universidade tecnolÓgica federal do paranÁ …processo aqua de certificação de edificações...

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UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL LUCIMARA FERREIRA DE LIMA PROCESSO AQUA DE CERTIFICAÇÃO DE EDIFICAÇÕES SUSTENTÁVEIS NA FASE OPERAÇÃO E USO: ESTUDO DE CASO DO ESCRITÓRIO VERDE DA UTFPR DISSERTAÇÃO CURITIBA 2013

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Page 1: UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ …Processo AQUA de certificação de edificações sustentáveis na fase operação e uso : estudo de caso do Escritório Verde da UTFPR

UNIVERSIDADE TECNOLOacuteGICA FEDERAL DO PARANAacute

PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM ENGENHARIA CIVIL

LUCIMARA FERREIRA DE LIMA

PROCESSO AQUA DE CERTIFICACcedilAtildeO DE EDIFICACcedilOtildeES

SUSTENTAacuteVEIS NA FASE OPERACcedilAtildeO E USO ESTUDO DE CASO

DO ESCRITOacuteRIO VERDE DA UTFPR

DISSERTACcedilAtildeO

CURITIBA 2013

LUCIMARA FERREIRA DE LIMA

PROCESSO AQUA DE CERTIFICACcedilAtildeO DE EDIFICACcedilOtildeES

SUSTENTAacuteVEIS NA FASE OPERACcedilAtildeO E USO ESTUDO DE CASO

DO ESCRITOacuteRIO VERDE DA UTFPR

Dissertaccedilatildeo apresentada como requisito parcial para

obtenccedilatildeo do grau de Mestre em Engenharia Civil do

Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Engenharia Civil

Universidade Tecnoloacutegica Federal do Paranaacute Aacuterea de

Concentraccedilatildeo Meio Ambiente e Sustentabilidade

Orientador Prof Eloy F Casagrande Jr PhD

CURITIBA 2013

Dados Internacionais de Catalogaccedilatildeo na Publicaccedilatildeo

L732 Lima Lucimara Ferreira de

Processo AQUA de certificaccedilatildeo de edificaccedilotildees sustentaacuteveis na fase operaccedilatildeo e uso estudo de caso do Escritoacuterio Verde da UTFPR Lucimara Ferreira de Lima ndash 2013

104 f il 30 cm

Orientador Eloy Fassi Casagrande Juacutenior Dissertaccedilatildeo (Mestrado) ndash Universidade Tecnoloacutegica Federal do Paranaacute Programa de

Poacutes-graduaccedilatildeo em Engenharia Civil Curitiba 2013 Bibliografia f 95-101

1 Processo AQUA 2 Construccedilotildees sustentaacuteveis 3 Construccedilatildeo civil ndash Certificaccedilatildeo

4 Desempenho ndash Avaliaccedilatildeo 5 Gestatildeo ambiental 6 Universidade Tecnoloacutegica Federal do Paranaacute Escritoacuterio Verde ndash Estudo de casos 7 Engenharia civil ndash Dissertaccedilotildees I Casagrande Juacutenior Eloy Fassi orient II Universidade Tecnoloacutegica Federal do Paranaacute Programa de Poacutes-graduaccedilatildeo em Engenharia Civil III Tiacutetulo

CDD (22 ed) 624

Biblioteca Central da UTFPR Campus Curitiba

AGRADECIMENTOS

Primeiramente a Deus por oportunizar a realizaccedilatildeo de um sonho

Ao professor Ph D Eloy Fassi Casagrande Jr pela orientaccedilatildeo durante todo esse

tempo

Ao professor Doutor Cezar Augusto Romano pelo amor aacute profissatildeo que tornam suas

aulas especiais

Ao professor Doutor Aloiacutesio Leoni Schmid da Universidade Federal do Paranaacute pela

contribuiccedilatildeo nos ensaios acuacutesticos

Agrave Fundaccedilatildeo Vanzolini pelo fornecimento do material utilizado neste estudo o

referencial teacutecnico de Operaccedilatildeo e Uso

Agrave Universidade Tecnoloacutegica Federal do Paranaacute e ao Programa de Poacutes Graduaccedilatildeo

em Engenharia Civil pela formaccedilatildeo acadecircmica e infraestrutura fornecida para o

trabalho

A CAPES - Coordenaccedilatildeo de Aperfeiccediloamento de Pessoal de niacutevel Superior pela

concessatildeo da bolsa

Ao meu esposo Alexandre pelo amor incentivo e compreensatildeo

Agrave minha matildee Marlene e irmatilde Letiacutecia pelo amor e incentivo

Agrave minha amiga Arquiteta Daniela Vidal pela forccedila em todos os momentos de alegria

e tristeza e pela compreensatildeo da minha ausecircncia em alguns momentos de

comemoraccedilatildeo

Agrave minha amiga Arquiteta Lorreine Vaccari pelos ensinamentos

A todos que de alguma forma contribuiacuteram para realizaccedilatildeo desse trabalho

Muito obrigada

ldquoQuanto mais aumenta nosso

conhecimento mais evidente

fica nossa ignoracircnciardquo

(John F Kennedy)

RESUMO LIMA Lucimara F de Processo AQUA de certificaccedilatildeo de edificaccedilotildees sustentaacuteveis na fase operaccedilatildeo e uso Estudo de caso do Escritoacuterio Verde da UTFPR 2013 p 106 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Engenharia Civil) - Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Engenharia Civil Universidade Tecnoloacutegica Federal do Paranaacute Curitiba Paranaacute 2013 Os desequiliacutebrios ambientais oriundos da incompatibilidade entre crescimento populacional e esgotabilidade dos recursos naturais trazem grandes desafios Neste contexto destaca-se a induacutestria da construccedilatildeo civil que utiliza na sua cadeia produtiva grande quantidade de recursos natildeo renovaacuteveis As atuais praacuteticas de produccedilatildeo utilizadas pela construccedilatildeo civil necessitam de ajustes imediatos para que o setor possa contribuir adequadamente com o desenvolvimento sustentaacutevel do paiacutes Infelizmente satildeo comuns ainda processos artesanais nas frentes de trabalho uso de mateacuterias-primas sem manejo sustentaacutevel e a aplicaccedilatildeo de produtos industrializados desconsiderando os aspectos de conservaccedilatildeo de aacutegua energia e a necessaacuteria reduccedilatildeo de resiacuteduos e desperdiacutecios O surgimento dos sistemas de avaliaccedilatildeo e certificaccedilatildeo da construccedilatildeo civil em diferentes partes do mundo vem minimizando os impactos negativos que o setor da construccedilatildeo origina Nos uacuteltimos anos o movimento ganhou novos adeptos e os nuacutemeros tornam-se expressivos apontando uma demanda urgente de novas atitudes por parte dos profissionais e empresas do ramo O estudo realizado consiste em analisar o Relatoacuterio Teacutecnico AQUA de Operaccedilatildeo e Uso elaborado pela Fundaccedilatildeo Vanzolini em 2010 como versatildeo provisoacuteria que no momento encontra-se em processo de revisatildeo Essa anaacutelise foi utilizada como base para a realizaccedilatildeo de um estudo de caso sobre a construccedilatildeo do Escritoacuterio Verde da UTFPR O resultado dessa pesquisa eacute a avaliaccedilatildeo de desempenho ambiental do escritoacuterio quanto agrave conformidade com os requisitos definidos no referencial teacutecnico AQUA de operaccedilatildeo de edifiacutecios bem como o tratamento das natildeo conformidades e a tomada de accedilotildees corretivas e preventivas para alcance de um desempenho satisfatoacuterio Assim esta dissertaccedilatildeo eacute uma siacutentese de um processo de certificaccedilatildeo de edificaccedilotildees sustentaacuteveis e busca realccedilar a importacircncia da certificaccedilatildeo na construccedilatildeo civil como modo de garantir que edifiacutecios sejam planejados projetados construiacutedos e principalmente utilizados seguindo os princiacutepios da sustentabilidade aspectos teacutecnicos econocircmicos sociais ambientais e culturais que devem interagir de forma holiacutestica Palavras-chave Processo AQUA avaliaccedilatildeo de desempenho do Escritoacuterio Verde certificaccedilatildeo ambiental de edifiacutecios

ABSTRACT LIMA Lucimara F de The AQUA process for certification of sustainable buildings in the operation and use phases Case Study the UTFPR Green Office 2013 p 106 Thesis (Masteracutes Degree in Civil Engineering) ndash Post -graduate Program in Civil Engineering of Federal Technological University of Paranaacute Curitiba Brazil 2013 Environmental imbalances resulting from the lack of compatibility between the population growth and the exhaustibility of natural resources bring out great challenges In such a context the industry of civil engineering must be pointed out for the use of great quantities of non-renewable resources in its production chain The current production practices used in civil construction need immediate adjustments so that the sector may contribute appropriately for the sustainable development of the country Unfortunately it is still rather common to find artisanal processes on work fronts use of raw materials without sustainable handling and the application of industrialized products with disregard to aspects such as water conservation energy and the necessary reduction of residues and waste The appearance of assessment and certification systems of civil construction in different parts of the world has reduced the negative impacts caused by the construction sector Over the last years such movement has gained new supporters and numbers have become more expressive pointing towards a pressing demand for new actions by professionals and corporations in the field The study performed consists of analyzing the AQUAacutes Technical Report of Operation and Use designed by the Vanzolini Foundation in 2010 as a temporary version which is currently being revised Such analysis has been used as the basis for the undertaking of a case study on the construction of the Green Office at UTFPR The outcome of such research is the assessment of the officeacutes environmental performance as for conformity with requirements defined on the AQUA standard of buildings operation as well as the treatment of non-conformities and undertaking of corrective and preventive actions in order to achieve satisfactory performance Thus such thesis is the summary of a certification process of sustainable buildings and aims to emphasize the importance of certification in civil construction as a way of assuring that buildings are planned designed built and primarily used according to the principles of sustainability technical economic social environmental and cultural aspects which must interact holistically Keywords AQUA Process assessment of the Green Office performance

environmental certification of buildings

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Pegada ecoloacutegica (adaptado do inglecircs) 24

Figura 2 ndash Ciclo PDCA e SDCA 33

Figura 3 ndash Niacuteveis de avaliaccedilatildeo AQUA 40

Figura 4 ndash Avaliaccedilatildeo na fase operaccedilatildeo e uso - processo AQUA 42

Figura 5 - Localizaccedilatildeo do empreendimento em relaccedilatildeo agrave UTFPR e pontos

estrateacutegicos 46

Figura 6 ndash Planta esquemaacutetica do piso teacuterreo do EV 47

Figura 7 ndash Planta esquemaacutetica do mezanino do EV 47

Figura 8 ndash Perspectiva lateral esquerda do Escritoacuterio Verde 48

Figura 9 ndash Vista da lateral esquerda do Escritoacuterio Verde 48

Figura 10 ndash Vista dos fundos do Escritoacuterio Verde 48

Figura 11 ndash Montagem das paredes do Escritoacuterio Verde 49

Figura 12 ndash Aplicaccedilatildeo de manta hidroacutefuga nas paredes externas 50

Figura 13 ndash Sistema de moacutedulos em EVA 50

Figura 14 ndash Execuccedilatildeo do telhado verde 50

Figura 15 ndash Revestimentos internos do EV 51

Figura 16 ndash Perfil ambiental proposto para o EV 54

Figura 17ndash Execuccedilatildeo do radier 59

Figura 18ndash Ancoragem das paredes 59

Figura 19 - Modelo construtivo wood frame 60

Figura 20 - Manta de PET reciclado 60

Figura 21- Manta de pneu reciclado 60

Figura 22 - Painel Smartside 61

Figura 23 - Siding Vinilico 61

Figura 24 - Painel TechShield 61

Figura 25 ndash Painel Decowall 62

Figura 26 ndash Placa cimentiacutecia 62

Figura 27 ndash Vigas I 63

Figura 28 ndash Passagem da tubulaccedilatildeo na viga I 63

Figura 29 - Modelo construtivo da cobertura em wood frame 63

Figura 30 ndash Sistema tombar para ventilaccedilatildeo indireta 64

Figura 31 ndash Piso elevado modular 65

Figura 32 ndash Carpete modular com sistema tactile 65

Figura 33 ndash Sistema hidro-pex 66

Figura 34 ndash Painel fotovoltaico 68

Figura 35 ndash Cisterna e filtros do EV 73

Figura 36ndash Modelo de sistema de coleta de aacutegua pluvial 73

Figura 37 ndash Jardim vertical do EV 74

Figura 38 ndash Piso drenante borracha de pneu 75

Figura 39 ndash Piso plast floor 76

Figura 40 ndash Piso drenante tecnogran 76

Figura 41 ndash Vista lateral esquerda do EV 87

Figura 42 ndash Vista lateral direita e fundos do EV 87

Figura 43 ndash Efeito chamineacute 88

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 ndash Perfil da qualidade ambiental do edifiacutecio em operaccedilatildeo 41

Tabela 2 ndash Guia para hierarquizaccedilatildeo das categorias da QAE em funccedilatildeo dos desafios

ambientais estabelecidos 53

Tabela 3 ndash Energia gerada em cada mecircs de operaccedilatildeo do SFCR do EV 69

Tabela 4 ndash Energia diaacuteria meacutedia gerada em cada mecircs de operaccedilatildeo do SFCR do EV 69

Tabela 5 ndash Consumo de aacutegua potaacutevel no EV 72

Tabela 6 ndash Consumo de aacutegua de pluvial 72

Tabela 7 ndash Meacutedias histoacutericas - iacutendice pluviomeacutetrico 74

Tabela 8 ndash Coeficiente de impermeabilizaccedilatildeo do terreno antes da implantaccedilatildeo do EV 75

Tabela 9 ndash Coeficiente de impermeabilizaccedilatildeo do terreno apoacutes a implantaccedilatildeo do EV75

Tabela 10 ndash Mediccedilatildeo de temperatura no EV durante o inverno 80

Tabela 11 ndash Resultados obtidos (MEDICcedilAtildeO ndash INCERTEZA) 84

Tabela 12 ndash Resultados obtidos (MEDICcedilAtildeO + INCERTEZA) 84

Tabela 13 - Caacutelculo do iacutendice de atenuaccedilatildeo acuacutestica R do invoacutelucro da edificaccedilatildeo 85

LISTA DE QUADROS

Quadro 1 ndash Principais eventos relacionados ao desenvolvimento sustentaacutevel 27

Quadro 2 ndash Principais sistemas de certificaccedilatildeo de edificaccedilotildees (continua) 34

Quadro 3 - Principais sistemas de certificaccedilatildeo de edificaccedilotildees no Brasil (continua) 36

Quadro 4 ndash Categorias do sistema AQUA 39

Quadro 5 ndash Subcategorias do sistema AQUA (continua) 39

Quadro 6 ndash Avaliaccedilatildeo categoria 1 - QI 55

Quadro 7 ndash Avaliaccedilatildeo categoria 1 - CQI 55

Quadro 8 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 13 55

Quadro 9 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 111 56

Quadro 10 ndash Avaliaccedilatildeo categoria 2 - QI 57

Quadro 11 ndash Avaliaccedilatildeo categoria 2 - MQI 57

Quadro 12 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 111 58

Quadro 13 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 66

Quadro 14 ndash Avaliaccedilatildeo categoria 4 ndash QI 67

Quadro 15 ndash Avaliaccedilatildeo categoria ndash MQI 67

Quadro 16 ndash Avaliaccedilatildeo categoria ndash CQI 67

Quadro 17ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 44 67

Quadro 18 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 70

Quadro 19 ndash Criteacuterios avaliados ndash MQI 70

Quadro 20 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 70

Quadro 21 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 52 e 53 71

Quadro 22 ndash fontes consumidoras de aacutegua 71

Quadro 23 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 76

Quadro 24 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 77

Quadro 25 ndash Criteacuterios avaliados ndash MQI 78

Quadro 26 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 78

Quadro 27 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 71 78

Quadro 28 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 79

Quadro 29 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 79

Quadro 30 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 83 79

Quadro 31 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 81

Quadro 32 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 81

Quadro 33 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 83 82

Quadro 34 ndash Criteacuterios de avaliaccedilatildeo para acuacutestica de edifiacutecios novos 82

Quadro 35 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 86

Quadro 36 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 86

Quadro 37 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 86

Quadro 38 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 87

Quadro 39 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 88

Quadro 40 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 112 88

Quadro 41 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 89

Quadro 42 ndash Criteacuterios avaliados ndash MQI 89

Quadro 43 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 89

Quadro 44 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 121 89

Quadro 45 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 90

Quadro 46 ndash Criteacuterios avaliados ndash MQI 90

Quadro 47 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 90

Quadro 48 ndash Criteacuterios avaliados ndash MQI 131 91

Quadro 49 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 92

Quadro 50 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 92

Quadro 51 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 141 92

Quadro 52 ndash Criteacuterios avaliados em QAP 93

Quadro 53 ndash Criteacuterios avaliados em QI 41 94

LISTA DE GRAacuteFICOS

Graacutefico 1- Evoluccedilatildeo do PIB Brasil e do PIB da Construccedilatildeo Civil 17

Graacutefico 2 - Estimativa de crescimento populacional mundial (adaptado do inglecircs) 23

Graacutefico 3 ndash Dia com temperatura meacutedia diaacuteria miacutenima 81

Graacutefico 4 ndash Meacutedias do niacutevel de ruiacutedo dos locais avaliados 83

Graacutefico 5 ndash Iacutendice de atenuaccedilatildeo acuacutestica 85

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ABNT Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas

ACV Avaliaccedilatildeo de ciclo de vida

AQUA Alta Qualidade Ambiental

ASBEA Associaccedilatildeo Brasileira dos Escritoacuterios de Arquitetura

BEE Building Environmental Efficiency

BRE Building Research Establishment

BREEAM Building Research Establishment Environmental Assessment Method

CASBEE Comprehensive Assessment System for Building Environmental

Efficiency

CBIC Cacircmara Brasileira da Induacutestria da Construccedilatildeo

CBCS Conselho Brasileiro de Construccedilatildeo Sustentaacutevel

CQI Controle da qualidade intriacutenseca

COV Compostos Orgacircnicos Volaacuteteis

CO Dioacutexido de Carbono

EV Escritoacuterio Verde

GBC Green Building Council

HQE Haute Qualiteacute Environnementale

HKBEAM Honk Kong Building Environmental Assessment

IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica

IDHEA Instituto para Desenvolvimento da Habitaccedilatildeo Ecoloacutegica

LCA Life cicle assessment

LEED Leadership in Energy amp Environmental Design

MQI Melhoria da qualidade intriacutenseca

NBR Norma brasileira

ONU Naccedilotildees Unidas

PNUMA Programa das Naccedilotildees Unidas para o Meio Ambiente

QAE Qualidade ambiental do edifiacutecio

QAEop Qualidade ambiental do edifiacutecio em operaccedilatildeo

QAP Qualidade ambiental das praacuteticas

QI Qualidade intriacutenseca

SANEPAR Companhia de Saneamento do Paranaacute

SFCR Sistema fotovoltaico conectado aacute rede

SFI Sistema fotovoltaico isolado

SGE Sistema de gestatildeo do empreendimento

SGO Sistema de gestatildeo da operaccedilatildeo

USGBC US Green Building Council

UTFPR Universidade Tecnoloacutegica Federal do Paranaacute

WWF World Wildlife Fund

WRI World Resources Institute

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 17

11 CONSIDERACcedilOtildeES INICIAIS 17

12 OBJETIVOS 19

121 Objetivo Principal 19

122 Objetivos Especiacuteficos 19

13 DELIMITACcedilOtildeES 19

14 JUSTIFICATIVA 20

15 ESTRUTURA DA DISSERTACcedilAtildeO 22

2 REVISAtildeO DA LITERATURA 23

21 CONTEXTUALIZACcedilAtildeO 23

22 DESENVOLVIMENTO SUSTENTAacuteVEL 25

23 CONSTRUCcedilAtildeO SUSTENTAacuteVEL 28

24 SISTEMAS DE AVALIACcedilAtildeO DO DESEMPENHO DE EDIFIacuteCIOS 29

241 Anaacutelise do Ciclo de Vida ndash ACV 31

242 Sistemas de Certificaccedilatildeo de Edifiacutecios 31

243 Principais Sistemas de Certificaccedilatildeo no Brasil 36

244 Processo AQUA de certificaccedilatildeo 37

3 METODOLOGIA 43

4 ESTUDO DE CASO ESCRITOacuteRIO VERDE DA UTFPR 45

41 CONTEXTUALIZACcedilAtildeO 45

42 CONSTRUCcedilAtildeO DO ESCRITOacuteRIO VERDE 46

5 RESULTADOS E DISCUSSOtildeES 52

51 AVALIACcedilAtildeO DO DESEMPENHO AMBIENTAL DO EV 52

511 SGO ndash Sistema de gestatildeo da operaccedilatildeo 52

512 QAEop ndash Qualidade Ambiental do Edifiacutecio na Fase Operaccedilatildeo 54

513 QAP ndash Qualidade Ambiental das Praacuteticas 92

6 CONCLUSOtildeES 94

REFEREcircNCIAS 99

ANEXOS 106

17

1 INTRODUCcedilAtildeO

11 CONSIDERACcedilOtildeES INICIAIS

Em 1987 foi publicado pela ONU (Naccedilotildees Unidas) o documento ldquoNosso

Futuro Comumrdquo mais conhecido como o relatoacuterio de Brundtland 25 anos se

passaram e a ideia de desenvolvimento sustentaacutevel continua vaacutelida nos dias de

hoje No entanto destaca-se o fato de ainda ser um conceito de aceitaccedilatildeo

generalizada quando deveria ser uma praacutetica cotidiana (ONU 2012)

Nesse contexto apresenta-se o setor da construccedilatildeo civil que cresce a

taxas superiores agraves do PIB (produto interno bruto) nacional De acordo com

dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica (IBGE) em

2012 enquanto o Paiacutes apresentou expansatildeo de 09 a construccedilatildeo civil

cresceu 14 O resultado da Construccedilatildeo foi o segundo melhor da Induacutestria

ficando atraacutes do setor de produccedilatildeo e distribuiccedilatildeo de eletricidade gaacutes aacutegua

esgoto e limpeza urbana (36)

Conforme Graacutefico 1 divulgado pela Cacircmara Brasileira da Industria da

Construccedilatildeo - CBIC em 2011 enquanto PIB nacional cresceu 75 o da

Construccedilatildeo registrou incremento de 116 justificado pelo lanccedilamento do

Programa Minha Casa Minha Vida ndash PMCMV em 2010

Graacutefico 1- Evoluccedilatildeo do PIB Brasil e do PIB da Construccedilatildeo Civil

Fonte CBIC (2011)

18

Para CBIC (2011) a induacutestria da construccedilatildeo eacute considerada ldquoo motor do

desenvolvimentordquo brasileiro dos proacuteximos anos No entanto observa-se que as

praacuteticas para amenizar os impactos gerados pelo setor natildeo acompanham

tamanho crescimento

Em contrapartida surgem no Brasil poliacuteticas em prol da preservaccedilatildeo

ambiental impulsionando toda cadeia produtora um exemplo eacute a Instruccedilatildeo

Normativa nordm 01 de 2010 que dispotildee sobre os criteacuterios de sustentabilidade

ambiental na aquisiccedilatildeo de bens contrataccedilatildeo de serviccedilos ou obras pela

Administraccedilatildeo Puacuteblica Federal direta autaacuterquica e fundacional

Outro ganho eacute a Norma Brasileira de Desempenho de Edifiacutecios NBR

155752013 que comeccedila a vigorar em julho desse ano e traz alguns itens

ineacuteditos nas normativas brasileiras como o conceito de vida uacutetil para os

sistemas Outro aspecto relevante eacute o papel que o usuaacuterio passaraacute a exercer

pois para que o desempenho miacutenimo seja atingido ao longo do tempo seraacute

necessaacuterio agrave implementaccedilatildeo de programas de manutenccedilatildeo corretiva e

preventiva (ASBEA 2013)

Destacam-se tambeacutem os sistemas de certificaccedilatildeo ambiental de

edificaccedilotildees que vecircm ganhando grande aceitaccedilatildeo no mercado brasileiro

apresentando-se como forma fundamental de incentivo das praacuteticas

sustentaacuteveis e principalmente como instrumento para garantir que as

edificaccedilotildees tenham um bom desempenho durante sua vida uacutetil

Dentro desse contexto a pesquisa apresentada dedicou-se na anaacutelise do

processo de certificaccedilatildeo ambiental AQUA (Alta Qualidade Ambiental) lanccedilado

em 2008 elaborado pela Fundaccedilatildeo Carlos Alberto Vanzolini instituiccedilatildeo privada

sem fins lucrativos criada mantida e gerida pelos professores do

Departamento de Engenharia de Produccedilatildeo da Escola Politeacutecnica da

Universidade de Satildeo Paulo O sistema foi adaptado exclusivamente para a

realidade brasileira a partir do modelo de certificaccedilatildeo francecircs HQE Haute

Qualiteacute Environnementale O processo AQUA eacute uma certificaccedilatildeo reconhecida

internacionalmente por diversas entidades certificadoras no mundo Franccedila

Alemanha Inglaterra Finlacircndia Itaacutelia e Estados Unidos que fazem parte da

SB Alliance da qual a Fundaccedilatildeo eacute membro fundador (REVISTA TEacuteCHNE

2009)

19

Inicialmente buscou-se o entendimento do referencial teacutecnico elaborado

pela Fundaccedilatildeo Vanzolini em 2007 para edifiacutecios novos abordando as fases

que antecedem a operaccedilatildeo as etapas de programa concepccedilatildeo (projeto) e

realizaccedilatildeo (execuccedilatildeo) Posteriormente deu-se a analise do referencial de

operaccedilatildeo fornecido pela Fundaccedilatildeo Vanzolini versatildeo provisoacuteria de 2010

atualmente em processo de revisatildeo

Com o objetivo de aplicar o conhecimento adquirido na anaacutelise dos

referidos referenciais optou-se por adotar do Escritoacuterio Verde - EV da UTFPR

construiacutedo dentro de criteacuterios sustentaacuteveis como objeto de estudo analisando

a conformidade ou natildeo conformidade quanto aos criteacuterios de desempenho

ambiental definidos no referencial AQUA de operaccedilatildeo de edifiacutecios

12 OBJETIVOS

121 Objetivo Principal

Analisar o desempenho ambiental do Escritoacuterio Verde da UTFPR tendo

como base o referencial teacutecnico de operaccedilatildeo e uso fornecido pela Fundaccedilatildeo

Vanzolini

122 Objetivos Especiacuteficos

Analisar o referencial teacutecnico para edifiacutecios do setor de serviccedilos em

operaccedilatildeo e uso elaborado pela Fundaccedilatildeo Vanzolini em maio de 2010

Avaliar o EV quanto o atendimento dos requisitos exigidos pelo AQUA

para a obtenccedilatildeo da certificaccedilatildeo na fase operaccedilatildeo e uso

Promover maior percepccedilatildeo sobre a importacircncia da certificaccedilatildeo de

edifiacutecios na fase operaccedilatildeo e uso como forma de garantir um desempenho

ambiental satisfatoacuterio durante sua vida uacutetil

13 DELIMITACcedilOtildeES

Para este estudo foram utilizados dois referenciais teacutecnicos AQUA de

certificaccedilatildeo

20

Vanzolini versatildeo 0 (provisoacuteria) - elaborado em maio de 2010

ndash edifiacutecios escolares versatildeo 0

(provisoacuteria) disponiacutevel no site da Fundaccedilatildeo

consideradas na presente dissertaccedilatildeo

14 JUSTIFICATIVA

O 3ordm Simpoacutesio Brasileiro de Construccedilatildeo Sustentaacutevel ocorrido em 2010

SBCS10 promovido pelo CIB (International Council for Research and

Innovation in Building and Construction) UNEP (United Nations Environment

Programme) e iiSBE (International Initiative for a Sustainable Built

Environment) em parceria com o CBCS (Conselho Brasileiro de Construccedilotildees

Sustentaacuteveis) e uma coalizatildeo de universidades brasileiras liacutederes no tema

Universidade de Campinas (Unicamp) Universidade Federal do Espiacuterito Santo

(UFES) e Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) obteve por

resultado um documento denominado ldquoCarta Abertardquo contendo consideraccedilotildees

referentes ao momento econocircmico e social vivido pelo Brasil Seguem algumas

dessas exposiccedilotildees (CBCS 2010)

a cadeia produtiva da construccedilatildeo civil eacute um dos motores do processo de

desenvolvimento econocircmico do Paiacutes

os programas governamentais de desenvolvimento social como o

Minha Casa Minha Vida - PMCMV e o Programa de Aceleraccedilatildeo do

Crescimento - PAC tem por base a atividade de construccedilatildeo

a cadeia produtiva da construccedilatildeo tem significativos impactos sociais e

ambientais inclusive mudanccedilas climaacuteticas consumo de energia aacutegua

biodiversidade e recursos naturais

Diante desse cenaacuterio surgem no Brasil os sistemas de certificaccedilatildeo

ambiental para edifiacutecios que agregam no sentido de minimizar os impactos

decorrentes da cadeia produtiva da construccedilatildeo civil

Hoje o Brasil ocupa o quarto lugar entre os paiacuteses que mais concentram

edificaccedilotildees feitas a partir de criteacuterios ambientalmente adequados Os Estados

21

Unidos reuacutenem o maior nuacutemero de empreendimentos em anaacutelise seguidos

pela China e pelos Emirados Aacuterabes Unidos (GBC-BRASIL 2013)

O relatoacuterio Rumo a Economia Verde do PNUMA (Programa das Naccedilotildees

Unidas para o Meio Ambiente) 2011 informa que a reduccedilatildeo dos impactos

gerados na construccedilatildeo civil eacute peccedila chave para alcance de uma economia

verde Para o PNUMA economia verde eacute aquela que resulta em melhoria do

bem-estar da humanidade e igualdade social ao mesmo tempo em que reduz

significativamente riscos ambientais e escassez ecoloacutegica

ldquoA construccedilatildeo de novos edifiacutecios verdes e o reequipamento dos edifiacutecios

jaacute existentes que usam energia e recursos de forma intensiva ateacute 2050 podem

resultar na economia de um terccedilo de energia nos setores de construccedilatildeo civil no

mundo inteiro em comparaccedilatildeo com as projeccedilotildees para as construccedilotildees

realizadas da maneira tradicionalrdquo (PNUMA 2011)

Para o coordenador executivo do processo AQUA professor Manuel

Carlos Reis Martins haacute necessidade de se repensar o conceito de custo de

uma obra levando em conta tambeacutem a fase de operaccedilatildeo cujo custo ao longo

dos anos eacute muito maior do que o valor gasto na construccedilatildeo Em termos de

ordem de grandeza do custo total de construccedilatildeo e operaccedilatildeo de um edifiacutecio

em um horizonte de 30 anos cerca de 20 correspondem agrave construccedilatildeo e 80

agrave operaccedilatildeo De outo modo se um edifiacutecio for sustentaacutevel e

consequentemente tiver custos operacionais mais baixos os investimentos

adicionais realizados na fase de construccedilatildeo teratildeo um raacutepido retorno

(ARQUITETURA 2011)

Eacute niacutetido que o tema construccedilotildees sustentaacuteveis com destaque para as

certificaccedilotildees ambientais vem ganhando abrangecircncia no contexto global e tem

um peso certamente crescente e determinante na minimizaccedilatildeo dos impactos

gerados no setor da construccedilatildeo No entanto no Brasil ainda eacute incipiente a

aplicaccedilatildeo desses sistemas no sentido de avaliar e garantir um desempenho

ambiental satisfatoacuterio das edificaccedilotildees durante sua operaccedilatildeo

Para Degani (2010) as metodologias de avaliaccedilatildeo e certificaccedilatildeo de

edifiacutecios podem ser vistas como mecanismos indutores do aperfeiccediloamento do

desempenho das edificaccedilotildees e da proacutepria construccedilatildeo civil

22

15 ESTRUTURA DA DISSERTACcedilAtildeO

O trabalho foi estruturado da seguinte forma

deste trabalho e justifica a relevacircncia desse estudo

histoacuterico e o estado da arte do tema estudado tambeacutem descreve os sistemas

de certificaccedilatildeo mais relevantes da atualidade e suas principais caracteriacutesticas

apitulo eacute a metodologia utilizada na dissertaccedilatildeo

Verde da UTFPR resultados e discussotildees sobre a aplicaccedilatildeo da metodologia

AQUA na fase operaccedilatildeo e uso

conclusotildees e consideraccedilotildees finais

23

2 REVISAtildeO DA LITERATURA

21 CONTEXTUALIZACcedilAtildeO

O ritmo do crescimento populacional no mundo estaacute em constante

decliacutenio sendo a taxa atual de crescimento de 12 ao ano Poreacutem a

populaccedilatildeo mundial continua crescendo em valores absoluto e em 2011 atingiu

a marca de 7 bilhotildees de habitantes O Graacutefico 2 informa que para o alcance do

2ordm bilhatildeo de habitantes no planeta levaram cerca de 123 anos o 3ordm bilhatildeo 33

anos o 4ordm bilhatildeo 15 anos o 5ordm e 6ordm bilhatildeo apenas 12 anos A estimativa para

atingir o 8ordm e 9ordm bilhatildeo eacute de 16 e 26 anos respectivamente mostrando que o

equiliacutebrio estaacute longe de acontecer gerando vaacuterios problemas pois a natureza

natildeo consegue repor na mesma velocidade que o consumo se sucede

Graacutefico 2 - Estimativa de crescimento populacional mundial (adaptado do inglecircs)

Fonte Population Reference Bureau (2011)

A Figura 1 relata as projeccedilotildees do uacuteltimo Relatoacuterio Planeta Vivo da World

Wildlife Fund - WWF (2012) indicando que se a humanidade continuar com

esse modelo de comportamento em 2030 (com 83 bilhotildees de habitantes)

seriam necessaacuterios dois planetas e cerca de trecircs planetas em 2050 (com 93

bilhotildees de habitantes) Esses dados foram calculados por meio da pegada

24

ecoloacutegica que corresponde ao tamanho das aacutereas produtivas de terra e de mar

necessaacuterias para gerar produtos bens e serviccedilos que sustentem determinados

estilos de vida Eacute uma forma de medir em hectares (ha) a extensatildeo de

territoacuterio que uma pessoa ou toda uma sociedade utiliza em meacutedia para se

sustentar

Figura 1 - Pegada ecoloacutegica (adaptado do inglecircs)

Fonte WWF ndash World Wildlife Fund 2012

Os componentes utilizados para o caacutelculo da pegada ecoloacutegica satildeo

apresentados na Figura 1 demonstrando os seguintes aspectos

carbono - a extensatildeo de aacutereas florestais capaz de sequestrar emissotildees

de CO2 derivadas da queima de combustiacuteveis foacutesseis excluindo-se a parcela

absorvida pelos oceanos que provoca a acidificaccedilatildeo

- a extensatildeo de aacutereas de cultivo usadas para a

produccedilatildeo de alimentos e fibras para consumo humano bem como para a

produccedilatildeo de raccedilatildeo para o gado oleaginosa e borracha

- a extensatildeo de aacutereas de pastagem utilizadas para a criaccedilatildeo

de gado de corte e leiteiro e para a produccedilatildeo de couro e produtos de latilde

- a extensatildeo de aacutereas florestais necessaacuterias para o

fornecimento de produtos madeireiros celulose e lenha

25

- representa a extensatildeo de aacutereas cobertas por

infraestrutura humana inclusive transportes habitaccedilatildeo estruturas industriais e

reservatoacuterios para a geraccedilatildeo de energia hidreleacutetrica

- calculada a partir da estimativa de produccedilatildeo primaacuteria

necessaacuteria para sustentar os peixes e mariscos capturados com base em

dados de captura relativos a espeacutecies marinhas e de aacutegua doce

22 DESENVOLVIMENTO SUSTENTAacuteVEL

A associaccedilatildeo entre o desenvolvimento econocircmico e a degradaccedilatildeo da

natureza foi pela primeira vez discutida por um grupo de intelectuais

denominado Clube de Roma fundado em 1968 tornou-se muito conhecido a

partir da publicaccedilatildeo do relatoacuterio intitulado ldquoOs Limites do Crescimentordquo Em

1972 a Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas (ONU) realizou a primeira

conferecircncia mundial sobre meio ambiente em Estocolmo Em 1983 foi criada a

Comissatildeo Mundial do Meio Ambiente e Desenvolvimento que publicou em

1987 o relatoacuterio conhecido como ldquoRelatoacuterio Brundtlandrdquo o qual aponta para a

incompatibilidade entre desenvolvimento sustentaacutevel e os padrotildees de produccedilatildeo

e consumo trazendo agrave tona mais uma vez a necessidade de uma nova relaccedilatildeo

ldquoser humano e meio ambienterdquo

Para a WWF Brasil a definiccedilatildeo mais aceita para desenvolvimento

sustentaacutevel foi descrita no Relatoacuterio de Brundland em 1987 ldquoAtender agraves

necessidades do presente sem comprometer a possibilidade de as geraccedilotildees

futuras atenderem a suas proacuteprias necessidadesrdquo Essa definiccedilatildeo surgiu para

discutir e propor meios de harmonizar dois objetivos o desenvolvimento

econocircmico e a conservaccedilatildeo ambiental (WWF-BRASIL 2013)

Mas foi na Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas para o Desenvolvimento e o

Meio Ambiente - Rio 92 que se consagrou o uso da expressatildeo

desenvolvimento sustentaacutevel O resultado foi agrave adoccedilatildeo de trecircs recomendaccedilotildees

principais a Agenda 21 a Declaraccedilatildeo do Rio e os Princiacutepios relativos a

Florestas e Selvas Foram tambeacutem firmadas duas convenccedilotildees a Convenccedilatildeo

da Biodiversidade e a Convenccedilatildeo do clima

A Agenda 21 foi o principal documento produzido na ECO 92 na qual foi

registrado a importacircncia dos paiacuteses em se comprometerem a refletir local e

26

globalmente sobre a forma pela qual governos empresas e organizaccedilotildees natildeo-

governamentais e todos os setores da sociedade poderiam cooperar no estudo

de soluccedilotildees para os problemas socioambientais

Assim a Agenda 21 possibilitou o debate sobre o desenvolvimento e

construccedilatildeo sustentaacutevel utilizaccedilatildeo de recursos viabilidade econocircmica destes

no mercado processos construtivos desenvolvimento social entre outros

assuntos permitindo aprofundar conhecimentos relacionados com a eficiecircncia

energeacutetica nos edifiacutecios a conservaccedilatildeo da aacutegua potaacutevel e a utilizaccedilatildeo de

materiais que tenham em conta a preservaccedilatildeo do ambiente

Em 2007 foi criado no Brasil o Conselho Brasileiro de Construccedilatildeo

Sustentaacutevel (CBCS) que tem como objetivo a utilizaccedilatildeo de praacuteticas

sustentaacuteveis no setor da construccedilatildeo civil trazendo qualidade de vida aos

usuaacuterios trabalhadores e ao ambiente em torno da edificaccedilatildeo

O evento mais recente foi a RIO + 20 realizado em junho de 2012

Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas sobre desenvolvimento sustentaacutevel sediado

no Rio de Janeiro Brasil Como resultado obteve-se a elaboraccedilatildeo de um

documento intitulado ldquoO futuro que queremosrdquo

27

Principais acontecimentos referentes ao desenvolvimento sustentaacutevel

podem ser vistos no Quadro 1

ANO EVENTO RESUMO

1968 Criaccedilatildeo do Clube de Roma

Organizaccedilatildeo informal cujo objetivo era promover o entendimento dos

componentes variados mas interpendentes ndash econocircmicos poliacuteticos

naturais e sociais que formam o sistema global

1972 Publicaccedilatildeo do livro Os limites do crescimento

Informe apresentado pelo Clube de Roma no qual previa que as

tendecircncias que imperavam ateacute entatildeo conduziriam a uma escassez

catastroacutefica dos recursos naturais e a niacuteveis perigosos de

contaminaccedilatildeo num prazo de 100 anos

1972Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas sobre o Meio Ambiente

Humano em Estocolmo Sueacutecia

A primeira manifestaccedilatildeo dos governos de todo o mundo com as

consequumlecircncias da economia sobre o meio ambiente Participaram

113 Estados-membros da ONU Um dos resultados do evento foi a

criaccedilatildeo do Programa das Naccedilotildees Unidas sobre o Meio Ambiente

(PNUMA)

1987Publicaccedilatildeo do informe Brundtland o ldquoNosso

Futuro Comumrdquo

Um dos mais importantes sobre a questatildeo ambiental e o

desenvolvimento Vincula estreitamente economia e ecologia e

estabelece o eixo em torno do qual se deve discutir o

desenvolvimento formalizando o conceito de desenvolvimento

sustentaacutevel

1992Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas sobre o Meio

Ambiente e Desenvolvimento ou Cuacutepula da Terra

Realizada no Rio de Janeiro constitui-se no mais importante foro

mundial jaacute realizado Abordou novas perspectivas globais e de

integraccedilatildeo da questatildeo ambiental planetaacuteria e definiu mais

concretamente o modelo de desenvolvimento sustentaacutevel

Participaram 170 Estados que aprovaram a Declaraccedilatildeo do Rio e

mais quatro documentos entre os quais a Agenda 21

1995 Berlim COP 1 - Conferecircncia sobre o clima

A primeira COP (Conferencia das Partes) tece como destaque a

decisatildeo de se apresentar no encontro de 1997 um documento

tornando oficial o comprometimento dos paiacuteses de reduccedilatildeo das

emissotildees de gases do efeito estufa

1997 Rio + 5 - Protocolo de Kyoto

Realizado em New York teve como objetivo analisar a

implementaccedilatildeo do Programa da Agenda 21 Visa combater o

aquecimento global que causa o efeito estufa

2002Cuacutepula Mundial sobre o Desenvolvimento Sustentaacutevel ndash

Rio + 10

Realizada em Johannesburgo nos meses de agosto e setembro

procurou examinar se foram alcanccediladas as metas estabelecidas pela

Conferecircncia do Rio-92 e serviu para que os Estados reiterassem seu

compromisso com os princiacutepios do desenvolvimento sustentaacutevel

2005 Montreal COP11 MOP1- Conferencia sobre o clima

Ocorreu juntamente com a Primeira Conferecircncia das Partes do

Protocolo de Quioto (COPMOP1) Jaacute entra na pauta a discussatildeo do

segundo periacuteodo do Protocolo apoacutes 2012 para o qual instituiccedilotildees

europeacuteias defendem reduccedilotildees de emissatildeo na ordem de 20 a 30 ateacute

2030 e entre 60 e 80 ateacute 2050

2007 Bali COP 13MOP3 - Conferencia sobre o clima

A reuniatildeo estabeleceu compromissos mensuraacuteveis transparentes e

verificaacuteveis para a reduccedilatildeo de emissotildees causadas por desmatamento

das florestas tropicais para o acordo que substituiraacute o Protocolo de

Quioto Recebeu o apelido mapa do caminho

2009 Copenhagem COP 15 -Conferencia sobre o clima

O encontro era considerado o mais importante da histoacuteria recente

dos acordos multilaterais ambientais pois tinha por objetivo

estabelecer o tratado que substituiraacute o Protocolo de Kyoto vigente

de 2008 a 2012 Entretanto a Conferecircncia de Copenhague foi

considerada em grande parte decepcionante

2010 Cancun COP 16 - Conferencia sobre o clima

Aqui vocecirc encontra anaacutelises dos integrantes do Observatoacuterio do

Clima posts no blog imagens e referecircncias para acompanhar mais

essa etapa das negociaccedilotildees multilaterais

2011 Durban COP 17 - Conferencia sobre o climaA proposta resultante da reuniatildeo foi vista pelos ambientalistas como

modesta insuficiente e sem ambiccedilotildees

2012 Rio + 20

A Rio+20 foi a maior Conferecircncia da ONU jaacute realizada com ampla

participaccedilatildeo de liacutederes de todos os setores Aleacutem do resultado

oficial muito criticado resumido no documento ldquoO Futuro que

Queremosrdquo e das dezenas de propostas da sociedade civil

organizada na Cuacutepula dos Povos a Rio+20 foi palco de 705

compromissos voluntaacuterios entre governos ONGs e Major Groups ndash

incluindo 500 empresas induacutestrias universidades entre outros

Quadro 1 ndash Principais eventos relacionados ao desenvolvimento sustentaacutevel

Fonte A autora 2012

28

23 CONSTRUCcedilAtildeO SUSTENTAacuteVEL

No acircmbito da Agenda 21 para a construccedilatildeo sustentaacutevel em paiacuteses em

desenvolvimento a construccedilatildeo sustentaacutevel eacute definida como um processo

holiacutestico que aspira a restauraccedilatildeo e manutenccedilatildeo da harmonia entre os

ambientes natural e construiacutedo e a criaccedilatildeo de assentamentos que afirmem a

dignidade humana e encorajem a equidade econocircmica No contexto do

desenvolvimento sustentaacutevel o conceito transcende a sustentabilidade

ambiental para abraccedilar a sustentabilidade econocircmica e social que enfatiza a

adiccedilatildeo de valor agrave qualidade de vida dos indiviacuteduos e das comunidades

(MINISTEacuteRIO DO MEIO AMBIENTE 2013)

As construccedilotildees sustentaacuteveis satildeo antes de tudo intervenccedilotildees conscientes

e planejadas Buscam satisfazer as necessidades humanas empregando de

forma inteligente os recursos disponiacuteveis visando natildeo esgotaacute-los

preservando-os para as geraccedilotildees futuras Desenvolve soluccedilotildees para os

problemas que a proacutepria construccedilatildeo gera (RIBEIRO 2010)

ldquoEdificaccedilatildeo sustentaacutevel eacute aquela que pode manter moderadamente ou

melhorar a qualidade de vida e harmonizar-se com o clima a tradiccedilatildeo a

cultura e o ambiente na regiatildeo ao mesmo tempo em que conserva a energia e

os recursos recicla materiais e reduz as substacircncias perigosas dentro da

capacidade dos ecossistemas locais e globais ao longo do ciclo de vida do

edifiacuteciordquo (IDHEA 2010)

A Associaccedilatildeo Brasileira dos Escritoacuterios de Arquitetura - ASBEA o

Conselho Brasileiro de Construccedilatildeo Sustentaacutevel - CBCS e outras instituiccedilotildees

apresentam diversos princiacutepios baacutesicos da construccedilatildeo sustentaacutevel dentre os

quais se destacam (GUIA DA SUSTENTABILIDADE 2008)

proveitamento de condiccedilotildees naturais locais

tilizar miacutenimo de terreno e integrar-se ao ambiente natural

mplantaccedilatildeo e anaacutelise do entorno

atildeo provocar ou reduzir impactos no entorno

ualidade ambiental interna e externa

estatildeo sustentaacutevel da implantaccedilatildeo da obra

daptar-se agraves necessidades atuais e futuras dos usuaacuterios

29

so de mateacuterias-primas que contribuam com a eco-eficiecircncia do

processo

educcedilatildeo do consumo energeacutetico

educcedilatildeo do consumo de aacutegua

eduzir reutilizar reciclar e dispor corretamente os resiacuteduos soacutelidos

ntroduzir inovaccedilotildees tecnoloacutegicas sempre que possiacutevel e viaacutevel

ducaccedilatildeo ambiental conscientizaccedilatildeo dos envolvidos no processo

Segundo SILVA (2007) a definiccedilatildeo de um edifiacutecio sustentaacutevel eacute

relacionada sempre comparativamente agraves praacuteticas correntes O desempenho

ambiental de um edifiacutecio sustentaacutevel de 2010 deve ser muito melhor do que o

de um edifiacutecio sustentaacutevel da deacutecada de 1990 Portanto os conceitos de

edifiacutecio sustentaacutevel estatildeo sempre em evoluccedilatildeo

24 SISTEMAS DE AVALIACcedilAtildeO DO DESEMPENHO DE EDIFIacuteCIOS

Com a crise do petroacuteleo na deacutecada de 1970 mecanismos legais de

reduccedilatildeo do consumo de energia comeccedilaram a ser implantados nos paiacuteses

desenvolvidos Os sistemas de avaliaccedilatildeo foram criados como forma de

analisar os impactos ambientais e classificar os edifiacutecios em Green Building

(SILVA 2007)

O conceito do Green Building ou ldquoEdificio verderdquo ganhou forccedila no iniacutecio da

deacutecada de 90 por meio da criaccedilatildeo do USGBC - United States Green Building

Council A entidade desenvolveu criteacuterios para medir a eficiecircncia das

edificaccedilotildees assim concede o selo de edifiacutecio verde agrave obra (SILVA 2007)

Para Reijnders e Van Roekel (1999) existem duas abordagens principais

de avaliaccedilatildeo ambiental a quantitativa e a qualitativa A primeira delas eacute a

Avaliaccedilatildeo de Ciclo de Vida (ACV) que trabalha com dados quantitativos de

fluxo energeacutetico A segunda trata-se de meacutetodos que usam sistemas de

pontuaccedilatildeo ou conceitos para anaacutelise dos dados qualitativos Tais ferramentas

satildeo denominadas eco-labellings

Segundo pesquisa realizada pelo World Resources Institute ndash WRI entre

o uacuteltimo quadrimestre de 2009 e o primeiro de 2010 existem aproximadamente

340 selos ecoloacutegicos que certificam produtos e serviccedilos espalhados por

aproximadamente 42 paiacuteses no mundo (WRI 2010)

30

Quanto ao desempenho de edifiacutecios sustentaacuteveis desta-se o Modelo de

Gerenciamento da Sustentabilidade de Facilidades Construiacuteda - MGS proposto

por Degani (2010) baseado no meacutetodo PDCA (planejar (plan) fazer (do)

checar (check) e agir (act))

O modelo MGS foi fundamentado no conceito de gestatildeo para o

desempenho e propotildeem diretrizes para implementaccedilatildeo de um sistema de

gestatildeo com objetivos de sustentabilidade na rotina diaacuteria dos agentes

responsaacuteveis (denominados no MGS de gerentes de facilidades) pelo uso

operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo dos edifiacutecios contemplando as seguintes etapas

(DEGANI 2010)

l

Importante esclarecer que o MGS eacute resultado de uma pesquisa de tese de

doutorado necessitando de avaliaccedilatildeo quanto a sua aplicabilidade e eficaacutecia

Degani (2010) sugere que o modelo seja utilizado como forma de introduzir a

sistemaacutetica do gerenciamento dos aspectos de sustentabilidade requerido pelo

sistema de certificaccedilatildeo

A gestatildeo de desempenho ambiental de edifiacutecios sustentaacuteveis em

operaccedilatildeo ainda eacute incipiente no Brasil mas haacute vaacuterios paiacuteses que jaacute fazem uso

de ferramentas que promovem a melhoria e controle de desempenho das

edificaccedilotildees As iniciativas envolvem a implantaccedilatildeo de padrotildees e guias para

melhoria de desempenho certificaccedilotildees ou selos verdes promoccedilatildeo do

desenvolvimento de meacutetodos para avaliaccedilatildeo de projetos e construccedilotildees entre

outros Portanto haacute um grande nuacutemero de ferramentas que abordam o tema

considerando uma grande variedade de condiccedilotildees fiacutesicas caracteriacutesticas das

edificaccedilotildees e prioridades ambientais conforme regiatildeo As formas para atingir

esses objetivos variam de simples listas de verificaccedilatildeo a complexos sistemas

informatizados abrangendo etapas de programaccedilatildeo orientando para o

planejamento de edifiacutecios sustentaacuteveis passando por simuladores de

31

desempenho que apoiam as etapas de projeto baacutesico e projeto executivo

incluindo a avaliaccedilatildeo do edifiacutecio em uso

241 Anaacutelise do Ciclo de Vida ndash ACV

O termo ACV ou em inglecircs ldquoLife Cycle Assessmentrdquo (LCA) foi utilizado

primeiramente nos Estados Unidos da Ameacuterica (EUA) em 1990 O conceito de

ciclo de vida tem-se estendido para aleacutem de um simples meacutetodo para comparar

produtos sendo atualmente visto como uma parte essencial para conseguir

objetivos mais abrangentes tais como sustentabilidade (CURRAN 1999)

A Anaacutelise do Ciclo de Vida (ACV) ou Avaliaccedilatildeo do Ciclo de Vida eacute um

instrumento de gestatildeo ambiental aplicaacutevel a bens e serviccedilos tambeacutem

conhecida pela expressatildeo ldquocradle to graverdquo (do berccedilo ao tuacutemulo) berccedilo

indicando a origem dos insumos primaacuterios mediante a extraccedilatildeo de recursos

naturais e tuacutemulo o destino final dos resiacuteduos que natildeo seratildeo reusados ou

reciclados (BARBIERI 2004)

A Norma ISO 14040 define o ciclo de vida como os Estaacutegios consecutivos

e interligados de um sistema de produto desde a aquisiccedilatildeo da mateacuteria prima

ou geraccedilatildeo de recursos naturais ateacute a disposiccedilatildeo final Conforme Barbieri

(2004) o ciclo completo vai da origem dos recursos naturais ateacute a disposiccedilatildeo

final dos resiacuteduos apoacutes o uso passando por todas as etapas intermediaacuterias

como beneficiamento transporte fabricaccedilatildeo e estocagem

242 Sistemas de Certificaccedilatildeo de Edifiacutecios

Os sistemas de certificaccedilatildeo satildeo em sua maioria baseados na ACV mas

tecircm por outro lado um apelo mercadoloacutegico podendo ter um caraacuteter de

ferramenta poliacutetica e de marketing Os resultados destas anaacutelises dependem

de diversos fatores como o meacutetodo os participantes a demanda local as

abordagens os objetivos bem como suas limitaccedilotildees (SCHEUER e KEOLEIAN

2002)

Segundo Silva (2003) ldquoo primeiro sinal da necessidade de avaliar o

desempenho ambiental de edifiacutecios veio exatamente com a constataccedilatildeo de que

32

mesmo os paiacuteses que acreditavam dominar os conceitos de green design natildeo

possuiacuteam meios para verificar o quatildeo ldquoverderdquo eram de fato seus edifiacuteciosrdquo

Tais ferramentas de avaliaccedilatildeo de desempenho demonstraram-se

eficientes ou natildeo dependendo das condiccedilotildees em que foram empregadas

sendo muitas delas aplicaacuteveis somente a situaccedilotildees muito delimitadas de

condiccedilotildees climaacuteticas e sociais ou em edifiacutecios de uso especiacutefico (PATRICIO

GOUVINHAS 2004)

Em 1990 surgiu no Reino Unido o primeiro selo mundial BREEAM

(Building Research Establishment Environmental Assessment Method) que

dispocircs as bases para outros sistemas de certificaccedilatildeo de edifiacutecios como o BRE

EcoHomes tambeacutem no Reino Unido O HK-BEAM (Honk Kong Building

Environmental Assessment Method) o NF Bacirctiments Tertiaires Deacutemache -

HQE na Franccedila o CASBEE (Comprehensive Assessment System for Building

Environmental Efficiency) no Japatildeo o Green Star na Australia e o LEED

(Leadership in Energy and Environmental Design) nos EUA (SILVA 2007)

A certificaccedilatildeo tem como principal objetivo promover edificaccedilotildees que

durante sua construccedilatildeo vida uacutetil e desconstruccedilatildeo gerem baixos impactos

ambientais garantindo sempre o bem-estar e a sauacutede de seus usuaacuterios e a

viabilidade econocircmica dos empreendimentos Outra premissa da certificaccedilatildeo eacute

promover a conscientizaccedilatildeo e o aprendizado de todas as partes envolvidas

direta ou indiretamente no projeto no processo construtivo e na ocupaccedilatildeo do

edifiacutecio (CBCS 2011)

O projeto de arquitetura apresenta diversas variaacuteveis de acordo com sua

funccedilatildeo e uso assim a ferramenta avaliativa especiacutefica para um determinado

tipo de edificaccedilatildeo em uma determinada regiatildeo com condiccedilotildees climaacuteticas

especiacuteficas provavelmente produziraacute uma avaliaccedilatildeo mais proacutexima da realidade

(SILVA 2007) Para isso eacute necessaacuterio que os sistemas avaliativos tenham

referecircncia natildeo apenas em conceitos universais como o ciclo de vida da

edificaccedilatildeo (NBR 14040 2001) como tambeacutem em criteacuterios essencialmente

regionais como zoneamento bioclimaacutetico bem como a adequaccedilatildeo de metas

de desempenho de acordo com normas vigentes para o local e tipo de

edificaccedilatildeo (NBR 15575 2008)

Os sistemas de certificaccedilatildeo ambiental elaborados para controlar e

monitorar o desempenho ambiental do edifiacutecio em uso utilizam o meacutetodo

33

bastante difundido e mais conhecido como PDCA (planejar (plan) fazer (do)

checar (check) e agir (act))

No livro ldquoO verdadeiro Poderrdquo Falconi descreve que existem dois tipos de

metas que uma organizaccedilatildeo procura resultados que necessitam ser

melhorados e resultados que precisam ser mantidos Nos dois casos utiliza-se

o PDCA qualquer resultado que se melhore deve imediatamente ser

estabilizado nas operaccedilotildees de rotina (FALCONI 2009)

No gerenciamento eacute necessaacuterio utilizar o PDCA para melhorar em

conjunto com o PDCA para manter O PDCA para manter eacute denominado SDCA

na operaccedilatildeo o planejamento eacute representado por ldquoPrdquo e o padratildeo passa a ser

representado por ldquoSrdquo de standardize conforme apresentado na Figura 2

Figura 2 ndash Ciclo PDCA e SDCA

Fonte IBENP (2011)

O Quadro 2 apresenta as algumas caracteriacutesticas dos principais sistemas

de certificaccedilatildeo de edifiacutecios atuantes no mundo

34

Quadro 2 ndash Principais sistemas de certificaccedilatildeo de edificaccedilotildees (continua)

Fonte A autora (2012)

BREEAM - Building Research Establishment Environmental Assessment Method

wwwbreeamorg

Instituiccedilatildeo Responsaacutevel BRE

Abrangecircncia Voltada principalmente ao Reino Unido poreacutem adaptaacutevel ao mundo todo Possui esquemas de

certificaccedilatildeo especiacuteficos para Europa e Regiatildeo do Golfo

Esquemas de avaliaccedilatildeo disponiacuteveis tipos de edifiacutecios avaliados BREEAM Outros Edifiacutecios BREEAM Tribunais The

Code for Sustainable Homes (O Coacutedigo para Casas Sustentaacuteveis) BREEAM EcohomesXB BREEAM Sauacutede BREEAM

Industrial BREEAM Internacional (avalia edifiacutecios ou apoia a criaccedilatildeo de versotildees do BREEAM fora do Reino Unido)

BREEAM Multi-residencial BREEAM Prisotildees BREEAM Escritoacuterios BREEAM Varejo BREEAM Educaccedilatildeo BREEAM

Comunidades BREEAM Em Uso

Classificaccedilotildees Concedidas Pass (Aprovado) Good (Bom) Very Good (Muito Bom) Excellent (Excelente)

Outstanding (Excepcional)

Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo Variam de acordo com o Sistema

CASBEE - Comprehensive Assessment System for Building Environmental Efficiency

wwwibecorjpCASBEEenglish

Instituiccedilatildeo Responsaacutevel Japan Sustainable Building Consortium (JSBC)

Abrangecircncia Aacutesia

Esquemas de avaliaccedilatildeo disponiacuteveis tipos de edifiacutecios avaliados CASBEE para Preacute-Projeto CASBEE para Novas

Construccedilotildees CASBEE para Edifiacutecios existentes e CASBEE para Reformas As ferramentas atendem a uma larga variedade

de usos do edifiacutecio (escritoacuterios escolas habitaccedilatildeo etc)

Classificaccedilotildees Concedidas classe C (fraco) classe B- classe B+ classe A e classe S (excelente)

Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo Q (Qualidade) - Construindo Qualidade Ambiental e Performance Avalia a

melhoria na qualidade de vida dos usuaacuterios do edifiacutecio dentro do espaccedilo fechado hipoteacutetico (propriedade privada)

L (Cargas) - Construindo Cargas Ambientais Avalia os impactos ambientais negativos que vatildeo aleacutem do espaccedilo

hipoteacutetico fechado para o exterior (a propriedade puacuteblica)

Haacute quatro campos de levantamento (1) Eficiecircncia Energeacutetica (2) Eficiecircncia de Recursos (3) Ambiente Local (4)

Ambiente Interno

Green Star

wwwgbcaorgaugreen-star

Instituiccedilatildeo Responsaacutevel Green Building Council Austraacutelia

Abrangecircncia Austraacutelia

Esquemas de avaliaccedilatildeo disponiacuteveis tipos de edifiacutecios avaliados Green Star - Educaccedilatildeo Green Star - Sauacutede Green Star

- Industrial Green Star - Residencial Muacuteltiplas Unidades Green Star - Escritoacuterio Green Star - Interiores de Escritoacuterio

Green Star - Varejo Green Star - Projeto de Escritoacuterio Green Star - Escritoacuterio Construiacutedo

Classificaccedilotildees Concedidas 4 Star Green Star Certified Rating (4 Estrelas - 45-59 pontos) 5 Star Green Star Certified

Rating (5 Estrelas - 60-74 pontos) 6 Star Green Star Certified Rating (6 Estrelas - 75-100 pontos)

Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo Gerenciamento Qualidade Ambiental do Ambiente Interno Energia Transporte

Aacutegua Materiais Uso do Solo amp Ecologia Emissotildees Inovaccedilatildeo O peso de cada uma destas categorias eacute alocado de

acordo com a regiatildeo do paiacutes para atender condiccedilotildees locais especiacuteficas

LEED - Leadership in Energy and Environmental Design

wwwusgbcorgLEED

Instituiccedilatildeo Responsaacutevel US Green Building Council

Abrangecircncia Principalmente Estados Unidos poreacutem atende ao mundo todo

Esquemas de avaliaccedilatildeo disponiacuteveis tipos de edifiacutecios avaliados Novas construccedilotildees Edificaccedilotildees existentes Interiores

Comerciais Nuacutecleo amp Casca Escolas Varejo Sauacutede Casas e Desenvolvimento de Comunidades

Classificaccedilotildees Concedidas Certified (Certificado - 40ndash49 pontos) Silver (Prata - 50ndash59 pontos) Gold (Ouro - 60ndash79

pontos) Platinum (Platina - 80 pontos ou mais)

Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo Possui 5 categorias Ambientais para concessatildeo de creacuteditos Locais Sustentaacuteveis

Eficiecircncia Hiacutedrica Energia e Atmosfera Materiais e Recursos e Qualidade Ambiental do Ambiente Interno Aleacutem disso

pontos extra podem ser concedidos por Inovaccedilatildeo em Design e Especificaccedilotildees Regionais

35

HK - BEAM - Kong Building Environmental Assessment Method

wwwhk-beamorghk

Instituiccedilatildeo Responsaacutevel The BEAM Society

Abrangecircncia Principalmente Hong Kong

Esquemas de avaliaccedilatildeo disponiacuteveis tipos de edifiacutecios avaliados BEAM para Novas Edificaccedilotildees BEAM para Edificaccedilotildees

Existentes

Classificaccedilotildees Concedidas Platinum (Platina - Excelente) Gold (Ouro - Muito Bom) Silver (Prata - Bom) Bronze

(Bronze - Acima da Meacutedia)

Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo Avaliaccedilatildeo baseada em creacuteditos para benchmark (melhores praacuteticas) da performance

ambiental dos edifiacutecios ao longo do ciclo de vida sobre o local uso de materiais aspectos energeacuteticos consumo de aacutegua

qualidade ambiental do ambiente interno e inovaccedilotildees

HQE - Haute Qualiteacute Environnementale

assohqeorghqe

Instituiccedilatildeo Responsaacutevel Association pour la Haute Qualiteacute Environnementale (ASSOHQE)

Abrangecircncia Principalmente Franccedila atende tambeacutem Beacutelgica Luxemburgo Tuniacutesia e Argeacutelia

Tipos de edifiacutecios avaliados edifiacutecios novos e edifiacutecios existentes nas modalidades comercial residencial individual e coletivo

Classificaccedilotildees Concedidas Base (de acordo com regulamento) Eficiente (boa praacutetica) Muito eficiente (melhor

praacutetica)

Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo Manejo de impactos ao ambiente exterior (relaccedilatildeo harmocircnica com o ambiente

imediato escolha integrada dos meacutetodos de construccedilatildeo e materiais evitar incocircmodo aos arredores minimizaccedilatildeo do

uso de energia minimizaccedilatildeo do uso de aacutegua minimizaccedilatildeo de resiacuteduos em operaccedilotildees minimizaccedilatildeo da necessidade de

manutenccedilatildeo e reparos) e criaccedilatildeo de Ambiente Interno Agradaacutevel (medidas de controle hidroteacutermico medidas de

controle acuacutestico atratividade visual medidas de controle de odores higiene e limpeza dos espaccedilos internos controle

da qualidade do ar controle da qualidade da aacutegua)

DGNB - Deutsche Gesellschaft fuumlr Nachhaltiges Bauen

wwwdgnbde_en

Instituiccedilatildeo Responsaacutevel Conselho alematildeo de construccedilatildeo sustentaacutevel

(DGNB for ldquoDeutsche Gesellschaft fuumlr NachhaltigesBauenrdquo)

Abrangecircncia Alemanha

Esquemas de avaliaccedilatildeo disponiacuteveis tipos de edifiacutecios avaliados Sistema flexiacutevel avalia diversos tipos de edificio

Classificaccedilotildees Concedidas Gold (Ouro) Silver (Prata) Bronze

Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo Campos avaliados - Aspectos ecoloacutegicos economicos socioculturais e funcionais

tecnologia processos e local Cada campo eacute avaliado com criteacuterios especiacuteficos que podem ser desenhados e pesados de

maneira distinta a depender do perfil de ocupaccedilatildeo Cada campo eacute avaliado durante todo ciclo de vida do edifiacutecio

A avaliaccedilatildeo eacute focada em metas e natildeo em accedilotildees individuais

LIDER A

Instituiccedilatildeo Responsaacutevel Lider A - Sistema de Avaliaccedilatildeo da Sustentabilidade

Abrangecircncia Portugal

Esquemas de avaliaccedilatildeo disponiacuteveis tipos de edifiacutecios avaliados Abrange diferentes tipologias e usos em ambientes

construiacutedos em diferentes fases desde a fase de plano ou projeto a construccedilatildeo operaccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo tambeacutem

trabalha desde a escala da comunidade ateacute empreendimentos e edifiacutecios

Classificaccedilotildees ConcedidasG (menos eficiente) F E (praacutetica usual ou de referecircncia) D C (cerca de 25 superior ao niacutevel E)

B A (desempenho cerca de 50 superior ao niacutevel E) A+ (75 superior ao niacutevel E) A++ (90 superior ao niacutevel E)

Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo O sistema trabalha com um conjunto de seis princiacutepios de bom desempenho

ambiental (integraccedilatildeo local recursos cargas ambientais conforto ambiental vivecircncia socioeconocircmica e uso sustentaacutevel)

traduzidos em 22 aacutereas e 43 criteacuterios Quadro 2 ndash Principais sistemas de certificaccedilatildeo de edificaccedilotildees (conclusatildeo)

Fonte A autora (2012)

36

243 Principais Sistemas de Certificaccedilatildeo no Brasil

No Brasil os sistemas de certificaccedilatildeo de edificaccedilotildees mais difundidos satildeo

O AQUA alta qualidade ambiental o LEED ndash Brasil o PROCEL EDIFICA da

Eletrobraacutes e o Selo CASA AZUL da Caixa Econocircmica O Quadro 3 apresenta

as principais caracteriacutesticas destes selos

PROCEL EDIFICA - Instrumento de Classificaccedilatildeo

wwweletrobrascomPCIetiquetagem_edificios

Instituiccedilatildeo Responsaacutevel Eletrobraacutes

Abrangecircncia Brasil

Tipos de edifiacutecios avaliados Edifiacutecios Comerciais de Serviccedilos e Puacuteblicos e Residenciais

Classificaccedilotildees Concedidas A B C D E

Criteacuterios avaliados para Classificaccedilotildees A eficiecircncia energeacutetica eacute avaliada nos sistemas de envoltoacuteria iluminaccedilatildeo e

condicionamento de ar para edifiacutecios comerciais de serviccedilos e puacuteblicos Nos edifiacutecios residecircncias satildeo avaliados a

envoltoacuteria sistemas de aquecimento de aacutegua aleacutem dos sistemas presentes nas aacutereas comuns dos edifiacutecios

multifamiliares como iluminaccedilatildeo elevadores bombas centriacutefugas etc

SELO CASA AZUL DA CAIXA

downloadscaixagovbr_arquivosdesenvolvimento_urbanogestao_ambientalGuia_Selo_Casa_Azul_CAIXApdf

Instituiccedilatildeo Responsaacutevel Caixa Econocircmica Federal

Abrangecircncia Brasil

Tipos de edifiacutecios avaliados Unidades Habitacionais com valor ateacute R$130 mil

Classificaccedilotildees Concedidas BRONZE (19 Criteacuterios obrigatoacuterios) PRATA (25 criteacuterios sendo 6 de livre escolha) OURO (25

criteacuterios sendo 6 de livre escolha)

Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo 53 criteacuterios de avaliaccedilatildeo distribuiacutedos em seis categorias Qualidade Urbana

Projeto e Conforto Eficiecircncia Energeacutetica Conservaccedilatildeo de Recursos Materiais Gestatildeo da Aacutegua Praacuteticas Sociais

LEED - BRASIL

wwwgbcbrasilorgbrp=certificacao

Instituiccedilatildeo Responsaacutevel Green Building Council Brasil

Abrangecircncia Brasil

Esquemas de avaliaccedilatildeo disponiacuteveis tipos de edifiacutecios avaliados

LEED NC para novas construccedilotildees ou grandes projetos de renovaccedilatildeo- LEED ND para projetos de desenvolvimento de bairro

LEED CS para projetos na envoltoacuteria e parte central do edifiacutecio LEED Retail NC e CI para lojas de varejo

LEED Healthcare para unidades de sauacutede LEED EB_OM para projetos de manutenccedilatildeo de edifiacutecios jaacute existentes

LEED Schools para escolas e LEED CI para projetos de interior ou edifiacutecios comerciais

Classificaccedilotildees Concedidas Selo LEED - 40 pontos Prata 50 pontos Ouro 60 pontos e Platina 80 pontos

Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo Espaccedilo sustentaacuteve eficiecircncia do uso da aacutegua energia e atmosfera

materiais e recursos qualidade ambiental interna inovaccedilatildeo e processos creacuteditos de prioridade regional

Quadro 3 - Principais sistemas de certificaccedilatildeo de edificaccedilotildees no Brasil (continua)

Fonte A autora (2012)

37

AQUA - Alta Qualidade Ambiental

wwwvanzoliniorgbr

Instituiccedilatildeo Responsaacutevel Fundaccedilatildeo Vanzolini

Abrangecircncia Brasil

Tipos de edifiacutecios avaliados Escritoacuterios e Escolas Hoteis e Edifiacutecios Habitacionais

Classificaccedilotildees Concedidas Bom Superior Excelente

Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo 14 Categorias satildeo avaliadas relaccedilatildeo do edifiacutecio com o seu entorno escolha

integrada de produtos sistemas e processos construtivos canteiro de obras com baixo impacto ambiental gestatildeo da

energia gestatildeo da aacutegua gestatildeo dos resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo do edifiacutecio manutenccedilatildeo - permanecircncia do desempenho

ambiental conforto higroteacutermico conforto acuacutestico conforto visual conforto olfativo qualidade sanitaacuteria dos

ambientes qualidade sanitaacuteria do ar qualidade sanitaacuteria da aacutegua Para receber a certificaccedilatildeo deve atender no miacutenimo

7 categorias - Bom 4 categorias - Superior e 3 categorias - Excelente

Quadro 3 - Principais sistemas de certificaccedilatildeo de edificaccedilotildees no Brasil (conclusatildeo)

Fonte A autora (2012)

Para SILVA (2003) os princiacutepios soacutelidos de uma certificaccedilatildeo direcionada

ao contexto brasileiro satildeo

ara ser tecnicamente consistente um meacutetodo de avaliaccedilatildeo deve ser

adaptado a dados nacionais relevantes

ara ser viaacutevel praticamente um meacutetodo de avaliaccedilatildeo deve ser

adaptado ao mercado agraves praacuteticas de construccedilatildeo e agraves tradiccedilotildees locais

ara ser absorvido e difundir-se rapidamente um meacutetodo de avaliaccedilatildeo

deve ser desenvolvido em parceria com as principais partes interessadas

investidores empreendedoresconstrutores e projetistas

ara serem apropriados ao contexto nacional os itens avaliados no

meacutetodo devem ser ponderados para refletir prioridades e interesses nacionais

244 Processo AQUA de certificaccedilatildeo

Em outubro de 2007 foi publicado no Brasil o AQUA (Alta Qualidade

Ambiental) a adaptaccedilatildeo do HQE (versatildeo de fevereiro de 2007) Este sistema

de certificaccedilatildeo ambiental para edifiacutecios foi desenvolvido pela Fundaccedilatildeo Carlos

Alberto Vanzolini em parceria com o Departamento de Engenharia de

Construccedilatildeo Civil da Escola Politeacutecnica da Universidade de Satildeo Paulo (USP) e

o Centre Scientifique et Technique du Bacirctiment (CSTB)

Para Aulicino (2008) o processo AQUA foi desenvolvido com o objetivo de

amenizar os impactos da construccedilatildeo de um edifiacutecio novo ou da reabilitaccedilatildeo de

algum edifiacutecio existente tanto sobre o meio ambiente como sobre a qualidade

38

do ambiente interno para os usuaacuterios (conforto e sauacutede) e externo ao edifiacutecio A

metodologia merece destaque por ser a primeira oficialmente adaptada ao

contexto brasileiro

O processo AQUA abrange as seguintes fases

programa (ideia) - reflexatildeo criativa inicial sobre o empreendimento de

construccedilatildeo em seu contexto soacutecio econocircmico e ambiental

concepccedilatildeo (projeto) ndash tendo como entrada o programa define a

construccedilatildeo sustentaacutevel e como seraacute realizada

ealizaccedilatildeo (construccedilatildeo) - guiada pelas definiccedilotildees do projeto materializa

a construccedilatildeo sustentaacutevel

peraccedilatildeo (uso) ndash monitora o desempenho da edificaccedilatildeo os consumos

as emissotildees despesas entre outros garantindo condiccedilotildees de conforto e sauacutede

ao usuaacuterio com melhor desempenho soacutecio econocircmico e ambiental

esconstruccedilatildeo (a desmontagem) ndash ao final da vida uacutetil permite o

maacuteximo aproveitamento dos materiais e sistemas com menor impacto

ambiental

Em 2013 estavam disponiacuteveis para consulta quatro referenciais teacutecnicos

escritoacuterios edifiacutecios escolares edifiacutecios habitacionais edifiacutecios comerciais e

hoteacuteis O referencial para edifiacutecios que buscam certificaccedilatildeo na fase operaccedilatildeo

encontra-se em periacuteodo de revisatildeo Os referenciais teacutecnicos para sauacutede

esporte e lazer bairros e estradas estatildeo em fase de estudo e em busca de

empresas pioneiras para desenvolvimento dos projetos

O processo eacute feito por meio de 3 (trecircs) auditorias presenciais antecedidas

de anaacutelise teacutecnica dos documentos entregues A avaliaccedilatildeo se baseia em um

perfil ambiental composto pelas seguintes aacutereas de avaliaccedilatildeo eco-construccedilatildeo

eco-gestatildeo conforto e sauacutede Os Quadros 4 e 5 apresentam as 14 categorias

e subcategorias avaliadas no sistema AQUA

39

Quadro 4 ndash Categorias do sistema AQUA

Fonte Fundaccedilatildeo Vanzolini (2011)

1) Relaccedilatildeo do edifiacutecio com o entorno

Implantaccedilatildeo do empreendimento no terreno para desenvolvimento urbano sustentaacutevel

Qualidade dos espaccedilos exteriores para os usuaacuterios

Impacto do edifiacutecio sobre a vizinhanccedila

2) Escolha integrada de produtos sistemas e processos construtivos

Durabilidade e a adaptabilidade da construccedilatildeo

Escolhas construtivas para a facilidade de conservaccedilatildeo da construccedilatildeo

Escolha dos produtos de construccedilatildeo (limitar impactos socioambientais)

Escolha dos produtos de construccedilatildeo (limitar impactos aacute sauacutede humana)

3) Canteiros de obras com baixo impacto ambiental

Otimizaccedilatildeo da gestatildeo dos resiacuteduos do canteiro de obras

Reduccedilatildeo dos incocircmodos poluiccedilatildeo e consumo de recursos causados pelo canteiro de obras

4) Gestatildeo da energia

Reduccedilatildeo de energia por meio de concepccedilatildeo arquitetocircnica

Reduccedilatildeo do consumo de energia primaacuteria dos poluentes associados

5) Gestatildeo da aacutegua

Reduccedilatildeo do consumo de aacutegua potaacutevel

Otimizaccedilatildeo e gestatildeo de aacuteguas pluviais

6) Gestatildeo dos resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo do edificio

Otimizaccedilatildeo da valorizaccedilatildeo dos resiacuteduos gerados pelas atividades de uso e operaccedilatildeo do edifiacutecio

Qualidade do sistema de gestatildeo dos resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo do edifiacutecio

7) Manutenccedilatildeo ndash permanecircncia do desempenho ambiental

Permanecircncia do desempenho dos sistemas de aquecimento e resfriamento

Permanecircncia do desempenho dos sistemas de ventilaccedilatildeo

Permanecircncia do desempenho dos sistemas de iluminaccedilatildeo

Permanecircncia do desempenho dos sistemas de gestatildeo da aacutegua Quadro 5 ndash Subcategorias do sistema AQUA (continua)

Fonte Fundaccedilatildeo Vanzolini (2011)

40

8) Conforto higroteacutermico

Implementaccedilatildeo de medidas arquitetocircnicas para otimizaccedilatildeo do conforto higroteacutermico de veratildeo e inverno

Criaccedilatildeo de condiccedilotildees de conforto higroteacutermico de inverno

Criaccedilatildeo de condiccedilotildees de conforto higroteacutermico de veratildeo em ambientes climatizados naturalmente

Criaccedilatildeo de condiccedilotildees de conforto higroteacutermico de veratildeo em ambientes com sistema de resfriamento artificial

9) Conforto acuacutestico

Otimizaccedilatildeo dos elementos arquitetocircnicos para proteger os usuaacuterios do edifiacutecio de incocircmodos acuacutesticos

Criaccedilatildeo de uma qualidade do meio acuacutestico adaptado aos diferentes ambientes

10) Conforto visual

Garantia de iluminacircncia natural oacutetima evitando seus inconvenientes (ofuscamento)

Iluminaccedilatildeo artificial confortaacutevel

11) Conforto olfativo

Garantia de uma ventilaccedilatildeo eficaz

Controle das fontes de odores desagradaacuteveis

12) Qualidade sanitaacuteria dos ambientes

Controle da exposiccedilatildeo eletromagneacutetica

Criaccedilatildeo de condiccedilotildees de higiene especiacuteficas

13) Qualidade sanitaacuteria do ar

Garantia de uma ventilaccedilatildeo eficaz

Controle das fontes de poluiccedilatildeo

14) Qualidade sanitaacuteria da aacutegua

Qualidade e durabilidade dos materiais empregados em redes internas

Organizaccedilatildeo e proteccedilatildeo das redes internas

Controle da temperatura na rede interna

Controle dos tratamentos anticorrosivo e antiincrustaccedilatildeo Quadro 5 ndash Subcategorias do sistema AQUA (conclusatildeo)

Fonte Fundaccedilatildeo Vanzolini (2011)

Para cada categoria analisada eacute atribuiacutedo um niacutevel de desempenho bom

superior e excelente A Figura 3 demonstra que para obter a certificaccedilatildeo nas

fases programa concepccedilatildeo e realizaccedilatildeo o edifiacutecio precisa atingir pelo menos

trecircs de niacutevel excelente e no maacuteximo 7 niacutevel bom Sendo assim este sistema

natildeo possui escala de pontuaccedilatildeo global

Figura 3 ndash Niacuteveis de avaliaccedilatildeo AQUA

Fonte Fundaccedilatildeo Vanzolini (2011)

41

2441 Certificaccedilatildeo AQUA ndash fase operaccedilatildeo e uso

A primeira versatildeo do Referencial Teacutecnico de Operaccedilatildeo e Uso para

edifiacutecios de serviccedilos foi elaborado em maio de 2010 e ainda encontra-se em

fase de revisatildeo O referencial completo pode ser consultado no Anexo 3 e estaacute

dividido em cinco partes

I - Sistema de gestatildeo da operaccedilatildeo (SGO)

Gestatildeo para compromisso planejamento e controle de desempenho

II ndash Qualidade intriacutenseca (QI)

Perfil da qualidade ambiental do edifiacutecio

III ndash Melhoria da qualidade intriacutenseca (MQI)

Melhoria da qualidade ambiental do conjunto em relaccedilatildeo ao planejamento

IV ndash Controle da qualidade intriacutenseca (CQI)

Qual eacute a forma de garantir o desempenho do edifiacutecio

V ndash Qualidade ambiental das praacuteticas (QAP)

Rotinas - Basicamente divido em compras comunicaccedilatildeo e gestatildeo

Na fase operaccedilatildeo e uso a forma de avaliaccedilatildeo difere das demais fases a

Tabela 1 apresenta a pontuaccedilatildeo miacutenima para ser excelente nas 14 categorias

Tabela 1 ndash Perfil da qualidade ambiental do edifiacutecio em operaccedilatildeo

Fase Programa da Operaccedilatildeo e Uso Pontos miacutenimos em E

Categoria 1- Relaccedilatildeo do edifiacutecio com seu entorno 50 dos pontos aplicaacuteveis

Categoria 2 - Escolha integrada de produtos sistemas e processos construtivos gt 12

Categoria 3 - Canteiro de obras gt 4

Categoria 4 - Energia gt 18 sendo 8 em CQI

Categoria 5 - Aacutegua gt 12 sendo 7 em CQI eou MQI

Categoria 6 - Resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo do edifiacutecio gt 5

Categoria 7 - Conservaccedilatildeo e manutenccedilatildeo gt 13 sendo 8 em CQI ou MQI

Categoria 8 - Conforto higroteacutermico gt 9 sendo 3 em CQI

Categoria 9 - Conforto acuacutestico gt 4

Categoria 10 -Conforto visual gt 10 sendo 3 em CQI

Categoria 11 - Conforto Olfativo gt 7 sendo 3 em CQI

Categoria 12 - Qualidade sanitaacuteria dos ambientes gt 8 sendo 3 em CQI

Categoria 13 - Qualidade sanitaacuteria do ar gt 16 sendo 10 em CQI

Categoria 14 - Qualidade sanitaacuteria da aacutegua gt 8 sendo 5 em CQI

SGO - Sistema de gestatildeo da operaccedilatildeo Atender os requisitos aplicaacuteveis

QAP - Qualidade ambiental da praacutetica gt ou = 50 dos pontos aplicaacuteveis

Fonte Fundaccedilatildeo Vanzolini (2012)

42

Para alcanccedilar o niacutevel bom eacute necessaacuterio atender os requisitos exigidos em

todo referencial na coluna ldquoniacutevelrdquo m letra ldquoBrdquo conforme Figura 4 e para atingir o

niacutevel superior aleacutem de todos os itens ldquoBrdquo precisa atender tambeacutem todos com a

letra ldquoSrdquo

Figura 4 ndash Avaliaccedilatildeo na fase operaccedilatildeo e uso - processo AQUA

Fonte Referencial AQUA (2010)

43

3 METODOLOGIA

A presente dissertaccedilatildeo caracteriza-se como um estudo exploratoacuterio pois

visa ldquoproporcionar maior familiaridade com a questatildeo o problema com vistas a

tornaacute-lo mais expliacutecitordquo (GIL 2002) Geralmente o estudo eacute exploratoacuterio quando

haacute pouco conhecimento sobre o tema a ser abordado (AAKER et al2004) Por

ser um tipo de pesquisa muito especiacutefica quase sempre ela assume a forma

de um estudo de caso (GIL 2008)

A pesquisa tambeacutem se enquadra como pesquisa descritiva pois tem o

objetivo de descrever um determinado fenocircmeno (GIL 2008) Como qualquer

pesquisa ela depende tambeacutem de uma revisatildeo da literatura

Tratando se de uma pesquisa exploratoacuteria e descritiva a metodologia

utilizada foi a qualitativa Conforme Gephart (2004) a pesquisa qualitativa

fornece uma narrativa da visatildeo da realidade dos indiviacuteduos sendo altamente

descritiva Pode fornecer bases para compreender processos de gestatildeo e pode

humanizar a pesquisa realccedilando as intenccedilotildees humanas e os significados do

fenocircmeno (GEPHART 2004)

Para alcanccedilar os objetivos propostos o estudo foi desenvolvido em

algumas etapas segue a descriccedilatildeo das mais importantes

participaccedilatildeo no curso ldquoConstruccedilatildeo sustentaacutevel AQUA ndash Introduccedilatildeordquo

Ministrado pela Fundaccedilatildeo Vanzolini

participaccedilatildeo no curso ldquoConstruccedilatildeo Sustentaacutevel AQUA ndash O Sistema de

Gestatildeo do Empreendimento (SGE)rdquo Ministrado pela Fundaccedilatildeo Vanzolini

participaccedilatildeo no curso ldquoEnergia Solar Fotovoltaicardquo Ministrado pela Blue

Sol ministrado no Escritoacuterio Verde da UTFPR

estudo do referencial teacutecnico AQUA de construccedilatildeo ndash criteacuterios para

avaliaccedilatildeo da fase de construccedilatildeo de escritoacuterios - edifiacutecios comerciais

anaacutelise detalhada do referencial teacutecnico AQUA de Operaccedilatildeo e Uso

fornecido pela Fundaccedilatildeo Vanzolini

levantamento de dados elaboraccedilatildeo de diagnoacutestico inicial referente agrave

construccedilatildeo do Escritoacuterio Verde

referencial teoacuterico baseado na revisatildeo da literatura

realizaccedilatildeo estudo de caso avaliaccedilatildeo da operaccedilatildeo e uso do Escritoacuterio

Verde

44

Importante ressaltar que o cancelamento da realizaccedilatildeo do curso

Construccedilatildeo sustentaacutevel AQUA - operaccedilatildeo e uso previsto pela Fundaccedilatildeo

Vanzolini em outubro de 2012 prejudicaram em partes os resultados da

presente dissertaccedilatildeo

45

4 ESTUDO DE CASO ESCRITOacuteRIO VERDE DA UTFPR

41 CONTEXTUALIZACcedilAtildeO

Atualmente os Centros Universitaacuterios Sustentaacuteveis chamados

Greencampi satildeo uma realidade em diversos paiacuteses como Europa Estados

Unidos Austraacutelia e Nova Zelacircndia Os campi universitaacuterios assumem funccedilatildeo

relevante uma vez que estudantes professores e comunidade externa

convivem diariamente em espaccedilo integrado adaptando a este todas suas

atividades e necessidades (ESCRITOacuteRIO VERDE 2012)

A grande maioria dessas Universidades possui um Green Office ou

ldquoEscritoacuterio Verderdquo onde satildeo planejadas e implantadas as praacuteticas sustentaacuteveis

nos campi Atuando em conjunto com outros departamentos das

Universidades esse ldquoEscritoacuteriordquo atende a gestatildeo ambiental do campus

tornando mais faacutecil o gerenciamento interno das Instituiccedilotildees de Ensino

Superior (IES) (ESCRITOacuteRIO VERDE 2012)

No Brasil este movimento jaacute comeccedila a surgir em algumas IES seguindo

uma tendecircncia global e diante da necessidade das Universidades em se

posicionarem com relaccedilatildeo ao desenvolvimento de forma consciente perante a

sociedade O desenvolvimento sustentaacutevel natildeo se traduz assim apenas nas

praacuteticas de ensino mas na implantaccedilatildeo de praacuteticas de gestatildeo ambiental

(ESCRITOacuteRIO VERDE 2012)

O Escritoacuterio Verde empreendimento da Universidade Tecnoloacutegica Federal

do Paranaacute (UTFPR) Campus Curitiba conforme ilustrado na Figura 5 estaacute

localizado na Avenida Silva Jardim nordm 807 entre a Rua Des Westphalen e a

Av Mal Floriano Peixoto e aos fundos do local dispotildee de uma aacuterea com

quadra coberta e edifiacutecio onde se encontra instalado atualmente o Centro de

Liacutenguas da Universidade O empreendimento foi implantado na parte frontal do

terreno onde existia uma quadra esportiva polivalente em desuso

(ESCRITOacuteRIO VERDE 2012)

O edifiacutecio eacute um departamento da universidade que tem como escopo

desenvolver e implantar programas que reduzam o impacto ambiental das

atividades de ensino e pesquisa conduzidas no Campus Curitiba O Escritoacuterio

tambeacutem abriga a sede do ldquoCentro Regional de Integraccedilatildeo Expertise de

Educaccedilatildeo para o Desenvolvimento Sustentaacutevel ndash CRIE Curitibardquo um centro

46

aprovado pela UNU ndash Universidade das Naccedilotildees Unidas da ONU que compotildee

uma rede de mais de 80 centros no mundo e que visam promover a educaccedilatildeo

para a sustentabilidade (ESCRITOacuteRIO VERDE 2012)

Figura 5 - Localizaccedilatildeo do empreendimento em relaccedilatildeo agrave UTFPR e pontos estrateacutegicos

Fonte Google Earth (2011)

42 CONSTRUCcedilAtildeO DO ESCRITOacuteRIO VERDE

A ideacuteia foi concebida e projetada pelo Prof Dr Eloy Fassi Casagrande Jr

e a empresa ldquoEcoStudio ndash Soluccedilotildees Sustentaacuteveis em Arquitetura e Designrdquo

com apoio da Moacutedulo Arquitetura Sustentaacutevel e a TecVerde Engenharia Ltda

responsaacutevel pela adaptaccedilatildeo do projeto para o sistema construtivo wood-frame

baseado em tecnologia alematilde As Figuras 6 e 7 satildeo as plantas esquemaacuteticas

do EV a Figura 8 eacute o volume projetado e as Figuras 9 e 10 satildeo imagens do

Escritoacuterio finalizado O projeto arquitetocircnico estaacute disponiacutevel no Anexo 2

47

Figura 6 ndash Planta esquemaacutetica do piso teacuterreo do EV

Fonte A autora (2012)

Figura 7 ndash Planta esquemaacutetica do mezanino do EV

Fonte A autora (2012)

48

Figura 8 ndash Perspectiva lateral esquerda do Escritoacuterio Verde

Fonte CASAGRANDE JR (2012)

Figura 9 ndash Vista da lateral esquerda do Escritoacuterio Verde

Fonte Escritoacuterio Verde Online (2012)

Figura 10 ndash Vista dos fundos do Escritoacuterio Verde

Fonte Fonte Escritoacuterio Verde Online (2012)

49

A construccedilatildeo do EV iniciou-se em agosto de 2010 parcerias com a

parceria de aproximadamente 60 empresas que contribuiacuteram com a doaccedilatildeo de

produtos equipamentos e materiais de baixo impacto ambiental

estabelecendo um novo modelo da relaccedilatildeo escola-empresa A obra tambeacutem

contou com o apoio de diversos departamentos da UTFPR em especial o

DICEP ndash Divisatildeo de Conservaccedilatildeo de Edificaccedilotildees e Produccedilatildeo

O projeto foi idealizado seguindo o conceito de arquitetura bioclimaacutetica

possibilitando ventilaccedilatildeo cruzada aproveitamento da fachada norte para

captaccedilatildeo de energia solar a utilizaccedilatildeo de telhado verde que favorece o

conforto ambiental da edificaccedilatildeo entre outros

O Sistema construtivo Wood-frame agilizou a primeira etapa da obra

concluiacuteda em apenas 5 dias Na Figura 11 observa-se a montagem do EV

necessitando de um guindaste para levantamento das paredes que chegaram

ao canteiro de obra prontas de faacutebrica contribuindo com a geraccedilatildeo miacutenima de

resiacuteduos

Figura 11 ndash Montagem das paredes do Escritoacuterio Verde

Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011)

50

Na segunda fase da obra houve a colocaccedilatildeo da cobertura os paineacuteis de

acabamento externo e a colocaccedilatildeo das esquadrias Para o telhado optou-se

pelo sistema rdquoshinglerdquo Os acabamentos externos SmartSide e Siding Vinilico

foram aplicados apoacutes a colocaccedilatildeo de uma membrana hidroacutefuga (Figura 12)

que atua como barreira contra vento poeira vapor drsquoaacutegua e calor

Figura 12 ndash Aplicaccedilatildeo de manta hidroacutefuga nas paredes externas

Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011)

A terceira fase ocorreu em marccedilo de 2011 com a instalaccedilatildeo dos sistemas

sustentaacuteveis como coleta de aacutegua pluvial e sistema fotovoltaico Em paralelo

iniciou-se a fase de acabamento interno e execuccedilatildeo do telhado verde

conforme Figuras 13 e 14

Figura 13 ndash Sistema de moacutedulos em EVA Figura 14 ndash Execuccedilatildeo do telhado verde

Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011) Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011)

51

A Figura 15 demonstra a aplicaccedilatildeo de alguns acabamentos internos No

revestimento das paredes utilizaram-se placas decowall da empresa LP Brasil

no teto tem-se a aplicaccedilatildeo de placas termo-acuacutesticas em madeira mineralizada

suspensas no teto em perfis metaacutelicos o piso elevado foi revestido com

carpete fabricado com material reciclado e as luminaacuterias utilizam lacircmpadas

LED

Figura 15 ndash Revestimentos internos do EV

Fonte Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011)

O Escritoacuterio Verde completou 1 ano de operaccedilatildeo em 06 de dezembro de

2012 periacuteodo em que recebeu duas premiaccedilotildees Precircmio Guia do Estudante ndash

Destaque do Ano na categoria sustentabilidade premiaccedilatildeo da Editora Abril

em parceria com Santander Universidade e um Precircmio da ONU durante a

ldquoSeacutetima Conferecircncia dos Centros de Expertise em Educaccedilatildeo para o

Desenvolvimento Sustentaacutevelrdquo em Tongyeang na Coreacuteia do Sul por

contribuiccedilatildeo na participaccedilatildeo comunitaacuteria em praacuteticas para a sustentabilidade

52

5 RESULTADOS E DISCUSSOtildeES

51 AVALIACcedilAtildeO DO DESEMPENHO AMBIENTAL DO EV

Os resultados apresentados neste capiacutetulo foram dispostos seguindo a

mesma sequecircncia apresentada no referencial de operaccedilatildeo e uso Parte I ndash

Sistema de Gestatildeo da Operaccedilatildeo (SGO) As partes II III e IV foram compiladas

pois representam a Qualidade Ambiental do Edifiacutecio na Operaccedilatildeo (QAEop) e a

parte V - Qualidade Ambiental das Praacuteticas

511 SGO ndash Sistema de gestatildeo da operaccedilatildeo

Para o entendimento de alguns requisitos exigidos no SGO primeiramente

buscou-se a explicaccedilatildeo do SGE (sistema de gestatildeo do empreendimento)

exigido no inicio da fase programa considerado pelo AQUA como a ldquocoluna

vertebralrdquo da certificaccedilatildeo pois eacute a ferramenta para se alcanccedilar a qualidade

ambiental desejada O SGE quanto o SGO satildeo compostos pelos mesmos

itens

comprometimento do empreendedor - eacute a escolha do perfil de qualidade

ambiental desejado o qual deve ser justificado

implementaccedilatildeo e funcionamento - eacute o planejamento definiccedilatildeo de

competecircncias gestatildeo de contratos gestatildeo da comunicaccedilatildeo gestatildeo

documental responsaacuteveis por programar e monitorar cada accedilatildeo

gestatildeo do empreendimento - monitoramento avaliaccedilatildeo da qualidade

ambiental do edifiacutecio accedilotildees corretivas

aprendizagem revisatildeo - confrontar os resultados com os objetivos

definidos no perfil de qualidade ambiental

Primeiramente para definiccedilatildeo do perfil ambiental do edifiacutecio seguiu-se o

modelo sugerido pelo AQUA no referencial de 2007 (edifiacutecios novos) para

hierarquizaccedilatildeo das categorias em funccedilatildeo dos desafios ambientais

estabelecidos A avaliaccedilatildeo completa dos objetivos encontra-se no Anexo 2

A Tabela 2 representa o guia utilizado adaptado do modelo AQUA com

os pontos fortes definidos em cada categoria incluindo o item mobilidade

urbana pois eacute um dos pontos fortes considerados na implantaccedilatildeo do EV

53

Tabela 2 ndash Guia para hierarquizaccedilatildeo das categorias da QAE em funccedilatildeo dos desafios ambientais estabelecidos

EnergiaMaterias

primasAacutegua Ar Aacutegua Solo Ruiacutedos Odores

Local e construccedilatildeo

1 Relaccedilatildeo do edifiacutecio com o seu entorno

11 Consideraccedilatildeo do contexto F

12 Implantaccedilatildeo no terreno F F

2 Escolha integrada de produtos sistemas e processos construtivos

21 Adaptabilidade e durabilidade do edifiacutecio F

22 Escolhas de processos construtivos F F

23 Escolhas de produtos de construccedilatildeo F F

24 Fim de vida do edifiacutecio desconstrutibilidade reciclabilidade F F

3 Canteiro de obras

31 Produccedilatildeo de resiacuteduos identificaccedilatildeo gestatildeo dos resiacuteduos F

32 Incocircmodos e poluiccedilatildeo F F

33 Recursos - consumo de aacutegua e energia F

F = Relaccedilatildeo forte existente entre preocupaccedilatildeo e objetivo

Uma ceacutelula em branco natildeo significa necessariamente uma total ausecircncia de preocupaccedilatildeo

MO

BIL

IDA

DE

UR

BA

NA

OBJETIVOS DE CONTROLE DOS IMPACTOS AMBIENTAIS EXTERIORES E

INTERIORES DO EDIFICIO

Tabela 3 - Guia para a hierarquizaccedilatildeo das categorias de QAE em funccedilatildeo dos desafios ambientais estabelecidos

ME

LH

OR

AR

O

CO

NF

OR

TO

PR

ES

EE

RV

AR

A S

AU

DE

PREOCUPACcedilOtildeES AMBIENTAIS

PRESERVAR OS

RECURSOS

REDUZIR A

POLUICcedilAtildeO

REDUZIR OS

INCOMODOS

RE

DU

ZIR

OS

RE

SID

UO

S

Fonte A autora (2012)

Para o CREA-PR (2011) os deslocamentos natildeo devem ser tratados

apenas como a accedilatildeo de ir e vir mas a partir do conceito de mobilidade

acrescido da preocupaccedilatildeo com a sua sustentabilidade que pode ser traduzida

como o resultado de um conjunto de poliacuteticas de transporte e circulaccedilatildeo que

priorize os modos natildeo motorizados e coletivos de transporte e a acessibilidade

urbana visando tambeacutem as pessoas com deficiecircncia eou mobilidade reduzida

Apoacutes a definiccedilatildeo dos desafios ambientais a serem perseguidos

desenhou-se o perfil ambiental proposto para o Escritoacuterio Verde que pode ser

visualizado na Figura 16 4 categorias niacutevel bom 3 niacutevel superior e 7 niacutevel

excelente

54

Figura 16 ndash Perfil ambiental proposto para o EV

Fonte A autora (2011)

512 QAEop ndash Qualidade Ambiental do Edifiacutecio na Fase Operaccedilatildeo

A QAEop eacute composta por 3 partes Parte II ndash QI Qualidade Intriacutenseca

Parte III ndash MQI Melhoria da Qualidade Intriacutenseca Parte IV ndash CQI Controle da

Qualidade Intriacutenseca Cada categoria foi analisada conforme requisitos

exigidos no referencial AQUA de operaccedilatildeo e uso O campo avaliaccedilatildeo refere-se

ao atendimento ou natildeo do requisito exigido Os campos na coluna avaliaccedilatildeo

que ficaram em branco representam os itens que necessitam de maior

detalhamento para se proceder com a avaliaccedilatildeo

55

Categoria 1 ndash Relaccedilatildeo do edifiacutecio com seu entorno

1 Relaccedilatildeo do Edificio com seu entorno Avaliaccedilatildeo

QI 11

Coerecircncia no uso e operaccedilatildeo do empreendimento no terreno em relaccedilatildeo agraves poliacuteticas locais de

desenvolvimento urbano sustentaacutevel Atende

QI 12 Otimizar os acessos e gerenciar os fluxos Atende

QI 13 Gerenciar os modos de deslocamento e favorecer os menos poluentes Atende

QI 14 Preservar Melhorar a qualidade ecoloacutegica e paisagiacutestica do local do empreendimento Atende

QI 15 Preservar Melhorar a biodiversidade Atende

QI 16 Prevenir o risco de inundaccedilotildees e limitar a poluiccedilatildeo difusa Atende

QI 17 Garantir o conforto ambiental exterior satisfatoacuterio Atende

QI 18 Garantir a iluminaccedilatildeo exterior satisfatoacuteria e limitar os incocircmodos visuais para a vizinhanccedila Atende

QI 19 Limitar a poluiccedilatildeo sonora e garantir o direito agrave calma da vizinhanccedila Atende

QI 110 Garantir espaccedilos exteriores saudaacuteveis e garantir o direito agrave sauacutede dos ocupantes Atende

QI 111 Acessibilidade Accedilatildeo corretiva

Quadro 6 ndash Avaliaccedilatildeo categoria 1 - QI

Fonte Referencial AQUA (2010)

1 Avaliaccedilatildeo

CQI 11 Garantir a conservaccedilatildeo adequada dos espaccedilos exteriores atende

CQI 12 Otimizar as condiccedilotildees de conservaccedilatildeo dos espaccedilos exteriores atende

CQI 13 Supervisionar a qualidade do ar nos estacionamentos fechados Natildeo se aplica

CQI 14Garantir a conservaccedilatildeo e manutenccedilatildeo das instalaccedilotildees de resfriamento nos sistemas de

condicionamento de ar Natildeo se aplica

Relaccedilatildeo do Edificio com seu entorno

Quadro 7 ndash Avaliaccedilatildeo categoria 1 - CQI

Fonte Referencial AQUA (2010)

As consideraccedilotildees a seguir satildeo referentes aos criteacuterios avaliados na QI 13

QI 13 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo

B Atende

Medidas tomadas para limitar o nuacutemero de vagas de estacionamento em funccedilatildeo dos

meios de deslocamento apresentados (salvo recomendaccedilatildeo contraacuteria da legislaccedilatildeo) S E 1 Atende

Medidas tomadas para gerenciar da melhor forma as vagas disponiacuteveis para

estacionamento (sistemas automatizados vigilacircncia manobristas etc)S E 1 NA

Presenccedila de aacuterea de estacionamento reservada aos veiacuteculos limpos S E 1 Implantar

Presenccedila de aacuterea de estacionamento reservada aos veiacuteculos limpos equipados com

dispositivos que favoreccedilam a sua utilizaccedilatildeoS E 2 NA

Disponibilidade de bicicletaacuterios aos ocupantes do edifiacutecio S E 2 Implantar

Presenccedila de bicicletaacuterios em locais ou abrigos seguros e protegidos ou visiacuteveis a partir

de um posto de vigilacircncia (guarita etc)S E 3 Implantar

Presenccedila de espaccedilos comuns apropriados (vestiaacuterios chuveiros) para os funcionaacuterios

ciclistasS E 4 X

Garantir a proximidade com

os transportes coletivosImplantaccedilatildeo do projeto a menos de 400m de um ponto de transporte coletivo S E 1 Atende

NA - Natildeo se aplica

X - Natildeo haacute e sem possibilidade de adaptaccedilatildeo

Apresentaccedilatildeo da situaccedilatildeo atual em termos meios de deslocamento existentes no local do empreendimento

especialmente os menos poluentes

Veiacuteculos particulares

Favorecer o uso de veiacuteculos

limpos

Favorecer o uso de modos de

deslocamento menos

poluentes

Quadro 8 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 13

Fonte Referencial AQUA (2010)

56

O Escritoacuterio Verde estaacute localizado em regiatildeo central de Curitiba

possuindo um sistema puacuteblico de transporte composto por 26 linhas de

transporte coletivo as quais permitem a ligaccedilatildeo dos bairros ao centro da

cidade

A Rede Integrada de Transportes ndash RIT possui uma tarifa uacutenica com

embarque e desembarque em niacutevel nas ldquoEstaccedilotildees Tubordquo e em pontos de

ocircnibus ou terminais de integraccedilatildeo localizados em diversos pontos da cidade

A URBS ndash Urbanizaccedilatildeo de Curitiba SA eacute a empresa responsaacutevel pelas

accedilotildees estrateacutegicas de planejamento operaccedilatildeo e fiscalizaccedilatildeo que envolve os

serviccedilos essenciais de transporte e tracircnsito da cidade Exerce o controle do

transporte de toda Regiatildeo Metropolitana permitindo que a Rede de

Transportes de Curitiba seja integrada em acircmbito metropolitano

Proacuteximos ao empreendimento encontram-se linhas de transporte

interligando os principais eixos da cidade de Curitiba (a exemplo os eixos

Norte e Sul eixo Boqueiratildeo) permitindo assim a mobilidade dos usuaacuterios

Tambeacutem a 16 km do empreendimento estaacute a Estaccedilatildeo Rodoviaacuteria de Curitiba

responsaacutevel por centralizar o transporte coletivo intermunicipal interestadual e

internacional que tecircm a Cidade de Curitiba como ponto de partida de chegada

ou de escala

O Aeroporto Internacional Afonso Pena encontra-se a aproximadamente

164 km ou (40 min) do empreendimento no Municiacutepio de Satildeo Joseacute dos

Pinhais PR De modo a facilitar o deslocamento de usuaacuterios no sentido

aeroporto - rodoviaacuteria ndash aeroporto ndash esses tecircm agrave sua disposiccedilatildeo linha de

ocircnibus especial A linha faz ligaccedilatildeo com Aeroporto Internacional Afonso Pena

localizado em Satildeo Joseacute dos Pinhais - PR agrave Rodoferroviaacuteria e ao Centro de

Curitiba Sendo assim fomenta a mobilidade urbana restando ainda a

implantaccedilatildeo de um paraciclo e possivelmente reservar a aacuterea livre nos fundos

da edificaccedilatildeo para estacionamento exclusivo de veiacuteculos limpos

Criteacuterios de avaliaccedilatildeo QI 111 referente agrave acessibilidade

QI 111 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo

Respeito agraves regulamentaccedilotildees de acessibilidade e instalaccedilatildeo de sinalizaccedilatildeo adaptada agrave

funcionalidade dos espaccedilos externos__ Accedilatildeo corretiva

Em funccedilatildeo do local do empreendimento e das atividades presenccedila de espaccedilos de

conviacutevio de repouso ou de atividades particulares __ Accedilatildeo corretiva

Acessibilidade

Quadro 9 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 111

Fonte Referencial AQUA (2010)

57

O referencial natildeo apresenta o niacutevel de avaliaccedilatildeo do item QI 111 pois se

trata de um item obrigatoacuterio

O EV ainda natildeo atende alguns requisitos exigidos pela a ABNTNBR

90502004 Seguem alguns pontos da normativa para accedilotildees corretivas

Item 6711 - Os corrimatildeos devem ser instalados em ambos os lados

dos degraus isolados das escadas fixas e das rampas

Item 55 - Sinalizaccedilatildeo visual

Item 724 ndash Barra de apoio em sanitaacuterio

Item 7314 - Bacia com altura inferior

Item 7362 ndash Lavatoacuterios suspensos

Quanto o acesso ao mezanino entende-se que as mesmas atividades

podem ser desenvolvidas no piso teacuterreo natildeo necessitando de adaptaccedilatildeo para

acesso ao mezanino

Categoria 2 ndash Escolha integrada de produtos sistemas e processos

construtivos

O texto informado na QI da categoria 2 (paacuteginas 8 e 9 de 29) eacute o mesmo

descrito na CQI (paacuteginas 3 e 4 de 26) necessitando de revisatildeo

2 Avaliaccedilatildeo

QI 21 Assegurar a facilidade de acesso para a conservaccedilatildeo do edifiacutecio Atende

QI 22

Inventaacuterio das informaccedilotildees conhecidas a respeito dos produtos de construccedilatildeo presentes no

empreendimento Atende

Escolha integrada de produtos sistema e processos construtivos

Quadro 10 ndash Avaliaccedilatildeo categoria 2 - QI

Fonte Referencial AQUA (2010)

2 Avaliaccedilatildeo

MQI 21 Consideraccedilatildeo da adaptabilidade durante as atividades de renovaccedilatildeo Atende

MQI 22 Consideraccedilatildeo da durabilidade durante as atividades de renovaccedilatildeo Atende

MQI 23

Consideraccedilatildeo da facilidade de conservaccedilatildeo e da limitaccedilatildeo dos impactos ambientais das rotinas

de conservaccedilatildeo durante a renovaccedilatildeo dos revestimentos internos Atende

MQI 24 Consideraccedilatildeo do impacto ambiental na renovaccedilatildeo dos revestimentos internos Atende

MQI 25 Responsabilidade no uso da madeira nas atividades de renovaccedilatildeo Atende

MQI 26

Consideraccedilatildeo do impacto sanitaacuterio relativo agrave qualidade do ar interno na renovaccedilatildeo dos

revestimentos internos Atende

Escolha integrada de produtos sistema e processos construtivos

Quadro 11 ndash Avaliaccedilatildeo categoria 2 - MQI

Fonte Referencial AQUA (2010)

58

Criteacuterios avaliados no item QI 22

QI 22 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo

A situaccedilatildeo atual em termos de conhecimento dos impactos ambientais na escala do

empreendimento e sobre sua vida uacutetil considerando o uso de recursos renovaacuteveis a

incorporaccedilatildeo de resiacuteduos ou material reciclado como mateacuteria-prima o consumo de

recursos naturais a desmontabilidade e a possibilidade de reuso reciclagem a

geraccedilatildeo de resiacuteduos e na medida do possiacutevel a emissatildeo de gases contribuintes para

o EE n(efeito estufa) e a destruiccedilatildeo da camada de ozocircnio

A situaccedilatildeo atual em termos de conhecimento das emissotildees de COV e formaldeiacutedos

Valorizaccedilatildeo do

conhecimento da

contribuiccedilatildeo dos

produtos de

construccedilatildeo aos

impactos

ambientais e

sanitaacuterios do

empreendimento

Conhecimento dos impactos ambientais de 50 dos elementos da famiacutelia de produtos

de obra limpa na escala do empreendimento e sobre sua vida uacutetil considerando o

consumo de recursos naturais a desmontabilidade e a possibilidade de reuso

reciclagem a geraccedilatildeo de resiacuteduos

E 2 Atende

Conhecimento dos impactos ambientais de 50 dos elementos da famiacutelia de produtos

de obra limpa na escala do empreendimento e sobre sua vida uacutetil considerando o

consumo de recursos naturais a desmontabilidade e a possibilidade de reuso

reciclagem a geraccedilatildeo de resiacuteduos

E 2 Atende

Idem acima e conhecimento dos impactos ambientais de 50 dos elementos da famiacutelia

de produtos de obra limpa na escala do empreendimento e sobre sua vida uacutetil

considerando o uso de recursos renovaacuteveis a incorporaccedilatildeo de resiacuteduos ou material

reciclado como mateacuteria-prima a emissatildeo de gases contribuintes para o EE e a

destruiccedilatildeo da camada de ozocircnio

E 5 Atende

Conhecimento das emissotildees de COV e formaldeiacutedos para 25 dos elementos da

famiacutelia de revestimentos internos (piso parede teto produtos de acabamento)E 2 Atende

Conhecimento das emissotildees de COV e formaldeiacutedos para 50 dos elementos da

famiacutelia de revestimentos internos (piso parede teto produtos de acabamento)E 5 Atende

A partir do

inventaacuterio de

materiais de

construccedilatildeo

(desenvolvido no

SGO) apresentar

para a famiacutelia de

produtos da obra

limpa (definidas

B

Valorizaccedilatildeo do

conhecimento da

contribuiccedilatildeo dos

produtos de

construccedilatildeo aos

impactos

ambientais e

sanitaacuterios do

empreendimento

Atende

Quadro 12 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 111

Fonte Referencial AQUA (2010)

O sistema construtivo utilizado foi o Wood Frame que possibilita a

construccedilatildeo de edificaccedilotildees mais eficientes uma vez que apresenta benefiacutecios

econocircmicos e ambientais Desenvolvida a mais de 100 anos na Ameacuterica do

Norte atualmente 90 das casas suecas e canadenses e mais de 75 das

americanas utilizam esta tecnologia

Os paineacuteis de OSB utilizados no processo construtivo permitem a

concepccedilatildeo de empreendimentos de ateacute 8 pavimentos A tecnologia incorpora

alguns dispositivos para racionalizar o consumo de aacutegua e energia aleacutem disso

a seleccedilatildeo de materiais contribui a reduccedilatildeo do impacto gerado durante a fase

de implantaccedilatildeo A madeira de reflorestamento utilizada eacute material renovaacutevel

com baixo consumo energeacutetico e boa possibilidade de aproveitamento dos

resiacuteduos aleacutem de contribuir positivamente na renovaccedilatildeo do ar (GOIS

CASAGRANDE JR 2011) A montagem dos paineacuteis em faacutebrica demorou

59

apenas 12 dias depois de fabricados e transportados em 5 dias foi possiacutevel

montar a estrutura do EV in loco

A TecVerde foi a empresa responsaacutevel pela fabricaccedilatildeo e execuccedilatildeo de

toda obra execuccedilatildeo de projetos estruturais de montagem e detalhamento para

o sistema construtivo Possui faacutebrica na regiatildeo metropolitana de Curitiba em

Pinhais ndash PR onde realiza a produccedilatildeo das edificaccedilotildees

No caso do Escritoacuterio Verde foi executado um radier de 12cm utilizando

concreto usinado (cimento CP V-ARI Cimento Portland alta resistecircncia inicial)

sobre a base de concreto da quadra poliesportiva (Figura 17) Este

procedimento serve para ancoragem das paredes (Figura 18) e as eleva para

evitar o contato com aacutegua que eventualmente pode pairar sobre a quadra em

funccedilatildeo de uma chuva mais forte

Figura 17ndash Execuccedilatildeo do radier Figura 18ndash Ancoragem das paredes

Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011) Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011)

As paredes foram montadas com OSB em caibros de pinus tratado

(Figura 19) jaacute com a manta de PET reciclado de 75 mm (Figura 20) e manta de

pneu reciclado de 8 mm (Figura 21) para isolamento teacutermico-acuacutestico Depois

de erguidas no local da obra receberam os acabamentos da empresa LP

Brasil sendo que no lado externo foi aplicada uma membrana hidroacutefuga

utilizada como barreira de vapor satildeo peliacuteculas que visam evitar que a aacutegua da

chuva e a umidade interna penetrem na parede protegendo a estrutura e

aumentando sua durabilidade finalizando com painel Smartside e Siding

60

Vinilico (Figura 22 e 23) aleacutem do painel TechShield (Figura 25) para base do

telhado

Figura 19 - Modelo construtivo wood frame

Fonte DOMUS STUDIO ARQUITETURA (2011)

Figura 20 - Manta de PET reciclado Figura 21- Manta de pneu reciclado

Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011) Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011)

A latilde de PET e a manta de pneu (Figuras 20 e 21) foram usadas como

isolantes termoacuacutestico no Escritoacuterio Verde e satildeo 100 reciclaacuteveis Aleacutem do

fato da latilde natildeo causar coceira dispensa o uso de EPIrsquos (como no caso da latilde de

vidro) e eacute um produto natildeo canceriacutegeno antialeacutergico No entanto a manta de

pneu natildeo haacute informaccedilotildees suficientes sobre a toxidade da fumaccedila emitida

quando em processo de combustatildeo

61

Figura 22 - Painel Smartside

Fonte LP BRASIL (2012)

Figura 23 - Siding Vinilico

Fonte Escritoacuterio Verde Online (2012)

Figura 24 - Painel TechShield

Fonte LP BRASIL (2012)

62

Os paineacuteis SmartSide foram desenvolvidos exclusivamente para uso

como revestimentos externos e internos de paredes Possuem tripla funccedilatildeo

pois aleacutem de revestir e vedar as paredes tambeacutem auxiliam no

contraventamento da estrutura Satildeo protegidos contra o ataque de cupins e a

degradaccedilatildeo de fungos e recebem como revestimento uma peliacutecula que confere

ao produto aparecircncia da madeira natural O produto anti-cupim que tem Borato

de Zinco como base confere uma garantia de 20 anos por parte da empresa

No Escritoacuterio Verde foi usado o modelo Painel H (painel com ranhuras

horizontais) de largura 122 m comprimento 488 m espessura 111 mm e

ranhuras a cada 200 mm

Os paineacuteis TechShield satildeo paineacuteis de OSB revestidos em uma das faces

com foil de alumiacutenio que garante uma menor absorccedilatildeo do calor proveniente

dos raios solares O TechShield pode ser aplicado sobre telhados ou em

paredes melhorando o desempenho teacutermico das construccedilotildees pois reflete 97

da radiaccedilatildeo solar reduz em ateacute 10 a temperatura do aacutetico ou soacutetatildeo e otimiza

a matildeo de obra jaacute que tem incorporado o foil de alumiacutenio Eacute fabricado no

formato de 120 x 240 m e espessura de 111 mm

Internamente foram aplicados o painel Decowall e placa cimentiacutecia

(Figuras 25 e 26) Outros produtos da LP Brasil empregados no projeto foram

as Vigas I (Figuras 27 e 28) e as telhas Shingle (Figura 29)

Figura 25 ndash Painel Decowall Figura 26 ndash Placa cimentiacutecia

Fonte LP BRASIL (2012) Fonte PlacLux (2012)

63

Figura 27 ndash Vigas I Figura 28 ndash Passagem da tubulaccedilatildeo na viga I

Fonte LP BRASIL (2012) Fonte LP BRASIL (2012)

As vigas I forma utilizadas na estrutura da cobertura e laje do mezanino

satildeo leves riacutegidas e de alta resistecircncia projetadas para suportar grandes

cargas permitindo a aplicaccedilatildeo em grandes vatildeos com resistecircncia uniforme e

constante sem que haja flambagem ou torccedilotildees em sua estrutura melhorando

a qualidade e solidez de pisos e forros Possui altura de 241 cm largura de

63 cm comprimento de 119 cm e peso de 403 kg

Figura 29 - Modelo construtivo da cobertura em wood frame

Fonte LP BRASIL (2012)

A LP Telha Shingle eacute composta por uma manta de fibra de vidro saturada

em asfalto e gracircnulos ceracircmicos sendo quatro vezes mais leve que outras

64

telhas Eacute resistente a ventos de ateacute 100 kmh Possui excelente resistecircncia

mecacircnica e suas dimensotildees satildeo 336 x 1000 mm O sistema foi composto por

estrutura de madeira contraventada por paineacuteis LP OSB Home Plus estrutural

que servem de base para a aplicaccedilatildeo da LP Subcobertura e da LP Telha

Shingle A LP Subcobertura protege e garante a estanqueidade da cobertura

O projeto do Escritoacuterio Verde estabeleceu parceria com a empresa MADO

de Satildeo Paulo para fabricar todas as janelas com vidro duplo em madeira lyptus

reflorestada algumas com o sistema abrir e tombar (Figura 30) esse uacuteltimo

possibilita a ventilaccedilatildeo indireta podendo ser aberta mesmo em dias de chuva

sem a entrada de aacutegua Os vidros duplos das janelas foram doados pela

empresa Cebrace

Figura 30 ndash Sistema tombar para ventilaccedilatildeo indireta

Fonte MADO (2012)

No piso do teacuterreo do Escritoacuterio Verde sobre o radier foi colocado o piso

elevado da empresa REMASTER que permite todo cabeamento eleacutetrico e de

loacutegica por baixo do mesmo O piso modular e feito em polipropileno sendo

mais de 80 de material reciclado conferindo para cada peccedila uma leveza

65

maior do que os produtos similares menos de 3 kg A facilidade de manuseio

rapidez na instalaccedilatildeo e a mobilidade da soluccedilatildeo permite reaproveitamento na

mudanccedila preservando mais de 98 do seu investimento

Figura 31 ndash Piso elevado modular

Fonte REMASTER (2012)

O acabamento colocado sobre o piso elevado foi o carpete modular

reciclados e reciclaacuteveis da Interface FLOR que usa o sistema tactile (Figura 32)

que reduz o impacto ambiental dos produtos adesivos na instalaccedilatildeo do

carpete Fabricados em placas de (50 x 50 cm) unem-se entre si para criar uma

instalaccedilatildeo duraacutevel sem ter que fixar permanentemente o carpete ao piso

Possui tambeacutem capa hipoalergecircnica que evita a proliferaccedilatildeo de agentes

aleacutergicos

Figura 32 ndash Carpete modular com sistema tactile

Fonte Interface FLOR (2012)

Nas instalaccedilotildees hidrossanitaacuterias foram utilizados tubos de PVC da

empresa AMANCO para o esgoto e tambeacutem o sistema PEX (Polietileno de Alta

Densidade Reticulado) para aacutegua quente e fria nos banheiros o hydro-pex da

66

empresa EPEX Trata-se de um sistema mais econocircmico de grande

flexibilidade e facilidade na instalaccedilatildeo e alta durabilidade

Figura 33 ndash Sistema hidro-pex

Fonte EPEX (2012)

Categoria 3 ndash Canteiro com baixo impacto ambiental

3 Avaliaccedilatildeo

CQI 31 Gestatildeo de resiacuteduos de conservaccedilatildeo e manutenccedilatildeo produzidos durante as intervenccedilotildees Atende

CQI 32 Otimizar as condiccedilotildees de retirada dos resiacuteduos de conservaccedilatildeo e manutenccedilatildeo Atende

CQI 33 Otimizar a eliminaccedilatildeo dos resiacuteduos de conservaccedilatildeo e manutenccedilatildeo Atende

CQI 34 Limitar os incocircmodos causados pelas intervenccedilotildees de conservaccedilatildeo e manutenccedilatildeo Atende

Canteiro de obra com baixo impacto ambiental

Quadro 13 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI

Fonte Referencial AQUA (2010)

A categoria 3 na fase operaccedilatildeo natildeo consta na parte I do referencial (QI)

pois eacute aplicada somente quando haacute manutenccedilatildeo no edifiacutecio

O Escritoacuterio necessitou de pequenas intervenccedilotildees e grande parte dos

resiacuteduos foi aproveitada no proacuteprio canteiro e outros como embalagens

plaacutesticas ou papelatildeo foram destinados para reciclagem Mas no sistema de

gestatildeo eacute necessaacuterio prever um plano de gestatildeo de resiacuteduos da construccedilatildeo

civil

67

Categoria 4 ndash Gestatildeo de energia

4 Avaliaccedilatildeo

QI 41 Melhorar a aptidatildeo da envoltoacuteria para limitar desperdiacutecios

QI 42 Melhorar a aptidatildeo do edifiacutecio para reduzir suas necessidades energeacuteticas

QI 43

Reduzir o consumo de energia primaacuteria devido ao aquecimento resfriamento agrave iluminaccedilatildeo ao

aquecimento de aacutegua agrave ventilaccedilatildeo e aos equipamentos auxiliares Atende

QI 44 Recorrer agraves energias renovaacuteveis locais Atende

QI 45 Conhecer as poluiccedilotildees causadas pelo consumo de energia Atende

QI 46 Conhecer a influecircncia dos sistemas de controle no desempenho energeacutetico do edifiacutecio Atende

Gestatildeo de Energia

Quadro 14 ndash Avaliaccedilatildeo categoria 4 ndash QI

Fonte Referencial AQUA (2010)

4 Avaliaccedilatildeo

MQI 41 Melhoria do desempenho energeacutetico do edifiacutecio Atende

Gestatildeo de Energia

Quadro 15 ndash Avaliaccedilatildeo categoria ndash MQI

Fonte Referencial AQUA (2010)

4 Avaliaccedilatildeo

CQI 41 Desempenho global do consumo de energia Atende

CQI 42 Desempenho global das emissotildees relacionadas ao consumo de energia Atende

CQI 43 Otimizar o acompanhamento do consumo de energia Atende

CQI 44 Analisar regularmente os consumos de energia Atende

CQI 45 Instalaccedilatildeo de um serviccedilo de eficaacutecia energeacutetica Atende

CQI 46 Garantir o controle dos equipamentos frigoriacuteficos e climaacuteticos Natildeo se aplica

Gestatildeo de Energia

Quadro 16 ndash Avaliaccedilatildeo categoria ndash CQI

Fonte Referencial AQUA (2010)

Criteacuterios avaliados no item QI 44

QI 44 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo

B Atende

Exploraccedilatildeo de modalidades energeacuteticas locais de origem renovaacutevel Explicitaccedilatildeo da

porcentagem de cobertura das necessidades pelas energias locais de origem renovaacutevel

(detalhada por uso final energeacutetico) Anaacutelise e justificativa da pertinecircncia da modalidade

escolhida

E 2 Atende

- Mais de 30 do consumo de energia para o sistema de aquecimento eacute garantido por

uma EnRE 1 NA

- Mais de 10 do consumo de energia para o sistema de resfriamento eacute garantido por

uma EnRE 1 NA

- Mais de 30 do consumo de energia para o aquecimento de aacutegua eacute garantido por

uma EnRE 1 NA

- Edifiacutecio possui sistema de produccedilatildeo de energia eleacutetrica a partir de energias

renovaacuteveis garantindo uma produccedilatildeo anual de eletricidade de mais de 25kWhmsup2 de

aacuterea uacutetil em energia primaacuteria

E 1 Atende

- O edifiacutecio estaacute equipados de bombas a calor de alto desempenho E 1 NA

NA - Natildeo se aplica

Pontos

complementares

desempenho da

modalidade

explorada

Reflexatildeo sobre o uso das energias renovaacuteveis locais (EnR)

Quadro 17ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 44

Fonte Referencial AQUA (2010)

68

O EV possui dois sistemas fotovoltaicos distintos um sistema conectado agrave

rede eleacutetrica - SFCR com uma potecircncia instalada de 21 kWp (10 moacutedulos

KYOCERA de tecnologia de siliacutecio policristalino modelo KD210GXLP ligados

em seacuterie) e um inversor monofaacutesico em 220V de 2kW de potecircncia nominal

(PVPOWERED modelo PVP2000) que entrou em operaccedilatildeo em 14 de

dezembro de 2011 A aacuterea ocupada na cobertura da edificaccedilatildeo para esse

painel eacute de 15 msup2 (URBANETZ JR CASAGRANDE JR 2010)

Um SFCR eacute basicamente composto de um painel fotovoltaico que

converte a energia do sol em energia eleacutetrica em corrente contiacutenua e um

inversor que converte a corrente contiacutenua em corrente alternada com tensatildeo

e frequecircncia compatiacuteveis com a rede eleacutetrica da concessionaacuteria ao qual o

sistema estaacute interligado As principais vantagens desse tipo de sistema satildeo

elevada produtividade ausecircncia de banco de baterias e desligamento

automaacutetico no caso de falta de energia da rede (URBANETZ JR

CASAGRANDE JR 2010)

O sistema fotovoltaico isolado (SFI) eacute composto por um painel de 10

moacutedulos KYOCERA de tecnologia de siliacutecio policristalino modelo KC85T

sendo divido em dois subsistemas oito moacutedulos formam um sistema com

barramento CC em 24 V e os outros dois moacutedulos formam um sistema com

barramento CC em 12 V cada subsistema utiliza um controlador de carga do

tipo PWM alimentando um banco de baterias formado por 16 e 12 baterias

respectivamente As baterias satildeo do tipo chumbo-aacutecido para uso em sistemas

fotovoltaicos (marca PIONEIRO com 65 Ah cada) potencial ainda natildeo

utilizado (URBANETZ JR CASAGRANDE JR 2010)

Figura 34 ndash Painel fotovoltaico

Fonte Escritoacuterio Verde Online (2012)

69

O SFI eacute basicamente composto de um painel FV controlador de carga

banco de baterias e inversor Normalmente satildeo instalados em locais sem

acesso agrave rede eleacutetrica convencional mas podem tambeacutem ser utilizados para

atender cargas especiais de forma ininterrupta independente da rede eleacutetrica

da concessionaacuteria (URBANETZ JR CASAGRANDE JR 2010)

A anaacutelise do desempenho do SFCR do se baseia nos valores de energia

gerada durante estes primeiros dez meses de operaccedilatildeo e nos valores de

irradiaccedilatildeo incidentes no painel FV A partir da energia gerada e da irradiaccedilatildeo

incidente satildeo apresentados os iacutendices de meacuterito do SFCR em anaacutelise estes

iacutendices satildeo yield (produtividade) performance ratio (taxa de desempenho) e

fator de capacidade (URBANETZ JR CASAGRANDE JR 2012)

Desde a sua entrada em operaccedilatildeo em 14 de dezembro de 2011 ateacute 14 de

junho de 2012 (seis meses de operaccedilatildeo) gerou 13 MWh o que permite

projetar a geraccedilatildeo para cerca de 26 MWhano A geraccedilatildeo de energia eleacutetrica eacute

proporcional a irradiaccedilatildeo incidente no painel FV nos meses de veratildeo (maior

incidecircncia solar) haveraacute maior geraccedilatildeo de energia eleacutetrica e nos meses de

inverno (menor incidecircncia solar) haveraacute menor geraccedilatildeo A Tabela 3 apresenta

os valores de energia gerados em cada mecircs de operaccedilatildeo e a Tabela 4 a

energia diaacuteria meacutedia em cada mecircs de operaccedilatildeo (URBANETZ JR

CASAGRANDE JR 2012)

Tabela 3 ndash Energia gerada em cada mecircs de operaccedilatildeo do SFCR do EV

Fonte URBANETZ JR CASAGRANDE JR (2012)

Tabela 4 ndash Energia diaacuteria meacutedia gerada em cada mecircs de operaccedilatildeo do SFCR do EV

Fonte URBANETZ JR CASAGRANDE JR (2012)

70

Com a aprovaccedilatildeo feita pela Agecircncia Nacional de Energia Eleacutetrica

(ANEEL) do Sistema de Compensaccedilatildeo de Energia a proposta desenvolvida

pelo EV passou a ser viaacutevel economicamente O trabalho pioneiro

desenvolvido Sistema Fotovoltaico Conectado agrave Rede Eleacutetrica (SFCR) tem um

funcionamento ininterrupto limpo e silencioso

Categoria 5 ndash Gestatildeo da aacutegua

5 Avaliaccedilatildeo

QI 51 Garantir economia de aacutegua potaacutevel nos sanitaacuterios Atende

QI 52

Garantir economia de aacutegua potaacutevel para irrigaccedilatildeo dos espaccedilos verdes limpeza das aacutereas ou

outros usos Atende

QI 53 Gestatildeo das aacuteguas pluviais no local do empreendimento Atende

QI 54 Gestatildeo das aacuteguas de escoamento poluiacutedas Natildeo se aplica

QI 55 Gestatildeo das aacuteguas servidas Atende

Gestatildeo da Aacutegua

Quadro 18 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI

Fonte Referencial AQUA (2010)

5 Avaliaccedilatildeo

MQI 51 ManutenccedilatildeoMelhoria da qualidade ambiental intriacutenseca relativa agrave gestatildeo da aacutegua Atende

MQI 51 Escolha dos equipamentos durante as atividades de renovaccedilatildeo Atende

Gestatildeo da Aacutegua

Quadro 19 ndash Criteacuterios avaliados ndash MQI

Fonte Referencial AQUA (2010)

5 Avaliaccedilatildeo

CQI 51 Desempenho global do consumo de aacutegua Atende

CQI 52 Otimizar o acompanhamento do consumo d aacutegua Atende

CQI 53 Limitar o risco de vazamentos Atende

CQI 54 Analisar regularmente os consumos de aacutegua Atende

CQI 55 Otimizar a manutenccedilatildeo dos equipamentos de gestatildeo da aacutegua

CQI 56 Garantir o acompanhamento da demanda de intervenccedilotildees nas instalaccedilotildees hidraacuteulicas

Gestatildeo da Aacutegua

Quadro 20 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI

Fonte Referencial AQUA (2010)

Com relaccedilatildeo ao item 52 ndash medidas tomadas para economizar aacutegua (Quadro 21) Para realizar as mediccedilotildees de consumo de aacutegua foram instalados no escritoacuterio verde dois hidrocircmetros padratildeo SANEPAR (Companhia de saneamento do Paranaacute) Estes foram instalados em dois pontos estrateacutegicos um que apresenta o consumo total da aacutegua potaacutevel da edificaccedilatildeo denominado de hidrocircmetro 1 e outro que aponta o consumo de aacutegua da chuva hidrocircmetro 2

71

Os criteacuterios de avaliaccedilatildeo apresentados satildeo QI 52 e QI 53

QI 52 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo

na irrigaccedilatildeo dos espaccedilos verdes e ou limpeza das aacutereas E 2 Atende

nos sistemas de energia e ou nos sistemas especiacuteficos relacionados ao proacuteprio

uso do edifiacutecioE 1 NA

nos usos de balneaacuterio (tipologia hoteacuteis) E 1 NA

QI 53 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo

B Atende

20 a 40E 2 Atende

lt 20 E 5 -----

2 a 10

E 2 -----

gt 10

E 5 Atende

NA - Natildeo se aplica

Medidas tomadas

para economizar

aacutegua

Em funccedilatildeo do estudo de integraccedilatildeo do empreendimento no terreno determinaccedilatildeo do coeficiente de

impermeabilizaccedilatildeo e da vazatildeo de escoamento presentes

Coeficiente de

impermeabilizaccedilatildeo

presente (para local

pouco urbanizado)

Percentual de

melhoria do

coeficiente de

impermeabilizaccedilatildeo

em relaccedilatildeo agrave

situaccedilatildeo anterior agrave

construccedilatildeo do

empreendimento

(para local

Quadro 21 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 52 e 53

Fonte Referencial AQUA (2010)

O Quadro 22 apresenta as fontes consumidoras existentes no escritoacuterio

foram efetuadas mediccedilotildees em dois pontos de consumo um apresenta a

quantidade de aacutegua potaacutevel consumida e o outro o volume de aacutegua utilizada

pelo sistema de captaccedilatildeo de aacutegua da chuva em pouco mais de 100 msup2 de

telhados respectivamente apresentados nas Tabelas 5 e 6 Os hidrocircmetros

foram instalados no dia 22 de marccedilo sendo que nesta data a leitura eacute igual a

zero Conforme dados da SANEPAR o valor de consumo diaacuterio de aacutegua

potaacutevel aplicado em edifiacutecios de escritoacuterio corresponde 50 litros de aacutegua por

pessoa Esta estimativa foi utilizada como referecircncia para comparativo dos

nuacutemeros levantados no escritoacuterio

Aacutegua Fonte consumidora Local

Potaacutevel Torneira c sensor de presenccedila cuba Copa

Potaacutevel Torneira c sensor de presenccedila lavatorio BWC - Masculino

Potaacutevel Torneira c sensor de presenccedila lavatoacuterio BWC - Feminino

Reuso Vaso sanitaacuterio BWC - Masculino

Reuso Vaso sanitaacuterio BWC - Feminino

Reuso Torneira de jardim Jardim

Reuso Sistema de irrigaccedilatildeo Jardim vertical Quadro 22 ndash fontes consumidoras de aacutegua

72

Tabela 5 ndash Consumo de aacutegua potaacutevel no EV

Fonte NOVAES(2013)

Tabela 6 ndash Consumo de aacutegua de pluvial

Fonte NOVAES (2013)

O sistema de coleta de aacutegua da chuva eacute composto por filtros alematildees de

accedilo inox WISY representados no estado do Paranaacute pela empresa Acquatech e

pela Aquastock em Satildeo Paulo A aacutegua eacute captada do telhado do bloco principal

da edificaccedilatildeo com aacuterea de 111 msup2 sendo armazenado em uma cisterna de

1500 litros da empresa ARBO (Figura 33) com tratamento ultravioleta

73

colocada sobre uma base de concreto A Figura 34 ilustra o sistema de coleta

de aacutegua pluvial

O filtro de descida tem a funccedilatildeo de descartar a sujeira do telhado e uma

boia flutuante com outro filtro para as impurezas da aacutegua Uma bomba

pressurizadora alimentada por um painel fotovoltaico de 130 W faz com que a

aacutegua chegue aos vasos sanitaacuterios a uma torneira externa e tambeacutem tem a

funccedilatildeo de irrigar o jardim vertical (Figura 35)

Figura 35 ndash Cisterna e filtros do EV Figura 36ndash Modelo de sistema de coleta de aacutegua pluvial

Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011) Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011)

74

Figura 37 ndash Jardim vertical do EV

Fonte A autora (2012)

Um dos fatores que favorece a instalaccedilatildeo de sistemas de coleta de aacutegua

com esta funccedilatildeo na cidade de Curitiba eacute o iacutendice pluviomeacutetrico da cidade que

eacute considerado satisfatoacuterio A Tabela 7 mostra as medias histoacutericas informadas

pelo SIMEPAR (Sistema meteoroloacutegico do Paranaacute)

Tabela 7 ndash Meacutedias histoacutericas - iacutendice pluviomeacutetrico

Fonte SIMEPAR (2012)

Consideraccedilatildeo quanto ao item QI 53 coeficiente de impermeabilizaccedilatildeo

Antes da construccedilatildeo do empreendimento estudado o terreno em questatildeo era

ocupado por uma quadra poliesportiva de concreto com o coeficiente de

impermeabilizaccedilatildeo de 095 (Tabela 8)

75

Tabela 8 ndash Coeficiente de impermeabilizaccedilatildeo do terreno antes da implantaccedilatildeo do EV

Aacuterea total (msup2) 4182

Aacuterea impermeaacutevel (msup2) 39882

Coeficiente impermeabilizaccedilatildeo anterior ao empreendimento 095 Fonte NOVAES (2013)

Com a implantaccedilatildeo do EV o coeficiente novamente calculado ficou em

057 pois quase todos os pisos externos satildeo permeaacuteveis e a edificaccedilatildeo possui

aproximadamente 100 msup2 de telhado verde (tabela 9)

Tabela 9 ndash Coeficiente de impermeabilizaccedilatildeo do terreno apoacutes a implantaccedilatildeo do EV

Aacuterea total (msup2) 4182

Aacutereas impermeaacuteveis (msup2)

Deck frontal 633

Concreto lateral direita 2061

Deck Fundos 3283

Concreto lateral esquerda 1944

Entrada carro 7752

Telhado (coef Minoraccedilatildeo 07) 819

Total (msup2) 23864

Coeficiente impermeabilizaccedilatildeo apoacutes o empreendimento 057

Melhoria do coeficiente de impermeabilizaccedilatildeo 40 Fonte NOVAES (2013)

Os pisos externos utilizados no EV satildeo compostos por

piso desenvolvido em borracha de pneu reciclado em formato de

lajotas (peccedilas nas medidas 45 X 45 cm) dentre suas qualidades pode-se

destacar sua flexibilidade e funcionalidade por ser drenante e antiderrapante

Figura 38 ndash Piso drenante borracha de pneu

Fonte httpwwwcacaruidoscombr (2012)

76

o plastfloor eacute um pavimento plaacutestico reciclado que estrutura o solo e

mantecircm a permeabilidade devido ao seu formato alveolar vazado podendo ser

preenchido por pedras ou grama no EV optou-se pela utilizaccedilatildeo de pedras

Figura 39 ndash Piso plast floor

Fonte httpwwwplastfloorcombr (2012)

iso tecnogran composto de agregados rochosos que passam por uma

prensagem especial para manter os espaccedilos entre os agregados e com isto

permite a drenagem da chuva entre os gratildeos aleacutem de ser antiderrapante

Figura 40 ndash Piso drenante tecnogran

Fonte httpwwwtecnograncombrespecificacaodrenantehtml (2012)

Categoria 6 ndash Gestatildeo de resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo do edifiacutecio

6 Avaliaccedilatildeo

CQI 61 Otimizar as condiccedilotildees de retirada dos resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo Atende

CQI 62 Otimizar as condiccedilotildees de retirada dos resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo Atende

CQI 63 Garantir o acompanhamento dos resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo regulamentados Atende

CQI 64 Otimizar a eliminaccedilatildeo dos resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo Atende

Gestatildeo dos residuos de uso e operaccedilatildeo do edificio

Quadro 23 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI

Fonte Referencial AQUA (2010)

77

Os coletores foram dispostos no EV da seguinte maneira

Coletor de cor marrom para resiacuteduos compostaacuteveis (resto de alimentos

entre outros)

Coletor de cor verde para reciclaacuteveis (papel papelatildeo jornal revista

plaacutesticos em geral inclusive PET latas de alumiacutenio embalagens longa vida

latas de alimentos engradados embalagens de biscoito)

Os coletores de cor cinza para natildeo reciclaacuteveis (papel higiecircnico

guardanapo sujo espelho papel de bala isopor esponjas de lavar louccedilas

esponjas de accedilo canudo carga de caneta) estatildeo dispostos na copa e nos

banheiros

O coletor menor eacute para coleta de resiacuteduos perigosos como pilhas e

baterias

O EV tambeacutem participa de dois programas na aacuterea de resiacuteduos

REZTO ndash Resiacuteduo Zero Tecnoloacutegico e Orgacircnico

Uma continuidade do Programa de Gerenciamento de Resiacuteduos do

Cacircmpus Curitiba-PGRCC que avaliou os resiacuteduos gerados pelos

departamentos da UTFPR e agora implanta os procedimentos para sua coleta

armazenamento reuso reciclagem e tratamento adequado dentro de um

plano de gestatildeo e educaccedilatildeo ambiental

ndash Tratando Resiacuteduos Eletrocircnicos e da Computaccedilatildeo

Estudar soluccedilotildees para reaproveitamento e tratamento apropriado de

computadores e equipamentos perifeacutericos defasados e sem uso que ocupam

espaccedilo na instituiccedilatildeo (diretrizes do governo federal e leis estaduais jaacute abordam

a questatildeo ndash Lei Estadual 158512008) podendo estabelecer parcerias com a

comunidadecooperativas que lidam com o problema dentro de projetos de

extensatildeo universitaacuteria

Categoria 7 ndash Manutenccedilatildeo ndash permanecircncia do desempenho ambiental

7 Avaliaccedilatildeo

QI 71 Facilitar as intervenccedilotildees de conservaccedilatildeo manutenccedilatildeo Atende

QI 72

Disponibilizar os meios necessaacuterios para o acompanhamento dos consumos de energia durante

a operaccedilatildeo e uso do edifiacutecio Atende

QI 73

Disponibilizar os meios necessaacuterios para o acompanhamento dos consumos de aacutegua durante a

operaccedilatildeo e uso do edifiacutecio Atende

QI 74

Disponibilizar os meios necessaacuterios para o fornecimento dos sistemas durante a operaccedilatildeo e uso

do edifiacutecio

Manutenccedilatildeo - Permanecircncia do desempenho ambiental

Quadro 24 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI

Fonte Referencial AQUA (2010)

78

7 Avaliaccedilatildeo

MQI 71 Escolha dos equipamentos durante as atividades de renovaccedilatildeo

Manutenccedilatildeo - Permanecircncia do desempenho ambiental

Quadro 25 ndash Criteacuterios avaliados ndash MQI

Fonte Referencial AQUA (2010)

7 Avaliaccedilatildeo

CQI 71 Gestatildeo da manutenccedilatildeo preventiva e corretiva Implantar

CQI 72 Gestatildeo das demandas de intervenccedilatildeo dos ocupantes Implantar

CQI 73 Anaacutelise da eficaacutecia da manutenccedilatildeo Implantar

CQI 74 Gestatildeo do patrimocircnio imobiliaacuterio do edifiacutecio Implantar

CQI 75 Otimizaccedilatildeo do acompanhamento dos sistemas teacutecnicos Implantar

CQI 76 Garantir a perenidade do(s) eventual(is) sistema(s) de regulagem Implantar

Manutenccedilatildeo - Permanecircncia do desempenho ambiental

Quadro 26 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI

Fonte Referencial AQUA (2010)

Criteacuterios avaliados no CQI 71

(c QAE) CQI 71 Niacutevel Pontos em E Avaliaccedilatildeo

Medidas tomadas para garantir a rastreabilidade das operaccedilotildees de manutenccedilatildeo

preventivas e corretivasB Implantar

Medidas tomadas para otimizar o acompanhamento das operaccedilotildees de manutenccedilatildeo

preventivas e corretivas acompanhamento das ordens de serviccedilo em andamento

abertura de novas ordens de serviccedilo registro das ordens de serviccedilo concluiacutedas

Presenccedila de um procedimento de acompanhamento das manutenccedilotildees preventivas e

corretivas

S Implantar

A gestatildeo da manutenccedilatildeo eacute interativa e feita por meio de uma ferramenta especiacutefica que

permite o acompanhamento contiacutenuo da ordens de serviccediloE 3 Implantar

A manutenccedilatildeo corretiva eacute possiacutevel no edifiacutecio durante 24 horas e nos 7 dias da semana

para todas as aacutereas teacutecnicasE 1 Atende

Quadro 27 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 71

Fonte Referencial AQUA (2010)

79

Categoria 8 ndash Conforto higroteacutermico

8 Avaliaccedilatildeo

QI 81

Garantir um niacutevel adequado de temperatura resultante nos espaccedilos tanto no veratildeo quanto

no inverno Atende

QI 82 Otimizar o conforto higroteacutermico tanto no inverno quanto no veratildeo Atende

QI 83

Assegurar uma velocidade de ar que natildeo prejudique o conforto tanto no inverno como no

veratildeo

QI 84 Garantir o controle da higrometria Atende

QI 85 Assegurar um nivel minimo de conforto teacutermico nos espaccedilos ventilados naturalmente Atende

Conforto Higroteacutermico

Quadro 28 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI

Fonte Referencial AQUA (2010)

8 Avaliaccedilatildeo

CQI 81 Otimizar a manutenccedilatildeo do(s) sistema(s) de aquecimento resfriamento Natildeo se aplica

CQI 82

Garantir o acompanhamento das demandas de intervenccedilatildeo para os sistemas de aquecimento

resfriamento Natildeo se aplica

CQI 83

Otimizaccedilatildeo do acompanhamento dos sistemas de aquecimento de resfriamento e do conforto

higroteacuternico Natildeo se aplica

Conforto Higroteacutermico

Quadro 29 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI

Fonte Referencial AQUA (2010)

QI 83 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo

Velocidade de ar no inverno nos espaccedilos sensiacuteveis V le 020 ms S

Velocidade de ar no inverno nos espaccedilos sensiacuteveis V le 015 ms E 2

Velocidade de ar no veratildeo nos espaccedilos sensiacuteveis V le 025 ms (para um intervalo de

referecircncia entre 25oC e 27oC) S

Velocidade de ar no veratildeo nos espaccedilos sensiacuteveis V le 022 ms (para um intervalo de

referecircncia entre 25oC e 27oC) E 2

Identificar os

espaccedilos sensiacuteveis

agrave velocidade do

ar no inverno

como no veratildeo E

velocidade

maacutexima do ar no

Quadro 30 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 83

Fonte Referencial AQUA (2010)

A Cidade de Curitiba eacute considerada a capital brasileira mais fria com

temperatura meacutedia de 164ordmC sendo que nos meses mais frios do ano junho e

julho a temperatura meacutedia no dia pode chegar a 13 ordmC

Utilizando-se o software Analysis BIO (2010) desenvolvido pelo

Laboratoacuterio de Eficiecircncia Energeacutetica em Edificaccedilotildees (LabEEE) da Universidade

Federal de Santa Catarina (UFSC) foi gerada a carta bioclimaacutetica de Curitiba

a qual mostra que 80 das temperaturas do ano satildeo consideradas

desconfortaacuteveis e destes 80 732 para o frio e apenas 684 satildeo para o

calor A Tabela 10 apresenta as mediccedilotildees durante o inverno de 2012

80

Tabela 10 ndash Mediccedilatildeo de temperatura no EV durante o inverno

Data

Temperatura

(degc) externa

meacutedia diaacuteria

Temperatura

(degc) interna EV

meacutedia diaacuteria

Diferenccedila Data

Temperatura

(degc) externa

meacutedia diaacuteria

Temperatura

(degc) interna EV

meacutedia diaacuteria

Diferenccedila

6302012 1908 2086 +178 7182012 109 1318 +228

712012 1836 2054 +218 7192012 1194 1486 +292

722012 1811 2029 +218 7202012 1302 1569 +267

732012 1849 2038 +189 7212012 1499 1639 +14

742012 1919 2098 +179 7222012 1785 1848 +063

752012 1947 2098 +151 7232012 1793 1989 +196

762012 1918 2093 +175 7242012 1983 1989 +006

772012 1414 1762 +349 7252012 1506 1765 +259

782012 1051 1451 +399 7262012 179 1876 +086

792012 1219 1453 +234 7272012 1563 1806 +244

7102012 1618 1788 +17 7282012 1597 1754 +156

7112012 1584 181 +225 7292012 1839 1919 +08

7122012 1374 1589 +215 7302012 1243 1619 +376

7132012 1072 1405 +334 7312012 1427 1532 +105

7142012 1213 147 +257 812012 1735 1845 +11

7152012 1025 128 +255 822012 1801 1974 +173

7162012 901 1189 +288 miacutenima 901 1189

7172012 1099 1261 +162 maacutexima 1983 2098

As maiores diferenccedilas meacutedias diaacuterias foram percebidas para as

temperaturas mais baixas Mostrando que o escritoacuterio verde possui um bom

desempenho em baixas temperaturas isso se deve principalmente pela funccedilatildeo

das paredes formadas por uma placa de OSB manta termo-acuacutestica e

fechamento com outra placa de OSB e a contribuiccedilatildeo do telhado verde fazendo

com que o calor natildeo se propague tatildeo rapidamente

O dia 16 de julho conforme Graacutefico 3 apresentou as temperaturas mais

baixas durante a mediccedilatildeo 901ordmC A temperatura interna neste dia mostrou

uma amplitude baixa ficando com uma meacutedia de 1189ordmC sendo que a

temperatura interna durante o periacuteodo ficou sempre acima da temperatura

externa chegando a uma diferenccedila de 42ordmC

81

Graacutefico 3 ndash Dia com temperatura meacutedia diaacuteria miacutenima

O aparelho usado para a mediccedilatildeo de temperatura foi o datalogger de

temperatura umidade e pressatildeo da Voltcraft modelo DL-180THP Com este

aparelho eacute possiacutevel programar intervalo de mediccedilatildeo (estes podem ser de 1

minuto ateacute 18 horas) data e hora de iniacutecio de registro dos dados A faixa de

operaccedilatildeo do aparelho eacute de temperaturas de -40ordmC ateacute +70ordmC e umidade

relativa de 0 ateacute 100 A precisatildeo do aparelho eacute plusmn1 degC plusmn35 rH plusmn25 hPa

Para este estudo foram utilizados intervalos de mediccedilatildeo de 5 minutos

Categoria 9 ndash Conforto acuacutestico

9 Avaliaccedilatildeo

QI 91 Identificaccedilatildeo das configuraccedilotildees acuacutesticas prioritaacuterias da operaccedilatildeo Atende

QI 92 Qualidade acuacutestica do edifiacutecio Natildeo atende

Conforto acuacutestico

Quadro 31 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI

Fonte Referencial AQUA (2010)

9 Avaliaccedilatildeo

MQI 91 Melhoria da qualidade acuacutestica do edifiacutecio Accedilatildeo corretiva

MQI 92 Consideraccedilatildeo do criteacuterio acuacutestico na renovaccedilatildeo dos revestimentos internos e dos equipamentos

Conforto acuacutestico

Quadro 32 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI

Fonte Referencial AQUA (2010)

82

9 Avaliaccedilatildeo

CQI 91 Recenseamento do uso dos espaccedilos

CQI 92 Gestatildeo da demanda dos ocupantes

CQI 93 Identificaccedilatildeo das fontes de ruiacutedo Atende

CQI 94 Classificaccedilatildeo dos espaccedilos

CQI 95 Informaccedilatildeo aos usuaacuterios do potencial acuacutestico do edifiacutecio Atende

Conforto acuacutestico

Quadro 33 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 83

Fonte Referencial AQUA (2010)

Quadro 34 ndash Criteacuterios de avaliaccedilatildeo para acuacutestica de edifiacutecios novos

Fonte Referencial AQUA (2007)

As primeiras mediccedilotildees do desempenho acuacutestico no EV foram realizadas

por Gregori (2011) Os ensaios foram realizados no periacuteodo que ainda natildeo

haviam sido instalados o piso elevado com aplicaccedilatildeo de carpete com o qual se

esperam ganhos quanto agrave atenuaccedilatildeo acuacutestica bem como a instalaccedilatildeo de

placas de vidro na regiatildeo limiacutetrofe frontal do terreno no qual se situa o

escritoacuterio sendo com essa a imposiccedilatildeo de mais uma barreira fiacutesica para os

ruiacutedos externos provenientes da via de traacutefego veicular e a instalaccedilatildeo de

elementos de oclusatildeo de frestas existentes nos batentes da porta de acesso ao

salatildeo principal Os resultados dessa primeira analise natildeo foram satisfatoacuterios

em relaccedilatildeo a exigecircncia estabelecidas no referencial AQUA O Graacutefico 4 detalha

o comparativo da atenuaccedilatildeo entre os ambientes

83

Graacutefico 4 ndash Meacutedias do niacutevel de ruiacutedo dos locais avaliados

Fonte GREGORI (2011)

No Graacutefico 4 estatildeo comparadas as meacutedias de cada local demonstrando

que os valores das meacutedias tomadas no interior do EV apresentam uma

atenuaccedilatildeo maacutexima de 3577 e miacutenima de 2226 em relaccedilatildeo agrave meacutedia dos

pontos externos ao EV A meacutedia dos pontos do tomados dentro do laboratoacuterio

demonstra que haacute atenuaccedilatildeo de ruiacutedo na construccedilatildeo convencional na ordem

de 942 em comparaccedilatildeo ao ruiacutedo medido nos pontos externos proacuteximos ao

mesmo

Na Tabela 11 eacute possiacutevel perceber que pelo valor considerado inferior o

cafeacute e o salatildeo principal se apresentam conformes quanto agrave aceitabilidade e

conforto a coordenaccedilatildeo estaacute conforme quanto agrave aceitabilidade o mezanino se

mostrou em desconformidade com ambos os paracircmetros bem como a

construccedilatildeo convencional (sala N-108) Na Tabela 12 a comparaccedilatildeo do valor

medido se daacute pela adiccedilatildeo da incerteza obtendo-se o valor considerado de

incerteza superior

84

Tabela 11 ndash Resultados obtidos (MEDICcedilAtildeO ndash INCERTEZA)

Paracircmetro

normativo

Aceitaacutevel

para

finalidade

Valor

considerado

Comparaccedilatildeo para

conforto

Comparaccedilatildeo para

aceitabilidade

Copa 40 50 408 +- 15 393conforme178 abaixo do

paracircmetro

conforme2142 abaixo

do paracircmetro

Coordenaccedilatildeo 35 45 436 +- 15 421Natildeo conforme2034

acima do paracircmetro

conforme640 abaixo do

paracircmetro

Salatildeo principal 45 65 464 +- 15 449conforme031 abaixo do

paracircmetro

conforme3098 abaixo

do paracircmetro

Mezanino 30 40 494 +- 15 479Natildeo conforme5953

acima do paracircmetro

Natildeo conforme1965

acima do paracircmetro

Construccedilatildeo

Convencional (sala N-108)40 50 62 +- 15 605

Natildeo conforme5120

acima do paracircmetro

Natildeo conforme2096

acima do paracircmetro

Resultados obtidos em dB(A)

Incerteza inferior (= MEDICcedilAtildeO - INCERTEZA)

Locais de mediccedilatildeo

Paracircmetro Normativo

Mediccedilatildeo Incerteza

Fonte GREGORI (2011)

Avaliando a Tabela 12 eacute possiacutevel perceber que pelo valor considerado

superior nenhum dos ambientes se apresentou conforme quanto ao conforto

poreacutem o cafeacute e o salatildeo principal se mantiveram conformes quanto agrave

aceitabilidade

Tabela 12 ndash Resultados obtidos (MEDICcedilAtildeO + INCERTEZA)

Paracircmetro

normativo

Aceitaacutevel

para

finalidade

Valor

considerado

Comparaccedilatildeo para

conforto

Comparaccedilatildeo para

aceitabilidade

Copa 40 50 408 +- 15 423Natildeo conforme573

acima do paracircmetro

conforme1542 abaixo

do paracircmetro

Coordenaccedilatildeo 35 45 436 +- 15 451Natildeo conforme2891

acima do paracircmetro

conforme027 acima do

paracircmetro

Salatildeo principal 45 65 464 +- 15 479Natildeo conforme636

acima do paracircmetro

conforme2637 abaixo

do paracircmetro

Mezanino 30 40 494 +- 15 509Natildeo conforme6953

acima do paracircmetro

Natildeo conforme2715

acima do paracircmetro

Construccedilatildeo

Convencional (sala N-108)40 50 62 +- 15 635

Natildeo conforme5870

acima do paracircmetro

Natildeo conforme2696

acima do paracircmetro

Locais de mediccedilatildeo

Paracircmetro NormativoResultados obtidos em dB(A)

Mediccedilatildeo Incerteza

Incerteza inferior (= MEDICcedilAtildeO + INCERTEZA)

Fonte GREGORI (2011)

No mecircs de abril de 2013 procedeu-se nova mediccedilatildeo do iacutendice de

atenuaccedilatildeo acuacutestica a ruiacutedos aeacutereos promovidos pelo invoacutelucro junto agraves janelas

Ensaios realizados sob a coordenaccedilatildeo do Profordm Dr Aloiacutesio Leoni Schmid da

Universidade Federal do Paranaacute

Inicialmente para uma verificaccedilatildeo geral foi emitido externamente a uma

das janelas e dela afastado de 20 m ruiacutedo rosa Externamente a 10 cm do

centro da janela foi medido o niacutevel de pressatildeo sonora de 975 dBA

Internamente a 10 cm do centro da janela fechada foi medido o niacutevel de

pressatildeo sonora de 705 dBA

85

Posteriormente foi aplicado o meacutetodo descrito em Fasold Sonntag e

Winkler (Bau-und Raumakustik Berlin RMuumlller 1987) que considera

mediccedilotildees em diferentes bandas e procura ajustar a curva de referecircncia

Tabela 13 - Caacutelculo do iacutendice de atenuaccedilatildeo acuacutestica R do invoacutelucro da edificaccedilatildeo

Frequecircncia ReduccedilatildeoCurva de

referecircncia

desvio

da curva

desvios

desfavoraacuteveis

curva de

referecircncia

deslocada

de 24 dB

desvios

indesejaacuteveis

da curva

deslocada

curva de

referecircncia

deslocada de

28 dB

desvios

indesejaacuteveis

da curva

deslocada

625 155

125 233 36 -127 -127 12 113 8 153

250 238 45 -212 -212 21 28 17 68

500 305 52 -215 -215 28 25 24 65

1000 263 55 -287 -287 31 -47 27 -07

2000 194 56 -366 -366 32 -126 28 -86

1207 173 93

meacutedia 2414

Meacutedia dos

negativos 346

Meacutedia dos

negativos 186

meacutedia 2414 Avaliaccedilatildeo excessivo Avaliaccedilatildeo adequado

Fonte SCHMID (2013)

O grau de isolamento acuacutestico medido foi portanto de 28 dB Estima-se

que este valor poderia ser aumentado ateacute cerca de 35 dB mediante operaccedilatildeo

de retiacutefica do encaixe das esquadrias em madeira utilizando-se ainda fitas

autoadesivas de feltro ou material apropriado de vedaccedilatildeo nas janelas O

resultado tambeacutem pode ser observado no Graacutefico 5

Graacutefico 5 ndash Iacutendice de atenuaccedilatildeo acuacutestica

Fonte SCHMID (2013)

86

A porta principal de entrada e as janelas da edificaccedilatildeo mostraram-se natildeo

estanque configurando uma condiccedilatildeo localizada que natildeo permite isolamento

acuacutestico suficiente necessitando de correccedilotildees

Durante 5 minutos contou-se na rua cerca de 200 automoacuteveis em

velocidade baixa a meacutedia O niacutevel maacuteximo de pressatildeo sonora registrado foi de

80 dBA sendo que se sabe que tal valor pode ser superado durante frenagem

ou aceleraccedilatildeo em especial de motocicletas Corresponde agrave indicaccedilatildeo de

Fasold et al (opcit p 6 Figura 311) que para um traacutefego de cerca de 2500

veiacuteculos por hora a 10m da rua (recuo frontal mais calccedilada) prevecirc 7 dB a

serem acrescidos de 6 dB devido a irregularidades da rua e mais 3 dB devido agrave

velocidade podendo superar 70 kmh o total estimado seria de 80 dBA

Tal condiccedilatildeo faz com que os 28 dB medidos possibilitem um niacutevel maacuteximo

de pressatildeo sonora de 52 dBA Isto ultrapassa os 30 dB exigidos pelo AQUA

Categoria 10 ndash Conforto visual

10 Avaliaccedilatildeo

QI 91 Dispor de acesso agrave luz do dia Atende

QI 92 Dispor de acesso a vistas para o exterior Atende

QI 93 Dispor de iluminaccedilatildeo natural miacutenima nas zonas de ocupaccedilatildeo Atende

QI 94 Evitar o ofuscamento direto ou indireto

QI 95 Garantir uma qualidade agradaacutevel da iluminaccedilatildeo artificial

QI 96 Controle do ambiente visual pelos ocupantes Atende

Conforto visual

Quadro 35 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI

Fonte Referencial AQUA (2010)

10 Avaliaccedilatildeo

CQI 101 Otimizar a manutenccedilatildeo do sistema de iluminaccedilatildeo Atende

CQI 102 Garantir o acompanhamento das demandas de intervenccedilatildeo para o sistema de iluminaccedilatildeo Atende

CQI 103 Otimizaccedilatildeo do acompanhamento do sistema de iluminaccedilatildeo Atende

Conforto visual

Quadro 36 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI

Fonte Referencial AQUA (2010)

Criteacuterio de avaliaccedilatildeo item QI 101

QI 101 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo

BAtende

Identificar os pontos focais dos espaccedilos comuns do edifiacutecio E acesso direto agrave luz

do dia garantida em cada ponto focal identificado BAtende

Dispor de acesso a luz do dia em 30 das circulaccedilotildees e ou espaccedilos abertos E 2 Atende

No caso de

edifiacutecios

comerciais

Dispor de acesso agrave luz do dia nos espaccedilos caracteriacutesticos da tipologia em questatildeo e no hall ou

recepccedilatildeo principal

Quadro 37 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI

Fonte Referencial AQUA (2010)

87

O projeto do EV privilegiou a entrada a luz natural atraveacutes de um conjunto

de janelas amplas (Figuras 39 e 40) estrategicamente posicionadas para

captaccedilatildeo de maior incidecircncia de luz natural Natildeo houve anaacutelise em relaccedilatildeo ao

ofuscamento pois apenas parte dos moacuteveis definitivos foram instalados ateacute a

finalizaccedilatildeo dessa dissertaccedilatildeo

Figura 41 ndash Vista lateral esquerda do EV

Fonte CASAGRANDE JR (2012)

Figura 42 ndash Vista lateral direita e fundos do EV

Fonte CASAGRANDE JR (2012)

O sistema luminoteacutecnico instalado no EV eacute composto por lacircmpadas LED

(light emitter diode) com dispositivo de acionamento separado por fileiras

Categoria 11 ndash Conforto olfativo

11 Avaliaccedilatildeo

QI 111 Identificar as fontes de odores e limitar a sua propagaccedilatildeo

QI 112 Garantir vazotildees de ar higiecircnicas Atende

QI 113 Garantir uma atmosfera saudaacutevel de ar nos espaccedilos com ventilaccedilatildeo mecacircnica Natildeo se aplica

Conforto olfativo

Quadro 38 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI

Fonte Referencial AQUA (2010)

88

11 Avaliaccedilatildeo

CQI 111 Otimizar a manutenccedilatildeo do sistema de ventilaccedilatildeo Natildeo se aplica

CQI 112 Garantir o acompanhamento das demandas de intervenccedilatildeo para o sistema de ventilaccedilatildeo Natildeo se aplica

Conforto olfativo

Quadro 39 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI

Fonte Referencial AQUA (2010)

QI 112 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo

B Atende

S

B

E 2

E 2

E 4 Atende

Na presenccedila de ventilaccedilatildeo mecacircnica justificativa do atendimento das vazotildees de ar novo que garantam niacuteveis

sanitaacuterios satisfatoacuterios conforme regulamentaccedilatildeo

Justificar o atendimento de vazotildees de ar novo otimizadas para as atividades dos locais (havendo ventilaccedilatildeo

mecacircnica ou natural controlada)

Presenccedila de dispositivo que permita o controle da qualidade do ar em certos espaccedilos de ocupaccedilatildeo

prolongada e quando pertinente acoplados a um sistema de alerta

Disposiccedilotildees tomadas para o fornecimento das vazotildees de ar nas zonas em que tal informaccedilatildeo seja

pertinente

Presenccedila de um sistema de ventilaccedilatildeo especiacutefico natural ou mecacircnico inclusive a simples abertura manual

de janelasA ventilaccedilatildeo natural pela simples abertura de janelas eacute autorizada

Presenccedila de um sistema de ventilaccedilatildeo especiacutefico natural ou mecacircnico aleacutem da simples abertura manual de

janelas A ventilaccedilatildeo natural pela simples abertura de janelas natildeo eacute mais considerada Se a ventilaccedilatildeo

natural eacute desejada a qual natildeo possa ser controlada um complemento de ventilaccedilatildeo mecacircnica deve ser

previsto

Quadro 40 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 112

Fonte Referencial AQUA (2010)

A arquitetura bioclimaacutetica do EV favorece muito as trocas de ar atraveacutes da

ventilaccedilatildeo cruzada e do ldquoEfeito chamineacuterdquo proporcionando atraveacutes da diferenccedila

de temperatura e por conseguinte de densidade entre o ar externo e o ar

interno do edifiacutecio A Figura 41 demonstra o efeito citado

Figura 43 ndash Efeito chamineacute

Fonte LAMBERTS (2004)

89

Categoria 12 ndash Qualidade sanitaacuteria dos ambientes

12 Avaliaccedilatildeo

QI 121 Identificar as fontes de exposiccedilatildeo eletromagneacutetica

QI 122 Garantia de condiccedilotildees de higiene especiacuteficas nos espaccedilos Atende

QI 123 Inventaacuterio do conhecimento relativo agrave qualidade higiecircnica dos revestimentos internos

Qualidade sanitaacuteria dos ambientes

Quadro 41 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI

Fonte Referencial AQUA (2010)

12 Avaliaccedilatildeo

MQI 121 Melhoria da qualidade higiecircnica dos revestimentos internos

Qualidade sanitaacuteria dos ambientes

Quadro 42 ndash Criteacuterios avaliados ndash MQI

Fonte Referencial AQUA (2010)

12 Avaliaccedilatildeo

CQI 121 Garantir uma limpeza adaptada aos espaccedilos interiores Atende

CQI 122 Otimizar as condiccedilotildees de conservaccedilatildeo dos ambientes interiores Atende

Qualidade sanitaacuteria dos ambientes

Quadro 43 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI

Fonte Referencial AQUA (2010)

QI 121 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo

provenientes do entorno imediato B

provenientes do entorno imediato e proacuteprias do edifiacutecio S

Para as fontes - energia e fontes

telecomunicaccedilotildees Identificaccedilatildeo das

fontes emissoras de ondas

eletromagneacuteticas de baixa frequumlecircncia

e das fontes de radiofrequecircncia

Quadro 44 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 121

Fonte Referencial AQUA (2010)

O escritoacuterio estaacute inserido no centro urbano estando suscetiacutevel a vaacuterios

campos eletromagneacuteticos poreacutem para identificaccedilatildeo dos pontos criacuteticos faz se

necessaacuterio um estudo especiacutefico

A audiecircncia puacuteblica realizada em marccedilo de 2013 no Supremo Tribunal

Federal (STF) reuniu 21 especialistas para debater sobre os efeitos dos

campos eletromagneacuteticos sobre a sauacutede puacuteblica e o meio ambiente

Resultados de um estudo apresentados pelo pesquisador do Cepel (Centro de

Pesquisa de Energias Eleacutetricas da Eletrobraacutes) Engordm Luiz Adriano Domingues

comprovam que as linhas de transmissatildeo e distribuiccedilatildeo de energia natildeo satildeo a

principal exposiccedilatildeo a campos eletromagneacuteticos na vida cotidiana Segundo ele

os dados resultantes de mediccedilotildees feitas em residecircncias foram constatados os

maiores valores de campo eletromagneacutetico em funccedilatildeo dos vaacuterios

90

equipamentos que satildeo utilizados no dia a dia como secador liquidificador

raacutedio e TV (STF 2013)

Categoria 13 ndash Qualidade sanitaacuteria do ar

13 Avaliaccedilatildeo

QI 131 Identificar as fontes de poluiccedilatildeo interna e externa e limitar seus efeitos Atende

QI 132 Garantir vazotildees de ar novo Atende

QI 133 Garantir uma atmosfera saudaacutevel de ar nos espaccedilos com ventilaccedilatildeo mecacircnica Natildeo se aplica

QI 134 Inventaacuterio do conhecimento do impacto sanitaacuterio dos revestimentos internos do edifiacutecio Sem accedilatildeo

Qualidade sanitaacuteria do ar

Quadro 45 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI

Fonte Referencial AQUA (2010)

13 Avaliaccedilatildeo

MQI 131 Melhoria da qualidade sanitaacuteria dos revestimentos internos

Qualidade sanitaacuteria do ar

Quadro 46 ndash Criteacuterios avaliados ndash MQI

Fonte Referencial AQUA (2010)

13 Avaliaccedilatildeo

CQI 131 Garantir o controle das instalaccedilotildees de aeraccedilatildeo e saneamento Atende

CQI 132 Garantir a supervisatildeo dos filtros das centrais de tratamento de ar e das redes Atende

CQI 133 Garantir o controle dos poluentes submetidos agrave regulamentaccedilatildeo (em caso de risco identificado) Atende

CQI 134 Acompanhamento perioacutedico da qualidade do ar interior Atende

CQI 135 Acompanhamento global das accedilotildees realizadas e da qualidade sanitaacuteria do ar Atende

Qualidade sanitaacuteria do ar

Quadro 47 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI

Fonte Referencial AQUA (2010)

91

MQI 131 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo

Garantia que os produtos natildeo desprendam partiacuteculas e fibras carcinogecircnicas B

Teores de COV conhecidos para pinturas e vernizes de interiores B Atende

Conhecimento bruto das emissotildees de COV e formaldeiacutedos dos revestimentos

internos renovadosE 2

Conhecimento bruto das emissotildees de substacircncias canceriacutegenas ou causadores

de efeitos geneacuteticos hereditaacuterios ou causadores de impotecircncia reprodutiva que

tenham sido intencionalmente introduzidas no processo de fabricaccedilatildeo ou

naturalmente presentes nas mateacuterias primas utilizadas nos produtos

renovados presentes em mais de 01 em massa e suscetiacuteveis de migraccedilatildeo

E 2

Piso 1000 e Parede 1000 E 1

Piso 250 e Parede 500 E 2

Piso 625 e Parede 125 E 1

Piso e parede 40 E 2

Piso e parede 20 E 3

Piso e parede 10 E 4

5 E 1

25 E 2

1 E 2

E 2 AtendeConsideraccedilatildeo do criteacuterio sanitaacuterio (emissotildees de COV e fomaldeiacutedos) na escolha dos revestimentos

internos renovados

Nas ocasiotildees de renovaccedilatildeo dos revestimentos internos (pisos paredes tetos materiais de

acabamento) o conjunto de cada produto renovado constituinte das superfiacutecies pisoparedeteto em

contato com o ar interno respeita os limites seguintes em microgm3

Taxa de COV piso e

paredes

Formaldeiacutedos piso

e paredes

Canceriacutegenos ou

substacircncias

causadoras de

efeitos geneacuteticos

hereditaacuterios ou

causadoras de

impotecircncia

reprodutiva o

conjunto de

produtos

constituintes das

Na ocasiatildeo de

renovaccedilatildeo de

revestimentos

internos (pisos

paredes tetos

materiais de

acabamento)

Quadro 48 ndash Criteacuterios avaliados ndash MQI 131

Fonte Referencial AQUA (2010)

A escolha dos materiais foi bastante criteriosa quanto ao teor de COV

(compostos orgacircnicos volaacuteteis) e formaldeiacutedo No entanto sabe-se que a

rastreabilidade na utilizaccedilatildeo desses produtos no Brasil ainda eacute insipiente Um

grande avanccedilo no setor da construccedilatildeo civil eacute a avaliaccedilatildeo RGMAT (RG ou

registro ambiental do produto) lanccedilado pela Fundaccedilatildeo Vanzolini com o objetivo

de demonstrar o desempenho ambiental dos materiais de construccedilatildeo por meio

da declaraccedilatildeo ambiental de produto baseado na avaliaccedilatildeo do ciclo de vida

que inclui o consumo de recursos naturais energia aacutegua emissatildeo de gases

na atmosfera de resiacuteduos soacutelidos e liacutequidos ou substacircncias toacutexicas podendo

abranger desde a extraccedilatildeo mineral produccedilatildeo transporte montagem

utilizaccedilatildeo manutenccedilatildeo e desconstruccedilatildeo ateacute a reutilizaccedilatildeo ou a reciclagem

(VANZOLINI 2013)

92

Categoria 14 ndash Qualidade sanitaacuteria da aacutegua

14 Avaliaccedilatildeo

QI 141 Eliminar o chumbo nas redes internas

QI 142 Organizaccedilatildeo e proteccedilatildeo das redes internas Atende

QI 143 Controle da temperatura nas redes internas Atende

Qualidade sanitaacuteria da aacutegua

Quadro 49 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI

Fonte Referencial AQUA (2010)

14 Avaliaccedilatildeo

CQI 141

Limitar os riscos de desenvolvimento das legionelas por meio de meacutetodos de conservaccedilatildeo

preventivos das redes de aacutegua quente e de anaacutelises da aacutegua Natildeo se aplica

CQI 142 Limitar o risco de desenvolvimento de legionelas por meio do controle das temperaturas Natildeo se aplica

CQI 143 Supervisionar a qualidade da aacutegua nos pontos de uso Atende

CQI 144 Acompanhamento das accedilotildees realizadas e da qualidade da aacutegua do edifiacutecio Atende

Qualidade sanitaacuteria da aacutegua

Quadro 50 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI

Fonte Referencial AQUA (2010)

QI 141 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo

B

SJustificar o respeito ao iacutendice de 10 microglitro

Justificar a ausecircncia de chumbo nas redes internas OU justificar o respeito ao iacutendice de 25 microglitro No

caso de ultrapassagem deste iacutendice adoccedilatildeo de medidas corretivas para reduzir a sua dissoluccedilatildeo na

aacutegua

Quadro 51 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 141

Fonte Referencial AQUA (2010)

Os tubos da instalaccedilatildeo hidraacuteulica do EV satildeo apenas em PVC e PEX

(Polietileno de alta densidade reticulado)

513 QAP ndash Qualidade Ambiental das Praacuteticas

O QAP eacute dividido em 3 partes QAP compras QAP comunicaccedilatildeo e QAP

gestatildeo aos quais satildeo atribuiacutedas pontuaccedilotildees conforme Quadro 52

93

QAP COMPRAS - MAacuteXIMO 28 PONTOS PONTOS

Escolha de produtos ou equipamentos (dentre os mais impactantes) que garantam uma

economia de energia ou de aacutegua ou que tenham limitado o impacto acuacutestico em relaccedilatildeo aos

produtos e equipamentos convencionais (um ponto por famiacutelia de produto ou equipamento)

1- 4

Escolha de produtos de conservaccedilatildeo e limpeza (dentre os mais impactantes e empregados na

conservaccedilatildeo e limpeza dos espaccedilos pertencentes ao periacutemetro da certificaccedilatildeo) que respeitem o

meio ambiente e a sauacutede dos ocupantes (dois pontos obtidos por produto de conservaccedilatildeo e

limpeza)

2- 6

QAP COMUNICACcedilAtildeO - MAacuteXIMO 22 PONTOS PONTOS

boas praacuteticas no consumo de energia 1

boas praacuteticas no consumo de aacutegua 1

reduccedilatildeo de resiacuteduos nas fontes geradoras e realizaccedilatildeo de triagem 1

poliacutetica de compras 1

QAP GESTAtildeO - MAacuteXIMO 44 PONTOS PONTOS

Praacuteticas adotadas com a finalidade de reduzir o consumo de energia nos espaccedilos pertencentes

ao periacutemetro da certificaccedilatildeo (um ponto por praacutetica adotada)1 - 5

Favorecer as energias renovaacuteveis nas escolhas de fornecimento de energia primaacuteria por meio de

um contrato com um produtor de energia3

Praacuteticas adotadas com a finalidade de reduzir o consumo de aacutegua nos espaccedilos pertencentes ao

periacutemetro da certificaccedilatildeo (um ponto por praacutetica adotada)1 - 3

Praacuteticas adotadas nos espaccedilos pertencentes ao periacutemetro da certificaccedilatildeo com a finalidade de

reduzir a produccedilatildeo de resiacuteduos na fonte a partir das atividades desenvolvidas nestes locais e de

sua conservaccedilatildeo (um ponto por praacutetica adotada)

1 - 3

RESIacuteDUOS

ENERGIA

PRODUTOS DE CONSERVACcedilAtildeO E LIMPEZA

Utilizaccedilatildeo de meios de comunicaccedilatildeo (murais cartazes manuais portais eletrocircnicos etc) adequados a fim de

sensibilizar os ocupantes do edifiacutecio para as questotildees seguintes

AacuteGUA

MATERIAL ELEacuteTRICO

Quadro 52 ndash Criteacuterios avaliados em QAP

Fonte Referencial AQUA (2010)

O EV participa do projeto ldquoCompra verderdquo com o objetivo de Implantar

poliacuteticas de compras sustentaacuteveis para a instituiccedilatildeo incluindo nos editais

requisitos ambientais especiacuteficos dependendo de cada material e equipamento

Todos os alunos e frequentadores do escritoacuterio vivenciam as praacuteticas

sustentaacuteveis no cotidiano pois a edificaccedilatildeo funciona como um ldquolaboratoacuterio

vivordquo palco para desenvolvimento de estudos cursos eventos como a semana

do meio ambiente programados para recepcionar todos da comunidade que se

interessarem pelo assunto sustentabilidade

94

6 CONCLUSOtildeES

Considerando os objetivos iniciais deste trabalho tendo como princiacutepio a

avaliaccedilatildeo do referencial teacutecnico AQUA de operaccedilatildeo e uso e sua aplicaccedilatildeo no

estudo de caso do escritoacuterio verde da UTFPR no que se refere ao desempenho

ambiental da edificaccedilatildeo seguem algumas conclusotildees

Um item fundamental que precisa ser verificado no referencial teacutecnico eacute a

forma de avaliaccedilatildeo para a fase operaccedilatildeo e uso pois natildeo estaacute clara Outra

dificuldade encontrada foi em relaccedilatildeo a estruturaccedilatildeo das categorias e

subcategorias com as respectivas avaliaccedilotildees por exemplo a duplicaccedilatildeo do

item QI na CQI da categoria 2 algumas trocas de nome da categoria entre

outros

Apoacutes anaacutelise dos dois referenciais percebeu-se melhor qualidade no

detalhamento das informaccedilotildees no referencial destinado a fase de programa

projeto e execuccedilatildeo o que facilita muito o entendimento do leitor

Alguns caacutelculos solicitados por exemplo o caacutelculo da envoltoacuteria da

categoria energia

QI 41 Criteacuterios avaliados Niacutevel

Explicitaccedilatildeo do valor absoluto do coeficiente de Transmitacircncia Teacutermica ponderada da

envoltoacuteria Uedif (Wm2K)

Uedif lt Uedif-base + 40

B

Melhorar a aptidatildeo da

envoltoacuteria para limitar

desperdiacutecios

Quadro 53 ndash Criteacuterios avaliados em QI 41

Fonte Referencial AQUA (2010)

Calcula-se o Uedif mas o referencial natildeo informa o valor ldquobaserdquo podendo

ser utilizado qualquer valor desde que referenciado que obtenha um resultado

menor que o coeficiente de transmitacircncia teacutermica da envoltoacuteria do edifiacutecio

(Uedif) Isso ocorre tambeacutem nos caacutelculos de coeficiente de consumo

convencional de energia primaacuteria solicitando que o mesmo seja comparado

com o coeficiente de consumo convencional de energia primaacuteria de referecircncia

mas a informaccedilatildeo desse valor referencia natildeo eacute apresentado nem mesmo os

admissiacuteveis

Entende-se que os coeficientes ou bases referenciais de alguns caacutelculos

precisam ser regionais mas eacute relevante que o AQUA estabeleccedila um limite de

95

variaccedilatildeo desses dados evitando que utilizem valores que natildeo satildeo referecircncias

no intuito de possuir resultados positivos que facilitem a certificaccedilatildeo

Os itens QI 121 e QMI 131QI 22 fontes eletromagneacuteticas e teor de

COV e formaldeiacutedo nos materiais sabe-se que os estudos nessa aacuterea no paiacutes

ainda satildeo incipientes dificultando a avaliaccedilatildeo tanto do empreendedor no

momento da compra quanto da proacutepria Fundaccedilatildeo Vanzolini na auditoria

Vale salientar que mesmo o referencial de operaccedilatildeo e uso natildeo estando

oficialmente disponiacutevel na paacutegina da Fundaccedilatildeo Vanzolini jaacute existem alguns

edifiacutecio certificados nesta etapa como algumas unidades da loja Leroy Merlyn

As sugestotildees apresentadas neste trabalho satildeo apenas no sentido de colaborar

na construccedilatildeo deste referencial

Quanto ao Escritoacuterio Verde identificou-se a necessidade de accedilotildees

corretivas bem como melhorias a serem implantadas para atender alguns

requisitos do referencial AQUA Quanto ao perfil ambiental preacute-estabelecido no

iniacutecio do estudo de caso conclui-se que

Categoria 1 Relaccedilatildeo do edifiacutecio com o seu entorno - niacutevel superior ndash

classificaccedilatildeo mantida necessitando de adequaccedilotildees quanto agrave acessibilidade

Categoria 2 Escolha integrada de produtos sistemas e processos

construtivos - niacutevel excelente - classificaccedilatildeo poderaacute sofrer alteraccedilotildees Diante

da avaliaccedilatildeo do AQUA no que se refere o conhecimento sobre a vida uacutetil e teor

de COV e formaldeiacutedo dos materiais empregados na construccedilatildeo pois a

maioria dos fabricantes natildeo disponibilizam essas informaccedilotildees A maioria dos

materiais utilizados no EV satildeo inovaccedilotildees no mercado da construccedilatildeo civil por

isso pouco se conhece sobre os impactos ambientais quanto agrave vida uacutetil

demonstrabilidade reciclagem emissatildeo de gases contribuintes para o efeito

estufa entre outros Assim a melhor compreensatildeo do desempenho desses

produtos soacute eacute durante o processo de gestatildeo da edificaccedilatildeo por meio de rotinas

Categoria 3 Canteiro de obras com baixo impacto ambiental - niacutevel

excelente ndash classificaccedilatildeo mantida Aleacutem da elaboraccedilatildeo de plano de gestatildeo dos

resiacuteduos da construccedilatildeo civil (PGRCC) os sistemas construtivos utilizados no

EV contribuem significantemente com a minimizaccedilatildeo do impacto no canteiro de

obra

Categoria 4 Gestatildeo da energia - niacutevel excelente ndash classificaccedilatildeo mantida

o desempenho do sistema se mostrou satisfatoacuterio demonstrando eficiecircncia na

96

geraccedilatildeo de energia E para melhor controle do desempenho desse sistema

estaacute em desenvolvimento o projeto de automaccedilatildeo disponibilizando dados em

tempo real via WEB de toda geraccedilatildeo e consumo de energia

Categoria 5 Gestatildeo da aacutegua - niacutevel excelente ndash classificaccedilatildeo mantida no

entanto para melhor controle do desempenho de captaccedilatildeo e consumo de aacutegua

potaacutevel e pluvial haacute necessidade de investir em equipamentos que facilitem a

coleta de dados

Categoria 6 Gestatildeo dos resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo do edifiacutecio - niacutevel

excelente ndash classificaccedilatildeo mantida os programas desenvolvidos no EV

ultrapassam os limites fiacutesicos do edifiacutecio contribuindo com a gestatildeo do campus

universitaacuterio

Categoria 7 Manutenccedilatildeo - permanecircncia do desempenho ambiental - niacutevel

excelente Classificaccedilatildeo depende do funcionamento do SGO pois qualquer

sistema de gestatildeo demora algum tempo para ser implantado muitas vezes

anos

Categoria 8 Conforto higroteacutermico - niacutevel bom ndash classificaccedilatildeo mantida

pois natildeo haacute sistema de ventilaccedilatildeo mecacircnica no EV

Categoria 9 Conforto acuacutestico - niacutevel excelente ndash classificaccedilatildeo natildeo

alcanccedilada necessitando de accedilotildees corretivas para atingir o niacutevel miacutenimo bom

Categoria 10 Conforto visual - niacutevel bom ndash classificaccedilatildeo mantida

podendo melhorar para superior com a constataccedilatildeo de um resultado positivo

em relaccedilatildeo ao ofuscamento

Categoria 11 Conforto olfativo - niacutevel superior ndash classificaccedilatildeo natildeo

alcanccedilada pois natildeo sistema de ventilaccedilatildeo mecacircnico Categoria rebaixada para

niacutevel bom

Categoria 12 Qualidade sanitaacuteria do ambiente - niacutevel superior ndash

classificaccedilatildeo natildeo alcanccedilada pois natildeo houve aprofundamento sobre as fontes

de campos eletromagneacuteticos

Categoria 13 Qualidade sanitaacuteria do ar - niacutevel bom ndash classificaccedilatildeo

mantida atende a legislaccedilatildeo vigente

Categoria 14 Qualidade sanitaacuteria da aacutegua - niacutevel Bom ndash classificaccedilatildeo

mantida faltando definir rotina para controle de qualidade da aacutegua captada

pelo sistema de coleta pluvial

97

A uacuteltima parte do referencial QAP compras atende a pontuaccedilatildeo maacutexima

QAP comunicaccedilatildeo atende a pontuaccedilatildeo maacutexima e QAP gestatildeo tem potencial

para alcanccedilar a pontuaccedilatildeo maacutexima

Para finalizar observou-se que o SGO permeia todo referencial sendo de

fato a ldquocoluna vertebralrdquo da certificaccedilatildeo e eacute a ferramenta que iraacute garantir um

bom desempenho ambiental da edificaccedilatildeo durante sua vida uacutetil

Os resultados apresentados representam apenas uma parte dos criteacuterios

exigidos no referencial O relatoacuterio completo da avaliaccedilatildeo seraacute encaminhado

para a Fundaccedilatildeo Vanzolini para iniciar o processo de certificaccedilatildeo do EV

SUGESTOtildeES PARA TRABALHOS FUTUROS

Como proposta para trabalhos futuros sugere-se

pesquisa sobre potenciais fontes de exposiccedilatildeo eletromagneacuteticas

elaboraccedilatildeo de manual de boas praacuteticas de uso e operaccedilatildeo do EV

avaliaccedilatildeo do sistema de gestatildeo de operaccedilatildeo utilizado no EV

98

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104

ANEXO 1

Projeto arquitetocircnico do Escritoacuterio Verde da UTFPR

105

ANEXO 2

EnergiaMaterias

primasAacutegua Ar Aacutegua Solo Ruiacutedos Odores

Local e construccedilatildeo

1 Relaccedilatildeo do edifiacutecio com o seu entorno

11 Consideraccedilatildeo do contexto F

12 Implantaccedilatildeo no terreno F F

2 Escolha integrada de produtos sistemas e processos construtivos

21 Adaptabilidade e durabilidade do edifiacutecio F

22 Escolhas de processos construtivos F F

23 Escolhas de produtos de construccedilatildeo F F

24 Fim de vida do edifiacutecio desconstrutibilidade reciclabilidade F F

3 Canteiro de obras

31 Produccedilatildeo de resiacuteduos identificaccedilatildeo gestatildeo dos resiacuteduos F

32 Incocircmodos e poluiccedilatildeo F F

33 Recursos - consumo de aacutegua e energia F

Gestatildeo

4 Energia

41 Energia primaacuteria natildeo renovaacutevel F

42 Incocircmodos e poluiccedilatildeo

5 Aacutegua

51 Economia de aacutegua potaacutevel F

52 Gestatildeo de aacuteguas pluviais no terreno F

53 Esgotamento sanitaacuterio F

6 Resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo do edifiacutecio

61 Controle da produccedilatildeo de resiacuteduos F

62 Adequaccedilatildeo entre coleta interna e externa F

63 Controle da seleccedilatildeo dos resiacuteduos F F F

64 Otimizaccedilatildeo do sistema de coleta interna F F F

7 Conservaccedilatildeo e manutenccedilatildeo

71 Otimizaccedilatildeo das necessidades em manutenccedilatildeo F F F

72 Controle dos efeitos ambientais e sanitaacuterios da manutenccedilatildeo F

73 Facilidade de acesso para manutenccedilatildeo

74 Equipamentos para manter o desempenho em uso e operaccedilatildeo F F F F

Conforto

8 Conforto higroteacutermico

81 No inverno e na meia-estaccedilatildeo F

82 No veratildeo F

9 Conforto acuacutestico

91 Disposiccedilotildees arquitetocircnicas espaciais F F F

92 Isolamento acuacutestico F F F

93 Correccedilatildeo acuacutestica dos ambientes (se necessaacuteria) F F F

94 Efeitos dos ruiacutedos na vizinhanccedila F F F

10 Conforto visual

101 Consideraccedilatildeo da iluminaccedilatildeo natural F F F

102 Iluminaccedilatildeo artificial F

103 Relaccedilatildeo visual com o exterior

104 Iluminaccedilatildeo artificial das aacutereas exteriores F F

11 Conforto olfativo

111 Fontes de odores desagradaacuteveis F F F

112 Sensaccedilotildees olfativas desagradaacuteveis F F F

Sauacutede

12 Qualidade sanitaacuteria dos ambientes

121 Tratamento do ambiente interior e das superfiacutecies F F

13 Qualidade sanitaacuteria do ar

131 Fontes de poluiccedilatildeo F F F

132 Efeitos dos poluentes do ar na sauacutede F F F

14 Qualidade sanitaacuteria da aacutegua

141 Manutenccedilatildeo da qualidade da aacutegua de consumo nas redes internas do edifiacutecio F

142 Controle de acessos agraves redes coletivas de distribuiccedilatildeo

143 Controle da qualidade da aacutegua proveniente de rede de aacutegua natildeo potaacutevel

F = Relaccedilatildeo forte existente entre preocupaccedilatildeo e objetivo

Uma ceacutelula em branco natildeo significa necessariamente uma total ausecircncia de preocupaccedilatildeo

