(Roberts, Lucienne)

Basicamente, a malha construtiva tem como objetivo formatar a pagina a ser

diagramada, assim auxiliando a formatac;ao de forma harmonica do mesmo.

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39

a primeiro registro de utilizacao de malhas construtivas sao datadas de 1450,

quando impressores encontraram dificuldades de interpretacao de informac;5es textuais.

FIGURA 19 - Exemplo de diagramavao

FONTE: acervo pessoal

Para a diagramacao de informa90es textuais, existem hierarquias de informacao

a ser respeitadas, para urn melhor entendimento da informacao por parte do receptor,

estas variam con forme a forma de publicac;ao (Ex: revista: retancas, titulo, sub-titulo,

etc.).

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6. TEO RIA DE GESTALT APLICADA A TlPOGRAFIA.

"Gestalt e uma escola de psicologia ExperimentaL." "...0 movimento gestaltista

atuou principalente no campo no campo da Tecria da Forma." (Gomes filho, Joao)

6.1 Fundamentac;ao da Teoria de Gestalt

A Teoria de Gestalt constitui-se par estudos sistematicos de percepc;ao da forma pelo

ser humane. Essa percepcao e Analisada pelas diferentes relac;6es que a cerebro faz

com a objeto e de que forma esle processo decorre. Segundo esla teona, 0 que

aconleee no cerebra naD e igual ao que aconleee na retina, fenomeno este que

denominamos ilusao de otica.

Muitas destas aplicac;oes sao encontradas na tipografia, seja propositalmente au nao.

Dentre as inumeros campos de estudo relacionados a Gestalt, pode-se considerar

alguns destes, altamente pertinentes ao processo de construcao tipografica, paden do

ser utilizados como ferramentas de auxflio para 0 desenvolvimento da forma, bem como

as analises relacionadas a sua constitui980. Foram selecionados para este capitulo

alguns destes estudos.

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41

FIGURA 20 - serifas e 0 triangulo do fechamento

Fala truta!FONTE: acervo pessoaJ

Urn exemplo dos estudos de Gestalt que possuem sua aplica<;ao claramente visfvel na

tipografia e 0 Fator de fechamento, ao qual se estabelece a percepc:;;ao da forma sem a

necessidade da sua constituic:;;ao completa.

Fechamento

o fator de fechamento do objeto constitui-se pela formayao de urna imagem atraves da

soma da organizac:;;aodas formas no campo espacial. Os dais exemplos abaixo

expressam bern este conceito:

FIGURA 21 - A imagem do lutador de boxe

FONTE: acervo pessoaJ

Pregnancia da Forma

Considera-se pregnancia a principal regra regente na Teoria de Gestalt, "qualquer

estimulo tende a ser vista de tal modo que a estrutura resultante e tao simples Quanto

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42

permitiam as condic;:oes dad as", au seja, a forva da organizac;a.o dos objetos tende a

organizar a forma a sua constituit;8.o mais basica, indiferente da sua forma atua1.

FIGURA 22 - Apesar de todos as adornas existentes na forma da tetra, e perceptrvel a sua constitui~o

basica, fator este que nos permite interprelar a imagem.

FONTE: aeervo pessoal

Desarmonia - Irregularidade

A desarmonia de irregularidade caracteriza-se pel a ausencia de ordem e nivelamenta

na imagem.

FIGURA 23 - Uma mancha grafica com esp8t;:amento

FONTE: aeervo pessoal

Contraste

o contraste (neste case e a contraste como termo tecnico relacionado a teoria de

Gestalt e nao como termo de tipografia) pade ser considerado como urn dos falares

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43

mais elementares na tipografia, po is e entre as massas de claro e escuro, espesso e

fino que percebemos a forma e conseguimos interpreta-Ia com clareza, ou nao.

o contraste e a maneira mais objetiva de agu~r a percep9ao da forma e pode ser feita

atraves de extremidades como claro e escuro, graves e agudos, preto e branco e etc.

