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UNIVERSIDADE TIRADENTES UNIVERSIDADE TIRADENTES PROCESSO CIVIL I PROCESSO CIVIL I PONTO 2 PONTO 2 FLAVIA MOREIRA GUIMARÃES PESSOA FLAVIA MOREIRA GUIMARÃES PESSOA

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Page 1: UNIVERSIDADE TIRADENTES PROCESSO CIVIL I PONTO 2 FLAVIA MOREIRA GUIMARÃES PESSOA

UNIVERSIDADE TIRADENTESUNIVERSIDADE TIRADENTESPROCESSO CIVIL IPROCESSO CIVIL I

PONTO 2PONTO 2

FLAVIA MOREIRA GUIMARÃES PESSOAFLAVIA MOREIRA GUIMARÃES PESSOA

Page 2: UNIVERSIDADE TIRADENTES PROCESSO CIVIL I PONTO 2 FLAVIA MOREIRA GUIMARÃES PESSOA

PROCESSO E PROCESSO E PROCEDIMENTOPROCEDIMENTO

Processo consiste em uma série de atos Processo consiste em uma série de atos coordenados, tendentes à atuação da lei, coordenados, tendentes à atuação da lei, tendo por escopo a composição da lide. tendo por escopo a composição da lide.

Procedimento é o caminho ou a forma Procedimento é o caminho ou a forma pela qual o processo se desenvolve.  pela qual o processo se desenvolve.  

  

Page 3: UNIVERSIDADE TIRADENTES PROCESSO CIVIL I PONTO 2 FLAVIA MOREIRA GUIMARÃES PESSOA

JURISDICAO E ACAO JURISDICAO E ACAO

Jurisdição é o poder que tem o Estado de Jurisdição é o poder que tem o Estado de aplicar a lei ao caso concreto.aplicar a lei ao caso concreto.

   Ação é a forma processual adequada para Ação é a forma processual adequada para

defender, em juízo, um interesse.defender, em juízo, um interesse.   

Page 4: UNIVERSIDADE TIRADENTES PROCESSO CIVIL I PONTO 2 FLAVIA MOREIRA GUIMARÃES PESSOA

LIDE E PRETENSAOLIDE E PRETENSAO

Lide é o conflito de interesses, qualificado Lide é o conflito de interesses, qualificado pela existência de uma pretensão pela existência de uma pretensão resistida.resistida.

Pretensão é a exigência de que um Pretensão é a exigência de que um interesse de outrem se subordine ao interesse de outrem se subordine ao próprio próprio

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COMPETENCIA LEGISLATIVACOMPETENCIA LEGISLATIVA

Constituição Federal em seu art. 22, I, Constituição Federal em seu art. 22, I, estabelece que compete privativamente à estabelece que compete privativamente à União legislar sobre direito processual. Os União legislar sobre direito processual. Os Estados e Distrito Federal possuem Estados e Distrito Federal possuem competência concorrente para legislar competência concorrente para legislar sobre procedimento. sobre procedimento.

Page 6: UNIVERSIDADE TIRADENTES PROCESSO CIVIL I PONTO 2 FLAVIA MOREIRA GUIMARÃES PESSOA

Lei processual no espaçoLei processual no espaço

No que tange à lei processual no espaço, No que tange à lei processual no espaço, vigora o princípio da territorialidade. vigora o princípio da territorialidade. Assim, em regra, aplica-se a lei brasileira Assim, em regra, aplica-se a lei brasileira aos processos brasileiros, não se aos processos brasileiros, não se admitindo a aplicação de leis estrangeiras admitindo a aplicação de leis estrangeiras em nosso território em nosso território

Page 7: UNIVERSIDADE TIRADENTES PROCESSO CIVIL I PONTO 2 FLAVIA MOREIRA GUIMARÃES PESSOA

Lei processual no tempoLei processual no tempo

A lei processual, a partir do momento de A lei processual, a partir do momento de sua entrada em vigor, tem aplicação sua entrada em vigor, tem aplicação imediata, abrangendo inclusive os imediata, abrangendo inclusive os processos em curso. A lei processual, processos em curso. A lei processual, porém, não será aplicada aos processos porém, não será aplicada aos processos já acabados (já acabados (tempus regit actumtempus regit actum).).

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JURISDICAO VOLUNTARIA E JURISDICAO VOLUNTARIA E CONTENCIOSACONTENCIOSA

A jurisdição (arts. 1º e 2º, CPC) A jurisdição (arts. 1º e 2º, CPC) A jurisdição é o poder dever de aplicar o Direito ao caso concreto, A jurisdição é o poder dever de aplicar o Direito ao caso concreto,

conferido exclusivamente ao Poder Judiciário.conferido exclusivamente ao Poder Judiciário. Duas são as espécies de jurisdição:Duas são as espécies de jurisdição:

Contenciosa:Contenciosa: onde existe conflito de interesses. onde existe conflito de interesses.

