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ACOMPANHAMENTO DO BENEFICIAMENTO DO LEITE TIPO C, ANÁLISES FÍSICO-QUÍMICAS DO LEITE E DA TECNOLOGIA DA PRODUÇÃO DE QUEIJO BENEFICIAMENTO E CARA CTERIZAÇÃO DE DA INDÚSTRIA DE NA RAGIÃO DE CORUMBATAÍ DO SUL: APROVEITAMENTO DA CASCA ESTÁGIO SUPERVISIONADO Campo Mourão Agosto/2013 UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ Campus Campo Mourão Curso Superior em Tecnologia em Alimentos Francieli Aparecida do Nascimento

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ACOMPANHAMENTO DO BENEFICIAMENTO DO LEITE TIPO C, ANÁLISES

FÍSICO-QUÍMICAS DO LEITE E DA TECNOLOGIA DA PRODUÇÃO DE QUEIJO

BENEFICIAMENTO E CARA

CTERIZAÇÃO DE

DA INDÚSTRIA DE NA RAGIÃO DE CORUMBATAÍ DO SUL: APROVEITAMENTO DA

CASCA

ESTÁGIO SUPERVISIONADO

Campo Mourão

Agosto/2013

UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ

Campus – Campo Mourão

Curso Superior em Tecnologia em Alimentos

Francieli Aparecida do Nascimento

JAQUELINE CARLUCCI MACEDO

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Sumário

RESUMO ..................................................................................................................... 1

1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 2

2 DESCRIÇÃO DO LOCAL ..................................................................................... 4

3 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS......................................................................... 5

3.1 Coleta de amostras de leite do tanque de refrigeração .................................... 5

3.1.1 Material para coleta ................................................................................. 6

3.1.2 Coleta da amostra ................................................................................... 7

3.2 Processo de Pasteurização do Leite Tipo C ..................................................... 7

3.3 Analises físico-química ................................................................................... 10

3.3.1 Pesquisa de fraudes e adulterantes no leite cru .................................... 11

3.3.2 Pesquisa de neutralizantes da acidez ................................................... 13

3.3.3 Pesquisa de reconstituintes da densidade............................................. 13

3.3.4 Teste do Álcool /Alizarol na concentração mínima de 72% v/v.............. 13

3.3.5 Acidez titulável (ácido lático/100 mL) ..................................................... 14

3.3.6 Densidade relativa a 15°C (g/mL) .......................................................... 15

3.3.7 Teor de Gordura (%) – Método de Gerber ............................................. 15

3.3.8 Extrato seco total (EST) ......................................................................... 16

3.3.9 Extrato seco desengordurado (ESD) (g/100g) ....................................... 17

3.3.10 Índice crioscópico .................................................................................. 17

3.3.11 Pesquisa de antibiótico (Teste SNAP) ................................................... 18

3.3.12 Pesquisa de fosfatase alcalina .............................................................. 20

3.3.13 Pesquisa de peroxidase ........................................................................ 20

3.4 Acompanhamento da Produção do Queijo Tipo Mussarela ............................ 21

3.5 Acompanhamento da Produção do Queijo tipo Ricota ................................... 23

3.6 Acompanhamento da Produção do Queijo tipo Provolone ............................. 25

3.7 Controle de Temperatura ................................................................................ 28

3.8 Verificação das condições das instalações e equipamentos no laticínio ........ 28

4 ÁREA DE IDENTIFICAÇÃO DO CURSO .......................................................... 30

5 CONCLUSÃO ..................................................................................................... 31

6 REFERÊNCIAS .................................................................................................. 32

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Resumo

Este relatório tem como objetivo apresentar as atividades desenvolvidas no decorrer

do estágio obrigatório para a conclusão do Curso de Tecnologia de Alimentos da

Universidade Tecnológica Federal do Paraná. As ações do estágio ocorreram na

empresa Carlos Antônio Pereira Formosa do Oeste Me (LEITE DUBOM), no período

de Março de 2013 a Junho de 2013. Foram realizadas as seguintes atividades:

análises físico-químicas do leite cru e do leite pasteurizado; acompanhamento do

processamento do queijo tipo mussarela; do queijo tipo ricota; do queijo tipo

provolone; monitoramento das temperaturas dos equipamentos; da higiene dos

processos de limpeza dos equipamentos de produção e da higiene dos

colaboradores envolvidos com processo produtivo e visita de campo. As análises

foram executadas no laboratório controle de qualidade e o monitoramento das

atividades relacionadas ao beneficiamento do leite, dos queijos, ao ambiente e

instalações e aos colaboradores por meio do preenchimento e registros nas

planilhas de controle qualidade.

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1 Introdução

Entende-se por leite, sem outra especificação, o produto oriundo da ordenha

completa, ininterrupta de vacas sadias, bem alimentadas e descansadas, em

condições de higiene. O leite de outras espécies deve denominar-se segundo a

espécie da qual proceda, segundo a Instrução Normativa (IN) nº 62 (BRASIL, 2011).

Conhecido pelo seu excelente valor nutritivo, o leite é um alimento natural e

energético. Contribui para diversas funções em todas as idades. Ao transformar o

leite em outros produtos, como por exemplo, o queijo tipo mussarela, diversifica-se e

melhora-se a qualidade nutricional da alimentação diária (VALSECHI, 2001).

O leite é composto de água, proteínas, açúcares, sais minerais, gorduras e

vitaminas, sendo que, a proteína do leite é composta por vários aminoácidos sendo

utilizada para a formação e reparo do tecido muscular no organismo humano, além

de ser responsável pela a cor branca e opaca; a gordura é uma fonte rica de

energia, dá a cor amarelada ao leite (nata); os sais minerais encontrados no leite,

especialmente o cálcio, são importantes na formação dos ossos e dentes,

principalmente em crianças e mulheres grávidas; o açúcar é fonte de energia

(BEZERRA & RANIERE, 2008).

O leite é um produto sensível, absorve os odores com facilidade, quando

exposto ao sol adquire gosto estranho e desagradável devido a oxidação. Desse

modo, torna-se excelente meio para o desenvolvimento de microrganismos

(SZTAJN; ALVES, 2010), por isso a conservação do leite ordenhado deve ser em

baixas temperaturas, sendo resfriado em tanques de refrigeração por expansão

direta ou em tanques de imersão do latão em água gelada, devendo ser recolhido e

transportado por caminhões isotérmicos até o laticínio. Caso o produtor não tenha

como resfriar o leite na fazenda, deverá resfriá-lo em um tanque comunitário (DÜRR,

2009). O queijo mussarela deverá ser conservado a uma temperatura abaixo de 12

ºC quando o conteúdo de umidade está compreendido entre 55 e 60% m/m, a

temperatura não deve exceder os 8 ºC (Portaria Nº 364, 1997).

