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UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ
Aron Pinto de Sousa
PROPOSTA DE GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS DE UMA INDÚSTRIA DE BEBIDAS
CURITIBA
2010
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Aron Pinto de Sousa
PROPOSTA DE GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS DE UMA INDÚSTRIA DE BEBIDAS
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Engenharia Ambiental da Faculdade de Ciências Exatas da Universidade Tuiuti do Paraná, como requisito parcial para a obtenção do grau de Engenheiro Ambiental. Orientadora: Profª. Marisa Weber.
CURITIBA
2010
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TERMO DE APROVAÇÃO
Aron Pinto de Sousa
PROPOSTA DE GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS INDUSTRIAIS
Esta monografia foi julgada e aprovada para a obtenção do grau de Engenheiro Ambiental no
Programa Engenharia Ambiental da Faculdade de Ciências Exatas da Universidade Tuiuti do
Paraná
Curitiba, 04 de dezembro de 2010
Engenharia Ambiental Universidade Tuiuti do Paraná
Orientadora: Profª. Ma. Marisa Weber Universidade Tuiuti do Paraná Profª. Ma. Carolina Caron Universidade Tuiuti do Paraná Prof. Dr. Arion Zandoná Universidade Tuiuti do Paraná
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SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 11
1.1 JUSTIFICATIVA ........................................................................................................ 12
1.2 OBJETIVOS ............................................................................................................ 13
1.2.1 Objetivo geral ............................................................................................... 13
1.2.2 Objetivos específicos .................................................................................... 13
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ............................. ................................................. 14
2.1 RESÍDUOS SÓLIDOS: CONCEITUAÇÃO ...................................................................... 14
2.2 RESÍDUOS SÓLIDOS: CLASSIFICAÇÃO ...................................................................... 15
2.3 A SITUAÇÃO DOS RESÍDUOS NO BRASIL .................................................................... 17
2.4 TÉCNICAS PARA O GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS ....................................... 21
2.4.1 Gerenciamento de resíduos sólidos industriais ............................................ 21
2.4.2 Alternativas para o tratamento de resíduos .................................................. 22
2.4.2.1 Secagem e desidratação .......................................................................... 22
2.4.2.2 Incineração ............................................................................................... 24
4
2.4.2.2.1 Fornos rotativos ........................................................................................ 24
2.4.2.2.2 Incineradores de injeção líquida ............................................................... 25
2.4.2.2.3 Incineradores de câmaras múltiplas ......................................................... 26
2.4.2.3 Encapsulamento ....................................................................................... 26
2.4.2.4 Landfarming .............................................................................................. 28
2.4.2.5 Oxidação química ..................................................................................... 29
2.4.2.6 Redução ................................................................................................... 30
2.4.2.7 Neutralização ............................................................................................ 30
2.4.2.8 Precipitação .............................................................................................. 31
2.4.3 Alternativas para reutilização/reciclagem ..................................................... 31
2.4.3.1 Compostagem ........................................................................................... 31
2.4.3.2 Co-processamento .................................................................................... 32
2.4.3.3 Ração animal ............................................................................................ 32
2.4.3.4 Rerrefino de óleo lubrificante usado ......................................................... 33
2.4.3.5 Co-geração ............................................................................................... 33
5
2.4.4 Alternativas de disposição final .................................................................... 33
2.4.4.1 Aterro de resíduos sólidos ........................................................................ 33
2.4.4.1.1 Aterro sanitário de resíduos sólidos urbanos ............................................ 34
2.4.4.1.2 Aterro de resíduos industriais perigosos ................................................... 35
3. MATERIAIS E MÉTODOS ............................... ....................................................... 35
3.1 LOCALIZAÇÃO DA INDÚSTRIA .......................................................................... 36
3.2 DESCRIÇÃO DO LEVANTAMENTO DE DADOS ................................................ 36
4. APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS ........... ........................... 39
4.1 DIAGNÓSTICO DAS PRÁTICAS ATUAIS DE MANEJO DE RESÍDUOS NA INDÚSTRIA .............. 39
4.2 PROPOSTA DE GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS .......................................................... 45
4.2.1 Política de Gestão de Resíduos Sólidos ...................................................... 45
4.2.2 Descrição das Técnicas e Procedimentos a Serem Adotados para Cada
Fase do Manejo de Resíduos ................................................................................. 45
4.2.2.1 Segregação............................................................................................... 45
4.2.2.2 Acondicionamento .................................................................................... 46
4.2.2.3 Coleta ....................................................................................................... 49
6
4.2.2.4 Armazenamento Temporário de Resíduos ............................................... 50
4.2.2.5 Transporte ................................................................................................ 53
4.2.2.6 Reutilização, reciclagem, tratamento e disposição final ............................ 54
4.2.2.6.1 Descarte de material logomarcado e produto não-conforme .................... 57
4.3 RESUMO DO MANEJO DOS RESÍDUOS ...................................................................... 59
4.4 DISTRIBUIÇÃO EXTERNA DE COLETORES DE RESÍDUOS ............................................... 63
4.5 ROTEIRO DE COLETA .............................................................................................. 66
4.6 EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL NECESSÁRIO PARA MANEJO DE RESÍDUOS 68
5. PROCEDIMENTOS EMERGENCIAIS .................................................................... 69
6. PROGRAMA DE AVALIAÇÃO DE PRESTADOR DE SERVIÇO DE MA NEJO DE
RESÍDUOS ..................................................................................................................... 72
7. EQUIPE DO PROGRAMA DE GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS .. ................... 75
8. INDICADORES DE DESEMPENHO ....................................................................... 76
9. PROGRAMA DE TREINAMENTO ........................... ............................................... 77
10. CONCLUSÃO E RECOMENDAÇÃO .......................... ........................................... 78
11. REFERÊNCIAS ...................................................................................................... 79
7
12. APÊNDICE .............................................................................................................. 84
13. ANEXOS ................................................................................................................. 96
8
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LISTA DE QUADROS
QUADRO 1 – FORMULÁRIO DE COLETA DE RESÍDUOS. ......................................... 38
QUADRO 2 – IDENTIFICAÇÃO DOS PONTOS GERADORES E DOS RESÍDUOS
GERADOS ..................................................................................................................... 41
QUADRO 3 – RESUMO DO MANEJO DE RESÍDUOS ................................................. 59
QUADRO 4 – DISTRIBUIÇÃO INTERNA DOS RECIPIENTES COLETORES DE
RESÍDUOS ..................................................................................................................... 64
QUADRO 5 – ROTA DA COLETA INTERNA DE RESÍDUOS ....................................... 67
QUADRO 6 – EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL PARA O MANEJO DE
RESÍDUO ....................................................................................................................... 68
QUADRO 7 – RELAÇÃO DE PRESTADORES DE SERVIÇO DE MANEJO DE
RESÍDUOS ..................................................................................................................... 72
QUADRO 8 – RELAÇÃO DE DOCUMENTOS DE QUALIFICAÇÃO ............................. 73
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RESUMO
O presente trabalho aborda aspectos relacionados à gestão de resíduos
industriais, especificamente do segmento de bebidas. Para o desenvolvimento
deste programa de gestão de resíduos foram levantadas informações quanto as
práticas atuais de manejo de resíduos, mapeamento dos pontos geradores e
tipos de resíduos gerados, recursos disponíveis e determinação quantitativa dos
resíduos gerados em uma determinada indústria de bebidas. Com base nas
informações levantadas elaborou-se um diagnóstico das práticas atuais de
manejo de resíduos sólidos, visando identificar as oportunidades de melhoria, e
propor um programa de gestão destes excedentes, baseando-se, em requisitos
legais, estudos e boas práticas comuns observadas nas indústrias.
Palavras-chave: gestão de resíduos; mapeamento; diagnóstico;
oportunidades de melhoria; requisitos legais.
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ABSTRACT
This paper discusses aspects related to industrial waste management,
specifically the beverage business. To develop this program of waste
management information was raised regarding the current practices of waste
management, mapping of the generators and types of waste generated,
resources available and quantitative determination of waste generated in a
particular beverage industry. Based on the information gathered was conducted
a diagnosis of current practices of solid waste management, to identify
opportunities for improvement, and propose a management program of this
surplus, based on legal requirements, studies and good practice observed in
industries.
Keywords: waste management, mapping, diagnosis, improvement
opportunities, legal requirements.
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1. INTRODUÇÃO
A geração de resíduos é um fenômeno inevitável que ocorre diariamente
em quantidades e composições que variam de acordo com: o nível de
desenvolvimento econômico, região, população e diferentes atividades
econômicas.
A preocupação com o manejo adequado dos resíduos é algo recente. Este
histórico de descuido com os resíduos originou diversos impactos adversos ao
meio ambiente. A dimensão e a repercussão desses impactos alarmaram os
administradores públicos, que passaram a elaborar e aplicar leis de
gerenciamento de resíduos. A primeira “European Economic Community
Directive on Toxic and Dangerous Waste” foi aprovada em 1980, e
posteriormente, “Decision on the Export of Hazardous Waste from OCDE
Contries”, entre outras regulamentações (LORA, 2000).
Juntamente com o desenvolvimento de regulamentações, é necessário o
incentivo a novas tecnologias de tratamento de resíduos e trabalhos concretos
de educação ambiental.
Observa-se atualmente, uma crescente preferência pela adoção de
tecnologias que permitam a redução na fonte e recuperação destes excedentes,
pois, aos poucos, observa-se que é mais fácil e barato prevenir os problemas
de que tratá-los (id.).
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1.1 JUSTIFICATIVA
A maior parte dos resíduos industriais são tratados e/ou dispostos em
locais distantes do ponto de geração. Esses locais podem estar localizados no
próprio distrito industrial ou a vários quilômetros da geração, como normalmente
ocorre. A operação de levar um resíduo do ponto de geração até o local de
destinação final envolve, geralmente: coleta, transporte e armazenamento
dentro da própria indústria, coleta e transporte externo até o local de destinação
final. A fase interna é, sem dúvida, de responsabilidade exclusiva da indústria,
em quanto que a fase externa é, muitas vezes, de responsabilidade de
contratados e/ou outros atores de responsabilidade compartilhada (fabricantes,
importadores, comerciantes e distribuidores, entre outros), porém, a indústria é
co-responsável por qualquer acidente, contaminação ou irregularidade que
porventura venha a ocorrer. Isso implica que os resíduos devem ser
adequadamente gerenciados pela indústria em todas as fases do manejo dos
resíduos, e ainda, avaliar muito bem todas as empresas que prestam serviço de
manejo para a indústria.
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1.2 OBJETIVOS
1.2.1 Objetivo geral
Este trabalho teve como objetivo geral compilar em formato de um programa de
gestão de resíduos sólidos boas práticas de gerenciamento de resíduos, propondo
medidas mínimas de controle, necessárias para minimizar o impacto ao meio ambiente,
à saúde pública e proteger os trabalhadores em relação aos riscos ocupacionais
provenientes dos resíduos gerados em operações de produção de bebida, em uma
envasadora localizada no Município do Rio de Janeiro, escolhida devido a necessidade
de adequação das práticas atuais de manejo de resíduos.
1.2.2 Objetivos específicos
Para atingir o objetivo geral desta pesquisa, os seguintes objetivos específicos
foram estabelecidos:
• Avaliar a gestão de resíduos em uma indústria de bebidas;
• levantar aspectos legais aplicáveis a gestão de resíduos;
• levantar métodos de manuseio de resíduos e;
• propor um programa de gestão de resíduos sólidos, incluindo, sistemática
de avaliação de prestadores de serviços de manejo de resíduos.
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2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 RESÍDUOS SÓLIDOS: CONCEITUAÇÃO
Os resíduos sólidos são definidos pela ABNT NBR 10.004 como “Resíduos nos
estados sólido e semi-sólido, que resultam de atividades de origem industrial,
doméstica, hospitalar, comercial, agrícola, de serviços e de varrição. Ficam incluídos
nesta definição os lodos provenientes de sistemas de tratamento de água, aqueles
gerados em equipamentos e instalações de controle de poluição, bem como
determinados líquidos cujas particularidades tornem inviável o seu lançamento na rede
pública de esgotos ou corpos de água, ou exijam para isso soluções técnica e
economicamente inviáveis em face à melhor tecnologia disponível”.
O homem tem a capacidade de transformação em larga escala de materiais e
recursos, desta forma, ele é o grande responsável por inserir materiais que o meio
ambiente não reconhece e não tem capacidade de absorção, nem mesmo em longo
prazo (VILHENA, 2000).
O aumento da demanda por matérias-primas, alimentos e energia, através do
fenômeno do crescimento populacional, engrena o poder de transformação do homem
(LORA, 2000).