MO

BIL

IDA

DE

UR

BA

NA

OBJETIVOS DE CONTROLE DOS IMPACTOS AMBIENTAIS EXTERIORES E

INTERIORES DO EDIFICIO

Tabela 2 - Guia para a hierarquizaccedilatildeo das categorias de QAE em funccedilatildeo dos desafios ambientais estabelecidos

ME

LH

OR

AR

O

CO

NF

OR

TO

PR

ES

EE

RV

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A S

AU

DE

PREOCUPACcedilOtildeES AMBIENTAIS

PRESERVAR OS

RECURSOS

REDUZIR A

POLUICcedilAtildeO

REDUZIR OS

INCOMODOS

RE

DU

ZIR

OS

RE

SID

UO

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106

ANEXO 3

Processo AQUA - operaccedilatildeo e uso maio de 2010

Page 2: UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ …Processo AQUA de certificação de edificações sustentáveis na fase operação e uso : estudo de caso do Escritório Verde da UTFPR

LUCIMARA FERREIRA DE LIMA

PROCESSO AQUA DE CERTIFICACcedilAtildeO DE EDIFICACcedilOtildeES

SUSTENTAacuteVEIS NA FASE OPERACcedilAtildeO E USO ESTUDO DE CASO

DO ESCRITOacuteRIO VERDE DA UTFPR

Dissertaccedilatildeo apresentada como requisito parcial para

obtenccedilatildeo do grau de Mestre em Engenharia Civil do

Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Engenharia Civil

Universidade Tecnoloacutegica Federal do Paranaacute Aacuterea de

Concentraccedilatildeo Meio Ambiente e Sustentabilidade

Orientador Prof Eloy F Casagrande Jr PhD

CURITIBA 2013

Dados Internacionais de Catalogaccedilatildeo na Publicaccedilatildeo

L732 Lima Lucimara Ferreira de

Processo AQUA de certificaccedilatildeo de edificaccedilotildees sustentaacuteveis na fase operaccedilatildeo e uso estudo de caso do Escritoacuterio Verde da UTFPR Lucimara Ferreira de Lima ndash 2013

104 f il 30 cm

Orientador Eloy Fassi Casagrande Juacutenior Dissertaccedilatildeo (Mestrado) ndash Universidade Tecnoloacutegica Federal do Paranaacute Programa de

Poacutes-graduaccedilatildeo em Engenharia Civil Curitiba 2013 Bibliografia f 95-101

1 Processo AQUA 2 Construccedilotildees sustentaacuteveis 3 Construccedilatildeo civil ndash Certificaccedilatildeo

4 Desempenho ndash Avaliaccedilatildeo 5 Gestatildeo ambiental 6 Universidade Tecnoloacutegica Federal do Paranaacute Escritoacuterio Verde ndash Estudo de casos 7 Engenharia civil ndash Dissertaccedilotildees I Casagrande Juacutenior Eloy Fassi orient II Universidade Tecnoloacutegica Federal do Paranaacute Programa de Poacutes-graduaccedilatildeo em Engenharia Civil III Tiacutetulo

CDD (22 ed) 624

Biblioteca Central da UTFPR Campus Curitiba

AGRADECIMENTOS

Primeiramente a Deus por oportunizar a realizaccedilatildeo de um sonho

Ao professor Ph D Eloy Fassi Casagrande Jr pela orientaccedilatildeo durante todo esse

tempo

Ao professor Doutor Cezar Augusto Romano pelo amor aacute profissatildeo que tornam suas

aulas especiais

Ao professor Doutor Aloiacutesio Leoni Schmid da Universidade Federal do Paranaacute pela

contribuiccedilatildeo nos ensaios acuacutesticos

Agrave Fundaccedilatildeo Vanzolini pelo fornecimento do material utilizado neste estudo o

referencial teacutecnico de Operaccedilatildeo e Uso

Agrave Universidade Tecnoloacutegica Federal do Paranaacute e ao Programa de Poacutes Graduaccedilatildeo

em Engenharia Civil pela formaccedilatildeo acadecircmica e infraestrutura fornecida para o

trabalho

A CAPES - Coordenaccedilatildeo de Aperfeiccediloamento de Pessoal de niacutevel Superior pela

concessatildeo da bolsa

Ao meu esposo Alexandre pelo amor incentivo e compreensatildeo

Agrave minha matildee Marlene e irmatilde Letiacutecia pelo amor e incentivo

Agrave minha amiga Arquiteta Daniela Vidal pela forccedila em todos os momentos de alegria

e tristeza e pela compreensatildeo da minha ausecircncia em alguns momentos de

comemoraccedilatildeo

Agrave minha amiga Arquiteta Lorreine Vaccari pelos ensinamentos

A todos que de alguma forma contribuiacuteram para realizaccedilatildeo desse trabalho

Muito obrigada

ldquoQuanto mais aumenta nosso

conhecimento mais evidente

fica nossa ignoracircnciardquo

(John F Kennedy)

RESUMO LIMA Lucimara F de Processo AQUA de certificaccedilatildeo de edificaccedilotildees sustentaacuteveis na fase operaccedilatildeo e uso Estudo de caso do Escritoacuterio Verde da UTFPR 2013 p 106 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Engenharia Civil) - Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Engenharia Civil Universidade Tecnoloacutegica Federal do Paranaacute Curitiba Paranaacute 2013 Os desequiliacutebrios ambientais oriundos da incompatibilidade entre crescimento populacional e esgotabilidade dos recursos naturais trazem grandes desafios Neste contexto destaca-se a induacutestria da construccedilatildeo civil que utiliza na sua cadeia produtiva grande quantidade de recursos natildeo renovaacuteveis As atuais praacuteticas de produccedilatildeo utilizadas pela construccedilatildeo civil necessitam de ajustes imediatos para que o setor possa contribuir adequadamente com o desenvolvimento sustentaacutevel do paiacutes Infelizmente satildeo comuns ainda processos artesanais nas frentes de trabalho uso de mateacuterias-primas sem manejo sustentaacutevel e a aplicaccedilatildeo de produtos industrializados desconsiderando os aspectos de conservaccedilatildeo de aacutegua energia e a necessaacuteria reduccedilatildeo de resiacuteduos e desperdiacutecios O surgimento dos sistemas de avaliaccedilatildeo e certificaccedilatildeo da construccedilatildeo civil em diferentes partes do mundo vem minimizando os impactos negativos que o setor da construccedilatildeo origina Nos uacuteltimos anos o movimento ganhou novos adeptos e os nuacutemeros tornam-se expressivos apontando uma demanda urgente de novas atitudes por parte dos profissionais e empresas do ramo O estudo realizado consiste em analisar o Relatoacuterio Teacutecnico AQUA de Operaccedilatildeo e Uso elaborado pela Fundaccedilatildeo Vanzolini em 2010 como versatildeo provisoacuteria que no momento encontra-se em processo de revisatildeo Essa anaacutelise foi utilizada como base para a realizaccedilatildeo de um estudo de caso sobre a construccedilatildeo do Escritoacuterio Verde da UTFPR O resultado dessa pesquisa eacute a avaliaccedilatildeo de desempenho ambiental do escritoacuterio quanto agrave conformidade com os requisitos definidos no referencial teacutecnico AQUA de operaccedilatildeo de edifiacutecios bem como o tratamento das natildeo conformidades e a tomada de accedilotildees corretivas e preventivas para alcance de um desempenho satisfatoacuterio Assim esta dissertaccedilatildeo eacute uma siacutentese de um processo de certificaccedilatildeo de edificaccedilotildees sustentaacuteveis e busca realccedilar a importacircncia da certificaccedilatildeo na construccedilatildeo civil como modo de garantir que edifiacutecios sejam planejados projetados construiacutedos e principalmente utilizados seguindo os princiacutepios da sustentabilidade aspectos teacutecnicos econocircmicos sociais ambientais e culturais que devem interagir de forma holiacutestica Palavras-chave Processo AQUA avaliaccedilatildeo de desempenho do Escritoacuterio Verde certificaccedilatildeo ambiental de edifiacutecios

ABSTRACT LIMA Lucimara F de The AQUA process for certification of sustainable buildings in the operation and use phases Case Study the UTFPR Green Office 2013 p 106 Thesis (Masteracutes Degree in Civil Engineering) ndash Post -graduate Program in Civil Engineering of Federal Technological University of Paranaacute Curitiba Brazil 2013 Environmental imbalances resulting from the lack of compatibility between the population growth and the exhaustibility of natural resources bring out great challenges In such a context the industry of civil engineering must be pointed out for the use of great quantities of non-renewable resources in its production chain The current production practices used in civil construction need immediate adjustments so that the sector may contribute appropriately for the sustainable development of the country Unfortunately it is still rather common to find artisanal processes on work fronts use of raw materials without sustainable handling and the application of industrialized products with disregard to aspects such as water conservation energy and the necessary reduction of residues and waste The appearance of assessment and certification systems of civil construction in different parts of the world has reduced the negative impacts caused by the construction sector Over the last years such movement has gained new supporters and numbers have become more expressive pointing towards a pressing demand for new actions by professionals and corporations in the field The study performed consists of analyzing the AQUAacutes Technical Report of Operation and Use designed by the Vanzolini Foundation in 2010 as a temporary version which is currently being revised Such analysis has been used as the basis for the undertaking of a case study on the construction of the Green Office at UTFPR The outcome of such research is the assessment of the officeacutes environmental performance as for conformity with requirements defined on the AQUA standard of buildings operation as well as the treatment of non-conformities and undertaking of corrective and preventive actions in order to achieve satisfactory performance Thus such thesis is the summary of a certification process of sustainable buildings and aims to emphasize the importance of certification in civil construction as a way of assuring that buildings are planned designed built and primarily used according to the principles of sustainability technical economic social environmental and cultural aspects which must interact holistically Keywords AQUA Process assessment of the Green Office performance

environmental certification of buildings

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Pegada ecoloacutegica (adaptado do inglecircs) 24

Figura 2 ndash Ciclo PDCA e SDCA 33

Figura 3 ndash Niacuteveis de avaliaccedilatildeo AQUA 40

Figura 4 ndash Avaliaccedilatildeo na fase operaccedilatildeo e uso - processo AQUA 42

Figura 5 - Localizaccedilatildeo do empreendimento em relaccedilatildeo agrave UTFPR e pontos

estrateacutegicos 46

Figura 6 ndash Planta esquemaacutetica do piso teacuterreo do EV 47

Figura 7 ndash Planta esquemaacutetica do mezanino do EV 47

Figura 8 ndash Perspectiva lateral esquerda do Escritoacuterio Verde 48

Figura 9 ndash Vista da lateral esquerda do Escritoacuterio Verde 48

Figura 10 ndash Vista dos fundos do Escritoacuterio Verde 48

Figura 11 ndash Montagem das paredes do Escritoacuterio Verde 49

Figura 12 ndash Aplicaccedilatildeo de manta hidroacutefuga nas paredes externas 50

Figura 13 ndash Sistema de moacutedulos em EVA 50

Figura 14 ndash Execuccedilatildeo do telhado verde 50

Figura 15 ndash Revestimentos internos do EV 51

Figura 16 ndash Perfil ambiental proposto para o EV 54

Figura 17ndash Execuccedilatildeo do radier 59

Figura 18ndash Ancoragem das paredes 59

Figura 19 - Modelo construtivo wood frame 60

Figura 20 - Manta de PET reciclado 60

Figura 21- Manta de pneu reciclado 60

Figura 22 - Painel Smartside 61

Figura 23 - Siding Vinilico 61

Figura 24 - Painel TechShield 61

Figura 25 ndash Painel Decowall 62

Figura 26 ndash Placa cimentiacutecia 62

Figura 27 ndash Vigas I 63

Figura 28 ndash Passagem da tubulaccedilatildeo na viga I 63

Figura 29 - Modelo construtivo da cobertura em wood frame 63

Figura 30 ndash Sistema tombar para ventilaccedilatildeo indireta 64

Figura 31 ndash Piso elevado modular 65

Figura 32 ndash Carpete modular com sistema tactile 65

Figura 33 ndash Sistema hidro-pex 66

Figura 34 ndash Painel fotovoltaico 68

Figura 35 ndash Cisterna e filtros do EV 73

Figura 36ndash Modelo de sistema de coleta de aacutegua pluvial 73

Figura 37 ndash Jardim vertical do EV 74

Figura 38 ndash Piso drenante borracha de pneu 75

Figura 39 ndash Piso plast floor 76

Figura 40 ndash Piso drenante tecnogran 76

Figura 41 ndash Vista lateral esquerda do EV 87

Figura 42 ndash Vista lateral direita e fundos do EV 87

Figura 43 ndash Efeito chamineacute 88

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 ndash Perfil da qualidade ambiental do edifiacutecio em operaccedilatildeo 41

Tabela 2 ndash Guia para hierarquizaccedilatildeo das categorias da QAE em funccedilatildeo dos desafios

ambientais estabelecidos 53

Tabela 3 ndash Energia gerada em cada mecircs de operaccedilatildeo do SFCR do EV 69

Tabela 4 ndash Energia diaacuteria meacutedia gerada em cada mecircs de operaccedilatildeo do SFCR do EV 69

Tabela 5 ndash Consumo de aacutegua potaacutevel no EV 72

Tabela 6 ndash Consumo de aacutegua de pluvial 72

Tabela 7 ndash Meacutedias histoacutericas - iacutendice pluviomeacutetrico 74

Tabela 8 ndash Coeficiente de impermeabilizaccedilatildeo do terreno antes da implantaccedilatildeo do EV 75

Tabela 9 ndash Coeficiente de impermeabilizaccedilatildeo do terreno apoacutes a implantaccedilatildeo do EV75

Tabela 10 ndash Mediccedilatildeo de temperatura no EV durante o inverno 80

Tabela 11 ndash Resultados obtidos (MEDICcedilAtildeO ndash INCERTEZA) 84

Tabela 12 ndash Resultados obtidos (MEDICcedilAtildeO + INCERTEZA) 84

Tabela 13 - Caacutelculo do iacutendice de atenuaccedilatildeo acuacutestica R do invoacutelucro da edificaccedilatildeo 85

LISTA DE QUADROS

Quadro 1 ndash Principais eventos relacionados ao desenvolvimento sustentaacutevel 27

Quadro 2 ndash Principais sistemas de certificaccedilatildeo de edificaccedilotildees (continua) 34

Quadro 3 - Principais sistemas de certificaccedilatildeo de edificaccedilotildees no Brasil (continua) 36

Quadro 4 ndash Categorias do sistema AQUA 39

Quadro 5 ndash Subcategorias do sistema AQUA (continua) 39

Quadro 6 ndash Avaliaccedilatildeo categoria 1 - QI 55

Quadro 7 ndash Avaliaccedilatildeo categoria 1 - CQI 55

Quadro 8 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 13 55

Quadro 9 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 111 56

Quadro 10 ndash Avaliaccedilatildeo categoria 2 - QI 57

Quadro 11 ndash Avaliaccedilatildeo categoria 2 - MQI 57

Quadro 12 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 111 58

Quadro 13 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 66

Quadro 14 ndash Avaliaccedilatildeo categoria 4 ndash QI 67

Quadro 15 ndash Avaliaccedilatildeo categoria ndash MQI 67

Quadro 16 ndash Avaliaccedilatildeo categoria ndash CQI 67

Quadro 17ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 44 67

Quadro 18 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 70

Quadro 19 ndash Criteacuterios avaliados ndash MQI 70

Quadro 20 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 70

Quadro 21 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 52 e 53 71

Quadro 22 ndash fontes consumidoras de aacutegua 71

Quadro 23 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 76

Quadro 24 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 77

Quadro 25 ndash Criteacuterios avaliados ndash MQI 78

Quadro 26 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 78

Quadro 27 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 71 78

Quadro 28 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 79

Quadro 29 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 79

Quadro 30 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 83 79

Quadro 31 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 81

Quadro 32 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 81

Quadro 33 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 83 82

Quadro 34 ndash Criteacuterios de avaliaccedilatildeo para acuacutestica de edifiacutecios novos 82

Quadro 35 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 86

Quadro 36 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 86

Quadro 37 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 86

Quadro 38 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 87

Quadro 39 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 88

Quadro 40 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 112 88

Quadro 41 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 89

Quadro 42 ndash Criteacuterios avaliados ndash MQI 89

Quadro 43 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 89

Quadro 44 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 121 89

Quadro 45 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 90

Quadro 46 ndash Criteacuterios avaliados ndash MQI 90

Quadro 47 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 90

Quadro 48 ndash Criteacuterios avaliados ndash MQI 131 91

Quadro 49 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 92

Quadro 50 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 92

Quadro 51 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 141 92

Quadro 52 ndash Criteacuterios avaliados em QAP 93

Quadro 53 ndash Criteacuterios avaliados em QI 41 94

LISTA DE GRAacuteFICOS

Graacutefico 1- Evoluccedilatildeo do PIB Brasil e do PIB da Construccedilatildeo Civil 17

Graacutefico 2 - Estimativa de crescimento populacional mundial (adaptado do inglecircs) 23

Graacutefico 3 ndash Dia com temperatura meacutedia diaacuteria miacutenima 81

Graacutefico 4 ndash Meacutedias do niacutevel de ruiacutedo dos locais avaliados 83

Graacutefico 5 ndash Iacutendice de atenuaccedilatildeo acuacutestica 85

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ABNT Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas

ACV Avaliaccedilatildeo de ciclo de vida

AQUA Alta Qualidade Ambiental

ASBEA Associaccedilatildeo Brasileira dos Escritoacuterios de Arquitetura

BEE Building Environmental Efficiency

BRE Building Research Establishment

BREEAM Building Research Establishment Environmental Assessment Method

CASBEE Comprehensive Assessment System for Building Environmental

Efficiency

CBIC Cacircmara Brasileira da Induacutestria da Construccedilatildeo

CBCS Conselho Brasileiro de Construccedilatildeo Sustentaacutevel

CQI Controle da qualidade intriacutenseca

COV Compostos Orgacircnicos Volaacuteteis

CO Dioacutexido de Carbono

EV Escritoacuterio Verde

GBC Green Building Council

HQE Haute Qualiteacute Environnementale

HKBEAM Honk Kong Building Environmental Assessment

IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica

IDHEA Instituto para Desenvolvimento da Habitaccedilatildeo Ecoloacutegica

LCA Life cicle assessment

LEED Leadership in Energy amp Environmental Design

MQI Melhoria da qualidade intriacutenseca

NBR Norma brasileira

ONU Naccedilotildees Unidas

PNUMA Programa das Naccedilotildees Unidas para o Meio Ambiente

QAE Qualidade ambiental do edifiacutecio

QAEop Qualidade ambiental do edifiacutecio em operaccedilatildeo

QAP Qualidade ambiental das praacuteticas

QI Qualidade intriacutenseca

SANEPAR Companhia de Saneamento do Paranaacute

SFCR Sistema fotovoltaico conectado aacute rede

SFI Sistema fotovoltaico isolado

SGE Sistema de gestatildeo do empreendimento

SGO Sistema de gestatildeo da operaccedilatildeo

USGBC US Green Building Council

UTFPR Universidade Tecnoloacutegica Federal do Paranaacute

WWF World Wildlife Fund

WRI World Resources Institute

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 17

11 CONSIDERACcedilOtildeES INICIAIS 17

12 OBJETIVOS 19

121 Objetivo Principal 19

122 Objetivos Especiacuteficos 19

13 DELIMITACcedilOtildeES 19

14 JUSTIFICATIVA 20

15 ESTRUTURA DA DISSERTACcedilAtildeO 22

2 REVISAtildeO DA LITERATURA 23

21 CONTEXTUALIZACcedilAtildeO 23

22 DESENVOLVIMENTO SUSTENTAacuteVEL 25

23 CONSTRUCcedilAtildeO SUSTENTAacuteVEL 28

24 SISTEMAS DE AVALIACcedilAtildeO DO DESEMPENHO DE EDIFIacuteCIOS 29

241 Anaacutelise do Ciclo de Vida ndash ACV 31

242 Sistemas de Certificaccedilatildeo de Edifiacutecios 31

243 Principais Sistemas de Certificaccedilatildeo no Brasil 36

244 Processo AQUA de certificaccedilatildeo 37

3 METODOLOGIA 43

4 ESTUDO DE CASO ESCRITOacuteRIO VERDE DA UTFPR 45

41 CONTEXTUALIZACcedilAtildeO 45

42 CONSTRUCcedilAtildeO DO ESCRITOacuteRIO VERDE 46

5 RESULTADOS E DISCUSSOtildeES 52

51 AVALIACcedilAtildeO DO DESEMPENHO AMBIENTAL DO EV 52

511 SGO ndash Sistema de gestatildeo da operaccedilatildeo 52

512 QAEop ndash Qualidade Ambiental do Edifiacutecio na Fase Operaccedilatildeo 54

513 QAP ndash Qualidade Ambiental das Praacuteticas 92

6 CONCLUSOtildeES 94

REFEREcircNCIAS 99

ANEXOS 106

17

1 INTRODUCcedilAtildeO

11 CONSIDERACcedilOtildeES INICIAIS

Em 1987 foi publicado pela ONU (Naccedilotildees Unidas) o documento ldquoNosso

Futuro Comumrdquo mais conhecido como o relatoacuterio de Brundtland 25 anos se

passaram e a ideia de desenvolvimento sustentaacutevel continua vaacutelida nos dias de

hoje No entanto destaca-se o fato de ainda ser um conceito de aceitaccedilatildeo

generalizada quando deveria ser uma praacutetica cotidiana (ONU 2012)

Nesse contexto apresenta-se o setor da construccedilatildeo civil que cresce a

taxas superiores agraves do PIB (produto interno bruto) nacional De acordo com

dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica (IBGE) em

2012 enquanto o Paiacutes apresentou expansatildeo de 09 a construccedilatildeo civil

cresceu 14 O resultado da Construccedilatildeo foi o segundo melhor da Induacutestria

ficando atraacutes do setor de produccedilatildeo e distribuiccedilatildeo de eletricidade gaacutes aacutegua

esgoto e limpeza urbana (36)

Conforme Graacutefico 1 divulgado pela Cacircmara Brasileira da Industria da

Construccedilatildeo - CBIC em 2011 enquanto PIB nacional cresceu 75 o da

Construccedilatildeo registrou incremento de 116 justificado pelo lanccedilamento do

Programa Minha Casa Minha Vida ndash PMCMV em 2010

Graacutefico 1- Evoluccedilatildeo do PIB Brasil e do PIB da Construccedilatildeo Civil

Fonte CBIC (2011)

18

Para CBIC (2011) a induacutestria da construccedilatildeo eacute considerada ldquoo motor do

desenvolvimentordquo brasileiro dos proacuteximos anos No entanto observa-se que as

praacuteticas para amenizar os impactos gerados pelo setor natildeo acompanham

tamanho crescimento

Em contrapartida surgem no Brasil poliacuteticas em prol da preservaccedilatildeo

ambiental impulsionando toda cadeia produtora um exemplo eacute a Instruccedilatildeo

Normativa nordm 01 de 2010 que dispotildee sobre os criteacuterios de sustentabilidade

ambiental na aquisiccedilatildeo de bens contrataccedilatildeo de serviccedilos ou obras pela

Administraccedilatildeo Puacuteblica Federal direta autaacuterquica e fundacional

Outro ganho eacute a Norma Brasileira de Desempenho de Edifiacutecios NBR

155752013 que comeccedila a vigorar em julho desse ano e traz alguns itens

ineacuteditos nas normativas brasileiras como o conceito de vida uacutetil para os

sistemas Outro aspecto relevante eacute o papel que o usuaacuterio passaraacute a exercer

pois para que o desempenho miacutenimo seja atingido ao longo do tempo seraacute

necessaacuterio agrave implementaccedilatildeo de programas de manutenccedilatildeo corretiva e

preventiva (ASBEA 2013)

Destacam-se tambeacutem os sistemas de certificaccedilatildeo ambiental de

edificaccedilotildees que vecircm ganhando grande aceitaccedilatildeo no mercado brasileiro

apresentando-se como forma fundamental de incentivo das praacuteticas

sustentaacuteveis e principalmente como instrumento para garantir que as

edificaccedilotildees tenham um bom desempenho durante sua vida uacutetil

Dentro desse contexto a pesquisa apresentada dedicou-se na anaacutelise do

processo de certificaccedilatildeo ambiental AQUA (Alta Qualidade Ambiental) lanccedilado

em 2008 elaborado pela Fundaccedilatildeo Carlos Alberto Vanzolini instituiccedilatildeo privada

sem fins lucrativos criada mantida e gerida pelos professores do

Departamento de Engenharia de Produccedilatildeo da Escola Politeacutecnica da

Universidade de Satildeo Paulo O sistema foi adaptado exclusivamente para a

realidade brasileira a partir do modelo de certificaccedilatildeo francecircs HQE Haute

Qualiteacute Environnementale O processo AQUA eacute uma certificaccedilatildeo reconhecida

internacionalmente por diversas entidades certificadoras no mundo Franccedila

Alemanha Inglaterra Finlacircndia Itaacutelia e Estados Unidos que fazem parte da

SB Alliance da qual a Fundaccedilatildeo eacute membro fundador (REVISTA TEacuteCHNE

2009)

19

Inicialmente buscou-se o entendimento do referencial teacutecnico elaborado

pela Fundaccedilatildeo Vanzolini em 2007 para edifiacutecios novos abordando as fases

que antecedem a operaccedilatildeo as etapas de programa concepccedilatildeo (projeto) e

realizaccedilatildeo (execuccedilatildeo) Posteriormente deu-se a analise do referencial de

operaccedilatildeo fornecido pela Fundaccedilatildeo Vanzolini versatildeo provisoacuteria de 2010

atualmente em processo de revisatildeo

Com o objetivo de aplicar o conhecimento adquirido na anaacutelise dos

referidos referenciais optou-se por adotar do Escritoacuterio Verde - EV da UTFPR

construiacutedo dentro de criteacuterios sustentaacuteveis como objeto de estudo analisando

a conformidade ou natildeo conformidade quanto aos criteacuterios de desempenho

ambiental definidos no referencial AQUA de operaccedilatildeo de edifiacutecios

12 OBJETIVOS

121 Objetivo Principal

Analisar o desempenho ambiental do Escritoacuterio Verde da UTFPR tendo

como base o referencial teacutecnico de operaccedilatildeo e uso fornecido pela Fundaccedilatildeo

Vanzolini

122 Objetivos Especiacuteficos

Analisar o referencial teacutecnico para edifiacutecios do setor de serviccedilos em

operaccedilatildeo e uso elaborado pela Fundaccedilatildeo Vanzolini em maio de 2010

Avaliar o EV quanto o atendimento dos requisitos exigidos pelo AQUA

para a obtenccedilatildeo da certificaccedilatildeo na fase operaccedilatildeo e uso

Promover maior percepccedilatildeo sobre a importacircncia da certificaccedilatildeo de

edifiacutecios na fase operaccedilatildeo e uso como forma de garantir um desempenho

ambiental satisfatoacuterio durante sua vida uacutetil

13 DELIMITACcedilOtildeES

Para este estudo foram utilizados dois referenciais teacutecnicos AQUA de

certificaccedilatildeo

20

Vanzolini versatildeo 0 (provisoacuteria) - elaborado em maio de 2010

ndash edifiacutecios escolares versatildeo 0

(provisoacuteria) disponiacutevel no site da Fundaccedilatildeo

consideradas na presente dissertaccedilatildeo

14 JUSTIFICATIVA

O 3ordm Simpoacutesio Brasileiro de Construccedilatildeo Sustentaacutevel ocorrido em 2010

SBCS10 promovido pelo CIB (International Council for Research and

Innovation in Building and Construction) UNEP (United Nations Environment

Programme) e iiSBE (International Initiative for a Sustainable Built

Environment) em parceria com o CBCS (Conselho Brasileiro de Construccedilotildees

Sustentaacuteveis) e uma coalizatildeo de universidades brasileiras liacutederes no tema

Universidade de Campinas (Unicamp) Universidade Federal do Espiacuterito Santo

(UFES) e Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) obteve por

resultado um documento denominado ldquoCarta Abertardquo contendo consideraccedilotildees

referentes ao momento econocircmico e social vivido pelo Brasil Seguem algumas

dessas exposiccedilotildees (CBCS 2010)

a cadeia produtiva da construccedilatildeo civil eacute um dos motores do processo de

desenvolvimento econocircmico do Paiacutes

os programas governamentais de desenvolvimento social como o

Minha Casa Minha Vida - PMCMV e o Programa de Aceleraccedilatildeo do

Crescimento - PAC tem por base a atividade de construccedilatildeo

a cadeia produtiva da construccedilatildeo tem significativos impactos sociais e

ambientais inclusive mudanccedilas climaacuteticas consumo de energia aacutegua

biodiversidade e recursos naturais

Diante desse cenaacuterio surgem no Brasil os sistemas de certificaccedilatildeo

ambiental para edifiacutecios que agregam no sentido de minimizar os impactos

decorrentes da cadeia produtiva da construccedilatildeo civil

Hoje o Brasil ocupa o quarto lugar entre os paiacuteses que mais concentram

edificaccedilotildees feitas a partir de criteacuterios ambientalmente adequados Os Estados

21

Unidos reuacutenem o maior nuacutemero de empreendimentos em anaacutelise seguidos

pela China e pelos Emirados Aacuterabes Unidos (GBC-BRASIL 2013)

O relatoacuterio Rumo a Economia Verde do PNUMA (Programa das Naccedilotildees

Unidas para o Meio Ambiente) 2011 informa que a reduccedilatildeo dos impactos

gerados na construccedilatildeo civil eacute peccedila chave para alcance de uma economia

verde Para o PNUMA economia verde eacute aquela que resulta em melhoria do

bem-estar da humanidade e igualdade social ao mesmo tempo em que reduz

significativamente riscos ambientais e escassez ecoloacutegica

ldquoA construccedilatildeo de novos edifiacutecios verdes e o reequipamento dos edifiacutecios

jaacute existentes que usam energia e recursos de forma intensiva ateacute 2050 podem

resultar na economia de um terccedilo de energia nos setores de construccedilatildeo civil no

mundo inteiro em comparaccedilatildeo com as projeccedilotildees para as construccedilotildees

realizadas da maneira tradicionalrdquo (PNUMA 2011)

Para o coordenador executivo do processo AQUA professor Manuel

Carlos Reis Martins haacute necessidade de se repensar o conceito de custo de

uma obra levando em conta tambeacutem a fase de operaccedilatildeo cujo custo ao longo

dos anos eacute muito maior do que o valor gasto na construccedilatildeo Em termos de

ordem de grandeza do custo total de construccedilatildeo e operaccedilatildeo de um edifiacutecio

em um horizonte de 30 anos cerca de 20 correspondem agrave construccedilatildeo e 80

agrave operaccedilatildeo De outo modo se um edifiacutecio for sustentaacutevel e

consequentemente tiver custos operacionais mais baixos os investimentos

adicionais realizados na fase de construccedilatildeo teratildeo um raacutepido retorno

(ARQUITETURA 2011)

Eacute niacutetido que o tema construccedilotildees sustentaacuteveis com destaque para as

certificaccedilotildees ambientais vem ganhando abrangecircncia no contexto global e tem

um peso certamente crescente e determinante na minimizaccedilatildeo dos impactos

gerados no setor da construccedilatildeo No entanto no Brasil ainda eacute incipiente a

aplicaccedilatildeo desses sistemas no sentido de avaliar e garantir um desempenho

ambiental satisfatoacuterio das edificaccedilotildees durante sua operaccedilatildeo

Para Degani (2010) as metodologias de avaliaccedilatildeo e certificaccedilatildeo de

edifiacutecios podem ser vistas como mecanismos indutores do aperfeiccediloamento do

desempenho das edificaccedilotildees e da proacutepria construccedilatildeo civil

22

15 ESTRUTURA DA DISSERTACcedilAtildeO

O trabalho foi estruturado da seguinte forma

deste trabalho e justifica a relevacircncia desse estudo

histoacuterico e o estado da arte do tema estudado tambeacutem descreve os sistemas

de certificaccedilatildeo mais relevantes da atualidade e suas principais caracteriacutesticas

apitulo eacute a metodologia utilizada na dissertaccedilatildeo

Verde da UTFPR resultados e discussotildees sobre a aplicaccedilatildeo da metodologia

AQUA na fase operaccedilatildeo e uso

conclusotildees e consideraccedilotildees finais

23

2 REVISAtildeO DA LITERATURA

21 CONTEXTUALIZACcedilAtildeO

O ritmo do crescimento populacional no mundo estaacute em constante

decliacutenio sendo a taxa atual de crescimento de 12 ao ano Poreacutem a

populaccedilatildeo mundial continua crescendo em valores absoluto e em 2011 atingiu

a marca de 7 bilhotildees de habitantes O Graacutefico 2 informa que para o alcance do

2ordm bilhatildeo de habitantes no planeta levaram cerca de 123 anos o 3ordm bilhatildeo 33

anos o 4ordm bilhatildeo 15 anos o 5ordm e 6ordm bilhatildeo apenas 12 anos A estimativa para

atingir o 8ordm e 9ordm bilhatildeo eacute de 16 e 26 anos respectivamente mostrando que o

equiliacutebrio estaacute longe de acontecer gerando vaacuterios problemas pois a natureza

natildeo consegue repor na mesma velocidade que o consumo se sucede

Graacutefico 2 - Estimativa de crescimento populacional mundial (adaptado do inglecircs)

Fonte Population Reference Bureau (2011)

A Figura 1 relata as projeccedilotildees do uacuteltimo Relatoacuterio Planeta Vivo da World

Wildlife Fund - WWF (2012) indicando que se a humanidade continuar com

esse modelo de comportamento em 2030 (com 83 bilhotildees de habitantes)

seriam necessaacuterios dois planetas e cerca de trecircs planetas em 2050 (com 93

bilhotildees de habitantes) Esses dados foram calculados por meio da pegada

24

ecoloacutegica que corresponde ao tamanho das aacutereas produtivas de terra e de mar

necessaacuterias para gerar produtos bens e serviccedilos que sustentem determinados

estilos de vida Eacute uma forma de medir em hectares (ha) a extensatildeo de

territoacuterio que uma pessoa ou toda uma sociedade utiliza em meacutedia para se

sustentar

Figura 1 - Pegada ecoloacutegica (adaptado do inglecircs)

Fonte WWF ndash World Wildlife Fund 2012

Os componentes utilizados para o caacutelculo da pegada ecoloacutegica satildeo

apresentados na Figura 1 demonstrando os seguintes aspectos

carbono - a extensatildeo de aacutereas florestais capaz de sequestrar emissotildees

de CO2 derivadas da queima de combustiacuteveis foacutesseis excluindo-se a parcela

absorvida pelos oceanos que provoca a acidificaccedilatildeo

- a extensatildeo de aacutereas de cultivo usadas para a

produccedilatildeo de alimentos e fibras para consumo humano bem como para a

produccedilatildeo de raccedilatildeo para o gado oleaginosa e borracha

- a extensatildeo de aacutereas de pastagem utilizadas para a criaccedilatildeo

de gado de corte e leiteiro e para a produccedilatildeo de couro e produtos de latilde

- a extensatildeo de aacutereas florestais necessaacuterias para o

fornecimento de produtos madeireiros celulose e lenha

25

- representa a extensatildeo de aacutereas cobertas por

infraestrutura humana inclusive transportes habitaccedilatildeo estruturas industriais e

reservatoacuterios para a geraccedilatildeo de energia hidreleacutetrica

- calculada a partir da estimativa de produccedilatildeo primaacuteria

necessaacuteria para sustentar os peixes e mariscos capturados com base em

dados de captura relativos a espeacutecies marinhas e de aacutegua doce

22 DESENVOLVIMENTO SUSTENTAacuteVEL

A associaccedilatildeo entre o desenvolvimento econocircmico e a degradaccedilatildeo da

natureza foi pela primeira vez discutida por um grupo de intelectuais

denominado Clube de Roma fundado em 1968 tornou-se muito conhecido a

partir da publicaccedilatildeo do relatoacuterio intitulado ldquoOs Limites do Crescimentordquo Em

1972 a Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas (ONU) realizou a primeira

conferecircncia mundial sobre meio ambiente em Estocolmo Em 1983 foi criada a

Comissatildeo Mundial do Meio Ambiente e Desenvolvimento que publicou em

1987 o relatoacuterio conhecido como ldquoRelatoacuterio Brundtlandrdquo o qual aponta para a

incompatibilidade entre desenvolvimento sustentaacutevel e os padrotildees de produccedilatildeo

e consumo trazendo agrave tona mais uma vez a necessidade de uma nova relaccedilatildeo

ldquoser humano e meio ambienterdquo

Para a WWF Brasil a definiccedilatildeo mais aceita para desenvolvimento

sustentaacutevel foi descrita no Relatoacuterio de Brundland em 1987 ldquoAtender agraves

necessidades do presente sem comprometer a possibilidade de as geraccedilotildees

futuras atenderem a suas proacuteprias necessidadesrdquo Essa definiccedilatildeo surgiu para

discutir e propor meios de harmonizar dois objetivos o desenvolvimento

econocircmico e a conservaccedilatildeo ambiental (WWF-BRASIL 2013)

Mas foi na Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas para o Desenvolvimento e o

Meio Ambiente - Rio 92 que se consagrou o uso da expressatildeo

desenvolvimento sustentaacutevel O resultado foi agrave adoccedilatildeo de trecircs recomendaccedilotildees

principais a Agenda 21 a Declaraccedilatildeo do Rio e os Princiacutepios relativos a

Florestas e Selvas Foram tambeacutem firmadas duas convenccedilotildees a Convenccedilatildeo

da Biodiversidade e a Convenccedilatildeo do clima

A Agenda 21 foi o principal documento produzido na ECO 92 na qual foi

registrado a importacircncia dos paiacuteses em se comprometerem a refletir local e

26

globalmente sobre a forma pela qual governos empresas e organizaccedilotildees natildeo-

governamentais e todos os setores da sociedade poderiam cooperar no estudo

de soluccedilotildees para os problemas socioambientais

Assim a Agenda 21 possibilitou o debate sobre o desenvolvimento e

construccedilatildeo sustentaacutevel utilizaccedilatildeo de recursos viabilidade econocircmica destes

no mercado processos construtivos desenvolvimento social entre outros

assuntos permitindo aprofundar conhecimentos relacionados com a eficiecircncia

energeacutetica nos edifiacutecios a conservaccedilatildeo da aacutegua potaacutevel e a utilizaccedilatildeo de

materiais que tenham em conta a preservaccedilatildeo do ambiente

Em 2007 foi criado no Brasil o Conselho Brasileiro de Construccedilatildeo

Sustentaacutevel (CBCS) que tem como objetivo a utilizaccedilatildeo de praacuteticas

sustentaacuteveis no setor da construccedilatildeo civil trazendo qualidade de vida aos

usuaacuterios trabalhadores e ao ambiente em torno da edificaccedilatildeo

O evento mais recente foi a RIO + 20 realizado em junho de 2012

Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas sobre desenvolvimento sustentaacutevel sediado

no Rio de Janeiro Brasil Como resultado obteve-se a elaboraccedilatildeo de um

documento intitulado ldquoO futuro que queremosrdquo

27

Principais acontecimentos referentes ao desenvolvimento sustentaacutevel

podem ser vistos no Quadro 1

ANO EVENTO RESUMO

1968 Criaccedilatildeo do Clube de Roma

Organizaccedilatildeo informal cujo objetivo era promover o entendimento dos

componentes variados mas interpendentes ndash econocircmicos poliacuteticos

naturais e sociais que formam o sistema global

1972 Publicaccedilatildeo do livro Os limites do crescimento

Informe apresentado pelo Clube de Roma no qual previa que as

tendecircncias que imperavam ateacute entatildeo conduziriam a uma escassez

catastroacutefica dos recursos naturais e a niacuteveis perigosos de

contaminaccedilatildeo num prazo de 100 anos

1972Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas sobre o Meio Ambiente

Humano em Estocolmo Sueacutecia

A primeira manifestaccedilatildeo dos governos de todo o mundo com as

consequumlecircncias da economia sobre o meio ambiente Participaram

113 Estados-membros da ONU Um dos resultados do evento foi a

criaccedilatildeo do Programa das Naccedilotildees Unidas sobre o Meio Ambiente

(PNUMA)

1987Publicaccedilatildeo do informe Brundtland o ldquoNosso

Futuro Comumrdquo

Um dos mais importantes sobre a questatildeo ambiental e o

desenvolvimento Vincula estreitamente economia e ecologia e

estabelece o eixo em torno do qual se deve discutir o

desenvolvimento formalizando o conceito de desenvolvimento

sustentaacutevel

1992Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas sobre o Meio

Ambiente e Desenvolvimento ou Cuacutepula da Terra

Realizada no Rio de Janeiro constitui-se no mais importante foro

mundial jaacute realizado Abordou novas perspectivas globais e de

integraccedilatildeo da questatildeo ambiental planetaacuteria e definiu mais

concretamente o modelo de desenvolvimento sustentaacutevel

Participaram 170 Estados que aprovaram a Declaraccedilatildeo do Rio e

mais quatro documentos entre os quais a Agenda 21

1995 Berlim COP 1 - Conferecircncia sobre o clima

A primeira COP (Conferencia das Partes) tece como destaque a

decisatildeo de se apresentar no encontro de 1997 um documento

tornando oficial o comprometimento dos paiacuteses de reduccedilatildeo das

emissotildees de gases do efeito estufa

1997 Rio + 5 - Protocolo de Kyoto

Realizado em New York teve como objetivo analisar a

implementaccedilatildeo do Programa da Agenda 21 Visa combater o

aquecimento global que causa o efeito estufa

2002Cuacutepula Mundial sobre o Desenvolvimento Sustentaacutevel ndash

Rio + 10

Realizada em Johannesburgo nos meses de agosto e setembro

procurou examinar se foram alcanccediladas as metas estabelecidas pela

Conferecircncia do Rio-92 e serviu para que os Estados reiterassem seu

compromisso com os princiacutepios do desenvolvimento sustentaacutevel

2005 Montreal COP11 MOP1- Conferencia sobre o clima

Ocorreu juntamente com a Primeira Conferecircncia das Partes do

Protocolo de Quioto (COPMOP1) Jaacute entra na pauta a discussatildeo do

segundo periacuteodo do Protocolo apoacutes 2012 para o qual instituiccedilotildees

europeacuteias defendem reduccedilotildees de emissatildeo na ordem de 20 a 30 ateacute

2030 e entre 60 e 80 ateacute 2050

2007 Bali COP 13MOP3 - Conferencia sobre o clima

A reuniatildeo estabeleceu compromissos mensuraacuteveis transparentes e

verificaacuteveis para a reduccedilatildeo de emissotildees causadas por desmatamento

das florestas tropicais para o acordo que substituiraacute o Protocolo de

Quioto Recebeu o apelido mapa do caminho

2009 Copenhagem COP 15 -Conferencia sobre o clima

O encontro era considerado o mais importante da histoacuteria recente

dos acordos multilaterais ambientais pois tinha por objetivo

estabelecer o tratado que substituiraacute o Protocolo de Kyoto vigente

de 2008 a 2012 Entretanto a Conferecircncia de Copenhague foi

considerada em grande parte decepcionante

2010 Cancun COP 16 - Conferencia sobre o clima

Aqui vocecirc encontra anaacutelises dos integrantes do Observatoacuterio do

Clima posts no blog imagens e referecircncias para acompanhar mais

essa etapa das negociaccedilotildees multilaterais

2011 Durban COP 17 - Conferencia sobre o climaA proposta resultante da reuniatildeo foi vista pelos ambientalistas como

modesta insuficiente e sem ambiccedilotildees

2012 Rio + 20

A Rio+20 foi a maior Conferecircncia da ONU jaacute realizada com ampla

participaccedilatildeo de liacutederes de todos os setores Aleacutem do resultado

oficial muito criticado resumido no documento ldquoO Futuro que

Queremosrdquo e das dezenas de propostas da sociedade civil

organizada na Cuacutepula dos Povos a Rio+20 foi palco de 705

compromissos voluntaacuterios entre governos ONGs e Major Groups ndash

incluindo 500 empresas induacutestrias universidades entre outros

Quadro 1 ndash Principais eventos relacionados ao desenvolvimento sustentaacutevel

Fonte A autora 2012

28

23 CONSTRUCcedilAtildeO SUSTENTAacuteVEL

No acircmbito da Agenda 21 para a construccedilatildeo sustentaacutevel em paiacuteses em

desenvolvimento a construccedilatildeo sustentaacutevel eacute definida como um processo

holiacutestico que aspira a restauraccedilatildeo e manutenccedilatildeo da harmonia entre os

ambientes natural e construiacutedo e a criaccedilatildeo de assentamentos que afirmem a

dignidade humana e encorajem a equidade econocircmica No contexto do

desenvolvimento sustentaacutevel o conceito transcende a sustentabilidade

ambiental para abraccedilar a sustentabilidade econocircmica e social que enfatiza a

adiccedilatildeo de valor agrave qualidade de vida dos indiviacuteduos e das comunidades

(MINISTEacuteRIO DO MEIO AMBIENTE 2013)

As construccedilotildees sustentaacuteveis satildeo antes de tudo intervenccedilotildees conscientes

e planejadas Buscam satisfazer as necessidades humanas empregando de

forma inteligente os recursos disponiacuteveis visando natildeo esgotaacute-los

preservando-os para as geraccedilotildees futuras Desenvolve soluccedilotildees para os

problemas que a proacutepria construccedilatildeo gera (RIBEIRO 2010)

ldquoEdificaccedilatildeo sustentaacutevel eacute aquela que pode manter moderadamente ou

melhorar a qualidade de vida e harmonizar-se com o clima a tradiccedilatildeo a

cultura e o ambiente na regiatildeo ao mesmo tempo em que conserva a energia e

os recursos recicla materiais e reduz as substacircncias perigosas dentro da

capacidade dos ecossistemas locais e globais ao longo do ciclo de vida do

edifiacuteciordquo (IDHEA 2010)

A Associaccedilatildeo Brasileira dos Escritoacuterios de Arquitetura - ASBEA o

Conselho Brasileiro de Construccedilatildeo Sustentaacutevel - CBCS e outras instituiccedilotildees

apresentam diversos princiacutepios baacutesicos da construccedilatildeo sustentaacutevel dentre os

quais se destacam (GUIA DA SUSTENTABILIDADE 2008)

proveitamento de condiccedilotildees naturais locais

tilizar miacutenimo de terreno e integrar-se ao ambiente natural

mplantaccedilatildeo e anaacutelise do entorno

atildeo provocar ou reduzir impactos no entorno

ualidade ambiental interna e externa

estatildeo sustentaacutevel da implantaccedilatildeo da obra

daptar-se agraves necessidades atuais e futuras dos usuaacuterios

29

so de mateacuterias-primas que contribuam com a eco-eficiecircncia do

processo

educcedilatildeo do consumo energeacutetico

educcedilatildeo do consumo de aacutegua

eduzir reutilizar reciclar e dispor corretamente os resiacuteduos soacutelidos

ntroduzir inovaccedilotildees tecnoloacutegicas sempre que possiacutevel e viaacutevel

ducaccedilatildeo ambiental conscientizaccedilatildeo dos envolvidos no processo

Segundo SILVA (2007) a definiccedilatildeo de um edifiacutecio sustentaacutevel eacute

relacionada sempre comparativamente agraves praacuteticas correntes O desempenho

ambiental de um edifiacutecio sustentaacutevel de 2010 deve ser muito melhor do que o

de um edifiacutecio sustentaacutevel da deacutecada de 1990 Portanto os conceitos de

edifiacutecio sustentaacutevel estatildeo sempre em evoluccedilatildeo

24 SISTEMAS DE AVALIACcedilAtildeO DO DESEMPENHO DE EDIFIacuteCIOS

Com a crise do petroacuteleo na deacutecada de 1970 mecanismos legais de

reduccedilatildeo do consumo de energia comeccedilaram a ser implantados nos paiacuteses

desenvolvidos Os sistemas de avaliaccedilatildeo foram criados como forma de

analisar os impactos ambientais e classificar os edifiacutecios em Green Building

(SILVA 2007)

O conceito do Green Building ou ldquoEdificio verderdquo ganhou forccedila no iniacutecio da

deacutecada de 90 por meio da criaccedilatildeo do USGBC - United States Green Building

Council A entidade desenvolveu criteacuterios para medir a eficiecircncia das

edificaccedilotildees assim concede o selo de edifiacutecio verde agrave obra (SILVA 2007)

Para Reijnders e Van Roekel (1999) existem duas abordagens principais

de avaliaccedilatildeo ambiental a quantitativa e a qualitativa A primeira delas eacute a

Avaliaccedilatildeo de Ciclo de Vida (ACV) que trabalha com dados quantitativos de

fluxo energeacutetico A segunda trata-se de meacutetodos que usam sistemas de

pontuaccedilatildeo ou conceitos para anaacutelise dos dados qualitativos Tais ferramentas

satildeo denominadas eco-labellings

Segundo pesquisa realizada pelo World Resources Institute ndash WRI entre

o uacuteltimo quadrimestre de 2009 e o primeiro de 2010 existem aproximadamente

340 selos ecoloacutegicos que certificam produtos e serviccedilos espalhados por

aproximadamente 42 paiacuteses no mundo (WRI 2010)

30

Quanto ao desempenho de edifiacutecios sustentaacuteveis desta-se o Modelo de

Gerenciamento da Sustentabilidade de Facilidades Construiacuteda - MGS proposto

por Degani (2010) baseado no meacutetodo PDCA (planejar (plan) fazer (do)

checar (check) e agir (act))

O modelo MGS foi fundamentado no conceito de gestatildeo para o

desempenho e propotildeem diretrizes para implementaccedilatildeo de um sistema de

gestatildeo com objetivos de sustentabilidade na rotina diaacuteria dos agentes

responsaacuteveis (denominados no MGS de gerentes de facilidades) pelo uso

operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo dos edifiacutecios contemplando as seguintes etapas

(DEGANI 2010)

l

Importante esclarecer que o MGS eacute resultado de uma pesquisa de tese de

doutorado necessitando de avaliaccedilatildeo quanto a sua aplicabilidade e eficaacutecia

Degani (2010) sugere que o modelo seja utilizado como forma de introduzir a

sistemaacutetica do gerenciamento dos aspectos de sustentabilidade requerido pelo

sistema de certificaccedilatildeo

A gestatildeo de desempenho ambiental de edifiacutecios sustentaacuteveis em

operaccedilatildeo ainda eacute incipiente no Brasil mas haacute vaacuterios paiacuteses que jaacute fazem uso

de ferramentas que promovem a melhoria e controle de desempenho das

edificaccedilotildees As iniciativas envolvem a implantaccedilatildeo de padrotildees e guias para

melhoria de desempenho certificaccedilotildees ou selos verdes promoccedilatildeo do

desenvolvimento de meacutetodos para avaliaccedilatildeo de projetos e construccedilotildees entre

outros Portanto haacute um grande nuacutemero de ferramentas que abordam o tema

considerando uma grande variedade de condiccedilotildees fiacutesicas caracteriacutesticas das

edificaccedilotildees e prioridades ambientais conforme regiatildeo As formas para atingir

esses objetivos variam de simples listas de verificaccedilatildeo a complexos sistemas

informatizados abrangendo etapas de programaccedilatildeo orientando para o

planejamento de edifiacutecios sustentaacuteveis passando por simuladores de

31

desempenho que apoiam as etapas de projeto baacutesico e projeto executivo

incluindo a avaliaccedilatildeo do edifiacutecio em uso

241 Anaacutelise do Ciclo de Vida ndash ACV

O termo ACV ou em inglecircs ldquoLife Cycle Assessmentrdquo (LCA) foi utilizado

primeiramente nos Estados Unidos da Ameacuterica (EUA) em 1990 O conceito de

ciclo de vida tem-se estendido para aleacutem de um simples meacutetodo para comparar

produtos sendo atualmente visto como uma parte essencial para conseguir

objetivos mais abrangentes tais como sustentabilidade (CURRAN 1999)

A Anaacutelise do Ciclo de Vida (ACV) ou Avaliaccedilatildeo do Ciclo de Vida eacute um

instrumento de gestatildeo ambiental aplicaacutevel a bens e serviccedilos tambeacutem

conhecida pela expressatildeo ldquocradle to graverdquo (do berccedilo ao tuacutemulo) berccedilo

indicando a origem dos insumos primaacuterios mediante a extraccedilatildeo de recursos

naturais e tuacutemulo o destino final dos resiacuteduos que natildeo seratildeo reusados ou

reciclados (BARBIERI 2004)

A Norma ISO 14040 define o ciclo de vida como os Estaacutegios consecutivos

e interligados de um sistema de produto desde a aquisiccedilatildeo da mateacuteria prima

ou geraccedilatildeo de recursos naturais ateacute a disposiccedilatildeo final Conforme Barbieri

(2004) o ciclo completo vai da origem dos recursos naturais ateacute a disposiccedilatildeo

final dos resiacuteduos apoacutes o uso passando por todas as etapas intermediaacuterias

como beneficiamento transporte fabricaccedilatildeo e estocagem

242 Sistemas de Certificaccedilatildeo de Edifiacutecios

Os sistemas de certificaccedilatildeo satildeo em sua maioria baseados na ACV mas

tecircm por outro lado um apelo mercadoloacutegico podendo ter um caraacuteter de

ferramenta poliacutetica e de marketing Os resultados destas anaacutelises dependem

de diversos fatores como o meacutetodo os participantes a demanda local as

abordagens os objetivos bem como suas limitaccedilotildees (SCHEUER e KEOLEIAN

2002)

Segundo Silva (2003) ldquoo primeiro sinal da necessidade de avaliar o

desempenho ambiental de edifiacutecios veio exatamente com a constataccedilatildeo de que

32

mesmo os paiacuteses que acreditavam dominar os conceitos de green design natildeo

possuiacuteam meios para verificar o quatildeo ldquoverderdquo eram de fato seus edifiacuteciosrdquo

Tais ferramentas de avaliaccedilatildeo de desempenho demonstraram-se

eficientes ou natildeo dependendo das condiccedilotildees em que foram empregadas

sendo muitas delas aplicaacuteveis somente a situaccedilotildees muito delimitadas de

condiccedilotildees climaacuteticas e sociais ou em edifiacutecios de uso especiacutefico (PATRICIO

GOUVINHAS 2004)

Em 1990 surgiu no Reino Unido o primeiro selo mundial BREEAM

(Building Research Establishment Environmental Assessment Method) que

dispocircs as bases para outros sistemas de certificaccedilatildeo de edifiacutecios como o BRE

EcoHomes tambeacutem no Reino Unido O HK-BEAM (Honk Kong Building

Environmental Assessment Method) o NF Bacirctiments Tertiaires Deacutemache -

HQE na Franccedila o CASBEE (Comprehensive Assessment System for Building

Environmental Efficiency) no Japatildeo o Green Star na Australia e o LEED

(Leadership in Energy and Environmental Design) nos EUA (SILVA 2007)

A certificaccedilatildeo tem como principal objetivo promover edificaccedilotildees que

durante sua construccedilatildeo vida uacutetil e desconstruccedilatildeo gerem baixos impactos

ambientais garantindo sempre o bem-estar e a sauacutede de seus usuaacuterios e a

viabilidade econocircmica dos empreendimentos Outra premissa da certificaccedilatildeo eacute

promover a conscientizaccedilatildeo e o aprendizado de todas as partes envolvidas

direta ou indiretamente no projeto no processo construtivo e na ocupaccedilatildeo do

edifiacutecio (CBCS 2011)

O projeto de arquitetura apresenta diversas variaacuteveis de acordo com sua

funccedilatildeo e uso assim a ferramenta avaliativa especiacutefica para um determinado

tipo de edificaccedilatildeo em uma determinada regiatildeo com condiccedilotildees climaacuteticas

especiacuteficas provavelmente produziraacute uma avaliaccedilatildeo mais proacutexima da realidade

(SILVA 2007) Para isso eacute necessaacuterio que os sistemas avaliativos tenham

referecircncia natildeo apenas em conceitos universais como o ciclo de vida da

edificaccedilatildeo (NBR 14040 2001) como tambeacutem em criteacuterios essencialmente

regionais como zoneamento bioclimaacutetico bem como a adequaccedilatildeo de metas

de desempenho de acordo com normas vigentes para o local e tipo de

edificaccedilatildeo (NBR 15575 2008)

Os sistemas de certificaccedilatildeo ambiental elaborados para controlar e

monitorar o desempenho ambiental do edifiacutecio em uso utilizam o meacutetodo

33

bastante difundido e mais conhecido como PDCA (planejar (plan) fazer (do)

checar (check) e agir (act))

No livro ldquoO verdadeiro Poderrdquo Falconi descreve que existem dois tipos de

metas que uma organizaccedilatildeo procura resultados que necessitam ser

melhorados e resultados que precisam ser mantidos Nos dois casos utiliza-se

o PDCA qualquer resultado que se melhore deve imediatamente ser

estabilizado nas operaccedilotildees de rotina (FALCONI 2009)

No gerenciamento eacute necessaacuterio utilizar o PDCA para melhorar em

conjunto com o PDCA para manter O PDCA para manter eacute denominado SDCA

na operaccedilatildeo o planejamento eacute representado por ldquoPrdquo e o padratildeo passa a ser

representado por ldquoSrdquo de standardize conforme apresentado na Figura 2

Figura 2 ndash Ciclo PDCA e SDCA

Fonte IBENP (2011)

O Quadro 2 apresenta as algumas caracteriacutesticas dos principais sistemas

de certificaccedilatildeo de edifiacutecios atuantes no mundo

34

Quadro 2 ndash Principais sistemas de certificaccedilatildeo de edificaccedilotildees (continua)

Fonte A autora (2012)

BREEAM - Building Research Establishment Environmental Assessment Method

wwwbreeamorg

Instituiccedilatildeo Responsaacutevel BRE

Abrangecircncia Voltada principalmente ao Reino Unido poreacutem adaptaacutevel ao mundo todo Possui esquemas de

certificaccedilatildeo especiacuteficos para Europa e Regiatildeo do Golfo

Esquemas de avaliaccedilatildeo disponiacuteveis tipos de edifiacutecios avaliados BREEAM Outros Edifiacutecios BREEAM Tribunais The

Code for Sustainable Homes (O Coacutedigo para Casas Sustentaacuteveis) BREEAM EcohomesXB BREEAM Sauacutede BREEAM

Industrial BREEAM Internacional (avalia edifiacutecios ou apoia a criaccedilatildeo de versotildees do BREEAM fora do Reino Unido)

BREEAM Multi-residencial BREEAM Prisotildees BREEAM Escritoacuterios BREEAM Varejo BREEAM Educaccedilatildeo BREEAM

Comunidades BREEAM Em Uso

Classificaccedilotildees Concedidas Pass (Aprovado) Good (Bom) Very Good (Muito Bom) Excellent (Excelente)

Outstanding (Excepcional)

Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo Variam de acordo com o Sistema

CASBEE - Comprehensive Assessment System for Building Environmental Efficiency

wwwibecorjpCASBEEenglish

Instituiccedilatildeo Responsaacutevel Japan Sustainable Building Consortium (JSBC)

Abrangecircncia Aacutesia

Esquemas de avaliaccedilatildeo disponiacuteveis tipos de edifiacutecios avaliados CASBEE para Preacute-Projeto CASBEE para Novas

Construccedilotildees CASBEE para Edifiacutecios existentes e CASBEE para Reformas As ferramentas atendem a uma larga variedade

de usos do edifiacutecio (escritoacuterios escolas habitaccedilatildeo etc)

Classificaccedilotildees Concedidas classe C (fraco) classe B- classe B+ classe A e classe S (excelente)

Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo Q (Qualidade) - Construindo Qualidade Ambiental e Performance Avalia a

melhoria na qualidade de vida dos usuaacuterios do edifiacutecio dentro do espaccedilo fechado hipoteacutetico (propriedade privada)

L (Cargas) - Construindo Cargas Ambientais Avalia os impactos ambientais negativos que vatildeo aleacutem do espaccedilo

hipoteacutetico fechado para o exterior (a propriedade puacuteblica)

Haacute quatro campos de levantamento (1) Eficiecircncia Energeacutetica (2) Eficiecircncia de Recursos (3) Ambiente Local (4)

Ambiente Interno

Green Star

wwwgbcaorgaugreen-star

Instituiccedilatildeo Responsaacutevel Green Building Council Austraacutelia

Abrangecircncia Austraacutelia

Esquemas de avaliaccedilatildeo disponiacuteveis tipos de edifiacutecios avaliados Green Star - Educaccedilatildeo Green Star - Sauacutede Green Star

- Industrial Green Star - Residencial Muacuteltiplas Unidades Green Star - Escritoacuterio Green Star - Interiores de Escritoacuterio

Green Star - Varejo Green Star - Projeto de Escritoacuterio Green Star - Escritoacuterio Construiacutedo

Classificaccedilotildees Concedidas 4 Star Green Star Certified Rating (4 Estrelas - 45-59 pontos) 5 Star Green Star Certified

Rating (5 Estrelas - 60-74 pontos) 6 Star Green Star Certified Rating (6 Estrelas - 75-100 pontos)

Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo Gerenciamento Qualidade Ambiental do Ambiente Interno Energia Transporte

Aacutegua Materiais Uso do Solo amp Ecologia Emissotildees Inovaccedilatildeo O peso de cada uma destas categorias eacute alocado de

acordo com a regiatildeo do paiacutes para atender condiccedilotildees locais especiacuteficas

LEED - Leadership in Energy and Environmental Design

wwwusgbcorgLEED

Instituiccedilatildeo Responsaacutevel US Green Building Council

Abrangecircncia Principalmente Estados Unidos poreacutem atende ao mundo todo

Esquemas de avaliaccedilatildeo disponiacuteveis tipos de edifiacutecios avaliados Novas construccedilotildees Edificaccedilotildees existentes Interiores

Comerciais Nuacutecleo amp Casca Escolas Varejo Sauacutede Casas e Desenvolvimento de Comunidades

Classificaccedilotildees Concedidas Certified (Certificado - 40ndash49 pontos) Silver (Prata - 50ndash59 pontos) Gold (Ouro - 60ndash79

pontos) Platinum (Platina - 80 pontos ou mais)

Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo Possui 5 categorias Ambientais para concessatildeo de creacuteditos Locais Sustentaacuteveis

Eficiecircncia Hiacutedrica Energia e Atmosfera Materiais e Recursos e Qualidade Ambiental do Ambiente Interno Aleacutem disso

pontos extra podem ser concedidos por Inovaccedilatildeo em Design e Especificaccedilotildees Regionais

35

HK - BEAM - Kong Building Environmental Assessment Method

wwwhk-beamorghk

Instituiccedilatildeo Responsaacutevel The BEAM Society

Abrangecircncia Principalmente Hong Kong

Esquemas de avaliaccedilatildeo disponiacuteveis tipos de edifiacutecios avaliados BEAM para Novas Edificaccedilotildees BEAM para Edificaccedilotildees

Existentes

Classificaccedilotildees Concedidas Platinum (Platina - Excelente) Gold (Ouro - Muito Bom) Silver (Prata - Bom) Bronze

(Bronze - Acima da Meacutedia)

Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo Avaliaccedilatildeo baseada em creacuteditos para benchmark (melhores praacuteticas) da performance

ambiental dos edifiacutecios ao longo do ciclo de vida sobre o local uso de materiais aspectos energeacuteticos consumo de aacutegua

qualidade ambiental do ambiente interno e inovaccedilotildees

HQE - Haute Qualiteacute Environnementale

assohqeorghqe

Instituiccedilatildeo Responsaacutevel Association pour la Haute Qualiteacute Environnementale (ASSOHQE)

Abrangecircncia Principalmente Franccedila atende tambeacutem Beacutelgica Luxemburgo Tuniacutesia e Argeacutelia

Tipos de edifiacutecios avaliados edifiacutecios novos e edifiacutecios existentes nas modalidades comercial residencial individual e coletivo

Classificaccedilotildees Concedidas Base (de acordo com regulamento) Eficiente (boa praacutetica) Muito eficiente (melhor

praacutetica)

Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo Manejo de impactos ao ambiente exterior (relaccedilatildeo harmocircnica com o ambiente

imediato escolha integrada dos meacutetodos de construccedilatildeo e materiais evitar incocircmodo aos arredores minimizaccedilatildeo do

uso de energia minimizaccedilatildeo do uso de aacutegua minimizaccedilatildeo de resiacuteduos em operaccedilotildees minimizaccedilatildeo da necessidade de

manutenccedilatildeo e reparos) e criaccedilatildeo de Ambiente Interno Agradaacutevel (medidas de controle hidroteacutermico medidas de

controle acuacutestico atratividade visual medidas de controle de odores higiene e limpeza dos espaccedilos internos controle

da qualidade do ar controle da qualidade da aacutegua)

DGNB - Deutsche Gesellschaft fuumlr Nachhaltiges Bauen

wwwdgnbde_en

Instituiccedilatildeo Responsaacutevel Conselho alematildeo de construccedilatildeo sustentaacutevel

(DGNB for ldquoDeutsche Gesellschaft fuumlr NachhaltigesBauenrdquo)

Abrangecircncia Alemanha

Esquemas de avaliaccedilatildeo disponiacuteveis tipos de edifiacutecios avaliados Sistema flexiacutevel avalia diversos tipos de edificio

Classificaccedilotildees Concedidas Gold (Ouro) Silver (Prata) Bronze

Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo Campos avaliados - Aspectos ecoloacutegicos economicos socioculturais e funcionais

tecnologia processos e local Cada campo eacute avaliado com criteacuterios especiacuteficos que podem ser desenhados e pesados de

maneira distinta a depender do perfil de ocupaccedilatildeo Cada campo eacute avaliado durante todo ciclo de vida do edifiacutecio

A avaliaccedilatildeo eacute focada em metas e natildeo em accedilotildees individuais

LIDER A

Instituiccedilatildeo Responsaacutevel Lider A - Sistema de Avaliaccedilatildeo da Sustentabilidade

Abrangecircncia Portugal

Esquemas de avaliaccedilatildeo disponiacuteveis tipos de edifiacutecios avaliados Abrange diferentes tipologias e usos em ambientes

construiacutedos em diferentes fases desde a fase de plano ou projeto a construccedilatildeo operaccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo tambeacutem

trabalha desde a escala da comunidade ateacute empreendimentos e edifiacutecios

Classificaccedilotildees ConcedidasG (menos eficiente) F E (praacutetica usual ou de referecircncia) D C (cerca de 25 superior ao niacutevel E)

B A (desempenho cerca de 50 superior ao niacutevel E) A+ (75 superior ao niacutevel E) A++ (90 superior ao niacutevel E)

Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo O sistema trabalha com um conjunto de seis princiacutepios de bom desempenho

ambiental (integraccedilatildeo local recursos cargas ambientais conforto ambiental vivecircncia socioeconocircmica e uso sustentaacutevel)

traduzidos em 22 aacutereas e 43 criteacuterios Quadro 2 ndash Principais sistemas de certificaccedilatildeo de edificaccedilotildees (conclusatildeo)

Fonte A autora (2012)

36

243 Principais Sistemas de Certificaccedilatildeo no Brasil

No Brasil os sistemas de certificaccedilatildeo de edificaccedilotildees mais difundidos satildeo

O AQUA alta qualidade ambiental o LEED ndash Brasil o PROCEL EDIFICA da

Eletrobraacutes e o Selo CASA AZUL da Caixa Econocircmica O Quadro 3 apresenta

as principais caracteriacutesticas destes selos

PROCEL EDIFICA - Instrumento de Classificaccedilatildeo

wwweletrobrascomPCIetiquetagem_edificios

Instituiccedilatildeo Responsaacutevel Eletrobraacutes

Abrangecircncia Brasil

Tipos de edifiacutecios avaliados Edifiacutecios Comerciais de Serviccedilos e Puacuteblicos e Residenciais

Classificaccedilotildees Concedidas A B C D E

Criteacuterios avaliados para Classificaccedilotildees A eficiecircncia energeacutetica eacute avaliada nos sistemas de envoltoacuteria iluminaccedilatildeo e

condicionamento de ar para edifiacutecios comerciais de serviccedilos e puacuteblicos Nos edifiacutecios residecircncias satildeo avaliados a

envoltoacuteria sistemas de aquecimento de aacutegua aleacutem dos sistemas presentes nas aacutereas comuns dos edifiacutecios

multifamiliares como iluminaccedilatildeo elevadores bombas centriacutefugas etc

SELO CASA AZUL DA CAIXA

downloadscaixagovbr_arquivosdesenvolvimento_urbanogestao_ambientalGuia_Selo_Casa_Azul_CAIXApdf

Instituiccedilatildeo Responsaacutevel Caixa Econocircmica Federal

Abrangecircncia Brasil

Tipos de edifiacutecios avaliados Unidades Habitacionais com valor ateacute R$130 mil

Classificaccedilotildees Concedidas BRONZE (19 Criteacuterios obrigatoacuterios) PRATA (25 criteacuterios sendo 6 de livre escolha) OURO (25

criteacuterios sendo 6 de livre escolha)

Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo 53 criteacuterios de avaliaccedilatildeo distribuiacutedos em seis categorias Qualidade Urbana

Projeto e Conforto Eficiecircncia Energeacutetica Conservaccedilatildeo de Recursos Materiais Gestatildeo da Aacutegua Praacuteticas Sociais

LEED - BRASIL

wwwgbcbrasilorgbrp=certificacao

Instituiccedilatildeo Responsaacutevel Green Building Council Brasil

Abrangecircncia Brasil

Esquemas de avaliaccedilatildeo disponiacuteveis tipos de edifiacutecios avaliados

LEED NC para novas construccedilotildees ou grandes projetos de renovaccedilatildeo- LEED ND para projetos de desenvolvimento de bairro

LEED CS para projetos na envoltoacuteria e parte central do edifiacutecio LEED Retail NC e CI para lojas de varejo

LEED Healthcare para unidades de sauacutede LEED EB_OM para projetos de manutenccedilatildeo de edifiacutecios jaacute existentes

LEED Schools para escolas e LEED CI para projetos de interior ou edifiacutecios comerciais

Classificaccedilotildees Concedidas Selo LEED - 40 pontos Prata 50 pontos Ouro 60 pontos e Platina 80 pontos

Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo Espaccedilo sustentaacuteve eficiecircncia do uso da aacutegua energia e atmosfera

materiais e recursos qualidade ambiental interna inovaccedilatildeo e processos creacuteditos de prioridade regional

Quadro 3 - Principais sistemas de certificaccedilatildeo de edificaccedilotildees no Brasil (continua)

Fonte A autora (2012)

37

AQUA - Alta Qualidade Ambiental

wwwvanzoliniorgbr

Instituiccedilatildeo Responsaacutevel Fundaccedilatildeo Vanzolini

Abrangecircncia Brasil

Tipos de edifiacutecios avaliados Escritoacuterios e Escolas Hoteis e Edifiacutecios Habitacionais

Classificaccedilotildees Concedidas Bom Superior Excelente

Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo 14 Categorias satildeo avaliadas relaccedilatildeo do edifiacutecio com o seu entorno escolha

integrada de produtos sistemas e processos construtivos canteiro de obras com baixo impacto ambiental gestatildeo da

energia gestatildeo da aacutegua gestatildeo dos resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo do edifiacutecio manutenccedilatildeo - permanecircncia do desempenho

ambiental conforto higroteacutermico conforto acuacutestico conforto visual conforto olfativo qualidade sanitaacuteria dos

ambientes qualidade sanitaacuteria do ar qualidade sanitaacuteria da aacutegua Para receber a certificaccedilatildeo deve atender no miacutenimo

7 categorias - Bom 4 categorias - Superior e 3 categorias - Excelente

Quadro 3 - Principais sistemas de certificaccedilatildeo de edificaccedilotildees no Brasil (conclusatildeo)

Fonte A autora (2012)

Para SILVA (2003) os princiacutepios soacutelidos de uma certificaccedilatildeo direcionada

ao contexto brasileiro satildeo

ara ser tecnicamente consistente um meacutetodo de avaliaccedilatildeo deve ser

adaptado a dados nacionais relevantes

ara ser viaacutevel praticamente um meacutetodo de avaliaccedilatildeo deve ser

adaptado ao mercado agraves praacuteticas de construccedilatildeo e agraves tradiccedilotildees locais

ara ser absorvido e difundir-se rapidamente um meacutetodo de avaliaccedilatildeo

deve ser desenvolvido em parceria com as principais partes interessadas

investidores empreendedoresconstrutores e projetistas

ara serem apropriados ao contexto nacional os itens avaliados no

meacutetodo devem ser ponderados para refletir prioridades e interesses nacionais

244 Processo AQUA de certificaccedilatildeo

Em outubro de 2007 foi publicado no Brasil o AQUA (Alta Qualidade

Ambiental) a adaptaccedilatildeo do HQE (versatildeo de fevereiro de 2007) Este sistema

de certificaccedilatildeo ambiental para edifiacutecios foi desenvolvido pela Fundaccedilatildeo Carlos

Alberto Vanzolini em parceria com o Departamento de Engenharia de

Construccedilatildeo Civil da Escola Politeacutecnica da Universidade de Satildeo Paulo (USP) e

o Centre Scientifique et Technique du Bacirctiment (CSTB)

Para Aulicino (2008) o processo AQUA foi desenvolvido com o objetivo de

amenizar os impactos da construccedilatildeo de um edifiacutecio novo ou da reabilitaccedilatildeo de

algum edifiacutecio existente tanto sobre o meio ambiente como sobre a qualidade

38

do ambiente interno para os usuaacuterios (conforto e sauacutede) e externo ao edifiacutecio A

metodologia merece destaque por ser a primeira oficialmente adaptada ao

contexto brasileiro

O processo AQUA abrange as seguintes fases

programa (ideia) - reflexatildeo criativa inicial sobre o empreendimento de

construccedilatildeo em seu contexto soacutecio econocircmico e ambiental

concepccedilatildeo (projeto) ndash tendo como entrada o programa define a

construccedilatildeo sustentaacutevel e como seraacute realizada

ealizaccedilatildeo (construccedilatildeo) - guiada pelas definiccedilotildees do projeto materializa

a construccedilatildeo sustentaacutevel

peraccedilatildeo (uso) ndash monitora o desempenho da edificaccedilatildeo os consumos

as emissotildees despesas entre outros garantindo condiccedilotildees de conforto e sauacutede

ao usuaacuterio com melhor desempenho soacutecio econocircmico e ambiental

esconstruccedilatildeo (a desmontagem) ndash ao final da vida uacutetil permite o

maacuteximo aproveitamento dos materiais e sistemas com menor impacto

ambiental

Em 2013 estavam disponiacuteveis para consulta quatro referenciais teacutecnicos

escritoacuterios edifiacutecios escolares edifiacutecios habitacionais edifiacutecios comerciais e

hoteacuteis O referencial para edifiacutecios que buscam certificaccedilatildeo na fase operaccedilatildeo

encontra-se em periacuteodo de revisatildeo Os referenciais teacutecnicos para sauacutede

esporte e lazer bairros e estradas estatildeo em fase de estudo e em busca de

empresas pioneiras para desenvolvimento dos projetos

O processo eacute feito por meio de 3 (trecircs) auditorias presenciais antecedidas

de anaacutelise teacutecnica dos documentos entregues A avaliaccedilatildeo se baseia em um

perfil ambiental composto pelas seguintes aacutereas de avaliaccedilatildeo eco-construccedilatildeo

eco-gestatildeo conforto e sauacutede Os Quadros 4 e 5 apresentam as 14 categorias

e subcategorias avaliadas no sistema AQUA

39

Quadro 4 ndash Categorias do sistema AQUA

Fonte Fundaccedilatildeo Vanzolini (2011)

1) Relaccedilatildeo do edifiacutecio com o entorno

Implantaccedilatildeo do empreendimento no terreno para desenvolvimento urbano sustentaacutevel

Qualidade dos espaccedilos exteriores para os usuaacuterios

Impacto do edifiacutecio sobre a vizinhanccedila

2) Escolha integrada de produtos sistemas e processos construtivos

Durabilidade e a adaptabilidade da construccedilatildeo

Escolhas construtivas para a facilidade de conservaccedilatildeo da construccedilatildeo

Escolha dos produtos de construccedilatildeo (limitar impactos socioambientais)

Escolha dos produtos de construccedilatildeo (limitar impactos aacute sauacutede humana)

3) Canteiros de obras com baixo impacto ambiental

Otimizaccedilatildeo da gestatildeo dos resiacuteduos do canteiro de obras

Reduccedilatildeo dos incocircmodos poluiccedilatildeo e consumo de recursos causados pelo canteiro de obras

4) Gestatildeo da energia

Reduccedilatildeo de energia por meio de concepccedilatildeo arquitetocircnica

Reduccedilatildeo do consumo de energia primaacuteria dos poluentes associados

5) Gestatildeo da aacutegua

Reduccedilatildeo do consumo de aacutegua potaacutevel

Otimizaccedilatildeo e gestatildeo de aacuteguas pluviais

6) Gestatildeo dos resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo do edificio

Otimizaccedilatildeo da valorizaccedilatildeo dos resiacuteduos gerados pelas atividades de uso e operaccedilatildeo do edifiacutecio

Qualidade do sistema de gestatildeo dos resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo do edifiacutecio

7) Manutenccedilatildeo ndash permanecircncia do desempenho ambiental

Permanecircncia do desempenho dos sistemas de aquecimento e resfriamento

Permanecircncia do desempenho dos sistemas de ventilaccedilatildeo

Permanecircncia do desempenho dos sistemas de iluminaccedilatildeo

Permanecircncia do desempenho dos sistemas de gestatildeo da aacutegua Quadro 5 ndash Subcategorias do sistema AQUA (continua)

Fonte Fundaccedilatildeo Vanzolini (2011)

40

8) Conforto higroteacutermico

Implementaccedilatildeo de medidas arquitetocircnicas para otimizaccedilatildeo do conforto higroteacutermico de veratildeo e inverno

Criaccedilatildeo de condiccedilotildees de conforto higroteacutermico de inverno

Criaccedilatildeo de condiccedilotildees de conforto higroteacutermico de veratildeo em ambientes climatizados naturalmente

Criaccedilatildeo de condiccedilotildees de conforto higroteacutermico de veratildeo em ambientes com sistema de resfriamento artificial

9) Conforto acuacutestico

Otimizaccedilatildeo dos elementos arquitetocircnicos para proteger os usuaacuterios do edifiacutecio de incocircmodos acuacutesticos

Criaccedilatildeo de uma qualidade do meio acuacutestico adaptado aos diferentes ambientes

10) Conforto visual

Garantia de iluminacircncia natural oacutetima evitando seus inconvenientes (ofuscamento)

Iluminaccedilatildeo artificial confortaacutevel

11) Conforto olfativo

Garantia de uma ventilaccedilatildeo eficaz

Controle das fontes de odores desagradaacuteveis

12) Qualidade sanitaacuteria dos ambientes

Controle da exposiccedilatildeo eletromagneacutetica

Criaccedilatildeo de condiccedilotildees de higiene especiacuteficas

13) Qualidade sanitaacuteria do ar

Garantia de uma ventilaccedilatildeo eficaz

Controle das fontes de poluiccedilatildeo

14) Qualidade sanitaacuteria da aacutegua

Qualidade e durabilidade dos materiais empregados em redes internas

Organizaccedilatildeo e proteccedilatildeo das redes internas

Controle da temperatura na rede interna

Controle dos tratamentos anticorrosivo e antiincrustaccedilatildeo Quadro 5 ndash Subcategorias do sistema AQUA (conclusatildeo)

Fonte Fundaccedilatildeo Vanzolini (2011)

Para cada categoria analisada eacute atribuiacutedo um niacutevel de desempenho bom

superior e excelente A Figura 3 demonstra que para obter a certificaccedilatildeo nas

fases programa concepccedilatildeo e realizaccedilatildeo o edifiacutecio precisa atingir pelo menos

trecircs de niacutevel excelente e no maacuteximo 7 niacutevel bom Sendo assim este sistema

natildeo possui escala de pontuaccedilatildeo global

Figura 3 ndash Niacuteveis de avaliaccedilatildeo AQUA

Fonte Fundaccedilatildeo Vanzolini (2011)

41

2441 Certificaccedilatildeo AQUA ndash fase operaccedilatildeo e uso

A primeira versatildeo do Referencial Teacutecnico de Operaccedilatildeo e Uso para

edifiacutecios de serviccedilos foi elaborado em maio de 2010 e ainda encontra-se em

fase de revisatildeo O referencial completo pode ser consultado no Anexo 3 e estaacute

dividido em cinco partes

I - Sistema de gestatildeo da operaccedilatildeo (SGO)

Gestatildeo para compromisso planejamento e controle de desempenho

II ndash Qualidade intriacutenseca (QI)

Perfil da qualidade ambiental do edifiacutecio

III ndash Melhoria da qualidade intriacutenseca (MQI)

Melhoria da qualidade ambiental do conjunto em relaccedilatildeo ao planejamento

IV ndash Controle da qualidade intriacutenseca (CQI)

Qual eacute a forma de garantir o desempenho do edifiacutecio

V ndash Qualidade ambiental das praacuteticas (QAP)

Rotinas - Basicamente divido em compras comunicaccedilatildeo e gestatildeo

Na fase operaccedilatildeo e uso a forma de avaliaccedilatildeo difere das demais fases a

Tabela 1 apresenta a pontuaccedilatildeo miacutenima para ser excelente nas 14 categorias

Tabela 1 ndash Perfil da qualidade ambiental do edifiacutecio em operaccedilatildeo

Fase Programa da Operaccedilatildeo e Uso Pontos miacutenimos em E

Categoria 1- Relaccedilatildeo do edifiacutecio com seu entorno 50 dos pontos aplicaacuteveis

Categoria 2 - Escolha integrada de produtos sistemas e processos construtivos gt 12

Categoria 3 - Canteiro de obras gt 4

Categoria 4 - Energia gt 18 sendo 8 em CQI

Categoria 5 - Aacutegua gt 12 sendo 7 em CQI eou MQI

Categoria 6 - Resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo do edifiacutecio gt 5

Categoria 7 - Conservaccedilatildeo e manutenccedilatildeo gt 13 sendo 8 em CQI ou MQI

Categoria 8 - Conforto higroteacutermico gt 9 sendo 3 em CQI

Categoria 9 - Conforto acuacutestico gt 4

Categoria 10 -Conforto visual gt 10 sendo 3 em CQI

Categoria 11 - Conforto Olfativo gt 7 sendo 3 em CQI

Categoria 12 - Qualidade sanitaacuteria dos ambientes gt 8 sendo 3 em CQI

Categoria 13 - Qualidade sanitaacuteria do ar gt 16 sendo 10 em CQI

Categoria 14 - Qualidade sanitaacuteria da aacutegua gt 8 sendo 5 em CQI

SGO - Sistema de gestatildeo da operaccedilatildeo Atender os requisitos aplicaacuteveis

QAP - Qualidade ambiental da praacutetica gt ou = 50 dos pontos aplicaacuteveis

Fonte Fundaccedilatildeo Vanzolini (2012)

42

Para alcanccedilar o niacutevel bom eacute necessaacuterio atender os requisitos exigidos em

todo referencial na coluna ldquoniacutevelrdquo m letra ldquoBrdquo conforme Figura 4 e para atingir o

niacutevel superior aleacutem de todos os itens ldquoBrdquo precisa atender tambeacutem todos com a

letra ldquoSrdquo

Figura 4 ndash Avaliaccedilatildeo na fase operaccedilatildeo e uso - processo AQUA

Fonte Referencial AQUA (2010)

43

3 METODOLOGIA

A presente dissertaccedilatildeo caracteriza-se como um estudo exploratoacuterio pois

visa ldquoproporcionar maior familiaridade com a questatildeo o problema com vistas a

tornaacute-lo mais expliacutecitordquo (GIL 2002) Geralmente o estudo eacute exploratoacuterio quando

haacute pouco conhecimento sobre o tema a ser abordado (AAKER et al2004) Por

ser um tipo de pesquisa muito especiacutefica quase sempre ela assume a forma

de um estudo de caso (GIL 2008)

A pesquisa tambeacutem se enquadra como pesquisa descritiva pois tem o

objetivo de descrever um determinado fenocircmeno (GIL 2008) Como qualquer

pesquisa ela depende tambeacutem de uma revisatildeo da literatura

Tratando se de uma pesquisa exploratoacuteria e descritiva a metodologia

utilizada foi a qualitativa Conforme Gephart (2004) a pesquisa qualitativa

fornece uma narrativa da visatildeo da realidade dos indiviacuteduos sendo altamente

descritiva Pode fornecer bases para compreender processos de gestatildeo e pode

humanizar a pesquisa realccedilando as intenccedilotildees humanas e os significados do

fenocircmeno (GEPHART 2004)

Para alcanccedilar os objetivos propostos o estudo foi desenvolvido em

algumas etapas segue a descriccedilatildeo das mais importantes

participaccedilatildeo no curso ldquoConstruccedilatildeo sustentaacutevel AQUA ndash Introduccedilatildeordquo

Ministrado pela Fundaccedilatildeo Vanzolini

participaccedilatildeo no curso ldquoConstruccedilatildeo Sustentaacutevel AQUA ndash O Sistema de

Gestatildeo do Empreendimento (SGE)rdquo Ministrado pela Fundaccedilatildeo Vanzolini

participaccedilatildeo no curso ldquoEnergia Solar Fotovoltaicardquo Ministrado pela Blue

Sol ministrado no Escritoacuterio Verde da UTFPR

estudo do referencial teacutecnico AQUA de construccedilatildeo ndash criteacuterios para

avaliaccedilatildeo da fase de construccedilatildeo de escritoacuterios - edifiacutecios comerciais

anaacutelise detalhada do referencial teacutecnico AQUA de Operaccedilatildeo e Uso

fornecido pela Fundaccedilatildeo Vanzolini

levantamento de dados elaboraccedilatildeo de diagnoacutestico inicial referente agrave

construccedilatildeo do Escritoacuterio Verde

referencial teoacuterico baseado na revisatildeo da literatura

realizaccedilatildeo estudo de caso avaliaccedilatildeo da operaccedilatildeo e uso do Escritoacuterio

Verde

44

Importante ressaltar que o cancelamento da realizaccedilatildeo do curso

Construccedilatildeo sustentaacutevel AQUA - operaccedilatildeo e uso previsto pela Fundaccedilatildeo

Vanzolini em outubro de 2012 prejudicaram em partes os resultados da

presente dissertaccedilatildeo

45

4 ESTUDO DE CASO ESCRITOacuteRIO VERDE DA UTFPR

41 CONTEXTUALIZACcedilAtildeO

Atualmente os Centros Universitaacuterios Sustentaacuteveis chamados

Greencampi satildeo uma realidade em diversos paiacuteses como Europa Estados

Unidos Austraacutelia e Nova Zelacircndia Os campi universitaacuterios assumem funccedilatildeo

relevante uma vez que estudantes professores e comunidade externa

convivem diariamente em espaccedilo integrado adaptando a este todas suas

atividades e necessidades (ESCRITOacuteRIO VERDE 2012)

A grande maioria dessas Universidades possui um Green Office ou

ldquoEscritoacuterio Verderdquo onde satildeo planejadas e implantadas as praacuteticas sustentaacuteveis

nos campi Atuando em conjunto com outros departamentos das

Universidades esse ldquoEscritoacuteriordquo atende a gestatildeo ambiental do campus

tornando mais faacutecil o gerenciamento interno das Instituiccedilotildees de Ensino

Superior (IES) (ESCRITOacuteRIO VERDE 2012)

No Brasil este movimento jaacute comeccedila a surgir em algumas IES seguindo

uma tendecircncia global e diante da necessidade das Universidades em se

posicionarem com relaccedilatildeo ao desenvolvimento de forma consciente perante a

sociedade O desenvolvimento sustentaacutevel natildeo se traduz assim apenas nas

praacuteticas de ensino mas na implantaccedilatildeo de praacuteticas de gestatildeo ambiental

(ESCRITOacuteRIO VERDE 2012)

O Escritoacuterio Verde empreendimento da Universidade Tecnoloacutegica Federal

do Paranaacute (UTFPR) Campus Curitiba conforme ilustrado na Figura 5 estaacute

localizado na Avenida Silva Jardim nordm 807 entre a Rua Des Westphalen e a

Av Mal Floriano Peixoto e aos fundos do local dispotildee de uma aacuterea com

quadra coberta e edifiacutecio onde se encontra instalado atualmente o Centro de

Liacutenguas da Universidade O empreendimento foi implantado na parte frontal do

terreno onde existia uma quadra esportiva polivalente em desuso

(ESCRITOacuteRIO VERDE 2012)

O edifiacutecio eacute um departamento da universidade que tem como escopo

desenvolver e implantar programas que reduzam o impacto ambiental das

atividades de ensino e pesquisa conduzidas no Campus Curitiba O Escritoacuterio

tambeacutem abriga a sede do ldquoCentro Regional de Integraccedilatildeo Expertise de

Educaccedilatildeo para o Desenvolvimento Sustentaacutevel ndash CRIE Curitibardquo um centro

46

aprovado pela UNU ndash Universidade das Naccedilotildees Unidas da ONU que compotildee

uma rede de mais de 80 centros no mundo e que visam promover a educaccedilatildeo

para a sustentabilidade (ESCRITOacuteRIO VERDE 2012)

Figura 5 - Localizaccedilatildeo do empreendimento em relaccedilatildeo agrave UTFPR e pontos estrateacutegicos

Fonte Google Earth (2011)

42 CONSTRUCcedilAtildeO DO ESCRITOacuteRIO VERDE

A ideacuteia foi concebida e projetada pelo Prof Dr Eloy Fassi Casagrande Jr

e a empresa ldquoEcoStudio ndash Soluccedilotildees Sustentaacuteveis em Arquitetura e Designrdquo

com apoio da Moacutedulo Arquitetura Sustentaacutevel e a TecVerde Engenharia Ltda

responsaacutevel pela adaptaccedilatildeo do projeto para o sistema construtivo wood-frame

baseado em tecnologia alematilde As Figuras 6 e 7 satildeo as plantas esquemaacuteticas

do EV a Figura 8 eacute o volume projetado e as Figuras 9 e 10 satildeo imagens do

Escritoacuterio finalizado O projeto arquitetocircnico estaacute disponiacutevel no Anexo 2

47

Figura 6 ndash Planta esquemaacutetica do piso teacuterreo do EV

Fonte A autora (2012)

Figura 7 ndash Planta esquemaacutetica do mezanino do EV

Fonte A autora (2012)

48

Figura 8 ndash Perspectiva lateral esquerda do Escritoacuterio Verde

Fonte CASAGRANDE JR (2012)

Figura 9 ndash Vista da lateral esquerda do Escritoacuterio Verde

Fonte Escritoacuterio Verde Online (2012)

Figura 10 ndash Vista dos fundos do Escritoacuterio Verde

Fonte Fonte Escritoacuterio Verde Online (2012)

49

A construccedilatildeo do EV iniciou-se em agosto de 2010 parcerias com a

parceria de aproximadamente 60 empresas que contribuiacuteram com a doaccedilatildeo de

produtos equipamentos e materiais de baixo impacto ambiental

estabelecendo um novo modelo da relaccedilatildeo escola-empresa A obra tambeacutem

contou com o apoio de diversos departamentos da UTFPR em especial o

DICEP ndash Divisatildeo de Conservaccedilatildeo de Edificaccedilotildees e Produccedilatildeo

O projeto foi idealizado seguindo o conceito de arquitetura bioclimaacutetica

possibilitando ventilaccedilatildeo cruzada aproveitamento da fachada norte para

captaccedilatildeo de energia solar a utilizaccedilatildeo de telhado verde que favorece o

conforto ambiental da edificaccedilatildeo entre outros

O Sistema construtivo Wood-frame agilizou a primeira etapa da obra

concluiacuteda em apenas 5 dias Na Figura 11 observa-se a montagem do EV

necessitando de um guindaste para levantamento das paredes que chegaram

ao canteiro de obra prontas de faacutebrica contribuindo com a geraccedilatildeo miacutenima de

resiacuteduos

Figura 11 ndash Montagem das paredes do Escritoacuterio Verde

Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011)

50

Na segunda fase da obra houve a colocaccedilatildeo da cobertura os paineacuteis de

acabamento externo e a colocaccedilatildeo das esquadrias Para o telhado optou-se

pelo sistema rdquoshinglerdquo Os acabamentos externos SmartSide e Siding Vinilico

foram aplicados apoacutes a colocaccedilatildeo de uma membrana hidroacutefuga (Figura 12)

que atua como barreira contra vento poeira vapor drsquoaacutegua e calor

Figura 12 ndash Aplicaccedilatildeo de manta hidroacutefuga nas paredes externas

Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011)

A terceira fase ocorreu em marccedilo de 2011 com a instalaccedilatildeo dos sistemas

sustentaacuteveis como coleta de aacutegua pluvial e sistema fotovoltaico Em paralelo

iniciou-se a fase de acabamento interno e execuccedilatildeo do telhado verde

conforme Figuras 13 e 14

Figura 13 ndash Sistema de moacutedulos em EVA Figura 14 ndash Execuccedilatildeo do telhado verde

Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011) Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011)

51

A Figura 15 demonstra a aplicaccedilatildeo de alguns acabamentos internos No

revestimento das paredes utilizaram-se placas decowall da empresa LP Brasil

no teto tem-se a aplicaccedilatildeo de placas termo-acuacutesticas em madeira mineralizada

suspensas no teto em perfis metaacutelicos o piso elevado foi revestido com

carpete fabricado com material reciclado e as luminaacuterias utilizam lacircmpadas

LED

Figura 15 ndash Revestimentos internos do EV

Fonte Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011)

O Escritoacuterio Verde completou 1 ano de operaccedilatildeo em 06 de dezembro de

2012 periacuteodo em que recebeu duas premiaccedilotildees Precircmio Guia do Estudante ndash

Destaque do Ano na categoria sustentabilidade premiaccedilatildeo da Editora Abril

em parceria com Santander Universidade e um Precircmio da ONU durante a

ldquoSeacutetima Conferecircncia dos Centros de Expertise em Educaccedilatildeo para o

Desenvolvimento Sustentaacutevelrdquo em Tongyeang na Coreacuteia do Sul por

contribuiccedilatildeo na participaccedilatildeo comunitaacuteria em praacuteticas para a sustentabilidade

52

5 RESULTADOS E DISCUSSOtildeES

51 AVALIACcedilAtildeO DO DESEMPENHO AMBIENTAL DO EV

Os resultados apresentados neste capiacutetulo foram dispostos seguindo a

mesma sequecircncia apresentada no referencial de operaccedilatildeo e uso Parte I ndash

Sistema de Gestatildeo da Operaccedilatildeo (SGO) As partes II III e IV foram compiladas

pois representam a Qualidade Ambiental do Edifiacutecio na Operaccedilatildeo (QAEop) e a

parte V - Qualidade Ambiental das Praacuteticas

511 SGO ndash Sistema de gestatildeo da operaccedilatildeo

Para o entendimento de alguns requisitos exigidos no SGO primeiramente

buscou-se a explicaccedilatildeo do SGE (sistema de gestatildeo do empreendimento)

exigido no inicio da fase programa considerado pelo AQUA como a ldquocoluna

vertebralrdquo da certificaccedilatildeo pois eacute a ferramenta para se alcanccedilar a qualidade

ambiental desejada O SGE quanto o SGO satildeo compostos pelos mesmos

itens

comprometimento do empreendedor - eacute a escolha do perfil de qualidade

ambiental desejado o qual deve ser justificado

implementaccedilatildeo e funcionamento - eacute o planejamento definiccedilatildeo de

competecircncias gestatildeo de contratos gestatildeo da comunicaccedilatildeo gestatildeo

documental responsaacuteveis por programar e monitorar cada accedilatildeo

gestatildeo do empreendimento - monitoramento avaliaccedilatildeo da qualidade

ambiental do edifiacutecio accedilotildees corretivas

aprendizagem revisatildeo - confrontar os resultados com os objetivos

definidos no perfil de qualidade ambiental

Primeiramente para definiccedilatildeo do perfil ambiental do edifiacutecio seguiu-se o

modelo sugerido pelo AQUA no referencial de 2007 (edifiacutecios novos) para

hierarquizaccedilatildeo das categorias em funccedilatildeo dos desafios ambientais

estabelecidos A avaliaccedilatildeo completa dos objetivos encontra-se no Anexo 2

A Tabela 2 representa o guia utilizado adaptado do modelo AQUA com

os pontos fortes definidos em cada categoria incluindo o item mobilidade

urbana pois eacute um dos pontos fortes considerados na implantaccedilatildeo do EV

53

Tabela 2 ndash Guia para hierarquizaccedilatildeo das categorias da QAE em funccedilatildeo dos desafios ambientais estabelecidos

EnergiaMaterias

primasAacutegua Ar Aacutegua Solo Ruiacutedos Odores

Local e construccedilatildeo

1 Relaccedilatildeo do edifiacutecio com o seu entorno

11 Consideraccedilatildeo do contexto F

12 Implantaccedilatildeo no terreno F F

2 Escolha integrada de produtos sistemas e processos construtivos

21 Adaptabilidade e durabilidade do edifiacutecio F

22 Escolhas de processos construtivos F F

23 Escolhas de produtos de construccedilatildeo F F

24 Fim de vida do edifiacutecio desconstrutibilidade reciclabilidade F F

3 Canteiro de obras

31 Produccedilatildeo de resiacuteduos identificaccedilatildeo gestatildeo dos resiacuteduos F

32 Incocircmodos e poluiccedilatildeo F F

33 Recursos - consumo de aacutegua e energia F

F = Relaccedilatildeo forte existente entre preocupaccedilatildeo e objetivo

Uma ceacutelula em branco natildeo significa necessariamente uma total ausecircncia de preocupaccedilatildeo

MO

BIL

IDA

DE

UR

BA

NA

OBJETIVOS DE CONTROLE DOS IMPACTOS AMBIENTAIS EXTERIORES E

INTERIORES DO EDIFICIO

Tabela 3 - Guia para a hierarquizaccedilatildeo das categorias de QAE em funccedilatildeo dos desafios ambientais estabelecidos

ME

LH

OR

AR

O

CO

NF

OR

TO

PR

ES

EE

RV

AR

A S

AU

DE

PREOCUPACcedilOtildeES AMBIENTAIS

PRESERVAR OS

RECURSOS

REDUZIR A

POLUICcedilAtildeO

REDUZIR OS

INCOMODOS

RE

DU

ZIR

OS

RE

SID

UO

S

Fonte A autora (2012)

Para o CREA-PR (2011) os deslocamentos natildeo devem ser tratados

apenas como a accedilatildeo de ir e vir mas a partir do conceito de mobilidade

acrescido da preocupaccedilatildeo com a sua sustentabilidade que pode ser traduzida

como o resultado de um conjunto de poliacuteticas de transporte e circulaccedilatildeo que

priorize os modos natildeo motorizados e coletivos de transporte e a acessibilidade

urbana visando tambeacutem as pessoas com deficiecircncia eou mobilidade reduzida

Apoacutes a definiccedilatildeo dos desafios ambientais a serem perseguidos

desenhou-se o perfil ambiental proposto para o Escritoacuterio Verde que pode ser

visualizado na Figura 16 4 categorias niacutevel bom 3 niacutevel superior e 7 niacutevel

excelente

54

Figura 16 ndash Perfil ambiental proposto para o EV

Fonte A autora (2011)

512 QAEop ndash Qualidade Ambiental do Edifiacutecio na Fase Operaccedilatildeo

A QAEop eacute composta por 3 partes Parte II ndash QI Qualidade Intriacutenseca

Parte III ndash MQI Melhoria da Qualidade Intriacutenseca Parte IV ndash CQI Controle da

Qualidade Intriacutenseca Cada categoria foi analisada conforme requisitos

exigidos no referencial AQUA de operaccedilatildeo e uso O campo avaliaccedilatildeo refere-se

ao atendimento ou natildeo do requisito exigido Os campos na coluna avaliaccedilatildeo

que ficaram em branco representam os itens que necessitam de maior

detalhamento para se proceder com a avaliaccedilatildeo

55

Categoria 1 ndash Relaccedilatildeo do edifiacutecio com seu entorno

1 Relaccedilatildeo do Edificio com seu entorno Avaliaccedilatildeo

QI 11

Coerecircncia no uso e operaccedilatildeo do empreendimento no terreno em relaccedilatildeo agraves poliacuteticas locais de

desenvolvimento urbano sustentaacutevel Atende

QI 12 Otimizar os acessos e gerenciar os fluxos Atende

QI 13 Gerenciar os modos de deslocamento e favorecer os menos poluentes Atende

QI 14 Preservar Melhorar a qualidade ecoloacutegica e paisagiacutestica do local do empreendimento Atende

QI 15 Preservar Melhorar a biodiversidade Atende

QI 16 Prevenir o risco de inundaccedilotildees e limitar a poluiccedilatildeo difusa Atende

QI 17 Garantir o conforto ambiental exterior satisfatoacuterio Atende

QI 18 Garantir a iluminaccedilatildeo exterior satisfatoacuteria e limitar os incocircmodos visuais para a vizinhanccedila Atende

QI 19 Limitar a poluiccedilatildeo sonora e garantir o direito agrave calma da vizinhanccedila Atende

QI 110 Garantir espaccedilos exteriores saudaacuteveis e garantir o direito agrave sauacutede dos ocupantes Atende

QI 111 Acessibilidade Accedilatildeo corretiva

Quadro 6 ndash Avaliaccedilatildeo categoria 1 - QI

Fonte Referencial AQUA (2010)

1 Avaliaccedilatildeo

CQI 11 Garantir a conservaccedilatildeo adequada dos espaccedilos exteriores atende

CQI 12 Otimizar as condiccedilotildees de conservaccedilatildeo dos espaccedilos exteriores atende

CQI 13 Supervisionar a qualidade do ar nos estacionamentos fechados Natildeo se aplica

CQI 14Garantir a conservaccedilatildeo e manutenccedilatildeo das instalaccedilotildees de resfriamento nos sistemas de

condicionamento de ar Natildeo se aplica

Relaccedilatildeo do Edificio com seu entorno

Quadro 7 ndash Avaliaccedilatildeo categoria 1 - CQI

Fonte Referencial AQUA (2010)

As consideraccedilotildees a seguir satildeo referentes aos criteacuterios avaliados na QI 13

QI 13 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo

B Atende

Medidas tomadas para limitar o nuacutemero de vagas de estacionamento em funccedilatildeo dos

meios de deslocamento apresentados (salvo recomendaccedilatildeo contraacuteria da legislaccedilatildeo) S E 1 Atende

Medidas tomadas para gerenciar da melhor forma as vagas disponiacuteveis para

estacionamento (sistemas automatizados vigilacircncia manobristas etc)S E 1 NA

Presenccedila de aacuterea de estacionamento reservada aos veiacuteculos limpos S E 1 Implantar

Presenccedila de aacuterea de estacionamento reservada aos veiacuteculos limpos equipados com

dispositivos que favoreccedilam a sua utilizaccedilatildeoS E 2 NA

Disponibilidade de bicicletaacuterios aos ocupantes do edifiacutecio S E 2 Implantar

Presenccedila de bicicletaacuterios em locais ou abrigos seguros e protegidos ou visiacuteveis a partir

de um posto de vigilacircncia (guarita etc)S E 3 Implantar

Presenccedila de espaccedilos comuns apropriados (vestiaacuterios chuveiros) para os funcionaacuterios

ciclistasS E 4 X

Garantir a proximidade com

os transportes coletivosImplantaccedilatildeo do projeto a menos de 400m de um ponto de transporte coletivo S E 1 Atende

NA - Natildeo se aplica

X - Natildeo haacute e sem possibilidade de adaptaccedilatildeo

Apresentaccedilatildeo da situaccedilatildeo atual em termos meios de deslocamento existentes no local do empreendimento

especialmente os menos poluentes

Veiacuteculos particulares

Favorecer o uso de veiacuteculos

limpos

Favorecer o uso de modos de

deslocamento menos

poluentes

Quadro 8 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 13

Fonte Referencial AQUA (2010)

56

O Escritoacuterio Verde estaacute localizado em regiatildeo central de Curitiba

possuindo um sistema puacuteblico de transporte composto por 26 linhas de

transporte coletivo as quais permitem a ligaccedilatildeo dos bairros ao centro da

cidade

A Rede Integrada de Transportes ndash RIT possui uma tarifa uacutenica com

embarque e desembarque em niacutevel nas ldquoEstaccedilotildees Tubordquo e em pontos de

ocircnibus ou terminais de integraccedilatildeo localizados em diversos pontos da cidade

A URBS ndash Urbanizaccedilatildeo de Curitiba SA eacute a empresa responsaacutevel pelas

accedilotildees estrateacutegicas de planejamento operaccedilatildeo e fiscalizaccedilatildeo que envolve os

serviccedilos essenciais de transporte e tracircnsito da cidade Exerce o controle do

transporte de toda Regiatildeo Metropolitana permitindo que a Rede de

Transportes de Curitiba seja integrada em acircmbito metropolitano

Proacuteximos ao empreendimento encontram-se linhas de transporte

interligando os principais eixos da cidade de Curitiba (a exemplo os eixos

Norte e Sul eixo Boqueiratildeo) permitindo assim a mobilidade dos usuaacuterios

Tambeacutem a 16 km do empreendimento estaacute a Estaccedilatildeo Rodoviaacuteria de Curitiba

responsaacutevel por centralizar o transporte coletivo intermunicipal interestadual e

internacional que tecircm a Cidade de Curitiba como ponto de partida de chegada

ou de escala

O Aeroporto Internacional Afonso Pena encontra-se a aproximadamente

164 km ou (40 min) do empreendimento no Municiacutepio de Satildeo Joseacute dos

Pinhais PR De modo a facilitar o deslocamento de usuaacuterios no sentido

aeroporto - rodoviaacuteria ndash aeroporto ndash esses tecircm agrave sua disposiccedilatildeo linha de

ocircnibus especial A linha faz ligaccedilatildeo com Aeroporto Internacional Afonso Pena

localizado em Satildeo Joseacute dos Pinhais - PR agrave Rodoferroviaacuteria e ao Centro de

Curitiba Sendo assim fomenta a mobilidade urbana restando ainda a

implantaccedilatildeo de um paraciclo e possivelmente reservar a aacuterea livre nos fundos

da edificaccedilatildeo para estacionamento exclusivo de veiacuteculos limpos

Criteacuterios de avaliaccedilatildeo QI 111 referente agrave acessibilidade

QI 111 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo

Respeito agraves regulamentaccedilotildees de acessibilidade e instalaccedilatildeo de sinalizaccedilatildeo adaptada agrave

funcionalidade dos espaccedilos externos__ Accedilatildeo corretiva

Em funccedilatildeo do local do empreendimento e das atividades presenccedila de espaccedilos de

conviacutevio de repouso ou de atividades particulares __ Accedilatildeo corretiva

Acessibilidade

Quadro 9 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 111

Fonte Referencial AQUA (2010)

57

O referencial natildeo apresenta o niacutevel de avaliaccedilatildeo do item QI 111 pois se

trata de um item obrigatoacuterio

O EV ainda natildeo atende alguns requisitos exigidos pela a ABNTNBR

90502004 Seguem alguns pontos da normativa para accedilotildees corretivas

Item 6711 - Os corrimatildeos devem ser instalados em ambos os lados

dos degraus isolados das escadas fixas e das rampas

Item 55 - Sinalizaccedilatildeo visual

Item 724 ndash Barra de apoio em sanitaacuterio

Item 7314 - Bacia com altura inferior

Item 7362 ndash Lavatoacuterios suspensos

Quanto o acesso ao mezanino entende-se que as mesmas atividades

podem ser desenvolvidas no piso teacuterreo natildeo necessitando de adaptaccedilatildeo para

acesso ao mezanino

Categoria 2 ndash Escolha integrada de produtos sistemas e processos

construtivos

O texto informado na QI da categoria 2 (paacuteginas 8 e 9 de 29) eacute o mesmo

descrito na CQI (paacuteginas 3 e 4 de 26) necessitando de revisatildeo

2 Avaliaccedilatildeo

QI 21 Assegurar a facilidade de acesso para a conservaccedilatildeo do edifiacutecio Atende

QI 22

Inventaacuterio das informaccedilotildees conhecidas a respeito dos produtos de construccedilatildeo presentes no

empreendimento Atende

Escolha integrada de produtos sistema e processos construtivos

Quadro 10 ndash Avaliaccedilatildeo categoria 2 - QI

Fonte Referencial AQUA (2010)

2 Avaliaccedilatildeo

MQI 21 Consideraccedilatildeo da adaptabilidade durante as atividades de renovaccedilatildeo Atende

MQI 22 Consideraccedilatildeo da durabilidade durante as atividades de renovaccedilatildeo Atende

MQI 23

Consideraccedilatildeo da facilidade de conservaccedilatildeo e da limitaccedilatildeo dos impactos ambientais das rotinas

de conservaccedilatildeo durante a renovaccedilatildeo dos revestimentos internos Atende

MQI 24 Consideraccedilatildeo do impacto ambiental na renovaccedilatildeo dos revestimentos internos Atende

MQI 25 Responsabilidade no uso da madeira nas atividades de renovaccedilatildeo Atende

MQI 26

Consideraccedilatildeo do impacto sanitaacuterio relativo agrave qualidade do ar interno na renovaccedilatildeo dos

revestimentos internos Atende

Escolha integrada de produtos sistema e processos construtivos

Quadro 11 ndash Avaliaccedilatildeo categoria 2 - MQI

Fonte Referencial AQUA (2010)

58

Criteacuterios avaliados no item QI 22

QI 22 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo

A situaccedilatildeo atual em termos de conhecimento dos impactos ambientais na escala do

empreendimento e sobre sua vida uacutetil considerando o uso de recursos renovaacuteveis a

incorporaccedilatildeo de resiacuteduos ou material reciclado como mateacuteria-prima o consumo de

recursos naturais a desmontabilidade e a possibilidade de reuso reciclagem a

geraccedilatildeo de resiacuteduos e na medida do possiacutevel a emissatildeo de gases contribuintes para

o EE n(efeito estufa) e a destruiccedilatildeo da camada de ozocircnio

A situaccedilatildeo atual em termos de conhecimento das emissotildees de COV e formaldeiacutedos

Valorizaccedilatildeo do

conhecimento da

contribuiccedilatildeo dos

produtos de

construccedilatildeo aos

impactos

ambientais e

sanitaacuterios do

empreendimento

Conhecimento dos impactos ambientais de 50 dos elementos da famiacutelia de produtos

de obra limpa na escala do empreendimento e sobre sua vida uacutetil considerando o

consumo de recursos naturais a desmontabilidade e a possibilidade de reuso

reciclagem a geraccedilatildeo de resiacuteduos

E 2 Atende

Conhecimento dos impactos ambientais de 50 dos elementos da famiacutelia de produtos

de obra limpa na escala do empreendimento e sobre sua vida uacutetil considerando o

consumo de recursos naturais a desmontabilidade e a possibilidade de reuso

reciclagem a geraccedilatildeo de resiacuteduos

E 2 Atende

Idem acima e conhecimento dos impactos ambientais de 50 dos elementos da famiacutelia

de produtos de obra limpa na escala do empreendimento e sobre sua vida uacutetil

considerando o uso de recursos renovaacuteveis a incorporaccedilatildeo de resiacuteduos ou material

reciclado como mateacuteria-prima a emissatildeo de gases contribuintes para o EE e a

destruiccedilatildeo da camada de ozocircnio

E 5 Atende

Conhecimento das emissotildees de COV e formaldeiacutedos para 25 dos elementos da

famiacutelia de revestimentos internos (piso parede teto produtos de acabamento)E 2 Atende

Conhecimento das emissotildees de COV e formaldeiacutedos para 50 dos elementos da

famiacutelia de revestimentos internos (piso parede teto produtos de acabamento)E 5 Atende

A partir do

inventaacuterio de

materiais de

construccedilatildeo

(desenvolvido no

SGO) apresentar

para a famiacutelia de

produtos da obra

limpa (definidas

B

Valorizaccedilatildeo do

conhecimento da

contribuiccedilatildeo dos

produtos de

construccedilatildeo aos

impactos

ambientais e

sanitaacuterios do

empreendimento

Atende

Quadro 12 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 111

Fonte Referencial AQUA (2010)

O sistema construtivo utilizado foi o Wood Frame que possibilita a

construccedilatildeo de edificaccedilotildees mais eficientes uma vez que apresenta benefiacutecios

econocircmicos e ambientais Desenvolvida a mais de 100 anos na Ameacuterica do

Norte atualmente 90 das casas suecas e canadenses e mais de 75 das

americanas utilizam esta tecnologia

Os paineacuteis de OSB utilizados no processo construtivo permitem a

concepccedilatildeo de empreendimentos de ateacute 8 pavimentos A tecnologia incorpora

alguns dispositivos para racionalizar o consumo de aacutegua e energia aleacutem disso

a seleccedilatildeo de materiais contribui a reduccedilatildeo do impacto gerado durante a fase

de implantaccedilatildeo A madeira de reflorestamento utilizada eacute material renovaacutevel

com baixo consumo energeacutetico e boa possibilidade de aproveitamento dos

resiacuteduos aleacutem de contribuir positivamente na renovaccedilatildeo do ar (GOIS

CASAGRANDE JR 2011) A montagem dos paineacuteis em faacutebrica demorou

59

apenas 12 dias depois de fabricados e transportados em 5 dias foi possiacutevel

montar a estrutura do EV in loco

A TecVerde foi a empresa responsaacutevel pela fabricaccedilatildeo e execuccedilatildeo de

toda obra execuccedilatildeo de projetos estruturais de montagem e detalhamento para

o sistema construtivo Possui faacutebrica na regiatildeo metropolitana de Curitiba em

Pinhais ndash PR onde realiza a produccedilatildeo das edificaccedilotildees

No caso do Escritoacuterio Verde foi executado um radier de 12cm utilizando

concreto usinado (cimento CP V-ARI Cimento Portland alta resistecircncia inicial)

sobre a base de concreto da quadra poliesportiva (Figura 17) Este

procedimento serve para ancoragem das paredes (Figura 18) e as eleva para

evitar o contato com aacutegua que eventualmente pode pairar sobre a quadra em

funccedilatildeo de uma chuva mais forte

Figura 17ndash Execuccedilatildeo do radier Figura 18ndash Ancoragem das paredes

Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011) Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011)

As paredes foram montadas com OSB em caibros de pinus tratado

(Figura 19) jaacute com a manta de PET reciclado de 75 mm (Figura 20) e manta de

pneu reciclado de 8 mm (Figura 21) para isolamento teacutermico-acuacutestico Depois

de erguidas no local da obra receberam os acabamentos da empresa LP

Brasil sendo que no lado externo foi aplicada uma membrana hidroacutefuga

utilizada como barreira de vapor satildeo peliacuteculas que visam evitar que a aacutegua da

chuva e a umidade interna penetrem na parede protegendo a estrutura e

aumentando sua durabilidade finalizando com painel Smartside e Siding

60

Vinilico (Figura 22 e 23) aleacutem do painel TechShield (Figura 25) para base do

telhado

Figura 19 - Modelo construtivo wood frame

Fonte DOMUS STUDIO ARQUITETURA (2011)

Figura 20 - Manta de PET reciclado Figura 21- Manta de pneu reciclado

Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011) Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011)

A latilde de PET e a manta de pneu (Figuras 20 e 21) foram usadas como

isolantes termoacuacutestico no Escritoacuterio Verde e satildeo 100 reciclaacuteveis Aleacutem do

fato da latilde natildeo causar coceira dispensa o uso de EPIrsquos (como no caso da latilde de

vidro) e eacute um produto natildeo canceriacutegeno antialeacutergico No entanto a manta de

pneu natildeo haacute informaccedilotildees suficientes sobre a toxidade da fumaccedila emitida

quando em processo de combustatildeo

61

Figura 22 - Painel Smartside

Fonte LP BRASIL (2012)

Figura 23 - Siding Vinilico

Fonte Escritoacuterio Verde Online (2012)

Figura 24 - Painel TechShield

Fonte LP BRASIL (2012)

62

Os paineacuteis SmartSide foram desenvolvidos exclusivamente para uso

como revestimentos externos e internos de paredes Possuem tripla funccedilatildeo

pois aleacutem de revestir e vedar as paredes tambeacutem auxiliam no

contraventamento da estrutura Satildeo protegidos contra o ataque de cupins e a

degradaccedilatildeo de fungos e recebem como revestimento uma peliacutecula que confere

ao produto aparecircncia da madeira natural O produto anti-cupim que tem Borato

de Zinco como base confere uma garantia de 20 anos por parte da empresa

No Escritoacuterio Verde foi usado o modelo Painel H (painel com ranhuras

horizontais) de largura 122 m comprimento 488 m espessura 111 mm e

ranhuras a cada 200 mm

Os paineacuteis TechShield satildeo paineacuteis de OSB revestidos em uma das faces

com foil de alumiacutenio que garante uma menor absorccedilatildeo do calor proveniente

dos raios solares O TechShield pode ser aplicado sobre telhados ou em

paredes melhorando o desempenho teacutermico das construccedilotildees pois reflete 97

da radiaccedilatildeo solar reduz em ateacute 10 a temperatura do aacutetico ou soacutetatildeo e otimiza

a matildeo de obra jaacute que tem incorporado o foil de alumiacutenio Eacute fabricado no

formato de 120 x 240 m e espessura de 111 mm

Internamente foram aplicados o painel Decowall e placa cimentiacutecia

(Figuras 25 e 26) Outros produtos da LP Brasil empregados no projeto foram

as Vigas I (Figuras 27 e 28) e as telhas Shingle (Figura 29)

Figura 25 ndash Painel Decowall Figura 26 ndash Placa cimentiacutecia

Fonte LP BRASIL (2012) Fonte PlacLux (2012)

63

Figura 27 ndash Vigas I Figura 28 ndash Passagem da tubulaccedilatildeo na viga I

Fonte LP BRASIL (2012) Fonte LP BRASIL (2012)

As vigas I forma utilizadas na estrutura da cobertura e laje do mezanino

satildeo leves riacutegidas e de alta resistecircncia projetadas para suportar grandes

cargas permitindo a aplicaccedilatildeo em grandes vatildeos com resistecircncia uniforme e

constante sem que haja flambagem ou torccedilotildees em sua estrutura melhorando

a qualidade e solidez de pisos e forros Possui altura de 241 cm largura de

63 cm comprimento de 119 cm e peso de 403 kg

Figura 29 - Modelo construtivo da cobertura em wood frame

Fonte LP BRASIL (2012)

A LP Telha Shingle eacute composta por uma manta de fibra de vidro saturada

em asfalto e gracircnulos ceracircmicos sendo quatro vezes mais leve que outras

64

telhas Eacute resistente a ventos de ateacute 100 kmh Possui excelente resistecircncia

mecacircnica e suas dimensotildees satildeo 336 x 1000 mm O sistema foi composto por

estrutura de madeira contraventada por paineacuteis LP OSB Home Plus estrutural

que servem de base para a aplicaccedilatildeo da LP Subcobertura e da LP Telha

Shingle A LP Subcobertura protege e garante a estanqueidade da cobertura

O projeto do Escritoacuterio Verde estabeleceu parceria com a empresa MADO

de Satildeo Paulo para fabricar todas as janelas com vidro duplo em madeira lyptus

reflorestada algumas com o sistema abrir e tombar (Figura 30) esse uacuteltimo

possibilita a ventilaccedilatildeo indireta podendo ser aberta mesmo em dias de chuva

sem a entrada de aacutegua Os vidros duplos das janelas foram doados pela

empresa Cebrace

Figura 30 ndash Sistema tombar para ventilaccedilatildeo indireta

Fonte MADO (2012)

No piso do teacuterreo do Escritoacuterio Verde sobre o radier foi colocado o piso

elevado da empresa REMASTER que permite todo cabeamento eleacutetrico e de

loacutegica por baixo do mesmo O piso modular e feito em polipropileno sendo

mais de 80 de material reciclado conferindo para cada peccedila uma leveza

65

maior do que os produtos similares menos de 3 kg A facilidade de manuseio

rapidez na instalaccedilatildeo e a mobilidade da soluccedilatildeo permite reaproveitamento na

mudanccedila preservando mais de 98 do seu investimento

Figura 31 ndash Piso elevado modular

Fonte REMASTER (2012)

O acabamento colocado sobre o piso elevado foi o carpete modular

reciclados e reciclaacuteveis da Interface FLOR que usa o sistema tactile (Figura 32)

que reduz o impacto ambiental dos produtos adesivos na instalaccedilatildeo do

carpete Fabricados em placas de (50 x 50 cm) unem-se entre si para criar uma

instalaccedilatildeo duraacutevel sem ter que fixar permanentemente o carpete ao piso

Possui tambeacutem capa hipoalergecircnica que evita a proliferaccedilatildeo de agentes

aleacutergicos

Figura 32 ndash Carpete modular com sistema tactile

Fonte Interface FLOR (2012)

Nas instalaccedilotildees hidrossanitaacuterias foram utilizados tubos de PVC da

empresa AMANCO para o esgoto e tambeacutem o sistema PEX (Polietileno de Alta

Densidade Reticulado) para aacutegua quente e fria nos banheiros o hydro-pex da

66

empresa EPEX Trata-se de um sistema mais econocircmico de grande

flexibilidade e facilidade na instalaccedilatildeo e alta durabilidade

Figura 33 ndash Sistema hidro-pex

Fonte EPEX (2012)

Categoria 3 ndash Canteiro com baixo impacto ambiental

3 Avaliaccedilatildeo

CQI 31 Gestatildeo de resiacuteduos de conservaccedilatildeo e manutenccedilatildeo produzidos durante as intervenccedilotildees Atende

CQI 32 Otimizar as condiccedilotildees de retirada dos resiacuteduos de conservaccedilatildeo e manutenccedilatildeo Atende

CQI 33 Otimizar a eliminaccedilatildeo dos resiacuteduos de conservaccedilatildeo e manutenccedilatildeo Atende

CQI 34 Limitar os incocircmodos causados pelas intervenccedilotildees de conservaccedilatildeo e manutenccedilatildeo Atende

Canteiro de obra com baixo impacto ambiental

Quadro 13 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI

Fonte Referencial AQUA (2010)

A categoria 3 na fase operaccedilatildeo natildeo consta na parte I do referencial (QI)

pois eacute aplicada somente quando haacute manutenccedilatildeo no edifiacutecio

O Escritoacuterio necessitou de pequenas intervenccedilotildees e grande parte dos

resiacuteduos foi aproveitada no proacuteprio canteiro e outros como embalagens

plaacutesticas ou papelatildeo foram destinados para reciclagem Mas no sistema de

gestatildeo eacute necessaacuterio prever um plano de gestatildeo de resiacuteduos da construccedilatildeo

civil

67

Categoria 4 ndash Gestatildeo de energia

4 Avaliaccedilatildeo

QI 41 Melhorar a aptidatildeo da envoltoacuteria para limitar desperdiacutecios

QI 42 Melhorar a aptidatildeo do edifiacutecio para reduzir suas necessidades energeacuteticas

QI 43

Reduzir o consumo de energia primaacuteria devido ao aquecimento resfriamento agrave iluminaccedilatildeo ao

aquecimento de aacutegua agrave ventilaccedilatildeo e aos equipamentos auxiliares Atende

QI 44 Recorrer agraves energias renovaacuteveis locais Atende

QI 45 Conhecer as poluiccedilotildees causadas pelo consumo de energia Atende

QI 46 Conhecer a influecircncia dos sistemas de controle no desempenho energeacutetico do edifiacutecio Atende

Gestatildeo de Energia

Quadro 14 ndash Avaliaccedilatildeo categoria 4 ndash QI

Fonte Referencial AQUA (2010)

4 Avaliaccedilatildeo

MQI 41 Melhoria do desempenho energeacutetico do edifiacutecio Atende

Gestatildeo de Energia

Quadro 15 ndash Avaliaccedilatildeo categoria ndash MQI

Fonte Referencial AQUA (2010)

4 Avaliaccedilatildeo

CQI 41 Desempenho global do consumo de energia Atende

CQI 42 Desempenho global das emissotildees relacionadas ao consumo de energia Atende

CQI 43 Otimizar o acompanhamento do consumo de energia Atende

CQI 44 Analisar regularmente os consumos de energia Atende

CQI 45 Instalaccedilatildeo de um serviccedilo de eficaacutecia energeacutetica Atende

CQI 46 Garantir o controle dos equipamentos frigoriacuteficos e climaacuteticos Natildeo se aplica

Gestatildeo de Energia

Quadro 16 ndash Avaliaccedilatildeo categoria ndash CQI

Fonte Referencial AQUA (2010)

Criteacuterios avaliados no item QI 44

QI 44 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo

B Atende

Exploraccedilatildeo de modalidades energeacuteticas locais de origem renovaacutevel Explicitaccedilatildeo da

porcentagem de cobertura das necessidades pelas energias locais de origem renovaacutevel

(detalhada por uso final energeacutetico) Anaacutelise e justificativa da pertinecircncia da modalidade

escolhida

E 2 Atende

- Mais de 30 do consumo de energia para o sistema de aquecimento eacute garantido por

uma EnRE 1 NA

- Mais de 10 do consumo de energia para o sistema de resfriamento eacute garantido por

uma EnRE 1 NA

- Mais de 30 do consumo de energia para o aquecimento de aacutegua eacute garantido por

uma EnRE 1 NA

- Edifiacutecio possui sistema de produccedilatildeo de energia eleacutetrica a partir de energias

renovaacuteveis garantindo uma produccedilatildeo anual de eletricidade de mais de 25kWhmsup2 de

aacuterea uacutetil em energia primaacuteria

E 1 Atende

- O edifiacutecio estaacute equipados de bombas a calor de alto desempenho E 1 NA

NA - Natildeo se aplica

Pontos

complementares

desempenho da

modalidade

explorada

Reflexatildeo sobre o uso das energias renovaacuteveis locais (EnR)

Quadro 17ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 44

Fonte Referencial AQUA (2010)

68

O EV possui dois sistemas fotovoltaicos distintos um sistema conectado agrave

rede eleacutetrica - SFCR com uma potecircncia instalada de 21 kWp (10 moacutedulos

KYOCERA de tecnologia de siliacutecio policristalino modelo KD210GXLP ligados

em seacuterie) e um inversor monofaacutesico em 220V de 2kW de potecircncia nominal

(PVPOWERED modelo PVP2000) que entrou em operaccedilatildeo em 14 de

dezembro de 2011 A aacuterea ocupada na cobertura da edificaccedilatildeo para esse

painel eacute de 15 msup2 (URBANETZ JR CASAGRANDE JR 2010)

Um SFCR eacute basicamente composto de um painel fotovoltaico que

converte a energia do sol em energia eleacutetrica em corrente contiacutenua e um

inversor que converte a corrente contiacutenua em corrente alternada com tensatildeo

e frequecircncia compatiacuteveis com a rede eleacutetrica da concessionaacuteria ao qual o

sistema estaacute interligado As principais vantagens desse tipo de sistema satildeo

elevada produtividade ausecircncia de banco de baterias e desligamento

automaacutetico no caso de falta de energia da rede (URBANETZ JR

CASAGRANDE JR 2010)

O sistema fotovoltaico isolado (SFI) eacute composto por um painel de 10

moacutedulos KYOCERA de tecnologia de siliacutecio policristalino modelo KC85T

sendo divido em dois subsistemas oito moacutedulos formam um sistema com

barramento CC em 24 V e os outros dois moacutedulos formam um sistema com

barramento CC em 12 V cada subsistema utiliza um controlador de carga do

tipo PWM alimentando um banco de baterias formado por 16 e 12 baterias

respectivamente As baterias satildeo do tipo chumbo-aacutecido para uso em sistemas

fotovoltaicos (marca PIONEIRO com 65 Ah cada) potencial ainda natildeo

utilizado (URBANETZ JR CASAGRANDE JR 2010)

Figura 34 ndash Painel fotovoltaico

Fonte Escritoacuterio Verde Online (2012)

69

O SFI eacute basicamente composto de um painel FV controlador de carga

banco de baterias e inversor Normalmente satildeo instalados em locais sem

acesso agrave rede eleacutetrica convencional mas podem tambeacutem ser utilizados para

atender cargas especiais de forma ininterrupta independente da rede eleacutetrica

da concessionaacuteria (URBANETZ JR CASAGRANDE JR 2010)

A anaacutelise do desempenho do SFCR do se baseia nos valores de energia

gerada durante estes primeiros dez meses de operaccedilatildeo e nos valores de

irradiaccedilatildeo incidentes no painel FV A partir da energia gerada e da irradiaccedilatildeo

incidente satildeo apresentados os iacutendices de meacuterito do SFCR em anaacutelise estes

iacutendices satildeo yield (produtividade) performance ratio (taxa de desempenho) e

fator de capacidade (URBANETZ JR CASAGRANDE JR 2012)

Desde a sua entrada em operaccedilatildeo em 14 de dezembro de 2011 ateacute 14 de

junho de 2012 (seis meses de operaccedilatildeo) gerou 13 MWh o que permite

projetar a geraccedilatildeo para cerca de 26 MWhano A geraccedilatildeo de energia eleacutetrica eacute

proporcional a irradiaccedilatildeo incidente no painel FV nos meses de veratildeo (maior

incidecircncia solar) haveraacute maior geraccedilatildeo de energia eleacutetrica e nos meses de

inverno (menor incidecircncia solar) haveraacute menor geraccedilatildeo A Tabela 3 apresenta

os valores de energia gerados em cada mecircs de operaccedilatildeo e a Tabela 4 a

energia diaacuteria meacutedia em cada mecircs de operaccedilatildeo (URBANETZ JR

CASAGRANDE JR 2012)

Tabela 3 ndash Energia gerada em cada mecircs de operaccedilatildeo do SFCR do EV

Fonte URBANETZ JR CASAGRANDE JR (2012)

Tabela 4 ndash Energia diaacuteria meacutedia gerada em cada mecircs de operaccedilatildeo do SFCR do EV

Fonte URBANETZ JR CASAGRANDE JR (2012)

70

Com a aprovaccedilatildeo feita pela Agecircncia Nacional de Energia Eleacutetrica

(ANEEL) do Sistema de Compensaccedilatildeo de Energia a proposta desenvolvida

pelo EV passou a ser viaacutevel economicamente O trabalho pioneiro

desenvolvido Sistema Fotovoltaico Conectado agrave Rede Eleacutetrica (SFCR) tem um

funcionamento ininterrupto limpo e silencioso

Categoria 5 ndash Gestatildeo da aacutegua

5 Avaliaccedilatildeo

QI 51 Garantir economia de aacutegua potaacutevel nos sanitaacuterios Atende

QI 52

Garantir economia de aacutegua potaacutevel para irrigaccedilatildeo dos espaccedilos verdes limpeza das aacutereas ou

outros usos Atende

QI 53 Gestatildeo das aacuteguas pluviais no local do empreendimento Atende

QI 54 Gestatildeo das aacuteguas de escoamento poluiacutedas Natildeo se aplica

QI 55 Gestatildeo das aacuteguas servidas Atende

Gestatildeo da Aacutegua

Quadro 18 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI

Fonte Referencial AQUA (2010)

5 Avaliaccedilatildeo

MQI 51 ManutenccedilatildeoMelhoria da qualidade ambiental intriacutenseca relativa agrave gestatildeo da aacutegua Atende

MQI 51 Escolha dos equipamentos durante as atividades de renovaccedilatildeo Atende

Gestatildeo da Aacutegua

Quadro 19 ndash Criteacuterios avaliados ndash MQI

Fonte Referencial AQUA (2010)

5 Avaliaccedilatildeo

CQI 51 Desempenho global do consumo de aacutegua Atende

CQI 52 Otimizar o acompanhamento do consumo d aacutegua Atende

CQI 53 Limitar o risco de vazamentos Atende

CQI 54 Analisar regularmente os consumos de aacutegua Atende

CQI 55 Otimizar a manutenccedilatildeo dos equipamentos de gestatildeo da aacutegua

CQI 56 Garantir o acompanhamento da demanda de intervenccedilotildees nas instalaccedilotildees hidraacuteulicas

Gestatildeo da Aacutegua

Quadro 20 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI

Fonte Referencial AQUA (2010)

Com relaccedilatildeo ao item 52 ndash medidas tomadas para economizar aacutegua (Quadro 21) Para realizar as mediccedilotildees de consumo de aacutegua foram instalados no escritoacuterio verde dois hidrocircmetros padratildeo SANEPAR (Companhia de saneamento do Paranaacute) Estes foram instalados em dois pontos estrateacutegicos um que apresenta o consumo total da aacutegua potaacutevel da edificaccedilatildeo denominado de hidrocircmetro 1 e outro que aponta o consumo de aacutegua da chuva hidrocircmetro 2

71

Os criteacuterios de avaliaccedilatildeo apresentados satildeo QI 52 e QI 53

QI 52 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo

na irrigaccedilatildeo dos espaccedilos verdes e ou limpeza das aacutereas E 2 Atende

nos sistemas de energia e ou nos sistemas especiacuteficos relacionados ao proacuteprio

uso do edifiacutecioE 1 NA

nos usos de balneaacuterio (tipologia hoteacuteis) E 1 NA

QI 53 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo

B Atende

20 a 40E 2 Atende

lt 20 E 5 -----

2 a 10

E 2 -----

gt 10

E 5 Atende

NA - Natildeo se aplica

Medidas tomadas

para economizar

aacutegua

Em funccedilatildeo do estudo de integraccedilatildeo do empreendimento no terreno determinaccedilatildeo do coeficiente de

impermeabilizaccedilatildeo e da vazatildeo de escoamento presentes

Coeficiente de

impermeabilizaccedilatildeo

presente (para local

pouco urbanizado)

Percentual de

melhoria do

coeficiente de

impermeabilizaccedilatildeo

em relaccedilatildeo agrave

situaccedilatildeo anterior agrave

construccedilatildeo do

empreendimento

(para local

Quadro 21 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 52 e 53

Fonte Referencial AQUA (2010)

O Quadro 22 apresenta as fontes consumidoras existentes no escritoacuterio

foram efetuadas mediccedilotildees em dois pontos de consumo um apresenta a

quantidade de aacutegua potaacutevel consumida e o outro o volume de aacutegua utilizada

pelo sistema de captaccedilatildeo de aacutegua da chuva em pouco mais de 100 msup2 de

telhados respectivamente apresentados nas Tabelas 5 e 6 Os hidrocircmetros

foram instalados no dia 22 de marccedilo sendo que nesta data a leitura eacute igual a

zero Conforme dados da SANEPAR o valor de consumo diaacuterio de aacutegua

potaacutevel aplicado em edifiacutecios de escritoacuterio corresponde 50 litros de aacutegua por

pessoa Esta estimativa foi utilizada como referecircncia para comparativo dos

nuacutemeros levantados no escritoacuterio

Aacutegua Fonte consumidora Local

Potaacutevel Torneira c sensor de presenccedila cuba Copa

Potaacutevel Torneira c sensor de presenccedila lavatorio BWC - Masculino

Potaacutevel Torneira c sensor de presenccedila lavatoacuterio BWC - Feminino

Reuso Vaso sanitaacuterio BWC - Masculino

Reuso Vaso sanitaacuterio BWC - Feminino

Reuso Torneira de jardim Jardim

Reuso Sistema de irrigaccedilatildeo Jardim vertical Quadro 22 ndash fontes consumidoras de aacutegua

72

Tabela 5 ndash Consumo de aacutegua potaacutevel no EV

Fonte NOVAES(2013)

Tabela 6 ndash Consumo de aacutegua de pluvial

Fonte NOVAES (2013)

O sistema de coleta de aacutegua da chuva eacute composto por filtros alematildees de

accedilo inox WISY representados no estado do Paranaacute pela empresa Acquatech e

pela Aquastock em Satildeo Paulo A aacutegua eacute captada do telhado do bloco principal

da edificaccedilatildeo com aacuterea de 111 msup2 sendo armazenado em uma cisterna de

1500 litros da empresa ARBO (Figura 33) com tratamento ultravioleta

73

colocada sobre uma base de concreto A Figura 34 ilustra o sistema de coleta

de aacutegua pluvial

O filtro de descida tem a funccedilatildeo de descartar a sujeira do telhado e uma

boia flutuante com outro filtro para as impurezas da aacutegua Uma bomba

pressurizadora alimentada por um painel fotovoltaico de 130 W faz com que a

aacutegua chegue aos vasos sanitaacuterios a uma torneira externa e tambeacutem tem a

funccedilatildeo de irrigar o jardim vertical (Figura 35)

Figura 35 ndash Cisterna e filtros do EV Figura 36ndash Modelo de sistema de coleta de aacutegua pluvial

Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011) Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011)

74

Figura 37 ndash Jardim vertical do EV

Fonte A autora (2012)

Um dos fatores que favorece a instalaccedilatildeo de sistemas de coleta de aacutegua

com esta funccedilatildeo na cidade de Curitiba eacute o iacutendice pluviomeacutetrico da cidade que

eacute considerado satisfatoacuterio A Tabela 7 mostra as medias histoacutericas informadas

pelo SIMEPAR (Sistema meteoroloacutegico do Paranaacute)

Tabela 7 ndash Meacutedias histoacutericas - iacutendice pluviomeacutetrico

Fonte SIMEPAR (2012)

Consideraccedilatildeo quanto ao item QI 53 coeficiente de impermeabilizaccedilatildeo

Antes da construccedilatildeo do empreendimento estudado o terreno em questatildeo era

ocupado por uma quadra poliesportiva de concreto com o coeficiente de

impermeabilizaccedilatildeo de 095 (Tabela 8)

75

Tabela 8 ndash Coeficiente de impermeabilizaccedilatildeo do terreno antes da implantaccedilatildeo do EV

Aacuterea total (msup2) 4182

Aacuterea impermeaacutevel (msup2) 39882

Coeficiente impermeabilizaccedilatildeo anterior ao empreendimento 095 Fonte NOVAES (2013)

Com a implantaccedilatildeo do EV o coeficiente novamente calculado ficou em

057 pois quase todos os pisos externos satildeo permeaacuteveis e a edificaccedilatildeo possui

aproximadamente 100 msup2 de telhado verde (tabela 9)

Tabela 9 ndash Coeficiente de impermeabilizaccedilatildeo do terreno apoacutes a implantaccedilatildeo do EV

Aacuterea total (msup2) 4182

Aacutereas impermeaacuteveis (msup2)

Deck frontal 633

Concreto lateral direita 2061

Deck Fundos 3283

Concreto lateral esquerda 1944

Entrada carro 7752

Telhado (coef Minoraccedilatildeo 07) 819

Total (msup2) 23864

Coeficiente impermeabilizaccedilatildeo apoacutes o empreendimento 057

Melhoria do coeficiente de impermeabilizaccedilatildeo 40 Fonte NOVAES (2013)

Os pisos externos utilizados no EV satildeo compostos por

piso desenvolvido em borracha de pneu reciclado em formato de

lajotas (peccedilas nas medidas 45 X 45 cm) dentre suas qualidades pode-se

destacar sua flexibilidade e funcionalidade por ser drenante e antiderrapante

Figura 38 ndash Piso drenante borracha de pneu

Fonte httpwwwcacaruidoscombr (2012)

76

o plastfloor eacute um pavimento plaacutestico reciclado que estrutura o solo e

mantecircm a permeabilidade devido ao seu formato alveolar vazado podendo ser

preenchido por pedras ou grama no EV optou-se pela utilizaccedilatildeo de pedras

Figura 39 ndash Piso plast floor

Fonte httpwwwplastfloorcombr (2012)

iso tecnogran composto de agregados rochosos que passam por uma

prensagem especial para manter os espaccedilos entre os agregados e com isto

permite a drenagem da chuva entre os gratildeos aleacutem de ser antiderrapante

Figura 40 ndash Piso drenante tecnogran

Fonte httpwwwtecnograncombrespecificacaodrenantehtml (2012)

Categoria 6 ndash Gestatildeo de resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo do edifiacutecio

6 Avaliaccedilatildeo

CQI 61 Otimizar as condiccedilotildees de retirada dos resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo Atende

CQI 62 Otimizar as condiccedilotildees de retirada dos resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo Atende

CQI 63 Garantir o acompanhamento dos resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo regulamentados Atende

CQI 64 Otimizar a eliminaccedilatildeo dos resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo Atende

Gestatildeo dos residuos de uso e operaccedilatildeo do edificio

Quadro 23 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI

Fonte Referencial AQUA (2010)

77

Os coletores foram dispostos no EV da seguinte maneira

Coletor de cor marrom para resiacuteduos compostaacuteveis (resto de alimentos

entre outros)

Coletor de cor verde para reciclaacuteveis (papel papelatildeo jornal revista

plaacutesticos em geral inclusive PET latas de alumiacutenio embalagens longa vida

latas de alimentos engradados embalagens de biscoito)

Os coletores de cor cinza para natildeo reciclaacuteveis (papel higiecircnico

guardanapo sujo espelho papel de bala isopor esponjas de lavar louccedilas

esponjas de accedilo canudo carga de caneta) estatildeo dispostos na copa e nos

banheiros

O coletor menor eacute para coleta de resiacuteduos perigosos como pilhas e

baterias

O EV tambeacutem participa de dois programas na aacuterea de resiacuteduos

REZTO ndash Resiacuteduo Zero Tecnoloacutegico e Orgacircnico

Uma continuidade do Programa de Gerenciamento de Resiacuteduos do

Cacircmpus Curitiba-PGRCC que avaliou os resiacuteduos gerados pelos

departamentos da UTFPR e agora implanta os procedimentos para sua coleta

armazenamento reuso reciclagem e tratamento adequado dentro de um

plano de gestatildeo e educaccedilatildeo ambiental

ndash Tratando Resiacuteduos Eletrocircnicos e da Computaccedilatildeo

Estudar soluccedilotildees para reaproveitamento e tratamento apropriado de

computadores e equipamentos perifeacutericos defasados e sem uso que ocupam

espaccedilo na instituiccedilatildeo (diretrizes do governo federal e leis estaduais jaacute abordam

a questatildeo ndash Lei Estadual 158512008) podendo estabelecer parcerias com a

comunidadecooperativas que lidam com o problema dentro de projetos de

extensatildeo universitaacuteria

Categoria 7 ndash Manutenccedilatildeo ndash permanecircncia do desempenho ambiental

7 Avaliaccedilatildeo

QI 71 Facilitar as intervenccedilotildees de conservaccedilatildeo manutenccedilatildeo Atende

QI 72

Disponibilizar os meios necessaacuterios para o acompanhamento dos consumos de energia durante

a operaccedilatildeo e uso do edifiacutecio Atende

QI 73

Disponibilizar os meios necessaacuterios para o acompanhamento dos consumos de aacutegua durante a

operaccedilatildeo e uso do edifiacutecio Atende

QI 74

Disponibilizar os meios necessaacuterios para o fornecimento dos sistemas durante a operaccedilatildeo e uso

do edifiacutecio

Manutenccedilatildeo - Permanecircncia do desempenho ambiental

Quadro 24 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI

Fonte Referencial AQUA (2010)

78

7 Avaliaccedilatildeo

MQI 71 Escolha dos equipamentos durante as atividades de renovaccedilatildeo

Manutenccedilatildeo - Permanecircncia do desempenho ambiental

Quadro 25 ndash Criteacuterios avaliados ndash MQI

Fonte Referencial AQUA (2010)

7 Avaliaccedilatildeo

CQI 71 Gestatildeo da manutenccedilatildeo preventiva e corretiva Implantar

CQI 72 Gestatildeo das demandas de intervenccedilatildeo dos ocupantes Implantar

CQI 73 Anaacutelise da eficaacutecia da manutenccedilatildeo Implantar

CQI 74 Gestatildeo do patrimocircnio imobiliaacuterio do edifiacutecio Implantar

CQI 75 Otimizaccedilatildeo do acompanhamento dos sistemas teacutecnicos Implantar

CQI 76 Garantir a perenidade do(s) eventual(is) sistema(s) de regulagem Implantar

Manutenccedilatildeo - Permanecircncia do desempenho ambiental

Quadro 26 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI

Fonte Referencial AQUA (2010)

Criteacuterios avaliados no CQI 71

(c QAE) CQI 71 Niacutevel Pontos em E Avaliaccedilatildeo

Medidas tomadas para garantir a rastreabilidade das operaccedilotildees de manutenccedilatildeo

preventivas e corretivasB Implantar

Medidas tomadas para otimizar o acompanhamento das operaccedilotildees de manutenccedilatildeo

preventivas e corretivas acompanhamento das ordens de serviccedilo em andamento

abertura de novas ordens de serviccedilo registro das ordens de serviccedilo concluiacutedas

Presenccedila de um procedimento de acompanhamento das manutenccedilotildees preventivas e

corretivas

S Implantar

A gestatildeo da manutenccedilatildeo eacute interativa e feita por meio de uma ferramenta especiacutefica que

permite o acompanhamento contiacutenuo da ordens de serviccediloE 3 Implantar

A manutenccedilatildeo corretiva eacute possiacutevel no edifiacutecio durante 24 horas e nos 7 dias da semana

para todas as aacutereas teacutecnicasE 1 Atende

Quadro 27 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 71

Fonte Referencial AQUA (2010)

79

Categoria 8 ndash Conforto higroteacutermico

8 Avaliaccedilatildeo

QI 81

Garantir um niacutevel adequado de temperatura resultante nos espaccedilos tanto no veratildeo quanto

no inverno Atende

QI 82 Otimizar o conforto higroteacutermico tanto no inverno quanto no veratildeo Atende

QI 83

Assegurar uma velocidade de ar que natildeo prejudique o conforto tanto no inverno como no

veratildeo

QI 84 Garantir o controle da higrometria Atende

QI 85 Assegurar um nivel minimo de conforto teacutermico nos espaccedilos ventilados naturalmente Atende

Conforto Higroteacutermico

Quadro 28 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI

Fonte Referencial AQUA (2010)

8 Avaliaccedilatildeo

CQI 81 Otimizar a manutenccedilatildeo do(s) sistema(s) de aquecimento resfriamento Natildeo se aplica

CQI 82

Garantir o acompanhamento das demandas de intervenccedilatildeo para os sistemas de aquecimento

resfriamento Natildeo se aplica

CQI 83

Otimizaccedilatildeo do acompanhamento dos sistemas de aquecimento de resfriamento e do conforto

higroteacuternico Natildeo se aplica

Conforto Higroteacutermico

Quadro 29 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI

Fonte Referencial AQUA (2010)

QI 83 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo

Velocidade de ar no inverno nos espaccedilos sensiacuteveis V le 020 ms S

Velocidade de ar no inverno nos espaccedilos sensiacuteveis V le 015 ms E 2

Velocidade de ar no veratildeo nos espaccedilos sensiacuteveis V le 025 ms (para um intervalo de

referecircncia entre 25oC e 27oC) S

Velocidade de ar no veratildeo nos espaccedilos sensiacuteveis V le 022 ms (para um intervalo de

referecircncia entre 25oC e 27oC) E 2

Identificar os

espaccedilos sensiacuteveis

agrave velocidade do

ar no inverno

como no veratildeo E

velocidade

maacutexima do ar no

Quadro 30 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 83

Fonte Referencial AQUA (2010)

A Cidade de Curitiba eacute considerada a capital brasileira mais fria com

temperatura meacutedia de 164ordmC sendo que nos meses mais frios do ano junho e

julho a temperatura meacutedia no dia pode chegar a 13 ordmC

Utilizando-se o software Analysis BIO (2010) desenvolvido pelo

Laboratoacuterio de Eficiecircncia Energeacutetica em Edificaccedilotildees (LabEEE) da Universidade

Federal de Santa Catarina (UFSC) foi gerada a carta bioclimaacutetica de Curitiba

a qual mostra que 80 das temperaturas do ano satildeo consideradas

desconfortaacuteveis e destes 80 732 para o frio e apenas 684 satildeo para o

calor A Tabela 10 apresenta as mediccedilotildees durante o inverno de 2012

80

Tabela 10 ndash Mediccedilatildeo de temperatura no EV durante o inverno

Data

Temperatura

(degc) externa

meacutedia diaacuteria

Temperatura

(degc) interna EV

meacutedia diaacuteria

Diferenccedila Data

Temperatura

(degc) externa

meacutedia diaacuteria

Temperatura

(degc) interna EV

meacutedia diaacuteria

Diferenccedila

6302012 1908 2086 +178 7182012 109 1318 +228

712012 1836 2054 +218 7192012 1194 1486 +292

722012 1811 2029 +218 7202012 1302 1569 +267

732012 1849 2038 +189 7212012 1499 1639 +14

742012 1919 2098 +179 7222012 1785 1848 +063

752012 1947 2098 +151 7232012 1793 1989 +196

762012 1918 2093 +175 7242012 1983 1989 +006

772012 1414 1762 +349 7252012 1506 1765 +259

782012 1051 1451 +399 7262012 179 1876 +086

792012 1219 1453 +234 7272012 1563 1806 +244

7102012 1618 1788 +17 7282012 1597 1754 +156

7112012 1584 181 +225 7292012 1839 1919 +08

7122012 1374 1589 +215 7302012 1243 1619 +376

7132012 1072 1405 +334 7312012 1427 1532 +105

7142012 1213 147 +257 812012 1735 1845 +11

7152012 1025 128 +255 822012 1801 1974 +173

7162012 901 1189 +288 miacutenima 901 1189

7172012 1099 1261 +162 maacutexima 1983 2098

As maiores diferenccedilas meacutedias diaacuterias foram percebidas para as

temperaturas mais baixas Mostrando que o escritoacuterio verde possui um bom

desempenho em baixas temperaturas isso se deve principalmente pela funccedilatildeo

das paredes formadas por uma placa de OSB manta termo-acuacutestica e

fechamento com outra placa de OSB e a contribuiccedilatildeo do telhado verde fazendo

com que o calor natildeo se propague tatildeo rapidamente

O dia 16 de julho conforme Graacutefico 3 apresentou as temperaturas mais

baixas durante a mediccedilatildeo 901ordmC A temperatura interna neste dia mostrou

uma amplitude baixa ficando com uma meacutedia de 1189ordmC sendo que a

temperatura interna durante o periacuteodo ficou sempre acima da temperatura

externa chegando a uma diferenccedila de 42ordmC

81

Graacutefico 3 ndash Dia com temperatura meacutedia diaacuteria miacutenima

O aparelho usado para a mediccedilatildeo de temperatura foi o datalogger de

temperatura umidade e pressatildeo da Voltcraft modelo DL-180THP Com este

aparelho eacute possiacutevel programar intervalo de mediccedilatildeo (estes podem ser de 1

minuto ateacute 18 horas) data e hora de iniacutecio de registro dos dados A faixa de

operaccedilatildeo do aparelho eacute de temperaturas de -40ordmC ateacute +70ordmC e umidade

relativa de 0 ateacute 100 A precisatildeo do aparelho eacute plusmn1 degC plusmn35 rH plusmn25 hPa

Para este estudo foram utilizados intervalos de mediccedilatildeo de 5 minutos

Categoria 9 ndash Conforto acuacutestico

9 Avaliaccedilatildeo

QI 91 Identificaccedilatildeo das configuraccedilotildees acuacutesticas prioritaacuterias da operaccedilatildeo Atende

QI 92 Qualidade acuacutestica do edifiacutecio Natildeo atende

Conforto acuacutestico

Quadro 31 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI

Fonte Referencial AQUA (2010)

9 Avaliaccedilatildeo

MQI 91 Melhoria da qualidade acuacutestica do edifiacutecio Accedilatildeo corretiva

MQI 92 Consideraccedilatildeo do criteacuterio acuacutestico na renovaccedilatildeo dos revestimentos internos e dos equipamentos

Conforto acuacutestico

Quadro 32 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI

Fonte Referencial AQUA (2010)

82

9 Avaliaccedilatildeo

CQI 91 Recenseamento do uso dos espaccedilos

CQI 92 Gestatildeo da demanda dos ocupantes

CQI 93 Identificaccedilatildeo das fontes de ruiacutedo Atende

CQI 94 Classificaccedilatildeo dos espaccedilos

CQI 95 Informaccedilatildeo aos usuaacuterios do potencial acuacutestico do edifiacutecio Atende

Conforto acuacutestico

Quadro 33 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 83

Fonte Referencial AQUA (2010)

Quadro 34 ndash Criteacuterios de avaliaccedilatildeo para acuacutestica de edifiacutecios novos

Fonte Referencial AQUA (2007)

As primeiras mediccedilotildees do desempenho acuacutestico no EV foram realizadas

por Gregori (2011) Os ensaios foram realizados no periacuteodo que ainda natildeo

haviam sido instalados o piso elevado com aplicaccedilatildeo de carpete com o qual se

esperam ganhos quanto agrave atenuaccedilatildeo acuacutestica bem como a instalaccedilatildeo de

placas de vidro na regiatildeo limiacutetrofe frontal do terreno no qual se situa o

escritoacuterio sendo com essa a imposiccedilatildeo de mais uma barreira fiacutesica para os

ruiacutedos externos provenientes da via de traacutefego veicular e a instalaccedilatildeo de

elementos de oclusatildeo de frestas existentes nos batentes da porta de acesso ao

salatildeo principal Os resultados dessa primeira analise natildeo foram satisfatoacuterios

em relaccedilatildeo a exigecircncia estabelecidas no referencial AQUA O Graacutefico 4 detalha

o comparativo da atenuaccedilatildeo entre os ambientes

83

Graacutefico 4 ndash Meacutedias do niacutevel de ruiacutedo dos locais avaliados

Fonte GREGORI (2011)

No Graacutefico 4 estatildeo comparadas as meacutedias de cada local demonstrando

que os valores das meacutedias tomadas no interior do EV apresentam uma

atenuaccedilatildeo maacutexima de 3577 e miacutenima de 2226 em relaccedilatildeo agrave meacutedia dos

pontos externos ao EV A meacutedia dos pontos do tomados dentro do laboratoacuterio

demonstra que haacute atenuaccedilatildeo de ruiacutedo na construccedilatildeo convencional na ordem

de 942 em comparaccedilatildeo ao ruiacutedo medido nos pontos externos proacuteximos ao

mesmo

Na Tabela 11 eacute possiacutevel perceber que pelo valor considerado inferior o

cafeacute e o salatildeo principal se apresentam conformes quanto agrave aceitabilidade e

conforto a coordenaccedilatildeo estaacute conforme quanto agrave aceitabilidade o mezanino se

mostrou em desconformidade com ambos os paracircmetros bem como a

construccedilatildeo convencional (sala N-108) Na Tabela 12 a comparaccedilatildeo do valor

medido se daacute pela adiccedilatildeo da incerteza obtendo-se o valor considerado de

incerteza superior

84

Tabela 11 ndash Resultados obtidos (MEDICcedilAtildeO ndash INCERTEZA)

Paracircmetro

normativo

Aceitaacutevel

para

finalidade

Valor

considerado

Comparaccedilatildeo para

conforto

Comparaccedilatildeo para

aceitabilidade

Copa 40 50 408 +- 15 393conforme178 abaixo do

paracircmetro

conforme2142 abaixo

do paracircmetro

Coordenaccedilatildeo 35 45 436 +- 15 421Natildeo conforme2034

acima do paracircmetro

conforme640 abaixo do

paracircmetro

Salatildeo principal 45 65 464 +- 15 449conforme031 abaixo do

paracircmetro

conforme3098 abaixo

do paracircmetro

Mezanino 30 40 494 +- 15 479Natildeo conforme5953

acima do paracircmetro

Natildeo conforme1965

acima do paracircmetro

Construccedilatildeo

Convencional (sala N-108)40 50 62 +- 15 605

Natildeo conforme5120

acima do paracircmetro

Natildeo conforme2096

acima do paracircmetro

Resultados obtidos em dB(A)

Incerteza inferior (= MEDICcedilAtildeO - INCERTEZA)

Locais de mediccedilatildeo

Paracircmetro Normativo

Mediccedilatildeo Incerteza

Fonte GREGORI (2011)

Avaliando a Tabela 12 eacute possiacutevel perceber que pelo valor considerado

superior nenhum dos ambientes se apresentou conforme quanto ao conforto

poreacutem o cafeacute e o salatildeo principal se mantiveram conformes quanto agrave

aceitabilidade

Tabela 12 ndash Resultados obtidos (MEDICcedilAtildeO + INCERTEZA)

Paracircmetro

normativo

Aceitaacutevel

para

finalidade

Valor

considerado

Comparaccedilatildeo para

conforto

Comparaccedilatildeo para

aceitabilidade

Copa 40 50 408 +- 15 423Natildeo conforme573

acima do paracircmetro

conforme1542 abaixo

do paracircmetro

Coordenaccedilatildeo 35 45 436 +- 15 451Natildeo conforme2891

acima do paracircmetro

conforme027 acima do

paracircmetro

Salatildeo principal 45 65 464 +- 15 479Natildeo conforme636

acima do paracircmetro

conforme2637 abaixo

do paracircmetro

Mezanino 30 40 494 +- 15 509Natildeo conforme6953

acima do paracircmetro

Natildeo conforme2715

acima do paracircmetro

Construccedilatildeo

Convencional (sala N-108)40 50 62 +- 15 635

Natildeo conforme5870

acima do paracircmetro

Natildeo conforme2696

acima do paracircmetro

Locais de mediccedilatildeo

Paracircmetro NormativoResultados obtidos em dB(A)

Mediccedilatildeo Incerteza

Incerteza inferior (= MEDICcedilAtildeO + INCERTEZA)

Fonte GREGORI (2011)

No mecircs de abril de 2013 procedeu-se nova mediccedilatildeo do iacutendice de

atenuaccedilatildeo acuacutestica a ruiacutedos aeacutereos promovidos pelo invoacutelucro junto agraves janelas

Ensaios realizados sob a coordenaccedilatildeo do Profordm Dr Aloiacutesio Leoni Schmid da

Universidade Federal do Paranaacute

Inicialmente para uma verificaccedilatildeo geral foi emitido externamente a uma

das janelas e dela afastado de 20 m ruiacutedo rosa Externamente a 10 cm do

centro da janela foi medido o niacutevel de pressatildeo sonora de 975 dBA

Internamente a 10 cm do centro da janela fechada foi medido o niacutevel de

pressatildeo sonora de 705 dBA

85

Posteriormente foi aplicado o meacutetodo descrito em Fasold Sonntag e

Winkler (Bau-und Raumakustik Berlin RMuumlller 1987) que considera

mediccedilotildees em diferentes bandas e procura ajustar a curva de referecircncia

Tabela 13 - Caacutelculo do iacutendice de atenuaccedilatildeo acuacutestica R do invoacutelucro da edificaccedilatildeo

Frequecircncia ReduccedilatildeoCurva de

referecircncia

desvio

da curva

desvios

desfavoraacuteveis

curva de

referecircncia

deslocada

de 24 dB

desvios

indesejaacuteveis

da curva

deslocada

curva de

referecircncia

deslocada de

28 dB

desvios

indesejaacuteveis

da curva

deslocada

625 155

125 233 36 -127 -127 12 113 8 153

250 238 45 -212 -212 21 28 17 68

500 305 52 -215 -215 28 25 24 65

1000 263 55 -287 -287 31 -47 27 -07

2000 194 56 -366 -366 32 -126 28 -86

1207 173 93

meacutedia 2414

Meacutedia dos

negativos 346

Meacutedia dos

negativos 186

meacutedia 2414 Avaliaccedilatildeo excessivo Avaliaccedilatildeo adequado

Fonte SCHMID (2013)

O grau de isolamento acuacutestico medido foi portanto de 28 dB Estima-se

que este valor poderia ser aumentado ateacute cerca de 35 dB mediante operaccedilatildeo

de retiacutefica do encaixe das esquadrias em madeira utilizando-se ainda fitas

autoadesivas de feltro ou material apropriado de vedaccedilatildeo nas janelas O

resultado tambeacutem pode ser observado no Graacutefico 5

Graacutefico 5 ndash Iacutendice de atenuaccedilatildeo acuacutestica

Fonte SCHMID (2013)

86

A porta principal de entrada e as janelas da edificaccedilatildeo mostraram-se natildeo

estanque configurando uma condiccedilatildeo localizada que natildeo permite isolamento

acuacutestico suficiente necessitando de correccedilotildees

Durante 5 minutos contou-se na rua cerca de 200 automoacuteveis em

velocidade baixa a meacutedia O niacutevel maacuteximo de pressatildeo sonora registrado foi de

80 dBA sendo que se sabe que tal valor pode ser superado durante frenagem

ou aceleraccedilatildeo em especial de motocicletas Corresponde agrave indicaccedilatildeo de

Fasold et al (opcit p 6 Figura 311) que para um traacutefego de cerca de 2500

veiacuteculos por hora a 10m da rua (recuo frontal mais calccedilada) prevecirc 7 dB a

serem acrescidos de 6 dB devido a irregularidades da rua e mais 3 dB devido agrave

velocidade podendo superar 70 kmh o total estimado seria de 80 dBA

Tal condiccedilatildeo faz com que os 28 dB medidos possibilitem um niacutevel maacuteximo

de pressatildeo sonora de 52 dBA Isto ultrapassa os 30 dB exigidos pelo AQUA

Categoria 10 ndash Conforto visual

10 Avaliaccedilatildeo

QI 91 Dispor de acesso agrave luz do dia Atende

QI 92 Dispor de acesso a vistas para o exterior Atende

QI 93 Dispor de iluminaccedilatildeo natural miacutenima nas zonas de ocupaccedilatildeo Atende

QI 94 Evitar o ofuscamento direto ou indireto

QI 95 Garantir uma qualidade agradaacutevel da iluminaccedilatildeo artificial

QI 96 Controle do ambiente visual pelos ocupantes Atende

Conforto visual

Quadro 35 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI

Fonte Referencial AQUA (2010)

10 Avaliaccedilatildeo

CQI 101 Otimizar a manutenccedilatildeo do sistema de iluminaccedilatildeo Atende

CQI 102 Garantir o acompanhamento das demandas de intervenccedilatildeo para o sistema de iluminaccedilatildeo Atende

CQI 103 Otimizaccedilatildeo do acompanhamento do sistema de iluminaccedilatildeo Atende

Conforto visual

Quadro 36 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI

Fonte Referencial AQUA (2010)

Criteacuterio de avaliaccedilatildeo item QI 101

QI 101 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo

BAtende

Identificar os pontos focais dos espaccedilos comuns do edifiacutecio E acesso direto agrave luz

do dia garantida em cada ponto focal identificado BAtende

Dispor de acesso a luz do dia em 30 das circulaccedilotildees e ou espaccedilos abertos E 2 Atende

No caso de

edifiacutecios

comerciais

Dispor de acesso agrave luz do dia nos espaccedilos caracteriacutesticos da tipologia em questatildeo e no hall ou

recepccedilatildeo principal

Quadro 37 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI

Fonte Referencial AQUA (2010)

87

O projeto do EV privilegiou a entrada a luz natural atraveacutes de um conjunto

de janelas amplas (Figuras 39 e 40) estrategicamente posicionadas para

captaccedilatildeo de maior incidecircncia de luz natural Natildeo houve anaacutelise em relaccedilatildeo ao

ofuscamento pois apenas parte dos moacuteveis definitivos foram instalados ateacute a

finalizaccedilatildeo dessa dissertaccedilatildeo

Figura 41 ndash Vista lateral esquerda do EV

Fonte CASAGRANDE JR (2012)

Figura 42 ndash Vista lateral direita e fundos do EV

Fonte CASAGRANDE JR (2012)

O sistema luminoteacutecnico instalado no EV eacute composto por lacircmpadas LED

(light emitter diode) com dispositivo de acionamento separado por fileiras

Categoria 11 ndash Conforto olfativo

11 Avaliaccedilatildeo

QI 111 Identificar as fontes de odores e limitar a sua propagaccedilatildeo

QI 112 Garantir vazotildees de ar higiecircnicas Atende

QI 113 Garantir uma atmosfera saudaacutevel de ar nos espaccedilos com ventilaccedilatildeo mecacircnica Natildeo se aplica

Conforto olfativo

Quadro 38 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI

Fonte Referencial AQUA (2010)

88

11 Avaliaccedilatildeo

CQI 111 Otimizar a manutenccedilatildeo do sistema de ventilaccedilatildeo Natildeo se aplica

CQI 112 Garantir o acompanhamento das demandas de intervenccedilatildeo para o sistema de ventilaccedilatildeo Natildeo se aplica

Conforto olfativo

Quadro 39 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI

Fonte Referencial AQUA (2010)

QI 112 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo

B Atende

S

B

E 2

E 2

E 4 Atende

Na presenccedila de ventilaccedilatildeo mecacircnica justificativa do atendimento das vazotildees de ar novo que garantam niacuteveis

sanitaacuterios satisfatoacuterios conforme regulamentaccedilatildeo

Justificar o atendimento de vazotildees de ar novo otimizadas para as atividades dos locais (havendo ventilaccedilatildeo

mecacircnica ou natural controlada)

Presenccedila de dispositivo que permita o controle da qualidade do ar em certos espaccedilos de ocupaccedilatildeo

prolongada e quando pertinente acoplados a um sistema de alerta

Disposiccedilotildees tomadas para o fornecimento das vazotildees de ar nas zonas em que tal informaccedilatildeo seja

pertinente

Presenccedila de um sistema de ventilaccedilatildeo especiacutefico natural ou mecacircnico inclusive a simples abertura manual

de janelasA ventilaccedilatildeo natural pela simples abertura de janelas eacute autorizada

Presenccedila de um sistema de ventilaccedilatildeo especiacutefico natural ou mecacircnico aleacutem da simples abertura manual de

janelas A ventilaccedilatildeo natural pela simples abertura de janelas natildeo eacute mais considerada Se a ventilaccedilatildeo

natural eacute desejada a qual natildeo possa ser controlada um complemento de ventilaccedilatildeo mecacircnica deve ser

previsto

Quadro 40 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 112

Fonte Referencial AQUA (2010)

A arquitetura bioclimaacutetica do EV favorece muito as trocas de ar atraveacutes da

ventilaccedilatildeo cruzada e do ldquoEfeito chamineacuterdquo proporcionando atraveacutes da diferenccedila

de temperatura e por conseguinte de densidade entre o ar externo e o ar

interno do edifiacutecio A Figura 41 demonstra o efeito citado

Figura 43 ndash Efeito chamineacute

Fonte LAMBERTS (2004)

89

Categoria 12 ndash Qualidade sanitaacuteria dos ambientes

12 Avaliaccedilatildeo

QI 121 Identificar as fontes de exposiccedilatildeo eletromagneacutetica

QI 122 Garantia de condiccedilotildees de higiene especiacuteficas nos espaccedilos Atende

QI 123 Inventaacuterio do conhecimento relativo agrave qualidade higiecircnica dos revestimentos internos

Qualidade sanitaacuteria dos ambientes

Quadro 41 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI

Fonte Referencial AQUA (2010)

12 Avaliaccedilatildeo

MQI 121 Melhoria da qualidade higiecircnica dos revestimentos internos

Qualidade sanitaacuteria dos ambientes

Quadro 42 ndash Criteacuterios avaliados ndash MQI

Fonte Referencial AQUA (2010)

12 Avaliaccedilatildeo

CQI 121 Garantir uma limpeza adaptada aos espaccedilos interiores Atende

CQI 122 Otimizar as condiccedilotildees de conservaccedilatildeo dos ambientes interiores Atende

Qualidade sanitaacuteria dos ambientes

Quadro 43 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI

Fonte Referencial AQUA (2010)

QI 121 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo

provenientes do entorno imediato B

provenientes do entorno imediato e proacuteprias do edifiacutecio S

Para as fontes - energia e fontes

telecomunicaccedilotildees Identificaccedilatildeo das

fontes emissoras de ondas

eletromagneacuteticas de baixa frequumlecircncia

e das fontes de radiofrequecircncia

Quadro 44 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 121

Fonte Referencial AQUA (2010)

O escritoacuterio estaacute inserido no centro urbano estando suscetiacutevel a vaacuterios

campos eletromagneacuteticos poreacutem para identificaccedilatildeo dos pontos criacuteticos faz se

necessaacuterio um estudo especiacutefico

A audiecircncia puacuteblica realizada em marccedilo de 2013 no Supremo Tribunal

Federal (STF) reuniu 21 especialistas para debater sobre os efeitos dos

campos eletromagneacuteticos sobre a sauacutede puacuteblica e o meio ambiente

Resultados de um estudo apresentados pelo pesquisador do Cepel (Centro de

Pesquisa de Energias Eleacutetricas da Eletrobraacutes) Engordm Luiz Adriano Domingues

comprovam que as linhas de transmissatildeo e distribuiccedilatildeo de energia natildeo satildeo a

principal exposiccedilatildeo a campos eletromagneacuteticos na vida cotidiana Segundo ele

os dados resultantes de mediccedilotildees feitas em residecircncias foram constatados os

maiores valores de campo eletromagneacutetico em funccedilatildeo dos vaacuterios

90

equipamentos que satildeo utilizados no dia a dia como secador liquidificador

raacutedio e TV (STF 2013)

Categoria 13 ndash Qualidade sanitaacuteria do ar

13 Avaliaccedilatildeo

QI 131 Identificar as fontes de poluiccedilatildeo interna e externa e limitar seus efeitos Atende

QI 132 Garantir vazotildees de ar novo Atende

QI 133 Garantir uma atmosfera saudaacutevel de ar nos espaccedilos com ventilaccedilatildeo mecacircnica Natildeo se aplica

QI 134 Inventaacuterio do conhecimento do impacto sanitaacuterio dos revestimentos internos do edifiacutecio Sem accedilatildeo

Qualidade sanitaacuteria do ar

Quadro 45 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI

Fonte Referencial AQUA (2010)

13 Avaliaccedilatildeo

MQI 131 Melhoria da qualidade sanitaacuteria dos revestimentos internos

Qualidade sanitaacuteria do ar

Quadro 46 ndash Criteacuterios avaliados ndash MQI

Fonte Referencial AQUA (2010)

13 Avaliaccedilatildeo

CQI 131 Garantir o controle das instalaccedilotildees de aeraccedilatildeo e saneamento Atende

CQI 132 Garantir a supervisatildeo dos filtros das centrais de tratamento de ar e das redes Atende

CQI 133 Garantir o controle dos poluentes submetidos agrave regulamentaccedilatildeo (em caso de risco identificado) Atende

CQI 134 Acompanhamento perioacutedico da qualidade do ar interior Atende

CQI 135 Acompanhamento global das accedilotildees realizadas e da qualidade sanitaacuteria do ar Atende

Qualidade sanitaacuteria do ar

Quadro 47 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI

Fonte Referencial AQUA (2010)

91

MQI 131 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo

Garantia que os produtos natildeo desprendam partiacuteculas e fibras carcinogecircnicas B

Teores de COV conhecidos para pinturas e vernizes de interiores B Atende

Conhecimento bruto das emissotildees de COV e formaldeiacutedos dos revestimentos

internos renovadosE 2

Conhecimento bruto das emissotildees de substacircncias canceriacutegenas ou causadores

de efeitos geneacuteticos hereditaacuterios ou causadores de impotecircncia reprodutiva que

tenham sido intencionalmente introduzidas no processo de fabricaccedilatildeo ou

naturalmente presentes nas mateacuterias primas utilizadas nos produtos

renovados presentes em mais de 01 em massa e suscetiacuteveis de migraccedilatildeo

E 2

Piso 1000 e Parede 1000 E 1

Piso 250 e Parede 500 E 2

Piso 625 e Parede 125 E 1

Piso e parede 40 E 2

Piso e parede 20 E 3

Piso e parede 10 E 4

5 E 1

25 E 2

1 E 2

E 2 AtendeConsideraccedilatildeo do criteacuterio sanitaacuterio (emissotildees de COV e fomaldeiacutedos) na escolha dos revestimentos

internos renovados

Nas ocasiotildees de renovaccedilatildeo dos revestimentos internos (pisos paredes tetos materiais de

acabamento) o conjunto de cada produto renovado constituinte das superfiacutecies pisoparedeteto em

contato com o ar interno respeita os limites seguintes em microgm3

Taxa de COV piso e

paredes

Formaldeiacutedos piso

e paredes

Canceriacutegenos ou

substacircncias

causadoras de

efeitos geneacuteticos

hereditaacuterios ou

causadoras de

impotecircncia

reprodutiva o

conjunto de

produtos

constituintes das

Na ocasiatildeo de

renovaccedilatildeo de

revestimentos

internos (pisos

paredes tetos

materiais de

acabamento)

Quadro 48 ndash Criteacuterios avaliados ndash MQI 131

Fonte Referencial AQUA (2010)

A escolha dos materiais foi bastante criteriosa quanto ao teor de COV

(compostos orgacircnicos volaacuteteis) e formaldeiacutedo No entanto sabe-se que a

rastreabilidade na utilizaccedilatildeo desses produtos no Brasil ainda eacute insipiente Um

grande avanccedilo no setor da construccedilatildeo civil eacute a avaliaccedilatildeo RGMAT (RG ou

registro ambiental do produto) lanccedilado pela Fundaccedilatildeo Vanzolini com o objetivo

de demonstrar o desempenho ambiental dos materiais de construccedilatildeo por meio

da declaraccedilatildeo ambiental de produto baseado na avaliaccedilatildeo do ciclo de vida

que inclui o consumo de recursos naturais energia aacutegua emissatildeo de gases

na atmosfera de resiacuteduos soacutelidos e liacutequidos ou substacircncias toacutexicas podendo

abranger desde a extraccedilatildeo mineral produccedilatildeo transporte montagem

utilizaccedilatildeo manutenccedilatildeo e desconstruccedilatildeo ateacute a reutilizaccedilatildeo ou a reciclagem

(VANZOLINI 2013)

92

Categoria 14 ndash Qualidade sanitaacuteria da aacutegua

14 Avaliaccedilatildeo

QI 141 Eliminar o chumbo nas redes internas

QI 142 Organizaccedilatildeo e proteccedilatildeo das redes internas Atende

QI 143 Controle da temperatura nas redes internas Atende

Qualidade sanitaacuteria da aacutegua

Quadro 49 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI

Fonte Referencial AQUA (2010)

14 Avaliaccedilatildeo

CQI 141

Limitar os riscos de desenvolvimento das legionelas por meio de meacutetodos de conservaccedilatildeo

preventivos das redes de aacutegua quente e de anaacutelises da aacutegua Natildeo se aplica

CQI 142 Limitar o risco de desenvolvimento de legionelas por meio do controle das temperaturas Natildeo se aplica

CQI 143 Supervisionar a qualidade da aacutegua nos pontos de uso Atende

CQI 144 Acompanhamento das accedilotildees realizadas e da qualidade da aacutegua do edifiacutecio Atende

Qualidade sanitaacuteria da aacutegua

Quadro 50 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI

Fonte Referencial AQUA (2010)

QI 141 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo

B

SJustificar o respeito ao iacutendice de 10 microglitro

Justificar a ausecircncia de chumbo nas redes internas OU justificar o respeito ao iacutendice de 25 microglitro No

caso de ultrapassagem deste iacutendice adoccedilatildeo de medidas corretivas para reduzir a sua dissoluccedilatildeo na

aacutegua

Quadro 51 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 141

Fonte Referencial AQUA (2010)

Os tubos da instalaccedilatildeo hidraacuteulica do EV satildeo apenas em PVC e PEX

(Polietileno de alta densidade reticulado)

513 QAP ndash Qualidade Ambiental das Praacuteticas

O QAP eacute dividido em 3 partes QAP compras QAP comunicaccedilatildeo e QAP

gestatildeo aos quais satildeo atribuiacutedas pontuaccedilotildees conforme Quadro 52

93

QAP COMPRAS - MAacuteXIMO 28 PONTOS PONTOS

Escolha de produtos ou equipamentos (dentre os mais impactantes) que garantam uma

economia de energia ou de aacutegua ou que tenham limitado o impacto acuacutestico em relaccedilatildeo aos

produtos e equipamentos convencionais (um ponto por famiacutelia de produto ou equipamento)

1- 4

Escolha de produtos de conservaccedilatildeo e limpeza (dentre os mais impactantes e empregados na

conservaccedilatildeo e limpeza dos espaccedilos pertencentes ao periacutemetro da certificaccedilatildeo) que respeitem o

meio ambiente e a sauacutede dos ocupantes (dois pontos obtidos por produto de conservaccedilatildeo e

limpeza)

2- 6

QAP COMUNICACcedilAtildeO - MAacuteXIMO 22 PONTOS PONTOS

boas praacuteticas no consumo de energia 1

boas praacuteticas no consumo de aacutegua 1

reduccedilatildeo de resiacuteduos nas fontes geradoras e realizaccedilatildeo de triagem 1

poliacutetica de compras 1

QAP GESTAtildeO - MAacuteXIMO 44 PONTOS PONTOS

Praacuteticas adotadas com a finalidade de reduzir o consumo de energia nos espaccedilos pertencentes

ao periacutemetro da certificaccedilatildeo (um ponto por praacutetica adotada)1 - 5

Favorecer as energias renovaacuteveis nas escolhas de fornecimento de energia primaacuteria por meio de

um contrato com um produtor de energia3

Praacuteticas adotadas com a finalidade de reduzir o consumo de aacutegua nos espaccedilos pertencentes ao

periacutemetro da certificaccedilatildeo (um ponto por praacutetica adotada)1 - 3

Praacuteticas adotadas nos espaccedilos pertencentes ao periacutemetro da certificaccedilatildeo com a finalidade de

reduzir a produccedilatildeo de resiacuteduos na fonte a partir das atividades desenvolvidas nestes locais e de

sua conservaccedilatildeo (um ponto por praacutetica adotada)

1 - 3

RESIacuteDUOS

ENERGIA

PRODUTOS DE CONSERVACcedilAtildeO E LIMPEZA

Utilizaccedilatildeo de meios de comunicaccedilatildeo (murais cartazes manuais portais eletrocircnicos etc) adequados a fim de

sensibilizar os ocupantes do edifiacutecio para as questotildees seguintes

AacuteGUA

MATERIAL ELEacuteTRICO

Quadro 52 ndash Criteacuterios avaliados em QAP

Fonte Referencial AQUA (2010)

O EV participa do projeto ldquoCompra verderdquo com o objetivo de Implantar

poliacuteticas de compras sustentaacuteveis para a instituiccedilatildeo incluindo nos editais

requisitos ambientais especiacuteficos dependendo de cada material e equipamento

Todos os alunos e frequentadores do escritoacuterio vivenciam as praacuteticas

sustentaacuteveis no cotidiano pois a edificaccedilatildeo funciona como um ldquolaboratoacuterio

vivordquo palco para desenvolvimento de estudos cursos eventos como a semana

do meio ambiente programados para recepcionar todos da comunidade que se

interessarem pelo assunto sustentabilidade

94

6 CONCLUSOtildeES

Considerando os objetivos iniciais deste trabalho tendo como princiacutepio a

avaliaccedilatildeo do referencial teacutecnico AQUA de operaccedilatildeo e uso e sua aplicaccedilatildeo no

estudo de caso do escritoacuterio verde da UTFPR no que se refere ao desempenho

ambiental da edificaccedilatildeo seguem algumas conclusotildees

Um item fundamental que precisa ser verificado no referencial teacutecnico eacute a

forma de avaliaccedilatildeo para a fase operaccedilatildeo e uso pois natildeo estaacute clara Outra

dificuldade encontrada foi em relaccedilatildeo a estruturaccedilatildeo das categorias e

subcategorias com as respectivas avaliaccedilotildees por exemplo a duplicaccedilatildeo do

item QI na CQI da categoria 2 algumas trocas de nome da categoria entre

outros

Apoacutes anaacutelise dos dois referenciais percebeu-se melhor qualidade no

detalhamento das informaccedilotildees no referencial destinado a fase de programa

projeto e execuccedilatildeo o que facilita muito o entendimento do leitor

Alguns caacutelculos solicitados por exemplo o caacutelculo da envoltoacuteria da

categoria energia

QI 41 Criteacuterios avaliados Niacutevel

Explicitaccedilatildeo do valor absoluto do coeficiente de Transmitacircncia Teacutermica ponderada da

envoltoacuteria Uedif (Wm2K)

Uedif lt Uedif-base + 40

B

Melhorar a aptidatildeo da

envoltoacuteria para limitar

desperdiacutecios

Quadro 53 ndash Criteacuterios avaliados em QI 41

Fonte Referencial AQUA (2010)

Calcula-se o Uedif mas o referencial natildeo informa o valor ldquobaserdquo podendo

ser utilizado qualquer valor desde que referenciado que obtenha um resultado

menor que o coeficiente de transmitacircncia teacutermica da envoltoacuteria do edifiacutecio

(Uedif) Isso ocorre tambeacutem nos caacutelculos de coeficiente de consumo

convencional de energia primaacuteria solicitando que o mesmo seja comparado

com o coeficiente de consumo convencional de energia primaacuteria de referecircncia

mas a informaccedilatildeo desse valor referencia natildeo eacute apresentado nem mesmo os

admissiacuteveis

Entende-se que os coeficientes ou bases referenciais de alguns caacutelculos

precisam ser regionais mas eacute relevante que o AQUA estabeleccedila um limite de

95

variaccedilatildeo desses dados evitando que utilizem valores que natildeo satildeo referecircncias

no intuito de possuir resultados positivos que facilitem a certificaccedilatildeo

Os itens QI 121 e QMI 131QI 22 fontes eletromagneacuteticas e teor de

COV e formaldeiacutedo nos materiais sabe-se que os estudos nessa aacuterea no paiacutes

ainda satildeo incipientes dificultando a avaliaccedilatildeo tanto do empreendedor no

momento da compra quanto da proacutepria Fundaccedilatildeo Vanzolini na auditoria

Vale salientar que mesmo o referencial de operaccedilatildeo e uso natildeo estando

oficialmente disponiacutevel na paacutegina da Fundaccedilatildeo Vanzolini jaacute existem alguns

edifiacutecio certificados nesta etapa como algumas unidades da loja Leroy Merlyn

As sugestotildees apresentadas neste trabalho satildeo apenas no sentido de colaborar

na construccedilatildeo deste referencial

Quanto ao Escritoacuterio Verde identificou-se a necessidade de accedilotildees

corretivas bem como melhorias a serem implantadas para atender alguns

requisitos do referencial AQUA Quanto ao perfil ambiental preacute-estabelecido no

iniacutecio do estudo de caso conclui-se que

Categoria 1 Relaccedilatildeo do edifiacutecio com o seu entorno - niacutevel superior ndash

classificaccedilatildeo mantida necessitando de adequaccedilotildees quanto agrave acessibilidade

Categoria 2 Escolha integrada de produtos sistemas e processos

construtivos - niacutevel excelente - classificaccedilatildeo poderaacute sofrer alteraccedilotildees Diante

da avaliaccedilatildeo do AQUA no que se refere o conhecimento sobre a vida uacutetil e teor

de COV e formaldeiacutedo dos materiais empregados na construccedilatildeo pois a

maioria dos fabricantes natildeo disponibilizam essas informaccedilotildees A maioria dos

materiais utilizados no EV satildeo inovaccedilotildees no mercado da construccedilatildeo civil por

isso pouco se conhece sobre os impactos ambientais quanto agrave vida uacutetil

demonstrabilidade reciclagem emissatildeo de gases contribuintes para o efeito

estufa entre outros Assim a melhor compreensatildeo do desempenho desses

produtos soacute eacute durante o processo de gestatildeo da edificaccedilatildeo por meio de rotinas

Categoria 3 Canteiro de obras com baixo impacto ambiental - niacutevel

excelente ndash classificaccedilatildeo mantida Aleacutem da elaboraccedilatildeo de plano de gestatildeo dos

resiacuteduos da construccedilatildeo civil (PGRCC) os sistemas construtivos utilizados no

EV contribuem significantemente com a minimizaccedilatildeo do impacto no canteiro de

obra

Categoria 4 Gestatildeo da energia - niacutevel excelente ndash classificaccedilatildeo mantida

o desempenho do sistema se mostrou satisfatoacuterio demonstrando eficiecircncia na

96

geraccedilatildeo de energia E para melhor controle do desempenho desse sistema

estaacute em desenvolvimento o projeto de automaccedilatildeo disponibilizando dados em

tempo real via WEB de toda geraccedilatildeo e consumo de energia

Categoria 5 Gestatildeo da aacutegua - niacutevel excelente ndash classificaccedilatildeo mantida no

entanto para melhor controle do desempenho de captaccedilatildeo e consumo de aacutegua

potaacutevel e pluvial haacute necessidade de investir em equipamentos que facilitem a

coleta de dados

Categoria 6 Gestatildeo dos resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo do edifiacutecio - niacutevel

excelente ndash classificaccedilatildeo mantida os programas desenvolvidos no EV

ultrapassam os limites fiacutesicos do edifiacutecio contribuindo com a gestatildeo do campus

universitaacuterio

Categoria 7 Manutenccedilatildeo - permanecircncia do desempenho ambiental - niacutevel

excelente Classificaccedilatildeo depende do funcionamento do SGO pois qualquer

sistema de gestatildeo demora algum tempo para ser implantado muitas vezes

anos

Categoria 8 Conforto higroteacutermico - niacutevel bom ndash classificaccedilatildeo mantida

pois natildeo haacute sistema de ventilaccedilatildeo mecacircnica no EV

Categoria 9 Conforto acuacutestico - niacutevel excelente ndash classificaccedilatildeo natildeo

alcanccedilada necessitando de accedilotildees corretivas para atingir o niacutevel miacutenimo bom

Categoria 10 Conforto visual - niacutevel bom ndash classificaccedilatildeo mantida

podendo melhorar para superior com a constataccedilatildeo de um resultado positivo

em relaccedilatildeo ao ofuscamento

Categoria 11 Conforto olfativo - niacutevel superior ndash classificaccedilatildeo natildeo

alcanccedilada pois natildeo sistema de ventilaccedilatildeo mecacircnico Categoria rebaixada para

niacutevel bom

Categoria 12 Qualidade sanitaacuteria do ambiente - niacutevel superior ndash

classificaccedilatildeo natildeo alcanccedilada pois natildeo houve aprofundamento sobre as fontes

de campos eletromagneacuteticos

Categoria 13 Qualidade sanitaacuteria do ar - niacutevel bom ndash classificaccedilatildeo

mantida atende a legislaccedilatildeo vigente

Categoria 14 Qualidade sanitaacuteria da aacutegua - niacutevel Bom ndash classificaccedilatildeo

mantida faltando definir rotina para controle de qualidade da aacutegua captada

pelo sistema de coleta pluvial

97

A uacuteltima parte do referencial QAP compras atende a pontuaccedilatildeo maacutexima

QAP comunicaccedilatildeo atende a pontuaccedilatildeo maacutexima e QAP gestatildeo tem potencial

para alcanccedilar a pontuaccedilatildeo maacutexima

Para finalizar observou-se que o SGO permeia todo referencial sendo de

fato a ldquocoluna vertebralrdquo da certificaccedilatildeo e eacute a ferramenta que iraacute garantir um

bom desempenho ambiental da edificaccedilatildeo durante sua vida uacutetil

Os resultados apresentados representam apenas uma parte dos criteacuterios

exigidos no referencial O relatoacuterio completo da avaliaccedilatildeo seraacute encaminhado

para a Fundaccedilatildeo Vanzolini para iniciar o processo de certificaccedilatildeo do EV

SUGESTOtildeES PARA TRABALHOS FUTUROS

Como proposta para trabalhos futuros sugere-se

pesquisa sobre potenciais fontes de exposiccedilatildeo eletromagneacuteticas

elaboraccedilatildeo de manual de boas praacuteticas de uso e operaccedilatildeo do EV

avaliaccedilatildeo do sistema de gestatildeo de operaccedilatildeo utilizado no EV