De acordo com Bezerra & Raniere (2008) o queijo é um produto concentrado

de proteínas e gorduras, obtido a partir do leite coalhado, separado do soro e

amadurecido durante tempo variável, dependendo do tipo que se deseja fabricar. O

queijo tipo mussarela que tem origem italiana (originário das províncias de Salermo

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e Castela), no Brasil é um dos queijos mais fabricados, consumidos e apreciados. A

tecnologia de fabricação é diversificada e, portanto os queijos apresentam variações

em sua composição. Sua massa é esbranquiçada, firme, compacta e de sabor

ligeiramente ácido. O seu rendimento é de 1 quilo de queijo para cada 10 litros de

leite, podendo se dispor de vários formatos, como: retangular, tranças, bolinhas,

entre outros.

A ricota é um queijo de origem italiana fabricado em diversos países sob

várias denominações. É conhecida também por queijo de albumina, por se constituir

basicamente desta proteína e de lactoglobulina, que são os principais componentes

proteicos do soro, não coaguláveis pelo coalho. São proteínas facilmente

desnaturadas e precipitadas pelo calor, sob a influência de acidificação, o que

constitui o princípio básico da fabricação da ricota (FURTADO, 1994).

Em termos, a massa da ricota é obtida por meio da acidificação do soro do

leite, adicionado ou não de 10% de leite integral, após seu aquecimento a

aproximadamente 92 ºC. O rendimento médio da fabricação é de cerca de 4 a 6%,

sendo um produto de pouca durabilidade, portanto, considerado queijo fresco.

Geralmente, pode ser comercializada de várias formas: defumada, condimentada ou

cremosa, na forma prensada ou em potes (RIBEIRO et al., 1994).

O estágio realizado teve como objetivo acompanhar o processo do leite

pasteurizado tipo C e do queijo tipo mussarela, queijo tipo ricota, queijo tipo

provolone bem como as análises físico-químicas onde foram apresentados

conceitos, fundamentos técnicos, além de outras informações que vão desde a

obtenção do leite até o produto final de boa qualidade.

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2 Descrição do Local

As atividades do estágio foram desenvolvidas no laboratório de controle de

qualidade, nas instalações do laticínio Leite DUBOM que está localizada na cidade

de Formosa do Oeste, especificamente na Estrada Arare, número 237, zona rural e

tem como proprietário Carlos Antônio Pereira. O estágio também foi realizado nas

propriedades dos produtores de leite quando eram feitas as coletas de leite para

análise.

No laticínio Leite DUBOM, dentre os produtos oferecidos destacam-se o leite

pasteurizado tipo C, o queijo tipo mussarela, o queijo tipo ricota e o queijo tipo

provolone.

Para abranger tantos produtos o laticínio Leite DUBOM é dotado de

equipamentos próprios e conta com a colaboração de aproximadamente 18

funcionários, sendo nove responsáveis pela produção, um responsável pelas

análises físico-químicas e controle de qualidade na linha de produção. Os demais

colaboradores são auxiliares de produção.

A indústria compreende uma sala para produção e laboratório de controle de

qualidade. São independentes da produção os escritórios, refeitório, vestiários e

banheiros, sala de produtos químicos e sala de máquinas, cada ambiente é

separado.

Atualmente, o Leite DUBOM beneficia 20.000 litros de leite por dia. A

indústria está devidamente equipada com uma centrífuga clarificadora e

padronizadora, uma homogeneizadora, um pasteurizador de placas, máquina de

envase, uma Queijomat (equipamento utilizado para produção do queijo). Possui

ainda, dois balões isotérmicos para a estocagem de leite cru e pasteurizado e

quatro câmaras refrigeradas, para a estocagem de seus produtos.

O Laboratório de controle de qualidade atende à produção de leite

pasteurizado, que diariamente são enviadas amostras para análises. O laboratório

atende o setor de recepção do leite e dos produtos finais onde são realizadas as

análises físico-químicas, apenas as análises microbiológicas são terceirizadas. A

supervisão do estágio foi realizada pela Médica Veterinária Josiane Alves Correa.

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3 Atividades desenvolvidas

O estágio curricular no Laticínio Leite DUBOM ocorreu no período de 06 de

Março de 2013 a 14 de Junho de 2013, totalizando 400 horas. As atividades

desenvolvidas serão descritas a seguir.

Para realização das análises de rotina no laboratório da empresa são

utilizadas metodologias oficiais preconizadas pela IN 62/2011 - IN nº 68 – 12/12/06

(Métodos Analíticos Oficiais Físico-Químicos, para Controle de Leite e Produtos

lácteos).

O leite chega à plataforma de recepção do laticínio entre as 07h30 min e às

11h30 min da manhã diariamente, para beneficiamento e para produção de queijo. O

transporte é feito por caminhões tanques com compartimento de refrigeração, como

o leite de todos os produtores são misturados o motorista do caminhão fica

encarregado de recolher uma amostra de cada produtor antes de carregar o

caminhão. Ao chegar à plataforma o leite é agitado para coletar-se uma amostra do

compartimento do veículo coletor, para realização do controle diário de qualidade

por meio de análises físico-químicas do leite.

3.1 Coleta de amostras de leite do tanque de refrigeração

Uma das atividades acompanhadas durante o estágio foi a coleta do leite

para as análises laboratoriais. Duas vezes por mês é analisada amostra individual de

cada produtor no laboratório do laticínio e verificado os padrões de: gordura, acidez

titulável, densidade, índice crioscópico, proteína, e pesquisa de fraudes e

adulterações. Mensalmente, são coletadas amostras individuais dos produtores que

são enviadas aos laboratórios de Programa de Análise de Rebanhos Leiteiros do

Paraná – Curitiba – (PARLPR) para verificar os teores de Proteína (mínimo 2,9

g/100g); Gordura (mínimo de 3g/100g); Extrato seco desengordurado (ESD) (mínimo

8,4 g/100g); Contagem Bacteriana Total (CBT) (máximo 600.000 UFC/mL);

Contagem de Células Somáticas (CCS) (máximo 600.000 CS/mL). Para esta coleta,

distribuíam-se aos freteiros de cada linha dois recipientes de plástico, os quais

deveriam ser identificados na tampa com o número de cada produtor (código), o que

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facilita o monitoramento e dificulta as possíveis fraudes, além de facilitar o trabalho

dos funcionários do laboratório. As amostras de leite coletadas na propriedade são

mantidas e transportadas em caixas térmicas refrigeradas até o laboratório de

análises.