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2.2 RESÍDUOS SÓLIDOS: CLASSIFICAÇÃO
Para Castel, são três os objetivos para se classificar os resíduos:
• Conhecer as propriedades ou características dos resíduos que possam
causar algum dano ao homem e ao meio ambiente;
• permitir a tomada de decisões técnicas e econômicas em todas as fases do
manejo dos resíduos e;
• mobilizar a sociedade no controle de resíduos cuja liberação para o meio
ambiente seja mais problemática crítica (2006).
Existem atualmente diversas formas de classificação dos resíduos. Por exemplo
(id.):
• Por sua natureza física: seco e molhado;
• por sua composição química: matéria orgânica e matéria inorgânica e;
• pelos riscos potenciais ao meio ambiente: classe I – perigosos, classe II A –
não perigoso não-inerte e classe II B – não perigoso e inerte.
Outra forma de classificação é quanto a origem, desta forma temos:
• Resíduos industriais: São resíduos gerados em indústrias. A
responsabilidade pelo manejo e destinação desses resíduos é sempre da
indústria geradora, e a mesma é corresponsável por toda a cadeia de
movimentação do resíduo (NETO,1995).
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• Resíduos urbanos: Esta categoria contempla os resíduos domiciliares,
comerciais (produzidos, por exemplo, em escritórios, lojas, hotéis,
supermercados e restaurantes) e resíduos oriundos da limpeza pública
urbana (resíduos de varrição de vias públicas, da limpeza de galerias,
terrenos, córregos, praias, feiras e podas). Os resíduos urbanos são de
responsabilidade da prefeitura municipal. Entretanto, a maioria dos
municípios possui um limite que estabelece até que volume a gestão dos
resíduos é da prefeitura municipal (id.).
• Construção civil: Constitui-se basicamente de entulhos: demolições, restos
de obras, solos de escavações e materiais afins. Analogamente a prefeitura
municipal é responsável pela gestão dos entulhos de pequenos geradores
(id.).
• Resíduos de serviço de saúde: São resíduos oriundos de hospitais, clínicas
médicas e veterinárias, laboratórios de análises clínicas, farmácias, centros
de saúde, consultórios odontológicos, entre outros. Estes resíduos podem
subdividir-se em:
- Resíduos comuns: compreendem restos de alimentos, papéis, invólucros, etc.
- Resíduos sépticos: constituídos de restos de material cirúrgico e de tratamento
médico.
A responsabilidade da gestão destes resíduos é do próprio gerador (id.).
• Resíduos de portos, aeroportos, terminais rodoviários e ferroviários.
Constituem-se em resíduos sépticos que podem conter organismos
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patogênicos como materiais de higiene e de asseio pessoal e restos de
comida. Cabe ao gerador a responsabilidade pelo gerenciamento destes
resíduos (id.).
• Resíduos agrícolas: Representa os resíduos gerados em atividades
agrícolas e da pecuária. Embalagens de adubos, de defensivos agrícolas e
de ração, restos de colheita e esterco animal são alguns exemplos destes
resíduos (id.).
• Resíduos radioativos: São resíduos provenientes dos combustíveis
nucleares e de alguns equipamentos que usam elementos radioativos. A
responsabilidade da regulamentação desta categoria de resíduo é da
Comissão de Energia Nuclear (CNEN) (id.).
2.3 A SITUAÇÃO DOS RESÍDUOS NO BRASIL
Em 30 de agosto de 2010, o Presidente da República sancionou a Lei nº 12.305,
que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos. Esta lei busca dividir as
responsabilidades pela destinação ambientalmente adequada entre toda a sociedade,
incluindo fabricantes, importadores, distribuidores, comerciantes, consumidores,
titulares de serviços públicos de limpeza urbana, manejo de resíduos e o poder público
em geral. Ainda há a preocupação de incentivar a criação e o desenvolvimento de
cooperativas de catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis, dispensando de
licitação sua contratação pelos municípios (ÂMBITO, 2010).
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Como é comum em leis que instituem políticas ambientais, grande parte de suas
disposições carecem de regulamentação, por decretos e normas criadas pelos órgãos
do poder executivo que têm competência para legislar sobre o assunto. As suas
definições, princípios, objetivos e instrumentos deverão orientar toda esta produção
legislativa que regulamentará a Política Nacional de Resíduos Sólidos. Também é
esperado que estados e municípios tenham que rever normas que contrariam de
alguma forma ou sejam menos exigentes que esta lei federal (id.).
Dentre os dispositivos da Lei nº 12.305, destacam-se (id.):
- A norma formaliza a já conhecida ordem de prioridade na gestão de resíduos
sólidos: não geração, redução, reutilização, reciclagem, tratamento dos resíduos sólidos
e disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos;
- os geradores deverão elaborar um “plano de gerenciamento de resíduos
sólidos”, de acordo com as diretrizes do artigo 21. Este plano é parte integrante do
processo de licenciamento ambiental dos empreendimentos;
- as embalagens deverão ser fabricadas com materiais que propiciem a
reutilização ou a reciclagem;
- os fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes de produtos
agrotóxicos, pilhas, baterias, pneus, óleos lubrificantes, lâmpadas fluorescentes e
produtos eletroeletrônicos, deverão estruturar e implementar sistemas de logística
reversa, mediante retorno dos produtos após o uso pelo consumidor, de forma
independente do serviço público de limpeza urbana e de manejo dos resíduos sólidos.
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A logística reversa será implementada progressivamente segundo cronograma
estabelecido em regulamento;
- as empresas que operam com resíduos perigosos, em qualquer fase do seu
gerenciamento, serão obrigadas a se cadastrar no Cadastro Nacional de Operadores
de Resíduos Perigosos e elaborar o plano de gerenciamento de resíduos perigosos e;
- foi proibida a importação de resíduos sólidos perigosos e rejeitos, assim como
resíduos sólidos cujas características causem dano ao meio ambiente, a população, a
fauna e flora, mesmo que esta importação seja para realizar: tratamento, reforma,
reúso, reutilização ou recuperação destes resíduos.
A Política Nacional de Resíduos Sólidos representa um grande primeiro passo
para melhorar o índice de volume de lixo com destinação correta, que atualmente é
insatisfatório. Além disso, espera-se que a quantidade de resíduos gerada também
diminua, uma vez que os custos para destinação adequada tendem a aumentar, o que
faz com que as opções de não geração ou redução sejam mais interessantes
economicamente para as empresas. Todavia, não se trata apenas de proteção ao meio
ambiente, mas de uma série de benefícios sociais e econômicos, como a
profissionalização e inclusão social dos catadores de material reciclável e a ampliação
do mercado de compra e venda de resíduos, no escopo de atividades de reutilização,
reciclagem, e tratamento dos resíduos sólidos (id.).
Além disso, com a logística reversa, a tendência é de que os custos da
destinação adequada dos resíduos seja incorporado no preço dos produtos. Assim, o
resíduo terá um valor mais real, no sentido de que o que causa mais dano custará mais.
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Este é o princípio básico da Eco-Economia, descrita no livro de Lester Brown, no qual
ele busca provar com dados e argumentos que esse é o caminho para o equilíbrio
ambiental do planeta (2003).
Segundo Castel, os principais problemas que envolvem a disposição inadequada
de resíduos sólidos são:
• Risco de poluição do ar;
• riscos de contaminação do solo;
• risco de contaminação das águas superficiais e subterrâneas;
• risco à saúde pública, pela proliferação de diversos tipos de doenças;
• agravamento de problemas socioeconômicos pela ativa presença de
“garimpeiros de lixo”;
• poluição visual da região;
• mau odor na região e;
• desvalorização imobiliária da região (2006).
Atualmente, cerca de 8% dos municípios Brasileiros possuem programas de
coleta seletiva, no entanto, a maior parte (aproximadamente 90%) destes municípios, a
coleta seletiva não atende mais que 10% de sua população, totalizando cerca de 22
milhões de pessoas atendidas pela coleta seletiva no Brasil (CEMPRE, 2010).
Aproximadamente 78% dos municípios realizam coleta seletiva de porta em
porta, sendo em 52% dos municípios o agente executor da coleta seletiva é a própria
prefeitura municipal, em 26% dos municípios as empresas particulares executam a
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coleta seletiva, em 62% dos municípios esta execução é realizada por cooperativas. As
regiões sul e sudeste detêm 86% dos programas municipais de coleta seletiva (id.).
A falta de diretrizes nas três esferas do governo, juntamente com a escassez de
recurso técnico e financeiro são precursores de inúmeros aspectos críticos de poluição,
associados a ausência de tratamento e à má disposição dos resíduos, gerando
contaminação do solo e dos recursos hídricos (id.).
2.4 TÉCNICAS PARA O GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS
O gerenciamento de resíduos sólidos compreende um conjunto de ações
normativas, operacionais, financeiras e de planejamento, que uma entidade desenvolve
para manusear adequadamente os excedentes gerados (NETO, 1995).
Denomina-se manejo o conjunto de atividades envolvidas nas operações com
resíduos, contemplando: segregação, acondicionamento, coleta, armazenamento,
transporte e destinação final dos resíduos (PHILIPPI; ROMERO; BRUNA, 1995).
2.4.1 Gerenciamento de resíduos sólidos industriais
O gerenciamento de resíduos sólidos industriais através da sistematização do
manejo dos resíduos visa, principalmente (id.):
• Contribuir para a qualidade do meio ambiente da saúde pública, através da não
geração, redução, reutilização, reciclagem e tratamento dos resíduos sólidos,
bem como disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos;
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• estimular a sustentabilidade dos processos industriais e;
• fomentar a indústria sobre a reciclagem e incentivar a utilização de materiais
recicláveis e reciclados.
2.4.2 Alternativas para o tratamento de resíduos
Os tratamentos de resíduos podem ser feito através de processos físico, químico ou
biológico. Os métodos mais conhecidos utilizados pela indústria são (NETO, 1995):
2.4.2.1 Secagem e desidratação
2.4.2.1.1 Centrifugação
O resíduo líquido ou pastoso é filtrado e desidratado por um equipamento
denominado centrífuga. Este equipamento possui uma cuba interna que gira em grande
velocidade, gerando uma força centrífuga que promove a retirada da umidade do
resíduo (id.).
2.4.2.1.2 Filtragem com filtro-prensa de placas
O filtro prensa é constituído por uma série de placas verticais e côncavas, formando,
quando estão unidas, um vazio entre as quais se acumulará o resíduo líquido/pastoso.
Este equipamento normalmente funciona em bateladas. O resíduo é bombeado para o
interior do conjunto através de orifícios de alimentação. A pressão do bombeamento
força a passagem dos líquidos pelo meio filtrante da placa, restando apenas o material
sólido retido nos espaços entre as placas (id.).
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O líquido filtrado é coletado pelas ranhuras das placas e, através de dutos é
conduzido para fora do filtro (id.).
Com o passar do tempo as tortas de lodo vão se formando no interior das câmaras
dificultando cada vez mais a passagem dos líquidos. Por isso, a pressão de
bombeamento vai aumentando gradativamente até alcançar um valor limite. Neste
instante, a alimentação é interrompida e inicia a descarga das tortas, através da
separação das placas e quedas das tortas (id.).
2.4.2.1.3 Leitos de secagem
Os leitos de secagem consistem, basicamente, de tanques rasos, seu fundo
apresenta uma declividade (3%, aproximadamente) que direciona os líquidos filtrados,
para uma rede de drenagem. Sobre o fundo é executado um filtro de material granular
inerte, geralmente areia, cascalho ou brita, sendo distribuídos primeiramente os
materiais de maior diâmetro. Sobre esse filtro são colocados tijolos rejuntados com
areia fina, o que permitirá a retirada do material desidratado. Essa secagem só se dá
pela drenagem dos líquidos e por evaporação na superfície superior exposta ao ar e
calor (id.).
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2.4.2.2 Incineração
2.4.2.2.1 Fornos rotativos
São incineradores cilíndricos, revestidos internamente com material refratário,
montados com inclinação em relação ao plano horizontal. A velocidade de
rotação pode ser utilizada para controlar o tempo de detenção (id.).
Existem dois tipos básicos de fornos rotativos para incineração, sendo divididos
pela alimentação dos resíduos em (id.):
a) O resíduo é alimentado pelo mesmo lado dos queimadores e;
b) a entrada dos resíduos é pelo lado oposto ao dos queimadores.
A câmara tem dimensões onde o comprimento é de 3 a 4 vezes o diâmetro da
câmara. A unidade rotativa é ligeiramente inclinada no sentido da saída e os
resíduos são inseridos na extremidade mais elevada, movendo-se lentamente
para baixo. Os gases gerados passam para uma câmara secundária de queima
onde recebem insuflação secundária de ar. Nessa câmara estão instalados os
queimadores de líquidos e gases, podendo atingir temperaturas superiores a
1.300 ou 1.400°C. Para completar a queima é realiza da, a insuflação terciária
de ar, o fluxo de ar é então dirigido aos trocadores de calor e aos equipamentos
de controle de emissões atmosféricas. Nesse tipo de incinerador podem ser
destruídas (transformados em cinza) uma grande variedade de resíduos
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perigosos devido, principalmente, às altas temperaturas de operação do
equipamento (id.).