98

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104

ANEXO 1

Projeto arquitetocircnico do Escritoacuterio Verde da UTFPR

105

ANEXO 2

EnergiaMaterias

primasAacutegua Ar Aacutegua Solo Ruiacutedos Odores

Local e construccedilatildeo

1 Relaccedilatildeo do edifiacutecio com o seu entorno

11 Consideraccedilatildeo do contexto F

12 Implantaccedilatildeo no terreno F F

2 Escolha integrada de produtos sistemas e processos construtivos

21 Adaptabilidade e durabilidade do edifiacutecio F

22 Escolhas de processos construtivos F F

23 Escolhas de produtos de construccedilatildeo F F

24 Fim de vida do edifiacutecio desconstrutibilidade reciclabilidade F F

3 Canteiro de obras

31 Produccedilatildeo de resiacuteduos identificaccedilatildeo gestatildeo dos resiacuteduos F

32 Incocircmodos e poluiccedilatildeo F F

33 Recursos - consumo de aacutegua e energia F

Gestatildeo

4 Energia

41 Energia primaacuteria natildeo renovaacutevel F

42 Incocircmodos e poluiccedilatildeo

5 Aacutegua

51 Economia de aacutegua potaacutevel F

52 Gestatildeo de aacuteguas pluviais no terreno F

53 Esgotamento sanitaacuterio F

6 Resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo do edifiacutecio

61 Controle da produccedilatildeo de resiacuteduos F

62 Adequaccedilatildeo entre coleta interna e externa F

63 Controle da seleccedilatildeo dos resiacuteduos F F F

64 Otimizaccedilatildeo do sistema de coleta interna F F F

7 Conservaccedilatildeo e manutenccedilatildeo

71 Otimizaccedilatildeo das necessidades em manutenccedilatildeo F F F

72 Controle dos efeitos ambientais e sanitaacuterios da manutenccedilatildeo F

73 Facilidade de acesso para manutenccedilatildeo

74 Equipamentos para manter o desempenho em uso e operaccedilatildeo F F F F

Conforto

8 Conforto higroteacutermico

81 No inverno e na meia-estaccedilatildeo F

82 No veratildeo F

9 Conforto acuacutestico

91 Disposiccedilotildees arquitetocircnicas espaciais F F F

92 Isolamento acuacutestico F F F

93 Correccedilatildeo acuacutestica dos ambientes (se necessaacuteria) F F F

94 Efeitos dos ruiacutedos na vizinhanccedila F F F

10 Conforto visual

101 Consideraccedilatildeo da iluminaccedilatildeo natural F F F

102 Iluminaccedilatildeo artificial F

103 Relaccedilatildeo visual com o exterior

104 Iluminaccedilatildeo artificial das aacutereas exteriores F F

11 Conforto olfativo

111 Fontes de odores desagradaacuteveis F F F

112 Sensaccedilotildees olfativas desagradaacuteveis F F F

Sauacutede

12 Qualidade sanitaacuteria dos ambientes

121 Tratamento do ambiente interior e das superfiacutecies F F

13 Qualidade sanitaacuteria do ar

131 Fontes de poluiccedilatildeo F F F

132 Efeitos dos poluentes do ar na sauacutede F F F

14 Qualidade sanitaacuteria da aacutegua

141 Manutenccedilatildeo da qualidade da aacutegua de consumo nas redes internas do edifiacutecio F

142 Controle de acessos agraves redes coletivas de distribuiccedilatildeo

143 Controle da qualidade da aacutegua proveniente de rede de aacutegua natildeo potaacutevel

F = Relaccedilatildeo forte existente entre preocupaccedilatildeo e objetivo

Uma ceacutelula em branco natildeo significa necessariamente uma total ausecircncia de preocupaccedilatildeo

MO

BIL

IDA

DE

UR

BA

NA

OBJETIVOS DE CONTROLE DOS IMPACTOS AMBIENTAIS EXTERIORES E

INTERIORES DO EDIFICIO

Tabela 2 - Guia para a hierarquizaccedilatildeo das categorias de QAE em funccedilatildeo dos desafios ambientais estabelecidos

ME

LH

OR

AR

O

CO

NF

OR

TO

PR

ES

EE

RV

AR

A S

AU

DE

PREOCUPACcedilOtildeES AMBIENTAIS

PRESERVAR OS

RECURSOS

REDUZIR A

POLUICcedilAtildeO

REDUZIR OS

INCOMODOS

RE

DU

ZIR

OS

RE

SID

UO

S

106

ANEXO 3

Processo AQUA - operaccedilatildeo e uso maio de 2010

Page 3: UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ …Processo AQUA de certificação de edificações sustentáveis na fase operação e uso : estudo de caso do Escritório Verde da UTFPR

Dados Internacionais de Catalogaccedilatildeo na Publicaccedilatildeo

L732 Lima Lucimara Ferreira de

Processo AQUA de certificaccedilatildeo de edificaccedilotildees sustentaacuteveis na fase operaccedilatildeo e uso estudo de caso do Escritoacuterio Verde da UTFPR Lucimara Ferreira de Lima ndash 2013

104 f il 30 cm

Orientador Eloy Fassi Casagrande Juacutenior Dissertaccedilatildeo (Mestrado) ndash Universidade Tecnoloacutegica Federal do Paranaacute Programa de

Poacutes-graduaccedilatildeo em Engenharia Civil Curitiba 2013 Bibliografia f 95-101

1 Processo AQUA 2 Construccedilotildees sustentaacuteveis 3 Construccedilatildeo civil ndash Certificaccedilatildeo

4 Desempenho ndash Avaliaccedilatildeo 5 Gestatildeo ambiental 6 Universidade Tecnoloacutegica Federal do Paranaacute Escritoacuterio Verde ndash Estudo de casos 7 Engenharia civil ndash Dissertaccedilotildees I Casagrande Juacutenior Eloy Fassi orient II Universidade Tecnoloacutegica Federal do Paranaacute Programa de Poacutes-graduaccedilatildeo em Engenharia Civil III Tiacutetulo

CDD (22 ed) 624

Biblioteca Central da UTFPR Campus Curitiba

AGRADECIMENTOS

Primeiramente a Deus por oportunizar a realizaccedilatildeo de um sonho

Ao professor Ph D Eloy Fassi Casagrande Jr pela orientaccedilatildeo durante todo esse

tempo

Ao professor Doutor Cezar Augusto Romano pelo amor aacute profissatildeo que tornam suas

aulas especiais

Ao professor Doutor Aloiacutesio Leoni Schmid da Universidade Federal do Paranaacute pela

contribuiccedilatildeo nos ensaios acuacutesticos

Agrave Fundaccedilatildeo Vanzolini pelo fornecimento do material utilizado neste estudo o

referencial teacutecnico de Operaccedilatildeo e Uso

Agrave Universidade Tecnoloacutegica Federal do Paranaacute e ao Programa de Poacutes Graduaccedilatildeo

em Engenharia Civil pela formaccedilatildeo acadecircmica e infraestrutura fornecida para o

trabalho

A CAPES - Coordenaccedilatildeo de Aperfeiccediloamento de Pessoal de niacutevel Superior pela

concessatildeo da bolsa

Ao meu esposo Alexandre pelo amor incentivo e compreensatildeo

Agrave minha matildee Marlene e irmatilde Letiacutecia pelo amor e incentivo

Agrave minha amiga Arquiteta Daniela Vidal pela forccedila em todos os momentos de alegria

e tristeza e pela compreensatildeo da minha ausecircncia em alguns momentos de

comemoraccedilatildeo

Agrave minha amiga Arquiteta Lorreine Vaccari pelos ensinamentos

A todos que de alguma forma contribuiacuteram para realizaccedilatildeo desse trabalho

Muito obrigada

ldquoQuanto mais aumenta nosso

conhecimento mais evidente

fica nossa ignoracircnciardquo

(John F Kennedy)

RESUMO LIMA Lucimara F de Processo AQUA de certificaccedilatildeo de edificaccedilotildees sustentaacuteveis na fase operaccedilatildeo e uso Estudo de caso do Escritoacuterio Verde da UTFPR 2013 p 106 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Engenharia Civil) - Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Engenharia Civil Universidade Tecnoloacutegica Federal do Paranaacute Curitiba Paranaacute 2013 Os desequiliacutebrios ambientais oriundos da incompatibilidade entre crescimento populacional e esgotabilidade dos recursos naturais trazem grandes desafios Neste contexto destaca-se a induacutestria da construccedilatildeo civil que utiliza na sua cadeia produtiva grande quantidade de recursos natildeo renovaacuteveis As atuais praacuteticas de produccedilatildeo utilizadas pela construccedilatildeo civil necessitam de ajustes imediatos para que o setor possa contribuir adequadamente com o desenvolvimento sustentaacutevel do paiacutes Infelizmente satildeo comuns ainda processos artesanais nas frentes de trabalho uso de mateacuterias-primas sem manejo sustentaacutevel e a aplicaccedilatildeo de produtos industrializados desconsiderando os aspectos de conservaccedilatildeo de aacutegua energia e a necessaacuteria reduccedilatildeo de resiacuteduos e desperdiacutecios O surgimento dos sistemas de avaliaccedilatildeo e certificaccedilatildeo da construccedilatildeo civil em diferentes partes do mundo vem minimizando os impactos negativos que o setor da construccedilatildeo origina Nos uacuteltimos anos o movimento ganhou novos adeptos e os nuacutemeros tornam-se expressivos apontando uma demanda urgente de novas atitudes por parte dos profissionais e empresas do ramo O estudo realizado consiste em analisar o Relatoacuterio Teacutecnico AQUA de Operaccedilatildeo e Uso elaborado pela Fundaccedilatildeo Vanzolini em 2010 como versatildeo provisoacuteria que no momento encontra-se em processo de revisatildeo Essa anaacutelise foi utilizada como base para a realizaccedilatildeo de um estudo de caso sobre a construccedilatildeo do Escritoacuterio Verde da UTFPR O resultado dessa pesquisa eacute a avaliaccedilatildeo de desempenho ambiental do escritoacuterio quanto agrave conformidade com os requisitos definidos no referencial teacutecnico AQUA de operaccedilatildeo de edifiacutecios bem como o tratamento das natildeo conformidades e a tomada de accedilotildees corretivas e preventivas para alcance de um desempenho satisfatoacuterio Assim esta dissertaccedilatildeo eacute uma siacutentese de um processo de certificaccedilatildeo de edificaccedilotildees sustentaacuteveis e busca realccedilar a importacircncia da certificaccedilatildeo na construccedilatildeo civil como modo de garantir que edifiacutecios sejam planejados projetados construiacutedos e principalmente utilizados seguindo os princiacutepios da sustentabilidade aspectos teacutecnicos econocircmicos sociais ambientais e culturais que devem interagir de forma holiacutestica Palavras-chave Processo AQUA avaliaccedilatildeo de desempenho do Escritoacuterio Verde certificaccedilatildeo ambiental de edifiacutecios

ABSTRACT LIMA Lucimara F de The AQUA process for certification of sustainable buildings in the operation and use phases Case Study the UTFPR Green Office 2013 p 106 Thesis (Masteracutes Degree in Civil Engineering) ndash Post -graduate Program in Civil Engineering of Federal Technological University of Paranaacute Curitiba Brazil 2013 Environmental imbalances resulting from the lack of compatibility between the population growth and the exhaustibility of natural resources bring out great challenges In such a context the industry of civil engineering must be pointed out for the use of great quantities of non-renewable resources in its production chain The current production practices used in civil construction need immediate adjustments so that the sector may contribute appropriately for the sustainable development of the country Unfortunately it is still rather common to find artisanal processes on work fronts use of raw materials without sustainable handling and the application of industrialized products with disregard to aspects such as water conservation energy and the necessary reduction of residues and waste The appearance of assessment and certification systems of civil construction in different parts of the world has reduced the negative impacts caused by the construction sector Over the last years such movement has gained new supporters and numbers have become more expressive pointing towards a pressing demand for new actions by professionals and corporations in the field The study performed consists of analyzing the AQUAacutes Technical Report of Operation and Use designed by the Vanzolini Foundation in 2010 as a temporary version which is currently being revised Such analysis has been used as the basis for the undertaking of a case study on the construction of the Green Office at UTFPR The outcome of such research is the assessment of the officeacutes environmental performance as for conformity with requirements defined on the AQUA standard of buildings operation as well as the treatment of non-conformities and undertaking of corrective and preventive actions in order to achieve satisfactory performance Thus such thesis is the summary of a certification process of sustainable buildings and aims to emphasize the importance of certification in civil construction as a way of assuring that buildings are planned designed built and primarily used according to the principles of sustainability technical economic social environmental and cultural aspects which must interact holistically Keywords AQUA Process assessment of the Green Office performance

environmental certification of buildings

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Pegada ecoloacutegica (adaptado do inglecircs) 24

Figura 2 ndash Ciclo PDCA e SDCA 33

Figura 3 ndash Niacuteveis de avaliaccedilatildeo AQUA 40

Figura 4 ndash Avaliaccedilatildeo na fase operaccedilatildeo e uso - processo AQUA 42

Figura 5 - Localizaccedilatildeo do empreendimento em relaccedilatildeo agrave UTFPR e pontos

estrateacutegicos 46

Figura 6 ndash Planta esquemaacutetica do piso teacuterreo do EV 47

Figura 7 ndash Planta esquemaacutetica do mezanino do EV 47

Figura 8 ndash Perspectiva lateral esquerda do Escritoacuterio Verde 48

Figura 9 ndash Vista da lateral esquerda do Escritoacuterio Verde 48

Figura 10 ndash Vista dos fundos do Escritoacuterio Verde 48

Figura 11 ndash Montagem das paredes do Escritoacuterio Verde 49

Figura 12 ndash Aplicaccedilatildeo de manta hidroacutefuga nas paredes externas 50

Figura 13 ndash Sistema de moacutedulos em EVA 50

Figura 14 ndash Execuccedilatildeo do telhado verde 50

Figura 15 ndash Revestimentos internos do EV 51

Figura 16 ndash Perfil ambiental proposto para o EV 54

Figura 17ndash Execuccedilatildeo do radier 59

Figura 18ndash Ancoragem das paredes 59

Figura 19 - Modelo construtivo wood frame 60

Figura 20 - Manta de PET reciclado 60

Figura 21- Manta de pneu reciclado 60

Figura 22 - Painel Smartside 61

Figura 23 - Siding Vinilico 61

Figura 24 - Painel TechShield 61

Figura 25 ndash Painel Decowall 62

Figura 26 ndash Placa cimentiacutecia 62

Figura 27 ndash Vigas I 63

Figura 28 ndash Passagem da tubulaccedilatildeo na viga I 63

Figura 29 - Modelo construtivo da cobertura em wood frame 63

Figura 30 ndash Sistema tombar para ventilaccedilatildeo indireta 64

Figura 31 ndash Piso elevado modular 65

Figura 32 ndash Carpete modular com sistema tactile 65

Figura 33 ndash Sistema hidro-pex 66

Figura 34 ndash Painel fotovoltaico 68

Figura 35 ndash Cisterna e filtros do EV 73

Figura 36ndash Modelo de sistema de coleta de aacutegua pluvial 73

Figura 37 ndash Jardim vertical do EV 74

Figura 38 ndash Piso drenante borracha de pneu 75

Figura 39 ndash Piso plast floor 76

Figura 40 ndash Piso drenante tecnogran 76

Figura 41 ndash Vista lateral esquerda do EV 87

Figura 42 ndash Vista lateral direita e fundos do EV 87

Figura 43 ndash Efeito chamineacute 88

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 ndash Perfil da qualidade ambiental do edifiacutecio em operaccedilatildeo 41

Tabela 2 ndash Guia para hierarquizaccedilatildeo das categorias da QAE em funccedilatildeo dos desafios

ambientais estabelecidos 53

Tabela 3 ndash Energia gerada em cada mecircs de operaccedilatildeo do SFCR do EV 69

Tabela 4 ndash Energia diaacuteria meacutedia gerada em cada mecircs de operaccedilatildeo do SFCR do EV 69

Tabela 5 ndash Consumo de aacutegua potaacutevel no EV 72

Tabela 6 ndash Consumo de aacutegua de pluvial 72

Tabela 7 ndash Meacutedias histoacutericas - iacutendice pluviomeacutetrico 74

Tabela 8 ndash Coeficiente de impermeabilizaccedilatildeo do terreno antes da implantaccedilatildeo do EV 75

Tabela 9 ndash Coeficiente de impermeabilizaccedilatildeo do terreno apoacutes a implantaccedilatildeo do EV75

Tabela 10 ndash Mediccedilatildeo de temperatura no EV durante o inverno 80

Tabela 11 ndash Resultados obtidos (MEDICcedilAtildeO ndash INCERTEZA) 84

Tabela 12 ndash Resultados obtidos (MEDICcedilAtildeO + INCERTEZA) 84

Tabela 13 - Caacutelculo do iacutendice de atenuaccedilatildeo acuacutestica R do invoacutelucro da edificaccedilatildeo 85

LISTA DE QUADROS

Quadro 1 ndash Principais eventos relacionados ao desenvolvimento sustentaacutevel 27

Quadro 2 ndash Principais sistemas de certificaccedilatildeo de edificaccedilotildees (continua) 34

Quadro 3 - Principais sistemas de certificaccedilatildeo de edificaccedilotildees no Brasil (continua) 36

Quadro 4 ndash Categorias do sistema AQUA 39

Quadro 5 ndash Subcategorias do sistema AQUA (continua) 39

Quadro 6 ndash Avaliaccedilatildeo categoria 1 - QI 55

Quadro 7 ndash Avaliaccedilatildeo categoria 1 - CQI 55

Quadro 8 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 13 55

Quadro 9 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 111 56

Quadro 10 ndash Avaliaccedilatildeo categoria 2 - QI 57

Quadro 11 ndash Avaliaccedilatildeo categoria 2 - MQI 57

Quadro 12 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 111 58

Quadro 13 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 66

Quadro 14 ndash Avaliaccedilatildeo categoria 4 ndash QI 67

Quadro 15 ndash Avaliaccedilatildeo categoria ndash MQI 67

Quadro 16 ndash Avaliaccedilatildeo categoria ndash CQI 67

Quadro 17ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 44 67

Quadro 18 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 70

Quadro 19 ndash Criteacuterios avaliados ndash MQI 70

Quadro 20 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 70

Quadro 21 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 52 e 53 71

Quadro 22 ndash fontes consumidoras de aacutegua 71

Quadro 23 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 76

Quadro 24 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 77

Quadro 25 ndash Criteacuterios avaliados ndash MQI 78

Quadro 26 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 78

Quadro 27 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 71 78

Quadro 28 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 79

Quadro 29 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 79

Quadro 30 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 83 79

Quadro 31 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 81

Quadro 32 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 81

Quadro 33 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 83 82

Quadro 34 ndash Criteacuterios de avaliaccedilatildeo para acuacutestica de edifiacutecios novos 82

Quadro 35 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 86

Quadro 36 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 86

Quadro 37 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 86

Quadro 38 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 87

Quadro 39 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 88

Quadro 40 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 112 88

Quadro 41 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 89

Quadro 42 ndash Criteacuterios avaliados ndash MQI 89

Quadro 43 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 89

Quadro 44 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 121 89

Quadro 45 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 90

Quadro 46 ndash Criteacuterios avaliados ndash MQI 90

Quadro 47 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 90

Quadro 48 ndash Criteacuterios avaliados ndash MQI 131 91

Quadro 49 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 92

Quadro 50 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 92

Quadro 51 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 141 92

Quadro 52 ndash Criteacuterios avaliados em QAP 93

Quadro 53 ndash Criteacuterios avaliados em QI 41 94

LISTA DE GRAacuteFICOS

Graacutefico 1- Evoluccedilatildeo do PIB Brasil e do PIB da Construccedilatildeo Civil 17

Graacutefico 2 - Estimativa de crescimento populacional mundial (adaptado do inglecircs) 23

Graacutefico 3 ndash Dia com temperatura meacutedia diaacuteria miacutenima 81

Graacutefico 4 ndash Meacutedias do niacutevel de ruiacutedo dos locais avaliados 83

Graacutefico 5 ndash Iacutendice de atenuaccedilatildeo acuacutestica 85

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ABNT Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas

ACV Avaliaccedilatildeo de ciclo de vida

AQUA Alta Qualidade Ambiental

ASBEA Associaccedilatildeo Brasileira dos Escritoacuterios de Arquitetura

BEE Building Environmental Efficiency

BRE Building Research Establishment

BREEAM Building Research Establishment Environmental Assessment Method

CASBEE Comprehensive Assessment System for Building Environmental

Efficiency

CBIC Cacircmara Brasileira da Induacutestria da Construccedilatildeo

CBCS Conselho Brasileiro de Construccedilatildeo Sustentaacutevel

CQI Controle da qualidade intriacutenseca

COV Compostos Orgacircnicos Volaacuteteis

CO Dioacutexido de Carbono

EV Escritoacuterio Verde

GBC Green Building Council

HQE Haute Qualiteacute Environnementale

HKBEAM Honk Kong Building Environmental Assessment

IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica

IDHEA Instituto para Desenvolvimento da Habitaccedilatildeo Ecoloacutegica

LCA Life cicle assessment

LEED Leadership in Energy amp Environmental Design

MQI Melhoria da qualidade intriacutenseca

NBR Norma brasileira

ONU Naccedilotildees Unidas

PNUMA Programa das Naccedilotildees Unidas para o Meio Ambiente

QAE Qualidade ambiental do edifiacutecio

QAEop Qualidade ambiental do edifiacutecio em operaccedilatildeo

QAP Qualidade ambiental das praacuteticas

QI Qualidade intriacutenseca

SANEPAR Companhia de Saneamento do Paranaacute

SFCR Sistema fotovoltaico conectado aacute rede

SFI Sistema fotovoltaico isolado

SGE Sistema de gestatildeo do empreendimento

SGO Sistema de gestatildeo da operaccedilatildeo

USGBC US Green Building Council

UTFPR Universidade Tecnoloacutegica Federal do Paranaacute

WWF World Wildlife Fund

WRI World Resources Institute

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 17

11 CONSIDERACcedilOtildeES INICIAIS 17

12 OBJETIVOS 19

121 Objetivo Principal 19

122 Objetivos Especiacuteficos 19

13 DELIMITACcedilOtildeES 19

14 JUSTIFICATIVA 20

15 ESTRUTURA DA DISSERTACcedilAtildeO 22

2 REVISAtildeO DA LITERATURA 23

21 CONTEXTUALIZACcedilAtildeO 23

22 DESENVOLVIMENTO SUSTENTAacuteVEL 25

23 CONSTRUCcedilAtildeO SUSTENTAacuteVEL 28

24 SISTEMAS DE AVALIACcedilAtildeO DO DESEMPENHO DE EDIFIacuteCIOS 29

241 Anaacutelise do Ciclo de Vida ndash ACV 31

242 Sistemas de Certificaccedilatildeo de Edifiacutecios 31

243 Principais Sistemas de Certificaccedilatildeo no Brasil 36

244 Processo AQUA de certificaccedilatildeo 37

3 METODOLOGIA 43

4 ESTUDO DE CASO ESCRITOacuteRIO VERDE DA UTFPR 45

41 CONTEXTUALIZACcedilAtildeO 45

42 CONSTRUCcedilAtildeO DO ESCRITOacuteRIO VERDE 46

5 RESULTADOS E DISCUSSOtildeES 52

51 AVALIACcedilAtildeO DO DESEMPENHO AMBIENTAL DO EV 52

511 SGO ndash Sistema de gestatildeo da operaccedilatildeo 52

512 QAEop ndash Qualidade Ambiental do Edifiacutecio na Fase Operaccedilatildeo 54

513 QAP ndash Qualidade Ambiental das Praacuteticas 92

6 CONCLUSOtildeES 94

REFEREcircNCIAS 99

ANEXOS 106

17

1 INTRODUCcedilAtildeO

11 CONSIDERACcedilOtildeES INICIAIS

Em 1987 foi publicado pela ONU (Naccedilotildees Unidas) o documento ldquoNosso

Futuro Comumrdquo mais conhecido como o relatoacuterio de Brundtland 25 anos se

passaram e a ideia de desenvolvimento sustentaacutevel continua vaacutelida nos dias de

hoje No entanto destaca-se o fato de ainda ser um conceito de aceitaccedilatildeo

generalizada quando deveria ser uma praacutetica cotidiana (ONU 2012)

Nesse contexto apresenta-se o setor da construccedilatildeo civil que cresce a

taxas superiores agraves do PIB (produto interno bruto) nacional De acordo com

dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica (IBGE) em

2012 enquanto o Paiacutes apresentou expansatildeo de 09 a construccedilatildeo civil

cresceu 14 O resultado da Construccedilatildeo foi o segundo melhor da Induacutestria

ficando atraacutes do setor de produccedilatildeo e distribuiccedilatildeo de eletricidade gaacutes aacutegua

esgoto e limpeza urbana (36)

Conforme Graacutefico 1 divulgado pela Cacircmara Brasileira da Industria da

Construccedilatildeo - CBIC em 2011 enquanto PIB nacional cresceu 75 o da

Construccedilatildeo registrou incremento de 116 justificado pelo lanccedilamento do

Programa Minha Casa Minha Vida ndash PMCMV em 2010

Graacutefico 1- Evoluccedilatildeo do PIB Brasil e do PIB da Construccedilatildeo Civil

Fonte CBIC (2011)

18

Para CBIC (2011) a induacutestria da construccedilatildeo eacute considerada ldquoo motor do

desenvolvimentordquo brasileiro dos proacuteximos anos No entanto observa-se que as

praacuteticas para amenizar os impactos gerados pelo setor natildeo acompanham

tamanho crescimento

Em contrapartida surgem no Brasil poliacuteticas em prol da preservaccedilatildeo

ambiental impulsionando toda cadeia produtora um exemplo eacute a Instruccedilatildeo

Normativa nordm 01 de 2010 que dispotildee sobre os criteacuterios de sustentabilidade

ambiental na aquisiccedilatildeo de bens contrataccedilatildeo de serviccedilos ou obras pela

Administraccedilatildeo Puacuteblica Federal direta autaacuterquica e fundacional

Outro ganho eacute a Norma Brasileira de Desempenho de Edifiacutecios NBR

155752013 que comeccedila a vigorar em julho desse ano e traz alguns itens

ineacuteditos nas normativas brasileiras como o conceito de vida uacutetil para os

sistemas Outro aspecto relevante eacute o papel que o usuaacuterio passaraacute a exercer

pois para que o desempenho miacutenimo seja atingido ao longo do tempo seraacute

necessaacuterio agrave implementaccedilatildeo de programas de manutenccedilatildeo corretiva e

preventiva (ASBEA 2013)

Destacam-se tambeacutem os sistemas de certificaccedilatildeo ambiental de

edificaccedilotildees que vecircm ganhando grande aceitaccedilatildeo no mercado brasileiro

apresentando-se como forma fundamental de incentivo das praacuteticas

sustentaacuteveis e principalmente como instrumento para garantir que as

edificaccedilotildees tenham um bom desempenho durante sua vida uacutetil

Dentro desse contexto a pesquisa apresentada dedicou-se na anaacutelise do

processo de certificaccedilatildeo ambiental AQUA (Alta Qualidade Ambiental) lanccedilado

em 2008 elaborado pela Fundaccedilatildeo Carlos Alberto Vanzolini instituiccedilatildeo privada

sem fins lucrativos criada mantida e gerida pelos professores do

Departamento de Engenharia de Produccedilatildeo da Escola Politeacutecnica da

Universidade de Satildeo Paulo O sistema foi adaptado exclusivamente para a

realidade brasileira a partir do modelo de certificaccedilatildeo francecircs HQE Haute

Qualiteacute Environnementale O processo AQUA eacute uma certificaccedilatildeo reconhecida

internacionalmente por diversas entidades certificadoras no mundo Franccedila

Alemanha Inglaterra Finlacircndia Itaacutelia e Estados Unidos que fazem parte da

SB Alliance da qual a Fundaccedilatildeo eacute membro fundador (REVISTA TEacuteCHNE

2009)

19

Inicialmente buscou-se o entendimento do referencial teacutecnico elaborado

pela Fundaccedilatildeo Vanzolini em 2007 para edifiacutecios novos abordando as fases

que antecedem a operaccedilatildeo as etapas de programa concepccedilatildeo (projeto) e

realizaccedilatildeo (execuccedilatildeo) Posteriormente deu-se a analise do referencial de

operaccedilatildeo fornecido pela Fundaccedilatildeo Vanzolini versatildeo provisoacuteria de 2010

atualmente em processo de revisatildeo

Com o objetivo de aplicar o conhecimento adquirido na anaacutelise dos

referidos referenciais optou-se por adotar do Escritoacuterio Verde - EV da UTFPR

construiacutedo dentro de criteacuterios sustentaacuteveis como objeto de estudo analisando

a conformidade ou natildeo conformidade quanto aos criteacuterios de desempenho

ambiental definidos no referencial AQUA de operaccedilatildeo de edifiacutecios

12 OBJETIVOS

121 Objetivo Principal

Analisar o desempenho ambiental do Escritoacuterio Verde da UTFPR tendo

como base o referencial teacutecnico de operaccedilatildeo e uso fornecido pela Fundaccedilatildeo

Vanzolini

122 Objetivos Especiacuteficos

Analisar o referencial teacutecnico para edifiacutecios do setor de serviccedilos em

operaccedilatildeo e uso elaborado pela Fundaccedilatildeo Vanzolini em maio de 2010

Avaliar o EV quanto o atendimento dos requisitos exigidos pelo AQUA

para a obtenccedilatildeo da certificaccedilatildeo na fase operaccedilatildeo e uso

Promover maior percepccedilatildeo sobre a importacircncia da certificaccedilatildeo de

edifiacutecios na fase operaccedilatildeo e uso como forma de garantir um desempenho

ambiental satisfatoacuterio durante sua vida uacutetil

13 DELIMITACcedilOtildeES

Para este estudo foram utilizados dois referenciais teacutecnicos AQUA de

certificaccedilatildeo

20

Vanzolini versatildeo 0 (provisoacuteria) - elaborado em maio de 2010

ndash edifiacutecios escolares versatildeo 0

(provisoacuteria) disponiacutevel no site da Fundaccedilatildeo

consideradas na presente dissertaccedilatildeo

14 JUSTIFICATIVA

O 3ordm Simpoacutesio Brasileiro de Construccedilatildeo Sustentaacutevel ocorrido em 2010

SBCS10 promovido pelo CIB (International Council for Research and

Innovation in Building and Construction) UNEP (United Nations Environment

Programme) e iiSBE (International Initiative for a Sustainable Built

Environment) em parceria com o CBCS (Conselho Brasileiro de Construccedilotildees

Sustentaacuteveis) e uma coalizatildeo de universidades brasileiras liacutederes no tema

Universidade de Campinas (Unicamp) Universidade Federal do Espiacuterito Santo

(UFES) e Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) obteve por

resultado um documento denominado ldquoCarta Abertardquo contendo consideraccedilotildees

referentes ao momento econocircmico e social vivido pelo Brasil Seguem algumas

dessas exposiccedilotildees (CBCS 2010)

a cadeia produtiva da construccedilatildeo civil eacute um dos motores do processo de

desenvolvimento econocircmico do Paiacutes

os programas governamentais de desenvolvimento social como o

Minha Casa Minha Vida - PMCMV e o Programa de Aceleraccedilatildeo do

Crescimento - PAC tem por base a atividade de construccedilatildeo

a cadeia produtiva da construccedilatildeo tem significativos impactos sociais e

ambientais inclusive mudanccedilas climaacuteticas consumo de energia aacutegua

biodiversidade e recursos naturais

Diante desse cenaacuterio surgem no Brasil os sistemas de certificaccedilatildeo

ambiental para edifiacutecios que agregam no sentido de minimizar os impactos

decorrentes da cadeia produtiva da construccedilatildeo civil

Hoje o Brasil ocupa o quarto lugar entre os paiacuteses que mais concentram

edificaccedilotildees feitas a partir de criteacuterios ambientalmente adequados Os Estados

21

Unidos reuacutenem o maior nuacutemero de empreendimentos em anaacutelise seguidos

pela China e pelos Emirados Aacuterabes Unidos (GBC-BRASIL 2013)

O relatoacuterio Rumo a Economia Verde do PNUMA (Programa das Naccedilotildees

Unidas para o Meio Ambiente) 2011 informa que a reduccedilatildeo dos impactos

gerados na construccedilatildeo civil eacute peccedila chave para alcance de uma economia

verde Para o PNUMA economia verde eacute aquela que resulta em melhoria do

bem-estar da humanidade e igualdade social ao mesmo tempo em que reduz

significativamente riscos ambientais e escassez ecoloacutegica

ldquoA construccedilatildeo de novos edifiacutecios verdes e o reequipamento dos edifiacutecios

jaacute existentes que usam energia e recursos de forma intensiva ateacute 2050 podem

resultar na economia de um terccedilo de energia nos setores de construccedilatildeo civil no

mundo inteiro em comparaccedilatildeo com as projeccedilotildees para as construccedilotildees

realizadas da maneira tradicionalrdquo (PNUMA 2011)

Para o coordenador executivo do processo AQUA professor Manuel

Carlos Reis Martins haacute necessidade de se repensar o conceito de custo de

uma obra levando em conta tambeacutem a fase de operaccedilatildeo cujo custo ao longo

dos anos eacute muito maior do que o valor gasto na construccedilatildeo Em termos de

ordem de grandeza do custo total de construccedilatildeo e operaccedilatildeo de um edifiacutecio

em um horizonte de 30 anos cerca de 20 correspondem agrave construccedilatildeo e 80

agrave operaccedilatildeo De outo modo se um edifiacutecio for sustentaacutevel e

consequentemente tiver custos operacionais mais baixos os investimentos

adicionais realizados na fase de construccedilatildeo teratildeo um raacutepido retorno

(ARQUITETURA 2011)

Eacute niacutetido que o tema construccedilotildees sustentaacuteveis com destaque para as

certificaccedilotildees ambientais vem ganhando abrangecircncia no contexto global e tem

um peso certamente crescente e determinante na minimizaccedilatildeo dos impactos

gerados no setor da construccedilatildeo No entanto no Brasil ainda eacute incipiente a

aplicaccedilatildeo desses sistemas no sentido de avaliar e garantir um desempenho

ambiental satisfatoacuterio das edificaccedilotildees durante sua operaccedilatildeo

Para Degani (2010) as metodologias de avaliaccedilatildeo e certificaccedilatildeo de

edifiacutecios podem ser vistas como mecanismos indutores do aperfeiccediloamento do

desempenho das edificaccedilotildees e da proacutepria construccedilatildeo civil

22

15 ESTRUTURA DA DISSERTACcedilAtildeO

O trabalho foi estruturado da seguinte forma

deste trabalho e justifica a relevacircncia desse estudo

histoacuterico e o estado da arte do tema estudado tambeacutem descreve os sistemas

de certificaccedilatildeo mais relevantes da atualidade e suas principais caracteriacutesticas

apitulo eacute a metodologia utilizada na dissertaccedilatildeo

Verde da UTFPR resultados e discussotildees sobre a aplicaccedilatildeo da metodologia

AQUA na fase operaccedilatildeo e uso

conclusotildees e consideraccedilotildees finais

23

2 REVISAtildeO DA LITERATURA

21 CONTEXTUALIZACcedilAtildeO

O ritmo do crescimento populacional no mundo estaacute em constante

decliacutenio sendo a taxa atual de crescimento de 12 ao ano Poreacutem a

populaccedilatildeo mundial continua crescendo em valores absoluto e em 2011 atingiu

a marca de 7 bilhotildees de habitantes O Graacutefico 2 informa que para o alcance do

2ordm bilhatildeo de habitantes no planeta levaram cerca de 123 anos o 3ordm bilhatildeo 33

anos o 4ordm bilhatildeo 15 anos o 5ordm e 6ordm bilhatildeo apenas 12 anos A estimativa para

atingir o 8ordm e 9ordm bilhatildeo eacute de 16 e 26 anos respectivamente mostrando que o

equiliacutebrio estaacute longe de acontecer gerando vaacuterios problemas pois a natureza

natildeo consegue repor na mesma velocidade que o consumo se sucede

Graacutefico 2 - Estimativa de crescimento populacional mundial (adaptado do inglecircs)

Fonte Population Reference Bureau (2011)

A Figura 1 relata as projeccedilotildees do uacuteltimo Relatoacuterio Planeta Vivo da World

Wildlife Fund - WWF (2012) indicando que se a humanidade continuar com

esse modelo de comportamento em 2030 (com 83 bilhotildees de habitantes)

seriam necessaacuterios dois planetas e cerca de trecircs planetas em 2050 (com 93

bilhotildees de habitantes) Esses dados foram calculados por meio da pegada

24

ecoloacutegica que corresponde ao tamanho das aacutereas produtivas de terra e de mar

necessaacuterias para gerar produtos bens e serviccedilos que sustentem determinados

estilos de vida Eacute uma forma de medir em hectares (ha) a extensatildeo de

territoacuterio que uma pessoa ou toda uma sociedade utiliza em meacutedia para se

sustentar

Figura 1 - Pegada ecoloacutegica (adaptado do inglecircs)

Fonte WWF ndash World Wildlife Fund 2012

Os componentes utilizados para o caacutelculo da pegada ecoloacutegica satildeo

apresentados na Figura 1 demonstrando os seguintes aspectos

carbono - a extensatildeo de aacutereas florestais capaz de sequestrar emissotildees

de CO2 derivadas da queima de combustiacuteveis foacutesseis excluindo-se a parcela

absorvida pelos oceanos que provoca a acidificaccedilatildeo

- a extensatildeo de aacutereas de cultivo usadas para a

produccedilatildeo de alimentos e fibras para consumo humano bem como para a

produccedilatildeo de raccedilatildeo para o gado oleaginosa e borracha

- a extensatildeo de aacutereas de pastagem utilizadas para a criaccedilatildeo

de gado de corte e leiteiro e para a produccedilatildeo de couro e produtos de latilde

- a extensatildeo de aacutereas florestais necessaacuterias para o

fornecimento de produtos madeireiros celulose e lenha

25

- representa a extensatildeo de aacutereas cobertas por

infraestrutura humana inclusive transportes habitaccedilatildeo estruturas industriais e

reservatoacuterios para a geraccedilatildeo de energia hidreleacutetrica

- calculada a partir da estimativa de produccedilatildeo primaacuteria

necessaacuteria para sustentar os peixes e mariscos capturados com base em

dados de captura relativos a espeacutecies marinhas e de aacutegua doce

22 DESENVOLVIMENTO SUSTENTAacuteVEL

A associaccedilatildeo entre o desenvolvimento econocircmico e a degradaccedilatildeo da

natureza foi pela primeira vez discutida por um grupo de intelectuais

denominado Clube de Roma fundado em 1968 tornou-se muito conhecido a

partir da publicaccedilatildeo do relatoacuterio intitulado ldquoOs Limites do Crescimentordquo Em

1972 a Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas (ONU) realizou a primeira

conferecircncia mundial sobre meio ambiente em Estocolmo Em 1983 foi criada a

Comissatildeo Mundial do Meio Ambiente e Desenvolvimento que publicou em

1987 o relatoacuterio conhecido como ldquoRelatoacuterio Brundtlandrdquo o qual aponta para a

incompatibilidade entre desenvolvimento sustentaacutevel e os padrotildees de produccedilatildeo

e consumo trazendo agrave tona mais uma vez a necessidade de uma nova relaccedilatildeo

ldquoser humano e meio ambienterdquo

Para a WWF Brasil a definiccedilatildeo mais aceita para desenvolvimento

sustentaacutevel foi descrita no Relatoacuterio de Brundland em 1987 ldquoAtender agraves

necessidades do presente sem comprometer a possibilidade de as geraccedilotildees

futuras atenderem a suas proacuteprias necessidadesrdquo Essa definiccedilatildeo surgiu para

discutir e propor meios de harmonizar dois objetivos o desenvolvimento

econocircmico e a conservaccedilatildeo ambiental (WWF-BRASIL 2013)

Mas foi na Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas para o Desenvolvimento e o

Meio Ambiente - Rio 92 que se consagrou o uso da expressatildeo

desenvolvimento sustentaacutevel O resultado foi agrave adoccedilatildeo de trecircs recomendaccedilotildees

principais a Agenda 21 a Declaraccedilatildeo do Rio e os Princiacutepios relativos a

Florestas e Selvas Foram tambeacutem firmadas duas convenccedilotildees a Convenccedilatildeo

da Biodiversidade e a Convenccedilatildeo do clima

A Agenda 21 foi o principal documento produzido na ECO 92 na qual foi

registrado a importacircncia dos paiacuteses em se comprometerem a refletir local e

26

globalmente sobre a forma pela qual governos empresas e organizaccedilotildees natildeo-

governamentais e todos os setores da sociedade poderiam cooperar no estudo

de soluccedilotildees para os problemas socioambientais

Assim a Agenda 21 possibilitou o debate sobre o desenvolvimento e

construccedilatildeo sustentaacutevel utilizaccedilatildeo de recursos viabilidade econocircmica destes

no mercado processos construtivos desenvolvimento social entre outros

assuntos permitindo aprofundar conhecimentos relacionados com a eficiecircncia

energeacutetica nos edifiacutecios a conservaccedilatildeo da aacutegua potaacutevel e a utilizaccedilatildeo de

materiais que tenham em conta a preservaccedilatildeo do ambiente

Em 2007 foi criado no Brasil o Conselho Brasileiro de Construccedilatildeo

Sustentaacutevel (CBCS) que tem como objetivo a utilizaccedilatildeo de praacuteticas

sustentaacuteveis no setor da construccedilatildeo civil trazendo qualidade de vida aos

usuaacuterios trabalhadores e ao ambiente em torno da edificaccedilatildeo

O evento mais recente foi a RIO + 20 realizado em junho de 2012

Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas sobre desenvolvimento sustentaacutevel sediado

no Rio de Janeiro Brasil Como resultado obteve-se a elaboraccedilatildeo de um

documento intitulado ldquoO futuro que queremosrdquo

27

Principais acontecimentos referentes ao desenvolvimento sustentaacutevel

podem ser vistos no Quadro 1

ANO EVENTO RESUMO

1968 Criaccedilatildeo do Clube de Roma

Organizaccedilatildeo informal cujo objetivo era promover o entendimento dos

componentes variados mas interpendentes ndash econocircmicos poliacuteticos

naturais e sociais que formam o sistema global

1972 Publicaccedilatildeo do livro Os limites do crescimento

Informe apresentado pelo Clube de Roma no qual previa que as

tendecircncias que imperavam ateacute entatildeo conduziriam a uma escassez

catastroacutefica dos recursos naturais e a niacuteveis perigosos de

contaminaccedilatildeo num prazo de 100 anos

1972Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas sobre o Meio Ambiente

Humano em Estocolmo Sueacutecia

A primeira manifestaccedilatildeo dos governos de todo o mundo com as

consequumlecircncias da economia sobre o meio ambiente Participaram

113 Estados-membros da ONU Um dos resultados do evento foi a

criaccedilatildeo do Programa das Naccedilotildees Unidas sobre o Meio Ambiente

(PNUMA)

1987Publicaccedilatildeo do informe Brundtland o ldquoNosso

Futuro Comumrdquo

Um dos mais importantes sobre a questatildeo ambiental e o

desenvolvimento Vincula estreitamente economia e ecologia e

estabelece o eixo em torno do qual se deve discutir o

desenvolvimento formalizando o conceito de desenvolvimento

sustentaacutevel

1992Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas sobre o Meio

Ambiente e Desenvolvimento ou Cuacutepula da Terra

Realizada no Rio de Janeiro constitui-se no mais importante foro

mundial jaacute realizado Abordou novas perspectivas globais e de

integraccedilatildeo da questatildeo ambiental planetaacuteria e definiu mais

concretamente o modelo de desenvolvimento sustentaacutevel

Participaram 170 Estados que aprovaram a Declaraccedilatildeo do Rio e

mais quatro documentos entre os quais a Agenda 21

1995 Berlim COP 1 - Conferecircncia sobre o clima

A primeira COP (Conferencia das Partes) tece como destaque a

decisatildeo de se apresentar no encontro de 1997 um documento

tornando oficial o comprometimento dos paiacuteses de reduccedilatildeo das

emissotildees de gases do efeito estufa

1997 Rio + 5 - Protocolo de Kyoto

Realizado em New York teve como objetivo analisar a

implementaccedilatildeo do Programa da Agenda 21 Visa combater o

aquecimento global que causa o efeito estufa

2002Cuacutepula Mundial sobre o Desenvolvimento Sustentaacutevel ndash

Rio + 10

Realizada em Johannesburgo nos meses de agosto e setembro

procurou examinar se foram alcanccediladas as metas estabelecidas pela

Conferecircncia do Rio-92 e serviu para que os Estados reiterassem seu

compromisso com os princiacutepios do desenvolvimento sustentaacutevel

2005 Montreal COP11 MOP1- Conferencia sobre o clima

Ocorreu juntamente com a Primeira Conferecircncia das Partes do

Protocolo de Quioto (COPMOP1) Jaacute entra na pauta a discussatildeo do

segundo periacuteodo do Protocolo apoacutes 2012 para o qual instituiccedilotildees

europeacuteias defendem reduccedilotildees de emissatildeo na ordem de 20 a 30 ateacute

2030 e entre 60 e 80 ateacute 2050

2007 Bali COP 13MOP3 - Conferencia sobre o clima

A reuniatildeo estabeleceu compromissos mensuraacuteveis transparentes e

verificaacuteveis para a reduccedilatildeo de emissotildees causadas por desmatamento

das florestas tropicais para o acordo que substituiraacute o Protocolo de

Quioto Recebeu o apelido mapa do caminho

2009 Copenhagem COP 15 -Conferencia sobre o clima

O encontro era considerado o mais importante da histoacuteria recente

dos acordos multilaterais ambientais pois tinha por objetivo

estabelecer o tratado que substituiraacute o Protocolo de Kyoto vigente

de 2008 a 2012 Entretanto a Conferecircncia de Copenhague foi

considerada em grande parte decepcionante

2010 Cancun COP 16 - Conferencia sobre o clima

Aqui vocecirc encontra anaacutelises dos integrantes do Observatoacuterio do

Clima posts no blog imagens e referecircncias para acompanhar mais

essa etapa das negociaccedilotildees multilaterais

2011 Durban COP 17 - Conferencia sobre o climaA proposta resultante da reuniatildeo foi vista pelos ambientalistas como

modesta insuficiente e sem ambiccedilotildees

2012 Rio + 20

A Rio+20 foi a maior Conferecircncia da ONU jaacute realizada com ampla

participaccedilatildeo de liacutederes de todos os setores Aleacutem do resultado

oficial muito criticado resumido no documento ldquoO Futuro que

Queremosrdquo e das dezenas de propostas da sociedade civil

organizada na Cuacutepula dos Povos a Rio+20 foi palco de 705

compromissos voluntaacuterios entre governos ONGs e Major Groups ndash

incluindo 500 empresas induacutestrias universidades entre outros

Quadro 1 ndash Principais eventos relacionados ao desenvolvimento sustentaacutevel

Fonte A autora 2012

28

23 CONSTRUCcedilAtildeO SUSTENTAacuteVEL

No acircmbito da Agenda 21 para a construccedilatildeo sustentaacutevel em paiacuteses em

desenvolvimento a construccedilatildeo sustentaacutevel eacute definida como um processo

holiacutestico que aspira a restauraccedilatildeo e manutenccedilatildeo da harmonia entre os

ambientes natural e construiacutedo e a criaccedilatildeo de assentamentos que afirmem a

dignidade humana e encorajem a equidade econocircmica No contexto do

desenvolvimento sustentaacutevel o conceito transcende a sustentabilidade

ambiental para abraccedilar a sustentabilidade econocircmica e social que enfatiza a

adiccedilatildeo de valor agrave qualidade de vida dos indiviacuteduos e das comunidades

(MINISTEacuteRIO DO MEIO AMBIENTE 2013)

As construccedilotildees sustentaacuteveis satildeo antes de tudo intervenccedilotildees conscientes

e planejadas Buscam satisfazer as necessidades humanas empregando de

forma inteligente os recursos disponiacuteveis visando natildeo esgotaacute-los

preservando-os para as geraccedilotildees futuras Desenvolve soluccedilotildees para os

problemas que a proacutepria construccedilatildeo gera (RIBEIRO 2010)

ldquoEdificaccedilatildeo sustentaacutevel eacute aquela que pode manter moderadamente ou

melhorar a qualidade de vida e harmonizar-se com o clima a tradiccedilatildeo a

cultura e o ambiente na regiatildeo ao mesmo tempo em que conserva a energia e

os recursos recicla materiais e reduz as substacircncias perigosas dentro da

capacidade dos ecossistemas locais e globais ao longo do ciclo de vida do

edifiacuteciordquo (IDHEA 2010)

A Associaccedilatildeo Brasileira dos Escritoacuterios de Arquitetura - ASBEA o

Conselho Brasileiro de Construccedilatildeo Sustentaacutevel - CBCS e outras instituiccedilotildees

apresentam diversos princiacutepios baacutesicos da construccedilatildeo sustentaacutevel dentre os

quais se destacam (GUIA DA SUSTENTABILIDADE 2008)

proveitamento de condiccedilotildees naturais locais

tilizar miacutenimo de terreno e integrar-se ao ambiente natural

mplantaccedilatildeo e anaacutelise do entorno

atildeo provocar ou reduzir impactos no entorno

ualidade ambiental interna e externa

estatildeo sustentaacutevel da implantaccedilatildeo da obra

daptar-se agraves necessidades atuais e futuras dos usuaacuterios

29

so de mateacuterias-primas que contribuam com a eco-eficiecircncia do

processo

educcedilatildeo do consumo energeacutetico

educcedilatildeo do consumo de aacutegua

eduzir reutilizar reciclar e dispor corretamente os resiacuteduos soacutelidos

ntroduzir inovaccedilotildees tecnoloacutegicas sempre que possiacutevel e viaacutevel

ducaccedilatildeo ambiental conscientizaccedilatildeo dos envolvidos no processo

Segundo SILVA (2007) a definiccedilatildeo de um edifiacutecio sustentaacutevel eacute

relacionada sempre comparativamente agraves praacuteticas correntes O desempenho

ambiental de um edifiacutecio sustentaacutevel de 2010 deve ser muito melhor do que o

de um edifiacutecio sustentaacutevel da deacutecada de 1990 Portanto os conceitos de

edifiacutecio sustentaacutevel estatildeo sempre em evoluccedilatildeo

24 SISTEMAS DE AVALIACcedilAtildeO DO DESEMPENHO DE EDIFIacuteCIOS

Com a crise do petroacuteleo na deacutecada de 1970 mecanismos legais de

reduccedilatildeo do consumo de energia comeccedilaram a ser implantados nos paiacuteses

desenvolvidos Os sistemas de avaliaccedilatildeo foram criados como forma de

analisar os impactos ambientais e classificar os edifiacutecios em Green Building

(SILVA 2007)

O conceito do Green Building ou ldquoEdificio verderdquo ganhou forccedila no iniacutecio da

deacutecada de 90 por meio da criaccedilatildeo do USGBC - United States Green Building

Council A entidade desenvolveu criteacuterios para medir a eficiecircncia das

edificaccedilotildees assim concede o selo de edifiacutecio verde agrave obra (SILVA 2007)

Para Reijnders e Van Roekel (1999) existem duas abordagens principais

de avaliaccedilatildeo ambiental a quantitativa e a qualitativa A primeira delas eacute a

Avaliaccedilatildeo de Ciclo de Vida (ACV) que trabalha com dados quantitativos de

fluxo energeacutetico A segunda trata-se de meacutetodos que usam sistemas de

pontuaccedilatildeo ou conceitos para anaacutelise dos dados qualitativos Tais ferramentas

satildeo denominadas eco-labellings

Segundo pesquisa realizada pelo World Resources Institute ndash WRI entre

o uacuteltimo quadrimestre de 2009 e o primeiro de 2010 existem aproximadamente

340 selos ecoloacutegicos que certificam produtos e serviccedilos espalhados por

aproximadamente 42 paiacuteses no mundo (WRI 2010)

30

Quanto ao desempenho de edifiacutecios sustentaacuteveis desta-se o Modelo de

Gerenciamento da Sustentabilidade de Facilidades Construiacuteda - MGS proposto

por Degani (2010) baseado no meacutetodo PDCA (planejar (plan) fazer (do)

checar (check) e agir (act))

O modelo MGS foi fundamentado no conceito de gestatildeo para o

desempenho e propotildeem diretrizes para implementaccedilatildeo de um sistema de

gestatildeo com objetivos de sustentabilidade na rotina diaacuteria dos agentes

responsaacuteveis (denominados no MGS de gerentes de facilidades) pelo uso

operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo dos edifiacutecios contemplando as seguintes etapas

(DEGANI 2010)

l

Importante esclarecer que o MGS eacute resultado de uma pesquisa de tese de

doutorado necessitando de avaliaccedilatildeo quanto a sua aplicabilidade e eficaacutecia

Degani (2010) sugere que o modelo seja utilizado como forma de introduzir a

sistemaacutetica do gerenciamento dos aspectos de sustentabilidade requerido pelo

sistema de certificaccedilatildeo

A gestatildeo de desempenho ambiental de edifiacutecios sustentaacuteveis em

operaccedilatildeo ainda eacute incipiente no Brasil mas haacute vaacuterios paiacuteses que jaacute fazem uso

de ferramentas que promovem a melhoria e controle de desempenho das

edificaccedilotildees As iniciativas envolvem a implantaccedilatildeo de padrotildees e guias para

melhoria de desempenho certificaccedilotildees ou selos verdes promoccedilatildeo do

desenvolvimento de meacutetodos para avaliaccedilatildeo de projetos e construccedilotildees entre

outros Portanto haacute um grande nuacutemero de ferramentas que abordam o tema

considerando uma grande variedade de condiccedilotildees fiacutesicas caracteriacutesticas das

edificaccedilotildees e prioridades ambientais conforme regiatildeo As formas para atingir

esses objetivos variam de simples listas de verificaccedilatildeo a complexos sistemas

informatizados abrangendo etapas de programaccedilatildeo orientando para o

planejamento de edifiacutecios sustentaacuteveis passando por simuladores de

31

desempenho que apoiam as etapas de projeto baacutesico e projeto executivo

incluindo a avaliaccedilatildeo do edifiacutecio em uso

241 Anaacutelise do Ciclo de Vida ndash ACV

O termo ACV ou em inglecircs ldquoLife Cycle Assessmentrdquo (LCA) foi utilizado

primeiramente nos Estados Unidos da Ameacuterica (EUA) em 1990 O conceito de

ciclo de vida tem-se estendido para aleacutem de um simples meacutetodo para comparar

produtos sendo atualmente visto como uma parte essencial para conseguir

objetivos mais abrangentes tais como sustentabilidade (CURRAN 1999)

A Anaacutelise do Ciclo de Vida (ACV) ou Avaliaccedilatildeo do Ciclo de Vida eacute um

instrumento de gestatildeo ambiental aplicaacutevel a bens e serviccedilos tambeacutem

conhecida pela expressatildeo ldquocradle to graverdquo (do berccedilo ao tuacutemulo) berccedilo

indicando a origem dos insumos primaacuterios mediante a extraccedilatildeo de recursos

naturais e tuacutemulo o destino final dos resiacuteduos que natildeo seratildeo reusados ou

reciclados (BARBIERI 2004)

A Norma ISO 14040 define o ciclo de vida como os Estaacutegios consecutivos

e interligados de um sistema de produto desde a aquisiccedilatildeo da mateacuteria prima

ou geraccedilatildeo de recursos naturais ateacute a disposiccedilatildeo final Conforme Barbieri

(2004) o ciclo completo vai da origem dos recursos naturais ateacute a disposiccedilatildeo

final dos resiacuteduos apoacutes o uso passando por todas as etapas intermediaacuterias

como beneficiamento transporte fabricaccedilatildeo e estocagem

242 Sistemas de Certificaccedilatildeo de Edifiacutecios

Os sistemas de certificaccedilatildeo satildeo em sua maioria baseados na ACV mas

tecircm por outro lado um apelo mercadoloacutegico podendo ter um caraacuteter de

ferramenta poliacutetica e de marketing Os resultados destas anaacutelises dependem

de diversos fatores como o meacutetodo os participantes a demanda local as

abordagens os objetivos bem como suas limitaccedilotildees (SCHEUER e KEOLEIAN

2002)

Segundo Silva (2003) ldquoo primeiro sinal da necessidade de avaliar o

desempenho ambiental de edifiacutecios veio exatamente com a constataccedilatildeo de que

32

mesmo os paiacuteses que acreditavam dominar os conceitos de green design natildeo

possuiacuteam meios para verificar o quatildeo ldquoverderdquo eram de fato seus edifiacuteciosrdquo

Tais ferramentas de avaliaccedilatildeo de desempenho demonstraram-se

eficientes ou natildeo dependendo das condiccedilotildees em que foram empregadas

sendo muitas delas aplicaacuteveis somente a situaccedilotildees muito delimitadas de

condiccedilotildees climaacuteticas e sociais ou em edifiacutecios de uso especiacutefico (PATRICIO

GOUVINHAS 2004)

Em 1990 surgiu no Reino Unido o primeiro selo mundial BREEAM

(Building Research Establishment Environmental Assessment Method) que

dispocircs as bases para outros sistemas de certificaccedilatildeo de edifiacutecios como o BRE

EcoHomes tambeacutem no Reino Unido O HK-BEAM (Honk Kong Building

Environmental Assessment Method) o NF Bacirctiments Tertiaires Deacutemache -

HQE na Franccedila o CASBEE (Comprehensive Assessment System for Building

Environmental Efficiency) no Japatildeo o Green Star na Australia e o LEED

(Leadership in Energy and Environmental Design) nos EUA (SILVA 2007)

A certificaccedilatildeo tem como principal objetivo promover edificaccedilotildees que

durante sua construccedilatildeo vida uacutetil e desconstruccedilatildeo gerem baixos impactos

ambientais garantindo sempre o bem-estar e a sauacutede de seus usuaacuterios e a

viabilidade econocircmica dos empreendimentos Outra premissa da certificaccedilatildeo eacute

promover a conscientizaccedilatildeo e o aprendizado de todas as partes envolvidas

direta ou indiretamente no projeto no processo construtivo e na ocupaccedilatildeo do

edifiacutecio (CBCS 2011)

O projeto de arquitetura apresenta diversas variaacuteveis de acordo com sua

funccedilatildeo e uso assim a ferramenta avaliativa especiacutefica para um determinado

tipo de edificaccedilatildeo em uma determinada regiatildeo com condiccedilotildees climaacuteticas

especiacuteficas provavelmente produziraacute uma avaliaccedilatildeo mais proacutexima da realidade

(SILVA 2007) Para isso eacute necessaacuterio que os sistemas avaliativos tenham

referecircncia natildeo apenas em conceitos universais como o ciclo de vida da

edificaccedilatildeo (NBR 14040 2001) como tambeacutem em criteacuterios essencialmente

regionais como zoneamento bioclimaacutetico bem como a adequaccedilatildeo de metas

de desempenho de acordo com normas vigentes para o local e tipo de

edificaccedilatildeo (NBR 15575 2008)

Os sistemas de certificaccedilatildeo ambiental elaborados para controlar e

monitorar o desempenho ambiental do edifiacutecio em uso utilizam o meacutetodo

33

bastante difundido e mais conhecido como PDCA (planejar (plan) fazer (do)

checar (check) e agir (act))

No livro ldquoO verdadeiro Poderrdquo Falconi descreve que existem dois tipos de

metas que uma organizaccedilatildeo procura resultados que necessitam ser

melhorados e resultados que precisam ser mantidos Nos dois casos utiliza-se

o PDCA qualquer resultado que se melhore deve imediatamente ser

estabilizado nas operaccedilotildees de rotina (FALCONI 2009)

No gerenciamento eacute necessaacuterio utilizar o PDCA para melhorar em

conjunto com o PDCA para manter O PDCA para manter eacute denominado SDCA

na operaccedilatildeo o planejamento eacute representado por ldquoPrdquo e o padratildeo passa a ser

representado por ldquoSrdquo de standardize conforme apresentado na Figura 2

Figura 2 ndash Ciclo PDCA e SDCA

Fonte IBENP (2011)

O Quadro 2 apresenta as algumas caracteriacutesticas dos principais sistemas

de certificaccedilatildeo de edifiacutecios atuantes no mundo

34

Quadro 2 ndash Principais sistemas de certificaccedilatildeo de edificaccedilotildees (continua)

Fonte A autora (2012)

BREEAM - Building Research Establishment Environmental Assessment Method

wwwbreeamorg

Instituiccedilatildeo Responsaacutevel BRE

Abrangecircncia Voltada principalmente ao Reino Unido poreacutem adaptaacutevel ao mundo todo Possui esquemas de

certificaccedilatildeo especiacuteficos para Europa e Regiatildeo do Golfo

Esquemas de avaliaccedilatildeo disponiacuteveis tipos de edifiacutecios avaliados BREEAM Outros Edifiacutecios BREEAM Tribunais The

Code for Sustainable Homes (O Coacutedigo para Casas Sustentaacuteveis) BREEAM EcohomesXB BREEAM Sauacutede BREEAM

Industrial BREEAM Internacional (avalia edifiacutecios ou apoia a criaccedilatildeo de versotildees do BREEAM fora do Reino Unido)

BREEAM Multi-residencial BREEAM Prisotildees BREEAM Escritoacuterios BREEAM Varejo BREEAM Educaccedilatildeo BREEAM

Comunidades BREEAM Em Uso

Classificaccedilotildees Concedidas Pass (Aprovado) Good (Bom) Very Good (Muito Bom) Excellent (Excelente)

Outstanding (Excepcional)

Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo Variam de acordo com o Sistema

CASBEE - Comprehensive Assessment System for Building Environmental Efficiency

wwwibecorjpCASBEEenglish

Instituiccedilatildeo Responsaacutevel Japan Sustainable Building Consortium (JSBC)

Abrangecircncia Aacutesia

Esquemas de avaliaccedilatildeo disponiacuteveis tipos de edifiacutecios avaliados CASBEE para Preacute-Projeto CASBEE para Novas

Construccedilotildees CASBEE para Edifiacutecios existentes e CASBEE para Reformas As ferramentas atendem a uma larga variedade

de usos do edifiacutecio (escritoacuterios escolas habitaccedilatildeo etc)

Classificaccedilotildees Concedidas classe C (fraco) classe B- classe B+ classe A e classe S (excelente)

Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo Q (Qualidade) - Construindo Qualidade Ambiental e Performance Avalia a

melhoria na qualidade de vida dos usuaacuterios do edifiacutecio dentro do espaccedilo fechado hipoteacutetico (propriedade privada)

L (Cargas) - Construindo Cargas Ambientais Avalia os impactos ambientais negativos que vatildeo aleacutem do espaccedilo

hipoteacutetico fechado para o exterior (a propriedade puacuteblica)

Haacute quatro campos de levantamento (1) Eficiecircncia Energeacutetica (2) Eficiecircncia de Recursos (3) Ambiente Local (4)

Ambiente Interno

Green Star

wwwgbcaorgaugreen-star

Instituiccedilatildeo Responsaacutevel Green Building Council Austraacutelia

Abrangecircncia Austraacutelia

Esquemas de avaliaccedilatildeo disponiacuteveis tipos de edifiacutecios avaliados Green Star - Educaccedilatildeo Green Star - Sauacutede Green Star

- Industrial Green Star - Residencial Muacuteltiplas Unidades Green Star - Escritoacuterio Green Star - Interiores de Escritoacuterio

Green Star - Varejo Green Star - Projeto de Escritoacuterio Green Star - Escritoacuterio Construiacutedo

Classificaccedilotildees Concedidas 4 Star Green Star Certified Rating (4 Estrelas - 45-59 pontos) 5 Star Green Star Certified

Rating (5 Estrelas - 60-74 pontos) 6 Star Green Star Certified Rating (6 Estrelas - 75-100 pontos)

Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo Gerenciamento Qualidade Ambiental do Ambiente Interno Energia Transporte

Aacutegua Materiais Uso do Solo amp Ecologia Emissotildees Inovaccedilatildeo O peso de cada uma destas categorias eacute alocado de

acordo com a regiatildeo do paiacutes para atender condiccedilotildees locais especiacuteficas

LEED - Leadership in Energy and Environmental Design

wwwusgbcorgLEED

Instituiccedilatildeo Responsaacutevel US Green Building Council

Abrangecircncia Principalmente Estados Unidos poreacutem atende ao mundo todo

Esquemas de avaliaccedilatildeo disponiacuteveis tipos de edifiacutecios avaliados Novas construccedilotildees Edificaccedilotildees existentes Interiores

Comerciais Nuacutecleo amp Casca Escolas Varejo Sauacutede Casas e Desenvolvimento de Comunidades

Classificaccedilotildees Concedidas Certified (Certificado - 40ndash49 pontos) Silver (Prata - 50ndash59 pontos) Gold (Ouro - 60ndash79

pontos) Platinum (Platina - 80 pontos ou mais)

Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo Possui 5 categorias Ambientais para concessatildeo de creacuteditos Locais Sustentaacuteveis

Eficiecircncia Hiacutedrica Energia e Atmosfera Materiais e Recursos e Qualidade Ambiental do Ambiente Interno Aleacutem disso

pontos extra podem ser concedidos por Inovaccedilatildeo em Design e Especificaccedilotildees Regionais

35

HK - BEAM - Kong Building Environmental Assessment Method

wwwhk-beamorghk

Instituiccedilatildeo Responsaacutevel The BEAM Society

Abrangecircncia Principalmente Hong Kong

Esquemas de avaliaccedilatildeo disponiacuteveis tipos de edifiacutecios avaliados BEAM para Novas Edificaccedilotildees BEAM para Edificaccedilotildees

Existentes

Classificaccedilotildees Concedidas Platinum (Platina - Excelente) Gold (Ouro - Muito Bom) Silver (Prata - Bom) Bronze

(Bronze - Acima da Meacutedia)

Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo Avaliaccedilatildeo baseada em creacuteditos para benchmark (melhores praacuteticas) da performance

ambiental dos edifiacutecios ao longo do ciclo de vida sobre o local uso de materiais aspectos energeacuteticos consumo de aacutegua

qualidade ambiental do ambiente interno e inovaccedilotildees

HQE - Haute Qualiteacute Environnementale

assohqeorghqe

Instituiccedilatildeo Responsaacutevel Association pour la Haute Qualiteacute Environnementale (ASSOHQE)

Abrangecircncia Principalmente Franccedila atende tambeacutem Beacutelgica Luxemburgo Tuniacutesia e Argeacutelia

Tipos de edifiacutecios avaliados edifiacutecios novos e edifiacutecios existentes nas modalidades comercial residencial individual e coletivo

Classificaccedilotildees Concedidas Base (de acordo com regulamento) Eficiente (boa praacutetica) Muito eficiente (melhor

praacutetica)

Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo Manejo de impactos ao ambiente exterior (relaccedilatildeo harmocircnica com o ambiente

imediato escolha integrada dos meacutetodos de construccedilatildeo e materiais evitar incocircmodo aos arredores minimizaccedilatildeo do

uso de energia minimizaccedilatildeo do uso de aacutegua minimizaccedilatildeo de resiacuteduos em operaccedilotildees minimizaccedilatildeo da necessidade de

manutenccedilatildeo e reparos) e criaccedilatildeo de Ambiente Interno Agradaacutevel (medidas de controle hidroteacutermico medidas de

controle acuacutestico atratividade visual medidas de controle de odores higiene e limpeza dos espaccedilos internos controle

da qualidade do ar controle da qualidade da aacutegua)

DGNB - Deutsche Gesellschaft fuumlr Nachhaltiges Bauen

wwwdgnbde_en

Instituiccedilatildeo Responsaacutevel Conselho alematildeo de construccedilatildeo sustentaacutevel

(DGNB for ldquoDeutsche Gesellschaft fuumlr NachhaltigesBauenrdquo)

Abrangecircncia Alemanha

Esquemas de avaliaccedilatildeo disponiacuteveis tipos de edifiacutecios avaliados Sistema flexiacutevel avalia diversos tipos de edificio

Classificaccedilotildees Concedidas Gold (Ouro) Silver (Prata) Bronze

Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo Campos avaliados - Aspectos ecoloacutegicos economicos socioculturais e funcionais

tecnologia processos e local Cada campo eacute avaliado com criteacuterios especiacuteficos que podem ser desenhados e pesados de

maneira distinta a depender do perfil de ocupaccedilatildeo Cada campo eacute avaliado durante todo ciclo de vida do edifiacutecio

A avaliaccedilatildeo eacute focada em metas e natildeo em accedilotildees individuais

LIDER A

Instituiccedilatildeo Responsaacutevel Lider A - Sistema de Avaliaccedilatildeo da Sustentabilidade

Abrangecircncia Portugal

Esquemas de avaliaccedilatildeo disponiacuteveis tipos de edifiacutecios avaliados Abrange diferentes tipologias e usos em ambientes

construiacutedos em diferentes fases desde a fase de plano ou projeto a construccedilatildeo operaccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo tambeacutem

trabalha desde a escala da comunidade ateacute empreendimentos e edifiacutecios

Classificaccedilotildees ConcedidasG (menos eficiente) F E (praacutetica usual ou de referecircncia) D C (cerca de 25 superior ao niacutevel E)

B A (desempenho cerca de 50 superior ao niacutevel E) A+ (75 superior ao niacutevel E) A++ (90 superior ao niacutevel E)

Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo O sistema trabalha com um conjunto de seis princiacutepios de bom desempenho

ambiental (integraccedilatildeo local recursos cargas ambientais conforto ambiental vivecircncia socioeconocircmica e uso sustentaacutevel)

traduzidos em 22 aacutereas e 43 criteacuterios Quadro 2 ndash Principais sistemas de certificaccedilatildeo de edificaccedilotildees (conclusatildeo)

Fonte A autora (2012)

36

243 Principais Sistemas de Certificaccedilatildeo no Brasil

No Brasil os sistemas de certificaccedilatildeo de edificaccedilotildees mais difundidos satildeo

O AQUA alta qualidade ambiental o LEED ndash Brasil o PROCEL EDIFICA da

Eletrobraacutes e o Selo CASA AZUL da Caixa Econocircmica O Quadro 3 apresenta

as principais caracteriacutesticas destes selos

PROCEL EDIFICA - Instrumento de Classificaccedilatildeo

wwweletrobrascomPCIetiquetagem_edificios

Instituiccedilatildeo Responsaacutevel Eletrobraacutes

Abrangecircncia Brasil

Tipos de edifiacutecios avaliados Edifiacutecios Comerciais de Serviccedilos e Puacuteblicos e Residenciais

Classificaccedilotildees Concedidas A B C D E

Criteacuterios avaliados para Classificaccedilotildees A eficiecircncia energeacutetica eacute avaliada nos sistemas de envoltoacuteria iluminaccedilatildeo e

condicionamento de ar para edifiacutecios comerciais de serviccedilos e puacuteblicos Nos edifiacutecios residecircncias satildeo avaliados a

envoltoacuteria sistemas de aquecimento de aacutegua aleacutem dos sistemas presentes nas aacutereas comuns dos edifiacutecios

multifamiliares como iluminaccedilatildeo elevadores bombas centriacutefugas etc

SELO CASA AZUL DA CAIXA

downloadscaixagovbr_arquivosdesenvolvimento_urbanogestao_ambientalGuia_Selo_Casa_Azul_CAIXApdf

Instituiccedilatildeo Responsaacutevel Caixa Econocircmica Federal

Abrangecircncia Brasil

Tipos de edifiacutecios avaliados Unidades Habitacionais com valor ateacute R$130 mil

Classificaccedilotildees Concedidas BRONZE (19 Criteacuterios obrigatoacuterios) PRATA (25 criteacuterios sendo 6 de livre escolha) OURO (25

criteacuterios sendo 6 de livre escolha)

Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo 53 criteacuterios de avaliaccedilatildeo distribuiacutedos em seis categorias Qualidade Urbana

Projeto e Conforto Eficiecircncia Energeacutetica Conservaccedilatildeo de Recursos Materiais Gestatildeo da Aacutegua Praacuteticas Sociais

LEED - BRASIL

wwwgbcbrasilorgbrp=certificacao

Instituiccedilatildeo Responsaacutevel Green Building Council Brasil

Abrangecircncia Brasil

Esquemas de avaliaccedilatildeo disponiacuteveis tipos de edifiacutecios avaliados

LEED NC para novas construccedilotildees ou grandes projetos de renovaccedilatildeo- LEED ND para projetos de desenvolvimento de bairro

LEED CS para projetos na envoltoacuteria e parte central do edifiacutecio LEED Retail NC e CI para lojas de varejo

LEED Healthcare para unidades de sauacutede LEED EB_OM para projetos de manutenccedilatildeo de edifiacutecios jaacute existentes

LEED Schools para escolas e LEED CI para projetos de interior ou edifiacutecios comerciais

Classificaccedilotildees Concedidas Selo LEED - 40 pontos Prata 50 pontos Ouro 60 pontos e Platina 80 pontos

Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo Espaccedilo sustentaacuteve eficiecircncia do uso da aacutegua energia e atmosfera

materiais e recursos qualidade ambiental interna inovaccedilatildeo e processos creacuteditos de prioridade regional

Quadro 3 - Principais sistemas de certificaccedilatildeo de edificaccedilotildees no Brasil (continua)

Fonte A autora (2012)

37

AQUA - Alta Qualidade Ambiental

wwwvanzoliniorgbr

Instituiccedilatildeo Responsaacutevel Fundaccedilatildeo Vanzolini

Abrangecircncia Brasil

Tipos de edifiacutecios avaliados Escritoacuterios e Escolas Hoteis e Edifiacutecios Habitacionais

Classificaccedilotildees Concedidas Bom Superior Excelente

Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo 14 Categorias satildeo avaliadas relaccedilatildeo do edifiacutecio com o seu entorno escolha

integrada de produtos sistemas e processos construtivos canteiro de obras com baixo impacto ambiental gestatildeo da

energia gestatildeo da aacutegua gestatildeo dos resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo do edifiacutecio manutenccedilatildeo - permanecircncia do desempenho

ambiental conforto higroteacutermico conforto acuacutestico conforto visual conforto olfativo qualidade sanitaacuteria dos

ambientes qualidade sanitaacuteria do ar qualidade sanitaacuteria da aacutegua Para receber a certificaccedilatildeo deve atender no miacutenimo

7 categorias - Bom 4 categorias - Superior e 3 categorias - Excelente

Quadro 3 - Principais sistemas de certificaccedilatildeo de edificaccedilotildees no Brasil (conclusatildeo)

Fonte A autora (2012)

Para SILVA (2003) os princiacutepios soacutelidos de uma certificaccedilatildeo direcionada

ao contexto brasileiro satildeo

ara ser tecnicamente consistente um meacutetodo de avaliaccedilatildeo deve ser

adaptado a dados nacionais relevantes

ara ser viaacutevel praticamente um meacutetodo de avaliaccedilatildeo deve ser

adaptado ao mercado agraves praacuteticas de construccedilatildeo e agraves tradiccedilotildees locais

ara ser absorvido e difundir-se rapidamente um meacutetodo de avaliaccedilatildeo

deve ser desenvolvido em parceria com as principais partes interessadas

investidores empreendedoresconstrutores e projetistas

ara serem apropriados ao contexto nacional os itens avaliados no

meacutetodo devem ser ponderados para refletir prioridades e interesses nacionais

244 Processo AQUA de certificaccedilatildeo

Em outubro de 2007 foi publicado no Brasil o AQUA (Alta Qualidade

Ambiental) a adaptaccedilatildeo do HQE (versatildeo de fevereiro de 2007) Este sistema

de certificaccedilatildeo ambiental para edifiacutecios foi desenvolvido pela Fundaccedilatildeo Carlos

Alberto Vanzolini em parceria com o Departamento de Engenharia de

Construccedilatildeo Civil da Escola Politeacutecnica da Universidade de Satildeo Paulo (USP) e

o Centre Scientifique et Technique du Bacirctiment (CSTB)

Para Aulicino (2008) o processo AQUA foi desenvolvido com o objetivo de

amenizar os impactos da construccedilatildeo de um edifiacutecio novo ou da reabilitaccedilatildeo de

algum edifiacutecio existente tanto sobre o meio ambiente como sobre a qualidade

38

do ambiente interno para os usuaacuterios (conforto e sauacutede) e externo ao edifiacutecio A

metodologia merece destaque por ser a primeira oficialmente adaptada ao

contexto brasileiro

O processo AQUA abrange as seguintes fases

programa (ideia) - reflexatildeo criativa inicial sobre o empreendimento de

construccedilatildeo em seu contexto soacutecio econocircmico e ambiental

concepccedilatildeo (projeto) ndash tendo como entrada o programa define a

construccedilatildeo sustentaacutevel e como seraacute realizada

ealizaccedilatildeo (construccedilatildeo) - guiada pelas definiccedilotildees do projeto materializa

a construccedilatildeo sustentaacutevel

peraccedilatildeo (uso) ndash monitora o desempenho da edificaccedilatildeo os consumos

as emissotildees despesas entre outros garantindo condiccedilotildees de conforto e sauacutede

ao usuaacuterio com melhor desempenho soacutecio econocircmico e ambiental

esconstruccedilatildeo (a desmontagem) ndash ao final da vida uacutetil permite o

maacuteximo aproveitamento dos materiais e sistemas com menor impacto

ambiental

Em 2013 estavam disponiacuteveis para consulta quatro referenciais teacutecnicos

escritoacuterios edifiacutecios escolares edifiacutecios habitacionais edifiacutecios comerciais e

hoteacuteis O referencial para edifiacutecios que buscam certificaccedilatildeo na fase operaccedilatildeo

encontra-se em periacuteodo de revisatildeo Os referenciais teacutecnicos para sauacutede

esporte e lazer bairros e estradas estatildeo em fase de estudo e em busca de

empresas pioneiras para desenvolvimento dos projetos

O processo eacute feito por meio de 3 (trecircs) auditorias presenciais antecedidas

de anaacutelise teacutecnica dos documentos entregues A avaliaccedilatildeo se baseia em um

perfil ambiental composto pelas seguintes aacutereas de avaliaccedilatildeo eco-construccedilatildeo

eco-gestatildeo conforto e sauacutede Os Quadros 4 e 5 apresentam as 14 categorias

e subcategorias avaliadas no sistema AQUA

39

Quadro 4 ndash Categorias do sistema AQUA

Fonte Fundaccedilatildeo Vanzolini (2011)

1) Relaccedilatildeo do edifiacutecio com o entorno

Implantaccedilatildeo do empreendimento no terreno para desenvolvimento urbano sustentaacutevel

Qualidade dos espaccedilos exteriores para os usuaacuterios

Impacto do edifiacutecio sobre a vizinhanccedila

2) Escolha integrada de produtos sistemas e processos construtivos

Durabilidade e a adaptabilidade da construccedilatildeo

Escolhas construtivas para a facilidade de conservaccedilatildeo da construccedilatildeo

Escolha dos produtos de construccedilatildeo (limitar impactos socioambientais)

Escolha dos produtos de construccedilatildeo (limitar impactos aacute sauacutede humana)

3) Canteiros de obras com baixo impacto ambiental

Otimizaccedilatildeo da gestatildeo dos resiacuteduos do canteiro de obras

Reduccedilatildeo dos incocircmodos poluiccedilatildeo e consumo de recursos causados pelo canteiro de obras

4) Gestatildeo da energia

Reduccedilatildeo de energia por meio de concepccedilatildeo arquitetocircnica

Reduccedilatildeo do consumo de energia primaacuteria dos poluentes associados

5) Gestatildeo da aacutegua

Reduccedilatildeo do consumo de aacutegua potaacutevel

Otimizaccedilatildeo e gestatildeo de aacuteguas pluviais

6) Gestatildeo dos resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo do edificio

Otimizaccedilatildeo da valorizaccedilatildeo dos resiacuteduos gerados pelas atividades de uso e operaccedilatildeo do edifiacutecio

Qualidade do sistema de gestatildeo dos resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo do edifiacutecio

7) Manutenccedilatildeo ndash permanecircncia do desempenho ambiental

Permanecircncia do desempenho dos sistemas de aquecimento e resfriamento

Permanecircncia do desempenho dos sistemas de ventilaccedilatildeo

Permanecircncia do desempenho dos sistemas de iluminaccedilatildeo

Permanecircncia do desempenho dos sistemas de gestatildeo da aacutegua Quadro 5 ndash Subcategorias do sistema AQUA (continua)

Fonte Fundaccedilatildeo Vanzolini (2011)

40

8) Conforto higroteacutermico

Implementaccedilatildeo de medidas arquitetocircnicas para otimizaccedilatildeo do conforto higroteacutermico de veratildeo e inverno

Criaccedilatildeo de condiccedilotildees de conforto higroteacutermico de inverno

Criaccedilatildeo de condiccedilotildees de conforto higroteacutermico de veratildeo em ambientes climatizados naturalmente

Criaccedilatildeo de condiccedilotildees de conforto higroteacutermico de veratildeo em ambientes com sistema de resfriamento artificial

9) Conforto acuacutestico

Otimizaccedilatildeo dos elementos arquitetocircnicos para proteger os usuaacuterios do edifiacutecio de incocircmodos acuacutesticos

Criaccedilatildeo de uma qualidade do meio acuacutestico adaptado aos diferentes ambientes

10) Conforto visual

Garantia de iluminacircncia natural oacutetima evitando seus inconvenientes (ofuscamento)

Iluminaccedilatildeo artificial confortaacutevel

11) Conforto olfativo

Garantia de uma ventilaccedilatildeo eficaz

Controle das fontes de odores desagradaacuteveis

12) Qualidade sanitaacuteria dos ambientes

Controle da exposiccedilatildeo eletromagneacutetica

Criaccedilatildeo de condiccedilotildees de higiene especiacuteficas

13) Qualidade sanitaacuteria do ar

Garantia de uma ventilaccedilatildeo eficaz

Controle das fontes de poluiccedilatildeo

14) Qualidade sanitaacuteria da aacutegua

Qualidade e durabilidade dos materiais empregados em redes internas

Organizaccedilatildeo e proteccedilatildeo das redes internas

Controle da temperatura na rede interna

Controle dos tratamentos anticorrosivo e antiincrustaccedilatildeo Quadro 5 ndash Subcategorias do sistema AQUA (conclusatildeo)

Fonte Fundaccedilatildeo Vanzolini (2011)

Para cada categoria analisada eacute atribuiacutedo um niacutevel de desempenho bom

superior e excelente A Figura 3 demonstra que para obter a certificaccedilatildeo nas

fases programa concepccedilatildeo e realizaccedilatildeo o edifiacutecio precisa atingir pelo menos

trecircs de niacutevel excelente e no maacuteximo 7 niacutevel bom Sendo assim este sistema

natildeo possui escala de pontuaccedilatildeo global

Figura 3 ndash Niacuteveis de avaliaccedilatildeo AQUA

Fonte Fundaccedilatildeo Vanzolini (2011)

41

2441 Certificaccedilatildeo AQUA ndash fase operaccedilatildeo e uso

A primeira versatildeo do Referencial Teacutecnico de Operaccedilatildeo e Uso para

edifiacutecios de serviccedilos foi elaborado em maio de 2010 e ainda encontra-se em

fase de revisatildeo O referencial completo pode ser consultado no Anexo 3 e estaacute

dividido em cinco partes

I - Sistema de gestatildeo da operaccedilatildeo (SGO)

Gestatildeo para compromisso planejamento e controle de desempenho

II ndash Qualidade intriacutenseca (QI)

Perfil da qualidade ambiental do edifiacutecio

III ndash Melhoria da qualidade intriacutenseca (MQI)

Melhoria da qualidade ambiental do conjunto em relaccedilatildeo ao planejamento

IV ndash Controle da qualidade intriacutenseca (CQI)

Qual eacute a forma de garantir o desempenho do edifiacutecio

V ndash Qualidade ambiental das praacuteticas (QAP)

Rotinas - Basicamente divido em compras comunicaccedilatildeo e gestatildeo

Na fase operaccedilatildeo e uso a forma de avaliaccedilatildeo difere das demais fases a

Tabela 1 apresenta a pontuaccedilatildeo miacutenima para ser excelente nas 14 categorias

Tabela 1 ndash Perfil da qualidade ambiental do edifiacutecio em operaccedilatildeo

Fase Programa da Operaccedilatildeo e Uso Pontos miacutenimos em E

Categoria 1- Relaccedilatildeo do edifiacutecio com seu entorno 50 dos pontos aplicaacuteveis

Categoria 2 - Escolha integrada de produtos sistemas e processos construtivos gt 12

Categoria 3 - Canteiro de obras gt 4

Categoria 4 - Energia gt 18 sendo 8 em CQI

Categoria 5 - Aacutegua gt 12 sendo 7 em CQI eou MQI

Categoria 6 - Resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo do edifiacutecio gt 5

Categoria 7 - Conservaccedilatildeo e manutenccedilatildeo gt 13 sendo 8 em CQI ou MQI

Categoria 8 - Conforto higroteacutermico gt 9 sendo 3 em CQI

Categoria 9 - Conforto acuacutestico gt 4

Categoria 10 -Conforto visual gt 10 sendo 3 em CQI

Categoria 11 - Conforto Olfativo gt 7 sendo 3 em CQI

Categoria 12 - Qualidade sanitaacuteria dos ambientes gt 8 sendo 3 em CQI

Categoria 13 - Qualidade sanitaacuteria do ar gt 16 sendo 10 em CQI

Categoria 14 - Qualidade sanitaacuteria da aacutegua gt 8 sendo 5 em CQI

SGO - Sistema de gestatildeo da operaccedilatildeo Atender os requisitos aplicaacuteveis

QAP - Qualidade ambiental da praacutetica gt ou = 50 dos pontos aplicaacuteveis

Fonte Fundaccedilatildeo Vanzolini (2012)

42

Para alcanccedilar o niacutevel bom eacute necessaacuterio atender os requisitos exigidos em

todo referencial na coluna ldquoniacutevelrdquo m letra ldquoBrdquo conforme Figura 4 e para atingir o

niacutevel superior aleacutem de todos os itens ldquoBrdquo precisa atender tambeacutem todos com a

letra ldquoSrdquo

Figura 4 ndash Avaliaccedilatildeo na fase operaccedilatildeo e uso - processo AQUA

Fonte Referencial AQUA (2010)

43

3 METODOLOGIA

A presente dissertaccedilatildeo caracteriza-se como um estudo exploratoacuterio pois

visa ldquoproporcionar maior familiaridade com a questatildeo o problema com vistas a

tornaacute-lo mais expliacutecitordquo (GIL 2002) Geralmente o estudo eacute exploratoacuterio quando

haacute pouco conhecimento sobre o tema a ser abordado (AAKER et al2004) Por

ser um tipo de pesquisa muito especiacutefica quase sempre ela assume a forma

de um estudo de caso (GIL 2008)

A pesquisa tambeacutem se enquadra como pesquisa descritiva pois tem o

objetivo de descrever um determinado fenocircmeno (GIL 2008) Como qualquer

pesquisa ela depende tambeacutem de uma revisatildeo da literatura

Tratando se de uma pesquisa exploratoacuteria e descritiva a metodologia

utilizada foi a qualitativa Conforme Gephart (2004) a pesquisa qualitativa

fornece uma narrativa da visatildeo da realidade dos indiviacuteduos sendo altamente

descritiva Pode fornecer bases para compreender processos de gestatildeo e pode

humanizar a pesquisa realccedilando as intenccedilotildees humanas e os significados do

fenocircmeno (GEPHART 2004)

Para alcanccedilar os objetivos propostos o estudo foi desenvolvido em

algumas etapas segue a descriccedilatildeo das mais importantes

participaccedilatildeo no curso ldquoConstruccedilatildeo sustentaacutevel AQUA ndash Introduccedilatildeordquo

Ministrado pela Fundaccedilatildeo Vanzolini

participaccedilatildeo no curso ldquoConstruccedilatildeo Sustentaacutevel AQUA ndash O Sistema de

Gestatildeo do Empreendimento (SGE)rdquo Ministrado pela Fundaccedilatildeo Vanzolini

participaccedilatildeo no curso ldquoEnergia Solar Fotovoltaicardquo Ministrado pela Blue

Sol ministrado no Escritoacuterio Verde da UTFPR

estudo do referencial teacutecnico AQUA de construccedilatildeo ndash criteacuterios para

avaliaccedilatildeo da fase de construccedilatildeo de escritoacuterios - edifiacutecios comerciais

anaacutelise detalhada do referencial teacutecnico AQUA de Operaccedilatildeo e Uso

fornecido pela Fundaccedilatildeo Vanzolini

levantamento de dados elaboraccedilatildeo de diagnoacutestico inicial referente agrave

construccedilatildeo do Escritoacuterio Verde

referencial teoacuterico baseado na revisatildeo da literatura

realizaccedilatildeo estudo de caso avaliaccedilatildeo da operaccedilatildeo e uso do Escritoacuterio

Verde

44

Importante ressaltar que o cancelamento da realizaccedilatildeo do curso

Construccedilatildeo sustentaacutevel AQUA - operaccedilatildeo e uso previsto pela Fundaccedilatildeo

Vanzolini em outubro de 2012 prejudicaram em partes os resultados da

presente dissertaccedilatildeo

45

4 ESTUDO DE CASO ESCRITOacuteRIO VERDE DA UTFPR

41 CONTEXTUALIZACcedilAtildeO

Atualmente os Centros Universitaacuterios Sustentaacuteveis chamados

Greencampi satildeo uma realidade em diversos paiacuteses como Europa Estados

Unidos Austraacutelia e Nova Zelacircndia Os campi universitaacuterios assumem funccedilatildeo

relevante uma vez que estudantes professores e comunidade externa

convivem diariamente em espaccedilo integrado adaptando a este todas suas

atividades e necessidades (ESCRITOacuteRIO VERDE 2012)

A grande maioria dessas Universidades possui um Green Office ou

ldquoEscritoacuterio Verderdquo onde satildeo planejadas e implantadas as praacuteticas sustentaacuteveis

nos campi Atuando em conjunto com outros departamentos das

Universidades esse ldquoEscritoacuteriordquo atende a gestatildeo ambiental do campus

tornando mais faacutecil o gerenciamento interno das Instituiccedilotildees de Ensino

Superior (IES) (ESCRITOacuteRIO VERDE 2012)

No Brasil este movimento jaacute comeccedila a surgir em algumas IES seguindo

uma tendecircncia global e diante da necessidade das Universidades em se

posicionarem com relaccedilatildeo ao desenvolvimento de forma consciente perante a

sociedade O desenvolvimento sustentaacutevel natildeo se traduz assim apenas nas

praacuteticas de ensino mas na implantaccedilatildeo de praacuteticas de gestatildeo ambiental

(ESCRITOacuteRIO VERDE 2012)

O Escritoacuterio Verde empreendimento da Universidade Tecnoloacutegica Federal

do Paranaacute (UTFPR) Campus Curitiba conforme ilustrado na Figura 5 estaacute

localizado na Avenida Silva Jardim nordm 807 entre a Rua Des Westphalen e a

Av Mal Floriano Peixoto e aos fundos do local dispotildee de uma aacuterea com

quadra coberta e edifiacutecio onde se encontra instalado atualmente o Centro de

Liacutenguas da Universidade O empreendimento foi implantado na parte frontal do

terreno onde existia uma quadra esportiva polivalente em desuso

(ESCRITOacuteRIO VERDE 2012)

O edifiacutecio eacute um departamento da universidade que tem como escopo

desenvolver e implantar programas que reduzam o impacto ambiental das

atividades de ensino e pesquisa conduzidas no Campus Curitiba O Escritoacuterio

tambeacutem abriga a sede do ldquoCentro Regional de Integraccedilatildeo Expertise de

Educaccedilatildeo para o Desenvolvimento Sustentaacutevel ndash CRIE Curitibardquo um centro

46

aprovado pela UNU ndash Universidade das Naccedilotildees Unidas da ONU que compotildee

uma rede de mais de 80 centros no mundo e que visam promover a educaccedilatildeo

para a sustentabilidade (ESCRITOacuteRIO VERDE 2012)

Figura 5 - Localizaccedilatildeo do empreendimento em relaccedilatildeo agrave UTFPR e pontos estrateacutegicos

Fonte Google Earth (2011)

42 CONSTRUCcedilAtildeO DO ESCRITOacuteRIO VERDE

A ideacuteia foi concebida e projetada pelo Prof Dr Eloy Fassi Casagrande Jr

e a empresa ldquoEcoStudio ndash Soluccedilotildees Sustentaacuteveis em Arquitetura e Designrdquo

com apoio da Moacutedulo Arquitetura Sustentaacutevel e a TecVerde Engenharia Ltda

responsaacutevel pela adaptaccedilatildeo do projeto para o sistema construtivo wood-frame

baseado em tecnologia alematilde As Figuras 6 e 7 satildeo as plantas esquemaacuteticas

do EV a Figura 8 eacute o volume projetado e as Figuras 9 e 10 satildeo imagens do

Escritoacuterio finalizado O projeto arquitetocircnico estaacute disponiacutevel no Anexo 2

47

Figura 6 ndash Planta esquemaacutetica do piso teacuterreo do EV

Fonte A autora (2012)

Figura 7 ndash Planta esquemaacutetica do mezanino do EV

Fonte A autora (2012)

48

Figura 8 ndash Perspectiva lateral esquerda do Escritoacuterio Verde

Fonte CASAGRANDE JR (2012)

Figura 9 ndash Vista da lateral esquerda do Escritoacuterio Verde

Fonte Escritoacuterio Verde Online (2012)

Figura 10 ndash Vista dos fundos do Escritoacuterio Verde

Fonte Fonte Escritoacuterio Verde Online (2012)

49

A construccedilatildeo do EV iniciou-se em agosto de 2010 parcerias com a

parceria de aproximadamente 60 empresas que contribuiacuteram com a doaccedilatildeo de

produtos equipamentos e materiais de baixo impacto ambiental

estabelecendo um novo modelo da relaccedilatildeo escola-empresa A obra tambeacutem

contou com o apoio de diversos departamentos da UTFPR em especial o

DICEP ndash Divisatildeo de Conservaccedilatildeo de Edificaccedilotildees e Produccedilatildeo

O projeto foi idealizado seguindo o conceito de arquitetura bioclimaacutetica

possibilitando ventilaccedilatildeo cruzada aproveitamento da fachada norte para

captaccedilatildeo de energia solar a utilizaccedilatildeo de telhado verde que favorece o

conforto ambiental da edificaccedilatildeo entre outros

O Sistema construtivo Wood-frame agilizou a primeira etapa da obra

concluiacuteda em apenas 5 dias Na Figura 11 observa-se a montagem do EV

necessitando de um guindaste para levantamento das paredes que chegaram

ao canteiro de obra prontas de faacutebrica contribuindo com a geraccedilatildeo miacutenima de

resiacuteduos

Figura 11 ndash Montagem das paredes do Escritoacuterio Verde

Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011)

50

Na segunda fase da obra houve a colocaccedilatildeo da cobertura os paineacuteis de

acabamento externo e a colocaccedilatildeo das esquadrias Para o telhado optou-se

pelo sistema rdquoshinglerdquo Os acabamentos externos SmartSide e Siding Vinilico

foram aplicados apoacutes a colocaccedilatildeo de uma membrana hidroacutefuga (Figura 12)

que atua como barreira contra vento poeira vapor drsquoaacutegua e calor

Figura 12 ndash Aplicaccedilatildeo de manta hidroacutefuga nas paredes externas

Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011)

A terceira fase ocorreu em marccedilo de 2011 com a instalaccedilatildeo dos sistemas

sustentaacuteveis como coleta de aacutegua pluvial e sistema fotovoltaico Em paralelo

iniciou-se a fase de acabamento interno e execuccedilatildeo do telhado verde

conforme Figuras 13 e 14

Figura 13 ndash Sistema de moacutedulos em EVA Figura 14 ndash Execuccedilatildeo do telhado verde

Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011) Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011)

51

A Figura 15 demonstra a aplicaccedilatildeo de alguns acabamentos internos No

revestimento das paredes utilizaram-se placas decowall da empresa LP Brasil

no teto tem-se a aplicaccedilatildeo de placas termo-acuacutesticas em madeira mineralizada

suspensas no teto em perfis metaacutelicos o piso elevado foi revestido com

carpete fabricado com material reciclado e as luminaacuterias utilizam lacircmpadas

LED

Figura 15 ndash Revestimentos internos do EV

Fonte Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011)

O Escritoacuterio Verde completou 1 ano de operaccedilatildeo em 06 de dezembro de

2012 periacuteodo em que recebeu duas premiaccedilotildees Precircmio Guia do Estudante ndash

Destaque do Ano na categoria sustentabilidade premiaccedilatildeo da Editora Abril

em parceria com Santander Universidade e um Precircmio da ONU durante a

ldquoSeacutetima Conferecircncia dos Centros de Expertise em Educaccedilatildeo para o

Desenvolvimento Sustentaacutevelrdquo em Tongyeang na Coreacuteia do Sul por

contribuiccedilatildeo na participaccedilatildeo comunitaacuteria em praacuteticas para a sustentabilidade

52

5 RESULTADOS E DISCUSSOtildeES

51 AVALIACcedilAtildeO DO DESEMPENHO AMBIENTAL DO EV

Os resultados apresentados neste capiacutetulo foram dispostos seguindo a

mesma sequecircncia apresentada no referencial de operaccedilatildeo e uso Parte I ndash

Sistema de Gestatildeo da Operaccedilatildeo (SGO) As partes II III e IV foram compiladas

pois representam a Qualidade Ambiental do Edifiacutecio na Operaccedilatildeo (QAEop) e a

parte V - Qualidade Ambiental das Praacuteticas

511 SGO ndash Sistema de gestatildeo da operaccedilatildeo

Para o entendimento de alguns requisitos exigidos no SGO primeiramente

buscou-se a explicaccedilatildeo do SGE (sistema de gestatildeo do empreendimento)

exigido no inicio da fase programa considerado pelo AQUA como a ldquocoluna

vertebralrdquo da certificaccedilatildeo pois eacute a ferramenta para se alcanccedilar a qualidade

ambiental desejada O SGE quanto o SGO satildeo compostos pelos mesmos

itens

comprometimento do empreendedor - eacute a escolha do perfil de qualidade

ambiental desejado o qual deve ser justificado

implementaccedilatildeo e funcionamento - eacute o planejamento definiccedilatildeo de

competecircncias gestatildeo de contratos gestatildeo da comunicaccedilatildeo gestatildeo

documental responsaacuteveis por programar e monitorar cada accedilatildeo

gestatildeo do empreendimento - monitoramento avaliaccedilatildeo da qualidade

ambiental do edifiacutecio accedilotildees corretivas

aprendizagem revisatildeo - confrontar os resultados com os objetivos

definidos no perfil de qualidade ambiental

Primeiramente para definiccedilatildeo do perfil ambiental do edifiacutecio seguiu-se o

modelo sugerido pelo AQUA no referencial de 2007 (edifiacutecios novos) para

hierarquizaccedilatildeo das categorias em funccedilatildeo dos desafios ambientais

estabelecidos A avaliaccedilatildeo completa dos objetivos encontra-se no Anexo 2

A Tabela 2 representa o guia utilizado adaptado do modelo AQUA com

os pontos fortes definidos em cada categoria incluindo o item mobilidade

urbana pois eacute um dos pontos fortes considerados na implantaccedilatildeo do EV

53

Tabela 2 ndash Guia para hierarquizaccedilatildeo das categorias da QAE em funccedilatildeo dos desafios ambientais estabelecidos

EnergiaMaterias

primasAacutegua Ar Aacutegua Solo Ruiacutedos Odores

Local e construccedilatildeo

1 Relaccedilatildeo do edifiacutecio com o seu entorno

11 Consideraccedilatildeo do contexto F

12 Implantaccedilatildeo no terreno F F

2 Escolha integrada de produtos sistemas e processos construtivos

21 Adaptabilidade e durabilidade do edifiacutecio F

22 Escolhas de processos construtivos F F

23 Escolhas de produtos de construccedilatildeo F F

24 Fim de vida do edifiacutecio desconstrutibilidade reciclabilidade F F

3 Canteiro de obras

31 Produccedilatildeo de resiacuteduos identificaccedilatildeo gestatildeo dos resiacuteduos F

32 Incocircmodos e poluiccedilatildeo F F

33 Recursos - consumo de aacutegua e energia F

F = Relaccedilatildeo forte existente entre preocupaccedilatildeo e objetivo

Uma ceacutelula em branco natildeo significa necessariamente uma total ausecircncia de preocupaccedilatildeo

MO

BIL

IDA

DE

UR

BA

NA

OBJETIVOS DE CONTROLE DOS IMPACTOS AMBIENTAIS EXTERIORES E

INTERIORES DO EDIFICIO

Tabela 3 - Guia para a hierarquizaccedilatildeo das categorias de QAE em funccedilatildeo dos desafios ambientais estabelecidos

ME

LH

OR

AR

O

CO

NF

OR

TO

PR

ES

EE

RV

AR

A S

AU

DE

PREOCUPACcedilOtildeES AMBIENTAIS

PRESERVAR OS

RECURSOS

REDUZIR A

POLUICcedilAtildeO

REDUZIR OS

INCOMODOS

RE

DU

ZIR

OS

RE

SID

UO

S

Fonte A autora (2012)

Para o CREA-PR (2011) os deslocamentos natildeo devem ser tratados

apenas como a accedilatildeo de ir e vir mas a partir do conceito de mobilidade

acrescido da preocupaccedilatildeo com a sua sustentabilidade que pode ser traduzida

como o resultado de um conjunto de poliacuteticas de transporte e circulaccedilatildeo que

priorize os modos natildeo motorizados e coletivos de transporte e a acessibilidade

urbana visando tambeacutem as pessoas com deficiecircncia eou mobilidade reduzida

Apoacutes a definiccedilatildeo dos desafios ambientais a serem perseguidos

desenhou-se o perfil ambiental proposto para o Escritoacuterio Verde que pode ser

visualizado na Figura 16 4 categorias niacutevel bom 3 niacutevel superior e 7 niacutevel

excelente

54

Figura 16 ndash Perfil ambiental proposto para o EV

Fonte A autora (2011)

512 QAEop ndash Qualidade Ambiental do Edifiacutecio na Fase Operaccedilatildeo

A QAEop eacute composta por 3 partes Parte II ndash QI Qualidade Intriacutenseca

Parte III ndash MQI Melhoria da Qualidade Intriacutenseca Parte IV ndash CQI Controle da

Qualidade Intriacutenseca Cada categoria foi analisada conforme requisitos

exigidos no referencial AQUA de operaccedilatildeo e uso O campo avaliaccedilatildeo refere-se

ao atendimento ou natildeo do requisito exigido Os campos na coluna avaliaccedilatildeo

que ficaram em branco representam os itens que necessitam de maior

detalhamento para se proceder com a avaliaccedilatildeo

55

Categoria 1 ndash Relaccedilatildeo do edifiacutecio com seu entorno

1 Relaccedilatildeo do Edificio com seu entorno Avaliaccedilatildeo

QI 11

Coerecircncia no uso e operaccedilatildeo do empreendimento no terreno em relaccedilatildeo agraves poliacuteticas locais de

desenvolvimento urbano sustentaacutevel Atende

QI 12 Otimizar os acessos e gerenciar os fluxos Atende

QI 13 Gerenciar os modos de deslocamento e favorecer os menos poluentes Atende

QI 14 Preservar Melhorar a qualidade ecoloacutegica e paisagiacutestica do local do empreendimento Atende

QI 15 Preservar Melhorar a biodiversidade Atende

QI 16 Prevenir o risco de inundaccedilotildees e limitar a poluiccedilatildeo difusa Atende

QI 17 Garantir o conforto ambiental exterior satisfatoacuterio Atende

QI 18 Garantir a iluminaccedilatildeo exterior satisfatoacuteria e limitar os incocircmodos visuais para a vizinhanccedila Atende

QI 19 Limitar a poluiccedilatildeo sonora e garantir o direito agrave calma da vizinhanccedila Atende

QI 110 Garantir espaccedilos exteriores saudaacuteveis e garantir o direito agrave sauacutede dos ocupantes Atende

QI 111 Acessibilidade Accedilatildeo corretiva

Quadro 6 ndash Avaliaccedilatildeo categoria 1 - QI

Fonte Referencial AQUA (2010)

1 Avaliaccedilatildeo

CQI 11 Garantir a conservaccedilatildeo adequada dos espaccedilos exteriores atende

CQI 12 Otimizar as condiccedilotildees de conservaccedilatildeo dos espaccedilos exteriores atende

CQI 13 Supervisionar a qualidade do ar nos estacionamentos fechados Natildeo se aplica

CQI 14Garantir a conservaccedilatildeo e manutenccedilatildeo das instalaccedilotildees de resfriamento nos sistemas de

condicionamento de ar Natildeo se aplica

Relaccedilatildeo do Edificio com seu entorno

Quadro 7 ndash Avaliaccedilatildeo categoria 1 - CQI

Fonte Referencial AQUA (2010)

As consideraccedilotildees a seguir satildeo referentes aos criteacuterios avaliados na QI 13

QI 13 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo

B Atende

Medidas tomadas para limitar o nuacutemero de vagas de estacionamento em funccedilatildeo dos

meios de deslocamento apresentados (salvo recomendaccedilatildeo contraacuteria da legislaccedilatildeo) S E 1 Atende

Medidas tomadas para gerenciar da melhor forma as vagas disponiacuteveis para

estacionamento (sistemas automatizados vigilacircncia manobristas etc)S E 1 NA

Presenccedila de aacuterea de estacionamento reservada aos veiacuteculos limpos S E 1 Implantar

Presenccedila de aacuterea de estacionamento reservada aos veiacuteculos limpos equipados com

dispositivos que favoreccedilam a sua utilizaccedilatildeoS E 2 NA

Disponibilidade de bicicletaacuterios aos ocupantes do edifiacutecio S E 2 Implantar

Presenccedila de bicicletaacuterios em locais ou abrigos seguros e protegidos ou visiacuteveis a partir

de um posto de vigilacircncia (guarita etc)S E 3 Implantar

Presenccedila de espaccedilos comuns apropriados (vestiaacuterios chuveiros) para os funcionaacuterios

ciclistasS E 4 X

Garantir a proximidade com

os transportes coletivosImplantaccedilatildeo do projeto a menos de 400m de um ponto de transporte coletivo S E 1 Atende

NA - Natildeo se aplica

X - Natildeo haacute e sem possibilidade de adaptaccedilatildeo

Apresentaccedilatildeo da situaccedilatildeo atual em termos meios de deslocamento existentes no local do empreendimento

especialmente os menos poluentes

Veiacuteculos particulares

Favorecer o uso de veiacuteculos

limpos

Favorecer o uso de modos de

deslocamento menos

poluentes

Quadro 8 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 13

Fonte Referencial AQUA (2010)

56

O Escritoacuterio Verde estaacute localizado em regiatildeo central de Curitiba

possuindo um sistema puacuteblico de transporte composto por 26 linhas de

transporte coletivo as quais permitem a ligaccedilatildeo dos bairros ao centro da

cidade

A Rede Integrada de Transportes ndash RIT possui uma tarifa uacutenica com

embarque e desembarque em niacutevel nas ldquoEstaccedilotildees Tubordquo e em pontos de

ocircnibus ou terminais de integraccedilatildeo localizados em diversos pontos da cidade

A URBS ndash Urbanizaccedilatildeo de Curitiba SA eacute a empresa responsaacutevel pelas

accedilotildees estrateacutegicas de planejamento operaccedilatildeo e fiscalizaccedilatildeo que envolve os

serviccedilos essenciais de transporte e tracircnsito da cidade Exerce o controle do

transporte de toda Regiatildeo Metropolitana permitindo que a Rede de

Transportes de Curitiba seja integrada em acircmbito metropolitano

Proacuteximos ao empreendimento encontram-se linhas de transporte

interligando os principais eixos da cidade de Curitiba (a exemplo os eixos

Norte e Sul eixo Boqueiratildeo) permitindo assim a mobilidade dos usuaacuterios

Tambeacutem a 16 km do empreendimento estaacute a Estaccedilatildeo Rodoviaacuteria de Curitiba

responsaacutevel por centralizar o transporte coletivo intermunicipal interestadual e

internacional que tecircm a Cidade de Curitiba como ponto de partida de chegada

ou de escala

O Aeroporto Internacional Afonso Pena encontra-se a aproximadamente

164 km ou (40 min) do empreendimento no Municiacutepio de Satildeo Joseacute dos

Pinhais PR De modo a facilitar o deslocamento de usuaacuterios no sentido

aeroporto - rodoviaacuteria ndash aeroporto ndash esses tecircm agrave sua disposiccedilatildeo linha de

ocircnibus especial A linha faz ligaccedilatildeo com Aeroporto Internacional Afonso Pena

localizado em Satildeo Joseacute dos Pinhais - PR agrave Rodoferroviaacuteria e ao Centro de

Curitiba Sendo assim fomenta a mobilidade urbana restando ainda a

implantaccedilatildeo de um paraciclo e possivelmente reservar a aacuterea livre nos fundos

da edificaccedilatildeo para estacionamento exclusivo de veiacuteculos limpos

Criteacuterios de avaliaccedilatildeo QI 111 referente agrave acessibilidade

QI 111 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo

Respeito agraves regulamentaccedilotildees de acessibilidade e instalaccedilatildeo de sinalizaccedilatildeo adaptada agrave

funcionalidade dos espaccedilos externos__ Accedilatildeo corretiva

Em funccedilatildeo do local do empreendimento e das atividades presenccedila de espaccedilos de

conviacutevio de repouso ou de atividades particulares __ Accedilatildeo corretiva

Acessibilidade

Quadro 9 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 111

Fonte Referencial AQUA (2010)

57

O referencial natildeo apresenta o niacutevel de avaliaccedilatildeo do item QI 111 pois se

trata de um item obrigatoacuterio

O EV ainda natildeo atende alguns requisitos exigidos pela a ABNTNBR

90502004 Seguem alguns pontos da normativa para accedilotildees corretivas

Item 6711 - Os corrimatildeos devem ser instalados em ambos os lados

dos degraus isolados das escadas fixas e das rampas

Item 55 - Sinalizaccedilatildeo visual

Item 724 ndash Barra de apoio em sanitaacuterio

Item 7314 - Bacia com altura inferior

Item 7362 ndash Lavatoacuterios suspensos

Quanto o acesso ao mezanino entende-se que as mesmas atividades

podem ser desenvolvidas no piso teacuterreo natildeo necessitando de adaptaccedilatildeo para

acesso ao mezanino

Categoria 2 ndash Escolha integrada de produtos sistemas e processos

construtivos

O texto informado na QI da categoria 2 (paacuteginas 8 e 9 de 29) eacute o mesmo

descrito na CQI (paacuteginas 3 e 4 de 26) necessitando de revisatildeo

2 Avaliaccedilatildeo

QI 21 Assegurar a facilidade de acesso para a conservaccedilatildeo do edifiacutecio Atende

QI 22

Inventaacuterio das informaccedilotildees conhecidas a respeito dos produtos de construccedilatildeo presentes no

empreendimento Atende

Escolha integrada de produtos sistema e processos construtivos

Quadro 10 ndash Avaliaccedilatildeo categoria 2 - QI

Fonte Referencial AQUA (2010)

2 Avaliaccedilatildeo

MQI 21 Consideraccedilatildeo da adaptabilidade durante as atividades de renovaccedilatildeo Atende

MQI 22 Consideraccedilatildeo da durabilidade durante as atividades de renovaccedilatildeo Atende

MQI 23

Consideraccedilatildeo da facilidade de conservaccedilatildeo e da limitaccedilatildeo dos impactos ambientais das rotinas

de conservaccedilatildeo durante a renovaccedilatildeo dos revestimentos internos Atende

MQI 24 Consideraccedilatildeo do impacto ambiental na renovaccedilatildeo dos revestimentos internos Atende

MQI 25 Responsabilidade no uso da madeira nas atividades de renovaccedilatildeo Atende

MQI 26

Consideraccedilatildeo do impacto sanitaacuterio relativo agrave qualidade do ar interno na renovaccedilatildeo dos

revestimentos internos Atende

Escolha integrada de produtos sistema e processos construtivos

Quadro 11 ndash Avaliaccedilatildeo categoria 2 - MQI

Fonte Referencial AQUA (2010)

58

Criteacuterios avaliados no item QI 22

QI 22 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo

A situaccedilatildeo atual em termos de conhecimento dos impactos ambientais na escala do

empreendimento e sobre sua vida uacutetil considerando o uso de recursos renovaacuteveis a

incorporaccedilatildeo de resiacuteduos ou material reciclado como mateacuteria-prima o consumo de

recursos naturais a desmontabilidade e a possibilidade de reuso reciclagem a

geraccedilatildeo de resiacuteduos e na medida do possiacutevel a emissatildeo de gases contribuintes para

o EE n(efeito estufa) e a destruiccedilatildeo da camada de ozocircnio

A situaccedilatildeo atual em termos de conhecimento das emissotildees de COV e formaldeiacutedos

Valorizaccedilatildeo do

conhecimento da

contribuiccedilatildeo dos

produtos de

construccedilatildeo aos

impactos

ambientais e

sanitaacuterios do

empreendimento

Conhecimento dos impactos ambientais de 50 dos elementos da famiacutelia de produtos

de obra limpa na escala do empreendimento e sobre sua vida uacutetil considerando o

consumo de recursos naturais a desmontabilidade e a possibilidade de reuso

reciclagem a geraccedilatildeo de resiacuteduos

E 2 Atende

Conhecimento dos impactos ambientais de 50 dos elementos da famiacutelia de produtos

de obra limpa na escala do empreendimento e sobre sua vida uacutetil considerando o

consumo de recursos naturais a desmontabilidade e a possibilidade de reuso

reciclagem a geraccedilatildeo de resiacuteduos

E 2 Atende

Idem acima e conhecimento dos impactos ambientais de 50 dos elementos da famiacutelia

de produtos de obra limpa na escala do empreendimento e sobre sua vida uacutetil

considerando o uso de recursos renovaacuteveis a incorporaccedilatildeo de resiacuteduos ou material

reciclado como mateacuteria-prima a emissatildeo de gases contribuintes para o EE e a

destruiccedilatildeo da camada de ozocircnio

E 5 Atende

Conhecimento das emissotildees de COV e formaldeiacutedos para 25 dos elementos da

famiacutelia de revestimentos internos (piso parede teto produtos de acabamento)E 2 Atende

Conhecimento das emissotildees de COV e formaldeiacutedos para 50 dos elementos da

famiacutelia de revestimentos internos (piso parede teto produtos de acabamento)E 5 Atende

A partir do

inventaacuterio de

materiais de

construccedilatildeo

(desenvolvido no

SGO) apresentar

para a famiacutelia de

produtos da obra

limpa (definidas

B

Valorizaccedilatildeo do

conhecimento da

contribuiccedilatildeo dos

produtos de

construccedilatildeo aos

impactos

ambientais e

sanitaacuterios do

empreendimento

Atende

Quadro 12 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 111

Fonte Referencial AQUA (2010)

O sistema construtivo utilizado foi o Wood Frame que possibilita a

construccedilatildeo de edificaccedilotildees mais eficientes uma vez que apresenta benefiacutecios

econocircmicos e ambientais Desenvolvida a mais de 100 anos na Ameacuterica do

Norte atualmente 90 das casas suecas e canadenses e mais de 75 das

americanas utilizam esta tecnologia

Os paineacuteis de OSB utilizados no processo construtivo permitem a

concepccedilatildeo de empreendimentos de ateacute 8 pavimentos A tecnologia incorpora

alguns dispositivos para racionalizar o consumo de aacutegua e energia aleacutem disso

a seleccedilatildeo de materiais contribui a reduccedilatildeo do impacto gerado durante a fase

de implantaccedilatildeo A madeira de reflorestamento utilizada eacute material renovaacutevel

com baixo consumo energeacutetico e boa possibilidade de aproveitamento dos

resiacuteduos aleacutem de contribuir positivamente na renovaccedilatildeo do ar (GOIS

CASAGRANDE JR 2011) A montagem dos paineacuteis em faacutebrica demorou

59

apenas 12 dias depois de fabricados e transportados em 5 dias foi possiacutevel

montar a estrutura do EV in loco

A TecVerde foi a empresa responsaacutevel pela fabricaccedilatildeo e execuccedilatildeo de

toda obra execuccedilatildeo de projetos estruturais de montagem e detalhamento para

o sistema construtivo Possui faacutebrica na regiatildeo metropolitana de Curitiba em

Pinhais ndash PR onde realiza a produccedilatildeo das edificaccedilotildees

No caso do Escritoacuterio Verde foi executado um radier de 12cm utilizando

concreto usinado (cimento CP V-ARI Cimento Portland alta resistecircncia inicial)

sobre a base de concreto da quadra poliesportiva (Figura 17) Este

procedimento serve para ancoragem das paredes (Figura 18) e as eleva para

evitar o contato com aacutegua que eventualmente pode pairar sobre a quadra em

funccedilatildeo de uma chuva mais forte

Figura 17ndash Execuccedilatildeo do radier Figura 18ndash Ancoragem das paredes

Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011) Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011)

As paredes foram montadas com OSB em caibros de pinus tratado

(Figura 19) jaacute com a manta de PET reciclado de 75 mm (Figura 20) e manta de

pneu reciclado de 8 mm (Figura 21) para isolamento teacutermico-acuacutestico Depois

de erguidas no local da obra receberam os acabamentos da empresa LP

Brasil sendo que no lado externo foi aplicada uma membrana hidroacutefuga

utilizada como barreira de vapor satildeo peliacuteculas que visam evitar que a aacutegua da

chuva e a umidade interna penetrem na parede protegendo a estrutura e

aumentando sua durabilidade finalizando com painel Smartside e Siding

60

Vinilico (Figura 22 e 23) aleacutem do painel TechShield (Figura 25) para base do

telhado

Figura 19 - Modelo construtivo wood frame

Fonte DOMUS STUDIO ARQUITETURA (2011)

Figura 20 - Manta de PET reciclado Figura 21- Manta de pneu reciclado

Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011) Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011)

A latilde de PET e a manta de pneu (Figuras 20 e 21) foram usadas como

isolantes termoacuacutestico no Escritoacuterio Verde e satildeo 100 reciclaacuteveis Aleacutem do

fato da latilde natildeo causar coceira dispensa o uso de EPIrsquos (como no caso da latilde de

vidro) e eacute um produto natildeo canceriacutegeno antialeacutergico No entanto a manta de

pneu natildeo haacute informaccedilotildees suficientes sobre a toxidade da fumaccedila emitida

quando em processo de combustatildeo

61

Figura 22 - Painel Smartside

Fonte LP BRASIL (2012)

Figura 23 - Siding Vinilico

Fonte Escritoacuterio Verde Online (2012)

Figura 24 - Painel TechShield

Fonte LP BRASIL (2012)

62

Os paineacuteis SmartSide foram desenvolvidos exclusivamente para uso

como revestimentos externos e internos de paredes Possuem tripla funccedilatildeo

pois aleacutem de revestir e vedar as paredes tambeacutem auxiliam no

contraventamento da estrutura Satildeo protegidos contra o ataque de cupins e a

degradaccedilatildeo de fungos e recebem como revestimento uma peliacutecula que confere

ao produto aparecircncia da madeira natural O produto anti-cupim que tem Borato

de Zinco como base confere uma garantia de 20 anos por parte da empresa

No Escritoacuterio Verde foi usado o modelo Painel H (painel com ranhuras

horizontais) de largura 122 m comprimento 488 m espessura 111 mm e

ranhuras a cada 200 mm

Os paineacuteis TechShield satildeo paineacuteis de OSB revestidos em uma das faces

com foil de alumiacutenio que garante uma menor absorccedilatildeo do calor proveniente

dos raios solares O TechShield pode ser aplicado sobre telhados ou em

paredes melhorando o desempenho teacutermico das construccedilotildees pois reflete 97

da radiaccedilatildeo solar reduz em ateacute 10 a temperatura do aacutetico ou soacutetatildeo e otimiza

a matildeo de obra jaacute que tem incorporado o foil de alumiacutenio Eacute fabricado no

formato de 120 x 240 m e espessura de 111 mm

Internamente foram aplicados o painel Decowall e placa cimentiacutecia

(Figuras 25 e 26) Outros produtos da LP Brasil empregados no projeto foram

as Vigas I (Figuras 27 e 28) e as telhas Shingle (Figura 29)

Figura 25 ndash Painel Decowall Figura 26 ndash Placa cimentiacutecia

Fonte LP BRASIL (2012) Fonte PlacLux (2012)

63

Figura 27 ndash Vigas I Figura 28 ndash Passagem da tubulaccedilatildeo na viga I

Fonte LP BRASIL (2012) Fonte LP BRASIL (2012)

As vigas I forma utilizadas na estrutura da cobertura e laje do mezanino

satildeo leves riacutegidas e de alta resistecircncia projetadas para suportar grandes

cargas permitindo a aplicaccedilatildeo em grandes vatildeos com resistecircncia uniforme e

constante sem que haja flambagem ou torccedilotildees em sua estrutura melhorando

a qualidade e solidez de pisos e forros Possui altura de 241 cm largura de

63 cm comprimento de 119 cm e peso de 403 kg

Figura 29 - Modelo construtivo da cobertura em wood frame

Fonte LP BRASIL (2012)

A LP Telha Shingle eacute composta por uma manta de fibra de vidro saturada

em asfalto e gracircnulos ceracircmicos sendo quatro vezes mais leve que outras

64

telhas Eacute resistente a ventos de ateacute 100 kmh Possui excelente resistecircncia

mecacircnica e suas dimensotildees satildeo 336 x 1000 mm O sistema foi composto por

estrutura de madeira contraventada por paineacuteis LP OSB Home Plus estrutural

que servem de base para a aplicaccedilatildeo da LP Subcobertura e da LP Telha

Shingle A LP Subcobertura protege e garante a estanqueidade da cobertura

O projeto do Escritoacuterio Verde estabeleceu parceria com a empresa MADO

de Satildeo Paulo para fabricar todas as janelas com vidro duplo em madeira lyptus

reflorestada algumas com o sistema abrir e tombar (Figura 30) esse uacuteltimo

possibilita a ventilaccedilatildeo indireta podendo ser aberta mesmo em dias de chuva

sem a entrada de aacutegua Os vidros duplos das janelas foram doados pela

empresa Cebrace

Figura 30 ndash Sistema tombar para ventilaccedilatildeo indireta

Fonte MADO (2012)

No piso do teacuterreo do Escritoacuterio Verde sobre o radier foi colocado o piso

elevado da empresa REMASTER que permite todo cabeamento eleacutetrico e de

loacutegica por baixo do mesmo O piso modular e feito em polipropileno sendo

mais de 80 de material reciclado conferindo para cada peccedila uma leveza

65

maior do que os produtos similares menos de 3 kg A facilidade de manuseio

rapidez na instalaccedilatildeo e a mobilidade da soluccedilatildeo permite reaproveitamento na

mudanccedila preservando mais de 98 do seu investimento

Figura 31 ndash Piso elevado modular

Fonte REMASTER (2012)

O acabamento colocado sobre o piso elevado foi o carpete modular

reciclados e reciclaacuteveis da Interface FLOR que usa o sistema tactile (Figura 32)

que reduz o impacto ambiental dos produtos adesivos na instalaccedilatildeo do

carpete Fabricados em placas de (50 x 50 cm) unem-se entre si para criar uma

instalaccedilatildeo duraacutevel sem ter que fixar permanentemente o carpete ao piso

Possui tambeacutem capa hipoalergecircnica que evita a proliferaccedilatildeo de agentes

aleacutergicos

Figura 32 ndash Carpete modular com sistema tactile

Fonte Interface FLOR (2012)

Nas instalaccedilotildees hidrossanitaacuterias foram utilizados tubos de PVC da

empresa AMANCO para o esgoto e tambeacutem o sistema PEX (Polietileno de Alta

Densidade Reticulado) para aacutegua quente e fria nos banheiros o hydro-pex da

66

empresa EPEX Trata-se de um sistema mais econocircmico de grande

flexibilidade e facilidade na instalaccedilatildeo e alta durabilidade

Figura 33 ndash Sistema hidro-pex

Fonte EPEX (2012)

Categoria 3 ndash Canteiro com baixo impacto ambiental

3 Avaliaccedilatildeo

CQI 31 Gestatildeo de resiacuteduos de conservaccedilatildeo e manutenccedilatildeo produzidos durante as intervenccedilotildees Atende

CQI 32 Otimizar as condiccedilotildees de retirada dos resiacuteduos de conservaccedilatildeo e manutenccedilatildeo Atende

CQI 33 Otimizar a eliminaccedilatildeo dos resiacuteduos de conservaccedilatildeo e manutenccedilatildeo Atende

CQI 34 Limitar os incocircmodos causados pelas intervenccedilotildees de conservaccedilatildeo e manutenccedilatildeo Atende

Canteiro de obra com baixo impacto ambiental

Quadro 13 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI

Fonte Referencial AQUA (2010)

A categoria 3 na fase operaccedilatildeo natildeo consta na parte I do referencial (QI)

pois eacute aplicada somente quando haacute manutenccedilatildeo no edifiacutecio

O Escritoacuterio necessitou de pequenas intervenccedilotildees e grande parte dos

resiacuteduos foi aproveitada no proacuteprio canteiro e outros como embalagens

plaacutesticas ou papelatildeo foram destinados para reciclagem Mas no sistema de

gestatildeo eacute necessaacuterio prever um plano de gestatildeo de resiacuteduos da construccedilatildeo

civil

67

Categoria 4 ndash Gestatildeo de energia

4 Avaliaccedilatildeo

QI 41 Melhorar a aptidatildeo da envoltoacuteria para limitar desperdiacutecios

QI 42 Melhorar a aptidatildeo do edifiacutecio para reduzir suas necessidades energeacuteticas

QI 43

Reduzir o consumo de energia primaacuteria devido ao aquecimento resfriamento agrave iluminaccedilatildeo ao

aquecimento de aacutegua agrave ventilaccedilatildeo e aos equipamentos auxiliares Atende

QI 44 Recorrer agraves energias renovaacuteveis locais Atende

QI 45 Conhecer as poluiccedilotildees causadas pelo consumo de energia Atende

QI 46 Conhecer a influecircncia dos sistemas de controle no desempenho energeacutetico do edifiacutecio Atende

Gestatildeo de Energia

Quadro 14 ndash Avaliaccedilatildeo categoria 4 ndash QI

Fonte Referencial AQUA (2010)

4 Avaliaccedilatildeo

MQI 41 Melhoria do desempenho energeacutetico do edifiacutecio Atende

Gestatildeo de Energia

Quadro 15 ndash Avaliaccedilatildeo categoria ndash MQI

Fonte Referencial AQUA (2010)

4 Avaliaccedilatildeo

CQI 41 Desempenho global do consumo de energia Atende

CQI 42 Desempenho global das emissotildees relacionadas ao consumo de energia Atende

CQI 43 Otimizar o acompanhamento do consumo de energia Atende

CQI 44 Analisar regularmente os consumos de energia Atende

CQI 45 Instalaccedilatildeo de um serviccedilo de eficaacutecia energeacutetica Atende

CQI 46 Garantir o controle dos equipamentos frigoriacuteficos e climaacuteticos Natildeo se aplica

Gestatildeo de Energia

Quadro 16 ndash Avaliaccedilatildeo categoria ndash CQI

Fonte Referencial AQUA (2010)

Criteacuterios avaliados no item QI 44

QI 44 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo

B Atende

Exploraccedilatildeo de modalidades energeacuteticas locais de origem renovaacutevel Explicitaccedilatildeo da

porcentagem de cobertura das necessidades pelas energias locais de origem renovaacutevel

(detalhada por uso final energeacutetico) Anaacutelise e justificativa da pertinecircncia da modalidade

escolhida

E 2 Atende

- Mais de 30 do consumo de energia para o sistema de aquecimento eacute garantido por

uma EnRE 1 NA

- Mais de 10 do consumo de energia para o sistema de resfriamento eacute garantido por

uma EnRE 1 NA

- Mais de 30 do consumo de energia para o aquecimento de aacutegua eacute garantido por

uma EnRE 1 NA

- Edifiacutecio possui sistema de produccedilatildeo de energia eleacutetrica a partir de energias

renovaacuteveis garantindo uma produccedilatildeo anual de eletricidade de mais de 25kWhmsup2 de

aacuterea uacutetil em energia primaacuteria

E 1 Atende

- O edifiacutecio estaacute equipados de bombas a calor de alto desempenho E 1 NA

NA - Natildeo se aplica

Pontos

complementares

desempenho da

modalidade

explorada

Reflexatildeo sobre o uso das energias renovaacuteveis locais (EnR)

Quadro 17ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 44

Fonte Referencial AQUA (2010)

68

O EV possui dois sistemas fotovoltaicos distintos um sistema conectado agrave

rede eleacutetrica - SFCR com uma potecircncia instalada de 21 kWp (10 moacutedulos

KYOCERA de tecnologia de siliacutecio policristalino modelo KD210GXLP ligados

em seacuterie) e um inversor monofaacutesico em 220V de 2kW de potecircncia nominal

(PVPOWERED modelo PVP2000) que entrou em operaccedilatildeo em 14 de

dezembro de 2011 A aacuterea ocupada na cobertura da edificaccedilatildeo para esse

painel eacute de 15 msup2 (URBANETZ JR CASAGRANDE JR 2010)

Um SFCR eacute basicamente composto de um painel fotovoltaico que

converte a energia do sol em energia eleacutetrica em corrente contiacutenua e um

inversor que converte a corrente contiacutenua em corrente alternada com tensatildeo

e frequecircncia compatiacuteveis com a rede eleacutetrica da concessionaacuteria ao qual o

sistema estaacute interligado As principais vantagens desse tipo de sistema satildeo

elevada produtividade ausecircncia de banco de baterias e desligamento

automaacutetico no caso de falta de energia da rede (URBANETZ JR

CASAGRANDE JR 2010)

O sistema fotovoltaico isolado (SFI) eacute composto por um painel de 10

moacutedulos KYOCERA de tecnologia de siliacutecio policristalino modelo KC85T

sendo divido em dois subsistemas oito moacutedulos formam um sistema com

barramento CC em 24 V e os outros dois moacutedulos formam um sistema com

barramento CC em 12 V cada subsistema utiliza um controlador de carga do

tipo PWM alimentando um banco de baterias formado por 16 e 12 baterias

respectivamente As baterias satildeo do tipo chumbo-aacutecido para uso em sistemas

fotovoltaicos (marca PIONEIRO com 65 Ah cada) potencial ainda natildeo

utilizado (URBANETZ JR CASAGRANDE JR 2010)

Figura 34 ndash Painel fotovoltaico

Fonte Escritoacuterio Verde Online (2012)

69

O SFI eacute basicamente composto de um painel FV controlador de carga

banco de baterias e inversor Normalmente satildeo instalados em locais sem

acesso agrave rede eleacutetrica convencional mas podem tambeacutem ser utilizados para

atender cargas especiais de forma ininterrupta independente da rede eleacutetrica

da concessionaacuteria (URBANETZ JR CASAGRANDE JR 2010)

A anaacutelise do desempenho do SFCR do se baseia nos valores de energia

gerada durante estes primeiros dez meses de operaccedilatildeo e nos valores de

irradiaccedilatildeo incidentes no painel FV A partir da energia gerada e da irradiaccedilatildeo

incidente satildeo apresentados os iacutendices de meacuterito do SFCR em anaacutelise estes

iacutendices satildeo yield (produtividade) performance ratio (taxa de desempenho) e

fator de capacidade (URBANETZ JR CASAGRANDE JR 2012)

Desde a sua entrada em operaccedilatildeo em 14 de dezembro de 2011 ateacute 14 de

junho de 2012 (seis meses de operaccedilatildeo) gerou 13 MWh o que permite

projetar a geraccedilatildeo para cerca de 26 MWhano A geraccedilatildeo de energia eleacutetrica eacute

proporcional a irradiaccedilatildeo incidente no painel FV nos meses de veratildeo (maior

incidecircncia solar) haveraacute maior geraccedilatildeo de energia eleacutetrica e nos meses de

inverno (menor incidecircncia solar) haveraacute menor geraccedilatildeo A Tabela 3 apresenta

os valores de energia gerados em cada mecircs de operaccedilatildeo e a Tabela 4 a

energia diaacuteria meacutedia em cada mecircs de operaccedilatildeo (URBANETZ JR

CASAGRANDE JR 2012)

Tabela 3 ndash Energia gerada em cada mecircs de operaccedilatildeo do SFCR do EV

Fonte URBANETZ JR CASAGRANDE JR (2012)

Tabela 4 ndash Energia diaacuteria meacutedia gerada em cada mecircs de operaccedilatildeo do SFCR do EV

Fonte URBANETZ JR CASAGRANDE JR (2012)

70

Com a aprovaccedilatildeo feita pela Agecircncia Nacional de Energia Eleacutetrica

(ANEEL) do Sistema de Compensaccedilatildeo de Energia a proposta desenvolvida

pelo EV passou a ser viaacutevel economicamente O trabalho pioneiro

desenvolvido Sistema Fotovoltaico Conectado agrave Rede Eleacutetrica (SFCR) tem um

funcionamento ininterrupto limpo e silencioso

Categoria 5 ndash Gestatildeo da aacutegua

5 Avaliaccedilatildeo

QI 51 Garantir economia de aacutegua potaacutevel nos sanitaacuterios Atende

QI 52

Garantir economia de aacutegua potaacutevel para irrigaccedilatildeo dos espaccedilos verdes limpeza das aacutereas ou

outros usos Atende

QI 53 Gestatildeo das aacuteguas pluviais no local do empreendimento Atende

QI 54 Gestatildeo das aacuteguas de escoamento poluiacutedas Natildeo se aplica

QI 55 Gestatildeo das aacuteguas servidas Atende

Gestatildeo da Aacutegua

Quadro 18 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI

Fonte Referencial AQUA (2010)

5 Avaliaccedilatildeo

MQI 51 ManutenccedilatildeoMelhoria da qualidade ambiental intriacutenseca relativa agrave gestatildeo da aacutegua Atende

MQI 51 Escolha dos equipamentos durante as atividades de renovaccedilatildeo Atende

Gestatildeo da Aacutegua

Quadro 19 ndash Criteacuterios avaliados ndash MQI

Fonte Referencial AQUA (2010)

5 Avaliaccedilatildeo

CQI 51 Desempenho global do consumo de aacutegua Atende

CQI 52 Otimizar o acompanhamento do consumo d aacutegua Atende

CQI 53 Limitar o risco de vazamentos Atende

CQI 54 Analisar regularmente os consumos de aacutegua Atende

CQI 55 Otimizar a manutenccedilatildeo dos equipamentos de gestatildeo da aacutegua

CQI 56 Garantir o acompanhamento da demanda de intervenccedilotildees nas instalaccedilotildees hidraacuteulicas

Gestatildeo da Aacutegua

Quadro 20 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI

Fonte Referencial AQUA (2010)

Com relaccedilatildeo ao item 52 ndash medidas tomadas para economizar aacutegua (Quadro 21) Para realizar as mediccedilotildees de consumo de aacutegua foram instalados no escritoacuterio verde dois hidrocircmetros padratildeo SANEPAR (Companhia de saneamento do Paranaacute) Estes foram instalados em dois pontos estrateacutegicos um que apresenta o consumo total da aacutegua potaacutevel da edificaccedilatildeo denominado de hidrocircmetro 1 e outro que aponta o consumo de aacutegua da chuva hidrocircmetro 2

71

Os criteacuterios de avaliaccedilatildeo apresentados satildeo QI 52 e QI 53

QI 52 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo

na irrigaccedilatildeo dos espaccedilos verdes e ou limpeza das aacutereas E 2 Atende

nos sistemas de energia e ou nos sistemas especiacuteficos relacionados ao proacuteprio

uso do edifiacutecioE 1 NA

nos usos de balneaacuterio (tipologia hoteacuteis) E 1 NA

QI 53 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo

B Atende

20 a 40E 2 Atende

lt 20 E 5 -----

2 a 10

E 2 -----

gt 10

E 5 Atende

NA - Natildeo se aplica

Medidas tomadas

para economizar

aacutegua

Em funccedilatildeo do estudo de integraccedilatildeo do empreendimento no terreno determinaccedilatildeo do coeficiente de

impermeabilizaccedilatildeo e da vazatildeo de escoamento presentes

Coeficiente de

impermeabilizaccedilatildeo

presente (para local

pouco urbanizado)

Percentual de

melhoria do

coeficiente de

impermeabilizaccedilatildeo

em relaccedilatildeo agrave

situaccedilatildeo anterior agrave

construccedilatildeo do

empreendimento

(para local

Quadro 21 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 52 e 53

Fonte Referencial AQUA (2010)

O Quadro 22 apresenta as fontes consumidoras existentes no escritoacuterio

foram efetuadas mediccedilotildees em dois pontos de consumo um apresenta a

quantidade de aacutegua potaacutevel consumida e o outro o volume de aacutegua utilizada

pelo sistema de captaccedilatildeo de aacutegua da chuva em pouco mais de 100 msup2 de

telhados respectivamente apresentados nas Tabelas 5 e 6 Os hidrocircmetros

foram instalados no dia 22 de marccedilo sendo que nesta data a leitura eacute igual a

zero Conforme dados da SANEPAR o valor de consumo diaacuterio de aacutegua

potaacutevel aplicado em edifiacutecios de escritoacuterio corresponde 50 litros de aacutegua por

pessoa Esta estimativa foi utilizada como referecircncia para comparativo dos

nuacutemeros levantados no escritoacuterio

Aacutegua Fonte consumidora Local

Potaacutevel Torneira c sensor de presenccedila cuba Copa

Potaacutevel Torneira c sensor de presenccedila lavatorio BWC - Masculino

Potaacutevel Torneira c sensor de presenccedila lavatoacuterio BWC - Feminino

Reuso Vaso sanitaacuterio BWC - Masculino

Reuso Vaso sanitaacuterio BWC - Feminino

Reuso Torneira de jardim Jardim

Reuso Sistema de irrigaccedilatildeo Jardim vertical Quadro 22 ndash fontes consumidoras de aacutegua

72

Tabela 5 ndash Consumo de aacutegua potaacutevel no EV

Fonte NOVAES(2013)

Tabela 6 ndash Consumo de aacutegua de pluvial

Fonte NOVAES (2013)

O sistema de coleta de aacutegua da chuva eacute composto por filtros alematildees de

accedilo inox WISY representados no estado do Paranaacute pela empresa Acquatech e

pela Aquastock em Satildeo Paulo A aacutegua eacute captada do telhado do bloco principal

da edificaccedilatildeo com aacuterea de 111 msup2 sendo armazenado em uma cisterna de

1500 litros da empresa ARBO (Figura 33) com tratamento ultravioleta

73

colocada sobre uma base de concreto A Figura 34 ilustra o sistema de coleta

de aacutegua pluvial

O filtro de descida tem a funccedilatildeo de descartar a sujeira do telhado e uma

boia flutuante com outro filtro para as impurezas da aacutegua Uma bomba

pressurizadora alimentada por um painel fotovoltaico de 130 W faz com que a

aacutegua chegue aos vasos sanitaacuterios a uma torneira externa e tambeacutem tem a

funccedilatildeo de irrigar o jardim vertical (Figura 35)

Figura 35 ndash Cisterna e filtros do EV Figura 36ndash Modelo de sistema de coleta de aacutegua pluvial

Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011) Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011)

74

Figura 37 ndash Jardim vertical do EV

Fonte A autora (2012)

Um dos fatores que favorece a instalaccedilatildeo de sistemas de coleta de aacutegua

com esta funccedilatildeo na cidade de Curitiba eacute o iacutendice pluviomeacutetrico da cidade que

eacute considerado satisfatoacuterio A Tabela 7 mostra as medias histoacutericas informadas

pelo SIMEPAR (Sistema meteoroloacutegico do Paranaacute)

Tabela 7 ndash Meacutedias histoacutericas - iacutendice pluviomeacutetrico

Fonte SIMEPAR (2012)

Consideraccedilatildeo quanto ao item QI 53 coeficiente de impermeabilizaccedilatildeo

Antes da construccedilatildeo do empreendimento estudado o terreno em questatildeo era

ocupado por uma quadra poliesportiva de concreto com o coeficiente de

impermeabilizaccedilatildeo de 095 (Tabela 8)

75

Tabela 8 ndash Coeficiente de impermeabilizaccedilatildeo do terreno antes da implantaccedilatildeo do EV

Aacuterea total (msup2) 4182

Aacuterea impermeaacutevel (msup2) 39882

Coeficiente impermeabilizaccedilatildeo anterior ao empreendimento 095 Fonte NOVAES (2013)

Com a implantaccedilatildeo do EV o coeficiente novamente calculado ficou em

057 pois quase todos os pisos externos satildeo permeaacuteveis e a edificaccedilatildeo possui

aproximadamente 100 msup2 de telhado verde (tabela 9)

Tabela 9 ndash Coeficiente de impermeabilizaccedilatildeo do terreno apoacutes a implantaccedilatildeo do EV

Aacuterea total (msup2) 4182

Aacutereas impermeaacuteveis (msup2)

Deck frontal 633

Concreto lateral direita 2061

Deck Fundos 3283

Concreto lateral esquerda 1944

Entrada carro 7752

Telhado (coef Minoraccedilatildeo 07) 819

Total (msup2) 23864

Coeficiente impermeabilizaccedilatildeo apoacutes o empreendimento 057

Melhoria do coeficiente de impermeabilizaccedilatildeo 40 Fonte NOVAES (2013)

Os pisos externos utilizados no EV satildeo compostos por

piso desenvolvido em borracha de pneu reciclado em formato de

lajotas (peccedilas nas medidas 45 X 45 cm) dentre suas qualidades pode-se

destacar sua flexibilidade e funcionalidade por ser drenante e antiderrapante

Figura 38 ndash Piso drenante borracha de pneu

Fonte httpwwwcacaruidoscombr (2012)

76

o plastfloor eacute um pavimento plaacutestico reciclado que estrutura o solo e

mantecircm a permeabilidade devido ao seu formato alveolar vazado podendo ser

preenchido por pedras ou grama no EV optou-se pela utilizaccedilatildeo de pedras

Figura 39 ndash Piso plast floor

Fonte httpwwwplastfloorcombr (2012)

iso tecnogran composto de agregados rochosos que passam por uma

prensagem especial para manter os espaccedilos entre os agregados e com isto

permite a drenagem da chuva entre os gratildeos aleacutem de ser antiderrapante

Figura 40 ndash Piso drenante tecnogran

Fonte httpwwwtecnograncombrespecificacaodrenantehtml (2012)

Categoria 6 ndash Gestatildeo de resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo do edifiacutecio

6 Avaliaccedilatildeo

CQI 61 Otimizar as condiccedilotildees de retirada dos resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo Atende

CQI 62 Otimizar as condiccedilotildees de retirada dos resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo Atende

CQI 63 Garantir o acompanhamento dos resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo regulamentados Atende

CQI 64 Otimizar a eliminaccedilatildeo dos resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo Atende

Gestatildeo dos residuos de uso e operaccedilatildeo do edificio

Quadro 23 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI

Fonte Referencial AQUA (2010)

77

Os coletores foram dispostos no EV da seguinte maneira

Coletor de cor marrom para resiacuteduos compostaacuteveis (resto de alimentos

entre outros)

Coletor de cor verde para reciclaacuteveis (papel papelatildeo jornal revista

plaacutesticos em geral inclusive PET latas de alumiacutenio embalagens longa vida

latas de alimentos engradados embalagens de biscoito)

Os coletores de cor cinza para natildeo reciclaacuteveis (papel higiecircnico

guardanapo sujo espelho papel de bala isopor esponjas de lavar louccedilas

esponjas de accedilo canudo carga de caneta) estatildeo dispostos na copa e nos

banheiros

O coletor menor eacute para coleta de resiacuteduos perigosos como pilhas e

baterias

O EV tambeacutem participa de dois programas na aacuterea de resiacuteduos

REZTO ndash Resiacuteduo Zero Tecnoloacutegico e Orgacircnico

Uma continuidade do Programa de Gerenciamento de Resiacuteduos do

Cacircmpus Curitiba-PGRCC que avaliou os resiacuteduos gerados pelos

departamentos da UTFPR e agora implanta os procedimentos para sua coleta

armazenamento reuso reciclagem e tratamento adequado dentro de um

plano de gestatildeo e educaccedilatildeo ambiental

ndash Tratando Resiacuteduos Eletrocircnicos e da Computaccedilatildeo

Estudar soluccedilotildees para reaproveitamento e tratamento apropriado de

computadores e equipamentos perifeacutericos defasados e sem uso que ocupam

espaccedilo na instituiccedilatildeo (diretrizes do governo federal e leis estaduais jaacute abordam

a questatildeo ndash Lei Estadual 158512008) podendo estabelecer parcerias com a

comunidadecooperativas que lidam com o problema dentro de projetos de

extensatildeo universitaacuteria

Categoria 7 ndash Manutenccedilatildeo ndash permanecircncia do desempenho ambiental

7 Avaliaccedilatildeo

QI 71 Facilitar as intervenccedilotildees de conservaccedilatildeo manutenccedilatildeo Atende

QI 72

Disponibilizar os meios necessaacuterios para o acompanhamento dos consumos de energia durante

a operaccedilatildeo e uso do edifiacutecio Atende

QI 73

Disponibilizar os meios necessaacuterios para o acompanhamento dos consumos de aacutegua durante a

operaccedilatildeo e uso do edifiacutecio Atende

QI 74

Disponibilizar os meios necessaacuterios para o fornecimento dos sistemas durante a operaccedilatildeo e uso

do edifiacutecio

Manutenccedilatildeo - Permanecircncia do desempenho ambiental

Quadro 24 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI

Fonte Referencial AQUA (2010)

78

7 Avaliaccedilatildeo

MQI 71 Escolha dos equipamentos durante as atividades de renovaccedilatildeo

Manutenccedilatildeo - Permanecircncia do desempenho ambiental

Quadro 25 ndash Criteacuterios avaliados ndash MQI

Fonte Referencial AQUA (2010)

7 Avaliaccedilatildeo

CQI 71 Gestatildeo da manutenccedilatildeo preventiva e corretiva Implantar

CQI 72 Gestatildeo das demandas de intervenccedilatildeo dos ocupantes Implantar

CQI 73 Anaacutelise da eficaacutecia da manutenccedilatildeo Implantar

CQI 74 Gestatildeo do patrimocircnio imobiliaacuterio do edifiacutecio Implantar

CQI 75 Otimizaccedilatildeo do acompanhamento dos sistemas teacutecnicos Implantar

CQI 76 Garantir a perenidade do(s) eventual(is) sistema(s) de regulagem Implantar

Manutenccedilatildeo - Permanecircncia do desempenho ambiental

Quadro 26 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI

Fonte Referencial AQUA (2010)

Criteacuterios avaliados no CQI 71

(c QAE) CQI 71 Niacutevel Pontos em E Avaliaccedilatildeo

Medidas tomadas para garantir a rastreabilidade das operaccedilotildees de manutenccedilatildeo

preventivas e corretivasB Implantar

Medidas tomadas para otimizar o acompanhamento das operaccedilotildees de manutenccedilatildeo

preventivas e corretivas acompanhamento das ordens de serviccedilo em andamento

abertura de novas ordens de serviccedilo registro das ordens de serviccedilo concluiacutedas

Presenccedila de um procedimento de acompanhamento das manutenccedilotildees preventivas e

corretivas

S Implantar

A gestatildeo da manutenccedilatildeo eacute interativa e feita por meio de uma ferramenta especiacutefica que

permite o acompanhamento contiacutenuo da ordens de serviccediloE 3 Implantar

A manutenccedilatildeo corretiva eacute possiacutevel no edifiacutecio durante 24 horas e nos 7 dias da semana

para todas as aacutereas teacutecnicasE 1 Atende

Quadro 27 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 71

Fonte Referencial AQUA (2010)

79

Categoria 8 ndash Conforto higroteacutermico

8 Avaliaccedilatildeo

QI 81

Garantir um niacutevel adequado de temperatura resultante nos espaccedilos tanto no veratildeo quanto

no inverno Atende

QI 82 Otimizar o conforto higroteacutermico tanto no inverno quanto no veratildeo Atende

QI 83

Assegurar uma velocidade de ar que natildeo prejudique o conforto tanto no inverno como no

veratildeo

QI 84 Garantir o controle da higrometria Atende

QI 85 Assegurar um nivel minimo de conforto teacutermico nos espaccedilos ventilados naturalmente Atende

Conforto Higroteacutermico

Quadro 28 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI

Fonte Referencial AQUA (2010)

8 Avaliaccedilatildeo

CQI 81 Otimizar a manutenccedilatildeo do(s) sistema(s) de aquecimento resfriamento Natildeo se aplica

CQI 82

Garantir o acompanhamento das demandas de intervenccedilatildeo para os sistemas de aquecimento

resfriamento Natildeo se aplica

CQI 83

Otimizaccedilatildeo do acompanhamento dos sistemas de aquecimento de resfriamento e do conforto

higroteacuternico Natildeo se aplica

Conforto Higroteacutermico

Quadro 29 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI

Fonte Referencial AQUA (2010)

QI 83 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo

Velocidade de ar no inverno nos espaccedilos sensiacuteveis V le 020 ms S

Velocidade de ar no inverno nos espaccedilos sensiacuteveis V le 015 ms E 2

Velocidade de ar no veratildeo nos espaccedilos sensiacuteveis V le 025 ms (para um intervalo de

referecircncia entre 25oC e 27oC) S

Velocidade de ar no veratildeo nos espaccedilos sensiacuteveis V le 022 ms (para um intervalo de

referecircncia entre 25oC e 27oC) E 2

Identificar os

espaccedilos sensiacuteveis

agrave velocidade do

ar no inverno

como no veratildeo E

velocidade

maacutexima do ar no

Quadro 30 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 83

Fonte Referencial AQUA (2010)

A Cidade de Curitiba eacute considerada a capital brasileira mais fria com

temperatura meacutedia de 164ordmC sendo que nos meses mais frios do ano junho e

julho a temperatura meacutedia no dia pode chegar a 13 ordmC

Utilizando-se o software Analysis BIO (2010) desenvolvido pelo

Laboratoacuterio de Eficiecircncia Energeacutetica em Edificaccedilotildees (LabEEE) da Universidade

Federal de Santa Catarina (UFSC) foi gerada a carta bioclimaacutetica de Curitiba

a qual mostra que 80 das temperaturas do ano satildeo consideradas

desconfortaacuteveis e destes 80 732 para o frio e apenas 684 satildeo para o

calor A Tabela 10 apresenta as mediccedilotildees durante o inverno de 2012

80

Tabela 10 ndash Mediccedilatildeo de temperatura no EV durante o inverno

Data

Temperatura

(degc) externa

meacutedia diaacuteria

Temperatura

(degc) interna EV

meacutedia diaacuteria

Diferenccedila Data

Temperatura

(degc) externa

meacutedia diaacuteria

Temperatura

(degc) interna EV

meacutedia diaacuteria

Diferenccedila

6302012 1908 2086 +178 7182012 109 1318 +228

712012 1836 2054 +218 7192012 1194 1486 +292

722012 1811 2029 +218 7202012 1302 1569 +267

732012 1849 2038 +189 7212012 1499 1639 +14

742012 1919 2098 +179 7222012 1785 1848 +063

752012 1947 2098 +151 7232012 1793 1989 +196

762012 1918 2093 +175 7242012 1983 1989 +006

772012 1414 1762 +349 7252012 1506 1765 +259

782012 1051 1451 +399 7262012 179 1876 +086

792012 1219 1453 +234 7272012 1563 1806 +244

7102012 1618 1788 +17 7282012 1597 1754 +156

7112012 1584 181 +225 7292012 1839 1919 +08

7122012 1374 1589 +215 7302012 1243 1619 +376

7132012 1072 1405 +334 7312012 1427 1532 +105

7142012 1213 147 +257 812012 1735 1845 +11

7152012 1025 128 +255 822012 1801 1974 +173

7162012 901 1189 +288 miacutenima 901 1189

7172012 1099 1261 +162 maacutexima 1983 2098

As maiores diferenccedilas meacutedias diaacuterias foram percebidas para as

temperaturas mais baixas Mostrando que o escritoacuterio verde possui um bom

desempenho em baixas temperaturas isso se deve principalmente pela funccedilatildeo

das paredes formadas por uma placa de OSB manta termo-acuacutestica e

fechamento com outra placa de OSB e a contribuiccedilatildeo do telhado verde fazendo

com que o calor natildeo se propague tatildeo rapidamente

O dia 16 de julho conforme Graacutefico 3 apresentou as temperaturas mais

baixas durante a mediccedilatildeo 901ordmC A temperatura interna neste dia mostrou

uma amplitude baixa ficando com uma meacutedia de 1189ordmC sendo que a

temperatura interna durante o periacuteodo ficou sempre acima da temperatura

externa chegando a uma diferenccedila de 42ordmC

81

Graacutefico 3 ndash Dia com temperatura meacutedia diaacuteria miacutenima

O aparelho usado para a mediccedilatildeo de temperatura foi o datalogger de

temperatura umidade e pressatildeo da Voltcraft modelo DL-180THP Com este

aparelho eacute possiacutevel programar intervalo de mediccedilatildeo (estes podem ser de 1

minuto ateacute 18 horas) data e hora de iniacutecio de registro dos dados A faixa de

operaccedilatildeo do aparelho eacute de temperaturas de -40ordmC ateacute +70ordmC e umidade

relativa de 0 ateacute 100 A precisatildeo do aparelho eacute plusmn1 degC plusmn35 rH plusmn25 hPa

Para este estudo foram utilizados intervalos de mediccedilatildeo de 5 minutos

Categoria 9 ndash Conforto acuacutestico

9 Avaliaccedilatildeo

QI 91 Identificaccedilatildeo das configuraccedilotildees acuacutesticas prioritaacuterias da operaccedilatildeo Atende

QI 92 Qualidade acuacutestica do edifiacutecio Natildeo atende

Conforto acuacutestico

Quadro 31 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI

Fonte Referencial AQUA (2010)

9 Avaliaccedilatildeo

MQI 91 Melhoria da qualidade acuacutestica do edifiacutecio Accedilatildeo corretiva

MQI 92 Consideraccedilatildeo do criteacuterio acuacutestico na renovaccedilatildeo dos revestimentos internos e dos equipamentos

Conforto acuacutestico

Quadro 32 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI

Fonte Referencial AQUA (2010)

82

9 Avaliaccedilatildeo

CQI 91 Recenseamento do uso dos espaccedilos

CQI 92 Gestatildeo da demanda dos ocupantes

CQI 93 Identificaccedilatildeo das fontes de ruiacutedo Atende

CQI 94 Classificaccedilatildeo dos espaccedilos

CQI 95 Informaccedilatildeo aos usuaacuterios do potencial acuacutestico do edifiacutecio Atende

Conforto acuacutestico

Quadro 33 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 83

Fonte Referencial AQUA (2010)

Quadro 34 ndash Criteacuterios de avaliaccedilatildeo para acuacutestica de edifiacutecios novos

Fonte Referencial AQUA (2007)

As primeiras mediccedilotildees do desempenho acuacutestico no EV foram realizadas

por Gregori (2011) Os ensaios foram realizados no periacuteodo que ainda natildeo

haviam sido instalados o piso elevado com aplicaccedilatildeo de carpete com o qual se

esperam ganhos quanto agrave atenuaccedilatildeo acuacutestica bem como a instalaccedilatildeo de

placas de vidro na regiatildeo limiacutetrofe frontal do terreno no qual se situa o

escritoacuterio sendo com essa a imposiccedilatildeo de mais uma barreira fiacutesica para os

ruiacutedos externos provenientes da via de traacutefego veicular e a instalaccedilatildeo de

elementos de oclusatildeo de frestas existentes nos batentes da porta de acesso ao

salatildeo principal Os resultados dessa primeira analise natildeo foram satisfatoacuterios

em relaccedilatildeo a exigecircncia estabelecidas no referencial AQUA O Graacutefico 4 detalha

o comparativo da atenuaccedilatildeo entre os ambientes

83

Graacutefico 4 ndash Meacutedias do niacutevel de ruiacutedo dos locais avaliados

Fonte GREGORI (2011)

No Graacutefico 4 estatildeo comparadas as meacutedias de cada local demonstrando

que os valores das meacutedias tomadas no interior do EV apresentam uma

atenuaccedilatildeo maacutexima de 3577 e miacutenima de 2226 em relaccedilatildeo agrave meacutedia dos

pontos externos ao EV A meacutedia dos pontos do tomados dentro do laboratoacuterio

demonstra que haacute atenuaccedilatildeo de ruiacutedo na construccedilatildeo convencional na ordem

de 942 em comparaccedilatildeo ao ruiacutedo medido nos pontos externos proacuteximos ao

mesmo

Na Tabela 11 eacute possiacutevel perceber que pelo valor considerado inferior o

cafeacute e o salatildeo principal se apresentam conformes quanto agrave aceitabilidade e

conforto a coordenaccedilatildeo estaacute conforme quanto agrave aceitabilidade o mezanino se

mostrou em desconformidade com ambos os paracircmetros bem como a

construccedilatildeo convencional (sala N-108) Na Tabela 12 a comparaccedilatildeo do valor

medido se daacute pela adiccedilatildeo da incerteza obtendo-se o valor considerado de

incerteza superior

84

Tabela 11 ndash Resultados obtidos (MEDICcedilAtildeO ndash INCERTEZA)

Paracircmetro

normativo

Aceitaacutevel

para

finalidade

Valor

considerado

Comparaccedilatildeo para

conforto

Comparaccedilatildeo para

aceitabilidade

Copa 40 50 408 +- 15 393conforme178 abaixo do

paracircmetro

conforme2142 abaixo

do paracircmetro

Coordenaccedilatildeo 35 45 436 +- 15 421Natildeo conforme2034

acima do paracircmetro

conforme640 abaixo do

paracircmetro

Salatildeo principal 45 65 464 +- 15 449conforme031 abaixo do

paracircmetro

conforme3098 abaixo

do paracircmetro

Mezanino 30 40 494 +- 15 479Natildeo conforme5953

acima do paracircmetro

Natildeo conforme1965

acima do paracircmetro

Construccedilatildeo

Convencional (sala N-108)40 50 62 +- 15 605

Natildeo conforme5120

acima do paracircmetro

Natildeo conforme2096

acima do paracircmetro

Resultados obtidos em dB(A)

Incerteza inferior (= MEDICcedilAtildeO - INCERTEZA)

Locais de mediccedilatildeo

Paracircmetro Normativo

Mediccedilatildeo Incerteza

Fonte GREGORI (2011)

Avaliando a Tabela 12 eacute possiacutevel perceber que pelo valor considerado

superior nenhum dos ambientes se apresentou conforme quanto ao conforto

poreacutem o cafeacute e o salatildeo principal se mantiveram conformes quanto agrave

aceitabilidade

Tabela 12 ndash Resultados obtidos (MEDICcedilAtildeO + INCERTEZA)

Paracircmetro

normativo

Aceitaacutevel

para

finalidade

Valor

considerado

Comparaccedilatildeo para

conforto

Comparaccedilatildeo para

aceitabilidade

Copa 40 50 408 +- 15 423Natildeo conforme573

acima do paracircmetro

conforme1542 abaixo

do paracircmetro

Coordenaccedilatildeo 35 45 436 +- 15 451Natildeo conforme2891

acima do paracircmetro

conforme027 acima do

paracircmetro

Salatildeo principal 45 65 464 +- 15 479Natildeo conforme636

acima do paracircmetro

conforme2637 abaixo

do paracircmetro

Mezanino 30 40 494 +- 15 509Natildeo conforme6953

acima do paracircmetro

Natildeo conforme2715

acima do paracircmetro

Construccedilatildeo

Convencional (sala N-108)40 50 62 +- 15 635

Natildeo conforme5870

acima do paracircmetro

Natildeo conforme2696

acima do paracircmetro

Locais de mediccedilatildeo

Paracircmetro NormativoResultados obtidos em dB(A)

Mediccedilatildeo Incerteza

Incerteza inferior (= MEDICcedilAtildeO + INCERTEZA)

Fonte GREGORI (2011)

No mecircs de abril de 2013 procedeu-se nova mediccedilatildeo do iacutendice de

atenuaccedilatildeo acuacutestica a ruiacutedos aeacutereos promovidos pelo invoacutelucro junto agraves janelas

Ensaios realizados sob a coordenaccedilatildeo do Profordm Dr Aloiacutesio Leoni Schmid da

Universidade Federal do Paranaacute

Inicialmente para uma verificaccedilatildeo geral foi emitido externamente a uma

das janelas e dela afastado de 20 m ruiacutedo rosa Externamente a 10 cm do

centro da janela foi medido o niacutevel de pressatildeo sonora de 975 dBA

Internamente a 10 cm do centro da janela fechada foi medido o niacutevel de

pressatildeo sonora de 705 dBA

85

Posteriormente foi aplicado o meacutetodo descrito em Fasold Sonntag e

Winkler (Bau-und Raumakustik Berlin RMuumlller 1987) que considera

mediccedilotildees em diferentes bandas e procura ajustar a curva de referecircncia

Tabela 13 - Caacutelculo do iacutendice de atenuaccedilatildeo acuacutestica R do invoacutelucro da edificaccedilatildeo

Frequecircncia ReduccedilatildeoCurva de

referecircncia

desvio

da curva

desvios

desfavoraacuteveis

curva de

referecircncia

deslocada

de 24 dB

desvios

indesejaacuteveis

da curva

deslocada

curva de

referecircncia

deslocada de

28 dB

desvios

indesejaacuteveis

da curva

deslocada

625 155

125 233 36 -127 -127 12 113 8 153

250 238 45 -212 -212 21 28 17 68

500 305 52 -215 -215 28 25 24 65

1000 263 55 -287 -287 31 -47 27 -07

2000 194 56 -366 -366 32 -126 28 -86

1207 173 93

meacutedia 2414

Meacutedia dos

negativos 346

Meacutedia dos

negativos 186

meacutedia 2414 Avaliaccedilatildeo excessivo Avaliaccedilatildeo adequado

Fonte SCHMID (2013)

O grau de isolamento acuacutestico medido foi portanto de 28 dB Estima-se

que este valor poderia ser aumentado ateacute cerca de 35 dB mediante operaccedilatildeo

de retiacutefica do encaixe das esquadrias em madeira utilizando-se ainda fitas

autoadesivas de feltro ou material apropriado de vedaccedilatildeo nas janelas O

resultado tambeacutem pode ser observado no Graacutefico 5

Graacutefico 5 ndash Iacutendice de atenuaccedilatildeo acuacutestica

Fonte SCHMID (2013)

86

A porta principal de entrada e as janelas da edificaccedilatildeo mostraram-se natildeo

estanque configurando uma condiccedilatildeo localizada que natildeo permite isolamento

acuacutestico suficiente necessitando de correccedilotildees

Durante 5 minutos contou-se na rua cerca de 200 automoacuteveis em

velocidade baixa a meacutedia O niacutevel maacuteximo de pressatildeo sonora registrado foi de

80 dBA sendo que se sabe que tal valor pode ser superado durante frenagem

ou aceleraccedilatildeo em especial de motocicletas Corresponde agrave indicaccedilatildeo de

Fasold et al (opcit p 6 Figura 311) que para um traacutefego de cerca de 2500

veiacuteculos por hora a 10m da rua (recuo frontal mais calccedilada) prevecirc 7 dB a

serem acrescidos de 6 dB devido a irregularidades da rua e mais 3 dB devido agrave

velocidade podendo superar 70 kmh o total estimado seria de 80 dBA

Tal condiccedilatildeo faz com que os 28 dB medidos possibilitem um niacutevel maacuteximo

de pressatildeo sonora de 52 dBA Isto ultrapassa os 30 dB exigidos pelo AQUA

Categoria 10 ndash Conforto visual

10 Avaliaccedilatildeo

QI 91 Dispor de acesso agrave luz do dia Atende

QI 92 Dispor de acesso a vistas para o exterior Atende

QI 93 Dispor de iluminaccedilatildeo natural miacutenima nas zonas de ocupaccedilatildeo Atende

QI 94 Evitar o ofuscamento direto ou indireto

QI 95 Garantir uma qualidade agradaacutevel da iluminaccedilatildeo artificial

QI 96 Controle do ambiente visual pelos ocupantes Atende

Conforto visual

Quadro 35 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI

Fonte Referencial AQUA (2010)

10 Avaliaccedilatildeo

CQI 101 Otimizar a manutenccedilatildeo do sistema de iluminaccedilatildeo Atende

CQI 102 Garantir o acompanhamento das demandas de intervenccedilatildeo para o sistema de iluminaccedilatildeo Atende

CQI 103 Otimizaccedilatildeo do acompanhamento do sistema de iluminaccedilatildeo Atende

Conforto visual

Quadro 36 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI

Fonte Referencial AQUA (2010)

Criteacuterio de avaliaccedilatildeo item QI 101

QI 101 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo

BAtende

Identificar os pontos focais dos espaccedilos comuns do edifiacutecio E acesso direto agrave luz

do dia garantida em cada ponto focal identificado BAtende

Dispor de acesso a luz do dia em 30 das circulaccedilotildees e ou espaccedilos abertos E 2 Atende

No caso de

edifiacutecios

comerciais

Dispor de acesso agrave luz do dia nos espaccedilos caracteriacutesticos da tipologia em questatildeo e no hall ou

recepccedilatildeo principal

Quadro 37 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI

Fonte Referencial AQUA (2010)

87

O projeto do EV privilegiou a entrada a luz natural atraveacutes de um conjunto

de janelas amplas (Figuras 39 e 40) estrategicamente posicionadas para

captaccedilatildeo de maior incidecircncia de luz natural Natildeo houve anaacutelise em relaccedilatildeo ao

ofuscamento pois apenas parte dos moacuteveis definitivos foram instalados ateacute a

finalizaccedilatildeo dessa dissertaccedilatildeo

Figura 41 ndash Vista lateral esquerda do EV

Fonte CASAGRANDE JR (2012)

Figura 42 ndash Vista lateral direita e fundos do EV

Fonte CASAGRANDE JR (2012)

O sistema luminoteacutecnico instalado no EV eacute composto por lacircmpadas LED

(light emitter diode) com dispositivo de acionamento separado por fileiras

Categoria 11 ndash Conforto olfativo

11 Avaliaccedilatildeo

QI 111 Identificar as fontes de odores e limitar a sua propagaccedilatildeo

QI 112 Garantir vazotildees de ar higiecircnicas Atende

QI 113 Garantir uma atmosfera saudaacutevel de ar nos espaccedilos com ventilaccedilatildeo mecacircnica Natildeo se aplica

Conforto olfativo

Quadro 38 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI

Fonte Referencial AQUA (2010)

88

11 Avaliaccedilatildeo

CQI 111 Otimizar a manutenccedilatildeo do sistema de ventilaccedilatildeo Natildeo se aplica

CQI 112 Garantir o acompanhamento das demandas de intervenccedilatildeo para o sistema de ventilaccedilatildeo Natildeo se aplica

Conforto olfativo

Quadro 39 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI

Fonte Referencial AQUA (2010)

QI 112 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo

B Atende

S

B

E 2

E 2

E 4 Atende

Na presenccedila de ventilaccedilatildeo mecacircnica justificativa do atendimento das vazotildees de ar novo que garantam niacuteveis

sanitaacuterios satisfatoacuterios conforme regulamentaccedilatildeo

Justificar o atendimento de vazotildees de ar novo otimizadas para as atividades dos locais (havendo ventilaccedilatildeo

mecacircnica ou natural controlada)

Presenccedila de dispositivo que permita o controle da qualidade do ar em certos espaccedilos de ocupaccedilatildeo

prolongada e quando pertinente acoplados a um sistema de alerta

Disposiccedilotildees tomadas para o fornecimento das vazotildees de ar nas zonas em que tal informaccedilatildeo seja

pertinente

Presenccedila de um sistema de ventilaccedilatildeo especiacutefico natural ou mecacircnico inclusive a simples abertura manual

de janelasA ventilaccedilatildeo natural pela simples abertura de janelas eacute autorizada

Presenccedila de um sistema de ventilaccedilatildeo especiacutefico natural ou mecacircnico aleacutem da simples abertura manual de

janelas A ventilaccedilatildeo natural pela simples abertura de janelas natildeo eacute mais considerada Se a ventilaccedilatildeo

natural eacute desejada a qual natildeo possa ser controlada um complemento de ventilaccedilatildeo mecacircnica deve ser

previsto

Quadro 40 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 112

Fonte Referencial AQUA (2010)

A arquitetura bioclimaacutetica do EV favorece muito as trocas de ar atraveacutes da

ventilaccedilatildeo cruzada e do ldquoEfeito chamineacuterdquo proporcionando atraveacutes da diferenccedila

de temperatura e por conseguinte de densidade entre o ar externo e o ar

interno do edifiacutecio A Figura 41 demonstra o efeito citado

Figura 43 ndash Efeito chamineacute

Fonte LAMBERTS (2004)

89

Categoria 12 ndash Qualidade sanitaacuteria dos ambientes

12 Avaliaccedilatildeo

QI 121 Identificar as fontes de exposiccedilatildeo eletromagneacutetica

QI 122 Garantia de condiccedilotildees de higiene especiacuteficas nos espaccedilos Atende

QI 123 Inventaacuterio do conhecimento relativo agrave qualidade higiecircnica dos revestimentos internos

Qualidade sanitaacuteria dos ambientes

Quadro 41 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI

Fonte Referencial AQUA (2010)

12 Avaliaccedilatildeo

MQI 121 Melhoria da qualidade higiecircnica dos revestimentos internos

Qualidade sanitaacuteria dos ambientes

Quadro 42 ndash Criteacuterios avaliados ndash MQI

Fonte Referencial AQUA (2010)

12 Avaliaccedilatildeo

CQI 121 Garantir uma limpeza adaptada aos espaccedilos interiores Atende

CQI 122 Otimizar as condiccedilotildees de conservaccedilatildeo dos ambientes interiores Atende

Qualidade sanitaacuteria dos ambientes

Quadro 43 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI

Fonte Referencial AQUA (2010)

QI 121 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo

provenientes do entorno imediato B

provenientes do entorno imediato e proacuteprias do edifiacutecio S

Para as fontes - energia e fontes

telecomunicaccedilotildees Identificaccedilatildeo das

fontes emissoras de ondas

eletromagneacuteticas de baixa frequumlecircncia

e das fontes de radiofrequecircncia

Quadro 44 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 121

Fonte Referencial AQUA (2010)

O escritoacuterio estaacute inserido no centro urbano estando suscetiacutevel a vaacuterios

campos eletromagneacuteticos poreacutem para identificaccedilatildeo dos pontos criacuteticos faz se

necessaacuterio um estudo especiacutefico

A audiecircncia puacuteblica realizada em marccedilo de 2013 no Supremo Tribunal

Federal (STF) reuniu 21 especialistas para debater sobre os efeitos dos

campos eletromagneacuteticos sobre a sauacutede puacuteblica e o meio ambiente

Resultados de um estudo apresentados pelo pesquisador do Cepel (Centro de

Pesquisa de Energias Eleacutetricas da Eletrobraacutes) Engordm Luiz Adriano Domingues

comprovam que as linhas de transmissatildeo e distribuiccedilatildeo de energia natildeo satildeo a

principal exposiccedilatildeo a campos eletromagneacuteticos na vida cotidiana Segundo ele

os dados resultantes de mediccedilotildees feitas em residecircncias foram constatados os

maiores valores de campo eletromagneacutetico em funccedilatildeo dos vaacuterios

90

equipamentos que satildeo utilizados no dia a dia como secador liquidificador

raacutedio e TV (STF 2013)

Categoria 13 ndash Qualidade sanitaacuteria do ar

13 Avaliaccedilatildeo

QI 131 Identificar as fontes de poluiccedilatildeo interna e externa e limitar seus efeitos Atende

QI 132 Garantir vazotildees de ar novo Atende

QI 133 Garantir uma atmosfera saudaacutevel de ar nos espaccedilos com ventilaccedilatildeo mecacircnica Natildeo se aplica

QI 134 Inventaacuterio do conhecimento do impacto sanitaacuterio dos revestimentos internos do edifiacutecio Sem accedilatildeo

Qualidade sanitaacuteria do ar

Quadro 45 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI

Fonte Referencial AQUA (2010)

13 Avaliaccedilatildeo

MQI 131 Melhoria da qualidade sanitaacuteria dos revestimentos internos

Qualidade sanitaacuteria do ar

Quadro 46 ndash Criteacuterios avaliados ndash MQI

Fonte Referencial AQUA (2010)

13 Avaliaccedilatildeo

CQI 131 Garantir o controle das instalaccedilotildees de aeraccedilatildeo e saneamento Atende

CQI 132 Garantir a supervisatildeo dos filtros das centrais de tratamento de ar e das redes Atende

CQI 133 Garantir o controle dos poluentes submetidos agrave regulamentaccedilatildeo (em caso de risco identificado) Atende

CQI 134 Acompanhamento perioacutedico da qualidade do ar interior Atende

CQI 135 Acompanhamento global das accedilotildees realizadas e da qualidade sanitaacuteria do ar Atende

Qualidade sanitaacuteria do ar

Quadro 47 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI

Fonte Referencial AQUA (2010)

91

MQI 131 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo

Garantia que os produtos natildeo desprendam partiacuteculas e fibras carcinogecircnicas B

Teores de COV conhecidos para pinturas e vernizes de interiores B Atende

Conhecimento bruto das emissotildees de COV e formaldeiacutedos dos revestimentos

internos renovadosE 2

Conhecimento bruto das emissotildees de substacircncias canceriacutegenas ou causadores

de efeitos geneacuteticos hereditaacuterios ou causadores de impotecircncia reprodutiva que

tenham sido intencionalmente introduzidas no processo de fabricaccedilatildeo ou

naturalmente presentes nas mateacuterias primas utilizadas nos produtos

renovados presentes em mais de 01 em massa e suscetiacuteveis de migraccedilatildeo

E 2

Piso 1000 e Parede 1000 E 1

Piso 250 e Parede 500 E 2

Piso 625 e Parede 125 E 1

Piso e parede 40 E 2

Piso e parede 20 E 3

Piso e parede 10 E 4

5 E 1

25 E 2

1 E 2

E 2 AtendeConsideraccedilatildeo do criteacuterio sanitaacuterio (emissotildees de COV e fomaldeiacutedos) na escolha dos revestimentos

internos renovados

Nas ocasiotildees de renovaccedilatildeo dos revestimentos internos (pisos paredes tetos materiais de

acabamento) o conjunto de cada produto renovado constituinte das superfiacutecies pisoparedeteto em

contato com o ar interno respeita os limites seguintes em microgm3

Taxa de COV piso e

paredes

Formaldeiacutedos piso

e paredes

Canceriacutegenos ou

substacircncias

causadoras de

efeitos geneacuteticos

hereditaacuterios ou

causadoras de

impotecircncia

reprodutiva o

conjunto de

produtos

constituintes das

Na ocasiatildeo de

renovaccedilatildeo de

revestimentos

internos (pisos

paredes tetos

materiais de

acabamento)

Quadro 48 ndash Criteacuterios avaliados ndash MQI 131

Fonte Referencial AQUA (2010)

A escolha dos materiais foi bastante criteriosa quanto ao teor de COV

(compostos orgacircnicos volaacuteteis) e formaldeiacutedo No entanto sabe-se que a

rastreabilidade na utilizaccedilatildeo desses produtos no Brasil ainda eacute insipiente Um

grande avanccedilo no setor da construccedilatildeo civil eacute a avaliaccedilatildeo RGMAT (RG ou

registro ambiental do produto) lanccedilado pela Fundaccedilatildeo Vanzolini com o objetivo

de demonstrar o desempenho ambiental dos materiais de construccedilatildeo por meio

da declaraccedilatildeo ambiental de produto baseado na avaliaccedilatildeo do ciclo de vida

que inclui o consumo de recursos naturais energia aacutegua emissatildeo de gases

na atmosfera de resiacuteduos soacutelidos e liacutequidos ou substacircncias toacutexicas podendo

abranger desde a extraccedilatildeo mineral produccedilatildeo transporte montagem

utilizaccedilatildeo manutenccedilatildeo e desconstruccedilatildeo ateacute a reutilizaccedilatildeo ou a reciclagem

(VANZOLINI 2013)

92

Categoria 14 ndash Qualidade sanitaacuteria da aacutegua

14 Avaliaccedilatildeo

QI 141 Eliminar o chumbo nas redes internas

QI 142 Organizaccedilatildeo e proteccedilatildeo das redes internas Atende

QI 143 Controle da temperatura nas redes internas Atende

Qualidade sanitaacuteria da aacutegua

Quadro 49 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI

Fonte Referencial AQUA (2010)

14 Avaliaccedilatildeo

CQI 141

Limitar os riscos de desenvolvimento das legionelas por meio de meacutetodos de conservaccedilatildeo

preventivos das redes de aacutegua quente e de anaacutelises da aacutegua Natildeo se aplica

CQI 142 Limitar o risco de desenvolvimento de legionelas por meio do controle das temperaturas Natildeo se aplica

CQI 143 Supervisionar a qualidade da aacutegua nos pontos de uso Atende

CQI 144 Acompanhamento das accedilotildees realizadas e da qualidade da aacutegua do edifiacutecio Atende

Qualidade sanitaacuteria da aacutegua

Quadro 50 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI

Fonte Referencial AQUA (2010)

QI 141 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo

B

SJustificar o respeito ao iacutendice de 10 microglitro

Justificar a ausecircncia de chumbo nas redes internas OU justificar o respeito ao iacutendice de 25 microglitro No

caso de ultrapassagem deste iacutendice adoccedilatildeo de medidas corretivas para reduzir a sua dissoluccedilatildeo na

aacutegua

Quadro 51 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 141

Fonte Referencial AQUA (2010)

Os tubos da instalaccedilatildeo hidraacuteulica do EV satildeo apenas em PVC e PEX

(Polietileno de alta densidade reticulado)

513 QAP ndash Qualidade Ambiental das Praacuteticas

O QAP eacute dividido em 3 partes QAP compras QAP comunicaccedilatildeo e QAP

gestatildeo aos quais satildeo atribuiacutedas pontuaccedilotildees conforme Quadro 52

93

QAP COMPRAS - MAacuteXIMO 28 PONTOS PONTOS

Escolha de produtos ou equipamentos (dentre os mais impactantes) que garantam uma

economia de energia ou de aacutegua ou que tenham limitado o impacto acuacutestico em relaccedilatildeo aos

produtos e equipamentos convencionais (um ponto por famiacutelia de produto ou equipamento)

1- 4

Escolha de produtos de conservaccedilatildeo e limpeza (dentre os mais impactantes e empregados na

conservaccedilatildeo e limpeza dos espaccedilos pertencentes ao periacutemetro da certificaccedilatildeo) que respeitem o

meio ambiente e a sauacutede dos ocupantes (dois pontos obtidos por produto de conservaccedilatildeo e

limpeza)

2- 6

QAP COMUNICACcedilAtildeO - MAacuteXIMO 22 PONTOS PONTOS

boas praacuteticas no consumo de energia 1

boas praacuteticas no consumo de aacutegua 1

reduccedilatildeo de resiacuteduos nas fontes geradoras e realizaccedilatildeo de triagem 1

poliacutetica de compras 1

QAP GESTAtildeO - MAacuteXIMO 44 PONTOS PONTOS

Praacuteticas adotadas com a finalidade de reduzir o consumo de energia nos espaccedilos pertencentes

ao periacutemetro da certificaccedilatildeo (um ponto por praacutetica adotada)1 - 5

Favorecer as energias renovaacuteveis nas escolhas de fornecimento de energia primaacuteria por meio de

um contrato com um produtor de energia3

Praacuteticas adotadas com a finalidade de reduzir o consumo de aacutegua nos espaccedilos pertencentes ao

periacutemetro da certificaccedilatildeo (um ponto por praacutetica adotada)1 - 3

Praacuteticas adotadas nos espaccedilos pertencentes ao periacutemetro da certificaccedilatildeo com a finalidade de

reduzir a produccedilatildeo de resiacuteduos na fonte a partir das atividades desenvolvidas nestes locais e de

sua conservaccedilatildeo (um ponto por praacutetica adotada)

1 - 3

RESIacuteDUOS

ENERGIA

PRODUTOS DE CONSERVACcedilAtildeO E LIMPEZA

Utilizaccedilatildeo de meios de comunicaccedilatildeo (murais cartazes manuais portais eletrocircnicos etc) adequados a fim de

sensibilizar os ocupantes do edifiacutecio para as questotildees seguintes

AacuteGUA

MATERIAL ELEacuteTRICO

Quadro 52 ndash Criteacuterios avaliados em QAP

Fonte Referencial AQUA (2010)

O EV participa do projeto ldquoCompra verderdquo com o objetivo de Implantar

poliacuteticas de compras sustentaacuteveis para a instituiccedilatildeo incluindo nos editais

requisitos ambientais especiacuteficos dependendo de cada material e equipamento

Todos os alunos e frequentadores do escritoacuterio vivenciam as praacuteticas

sustentaacuteveis no cotidiano pois a edificaccedilatildeo funciona como um ldquolaboratoacuterio

vivordquo palco para desenvolvimento de estudos cursos eventos como a semana

do meio ambiente programados para recepcionar todos da comunidade que se

interessarem pelo assunto sustentabilidade

94

6 CONCLUSOtildeES

Considerando os objetivos iniciais deste trabalho tendo como princiacutepio a

avaliaccedilatildeo do referencial teacutecnico AQUA de operaccedilatildeo e uso e sua aplicaccedilatildeo no

estudo de caso do escritoacuterio verde da UTFPR no que se refere ao desempenho

ambiental da edificaccedilatildeo seguem algumas conclusotildees

Um item fundamental que precisa ser verificado no referencial teacutecnico eacute a

forma de avaliaccedilatildeo para a fase operaccedilatildeo e uso pois natildeo estaacute clara Outra

dificuldade encontrada foi em relaccedilatildeo a estruturaccedilatildeo das categorias e

subcategorias com as respectivas avaliaccedilotildees por exemplo a duplicaccedilatildeo do

item QI na CQI da categoria 2 algumas trocas de nome da categoria entre

outros

Apoacutes anaacutelise dos dois referenciais percebeu-se melhor qualidade no

detalhamento das informaccedilotildees no referencial destinado a fase de programa

projeto e execuccedilatildeo o que facilita muito o entendimento do leitor

Alguns caacutelculos solicitados por exemplo o caacutelculo da envoltoacuteria da

categoria energia

QI 41 Criteacuterios avaliados Niacutevel

Explicitaccedilatildeo do valor absoluto do coeficiente de Transmitacircncia Teacutermica ponderada da

envoltoacuteria Uedif (Wm2K)

Uedif lt Uedif-base + 40

B

Melhorar a aptidatildeo da

envoltoacuteria para limitar

desperdiacutecios

Quadro 53 ndash Criteacuterios avaliados em QI 41

Fonte Referencial AQUA (2010)

Calcula-se o Uedif mas o referencial natildeo informa o valor ldquobaserdquo podendo

ser utilizado qualquer valor desde que referenciado que obtenha um resultado

menor que o coeficiente de transmitacircncia teacutermica da envoltoacuteria do edifiacutecio

(Uedif) Isso ocorre tambeacutem nos caacutelculos de coeficiente de consumo

convencional de energia primaacuteria solicitando que o mesmo seja comparado

com o coeficiente de consumo convencional de energia primaacuteria de referecircncia

mas a informaccedilatildeo desse valor referencia natildeo eacute apresentado nem mesmo os

admissiacuteveis

Entende-se que os coeficientes ou bases referenciais de alguns caacutelculos

precisam ser regionais mas eacute relevante que o AQUA estabeleccedila um limite de

95

variaccedilatildeo desses dados evitando que utilizem valores que natildeo satildeo referecircncias

no intuito de possuir resultados positivos que facilitem a certificaccedilatildeo

Os itens QI 121 e QMI 131QI 22 fontes eletromagneacuteticas e teor de

COV e formaldeiacutedo nos materiais sabe-se que os estudos nessa aacuterea no paiacutes

ainda satildeo incipientes dificultando a avaliaccedilatildeo tanto do empreendedor no

momento da compra quanto da proacutepria Fundaccedilatildeo Vanzolini na auditoria

Vale salientar que mesmo o referencial de operaccedilatildeo e uso natildeo estando

oficialmente disponiacutevel na paacutegina da Fundaccedilatildeo Vanzolini jaacute existem alguns

edifiacutecio certificados nesta etapa como algumas unidades da loja Leroy Merlyn

As sugestotildees apresentadas neste trabalho satildeo apenas no sentido de colaborar

na construccedilatildeo deste referencial

Quanto ao Escritoacuterio Verde identificou-se a necessidade de accedilotildees

corretivas bem como melhorias a serem implantadas para atender alguns

requisitos do referencial AQUA Quanto ao perfil ambiental preacute-estabelecido no

iniacutecio do estudo de caso conclui-se que

Categoria 1 Relaccedilatildeo do edifiacutecio com o seu entorno - niacutevel superior ndash

classificaccedilatildeo mantida necessitando de adequaccedilotildees quanto agrave acessibilidade

Categoria 2 Escolha integrada de produtos sistemas e processos

construtivos - niacutevel excelente - classificaccedilatildeo poderaacute sofrer alteraccedilotildees Diante

da avaliaccedilatildeo do AQUA no que se refere o conhecimento sobre a vida uacutetil e teor

de COV e formaldeiacutedo dos materiais empregados na construccedilatildeo pois a

maioria dos fabricantes natildeo disponibilizam essas informaccedilotildees A maioria dos

materiais utilizados no EV satildeo inovaccedilotildees no mercado da construccedilatildeo civil por

isso pouco se conhece sobre os impactos ambientais quanto agrave vida uacutetil

demonstrabilidade reciclagem emissatildeo de gases contribuintes para o efeito

estufa entre outros Assim a melhor compreensatildeo do desempenho desses

produtos soacute eacute durante o processo de gestatildeo da edificaccedilatildeo por meio de rotinas

Categoria 3 Canteiro de obras com baixo impacto ambiental - niacutevel

excelente ndash classificaccedilatildeo mantida Aleacutem da elaboraccedilatildeo de plano de gestatildeo dos

resiacuteduos da construccedilatildeo civil (PGRCC) os sistemas construtivos utilizados no

EV contribuem significantemente com a minimizaccedilatildeo do impacto no canteiro de

obra

Categoria 4 Gestatildeo da energia - niacutevel excelente ndash classificaccedilatildeo mantida

o desempenho do sistema se mostrou satisfatoacuterio demonstrando eficiecircncia na

96

geraccedilatildeo de energia E para melhor controle do desempenho desse sistema

estaacute em desenvolvimento o projeto de automaccedilatildeo disponibilizando dados em

tempo real via WEB de toda geraccedilatildeo e consumo de energia

Categoria 5 Gestatildeo da aacutegua - niacutevel excelente ndash classificaccedilatildeo mantida no

entanto para melhor controle do desempenho de captaccedilatildeo e consumo de aacutegua

potaacutevel e pluvial haacute necessidade de investir em equipamentos que facilitem a

coleta de dados

Categoria 6 Gestatildeo dos resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo do edifiacutecio - niacutevel

excelente ndash classificaccedilatildeo mantida os programas desenvolvidos no EV

ultrapassam os limites fiacutesicos do edifiacutecio contribuindo com a gestatildeo do campus

universitaacuterio

Categoria 7 Manutenccedilatildeo - permanecircncia do desempenho ambiental - niacutevel

excelente Classificaccedilatildeo depende do funcionamento do SGO pois qualquer

sistema de gestatildeo demora algum tempo para ser implantado muitas vezes

anos

Categoria 8 Conforto higroteacutermico - niacutevel bom ndash classificaccedilatildeo mantida

pois natildeo haacute sistema de ventilaccedilatildeo mecacircnica no EV

Categoria 9 Conforto acuacutestico - niacutevel excelente ndash classificaccedilatildeo natildeo

alcanccedilada necessitando de accedilotildees corretivas para atingir o niacutevel miacutenimo bom

Categoria 10 Conforto visual - niacutevel bom ndash classificaccedilatildeo mantida

podendo melhorar para superior com a constataccedilatildeo de um resultado positivo

em relaccedilatildeo ao ofuscamento

Categoria 11 Conforto olfativo - niacutevel superior ndash classificaccedilatildeo natildeo

alcanccedilada pois natildeo sistema de ventilaccedilatildeo mecacircnico Categoria rebaixada para

niacutevel bom

Categoria 12 Qualidade sanitaacuteria do ambiente - niacutevel superior ndash

classificaccedilatildeo natildeo alcanccedilada pois natildeo houve aprofundamento sobre as fontes

de campos eletromagneacuteticos

Categoria 13 Qualidade sanitaacuteria do ar - niacutevel bom ndash classificaccedilatildeo

mantida atende a legislaccedilatildeo vigente

Categoria 14 Qualidade sanitaacuteria da aacutegua - niacutevel Bom ndash classificaccedilatildeo

mantida faltando definir rotina para controle de qualidade da aacutegua captada

pelo sistema de coleta pluvial

97

A uacuteltima parte do referencial QAP compras atende a pontuaccedilatildeo maacutexima

QAP comunicaccedilatildeo atende a pontuaccedilatildeo maacutexima e QAP gestatildeo tem potencial

para alcanccedilar a pontuaccedilatildeo maacutexima

Para finalizar observou-se que o SGO permeia todo referencial sendo de

fato a ldquocoluna vertebralrdquo da certificaccedilatildeo e eacute a ferramenta que iraacute garantir um

bom desempenho ambiental da edificaccedilatildeo durante sua vida uacutetil

Os resultados apresentados representam apenas uma parte dos criteacuterios

exigidos no referencial O relatoacuterio completo da avaliaccedilatildeo seraacute encaminhado

para a Fundaccedilatildeo Vanzolini para iniciar o processo de certificaccedilatildeo do EV

SUGESTOtildeES PARA TRABALHOS FUTUROS

Como proposta para trabalhos futuros sugere-se

pesquisa sobre potenciais fontes de exposiccedilatildeo eletromagneacuteticas

elaboraccedilatildeo de manual de boas praacuteticas de uso e operaccedilatildeo do EV

avaliaccedilatildeo do sistema de gestatildeo de operaccedilatildeo utilizado no EV