Nessa visita também se verifica a campo diferentes realidades e várias

dificuldades enfrentadas pelos produtores integrantes da cadeia leiteira. O acesso à

assistência técnica ainda é restrito, informação e tecnologia chegam lentamente em

determinadas localidades, principalmente para os pequenos produtores e como está

sendo feita a higienização na ordenha, trabalha-se com os produtores e especifica-

se a importância da limpeza da ordenha na qualidade do leite.

3.1.1 Material para coleta

Frasco para coleta de amostra para contagem bacteriana;

Frasco para coleta de amostra para componentes e CCS (Contagem de

Células Somáticas);

Conservantes para a amostra de contagem bacteriana (azidiol);

Coletor de amostra tipo concha;

Agitador para latões;

Recipientes para coletar amostra de mais de um latão;

Caixa isotérmica para manter amostras coletadas e transporte;

Gelo reciclável;

A coleta de amostra do leite do tanque requer agitação vigorosa para

homogeneização da mesma. Em estabelecimentos com tanque de resfriamento do

leite, recomenda-se, antes de coletar a amostra:

a) Observar se há qualquer anormalidade no leite. Em caso de anormalidade,

registrar a ocorrência e interromper a coleta.

b) Medir o volume de leite.

c) Ligar o sistema de agitação do tanque por no mínimo cinco (5) minutos antes

da coleta da amostra. Quando a capacidade do tanque for de mais de 5.700

litros, o tempo de agitação deve ser aumentado para dez (10) minutos, ou de

acordo com a recomendação do fabricante.

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d) Anotar a temperatura do leite.

3.1.2 Coleta da amostra

Não manter o frasco com conservante sobre o leite contido no tanque;

Usar um coletor para transferir o leite para o frasco;

Nunca ultrapassar ¾ do frasco com leite (medida feita considerando-se o

frasco tampado). Isso é feito para permitir a mistura do leite com o

conservante.

Identificar cada frasco com o correspondente código ou nome do produtor.

Colocar a amostra de leite imediatamente em uma caixa isotérmica (tipo

isopor ou outra), com gelo.

Limpar cuidadosamente o coletador. A amostra coletada deve ser colocada

imediatamente em caixa isotérmica, com gelo suficiente para conservar a

temperatura do leite abaixo de 7 °C. A remessa para o laboratório pode ser

feita via transporte rodoviário, preferencialmente ônibus, com entrega direta

no laboratório centralizado do PARLPR.

3.2 Processo de Pasteurização do Leite Tipo C

O leite pasteurizado deve ser classificado quanto ao teor de gordura como

integral (mínimo 3,0%), semidesnatado (0,6% a 2,9%) ou desnatado (máximo 0,5%),

e quando destinado ao consumo humano direto na forma fluida, submetido a

tratamento térmico na faixa de temperatura de 72 a 75 ºC durante 15 a 20 segundos,

em equipamento de pasteurização a placas, dotado de painel de controle com

termo-registrador e termo-regulador automáticos, válvula automática de desvio de

fluxo, termômetros e torneiras de prova, seguindo-se resfriamento imediato em

aparelhagem a placas até temperatura igual ou inferior a 4 ºC e envase em circuito

fechado no menor prazo possível, sob condições que minimizem contaminações

(BRASIL, 2011).

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Quando liberado para a pasteurização, o leite selecionado segue o processo

esquematizado no fluxograma apresentado na Figura 1.

Figura 1: Processo de pasteurização do leite.

a) Avaliação da qualidade do leite cru na recepção: As seguintes análises

físico-químicas são realizadas tanto nas amostras retiradas dos caminhões

como também da amostra individual dos produtores: acidez titulável em

graus Dornic (ºD), prova do alizarol a 72%, índice crioscópico em ºH,

pesquisa de antibiótico (tipo SNAP), gordura (%), extrato seco

desengordurado (ESD) (%), densidade (g/mL) e proteínas (%). E a pesquisa

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por adição de neutralizantes (soda, bicarbonato de sódio), conservantes

(formol, água oxigenada, cloro) e reconstituintes (cloretos, açúcar, amido,

urina, álcool etílico). Os resultados são anotados em planilhas de controle.

Em caso de resultados insatisfatórios, as amostras individuais dos

produtores são avaliadas, os produtores notificados. E em caso de

resultados insatisfatórios para as amostras de cada tanque dos caminhões o

leite é descartado, tornando-se impróprio para o processamento e para

consumo.

b) Pesagem e filtração: O leite recebido é pesado em balança de duplo prato de

aço inoxidável, com capacidade de 250 kg por pesagem o controle de

entrega da matéria-prima.

c) Filtração: A primeira filtração tem como objetivo filtrar o leite e retirar as

sujidades visíveis encontradas no leite como eventuais pêlos, fibras vegetais,

substâncias insolúveis que podem contribuir para o desgaste de peças

envolvidas no processo e o mais importante segurança do produto.

d) Tanque de recepção: quando lançado ao tanque de recepção ocorre a

segunda filtração.

e) Pré-aquecimento: O leite é transportado por bombeamento até o trocador de

calor (pasteurizador), onde permanece de 30 a 58 ºC durante 15 segundos

antes do processo, o que protege um pouco as proteínas para o processo.

Na prática funciona como esterilização.

f) Centrifuga (Clarificadora/Padronizadora): Nesta etapa ocorre a separação do

leite e do creme. A clarificadora/padronizadora é regulada para que o teor de

gordura seja padronizado a 3% no caso de leite integral. Após a

clarificação/padronização o leite segue para o processo de homogeneização.

g) Homogeneização: O processo tem como objetivo prolongar a estabilidade da

emulsão da gordura reduzindo mecanicamente o tamanho dos glóbulos e

evitando a floculação.

h) Sistema Alta temperatura Curto Tempo (High Temperature Short Time,

HTST): A pasteurização consiste no aquecimento do leite a uma temperatura

de 72 ºC a 75 ºC, durante 15 a 20 segundos e seu resfriamento por troca de

calor em placas alimentadas pelo banco de gelo (0 ºC aproximadamente),

para sair com uma temperatura de 4 ºC.