2.4.2.2.2 Incineradores de injeção líquida
Existem dois tipos: horizontal e vertical, sendo o primeiro o mais comum. Como
o nome indica este incinerador só pode ser operado com líquidos ou lama com
viscosidade de até 10.000 SSU. O tempo de permanência de resíduos no
interior destes incineradores geralmente estão na faixa de 0,5 a 2 segundos e
temperatura varia de 700 a 1650°C (id.).
A câmara de combustão é cilíndrica e revestida internamente com material
refratário. Os queimadores estão localizados dentro da câmara, de tal maneira
que o fogo não atinge as paredes refratárias (id.).
O resíduo é transferido dos tambores para o tanque de alimentação. O tanque é
pressurizado com nitrogênio e a alimentação do incinerador é feita através de
uma válvula de controle remoto e um medidor de fluxo compatível (id.).
Os resíduos, muitas vezes, são misturados com algum combustível para facilitar
a queima, e são aspergidos diretamente sobre o bico injetor (id.).
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2.4.2.2.3 Incineradores de câmaras múltiplas
Utilizado na queima combinada de resíduos sólidos e semi-sólido. Este
incinerador é composto por uma estrutura externa de aço com formato
cilíndrico, protegido com material refratário, abrigando um número de câmaras
em uma coluna giratória central na qual estão fixados braços de arraste. Este
equipamento possui, em geral, de 6 a 12 câmaras. O ar insuflado é utilizado
para resfriar a coluna e os braços de arraste; o ar quente da parte de cima
retorna para o fundo para conservação do calor (id.).
O resíduo entra por cima do incinerador, sendo então arrastado pelos braços
para as câmaras, sucessivamente. Cada câmara tem aberturas nas bordas de
entrada e de saída para permitir que o resíduo seja derramado na próxima
câmara logo abaixo. A secagem do resíduo é realizada nas câmaras superiores
pelos gases quentes, gerados nas câmaras de combustão mais abaixo, que
passam em corrente inversa ao fluxo dos sólidos. A temperatura nas câmaras
de queima encontra-se na faixa de 850 a 950°C e de saída dos gases entre 350
e 650°C ( id.).
2.4.2.3 Encapsulamento
O encapsulamento é o processo também conhecido como solidificação,
estabilização ou fixação. Este processo consiste em estabilizar os resíduos
perigosos e transformá-los em materiais menos poluentes, e mais seguro contra
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lixiviação, a estabilização ocorre através da adição de aglomerantes e
processos físicos (LIMA, 1986).
O encapsulamento visa atingir os seguintes objetivos: melhorar as
características físicas e de manuseio dos resíduos, diminuir a área superficial
dos resíduos, através da qual possa ocorrer a transferência ou perda de
constituintes poluentes, limitar a solubilidade de qualquer constituinte do
resíduo e destoxificar os constituintes poluentes. As principais técnicas de
encapsulamento são (id.):
a) Técnicas baseadas em cimento
A solidificação ocorre através da adição de cimento Portland ou outros produtos
inorgânicos semelhantes, este processo é eficiente para resíduos com elevados
teores de metais tóxicos, pois, o pH obtido na mistura dos resíduos com o
cimento, diversos cátions multivalentes são convertidos em carbonatos e
hidróxidos insolúveis. Íons metálicos, também, podem ser retidos na estrutura
cristalina que os minerais de cimento formam (id.).
b) Técnicas baseadas em materiais pozolânicos (não incluindo cimento)
Os materiais pozolânicos mais comumente usados no tratamento de resíduos
são as cinzas, poeira de forno de cimento ou escórias de alto-fogo, que são
produtos residuais com pequeno ou nenhum valor comercial. O uso desses
28
28
materiais para consolidar outro resíduo é vantajoso para o processador, pois
podem tratar dois tipos de resíduos ao mesmo tempo (id.).
c) Técnicas baseadas em termoplásticos
Neste processo, os resíduos são secos, aquecidos e dispersos através de uma
matriz plástica aquecida, mistura esta normalmente disposta em uma contenção
secundária (id.).
d) Técnicas de polímeros orgânicos
O polímero em geral é formado num processo de batelada onde os resíduos,
secos ou úmidos, são misturados com um pré-polímero num receptáculo de lixo
ou em um misturador projetado para tal. Quando estes dois componentes estão
totalmente misturados, adiciona-se um catalisador, continuando-se a misturar
até que o catalisador esteja totalmente disperso. O material polimerizado não se
combina quimicamente com o resíduo, mas forma uma massa esponjosa que
captura as partículas sólidas (id.).
2.4.2.4 Landfarming
Landfarming é a denominação oficial dotada pela United States Environment
Protect Agency “USEPA” para um método de tratamento onde o substrato
orgânico de um resíduo seria degradado biologicamente na camada superior do
solo e os íons metálicos, liberados nesta degradação, ou presente nos
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resíduos, seriam incorporados nesta mesma camada para não haver
contaminação das águas do aquífero freático (id.).
Na sua essência, o Landfarming é um processo relativamente simples e
consiste da mistura do resíduo com a camada superior do solo “15 a 20 cm”,
que normalmente é conhecida como zona arável ou zona de raíz. Porém, sua
aplicação em escala econômica dentro de critérios ambientais rígidos torna-se
complexa e deve ser executada por pessoal especializado (id.).
2.4.2.5 Oxidação química
A oxidação é um processo que permite aumentar o estado de valência de um
elemento químico. Os reagentes utilizados nos processos de oxidação incluem:
oxigênio, ozônio, cloro gasoso, compostos clorados e permanganatos (id.).
O oxigênio é utilizado, principalmente, em processo térmicos tais como
oxidação catalítica destrutiva combustão e incineração (id.).
O cloro e seus compostos são usados: na remoção da matéria orgânica e da
amônia. O cloro é utilizado também como descorante. Um exemplo de
tratamento por este método é a destruição de cianetos, facilmente convertidos a
cianato e, posteriormente, transformados em dióxido de carbono e nitrogênio.
Esse processo é realizado em meio alcalino e reduz a concentração de cianetos
para valores da ordem de 1 mg/l (id.).
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2.4.2.6 Redução
Ao contrário da oxidação, a redução permite uma diminuição na valência de um
elemento. Os principais agentes redutores são: sulfato ferroso, metabissulfato
de sódio e dióxido de enxofre. Um exemplo deste processo é a alteração da
valência do cromo que passa de forma hexavalente, solúvel e tóxico, para
trivalente que é insolúvel e de baixa toxicidade. À semelhança do que é feito
com o cromo, outros metais pesados como o chumbo e cádmio também podem
ser reduzidos para uma forma menos tóxica. Os processos de oxidação e
redução geralmente são precedidos ou sucedidos por precipitação e
neutralização, onde os metais pesados se concentram na forma de um lodo
(id.).
2.4.2.7 Neutralização
O processo de neutralização tem por objetivo: alterar o pH de um resíduo, de
forma a torná-lo menos agressivo ao meio ambiente, esta alteração do pH de
um resíduo afim de torná-lo passível de outros processo de tratamento e
adequar o pH de um resíduo aos padrões legais vigente de emissão.
A alteração do pH é conseguida pela adição controlada de reagentes
apropriados: ácidos ou bases. Os agentes ácidos mais comumente utilizados
são: ácido sulfúrico, clorídrico e nítrico. Os alcalinos, incluem, soda cáustica e
carbonatos (id.).
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2.4.2.8 Precipitação
A precipitação é um processo no qual ocorre a formação de partículas sólidas
decorrente de uma alteração na estrutura química de um composto presente
em uma solução (id.).
Dividi-se em três grupos (id.):
- precipitação em sais insolúveis (exceto hidróxidos), óxidos e carbonatos;
- precipitação de hidróxidos, óxidos, carbonatos e
- coagulação e floculação de suspensões coloidais.
Como exemplo do primeiro grupo pode-se citar a precipitação de fluoretos e
sulfato pela adição de um sal de cálcio (id.).
2.4.3 Alternativas para reutilização/reciclagem
2.4.3.1 Compostagem
Processo de biodegradação desenvolvido por uma colônia mista de
microrganismos, compreendendo uma fase de aeração seguida de uma fase de
maturação, conduzindo a formação de um produto estabilizado e rico em
substâncias húmicas (NETO, 1995).
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2.4.3.2 Co-processamento
Técnica que permite a queima de resíduos em fornos de cimento, seguindo dois
critérios básicos: reaproveitamento de energia, para que o material seja
utilizado como substituto do combustível, ou reaproveitamento como substituto
da matéria-prima, de forma que o resíduo a ser eliminado apresente
características similares às dos componentes, normalmente empregados na
produção de clínquer. No forno de produção de clínquer, que é onde os
resíduos são co-processados, a temperatura na entrada é da ordem de 1200°C,
sendo que na chamada zona do maçarico a temperatura chega até 2000°C. As
altas temperaturas nos fornos, aliados ao tempo de detenção e a alta
turbulência do interior dos equipamentos, resultam na destruição de quase toda
carga orgânica e na formação de cinzas que basicamente são formadas pela
parte inorgânica, sendo estas incorporadas ao clínquer (id.).
2.4.3.3 Ração animal
A reciclagem de resíduos orgânicos é uma das mais eficientes maneiras de
utilizar os nutrientes disponíveis nos rejeitos dispostos, Um exemplo de
processamento de resíduos para preparo de ração animal, consiste em
trituração dos resíduos, cozimento em um reator, separação, secagem, adição
de amido, mistura e prensa. Outras formas, por exemplo, conversão de
excremento em alimento animal também podem ser utilizadas (id.).
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2.4.3.4 Rerrefino de óleo lubrificante usado
O processo de reciclagem do óleo lubrificante usado se dá através das
operações de desidratação que separa compostos orgânicos leves, água,
destilação flash, desasfaltamento para liberação de composto asfáltico,
tratamento químico, neutralização, clarificação e por fim a filtração (id.).
2.4.3.5 Co-geração
É a produção simultânea de duas ou mais formas de energia a partir de um
único combustível, neste caso, resíduos ou subprodutos de sua estabilização
(id.).
2.4.4 Alternativas de disposição final
2.4.4.1 Aterro de resíduos sólidos
O aterro sanitário é um processo de destinação de resíduos sólidos bastante
utilizado. Consiste na deposição de resíduos sólidos no solo e sua posterior
cobertura diária. Uma vez depositados, os resíduos sólidos se degradam
naturalmente por via biológica até a mineração da matéria biodegradável, em
condições fundamentalmente anaeróbias. É uma obra de engenharia que deve
ser orientada por quatro objetivos:
• Diminuição dos riscos de poluição provocados por cheiros, fogos,
insetos
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• Utilização futura do aterro disponível através de uma boa
compactação e cobertura
• Minimização dos problemas de poluição da água, provocados por
lixiviação
• Controle da emissão de gases (liberados durante os processos de
degradação)
Forma de disposição final de resíduos sólidos no solo, através de confinamento
em camadas cobertas com material inerte, geralmente, solo, de acordo com
normas operacionais específicas, e de modo a evitar danos ou riscos à saúde
pública e à segurança, minimizando os impactos ambientais (id.).
2.4.4.1.1 Aterro sanitário de resíduos sólidos urbanos
Técnica de disposição de resíduos sólidos urbanos no solo, sem causar danos
ou riscos à saúde pública e à sua segurança, minimizando os impactos
ambientais, método este que utiliza princípios da engenharia para confinar os
resíduos sólidos à menor área possível e reduzi-los ao menor volume
permissível, cobrindo-os com uma camada de terra na conclusão de cada
jornada de trabalho ou em intervalos menores, se necessário (ABNT NBR
8.418, 1984).
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2.4.4.1.2 Aterro de resíduos industriais perigosos
Técnica de disposição de resíduos industriais perigosos no solo, sem causar
danos ou riscos à saúde pública e à sua segurança, minimizando os impactos
ambientais, método este que utiliza princípios de engenharia para confinar os
resíduos industriais perigosos à menor área possível e reduzi-los ao menor
volume permissível, cobrindo-os com uma camada de terra na conclusão de
cada jornada de trabalho ou a intervalos menores, se necessário (id.).
3. MATERIAIS E MÉTODOS
Para o desenvolvimento deste trabalho foi utilizado bibliografia técnica para o
embasamento teórico, legislação e normas. Para o levantamento do material de
referência foi consultado a biblioteca da Universidade Tuiuti do Paraná, material
próprio e bibliotecas virtuais dos órgãos ambientais da esfera federal, estadual
e municipal.
Foi necessário também realização de visita técnica a uma indústria de bebidas
localizada no município do Rio de Janeiro, a qual foi acompanhada pelo técnico
de meio ambiente da unidade, coordenadora de processos e gerente industrial,
para o fornecimento das informações referentes ao processo produtivo e a
gestão de resíduos e suas dificuldades.