98

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104

ANEXO 1

Projeto arquitetocircnico do Escritoacuterio Verde da UTFPR

105

ANEXO 2

EnergiaMaterias

primasAacutegua Ar Aacutegua Solo Ruiacutedos Odores

Local e construccedilatildeo

1 Relaccedilatildeo do edifiacutecio com o seu entorno

11 Consideraccedilatildeo do contexto F

12 Implantaccedilatildeo no terreno F F

2 Escolha integrada de produtos sistemas e processos construtivos

21 Adaptabilidade e durabilidade do edifiacutecio F

22 Escolhas de processos construtivos F F

23 Escolhas de produtos de construccedilatildeo F F

24 Fim de vida do edifiacutecio desconstrutibilidade reciclabilidade F F

3 Canteiro de obras

31 Produccedilatildeo de resiacuteduos identificaccedilatildeo gestatildeo dos resiacuteduos F

32 Incocircmodos e poluiccedilatildeo F F

33 Recursos - consumo de aacutegua e energia F

Gestatildeo

4 Energia

41 Energia primaacuteria natildeo renovaacutevel F

42 Incocircmodos e poluiccedilatildeo

5 Aacutegua

51 Economia de aacutegua potaacutevel F

52 Gestatildeo de aacuteguas pluviais no terreno F

53 Esgotamento sanitaacuterio F

6 Resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo do edifiacutecio

61 Controle da produccedilatildeo de resiacuteduos F

62 Adequaccedilatildeo entre coleta interna e externa F

63 Controle da seleccedilatildeo dos resiacuteduos F F F

64 Otimizaccedilatildeo do sistema de coleta interna F F F

7 Conservaccedilatildeo e manutenccedilatildeo

71 Otimizaccedilatildeo das necessidades em manutenccedilatildeo F F F

72 Controle dos efeitos ambientais e sanitaacuterios da manutenccedilatildeo F

73 Facilidade de acesso para manutenccedilatildeo

74 Equipamentos para manter o desempenho em uso e operaccedilatildeo F F F F

Conforto

8 Conforto higroteacutermico

81 No inverno e na meia-estaccedilatildeo F

82 No veratildeo F

9 Conforto acuacutestico

91 Disposiccedilotildees arquitetocircnicas espaciais F F F

92 Isolamento acuacutestico F F F

93 Correccedilatildeo acuacutestica dos ambientes (se necessaacuteria) F F F

94 Efeitos dos ruiacutedos na vizinhanccedila F F F

10 Conforto visual

101 Consideraccedilatildeo da iluminaccedilatildeo natural F F F

102 Iluminaccedilatildeo artificial F

103 Relaccedilatildeo visual com o exterior

104 Iluminaccedilatildeo artificial das aacutereas exteriores F F

11 Conforto olfativo

111 Fontes de odores desagradaacuteveis F F F

112 Sensaccedilotildees olfativas desagradaacuteveis F F F

Sauacutede

12 Qualidade sanitaacuteria dos ambientes

121 Tratamento do ambiente interior e das superfiacutecies F F

13 Qualidade sanitaacuteria do ar

131 Fontes de poluiccedilatildeo F F F

132 Efeitos dos poluentes do ar na sauacutede F F F

14 Qualidade sanitaacuteria da aacutegua

141 Manutenccedilatildeo da qualidade da aacutegua de consumo nas redes internas do edifiacutecio F

142 Controle de acessos agraves redes coletivas de distribuiccedilatildeo

143 Controle da qualidade da aacutegua proveniente de rede de aacutegua natildeo potaacutevel

F = Relaccedilatildeo forte existente entre preocupaccedilatildeo e objetivo

Uma ceacutelula em branco natildeo significa necessariamente uma total ausecircncia de preocupaccedilatildeo

MO

BIL

IDA

DE

UR

BA

NA

OBJETIVOS DE CONTROLE DOS IMPACTOS AMBIENTAIS EXTERIORES E

INTERIORES DO EDIFICIO

Tabela 2 - Guia para a hierarquizaccedilatildeo das categorias de QAE em funccedilatildeo dos desafios ambientais estabelecidos

ME

LH

OR

AR

O

CO

NF

OR

TO

PR

ES

EE

RV

AR

A S

AU

DE

PREOCUPACcedilOtildeES AMBIENTAIS

PRESERVAR OS

RECURSOS

REDUZIR A

POLUICcedilAtildeO

REDUZIR OS

INCOMODOS

RE

DU

ZIR

OS

RE

SID

UO

S

106

ANEXO 3

Processo AQUA - operaccedilatildeo e uso maio de 2010

Page 4: UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ …Processo AQUA de certificação de edificações sustentáveis na fase operação e uso : estudo de caso do Escritório Verde da UTFPR

AGRADECIMENTOS

Primeiramente a Deus por oportunizar a realizaccedilatildeo de um sonho

Ao professor Ph D Eloy Fassi Casagrande Jr pela orientaccedilatildeo durante todo esse

tempo

Ao professor Doutor Cezar Augusto Romano pelo amor aacute profissatildeo que tornam suas

aulas especiais

Ao professor Doutor Aloiacutesio Leoni Schmid da Universidade Federal do Paranaacute pela

contribuiccedilatildeo nos ensaios acuacutesticos

Agrave Fundaccedilatildeo Vanzolini pelo fornecimento do material utilizado neste estudo o

referencial teacutecnico de Operaccedilatildeo e Uso

Agrave Universidade Tecnoloacutegica Federal do Paranaacute e ao Programa de Poacutes Graduaccedilatildeo

em Engenharia Civil pela formaccedilatildeo acadecircmica e infraestrutura fornecida para o

trabalho

A CAPES - Coordenaccedilatildeo de Aperfeiccediloamento de Pessoal de niacutevel Superior pela

concessatildeo da bolsa

Ao meu esposo Alexandre pelo amor incentivo e compreensatildeo

Agrave minha matildee Marlene e irmatilde Letiacutecia pelo amor e incentivo

Agrave minha amiga Arquiteta Daniela Vidal pela forccedila em todos os momentos de alegria

e tristeza e pela compreensatildeo da minha ausecircncia em alguns momentos de

comemoraccedilatildeo

Agrave minha amiga Arquiteta Lorreine Vaccari pelos ensinamentos

A todos que de alguma forma contribuiacuteram para realizaccedilatildeo desse trabalho

Muito obrigada

ldquoQuanto mais aumenta nosso

conhecimento mais evidente

fica nossa ignoracircnciardquo

(John F Kennedy)

RESUMO LIMA Lucimara F de Processo AQUA de certificaccedilatildeo de edificaccedilotildees sustentaacuteveis na fase operaccedilatildeo e uso Estudo de caso do Escritoacuterio Verde da UTFPR 2013 p 106 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Engenharia Civil) - Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Engenharia Civil Universidade Tecnoloacutegica Federal do Paranaacute Curitiba Paranaacute 2013 Os desequiliacutebrios ambientais oriundos da incompatibilidade entre crescimento populacional e esgotabilidade dos recursos naturais trazem grandes desafios Neste contexto destaca-se a induacutestria da construccedilatildeo civil que utiliza na sua cadeia produtiva grande quantidade de recursos natildeo renovaacuteveis As atuais praacuteticas de produccedilatildeo utilizadas pela construccedilatildeo civil necessitam de ajustes imediatos para que o setor possa contribuir adequadamente com o desenvolvimento sustentaacutevel do paiacutes Infelizmente satildeo comuns ainda processos artesanais nas frentes de trabalho uso de mateacuterias-primas sem manejo sustentaacutevel e a aplicaccedilatildeo de produtos industrializados desconsiderando os aspectos de conservaccedilatildeo de aacutegua energia e a necessaacuteria reduccedilatildeo de resiacuteduos e desperdiacutecios O surgimento dos sistemas de avaliaccedilatildeo e certificaccedilatildeo da construccedilatildeo civil em diferentes partes do mundo vem minimizando os impactos negativos que o setor da construccedilatildeo origina Nos uacuteltimos anos o movimento ganhou novos adeptos e os nuacutemeros tornam-se expressivos apontando uma demanda urgente de novas atitudes por parte dos profissionais e empresas do ramo O estudo realizado consiste em analisar o Relatoacuterio Teacutecnico AQUA de Operaccedilatildeo e Uso elaborado pela Fundaccedilatildeo Vanzolini em 2010 como versatildeo provisoacuteria que no momento encontra-se em processo de revisatildeo Essa anaacutelise foi utilizada como base para a realizaccedilatildeo de um estudo de caso sobre a construccedilatildeo do Escritoacuterio Verde da UTFPR O resultado dessa pesquisa eacute a avaliaccedilatildeo de desempenho ambiental do escritoacuterio quanto agrave conformidade com os requisitos definidos no referencial teacutecnico AQUA de operaccedilatildeo de edifiacutecios bem como o tratamento das natildeo conformidades e a tomada de accedilotildees corretivas e preventivas para alcance de um desempenho satisfatoacuterio Assim esta dissertaccedilatildeo eacute uma siacutentese de um processo de certificaccedilatildeo de edificaccedilotildees sustentaacuteveis e busca realccedilar a importacircncia da certificaccedilatildeo na construccedilatildeo civil como modo de garantir que edifiacutecios sejam planejados projetados construiacutedos e principalmente utilizados seguindo os princiacutepios da sustentabilidade aspectos teacutecnicos econocircmicos sociais ambientais e culturais que devem interagir de forma holiacutestica Palavras-chave Processo AQUA avaliaccedilatildeo de desempenho do Escritoacuterio Verde certificaccedilatildeo ambiental de edifiacutecios

ABSTRACT LIMA Lucimara F de The AQUA process for certification of sustainable buildings in the operation and use phases Case Study the UTFPR Green Office 2013 p 106 Thesis (Masteracutes Degree in Civil Engineering) ndash Post -graduate Program in Civil Engineering of Federal Technological University of Paranaacute Curitiba Brazil 2013 Environmental imbalances resulting from the lack of compatibility between the population growth and the exhaustibility of natural resources bring out great challenges In such a context the industry of civil engineering must be pointed out for the use of great quantities of non-renewable resources in its production chain The current production practices used in civil construction need immediate adjustments so that the sector may contribute appropriately for the sustainable development of the country Unfortunately it is still rather common to find artisanal processes on work fronts use of raw materials without sustainable handling and the application of industrialized products with disregard to aspects such as water conservation energy and the necessary reduction of residues and waste The appearance of assessment and certification systems of civil construction in different parts of the world has reduced the negative impacts caused by the construction sector Over the last years such movement has gained new supporters and numbers have become more expressive pointing towards a pressing demand for new actions by professionals and corporations in the field The study performed consists of analyzing the AQUAacutes Technical Report of Operation and Use designed by the Vanzolini Foundation in 2010 as a temporary version which is currently being revised Such analysis has been used as the basis for the undertaking of a case study on the construction of the Green Office at UTFPR The outcome of such research is the assessment of the officeacutes environmental performance as for conformity with requirements defined on the AQUA standard of buildings operation as well as the treatment of non-conformities and undertaking of corrective and preventive actions in order to achieve satisfactory performance Thus such thesis is the summary of a certification process of sustainable buildings and aims to emphasize the importance of certification in civil construction as a way of assuring that buildings are planned designed built and primarily used according to the principles of sustainability technical economic social environmental and cultural aspects which must interact holistically Keywords AQUA Process assessment of the Green Office performance

environmental certification of buildings

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Pegada ecoloacutegica (adaptado do inglecircs) 24

Figura 2 ndash Ciclo PDCA e SDCA 33

Figura 3 ndash Niacuteveis de avaliaccedilatildeo AQUA 40

Figura 4 ndash Avaliaccedilatildeo na fase operaccedilatildeo e uso - processo AQUA 42

Figura 5 - Localizaccedilatildeo do empreendimento em relaccedilatildeo agrave UTFPR e pontos

estrateacutegicos 46

Figura 6 ndash Planta esquemaacutetica do piso teacuterreo do EV 47

Figura 7 ndash Planta esquemaacutetica do mezanino do EV 47

Figura 8 ndash Perspectiva lateral esquerda do Escritoacuterio Verde 48

Figura 9 ndash Vista da lateral esquerda do Escritoacuterio Verde 48

Figura 10 ndash Vista dos fundos do Escritoacuterio Verde 48

Figura 11 ndash Montagem das paredes do Escritoacuterio Verde 49

Figura 12 ndash Aplicaccedilatildeo de manta hidroacutefuga nas paredes externas 50

Figura 13 ndash Sistema de moacutedulos em EVA 50

Figura 14 ndash Execuccedilatildeo do telhado verde 50

Figura 15 ndash Revestimentos internos do EV 51

Figura 16 ndash Perfil ambiental proposto para o EV 54

Figura 17ndash Execuccedilatildeo do radier 59

Figura 18ndash Ancoragem das paredes 59

Figura 19 - Modelo construtivo wood frame 60

Figura 20 - Manta de PET reciclado 60

Figura 21- Manta de pneu reciclado 60

Figura 22 - Painel Smartside 61

Figura 23 - Siding Vinilico 61

Figura 24 - Painel TechShield 61

Figura 25 ndash Painel Decowall 62

Figura 26 ndash Placa cimentiacutecia 62

Figura 27 ndash Vigas I 63

Figura 28 ndash Passagem da tubulaccedilatildeo na viga I 63

Figura 29 - Modelo construtivo da cobertura em wood frame 63

Figura 30 ndash Sistema tombar para ventilaccedilatildeo indireta 64

Figura 31 ndash Piso elevado modular 65

Figura 32 ndash Carpete modular com sistema tactile 65

Figura 33 ndash Sistema hidro-pex 66

Figura 34 ndash Painel fotovoltaico 68

Figura 35 ndash Cisterna e filtros do EV 73

Figura 36ndash Modelo de sistema de coleta de aacutegua pluvial 73

Figura 37 ndash Jardim vertical do EV 74

Figura 38 ndash Piso drenante borracha de pneu 75

Figura 39 ndash Piso plast floor 76

Figura 40 ndash Piso drenante tecnogran 76

Figura 41 ndash Vista lateral esquerda do EV 87

Figura 42 ndash Vista lateral direita e fundos do EV 87

Figura 43 ndash Efeito chamineacute 88

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 ndash Perfil da qualidade ambiental do edifiacutecio em operaccedilatildeo 41

Tabela 2 ndash Guia para hierarquizaccedilatildeo das categorias da QAE em funccedilatildeo dos desafios

ambientais estabelecidos 53

Tabela 3 ndash Energia gerada em cada mecircs de operaccedilatildeo do SFCR do EV 69

Tabela 4 ndash Energia diaacuteria meacutedia gerada em cada mecircs de operaccedilatildeo do SFCR do EV 69

Tabela 5 ndash Consumo de aacutegua potaacutevel no EV 72

Tabela 6 ndash Consumo de aacutegua de pluvial 72

Tabela 7 ndash Meacutedias histoacutericas - iacutendice pluviomeacutetrico 74

Tabela 8 ndash Coeficiente de impermeabilizaccedilatildeo do terreno antes da implantaccedilatildeo do EV 75

Tabela 9 ndash Coeficiente de impermeabilizaccedilatildeo do terreno apoacutes a implantaccedilatildeo do EV75

Tabela 10 ndash Mediccedilatildeo de temperatura no EV durante o inverno 80

Tabela 11 ndash Resultados obtidos (MEDICcedilAtildeO ndash INCERTEZA) 84

Tabela 12 ndash Resultados obtidos (MEDICcedilAtildeO + INCERTEZA) 84

Tabela 13 - Caacutelculo do iacutendice de atenuaccedilatildeo acuacutestica R do invoacutelucro da edificaccedilatildeo 85

LISTA DE QUADROS

Quadro 1 ndash Principais eventos relacionados ao desenvolvimento sustentaacutevel 27

Quadro 2 ndash Principais sistemas de certificaccedilatildeo de edificaccedilotildees (continua) 34

Quadro 3 - Principais sistemas de certificaccedilatildeo de edificaccedilotildees no Brasil (continua) 36

Quadro 4 ndash Categorias do sistema AQUA 39

Quadro 5 ndash Subcategorias do sistema AQUA (continua) 39

Quadro 6 ndash Avaliaccedilatildeo categoria 1 - QI 55

Quadro 7 ndash Avaliaccedilatildeo categoria 1 - CQI 55

Quadro 8 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 13 55

Quadro 9 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 111 56

Quadro 10 ndash Avaliaccedilatildeo categoria 2 - QI 57

Quadro 11 ndash Avaliaccedilatildeo categoria 2 - MQI 57

Quadro 12 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 111 58

Quadro 13 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 66

Quadro 14 ndash Avaliaccedilatildeo categoria 4 ndash QI 67

Quadro 15 ndash Avaliaccedilatildeo categoria ndash MQI 67

Quadro 16 ndash Avaliaccedilatildeo categoria ndash CQI 67

Quadro 17ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 44 67

Quadro 18 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 70

Quadro 19 ndash Criteacuterios avaliados ndash MQI 70

Quadro 20 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 70

Quadro 21 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 52 e 53 71

Quadro 22 ndash fontes consumidoras de aacutegua 71

Quadro 23 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 76

Quadro 24 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 77

Quadro 25 ndash Criteacuterios avaliados ndash MQI 78

Quadro 26 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 78

Quadro 27 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 71 78

Quadro 28 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 79

Quadro 29 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 79

Quadro 30 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 83 79

Quadro 31 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 81

Quadro 32 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 81

Quadro 33 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 83 82

Quadro 34 ndash Criteacuterios de avaliaccedilatildeo para acuacutestica de edifiacutecios novos 82

Quadro 35 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 86

Quadro 36 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 86

Quadro 37 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 86

Quadro 38 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 87

Quadro 39 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 88

Quadro 40 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 112 88

Quadro 41 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 89

Quadro 42 ndash Criteacuterios avaliados ndash MQI 89

Quadro 43 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 89

Quadro 44 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 121 89

Quadro 45 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 90

Quadro 46 ndash Criteacuterios avaliados ndash MQI 90

Quadro 47 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 90

Quadro 48 ndash Criteacuterios avaliados ndash MQI 131 91

Quadro 49 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 92

Quadro 50 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 92

Quadro 51 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 141 92

Quadro 52 ndash Criteacuterios avaliados em QAP 93

Quadro 53 ndash Criteacuterios avaliados em QI 41 94

LISTA DE GRAacuteFICOS

Graacutefico 1- Evoluccedilatildeo do PIB Brasil e do PIB da Construccedilatildeo Civil 17

Graacutefico 2 - Estimativa de crescimento populacional mundial (adaptado do inglecircs) 23

Graacutefico 3 ndash Dia com temperatura meacutedia diaacuteria miacutenima 81

Graacutefico 4 ndash Meacutedias do niacutevel de ruiacutedo dos locais avaliados 83

Graacutefico 5 ndash Iacutendice de atenuaccedilatildeo acuacutestica 85

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ABNT Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas

ACV Avaliaccedilatildeo de ciclo de vida

AQUA Alta Qualidade Ambiental

ASBEA Associaccedilatildeo Brasileira dos Escritoacuterios de Arquitetura

BEE Building Environmental Efficiency

BRE Building Research Establishment

BREEAM Building Research Establishment Environmental Assessment Method

CASBEE Comprehensive Assessment System for Building Environmental

Efficiency

CBIC Cacircmara Brasileira da Induacutestria da Construccedilatildeo

CBCS Conselho Brasileiro de Construccedilatildeo Sustentaacutevel

CQI Controle da qualidade intriacutenseca

COV Compostos Orgacircnicos Volaacuteteis

CO Dioacutexido de Carbono

EV Escritoacuterio Verde

GBC Green Building Council

HQE Haute Qualiteacute Environnementale

HKBEAM Honk Kong Building Environmental Assessment

IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica

IDHEA Instituto para Desenvolvimento da Habitaccedilatildeo Ecoloacutegica

LCA Life cicle assessment

LEED Leadership in Energy amp Environmental Design

MQI Melhoria da qualidade intriacutenseca

NBR Norma brasileira

ONU Naccedilotildees Unidas

PNUMA Programa das Naccedilotildees Unidas para o Meio Ambiente

QAE Qualidade ambiental do edifiacutecio

QAEop Qualidade ambiental do edifiacutecio em operaccedilatildeo

QAP Qualidade ambiental das praacuteticas

QI Qualidade intriacutenseca

SANEPAR Companhia de Saneamento do Paranaacute

SFCR Sistema fotovoltaico conectado aacute rede

SFI Sistema fotovoltaico isolado

SGE Sistema de gestatildeo do empreendimento

SGO Sistema de gestatildeo da operaccedilatildeo

USGBC US Green Building Council

UTFPR Universidade Tecnoloacutegica Federal do Paranaacute

WWF World Wildlife Fund

WRI World Resources Institute

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 17

11 CONSIDERACcedilOtildeES INICIAIS 17

12 OBJETIVOS 19

121 Objetivo Principal 19

122 Objetivos Especiacuteficos 19

13 DELIMITACcedilOtildeES 19

14 JUSTIFICATIVA 20

15 ESTRUTURA DA DISSERTACcedilAtildeO 22

2 REVISAtildeO DA LITERATURA 23

21 CONTEXTUALIZACcedilAtildeO 23

22 DESENVOLVIMENTO SUSTENTAacuteVEL 25

23 CONSTRUCcedilAtildeO SUSTENTAacuteVEL 28

24 SISTEMAS DE AVALIACcedilAtildeO DO DESEMPENHO DE EDIFIacuteCIOS 29

241 Anaacutelise do Ciclo de Vida ndash ACV 31

242 Sistemas de Certificaccedilatildeo de Edifiacutecios 31

243 Principais Sistemas de Certificaccedilatildeo no Brasil 36

244 Processo AQUA de certificaccedilatildeo 37

3 METODOLOGIA 43

4 ESTUDO DE CASO ESCRITOacuteRIO VERDE DA UTFPR 45

41 CONTEXTUALIZACcedilAtildeO 45

42 CONSTRUCcedilAtildeO DO ESCRITOacuteRIO VERDE 46

5 RESULTADOS E DISCUSSOtildeES 52

51 AVALIACcedilAtildeO DO DESEMPENHO AMBIENTAL DO EV 52

511 SGO ndash Sistema de gestatildeo da operaccedilatildeo 52

512 QAEop ndash Qualidade Ambiental do Edifiacutecio na Fase Operaccedilatildeo 54

513 QAP ndash Qualidade Ambiental das Praacuteticas 92

6 CONCLUSOtildeES 94

REFEREcircNCIAS 99

ANEXOS 106

17

1 INTRODUCcedilAtildeO

11 CONSIDERACcedilOtildeES INICIAIS

Em 1987 foi publicado pela ONU (Naccedilotildees Unidas) o documento ldquoNosso

Futuro Comumrdquo mais conhecido como o relatoacuterio de Brundtland 25 anos se

passaram e a ideia de desenvolvimento sustentaacutevel continua vaacutelida nos dias de

hoje No entanto destaca-se o fato de ainda ser um conceito de aceitaccedilatildeo

generalizada quando deveria ser uma praacutetica cotidiana (ONU 2012)

Nesse contexto apresenta-se o setor da construccedilatildeo civil que cresce a

taxas superiores agraves do PIB (produto interno bruto) nacional De acordo com

dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica (IBGE) em

2012 enquanto o Paiacutes apresentou expansatildeo de 09 a construccedilatildeo civil

cresceu 14 O resultado da Construccedilatildeo foi o segundo melhor da Induacutestria

ficando atraacutes do setor de produccedilatildeo e distribuiccedilatildeo de eletricidade gaacutes aacutegua

esgoto e limpeza urbana (36)

Conforme Graacutefico 1 divulgado pela Cacircmara Brasileira da Industria da

Construccedilatildeo - CBIC em 2011 enquanto PIB nacional cresceu 75 o da

Construccedilatildeo registrou incremento de 116 justificado pelo lanccedilamento do

Programa Minha Casa Minha Vida ndash PMCMV em 2010

Graacutefico 1- Evoluccedilatildeo do PIB Brasil e do PIB da Construccedilatildeo Civil

Fonte CBIC (2011)

18

Para CBIC (2011) a induacutestria da construccedilatildeo eacute considerada ldquoo motor do

desenvolvimentordquo brasileiro dos proacuteximos anos No entanto observa-se que as

praacuteticas para amenizar os impactos gerados pelo setor natildeo acompanham

tamanho crescimento

Em contrapartida surgem no Brasil poliacuteticas em prol da preservaccedilatildeo

ambiental impulsionando toda cadeia produtora um exemplo eacute a Instruccedilatildeo

Normativa nordm 01 de 2010 que dispotildee sobre os criteacuterios de sustentabilidade

ambiental na aquisiccedilatildeo de bens contrataccedilatildeo de serviccedilos ou obras pela

Administraccedilatildeo Puacuteblica Federal direta autaacuterquica e fundacional

Outro ganho eacute a Norma Brasileira de Desempenho de Edifiacutecios NBR

155752013 que comeccedila a vigorar em julho desse ano e traz alguns itens

ineacuteditos nas normativas brasileiras como o conceito de vida uacutetil para os

sistemas Outro aspecto relevante eacute o papel que o usuaacuterio passaraacute a exercer

pois para que o desempenho miacutenimo seja atingido ao longo do tempo seraacute

necessaacuterio agrave implementaccedilatildeo de programas de manutenccedilatildeo corretiva e

preventiva (ASBEA 2013)

Destacam-se tambeacutem os sistemas de certificaccedilatildeo ambiental de

edificaccedilotildees que vecircm ganhando grande aceitaccedilatildeo no mercado brasileiro

apresentando-se como forma fundamental de incentivo das praacuteticas

sustentaacuteveis e principalmente como instrumento para garantir que as

edificaccedilotildees tenham um bom desempenho durante sua vida uacutetil

Dentro desse contexto a pesquisa apresentada dedicou-se na anaacutelise do

processo de certificaccedilatildeo ambiental AQUA (Alta Qualidade Ambiental) lanccedilado

em 2008 elaborado pela Fundaccedilatildeo Carlos Alberto Vanzolini instituiccedilatildeo privada

sem fins lucrativos criada mantida e gerida pelos professores do

Departamento de Engenharia de Produccedilatildeo da Escola Politeacutecnica da

Universidade de Satildeo Paulo O sistema foi adaptado exclusivamente para a

realidade brasileira a partir do modelo de certificaccedilatildeo francecircs HQE Haute

Qualiteacute Environnementale O processo AQUA eacute uma certificaccedilatildeo reconhecida

internacionalmente por diversas entidades certificadoras no mundo Franccedila

Alemanha Inglaterra Finlacircndia Itaacutelia e Estados Unidos que fazem parte da

SB Alliance da qual a Fundaccedilatildeo eacute membro fundador (REVISTA TEacuteCHNE

2009)

19

Inicialmente buscou-se o entendimento do referencial teacutecnico elaborado

pela Fundaccedilatildeo Vanzolini em 2007 para edifiacutecios novos abordando as fases

que antecedem a operaccedilatildeo as etapas de programa concepccedilatildeo (projeto) e

realizaccedilatildeo (execuccedilatildeo) Posteriormente deu-se a analise do referencial de

operaccedilatildeo fornecido pela Fundaccedilatildeo Vanzolini versatildeo provisoacuteria de 2010

atualmente em processo de revisatildeo

Com o objetivo de aplicar o conhecimento adquirido na anaacutelise dos

referidos referenciais optou-se por adotar do Escritoacuterio Verde - EV da UTFPR

construiacutedo dentro de criteacuterios sustentaacuteveis como objeto de estudo analisando

a conformidade ou natildeo conformidade quanto aos criteacuterios de desempenho

ambiental definidos no referencial AQUA de operaccedilatildeo de edifiacutecios

12 OBJETIVOS

121 Objetivo Principal

Analisar o desempenho ambiental do Escritoacuterio Verde da UTFPR tendo

como base o referencial teacutecnico de operaccedilatildeo e uso fornecido pela Fundaccedilatildeo

Vanzolini

122 Objetivos Especiacuteficos

Analisar o referencial teacutecnico para edifiacutecios do setor de serviccedilos em

operaccedilatildeo e uso elaborado pela Fundaccedilatildeo Vanzolini em maio de 2010

Avaliar o EV quanto o atendimento dos requisitos exigidos pelo AQUA

para a obtenccedilatildeo da certificaccedilatildeo na fase operaccedilatildeo e uso

Promover maior percepccedilatildeo sobre a importacircncia da certificaccedilatildeo de

edifiacutecios na fase operaccedilatildeo e uso como forma de garantir um desempenho

ambiental satisfatoacuterio durante sua vida uacutetil

13 DELIMITACcedilOtildeES

Para este estudo foram utilizados dois referenciais teacutecnicos AQUA de

certificaccedilatildeo

20

Vanzolini versatildeo 0 (provisoacuteria) - elaborado em maio de 2010

ndash edifiacutecios escolares versatildeo 0

(provisoacuteria) disponiacutevel no site da Fundaccedilatildeo

consideradas na presente dissertaccedilatildeo

14 JUSTIFICATIVA

O 3ordm Simpoacutesio Brasileiro de Construccedilatildeo Sustentaacutevel ocorrido em 2010

SBCS10 promovido pelo CIB (International Council for Research and

Innovation in Building and Construction) UNEP (United Nations Environment

Programme) e iiSBE (International Initiative for a Sustainable Built

Environment) em parceria com o CBCS (Conselho Brasileiro de Construccedilotildees

Sustentaacuteveis) e uma coalizatildeo de universidades brasileiras liacutederes no tema

Universidade de Campinas (Unicamp) Universidade Federal do Espiacuterito Santo

(UFES) e Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) obteve por

resultado um documento denominado ldquoCarta Abertardquo contendo consideraccedilotildees

referentes ao momento econocircmico e social vivido pelo Brasil Seguem algumas

dessas exposiccedilotildees (CBCS 2010)

a cadeia produtiva da construccedilatildeo civil eacute um dos motores do processo de

desenvolvimento econocircmico do Paiacutes

os programas governamentais de desenvolvimento social como o

Minha Casa Minha Vida - PMCMV e o Programa de Aceleraccedilatildeo do

Crescimento - PAC tem por base a atividade de construccedilatildeo

a cadeia produtiva da construccedilatildeo tem significativos impactos sociais e

ambientais inclusive mudanccedilas climaacuteticas consumo de energia aacutegua

biodiversidade e recursos naturais

Diante desse cenaacuterio surgem no Brasil os sistemas de certificaccedilatildeo

ambiental para edifiacutecios que agregam no sentido de minimizar os impactos

decorrentes da cadeia produtiva da construccedilatildeo civil

Hoje o Brasil ocupa o quarto lugar entre os paiacuteses que mais concentram

edificaccedilotildees feitas a partir de criteacuterios ambientalmente adequados Os Estados

21

Unidos reuacutenem o maior nuacutemero de empreendimentos em anaacutelise seguidos

pela China e pelos Emirados Aacuterabes Unidos (GBC-BRASIL 2013)

O relatoacuterio Rumo a Economia Verde do PNUMA (Programa das Naccedilotildees

Unidas para o Meio Ambiente) 2011 informa que a reduccedilatildeo dos impactos

gerados na construccedilatildeo civil eacute peccedila chave para alcance de uma economia

verde Para o PNUMA economia verde eacute aquela que resulta em melhoria do

bem-estar da humanidade e igualdade social ao mesmo tempo em que reduz

significativamente riscos ambientais e escassez ecoloacutegica

ldquoA construccedilatildeo de novos edifiacutecios verdes e o reequipamento dos edifiacutecios

jaacute existentes que usam energia e recursos de forma intensiva ateacute 2050 podem

resultar na economia de um terccedilo de energia nos setores de construccedilatildeo civil no

mundo inteiro em comparaccedilatildeo com as projeccedilotildees para as construccedilotildees

realizadas da maneira tradicionalrdquo (PNUMA 2011)

Para o coordenador executivo do processo AQUA professor Manuel

Carlos Reis Martins haacute necessidade de se repensar o conceito de custo de

uma obra levando em conta tambeacutem a fase de operaccedilatildeo cujo custo ao longo

dos anos eacute muito maior do que o valor gasto na construccedilatildeo Em termos de

ordem de grandeza do custo total de construccedilatildeo e operaccedilatildeo de um edifiacutecio

em um horizonte de 30 anos cerca de 20 correspondem agrave construccedilatildeo e 80

agrave operaccedilatildeo De outo modo se um edifiacutecio for sustentaacutevel e

consequentemente tiver custos operacionais mais baixos os investimentos

adicionais realizados na fase de construccedilatildeo teratildeo um raacutepido retorno

(ARQUITETURA 2011)

Eacute niacutetido que o tema construccedilotildees sustentaacuteveis com destaque para as

certificaccedilotildees ambientais vem ganhando abrangecircncia no contexto global e tem

um peso certamente crescente e determinante na minimizaccedilatildeo dos impactos

gerados no setor da construccedilatildeo No entanto no Brasil ainda eacute incipiente a

aplicaccedilatildeo desses sistemas no sentido de avaliar e garantir um desempenho

ambiental satisfatoacuterio das edificaccedilotildees durante sua operaccedilatildeo

Para Degani (2010) as metodologias de avaliaccedilatildeo e certificaccedilatildeo de

edifiacutecios podem ser vistas como mecanismos indutores do aperfeiccediloamento do

desempenho das edificaccedilotildees e da proacutepria construccedilatildeo civil

22

15 ESTRUTURA DA DISSERTACcedilAtildeO

O trabalho foi estruturado da seguinte forma

deste trabalho e justifica a relevacircncia desse estudo

histoacuterico e o estado da arte do tema estudado tambeacutem descreve os sistemas

de certificaccedilatildeo mais relevantes da atualidade e suas principais caracteriacutesticas

apitulo eacute a metodologia utilizada na dissertaccedilatildeo

Verde da UTFPR resultados e discussotildees sobre a aplicaccedilatildeo da metodologia

AQUA na fase operaccedilatildeo e uso

conclusotildees e consideraccedilotildees finais

23

2 REVISAtildeO DA LITERATURA

21 CONTEXTUALIZACcedilAtildeO

O ritmo do crescimento populacional no mundo estaacute em constante

decliacutenio sendo a taxa atual de crescimento de 12 ao ano Poreacutem a

populaccedilatildeo mundial continua crescendo em valores absoluto e em 2011 atingiu

a marca de 7 bilhotildees de habitantes O Graacutefico 2 informa que para o alcance do

2ordm bilhatildeo de habitantes no planeta levaram cerca de 123 anos o 3ordm bilhatildeo 33

anos o 4ordm bilhatildeo 15 anos o 5ordm e 6ordm bilhatildeo apenas 12 anos A estimativa para

atingir o 8ordm e 9ordm bilhatildeo eacute de 16 e 26 anos respectivamente mostrando que o

equiliacutebrio estaacute longe de acontecer gerando vaacuterios problemas pois a natureza

natildeo consegue repor na mesma velocidade que o consumo se sucede

Graacutefico 2 - Estimativa de crescimento populacional mundial (adaptado do inglecircs)

Fonte Population Reference Bureau (2011)

A Figura 1 relata as projeccedilotildees do uacuteltimo Relatoacuterio Planeta Vivo da World

Wildlife Fund - WWF (2012) indicando que se a humanidade continuar com

esse modelo de comportamento em 2030 (com 83 bilhotildees de habitantes)

seriam necessaacuterios dois planetas e cerca de trecircs planetas em 2050 (com 93

bilhotildees de habitantes) Esses dados foram calculados por meio da pegada

24

ecoloacutegica que corresponde ao tamanho das aacutereas produtivas de terra e de mar

necessaacuterias para gerar produtos bens e serviccedilos que sustentem determinados

estilos de vida Eacute uma forma de medir em hectares (ha) a extensatildeo de

territoacuterio que uma pessoa ou toda uma sociedade utiliza em meacutedia para se

sustentar

Figura 1 - Pegada ecoloacutegica (adaptado do inglecircs)

Fonte WWF ndash World Wildlife Fund 2012

Os componentes utilizados para o caacutelculo da pegada ecoloacutegica satildeo

apresentados na Figura 1 demonstrando os seguintes aspectos

carbono - a extensatildeo de aacutereas florestais capaz de sequestrar emissotildees

de CO2 derivadas da queima de combustiacuteveis foacutesseis excluindo-se a parcela

absorvida pelos oceanos que provoca a acidificaccedilatildeo

- a extensatildeo de aacutereas de cultivo usadas para a

produccedilatildeo de alimentos e fibras para consumo humano bem como para a

produccedilatildeo de raccedilatildeo para o gado oleaginosa e borracha

- a extensatildeo de aacutereas de pastagem utilizadas para a criaccedilatildeo

de gado de corte e leiteiro e para a produccedilatildeo de couro e produtos de latilde

- a extensatildeo de aacutereas florestais necessaacuterias para o

fornecimento de produtos madeireiros celulose e lenha

25

- representa a extensatildeo de aacutereas cobertas por

infraestrutura humana inclusive transportes habitaccedilatildeo estruturas industriais e

reservatoacuterios para a geraccedilatildeo de energia hidreleacutetrica

- calculada a partir da estimativa de produccedilatildeo primaacuteria

necessaacuteria para sustentar os peixes e mariscos capturados com base em

dados de captura relativos a espeacutecies marinhas e de aacutegua doce

22 DESENVOLVIMENTO SUSTENTAacuteVEL

A associaccedilatildeo entre o desenvolvimento econocircmico e a degradaccedilatildeo da

natureza foi pela primeira vez discutida por um grupo de intelectuais

denominado Clube de Roma fundado em 1968 tornou-se muito conhecido a

partir da publicaccedilatildeo do relatoacuterio intitulado ldquoOs Limites do Crescimentordquo Em

1972 a Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas (ONU) realizou a primeira

conferecircncia mundial sobre meio ambiente em Estocolmo Em 1983 foi criada a

Comissatildeo Mundial do Meio Ambiente e Desenvolvimento que publicou em

1987 o relatoacuterio conhecido como ldquoRelatoacuterio Brundtlandrdquo o qual aponta para a

incompatibilidade entre desenvolvimento sustentaacutevel e os padrotildees de produccedilatildeo

e consumo trazendo agrave tona mais uma vez a necessidade de uma nova relaccedilatildeo

ldquoser humano e meio ambienterdquo

Para a WWF Brasil a definiccedilatildeo mais aceita para desenvolvimento

sustentaacutevel foi descrita no Relatoacuterio de Brundland em 1987 ldquoAtender agraves

necessidades do presente sem comprometer a possibilidade de as geraccedilotildees

futuras atenderem a suas proacuteprias necessidadesrdquo Essa definiccedilatildeo surgiu para

discutir e propor meios de harmonizar dois objetivos o desenvolvimento

econocircmico e a conservaccedilatildeo ambiental (WWF-BRASIL 2013)

Mas foi na Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas para o Desenvolvimento e o

Meio Ambiente - Rio 92 que se consagrou o uso da expressatildeo

desenvolvimento sustentaacutevel O resultado foi agrave adoccedilatildeo de trecircs recomendaccedilotildees

principais a Agenda 21 a Declaraccedilatildeo do Rio e os Princiacutepios relativos a

Florestas e Selvas Foram tambeacutem firmadas duas convenccedilotildees a Convenccedilatildeo

da Biodiversidade e a Convenccedilatildeo do clima

A Agenda 21 foi o principal documento produzido na ECO 92 na qual foi

registrado a importacircncia dos paiacuteses em se comprometerem a refletir local e

26

globalmente sobre a forma pela qual governos empresas e organizaccedilotildees natildeo-

governamentais e todos os setores da sociedade poderiam cooperar no estudo

de soluccedilotildees para os problemas socioambientais

Assim a Agenda 21 possibilitou o debate sobre o desenvolvimento e

construccedilatildeo sustentaacutevel utilizaccedilatildeo de recursos viabilidade econocircmica destes

no mercado processos construtivos desenvolvimento social entre outros

assuntos permitindo aprofundar conhecimentos relacionados com a eficiecircncia

energeacutetica nos edifiacutecios a conservaccedilatildeo da aacutegua potaacutevel e a utilizaccedilatildeo de

materiais que tenham em conta a preservaccedilatildeo do ambiente

Em 2007 foi criado no Brasil o Conselho Brasileiro de Construccedilatildeo

Sustentaacutevel (CBCS) que tem como objetivo a utilizaccedilatildeo de praacuteticas

sustentaacuteveis no setor da construccedilatildeo civil trazendo qualidade de vida aos

usuaacuterios trabalhadores e ao ambiente em torno da edificaccedilatildeo

O evento mais recente foi a RIO + 20 realizado em junho de 2012

Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas sobre desenvolvimento sustentaacutevel sediado

no Rio de Janeiro Brasil Como resultado obteve-se a elaboraccedilatildeo de um

documento intitulado ldquoO futuro que queremosrdquo

27

Principais acontecimentos referentes ao desenvolvimento sustentaacutevel

podem ser vistos no Quadro 1

ANO EVENTO RESUMO

1968 Criaccedilatildeo do Clube de Roma

Organizaccedilatildeo informal cujo objetivo era promover o entendimento dos

componentes variados mas interpendentes ndash econocircmicos poliacuteticos

naturais e sociais que formam o sistema global

1972 Publicaccedilatildeo do livro Os limites do crescimento

Informe apresentado pelo Clube de Roma no qual previa que as

tendecircncias que imperavam ateacute entatildeo conduziriam a uma escassez

catastroacutefica dos recursos naturais e a niacuteveis perigosos de

contaminaccedilatildeo num prazo de 100 anos

1972Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas sobre o Meio Ambiente

Humano em Estocolmo Sueacutecia

A primeira manifestaccedilatildeo dos governos de todo o mundo com as

consequumlecircncias da economia sobre o meio ambiente Participaram

113 Estados-membros da ONU Um dos resultados do evento foi a

criaccedilatildeo do Programa das Naccedilotildees Unidas sobre o Meio Ambiente

(PNUMA)

1987Publicaccedilatildeo do informe Brundtland o ldquoNosso

Futuro Comumrdquo

Um dos mais importantes sobre a questatildeo ambiental e o

desenvolvimento Vincula estreitamente economia e ecologia e

estabelece o eixo em torno do qual se deve discutir o

desenvolvimento formalizando o conceito de desenvolvimento

sustentaacutevel

1992Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas sobre o Meio

Ambiente e Desenvolvimento ou Cuacutepula da Terra

Realizada no Rio de Janeiro constitui-se no mais importante foro

mundial jaacute realizado Abordou novas perspectivas globais e de

integraccedilatildeo da questatildeo ambiental planetaacuteria e definiu mais

concretamente o modelo de desenvolvimento sustentaacutevel

Participaram 170 Estados que aprovaram a Declaraccedilatildeo do Rio e

mais quatro documentos entre os quais a Agenda 21

1995 Berlim COP 1 - Conferecircncia sobre o clima

A primeira COP (Conferencia das Partes) tece como destaque a

decisatildeo de se apresentar no encontro de 1997 um documento

tornando oficial o comprometimento dos paiacuteses de reduccedilatildeo das

emissotildees de gases do efeito estufa

1997 Rio + 5 - Protocolo de Kyoto

Realizado em New York teve como objetivo analisar a

implementaccedilatildeo do Programa da Agenda 21 Visa combater o

aquecimento global que causa o efeito estufa

2002Cuacutepula Mundial sobre o Desenvolvimento Sustentaacutevel ndash

Rio + 10

Realizada em Johannesburgo nos meses de agosto e setembro

procurou examinar se foram alcanccediladas as metas estabelecidas pela

Conferecircncia do Rio-92 e serviu para que os Estados reiterassem seu

compromisso com os princiacutepios do desenvolvimento sustentaacutevel

2005 Montreal COP11 MOP1- Conferencia sobre o clima

Ocorreu juntamente com a Primeira Conferecircncia das Partes do

Protocolo de Quioto (COPMOP1) Jaacute entra na pauta a discussatildeo do

segundo periacuteodo do Protocolo apoacutes 2012 para o qual instituiccedilotildees

europeacuteias defendem reduccedilotildees de emissatildeo na ordem de 20 a 30 ateacute

2030 e entre 60 e 80 ateacute 2050

2007 Bali COP 13MOP3 - Conferencia sobre o clima

A reuniatildeo estabeleceu compromissos mensuraacuteveis transparentes e

verificaacuteveis para a reduccedilatildeo de emissotildees causadas por desmatamento

das florestas tropicais para o acordo que substituiraacute o Protocolo de

Quioto Recebeu o apelido mapa do caminho

2009 Copenhagem COP 15 -Conferencia sobre o clima

O encontro era considerado o mais importante da histoacuteria recente

dos acordos multilaterais ambientais pois tinha por objetivo

estabelecer o tratado que substituiraacute o Protocolo de Kyoto vigente

de 2008 a 2012 Entretanto a Conferecircncia de Copenhague foi

considerada em grande parte decepcionante

2010 Cancun COP 16 - Conferencia sobre o clima

Aqui vocecirc encontra anaacutelises dos integrantes do Observatoacuterio do

Clima posts no blog imagens e referecircncias para acompanhar mais

essa etapa das negociaccedilotildees multilaterais

2011 Durban COP 17 - Conferencia sobre o climaA proposta resultante da reuniatildeo foi vista pelos ambientalistas como

modesta insuficiente e sem ambiccedilotildees

2012 Rio + 20

A Rio+20 foi a maior Conferecircncia da ONU jaacute realizada com ampla

participaccedilatildeo de liacutederes de todos os setores Aleacutem do resultado

oficial muito criticado resumido no documento ldquoO Futuro que

Queremosrdquo e das dezenas de propostas da sociedade civil

organizada na Cuacutepula dos Povos a Rio+20 foi palco de 705

compromissos voluntaacuterios entre governos ONGs e Major Groups ndash

incluindo 500 empresas induacutestrias universidades entre outros

Quadro 1 ndash Principais eventos relacionados ao desenvolvimento sustentaacutevel

Fonte A autora 2012

28

23 CONSTRUCcedilAtildeO SUSTENTAacuteVEL

No acircmbito da Agenda 21 para a construccedilatildeo sustentaacutevel em paiacuteses em

desenvolvimento a construccedilatildeo sustentaacutevel eacute definida como um processo

holiacutestico que aspira a restauraccedilatildeo e manutenccedilatildeo da harmonia entre os

ambientes natural e construiacutedo e a criaccedilatildeo de assentamentos que afirmem a

dignidade humana e encorajem a equidade econocircmica No contexto do

desenvolvimento sustentaacutevel o conceito transcende a sustentabilidade

ambiental para abraccedilar a sustentabilidade econocircmica e social que enfatiza a

adiccedilatildeo de valor agrave qualidade de vida dos indiviacuteduos e das comunidades

(MINISTEacuteRIO DO MEIO AMBIENTE 2013)

As construccedilotildees sustentaacuteveis satildeo antes de tudo intervenccedilotildees conscientes

e planejadas Buscam satisfazer as necessidades humanas empregando de

forma inteligente os recursos disponiacuteveis visando natildeo esgotaacute-los

preservando-os para as geraccedilotildees futuras Desenvolve soluccedilotildees para os

problemas que a proacutepria construccedilatildeo gera (RIBEIRO 2010)

ldquoEdificaccedilatildeo sustentaacutevel eacute aquela que pode manter moderadamente ou

melhorar a qualidade de vida e harmonizar-se com o clima a tradiccedilatildeo a

cultura e o ambiente na regiatildeo ao mesmo tempo em que conserva a energia e

os recursos recicla materiais e reduz as substacircncias perigosas dentro da

capacidade dos ecossistemas locais e globais ao longo do ciclo de vida do

edifiacuteciordquo (IDHEA 2010)

A Associaccedilatildeo Brasileira dos Escritoacuterios de Arquitetura - ASBEA o

Conselho Brasileiro de Construccedilatildeo Sustentaacutevel - CBCS e outras instituiccedilotildees

apresentam diversos princiacutepios baacutesicos da construccedilatildeo sustentaacutevel dentre os

quais se destacam (GUIA DA SUSTENTABILIDADE 2008)

proveitamento de condiccedilotildees naturais locais

tilizar miacutenimo de terreno e integrar-se ao ambiente natural

mplantaccedilatildeo e anaacutelise do entorno

atildeo provocar ou reduzir impactos no entorno

ualidade ambiental interna e externa

estatildeo sustentaacutevel da implantaccedilatildeo da obra

daptar-se agraves necessidades atuais e futuras dos usuaacuterios

29

so de mateacuterias-primas que contribuam com a eco-eficiecircncia do

processo

educcedilatildeo do consumo energeacutetico

educcedilatildeo do consumo de aacutegua

eduzir reutilizar reciclar e dispor corretamente os resiacuteduos soacutelidos

ntroduzir inovaccedilotildees tecnoloacutegicas sempre que possiacutevel e viaacutevel

ducaccedilatildeo ambiental conscientizaccedilatildeo dos envolvidos no processo

Segundo SILVA (2007) a definiccedilatildeo de um edifiacutecio sustentaacutevel eacute

relacionada sempre comparativamente agraves praacuteticas correntes O desempenho

ambiental de um edifiacutecio sustentaacutevel de 2010 deve ser muito melhor do que o

de um edifiacutecio sustentaacutevel da deacutecada de 1990 Portanto os conceitos de

edifiacutecio sustentaacutevel estatildeo sempre em evoluccedilatildeo

24 SISTEMAS DE AVALIACcedilAtildeO DO DESEMPENHO DE EDIFIacuteCIOS

Com a crise do petroacuteleo na deacutecada de 1970 mecanismos legais de

reduccedilatildeo do consumo de energia comeccedilaram a ser implantados nos paiacuteses

desenvolvidos Os sistemas de avaliaccedilatildeo foram criados como forma de

analisar os impactos ambientais e classificar os edifiacutecios em Green Building

(SILVA 2007)

O conceito do Green Building ou ldquoEdificio verderdquo ganhou forccedila no iniacutecio da

deacutecada de 90 por meio da criaccedilatildeo do USGBC - United States Green Building

Council A entidade desenvolveu criteacuterios para medir a eficiecircncia das

edificaccedilotildees assim concede o selo de edifiacutecio verde agrave obra (SILVA 2007)

Para Reijnders e Van Roekel (1999) existem duas abordagens principais

de avaliaccedilatildeo ambiental a quantitativa e a qualitativa A primeira delas eacute a

Avaliaccedilatildeo de Ciclo de Vida (ACV) que trabalha com dados quantitativos de

fluxo energeacutetico A segunda trata-se de meacutetodos que usam sistemas de

pontuaccedilatildeo ou conceitos para anaacutelise dos dados qualitativos Tais ferramentas

satildeo denominadas eco-labellings

Segundo pesquisa realizada pelo World Resources Institute ndash WRI entre

o uacuteltimo quadrimestre de 2009 e o primeiro de 2010 existem aproximadamente

340 selos ecoloacutegicos que certificam produtos e serviccedilos espalhados por

aproximadamente 42 paiacuteses no mundo (WRI 2010)

30

Quanto ao desempenho de edifiacutecios sustentaacuteveis desta-se o Modelo de

Gerenciamento da Sustentabilidade de Facilidades Construiacuteda - MGS proposto

por Degani (2010) baseado no meacutetodo PDCA (planejar (plan) fazer (do)

checar (check) e agir (act))

O modelo MGS foi fundamentado no conceito de gestatildeo para o

desempenho e propotildeem diretrizes para implementaccedilatildeo de um sistema de

gestatildeo com objetivos de sustentabilidade na rotina diaacuteria dos agentes

responsaacuteveis (denominados no MGS de gerentes de facilidades) pelo uso

operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo dos edifiacutecios contemplando as seguintes etapas

(DEGANI 2010)

l

Importante esclarecer que o MGS eacute resultado de uma pesquisa de tese de

doutorado necessitando de avaliaccedilatildeo quanto a sua aplicabilidade e eficaacutecia

Degani (2010) sugere que o modelo seja utilizado como forma de introduzir a

sistemaacutetica do gerenciamento dos aspectos de sustentabilidade requerido pelo

sistema de certificaccedilatildeo

A gestatildeo de desempenho ambiental de edifiacutecios sustentaacuteveis em

operaccedilatildeo ainda eacute incipiente no Brasil mas haacute vaacuterios paiacuteses que jaacute fazem uso

de ferramentas que promovem a melhoria e controle de desempenho das

edificaccedilotildees As iniciativas envolvem a implantaccedilatildeo de padrotildees e guias para

melhoria de desempenho certificaccedilotildees ou selos verdes promoccedilatildeo do

desenvolvimento de meacutetodos para avaliaccedilatildeo de projetos e construccedilotildees entre

outros Portanto haacute um grande nuacutemero de ferramentas que abordam o tema

considerando uma grande variedade de condiccedilotildees fiacutesicas caracteriacutesticas das

edificaccedilotildees e prioridades ambientais conforme regiatildeo As formas para atingir

esses objetivos variam de simples listas de verificaccedilatildeo a complexos sistemas

informatizados abrangendo etapas de programaccedilatildeo orientando para o

planejamento de edifiacutecios sustentaacuteveis passando por simuladores de

31

desempenho que apoiam as etapas de projeto baacutesico e projeto executivo

incluindo a avaliaccedilatildeo do edifiacutecio em uso

241 Anaacutelise do Ciclo de Vida ndash ACV

O termo ACV ou em inglecircs ldquoLife Cycle Assessmentrdquo (LCA) foi utilizado

primeiramente nos Estados Unidos da Ameacuterica (EUA) em 1990 O conceito de

ciclo de vida tem-se estendido para aleacutem de um simples meacutetodo para comparar

produtos sendo atualmente visto como uma parte essencial para conseguir

objetivos mais abrangentes tais como sustentabilidade (CURRAN 1999)

A Anaacutelise do Ciclo de Vida (ACV) ou Avaliaccedilatildeo do Ciclo de Vida eacute um

instrumento de gestatildeo ambiental aplicaacutevel a bens e serviccedilos tambeacutem

conhecida pela expressatildeo ldquocradle to graverdquo (do berccedilo ao tuacutemulo) berccedilo

indicando a origem dos insumos primaacuterios mediante a extraccedilatildeo de recursos

naturais e tuacutemulo o destino final dos resiacuteduos que natildeo seratildeo reusados ou

reciclados (BARBIERI 2004)

A Norma ISO 14040 define o ciclo de vida como os Estaacutegios consecutivos

e interligados de um sistema de produto desde a aquisiccedilatildeo da mateacuteria prima

ou geraccedilatildeo de recursos naturais ateacute a disposiccedilatildeo final Conforme Barbieri

(2004) o ciclo completo vai da origem dos recursos naturais ateacute a disposiccedilatildeo

final dos resiacuteduos apoacutes o uso passando por todas as etapas intermediaacuterias

como beneficiamento transporte fabricaccedilatildeo e estocagem

242 Sistemas de Certificaccedilatildeo de Edifiacutecios

Os sistemas de certificaccedilatildeo satildeo em sua maioria baseados na ACV mas

tecircm por outro lado um apelo mercadoloacutegico podendo ter um caraacuteter de

ferramenta poliacutetica e de marketing Os resultados destas anaacutelises dependem

de diversos fatores como o meacutetodo os participantes a demanda local as

abordagens os objetivos bem como suas limitaccedilotildees (SCHEUER e KEOLEIAN

2002)

Segundo Silva (2003) ldquoo primeiro sinal da necessidade de avaliar o

desempenho ambiental de edifiacutecios veio exatamente com a constataccedilatildeo de que

32

mesmo os paiacuteses que acreditavam dominar os conceitos de green design natildeo

possuiacuteam meios para verificar o quatildeo ldquoverderdquo eram de fato seus edifiacuteciosrdquo

Tais ferramentas de avaliaccedilatildeo de desempenho demonstraram-se

eficientes ou natildeo dependendo das condiccedilotildees em que foram empregadas

sendo muitas delas aplicaacuteveis somente a situaccedilotildees muito delimitadas de

condiccedilotildees climaacuteticas e sociais ou em edifiacutecios de uso especiacutefico (PATRICIO

GOUVINHAS 2004)

Em 1990 surgiu no Reino Unido o primeiro selo mundial BREEAM

(Building Research Establishment Environmental Assessment Method) que

dispocircs as bases para outros sistemas de certificaccedilatildeo de edifiacutecios como o BRE

EcoHomes tambeacutem no Reino Unido O HK-BEAM (Honk Kong Building

Environmental Assessment Method) o NF Bacirctiments Tertiaires Deacutemache -

HQE na Franccedila o CASBEE (Comprehensive Assessment System for Building

Environmental Efficiency) no Japatildeo o Green Star na Australia e o LEED

(Leadership in Energy and Environmental Design) nos EUA (SILVA 2007)

A certificaccedilatildeo tem como principal objetivo promover edificaccedilotildees que

durante sua construccedilatildeo vida uacutetil e desconstruccedilatildeo gerem baixos impactos

ambientais garantindo sempre o bem-estar e a sauacutede de seus usuaacuterios e a

viabilidade econocircmica dos empreendimentos Outra premissa da certificaccedilatildeo eacute

promover a conscientizaccedilatildeo e o aprendizado de todas as partes envolvidas

direta ou indiretamente no projeto no processo construtivo e na ocupaccedilatildeo do

edifiacutecio (CBCS 2011)

O projeto de arquitetura apresenta diversas variaacuteveis de acordo com sua

funccedilatildeo e uso assim a ferramenta avaliativa especiacutefica para um determinado

tipo de edificaccedilatildeo em uma determinada regiatildeo com condiccedilotildees climaacuteticas

especiacuteficas provavelmente produziraacute uma avaliaccedilatildeo mais proacutexima da realidade

(SILVA 2007) Para isso eacute necessaacuterio que os sistemas avaliativos tenham

referecircncia natildeo apenas em conceitos universais como o ciclo de vida da

edificaccedilatildeo (NBR 14040 2001) como tambeacutem em criteacuterios essencialmente

regionais como zoneamento bioclimaacutetico bem como a adequaccedilatildeo de metas

de desempenho de acordo com normas vigentes para o local e tipo de

edificaccedilatildeo (NBR 15575 2008)

Os sistemas de certificaccedilatildeo ambiental elaborados para controlar e

monitorar o desempenho ambiental do edifiacutecio em uso utilizam o meacutetodo

33

bastante difundido e mais conhecido como PDCA (planejar (plan) fazer (do)

checar (check) e agir (act))

No livro ldquoO verdadeiro Poderrdquo Falconi descreve que existem dois tipos de

metas que uma organizaccedilatildeo procura resultados que necessitam ser

melhorados e resultados que precisam ser mantidos Nos dois casos utiliza-se

o PDCA qualquer resultado que se melhore deve imediatamente ser

estabilizado nas operaccedilotildees de rotina (FALCONI 2009)

No gerenciamento eacute necessaacuterio utilizar o PDCA para melhorar em

conjunto com o PDCA para manter O PDCA para manter eacute denominado SDCA

na operaccedilatildeo o planejamento eacute representado por ldquoPrdquo e o padratildeo passa a ser

representado por ldquoSrdquo de standardize conforme apresentado na Figura 2

Figura 2 ndash Ciclo PDCA e SDCA

Fonte IBENP (2011)

O Quadro 2 apresenta as algumas caracteriacutesticas dos principais sistemas

de certificaccedilatildeo de edifiacutecios atuantes no mundo

34

Quadro 2 ndash Principais sistemas de certificaccedilatildeo de edificaccedilotildees (continua)

Fonte A autora (2012)

BREEAM - Building Research Establishment Environmental Assessment Method

wwwbreeamorg

Instituiccedilatildeo Responsaacutevel BRE

Abrangecircncia Voltada principalmente ao Reino Unido poreacutem adaptaacutevel ao mundo todo Possui esquemas de

certificaccedilatildeo especiacuteficos para Europa e Regiatildeo do Golfo

Esquemas de avaliaccedilatildeo disponiacuteveis tipos de edifiacutecios avaliados BREEAM Outros Edifiacutecios BREEAM Tribunais The

Code for Sustainable Homes (O Coacutedigo para Casas Sustentaacuteveis) BREEAM EcohomesXB BREEAM Sauacutede BREEAM

Industrial BREEAM Internacional (avalia edifiacutecios ou apoia a criaccedilatildeo de versotildees do BREEAM fora do Reino Unido)

BREEAM Multi-residencial BREEAM Prisotildees BREEAM Escritoacuterios BREEAM Varejo BREEAM Educaccedilatildeo BREEAM

Comunidades BREEAM Em Uso

Classificaccedilotildees Concedidas Pass (Aprovado) Good (Bom) Very Good (Muito Bom) Excellent (Excelente)

Outstanding (Excepcional)

Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo Variam de acordo com o Sistema

CASBEE - Comprehensive Assessment System for Building Environmental Efficiency

wwwibecorjpCASBEEenglish

Instituiccedilatildeo Responsaacutevel Japan Sustainable Building Consortium (JSBC)

Abrangecircncia Aacutesia

Esquemas de avaliaccedilatildeo disponiacuteveis tipos de edifiacutecios avaliados CASBEE para Preacute-Projeto CASBEE para Novas

Construccedilotildees CASBEE para Edifiacutecios existentes e CASBEE para Reformas As ferramentas atendem a uma larga variedade

de usos do edifiacutecio (escritoacuterios escolas habitaccedilatildeo etc)

Classificaccedilotildees Concedidas classe C (fraco) classe B- classe B+ classe A e classe S (excelente)

Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo Q (Qualidade) - Construindo Qualidade Ambiental e Performance Avalia a

melhoria na qualidade de vida dos usuaacuterios do edifiacutecio dentro do espaccedilo fechado hipoteacutetico (propriedade privada)

L (Cargas) - Construindo Cargas Ambientais Avalia os impactos ambientais negativos que vatildeo aleacutem do espaccedilo

hipoteacutetico fechado para o exterior (a propriedade puacuteblica)

Haacute quatro campos de levantamento (1) Eficiecircncia Energeacutetica (2) Eficiecircncia de Recursos (3) Ambiente Local (4)

Ambiente Interno

Green Star

wwwgbcaorgaugreen-star

Instituiccedilatildeo Responsaacutevel Green Building Council Austraacutelia

Abrangecircncia Austraacutelia

Esquemas de avaliaccedilatildeo disponiacuteveis tipos de edifiacutecios avaliados Green Star - Educaccedilatildeo Green Star - Sauacutede Green Star

- Industrial Green Star - Residencial Muacuteltiplas Unidades Green Star - Escritoacuterio Green Star - Interiores de Escritoacuterio

Green Star - Varejo Green Star - Projeto de Escritoacuterio Green Star - Escritoacuterio Construiacutedo

Classificaccedilotildees Concedidas 4 Star Green Star Certified Rating (4 Estrelas - 45-59 pontos) 5 Star Green Star Certified

Rating (5 Estrelas - 60-74 pontos) 6 Star Green Star Certified Rating (6 Estrelas - 75-100 pontos)

Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo Gerenciamento Qualidade Ambiental do Ambiente Interno Energia Transporte

Aacutegua Materiais Uso do Solo amp Ecologia Emissotildees Inovaccedilatildeo O peso de cada uma destas categorias eacute alocado de

acordo com a regiatildeo do paiacutes para atender condiccedilotildees locais especiacuteficas

LEED - Leadership in Energy and Environmental Design

wwwusgbcorgLEED

Instituiccedilatildeo Responsaacutevel US Green Building Council

Abrangecircncia Principalmente Estados Unidos poreacutem atende ao mundo todo

Esquemas de avaliaccedilatildeo disponiacuteveis tipos de edifiacutecios avaliados Novas construccedilotildees Edificaccedilotildees existentes Interiores

Comerciais Nuacutecleo amp Casca Escolas Varejo Sauacutede Casas e Desenvolvimento de Comunidades

Classificaccedilotildees Concedidas Certified (Certificado - 40ndash49 pontos) Silver (Prata - 50ndash59 pontos) Gold (Ouro - 60ndash79

pontos) Platinum (Platina - 80 pontos ou mais)

Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo Possui 5 categorias Ambientais para concessatildeo de creacuteditos Locais Sustentaacuteveis

Eficiecircncia Hiacutedrica Energia e Atmosfera Materiais e Recursos e Qualidade Ambiental do Ambiente Interno Aleacutem disso

pontos extra podem ser concedidos por Inovaccedilatildeo em Design e Especificaccedilotildees Regionais

35

HK - BEAM - Kong Building Environmental Assessment Method

wwwhk-beamorghk

Instituiccedilatildeo Responsaacutevel The BEAM Society

Abrangecircncia Principalmente Hong Kong

Esquemas de avaliaccedilatildeo disponiacuteveis tipos de edifiacutecios avaliados BEAM para Novas Edificaccedilotildees BEAM para Edificaccedilotildees

Existentes

Classificaccedilotildees Concedidas Platinum (Platina - Excelente) Gold (Ouro - Muito Bom) Silver (Prata - Bom) Bronze

(Bronze - Acima da Meacutedia)

Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo Avaliaccedilatildeo baseada em creacuteditos para benchmark (melhores praacuteticas) da performance

ambiental dos edifiacutecios ao longo do ciclo de vida sobre o local uso de materiais aspectos energeacuteticos consumo de aacutegua

qualidade ambiental do ambiente interno e inovaccedilotildees

HQE - Haute Qualiteacute Environnementale

assohqeorghqe

Instituiccedilatildeo Responsaacutevel Association pour la Haute Qualiteacute Environnementale (ASSOHQE)

Abrangecircncia Principalmente Franccedila atende tambeacutem Beacutelgica Luxemburgo Tuniacutesia e Argeacutelia

Tipos de edifiacutecios avaliados edifiacutecios novos e edifiacutecios existentes nas modalidades comercial residencial individual e coletivo

Classificaccedilotildees Concedidas Base (de acordo com regulamento) Eficiente (boa praacutetica) Muito eficiente (melhor

praacutetica)

Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo Manejo de impactos ao ambiente exterior (relaccedilatildeo harmocircnica com o ambiente

imediato escolha integrada dos meacutetodos de construccedilatildeo e materiais evitar incocircmodo aos arredores minimizaccedilatildeo do

uso de energia minimizaccedilatildeo do uso de aacutegua minimizaccedilatildeo de resiacuteduos em operaccedilotildees minimizaccedilatildeo da necessidade de

manutenccedilatildeo e reparos) e criaccedilatildeo de Ambiente Interno Agradaacutevel (medidas de controle hidroteacutermico medidas de

controle acuacutestico atratividade visual medidas de controle de odores higiene e limpeza dos espaccedilos internos controle

da qualidade do ar controle da qualidade da aacutegua)

DGNB - Deutsche Gesellschaft fuumlr Nachhaltiges Bauen

wwwdgnbde_en

Instituiccedilatildeo Responsaacutevel Conselho alematildeo de construccedilatildeo sustentaacutevel

(DGNB for ldquoDeutsche Gesellschaft fuumlr NachhaltigesBauenrdquo)

Abrangecircncia Alemanha

Esquemas de avaliaccedilatildeo disponiacuteveis tipos de edifiacutecios avaliados Sistema flexiacutevel avalia diversos tipos de edificio

Classificaccedilotildees Concedidas Gold (Ouro) Silver (Prata) Bronze

Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo Campos avaliados - Aspectos ecoloacutegicos economicos socioculturais e funcionais

tecnologia processos e local Cada campo eacute avaliado com criteacuterios especiacuteficos que podem ser desenhados e pesados de

maneira distinta a depender do perfil de ocupaccedilatildeo Cada campo eacute avaliado durante todo ciclo de vida do edifiacutecio

A avaliaccedilatildeo eacute focada em metas e natildeo em accedilotildees individuais

LIDER A

Instituiccedilatildeo Responsaacutevel Lider A - Sistema de Avaliaccedilatildeo da Sustentabilidade

Abrangecircncia Portugal

Esquemas de avaliaccedilatildeo disponiacuteveis tipos de edifiacutecios avaliados Abrange diferentes tipologias e usos em ambientes

construiacutedos em diferentes fases desde a fase de plano ou projeto a construccedilatildeo operaccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo tambeacutem

trabalha desde a escala da comunidade ateacute empreendimentos e edifiacutecios

Classificaccedilotildees ConcedidasG (menos eficiente) F E (praacutetica usual ou de referecircncia) D C (cerca de 25 superior ao niacutevel E)

B A (desempenho cerca de 50 superior ao niacutevel E) A+ (75 superior ao niacutevel E) A++ (90 superior ao niacutevel E)

Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo O sistema trabalha com um conjunto de seis princiacutepios de bom desempenho

ambiental (integraccedilatildeo local recursos cargas ambientais conforto ambiental vivecircncia socioeconocircmica e uso sustentaacutevel)

traduzidos em 22 aacutereas e 43 criteacuterios Quadro 2 ndash Principais sistemas de certificaccedilatildeo de edificaccedilotildees (conclusatildeo)

Fonte A autora (2012)

36

243 Principais Sistemas de Certificaccedilatildeo no Brasil

No Brasil os sistemas de certificaccedilatildeo de edificaccedilotildees mais difundidos satildeo

O AQUA alta qualidade ambiental o LEED ndash Brasil o PROCEL EDIFICA da

Eletrobraacutes e o Selo CASA AZUL da Caixa Econocircmica O Quadro 3 apresenta

as principais caracteriacutesticas destes selos

PROCEL EDIFICA - Instrumento de Classificaccedilatildeo

wwweletrobrascomPCIetiquetagem_edificios

Instituiccedilatildeo Responsaacutevel Eletrobraacutes

Abrangecircncia Brasil

Tipos de edifiacutecios avaliados Edifiacutecios Comerciais de Serviccedilos e Puacuteblicos e Residenciais

Classificaccedilotildees Concedidas A B C D E

Criteacuterios avaliados para Classificaccedilotildees A eficiecircncia energeacutetica eacute avaliada nos sistemas de envoltoacuteria iluminaccedilatildeo e

condicionamento de ar para edifiacutecios comerciais de serviccedilos e puacuteblicos Nos edifiacutecios residecircncias satildeo avaliados a

envoltoacuteria sistemas de aquecimento de aacutegua aleacutem dos sistemas presentes nas aacutereas comuns dos edifiacutecios

multifamiliares como iluminaccedilatildeo elevadores bombas centriacutefugas etc

SELO CASA AZUL DA CAIXA

downloadscaixagovbr_arquivosdesenvolvimento_urbanogestao_ambientalGuia_Selo_Casa_Azul_CAIXApdf

Instituiccedilatildeo Responsaacutevel Caixa Econocircmica Federal

Abrangecircncia Brasil

Tipos de edifiacutecios avaliados Unidades Habitacionais com valor ateacute R$130 mil

Classificaccedilotildees Concedidas BRONZE (19 Criteacuterios obrigatoacuterios) PRATA (25 criteacuterios sendo 6 de livre escolha) OURO (25

criteacuterios sendo 6 de livre escolha)

Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo 53 criteacuterios de avaliaccedilatildeo distribuiacutedos em seis categorias Qualidade Urbana

Projeto e Conforto Eficiecircncia Energeacutetica Conservaccedilatildeo de Recursos Materiais Gestatildeo da Aacutegua Praacuteticas Sociais

LEED - BRASIL

wwwgbcbrasilorgbrp=certificacao

Instituiccedilatildeo Responsaacutevel Green Building Council Brasil

Abrangecircncia Brasil

Esquemas de avaliaccedilatildeo disponiacuteveis tipos de edifiacutecios avaliados

LEED NC para novas construccedilotildees ou grandes projetos de renovaccedilatildeo- LEED ND para projetos de desenvolvimento de bairro

LEED CS para projetos na envoltoacuteria e parte central do edifiacutecio LEED Retail NC e CI para lojas de varejo

LEED Healthcare para unidades de sauacutede LEED EB_OM para projetos de manutenccedilatildeo de edifiacutecios jaacute existentes

LEED Schools para escolas e LEED CI para projetos de interior ou edifiacutecios comerciais

Classificaccedilotildees Concedidas Selo LEED - 40 pontos Prata 50 pontos Ouro 60 pontos e Platina 80 pontos

Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo Espaccedilo sustentaacuteve eficiecircncia do uso da aacutegua energia e atmosfera

materiais e recursos qualidade ambiental interna inovaccedilatildeo e processos creacuteditos de prioridade regional

Quadro 3 - Principais sistemas de certificaccedilatildeo de edificaccedilotildees no Brasil (continua)

Fonte A autora (2012)

37

AQUA - Alta Qualidade Ambiental

wwwvanzoliniorgbr

Instituiccedilatildeo Responsaacutevel Fundaccedilatildeo Vanzolini

Abrangecircncia Brasil

Tipos de edifiacutecios avaliados Escritoacuterios e Escolas Hoteis e Edifiacutecios Habitacionais

Classificaccedilotildees Concedidas Bom Superior Excelente

Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo 14 Categorias satildeo avaliadas relaccedilatildeo do edifiacutecio com o seu entorno escolha

integrada de produtos sistemas e processos construtivos canteiro de obras com baixo impacto ambiental gestatildeo da

energia gestatildeo da aacutegua gestatildeo dos resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo do edifiacutecio manutenccedilatildeo - permanecircncia do desempenho

ambiental conforto higroteacutermico conforto acuacutestico conforto visual conforto olfativo qualidade sanitaacuteria dos

ambientes qualidade sanitaacuteria do ar qualidade sanitaacuteria da aacutegua Para receber a certificaccedilatildeo deve atender no miacutenimo

7 categorias - Bom 4 categorias - Superior e 3 categorias - Excelente

Quadro 3 - Principais sistemas de certificaccedilatildeo de edificaccedilotildees no Brasil (conclusatildeo)

Fonte A autora (2012)

Para SILVA (2003) os princiacutepios soacutelidos de uma certificaccedilatildeo direcionada

ao contexto brasileiro satildeo

ara ser tecnicamente consistente um meacutetodo de avaliaccedilatildeo deve ser

adaptado a dados nacionais relevantes

ara ser viaacutevel praticamente um meacutetodo de avaliaccedilatildeo deve ser

adaptado ao mercado agraves praacuteticas de construccedilatildeo e agraves tradiccedilotildees locais

ara ser absorvido e difundir-se rapidamente um meacutetodo de avaliaccedilatildeo

deve ser desenvolvido em parceria com as principais partes interessadas

investidores empreendedoresconstrutores e projetistas

ara serem apropriados ao contexto nacional os itens avaliados no

meacutetodo devem ser ponderados para refletir prioridades e interesses nacionais

244 Processo AQUA de certificaccedilatildeo

Em outubro de 2007 foi publicado no Brasil o AQUA (Alta Qualidade

Ambiental) a adaptaccedilatildeo do HQE (versatildeo de fevereiro de 2007) Este sistema

de certificaccedilatildeo ambiental para edifiacutecios foi desenvolvido pela Fundaccedilatildeo Carlos

Alberto Vanzolini em parceria com o Departamento de Engenharia de

Construccedilatildeo Civil da Escola Politeacutecnica da Universidade de Satildeo Paulo (USP) e

o Centre Scientifique et Technique du Bacirctiment (CSTB)

Para Aulicino (2008) o processo AQUA foi desenvolvido com o objetivo de

amenizar os impactos da construccedilatildeo de um edifiacutecio novo ou da reabilitaccedilatildeo de

algum edifiacutecio existente tanto sobre o meio ambiente como sobre a qualidade

38

do ambiente interno para os usuaacuterios (conforto e sauacutede) e externo ao edifiacutecio A

metodologia merece destaque por ser a primeira oficialmente adaptada ao

contexto brasileiro

O processo AQUA abrange as seguintes fases

programa (ideia) - reflexatildeo criativa inicial sobre o empreendimento de

construccedilatildeo em seu contexto soacutecio econocircmico e ambiental

concepccedilatildeo (projeto) ndash tendo como entrada o programa define a

construccedilatildeo sustentaacutevel e como seraacute realizada

ealizaccedilatildeo (construccedilatildeo) - guiada pelas definiccedilotildees do projeto materializa

a construccedilatildeo sustentaacutevel

peraccedilatildeo (uso) ndash monitora o desempenho da edificaccedilatildeo os consumos

as emissotildees despesas entre outros garantindo condiccedilotildees de conforto e sauacutede

ao usuaacuterio com melhor desempenho soacutecio econocircmico e ambiental

esconstruccedilatildeo (a desmontagem) ndash ao final da vida uacutetil permite o

maacuteximo aproveitamento dos materiais e sistemas com menor impacto

ambiental

Em 2013 estavam disponiacuteveis para consulta quatro referenciais teacutecnicos

escritoacuterios edifiacutecios escolares edifiacutecios habitacionais edifiacutecios comerciais e

hoteacuteis O referencial para edifiacutecios que buscam certificaccedilatildeo na fase operaccedilatildeo

encontra-se em periacuteodo de revisatildeo Os referenciais teacutecnicos para sauacutede

esporte e lazer bairros e estradas estatildeo em fase de estudo e em busca de

empresas pioneiras para desenvolvimento dos projetos

O processo eacute feito por meio de 3 (trecircs) auditorias presenciais antecedidas

de anaacutelise teacutecnica dos documentos entregues A avaliaccedilatildeo se baseia em um

perfil ambiental composto pelas seguintes aacutereas de avaliaccedilatildeo eco-construccedilatildeo

eco-gestatildeo conforto e sauacutede Os Quadros 4 e 5 apresentam as 14 categorias

e subcategorias avaliadas no sistema AQUA

39

Quadro 4 ndash Categorias do sistema AQUA

Fonte Fundaccedilatildeo Vanzolini (2011)

1) Relaccedilatildeo do edifiacutecio com o entorno

Implantaccedilatildeo do empreendimento no terreno para desenvolvimento urbano sustentaacutevel

Qualidade dos espaccedilos exteriores para os usuaacuterios

Impacto do edifiacutecio sobre a vizinhanccedila

2) Escolha integrada de produtos sistemas e processos construtivos

Durabilidade e a adaptabilidade da construccedilatildeo

Escolhas construtivas para a facilidade de conservaccedilatildeo da construccedilatildeo

Escolha dos produtos de construccedilatildeo (limitar impactos socioambientais)

Escolha dos produtos de construccedilatildeo (limitar impactos aacute sauacutede humana)

3) Canteiros de obras com baixo impacto ambiental

Otimizaccedilatildeo da gestatildeo dos resiacuteduos do canteiro de obras

Reduccedilatildeo dos incocircmodos poluiccedilatildeo e consumo de recursos causados pelo canteiro de obras

4) Gestatildeo da energia

Reduccedilatildeo de energia por meio de concepccedilatildeo arquitetocircnica

Reduccedilatildeo do consumo de energia primaacuteria dos poluentes associados

5) Gestatildeo da aacutegua

Reduccedilatildeo do consumo de aacutegua potaacutevel

Otimizaccedilatildeo e gestatildeo de aacuteguas pluviais

6) Gestatildeo dos resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo do edificio

Otimizaccedilatildeo da valorizaccedilatildeo dos resiacuteduos gerados pelas atividades de uso e operaccedilatildeo do edifiacutecio

Qualidade do sistema de gestatildeo dos resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo do edifiacutecio

7) Manutenccedilatildeo ndash permanecircncia do desempenho ambiental

Permanecircncia do desempenho dos sistemas de aquecimento e resfriamento

Permanecircncia do desempenho dos sistemas de ventilaccedilatildeo

Permanecircncia do desempenho dos sistemas de iluminaccedilatildeo

Permanecircncia do desempenho dos sistemas de gestatildeo da aacutegua Quadro 5 ndash Subcategorias do sistema AQUA (continua)

Fonte Fundaccedilatildeo Vanzolini (2011)

40

8) Conforto higroteacutermico

Implementaccedilatildeo de medidas arquitetocircnicas para otimizaccedilatildeo do conforto higroteacutermico de veratildeo e inverno

Criaccedilatildeo de condiccedilotildees de conforto higroteacutermico de inverno

Criaccedilatildeo de condiccedilotildees de conforto higroteacutermico de veratildeo em ambientes climatizados naturalmente

Criaccedilatildeo de condiccedilotildees de conforto higroteacutermico de veratildeo em ambientes com sistema de resfriamento artificial

9) Conforto acuacutestico

Otimizaccedilatildeo dos elementos arquitetocircnicos para proteger os usuaacuterios do edifiacutecio de incocircmodos acuacutesticos

Criaccedilatildeo de uma qualidade do meio acuacutestico adaptado aos diferentes ambientes

10) Conforto visual

Garantia de iluminacircncia natural oacutetima evitando seus inconvenientes (ofuscamento)

Iluminaccedilatildeo artificial confortaacutevel

11) Conforto olfativo

Garantia de uma ventilaccedilatildeo eficaz

Controle das fontes de odores desagradaacuteveis

12) Qualidade sanitaacuteria dos ambientes

Controle da exposiccedilatildeo eletromagneacutetica

Criaccedilatildeo de condiccedilotildees de higiene especiacuteficas

13) Qualidade sanitaacuteria do ar

Garantia de uma ventilaccedilatildeo eficaz

Controle das fontes de poluiccedilatildeo

14) Qualidade sanitaacuteria da aacutegua

Qualidade e durabilidade dos materiais empregados em redes internas

Organizaccedilatildeo e proteccedilatildeo das redes internas

Controle da temperatura na rede interna

Controle dos tratamentos anticorrosivo e antiincrustaccedilatildeo Quadro 5 ndash Subcategorias do sistema AQUA (conclusatildeo)

Fonte Fundaccedilatildeo Vanzolini (2011)

Para cada categoria analisada eacute atribuiacutedo um niacutevel de desempenho bom

superior e excelente A Figura 3 demonstra que para obter a certificaccedilatildeo nas

fases programa concepccedilatildeo e realizaccedilatildeo o edifiacutecio precisa atingir pelo menos

trecircs de niacutevel excelente e no maacuteximo 7 niacutevel bom Sendo assim este sistema

natildeo possui escala de pontuaccedilatildeo global

Figura 3 ndash Niacuteveis de avaliaccedilatildeo AQUA

Fonte Fundaccedilatildeo Vanzolini (2011)

41

2441 Certificaccedilatildeo AQUA ndash fase operaccedilatildeo e uso

A primeira versatildeo do Referencial Teacutecnico de Operaccedilatildeo e Uso para

edifiacutecios de serviccedilos foi elaborado em maio de 2010 e ainda encontra-se em

fase de revisatildeo O referencial completo pode ser consultado no Anexo 3 e estaacute

dividido em cinco partes

I - Sistema de gestatildeo da operaccedilatildeo (SGO)

Gestatildeo para compromisso planejamento e controle de desempenho

II ndash Qualidade intriacutenseca (QI)

Perfil da qualidade ambiental do edifiacutecio

III ndash Melhoria da qualidade intriacutenseca (MQI)

Melhoria da qualidade ambiental do conjunto em relaccedilatildeo ao planejamento

IV ndash Controle da qualidade intriacutenseca (CQI)

Qual eacute a forma de garantir o desempenho do edifiacutecio

V ndash Qualidade ambiental das praacuteticas (QAP)

Rotinas - Basicamente divido em compras comunicaccedilatildeo e gestatildeo

Na fase operaccedilatildeo e uso a forma de avaliaccedilatildeo difere das demais fases a

Tabela 1 apresenta a pontuaccedilatildeo miacutenima para ser excelente nas 14 categorias

Tabela 1 ndash Perfil da qualidade ambiental do edifiacutecio em operaccedilatildeo

Fase Programa da Operaccedilatildeo e Uso Pontos miacutenimos em E

Categoria 1- Relaccedilatildeo do edifiacutecio com seu entorno 50 dos pontos aplicaacuteveis

Categoria 2 - Escolha integrada de produtos sistemas e processos construtivos gt 12

Categoria 3 - Canteiro de obras gt 4

Categoria 4 - Energia gt 18 sendo 8 em CQI

Categoria 5 - Aacutegua gt 12 sendo 7 em CQI eou MQI

Categoria 6 - Resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo do edifiacutecio gt 5

Categoria 7 - Conservaccedilatildeo e manutenccedilatildeo gt 13 sendo 8 em CQI ou MQI

Categoria 8 - Conforto higroteacutermico gt 9 sendo 3 em CQI

Categoria 9 - Conforto acuacutestico gt 4

Categoria 10 -Conforto visual gt 10 sendo 3 em CQI

Categoria 11 - Conforto Olfativo gt 7 sendo 3 em CQI

Categoria 12 - Qualidade sanitaacuteria dos ambientes gt 8 sendo 3 em CQI

Categoria 13 - Qualidade sanitaacuteria do ar gt 16 sendo 10 em CQI

Categoria 14 - Qualidade sanitaacuteria da aacutegua gt 8 sendo 5 em CQI

SGO - Sistema de gestatildeo da operaccedilatildeo Atender os requisitos aplicaacuteveis

QAP - Qualidade ambiental da praacutetica gt ou = 50 dos pontos aplicaacuteveis

Fonte Fundaccedilatildeo Vanzolini (2012)

42

Para alcanccedilar o niacutevel bom eacute necessaacuterio atender os requisitos exigidos em

todo referencial na coluna ldquoniacutevelrdquo m letra ldquoBrdquo conforme Figura 4 e para atingir o

niacutevel superior aleacutem de todos os itens ldquoBrdquo precisa atender tambeacutem todos com a

letra ldquoSrdquo

Figura 4 ndash Avaliaccedilatildeo na fase operaccedilatildeo e uso - processo AQUA

Fonte Referencial AQUA (2010)

43

3 METODOLOGIA

A presente dissertaccedilatildeo caracteriza-se como um estudo exploratoacuterio pois

visa ldquoproporcionar maior familiaridade com a questatildeo o problema com vistas a

tornaacute-lo mais expliacutecitordquo (GIL 2002) Geralmente o estudo eacute exploratoacuterio quando

haacute pouco conhecimento sobre o tema a ser abordado (AAKER et al2004) Por

ser um tipo de pesquisa muito especiacutefica quase sempre ela assume a forma

de um estudo de caso (GIL 2008)

A pesquisa tambeacutem se enquadra como pesquisa descritiva pois tem o

objetivo de descrever um determinado fenocircmeno (GIL 2008) Como qualquer

pesquisa ela depende tambeacutem de uma revisatildeo da literatura

Tratando se de uma pesquisa exploratoacuteria e descritiva a metodologia

utilizada foi a qualitativa Conforme Gephart (2004) a pesquisa qualitativa

fornece uma narrativa da visatildeo da realidade dos indiviacuteduos sendo altamente

descritiva Pode fornecer bases para compreender processos de gestatildeo e pode

humanizar a pesquisa realccedilando as intenccedilotildees humanas e os significados do

fenocircmeno (GEPHART 2004)

Para alcanccedilar os objetivos propostos o estudo foi desenvolvido em

algumas etapas segue a descriccedilatildeo das mais importantes

participaccedilatildeo no curso ldquoConstruccedilatildeo sustentaacutevel AQUA ndash Introduccedilatildeordquo

Ministrado pela Fundaccedilatildeo Vanzolini

participaccedilatildeo no curso ldquoConstruccedilatildeo Sustentaacutevel AQUA ndash O Sistema de

Gestatildeo do Empreendimento (SGE)rdquo Ministrado pela Fundaccedilatildeo Vanzolini

participaccedilatildeo no curso ldquoEnergia Solar Fotovoltaicardquo Ministrado pela Blue

Sol ministrado no Escritoacuterio Verde da UTFPR

estudo do referencial teacutecnico AQUA de construccedilatildeo ndash criteacuterios para

avaliaccedilatildeo da fase de construccedilatildeo de escritoacuterios - edifiacutecios comerciais

anaacutelise detalhada do referencial teacutecnico AQUA de Operaccedilatildeo e Uso

fornecido pela Fundaccedilatildeo Vanzolini

levantamento de dados elaboraccedilatildeo de diagnoacutestico inicial referente agrave

construccedilatildeo do Escritoacuterio Verde

referencial teoacuterico baseado na revisatildeo da literatura

realizaccedilatildeo estudo de caso avaliaccedilatildeo da operaccedilatildeo e uso do Escritoacuterio

Verde

44

Importante ressaltar que o cancelamento da realizaccedilatildeo do curso

Construccedilatildeo sustentaacutevel AQUA - operaccedilatildeo e uso previsto pela Fundaccedilatildeo

Vanzolini em outubro de 2012 prejudicaram em partes os resultados da

presente dissertaccedilatildeo

45

4 ESTUDO DE CASO ESCRITOacuteRIO VERDE DA UTFPR

41 CONTEXTUALIZACcedilAtildeO

Atualmente os Centros Universitaacuterios Sustentaacuteveis chamados

Greencampi satildeo uma realidade em diversos paiacuteses como Europa Estados

Unidos Austraacutelia e Nova Zelacircndia Os campi universitaacuterios assumem funccedilatildeo

relevante uma vez que estudantes professores e comunidade externa

convivem diariamente em espaccedilo integrado adaptando a este todas suas

atividades e necessidades (ESCRITOacuteRIO VERDE 2012)

A grande maioria dessas Universidades possui um Green Office ou

ldquoEscritoacuterio Verderdquo onde satildeo planejadas e implantadas as praacuteticas sustentaacuteveis

nos campi Atuando em conjunto com outros departamentos das

Universidades esse ldquoEscritoacuteriordquo atende a gestatildeo ambiental do campus

tornando mais faacutecil o gerenciamento interno das Instituiccedilotildees de Ensino

Superior (IES) (ESCRITOacuteRIO VERDE 2012)

No Brasil este movimento jaacute comeccedila a surgir em algumas IES seguindo

uma tendecircncia global e diante da necessidade das Universidades em se

posicionarem com relaccedilatildeo ao desenvolvimento de forma consciente perante a

sociedade O desenvolvimento sustentaacutevel natildeo se traduz assim apenas nas

praacuteticas de ensino mas na implantaccedilatildeo de praacuteticas de gestatildeo ambiental

(ESCRITOacuteRIO VERDE 2012)

O Escritoacuterio Verde empreendimento da Universidade Tecnoloacutegica Federal

do Paranaacute (UTFPR) Campus Curitiba conforme ilustrado na Figura 5 estaacute

localizado na Avenida Silva Jardim nordm 807 entre a Rua Des Westphalen e a

Av Mal Floriano Peixoto e aos fundos do local dispotildee de uma aacuterea com

quadra coberta e edifiacutecio onde se encontra instalado atualmente o Centro de

Liacutenguas da Universidade O empreendimento foi implantado na parte frontal do

terreno onde existia uma quadra esportiva polivalente em desuso

(ESCRITOacuteRIO VERDE 2012)

O edifiacutecio eacute um departamento da universidade que tem como escopo

desenvolver e implantar programas que reduzam o impacto ambiental das

atividades de ensino e pesquisa conduzidas no Campus Curitiba O Escritoacuterio

tambeacutem abriga a sede do ldquoCentro Regional de Integraccedilatildeo Expertise de

Educaccedilatildeo para o Desenvolvimento Sustentaacutevel ndash CRIE Curitibardquo um centro

46

aprovado pela UNU ndash Universidade das Naccedilotildees Unidas da ONU que compotildee

uma rede de mais de 80 centros no mundo e que visam promover a educaccedilatildeo

para a sustentabilidade (ESCRITOacuteRIO VERDE 2012)

Figura 5 - Localizaccedilatildeo do empreendimento em relaccedilatildeo agrave UTFPR e pontos estrateacutegicos

Fonte Google Earth (2011)

42 CONSTRUCcedilAtildeO DO ESCRITOacuteRIO VERDE

A ideacuteia foi concebida e projetada pelo Prof Dr Eloy Fassi Casagrande Jr

e a empresa ldquoEcoStudio ndash Soluccedilotildees Sustentaacuteveis em Arquitetura e Designrdquo

com apoio da Moacutedulo Arquitetura Sustentaacutevel e a TecVerde Engenharia Ltda

responsaacutevel pela adaptaccedilatildeo do projeto para o sistema construtivo wood-frame

baseado em tecnologia alematilde As Figuras 6 e 7 satildeo as plantas esquemaacuteticas

do EV a Figura 8 eacute o volume projetado e as Figuras 9 e 10 satildeo imagens do

Escritoacuterio finalizado O projeto arquitetocircnico estaacute disponiacutevel no Anexo 2

47

Figura 6 ndash Planta esquemaacutetica do piso teacuterreo do EV

Fonte A autora (2012)

Figura 7 ndash Planta esquemaacutetica do mezanino do EV

Fonte A autora (2012)

48

Figura 8 ndash Perspectiva lateral esquerda do Escritoacuterio Verde

Fonte CASAGRANDE JR (2012)

Figura 9 ndash Vista da lateral esquerda do Escritoacuterio Verde

Fonte Escritoacuterio Verde Online (2012)

Figura 10 ndash Vista dos fundos do Escritoacuterio Verde

Fonte Fonte Escritoacuterio Verde Online (2012)

49

A construccedilatildeo do EV iniciou-se em agosto de 2010 parcerias com a

parceria de aproximadamente 60 empresas que contribuiacuteram com a doaccedilatildeo de

produtos equipamentos e materiais de baixo impacto ambiental

estabelecendo um novo modelo da relaccedilatildeo escola-empresa A obra tambeacutem

contou com o apoio de diversos departamentos da UTFPR em especial o

DICEP ndash Divisatildeo de Conservaccedilatildeo de Edificaccedilotildees e Produccedilatildeo

O projeto foi idealizado seguindo o conceito de arquitetura bioclimaacutetica

possibilitando ventilaccedilatildeo cruzada aproveitamento da fachada norte para

captaccedilatildeo de energia solar a utilizaccedilatildeo de telhado verde que favorece o

conforto ambiental da edificaccedilatildeo entre outros

O Sistema construtivo Wood-frame agilizou a primeira etapa da obra

concluiacuteda em apenas 5 dias Na Figura 11 observa-se a montagem do EV

necessitando de um guindaste para levantamento das paredes que chegaram

ao canteiro de obra prontas de faacutebrica contribuindo com a geraccedilatildeo miacutenima de

resiacuteduos

Figura 11 ndash Montagem das paredes do Escritoacuterio Verde

Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011)

50

Na segunda fase da obra houve a colocaccedilatildeo da cobertura os paineacuteis de

acabamento externo e a colocaccedilatildeo das esquadrias Para o telhado optou-se

pelo sistema rdquoshinglerdquo Os acabamentos externos SmartSide e Siding Vinilico

foram aplicados apoacutes a colocaccedilatildeo de uma membrana hidroacutefuga (Figura 12)

que atua como barreira contra vento poeira vapor drsquoaacutegua e calor

Figura 12 ndash Aplicaccedilatildeo de manta hidroacutefuga nas paredes externas

Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011)

A terceira fase ocorreu em marccedilo de 2011 com a instalaccedilatildeo dos sistemas

sustentaacuteveis como coleta de aacutegua pluvial e sistema fotovoltaico Em paralelo

iniciou-se a fase de acabamento interno e execuccedilatildeo do telhado verde

conforme Figuras 13 e 14

Figura 13 ndash Sistema de moacutedulos em EVA Figura 14 ndash Execuccedilatildeo do telhado verde

Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011) Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011)

51

A Figura 15 demonstra a aplicaccedilatildeo de alguns acabamentos internos No

revestimento das paredes utilizaram-se placas decowall da empresa LP Brasil

no teto tem-se a aplicaccedilatildeo de placas termo-acuacutesticas em madeira mineralizada

suspensas no teto em perfis metaacutelicos o piso elevado foi revestido com

carpete fabricado com material reciclado e as luminaacuterias utilizam lacircmpadas

LED

Figura 15 ndash Revestimentos internos do EV

Fonte Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011)

O Escritoacuterio Verde completou 1 ano de operaccedilatildeo em 06 de dezembro de

2012 periacuteodo em que recebeu duas premiaccedilotildees Precircmio Guia do Estudante ndash

Destaque do Ano na categoria sustentabilidade premiaccedilatildeo da Editora Abril

em parceria com Santander Universidade e um Precircmio da ONU durante a

ldquoSeacutetima Conferecircncia dos Centros de Expertise em Educaccedilatildeo para o

Desenvolvimento Sustentaacutevelrdquo em Tongyeang na Coreacuteia do Sul por

contribuiccedilatildeo na participaccedilatildeo comunitaacuteria em praacuteticas para a sustentabilidade

52

5 RESULTADOS E DISCUSSOtildeES

51 AVALIACcedilAtildeO DO DESEMPENHO AMBIENTAL DO EV

Os resultados apresentados neste capiacutetulo foram dispostos seguindo a

mesma sequecircncia apresentada no referencial de operaccedilatildeo e uso Parte I ndash

Sistema de Gestatildeo da Operaccedilatildeo (SGO) As partes II III e IV foram compiladas

pois representam a Qualidade Ambiental do Edifiacutecio na Operaccedilatildeo (QAEop) e a

parte V - Qualidade Ambiental das Praacuteticas

511 SGO ndash Sistema de gestatildeo da operaccedilatildeo

Para o entendimento de alguns requisitos exigidos no SGO primeiramente

buscou-se a explicaccedilatildeo do SGE (sistema de gestatildeo do empreendimento)

exigido no inicio da fase programa considerado pelo AQUA como a ldquocoluna

vertebralrdquo da certificaccedilatildeo pois eacute a ferramenta para se alcanccedilar a qualidade

ambiental desejada O SGE quanto o SGO satildeo compostos pelos mesmos

itens

comprometimento do empreendedor - eacute a escolha do perfil de qualidade

ambiental desejado o qual deve ser justificado

implementaccedilatildeo e funcionamento - eacute o planejamento definiccedilatildeo de

competecircncias gestatildeo de contratos gestatildeo da comunicaccedilatildeo gestatildeo

documental responsaacuteveis por programar e monitorar cada accedilatildeo

gestatildeo do empreendimento - monitoramento avaliaccedilatildeo da qualidade

ambiental do edifiacutecio accedilotildees corretivas

aprendizagem revisatildeo - confrontar os resultados com os objetivos

definidos no perfil de qualidade ambiental

Primeiramente para definiccedilatildeo do perfil ambiental do edifiacutecio seguiu-se o

modelo sugerido pelo AQUA no referencial de 2007 (edifiacutecios novos) para

hierarquizaccedilatildeo das categorias em funccedilatildeo dos desafios ambientais

estabelecidos A avaliaccedilatildeo completa dos objetivos encontra-se no Anexo 2

A Tabela 2 representa o guia utilizado adaptado do modelo AQUA com

os pontos fortes definidos em cada categoria incluindo o item mobilidade

urbana pois eacute um dos pontos fortes considerados na implantaccedilatildeo do EV

53

Tabela 2 ndash Guia para hierarquizaccedilatildeo das categorias da QAE em funccedilatildeo dos desafios ambientais estabelecidos

EnergiaMaterias

primasAacutegua Ar Aacutegua Solo Ruiacutedos Odores

Local e construccedilatildeo

1 Relaccedilatildeo do edifiacutecio com o seu entorno

11 Consideraccedilatildeo do contexto F

12 Implantaccedilatildeo no terreno F F

2 Escolha integrada de produtos sistemas e processos construtivos

21 Adaptabilidade e durabilidade do edifiacutecio F

22 Escolhas de processos construtivos F F

23 Escolhas de produtos de construccedilatildeo F F

24 Fim de vida do edifiacutecio desconstrutibilidade reciclabilidade F F

3 Canteiro de obras

31 Produccedilatildeo de resiacuteduos identificaccedilatildeo gestatildeo dos resiacuteduos F

32 Incocircmodos e poluiccedilatildeo F F

33 Recursos - consumo de aacutegua e energia F

F = Relaccedilatildeo forte existente entre preocupaccedilatildeo e objetivo

Uma ceacutelula em branco natildeo significa necessariamente uma total ausecircncia de preocupaccedilatildeo

MO

BIL

IDA

DE

UR

BA

NA

OBJETIVOS DE CONTROLE DOS IMPACTOS AMBIENTAIS EXTERIORES E

INTERIORES DO EDIFICIO

Tabela 3 - Guia para a hierarquizaccedilatildeo das categorias de QAE em funccedilatildeo dos desafios ambientais estabelecidos

ME

LH

OR

AR

O

CO

NF

OR

TO

PR

ES

EE

RV

AR

A S

AU

DE

PREOCUPACcedilOtildeES AMBIENTAIS

PRESERVAR OS

RECURSOS

REDUZIR A

POLUICcedilAtildeO

REDUZIR OS

INCOMODOS

RE

DU

ZIR

OS

RE

SID

UO

S

Fonte A autora (2012)

Para o CREA-PR (2011) os deslocamentos natildeo devem ser tratados

apenas como a accedilatildeo de ir e vir mas a partir do conceito de mobilidade

acrescido da preocupaccedilatildeo com a sua sustentabilidade que pode ser traduzida

como o resultado de um conjunto de poliacuteticas de transporte e circulaccedilatildeo que

priorize os modos natildeo motorizados e coletivos de transporte e a acessibilidade

urbana visando tambeacutem as pessoas com deficiecircncia eou mobilidade reduzida

Apoacutes a definiccedilatildeo dos desafios ambientais a serem perseguidos

desenhou-se o perfil ambiental proposto para o Escritoacuterio Verde que pode ser

visualizado na Figura 16 4 categorias niacutevel bom 3 niacutevel superior e 7 niacutevel

excelente

54

Figura 16 ndash Perfil ambiental proposto para o EV

Fonte A autora (2011)

512 QAEop ndash Qualidade Ambiental do Edifiacutecio na Fase Operaccedilatildeo

A QAEop eacute composta por 3 partes Parte II ndash QI Qualidade Intriacutenseca

Parte III ndash MQI Melhoria da Qualidade Intriacutenseca Parte IV ndash CQI Controle da

Qualidade Intriacutenseca Cada categoria foi analisada conforme requisitos

exigidos no referencial AQUA de operaccedilatildeo e uso O campo avaliaccedilatildeo refere-se

ao atendimento ou natildeo do requisito exigido Os campos na coluna avaliaccedilatildeo

que ficaram em branco representam os itens que necessitam de maior

detalhamento para se proceder com a avaliaccedilatildeo

55

Categoria 1 ndash Relaccedilatildeo do edifiacutecio com seu entorno

1 Relaccedilatildeo do Edificio com seu entorno Avaliaccedilatildeo

QI 11

Coerecircncia no uso e operaccedilatildeo do empreendimento no terreno em relaccedilatildeo agraves poliacuteticas locais de

desenvolvimento urbano sustentaacutevel Atende

QI 12 Otimizar os acessos e gerenciar os fluxos Atende

QI 13 Gerenciar os modos de deslocamento e favorecer os menos poluentes Atende

QI 14 Preservar Melhorar a qualidade ecoloacutegica e paisagiacutestica do local do empreendimento Atende

QI 15 Preservar Melhorar a biodiversidade Atende

QI 16 Prevenir o risco de inundaccedilotildees e limitar a poluiccedilatildeo difusa Atende

QI 17 Garantir o conforto ambiental exterior satisfatoacuterio Atende

QI 18 Garantir a iluminaccedilatildeo exterior satisfatoacuteria e limitar os incocircmodos visuais para a vizinhanccedila Atende

QI 19 Limitar a poluiccedilatildeo sonora e garantir o direito agrave calma da vizinhanccedila Atende

QI 110 Garantir espaccedilos exteriores saudaacuteveis e garantir o direito agrave sauacutede dos ocupantes Atende

QI 111 Acessibilidade Accedilatildeo corretiva

Quadro 6 ndash Avaliaccedilatildeo categoria 1 - QI

Fonte Referencial AQUA (2010)

1 Avaliaccedilatildeo

CQI 11 Garantir a conservaccedilatildeo adequada dos espaccedilos exteriores atende

CQI 12 Otimizar as condiccedilotildees de conservaccedilatildeo dos espaccedilos exteriores atende

CQI 13 Supervisionar a qualidade do ar nos estacionamentos fechados Natildeo se aplica

CQI 14Garantir a conservaccedilatildeo e manutenccedilatildeo das instalaccedilotildees de resfriamento nos sistemas de

condicionamento de ar Natildeo se aplica

Relaccedilatildeo do Edificio com seu entorno

Quadro 7 ndash Avaliaccedilatildeo categoria 1 - CQI

Fonte Referencial AQUA (2010)

As consideraccedilotildees a seguir satildeo referentes aos criteacuterios avaliados na QI 13

QI 13 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo

B Atende

Medidas tomadas para limitar o nuacutemero de vagas de estacionamento em funccedilatildeo dos

meios de deslocamento apresentados (salvo recomendaccedilatildeo contraacuteria da legislaccedilatildeo) S E 1 Atende

Medidas tomadas para gerenciar da melhor forma as vagas disponiacuteveis para

estacionamento (sistemas automatizados vigilacircncia manobristas etc)S E 1 NA

Presenccedila de aacuterea de estacionamento reservada aos veiacuteculos limpos S E 1 Implantar

Presenccedila de aacuterea de estacionamento reservada aos veiacuteculos limpos equipados com

dispositivos que favoreccedilam a sua utilizaccedilatildeoS E 2 NA

Disponibilidade de bicicletaacuterios aos ocupantes do edifiacutecio S E 2 Implantar

Presenccedila de bicicletaacuterios em locais ou abrigos seguros e protegidos ou visiacuteveis a partir

de um posto de vigilacircncia (guarita etc)S E 3 Implantar

Presenccedila de espaccedilos comuns apropriados (vestiaacuterios chuveiros) para os funcionaacuterios

ciclistasS E 4 X

Garantir a proximidade com

os transportes coletivosImplantaccedilatildeo do projeto a menos de 400m de um ponto de transporte coletivo S E 1 Atende

NA - Natildeo se aplica

X - Natildeo haacute e sem possibilidade de adaptaccedilatildeo

Apresentaccedilatildeo da situaccedilatildeo atual em termos meios de deslocamento existentes no local do empreendimento

especialmente os menos poluentes

Veiacuteculos particulares

Favorecer o uso de veiacuteculos

limpos

Favorecer o uso de modos de

deslocamento menos

poluentes

Quadro 8 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 13

Fonte Referencial AQUA (2010)

56

O Escritoacuterio Verde estaacute localizado em regiatildeo central de Curitiba

possuindo um sistema puacuteblico de transporte composto por 26 linhas de

transporte coletivo as quais permitem a ligaccedilatildeo dos bairros ao centro da

cidade

A Rede Integrada de Transportes ndash RIT possui uma tarifa uacutenica com

embarque e desembarque em niacutevel nas ldquoEstaccedilotildees Tubordquo e em pontos de

ocircnibus ou terminais de integraccedilatildeo localizados em diversos pontos da cidade

A URBS ndash Urbanizaccedilatildeo de Curitiba SA eacute a empresa responsaacutevel pelas

accedilotildees estrateacutegicas de planejamento operaccedilatildeo e fiscalizaccedilatildeo que envolve os

serviccedilos essenciais de transporte e tracircnsito da cidade Exerce o controle do

transporte de toda Regiatildeo Metropolitana permitindo que a Rede de

Transportes de Curitiba seja integrada em acircmbito metropolitano

Proacuteximos ao empreendimento encontram-se linhas de transporte

interligando os principais eixos da cidade de Curitiba (a exemplo os eixos

Norte e Sul eixo Boqueiratildeo) permitindo assim a mobilidade dos usuaacuterios

Tambeacutem a 16 km do empreendimento estaacute a Estaccedilatildeo Rodoviaacuteria de Curitiba

responsaacutevel por centralizar o transporte coletivo intermunicipal interestadual e

internacional que tecircm a Cidade de Curitiba como ponto de partida de chegada

ou de escala

O Aeroporto Internacional Afonso Pena encontra-se a aproximadamente

164 km ou (40 min) do empreendimento no Municiacutepio de Satildeo Joseacute dos

Pinhais PR De modo a facilitar o deslocamento de usuaacuterios no sentido

aeroporto - rodoviaacuteria ndash aeroporto ndash esses tecircm agrave sua disposiccedilatildeo linha de

ocircnibus especial A linha faz ligaccedilatildeo com Aeroporto Internacional Afonso Pena

localizado em Satildeo Joseacute dos Pinhais - PR agrave Rodoferroviaacuteria e ao Centro de

Curitiba Sendo assim fomenta a mobilidade urbana restando ainda a

implantaccedilatildeo de um paraciclo e possivelmente reservar a aacuterea livre nos fundos

da edificaccedilatildeo para estacionamento exclusivo de veiacuteculos limpos

Criteacuterios de avaliaccedilatildeo QI 111 referente agrave acessibilidade

QI 111 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo

Respeito agraves regulamentaccedilotildees de acessibilidade e instalaccedilatildeo de sinalizaccedilatildeo adaptada agrave

funcionalidade dos espaccedilos externos__ Accedilatildeo corretiva

Em funccedilatildeo do local do empreendimento e das atividades presenccedila de espaccedilos de

conviacutevio de repouso ou de atividades particulares __ Accedilatildeo corretiva

Acessibilidade

Quadro 9 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 111

Fonte Referencial AQUA (2010)

57

O referencial natildeo apresenta o niacutevel de avaliaccedilatildeo do item QI 111 pois se

trata de um item obrigatoacuterio

O EV ainda natildeo atende alguns requisitos exigidos pela a ABNTNBR

90502004 Seguem alguns pontos da normativa para accedilotildees corretivas

Item 6711 - Os corrimatildeos devem ser instalados em ambos os lados

dos degraus isolados das escadas fixas e das rampas

Item 55 - Sinalizaccedilatildeo visual

Item 724 ndash Barra de apoio em sanitaacuterio

Item 7314 - Bacia com altura inferior

Item 7362 ndash Lavatoacuterios suspensos

Quanto o acesso ao mezanino entende-se que as mesmas atividades

podem ser desenvolvidas no piso teacuterreo natildeo necessitando de adaptaccedilatildeo para

acesso ao mezanino

Categoria 2 ndash Escolha integrada de produtos sistemas e processos

construtivos

O texto informado na QI da categoria 2 (paacuteginas 8 e 9 de 29) eacute o mesmo

descrito na CQI (paacuteginas 3 e 4 de 26) necessitando de revisatildeo

2 Avaliaccedilatildeo

QI 21 Assegurar a facilidade de acesso para a conservaccedilatildeo do edifiacutecio Atende

QI 22

Inventaacuterio das informaccedilotildees conhecidas a respeito dos produtos de construccedilatildeo presentes no

empreendimento Atende

Escolha integrada de produtos sistema e processos construtivos

Quadro 10 ndash Avaliaccedilatildeo categoria 2 - QI

Fonte Referencial AQUA (2010)

2 Avaliaccedilatildeo

MQI 21 Consideraccedilatildeo da adaptabilidade durante as atividades de renovaccedilatildeo Atende

MQI 22 Consideraccedilatildeo da durabilidade durante as atividades de renovaccedilatildeo Atende

MQI 23

Consideraccedilatildeo da facilidade de conservaccedilatildeo e da limitaccedilatildeo dos impactos ambientais das rotinas

de conservaccedilatildeo durante a renovaccedilatildeo dos revestimentos internos Atende

MQI 24 Consideraccedilatildeo do impacto ambiental na renovaccedilatildeo dos revestimentos internos Atende

MQI 25 Responsabilidade no uso da madeira nas atividades de renovaccedilatildeo Atende

MQI 26

Consideraccedilatildeo do impacto sanitaacuterio relativo agrave qualidade do ar interno na renovaccedilatildeo dos

revestimentos internos Atende

Escolha integrada de produtos sistema e processos construtivos

Quadro 11 ndash Avaliaccedilatildeo categoria 2 - MQI

Fonte Referencial AQUA (2010)

58

Criteacuterios avaliados no item QI 22

QI 22 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo

A situaccedilatildeo atual em termos de conhecimento dos impactos ambientais na escala do

empreendimento e sobre sua vida uacutetil considerando o uso de recursos renovaacuteveis a

incorporaccedilatildeo de resiacuteduos ou material reciclado como mateacuteria-prima o consumo de

recursos naturais a desmontabilidade e a possibilidade de reuso reciclagem a

geraccedilatildeo de resiacuteduos e na medida do possiacutevel a emissatildeo de gases contribuintes para

o EE n(efeito estufa) e a destruiccedilatildeo da camada de ozocircnio

A situaccedilatildeo atual em termos de conhecimento das emissotildees de COV e formaldeiacutedos

Valorizaccedilatildeo do

conhecimento da

contribuiccedilatildeo dos

produtos de

construccedilatildeo aos

impactos

ambientais e

sanitaacuterios do

empreendimento

Conhecimento dos impactos ambientais de 50 dos elementos da famiacutelia de produtos

de obra limpa na escala do empreendimento e sobre sua vida uacutetil considerando o

consumo de recursos naturais a desmontabilidade e a possibilidade de reuso

reciclagem a geraccedilatildeo de resiacuteduos

E 2 Atende

Conhecimento dos impactos ambientais de 50 dos elementos da famiacutelia de produtos

de obra limpa na escala do empreendimento e sobre sua vida uacutetil considerando o

consumo de recursos naturais a desmontabilidade e a possibilidade de reuso

reciclagem a geraccedilatildeo de resiacuteduos

E 2 Atende

Idem acima e conhecimento dos impactos ambientais de 50 dos elementos da famiacutelia

de produtos de obra limpa na escala do empreendimento e sobre sua vida uacutetil

considerando o uso de recursos renovaacuteveis a incorporaccedilatildeo de resiacuteduos ou material

reciclado como mateacuteria-prima a emissatildeo de gases contribuintes para o EE e a

destruiccedilatildeo da camada de ozocircnio

E 5 Atende

Conhecimento das emissotildees de COV e formaldeiacutedos para 25 dos elementos da

famiacutelia de revestimentos internos (piso parede teto produtos de acabamento)E 2 Atende

Conhecimento das emissotildees de COV e formaldeiacutedos para 50 dos elementos da

famiacutelia de revestimentos internos (piso parede teto produtos de acabamento)E 5 Atende

A partir do

inventaacuterio de

materiais de

construccedilatildeo

(desenvolvido no

SGO) apresentar

para a famiacutelia de

produtos da obra

limpa (definidas

B

Valorizaccedilatildeo do

conhecimento da

contribuiccedilatildeo dos

produtos de

construccedilatildeo aos

impactos

ambientais e

sanitaacuterios do

empreendimento

Atende

Quadro 12 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 111

Fonte Referencial AQUA (2010)

O sistema construtivo utilizado foi o Wood Frame que possibilita a

construccedilatildeo de edificaccedilotildees mais eficientes uma vez que apresenta benefiacutecios

econocircmicos e ambientais Desenvolvida a mais de 100 anos na Ameacuterica do

Norte atualmente 90 das casas suecas e canadenses e mais de 75 das

americanas utilizam esta tecnologia

Os paineacuteis de OSB utilizados no processo construtivo permitem a

concepccedilatildeo de empreendimentos de ateacute 8 pavimentos A tecnologia incorpora

alguns dispositivos para racionalizar o consumo de aacutegua e energia aleacutem disso

a seleccedilatildeo de materiais contribui a reduccedilatildeo do impacto gerado durante a fase

de implantaccedilatildeo A madeira de reflorestamento utilizada eacute material renovaacutevel

com baixo consumo energeacutetico e boa possibilidade de aproveitamento dos

resiacuteduos aleacutem de contribuir positivamente na renovaccedilatildeo do ar (GOIS

CASAGRANDE JR 2011) A montagem dos paineacuteis em faacutebrica demorou

59

apenas 12 dias depois de fabricados e transportados em 5 dias foi possiacutevel

montar a estrutura do EV in loco

A TecVerde foi a empresa responsaacutevel pela fabricaccedilatildeo e execuccedilatildeo de

toda obra execuccedilatildeo de projetos estruturais de montagem e detalhamento para

o sistema construtivo Possui faacutebrica na regiatildeo metropolitana de Curitiba em

Pinhais ndash PR onde realiza a produccedilatildeo das edificaccedilotildees

No caso do Escritoacuterio Verde foi executado um radier de 12cm utilizando

concreto usinado (cimento CP V-ARI Cimento Portland alta resistecircncia inicial)

sobre a base de concreto da quadra poliesportiva (Figura 17) Este

procedimento serve para ancoragem das paredes (Figura 18) e as eleva para

evitar o contato com aacutegua que eventualmente pode pairar sobre a quadra em

funccedilatildeo de uma chuva mais forte

Figura 17ndash Execuccedilatildeo do radier Figura 18ndash Ancoragem das paredes

Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011) Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011)

As paredes foram montadas com OSB em caibros de pinus tratado

(Figura 19) jaacute com a manta de PET reciclado de 75 mm (Figura 20) e manta de

pneu reciclado de 8 mm (Figura 21) para isolamento teacutermico-acuacutestico Depois

de erguidas no local da obra receberam os acabamentos da empresa LP

Brasil sendo que no lado externo foi aplicada uma membrana hidroacutefuga

utilizada como barreira de vapor satildeo peliacuteculas que visam evitar que a aacutegua da

chuva e a umidade interna penetrem na parede protegendo a estrutura e

aumentando sua durabilidade finalizando com painel Smartside e Siding

60

Vinilico (Figura 22 e 23) aleacutem do painel TechShield (Figura 25) para base do

telhado

Figura 19 - Modelo construtivo wood frame

Fonte DOMUS STUDIO ARQUITETURA (2011)

Figura 20 - Manta de PET reciclado Figura 21- Manta de pneu reciclado

Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011) Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011)

A latilde de PET e a manta de pneu (Figuras 20 e 21) foram usadas como

isolantes termoacuacutestico no Escritoacuterio Verde e satildeo 100 reciclaacuteveis Aleacutem do

fato da latilde natildeo causar coceira dispensa o uso de EPIrsquos (como no caso da latilde de

vidro) e eacute um produto natildeo canceriacutegeno antialeacutergico No entanto a manta de

pneu natildeo haacute informaccedilotildees suficientes sobre a toxidade da fumaccedila emitida

quando em processo de combustatildeo

61

Figura 22 - Painel Smartside

Fonte LP BRASIL (2012)

Figura 23 - Siding Vinilico

Fonte Escritoacuterio Verde Online (2012)

Figura 24 - Painel TechShield

Fonte LP BRASIL (2012)

62

Os paineacuteis SmartSide foram desenvolvidos exclusivamente para uso

como revestimentos externos e internos de paredes Possuem tripla funccedilatildeo

pois aleacutem de revestir e vedar as paredes tambeacutem auxiliam no

contraventamento da estrutura Satildeo protegidos contra o ataque de cupins e a

degradaccedilatildeo de fungos e recebem como revestimento uma peliacutecula que confere

ao produto aparecircncia da madeira natural O produto anti-cupim que tem Borato

de Zinco como base confere uma garantia de 20 anos por parte da empresa

No Escritoacuterio Verde foi usado o modelo Painel H (painel com ranhuras

horizontais) de largura 122 m comprimento 488 m espessura 111 mm e

ranhuras a cada 200 mm

Os paineacuteis TechShield satildeo paineacuteis de OSB revestidos em uma das faces

com foil de alumiacutenio que garante uma menor absorccedilatildeo do calor proveniente

dos raios solares O TechShield pode ser aplicado sobre telhados ou em

paredes melhorando o desempenho teacutermico das construccedilotildees pois reflete 97

da radiaccedilatildeo solar reduz em ateacute 10 a temperatura do aacutetico ou soacutetatildeo e otimiza

a matildeo de obra jaacute que tem incorporado o foil de alumiacutenio Eacute fabricado no

formato de 120 x 240 m e espessura de 111 mm

Internamente foram aplicados o painel Decowall e placa cimentiacutecia

(Figuras 25 e 26) Outros produtos da LP Brasil empregados no projeto foram

as Vigas I (Figuras 27 e 28) e as telhas Shingle (Figura 29)

Figura 25 ndash Painel Decowall Figura 26 ndash Placa cimentiacutecia

Fonte LP BRASIL (2012) Fonte PlacLux (2012)

63

Figura 27 ndash Vigas I Figura 28 ndash Passagem da tubulaccedilatildeo na viga I

Fonte LP BRASIL (2012) Fonte LP BRASIL (2012)

As vigas I forma utilizadas na estrutura da cobertura e laje do mezanino

satildeo leves riacutegidas e de alta resistecircncia projetadas para suportar grandes

cargas permitindo a aplicaccedilatildeo em grandes vatildeos com resistecircncia uniforme e

constante sem que haja flambagem ou torccedilotildees em sua estrutura melhorando

a qualidade e solidez de pisos e forros Possui altura de 241 cm largura de

63 cm comprimento de 119 cm e peso de 403 kg

Figura 29 - Modelo construtivo da cobertura em wood frame

Fonte LP BRASIL (2012)

A LP Telha Shingle eacute composta por uma manta de fibra de vidro saturada

em asfalto e gracircnulos ceracircmicos sendo quatro vezes mais leve que outras

64

telhas Eacute resistente a ventos de ateacute 100 kmh Possui excelente resistecircncia

mecacircnica e suas dimensotildees satildeo 336 x 1000 mm O sistema foi composto por

estrutura de madeira contraventada por paineacuteis LP OSB Home Plus estrutural

que servem de base para a aplicaccedilatildeo da LP Subcobertura e da LP Telha

Shingle A LP Subcobertura protege e garante a estanqueidade da cobertura

O projeto do Escritoacuterio Verde estabeleceu parceria com a empresa MADO

de Satildeo Paulo para fabricar todas as janelas com vidro duplo em madeira lyptus

reflorestada algumas com o sistema abrir e tombar (Figura 30) esse uacuteltimo

possibilita a ventilaccedilatildeo indireta podendo ser aberta mesmo em dias de chuva

sem a entrada de aacutegua Os vidros duplos das janelas foram doados pela

empresa Cebrace

Figura 30 ndash Sistema tombar para ventilaccedilatildeo indireta

Fonte MADO (2012)

No piso do teacuterreo do Escritoacuterio Verde sobre o radier foi colocado o piso

elevado da empresa REMASTER que permite todo cabeamento eleacutetrico e de

loacutegica por baixo do mesmo O piso modular e feito em polipropileno sendo

mais de 80 de material reciclado conferindo para cada peccedila uma leveza

65

maior do que os produtos similares menos de 3 kg A facilidade de manuseio

rapidez na instalaccedilatildeo e a mobilidade da soluccedilatildeo permite reaproveitamento na

mudanccedila preservando mais de 98 do seu investimento

Figura 31 ndash Piso elevado modular

Fonte REMASTER (2012)

O acabamento colocado sobre o piso elevado foi o carpete modular

reciclados e reciclaacuteveis da Interface FLOR que usa o sistema tactile (Figura 32)

que reduz o impacto ambiental dos produtos adesivos na instalaccedilatildeo do

carpete Fabricados em placas de (50 x 50 cm) unem-se entre si para criar uma

instalaccedilatildeo duraacutevel sem ter que fixar permanentemente o carpete ao piso

Possui tambeacutem capa hipoalergecircnica que evita a proliferaccedilatildeo de agentes

aleacutergicos

Figura 32 ndash Carpete modular com sistema tactile

Fonte Interface FLOR (2012)

Nas instalaccedilotildees hidrossanitaacuterias foram utilizados tubos de PVC da

empresa AMANCO para o esgoto e tambeacutem o sistema PEX (Polietileno de Alta

Densidade Reticulado) para aacutegua quente e fria nos banheiros o hydro-pex da

66

empresa EPEX Trata-se de um sistema mais econocircmico de grande

flexibilidade e facilidade na instalaccedilatildeo e alta durabilidade

Figura 33 ndash Sistema hidro-pex

Fonte EPEX (2012)

Categoria 3 ndash Canteiro com baixo impacto ambiental

3 Avaliaccedilatildeo

CQI 31 Gestatildeo de resiacuteduos de conservaccedilatildeo e manutenccedilatildeo produzidos durante as intervenccedilotildees Atende

CQI 32 Otimizar as condiccedilotildees de retirada dos resiacuteduos de conservaccedilatildeo e manutenccedilatildeo Atende

CQI 33 Otimizar a eliminaccedilatildeo dos resiacuteduos de conservaccedilatildeo e manutenccedilatildeo Atende

CQI 34 Limitar os incocircmodos causados pelas intervenccedilotildees de conservaccedilatildeo e manutenccedilatildeo Atende

Canteiro de obra com baixo impacto ambiental

Quadro 13 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI

Fonte Referencial AQUA (2010)

A categoria 3 na fase operaccedilatildeo natildeo consta na parte I do referencial (QI)

pois eacute aplicada somente quando haacute manutenccedilatildeo no edifiacutecio

O Escritoacuterio necessitou de pequenas intervenccedilotildees e grande parte dos

resiacuteduos foi aproveitada no proacuteprio canteiro e outros como embalagens

plaacutesticas ou papelatildeo foram destinados para reciclagem Mas no sistema de

gestatildeo eacute necessaacuterio prever um plano de gestatildeo de resiacuteduos da construccedilatildeo

civil

67

Categoria 4 ndash Gestatildeo de energia

4 Avaliaccedilatildeo

QI 41 Melhorar a aptidatildeo da envoltoacuteria para limitar desperdiacutecios

QI 42 Melhorar a aptidatildeo do edifiacutecio para reduzir suas necessidades energeacuteticas

QI 43

Reduzir o consumo de energia primaacuteria devido ao aquecimento resfriamento agrave iluminaccedilatildeo ao

aquecimento de aacutegua agrave ventilaccedilatildeo e aos equipamentos auxiliares Atende

QI 44 Recorrer agraves energias renovaacuteveis locais Atende

QI 45 Conhecer as poluiccedilotildees causadas pelo consumo de energia Atende

QI 46 Conhecer a influecircncia dos sistemas de controle no desempenho energeacutetico do edifiacutecio Atende

Gestatildeo de Energia

Quadro 14 ndash Avaliaccedilatildeo categoria 4 ndash QI

Fonte Referencial AQUA (2010)

4 Avaliaccedilatildeo

MQI 41 Melhoria do desempenho energeacutetico do edifiacutecio Atende

Gestatildeo de Energia

Quadro 15 ndash Avaliaccedilatildeo categoria ndash MQI

Fonte Referencial AQUA (2010)

4 Avaliaccedilatildeo

CQI 41 Desempenho global do consumo de energia Atende

CQI 42 Desempenho global das emissotildees relacionadas ao consumo de energia Atende

CQI 43 Otimizar o acompanhamento do consumo de energia Atende

CQI 44 Analisar regularmente os consumos de energia Atende

CQI 45 Instalaccedilatildeo de um serviccedilo de eficaacutecia energeacutetica Atende

CQI 46 Garantir o controle dos equipamentos frigoriacuteficos e climaacuteticos Natildeo se aplica

Gestatildeo de Energia

Quadro 16 ndash Avaliaccedilatildeo categoria ndash CQI

Fonte Referencial AQUA (2010)

Criteacuterios avaliados no item QI 44

QI 44 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo

B Atende

Exploraccedilatildeo de modalidades energeacuteticas locais de origem renovaacutevel Explicitaccedilatildeo da

porcentagem de cobertura das necessidades pelas energias locais de origem renovaacutevel

(detalhada por uso final energeacutetico) Anaacutelise e justificativa da pertinecircncia da modalidade

escolhida

E 2 Atende

- Mais de 30 do consumo de energia para o sistema de aquecimento eacute garantido por

uma EnRE 1 NA

- Mais de 10 do consumo de energia para o sistema de resfriamento eacute garantido por

uma EnRE 1 NA

- Mais de 30 do consumo de energia para o aquecimento de aacutegua eacute garantido por

uma EnRE 1 NA

- Edifiacutecio possui sistema de produccedilatildeo de energia eleacutetrica a partir de energias

renovaacuteveis garantindo uma produccedilatildeo anual de eletricidade de mais de 25kWhmsup2 de

aacuterea uacutetil em energia primaacuteria

E 1 Atende

- O edifiacutecio estaacute equipados de bombas a calor de alto desempenho E 1 NA

NA - Natildeo se aplica

Pontos

complementares

desempenho da

modalidade

explorada

Reflexatildeo sobre o uso das energias renovaacuteveis locais (EnR)

Quadro 17ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 44

Fonte Referencial AQUA (2010)

68

O EV possui dois sistemas fotovoltaicos distintos um sistema conectado agrave

rede eleacutetrica - SFCR com uma potecircncia instalada de 21 kWp (10 moacutedulos

KYOCERA de tecnologia de siliacutecio policristalino modelo KD210GXLP ligados

em seacuterie) e um inversor monofaacutesico em 220V de 2kW de potecircncia nominal

(PVPOWERED modelo PVP2000) que entrou em operaccedilatildeo em 14 de

dezembro de 2011 A aacuterea ocupada na cobertura da edificaccedilatildeo para esse

painel eacute de 15 msup2 (URBANETZ JR CASAGRANDE JR 2010)

Um SFCR eacute basicamente composto de um painel fotovoltaico que

converte a energia do sol em energia eleacutetrica em corrente contiacutenua e um

inversor que converte a corrente contiacutenua em corrente alternada com tensatildeo

e frequecircncia compatiacuteveis com a rede eleacutetrica da concessionaacuteria ao qual o

sistema estaacute interligado As principais vantagens desse tipo de sistema satildeo

elevada produtividade ausecircncia de banco de baterias e desligamento

automaacutetico no caso de falta de energia da rede (URBANETZ JR

CASAGRANDE JR 2010)

O sistema fotovoltaico isolado (SFI) eacute composto por um painel de 10

moacutedulos KYOCERA de tecnologia de siliacutecio policristalino modelo KC85T

sendo divido em dois subsistemas oito moacutedulos formam um sistema com

barramento CC em 24 V e os outros dois moacutedulos formam um sistema com

barramento CC em 12 V cada subsistema utiliza um controlador de carga do

tipo PWM alimentando um banco de baterias formado por 16 e 12 baterias

respectivamente As baterias satildeo do tipo chumbo-aacutecido para uso em sistemas

fotovoltaicos (marca PIONEIRO com 65 Ah cada) potencial ainda natildeo

utilizado (URBANETZ JR CASAGRANDE JR 2010)

Figura 34 ndash Painel fotovoltaico

Fonte Escritoacuterio Verde Online (2012)

69

O SFI eacute basicamente composto de um painel FV controlador de carga

banco de baterias e inversor Normalmente satildeo instalados em locais sem

acesso agrave rede eleacutetrica convencional mas podem tambeacutem ser utilizados para

atender cargas especiais de forma ininterrupta independente da rede eleacutetrica

da concessionaacuteria (URBANETZ JR CASAGRANDE JR 2010)

A anaacutelise do desempenho do SFCR do se baseia nos valores de energia

gerada durante estes primeiros dez meses de operaccedilatildeo e nos valores de

irradiaccedilatildeo incidentes no painel FV A partir da energia gerada e da irradiaccedilatildeo

incidente satildeo apresentados os iacutendices de meacuterito do SFCR em anaacutelise estes

iacutendices satildeo yield (produtividade) performance ratio (taxa de desempenho) e

fator de capacidade (URBANETZ JR CASAGRANDE JR 2012)

Desde a sua entrada em operaccedilatildeo em 14 de dezembro de 2011 ateacute 14 de

junho de 2012 (seis meses de operaccedilatildeo) gerou 13 MWh o que permite

projetar a geraccedilatildeo para cerca de 26 MWhano A geraccedilatildeo de energia eleacutetrica eacute

proporcional a irradiaccedilatildeo incidente no painel FV nos meses de veratildeo (maior

incidecircncia solar) haveraacute maior geraccedilatildeo de energia eleacutetrica e nos meses de

inverno (menor incidecircncia solar) haveraacute menor geraccedilatildeo A Tabela 3 apresenta

os valores de energia gerados em cada mecircs de operaccedilatildeo e a Tabela 4 a

energia diaacuteria meacutedia em cada mecircs de operaccedilatildeo (URBANETZ JR

CASAGRANDE JR 2012)

Tabela 3 ndash Energia gerada em cada mecircs de operaccedilatildeo do SFCR do EV

Fonte URBANETZ JR CASAGRANDE JR (2012)

Tabela 4 ndash Energia diaacuteria meacutedia gerada em cada mecircs de operaccedilatildeo do SFCR do EV

Fonte URBANETZ JR CASAGRANDE JR (2012)

70

Com a aprovaccedilatildeo feita pela Agecircncia Nacional de Energia Eleacutetrica

(ANEEL) do Sistema de Compensaccedilatildeo de Energia a proposta desenvolvida

pelo EV passou a ser viaacutevel economicamente O trabalho pioneiro

desenvolvido Sistema Fotovoltaico Conectado agrave Rede Eleacutetrica (SFCR) tem um

funcionamento ininterrupto limpo e silencioso

Categoria 5 ndash Gestatildeo da aacutegua

5 Avaliaccedilatildeo

QI 51 Garantir economia de aacutegua potaacutevel nos sanitaacuterios Atende

QI 52

Garantir economia de aacutegua potaacutevel para irrigaccedilatildeo dos espaccedilos verdes limpeza das aacutereas ou

outros usos Atende

QI 53 Gestatildeo das aacuteguas pluviais no local do empreendimento Atende

QI 54 Gestatildeo das aacuteguas de escoamento poluiacutedas Natildeo se aplica

QI 55 Gestatildeo das aacuteguas servidas Atende

Gestatildeo da Aacutegua

Quadro 18 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI

Fonte Referencial AQUA (2010)

5 Avaliaccedilatildeo

MQI 51 ManutenccedilatildeoMelhoria da qualidade ambiental intriacutenseca relativa agrave gestatildeo da aacutegua Atende

MQI 51 Escolha dos equipamentos durante as atividades de renovaccedilatildeo Atende

Gestatildeo da Aacutegua

Quadro 19 ndash Criteacuterios avaliados ndash MQI

Fonte Referencial AQUA (2010)

5 Avaliaccedilatildeo

CQI 51 Desempenho global do consumo de aacutegua Atende

CQI 52 Otimizar o acompanhamento do consumo d aacutegua Atende

CQI 53 Limitar o risco de vazamentos Atende

CQI 54 Analisar regularmente os consumos de aacutegua Atende

CQI 55 Otimizar a manutenccedilatildeo dos equipamentos de gestatildeo da aacutegua

CQI 56 Garantir o acompanhamento da demanda de intervenccedilotildees nas instalaccedilotildees hidraacuteulicas

Gestatildeo da Aacutegua

Quadro 20 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI

Fonte Referencial AQUA (2010)

Com relaccedilatildeo ao item 52 ndash medidas tomadas para economizar aacutegua (Quadro 21) Para realizar as mediccedilotildees de consumo de aacutegua foram instalados no escritoacuterio verde dois hidrocircmetros padratildeo SANEPAR (Companhia de saneamento do Paranaacute) Estes foram instalados em dois pontos estrateacutegicos um que apresenta o consumo total da aacutegua potaacutevel da edificaccedilatildeo denominado de hidrocircmetro 1 e outro que aponta o consumo de aacutegua da chuva hidrocircmetro 2

71

Os criteacuterios de avaliaccedilatildeo apresentados satildeo QI 52 e QI 53

QI 52 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo

na irrigaccedilatildeo dos espaccedilos verdes e ou limpeza das aacutereas E 2 Atende

nos sistemas de energia e ou nos sistemas especiacuteficos relacionados ao proacuteprio

uso do edifiacutecioE 1 NA

nos usos de balneaacuterio (tipologia hoteacuteis) E 1 NA

QI 53 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo

B Atende

20 a 40E 2 Atende

lt 20 E 5 -----

2 a 10

E 2 -----

gt 10

E 5 Atende

NA - Natildeo se aplica

Medidas tomadas

para economizar

aacutegua

Em funccedilatildeo do estudo de integraccedilatildeo do empreendimento no terreno determinaccedilatildeo do coeficiente de

impermeabilizaccedilatildeo e da vazatildeo de escoamento presentes

Coeficiente de

impermeabilizaccedilatildeo

presente (para local

pouco urbanizado)

Percentual de

melhoria do

coeficiente de

impermeabilizaccedilatildeo

em relaccedilatildeo agrave

situaccedilatildeo anterior agrave

construccedilatildeo do

empreendimento

(para local

Quadro 21 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 52 e 53

Fonte Referencial AQUA (2010)

O Quadro 22 apresenta as fontes consumidoras existentes no escritoacuterio

foram efetuadas mediccedilotildees em dois pontos de consumo um apresenta a

quantidade de aacutegua potaacutevel consumida e o outro o volume de aacutegua utilizada

pelo sistema de captaccedilatildeo de aacutegua da chuva em pouco mais de 100 msup2 de

telhados respectivamente apresentados nas Tabelas 5 e 6 Os hidrocircmetros

foram instalados no dia 22 de marccedilo sendo que nesta data a leitura eacute igual a

zero Conforme dados da SANEPAR o valor de consumo diaacuterio de aacutegua

potaacutevel aplicado em edifiacutecios de escritoacuterio corresponde 50 litros de aacutegua por

pessoa Esta estimativa foi utilizada como referecircncia para comparativo dos

nuacutemeros levantados no escritoacuterio

Aacutegua Fonte consumidora Local

Potaacutevel Torneira c sensor de presenccedila cuba Copa

Potaacutevel Torneira c sensor de presenccedila lavatorio BWC - Masculino

Potaacutevel Torneira c sensor de presenccedila lavatoacuterio BWC - Feminino

Reuso Vaso sanitaacuterio BWC - Masculino

Reuso Vaso sanitaacuterio BWC - Feminino

Reuso Torneira de jardim Jardim

Reuso Sistema de irrigaccedilatildeo Jardim vertical Quadro 22 ndash fontes consumidoras de aacutegua

72

Tabela 5 ndash Consumo de aacutegua potaacutevel no EV

Fonte NOVAES(2013)

Tabela 6 ndash Consumo de aacutegua de pluvial

Fonte NOVAES (2013)

O sistema de coleta de aacutegua da chuva eacute composto por filtros alematildees de

accedilo inox WISY representados no estado do Paranaacute pela empresa Acquatech e

pela Aquastock em Satildeo Paulo A aacutegua eacute captada do telhado do bloco principal

da edificaccedilatildeo com aacuterea de 111 msup2 sendo armazenado em uma cisterna de

1500 litros da empresa ARBO (Figura 33) com tratamento ultravioleta

73

colocada sobre uma base de concreto A Figura 34 ilustra o sistema de coleta

de aacutegua pluvial

O filtro de descida tem a funccedilatildeo de descartar a sujeira do telhado e uma

boia flutuante com outro filtro para as impurezas da aacutegua Uma bomba

pressurizadora alimentada por um painel fotovoltaico de 130 W faz com que a

aacutegua chegue aos vasos sanitaacuterios a uma torneira externa e tambeacutem tem a

funccedilatildeo de irrigar o jardim vertical (Figura 35)

Figura 35 ndash Cisterna e filtros do EV Figura 36ndash Modelo de sistema de coleta de aacutegua pluvial

Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011) Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011)

74

Figura 37 ndash Jardim vertical do EV

Fonte A autora (2012)

Um dos fatores que favorece a instalaccedilatildeo de sistemas de coleta de aacutegua

com esta funccedilatildeo na cidade de Curitiba eacute o iacutendice pluviomeacutetrico da cidade que

eacute considerado satisfatoacuterio A Tabela 7 mostra as medias histoacutericas informadas

pelo SIMEPAR (Sistema meteoroloacutegico do Paranaacute)

Tabela 7 ndash Meacutedias histoacutericas - iacutendice pluviomeacutetrico

Fonte SIMEPAR (2012)

Consideraccedilatildeo quanto ao item QI 53 coeficiente de impermeabilizaccedilatildeo

Antes da construccedilatildeo do empreendimento estudado o terreno em questatildeo era

ocupado por uma quadra poliesportiva de concreto com o coeficiente de

impermeabilizaccedilatildeo de 095 (Tabela 8)

75

Tabela 8 ndash Coeficiente de impermeabilizaccedilatildeo do terreno antes da implantaccedilatildeo do EV

Aacuterea total (msup2) 4182

Aacuterea impermeaacutevel (msup2) 39882

Coeficiente impermeabilizaccedilatildeo anterior ao empreendimento 095 Fonte NOVAES (2013)

Com a implantaccedilatildeo do EV o coeficiente novamente calculado ficou em

057 pois quase todos os pisos externos satildeo permeaacuteveis e a edificaccedilatildeo possui

aproximadamente 100 msup2 de telhado verde (tabela 9)

Tabela 9 ndash Coeficiente de impermeabilizaccedilatildeo do terreno apoacutes a implantaccedilatildeo do EV

Aacuterea total (msup2) 4182

Aacutereas impermeaacuteveis (msup2)

Deck frontal 633

Concreto lateral direita 2061

Deck Fundos 3283

Concreto lateral esquerda 1944

Entrada carro 7752

Telhado (coef Minoraccedilatildeo 07) 819

Total (msup2) 23864

Coeficiente impermeabilizaccedilatildeo apoacutes o empreendimento 057

Melhoria do coeficiente de impermeabilizaccedilatildeo 40 Fonte NOVAES (2013)

Os pisos externos utilizados no EV satildeo compostos por

piso desenvolvido em borracha de pneu reciclado em formato de

lajotas (peccedilas nas medidas 45 X 45 cm) dentre suas qualidades pode-se

destacar sua flexibilidade e funcionalidade por ser drenante e antiderrapante

Figura 38 ndash Piso drenante borracha de pneu

Fonte httpwwwcacaruidoscombr (2012)

76

o plastfloor eacute um pavimento plaacutestico reciclado que estrutura o solo e

mantecircm a permeabilidade devido ao seu formato alveolar vazado podendo ser

preenchido por pedras ou grama no EV optou-se pela utilizaccedilatildeo de pedras

Figura 39 ndash Piso plast floor

Fonte httpwwwplastfloorcombr (2012)

iso tecnogran composto de agregados rochosos que passam por uma

prensagem especial para manter os espaccedilos entre os agregados e com isto

permite a drenagem da chuva entre os gratildeos aleacutem de ser antiderrapante

Figura 40 ndash Piso drenante tecnogran

Fonte httpwwwtecnograncombrespecificacaodrenantehtml (2012)

Categoria 6 ndash Gestatildeo de resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo do edifiacutecio

6 Avaliaccedilatildeo

CQI 61 Otimizar as condiccedilotildees de retirada dos resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo Atende

CQI 62 Otimizar as condiccedilotildees de retirada dos resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo Atende

CQI 63 Garantir o acompanhamento dos resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo regulamentados Atende

CQI 64 Otimizar a eliminaccedilatildeo dos resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo Atende

Gestatildeo dos residuos de uso e operaccedilatildeo do edificio

Quadro 23 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI

Fonte Referencial AQUA (2010)

77

Os coletores foram dispostos no EV da seguinte maneira

Coletor de cor marrom para resiacuteduos compostaacuteveis (resto de alimentos

entre outros)

Coletor de cor verde para reciclaacuteveis (papel papelatildeo jornal revista

plaacutesticos em geral inclusive PET latas de alumiacutenio embalagens longa vida

latas de alimentos engradados embalagens de biscoito)

Os coletores de cor cinza para natildeo reciclaacuteveis (papel higiecircnico

guardanapo sujo espelho papel de bala isopor esponjas de lavar louccedilas

esponjas de accedilo canudo carga de caneta) estatildeo dispostos na copa e nos

banheiros

O coletor menor eacute para coleta de resiacuteduos perigosos como pilhas e

baterias

O EV tambeacutem participa de dois programas na aacuterea de resiacuteduos

REZTO ndash Resiacuteduo Zero Tecnoloacutegico e Orgacircnico

Uma continuidade do Programa de Gerenciamento de Resiacuteduos do

Cacircmpus Curitiba-PGRCC que avaliou os resiacuteduos gerados pelos

departamentos da UTFPR e agora implanta os procedimentos para sua coleta

armazenamento reuso reciclagem e tratamento adequado dentro de um

plano de gestatildeo e educaccedilatildeo ambiental

ndash Tratando Resiacuteduos Eletrocircnicos e da Computaccedilatildeo

Estudar soluccedilotildees para reaproveitamento e tratamento apropriado de

computadores e equipamentos perifeacutericos defasados e sem uso que ocupam

espaccedilo na instituiccedilatildeo (diretrizes do governo federal e leis estaduais jaacute abordam

a questatildeo ndash Lei Estadual 158512008) podendo estabelecer parcerias com a

comunidadecooperativas que lidam com o problema dentro de projetos de

extensatildeo universitaacuteria

Categoria 7 ndash Manutenccedilatildeo ndash permanecircncia do desempenho ambiental

7 Avaliaccedilatildeo

QI 71 Facilitar as intervenccedilotildees de conservaccedilatildeo manutenccedilatildeo Atende

QI 72

Disponibilizar os meios necessaacuterios para o acompanhamento dos consumos de energia durante

a operaccedilatildeo e uso do edifiacutecio Atende

QI 73

Disponibilizar os meios necessaacuterios para o acompanhamento dos consumos de aacutegua durante a

operaccedilatildeo e uso do edifiacutecio Atende

QI 74

Disponibilizar os meios necessaacuterios para o fornecimento dos sistemas durante a operaccedilatildeo e uso

do edifiacutecio

Manutenccedilatildeo - Permanecircncia do desempenho ambiental

Quadro 24 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI

Fonte Referencial AQUA (2010)

78

7 Avaliaccedilatildeo

MQI 71 Escolha dos equipamentos durante as atividades de renovaccedilatildeo

Manutenccedilatildeo - Permanecircncia do desempenho ambiental

Quadro 25 ndash Criteacuterios avaliados ndash MQI

Fonte Referencial AQUA (2010)

7 Avaliaccedilatildeo

CQI 71 Gestatildeo da manutenccedilatildeo preventiva e corretiva Implantar

CQI 72 Gestatildeo das demandas de intervenccedilatildeo dos ocupantes Implantar

CQI 73 Anaacutelise da eficaacutecia da manutenccedilatildeo Implantar

CQI 74 Gestatildeo do patrimocircnio imobiliaacuterio do edifiacutecio Implantar

CQI 75 Otimizaccedilatildeo do acompanhamento dos sistemas teacutecnicos Implantar

CQI 76 Garantir a perenidade do(s) eventual(is) sistema(s) de regulagem Implantar

Manutenccedilatildeo - Permanecircncia do desempenho ambiental

Quadro 26 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI

Fonte Referencial AQUA (2010)

Criteacuterios avaliados no CQI 71

(c QAE) CQI 71 Niacutevel Pontos em E Avaliaccedilatildeo

Medidas tomadas para garantir a rastreabilidade das operaccedilotildees de manutenccedilatildeo

preventivas e corretivasB Implantar

Medidas tomadas para otimizar o acompanhamento das operaccedilotildees de manutenccedilatildeo

preventivas e corretivas acompanhamento das ordens de serviccedilo em andamento

abertura de novas ordens de serviccedilo registro das ordens de serviccedilo concluiacutedas

Presenccedila de um procedimento de acompanhamento das manutenccedilotildees preventivas e

corretivas

S Implantar

A gestatildeo da manutenccedilatildeo eacute interativa e feita por meio de uma ferramenta especiacutefica que

permite o acompanhamento contiacutenuo da ordens de serviccediloE 3 Implantar

A manutenccedilatildeo corretiva eacute possiacutevel no edifiacutecio durante 24 horas e nos 7 dias da semana

para todas as aacutereas teacutecnicasE 1 Atende

Quadro 27 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 71

Fonte Referencial AQUA (2010)

79

Categoria 8 ndash Conforto higroteacutermico

8 Avaliaccedilatildeo

QI 81

Garantir um niacutevel adequado de temperatura resultante nos espaccedilos tanto no veratildeo quanto

no inverno Atende

QI 82 Otimizar o conforto higroteacutermico tanto no inverno quanto no veratildeo Atende

QI 83

Assegurar uma velocidade de ar que natildeo prejudique o conforto tanto no inverno como no

veratildeo

QI 84 Garantir o controle da higrometria Atende

QI 85 Assegurar um nivel minimo de conforto teacutermico nos espaccedilos ventilados naturalmente Atende

Conforto Higroteacutermico

Quadro 28 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI

Fonte Referencial AQUA (2010)

8 Avaliaccedilatildeo

CQI 81 Otimizar a manutenccedilatildeo do(s) sistema(s) de aquecimento resfriamento Natildeo se aplica

CQI 82

Garantir o acompanhamento das demandas de intervenccedilatildeo para os sistemas de aquecimento

resfriamento Natildeo se aplica

CQI 83

Otimizaccedilatildeo do acompanhamento dos sistemas de aquecimento de resfriamento e do conforto

higroteacuternico Natildeo se aplica

Conforto Higroteacutermico

Quadro 29 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI

Fonte Referencial AQUA (2010)

QI 83 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo

Velocidade de ar no inverno nos espaccedilos sensiacuteveis V le 020 ms S

Velocidade de ar no inverno nos espaccedilos sensiacuteveis V le 015 ms E 2

Velocidade de ar no veratildeo nos espaccedilos sensiacuteveis V le 025 ms (para um intervalo de

referecircncia entre 25oC e 27oC) S

Velocidade de ar no veratildeo nos espaccedilos sensiacuteveis V le 022 ms (para um intervalo de

referecircncia entre 25oC e 27oC) E 2

Identificar os

espaccedilos sensiacuteveis

agrave velocidade do

ar no inverno

como no veratildeo E

velocidade

maacutexima do ar no

Quadro 30 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 83

Fonte Referencial AQUA (2010)

A Cidade de Curitiba eacute considerada a capital brasileira mais fria com

temperatura meacutedia de 164ordmC sendo que nos meses mais frios do ano junho e

julho a temperatura meacutedia no dia pode chegar a 13 ordmC

Utilizando-se o software Analysis BIO (2010) desenvolvido pelo

Laboratoacuterio de Eficiecircncia Energeacutetica em Edificaccedilotildees (LabEEE) da Universidade

Federal de Santa Catarina (UFSC) foi gerada a carta bioclimaacutetica de Curitiba

a qual mostra que 80 das temperaturas do ano satildeo consideradas

desconfortaacuteveis e destes 80 732 para o frio e apenas 684 satildeo para o

calor A Tabela 10 apresenta as mediccedilotildees durante o inverno de 2012

80

Tabela 10 ndash Mediccedilatildeo de temperatura no EV durante o inverno

Data

Temperatura

(degc) externa

meacutedia diaacuteria

Temperatura

(degc) interna EV

meacutedia diaacuteria

Diferenccedila Data

Temperatura

(degc) externa

meacutedia diaacuteria

Temperatura

(degc) interna EV

meacutedia diaacuteria

Diferenccedila

6302012 1908 2086 +178 7182012 109 1318 +228

712012 1836 2054 +218 7192012 1194 1486 +292

722012 1811 2029 +218 7202012 1302 1569 +267

732012 1849 2038 +189 7212012 1499 1639 +14

742012 1919 2098 +179 7222012 1785 1848 +063

752012 1947 2098 +151 7232012 1793 1989 +196

762012 1918 2093 +175 7242012 1983 1989 +006

772012 1414 1762 +349 7252012 1506 1765 +259

782012 1051 1451 +399 7262012 179 1876 +086

792012 1219 1453 +234 7272012 1563 1806 +244

7102012 1618 1788 +17 7282012 1597 1754 +156

7112012 1584 181 +225 7292012 1839 1919 +08

7122012 1374 1589 +215 7302012 1243 1619 +376

7132012 1072 1405 +334 7312012 1427 1532 +105

7142012 1213 147 +257 812012 1735 1845 +11

7152012 1025 128 +255 822012 1801 1974 +173

7162012 901 1189 +288 miacutenima 901 1189

7172012 1099 1261 +162 maacutexima 1983 2098

As maiores diferenccedilas meacutedias diaacuterias foram percebidas para as

temperaturas mais baixas Mostrando que o escritoacuterio verde possui um bom

desempenho em baixas temperaturas isso se deve principalmente pela funccedilatildeo

das paredes formadas por uma placa de OSB manta termo-acuacutestica e

fechamento com outra placa de OSB e a contribuiccedilatildeo do telhado verde fazendo

com que o calor natildeo se propague tatildeo rapidamente

O dia 16 de julho conforme Graacutefico 3 apresentou as temperaturas mais

baixas durante a mediccedilatildeo 901ordmC A temperatura interna neste dia mostrou

uma amplitude baixa ficando com uma meacutedia de 1189ordmC sendo que a

temperatura interna durante o periacuteodo ficou sempre acima da temperatura

externa chegando a uma diferenccedila de 42ordmC

81

Graacutefico 3 ndash Dia com temperatura meacutedia diaacuteria miacutenima

O aparelho usado para a mediccedilatildeo de temperatura foi o datalogger de

temperatura umidade e pressatildeo da Voltcraft modelo DL-180THP Com este

aparelho eacute possiacutevel programar intervalo de mediccedilatildeo (estes podem ser de 1

minuto ateacute 18 horas) data e hora de iniacutecio de registro dos dados A faixa de

operaccedilatildeo do aparelho eacute de temperaturas de -40ordmC ateacute +70ordmC e umidade

relativa de 0 ateacute 100 A precisatildeo do aparelho eacute plusmn1 degC plusmn35 rH plusmn25 hPa

Para este estudo foram utilizados intervalos de mediccedilatildeo de 5 minutos

Categoria 9 ndash Conforto acuacutestico

9 Avaliaccedilatildeo

QI 91 Identificaccedilatildeo das configuraccedilotildees acuacutesticas prioritaacuterias da operaccedilatildeo Atende

QI 92 Qualidade acuacutestica do edifiacutecio Natildeo atende

Conforto acuacutestico

Quadro 31 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI

Fonte Referencial AQUA (2010)

9 Avaliaccedilatildeo

MQI 91 Melhoria da qualidade acuacutestica do edifiacutecio Accedilatildeo corretiva

MQI 92 Consideraccedilatildeo do criteacuterio acuacutestico na renovaccedilatildeo dos revestimentos internos e dos equipamentos

Conforto acuacutestico

Quadro 32 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI

Fonte Referencial AQUA (2010)

82

9 Avaliaccedilatildeo

CQI 91 Recenseamento do uso dos espaccedilos

CQI 92 Gestatildeo da demanda dos ocupantes

CQI 93 Identificaccedilatildeo das fontes de ruiacutedo Atende

CQI 94 Classificaccedilatildeo dos espaccedilos

CQI 95 Informaccedilatildeo aos usuaacuterios do potencial acuacutestico do edifiacutecio Atende

Conforto acuacutestico

Quadro 33 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 83

Fonte Referencial AQUA (2010)

Quadro 34 ndash Criteacuterios de avaliaccedilatildeo para acuacutestica de edifiacutecios novos

Fonte Referencial AQUA (2007)

As primeiras mediccedilotildees do desempenho acuacutestico no EV foram realizadas

por Gregori (2011) Os ensaios foram realizados no periacuteodo que ainda natildeo

haviam sido instalados o piso elevado com aplicaccedilatildeo de carpete com o qual se

esperam ganhos quanto agrave atenuaccedilatildeo acuacutestica bem como a instalaccedilatildeo de

placas de vidro na regiatildeo limiacutetrofe frontal do terreno no qual se situa o

escritoacuterio sendo com essa a imposiccedilatildeo de mais uma barreira fiacutesica para os

ruiacutedos externos provenientes da via de traacutefego veicular e a instalaccedilatildeo de

elementos de oclusatildeo de frestas existentes nos batentes da porta de acesso ao

salatildeo principal Os resultados dessa primeira analise natildeo foram satisfatoacuterios

em relaccedilatildeo a exigecircncia estabelecidas no referencial AQUA O Graacutefico 4 detalha

o comparativo da atenuaccedilatildeo entre os ambientes

83

Graacutefico 4 ndash Meacutedias do niacutevel de ruiacutedo dos locais avaliados

Fonte GREGORI (2011)

No Graacutefico 4 estatildeo comparadas as meacutedias de cada local demonstrando

que os valores das meacutedias tomadas no interior do EV apresentam uma

atenuaccedilatildeo maacutexima de 3577 e miacutenima de 2226 em relaccedilatildeo agrave meacutedia dos

pontos externos ao EV A meacutedia dos pontos do tomados dentro do laboratoacuterio

demonstra que haacute atenuaccedilatildeo de ruiacutedo na construccedilatildeo convencional na ordem

de 942 em comparaccedilatildeo ao ruiacutedo medido nos pontos externos proacuteximos ao

mesmo

Na Tabela 11 eacute possiacutevel perceber que pelo valor considerado inferior o

cafeacute e o salatildeo principal se apresentam conformes quanto agrave aceitabilidade e

conforto a coordenaccedilatildeo estaacute conforme quanto agrave aceitabilidade o mezanino se

mostrou em desconformidade com ambos os paracircmetros bem como a

construccedilatildeo convencional (sala N-108) Na Tabela 12 a comparaccedilatildeo do valor

medido se daacute pela adiccedilatildeo da incerteza obtendo-se o valor considerado de

incerteza superior

84

Tabela 11 ndash Resultados obtidos (MEDICcedilAtildeO ndash INCERTEZA)

Paracircmetro

normativo

Aceitaacutevel

para

finalidade

Valor

considerado

Comparaccedilatildeo para

conforto

Comparaccedilatildeo para

aceitabilidade

Copa 40 50 408 +- 15 393conforme178 abaixo do

paracircmetro

conforme2142 abaixo

do paracircmetro

Coordenaccedilatildeo 35 45 436 +- 15 421Natildeo conforme2034

acima do paracircmetro

conforme640 abaixo do

paracircmetro

Salatildeo principal 45 65 464 +- 15 449conforme031 abaixo do

paracircmetro

conforme3098 abaixo

do paracircmetro

Mezanino 30 40 494 +- 15 479Natildeo conforme5953

acima do paracircmetro

Natildeo conforme1965

acima do paracircmetro

Construccedilatildeo

Convencional (sala N-108)40 50 62 +- 15 605

Natildeo conforme5120

acima do paracircmetro

Natildeo conforme2096

acima do paracircmetro

Resultados obtidos em dB(A)

Incerteza inferior (= MEDICcedilAtildeO - INCERTEZA)

Locais de mediccedilatildeo

Paracircmetro Normativo

Mediccedilatildeo Incerteza

Fonte GREGORI (2011)

Avaliando a Tabela 12 eacute possiacutevel perceber que pelo valor considerado

superior nenhum dos ambientes se apresentou conforme quanto ao conforto

poreacutem o cafeacute e o salatildeo principal se mantiveram conformes quanto agrave

aceitabilidade

Tabela 12 ndash Resultados obtidos (MEDICcedilAtildeO + INCERTEZA)

Paracircmetro

normativo

Aceitaacutevel

para

finalidade

Valor

considerado

Comparaccedilatildeo para

conforto

Comparaccedilatildeo para

aceitabilidade

Copa 40 50 408 +- 15 423Natildeo conforme573

acima do paracircmetro

conforme1542 abaixo

do paracircmetro

Coordenaccedilatildeo 35 45 436 +- 15 451Natildeo conforme2891

acima do paracircmetro

conforme027 acima do

paracircmetro

Salatildeo principal 45 65 464 +- 15 479Natildeo conforme636

acima do paracircmetro

conforme2637 abaixo

do paracircmetro

Mezanino 30 40 494 +- 15 509Natildeo conforme6953

acima do paracircmetro

Natildeo conforme2715

acima do paracircmetro

Construccedilatildeo

Convencional (sala N-108)40 50 62 +- 15 635

Natildeo conforme5870

acima do paracircmetro

Natildeo conforme2696

acima do paracircmetro

Locais de mediccedilatildeo

Paracircmetro NormativoResultados obtidos em dB(A)

Mediccedilatildeo Incerteza

Incerteza inferior (= MEDICcedilAtildeO + INCERTEZA)

Fonte GREGORI (2011)

No mecircs de abril de 2013 procedeu-se nova mediccedilatildeo do iacutendice de

atenuaccedilatildeo acuacutestica a ruiacutedos aeacutereos promovidos pelo invoacutelucro junto agraves janelas

Ensaios realizados sob a coordenaccedilatildeo do Profordm Dr Aloiacutesio Leoni Schmid da

Universidade Federal do Paranaacute

Inicialmente para uma verificaccedilatildeo geral foi emitido externamente a uma

das janelas e dela afastado de 20 m ruiacutedo rosa Externamente a 10 cm do

centro da janela foi medido o niacutevel de pressatildeo sonora de 975 dBA

Internamente a 10 cm do centro da janela fechada foi medido o niacutevel de

pressatildeo sonora de 705 dBA

85

Posteriormente foi aplicado o meacutetodo descrito em Fasold Sonntag e

Winkler (Bau-und Raumakustik Berlin RMuumlller 1987) que considera

mediccedilotildees em diferentes bandas e procura ajustar a curva de referecircncia

Tabela 13 - Caacutelculo do iacutendice de atenuaccedilatildeo acuacutestica R do invoacutelucro da edificaccedilatildeo

Frequecircncia ReduccedilatildeoCurva de

referecircncia

desvio

da curva

desvios

desfavoraacuteveis

curva de

referecircncia

deslocada

de 24 dB

desvios

indesejaacuteveis

da curva

deslocada

curva de

referecircncia

deslocada de

28 dB

desvios

indesejaacuteveis

da curva

deslocada

625 155

125 233 36 -127 -127 12 113 8 153

250 238 45 -212 -212 21 28 17 68

500 305 52 -215 -215 28 25 24 65

1000 263 55 -287 -287 31 -47 27 -07

2000 194 56 -366 -366 32 -126 28 -86

1207 173 93

meacutedia 2414

Meacutedia dos

negativos 346

Meacutedia dos

negativos 186

meacutedia 2414 Avaliaccedilatildeo excessivo Avaliaccedilatildeo adequado

Fonte SCHMID (2013)

O grau de isolamento acuacutestico medido foi portanto de 28 dB Estima-se

que este valor poderia ser aumentado ateacute cerca de 35 dB mediante operaccedilatildeo

de retiacutefica do encaixe das esquadrias em madeira utilizando-se ainda fitas

autoadesivas de feltro ou material apropriado de vedaccedilatildeo nas janelas O

resultado tambeacutem pode ser observado no Graacutefico 5

Graacutefico 5 ndash Iacutendice de atenuaccedilatildeo acuacutestica

Fonte SCHMID (2013)

86

A porta principal de entrada e as janelas da edificaccedilatildeo mostraram-se natildeo

estanque configurando uma condiccedilatildeo localizada que natildeo permite isolamento

acuacutestico suficiente necessitando de correccedilotildees

Durante 5 minutos contou-se na rua cerca de 200 automoacuteveis em

velocidade baixa a meacutedia O niacutevel maacuteximo de pressatildeo sonora registrado foi de

80 dBA sendo que se sabe que tal valor pode ser superado durante frenagem

ou aceleraccedilatildeo em especial de motocicletas Corresponde agrave indicaccedilatildeo de

Fasold et al (opcit p 6 Figura 311) que para um traacutefego de cerca de 2500

veiacuteculos por hora a 10m da rua (recuo frontal mais calccedilada) prevecirc 7 dB a

serem acrescidos de 6 dB devido a irregularidades da rua e mais 3 dB devido agrave

velocidade podendo superar 70 kmh o total estimado seria de 80 dBA

Tal condiccedilatildeo faz com que os 28 dB medidos possibilitem um niacutevel maacuteximo

de pressatildeo sonora de 52 dBA Isto ultrapassa os 30 dB exigidos pelo AQUA

Categoria 10 ndash Conforto visual

10 Avaliaccedilatildeo

QI 91 Dispor de acesso agrave luz do dia Atende

QI 92 Dispor de acesso a vistas para o exterior Atende

QI 93 Dispor de iluminaccedilatildeo natural miacutenima nas zonas de ocupaccedilatildeo Atende

QI 94 Evitar o ofuscamento direto ou indireto

QI 95 Garantir uma qualidade agradaacutevel da iluminaccedilatildeo artificial

QI 96 Controle do ambiente visual pelos ocupantes Atende

Conforto visual

Quadro 35 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI

Fonte Referencial AQUA (2010)

10 Avaliaccedilatildeo

CQI 101 Otimizar a manutenccedilatildeo do sistema de iluminaccedilatildeo Atende

CQI 102 Garantir o acompanhamento das demandas de intervenccedilatildeo para o sistema de iluminaccedilatildeo Atende

CQI 103 Otimizaccedilatildeo do acompanhamento do sistema de iluminaccedilatildeo Atende

Conforto visual

Quadro 36 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI

Fonte Referencial AQUA (2010)

Criteacuterio de avaliaccedilatildeo item QI 101

QI 101 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo

BAtende

Identificar os pontos focais dos espaccedilos comuns do edifiacutecio E acesso direto agrave luz

do dia garantida em cada ponto focal identificado BAtende

Dispor de acesso a luz do dia em 30 das circulaccedilotildees e ou espaccedilos abertos E 2 Atende

No caso de

edifiacutecios

comerciais

Dispor de acesso agrave luz do dia nos espaccedilos caracteriacutesticos da tipologia em questatildeo e no hall ou

recepccedilatildeo principal

Quadro 37 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI

Fonte Referencial AQUA (2010)

87

O projeto do EV privilegiou a entrada a luz natural atraveacutes de um conjunto

de janelas amplas (Figuras 39 e 40) estrategicamente posicionadas para

captaccedilatildeo de maior incidecircncia de luz natural Natildeo houve anaacutelise em relaccedilatildeo ao

ofuscamento pois apenas parte dos moacuteveis definitivos foram instalados ateacute a

finalizaccedilatildeo dessa dissertaccedilatildeo

Figura 41 ndash Vista lateral esquerda do EV

Fonte CASAGRANDE JR (2012)

Figura 42 ndash Vista lateral direita e fundos do EV

Fonte CASAGRANDE JR (2012)

O sistema luminoteacutecnico instalado no EV eacute composto por lacircmpadas LED

(light emitter diode) com dispositivo de acionamento separado por fileiras

Categoria 11 ndash Conforto olfativo

11 Avaliaccedilatildeo

QI 111 Identificar as fontes de odores e limitar a sua propagaccedilatildeo

QI 112 Garantir vazotildees de ar higiecircnicas Atende

QI 113 Garantir uma atmosfera saudaacutevel de ar nos espaccedilos com ventilaccedilatildeo mecacircnica Natildeo se aplica

Conforto olfativo

Quadro 38 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI

Fonte Referencial AQUA (2010)

88

11 Avaliaccedilatildeo

CQI 111 Otimizar a manutenccedilatildeo do sistema de ventilaccedilatildeo Natildeo se aplica

CQI 112 Garantir o acompanhamento das demandas de intervenccedilatildeo para o sistema de ventilaccedilatildeo Natildeo se aplica

Conforto olfativo

Quadro 39 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI

Fonte Referencial AQUA (2010)

QI 112 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo

B Atende

S

B

E 2

E 2

E 4 Atende

Na presenccedila de ventilaccedilatildeo mecacircnica justificativa do atendimento das vazotildees de ar novo que garantam niacuteveis

sanitaacuterios satisfatoacuterios conforme regulamentaccedilatildeo

Justificar o atendimento de vazotildees de ar novo otimizadas para as atividades dos locais (havendo ventilaccedilatildeo

mecacircnica ou natural controlada)

Presenccedila de dispositivo que permita o controle da qualidade do ar em certos espaccedilos de ocupaccedilatildeo

prolongada e quando pertinente acoplados a um sistema de alerta

Disposiccedilotildees tomadas para o fornecimento das vazotildees de ar nas zonas em que tal informaccedilatildeo seja

pertinente

Presenccedila de um sistema de ventilaccedilatildeo especiacutefico natural ou mecacircnico inclusive a simples abertura manual

de janelasA ventilaccedilatildeo natural pela simples abertura de janelas eacute autorizada

Presenccedila de um sistema de ventilaccedilatildeo especiacutefico natural ou mecacircnico aleacutem da simples abertura manual de

janelas A ventilaccedilatildeo natural pela simples abertura de janelas natildeo eacute mais considerada Se a ventilaccedilatildeo

natural eacute desejada a qual natildeo possa ser controlada um complemento de ventilaccedilatildeo mecacircnica deve ser

previsto

Quadro 40 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 112

Fonte Referencial AQUA (2010)

A arquitetura bioclimaacutetica do EV favorece muito as trocas de ar atraveacutes da

ventilaccedilatildeo cruzada e do ldquoEfeito chamineacuterdquo proporcionando atraveacutes da diferenccedila

de temperatura e por conseguinte de densidade entre o ar externo e o ar

interno do edifiacutecio A Figura 41 demonstra o efeito citado

Figura 43 ndash Efeito chamineacute

Fonte LAMBERTS (2004)

89

Categoria 12 ndash Qualidade sanitaacuteria dos ambientes

12 Avaliaccedilatildeo

QI 121 Identificar as fontes de exposiccedilatildeo eletromagneacutetica

QI 122 Garantia de condiccedilotildees de higiene especiacuteficas nos espaccedilos Atende

QI 123 Inventaacuterio do conhecimento relativo agrave qualidade higiecircnica dos revestimentos internos

Qualidade sanitaacuteria dos ambientes

Quadro 41 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI

Fonte Referencial AQUA (2010)

12 Avaliaccedilatildeo

MQI 121 Melhoria da qualidade higiecircnica dos revestimentos internos

Qualidade sanitaacuteria dos ambientes

Quadro 42 ndash Criteacuterios avaliados ndash MQI

Fonte Referencial AQUA (2010)

12 Avaliaccedilatildeo

CQI 121 Garantir uma limpeza adaptada aos espaccedilos interiores Atende

CQI 122 Otimizar as condiccedilotildees de conservaccedilatildeo dos ambientes interiores Atende

Qualidade sanitaacuteria dos ambientes

Quadro 43 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI

Fonte Referencial AQUA (2010)

QI 121 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo

provenientes do entorno imediato B

provenientes do entorno imediato e proacuteprias do edifiacutecio S

Para as fontes - energia e fontes

telecomunicaccedilotildees Identificaccedilatildeo das

fontes emissoras de ondas

eletromagneacuteticas de baixa frequumlecircncia

e das fontes de radiofrequecircncia

Quadro 44 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 121

Fonte Referencial AQUA (2010)

O escritoacuterio estaacute inserido no centro urbano estando suscetiacutevel a vaacuterios

campos eletromagneacuteticos poreacutem para identificaccedilatildeo dos pontos criacuteticos faz se

necessaacuterio um estudo especiacutefico

A audiecircncia puacuteblica realizada em marccedilo de 2013 no Supremo Tribunal

Federal (STF) reuniu 21 especialistas para debater sobre os efeitos dos

campos eletromagneacuteticos sobre a sauacutede puacuteblica e o meio ambiente

Resultados de um estudo apresentados pelo pesquisador do Cepel (Centro de

Pesquisa de Energias Eleacutetricas da Eletrobraacutes) Engordm Luiz Adriano Domingues

comprovam que as linhas de transmissatildeo e distribuiccedilatildeo de energia natildeo satildeo a

principal exposiccedilatildeo a campos eletromagneacuteticos na vida cotidiana Segundo ele

os dados resultantes de mediccedilotildees feitas em residecircncias foram constatados os

maiores valores de campo eletromagneacutetico em funccedilatildeo dos vaacuterios

90

equipamentos que satildeo utilizados no dia a dia como secador liquidificador

raacutedio e TV (STF 2013)

Categoria 13 ndash Qualidade sanitaacuteria do ar

13 Avaliaccedilatildeo

QI 131 Identificar as fontes de poluiccedilatildeo interna e externa e limitar seus efeitos Atende

QI 132 Garantir vazotildees de ar novo Atende

QI 133 Garantir uma atmosfera saudaacutevel de ar nos espaccedilos com ventilaccedilatildeo mecacircnica Natildeo se aplica

QI 134 Inventaacuterio do conhecimento do impacto sanitaacuterio dos revestimentos internos do edifiacutecio Sem accedilatildeo

Qualidade sanitaacuteria do ar

Quadro 45 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI

Fonte Referencial AQUA (2010)

13 Avaliaccedilatildeo

MQI 131 Melhoria da qualidade sanitaacuteria dos revestimentos internos

Qualidade sanitaacuteria do ar

Quadro 46 ndash Criteacuterios avaliados ndash MQI

Fonte Referencial AQUA (2010)

13 Avaliaccedilatildeo

CQI 131 Garantir o controle das instalaccedilotildees de aeraccedilatildeo e saneamento Atende

CQI 132 Garantir a supervisatildeo dos filtros das centrais de tratamento de ar e das redes Atende

CQI 133 Garantir o controle dos poluentes submetidos agrave regulamentaccedilatildeo (em caso de risco identificado) Atende

CQI 134 Acompanhamento perioacutedico da qualidade do ar interior Atende

CQI 135 Acompanhamento global das accedilotildees realizadas e da qualidade sanitaacuteria do ar Atende

Qualidade sanitaacuteria do ar

Quadro 47 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI

Fonte Referencial AQUA (2010)

91

MQI 131 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo

Garantia que os produtos natildeo desprendam partiacuteculas e fibras carcinogecircnicas B

Teores de COV conhecidos para pinturas e vernizes de interiores B Atende

Conhecimento bruto das emissotildees de COV e formaldeiacutedos dos revestimentos

internos renovadosE 2

Conhecimento bruto das emissotildees de substacircncias canceriacutegenas ou causadores

de efeitos geneacuteticos hereditaacuterios ou causadores de impotecircncia reprodutiva que

tenham sido intencionalmente introduzidas no processo de fabricaccedilatildeo ou

naturalmente presentes nas mateacuterias primas utilizadas nos produtos

renovados presentes em mais de 01 em massa e suscetiacuteveis de migraccedilatildeo

E 2

Piso 1000 e Parede 1000 E 1

Piso 250 e Parede 500 E 2

Piso 625 e Parede 125 E 1

Piso e parede 40 E 2

Piso e parede 20 E 3

Piso e parede 10 E 4

5 E 1

25 E 2

1 E 2

E 2 AtendeConsideraccedilatildeo do criteacuterio sanitaacuterio (emissotildees de COV e fomaldeiacutedos) na escolha dos revestimentos

internos renovados

Nas ocasiotildees de renovaccedilatildeo dos revestimentos internos (pisos paredes tetos materiais de

acabamento) o conjunto de cada produto renovado constituinte das superfiacutecies pisoparedeteto em

contato com o ar interno respeita os limites seguintes em microgm3

Taxa de COV piso e

paredes

Formaldeiacutedos piso

e paredes

Canceriacutegenos ou

substacircncias

causadoras de

efeitos geneacuteticos

hereditaacuterios ou

causadoras de

impotecircncia

reprodutiva o

conjunto de

produtos

constituintes das

Na ocasiatildeo de

renovaccedilatildeo de

revestimentos

internos (pisos

paredes tetos

materiais de

acabamento)

Quadro 48 ndash Criteacuterios avaliados ndash MQI 131

Fonte Referencial AQUA (2010)

A escolha dos materiais foi bastante criteriosa quanto ao teor de COV

(compostos orgacircnicos volaacuteteis) e formaldeiacutedo No entanto sabe-se que a

rastreabilidade na utilizaccedilatildeo desses produtos no Brasil ainda eacute insipiente Um

grande avanccedilo no setor da construccedilatildeo civil eacute a avaliaccedilatildeo RGMAT (RG ou

registro ambiental do produto) lanccedilado pela Fundaccedilatildeo Vanzolini com o objetivo

de demonstrar o desempenho ambiental dos materiais de construccedilatildeo por meio

da declaraccedilatildeo ambiental de produto baseado na avaliaccedilatildeo do ciclo de vida

que inclui o consumo de recursos naturais energia aacutegua emissatildeo de gases

na atmosfera de resiacuteduos soacutelidos e liacutequidos ou substacircncias toacutexicas podendo

abranger desde a extraccedilatildeo mineral produccedilatildeo transporte montagem

utilizaccedilatildeo manutenccedilatildeo e desconstruccedilatildeo ateacute a reutilizaccedilatildeo ou a reciclagem

(VANZOLINI 2013)

92

Categoria 14 ndash Qualidade sanitaacuteria da aacutegua

14 Avaliaccedilatildeo

QI 141 Eliminar o chumbo nas redes internas

QI 142 Organizaccedilatildeo e proteccedilatildeo das redes internas Atende

QI 143 Controle da temperatura nas redes internas Atende

Qualidade sanitaacuteria da aacutegua

Quadro 49 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI

Fonte Referencial AQUA (2010)

14 Avaliaccedilatildeo

CQI 141

Limitar os riscos de desenvolvimento das legionelas por meio de meacutetodos de conservaccedilatildeo

preventivos das redes de aacutegua quente e de anaacutelises da aacutegua Natildeo se aplica

CQI 142 Limitar o risco de desenvolvimento de legionelas por meio do controle das temperaturas Natildeo se aplica

CQI 143 Supervisionar a qualidade da aacutegua nos pontos de uso Atende

CQI 144 Acompanhamento das accedilotildees realizadas e da qualidade da aacutegua do edifiacutecio Atende

Qualidade sanitaacuteria da aacutegua

Quadro 50 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI

Fonte Referencial AQUA (2010)

QI 141 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo

B

SJustificar o respeito ao iacutendice de 10 microglitro

Justificar a ausecircncia de chumbo nas redes internas OU justificar o respeito ao iacutendice de 25 microglitro No

caso de ultrapassagem deste iacutendice adoccedilatildeo de medidas corretivas para reduzir a sua dissoluccedilatildeo na

aacutegua

Quadro 51 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 141

Fonte Referencial AQUA (2010)

Os tubos da instalaccedilatildeo hidraacuteulica do EV satildeo apenas em PVC e PEX

(Polietileno de alta densidade reticulado)

513 QAP ndash Qualidade Ambiental das Praacuteticas

O QAP eacute dividido em 3 partes QAP compras QAP comunicaccedilatildeo e QAP

gestatildeo aos quais satildeo atribuiacutedas pontuaccedilotildees conforme Quadro 52

93

QAP COMPRAS - MAacuteXIMO 28 PONTOS PONTOS

Escolha de produtos ou equipamentos (dentre os mais impactantes) que garantam uma

economia de energia ou de aacutegua ou que tenham limitado o impacto acuacutestico em relaccedilatildeo aos

produtos e equipamentos convencionais (um ponto por famiacutelia de produto ou equipamento)

1- 4

Escolha de produtos de conservaccedilatildeo e limpeza (dentre os mais impactantes e empregados na

conservaccedilatildeo e limpeza dos espaccedilos pertencentes ao periacutemetro da certificaccedilatildeo) que respeitem o

meio ambiente e a sauacutede dos ocupantes (dois pontos obtidos por produto de conservaccedilatildeo e

limpeza)

2- 6

QAP COMUNICACcedilAtildeO - MAacuteXIMO 22 PONTOS PONTOS

boas praacuteticas no consumo de energia 1

boas praacuteticas no consumo de aacutegua 1

reduccedilatildeo de resiacuteduos nas fontes geradoras e realizaccedilatildeo de triagem 1

poliacutetica de compras 1

QAP GESTAtildeO - MAacuteXIMO 44 PONTOS PONTOS

Praacuteticas adotadas com a finalidade de reduzir o consumo de energia nos espaccedilos pertencentes

ao periacutemetro da certificaccedilatildeo (um ponto por praacutetica adotada)1 - 5

Favorecer as energias renovaacuteveis nas escolhas de fornecimento de energia primaacuteria por meio de

um contrato com um produtor de energia3

Praacuteticas adotadas com a finalidade de reduzir o consumo de aacutegua nos espaccedilos pertencentes ao

periacutemetro da certificaccedilatildeo (um ponto por praacutetica adotada)1 - 3

Praacuteticas adotadas nos espaccedilos pertencentes ao periacutemetro da certificaccedilatildeo com a finalidade de

reduzir a produccedilatildeo de resiacuteduos na fonte a partir das atividades desenvolvidas nestes locais e de

sua conservaccedilatildeo (um ponto por praacutetica adotada)

1 - 3

RESIacuteDUOS

ENERGIA

PRODUTOS DE CONSERVACcedilAtildeO E LIMPEZA

Utilizaccedilatildeo de meios de comunicaccedilatildeo (murais cartazes manuais portais eletrocircnicos etc) adequados a fim de

sensibilizar os ocupantes do edifiacutecio para as questotildees seguintes

AacuteGUA

MATERIAL ELEacuteTRICO

Quadro 52 ndash Criteacuterios avaliados em QAP

Fonte Referencial AQUA (2010)

O EV participa do projeto ldquoCompra verderdquo com o objetivo de Implantar

poliacuteticas de compras sustentaacuteveis para a instituiccedilatildeo incluindo nos editais

requisitos ambientais especiacuteficos dependendo de cada material e equipamento

Todos os alunos e frequentadores do escritoacuterio vivenciam as praacuteticas

sustentaacuteveis no cotidiano pois a edificaccedilatildeo funciona como um ldquolaboratoacuterio

vivordquo palco para desenvolvimento de estudos cursos eventos como a semana

do meio ambiente programados para recepcionar todos da comunidade que se

interessarem pelo assunto sustentabilidade

94

6 CONCLUSOtildeES

Considerando os objetivos iniciais deste trabalho tendo como princiacutepio a

avaliaccedilatildeo do referencial teacutecnico AQUA de operaccedilatildeo e uso e sua aplicaccedilatildeo no

estudo de caso do escritoacuterio verde da UTFPR no que se refere ao desempenho

ambiental da edificaccedilatildeo seguem algumas conclusotildees

Um item fundamental que precisa ser verificado no referencial teacutecnico eacute a

forma de avaliaccedilatildeo para a fase operaccedilatildeo e uso pois natildeo estaacute clara Outra

dificuldade encontrada foi em relaccedilatildeo a estruturaccedilatildeo das categorias e

subcategorias com as respectivas avaliaccedilotildees por exemplo a duplicaccedilatildeo do

item QI na CQI da categoria 2 algumas trocas de nome da categoria entre

outros

Apoacutes anaacutelise dos dois referenciais percebeu-se melhor qualidade no

detalhamento das informaccedilotildees no referencial destinado a fase de programa

projeto e execuccedilatildeo o que facilita muito o entendimento do leitor

Alguns caacutelculos solicitados por exemplo o caacutelculo da envoltoacuteria da

categoria energia

QI 41 Criteacuterios avaliados Niacutevel

Explicitaccedilatildeo do valor absoluto do coeficiente de Transmitacircncia Teacutermica ponderada da

envoltoacuteria Uedif (Wm2K)

Uedif lt Uedif-base + 40

B

Melhorar a aptidatildeo da

envoltoacuteria para limitar

desperdiacutecios

Quadro 53 ndash Criteacuterios avaliados em QI 41

Fonte Referencial AQUA (2010)

Calcula-se o Uedif mas o referencial natildeo informa o valor ldquobaserdquo podendo

ser utilizado qualquer valor desde que referenciado que obtenha um resultado

menor que o coeficiente de transmitacircncia teacutermica da envoltoacuteria do edifiacutecio

(Uedif) Isso ocorre tambeacutem nos caacutelculos de coeficiente de consumo

convencional de energia primaacuteria solicitando que o mesmo seja comparado

com o coeficiente de consumo convencional de energia primaacuteria de referecircncia

mas a informaccedilatildeo desse valor referencia natildeo eacute apresentado nem mesmo os

admissiacuteveis

Entende-se que os coeficientes ou bases referenciais de alguns caacutelculos

precisam ser regionais mas eacute relevante que o AQUA estabeleccedila um limite de

95

variaccedilatildeo desses dados evitando que utilizem valores que natildeo satildeo referecircncias

no intuito de possuir resultados positivos que facilitem a certificaccedilatildeo

Os itens QI 121 e QMI 131QI 22 fontes eletromagneacuteticas e teor de

COV e formaldeiacutedo nos materiais sabe-se que os estudos nessa aacuterea no paiacutes

ainda satildeo incipientes dificultando a avaliaccedilatildeo tanto do empreendedor no

momento da compra quanto da proacutepria Fundaccedilatildeo Vanzolini na auditoria

Vale salientar que mesmo o referencial de operaccedilatildeo e uso natildeo estando

oficialmente disponiacutevel na paacutegina da Fundaccedilatildeo Vanzolini jaacute existem alguns

edifiacutecio certificados nesta etapa como algumas unidades da loja Leroy Merlyn

As sugestotildees apresentadas neste trabalho satildeo apenas no sentido de colaborar

na construccedilatildeo deste referencial

Quanto ao Escritoacuterio Verde identificou-se a necessidade de accedilotildees

corretivas bem como melhorias a serem implantadas para atender alguns

requisitos do referencial AQUA Quanto ao perfil ambiental preacute-estabelecido no

iniacutecio do estudo de caso conclui-se que

Categoria 1 Relaccedilatildeo do edifiacutecio com o seu entorno - niacutevel superior ndash

classificaccedilatildeo mantida necessitando de adequaccedilotildees quanto agrave acessibilidade

Categoria 2 Escolha integrada de produtos sistemas e processos

construtivos - niacutevel excelente - classificaccedilatildeo poderaacute sofrer alteraccedilotildees Diante

da avaliaccedilatildeo do AQUA no que se refere o conhecimento sobre a vida uacutetil e teor

de COV e formaldeiacutedo dos materiais empregados na construccedilatildeo pois a

maioria dos fabricantes natildeo disponibilizam essas informaccedilotildees A maioria dos

materiais utilizados no EV satildeo inovaccedilotildees no mercado da construccedilatildeo civil por

isso pouco se conhece sobre os impactos ambientais quanto agrave vida uacutetil

demonstrabilidade reciclagem emissatildeo de gases contribuintes para o efeito

estufa entre outros Assim a melhor compreensatildeo do desempenho desses

produtos soacute eacute durante o processo de gestatildeo da edificaccedilatildeo por meio de rotinas

Categoria 3 Canteiro de obras com baixo impacto ambiental - niacutevel

excelente ndash classificaccedilatildeo mantida Aleacutem da elaboraccedilatildeo de plano de gestatildeo dos

resiacuteduos da construccedilatildeo civil (PGRCC) os sistemas construtivos utilizados no

EV contribuem significantemente com a minimizaccedilatildeo do impacto no canteiro de

obra

Categoria 4 Gestatildeo da energia - niacutevel excelente ndash classificaccedilatildeo mantida

o desempenho do sistema se mostrou satisfatoacuterio demonstrando eficiecircncia na

96

geraccedilatildeo de energia E para melhor controle do desempenho desse sistema

estaacute em desenvolvimento o projeto de automaccedilatildeo disponibilizando dados em

tempo real via WEB de toda geraccedilatildeo e consumo de energia

Categoria 5 Gestatildeo da aacutegua - niacutevel excelente ndash classificaccedilatildeo mantida no

entanto para melhor controle do desempenho de captaccedilatildeo e consumo de aacutegua

potaacutevel e pluvial haacute necessidade de investir em equipamentos que facilitem a

coleta de dados

Categoria 6 Gestatildeo dos resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo do edifiacutecio - niacutevel

excelente ndash classificaccedilatildeo mantida os programas desenvolvidos no EV

ultrapassam os limites fiacutesicos do edifiacutecio contribuindo com a gestatildeo do campus

universitaacuterio

Categoria 7 Manutenccedilatildeo - permanecircncia do desempenho ambiental - niacutevel

excelente Classificaccedilatildeo depende do funcionamento do SGO pois qualquer

sistema de gestatildeo demora algum tempo para ser implantado muitas vezes

anos

Categoria 8 Conforto higroteacutermico - niacutevel bom ndash classificaccedilatildeo mantida

pois natildeo haacute sistema de ventilaccedilatildeo mecacircnica no EV

Categoria 9 Conforto acuacutestico - niacutevel excelente ndash classificaccedilatildeo natildeo

alcanccedilada necessitando de accedilotildees corretivas para atingir o niacutevel miacutenimo bom

Categoria 10 Conforto visual - niacutevel bom ndash classificaccedilatildeo mantida

podendo melhorar para superior com a constataccedilatildeo de um resultado positivo

em relaccedilatildeo ao ofuscamento

Categoria 11 Conforto olfativo - niacutevel superior ndash classificaccedilatildeo natildeo

alcanccedilada pois natildeo sistema de ventilaccedilatildeo mecacircnico Categoria rebaixada para

niacutevel bom

Categoria 12 Qualidade sanitaacuteria do ambiente - niacutevel superior ndash

classificaccedilatildeo natildeo alcanccedilada pois natildeo houve aprofundamento sobre as fontes

de campos eletromagneacuteticos

Categoria 13 Qualidade sanitaacuteria do ar - niacutevel bom ndash classificaccedilatildeo

mantida atende a legislaccedilatildeo vigente

Categoria 14 Qualidade sanitaacuteria da aacutegua - niacutevel Bom ndash classificaccedilatildeo

mantida faltando definir rotina para controle de qualidade da aacutegua captada

pelo sistema de coleta pluvial

97

A uacuteltima parte do referencial QAP compras atende a pontuaccedilatildeo maacutexima

QAP comunicaccedilatildeo atende a pontuaccedilatildeo maacutexima e QAP gestatildeo tem potencial

para alcanccedilar a pontuaccedilatildeo maacutexima

Para finalizar observou-se que o SGO permeia todo referencial sendo de

fato a ldquocoluna vertebralrdquo da certificaccedilatildeo e eacute a ferramenta que iraacute garantir um

bom desempenho ambiental da edificaccedilatildeo durante sua vida uacutetil

Os resultados apresentados representam apenas uma parte dos criteacuterios

exigidos no referencial O relatoacuterio completo da avaliaccedilatildeo seraacute encaminhado

para a Fundaccedilatildeo Vanzolini para iniciar o processo de certificaccedilatildeo do EV

SUGESTOtildeES PARA TRABALHOS FUTUROS

Como proposta para trabalhos futuros sugere-se

pesquisa sobre potenciais fontes de exposiccedilatildeo eletromagneacuteticas

elaboraccedilatildeo de manual de boas praacuteticas de uso e operaccedilatildeo do EV

avaliaccedilatildeo do sistema de gestatildeo de operaccedilatildeo utilizado no EV

98

REFEREcircNCIAS

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104

ANEXO 1

Projeto arquitetocircnico do Escritoacuterio Verde da UTFPR

105

ANEXO 2

EnergiaMaterias

primasAacutegua Ar Aacutegua Solo Ruiacutedos Odores

Local e construccedilatildeo

1 Relaccedilatildeo do edifiacutecio com o seu entorno

11 Consideraccedilatildeo do contexto F

12 Implantaccedilatildeo no terreno F F

2 Escolha integrada de produtos sistemas e processos construtivos

21 Adaptabilidade e durabilidade do edifiacutecio F

22 Escolhas de processos construtivos F F

23 Escolhas de produtos de construccedilatildeo F F

24 Fim de vida do edifiacutecio desconstrutibilidade reciclabilidade F F

3 Canteiro de obras

31 Produccedilatildeo de resiacuteduos identificaccedilatildeo gestatildeo dos resiacuteduos F

32 Incocircmodos e poluiccedilatildeo F F

33 Recursos - consumo de aacutegua e energia F

Gestatildeo

4 Energia

41 Energia primaacuteria natildeo renovaacutevel F

42 Incocircmodos e poluiccedilatildeo

5 Aacutegua

51 Economia de aacutegua potaacutevel F

52 Gestatildeo de aacuteguas pluviais no terreno F

53 Esgotamento sanitaacuterio F

6 Resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo do edifiacutecio

61 Controle da produccedilatildeo de resiacuteduos F

62 Adequaccedilatildeo entre coleta interna e externa F

63 Controle da seleccedilatildeo dos resiacuteduos F F F

64 Otimizaccedilatildeo do sistema de coleta interna F F F

7 Conservaccedilatildeo e manutenccedilatildeo

71 Otimizaccedilatildeo das necessidades em manutenccedilatildeo F F F

72 Controle dos efeitos ambientais e sanitaacuterios da manutenccedilatildeo F

73 Facilidade de acesso para manutenccedilatildeo

74 Equipamentos para manter o desempenho em uso e operaccedilatildeo F F F F

Conforto

8 Conforto higroteacutermico

81 No inverno e na meia-estaccedilatildeo F

82 No veratildeo F

9 Conforto acuacutestico

91 Disposiccedilotildees arquitetocircnicas espaciais F F F

92 Isolamento acuacutestico F F F

93 Correccedilatildeo acuacutestica dos ambientes (se necessaacuteria) F F F

94 Efeitos dos ruiacutedos na vizinhanccedila F F F

10 Conforto visual

101 Consideraccedilatildeo da iluminaccedilatildeo natural F F F

102 Iluminaccedilatildeo artificial F

103 Relaccedilatildeo visual com o exterior

104 Iluminaccedilatildeo artificial das aacutereas exteriores F F

11 Conforto olfativo

111 Fontes de odores desagradaacuteveis F F F

112 Sensaccedilotildees olfativas desagradaacuteveis F F F

Sauacutede

12 Qualidade sanitaacuteria dos ambientes

121 Tratamento do ambiente interior e das superfiacutecies F F

13 Qualidade sanitaacuteria do ar

131 Fontes de poluiccedilatildeo F F F

132 Efeitos dos poluentes do ar na sauacutede F F F

14 Qualidade sanitaacuteria da aacutegua

141 Manutenccedilatildeo da qualidade da aacutegua de consumo nas redes internas do edifiacutecio F

142 Controle de acessos agraves redes coletivas de distribuiccedilatildeo

143 Controle da qualidade da aacutegua proveniente de rede de aacutegua natildeo potaacutevel

F = Relaccedilatildeo forte existente entre preocupaccedilatildeo e objetivo

Uma ceacutelula em branco natildeo significa necessariamente uma total ausecircncia de preocupaccedilatildeo