FIGURA 24 - predios

FONTE: aeervo pessoal

Ajuste OPlico

Dutro exemplo de tecnica aplicada na tipografia a ajuste aptico e comumente utilizado

para a correc;ao de desniveis no campo visual. A func;ao do ajuste 6ptico e proporcionar

uma harmonia no campo visual.

FIGURA 25 - ajusle 6ptico

FONTE: acervo pessoal

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44

7. SiGNOS E SiMBOLOS

A leitura alfabetica e urn processo cognitiv~ entre as simbolos, seus signos e seU$

interpretantes. Sabe-s9 tarnbam que a tipografia tarnbam e ulilizada como ferramente

de composic;;ao plastica. com base nissa, torna-se relevante apresentar aspectos

relacionados a semiotica. Neste casa, serao ilustrados apenas a relac;:ao de signos e

seus interpretantes.

7.1 signa

considera-se signa aquila que em algum nivel e/au aspecto, possui alguma

representac;;ao para alguem. Atraves do signa 0 receptor faz a interpretac;;ao (semiose).

que par sua vez designars a descric;:ao do objeto.

FIGURA 26 - Relacao triadica de signa

SUJI'ITO

OBJEIO(.;i)!llilka.I,,)

6SIGNODOOllJETO.t;)~·"lri,lll)IIU~i~lh'1I'I1~'IP!d~lIll~

FONTE: acervo pessoal

leone: icones podem ser considerados signos que possuem uma relac;:ao de

semelhanc;:a com 0 objeto nele representado. Alguns exemplos sao, uma pintura de

uma paisagem, um desenho de um carro, um mapa, etc.

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45

indice: e considerado !ndice a signa que e dado a algum objeto, nao havendo a

necessidade de possuir alguma relac;:ao direta com a sua forma. Exemplo: fuma~ e urn

indice de fogo.

Simbolo: pade-se considerar a signa urn dos elementos da semi6tica mais pertinentes

para a tipografia, pois, possuem a sua significac;ao baseada em convenc;6es, seja de

forma arbitraria au nao, 0 seu exemplo mais claro e 0 alfabeto, au as palavras.

8. CONCEITO

Para definir 0 conceito, a linha de pesquisa baseia-se em tres linguagens principais:

Hist6rias em quadrinhos e desenhos animados, capas de disco das decadas de 60, 70

e 80. e linguagens de filmes B da decada de 50, 60 e 70.

FIGURA 27 - Painel semt\ntico

FONTE: acervo pessoal

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46

Todas estes similares conversam entre si em pelo menos uma caracterislica comum,

seja pela utilizac;ao de recursos, seja pela modulac;ao au pela referencia principal para a

construc;ao da sua linguagem.

FIGURA 28 - Capas de disco

FONTE: acervo pessoal

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FIGURA 29 - Hist6rias em quadrinhos

FONTE: acervo pessoal

FIGURA 30 - P6steres de fi1mes B

FONTE: acervo pessoal

47

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48

Para uma passivel venda da familia tipografica, foi desenvolvida uma linha de

componentes que inserem a tipografia desenvolvida em seu devido contexto.

A linguagem de quadrinhos e utilizada nesta linha assemelha-se muito ao desenho

vetorial, tra!;o caraeteristieD de desenhos animados atuais, que possuem uma

linguagem contempon3nea aliada a tral;os evidentes de uma linguagem pop da decada

de 50.

Oentre estes desenhos pode se citar alguns como: 0 Laboratorio de Dexter, Meninas

Superpoderosas, Mansao Foster para Amigos Imaginarias. Shogun, dentre Qutros.

Qutros desenhos mais tradicionais tambem foram analisados como similares, no case

sao: Corrida Maluca, Jetsons, Mr Bean, dentre Qutros.

FIGURA 31 - Jetsons

FONTE: www.google.com.brlimagens > jetsons

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49

FIGURA 32 - Carrida Maluca

FONTE: www.google.com.brlimagens > wacky races

FIGURA 33 - Mansao Foster para Amigos Imaginarios

FONTE

FIGURA 34 - Mr Bean

FONTE: www.google.com.br/imagens > Mr bean

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50

A partir de entaa, definiu-se a nome da familia tipografica como "Capanga", que

significa UCapataz", fazendo uma alusao a personagens de hist6rias de quadrinhos,

Ilvros e filmes de genera polieia!.