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O trabalho teve início com a fundamentação teórica através das ferramentas
citadas acima, seguindo pela coleta e análise de informações referente a
indústria de bebidas e estruturação do programa. Para isso foi necessário um
computador com acesso a internet, impressora, folhas de papel A4 e materiais
diversos de escritório.
3.1 LOCALIZAÇÃO DA INDÚSTRIA
Esta unidade de produção e envase de bebidas está instalada em uma zona
industrial situada nas proximidades da Baía de Guanabara, localizada no
Município do Rio de Janeiro. A instalação possui uma área total de 27.000 m².
As operações desenvolvidas nesta planta contemplam o recebimento de
insumos e matéria-prima, preparo de bebida, envase e distribuição do produto
acabado.
3.2 DESCRIÇÃO DO LEVANTAMENTO DE DADOS
O primeiro passo para o levantamento de dados foi conhecer quais são os
processos geradores de resíduos. Para isso foi necessário percorrer todos os
processos da unidade, juntamente com a coordenadora de processos e técnico
de meio ambiente e analisar junto a estes e outros colaboradores envolvidos
com cada processo, quais os resíduos gerados, suas características e as
práticas utilizadas para manuseá-lo. Esta etapa contemplou todo o processo
produtivo e de suporte.
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A partir desta etapa foi possível obter a classificação de praticamente todos os
resíduos, pelo fato do processo gerador do lodo do sistema de tratamento de
efluente não oferecer segurança necessária para esta definição, quanto a
classificação. Desta forma, a classificação deste resíduo foi realizada em
laboratório externo.
A etapa seguinte foi a de obtenção das quantidades de resíduos gerados por
tipo. Este levantamento quantitativo contemplou a geração de resíduos em um
período de quinze dias.
Durante este período todos os resíduos gerados eram coletados nos pontos de
geração pela empresa terceirizada responsável pela limpeza da planta e
encaminhados à central de armazenagem de resíduos, onde, nesta central, os
resíduos eram segregadas por esta empresa, devido a falta de um programa de
coleta seletiva implantado.
Os resíduos foram segregados em resíduos reutilizáveis/recicláveis e rejeitos.
Após a armazenagem dos resíduos as empresas responsáveis pela coleta
externa dos resíduos eram acionadas para realizar o serviço.
O método de quantificação utilizado foi através da pesagem dos equipamentos
de transporte externo em uma balança rodoviária (LD 8500 analógica) instalada
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na unidade. Desta forma, o porteiro da unidade preenchia o quadro abaixo e
encaminhava ao técnico de meio ambiente da unidade.
QUADRO 1 – FORMULÁRIO DE COLETA DE RESÍDUOS. TRANSPORTADORA
MOTORISTA
DATA DA COLETA
TARA DO EQUIPAMENTO
PESO TOTAL
TIPO DE RESÍDUO
DESTINO
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4. APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
4.1 DIAGNÓSTICO DAS PRÁTICAS ATUAIS DE MANEJO DE RESÍDUOS NA
INDÚSTRIA
4.1.1 Avaliação da geração e do manejo dos resíduos
A geração de resíduo é um aspecto inerente a todas as atividades desta
unidade fabril, onde, o processo produtivo é a principal fonte geradora de
resíduos. Conforme classificação estabelecida pela NBR 10.004, o tipo de
resíduo que representa, nesta unidade, a maior parcela gerada são os resíduos
classe II – não perigosos.
A unidade não possui prática de contabilizar a geração de resíduos, porém,
através da visita, acompanhamento e de orientações deixadas às pessoas
chave (lideres de produção, supervisores, técnico de meio ambiente,
coordenadora de processos e gerente industrial), foi possível, chegar a um valor
aproximado de 14 toneladas de resíduos gerados por semana, destes, cerca de
67% representam resíduos enviados à reciclagem.
Os resíduos não são segregados adequadamente, e quando realizado, é feito
por uma empresa terceirizada responsável pela limpeza das instalações.
Apenas alguns departamentos da empresa, possuem a prática de segregação
de resíduos na fonte.
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Consequentemente, a unidade possui altos custos com a disposição de
resíduos.
Nos escritórios não há coletores para coleta seletiva, porém, em alguns setores
foi improvisado caixas de papelão identificadas (papel e plástico) para suprir
esta necessidade. Nas áreas externas, de suporte e de processo, existem
alguns coletores, identificados como reciclável ou não reciclável, e outros sem
identificação alguma. Ou seja, a unidade não possui quantidade adequada de
coletores de resíduos, nem, possuem identificação necessário para facilitar a
segregação.
A coleta interna dos resíduos gerados em escritórios é terceirizada, e a coleta
dos resíduos gerados no processo industrial e em áreas suporte (laboratório,
manutenção, ETE, ETA, refeitório, entre outros) é feita pelos próprios
colaboradores, ocorrendo algumas vezes o acúmulo de resíduos na área
geradora devido a falta de um cronograma de coleta documentado e
implantado. A empresa terceirizada para limpeza, realiza a coleta utilizando,
vestimentas longas, luva, calçado de segurança e touca de cabelo.
O local de armazenagem de resíduos não possui a estrutura adequada,
apresentando área insuficiente, falta de proteção contra chuva (incidência de
chuva sob os resíduos), ausência identificação da área, resíduos líquidos
escoando para águas pluviais, falta de contenções secundárias para
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armazenamento de resíduos líquidos, falta de um kit de emergência nas
proximidades para responder a emergências e área sem controle de acesso.
As técnicas utilizadas atualmente pela unidade para destinação de resíduos são
disposição em aterro industrial classe I ou classe II, e reciclagem através da
venda de resíduos para sucateiros intermediários. A quantidade de resíduos
enviados para aterro pode ser minimizada após a adequação das práticas de
manejo dos resíduos.
Não há um programa de treinamento ou sensibilização, disponível aos
colaboradores, visando, a melhoria nas práticas de manejo dos resíduos.
4.1.2 Identificação e Quantificação dos Pontos Geradores de Resíduos
Avaliando os processos realizados dentro da unidade fabricante de bebida,
através de documentos, questionamentos e vistorias in-loco, não restringindo
apenas ao processo produtivo, foi possível levantar quais os resíduos e áreas
mais impactantes em relação a geração de resíduos.
QUADRO 2 – IDENTIFICAÇÃO DOS PONTOS GERADORES E DOS RESÍDUOS GERADOS ResíduoResíduoResíduoResíduo Classificação NBR 10.004Classificação NBR 10.004Classificação NBR 10.004Classificação NBR 10.004 Cód. CONAMA 313Cód. CONAMA 313Cód. CONAMA 313Cód. CONAMA 313 Origem do resíduoOrigem do resíduoOrigem do resíduoOrigem do resíduo
Resíduos de restaurante Classe II - não perigosos A001 Refeitório
Sucata de metais ferrosos Classe II - não perigosos A004 Manutenção industrial
Sucata de metais não ferrosos Classe II - não perigosos A005 Manutenção industrial
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Papel Classe II - não perigosos A006 Guarita, manutenção, laboratórios, recepção, escritórios e linhas de produção
Papelão Classe II - não perigosos A006
Manutenção, armazenagem de PQ, ETA, ETE, laboratórios, linhas de produção, armazenagem de PA e expedição
Resíduos de madeira contendo substâncias não tóxicas
Classe II - não perigosos A009 Armazenagem de PQ, armazenagem de PA e expedição
Resíduos de materiais têxteis Classe II - não perigosos A010 Linhas de produção, laboratórios e manutenção
Resíduos sólidos de estações de tratamento de efluentes contendo substâncias não tóxicas
Classe II - não perigosos A021 ETE
Produto fora da especificação ou fora do prazo de validade
Classe II – não perigosos A029 Linhas de produção e Mercado externo
Rejeitos em geral Classe II - não perigosos A099
Guarita, subestação, estação redutora de gás, sala de transformadores, reservatórios de açúcar, banheiros, manutenção, armazenagem de PQ, ETA, sala de compressores, caldeira, ETE, laboratórios, área de resíduos, estacionamento, jardim, refeitório, recepção, escritórios, linhas de produção, vestiários, armazenagem de PA, expedição e casa de máquinas
Auxiliar de filtração (areia) Classe II - não perigosos A099 ETA
Filtros de ar Classe II - não perigosos A099 Escritórios, guarita, laboratórios e recepção
Óleo vegetal usado Classe II – não perigosos A099 Refeitório
EPI's e uniformes usados Classe II - não perigosos A099 Linhas de produção e manutenção
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Embalagens metálicas Classe II - não perigosos A104 Guarita, laboratórios, refeitório, recepção e escritórios
Embalagens de metais não ferrosos
Classe II - não perigosos A105 ETA, ETE, manutenção, caldeira e linhas de produção
Bombonas de plástico não contaminadas
Classe II - não perigosos A107 ETA, ETE, manutenção, caldeira e linhas de produção
Resíduos de vidros Classe II - não perigosos A117 Laboratórios e manutenção
Plástico Classe II - não perigosos A207
Guarita, manutenção, ETA, ETE, laboratórios, refeitório, recepção, escritórios, linhas de produção, vestiários, armazenagem PA, expedição
Residual de produto químico perigoso
Classe I – perigosos D001 Manutenção, linhas de produção, armazenagem de PQ, ETA, ETE e laboratórios
Resíduo eletrônico Classe I – perigosos D099 Escritórios, laboratórios e guarita
Tonner Classe I – perigosos D099 Escritórios e laboratórios
Pilhas e baterias Classe I – perigosos D099 Escritórios, laboratórios, guarita armazenamento e expedição
Auxiliar de filtração (carvão ativado)
Classe I – perigosos D099 ETA e ETE
Filtros contaminados com óleo Classe I – perigosos D099 Central de ar comprimido
Têxteis contaminadas com óleo
Classe I – perigosos D099 Manutenção
EPI´s e uniformes contaminados
Classe I – perigosos D099 Linhas de produção e manutenção
Lâmpadas fluorescentes Classe I – perigosos D099
Guarita, subestação, estação redutora de gás, sala de transformadores, reservatórios de açúcar, banheiros, manutenção, armazenagem de PQ, ETA, sala de compressores, caldeira, ETE,
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laboratórios, área de resíduos, estacionamento, jardim, refeitório, recepção, escritórios, linhas de produção, vestiários, armazenagem de PA, expedição e casa de máquinas
Embalagens vazias contaminadas
Classe I – perigosos F104 Manutenção industrial e laboratórios
Óleo lubrificante usado Classe I – perigosos F130 Manutenção industrial
De obras (tijolo, argamassa, concreto, tubo, madeira, gesso...)
Classe II – não perigosos A099 Manutenção predial
De obras (tinta, solvente, óleo...)
Classe I – perigosos D099 Manutenção predial
Equipamentos de refrigeração Classe I – perigosos D099 Escritórios, laboratórios e guarita
A unidade possui 20 grupos de itens de matéria prima, insumo e materiais de
embalagem. Para cada produção é recebido anteriormente uma ordem de
produção, a qual, traz a quantidade que deve ser produzida e a receita que
deve ser seguida para execução de tal produção. As ordens de produção
consideram em sua receita uma média de 2,25% de perda de matéria-prima,
insumo e materiais de embalagem. Ou seja, de tudo que entra para a produção
2,25% em média vira resíduo.
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4.2 PROPOSTA DE GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS
4.2.1 Política de Gestão de Resíduos Sólidos
Gerar o mínimo possível de resíduos sólidos em seu processo produtivo e
administrativo, adequando procedimentos e equipamentos, de forma a reduzir
perdas e minimizar os impactos ambientais decorrentes deste aspecto,
promovendo assim uma cultura voltada à conservação do meio ambiente,
associada a uma melhor produtividade e competitividade da empresa.
4.2.2 Descrição das Técnicas e Procedimentos a Serem Adotados para Cada Fase
do Manejo de Resíduos
4.2.2.1 Segregação
A segregação dos resíduos tem o objetivo principal de evitar a mistura de
resíduos incompatíveis, valorizar os resíduos, diminuir o volume de resíduos
perigosos e facilitar a destinação dos resíduos.
A segregação dos resíduos deve ser realizada pelo gerador do resíduo no ato
da geração, de acordo com as características do resíduo e, preferencialmente,
em consonância com o código de cores estabelecido pela resolução CONAMA
nº 275, visando padronizar a coleta seletiva e viabilizar a reutilização e
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reciclagem dos resíduos. Os resíduos constituídos por mais de um tipo de
material, podem, ter cada um de seus constituintes, separados1 e
acondicionados adequadamente de acordo com as respectivas características,
ou destinados integralmente como resíduo perigoso. O quadro 3 – Resumo do
manejo dos resíduos sólidos traz formas de segregação a serem utilizadas.