MO

BIL

IDA

DE

UR

BA

NA

OBJETIVOS DE CONTROLE DOS IMPACTOS AMBIENTAIS EXTERIORES E

INTERIORES DO EDIFICIO

Tabela 2 - Guia para a hierarquizaccedilatildeo das categorias de QAE em funccedilatildeo dos desafios ambientais estabelecidos

ME

LH

OR

AR

O

CO

NF

OR

TO

PR

ES

EE

RV

AR

A S

AU

DE

PREOCUPACcedilOtildeES AMBIENTAIS

PRESERVAR OS

RECURSOS

REDUZIR A

POLUICcedilAtildeO

REDUZIR OS

INCOMODOS

RE

DU

ZIR

OS

RE

SID

UO

S

106

ANEXO 3

Processo AQUA - operaccedilatildeo e uso maio de 2010

Page 5: UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ …Processo AQUA de certificação de edificações sustentáveis na fase operação e uso : estudo de caso do Escritório Verde da UTFPR

ldquoQuanto mais aumenta nosso

conhecimento mais evidente

fica nossa ignoracircnciardquo

(John F Kennedy)

RESUMO LIMA Lucimara F de Processo AQUA de certificaccedilatildeo de edificaccedilotildees sustentaacuteveis na fase operaccedilatildeo e uso Estudo de caso do Escritoacuterio Verde da UTFPR 2013 p 106 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Engenharia Civil) - Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Engenharia Civil Universidade Tecnoloacutegica Federal do Paranaacute Curitiba Paranaacute 2013 Os desequiliacutebrios ambientais oriundos da incompatibilidade entre crescimento populacional e esgotabilidade dos recursos naturais trazem grandes desafios Neste contexto destaca-se a induacutestria da construccedilatildeo civil que utiliza na sua cadeia produtiva grande quantidade de recursos natildeo renovaacuteveis As atuais praacuteticas de produccedilatildeo utilizadas pela construccedilatildeo civil necessitam de ajustes imediatos para que o setor possa contribuir adequadamente com o desenvolvimento sustentaacutevel do paiacutes Infelizmente satildeo comuns ainda processos artesanais nas frentes de trabalho uso de mateacuterias-primas sem manejo sustentaacutevel e a aplicaccedilatildeo de produtos industrializados desconsiderando os aspectos de conservaccedilatildeo de aacutegua energia e a necessaacuteria reduccedilatildeo de resiacuteduos e desperdiacutecios O surgimento dos sistemas de avaliaccedilatildeo e certificaccedilatildeo da construccedilatildeo civil em diferentes partes do mundo vem minimizando os impactos negativos que o setor da construccedilatildeo origina Nos uacuteltimos anos o movimento ganhou novos adeptos e os nuacutemeros tornam-se expressivos apontando uma demanda urgente de novas atitudes por parte dos profissionais e empresas do ramo O estudo realizado consiste em analisar o Relatoacuterio Teacutecnico AQUA de Operaccedilatildeo e Uso elaborado pela Fundaccedilatildeo Vanzolini em 2010 como versatildeo provisoacuteria que no momento encontra-se em processo de revisatildeo Essa anaacutelise foi utilizada como base para a realizaccedilatildeo de um estudo de caso sobre a construccedilatildeo do Escritoacuterio Verde da UTFPR O resultado dessa pesquisa eacute a avaliaccedilatildeo de desempenho ambiental do escritoacuterio quanto agrave conformidade com os requisitos definidos no referencial teacutecnico AQUA de operaccedilatildeo de edifiacutecios bem como o tratamento das natildeo conformidades e a tomada de accedilotildees corretivas e preventivas para alcance de um desempenho satisfatoacuterio Assim esta dissertaccedilatildeo eacute uma siacutentese de um processo de certificaccedilatildeo de edificaccedilotildees sustentaacuteveis e busca realccedilar a importacircncia da certificaccedilatildeo na construccedilatildeo civil como modo de garantir que edifiacutecios sejam planejados projetados construiacutedos e principalmente utilizados seguindo os princiacutepios da sustentabilidade aspectos teacutecnicos econocircmicos sociais ambientais e culturais que devem interagir de forma holiacutestica Palavras-chave Processo AQUA avaliaccedilatildeo de desempenho do Escritoacuterio Verde certificaccedilatildeo ambiental de edifiacutecios

ABSTRACT LIMA Lucimara F de The AQUA process for certification of sustainable buildings in the operation and use phases Case Study the UTFPR Green Office 2013 p 106 Thesis (Masteracutes Degree in Civil Engineering) ndash Post -graduate Program in Civil Engineering of Federal Technological University of Paranaacute Curitiba Brazil 2013 Environmental imbalances resulting from the lack of compatibility between the population growth and the exhaustibility of natural resources bring out great challenges In such a context the industry of civil engineering must be pointed out for the use of great quantities of non-renewable resources in its production chain The current production practices used in civil construction need immediate adjustments so that the sector may contribute appropriately for the sustainable development of the country Unfortunately it is still rather common to find artisanal processes on work fronts use of raw materials without sustainable handling and the application of industrialized products with disregard to aspects such as water conservation energy and the necessary reduction of residues and waste The appearance of assessment and certification systems of civil construction in different parts of the world has reduced the negative impacts caused by the construction sector Over the last years such movement has gained new supporters and numbers have become more expressive pointing towards a pressing demand for new actions by professionals and corporations in the field The study performed consists of analyzing the AQUAacutes Technical Report of Operation and Use designed by the Vanzolini Foundation in 2010 as a temporary version which is currently being revised Such analysis has been used as the basis for the undertaking of a case study on the construction of the Green Office at UTFPR The outcome of such research is the assessment of the officeacutes environmental performance as for conformity with requirements defined on the AQUA standard of buildings operation as well as the treatment of non-conformities and undertaking of corrective and preventive actions in order to achieve satisfactory performance Thus such thesis is the summary of a certification process of sustainable buildings and aims to emphasize the importance of certification in civil construction as a way of assuring that buildings are planned designed built and primarily used according to the principles of sustainability technical economic social environmental and cultural aspects which must interact holistically Keywords AQUA Process assessment of the Green Office performance

environmental certification of buildings

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Pegada ecoloacutegica (adaptado do inglecircs) 24

Figura 2 ndash Ciclo PDCA e SDCA 33

Figura 3 ndash Niacuteveis de avaliaccedilatildeo AQUA 40

Figura 4 ndash Avaliaccedilatildeo na fase operaccedilatildeo e uso - processo AQUA 42

Figura 5 - Localizaccedilatildeo do empreendimento em relaccedilatildeo agrave UTFPR e pontos

estrateacutegicos 46

Figura 6 ndash Planta esquemaacutetica do piso teacuterreo do EV 47

Figura 7 ndash Planta esquemaacutetica do mezanino do EV 47

Figura 8 ndash Perspectiva lateral esquerda do Escritoacuterio Verde 48

Figura 9 ndash Vista da lateral esquerda do Escritoacuterio Verde 48

Figura 10 ndash Vista dos fundos do Escritoacuterio Verde 48

Figura 11 ndash Montagem das paredes do Escritoacuterio Verde 49

Figura 12 ndash Aplicaccedilatildeo de manta hidroacutefuga nas paredes externas 50

Figura 13 ndash Sistema de moacutedulos em EVA 50

Figura 14 ndash Execuccedilatildeo do telhado verde 50

Figura 15 ndash Revestimentos internos do EV 51

Figura 16 ndash Perfil ambiental proposto para o EV 54

Figura 17ndash Execuccedilatildeo do radier 59

Figura 18ndash Ancoragem das paredes 59

Figura 19 - Modelo construtivo wood frame 60

Figura 20 - Manta de PET reciclado 60

Figura 21- Manta de pneu reciclado 60

Figura 22 - Painel Smartside 61

Figura 23 - Siding Vinilico 61

Figura 24 - Painel TechShield 61

Figura 25 ndash Painel Decowall 62

Figura 26 ndash Placa cimentiacutecia 62

Figura 27 ndash Vigas I 63

Figura 28 ndash Passagem da tubulaccedilatildeo na viga I 63

Figura 29 - Modelo construtivo da cobertura em wood frame 63

Figura 30 ndash Sistema tombar para ventilaccedilatildeo indireta 64

Figura 31 ndash Piso elevado modular 65

Figura 32 ndash Carpete modular com sistema tactile 65

Figura 33 ndash Sistema hidro-pex 66

Figura 34 ndash Painel fotovoltaico 68

Figura 35 ndash Cisterna e filtros do EV 73

Figura 36ndash Modelo de sistema de coleta de aacutegua pluvial 73

Figura 37 ndash Jardim vertical do EV 74

Figura 38 ndash Piso drenante borracha de pneu 75

Figura 39 ndash Piso plast floor 76

Figura 40 ndash Piso drenante tecnogran 76

Figura 41 ndash Vista lateral esquerda do EV 87

Figura 42 ndash Vista lateral direita e fundos do EV 87

Figura 43 ndash Efeito chamineacute 88

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 ndash Perfil da qualidade ambiental do edifiacutecio em operaccedilatildeo 41

Tabela 2 ndash Guia para hierarquizaccedilatildeo das categorias da QAE em funccedilatildeo dos desafios

ambientais estabelecidos 53

Tabela 3 ndash Energia gerada em cada mecircs de operaccedilatildeo do SFCR do EV 69

Tabela 4 ndash Energia diaacuteria meacutedia gerada em cada mecircs de operaccedilatildeo do SFCR do EV 69

Tabela 5 ndash Consumo de aacutegua potaacutevel no EV 72

Tabela 6 ndash Consumo de aacutegua de pluvial 72

Tabela 7 ndash Meacutedias histoacutericas - iacutendice pluviomeacutetrico 74

Tabela 8 ndash Coeficiente de impermeabilizaccedilatildeo do terreno antes da implantaccedilatildeo do EV 75

Tabela 9 ndash Coeficiente de impermeabilizaccedilatildeo do terreno apoacutes a implantaccedilatildeo do EV75

Tabela 10 ndash Mediccedilatildeo de temperatura no EV durante o inverno 80

Tabela 11 ndash Resultados obtidos (MEDICcedilAtildeO ndash INCERTEZA) 84

Tabela 12 ndash Resultados obtidos (MEDICcedilAtildeO + INCERTEZA) 84

Tabela 13 - Caacutelculo do iacutendice de atenuaccedilatildeo acuacutestica R do invoacutelucro da edificaccedilatildeo 85

LISTA DE QUADROS

Quadro 1 ndash Principais eventos relacionados ao desenvolvimento sustentaacutevel 27

Quadro 2 ndash Principais sistemas de certificaccedilatildeo de edificaccedilotildees (continua) 34

Quadro 3 - Principais sistemas de certificaccedilatildeo de edificaccedilotildees no Brasil (continua) 36

Quadro 4 ndash Categorias do sistema AQUA 39

Quadro 5 ndash Subcategorias do sistema AQUA (continua) 39

Quadro 6 ndash Avaliaccedilatildeo categoria 1 - QI 55

Quadro 7 ndash Avaliaccedilatildeo categoria 1 - CQI 55

Quadro 8 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 13 55

Quadro 9 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 111 56

Quadro 10 ndash Avaliaccedilatildeo categoria 2 - QI 57

Quadro 11 ndash Avaliaccedilatildeo categoria 2 - MQI 57

Quadro 12 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 111 58

Quadro 13 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 66

Quadro 14 ndash Avaliaccedilatildeo categoria 4 ndash QI 67

Quadro 15 ndash Avaliaccedilatildeo categoria ndash MQI 67

Quadro 16 ndash Avaliaccedilatildeo categoria ndash CQI 67

Quadro 17ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 44 67

Quadro 18 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 70

Quadro 19 ndash Criteacuterios avaliados ndash MQI 70

Quadro 20 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 70

Quadro 21 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 52 e 53 71

Quadro 22 ndash fontes consumidoras de aacutegua 71

Quadro 23 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 76

Quadro 24 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 77

Quadro 25 ndash Criteacuterios avaliados ndash MQI 78

Quadro 26 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 78

Quadro 27 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 71 78

Quadro 28 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 79

Quadro 29 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 79

Quadro 30 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 83 79

Quadro 31 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 81

Quadro 32 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 81

Quadro 33 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 83 82

Quadro 34 ndash Criteacuterios de avaliaccedilatildeo para acuacutestica de edifiacutecios novos 82

Quadro 35 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 86

Quadro 36 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 86

Quadro 37 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 86

Quadro 38 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 87

Quadro 39 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 88

Quadro 40 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 112 88

Quadro 41 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 89

Quadro 42 ndash Criteacuterios avaliados ndash MQI 89

Quadro 43 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 89

Quadro 44 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 121 89

Quadro 45 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 90

Quadro 46 ndash Criteacuterios avaliados ndash MQI 90

Quadro 47 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 90

Quadro 48 ndash Criteacuterios avaliados ndash MQI 131 91

Quadro 49 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 92

Quadro 50 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 92

Quadro 51 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 141 92

Quadro 52 ndash Criteacuterios avaliados em QAP 93

Quadro 53 ndash Criteacuterios avaliados em QI 41 94

LISTA DE GRAacuteFICOS

Graacutefico 1- Evoluccedilatildeo do PIB Brasil e do PIB da Construccedilatildeo Civil 17

Graacutefico 2 - Estimativa de crescimento populacional mundial (adaptado do inglecircs) 23

Graacutefico 3 ndash Dia com temperatura meacutedia diaacuteria miacutenima 81

Graacutefico 4 ndash Meacutedias do niacutevel de ruiacutedo dos locais avaliados 83

Graacutefico 5 ndash Iacutendice de atenuaccedilatildeo acuacutestica 85

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ABNT Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas

ACV Avaliaccedilatildeo de ciclo de vida

AQUA Alta Qualidade Ambiental

ASBEA Associaccedilatildeo Brasileira dos Escritoacuterios de Arquitetura

BEE Building Environmental Efficiency

BRE Building Research Establishment

BREEAM Building Research Establishment Environmental Assessment Method

CASBEE Comprehensive Assessment System for Building Environmental

Efficiency

CBIC Cacircmara Brasileira da Induacutestria da Construccedilatildeo

CBCS Conselho Brasileiro de Construccedilatildeo Sustentaacutevel

CQI Controle da qualidade intriacutenseca

COV Compostos Orgacircnicos Volaacuteteis

CO Dioacutexido de Carbono

EV Escritoacuterio Verde

GBC Green Building Council

HQE Haute Qualiteacute Environnementale

HKBEAM Honk Kong Building Environmental Assessment

IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica

IDHEA Instituto para Desenvolvimento da Habitaccedilatildeo Ecoloacutegica

LCA Life cicle assessment

LEED Leadership in Energy amp Environmental Design

MQI Melhoria da qualidade intriacutenseca

NBR Norma brasileira

ONU Naccedilotildees Unidas

PNUMA Programa das Naccedilotildees Unidas para o Meio Ambiente

QAE Qualidade ambiental do edifiacutecio

QAEop Qualidade ambiental do edifiacutecio em operaccedilatildeo

QAP Qualidade ambiental das praacuteticas

QI Qualidade intriacutenseca

SANEPAR Companhia de Saneamento do Paranaacute

SFCR Sistema fotovoltaico conectado aacute rede

SFI Sistema fotovoltaico isolado

SGE Sistema de gestatildeo do empreendimento

SGO Sistema de gestatildeo da operaccedilatildeo

USGBC US Green Building Council

UTFPR Universidade Tecnoloacutegica Federal do Paranaacute

WWF World Wildlife Fund

WRI World Resources Institute

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 17

11 CONSIDERACcedilOtildeES INICIAIS 17

12 OBJETIVOS 19

121 Objetivo Principal 19

122 Objetivos Especiacuteficos 19

13 DELIMITACcedilOtildeES 19

14 JUSTIFICATIVA 20

15 ESTRUTURA DA DISSERTACcedilAtildeO 22

2 REVISAtildeO DA LITERATURA 23

21 CONTEXTUALIZACcedilAtildeO 23

22 DESENVOLVIMENTO SUSTENTAacuteVEL 25

23 CONSTRUCcedilAtildeO SUSTENTAacuteVEL 28

24 SISTEMAS DE AVALIACcedilAtildeO DO DESEMPENHO DE EDIFIacuteCIOS 29

241 Anaacutelise do Ciclo de Vida ndash ACV 31

242 Sistemas de Certificaccedilatildeo de Edifiacutecios 31

243 Principais Sistemas de Certificaccedilatildeo no Brasil 36

244 Processo AQUA de certificaccedilatildeo 37

3 METODOLOGIA 43

4 ESTUDO DE CASO ESCRITOacuteRIO VERDE DA UTFPR 45

41 CONTEXTUALIZACcedilAtildeO 45

42 CONSTRUCcedilAtildeO DO ESCRITOacuteRIO VERDE 46

5 RESULTADOS E DISCUSSOtildeES 52

51 AVALIACcedilAtildeO DO DESEMPENHO AMBIENTAL DO EV 52

511 SGO ndash Sistema de gestatildeo da operaccedilatildeo 52

512 QAEop ndash Qualidade Ambiental do Edifiacutecio na Fase Operaccedilatildeo 54

513 QAP ndash Qualidade Ambiental das Praacuteticas 92

6 CONCLUSOtildeES 94

REFEREcircNCIAS 99

ANEXOS 106

17

1 INTRODUCcedilAtildeO

11 CONSIDERACcedilOtildeES INICIAIS

Em 1987 foi publicado pela ONU (Naccedilotildees Unidas) o documento ldquoNosso

Futuro Comumrdquo mais conhecido como o relatoacuterio de Brundtland 25 anos se

passaram e a ideia de desenvolvimento sustentaacutevel continua vaacutelida nos dias de

hoje No entanto destaca-se o fato de ainda ser um conceito de aceitaccedilatildeo

generalizada quando deveria ser uma praacutetica cotidiana (ONU 2012)

Nesse contexto apresenta-se o setor da construccedilatildeo civil que cresce a

taxas superiores agraves do PIB (produto interno bruto) nacional De acordo com

dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica (IBGE) em

2012 enquanto o Paiacutes apresentou expansatildeo de 09 a construccedilatildeo civil

cresceu 14 O resultado da Construccedilatildeo foi o segundo melhor da Induacutestria

ficando atraacutes do setor de produccedilatildeo e distribuiccedilatildeo de eletricidade gaacutes aacutegua

esgoto e limpeza urbana (36)

Conforme Graacutefico 1 divulgado pela Cacircmara Brasileira da Industria da

Construccedilatildeo - CBIC em 2011 enquanto PIB nacional cresceu 75 o da

Construccedilatildeo registrou incremento de 116 justificado pelo lanccedilamento do

Programa Minha Casa Minha Vida ndash PMCMV em 2010

Graacutefico 1- Evoluccedilatildeo do PIB Brasil e do PIB da Construccedilatildeo Civil

Fonte CBIC (2011)

18

Para CBIC (2011) a induacutestria da construccedilatildeo eacute considerada ldquoo motor do

desenvolvimentordquo brasileiro dos proacuteximos anos No entanto observa-se que as

praacuteticas para amenizar os impactos gerados pelo setor natildeo acompanham

tamanho crescimento

Em contrapartida surgem no Brasil poliacuteticas em prol da preservaccedilatildeo

ambiental impulsionando toda cadeia produtora um exemplo eacute a Instruccedilatildeo

Normativa nordm 01 de 2010 que dispotildee sobre os criteacuterios de sustentabilidade

ambiental na aquisiccedilatildeo de bens contrataccedilatildeo de serviccedilos ou obras pela

Administraccedilatildeo Puacuteblica Federal direta autaacuterquica e fundacional

Outro ganho eacute a Norma Brasileira de Desempenho de Edifiacutecios NBR

155752013 que comeccedila a vigorar em julho desse ano e traz alguns itens

ineacuteditos nas normativas brasileiras como o conceito de vida uacutetil para os

sistemas Outro aspecto relevante eacute o papel que o usuaacuterio passaraacute a exercer

pois para que o desempenho miacutenimo seja atingido ao longo do tempo seraacute

necessaacuterio agrave implementaccedilatildeo de programas de manutenccedilatildeo corretiva e

preventiva (ASBEA 2013)

Destacam-se tambeacutem os sistemas de certificaccedilatildeo ambiental de

edificaccedilotildees que vecircm ganhando grande aceitaccedilatildeo no mercado brasileiro

apresentando-se como forma fundamental de incentivo das praacuteticas

sustentaacuteveis e principalmente como instrumento para garantir que as

edificaccedilotildees tenham um bom desempenho durante sua vida uacutetil

Dentro desse contexto a pesquisa apresentada dedicou-se na anaacutelise do

processo de certificaccedilatildeo ambiental AQUA (Alta Qualidade Ambiental) lanccedilado

em 2008 elaborado pela Fundaccedilatildeo Carlos Alberto Vanzolini instituiccedilatildeo privada

sem fins lucrativos criada mantida e gerida pelos professores do

Departamento de Engenharia de Produccedilatildeo da Escola Politeacutecnica da

Universidade de Satildeo Paulo O sistema foi adaptado exclusivamente para a

realidade brasileira a partir do modelo de certificaccedilatildeo francecircs HQE Haute

Qualiteacute Environnementale O processo AQUA eacute uma certificaccedilatildeo reconhecida

internacionalmente por diversas entidades certificadoras no mundo Franccedila

Alemanha Inglaterra Finlacircndia Itaacutelia e Estados Unidos que fazem parte da

SB Alliance da qual a Fundaccedilatildeo eacute membro fundador (REVISTA TEacuteCHNE

2009)

19

Inicialmente buscou-se o entendimento do referencial teacutecnico elaborado

pela Fundaccedilatildeo Vanzolini em 2007 para edifiacutecios novos abordando as fases

que antecedem a operaccedilatildeo as etapas de programa concepccedilatildeo (projeto) e

realizaccedilatildeo (execuccedilatildeo) Posteriormente deu-se a analise do referencial de

operaccedilatildeo fornecido pela Fundaccedilatildeo Vanzolini versatildeo provisoacuteria de 2010

atualmente em processo de revisatildeo

Com o objetivo de aplicar o conhecimento adquirido na anaacutelise dos

referidos referenciais optou-se por adotar do Escritoacuterio Verde - EV da UTFPR

construiacutedo dentro de criteacuterios sustentaacuteveis como objeto de estudo analisando

a conformidade ou natildeo conformidade quanto aos criteacuterios de desempenho

ambiental definidos no referencial AQUA de operaccedilatildeo de edifiacutecios

12 OBJETIVOS

121 Objetivo Principal

Analisar o desempenho ambiental do Escritoacuterio Verde da UTFPR tendo

como base o referencial teacutecnico de operaccedilatildeo e uso fornecido pela Fundaccedilatildeo

Vanzolini

122 Objetivos Especiacuteficos

Analisar o referencial teacutecnico para edifiacutecios do setor de serviccedilos em

operaccedilatildeo e uso elaborado pela Fundaccedilatildeo Vanzolini em maio de 2010

Avaliar o EV quanto o atendimento dos requisitos exigidos pelo AQUA

para a obtenccedilatildeo da certificaccedilatildeo na fase operaccedilatildeo e uso

Promover maior percepccedilatildeo sobre a importacircncia da certificaccedilatildeo de

edifiacutecios na fase operaccedilatildeo e uso como forma de garantir um desempenho

ambiental satisfatoacuterio durante sua vida uacutetil

13 DELIMITACcedilOtildeES

Para este estudo foram utilizados dois referenciais teacutecnicos AQUA de

certificaccedilatildeo

20

Vanzolini versatildeo 0 (provisoacuteria) - elaborado em maio de 2010

ndash edifiacutecios escolares versatildeo 0

(provisoacuteria) disponiacutevel no site da Fundaccedilatildeo

consideradas na presente dissertaccedilatildeo

14 JUSTIFICATIVA

O 3ordm Simpoacutesio Brasileiro de Construccedilatildeo Sustentaacutevel ocorrido em 2010

SBCS10 promovido pelo CIB (International Council for Research and

Innovation in Building and Construction) UNEP (United Nations Environment

Programme) e iiSBE (International Initiative for a Sustainable Built

Environment) em parceria com o CBCS (Conselho Brasileiro de Construccedilotildees

Sustentaacuteveis) e uma coalizatildeo de universidades brasileiras liacutederes no tema

Universidade de Campinas (Unicamp) Universidade Federal do Espiacuterito Santo

(UFES) e Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) obteve por

resultado um documento denominado ldquoCarta Abertardquo contendo consideraccedilotildees

referentes ao momento econocircmico e social vivido pelo Brasil Seguem algumas

dessas exposiccedilotildees (CBCS 2010)

a cadeia produtiva da construccedilatildeo civil eacute um dos motores do processo de

desenvolvimento econocircmico do Paiacutes

os programas governamentais de desenvolvimento social como o

Minha Casa Minha Vida - PMCMV e o Programa de Aceleraccedilatildeo do

Crescimento - PAC tem por base a atividade de construccedilatildeo

a cadeia produtiva da construccedilatildeo tem significativos impactos sociais e

ambientais inclusive mudanccedilas climaacuteticas consumo de energia aacutegua

biodiversidade e recursos naturais

Diante desse cenaacuterio surgem no Brasil os sistemas de certificaccedilatildeo

ambiental para edifiacutecios que agregam no sentido de minimizar os impactos

decorrentes da cadeia produtiva da construccedilatildeo civil

Hoje o Brasil ocupa o quarto lugar entre os paiacuteses que mais concentram

edificaccedilotildees feitas a partir de criteacuterios ambientalmente adequados Os Estados

21

Unidos reuacutenem o maior nuacutemero de empreendimentos em anaacutelise seguidos

pela China e pelos Emirados Aacuterabes Unidos (GBC-BRASIL 2013)

O relatoacuterio Rumo a Economia Verde do PNUMA (Programa das Naccedilotildees

Unidas para o Meio Ambiente) 2011 informa que a reduccedilatildeo dos impactos

gerados na construccedilatildeo civil eacute peccedila chave para alcance de uma economia

verde Para o PNUMA economia verde eacute aquela que resulta em melhoria do

bem-estar da humanidade e igualdade social ao mesmo tempo em que reduz

significativamente riscos ambientais e escassez ecoloacutegica

ldquoA construccedilatildeo de novos edifiacutecios verdes e o reequipamento dos edifiacutecios

jaacute existentes que usam energia e recursos de forma intensiva ateacute 2050 podem

resultar na economia de um terccedilo de energia nos setores de construccedilatildeo civil no

mundo inteiro em comparaccedilatildeo com as projeccedilotildees para as construccedilotildees

realizadas da maneira tradicionalrdquo (PNUMA 2011)

Para o coordenador executivo do processo AQUA professor Manuel

Carlos Reis Martins haacute necessidade de se repensar o conceito de custo de

uma obra levando em conta tambeacutem a fase de operaccedilatildeo cujo custo ao longo

dos anos eacute muito maior do que o valor gasto na construccedilatildeo Em termos de

ordem de grandeza do custo total de construccedilatildeo e operaccedilatildeo de um edifiacutecio

em um horizonte de 30 anos cerca de 20 correspondem agrave construccedilatildeo e 80

agrave operaccedilatildeo De outo modo se um edifiacutecio for sustentaacutevel e

consequentemente tiver custos operacionais mais baixos os investimentos

adicionais realizados na fase de construccedilatildeo teratildeo um raacutepido retorno

(ARQUITETURA 2011)

Eacute niacutetido que o tema construccedilotildees sustentaacuteveis com destaque para as

certificaccedilotildees ambientais vem ganhando abrangecircncia no contexto global e tem

um peso certamente crescente e determinante na minimizaccedilatildeo dos impactos

gerados no setor da construccedilatildeo No entanto no Brasil ainda eacute incipiente a

aplicaccedilatildeo desses sistemas no sentido de avaliar e garantir um desempenho

ambiental satisfatoacuterio das edificaccedilotildees durante sua operaccedilatildeo

Para Degani (2010) as metodologias de avaliaccedilatildeo e certificaccedilatildeo de

edifiacutecios podem ser vistas como mecanismos indutores do aperfeiccediloamento do

desempenho das edificaccedilotildees e da proacutepria construccedilatildeo civil

22

15 ESTRUTURA DA DISSERTACcedilAtildeO

O trabalho foi estruturado da seguinte forma

deste trabalho e justifica a relevacircncia desse estudo

histoacuterico e o estado da arte do tema estudado tambeacutem descreve os sistemas

de certificaccedilatildeo mais relevantes da atualidade e suas principais caracteriacutesticas

apitulo eacute a metodologia utilizada na dissertaccedilatildeo

Verde da UTFPR resultados e discussotildees sobre a aplicaccedilatildeo da metodologia

AQUA na fase operaccedilatildeo e uso

conclusotildees e consideraccedilotildees finais

23

2 REVISAtildeO DA LITERATURA

21 CONTEXTUALIZACcedilAtildeO

O ritmo do crescimento populacional no mundo estaacute em constante

decliacutenio sendo a taxa atual de crescimento de 12 ao ano Poreacutem a

populaccedilatildeo mundial continua crescendo em valores absoluto e em 2011 atingiu

a marca de 7 bilhotildees de habitantes O Graacutefico 2 informa que para o alcance do

2ordm bilhatildeo de habitantes no planeta levaram cerca de 123 anos o 3ordm bilhatildeo 33

anos o 4ordm bilhatildeo 15 anos o 5ordm e 6ordm bilhatildeo apenas 12 anos A estimativa para

atingir o 8ordm e 9ordm bilhatildeo eacute de 16 e 26 anos respectivamente mostrando que o

equiliacutebrio estaacute longe de acontecer gerando vaacuterios problemas pois a natureza

natildeo consegue repor na mesma velocidade que o consumo se sucede

Graacutefico 2 - Estimativa de crescimento populacional mundial (adaptado do inglecircs)

Fonte Population Reference Bureau (2011)

A Figura 1 relata as projeccedilotildees do uacuteltimo Relatoacuterio Planeta Vivo da World

Wildlife Fund - WWF (2012) indicando que se a humanidade continuar com

esse modelo de comportamento em 2030 (com 83 bilhotildees de habitantes)

seriam necessaacuterios dois planetas e cerca de trecircs planetas em 2050 (com 93

bilhotildees de habitantes) Esses dados foram calculados por meio da pegada

24

ecoloacutegica que corresponde ao tamanho das aacutereas produtivas de terra e de mar

necessaacuterias para gerar produtos bens e serviccedilos que sustentem determinados

estilos de vida Eacute uma forma de medir em hectares (ha) a extensatildeo de

territoacuterio que uma pessoa ou toda uma sociedade utiliza em meacutedia para se

sustentar

Figura 1 - Pegada ecoloacutegica (adaptado do inglecircs)

Fonte WWF ndash World Wildlife Fund 2012

Os componentes utilizados para o caacutelculo da pegada ecoloacutegica satildeo

apresentados na Figura 1 demonstrando os seguintes aspectos

carbono - a extensatildeo de aacutereas florestais capaz de sequestrar emissotildees

de CO2 derivadas da queima de combustiacuteveis foacutesseis excluindo-se a parcela

absorvida pelos oceanos que provoca a acidificaccedilatildeo

- a extensatildeo de aacutereas de cultivo usadas para a

produccedilatildeo de alimentos e fibras para consumo humano bem como para a

produccedilatildeo de raccedilatildeo para o gado oleaginosa e borracha

- a extensatildeo de aacutereas de pastagem utilizadas para a criaccedilatildeo

de gado de corte e leiteiro e para a produccedilatildeo de couro e produtos de latilde

- a extensatildeo de aacutereas florestais necessaacuterias para o

fornecimento de produtos madeireiros celulose e lenha

25

- representa a extensatildeo de aacutereas cobertas por

infraestrutura humana inclusive transportes habitaccedilatildeo estruturas industriais e

reservatoacuterios para a geraccedilatildeo de energia hidreleacutetrica

- calculada a partir da estimativa de produccedilatildeo primaacuteria

necessaacuteria para sustentar os peixes e mariscos capturados com base em

dados de captura relativos a espeacutecies marinhas e de aacutegua doce

22 DESENVOLVIMENTO SUSTENTAacuteVEL

A associaccedilatildeo entre o desenvolvimento econocircmico e a degradaccedilatildeo da

natureza foi pela primeira vez discutida por um grupo de intelectuais

denominado Clube de Roma fundado em 1968 tornou-se muito conhecido a

partir da publicaccedilatildeo do relatoacuterio intitulado ldquoOs Limites do Crescimentordquo Em

1972 a Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas (ONU) realizou a primeira

conferecircncia mundial sobre meio ambiente em Estocolmo Em 1983 foi criada a

Comissatildeo Mundial do Meio Ambiente e Desenvolvimento que publicou em

1987 o relatoacuterio conhecido como ldquoRelatoacuterio Brundtlandrdquo o qual aponta para a

incompatibilidade entre desenvolvimento sustentaacutevel e os padrotildees de produccedilatildeo

e consumo trazendo agrave tona mais uma vez a necessidade de uma nova relaccedilatildeo

ldquoser humano e meio ambienterdquo

Para a WWF Brasil a definiccedilatildeo mais aceita para desenvolvimento

sustentaacutevel foi descrita no Relatoacuterio de Brundland em 1987 ldquoAtender agraves

necessidades do presente sem comprometer a possibilidade de as geraccedilotildees

futuras atenderem a suas proacuteprias necessidadesrdquo Essa definiccedilatildeo surgiu para

discutir e propor meios de harmonizar dois objetivos o desenvolvimento

econocircmico e a conservaccedilatildeo ambiental (WWF-BRASIL 2013)

Mas foi na Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas para o Desenvolvimento e o

Meio Ambiente - Rio 92 que se consagrou o uso da expressatildeo

desenvolvimento sustentaacutevel O resultado foi agrave adoccedilatildeo de trecircs recomendaccedilotildees

principais a Agenda 21 a Declaraccedilatildeo do Rio e os Princiacutepios relativos a

Florestas e Selvas Foram tambeacutem firmadas duas convenccedilotildees a Convenccedilatildeo

da Biodiversidade e a Convenccedilatildeo do clima

A Agenda 21 foi o principal documento produzido na ECO 92 na qual foi

registrado a importacircncia dos paiacuteses em se comprometerem a refletir local e

26

globalmente sobre a forma pela qual governos empresas e organizaccedilotildees natildeo-

governamentais e todos os setores da sociedade poderiam cooperar no estudo

de soluccedilotildees para os problemas socioambientais

Assim a Agenda 21 possibilitou o debate sobre o desenvolvimento e

construccedilatildeo sustentaacutevel utilizaccedilatildeo de recursos viabilidade econocircmica destes

no mercado processos construtivos desenvolvimento social entre outros

assuntos permitindo aprofundar conhecimentos relacionados com a eficiecircncia

energeacutetica nos edifiacutecios a conservaccedilatildeo da aacutegua potaacutevel e a utilizaccedilatildeo de

materiais que tenham em conta a preservaccedilatildeo do ambiente

Em 2007 foi criado no Brasil o Conselho Brasileiro de Construccedilatildeo

Sustentaacutevel (CBCS) que tem como objetivo a utilizaccedilatildeo de praacuteticas

sustentaacuteveis no setor da construccedilatildeo civil trazendo qualidade de vida aos

usuaacuterios trabalhadores e ao ambiente em torno da edificaccedilatildeo

O evento mais recente foi a RIO + 20 realizado em junho de 2012

Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas sobre desenvolvimento sustentaacutevel sediado

no Rio de Janeiro Brasil Como resultado obteve-se a elaboraccedilatildeo de um

documento intitulado ldquoO futuro que queremosrdquo

27

Principais acontecimentos referentes ao desenvolvimento sustentaacutevel

podem ser vistos no Quadro 1

ANO EVENTO RESUMO

1968 Criaccedilatildeo do Clube de Roma

Organizaccedilatildeo informal cujo objetivo era promover o entendimento dos

componentes variados mas interpendentes ndash econocircmicos poliacuteticos

naturais e sociais que formam o sistema global

1972 Publicaccedilatildeo do livro Os limites do crescimento

Informe apresentado pelo Clube de Roma no qual previa que as

tendecircncias que imperavam ateacute entatildeo conduziriam a uma escassez

catastroacutefica dos recursos naturais e a niacuteveis perigosos de

contaminaccedilatildeo num prazo de 100 anos

1972Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas sobre o Meio Ambiente

Humano em Estocolmo Sueacutecia

A primeira manifestaccedilatildeo dos governos de todo o mundo com as

consequumlecircncias da economia sobre o meio ambiente Participaram

113 Estados-membros da ONU Um dos resultados do evento foi a

criaccedilatildeo do Programa das Naccedilotildees Unidas sobre o Meio Ambiente

(PNUMA)

1987Publicaccedilatildeo do informe Brundtland o ldquoNosso

Futuro Comumrdquo

Um dos mais importantes sobre a questatildeo ambiental e o

desenvolvimento Vincula estreitamente economia e ecologia e

estabelece o eixo em torno do qual se deve discutir o

desenvolvimento formalizando o conceito de desenvolvimento

sustentaacutevel

1992Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas sobre o Meio

Ambiente e Desenvolvimento ou Cuacutepula da Terra

Realizada no Rio de Janeiro constitui-se no mais importante foro

mundial jaacute realizado Abordou novas perspectivas globais e de

integraccedilatildeo da questatildeo ambiental planetaacuteria e definiu mais

concretamente o modelo de desenvolvimento sustentaacutevel

Participaram 170 Estados que aprovaram a Declaraccedilatildeo do Rio e

mais quatro documentos entre os quais a Agenda 21

1995 Berlim COP 1 - Conferecircncia sobre o clima

A primeira COP (Conferencia das Partes) tece como destaque a

decisatildeo de se apresentar no encontro de 1997 um documento

tornando oficial o comprometimento dos paiacuteses de reduccedilatildeo das

emissotildees de gases do efeito estufa

1997 Rio + 5 - Protocolo de Kyoto

Realizado em New York teve como objetivo analisar a

implementaccedilatildeo do Programa da Agenda 21 Visa combater o

aquecimento global que causa o efeito estufa

2002Cuacutepula Mundial sobre o Desenvolvimento Sustentaacutevel ndash

Rio + 10

Realizada em Johannesburgo nos meses de agosto e setembro

procurou examinar se foram alcanccediladas as metas estabelecidas pela

Conferecircncia do Rio-92 e serviu para que os Estados reiterassem seu

compromisso com os princiacutepios do desenvolvimento sustentaacutevel

2005 Montreal COP11 MOP1- Conferencia sobre o clima

Ocorreu juntamente com a Primeira Conferecircncia das Partes do

Protocolo de Quioto (COPMOP1) Jaacute entra na pauta a discussatildeo do

segundo periacuteodo do Protocolo apoacutes 2012 para o qual instituiccedilotildees

europeacuteias defendem reduccedilotildees de emissatildeo na ordem de 20 a 30 ateacute

2030 e entre 60 e 80 ateacute 2050

2007 Bali COP 13MOP3 - Conferencia sobre o clima

A reuniatildeo estabeleceu compromissos mensuraacuteveis transparentes e

verificaacuteveis para a reduccedilatildeo de emissotildees causadas por desmatamento

das florestas tropicais para o acordo que substituiraacute o Protocolo de

Quioto Recebeu o apelido mapa do caminho

2009 Copenhagem COP 15 -Conferencia sobre o clima

O encontro era considerado o mais importante da histoacuteria recente

dos acordos multilaterais ambientais pois tinha por objetivo

estabelecer o tratado que substituiraacute o Protocolo de Kyoto vigente

de 2008 a 2012 Entretanto a Conferecircncia de Copenhague foi

considerada em grande parte decepcionante

2010 Cancun COP 16 - Conferencia sobre o clima

Aqui vocecirc encontra anaacutelises dos integrantes do Observatoacuterio do

Clima posts no blog imagens e referecircncias para acompanhar mais

essa etapa das negociaccedilotildees multilaterais

2011 Durban COP 17 - Conferencia sobre o climaA proposta resultante da reuniatildeo foi vista pelos ambientalistas como

modesta insuficiente e sem ambiccedilotildees

2012 Rio + 20

A Rio+20 foi a maior Conferecircncia da ONU jaacute realizada com ampla

participaccedilatildeo de liacutederes de todos os setores Aleacutem do resultado

oficial muito criticado resumido no documento ldquoO Futuro que

Queremosrdquo e das dezenas de propostas da sociedade civil

organizada na Cuacutepula dos Povos a Rio+20 foi palco de 705

compromissos voluntaacuterios entre governos ONGs e Major Groups ndash

incluindo 500 empresas induacutestrias universidades entre outros

Quadro 1 ndash Principais eventos relacionados ao desenvolvimento sustentaacutevel

Fonte A autora 2012

28

23 CONSTRUCcedilAtildeO SUSTENTAacuteVEL

No acircmbito da Agenda 21 para a construccedilatildeo sustentaacutevel em paiacuteses em

desenvolvimento a construccedilatildeo sustentaacutevel eacute definida como um processo

holiacutestico que aspira a restauraccedilatildeo e manutenccedilatildeo da harmonia entre os

ambientes natural e construiacutedo e a criaccedilatildeo de assentamentos que afirmem a

dignidade humana e encorajem a equidade econocircmica No contexto do

desenvolvimento sustentaacutevel o conceito transcende a sustentabilidade

ambiental para abraccedilar a sustentabilidade econocircmica e social que enfatiza a

adiccedilatildeo de valor agrave qualidade de vida dos indiviacuteduos e das comunidades

(MINISTEacuteRIO DO MEIO AMBIENTE 2013)

As construccedilotildees sustentaacuteveis satildeo antes de tudo intervenccedilotildees conscientes

e planejadas Buscam satisfazer as necessidades humanas empregando de

forma inteligente os recursos disponiacuteveis visando natildeo esgotaacute-los

preservando-os para as geraccedilotildees futuras Desenvolve soluccedilotildees para os

problemas que a proacutepria construccedilatildeo gera (RIBEIRO 2010)

ldquoEdificaccedilatildeo sustentaacutevel eacute aquela que pode manter moderadamente ou

melhorar a qualidade de vida e harmonizar-se com o clima a tradiccedilatildeo a

cultura e o ambiente na regiatildeo ao mesmo tempo em que conserva a energia e

os recursos recicla materiais e reduz as substacircncias perigosas dentro da

capacidade dos ecossistemas locais e globais ao longo do ciclo de vida do

edifiacuteciordquo (IDHEA 2010)

A Associaccedilatildeo Brasileira dos Escritoacuterios de Arquitetura - ASBEA o

Conselho Brasileiro de Construccedilatildeo Sustentaacutevel - CBCS e outras instituiccedilotildees

apresentam diversos princiacutepios baacutesicos da construccedilatildeo sustentaacutevel dentre os

quais se destacam (GUIA DA SUSTENTABILIDADE 2008)

proveitamento de condiccedilotildees naturais locais

tilizar miacutenimo de terreno e integrar-se ao ambiente natural

mplantaccedilatildeo e anaacutelise do entorno

atildeo provocar ou reduzir impactos no entorno

ualidade ambiental interna e externa

estatildeo sustentaacutevel da implantaccedilatildeo da obra

daptar-se agraves necessidades atuais e futuras dos usuaacuterios

29

so de mateacuterias-primas que contribuam com a eco-eficiecircncia do

processo

educcedilatildeo do consumo energeacutetico

educcedilatildeo do consumo de aacutegua

eduzir reutilizar reciclar e dispor corretamente os resiacuteduos soacutelidos

ntroduzir inovaccedilotildees tecnoloacutegicas sempre que possiacutevel e viaacutevel

ducaccedilatildeo ambiental conscientizaccedilatildeo dos envolvidos no processo

Segundo SILVA (2007) a definiccedilatildeo de um edifiacutecio sustentaacutevel eacute

relacionada sempre comparativamente agraves praacuteticas correntes O desempenho

ambiental de um edifiacutecio sustentaacutevel de 2010 deve ser muito melhor do que o

de um edifiacutecio sustentaacutevel da deacutecada de 1990 Portanto os conceitos de

edifiacutecio sustentaacutevel estatildeo sempre em evoluccedilatildeo

24 SISTEMAS DE AVALIACcedilAtildeO DO DESEMPENHO DE EDIFIacuteCIOS

Com a crise do petroacuteleo na deacutecada de 1970 mecanismos legais de

reduccedilatildeo do consumo de energia comeccedilaram a ser implantados nos paiacuteses

desenvolvidos Os sistemas de avaliaccedilatildeo foram criados como forma de

analisar os impactos ambientais e classificar os edifiacutecios em Green Building

(SILVA 2007)

O conceito do Green Building ou ldquoEdificio verderdquo ganhou forccedila no iniacutecio da

deacutecada de 90 por meio da criaccedilatildeo do USGBC - United States Green Building

Council A entidade desenvolveu criteacuterios para medir a eficiecircncia das

edificaccedilotildees assim concede o selo de edifiacutecio verde agrave obra (SILVA 2007)

Para Reijnders e Van Roekel (1999) existem duas abordagens principais

de avaliaccedilatildeo ambiental a quantitativa e a qualitativa A primeira delas eacute a

Avaliaccedilatildeo de Ciclo de Vida (ACV) que trabalha com dados quantitativos de

fluxo energeacutetico A segunda trata-se de meacutetodos que usam sistemas de

pontuaccedilatildeo ou conceitos para anaacutelise dos dados qualitativos Tais ferramentas

satildeo denominadas eco-labellings

Segundo pesquisa realizada pelo World Resources Institute ndash WRI entre

o uacuteltimo quadrimestre de 2009 e o primeiro de 2010 existem aproximadamente

340 selos ecoloacutegicos que certificam produtos e serviccedilos espalhados por

aproximadamente 42 paiacuteses no mundo (WRI 2010)

30

Quanto ao desempenho de edifiacutecios sustentaacuteveis desta-se o Modelo de

Gerenciamento da Sustentabilidade de Facilidades Construiacuteda - MGS proposto

por Degani (2010) baseado no meacutetodo PDCA (planejar (plan) fazer (do)

checar (check) e agir (act))

O modelo MGS foi fundamentado no conceito de gestatildeo para o

desempenho e propotildeem diretrizes para implementaccedilatildeo de um sistema de

gestatildeo com objetivos de sustentabilidade na rotina diaacuteria dos agentes

responsaacuteveis (denominados no MGS de gerentes de facilidades) pelo uso

operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo dos edifiacutecios contemplando as seguintes etapas

(DEGANI 2010)

l

Importante esclarecer que o MGS eacute resultado de uma pesquisa de tese de

doutorado necessitando de avaliaccedilatildeo quanto a sua aplicabilidade e eficaacutecia

Degani (2010) sugere que o modelo seja utilizado como forma de introduzir a

sistemaacutetica do gerenciamento dos aspectos de sustentabilidade requerido pelo

sistema de certificaccedilatildeo

A gestatildeo de desempenho ambiental de edifiacutecios sustentaacuteveis em

operaccedilatildeo ainda eacute incipiente no Brasil mas haacute vaacuterios paiacuteses que jaacute fazem uso

de ferramentas que promovem a melhoria e controle de desempenho das

edificaccedilotildees As iniciativas envolvem a implantaccedilatildeo de padrotildees e guias para

melhoria de desempenho certificaccedilotildees ou selos verdes promoccedilatildeo do

desenvolvimento de meacutetodos para avaliaccedilatildeo de projetos e construccedilotildees entre

outros Portanto haacute um grande nuacutemero de ferramentas que abordam o tema

considerando uma grande variedade de condiccedilotildees fiacutesicas caracteriacutesticas das

edificaccedilotildees e prioridades ambientais conforme regiatildeo As formas para atingir

esses objetivos variam de simples listas de verificaccedilatildeo a complexos sistemas

informatizados abrangendo etapas de programaccedilatildeo orientando para o

planejamento de edifiacutecios sustentaacuteveis passando por simuladores de

31

desempenho que apoiam as etapas de projeto baacutesico e projeto executivo

incluindo a avaliaccedilatildeo do edifiacutecio em uso

241 Anaacutelise do Ciclo de Vida ndash ACV

O termo ACV ou em inglecircs ldquoLife Cycle Assessmentrdquo (LCA) foi utilizado

primeiramente nos Estados Unidos da Ameacuterica (EUA) em 1990 O conceito de

ciclo de vida tem-se estendido para aleacutem de um simples meacutetodo para comparar

produtos sendo atualmente visto como uma parte essencial para conseguir

objetivos mais abrangentes tais como sustentabilidade (CURRAN 1999)

A Anaacutelise do Ciclo de Vida (ACV) ou Avaliaccedilatildeo do Ciclo de Vida eacute um

instrumento de gestatildeo ambiental aplicaacutevel a bens e serviccedilos tambeacutem

conhecida pela expressatildeo ldquocradle to graverdquo (do berccedilo ao tuacutemulo) berccedilo

indicando a origem dos insumos primaacuterios mediante a extraccedilatildeo de recursos

naturais e tuacutemulo o destino final dos resiacuteduos que natildeo seratildeo reusados ou

reciclados (BARBIERI 2004)

A Norma ISO 14040 define o ciclo de vida como os Estaacutegios consecutivos

e interligados de um sistema de produto desde a aquisiccedilatildeo da mateacuteria prima

ou geraccedilatildeo de recursos naturais ateacute a disposiccedilatildeo final Conforme Barbieri

(2004) o ciclo completo vai da origem dos recursos naturais ateacute a disposiccedilatildeo

final dos resiacuteduos apoacutes o uso passando por todas as etapas intermediaacuterias

como beneficiamento transporte fabricaccedilatildeo e estocagem

242 Sistemas de Certificaccedilatildeo de Edifiacutecios

Os sistemas de certificaccedilatildeo satildeo em sua maioria baseados na ACV mas

tecircm por outro lado um apelo mercadoloacutegico podendo ter um caraacuteter de

ferramenta poliacutetica e de marketing Os resultados destas anaacutelises dependem

de diversos fatores como o meacutetodo os participantes a demanda local as

abordagens os objetivos bem como suas limitaccedilotildees (SCHEUER e KEOLEIAN

2002)

Segundo Silva (2003) ldquoo primeiro sinal da necessidade de avaliar o

desempenho ambiental de edifiacutecios veio exatamente com a constataccedilatildeo de que

32

mesmo os paiacuteses que acreditavam dominar os conceitos de green design natildeo

possuiacuteam meios para verificar o quatildeo ldquoverderdquo eram de fato seus edifiacuteciosrdquo

Tais ferramentas de avaliaccedilatildeo de desempenho demonstraram-se

eficientes ou natildeo dependendo das condiccedilotildees em que foram empregadas

sendo muitas delas aplicaacuteveis somente a situaccedilotildees muito delimitadas de

condiccedilotildees climaacuteticas e sociais ou em edifiacutecios de uso especiacutefico (PATRICIO

GOUVINHAS 2004)

Em 1990 surgiu no Reino Unido o primeiro selo mundial BREEAM

(Building Research Establishment Environmental Assessment Method) que

dispocircs as bases para outros sistemas de certificaccedilatildeo de edifiacutecios como o BRE

EcoHomes tambeacutem no Reino Unido O HK-BEAM (Honk Kong Building

Environmental Assessment Method) o NF Bacirctiments Tertiaires Deacutemache -

HQE na Franccedila o CASBEE (Comprehensive Assessment System for Building

Environmental Efficiency) no Japatildeo o Green Star na Australia e o LEED

(Leadership in Energy and Environmental Design) nos EUA (SILVA 2007)

A certificaccedilatildeo tem como principal objetivo promover edificaccedilotildees que

durante sua construccedilatildeo vida uacutetil e desconstruccedilatildeo gerem baixos impactos

ambientais garantindo sempre o bem-estar e a sauacutede de seus usuaacuterios e a

viabilidade econocircmica dos empreendimentos Outra premissa da certificaccedilatildeo eacute

promover a conscientizaccedilatildeo e o aprendizado de todas as partes envolvidas

direta ou indiretamente no projeto no processo construtivo e na ocupaccedilatildeo do

edifiacutecio (CBCS 2011)

O projeto de arquitetura apresenta diversas variaacuteveis de acordo com sua

funccedilatildeo e uso assim a ferramenta avaliativa especiacutefica para um determinado

tipo de edificaccedilatildeo em uma determinada regiatildeo com condiccedilotildees climaacuteticas

especiacuteficas provavelmente produziraacute uma avaliaccedilatildeo mais proacutexima da realidade

(SILVA 2007) Para isso eacute necessaacuterio que os sistemas avaliativos tenham

referecircncia natildeo apenas em conceitos universais como o ciclo de vida da

edificaccedilatildeo (NBR 14040 2001) como tambeacutem em criteacuterios essencialmente

regionais como zoneamento bioclimaacutetico bem como a adequaccedilatildeo de metas

de desempenho de acordo com normas vigentes para o local e tipo de

edificaccedilatildeo (NBR 15575 2008)

Os sistemas de certificaccedilatildeo ambiental elaborados para controlar e

monitorar o desempenho ambiental do edifiacutecio em uso utilizam o meacutetodo

33

bastante difundido e mais conhecido como PDCA (planejar (plan) fazer (do)

checar (check) e agir (act))

No livro ldquoO verdadeiro Poderrdquo Falconi descreve que existem dois tipos de

metas que uma organizaccedilatildeo procura resultados que necessitam ser

melhorados e resultados que precisam ser mantidos Nos dois casos utiliza-se

o PDCA qualquer resultado que se melhore deve imediatamente ser

estabilizado nas operaccedilotildees de rotina (FALCONI 2009)

No gerenciamento eacute necessaacuterio utilizar o PDCA para melhorar em

conjunto com o PDCA para manter O PDCA para manter eacute denominado SDCA

na operaccedilatildeo o planejamento eacute representado por ldquoPrdquo e o padratildeo passa a ser

representado por ldquoSrdquo de standardize conforme apresentado na Figura 2

Figura 2 ndash Ciclo PDCA e SDCA

Fonte IBENP (2011)

O Quadro 2 apresenta as algumas caracteriacutesticas dos principais sistemas

de certificaccedilatildeo de edifiacutecios atuantes no mundo

34

Quadro 2 ndash Principais sistemas de certificaccedilatildeo de edificaccedilotildees (continua)

Fonte A autora (2012)

BREEAM - Building Research Establishment Environmental Assessment Method

wwwbreeamorg

Instituiccedilatildeo Responsaacutevel BRE

Abrangecircncia Voltada principalmente ao Reino Unido poreacutem adaptaacutevel ao mundo todo Possui esquemas de

certificaccedilatildeo especiacuteficos para Europa e Regiatildeo do Golfo

Esquemas de avaliaccedilatildeo disponiacuteveis tipos de edifiacutecios avaliados BREEAM Outros Edifiacutecios BREEAM Tribunais The

Code for Sustainable Homes (O Coacutedigo para Casas Sustentaacuteveis) BREEAM EcohomesXB BREEAM Sauacutede BREEAM

Industrial BREEAM Internacional (avalia edifiacutecios ou apoia a criaccedilatildeo de versotildees do BREEAM fora do Reino Unido)

BREEAM Multi-residencial BREEAM Prisotildees BREEAM Escritoacuterios BREEAM Varejo BREEAM Educaccedilatildeo BREEAM

Comunidades BREEAM Em Uso

Classificaccedilotildees Concedidas Pass (Aprovado) Good (Bom) Very Good (Muito Bom) Excellent (Excelente)

Outstanding (Excepcional)

Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo Variam de acordo com o Sistema

CASBEE - Comprehensive Assessment System for Building Environmental Efficiency

wwwibecorjpCASBEEenglish

Instituiccedilatildeo Responsaacutevel Japan Sustainable Building Consortium (JSBC)

Abrangecircncia Aacutesia

Esquemas de avaliaccedilatildeo disponiacuteveis tipos de edifiacutecios avaliados CASBEE para Preacute-Projeto CASBEE para Novas

Construccedilotildees CASBEE para Edifiacutecios existentes e CASBEE para Reformas As ferramentas atendem a uma larga variedade

de usos do edifiacutecio (escritoacuterios escolas habitaccedilatildeo etc)

Classificaccedilotildees Concedidas classe C (fraco) classe B- classe B+ classe A e classe S (excelente)

Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo Q (Qualidade) - Construindo Qualidade Ambiental e Performance Avalia a

melhoria na qualidade de vida dos usuaacuterios do edifiacutecio dentro do espaccedilo fechado hipoteacutetico (propriedade privada)

L (Cargas) - Construindo Cargas Ambientais Avalia os impactos ambientais negativos que vatildeo aleacutem do espaccedilo

hipoteacutetico fechado para o exterior (a propriedade puacuteblica)

Haacute quatro campos de levantamento (1) Eficiecircncia Energeacutetica (2) Eficiecircncia de Recursos (3) Ambiente Local (4)

Ambiente Interno

Green Star

wwwgbcaorgaugreen-star

Instituiccedilatildeo Responsaacutevel Green Building Council Austraacutelia

Abrangecircncia Austraacutelia

Esquemas de avaliaccedilatildeo disponiacuteveis tipos de edifiacutecios avaliados Green Star - Educaccedilatildeo Green Star - Sauacutede Green Star

- Industrial Green Star - Residencial Muacuteltiplas Unidades Green Star - Escritoacuterio Green Star - Interiores de Escritoacuterio

Green Star - Varejo Green Star - Projeto de Escritoacuterio Green Star - Escritoacuterio Construiacutedo

Classificaccedilotildees Concedidas 4 Star Green Star Certified Rating (4 Estrelas - 45-59 pontos) 5 Star Green Star Certified

Rating (5 Estrelas - 60-74 pontos) 6 Star Green Star Certified Rating (6 Estrelas - 75-100 pontos)

Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo Gerenciamento Qualidade Ambiental do Ambiente Interno Energia Transporte

Aacutegua Materiais Uso do Solo amp Ecologia Emissotildees Inovaccedilatildeo O peso de cada uma destas categorias eacute alocado de

acordo com a regiatildeo do paiacutes para atender condiccedilotildees locais especiacuteficas

LEED - Leadership in Energy and Environmental Design

wwwusgbcorgLEED

Instituiccedilatildeo Responsaacutevel US Green Building Council

Abrangecircncia Principalmente Estados Unidos poreacutem atende ao mundo todo

Esquemas de avaliaccedilatildeo disponiacuteveis tipos de edifiacutecios avaliados Novas construccedilotildees Edificaccedilotildees existentes Interiores

Comerciais Nuacutecleo amp Casca Escolas Varejo Sauacutede Casas e Desenvolvimento de Comunidades

Classificaccedilotildees Concedidas Certified (Certificado - 40ndash49 pontos) Silver (Prata - 50ndash59 pontos) Gold (Ouro - 60ndash79

pontos) Platinum (Platina - 80 pontos ou mais)

Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo Possui 5 categorias Ambientais para concessatildeo de creacuteditos Locais Sustentaacuteveis

Eficiecircncia Hiacutedrica Energia e Atmosfera Materiais e Recursos e Qualidade Ambiental do Ambiente Interno Aleacutem disso

pontos extra podem ser concedidos por Inovaccedilatildeo em Design e Especificaccedilotildees Regionais

35

HK - BEAM - Kong Building Environmental Assessment Method

wwwhk-beamorghk

Instituiccedilatildeo Responsaacutevel The BEAM Society

Abrangecircncia Principalmente Hong Kong

Esquemas de avaliaccedilatildeo disponiacuteveis tipos de edifiacutecios avaliados BEAM para Novas Edificaccedilotildees BEAM para Edificaccedilotildees

Existentes

Classificaccedilotildees Concedidas Platinum (Platina - Excelente) Gold (Ouro - Muito Bom) Silver (Prata - Bom) Bronze

(Bronze - Acima da Meacutedia)

Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo Avaliaccedilatildeo baseada em creacuteditos para benchmark (melhores praacuteticas) da performance

ambiental dos edifiacutecios ao longo do ciclo de vida sobre o local uso de materiais aspectos energeacuteticos consumo de aacutegua

qualidade ambiental do ambiente interno e inovaccedilotildees

HQE - Haute Qualiteacute Environnementale

assohqeorghqe

Instituiccedilatildeo Responsaacutevel Association pour la Haute Qualiteacute Environnementale (ASSOHQE)

Abrangecircncia Principalmente Franccedila atende tambeacutem Beacutelgica Luxemburgo Tuniacutesia e Argeacutelia

Tipos de edifiacutecios avaliados edifiacutecios novos e edifiacutecios existentes nas modalidades comercial residencial individual e coletivo

Classificaccedilotildees Concedidas Base (de acordo com regulamento) Eficiente (boa praacutetica) Muito eficiente (melhor

praacutetica)

Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo Manejo de impactos ao ambiente exterior (relaccedilatildeo harmocircnica com o ambiente

imediato escolha integrada dos meacutetodos de construccedilatildeo e materiais evitar incocircmodo aos arredores minimizaccedilatildeo do

uso de energia minimizaccedilatildeo do uso de aacutegua minimizaccedilatildeo de resiacuteduos em operaccedilotildees minimizaccedilatildeo da necessidade de

manutenccedilatildeo e reparos) e criaccedilatildeo de Ambiente Interno Agradaacutevel (medidas de controle hidroteacutermico medidas de

controle acuacutestico atratividade visual medidas de controle de odores higiene e limpeza dos espaccedilos internos controle

da qualidade do ar controle da qualidade da aacutegua)

DGNB - Deutsche Gesellschaft fuumlr Nachhaltiges Bauen

wwwdgnbde_en

Instituiccedilatildeo Responsaacutevel Conselho alematildeo de construccedilatildeo sustentaacutevel

(DGNB for ldquoDeutsche Gesellschaft fuumlr NachhaltigesBauenrdquo)

Abrangecircncia Alemanha

Esquemas de avaliaccedilatildeo disponiacuteveis tipos de edifiacutecios avaliados Sistema flexiacutevel avalia diversos tipos de edificio

Classificaccedilotildees Concedidas Gold (Ouro) Silver (Prata) Bronze

Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo Campos avaliados - Aspectos ecoloacutegicos economicos socioculturais e funcionais

tecnologia processos e local Cada campo eacute avaliado com criteacuterios especiacuteficos que podem ser desenhados e pesados de

maneira distinta a depender do perfil de ocupaccedilatildeo Cada campo eacute avaliado durante todo ciclo de vida do edifiacutecio

A avaliaccedilatildeo eacute focada em metas e natildeo em accedilotildees individuais

LIDER A

Instituiccedilatildeo Responsaacutevel Lider A - Sistema de Avaliaccedilatildeo da Sustentabilidade

Abrangecircncia Portugal

Esquemas de avaliaccedilatildeo disponiacuteveis tipos de edifiacutecios avaliados Abrange diferentes tipologias e usos em ambientes

construiacutedos em diferentes fases desde a fase de plano ou projeto a construccedilatildeo operaccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo tambeacutem

trabalha desde a escala da comunidade ateacute empreendimentos e edifiacutecios

Classificaccedilotildees ConcedidasG (menos eficiente) F E (praacutetica usual ou de referecircncia) D C (cerca de 25 superior ao niacutevel E)

B A (desempenho cerca de 50 superior ao niacutevel E) A+ (75 superior ao niacutevel E) A++ (90 superior ao niacutevel E)

Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo O sistema trabalha com um conjunto de seis princiacutepios de bom desempenho

ambiental (integraccedilatildeo local recursos cargas ambientais conforto ambiental vivecircncia socioeconocircmica e uso sustentaacutevel)

traduzidos em 22 aacutereas e 43 criteacuterios Quadro 2 ndash Principais sistemas de certificaccedilatildeo de edificaccedilotildees (conclusatildeo)

Fonte A autora (2012)

36

243 Principais Sistemas de Certificaccedilatildeo no Brasil

No Brasil os sistemas de certificaccedilatildeo de edificaccedilotildees mais difundidos satildeo

O AQUA alta qualidade ambiental o LEED ndash Brasil o PROCEL EDIFICA da

Eletrobraacutes e o Selo CASA AZUL da Caixa Econocircmica O Quadro 3 apresenta

as principais caracteriacutesticas destes selos

PROCEL EDIFICA - Instrumento de Classificaccedilatildeo

wwweletrobrascomPCIetiquetagem_edificios

Instituiccedilatildeo Responsaacutevel Eletrobraacutes

Abrangecircncia Brasil

Tipos de edifiacutecios avaliados Edifiacutecios Comerciais de Serviccedilos e Puacuteblicos e Residenciais

Classificaccedilotildees Concedidas A B C D E

Criteacuterios avaliados para Classificaccedilotildees A eficiecircncia energeacutetica eacute avaliada nos sistemas de envoltoacuteria iluminaccedilatildeo e

condicionamento de ar para edifiacutecios comerciais de serviccedilos e puacuteblicos Nos edifiacutecios residecircncias satildeo avaliados a

envoltoacuteria sistemas de aquecimento de aacutegua aleacutem dos sistemas presentes nas aacutereas comuns dos edifiacutecios

multifamiliares como iluminaccedilatildeo elevadores bombas centriacutefugas etc

SELO CASA AZUL DA CAIXA

downloadscaixagovbr_arquivosdesenvolvimento_urbanogestao_ambientalGuia_Selo_Casa_Azul_CAIXApdf

Instituiccedilatildeo Responsaacutevel Caixa Econocircmica Federal

Abrangecircncia Brasil

Tipos de edifiacutecios avaliados Unidades Habitacionais com valor ateacute R$130 mil

Classificaccedilotildees Concedidas BRONZE (19 Criteacuterios obrigatoacuterios) PRATA (25 criteacuterios sendo 6 de livre escolha) OURO (25

criteacuterios sendo 6 de livre escolha)

Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo 53 criteacuterios de avaliaccedilatildeo distribuiacutedos em seis categorias Qualidade Urbana

Projeto e Conforto Eficiecircncia Energeacutetica Conservaccedilatildeo de Recursos Materiais Gestatildeo da Aacutegua Praacuteticas Sociais

LEED - BRASIL

wwwgbcbrasilorgbrp=certificacao

Instituiccedilatildeo Responsaacutevel Green Building Council Brasil

Abrangecircncia Brasil

Esquemas de avaliaccedilatildeo disponiacuteveis tipos de edifiacutecios avaliados

LEED NC para novas construccedilotildees ou grandes projetos de renovaccedilatildeo- LEED ND para projetos de desenvolvimento de bairro

LEED CS para projetos na envoltoacuteria e parte central do edifiacutecio LEED Retail NC e CI para lojas de varejo

LEED Healthcare para unidades de sauacutede LEED EB_OM para projetos de manutenccedilatildeo de edifiacutecios jaacute existentes

LEED Schools para escolas e LEED CI para projetos de interior ou edifiacutecios comerciais

Classificaccedilotildees Concedidas Selo LEED - 40 pontos Prata 50 pontos Ouro 60 pontos e Platina 80 pontos

Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo Espaccedilo sustentaacuteve eficiecircncia do uso da aacutegua energia e atmosfera

materiais e recursos qualidade ambiental interna inovaccedilatildeo e processos creacuteditos de prioridade regional

Quadro 3 - Principais sistemas de certificaccedilatildeo de edificaccedilotildees no Brasil (continua)

Fonte A autora (2012)

37

AQUA - Alta Qualidade Ambiental

wwwvanzoliniorgbr

Instituiccedilatildeo Responsaacutevel Fundaccedilatildeo Vanzolini

Abrangecircncia Brasil

Tipos de edifiacutecios avaliados Escritoacuterios e Escolas Hoteis e Edifiacutecios Habitacionais

Classificaccedilotildees Concedidas Bom Superior Excelente

Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo 14 Categorias satildeo avaliadas relaccedilatildeo do edifiacutecio com o seu entorno escolha

integrada de produtos sistemas e processos construtivos canteiro de obras com baixo impacto ambiental gestatildeo da

energia gestatildeo da aacutegua gestatildeo dos resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo do edifiacutecio manutenccedilatildeo - permanecircncia do desempenho

ambiental conforto higroteacutermico conforto acuacutestico conforto visual conforto olfativo qualidade sanitaacuteria dos

ambientes qualidade sanitaacuteria do ar qualidade sanitaacuteria da aacutegua Para receber a certificaccedilatildeo deve atender no miacutenimo

7 categorias - Bom 4 categorias - Superior e 3 categorias - Excelente

Quadro 3 - Principais sistemas de certificaccedilatildeo de edificaccedilotildees no Brasil (conclusatildeo)

Fonte A autora (2012)

Para SILVA (2003) os princiacutepios soacutelidos de uma certificaccedilatildeo direcionada

ao contexto brasileiro satildeo

ara ser tecnicamente consistente um meacutetodo de avaliaccedilatildeo deve ser

adaptado a dados nacionais relevantes

ara ser viaacutevel praticamente um meacutetodo de avaliaccedilatildeo deve ser

adaptado ao mercado agraves praacuteticas de construccedilatildeo e agraves tradiccedilotildees locais

ara ser absorvido e difundir-se rapidamente um meacutetodo de avaliaccedilatildeo

deve ser desenvolvido em parceria com as principais partes interessadas

investidores empreendedoresconstrutores e projetistas

ara serem apropriados ao contexto nacional os itens avaliados no

meacutetodo devem ser ponderados para refletir prioridades e interesses nacionais

244 Processo AQUA de certificaccedilatildeo

Em outubro de 2007 foi publicado no Brasil o AQUA (Alta Qualidade

Ambiental) a adaptaccedilatildeo do HQE (versatildeo de fevereiro de 2007) Este sistema

de certificaccedilatildeo ambiental para edifiacutecios foi desenvolvido pela Fundaccedilatildeo Carlos

Alberto Vanzolini em parceria com o Departamento de Engenharia de

Construccedilatildeo Civil da Escola Politeacutecnica da Universidade de Satildeo Paulo (USP) e

o Centre Scientifique et Technique du Bacirctiment (CSTB)

Para Aulicino (2008) o processo AQUA foi desenvolvido com o objetivo de

amenizar os impactos da construccedilatildeo de um edifiacutecio novo ou da reabilitaccedilatildeo de

algum edifiacutecio existente tanto sobre o meio ambiente como sobre a qualidade

38

do ambiente interno para os usuaacuterios (conforto e sauacutede) e externo ao edifiacutecio A

metodologia merece destaque por ser a primeira oficialmente adaptada ao

contexto brasileiro

O processo AQUA abrange as seguintes fases

programa (ideia) - reflexatildeo criativa inicial sobre o empreendimento de

construccedilatildeo em seu contexto soacutecio econocircmico e ambiental

concepccedilatildeo (projeto) ndash tendo como entrada o programa define a

construccedilatildeo sustentaacutevel e como seraacute realizada

ealizaccedilatildeo (construccedilatildeo) - guiada pelas definiccedilotildees do projeto materializa

a construccedilatildeo sustentaacutevel

peraccedilatildeo (uso) ndash monitora o desempenho da edificaccedilatildeo os consumos

as emissotildees despesas entre outros garantindo condiccedilotildees de conforto e sauacutede

ao usuaacuterio com melhor desempenho soacutecio econocircmico e ambiental

esconstruccedilatildeo (a desmontagem) ndash ao final da vida uacutetil permite o

maacuteximo aproveitamento dos materiais e sistemas com menor impacto

ambiental

Em 2013 estavam disponiacuteveis para consulta quatro referenciais teacutecnicos

escritoacuterios edifiacutecios escolares edifiacutecios habitacionais edifiacutecios comerciais e

hoteacuteis O referencial para edifiacutecios que buscam certificaccedilatildeo na fase operaccedilatildeo

encontra-se em periacuteodo de revisatildeo Os referenciais teacutecnicos para sauacutede

esporte e lazer bairros e estradas estatildeo em fase de estudo e em busca de

empresas pioneiras para desenvolvimento dos projetos

O processo eacute feito por meio de 3 (trecircs) auditorias presenciais antecedidas

de anaacutelise teacutecnica dos documentos entregues A avaliaccedilatildeo se baseia em um

perfil ambiental composto pelas seguintes aacutereas de avaliaccedilatildeo eco-construccedilatildeo

eco-gestatildeo conforto e sauacutede Os Quadros 4 e 5 apresentam as 14 categorias

e subcategorias avaliadas no sistema AQUA

39

Quadro 4 ndash Categorias do sistema AQUA

Fonte Fundaccedilatildeo Vanzolini (2011)

1) Relaccedilatildeo do edifiacutecio com o entorno

Implantaccedilatildeo do empreendimento no terreno para desenvolvimento urbano sustentaacutevel

Qualidade dos espaccedilos exteriores para os usuaacuterios

Impacto do edifiacutecio sobre a vizinhanccedila

2) Escolha integrada de produtos sistemas e processos construtivos

Durabilidade e a adaptabilidade da construccedilatildeo

Escolhas construtivas para a facilidade de conservaccedilatildeo da construccedilatildeo

Escolha dos produtos de construccedilatildeo (limitar impactos socioambientais)

Escolha dos produtos de construccedilatildeo (limitar impactos aacute sauacutede humana)

3) Canteiros de obras com baixo impacto ambiental

Otimizaccedilatildeo da gestatildeo dos resiacuteduos do canteiro de obras

Reduccedilatildeo dos incocircmodos poluiccedilatildeo e consumo de recursos causados pelo canteiro de obras

4) Gestatildeo da energia

Reduccedilatildeo de energia por meio de concepccedilatildeo arquitetocircnica

Reduccedilatildeo do consumo de energia primaacuteria dos poluentes associados

5) Gestatildeo da aacutegua

Reduccedilatildeo do consumo de aacutegua potaacutevel

Otimizaccedilatildeo e gestatildeo de aacuteguas pluviais

6) Gestatildeo dos resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo do edificio

Otimizaccedilatildeo da valorizaccedilatildeo dos resiacuteduos gerados pelas atividades de uso e operaccedilatildeo do edifiacutecio

Qualidade do sistema de gestatildeo dos resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo do edifiacutecio

7) Manutenccedilatildeo ndash permanecircncia do desempenho ambiental

Permanecircncia do desempenho dos sistemas de aquecimento e resfriamento

Permanecircncia do desempenho dos sistemas de ventilaccedilatildeo

Permanecircncia do desempenho dos sistemas de iluminaccedilatildeo

Permanecircncia do desempenho dos sistemas de gestatildeo da aacutegua Quadro 5 ndash Subcategorias do sistema AQUA (continua)

Fonte Fundaccedilatildeo Vanzolini (2011)

40

8) Conforto higroteacutermico

Implementaccedilatildeo de medidas arquitetocircnicas para otimizaccedilatildeo do conforto higroteacutermico de veratildeo e inverno

Criaccedilatildeo de condiccedilotildees de conforto higroteacutermico de inverno

Criaccedilatildeo de condiccedilotildees de conforto higroteacutermico de veratildeo em ambientes climatizados naturalmente

Criaccedilatildeo de condiccedilotildees de conforto higroteacutermico de veratildeo em ambientes com sistema de resfriamento artificial

9) Conforto acuacutestico

Otimizaccedilatildeo dos elementos arquitetocircnicos para proteger os usuaacuterios do edifiacutecio de incocircmodos acuacutesticos

Criaccedilatildeo de uma qualidade do meio acuacutestico adaptado aos diferentes ambientes

10) Conforto visual

Garantia de iluminacircncia natural oacutetima evitando seus inconvenientes (ofuscamento)

Iluminaccedilatildeo artificial confortaacutevel

11) Conforto olfativo

Garantia de uma ventilaccedilatildeo eficaz

Controle das fontes de odores desagradaacuteveis

12) Qualidade sanitaacuteria dos ambientes

Controle da exposiccedilatildeo eletromagneacutetica

Criaccedilatildeo de condiccedilotildees de higiene especiacuteficas

13) Qualidade sanitaacuteria do ar

Garantia de uma ventilaccedilatildeo eficaz

Controle das fontes de poluiccedilatildeo

14) Qualidade sanitaacuteria da aacutegua

Qualidade e durabilidade dos materiais empregados em redes internas

Organizaccedilatildeo e proteccedilatildeo das redes internas

Controle da temperatura na rede interna

Controle dos tratamentos anticorrosivo e antiincrustaccedilatildeo Quadro 5 ndash Subcategorias do sistema AQUA (conclusatildeo)

Fonte Fundaccedilatildeo Vanzolini (2011)

Para cada categoria analisada eacute atribuiacutedo um niacutevel de desempenho bom

superior e excelente A Figura 3 demonstra que para obter a certificaccedilatildeo nas

fases programa concepccedilatildeo e realizaccedilatildeo o edifiacutecio precisa atingir pelo menos

trecircs de niacutevel excelente e no maacuteximo 7 niacutevel bom Sendo assim este sistema

natildeo possui escala de pontuaccedilatildeo global

Figura 3 ndash Niacuteveis de avaliaccedilatildeo AQUA

Fonte Fundaccedilatildeo Vanzolini (2011)

41

2441 Certificaccedilatildeo AQUA ndash fase operaccedilatildeo e uso

A primeira versatildeo do Referencial Teacutecnico de Operaccedilatildeo e Uso para

edifiacutecios de serviccedilos foi elaborado em maio de 2010 e ainda encontra-se em

fase de revisatildeo O referencial completo pode ser consultado no Anexo 3 e estaacute

dividido em cinco partes

I - Sistema de gestatildeo da operaccedilatildeo (SGO)

Gestatildeo para compromisso planejamento e controle de desempenho

II ndash Qualidade intriacutenseca (QI)

Perfil da qualidade ambiental do edifiacutecio

III ndash Melhoria da qualidade intriacutenseca (MQI)

Melhoria da qualidade ambiental do conjunto em relaccedilatildeo ao planejamento

IV ndash Controle da qualidade intriacutenseca (CQI)

Qual eacute a forma de garantir o desempenho do edifiacutecio

V ndash Qualidade ambiental das praacuteticas (QAP)

Rotinas - Basicamente divido em compras comunicaccedilatildeo e gestatildeo

Na fase operaccedilatildeo e uso a forma de avaliaccedilatildeo difere das demais fases a

Tabela 1 apresenta a pontuaccedilatildeo miacutenima para ser excelente nas 14 categorias

Tabela 1 ndash Perfil da qualidade ambiental do edifiacutecio em operaccedilatildeo

Fase Programa da Operaccedilatildeo e Uso Pontos miacutenimos em E

Categoria 1- Relaccedilatildeo do edifiacutecio com seu entorno 50 dos pontos aplicaacuteveis

Categoria 2 - Escolha integrada de produtos sistemas e processos construtivos gt 12

Categoria 3 - Canteiro de obras gt 4

Categoria 4 - Energia gt 18 sendo 8 em CQI

Categoria 5 - Aacutegua gt 12 sendo 7 em CQI eou MQI

Categoria 6 - Resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo do edifiacutecio gt 5

Categoria 7 - Conservaccedilatildeo e manutenccedilatildeo gt 13 sendo 8 em CQI ou MQI

Categoria 8 - Conforto higroteacutermico gt 9 sendo 3 em CQI

Categoria 9 - Conforto acuacutestico gt 4

Categoria 10 -Conforto visual gt 10 sendo 3 em CQI

Categoria 11 - Conforto Olfativo gt 7 sendo 3 em CQI

Categoria 12 - Qualidade sanitaacuteria dos ambientes gt 8 sendo 3 em CQI

Categoria 13 - Qualidade sanitaacuteria do ar gt 16 sendo 10 em CQI

Categoria 14 - Qualidade sanitaacuteria da aacutegua gt 8 sendo 5 em CQI

SGO - Sistema de gestatildeo da operaccedilatildeo Atender os requisitos aplicaacuteveis

QAP - Qualidade ambiental da praacutetica gt ou = 50 dos pontos aplicaacuteveis

Fonte Fundaccedilatildeo Vanzolini (2012)

42

Para alcanccedilar o niacutevel bom eacute necessaacuterio atender os requisitos exigidos em

todo referencial na coluna ldquoniacutevelrdquo m letra ldquoBrdquo conforme Figura 4 e para atingir o

niacutevel superior aleacutem de todos os itens ldquoBrdquo precisa atender tambeacutem todos com a

letra ldquoSrdquo

Figura 4 ndash Avaliaccedilatildeo na fase operaccedilatildeo e uso - processo AQUA

Fonte Referencial AQUA (2010)

43

3 METODOLOGIA

A presente dissertaccedilatildeo caracteriza-se como um estudo exploratoacuterio pois

visa ldquoproporcionar maior familiaridade com a questatildeo o problema com vistas a

tornaacute-lo mais expliacutecitordquo (GIL 2002) Geralmente o estudo eacute exploratoacuterio quando

haacute pouco conhecimento sobre o tema a ser abordado (AAKER et al2004) Por

ser um tipo de pesquisa muito especiacutefica quase sempre ela assume a forma

de um estudo de caso (GIL 2008)

A pesquisa tambeacutem se enquadra como pesquisa descritiva pois tem o

objetivo de descrever um determinado fenocircmeno (GIL 2008) Como qualquer

pesquisa ela depende tambeacutem de uma revisatildeo da literatura

Tratando se de uma pesquisa exploratoacuteria e descritiva a metodologia

utilizada foi a qualitativa Conforme Gephart (2004) a pesquisa qualitativa

fornece uma narrativa da visatildeo da realidade dos indiviacuteduos sendo altamente

descritiva Pode fornecer bases para compreender processos de gestatildeo e pode

humanizar a pesquisa realccedilando as intenccedilotildees humanas e os significados do

fenocircmeno (GEPHART 2004)

Para alcanccedilar os objetivos propostos o estudo foi desenvolvido em

algumas etapas segue a descriccedilatildeo das mais importantes

participaccedilatildeo no curso ldquoConstruccedilatildeo sustentaacutevel AQUA ndash Introduccedilatildeordquo

Ministrado pela Fundaccedilatildeo Vanzolini

participaccedilatildeo no curso ldquoConstruccedilatildeo Sustentaacutevel AQUA ndash O Sistema de

Gestatildeo do Empreendimento (SGE)rdquo Ministrado pela Fundaccedilatildeo Vanzolini

participaccedilatildeo no curso ldquoEnergia Solar Fotovoltaicardquo Ministrado pela Blue

Sol ministrado no Escritoacuterio Verde da UTFPR

estudo do referencial teacutecnico AQUA de construccedilatildeo ndash criteacuterios para

avaliaccedilatildeo da fase de construccedilatildeo de escritoacuterios - edifiacutecios comerciais

anaacutelise detalhada do referencial teacutecnico AQUA de Operaccedilatildeo e Uso

fornecido pela Fundaccedilatildeo Vanzolini

levantamento de dados elaboraccedilatildeo de diagnoacutestico inicial referente agrave

construccedilatildeo do Escritoacuterio Verde

referencial teoacuterico baseado na revisatildeo da literatura

realizaccedilatildeo estudo de caso avaliaccedilatildeo da operaccedilatildeo e uso do Escritoacuterio

Verde

44

Importante ressaltar que o cancelamento da realizaccedilatildeo do curso

Construccedilatildeo sustentaacutevel AQUA - operaccedilatildeo e uso previsto pela Fundaccedilatildeo

Vanzolini em outubro de 2012 prejudicaram em partes os resultados da

presente dissertaccedilatildeo

45

4 ESTUDO DE CASO ESCRITOacuteRIO VERDE DA UTFPR

41 CONTEXTUALIZACcedilAtildeO

Atualmente os Centros Universitaacuterios Sustentaacuteveis chamados

Greencampi satildeo uma realidade em diversos paiacuteses como Europa Estados

Unidos Austraacutelia e Nova Zelacircndia Os campi universitaacuterios assumem funccedilatildeo

relevante uma vez que estudantes professores e comunidade externa

convivem diariamente em espaccedilo integrado adaptando a este todas suas

atividades e necessidades (ESCRITOacuteRIO VERDE 2012)

A grande maioria dessas Universidades possui um Green Office ou

ldquoEscritoacuterio Verderdquo onde satildeo planejadas e implantadas as praacuteticas sustentaacuteveis

nos campi Atuando em conjunto com outros departamentos das

Universidades esse ldquoEscritoacuteriordquo atende a gestatildeo ambiental do campus

tornando mais faacutecil o gerenciamento interno das Instituiccedilotildees de Ensino

Superior (IES) (ESCRITOacuteRIO VERDE 2012)

No Brasil este movimento jaacute comeccedila a surgir em algumas IES seguindo

uma tendecircncia global e diante da necessidade das Universidades em se

posicionarem com relaccedilatildeo ao desenvolvimento de forma consciente perante a

sociedade O desenvolvimento sustentaacutevel natildeo se traduz assim apenas nas

praacuteticas de ensino mas na implantaccedilatildeo de praacuteticas de gestatildeo ambiental

(ESCRITOacuteRIO VERDE 2012)

O Escritoacuterio Verde empreendimento da Universidade Tecnoloacutegica Federal

do Paranaacute (UTFPR) Campus Curitiba conforme ilustrado na Figura 5 estaacute

localizado na Avenida Silva Jardim nordm 807 entre a Rua Des Westphalen e a

Av Mal Floriano Peixoto e aos fundos do local dispotildee de uma aacuterea com

quadra coberta e edifiacutecio onde se encontra instalado atualmente o Centro de

Liacutenguas da Universidade O empreendimento foi implantado na parte frontal do

terreno onde existia uma quadra esportiva polivalente em desuso

(ESCRITOacuteRIO VERDE 2012)

O edifiacutecio eacute um departamento da universidade que tem como escopo

desenvolver e implantar programas que reduzam o impacto ambiental das

atividades de ensino e pesquisa conduzidas no Campus Curitiba O Escritoacuterio

tambeacutem abriga a sede do ldquoCentro Regional de Integraccedilatildeo Expertise de

Educaccedilatildeo para o Desenvolvimento Sustentaacutevel ndash CRIE Curitibardquo um centro

46

aprovado pela UNU ndash Universidade das Naccedilotildees Unidas da ONU que compotildee

uma rede de mais de 80 centros no mundo e que visam promover a educaccedilatildeo

para a sustentabilidade (ESCRITOacuteRIO VERDE 2012)

Figura 5 - Localizaccedilatildeo do empreendimento em relaccedilatildeo agrave UTFPR e pontos estrateacutegicos

Fonte Google Earth (2011)

42 CONSTRUCcedilAtildeO DO ESCRITOacuteRIO VERDE

A ideacuteia foi concebida e projetada pelo Prof Dr Eloy Fassi Casagrande Jr

e a empresa ldquoEcoStudio ndash Soluccedilotildees Sustentaacuteveis em Arquitetura e Designrdquo

com apoio da Moacutedulo Arquitetura Sustentaacutevel e a TecVerde Engenharia Ltda

responsaacutevel pela adaptaccedilatildeo do projeto para o sistema construtivo wood-frame

baseado em tecnologia alematilde As Figuras 6 e 7 satildeo as plantas esquemaacuteticas

do EV a Figura 8 eacute o volume projetado e as Figuras 9 e 10 satildeo imagens do

Escritoacuterio finalizado O projeto arquitetocircnico estaacute disponiacutevel no Anexo 2

47

Figura 6 ndash Planta esquemaacutetica do piso teacuterreo do EV

Fonte A autora (2012)

Figura 7 ndash Planta esquemaacutetica do mezanino do EV

Fonte A autora (2012)

48

Figura 8 ndash Perspectiva lateral esquerda do Escritoacuterio Verde

Fonte CASAGRANDE JR (2012)

Figura 9 ndash Vista da lateral esquerda do Escritoacuterio Verde

Fonte Escritoacuterio Verde Online (2012)

Figura 10 ndash Vista dos fundos do Escritoacuterio Verde

Fonte Fonte Escritoacuterio Verde Online (2012)

49

A construccedilatildeo do EV iniciou-se em agosto de 2010 parcerias com a

parceria de aproximadamente 60 empresas que contribuiacuteram com a doaccedilatildeo de

produtos equipamentos e materiais de baixo impacto ambiental

estabelecendo um novo modelo da relaccedilatildeo escola-empresa A obra tambeacutem

contou com o apoio de diversos departamentos da UTFPR em especial o

DICEP ndash Divisatildeo de Conservaccedilatildeo de Edificaccedilotildees e Produccedilatildeo

O projeto foi idealizado seguindo o conceito de arquitetura bioclimaacutetica

possibilitando ventilaccedilatildeo cruzada aproveitamento da fachada norte para

captaccedilatildeo de energia solar a utilizaccedilatildeo de telhado verde que favorece o

conforto ambiental da edificaccedilatildeo entre outros

O Sistema construtivo Wood-frame agilizou a primeira etapa da obra

concluiacuteda em apenas 5 dias Na Figura 11 observa-se a montagem do EV

necessitando de um guindaste para levantamento das paredes que chegaram

ao canteiro de obra prontas de faacutebrica contribuindo com a geraccedilatildeo miacutenima de

resiacuteduos

Figura 11 ndash Montagem das paredes do Escritoacuterio Verde

Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011)

50

Na segunda fase da obra houve a colocaccedilatildeo da cobertura os paineacuteis de

acabamento externo e a colocaccedilatildeo das esquadrias Para o telhado optou-se

pelo sistema rdquoshinglerdquo Os acabamentos externos SmartSide e Siding Vinilico

foram aplicados apoacutes a colocaccedilatildeo de uma membrana hidroacutefuga (Figura 12)

que atua como barreira contra vento poeira vapor drsquoaacutegua e calor

Figura 12 ndash Aplicaccedilatildeo de manta hidroacutefuga nas paredes externas

Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011)

A terceira fase ocorreu em marccedilo de 2011 com a instalaccedilatildeo dos sistemas

sustentaacuteveis como coleta de aacutegua pluvial e sistema fotovoltaico Em paralelo

iniciou-se a fase de acabamento interno e execuccedilatildeo do telhado verde

conforme Figuras 13 e 14

Figura 13 ndash Sistema de moacutedulos em EVA Figura 14 ndash Execuccedilatildeo do telhado verde

Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011) Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011)

51

A Figura 15 demonstra a aplicaccedilatildeo de alguns acabamentos internos No

revestimento das paredes utilizaram-se placas decowall da empresa LP Brasil

no teto tem-se a aplicaccedilatildeo de placas termo-acuacutesticas em madeira mineralizada

suspensas no teto em perfis metaacutelicos o piso elevado foi revestido com

carpete fabricado com material reciclado e as luminaacuterias utilizam lacircmpadas

LED

Figura 15 ndash Revestimentos internos do EV

Fonte Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011)

O Escritoacuterio Verde completou 1 ano de operaccedilatildeo em 06 de dezembro de

2012 periacuteodo em que recebeu duas premiaccedilotildees Precircmio Guia do Estudante ndash

Destaque do Ano na categoria sustentabilidade premiaccedilatildeo da Editora Abril

em parceria com Santander Universidade e um Precircmio da ONU durante a

ldquoSeacutetima Conferecircncia dos Centros de Expertise em Educaccedilatildeo para o

Desenvolvimento Sustentaacutevelrdquo em Tongyeang na Coreacuteia do Sul por

contribuiccedilatildeo na participaccedilatildeo comunitaacuteria em praacuteticas para a sustentabilidade

52

5 RESULTADOS E DISCUSSOtildeES

51 AVALIACcedilAtildeO DO DESEMPENHO AMBIENTAL DO EV

Os resultados apresentados neste capiacutetulo foram dispostos seguindo a

mesma sequecircncia apresentada no referencial de operaccedilatildeo e uso Parte I ndash

Sistema de Gestatildeo da Operaccedilatildeo (SGO) As partes II III e IV foram compiladas

pois representam a Qualidade Ambiental do Edifiacutecio na Operaccedilatildeo (QAEop) e a

parte V - Qualidade Ambiental das Praacuteticas

511 SGO ndash Sistema de gestatildeo da operaccedilatildeo

Para o entendimento de alguns requisitos exigidos no SGO primeiramente

buscou-se a explicaccedilatildeo do SGE (sistema de gestatildeo do empreendimento)

exigido no inicio da fase programa considerado pelo AQUA como a ldquocoluna

vertebralrdquo da certificaccedilatildeo pois eacute a ferramenta para se alcanccedilar a qualidade

ambiental desejada O SGE quanto o SGO satildeo compostos pelos mesmos

itens

comprometimento do empreendedor - eacute a escolha do perfil de qualidade

ambiental desejado o qual deve ser justificado

implementaccedilatildeo e funcionamento - eacute o planejamento definiccedilatildeo de

competecircncias gestatildeo de contratos gestatildeo da comunicaccedilatildeo gestatildeo

documental responsaacuteveis por programar e monitorar cada accedilatildeo

gestatildeo do empreendimento - monitoramento avaliaccedilatildeo da qualidade

ambiental do edifiacutecio accedilotildees corretivas

aprendizagem revisatildeo - confrontar os resultados com os objetivos

definidos no perfil de qualidade ambiental

Primeiramente para definiccedilatildeo do perfil ambiental do edifiacutecio seguiu-se o

modelo sugerido pelo AQUA no referencial de 2007 (edifiacutecios novos) para

hierarquizaccedilatildeo das categorias em funccedilatildeo dos desafios ambientais

estabelecidos A avaliaccedilatildeo completa dos objetivos encontra-se no Anexo 2

A Tabela 2 representa o guia utilizado adaptado do modelo AQUA com

os pontos fortes definidos em cada categoria incluindo o item mobilidade

urbana pois eacute um dos pontos fortes considerados na implantaccedilatildeo do EV

53

Tabela 2 ndash Guia para hierarquizaccedilatildeo das categorias da QAE em funccedilatildeo dos desafios ambientais estabelecidos

EnergiaMaterias

primasAacutegua Ar Aacutegua Solo Ruiacutedos Odores

Local e construccedilatildeo

1 Relaccedilatildeo do edifiacutecio com o seu entorno

11 Consideraccedilatildeo do contexto F

12 Implantaccedilatildeo no terreno F F

2 Escolha integrada de produtos sistemas e processos construtivos

21 Adaptabilidade e durabilidade do edifiacutecio F

22 Escolhas de processos construtivos F F

23 Escolhas de produtos de construccedilatildeo F F

24 Fim de vida do edifiacutecio desconstrutibilidade reciclabilidade F F

3 Canteiro de obras

31 Produccedilatildeo de resiacuteduos identificaccedilatildeo gestatildeo dos resiacuteduos F

32 Incocircmodos e poluiccedilatildeo F F

33 Recursos - consumo de aacutegua e energia F

F = Relaccedilatildeo forte existente entre preocupaccedilatildeo e objetivo

Uma ceacutelula em branco natildeo significa necessariamente uma total ausecircncia de preocupaccedilatildeo

MO

BIL

IDA

DE

UR

BA

NA

OBJETIVOS DE CONTROLE DOS IMPACTOS AMBIENTAIS EXTERIORES E

INTERIORES DO EDIFICIO

Tabela 3 - Guia para a hierarquizaccedilatildeo das categorias de QAE em funccedilatildeo dos desafios ambientais estabelecidos

ME

LH

OR

AR

O

CO

NF

OR

TO

PR

ES

EE

RV

AR

A S

AU

DE

PREOCUPACcedilOtildeES AMBIENTAIS

PRESERVAR OS

RECURSOS

REDUZIR A

POLUICcedilAtildeO

REDUZIR OS

INCOMODOS

RE

DU

ZIR

OS

RE

SID

UO

S

Fonte A autora (2012)

Para o CREA-PR (2011) os deslocamentos natildeo devem ser tratados

apenas como a accedilatildeo de ir e vir mas a partir do conceito de mobilidade

acrescido da preocupaccedilatildeo com a sua sustentabilidade que pode ser traduzida

como o resultado de um conjunto de poliacuteticas de transporte e circulaccedilatildeo que

priorize os modos natildeo motorizados e coletivos de transporte e a acessibilidade

urbana visando tambeacutem as pessoas com deficiecircncia eou mobilidade reduzida

Apoacutes a definiccedilatildeo dos desafios ambientais a serem perseguidos

desenhou-se o perfil ambiental proposto para o Escritoacuterio Verde que pode ser

visualizado na Figura 16 4 categorias niacutevel bom 3 niacutevel superior e 7 niacutevel

excelente

54

Figura 16 ndash Perfil ambiental proposto para o EV

Fonte A autora (2011)

512 QAEop ndash Qualidade Ambiental do Edifiacutecio na Fase Operaccedilatildeo

A QAEop eacute composta por 3 partes Parte II ndash QI Qualidade Intriacutenseca

Parte III ndash MQI Melhoria da Qualidade Intriacutenseca Parte IV ndash CQI Controle da

Qualidade Intriacutenseca Cada categoria foi analisada conforme requisitos

exigidos no referencial AQUA de operaccedilatildeo e uso O campo avaliaccedilatildeo refere-se

ao atendimento ou natildeo do requisito exigido Os campos na coluna avaliaccedilatildeo

que ficaram em branco representam os itens que necessitam de maior

detalhamento para se proceder com a avaliaccedilatildeo

55

Categoria 1 ndash Relaccedilatildeo do edifiacutecio com seu entorno

1 Relaccedilatildeo do Edificio com seu entorno Avaliaccedilatildeo

QI 11

Coerecircncia no uso e operaccedilatildeo do empreendimento no terreno em relaccedilatildeo agraves poliacuteticas locais de

desenvolvimento urbano sustentaacutevel Atende

QI 12 Otimizar os acessos e gerenciar os fluxos Atende

QI 13 Gerenciar os modos de deslocamento e favorecer os menos poluentes Atende

QI 14 Preservar Melhorar a qualidade ecoloacutegica e paisagiacutestica do local do empreendimento Atende

QI 15 Preservar Melhorar a biodiversidade Atende

QI 16 Prevenir o risco de inundaccedilotildees e limitar a poluiccedilatildeo difusa Atende

QI 17 Garantir o conforto ambiental exterior satisfatoacuterio Atende

QI 18 Garantir a iluminaccedilatildeo exterior satisfatoacuteria e limitar os incocircmodos visuais para a vizinhanccedila Atende

QI 19 Limitar a poluiccedilatildeo sonora e garantir o direito agrave calma da vizinhanccedila Atende

QI 110 Garantir espaccedilos exteriores saudaacuteveis e garantir o direito agrave sauacutede dos ocupantes Atende

QI 111 Acessibilidade Accedilatildeo corretiva

Quadro 6 ndash Avaliaccedilatildeo categoria 1 - QI

Fonte Referencial AQUA (2010)

1 Avaliaccedilatildeo

CQI 11 Garantir a conservaccedilatildeo adequada dos espaccedilos exteriores atende

CQI 12 Otimizar as condiccedilotildees de conservaccedilatildeo dos espaccedilos exteriores atende

CQI 13 Supervisionar a qualidade do ar nos estacionamentos fechados Natildeo se aplica

CQI 14Garantir a conservaccedilatildeo e manutenccedilatildeo das instalaccedilotildees de resfriamento nos sistemas de

condicionamento de ar Natildeo se aplica

Relaccedilatildeo do Edificio com seu entorno

Quadro 7 ndash Avaliaccedilatildeo categoria 1 - CQI

Fonte Referencial AQUA (2010)

As consideraccedilotildees a seguir satildeo referentes aos criteacuterios avaliados na QI 13

QI 13 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo

B Atende

Medidas tomadas para limitar o nuacutemero de vagas de estacionamento em funccedilatildeo dos

meios de deslocamento apresentados (salvo recomendaccedilatildeo contraacuteria da legislaccedilatildeo) S E 1 Atende

Medidas tomadas para gerenciar da melhor forma as vagas disponiacuteveis para

estacionamento (sistemas automatizados vigilacircncia manobristas etc)S E 1 NA

Presenccedila de aacuterea de estacionamento reservada aos veiacuteculos limpos S E 1 Implantar

Presenccedila de aacuterea de estacionamento reservada aos veiacuteculos limpos equipados com

dispositivos que favoreccedilam a sua utilizaccedilatildeoS E 2 NA

Disponibilidade de bicicletaacuterios aos ocupantes do edifiacutecio S E 2 Implantar

Presenccedila de bicicletaacuterios em locais ou abrigos seguros e protegidos ou visiacuteveis a partir

de um posto de vigilacircncia (guarita etc)S E 3 Implantar

Presenccedila de espaccedilos comuns apropriados (vestiaacuterios chuveiros) para os funcionaacuterios

ciclistasS E 4 X

Garantir a proximidade com

os transportes coletivosImplantaccedilatildeo do projeto a menos de 400m de um ponto de transporte coletivo S E 1 Atende

NA - Natildeo se aplica

X - Natildeo haacute e sem possibilidade de adaptaccedilatildeo

Apresentaccedilatildeo da situaccedilatildeo atual em termos meios de deslocamento existentes no local do empreendimento

especialmente os menos poluentes

Veiacuteculos particulares

Favorecer o uso de veiacuteculos

limpos

Favorecer o uso de modos de

deslocamento menos

poluentes

Quadro 8 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 13

Fonte Referencial AQUA (2010)

56

O Escritoacuterio Verde estaacute localizado em regiatildeo central de Curitiba

possuindo um sistema puacuteblico de transporte composto por 26 linhas de

transporte coletivo as quais permitem a ligaccedilatildeo dos bairros ao centro da

cidade

A Rede Integrada de Transportes ndash RIT possui uma tarifa uacutenica com

embarque e desembarque em niacutevel nas ldquoEstaccedilotildees Tubordquo e em pontos de

ocircnibus ou terminais de integraccedilatildeo localizados em diversos pontos da cidade

A URBS ndash Urbanizaccedilatildeo de Curitiba SA eacute a empresa responsaacutevel pelas

accedilotildees estrateacutegicas de planejamento operaccedilatildeo e fiscalizaccedilatildeo que envolve os

serviccedilos essenciais de transporte e tracircnsito da cidade Exerce o controle do

transporte de toda Regiatildeo Metropolitana permitindo que a Rede de

Transportes de Curitiba seja integrada em acircmbito metropolitano

Proacuteximos ao empreendimento encontram-se linhas de transporte

interligando os principais eixos da cidade de Curitiba (a exemplo os eixos

Norte e Sul eixo Boqueiratildeo) permitindo assim a mobilidade dos usuaacuterios

Tambeacutem a 16 km do empreendimento estaacute a Estaccedilatildeo Rodoviaacuteria de Curitiba

responsaacutevel por centralizar o transporte coletivo intermunicipal interestadual e

internacional que tecircm a Cidade de Curitiba como ponto de partida de chegada

ou de escala

O Aeroporto Internacional Afonso Pena encontra-se a aproximadamente

164 km ou (40 min) do empreendimento no Municiacutepio de Satildeo Joseacute dos

Pinhais PR De modo a facilitar o deslocamento de usuaacuterios no sentido

aeroporto - rodoviaacuteria ndash aeroporto ndash esses tecircm agrave sua disposiccedilatildeo linha de

ocircnibus especial A linha faz ligaccedilatildeo com Aeroporto Internacional Afonso Pena

localizado em Satildeo Joseacute dos Pinhais - PR agrave Rodoferroviaacuteria e ao Centro de

Curitiba Sendo assim fomenta a mobilidade urbana restando ainda a

implantaccedilatildeo de um paraciclo e possivelmente reservar a aacuterea livre nos fundos

da edificaccedilatildeo para estacionamento exclusivo de veiacuteculos limpos

Criteacuterios de avaliaccedilatildeo QI 111 referente agrave acessibilidade

QI 111 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo

Respeito agraves regulamentaccedilotildees de acessibilidade e instalaccedilatildeo de sinalizaccedilatildeo adaptada agrave

funcionalidade dos espaccedilos externos__ Accedilatildeo corretiva

Em funccedilatildeo do local do empreendimento e das atividades presenccedila de espaccedilos de

conviacutevio de repouso ou de atividades particulares __ Accedilatildeo corretiva

Acessibilidade

Quadro 9 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 111

Fonte Referencial AQUA (2010)

57

O referencial natildeo apresenta o niacutevel de avaliaccedilatildeo do item QI 111 pois se

trata de um item obrigatoacuterio

O EV ainda natildeo atende alguns requisitos exigidos pela a ABNTNBR

90502004 Seguem alguns pontos da normativa para accedilotildees corretivas

Item 6711 - Os corrimatildeos devem ser instalados em ambos os lados

dos degraus isolados das escadas fixas e das rampas

Item 55 - Sinalizaccedilatildeo visual

Item 724 ndash Barra de apoio em sanitaacuterio

Item 7314 - Bacia com altura inferior

Item 7362 ndash Lavatoacuterios suspensos

Quanto o acesso ao mezanino entende-se que as mesmas atividades

podem ser desenvolvidas no piso teacuterreo natildeo necessitando de adaptaccedilatildeo para

acesso ao mezanino

Categoria 2 ndash Escolha integrada de produtos sistemas e processos

construtivos

O texto informado na QI da categoria 2 (paacuteginas 8 e 9 de 29) eacute o mesmo

descrito na CQI (paacuteginas 3 e 4 de 26) necessitando de revisatildeo

2 Avaliaccedilatildeo

QI 21 Assegurar a facilidade de acesso para a conservaccedilatildeo do edifiacutecio Atende

QI 22

Inventaacuterio das informaccedilotildees conhecidas a respeito dos produtos de construccedilatildeo presentes no

empreendimento Atende

Escolha integrada de produtos sistema e processos construtivos

Quadro 10 ndash Avaliaccedilatildeo categoria 2 - QI

Fonte Referencial AQUA (2010)

2 Avaliaccedilatildeo

MQI 21 Consideraccedilatildeo da adaptabilidade durante as atividades de renovaccedilatildeo Atende

MQI 22 Consideraccedilatildeo da durabilidade durante as atividades de renovaccedilatildeo Atende

MQI 23

Consideraccedilatildeo da facilidade de conservaccedilatildeo e da limitaccedilatildeo dos impactos ambientais das rotinas

de conservaccedilatildeo durante a renovaccedilatildeo dos revestimentos internos Atende

MQI 24 Consideraccedilatildeo do impacto ambiental na renovaccedilatildeo dos revestimentos internos Atende

MQI 25 Responsabilidade no uso da madeira nas atividades de renovaccedilatildeo Atende

MQI 26

Consideraccedilatildeo do impacto sanitaacuterio relativo agrave qualidade do ar interno na renovaccedilatildeo dos

revestimentos internos Atende

Escolha integrada de produtos sistema e processos construtivos

Quadro 11 ndash Avaliaccedilatildeo categoria 2 - MQI

Fonte Referencial AQUA (2010)

58

Criteacuterios avaliados no item QI 22

QI 22 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo

A situaccedilatildeo atual em termos de conhecimento dos impactos ambientais na escala do

empreendimento e sobre sua vida uacutetil considerando o uso de recursos renovaacuteveis a

incorporaccedilatildeo de resiacuteduos ou material reciclado como mateacuteria-prima o consumo de

recursos naturais a desmontabilidade e a possibilidade de reuso reciclagem a

geraccedilatildeo de resiacuteduos e na medida do possiacutevel a emissatildeo de gases contribuintes para

o EE n(efeito estufa) e a destruiccedilatildeo da camada de ozocircnio

A situaccedilatildeo atual em termos de conhecimento das emissotildees de COV e formaldeiacutedos

Valorizaccedilatildeo do

conhecimento da

contribuiccedilatildeo dos

produtos de

construccedilatildeo aos

impactos

ambientais e

sanitaacuterios do

empreendimento

Conhecimento dos impactos ambientais de 50 dos elementos da famiacutelia de produtos

de obra limpa na escala do empreendimento e sobre sua vida uacutetil considerando o

consumo de recursos naturais a desmontabilidade e a possibilidade de reuso

reciclagem a geraccedilatildeo de resiacuteduos

E 2 Atende

Conhecimento dos impactos ambientais de 50 dos elementos da famiacutelia de produtos

de obra limpa na escala do empreendimento e sobre sua vida uacutetil considerando o

consumo de recursos naturais a desmontabilidade e a possibilidade de reuso

reciclagem a geraccedilatildeo de resiacuteduos

E 2 Atende

Idem acima e conhecimento dos impactos ambientais de 50 dos elementos da famiacutelia

de produtos de obra limpa na escala do empreendimento e sobre sua vida uacutetil

considerando o uso de recursos renovaacuteveis a incorporaccedilatildeo de resiacuteduos ou material

reciclado como mateacuteria-prima a emissatildeo de gases contribuintes para o EE e a

destruiccedilatildeo da camada de ozocircnio

E 5 Atende

Conhecimento das emissotildees de COV e formaldeiacutedos para 25 dos elementos da

famiacutelia de revestimentos internos (piso parede teto produtos de acabamento)E 2 Atende

Conhecimento das emissotildees de COV e formaldeiacutedos para 50 dos elementos da

famiacutelia de revestimentos internos (piso parede teto produtos de acabamento)E 5 Atende

A partir do

inventaacuterio de

materiais de

construccedilatildeo

(desenvolvido no

SGO) apresentar

para a famiacutelia de

produtos da obra

limpa (definidas

B

Valorizaccedilatildeo do

conhecimento da

contribuiccedilatildeo dos

produtos de

construccedilatildeo aos

impactos

ambientais e

sanitaacuterios do

empreendimento

Atende

Quadro 12 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 111

Fonte Referencial AQUA (2010)

O sistema construtivo utilizado foi o Wood Frame que possibilita a

construccedilatildeo de edificaccedilotildees mais eficientes uma vez que apresenta benefiacutecios

econocircmicos e ambientais Desenvolvida a mais de 100 anos na Ameacuterica do

Norte atualmente 90 das casas suecas e canadenses e mais de 75 das

americanas utilizam esta tecnologia

Os paineacuteis de OSB utilizados no processo construtivo permitem a

concepccedilatildeo de empreendimentos de ateacute 8 pavimentos A tecnologia incorpora

alguns dispositivos para racionalizar o consumo de aacutegua e energia aleacutem disso

a seleccedilatildeo de materiais contribui a reduccedilatildeo do impacto gerado durante a fase

de implantaccedilatildeo A madeira de reflorestamento utilizada eacute material renovaacutevel

com baixo consumo energeacutetico e boa possibilidade de aproveitamento dos

resiacuteduos aleacutem de contribuir positivamente na renovaccedilatildeo do ar (GOIS

CASAGRANDE JR 2011) A montagem dos paineacuteis em faacutebrica demorou

59

apenas 12 dias depois de fabricados e transportados em 5 dias foi possiacutevel

montar a estrutura do EV in loco

A TecVerde foi a empresa responsaacutevel pela fabricaccedilatildeo e execuccedilatildeo de

toda obra execuccedilatildeo de projetos estruturais de montagem e detalhamento para

o sistema construtivo Possui faacutebrica na regiatildeo metropolitana de Curitiba em

Pinhais ndash PR onde realiza a produccedilatildeo das edificaccedilotildees

No caso do Escritoacuterio Verde foi executado um radier de 12cm utilizando

concreto usinado (cimento CP V-ARI Cimento Portland alta resistecircncia inicial)

sobre a base de concreto da quadra poliesportiva (Figura 17) Este

procedimento serve para ancoragem das paredes (Figura 18) e as eleva para

evitar o contato com aacutegua que eventualmente pode pairar sobre a quadra em

funccedilatildeo de uma chuva mais forte

Figura 17ndash Execuccedilatildeo do radier Figura 18ndash Ancoragem das paredes

Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011) Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011)

As paredes foram montadas com OSB em caibros de pinus tratado

(Figura 19) jaacute com a manta de PET reciclado de 75 mm (Figura 20) e manta de

pneu reciclado de 8 mm (Figura 21) para isolamento teacutermico-acuacutestico Depois

de erguidas no local da obra receberam os acabamentos da empresa LP

Brasil sendo que no lado externo foi aplicada uma membrana hidroacutefuga

utilizada como barreira de vapor satildeo peliacuteculas que visam evitar que a aacutegua da

chuva e a umidade interna penetrem na parede protegendo a estrutura e

aumentando sua durabilidade finalizando com painel Smartside e Siding

60

Vinilico (Figura 22 e 23) aleacutem do painel TechShield (Figura 25) para base do

telhado

Figura 19 - Modelo construtivo wood frame

Fonte DOMUS STUDIO ARQUITETURA (2011)

Figura 20 - Manta de PET reciclado Figura 21- Manta de pneu reciclado

Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011) Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011)

A latilde de PET e a manta de pneu (Figuras 20 e 21) foram usadas como

isolantes termoacuacutestico no Escritoacuterio Verde e satildeo 100 reciclaacuteveis Aleacutem do

fato da latilde natildeo causar coceira dispensa o uso de EPIrsquos (como no caso da latilde de

vidro) e eacute um produto natildeo canceriacutegeno antialeacutergico No entanto a manta de

pneu natildeo haacute informaccedilotildees suficientes sobre a toxidade da fumaccedila emitida

quando em processo de combustatildeo

61

Figura 22 - Painel Smartside

Fonte LP BRASIL (2012)

Figura 23 - Siding Vinilico

Fonte Escritoacuterio Verde Online (2012)

Figura 24 - Painel TechShield

Fonte LP BRASIL (2012)

62

Os paineacuteis SmartSide foram desenvolvidos exclusivamente para uso

como revestimentos externos e internos de paredes Possuem tripla funccedilatildeo

pois aleacutem de revestir e vedar as paredes tambeacutem auxiliam no

contraventamento da estrutura Satildeo protegidos contra o ataque de cupins e a

degradaccedilatildeo de fungos e recebem como revestimento uma peliacutecula que confere

ao produto aparecircncia da madeira natural O produto anti-cupim que tem Borato

de Zinco como base confere uma garantia de 20 anos por parte da empresa

No Escritoacuterio Verde foi usado o modelo Painel H (painel com ranhuras

horizontais) de largura 122 m comprimento 488 m espessura 111 mm e

ranhuras a cada 200 mm

Os paineacuteis TechShield satildeo paineacuteis de OSB revestidos em uma das faces

com foil de alumiacutenio que garante uma menor absorccedilatildeo do calor proveniente

dos raios solares O TechShield pode ser aplicado sobre telhados ou em

paredes melhorando o desempenho teacutermico das construccedilotildees pois reflete 97

da radiaccedilatildeo solar reduz em ateacute 10 a temperatura do aacutetico ou soacutetatildeo e otimiza

a matildeo de obra jaacute que tem incorporado o foil de alumiacutenio Eacute fabricado no

formato de 120 x 240 m e espessura de 111 mm

Internamente foram aplicados o painel Decowall e placa cimentiacutecia

(Figuras 25 e 26) Outros produtos da LP Brasil empregados no projeto foram

as Vigas I (Figuras 27 e 28) e as telhas Shingle (Figura 29)

Figura 25 ndash Painel Decowall Figura 26 ndash Placa cimentiacutecia

Fonte LP BRASIL (2012) Fonte PlacLux (2012)

63

Figura 27 ndash Vigas I Figura 28 ndash Passagem da tubulaccedilatildeo na viga I

Fonte LP BRASIL (2012) Fonte LP BRASIL (2012)

As vigas I forma utilizadas na estrutura da cobertura e laje do mezanino

satildeo leves riacutegidas e de alta resistecircncia projetadas para suportar grandes

cargas permitindo a aplicaccedilatildeo em grandes vatildeos com resistecircncia uniforme e

constante sem que haja flambagem ou torccedilotildees em sua estrutura melhorando

a qualidade e solidez de pisos e forros Possui altura de 241 cm largura de

63 cm comprimento de 119 cm e peso de 403 kg

Figura 29 - Modelo construtivo da cobertura em wood frame

Fonte LP BRASIL (2012)

A LP Telha Shingle eacute composta por uma manta de fibra de vidro saturada

em asfalto e gracircnulos ceracircmicos sendo quatro vezes mais leve que outras

64

telhas Eacute resistente a ventos de ateacute 100 kmh Possui excelente resistecircncia

mecacircnica e suas dimensotildees satildeo 336 x 1000 mm O sistema foi composto por

estrutura de madeira contraventada por paineacuteis LP OSB Home Plus estrutural

que servem de base para a aplicaccedilatildeo da LP Subcobertura e da LP Telha

Shingle A LP Subcobertura protege e garante a estanqueidade da cobertura

O projeto do Escritoacuterio Verde estabeleceu parceria com a empresa MADO

de Satildeo Paulo para fabricar todas as janelas com vidro duplo em madeira lyptus

reflorestada algumas com o sistema abrir e tombar (Figura 30) esse uacuteltimo

possibilita a ventilaccedilatildeo indireta podendo ser aberta mesmo em dias de chuva

sem a entrada de aacutegua Os vidros duplos das janelas foram doados pela

empresa Cebrace

Figura 30 ndash Sistema tombar para ventilaccedilatildeo indireta

Fonte MADO (2012)

No piso do teacuterreo do Escritoacuterio Verde sobre o radier foi colocado o piso

elevado da empresa REMASTER que permite todo cabeamento eleacutetrico e de

loacutegica por baixo do mesmo O piso modular e feito em polipropileno sendo

mais de 80 de material reciclado conferindo para cada peccedila uma leveza

65

maior do que os produtos similares menos de 3 kg A facilidade de manuseio

rapidez na instalaccedilatildeo e a mobilidade da soluccedilatildeo permite reaproveitamento na

mudanccedila preservando mais de 98 do seu investimento

Figura 31 ndash Piso elevado modular

Fonte REMASTER (2012)

O acabamento colocado sobre o piso elevado foi o carpete modular

reciclados e reciclaacuteveis da Interface FLOR que usa o sistema tactile (Figura 32)

que reduz o impacto ambiental dos produtos adesivos na instalaccedilatildeo do

carpete Fabricados em placas de (50 x 50 cm) unem-se entre si para criar uma

instalaccedilatildeo duraacutevel sem ter que fixar permanentemente o carpete ao piso

Possui tambeacutem capa hipoalergecircnica que evita a proliferaccedilatildeo de agentes

aleacutergicos

Figura 32 ndash Carpete modular com sistema tactile

Fonte Interface FLOR (2012)

Nas instalaccedilotildees hidrossanitaacuterias foram utilizados tubos de PVC da

empresa AMANCO para o esgoto e tambeacutem o sistema PEX (Polietileno de Alta

Densidade Reticulado) para aacutegua quente e fria nos banheiros o hydro-pex da

66

empresa EPEX Trata-se de um sistema mais econocircmico de grande

flexibilidade e facilidade na instalaccedilatildeo e alta durabilidade

Figura 33 ndash Sistema hidro-pex

Fonte EPEX (2012)

Categoria 3 ndash Canteiro com baixo impacto ambiental

3 Avaliaccedilatildeo

CQI 31 Gestatildeo de resiacuteduos de conservaccedilatildeo e manutenccedilatildeo produzidos durante as intervenccedilotildees Atende

CQI 32 Otimizar as condiccedilotildees de retirada dos resiacuteduos de conservaccedilatildeo e manutenccedilatildeo Atende

CQI 33 Otimizar a eliminaccedilatildeo dos resiacuteduos de conservaccedilatildeo e manutenccedilatildeo Atende

CQI 34 Limitar os incocircmodos causados pelas intervenccedilotildees de conservaccedilatildeo e manutenccedilatildeo Atende

Canteiro de obra com baixo impacto ambiental

Quadro 13 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI

Fonte Referencial AQUA (2010)

A categoria 3 na fase operaccedilatildeo natildeo consta na parte I do referencial (QI)

pois eacute aplicada somente quando haacute manutenccedilatildeo no edifiacutecio

O Escritoacuterio necessitou de pequenas intervenccedilotildees e grande parte dos

resiacuteduos foi aproveitada no proacuteprio canteiro e outros como embalagens

plaacutesticas ou papelatildeo foram destinados para reciclagem Mas no sistema de

gestatildeo eacute necessaacuterio prever um plano de gestatildeo de resiacuteduos da construccedilatildeo

civil

67

Categoria 4 ndash Gestatildeo de energia

4 Avaliaccedilatildeo

QI 41 Melhorar a aptidatildeo da envoltoacuteria para limitar desperdiacutecios

QI 42 Melhorar a aptidatildeo do edifiacutecio para reduzir suas necessidades energeacuteticas

QI 43

Reduzir o consumo de energia primaacuteria devido ao aquecimento resfriamento agrave iluminaccedilatildeo ao

aquecimento de aacutegua agrave ventilaccedilatildeo e aos equipamentos auxiliares Atende

QI 44 Recorrer agraves energias renovaacuteveis locais Atende

QI 45 Conhecer as poluiccedilotildees causadas pelo consumo de energia Atende

QI 46 Conhecer a influecircncia dos sistemas de controle no desempenho energeacutetico do edifiacutecio Atende

Gestatildeo de Energia

Quadro 14 ndash Avaliaccedilatildeo categoria 4 ndash QI

Fonte Referencial AQUA (2010)

4 Avaliaccedilatildeo

MQI 41 Melhoria do desempenho energeacutetico do edifiacutecio Atende

Gestatildeo de Energia

Quadro 15 ndash Avaliaccedilatildeo categoria ndash MQI

Fonte Referencial AQUA (2010)

4 Avaliaccedilatildeo

CQI 41 Desempenho global do consumo de energia Atende

CQI 42 Desempenho global das emissotildees relacionadas ao consumo de energia Atende

CQI 43 Otimizar o acompanhamento do consumo de energia Atende

CQI 44 Analisar regularmente os consumos de energia Atende

CQI 45 Instalaccedilatildeo de um serviccedilo de eficaacutecia energeacutetica Atende

CQI 46 Garantir o controle dos equipamentos frigoriacuteficos e climaacuteticos Natildeo se aplica

Gestatildeo de Energia

Quadro 16 ndash Avaliaccedilatildeo categoria ndash CQI

Fonte Referencial AQUA (2010)

Criteacuterios avaliados no item QI 44

QI 44 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo

B Atende

Exploraccedilatildeo de modalidades energeacuteticas locais de origem renovaacutevel Explicitaccedilatildeo da

porcentagem de cobertura das necessidades pelas energias locais de origem renovaacutevel

(detalhada por uso final energeacutetico) Anaacutelise e justificativa da pertinecircncia da modalidade

escolhida

E 2 Atende

- Mais de 30 do consumo de energia para o sistema de aquecimento eacute garantido por

uma EnRE 1 NA

- Mais de 10 do consumo de energia para o sistema de resfriamento eacute garantido por

uma EnRE 1 NA

- Mais de 30 do consumo de energia para o aquecimento de aacutegua eacute garantido por

uma EnRE 1 NA

- Edifiacutecio possui sistema de produccedilatildeo de energia eleacutetrica a partir de energias

renovaacuteveis garantindo uma produccedilatildeo anual de eletricidade de mais de 25kWhmsup2 de

aacuterea uacutetil em energia primaacuteria

E 1 Atende

- O edifiacutecio estaacute equipados de bombas a calor de alto desempenho E 1 NA

NA - Natildeo se aplica

Pontos

complementares

desempenho da

modalidade

explorada

Reflexatildeo sobre o uso das energias renovaacuteveis locais (EnR)

Quadro 17ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 44

Fonte Referencial AQUA (2010)

68

O EV possui dois sistemas fotovoltaicos distintos um sistema conectado agrave

rede eleacutetrica - SFCR com uma potecircncia instalada de 21 kWp (10 moacutedulos

KYOCERA de tecnologia de siliacutecio policristalino modelo KD210GXLP ligados

em seacuterie) e um inversor monofaacutesico em 220V de 2kW de potecircncia nominal

(PVPOWERED modelo PVP2000) que entrou em operaccedilatildeo em 14 de

dezembro de 2011 A aacuterea ocupada na cobertura da edificaccedilatildeo para esse

painel eacute de 15 msup2 (URBANETZ JR CASAGRANDE JR 2010)

Um SFCR eacute basicamente composto de um painel fotovoltaico que

converte a energia do sol em energia eleacutetrica em corrente contiacutenua e um

inversor que converte a corrente contiacutenua em corrente alternada com tensatildeo

e frequecircncia compatiacuteveis com a rede eleacutetrica da concessionaacuteria ao qual o

sistema estaacute interligado As principais vantagens desse tipo de sistema satildeo

elevada produtividade ausecircncia de banco de baterias e desligamento

automaacutetico no caso de falta de energia da rede (URBANETZ JR

CASAGRANDE JR 2010)

O sistema fotovoltaico isolado (SFI) eacute composto por um painel de 10

moacutedulos KYOCERA de tecnologia de siliacutecio policristalino modelo KC85T

sendo divido em dois subsistemas oito moacutedulos formam um sistema com

barramento CC em 24 V e os outros dois moacutedulos formam um sistema com

barramento CC em 12 V cada subsistema utiliza um controlador de carga do

tipo PWM alimentando um banco de baterias formado por 16 e 12 baterias

respectivamente As baterias satildeo do tipo chumbo-aacutecido para uso em sistemas

fotovoltaicos (marca PIONEIRO com 65 Ah cada) potencial ainda natildeo

utilizado (URBANETZ JR CASAGRANDE JR 2010)

Figura 34 ndash Painel fotovoltaico

Fonte Escritoacuterio Verde Online (2012)

69

O SFI eacute basicamente composto de um painel FV controlador de carga

banco de baterias e inversor Normalmente satildeo instalados em locais sem

acesso agrave rede eleacutetrica convencional mas podem tambeacutem ser utilizados para

atender cargas especiais de forma ininterrupta independente da rede eleacutetrica

da concessionaacuteria (URBANETZ JR CASAGRANDE JR 2010)

A anaacutelise do desempenho do SFCR do se baseia nos valores de energia

gerada durante estes primeiros dez meses de operaccedilatildeo e nos valores de

irradiaccedilatildeo incidentes no painel FV A partir da energia gerada e da irradiaccedilatildeo

incidente satildeo apresentados os iacutendices de meacuterito do SFCR em anaacutelise estes

iacutendices satildeo yield (produtividade) performance ratio (taxa de desempenho) e

fator de capacidade (URBANETZ JR CASAGRANDE JR 2012)

Desde a sua entrada em operaccedilatildeo em 14 de dezembro de 2011 ateacute 14 de

junho de 2012 (seis meses de operaccedilatildeo) gerou 13 MWh o que permite

projetar a geraccedilatildeo para cerca de 26 MWhano A geraccedilatildeo de energia eleacutetrica eacute

proporcional a irradiaccedilatildeo incidente no painel FV nos meses de veratildeo (maior

incidecircncia solar) haveraacute maior geraccedilatildeo de energia eleacutetrica e nos meses de

inverno (menor incidecircncia solar) haveraacute menor geraccedilatildeo A Tabela 3 apresenta

os valores de energia gerados em cada mecircs de operaccedilatildeo e a Tabela 4 a

energia diaacuteria meacutedia em cada mecircs de operaccedilatildeo (URBANETZ JR

CASAGRANDE JR 2012)

Tabela 3 ndash Energia gerada em cada mecircs de operaccedilatildeo do SFCR do EV

Fonte URBANETZ JR CASAGRANDE JR (2012)

Tabela 4 ndash Energia diaacuteria meacutedia gerada em cada mecircs de operaccedilatildeo do SFCR do EV

Fonte URBANETZ JR CASAGRANDE JR (2012)

70

Com a aprovaccedilatildeo feita pela Agecircncia Nacional de Energia Eleacutetrica

(ANEEL) do Sistema de Compensaccedilatildeo de Energia a proposta desenvolvida

pelo EV passou a ser viaacutevel economicamente O trabalho pioneiro

desenvolvido Sistema Fotovoltaico Conectado agrave Rede Eleacutetrica (SFCR) tem um

funcionamento ininterrupto limpo e silencioso

Categoria 5 ndash Gestatildeo da aacutegua

5 Avaliaccedilatildeo

QI 51 Garantir economia de aacutegua potaacutevel nos sanitaacuterios Atende

QI 52

Garantir economia de aacutegua potaacutevel para irrigaccedilatildeo dos espaccedilos verdes limpeza das aacutereas ou

outros usos Atende

QI 53 Gestatildeo das aacuteguas pluviais no local do empreendimento Atende

QI 54 Gestatildeo das aacuteguas de escoamento poluiacutedas Natildeo se aplica

QI 55 Gestatildeo das aacuteguas servidas Atende

Gestatildeo da Aacutegua

Quadro 18 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI

Fonte Referencial AQUA (2010)

5 Avaliaccedilatildeo

MQI 51 ManutenccedilatildeoMelhoria da qualidade ambiental intriacutenseca relativa agrave gestatildeo da aacutegua Atende

MQI 51 Escolha dos equipamentos durante as atividades de renovaccedilatildeo Atende

Gestatildeo da Aacutegua

Quadro 19 ndash Criteacuterios avaliados ndash MQI

Fonte Referencial AQUA (2010)

5 Avaliaccedilatildeo

CQI 51 Desempenho global do consumo de aacutegua Atende

CQI 52 Otimizar o acompanhamento do consumo d aacutegua Atende

CQI 53 Limitar o risco de vazamentos Atende

CQI 54 Analisar regularmente os consumos de aacutegua Atende

CQI 55 Otimizar a manutenccedilatildeo dos equipamentos de gestatildeo da aacutegua

CQI 56 Garantir o acompanhamento da demanda de intervenccedilotildees nas instalaccedilotildees hidraacuteulicas

Gestatildeo da Aacutegua

Quadro 20 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI

Fonte Referencial AQUA (2010)

Com relaccedilatildeo ao item 52 ndash medidas tomadas para economizar aacutegua (Quadro 21) Para realizar as mediccedilotildees de consumo de aacutegua foram instalados no escritoacuterio verde dois hidrocircmetros padratildeo SANEPAR (Companhia de saneamento do Paranaacute) Estes foram instalados em dois pontos estrateacutegicos um que apresenta o consumo total da aacutegua potaacutevel da edificaccedilatildeo denominado de hidrocircmetro 1 e outro que aponta o consumo de aacutegua da chuva hidrocircmetro 2

71

Os criteacuterios de avaliaccedilatildeo apresentados satildeo QI 52 e QI 53

QI 52 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo

na irrigaccedilatildeo dos espaccedilos verdes e ou limpeza das aacutereas E 2 Atende

nos sistemas de energia e ou nos sistemas especiacuteficos relacionados ao proacuteprio

uso do edifiacutecioE 1 NA

nos usos de balneaacuterio (tipologia hoteacuteis) E 1 NA

QI 53 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo

B Atende

20 a 40E 2 Atende

lt 20 E 5 -----

2 a 10

E 2 -----

gt 10

E 5 Atende

NA - Natildeo se aplica

Medidas tomadas

para economizar

aacutegua

Em funccedilatildeo do estudo de integraccedilatildeo do empreendimento no terreno determinaccedilatildeo do coeficiente de

impermeabilizaccedilatildeo e da vazatildeo de escoamento presentes

Coeficiente de

impermeabilizaccedilatildeo

presente (para local

pouco urbanizado)

Percentual de

melhoria do

coeficiente de

impermeabilizaccedilatildeo

em relaccedilatildeo agrave

situaccedilatildeo anterior agrave

construccedilatildeo do

empreendimento

(para local

Quadro 21 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 52 e 53

Fonte Referencial AQUA (2010)

O Quadro 22 apresenta as fontes consumidoras existentes no escritoacuterio

foram efetuadas mediccedilotildees em dois pontos de consumo um apresenta a

quantidade de aacutegua potaacutevel consumida e o outro o volume de aacutegua utilizada

pelo sistema de captaccedilatildeo de aacutegua da chuva em pouco mais de 100 msup2 de

telhados respectivamente apresentados nas Tabelas 5 e 6 Os hidrocircmetros

foram instalados no dia 22 de marccedilo sendo que nesta data a leitura eacute igual a

zero Conforme dados da SANEPAR o valor de consumo diaacuterio de aacutegua

potaacutevel aplicado em edifiacutecios de escritoacuterio corresponde 50 litros de aacutegua por

pessoa Esta estimativa foi utilizada como referecircncia para comparativo dos

nuacutemeros levantados no escritoacuterio

Aacutegua Fonte consumidora Local

Potaacutevel Torneira c sensor de presenccedila cuba Copa

Potaacutevel Torneira c sensor de presenccedila lavatorio BWC - Masculino

Potaacutevel Torneira c sensor de presenccedila lavatoacuterio BWC - Feminino

Reuso Vaso sanitaacuterio BWC - Masculino

Reuso Vaso sanitaacuterio BWC - Feminino

Reuso Torneira de jardim Jardim

Reuso Sistema de irrigaccedilatildeo Jardim vertical Quadro 22 ndash fontes consumidoras de aacutegua

72

Tabela 5 ndash Consumo de aacutegua potaacutevel no EV

Fonte NOVAES(2013)

Tabela 6 ndash Consumo de aacutegua de pluvial

Fonte NOVAES (2013)

O sistema de coleta de aacutegua da chuva eacute composto por filtros alematildees de

accedilo inox WISY representados no estado do Paranaacute pela empresa Acquatech e

pela Aquastock em Satildeo Paulo A aacutegua eacute captada do telhado do bloco principal

da edificaccedilatildeo com aacuterea de 111 msup2 sendo armazenado em uma cisterna de

1500 litros da empresa ARBO (Figura 33) com tratamento ultravioleta

73

colocada sobre uma base de concreto A Figura 34 ilustra o sistema de coleta

de aacutegua pluvial

O filtro de descida tem a funccedilatildeo de descartar a sujeira do telhado e uma

boia flutuante com outro filtro para as impurezas da aacutegua Uma bomba

pressurizadora alimentada por um painel fotovoltaico de 130 W faz com que a

aacutegua chegue aos vasos sanitaacuterios a uma torneira externa e tambeacutem tem a

funccedilatildeo de irrigar o jardim vertical (Figura 35)

Figura 35 ndash Cisterna e filtros do EV Figura 36ndash Modelo de sistema de coleta de aacutegua pluvial

Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011) Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011)

74

Figura 37 ndash Jardim vertical do EV

Fonte A autora (2012)

Um dos fatores que favorece a instalaccedilatildeo de sistemas de coleta de aacutegua

com esta funccedilatildeo na cidade de Curitiba eacute o iacutendice pluviomeacutetrico da cidade que

eacute considerado satisfatoacuterio A Tabela 7 mostra as medias histoacutericas informadas

pelo SIMEPAR (Sistema meteoroloacutegico do Paranaacute)

Tabela 7 ndash Meacutedias histoacutericas - iacutendice pluviomeacutetrico

Fonte SIMEPAR (2012)

Consideraccedilatildeo quanto ao item QI 53 coeficiente de impermeabilizaccedilatildeo

Antes da construccedilatildeo do empreendimento estudado o terreno em questatildeo era

ocupado por uma quadra poliesportiva de concreto com o coeficiente de

impermeabilizaccedilatildeo de 095 (Tabela 8)

75

Tabela 8 ndash Coeficiente de impermeabilizaccedilatildeo do terreno antes da implantaccedilatildeo do EV

Aacuterea total (msup2) 4182

Aacuterea impermeaacutevel (msup2) 39882

Coeficiente impermeabilizaccedilatildeo anterior ao empreendimento 095 Fonte NOVAES (2013)

Com a implantaccedilatildeo do EV o coeficiente novamente calculado ficou em

057 pois quase todos os pisos externos satildeo permeaacuteveis e a edificaccedilatildeo possui

aproximadamente 100 msup2 de telhado verde (tabela 9)

Tabela 9 ndash Coeficiente de impermeabilizaccedilatildeo do terreno apoacutes a implantaccedilatildeo do EV

Aacuterea total (msup2) 4182

Aacutereas impermeaacuteveis (msup2)

Deck frontal 633

Concreto lateral direita 2061

Deck Fundos 3283

Concreto lateral esquerda 1944

Entrada carro 7752

Telhado (coef Minoraccedilatildeo 07) 819

Total (msup2) 23864

Coeficiente impermeabilizaccedilatildeo apoacutes o empreendimento 057

Melhoria do coeficiente de impermeabilizaccedilatildeo 40 Fonte NOVAES (2013)

Os pisos externos utilizados no EV satildeo compostos por

piso desenvolvido em borracha de pneu reciclado em formato de

lajotas (peccedilas nas medidas 45 X 45 cm) dentre suas qualidades pode-se

destacar sua flexibilidade e funcionalidade por ser drenante e antiderrapante

Figura 38 ndash Piso drenante borracha de pneu

Fonte httpwwwcacaruidoscombr (2012)

76

o plastfloor eacute um pavimento plaacutestico reciclado que estrutura o solo e

mantecircm a permeabilidade devido ao seu formato alveolar vazado podendo ser

preenchido por pedras ou grama no EV optou-se pela utilizaccedilatildeo de pedras

Figura 39 ndash Piso plast floor

Fonte httpwwwplastfloorcombr (2012)

iso tecnogran composto de agregados rochosos que passam por uma

prensagem especial para manter os espaccedilos entre os agregados e com isto

permite a drenagem da chuva entre os gratildeos aleacutem de ser antiderrapante

Figura 40 ndash Piso drenante tecnogran

Fonte httpwwwtecnograncombrespecificacaodrenantehtml (2012)

Categoria 6 ndash Gestatildeo de resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo do edifiacutecio

6 Avaliaccedilatildeo

CQI 61 Otimizar as condiccedilotildees de retirada dos resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo Atende

CQI 62 Otimizar as condiccedilotildees de retirada dos resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo Atende

CQI 63 Garantir o acompanhamento dos resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo regulamentados Atende

CQI 64 Otimizar a eliminaccedilatildeo dos resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo Atende

Gestatildeo dos residuos de uso e operaccedilatildeo do edificio

Quadro 23 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI

Fonte Referencial AQUA (2010)

77

Os coletores foram dispostos no EV da seguinte maneira

Coletor de cor marrom para resiacuteduos compostaacuteveis (resto de alimentos

entre outros)

Coletor de cor verde para reciclaacuteveis (papel papelatildeo jornal revista

plaacutesticos em geral inclusive PET latas de alumiacutenio embalagens longa vida

latas de alimentos engradados embalagens de biscoito)

Os coletores de cor cinza para natildeo reciclaacuteveis (papel higiecircnico

guardanapo sujo espelho papel de bala isopor esponjas de lavar louccedilas

esponjas de accedilo canudo carga de caneta) estatildeo dispostos na copa e nos

banheiros

O coletor menor eacute para coleta de resiacuteduos perigosos como pilhas e

baterias

O EV tambeacutem participa de dois programas na aacuterea de resiacuteduos

REZTO ndash Resiacuteduo Zero Tecnoloacutegico e Orgacircnico

Uma continuidade do Programa de Gerenciamento de Resiacuteduos do

Cacircmpus Curitiba-PGRCC que avaliou os resiacuteduos gerados pelos

departamentos da UTFPR e agora implanta os procedimentos para sua coleta

armazenamento reuso reciclagem e tratamento adequado dentro de um

plano de gestatildeo e educaccedilatildeo ambiental

ndash Tratando Resiacuteduos Eletrocircnicos e da Computaccedilatildeo

Estudar soluccedilotildees para reaproveitamento e tratamento apropriado de

computadores e equipamentos perifeacutericos defasados e sem uso que ocupam

espaccedilo na instituiccedilatildeo (diretrizes do governo federal e leis estaduais jaacute abordam

a questatildeo ndash Lei Estadual 158512008) podendo estabelecer parcerias com a

comunidadecooperativas que lidam com o problema dentro de projetos de

extensatildeo universitaacuteria

Categoria 7 ndash Manutenccedilatildeo ndash permanecircncia do desempenho ambiental

7 Avaliaccedilatildeo

QI 71 Facilitar as intervenccedilotildees de conservaccedilatildeo manutenccedilatildeo Atende

QI 72

Disponibilizar os meios necessaacuterios para o acompanhamento dos consumos de energia durante

a operaccedilatildeo e uso do edifiacutecio Atende

QI 73

Disponibilizar os meios necessaacuterios para o acompanhamento dos consumos de aacutegua durante a

operaccedilatildeo e uso do edifiacutecio Atende

QI 74

Disponibilizar os meios necessaacuterios para o fornecimento dos sistemas durante a operaccedilatildeo e uso

do edifiacutecio

Manutenccedilatildeo - Permanecircncia do desempenho ambiental

Quadro 24 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI

Fonte Referencial AQUA (2010)

78

7 Avaliaccedilatildeo

MQI 71 Escolha dos equipamentos durante as atividades de renovaccedilatildeo

Manutenccedilatildeo - Permanecircncia do desempenho ambiental

Quadro 25 ndash Criteacuterios avaliados ndash MQI

Fonte Referencial AQUA (2010)

7 Avaliaccedilatildeo

CQI 71 Gestatildeo da manutenccedilatildeo preventiva e corretiva Implantar

CQI 72 Gestatildeo das demandas de intervenccedilatildeo dos ocupantes Implantar

CQI 73 Anaacutelise da eficaacutecia da manutenccedilatildeo Implantar

CQI 74 Gestatildeo do patrimocircnio imobiliaacuterio do edifiacutecio Implantar

CQI 75 Otimizaccedilatildeo do acompanhamento dos sistemas teacutecnicos Implantar

CQI 76 Garantir a perenidade do(s) eventual(is) sistema(s) de regulagem Implantar

Manutenccedilatildeo - Permanecircncia do desempenho ambiental

Quadro 26 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI

Fonte Referencial AQUA (2010)

Criteacuterios avaliados no CQI 71

(c QAE) CQI 71 Niacutevel Pontos em E Avaliaccedilatildeo

Medidas tomadas para garantir a rastreabilidade das operaccedilotildees de manutenccedilatildeo

preventivas e corretivasB Implantar

Medidas tomadas para otimizar o acompanhamento das operaccedilotildees de manutenccedilatildeo

preventivas e corretivas acompanhamento das ordens de serviccedilo em andamento

abertura de novas ordens de serviccedilo registro das ordens de serviccedilo concluiacutedas

Presenccedila de um procedimento de acompanhamento das manutenccedilotildees preventivas e

corretivas

S Implantar

A gestatildeo da manutenccedilatildeo eacute interativa e feita por meio de uma ferramenta especiacutefica que

permite o acompanhamento contiacutenuo da ordens de serviccediloE 3 Implantar

A manutenccedilatildeo corretiva eacute possiacutevel no edifiacutecio durante 24 horas e nos 7 dias da semana

para todas as aacutereas teacutecnicasE 1 Atende

Quadro 27 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 71

Fonte Referencial AQUA (2010)

79

Categoria 8 ndash Conforto higroteacutermico

8 Avaliaccedilatildeo

QI 81

Garantir um niacutevel adequado de temperatura resultante nos espaccedilos tanto no veratildeo quanto

no inverno Atende

QI 82 Otimizar o conforto higroteacutermico tanto no inverno quanto no veratildeo Atende

QI 83

Assegurar uma velocidade de ar que natildeo prejudique o conforto tanto no inverno como no

veratildeo

QI 84 Garantir o controle da higrometria Atende

QI 85 Assegurar um nivel minimo de conforto teacutermico nos espaccedilos ventilados naturalmente Atende

Conforto Higroteacutermico

Quadro 28 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI

Fonte Referencial AQUA (2010)

8 Avaliaccedilatildeo

CQI 81 Otimizar a manutenccedilatildeo do(s) sistema(s) de aquecimento resfriamento Natildeo se aplica

CQI 82

Garantir o acompanhamento das demandas de intervenccedilatildeo para os sistemas de aquecimento

resfriamento Natildeo se aplica

CQI 83

Otimizaccedilatildeo do acompanhamento dos sistemas de aquecimento de resfriamento e do conforto

higroteacuternico Natildeo se aplica

Conforto Higroteacutermico

Quadro 29 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI

Fonte Referencial AQUA (2010)

QI 83 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo

Velocidade de ar no inverno nos espaccedilos sensiacuteveis V le 020 ms S

Velocidade de ar no inverno nos espaccedilos sensiacuteveis V le 015 ms E 2

Velocidade de ar no veratildeo nos espaccedilos sensiacuteveis V le 025 ms (para um intervalo de

referecircncia entre 25oC e 27oC) S

Velocidade de ar no veratildeo nos espaccedilos sensiacuteveis V le 022 ms (para um intervalo de

referecircncia entre 25oC e 27oC) E 2

Identificar os

espaccedilos sensiacuteveis

agrave velocidade do

ar no inverno

como no veratildeo E

velocidade

maacutexima do ar no

Quadro 30 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 83

Fonte Referencial AQUA (2010)

A Cidade de Curitiba eacute considerada a capital brasileira mais fria com

temperatura meacutedia de 164ordmC sendo que nos meses mais frios do ano junho e

julho a temperatura meacutedia no dia pode chegar a 13 ordmC

Utilizando-se o software Analysis BIO (2010) desenvolvido pelo

Laboratoacuterio de Eficiecircncia Energeacutetica em Edificaccedilotildees (LabEEE) da Universidade

Federal de Santa Catarina (UFSC) foi gerada a carta bioclimaacutetica de Curitiba

a qual mostra que 80 das temperaturas do ano satildeo consideradas

desconfortaacuteveis e destes 80 732 para o frio e apenas 684 satildeo para o

calor A Tabela 10 apresenta as mediccedilotildees durante o inverno de 2012

80

Tabela 10 ndash Mediccedilatildeo de temperatura no EV durante o inverno

Data

Temperatura

(degc) externa

meacutedia diaacuteria

Temperatura

(degc) interna EV

meacutedia diaacuteria

Diferenccedila Data

Temperatura

(degc) externa

meacutedia diaacuteria

Temperatura

(degc) interna EV

meacutedia diaacuteria

Diferenccedila

6302012 1908 2086 +178 7182012 109 1318 +228

712012 1836 2054 +218 7192012 1194 1486 +292

722012 1811 2029 +218 7202012 1302 1569 +267

732012 1849 2038 +189 7212012 1499 1639 +14

742012 1919 2098 +179 7222012 1785 1848 +063

752012 1947 2098 +151 7232012 1793 1989 +196

762012 1918 2093 +175 7242012 1983 1989 +006

772012 1414 1762 +349 7252012 1506 1765 +259

782012 1051 1451 +399 7262012 179 1876 +086

792012 1219 1453 +234 7272012 1563 1806 +244

7102012 1618 1788 +17 7282012 1597 1754 +156

7112012 1584 181 +225 7292012 1839 1919 +08

7122012 1374 1589 +215 7302012 1243 1619 +376

7132012 1072 1405 +334 7312012 1427 1532 +105

7142012 1213 147 +257 812012 1735 1845 +11

7152012 1025 128 +255 822012 1801 1974 +173

7162012 901 1189 +288 miacutenima 901 1189

7172012 1099 1261 +162 maacutexima 1983 2098

As maiores diferenccedilas meacutedias diaacuterias foram percebidas para as

temperaturas mais baixas Mostrando que o escritoacuterio verde possui um bom

desempenho em baixas temperaturas isso se deve principalmente pela funccedilatildeo

das paredes formadas por uma placa de OSB manta termo-acuacutestica e

fechamento com outra placa de OSB e a contribuiccedilatildeo do telhado verde fazendo

com que o calor natildeo se propague tatildeo rapidamente

O dia 16 de julho conforme Graacutefico 3 apresentou as temperaturas mais

baixas durante a mediccedilatildeo 901ordmC A temperatura interna neste dia mostrou

uma amplitude baixa ficando com uma meacutedia de 1189ordmC sendo que a

temperatura interna durante o periacuteodo ficou sempre acima da temperatura

externa chegando a uma diferenccedila de 42ordmC

81

Graacutefico 3 ndash Dia com temperatura meacutedia diaacuteria miacutenima

O aparelho usado para a mediccedilatildeo de temperatura foi o datalogger de

temperatura umidade e pressatildeo da Voltcraft modelo DL-180THP Com este

aparelho eacute possiacutevel programar intervalo de mediccedilatildeo (estes podem ser de 1

minuto ateacute 18 horas) data e hora de iniacutecio de registro dos dados A faixa de

operaccedilatildeo do aparelho eacute de temperaturas de -40ordmC ateacute +70ordmC e umidade

relativa de 0 ateacute 100 A precisatildeo do aparelho eacute plusmn1 degC plusmn35 rH plusmn25 hPa

Para este estudo foram utilizados intervalos de mediccedilatildeo de 5 minutos

Categoria 9 ndash Conforto acuacutestico

9 Avaliaccedilatildeo

QI 91 Identificaccedilatildeo das configuraccedilotildees acuacutesticas prioritaacuterias da operaccedilatildeo Atende

QI 92 Qualidade acuacutestica do edifiacutecio Natildeo atende

Conforto acuacutestico

Quadro 31 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI

Fonte Referencial AQUA (2010)

9 Avaliaccedilatildeo

MQI 91 Melhoria da qualidade acuacutestica do edifiacutecio Accedilatildeo corretiva

MQI 92 Consideraccedilatildeo do criteacuterio acuacutestico na renovaccedilatildeo dos revestimentos internos e dos equipamentos

Conforto acuacutestico

Quadro 32 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI

Fonte Referencial AQUA (2010)

82

9 Avaliaccedilatildeo

CQI 91 Recenseamento do uso dos espaccedilos

CQI 92 Gestatildeo da demanda dos ocupantes

CQI 93 Identificaccedilatildeo das fontes de ruiacutedo Atende

CQI 94 Classificaccedilatildeo dos espaccedilos

CQI 95 Informaccedilatildeo aos usuaacuterios do potencial acuacutestico do edifiacutecio Atende

Conforto acuacutestico

Quadro 33 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 83

Fonte Referencial AQUA (2010)

Quadro 34 ndash Criteacuterios de avaliaccedilatildeo para acuacutestica de edifiacutecios novos

Fonte Referencial AQUA (2007)

As primeiras mediccedilotildees do desempenho acuacutestico no EV foram realizadas

por Gregori (2011) Os ensaios foram realizados no periacuteodo que ainda natildeo

haviam sido instalados o piso elevado com aplicaccedilatildeo de carpete com o qual se

esperam ganhos quanto agrave atenuaccedilatildeo acuacutestica bem como a instalaccedilatildeo de

placas de vidro na regiatildeo limiacutetrofe frontal do terreno no qual se situa o

escritoacuterio sendo com essa a imposiccedilatildeo de mais uma barreira fiacutesica para os

ruiacutedos externos provenientes da via de traacutefego veicular e a instalaccedilatildeo de

elementos de oclusatildeo de frestas existentes nos batentes da porta de acesso ao

salatildeo principal Os resultados dessa primeira analise natildeo foram satisfatoacuterios

em relaccedilatildeo a exigecircncia estabelecidas no referencial AQUA O Graacutefico 4 detalha

o comparativo da atenuaccedilatildeo entre os ambientes

83

Graacutefico 4 ndash Meacutedias do niacutevel de ruiacutedo dos locais avaliados

Fonte GREGORI (2011)

No Graacutefico 4 estatildeo comparadas as meacutedias de cada local demonstrando

que os valores das meacutedias tomadas no interior do EV apresentam uma

atenuaccedilatildeo maacutexima de 3577 e miacutenima de 2226 em relaccedilatildeo agrave meacutedia dos

pontos externos ao EV A meacutedia dos pontos do tomados dentro do laboratoacuterio

demonstra que haacute atenuaccedilatildeo de ruiacutedo na construccedilatildeo convencional na ordem

de 942 em comparaccedilatildeo ao ruiacutedo medido nos pontos externos proacuteximos ao

mesmo

Na Tabela 11 eacute possiacutevel perceber que pelo valor considerado inferior o

cafeacute e o salatildeo principal se apresentam conformes quanto agrave aceitabilidade e

conforto a coordenaccedilatildeo estaacute conforme quanto agrave aceitabilidade o mezanino se

mostrou em desconformidade com ambos os paracircmetros bem como a

construccedilatildeo convencional (sala N-108) Na Tabela 12 a comparaccedilatildeo do valor

medido se daacute pela adiccedilatildeo da incerteza obtendo-se o valor considerado de

incerteza superior

84

Tabela 11 ndash Resultados obtidos (MEDICcedilAtildeO ndash INCERTEZA)

Paracircmetro

normativo

Aceitaacutevel

para

finalidade

Valor

considerado

Comparaccedilatildeo para

conforto

Comparaccedilatildeo para

aceitabilidade

Copa 40 50 408 +- 15 393conforme178 abaixo do

paracircmetro

conforme2142 abaixo

do paracircmetro

Coordenaccedilatildeo 35 45 436 +- 15 421Natildeo conforme2034

acima do paracircmetro

conforme640 abaixo do

paracircmetro

Salatildeo principal 45 65 464 +- 15 449conforme031 abaixo do

paracircmetro

conforme3098 abaixo

do paracircmetro

Mezanino 30 40 494 +- 15 479Natildeo conforme5953

acima do paracircmetro

Natildeo conforme1965

acima do paracircmetro

Construccedilatildeo

Convencional (sala N-108)40 50 62 +- 15 605

Natildeo conforme5120

acima do paracircmetro

Natildeo conforme2096

acima do paracircmetro

Resultados obtidos em dB(A)

Incerteza inferior (= MEDICcedilAtildeO - INCERTEZA)

Locais de mediccedilatildeo

Paracircmetro Normativo

Mediccedilatildeo Incerteza

Fonte GREGORI (2011)

Avaliando a Tabela 12 eacute possiacutevel perceber que pelo valor considerado

superior nenhum dos ambientes se apresentou conforme quanto ao conforto

poreacutem o cafeacute e o salatildeo principal se mantiveram conformes quanto agrave

aceitabilidade

Tabela 12 ndash Resultados obtidos (MEDICcedilAtildeO + INCERTEZA)

Paracircmetro

normativo

Aceitaacutevel

para

finalidade

Valor

considerado

Comparaccedilatildeo para

conforto

Comparaccedilatildeo para

aceitabilidade

Copa 40 50 408 +- 15 423Natildeo conforme573

acima do paracircmetro

conforme1542 abaixo

do paracircmetro

Coordenaccedilatildeo 35 45 436 +- 15 451Natildeo conforme2891

acima do paracircmetro

conforme027 acima do

paracircmetro

Salatildeo principal 45 65 464 +- 15 479Natildeo conforme636

acima do paracircmetro

conforme2637 abaixo

do paracircmetro

Mezanino 30 40 494 +- 15 509Natildeo conforme6953

acima do paracircmetro

Natildeo conforme2715

acima do paracircmetro

Construccedilatildeo

Convencional (sala N-108)40 50 62 +- 15 635

Natildeo conforme5870

acima do paracircmetro

Natildeo conforme2696

acima do paracircmetro

Locais de mediccedilatildeo

Paracircmetro NormativoResultados obtidos em dB(A)

Mediccedilatildeo Incerteza

Incerteza inferior (= MEDICcedilAtildeO + INCERTEZA)

Fonte GREGORI (2011)

No mecircs de abril de 2013 procedeu-se nova mediccedilatildeo do iacutendice de

atenuaccedilatildeo acuacutestica a ruiacutedos aeacutereos promovidos pelo invoacutelucro junto agraves janelas

Ensaios realizados sob a coordenaccedilatildeo do Profordm Dr Aloiacutesio Leoni Schmid da

Universidade Federal do Paranaacute

Inicialmente para uma verificaccedilatildeo geral foi emitido externamente a uma

das janelas e dela afastado de 20 m ruiacutedo rosa Externamente a 10 cm do

centro da janela foi medido o niacutevel de pressatildeo sonora de 975 dBA

Internamente a 10 cm do centro da janela fechada foi medido o niacutevel de

pressatildeo sonora de 705 dBA

85

Posteriormente foi aplicado o meacutetodo descrito em Fasold Sonntag e

Winkler (Bau-und Raumakustik Berlin RMuumlller 1987) que considera

mediccedilotildees em diferentes bandas e procura ajustar a curva de referecircncia

Tabela 13 - Caacutelculo do iacutendice de atenuaccedilatildeo acuacutestica R do invoacutelucro da edificaccedilatildeo

Frequecircncia ReduccedilatildeoCurva de

referecircncia

desvio

da curva

desvios

desfavoraacuteveis

curva de

referecircncia

deslocada

de 24 dB

desvios

indesejaacuteveis

da curva

deslocada

curva de

referecircncia

deslocada de

28 dB

desvios

indesejaacuteveis

da curva

deslocada

625 155

125 233 36 -127 -127 12 113 8 153

250 238 45 -212 -212 21 28 17 68

500 305 52 -215 -215 28 25 24 65

1000 263 55 -287 -287 31 -47 27 -07

2000 194 56 -366 -366 32 -126 28 -86

1207 173 93

meacutedia 2414

Meacutedia dos

negativos 346

Meacutedia dos

negativos 186

meacutedia 2414 Avaliaccedilatildeo excessivo Avaliaccedilatildeo adequado

Fonte SCHMID (2013)

O grau de isolamento acuacutestico medido foi portanto de 28 dB Estima-se

que este valor poderia ser aumentado ateacute cerca de 35 dB mediante operaccedilatildeo

de retiacutefica do encaixe das esquadrias em madeira utilizando-se ainda fitas

autoadesivas de feltro ou material apropriado de vedaccedilatildeo nas janelas O

resultado tambeacutem pode ser observado no Graacutefico 5

Graacutefico 5 ndash Iacutendice de atenuaccedilatildeo acuacutestica

Fonte SCHMID (2013)

86

A porta principal de entrada e as janelas da edificaccedilatildeo mostraram-se natildeo

estanque configurando uma condiccedilatildeo localizada que natildeo permite isolamento

acuacutestico suficiente necessitando de correccedilotildees

Durante 5 minutos contou-se na rua cerca de 200 automoacuteveis em

velocidade baixa a meacutedia O niacutevel maacuteximo de pressatildeo sonora registrado foi de

80 dBA sendo que se sabe que tal valor pode ser superado durante frenagem

ou aceleraccedilatildeo em especial de motocicletas Corresponde agrave indicaccedilatildeo de

Fasold et al (opcit p 6 Figura 311) que para um traacutefego de cerca de 2500

veiacuteculos por hora a 10m da rua (recuo frontal mais calccedilada) prevecirc 7 dB a

serem acrescidos de 6 dB devido a irregularidades da rua e mais 3 dB devido agrave

velocidade podendo superar 70 kmh o total estimado seria de 80 dBA

Tal condiccedilatildeo faz com que os 28 dB medidos possibilitem um niacutevel maacuteximo

de pressatildeo sonora de 52 dBA Isto ultrapassa os 30 dB exigidos pelo AQUA

Categoria 10 ndash Conforto visual

10 Avaliaccedilatildeo

QI 91 Dispor de acesso agrave luz do dia Atende

QI 92 Dispor de acesso a vistas para o exterior Atende

QI 93 Dispor de iluminaccedilatildeo natural miacutenima nas zonas de ocupaccedilatildeo Atende

QI 94 Evitar o ofuscamento direto ou indireto

QI 95 Garantir uma qualidade agradaacutevel da iluminaccedilatildeo artificial

QI 96 Controle do ambiente visual pelos ocupantes Atende

Conforto visual

Quadro 35 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI

Fonte Referencial AQUA (2010)

10 Avaliaccedilatildeo

CQI 101 Otimizar a manutenccedilatildeo do sistema de iluminaccedilatildeo Atende

CQI 102 Garantir o acompanhamento das demandas de intervenccedilatildeo para o sistema de iluminaccedilatildeo Atende

CQI 103 Otimizaccedilatildeo do acompanhamento do sistema de iluminaccedilatildeo Atende

Conforto visual

Quadro 36 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI

Fonte Referencial AQUA (2010)

Criteacuterio de avaliaccedilatildeo item QI 101

QI 101 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo

BAtende

Identificar os pontos focais dos espaccedilos comuns do edifiacutecio E acesso direto agrave luz

do dia garantida em cada ponto focal identificado BAtende

Dispor de acesso a luz do dia em 30 das circulaccedilotildees e ou espaccedilos abertos E 2 Atende

No caso de

edifiacutecios

comerciais

Dispor de acesso agrave luz do dia nos espaccedilos caracteriacutesticos da tipologia em questatildeo e no hall ou

recepccedilatildeo principal

Quadro 37 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI

Fonte Referencial AQUA (2010)

87

O projeto do EV privilegiou a entrada a luz natural atraveacutes de um conjunto

de janelas amplas (Figuras 39 e 40) estrategicamente posicionadas para

captaccedilatildeo de maior incidecircncia de luz natural Natildeo houve anaacutelise em relaccedilatildeo ao

ofuscamento pois apenas parte dos moacuteveis definitivos foram instalados ateacute a

finalizaccedilatildeo dessa dissertaccedilatildeo

Figura 41 ndash Vista lateral esquerda do EV

Fonte CASAGRANDE JR (2012)

Figura 42 ndash Vista lateral direita e fundos do EV

Fonte CASAGRANDE JR (2012)

O sistema luminoteacutecnico instalado no EV eacute composto por lacircmpadas LED

(light emitter diode) com dispositivo de acionamento separado por fileiras

Categoria 11 ndash Conforto olfativo

11 Avaliaccedilatildeo

QI 111 Identificar as fontes de odores e limitar a sua propagaccedilatildeo

QI 112 Garantir vazotildees de ar higiecircnicas Atende

QI 113 Garantir uma atmosfera saudaacutevel de ar nos espaccedilos com ventilaccedilatildeo mecacircnica Natildeo se aplica

Conforto olfativo

Quadro 38 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI

Fonte Referencial AQUA (2010)

88

11 Avaliaccedilatildeo

CQI 111 Otimizar a manutenccedilatildeo do sistema de ventilaccedilatildeo Natildeo se aplica

CQI 112 Garantir o acompanhamento das demandas de intervenccedilatildeo para o sistema de ventilaccedilatildeo Natildeo se aplica

Conforto olfativo

Quadro 39 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI

Fonte Referencial AQUA (2010)

QI 112 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo

B Atende

S

B

E 2

E 2

E 4 Atende

Na presenccedila de ventilaccedilatildeo mecacircnica justificativa do atendimento das vazotildees de ar novo que garantam niacuteveis

sanitaacuterios satisfatoacuterios conforme regulamentaccedilatildeo

Justificar o atendimento de vazotildees de ar novo otimizadas para as atividades dos locais (havendo ventilaccedilatildeo

mecacircnica ou natural controlada)

Presenccedila de dispositivo que permita o controle da qualidade do ar em certos espaccedilos de ocupaccedilatildeo

prolongada e quando pertinente acoplados a um sistema de alerta

Disposiccedilotildees tomadas para o fornecimento das vazotildees de ar nas zonas em que tal informaccedilatildeo seja

pertinente

Presenccedila de um sistema de ventilaccedilatildeo especiacutefico natural ou mecacircnico inclusive a simples abertura manual

de janelasA ventilaccedilatildeo natural pela simples abertura de janelas eacute autorizada

Presenccedila de um sistema de ventilaccedilatildeo especiacutefico natural ou mecacircnico aleacutem da simples abertura manual de

janelas A ventilaccedilatildeo natural pela simples abertura de janelas natildeo eacute mais considerada Se a ventilaccedilatildeo

natural eacute desejada a qual natildeo possa ser controlada um complemento de ventilaccedilatildeo mecacircnica deve ser

previsto

Quadro 40 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 112

Fonte Referencial AQUA (2010)

A arquitetura bioclimaacutetica do EV favorece muito as trocas de ar atraveacutes da

ventilaccedilatildeo cruzada e do ldquoEfeito chamineacuterdquo proporcionando atraveacutes da diferenccedila

de temperatura e por conseguinte de densidade entre o ar externo e o ar

interno do edifiacutecio A Figura 41 demonstra o efeito citado

Figura 43 ndash Efeito chamineacute

Fonte LAMBERTS (2004)

89

Categoria 12 ndash Qualidade sanitaacuteria dos ambientes

12 Avaliaccedilatildeo

QI 121 Identificar as fontes de exposiccedilatildeo eletromagneacutetica

QI 122 Garantia de condiccedilotildees de higiene especiacuteficas nos espaccedilos Atende

QI 123 Inventaacuterio do conhecimento relativo agrave qualidade higiecircnica dos revestimentos internos

Qualidade sanitaacuteria dos ambientes

Quadro 41 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI

Fonte Referencial AQUA (2010)

12 Avaliaccedilatildeo

MQI 121 Melhoria da qualidade higiecircnica dos revestimentos internos

Qualidade sanitaacuteria dos ambientes

Quadro 42 ndash Criteacuterios avaliados ndash MQI

Fonte Referencial AQUA (2010)

12 Avaliaccedilatildeo

CQI 121 Garantir uma limpeza adaptada aos espaccedilos interiores Atende

CQI 122 Otimizar as condiccedilotildees de conservaccedilatildeo dos ambientes interiores Atende

Qualidade sanitaacuteria dos ambientes

Quadro 43 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI

Fonte Referencial AQUA (2010)

QI 121 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo

provenientes do entorno imediato B

provenientes do entorno imediato e proacuteprias do edifiacutecio S

Para as fontes - energia e fontes

telecomunicaccedilotildees Identificaccedilatildeo das

fontes emissoras de ondas

eletromagneacuteticas de baixa frequumlecircncia

e das fontes de radiofrequecircncia

Quadro 44 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 121

Fonte Referencial AQUA (2010)

O escritoacuterio estaacute inserido no centro urbano estando suscetiacutevel a vaacuterios

campos eletromagneacuteticos poreacutem para identificaccedilatildeo dos pontos criacuteticos faz se

necessaacuterio um estudo especiacutefico

A audiecircncia puacuteblica realizada em marccedilo de 2013 no Supremo Tribunal

Federal (STF) reuniu 21 especialistas para debater sobre os efeitos dos

campos eletromagneacuteticos sobre a sauacutede puacuteblica e o meio ambiente

Resultados de um estudo apresentados pelo pesquisador do Cepel (Centro de

Pesquisa de Energias Eleacutetricas da Eletrobraacutes) Engordm Luiz Adriano Domingues

comprovam que as linhas de transmissatildeo e distribuiccedilatildeo de energia natildeo satildeo a

principal exposiccedilatildeo a campos eletromagneacuteticos na vida cotidiana Segundo ele

os dados resultantes de mediccedilotildees feitas em residecircncias foram constatados os

maiores valores de campo eletromagneacutetico em funccedilatildeo dos vaacuterios

90

equipamentos que satildeo utilizados no dia a dia como secador liquidificador

raacutedio e TV (STF 2013)

Categoria 13 ndash Qualidade sanitaacuteria do ar

13 Avaliaccedilatildeo

QI 131 Identificar as fontes de poluiccedilatildeo interna e externa e limitar seus efeitos Atende

QI 132 Garantir vazotildees de ar novo Atende

QI 133 Garantir uma atmosfera saudaacutevel de ar nos espaccedilos com ventilaccedilatildeo mecacircnica Natildeo se aplica

QI 134 Inventaacuterio do conhecimento do impacto sanitaacuterio dos revestimentos internos do edifiacutecio Sem accedilatildeo

Qualidade sanitaacuteria do ar

Quadro 45 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI

Fonte Referencial AQUA (2010)

13 Avaliaccedilatildeo

MQI 131 Melhoria da qualidade sanitaacuteria dos revestimentos internos

Qualidade sanitaacuteria do ar

Quadro 46 ndash Criteacuterios avaliados ndash MQI

Fonte Referencial AQUA (2010)

13 Avaliaccedilatildeo

CQI 131 Garantir o controle das instalaccedilotildees de aeraccedilatildeo e saneamento Atende

CQI 132 Garantir a supervisatildeo dos filtros das centrais de tratamento de ar e das redes Atende

CQI 133 Garantir o controle dos poluentes submetidos agrave regulamentaccedilatildeo (em caso de risco identificado) Atende

CQI 134 Acompanhamento perioacutedico da qualidade do ar interior Atende

CQI 135 Acompanhamento global das accedilotildees realizadas e da qualidade sanitaacuteria do ar Atende

Qualidade sanitaacuteria do ar

Quadro 47 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI

Fonte Referencial AQUA (2010)

91

MQI 131 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo

Garantia que os produtos natildeo desprendam partiacuteculas e fibras carcinogecircnicas B

Teores de COV conhecidos para pinturas e vernizes de interiores B Atende

Conhecimento bruto das emissotildees de COV e formaldeiacutedos dos revestimentos

internos renovadosE 2

Conhecimento bruto das emissotildees de substacircncias canceriacutegenas ou causadores

de efeitos geneacuteticos hereditaacuterios ou causadores de impotecircncia reprodutiva que

tenham sido intencionalmente introduzidas no processo de fabricaccedilatildeo ou

naturalmente presentes nas mateacuterias primas utilizadas nos produtos

renovados presentes em mais de 01 em massa e suscetiacuteveis de migraccedilatildeo

E 2

Piso 1000 e Parede 1000 E 1

Piso 250 e Parede 500 E 2

Piso 625 e Parede 125 E 1

Piso e parede 40 E 2

Piso e parede 20 E 3

Piso e parede 10 E 4

5 E 1

25 E 2

1 E 2

E 2 AtendeConsideraccedilatildeo do criteacuterio sanitaacuterio (emissotildees de COV e fomaldeiacutedos) na escolha dos revestimentos

internos renovados

Nas ocasiotildees de renovaccedilatildeo dos revestimentos internos (pisos paredes tetos materiais de

acabamento) o conjunto de cada produto renovado constituinte das superfiacutecies pisoparedeteto em

contato com o ar interno respeita os limites seguintes em microgm3

Taxa de COV piso e

paredes

Formaldeiacutedos piso

e paredes

Canceriacutegenos ou

substacircncias

causadoras de

efeitos geneacuteticos

hereditaacuterios ou

causadoras de

impotecircncia

reprodutiva o

conjunto de

produtos

constituintes das

Na ocasiatildeo de

renovaccedilatildeo de

revestimentos

internos (pisos

paredes tetos

materiais de

acabamento)

Quadro 48 ndash Criteacuterios avaliados ndash MQI 131

Fonte Referencial AQUA (2010)

A escolha dos materiais foi bastante criteriosa quanto ao teor de COV

(compostos orgacircnicos volaacuteteis) e formaldeiacutedo No entanto sabe-se que a

rastreabilidade na utilizaccedilatildeo desses produtos no Brasil ainda eacute insipiente Um

grande avanccedilo no setor da construccedilatildeo civil eacute a avaliaccedilatildeo RGMAT (RG ou

registro ambiental do produto) lanccedilado pela Fundaccedilatildeo Vanzolini com o objetivo

de demonstrar o desempenho ambiental dos materiais de construccedilatildeo por meio

da declaraccedilatildeo ambiental de produto baseado na avaliaccedilatildeo do ciclo de vida

que inclui o consumo de recursos naturais energia aacutegua emissatildeo de gases

na atmosfera de resiacuteduos soacutelidos e liacutequidos ou substacircncias toacutexicas podendo

abranger desde a extraccedilatildeo mineral produccedilatildeo transporte montagem

utilizaccedilatildeo manutenccedilatildeo e desconstruccedilatildeo ateacute a reutilizaccedilatildeo ou a reciclagem

(VANZOLINI 2013)

92

Categoria 14 ndash Qualidade sanitaacuteria da aacutegua

14 Avaliaccedilatildeo

QI 141 Eliminar o chumbo nas redes internas

QI 142 Organizaccedilatildeo e proteccedilatildeo das redes internas Atende

QI 143 Controle da temperatura nas redes internas Atende

Qualidade sanitaacuteria da aacutegua

Quadro 49 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI

Fonte Referencial AQUA (2010)

14 Avaliaccedilatildeo

CQI 141

Limitar os riscos de desenvolvimento das legionelas por meio de meacutetodos de conservaccedilatildeo

preventivos das redes de aacutegua quente e de anaacutelises da aacutegua Natildeo se aplica

CQI 142 Limitar o risco de desenvolvimento de legionelas por meio do controle das temperaturas Natildeo se aplica

CQI 143 Supervisionar a qualidade da aacutegua nos pontos de uso Atende

CQI 144 Acompanhamento das accedilotildees realizadas e da qualidade da aacutegua do edifiacutecio Atende

Qualidade sanitaacuteria da aacutegua

Quadro 50 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI

Fonte Referencial AQUA (2010)

QI 141 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo

B

SJustificar o respeito ao iacutendice de 10 microglitro

Justificar a ausecircncia de chumbo nas redes internas OU justificar o respeito ao iacutendice de 25 microglitro No

caso de ultrapassagem deste iacutendice adoccedilatildeo de medidas corretivas para reduzir a sua dissoluccedilatildeo na

aacutegua

Quadro 51 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 141

Fonte Referencial AQUA (2010)

Os tubos da instalaccedilatildeo hidraacuteulica do EV satildeo apenas em PVC e PEX

(Polietileno de alta densidade reticulado)

513 QAP ndash Qualidade Ambiental das Praacuteticas

O QAP eacute dividido em 3 partes QAP compras QAP comunicaccedilatildeo e QAP

gestatildeo aos quais satildeo atribuiacutedas pontuaccedilotildees conforme Quadro 52

93

QAP COMPRAS - MAacuteXIMO 28 PONTOS PONTOS

Escolha de produtos ou equipamentos (dentre os mais impactantes) que garantam uma

economia de energia ou de aacutegua ou que tenham limitado o impacto acuacutestico em relaccedilatildeo aos

produtos e equipamentos convencionais (um ponto por famiacutelia de produto ou equipamento)

1- 4

Escolha de produtos de conservaccedilatildeo e limpeza (dentre os mais impactantes e empregados na

conservaccedilatildeo e limpeza dos espaccedilos pertencentes ao periacutemetro da certificaccedilatildeo) que respeitem o

meio ambiente e a sauacutede dos ocupantes (dois pontos obtidos por produto de conservaccedilatildeo e

limpeza)

2- 6

QAP COMUNICACcedilAtildeO - MAacuteXIMO 22 PONTOS PONTOS

boas praacuteticas no consumo de energia 1

boas praacuteticas no consumo de aacutegua 1

reduccedilatildeo de resiacuteduos nas fontes geradoras e realizaccedilatildeo de triagem 1

poliacutetica de compras 1

QAP GESTAtildeO - MAacuteXIMO 44 PONTOS PONTOS

Praacuteticas adotadas com a finalidade de reduzir o consumo de energia nos espaccedilos pertencentes

ao periacutemetro da certificaccedilatildeo (um ponto por praacutetica adotada)1 - 5

Favorecer as energias renovaacuteveis nas escolhas de fornecimento de energia primaacuteria por meio de

um contrato com um produtor de energia3

Praacuteticas adotadas com a finalidade de reduzir o consumo de aacutegua nos espaccedilos pertencentes ao

periacutemetro da certificaccedilatildeo (um ponto por praacutetica adotada)1 - 3

Praacuteticas adotadas nos espaccedilos pertencentes ao periacutemetro da certificaccedilatildeo com a finalidade de

reduzir a produccedilatildeo de resiacuteduos na fonte a partir das atividades desenvolvidas nestes locais e de

sua conservaccedilatildeo (um ponto por praacutetica adotada)

1 - 3

RESIacuteDUOS

ENERGIA

PRODUTOS DE CONSERVACcedilAtildeO E LIMPEZA

Utilizaccedilatildeo de meios de comunicaccedilatildeo (murais cartazes manuais portais eletrocircnicos etc) adequados a fim de

sensibilizar os ocupantes do edifiacutecio para as questotildees seguintes

AacuteGUA

MATERIAL ELEacuteTRICO

Quadro 52 ndash Criteacuterios avaliados em QAP

Fonte Referencial AQUA (2010)

O EV participa do projeto ldquoCompra verderdquo com o objetivo de Implantar

poliacuteticas de compras sustentaacuteveis para a instituiccedilatildeo incluindo nos editais

requisitos ambientais especiacuteficos dependendo de cada material e equipamento

Todos os alunos e frequentadores do escritoacuterio vivenciam as praacuteticas

sustentaacuteveis no cotidiano pois a edificaccedilatildeo funciona como um ldquolaboratoacuterio

vivordquo palco para desenvolvimento de estudos cursos eventos como a semana

do meio ambiente programados para recepcionar todos da comunidade que se

interessarem pelo assunto sustentabilidade

94

6 CONCLUSOtildeES

Considerando os objetivos iniciais deste trabalho tendo como princiacutepio a

avaliaccedilatildeo do referencial teacutecnico AQUA de operaccedilatildeo e uso e sua aplicaccedilatildeo no

estudo de caso do escritoacuterio verde da UTFPR no que se refere ao desempenho

ambiental da edificaccedilatildeo seguem algumas conclusotildees

Um item fundamental que precisa ser verificado no referencial teacutecnico eacute a

forma de avaliaccedilatildeo para a fase operaccedilatildeo e uso pois natildeo estaacute clara Outra

dificuldade encontrada foi em relaccedilatildeo a estruturaccedilatildeo das categorias e

subcategorias com as respectivas avaliaccedilotildees por exemplo a duplicaccedilatildeo do

item QI na CQI da categoria 2 algumas trocas de nome da categoria entre

outros

Apoacutes anaacutelise dos dois referenciais percebeu-se melhor qualidade no

detalhamento das informaccedilotildees no referencial destinado a fase de programa

projeto e execuccedilatildeo o que facilita muito o entendimento do leitor

Alguns caacutelculos solicitados por exemplo o caacutelculo da envoltoacuteria da

categoria energia

QI 41 Criteacuterios avaliados Niacutevel

Explicitaccedilatildeo do valor absoluto do coeficiente de Transmitacircncia Teacutermica ponderada da

envoltoacuteria Uedif (Wm2K)

Uedif lt Uedif-base + 40

B

Melhorar a aptidatildeo da

envoltoacuteria para limitar

desperdiacutecios

Quadro 53 ndash Criteacuterios avaliados em QI 41

Fonte Referencial AQUA (2010)

Calcula-se o Uedif mas o referencial natildeo informa o valor ldquobaserdquo podendo

ser utilizado qualquer valor desde que referenciado que obtenha um resultado

menor que o coeficiente de transmitacircncia teacutermica da envoltoacuteria do edifiacutecio

(Uedif) Isso ocorre tambeacutem nos caacutelculos de coeficiente de consumo

convencional de energia primaacuteria solicitando que o mesmo seja comparado

com o coeficiente de consumo convencional de energia primaacuteria de referecircncia

mas a informaccedilatildeo desse valor referencia natildeo eacute apresentado nem mesmo os

admissiacuteveis

Entende-se que os coeficientes ou bases referenciais de alguns caacutelculos

precisam ser regionais mas eacute relevante que o AQUA estabeleccedila um limite de

95

variaccedilatildeo desses dados evitando que utilizem valores que natildeo satildeo referecircncias

no intuito de possuir resultados positivos que facilitem a certificaccedilatildeo

Os itens QI 121 e QMI 131QI 22 fontes eletromagneacuteticas e teor de

COV e formaldeiacutedo nos materiais sabe-se que os estudos nessa aacuterea no paiacutes

ainda satildeo incipientes dificultando a avaliaccedilatildeo tanto do empreendedor no

momento da compra quanto da proacutepria Fundaccedilatildeo Vanzolini na auditoria

Vale salientar que mesmo o referencial de operaccedilatildeo e uso natildeo estando

oficialmente disponiacutevel na paacutegina da Fundaccedilatildeo Vanzolini jaacute existem alguns

edifiacutecio certificados nesta etapa como algumas unidades da loja Leroy Merlyn

As sugestotildees apresentadas neste trabalho satildeo apenas no sentido de colaborar

na construccedilatildeo deste referencial

Quanto ao Escritoacuterio Verde identificou-se a necessidade de accedilotildees

corretivas bem como melhorias a serem implantadas para atender alguns

requisitos do referencial AQUA Quanto ao perfil ambiental preacute-estabelecido no

iniacutecio do estudo de caso conclui-se que

Categoria 1 Relaccedilatildeo do edifiacutecio com o seu entorno - niacutevel superior ndash

classificaccedilatildeo mantida necessitando de adequaccedilotildees quanto agrave acessibilidade

Categoria 2 Escolha integrada de produtos sistemas e processos

construtivos - niacutevel excelente - classificaccedilatildeo poderaacute sofrer alteraccedilotildees Diante

da avaliaccedilatildeo do AQUA no que se refere o conhecimento sobre a vida uacutetil e teor

de COV e formaldeiacutedo dos materiais empregados na construccedilatildeo pois a

maioria dos fabricantes natildeo disponibilizam essas informaccedilotildees A maioria dos

materiais utilizados no EV satildeo inovaccedilotildees no mercado da construccedilatildeo civil por

isso pouco se conhece sobre os impactos ambientais quanto agrave vida uacutetil

demonstrabilidade reciclagem emissatildeo de gases contribuintes para o efeito

estufa entre outros Assim a melhor compreensatildeo do desempenho desses

produtos soacute eacute durante o processo de gestatildeo da edificaccedilatildeo por meio de rotinas

Categoria 3 Canteiro de obras com baixo impacto ambiental - niacutevel

excelente ndash classificaccedilatildeo mantida Aleacutem da elaboraccedilatildeo de plano de gestatildeo dos

resiacuteduos da construccedilatildeo civil (PGRCC) os sistemas construtivos utilizados no

EV contribuem significantemente com a minimizaccedilatildeo do impacto no canteiro de

obra

Categoria 4 Gestatildeo da energia - niacutevel excelente ndash classificaccedilatildeo mantida

o desempenho do sistema se mostrou satisfatoacuterio demonstrando eficiecircncia na

96

geraccedilatildeo de energia E para melhor controle do desempenho desse sistema

estaacute em desenvolvimento o projeto de automaccedilatildeo disponibilizando dados em

tempo real via WEB de toda geraccedilatildeo e consumo de energia

Categoria 5 Gestatildeo da aacutegua - niacutevel excelente ndash classificaccedilatildeo mantida no

entanto para melhor controle do desempenho de captaccedilatildeo e consumo de aacutegua

potaacutevel e pluvial haacute necessidade de investir em equipamentos que facilitem a

coleta de dados

Categoria 6 Gestatildeo dos resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo do edifiacutecio - niacutevel

excelente ndash classificaccedilatildeo mantida os programas desenvolvidos no EV

ultrapassam os limites fiacutesicos do edifiacutecio contribuindo com a gestatildeo do campus

universitaacuterio

Categoria 7 Manutenccedilatildeo - permanecircncia do desempenho ambiental - niacutevel

excelente Classificaccedilatildeo depende do funcionamento do SGO pois qualquer

sistema de gestatildeo demora algum tempo para ser implantado muitas vezes

anos

Categoria 8 Conforto higroteacutermico - niacutevel bom ndash classificaccedilatildeo mantida

pois natildeo haacute sistema de ventilaccedilatildeo mecacircnica no EV

Categoria 9 Conforto acuacutestico - niacutevel excelente ndash classificaccedilatildeo natildeo

alcanccedilada necessitando de accedilotildees corretivas para atingir o niacutevel miacutenimo bom

Categoria 10 Conforto visual - niacutevel bom ndash classificaccedilatildeo mantida

podendo melhorar para superior com a constataccedilatildeo de um resultado positivo

em relaccedilatildeo ao ofuscamento

Categoria 11 Conforto olfativo - niacutevel superior ndash classificaccedilatildeo natildeo

alcanccedilada pois natildeo sistema de ventilaccedilatildeo mecacircnico Categoria rebaixada para

niacutevel bom

Categoria 12 Qualidade sanitaacuteria do ambiente - niacutevel superior ndash

classificaccedilatildeo natildeo alcanccedilada pois natildeo houve aprofundamento sobre as fontes

de campos eletromagneacuteticos

Categoria 13 Qualidade sanitaacuteria do ar - niacutevel bom ndash classificaccedilatildeo

mantida atende a legislaccedilatildeo vigente

Categoria 14 Qualidade sanitaacuteria da aacutegua - niacutevel Bom ndash classificaccedilatildeo

mantida faltando definir rotina para controle de qualidade da aacutegua captada

pelo sistema de coleta pluvial

97

A uacuteltima parte do referencial QAP compras atende a pontuaccedilatildeo maacutexima

QAP comunicaccedilatildeo atende a pontuaccedilatildeo maacutexima e QAP gestatildeo tem potencial

para alcanccedilar a pontuaccedilatildeo maacutexima

Para finalizar observou-se que o SGO permeia todo referencial sendo de

fato a ldquocoluna vertebralrdquo da certificaccedilatildeo e eacute a ferramenta que iraacute garantir um

bom desempenho ambiental da edificaccedilatildeo durante sua vida uacutetil

Os resultados apresentados representam apenas uma parte dos criteacuterios

exigidos no referencial O relatoacuterio completo da avaliaccedilatildeo seraacute encaminhado

para a Fundaccedilatildeo Vanzolini para iniciar o processo de certificaccedilatildeo do EV

SUGESTOtildeES PARA TRABALHOS FUTUROS

Como proposta para trabalhos futuros sugere-se

pesquisa sobre potenciais fontes de exposiccedilatildeo eletromagneacuteticas

elaboraccedilatildeo de manual de boas praacuteticas de uso e operaccedilatildeo do EV

avaliaccedilatildeo do sistema de gestatildeo de operaccedilatildeo utilizado no EV

98

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104

ANEXO 1

Projeto arquitetocircnico do Escritoacuterio Verde da UTFPR

105

ANEXO 2

EnergiaMaterias

primasAacutegua Ar Aacutegua Solo Ruiacutedos Odores

Local e construccedilatildeo

1 Relaccedilatildeo do edifiacutecio com o seu entorno

11 Consideraccedilatildeo do contexto F

12 Implantaccedilatildeo no terreno F F

2 Escolha integrada de produtos sistemas e processos construtivos

21 Adaptabilidade e durabilidade do edifiacutecio F

22 Escolhas de processos construtivos F F

23 Escolhas de produtos de construccedilatildeo F F

24 Fim de vida do edifiacutecio desconstrutibilidade reciclabilidade F F

3 Canteiro de obras

31 Produccedilatildeo de resiacuteduos identificaccedilatildeo gestatildeo dos resiacuteduos F

32 Incocircmodos e poluiccedilatildeo F F

33 Recursos - consumo de aacutegua e energia F

Gestatildeo

4 Energia

41 Energia primaacuteria natildeo renovaacutevel F

42 Incocircmodos e poluiccedilatildeo

5 Aacutegua

51 Economia de aacutegua potaacutevel F

52 Gestatildeo de aacuteguas pluviais no terreno F

53 Esgotamento sanitaacuterio F

6 Resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo do edifiacutecio

61 Controle da produccedilatildeo de resiacuteduos F

62 Adequaccedilatildeo entre coleta interna e externa F

63 Controle da seleccedilatildeo dos resiacuteduos F F F

64 Otimizaccedilatildeo do sistema de coleta interna F F F

7 Conservaccedilatildeo e manutenccedilatildeo

71 Otimizaccedilatildeo das necessidades em manutenccedilatildeo F F F

72 Controle dos efeitos ambientais e sanitaacuterios da manutenccedilatildeo F

73 Facilidade de acesso para manutenccedilatildeo

74 Equipamentos para manter o desempenho em uso e operaccedilatildeo F F F F

Conforto

8 Conforto higroteacutermico

81 No inverno e na meia-estaccedilatildeo F

82 No veratildeo F

9 Conforto acuacutestico

91 Disposiccedilotildees arquitetocircnicas espaciais F F F

92 Isolamento acuacutestico F F F

93 Correccedilatildeo acuacutestica dos ambientes (se necessaacuteria) F F F

94 Efeitos dos ruiacutedos na vizinhanccedila F F F

10 Conforto visual

101 Consideraccedilatildeo da iluminaccedilatildeo natural F F F

102 Iluminaccedilatildeo artificial F

103 Relaccedilatildeo visual com o exterior

104 Iluminaccedilatildeo artificial das aacutereas exteriores F F

11 Conforto olfativo

111 Fontes de odores desagradaacuteveis F F F

112 Sensaccedilotildees olfativas desagradaacuteveis F F F

Sauacutede

12 Qualidade sanitaacuteria dos ambientes

121 Tratamento do ambiente interior e das superfiacutecies F F

13 Qualidade sanitaacuteria do ar

131 Fontes de poluiccedilatildeo F F F

132 Efeitos dos poluentes do ar na sauacutede F F F

14 Qualidade sanitaacuteria da aacutegua

141 Manutenccedilatildeo da qualidade da aacutegua de consumo nas redes internas do edifiacutecio F

142 Controle de acessos agraves redes coletivas de distribuiccedilatildeo

143 Controle da qualidade da aacutegua proveniente de rede de aacutegua natildeo potaacutevel

F = Relaccedilatildeo forte existente entre preocupaccedilatildeo e objetivo

Uma ceacutelula em branco natildeo significa necessariamente uma total ausecircncia de preocupaccedilatildeo

MO

BIL

IDA

DE

UR

BA

NA

OBJETIVOS DE CONTROLE DOS IMPACTOS AMBIENTAIS EXTERIORES E

INTERIORES DO EDIFICIO

Tabela 2 - Guia para a hierarquizaccedilatildeo das categorias de QAE em funccedilatildeo dos desafios ambientais estabelecidos

ME

LH

OR

AR

O

CO

NF

OR

TO

PR

ES

EE

RV

AR

A S

AU

DE

PREOCUPACcedilOtildeES AMBIENTAIS

PRESERVAR OS

RECURSOS

REDUZIR A

POLUICcedilAtildeO

REDUZIR OS

INCOMODOS

RE

DU

ZIR

OS

RE

SID

UO

S

106

ANEXO 3

Processo AQUA - operaccedilatildeo e uso maio de 2010

Page 6: UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ …Processo AQUA de certificação de edificações sustentáveis na fase operação e uso : estudo de caso do Escritório Verde da UTFPR