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i) Tanque de armazenamento: Depois de pasteurizado, o leite é armazenado

em um tanque isotérmico com capacidade de 10.000 litros onde permanece

a temperatura de 4 ºC até que ocorra a coleta para as análises físico-

químicas e microbiológicas antes do envase.

j) Análises: A coleta das amostras de leite pasteurizado para realização das

provas físico-químicas tem por objetivo avaliar e liberar o lote para o envase.

São realizadas as análises físico-químicas de acidez titulável (ºD), índice

crioscópico (ºH), fosfatase alcalina e peroxidase. As análises microbiológicas

possíveis contaminações antes do envase.

k) Envase: O envase é realizado através de uma máquina com capacidade de

2.000L/h cada, dotada de um sistema de irradiação ultravioleta que esteriliza

o filme de polietileno, evitando contaminação no produto final. Durante o

envase, uma amostra é coletada e encaminhada para o laboratório para

realização das análises físico-químicas no término de cada lote produzido.

l) Armazenamento: O produto envasado é acondicionado em caixas plásticas

limpas e refrigerado a uma temperatura de aproximadamente 4ºC em

câmara fria.

m) Distribuição: O lote é liberado para distribuição. A entrega do leite para os

estabelecimentos comerciais é feita em caminhões isotérmicos, devidamente

limpos.

São produzidos em média de 6.000 à 7.000 litros de leite por dia.

3.3 Analises físico-química

Na Tabela 1 são apresentados os padrões físico-químicos do Leite Cru

Refrigerado do Laticínio LEITE DUBOM, baseada na Instrução Normativa n° 62, de

29 de dezembro de 2011(BRASIL, 2011).

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Tabela 1 - Requisitos Físicos e Químicos do Leite Cru Refrigerado, baseada na Instrução Normativa

n° 62 (Brasil, 2011).

Requisitos Limites

Temperatura ideal do leite cru

refrigerado

7 ºC na propriedade rural/Tanque

comunitário e 10 ºC no estabelecimento

processador

Acidez titulável (g ácido lático/100 mL)

0,14 a 0,18

Teste do Álcool /Alizarol na concentração mínima de 72% v/v

Estável

Índice Crioscópico - 0,530 ºH a -0,550 ºH (equivalentes a -0,512 ºC e a -0,531 ºC)

Teor de Gordura Teor original, com o mínimo de 3,0

Extrato seco desengordurado

(g/100g)

Mínimo 8,4

Densidade relativa a (15OC g/mL) 1,028 a 1,034

Proteínas (g /100g) Mínimo 2,9

Pesquisa de Neutralizantes da

Acidez

Negativo

Pesquisas Reconstituintes da

Densidade

Negativo

Pesquisa de agentes inibidores do

crescimento microbiano

Negativo

Pesquisa de Antibiótico (Tipo

SNAP)

Negativo

3.3.1 Pesquisa de fraudes e adulterantes no leite cru

Entende-se por fraude a adição ou subtração parcial ou total de qualquer

substância na composição de um produto (BEHMER, 1999).

As fraudes visam principalmente o aumento do lucro direto através do

aumento do volume e o prolongamento da vida útil do produto, utilizando-se artifícios

danosos à saúde e a economia popular (PIRES, 2000). Na Tabela 2 estão

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resumidas as principais metodologias empregadas para pesquisa de fraudes e

adulterantes em amostras de leite cru.

Tabela 2 - Pesquisa de fraudes e adulterantes no leite cru.

Pesquisa Leite Procedimento Resultados

Soda 5 mL 4 gotas Azul Bromotimol (Agitar) + coloração esverdeada

- coloração amarela

Bicarbonato de sódio

5 mL 10 mL de álcool absoluto (Agitar) + coloração vermelha

Formol 5 mL 2 mL de ácido sulfúrico; 1 mL de percloreto férrico, aquecer até

ebulição.

+ coloração violeta

- coloração amarela

Água oxigenada

10 mL 1 mL de guiacol 1% + coloração salmão

- sem alteração de cor

Cloro 5 mL 0,5 mL de iodeto de potássio (Agitar) + coloração amarela

- sem alteração de cor

Cloretos 2 mL 2 mL de reagente A, 2 mL do

reagente B (Agitar).

+ coloração amarela

- cor de tijolo

Açúcar 1 mL 1 mL de HCl PA (Agitar). Deixar em

banho maria

+ coloração avermelhada

- coloração marrom

Amido 10 mL Aquecer 5 minutos. Esfriar com água

corrente. 5 gotas de solução lugol.

+ coloração azul

- sem alteração de cor

Urina 2 mL 2 mL de reagente U1, 2 mL de

reagente U2 e 2 mL de reagente U3.

+ coloração rósea

- sem alteração de cor

Álcool etílico

100mL 10 mL de antiespumante e 2 mL de

solução sulforcrônica

+ coloração verde

- coloração inalterado ou amarela

*Resultado positivo (+) e resultado negativo (-).

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3.3.2 Pesquisa de neutralizantes da acidez

Com exceção da fraude por adição de água, a neutralização do leite com

agentes alcalinos (hidróxido de sódio ou soda cáustica, bicarbonato de sódio e

carbonatos), é com certeza a adulteração mais comum e frequentemente

empregada para mascarar a alteração do leite sofrida pelo excesso de acidez

(RODRIGUES, 2011).

3.3.3 Pesquisa de reconstituintes da densidade

Quando se coloca água no leite, outros constituintes são adicionados com o

objetivo de equilibrar a densidade, equiparando-a com a do leite.

Amido, açúcar, álcool etílico, cloretos e urina são substâncias adicionadas

com a finalidade de mascarar a adição de água ao leite (PIRES, 2000).

3.3.4 Teste do Álcool /Alizarol na concentração mínima de 72% v/v

Técnica:

Transferir, para um tubo de ensaio, partes iguais (2 mL) de leite e solução de

álcool etílico a 72 ºGL e misturar cuidadosamente.

A estabilidade ao alizarol é uma prova rápida, muito empregada nas

plataformas de recepção como um indicador de acidez e estabilidade térmica do

leite. A amostra de leite é cuidadosamente misturada a uma solução alcoólica

contendo um indicador de pH (alizarina) e observa-se à formação de um precipitado,

ou coagulação. Um aumento na acidez do leite, causada pelo crescimento de

bactérias e produção de ácido láctico, causará um resultado positivo no teste,

embora o pH preciso em que isto ocorre não seja o mesmo para todo leite. A Tabela

3 apresenta os possíveis valores de acidez no em ºD através da coloração presente

no teste do alizarol.