Os resíduos gerenciados como não-perigosos, porém que, a composição,
periculosidade e características não possam ser razoavelmente confirmadas
através do conhecimento de seus processos geradores, devem ser
classificados através de testes analíticos estabelecidos por norma. Tal
classificação deve ocorrer no mínimo anualmente, podendo ser antecipado em
casos de alterações no processo gerador.
4.2.2.2 Acondicionamento
Para facilitar outras etapas do manejo, os resíduos devem ser acondicionados
em recipientes constituído de material compatível com o resíduo a ser
acondicionado, estanque, resistente e com volume adequado a geração e
freqüência de coleta.
1 P or exemplo, geladeira, a parte metálica deve ser segregada do fluido refrigerante e do termostato, para que cada material tenha a destinação mais coerente.
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Os resíduos sólidos terão na maioria dos casos acondicionamento primário em
sacolas plásticas (com exceção de alguns resíduos perigosos, de volume
elevado2, resíduos de construção civil e o acondicionamento secundário em
recipiente coletor rígido adequado às características e volume do resíduo. Os
recipientes destinados ao acondicionamento dos resíduos serão alocados nas
diversas áreas conforme os tipos de resíduos gerados e obedecerão as
sinalizações convencionadas abaixo:
- Resíduos orgânicos, saco plástico marrom e recipiente coletor com inscrição
de “Resíduo Orgânico”
- Metal, saco plástico amarelo e recipiente coletor com inscrição de “Metal”
- Papel, saco plástico azul e recipiente coletor com inscrição de “Papel”
- Plástico, saco plástico vermelho e recipiente coletor com inscrição de
“Plástico”
- Rejeito, saco plástico cinza e recipiente coletor com inscrição de “Rejeito”
- Vidro, saco plástico verde e recipiente coletor com inscrição de “Vidro”
- Madeira, saco plástico preto e recipiente coletor com inscrição de “Madeira”
2 Geladeira, ar-condicionado entre outros.
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- Resíduo perigoso, saco plástico laranja (para alguns resíduos) e recipiente
coletor com inscrição de “Resíduo perigoso” seguido da especificação do
resíduo
Em situações de geração de resíduos de construção civil, decorrente de obras,
estes resíduos deverão ser segregados no mínimo em duas caçambas
identificadas destinadas a receber resíduos perigosos de construção civil e
resíduos não perigosos de construção civil.
Nas áreas públicas da empresa estarão disponíveis conjuntos de coleta seletiva
distribuídos, nos locais de maior movimentação conforme figura 1.
Semanalmente todos os recipientes utilizados para o acondicionamento dos
resíduos serão higienizados pelos executores da coleta, na canaleta de
drenagem da central de armazenamento de resíduos, utilizando jato de água
pressurizada e sabão neutro. A limpeza deve ocorrer apenas neste local, para
que o efluente da limpeza seja encaminhado para a estação de tratamento de
efluentes.
Todas as embalagens vazias de ingredientes do produto devem ser lavadas
antes do armazenamento. A lavagem deverá ser realizada pelo coletor da
embalagem e realizada na canaleta de drenagem da central de armazenamento
de resíduos, com direcionamento para a estação de tratamento de efluente.
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As embalagens não vazias de ingredientes, poderão ser vazadas dentro da
instalação, desde que, autorizado pelo operador da estação de tratamento de
efluentes, visando, não impactar o tratamento biológico. Ou ainda, poderão ser
apenas tampadas e armazenadas até destinação final.
É recomendável que todos os rótulos de embalagens de ingredientes, vazias ou
não, sejam retirados das respectivas embalagens, inutilizados e manuseado
como rejeito.
O Quadro 3 – Resumo do manejo dos resíduos sólidos detalha as formas de
acondicionamento.
4.2.2.3 Coleta
Os resíduos acondicionados devem ser coletados diariamente com exceção de
alguns resíduos, por exemplo, tonner, óleo lubrificante usado entre outros.
Para a aquisição de um novo tonner o colaborador deverá trocar o antigo para
que receba o novo, os tonners vazios serão acondicionados até que a coleta
por recuperadora seja viável.
Óleo lubrificante usado será coletado pelo próprio mecânico no momento da
manutenção e enviado para central de armazenamento de resíduos onde
através de um funil será despejado em um tambor metálico estanque.
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A coleta dos resíduos será realizada manualmente e com o auxílio de coletores
estanques, cobertos e constituídos de material rígido, para evitar potenciais
derramamentos, vazamento ou rompimento das embalagens de
acondicionamento primário. Estes equipamentos ficarão alocados na área de
armazenamento de resíduos, e devem ser higienizados pelo próprio usuário
após a coleta.
A coleta será realizada por empresa terceirizada conforme item 5.5.
4.2.2.4 Armazenamento Temporário de Resíduos
É importante que a forma de armazenamento dos resíduos seja adequado a
forma de coleta para transporte externo, por exemplo, se o resíduo for removido
por homem, então, o recipiente cheio não deve pesar mais que 40 quilos, ou
então, caso o resíduo seja coletado por empilhadeira, então, é imprescindível
que o resíduos esteja em cima de um estrado ou pallet.
O armazenamento dos resíduos será feito pela mesma empresa terceirizada
capacitada que realizará a coleta interna dos resíduos.
A armazenagem de resíduos deve ser precedida de uma avaliação, para
verificar a qualidade da segregação e necessidade de triagem.
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Resíduos perigosos deverão ser armazenados segregadamente dos resíduos
não-perigosos, e estes entre si de acordo com o tipo de material, papel/papelão,
plástico, metal, vidro, madeira, orgânico e rejeito.
O armazenamento de todos os resíduos deve ser realizado em local coberto, e
a área de resíduo plástico, resíduo perigoso e de vaze de bebida deve possuir
piso impermeável.
Contenções secundárias impermeabilizadas devem ser implantadas nas áreas
de armazenamento de resíduos líquidos perigosos.
As canaletas de drenagem instaladas na área de armazenamento de resíduo e
na área de vaze de bebida devem ser direcionadas à estação de tratamento de
efluentes sem nenhum contato com águas pluviais.
O local de armazenamento de resíduos perigosos deve possuir acesso
controlado.
Os resíduos devem ser armazenados em recipientes estanques e compatíveis
com as características do conteúdo.
Todos os recipientes de armazenamento de resíduo perigoso devem ser
rotulados de acordo com o seu conteúdo, datados e inscrito sua classificação.
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Material logomarcado e produto não – conforme para descarte deve ser
identificado e armazenado de forma segregada de outros resíduos em local de
acesso controlado.
Deve estar disponível nesta área de armazenamento de resíduos, ou próximo
dela, um kit de emergência ambiental contendo no mínimo:
• 20 kg de areia
• 5 kg de hidróxido de sódio 98%
• Uma pá de plástico
• Um rodo
• Um rolo de fita zebrada
• Dez sacos plásticos de 50 litros na cor laranja
• Duas luvas
O procedimento de resposta a situações de emergência deve estar disponível
ao lado da central de armazenamento de resíduos.
Inspeções semanais através de check-list (apêndice A) devem ser realizadas
para avaliar e manter a organização desta área, sendo os registros mantidos
com o técnico de meio ambiente da unidade e as necessidades de adequações
solicitadas pelo mesmo. O modelo do check-list encontra-se nos apêndices.
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4.2.2.5 Transporte
Os equipamentos utilizados no transporte dos resíduos devem ser adequados
às respectivas características do material a ser transportado e critérios de
incompatibilidade devem ser analisados com auxílio do apêndice B.
Para o transporte de sólidos a granel, devem utilizar veículos de carga com
carrocerias fechadas ou carrocerias de guardas laterais fechadas ou dotadas de
telas metálicas com malhas de dimensões tais que impeçam o derramamento
de fragmentos do material transportado.
Todo o transporte de resíduo perigoso deve ser precedido da aplicação de um
check-list de expedição de materiais perigosos (apêndice C), para verificar as
condições de transporte. O check-list, encontra-se no apêndice.
A coleta de óleo lubrificante usado ou contaminado deve ser realizado por
empresa licenciada e cadastrada nos órgãos competentes, sendo retido pela
geradora após o serviço o certificado de coleta de óleo usado expedido pela
coletora.
Deve ser preenchido, para cada resíduo gerado e para cada descarte, todos os
campos do Manisfesto Resíduos, excetuando, os campos referentes à data e
assinatura do transportador e receptor (ANEXO – A)
54
54
Arquivar a primeira e a quarta via do manifesto de resíduos, pelo período de 5
anos, após ter sido datada e assinada pelo transportador.
Todas as operações de carregamento devem ser acompanhadas pelo técnico
de meio ambiente da unidade.
Todos os resíduos que saírem da instalação devem ser pesados na portaria, e
em seguida as informações do tipo de resíduo, tara do equipamento de
armazenagem do resíduo, peso total, data da saída e empresa responsável
pela operação serão reportadas pelo porteiro dentro de 24 horas ao técnico de
meio ambiente da unidade que fica responsável por organizar todas estas
informações. Estas informações deverão ser disponibilizadas via email e no
assunto, deve conter a data e razão social da empresa responsável pela coleta.
O transporte de resíduos perigosos na ponte Rio-Niterói é proibido.
4.2.2.6 Reutilização, reciclagem, tratamento e disposição final
Os resíduos gerados devem receber a tratativa mais adequada de acordo com
sua classificação, no intento de extinguir potenciais impactos ambientais e
diminuir a quantidade de resíduos enviados para disposição final.
Para os resíduos não perigosos enviados à reciclagem a empresa responsável
deve enviar mensalmente um Certificado de Coleta/Destinação ao gerador e
mensalmente (no início de cada mês) um relatório de coleta para o controle das
55
55
quantidades de resíduos retirados. As informações mínimas que deverão
constar neste relatório são:
• Razão social da unidade geradora
• Descrição do resíduo coletado
• N° da L.O (do prestador do serviço)
• Quantidade coletada em kg
• Valor pago (R$)
• Data da coleta
• NF
• N° do Certificado de Destinação Final “CDF”
• N° do Manifesto de Transporte de Resíduos “MTR”
A geradora emitirá para cada carga de resíduo reciclável ou reutilizável uma
nota fiscal de venda ou saída, que deverá ficar uma cópia arquivada com o
técnico de meio ambiente da unidade.
As empresas responsáveis pela disposição final dos resíduos classe II e classe
I, emitirão o Certificado de Destinação Final após o emprego da respectiva
técnica e um relatório mensal (no início de cada mês) da quantidade de
resíduos destinados, contendo no mínimo as seguintes informações:
• Razão social da unidade geradora
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56
• Descrição do resíduo coletado
• N° da L.O
• Quantidade coletada em kg
• Valor cobrado (R$)
• Data da coleta
• NF
• N° do Certificado de Destinação Final “CDF”
• N° do Manifesto de Transporte de Resíduos “MTR”
Uma cópia da nota fiscal de entrada emitida pelo rerrefinador de óleo
lubrificante usado deverá ser arquivada pela geradora sempre que houver
coleta deste resíduo, para fins de fiscalização da Agência Nacional do Petróleo.
O descarte de produtos controlados pela Polícia Federal deverá ser
comunicado com antecedência mínima de 20 dias do descarte, ao responsável
pela gestão da movimentação destes junto ao Departamento de Polícia Federal.
São vedadas as práticas abaixo:
• queima desautorizada de resíduos
• lançamento de resíduo a céu aberto ou em águas ou redes de drenagem
de águas pluviais ou de esgotos
57
57
• envio de restos alimentares “in natura” para agricultura ou alimentação de
animais
• envio para o co-processamento de resíduos de serviços de saúde,
resíduos radioativos, explosivos, organoclorados, agrotóxicos e
domissanitários, seus componentes e afins, incluindo suas embalagens,
solos, areias e outros materiais resultantes da recuperação de áreas ou
de acidentes ambientais contaminados por organoclorados, agrotóxicos
e domissanitários
• co-processar resíduo sem autorização do órgão ambiental
4.2.2.6.1 Descarte de material logomarcado e produto não-conforme
Todo descarte de material logomarcado ou produto acabado não-conforme
deverá ser acompanhado por colaborador da geradora, incluindo registros
fotográficos do processo de destinação, quando este resíduo não for
descaracterizado dentro da unidade.
Para cada carga de material logomarcado ou produto acabado não-conforme
enviado para destinação deve ser emitido pelo responsável pela execução do
descarte um certificado de destinação específico, incluindo a especificação do
material, por exemplo, rótulo não - conforme, rolha não - conforme, produto
acabado vencido, entre outros.
58
58
A planilha de controle do descarte de materiais logomarcados e produtos não –
conforme (apêndice D), deve ser alimentada sempre que houver descarte.