9. SIMI LARES

Segue em anexo as simi/ares referentes ao projeto a ser desenvolvido, as criterios de

defini~o para a analise sao classifica<;6es tecnicas e referenciais, esteticas au formais

de cada similar, podendo cada objeto analisado passuir todos ou apenas urn dos

aspectos selecionados.

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(FIGURA 35) similares de familia lipograficas

'-"""I!,HabcdcfghijklmnopqrstuvzwyzABCOEFGHIJKlMNOPQRSTUVZlVYZ1234567890II 0 II ,'- ?I,.~

abcdefghrjklmnoPQrstuvt.'.,1ABCOEFGHIIKlI,1NOPQRSlUVWYZ12J4~67890 0 (J [ I "-?!..=

FM'9('IH

abcdcfghijkhnnopqrstuvz>'JYzARCOEFGHIJKlMNOPQRSTUVZWYZ1234567890 ()n 1111.-?!,.:

f'- I) ••

abcdelgh Jklmnopqr~IUVl'NiZABCDEFGHIJKlf\/rJOPQRSTUVZ; •.•.••VZ11345&/890 II U II '-?!..~

I' H

abcdcfgh'Jklmnopqr~tUVl'.'rflABCOEfGHIIKWNOPQRSTUVl'/t/VZ1134567890 II U II ,- n.:101'- •••

Qlxdelgt;j~mnopql."""YZABCD£FGHUKI/IHOPORSTUV/WYl12l4S67B9DIIU[ J'-?!,.~

I ".••r.·,~•..••!.).ltllxdaf[lh~UrllooJIQI~hmw'llAllCUIIGIIIJKII,~10I~~5IUmWl1234567B9DIIIIII '-"..~

J\lili,tnIQr.1ll'"'HHU~~'lW'I,!i!';t" \1lI'A il

Uo,.,lbott"""'-'IlIUe!g~ijldlinupljl'SllIVrt,yrABllIffGHUKIMlIIPDRSTWl\VYZ12"56IB900011 '-I!..=

RockwellabnlefqiijklmnlpqrslunwyzABCDtFGHljKLMNDPliRS-rUVIWrz12J~S6189D 0 {} I j '- ~.=Swis72rallctielglli,klrI1JlopqrsluvlW'11I,UCO[FGIiUKlMI10PQHS1UVbWZ1234S67890() () II ~ -?'.-

Din EngschriflabcdelghijklmnopqrsluvtwyzABCDEFGHIJKlMHDPDRSTUVlWYZ12345'789DUQII"-?!~=

"~lIr~I.)'I'lI

a!:!tJ:K::):IIIKi\r;1m6lI[H~IVO~MlllljjaI1)I~iEJOIIIA-",

FONTE: acervo pessoal

51

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52

Posteriormente para a analise de canceltos tecnicos fcram selecionadas dentre todas

as familias analisadas, as seguintes tipografias: Helvetica, Garamond, Din, Swiss e

Times New Roman. 0 criteria de selec;;ao para estas familias S9 baseia utilizac;;ao das

mesmas como corpo de textc.

Foram encontrados nestas familias tipograficas alguns criterios de padroniz8c;;ao na

forma, como incisao, terminais e serifas com as mesmas caracteristicas.

Para 0 desenvolvimento da familia tipografica fcram analisados cerea de 40 familias

tipograficas seguindo 0 criteria a aplicac;;ao como corpo de texto, bem como sua

legibilidade e ergonomia visual

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53

FIGURA 36 - Helvetica

AHCUl:.i GHIJKLMNO PUH~ r UVXVJY Labcdefgh1lklrnnopqrstuvxwyz

1234567890!@#S%"'e.·O I.=::",.<>/?""!'!

FONTE: aceNO pessoal

FIGURA 37 - Din

i\BCDEFGHIJKLMNOPOI1STUVXWYZabcdelghrJkllllncpqrstuvx'NYZ

123456;890!@#S% .....&~()_ +."":: ....< >.i?- -!?