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Tabela 3. Interpretação dos Possíveis Resultados da Prova do Alizarol

Resultado:

Coagulação: leite sem resistência térmica (não poderá ser pasteurizado ou

aquecido, pois irá coagular, consequentemente, causar transtornos e perdas

econômicas na produção);

Coagulação fina: leite com pequena resistência térmica (igualmente ao leite

coagulado poderá causar danos se pasteurizado).

3.3.5 Acidez titulável (ácido lático/100 mL)

Técnica:

Pipeta-se 10 ml de leite homogeneizado para tubo de ensaio. Junta-se 4 ou

gotas de fenolftaleína, titula-se com solução Dornic, agitando até a viragem da cor

para “róseo”, que deve permanecer por 20 a 30 segundos.

Segundo Moretto (2008), o leite ao sair do úbere, é ligeiramente ácido,

apresentando valores normais entre 15 e 18 °D. A acidez é expressa em graus

Dornic (ºD), onde 1 ºD corresponde a 0,1 g de ácido láctico/ litro de leite. A acidez

natural do leite é proveniente das proteínas (5 ºD), fosfatos (3 ºD), citratos (3 ºD),

CO2 (2 ºD) e lactose (3 ºD).

Reação Acidez Qualidade

Coloração tijolo ou róseo-salmão, sem coagulação.

Entre 14 a 18 ºD Leite normal e com

estabilidade a temperatura elevada

Coloração tijolo ou róseo-salmão com coagulação fina

Entre 19 e 21°D Leite com baixa resistência

térmica

Coloração amarela com coagulação

Acima de 22 °D Leite sem resistência térmica

Coloração violeta, sem coagulação

Abaixo de 14 ºD Leite alcalinizado ou fraudado

com água

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A acidez indica o estado de conservação do leite. Uma acidez elevada é

resultado da acidificação através do consumo da lactose pela presença de bactérias

no leite (BEHMER, 1999).

3.3.6 Densidade relativa a 15°C (g/mL)

Técnica:

Adiciona-se 250 mL de leite na proveta, evitando a formação de espuma.

Coloca-se o termolactodensímetro girando-o. Após a estabilização, observa-se na

escala o ponto onde se forma a linha do leite e a temperatura do leite. Utilizar a

tabela para a correção da densidade em função da temperatura.

A densidade do leite é uma relação entre peso e volume e é normalmente

medida a 15 °C ou corrigida para essa temperatura. A densidade do leite, pode

variar entre 1,023 e 1,040 g/mL. A densidade da gordura do leite é

aproximadamente 0,927 g/mL e a do leite desnatado, cerca de 1,035 g/mL

(VENTURINI et al., 2007).

Um leite com 3,0% de gordura deverá ter uma densidade em torno de 1,030

g/mL, enquanto um com 4,5% deverá ter uma densidade de 1,028 g/mL. Através

dela é possível avaliar a relação entre os sólidos totais e o solvente no leite, utilizado

juntamente com o teste de gordura para determinar o teor de sólidos do leite. A

densidade abaixo do nível serve para identificar fraudes através da adição de água,

problemas nutricionais ou ainda problemas na saúde do animal (VENTURINI et al.,

2007).

3.3.7 Teor de Gordura (%) – Método de Gerber

Técnica:

Adiciona-se a um butirômetro, 10 mL da solução de ácido sulfúrico (d= 1,820-

1,825). Transfere-se 11 mL de amostra homogeneizada, para o butirômetro

lentamente e pela parede deste, para evitar sua mistura com o ácido. Acrescenta-se

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1 mL de álcool isoamílico. Limpa-se as bordas do butirômetro com papel de filtro e

fecha com rolha apropriada. Envolve o butirômetro em um pano, colocando o bulbo

maior na palma da mão de forma tal que o dedo polegar exerça pressão sobre a

tampa, impedindo sua projeção; agitar o butirômetro, de modo a promover a mistura

completa dos líquidos no interior do aparelho, tomando precauções para evitar

acidentes e mantendo o polegar sobre a tampa. Centrifugar durante 5 minutos de

1000 a 1200 rpm e transferir para banho-maria a 65 °C por 5 minutos; repetir as

operações de centrifugação e de incubação.

Cálculos:

Ler a porcentagem de gordura diretamente na escala do aparelho e na base

do menisco formado pela camada de gordura separada, imediatamente após retirar

o aparelho do banho-maria. Se a coluna não estiver bem delineada, misturar

novamente o conteúdo do aparelho e repetir os procedimentos de centrifugação e

aquecimento.

A gordura é encontrada no leite, na forma de pequenos glóbulos esféricos ou

ligeiramente ovoides com diâmetro variados. Quanto maior o teor de gordura, maior

é o tamanho dos glóbulos. É usada como matéria-prima na produção de queijos

nobres, melhora a textura e o sabor, além de imprimir sensação de riqueza aos

produtos (BEHMER, 1999; TRONCO, 2003).

A gordura do leite é também responsável por diversos defeitos em produtos

lácteos, devido aos ácidos graxos de cadeia curta (voláteis) e de insaturados que

resultam em sabores e odores desagradáveis, quando livres ou oxidados, através da

rancidez hidrolítica e da rancidez oxidativa (TRONCO, 2003).

3.3.8 Extrato seco total (EST)

Para calcular a porcentagem de EST (Extrato seco total) do leite usa-se o

disco de Ackermann, coincidindo o valor da densidade do leite já corrigida para 15

°C (valores possíveis no disco móvel) com o valor da gordura butirométrica (valores

no disco fixo). A porcentagem é apontada pela seta do disco móvel, estando na

escala periférica.

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O valor mínimo é de 11,50%.

3.3.9 Extrato seco desengordurado (ESD) (g/100g)

É feito pela diferença: ESD= EST- gordura e o valor mínimo é 8,5%.

A matéria seca desengordurada ou extrato seco desengordurado

correspondem ao total dos componentes do leite, menos a água e a gordura

(TRONCO 2003).

3.3.10 Índice crioscópico

Técnica:

A determinação do índice crioscópico é realizada em crioscópio eletrônico

digital. Para realização do teste, coloca-se 2 mL de leite em tubo de um ensaio

específico leva-se para o equipamento para realizar a leitura dos dados.