59
59
4.3 RESUMO DO MANEJO DOS RESÍDUOS
QUADRO 3 – RESUMO DO MANEJO DE RESÍDUOS
ResíduoResíduoResíduoResíduo SegregaçãoSegregaçãoSegregaçãoSegregação AcondicionamentoAcondicionamentoAcondicionamentoAcondicionamento ColetaColetaColetaColeta ArmazenamentoArmazenamentoArmazenamentoArmazenamento TécnicaTécnicaTécnicaTécnica
Resíduos de restaurante Marron e inscrição "orgânico" Recipiente de PEAD Carro coletor de 1.000 L
Container 1200 L Aterro industrial terceiro
Sucata de metais ferrosos
Amarelo e inscrição "metal" Tambor metálico Carro coletor de 1.000 L
Caçamba Reciclagem
Sucata de metais não ferrosos
Amarelo e inscrição "metal" Tambor metálico Carro coletor de 1.000 L
Caçamba Reciclagem
Papel/papelão Azul e inscrição "papel" Recipiente de PEAD Carro coletor de 1.000 L e manual
Caçamba Reciclagem
Resíduos de madeira contendo substâncias não tóxicas
Preto e inscrição "madeira" Recipiente de PEAD Paleteira Caçamba Utilização em forno industrial
Resíduos de materiais têxteis
Cinza e inscrição "rejeito" Recipiente de PEAD
Carro coletor de 1.000 L
Container 1200 L Aterro industrial terceiro
Resíduos sólidos de estações de tratamento de efluentes contendo substâncias não tóxicas
Inscrição "orgânico” Caçamba NA Caçamba Aterro industrial terceiro
Produto e material fora da especificação ou fora do prazo de validade
Cinza e inscrição "produto fora da especificação ou vencido"
Área delimitada em piso impermeável e área coberta
Carro coletor de 1.000 L
Área delimitada em piso impermeável e área coberta
Reciclagem
Rejeitos em geral Cinza e inscrição "rejeito" Recipiente de PEAD Carro coletor de 1.000 L e manual
Caçamba Aterro industrial terceiro
Filtros de ar NA Recipiente de PEAD Carro coletor de Caçamba Aterro industrial terceiro
60
60
1.000 L
Óleo vegetal usado Marrom e inscrição "óleo usado"
Bombona plástica NA Bombona plástica Reciclagem
EPI's e uniformes usados não contaminados
Cinza e inscrição "rejeito" Container 1200 L Carro coletor de 1.000 L
Container 1200 L Aterro industrial terceiro
Embalagens metálicas Amarelo e inscrição "metal" Tambor metálico e recipiente de PEAD
Paleteira, carro coletor de 1.000 L e manual
Caçamba Reciclagem
Embalagens de metais não ferrosos
Amarelo e inscrição "metal" Tambor metálico e recipiente de PEAD
Paleteira, carro coletor de 1.000 L e manual
Caçamba Reciclagem
Bombonas de plástico não contaminadas
Vermelho e inscrição "plástico"
Área delimitada em piso impermeável e área coberta
Carro coletor de 1.000 L
A granel Reciclagem
Resíduos de vidros Verde e inscrição "vidro" Recipiente de PEAD Carro coletor de 1.000 L
Container 1200 L Reciclagem
Plástico Vermelho e inscrição "plástico"
Recipiente de PEAD Carro coletor de 1.000 L e manual
Container 1200 L Reciclagem
Auxiliar de filtração (areia)
NA NA NA Caçamba Aterro industrial terceiros
Residual de produto químico perigoso
Laranja e inscrição do tipo de produto químico
Embalagem original ou embalagem de vidro
Carro coletor de 1.000 L
A granel Encapsulamento e aterramento
Resíduo eletrônico Inscrição “resíduo eletrônico” Em área delimitada com piso impermeável e área coberta
Carro coletor de 1.000 L
A granel Reciclagem
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Tonner Laranja e inscrição "Tonner/cartucho"
Embalagem original e em recipiente de PEAD
Manual Recipiente de PEAD Reciclagem
Pilhas e baterias Laranja e inscrição "pilhas e baterias"
Recipiente de fibra de vidro Carro coletor de 1.000 L
Recipiente de fibra de vidro de 30 L
Reciclagem
Filtros contaminados com óleo
Laranja e inscrição "resíduos perigosos"
Recipiente de PEAD Carro coletor de 1.000 L
Tambor metálico de 200 L Aterro industrial terceiro
Têxteis, EPI’s e uniformes contaminados
Laranja e inscrição "resíduos perigosos"
Tambor metálico Carro coletor de 1.000 L
Tambor metálico de 200 L Aterro industrial terceiro
Auxiliar de filtração (carvão ativado)
NA NA NA NA Co-processamento
Lâmpadas fluorescêntes Laranja e inscrição "lâmpadas fluorescentes"
Embalagem original Carro coletor de 1.000 L
Rack metálico Descontaminação e aterramento
Embalagens vazias contaminadas
Laranja e inscrição "resíduos perigosos"
Em área delimitada com piso impermeável e área coberta
Carro coletor de 1.000 L
A granel Reciclagem
Óleo lubrificante usado Laranja e inscrição "óleo lubrificante usado"
Embalagem original Manual Tambor metálico de 200 L Re-refino
De obras (tijolo, argamassa, concreto, tubo, madeira, gesso...)
Inscrição “Resíduos de construção civil não perigosos”
Caçamba coberta Carro coletor de 1.000 L
Caçamba coberta Aterro industrial terceiro
De obras (tinta, solvente, óleo...)
Inscrição “Resíduos de construção civil perigosos”
Caçamba coberta Carro coletor de 1.000 L
Caçamba coberta Aterro industrial terceiro
Equipamentos de refrigeração
Inscrição “Equipamentos de refrigeração”
Em área delimitada com piso impermeável e área coberta
Carro coletor de 1.000 L
A granel Reciclagem
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62
Até 31 de março de cada ano (ou no máximo, a cada dois anos) deve ser
elaborado o inventário de resíduo referente ao ano(s) civil anterior e
submetido ao órgão ambiental do Estado.
63
63
4.4 DISTRIBUIÇÃO EXTERNA DE COLETORES DE RESÍDUOS
FIGURA 1 – DISTRIBUIÇÃO EXTERNA DE COLETORES DE RESÍDUOS
. Vermelho – papel, plástico, orgânico, metal e rejeito . Verde - papel, plástico, vidro, metal e rejeito . Azul - papel, plástico, madeira, metal e rejeito . Laranja - papel, plástico, perigoso, metal e rejeito
64
64
A Figura 1 acima ilustra a distribuição externa adequada de kits de coleta
seletiva (indicados em vermelho, azul, verde e laranja) que a unidade deve
implantar, para dar melhores condições à efetiva coleta seletiva. Os kits
são constituídos de 5 lixeiras de PEAD de 50 litros, destinados a recolher
resíduos de vidro, papel, metal, plástico, madeira, orgânico, rejeitos e
resíduos perigosos.
Para estruturação da coleta seletiva nas áreas internas a distribuição de
recipientes coletores de resíduos, deve ser conforme quadro abaixo.
QUADRO 4 – DISTRIBUIÇÃO INTERNA DOS RECIPIENTES COLETORES DE RESÍDUOS Equipamento Identificação Setor Quantidade
Lixeira de 4 compartimentos com 7 L
Papel, plástico, metal e rejeito Guarita 1
Kit coleta seletiva 50 L Papel, plástico, metal e rejeito Almoxarifado 1
Lixeira de 4 compartimentos com 7 L
Papel, plástico, metal e rejeito Escritórios almoxarifado 2
Lixeira de PEAD de 14 L Tonner/cartucho Escritórios almoxarifado 1
Kit coleta seletiva Metal, papel, plástico, vidro, rejeito e perigosos Manutenção 1
Lixeira de 4 compartimentos com 7 L
Papel, plástico, metal e rejeito
Administração da manutenção 3
Lixeira de polipropileno 14 L Rejeito Sanitários
feminino/masuculino 18
Lixeira de PEAD de 50 L Rejeito Sanitários feminino/masuculino 6
Lixeira de polipropileno 14 L
Metal, papel, plástico, vidro, rejeito e perigosos Laboratório P&D 6
Lixeira de 4 compartimentos com 7 L
Papel, plástico, metal e rejeito Administração P&D 2
Lixeira de PEAD 100L Papel, plástico, metal, rejeito e perigoso
Laboratório de controle da qualidade 5
Lixeira de 4 compartimentos com 7 L
Papel, plástico, metal e rejeito
Administração laboratório controle da qualidade 1
Kit coleta seletiva 50 L Papel, plástico, metal e rejeito Estoque 1
Lixeira de 4 compartimentos com 7 L
Papel, plástico, metal e rejeito Salas técnicas 26
65
65
Lixeira de 4 compartimentos com 7 L
Papel, plástico, metal e rejeito Gerência 4
Lixeira de 4 compartimentos com 7 L
Papel, plástico, metal e rejeito Diretoria 4
Lixeira de 4 compartimentos com 7 L
Papel, plástico, metal e rejeito Auditório 4
Lixeira de 4 compartimentos com 7 L
Papel, plástico, metal e rejeito Salas de reunião 4
Lixeira de 4 compartimentos com 7 L
Papel, plástico, metal e rejeito RH 3
Lixeira de polipropileno 14 L Rejeito Vestiário feminino/masculino 19
Lixeira de polipropileno 14 L Rejeito Sanitário terceiros 2
Lixeira de PEAD de 100 L com pedal e tampa
Papel, plástico, metal e rejeito Processo (PET e copo) 32
Lixeira de PEAD de 50 L Vidro, papel, plástico, metal, rejeito e orgânico Cozinha 6
Bombona plástica 50 L Orgânico – Óleo vegetal usado Cozinha 4
Lixeira de PEAD de 50 L Rejeito, plástico e metal Refeitório 3 Lixeira de PEAD de 14 L Pilhas e baterias Manutenção 1 Lixeira de 4 compartimentos com 7 L
Papel, plástico, metal e rejeito Prestação de contas 1
Lixeira de 4 compartimentos com 7 L
Papel, plástico, metal e rejeito
Preparo de contas 1
Lixeira de 4 compartimentos com 7 L
Papel, plástico, metal e rejeito Emissão de notas
2
Lixeira de 4 compartimentos com 7 L
Papel, plástico, metal e rejeito Expedição
2
Lixeira de 4 compartimentos com 7 L
Papel, plástico, metal e rejeito Admimistração industrial
3
Lixeira de 4 compartimentos com 7 L
Papel, plástico, metal e rejeito TI
3
Lixeira de 4 compartimentos com 7 L
Papel, plástico, metal e rejeito Service desk
9
Lixeira de 4 compartimentos com 7 L
Papel, plástico, metal e rejeito Sala de monitoramento
1
Lixeira de PEAD de 50 L com pedal Rejeito
Lavatório produção 2
67
67
A Figura 2 permite visualizar a rota de coleta dos resíduos acondicionados
nos recipientes alocados nas áreas externas da instalação. Para facilitar a
coleta destes resíduos, de forma a evitar percursos extensos com grandes
cargas, foram definidos dois trechos para realização desta coleta. A coleta
deverá ser feita duas vezes ao dia.
Os resíduos acondicionados nas áreas internas terão periodicidade e rota
de coleta conforme quadro 4.
QUADRO 5 – ROTA DA COLETA INTERNA DE RESÍDUOS 1º Trecho1º Trecho1º Trecho1º Trecho 2222ºººº TrechoTrechoTrechoTrecho
Local Coletas/dia Rota Local Coletas/dia Rota
Guarita 2 1º TI 1 1º
Refeitório e cozinha 4 2º Service desk 1 2º
Sanitários 2 3º Sala de monitoramento 1 3º
Sala RH 1 4º Expedição 1 4º
Auditório 1 5º Emissão de notas 1 5º
Salas de reunião 1 6º Preparo de contas 1 6º
Diretoria 1 7º Prestação de contas 1 7º
Gerência 1 8º Estoque 2 8º
Salas técnicas 1 9º Laboratórios 2 9º
Processo 4 10º Sanitários produção 4 10º
Vestiário 2 11º Administração industrial 2 11º
Lavatórios produção 4 12º
Manutenção 2 13º
Almoxarifado 2 14º
Escritórios almoxarifado 1 15º
68
68
4.6 EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL NECESSÁRIO PARA
MANEJO DE RESÍDUOS
Devido aos riscos inerentes em algumas atividades de manejo de
resíduos, será obrigatório para execução de coleta e armazenamento de
resíduos a utilização dos equipamentos de proteção individual descrito no
Quadro 5.
QUADRO 6 – EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL PARA O MANEJO DE RESÍDUO EPI Etapa
Luva de segurança para proteção
das mãos contra agentes químicos
e biológicos
Coleta (apenas na manutenção e
banheiros) e armazenamento
Calçado de segurança para
proteção dos pés e pernas contra
respingos de produtos químicos
Coleta e armazenamento
Calça de segurança para proteção
das pernas contra respingos de
produtos químicos
Coleta e armazenamento
O provimento destes equipamentos serão de responsabilidade da
empresa que executará estas atividades.