RESUMO LIMA Lucimara F de Processo AQUA de certificaccedilatildeo de edificaccedilotildees sustentaacuteveis na fase operaccedilatildeo e uso Estudo de caso do Escritoacuterio Verde da UTFPR 2013 p 106 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Engenharia Civil) - Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Engenharia Civil Universidade Tecnoloacutegica Federal do Paranaacute Curitiba Paranaacute 2013 Os desequiliacutebrios ambientais oriundos da incompatibilidade entre crescimento populacional e esgotabilidade dos recursos naturais trazem grandes desafios Neste contexto destaca-se a induacutestria da construccedilatildeo civil que utiliza na sua cadeia produtiva grande quantidade de recursos natildeo renovaacuteveis As atuais praacuteticas de produccedilatildeo utilizadas pela construccedilatildeo civil necessitam de ajustes imediatos para que o setor possa contribuir adequadamente com o desenvolvimento sustentaacutevel do paiacutes Infelizmente satildeo comuns ainda processos artesanais nas frentes de trabalho uso de mateacuterias-primas sem manejo sustentaacutevel e a aplicaccedilatildeo de produtos industrializados desconsiderando os aspectos de conservaccedilatildeo de aacutegua energia e a necessaacuteria reduccedilatildeo de resiacuteduos e desperdiacutecios O surgimento dos sistemas de avaliaccedilatildeo e certificaccedilatildeo da construccedilatildeo civil em diferentes partes do mundo vem minimizando os impactos negativos que o setor da construccedilatildeo origina Nos uacuteltimos anos o movimento ganhou novos adeptos e os nuacutemeros tornam-se expressivos apontando uma demanda urgente de novas atitudes por parte dos profissionais e empresas do ramo O estudo realizado consiste em analisar o Relatoacuterio Teacutecnico AQUA de Operaccedilatildeo e Uso elaborado pela Fundaccedilatildeo Vanzolini em 2010 como versatildeo provisoacuteria que no momento encontra-se em processo de revisatildeo Essa anaacutelise foi utilizada como base para a realizaccedilatildeo de um estudo de caso sobre a construccedilatildeo do Escritoacuterio Verde da UTFPR O resultado dessa pesquisa eacute a avaliaccedilatildeo de desempenho ambiental do escritoacuterio quanto agrave conformidade com os requisitos definidos no referencial teacutecnico AQUA de operaccedilatildeo de edifiacutecios bem como o tratamento das natildeo conformidades e a tomada de accedilotildees corretivas e preventivas para alcance de um desempenho satisfatoacuterio Assim esta dissertaccedilatildeo eacute uma siacutentese de um processo de certificaccedilatildeo de edificaccedilotildees sustentaacuteveis e busca realccedilar a importacircncia da certificaccedilatildeo na construccedilatildeo civil como modo de garantir que edifiacutecios sejam planejados projetados construiacutedos e principalmente utilizados seguindo os princiacutepios da sustentabilidade aspectos teacutecnicos econocircmicos sociais ambientais e culturais que devem interagir de forma holiacutestica Palavras-chave Processo AQUA avaliaccedilatildeo de desempenho do Escritoacuterio Verde certificaccedilatildeo ambiental de edifiacutecios

ABSTRACT LIMA Lucimara F de The AQUA process for certification of sustainable buildings in the operation and use phases Case Study the UTFPR Green Office 2013 p 106 Thesis (Masteracutes Degree in Civil Engineering) ndash Post -graduate Program in Civil Engineering of Federal Technological University of Paranaacute Curitiba Brazil 2013 Environmental imbalances resulting from the lack of compatibility between the population growth and the exhaustibility of natural resources bring out great challenges In such a context the industry of civil engineering must be pointed out for the use of great quantities of non-renewable resources in its production chain The current production practices used in civil construction need immediate adjustments so that the sector may contribute appropriately for the sustainable development of the country Unfortunately it is still rather common to find artisanal processes on work fronts use of raw materials without sustainable handling and the application of industrialized products with disregard to aspects such as water conservation energy and the necessary reduction of residues and waste The appearance of assessment and certification systems of civil construction in different parts of the world has reduced the negative impacts caused by the construction sector Over the last years such movement has gained new supporters and numbers have become more expressive pointing towards a pressing demand for new actions by professionals and corporations in the field The study performed consists of analyzing the AQUAacutes Technical Report of Operation and Use designed by the Vanzolini Foundation in 2010 as a temporary version which is currently being revised Such analysis has been used as the basis for the undertaking of a case study on the construction of the Green Office at UTFPR The outcome of such research is the assessment of the officeacutes environmental performance as for conformity with requirements defined on the AQUA standard of buildings operation as well as the treatment of non-conformities and undertaking of corrective and preventive actions in order to achieve satisfactory performance Thus such thesis is the summary of a certification process of sustainable buildings and aims to emphasize the importance of certification in civil construction as a way of assuring that buildings are planned designed built and primarily used according to the principles of sustainability technical economic social environmental and cultural aspects which must interact holistically Keywords AQUA Process assessment of the Green Office performance

environmental certification of buildings

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Pegada ecoloacutegica (adaptado do inglecircs) 24

Figura 2 ndash Ciclo PDCA e SDCA 33

Figura 3 ndash Niacuteveis de avaliaccedilatildeo AQUA 40

Figura 4 ndash Avaliaccedilatildeo na fase operaccedilatildeo e uso - processo AQUA 42

Figura 5 - Localizaccedilatildeo do empreendimento em relaccedilatildeo agrave UTFPR e pontos

estrateacutegicos 46

Figura 6 ndash Planta esquemaacutetica do piso teacuterreo do EV 47

Figura 7 ndash Planta esquemaacutetica do mezanino do EV 47

Figura 8 ndash Perspectiva lateral esquerda do Escritoacuterio Verde 48

Figura 9 ndash Vista da lateral esquerda do Escritoacuterio Verde 48

Figura 10 ndash Vista dos fundos do Escritoacuterio Verde 48

Figura 11 ndash Montagem das paredes do Escritoacuterio Verde 49

Figura 12 ndash Aplicaccedilatildeo de manta hidroacutefuga nas paredes externas 50

Figura 13 ndash Sistema de moacutedulos em EVA 50

Figura 14 ndash Execuccedilatildeo do telhado verde 50

Figura 15 ndash Revestimentos internos do EV 51

Figura 16 ndash Perfil ambiental proposto para o EV 54

Figura 17ndash Execuccedilatildeo do radier 59

Figura 18ndash Ancoragem das paredes 59

Figura 19 - Modelo construtivo wood frame 60

Figura 20 - Manta de PET reciclado 60

Figura 21- Manta de pneu reciclado 60

Figura 22 - Painel Smartside 61

Figura 23 - Siding Vinilico 61

Figura 24 - Painel TechShield 61

Figura 25 ndash Painel Decowall 62

Figura 26 ndash Placa cimentiacutecia 62

Figura 27 ndash Vigas I 63

Figura 28 ndash Passagem da tubulaccedilatildeo na viga I 63

Figura 29 - Modelo construtivo da cobertura em wood frame 63

Figura 30 ndash Sistema tombar para ventilaccedilatildeo indireta 64

Figura 31 ndash Piso elevado modular 65

Figura 32 ndash Carpete modular com sistema tactile 65

Figura 33 ndash Sistema hidro-pex 66

Figura 34 ndash Painel fotovoltaico 68

Figura 35 ndash Cisterna e filtros do EV 73

Figura 36ndash Modelo de sistema de coleta de aacutegua pluvial 73

Figura 37 ndash Jardim vertical do EV 74

Figura 38 ndash Piso drenante borracha de pneu 75

Figura 39 ndash Piso plast floor 76

Figura 40 ndash Piso drenante tecnogran 76

Figura 41 ndash Vista lateral esquerda do EV 87

Figura 42 ndash Vista lateral direita e fundos do EV 87

Figura 43 ndash Efeito chamineacute 88

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 ndash Perfil da qualidade ambiental do edifiacutecio em operaccedilatildeo 41

Tabela 2 ndash Guia para hierarquizaccedilatildeo das categorias da QAE em funccedilatildeo dos desafios

ambientais estabelecidos 53

Tabela 3 ndash Energia gerada em cada mecircs de operaccedilatildeo do SFCR do EV 69

Tabela 4 ndash Energia diaacuteria meacutedia gerada em cada mecircs de operaccedilatildeo do SFCR do EV 69

Tabela 5 ndash Consumo de aacutegua potaacutevel no EV 72

Tabela 6 ndash Consumo de aacutegua de pluvial 72

Tabela 7 ndash Meacutedias histoacutericas - iacutendice pluviomeacutetrico 74

Tabela 8 ndash Coeficiente de impermeabilizaccedilatildeo do terreno antes da implantaccedilatildeo do EV 75

Tabela 9 ndash Coeficiente de impermeabilizaccedilatildeo do terreno apoacutes a implantaccedilatildeo do EV75

Tabela 10 ndash Mediccedilatildeo de temperatura no EV durante o inverno 80

Tabela 11 ndash Resultados obtidos (MEDICcedilAtildeO ndash INCERTEZA) 84

Tabela 12 ndash Resultados obtidos (MEDICcedilAtildeO + INCERTEZA) 84

Tabela 13 - Caacutelculo do iacutendice de atenuaccedilatildeo acuacutestica R do invoacutelucro da edificaccedilatildeo 85

LISTA DE QUADROS

Quadro 1 ndash Principais eventos relacionados ao desenvolvimento sustentaacutevel 27

Quadro 2 ndash Principais sistemas de certificaccedilatildeo de edificaccedilotildees (continua) 34

Quadro 3 - Principais sistemas de certificaccedilatildeo de edificaccedilotildees no Brasil (continua) 36

Quadro 4 ndash Categorias do sistema AQUA 39

Quadro 5 ndash Subcategorias do sistema AQUA (continua) 39

Quadro 6 ndash Avaliaccedilatildeo categoria 1 - QI 55

Quadro 7 ndash Avaliaccedilatildeo categoria 1 - CQI 55

Quadro 8 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 13 55

Quadro 9 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 111 56

Quadro 10 ndash Avaliaccedilatildeo categoria 2 - QI 57

Quadro 11 ndash Avaliaccedilatildeo categoria 2 - MQI 57

Quadro 12 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 111 58

Quadro 13 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 66

Quadro 14 ndash Avaliaccedilatildeo categoria 4 ndash QI 67

Quadro 15 ndash Avaliaccedilatildeo categoria ndash MQI 67

Quadro 16 ndash Avaliaccedilatildeo categoria ndash CQI 67

Quadro 17ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 44 67

Quadro 18 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 70

Quadro 19 ndash Criteacuterios avaliados ndash MQI 70

Quadro 20 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 70

Quadro 21 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 52 e 53 71

Quadro 22 ndash fontes consumidoras de aacutegua 71

Quadro 23 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 76

Quadro 24 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 77

Quadro 25 ndash Criteacuterios avaliados ndash MQI 78

Quadro 26 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 78

Quadro 27 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 71 78

Quadro 28 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 79

Quadro 29 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 79

Quadro 30 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 83 79

Quadro 31 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 81

Quadro 32 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 81

Quadro 33 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 83 82

Quadro 34 ndash Criteacuterios de avaliaccedilatildeo para acuacutestica de edifiacutecios novos 82

Quadro 35 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 86

Quadro 36 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 86

Quadro 37 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 86

Quadro 38 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 87

Quadro 39 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 88

Quadro 40 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 112 88

Quadro 41 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 89

Quadro 42 ndash Criteacuterios avaliados ndash MQI 89

Quadro 43 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 89

Quadro 44 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 121 89

Quadro 45 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 90

Quadro 46 ndash Criteacuterios avaliados ndash MQI 90

Quadro 47 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 90

Quadro 48 ndash Criteacuterios avaliados ndash MQI 131 91

Quadro 49 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 92

Quadro 50 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 92

Quadro 51 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 141 92

Quadro 52 ndash Criteacuterios avaliados em QAP 93

Quadro 53 ndash Criteacuterios avaliados em QI 41 94

LISTA DE GRAacuteFICOS

Graacutefico 1- Evoluccedilatildeo do PIB Brasil e do PIB da Construccedilatildeo Civil 17

Graacutefico 2 - Estimativa de crescimento populacional mundial (adaptado do inglecircs) 23

Graacutefico 3 ndash Dia com temperatura meacutedia diaacuteria miacutenima 81

Graacutefico 4 ndash Meacutedias do niacutevel de ruiacutedo dos locais avaliados 83

Graacutefico 5 ndash Iacutendice de atenuaccedilatildeo acuacutestica 85

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ABNT Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas

ACV Avaliaccedilatildeo de ciclo de vida

AQUA Alta Qualidade Ambiental

ASBEA Associaccedilatildeo Brasileira dos Escritoacuterios de Arquitetura

BEE Building Environmental Efficiency

BRE Building Research Establishment

BREEAM Building Research Establishment Environmental Assessment Method

CASBEE Comprehensive Assessment System for Building Environmental

Efficiency

CBIC Cacircmara Brasileira da Induacutestria da Construccedilatildeo

CBCS Conselho Brasileiro de Construccedilatildeo Sustentaacutevel

CQI Controle da qualidade intriacutenseca

COV Compostos Orgacircnicos Volaacuteteis

CO Dioacutexido de Carbono

EV Escritoacuterio Verde

GBC Green Building Council

HQE Haute Qualiteacute Environnementale

HKBEAM Honk Kong Building Environmental Assessment

IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica

IDHEA Instituto para Desenvolvimento da Habitaccedilatildeo Ecoloacutegica

LCA Life cicle assessment

LEED Leadership in Energy amp Environmental Design

MQI Melhoria da qualidade intriacutenseca

NBR Norma brasileira

ONU Naccedilotildees Unidas

PNUMA Programa das Naccedilotildees Unidas para o Meio Ambiente

QAE Qualidade ambiental do edifiacutecio

QAEop Qualidade ambiental do edifiacutecio em operaccedilatildeo

QAP Qualidade ambiental das praacuteticas

QI Qualidade intriacutenseca

SANEPAR Companhia de Saneamento do Paranaacute

SFCR Sistema fotovoltaico conectado aacute rede

SFI Sistema fotovoltaico isolado

SGE Sistema de gestatildeo do empreendimento

SGO Sistema de gestatildeo da operaccedilatildeo

USGBC US Green Building Council

UTFPR Universidade Tecnoloacutegica Federal do Paranaacute

WWF World Wildlife Fund

WRI World Resources Institute

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 17

11 CONSIDERACcedilOtildeES INICIAIS 17

12 OBJETIVOS 19

121 Objetivo Principal 19

122 Objetivos Especiacuteficos 19

13 DELIMITACcedilOtildeES 19

14 JUSTIFICATIVA 20

15 ESTRUTURA DA DISSERTACcedilAtildeO 22

2 REVISAtildeO DA LITERATURA 23

21 CONTEXTUALIZACcedilAtildeO 23

22 DESENVOLVIMENTO SUSTENTAacuteVEL 25

23 CONSTRUCcedilAtildeO SUSTENTAacuteVEL 28

24 SISTEMAS DE AVALIACcedilAtildeO DO DESEMPENHO DE EDIFIacuteCIOS 29

241 Anaacutelise do Ciclo de Vida ndash ACV 31

242 Sistemas de Certificaccedilatildeo de Edifiacutecios 31

243 Principais Sistemas de Certificaccedilatildeo no Brasil 36

244 Processo AQUA de certificaccedilatildeo 37

3 METODOLOGIA 43

4 ESTUDO DE CASO ESCRITOacuteRIO VERDE DA UTFPR 45

41 CONTEXTUALIZACcedilAtildeO 45

42 CONSTRUCcedilAtildeO DO ESCRITOacuteRIO VERDE 46

5 RESULTADOS E DISCUSSOtildeES 52

51 AVALIACcedilAtildeO DO DESEMPENHO AMBIENTAL DO EV 52

511 SGO ndash Sistema de gestatildeo da operaccedilatildeo 52

512 QAEop ndash Qualidade Ambiental do Edifiacutecio na Fase Operaccedilatildeo 54

513 QAP ndash Qualidade Ambiental das Praacuteticas 92

6 CONCLUSOtildeES 94

REFEREcircNCIAS 99

ANEXOS 106

17

1 INTRODUCcedilAtildeO

11 CONSIDERACcedilOtildeES INICIAIS

Em 1987 foi publicado pela ONU (Naccedilotildees Unidas) o documento ldquoNosso

Futuro Comumrdquo mais conhecido como o relatoacuterio de Brundtland 25 anos se

passaram e a ideia de desenvolvimento sustentaacutevel continua vaacutelida nos dias de

hoje No entanto destaca-se o fato de ainda ser um conceito de aceitaccedilatildeo

generalizada quando deveria ser uma praacutetica cotidiana (ONU 2012)

Nesse contexto apresenta-se o setor da construccedilatildeo civil que cresce a

taxas superiores agraves do PIB (produto interno bruto) nacional De acordo com

dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica (IBGE) em

2012 enquanto o Paiacutes apresentou expansatildeo de 09 a construccedilatildeo civil

cresceu 14 O resultado da Construccedilatildeo foi o segundo melhor da Induacutestria

ficando atraacutes do setor de produccedilatildeo e distribuiccedilatildeo de eletricidade gaacutes aacutegua

esgoto e limpeza urbana (36)

Conforme Graacutefico 1 divulgado pela Cacircmara Brasileira da Industria da

Construccedilatildeo - CBIC em 2011 enquanto PIB nacional cresceu 75 o da

Construccedilatildeo registrou incremento de 116 justificado pelo lanccedilamento do

Programa Minha Casa Minha Vida ndash PMCMV em 2010

Graacutefico 1- Evoluccedilatildeo do PIB Brasil e do PIB da Construccedilatildeo Civil

Fonte CBIC (2011)

18

Para CBIC (2011) a induacutestria da construccedilatildeo eacute considerada ldquoo motor do

desenvolvimentordquo brasileiro dos proacuteximos anos No entanto observa-se que as

praacuteticas para amenizar os impactos gerados pelo setor natildeo acompanham

tamanho crescimento

Em contrapartida surgem no Brasil poliacuteticas em prol da preservaccedilatildeo

ambiental impulsionando toda cadeia produtora um exemplo eacute a Instruccedilatildeo

Normativa nordm 01 de 2010 que dispotildee sobre os criteacuterios de sustentabilidade

ambiental na aquisiccedilatildeo de bens contrataccedilatildeo de serviccedilos ou obras pela

Administraccedilatildeo Puacuteblica Federal direta autaacuterquica e fundacional

Outro ganho eacute a Norma Brasileira de Desempenho de Edifiacutecios NBR

155752013 que comeccedila a vigorar em julho desse ano e traz alguns itens

ineacuteditos nas normativas brasileiras como o conceito de vida uacutetil para os

sistemas Outro aspecto relevante eacute o papel que o usuaacuterio passaraacute a exercer

pois para que o desempenho miacutenimo seja atingido ao longo do tempo seraacute

necessaacuterio agrave implementaccedilatildeo de programas de manutenccedilatildeo corretiva e

preventiva (ASBEA 2013)

Destacam-se tambeacutem os sistemas de certificaccedilatildeo ambiental de

edificaccedilotildees que vecircm ganhando grande aceitaccedilatildeo no mercado brasileiro

apresentando-se como forma fundamental de incentivo das praacuteticas

sustentaacuteveis e principalmente como instrumento para garantir que as

edificaccedilotildees tenham um bom desempenho durante sua vida uacutetil

Dentro desse contexto a pesquisa apresentada dedicou-se na anaacutelise do

processo de certificaccedilatildeo ambiental AQUA (Alta Qualidade Ambiental) lanccedilado

em 2008 elaborado pela Fundaccedilatildeo Carlos Alberto Vanzolini instituiccedilatildeo privada

sem fins lucrativos criada mantida e gerida pelos professores do

Departamento de Engenharia de Produccedilatildeo da Escola Politeacutecnica da

Universidade de Satildeo Paulo O sistema foi adaptado exclusivamente para a

realidade brasileira a partir do modelo de certificaccedilatildeo francecircs HQE Haute

Qualiteacute Environnementale O processo AQUA eacute uma certificaccedilatildeo reconhecida

internacionalmente por diversas entidades certificadoras no mundo Franccedila

Alemanha Inglaterra Finlacircndia Itaacutelia e Estados Unidos que fazem parte da

SB Alliance da qual a Fundaccedilatildeo eacute membro fundador (REVISTA TEacuteCHNE

2009)

19

Inicialmente buscou-se o entendimento do referencial teacutecnico elaborado

pela Fundaccedilatildeo Vanzolini em 2007 para edifiacutecios novos abordando as fases

que antecedem a operaccedilatildeo as etapas de programa concepccedilatildeo (projeto) e

realizaccedilatildeo (execuccedilatildeo) Posteriormente deu-se a analise do referencial de

operaccedilatildeo fornecido pela Fundaccedilatildeo Vanzolini versatildeo provisoacuteria de 2010

atualmente em processo de revisatildeo

Com o objetivo de aplicar o conhecimento adquirido na anaacutelise dos

referidos referenciais optou-se por adotar do Escritoacuterio Verde - EV da UTFPR

construiacutedo dentro de criteacuterios sustentaacuteveis como objeto de estudo analisando

a conformidade ou natildeo conformidade quanto aos criteacuterios de desempenho

ambiental definidos no referencial AQUA de operaccedilatildeo de edifiacutecios

12 OBJETIVOS

121 Objetivo Principal

Analisar o desempenho ambiental do Escritoacuterio Verde da UTFPR tendo

como base o referencial teacutecnico de operaccedilatildeo e uso fornecido pela Fundaccedilatildeo

Vanzolini

122 Objetivos Especiacuteficos

Analisar o referencial teacutecnico para edifiacutecios do setor de serviccedilos em

operaccedilatildeo e uso elaborado pela Fundaccedilatildeo Vanzolini em maio de 2010

Avaliar o EV quanto o atendimento dos requisitos exigidos pelo AQUA

para a obtenccedilatildeo da certificaccedilatildeo na fase operaccedilatildeo e uso

Promover maior percepccedilatildeo sobre a importacircncia da certificaccedilatildeo de

edifiacutecios na fase operaccedilatildeo e uso como forma de garantir um desempenho

ambiental satisfatoacuterio durante sua vida uacutetil

13 DELIMITACcedilOtildeES

Para este estudo foram utilizados dois referenciais teacutecnicos AQUA de

certificaccedilatildeo

20

Vanzolini versatildeo 0 (provisoacuteria) - elaborado em maio de 2010

ndash edifiacutecios escolares versatildeo 0

(provisoacuteria) disponiacutevel no site da Fundaccedilatildeo

consideradas na presente dissertaccedilatildeo

14 JUSTIFICATIVA

O 3ordm Simpoacutesio Brasileiro de Construccedilatildeo Sustentaacutevel ocorrido em 2010

SBCS10 promovido pelo CIB (International Council for Research and

Innovation in Building and Construction) UNEP (United Nations Environment

Programme) e iiSBE (International Initiative for a Sustainable Built

Environment) em parceria com o CBCS (Conselho Brasileiro de Construccedilotildees

Sustentaacuteveis) e uma coalizatildeo de universidades brasileiras liacutederes no tema

Universidade de Campinas (Unicamp) Universidade Federal do Espiacuterito Santo

(UFES) e Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) obteve por

resultado um documento denominado ldquoCarta Abertardquo contendo consideraccedilotildees

referentes ao momento econocircmico e social vivido pelo Brasil Seguem algumas

dessas exposiccedilotildees (CBCS 2010)

a cadeia produtiva da construccedilatildeo civil eacute um dos motores do processo de

desenvolvimento econocircmico do Paiacutes

os programas governamentais de desenvolvimento social como o

Minha Casa Minha Vida - PMCMV e o Programa de Aceleraccedilatildeo do

Crescimento - PAC tem por base a atividade de construccedilatildeo

a cadeia produtiva da construccedilatildeo tem significativos impactos sociais e

ambientais inclusive mudanccedilas climaacuteticas consumo de energia aacutegua

biodiversidade e recursos naturais

Diante desse cenaacuterio surgem no Brasil os sistemas de certificaccedilatildeo

ambiental para edifiacutecios que agregam no sentido de minimizar os impactos

decorrentes da cadeia produtiva da construccedilatildeo civil

Hoje o Brasil ocupa o quarto lugar entre os paiacuteses que mais concentram

edificaccedilotildees feitas a partir de criteacuterios ambientalmente adequados Os Estados

21

Unidos reuacutenem o maior nuacutemero de empreendimentos em anaacutelise seguidos

pela China e pelos Emirados Aacuterabes Unidos (GBC-BRASIL 2013)

O relatoacuterio Rumo a Economia Verde do PNUMA (Programa das Naccedilotildees

Unidas para o Meio Ambiente) 2011 informa que a reduccedilatildeo dos impactos

gerados na construccedilatildeo civil eacute peccedila chave para alcance de uma economia

verde Para o PNUMA economia verde eacute aquela que resulta em melhoria do

bem-estar da humanidade e igualdade social ao mesmo tempo em que reduz

significativamente riscos ambientais e escassez ecoloacutegica

ldquoA construccedilatildeo de novos edifiacutecios verdes e o reequipamento dos edifiacutecios

jaacute existentes que usam energia e recursos de forma intensiva ateacute 2050 podem

resultar na economia de um terccedilo de energia nos setores de construccedilatildeo civil no

mundo inteiro em comparaccedilatildeo com as projeccedilotildees para as construccedilotildees

realizadas da maneira tradicionalrdquo (PNUMA 2011)

Para o coordenador executivo do processo AQUA professor Manuel

Carlos Reis Martins haacute necessidade de se repensar o conceito de custo de

uma obra levando em conta tambeacutem a fase de operaccedilatildeo cujo custo ao longo

dos anos eacute muito maior do que o valor gasto na construccedilatildeo Em termos de

ordem de grandeza do custo total de construccedilatildeo e operaccedilatildeo de um edifiacutecio

em um horizonte de 30 anos cerca de 20 correspondem agrave construccedilatildeo e 80

agrave operaccedilatildeo De outo modo se um edifiacutecio for sustentaacutevel e

consequentemente tiver custos operacionais mais baixos os investimentos

adicionais realizados na fase de construccedilatildeo teratildeo um raacutepido retorno

(ARQUITETURA 2011)

Eacute niacutetido que o tema construccedilotildees sustentaacuteveis com destaque para as

certificaccedilotildees ambientais vem ganhando abrangecircncia no contexto global e tem

um peso certamente crescente e determinante na minimizaccedilatildeo dos impactos

gerados no setor da construccedilatildeo No entanto no Brasil ainda eacute incipiente a

aplicaccedilatildeo desses sistemas no sentido de avaliar e garantir um desempenho

ambiental satisfatoacuterio das edificaccedilotildees durante sua operaccedilatildeo

Para Degani (2010) as metodologias de avaliaccedilatildeo e certificaccedilatildeo de

edifiacutecios podem ser vistas como mecanismos indutores do aperfeiccediloamento do

desempenho das edificaccedilotildees e da proacutepria construccedilatildeo civil

22

15 ESTRUTURA DA DISSERTACcedilAtildeO

O trabalho foi estruturado da seguinte forma

deste trabalho e justifica a relevacircncia desse estudo

histoacuterico e o estado da arte do tema estudado tambeacutem descreve os sistemas

de certificaccedilatildeo mais relevantes da atualidade e suas principais caracteriacutesticas

apitulo eacute a metodologia utilizada na dissertaccedilatildeo

Verde da UTFPR resultados e discussotildees sobre a aplicaccedilatildeo da metodologia

AQUA na fase operaccedilatildeo e uso

conclusotildees e consideraccedilotildees finais

23

2 REVISAtildeO DA LITERATURA

21 CONTEXTUALIZACcedilAtildeO

O ritmo do crescimento populacional no mundo estaacute em constante

decliacutenio sendo a taxa atual de crescimento de 12 ao ano Poreacutem a

populaccedilatildeo mundial continua crescendo em valores absoluto e em 2011 atingiu

a marca de 7 bilhotildees de habitantes O Graacutefico 2 informa que para o alcance do

2ordm bilhatildeo de habitantes no planeta levaram cerca de 123 anos o 3ordm bilhatildeo 33

anos o 4ordm bilhatildeo 15 anos o 5ordm e 6ordm bilhatildeo apenas 12 anos A estimativa para

atingir o 8ordm e 9ordm bilhatildeo eacute de 16 e 26 anos respectivamente mostrando que o

equiliacutebrio estaacute longe de acontecer gerando vaacuterios problemas pois a natureza

natildeo consegue repor na mesma velocidade que o consumo se sucede

Graacutefico 2 - Estimativa de crescimento populacional mundial (adaptado do inglecircs)

Fonte Population Reference Bureau (2011)

A Figura 1 relata as projeccedilotildees do uacuteltimo Relatoacuterio Planeta Vivo da World

Wildlife Fund - WWF (2012) indicando que se a humanidade continuar com

esse modelo de comportamento em 2030 (com 83 bilhotildees de habitantes)

seriam necessaacuterios dois planetas e cerca de trecircs planetas em 2050 (com 93

bilhotildees de habitantes) Esses dados foram calculados por meio da pegada

24

ecoloacutegica que corresponde ao tamanho das aacutereas produtivas de terra e de mar

necessaacuterias para gerar produtos bens e serviccedilos que sustentem determinados

estilos de vida Eacute uma forma de medir em hectares (ha) a extensatildeo de

territoacuterio que uma pessoa ou toda uma sociedade utiliza em meacutedia para se

sustentar

Figura 1 - Pegada ecoloacutegica (adaptado do inglecircs)

Fonte WWF ndash World Wildlife Fund 2012

Os componentes utilizados para o caacutelculo da pegada ecoloacutegica satildeo

apresentados na Figura 1 demonstrando os seguintes aspectos

carbono - a extensatildeo de aacutereas florestais capaz de sequestrar emissotildees

de CO2 derivadas da queima de combustiacuteveis foacutesseis excluindo-se a parcela

absorvida pelos oceanos que provoca a acidificaccedilatildeo

- a extensatildeo de aacutereas de cultivo usadas para a

produccedilatildeo de alimentos e fibras para consumo humano bem como para a

produccedilatildeo de raccedilatildeo para o gado oleaginosa e borracha

- a extensatildeo de aacutereas de pastagem utilizadas para a criaccedilatildeo

de gado de corte e leiteiro e para a produccedilatildeo de couro e produtos de latilde

- a extensatildeo de aacutereas florestais necessaacuterias para o

fornecimento de produtos madeireiros celulose e lenha

25

- representa a extensatildeo de aacutereas cobertas por

infraestrutura humana inclusive transportes habitaccedilatildeo estruturas industriais e

reservatoacuterios para a geraccedilatildeo de energia hidreleacutetrica

- calculada a partir da estimativa de produccedilatildeo primaacuteria

necessaacuteria para sustentar os peixes e mariscos capturados com base em

dados de captura relativos a espeacutecies marinhas e de aacutegua doce

22 DESENVOLVIMENTO SUSTENTAacuteVEL

A associaccedilatildeo entre o desenvolvimento econocircmico e a degradaccedilatildeo da

natureza foi pela primeira vez discutida por um grupo de intelectuais

denominado Clube de Roma fundado em 1968 tornou-se muito conhecido a

partir da publicaccedilatildeo do relatoacuterio intitulado ldquoOs Limites do Crescimentordquo Em

1972 a Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas (ONU) realizou a primeira

conferecircncia mundial sobre meio ambiente em Estocolmo Em 1983 foi criada a

Comissatildeo Mundial do Meio Ambiente e Desenvolvimento que publicou em

1987 o relatoacuterio conhecido como ldquoRelatoacuterio Brundtlandrdquo o qual aponta para a

incompatibilidade entre desenvolvimento sustentaacutevel e os padrotildees de produccedilatildeo

e consumo trazendo agrave tona mais uma vez a necessidade de uma nova relaccedilatildeo

ldquoser humano e meio ambienterdquo

Para a WWF Brasil a definiccedilatildeo mais aceita para desenvolvimento

sustentaacutevel foi descrita no Relatoacuterio de Brundland em 1987 ldquoAtender agraves

necessidades do presente sem comprometer a possibilidade de as geraccedilotildees

futuras atenderem a suas proacuteprias necessidadesrdquo Essa definiccedilatildeo surgiu para

discutir e propor meios de harmonizar dois objetivos o desenvolvimento

econocircmico e a conservaccedilatildeo ambiental (WWF-BRASIL 2013)

Mas foi na Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas para o Desenvolvimento e o

Meio Ambiente - Rio 92 que se consagrou o uso da expressatildeo

desenvolvimento sustentaacutevel O resultado foi agrave adoccedilatildeo de trecircs recomendaccedilotildees

principais a Agenda 21 a Declaraccedilatildeo do Rio e os Princiacutepios relativos a

Florestas e Selvas Foram tambeacutem firmadas duas convenccedilotildees a Convenccedilatildeo

da Biodiversidade e a Convenccedilatildeo do clima

A Agenda 21 foi o principal documento produzido na ECO 92 na qual foi

registrado a importacircncia dos paiacuteses em se comprometerem a refletir local e

26

globalmente sobre a forma pela qual governos empresas e organizaccedilotildees natildeo-

governamentais e todos os setores da sociedade poderiam cooperar no estudo

de soluccedilotildees para os problemas socioambientais

Assim a Agenda 21 possibilitou o debate sobre o desenvolvimento e

construccedilatildeo sustentaacutevel utilizaccedilatildeo de recursos viabilidade econocircmica destes

no mercado processos construtivos desenvolvimento social entre outros

assuntos permitindo aprofundar conhecimentos relacionados com a eficiecircncia

energeacutetica nos edifiacutecios a conservaccedilatildeo da aacutegua potaacutevel e a utilizaccedilatildeo de

materiais que tenham em conta a preservaccedilatildeo do ambiente

Em 2007 foi criado no Brasil o Conselho Brasileiro de Construccedilatildeo

Sustentaacutevel (CBCS) que tem como objetivo a utilizaccedilatildeo de praacuteticas

sustentaacuteveis no setor da construccedilatildeo civil trazendo qualidade de vida aos

usuaacuterios trabalhadores e ao ambiente em torno da edificaccedilatildeo

O evento mais recente foi a RIO + 20 realizado em junho de 2012

Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas sobre desenvolvimento sustentaacutevel sediado

no Rio de Janeiro Brasil Como resultado obteve-se a elaboraccedilatildeo de um

documento intitulado ldquoO futuro que queremosrdquo

27

Principais acontecimentos referentes ao desenvolvimento sustentaacutevel

podem ser vistos no Quadro 1

ANO EVENTO RESUMO

1968 Criaccedilatildeo do Clube de Roma

Organizaccedilatildeo informal cujo objetivo era promover o entendimento dos

componentes variados mas interpendentes ndash econocircmicos poliacuteticos

naturais e sociais que formam o sistema global

1972 Publicaccedilatildeo do livro Os limites do crescimento

Informe apresentado pelo Clube de Roma no qual previa que as

tendecircncias que imperavam ateacute entatildeo conduziriam a uma escassez

catastroacutefica dos recursos naturais e a niacuteveis perigosos de

contaminaccedilatildeo num prazo de 100 anos

1972Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas sobre o Meio Ambiente

Humano em Estocolmo Sueacutecia

A primeira manifestaccedilatildeo dos governos de todo o mundo com as

consequumlecircncias da economia sobre o meio ambiente Participaram

113 Estados-membros da ONU Um dos resultados do evento foi a

criaccedilatildeo do Programa das Naccedilotildees Unidas sobre o Meio Ambiente

(PNUMA)

1987Publicaccedilatildeo do informe Brundtland o ldquoNosso

Futuro Comumrdquo

Um dos mais importantes sobre a questatildeo ambiental e o

desenvolvimento Vincula estreitamente economia e ecologia e

estabelece o eixo em torno do qual se deve discutir o

desenvolvimento formalizando o conceito de desenvolvimento

sustentaacutevel

1992Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas sobre o Meio

Ambiente e Desenvolvimento ou Cuacutepula da Terra

Realizada no Rio de Janeiro constitui-se no mais importante foro

mundial jaacute realizado Abordou novas perspectivas globais e de

integraccedilatildeo da questatildeo ambiental planetaacuteria e definiu mais

concretamente o modelo de desenvolvimento sustentaacutevel

Participaram 170 Estados que aprovaram a Declaraccedilatildeo do Rio e

mais quatro documentos entre os quais a Agenda 21

1995 Berlim COP 1 - Conferecircncia sobre o clima

A primeira COP (Conferencia das Partes) tece como destaque a

decisatildeo de se apresentar no encontro de 1997 um documento

tornando oficial o comprometimento dos paiacuteses de reduccedilatildeo das

emissotildees de gases do efeito estufa

1997 Rio + 5 - Protocolo de Kyoto

Realizado em New York teve como objetivo analisar a

implementaccedilatildeo do Programa da Agenda 21 Visa combater o

aquecimento global que causa o efeito estufa

2002Cuacutepula Mundial sobre o Desenvolvimento Sustentaacutevel ndash

Rio + 10

Realizada em Johannesburgo nos meses de agosto e setembro

procurou examinar se foram alcanccediladas as metas estabelecidas pela

Conferecircncia do Rio-92 e serviu para que os Estados reiterassem seu

compromisso com os princiacutepios do desenvolvimento sustentaacutevel

2005 Montreal COP11 MOP1- Conferencia sobre o clima

Ocorreu juntamente com a Primeira Conferecircncia das Partes do

Protocolo de Quioto (COPMOP1) Jaacute entra na pauta a discussatildeo do

segundo periacuteodo do Protocolo apoacutes 2012 para o qual instituiccedilotildees

europeacuteias defendem reduccedilotildees de emissatildeo na ordem de 20 a 30 ateacute

2030 e entre 60 e 80 ateacute 2050

2007 Bali COP 13MOP3 - Conferencia sobre o clima

A reuniatildeo estabeleceu compromissos mensuraacuteveis transparentes e

verificaacuteveis para a reduccedilatildeo de emissotildees causadas por desmatamento

das florestas tropicais para o acordo que substituiraacute o Protocolo de

Quioto Recebeu o apelido mapa do caminho

2009 Copenhagem COP 15 -Conferencia sobre o clima

O encontro era considerado o mais importante da histoacuteria recente

dos acordos multilaterais ambientais pois tinha por objetivo

estabelecer o tratado que substituiraacute o Protocolo de Kyoto vigente

de 2008 a 2012 Entretanto a Conferecircncia de Copenhague foi

considerada em grande parte decepcionante

2010 Cancun COP 16 - Conferencia sobre o clima

Aqui vocecirc encontra anaacutelises dos integrantes do Observatoacuterio do

Clima posts no blog imagens e referecircncias para acompanhar mais

essa etapa das negociaccedilotildees multilaterais

2011 Durban COP 17 - Conferencia sobre o climaA proposta resultante da reuniatildeo foi vista pelos ambientalistas como

modesta insuficiente e sem ambiccedilotildees

2012 Rio + 20

A Rio+20 foi a maior Conferecircncia da ONU jaacute realizada com ampla

participaccedilatildeo de liacutederes de todos os setores Aleacutem do resultado

oficial muito criticado resumido no documento ldquoO Futuro que

Queremosrdquo e das dezenas de propostas da sociedade civil

organizada na Cuacutepula dos Povos a Rio+20 foi palco de 705

compromissos voluntaacuterios entre governos ONGs e Major Groups ndash

incluindo 500 empresas induacutestrias universidades entre outros

Quadro 1 ndash Principais eventos relacionados ao desenvolvimento sustentaacutevel

Fonte A autora 2012

28

23 CONSTRUCcedilAtildeO SUSTENTAacuteVEL

No acircmbito da Agenda 21 para a construccedilatildeo sustentaacutevel em paiacuteses em

desenvolvimento a construccedilatildeo sustentaacutevel eacute definida como um processo

holiacutestico que aspira a restauraccedilatildeo e manutenccedilatildeo da harmonia entre os

ambientes natural e construiacutedo e a criaccedilatildeo de assentamentos que afirmem a

dignidade humana e encorajem a equidade econocircmica No contexto do

desenvolvimento sustentaacutevel o conceito transcende a sustentabilidade

ambiental para abraccedilar a sustentabilidade econocircmica e social que enfatiza a

adiccedilatildeo de valor agrave qualidade de vida dos indiviacuteduos e das comunidades

(MINISTEacuteRIO DO MEIO AMBIENTE 2013)

As construccedilotildees sustentaacuteveis satildeo antes de tudo intervenccedilotildees conscientes

e planejadas Buscam satisfazer as necessidades humanas empregando de

forma inteligente os recursos disponiacuteveis visando natildeo esgotaacute-los

preservando-os para as geraccedilotildees futuras Desenvolve soluccedilotildees para os

problemas que a proacutepria construccedilatildeo gera (RIBEIRO 2010)

ldquoEdificaccedilatildeo sustentaacutevel eacute aquela que pode manter moderadamente ou

melhorar a qualidade de vida e harmonizar-se com o clima a tradiccedilatildeo a

cultura e o ambiente na regiatildeo ao mesmo tempo em que conserva a energia e

os recursos recicla materiais e reduz as substacircncias perigosas dentro da

capacidade dos ecossistemas locais e globais ao longo do ciclo de vida do

edifiacuteciordquo (IDHEA 2010)

A Associaccedilatildeo Brasileira dos Escritoacuterios de Arquitetura - ASBEA o

Conselho Brasileiro de Construccedilatildeo Sustentaacutevel - CBCS e outras instituiccedilotildees

apresentam diversos princiacutepios baacutesicos da construccedilatildeo sustentaacutevel dentre os

quais se destacam (GUIA DA SUSTENTABILIDADE 2008)

proveitamento de condiccedilotildees naturais locais

tilizar miacutenimo de terreno e integrar-se ao ambiente natural

mplantaccedilatildeo e anaacutelise do entorno

atildeo provocar ou reduzir impactos no entorno

ualidade ambiental interna e externa

estatildeo sustentaacutevel da implantaccedilatildeo da obra

daptar-se agraves necessidades atuais e futuras dos usuaacuterios

29

so de mateacuterias-primas que contribuam com a eco-eficiecircncia do

processo

educcedilatildeo do consumo energeacutetico

educcedilatildeo do consumo de aacutegua

eduzir reutilizar reciclar e dispor corretamente os resiacuteduos soacutelidos

ntroduzir inovaccedilotildees tecnoloacutegicas sempre que possiacutevel e viaacutevel

ducaccedilatildeo ambiental conscientizaccedilatildeo dos envolvidos no processo

Segundo SILVA (2007) a definiccedilatildeo de um edifiacutecio sustentaacutevel eacute

relacionada sempre comparativamente agraves praacuteticas correntes O desempenho

ambiental de um edifiacutecio sustentaacutevel de 2010 deve ser muito melhor do que o

de um edifiacutecio sustentaacutevel da deacutecada de 1990 Portanto os conceitos de

edifiacutecio sustentaacutevel estatildeo sempre em evoluccedilatildeo

24 SISTEMAS DE AVALIACcedilAtildeO DO DESEMPENHO DE EDIFIacuteCIOS

Com a crise do petroacuteleo na deacutecada de 1970 mecanismos legais de

reduccedilatildeo do consumo de energia comeccedilaram a ser implantados nos paiacuteses

desenvolvidos Os sistemas de avaliaccedilatildeo foram criados como forma de

analisar os impactos ambientais e classificar os edifiacutecios em Green Building

(SILVA 2007)

O conceito do Green Building ou ldquoEdificio verderdquo ganhou forccedila no iniacutecio da

deacutecada de 90 por meio da criaccedilatildeo do USGBC - United States Green Building

Council A entidade desenvolveu criteacuterios para medir a eficiecircncia das

edificaccedilotildees assim concede o selo de edifiacutecio verde agrave obra (SILVA 2007)

Para Reijnders e Van Roekel (1999) existem duas abordagens principais

de avaliaccedilatildeo ambiental a quantitativa e a qualitativa A primeira delas eacute a

Avaliaccedilatildeo de Ciclo de Vida (ACV) que trabalha com dados quantitativos de

fluxo energeacutetico A segunda trata-se de meacutetodos que usam sistemas de

pontuaccedilatildeo ou conceitos para anaacutelise dos dados qualitativos Tais ferramentas

satildeo denominadas eco-labellings

Segundo pesquisa realizada pelo World Resources Institute ndash WRI entre

o uacuteltimo quadrimestre de 2009 e o primeiro de 2010 existem aproximadamente

340 selos ecoloacutegicos que certificam produtos e serviccedilos espalhados por

aproximadamente 42 paiacuteses no mundo (WRI 2010)

30

Quanto ao desempenho de edifiacutecios sustentaacuteveis desta-se o Modelo de

Gerenciamento da Sustentabilidade de Facilidades Construiacuteda - MGS proposto

por Degani (2010) baseado no meacutetodo PDCA (planejar (plan) fazer (do)

checar (check) e agir (act))

O modelo MGS foi fundamentado no conceito de gestatildeo para o

desempenho e propotildeem diretrizes para implementaccedilatildeo de um sistema de

gestatildeo com objetivos de sustentabilidade na rotina diaacuteria dos agentes

responsaacuteveis (denominados no MGS de gerentes de facilidades) pelo uso

operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo dos edifiacutecios contemplando as seguintes etapas

(DEGANI 2010)

l

Importante esclarecer que o MGS eacute resultado de uma pesquisa de tese de

doutorado necessitando de avaliaccedilatildeo quanto a sua aplicabilidade e eficaacutecia

Degani (2010) sugere que o modelo seja utilizado como forma de introduzir a

sistemaacutetica do gerenciamento dos aspectos de sustentabilidade requerido pelo

sistema de certificaccedilatildeo

A gestatildeo de desempenho ambiental de edifiacutecios sustentaacuteveis em

operaccedilatildeo ainda eacute incipiente no Brasil mas haacute vaacuterios paiacuteses que jaacute fazem uso

de ferramentas que promovem a melhoria e controle de desempenho das

edificaccedilotildees As iniciativas envolvem a implantaccedilatildeo de padrotildees e guias para

melhoria de desempenho certificaccedilotildees ou selos verdes promoccedilatildeo do

desenvolvimento de meacutetodos para avaliaccedilatildeo de projetos e construccedilotildees entre

outros Portanto haacute um grande nuacutemero de ferramentas que abordam o tema

considerando uma grande variedade de condiccedilotildees fiacutesicas caracteriacutesticas das

edificaccedilotildees e prioridades ambientais conforme regiatildeo As formas para atingir

esses objetivos variam de simples listas de verificaccedilatildeo a complexos sistemas

informatizados abrangendo etapas de programaccedilatildeo orientando para o

planejamento de edifiacutecios sustentaacuteveis passando por simuladores de

31

desempenho que apoiam as etapas de projeto baacutesico e projeto executivo

incluindo a avaliaccedilatildeo do edifiacutecio em uso

241 Anaacutelise do Ciclo de Vida ndash ACV

O termo ACV ou em inglecircs ldquoLife Cycle Assessmentrdquo (LCA) foi utilizado

primeiramente nos Estados Unidos da Ameacuterica (EUA) em 1990 O conceito de

ciclo de vida tem-se estendido para aleacutem de um simples meacutetodo para comparar

produtos sendo atualmente visto como uma parte essencial para conseguir

objetivos mais abrangentes tais como sustentabilidade (CURRAN 1999)

A Anaacutelise do Ciclo de Vida (ACV) ou Avaliaccedilatildeo do Ciclo de Vida eacute um

instrumento de gestatildeo ambiental aplicaacutevel a bens e serviccedilos tambeacutem

conhecida pela expressatildeo ldquocradle to graverdquo (do berccedilo ao tuacutemulo) berccedilo

indicando a origem dos insumos primaacuterios mediante a extraccedilatildeo de recursos

naturais e tuacutemulo o destino final dos resiacuteduos que natildeo seratildeo reusados ou

reciclados (BARBIERI 2004)

A Norma ISO 14040 define o ciclo de vida como os Estaacutegios consecutivos

e interligados de um sistema de produto desde a aquisiccedilatildeo da mateacuteria prima

ou geraccedilatildeo de recursos naturais ateacute a disposiccedilatildeo final Conforme Barbieri

(2004) o ciclo completo vai da origem dos recursos naturais ateacute a disposiccedilatildeo

final dos resiacuteduos apoacutes o uso passando por todas as etapas intermediaacuterias

como beneficiamento transporte fabricaccedilatildeo e estocagem

242 Sistemas de Certificaccedilatildeo de Edifiacutecios

Os sistemas de certificaccedilatildeo satildeo em sua maioria baseados na ACV mas

tecircm por outro lado um apelo mercadoloacutegico podendo ter um caraacuteter de

ferramenta poliacutetica e de marketing Os resultados destas anaacutelises dependem

de diversos fatores como o meacutetodo os participantes a demanda local as

abordagens os objetivos bem como suas limitaccedilotildees (SCHEUER e KEOLEIAN

2002)

Segundo Silva (2003) ldquoo primeiro sinal da necessidade de avaliar o

desempenho ambiental de edifiacutecios veio exatamente com a constataccedilatildeo de que

32

mesmo os paiacuteses que acreditavam dominar os conceitos de green design natildeo

possuiacuteam meios para verificar o quatildeo ldquoverderdquo eram de fato seus edifiacuteciosrdquo

Tais ferramentas de avaliaccedilatildeo de desempenho demonstraram-se

eficientes ou natildeo dependendo das condiccedilotildees em que foram empregadas

sendo muitas delas aplicaacuteveis somente a situaccedilotildees muito delimitadas de

condiccedilotildees climaacuteticas e sociais ou em edifiacutecios de uso especiacutefico (PATRICIO

GOUVINHAS 2004)

Em 1990 surgiu no Reino Unido o primeiro selo mundial BREEAM

(Building Research Establishment Environmental Assessment Method) que

dispocircs as bases para outros sistemas de certificaccedilatildeo de edifiacutecios como o BRE

EcoHomes tambeacutem no Reino Unido O HK-BEAM (Honk Kong Building

Environmental Assessment Method) o NF Bacirctiments Tertiaires Deacutemache -

HQE na Franccedila o CASBEE (Comprehensive Assessment System for Building

Environmental Efficiency) no Japatildeo o Green Star na Australia e o LEED

(Leadership in Energy and Environmental Design) nos EUA (SILVA 2007)

A certificaccedilatildeo tem como principal objetivo promover edificaccedilotildees que

durante sua construccedilatildeo vida uacutetil e desconstruccedilatildeo gerem baixos impactos

ambientais garantindo sempre o bem-estar e a sauacutede de seus usuaacuterios e a

viabilidade econocircmica dos empreendimentos Outra premissa da certificaccedilatildeo eacute

promover a conscientizaccedilatildeo e o aprendizado de todas as partes envolvidas

direta ou indiretamente no projeto no processo construtivo e na ocupaccedilatildeo do

edifiacutecio (CBCS 2011)

O projeto de arquitetura apresenta diversas variaacuteveis de acordo com sua

funccedilatildeo e uso assim a ferramenta avaliativa especiacutefica para um determinado

tipo de edificaccedilatildeo em uma determinada regiatildeo com condiccedilotildees climaacuteticas

especiacuteficas provavelmente produziraacute uma avaliaccedilatildeo mais proacutexima da realidade

(SILVA 2007) Para isso eacute necessaacuterio que os sistemas avaliativos tenham

referecircncia natildeo apenas em conceitos universais como o ciclo de vida da

edificaccedilatildeo (NBR 14040 2001) como tambeacutem em criteacuterios essencialmente

regionais como zoneamento bioclimaacutetico bem como a adequaccedilatildeo de metas

de desempenho de acordo com normas vigentes para o local e tipo de

edificaccedilatildeo (NBR 15575 2008)

Os sistemas de certificaccedilatildeo ambiental elaborados para controlar e

monitorar o desempenho ambiental do edifiacutecio em uso utilizam o meacutetodo

33

bastante difundido e mais conhecido como PDCA (planejar (plan) fazer (do)

checar (check) e agir (act))

No livro ldquoO verdadeiro Poderrdquo Falconi descreve que existem dois tipos de

metas que uma organizaccedilatildeo procura resultados que necessitam ser

melhorados e resultados que precisam ser mantidos Nos dois casos utiliza-se

o PDCA qualquer resultado que se melhore deve imediatamente ser

estabilizado nas operaccedilotildees de rotina (FALCONI 2009)

No gerenciamento eacute necessaacuterio utilizar o PDCA para melhorar em

conjunto com o PDCA para manter O PDCA para manter eacute denominado SDCA

na operaccedilatildeo o planejamento eacute representado por ldquoPrdquo e o padratildeo passa a ser

representado por ldquoSrdquo de standardize conforme apresentado na Figura 2

Figura 2 ndash Ciclo PDCA e SDCA

Fonte IBENP (2011)

O Quadro 2 apresenta as algumas caracteriacutesticas dos principais sistemas

de certificaccedilatildeo de edifiacutecios atuantes no mundo

34

Quadro 2 ndash Principais sistemas de certificaccedilatildeo de edificaccedilotildees (continua)

Fonte A autora (2012)

BREEAM - Building Research Establishment Environmental Assessment Method

wwwbreeamorg

Instituiccedilatildeo Responsaacutevel BRE

Abrangecircncia Voltada principalmente ao Reino Unido poreacutem adaptaacutevel ao mundo todo Possui esquemas de

certificaccedilatildeo especiacuteficos para Europa e Regiatildeo do Golfo

Esquemas de avaliaccedilatildeo disponiacuteveis tipos de edifiacutecios avaliados BREEAM Outros Edifiacutecios BREEAM Tribunais The

Code for Sustainable Homes (O Coacutedigo para Casas Sustentaacuteveis) BREEAM EcohomesXB BREEAM Sauacutede BREEAM

Industrial BREEAM Internacional (avalia edifiacutecios ou apoia a criaccedilatildeo de versotildees do BREEAM fora do Reino Unido)

BREEAM Multi-residencial BREEAM Prisotildees BREEAM Escritoacuterios BREEAM Varejo BREEAM Educaccedilatildeo BREEAM

Comunidades BREEAM Em Uso

Classificaccedilotildees Concedidas Pass (Aprovado) Good (Bom) Very Good (Muito Bom) Excellent (Excelente)

Outstanding (Excepcional)

Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo Variam de acordo com o Sistema

CASBEE - Comprehensive Assessment System for Building Environmental Efficiency

wwwibecorjpCASBEEenglish

Instituiccedilatildeo Responsaacutevel Japan Sustainable Building Consortium (JSBC)

Abrangecircncia Aacutesia

Esquemas de avaliaccedilatildeo disponiacuteveis tipos de edifiacutecios avaliados CASBEE para Preacute-Projeto CASBEE para Novas

Construccedilotildees CASBEE para Edifiacutecios existentes e CASBEE para Reformas As ferramentas atendem a uma larga variedade

de usos do edifiacutecio (escritoacuterios escolas habitaccedilatildeo etc)

Classificaccedilotildees Concedidas classe C (fraco) classe B- classe B+ classe A e classe S (excelente)

Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo Q (Qualidade) - Construindo Qualidade Ambiental e Performance Avalia a

melhoria na qualidade de vida dos usuaacuterios do edifiacutecio dentro do espaccedilo fechado hipoteacutetico (propriedade privada)

L (Cargas) - Construindo Cargas Ambientais Avalia os impactos ambientais negativos que vatildeo aleacutem do espaccedilo

hipoteacutetico fechado para o exterior (a propriedade puacuteblica)

Haacute quatro campos de levantamento (1) Eficiecircncia Energeacutetica (2) Eficiecircncia de Recursos (3) Ambiente Local (4)

Ambiente Interno

Green Star

wwwgbcaorgaugreen-star

Instituiccedilatildeo Responsaacutevel Green Building Council Austraacutelia

Abrangecircncia Austraacutelia

Esquemas de avaliaccedilatildeo disponiacuteveis tipos de edifiacutecios avaliados Green Star - Educaccedilatildeo Green Star - Sauacutede Green Star

- Industrial Green Star - Residencial Muacuteltiplas Unidades Green Star - Escritoacuterio Green Star - Interiores de Escritoacuterio

Green Star - Varejo Green Star - Projeto de Escritoacuterio Green Star - Escritoacuterio Construiacutedo

Classificaccedilotildees Concedidas 4 Star Green Star Certified Rating (4 Estrelas - 45-59 pontos) 5 Star Green Star Certified

Rating (5 Estrelas - 60-74 pontos) 6 Star Green Star Certified Rating (6 Estrelas - 75-100 pontos)

Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo Gerenciamento Qualidade Ambiental do Ambiente Interno Energia Transporte

Aacutegua Materiais Uso do Solo amp Ecologia Emissotildees Inovaccedilatildeo O peso de cada uma destas categorias eacute alocado de

acordo com a regiatildeo do paiacutes para atender condiccedilotildees locais especiacuteficas

LEED - Leadership in Energy and Environmental Design

wwwusgbcorgLEED

Instituiccedilatildeo Responsaacutevel US Green Building Council

Abrangecircncia Principalmente Estados Unidos poreacutem atende ao mundo todo

Esquemas de avaliaccedilatildeo disponiacuteveis tipos de edifiacutecios avaliados Novas construccedilotildees Edificaccedilotildees existentes Interiores

Comerciais Nuacutecleo amp Casca Escolas Varejo Sauacutede Casas e Desenvolvimento de Comunidades

Classificaccedilotildees Concedidas Certified (Certificado - 40ndash49 pontos) Silver (Prata - 50ndash59 pontos) Gold (Ouro - 60ndash79

pontos) Platinum (Platina - 80 pontos ou mais)

Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo Possui 5 categorias Ambientais para concessatildeo de creacuteditos Locais Sustentaacuteveis

Eficiecircncia Hiacutedrica Energia e Atmosfera Materiais e Recursos e Qualidade Ambiental do Ambiente Interno Aleacutem disso

pontos extra podem ser concedidos por Inovaccedilatildeo em Design e Especificaccedilotildees Regionais

35

HK - BEAM - Kong Building Environmental Assessment Method

wwwhk-beamorghk

Instituiccedilatildeo Responsaacutevel The BEAM Society

Abrangecircncia Principalmente Hong Kong

Esquemas de avaliaccedilatildeo disponiacuteveis tipos de edifiacutecios avaliados BEAM para Novas Edificaccedilotildees BEAM para Edificaccedilotildees

Existentes

Classificaccedilotildees Concedidas Platinum (Platina - Excelente) Gold (Ouro - Muito Bom) Silver (Prata - Bom) Bronze

(Bronze - Acima da Meacutedia)

Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo Avaliaccedilatildeo baseada em creacuteditos para benchmark (melhores praacuteticas) da performance

ambiental dos edifiacutecios ao longo do ciclo de vida sobre o local uso de materiais aspectos energeacuteticos consumo de aacutegua

qualidade ambiental do ambiente interno e inovaccedilotildees

HQE - Haute Qualiteacute Environnementale

assohqeorghqe

Instituiccedilatildeo Responsaacutevel Association pour la Haute Qualiteacute Environnementale (ASSOHQE)

Abrangecircncia Principalmente Franccedila atende tambeacutem Beacutelgica Luxemburgo Tuniacutesia e Argeacutelia

Tipos de edifiacutecios avaliados edifiacutecios novos e edifiacutecios existentes nas modalidades comercial residencial individual e coletivo

Classificaccedilotildees Concedidas Base (de acordo com regulamento) Eficiente (boa praacutetica) Muito eficiente (melhor

praacutetica)

Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo Manejo de impactos ao ambiente exterior (relaccedilatildeo harmocircnica com o ambiente

imediato escolha integrada dos meacutetodos de construccedilatildeo e materiais evitar incocircmodo aos arredores minimizaccedilatildeo do

uso de energia minimizaccedilatildeo do uso de aacutegua minimizaccedilatildeo de resiacuteduos em operaccedilotildees minimizaccedilatildeo da necessidade de

manutenccedilatildeo e reparos) e criaccedilatildeo de Ambiente Interno Agradaacutevel (medidas de controle hidroteacutermico medidas de

controle acuacutestico atratividade visual medidas de controle de odores higiene e limpeza dos espaccedilos internos controle

da qualidade do ar controle da qualidade da aacutegua)

DGNB - Deutsche Gesellschaft fuumlr Nachhaltiges Bauen

wwwdgnbde_en

Instituiccedilatildeo Responsaacutevel Conselho alematildeo de construccedilatildeo sustentaacutevel

(DGNB for ldquoDeutsche Gesellschaft fuumlr NachhaltigesBauenrdquo)

Abrangecircncia Alemanha

Esquemas de avaliaccedilatildeo disponiacuteveis tipos de edifiacutecios avaliados Sistema flexiacutevel avalia diversos tipos de edificio

Classificaccedilotildees Concedidas Gold (Ouro) Silver (Prata) Bronze

Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo Campos avaliados - Aspectos ecoloacutegicos economicos socioculturais e funcionais

tecnologia processos e local Cada campo eacute avaliado com criteacuterios especiacuteficos que podem ser desenhados e pesados de

maneira distinta a depender do perfil de ocupaccedilatildeo Cada campo eacute avaliado durante todo ciclo de vida do edifiacutecio

A avaliaccedilatildeo eacute focada em metas e natildeo em accedilotildees individuais

LIDER A

Instituiccedilatildeo Responsaacutevel Lider A - Sistema de Avaliaccedilatildeo da Sustentabilidade

Abrangecircncia Portugal

Esquemas de avaliaccedilatildeo disponiacuteveis tipos de edifiacutecios avaliados Abrange diferentes tipologias e usos em ambientes

construiacutedos em diferentes fases desde a fase de plano ou projeto a construccedilatildeo operaccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo tambeacutem

trabalha desde a escala da comunidade ateacute empreendimentos e edifiacutecios

Classificaccedilotildees ConcedidasG (menos eficiente) F E (praacutetica usual ou de referecircncia) D C (cerca de 25 superior ao niacutevel E)

B A (desempenho cerca de 50 superior ao niacutevel E) A+ (75 superior ao niacutevel E) A++ (90 superior ao niacutevel E)

Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo O sistema trabalha com um conjunto de seis princiacutepios de bom desempenho

ambiental (integraccedilatildeo local recursos cargas ambientais conforto ambiental vivecircncia socioeconocircmica e uso sustentaacutevel)

traduzidos em 22 aacutereas e 43 criteacuterios Quadro 2 ndash Principais sistemas de certificaccedilatildeo de edificaccedilotildees (conclusatildeo)

Fonte A autora (2012)

36

243 Principais Sistemas de Certificaccedilatildeo no Brasil

No Brasil os sistemas de certificaccedilatildeo de edificaccedilotildees mais difundidos satildeo

O AQUA alta qualidade ambiental o LEED ndash Brasil o PROCEL EDIFICA da

Eletrobraacutes e o Selo CASA AZUL da Caixa Econocircmica O Quadro 3 apresenta

as principais caracteriacutesticas destes selos

PROCEL EDIFICA - Instrumento de Classificaccedilatildeo

wwweletrobrascomPCIetiquetagem_edificios

Instituiccedilatildeo Responsaacutevel Eletrobraacutes

Abrangecircncia Brasil

Tipos de edifiacutecios avaliados Edifiacutecios Comerciais de Serviccedilos e Puacuteblicos e Residenciais

Classificaccedilotildees Concedidas A B C D E

Criteacuterios avaliados para Classificaccedilotildees A eficiecircncia energeacutetica eacute avaliada nos sistemas de envoltoacuteria iluminaccedilatildeo e

condicionamento de ar para edifiacutecios comerciais de serviccedilos e puacuteblicos Nos edifiacutecios residecircncias satildeo avaliados a

envoltoacuteria sistemas de aquecimento de aacutegua aleacutem dos sistemas presentes nas aacutereas comuns dos edifiacutecios

multifamiliares como iluminaccedilatildeo elevadores bombas centriacutefugas etc

SELO CASA AZUL DA CAIXA

downloadscaixagovbr_arquivosdesenvolvimento_urbanogestao_ambientalGuia_Selo_Casa_Azul_CAIXApdf

Instituiccedilatildeo Responsaacutevel Caixa Econocircmica Federal

Abrangecircncia Brasil

Tipos de edifiacutecios avaliados Unidades Habitacionais com valor ateacute R$130 mil

Classificaccedilotildees Concedidas BRONZE (19 Criteacuterios obrigatoacuterios) PRATA (25 criteacuterios sendo 6 de livre escolha) OURO (25

criteacuterios sendo 6 de livre escolha)

Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo 53 criteacuterios de avaliaccedilatildeo distribuiacutedos em seis categorias Qualidade Urbana

Projeto e Conforto Eficiecircncia Energeacutetica Conservaccedilatildeo de Recursos Materiais Gestatildeo da Aacutegua Praacuteticas Sociais

LEED - BRASIL

wwwgbcbrasilorgbrp=certificacao

Instituiccedilatildeo Responsaacutevel Green Building Council Brasil

Abrangecircncia Brasil

Esquemas de avaliaccedilatildeo disponiacuteveis tipos de edifiacutecios avaliados

LEED NC para novas construccedilotildees ou grandes projetos de renovaccedilatildeo- LEED ND para projetos de desenvolvimento de bairro

LEED CS para projetos na envoltoacuteria e parte central do edifiacutecio LEED Retail NC e CI para lojas de varejo

LEED Healthcare para unidades de sauacutede LEED EB_OM para projetos de manutenccedilatildeo de edifiacutecios jaacute existentes

LEED Schools para escolas e LEED CI para projetos de interior ou edifiacutecios comerciais

Classificaccedilotildees Concedidas Selo LEED - 40 pontos Prata 50 pontos Ouro 60 pontos e Platina 80 pontos

Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo Espaccedilo sustentaacuteve eficiecircncia do uso da aacutegua energia e atmosfera

materiais e recursos qualidade ambiental interna inovaccedilatildeo e processos creacuteditos de prioridade regional

Quadro 3 - Principais sistemas de certificaccedilatildeo de edificaccedilotildees no Brasil (continua)

Fonte A autora (2012)

37

AQUA - Alta Qualidade Ambiental

wwwvanzoliniorgbr

Instituiccedilatildeo Responsaacutevel Fundaccedilatildeo Vanzolini

Abrangecircncia Brasil

Tipos de edifiacutecios avaliados Escritoacuterios e Escolas Hoteis e Edifiacutecios Habitacionais

Classificaccedilotildees Concedidas Bom Superior Excelente

Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo 14 Categorias satildeo avaliadas relaccedilatildeo do edifiacutecio com o seu entorno escolha

integrada de produtos sistemas e processos construtivos canteiro de obras com baixo impacto ambiental gestatildeo da

energia gestatildeo da aacutegua gestatildeo dos resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo do edifiacutecio manutenccedilatildeo - permanecircncia do desempenho

ambiental conforto higroteacutermico conforto acuacutestico conforto visual conforto olfativo qualidade sanitaacuteria dos

ambientes qualidade sanitaacuteria do ar qualidade sanitaacuteria da aacutegua Para receber a certificaccedilatildeo deve atender no miacutenimo

7 categorias - Bom 4 categorias - Superior e 3 categorias - Excelente

Quadro 3 - Principais sistemas de certificaccedilatildeo de edificaccedilotildees no Brasil (conclusatildeo)

Fonte A autora (2012)

Para SILVA (2003) os princiacutepios soacutelidos de uma certificaccedilatildeo direcionada

ao contexto brasileiro satildeo

ara ser tecnicamente consistente um meacutetodo de avaliaccedilatildeo deve ser

adaptado a dados nacionais relevantes

ara ser viaacutevel praticamente um meacutetodo de avaliaccedilatildeo deve ser

adaptado ao mercado agraves praacuteticas de construccedilatildeo e agraves tradiccedilotildees locais

ara ser absorvido e difundir-se rapidamente um meacutetodo de avaliaccedilatildeo

deve ser desenvolvido em parceria com as principais partes interessadas

investidores empreendedoresconstrutores e projetistas

ara serem apropriados ao contexto nacional os itens avaliados no

meacutetodo devem ser ponderados para refletir prioridades e interesses nacionais

244 Processo AQUA de certificaccedilatildeo

Em outubro de 2007 foi publicado no Brasil o AQUA (Alta Qualidade

Ambiental) a adaptaccedilatildeo do HQE (versatildeo de fevereiro de 2007) Este sistema

de certificaccedilatildeo ambiental para edifiacutecios foi desenvolvido pela Fundaccedilatildeo Carlos

Alberto Vanzolini em parceria com o Departamento de Engenharia de

Construccedilatildeo Civil da Escola Politeacutecnica da Universidade de Satildeo Paulo (USP) e

o Centre Scientifique et Technique du Bacirctiment (CSTB)

Para Aulicino (2008) o processo AQUA foi desenvolvido com o objetivo de

amenizar os impactos da construccedilatildeo de um edifiacutecio novo ou da reabilitaccedilatildeo de

algum edifiacutecio existente tanto sobre o meio ambiente como sobre a qualidade

38

do ambiente interno para os usuaacuterios (conforto e sauacutede) e externo ao edifiacutecio A

metodologia merece destaque por ser a primeira oficialmente adaptada ao

contexto brasileiro

O processo AQUA abrange as seguintes fases

programa (ideia) - reflexatildeo criativa inicial sobre o empreendimento de

construccedilatildeo em seu contexto soacutecio econocircmico e ambiental

concepccedilatildeo (projeto) ndash tendo como entrada o programa define a

construccedilatildeo sustentaacutevel e como seraacute realizada

ealizaccedilatildeo (construccedilatildeo) - guiada pelas definiccedilotildees do projeto materializa

a construccedilatildeo sustentaacutevel

peraccedilatildeo (uso) ndash monitora o desempenho da edificaccedilatildeo os consumos

as emissotildees despesas entre outros garantindo condiccedilotildees de conforto e sauacutede

ao usuaacuterio com melhor desempenho soacutecio econocircmico e ambiental

esconstruccedilatildeo (a desmontagem) ndash ao final da vida uacutetil permite o

maacuteximo aproveitamento dos materiais e sistemas com menor impacto

ambiental

Em 2013 estavam disponiacuteveis para consulta quatro referenciais teacutecnicos

escritoacuterios edifiacutecios escolares edifiacutecios habitacionais edifiacutecios comerciais e

hoteacuteis O referencial para edifiacutecios que buscam certificaccedilatildeo na fase operaccedilatildeo

encontra-se em periacuteodo de revisatildeo Os referenciais teacutecnicos para sauacutede

esporte e lazer bairros e estradas estatildeo em fase de estudo e em busca de

empresas pioneiras para desenvolvimento dos projetos

O processo eacute feito por meio de 3 (trecircs) auditorias presenciais antecedidas

de anaacutelise teacutecnica dos documentos entregues A avaliaccedilatildeo se baseia em um

perfil ambiental composto pelas seguintes aacutereas de avaliaccedilatildeo eco-construccedilatildeo

eco-gestatildeo conforto e sauacutede Os Quadros 4 e 5 apresentam as 14 categorias

e subcategorias avaliadas no sistema AQUA

39

Quadro 4 ndash Categorias do sistema AQUA

Fonte Fundaccedilatildeo Vanzolini (2011)

1) Relaccedilatildeo do edifiacutecio com o entorno

Implantaccedilatildeo do empreendimento no terreno para desenvolvimento urbano sustentaacutevel

Qualidade dos espaccedilos exteriores para os usuaacuterios

Impacto do edifiacutecio sobre a vizinhanccedila

2) Escolha integrada de produtos sistemas e processos construtivos

Durabilidade e a adaptabilidade da construccedilatildeo

Escolhas construtivas para a facilidade de conservaccedilatildeo da construccedilatildeo

Escolha dos produtos de construccedilatildeo (limitar impactos socioambientais)

Escolha dos produtos de construccedilatildeo (limitar impactos aacute sauacutede humana)

3) Canteiros de obras com baixo impacto ambiental

Otimizaccedilatildeo da gestatildeo dos resiacuteduos do canteiro de obras

Reduccedilatildeo dos incocircmodos poluiccedilatildeo e consumo de recursos causados pelo canteiro de obras

4) Gestatildeo da energia

Reduccedilatildeo de energia por meio de concepccedilatildeo arquitetocircnica

Reduccedilatildeo do consumo de energia primaacuteria dos poluentes associados

5) Gestatildeo da aacutegua

Reduccedilatildeo do consumo de aacutegua potaacutevel

Otimizaccedilatildeo e gestatildeo de aacuteguas pluviais

6) Gestatildeo dos resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo do edificio

Otimizaccedilatildeo da valorizaccedilatildeo dos resiacuteduos gerados pelas atividades de uso e operaccedilatildeo do edifiacutecio

Qualidade do sistema de gestatildeo dos resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo do edifiacutecio

7) Manutenccedilatildeo ndash permanecircncia do desempenho ambiental

Permanecircncia do desempenho dos sistemas de aquecimento e resfriamento

Permanecircncia do desempenho dos sistemas de ventilaccedilatildeo

Permanecircncia do desempenho dos sistemas de iluminaccedilatildeo

Permanecircncia do desempenho dos sistemas de gestatildeo da aacutegua Quadro 5 ndash Subcategorias do sistema AQUA (continua)

Fonte Fundaccedilatildeo Vanzolini (2011)

40

8) Conforto higroteacutermico

Implementaccedilatildeo de medidas arquitetocircnicas para otimizaccedilatildeo do conforto higroteacutermico de veratildeo e inverno

Criaccedilatildeo de condiccedilotildees de conforto higroteacutermico de inverno

Criaccedilatildeo de condiccedilotildees de conforto higroteacutermico de veratildeo em ambientes climatizados naturalmente

Criaccedilatildeo de condiccedilotildees de conforto higroteacutermico de veratildeo em ambientes com sistema de resfriamento artificial

9) Conforto acuacutestico

Otimizaccedilatildeo dos elementos arquitetocircnicos para proteger os usuaacuterios do edifiacutecio de incocircmodos acuacutesticos

Criaccedilatildeo de uma qualidade do meio acuacutestico adaptado aos diferentes ambientes

10) Conforto visual

Garantia de iluminacircncia natural oacutetima evitando seus inconvenientes (ofuscamento)

Iluminaccedilatildeo artificial confortaacutevel

11) Conforto olfativo

Garantia de uma ventilaccedilatildeo eficaz

Controle das fontes de odores desagradaacuteveis

12) Qualidade sanitaacuteria dos ambientes

Controle da exposiccedilatildeo eletromagneacutetica

Criaccedilatildeo de condiccedilotildees de higiene especiacuteficas

13) Qualidade sanitaacuteria do ar

Garantia de uma ventilaccedilatildeo eficaz

Controle das fontes de poluiccedilatildeo

14) Qualidade sanitaacuteria da aacutegua

Qualidade e durabilidade dos materiais empregados em redes internas

Organizaccedilatildeo e proteccedilatildeo das redes internas

Controle da temperatura na rede interna

Controle dos tratamentos anticorrosivo e antiincrustaccedilatildeo Quadro 5 ndash Subcategorias do sistema AQUA (conclusatildeo)

Fonte Fundaccedilatildeo Vanzolini (2011)

Para cada categoria analisada eacute atribuiacutedo um niacutevel de desempenho bom

superior e excelente A Figura 3 demonstra que para obter a certificaccedilatildeo nas

fases programa concepccedilatildeo e realizaccedilatildeo o edifiacutecio precisa atingir pelo menos

trecircs de niacutevel excelente e no maacuteximo 7 niacutevel bom Sendo assim este sistema

natildeo possui escala de pontuaccedilatildeo global

Figura 3 ndash Niacuteveis de avaliaccedilatildeo AQUA

Fonte Fundaccedilatildeo Vanzolini (2011)

41

2441 Certificaccedilatildeo AQUA ndash fase operaccedilatildeo e uso

A primeira versatildeo do Referencial Teacutecnico de Operaccedilatildeo e Uso para

edifiacutecios de serviccedilos foi elaborado em maio de 2010 e ainda encontra-se em

fase de revisatildeo O referencial completo pode ser consultado no Anexo 3 e estaacute

dividido em cinco partes

I - Sistema de gestatildeo da operaccedilatildeo (SGO)

Gestatildeo para compromisso planejamento e controle de desempenho

II ndash Qualidade intriacutenseca (QI)

Perfil da qualidade ambiental do edifiacutecio

III ndash Melhoria da qualidade intriacutenseca (MQI)

Melhoria da qualidade ambiental do conjunto em relaccedilatildeo ao planejamento

IV ndash Controle da qualidade intriacutenseca (CQI)

Qual eacute a forma de garantir o desempenho do edifiacutecio

V ndash Qualidade ambiental das praacuteticas (QAP)

Rotinas - Basicamente divido em compras comunicaccedilatildeo e gestatildeo

Na fase operaccedilatildeo e uso a forma de avaliaccedilatildeo difere das demais fases a

Tabela 1 apresenta a pontuaccedilatildeo miacutenima para ser excelente nas 14 categorias

Tabela 1 ndash Perfil da qualidade ambiental do edifiacutecio em operaccedilatildeo

Fase Programa da Operaccedilatildeo e Uso Pontos miacutenimos em E

Categoria 1- Relaccedilatildeo do edifiacutecio com seu entorno 50 dos pontos aplicaacuteveis

Categoria 2 - Escolha integrada de produtos sistemas e processos construtivos gt 12

Categoria 3 - Canteiro de obras gt 4

Categoria 4 - Energia gt 18 sendo 8 em CQI

Categoria 5 - Aacutegua gt 12 sendo 7 em CQI eou MQI

Categoria 6 - Resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo do edifiacutecio gt 5

Categoria 7 - Conservaccedilatildeo e manutenccedilatildeo gt 13 sendo 8 em CQI ou MQI

Categoria 8 - Conforto higroteacutermico gt 9 sendo 3 em CQI

Categoria 9 - Conforto acuacutestico gt 4

Categoria 10 -Conforto visual gt 10 sendo 3 em CQI

Categoria 11 - Conforto Olfativo gt 7 sendo 3 em CQI

Categoria 12 - Qualidade sanitaacuteria dos ambientes gt 8 sendo 3 em CQI

Categoria 13 - Qualidade sanitaacuteria do ar gt 16 sendo 10 em CQI

Categoria 14 - Qualidade sanitaacuteria da aacutegua gt 8 sendo 5 em CQI

SGO - Sistema de gestatildeo da operaccedilatildeo Atender os requisitos aplicaacuteveis

QAP - Qualidade ambiental da praacutetica gt ou = 50 dos pontos aplicaacuteveis

Fonte Fundaccedilatildeo Vanzolini (2012)

42

Para alcanccedilar o niacutevel bom eacute necessaacuterio atender os requisitos exigidos em

todo referencial na coluna ldquoniacutevelrdquo m letra ldquoBrdquo conforme Figura 4 e para atingir o

niacutevel superior aleacutem de todos os itens ldquoBrdquo precisa atender tambeacutem todos com a

letra ldquoSrdquo

Figura 4 ndash Avaliaccedilatildeo na fase operaccedilatildeo e uso - processo AQUA

Fonte Referencial AQUA (2010)

43

3 METODOLOGIA

A presente dissertaccedilatildeo caracteriza-se como um estudo exploratoacuterio pois

visa ldquoproporcionar maior familiaridade com a questatildeo o problema com vistas a

tornaacute-lo mais expliacutecitordquo (GIL 2002) Geralmente o estudo eacute exploratoacuterio quando

haacute pouco conhecimento sobre o tema a ser abordado (AAKER et al2004) Por

ser um tipo de pesquisa muito especiacutefica quase sempre ela assume a forma

de um estudo de caso (GIL 2008)

A pesquisa tambeacutem se enquadra como pesquisa descritiva pois tem o

objetivo de descrever um determinado fenocircmeno (GIL 2008) Como qualquer

pesquisa ela depende tambeacutem de uma revisatildeo da literatura

Tratando se de uma pesquisa exploratoacuteria e descritiva a metodologia

utilizada foi a qualitativa Conforme Gephart (2004) a pesquisa qualitativa

fornece uma narrativa da visatildeo da realidade dos indiviacuteduos sendo altamente

descritiva Pode fornecer bases para compreender processos de gestatildeo e pode

humanizar a pesquisa realccedilando as intenccedilotildees humanas e os significados do

fenocircmeno (GEPHART 2004)

Para alcanccedilar os objetivos propostos o estudo foi desenvolvido em

algumas etapas segue a descriccedilatildeo das mais importantes

participaccedilatildeo no curso ldquoConstruccedilatildeo sustentaacutevel AQUA ndash Introduccedilatildeordquo

Ministrado pela Fundaccedilatildeo Vanzolini

participaccedilatildeo no curso ldquoConstruccedilatildeo Sustentaacutevel AQUA ndash O Sistema de

Gestatildeo do Empreendimento (SGE)rdquo Ministrado pela Fundaccedilatildeo Vanzolini

participaccedilatildeo no curso ldquoEnergia Solar Fotovoltaicardquo Ministrado pela Blue

Sol ministrado no Escritoacuterio Verde da UTFPR

estudo do referencial teacutecnico AQUA de construccedilatildeo ndash criteacuterios para

avaliaccedilatildeo da fase de construccedilatildeo de escritoacuterios - edifiacutecios comerciais

anaacutelise detalhada do referencial teacutecnico AQUA de Operaccedilatildeo e Uso

fornecido pela Fundaccedilatildeo Vanzolini

levantamento de dados elaboraccedilatildeo de diagnoacutestico inicial referente agrave

construccedilatildeo do Escritoacuterio Verde

referencial teoacuterico baseado na revisatildeo da literatura

realizaccedilatildeo estudo de caso avaliaccedilatildeo da operaccedilatildeo e uso do Escritoacuterio

Verde

44

Importante ressaltar que o cancelamento da realizaccedilatildeo do curso

Construccedilatildeo sustentaacutevel AQUA - operaccedilatildeo e uso previsto pela Fundaccedilatildeo

Vanzolini em outubro de 2012 prejudicaram em partes os resultados da

presente dissertaccedilatildeo

45

4 ESTUDO DE CASO ESCRITOacuteRIO VERDE DA UTFPR

41 CONTEXTUALIZACcedilAtildeO

Atualmente os Centros Universitaacuterios Sustentaacuteveis chamados

Greencampi satildeo uma realidade em diversos paiacuteses como Europa Estados

Unidos Austraacutelia e Nova Zelacircndia Os campi universitaacuterios assumem funccedilatildeo

relevante uma vez que estudantes professores e comunidade externa

convivem diariamente em espaccedilo integrado adaptando a este todas suas

atividades e necessidades (ESCRITOacuteRIO VERDE 2012)

A grande maioria dessas Universidades possui um Green Office ou

ldquoEscritoacuterio Verderdquo onde satildeo planejadas e implantadas as praacuteticas sustentaacuteveis

nos campi Atuando em conjunto com outros departamentos das

Universidades esse ldquoEscritoacuteriordquo atende a gestatildeo ambiental do campus

tornando mais faacutecil o gerenciamento interno das Instituiccedilotildees de Ensino

Superior (IES) (ESCRITOacuteRIO VERDE 2012)

No Brasil este movimento jaacute comeccedila a surgir em algumas IES seguindo

uma tendecircncia global e diante da necessidade das Universidades em se

posicionarem com relaccedilatildeo ao desenvolvimento de forma consciente perante a

sociedade O desenvolvimento sustentaacutevel natildeo se traduz assim apenas nas

praacuteticas de ensino mas na implantaccedilatildeo de praacuteticas de gestatildeo ambiental

(ESCRITOacuteRIO VERDE 2012)

O Escritoacuterio Verde empreendimento da Universidade Tecnoloacutegica Federal

do Paranaacute (UTFPR) Campus Curitiba conforme ilustrado na Figura 5 estaacute

localizado na Avenida Silva Jardim nordm 807 entre a Rua Des Westphalen e a

Av Mal Floriano Peixoto e aos fundos do local dispotildee de uma aacuterea com

quadra coberta e edifiacutecio onde se encontra instalado atualmente o Centro de

Liacutenguas da Universidade O empreendimento foi implantado na parte frontal do

terreno onde existia uma quadra esportiva polivalente em desuso

(ESCRITOacuteRIO VERDE 2012)

O edifiacutecio eacute um departamento da universidade que tem como escopo

desenvolver e implantar programas que reduzam o impacto ambiental das

atividades de ensino e pesquisa conduzidas no Campus Curitiba O Escritoacuterio

tambeacutem abriga a sede do ldquoCentro Regional de Integraccedilatildeo Expertise de

Educaccedilatildeo para o Desenvolvimento Sustentaacutevel ndash CRIE Curitibardquo um centro

46

aprovado pela UNU ndash Universidade das Naccedilotildees Unidas da ONU que compotildee

uma rede de mais de 80 centros no mundo e que visam promover a educaccedilatildeo

para a sustentabilidade (ESCRITOacuteRIO VERDE 2012)

Figura 5 - Localizaccedilatildeo do empreendimento em relaccedilatildeo agrave UTFPR e pontos estrateacutegicos

Fonte Google Earth (2011)

42 CONSTRUCcedilAtildeO DO ESCRITOacuteRIO VERDE

A ideacuteia foi concebida e projetada pelo Prof Dr Eloy Fassi Casagrande Jr

e a empresa ldquoEcoStudio ndash Soluccedilotildees Sustentaacuteveis em Arquitetura e Designrdquo

com apoio da Moacutedulo Arquitetura Sustentaacutevel e a TecVerde Engenharia Ltda

responsaacutevel pela adaptaccedilatildeo do projeto para o sistema construtivo wood-frame

baseado em tecnologia alematilde As Figuras 6 e 7 satildeo as plantas esquemaacuteticas

do EV a Figura 8 eacute o volume projetado e as Figuras 9 e 10 satildeo imagens do

Escritoacuterio finalizado O projeto arquitetocircnico estaacute disponiacutevel no Anexo 2

47

Figura 6 ndash Planta esquemaacutetica do piso teacuterreo do EV

Fonte A autora (2012)

Figura 7 ndash Planta esquemaacutetica do mezanino do EV

Fonte A autora (2012)

48

Figura 8 ndash Perspectiva lateral esquerda do Escritoacuterio Verde

Fonte CASAGRANDE JR (2012)

Figura 9 ndash Vista da lateral esquerda do Escritoacuterio Verde

Fonte Escritoacuterio Verde Online (2012)

Figura 10 ndash Vista dos fundos do Escritoacuterio Verde

Fonte Fonte Escritoacuterio Verde Online (2012)

49

A construccedilatildeo do EV iniciou-se em agosto de 2010 parcerias com a

parceria de aproximadamente 60 empresas que contribuiacuteram com a doaccedilatildeo de

produtos equipamentos e materiais de baixo impacto ambiental

estabelecendo um novo modelo da relaccedilatildeo escola-empresa A obra tambeacutem

contou com o apoio de diversos departamentos da UTFPR em especial o

DICEP ndash Divisatildeo de Conservaccedilatildeo de Edificaccedilotildees e Produccedilatildeo

O projeto foi idealizado seguindo o conceito de arquitetura bioclimaacutetica

possibilitando ventilaccedilatildeo cruzada aproveitamento da fachada norte para

captaccedilatildeo de energia solar a utilizaccedilatildeo de telhado verde que favorece o

conforto ambiental da edificaccedilatildeo entre outros

O Sistema construtivo Wood-frame agilizou a primeira etapa da obra

concluiacuteda em apenas 5 dias Na Figura 11 observa-se a montagem do EV

necessitando de um guindaste para levantamento das paredes que chegaram

ao canteiro de obra prontas de faacutebrica contribuindo com a geraccedilatildeo miacutenima de

resiacuteduos

Figura 11 ndash Montagem das paredes do Escritoacuterio Verde

Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011)

50

Na segunda fase da obra houve a colocaccedilatildeo da cobertura os paineacuteis de

acabamento externo e a colocaccedilatildeo das esquadrias Para o telhado optou-se

pelo sistema rdquoshinglerdquo Os acabamentos externos SmartSide e Siding Vinilico

foram aplicados apoacutes a colocaccedilatildeo de uma membrana hidroacutefuga (Figura 12)

que atua como barreira contra vento poeira vapor drsquoaacutegua e calor

Figura 12 ndash Aplicaccedilatildeo de manta hidroacutefuga nas paredes externas

Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011)

A terceira fase ocorreu em marccedilo de 2011 com a instalaccedilatildeo dos sistemas

sustentaacuteveis como coleta de aacutegua pluvial e sistema fotovoltaico Em paralelo

iniciou-se a fase de acabamento interno e execuccedilatildeo do telhado verde

conforme Figuras 13 e 14

Figura 13 ndash Sistema de moacutedulos em EVA Figura 14 ndash Execuccedilatildeo do telhado verde

Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011) Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011)

51

A Figura 15 demonstra a aplicaccedilatildeo de alguns acabamentos internos No

revestimento das paredes utilizaram-se placas decowall da empresa LP Brasil

no teto tem-se a aplicaccedilatildeo de placas termo-acuacutesticas em madeira mineralizada

suspensas no teto em perfis metaacutelicos o piso elevado foi revestido com

carpete fabricado com material reciclado e as luminaacuterias utilizam lacircmpadas

LED

Figura 15 ndash Revestimentos internos do EV

Fonte Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011)

O Escritoacuterio Verde completou 1 ano de operaccedilatildeo em 06 de dezembro de

2012 periacuteodo em que recebeu duas premiaccedilotildees Precircmio Guia do Estudante ndash

Destaque do Ano na categoria sustentabilidade premiaccedilatildeo da Editora Abril

em parceria com Santander Universidade e um Precircmio da ONU durante a

ldquoSeacutetima Conferecircncia dos Centros de Expertise em Educaccedilatildeo para o

Desenvolvimento Sustentaacutevelrdquo em Tongyeang na Coreacuteia do Sul por

contribuiccedilatildeo na participaccedilatildeo comunitaacuteria em praacuteticas para a sustentabilidade

52

5 RESULTADOS E DISCUSSOtildeES

51 AVALIACcedilAtildeO DO DESEMPENHO AMBIENTAL DO EV

Os resultados apresentados neste capiacutetulo foram dispostos seguindo a

mesma sequecircncia apresentada no referencial de operaccedilatildeo e uso Parte I ndash

Sistema de Gestatildeo da Operaccedilatildeo (SGO) As partes II III e IV foram compiladas

pois representam a Qualidade Ambiental do Edifiacutecio na Operaccedilatildeo (QAEop) e a

parte V - Qualidade Ambiental das Praacuteticas

511 SGO ndash Sistema de gestatildeo da operaccedilatildeo

Para o entendimento de alguns requisitos exigidos no SGO primeiramente

buscou-se a explicaccedilatildeo do SGE (sistema de gestatildeo do empreendimento)

exigido no inicio da fase programa considerado pelo AQUA como a ldquocoluna

vertebralrdquo da certificaccedilatildeo pois eacute a ferramenta para se alcanccedilar a qualidade

ambiental desejada O SGE quanto o SGO satildeo compostos pelos mesmos

itens

comprometimento do empreendedor - eacute a escolha do perfil de qualidade

ambiental desejado o qual deve ser justificado

implementaccedilatildeo e funcionamento - eacute o planejamento definiccedilatildeo de

competecircncias gestatildeo de contratos gestatildeo da comunicaccedilatildeo gestatildeo

documental responsaacuteveis por programar e monitorar cada accedilatildeo

gestatildeo do empreendimento - monitoramento avaliaccedilatildeo da qualidade

ambiental do edifiacutecio accedilotildees corretivas

aprendizagem revisatildeo - confrontar os resultados com os objetivos

definidos no perfil de qualidade ambiental

Primeiramente para definiccedilatildeo do perfil ambiental do edifiacutecio seguiu-se o

modelo sugerido pelo AQUA no referencial de 2007 (edifiacutecios novos) para

hierarquizaccedilatildeo das categorias em funccedilatildeo dos desafios ambientais

estabelecidos A avaliaccedilatildeo completa dos objetivos encontra-se no Anexo 2

A Tabela 2 representa o guia utilizado adaptado do modelo AQUA com

os pontos fortes definidos em cada categoria incluindo o item mobilidade

urbana pois eacute um dos pontos fortes considerados na implantaccedilatildeo do EV

53

Tabela 2 ndash Guia para hierarquizaccedilatildeo das categorias da QAE em funccedilatildeo dos desafios ambientais estabelecidos

EnergiaMaterias

primasAacutegua Ar Aacutegua Solo Ruiacutedos Odores

Local e construccedilatildeo

1 Relaccedilatildeo do edifiacutecio com o seu entorno

11 Consideraccedilatildeo do contexto F

12 Implantaccedilatildeo no terreno F F

2 Escolha integrada de produtos sistemas e processos construtivos

21 Adaptabilidade e durabilidade do edifiacutecio F

22 Escolhas de processos construtivos F F

23 Escolhas de produtos de construccedilatildeo F F

24 Fim de vida do edifiacutecio desconstrutibilidade reciclabilidade F F

3 Canteiro de obras

31 Produccedilatildeo de resiacuteduos identificaccedilatildeo gestatildeo dos resiacuteduos F

32 Incocircmodos e poluiccedilatildeo F F

33 Recursos - consumo de aacutegua e energia F

F = Relaccedilatildeo forte existente entre preocupaccedilatildeo e objetivo

Uma ceacutelula em branco natildeo significa necessariamente uma total ausecircncia de preocupaccedilatildeo

MO

BIL

IDA

DE

UR

BA

NA

OBJETIVOS DE CONTROLE DOS IMPACTOS AMBIENTAIS EXTERIORES E

INTERIORES DO EDIFICIO

Tabela 3 - Guia para a hierarquizaccedilatildeo das categorias de QAE em funccedilatildeo dos desafios ambientais estabelecidos

ME

LH

OR

AR

O

CO

NF

OR

TO

PR

ES

EE

RV

AR

A S

AU

DE

PREOCUPACcedilOtildeES AMBIENTAIS

PRESERVAR OS

RECURSOS

REDUZIR A

POLUICcedilAtildeO

REDUZIR OS

INCOMODOS

RE

DU

ZIR

OS

RE

SID

UO

S

Fonte A autora (2012)

Para o CREA-PR (2011) os deslocamentos natildeo devem ser tratados

apenas como a accedilatildeo de ir e vir mas a partir do conceito de mobilidade

acrescido da preocupaccedilatildeo com a sua sustentabilidade que pode ser traduzida

como o resultado de um conjunto de poliacuteticas de transporte e circulaccedilatildeo que

priorize os modos natildeo motorizados e coletivos de transporte e a acessibilidade

urbana visando tambeacutem as pessoas com deficiecircncia eou mobilidade reduzida

Apoacutes a definiccedilatildeo dos desafios ambientais a serem perseguidos

desenhou-se o perfil ambiental proposto para o Escritoacuterio Verde que pode ser

visualizado na Figura 16 4 categorias niacutevel bom 3 niacutevel superior e 7 niacutevel

excelente

54

Figura 16 ndash Perfil ambiental proposto para o EV

Fonte A autora (2011)

512 QAEop ndash Qualidade Ambiental do Edifiacutecio na Fase Operaccedilatildeo

A QAEop eacute composta por 3 partes Parte II ndash QI Qualidade Intriacutenseca

Parte III ndash MQI Melhoria da Qualidade Intriacutenseca Parte IV ndash CQI Controle da

Qualidade Intriacutenseca Cada categoria foi analisada conforme requisitos

exigidos no referencial AQUA de operaccedilatildeo e uso O campo avaliaccedilatildeo refere-se

ao atendimento ou natildeo do requisito exigido Os campos na coluna avaliaccedilatildeo

que ficaram em branco representam os itens que necessitam de maior

detalhamento para se proceder com a avaliaccedilatildeo

55

Categoria 1 ndash Relaccedilatildeo do edifiacutecio com seu entorno

1 Relaccedilatildeo do Edificio com seu entorno Avaliaccedilatildeo

QI 11

Coerecircncia no uso e operaccedilatildeo do empreendimento no terreno em relaccedilatildeo agraves poliacuteticas locais de

desenvolvimento urbano sustentaacutevel Atende

QI 12 Otimizar os acessos e gerenciar os fluxos Atende

QI 13 Gerenciar os modos de deslocamento e favorecer os menos poluentes Atende

QI 14 Preservar Melhorar a qualidade ecoloacutegica e paisagiacutestica do local do empreendimento Atende

QI 15 Preservar Melhorar a biodiversidade Atende

QI 16 Prevenir o risco de inundaccedilotildees e limitar a poluiccedilatildeo difusa Atende

QI 17 Garantir o conforto ambiental exterior satisfatoacuterio Atende

QI 18 Garantir a iluminaccedilatildeo exterior satisfatoacuteria e limitar os incocircmodos visuais para a vizinhanccedila Atende

QI 19 Limitar a poluiccedilatildeo sonora e garantir o direito agrave calma da vizinhanccedila Atende

QI 110 Garantir espaccedilos exteriores saudaacuteveis e garantir o direito agrave sauacutede dos ocupantes Atende

QI 111 Acessibilidade Accedilatildeo corretiva

Quadro 6 ndash Avaliaccedilatildeo categoria 1 - QI

Fonte Referencial AQUA (2010)

1 Avaliaccedilatildeo

CQI 11 Garantir a conservaccedilatildeo adequada dos espaccedilos exteriores atende

CQI 12 Otimizar as condiccedilotildees de conservaccedilatildeo dos espaccedilos exteriores atende

CQI 13 Supervisionar a qualidade do ar nos estacionamentos fechados Natildeo se aplica

CQI 14Garantir a conservaccedilatildeo e manutenccedilatildeo das instalaccedilotildees de resfriamento nos sistemas de

condicionamento de ar Natildeo se aplica

Relaccedilatildeo do Edificio com seu entorno

Quadro 7 ndash Avaliaccedilatildeo categoria 1 - CQI

Fonte Referencial AQUA (2010)

As consideraccedilotildees a seguir satildeo referentes aos criteacuterios avaliados na QI 13

QI 13 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo

B Atende

Medidas tomadas para limitar o nuacutemero de vagas de estacionamento em funccedilatildeo dos

meios de deslocamento apresentados (salvo recomendaccedilatildeo contraacuteria da legislaccedilatildeo) S E 1 Atende

Medidas tomadas para gerenciar da melhor forma as vagas disponiacuteveis para

estacionamento (sistemas automatizados vigilacircncia manobristas etc)S E 1 NA

Presenccedila de aacuterea de estacionamento reservada aos veiacuteculos limpos S E 1 Implantar

Presenccedila de aacuterea de estacionamento reservada aos veiacuteculos limpos equipados com

dispositivos que favoreccedilam a sua utilizaccedilatildeoS E 2 NA

Disponibilidade de bicicletaacuterios aos ocupantes do edifiacutecio S E 2 Implantar

Presenccedila de bicicletaacuterios em locais ou abrigos seguros e protegidos ou visiacuteveis a partir

de um posto de vigilacircncia (guarita etc)S E 3 Implantar

Presenccedila de espaccedilos comuns apropriados (vestiaacuterios chuveiros) para os funcionaacuterios

ciclistasS E 4 X

Garantir a proximidade com

os transportes coletivosImplantaccedilatildeo do projeto a menos de 400m de um ponto de transporte coletivo S E 1 Atende

NA - Natildeo se aplica

X - Natildeo haacute e sem possibilidade de adaptaccedilatildeo

Apresentaccedilatildeo da situaccedilatildeo atual em termos meios de deslocamento existentes no local do empreendimento

especialmente os menos poluentes

Veiacuteculos particulares

Favorecer o uso de veiacuteculos

limpos

Favorecer o uso de modos de

deslocamento menos

poluentes

Quadro 8 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 13

Fonte Referencial AQUA (2010)

56

O Escritoacuterio Verde estaacute localizado em regiatildeo central de Curitiba

possuindo um sistema puacuteblico de transporte composto por 26 linhas de

transporte coletivo as quais permitem a ligaccedilatildeo dos bairros ao centro da

cidade

A Rede Integrada de Transportes ndash RIT possui uma tarifa uacutenica com

embarque e desembarque em niacutevel nas ldquoEstaccedilotildees Tubordquo e em pontos de

ocircnibus ou terminais de integraccedilatildeo localizados em diversos pontos da cidade

A URBS ndash Urbanizaccedilatildeo de Curitiba SA eacute a empresa responsaacutevel pelas

accedilotildees estrateacutegicas de planejamento operaccedilatildeo e fiscalizaccedilatildeo que envolve os

serviccedilos essenciais de transporte e tracircnsito da cidade Exerce o controle do

transporte de toda Regiatildeo Metropolitana permitindo que a Rede de

Transportes de Curitiba seja integrada em acircmbito metropolitano

Proacuteximos ao empreendimento encontram-se linhas de transporte

interligando os principais eixos da cidade de Curitiba (a exemplo os eixos

Norte e Sul eixo Boqueiratildeo) permitindo assim a mobilidade dos usuaacuterios

Tambeacutem a 16 km do empreendimento estaacute a Estaccedilatildeo Rodoviaacuteria de Curitiba

responsaacutevel por centralizar o transporte coletivo intermunicipal interestadual e

internacional que tecircm a Cidade de Curitiba como ponto de partida de chegada

ou de escala

O Aeroporto Internacional Afonso Pena encontra-se a aproximadamente

164 km ou (40 min) do empreendimento no Municiacutepio de Satildeo Joseacute dos

Pinhais PR De modo a facilitar o deslocamento de usuaacuterios no sentido

aeroporto - rodoviaacuteria ndash aeroporto ndash esses tecircm agrave sua disposiccedilatildeo linha de

ocircnibus especial A linha faz ligaccedilatildeo com Aeroporto Internacional Afonso Pena

localizado em Satildeo Joseacute dos Pinhais - PR agrave Rodoferroviaacuteria e ao Centro de

Curitiba Sendo assim fomenta a mobilidade urbana restando ainda a

implantaccedilatildeo de um paraciclo e possivelmente reservar a aacuterea livre nos fundos

da edificaccedilatildeo para estacionamento exclusivo de veiacuteculos limpos

Criteacuterios de avaliaccedilatildeo QI 111 referente agrave acessibilidade

QI 111 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo

Respeito agraves regulamentaccedilotildees de acessibilidade e instalaccedilatildeo de sinalizaccedilatildeo adaptada agrave

funcionalidade dos espaccedilos externos__ Accedilatildeo corretiva

Em funccedilatildeo do local do empreendimento e das atividades presenccedila de espaccedilos de

conviacutevio de repouso ou de atividades particulares __ Accedilatildeo corretiva

Acessibilidade

Quadro 9 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 111

Fonte Referencial AQUA (2010)

57

O referencial natildeo apresenta o niacutevel de avaliaccedilatildeo do item QI 111 pois se

trata de um item obrigatoacuterio

O EV ainda natildeo atende alguns requisitos exigidos pela a ABNTNBR

90502004 Seguem alguns pontos da normativa para accedilotildees corretivas

Item 6711 - Os corrimatildeos devem ser instalados em ambos os lados

dos degraus isolados das escadas fixas e das rampas

Item 55 - Sinalizaccedilatildeo visual

Item 724 ndash Barra de apoio em sanitaacuterio

Item 7314 - Bacia com altura inferior

Item 7362 ndash Lavatoacuterios suspensos

Quanto o acesso ao mezanino entende-se que as mesmas atividades

podem ser desenvolvidas no piso teacuterreo natildeo necessitando de adaptaccedilatildeo para

acesso ao mezanino

Categoria 2 ndash Escolha integrada de produtos sistemas e processos

construtivos

O texto informado na QI da categoria 2 (paacuteginas 8 e 9 de 29) eacute o mesmo

descrito na CQI (paacuteginas 3 e 4 de 26) necessitando de revisatildeo

2 Avaliaccedilatildeo

QI 21 Assegurar a facilidade de acesso para a conservaccedilatildeo do edifiacutecio Atende

QI 22

Inventaacuterio das informaccedilotildees conhecidas a respeito dos produtos de construccedilatildeo presentes no

empreendimento Atende

Escolha integrada de produtos sistema e processos construtivos

Quadro 10 ndash Avaliaccedilatildeo categoria 2 - QI

Fonte Referencial AQUA (2010)

2 Avaliaccedilatildeo

MQI 21 Consideraccedilatildeo da adaptabilidade durante as atividades de renovaccedilatildeo Atende

MQI 22 Consideraccedilatildeo da durabilidade durante as atividades de renovaccedilatildeo Atende

MQI 23

Consideraccedilatildeo da facilidade de conservaccedilatildeo e da limitaccedilatildeo dos impactos ambientais das rotinas

de conservaccedilatildeo durante a renovaccedilatildeo dos revestimentos internos Atende

MQI 24 Consideraccedilatildeo do impacto ambiental na renovaccedilatildeo dos revestimentos internos Atende

MQI 25 Responsabilidade no uso da madeira nas atividades de renovaccedilatildeo Atende

MQI 26

Consideraccedilatildeo do impacto sanitaacuterio relativo agrave qualidade do ar interno na renovaccedilatildeo dos

revestimentos internos Atende

Escolha integrada de produtos sistema e processos construtivos

Quadro 11 ndash Avaliaccedilatildeo categoria 2 - MQI

Fonte Referencial AQUA (2010)

58

Criteacuterios avaliados no item QI 22

QI 22 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo

A situaccedilatildeo atual em termos de conhecimento dos impactos ambientais na escala do

empreendimento e sobre sua vida uacutetil considerando o uso de recursos renovaacuteveis a

incorporaccedilatildeo de resiacuteduos ou material reciclado como mateacuteria-prima o consumo de

recursos naturais a desmontabilidade e a possibilidade de reuso reciclagem a

geraccedilatildeo de resiacuteduos e na medida do possiacutevel a emissatildeo de gases contribuintes para

o EE n(efeito estufa) e a destruiccedilatildeo da camada de ozocircnio

A situaccedilatildeo atual em termos de conhecimento das emissotildees de COV e formaldeiacutedos

Valorizaccedilatildeo do

conhecimento da

contribuiccedilatildeo dos

produtos de

construccedilatildeo aos

impactos

ambientais e

sanitaacuterios do

empreendimento

Conhecimento dos impactos ambientais de 50 dos elementos da famiacutelia de produtos

de obra limpa na escala do empreendimento e sobre sua vida uacutetil considerando o

consumo de recursos naturais a desmontabilidade e a possibilidade de reuso

reciclagem a geraccedilatildeo de resiacuteduos

E 2 Atende

Conhecimento dos impactos ambientais de 50 dos elementos da famiacutelia de produtos

de obra limpa na escala do empreendimento e sobre sua vida uacutetil considerando o

consumo de recursos naturais a desmontabilidade e a possibilidade de reuso

reciclagem a geraccedilatildeo de resiacuteduos

E 2 Atende

Idem acima e conhecimento dos impactos ambientais de 50 dos elementos da famiacutelia

de produtos de obra limpa na escala do empreendimento e sobre sua vida uacutetil

considerando o uso de recursos renovaacuteveis a incorporaccedilatildeo de resiacuteduos ou material

reciclado como mateacuteria-prima a emissatildeo de gases contribuintes para o EE e a

destruiccedilatildeo da camada de ozocircnio

E 5 Atende

Conhecimento das emissotildees de COV e formaldeiacutedos para 25 dos elementos da

famiacutelia de revestimentos internos (piso parede teto produtos de acabamento)E 2 Atende

Conhecimento das emissotildees de COV e formaldeiacutedos para 50 dos elementos da

famiacutelia de revestimentos internos (piso parede teto produtos de acabamento)E 5 Atende

A partir do

inventaacuterio de

materiais de

construccedilatildeo

(desenvolvido no

SGO) apresentar

para a famiacutelia de

produtos da obra

limpa (definidas

B

Valorizaccedilatildeo do

conhecimento da

contribuiccedilatildeo dos

produtos de

construccedilatildeo aos

impactos

ambientais e

sanitaacuterios do

empreendimento

Atende

Quadro 12 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 111

Fonte Referencial AQUA (2010)

O sistema construtivo utilizado foi o Wood Frame que possibilita a

construccedilatildeo de edificaccedilotildees mais eficientes uma vez que apresenta benefiacutecios

econocircmicos e ambientais Desenvolvida a mais de 100 anos na Ameacuterica do

Norte atualmente 90 das casas suecas e canadenses e mais de 75 das

americanas utilizam esta tecnologia

Os paineacuteis de OSB utilizados no processo construtivo permitem a

concepccedilatildeo de empreendimentos de ateacute 8 pavimentos A tecnologia incorpora

alguns dispositivos para racionalizar o consumo de aacutegua e energia aleacutem disso

a seleccedilatildeo de materiais contribui a reduccedilatildeo do impacto gerado durante a fase

de implantaccedilatildeo A madeira de reflorestamento utilizada eacute material renovaacutevel

com baixo consumo energeacutetico e boa possibilidade de aproveitamento dos

resiacuteduos aleacutem de contribuir positivamente na renovaccedilatildeo do ar (GOIS

CASAGRANDE JR 2011) A montagem dos paineacuteis em faacutebrica demorou

59

apenas 12 dias depois de fabricados e transportados em 5 dias foi possiacutevel

montar a estrutura do EV in loco

A TecVerde foi a empresa responsaacutevel pela fabricaccedilatildeo e execuccedilatildeo de

toda obra execuccedilatildeo de projetos estruturais de montagem e detalhamento para

o sistema construtivo Possui faacutebrica na regiatildeo metropolitana de Curitiba em

Pinhais ndash PR onde realiza a produccedilatildeo das edificaccedilotildees

No caso do Escritoacuterio Verde foi executado um radier de 12cm utilizando

concreto usinado (cimento CP V-ARI Cimento Portland alta resistecircncia inicial)

sobre a base de concreto da quadra poliesportiva (Figura 17) Este

procedimento serve para ancoragem das paredes (Figura 18) e as eleva para

evitar o contato com aacutegua que eventualmente pode pairar sobre a quadra em

funccedilatildeo de uma chuva mais forte

Figura 17ndash Execuccedilatildeo do radier Figura 18ndash Ancoragem das paredes

Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011) Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011)

As paredes foram montadas com OSB em caibros de pinus tratado

(Figura 19) jaacute com a manta de PET reciclado de 75 mm (Figura 20) e manta de

pneu reciclado de 8 mm (Figura 21) para isolamento teacutermico-acuacutestico Depois

de erguidas no local da obra receberam os acabamentos da empresa LP

Brasil sendo que no lado externo foi aplicada uma membrana hidroacutefuga

utilizada como barreira de vapor satildeo peliacuteculas que visam evitar que a aacutegua da

chuva e a umidade interna penetrem na parede protegendo a estrutura e

aumentando sua durabilidade finalizando com painel Smartside e Siding

60

Vinilico (Figura 22 e 23) aleacutem do painel TechShield (Figura 25) para base do

telhado

Figura 19 - Modelo construtivo wood frame

Fonte DOMUS STUDIO ARQUITETURA (2011)

Figura 20 - Manta de PET reciclado Figura 21- Manta de pneu reciclado

Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011) Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011)

A latilde de PET e a manta de pneu (Figuras 20 e 21) foram usadas como

isolantes termoacuacutestico no Escritoacuterio Verde e satildeo 100 reciclaacuteveis Aleacutem do

fato da latilde natildeo causar coceira dispensa o uso de EPIrsquos (como no caso da latilde de

vidro) e eacute um produto natildeo canceriacutegeno antialeacutergico No entanto a manta de

pneu natildeo haacute informaccedilotildees suficientes sobre a toxidade da fumaccedila emitida

quando em processo de combustatildeo

61

Figura 22 - Painel Smartside

Fonte LP BRASIL (2012)

Figura 23 - Siding Vinilico

Fonte Escritoacuterio Verde Online (2012)

Figura 24 - Painel TechShield

Fonte LP BRASIL (2012)

62

Os paineacuteis SmartSide foram desenvolvidos exclusivamente para uso

como revestimentos externos e internos de paredes Possuem tripla funccedilatildeo

pois aleacutem de revestir e vedar as paredes tambeacutem auxiliam no

contraventamento da estrutura Satildeo protegidos contra o ataque de cupins e a

degradaccedilatildeo de fungos e recebem como revestimento uma peliacutecula que confere

ao produto aparecircncia da madeira natural O produto anti-cupim que tem Borato

de Zinco como base confere uma garantia de 20 anos por parte da empresa

No Escritoacuterio Verde foi usado o modelo Painel H (painel com ranhuras

horizontais) de largura 122 m comprimento 488 m espessura 111 mm e

ranhuras a cada 200 mm

Os paineacuteis TechShield satildeo paineacuteis de OSB revestidos em uma das faces

com foil de alumiacutenio que garante uma menor absorccedilatildeo do calor proveniente

dos raios solares O TechShield pode ser aplicado sobre telhados ou em

paredes melhorando o desempenho teacutermico das construccedilotildees pois reflete 97

da radiaccedilatildeo solar reduz em ateacute 10 a temperatura do aacutetico ou soacutetatildeo e otimiza

a matildeo de obra jaacute que tem incorporado o foil de alumiacutenio Eacute fabricado no

formato de 120 x 240 m e espessura de 111 mm

Internamente foram aplicados o painel Decowall e placa cimentiacutecia

(Figuras 25 e 26) Outros produtos da LP Brasil empregados no projeto foram

as Vigas I (Figuras 27 e 28) e as telhas Shingle (Figura 29)

Figura 25 ndash Painel Decowall Figura 26 ndash Placa cimentiacutecia

Fonte LP BRASIL (2012) Fonte PlacLux (2012)

63

Figura 27 ndash Vigas I Figura 28 ndash Passagem da tubulaccedilatildeo na viga I

Fonte LP BRASIL (2012) Fonte LP BRASIL (2012)

As vigas I forma utilizadas na estrutura da cobertura e laje do mezanino

satildeo leves riacutegidas e de alta resistecircncia projetadas para suportar grandes

cargas permitindo a aplicaccedilatildeo em grandes vatildeos com resistecircncia uniforme e

constante sem que haja flambagem ou torccedilotildees em sua estrutura melhorando

a qualidade e solidez de pisos e forros Possui altura de 241 cm largura de

63 cm comprimento de 119 cm e peso de 403 kg

Figura 29 - Modelo construtivo da cobertura em wood frame

Fonte LP BRASIL (2012)

A LP Telha Shingle eacute composta por uma manta de fibra de vidro saturada

em asfalto e gracircnulos ceracircmicos sendo quatro vezes mais leve que outras

64

telhas Eacute resistente a ventos de ateacute 100 kmh Possui excelente resistecircncia

mecacircnica e suas dimensotildees satildeo 336 x 1000 mm O sistema foi composto por

estrutura de madeira contraventada por paineacuteis LP OSB Home Plus estrutural

que servem de base para a aplicaccedilatildeo da LP Subcobertura e da LP Telha

Shingle A LP Subcobertura protege e garante a estanqueidade da cobertura

O projeto do Escritoacuterio Verde estabeleceu parceria com a empresa MADO

de Satildeo Paulo para fabricar todas as janelas com vidro duplo em madeira lyptus

reflorestada algumas com o sistema abrir e tombar (Figura 30) esse uacuteltimo

possibilita a ventilaccedilatildeo indireta podendo ser aberta mesmo em dias de chuva

sem a entrada de aacutegua Os vidros duplos das janelas foram doados pela

empresa Cebrace

Figura 30 ndash Sistema tombar para ventilaccedilatildeo indireta

Fonte MADO (2012)

No piso do teacuterreo do Escritoacuterio Verde sobre o radier foi colocado o piso

elevado da empresa REMASTER que permite todo cabeamento eleacutetrico e de

loacutegica por baixo do mesmo O piso modular e feito em polipropileno sendo

mais de 80 de material reciclado conferindo para cada peccedila uma leveza

65

maior do que os produtos similares menos de 3 kg A facilidade de manuseio

rapidez na instalaccedilatildeo e a mobilidade da soluccedilatildeo permite reaproveitamento na

mudanccedila preservando mais de 98 do seu investimento

Figura 31 ndash Piso elevado modular

Fonte REMASTER (2012)

O acabamento colocado sobre o piso elevado foi o carpete modular

reciclados e reciclaacuteveis da Interface FLOR que usa o sistema tactile (Figura 32)

que reduz o impacto ambiental dos produtos adesivos na instalaccedilatildeo do

carpete Fabricados em placas de (50 x 50 cm) unem-se entre si para criar uma

instalaccedilatildeo duraacutevel sem ter que fixar permanentemente o carpete ao piso

Possui tambeacutem capa hipoalergecircnica que evita a proliferaccedilatildeo de agentes

aleacutergicos

Figura 32 ndash Carpete modular com sistema tactile

Fonte Interface FLOR (2012)

Nas instalaccedilotildees hidrossanitaacuterias foram utilizados tubos de PVC da

empresa AMANCO para o esgoto e tambeacutem o sistema PEX (Polietileno de Alta

Densidade Reticulado) para aacutegua quente e fria nos banheiros o hydro-pex da

66

empresa EPEX Trata-se de um sistema mais econocircmico de grande

flexibilidade e facilidade na instalaccedilatildeo e alta durabilidade

Figura 33 ndash Sistema hidro-pex

Fonte EPEX (2012)

Categoria 3 ndash Canteiro com baixo impacto ambiental

3 Avaliaccedilatildeo

CQI 31 Gestatildeo de resiacuteduos de conservaccedilatildeo e manutenccedilatildeo produzidos durante as intervenccedilotildees Atende

CQI 32 Otimizar as condiccedilotildees de retirada dos resiacuteduos de conservaccedilatildeo e manutenccedilatildeo Atende

CQI 33 Otimizar a eliminaccedilatildeo dos resiacuteduos de conservaccedilatildeo e manutenccedilatildeo Atende

CQI 34 Limitar os incocircmodos causados pelas intervenccedilotildees de conservaccedilatildeo e manutenccedilatildeo Atende

Canteiro de obra com baixo impacto ambiental

Quadro 13 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI

Fonte Referencial AQUA (2010)

A categoria 3 na fase operaccedilatildeo natildeo consta na parte I do referencial (QI)

pois eacute aplicada somente quando haacute manutenccedilatildeo no edifiacutecio

O Escritoacuterio necessitou de pequenas intervenccedilotildees e grande parte dos

resiacuteduos foi aproveitada no proacuteprio canteiro e outros como embalagens

plaacutesticas ou papelatildeo foram destinados para reciclagem Mas no sistema de

gestatildeo eacute necessaacuterio prever um plano de gestatildeo de resiacuteduos da construccedilatildeo

civil

67

Categoria 4 ndash Gestatildeo de energia

4 Avaliaccedilatildeo

QI 41 Melhorar a aptidatildeo da envoltoacuteria para limitar desperdiacutecios

QI 42 Melhorar a aptidatildeo do edifiacutecio para reduzir suas necessidades energeacuteticas

QI 43

Reduzir o consumo de energia primaacuteria devido ao aquecimento resfriamento agrave iluminaccedilatildeo ao

aquecimento de aacutegua agrave ventilaccedilatildeo e aos equipamentos auxiliares Atende

QI 44 Recorrer agraves energias renovaacuteveis locais Atende

QI 45 Conhecer as poluiccedilotildees causadas pelo consumo de energia Atende

QI 46 Conhecer a influecircncia dos sistemas de controle no desempenho energeacutetico do edifiacutecio Atende

Gestatildeo de Energia

Quadro 14 ndash Avaliaccedilatildeo categoria 4 ndash QI

Fonte Referencial AQUA (2010)

4 Avaliaccedilatildeo

MQI 41 Melhoria do desempenho energeacutetico do edifiacutecio Atende

Gestatildeo de Energia

Quadro 15 ndash Avaliaccedilatildeo categoria ndash MQI

Fonte Referencial AQUA (2010)

4 Avaliaccedilatildeo

CQI 41 Desempenho global do consumo de energia Atende

CQI 42 Desempenho global das emissotildees relacionadas ao consumo de energia Atende

CQI 43 Otimizar o acompanhamento do consumo de energia Atende

CQI 44 Analisar regularmente os consumos de energia Atende

CQI 45 Instalaccedilatildeo de um serviccedilo de eficaacutecia energeacutetica Atende

CQI 46 Garantir o controle dos equipamentos frigoriacuteficos e climaacuteticos Natildeo se aplica

Gestatildeo de Energia

Quadro 16 ndash Avaliaccedilatildeo categoria ndash CQI

Fonte Referencial AQUA (2010)

Criteacuterios avaliados no item QI 44

QI 44 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo

B Atende

Exploraccedilatildeo de modalidades energeacuteticas locais de origem renovaacutevel Explicitaccedilatildeo da

porcentagem de cobertura das necessidades pelas energias locais de origem renovaacutevel

(detalhada por uso final energeacutetico) Anaacutelise e justificativa da pertinecircncia da modalidade

escolhida

E 2 Atende

- Mais de 30 do consumo de energia para o sistema de aquecimento eacute garantido por

uma EnRE 1 NA

- Mais de 10 do consumo de energia para o sistema de resfriamento eacute garantido por

uma EnRE 1 NA

- Mais de 30 do consumo de energia para o aquecimento de aacutegua eacute garantido por

uma EnRE 1 NA

- Edifiacutecio possui sistema de produccedilatildeo de energia eleacutetrica a partir de energias

renovaacuteveis garantindo uma produccedilatildeo anual de eletricidade de mais de 25kWhmsup2 de

aacuterea uacutetil em energia primaacuteria

E 1 Atende

- O edifiacutecio estaacute equipados de bombas a calor de alto desempenho E 1 NA

NA - Natildeo se aplica

Pontos

complementares

desempenho da

modalidade

explorada

Reflexatildeo sobre o uso das energias renovaacuteveis locais (EnR)

Quadro 17ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 44

Fonte Referencial AQUA (2010)

68

O EV possui dois sistemas fotovoltaicos distintos um sistema conectado agrave

rede eleacutetrica - SFCR com uma potecircncia instalada de 21 kWp (10 moacutedulos

KYOCERA de tecnologia de siliacutecio policristalino modelo KD210GXLP ligados

em seacuterie) e um inversor monofaacutesico em 220V de 2kW de potecircncia nominal

(PVPOWERED modelo PVP2000) que entrou em operaccedilatildeo em 14 de

dezembro de 2011 A aacuterea ocupada na cobertura da edificaccedilatildeo para esse

painel eacute de 15 msup2 (URBANETZ JR CASAGRANDE JR 2010)

Um SFCR eacute basicamente composto de um painel fotovoltaico que

converte a energia do sol em energia eleacutetrica em corrente contiacutenua e um

inversor que converte a corrente contiacutenua em corrente alternada com tensatildeo

e frequecircncia compatiacuteveis com a rede eleacutetrica da concessionaacuteria ao qual o

sistema estaacute interligado As principais vantagens desse tipo de sistema satildeo

elevada produtividade ausecircncia de banco de baterias e desligamento

automaacutetico no caso de falta de energia da rede (URBANETZ JR

CASAGRANDE JR 2010)

O sistema fotovoltaico isolado (SFI) eacute composto por um painel de 10

moacutedulos KYOCERA de tecnologia de siliacutecio policristalino modelo KC85T

sendo divido em dois subsistemas oito moacutedulos formam um sistema com

barramento CC em 24 V e os outros dois moacutedulos formam um sistema com

barramento CC em 12 V cada subsistema utiliza um controlador de carga do

tipo PWM alimentando um banco de baterias formado por 16 e 12 baterias

respectivamente As baterias satildeo do tipo chumbo-aacutecido para uso em sistemas

fotovoltaicos (marca PIONEIRO com 65 Ah cada) potencial ainda natildeo

utilizado (URBANETZ JR CASAGRANDE JR 2010)

Figura 34 ndash Painel fotovoltaico

Fonte Escritoacuterio Verde Online (2012)

69

O SFI eacute basicamente composto de um painel FV controlador de carga

banco de baterias e inversor Normalmente satildeo instalados em locais sem

acesso agrave rede eleacutetrica convencional mas podem tambeacutem ser utilizados para

atender cargas especiais de forma ininterrupta independente da rede eleacutetrica

da concessionaacuteria (URBANETZ JR CASAGRANDE JR 2010)

A anaacutelise do desempenho do SFCR do se baseia nos valores de energia

gerada durante estes primeiros dez meses de operaccedilatildeo e nos valores de

irradiaccedilatildeo incidentes no painel FV A partir da energia gerada e da irradiaccedilatildeo

incidente satildeo apresentados os iacutendices de meacuterito do SFCR em anaacutelise estes

iacutendices satildeo yield (produtividade) performance ratio (taxa de desempenho) e

fator de capacidade (URBANETZ JR CASAGRANDE JR 2012)

Desde a sua entrada em operaccedilatildeo em 14 de dezembro de 2011 ateacute 14 de

junho de 2012 (seis meses de operaccedilatildeo) gerou 13 MWh o que permite

projetar a geraccedilatildeo para cerca de 26 MWhano A geraccedilatildeo de energia eleacutetrica eacute

proporcional a irradiaccedilatildeo incidente no painel FV nos meses de veratildeo (maior

incidecircncia solar) haveraacute maior geraccedilatildeo de energia eleacutetrica e nos meses de

inverno (menor incidecircncia solar) haveraacute menor geraccedilatildeo A Tabela 3 apresenta

os valores de energia gerados em cada mecircs de operaccedilatildeo e a Tabela 4 a

energia diaacuteria meacutedia em cada mecircs de operaccedilatildeo (URBANETZ JR

CASAGRANDE JR 2012)

Tabela 3 ndash Energia gerada em cada mecircs de operaccedilatildeo do SFCR do EV

Fonte URBANETZ JR CASAGRANDE JR (2012)

Tabela 4 ndash Energia diaacuteria meacutedia gerada em cada mecircs de operaccedilatildeo do SFCR do EV

Fonte URBANETZ JR CASAGRANDE JR (2012)

70

Com a aprovaccedilatildeo feita pela Agecircncia Nacional de Energia Eleacutetrica

(ANEEL) do Sistema de Compensaccedilatildeo de Energia a proposta desenvolvida

pelo EV passou a ser viaacutevel economicamente O trabalho pioneiro

desenvolvido Sistema Fotovoltaico Conectado agrave Rede Eleacutetrica (SFCR) tem um

funcionamento ininterrupto limpo e silencioso

Categoria 5 ndash Gestatildeo da aacutegua

5 Avaliaccedilatildeo

QI 51 Garantir economia de aacutegua potaacutevel nos sanitaacuterios Atende

QI 52

Garantir economia de aacutegua potaacutevel para irrigaccedilatildeo dos espaccedilos verdes limpeza das aacutereas ou

outros usos Atende

QI 53 Gestatildeo das aacuteguas pluviais no local do empreendimento Atende

QI 54 Gestatildeo das aacuteguas de escoamento poluiacutedas Natildeo se aplica

QI 55 Gestatildeo das aacuteguas servidas Atende

Gestatildeo da Aacutegua

Quadro 18 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI

Fonte Referencial AQUA (2010)

5 Avaliaccedilatildeo

MQI 51 ManutenccedilatildeoMelhoria da qualidade ambiental intriacutenseca relativa agrave gestatildeo da aacutegua Atende

MQI 51 Escolha dos equipamentos durante as atividades de renovaccedilatildeo Atende

Gestatildeo da Aacutegua

Quadro 19 ndash Criteacuterios avaliados ndash MQI

Fonte Referencial AQUA (2010)

5 Avaliaccedilatildeo

CQI 51 Desempenho global do consumo de aacutegua Atende

CQI 52 Otimizar o acompanhamento do consumo d aacutegua Atende

CQI 53 Limitar o risco de vazamentos Atende

CQI 54 Analisar regularmente os consumos de aacutegua Atende

CQI 55 Otimizar a manutenccedilatildeo dos equipamentos de gestatildeo da aacutegua

CQI 56 Garantir o acompanhamento da demanda de intervenccedilotildees nas instalaccedilotildees hidraacuteulicas

Gestatildeo da Aacutegua

Quadro 20 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI

Fonte Referencial AQUA (2010)

Com relaccedilatildeo ao item 52 ndash medidas tomadas para economizar aacutegua (Quadro 21) Para realizar as mediccedilotildees de consumo de aacutegua foram instalados no escritoacuterio verde dois hidrocircmetros padratildeo SANEPAR (Companhia de saneamento do Paranaacute) Estes foram instalados em dois pontos estrateacutegicos um que apresenta o consumo total da aacutegua potaacutevel da edificaccedilatildeo denominado de hidrocircmetro 1 e outro que aponta o consumo de aacutegua da chuva hidrocircmetro 2

71

Os criteacuterios de avaliaccedilatildeo apresentados satildeo QI 52 e QI 53

QI 52 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo

na irrigaccedilatildeo dos espaccedilos verdes e ou limpeza das aacutereas E 2 Atende

nos sistemas de energia e ou nos sistemas especiacuteficos relacionados ao proacuteprio

uso do edifiacutecioE 1 NA

nos usos de balneaacuterio (tipologia hoteacuteis) E 1 NA

QI 53 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo

B Atende

20 a 40E 2 Atende

lt 20 E 5 -----

2 a 10

E 2 -----

gt 10

E 5 Atende

NA - Natildeo se aplica

Medidas tomadas

para economizar

aacutegua

Em funccedilatildeo do estudo de integraccedilatildeo do empreendimento no terreno determinaccedilatildeo do coeficiente de

impermeabilizaccedilatildeo e da vazatildeo de escoamento presentes

Coeficiente de

impermeabilizaccedilatildeo

presente (para local

pouco urbanizado)

Percentual de

melhoria do

coeficiente de

impermeabilizaccedilatildeo

em relaccedilatildeo agrave

situaccedilatildeo anterior agrave

construccedilatildeo do

empreendimento

(para local

Quadro 21 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 52 e 53

Fonte Referencial AQUA (2010)

O Quadro 22 apresenta as fontes consumidoras existentes no escritoacuterio

foram efetuadas mediccedilotildees em dois pontos de consumo um apresenta a

quantidade de aacutegua potaacutevel consumida e o outro o volume de aacutegua utilizada

pelo sistema de captaccedilatildeo de aacutegua da chuva em pouco mais de 100 msup2 de

telhados respectivamente apresentados nas Tabelas 5 e 6 Os hidrocircmetros

foram instalados no dia 22 de marccedilo sendo que nesta data a leitura eacute igual a

zero Conforme dados da SANEPAR o valor de consumo diaacuterio de aacutegua

potaacutevel aplicado em edifiacutecios de escritoacuterio corresponde 50 litros de aacutegua por

pessoa Esta estimativa foi utilizada como referecircncia para comparativo dos

nuacutemeros levantados no escritoacuterio

Aacutegua Fonte consumidora Local

Potaacutevel Torneira c sensor de presenccedila cuba Copa

Potaacutevel Torneira c sensor de presenccedila lavatorio BWC - Masculino

Potaacutevel Torneira c sensor de presenccedila lavatoacuterio BWC - Feminino

Reuso Vaso sanitaacuterio BWC - Masculino

Reuso Vaso sanitaacuterio BWC - Feminino

Reuso Torneira de jardim Jardim

Reuso Sistema de irrigaccedilatildeo Jardim vertical Quadro 22 ndash fontes consumidoras de aacutegua

72

Tabela 5 ndash Consumo de aacutegua potaacutevel no EV

Fonte NOVAES(2013)

Tabela 6 ndash Consumo de aacutegua de pluvial

Fonte NOVAES (2013)

O sistema de coleta de aacutegua da chuva eacute composto por filtros alematildees de

accedilo inox WISY representados no estado do Paranaacute pela empresa Acquatech e

pela Aquastock em Satildeo Paulo A aacutegua eacute captada do telhado do bloco principal

da edificaccedilatildeo com aacuterea de 111 msup2 sendo armazenado em uma cisterna de

1500 litros da empresa ARBO (Figura 33) com tratamento ultravioleta

73

colocada sobre uma base de concreto A Figura 34 ilustra o sistema de coleta

de aacutegua pluvial

O filtro de descida tem a funccedilatildeo de descartar a sujeira do telhado e uma

boia flutuante com outro filtro para as impurezas da aacutegua Uma bomba

pressurizadora alimentada por um painel fotovoltaico de 130 W faz com que a

aacutegua chegue aos vasos sanitaacuterios a uma torneira externa e tambeacutem tem a

funccedilatildeo de irrigar o jardim vertical (Figura 35)

Figura 35 ndash Cisterna e filtros do EV Figura 36ndash Modelo de sistema de coleta de aacutegua pluvial

Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011) Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011)

74

Figura 37 ndash Jardim vertical do EV

Fonte A autora (2012)

Um dos fatores que favorece a instalaccedilatildeo de sistemas de coleta de aacutegua

com esta funccedilatildeo na cidade de Curitiba eacute o iacutendice pluviomeacutetrico da cidade que

eacute considerado satisfatoacuterio A Tabela 7 mostra as medias histoacutericas informadas

pelo SIMEPAR (Sistema meteoroloacutegico do Paranaacute)

Tabela 7 ndash Meacutedias histoacutericas - iacutendice pluviomeacutetrico

Fonte SIMEPAR (2012)

Consideraccedilatildeo quanto ao item QI 53 coeficiente de impermeabilizaccedilatildeo

Antes da construccedilatildeo do empreendimento estudado o terreno em questatildeo era

ocupado por uma quadra poliesportiva de concreto com o coeficiente de

impermeabilizaccedilatildeo de 095 (Tabela 8)

75

Tabela 8 ndash Coeficiente de impermeabilizaccedilatildeo do terreno antes da implantaccedilatildeo do EV

Aacuterea total (msup2) 4182

Aacuterea impermeaacutevel (msup2) 39882

Coeficiente impermeabilizaccedilatildeo anterior ao empreendimento 095 Fonte NOVAES (2013)

Com a implantaccedilatildeo do EV o coeficiente novamente calculado ficou em

057 pois quase todos os pisos externos satildeo permeaacuteveis e a edificaccedilatildeo possui

aproximadamente 100 msup2 de telhado verde (tabela 9)

Tabela 9 ndash Coeficiente de impermeabilizaccedilatildeo do terreno apoacutes a implantaccedilatildeo do EV

Aacuterea total (msup2) 4182

Aacutereas impermeaacuteveis (msup2)

Deck frontal 633

Concreto lateral direita 2061

Deck Fundos 3283

Concreto lateral esquerda 1944

Entrada carro 7752

Telhado (coef Minoraccedilatildeo 07) 819

Total (msup2) 23864

Coeficiente impermeabilizaccedilatildeo apoacutes o empreendimento 057

Melhoria do coeficiente de impermeabilizaccedilatildeo 40 Fonte NOVAES (2013)

Os pisos externos utilizados no EV satildeo compostos por

piso desenvolvido em borracha de pneu reciclado em formato de

lajotas (peccedilas nas medidas 45 X 45 cm) dentre suas qualidades pode-se

destacar sua flexibilidade e funcionalidade por ser drenante e antiderrapante

Figura 38 ndash Piso drenante borracha de pneu

Fonte httpwwwcacaruidoscombr (2012)

76

o plastfloor eacute um pavimento plaacutestico reciclado que estrutura o solo e

mantecircm a permeabilidade devido ao seu formato alveolar vazado podendo ser

preenchido por pedras ou grama no EV optou-se pela utilizaccedilatildeo de pedras

Figura 39 ndash Piso plast floor

Fonte httpwwwplastfloorcombr (2012)

iso tecnogran composto de agregados rochosos que passam por uma

prensagem especial para manter os espaccedilos entre os agregados e com isto

permite a drenagem da chuva entre os gratildeos aleacutem de ser antiderrapante

Figura 40 ndash Piso drenante tecnogran

Fonte httpwwwtecnograncombrespecificacaodrenantehtml (2012)

Categoria 6 ndash Gestatildeo de resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo do edifiacutecio

6 Avaliaccedilatildeo

CQI 61 Otimizar as condiccedilotildees de retirada dos resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo Atende

CQI 62 Otimizar as condiccedilotildees de retirada dos resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo Atende

CQI 63 Garantir o acompanhamento dos resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo regulamentados Atende

CQI 64 Otimizar a eliminaccedilatildeo dos resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo Atende

Gestatildeo dos residuos de uso e operaccedilatildeo do edificio

Quadro 23 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI

Fonte Referencial AQUA (2010)

77

Os coletores foram dispostos no EV da seguinte maneira

Coletor de cor marrom para resiacuteduos compostaacuteveis (resto de alimentos

entre outros)

Coletor de cor verde para reciclaacuteveis (papel papelatildeo jornal revista

plaacutesticos em geral inclusive PET latas de alumiacutenio embalagens longa vida

latas de alimentos engradados embalagens de biscoito)

Os coletores de cor cinza para natildeo reciclaacuteveis (papel higiecircnico

guardanapo sujo espelho papel de bala isopor esponjas de lavar louccedilas

esponjas de accedilo canudo carga de caneta) estatildeo dispostos na copa e nos

banheiros

O coletor menor eacute para coleta de resiacuteduos perigosos como pilhas e

baterias

O EV tambeacutem participa de dois programas na aacuterea de resiacuteduos

REZTO ndash Resiacuteduo Zero Tecnoloacutegico e Orgacircnico

Uma continuidade do Programa de Gerenciamento de Resiacuteduos do

Cacircmpus Curitiba-PGRCC que avaliou os resiacuteduos gerados pelos

departamentos da UTFPR e agora implanta os procedimentos para sua coleta

armazenamento reuso reciclagem e tratamento adequado dentro de um

plano de gestatildeo e educaccedilatildeo ambiental

ndash Tratando Resiacuteduos Eletrocircnicos e da Computaccedilatildeo

Estudar soluccedilotildees para reaproveitamento e tratamento apropriado de

computadores e equipamentos perifeacutericos defasados e sem uso que ocupam

espaccedilo na instituiccedilatildeo (diretrizes do governo federal e leis estaduais jaacute abordam

a questatildeo ndash Lei Estadual 158512008) podendo estabelecer parcerias com a

comunidadecooperativas que lidam com o problema dentro de projetos de

extensatildeo universitaacuteria

Categoria 7 ndash Manutenccedilatildeo ndash permanecircncia do desempenho ambiental

7 Avaliaccedilatildeo

QI 71 Facilitar as intervenccedilotildees de conservaccedilatildeo manutenccedilatildeo Atende

QI 72

Disponibilizar os meios necessaacuterios para o acompanhamento dos consumos de energia durante

a operaccedilatildeo e uso do edifiacutecio Atende

QI 73

Disponibilizar os meios necessaacuterios para o acompanhamento dos consumos de aacutegua durante a

operaccedilatildeo e uso do edifiacutecio Atende

QI 74

Disponibilizar os meios necessaacuterios para o fornecimento dos sistemas durante a operaccedilatildeo e uso

do edifiacutecio

Manutenccedilatildeo - Permanecircncia do desempenho ambiental

Quadro 24 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI

Fonte Referencial AQUA (2010)

78

7 Avaliaccedilatildeo

MQI 71 Escolha dos equipamentos durante as atividades de renovaccedilatildeo

Manutenccedilatildeo - Permanecircncia do desempenho ambiental

Quadro 25 ndash Criteacuterios avaliados ndash MQI

Fonte Referencial AQUA (2010)

7 Avaliaccedilatildeo

CQI 71 Gestatildeo da manutenccedilatildeo preventiva e corretiva Implantar

CQI 72 Gestatildeo das demandas de intervenccedilatildeo dos ocupantes Implantar

CQI 73 Anaacutelise da eficaacutecia da manutenccedilatildeo Implantar

CQI 74 Gestatildeo do patrimocircnio imobiliaacuterio do edifiacutecio Implantar

CQI 75 Otimizaccedilatildeo do acompanhamento dos sistemas teacutecnicos Implantar

CQI 76 Garantir a perenidade do(s) eventual(is) sistema(s) de regulagem Implantar

Manutenccedilatildeo - Permanecircncia do desempenho ambiental

Quadro 26 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI

Fonte Referencial AQUA (2010)

Criteacuterios avaliados no CQI 71

(c QAE) CQI 71 Niacutevel Pontos em E Avaliaccedilatildeo

Medidas tomadas para garantir a rastreabilidade das operaccedilotildees de manutenccedilatildeo

preventivas e corretivasB Implantar

Medidas tomadas para otimizar o acompanhamento das operaccedilotildees de manutenccedilatildeo

preventivas e corretivas acompanhamento das ordens de serviccedilo em andamento

abertura de novas ordens de serviccedilo registro das ordens de serviccedilo concluiacutedas

Presenccedila de um procedimento de acompanhamento das manutenccedilotildees preventivas e

corretivas

S Implantar

A gestatildeo da manutenccedilatildeo eacute interativa e feita por meio de uma ferramenta especiacutefica que

permite o acompanhamento contiacutenuo da ordens de serviccediloE 3 Implantar

A manutenccedilatildeo corretiva eacute possiacutevel no edifiacutecio durante 24 horas e nos 7 dias da semana

para todas as aacutereas teacutecnicasE 1 Atende

Quadro 27 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 71

Fonte Referencial AQUA (2010)

79

Categoria 8 ndash Conforto higroteacutermico

8 Avaliaccedilatildeo

QI 81

Garantir um niacutevel adequado de temperatura resultante nos espaccedilos tanto no veratildeo quanto

no inverno Atende

QI 82 Otimizar o conforto higroteacutermico tanto no inverno quanto no veratildeo Atende

QI 83

Assegurar uma velocidade de ar que natildeo prejudique o conforto tanto no inverno como no

veratildeo

QI 84 Garantir o controle da higrometria Atende

QI 85 Assegurar um nivel minimo de conforto teacutermico nos espaccedilos ventilados naturalmente Atende

Conforto Higroteacutermico

Quadro 28 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI

Fonte Referencial AQUA (2010)

8 Avaliaccedilatildeo

CQI 81 Otimizar a manutenccedilatildeo do(s) sistema(s) de aquecimento resfriamento Natildeo se aplica

CQI 82

Garantir o acompanhamento das demandas de intervenccedilatildeo para os sistemas de aquecimento

resfriamento Natildeo se aplica

CQI 83

Otimizaccedilatildeo do acompanhamento dos sistemas de aquecimento de resfriamento e do conforto

higroteacuternico Natildeo se aplica

Conforto Higroteacutermico

Quadro 29 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI

Fonte Referencial AQUA (2010)

QI 83 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo

Velocidade de ar no inverno nos espaccedilos sensiacuteveis V le 020 ms S

Velocidade de ar no inverno nos espaccedilos sensiacuteveis V le 015 ms E 2

Velocidade de ar no veratildeo nos espaccedilos sensiacuteveis V le 025 ms (para um intervalo de

referecircncia entre 25oC e 27oC) S

Velocidade de ar no veratildeo nos espaccedilos sensiacuteveis V le 022 ms (para um intervalo de

referecircncia entre 25oC e 27oC) E 2

Identificar os

espaccedilos sensiacuteveis

agrave velocidade do

ar no inverno

como no veratildeo E

velocidade

maacutexima do ar no

Quadro 30 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 83

Fonte Referencial AQUA (2010)

A Cidade de Curitiba eacute considerada a capital brasileira mais fria com

temperatura meacutedia de 164ordmC sendo que nos meses mais frios do ano junho e

julho a temperatura meacutedia no dia pode chegar a 13 ordmC

Utilizando-se o software Analysis BIO (2010) desenvolvido pelo

Laboratoacuterio de Eficiecircncia Energeacutetica em Edificaccedilotildees (LabEEE) da Universidade

Federal de Santa Catarina (UFSC) foi gerada a carta bioclimaacutetica de Curitiba

a qual mostra que 80 das temperaturas do ano satildeo consideradas

desconfortaacuteveis e destes 80 732 para o frio e apenas 684 satildeo para o

calor A Tabela 10 apresenta as mediccedilotildees durante o inverno de 2012

80

Tabela 10 ndash Mediccedilatildeo de temperatura no EV durante o inverno

Data

Temperatura

(degc) externa

meacutedia diaacuteria

Temperatura

(degc) interna EV

meacutedia diaacuteria

Diferenccedila Data

Temperatura

(degc) externa

meacutedia diaacuteria

Temperatura

(degc) interna EV

meacutedia diaacuteria

Diferenccedila

6302012 1908 2086 +178 7182012 109 1318 +228

712012 1836 2054 +218 7192012 1194 1486 +292

722012 1811 2029 +218 7202012 1302 1569 +267

732012 1849 2038 +189 7212012 1499 1639 +14

742012 1919 2098 +179 7222012 1785 1848 +063

752012 1947 2098 +151 7232012 1793 1989 +196

762012 1918 2093 +175 7242012 1983 1989 +006

772012 1414 1762 +349 7252012 1506 1765 +259

782012 1051 1451 +399 7262012 179 1876 +086

792012 1219 1453 +234 7272012 1563 1806 +244

7102012 1618 1788 +17 7282012 1597 1754 +156

7112012 1584 181 +225 7292012 1839 1919 +08

7122012 1374 1589 +215 7302012 1243 1619 +376

7132012 1072 1405 +334 7312012 1427 1532 +105

7142012 1213 147 +257 812012 1735 1845 +11

7152012 1025 128 +255 822012 1801 1974 +173

7162012 901 1189 +288 miacutenima 901 1189

7172012 1099 1261 +162 maacutexima 1983 2098

As maiores diferenccedilas meacutedias diaacuterias foram percebidas para as

temperaturas mais baixas Mostrando que o escritoacuterio verde possui um bom

desempenho em baixas temperaturas isso se deve principalmente pela funccedilatildeo

das paredes formadas por uma placa de OSB manta termo-acuacutestica e

fechamento com outra placa de OSB e a contribuiccedilatildeo do telhado verde fazendo

com que o calor natildeo se propague tatildeo rapidamente

O dia 16 de julho conforme Graacutefico 3 apresentou as temperaturas mais

baixas durante a mediccedilatildeo 901ordmC A temperatura interna neste dia mostrou

uma amplitude baixa ficando com uma meacutedia de 1189ordmC sendo que a

temperatura interna durante o periacuteodo ficou sempre acima da temperatura

externa chegando a uma diferenccedila de 42ordmC

81

Graacutefico 3 ndash Dia com temperatura meacutedia diaacuteria miacutenima

O aparelho usado para a mediccedilatildeo de temperatura foi o datalogger de

temperatura umidade e pressatildeo da Voltcraft modelo DL-180THP Com este

aparelho eacute possiacutevel programar intervalo de mediccedilatildeo (estes podem ser de 1

minuto ateacute 18 horas) data e hora de iniacutecio de registro dos dados A faixa de

operaccedilatildeo do aparelho eacute de temperaturas de -40ordmC ateacute +70ordmC e umidade

relativa de 0 ateacute 100 A precisatildeo do aparelho eacute plusmn1 degC plusmn35 rH plusmn25 hPa

Para este estudo foram utilizados intervalos de mediccedilatildeo de 5 minutos

Categoria 9 ndash Conforto acuacutestico

9 Avaliaccedilatildeo

QI 91 Identificaccedilatildeo das configuraccedilotildees acuacutesticas prioritaacuterias da operaccedilatildeo Atende

QI 92 Qualidade acuacutestica do edifiacutecio Natildeo atende

Conforto acuacutestico

Quadro 31 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI

Fonte Referencial AQUA (2010)

9 Avaliaccedilatildeo

MQI 91 Melhoria da qualidade acuacutestica do edifiacutecio Accedilatildeo corretiva

MQI 92 Consideraccedilatildeo do criteacuterio acuacutestico na renovaccedilatildeo dos revestimentos internos e dos equipamentos

Conforto acuacutestico

Quadro 32 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI

Fonte Referencial AQUA (2010)

82

9 Avaliaccedilatildeo

CQI 91 Recenseamento do uso dos espaccedilos

CQI 92 Gestatildeo da demanda dos ocupantes

CQI 93 Identificaccedilatildeo das fontes de ruiacutedo Atende

CQI 94 Classificaccedilatildeo dos espaccedilos

CQI 95 Informaccedilatildeo aos usuaacuterios do potencial acuacutestico do edifiacutecio Atende

Conforto acuacutestico

Quadro 33 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 83

Fonte Referencial AQUA (2010)

Quadro 34 ndash Criteacuterios de avaliaccedilatildeo para acuacutestica de edifiacutecios novos

Fonte Referencial AQUA (2007)

As primeiras mediccedilotildees do desempenho acuacutestico no EV foram realizadas

por Gregori (2011) Os ensaios foram realizados no periacuteodo que ainda natildeo

haviam sido instalados o piso elevado com aplicaccedilatildeo de carpete com o qual se

esperam ganhos quanto agrave atenuaccedilatildeo acuacutestica bem como a instalaccedilatildeo de

placas de vidro na regiatildeo limiacutetrofe frontal do terreno no qual se situa o

escritoacuterio sendo com essa a imposiccedilatildeo de mais uma barreira fiacutesica para os

ruiacutedos externos provenientes da via de traacutefego veicular e a instalaccedilatildeo de

elementos de oclusatildeo de frestas existentes nos batentes da porta de acesso ao

salatildeo principal Os resultados dessa primeira analise natildeo foram satisfatoacuterios

em relaccedilatildeo a exigecircncia estabelecidas no referencial AQUA O Graacutefico 4 detalha

o comparativo da atenuaccedilatildeo entre os ambientes

83

Graacutefico 4 ndash Meacutedias do niacutevel de ruiacutedo dos locais avaliados

Fonte GREGORI (2011)

No Graacutefico 4 estatildeo comparadas as meacutedias de cada local demonstrando

que os valores das meacutedias tomadas no interior do EV apresentam uma

atenuaccedilatildeo maacutexima de 3577 e miacutenima de 2226 em relaccedilatildeo agrave meacutedia dos

pontos externos ao EV A meacutedia dos pontos do tomados dentro do laboratoacuterio

demonstra que haacute atenuaccedilatildeo de ruiacutedo na construccedilatildeo convencional na ordem

de 942 em comparaccedilatildeo ao ruiacutedo medido nos pontos externos proacuteximos ao

mesmo

Na Tabela 11 eacute possiacutevel perceber que pelo valor considerado inferior o

cafeacute e o salatildeo principal se apresentam conformes quanto agrave aceitabilidade e

conforto a coordenaccedilatildeo estaacute conforme quanto agrave aceitabilidade o mezanino se

mostrou em desconformidade com ambos os paracircmetros bem como a

construccedilatildeo convencional (sala N-108) Na Tabela 12 a comparaccedilatildeo do valor

medido se daacute pela adiccedilatildeo da incerteza obtendo-se o valor considerado de

incerteza superior

84

Tabela 11 ndash Resultados obtidos (MEDICcedilAtildeO ndash INCERTEZA)

Paracircmetro

normativo

Aceitaacutevel

para

finalidade

Valor

considerado

Comparaccedilatildeo para

conforto

Comparaccedilatildeo para

aceitabilidade

Copa 40 50 408 +- 15 393conforme178 abaixo do

paracircmetro

conforme2142 abaixo

do paracircmetro

Coordenaccedilatildeo 35 45 436 +- 15 421Natildeo conforme2034

acima do paracircmetro

conforme640 abaixo do

paracircmetro

Salatildeo principal 45 65 464 +- 15 449conforme031 abaixo do

paracircmetro

conforme3098 abaixo

do paracircmetro

Mezanino 30 40 494 +- 15 479Natildeo conforme5953

acima do paracircmetro

Natildeo conforme1965

acima do paracircmetro

Construccedilatildeo

Convencional (sala N-108)40 50 62 +- 15 605

Natildeo conforme5120

acima do paracircmetro

Natildeo conforme2096

acima do paracircmetro

Resultados obtidos em dB(A)

Incerteza inferior (= MEDICcedilAtildeO - INCERTEZA)

Locais de mediccedilatildeo

Paracircmetro Normativo

Mediccedilatildeo Incerteza

Fonte GREGORI (2011)

Avaliando a Tabela 12 eacute possiacutevel perceber que pelo valor considerado

superior nenhum dos ambientes se apresentou conforme quanto ao conforto

poreacutem o cafeacute e o salatildeo principal se mantiveram conformes quanto agrave

aceitabilidade

Tabela 12 ndash Resultados obtidos (MEDICcedilAtildeO + INCERTEZA)

Paracircmetro

normativo

Aceitaacutevel

para

finalidade

Valor

considerado

Comparaccedilatildeo para

conforto

Comparaccedilatildeo para

aceitabilidade

Copa 40 50 408 +- 15 423Natildeo conforme573

acima do paracircmetro

conforme1542 abaixo

do paracircmetro

Coordenaccedilatildeo 35 45 436 +- 15 451Natildeo conforme2891

acima do paracircmetro

conforme027 acima do

paracircmetro

Salatildeo principal 45 65 464 +- 15 479Natildeo conforme636

acima do paracircmetro

conforme2637 abaixo

do paracircmetro

Mezanino 30 40 494 +- 15 509Natildeo conforme6953

acima do paracircmetro

Natildeo conforme2715

acima do paracircmetro

Construccedilatildeo

Convencional (sala N-108)40 50 62 +- 15 635

Natildeo conforme5870

acima do paracircmetro

Natildeo conforme2696

acima do paracircmetro

Locais de mediccedilatildeo

Paracircmetro NormativoResultados obtidos em dB(A)

Mediccedilatildeo Incerteza

Incerteza inferior (= MEDICcedilAtildeO + INCERTEZA)

Fonte GREGORI (2011)

No mecircs de abril de 2013 procedeu-se nova mediccedilatildeo do iacutendice de

atenuaccedilatildeo acuacutestica a ruiacutedos aeacutereos promovidos pelo invoacutelucro junto agraves janelas

Ensaios realizados sob a coordenaccedilatildeo do Profordm Dr Aloiacutesio Leoni Schmid da

Universidade Federal do Paranaacute

Inicialmente para uma verificaccedilatildeo geral foi emitido externamente a uma

das janelas e dela afastado de 20 m ruiacutedo rosa Externamente a 10 cm do

centro da janela foi medido o niacutevel de pressatildeo sonora de 975 dBA

Internamente a 10 cm do centro da janela fechada foi medido o niacutevel de

pressatildeo sonora de 705 dBA

85

Posteriormente foi aplicado o meacutetodo descrito em Fasold Sonntag e

Winkler (Bau-und Raumakustik Berlin RMuumlller 1987) que considera

mediccedilotildees em diferentes bandas e procura ajustar a curva de referecircncia

Tabela 13 - Caacutelculo do iacutendice de atenuaccedilatildeo acuacutestica R do invoacutelucro da edificaccedilatildeo

Frequecircncia ReduccedilatildeoCurva de

referecircncia

desvio

da curva

desvios

desfavoraacuteveis

curva de

referecircncia

deslocada

de 24 dB

desvios

indesejaacuteveis

da curva

deslocada

curva de

referecircncia

deslocada de

28 dB

desvios

indesejaacuteveis

da curva

deslocada

625 155

125 233 36 -127 -127 12 113 8 153

250 238 45 -212 -212 21 28 17 68

500 305 52 -215 -215 28 25 24 65

1000 263 55 -287 -287 31 -47 27 -07

2000 194 56 -366 -366 32 -126 28 -86

1207 173 93

meacutedia 2414

Meacutedia dos

negativos 346

Meacutedia dos

negativos 186

meacutedia 2414 Avaliaccedilatildeo excessivo Avaliaccedilatildeo adequado

Fonte SCHMID (2013)

O grau de isolamento acuacutestico medido foi portanto de 28 dB Estima-se

que este valor poderia ser aumentado ateacute cerca de 35 dB mediante operaccedilatildeo

de retiacutefica do encaixe das esquadrias em madeira utilizando-se ainda fitas

autoadesivas de feltro ou material apropriado de vedaccedilatildeo nas janelas O

resultado tambeacutem pode ser observado no Graacutefico 5

Graacutefico 5 ndash Iacutendice de atenuaccedilatildeo acuacutestica

Fonte SCHMID (2013)

86

A porta principal de entrada e as janelas da edificaccedilatildeo mostraram-se natildeo

estanque configurando uma condiccedilatildeo localizada que natildeo permite isolamento

acuacutestico suficiente necessitando de correccedilotildees

Durante 5 minutos contou-se na rua cerca de 200 automoacuteveis em

velocidade baixa a meacutedia O niacutevel maacuteximo de pressatildeo sonora registrado foi de

80 dBA sendo que se sabe que tal valor pode ser superado durante frenagem

ou aceleraccedilatildeo em especial de motocicletas Corresponde agrave indicaccedilatildeo de

Fasold et al (opcit p 6 Figura 311) que para um traacutefego de cerca de 2500

veiacuteculos por hora a 10m da rua (recuo frontal mais calccedilada) prevecirc 7 dB a

serem acrescidos de 6 dB devido a irregularidades da rua e mais 3 dB devido agrave

velocidade podendo superar 70 kmh o total estimado seria de 80 dBA

Tal condiccedilatildeo faz com que os 28 dB medidos possibilitem um niacutevel maacuteximo

de pressatildeo sonora de 52 dBA Isto ultrapassa os 30 dB exigidos pelo AQUA

Categoria 10 ndash Conforto visual

10 Avaliaccedilatildeo

QI 91 Dispor de acesso agrave luz do dia Atende

QI 92 Dispor de acesso a vistas para o exterior Atende

QI 93 Dispor de iluminaccedilatildeo natural miacutenima nas zonas de ocupaccedilatildeo Atende

QI 94 Evitar o ofuscamento direto ou indireto

QI 95 Garantir uma qualidade agradaacutevel da iluminaccedilatildeo artificial

QI 96 Controle do ambiente visual pelos ocupantes Atende

Conforto visual

Quadro 35 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI

Fonte Referencial AQUA (2010)

10 Avaliaccedilatildeo

CQI 101 Otimizar a manutenccedilatildeo do sistema de iluminaccedilatildeo Atende

CQI 102 Garantir o acompanhamento das demandas de intervenccedilatildeo para o sistema de iluminaccedilatildeo Atende

CQI 103 Otimizaccedilatildeo do acompanhamento do sistema de iluminaccedilatildeo Atende

Conforto visual

Quadro 36 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI

Fonte Referencial AQUA (2010)

Criteacuterio de avaliaccedilatildeo item QI 101

QI 101 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo

BAtende

Identificar os pontos focais dos espaccedilos comuns do edifiacutecio E acesso direto agrave luz

do dia garantida em cada ponto focal identificado BAtende

Dispor de acesso a luz do dia em 30 das circulaccedilotildees e ou espaccedilos abertos E 2 Atende

No caso de

edifiacutecios

comerciais

Dispor de acesso agrave luz do dia nos espaccedilos caracteriacutesticos da tipologia em questatildeo e no hall ou

recepccedilatildeo principal

Quadro 37 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI

Fonte Referencial AQUA (2010)

87

O projeto do EV privilegiou a entrada a luz natural atraveacutes de um conjunto

de janelas amplas (Figuras 39 e 40) estrategicamente posicionadas para

captaccedilatildeo de maior incidecircncia de luz natural Natildeo houve anaacutelise em relaccedilatildeo ao

ofuscamento pois apenas parte dos moacuteveis definitivos foram instalados ateacute a

finalizaccedilatildeo dessa dissertaccedilatildeo

Figura 41 ndash Vista lateral esquerda do EV

Fonte CASAGRANDE JR (2012)

Figura 42 ndash Vista lateral direita e fundos do EV

Fonte CASAGRANDE JR (2012)

O sistema luminoteacutecnico instalado no EV eacute composto por lacircmpadas LED

(light emitter diode) com dispositivo de acionamento separado por fileiras

Categoria 11 ndash Conforto olfativo

11 Avaliaccedilatildeo

QI 111 Identificar as fontes de odores e limitar a sua propagaccedilatildeo

QI 112 Garantir vazotildees de ar higiecircnicas Atende

QI 113 Garantir uma atmosfera saudaacutevel de ar nos espaccedilos com ventilaccedilatildeo mecacircnica Natildeo se aplica

Conforto olfativo

Quadro 38 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI

Fonte Referencial AQUA (2010)

88

11 Avaliaccedilatildeo

CQI 111 Otimizar a manutenccedilatildeo do sistema de ventilaccedilatildeo Natildeo se aplica

CQI 112 Garantir o acompanhamento das demandas de intervenccedilatildeo para o sistema de ventilaccedilatildeo Natildeo se aplica

Conforto olfativo

Quadro 39 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI

Fonte Referencial AQUA (2010)

QI 112 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo

B Atende

S

B

E 2

E 2

E 4 Atende

Na presenccedila de ventilaccedilatildeo mecacircnica justificativa do atendimento das vazotildees de ar novo que garantam niacuteveis

sanitaacuterios satisfatoacuterios conforme regulamentaccedilatildeo

Justificar o atendimento de vazotildees de ar novo otimizadas para as atividades dos locais (havendo ventilaccedilatildeo

mecacircnica ou natural controlada)

Presenccedila de dispositivo que permita o controle da qualidade do ar em certos espaccedilos de ocupaccedilatildeo

prolongada e quando pertinente acoplados a um sistema de alerta

Disposiccedilotildees tomadas para o fornecimento das vazotildees de ar nas zonas em que tal informaccedilatildeo seja

pertinente

Presenccedila de um sistema de ventilaccedilatildeo especiacutefico natural ou mecacircnico inclusive a simples abertura manual

de janelasA ventilaccedilatildeo natural pela simples abertura de janelas eacute autorizada

Presenccedila de um sistema de ventilaccedilatildeo especiacutefico natural ou mecacircnico aleacutem da simples abertura manual de

janelas A ventilaccedilatildeo natural pela simples abertura de janelas natildeo eacute mais considerada Se a ventilaccedilatildeo

natural eacute desejada a qual natildeo possa ser controlada um complemento de ventilaccedilatildeo mecacircnica deve ser

previsto

Quadro 40 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 112

Fonte Referencial AQUA (2010)

A arquitetura bioclimaacutetica do EV favorece muito as trocas de ar atraveacutes da

ventilaccedilatildeo cruzada e do ldquoEfeito chamineacuterdquo proporcionando atraveacutes da diferenccedila

de temperatura e por conseguinte de densidade entre o ar externo e o ar

interno do edifiacutecio A Figura 41 demonstra o efeito citado

Figura 43 ndash Efeito chamineacute

Fonte LAMBERTS (2004)

89

Categoria 12 ndash Qualidade sanitaacuteria dos ambientes

12 Avaliaccedilatildeo

QI 121 Identificar as fontes de exposiccedilatildeo eletromagneacutetica

QI 122 Garantia de condiccedilotildees de higiene especiacuteficas nos espaccedilos Atende

QI 123 Inventaacuterio do conhecimento relativo agrave qualidade higiecircnica dos revestimentos internos

Qualidade sanitaacuteria dos ambientes

Quadro 41 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI

Fonte Referencial AQUA (2010)

12 Avaliaccedilatildeo

MQI 121 Melhoria da qualidade higiecircnica dos revestimentos internos

Qualidade sanitaacuteria dos ambientes

Quadro 42 ndash Criteacuterios avaliados ndash MQI

Fonte Referencial AQUA (2010)

12 Avaliaccedilatildeo

CQI 121 Garantir uma limpeza adaptada aos espaccedilos interiores Atende

CQI 122 Otimizar as condiccedilotildees de conservaccedilatildeo dos ambientes interiores Atende

Qualidade sanitaacuteria dos ambientes

Quadro 43 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI

Fonte Referencial AQUA (2010)

QI 121 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo

provenientes do entorno imediato B

provenientes do entorno imediato e proacuteprias do edifiacutecio S

Para as fontes - energia e fontes

telecomunicaccedilotildees Identificaccedilatildeo das

fontes emissoras de ondas

eletromagneacuteticas de baixa frequumlecircncia

e das fontes de radiofrequecircncia

Quadro 44 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 121

Fonte Referencial AQUA (2010)

O escritoacuterio estaacute inserido no centro urbano estando suscetiacutevel a vaacuterios

campos eletromagneacuteticos poreacutem para identificaccedilatildeo dos pontos criacuteticos faz se

necessaacuterio um estudo especiacutefico

A audiecircncia puacuteblica realizada em marccedilo de 2013 no Supremo Tribunal

Federal (STF) reuniu 21 especialistas para debater sobre os efeitos dos

campos eletromagneacuteticos sobre a sauacutede puacuteblica e o meio ambiente

Resultados de um estudo apresentados pelo pesquisador do Cepel (Centro de

Pesquisa de Energias Eleacutetricas da Eletrobraacutes) Engordm Luiz Adriano Domingues

comprovam que as linhas de transmissatildeo e distribuiccedilatildeo de energia natildeo satildeo a

principal exposiccedilatildeo a campos eletromagneacuteticos na vida cotidiana Segundo ele

os dados resultantes de mediccedilotildees feitas em residecircncias foram constatados os

maiores valores de campo eletromagneacutetico em funccedilatildeo dos vaacuterios

90

equipamentos que satildeo utilizados no dia a dia como secador liquidificador

raacutedio e TV (STF 2013)

Categoria 13 ndash Qualidade sanitaacuteria do ar

13 Avaliaccedilatildeo

QI 131 Identificar as fontes de poluiccedilatildeo interna e externa e limitar seus efeitos Atende

QI 132 Garantir vazotildees de ar novo Atende

QI 133 Garantir uma atmosfera saudaacutevel de ar nos espaccedilos com ventilaccedilatildeo mecacircnica Natildeo se aplica

QI 134 Inventaacuterio do conhecimento do impacto sanitaacuterio dos revestimentos internos do edifiacutecio Sem accedilatildeo

Qualidade sanitaacuteria do ar

Quadro 45 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI

Fonte Referencial AQUA (2010)

13 Avaliaccedilatildeo

MQI 131 Melhoria da qualidade sanitaacuteria dos revestimentos internos

Qualidade sanitaacuteria do ar

Quadro 46 ndash Criteacuterios avaliados ndash MQI

Fonte Referencial AQUA (2010)

13 Avaliaccedilatildeo

CQI 131 Garantir o controle das instalaccedilotildees de aeraccedilatildeo e saneamento Atende

CQI 132 Garantir a supervisatildeo dos filtros das centrais de tratamento de ar e das redes Atende

CQI 133 Garantir o controle dos poluentes submetidos agrave regulamentaccedilatildeo (em caso de risco identificado) Atende

CQI 134 Acompanhamento perioacutedico da qualidade do ar interior Atende

CQI 135 Acompanhamento global das accedilotildees realizadas e da qualidade sanitaacuteria do ar Atende

Qualidade sanitaacuteria do ar

Quadro 47 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI

Fonte Referencial AQUA (2010)

91

MQI 131 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo

Garantia que os produtos natildeo desprendam partiacuteculas e fibras carcinogecircnicas B

Teores de COV conhecidos para pinturas e vernizes de interiores B Atende

Conhecimento bruto das emissotildees de COV e formaldeiacutedos dos revestimentos

internos renovadosE 2

Conhecimento bruto das emissotildees de substacircncias canceriacutegenas ou causadores

de efeitos geneacuteticos hereditaacuterios ou causadores de impotecircncia reprodutiva que

tenham sido intencionalmente introduzidas no processo de fabricaccedilatildeo ou

naturalmente presentes nas mateacuterias primas utilizadas nos produtos

renovados presentes em mais de 01 em massa e suscetiacuteveis de migraccedilatildeo

E 2

Piso 1000 e Parede 1000 E 1

Piso 250 e Parede 500 E 2

Piso 625 e Parede 125 E 1

Piso e parede 40 E 2

Piso e parede 20 E 3

Piso e parede 10 E 4

5 E 1

25 E 2

1 E 2

E 2 AtendeConsideraccedilatildeo do criteacuterio sanitaacuterio (emissotildees de COV e fomaldeiacutedos) na escolha dos revestimentos

internos renovados

Nas ocasiotildees de renovaccedilatildeo dos revestimentos internos (pisos paredes tetos materiais de

acabamento) o conjunto de cada produto renovado constituinte das superfiacutecies pisoparedeteto em

contato com o ar interno respeita os limites seguintes em microgm3

Taxa de COV piso e

paredes

Formaldeiacutedos piso

e paredes

Canceriacutegenos ou

substacircncias

causadoras de

efeitos geneacuteticos

hereditaacuterios ou

causadoras de

impotecircncia

reprodutiva o

conjunto de

produtos

constituintes das

Na ocasiatildeo de

renovaccedilatildeo de

revestimentos

internos (pisos

paredes tetos

materiais de

acabamento)

Quadro 48 ndash Criteacuterios avaliados ndash MQI 131

Fonte Referencial AQUA (2010)

A escolha dos materiais foi bastante criteriosa quanto ao teor de COV

(compostos orgacircnicos volaacuteteis) e formaldeiacutedo No entanto sabe-se que a

rastreabilidade na utilizaccedilatildeo desses produtos no Brasil ainda eacute insipiente Um

grande avanccedilo no setor da construccedilatildeo civil eacute a avaliaccedilatildeo RGMAT (RG ou

registro ambiental do produto) lanccedilado pela Fundaccedilatildeo Vanzolini com o objetivo

de demonstrar o desempenho ambiental dos materiais de construccedilatildeo por meio

da declaraccedilatildeo ambiental de produto baseado na avaliaccedilatildeo do ciclo de vida

que inclui o consumo de recursos naturais energia aacutegua emissatildeo de gases

na atmosfera de resiacuteduos soacutelidos e liacutequidos ou substacircncias toacutexicas podendo

abranger desde a extraccedilatildeo mineral produccedilatildeo transporte montagem

utilizaccedilatildeo manutenccedilatildeo e desconstruccedilatildeo ateacute a reutilizaccedilatildeo ou a reciclagem

(VANZOLINI 2013)

92

Categoria 14 ndash Qualidade sanitaacuteria da aacutegua

14 Avaliaccedilatildeo

QI 141 Eliminar o chumbo nas redes internas

QI 142 Organizaccedilatildeo e proteccedilatildeo das redes internas Atende

QI 143 Controle da temperatura nas redes internas Atende

Qualidade sanitaacuteria da aacutegua

Quadro 49 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI

Fonte Referencial AQUA (2010)

14 Avaliaccedilatildeo

CQI 141

Limitar os riscos de desenvolvimento das legionelas por meio de meacutetodos de conservaccedilatildeo

preventivos das redes de aacutegua quente e de anaacutelises da aacutegua Natildeo se aplica

CQI 142 Limitar o risco de desenvolvimento de legionelas por meio do controle das temperaturas Natildeo se aplica

CQI 143 Supervisionar a qualidade da aacutegua nos pontos de uso Atende

CQI 144 Acompanhamento das accedilotildees realizadas e da qualidade da aacutegua do edifiacutecio Atende

Qualidade sanitaacuteria da aacutegua

Quadro 50 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI

Fonte Referencial AQUA (2010)

QI 141 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo

B

SJustificar o respeito ao iacutendice de 10 microglitro

Justificar a ausecircncia de chumbo nas redes internas OU justificar o respeito ao iacutendice de 25 microglitro No

caso de ultrapassagem deste iacutendice adoccedilatildeo de medidas corretivas para reduzir a sua dissoluccedilatildeo na

aacutegua

Quadro 51 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 141

Fonte Referencial AQUA (2010)

Os tubos da instalaccedilatildeo hidraacuteulica do EV satildeo apenas em PVC e PEX

(Polietileno de alta densidade reticulado)

513 QAP ndash Qualidade Ambiental das Praacuteticas

O QAP eacute dividido em 3 partes QAP compras QAP comunicaccedilatildeo e QAP

gestatildeo aos quais satildeo atribuiacutedas pontuaccedilotildees conforme Quadro 52

93

QAP COMPRAS - MAacuteXIMO 28 PONTOS PONTOS

Escolha de produtos ou equipamentos (dentre os mais impactantes) que garantam uma

economia de energia ou de aacutegua ou que tenham limitado o impacto acuacutestico em relaccedilatildeo aos

produtos e equipamentos convencionais (um ponto por famiacutelia de produto ou equipamento)

1- 4

Escolha de produtos de conservaccedilatildeo e limpeza (dentre os mais impactantes e empregados na

conservaccedilatildeo e limpeza dos espaccedilos pertencentes ao periacutemetro da certificaccedilatildeo) que respeitem o

meio ambiente e a sauacutede dos ocupantes (dois pontos obtidos por produto de conservaccedilatildeo e

limpeza)

2- 6

QAP COMUNICACcedilAtildeO - MAacuteXIMO 22 PONTOS PONTOS

boas praacuteticas no consumo de energia 1

boas praacuteticas no consumo de aacutegua 1

reduccedilatildeo de resiacuteduos nas fontes geradoras e realizaccedilatildeo de triagem 1

poliacutetica de compras 1

QAP GESTAtildeO - MAacuteXIMO 44 PONTOS PONTOS

Praacuteticas adotadas com a finalidade de reduzir o consumo de energia nos espaccedilos pertencentes

ao periacutemetro da certificaccedilatildeo (um ponto por praacutetica adotada)1 - 5

Favorecer as energias renovaacuteveis nas escolhas de fornecimento de energia primaacuteria por meio de

um contrato com um produtor de energia3

Praacuteticas adotadas com a finalidade de reduzir o consumo de aacutegua nos espaccedilos pertencentes ao

periacutemetro da certificaccedilatildeo (um ponto por praacutetica adotada)1 - 3

Praacuteticas adotadas nos espaccedilos pertencentes ao periacutemetro da certificaccedilatildeo com a finalidade de

reduzir a produccedilatildeo de resiacuteduos na fonte a partir das atividades desenvolvidas nestes locais e de

sua conservaccedilatildeo (um ponto por praacutetica adotada)

1 - 3

RESIacuteDUOS

ENERGIA

PRODUTOS DE CONSERVACcedilAtildeO E LIMPEZA

Utilizaccedilatildeo de meios de comunicaccedilatildeo (murais cartazes manuais portais eletrocircnicos etc) adequados a fim de

sensibilizar os ocupantes do edifiacutecio para as questotildees seguintes

AacuteGUA

MATERIAL ELEacuteTRICO

Quadro 52 ndash Criteacuterios avaliados em QAP

Fonte Referencial AQUA (2010)

O EV participa do projeto ldquoCompra verderdquo com o objetivo de Implantar

poliacuteticas de compras sustentaacuteveis para a instituiccedilatildeo incluindo nos editais

requisitos ambientais especiacuteficos dependendo de cada material e equipamento

Todos os alunos e frequentadores do escritoacuterio vivenciam as praacuteticas

sustentaacuteveis no cotidiano pois a edificaccedilatildeo funciona como um ldquolaboratoacuterio

vivordquo palco para desenvolvimento de estudos cursos eventos como a semana

do meio ambiente programados para recepcionar todos da comunidade que se

interessarem pelo assunto sustentabilidade

94

6 CONCLUSOtildeES

Considerando os objetivos iniciais deste trabalho tendo como princiacutepio a

avaliaccedilatildeo do referencial teacutecnico AQUA de operaccedilatildeo e uso e sua aplicaccedilatildeo no

estudo de caso do escritoacuterio verde da UTFPR no que se refere ao desempenho

ambiental da edificaccedilatildeo seguem algumas conclusotildees

Um item fundamental que precisa ser verificado no referencial teacutecnico eacute a

forma de avaliaccedilatildeo para a fase operaccedilatildeo e uso pois natildeo estaacute clara Outra

dificuldade encontrada foi em relaccedilatildeo a estruturaccedilatildeo das categorias e

subcategorias com as respectivas avaliaccedilotildees por exemplo a duplicaccedilatildeo do

item QI na CQI da categoria 2 algumas trocas de nome da categoria entre

outros

Apoacutes anaacutelise dos dois referenciais percebeu-se melhor qualidade no

detalhamento das informaccedilotildees no referencial destinado a fase de programa

projeto e execuccedilatildeo o que facilita muito o entendimento do leitor

Alguns caacutelculos solicitados por exemplo o caacutelculo da envoltoacuteria da

categoria energia

QI 41 Criteacuterios avaliados Niacutevel

Explicitaccedilatildeo do valor absoluto do coeficiente de Transmitacircncia Teacutermica ponderada da

envoltoacuteria Uedif (Wm2K)

Uedif lt Uedif-base + 40

B

Melhorar a aptidatildeo da

envoltoacuteria para limitar

desperdiacutecios

Quadro 53 ndash Criteacuterios avaliados em QI 41

Fonte Referencial AQUA (2010)

Calcula-se o Uedif mas o referencial natildeo informa o valor ldquobaserdquo podendo

ser utilizado qualquer valor desde que referenciado que obtenha um resultado

menor que o coeficiente de transmitacircncia teacutermica da envoltoacuteria do edifiacutecio

(Uedif) Isso ocorre tambeacutem nos caacutelculos de coeficiente de consumo

convencional de energia primaacuteria solicitando que o mesmo seja comparado

com o coeficiente de consumo convencional de energia primaacuteria de referecircncia

mas a informaccedilatildeo desse valor referencia natildeo eacute apresentado nem mesmo os

admissiacuteveis

Entende-se que os coeficientes ou bases referenciais de alguns caacutelculos

precisam ser regionais mas eacute relevante que o AQUA estabeleccedila um limite de

95

variaccedilatildeo desses dados evitando que utilizem valores que natildeo satildeo referecircncias

no intuito de possuir resultados positivos que facilitem a certificaccedilatildeo

Os itens QI 121 e QMI 131QI 22 fontes eletromagneacuteticas e teor de

COV e formaldeiacutedo nos materiais sabe-se que os estudos nessa aacuterea no paiacutes

ainda satildeo incipientes dificultando a avaliaccedilatildeo tanto do empreendedor no

momento da compra quanto da proacutepria Fundaccedilatildeo Vanzolini na auditoria

Vale salientar que mesmo o referencial de operaccedilatildeo e uso natildeo estando

oficialmente disponiacutevel na paacutegina da Fundaccedilatildeo Vanzolini jaacute existem alguns

edifiacutecio certificados nesta etapa como algumas unidades da loja Leroy Merlyn

As sugestotildees apresentadas neste trabalho satildeo apenas no sentido de colaborar

na construccedilatildeo deste referencial

Quanto ao Escritoacuterio Verde identificou-se a necessidade de accedilotildees

corretivas bem como melhorias a serem implantadas para atender alguns

requisitos do referencial AQUA Quanto ao perfil ambiental preacute-estabelecido no

iniacutecio do estudo de caso conclui-se que

Categoria 1 Relaccedilatildeo do edifiacutecio com o seu entorno - niacutevel superior ndash

classificaccedilatildeo mantida necessitando de adequaccedilotildees quanto agrave acessibilidade

Categoria 2 Escolha integrada de produtos sistemas e processos

construtivos - niacutevel excelente - classificaccedilatildeo poderaacute sofrer alteraccedilotildees Diante

da avaliaccedilatildeo do AQUA no que se refere o conhecimento sobre a vida uacutetil e teor

de COV e formaldeiacutedo dos materiais empregados na construccedilatildeo pois a

maioria dos fabricantes natildeo disponibilizam essas informaccedilotildees A maioria dos

materiais utilizados no EV satildeo inovaccedilotildees no mercado da construccedilatildeo civil por

isso pouco se conhece sobre os impactos ambientais quanto agrave vida uacutetil

demonstrabilidade reciclagem emissatildeo de gases contribuintes para o efeito

estufa entre outros Assim a melhor compreensatildeo do desempenho desses

produtos soacute eacute durante o processo de gestatildeo da edificaccedilatildeo por meio de rotinas

Categoria 3 Canteiro de obras com baixo impacto ambiental - niacutevel

excelente ndash classificaccedilatildeo mantida Aleacutem da elaboraccedilatildeo de plano de gestatildeo dos

resiacuteduos da construccedilatildeo civil (PGRCC) os sistemas construtivos utilizados no

EV contribuem significantemente com a minimizaccedilatildeo do impacto no canteiro de

obra

Categoria 4 Gestatildeo da energia - niacutevel excelente ndash classificaccedilatildeo mantida

o desempenho do sistema se mostrou satisfatoacuterio demonstrando eficiecircncia na

96

geraccedilatildeo de energia E para melhor controle do desempenho desse sistema

estaacute em desenvolvimento o projeto de automaccedilatildeo disponibilizando dados em

tempo real via WEB de toda geraccedilatildeo e consumo de energia

Categoria 5 Gestatildeo da aacutegua - niacutevel excelente ndash classificaccedilatildeo mantida no

entanto para melhor controle do desempenho de captaccedilatildeo e consumo de aacutegua

potaacutevel e pluvial haacute necessidade de investir em equipamentos que facilitem a

coleta de dados

Categoria 6 Gestatildeo dos resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo do edifiacutecio - niacutevel

excelente ndash classificaccedilatildeo mantida os programas desenvolvidos no EV

ultrapassam os limites fiacutesicos do edifiacutecio contribuindo com a gestatildeo do campus

universitaacuterio

Categoria 7 Manutenccedilatildeo - permanecircncia do desempenho ambiental - niacutevel

excelente Classificaccedilatildeo depende do funcionamento do SGO pois qualquer

sistema de gestatildeo demora algum tempo para ser implantado muitas vezes

anos

Categoria 8 Conforto higroteacutermico - niacutevel bom ndash classificaccedilatildeo mantida

pois natildeo haacute sistema de ventilaccedilatildeo mecacircnica no EV

Categoria 9 Conforto acuacutestico - niacutevel excelente ndash classificaccedilatildeo natildeo

alcanccedilada necessitando de accedilotildees corretivas para atingir o niacutevel miacutenimo bom

Categoria 10 Conforto visual - niacutevel bom ndash classificaccedilatildeo mantida

podendo melhorar para superior com a constataccedilatildeo de um resultado positivo

em relaccedilatildeo ao ofuscamento

Categoria 11 Conforto olfativo - niacutevel superior ndash classificaccedilatildeo natildeo

alcanccedilada pois natildeo sistema de ventilaccedilatildeo mecacircnico Categoria rebaixada para

niacutevel bom

Categoria 12 Qualidade sanitaacuteria do ambiente - niacutevel superior ndash

classificaccedilatildeo natildeo alcanccedilada pois natildeo houve aprofundamento sobre as fontes

de campos eletromagneacuteticos

Categoria 13 Qualidade sanitaacuteria do ar - niacutevel bom ndash classificaccedilatildeo

mantida atende a legislaccedilatildeo vigente

Categoria 14 Qualidade sanitaacuteria da aacutegua - niacutevel Bom ndash classificaccedilatildeo

mantida faltando definir rotina para controle de qualidade da aacutegua captada

pelo sistema de coleta pluvial

97

A uacuteltima parte do referencial QAP compras atende a pontuaccedilatildeo maacutexima

QAP comunicaccedilatildeo atende a pontuaccedilatildeo maacutexima e QAP gestatildeo tem potencial

para alcanccedilar a pontuaccedilatildeo maacutexima

Para finalizar observou-se que o SGO permeia todo referencial sendo de

fato a ldquocoluna vertebralrdquo da certificaccedilatildeo e eacute a ferramenta que iraacute garantir um

bom desempenho ambiental da edificaccedilatildeo durante sua vida uacutetil

Os resultados apresentados representam apenas uma parte dos criteacuterios

exigidos no referencial O relatoacuterio completo da avaliaccedilatildeo seraacute encaminhado

para a Fundaccedilatildeo Vanzolini para iniciar o processo de certificaccedilatildeo do EV

SUGESTOtildeES PARA TRABALHOS FUTUROS

Como proposta para trabalhos futuros sugere-se

pesquisa sobre potenciais fontes de exposiccedilatildeo eletromagneacuteticas

elaboraccedilatildeo de manual de boas praacuteticas de uso e operaccedilatildeo do EV

avaliaccedilatildeo do sistema de gestatildeo de operaccedilatildeo utilizado no EV

98

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104

ANEXO 1

Projeto arquitetocircnico do Escritoacuterio Verde da UTFPR

105

ANEXO 2

EnergiaMaterias

primasAacutegua Ar Aacutegua Solo Ruiacutedos Odores

Local e construccedilatildeo

1 Relaccedilatildeo do edifiacutecio com o seu entorno

11 Consideraccedilatildeo do contexto F

12 Implantaccedilatildeo no terreno F F

2 Escolha integrada de produtos sistemas e processos construtivos

21 Adaptabilidade e durabilidade do edifiacutecio F

22 Escolhas de processos construtivos F F

23 Escolhas de produtos de construccedilatildeo F F

24 Fim de vida do edifiacutecio desconstrutibilidade reciclabilidade F F

3 Canteiro de obras

31 Produccedilatildeo de resiacuteduos identificaccedilatildeo gestatildeo dos resiacuteduos F

32 Incocircmodos e poluiccedilatildeo F F

33 Recursos - consumo de aacutegua e energia F

Gestatildeo

4 Energia

41 Energia primaacuteria natildeo renovaacutevel F

42 Incocircmodos e poluiccedilatildeo

5 Aacutegua

51 Economia de aacutegua potaacutevel F

52 Gestatildeo de aacuteguas pluviais no terreno F

53 Esgotamento sanitaacuterio F

6 Resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo do edifiacutecio

61 Controle da produccedilatildeo de resiacuteduos F

62 Adequaccedilatildeo entre coleta interna e externa F

63 Controle da seleccedilatildeo dos resiacuteduos F F F

64 Otimizaccedilatildeo do sistema de coleta interna F F F

7 Conservaccedilatildeo e manutenccedilatildeo

71 Otimizaccedilatildeo das necessidades em manutenccedilatildeo F F F

72 Controle dos efeitos ambientais e sanitaacuterios da manutenccedilatildeo F

73 Facilidade de acesso para manutenccedilatildeo

74 Equipamentos para manter o desempenho em uso e operaccedilatildeo F F F F

Conforto

8 Conforto higroteacutermico

81 No inverno e na meia-estaccedilatildeo F

82 No veratildeo F

9 Conforto acuacutestico

91 Disposiccedilotildees arquitetocircnicas espaciais F F F

92 Isolamento acuacutestico F F F

93 Correccedilatildeo acuacutestica dos ambientes (se necessaacuteria) F F F

94 Efeitos dos ruiacutedos na vizinhanccedila F F F

10 Conforto visual

101 Consideraccedilatildeo da iluminaccedilatildeo natural F F F

102 Iluminaccedilatildeo artificial F

103 Relaccedilatildeo visual com o exterior

104 Iluminaccedilatildeo artificial das aacutereas exteriores F F

11 Conforto olfativo

111 Fontes de odores desagradaacuteveis F F F

112 Sensaccedilotildees olfativas desagradaacuteveis F F F

Sauacutede

12 Qualidade sanitaacuteria dos ambientes

121 Tratamento do ambiente interior e das superfiacutecies F F

13 Qualidade sanitaacuteria do ar

131 Fontes de poluiccedilatildeo F F F

132 Efeitos dos poluentes do ar na sauacutede F F F

14 Qualidade sanitaacuteria da aacutegua

141 Manutenccedilatildeo da qualidade da aacutegua de consumo nas redes internas do edifiacutecio F

142 Controle de acessos agraves redes coletivas de distribuiccedilatildeo

143 Controle da qualidade da aacutegua proveniente de rede de aacutegua natildeo potaacutevel

F = Relaccedilatildeo forte existente entre preocupaccedilatildeo e objetivo

Uma ceacutelula em branco natildeo significa necessariamente uma total ausecircncia de preocupaccedilatildeo

MO

BIL

IDA

DE

UR

BA

NA

OBJETIVOS DE CONTROLE DOS IMPACTOS AMBIENTAIS EXTERIORES E

INTERIORES DO EDIFICIO

Tabela 2 - Guia para a hierarquizaccedilatildeo das categorias de QAE em funccedilatildeo dos desafios ambientais estabelecidos

ME

LH

OR

AR

O

CO

NF

OR

TO

PR

ES

EE

RV

AR

A S

AU

DE

PREOCUPACcedilOtildeES AMBIENTAIS

PRESERVAR OS

RECURSOS

REDUZIR A

POLUICcedilAtildeO

REDUZIR OS

INCOMODOS

RE

DU

ZIR

OS

RE

SID

UO

S

106

ANEXO 3

Processo AQUA - operaccedilatildeo e uso maio de 2010

Page 7: UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ …Processo AQUA de certificação de edificações sustentáveis na fase operação e uso : estudo de caso do Escritório Verde da UTFPR

ABSTRACT LIMA Lucimara F de The AQUA process for certification of sustainable buildings in the operation and use phases Case Study the UTFPR Green Office 2013 p 106 Thesis (Masteracutes Degree in Civil Engineering) ndash Post -graduate Program in Civil Engineering of Federal Technological University of Paranaacute Curitiba Brazil 2013 Environmental imbalances resulting from the lack of compatibility between the population growth and the exhaustibility of natural resources bring out great challenges In such a context the industry of civil engineering must be pointed out for the use of great quantities of non-renewable resources in its production chain The current production practices used in civil construction need immediate adjustments so that the sector may contribute appropriately for the sustainable development of the country Unfortunately it is still rather common to find artisanal processes on work fronts use of raw materials without sustainable handling and the application of industrialized products with disregard to aspects such as water conservation energy and the necessary reduction of residues and waste The appearance of assessment and certification systems of civil construction in different parts of the world has reduced the negative impacts caused by the construction sector Over the last years such movement has gained new supporters and numbers have become more expressive pointing towards a pressing demand for new actions by professionals and corporations in the field The study performed consists of analyzing the AQUAacutes Technical Report of Operation and Use designed by the Vanzolini Foundation in 2010 as a temporary version which is currently being revised Such analysis has been used as the basis for the undertaking of a case study on the construction of the Green Office at UTFPR The outcome of such research is the assessment of the officeacutes environmental performance as for conformity with requirements defined on the AQUA standard of buildings operation as well as the treatment of non-conformities and undertaking of corrective and preventive actions in order to achieve satisfactory performance Thus such thesis is the summary of a certification process of sustainable buildings and aims to emphasize the importance of certification in civil construction as a way of assuring that buildings are planned designed built and primarily used according to the principles of sustainability technical economic social environmental and cultural aspects which must interact holistically Keywords AQUA Process assessment of the Green Office performance

environmental certification of buildings

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Pegada ecoloacutegica (adaptado do inglecircs) 24

Figura 2 ndash Ciclo PDCA e SDCA 33

Figura 3 ndash Niacuteveis de avaliaccedilatildeo AQUA 40

Figura 4 ndash Avaliaccedilatildeo na fase operaccedilatildeo e uso - processo AQUA 42

Figura 5 - Localizaccedilatildeo do empreendimento em relaccedilatildeo agrave UTFPR e pontos

estrateacutegicos 46

Figura 6 ndash Planta esquemaacutetica do piso teacuterreo do EV 47

Figura 7 ndash Planta esquemaacutetica do mezanino do EV 47

Figura 8 ndash Perspectiva lateral esquerda do Escritoacuterio Verde 48

Figura 9 ndash Vista da lateral esquerda do Escritoacuterio Verde 48

Figura 10 ndash Vista dos fundos do Escritoacuterio Verde 48

Figura 11 ndash Montagem das paredes do Escritoacuterio Verde 49

Figura 12 ndash Aplicaccedilatildeo de manta hidroacutefuga nas paredes externas 50