Resultados

A amostra de leite analisada deve apresentar índice de crioscopia padrão de

0,530 ºH a -0,550 ºH (equivalentes a -0,512 ºC e a -0,531 ºC). Se o resultado for

menor que o padrão, então é um indicativo que há presença de água no leite.

A água é o tipo mais antigo, simples e comum de fraude que se tem

conhecimento em se tratando de leite. É facilmente detectável pelo controle físico-

químico de rotina por meio de métodos diretos como a crioscopia. (PIRES, 2000).

A crioscopia do leite corresponde à medição do ponto de congelamento ou da

depressão do ponto de congelamento do leite em relação ao da água. A composição

normal do leite gera um valor aproximado de -0,531 ºC (-0,550 ºH) para o ponto

crioscópico. Este valor depende de uma série de fatores relacionados ao animal, ao

leite, ao ambiente, ao processamento e as técnicas crioscópicas, ocasionando

dificuldades para o estabelecimento de padrões crioscópicos. A leitura pode ser

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realizada em duas diferentes unidades: graus Celsius (ºC) ou graus Hortvest (ºH),

dependendo de ajustes prévios do equipamento (SILVA, 2004).

3.3.11 Pesquisa de antibiótico (Teste SNAP)

A presença de resíduos de antibióticos representa o principal ponto crítico de

controle de contaminação química do leite, devendo ser monitorada na recepção da

matéria prima nas plataformas das indústrias de laticínios e constitui um risco

potencial à saúde do consumidor. Esta contaminação pode ocorrer através de fontes

diretas, pela adulteração com objetivo de prolongar a vida útil do leite, ou indireta,

consequência do tratamento indicado pelo veterinário para gado leiteiro (SOUZA et

al., 2010).

Técnica:

O teste consiste em pipetar 450 µL de leite coletado do caminhão isotérmico,

utilizando uma pipeta de plástico que vem junto com o material para análise, o leite

pipetado deve ser colocado na cubeta de plástico que contém o reagente necessário

para determinar a presença de antibiótico. O conteúdo da cubeta deve ser colocado

no circulo branco superior conforme a Figura 2 apresenta.

Figura 02 – Teste de antibiótico tipo SNAP. Fonte: MADASA, 2011.

Na Figura 3 é possível visualizar o resultado do teste SNAP.

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Resultado negativo Resultado positivo

Figura 03 - Teste de antibiótico tipo SNAP. Fonte: MADASA, 2011.

Na Tabela 4 são apresentados os padrões físico-químicos do Leite

Pasteurizado baseado na Instrução Normativa n° 62, de 29 de dezembro de 2011.

Tabela 4 - Requisitos Físicos e Químicos do Leite Pasteurizado, segundo Instrução Normativa 62

(2011).

Requisitos Integral Semidesnatado Desnatado

Gordura (g/100g) Mínimo 3,0% 0,6 a 2,9% Máximo 0,5%

Temperatura

máxima

4 °C mediante seu acondicionamento adequado e para

alcançar os pontos de venda com temperatura não superior a 7

°C

Acidez, (g ác.

Láctico/100mL). 0,14 a 0,18

Estabilidade ao

Alizarol 72 % (v/v) Estável

Índice Crioscópico - 0,530 ºH a -0,550 ºH (equivalentes a -0,512 ºC e a -0,531 ºC)

Sólidos Não

Gordurosos (g/100g) Mínimo de 8,4

Fosfatase Alcalina Negativa

Peroxidase Positiva

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3.3.12 Pesquisa de fosfatase alcalina

Técnica:

Pipeta-se para um tubo de ensaio 1 mL do reativo de trabalho p-nitrofenil-

fosfato e 2 mL do leite pasteurizado Misturar e deixar em repouso por 3 minutos a 37

°C ou 6 minutos a temperatura ambiente.

A fosfatase alcalina é uma enzima considerada termossensível, ou seja, é

inativada pelo tratamento térmico devendo estar presente somente no leite cru.

Quando o leite é aquecido em temperaturas e tempos ótimos 72 a 75 ºC durante 15

a 20 segundos para obtenção de uma efetiva pasteurização observa-se que a

fosfatase é totalmente destruída. Quando um leite acusar uma fosfatase negativa é

porque ele foi efetivamente pasteurizado (BEHMER, 1999).

3.3.13 Pesquisa de peroxidase

Técnica:

Em um tubo de ensaio coloca-se 10 mL de leite, aquece a 45 ºC em banho-

maria. Adiciona 2 mL de solução de guaiacol e 4 a 5 gotas de água oxigenada

vol.10.

Observar o halo que se forma de acordo com as especificações:

Branco: ausência de peroxidase (leite pasteurizado acima de 80 °C ou

fervido).

Discretamente róseo: pasteurização abaixo de 80°C e acima de 72 ºC. Leite

suficientemente pasteurizado.

Róseo salmão: leite cru.

Esta enzima presente no leite é termorresistente, ou seja, permanece ativa

após o tratamento térmico, entretanto ela é destruída quando este é aquecido acima

de 85 ºC, por mais de 20 segundos. Condições de temperatura e tempo limites para

a eficiência na pasteurização do leite são de. (LABORCLIN, 2008).

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3.4 Acompanhamento da Produção do Queijo Tipo Mussarela

Para a fabricação de queijo tipo Mussarela utiliza-se leite de boa qualidade,

pasteurizado e padronizado para um teor de gordura variando entre 3,2% e 3,4%.

Emprega-se uma cultura termofílica à base de Lactococcus thermophilus e

Lactobacillus bulgaricus, conforme indicação do fabricante.

O cloreto de cálcio é adicionado à razão de 50 mL de solução a 50% de

CaCl2 para cada 100 litros de leite, com o objetivo de restabelecer o teor de cálcio

perdido durante o processo de pasteurização. O coalho é adicionado em quantidade

suficiente para que a coagulação ocorra de 30 a 40 minutos.

A massa é cortada com auxílio de liras de aço inoxidável de modo a obter

grãos de 0,6 cm3, agitada e aquecida a 38 ºC até atingir o ponto de filagem. Atingido

o ponto, a massa é dessorada e prensada no tanque. O bloco de massa obtido após

a dessoragem é dividido em blocos menores de aproximadamente 20 cm, que são

deixados no próprio tanque até atingir a fermentação adequada para filagem. Os

blocos são mantidos a 38ºC por meio de aquecimento indireto visando promover o

desenvolvimento da acidez para filagem. Quando se trabalha com fermento

termofílico, deve-se periodicamente medir o pH da massa ou fazer o teste de

filagem. Atingido um pH de 5,3 a 5,4 ou a massa começar a filar (capacidade da

massa formar fios sem arrebentar após imersão em água a 82 ºC), deve-se ter

cuidado para não passar do ponto de filagem ou então não se consegue mais

transformá-la em Mussarela. Atingido o ponto de filagem, a massa é filada e

moldada em formas plásticas e submetida à salga em salmoura a 20% de sal (1 kg

de queijo para cada 3 litros de salmoura), por um período de tempo variando de

acordo com o seu formato, à temperatura de 12 ºC.