FONTE:aeervopessoaJ

FIGURA 38 - Times New Roman

,\ He DEITilll.1 KL.\11'O\'t)I<STU\ 'XW YZah":tb:r¥hiiUIl\l\()JhJl:-ltL~.'\,\ ~.-

1~.'1,.1:%7:i91lI·<l~sn,. &"11_ I. ".'_ !"

FONTE: aeervo pessoal

FIGURA 39 - Swiss

ABCDEFGHIJKLMNOPORSTUVXWYZBbcdcfghllkllllrlOpqrstuvxwyz

1234567890r@1fSo~""&",O_+-=:: ..<>/1-'I?

FONTE: aceNo pessoal

Ja. Com relac;:ao a analise estilistica, foram selecionadas, cerca de 15 similares, sendo

o criteria principal de avaliacao as caracteristicas esteticas 0 objeto de analise mais

relevante.

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54

FIGURA 40 - simi lares de familia tipograficas

Ed Il()man adds I)J01'C lJoUIlt'C [0 the OUlICC

Ed Brush includes a set of accented characteHOU§E BRU§H'§ ITALIAN WATERCoop ''''11'''' ~ "P cock ~ <bgrcd by

S!&.l:I."~,..{"i!:t"·.~";::!.I~.::S!'&~~d~'-i:~\::;<~

~~J:,:,.hmt!uJ.b!n..aIk~'(l;O:A'Thr&.i>J.!

SIGN PAINTERff~l\iciM-",ew<~~~fl,

KINGPIN LIQUOR SHOPFINK SJlNS RID~SGOO~~mono WH~Sf.lI{G LOUNGE llGI{TURES CIINCOOP BLACK IN 'l'OYS

FONTE: acervo pessoal

10. GERACAO DE ALTERNATIVAS

10.1 TIPOGRAFIA

8aseando-se na pesquisa de similares, iniciou-se 0 desenvolvimento da familia

tipografica. Com a necessidade basica de ser uma familia de corpo de texte, e ao

mesma tempo, possuir caracteristicas peculiares capazes de aplicar a mesma a uma

linguagem estetica caracterfstica.

Para a sua construc;ao foi utilizado um modulo com a proporryao 4cm de largura para

Scm de altura, padrao inicial para constrw;ao de uma familia tipogrc3fica de boa

legibilidade.

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FIGURA 41 - Gerayao de allernativas

FIGURA 42 - geracao de altemativa

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56

FIGURA 43 - GERACAO DE ALTERNATIVAS

FONTE: acervo pessoal

No primeiro estudo de forma de letra a ser desenvolvida, fcram levado em consideral;ao

lodos as aspectos tecnicos pertinentes para a composi~ao de urna familia tipografica.

porem lodos as estudos acima apresentam pouca diferenciac;ao estetica e que nao sa

assemelham ao conceito.

Com base nisso, desenvolveu-se estudos de urna tipografia com tra90S mais informais

e irregulares, porem utilizando caracteristicas fundamentais de legibilidade.

FIGURA 44 - Estudo inicial da letra "u·

FONTE: acervo pessoal

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57

Percebe-se com 0 desenvolvimento e estudo de forma da letra "u" somado a analise de

similares que apresentou familias tipograficas passiveis de utilizac;;c3o em corpo de texto

com formas irregulares.

Partindo deste principia, fcram gerados mais estudos de letras porem desta vez

buscando alcan9ar a similaridade utilizando diferentes tipos.

FIGURA 45 - Estudo de similaridade

-+-;-.'-t

,=r' +HH-

L

FONTE: acervo pessoal

Estes estudos de forma estabelecem urn padrao nas terminais, serifas e incisoes de

cada letra.

Na figura abaixo estao relacionados par cor, todos as padroes que caracterizam e dao

unidade para as letras. Os circulos em azul indicam a mesma angulaQao para as letras

"f',"k" e "e", em rosa estao as terminais e as serifas, que ah~m de possuirem a mesma

angulac,;:ao,elas possuem 0 mesmo tamanho e a mesma forma, indiferentemente se sua

direc,;:aoesta apontada para dire ita e para a esquerda e em verde estao as incis6es que

tambem possuem a mesma angulac,;:aoe espessura.