69
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5. PROCEDIMENTOS EMERGENCIAIS
Os perigos evidenciados no manejo dos resíduos constituem-se
basicamente por pequenos vazamentos de produtos químicos residuais.
Em situação de derramamento de resíduos de produto químico:
- Isolar área de vazamento com fita zebrada disponível no kit de
emergência ambiental;
- Comunicar o acidente ao técnico de saúde e segurança ocupacional e de
meio ambiente da unidade;
- Proteger-se com os EPI’ s disponíveis no kit de emergência;
- Remover fontes de ignição e materiais combustíveis do entorno do
vazamento;
- Não tocar em recipientes danificados ou vazamentos a menos que o EPI
seja adequado;
- Aplicar agente neutralizante sobre o vazamento (aplicável apenas em
casos de vazamento de ácido);
- Conter o vazamento com material absorvente presente no kit de
emergência ambiental;
70
70
- Restringir o vazamento através dos materiais absorventes a menor área
possível assegurando que o vazamento não atinja tubulações de água
e/ou esgoto;
- Acondicionar e armazenar os resíduos gerados na execução do
procedimento como classe I – perigosos; e
- Providenciar a limpeza do local.
Em situações de incêndio:
- Avaliar se o fogo pode ser combatido com os extintores disponíveis (CO2
e pó químico seco). Caso este meio não seja eficiente no combate então,
acionar o corpo de bombeiros;
- Selecionar através da identificação do tipo de incêndio qual o extintor
mais eficiente no combate;
- Remover o pino de segurança do extintor rompendo o lacre;
- Posicionar-se a favor do vento e a 1 metro de distância do ponto de
incêndio (ou outra distância segura que permita o combate eficiente do
incêndio);
- Pressione a alavanca localizada na parte superior do cilindro;
71
71
- Mire o jato de agente extintor na base do fogo;
- Acondicionar e armazenar os resíduos gerados na execução deste
procedimento como classe I – perigosos; e
- Providenciar a limpeza do local.
72
72
6. PROGRAMA DE AVALIAÇÃO DE PRESTADOR DE SERVIÇO DE
MANEJO DE RESÍDUOS
A unidade deve utilizar apenas empresas aprovadas pelos órgãos
reguladores. Todos os prestadores de serviço da cadeia de gestão de
resíduos devem ser avaliados anteriormente a consignação de resíduos,
com base em documentos e em visitas de conhecimento das instalações.
As visitas para avaliação deverão ser atualizadas pelo menos a cada cinco
anos e os documentos anualmente. Todas estas parcerias devem ser
reguladas mediante contrato. A Quadro 6 – relaciona os prestadores de
serviços de manejo de resíduos e o Quadro 7 trás a matriz de documentos
que devem ser solicitados ao prestador.
QUADRO 7 – RELAÇÃO DE PRESTADORES DE SERVIÇO DE MANEJO DE RESÍDUOS RELAÇÃO DE PRESTADORES DE SERVIÇO
1 DEST. DE GASES 2 DEST. DE ÓLEO LUBRIF. USADO
3 DEST. RESÍD. AMBULATORIAIS 4 DEST. RESÍD CLASSE I E/OU II
5 DEST. RESÍD. CONSTR. CIVIL 6 DEST. RESÍD. MADEIRA 7 DEST. RESÍD PILHAS E BATERIAS
8 DEST. DE RESÍD. PNEUS
9 DEST. RESÍD. DE PROD. PERIGOSOS E/OU CONTROLADOS
10 TRANS. DE GASES
73
73
11 TRANSP. DE ÓLEO LUBR. USADO 12 TRANSP. DE RES. AMBULAT. 13 TRANSP. DE RES. CL. II-B 14 TRANSP. DE RES. CL. II-A 15 TRANSP. DE RES. CL. I 16 TRANSP. DE RES. CONSTR.CIVIL 17 TRANSP. DE RES. MADEIRA 18 TRANSP. DE RES. PILHAS E BAT 19 TRANSP. DE RES. PNEUS 20 TRANSP. DE RES. DE PRODUTOS
PERIGOSOS E/OU CONTROLADOS QUADRO 8 – RELAÇÃO DE DOCUMENTOS DE QUALIFICAÇÃO
MATRIZ DE QUALIFICAÇÃO
DOCUMENTO DE QUALIFICAÇÃO TIPO DE PRESTADOR
Questionário de Avaliação Técnica Todos os prestadores
Licença Ambiental de Operação Todos os prestadores
Cadastro Técnico Federal de Atividades Potencialmente Poluidoras e Utilizadores de Recursos Ambientais no IBAMA
Todos os prestadores
Alvará de Funcionamento válido expedido pela Prefeitura Municipal.
1, 3, 4, 5, 6, 7, 8 e 19
Cadastro junto a ANP das empresas destinadas as atividades de coleta e/ou rerrefino de óleo lubrificante usado ou contaminado e dos veículos empregados na atividade de coleta
2 e 11
Licença (revendedor) / Alvará de Funcionamento (fabricante) expedidos pelo Ministério da Justiça - Departamento da Policia Federal – Divisão de Entorpecentes
9 e 20
Certificado e/ou Título de Registro concedido pelo Ministério da Defesa – Exército
9 e 20
Registro Nacional de Transportadores Rodoviários de Carga – RNTRC
10, 11, 12, 13, 14, 15, 16, 17, 18, 19
74
74
e 20
Certificado de Registro junto ao Órgão Ambiental Estadual responsável pelo Sistema de Reposição Florestal Obrigatória
6
Plano de Emergência informando quais os procedimentos adotados em caso de acidente durante o transporte.
10, 11, 12, 14, 15, 16, 18 e 20
Boletim de medição de emissão veícular do PROCON - Fumaça Preta
10, 11, 12, 13, 14, 15, 16, 17, 18, 19 e 20
Cópia do certificado de conclusão do Curso para Condutores de Veículos de Transporte de Produtos Perigosos
11, 12, 15 e 20
Alvará concedido pela Polícia Civil para a fabricação, armazenamento, comercialização e transporte de produtos químicos controlados e explosivos
20
Certificado de Inspeção para o Transporte de Produtos Perigosos – CIPP
20
Certificado de Inspeção Veicular (CIV)
20
75
75
7. EQUIPE DO PROGRAMA DE GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS
A equipe de gestão de resíduos sólidos tem como função organizar,
planejar, viabilizar e difundir idéias e projetos que atendam a política de
gestão de resíduos. São também os responsáveis pela melhoria contínua do
programa.
FIGURA 3 – COMPOSIÇÃO DA EQUIPE DE GESTÃO DE RESÍDUOS
76
76
8. INDICADORES DE DESEMPENHO
A unidade utilizará as métricas abaixo, em base mensal, para identificar
tendências e definir metas anuais relacionadas a resíduos.
Todos os resíduos gerados na instalação, em razão da produção,
construções, alimentação e quaisquer outras atividades, devem ser
contabilizados.
Tendências de aumento na geração de resíduos devem ser identificadas e
revertidas pela equipe de gestão de resíduos.
A unidade deve mensalmente gerar os indicadores abaixo:
• Taxa de resíduos gerado
• Percentual de resíduo reutilizado e/ou reciclado
• Custo com destinação de resíduos
77
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9. PROGRAMA DE TREINAMENTO
A organização para melhorar continuadamente o gerenciamento dos
resíduos, deve implantar um programa de treinamento visando capacitar os
colaboradores quanto ao manejo mais adequado. Todos os registros
associados aos treinamentos serão retidos. O treinamento será realizado
quando:
- Na admissão, através de integração;
- um novo processo ou fonte geradora de resíduo passe a fazer parte do seu
ambiente de trabalho e;
- anualmente pelo menos aos responsáveis pelo manejo de resíduos
perigosos.
O conteúdo mínimo do programa de treinamento será constituído pelos
seguintes temas:
- Conceitos gerais;
- requisitos legais e outros;
- procedimentos de segregação, acondicionamento, coleta e
armazenamento;
- alternativas de tratamento, reutilização, reciclagem e disposição final;
- procedimentos emergenciais e;
78
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- indicadores desempenho relacionados a resíduos.
10. CONCLUSÃO E RECOMENDAÇÃO
Pôde-se concluir, através das informações coletadas que esta unidade fabril
não possui práticas adequadas de manejo de resíduos, sujeitando-se a
passivos ambientais e autuações de órgãos reguladores.
Recomenda-se a implantação de um programa de gestão de resíduos, de
forma que atenda a todos os requisitos legais, que proporcione condições
sanitárias e ambientais adequadas e que traga reduções de custo nas
operações de manuseio de resíduos.
79
79
11. REFERÊNCIAS
PHILIPPI JR, Arlindo. Curso de Gestão Ambiental. Barueri: Manole, 2004.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10.004:
Resíduos Sólidos - Classificação. Rio de Janeiro. (2004).
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 8.418 -
Apresentação de projetos de aterros de resíduos industriais perigosos. Rio
de Janeiro. (1984).
CASTEL, Renan Dal. Definição da Metodologia Básica para Gerenciamento
de Resíduos Sólidos. Curitiba, 2006.
LIMA, Luiz Mário Queiroz. Tratamento de Lixo. São Paulo: Hemus, 1986.
LORA, Electo Eduardo Silva. Prevenção e Controle da Poluição nos Setores
Energético, Industrial e de Transporte. Brasília: Desgnum Comunicação,
2000.
MOURA, Luiz Antônio Abdalla de. Qualidade e Gestão Ambiental: sugestões
para implantação das normas ISO 14.000 nas empresas. São Paulo: Juarez
de Oliveira Ltda, 2002.
NETO, Pedro Penteado de Castro. Resíduos Sólidos Industriais. São Paulo,
1995.
80
80
VILHENA, Mária Luiza Otero D’almeida. Manual de Gerenciamento
Integrado. São Paulo: Páginas e Letras - Editora e Grpafica Ltda, 2000.
BROWN, Lester Russel. Eco-Economia: uma nova economia para a Terra.
São Paulo: UMA/Worldwatch, 2003.
Brasil. Resolução CONAMA nº 237, de 19 de dezembro de 1997. Estabelece
regras relativas ao procedimento, a prazos de validade de licenças
ambientais e à repartição de competências entre Municípios, Estados e
União para efeitos de licenciamento ambiental de atividades potencialmente
poluidoras.
Brasil. Instrução Normativa IBAMA nº 31, de 03 de dezembro de 2009 .
Obriga as pessoas físicas e jurídicas descritas no Anexo I desta Instrução
Normativa ao registro no Cadastro Técnico Federal de Instrumentos de
Defesa Ambiental, instituído pelo Art. 17, inciso I, da Lei nº 6.938, de 31 de
agosto de 1981.
Brasil. Resolução ANP nº 19, de 18 de junho de 2009. Estabelece os
requisitos necessários à autorização para o exercício da atividade de
rerrefino de óleo lubrificante usado ou contaminado, e a sua regulação e dá
outras providências.
Brasil. Portaria MJu nº 1.274, de 25 de agosto de 2003. Dispõe sobre
controle e fiscalização de produtos químicos que especifica.
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Brasil. Decreto nº 3.665, de 20 de novembro de 2000. Dá nova redação ao
Regulamento para a Fiscalização de Produtos Controlados (R-105).
Brasil. Resolução nº 3056, de 12 de março de 2009 . Dispõe sobre o
exercício da atividade de transporte rodoviário de cargas por conta de
terceiros e mediante remuneração, estabelece procedimentos para inscrição
e manutenção no Registro Nacional de Transportadores Rodoviários de
Cargas – RNTRC e dá outras providências.
Brasil. Lei nº 4.771, de 15 de setembro de 1965 - Código Florestal Brasileiro.
Institui o Novo Código Florestal
Brasil. Diretriz CECA RJ nº 572, de 17 de abril de 2007. Estabelece as
diretrizes do Programa de Autocontrole de Emissão de Fumaça Preta por
Veículos Automotores do Ciclo Diesel - PROCON FUMAÇA-PRETA, como
parte integrante do Sistema de Licenciamento de Atividades Poluidoras -
SLAP.
Brasil. Resolução CONTRAN nº 168, de 14 de dezembro de 2004.
Estabelece Normas e Procedimentos para a formação de condutores de
veículos automotores e elétricos, a realização dos exames, a expedição de
documentos de habilitação, os cursos de formação, especializados, de
reciclagem e dá outras providências.
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Brasil. Decreto nº 96.044, de 18 de maio de 1988. Aprova o regulamento
para o transporte Rodoviário de Produtos perigosos, e dá outras
providências.
Brasil. Portaria INMETRO nº 183, de 21 de maio de 2010. Altera a RTQ nº 5
como também o prazo cumprimento dos requisitos referentes à medição da
eficiência de frenagem dos veículos rodoviários, e dá outras providências.
Brasil. Decreto nº 41.752, de 17 de março de 2009. Regulamenta a Lei nº
5.131, de 14 de Novembro de 2007.