A mussarela é retirada da salmoura, seguindo para a secagem, onde

permanece em ambiente arejado e fresco durante 24 horas. Após este período os

queijos são embalados a vácuo em embalagens plásticas termo-encolhíveis e

estocados na câmara fria a 3 ºC. São produzidos em médias 280 peças de 4 kg,

aproximadamente 26 peças são fatiadas e embaladas a vácuo e pacotes de 180 g.

Também são estocados na câmara fria, e ainda são feitas as peças de 500 g,

totalizando aproximadamente 120 peças por dia. Os queijos tipo mussarela são

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distribuídos dentro de caixas isotérmicas e transportados em caminhonetes até os

mercados locais para comercialização. Esse processo é apresentado na Figura 4.

Figura 4: Fluxograma da produção do queijo tipo Mussarela

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3.5 Acompanhamento da Produção do Queijo tipo Ricota

Após a produção do queijo tipo Mussarela o soro de queijo restante é

colocado no tanque de aço inox e aquecido lentamente até atingir 65 ºC, com

agitação constante. Atingida esta temperatura, adiciona-se 10% a 20% de leite

integral e continua-se o aquecimento até 85 ºC com vapor direto. Atingida esta

temperatura, adiciona-se 0,025% de ácido láctico com 85% de pureza. Prossegue-

se o aquecimento até 95 ºC.

Haverá a formação de uma massa de coloração branco-creme que irá

flocular sobre o soro. A massa é deixada em repouso por cerca de 20 minutos e

então recolhida por meio de concha própria. A massa é acondicionada em formas

próprias e prensada por 30 minutos. Após a prensagem, os queijos tipo ricota são

deixados em câmara fria a 4 ºC e estão prontos para consumo. Esse processo é

apresentado na Figura 05.

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Figura 5: Fluxograma de produção do queijo tipo ricota

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3.6 Acompanhamento da Produção do Queijo tipo Provolone

Para a elaboração do queijo provolone deverá ser utilizado leite pasteurizado

de boa qualidade, com um teor mínimo de gordura de 3,4%. Ao leite pasteurizado

serão adicionados de 3 a 4g de lipase e 40-50 mL de uma solução de CaCl2 a 50%

p/v para cada 100 litros de leite. A lipase de cabrito (tradicionalmente este queijo é

elaborado a partir de coagulantes extraídos de estômago de carneiro ou cabrito,

ricos em enzimas lipolíticas, as quais atuam no decorrer da maturação sobre a

gordura, promovendo o sabor “picante” deste queijo) pode aumentar a liberação de

ácidos graxos livres e intensificar o gosto típico do provolone.

A seguir adiciona-se fermento lático termofílico à base de L. helveticus ou de

L. bulgaricus e L. thermophilus, de acordo com instruções do fabricante. A

coagulação será conduzida a 32º a 35 ºC, com dose normal de coalho, o que

permitirá um tempo de coagulação de 30 minutos. A coalhada será cortada

lentamente até a obtenção de grãos de cera de 0,5 cm de aresta (grãos de milho). A

acidez do soro deve se situar entre 10 ºD e 12 ºD, ou cerca de 2/3 da acidez do leite

no momento da coagulação.

Após o corte, iniciar o processo de agitação. A coalhada deverá ser agitada

lentamente por cerca de 20 minutos, iniciando-se a seguir o aquecimento indireto

(com vapor na camisa do tanque) até a temperatura final de 44º a 46 ºC. A agitação

prossegue até se atingir o ponto (cerca de 60 minutos após o corte). O pH do soro

no ponto deverá se situar por volta de 5,9 - 6,0 e a acidez é cerca de 2 ºD superior

àquela registrada no corte. Elimina-se o soro e prensa-se a massa por cerca de 20

minutos.

A seguir inicia-se o processo de fermentação, o qual é semelhante àquele do

queijo Mussarela, estando sujeito ao controle de acidez e pH. Existem duas opções

para a condução deste processo: a fermentação curta que permite a filagem

imediata ou posterior e a fermentação longa cuja filagem só pode ser realizada

posteriormente. Em ambos os casos recomenda-se o acompanhamento do pH de

5,2 a 5,4.

Fermentação: deixa-se que a massa acidifique até que atinja uma acidez de

60° a 75 ºD (soro) ou pH de 5,0 a 5,2 (massa). Normalmente esta tecnologia é

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baseada para uma filagem imediata (o que será determinada pelo tipo de fermento

empregado e sua característica de fermentação).

A filagem deverá ser feita em água de 75º a 80 ºC quando, após o teste, a

massa estiver "espichando" facilmente sem se arrebentar. A temperatura da massa

no momento da moldagem deve estar em torno de 55º a 58 ºC. Após a moldagem,

colocar os queijos em água gelada por 1 a 2 horas e, em seguida, levar à salga em

salmoura a 20% e a 10º a 12 ºC. O tempo de salga varia em função do tamanho do

queijo.

Após a salga os queijos serão amarrados com cordas ou colocados em rede

sintética e secos por até uma semana e pendurados em câmara fria com boa

ventilação. A seguir os queijos são defumados até que se obtenha a tonalidade de

cor desejada. O tempo de defumação varia muito em função do próprio local de

defumação (tamanho, altura, ventilação) e do material usado para produzir fumaça

pode-se usar pó-de-serra (serragem) ou maravalhas de pinho, etc. O tempo de

defumação pode variar de 2 a 24 horas.

Os queijos são maturados à temperatura de 12º a 16 ºC, em ambiente com

umidade relativa do ar de cerca de 85%. Para a maturação os queijos podem ser

pintados com cobertura especial, para proteção contra mofos e excesso de

desidratação. O período de maturação poderá variar de 2 a 6 meses, em função da

intensidade de sabor desejada. Como pode ser observado no esquema de produção

do provolone apresentado na Figura 6.

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Figura 6: Fluxograma da produção do queijo tipo provolone.