Voluntária:Voluntária: todos os interessados visam ao mesmo objetivo, como, por todos os interessados visam ao mesmo objetivo, como, por exemplo, nas separações consensuais, execuções de testamentos, exemplo, nas separações consensuais, execuções de testamentos, inventários, nomeações de tutores, pedidos de alvará judicial. Refere-se à inventários, nomeações de tutores, pedidos de alvará judicial. Refere-se à homologação de pedidos que não impliquem litígio. Não há partes, mas homologação de pedidos que não impliquem litígio. Não há partes, mas apenas interessados. Não há coisa julgada.apenas interessados. Não há coisa julgada.

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ACAOACAO

Ação é o direito subjetivo público de deduzir uma Ação é o direito subjetivo público de deduzir uma pretensão em juízo (subjetivo porque pertence a cada pretensão em juízo (subjetivo porque pertence a cada um; público porque conferido a todos pelo Estado e um; público porque conferido a todos pelo Estado e porque a lei processual é de ordem pública). porque a lei processual é de ordem pública).

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CONDICOES DA ACAOCONDICOES DA ACAO

As condições da ação são requisitos especiais ligados à As condições da ação são requisitos especiais ligados à viabilidade da ação, ou seja, com a possibilidade, pelo viabilidade da ação, ou seja, com a possibilidade, pelo menos aparente, de êxito do autor da demanda.menos aparente, de êxito do autor da demanda.

   A falta de uma condição da ação fará com que o juiz A falta de uma condição da ação fará com que o juiz

indefira a inicial ou extinga o processo por carência de indefira a inicial ou extinga o processo por carência de ação, sem resolução do mérito, de acordo com os arts. ação, sem resolução do mérito, de acordo com os arts. 295, 267, VI e 329, todos do CPC. Caberá 295, 267, VI e 329, todos do CPC. Caberá eventualmente emenda da inicial, art. 284, CPC, para eventualmente emenda da inicial, art. 284, CPC, para que ela se ajuste as condições da ação.que ela se ajuste as condições da ação.

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As condições da ação são três:As condições da ação são três:

1. Legitimidade para a causa; 1. Legitimidade para a causa; 2. Interesse de agir; 2. Interesse de agir; 3. Possibilidade jurídica do pedido. 3. Possibilidade jurídica do pedido.

  

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LegitimidadeLegitimidade

legítimos para figurar em uma demanda legítimos para figurar em uma demanda judicial são os titulares dos interesses em judicial são os titulares dos interesses em conflito (legitimação ordinária). conflito (legitimação ordinária).

A lei pode autorizar terceiros a virem em A lei pode autorizar terceiros a virem em Juízo, em nome próprio, litigar na defesa Juízo, em nome próprio, litigar na defesa de direito alheio (legitimação de direito alheio (legitimação extraordinária).extraordinária).

Page 13: UNIVERSIDADE TIRADENTES PROCESSO CIVIL I PONTO 2 FLAVIA MOREIRA GUIMARÃES PESSOA

Interesse de agirInteresse de agir

o interesse de agir decorre da análise da necessidade, o interesse de agir decorre da análise da necessidade, utilidade e da adequação da prestação jurisdicional. utilidade e da adequação da prestação jurisdicional.

Compete ao autor demonstrar que sem a interferência Compete ao autor demonstrar que sem a interferência do Poder Judiciário sua pretensão corre riscos de não do Poder Judiciário sua pretensão corre riscos de não ser satisfeita espontaneamente pelo réu e que esta ser satisfeita espontaneamente pelo réu e que esta prestação será util.prestação será util.

Ao autor cabe, também, a possibilidade de escolha da Ao autor cabe, também, a possibilidade de escolha da tutela pertinente que será mais adequada ao caso tutela pertinente que será mais adequada ao caso concreto concreto

Page 14: UNIVERSIDADE TIRADENTES PROCESSO CIVIL I PONTO 2 FLAVIA MOREIRA GUIMARÃES PESSOA

Possibilidade jurídica do Possibilidade jurídica do pedidopedido

é a ausência de vedação expressa em lei é a ausência de vedação expressa em lei ao pedido formulado pelo autor em sua ao pedido formulado pelo autor em sua inicial.inicial.

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ELEMENTOS DA ACAOELEMENTOS DA ACAO

a) as partes - os sujeitos da lide, os quais a) as partes - os sujeitos da lide, os quais são os sujeitos da ação;são os sujeitos da ação;

b) o pedido - a providência jurisdicional b) o pedido - a providência jurisdicional solicitada quanto a um bem;solicitada quanto a um bem;

c) a causa de pedir - as razões que c) a causa de pedir - as razões que suscitam a pretensão e a providência.suscitam a pretensão e a providência.