Figura 13 ndash Sistema de moacutedulos em EVA 50

Figura 14 ndash Execuccedilatildeo do telhado verde 50

Figura 15 ndash Revestimentos internos do EV 51

Figura 16 ndash Perfil ambiental proposto para o EV 54

Figura 17ndash Execuccedilatildeo do radier 59

Figura 18ndash Ancoragem das paredes 59

Figura 19 - Modelo construtivo wood frame 60

Figura 20 - Manta de PET reciclado 60

Figura 21- Manta de pneu reciclado 60

Figura 22 - Painel Smartside 61

Figura 23 - Siding Vinilico 61

Figura 24 - Painel TechShield 61

Figura 25 ndash Painel Decowall 62

Figura 26 ndash Placa cimentiacutecia 62

Figura 27 ndash Vigas I 63

Figura 28 ndash Passagem da tubulaccedilatildeo na viga I 63

Figura 29 - Modelo construtivo da cobertura em wood frame 63

Figura 30 ndash Sistema tombar para ventilaccedilatildeo indireta 64

Figura 31 ndash Piso elevado modular 65

Figura 32 ndash Carpete modular com sistema tactile 65

Figura 33 ndash Sistema hidro-pex 66

Figura 34 ndash Painel fotovoltaico 68

Figura 35 ndash Cisterna e filtros do EV 73

Figura 36ndash Modelo de sistema de coleta de aacutegua pluvial 73

Figura 37 ndash Jardim vertical do EV 74

Figura 38 ndash Piso drenante borracha de pneu 75

Figura 39 ndash Piso plast floor 76

Figura 40 ndash Piso drenante tecnogran 76

Figura 41 ndash Vista lateral esquerda do EV 87

Figura 42 ndash Vista lateral direita e fundos do EV 87

Figura 43 ndash Efeito chamineacute 88

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 ndash Perfil da qualidade ambiental do edifiacutecio em operaccedilatildeo 41

Tabela 2 ndash Guia para hierarquizaccedilatildeo das categorias da QAE em funccedilatildeo dos desafios

ambientais estabelecidos 53

Tabela 3 ndash Energia gerada em cada mecircs de operaccedilatildeo do SFCR do EV 69

Tabela 4 ndash Energia diaacuteria meacutedia gerada em cada mecircs de operaccedilatildeo do SFCR do EV 69

Tabela 5 ndash Consumo de aacutegua potaacutevel no EV 72

Tabela 6 ndash Consumo de aacutegua de pluvial 72

Tabela 7 ndash Meacutedias histoacutericas - iacutendice pluviomeacutetrico 74

Tabela 8 ndash Coeficiente de impermeabilizaccedilatildeo do terreno antes da implantaccedilatildeo do EV 75

Tabela 9 ndash Coeficiente de impermeabilizaccedilatildeo do terreno apoacutes a implantaccedilatildeo do EV75

Tabela 10 ndash Mediccedilatildeo de temperatura no EV durante o inverno 80

Tabela 11 ndash Resultados obtidos (MEDICcedilAtildeO ndash INCERTEZA) 84

Tabela 12 ndash Resultados obtidos (MEDICcedilAtildeO + INCERTEZA) 84

Tabela 13 - Caacutelculo do iacutendice de atenuaccedilatildeo acuacutestica R do invoacutelucro da edificaccedilatildeo 85

LISTA DE QUADROS

Quadro 1 ndash Principais eventos relacionados ao desenvolvimento sustentaacutevel 27

Quadro 2 ndash Principais sistemas de certificaccedilatildeo de edificaccedilotildees (continua) 34

Quadro 3 - Principais sistemas de certificaccedilatildeo de edificaccedilotildees no Brasil (continua) 36

Quadro 4 ndash Categorias do sistema AQUA 39

Quadro 5 ndash Subcategorias do sistema AQUA (continua) 39

Quadro 6 ndash Avaliaccedilatildeo categoria 1 - QI 55

Quadro 7 ndash Avaliaccedilatildeo categoria 1 - CQI 55

Quadro 8 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 13 55

Quadro 9 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 111 56

Quadro 10 ndash Avaliaccedilatildeo categoria 2 - QI 57

Quadro 11 ndash Avaliaccedilatildeo categoria 2 - MQI 57

Quadro 12 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 111 58

Quadro 13 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 66

Quadro 14 ndash Avaliaccedilatildeo categoria 4 ndash QI 67

Quadro 15 ndash Avaliaccedilatildeo categoria ndash MQI 67

Quadro 16 ndash Avaliaccedilatildeo categoria ndash CQI 67

Quadro 17ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 44 67

Quadro 18 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 70

Quadro 19 ndash Criteacuterios avaliados ndash MQI 70

Quadro 20 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 70

Quadro 21 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 52 e 53 71

Quadro 22 ndash fontes consumidoras de aacutegua 71

Quadro 23 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 76

Quadro 24 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 77

Quadro 25 ndash Criteacuterios avaliados ndash MQI 78

Quadro 26 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 78

Quadro 27 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 71 78

Quadro 28 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 79

Quadro 29 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 79

Quadro 30 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 83 79

Quadro 31 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 81

Quadro 32 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 81

Quadro 33 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 83 82

Quadro 34 ndash Criteacuterios de avaliaccedilatildeo para acuacutestica de edifiacutecios novos 82

Quadro 35 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 86

Quadro 36 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 86

Quadro 37 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 86

Quadro 38 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 87

Quadro 39 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 88

Quadro 40 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 112 88

Quadro 41 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 89

Quadro 42 ndash Criteacuterios avaliados ndash MQI 89

Quadro 43 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 89

Quadro 44 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 121 89

Quadro 45 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 90

Quadro 46 ndash Criteacuterios avaliados ndash MQI 90

Quadro 47 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 90

Quadro 48 ndash Criteacuterios avaliados ndash MQI 131 91

Quadro 49 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 92

Quadro 50 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 92

Quadro 51 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 141 92

Quadro 52 ndash Criteacuterios avaliados em QAP 93

Quadro 53 ndash Criteacuterios avaliados em QI 41 94

LISTA DE GRAacuteFICOS

Graacutefico 1- Evoluccedilatildeo do PIB Brasil e do PIB da Construccedilatildeo Civil 17

Graacutefico 2 - Estimativa de crescimento populacional mundial (adaptado do inglecircs) 23

Graacutefico 3 ndash Dia com temperatura meacutedia diaacuteria miacutenima 81

Graacutefico 4 ndash Meacutedias do niacutevel de ruiacutedo dos locais avaliados 83

Graacutefico 5 ndash Iacutendice de atenuaccedilatildeo acuacutestica 85

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ABNT Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas

ACV Avaliaccedilatildeo de ciclo de vida

AQUA Alta Qualidade Ambiental

ASBEA Associaccedilatildeo Brasileira dos Escritoacuterios de Arquitetura

BEE Building Environmental Efficiency

BRE Building Research Establishment

BREEAM Building Research Establishment Environmental Assessment Method

CASBEE Comprehensive Assessment System for Building Environmental

Efficiency

CBIC Cacircmara Brasileira da Induacutestria da Construccedilatildeo

CBCS Conselho Brasileiro de Construccedilatildeo Sustentaacutevel

CQI Controle da qualidade intriacutenseca

COV Compostos Orgacircnicos Volaacuteteis

CO Dioacutexido de Carbono

EV Escritoacuterio Verde

GBC Green Building Council

HQE Haute Qualiteacute Environnementale

HKBEAM Honk Kong Building Environmental Assessment

IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica

IDHEA Instituto para Desenvolvimento da Habitaccedilatildeo Ecoloacutegica

LCA Life cicle assessment

LEED Leadership in Energy amp Environmental Design

MQI Melhoria da qualidade intriacutenseca

NBR Norma brasileira

ONU Naccedilotildees Unidas

PNUMA Programa das Naccedilotildees Unidas para o Meio Ambiente

QAE Qualidade ambiental do edifiacutecio

QAEop Qualidade ambiental do edifiacutecio em operaccedilatildeo

QAP Qualidade ambiental das praacuteticas

QI Qualidade intriacutenseca

SANEPAR Companhia de Saneamento do Paranaacute

SFCR Sistema fotovoltaico conectado aacute rede

SFI Sistema fotovoltaico isolado

SGE Sistema de gestatildeo do empreendimento

SGO Sistema de gestatildeo da operaccedilatildeo

USGBC US Green Building Council

UTFPR Universidade Tecnoloacutegica Federal do Paranaacute

WWF World Wildlife Fund

WRI World Resources Institute

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 17

11 CONSIDERACcedilOtildeES INICIAIS 17

12 OBJETIVOS 19

121 Objetivo Principal 19

122 Objetivos Especiacuteficos 19

13 DELIMITACcedilOtildeES 19

14 JUSTIFICATIVA 20

15 ESTRUTURA DA DISSERTACcedilAtildeO 22

2 REVISAtildeO DA LITERATURA 23

21 CONTEXTUALIZACcedilAtildeO 23

22 DESENVOLVIMENTO SUSTENTAacuteVEL 25

23 CONSTRUCcedilAtildeO SUSTENTAacuteVEL 28

24 SISTEMAS DE AVALIACcedilAtildeO DO DESEMPENHO DE EDIFIacuteCIOS 29

241 Anaacutelise do Ciclo de Vida ndash ACV 31

242 Sistemas de Certificaccedilatildeo de Edifiacutecios 31

243 Principais Sistemas de Certificaccedilatildeo no Brasil 36

244 Processo AQUA de certificaccedilatildeo 37

3 METODOLOGIA 43

4 ESTUDO DE CASO ESCRITOacuteRIO VERDE DA UTFPR 45

41 CONTEXTUALIZACcedilAtildeO 45

42 CONSTRUCcedilAtildeO DO ESCRITOacuteRIO VERDE 46

5 RESULTADOS E DISCUSSOtildeES 52

51 AVALIACcedilAtildeO DO DESEMPENHO AMBIENTAL DO EV 52

511 SGO ndash Sistema de gestatildeo da operaccedilatildeo 52

512 QAEop ndash Qualidade Ambiental do Edifiacutecio na Fase Operaccedilatildeo 54

513 QAP ndash Qualidade Ambiental das Praacuteticas 92

6 CONCLUSOtildeES 94

REFEREcircNCIAS 99

ANEXOS 106

17

1 INTRODUCcedilAtildeO

11 CONSIDERACcedilOtildeES INICIAIS

Em 1987 foi publicado pela ONU (Naccedilotildees Unidas) o documento ldquoNosso

Futuro Comumrdquo mais conhecido como o relatoacuterio de Brundtland 25 anos se

passaram e a ideia de desenvolvimento sustentaacutevel continua vaacutelida nos dias de

hoje No entanto destaca-se o fato de ainda ser um conceito de aceitaccedilatildeo

generalizada quando deveria ser uma praacutetica cotidiana (ONU 2012)

Nesse contexto apresenta-se o setor da construccedilatildeo civil que cresce a

taxas superiores agraves do PIB (produto interno bruto) nacional De acordo com

dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica (IBGE) em

2012 enquanto o Paiacutes apresentou expansatildeo de 09 a construccedilatildeo civil

cresceu 14 O resultado da Construccedilatildeo foi o segundo melhor da Induacutestria

ficando atraacutes do setor de produccedilatildeo e distribuiccedilatildeo de eletricidade gaacutes aacutegua

esgoto e limpeza urbana (36)

Conforme Graacutefico 1 divulgado pela Cacircmara Brasileira da Industria da

Construccedilatildeo - CBIC em 2011 enquanto PIB nacional cresceu 75 o da

Construccedilatildeo registrou incremento de 116 justificado pelo lanccedilamento do

Programa Minha Casa Minha Vida ndash PMCMV em 2010

Graacutefico 1- Evoluccedilatildeo do PIB Brasil e do PIB da Construccedilatildeo Civil

Fonte CBIC (2011)

18

Para CBIC (2011) a induacutestria da construccedilatildeo eacute considerada ldquoo motor do

desenvolvimentordquo brasileiro dos proacuteximos anos No entanto observa-se que as

praacuteticas para amenizar os impactos gerados pelo setor natildeo acompanham

tamanho crescimento

Em contrapartida surgem no Brasil poliacuteticas em prol da preservaccedilatildeo

ambiental impulsionando toda cadeia produtora um exemplo eacute a Instruccedilatildeo

Normativa nordm 01 de 2010 que dispotildee sobre os criteacuterios de sustentabilidade

ambiental na aquisiccedilatildeo de bens contrataccedilatildeo de serviccedilos ou obras pela

Administraccedilatildeo Puacuteblica Federal direta autaacuterquica e fundacional

Outro ganho eacute a Norma Brasileira de Desempenho de Edifiacutecios NBR

155752013 que comeccedila a vigorar em julho desse ano e traz alguns itens

ineacuteditos nas normativas brasileiras como o conceito de vida uacutetil para os

sistemas Outro aspecto relevante eacute o papel que o usuaacuterio passaraacute a exercer

pois para que o desempenho miacutenimo seja atingido ao longo do tempo seraacute

necessaacuterio agrave implementaccedilatildeo de programas de manutenccedilatildeo corretiva e

preventiva (ASBEA 2013)

Destacam-se tambeacutem os sistemas de certificaccedilatildeo ambiental de

edificaccedilotildees que vecircm ganhando grande aceitaccedilatildeo no mercado brasileiro

apresentando-se como forma fundamental de incentivo das praacuteticas

sustentaacuteveis e principalmente como instrumento para garantir que as

edificaccedilotildees tenham um bom desempenho durante sua vida uacutetil

Dentro desse contexto a pesquisa apresentada dedicou-se na anaacutelise do

processo de certificaccedilatildeo ambiental AQUA (Alta Qualidade Ambiental) lanccedilado

em 2008 elaborado pela Fundaccedilatildeo Carlos Alberto Vanzolini instituiccedilatildeo privada

sem fins lucrativos criada mantida e gerida pelos professores do

Departamento de Engenharia de Produccedilatildeo da Escola Politeacutecnica da

Universidade de Satildeo Paulo O sistema foi adaptado exclusivamente para a

realidade brasileira a partir do modelo de certificaccedilatildeo francecircs HQE Haute

Qualiteacute Environnementale O processo AQUA eacute uma certificaccedilatildeo reconhecida

internacionalmente por diversas entidades certificadoras no mundo Franccedila

Alemanha Inglaterra Finlacircndia Itaacutelia e Estados Unidos que fazem parte da

SB Alliance da qual a Fundaccedilatildeo eacute membro fundador (REVISTA TEacuteCHNE

2009)

19

Inicialmente buscou-se o entendimento do referencial teacutecnico elaborado

pela Fundaccedilatildeo Vanzolini em 2007 para edifiacutecios novos abordando as fases

que antecedem a operaccedilatildeo as etapas de programa concepccedilatildeo (projeto) e

realizaccedilatildeo (execuccedilatildeo) Posteriormente deu-se a analise do referencial de

operaccedilatildeo fornecido pela Fundaccedilatildeo Vanzolini versatildeo provisoacuteria de 2010

atualmente em processo de revisatildeo

Com o objetivo de aplicar o conhecimento adquirido na anaacutelise dos

referidos referenciais optou-se por adotar do Escritoacuterio Verde - EV da UTFPR

construiacutedo dentro de criteacuterios sustentaacuteveis como objeto de estudo analisando

a conformidade ou natildeo conformidade quanto aos criteacuterios de desempenho

ambiental definidos no referencial AQUA de operaccedilatildeo de edifiacutecios

12 OBJETIVOS

121 Objetivo Principal

Analisar o desempenho ambiental do Escritoacuterio Verde da UTFPR tendo

como base o referencial teacutecnico de operaccedilatildeo e uso fornecido pela Fundaccedilatildeo

Vanzolini

122 Objetivos Especiacuteficos

Analisar o referencial teacutecnico para edifiacutecios do setor de serviccedilos em

operaccedilatildeo e uso elaborado pela Fundaccedilatildeo Vanzolini em maio de 2010

Avaliar o EV quanto o atendimento dos requisitos exigidos pelo AQUA

para a obtenccedilatildeo da certificaccedilatildeo na fase operaccedilatildeo e uso

Promover maior percepccedilatildeo sobre a importacircncia da certificaccedilatildeo de

edifiacutecios na fase operaccedilatildeo e uso como forma de garantir um desempenho

ambiental satisfatoacuterio durante sua vida uacutetil

13 DELIMITACcedilOtildeES

Para este estudo foram utilizados dois referenciais teacutecnicos AQUA de

certificaccedilatildeo

20

Vanzolini versatildeo 0 (provisoacuteria) - elaborado em maio de 2010

ndash edifiacutecios escolares versatildeo 0

(provisoacuteria) disponiacutevel no site da Fundaccedilatildeo

consideradas na presente dissertaccedilatildeo

14 JUSTIFICATIVA

O 3ordm Simpoacutesio Brasileiro de Construccedilatildeo Sustentaacutevel ocorrido em 2010

SBCS10 promovido pelo CIB (International Council for Research and

Innovation in Building and Construction) UNEP (United Nations Environment

Programme) e iiSBE (International Initiative for a Sustainable Built

Environment) em parceria com o CBCS (Conselho Brasileiro de Construccedilotildees

Sustentaacuteveis) e uma coalizatildeo de universidades brasileiras liacutederes no tema

Universidade de Campinas (Unicamp) Universidade Federal do Espiacuterito Santo

(UFES) e Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) obteve por

resultado um documento denominado ldquoCarta Abertardquo contendo consideraccedilotildees

referentes ao momento econocircmico e social vivido pelo Brasil Seguem algumas

dessas exposiccedilotildees (CBCS 2010)

a cadeia produtiva da construccedilatildeo civil eacute um dos motores do processo de

desenvolvimento econocircmico do Paiacutes

os programas governamentais de desenvolvimento social como o

Minha Casa Minha Vida - PMCMV e o Programa de Aceleraccedilatildeo do

Crescimento - PAC tem por base a atividade de construccedilatildeo

a cadeia produtiva da construccedilatildeo tem significativos impactos sociais e

ambientais inclusive mudanccedilas climaacuteticas consumo de energia aacutegua

biodiversidade e recursos naturais

Diante desse cenaacuterio surgem no Brasil os sistemas de certificaccedilatildeo

ambiental para edifiacutecios que agregam no sentido de minimizar os impactos

decorrentes da cadeia produtiva da construccedilatildeo civil

Hoje o Brasil ocupa o quarto lugar entre os paiacuteses que mais concentram

edificaccedilotildees feitas a partir de criteacuterios ambientalmente adequados Os Estados

21

Unidos reuacutenem o maior nuacutemero de empreendimentos em anaacutelise seguidos

pela China e pelos Emirados Aacuterabes Unidos (GBC-BRASIL 2013)

O relatoacuterio Rumo a Economia Verde do PNUMA (Programa das Naccedilotildees

Unidas para o Meio Ambiente) 2011 informa que a reduccedilatildeo dos impactos

gerados na construccedilatildeo civil eacute peccedila chave para alcance de uma economia

verde Para o PNUMA economia verde eacute aquela que resulta em melhoria do

bem-estar da humanidade e igualdade social ao mesmo tempo em que reduz

significativamente riscos ambientais e escassez ecoloacutegica

ldquoA construccedilatildeo de novos edifiacutecios verdes e o reequipamento dos edifiacutecios

jaacute existentes que usam energia e recursos de forma intensiva ateacute 2050 podem

resultar na economia de um terccedilo de energia nos setores de construccedilatildeo civil no

mundo inteiro em comparaccedilatildeo com as projeccedilotildees para as construccedilotildees

realizadas da maneira tradicionalrdquo (PNUMA 2011)

Para o coordenador executivo do processo AQUA professor Manuel

Carlos Reis Martins haacute necessidade de se repensar o conceito de custo de

uma obra levando em conta tambeacutem a fase de operaccedilatildeo cujo custo ao longo

dos anos eacute muito maior do que o valor gasto na construccedilatildeo Em termos de

ordem de grandeza do custo total de construccedilatildeo e operaccedilatildeo de um edifiacutecio

em um horizonte de 30 anos cerca de 20 correspondem agrave construccedilatildeo e 80

agrave operaccedilatildeo De outo modo se um edifiacutecio for sustentaacutevel e

consequentemente tiver custos operacionais mais baixos os investimentos

adicionais realizados na fase de construccedilatildeo teratildeo um raacutepido retorno

(ARQUITETURA 2011)

Eacute niacutetido que o tema construccedilotildees sustentaacuteveis com destaque para as

certificaccedilotildees ambientais vem ganhando abrangecircncia no contexto global e tem

um peso certamente crescente e determinante na minimizaccedilatildeo dos impactos

gerados no setor da construccedilatildeo No entanto no Brasil ainda eacute incipiente a

aplicaccedilatildeo desses sistemas no sentido de avaliar e garantir um desempenho

ambiental satisfatoacuterio das edificaccedilotildees durante sua operaccedilatildeo

Para Degani (2010) as metodologias de avaliaccedilatildeo e certificaccedilatildeo de

edifiacutecios podem ser vistas como mecanismos indutores do aperfeiccediloamento do

desempenho das edificaccedilotildees e da proacutepria construccedilatildeo civil

22

15 ESTRUTURA DA DISSERTACcedilAtildeO

O trabalho foi estruturado da seguinte forma

deste trabalho e justifica a relevacircncia desse estudo

histoacuterico e o estado da arte do tema estudado tambeacutem descreve os sistemas

de certificaccedilatildeo mais relevantes da atualidade e suas principais caracteriacutesticas

apitulo eacute a metodologia utilizada na dissertaccedilatildeo

Verde da UTFPR resultados e discussotildees sobre a aplicaccedilatildeo da metodologia

AQUA na fase operaccedilatildeo e uso

conclusotildees e consideraccedilotildees finais

23

2 REVISAtildeO DA LITERATURA

21 CONTEXTUALIZACcedilAtildeO

O ritmo do crescimento populacional no mundo estaacute em constante

decliacutenio sendo a taxa atual de crescimento de 12 ao ano Poreacutem a

populaccedilatildeo mundial continua crescendo em valores absoluto e em 2011 atingiu

a marca de 7 bilhotildees de habitantes O Graacutefico 2 informa que para o alcance do

2ordm bilhatildeo de habitantes no planeta levaram cerca de 123 anos o 3ordm bilhatildeo 33

anos o 4ordm bilhatildeo 15 anos o 5ordm e 6ordm bilhatildeo apenas 12 anos A estimativa para

atingir o 8ordm e 9ordm bilhatildeo eacute de 16 e 26 anos respectivamente mostrando que o

equiliacutebrio estaacute longe de acontecer gerando vaacuterios problemas pois a natureza

natildeo consegue repor na mesma velocidade que o consumo se sucede

Graacutefico 2 - Estimativa de crescimento populacional mundial (adaptado do inglecircs)

Fonte Population Reference Bureau (2011)

A Figura 1 relata as projeccedilotildees do uacuteltimo Relatoacuterio Planeta Vivo da World

Wildlife Fund - WWF (2012) indicando que se a humanidade continuar com

esse modelo de comportamento em 2030 (com 83 bilhotildees de habitantes)

seriam necessaacuterios dois planetas e cerca de trecircs planetas em 2050 (com 93

bilhotildees de habitantes) Esses dados foram calculados por meio da pegada

24

ecoloacutegica que corresponde ao tamanho das aacutereas produtivas de terra e de mar

necessaacuterias para gerar produtos bens e serviccedilos que sustentem determinados

estilos de vida Eacute uma forma de medir em hectares (ha) a extensatildeo de

territoacuterio que uma pessoa ou toda uma sociedade utiliza em meacutedia para se

sustentar

Figura 1 - Pegada ecoloacutegica (adaptado do inglecircs)

Fonte WWF ndash World Wildlife Fund 2012

Os componentes utilizados para o caacutelculo da pegada ecoloacutegica satildeo

apresentados na Figura 1 demonstrando os seguintes aspectos

carbono - a extensatildeo de aacutereas florestais capaz de sequestrar emissotildees

de CO2 derivadas da queima de combustiacuteveis foacutesseis excluindo-se a parcela

absorvida pelos oceanos que provoca a acidificaccedilatildeo

- a extensatildeo de aacutereas de cultivo usadas para a

produccedilatildeo de alimentos e fibras para consumo humano bem como para a

produccedilatildeo de raccedilatildeo para o gado oleaginosa e borracha

- a extensatildeo de aacutereas de pastagem utilizadas para a criaccedilatildeo

de gado de corte e leiteiro e para a produccedilatildeo de couro e produtos de latilde

- a extensatildeo de aacutereas florestais necessaacuterias para o

fornecimento de produtos madeireiros celulose e lenha

25

- representa a extensatildeo de aacutereas cobertas por

infraestrutura humana inclusive transportes habitaccedilatildeo estruturas industriais e

reservatoacuterios para a geraccedilatildeo de energia hidreleacutetrica

- calculada a partir da estimativa de produccedilatildeo primaacuteria

necessaacuteria para sustentar os peixes e mariscos capturados com base em

dados de captura relativos a espeacutecies marinhas e de aacutegua doce

22 DESENVOLVIMENTO SUSTENTAacuteVEL

A associaccedilatildeo entre o desenvolvimento econocircmico e a degradaccedilatildeo da

natureza foi pela primeira vez discutida por um grupo de intelectuais

denominado Clube de Roma fundado em 1968 tornou-se muito conhecido a

partir da publicaccedilatildeo do relatoacuterio intitulado ldquoOs Limites do Crescimentordquo Em

1972 a Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas (ONU) realizou a primeira

conferecircncia mundial sobre meio ambiente em Estocolmo Em 1983 foi criada a

Comissatildeo Mundial do Meio Ambiente e Desenvolvimento que publicou em

1987 o relatoacuterio conhecido como ldquoRelatoacuterio Brundtlandrdquo o qual aponta para a

incompatibilidade entre desenvolvimento sustentaacutevel e os padrotildees de produccedilatildeo

e consumo trazendo agrave tona mais uma vez a necessidade de uma nova relaccedilatildeo

ldquoser humano e meio ambienterdquo

Para a WWF Brasil a definiccedilatildeo mais aceita para desenvolvimento

sustentaacutevel foi descrita no Relatoacuterio de Brundland em 1987 ldquoAtender agraves

necessidades do presente sem comprometer a possibilidade de as geraccedilotildees

futuras atenderem a suas proacuteprias necessidadesrdquo Essa definiccedilatildeo surgiu para

discutir e propor meios de harmonizar dois objetivos o desenvolvimento

econocircmico e a conservaccedilatildeo ambiental (WWF-BRASIL 2013)

Mas foi na Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas para o Desenvolvimento e o

Meio Ambiente - Rio 92 que se consagrou o uso da expressatildeo

desenvolvimento sustentaacutevel O resultado foi agrave adoccedilatildeo de trecircs recomendaccedilotildees

principais a Agenda 21 a Declaraccedilatildeo do Rio e os Princiacutepios relativos a

Florestas e Selvas Foram tambeacutem firmadas duas convenccedilotildees a Convenccedilatildeo

da Biodiversidade e a Convenccedilatildeo do clima

A Agenda 21 foi o principal documento produzido na ECO 92 na qual foi

registrado a importacircncia dos paiacuteses em se comprometerem a refletir local e

26

globalmente sobre a forma pela qual governos empresas e organizaccedilotildees natildeo-

governamentais e todos os setores da sociedade poderiam cooperar no estudo

de soluccedilotildees para os problemas socioambientais

Assim a Agenda 21 possibilitou o debate sobre o desenvolvimento e

construccedilatildeo sustentaacutevel utilizaccedilatildeo de recursos viabilidade econocircmica destes

no mercado processos construtivos desenvolvimento social entre outros

assuntos permitindo aprofundar conhecimentos relacionados com a eficiecircncia

energeacutetica nos edifiacutecios a conservaccedilatildeo da aacutegua potaacutevel e a utilizaccedilatildeo de

materiais que tenham em conta a preservaccedilatildeo do ambiente

Em 2007 foi criado no Brasil o Conselho Brasileiro de Construccedilatildeo

Sustentaacutevel (CBCS) que tem como objetivo a utilizaccedilatildeo de praacuteticas

sustentaacuteveis no setor da construccedilatildeo civil trazendo qualidade de vida aos

usuaacuterios trabalhadores e ao ambiente em torno da edificaccedilatildeo

O evento mais recente foi a RIO + 20 realizado em junho de 2012

Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas sobre desenvolvimento sustentaacutevel sediado

no Rio de Janeiro Brasil Como resultado obteve-se a elaboraccedilatildeo de um

documento intitulado ldquoO futuro que queremosrdquo

27

Principais acontecimentos referentes ao desenvolvimento sustentaacutevel

podem ser vistos no Quadro 1

ANO EVENTO RESUMO

1968 Criaccedilatildeo do Clube de Roma

Organizaccedilatildeo informal cujo objetivo era promover o entendimento dos

componentes variados mas interpendentes ndash econocircmicos poliacuteticos

naturais e sociais que formam o sistema global

1972 Publicaccedilatildeo do livro Os limites do crescimento

Informe apresentado pelo Clube de Roma no qual previa que as

tendecircncias que imperavam ateacute entatildeo conduziriam a uma escassez

catastroacutefica dos recursos naturais e a niacuteveis perigosos de

contaminaccedilatildeo num prazo de 100 anos

1972Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas sobre o Meio Ambiente

Humano em Estocolmo Sueacutecia

A primeira manifestaccedilatildeo dos governos de todo o mundo com as

consequumlecircncias da economia sobre o meio ambiente Participaram

113 Estados-membros da ONU Um dos resultados do evento foi a

criaccedilatildeo do Programa das Naccedilotildees Unidas sobre o Meio Ambiente

(PNUMA)

1987Publicaccedilatildeo do informe Brundtland o ldquoNosso

Futuro Comumrdquo

Um dos mais importantes sobre a questatildeo ambiental e o

desenvolvimento Vincula estreitamente economia e ecologia e

estabelece o eixo em torno do qual se deve discutir o

desenvolvimento formalizando o conceito de desenvolvimento

sustentaacutevel

1992Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas sobre o Meio

Ambiente e Desenvolvimento ou Cuacutepula da Terra

Realizada no Rio de Janeiro constitui-se no mais importante foro

mundial jaacute realizado Abordou novas perspectivas globais e de

integraccedilatildeo da questatildeo ambiental planetaacuteria e definiu mais

concretamente o modelo de desenvolvimento sustentaacutevel

Participaram 170 Estados que aprovaram a Declaraccedilatildeo do Rio e

mais quatro documentos entre os quais a Agenda 21

1995 Berlim COP 1 - Conferecircncia sobre o clima

A primeira COP (Conferencia das Partes) tece como destaque a

decisatildeo de se apresentar no encontro de 1997 um documento

tornando oficial o comprometimento dos paiacuteses de reduccedilatildeo das

emissotildees de gases do efeito estufa

1997 Rio + 5 - Protocolo de Kyoto

Realizado em New York teve como objetivo analisar a

implementaccedilatildeo do Programa da Agenda 21 Visa combater o

aquecimento global que causa o efeito estufa

2002Cuacutepula Mundial sobre o Desenvolvimento Sustentaacutevel ndash

Rio + 10

Realizada em Johannesburgo nos meses de agosto e setembro

procurou examinar se foram alcanccediladas as metas estabelecidas pela

Conferecircncia do Rio-92 e serviu para que os Estados reiterassem seu

compromisso com os princiacutepios do desenvolvimento sustentaacutevel

2005 Montreal COP11 MOP1- Conferencia sobre o clima

Ocorreu juntamente com a Primeira Conferecircncia das Partes do

Protocolo de Quioto (COPMOP1) Jaacute entra na pauta a discussatildeo do

segundo periacuteodo do Protocolo apoacutes 2012 para o qual instituiccedilotildees

europeacuteias defendem reduccedilotildees de emissatildeo na ordem de 20 a 30 ateacute

2030 e entre 60 e 80 ateacute 2050

2007 Bali COP 13MOP3 - Conferencia sobre o clima

A reuniatildeo estabeleceu compromissos mensuraacuteveis transparentes e

verificaacuteveis para a reduccedilatildeo de emissotildees causadas por desmatamento

das florestas tropicais para o acordo que substituiraacute o Protocolo de

Quioto Recebeu o apelido mapa do caminho

2009 Copenhagem COP 15 -Conferencia sobre o clima

O encontro era considerado o mais importante da histoacuteria recente

dos acordos multilaterais ambientais pois tinha por objetivo

estabelecer o tratado que substituiraacute o Protocolo de Kyoto vigente

de 2008 a 2012 Entretanto a Conferecircncia de Copenhague foi

considerada em grande parte decepcionante

2010 Cancun COP 16 - Conferencia sobre o clima

Aqui vocecirc encontra anaacutelises dos integrantes do Observatoacuterio do

Clima posts no blog imagens e referecircncias para acompanhar mais

essa etapa das negociaccedilotildees multilaterais

2011 Durban COP 17 - Conferencia sobre o climaA proposta resultante da reuniatildeo foi vista pelos ambientalistas como

modesta insuficiente e sem ambiccedilotildees

2012 Rio + 20

A Rio+20 foi a maior Conferecircncia da ONU jaacute realizada com ampla

participaccedilatildeo de liacutederes de todos os setores Aleacutem do resultado

oficial muito criticado resumido no documento ldquoO Futuro que

Queremosrdquo e das dezenas de propostas da sociedade civil

organizada na Cuacutepula dos Povos a Rio+20 foi palco de 705

compromissos voluntaacuterios entre governos ONGs e Major Groups ndash

incluindo 500 empresas induacutestrias universidades entre outros

Quadro 1 ndash Principais eventos relacionados ao desenvolvimento sustentaacutevel

Fonte A autora 2012

28

23 CONSTRUCcedilAtildeO SUSTENTAacuteVEL

No acircmbito da Agenda 21 para a construccedilatildeo sustentaacutevel em paiacuteses em

desenvolvimento a construccedilatildeo sustentaacutevel eacute definida como um processo

holiacutestico que aspira a restauraccedilatildeo e manutenccedilatildeo da harmonia entre os

ambientes natural e construiacutedo e a criaccedilatildeo de assentamentos que afirmem a

dignidade humana e encorajem a equidade econocircmica No contexto do

desenvolvimento sustentaacutevel o conceito transcende a sustentabilidade

ambiental para abraccedilar a sustentabilidade econocircmica e social que enfatiza a

adiccedilatildeo de valor agrave qualidade de vida dos indiviacuteduos e das comunidades

(MINISTEacuteRIO DO MEIO AMBIENTE 2013)

As construccedilotildees sustentaacuteveis satildeo antes de tudo intervenccedilotildees conscientes

e planejadas Buscam satisfazer as necessidades humanas empregando de

forma inteligente os recursos disponiacuteveis visando natildeo esgotaacute-los

preservando-os para as geraccedilotildees futuras Desenvolve soluccedilotildees para os

problemas que a proacutepria construccedilatildeo gera (RIBEIRO 2010)

ldquoEdificaccedilatildeo sustentaacutevel eacute aquela que pode manter moderadamente ou

melhorar a qualidade de vida e harmonizar-se com o clima a tradiccedilatildeo a

cultura e o ambiente na regiatildeo ao mesmo tempo em que conserva a energia e

os recursos recicla materiais e reduz as substacircncias perigosas dentro da

capacidade dos ecossistemas locais e globais ao longo do ciclo de vida do

edifiacuteciordquo (IDHEA 2010)

A Associaccedilatildeo Brasileira dos Escritoacuterios de Arquitetura - ASBEA o

Conselho Brasileiro de Construccedilatildeo Sustentaacutevel - CBCS e outras instituiccedilotildees

apresentam diversos princiacutepios baacutesicos da construccedilatildeo sustentaacutevel dentre os

quais se destacam (GUIA DA SUSTENTABILIDADE 2008)

proveitamento de condiccedilotildees naturais locais

tilizar miacutenimo de terreno e integrar-se ao ambiente natural

mplantaccedilatildeo e anaacutelise do entorno

atildeo provocar ou reduzir impactos no entorno

ualidade ambiental interna e externa

estatildeo sustentaacutevel da implantaccedilatildeo da obra

daptar-se agraves necessidades atuais e futuras dos usuaacuterios

29

so de mateacuterias-primas que contribuam com a eco-eficiecircncia do

processo

educcedilatildeo do consumo energeacutetico

educcedilatildeo do consumo de aacutegua

eduzir reutilizar reciclar e dispor corretamente os resiacuteduos soacutelidos

ntroduzir inovaccedilotildees tecnoloacutegicas sempre que possiacutevel e viaacutevel

ducaccedilatildeo ambiental conscientizaccedilatildeo dos envolvidos no processo

Segundo SILVA (2007) a definiccedilatildeo de um edifiacutecio sustentaacutevel eacute

relacionada sempre comparativamente agraves praacuteticas correntes O desempenho

ambiental de um edifiacutecio sustentaacutevel de 2010 deve ser muito melhor do que o

de um edifiacutecio sustentaacutevel da deacutecada de 1990 Portanto os conceitos de

edifiacutecio sustentaacutevel estatildeo sempre em evoluccedilatildeo

24 SISTEMAS DE AVALIACcedilAtildeO DO DESEMPENHO DE EDIFIacuteCIOS

Com a crise do petroacuteleo na deacutecada de 1970 mecanismos legais de

reduccedilatildeo do consumo de energia comeccedilaram a ser implantados nos paiacuteses

desenvolvidos Os sistemas de avaliaccedilatildeo foram criados como forma de

analisar os impactos ambientais e classificar os edifiacutecios em Green Building

(SILVA 2007)

O conceito do Green Building ou ldquoEdificio verderdquo ganhou forccedila no iniacutecio da

deacutecada de 90 por meio da criaccedilatildeo do USGBC - United States Green Building

Council A entidade desenvolveu criteacuterios para medir a eficiecircncia das

edificaccedilotildees assim concede o selo de edifiacutecio verde agrave obra (SILVA 2007)

Para Reijnders e Van Roekel (1999) existem duas abordagens principais

de avaliaccedilatildeo ambiental a quantitativa e a qualitativa A primeira delas eacute a

Avaliaccedilatildeo de Ciclo de Vida (ACV) que trabalha com dados quantitativos de

fluxo energeacutetico A segunda trata-se de meacutetodos que usam sistemas de

pontuaccedilatildeo ou conceitos para anaacutelise dos dados qualitativos Tais ferramentas

satildeo denominadas eco-labellings

Segundo pesquisa realizada pelo World Resources Institute ndash WRI entre

o uacuteltimo quadrimestre de 2009 e o primeiro de 2010 existem aproximadamente

340 selos ecoloacutegicos que certificam produtos e serviccedilos espalhados por

aproximadamente 42 paiacuteses no mundo (WRI 2010)

30

Quanto ao desempenho de edifiacutecios sustentaacuteveis desta-se o Modelo de

Gerenciamento da Sustentabilidade de Facilidades Construiacuteda - MGS proposto

por Degani (2010) baseado no meacutetodo PDCA (planejar (plan) fazer (do)

checar (check) e agir (act))

O modelo MGS foi fundamentado no conceito de gestatildeo para o

desempenho e propotildeem diretrizes para implementaccedilatildeo de um sistema de

gestatildeo com objetivos de sustentabilidade na rotina diaacuteria dos agentes

responsaacuteveis (denominados no MGS de gerentes de facilidades) pelo uso

operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo dos edifiacutecios contemplando as seguintes etapas

(DEGANI 2010)

l

Importante esclarecer que o MGS eacute resultado de uma pesquisa de tese de

doutorado necessitando de avaliaccedilatildeo quanto a sua aplicabilidade e eficaacutecia

Degani (2010) sugere que o modelo seja utilizado como forma de introduzir a

sistemaacutetica do gerenciamento dos aspectos de sustentabilidade requerido pelo

sistema de certificaccedilatildeo

A gestatildeo de desempenho ambiental de edifiacutecios sustentaacuteveis em

operaccedilatildeo ainda eacute incipiente no Brasil mas haacute vaacuterios paiacuteses que jaacute fazem uso

de ferramentas que promovem a melhoria e controle de desempenho das

edificaccedilotildees As iniciativas envolvem a implantaccedilatildeo de padrotildees e guias para

melhoria de desempenho certificaccedilotildees ou selos verdes promoccedilatildeo do

desenvolvimento de meacutetodos para avaliaccedilatildeo de projetos e construccedilotildees entre

outros Portanto haacute um grande nuacutemero de ferramentas que abordam o tema

considerando uma grande variedade de condiccedilotildees fiacutesicas caracteriacutesticas das

edificaccedilotildees e prioridades ambientais conforme regiatildeo As formas para atingir

esses objetivos variam de simples listas de verificaccedilatildeo a complexos sistemas

informatizados abrangendo etapas de programaccedilatildeo orientando para o

planejamento de edifiacutecios sustentaacuteveis passando por simuladores de

31

desempenho que apoiam as etapas de projeto baacutesico e projeto executivo

incluindo a avaliaccedilatildeo do edifiacutecio em uso

241 Anaacutelise do Ciclo de Vida ndash ACV

O termo ACV ou em inglecircs ldquoLife Cycle Assessmentrdquo (LCA) foi utilizado

primeiramente nos Estados Unidos da Ameacuterica (EUA) em 1990 O conceito de

ciclo de vida tem-se estendido para aleacutem de um simples meacutetodo para comparar

produtos sendo atualmente visto como uma parte essencial para conseguir

objetivos mais abrangentes tais como sustentabilidade (CURRAN 1999)

A Anaacutelise do Ciclo de Vida (ACV) ou Avaliaccedilatildeo do Ciclo de Vida eacute um

instrumento de gestatildeo ambiental aplicaacutevel a bens e serviccedilos tambeacutem

conhecida pela expressatildeo ldquocradle to graverdquo (do berccedilo ao tuacutemulo) berccedilo

indicando a origem dos insumos primaacuterios mediante a extraccedilatildeo de recursos

naturais e tuacutemulo o destino final dos resiacuteduos que natildeo seratildeo reusados ou

reciclados (BARBIERI 2004)

A Norma ISO 14040 define o ciclo de vida como os Estaacutegios consecutivos

e interligados de um sistema de produto desde a aquisiccedilatildeo da mateacuteria prima

ou geraccedilatildeo de recursos naturais ateacute a disposiccedilatildeo final Conforme Barbieri

(2004) o ciclo completo vai da origem dos recursos naturais ateacute a disposiccedilatildeo

final dos resiacuteduos apoacutes o uso passando por todas as etapas intermediaacuterias

como beneficiamento transporte fabricaccedilatildeo e estocagem

242 Sistemas de Certificaccedilatildeo de Edifiacutecios

Os sistemas de certificaccedilatildeo satildeo em sua maioria baseados na ACV mas

tecircm por outro lado um apelo mercadoloacutegico podendo ter um caraacuteter de

ferramenta poliacutetica e de marketing Os resultados destas anaacutelises dependem

de diversos fatores como o meacutetodo os participantes a demanda local as

abordagens os objetivos bem como suas limitaccedilotildees (SCHEUER e KEOLEIAN

2002)

Segundo Silva (2003) ldquoo primeiro sinal da necessidade de avaliar o

desempenho ambiental de edifiacutecios veio exatamente com a constataccedilatildeo de que

32

mesmo os paiacuteses que acreditavam dominar os conceitos de green design natildeo

possuiacuteam meios para verificar o quatildeo ldquoverderdquo eram de fato seus edifiacuteciosrdquo

Tais ferramentas de avaliaccedilatildeo de desempenho demonstraram-se

eficientes ou natildeo dependendo das condiccedilotildees em que foram empregadas

sendo muitas delas aplicaacuteveis somente a situaccedilotildees muito delimitadas de

condiccedilotildees climaacuteticas e sociais ou em edifiacutecios de uso especiacutefico (PATRICIO

GOUVINHAS 2004)

Em 1990 surgiu no Reino Unido o primeiro selo mundial BREEAM

(Building Research Establishment Environmental Assessment Method) que

dispocircs as bases para outros sistemas de certificaccedilatildeo de edifiacutecios como o BRE

EcoHomes tambeacutem no Reino Unido O HK-BEAM (Honk Kong Building

Environmental Assessment Method) o NF Bacirctiments Tertiaires Deacutemache -

HQE na Franccedila o CASBEE (Comprehensive Assessment System for Building

Environmental Efficiency) no Japatildeo o Green Star na Australia e o LEED

(Leadership in Energy and Environmental Design) nos EUA (SILVA 2007)

A certificaccedilatildeo tem como principal objetivo promover edificaccedilotildees que

durante sua construccedilatildeo vida uacutetil e desconstruccedilatildeo gerem baixos impactos

ambientais garantindo sempre o bem-estar e a sauacutede de seus usuaacuterios e a

viabilidade econocircmica dos empreendimentos Outra premissa da certificaccedilatildeo eacute

promover a conscientizaccedilatildeo e o aprendizado de todas as partes envolvidas

direta ou indiretamente no projeto no processo construtivo e na ocupaccedilatildeo do

edifiacutecio (CBCS 2011)

O projeto de arquitetura apresenta diversas variaacuteveis de acordo com sua

funccedilatildeo e uso assim a ferramenta avaliativa especiacutefica para um determinado

tipo de edificaccedilatildeo em uma determinada regiatildeo com condiccedilotildees climaacuteticas

especiacuteficas provavelmente produziraacute uma avaliaccedilatildeo mais proacutexima da realidade

(SILVA 2007) Para isso eacute necessaacuterio que os sistemas avaliativos tenham

referecircncia natildeo apenas em conceitos universais como o ciclo de vida da

edificaccedilatildeo (NBR 14040 2001) como tambeacutem em criteacuterios essencialmente

regionais como zoneamento bioclimaacutetico bem como a adequaccedilatildeo de metas

de desempenho de acordo com normas vigentes para o local e tipo de

edificaccedilatildeo (NBR 15575 2008)

Os sistemas de certificaccedilatildeo ambiental elaborados para controlar e

monitorar o desempenho ambiental do edifiacutecio em uso utilizam o meacutetodo

33

bastante difundido e mais conhecido como PDCA (planejar (plan) fazer (do)

checar (check) e agir (act))

No livro ldquoO verdadeiro Poderrdquo Falconi descreve que existem dois tipos de

metas que uma organizaccedilatildeo procura resultados que necessitam ser

melhorados e resultados que precisam ser mantidos Nos dois casos utiliza-se

o PDCA qualquer resultado que se melhore deve imediatamente ser

estabilizado nas operaccedilotildees de rotina (FALCONI 2009)

No gerenciamento eacute necessaacuterio utilizar o PDCA para melhorar em

conjunto com o PDCA para manter O PDCA para manter eacute denominado SDCA

na operaccedilatildeo o planejamento eacute representado por ldquoPrdquo e o padratildeo passa a ser

representado por ldquoSrdquo de standardize conforme apresentado na Figura 2

Figura 2 ndash Ciclo PDCA e SDCA

Fonte IBENP (2011)

O Quadro 2 apresenta as algumas caracteriacutesticas dos principais sistemas

de certificaccedilatildeo de edifiacutecios atuantes no mundo

34

Quadro 2 ndash Principais sistemas de certificaccedilatildeo de edificaccedilotildees (continua)

Fonte A autora (2012)

BREEAM - Building Research Establishment Environmental Assessment Method

wwwbreeamorg

Instituiccedilatildeo Responsaacutevel BRE

Abrangecircncia Voltada principalmente ao Reino Unido poreacutem adaptaacutevel ao mundo todo Possui esquemas de

certificaccedilatildeo especiacuteficos para Europa e Regiatildeo do Golfo

Esquemas de avaliaccedilatildeo disponiacuteveis tipos de edifiacutecios avaliados BREEAM Outros Edifiacutecios BREEAM Tribunais The

Code for Sustainable Homes (O Coacutedigo para Casas Sustentaacuteveis) BREEAM EcohomesXB BREEAM Sauacutede BREEAM

Industrial BREEAM Internacional (avalia edifiacutecios ou apoia a criaccedilatildeo de versotildees do BREEAM fora do Reino Unido)

BREEAM Multi-residencial BREEAM Prisotildees BREEAM Escritoacuterios BREEAM Varejo BREEAM Educaccedilatildeo BREEAM

Comunidades BREEAM Em Uso

Classificaccedilotildees Concedidas Pass (Aprovado) Good (Bom) Very Good (Muito Bom) Excellent (Excelente)

Outstanding (Excepcional)

Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo Variam de acordo com o Sistema

CASBEE - Comprehensive Assessment System for Building Environmental Efficiency

wwwibecorjpCASBEEenglish

Instituiccedilatildeo Responsaacutevel Japan Sustainable Building Consortium (JSBC)

Abrangecircncia Aacutesia

Esquemas de avaliaccedilatildeo disponiacuteveis tipos de edifiacutecios avaliados CASBEE para Preacute-Projeto CASBEE para Novas

Construccedilotildees CASBEE para Edifiacutecios existentes e CASBEE para Reformas As ferramentas atendem a uma larga variedade

de usos do edifiacutecio (escritoacuterios escolas habitaccedilatildeo etc)

Classificaccedilotildees Concedidas classe C (fraco) classe B- classe B+ classe A e classe S (excelente)

Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo Q (Qualidade) - Construindo Qualidade Ambiental e Performance Avalia a

melhoria na qualidade de vida dos usuaacuterios do edifiacutecio dentro do espaccedilo fechado hipoteacutetico (propriedade privada)

L (Cargas) - Construindo Cargas Ambientais Avalia os impactos ambientais negativos que vatildeo aleacutem do espaccedilo

hipoteacutetico fechado para o exterior (a propriedade puacuteblica)

Haacute quatro campos de levantamento (1) Eficiecircncia Energeacutetica (2) Eficiecircncia de Recursos (3) Ambiente Local (4)

Ambiente Interno

Green Star

wwwgbcaorgaugreen-star

Instituiccedilatildeo Responsaacutevel Green Building Council Austraacutelia

Abrangecircncia Austraacutelia

Esquemas de avaliaccedilatildeo disponiacuteveis tipos de edifiacutecios avaliados Green Star - Educaccedilatildeo Green Star - Sauacutede Green Star

- Industrial Green Star - Residencial Muacuteltiplas Unidades Green Star - Escritoacuterio Green Star - Interiores de Escritoacuterio

Green Star - Varejo Green Star - Projeto de Escritoacuterio Green Star - Escritoacuterio Construiacutedo

Classificaccedilotildees Concedidas 4 Star Green Star Certified Rating (4 Estrelas - 45-59 pontos) 5 Star Green Star Certified

Rating (5 Estrelas - 60-74 pontos) 6 Star Green Star Certified Rating (6 Estrelas - 75-100 pontos)

Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo Gerenciamento Qualidade Ambiental do Ambiente Interno Energia Transporte

Aacutegua Materiais Uso do Solo amp Ecologia Emissotildees Inovaccedilatildeo O peso de cada uma destas categorias eacute alocado de

acordo com a regiatildeo do paiacutes para atender condiccedilotildees locais especiacuteficas

LEED - Leadership in Energy and Environmental Design

wwwusgbcorgLEED

Instituiccedilatildeo Responsaacutevel US Green Building Council

Abrangecircncia Principalmente Estados Unidos poreacutem atende ao mundo todo

Esquemas de avaliaccedilatildeo disponiacuteveis tipos de edifiacutecios avaliados Novas construccedilotildees Edificaccedilotildees existentes Interiores

Comerciais Nuacutecleo amp Casca Escolas Varejo Sauacutede Casas e Desenvolvimento de Comunidades

Classificaccedilotildees Concedidas Certified (Certificado - 40ndash49 pontos) Silver (Prata - 50ndash59 pontos) Gold (Ouro - 60ndash79

pontos) Platinum (Platina - 80 pontos ou mais)

Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo Possui 5 categorias Ambientais para concessatildeo de creacuteditos Locais Sustentaacuteveis

Eficiecircncia Hiacutedrica Energia e Atmosfera Materiais e Recursos e Qualidade Ambiental do Ambiente Interno Aleacutem disso

pontos extra podem ser concedidos por Inovaccedilatildeo em Design e Especificaccedilotildees Regionais

35

HK - BEAM - Kong Building Environmental Assessment Method

wwwhk-beamorghk

Instituiccedilatildeo Responsaacutevel The BEAM Society

Abrangecircncia Principalmente Hong Kong

Esquemas de avaliaccedilatildeo disponiacuteveis tipos de edifiacutecios avaliados BEAM para Novas Edificaccedilotildees BEAM para Edificaccedilotildees

Existentes

Classificaccedilotildees Concedidas Platinum (Platina - Excelente) Gold (Ouro - Muito Bom) Silver (Prata - Bom) Bronze

(Bronze - Acima da Meacutedia)

Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo Avaliaccedilatildeo baseada em creacuteditos para benchmark (melhores praacuteticas) da performance

ambiental dos edifiacutecios ao longo do ciclo de vida sobre o local uso de materiais aspectos energeacuteticos consumo de aacutegua

qualidade ambiental do ambiente interno e inovaccedilotildees

HQE - Haute Qualiteacute Environnementale

assohqeorghqe

Instituiccedilatildeo Responsaacutevel Association pour la Haute Qualiteacute Environnementale (ASSOHQE)

Abrangecircncia Principalmente Franccedila atende tambeacutem Beacutelgica Luxemburgo Tuniacutesia e Argeacutelia

Tipos de edifiacutecios avaliados edifiacutecios novos e edifiacutecios existentes nas modalidades comercial residencial individual e coletivo

Classificaccedilotildees Concedidas Base (de acordo com regulamento) Eficiente (boa praacutetica) Muito eficiente (melhor

praacutetica)

Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo Manejo de impactos ao ambiente exterior (relaccedilatildeo harmocircnica com o ambiente

imediato escolha integrada dos meacutetodos de construccedilatildeo e materiais evitar incocircmodo aos arredores minimizaccedilatildeo do

uso de energia minimizaccedilatildeo do uso de aacutegua minimizaccedilatildeo de resiacuteduos em operaccedilotildees minimizaccedilatildeo da necessidade de

manutenccedilatildeo e reparos) e criaccedilatildeo de Ambiente Interno Agradaacutevel (medidas de controle hidroteacutermico medidas de

controle acuacutestico atratividade visual medidas de controle de odores higiene e limpeza dos espaccedilos internos controle

da qualidade do ar controle da qualidade da aacutegua)

DGNB - Deutsche Gesellschaft fuumlr Nachhaltiges Bauen

wwwdgnbde_en

Instituiccedilatildeo Responsaacutevel Conselho alematildeo de construccedilatildeo sustentaacutevel

(DGNB for ldquoDeutsche Gesellschaft fuumlr NachhaltigesBauenrdquo)

Abrangecircncia Alemanha

Esquemas de avaliaccedilatildeo disponiacuteveis tipos de edifiacutecios avaliados Sistema flexiacutevel avalia diversos tipos de edificio

Classificaccedilotildees Concedidas Gold (Ouro) Silver (Prata) Bronze

Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo Campos avaliados - Aspectos ecoloacutegicos economicos socioculturais e funcionais

tecnologia processos e local Cada campo eacute avaliado com criteacuterios especiacuteficos que podem ser desenhados e pesados de

maneira distinta a depender do perfil de ocupaccedilatildeo Cada campo eacute avaliado durante todo ciclo de vida do edifiacutecio

A avaliaccedilatildeo eacute focada em metas e natildeo em accedilotildees individuais

LIDER A

Instituiccedilatildeo Responsaacutevel Lider A - Sistema de Avaliaccedilatildeo da Sustentabilidade

Abrangecircncia Portugal

Esquemas de avaliaccedilatildeo disponiacuteveis tipos de edifiacutecios avaliados Abrange diferentes tipologias e usos em ambientes

construiacutedos em diferentes fases desde a fase de plano ou projeto a construccedilatildeo operaccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo tambeacutem

trabalha desde a escala da comunidade ateacute empreendimentos e edifiacutecios

Classificaccedilotildees ConcedidasG (menos eficiente) F E (praacutetica usual ou de referecircncia) D C (cerca de 25 superior ao niacutevel E)

B A (desempenho cerca de 50 superior ao niacutevel E) A+ (75 superior ao niacutevel E) A++ (90 superior ao niacutevel E)

Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo O sistema trabalha com um conjunto de seis princiacutepios de bom desempenho

ambiental (integraccedilatildeo local recursos cargas ambientais conforto ambiental vivecircncia socioeconocircmica e uso sustentaacutevel)

traduzidos em 22 aacutereas e 43 criteacuterios Quadro 2 ndash Principais sistemas de certificaccedilatildeo de edificaccedilotildees (conclusatildeo)

Fonte A autora (2012)

36

243 Principais Sistemas de Certificaccedilatildeo no Brasil

No Brasil os sistemas de certificaccedilatildeo de edificaccedilotildees mais difundidos satildeo

O AQUA alta qualidade ambiental o LEED ndash Brasil o PROCEL EDIFICA da

Eletrobraacutes e o Selo CASA AZUL da Caixa Econocircmica O Quadro 3 apresenta

as principais caracteriacutesticas destes selos

PROCEL EDIFICA - Instrumento de Classificaccedilatildeo

wwweletrobrascomPCIetiquetagem_edificios

Instituiccedilatildeo Responsaacutevel Eletrobraacutes

Abrangecircncia Brasil

Tipos de edifiacutecios avaliados Edifiacutecios Comerciais de Serviccedilos e Puacuteblicos e Residenciais

Classificaccedilotildees Concedidas A B C D E

Criteacuterios avaliados para Classificaccedilotildees A eficiecircncia energeacutetica eacute avaliada nos sistemas de envoltoacuteria iluminaccedilatildeo e

condicionamento de ar para edifiacutecios comerciais de serviccedilos e puacuteblicos Nos edifiacutecios residecircncias satildeo avaliados a

envoltoacuteria sistemas de aquecimento de aacutegua aleacutem dos sistemas presentes nas aacutereas comuns dos edifiacutecios

multifamiliares como iluminaccedilatildeo elevadores bombas centriacutefugas etc

SELO CASA AZUL DA CAIXA

downloadscaixagovbr_arquivosdesenvolvimento_urbanogestao_ambientalGuia_Selo_Casa_Azul_CAIXApdf

Instituiccedilatildeo Responsaacutevel Caixa Econocircmica Federal

Abrangecircncia Brasil

Tipos de edifiacutecios avaliados Unidades Habitacionais com valor ateacute R$130 mil

Classificaccedilotildees Concedidas BRONZE (19 Criteacuterios obrigatoacuterios) PRATA (25 criteacuterios sendo 6 de livre escolha) OURO (25

criteacuterios sendo 6 de livre escolha)

Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo 53 criteacuterios de avaliaccedilatildeo distribuiacutedos em seis categorias Qualidade Urbana

Projeto e Conforto Eficiecircncia Energeacutetica Conservaccedilatildeo de Recursos Materiais Gestatildeo da Aacutegua Praacuteticas Sociais

LEED - BRASIL

wwwgbcbrasilorgbrp=certificacao

Instituiccedilatildeo Responsaacutevel Green Building Council Brasil

Abrangecircncia Brasil

Esquemas de avaliaccedilatildeo disponiacuteveis tipos de edifiacutecios avaliados

LEED NC para novas construccedilotildees ou grandes projetos de renovaccedilatildeo- LEED ND para projetos de desenvolvimento de bairro

LEED CS para projetos na envoltoacuteria e parte central do edifiacutecio LEED Retail NC e CI para lojas de varejo

LEED Healthcare para unidades de sauacutede LEED EB_OM para projetos de manutenccedilatildeo de edifiacutecios jaacute existentes

LEED Schools para escolas e LEED CI para projetos de interior ou edifiacutecios comerciais

Classificaccedilotildees Concedidas Selo LEED - 40 pontos Prata 50 pontos Ouro 60 pontos e Platina 80 pontos

Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo Espaccedilo sustentaacuteve eficiecircncia do uso da aacutegua energia e atmosfera

materiais e recursos qualidade ambiental interna inovaccedilatildeo e processos creacuteditos de prioridade regional

Quadro 3 - Principais sistemas de certificaccedilatildeo de edificaccedilotildees no Brasil (continua)

Fonte A autora (2012)

37

AQUA - Alta Qualidade Ambiental

wwwvanzoliniorgbr

Instituiccedilatildeo Responsaacutevel Fundaccedilatildeo Vanzolini

Abrangecircncia Brasil

Tipos de edifiacutecios avaliados Escritoacuterios e Escolas Hoteis e Edifiacutecios Habitacionais

Classificaccedilotildees Concedidas Bom Superior Excelente

Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo 14 Categorias satildeo avaliadas relaccedilatildeo do edifiacutecio com o seu entorno escolha

integrada de produtos sistemas e processos construtivos canteiro de obras com baixo impacto ambiental gestatildeo da

energia gestatildeo da aacutegua gestatildeo dos resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo do edifiacutecio manutenccedilatildeo - permanecircncia do desempenho

ambiental conforto higroteacutermico conforto acuacutestico conforto visual conforto olfativo qualidade sanitaacuteria dos

ambientes qualidade sanitaacuteria do ar qualidade sanitaacuteria da aacutegua Para receber a certificaccedilatildeo deve atender no miacutenimo

7 categorias - Bom 4 categorias - Superior e 3 categorias - Excelente

Quadro 3 - Principais sistemas de certificaccedilatildeo de edificaccedilotildees no Brasil (conclusatildeo)

Fonte A autora (2012)

Para SILVA (2003) os princiacutepios soacutelidos de uma certificaccedilatildeo direcionada

ao contexto brasileiro satildeo

ara ser tecnicamente consistente um meacutetodo de avaliaccedilatildeo deve ser

adaptado a dados nacionais relevantes

ara ser viaacutevel praticamente um meacutetodo de avaliaccedilatildeo deve ser

adaptado ao mercado agraves praacuteticas de construccedilatildeo e agraves tradiccedilotildees locais

ara ser absorvido e difundir-se rapidamente um meacutetodo de avaliaccedilatildeo

deve ser desenvolvido em parceria com as principais partes interessadas

investidores empreendedoresconstrutores e projetistas

ara serem apropriados ao contexto nacional os itens avaliados no

meacutetodo devem ser ponderados para refletir prioridades e interesses nacionais

244 Processo AQUA de certificaccedilatildeo

Em outubro de 2007 foi publicado no Brasil o AQUA (Alta Qualidade

Ambiental) a adaptaccedilatildeo do HQE (versatildeo de fevereiro de 2007) Este sistema

de certificaccedilatildeo ambiental para edifiacutecios foi desenvolvido pela Fundaccedilatildeo Carlos

Alberto Vanzolini em parceria com o Departamento de Engenharia de

Construccedilatildeo Civil da Escola Politeacutecnica da Universidade de Satildeo Paulo (USP) e

o Centre Scientifique et Technique du Bacirctiment (CSTB)

Para Aulicino (2008) o processo AQUA foi desenvolvido com o objetivo de

amenizar os impactos da construccedilatildeo de um edifiacutecio novo ou da reabilitaccedilatildeo de

algum edifiacutecio existente tanto sobre o meio ambiente como sobre a qualidade

38

do ambiente interno para os usuaacuterios (conforto e sauacutede) e externo ao edifiacutecio A

metodologia merece destaque por ser a primeira oficialmente adaptada ao

contexto brasileiro

O processo AQUA abrange as seguintes fases

programa (ideia) - reflexatildeo criativa inicial sobre o empreendimento de

construccedilatildeo em seu contexto soacutecio econocircmico e ambiental

concepccedilatildeo (projeto) ndash tendo como entrada o programa define a

construccedilatildeo sustentaacutevel e como seraacute realizada

ealizaccedilatildeo (construccedilatildeo) - guiada pelas definiccedilotildees do projeto materializa

a construccedilatildeo sustentaacutevel

peraccedilatildeo (uso) ndash monitora o desempenho da edificaccedilatildeo os consumos

as emissotildees despesas entre outros garantindo condiccedilotildees de conforto e sauacutede

ao usuaacuterio com melhor desempenho soacutecio econocircmico e ambiental

esconstruccedilatildeo (a desmontagem) ndash ao final da vida uacutetil permite o

maacuteximo aproveitamento dos materiais e sistemas com menor impacto

ambiental

Em 2013 estavam disponiacuteveis para consulta quatro referenciais teacutecnicos

escritoacuterios edifiacutecios escolares edifiacutecios habitacionais edifiacutecios comerciais e

hoteacuteis O referencial para edifiacutecios que buscam certificaccedilatildeo na fase operaccedilatildeo

encontra-se em periacuteodo de revisatildeo Os referenciais teacutecnicos para sauacutede

esporte e lazer bairros e estradas estatildeo em fase de estudo e em busca de

empresas pioneiras para desenvolvimento dos projetos

O processo eacute feito por meio de 3 (trecircs) auditorias presenciais antecedidas

de anaacutelise teacutecnica dos documentos entregues A avaliaccedilatildeo se baseia em um

perfil ambiental composto pelas seguintes aacutereas de avaliaccedilatildeo eco-construccedilatildeo

eco-gestatildeo conforto e sauacutede Os Quadros 4 e 5 apresentam as 14 categorias

e subcategorias avaliadas no sistema AQUA

39

Quadro 4 ndash Categorias do sistema AQUA

Fonte Fundaccedilatildeo Vanzolini (2011)

1) Relaccedilatildeo do edifiacutecio com o entorno

Implantaccedilatildeo do empreendimento no terreno para desenvolvimento urbano sustentaacutevel

Qualidade dos espaccedilos exteriores para os usuaacuterios

Impacto do edifiacutecio sobre a vizinhanccedila

2) Escolha integrada de produtos sistemas e processos construtivos

Durabilidade e a adaptabilidade da construccedilatildeo

Escolhas construtivas para a facilidade de conservaccedilatildeo da construccedilatildeo

Escolha dos produtos de construccedilatildeo (limitar impactos socioambientais)

Escolha dos produtos de construccedilatildeo (limitar impactos aacute sauacutede humana)

3) Canteiros de obras com baixo impacto ambiental

Otimizaccedilatildeo da gestatildeo dos resiacuteduos do canteiro de obras

Reduccedilatildeo dos incocircmodos poluiccedilatildeo e consumo de recursos causados pelo canteiro de obras

4) Gestatildeo da energia

Reduccedilatildeo de energia por meio de concepccedilatildeo arquitetocircnica

Reduccedilatildeo do consumo de energia primaacuteria dos poluentes associados

5) Gestatildeo da aacutegua

Reduccedilatildeo do consumo de aacutegua potaacutevel

Otimizaccedilatildeo e gestatildeo de aacuteguas pluviais

6) Gestatildeo dos resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo do edificio

Otimizaccedilatildeo da valorizaccedilatildeo dos resiacuteduos gerados pelas atividades de uso e operaccedilatildeo do edifiacutecio

Qualidade do sistema de gestatildeo dos resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo do edifiacutecio

7) Manutenccedilatildeo ndash permanecircncia do desempenho ambiental

Permanecircncia do desempenho dos sistemas de aquecimento e resfriamento

Permanecircncia do desempenho dos sistemas de ventilaccedilatildeo

Permanecircncia do desempenho dos sistemas de iluminaccedilatildeo

Permanecircncia do desempenho dos sistemas de gestatildeo da aacutegua Quadro 5 ndash Subcategorias do sistema AQUA (continua)

Fonte Fundaccedilatildeo Vanzolini (2011)

40

8) Conforto higroteacutermico

Implementaccedilatildeo de medidas arquitetocircnicas para otimizaccedilatildeo do conforto higroteacutermico de veratildeo e inverno

Criaccedilatildeo de condiccedilotildees de conforto higroteacutermico de inverno

Criaccedilatildeo de condiccedilotildees de conforto higroteacutermico de veratildeo em ambientes climatizados naturalmente

Criaccedilatildeo de condiccedilotildees de conforto higroteacutermico de veratildeo em ambientes com sistema de resfriamento artificial

9) Conforto acuacutestico

Otimizaccedilatildeo dos elementos arquitetocircnicos para proteger os usuaacuterios do edifiacutecio de incocircmodos acuacutesticos

Criaccedilatildeo de uma qualidade do meio acuacutestico adaptado aos diferentes ambientes

10) Conforto visual

Garantia de iluminacircncia natural oacutetima evitando seus inconvenientes (ofuscamento)

Iluminaccedilatildeo artificial confortaacutevel

11) Conforto olfativo

Garantia de uma ventilaccedilatildeo eficaz

Controle das fontes de odores desagradaacuteveis

12) Qualidade sanitaacuteria dos ambientes

Controle da exposiccedilatildeo eletromagneacutetica

Criaccedilatildeo de condiccedilotildees de higiene especiacuteficas

13) Qualidade sanitaacuteria do ar

Garantia de uma ventilaccedilatildeo eficaz

Controle das fontes de poluiccedilatildeo

14) Qualidade sanitaacuteria da aacutegua

Qualidade e durabilidade dos materiais empregados em redes internas

Organizaccedilatildeo e proteccedilatildeo das redes internas

Controle da temperatura na rede interna

Controle dos tratamentos anticorrosivo e antiincrustaccedilatildeo Quadro 5 ndash Subcategorias do sistema AQUA (conclusatildeo)

Fonte Fundaccedilatildeo Vanzolini (2011)

Para cada categoria analisada eacute atribuiacutedo um niacutevel de desempenho bom

superior e excelente A Figura 3 demonstra que para obter a certificaccedilatildeo nas

fases programa concepccedilatildeo e realizaccedilatildeo o edifiacutecio precisa atingir pelo menos

trecircs de niacutevel excelente e no maacuteximo 7 niacutevel bom Sendo assim este sistema

natildeo possui escala de pontuaccedilatildeo global

Figura 3 ndash Niacuteveis de avaliaccedilatildeo AQUA

Fonte Fundaccedilatildeo Vanzolini (2011)

41

2441 Certificaccedilatildeo AQUA ndash fase operaccedilatildeo e uso

A primeira versatildeo do Referencial Teacutecnico de Operaccedilatildeo e Uso para

edifiacutecios de serviccedilos foi elaborado em maio de 2010 e ainda encontra-se em

fase de revisatildeo O referencial completo pode ser consultado no Anexo 3 e estaacute

dividido em cinco partes

I - Sistema de gestatildeo da operaccedilatildeo (SGO)

Gestatildeo para compromisso planejamento e controle de desempenho

II ndash Qualidade intriacutenseca (QI)

Perfil da qualidade ambiental do edifiacutecio

III ndash Melhoria da qualidade intriacutenseca (MQI)

Melhoria da qualidade ambiental do conjunto em relaccedilatildeo ao planejamento

IV ndash Controle da qualidade intriacutenseca (CQI)

Qual eacute a forma de garantir o desempenho do edifiacutecio

V ndash Qualidade ambiental das praacuteticas (QAP)

Rotinas - Basicamente divido em compras comunicaccedilatildeo e gestatildeo

Na fase operaccedilatildeo e uso a forma de avaliaccedilatildeo difere das demais fases a

Tabela 1 apresenta a pontuaccedilatildeo miacutenima para ser excelente nas 14 categorias

Tabela 1 ndash Perfil da qualidade ambiental do edifiacutecio em operaccedilatildeo

Fase Programa da Operaccedilatildeo e Uso Pontos miacutenimos em E

Categoria 1- Relaccedilatildeo do edifiacutecio com seu entorno 50 dos pontos aplicaacuteveis

Categoria 2 - Escolha integrada de produtos sistemas e processos construtivos gt 12

Categoria 3 - Canteiro de obras gt 4

Categoria 4 - Energia gt 18 sendo 8 em CQI

Categoria 5 - Aacutegua gt 12 sendo 7 em CQI eou MQI

Categoria 6 - Resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo do edifiacutecio gt 5

Categoria 7 - Conservaccedilatildeo e manutenccedilatildeo gt 13 sendo 8 em CQI ou MQI

Categoria 8 - Conforto higroteacutermico gt 9 sendo 3 em CQI

Categoria 9 - Conforto acuacutestico gt 4

Categoria 10 -Conforto visual gt 10 sendo 3 em CQI

Categoria 11 - Conforto Olfativo gt 7 sendo 3 em CQI

Categoria 12 - Qualidade sanitaacuteria dos ambientes gt 8 sendo 3 em CQI

Categoria 13 - Qualidade sanitaacuteria do ar gt 16 sendo 10 em CQI

Categoria 14 - Qualidade sanitaacuteria da aacutegua gt 8 sendo 5 em CQI

SGO - Sistema de gestatildeo da operaccedilatildeo Atender os requisitos aplicaacuteveis

QAP - Qualidade ambiental da praacutetica gt ou = 50 dos pontos aplicaacuteveis

Fonte Fundaccedilatildeo Vanzolini (2012)

42

Para alcanccedilar o niacutevel bom eacute necessaacuterio atender os requisitos exigidos em

todo referencial na coluna ldquoniacutevelrdquo m letra ldquoBrdquo conforme Figura 4 e para atingir o

niacutevel superior aleacutem de todos os itens ldquoBrdquo precisa atender tambeacutem todos com a

letra ldquoSrdquo

Figura 4 ndash Avaliaccedilatildeo na fase operaccedilatildeo e uso - processo AQUA

Fonte Referencial AQUA (2010)

43

3 METODOLOGIA

A presente dissertaccedilatildeo caracteriza-se como um estudo exploratoacuterio pois

visa ldquoproporcionar maior familiaridade com a questatildeo o problema com vistas a

tornaacute-lo mais expliacutecitordquo (GIL 2002) Geralmente o estudo eacute exploratoacuterio quando

haacute pouco conhecimento sobre o tema a ser abordado (AAKER et al2004) Por

ser um tipo de pesquisa muito especiacutefica quase sempre ela assume a forma

de um estudo de caso (GIL 2008)

A pesquisa tambeacutem se enquadra como pesquisa descritiva pois tem o

objetivo de descrever um determinado fenocircmeno (GIL 2008) Como qualquer

pesquisa ela depende tambeacutem de uma revisatildeo da literatura

Tratando se de uma pesquisa exploratoacuteria e descritiva a metodologia

utilizada foi a qualitativa Conforme Gephart (2004) a pesquisa qualitativa

fornece uma narrativa da visatildeo da realidade dos indiviacuteduos sendo altamente

descritiva Pode fornecer bases para compreender processos de gestatildeo e pode

humanizar a pesquisa realccedilando as intenccedilotildees humanas e os significados do

fenocircmeno (GEPHART 2004)

Para alcanccedilar os objetivos propostos o estudo foi desenvolvido em

algumas etapas segue a descriccedilatildeo das mais importantes

participaccedilatildeo no curso ldquoConstruccedilatildeo sustentaacutevel AQUA ndash Introduccedilatildeordquo

Ministrado pela Fundaccedilatildeo Vanzolini

participaccedilatildeo no curso ldquoConstruccedilatildeo Sustentaacutevel AQUA ndash O Sistema de

Gestatildeo do Empreendimento (SGE)rdquo Ministrado pela Fundaccedilatildeo Vanzolini

participaccedilatildeo no curso ldquoEnergia Solar Fotovoltaicardquo Ministrado pela Blue

Sol ministrado no Escritoacuterio Verde da UTFPR

estudo do referencial teacutecnico AQUA de construccedilatildeo ndash criteacuterios para

avaliaccedilatildeo da fase de construccedilatildeo de escritoacuterios - edifiacutecios comerciais

anaacutelise detalhada do referencial teacutecnico AQUA de Operaccedilatildeo e Uso

fornecido pela Fundaccedilatildeo Vanzolini

levantamento de dados elaboraccedilatildeo de diagnoacutestico inicial referente agrave

construccedilatildeo do Escritoacuterio Verde

referencial teoacuterico baseado na revisatildeo da literatura

realizaccedilatildeo estudo de caso avaliaccedilatildeo da operaccedilatildeo e uso do Escritoacuterio

Verde

44

Importante ressaltar que o cancelamento da realizaccedilatildeo do curso

Construccedilatildeo sustentaacutevel AQUA - operaccedilatildeo e uso previsto pela Fundaccedilatildeo

Vanzolini em outubro de 2012 prejudicaram em partes os resultados da

presente dissertaccedilatildeo

45

4 ESTUDO DE CASO ESCRITOacuteRIO VERDE DA UTFPR

41 CONTEXTUALIZACcedilAtildeO

Atualmente os Centros Universitaacuterios Sustentaacuteveis chamados

Greencampi satildeo uma realidade em diversos paiacuteses como Europa Estados

Unidos Austraacutelia e Nova Zelacircndia Os campi universitaacuterios assumem funccedilatildeo

relevante uma vez que estudantes professores e comunidade externa

convivem diariamente em espaccedilo integrado adaptando a este todas suas

atividades e necessidades (ESCRITOacuteRIO VERDE 2012)

A grande maioria dessas Universidades possui um Green Office ou

ldquoEscritoacuterio Verderdquo onde satildeo planejadas e implantadas as praacuteticas sustentaacuteveis

nos campi Atuando em conjunto com outros departamentos das

Universidades esse ldquoEscritoacuteriordquo atende a gestatildeo ambiental do campus

tornando mais faacutecil o gerenciamento interno das Instituiccedilotildees de Ensino

Superior (IES) (ESCRITOacuteRIO VERDE 2012)

No Brasil este movimento jaacute comeccedila a surgir em algumas IES seguindo

uma tendecircncia global e diante da necessidade das Universidades em se

posicionarem com relaccedilatildeo ao desenvolvimento de forma consciente perante a

sociedade O desenvolvimento sustentaacutevel natildeo se traduz assim apenas nas

praacuteticas de ensino mas na implantaccedilatildeo de praacuteticas de gestatildeo ambiental

(ESCRITOacuteRIO VERDE 2012)

O Escritoacuterio Verde empreendimento da Universidade Tecnoloacutegica Federal

do Paranaacute (UTFPR) Campus Curitiba conforme ilustrado na Figura 5 estaacute

localizado na Avenida Silva Jardim nordm 807 entre a Rua Des Westphalen e a

Av Mal Floriano Peixoto e aos fundos do local dispotildee de uma aacuterea com

quadra coberta e edifiacutecio onde se encontra instalado atualmente o Centro de

Liacutenguas da Universidade O empreendimento foi implantado na parte frontal do

terreno onde existia uma quadra esportiva polivalente em desuso

(ESCRITOacuteRIO VERDE 2012)

O edifiacutecio eacute um departamento da universidade que tem como escopo

desenvolver e implantar programas que reduzam o impacto ambiental das

atividades de ensino e pesquisa conduzidas no Campus Curitiba O Escritoacuterio

tambeacutem abriga a sede do ldquoCentro Regional de Integraccedilatildeo Expertise de

Educaccedilatildeo para o Desenvolvimento Sustentaacutevel ndash CRIE Curitibardquo um centro

46

aprovado pela UNU ndash Universidade das Naccedilotildees Unidas da ONU que compotildee

uma rede de mais de 80 centros no mundo e que visam promover a educaccedilatildeo

para a sustentabilidade (ESCRITOacuteRIO VERDE 2012)

Figura 5 - Localizaccedilatildeo do empreendimento em relaccedilatildeo agrave UTFPR e pontos estrateacutegicos

Fonte Google Earth (2011)

42 CONSTRUCcedilAtildeO DO ESCRITOacuteRIO VERDE

A ideacuteia foi concebida e projetada pelo Prof Dr Eloy Fassi Casagrande Jr

e a empresa ldquoEcoStudio ndash Soluccedilotildees Sustentaacuteveis em Arquitetura e Designrdquo

com apoio da Moacutedulo Arquitetura Sustentaacutevel e a TecVerde Engenharia Ltda

responsaacutevel pela adaptaccedilatildeo do projeto para o sistema construtivo wood-frame

baseado em tecnologia alematilde As Figuras 6 e 7 satildeo as plantas esquemaacuteticas

do EV a Figura 8 eacute o volume projetado e as Figuras 9 e 10 satildeo imagens do

Escritoacuterio finalizado O projeto arquitetocircnico estaacute disponiacutevel no Anexo 2

47

Figura 6 ndash Planta esquemaacutetica do piso teacuterreo do EV

Fonte A autora (2012)

Figura 7 ndash Planta esquemaacutetica do mezanino do EV

Fonte A autora (2012)

48

Figura 8 ndash Perspectiva lateral esquerda do Escritoacuterio Verde

Fonte CASAGRANDE JR (2012)

Figura 9 ndash Vista da lateral esquerda do Escritoacuterio Verde

Fonte Escritoacuterio Verde Online (2012)

Figura 10 ndash Vista dos fundos do Escritoacuterio Verde

Fonte Fonte Escritoacuterio Verde Online (2012)

49

A construccedilatildeo do EV iniciou-se em agosto de 2010 parcerias com a

parceria de aproximadamente 60 empresas que contribuiacuteram com a doaccedilatildeo de

produtos equipamentos e materiais de baixo impacto ambiental

estabelecendo um novo modelo da relaccedilatildeo escola-empresa A obra tambeacutem

contou com o apoio de diversos departamentos da UTFPR em especial o

DICEP ndash Divisatildeo de Conservaccedilatildeo de Edificaccedilotildees e Produccedilatildeo

O projeto foi idealizado seguindo o conceito de arquitetura bioclimaacutetica

possibilitando ventilaccedilatildeo cruzada aproveitamento da fachada norte para

captaccedilatildeo de energia solar a utilizaccedilatildeo de telhado verde que favorece o

conforto ambiental da edificaccedilatildeo entre outros

O Sistema construtivo Wood-frame agilizou a primeira etapa da obra

concluiacuteda em apenas 5 dias Na Figura 11 observa-se a montagem do EV

necessitando de um guindaste para levantamento das paredes que chegaram

ao canteiro de obra prontas de faacutebrica contribuindo com a geraccedilatildeo miacutenima de

resiacuteduos

Figura 11 ndash Montagem das paredes do Escritoacuterio Verde

Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011)

50

Na segunda fase da obra houve a colocaccedilatildeo da cobertura os paineacuteis de

acabamento externo e a colocaccedilatildeo das esquadrias Para o telhado optou-se

pelo sistema rdquoshinglerdquo Os acabamentos externos SmartSide e Siding Vinilico

foram aplicados apoacutes a colocaccedilatildeo de uma membrana hidroacutefuga (Figura 12)

que atua como barreira contra vento poeira vapor drsquoaacutegua e calor

Figura 12 ndash Aplicaccedilatildeo de manta hidroacutefuga nas paredes externas

Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011)

A terceira fase ocorreu em marccedilo de 2011 com a instalaccedilatildeo dos sistemas

sustentaacuteveis como coleta de aacutegua pluvial e sistema fotovoltaico Em paralelo

iniciou-se a fase de acabamento interno e execuccedilatildeo do telhado verde

conforme Figuras 13 e 14

Figura 13 ndash Sistema de moacutedulos em EVA Figura 14 ndash Execuccedilatildeo do telhado verde

Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011) Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011)

51

A Figura 15 demonstra a aplicaccedilatildeo de alguns acabamentos internos No

revestimento das paredes utilizaram-se placas decowall da empresa LP Brasil

no teto tem-se a aplicaccedilatildeo de placas termo-acuacutesticas em madeira mineralizada

suspensas no teto em perfis metaacutelicos o piso elevado foi revestido com

carpete fabricado com material reciclado e as luminaacuterias utilizam lacircmpadas

LED

Figura 15 ndash Revestimentos internos do EV

Fonte Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011)

O Escritoacuterio Verde completou 1 ano de operaccedilatildeo em 06 de dezembro de

2012 periacuteodo em que recebeu duas premiaccedilotildees Precircmio Guia do Estudante ndash

Destaque do Ano na categoria sustentabilidade premiaccedilatildeo da Editora Abril

em parceria com Santander Universidade e um Precircmio da ONU durante a

ldquoSeacutetima Conferecircncia dos Centros de Expertise em Educaccedilatildeo para o

Desenvolvimento Sustentaacutevelrdquo em Tongyeang na Coreacuteia do Sul por

contribuiccedilatildeo na participaccedilatildeo comunitaacuteria em praacuteticas para a sustentabilidade

52

5 RESULTADOS E DISCUSSOtildeES

51 AVALIACcedilAtildeO DO DESEMPENHO AMBIENTAL DO EV

Os resultados apresentados neste capiacutetulo foram dispostos seguindo a

mesma sequecircncia apresentada no referencial de operaccedilatildeo e uso Parte I ndash

Sistema de Gestatildeo da Operaccedilatildeo (SGO) As partes II III e IV foram compiladas

pois representam a Qualidade Ambiental do Edifiacutecio na Operaccedilatildeo (QAEop) e a

parte V - Qualidade Ambiental das Praacuteticas

511 SGO ndash Sistema de gestatildeo da operaccedilatildeo

Para o entendimento de alguns requisitos exigidos no SGO primeiramente

buscou-se a explicaccedilatildeo do SGE (sistema de gestatildeo do empreendimento)

exigido no inicio da fase programa considerado pelo AQUA como a ldquocoluna

vertebralrdquo da certificaccedilatildeo pois eacute a ferramenta para se alcanccedilar a qualidade

ambiental desejada O SGE quanto o SGO satildeo compostos pelos mesmos

itens

comprometimento do empreendedor - eacute a escolha do perfil de qualidade

ambiental desejado o qual deve ser justificado

implementaccedilatildeo e funcionamento - eacute o planejamento definiccedilatildeo de

competecircncias gestatildeo de contratos gestatildeo da comunicaccedilatildeo gestatildeo

documental responsaacuteveis por programar e monitorar cada accedilatildeo

gestatildeo do empreendimento - monitoramento avaliaccedilatildeo da qualidade

ambiental do edifiacutecio accedilotildees corretivas

aprendizagem revisatildeo - confrontar os resultados com os objetivos

definidos no perfil de qualidade ambiental

Primeiramente para definiccedilatildeo do perfil ambiental do edifiacutecio seguiu-se o

modelo sugerido pelo AQUA no referencial de 2007 (edifiacutecios novos) para

hierarquizaccedilatildeo das categorias em funccedilatildeo dos desafios ambientais

estabelecidos A avaliaccedilatildeo completa dos objetivos encontra-se no Anexo 2

A Tabela 2 representa o guia utilizado adaptado do modelo AQUA com

os pontos fortes definidos em cada categoria incluindo o item mobilidade

urbana pois eacute um dos pontos fortes considerados na implantaccedilatildeo do EV

53

Tabela 2 ndash Guia para hierarquizaccedilatildeo das categorias da QAE em funccedilatildeo dos desafios ambientais estabelecidos

EnergiaMaterias

primasAacutegua Ar Aacutegua Solo Ruiacutedos Odores

Local e construccedilatildeo

1 Relaccedilatildeo do edifiacutecio com o seu entorno

11 Consideraccedilatildeo do contexto F

12 Implantaccedilatildeo no terreno F F

2 Escolha integrada de produtos sistemas e processos construtivos

21 Adaptabilidade e durabilidade do edifiacutecio F

22 Escolhas de processos construtivos F F

23 Escolhas de produtos de construccedilatildeo F F

24 Fim de vida do edifiacutecio desconstrutibilidade reciclabilidade F F

3 Canteiro de obras

31 Produccedilatildeo de resiacuteduos identificaccedilatildeo gestatildeo dos resiacuteduos F

32 Incocircmodos e poluiccedilatildeo F F

33 Recursos - consumo de aacutegua e energia F

F = Relaccedilatildeo forte existente entre preocupaccedilatildeo e objetivo

Uma ceacutelula em branco natildeo significa necessariamente uma total ausecircncia de preocupaccedilatildeo

MO

BIL

IDA

DE

UR

BA

NA

OBJETIVOS DE CONTROLE DOS IMPACTOS AMBIENTAIS EXTERIORES E

INTERIORES DO EDIFICIO

Tabela 3 - Guia para a hierarquizaccedilatildeo das categorias de QAE em funccedilatildeo dos desafios ambientais estabelecidos

ME

LH

OR

AR

O

CO

NF

OR

TO

PR

ES

EE

RV

AR

A S

AU

DE

PREOCUPACcedilOtildeES AMBIENTAIS

PRESERVAR OS

RECURSOS

REDUZIR A

POLUICcedilAtildeO

REDUZIR OS

INCOMODOS

RE

DU

ZIR

OS

RE

SID

UO

S

Fonte A autora (2012)

Para o CREA-PR (2011) os deslocamentos natildeo devem ser tratados

apenas como a accedilatildeo de ir e vir mas a partir do conceito de mobilidade

acrescido da preocupaccedilatildeo com a sua sustentabilidade que pode ser traduzida

como o resultado de um conjunto de poliacuteticas de transporte e circulaccedilatildeo que

priorize os modos natildeo motorizados e coletivos de transporte e a acessibilidade

urbana visando tambeacutem as pessoas com deficiecircncia eou mobilidade reduzida

Apoacutes a definiccedilatildeo dos desafios ambientais a serem perseguidos

desenhou-se o perfil ambiental proposto para o Escritoacuterio Verde que pode ser

visualizado na Figura 16 4 categorias niacutevel bom 3 niacutevel superior e 7 niacutevel

excelente

54

Figura 16 ndash Perfil ambiental proposto para o EV

Fonte A autora (2011)

512 QAEop ndash Qualidade Ambiental do Edifiacutecio na Fase Operaccedilatildeo

A QAEop eacute composta por 3 partes Parte II ndash QI Qualidade Intriacutenseca

Parte III ndash MQI Melhoria da Qualidade Intriacutenseca Parte IV ndash CQI Controle da

Qualidade Intriacutenseca Cada categoria foi analisada conforme requisitos

exigidos no referencial AQUA de operaccedilatildeo e uso O campo avaliaccedilatildeo refere-se

ao atendimento ou natildeo do requisito exigido Os campos na coluna avaliaccedilatildeo

que ficaram em branco representam os itens que necessitam de maior

detalhamento para se proceder com a avaliaccedilatildeo

55

Categoria 1 ndash Relaccedilatildeo do edifiacutecio com seu entorno

1 Relaccedilatildeo do Edificio com seu entorno Avaliaccedilatildeo

QI 11

Coerecircncia no uso e operaccedilatildeo do empreendimento no terreno em relaccedilatildeo agraves poliacuteticas locais de

desenvolvimento urbano sustentaacutevel Atende

QI 12 Otimizar os acessos e gerenciar os fluxos Atende

QI 13 Gerenciar os modos de deslocamento e favorecer os menos poluentes Atende

QI 14 Preservar Melhorar a qualidade ecoloacutegica e paisagiacutestica do local do empreendimento Atende

QI 15 Preservar Melhorar a biodiversidade Atende

QI 16 Prevenir o risco de inundaccedilotildees e limitar a poluiccedilatildeo difusa Atende

QI 17 Garantir o conforto ambiental exterior satisfatoacuterio Atende

QI 18 Garantir a iluminaccedilatildeo exterior satisfatoacuteria e limitar os incocircmodos visuais para a vizinhanccedila Atende

QI 19 Limitar a poluiccedilatildeo sonora e garantir o direito agrave calma da vizinhanccedila Atende

QI 110 Garantir espaccedilos exteriores saudaacuteveis e garantir o direito agrave sauacutede dos ocupantes Atende

QI 111 Acessibilidade Accedilatildeo corretiva

Quadro 6 ndash Avaliaccedilatildeo categoria 1 - QI

Fonte Referencial AQUA (2010)

1 Avaliaccedilatildeo

CQI 11 Garantir a conservaccedilatildeo adequada dos espaccedilos exteriores atende

CQI 12 Otimizar as condiccedilotildees de conservaccedilatildeo dos espaccedilos exteriores atende

CQI 13 Supervisionar a qualidade do ar nos estacionamentos fechados Natildeo se aplica

CQI 14Garantir a conservaccedilatildeo e manutenccedilatildeo das instalaccedilotildees de resfriamento nos sistemas de

condicionamento de ar Natildeo se aplica

Relaccedilatildeo do Edificio com seu entorno

Quadro 7 ndash Avaliaccedilatildeo categoria 1 - CQI

Fonte Referencial AQUA (2010)

As consideraccedilotildees a seguir satildeo referentes aos criteacuterios avaliados na QI 13

QI 13 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo

B Atende

Medidas tomadas para limitar o nuacutemero de vagas de estacionamento em funccedilatildeo dos

meios de deslocamento apresentados (salvo recomendaccedilatildeo contraacuteria da legislaccedilatildeo) S E 1 Atende

Medidas tomadas para gerenciar da melhor forma as vagas disponiacuteveis para

estacionamento (sistemas automatizados vigilacircncia manobristas etc)S E 1 NA

Presenccedila de aacuterea de estacionamento reservada aos veiacuteculos limpos S E 1 Implantar

Presenccedila de aacuterea de estacionamento reservada aos veiacuteculos limpos equipados com

dispositivos que favoreccedilam a sua utilizaccedilatildeoS E 2 NA

Disponibilidade de bicicletaacuterios aos ocupantes do edifiacutecio S E 2 Implantar

Presenccedila de bicicletaacuterios em locais ou abrigos seguros e protegidos ou visiacuteveis a partir

de um posto de vigilacircncia (guarita etc)S E 3 Implantar

Presenccedila de espaccedilos comuns apropriados (vestiaacuterios chuveiros) para os funcionaacuterios

ciclistasS E 4 X

Garantir a proximidade com

os transportes coletivosImplantaccedilatildeo do projeto a menos de 400m de um ponto de transporte coletivo S E 1 Atende

NA - Natildeo se aplica

X - Natildeo haacute e sem possibilidade de adaptaccedilatildeo

Apresentaccedilatildeo da situaccedilatildeo atual em termos meios de deslocamento existentes no local do empreendimento

especialmente os menos poluentes

Veiacuteculos particulares

Favorecer o uso de veiacuteculos

limpos

Favorecer o uso de modos de

deslocamento menos

poluentes

Quadro 8 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 13

Fonte Referencial AQUA (2010)

56

O Escritoacuterio Verde estaacute localizado em regiatildeo central de Curitiba

possuindo um sistema puacuteblico de transporte composto por 26 linhas de

transporte coletivo as quais permitem a ligaccedilatildeo dos bairros ao centro da

cidade

A Rede Integrada de Transportes ndash RIT possui uma tarifa uacutenica com

embarque e desembarque em niacutevel nas ldquoEstaccedilotildees Tubordquo e em pontos de

ocircnibus ou terminais de integraccedilatildeo localizados em diversos pontos da cidade

A URBS ndash Urbanizaccedilatildeo de Curitiba SA eacute a empresa responsaacutevel pelas

accedilotildees estrateacutegicas de planejamento operaccedilatildeo e fiscalizaccedilatildeo que envolve os

serviccedilos essenciais de transporte e tracircnsito da cidade Exerce o controle do

transporte de toda Regiatildeo Metropolitana permitindo que a Rede de

Transportes de Curitiba seja integrada em acircmbito metropolitano

Proacuteximos ao empreendimento encontram-se linhas de transporte

interligando os principais eixos da cidade de Curitiba (a exemplo os eixos

Norte e Sul eixo Boqueiratildeo) permitindo assim a mobilidade dos usuaacuterios

Tambeacutem a 16 km do empreendimento estaacute a Estaccedilatildeo Rodoviaacuteria de Curitiba

responsaacutevel por centralizar o transporte coletivo intermunicipal interestadual e

internacional que tecircm a Cidade de Curitiba como ponto de partida de chegada

ou de escala

O Aeroporto Internacional Afonso Pena encontra-se a aproximadamente

164 km ou (40 min) do empreendimento no Municiacutepio de Satildeo Joseacute dos

Pinhais PR De modo a facilitar o deslocamento de usuaacuterios no sentido

aeroporto - rodoviaacuteria ndash aeroporto ndash esses tecircm agrave sua disposiccedilatildeo linha de

ocircnibus especial A linha faz ligaccedilatildeo com Aeroporto Internacional Afonso Pena

localizado em Satildeo Joseacute dos Pinhais - PR agrave Rodoferroviaacuteria e ao Centro de

Curitiba Sendo assim fomenta a mobilidade urbana restando ainda a

implantaccedilatildeo de um paraciclo e possivelmente reservar a aacuterea livre nos fundos

da edificaccedilatildeo para estacionamento exclusivo de veiacuteculos limpos

Criteacuterios de avaliaccedilatildeo QI 111 referente agrave acessibilidade

QI 111 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo

Respeito agraves regulamentaccedilotildees de acessibilidade e instalaccedilatildeo de sinalizaccedilatildeo adaptada agrave

funcionalidade dos espaccedilos externos__ Accedilatildeo corretiva

Em funccedilatildeo do local do empreendimento e das atividades presenccedila de espaccedilos de

conviacutevio de repouso ou de atividades particulares __ Accedilatildeo corretiva

Acessibilidade

Quadro 9 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 111

Fonte Referencial AQUA (2010)

57

O referencial natildeo apresenta o niacutevel de avaliaccedilatildeo do item QI 111 pois se

trata de um item obrigatoacuterio

O EV ainda natildeo atende alguns requisitos exigidos pela a ABNTNBR

90502004 Seguem alguns pontos da normativa para accedilotildees corretivas

Item 6711 - Os corrimatildeos devem ser instalados em ambos os lados

dos degraus isolados das escadas fixas e das rampas

Item 55 - Sinalizaccedilatildeo visual

Item 724 ndash Barra de apoio em sanitaacuterio

Item 7314 - Bacia com altura inferior

Item 7362 ndash Lavatoacuterios suspensos

Quanto o acesso ao mezanino entende-se que as mesmas atividades

podem ser desenvolvidas no piso teacuterreo natildeo necessitando de adaptaccedilatildeo para

acesso ao mezanino

Categoria 2 ndash Escolha integrada de produtos sistemas e processos

construtivos

O texto informado na QI da categoria 2 (paacuteginas 8 e 9 de 29) eacute o mesmo

descrito na CQI (paacuteginas 3 e 4 de 26) necessitando de revisatildeo

2 Avaliaccedilatildeo

QI 21 Assegurar a facilidade de acesso para a conservaccedilatildeo do edifiacutecio Atende

QI 22

Inventaacuterio das informaccedilotildees conhecidas a respeito dos produtos de construccedilatildeo presentes no

empreendimento Atende

Escolha integrada de produtos sistema e processos construtivos

Quadro 10 ndash Avaliaccedilatildeo categoria 2 - QI

Fonte Referencial AQUA (2010)

2 Avaliaccedilatildeo

MQI 21 Consideraccedilatildeo da adaptabilidade durante as atividades de renovaccedilatildeo Atende

MQI 22 Consideraccedilatildeo da durabilidade durante as atividades de renovaccedilatildeo Atende

MQI 23

Consideraccedilatildeo da facilidade de conservaccedilatildeo e da limitaccedilatildeo dos impactos ambientais das rotinas

de conservaccedilatildeo durante a renovaccedilatildeo dos revestimentos internos Atende

MQI 24 Consideraccedilatildeo do impacto ambiental na renovaccedilatildeo dos revestimentos internos Atende

MQI 25 Responsabilidade no uso da madeira nas atividades de renovaccedilatildeo Atende

MQI 26

Consideraccedilatildeo do impacto sanitaacuterio relativo agrave qualidade do ar interno na renovaccedilatildeo dos

revestimentos internos Atende

Escolha integrada de produtos sistema e processos construtivos

Quadro 11 ndash Avaliaccedilatildeo categoria 2 - MQI

Fonte Referencial AQUA (2010)

58

Criteacuterios avaliados no item QI 22

QI 22 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo

A situaccedilatildeo atual em termos de conhecimento dos impactos ambientais na escala do

empreendimento e sobre sua vida uacutetil considerando o uso de recursos renovaacuteveis a

incorporaccedilatildeo de resiacuteduos ou material reciclado como mateacuteria-prima o consumo de

recursos naturais a desmontabilidade e a possibilidade de reuso reciclagem a

geraccedilatildeo de resiacuteduos e na medida do possiacutevel a emissatildeo de gases contribuintes para

o EE n(efeito estufa) e a destruiccedilatildeo da camada de ozocircnio

A situaccedilatildeo atual em termos de conhecimento das emissotildees de COV e formaldeiacutedos

Valorizaccedilatildeo do

conhecimento da

contribuiccedilatildeo dos

produtos de

construccedilatildeo aos

impactos

ambientais e

sanitaacuterios do

empreendimento

Conhecimento dos impactos ambientais de 50 dos elementos da famiacutelia de produtos

de obra limpa na escala do empreendimento e sobre sua vida uacutetil considerando o

consumo de recursos naturais a desmontabilidade e a possibilidade de reuso

reciclagem a geraccedilatildeo de resiacuteduos

E 2 Atende

Conhecimento dos impactos ambientais de 50 dos elementos da famiacutelia de produtos

de obra limpa na escala do empreendimento e sobre sua vida uacutetil considerando o

consumo de recursos naturais a desmontabilidade e a possibilidade de reuso

reciclagem a geraccedilatildeo de resiacuteduos

E 2 Atende

Idem acima e conhecimento dos impactos ambientais de 50 dos elementos da famiacutelia

de produtos de obra limpa na escala do empreendimento e sobre sua vida uacutetil

considerando o uso de recursos renovaacuteveis a incorporaccedilatildeo de resiacuteduos ou material

reciclado como mateacuteria-prima a emissatildeo de gases contribuintes para o EE e a

destruiccedilatildeo da camada de ozocircnio

E 5 Atende

Conhecimento das emissotildees de COV e formaldeiacutedos para 25 dos elementos da

famiacutelia de revestimentos internos (piso parede teto produtos de acabamento)E 2 Atende

Conhecimento das emissotildees de COV e formaldeiacutedos para 50 dos elementos da

famiacutelia de revestimentos internos (piso parede teto produtos de acabamento)E 5 Atende

A partir do

inventaacuterio de

materiais de

construccedilatildeo

(desenvolvido no

SGO) apresentar

para a famiacutelia de

produtos da obra

limpa (definidas

B

Valorizaccedilatildeo do

conhecimento da

contribuiccedilatildeo dos

produtos de

construccedilatildeo aos

impactos

ambientais e

sanitaacuterios do

empreendimento

Atende

Quadro 12 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 111

Fonte Referencial AQUA (2010)

O sistema construtivo utilizado foi o Wood Frame que possibilita a

construccedilatildeo de edificaccedilotildees mais eficientes uma vez que apresenta benefiacutecios

econocircmicos e ambientais Desenvolvida a mais de 100 anos na Ameacuterica do

Norte atualmente 90 das casas suecas e canadenses e mais de 75 das

americanas utilizam esta tecnologia

Os paineacuteis de OSB utilizados no processo construtivo permitem a

concepccedilatildeo de empreendimentos de ateacute 8 pavimentos A tecnologia incorpora

alguns dispositivos para racionalizar o consumo de aacutegua e energia aleacutem disso

a seleccedilatildeo de materiais contribui a reduccedilatildeo do impacto gerado durante a fase

de implantaccedilatildeo A madeira de reflorestamento utilizada eacute material renovaacutevel

com baixo consumo energeacutetico e boa possibilidade de aproveitamento dos

resiacuteduos aleacutem de contribuir positivamente na renovaccedilatildeo do ar (GOIS

CASAGRANDE JR 2011) A montagem dos paineacuteis em faacutebrica demorou

59

apenas 12 dias depois de fabricados e transportados em 5 dias foi possiacutevel

montar a estrutura do EV in loco

A TecVerde foi a empresa responsaacutevel pela fabricaccedilatildeo e execuccedilatildeo de

toda obra execuccedilatildeo de projetos estruturais de montagem e detalhamento para

o sistema construtivo Possui faacutebrica na regiatildeo metropolitana de Curitiba em

Pinhais ndash PR onde realiza a produccedilatildeo das edificaccedilotildees

No caso do Escritoacuterio Verde foi executado um radier de 12cm utilizando

concreto usinado (cimento CP V-ARI Cimento Portland alta resistecircncia inicial)

sobre a base de concreto da quadra poliesportiva (Figura 17) Este

procedimento serve para ancoragem das paredes (Figura 18) e as eleva para

evitar o contato com aacutegua que eventualmente pode pairar sobre a quadra em

funccedilatildeo de uma chuva mais forte

Figura 17ndash Execuccedilatildeo do radier Figura 18ndash Ancoragem das paredes

Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011) Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011)

As paredes foram montadas com OSB em caibros de pinus tratado

(Figura 19) jaacute com a manta de PET reciclado de 75 mm (Figura 20) e manta de

pneu reciclado de 8 mm (Figura 21) para isolamento teacutermico-acuacutestico Depois

de erguidas no local da obra receberam os acabamentos da empresa LP

Brasil sendo que no lado externo foi aplicada uma membrana hidroacutefuga

utilizada como barreira de vapor satildeo peliacuteculas que visam evitar que a aacutegua da

chuva e a umidade interna penetrem na parede protegendo a estrutura e

aumentando sua durabilidade finalizando com painel Smartside e Siding

60

Vinilico (Figura 22 e 23) aleacutem do painel TechShield (Figura 25) para base do

telhado

Figura 19 - Modelo construtivo wood frame

Fonte DOMUS STUDIO ARQUITETURA (2011)

Figura 20 - Manta de PET reciclado Figura 21- Manta de pneu reciclado

Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011) Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011)

A latilde de PET e a manta de pneu (Figuras 20 e 21) foram usadas como

isolantes termoacuacutestico no Escritoacuterio Verde e satildeo 100 reciclaacuteveis Aleacutem do

fato da latilde natildeo causar coceira dispensa o uso de EPIrsquos (como no caso da latilde de

vidro) e eacute um produto natildeo canceriacutegeno antialeacutergico No entanto a manta de

pneu natildeo haacute informaccedilotildees suficientes sobre a toxidade da fumaccedila emitida

quando em processo de combustatildeo

61

Figura 22 - Painel Smartside

Fonte LP BRASIL (2012)

Figura 23 - Siding Vinilico

Fonte Escritoacuterio Verde Online (2012)

Figura 24 - Painel TechShield

Fonte LP BRASIL (2012)

62

Os paineacuteis SmartSide foram desenvolvidos exclusivamente para uso

como revestimentos externos e internos de paredes Possuem tripla funccedilatildeo

pois aleacutem de revestir e vedar as paredes tambeacutem auxiliam no

contraventamento da estrutura Satildeo protegidos contra o ataque de cupins e a

degradaccedilatildeo de fungos e recebem como revestimento uma peliacutecula que confere

ao produto aparecircncia da madeira natural O produto anti-cupim que tem Borato

de Zinco como base confere uma garantia de 20 anos por parte da empresa

No Escritoacuterio Verde foi usado o modelo Painel H (painel com ranhuras

horizontais) de largura 122 m comprimento 488 m espessura 111 mm e

ranhuras a cada 200 mm

Os paineacuteis TechShield satildeo paineacuteis de OSB revestidos em uma das faces

com foil de alumiacutenio que garante uma menor absorccedilatildeo do calor proveniente

dos raios solares O TechShield pode ser aplicado sobre telhados ou em

paredes melhorando o desempenho teacutermico das construccedilotildees pois reflete 97

da radiaccedilatildeo solar reduz em ateacute 10 a temperatura do aacutetico ou soacutetatildeo e otimiza

a matildeo de obra jaacute que tem incorporado o foil de alumiacutenio Eacute fabricado no

formato de 120 x 240 m e espessura de 111 mm

Internamente foram aplicados o painel Decowall e placa cimentiacutecia

(Figuras 25 e 26) Outros produtos da LP Brasil empregados no projeto foram

as Vigas I (Figuras 27 e 28) e as telhas Shingle (Figura 29)

Figura 25 ndash Painel Decowall Figura 26 ndash Placa cimentiacutecia

Fonte LP BRASIL (2012) Fonte PlacLux (2012)

63

Figura 27 ndash Vigas I Figura 28 ndash Passagem da tubulaccedilatildeo na viga I

Fonte LP BRASIL (2012) Fonte LP BRASIL (2012)

As vigas I forma utilizadas na estrutura da cobertura e laje do mezanino

satildeo leves riacutegidas e de alta resistecircncia projetadas para suportar grandes

cargas permitindo a aplicaccedilatildeo em grandes vatildeos com resistecircncia uniforme e

constante sem que haja flambagem ou torccedilotildees em sua estrutura melhorando

a qualidade e solidez de pisos e forros Possui altura de 241 cm largura de

63 cm comprimento de 119 cm e peso de 403 kg

Figura 29 - Modelo construtivo da cobertura em wood frame

Fonte LP BRASIL (2012)

A LP Telha Shingle eacute composta por uma manta de fibra de vidro saturada

em asfalto e gracircnulos ceracircmicos sendo quatro vezes mais leve que outras

64

telhas Eacute resistente a ventos de ateacute 100 kmh Possui excelente resistecircncia

mecacircnica e suas dimensotildees satildeo 336 x 1000 mm O sistema foi composto por

estrutura de madeira contraventada por paineacuteis LP OSB Home Plus estrutural

que servem de base para a aplicaccedilatildeo da LP Subcobertura e da LP Telha

Shingle A LP Subcobertura protege e garante a estanqueidade da cobertura

O projeto do Escritoacuterio Verde estabeleceu parceria com a empresa MADO

de Satildeo Paulo para fabricar todas as janelas com vidro duplo em madeira lyptus

reflorestada algumas com o sistema abrir e tombar (Figura 30) esse uacuteltimo

possibilita a ventilaccedilatildeo indireta podendo ser aberta mesmo em dias de chuva

sem a entrada de aacutegua Os vidros duplos das janelas foram doados pela

empresa Cebrace

Figura 30 ndash Sistema tombar para ventilaccedilatildeo indireta

Fonte MADO (2012)

No piso do teacuterreo do Escritoacuterio Verde sobre o radier foi colocado o piso

elevado da empresa REMASTER que permite todo cabeamento eleacutetrico e de

loacutegica por baixo do mesmo O piso modular e feito em polipropileno sendo

mais de 80 de material reciclado conferindo para cada peccedila uma leveza

65

maior do que os produtos similares menos de 3 kg A facilidade de manuseio

rapidez na instalaccedilatildeo e a mobilidade da soluccedilatildeo permite reaproveitamento na

mudanccedila preservando mais de 98 do seu investimento

Figura 31 ndash Piso elevado modular

Fonte REMASTER (2012)

O acabamento colocado sobre o piso elevado foi o carpete modular

reciclados e reciclaacuteveis da Interface FLOR que usa o sistema tactile (Figura 32)

que reduz o impacto ambiental dos produtos adesivos na instalaccedilatildeo do

carpete Fabricados em placas de (50 x 50 cm) unem-se entre si para criar uma

instalaccedilatildeo duraacutevel sem ter que fixar permanentemente o carpete ao piso

Possui tambeacutem capa hipoalergecircnica que evita a proliferaccedilatildeo de agentes

aleacutergicos

Figura 32 ndash Carpete modular com sistema tactile

Fonte Interface FLOR (2012)

Nas instalaccedilotildees hidrossanitaacuterias foram utilizados tubos de PVC da

empresa AMANCO para o esgoto e tambeacutem o sistema PEX (Polietileno de Alta

Densidade Reticulado) para aacutegua quente e fria nos banheiros o hydro-pex da

66

empresa EPEX Trata-se de um sistema mais econocircmico de grande

flexibilidade e facilidade na instalaccedilatildeo e alta durabilidade

Figura 33 ndash Sistema hidro-pex

Fonte EPEX (2012)

Categoria 3 ndash Canteiro com baixo impacto ambiental

3 Avaliaccedilatildeo

CQI 31 Gestatildeo de resiacuteduos de conservaccedilatildeo e manutenccedilatildeo produzidos durante as intervenccedilotildees Atende

CQI 32 Otimizar as condiccedilotildees de retirada dos resiacuteduos de conservaccedilatildeo e manutenccedilatildeo Atende

CQI 33 Otimizar a eliminaccedilatildeo dos resiacuteduos de conservaccedilatildeo e manutenccedilatildeo Atende

CQI 34 Limitar os incocircmodos causados pelas intervenccedilotildees de conservaccedilatildeo e manutenccedilatildeo Atende

Canteiro de obra com baixo impacto ambiental

Quadro 13 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI

Fonte Referencial AQUA (2010)

A categoria 3 na fase operaccedilatildeo natildeo consta na parte I do referencial (QI)

pois eacute aplicada somente quando haacute manutenccedilatildeo no edifiacutecio

O Escritoacuterio necessitou de pequenas intervenccedilotildees e grande parte dos

resiacuteduos foi aproveitada no proacuteprio canteiro e outros como embalagens

plaacutesticas ou papelatildeo foram destinados para reciclagem Mas no sistema de

gestatildeo eacute necessaacuterio prever um plano de gestatildeo de resiacuteduos da construccedilatildeo

civil

67

Categoria 4 ndash Gestatildeo de energia

4 Avaliaccedilatildeo

QI 41 Melhorar a aptidatildeo da envoltoacuteria para limitar desperdiacutecios

QI 42 Melhorar a aptidatildeo do edifiacutecio para reduzir suas necessidades energeacuteticas

QI 43

Reduzir o consumo de energia primaacuteria devido ao aquecimento resfriamento agrave iluminaccedilatildeo ao

aquecimento de aacutegua agrave ventilaccedilatildeo e aos equipamentos auxiliares Atende

QI 44 Recorrer agraves energias renovaacuteveis locais Atende

QI 45 Conhecer as poluiccedilotildees causadas pelo consumo de energia Atende

QI 46 Conhecer a influecircncia dos sistemas de controle no desempenho energeacutetico do edifiacutecio Atende

Gestatildeo de Energia

Quadro 14 ndash Avaliaccedilatildeo categoria 4 ndash QI

Fonte Referencial AQUA (2010)

4 Avaliaccedilatildeo

MQI 41 Melhoria do desempenho energeacutetico do edifiacutecio Atende

Gestatildeo de Energia

Quadro 15 ndash Avaliaccedilatildeo categoria ndash MQI

Fonte Referencial AQUA (2010)

4 Avaliaccedilatildeo

CQI 41 Desempenho global do consumo de energia Atende

CQI 42 Desempenho global das emissotildees relacionadas ao consumo de energia Atende

CQI 43 Otimizar o acompanhamento do consumo de energia Atende

CQI 44 Analisar regularmente os consumos de energia Atende

CQI 45 Instalaccedilatildeo de um serviccedilo de eficaacutecia energeacutetica Atende

CQI 46 Garantir o controle dos equipamentos frigoriacuteficos e climaacuteticos Natildeo se aplica

Gestatildeo de Energia

Quadro 16 ndash Avaliaccedilatildeo categoria ndash CQI

Fonte Referencial AQUA (2010)

Criteacuterios avaliados no item QI 44

QI 44 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo

B Atende

Exploraccedilatildeo de modalidades energeacuteticas locais de origem renovaacutevel Explicitaccedilatildeo da

porcentagem de cobertura das necessidades pelas energias locais de origem renovaacutevel

(detalhada por uso final energeacutetico) Anaacutelise e justificativa da pertinecircncia da modalidade

escolhida

E 2 Atende

- Mais de 30 do consumo de energia para o sistema de aquecimento eacute garantido por

uma EnRE 1 NA

- Mais de 10 do consumo de energia para o sistema de resfriamento eacute garantido por

uma EnRE 1 NA

- Mais de 30 do consumo de energia para o aquecimento de aacutegua eacute garantido por

uma EnRE 1 NA

- Edifiacutecio possui sistema de produccedilatildeo de energia eleacutetrica a partir de energias

renovaacuteveis garantindo uma produccedilatildeo anual de eletricidade de mais de 25kWhmsup2 de

aacuterea uacutetil em energia primaacuteria

E 1 Atende

- O edifiacutecio estaacute equipados de bombas a calor de alto desempenho E 1 NA

NA - Natildeo se aplica

Pontos

complementares

desempenho da

modalidade

explorada

Reflexatildeo sobre o uso das energias renovaacuteveis locais (EnR)

Quadro 17ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 44

Fonte Referencial AQUA (2010)

68

O EV possui dois sistemas fotovoltaicos distintos um sistema conectado agrave

rede eleacutetrica - SFCR com uma potecircncia instalada de 21 kWp (10 moacutedulos

KYOCERA de tecnologia de siliacutecio policristalino modelo KD210GXLP ligados

em seacuterie) e um inversor monofaacutesico em 220V de 2kW de potecircncia nominal

(PVPOWERED modelo PVP2000) que entrou em operaccedilatildeo em 14 de

dezembro de 2011 A aacuterea ocupada na cobertura da edificaccedilatildeo para esse

painel eacute de 15 msup2 (URBANETZ JR CASAGRANDE JR 2010)

Um SFCR eacute basicamente composto de um painel fotovoltaico que

converte a energia do sol em energia eleacutetrica em corrente contiacutenua e um

inversor que converte a corrente contiacutenua em corrente alternada com tensatildeo

e frequecircncia compatiacuteveis com a rede eleacutetrica da concessionaacuteria ao qual o

sistema estaacute interligado As principais vantagens desse tipo de sistema satildeo

elevada produtividade ausecircncia de banco de baterias e desligamento

automaacutetico no caso de falta de energia da rede (URBANETZ JR

CASAGRANDE JR 2010)

O sistema fotovoltaico isolado (SFI) eacute composto por um painel de 10

moacutedulos KYOCERA de tecnologia de siliacutecio policristalino modelo KC85T

sendo divido em dois subsistemas oito moacutedulos formam um sistema com

barramento CC em 24 V e os outros dois moacutedulos formam um sistema com

barramento CC em 12 V cada subsistema utiliza um controlador de carga do

tipo PWM alimentando um banco de baterias formado por 16 e 12 baterias

respectivamente As baterias satildeo do tipo chumbo-aacutecido para uso em sistemas

fotovoltaicos (marca PIONEIRO com 65 Ah cada) potencial ainda natildeo

utilizado (URBANETZ JR CASAGRANDE JR 2010)

Figura 34 ndash Painel fotovoltaico

Fonte Escritoacuterio Verde Online (2012)

69

O SFI eacute basicamente composto de um painel FV controlador de carga

banco de baterias e inversor Normalmente satildeo instalados em locais sem

acesso agrave rede eleacutetrica convencional mas podem tambeacutem ser utilizados para

atender cargas especiais de forma ininterrupta independente da rede eleacutetrica

da concessionaacuteria (URBANETZ JR CASAGRANDE JR 2010)

A anaacutelise do desempenho do SFCR do se baseia nos valores de energia

gerada durante estes primeiros dez meses de operaccedilatildeo e nos valores de

irradiaccedilatildeo incidentes no painel FV A partir da energia gerada e da irradiaccedilatildeo

incidente satildeo apresentados os iacutendices de meacuterito do SFCR em anaacutelise estes

iacutendices satildeo yield (produtividade) performance ratio (taxa de desempenho) e

fator de capacidade (URBANETZ JR CASAGRANDE JR 2012)

Desde a sua entrada em operaccedilatildeo em 14 de dezembro de 2011 ateacute 14 de

junho de 2012 (seis meses de operaccedilatildeo) gerou 13 MWh o que permite

projetar a geraccedilatildeo para cerca de 26 MWhano A geraccedilatildeo de energia eleacutetrica eacute

proporcional a irradiaccedilatildeo incidente no painel FV nos meses de veratildeo (maior

incidecircncia solar) haveraacute maior geraccedilatildeo de energia eleacutetrica e nos meses de

inverno (menor incidecircncia solar) haveraacute menor geraccedilatildeo A Tabela 3 apresenta

os valores de energia gerados em cada mecircs de operaccedilatildeo e a Tabela 4 a

energia diaacuteria meacutedia em cada mecircs de operaccedilatildeo (URBANETZ JR

CASAGRANDE JR 2012)

Tabela 3 ndash Energia gerada em cada mecircs de operaccedilatildeo do SFCR do EV

Fonte URBANETZ JR CASAGRANDE JR (2012)

Tabela 4 ndash Energia diaacuteria meacutedia gerada em cada mecircs de operaccedilatildeo do SFCR do EV

Fonte URBANETZ JR CASAGRANDE JR (2012)

70

Com a aprovaccedilatildeo feita pela Agecircncia Nacional de Energia Eleacutetrica

(ANEEL) do Sistema de Compensaccedilatildeo de Energia a proposta desenvolvida

pelo EV passou a ser viaacutevel economicamente O trabalho pioneiro

desenvolvido Sistema Fotovoltaico Conectado agrave Rede Eleacutetrica (SFCR) tem um

funcionamento ininterrupto limpo e silencioso

Categoria 5 ndash Gestatildeo da aacutegua

5 Avaliaccedilatildeo

QI 51 Garantir economia de aacutegua potaacutevel nos sanitaacuterios Atende

QI 52

Garantir economia de aacutegua potaacutevel para irrigaccedilatildeo dos espaccedilos verdes limpeza das aacutereas ou

outros usos Atende

QI 53 Gestatildeo das aacuteguas pluviais no local do empreendimento Atende

QI 54 Gestatildeo das aacuteguas de escoamento poluiacutedas Natildeo se aplica

QI 55 Gestatildeo das aacuteguas servidas Atende

Gestatildeo da Aacutegua

Quadro 18 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI

Fonte Referencial AQUA (2010)

5 Avaliaccedilatildeo

MQI 51 ManutenccedilatildeoMelhoria da qualidade ambiental intriacutenseca relativa agrave gestatildeo da aacutegua Atende

MQI 51 Escolha dos equipamentos durante as atividades de renovaccedilatildeo Atende

Gestatildeo da Aacutegua

Quadro 19 ndash Criteacuterios avaliados ndash MQI

Fonte Referencial AQUA (2010)

5 Avaliaccedilatildeo

CQI 51 Desempenho global do consumo de aacutegua Atende

CQI 52 Otimizar o acompanhamento do consumo d aacutegua Atende

CQI 53 Limitar o risco de vazamentos Atende

CQI 54 Analisar regularmente os consumos de aacutegua Atende

CQI 55 Otimizar a manutenccedilatildeo dos equipamentos de gestatildeo da aacutegua

CQI 56 Garantir o acompanhamento da demanda de intervenccedilotildees nas instalaccedilotildees hidraacuteulicas

Gestatildeo da Aacutegua

Quadro 20 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI

Fonte Referencial AQUA (2010)

Com relaccedilatildeo ao item 52 ndash medidas tomadas para economizar aacutegua (Quadro 21) Para realizar as mediccedilotildees de consumo de aacutegua foram instalados no escritoacuterio verde dois hidrocircmetros padratildeo SANEPAR (Companhia de saneamento do Paranaacute) Estes foram instalados em dois pontos estrateacutegicos um que apresenta o consumo total da aacutegua potaacutevel da edificaccedilatildeo denominado de hidrocircmetro 1 e outro que aponta o consumo de aacutegua da chuva hidrocircmetro 2

71

Os criteacuterios de avaliaccedilatildeo apresentados satildeo QI 52 e QI 53

QI 52 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo

na irrigaccedilatildeo dos espaccedilos verdes e ou limpeza das aacutereas E 2 Atende

nos sistemas de energia e ou nos sistemas especiacuteficos relacionados ao proacuteprio

uso do edifiacutecioE 1 NA

nos usos de balneaacuterio (tipologia hoteacuteis) E 1 NA

QI 53 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo

B Atende

20 a 40E 2 Atende

lt 20 E 5 -----

2 a 10

E 2 -----

gt 10

E 5 Atende

NA - Natildeo se aplica

Medidas tomadas

para economizar

aacutegua

Em funccedilatildeo do estudo de integraccedilatildeo do empreendimento no terreno determinaccedilatildeo do coeficiente de

impermeabilizaccedilatildeo e da vazatildeo de escoamento presentes

Coeficiente de

impermeabilizaccedilatildeo

presente (para local

pouco urbanizado)

Percentual de

melhoria do

coeficiente de

impermeabilizaccedilatildeo

em relaccedilatildeo agrave

situaccedilatildeo anterior agrave

construccedilatildeo do

empreendimento

(para local

Quadro 21 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 52 e 53

Fonte Referencial AQUA (2010)

O Quadro 22 apresenta as fontes consumidoras existentes no escritoacuterio

foram efetuadas mediccedilotildees em dois pontos de consumo um apresenta a

quantidade de aacutegua potaacutevel consumida e o outro o volume de aacutegua utilizada

pelo sistema de captaccedilatildeo de aacutegua da chuva em pouco mais de 100 msup2 de

telhados respectivamente apresentados nas Tabelas 5 e 6 Os hidrocircmetros

foram instalados no dia 22 de marccedilo sendo que nesta data a leitura eacute igual a

zero Conforme dados da SANEPAR o valor de consumo diaacuterio de aacutegua

potaacutevel aplicado em edifiacutecios de escritoacuterio corresponde 50 litros de aacutegua por

pessoa Esta estimativa foi utilizada como referecircncia para comparativo dos

nuacutemeros levantados no escritoacuterio

Aacutegua Fonte consumidora Local

Potaacutevel Torneira c sensor de presenccedila cuba Copa

Potaacutevel Torneira c sensor de presenccedila lavatorio BWC - Masculino

Potaacutevel Torneira c sensor de presenccedila lavatoacuterio BWC - Feminino

Reuso Vaso sanitaacuterio BWC - Masculino

Reuso Vaso sanitaacuterio BWC - Feminino

Reuso Torneira de jardim Jardim

Reuso Sistema de irrigaccedilatildeo Jardim vertical Quadro 22 ndash fontes consumidoras de aacutegua

72

Tabela 5 ndash Consumo de aacutegua potaacutevel no EV

Fonte NOVAES(2013)

Tabela 6 ndash Consumo de aacutegua de pluvial

Fonte NOVAES (2013)

O sistema de coleta de aacutegua da chuva eacute composto por filtros alematildees de

accedilo inox WISY representados no estado do Paranaacute pela empresa Acquatech e

pela Aquastock em Satildeo Paulo A aacutegua eacute captada do telhado do bloco principal

da edificaccedilatildeo com aacuterea de 111 msup2 sendo armazenado em uma cisterna de

1500 litros da empresa ARBO (Figura 33) com tratamento ultravioleta

73

colocada sobre uma base de concreto A Figura 34 ilustra o sistema de coleta

de aacutegua pluvial

O filtro de descida tem a funccedilatildeo de descartar a sujeira do telhado e uma

boia flutuante com outro filtro para as impurezas da aacutegua Uma bomba

pressurizadora alimentada por um painel fotovoltaico de 130 W faz com que a

aacutegua chegue aos vasos sanitaacuterios a uma torneira externa e tambeacutem tem a

funccedilatildeo de irrigar o jardim vertical (Figura 35)

Figura 35 ndash Cisterna e filtros do EV Figura 36ndash Modelo de sistema de coleta de aacutegua pluvial

Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011) Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011)

74

Figura 37 ndash Jardim vertical do EV

Fonte A autora (2012)

Um dos fatores que favorece a instalaccedilatildeo de sistemas de coleta de aacutegua

com esta funccedilatildeo na cidade de Curitiba eacute o iacutendice pluviomeacutetrico da cidade que

eacute considerado satisfatoacuterio A Tabela 7 mostra as medias histoacutericas informadas

pelo SIMEPAR (Sistema meteoroloacutegico do Paranaacute)

Tabela 7 ndash Meacutedias histoacutericas - iacutendice pluviomeacutetrico

Fonte SIMEPAR (2012)

Consideraccedilatildeo quanto ao item QI 53 coeficiente de impermeabilizaccedilatildeo

Antes da construccedilatildeo do empreendimento estudado o terreno em questatildeo era

ocupado por uma quadra poliesportiva de concreto com o coeficiente de

impermeabilizaccedilatildeo de 095 (Tabela 8)

75

Tabela 8 ndash Coeficiente de impermeabilizaccedilatildeo do terreno antes da implantaccedilatildeo do EV

Aacuterea total (msup2) 4182

Aacuterea impermeaacutevel (msup2) 39882

Coeficiente impermeabilizaccedilatildeo anterior ao empreendimento 095 Fonte NOVAES (2013)

Com a implantaccedilatildeo do EV o coeficiente novamente calculado ficou em

057 pois quase todos os pisos externos satildeo permeaacuteveis e a edificaccedilatildeo possui

aproximadamente 100 msup2 de telhado verde (tabela 9)

Tabela 9 ndash Coeficiente de impermeabilizaccedilatildeo do terreno apoacutes a implantaccedilatildeo do EV

Aacuterea total (msup2) 4182

Aacutereas impermeaacuteveis (msup2)

Deck frontal 633

Concreto lateral direita 2061

Deck Fundos 3283

Concreto lateral esquerda 1944

Entrada carro 7752

Telhado (coef Minoraccedilatildeo 07) 819

Total (msup2) 23864

Coeficiente impermeabilizaccedilatildeo apoacutes o empreendimento 057

Melhoria do coeficiente de impermeabilizaccedilatildeo 40 Fonte NOVAES (2013)

Os pisos externos utilizados no EV satildeo compostos por

piso desenvolvido em borracha de pneu reciclado em formato de

lajotas (peccedilas nas medidas 45 X 45 cm) dentre suas qualidades pode-se

destacar sua flexibilidade e funcionalidade por ser drenante e antiderrapante

Figura 38 ndash Piso drenante borracha de pneu

Fonte httpwwwcacaruidoscombr (2012)

76

o plastfloor eacute um pavimento plaacutestico reciclado que estrutura o solo e

mantecircm a permeabilidade devido ao seu formato alveolar vazado podendo ser

preenchido por pedras ou grama no EV optou-se pela utilizaccedilatildeo de pedras

Figura 39 ndash Piso plast floor

Fonte httpwwwplastfloorcombr (2012)

iso tecnogran composto de agregados rochosos que passam por uma

prensagem especial para manter os espaccedilos entre os agregados e com isto

permite a drenagem da chuva entre os gratildeos aleacutem de ser antiderrapante

Figura 40 ndash Piso drenante tecnogran

Fonte httpwwwtecnograncombrespecificacaodrenantehtml (2012)

Categoria 6 ndash Gestatildeo de resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo do edifiacutecio

6 Avaliaccedilatildeo

CQI 61 Otimizar as condiccedilotildees de retirada dos resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo Atende

CQI 62 Otimizar as condiccedilotildees de retirada dos resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo Atende

CQI 63 Garantir o acompanhamento dos resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo regulamentados Atende

CQI 64 Otimizar a eliminaccedilatildeo dos resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo Atende

Gestatildeo dos residuos de uso e operaccedilatildeo do edificio

Quadro 23 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI

Fonte Referencial AQUA (2010)

77

Os coletores foram dispostos no EV da seguinte maneira

Coletor de cor marrom para resiacuteduos compostaacuteveis (resto de alimentos

entre outros)

Coletor de cor verde para reciclaacuteveis (papel papelatildeo jornal revista

plaacutesticos em geral inclusive PET latas de alumiacutenio embalagens longa vida

latas de alimentos engradados embalagens de biscoito)

Os coletores de cor cinza para natildeo reciclaacuteveis (papel higiecircnico

guardanapo sujo espelho papel de bala isopor esponjas de lavar louccedilas

esponjas de accedilo canudo carga de caneta) estatildeo dispostos na copa e nos

banheiros

O coletor menor eacute para coleta de resiacuteduos perigosos como pilhas e

baterias

O EV tambeacutem participa de dois programas na aacuterea de resiacuteduos

REZTO ndash Resiacuteduo Zero Tecnoloacutegico e Orgacircnico

Uma continuidade do Programa de Gerenciamento de Resiacuteduos do

Cacircmpus Curitiba-PGRCC que avaliou os resiacuteduos gerados pelos

departamentos da UTFPR e agora implanta os procedimentos para sua coleta

armazenamento reuso reciclagem e tratamento adequado dentro de um

plano de gestatildeo e educaccedilatildeo ambiental

ndash Tratando Resiacuteduos Eletrocircnicos e da Computaccedilatildeo

Estudar soluccedilotildees para reaproveitamento e tratamento apropriado de

computadores e equipamentos perifeacutericos defasados e sem uso que ocupam

espaccedilo na instituiccedilatildeo (diretrizes do governo federal e leis estaduais jaacute abordam

a questatildeo ndash Lei Estadual 158512008) podendo estabelecer parcerias com a

comunidadecooperativas que lidam com o problema dentro de projetos de

extensatildeo universitaacuteria

Categoria 7 ndash Manutenccedilatildeo ndash permanecircncia do desempenho ambiental

7 Avaliaccedilatildeo

QI 71 Facilitar as intervenccedilotildees de conservaccedilatildeo manutenccedilatildeo Atende

QI 72

Disponibilizar os meios necessaacuterios para o acompanhamento dos consumos de energia durante

a operaccedilatildeo e uso do edifiacutecio Atende

QI 73

Disponibilizar os meios necessaacuterios para o acompanhamento dos consumos de aacutegua durante a

operaccedilatildeo e uso do edifiacutecio Atende

QI 74

Disponibilizar os meios necessaacuterios para o fornecimento dos sistemas durante a operaccedilatildeo e uso

do edifiacutecio

Manutenccedilatildeo - Permanecircncia do desempenho ambiental

Quadro 24 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI

Fonte Referencial AQUA (2010)

78

7 Avaliaccedilatildeo

MQI 71 Escolha dos equipamentos durante as atividades de renovaccedilatildeo

Manutenccedilatildeo - Permanecircncia do desempenho ambiental

Quadro 25 ndash Criteacuterios avaliados ndash MQI

Fonte Referencial AQUA (2010)

7 Avaliaccedilatildeo

CQI 71 Gestatildeo da manutenccedilatildeo preventiva e corretiva Implantar

CQI 72 Gestatildeo das demandas de intervenccedilatildeo dos ocupantes Implantar

CQI 73 Anaacutelise da eficaacutecia da manutenccedilatildeo Implantar

CQI 74 Gestatildeo do patrimocircnio imobiliaacuterio do edifiacutecio Implantar

CQI 75 Otimizaccedilatildeo do acompanhamento dos sistemas teacutecnicos Implantar

CQI 76 Garantir a perenidade do(s) eventual(is) sistema(s) de regulagem Implantar

Manutenccedilatildeo - Permanecircncia do desempenho ambiental

Quadro 26 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI

Fonte Referencial AQUA (2010)

Criteacuterios avaliados no CQI 71

(c QAE) CQI 71 Niacutevel Pontos em E Avaliaccedilatildeo

Medidas tomadas para garantir a rastreabilidade das operaccedilotildees de manutenccedilatildeo

preventivas e corretivasB Implantar

Medidas tomadas para otimizar o acompanhamento das operaccedilotildees de manutenccedilatildeo

preventivas e corretivas acompanhamento das ordens de serviccedilo em andamento

abertura de novas ordens de serviccedilo registro das ordens de serviccedilo concluiacutedas

Presenccedila de um procedimento de acompanhamento das manutenccedilotildees preventivas e

corretivas

S Implantar

A gestatildeo da manutenccedilatildeo eacute interativa e feita por meio de uma ferramenta especiacutefica que

permite o acompanhamento contiacutenuo da ordens de serviccediloE 3 Implantar

A manutenccedilatildeo corretiva eacute possiacutevel no edifiacutecio durante 24 horas e nos 7 dias da semana

para todas as aacutereas teacutecnicasE 1 Atende

Quadro 27 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 71

Fonte Referencial AQUA (2010)

79

Categoria 8 ndash Conforto higroteacutermico

8 Avaliaccedilatildeo

QI 81

Garantir um niacutevel adequado de temperatura resultante nos espaccedilos tanto no veratildeo quanto

no inverno Atende

QI 82 Otimizar o conforto higroteacutermico tanto no inverno quanto no veratildeo Atende

QI 83

Assegurar uma velocidade de ar que natildeo prejudique o conforto tanto no inverno como no

veratildeo

QI 84 Garantir o controle da higrometria Atende

QI 85 Assegurar um nivel minimo de conforto teacutermico nos espaccedilos ventilados naturalmente Atende

Conforto Higroteacutermico

Quadro 28 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI

Fonte Referencial AQUA (2010)

8 Avaliaccedilatildeo

CQI 81 Otimizar a manutenccedilatildeo do(s) sistema(s) de aquecimento resfriamento Natildeo se aplica

CQI 82

Garantir o acompanhamento das demandas de intervenccedilatildeo para os sistemas de aquecimento

resfriamento Natildeo se aplica

CQI 83

Otimizaccedilatildeo do acompanhamento dos sistemas de aquecimento de resfriamento e do conforto

higroteacuternico Natildeo se aplica

Conforto Higroteacutermico

Quadro 29 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI

Fonte Referencial AQUA (2010)

QI 83 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo

Velocidade de ar no inverno nos espaccedilos sensiacuteveis V le 020 ms S

Velocidade de ar no inverno nos espaccedilos sensiacuteveis V le 015 ms E 2

Velocidade de ar no veratildeo nos espaccedilos sensiacuteveis V le 025 ms (para um intervalo de

referecircncia entre 25oC e 27oC) S

Velocidade de ar no veratildeo nos espaccedilos sensiacuteveis V le 022 ms (para um intervalo de

referecircncia entre 25oC e 27oC) E 2

Identificar os

espaccedilos sensiacuteveis

agrave velocidade do

ar no inverno

como no veratildeo E

velocidade

maacutexima do ar no

Quadro 30 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 83

Fonte Referencial AQUA (2010)

A Cidade de Curitiba eacute considerada a capital brasileira mais fria com

temperatura meacutedia de 164ordmC sendo que nos meses mais frios do ano junho e

julho a temperatura meacutedia no dia pode chegar a 13 ordmC

Utilizando-se o software Analysis BIO (2010) desenvolvido pelo

Laboratoacuterio de Eficiecircncia Energeacutetica em Edificaccedilotildees (LabEEE) da Universidade

Federal de Santa Catarina (UFSC) foi gerada a carta bioclimaacutetica de Curitiba

a qual mostra que 80 das temperaturas do ano satildeo consideradas

desconfortaacuteveis e destes 80 732 para o frio e apenas 684 satildeo para o

calor A Tabela 10 apresenta as mediccedilotildees durante o inverno de 2012

80

Tabela 10 ndash Mediccedilatildeo de temperatura no EV durante o inverno

Data

Temperatura

(degc) externa

meacutedia diaacuteria

Temperatura

(degc) interna EV

meacutedia diaacuteria

Diferenccedila Data

Temperatura

(degc) externa

meacutedia diaacuteria

Temperatura

(degc) interna EV

meacutedia diaacuteria

Diferenccedila

6302012 1908 2086 +178 7182012 109 1318 +228

712012 1836 2054 +218 7192012 1194 1486 +292

722012 1811 2029 +218 7202012 1302 1569 +267

732012 1849 2038 +189 7212012 1499 1639 +14

742012 1919 2098 +179 7222012 1785 1848 +063

752012 1947 2098 +151 7232012 1793 1989 +196

762012 1918 2093 +175 7242012 1983 1989 +006

772012 1414 1762 +349 7252012 1506 1765 +259

782012 1051 1451 +399 7262012 179 1876 +086

792012 1219 1453 +234 7272012 1563 1806 +244

7102012 1618 1788 +17 7282012 1597 1754 +156

7112012 1584 181 +225 7292012 1839 1919 +08

7122012 1374 1589 +215 7302012 1243 1619 +376

7132012 1072 1405 +334 7312012 1427 1532 +105

7142012 1213 147 +257 812012 1735 1845 +11

7152012 1025 128 +255 822012 1801 1974 +173

7162012 901 1189 +288 miacutenima 901 1189

7172012 1099 1261 +162 maacutexima 1983 2098

As maiores diferenccedilas meacutedias diaacuterias foram percebidas para as

temperaturas mais baixas Mostrando que o escritoacuterio verde possui um bom

desempenho em baixas temperaturas isso se deve principalmente pela funccedilatildeo

das paredes formadas por uma placa de OSB manta termo-acuacutestica e

fechamento com outra placa de OSB e a contribuiccedilatildeo do telhado verde fazendo

com que o calor natildeo se propague tatildeo rapidamente

O dia 16 de julho conforme Graacutefico 3 apresentou as temperaturas mais

baixas durante a mediccedilatildeo 901ordmC A temperatura interna neste dia mostrou

uma amplitude baixa ficando com uma meacutedia de 1189ordmC sendo que a

temperatura interna durante o periacuteodo ficou sempre acima da temperatura

externa chegando a uma diferenccedila de 42ordmC

81

Graacutefico 3 ndash Dia com temperatura meacutedia diaacuteria miacutenima

O aparelho usado para a mediccedilatildeo de temperatura foi o datalogger de

temperatura umidade e pressatildeo da Voltcraft modelo DL-180THP Com este

aparelho eacute possiacutevel programar intervalo de mediccedilatildeo (estes podem ser de 1

minuto ateacute 18 horas) data e hora de iniacutecio de registro dos dados A faixa de

operaccedilatildeo do aparelho eacute de temperaturas de -40ordmC ateacute +70ordmC e umidade

relativa de 0 ateacute 100 A precisatildeo do aparelho eacute plusmn1 degC plusmn35 rH plusmn25 hPa

Para este estudo foram utilizados intervalos de mediccedilatildeo de 5 minutos

Categoria 9 ndash Conforto acuacutestico

9 Avaliaccedilatildeo

QI 91 Identificaccedilatildeo das configuraccedilotildees acuacutesticas prioritaacuterias da operaccedilatildeo Atende

QI 92 Qualidade acuacutestica do edifiacutecio Natildeo atende

Conforto acuacutestico

Quadro 31 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI

Fonte Referencial AQUA (2010)

9 Avaliaccedilatildeo

MQI 91 Melhoria da qualidade acuacutestica do edifiacutecio Accedilatildeo corretiva

MQI 92 Consideraccedilatildeo do criteacuterio acuacutestico na renovaccedilatildeo dos revestimentos internos e dos equipamentos

Conforto acuacutestico

Quadro 32 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI

Fonte Referencial AQUA (2010)

82

9 Avaliaccedilatildeo

CQI 91 Recenseamento do uso dos espaccedilos

CQI 92 Gestatildeo da demanda dos ocupantes

CQI 93 Identificaccedilatildeo das fontes de ruiacutedo Atende

CQI 94 Classificaccedilatildeo dos espaccedilos

CQI 95 Informaccedilatildeo aos usuaacuterios do potencial acuacutestico do edifiacutecio Atende

Conforto acuacutestico

Quadro 33 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 83

Fonte Referencial AQUA (2010)

Quadro 34 ndash Criteacuterios de avaliaccedilatildeo para acuacutestica de edifiacutecios novos

Fonte Referencial AQUA (2007)

As primeiras mediccedilotildees do desempenho acuacutestico no EV foram realizadas

por Gregori (2011) Os ensaios foram realizados no periacuteodo que ainda natildeo

haviam sido instalados o piso elevado com aplicaccedilatildeo de carpete com o qual se

esperam ganhos quanto agrave atenuaccedilatildeo acuacutestica bem como a instalaccedilatildeo de

placas de vidro na regiatildeo limiacutetrofe frontal do terreno no qual se situa o

escritoacuterio sendo com essa a imposiccedilatildeo de mais uma barreira fiacutesica para os

ruiacutedos externos provenientes da via de traacutefego veicular e a instalaccedilatildeo de

elementos de oclusatildeo de frestas existentes nos batentes da porta de acesso ao

salatildeo principal Os resultados dessa primeira analise natildeo foram satisfatoacuterios

em relaccedilatildeo a exigecircncia estabelecidas no referencial AQUA O Graacutefico 4 detalha

o comparativo da atenuaccedilatildeo entre os ambientes

83

Graacutefico 4 ndash Meacutedias do niacutevel de ruiacutedo dos locais avaliados

Fonte GREGORI (2011)

No Graacutefico 4 estatildeo comparadas as meacutedias de cada local demonstrando

que os valores das meacutedias tomadas no interior do EV apresentam uma

atenuaccedilatildeo maacutexima de 3577 e miacutenima de 2226 em relaccedilatildeo agrave meacutedia dos

pontos externos ao EV A meacutedia dos pontos do tomados dentro do laboratoacuterio

demonstra que haacute atenuaccedilatildeo de ruiacutedo na construccedilatildeo convencional na ordem

de 942 em comparaccedilatildeo ao ruiacutedo medido nos pontos externos proacuteximos ao

mesmo

Na Tabela 11 eacute possiacutevel perceber que pelo valor considerado inferior o

cafeacute e o salatildeo principal se apresentam conformes quanto agrave aceitabilidade e

conforto a coordenaccedilatildeo estaacute conforme quanto agrave aceitabilidade o mezanino se

mostrou em desconformidade com ambos os paracircmetros bem como a

construccedilatildeo convencional (sala N-108) Na Tabela 12 a comparaccedilatildeo do valor

medido se daacute pela adiccedilatildeo da incerteza obtendo-se o valor considerado de

incerteza superior

84

Tabela 11 ndash Resultados obtidos (MEDICcedilAtildeO ndash INCERTEZA)

Paracircmetro

normativo

Aceitaacutevel

para

finalidade

Valor

considerado

Comparaccedilatildeo para

conforto

Comparaccedilatildeo para

aceitabilidade

Copa 40 50 408 +- 15 393conforme178 abaixo do

paracircmetro

conforme2142 abaixo

do paracircmetro

Coordenaccedilatildeo 35 45 436 +- 15 421Natildeo conforme2034

acima do paracircmetro

conforme640 abaixo do

paracircmetro

Salatildeo principal 45 65 464 +- 15 449conforme031 abaixo do

paracircmetro

conforme3098 abaixo

do paracircmetro

Mezanino 30 40 494 +- 15 479Natildeo conforme5953

acima do paracircmetro

Natildeo conforme1965

acima do paracircmetro

Construccedilatildeo

Convencional (sala N-108)40 50 62 +- 15 605

Natildeo conforme5120

acima do paracircmetro

Natildeo conforme2096

acima do paracircmetro

Resultados obtidos em dB(A)

Incerteza inferior (= MEDICcedilAtildeO - INCERTEZA)

Locais de mediccedilatildeo

Paracircmetro Normativo

Mediccedilatildeo Incerteza

Fonte GREGORI (2011)

Avaliando a Tabela 12 eacute possiacutevel perceber que pelo valor considerado

superior nenhum dos ambientes se apresentou conforme quanto ao conforto

poreacutem o cafeacute e o salatildeo principal se mantiveram conformes quanto agrave

aceitabilidade

Tabela 12 ndash Resultados obtidos (MEDICcedilAtildeO + INCERTEZA)

Paracircmetro

normativo

Aceitaacutevel

para

finalidade

Valor

considerado

Comparaccedilatildeo para

conforto

Comparaccedilatildeo para

aceitabilidade

Copa 40 50 408 +- 15 423Natildeo conforme573

acima do paracircmetro

conforme1542 abaixo

do paracircmetro

Coordenaccedilatildeo 35 45 436 +- 15 451Natildeo conforme2891

acima do paracircmetro

conforme027 acima do

paracircmetro

Salatildeo principal 45 65 464 +- 15 479Natildeo conforme636

acima do paracircmetro

conforme2637 abaixo

do paracircmetro

Mezanino 30 40 494 +- 15 509Natildeo conforme6953

acima do paracircmetro

Natildeo conforme2715

acima do paracircmetro

Construccedilatildeo

Convencional (sala N-108)40 50 62 +- 15 635

Natildeo conforme5870

acima do paracircmetro

Natildeo conforme2696

acima do paracircmetro

Locais de mediccedilatildeo

Paracircmetro NormativoResultados obtidos em dB(A)

Mediccedilatildeo Incerteza

Incerteza inferior (= MEDICcedilAtildeO + INCERTEZA)

Fonte GREGORI (2011)

No mecircs de abril de 2013 procedeu-se nova mediccedilatildeo do iacutendice de

atenuaccedilatildeo acuacutestica a ruiacutedos aeacutereos promovidos pelo invoacutelucro junto agraves janelas

Ensaios realizados sob a coordenaccedilatildeo do Profordm Dr Aloiacutesio Leoni Schmid da

Universidade Federal do Paranaacute

Inicialmente para uma verificaccedilatildeo geral foi emitido externamente a uma

das janelas e dela afastado de 20 m ruiacutedo rosa Externamente a 10 cm do

centro da janela foi medido o niacutevel de pressatildeo sonora de 975 dBA

Internamente a 10 cm do centro da janela fechada foi medido o niacutevel de

pressatildeo sonora de 705 dBA

85

Posteriormente foi aplicado o meacutetodo descrito em Fasold Sonntag e

Winkler (Bau-und Raumakustik Berlin RMuumlller 1987) que considera

mediccedilotildees em diferentes bandas e procura ajustar a curva de referecircncia

Tabela 13 - Caacutelculo do iacutendice de atenuaccedilatildeo acuacutestica R do invoacutelucro da edificaccedilatildeo

Frequecircncia ReduccedilatildeoCurva de

referecircncia

desvio

da curva

desvios

desfavoraacuteveis

curva de

referecircncia

deslocada

de 24 dB

desvios

indesejaacuteveis

da curva

deslocada

curva de

referecircncia

deslocada de

28 dB

desvios

indesejaacuteveis

da curva

deslocada

625 155

125 233 36 -127 -127 12 113 8 153

250 238 45 -212 -212 21 28 17 68

500 305 52 -215 -215 28 25 24 65

1000 263 55 -287 -287 31 -47 27 -07

2000 194 56 -366 -366 32 -126 28 -86

1207 173 93

meacutedia 2414

Meacutedia dos

negativos 346

Meacutedia dos

negativos 186

meacutedia 2414 Avaliaccedilatildeo excessivo Avaliaccedilatildeo adequado

Fonte SCHMID (2013)

O grau de isolamento acuacutestico medido foi portanto de 28 dB Estima-se

que este valor poderia ser aumentado ateacute cerca de 35 dB mediante operaccedilatildeo

de retiacutefica do encaixe das esquadrias em madeira utilizando-se ainda fitas

autoadesivas de feltro ou material apropriado de vedaccedilatildeo nas janelas O

resultado tambeacutem pode ser observado no Graacutefico 5

Graacutefico 5 ndash Iacutendice de atenuaccedilatildeo acuacutestica

Fonte SCHMID (2013)

86

A porta principal de entrada e as janelas da edificaccedilatildeo mostraram-se natildeo

estanque configurando uma condiccedilatildeo localizada que natildeo permite isolamento

acuacutestico suficiente necessitando de correccedilotildees

Durante 5 minutos contou-se na rua cerca de 200 automoacuteveis em

velocidade baixa a meacutedia O niacutevel maacuteximo de pressatildeo sonora registrado foi de

80 dBA sendo que se sabe que tal valor pode ser superado durante frenagem

ou aceleraccedilatildeo em especial de motocicletas Corresponde agrave indicaccedilatildeo de

Fasold et al (opcit p 6 Figura 311) que para um traacutefego de cerca de 2500

veiacuteculos por hora a 10m da rua (recuo frontal mais calccedilada) prevecirc 7 dB a

serem acrescidos de 6 dB devido a irregularidades da rua e mais 3 dB devido agrave

velocidade podendo superar 70 kmh o total estimado seria de 80 dBA

Tal condiccedilatildeo faz com que os 28 dB medidos possibilitem um niacutevel maacuteximo

de pressatildeo sonora de 52 dBA Isto ultrapassa os 30 dB exigidos pelo AQUA

Categoria 10 ndash Conforto visual

10 Avaliaccedilatildeo

QI 91 Dispor de acesso agrave luz do dia Atende

QI 92 Dispor de acesso a vistas para o exterior Atende

QI 93 Dispor de iluminaccedilatildeo natural miacutenima nas zonas de ocupaccedilatildeo Atende

QI 94 Evitar o ofuscamento direto ou indireto

QI 95 Garantir uma qualidade agradaacutevel da iluminaccedilatildeo artificial

QI 96 Controle do ambiente visual pelos ocupantes Atende

Conforto visual

Quadro 35 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI

Fonte Referencial AQUA (2010)

10 Avaliaccedilatildeo

CQI 101 Otimizar a manutenccedilatildeo do sistema de iluminaccedilatildeo Atende

CQI 102 Garantir o acompanhamento das demandas de intervenccedilatildeo para o sistema de iluminaccedilatildeo Atende

CQI 103 Otimizaccedilatildeo do acompanhamento do sistema de iluminaccedilatildeo Atende

Conforto visual

Quadro 36 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI

Fonte Referencial AQUA (2010)

Criteacuterio de avaliaccedilatildeo item QI 101

QI 101 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo

BAtende

Identificar os pontos focais dos espaccedilos comuns do edifiacutecio E acesso direto agrave luz

do dia garantida em cada ponto focal identificado BAtende

Dispor de acesso a luz do dia em 30 das circulaccedilotildees e ou espaccedilos abertos E 2 Atende

No caso de

edifiacutecios

comerciais

Dispor de acesso agrave luz do dia nos espaccedilos caracteriacutesticos da tipologia em questatildeo e no hall ou

recepccedilatildeo principal

Quadro 37 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI

Fonte Referencial AQUA (2010)

87

O projeto do EV privilegiou a entrada a luz natural atraveacutes de um conjunto

de janelas amplas (Figuras 39 e 40) estrategicamente posicionadas para

captaccedilatildeo de maior incidecircncia de luz natural Natildeo houve anaacutelise em relaccedilatildeo ao

ofuscamento pois apenas parte dos moacuteveis definitivos foram instalados ateacute a

finalizaccedilatildeo dessa dissertaccedilatildeo

Figura 41 ndash Vista lateral esquerda do EV

Fonte CASAGRANDE JR (2012)

Figura 42 ndash Vista lateral direita e fundos do EV

Fonte CASAGRANDE JR (2012)

O sistema luminoteacutecnico instalado no EV eacute composto por lacircmpadas LED

(light emitter diode) com dispositivo de acionamento separado por fileiras

Categoria 11 ndash Conforto olfativo

11 Avaliaccedilatildeo

QI 111 Identificar as fontes de odores e limitar a sua propagaccedilatildeo

QI 112 Garantir vazotildees de ar higiecircnicas Atende

QI 113 Garantir uma atmosfera saudaacutevel de ar nos espaccedilos com ventilaccedilatildeo mecacircnica Natildeo se aplica

Conforto olfativo

Quadro 38 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI

Fonte Referencial AQUA (2010)

88

11 Avaliaccedilatildeo

CQI 111 Otimizar a manutenccedilatildeo do sistema de ventilaccedilatildeo Natildeo se aplica

CQI 112 Garantir o acompanhamento das demandas de intervenccedilatildeo para o sistema de ventilaccedilatildeo Natildeo se aplica

Conforto olfativo

Quadro 39 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI

Fonte Referencial AQUA (2010)

QI 112 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo

B Atende

S

B

E 2

E 2

E 4 Atende

Na presenccedila de ventilaccedilatildeo mecacircnica justificativa do atendimento das vazotildees de ar novo que garantam niacuteveis

sanitaacuterios satisfatoacuterios conforme regulamentaccedilatildeo

Justificar o atendimento de vazotildees de ar novo otimizadas para as atividades dos locais (havendo ventilaccedilatildeo

mecacircnica ou natural controlada)

Presenccedila de dispositivo que permita o controle da qualidade do ar em certos espaccedilos de ocupaccedilatildeo

prolongada e quando pertinente acoplados a um sistema de alerta

Disposiccedilotildees tomadas para o fornecimento das vazotildees de ar nas zonas em que tal informaccedilatildeo seja

pertinente

Presenccedila de um sistema de ventilaccedilatildeo especiacutefico natural ou mecacircnico inclusive a simples abertura manual

de janelasA ventilaccedilatildeo natural pela simples abertura de janelas eacute autorizada

Presenccedila de um sistema de ventilaccedilatildeo especiacutefico natural ou mecacircnico aleacutem da simples abertura manual de

janelas A ventilaccedilatildeo natural pela simples abertura de janelas natildeo eacute mais considerada Se a ventilaccedilatildeo

natural eacute desejada a qual natildeo possa ser controlada um complemento de ventilaccedilatildeo mecacircnica deve ser

previsto

Quadro 40 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 112

Fonte Referencial AQUA (2010)

A arquitetura bioclimaacutetica do EV favorece muito as trocas de ar atraveacutes da

ventilaccedilatildeo cruzada e do ldquoEfeito chamineacuterdquo proporcionando atraveacutes da diferenccedila

de temperatura e por conseguinte de densidade entre o ar externo e o ar

interno do edifiacutecio A Figura 41 demonstra o efeito citado

Figura 43 ndash Efeito chamineacute

Fonte LAMBERTS (2004)

89

Categoria 12 ndash Qualidade sanitaacuteria dos ambientes

12 Avaliaccedilatildeo

QI 121 Identificar as fontes de exposiccedilatildeo eletromagneacutetica

QI 122 Garantia de condiccedilotildees de higiene especiacuteficas nos espaccedilos Atende

QI 123 Inventaacuterio do conhecimento relativo agrave qualidade higiecircnica dos revestimentos internos

Qualidade sanitaacuteria dos ambientes

Quadro 41 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI

Fonte Referencial AQUA (2010)

12 Avaliaccedilatildeo

MQI 121 Melhoria da qualidade higiecircnica dos revestimentos internos

Qualidade sanitaacuteria dos ambientes

Quadro 42 ndash Criteacuterios avaliados ndash MQI

Fonte Referencial AQUA (2010)

12 Avaliaccedilatildeo

CQI 121 Garantir uma limpeza adaptada aos espaccedilos interiores Atende

CQI 122 Otimizar as condiccedilotildees de conservaccedilatildeo dos ambientes interiores Atende

Qualidade sanitaacuteria dos ambientes

Quadro 43 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI

Fonte Referencial AQUA (2010)

QI 121 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo

provenientes do entorno imediato B

provenientes do entorno imediato e proacuteprias do edifiacutecio S

Para as fontes - energia e fontes

telecomunicaccedilotildees Identificaccedilatildeo das

fontes emissoras de ondas

eletromagneacuteticas de baixa frequumlecircncia

e das fontes de radiofrequecircncia

Quadro 44 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 121

Fonte Referencial AQUA (2010)

O escritoacuterio estaacute inserido no centro urbano estando suscetiacutevel a vaacuterios

campos eletromagneacuteticos poreacutem para identificaccedilatildeo dos pontos criacuteticos faz se

necessaacuterio um estudo especiacutefico

A audiecircncia puacuteblica realizada em marccedilo de 2013 no Supremo Tribunal

Federal (STF) reuniu 21 especialistas para debater sobre os efeitos dos

campos eletromagneacuteticos sobre a sauacutede puacuteblica e o meio ambiente

Resultados de um estudo apresentados pelo pesquisador do Cepel (Centro de

Pesquisa de Energias Eleacutetricas da Eletrobraacutes) Engordm Luiz Adriano Domingues

comprovam que as linhas de transmissatildeo e distribuiccedilatildeo de energia natildeo satildeo a

principal exposiccedilatildeo a campos eletromagneacuteticos na vida cotidiana Segundo ele

os dados resultantes de mediccedilotildees feitas em residecircncias foram constatados os

maiores valores de campo eletromagneacutetico em funccedilatildeo dos vaacuterios

90

equipamentos que satildeo utilizados no dia a dia como secador liquidificador

raacutedio e TV (STF 2013)

Categoria 13 ndash Qualidade sanitaacuteria do ar

13 Avaliaccedilatildeo

QI 131 Identificar as fontes de poluiccedilatildeo interna e externa e limitar seus efeitos Atende

QI 132 Garantir vazotildees de ar novo Atende

QI 133 Garantir uma atmosfera saudaacutevel de ar nos espaccedilos com ventilaccedilatildeo mecacircnica Natildeo se aplica

QI 134 Inventaacuterio do conhecimento do impacto sanitaacuterio dos revestimentos internos do edifiacutecio Sem accedilatildeo

Qualidade sanitaacuteria do ar

Quadro 45 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI

Fonte Referencial AQUA (2010)

13 Avaliaccedilatildeo

MQI 131 Melhoria da qualidade sanitaacuteria dos revestimentos internos

Qualidade sanitaacuteria do ar

Quadro 46 ndash Criteacuterios avaliados ndash MQI

Fonte Referencial AQUA (2010)

13 Avaliaccedilatildeo

CQI 131 Garantir o controle das instalaccedilotildees de aeraccedilatildeo e saneamento Atende

CQI 132 Garantir a supervisatildeo dos filtros das centrais de tratamento de ar e das redes Atende

CQI 133 Garantir o controle dos poluentes submetidos agrave regulamentaccedilatildeo (em caso de risco identificado) Atende

CQI 134 Acompanhamento perioacutedico da qualidade do ar interior Atende

CQI 135 Acompanhamento global das accedilotildees realizadas e da qualidade sanitaacuteria do ar Atende

Qualidade sanitaacuteria do ar

Quadro 47 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI

Fonte Referencial AQUA (2010)

91

MQI 131 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo

Garantia que os produtos natildeo desprendam partiacuteculas e fibras carcinogecircnicas B

Teores de COV conhecidos para pinturas e vernizes de interiores B Atende

Conhecimento bruto das emissotildees de COV e formaldeiacutedos dos revestimentos

internos renovadosE 2

Conhecimento bruto das emissotildees de substacircncias canceriacutegenas ou causadores

de efeitos geneacuteticos hereditaacuterios ou causadores de impotecircncia reprodutiva que

tenham sido intencionalmente introduzidas no processo de fabricaccedilatildeo ou

naturalmente presentes nas mateacuterias primas utilizadas nos produtos

renovados presentes em mais de 01 em massa e suscetiacuteveis de migraccedilatildeo

E 2

Piso 1000 e Parede 1000 E 1

Piso 250 e Parede 500 E 2

Piso 625 e Parede 125 E 1

Piso e parede 40 E 2

Piso e parede 20 E 3

Piso e parede 10 E 4

5 E 1

25 E 2

1 E 2

E 2 AtendeConsideraccedilatildeo do criteacuterio sanitaacuterio (emissotildees de COV e fomaldeiacutedos) na escolha dos revestimentos

internos renovados

Nas ocasiotildees de renovaccedilatildeo dos revestimentos internos (pisos paredes tetos materiais de

acabamento) o conjunto de cada produto renovado constituinte das superfiacutecies pisoparedeteto em

contato com o ar interno respeita os limites seguintes em microgm3

Taxa de COV piso e

paredes

Formaldeiacutedos piso

e paredes

Canceriacutegenos ou

substacircncias

causadoras de

efeitos geneacuteticos

hereditaacuterios ou

causadoras de

impotecircncia

reprodutiva o

conjunto de

produtos

constituintes das

Na ocasiatildeo de

renovaccedilatildeo de

revestimentos

internos (pisos

paredes tetos

materiais de

acabamento)

Quadro 48 ndash Criteacuterios avaliados ndash MQI 131

Fonte Referencial AQUA (2010)

A escolha dos materiais foi bastante criteriosa quanto ao teor de COV

(compostos orgacircnicos volaacuteteis) e formaldeiacutedo No entanto sabe-se que a

rastreabilidade na utilizaccedilatildeo desses produtos no Brasil ainda eacute insipiente Um

grande avanccedilo no setor da construccedilatildeo civil eacute a avaliaccedilatildeo RGMAT (RG ou

registro ambiental do produto) lanccedilado pela Fundaccedilatildeo Vanzolini com o objetivo

de demonstrar o desempenho ambiental dos materiais de construccedilatildeo por meio

da declaraccedilatildeo ambiental de produto baseado na avaliaccedilatildeo do ciclo de vida

que inclui o consumo de recursos naturais energia aacutegua emissatildeo de gases

na atmosfera de resiacuteduos soacutelidos e liacutequidos ou substacircncias toacutexicas podendo

abranger desde a extraccedilatildeo mineral produccedilatildeo transporte montagem

utilizaccedilatildeo manutenccedilatildeo e desconstruccedilatildeo ateacute a reutilizaccedilatildeo ou a reciclagem

(VANZOLINI 2013)

92

Categoria 14 ndash Qualidade sanitaacuteria da aacutegua

14 Avaliaccedilatildeo

QI 141 Eliminar o chumbo nas redes internas

QI 142 Organizaccedilatildeo e proteccedilatildeo das redes internas Atende

QI 143 Controle da temperatura nas redes internas Atende

Qualidade sanitaacuteria da aacutegua

Quadro 49 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI

Fonte Referencial AQUA (2010)

14 Avaliaccedilatildeo

CQI 141

Limitar os riscos de desenvolvimento das legionelas por meio de meacutetodos de conservaccedilatildeo

preventivos das redes de aacutegua quente e de anaacutelises da aacutegua Natildeo se aplica

CQI 142 Limitar o risco de desenvolvimento de legionelas por meio do controle das temperaturas Natildeo se aplica

CQI 143 Supervisionar a qualidade da aacutegua nos pontos de uso Atende

CQI 144 Acompanhamento das accedilotildees realizadas e da qualidade da aacutegua do edifiacutecio Atende

Qualidade sanitaacuteria da aacutegua

Quadro 50 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI

Fonte Referencial AQUA (2010)

QI 141 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo

B

SJustificar o respeito ao iacutendice de 10 microglitro

Justificar a ausecircncia de chumbo nas redes internas OU justificar o respeito ao iacutendice de 25 microglitro No

caso de ultrapassagem deste iacutendice adoccedilatildeo de medidas corretivas para reduzir a sua dissoluccedilatildeo na

aacutegua

Quadro 51 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 141

Fonte Referencial AQUA (2010)

Os tubos da instalaccedilatildeo hidraacuteulica do EV satildeo apenas em PVC e PEX

(Polietileno de alta densidade reticulado)

513 QAP ndash Qualidade Ambiental das Praacuteticas

O QAP eacute dividido em 3 partes QAP compras QAP comunicaccedilatildeo e QAP

gestatildeo aos quais satildeo atribuiacutedas pontuaccedilotildees conforme Quadro 52

93

QAP COMPRAS - MAacuteXIMO 28 PONTOS PONTOS

Escolha de produtos ou equipamentos (dentre os mais impactantes) que garantam uma

economia de energia ou de aacutegua ou que tenham limitado o impacto acuacutestico em relaccedilatildeo aos

produtos e equipamentos convencionais (um ponto por famiacutelia de produto ou equipamento)

1- 4

Escolha de produtos de conservaccedilatildeo e limpeza (dentre os mais impactantes e empregados na

conservaccedilatildeo e limpeza dos espaccedilos pertencentes ao periacutemetro da certificaccedilatildeo) que respeitem o

meio ambiente e a sauacutede dos ocupantes (dois pontos obtidos por produto de conservaccedilatildeo e

limpeza)

2- 6

QAP COMUNICACcedilAtildeO - MAacuteXIMO 22 PONTOS PONTOS

boas praacuteticas no consumo de energia 1

boas praacuteticas no consumo de aacutegua 1

reduccedilatildeo de resiacuteduos nas fontes geradoras e realizaccedilatildeo de triagem 1

poliacutetica de compras 1

QAP GESTAtildeO - MAacuteXIMO 44 PONTOS PONTOS

Praacuteticas adotadas com a finalidade de reduzir o consumo de energia nos espaccedilos pertencentes

ao periacutemetro da certificaccedilatildeo (um ponto por praacutetica adotada)1 - 5

Favorecer as energias renovaacuteveis nas escolhas de fornecimento de energia primaacuteria por meio de

um contrato com um produtor de energia3

Praacuteticas adotadas com a finalidade de reduzir o consumo de aacutegua nos espaccedilos pertencentes ao

periacutemetro da certificaccedilatildeo (um ponto por praacutetica adotada)1 - 3

Praacuteticas adotadas nos espaccedilos pertencentes ao periacutemetro da certificaccedilatildeo com a finalidade de

reduzir a produccedilatildeo de resiacuteduos na fonte a partir das atividades desenvolvidas nestes locais e de

sua conservaccedilatildeo (um ponto por praacutetica adotada)

1 - 3

RESIacuteDUOS

ENERGIA

PRODUTOS DE CONSERVACcedilAtildeO E LIMPEZA

Utilizaccedilatildeo de meios de comunicaccedilatildeo (murais cartazes manuais portais eletrocircnicos etc) adequados a fim de

sensibilizar os ocupantes do edifiacutecio para as questotildees seguintes

AacuteGUA

MATERIAL ELEacuteTRICO

Quadro 52 ndash Criteacuterios avaliados em QAP

Fonte Referencial AQUA (2010)

O EV participa do projeto ldquoCompra verderdquo com o objetivo de Implantar

poliacuteticas de compras sustentaacuteveis para a instituiccedilatildeo incluindo nos editais

requisitos ambientais especiacuteficos dependendo de cada material e equipamento

Todos os alunos e frequentadores do escritoacuterio vivenciam as praacuteticas

sustentaacuteveis no cotidiano pois a edificaccedilatildeo funciona como um ldquolaboratoacuterio

vivordquo palco para desenvolvimento de estudos cursos eventos como a semana

do meio ambiente programados para recepcionar todos da comunidade que se

interessarem pelo assunto sustentabilidade

94

6 CONCLUSOtildeES

Considerando os objetivos iniciais deste trabalho tendo como princiacutepio a

avaliaccedilatildeo do referencial teacutecnico AQUA de operaccedilatildeo e uso e sua aplicaccedilatildeo no

estudo de caso do escritoacuterio verde da UTFPR no que se refere ao desempenho

ambiental da edificaccedilatildeo seguem algumas conclusotildees

Um item fundamental que precisa ser verificado no referencial teacutecnico eacute a

forma de avaliaccedilatildeo para a fase operaccedilatildeo e uso pois natildeo estaacute clara Outra

dificuldade encontrada foi em relaccedilatildeo a estruturaccedilatildeo das categorias e

subcategorias com as respectivas avaliaccedilotildees por exemplo a duplicaccedilatildeo do

item QI na CQI da categoria 2 algumas trocas de nome da categoria entre

outros

Apoacutes anaacutelise dos dois referenciais percebeu-se melhor qualidade no

detalhamento das informaccedilotildees no referencial destinado a fase de programa

projeto e execuccedilatildeo o que facilita muito o entendimento do leitor

Alguns caacutelculos solicitados por exemplo o caacutelculo da envoltoacuteria da

categoria energia

QI 41 Criteacuterios avaliados Niacutevel

Explicitaccedilatildeo do valor absoluto do coeficiente de Transmitacircncia Teacutermica ponderada da

envoltoacuteria Uedif (Wm2K)

Uedif lt Uedif-base + 40

B

Melhorar a aptidatildeo da

envoltoacuteria para limitar

desperdiacutecios

Quadro 53 ndash Criteacuterios avaliados em QI 41

Fonte Referencial AQUA (2010)

Calcula-se o Uedif mas o referencial natildeo informa o valor ldquobaserdquo podendo

ser utilizado qualquer valor desde que referenciado que obtenha um resultado

menor que o coeficiente de transmitacircncia teacutermica da envoltoacuteria do edifiacutecio

(Uedif) Isso ocorre tambeacutem nos caacutelculos de coeficiente de consumo

convencional de energia primaacuteria solicitando que o mesmo seja comparado

com o coeficiente de consumo convencional de energia primaacuteria de referecircncia

mas a informaccedilatildeo desse valor referencia natildeo eacute apresentado nem mesmo os

admissiacuteveis

Entende-se que os coeficientes ou bases referenciais de alguns caacutelculos

precisam ser regionais mas eacute relevante que o AQUA estabeleccedila um limite de

95

variaccedilatildeo desses dados evitando que utilizem valores que natildeo satildeo referecircncias

no intuito de possuir resultados positivos que facilitem a certificaccedilatildeo

Os itens QI 121 e QMI 131QI 22 fontes eletromagneacuteticas e teor de

COV e formaldeiacutedo nos materiais sabe-se que os estudos nessa aacuterea no paiacutes

ainda satildeo incipientes dificultando a avaliaccedilatildeo tanto do empreendedor no

momento da compra quanto da proacutepria Fundaccedilatildeo Vanzolini na auditoria

Vale salientar que mesmo o referencial de operaccedilatildeo e uso natildeo estando

oficialmente disponiacutevel na paacutegina da Fundaccedilatildeo Vanzolini jaacute existem alguns

edifiacutecio certificados nesta etapa como algumas unidades da loja Leroy Merlyn

As sugestotildees apresentadas neste trabalho satildeo apenas no sentido de colaborar

na construccedilatildeo deste referencial

Quanto ao Escritoacuterio Verde identificou-se a necessidade de accedilotildees

corretivas bem como melhorias a serem implantadas para atender alguns

requisitos do referencial AQUA Quanto ao perfil ambiental preacute-estabelecido no

iniacutecio do estudo de caso conclui-se que

Categoria 1 Relaccedilatildeo do edifiacutecio com o seu entorno - niacutevel superior ndash

classificaccedilatildeo mantida necessitando de adequaccedilotildees quanto agrave acessibilidade

Categoria 2 Escolha integrada de produtos sistemas e processos

construtivos - niacutevel excelente - classificaccedilatildeo poderaacute sofrer alteraccedilotildees Diante

da avaliaccedilatildeo do AQUA no que se refere o conhecimento sobre a vida uacutetil e teor

de COV e formaldeiacutedo dos materiais empregados na construccedilatildeo pois a

maioria dos fabricantes natildeo disponibilizam essas informaccedilotildees A maioria dos

materiais utilizados no EV satildeo inovaccedilotildees no mercado da construccedilatildeo civil por

isso pouco se conhece sobre os impactos ambientais quanto agrave vida uacutetil

demonstrabilidade reciclagem emissatildeo de gases contribuintes para o efeito

estufa entre outros Assim a melhor compreensatildeo do desempenho desses

produtos soacute eacute durante o processo de gestatildeo da edificaccedilatildeo por meio de rotinas

Categoria 3 Canteiro de obras com baixo impacto ambiental - niacutevel

excelente ndash classificaccedilatildeo mantida Aleacutem da elaboraccedilatildeo de plano de gestatildeo dos

resiacuteduos da construccedilatildeo civil (PGRCC) os sistemas construtivos utilizados no

EV contribuem significantemente com a minimizaccedilatildeo do impacto no canteiro de

obra

Categoria 4 Gestatildeo da energia - niacutevel excelente ndash classificaccedilatildeo mantida

o desempenho do sistema se mostrou satisfatoacuterio demonstrando eficiecircncia na

96

geraccedilatildeo de energia E para melhor controle do desempenho desse sistema

estaacute em desenvolvimento o projeto de automaccedilatildeo disponibilizando dados em

tempo real via WEB de toda geraccedilatildeo e consumo de energia

Categoria 5 Gestatildeo da aacutegua - niacutevel excelente ndash classificaccedilatildeo mantida no

entanto para melhor controle do desempenho de captaccedilatildeo e consumo de aacutegua

potaacutevel e pluvial haacute necessidade de investir em equipamentos que facilitem a

coleta de dados

Categoria 6 Gestatildeo dos resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo do edifiacutecio - niacutevel

excelente ndash classificaccedilatildeo mantida os programas desenvolvidos no EV

ultrapassam os limites fiacutesicos do edifiacutecio contribuindo com a gestatildeo do campus

universitaacuterio

Categoria 7 Manutenccedilatildeo - permanecircncia do desempenho ambiental - niacutevel

excelente Classificaccedilatildeo depende do funcionamento do SGO pois qualquer

sistema de gestatildeo demora algum tempo para ser implantado muitas vezes

anos

Categoria 8 Conforto higroteacutermico - niacutevel bom ndash classificaccedilatildeo mantida

pois natildeo haacute sistema de ventilaccedilatildeo mecacircnica no EV

Categoria 9 Conforto acuacutestico - niacutevel excelente ndash classificaccedilatildeo natildeo

alcanccedilada necessitando de accedilotildees corretivas para atingir o niacutevel miacutenimo bom

Categoria 10 Conforto visual - niacutevel bom ndash classificaccedilatildeo mantida

podendo melhorar para superior com a constataccedilatildeo de um resultado positivo

em relaccedilatildeo ao ofuscamento

Categoria 11 Conforto olfativo - niacutevel superior ndash classificaccedilatildeo natildeo

alcanccedilada pois natildeo sistema de ventilaccedilatildeo mecacircnico Categoria rebaixada para

niacutevel bom

Categoria 12 Qualidade sanitaacuteria do ambiente - niacutevel superior ndash

classificaccedilatildeo natildeo alcanccedilada pois natildeo houve aprofundamento sobre as fontes

de campos eletromagneacuteticos

Categoria 13 Qualidade sanitaacuteria do ar - niacutevel bom ndash classificaccedilatildeo

mantida atende a legislaccedilatildeo vigente

Categoria 14 Qualidade sanitaacuteria da aacutegua - niacutevel Bom ndash classificaccedilatildeo

mantida faltando definir rotina para controle de qualidade da aacutegua captada

pelo sistema de coleta pluvial

97

A uacuteltima parte do referencial QAP compras atende a pontuaccedilatildeo maacutexima

QAP comunicaccedilatildeo atende a pontuaccedilatildeo maacutexima e QAP gestatildeo tem potencial

para alcanccedilar a pontuaccedilatildeo maacutexima

Para finalizar observou-se que o SGO permeia todo referencial sendo de

fato a ldquocoluna vertebralrdquo da certificaccedilatildeo e eacute a ferramenta que iraacute garantir um

bom desempenho ambiental da edificaccedilatildeo durante sua vida uacutetil

Os resultados apresentados representam apenas uma parte dos criteacuterios

exigidos no referencial O relatoacuterio completo da avaliaccedilatildeo seraacute encaminhado

para a Fundaccedilatildeo Vanzolini para iniciar o processo de certificaccedilatildeo do EV

SUGESTOtildeES PARA TRABALHOS FUTUROS

Como proposta para trabalhos futuros sugere-se

pesquisa sobre potenciais fontes de exposiccedilatildeo eletromagneacuteticas

elaboraccedilatildeo de manual de boas praacuteticas de uso e operaccedilatildeo do EV

avaliaccedilatildeo do sistema de gestatildeo de operaccedilatildeo utilizado no EV

98

REFEREcircNCIAS

AAKER D A et al Pesquisa de marketing 2 ed Satildeo Paulo Atlas 2004 745 p

ABNT Associaccedilatildeo Brasileira de normas teacutecnicas ISO14040 de 2004 NBR 15575 de 2008 e NBR 9050 de 2004 Disponiacutevel em httpwwwabntorgbr Acesso em 09 de outubro de 2011

AGOPYAN Vahan Alternativas para reduccedilatildeo do desperdiacutecio de materiais nos canteiros de obra Disponiacutevel em httpwwwhabitareorgbrpdfpublicacoesarquivos104pdf Acesso em 24 de agosto de 2012

ANEEL ANEEL aprova regras para facilitar a geraccedilatildeo de energia nas unidades consumidoras Brasiacutelia 2012

AQUASTOCK Disponiacutevel em httpaquastockcombrqualidadephp Acesso em 09 de julho de 2012

ARQUITETURA Alto desempenho ambiental reduz custos operacionais dos edifiacutecios Artigo publicado dia 28 de julho de 2011 Disponiacutevel em httpwwwarquiteturacombrartigosartigophpidArt=92 Acesso em 2 de outubro de 2011

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104

ANEXO 1

Projeto arquitetocircnico do Escritoacuterio Verde da UTFPR

105

ANEXO 2

EnergiaMaterias

primasAacutegua Ar Aacutegua Solo Ruiacutedos Odores

Local e construccedilatildeo

1 Relaccedilatildeo do edifiacutecio com o seu entorno

11 Consideraccedilatildeo do contexto F

12 Implantaccedilatildeo no terreno F F

2 Escolha integrada de produtos sistemas e processos construtivos

21 Adaptabilidade e durabilidade do edifiacutecio F

22 Escolhas de processos construtivos F F

23 Escolhas de produtos de construccedilatildeo F F

24 Fim de vida do edifiacutecio desconstrutibilidade reciclabilidade F F

3 Canteiro de obras

31 Produccedilatildeo de resiacuteduos identificaccedilatildeo gestatildeo dos resiacuteduos F

32 Incocircmodos e poluiccedilatildeo F F

33 Recursos - consumo de aacutegua e energia F

Gestatildeo

4 Energia

41 Energia primaacuteria natildeo renovaacutevel F

42 Incocircmodos e poluiccedilatildeo

5 Aacutegua

51 Economia de aacutegua potaacutevel F

52 Gestatildeo de aacuteguas pluviais no terreno F

53 Esgotamento sanitaacuterio F

6 Resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo do edifiacutecio

61 Controle da produccedilatildeo de resiacuteduos F

62 Adequaccedilatildeo entre coleta interna e externa F

63 Controle da seleccedilatildeo dos resiacuteduos F F F

64 Otimizaccedilatildeo do sistema de coleta interna F F F

7 Conservaccedilatildeo e manutenccedilatildeo

71 Otimizaccedilatildeo das necessidades em manutenccedilatildeo F F F

72 Controle dos efeitos ambientais e sanitaacuterios da manutenccedilatildeo F

73 Facilidade de acesso para manutenccedilatildeo

74 Equipamentos para manter o desempenho em uso e operaccedilatildeo F F F F

Conforto

8 Conforto higroteacutermico

81 No inverno e na meia-estaccedilatildeo F

82 No veratildeo F

9 Conforto acuacutestico

91 Disposiccedilotildees arquitetocircnicas espaciais F F F

92 Isolamento acuacutestico F F F

93 Correccedilatildeo acuacutestica dos ambientes (se necessaacuteria) F F F

94 Efeitos dos ruiacutedos na vizinhanccedila F F F

10 Conforto visual

101 Consideraccedilatildeo da iluminaccedilatildeo natural F F F

102 Iluminaccedilatildeo artificial F

103 Relaccedilatildeo visual com o exterior

104 Iluminaccedilatildeo artificial das aacutereas exteriores F F

11 Conforto olfativo

111 Fontes de odores desagradaacuteveis F F F

112 Sensaccedilotildees olfativas desagradaacuteveis F F F

Sauacutede

12 Qualidade sanitaacuteria dos ambientes

121 Tratamento do ambiente interior e das superfiacutecies F F

13 Qualidade sanitaacuteria do ar

131 Fontes de poluiccedilatildeo F F F

132 Efeitos dos poluentes do ar na sauacutede F F F

14 Qualidade sanitaacuteria da aacutegua

141 Manutenccedilatildeo da qualidade da aacutegua de consumo nas redes internas do edifiacutecio F

142 Controle de acessos agraves redes coletivas de distribuiccedilatildeo

143 Controle da qualidade da aacutegua proveniente de rede de aacutegua natildeo potaacutevel

F = Relaccedilatildeo forte existente entre preocupaccedilatildeo e objetivo

Uma ceacutelula em branco natildeo significa necessariamente uma total ausecircncia de preocupaccedilatildeo

MO

BIL

IDA

DE

UR

BA

NA

OBJETIVOS DE CONTROLE DOS IMPACTOS AMBIENTAIS EXTERIORES E

INTERIORES DO EDIFICIO

Tabela 2 - Guia para a hierarquizaccedilatildeo das categorias de QAE em funccedilatildeo dos desafios ambientais estabelecidos

ME

LH

OR

AR

O

CO

NF

OR

TO

PR

ES

EE

RV

AR

A S

AU

DE

PREOCUPACcedilOtildeES AMBIENTAIS

PRESERVAR OS

RECURSOS

REDUZIR A

POLUICcedilAtildeO

REDUZIR OS

INCOMODOS

RE

DU

ZIR

OS

RE

SID

UO

S

106

ANEXO 3

Processo AQUA - operaccedilatildeo e uso maio de 2010

Page 8: UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ …Processo AQUA de certificação de edificações sustentáveis na fase operação e uso : estudo de caso do Escritório Verde da UTFPR

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Pegada ecoloacutegica (adaptado do inglecircs) 24

Figura 2 ndash Ciclo PDCA e SDCA 33

Figura 3 ndash Niacuteveis de avaliaccedilatildeo AQUA 40

Figura 4 ndash Avaliaccedilatildeo na fase operaccedilatildeo e uso - processo AQUA 42

Figura 5 - Localizaccedilatildeo do empreendimento em relaccedilatildeo agrave UTFPR e pontos

estrateacutegicos 46

Figura 6 ndash Planta esquemaacutetica do piso teacuterreo do EV 47

Figura 7 ndash Planta esquemaacutetica do mezanino do EV 47

Figura 8 ndash Perspectiva lateral esquerda do Escritoacuterio Verde 48

Figura 9 ndash Vista da lateral esquerda do Escritoacuterio Verde 48

Figura 10 ndash Vista dos fundos do Escritoacuterio Verde 48

Figura 11 ndash Montagem das paredes do Escritoacuterio Verde 49

Figura 12 ndash Aplicaccedilatildeo de manta hidroacutefuga nas paredes externas 50

Figura 13 ndash Sistema de moacutedulos em EVA 50

Figura 14 ndash Execuccedilatildeo do telhado verde 50

Figura 15 ndash Revestimentos internos do EV 51

Figura 16 ndash Perfil ambiental proposto para o EV 54

Figura 17ndash Execuccedilatildeo do radier 59

Figura 18ndash Ancoragem das paredes 59

Figura 19 - Modelo construtivo wood frame 60

Figura 20 - Manta de PET reciclado 60

Figura 21- Manta de pneu reciclado 60

Figura 22 - Painel Smartside 61

Figura 23 - Siding Vinilico 61

Figura 24 - Painel TechShield 61

Figura 25 ndash Painel Decowall 62

Figura 26 ndash Placa cimentiacutecia 62

Figura 27 ndash Vigas I 63

Figura 28 ndash Passagem da tubulaccedilatildeo na viga I 63

Figura 29 - Modelo construtivo da cobertura em wood frame 63

Figura 30 ndash Sistema tombar para ventilaccedilatildeo indireta 64

Figura 31 ndash Piso elevado modular 65

Figura 32 ndash Carpete modular com sistema tactile 65

Figura 33 ndash Sistema hidro-pex 66

Figura 34 ndash Painel fotovoltaico 68

Figura 35 ndash Cisterna e filtros do EV 73

Figura 36ndash Modelo de sistema de coleta de aacutegua pluvial 73

Figura 37 ndash Jardim vertical do EV 74

Figura 38 ndash Piso drenante borracha de pneu 75

Figura 39 ndash Piso plast floor 76

Figura 40 ndash Piso drenante tecnogran 76

Figura 41 ndash Vista lateral esquerda do EV 87

Figura 42 ndash Vista lateral direita e fundos do EV 87

Figura 43 ndash Efeito chamineacute 88

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 ndash Perfil da qualidade ambiental do edifiacutecio em operaccedilatildeo 41

Tabela 2 ndash Guia para hierarquizaccedilatildeo das categorias da QAE em funccedilatildeo dos desafios

ambientais estabelecidos 53

Tabela 3 ndash Energia gerada em cada mecircs de operaccedilatildeo do SFCR do EV 69

Tabela 4 ndash Energia diaacuteria meacutedia gerada em cada mecircs de operaccedilatildeo do SFCR do EV 69

Tabela 5 ndash Consumo de aacutegua potaacutevel no EV 72

Tabela 6 ndash Consumo de aacutegua de pluvial 72

Tabela 7 ndash Meacutedias histoacutericas - iacutendice pluviomeacutetrico 74

Tabela 8 ndash Coeficiente de impermeabilizaccedilatildeo do terreno antes da implantaccedilatildeo do EV 75

Tabela 9 ndash Coeficiente de impermeabilizaccedilatildeo do terreno apoacutes a implantaccedilatildeo do EV75

Tabela 10 ndash Mediccedilatildeo de temperatura no EV durante o inverno 80

Tabela 11 ndash Resultados obtidos (MEDICcedilAtildeO ndash INCERTEZA) 84

Tabela 12 ndash Resultados obtidos (MEDICcedilAtildeO + INCERTEZA) 84

Tabela 13 - Caacutelculo do iacutendice de atenuaccedilatildeo acuacutestica R do invoacutelucro da edificaccedilatildeo 85

LISTA DE QUADROS

Quadro 1 ndash Principais eventos relacionados ao desenvolvimento sustentaacutevel 27

Quadro 2 ndash Principais sistemas de certificaccedilatildeo de edificaccedilotildees (continua) 34

Quadro 3 - Principais sistemas de certificaccedilatildeo de edificaccedilotildees no Brasil (continua) 36

Quadro 4 ndash Categorias do sistema AQUA 39

Quadro 5 ndash Subcategorias do sistema AQUA (continua) 39

Quadro 6 ndash Avaliaccedilatildeo categoria 1 - QI 55

Quadro 7 ndash Avaliaccedilatildeo categoria 1 - CQI 55

Quadro 8 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 13 55

Quadro 9 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 111 56

Quadro 10 ndash Avaliaccedilatildeo categoria 2 - QI 57

Quadro 11 ndash Avaliaccedilatildeo categoria 2 - MQI 57

Quadro 12 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 111 58

Quadro 13 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 66

Quadro 14 ndash Avaliaccedilatildeo categoria 4 ndash QI 67

Quadro 15 ndash Avaliaccedilatildeo categoria ndash MQI 67

Quadro 16 ndash Avaliaccedilatildeo categoria ndash CQI 67

Quadro 17ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 44 67

Quadro 18 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 70

Quadro 19 ndash Criteacuterios avaliados ndash MQI 70

Quadro 20 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 70

Quadro 21 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 52 e 53 71

Quadro 22 ndash fontes consumidoras de aacutegua 71

Quadro 23 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 76

Quadro 24 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 77

Quadro 25 ndash Criteacuterios avaliados ndash MQI 78

Quadro 26 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 78

Quadro 27 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 71 78

Quadro 28 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 79

Quadro 29 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 79

Quadro 30 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 83 79

Quadro 31 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 81

Quadro 32 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 81

Quadro 33 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 83 82

Quadro 34 ndash Criteacuterios de avaliaccedilatildeo para acuacutestica de edifiacutecios novos 82

Quadro 35 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 86

Quadro 36 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 86

Quadro 37 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 86

Quadro 38 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 87

Quadro 39 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 88

Quadro 40 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 112 88

Quadro 41 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 89

Quadro 42 ndash Criteacuterios avaliados ndash MQI 89

Quadro 43 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 89

Quadro 44 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 121 89

Quadro 45 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 90

Quadro 46 ndash Criteacuterios avaliados ndash MQI 90

Quadro 47 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 90

Quadro 48 ndash Criteacuterios avaliados ndash MQI 131 91

Quadro 49 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 92

Quadro 50 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 92

Quadro 51 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 141 92

Quadro 52 ndash Criteacuterios avaliados em QAP 93

Quadro 53 ndash Criteacuterios avaliados em QI 41 94

LISTA DE GRAacuteFICOS

Graacutefico 1- Evoluccedilatildeo do PIB Brasil e do PIB da Construccedilatildeo Civil 17

Graacutefico 2 - Estimativa de crescimento populacional mundial (adaptado do inglecircs) 23

Graacutefico 3 ndash Dia com temperatura meacutedia diaacuteria miacutenima 81

Graacutefico 4 ndash Meacutedias do niacutevel de ruiacutedo dos locais avaliados 83

Graacutefico 5 ndash Iacutendice de atenuaccedilatildeo acuacutestica 85

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ABNT Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas