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3.7 Controle de Temperatura

Diariamente são realizados os registros de temperaturas de funcionamento de

quatro câmaras frias, um banco de gelo, três estufas, uma geladeira e um banho

maria. Essas temperaturas são monitoradas três vezes ao dia e os resultados

observados, anotados em planilhas de controle. Dessa forma é possível controlar

condições de funcionamento de equipamentos durante todo o dia. A Tabela 10

apresenta as temperaturas ideais de funcionamento dos equipamentos do laticínio.

Tabela 10 – Temperatura ideal dos equipamentos.

Equipamentos Temperaturas (ºC)

Banho Maria 45 ºC ± 0,2 ºC

Banco de Gelo ≤ 4 ºC

Câmara fria (para armazenamento de leite pasteurizado) ≤ 7 ºC

Câmara fria (para armazenamento de queijo) ≤ 8 ºC

Câmara fria (de salga do queijo) ≤ 8 ºC

3.8 Verificação das condições das instalações e equipamentos no

laticínio

A limpeza dos equipamentos viabiliza principalmente a eliminação da maior

quantidade possível de resíduos do leite e dos produtos lácteos para o

desenvolvimento dos microrganismos e a sua sanitização consiste em destruir a

maior parte dos microrganismos presente nos equipamentos e superfícies.

No laticínio há condições de infraestrutura e funcionamento dos

equipamentos. Destes equipamentos há dois tanques, que servem para

manipulação e coagulação do leite e fabricação dos queijos. Estes equipamentos

são lavados com água morna e detergente líquido diariamente após o uso. A sala de

fabricação de queijo é lavada com água morna, hipoclorito de sódio (água sanitária)

e detergente líquido neutro duas vezes ao dia. Nesta sala há o equipamento

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denominado moldadeira que recebe a massa do queijo já filada, que também após o

seu uso é lavada com água morna e detergente líquido.

Após o uso do pasteurizador procede-se a circulação de detergente a 85 ºC

por 40 minutos enxágue por circulação de água, circulação de detergente por 40

minutos, enxágue por circulação de água, desinfecção com água a 90 ºC por 20

minutos.

Os outros equipamentos como embaladeira, utensílios (facas, liras, baldes,

pás), são todos em aço inox o que permite que a limpeza seja realizada com água

morna, detergente líquido neutro e solução de hipoclorito de sódio.

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4 Área de Identificação do Curso

No estágio foram identificados conteúdos ministrados no curso que tiveram

um aproveitamento direto ou indireto. As disciplinas em destaque foram Tecnologia

de leites e derivados, onde seus conteúdos foram vistos na forma prática. Outras

disciplinas e conteúdos que se destacaram foram a de Legislação e Higiene

Industrial, Controle de Qualidade, Microbiologia de Alimentos e Métodos de

Conservação da Indústria de Alimentos.

Algumas dificuldades para realização do mesmo se destacaram, embora

sejam corriqueiras e sem muita importância. Uma delas é o meio de transporte para

chegar até o laticínio, pois o mesmo se localiza em outra cidade, sendo que o

estágio não foi remunerado e os custos de locomoção se tornaram elevados.

Outra dificuldade em destaque foi em relação aos funcionários que

trabalham no laticínio, por serem poucos não tinham interesse em demonstrar o

processo geral do laticínio, visto que eles se encontravam sobrecarregados de

funções, e também possuíam pouca instrução tecnológica.

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5 Conclusão

No decorrer do estágio foi possível acompanhar a rotina de uma

empresa proporcionando convívio com pessoas da área industrial e constatar a real

importância da presença de analistas e Tecnólogos em Alimentos na indústria,

visando sempre à melhoria dos processos, assim como, foi possível relacionar os

conhecimentos adquiridos na graduação com a prática industrial.

É importante uma boa avaliação da qualidade dos produtos fabricados, a

necessidade de analisar a matéria-prima e o seu produto final, pois uma análise

isolada não é fator de controle de qualidade, mas sim um conjunto de parâmetros

avaliados. Para que isso ocorra, é de extrema importância o bom funcionamento do

laboratório, com ética e o domínio dos princípios e procedimentos das análises

realizadas.

Observou-se ainda que o laticínio Leite DUBOM, apresenta grande

participação no mercado alimentício e que mostra seriedade na qualidade de seus

produtos, ou seja, leite pasteurizado e nos queijos produzidos, a mussarela, o

provolone e a ricota.

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6 Referências

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1999.

BEZERRA, J. R. M. V.; RANIERE, J. Tecnologia da fabricação de derivados do

leite. Guarapuava PR: UNICENTRO, 2008.

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Agropecuária (Dispoa). Portaria nº 364, de 04 de setembro de 1997. Disponível

em:<http://extranet.agricultura.gov.br/sislegis-

consulta/servlet/VisualizarAnexo?id=2462>. Acesso em 13 Abr. 2013.

BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Secretaria de Defesa

Agropecuária (Dispoa). Instrução Normativa n° 62, de 29 de dezembro de 2011,

Aprova o Regulamento Técnico de Produção, Identidade e Qualidade do Leite tipo

A, o Regulamento Técnico de Identidade e Qualidade de Leite Cru Refrigerado, o

Regulamento Técnico de Identidade e Qualidade de Leite Pasteurizado e o

Regulamento Técnico da Coleta de Leite Cru Refrigerado e seu Transporte a Granel,

em conformidade com os Anexos desta Instrução Normativa. Disponível em:

<http://www.agricultura.gov.br/sda/dipoa/index.htm>. Acesso em 13 Abr. 2013.

BRITO, M. A. V. P.; BRITO, J. R. F.; ARCURI, E.; LANGE, C.; SILVA, M.; SOUZA,

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Agropecuária – Embrapa. Brasília, 2007.

DÜRR, J. W. Leite: Produção de leite conforme Instrução Normativa nº 51.

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FURTADO, M. M. Tecnologia de queijos: manual técnico para produção

industrial de queijos. São Paulo: Pipemar, 1994. 118 p.

MAPA - Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Instrução Normativa

nº 68 de 12/12/2006, oficializa os Métodos Analíticos Oficiais Físico-Químicos, para

Controle de Leite e Produtos Lácteos, em conformidade com o anexo desta

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Instrução Normativa, determinando que sejam utilizados nos Laboratórios Nacionais

Agropecuários. Disponível em:

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RODRIGUES, F. Manual de Bancada - Boas Práticas de Laboratório. Queijos no

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