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Pressupostos processuais Pressupostos processuais

Os pressupostos processuais são os requisitos Os pressupostos processuais são os requisitos necessários para a constituição e o desenvolvimento necessários para a constituição e o desenvolvimento regular do processo. São eles: uma correta propositura regular do processo. São eles: uma correta propositura da ação, feita perante uma autoridade jurisdicional, por da ação, feita perante uma autoridade jurisdicional, por uma entidade capaz de ser parte em juízo.uma entidade capaz de ser parte em juízo.

   Dessa forma, os pressupostos processuais referem-se Dessa forma, os pressupostos processuais referem-se

ao processo, enquanto que as condições da ação ao processo, enquanto que as condições da ação referem-se à ação.referem-se à ação.

Page 17: UNIVERSIDADE TIRADENTES PROCESSO CIVIL I PONTO 2 FLAVIA MOREIRA GUIMARÃES PESSOA

PRESSUPOSTOS DE EXISTENCIA PRESSUPOSTOS DE EXISTENCIA (propositura da demanda e orgão (propositura da demanda e orgão investido de jurisdicao)investido de jurisdicao)

XX PRESSUPOSTOS DE VALIDADE - PRESSUPOSTOS DE VALIDADE - São São

os pressupostos de desenvolvimento os pressupostos de desenvolvimento válido e regular do processoválido e regular do processo

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PRESSUPOSTOS PRESSUPOSTOS SUBJETIVOSSUBJETIVOS

Os pressupostos processuais de validade são divididos Os pressupostos processuais de validade são divididos em subjetivos e objetivos.em subjetivos e objetivos.

   Os pressupostos processuais subjetivos dizem respeito Os pressupostos processuais subjetivos dizem respeito

às partes atuantes no processo, e, dessa forma, se às partes atuantes no processo, e, dessa forma, se referem ao juiz, ao autor e ao réu.referem ao juiz, ao autor e ao réu.

Relativos ao juiz: Competência, Imparcialidade.Relativos ao juiz: Competência, Imparcialidade. Relativo às partes: Capacidade das partes, Relativo às partes: Capacidade das partes,

processual e postulatóriaprocessual e postulatória

Page 19: UNIVERSIDADE TIRADENTES PROCESSO CIVIL I PONTO 2 FLAVIA MOREIRA GUIMARÃES PESSOA

PRESSUPOSTOS OBJETIVOSPRESSUPOSTOS OBJETIVOS

Os pressupostos objetivos se referem ao processo Os pressupostos objetivos se referem ao processo propriamente dito, podendo ser extrínsecos ou propriamente dito, podendo ser extrínsecos ou intrínsecos.intrínsecos.

Os extrínsecos relacionam-se com a inexistência de Os extrínsecos relacionam-se com a inexistência de fatos impeditivos externos ue possam impedir o fatos impeditivos externos ue possam impedir o prosseguimento da ação, como a coisa julgada, a prosseguimento da ação, como a coisa julgada, a litispendência. litispendência.

Já os pressupostos objetivos intrínsecos relacionam-se Já os pressupostos objetivos intrínsecos relacionam-se ao procedimento e observância das normas legais, cuja ao procedimento e observância das normas legais, cuja ausência gera nulidade como a falta do instrumento de ausência gera nulidade como a falta do instrumento de mandato dos advogados, ou a ausência da citação mandato dos advogados, ou a ausência da citação válida, petição inicial apta.válida, petição inicial apta.

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COISA JULGADA, LISTISPENDENCIA COISA JULGADA, LISTISPENDENCIA E PEREMPÇÃO E PEREMPÇÃO

Art. 267. § 1o Verifica-se a litispendência ou a coisa julgada, quando Art. 267. § 1o Verifica-se a litispendência ou a coisa julgada, quando se reproduz ação anteriormente ajuizada. se reproduz ação anteriormente ajuizada.

§ 2o Uma ação é idêntica à outra quando tem as mesmas partes, a § 2o Uma ação é idêntica à outra quando tem as mesmas partes, a mesma causa de pedir e o mesmo pedido. mesma causa de pedir e o mesmo pedido.

§ 3o Há litispendência, quando se repete ação, que está em curso; há § 3o Há litispendência, quando se repete ação, que está em curso; há coisa julgada, quando se repete ação que já foi decidida por coisa julgada, quando se repete ação que já foi decidida por sentença, de que não caiba recurso. sentença, de que não caiba recurso.

Art. 268, Parágrafo único. Se o autor der causa, por três vezes, à Art. 268, Parágrafo único. Se o autor der causa, por três vezes, à extinção do processo pelo fundamento previsto no nextinção do processo pelo fundamento previsto no no III do artigo o III do artigo anterior (abandono da causa por mais de 30 dias) não poderá intentar anterior (abandono da causa por mais de 30 dias) não poderá intentar nova ação contra o réu com o mesmo objeto, ficando-lhe ressalvada, nova ação contra o réu com o mesmo objeto, ficando-lhe ressalvada, entretanto, a possibilidade de alegar em defesa o seu direito.entretanto, a possibilidade de alegar em defesa o seu direito.