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58

FIGURA 46 ~Geracao de alternativas

j ,

.,.± ..L·.L

f;yf

J. _

FONTE: acervo pessoal

Para a construc;:ao das capitulares foram adotados as mesmas criterios, de composi980,

manteve-se a mesma grid e a sua propon;ao.

FIGURA 47 - geracao de alternativas

FONTE: acervo pessoal

Para as letras em italico foram desenvolvido5 estudos de letras script que, inicialmente

possuem urna caracteristica que e alia mente congruente com 0 conceito trabalhado.

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59

FIGURA 48 - estudos para tetra em itatico

FONTE: acervo pessoal.

Param, ap6s alguns estudos, sendo estes gera~6es de alternativas e analises de

similares, percebeu-se que este tipo de desenho para a letra tornaria-se incongruente,

por possuir uma forma no desenho completamente diferente da familia regular alem de

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60

dificultar a leitura em tamanhos menores. Com base neste preceito, preferiu-se

desenvolver uma fonte italica com uma inclinac;ao padrao de 12 graus.

Posteriormente, deu-se infcio ao processo de digitalizar;;:ao da fonte par softwares de

desenho, possibilitando ajustes mais precisos e alterac;6es de estilo.

FIGURA 49 - desenho de letras

BAJ DKRPNHFEILTMOY

FIGURA 50 - ajustes nos caracteres

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61

Apes desenhar todas as letras. Os desenhos fcram importados para urn programa de

edic;8.o e composic;ao de fontes. Neste programa foram reitos alguns ajustes tecnicos

como alinhamento de pontes, par exemplo.

FIGURA 51 - reproduyao

Estes ajustes possibilitam minimizar problemas maiores com peso das letras e falta de

padrao na forma au possiveis problemas no ajuste de kerning das letras decorrentes

destes defeitos.

Ap6s fazer todos estes ajustes, dentro do editor de fontes, foram feitos todos ajustes do

espac;amento das letras e gerado um arquivo .ur (true type font) este arquivo e urn

arquivo de fonte, que par sua vez roi instalado e aberto em algum programa de edic;ao

de texto.

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FIGURA 52 - ajuste de kerning

FIGURA 53 - true type gerado

FIGURA 54 - fanle aplicada em urn arquivo de Word

U.'.•,d.,.' , •••"••,'. ,~.~.~. 0" • I"', •. ,. ""

d')"'1"

62

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63

Posteriormente 0 texto foi impressa para que fosse avaliada a sua legibilidade. Para a

devido ajuste de lodas as letras esle processo foi feito mais de urna vez. Na primeira

analise, percebeu-se que as tetras capitulares aparentavam ser mais espessas que as

letras minusculas, 0 que foi devidamente ajustado.

o segundo problema apresentado foi a falha de espacejamento entre letras e urn

eminente erro de kerning. Para resolver esle defeilo foi estabelecido urn padrao de

espacejamento para as letras de 30 pontcs para a esquerda e 40 para a direita e Ox10

pontcs para as letras "w","y" e "v", com base neste padrao foi feito 0 ajuste manual de

cada letra. Urna das ultimas falhas encontradas foi a angulac;ao irregular de elementos

componentes das letras, como terminais e serifas.

10.2 EMBALAGEM

Para a embalagem prima ria do prod uta, foi desenvolvida uma caixa em formato de

carro, obedecendo uma caracteristica geometrizada e com potencial ludico para

acomodar 0 produto.

FIGURA 55 - modelos de faca para embalagem

j' )[ ~./

FONTE: acervo pessoaf

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64

Para a faca da embalagem fcram utilizadas duas matrizes iniciais, que possuem duas

tecnicas distintas de montagem e graus de complexidade diferentes. Com base em

ambos as modelos roi gerada urna sequencia de alternativ8s para a devida embalagem.

A ideia inicial foi desenvolver urn carro que se assemelhasse a urn carro de funerfuia,

como urn Cadillac au urn Ford Falcon, por exemplo.