Brasil. Diretriz CECA RJ nº 1.310 . DIRETRIZ DE IMPLANTAÇÃO DO
SISTEMA DE MANIFESTO DE RESÍDUOS INDUSTRIAIS.
Brasil. Lei nº 2.306, de 12 de abril de 1995 . Dispõe sobre a separação do
lixo reciclável, lixo orgânico e lixo de banheiros e similares do município e dá
outras providências.
Brasil. Lei nº 4.191, de 30 de setembro de 2003 . Dispõe sobre a política
estadual de resíduos sólidos e dá outras providências
Brasil. Lei nº 4.969, de 03 de dezembro de 2008 . Dispõe sobre objetivos,
instrumentos, princípios e diretrizes para a gestão integrada de resíduos
sólidos no Município do Rio de Janeiro e dá outras providências.
Brasil. Lei nº 5.131, de 14 de novembro de 2007 . Torna obrigatório que os
estabelecimentos situados no Estado do Rio de Janeiro, que comercializam
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lâmpadas fluorescentes, coloquem à disposição dos consumidores lixeira
para a sua coleta quando descartadas ou inutilizadas, e dá outras
providências.
Brasil. Lei nº 12.305, de 02 de agosto de 2010 - Política Nacional de
Resíduos Sólidos . Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos.
Brasil. Portaria MINTER nº 53, de 01 de março de 1979 . Dispõe sobre o
gerenciamento de resíduos sólidos.
Brasil. Resolução CONAMA nº 275, de 25 de abril de 2001 . Estabelece o
código de cores para os diferentes tipos de resíduos, a ser adotado na
identificação de coletores e transportadores, bem como nas campanhas
informativas para a coleta seletiva.
Brasil. Resolução CONAMA nº 313, de 29 de outubro de 2002 . Dispõe
sobre o Inventário Nacional de Resíduos Sólidos Industriais.
ÂMBITO. Disponível em: http://www.ambito.com.br/ em 03 de out. de 2010.
Instituto Estadual do Ambiente. Disponível em:
http://www.inea.rj.gov.br/index/index.asp em 21 de set. de 2010.
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CHECK-LIST DA CENTRAL DE ARMAZENAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS
Unidade: Verificado por: ____________________________________________
Data da verificação: ____/____/________
Nº PERGUNTA SIM NÃO Observação
1 Há acúmulo de resíduos no entorno da central de armazenamento de resíduos?
2
Há presença de água ou outros líquidos estagnado na central de armazenamento de resíduos?
3
O piso encontra-se em bom estado de conservação livre de rachaduras, trincas ou buracos?
4 Todos os resíduos encontram-se devidamente armazenados em suas respectivas baias?
5 A área destinada ao armazenamento de resíduo perigoso encontra-se trancada?
6
A iluminação na central de armazenamento de resíduos encontra-se adequada às condições de
trabalho?
7 Há sinais de infiltração de água na central de armazenamento de resíduos?
8 Evidência da presença de pragas no local?
9 As iscas de controle de pragas encontram-se adequadamente instaladas e íntegras?
10 Todos os recipientes de armazenamento de resíduos encontram-se íntegros?
11 Os recipientes de armazenamento de resíduos estão devidamente fechados?
12
Os recipientes de armazenamento de resíduo encontra-se rotulados de acordo com seu conteúdo,
classe e datado?
13
Os resíduos líquidos encontram-se armazenados dentro das estruturas de segurança (canaleta,
contenção...)?
14
As estruturas de segurança (canaleta, contenção...) encontram-se desobstruídas e livre de detritos?
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15 Há sinais de vazamento no local?
16 O kit de emergência ambiental está disponível no local?
17 O dispositivo de manobra dos drenos externos estão fechados?
18 O kit de emergência ambiental encontra-se devidamente lacrado?
19 A descrição do conteúdo do kit de emergência ambiental está disponível?
Comentários adicionais:
Nota
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CHECK-LIST DE EXPEDIÇÃO DE PRODUTOS PERIGOSOS
Unidade:
Verificado por: ____________________________________________
Data da verificação: ____/____/________
Transportadora:____________________________________________________________________
Nome do motorista:__________________________________________________________________
Placa do veículo:_______________________________________________________ NF:__________________
Resíduo 1: nº ONU:
Resíduo 2: nº ONU:
Resíduo 3: nº ONU:
Verificação OK ÑOK N/A Observação
Em caso de transporte de carga embalada de um único produto perigoso, verificar se na dianteira esquerda do veículo há um painel de segurança informando o nº de risco e o nº da ONU coerente com o produto transportado.
Em caso de transporte de carga embalada de um único produto perigoso, verificar se na traseira esquerda do veículo há um painel de segurança idêntico ao colocado na dianteira, e rótulo indicativo da classe ou subclasse do risco principal do produto.
Em caso de transporte de carga embalada de um único produto perigoso, verificar se nas laterais do centro para a traseira do veículo há um painel de segurança , idêntico ao colocado na dianteira e na traseira, e rótulo indicativo da classe ou subclasse do risco principal do produto.
Em caso de transporte de carga embalada de mais de um produto perigoso de mesmo risco, verificar se na dianteira esquerda há um painel de segurança sem nº de risco nem nº da ONU.
Em caso de transporte de carga embalada de mais de um produto perigoso de mesmo risco, verificar se na traseira esquerda há um painel de segurança idêntico ao colocado na dianteira, e rótulo de risco referente a classe.
Em caso de transporte de carga embalada de mais de um produto perigoso de mesmo risco, verificar se nas laterais do centro para a traseira, há um painel de segurança idêntico ao colocado na dianteira e na traseira, e rótulo de risco refrente a classe.
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Em caso de transporte de carga embalada de mais de um produto perigoso de riscos diferentes, verificar se na dianteira esquerda há um painel de segurança sem nº de risco nem nº da ONU.
Em caso de transporte de carga embalada de mais de um produto perigoso de riscos diferentes, verificar se na traseira há um painel de segurança idêntico ao colocado na dianteira.
Em caso de transporte de carga embalada de mais de um produto perigoso de riscos diferentes, verificar se nas laterais do centro para a traseira, há um painel de segurança idêntico ao colocado na dianteira e na traseira.
Em caso de transporte a granel de um único produto perigoso, verificar se na dianteira esquerda, há um painel de segurança informando n° de risco e nº da ONU.
Em caso de transporte a granel de um único produto perigoso, verificar se na traseira, há um painel de segurança idêntico ao colocado na dianteira, e rótulo de risco indicando a classe ou subclasse de risco principal ou subsidiário (quando houver) do produto.
Em caso de transporte a granel de um único produto perigoso, verificar se nas laterais, há um painel de segurança idêntico ao colocado na dianteira e na traseira, e rótulo de risco indicando a classe ou subclasse de risco principal ou subsidiário (quando houver) do produto.
Em caso de transporte a granel de mais de um produto perigoso de mesmo risco (exceto álcool, óleo diesel, gasolina e querosene), verificar se na dianteira esquerda do veículo há um painel de segurança sem nº de risco nem nº da ONU.
Em caso de transporte a granel de mais de um produto perigoso de mesmo risco (exceto álcool, óleo diesel, gasolina e querosene), verificar se na traseira esquerda do veículo há um painel de segurança idêntico ao colocado na dianteira, e rótulo indicativo da classe ou subclasse do risco principal dos produtos.
Em caso de transporte a granel de mais de um produto perigoso de mesmo risco (exceto álcool, óleo diesel, gasolina e querosene), verificar se nas laterais de cada tanque ou compartimento, há um painel de segurança com nº de risco e nº da ONU, e rótulo indicativo da classe ou subclasse do risco principal dos produtos.
Em caso de transporte a granel de mais de um produto perigoso de mesmo risco, transportando concomitantemente álcool, óleo diesel, gasolina ou querosene verificar se a ficha de emergência, de cada produto ou daquele de maior risco acompanha o transporte.
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Em caso de transporte a granel de mais de um produto perigoso de mesmo risco, transportando concomitantemente álcool, óleo diesel, gasolina ou querosene verificar se na dianteira esquerda do veículo há uma painel de segurança correspondente ao produto de maior risco.
Em caso de transporte a granel de mais de um produto perigoso de mesmo risco, transportando concomitantemente álcool, óleo diesel, gasolina ou querosene verificar se na traseira esquerda do veículo há uma painel de segurança idêntico ao colocado na dianteira, e rótulo de risco referente a classe.
Em caso de transporte a granel de mais de um produto perigoso de mesmo risco, transportando concomitantemente álcool, óleo diesel, gasolina ou querosene verificar se nas laterais do veículo há uma painel de segurança idêntico ao colocado na dianteira e traseira, e rótulo de risco referente a classe.
Em caso de transporte a granel de mais de um produto perigoso de riscos diferentes, verificar se na dianteira esquerda há um painel de segurança sem nº de risco ou nº ONU.
Em caso de transporte a granel de mais de um produto perigoso de riscos diferentes, verificar se na traseira esquerda há um painel de segurança idêntico ao colocado na dianteira, e os rótulos indicativos da classe ou subclasse de risco principal dos produtos.
Em caso de transporte a granel de mais de um produto perigoso de riscos diferentes, verificar se nas laterais de cada tanque ou compartimentohá um painel de segurança com nº de risco (quando houver) e nº da ONU e os respectivos rótulos de classe ou subclasse de risco principal dos produtos.
Verificar se o documento fiscal do produto transportado está disponível e de acordo com o art. 22, inciso II do Decreto nº 96.044.
Verificar se para cada produto há uma ficha de emergência transportado dentro do envelope. (Obs: para diferentes produtos com o mesmo nº ONU e nº de risco pode ser usada uma mesma ficha de emergência).
Em caso de transporte de produto perigoso fracionado, verificar se a embalagem externa dos produtos estão rotuladas, etiquetadas e marcadas de forma legível e de acordo com a correspondente classificação e o tipo de risco (botijões e colindros de GLP não necessitam de rótulo de risco).
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Verificar se o veículo encontra-se em bom estado de conservação (incluíndo tanque, carroceria e outros dispositivos) e de segurança e compatível com o produto transportado.
Verificar se a via original do Certificado de Capacitação para Transporte Rodoviário de Produtos Perigosos encontrase disponível, válido e de acordo com a natureza dos produtos transportados.
Verificar se extintor de incêndio compatível com o produto transportado está disponível.
Verificar se está disponível um conjunto de equipamentos em bom funcionamento para atender situações de emergência, acidente ou avaria.
Verificar se há no mesmo veículo/container outro tipo de mercadoria (animais, alimentos, medicamentos entre outros) ou produto químico incompatível.
Verificar se as cargas estão acondicionadas/embaladas de forma segura.
Caso o veículo possua peso bruto total superior a 4.536 kg, verificar se está fixado nas laterais e na traseira do veículo dispositivo refletivo de segurança alternando segmentos de cores vermelha e branca.
Em caso de transporte de mais de um produto químico, verificar se questões de incompatibilidade estão sendo consideradas para o transporte.
Verificar se o veículo transportador possui Certificado de Inspeção para o Transporte de Produtos Perigosos ou Certificado Internacional de Capacitação dos Equipamentos para o Transporte de Produtos Perigosos a Granel.
Verificar se a embalagem com capacidade inferior a 400 kg ou 450 L, utilizada no transporte do produto perigoso possui o Selo de Identificação da Conformidade.
Verificar se tanques portáteis com capacidade superior a 450 litros utilizados no transporte de produtos perigosos possuem o Selo de Identificação de conformidade.
Verificar se o veículo transportador de produto perigoso está equipado com tacógrafo.
Verificar se o transporte terrestre do produto perigoso atende ao exposto na Relação Numérica de Produtos Perigosos ou na Relação Alfabética de Produtos Perigosos.
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CONTROLE DE DESCARTE DE MATERIAIS E PRODUTOS NÃO-CONFORME
Nome do material ou Produto
Descrição da não-
conformidade
(vencido ou fora do padrão)
Técnica adotada para descarte Quantidade (kg) Data do descarte
100
100
Fonte: Associação Brasileira de Normas Técnicas
X = incompatível
A = Incompatível para produtos da subclasse 2.3 que apresentem toxicidade por inalação LC50 < 1000 ppm
B = Incompatível apenas para os produtos da subclasse 4.1 com os seguintes números da ONU: 3221, 3222, 3231 e 3232
C = Incompatível apenas para os produtos da subclasse 5.2 com os seguintes números da ONU: 3101, 3102, 3111 e 3112
D = Incompatível apenas para os produtos da subclasse 6.1 do grupo de embalagem l – substâncias que apresentam alto risco
NOTAS
1 - Cianetos ou misturas de cianetos não devem ser transportados com ácidos.
2 - No caso da subclasse 2.3, a toxicidade inalatória (LC50) deve estar indicada na ficha de emergência do produto perigoso