FIGURA 56 - Cadillac e Ford Falcon

1(•••~

FONTE: googlelimagens>ford vintage

Os primeiros estudos apresentam uma tentativa e de desenvolver urna forma complexa,

com capo com formata triangular, porem esle mesma formata deixaria a embalagem

aberta, 0 que faciJitaria 0 rom pimento OU a protecao do produto principal.

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FIGURA 57 - embalagem com dianteira triangular

FONTE: acervo pessoal

Na sequencia foi outra altemativa sem capo triangular e com a dianteira mais

trabalhada, com mais vincos, obtendo urna forma que se assemelha mais com a

dianteira de urn autom6vel.

FIGURA 58 - altemativas de embalagem

FONTE: acervo pessoal

Ao mesma tempo, percebeu-se que as dimensoes da embalagem na~ se

assemelhavam as de urn carro. Com base nissQ, foram desenvolvidos diversos estudos

de forma, e propor930, buscando assim abter a melhor propor~ao. Nao fcram utilizadas

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66

propon;6es de urn carro de verdade, pais, a linguagem utilizada cosluma ter formas

desproporcionais e irregulares.

FIGURA 59 - alternativas de embalagem

FONTE: acervo pessoal

Para 0 layout da embalagem foi desenvolvida uma ilustraC030 que representasse de

forma objetiva urn autom6vel, porem, apas impressa. percebeu-se que a representacao

objetiva da embalagem tarnaria-s8 men os interessante e naD estipularia urn padrao

estetico para 0 produto. Com base nissa, foi elaborada outra alternativ8 de embalagem,

utilizando 0 elemento principal (famflia tipografica) como elemento de composiC80 e

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67

textura de fundo, possibilitando urna primeira visualiza1;8o da fonte e sua aplica<;ao

informal.

Na alternativa abaixo, a embalagem foi desenvolvida na cor vermelha, porem a cor

definida para 0 layout sera baseada nas cores do cartaz.

FIGURA 60 - Geracao de alternativas

FONTE: acervo pessoal

Ap6s a desenvolvirnento da ultima altemativa, notou-se a necessidade de desenvolver

travas para 0 cap6 da embalagem, pois a sua utiliza<;ao e manuseio somados ao

desgaste da embalagem podem vir a distorcer a forma do objeto.

10.3 CARTAZ

Como complemento para a exposi<;ao do produto, foi desenvolveu-se urn cartaz,

serigrafado em tres cores, visando assim, agregar valor ao produto.

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68

Para a alternativa de cartaz, inicialmente foi desenvolvido urna linha de cartazes que

possuiam 0 mesma elemento grafico como Icone principal, sendo este urn 0 desenho

de um carro.

FIGURA 61 - Geracao de altemativa

FONTE: acervo pessoal

Porem, ap6s desenvolvimento das respectivas alternativas percebeu-se que a

linguagem aplicada ao cartaz nao condiz com a linguagem elaborada no conceito.

Com base nisso desenvolveu-se urna terceira alternativa utilizando uma linguagem mais

congruente com a linguagem utilizada nas outras pec;as graficas.

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FIGURA 62 •gera yao de altemativas

FONTE: acelVo pessoal

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11. CONSIDERA~6ES FINAlS

A partir da segunda rnetade da decada de oltenta, nossa sociedade vive 0 processo de

reformulac;8.o tecnologia. A praticidade e a agilidade tornaram-se a principal bandeira

deste novo movimento. A informatica nos permitiu otimizar inumeras de nossas ac;6es

cotidianas, a Internet nos possibilitou a troca global de informac;6es em tempo real.

Par sua vez lodos as avanl;os tecnol6gicos fomentaram ainda mais a concepc;ao

mercantilista vigente em nossa sociedade, com a olimizar;:ao e reducao de tempo para a

execuc;ao de determinados servic;os, possibilitou urn aumento na demanda dos

masmas, au seja: "quanta mais rapido for produzir, haven] mais tempo livre, quanta

mais tempo, maior sera a quantidade produzida em um determinado espa.;:o de tempo."

Esta 16gica mercantilista nos fez a sociedade utilizar a tecnologia de forma errada, as

conceitos mercantilistas intensificaram a produ~o, muitas vezes abandonando a

preocupac;:ao com a qualidade.

Fato e que isso tambem ocorreu nas mais diversas areas do conhecimento, inclusive no

Design. Seculos de estudos acabaram sendo esquecidos ou abandonados em nome da

velocidade, consequentemente muitos dos conhecimentos mais irnportantes (indiferente

de qual for a area) acabararn sendo postos de lado.

A tipografia pode facilmente ser incluida neste hall, por se tratar de uma area pouco

valorizada e muitas vezes execrada por alguns profissionais do Design, per se tratar de

urn "produto de dificil comercializac;:ao".

Desde 0 comec;:o da minha vida academica, a tipografia foi percebida como alga turvo,

envolto par uma nevoa de incertezas e impossibilidades, incertezas por nao saber a que

realmente este conhecimento se refere e impossivel por estar cerceado por urna serie

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de imagens pre-concebidas me passadas, que colocavam 0 estudo da tipografia

equivalente a urna divindade impassivel de ser alcancada por seres mundanos.

o objetivo deste trabalho foi mesma que par urn breve momento, ten tar alcanc;:ar esla

divindade, tentar invadir-Ia, e da forma mais iconoclasta passivel, derruba-Ia e

destrincha-Ia. retalhar-Ihe 0 maximo passivel, perceber suas entranhas. seus meandros,

para ao tim pader abler urna conclusao pessoal e indiferente a opinioes alheias sabre 0

que realmente vem a ser "tipografia".

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12. GLOSSARIO

Bold: Grosso au espesso, em ingles. Termo utilizado para definir uma letra mais grossa

que a normal.

Caracteres: letras

Cognitive: A palavra cognit;:ao tern origem nos escritos de Platao e Aristoteles. E 0 ato

au processo de conhecer, que envolve atenc;ao, percept;:ao, memoria, raciocinio, juizo,

imaginac;ao, pensamento e linguagem.

Ergonomia: Estudo entre as relat;:Des do homem para com 0 objeto.

Estetica: (do grego 0 0[1 OOU au aisthesis: percepcao, sensat;:ao) e urn ramo da

filosofia que tern por objetivo 0 estudo da natureza do bela e dos fundamentos da arte.

Ela estuda a julgamento e a percept;:ao do que e considerado bela, a produc;ao das

emot;:6es pel os fen6menos esteticos, bern como as diferentes formas de arte e do

trabalho artistico; a ideia de obra de arte e de criac;ao; a relac;ao entre materias e form as

nas artes. Par outro lado, a estetica tambem pode ocupar-se da privac;ao da beleza, au

seja, a que pode ser considerado feio, au ate mesmo ridiculo.

Filmes B: 0 termo Filme-B foi usado originalmente para se referir a filmes de

Hollywood design ado para serem distribuidos como a "outra metade" de uma exibicao

dupla, que geralmente apresentava dois filmes do mesmo genera (faroeste, gangsters

ou horror. Nos tempos dos maio res estudios de cinema, essa terminologia era

oficialmente usada para este fim, que tambem forneceu a nomenclatura de atores "A"

ou "8". (por exemplo, Ronald Reagan, 040° presidente dos Estados Unidos, fez carreira

atuando em filmes B). Os principais estudios tinham "Unidades B", que faziam seus

filmes B, mas tambem haviam pequenos estudios como Republic Pictures e Monogram

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Pictures que 5e especializaram em fazer filmes B. A "Era de Ouro de Hollywood"

chegou ao fim, 0 que tambem terminou esse sistem de estudios. A maior parte dos

cinemas 'drive-in' fechou, e as exibi90es duplas rarearam. Hoje nao existe mais

distinr;ao entre "Filmes-A" e "Filmes-8".

Fonemas: Em linguistica, urn fcnema e a menor unidade sonora (fonetica) de urna

lingua que estabelece contraste de significado para diferenciar palavras. Par exemplo, a

diferenr;a entre as palavras prato e trato, quando faladas, esta apenas no primeiro

fcnema: P na primeira e T na segunda.

Genero poliGial: Filmes que mesclam ar;ao e suspense e costumam abardar temas de

cunha policial (assassinatos, roubos, sequestros, etc).

Grid: Em design, refere-se a malhas construtivas utilizadas para diagramar uma pagina.

Incongruente: adj. 1. Inadequado; inconveniente; improprio. 2. Incoerente. 3.

Inconciliavel; incompatfveL

Italico: Forma de escrita intermediaria entre 0 impresso normal (em pe ou redondo) e 0

cursivo (feito a mao). Caracteriza-se pelas letras inclinadas (geralmente para a direita).

(Ver Grifo, Negrito e Redondo)

Kerning: Ajustamento de espac;:os horizontais entre pares de caracteres especfficos em

um texto. Multo utilizado quando e necessario 0 ajuste de espac;:o entre letra devido a

composic;:ao com tipos diferentes, visando criar um espac;:o igual entre as letras.

Leading: espac;:amento entre linhas

Legibilidade: Em tipografia a legibilidade e a qualidade tipografica de um texto (ou

fonte tipografica) que determina a sua facilidade de leitura. Muitas fontes tipograficas

sao criadas para atender as dificuldades de leitura especificas de um veiculo de

comunicac;:ao, como no caso da fonte Times New Roman, criada por Stanley Morison

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para atender as limitaC;c3:oesde tamanho e impressao da tipografia do jarnal ingles The

Times.

Letras script: letras que simulam 0 formato de letras manuscritas.

Malhas construtivas: ver "grid"

Mnemonicos (c6digos): adj. 1. Relativo a memoria. 2. Que ajuda a memoria au a reter

na memoria.

Pictografia: Urn pictograma (do latim pictu - pintado + grego DDDOD - caracter, letra)

e urn simbolo que representa urn objeto au conceito par meio de ilustra90es. Pictografia

e a forma de escrita pera qual ideias sao transmitidas atraves de desenhos. IS50 e a

base da escrita cuneiforme e dos hieroglifos.

Softwares: e a conjunto de programas, documentac;:ao e procedimentos afins . Cf.

hardware.

Tracking: Controle do espac;:o media entre as caracteres num bloco de texto definidos

par niveis de variac;ao.

Tipografia: A tipografia (do grego typos - "forma" - e graphein - "escrita") e a arte e

a processo de criac;ao na composic;ao de um texto, ffsica au digitalmente. Assim como

no design grafico em geral, a objetivo principal da tipografia e dar ordem estrutural e

forma a comunicac;ao impressa. Tipografia tambem e um termo usado para a gn3fica

que usa uma prensa de tipos m6veis.

Na grande maioria dos casas, uma composic;ao tipografica deve ser especial mente

legivel e visualmente envolvente, sem desconsiderar a contexto em que elida e as

objetivos da sua publicac;ao. Em trabalhos de design grafico experimental (ou de

vanguarda) os objetivos formais extrapolam a funcionalidade do texto, portanto

quest6es como legibilidade, nesses casas, podem acabar send a relativas.

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True type: Fontes True Type sao urn tipo de fonte desenvolvido pel a Apple Computer

no tim da decada de 1980 com urn competidor para as Fontes Type 1 da Adobe em

PostScript. 0 principal poder do TrueType era originalmente oferecer aos

desenvolvedores de Fontes urn nivel mais alto de controle sabre precisamente como

suas Fontes seriam exibidas, ate 0 nivel do pixel, em varias alturas de Fontes.

Vetorial: Em computay80 grafica, imagem velorial e urn tipo de imagem gerada a partir

de descrit;:oes geometricas de farmas, diferente das imagens chamadas mapa de bits,

que sao geradas a partir de pontcs minusculos diferenciados par suas cores. Uma

imagem velorial normalmente e composta por curvas, elipses, poligonos, texto, entre

outros elementos, isto e, utilizam vetores rnaternaticos para sua descri9ao. Em urn

trecho de desenho solido, de urna cor apenas, urn prograrna vetorial apenas repete 0

padrao, nao tendo que arrnazenar dados para cada pixel.

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13. REFERENCIAS

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