ACV Avaliaccedilatildeo de ciclo de vida

AQUA Alta Qualidade Ambiental

ASBEA Associaccedilatildeo Brasileira dos Escritoacuterios de Arquitetura

BEE Building Environmental Efficiency

BRE Building Research Establishment

BREEAM Building Research Establishment Environmental Assessment Method

CASBEE Comprehensive Assessment System for Building Environmental

Efficiency

CBIC Cacircmara Brasileira da Induacutestria da Construccedilatildeo

CBCS Conselho Brasileiro de Construccedilatildeo Sustentaacutevel

CQI Controle da qualidade intriacutenseca

COV Compostos Orgacircnicos Volaacuteteis

CO Dioacutexido de Carbono

EV Escritoacuterio Verde

GBC Green Building Council

HQE Haute Qualiteacute Environnementale

HKBEAM Honk Kong Building Environmental Assessment

IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica

IDHEA Instituto para Desenvolvimento da Habitaccedilatildeo Ecoloacutegica

LCA Life cicle assessment

LEED Leadership in Energy amp Environmental Design

MQI Melhoria da qualidade intriacutenseca

NBR Norma brasileira

ONU Naccedilotildees Unidas

PNUMA Programa das Naccedilotildees Unidas para o Meio Ambiente

QAE Qualidade ambiental do edifiacutecio

QAEop Qualidade ambiental do edifiacutecio em operaccedilatildeo

QAP Qualidade ambiental das praacuteticas

QI Qualidade intriacutenseca

SANEPAR Companhia de Saneamento do Paranaacute

SFCR Sistema fotovoltaico conectado aacute rede

SFI Sistema fotovoltaico isolado

SGE Sistema de gestatildeo do empreendimento

SGO Sistema de gestatildeo da operaccedilatildeo

USGBC US Green Building Council

UTFPR Universidade Tecnoloacutegica Federal do Paranaacute

WWF World Wildlife Fund

WRI World Resources Institute

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 17

11 CONSIDERACcedilOtildeES INICIAIS 17

12 OBJETIVOS 19

121 Objetivo Principal 19

122 Objetivos Especiacuteficos 19

13 DELIMITACcedilOtildeES 19

14 JUSTIFICATIVA 20

15 ESTRUTURA DA DISSERTACcedilAtildeO 22

2 REVISAtildeO DA LITERATURA 23

21 CONTEXTUALIZACcedilAtildeO 23

22 DESENVOLVIMENTO SUSTENTAacuteVEL 25

23 CONSTRUCcedilAtildeO SUSTENTAacuteVEL 28

24 SISTEMAS DE AVALIACcedilAtildeO DO DESEMPENHO DE EDIFIacuteCIOS 29

241 Anaacutelise do Ciclo de Vida ndash ACV 31

242 Sistemas de Certificaccedilatildeo de Edifiacutecios 31

243 Principais Sistemas de Certificaccedilatildeo no Brasil 36

244 Processo AQUA de certificaccedilatildeo 37

3 METODOLOGIA 43

4 ESTUDO DE CASO ESCRITOacuteRIO VERDE DA UTFPR 45

41 CONTEXTUALIZACcedilAtildeO 45

42 CONSTRUCcedilAtildeO DO ESCRITOacuteRIO VERDE 46

5 RESULTADOS E DISCUSSOtildeES 52

51 AVALIACcedilAtildeO DO DESEMPENHO AMBIENTAL DO EV 52

511 SGO ndash Sistema de gestatildeo da operaccedilatildeo 52

512 QAEop ndash Qualidade Ambiental do Edifiacutecio na Fase Operaccedilatildeo 54

513 QAP ndash Qualidade Ambiental das Praacuteticas 92

6 CONCLUSOtildeES 94

REFEREcircNCIAS 99

ANEXOS 106

17

1 INTRODUCcedilAtildeO

11 CONSIDERACcedilOtildeES INICIAIS

Em 1987 foi publicado pela ONU (Naccedilotildees Unidas) o documento ldquoNosso

Futuro Comumrdquo mais conhecido como o relatoacuterio de Brundtland 25 anos se

passaram e a ideia de desenvolvimento sustentaacutevel continua vaacutelida nos dias de

hoje No entanto destaca-se o fato de ainda ser um conceito de aceitaccedilatildeo

generalizada quando deveria ser uma praacutetica cotidiana (ONU 2012)

Nesse contexto apresenta-se o setor da construccedilatildeo civil que cresce a

taxas superiores agraves do PIB (produto interno bruto) nacional De acordo com

dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica (IBGE) em

2012 enquanto o Paiacutes apresentou expansatildeo de 09 a construccedilatildeo civil

cresceu 14 O resultado da Construccedilatildeo foi o segundo melhor da Induacutestria

ficando atraacutes do setor de produccedilatildeo e distribuiccedilatildeo de eletricidade gaacutes aacutegua

esgoto e limpeza urbana (36)

Conforme Graacutefico 1 divulgado pela Cacircmara Brasileira da Industria da

Construccedilatildeo - CBIC em 2011 enquanto PIB nacional cresceu 75 o da

Construccedilatildeo registrou incremento de 116 justificado pelo lanccedilamento do

Programa Minha Casa Minha Vida ndash PMCMV em 2010

Graacutefico 1- Evoluccedilatildeo do PIB Brasil e do PIB da Construccedilatildeo Civil

Fonte CBIC (2011)

18

Para CBIC (2011) a induacutestria da construccedilatildeo eacute considerada ldquoo motor do

desenvolvimentordquo brasileiro dos proacuteximos anos No entanto observa-se que as

praacuteticas para amenizar os impactos gerados pelo setor natildeo acompanham

tamanho crescimento

Em contrapartida surgem no Brasil poliacuteticas em prol da preservaccedilatildeo

ambiental impulsionando toda cadeia produtora um exemplo eacute a Instruccedilatildeo

Normativa nordm 01 de 2010 que dispotildee sobre os criteacuterios de sustentabilidade

ambiental na aquisiccedilatildeo de bens contrataccedilatildeo de serviccedilos ou obras pela

Administraccedilatildeo Puacuteblica Federal direta autaacuterquica e fundacional

Outro ganho eacute a Norma Brasileira de Desempenho de Edifiacutecios NBR

155752013 que comeccedila a vigorar em julho desse ano e traz alguns itens

ineacuteditos nas normativas brasileiras como o conceito de vida uacutetil para os

sistemas Outro aspecto relevante eacute o papel que o usuaacuterio passaraacute a exercer

pois para que o desempenho miacutenimo seja atingido ao longo do tempo seraacute

necessaacuterio agrave implementaccedilatildeo de programas de manutenccedilatildeo corretiva e

preventiva (ASBEA 2013)

Destacam-se tambeacutem os sistemas de certificaccedilatildeo ambiental de

edificaccedilotildees que vecircm ganhando grande aceitaccedilatildeo no mercado brasileiro

apresentando-se como forma fundamental de incentivo das praacuteticas

sustentaacuteveis e principalmente como instrumento para garantir que as

edificaccedilotildees tenham um bom desempenho durante sua vida uacutetil

Dentro desse contexto a pesquisa apresentada dedicou-se na anaacutelise do

processo de certificaccedilatildeo ambiental AQUA (Alta Qualidade Ambiental) lanccedilado

em 2008 elaborado pela Fundaccedilatildeo Carlos Alberto Vanzolini instituiccedilatildeo privada

sem fins lucrativos criada mantida e gerida pelos professores do

Departamento de Engenharia de Produccedilatildeo da Escola Politeacutecnica da

Universidade de Satildeo Paulo O sistema foi adaptado exclusivamente para a

realidade brasileira a partir do modelo de certificaccedilatildeo francecircs HQE Haute

Qualiteacute Environnementale O processo AQUA eacute uma certificaccedilatildeo reconhecida

internacionalmente por diversas entidades certificadoras no mundo Franccedila

Alemanha Inglaterra Finlacircndia Itaacutelia e Estados Unidos que fazem parte da

SB Alliance da qual a Fundaccedilatildeo eacute membro fundador (REVISTA TEacuteCHNE

2009)

19

Inicialmente buscou-se o entendimento do referencial teacutecnico elaborado

pela Fundaccedilatildeo Vanzolini em 2007 para edifiacutecios novos abordando as fases

que antecedem a operaccedilatildeo as etapas de programa concepccedilatildeo (projeto) e

realizaccedilatildeo (execuccedilatildeo) Posteriormente deu-se a analise do referencial de

operaccedilatildeo fornecido pela Fundaccedilatildeo Vanzolini versatildeo provisoacuteria de 2010

atualmente em processo de revisatildeo

Com o objetivo de aplicar o conhecimento adquirido na anaacutelise dos

referidos referenciais optou-se por adotar do Escritoacuterio Verde - EV da UTFPR

construiacutedo dentro de criteacuterios sustentaacuteveis como objeto de estudo analisando

a conformidade ou natildeo conformidade quanto aos criteacuterios de desempenho

ambiental definidos no referencial AQUA de operaccedilatildeo de edifiacutecios

12 OBJETIVOS

121 Objetivo Principal

Analisar o desempenho ambiental do Escritoacuterio Verde da UTFPR tendo

como base o referencial teacutecnico de operaccedilatildeo e uso fornecido pela Fundaccedilatildeo

Vanzolini

122 Objetivos Especiacuteficos

Analisar o referencial teacutecnico para edifiacutecios do setor de serviccedilos em

operaccedilatildeo e uso elaborado pela Fundaccedilatildeo Vanzolini em maio de 2010

Avaliar o EV quanto o atendimento dos requisitos exigidos pelo AQUA

para a obtenccedilatildeo da certificaccedilatildeo na fase operaccedilatildeo e uso

Promover maior percepccedilatildeo sobre a importacircncia da certificaccedilatildeo de

edifiacutecios na fase operaccedilatildeo e uso como forma de garantir um desempenho

ambiental satisfatoacuterio durante sua vida uacutetil

13 DELIMITACcedilOtildeES

Para este estudo foram utilizados dois referenciais teacutecnicos AQUA de

certificaccedilatildeo

20

Vanzolini versatildeo 0 (provisoacuteria) - elaborado em maio de 2010

ndash edifiacutecios escolares versatildeo 0

(provisoacuteria) disponiacutevel no site da Fundaccedilatildeo

consideradas na presente dissertaccedilatildeo

14 JUSTIFICATIVA

O 3ordm Simpoacutesio Brasileiro de Construccedilatildeo Sustentaacutevel ocorrido em 2010

SBCS10 promovido pelo CIB (International Council for Research and

Innovation in Building and Construction) UNEP (United Nations Environment

Programme) e iiSBE (International Initiative for a Sustainable Built

Environment) em parceria com o CBCS (Conselho Brasileiro de Construccedilotildees

Sustentaacuteveis) e uma coalizatildeo de universidades brasileiras liacutederes no tema

Universidade de Campinas (Unicamp) Universidade Federal do Espiacuterito Santo

(UFES) e Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) obteve por

resultado um documento denominado ldquoCarta Abertardquo contendo consideraccedilotildees

referentes ao momento econocircmico e social vivido pelo Brasil Seguem algumas

dessas exposiccedilotildees (CBCS 2010)

a cadeia produtiva da construccedilatildeo civil eacute um dos motores do processo de

desenvolvimento econocircmico do Paiacutes

os programas governamentais de desenvolvimento social como o

Minha Casa Minha Vida - PMCMV e o Programa de Aceleraccedilatildeo do

Crescimento - PAC tem por base a atividade de construccedilatildeo

a cadeia produtiva da construccedilatildeo tem significativos impactos sociais e

ambientais inclusive mudanccedilas climaacuteticas consumo de energia aacutegua

biodiversidade e recursos naturais

Diante desse cenaacuterio surgem no Brasil os sistemas de certificaccedilatildeo

ambiental para edifiacutecios que agregam no sentido de minimizar os impactos

decorrentes da cadeia produtiva da construccedilatildeo civil

Hoje o Brasil ocupa o quarto lugar entre os paiacuteses que mais concentram

edificaccedilotildees feitas a partir de criteacuterios ambientalmente adequados Os Estados

21

Unidos reuacutenem o maior nuacutemero de empreendimentos em anaacutelise seguidos

pela China e pelos Emirados Aacuterabes Unidos (GBC-BRASIL 2013)

O relatoacuterio Rumo a Economia Verde do PNUMA (Programa das Naccedilotildees

Unidas para o Meio Ambiente) 2011 informa que a reduccedilatildeo dos impactos

gerados na construccedilatildeo civil eacute peccedila chave para alcance de uma economia

verde Para o PNUMA economia verde eacute aquela que resulta em melhoria do

bem-estar da humanidade e igualdade social ao mesmo tempo em que reduz

significativamente riscos ambientais e escassez ecoloacutegica

ldquoA construccedilatildeo de novos edifiacutecios verdes e o reequipamento dos edifiacutecios

jaacute existentes que usam energia e recursos de forma intensiva ateacute 2050 podem

resultar na economia de um terccedilo de energia nos setores de construccedilatildeo civil no

mundo inteiro em comparaccedilatildeo com as projeccedilotildees para as construccedilotildees

realizadas da maneira tradicionalrdquo (PNUMA 2011)

Para o coordenador executivo do processo AQUA professor Manuel

Carlos Reis Martins haacute necessidade de se repensar o conceito de custo de

uma obra levando em conta tambeacutem a fase de operaccedilatildeo cujo custo ao longo

dos anos eacute muito maior do que o valor gasto na construccedilatildeo Em termos de

ordem de grandeza do custo total de construccedilatildeo e operaccedilatildeo de um edifiacutecio

em um horizonte de 30 anos cerca de 20 correspondem agrave construccedilatildeo e 80

agrave operaccedilatildeo De outo modo se um edifiacutecio for sustentaacutevel e

consequentemente tiver custos operacionais mais baixos os investimentos

adicionais realizados na fase de construccedilatildeo teratildeo um raacutepido retorno

(ARQUITETURA 2011)

Eacute niacutetido que o tema construccedilotildees sustentaacuteveis com destaque para as

certificaccedilotildees ambientais vem ganhando abrangecircncia no contexto global e tem

um peso certamente crescente e determinante na minimizaccedilatildeo dos impactos

gerados no setor da construccedilatildeo No entanto no Brasil ainda eacute incipiente a

aplicaccedilatildeo desses sistemas no sentido de avaliar e garantir um desempenho

ambiental satisfatoacuterio das edificaccedilotildees durante sua operaccedilatildeo

Para Degani (2010) as metodologias de avaliaccedilatildeo e certificaccedilatildeo de

edifiacutecios podem ser vistas como mecanismos indutores do aperfeiccediloamento do

desempenho das edificaccedilotildees e da proacutepria construccedilatildeo civil

22

15 ESTRUTURA DA DISSERTACcedilAtildeO

O trabalho foi estruturado da seguinte forma

deste trabalho e justifica a relevacircncia desse estudo

histoacuterico e o estado da arte do tema estudado tambeacutem descreve os sistemas

de certificaccedilatildeo mais relevantes da atualidade e suas principais caracteriacutesticas

apitulo eacute a metodologia utilizada na dissertaccedilatildeo

Verde da UTFPR resultados e discussotildees sobre a aplicaccedilatildeo da metodologia

AQUA na fase operaccedilatildeo e uso

conclusotildees e consideraccedilotildees finais

23

2 REVISAtildeO DA LITERATURA

21 CONTEXTUALIZACcedilAtildeO

O ritmo do crescimento populacional no mundo estaacute em constante

decliacutenio sendo a taxa atual de crescimento de 12 ao ano Poreacutem a

populaccedilatildeo mundial continua crescendo em valores absoluto e em 2011 atingiu

a marca de 7 bilhotildees de habitantes O Graacutefico 2 informa que para o alcance do

2ordm bilhatildeo de habitantes no planeta levaram cerca de 123 anos o 3ordm bilhatildeo 33

anos o 4ordm bilhatildeo 15 anos o 5ordm e 6ordm bilhatildeo apenas 12 anos A estimativa para

atingir o 8ordm e 9ordm bilhatildeo eacute de 16 e 26 anos respectivamente mostrando que o

equiliacutebrio estaacute longe de acontecer gerando vaacuterios problemas pois a natureza

natildeo consegue repor na mesma velocidade que o consumo se sucede

Graacutefico 2 - Estimativa de crescimento populacional mundial (adaptado do inglecircs)

Fonte Population Reference Bureau (2011)

A Figura 1 relata as projeccedilotildees do uacuteltimo Relatoacuterio Planeta Vivo da World

Wildlife Fund - WWF (2012) indicando que se a humanidade continuar com

esse modelo de comportamento em 2030 (com 83 bilhotildees de habitantes)

seriam necessaacuterios dois planetas e cerca de trecircs planetas em 2050 (com 93

bilhotildees de habitantes) Esses dados foram calculados por meio da pegada

24

ecoloacutegica que corresponde ao tamanho das aacutereas produtivas de terra e de mar

necessaacuterias para gerar produtos bens e serviccedilos que sustentem determinados

estilos de vida Eacute uma forma de medir em hectares (ha) a extensatildeo de

territoacuterio que uma pessoa ou toda uma sociedade utiliza em meacutedia para se

sustentar

Figura 1 - Pegada ecoloacutegica (adaptado do inglecircs)

Fonte WWF ndash World Wildlife Fund 2012

Os componentes utilizados para o caacutelculo da pegada ecoloacutegica satildeo

apresentados na Figura 1 demonstrando os seguintes aspectos

carbono - a extensatildeo de aacutereas florestais capaz de sequestrar emissotildees

de CO2 derivadas da queima de combustiacuteveis foacutesseis excluindo-se a parcela

absorvida pelos oceanos que provoca a acidificaccedilatildeo

- a extensatildeo de aacutereas de cultivo usadas para a

produccedilatildeo de alimentos e fibras para consumo humano bem como para a

produccedilatildeo de raccedilatildeo para o gado oleaginosa e borracha

- a extensatildeo de aacutereas de pastagem utilizadas para a criaccedilatildeo

de gado de corte e leiteiro e para a produccedilatildeo de couro e produtos de latilde

- a extensatildeo de aacutereas florestais necessaacuterias para o

fornecimento de produtos madeireiros celulose e lenha

25

- representa a extensatildeo de aacutereas cobertas por

infraestrutura humana inclusive transportes habitaccedilatildeo estruturas industriais e

reservatoacuterios para a geraccedilatildeo de energia hidreleacutetrica

- calculada a partir da estimativa de produccedilatildeo primaacuteria

necessaacuteria para sustentar os peixes e mariscos capturados com base em

dados de captura relativos a espeacutecies marinhas e de aacutegua doce

22 DESENVOLVIMENTO SUSTENTAacuteVEL

A associaccedilatildeo entre o desenvolvimento econocircmico e a degradaccedilatildeo da

natureza foi pela primeira vez discutida por um grupo de intelectuais

denominado Clube de Roma fundado em 1968 tornou-se muito conhecido a

partir da publicaccedilatildeo do relatoacuterio intitulado ldquoOs Limites do Crescimentordquo Em

1972 a Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas (ONU) realizou a primeira

conferecircncia mundial sobre meio ambiente em Estocolmo Em 1983 foi criada a

Comissatildeo Mundial do Meio Ambiente e Desenvolvimento que publicou em

1987 o relatoacuterio conhecido como ldquoRelatoacuterio Brundtlandrdquo o qual aponta para a

incompatibilidade entre desenvolvimento sustentaacutevel e os padrotildees de produccedilatildeo

e consumo trazendo agrave tona mais uma vez a necessidade de uma nova relaccedilatildeo

ldquoser humano e meio ambienterdquo

Para a WWF Brasil a definiccedilatildeo mais aceita para desenvolvimento

sustentaacutevel foi descrita no Relatoacuterio de Brundland em 1987 ldquoAtender agraves

necessidades do presente sem comprometer a possibilidade de as geraccedilotildees

futuras atenderem a suas proacuteprias necessidadesrdquo Essa definiccedilatildeo surgiu para

discutir e propor meios de harmonizar dois objetivos o desenvolvimento

econocircmico e a conservaccedilatildeo ambiental (WWF-BRASIL 2013)

Mas foi na Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas para o Desenvolvimento e o

Meio Ambiente - Rio 92 que se consagrou o uso da expressatildeo

desenvolvimento sustentaacutevel O resultado foi agrave adoccedilatildeo de trecircs recomendaccedilotildees

principais a Agenda 21 a Declaraccedilatildeo do Rio e os Princiacutepios relativos a

Florestas e Selvas Foram tambeacutem firmadas duas convenccedilotildees a Convenccedilatildeo

da Biodiversidade e a Convenccedilatildeo do clima

A Agenda 21 foi o principal documento produzido na ECO 92 na qual foi

registrado a importacircncia dos paiacuteses em se comprometerem a refletir local e

26

globalmente sobre a forma pela qual governos empresas e organizaccedilotildees natildeo-

governamentais e todos os setores da sociedade poderiam cooperar no estudo

de soluccedilotildees para os problemas socioambientais

Assim a Agenda 21 possibilitou o debate sobre o desenvolvimento e

construccedilatildeo sustentaacutevel utilizaccedilatildeo de recursos viabilidade econocircmica destes

no mercado processos construtivos desenvolvimento social entre outros

assuntos permitindo aprofundar conhecimentos relacionados com a eficiecircncia

energeacutetica nos edifiacutecios a conservaccedilatildeo da aacutegua potaacutevel e a utilizaccedilatildeo de

materiais que tenham em conta a preservaccedilatildeo do ambiente

Em 2007 foi criado no Brasil o Conselho Brasileiro de Construccedilatildeo

Sustentaacutevel (CBCS) que tem como objetivo a utilizaccedilatildeo de praacuteticas

sustentaacuteveis no setor da construccedilatildeo civil trazendo qualidade de vida aos

usuaacuterios trabalhadores e ao ambiente em torno da edificaccedilatildeo

O evento mais recente foi a RIO + 20 realizado em junho de 2012

Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas sobre desenvolvimento sustentaacutevel sediado

no Rio de Janeiro Brasil Como resultado obteve-se a elaboraccedilatildeo de um

documento intitulado ldquoO futuro que queremosrdquo

27

Principais acontecimentos referentes ao desenvolvimento sustentaacutevel

podem ser vistos no Quadro 1

ANO EVENTO RESUMO

1968 Criaccedilatildeo do Clube de Roma

Organizaccedilatildeo informal cujo objetivo era promover o entendimento dos

componentes variados mas interpendentes ndash econocircmicos poliacuteticos

naturais e sociais que formam o sistema global

1972 Publicaccedilatildeo do livro Os limites do crescimento

Informe apresentado pelo Clube de Roma no qual previa que as

tendecircncias que imperavam ateacute entatildeo conduziriam a uma escassez

catastroacutefica dos recursos naturais e a niacuteveis perigosos de

contaminaccedilatildeo num prazo de 100 anos

1972Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas sobre o Meio Ambiente

Humano em Estocolmo Sueacutecia

A primeira manifestaccedilatildeo dos governos de todo o mundo com as

consequumlecircncias da economia sobre o meio ambiente Participaram

113 Estados-membros da ONU Um dos resultados do evento foi a

criaccedilatildeo do Programa das Naccedilotildees Unidas sobre o Meio Ambiente

(PNUMA)

1987Publicaccedilatildeo do informe Brundtland o ldquoNosso

Futuro Comumrdquo

Um dos mais importantes sobre a questatildeo ambiental e o

desenvolvimento Vincula estreitamente economia e ecologia e

estabelece o eixo em torno do qual se deve discutir o

desenvolvimento formalizando o conceito de desenvolvimento

sustentaacutevel

1992Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas sobre o Meio

Ambiente e Desenvolvimento ou Cuacutepula da Terra

Realizada no Rio de Janeiro constitui-se no mais importante foro

mundial jaacute realizado Abordou novas perspectivas globais e de

integraccedilatildeo da questatildeo ambiental planetaacuteria e definiu mais

concretamente o modelo de desenvolvimento sustentaacutevel

Participaram 170 Estados que aprovaram a Declaraccedilatildeo do Rio e

mais quatro documentos entre os quais a Agenda 21

1995 Berlim COP 1 - Conferecircncia sobre o clima

A primeira COP (Conferencia das Partes) tece como destaque a

decisatildeo de se apresentar no encontro de 1997 um documento

tornando oficial o comprometimento dos paiacuteses de reduccedilatildeo das

emissotildees de gases do efeito estufa

1997 Rio + 5 - Protocolo de Kyoto

Realizado em New York teve como objetivo analisar a

implementaccedilatildeo do Programa da Agenda 21 Visa combater o

aquecimento global que causa o efeito estufa

2002Cuacutepula Mundial sobre o Desenvolvimento Sustentaacutevel ndash

Rio + 10

Realizada em Johannesburgo nos meses de agosto e setembro

procurou examinar se foram alcanccediladas as metas estabelecidas pela

Conferecircncia do Rio-92 e serviu para que os Estados reiterassem seu

compromisso com os princiacutepios do desenvolvimento sustentaacutevel

2005 Montreal COP11 MOP1- Conferencia sobre o clima

Ocorreu juntamente com a Primeira Conferecircncia das Partes do

Protocolo de Quioto (COPMOP1) Jaacute entra na pauta a discussatildeo do

segundo periacuteodo do Protocolo apoacutes 2012 para o qual instituiccedilotildees

europeacuteias defendem reduccedilotildees de emissatildeo na ordem de 20 a 30 ateacute

2030 e entre 60 e 80 ateacute 2050

2007 Bali COP 13MOP3 - Conferencia sobre o clima

A reuniatildeo estabeleceu compromissos mensuraacuteveis transparentes e

verificaacuteveis para a reduccedilatildeo de emissotildees causadas por desmatamento

das florestas tropicais para o acordo que substituiraacute o Protocolo de

Quioto Recebeu o apelido mapa do caminho

2009 Copenhagem COP 15 -Conferencia sobre o clima

O encontro era considerado o mais importante da histoacuteria recente

dos acordos multilaterais ambientais pois tinha por objetivo

estabelecer o tratado que substituiraacute o Protocolo de Kyoto vigente

de 2008 a 2012 Entretanto a Conferecircncia de Copenhague foi

considerada em grande parte decepcionante

2010 Cancun COP 16 - Conferencia sobre o clima

Aqui vocecirc encontra anaacutelises dos integrantes do Observatoacuterio do

Clima posts no blog imagens e referecircncias para acompanhar mais

essa etapa das negociaccedilotildees multilaterais

2011 Durban COP 17 - Conferencia sobre o climaA proposta resultante da reuniatildeo foi vista pelos ambientalistas como

modesta insuficiente e sem ambiccedilotildees

2012 Rio + 20

A Rio+20 foi a maior Conferecircncia da ONU jaacute realizada com ampla

participaccedilatildeo de liacutederes de todos os setores Aleacutem do resultado

oficial muito criticado resumido no documento ldquoO Futuro que

Queremosrdquo e das dezenas de propostas da sociedade civil

organizada na Cuacutepula dos Povos a Rio+20 foi palco de 705

compromissos voluntaacuterios entre governos ONGs e Major Groups ndash

incluindo 500 empresas induacutestrias universidades entre outros

Quadro 1 ndash Principais eventos relacionados ao desenvolvimento sustentaacutevel

Fonte A autora 2012

28

23 CONSTRUCcedilAtildeO SUSTENTAacuteVEL

No acircmbito da Agenda 21 para a construccedilatildeo sustentaacutevel em paiacuteses em

desenvolvimento a construccedilatildeo sustentaacutevel eacute definida como um processo

holiacutestico que aspira a restauraccedilatildeo e manutenccedilatildeo da harmonia entre os

ambientes natural e construiacutedo e a criaccedilatildeo de assentamentos que afirmem a

dignidade humana e encorajem a equidade econocircmica No contexto do

desenvolvimento sustentaacutevel o conceito transcende a sustentabilidade

ambiental para abraccedilar a sustentabilidade econocircmica e social que enfatiza a

adiccedilatildeo de valor agrave qualidade de vida dos indiviacuteduos e das comunidades

(MINISTEacuteRIO DO MEIO AMBIENTE 2013)

As construccedilotildees sustentaacuteveis satildeo antes de tudo intervenccedilotildees conscientes

e planejadas Buscam satisfazer as necessidades humanas empregando de

forma inteligente os recursos disponiacuteveis visando natildeo esgotaacute-los

preservando-os para as geraccedilotildees futuras Desenvolve soluccedilotildees para os

problemas que a proacutepria construccedilatildeo gera (RIBEIRO 2010)

ldquoEdificaccedilatildeo sustentaacutevel eacute aquela que pode manter moderadamente ou

melhorar a qualidade de vida e harmonizar-se com o clima a tradiccedilatildeo a

cultura e o ambiente na regiatildeo ao mesmo tempo em que conserva a energia e

os recursos recicla materiais e reduz as substacircncias perigosas dentro da

capacidade dos ecossistemas locais e globais ao longo do ciclo de vida do

edifiacuteciordquo (IDHEA 2010)

A Associaccedilatildeo Brasileira dos Escritoacuterios de Arquitetura - ASBEA o

Conselho Brasileiro de Construccedilatildeo Sustentaacutevel - CBCS e outras instituiccedilotildees

apresentam diversos princiacutepios baacutesicos da construccedilatildeo sustentaacutevel dentre os

quais se destacam (GUIA DA SUSTENTABILIDADE 2008)

proveitamento de condiccedilotildees naturais locais

tilizar miacutenimo de terreno e integrar-se ao ambiente natural

mplantaccedilatildeo e anaacutelise do entorno

atildeo provocar ou reduzir impactos no entorno

ualidade ambiental interna e externa

estatildeo sustentaacutevel da implantaccedilatildeo da obra

daptar-se agraves necessidades atuais e futuras dos usuaacuterios

29

so de mateacuterias-primas que contribuam com a eco-eficiecircncia do

processo

educcedilatildeo do consumo energeacutetico

educcedilatildeo do consumo de aacutegua

eduzir reutilizar reciclar e dispor corretamente os resiacuteduos soacutelidos

ntroduzir inovaccedilotildees tecnoloacutegicas sempre que possiacutevel e viaacutevel

ducaccedilatildeo ambiental conscientizaccedilatildeo dos envolvidos no processo

Segundo SILVA (2007) a definiccedilatildeo de um edifiacutecio sustentaacutevel eacute

relacionada sempre comparativamente agraves praacuteticas correntes O desempenho

ambiental de um edifiacutecio sustentaacutevel de 2010 deve ser muito melhor do que o

de um edifiacutecio sustentaacutevel da deacutecada de 1990 Portanto os conceitos de

edifiacutecio sustentaacutevel estatildeo sempre em evoluccedilatildeo

24 SISTEMAS DE AVALIACcedilAtildeO DO DESEMPENHO DE EDIFIacuteCIOS

Com a crise do petroacuteleo na deacutecada de 1970 mecanismos legais de

reduccedilatildeo do consumo de energia comeccedilaram a ser implantados nos paiacuteses

desenvolvidos Os sistemas de avaliaccedilatildeo foram criados como forma de

analisar os impactos ambientais e classificar os edifiacutecios em Green Building

(SILVA 2007)

O conceito do Green Building ou ldquoEdificio verderdquo ganhou forccedila no iniacutecio da

deacutecada de 90 por meio da criaccedilatildeo do USGBC - United States Green Building

Council A entidade desenvolveu criteacuterios para medir a eficiecircncia das

edificaccedilotildees assim concede o selo de edifiacutecio verde agrave obra (SILVA 2007)

Para Reijnders e Van Roekel (1999) existem duas abordagens principais

de avaliaccedilatildeo ambiental a quantitativa e a qualitativa A primeira delas eacute a

Avaliaccedilatildeo de Ciclo de Vida (ACV) que trabalha com dados quantitativos de

fluxo energeacutetico A segunda trata-se de meacutetodos que usam sistemas de

pontuaccedilatildeo ou conceitos para anaacutelise dos dados qualitativos Tais ferramentas

satildeo denominadas eco-labellings

Segundo pesquisa realizada pelo World Resources Institute ndash WRI entre

o uacuteltimo quadrimestre de 2009 e o primeiro de 2010 existem aproximadamente

340 selos ecoloacutegicos que certificam produtos e serviccedilos espalhados por

aproximadamente 42 paiacuteses no mundo (WRI 2010)

30

Quanto ao desempenho de edifiacutecios sustentaacuteveis desta-se o Modelo de

Gerenciamento da Sustentabilidade de Facilidades Construiacuteda - MGS proposto

por Degani (2010) baseado no meacutetodo PDCA (planejar (plan) fazer (do)

checar (check) e agir (act))

O modelo MGS foi fundamentado no conceito de gestatildeo para o

desempenho e propotildeem diretrizes para implementaccedilatildeo de um sistema de

gestatildeo com objetivos de sustentabilidade na rotina diaacuteria dos agentes

responsaacuteveis (denominados no MGS de gerentes de facilidades) pelo uso

operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo dos edifiacutecios contemplando as seguintes etapas

(DEGANI 2010)

l

Importante esclarecer que o MGS eacute resultado de uma pesquisa de tese de

doutorado necessitando de avaliaccedilatildeo quanto a sua aplicabilidade e eficaacutecia

Degani (2010) sugere que o modelo seja utilizado como forma de introduzir a

sistemaacutetica do gerenciamento dos aspectos de sustentabilidade requerido pelo

sistema de certificaccedilatildeo

A gestatildeo de desempenho ambiental de edifiacutecios sustentaacuteveis em

operaccedilatildeo ainda eacute incipiente no Brasil mas haacute vaacuterios paiacuteses que jaacute fazem uso

de ferramentas que promovem a melhoria e controle de desempenho das

edificaccedilotildees As iniciativas envolvem a implantaccedilatildeo de padrotildees e guias para

melhoria de desempenho certificaccedilotildees ou selos verdes promoccedilatildeo do

desenvolvimento de meacutetodos para avaliaccedilatildeo de projetos e construccedilotildees entre

outros Portanto haacute um grande nuacutemero de ferramentas que abordam o tema

considerando uma grande variedade de condiccedilotildees fiacutesicas caracteriacutesticas das

edificaccedilotildees e prioridades ambientais conforme regiatildeo As formas para atingir

esses objetivos variam de simples listas de verificaccedilatildeo a complexos sistemas

informatizados abrangendo etapas de programaccedilatildeo orientando para o

planejamento de edifiacutecios sustentaacuteveis passando por simuladores de

31

desempenho que apoiam as etapas de projeto baacutesico e projeto executivo

incluindo a avaliaccedilatildeo do edifiacutecio em uso

241 Anaacutelise do Ciclo de Vida ndash ACV

O termo ACV ou em inglecircs ldquoLife Cycle Assessmentrdquo (LCA) foi utilizado

primeiramente nos Estados Unidos da Ameacuterica (EUA) em 1990 O conceito de

ciclo de vida tem-se estendido para aleacutem de um simples meacutetodo para comparar

produtos sendo atualmente visto como uma parte essencial para conseguir

objetivos mais abrangentes tais como sustentabilidade (CURRAN 1999)

A Anaacutelise do Ciclo de Vida (ACV) ou Avaliaccedilatildeo do Ciclo de Vida eacute um

instrumento de gestatildeo ambiental aplicaacutevel a bens e serviccedilos tambeacutem

conhecida pela expressatildeo ldquocradle to graverdquo (do berccedilo ao tuacutemulo) berccedilo

indicando a origem dos insumos primaacuterios mediante a extraccedilatildeo de recursos

naturais e tuacutemulo o destino final dos resiacuteduos que natildeo seratildeo reusados ou

reciclados (BARBIERI 2004)

A Norma ISO 14040 define o ciclo de vida como os Estaacutegios consecutivos

e interligados de um sistema de produto desde a aquisiccedilatildeo da mateacuteria prima

ou geraccedilatildeo de recursos naturais ateacute a disposiccedilatildeo final Conforme Barbieri

(2004) o ciclo completo vai da origem dos recursos naturais ateacute a disposiccedilatildeo

final dos resiacuteduos apoacutes o uso passando por todas as etapas intermediaacuterias

como beneficiamento transporte fabricaccedilatildeo e estocagem

242 Sistemas de Certificaccedilatildeo de Edifiacutecios

Os sistemas de certificaccedilatildeo satildeo em sua maioria baseados na ACV mas

tecircm por outro lado um apelo mercadoloacutegico podendo ter um caraacuteter de

ferramenta poliacutetica e de marketing Os resultados destas anaacutelises dependem

de diversos fatores como o meacutetodo os participantes a demanda local as

abordagens os objetivos bem como suas limitaccedilotildees (SCHEUER e KEOLEIAN

2002)

Segundo Silva (2003) ldquoo primeiro sinal da necessidade de avaliar o

desempenho ambiental de edifiacutecios veio exatamente com a constataccedilatildeo de que

32

mesmo os paiacuteses que acreditavam dominar os conceitos de green design natildeo

possuiacuteam meios para verificar o quatildeo ldquoverderdquo eram de fato seus edifiacuteciosrdquo

Tais ferramentas de avaliaccedilatildeo de desempenho demonstraram-se

eficientes ou natildeo dependendo das condiccedilotildees em que foram empregadas

sendo muitas delas aplicaacuteveis somente a situaccedilotildees muito delimitadas de

condiccedilotildees climaacuteticas e sociais ou em edifiacutecios de uso especiacutefico (PATRICIO

GOUVINHAS 2004)

Em 1990 surgiu no Reino Unido o primeiro selo mundial BREEAM

(Building Research Establishment Environmental Assessment Method) que

dispocircs as bases para outros sistemas de certificaccedilatildeo de edifiacutecios como o BRE

EcoHomes tambeacutem no Reino Unido O HK-BEAM (Honk Kong Building

Environmental Assessment Method) o NF Bacirctiments Tertiaires Deacutemache -

HQE na Franccedila o CASBEE (Comprehensive Assessment System for Building

Environmental Efficiency) no Japatildeo o Green Star na Australia e o LEED

(Leadership in Energy and Environmental Design) nos EUA (SILVA 2007)

A certificaccedilatildeo tem como principal objetivo promover edificaccedilotildees que

durante sua construccedilatildeo vida uacutetil e desconstruccedilatildeo gerem baixos impactos

ambientais garantindo sempre o bem-estar e a sauacutede de seus usuaacuterios e a

viabilidade econocircmica dos empreendimentos Outra premissa da certificaccedilatildeo eacute

promover a conscientizaccedilatildeo e o aprendizado de todas as partes envolvidas

direta ou indiretamente no projeto no processo construtivo e na ocupaccedilatildeo do

edifiacutecio (CBCS 2011)

O projeto de arquitetura apresenta diversas variaacuteveis de acordo com sua

funccedilatildeo e uso assim a ferramenta avaliativa especiacutefica para um determinado

tipo de edificaccedilatildeo em uma determinada regiatildeo com condiccedilotildees climaacuteticas

especiacuteficas provavelmente produziraacute uma avaliaccedilatildeo mais proacutexima da realidade

(SILVA 2007) Para isso eacute necessaacuterio que os sistemas avaliativos tenham

referecircncia natildeo apenas em conceitos universais como o ciclo de vida da

edificaccedilatildeo (NBR 14040 2001) como tambeacutem em criteacuterios essencialmente

regionais como zoneamento bioclimaacutetico bem como a adequaccedilatildeo de metas

de desempenho de acordo com normas vigentes para o local e tipo de

edificaccedilatildeo (NBR 15575 2008)

Os sistemas de certificaccedilatildeo ambiental elaborados para controlar e

monitorar o desempenho ambiental do edifiacutecio em uso utilizam o meacutetodo

33

bastante difundido e mais conhecido como PDCA (planejar (plan) fazer (do)

checar (check) e agir (act))

No livro ldquoO verdadeiro Poderrdquo Falconi descreve que existem dois tipos de

metas que uma organizaccedilatildeo procura resultados que necessitam ser

melhorados e resultados que precisam ser mantidos Nos dois casos utiliza-se

o PDCA qualquer resultado que se melhore deve imediatamente ser

estabilizado nas operaccedilotildees de rotina (FALCONI 2009)

No gerenciamento eacute necessaacuterio utilizar o PDCA para melhorar em

conjunto com o PDCA para manter O PDCA para manter eacute denominado SDCA

na operaccedilatildeo o planejamento eacute representado por ldquoPrdquo e o padratildeo passa a ser

representado por ldquoSrdquo de standardize conforme apresentado na Figura 2

Figura 2 ndash Ciclo PDCA e SDCA

Fonte IBENP (2011)

O Quadro 2 apresenta as algumas caracteriacutesticas dos principais sistemas

de certificaccedilatildeo de edifiacutecios atuantes no mundo

34

Quadro 2 ndash Principais sistemas de certificaccedilatildeo de edificaccedilotildees (continua)

Fonte A autora (2012)

BREEAM - Building Research Establishment Environmental Assessment Method

wwwbreeamorg

Instituiccedilatildeo Responsaacutevel BRE

Abrangecircncia Voltada principalmente ao Reino Unido poreacutem adaptaacutevel ao mundo todo Possui esquemas de

certificaccedilatildeo especiacuteficos para Europa e Regiatildeo do Golfo

Esquemas de avaliaccedilatildeo disponiacuteveis tipos de edifiacutecios avaliados BREEAM Outros Edifiacutecios BREEAM Tribunais The

Code for Sustainable Homes (O Coacutedigo para Casas Sustentaacuteveis) BREEAM EcohomesXB BREEAM Sauacutede BREEAM

Industrial BREEAM Internacional (avalia edifiacutecios ou apoia a criaccedilatildeo de versotildees do BREEAM fora do Reino Unido)

BREEAM Multi-residencial BREEAM Prisotildees BREEAM Escritoacuterios BREEAM Varejo BREEAM Educaccedilatildeo BREEAM

Comunidades BREEAM Em Uso

Classificaccedilotildees Concedidas Pass (Aprovado) Good (Bom) Very Good (Muito Bom) Excellent (Excelente)

Outstanding (Excepcional)

Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo Variam de acordo com o Sistema

CASBEE - Comprehensive Assessment System for Building Environmental Efficiency

wwwibecorjpCASBEEenglish

Instituiccedilatildeo Responsaacutevel Japan Sustainable Building Consortium (JSBC)

Abrangecircncia Aacutesia

Esquemas de avaliaccedilatildeo disponiacuteveis tipos de edifiacutecios avaliados CASBEE para Preacute-Projeto CASBEE para Novas

Construccedilotildees CASBEE para Edifiacutecios existentes e CASBEE para Reformas As ferramentas atendem a uma larga variedade

de usos do edifiacutecio (escritoacuterios escolas habitaccedilatildeo etc)

Classificaccedilotildees Concedidas classe C (fraco) classe B- classe B+ classe A e classe S (excelente)

Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo Q (Qualidade) - Construindo Qualidade Ambiental e Performance Avalia a

melhoria na qualidade de vida dos usuaacuterios do edifiacutecio dentro do espaccedilo fechado hipoteacutetico (propriedade privada)

L (Cargas) - Construindo Cargas Ambientais Avalia os impactos ambientais negativos que vatildeo aleacutem do espaccedilo

hipoteacutetico fechado para o exterior (a propriedade puacuteblica)

Haacute quatro campos de levantamento (1) Eficiecircncia Energeacutetica (2) Eficiecircncia de Recursos (3) Ambiente Local (4)

Ambiente Interno

Green Star

wwwgbcaorgaugreen-star

Instituiccedilatildeo Responsaacutevel Green Building Council Austraacutelia

Abrangecircncia Austraacutelia

Esquemas de avaliaccedilatildeo disponiacuteveis tipos de edifiacutecios avaliados Green Star - Educaccedilatildeo Green Star - Sauacutede Green Star

- Industrial Green Star - Residencial Muacuteltiplas Unidades Green Star - Escritoacuterio Green Star - Interiores de Escritoacuterio

Green Star - Varejo Green Star - Projeto de Escritoacuterio Green Star - Escritoacuterio Construiacutedo

Classificaccedilotildees Concedidas 4 Star Green Star Certified Rating (4 Estrelas - 45-59 pontos) 5 Star Green Star Certified

Rating (5 Estrelas - 60-74 pontos) 6 Star Green Star Certified Rating (6 Estrelas - 75-100 pontos)

Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo Gerenciamento Qualidade Ambiental do Ambiente Interno Energia Transporte

Aacutegua Materiais Uso do Solo amp Ecologia Emissotildees Inovaccedilatildeo O peso de cada uma destas categorias eacute alocado de

acordo com a regiatildeo do paiacutes para atender condiccedilotildees locais especiacuteficas

LEED - Leadership in Energy and Environmental Design

wwwusgbcorgLEED

Instituiccedilatildeo Responsaacutevel US Green Building Council

Abrangecircncia Principalmente Estados Unidos poreacutem atende ao mundo todo

Esquemas de avaliaccedilatildeo disponiacuteveis tipos de edifiacutecios avaliados Novas construccedilotildees Edificaccedilotildees existentes Interiores

Comerciais Nuacutecleo amp Casca Escolas Varejo Sauacutede Casas e Desenvolvimento de Comunidades

Classificaccedilotildees Concedidas Certified (Certificado - 40ndash49 pontos) Silver (Prata - 50ndash59 pontos) Gold (Ouro - 60ndash79

pontos) Platinum (Platina - 80 pontos ou mais)

Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo Possui 5 categorias Ambientais para concessatildeo de creacuteditos Locais Sustentaacuteveis

Eficiecircncia Hiacutedrica Energia e Atmosfera Materiais e Recursos e Qualidade Ambiental do Ambiente Interno Aleacutem disso

pontos extra podem ser concedidos por Inovaccedilatildeo em Design e Especificaccedilotildees Regionais

35

HK - BEAM - Kong Building Environmental Assessment Method

wwwhk-beamorghk

Instituiccedilatildeo Responsaacutevel The BEAM Society

Abrangecircncia Principalmente Hong Kong

Esquemas de avaliaccedilatildeo disponiacuteveis tipos de edifiacutecios avaliados BEAM para Novas Edificaccedilotildees BEAM para Edificaccedilotildees

Existentes

Classificaccedilotildees Concedidas Platinum (Platina - Excelente) Gold (Ouro - Muito Bom) Silver (Prata - Bom) Bronze

(Bronze - Acima da Meacutedia)

Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo Avaliaccedilatildeo baseada em creacuteditos para benchmark (melhores praacuteticas) da performance

ambiental dos edifiacutecios ao longo do ciclo de vida sobre o local uso de materiais aspectos energeacuteticos consumo de aacutegua

qualidade ambiental do ambiente interno e inovaccedilotildees

HQE - Haute Qualiteacute Environnementale

assohqeorghqe

Instituiccedilatildeo Responsaacutevel Association pour la Haute Qualiteacute Environnementale (ASSOHQE)

Abrangecircncia Principalmente Franccedila atende tambeacutem Beacutelgica Luxemburgo Tuniacutesia e Argeacutelia

Tipos de edifiacutecios avaliados edifiacutecios novos e edifiacutecios existentes nas modalidades comercial residencial individual e coletivo

Classificaccedilotildees Concedidas Base (de acordo com regulamento) Eficiente (boa praacutetica) Muito eficiente (melhor

praacutetica)

Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo Manejo de impactos ao ambiente exterior (relaccedilatildeo harmocircnica com o ambiente

imediato escolha integrada dos meacutetodos de construccedilatildeo e materiais evitar incocircmodo aos arredores minimizaccedilatildeo do

uso de energia minimizaccedilatildeo do uso de aacutegua minimizaccedilatildeo de resiacuteduos em operaccedilotildees minimizaccedilatildeo da necessidade de

manutenccedilatildeo e reparos) e criaccedilatildeo de Ambiente Interno Agradaacutevel (medidas de controle hidroteacutermico medidas de

controle acuacutestico atratividade visual medidas de controle de odores higiene e limpeza dos espaccedilos internos controle

da qualidade do ar controle da qualidade da aacutegua)

DGNB - Deutsche Gesellschaft fuumlr Nachhaltiges Bauen

wwwdgnbde_en

Instituiccedilatildeo Responsaacutevel Conselho alematildeo de construccedilatildeo sustentaacutevel

(DGNB for ldquoDeutsche Gesellschaft fuumlr NachhaltigesBauenrdquo)

Abrangecircncia Alemanha

Esquemas de avaliaccedilatildeo disponiacuteveis tipos de edifiacutecios avaliados Sistema flexiacutevel avalia diversos tipos de edificio

Classificaccedilotildees Concedidas Gold (Ouro) Silver (Prata) Bronze

Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo Campos avaliados - Aspectos ecoloacutegicos economicos socioculturais e funcionais

tecnologia processos e local Cada campo eacute avaliado com criteacuterios especiacuteficos que podem ser desenhados e pesados de

maneira distinta a depender do perfil de ocupaccedilatildeo Cada campo eacute avaliado durante todo ciclo de vida do edifiacutecio

A avaliaccedilatildeo eacute focada em metas e natildeo em accedilotildees individuais

LIDER A

Instituiccedilatildeo Responsaacutevel Lider A - Sistema de Avaliaccedilatildeo da Sustentabilidade

Abrangecircncia Portugal

Esquemas de avaliaccedilatildeo disponiacuteveis tipos de edifiacutecios avaliados Abrange diferentes tipologias e usos em ambientes

construiacutedos em diferentes fases desde a fase de plano ou projeto a construccedilatildeo operaccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo tambeacutem

trabalha desde a escala da comunidade ateacute empreendimentos e edifiacutecios

Classificaccedilotildees ConcedidasG (menos eficiente) F E (praacutetica usual ou de referecircncia) D C (cerca de 25 superior ao niacutevel E)

B A (desempenho cerca de 50 superior ao niacutevel E) A+ (75 superior ao niacutevel E) A++ (90 superior ao niacutevel E)

Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo O sistema trabalha com um conjunto de seis princiacutepios de bom desempenho

ambiental (integraccedilatildeo local recursos cargas ambientais conforto ambiental vivecircncia socioeconocircmica e uso sustentaacutevel)

traduzidos em 22 aacutereas e 43 criteacuterios Quadro 2 ndash Principais sistemas de certificaccedilatildeo de edificaccedilotildees (conclusatildeo)

Fonte A autora (2012)

36

243 Principais Sistemas de Certificaccedilatildeo no Brasil

No Brasil os sistemas de certificaccedilatildeo de edificaccedilotildees mais difundidos satildeo

O AQUA alta qualidade ambiental o LEED ndash Brasil o PROCEL EDIFICA da

Eletrobraacutes e o Selo CASA AZUL da Caixa Econocircmica O Quadro 3 apresenta

as principais caracteriacutesticas destes selos

PROCEL EDIFICA - Instrumento de Classificaccedilatildeo

wwweletrobrascomPCIetiquetagem_edificios

Instituiccedilatildeo Responsaacutevel Eletrobraacutes

Abrangecircncia Brasil

Tipos de edifiacutecios avaliados Edifiacutecios Comerciais de Serviccedilos e Puacuteblicos e Residenciais

Classificaccedilotildees Concedidas A B C D E

Criteacuterios avaliados para Classificaccedilotildees A eficiecircncia energeacutetica eacute avaliada nos sistemas de envoltoacuteria iluminaccedilatildeo e

condicionamento de ar para edifiacutecios comerciais de serviccedilos e puacuteblicos Nos edifiacutecios residecircncias satildeo avaliados a

envoltoacuteria sistemas de aquecimento de aacutegua aleacutem dos sistemas presentes nas aacutereas comuns dos edifiacutecios

multifamiliares como iluminaccedilatildeo elevadores bombas centriacutefugas etc

SELO CASA AZUL DA CAIXA

downloadscaixagovbr_arquivosdesenvolvimento_urbanogestao_ambientalGuia_Selo_Casa_Azul_CAIXApdf

Instituiccedilatildeo Responsaacutevel Caixa Econocircmica Federal

Abrangecircncia Brasil

Tipos de edifiacutecios avaliados Unidades Habitacionais com valor ateacute R$130 mil

Classificaccedilotildees Concedidas BRONZE (19 Criteacuterios obrigatoacuterios) PRATA (25 criteacuterios sendo 6 de livre escolha) OURO (25

criteacuterios sendo 6 de livre escolha)

Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo 53 criteacuterios de avaliaccedilatildeo distribuiacutedos em seis categorias Qualidade Urbana

Projeto e Conforto Eficiecircncia Energeacutetica Conservaccedilatildeo de Recursos Materiais Gestatildeo da Aacutegua Praacuteticas Sociais

LEED - BRASIL

wwwgbcbrasilorgbrp=certificacao

Instituiccedilatildeo Responsaacutevel Green Building Council Brasil

Abrangecircncia Brasil

Esquemas de avaliaccedilatildeo disponiacuteveis tipos de edifiacutecios avaliados

LEED NC para novas construccedilotildees ou grandes projetos de renovaccedilatildeo- LEED ND para projetos de desenvolvimento de bairro

LEED CS para projetos na envoltoacuteria e parte central do edifiacutecio LEED Retail NC e CI para lojas de varejo

LEED Healthcare para unidades de sauacutede LEED EB_OM para projetos de manutenccedilatildeo de edifiacutecios jaacute existentes

LEED Schools para escolas e LEED CI para projetos de interior ou edifiacutecios comerciais

Classificaccedilotildees Concedidas Selo LEED - 40 pontos Prata 50 pontos Ouro 60 pontos e Platina 80 pontos

Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo Espaccedilo sustentaacuteve eficiecircncia do uso da aacutegua energia e atmosfera

materiais e recursos qualidade ambiental interna inovaccedilatildeo e processos creacuteditos de prioridade regional

Quadro 3 - Principais sistemas de certificaccedilatildeo de edificaccedilotildees no Brasil (continua)

Fonte A autora (2012)

37

AQUA - Alta Qualidade Ambiental

wwwvanzoliniorgbr

Instituiccedilatildeo Responsaacutevel Fundaccedilatildeo Vanzolini

Abrangecircncia Brasil

Tipos de edifiacutecios avaliados Escritoacuterios e Escolas Hoteis e Edifiacutecios Habitacionais

Classificaccedilotildees Concedidas Bom Superior Excelente

Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo 14 Categorias satildeo avaliadas relaccedilatildeo do edifiacutecio com o seu entorno escolha

integrada de produtos sistemas e processos construtivos canteiro de obras com baixo impacto ambiental gestatildeo da

energia gestatildeo da aacutegua gestatildeo dos resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo do edifiacutecio manutenccedilatildeo - permanecircncia do desempenho

ambiental conforto higroteacutermico conforto acuacutestico conforto visual conforto olfativo qualidade sanitaacuteria dos

ambientes qualidade sanitaacuteria do ar qualidade sanitaacuteria da aacutegua Para receber a certificaccedilatildeo deve atender no miacutenimo

7 categorias - Bom 4 categorias - Superior e 3 categorias - Excelente

Quadro 3 - Principais sistemas de certificaccedilatildeo de edificaccedilotildees no Brasil (conclusatildeo)

Fonte A autora (2012)

Para SILVA (2003) os princiacutepios soacutelidos de uma certificaccedilatildeo direcionada

ao contexto brasileiro satildeo

ara ser tecnicamente consistente um meacutetodo de avaliaccedilatildeo deve ser

adaptado a dados nacionais relevantes

ara ser viaacutevel praticamente um meacutetodo de avaliaccedilatildeo deve ser

adaptado ao mercado agraves praacuteticas de construccedilatildeo e agraves tradiccedilotildees locais

ara ser absorvido e difundir-se rapidamente um meacutetodo de avaliaccedilatildeo

deve ser desenvolvido em parceria com as principais partes interessadas

investidores empreendedoresconstrutores e projetistas

ara serem apropriados ao contexto nacional os itens avaliados no

meacutetodo devem ser ponderados para refletir prioridades e interesses nacionais

244 Processo AQUA de certificaccedilatildeo

Em outubro de 2007 foi publicado no Brasil o AQUA (Alta Qualidade

Ambiental) a adaptaccedilatildeo do HQE (versatildeo de fevereiro de 2007) Este sistema

de certificaccedilatildeo ambiental para edifiacutecios foi desenvolvido pela Fundaccedilatildeo Carlos

Alberto Vanzolini em parceria com o Departamento de Engenharia de

Construccedilatildeo Civil da Escola Politeacutecnica da Universidade de Satildeo Paulo (USP) e

o Centre Scientifique et Technique du Bacirctiment (CSTB)

Para Aulicino (2008) o processo AQUA foi desenvolvido com o objetivo de

amenizar os impactos da construccedilatildeo de um edifiacutecio novo ou da reabilitaccedilatildeo de

algum edifiacutecio existente tanto sobre o meio ambiente como sobre a qualidade

38

do ambiente interno para os usuaacuterios (conforto e sauacutede) e externo ao edifiacutecio A

metodologia merece destaque por ser a primeira oficialmente adaptada ao

contexto brasileiro

O processo AQUA abrange as seguintes fases

programa (ideia) - reflexatildeo criativa inicial sobre o empreendimento de

construccedilatildeo em seu contexto soacutecio econocircmico e ambiental

concepccedilatildeo (projeto) ndash tendo como entrada o programa define a

construccedilatildeo sustentaacutevel e como seraacute realizada

ealizaccedilatildeo (construccedilatildeo) - guiada pelas definiccedilotildees do projeto materializa

a construccedilatildeo sustentaacutevel

peraccedilatildeo (uso) ndash monitora o desempenho da edificaccedilatildeo os consumos

as emissotildees despesas entre outros garantindo condiccedilotildees de conforto e sauacutede

ao usuaacuterio com melhor desempenho soacutecio econocircmico e ambiental

esconstruccedilatildeo (a desmontagem) ndash ao final da vida uacutetil permite o

maacuteximo aproveitamento dos materiais e sistemas com menor impacto

ambiental

Em 2013 estavam disponiacuteveis para consulta quatro referenciais teacutecnicos

escritoacuterios edifiacutecios escolares edifiacutecios habitacionais edifiacutecios comerciais e

hoteacuteis O referencial para edifiacutecios que buscam certificaccedilatildeo na fase operaccedilatildeo

encontra-se em periacuteodo de revisatildeo Os referenciais teacutecnicos para sauacutede

esporte e lazer bairros e estradas estatildeo em fase de estudo e em busca de

empresas pioneiras para desenvolvimento dos projetos

O processo eacute feito por meio de 3 (trecircs) auditorias presenciais antecedidas

de anaacutelise teacutecnica dos documentos entregues A avaliaccedilatildeo se baseia em um

perfil ambiental composto pelas seguintes aacutereas de avaliaccedilatildeo eco-construccedilatildeo

eco-gestatildeo conforto e sauacutede Os Quadros 4 e 5 apresentam as 14 categorias

e subcategorias avaliadas no sistema AQUA

39

Quadro 4 ndash Categorias do sistema AQUA

Fonte Fundaccedilatildeo Vanzolini (2011)

1) Relaccedilatildeo do edifiacutecio com o entorno

Implantaccedilatildeo do empreendimento no terreno para desenvolvimento urbano sustentaacutevel

Qualidade dos espaccedilos exteriores para os usuaacuterios

Impacto do edifiacutecio sobre a vizinhanccedila

2) Escolha integrada de produtos sistemas e processos construtivos

Durabilidade e a adaptabilidade da construccedilatildeo

Escolhas construtivas para a facilidade de conservaccedilatildeo da construccedilatildeo

Escolha dos produtos de construccedilatildeo (limitar impactos socioambientais)

Escolha dos produtos de construccedilatildeo (limitar impactos aacute sauacutede humana)

3) Canteiros de obras com baixo impacto ambiental

Otimizaccedilatildeo da gestatildeo dos resiacuteduos do canteiro de obras

Reduccedilatildeo dos incocircmodos poluiccedilatildeo e consumo de recursos causados pelo canteiro de obras

4) Gestatildeo da energia

Reduccedilatildeo de energia por meio de concepccedilatildeo arquitetocircnica

Reduccedilatildeo do consumo de energia primaacuteria dos poluentes associados

5) Gestatildeo da aacutegua

Reduccedilatildeo do consumo de aacutegua potaacutevel

Otimizaccedilatildeo e gestatildeo de aacuteguas pluviais

6) Gestatildeo dos resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo do edificio

Otimizaccedilatildeo da valorizaccedilatildeo dos resiacuteduos gerados pelas atividades de uso e operaccedilatildeo do edifiacutecio

Qualidade do sistema de gestatildeo dos resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo do edifiacutecio

7) Manutenccedilatildeo ndash permanecircncia do desempenho ambiental

Permanecircncia do desempenho dos sistemas de aquecimento e resfriamento

Permanecircncia do desempenho dos sistemas de ventilaccedilatildeo

Permanecircncia do desempenho dos sistemas de iluminaccedilatildeo

Permanecircncia do desempenho dos sistemas de gestatildeo da aacutegua Quadro 5 ndash Subcategorias do sistema AQUA (continua)

Fonte Fundaccedilatildeo Vanzolini (2011)

40

8) Conforto higroteacutermico

Implementaccedilatildeo de medidas arquitetocircnicas para otimizaccedilatildeo do conforto higroteacutermico de veratildeo e inverno

Criaccedilatildeo de condiccedilotildees de conforto higroteacutermico de inverno

Criaccedilatildeo de condiccedilotildees de conforto higroteacutermico de veratildeo em ambientes climatizados naturalmente

Criaccedilatildeo de condiccedilotildees de conforto higroteacutermico de veratildeo em ambientes com sistema de resfriamento artificial

9) Conforto acuacutestico

Otimizaccedilatildeo dos elementos arquitetocircnicos para proteger os usuaacuterios do edifiacutecio de incocircmodos acuacutesticos

Criaccedilatildeo de uma qualidade do meio acuacutestico adaptado aos diferentes ambientes

10) Conforto visual

Garantia de iluminacircncia natural oacutetima evitando seus inconvenientes (ofuscamento)

Iluminaccedilatildeo artificial confortaacutevel

11) Conforto olfativo

Garantia de uma ventilaccedilatildeo eficaz

Controle das fontes de odores desagradaacuteveis

12) Qualidade sanitaacuteria dos ambientes

Controle da exposiccedilatildeo eletromagneacutetica

Criaccedilatildeo de condiccedilotildees de higiene especiacuteficas

13) Qualidade sanitaacuteria do ar

Garantia de uma ventilaccedilatildeo eficaz

Controle das fontes de poluiccedilatildeo

14) Qualidade sanitaacuteria da aacutegua

Qualidade e durabilidade dos materiais empregados em redes internas

Organizaccedilatildeo e proteccedilatildeo das redes internas

Controle da temperatura na rede interna

Controle dos tratamentos anticorrosivo e antiincrustaccedilatildeo Quadro 5 ndash Subcategorias do sistema AQUA (conclusatildeo)

Fonte Fundaccedilatildeo Vanzolini (2011)

Para cada categoria analisada eacute atribuiacutedo um niacutevel de desempenho bom

superior e excelente A Figura 3 demonstra que para obter a certificaccedilatildeo nas

fases programa concepccedilatildeo e realizaccedilatildeo o edifiacutecio precisa atingir pelo menos

trecircs de niacutevel excelente e no maacuteximo 7 niacutevel bom Sendo assim este sistema

natildeo possui escala de pontuaccedilatildeo global

Figura 3 ndash Niacuteveis de avaliaccedilatildeo AQUA

Fonte Fundaccedilatildeo Vanzolini (2011)

41

2441 Certificaccedilatildeo AQUA ndash fase operaccedilatildeo e uso

A primeira versatildeo do Referencial Teacutecnico de Operaccedilatildeo e Uso para

edifiacutecios de serviccedilos foi elaborado em maio de 2010 e ainda encontra-se em

fase de revisatildeo O referencial completo pode ser consultado no Anexo 3 e estaacute

dividido em cinco partes

I - Sistema de gestatildeo da operaccedilatildeo (SGO)

Gestatildeo para compromisso planejamento e controle de desempenho

II ndash Qualidade intriacutenseca (QI)

Perfil da qualidade ambiental do edifiacutecio

III ndash Melhoria da qualidade intriacutenseca (MQI)

Melhoria da qualidade ambiental do conjunto em relaccedilatildeo ao planejamento

IV ndash Controle da qualidade intriacutenseca (CQI)

Qual eacute a forma de garantir o desempenho do edifiacutecio

V ndash Qualidade ambiental das praacuteticas (QAP)

Rotinas - Basicamente divido em compras comunicaccedilatildeo e gestatildeo

Na fase operaccedilatildeo e uso a forma de avaliaccedilatildeo difere das demais fases a

Tabela 1 apresenta a pontuaccedilatildeo miacutenima para ser excelente nas 14 categorias

Tabela 1 ndash Perfil da qualidade ambiental do edifiacutecio em operaccedilatildeo

Fase Programa da Operaccedilatildeo e Uso Pontos miacutenimos em E

Categoria 1- Relaccedilatildeo do edifiacutecio com seu entorno 50 dos pontos aplicaacuteveis

Categoria 2 - Escolha integrada de produtos sistemas e processos construtivos gt 12

Categoria 3 - Canteiro de obras gt 4

Categoria 4 - Energia gt 18 sendo 8 em CQI

Categoria 5 - Aacutegua gt 12 sendo 7 em CQI eou MQI

Categoria 6 - Resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo do edifiacutecio gt 5

Categoria 7 - Conservaccedilatildeo e manutenccedilatildeo gt 13 sendo 8 em CQI ou MQI

Categoria 8 - Conforto higroteacutermico gt 9 sendo 3 em CQI

Categoria 9 - Conforto acuacutestico gt 4

Categoria 10 -Conforto visual gt 10 sendo 3 em CQI

Categoria 11 - Conforto Olfativo gt 7 sendo 3 em CQI

Categoria 12 - Qualidade sanitaacuteria dos ambientes gt 8 sendo 3 em CQI

Categoria 13 - Qualidade sanitaacuteria do ar gt 16 sendo 10 em CQI

Categoria 14 - Qualidade sanitaacuteria da aacutegua gt 8 sendo 5 em CQI

SGO - Sistema de gestatildeo da operaccedilatildeo Atender os requisitos aplicaacuteveis

QAP - Qualidade ambiental da praacutetica gt ou = 50 dos pontos aplicaacuteveis

Fonte Fundaccedilatildeo Vanzolini (2012)

42

Para alcanccedilar o niacutevel bom eacute necessaacuterio atender os requisitos exigidos em

todo referencial na coluna ldquoniacutevelrdquo m letra ldquoBrdquo conforme Figura 4 e para atingir o

niacutevel superior aleacutem de todos os itens ldquoBrdquo precisa atender tambeacutem todos com a

letra ldquoSrdquo

Figura 4 ndash Avaliaccedilatildeo na fase operaccedilatildeo e uso - processo AQUA

Fonte Referencial AQUA (2010)

43

3 METODOLOGIA

A presente dissertaccedilatildeo caracteriza-se como um estudo exploratoacuterio pois

visa ldquoproporcionar maior familiaridade com a questatildeo o problema com vistas a

tornaacute-lo mais expliacutecitordquo (GIL 2002) Geralmente o estudo eacute exploratoacuterio quando

haacute pouco conhecimento sobre o tema a ser abordado (AAKER et al2004) Por

ser um tipo de pesquisa muito especiacutefica quase sempre ela assume a forma

de um estudo de caso (GIL 2008)

A pesquisa tambeacutem se enquadra como pesquisa descritiva pois tem o

objetivo de descrever um determinado fenocircmeno (GIL 2008) Como qualquer

pesquisa ela depende tambeacutem de uma revisatildeo da literatura

Tratando se de uma pesquisa exploratoacuteria e descritiva a metodologia

utilizada foi a qualitativa Conforme Gephart (2004) a pesquisa qualitativa

fornece uma narrativa da visatildeo da realidade dos indiviacuteduos sendo altamente

descritiva Pode fornecer bases para compreender processos de gestatildeo e pode

humanizar a pesquisa realccedilando as intenccedilotildees humanas e os significados do

fenocircmeno (GEPHART 2004)

Para alcanccedilar os objetivos propostos o estudo foi desenvolvido em

algumas etapas segue a descriccedilatildeo das mais importantes

participaccedilatildeo no curso ldquoConstruccedilatildeo sustentaacutevel AQUA ndash Introduccedilatildeordquo

Ministrado pela Fundaccedilatildeo Vanzolini

participaccedilatildeo no curso ldquoConstruccedilatildeo Sustentaacutevel AQUA ndash O Sistema de

Gestatildeo do Empreendimento (SGE)rdquo Ministrado pela Fundaccedilatildeo Vanzolini

participaccedilatildeo no curso ldquoEnergia Solar Fotovoltaicardquo Ministrado pela Blue

Sol ministrado no Escritoacuterio Verde da UTFPR

estudo do referencial teacutecnico AQUA de construccedilatildeo ndash criteacuterios para

avaliaccedilatildeo da fase de construccedilatildeo de escritoacuterios - edifiacutecios comerciais

anaacutelise detalhada do referencial teacutecnico AQUA de Operaccedilatildeo e Uso

fornecido pela Fundaccedilatildeo Vanzolini

levantamento de dados elaboraccedilatildeo de diagnoacutestico inicial referente agrave

construccedilatildeo do Escritoacuterio Verde

referencial teoacuterico baseado na revisatildeo da literatura

realizaccedilatildeo estudo de caso avaliaccedilatildeo da operaccedilatildeo e uso do Escritoacuterio

Verde

44

Importante ressaltar que o cancelamento da realizaccedilatildeo do curso

Construccedilatildeo sustentaacutevel AQUA - operaccedilatildeo e uso previsto pela Fundaccedilatildeo

Vanzolini em outubro de 2012 prejudicaram em partes os resultados da

presente dissertaccedilatildeo

45

4 ESTUDO DE CASO ESCRITOacuteRIO VERDE DA UTFPR

41 CONTEXTUALIZACcedilAtildeO

Atualmente os Centros Universitaacuterios Sustentaacuteveis chamados

Greencampi satildeo uma realidade em diversos paiacuteses como Europa Estados

Unidos Austraacutelia e Nova Zelacircndia Os campi universitaacuterios assumem funccedilatildeo

relevante uma vez que estudantes professores e comunidade externa

convivem diariamente em espaccedilo integrado adaptando a este todas suas

atividades e necessidades (ESCRITOacuteRIO VERDE 2012)

A grande maioria dessas Universidades possui um Green Office ou

ldquoEscritoacuterio Verderdquo onde satildeo planejadas e implantadas as praacuteticas sustentaacuteveis

nos campi Atuando em conjunto com outros departamentos das

Universidades esse ldquoEscritoacuteriordquo atende a gestatildeo ambiental do campus

tornando mais faacutecil o gerenciamento interno das Instituiccedilotildees de Ensino

Superior (IES) (ESCRITOacuteRIO VERDE 2012)

No Brasil este movimento jaacute comeccedila a surgir em algumas IES seguindo

uma tendecircncia global e diante da necessidade das Universidades em se

posicionarem com relaccedilatildeo ao desenvolvimento de forma consciente perante a

sociedade O desenvolvimento sustentaacutevel natildeo se traduz assim apenas nas

praacuteticas de ensino mas na implantaccedilatildeo de praacuteticas de gestatildeo ambiental

(ESCRITOacuteRIO VERDE 2012)

O Escritoacuterio Verde empreendimento da Universidade Tecnoloacutegica Federal

do Paranaacute (UTFPR) Campus Curitiba conforme ilustrado na Figura 5 estaacute

localizado na Avenida Silva Jardim nordm 807 entre a Rua Des Westphalen e a

Av Mal Floriano Peixoto e aos fundos do local dispotildee de uma aacuterea com

quadra coberta e edifiacutecio onde se encontra instalado atualmente o Centro de

Liacutenguas da Universidade O empreendimento foi implantado na parte frontal do

terreno onde existia uma quadra esportiva polivalente em desuso

(ESCRITOacuteRIO VERDE 2012)

O edifiacutecio eacute um departamento da universidade que tem como escopo

desenvolver e implantar programas que reduzam o impacto ambiental das

atividades de ensino e pesquisa conduzidas no Campus Curitiba O Escritoacuterio

tambeacutem abriga a sede do ldquoCentro Regional de Integraccedilatildeo Expertise de

Educaccedilatildeo para o Desenvolvimento Sustentaacutevel ndash CRIE Curitibardquo um centro

46

aprovado pela UNU ndash Universidade das Naccedilotildees Unidas da ONU que compotildee

uma rede de mais de 80 centros no mundo e que visam promover a educaccedilatildeo

para a sustentabilidade (ESCRITOacuteRIO VERDE 2012)

Figura 5 - Localizaccedilatildeo do empreendimento em relaccedilatildeo agrave UTFPR e pontos estrateacutegicos

Fonte Google Earth (2011)

42 CONSTRUCcedilAtildeO DO ESCRITOacuteRIO VERDE

A ideacuteia foi concebida e projetada pelo Prof Dr Eloy Fassi Casagrande Jr

e a empresa ldquoEcoStudio ndash Soluccedilotildees Sustentaacuteveis em Arquitetura e Designrdquo

com apoio da Moacutedulo Arquitetura Sustentaacutevel e a TecVerde Engenharia Ltda

responsaacutevel pela adaptaccedilatildeo do projeto para o sistema construtivo wood-frame

baseado em tecnologia alematilde As Figuras 6 e 7 satildeo as plantas esquemaacuteticas

do EV a Figura 8 eacute o volume projetado e as Figuras 9 e 10 satildeo imagens do

Escritoacuterio finalizado O projeto arquitetocircnico estaacute disponiacutevel no Anexo 2

47

Figura 6 ndash Planta esquemaacutetica do piso teacuterreo do EV

Fonte A autora (2012)

Figura 7 ndash Planta esquemaacutetica do mezanino do EV

Fonte A autora (2012)

48

Figura 8 ndash Perspectiva lateral esquerda do Escritoacuterio Verde

Fonte CASAGRANDE JR (2012)

Figura 9 ndash Vista da lateral esquerda do Escritoacuterio Verde

Fonte Escritoacuterio Verde Online (2012)

Figura 10 ndash Vista dos fundos do Escritoacuterio Verde

Fonte Fonte Escritoacuterio Verde Online (2012)

49

A construccedilatildeo do EV iniciou-se em agosto de 2010 parcerias com a

parceria de aproximadamente 60 empresas que contribuiacuteram com a doaccedilatildeo de

produtos equipamentos e materiais de baixo impacto ambiental

estabelecendo um novo modelo da relaccedilatildeo escola-empresa A obra tambeacutem

contou com o apoio de diversos departamentos da UTFPR em especial o

DICEP ndash Divisatildeo de Conservaccedilatildeo de Edificaccedilotildees e Produccedilatildeo

O projeto foi idealizado seguindo o conceito de arquitetura bioclimaacutetica

possibilitando ventilaccedilatildeo cruzada aproveitamento da fachada norte para

captaccedilatildeo de energia solar a utilizaccedilatildeo de telhado verde que favorece o

conforto ambiental da edificaccedilatildeo entre outros

O Sistema construtivo Wood-frame agilizou a primeira etapa da obra

concluiacuteda em apenas 5 dias Na Figura 11 observa-se a montagem do EV

necessitando de um guindaste para levantamento das paredes que chegaram

ao canteiro de obra prontas de faacutebrica contribuindo com a geraccedilatildeo miacutenima de

resiacuteduos

Figura 11 ndash Montagem das paredes do Escritoacuterio Verde

Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011)

50

Na segunda fase da obra houve a colocaccedilatildeo da cobertura os paineacuteis de

acabamento externo e a colocaccedilatildeo das esquadrias Para o telhado optou-se

pelo sistema rdquoshinglerdquo Os acabamentos externos SmartSide e Siding Vinilico

foram aplicados apoacutes a colocaccedilatildeo de uma membrana hidroacutefuga (Figura 12)

que atua como barreira contra vento poeira vapor drsquoaacutegua e calor

Figura 12 ndash Aplicaccedilatildeo de manta hidroacutefuga nas paredes externas

Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011)

A terceira fase ocorreu em marccedilo de 2011 com a instalaccedilatildeo dos sistemas

sustentaacuteveis como coleta de aacutegua pluvial e sistema fotovoltaico Em paralelo

iniciou-se a fase de acabamento interno e execuccedilatildeo do telhado verde

conforme Figuras 13 e 14

Figura 13 ndash Sistema de moacutedulos em EVA Figura 14 ndash Execuccedilatildeo do telhado verde

Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011) Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011)

51

A Figura 15 demonstra a aplicaccedilatildeo de alguns acabamentos internos No

revestimento das paredes utilizaram-se placas decowall da empresa LP Brasil

no teto tem-se a aplicaccedilatildeo de placas termo-acuacutesticas em madeira mineralizada

suspensas no teto em perfis metaacutelicos o piso elevado foi revestido com

carpete fabricado com material reciclado e as luminaacuterias utilizam lacircmpadas

LED

Figura 15 ndash Revestimentos internos do EV

Fonte Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011)

O Escritoacuterio Verde completou 1 ano de operaccedilatildeo em 06 de dezembro de

2012 periacuteodo em que recebeu duas premiaccedilotildees Precircmio Guia do Estudante ndash

Destaque do Ano na categoria sustentabilidade premiaccedilatildeo da Editora Abril

em parceria com Santander Universidade e um Precircmio da ONU durante a

ldquoSeacutetima Conferecircncia dos Centros de Expertise em Educaccedilatildeo para o

Desenvolvimento Sustentaacutevelrdquo em Tongyeang na Coreacuteia do Sul por

contribuiccedilatildeo na participaccedilatildeo comunitaacuteria em praacuteticas para a sustentabilidade

52

5 RESULTADOS E DISCUSSOtildeES

51 AVALIACcedilAtildeO DO DESEMPENHO AMBIENTAL DO EV

Os resultados apresentados neste capiacutetulo foram dispostos seguindo a

mesma sequecircncia apresentada no referencial de operaccedilatildeo e uso Parte I ndash

Sistema de Gestatildeo da Operaccedilatildeo (SGO) As partes II III e IV foram compiladas

pois representam a Qualidade Ambiental do Edifiacutecio na Operaccedilatildeo (QAEop) e a

parte V - Qualidade Ambiental das Praacuteticas

511 SGO ndash Sistema de gestatildeo da operaccedilatildeo

Para o entendimento de alguns requisitos exigidos no SGO primeiramente

buscou-se a explicaccedilatildeo do SGE (sistema de gestatildeo do empreendimento)

exigido no inicio da fase programa considerado pelo AQUA como a ldquocoluna

vertebralrdquo da certificaccedilatildeo pois eacute a ferramenta para se alcanccedilar a qualidade

ambiental desejada O SGE quanto o SGO satildeo compostos pelos mesmos

itens

comprometimento do empreendedor - eacute a escolha do perfil de qualidade

ambiental desejado o qual deve ser justificado

implementaccedilatildeo e funcionamento - eacute o planejamento definiccedilatildeo de

competecircncias gestatildeo de contratos gestatildeo da comunicaccedilatildeo gestatildeo

documental responsaacuteveis por programar e monitorar cada accedilatildeo

gestatildeo do empreendimento - monitoramento avaliaccedilatildeo da qualidade

ambiental do edifiacutecio accedilotildees corretivas

aprendizagem revisatildeo - confrontar os resultados com os objetivos

definidos no perfil de qualidade ambiental

Primeiramente para definiccedilatildeo do perfil ambiental do edifiacutecio seguiu-se o

modelo sugerido pelo AQUA no referencial de 2007 (edifiacutecios novos) para

hierarquizaccedilatildeo das categorias em funccedilatildeo dos desafios ambientais

estabelecidos A avaliaccedilatildeo completa dos objetivos encontra-se no Anexo 2

A Tabela 2 representa o guia utilizado adaptado do modelo AQUA com

os pontos fortes definidos em cada categoria incluindo o item mobilidade

urbana pois eacute um dos pontos fortes considerados na implantaccedilatildeo do EV

53

Tabela 2 ndash Guia para hierarquizaccedilatildeo das categorias da QAE em funccedilatildeo dos desafios ambientais estabelecidos

EnergiaMaterias

primasAacutegua Ar Aacutegua Solo Ruiacutedos Odores

Local e construccedilatildeo

1 Relaccedilatildeo do edifiacutecio com o seu entorno

11 Consideraccedilatildeo do contexto F

12 Implantaccedilatildeo no terreno F F

2 Escolha integrada de produtos sistemas e processos construtivos

21 Adaptabilidade e durabilidade do edifiacutecio F

22 Escolhas de processos construtivos F F

23 Escolhas de produtos de construccedilatildeo F F

24 Fim de vida do edifiacutecio desconstrutibilidade reciclabilidade F F

3 Canteiro de obras

31 Produccedilatildeo de resiacuteduos identificaccedilatildeo gestatildeo dos resiacuteduos F

32 Incocircmodos e poluiccedilatildeo F F

33 Recursos - consumo de aacutegua e energia F

F = Relaccedilatildeo forte existente entre preocupaccedilatildeo e objetivo

Uma ceacutelula em branco natildeo significa necessariamente uma total ausecircncia de preocupaccedilatildeo

MO

BIL

IDA

DE

UR

BA

NA

OBJETIVOS DE CONTROLE DOS IMPACTOS AMBIENTAIS EXTERIORES E

INTERIORES DO EDIFICIO

Tabela 3 - Guia para a hierarquizaccedilatildeo das categorias de QAE em funccedilatildeo dos desafios ambientais estabelecidos

ME

LH

OR

AR

O

CO

NF

OR

TO

PR

ES

EE

RV

AR

A S

AU

DE

PREOCUPACcedilOtildeES AMBIENTAIS

PRESERVAR OS

RECURSOS

REDUZIR A

POLUICcedilAtildeO

REDUZIR OS

INCOMODOS

RE

DU

ZIR

OS

RE

SID

UO

S

Fonte A autora (2012)

Para o CREA-PR (2011) os deslocamentos natildeo devem ser tratados

apenas como a accedilatildeo de ir e vir mas a partir do conceito de mobilidade

acrescido da preocupaccedilatildeo com a sua sustentabilidade que pode ser traduzida

como o resultado de um conjunto de poliacuteticas de transporte e circulaccedilatildeo que

priorize os modos natildeo motorizados e coletivos de transporte e a acessibilidade

urbana visando tambeacutem as pessoas com deficiecircncia eou mobilidade reduzida

Apoacutes a definiccedilatildeo dos desafios ambientais a serem perseguidos

desenhou-se o perfil ambiental proposto para o Escritoacuterio Verde que pode ser

visualizado na Figura 16 4 categorias niacutevel bom 3 niacutevel superior e 7 niacutevel

excelente

54

Figura 16 ndash Perfil ambiental proposto para o EV

Fonte A autora (2011)

512 QAEop ndash Qualidade Ambiental do Edifiacutecio na Fase Operaccedilatildeo

A QAEop eacute composta por 3 partes Parte II ndash QI Qualidade Intriacutenseca

Parte III ndash MQI Melhoria da Qualidade Intriacutenseca Parte IV ndash CQI Controle da

Qualidade Intriacutenseca Cada categoria foi analisada conforme requisitos

exigidos no referencial AQUA de operaccedilatildeo e uso O campo avaliaccedilatildeo refere-se

ao atendimento ou natildeo do requisito exigido Os campos na coluna avaliaccedilatildeo

que ficaram em branco representam os itens que necessitam de maior

detalhamento para se proceder com a avaliaccedilatildeo

55

Categoria 1 ndash Relaccedilatildeo do edifiacutecio com seu entorno

1 Relaccedilatildeo do Edificio com seu entorno Avaliaccedilatildeo

QI 11

Coerecircncia no uso e operaccedilatildeo do empreendimento no terreno em relaccedilatildeo agraves poliacuteticas locais de

desenvolvimento urbano sustentaacutevel Atende

QI 12 Otimizar os acessos e gerenciar os fluxos Atende

QI 13 Gerenciar os modos de deslocamento e favorecer os menos poluentes Atende

QI 14 Preservar Melhorar a qualidade ecoloacutegica e paisagiacutestica do local do empreendimento Atende

QI 15 Preservar Melhorar a biodiversidade Atende

QI 16 Prevenir o risco de inundaccedilotildees e limitar a poluiccedilatildeo difusa Atende

QI 17 Garantir o conforto ambiental exterior satisfatoacuterio Atende

QI 18 Garantir a iluminaccedilatildeo exterior satisfatoacuteria e limitar os incocircmodos visuais para a vizinhanccedila Atende

QI 19 Limitar a poluiccedilatildeo sonora e garantir o direito agrave calma da vizinhanccedila Atende

QI 110 Garantir espaccedilos exteriores saudaacuteveis e garantir o direito agrave sauacutede dos ocupantes Atende

QI 111 Acessibilidade Accedilatildeo corretiva

Quadro 6 ndash Avaliaccedilatildeo categoria 1 - QI

Fonte Referencial AQUA (2010)

1 Avaliaccedilatildeo

CQI 11 Garantir a conservaccedilatildeo adequada dos espaccedilos exteriores atende

CQI 12 Otimizar as condiccedilotildees de conservaccedilatildeo dos espaccedilos exteriores atende

CQI 13 Supervisionar a qualidade do ar nos estacionamentos fechados Natildeo se aplica

CQI 14Garantir a conservaccedilatildeo e manutenccedilatildeo das instalaccedilotildees de resfriamento nos sistemas de

condicionamento de ar Natildeo se aplica

Relaccedilatildeo do Edificio com seu entorno

Quadro 7 ndash Avaliaccedilatildeo categoria 1 - CQI

Fonte Referencial AQUA (2010)

As consideraccedilotildees a seguir satildeo referentes aos criteacuterios avaliados na QI 13

QI 13 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo

B Atende

Medidas tomadas para limitar o nuacutemero de vagas de estacionamento em funccedilatildeo dos

meios de deslocamento apresentados (salvo recomendaccedilatildeo contraacuteria da legislaccedilatildeo) S E 1 Atende

Medidas tomadas para gerenciar da melhor forma as vagas disponiacuteveis para

estacionamento (sistemas automatizados vigilacircncia manobristas etc)S E 1 NA

Presenccedila de aacuterea de estacionamento reservada aos veiacuteculos limpos S E 1 Implantar

Presenccedila de aacuterea de estacionamento reservada aos veiacuteculos limpos equipados com

dispositivos que favoreccedilam a sua utilizaccedilatildeoS E 2 NA

Disponibilidade de bicicletaacuterios aos ocupantes do edifiacutecio S E 2 Implantar

Presenccedila de bicicletaacuterios em locais ou abrigos seguros e protegidos ou visiacuteveis a partir

de um posto de vigilacircncia (guarita etc)S E 3 Implantar

Presenccedila de espaccedilos comuns apropriados (vestiaacuterios chuveiros) para os funcionaacuterios

ciclistasS E 4 X

Garantir a proximidade com

os transportes coletivosImplantaccedilatildeo do projeto a menos de 400m de um ponto de transporte coletivo S E 1 Atende

NA - Natildeo se aplica

X - Natildeo haacute e sem possibilidade de adaptaccedilatildeo

Apresentaccedilatildeo da situaccedilatildeo atual em termos meios de deslocamento existentes no local do empreendimento

especialmente os menos poluentes

Veiacuteculos particulares

Favorecer o uso de veiacuteculos

limpos

Favorecer o uso de modos de

deslocamento menos

poluentes

Quadro 8 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 13

Fonte Referencial AQUA (2010)

56

O Escritoacuterio Verde estaacute localizado em regiatildeo central de Curitiba

possuindo um sistema puacuteblico de transporte composto por 26 linhas de

transporte coletivo as quais permitem a ligaccedilatildeo dos bairros ao centro da

cidade

A Rede Integrada de Transportes ndash RIT possui uma tarifa uacutenica com

embarque e desembarque em niacutevel nas ldquoEstaccedilotildees Tubordquo e em pontos de

ocircnibus ou terminais de integraccedilatildeo localizados em diversos pontos da cidade

A URBS ndash Urbanizaccedilatildeo de Curitiba SA eacute a empresa responsaacutevel pelas

accedilotildees estrateacutegicas de planejamento operaccedilatildeo e fiscalizaccedilatildeo que envolve os

serviccedilos essenciais de transporte e tracircnsito da cidade Exerce o controle do

transporte de toda Regiatildeo Metropolitana permitindo que a Rede de

Transportes de Curitiba seja integrada em acircmbito metropolitano

Proacuteximos ao empreendimento encontram-se linhas de transporte

interligando os principais eixos da cidade de Curitiba (a exemplo os eixos

Norte e Sul eixo Boqueiratildeo) permitindo assim a mobilidade dos usuaacuterios

Tambeacutem a 16 km do empreendimento estaacute a Estaccedilatildeo Rodoviaacuteria de Curitiba

responsaacutevel por centralizar o transporte coletivo intermunicipal interestadual e

internacional que tecircm a Cidade de Curitiba como ponto de partida de chegada

ou de escala

O Aeroporto Internacional Afonso Pena encontra-se a aproximadamente

164 km ou (40 min) do empreendimento no Municiacutepio de Satildeo Joseacute dos

Pinhais PR De modo a facilitar o deslocamento de usuaacuterios no sentido

aeroporto - rodoviaacuteria ndash aeroporto ndash esses tecircm agrave sua disposiccedilatildeo linha de

ocircnibus especial A linha faz ligaccedilatildeo com Aeroporto Internacional Afonso Pena

localizado em Satildeo Joseacute dos Pinhais - PR agrave Rodoferroviaacuteria e ao Centro de

Curitiba Sendo assim fomenta a mobilidade urbana restando ainda a

implantaccedilatildeo de um paraciclo e possivelmente reservar a aacuterea livre nos fundos

da edificaccedilatildeo para estacionamento exclusivo de veiacuteculos limpos

Criteacuterios de avaliaccedilatildeo QI 111 referente agrave acessibilidade

QI 111 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo

Respeito agraves regulamentaccedilotildees de acessibilidade e instalaccedilatildeo de sinalizaccedilatildeo adaptada agrave

funcionalidade dos espaccedilos externos__ Accedilatildeo corretiva

Em funccedilatildeo do local do empreendimento e das atividades presenccedila de espaccedilos de

conviacutevio de repouso ou de atividades particulares __ Accedilatildeo corretiva

Acessibilidade

Quadro 9 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 111

Fonte Referencial AQUA (2010)

57

O referencial natildeo apresenta o niacutevel de avaliaccedilatildeo do item QI 111 pois se

trata de um item obrigatoacuterio

O EV ainda natildeo atende alguns requisitos exigidos pela a ABNTNBR

90502004 Seguem alguns pontos da normativa para accedilotildees corretivas

Item 6711 - Os corrimatildeos devem ser instalados em ambos os lados

dos degraus isolados das escadas fixas e das rampas

Item 55 - Sinalizaccedilatildeo visual

Item 724 ndash Barra de apoio em sanitaacuterio

Item 7314 - Bacia com altura inferior

Item 7362 ndash Lavatoacuterios suspensos

Quanto o acesso ao mezanino entende-se que as mesmas atividades

podem ser desenvolvidas no piso teacuterreo natildeo necessitando de adaptaccedilatildeo para

acesso ao mezanino

Categoria 2 ndash Escolha integrada de produtos sistemas e processos

construtivos

O texto informado na QI da categoria 2 (paacuteginas 8 e 9 de 29) eacute o mesmo

descrito na CQI (paacuteginas 3 e 4 de 26) necessitando de revisatildeo

2 Avaliaccedilatildeo

QI 21 Assegurar a facilidade de acesso para a conservaccedilatildeo do edifiacutecio Atende

QI 22

Inventaacuterio das informaccedilotildees conhecidas a respeito dos produtos de construccedilatildeo presentes no

empreendimento Atende

Escolha integrada de produtos sistema e processos construtivos

Quadro 10 ndash Avaliaccedilatildeo categoria 2 - QI

Fonte Referencial AQUA (2010)

2 Avaliaccedilatildeo

MQI 21 Consideraccedilatildeo da adaptabilidade durante as atividades de renovaccedilatildeo Atende

MQI 22 Consideraccedilatildeo da durabilidade durante as atividades de renovaccedilatildeo Atende

MQI 23

Consideraccedilatildeo da facilidade de conservaccedilatildeo e da limitaccedilatildeo dos impactos ambientais das rotinas

de conservaccedilatildeo durante a renovaccedilatildeo dos revestimentos internos Atende

MQI 24 Consideraccedilatildeo do impacto ambiental na renovaccedilatildeo dos revestimentos internos Atende

MQI 25 Responsabilidade no uso da madeira nas atividades de renovaccedilatildeo Atende

MQI 26

Consideraccedilatildeo do impacto sanitaacuterio relativo agrave qualidade do ar interno na renovaccedilatildeo dos

revestimentos internos Atende

Escolha integrada de produtos sistema e processos construtivos

Quadro 11 ndash Avaliaccedilatildeo categoria 2 - MQI

Fonte Referencial AQUA (2010)

58

Criteacuterios avaliados no item QI 22

QI 22 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo

A situaccedilatildeo atual em termos de conhecimento dos impactos ambientais na escala do

empreendimento e sobre sua vida uacutetil considerando o uso de recursos renovaacuteveis a

incorporaccedilatildeo de resiacuteduos ou material reciclado como mateacuteria-prima o consumo de

recursos naturais a desmontabilidade e a possibilidade de reuso reciclagem a

geraccedilatildeo de resiacuteduos e na medida do possiacutevel a emissatildeo de gases contribuintes para

o EE n(efeito estufa) e a destruiccedilatildeo da camada de ozocircnio

A situaccedilatildeo atual em termos de conhecimento das emissotildees de COV e formaldeiacutedos

Valorizaccedilatildeo do

conhecimento da

contribuiccedilatildeo dos

produtos de

construccedilatildeo aos

impactos

ambientais e

sanitaacuterios do

empreendimento

Conhecimento dos impactos ambientais de 50 dos elementos da famiacutelia de produtos

de obra limpa na escala do empreendimento e sobre sua vida uacutetil considerando o

consumo de recursos naturais a desmontabilidade e a possibilidade de reuso

reciclagem a geraccedilatildeo de resiacuteduos

E 2 Atende

Conhecimento dos impactos ambientais de 50 dos elementos da famiacutelia de produtos

de obra limpa na escala do empreendimento e sobre sua vida uacutetil considerando o

consumo de recursos naturais a desmontabilidade e a possibilidade de reuso

reciclagem a geraccedilatildeo de resiacuteduos

E 2 Atende

Idem acima e conhecimento dos impactos ambientais de 50 dos elementos da famiacutelia

de produtos de obra limpa na escala do empreendimento e sobre sua vida uacutetil

considerando o uso de recursos renovaacuteveis a incorporaccedilatildeo de resiacuteduos ou material

reciclado como mateacuteria-prima a emissatildeo de gases contribuintes para o EE e a

destruiccedilatildeo da camada de ozocircnio

E 5 Atende

Conhecimento das emissotildees de COV e formaldeiacutedos para 25 dos elementos da

famiacutelia de revestimentos internos (piso parede teto produtos de acabamento)E 2 Atende

Conhecimento das emissotildees de COV e formaldeiacutedos para 50 dos elementos da

famiacutelia de revestimentos internos (piso parede teto produtos de acabamento)E 5 Atende

A partir do

inventaacuterio de

materiais de

construccedilatildeo

(desenvolvido no

SGO) apresentar

para a famiacutelia de

produtos da obra

limpa (definidas

B

Valorizaccedilatildeo do

conhecimento da

contribuiccedilatildeo dos

produtos de

construccedilatildeo aos

impactos

ambientais e

sanitaacuterios do

empreendimento

Atende

Quadro 12 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 111

Fonte Referencial AQUA (2010)

O sistema construtivo utilizado foi o Wood Frame que possibilita a

construccedilatildeo de edificaccedilotildees mais eficientes uma vez que apresenta benefiacutecios

econocircmicos e ambientais Desenvolvida a mais de 100 anos na Ameacuterica do

Norte atualmente 90 das casas suecas e canadenses e mais de 75 das

americanas utilizam esta tecnologia

Os paineacuteis de OSB utilizados no processo construtivo permitem a

concepccedilatildeo de empreendimentos de ateacute 8 pavimentos A tecnologia incorpora

alguns dispositivos para racionalizar o consumo de aacutegua e energia aleacutem disso

a seleccedilatildeo de materiais contribui a reduccedilatildeo do impacto gerado durante a fase

de implantaccedilatildeo A madeira de reflorestamento utilizada eacute material renovaacutevel

com baixo consumo energeacutetico e boa possibilidade de aproveitamento dos

resiacuteduos aleacutem de contribuir positivamente na renovaccedilatildeo do ar (GOIS

CASAGRANDE JR 2011) A montagem dos paineacuteis em faacutebrica demorou

59

apenas 12 dias depois de fabricados e transportados em 5 dias foi possiacutevel

montar a estrutura do EV in loco

A TecVerde foi a empresa responsaacutevel pela fabricaccedilatildeo e execuccedilatildeo de

toda obra execuccedilatildeo de projetos estruturais de montagem e detalhamento para

o sistema construtivo Possui faacutebrica na regiatildeo metropolitana de Curitiba em

Pinhais ndash PR onde realiza a produccedilatildeo das edificaccedilotildees

No caso do Escritoacuterio Verde foi executado um radier de 12cm utilizando

concreto usinado (cimento CP V-ARI Cimento Portland alta resistecircncia inicial)

sobre a base de concreto da quadra poliesportiva (Figura 17) Este

procedimento serve para ancoragem das paredes (Figura 18) e as eleva para

evitar o contato com aacutegua que eventualmente pode pairar sobre a quadra em

funccedilatildeo de uma chuva mais forte

Figura 17ndash Execuccedilatildeo do radier Figura 18ndash Ancoragem das paredes

Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011) Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011)

As paredes foram montadas com OSB em caibros de pinus tratado

(Figura 19) jaacute com a manta de PET reciclado de 75 mm (Figura 20) e manta de

pneu reciclado de 8 mm (Figura 21) para isolamento teacutermico-acuacutestico Depois

de erguidas no local da obra receberam os acabamentos da empresa LP

Brasil sendo que no lado externo foi aplicada uma membrana hidroacutefuga

utilizada como barreira de vapor satildeo peliacuteculas que visam evitar que a aacutegua da

chuva e a umidade interna penetrem na parede protegendo a estrutura e

aumentando sua durabilidade finalizando com painel Smartside e Siding

60

Vinilico (Figura 22 e 23) aleacutem do painel TechShield (Figura 25) para base do

telhado

Figura 19 - Modelo construtivo wood frame

Fonte DOMUS STUDIO ARQUITETURA (2011)

Figura 20 - Manta de PET reciclado Figura 21- Manta de pneu reciclado

Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011) Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011)

A latilde de PET e a manta de pneu (Figuras 20 e 21) foram usadas como

isolantes termoacuacutestico no Escritoacuterio Verde e satildeo 100 reciclaacuteveis Aleacutem do

fato da latilde natildeo causar coceira dispensa o uso de EPIrsquos (como no caso da latilde de

vidro) e eacute um produto natildeo canceriacutegeno antialeacutergico No entanto a manta de

pneu natildeo haacute informaccedilotildees suficientes sobre a toxidade da fumaccedila emitida

quando em processo de combustatildeo

61

Figura 22 - Painel Smartside

Fonte LP BRASIL (2012)

Figura 23 - Siding Vinilico

Fonte Escritoacuterio Verde Online (2012)

Figura 24 - Painel TechShield

Fonte LP BRASIL (2012)

62

Os paineacuteis SmartSide foram desenvolvidos exclusivamente para uso

como revestimentos externos e internos de paredes Possuem tripla funccedilatildeo

pois aleacutem de revestir e vedar as paredes tambeacutem auxiliam no

contraventamento da estrutura Satildeo protegidos contra o ataque de cupins e a

degradaccedilatildeo de fungos e recebem como revestimento uma peliacutecula que confere

ao produto aparecircncia da madeira natural O produto anti-cupim que tem Borato

de Zinco como base confere uma garantia de 20 anos por parte da empresa

No Escritoacuterio Verde foi usado o modelo Painel H (painel com ranhuras

horizontais) de largura 122 m comprimento 488 m espessura 111 mm e

ranhuras a cada 200 mm

Os paineacuteis TechShield satildeo paineacuteis de OSB revestidos em uma das faces

com foil de alumiacutenio que garante uma menor absorccedilatildeo do calor proveniente

dos raios solares O TechShield pode ser aplicado sobre telhados ou em

paredes melhorando o desempenho teacutermico das construccedilotildees pois reflete 97

da radiaccedilatildeo solar reduz em ateacute 10 a temperatura do aacutetico ou soacutetatildeo e otimiza

a matildeo de obra jaacute que tem incorporado o foil de alumiacutenio Eacute fabricado no

formato de 120 x 240 m e espessura de 111 mm

Internamente foram aplicados o painel Decowall e placa cimentiacutecia

(Figuras 25 e 26) Outros produtos da LP Brasil empregados no projeto foram

as Vigas I (Figuras 27 e 28) e as telhas Shingle (Figura 29)

Figura 25 ndash Painel Decowall Figura 26 ndash Placa cimentiacutecia

Fonte LP BRASIL (2012) Fonte PlacLux (2012)

63

Figura 27 ndash Vigas I Figura 28 ndash Passagem da tubulaccedilatildeo na viga I

Fonte LP BRASIL (2012) Fonte LP BRASIL (2012)

As vigas I forma utilizadas na estrutura da cobertura e laje do mezanino

satildeo leves riacutegidas e de alta resistecircncia projetadas para suportar grandes

cargas permitindo a aplicaccedilatildeo em grandes vatildeos com resistecircncia uniforme e

constante sem que haja flambagem ou torccedilotildees em sua estrutura melhorando

a qualidade e solidez de pisos e forros Possui altura de 241 cm largura de

63 cm comprimento de 119 cm e peso de 403 kg

Figura 29 - Modelo construtivo da cobertura em wood frame

Fonte LP BRASIL (2012)

A LP Telha Shingle eacute composta por uma manta de fibra de vidro saturada

em asfalto e gracircnulos ceracircmicos sendo quatro vezes mais leve que outras

64

telhas Eacute resistente a ventos de ateacute 100 kmh Possui excelente resistecircncia

mecacircnica e suas dimensotildees satildeo 336 x 1000 mm O sistema foi composto por

estrutura de madeira contraventada por paineacuteis LP OSB Home Plus estrutural

que servem de base para a aplicaccedilatildeo da LP Subcobertura e da LP Telha

Shingle A LP Subcobertura protege e garante a estanqueidade da cobertura

O projeto do Escritoacuterio Verde estabeleceu parceria com a empresa MADO

de Satildeo Paulo para fabricar todas as janelas com vidro duplo em madeira lyptus

reflorestada algumas com o sistema abrir e tombar (Figura 30) esse uacuteltimo

possibilita a ventilaccedilatildeo indireta podendo ser aberta mesmo em dias de chuva

sem a entrada de aacutegua Os vidros duplos das janelas foram doados pela

empresa Cebrace

Figura 30 ndash Sistema tombar para ventilaccedilatildeo indireta

Fonte MADO (2012)

No piso do teacuterreo do Escritoacuterio Verde sobre o radier foi colocado o piso

elevado da empresa REMASTER que permite todo cabeamento eleacutetrico e de

loacutegica por baixo do mesmo O piso modular e feito em polipropileno sendo

mais de 80 de material reciclado conferindo para cada peccedila uma leveza

65

maior do que os produtos similares menos de 3 kg A facilidade de manuseio

rapidez na instalaccedilatildeo e a mobilidade da soluccedilatildeo permite reaproveitamento na

mudanccedila preservando mais de 98 do seu investimento

Figura 31 ndash Piso elevado modular

Fonte REMASTER (2012)

O acabamento colocado sobre o piso elevado foi o carpete modular

reciclados e reciclaacuteveis da Interface FLOR que usa o sistema tactile (Figura 32)

que reduz o impacto ambiental dos produtos adesivos na instalaccedilatildeo do

carpete Fabricados em placas de (50 x 50 cm) unem-se entre si para criar uma

instalaccedilatildeo duraacutevel sem ter que fixar permanentemente o carpete ao piso

Possui tambeacutem capa hipoalergecircnica que evita a proliferaccedilatildeo de agentes

aleacutergicos

Figura 32 ndash Carpete modular com sistema tactile

Fonte Interface FLOR (2012)

Nas instalaccedilotildees hidrossanitaacuterias foram utilizados tubos de PVC da

empresa AMANCO para o esgoto e tambeacutem o sistema PEX (Polietileno de Alta

Densidade Reticulado) para aacutegua quente e fria nos banheiros o hydro-pex da

66

empresa EPEX Trata-se de um sistema mais econocircmico de grande

flexibilidade e facilidade na instalaccedilatildeo e alta durabilidade

Figura 33 ndash Sistema hidro-pex

Fonte EPEX (2012)

Categoria 3 ndash Canteiro com baixo impacto ambiental

3 Avaliaccedilatildeo

CQI 31 Gestatildeo de resiacuteduos de conservaccedilatildeo e manutenccedilatildeo produzidos durante as intervenccedilotildees Atende

CQI 32 Otimizar as condiccedilotildees de retirada dos resiacuteduos de conservaccedilatildeo e manutenccedilatildeo Atende

CQI 33 Otimizar a eliminaccedilatildeo dos resiacuteduos de conservaccedilatildeo e manutenccedilatildeo Atende

CQI 34 Limitar os incocircmodos causados pelas intervenccedilotildees de conservaccedilatildeo e manutenccedilatildeo Atende

Canteiro de obra com baixo impacto ambiental

Quadro 13 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI

Fonte Referencial AQUA (2010)

A categoria 3 na fase operaccedilatildeo natildeo consta na parte I do referencial (QI)

pois eacute aplicada somente quando haacute manutenccedilatildeo no edifiacutecio

O Escritoacuterio necessitou de pequenas intervenccedilotildees e grande parte dos

resiacuteduos foi aproveitada no proacuteprio canteiro e outros como embalagens

plaacutesticas ou papelatildeo foram destinados para reciclagem Mas no sistema de

gestatildeo eacute necessaacuterio prever um plano de gestatildeo de resiacuteduos da construccedilatildeo

civil

67

Categoria 4 ndash Gestatildeo de energia

4 Avaliaccedilatildeo

QI 41 Melhorar a aptidatildeo da envoltoacuteria para limitar desperdiacutecios

QI 42 Melhorar a aptidatildeo do edifiacutecio para reduzir suas necessidades energeacuteticas

QI 43

Reduzir o consumo de energia primaacuteria devido ao aquecimento resfriamento agrave iluminaccedilatildeo ao

aquecimento de aacutegua agrave ventilaccedilatildeo e aos equipamentos auxiliares Atende

QI 44 Recorrer agraves energias renovaacuteveis locais Atende

QI 45 Conhecer as poluiccedilotildees causadas pelo consumo de energia Atende

QI 46 Conhecer a influecircncia dos sistemas de controle no desempenho energeacutetico do edifiacutecio Atende

Gestatildeo de Energia

Quadro 14 ndash Avaliaccedilatildeo categoria 4 ndash QI

Fonte Referencial AQUA (2010)

4 Avaliaccedilatildeo

MQI 41 Melhoria do desempenho energeacutetico do edifiacutecio Atende

Gestatildeo de Energia

Quadro 15 ndash Avaliaccedilatildeo categoria ndash MQI

Fonte Referencial AQUA (2010)

4 Avaliaccedilatildeo

CQI 41 Desempenho global do consumo de energia Atende

CQI 42 Desempenho global das emissotildees relacionadas ao consumo de energia Atende

CQI 43 Otimizar o acompanhamento do consumo de energia Atende

CQI 44 Analisar regularmente os consumos de energia Atende

CQI 45 Instalaccedilatildeo de um serviccedilo de eficaacutecia energeacutetica Atende

CQI 46 Garantir o controle dos equipamentos frigoriacuteficos e climaacuteticos Natildeo se aplica

Gestatildeo de Energia

Quadro 16 ndash Avaliaccedilatildeo categoria ndash CQI

Fonte Referencial AQUA (2010)

Criteacuterios avaliados no item QI 44

QI 44 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo

B Atende

Exploraccedilatildeo de modalidades energeacuteticas locais de origem renovaacutevel Explicitaccedilatildeo da

porcentagem de cobertura das necessidades pelas energias locais de origem renovaacutevel

(detalhada por uso final energeacutetico) Anaacutelise e justificativa da pertinecircncia da modalidade

escolhida

E 2 Atende

- Mais de 30 do consumo de energia para o sistema de aquecimento eacute garantido por

uma EnRE 1 NA

- Mais de 10 do consumo de energia para o sistema de resfriamento eacute garantido por

uma EnRE 1 NA

- Mais de 30 do consumo de energia para o aquecimento de aacutegua eacute garantido por

uma EnRE 1 NA

- Edifiacutecio possui sistema de produccedilatildeo de energia eleacutetrica a partir de energias

renovaacuteveis garantindo uma produccedilatildeo anual de eletricidade de mais de 25kWhmsup2 de

aacuterea uacutetil em energia primaacuteria

E 1 Atende

- O edifiacutecio estaacute equipados de bombas a calor de alto desempenho E 1 NA

NA - Natildeo se aplica

Pontos

complementares

desempenho da

modalidade

explorada

Reflexatildeo sobre o uso das energias renovaacuteveis locais (EnR)

Quadro 17ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 44

Fonte Referencial AQUA (2010)

68

O EV possui dois sistemas fotovoltaicos distintos um sistema conectado agrave

rede eleacutetrica - SFCR com uma potecircncia instalada de 21 kWp (10 moacutedulos

KYOCERA de tecnologia de siliacutecio policristalino modelo KD210GXLP ligados

em seacuterie) e um inversor monofaacutesico em 220V de 2kW de potecircncia nominal

(PVPOWERED modelo PVP2000) que entrou em operaccedilatildeo em 14 de

dezembro de 2011 A aacuterea ocupada na cobertura da edificaccedilatildeo para esse

painel eacute de 15 msup2 (URBANETZ JR CASAGRANDE JR 2010)

Um SFCR eacute basicamente composto de um painel fotovoltaico que

converte a energia do sol em energia eleacutetrica em corrente contiacutenua e um

inversor que converte a corrente contiacutenua em corrente alternada com tensatildeo

e frequecircncia compatiacuteveis com a rede eleacutetrica da concessionaacuteria ao qual o

sistema estaacute interligado As principais vantagens desse tipo de sistema satildeo

elevada produtividade ausecircncia de banco de baterias e desligamento

automaacutetico no caso de falta de energia da rede (URBANETZ JR

CASAGRANDE JR 2010)

O sistema fotovoltaico isolado (SFI) eacute composto por um painel de 10

moacutedulos KYOCERA de tecnologia de siliacutecio policristalino modelo KC85T

sendo divido em dois subsistemas oito moacutedulos formam um sistema com

barramento CC em 24 V e os outros dois moacutedulos formam um sistema com

barramento CC em 12 V cada subsistema utiliza um controlador de carga do

tipo PWM alimentando um banco de baterias formado por 16 e 12 baterias

respectivamente As baterias satildeo do tipo chumbo-aacutecido para uso em sistemas

fotovoltaicos (marca PIONEIRO com 65 Ah cada) potencial ainda natildeo

utilizado (URBANETZ JR CASAGRANDE JR 2010)

Figura 34 ndash Painel fotovoltaico

Fonte Escritoacuterio Verde Online (2012)

69

O SFI eacute basicamente composto de um painel FV controlador de carga

banco de baterias e inversor Normalmente satildeo instalados em locais sem

acesso agrave rede eleacutetrica convencional mas podem tambeacutem ser utilizados para

atender cargas especiais de forma ininterrupta independente da rede eleacutetrica

da concessionaacuteria (URBANETZ JR CASAGRANDE JR 2010)

A anaacutelise do desempenho do SFCR do se baseia nos valores de energia

gerada durante estes primeiros dez meses de operaccedilatildeo e nos valores de

irradiaccedilatildeo incidentes no painel FV A partir da energia gerada e da irradiaccedilatildeo

incidente satildeo apresentados os iacutendices de meacuterito do SFCR em anaacutelise estes

iacutendices satildeo yield (produtividade) performance ratio (taxa de desempenho) e

fator de capacidade (URBANETZ JR CASAGRANDE JR 2012)

Desde a sua entrada em operaccedilatildeo em 14 de dezembro de 2011 ateacute 14 de

junho de 2012 (seis meses de operaccedilatildeo) gerou 13 MWh o que permite

projetar a geraccedilatildeo para cerca de 26 MWhano A geraccedilatildeo de energia eleacutetrica eacute

proporcional a irradiaccedilatildeo incidente no painel FV nos meses de veratildeo (maior

incidecircncia solar) haveraacute maior geraccedilatildeo de energia eleacutetrica e nos meses de

inverno (menor incidecircncia solar) haveraacute menor geraccedilatildeo A Tabela 3 apresenta

os valores de energia gerados em cada mecircs de operaccedilatildeo e a Tabela 4 a

energia diaacuteria meacutedia em cada mecircs de operaccedilatildeo (URBANETZ JR

CASAGRANDE JR 2012)

Tabela 3 ndash Energia gerada em cada mecircs de operaccedilatildeo do SFCR do EV

Fonte URBANETZ JR CASAGRANDE JR (2012)

Tabela 4 ndash Energia diaacuteria meacutedia gerada em cada mecircs de operaccedilatildeo do SFCR do EV

Fonte URBANETZ JR CASAGRANDE JR (2012)

70

Com a aprovaccedilatildeo feita pela Agecircncia Nacional de Energia Eleacutetrica

(ANEEL) do Sistema de Compensaccedilatildeo de Energia a proposta desenvolvida

pelo EV passou a ser viaacutevel economicamente O trabalho pioneiro

desenvolvido Sistema Fotovoltaico Conectado agrave Rede Eleacutetrica (SFCR) tem um

funcionamento ininterrupto limpo e silencioso

Categoria 5 ndash Gestatildeo da aacutegua

5 Avaliaccedilatildeo

QI 51 Garantir economia de aacutegua potaacutevel nos sanitaacuterios Atende

QI 52

Garantir economia de aacutegua potaacutevel para irrigaccedilatildeo dos espaccedilos verdes limpeza das aacutereas ou

outros usos Atende

QI 53 Gestatildeo das aacuteguas pluviais no local do empreendimento Atende

QI 54 Gestatildeo das aacuteguas de escoamento poluiacutedas Natildeo se aplica

QI 55 Gestatildeo das aacuteguas servidas Atende

Gestatildeo da Aacutegua

Quadro 18 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI

Fonte Referencial AQUA (2010)

5 Avaliaccedilatildeo

MQI 51 ManutenccedilatildeoMelhoria da qualidade ambiental intriacutenseca relativa agrave gestatildeo da aacutegua Atende

MQI 51 Escolha dos equipamentos durante as atividades de renovaccedilatildeo Atende

Gestatildeo da Aacutegua

Quadro 19 ndash Criteacuterios avaliados ndash MQI

Fonte Referencial AQUA (2010)

5 Avaliaccedilatildeo

CQI 51 Desempenho global do consumo de aacutegua Atende

CQI 52 Otimizar o acompanhamento do consumo d aacutegua Atende

CQI 53 Limitar o risco de vazamentos Atende

CQI 54 Analisar regularmente os consumos de aacutegua Atende

CQI 55 Otimizar a manutenccedilatildeo dos equipamentos de gestatildeo da aacutegua

CQI 56 Garantir o acompanhamento da demanda de intervenccedilotildees nas instalaccedilotildees hidraacuteulicas

Gestatildeo da Aacutegua

Quadro 20 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI

Fonte Referencial AQUA (2010)

Com relaccedilatildeo ao item 52 ndash medidas tomadas para economizar aacutegua (Quadro 21) Para realizar as mediccedilotildees de consumo de aacutegua foram instalados no escritoacuterio verde dois hidrocircmetros padratildeo SANEPAR (Companhia de saneamento do Paranaacute) Estes foram instalados em dois pontos estrateacutegicos um que apresenta o consumo total da aacutegua potaacutevel da edificaccedilatildeo denominado de hidrocircmetro 1 e outro que aponta o consumo de aacutegua da chuva hidrocircmetro 2

71

Os criteacuterios de avaliaccedilatildeo apresentados satildeo QI 52 e QI 53

QI 52 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo

na irrigaccedilatildeo dos espaccedilos verdes e ou limpeza das aacutereas E 2 Atende

nos sistemas de energia e ou nos sistemas especiacuteficos relacionados ao proacuteprio

uso do edifiacutecioE 1 NA

nos usos de balneaacuterio (tipologia hoteacuteis) E 1 NA

QI 53 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo

B Atende

20 a 40E 2 Atende

lt 20 E 5 -----

2 a 10

E 2 -----

gt 10

E 5 Atende

NA - Natildeo se aplica

Medidas tomadas

para economizar

aacutegua

Em funccedilatildeo do estudo de integraccedilatildeo do empreendimento no terreno determinaccedilatildeo do coeficiente de

impermeabilizaccedilatildeo e da vazatildeo de escoamento presentes

Coeficiente de

impermeabilizaccedilatildeo

presente (para local

pouco urbanizado)

Percentual de

melhoria do

coeficiente de

impermeabilizaccedilatildeo

em relaccedilatildeo agrave

situaccedilatildeo anterior agrave

construccedilatildeo do

empreendimento

(para local

Quadro 21 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 52 e 53

Fonte Referencial AQUA (2010)

O Quadro 22 apresenta as fontes consumidoras existentes no escritoacuterio

foram efetuadas mediccedilotildees em dois pontos de consumo um apresenta a

quantidade de aacutegua potaacutevel consumida e o outro o volume de aacutegua utilizada

pelo sistema de captaccedilatildeo de aacutegua da chuva em pouco mais de 100 msup2 de

telhados respectivamente apresentados nas Tabelas 5 e 6 Os hidrocircmetros

foram instalados no dia 22 de marccedilo sendo que nesta data a leitura eacute igual a

zero Conforme dados da SANEPAR o valor de consumo diaacuterio de aacutegua

potaacutevel aplicado em edifiacutecios de escritoacuterio corresponde 50 litros de aacutegua por

pessoa Esta estimativa foi utilizada como referecircncia para comparativo dos

nuacutemeros levantados no escritoacuterio

Aacutegua Fonte consumidora Local

Potaacutevel Torneira c sensor de presenccedila cuba Copa

Potaacutevel Torneira c sensor de presenccedila lavatorio BWC - Masculino

Potaacutevel Torneira c sensor de presenccedila lavatoacuterio BWC - Feminino

Reuso Vaso sanitaacuterio BWC - Masculino

Reuso Vaso sanitaacuterio BWC - Feminino

Reuso Torneira de jardim Jardim

Reuso Sistema de irrigaccedilatildeo Jardim vertical Quadro 22 ndash fontes consumidoras de aacutegua

72

Tabela 5 ndash Consumo de aacutegua potaacutevel no EV

Fonte NOVAES(2013)

Tabela 6 ndash Consumo de aacutegua de pluvial

Fonte NOVAES (2013)

O sistema de coleta de aacutegua da chuva eacute composto por filtros alematildees de

accedilo inox WISY representados no estado do Paranaacute pela empresa Acquatech e

pela Aquastock em Satildeo Paulo A aacutegua eacute captada do telhado do bloco principal

da edificaccedilatildeo com aacuterea de 111 msup2 sendo armazenado em uma cisterna de

1500 litros da empresa ARBO (Figura 33) com tratamento ultravioleta

73

colocada sobre uma base de concreto A Figura 34 ilustra o sistema de coleta

de aacutegua pluvial

O filtro de descida tem a funccedilatildeo de descartar a sujeira do telhado e uma

boia flutuante com outro filtro para as impurezas da aacutegua Uma bomba

pressurizadora alimentada por um painel fotovoltaico de 130 W faz com que a

aacutegua chegue aos vasos sanitaacuterios a uma torneira externa e tambeacutem tem a

funccedilatildeo de irrigar o jardim vertical (Figura 35)

Figura 35 ndash Cisterna e filtros do EV Figura 36ndash Modelo de sistema de coleta de aacutegua pluvial

Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011) Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011)

74

Figura 37 ndash Jardim vertical do EV

Fonte A autora (2012)

Um dos fatores que favorece a instalaccedilatildeo de sistemas de coleta de aacutegua

com esta funccedilatildeo na cidade de Curitiba eacute o iacutendice pluviomeacutetrico da cidade que

eacute considerado satisfatoacuterio A Tabela 7 mostra as medias histoacutericas informadas

pelo SIMEPAR (Sistema meteoroloacutegico do Paranaacute)

Tabela 7 ndash Meacutedias histoacutericas - iacutendice pluviomeacutetrico

Fonte SIMEPAR (2012)

Consideraccedilatildeo quanto ao item QI 53 coeficiente de impermeabilizaccedilatildeo

Antes da construccedilatildeo do empreendimento estudado o terreno em questatildeo era

ocupado por uma quadra poliesportiva de concreto com o coeficiente de

impermeabilizaccedilatildeo de 095 (Tabela 8)

75

Tabela 8 ndash Coeficiente de impermeabilizaccedilatildeo do terreno antes da implantaccedilatildeo do EV

Aacuterea total (msup2) 4182

Aacuterea impermeaacutevel (msup2) 39882

Coeficiente impermeabilizaccedilatildeo anterior ao empreendimento 095 Fonte NOVAES (2013)

Com a implantaccedilatildeo do EV o coeficiente novamente calculado ficou em

057 pois quase todos os pisos externos satildeo permeaacuteveis e a edificaccedilatildeo possui

aproximadamente 100 msup2 de telhado verde (tabela 9)

Tabela 9 ndash Coeficiente de impermeabilizaccedilatildeo do terreno apoacutes a implantaccedilatildeo do EV

Aacuterea total (msup2) 4182

Aacutereas impermeaacuteveis (msup2)

Deck frontal 633

Concreto lateral direita 2061

Deck Fundos 3283

Concreto lateral esquerda 1944

Entrada carro 7752

Telhado (coef Minoraccedilatildeo 07) 819

Total (msup2) 23864

Coeficiente impermeabilizaccedilatildeo apoacutes o empreendimento 057

Melhoria do coeficiente de impermeabilizaccedilatildeo 40 Fonte NOVAES (2013)

Os pisos externos utilizados no EV satildeo compostos por

piso desenvolvido em borracha de pneu reciclado em formato de

lajotas (peccedilas nas medidas 45 X 45 cm) dentre suas qualidades pode-se

destacar sua flexibilidade e funcionalidade por ser drenante e antiderrapante

Figura 38 ndash Piso drenante borracha de pneu

Fonte httpwwwcacaruidoscombr (2012)

76

o plastfloor eacute um pavimento plaacutestico reciclado que estrutura o solo e

mantecircm a permeabilidade devido ao seu formato alveolar vazado podendo ser

preenchido por pedras ou grama no EV optou-se pela utilizaccedilatildeo de pedras

Figura 39 ndash Piso plast floor

Fonte httpwwwplastfloorcombr (2012)

iso tecnogran composto de agregados rochosos que passam por uma

prensagem especial para manter os espaccedilos entre os agregados e com isto

permite a drenagem da chuva entre os gratildeos aleacutem de ser antiderrapante

Figura 40 ndash Piso drenante tecnogran

Fonte httpwwwtecnograncombrespecificacaodrenantehtml (2012)

Categoria 6 ndash Gestatildeo de resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo do edifiacutecio

6 Avaliaccedilatildeo

CQI 61 Otimizar as condiccedilotildees de retirada dos resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo Atende

CQI 62 Otimizar as condiccedilotildees de retirada dos resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo Atende

CQI 63 Garantir o acompanhamento dos resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo regulamentados Atende

CQI 64 Otimizar a eliminaccedilatildeo dos resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo Atende

Gestatildeo dos residuos de uso e operaccedilatildeo do edificio

Quadro 23 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI

Fonte Referencial AQUA (2010)

77

Os coletores foram dispostos no EV da seguinte maneira

Coletor de cor marrom para resiacuteduos compostaacuteveis (resto de alimentos

entre outros)

Coletor de cor verde para reciclaacuteveis (papel papelatildeo jornal revista

plaacutesticos em geral inclusive PET latas de alumiacutenio embalagens longa vida

latas de alimentos engradados embalagens de biscoito)

Os coletores de cor cinza para natildeo reciclaacuteveis (papel higiecircnico

guardanapo sujo espelho papel de bala isopor esponjas de lavar louccedilas

esponjas de accedilo canudo carga de caneta) estatildeo dispostos na copa e nos

banheiros

O coletor menor eacute para coleta de resiacuteduos perigosos como pilhas e

baterias

O EV tambeacutem participa de dois programas na aacuterea de resiacuteduos

REZTO ndash Resiacuteduo Zero Tecnoloacutegico e Orgacircnico

Uma continuidade do Programa de Gerenciamento de Resiacuteduos do

Cacircmpus Curitiba-PGRCC que avaliou os resiacuteduos gerados pelos

departamentos da UTFPR e agora implanta os procedimentos para sua coleta

armazenamento reuso reciclagem e tratamento adequado dentro de um

plano de gestatildeo e educaccedilatildeo ambiental

ndash Tratando Resiacuteduos Eletrocircnicos e da Computaccedilatildeo

Estudar soluccedilotildees para reaproveitamento e tratamento apropriado de

computadores e equipamentos perifeacutericos defasados e sem uso que ocupam

espaccedilo na instituiccedilatildeo (diretrizes do governo federal e leis estaduais jaacute abordam

a questatildeo ndash Lei Estadual 158512008) podendo estabelecer parcerias com a

comunidadecooperativas que lidam com o problema dentro de projetos de

extensatildeo universitaacuteria

Categoria 7 ndash Manutenccedilatildeo ndash permanecircncia do desempenho ambiental

7 Avaliaccedilatildeo

QI 71 Facilitar as intervenccedilotildees de conservaccedilatildeo manutenccedilatildeo Atende

QI 72

Disponibilizar os meios necessaacuterios para o acompanhamento dos consumos de energia durante

a operaccedilatildeo e uso do edifiacutecio Atende

QI 73

Disponibilizar os meios necessaacuterios para o acompanhamento dos consumos de aacutegua durante a

operaccedilatildeo e uso do edifiacutecio Atende

QI 74

Disponibilizar os meios necessaacuterios para o fornecimento dos sistemas durante a operaccedilatildeo e uso

do edifiacutecio

Manutenccedilatildeo - Permanecircncia do desempenho ambiental

Quadro 24 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI

Fonte Referencial AQUA (2010)

78

7 Avaliaccedilatildeo

MQI 71 Escolha dos equipamentos durante as atividades de renovaccedilatildeo

Manutenccedilatildeo - Permanecircncia do desempenho ambiental

Quadro 25 ndash Criteacuterios avaliados ndash MQI

Fonte Referencial AQUA (2010)

7 Avaliaccedilatildeo

CQI 71 Gestatildeo da manutenccedilatildeo preventiva e corretiva Implantar

CQI 72 Gestatildeo das demandas de intervenccedilatildeo dos ocupantes Implantar

CQI 73 Anaacutelise da eficaacutecia da manutenccedilatildeo Implantar

CQI 74 Gestatildeo do patrimocircnio imobiliaacuterio do edifiacutecio Implantar

CQI 75 Otimizaccedilatildeo do acompanhamento dos sistemas teacutecnicos Implantar

CQI 76 Garantir a perenidade do(s) eventual(is) sistema(s) de regulagem Implantar

Manutenccedilatildeo - Permanecircncia do desempenho ambiental

Quadro 26 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI

Fonte Referencial AQUA (2010)

Criteacuterios avaliados no CQI 71

(c QAE) CQI 71 Niacutevel Pontos em E Avaliaccedilatildeo

Medidas tomadas para garantir a rastreabilidade das operaccedilotildees de manutenccedilatildeo

preventivas e corretivasB Implantar

Medidas tomadas para otimizar o acompanhamento das operaccedilotildees de manutenccedilatildeo

preventivas e corretivas acompanhamento das ordens de serviccedilo em andamento

abertura de novas ordens de serviccedilo registro das ordens de serviccedilo concluiacutedas

Presenccedila de um procedimento de acompanhamento das manutenccedilotildees preventivas e

corretivas

S Implantar

A gestatildeo da manutenccedilatildeo eacute interativa e feita por meio de uma ferramenta especiacutefica que

permite o acompanhamento contiacutenuo da ordens de serviccediloE 3 Implantar

A manutenccedilatildeo corretiva eacute possiacutevel no edifiacutecio durante 24 horas e nos 7 dias da semana

para todas as aacutereas teacutecnicasE 1 Atende

Quadro 27 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 71

Fonte Referencial AQUA (2010)

79

Categoria 8 ndash Conforto higroteacutermico

8 Avaliaccedilatildeo

QI 81

Garantir um niacutevel adequado de temperatura resultante nos espaccedilos tanto no veratildeo quanto

no inverno Atende

QI 82 Otimizar o conforto higroteacutermico tanto no inverno quanto no veratildeo Atende

QI 83

Assegurar uma velocidade de ar que natildeo prejudique o conforto tanto no inverno como no

veratildeo

QI 84 Garantir o controle da higrometria Atende

QI 85 Assegurar um nivel minimo de conforto teacutermico nos espaccedilos ventilados naturalmente Atende

Conforto Higroteacutermico

Quadro 28 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI

Fonte Referencial AQUA (2010)

8 Avaliaccedilatildeo

CQI 81 Otimizar a manutenccedilatildeo do(s) sistema(s) de aquecimento resfriamento Natildeo se aplica

CQI 82

Garantir o acompanhamento das demandas de intervenccedilatildeo para os sistemas de aquecimento

resfriamento Natildeo se aplica

CQI 83

Otimizaccedilatildeo do acompanhamento dos sistemas de aquecimento de resfriamento e do conforto

higroteacuternico Natildeo se aplica

Conforto Higroteacutermico

Quadro 29 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI

Fonte Referencial AQUA (2010)

QI 83 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo

Velocidade de ar no inverno nos espaccedilos sensiacuteveis V le 020 ms S

Velocidade de ar no inverno nos espaccedilos sensiacuteveis V le 015 ms E 2

Velocidade de ar no veratildeo nos espaccedilos sensiacuteveis V le 025 ms (para um intervalo de

referecircncia entre 25oC e 27oC) S

Velocidade de ar no veratildeo nos espaccedilos sensiacuteveis V le 022 ms (para um intervalo de

referecircncia entre 25oC e 27oC) E 2

Identificar os

espaccedilos sensiacuteveis

agrave velocidade do

ar no inverno

como no veratildeo E

velocidade

maacutexima do ar no

Quadro 30 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 83

Fonte Referencial AQUA (2010)

A Cidade de Curitiba eacute considerada a capital brasileira mais fria com

temperatura meacutedia de 164ordmC sendo que nos meses mais frios do ano junho e

julho a temperatura meacutedia no dia pode chegar a 13 ordmC

Utilizando-se o software Analysis BIO (2010) desenvolvido pelo

Laboratoacuterio de Eficiecircncia Energeacutetica em Edificaccedilotildees (LabEEE) da Universidade

Federal de Santa Catarina (UFSC) foi gerada a carta bioclimaacutetica de Curitiba

a qual mostra que 80 das temperaturas do ano satildeo consideradas

desconfortaacuteveis e destes 80 732 para o frio e apenas 684 satildeo para o

calor A Tabela 10 apresenta as mediccedilotildees durante o inverno de 2012

80

Tabela 10 ndash Mediccedilatildeo de temperatura no EV durante o inverno

Data

Temperatura

(degc) externa

meacutedia diaacuteria

Temperatura

(degc) interna EV

meacutedia diaacuteria

Diferenccedila Data

Temperatura

(degc) externa

meacutedia diaacuteria

Temperatura

(degc) interna EV

meacutedia diaacuteria

Diferenccedila

6302012 1908 2086 +178 7182012 109 1318 +228

712012 1836 2054 +218 7192012 1194 1486 +292

722012 1811 2029 +218 7202012 1302 1569 +267

732012 1849 2038 +189 7212012 1499 1639 +14

742012 1919 2098 +179 7222012 1785 1848 +063

752012 1947 2098 +151 7232012 1793 1989 +196

762012 1918 2093 +175 7242012 1983 1989 +006

772012 1414 1762 +349 7252012 1506 1765 +259

782012 1051 1451 +399 7262012 179 1876 +086

792012 1219 1453 +234 7272012 1563 1806 +244

7102012 1618 1788 +17 7282012 1597 1754 +156

7112012 1584 181 +225 7292012 1839 1919 +08

7122012 1374 1589 +215 7302012 1243 1619 +376

7132012 1072 1405 +334 7312012 1427 1532 +105

7142012 1213 147 +257 812012 1735 1845 +11

7152012 1025 128 +255 822012 1801 1974 +173

7162012 901 1189 +288 miacutenima 901 1189

7172012 1099 1261 +162 maacutexima 1983 2098

As maiores diferenccedilas meacutedias diaacuterias foram percebidas para as

temperaturas mais baixas Mostrando que o escritoacuterio verde possui um bom

desempenho em baixas temperaturas isso se deve principalmente pela funccedilatildeo

das paredes formadas por uma placa de OSB manta termo-acuacutestica e

fechamento com outra placa de OSB e a contribuiccedilatildeo do telhado verde fazendo

com que o calor natildeo se propague tatildeo rapidamente

O dia 16 de julho conforme Graacutefico 3 apresentou as temperaturas mais

baixas durante a mediccedilatildeo 901ordmC A temperatura interna neste dia mostrou

uma amplitude baixa ficando com uma meacutedia de 1189ordmC sendo que a

temperatura interna durante o periacuteodo ficou sempre acima da temperatura

externa chegando a uma diferenccedila de 42ordmC

81

Graacutefico 3 ndash Dia com temperatura meacutedia diaacuteria miacutenima

O aparelho usado para a mediccedilatildeo de temperatura foi o datalogger de

temperatura umidade e pressatildeo da Voltcraft modelo DL-180THP Com este

aparelho eacute possiacutevel programar intervalo de mediccedilatildeo (estes podem ser de 1

minuto ateacute 18 horas) data e hora de iniacutecio de registro dos dados A faixa de

operaccedilatildeo do aparelho eacute de temperaturas de -40ordmC ateacute +70ordmC e umidade

relativa de 0 ateacute 100 A precisatildeo do aparelho eacute plusmn1 degC plusmn35 rH plusmn25 hPa

Para este estudo foram utilizados intervalos de mediccedilatildeo de 5 minutos

Categoria 9 ndash Conforto acuacutestico

9 Avaliaccedilatildeo

QI 91 Identificaccedilatildeo das configuraccedilotildees acuacutesticas prioritaacuterias da operaccedilatildeo Atende

QI 92 Qualidade acuacutestica do edifiacutecio Natildeo atende

Conforto acuacutestico

Quadro 31 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI

Fonte Referencial AQUA (2010)

9 Avaliaccedilatildeo

MQI 91 Melhoria da qualidade acuacutestica do edifiacutecio Accedilatildeo corretiva

MQI 92 Consideraccedilatildeo do criteacuterio acuacutestico na renovaccedilatildeo dos revestimentos internos e dos equipamentos

Conforto acuacutestico

Quadro 32 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI

Fonte Referencial AQUA (2010)

82

9 Avaliaccedilatildeo

CQI 91 Recenseamento do uso dos espaccedilos

CQI 92 Gestatildeo da demanda dos ocupantes

CQI 93 Identificaccedilatildeo das fontes de ruiacutedo Atende

CQI 94 Classificaccedilatildeo dos espaccedilos

CQI 95 Informaccedilatildeo aos usuaacuterios do potencial acuacutestico do edifiacutecio Atende

Conforto acuacutestico

Quadro 33 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 83

Fonte Referencial AQUA (2010)

Quadro 34 ndash Criteacuterios de avaliaccedilatildeo para acuacutestica de edifiacutecios novos

Fonte Referencial AQUA (2007)

As primeiras mediccedilotildees do desempenho acuacutestico no EV foram realizadas

por Gregori (2011) Os ensaios foram realizados no periacuteodo que ainda natildeo

haviam sido instalados o piso elevado com aplicaccedilatildeo de carpete com o qual se

esperam ganhos quanto agrave atenuaccedilatildeo acuacutestica bem como a instalaccedilatildeo de

placas de vidro na regiatildeo limiacutetrofe frontal do terreno no qual se situa o

escritoacuterio sendo com essa a imposiccedilatildeo de mais uma barreira fiacutesica para os

ruiacutedos externos provenientes da via de traacutefego veicular e a instalaccedilatildeo de

elementos de oclusatildeo de frestas existentes nos batentes da porta de acesso ao

salatildeo principal Os resultados dessa primeira analise natildeo foram satisfatoacuterios

em relaccedilatildeo a exigecircncia estabelecidas no referencial AQUA O Graacutefico 4 detalha

o comparativo da atenuaccedilatildeo entre os ambientes

83

Graacutefico 4 ndash Meacutedias do niacutevel de ruiacutedo dos locais avaliados

Fonte GREGORI (2011)

No Graacutefico 4 estatildeo comparadas as meacutedias de cada local demonstrando

que os valores das meacutedias tomadas no interior do EV apresentam uma

atenuaccedilatildeo maacutexima de 3577 e miacutenima de 2226 em relaccedilatildeo agrave meacutedia dos

pontos externos ao EV A meacutedia dos pontos do tomados dentro do laboratoacuterio

demonstra que haacute atenuaccedilatildeo de ruiacutedo na construccedilatildeo convencional na ordem

de 942 em comparaccedilatildeo ao ruiacutedo medido nos pontos externos proacuteximos ao

mesmo

Na Tabela 11 eacute possiacutevel perceber que pelo valor considerado inferior o

cafeacute e o salatildeo principal se apresentam conformes quanto agrave aceitabilidade e

conforto a coordenaccedilatildeo estaacute conforme quanto agrave aceitabilidade o mezanino se

mostrou em desconformidade com ambos os paracircmetros bem como a

construccedilatildeo convencional (sala N-108) Na Tabela 12 a comparaccedilatildeo do valor

medido se daacute pela adiccedilatildeo da incerteza obtendo-se o valor considerado de

incerteza superior

84

Tabela 11 ndash Resultados obtidos (MEDICcedilAtildeO ndash INCERTEZA)

Paracircmetro

normativo

Aceitaacutevel

para

finalidade

Valor

considerado

Comparaccedilatildeo para

conforto

Comparaccedilatildeo para

aceitabilidade

Copa 40 50 408 +- 15 393conforme178 abaixo do

paracircmetro

conforme2142 abaixo

do paracircmetro

Coordenaccedilatildeo 35 45 436 +- 15 421Natildeo conforme2034

acima do paracircmetro

conforme640 abaixo do

paracircmetro

Salatildeo principal 45 65 464 +- 15 449conforme031 abaixo do

paracircmetro

conforme3098 abaixo

do paracircmetro

Mezanino 30 40 494 +- 15 479Natildeo conforme5953

acima do paracircmetro

Natildeo conforme1965

acima do paracircmetro

Construccedilatildeo

Convencional (sala N-108)40 50 62 +- 15 605

Natildeo conforme5120

acima do paracircmetro

Natildeo conforme2096

acima do paracircmetro

Resultados obtidos em dB(A)

Incerteza inferior (= MEDICcedilAtildeO - INCERTEZA)

Locais de mediccedilatildeo

Paracircmetro Normativo

Mediccedilatildeo Incerteza

Fonte GREGORI (2011)

Avaliando a Tabela 12 eacute possiacutevel perceber que pelo valor considerado

superior nenhum dos ambientes se apresentou conforme quanto ao conforto

poreacutem o cafeacute e o salatildeo principal se mantiveram conformes quanto agrave

aceitabilidade

Tabela 12 ndash Resultados obtidos (MEDICcedilAtildeO + INCERTEZA)

Paracircmetro

normativo

Aceitaacutevel

para

finalidade

Valor

considerado

Comparaccedilatildeo para

conforto

Comparaccedilatildeo para

aceitabilidade

Copa 40 50 408 +- 15 423Natildeo conforme573

acima do paracircmetro

conforme1542 abaixo

do paracircmetro

Coordenaccedilatildeo 35 45 436 +- 15 451Natildeo conforme2891

acima do paracircmetro

conforme027 acima do

paracircmetro

Salatildeo principal 45 65 464 +- 15 479Natildeo conforme636

acima do paracircmetro

conforme2637 abaixo

do paracircmetro

Mezanino 30 40 494 +- 15 509Natildeo conforme6953

acima do paracircmetro

Natildeo conforme2715

acima do paracircmetro

Construccedilatildeo

Convencional (sala N-108)40 50 62 +- 15 635

Natildeo conforme5870

acima do paracircmetro

Natildeo conforme2696

acima do paracircmetro

Locais de mediccedilatildeo

Paracircmetro NormativoResultados obtidos em dB(A)

Mediccedilatildeo Incerteza

Incerteza inferior (= MEDICcedilAtildeO + INCERTEZA)

Fonte GREGORI (2011)

No mecircs de abril de 2013 procedeu-se nova mediccedilatildeo do iacutendice de

atenuaccedilatildeo acuacutestica a ruiacutedos aeacutereos promovidos pelo invoacutelucro junto agraves janelas

Ensaios realizados sob a coordenaccedilatildeo do Profordm Dr Aloiacutesio Leoni Schmid da

Universidade Federal do Paranaacute

Inicialmente para uma verificaccedilatildeo geral foi emitido externamente a uma

das janelas e dela afastado de 20 m ruiacutedo rosa Externamente a 10 cm do

centro da janela foi medido o niacutevel de pressatildeo sonora de 975 dBA

Internamente a 10 cm do centro da janela fechada foi medido o niacutevel de

pressatildeo sonora de 705 dBA

85

Posteriormente foi aplicado o meacutetodo descrito em Fasold Sonntag e

Winkler (Bau-und Raumakustik Berlin RMuumlller 1987) que considera

mediccedilotildees em diferentes bandas e procura ajustar a curva de referecircncia

Tabela 13 - Caacutelculo do iacutendice de atenuaccedilatildeo acuacutestica R do invoacutelucro da edificaccedilatildeo

Frequecircncia ReduccedilatildeoCurva de

referecircncia

desvio

da curva

desvios

desfavoraacuteveis

curva de

referecircncia

deslocada

de 24 dB

desvios

indesejaacuteveis

da curva

deslocada

curva de

referecircncia

deslocada de

28 dB

desvios

indesejaacuteveis

da curva

deslocada

625 155

125 233 36 -127 -127 12 113 8 153

250 238 45 -212 -212 21 28 17 68

500 305 52 -215 -215 28 25 24 65

1000 263 55 -287 -287 31 -47 27 -07

2000 194 56 -366 -366 32 -126 28 -86

1207 173 93

meacutedia 2414

Meacutedia dos

negativos 346

Meacutedia dos

negativos 186

meacutedia 2414 Avaliaccedilatildeo excessivo Avaliaccedilatildeo adequado

Fonte SCHMID (2013)

O grau de isolamento acuacutestico medido foi portanto de 28 dB Estima-se

que este valor poderia ser aumentado ateacute cerca de 35 dB mediante operaccedilatildeo

de retiacutefica do encaixe das esquadrias em madeira utilizando-se ainda fitas

autoadesivas de feltro ou material apropriado de vedaccedilatildeo nas janelas O

resultado tambeacutem pode ser observado no Graacutefico 5

Graacutefico 5 ndash Iacutendice de atenuaccedilatildeo acuacutestica

Fonte SCHMID (2013)

86

A porta principal de entrada e as janelas da edificaccedilatildeo mostraram-se natildeo

estanque configurando uma condiccedilatildeo localizada que natildeo permite isolamento

acuacutestico suficiente necessitando de correccedilotildees

Durante 5 minutos contou-se na rua cerca de 200 automoacuteveis em

velocidade baixa a meacutedia O niacutevel maacuteximo de pressatildeo sonora registrado foi de

80 dBA sendo que se sabe que tal valor pode ser superado durante frenagem

ou aceleraccedilatildeo em especial de motocicletas Corresponde agrave indicaccedilatildeo de

Fasold et al (opcit p 6 Figura 311) que para um traacutefego de cerca de 2500

veiacuteculos por hora a 10m da rua (recuo frontal mais calccedilada) prevecirc 7 dB a

serem acrescidos de 6 dB devido a irregularidades da rua e mais 3 dB devido agrave

velocidade podendo superar 70 kmh o total estimado seria de 80 dBA

Tal condiccedilatildeo faz com que os 28 dB medidos possibilitem um niacutevel maacuteximo

de pressatildeo sonora de 52 dBA Isto ultrapassa os 30 dB exigidos pelo AQUA

Categoria 10 ndash Conforto visual

10 Avaliaccedilatildeo

QI 91 Dispor de acesso agrave luz do dia Atende

QI 92 Dispor de acesso a vistas para o exterior Atende

QI 93 Dispor de iluminaccedilatildeo natural miacutenima nas zonas de ocupaccedilatildeo Atende

QI 94 Evitar o ofuscamento direto ou indireto

QI 95 Garantir uma qualidade agradaacutevel da iluminaccedilatildeo artificial

QI 96 Controle do ambiente visual pelos ocupantes Atende

Conforto visual

Quadro 35 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI

Fonte Referencial AQUA (2010)

10 Avaliaccedilatildeo

CQI 101 Otimizar a manutenccedilatildeo do sistema de iluminaccedilatildeo Atende

CQI 102 Garantir o acompanhamento das demandas de intervenccedilatildeo para o sistema de iluminaccedilatildeo Atende

CQI 103 Otimizaccedilatildeo do acompanhamento do sistema de iluminaccedilatildeo Atende

Conforto visual

Quadro 36 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI

Fonte Referencial AQUA (2010)

Criteacuterio de avaliaccedilatildeo item QI 101

QI 101 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo

BAtende

Identificar os pontos focais dos espaccedilos comuns do edifiacutecio E acesso direto agrave luz

do dia garantida em cada ponto focal identificado BAtende

Dispor de acesso a luz do dia em 30 das circulaccedilotildees e ou espaccedilos abertos E 2 Atende

No caso de

edifiacutecios

comerciais

Dispor de acesso agrave luz do dia nos espaccedilos caracteriacutesticos da tipologia em questatildeo e no hall ou

recepccedilatildeo principal

Quadro 37 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI

Fonte Referencial AQUA (2010)

87

O projeto do EV privilegiou a entrada a luz natural atraveacutes de um conjunto

de janelas amplas (Figuras 39 e 40) estrategicamente posicionadas para

captaccedilatildeo de maior incidecircncia de luz natural Natildeo houve anaacutelise em relaccedilatildeo ao

ofuscamento pois apenas parte dos moacuteveis definitivos foram instalados ateacute a

finalizaccedilatildeo dessa dissertaccedilatildeo

Figura 41 ndash Vista lateral esquerda do EV

Fonte CASAGRANDE JR (2012)

Figura 42 ndash Vista lateral direita e fundos do EV

Fonte CASAGRANDE JR (2012)

O sistema luminoteacutecnico instalado no EV eacute composto por lacircmpadas LED

(light emitter diode) com dispositivo de acionamento separado por fileiras

Categoria 11 ndash Conforto olfativo

11 Avaliaccedilatildeo

QI 111 Identificar as fontes de odores e limitar a sua propagaccedilatildeo

QI 112 Garantir vazotildees de ar higiecircnicas Atende

QI 113 Garantir uma atmosfera saudaacutevel de ar nos espaccedilos com ventilaccedilatildeo mecacircnica Natildeo se aplica

Conforto olfativo

Quadro 38 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI

Fonte Referencial AQUA (2010)

88

11 Avaliaccedilatildeo

CQI 111 Otimizar a manutenccedilatildeo do sistema de ventilaccedilatildeo Natildeo se aplica

CQI 112 Garantir o acompanhamento das demandas de intervenccedilatildeo para o sistema de ventilaccedilatildeo Natildeo se aplica

Conforto olfativo

Quadro 39 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI

Fonte Referencial AQUA (2010)

QI 112 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo

B Atende

S

B

E 2

E 2

E 4 Atende

Na presenccedila de ventilaccedilatildeo mecacircnica justificativa do atendimento das vazotildees de ar novo que garantam niacuteveis

sanitaacuterios satisfatoacuterios conforme regulamentaccedilatildeo

Justificar o atendimento de vazotildees de ar novo otimizadas para as atividades dos locais (havendo ventilaccedilatildeo

mecacircnica ou natural controlada)

Presenccedila de dispositivo que permita o controle da qualidade do ar em certos espaccedilos de ocupaccedilatildeo

prolongada e quando pertinente acoplados a um sistema de alerta

Disposiccedilotildees tomadas para o fornecimento das vazotildees de ar nas zonas em que tal informaccedilatildeo seja

pertinente

Presenccedila de um sistema de ventilaccedilatildeo especiacutefico natural ou mecacircnico inclusive a simples abertura manual

de janelasA ventilaccedilatildeo natural pela simples abertura de janelas eacute autorizada

Presenccedila de um sistema de ventilaccedilatildeo especiacutefico natural ou mecacircnico aleacutem da simples abertura manual de

janelas A ventilaccedilatildeo natural pela simples abertura de janelas natildeo eacute mais considerada Se a ventilaccedilatildeo

natural eacute desejada a qual natildeo possa ser controlada um complemento de ventilaccedilatildeo mecacircnica deve ser

previsto

Quadro 40 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 112

Fonte Referencial AQUA (2010)

A arquitetura bioclimaacutetica do EV favorece muito as trocas de ar atraveacutes da

ventilaccedilatildeo cruzada e do ldquoEfeito chamineacuterdquo proporcionando atraveacutes da diferenccedila

de temperatura e por conseguinte de densidade entre o ar externo e o ar

interno do edifiacutecio A Figura 41 demonstra o efeito citado

Figura 43 ndash Efeito chamineacute

Fonte LAMBERTS (2004)

89

Categoria 12 ndash Qualidade sanitaacuteria dos ambientes

12 Avaliaccedilatildeo

QI 121 Identificar as fontes de exposiccedilatildeo eletromagneacutetica

QI 122 Garantia de condiccedilotildees de higiene especiacuteficas nos espaccedilos Atende

QI 123 Inventaacuterio do conhecimento relativo agrave qualidade higiecircnica dos revestimentos internos

Qualidade sanitaacuteria dos ambientes

Quadro 41 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI

Fonte Referencial AQUA (2010)

12 Avaliaccedilatildeo

MQI 121 Melhoria da qualidade higiecircnica dos revestimentos internos

Qualidade sanitaacuteria dos ambientes

Quadro 42 ndash Criteacuterios avaliados ndash MQI

Fonte Referencial AQUA (2010)

12 Avaliaccedilatildeo

CQI 121 Garantir uma limpeza adaptada aos espaccedilos interiores Atende

CQI 122 Otimizar as condiccedilotildees de conservaccedilatildeo dos ambientes interiores Atende

Qualidade sanitaacuteria dos ambientes

Quadro 43 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI

Fonte Referencial AQUA (2010)

QI 121 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo

provenientes do entorno imediato B

provenientes do entorno imediato e proacuteprias do edifiacutecio S

Para as fontes - energia e fontes

telecomunicaccedilotildees Identificaccedilatildeo das

fontes emissoras de ondas

eletromagneacuteticas de baixa frequumlecircncia

e das fontes de radiofrequecircncia

Quadro 44 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 121

Fonte Referencial AQUA (2010)

O escritoacuterio estaacute inserido no centro urbano estando suscetiacutevel a vaacuterios

campos eletromagneacuteticos poreacutem para identificaccedilatildeo dos pontos criacuteticos faz se

necessaacuterio um estudo especiacutefico

A audiecircncia puacuteblica realizada em marccedilo de 2013 no Supremo Tribunal

Federal (STF) reuniu 21 especialistas para debater sobre os efeitos dos

campos eletromagneacuteticos sobre a sauacutede puacuteblica e o meio ambiente

Resultados de um estudo apresentados pelo pesquisador do Cepel (Centro de

Pesquisa de Energias Eleacutetricas da Eletrobraacutes) Engordm Luiz Adriano Domingues

comprovam que as linhas de transmissatildeo e distribuiccedilatildeo de energia natildeo satildeo a

principal exposiccedilatildeo a campos eletromagneacuteticos na vida cotidiana Segundo ele

os dados resultantes de mediccedilotildees feitas em residecircncias foram constatados os

maiores valores de campo eletromagneacutetico em funccedilatildeo dos vaacuterios

90

equipamentos que satildeo utilizados no dia a dia como secador liquidificador

raacutedio e TV (STF 2013)

Categoria 13 ndash Qualidade sanitaacuteria do ar

13 Avaliaccedilatildeo

QI 131 Identificar as fontes de poluiccedilatildeo interna e externa e limitar seus efeitos Atende

QI 132 Garantir vazotildees de ar novo Atende

QI 133 Garantir uma atmosfera saudaacutevel de ar nos espaccedilos com ventilaccedilatildeo mecacircnica Natildeo se aplica

QI 134 Inventaacuterio do conhecimento do impacto sanitaacuterio dos revestimentos internos do edifiacutecio Sem accedilatildeo

Qualidade sanitaacuteria do ar

Quadro 45 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI

Fonte Referencial AQUA (2010)

13 Avaliaccedilatildeo

MQI 131 Melhoria da qualidade sanitaacuteria dos revestimentos internos

Qualidade sanitaacuteria do ar

Quadro 46 ndash Criteacuterios avaliados ndash MQI

Fonte Referencial AQUA (2010)

13 Avaliaccedilatildeo

CQI 131 Garantir o controle das instalaccedilotildees de aeraccedilatildeo e saneamento Atende

CQI 132 Garantir a supervisatildeo dos filtros das centrais de tratamento de ar e das redes Atende

CQI 133 Garantir o controle dos poluentes submetidos agrave regulamentaccedilatildeo (em caso de risco identificado) Atende

CQI 134 Acompanhamento perioacutedico da qualidade do ar interior Atende

CQI 135 Acompanhamento global das accedilotildees realizadas e da qualidade sanitaacuteria do ar Atende

Qualidade sanitaacuteria do ar

Quadro 47 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI

Fonte Referencial AQUA (2010)

91

MQI 131 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo

Garantia que os produtos natildeo desprendam partiacuteculas e fibras carcinogecircnicas B

Teores de COV conhecidos para pinturas e vernizes de interiores B Atende

Conhecimento bruto das emissotildees de COV e formaldeiacutedos dos revestimentos

internos renovadosE 2

Conhecimento bruto das emissotildees de substacircncias canceriacutegenas ou causadores

de efeitos geneacuteticos hereditaacuterios ou causadores de impotecircncia reprodutiva que

tenham sido intencionalmente introduzidas no processo de fabricaccedilatildeo ou

naturalmente presentes nas mateacuterias primas utilizadas nos produtos

renovados presentes em mais de 01 em massa e suscetiacuteveis de migraccedilatildeo

E 2

Piso 1000 e Parede 1000 E 1

Piso 250 e Parede 500 E 2

Piso 625 e Parede 125 E 1

Piso e parede 40 E 2

Piso e parede 20 E 3

Piso e parede 10 E 4

5 E 1

25 E 2

1 E 2

E 2 AtendeConsideraccedilatildeo do criteacuterio sanitaacuterio (emissotildees de COV e fomaldeiacutedos) na escolha dos revestimentos

internos renovados

Nas ocasiotildees de renovaccedilatildeo dos revestimentos internos (pisos paredes tetos materiais de

acabamento) o conjunto de cada produto renovado constituinte das superfiacutecies pisoparedeteto em

contato com o ar interno respeita os limites seguintes em microgm3

Taxa de COV piso e

paredes

Formaldeiacutedos piso

e paredes

Canceriacutegenos ou

substacircncias

causadoras de

efeitos geneacuteticos

hereditaacuterios ou

causadoras de

impotecircncia

reprodutiva o

conjunto de

produtos

constituintes das

Na ocasiatildeo de

renovaccedilatildeo de

revestimentos

internos (pisos

paredes tetos

materiais de

acabamento)

Quadro 48 ndash Criteacuterios avaliados ndash MQI 131

Fonte Referencial AQUA (2010)

A escolha dos materiais foi bastante criteriosa quanto ao teor de COV

(compostos orgacircnicos volaacuteteis) e formaldeiacutedo No entanto sabe-se que a

rastreabilidade na utilizaccedilatildeo desses produtos no Brasil ainda eacute insipiente Um

grande avanccedilo no setor da construccedilatildeo civil eacute a avaliaccedilatildeo RGMAT (RG ou

registro ambiental do produto) lanccedilado pela Fundaccedilatildeo Vanzolini com o objetivo

de demonstrar o desempenho ambiental dos materiais de construccedilatildeo por meio

da declaraccedilatildeo ambiental de produto baseado na avaliaccedilatildeo do ciclo de vida

que inclui o consumo de recursos naturais energia aacutegua emissatildeo de gases

na atmosfera de resiacuteduos soacutelidos e liacutequidos ou substacircncias toacutexicas podendo

abranger desde a extraccedilatildeo mineral produccedilatildeo transporte montagem

utilizaccedilatildeo manutenccedilatildeo e desconstruccedilatildeo ateacute a reutilizaccedilatildeo ou a reciclagem

(VANZOLINI 2013)

92

Categoria 14 ndash Qualidade sanitaacuteria da aacutegua

14 Avaliaccedilatildeo

QI 141 Eliminar o chumbo nas redes internas

QI 142 Organizaccedilatildeo e proteccedilatildeo das redes internas Atende

QI 143 Controle da temperatura nas redes internas Atende

Qualidade sanitaacuteria da aacutegua

Quadro 49 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI

Fonte Referencial AQUA (2010)

14 Avaliaccedilatildeo

CQI 141

Limitar os riscos de desenvolvimento das legionelas por meio de meacutetodos de conservaccedilatildeo

preventivos das redes de aacutegua quente e de anaacutelises da aacutegua Natildeo se aplica

CQI 142 Limitar o risco de desenvolvimento de legionelas por meio do controle das temperaturas Natildeo se aplica

CQI 143 Supervisionar a qualidade da aacutegua nos pontos de uso Atende

CQI 144 Acompanhamento das accedilotildees realizadas e da qualidade da aacutegua do edifiacutecio Atende

Qualidade sanitaacuteria da aacutegua

Quadro 50 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI

Fonte Referencial AQUA (2010)

QI 141 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo

B

SJustificar o respeito ao iacutendice de 10 microglitro

Justificar a ausecircncia de chumbo nas redes internas OU justificar o respeito ao iacutendice de 25 microglitro No

caso de ultrapassagem deste iacutendice adoccedilatildeo de medidas corretivas para reduzir a sua dissoluccedilatildeo na

aacutegua

Quadro 51 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 141

Fonte Referencial AQUA (2010)

Os tubos da instalaccedilatildeo hidraacuteulica do EV satildeo apenas em PVC e PEX

(Polietileno de alta densidade reticulado)

513 QAP ndash Qualidade Ambiental das Praacuteticas

O QAP eacute dividido em 3 partes QAP compras QAP comunicaccedilatildeo e QAP

gestatildeo aos quais satildeo atribuiacutedas pontuaccedilotildees conforme Quadro 52

93

QAP COMPRAS - MAacuteXIMO 28 PONTOS PONTOS

Escolha de produtos ou equipamentos (dentre os mais impactantes) que garantam uma

economia de energia ou de aacutegua ou que tenham limitado o impacto acuacutestico em relaccedilatildeo aos

produtos e equipamentos convencionais (um ponto por famiacutelia de produto ou equipamento)

1- 4

Escolha de produtos de conservaccedilatildeo e limpeza (dentre os mais impactantes e empregados na

conservaccedilatildeo e limpeza dos espaccedilos pertencentes ao periacutemetro da certificaccedilatildeo) que respeitem o

meio ambiente e a sauacutede dos ocupantes (dois pontos obtidos por produto de conservaccedilatildeo e

limpeza)

2- 6

QAP COMUNICACcedilAtildeO - MAacuteXIMO 22 PONTOS PONTOS

boas praacuteticas no consumo de energia 1

boas praacuteticas no consumo de aacutegua 1

reduccedilatildeo de resiacuteduos nas fontes geradoras e realizaccedilatildeo de triagem 1

poliacutetica de compras 1

QAP GESTAtildeO - MAacuteXIMO 44 PONTOS PONTOS

Praacuteticas adotadas com a finalidade de reduzir o consumo de energia nos espaccedilos pertencentes

ao periacutemetro da certificaccedilatildeo (um ponto por praacutetica adotada)1 - 5

Favorecer as energias renovaacuteveis nas escolhas de fornecimento de energia primaacuteria por meio de

um contrato com um produtor de energia3

Praacuteticas adotadas com a finalidade de reduzir o consumo de aacutegua nos espaccedilos pertencentes ao

periacutemetro da certificaccedilatildeo (um ponto por praacutetica adotada)1 - 3

Praacuteticas adotadas nos espaccedilos pertencentes ao periacutemetro da certificaccedilatildeo com a finalidade de

reduzir a produccedilatildeo de resiacuteduos na fonte a partir das atividades desenvolvidas nestes locais e de

sua conservaccedilatildeo (um ponto por praacutetica adotada)

1 - 3

RESIacuteDUOS

ENERGIA

PRODUTOS DE CONSERVACcedilAtildeO E LIMPEZA

Utilizaccedilatildeo de meios de comunicaccedilatildeo (murais cartazes manuais portais eletrocircnicos etc) adequados a fim de

sensibilizar os ocupantes do edifiacutecio para as questotildees seguintes

AacuteGUA

MATERIAL ELEacuteTRICO

Quadro 52 ndash Criteacuterios avaliados em QAP

Fonte Referencial AQUA (2010)

O EV participa do projeto ldquoCompra verderdquo com o objetivo de Implantar

poliacuteticas de compras sustentaacuteveis para a instituiccedilatildeo incluindo nos editais

requisitos ambientais especiacuteficos dependendo de cada material e equipamento

Todos os alunos e frequentadores do escritoacuterio vivenciam as praacuteticas

sustentaacuteveis no cotidiano pois a edificaccedilatildeo funciona como um ldquolaboratoacuterio

vivordquo palco para desenvolvimento de estudos cursos eventos como a semana

do meio ambiente programados para recepcionar todos da comunidade que se

interessarem pelo assunto sustentabilidade

94

6 CONCLUSOtildeES

Considerando os objetivos iniciais deste trabalho tendo como princiacutepio a

avaliaccedilatildeo do referencial teacutecnico AQUA de operaccedilatildeo e uso e sua aplicaccedilatildeo no

estudo de caso do escritoacuterio verde da UTFPR no que se refere ao desempenho

ambiental da edificaccedilatildeo seguem algumas conclusotildees

Um item fundamental que precisa ser verificado no referencial teacutecnico eacute a

forma de avaliaccedilatildeo para a fase operaccedilatildeo e uso pois natildeo estaacute clara Outra

dificuldade encontrada foi em relaccedilatildeo a estruturaccedilatildeo das categorias e

subcategorias com as respectivas avaliaccedilotildees por exemplo a duplicaccedilatildeo do

item QI na CQI da categoria 2 algumas trocas de nome da categoria entre

outros

Apoacutes anaacutelise dos dois referenciais percebeu-se melhor qualidade no

detalhamento das informaccedilotildees no referencial destinado a fase de programa

projeto e execuccedilatildeo o que facilita muito o entendimento do leitor

Alguns caacutelculos solicitados por exemplo o caacutelculo da envoltoacuteria da

categoria energia

QI 41 Criteacuterios avaliados Niacutevel

Explicitaccedilatildeo do valor absoluto do coeficiente de Transmitacircncia Teacutermica ponderada da

envoltoacuteria Uedif (Wm2K)

Uedif lt Uedif-base + 40

B

Melhorar a aptidatildeo da

envoltoacuteria para limitar

desperdiacutecios

Quadro 53 ndash Criteacuterios avaliados em QI 41

Fonte Referencial AQUA (2010)

Calcula-se o Uedif mas o referencial natildeo informa o valor ldquobaserdquo podendo

ser utilizado qualquer valor desde que referenciado que obtenha um resultado

menor que o coeficiente de transmitacircncia teacutermica da envoltoacuteria do edifiacutecio

(Uedif) Isso ocorre tambeacutem nos caacutelculos de coeficiente de consumo

convencional de energia primaacuteria solicitando que o mesmo seja comparado

com o coeficiente de consumo convencional de energia primaacuteria de referecircncia

mas a informaccedilatildeo desse valor referencia natildeo eacute apresentado nem mesmo os

admissiacuteveis

Entende-se que os coeficientes ou bases referenciais de alguns caacutelculos

precisam ser regionais mas eacute relevante que o AQUA estabeleccedila um limite de

95

variaccedilatildeo desses dados evitando que utilizem valores que natildeo satildeo referecircncias

no intuito de possuir resultados positivos que facilitem a certificaccedilatildeo

Os itens QI 121 e QMI 131QI 22 fontes eletromagneacuteticas e teor de

COV e formaldeiacutedo nos materiais sabe-se que os estudos nessa aacuterea no paiacutes

ainda satildeo incipientes dificultando a avaliaccedilatildeo tanto do empreendedor no

momento da compra quanto da proacutepria Fundaccedilatildeo Vanzolini na auditoria

Vale salientar que mesmo o referencial de operaccedilatildeo e uso natildeo estando

oficialmente disponiacutevel na paacutegina da Fundaccedilatildeo Vanzolini jaacute existem alguns

edifiacutecio certificados nesta etapa como algumas unidades da loja Leroy Merlyn

As sugestotildees apresentadas neste trabalho satildeo apenas no sentido de colaborar

na construccedilatildeo deste referencial

Quanto ao Escritoacuterio Verde identificou-se a necessidade de accedilotildees

corretivas bem como melhorias a serem implantadas para atender alguns

requisitos do referencial AQUA Quanto ao perfil ambiental preacute-estabelecido no

iniacutecio do estudo de caso conclui-se que

Categoria 1 Relaccedilatildeo do edifiacutecio com o seu entorno - niacutevel superior ndash

classificaccedilatildeo mantida necessitando de adequaccedilotildees quanto agrave acessibilidade

Categoria 2 Escolha integrada de produtos sistemas e processos

construtivos - niacutevel excelente - classificaccedilatildeo poderaacute sofrer alteraccedilotildees Diante

da avaliaccedilatildeo do AQUA no que se refere o conhecimento sobre a vida uacutetil e teor

de COV e formaldeiacutedo dos materiais empregados na construccedilatildeo pois a

maioria dos fabricantes natildeo disponibilizam essas informaccedilotildees A maioria dos

materiais utilizados no EV satildeo inovaccedilotildees no mercado da construccedilatildeo civil por

isso pouco se conhece sobre os impactos ambientais quanto agrave vida uacutetil

demonstrabilidade reciclagem emissatildeo de gases contribuintes para o efeito

estufa entre outros Assim a melhor compreensatildeo do desempenho desses

produtos soacute eacute durante o processo de gestatildeo da edificaccedilatildeo por meio de rotinas

Categoria 3 Canteiro de obras com baixo impacto ambiental - niacutevel

excelente ndash classificaccedilatildeo mantida Aleacutem da elaboraccedilatildeo de plano de gestatildeo dos

resiacuteduos da construccedilatildeo civil (PGRCC) os sistemas construtivos utilizados no

EV contribuem significantemente com a minimizaccedilatildeo do impacto no canteiro de

obra

Categoria 4 Gestatildeo da energia - niacutevel excelente ndash classificaccedilatildeo mantida

o desempenho do sistema se mostrou satisfatoacuterio demonstrando eficiecircncia na

96

geraccedilatildeo de energia E para melhor controle do desempenho desse sistema

estaacute em desenvolvimento o projeto de automaccedilatildeo disponibilizando dados em

tempo real via WEB de toda geraccedilatildeo e consumo de energia

Categoria 5 Gestatildeo da aacutegua - niacutevel excelente ndash classificaccedilatildeo mantida no

entanto para melhor controle do desempenho de captaccedilatildeo e consumo de aacutegua

potaacutevel e pluvial haacute necessidade de investir em equipamentos que facilitem a

coleta de dados

Categoria 6 Gestatildeo dos resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo do edifiacutecio - niacutevel

excelente ndash classificaccedilatildeo mantida os programas desenvolvidos no EV

ultrapassam os limites fiacutesicos do edifiacutecio contribuindo com a gestatildeo do campus

universitaacuterio

Categoria 7 Manutenccedilatildeo - permanecircncia do desempenho ambiental - niacutevel

excelente Classificaccedilatildeo depende do funcionamento do SGO pois qualquer

sistema de gestatildeo demora algum tempo para ser implantado muitas vezes

anos

Categoria 8 Conforto higroteacutermico - niacutevel bom ndash classificaccedilatildeo mantida

pois natildeo haacute sistema de ventilaccedilatildeo mecacircnica no EV

Categoria 9 Conforto acuacutestico - niacutevel excelente ndash classificaccedilatildeo natildeo

alcanccedilada necessitando de accedilotildees corretivas para atingir o niacutevel miacutenimo bom

Categoria 10 Conforto visual - niacutevel bom ndash classificaccedilatildeo mantida

podendo melhorar para superior com a constataccedilatildeo de um resultado positivo

em relaccedilatildeo ao ofuscamento

Categoria 11 Conforto olfativo - niacutevel superior ndash classificaccedilatildeo natildeo

alcanccedilada pois natildeo sistema de ventilaccedilatildeo mecacircnico Categoria rebaixada para

niacutevel bom

Categoria 12 Qualidade sanitaacuteria do ambiente - niacutevel superior ndash

classificaccedilatildeo natildeo alcanccedilada pois natildeo houve aprofundamento sobre as fontes

de campos eletromagneacuteticos

Categoria 13 Qualidade sanitaacuteria do ar - niacutevel bom ndash classificaccedilatildeo

mantida atende a legislaccedilatildeo vigente

Categoria 14 Qualidade sanitaacuteria da aacutegua - niacutevel Bom ndash classificaccedilatildeo

mantida faltando definir rotina para controle de qualidade da aacutegua captada

pelo sistema de coleta pluvial

97

A uacuteltima parte do referencial QAP compras atende a pontuaccedilatildeo maacutexima

QAP comunicaccedilatildeo atende a pontuaccedilatildeo maacutexima e QAP gestatildeo tem potencial

para alcanccedilar a pontuaccedilatildeo maacutexima

Para finalizar observou-se que o SGO permeia todo referencial sendo de

fato a ldquocoluna vertebralrdquo da certificaccedilatildeo e eacute a ferramenta que iraacute garantir um

bom desempenho ambiental da edificaccedilatildeo durante sua vida uacutetil

Os resultados apresentados representam apenas uma parte dos criteacuterios

exigidos no referencial O relatoacuterio completo da avaliaccedilatildeo seraacute encaminhado

para a Fundaccedilatildeo Vanzolini para iniciar o processo de certificaccedilatildeo do EV

SUGESTOtildeES PARA TRABALHOS FUTUROS

Como proposta para trabalhos futuros sugere-se

pesquisa sobre potenciais fontes de exposiccedilatildeo eletromagneacuteticas

elaboraccedilatildeo de manual de boas praacuteticas de uso e operaccedilatildeo do EV

avaliaccedilatildeo do sistema de gestatildeo de operaccedilatildeo utilizado no EV

98

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102

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104

ANEXO 1

Projeto arquitetocircnico do Escritoacuterio Verde da UTFPR

105

ANEXO 2

EnergiaMaterias

primasAacutegua Ar Aacutegua Solo Ruiacutedos Odores

Local e construccedilatildeo

1 Relaccedilatildeo do edifiacutecio com o seu entorno

11 Consideraccedilatildeo do contexto F

12 Implantaccedilatildeo no terreno F F

2 Escolha integrada de produtos sistemas e processos construtivos

21 Adaptabilidade e durabilidade do edifiacutecio F

22 Escolhas de processos construtivos F F

23 Escolhas de produtos de construccedilatildeo F F

24 Fim de vida do edifiacutecio desconstrutibilidade reciclabilidade F F

3 Canteiro de obras

31 Produccedilatildeo de resiacuteduos identificaccedilatildeo gestatildeo dos resiacuteduos F

32 Incocircmodos e poluiccedilatildeo F F

33 Recursos - consumo de aacutegua e energia F

Gestatildeo

4 Energia

41 Energia primaacuteria natildeo renovaacutevel F

42 Incocircmodos e poluiccedilatildeo

5 Aacutegua

51 Economia de aacutegua potaacutevel F

52 Gestatildeo de aacuteguas pluviais no terreno F

53 Esgotamento sanitaacuterio F

6 Resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo do edifiacutecio

61 Controle da produccedilatildeo de resiacuteduos F

62 Adequaccedilatildeo entre coleta interna e externa F

63 Controle da seleccedilatildeo dos resiacuteduos F F F

64 Otimizaccedilatildeo do sistema de coleta interna F F F

7 Conservaccedilatildeo e manutenccedilatildeo

71 Otimizaccedilatildeo das necessidades em manutenccedilatildeo F F F

72 Controle dos efeitos ambientais e sanitaacuterios da manutenccedilatildeo F

73 Facilidade de acesso para manutenccedilatildeo

74 Equipamentos para manter o desempenho em uso e operaccedilatildeo F F F F

Conforto

8 Conforto higroteacutermico

81 No inverno e na meia-estaccedilatildeo F

82 No veratildeo F

9 Conforto acuacutestico

91 Disposiccedilotildees arquitetocircnicas espaciais F F F

92 Isolamento acuacutestico F F F

93 Correccedilatildeo acuacutestica dos ambientes (se necessaacuteria) F F F

94 Efeitos dos ruiacutedos na vizinhanccedila F F F

10 Conforto visual

101 Consideraccedilatildeo da iluminaccedilatildeo natural F F F

102 Iluminaccedilatildeo artificial F

103 Relaccedilatildeo visual com o exterior

104 Iluminaccedilatildeo artificial das aacutereas exteriores F F

11 Conforto olfativo

111 Fontes de odores desagradaacuteveis F F F

112 Sensaccedilotildees olfativas desagradaacuteveis F F F

Sauacutede

12 Qualidade sanitaacuteria dos ambientes

121 Tratamento do ambiente interior e das superfiacutecies F F

13 Qualidade sanitaacuteria do ar

131 Fontes de poluiccedilatildeo F F F

132 Efeitos dos poluentes do ar na sauacutede F F F

14 Qualidade sanitaacuteria da aacutegua

141 Manutenccedilatildeo da qualidade da aacutegua de consumo nas redes internas do edifiacutecio F

142 Controle de acessos agraves redes coletivas de distribuiccedilatildeo

143 Controle da qualidade da aacutegua proveniente de rede de aacutegua natildeo potaacutevel

F = Relaccedilatildeo forte existente entre preocupaccedilatildeo e objetivo

Uma ceacutelula em branco natildeo significa necessariamente uma total ausecircncia de preocupaccedilatildeo

MO

BIL

IDA

DE

UR

BA

NA

OBJETIVOS DE CONTROLE DOS IMPACTOS AMBIENTAIS EXTERIORES E

INTERIORES DO EDIFICIO

Tabela 2 - Guia para a hierarquizaccedilatildeo das categorias de QAE em funccedilatildeo dos desafios ambientais estabelecidos

ME

LH

OR

AR

O

CO

NF

OR

TO

PR

ES

EE

RV

AR

A S

AU

DE

PREOCUPACcedilOtildeES AMBIENTAIS

PRESERVAR OS

RECURSOS

REDUZIR A

POLUICcedilAtildeO

REDUZIR OS

INCOMODOS

RE

DU

ZIR

OS

RE

SID

UO

S

106

ANEXO 3

Processo AQUA - operaccedilatildeo e uso maio de 2010

Page 9: UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ …Processo AQUA de certificação de edificações sustentáveis na fase operação e uso : estudo de caso do Escritório Verde da UTFPR

Figura 31 ndash Piso elevado modular 65

Figura 32 ndash Carpete modular com sistema tactile 65

Figura 33 ndash Sistema hidro-pex 66

Figura 34 ndash Painel fotovoltaico 68

Figura 35 ndash Cisterna e filtros do EV 73

Figura 36ndash Modelo de sistema de coleta de aacutegua pluvial 73

Figura 37 ndash Jardim vertical do EV 74

Figura 38 ndash Piso drenante borracha de pneu 75

Figura 39 ndash Piso plast floor 76

Figura 40 ndash Piso drenante tecnogran 76

Figura 41 ndash Vista lateral esquerda do EV 87

Figura 42 ndash Vista lateral direita e fundos do EV 87

Figura 43 ndash Efeito chamineacute 88

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 ndash Perfil da qualidade ambiental do edifiacutecio em operaccedilatildeo 41

Tabela 2 ndash Guia para hierarquizaccedilatildeo das categorias da QAE em funccedilatildeo dos desafios

ambientais estabelecidos 53

Tabela 3 ndash Energia gerada em cada mecircs de operaccedilatildeo do SFCR do EV 69

Tabela 4 ndash Energia diaacuteria meacutedia gerada em cada mecircs de operaccedilatildeo do SFCR do EV 69

Tabela 5 ndash Consumo de aacutegua potaacutevel no EV 72

Tabela 6 ndash Consumo de aacutegua de pluvial 72

Tabela 7 ndash Meacutedias histoacutericas - iacutendice pluviomeacutetrico 74

Tabela 8 ndash Coeficiente de impermeabilizaccedilatildeo do terreno antes da implantaccedilatildeo do EV 75

Tabela 9 ndash Coeficiente de impermeabilizaccedilatildeo do terreno apoacutes a implantaccedilatildeo do EV75

Tabela 10 ndash Mediccedilatildeo de temperatura no EV durante o inverno 80

Tabela 11 ndash Resultados obtidos (MEDICcedilAtildeO ndash INCERTEZA) 84

Tabela 12 ndash Resultados obtidos (MEDICcedilAtildeO + INCERTEZA) 84

Tabela 13 - Caacutelculo do iacutendice de atenuaccedilatildeo acuacutestica R do invoacutelucro da edificaccedilatildeo 85

LISTA DE QUADROS

Quadro 1 ndash Principais eventos relacionados ao desenvolvimento sustentaacutevel 27

Quadro 2 ndash Principais sistemas de certificaccedilatildeo de edificaccedilotildees (continua) 34

Quadro 3 - Principais sistemas de certificaccedilatildeo de edificaccedilotildees no Brasil (continua) 36

Quadro 4 ndash Categorias do sistema AQUA 39

Quadro 5 ndash Subcategorias do sistema AQUA (continua) 39

Quadro 6 ndash Avaliaccedilatildeo categoria 1 - QI 55

Quadro 7 ndash Avaliaccedilatildeo categoria 1 - CQI 55

Quadro 8 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 13 55

Quadro 9 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 111 56

Quadro 10 ndash Avaliaccedilatildeo categoria 2 - QI 57

Quadro 11 ndash Avaliaccedilatildeo categoria 2 - MQI 57

Quadro 12 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 111 58

Quadro 13 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 66

Quadro 14 ndash Avaliaccedilatildeo categoria 4 ndash QI 67

Quadro 15 ndash Avaliaccedilatildeo categoria ndash MQI 67

Quadro 16 ndash Avaliaccedilatildeo categoria ndash CQI 67

Quadro 17ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 44 67

Quadro 18 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 70

Quadro 19 ndash Criteacuterios avaliados ndash MQI 70

Quadro 20 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 70

Quadro 21 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 52 e 53 71

Quadro 22 ndash fontes consumidoras de aacutegua 71

Quadro 23 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 76

Quadro 24 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 77

Quadro 25 ndash Criteacuterios avaliados ndash MQI 78

Quadro 26 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 78

Quadro 27 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 71 78

Quadro 28 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 79

Quadro 29 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 79

Quadro 30 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 83 79

Quadro 31 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 81

Quadro 32 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 81

Quadro 33 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 83 82

Quadro 34 ndash Criteacuterios de avaliaccedilatildeo para acuacutestica de edifiacutecios novos 82

Quadro 35 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 86

Quadro 36 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 86

Quadro 37 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 86

Quadro 38 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 87

Quadro 39 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 88

Quadro 40 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 112 88

Quadro 41 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 89

Quadro 42 ndash Criteacuterios avaliados ndash MQI 89

Quadro 43 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 89

Quadro 44 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 121 89

Quadro 45 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 90

Quadro 46 ndash Criteacuterios avaliados ndash MQI 90

Quadro 47 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 90

Quadro 48 ndash Criteacuterios avaliados ndash MQI 131 91

Quadro 49 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 92

Quadro 50 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 92

Quadro 51 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 141 92

Quadro 52 ndash Criteacuterios avaliados em QAP 93

Quadro 53 ndash Criteacuterios avaliados em QI 41 94

LISTA DE GRAacuteFICOS

Graacutefico 1- Evoluccedilatildeo do PIB Brasil e do PIB da Construccedilatildeo Civil 17

Graacutefico 2 - Estimativa de crescimento populacional mundial (adaptado do inglecircs) 23

Graacutefico 3 ndash Dia com temperatura meacutedia diaacuteria miacutenima 81

Graacutefico 4 ndash Meacutedias do niacutevel de ruiacutedo dos locais avaliados 83

Graacutefico 5 ndash Iacutendice de atenuaccedilatildeo acuacutestica 85

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ABNT Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas

ACV Avaliaccedilatildeo de ciclo de vida

AQUA Alta Qualidade Ambiental

ASBEA Associaccedilatildeo Brasileira dos Escritoacuterios de Arquitetura

BEE Building Environmental Efficiency

BRE Building Research Establishment

BREEAM Building Research Establishment Environmental Assessment Method

CASBEE Comprehensive Assessment System for Building Environmental

Efficiency

CBIC Cacircmara Brasileira da Induacutestria da Construccedilatildeo

CBCS Conselho Brasileiro de Construccedilatildeo Sustentaacutevel

CQI Controle da qualidade intriacutenseca

COV Compostos Orgacircnicos Volaacuteteis

CO Dioacutexido de Carbono

EV Escritoacuterio Verde

GBC Green Building Council

HQE Haute Qualiteacute Environnementale

HKBEAM Honk Kong Building Environmental Assessment

IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica

IDHEA Instituto para Desenvolvimento da Habitaccedilatildeo Ecoloacutegica

LCA Life cicle assessment

LEED Leadership in Energy amp Environmental Design

MQI Melhoria da qualidade intriacutenseca

NBR Norma brasileira

ONU Naccedilotildees Unidas

PNUMA Programa das Naccedilotildees Unidas para o Meio Ambiente

QAE Qualidade ambiental do edifiacutecio

QAEop Qualidade ambiental do edifiacutecio em operaccedilatildeo

QAP Qualidade ambiental das praacuteticas

QI Qualidade intriacutenseca

SANEPAR Companhia de Saneamento do Paranaacute

SFCR Sistema fotovoltaico conectado aacute rede

SFI Sistema fotovoltaico isolado

SGE Sistema de gestatildeo do empreendimento

SGO Sistema de gestatildeo da operaccedilatildeo

USGBC US Green Building Council

UTFPR Universidade Tecnoloacutegica Federal do Paranaacute

WWF World Wildlife Fund

WRI World Resources Institute

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 17

11 CONSIDERACcedilOtildeES INICIAIS 17

12 OBJETIVOS 19

121 Objetivo Principal 19

122 Objetivos Especiacuteficos 19

13 DELIMITACcedilOtildeES 19

14 JUSTIFICATIVA 20

15 ESTRUTURA DA DISSERTACcedilAtildeO 22

2 REVISAtildeO DA LITERATURA 23

21 CONTEXTUALIZACcedilAtildeO 23

22 DESENVOLVIMENTO SUSTENTAacuteVEL 25

23 CONSTRUCcedilAtildeO SUSTENTAacuteVEL 28

24 SISTEMAS DE AVALIACcedilAtildeO DO DESEMPENHO DE EDIFIacuteCIOS 29

241 Anaacutelise do Ciclo de Vida ndash ACV 31

242 Sistemas de Certificaccedilatildeo de Edifiacutecios 31

243 Principais Sistemas de Certificaccedilatildeo no Brasil 36

244 Processo AQUA de certificaccedilatildeo 37

3 METODOLOGIA 43

4 ESTUDO DE CASO ESCRITOacuteRIO VERDE DA UTFPR 45

41 CONTEXTUALIZACcedilAtildeO 45

42 CONSTRUCcedilAtildeO DO ESCRITOacuteRIO VERDE 46

5 RESULTADOS E DISCUSSOtildeES 52

51 AVALIACcedilAtildeO DO DESEMPENHO AMBIENTAL DO EV 52

511 SGO ndash Sistema de gestatildeo da operaccedilatildeo 52

512 QAEop ndash Qualidade Ambiental do Edifiacutecio na Fase Operaccedilatildeo 54

513 QAP ndash Qualidade Ambiental das Praacuteticas 92

6 CONCLUSOtildeES 94

REFEREcircNCIAS 99

ANEXOS 106

17

1 INTRODUCcedilAtildeO

11 CONSIDERACcedilOtildeES INICIAIS

Em 1987 foi publicado pela ONU (Naccedilotildees Unidas) o documento ldquoNosso

Futuro Comumrdquo mais conhecido como o relatoacuterio de Brundtland 25 anos se

passaram e a ideia de desenvolvimento sustentaacutevel continua vaacutelida nos dias de

hoje No entanto destaca-se o fato de ainda ser um conceito de aceitaccedilatildeo

generalizada quando deveria ser uma praacutetica cotidiana (ONU 2012)

Nesse contexto apresenta-se o setor da construccedilatildeo civil que cresce a

taxas superiores agraves do PIB (produto interno bruto) nacional De acordo com

dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica (IBGE) em

2012 enquanto o Paiacutes apresentou expansatildeo de 09 a construccedilatildeo civil

cresceu 14 O resultado da Construccedilatildeo foi o segundo melhor da Induacutestria

ficando atraacutes do setor de produccedilatildeo e distribuiccedilatildeo de eletricidade gaacutes aacutegua

esgoto e limpeza urbana (36)

Conforme Graacutefico 1 divulgado pela Cacircmara Brasileira da Industria da

Construccedilatildeo - CBIC em 2011 enquanto PIB nacional cresceu 75 o da

Construccedilatildeo registrou incremento de 116 justificado pelo lanccedilamento do

Programa Minha Casa Minha Vida ndash PMCMV em 2010

Graacutefico 1- Evoluccedilatildeo do PIB Brasil e do PIB da Construccedilatildeo Civil

Fonte CBIC (2011)

18

Para CBIC (2011) a induacutestria da construccedilatildeo eacute considerada ldquoo motor do

desenvolvimentordquo brasileiro dos proacuteximos anos No entanto observa-se que as

praacuteticas para amenizar os impactos gerados pelo setor natildeo acompanham

tamanho crescimento

Em contrapartida surgem no Brasil poliacuteticas em prol da preservaccedilatildeo

ambiental impulsionando toda cadeia produtora um exemplo eacute a Instruccedilatildeo

Normativa nordm 01 de 2010 que dispotildee sobre os criteacuterios de sustentabilidade

ambiental na aquisiccedilatildeo de bens contrataccedilatildeo de serviccedilos ou obras pela

Administraccedilatildeo Puacuteblica Federal direta autaacuterquica e fundacional

Outro ganho eacute a Norma Brasileira de Desempenho de Edifiacutecios NBR

155752013 que comeccedila a vigorar em julho desse ano e traz alguns itens

ineacuteditos nas normativas brasileiras como o conceito de vida uacutetil para os

sistemas Outro aspecto relevante eacute o papel que o usuaacuterio passaraacute a exercer

pois para que o desempenho miacutenimo seja atingido ao longo do tempo seraacute

necessaacuterio agrave implementaccedilatildeo de programas de manutenccedilatildeo corretiva e

preventiva (ASBEA 2013)

Destacam-se tambeacutem os sistemas de certificaccedilatildeo ambiental de

edificaccedilotildees que vecircm ganhando grande aceitaccedilatildeo no mercado brasileiro

apresentando-se como forma fundamental de incentivo das praacuteticas

sustentaacuteveis e principalmente como instrumento para garantir que as

edificaccedilotildees tenham um bom desempenho durante sua vida uacutetil

Dentro desse contexto a pesquisa apresentada dedicou-se na anaacutelise do

processo de certificaccedilatildeo ambiental AQUA (Alta Qualidade Ambiental) lanccedilado

em 2008 elaborado pela Fundaccedilatildeo Carlos Alberto Vanzolini instituiccedilatildeo privada

sem fins lucrativos criada mantida e gerida pelos professores do

Departamento de Engenharia de Produccedilatildeo da Escola Politeacutecnica da

Universidade de Satildeo Paulo O sistema foi adaptado exclusivamente para a

realidade brasileira a partir do modelo de certificaccedilatildeo francecircs HQE Haute

Qualiteacute Environnementale O processo AQUA eacute uma certificaccedilatildeo reconhecida

internacionalmente por diversas entidades certificadoras no mundo Franccedila

Alemanha Inglaterra Finlacircndia Itaacutelia e Estados Unidos que fazem parte da

SB Alliance da qual a Fundaccedilatildeo eacute membro fundador (REVISTA TEacuteCHNE

2009)

19

Inicialmente buscou-se o entendimento do referencial teacutecnico elaborado

pela Fundaccedilatildeo Vanzolini em 2007 para edifiacutecios novos abordando as fases

que antecedem a operaccedilatildeo as etapas de programa concepccedilatildeo (projeto) e

realizaccedilatildeo (execuccedilatildeo) Posteriormente deu-se a analise do referencial de

operaccedilatildeo fornecido pela Fundaccedilatildeo Vanzolini versatildeo provisoacuteria de 2010

atualmente em processo de revisatildeo

Com o objetivo de aplicar o conhecimento adquirido na anaacutelise dos

referidos referenciais optou-se por adotar do Escritoacuterio Verde - EV da UTFPR

construiacutedo dentro de criteacuterios sustentaacuteveis como objeto de estudo analisando

a conformidade ou natildeo conformidade quanto aos criteacuterios de desempenho

ambiental definidos no referencial AQUA de operaccedilatildeo de edifiacutecios

12 OBJETIVOS

121 Objetivo Principal

Analisar o desempenho ambiental do Escritoacuterio Verde da UTFPR tendo

como base o referencial teacutecnico de operaccedilatildeo e uso fornecido pela Fundaccedilatildeo

Vanzolini

122 Objetivos Especiacuteficos

Analisar o referencial teacutecnico para edifiacutecios do setor de serviccedilos em

operaccedilatildeo e uso elaborado pela Fundaccedilatildeo Vanzolini em maio de 2010

Avaliar o EV quanto o atendimento dos requisitos exigidos pelo AQUA

para a obtenccedilatildeo da certificaccedilatildeo na fase operaccedilatildeo e uso

Promover maior percepccedilatildeo sobre a importacircncia da certificaccedilatildeo de

edifiacutecios na fase operaccedilatildeo e uso como forma de garantir um desempenho

ambiental satisfatoacuterio durante sua vida uacutetil

13 DELIMITACcedilOtildeES

Para este estudo foram utilizados dois referenciais teacutecnicos AQUA de

certificaccedilatildeo

20

Vanzolini versatildeo 0 (provisoacuteria) - elaborado em maio de 2010

ndash edifiacutecios escolares versatildeo 0

(provisoacuteria) disponiacutevel no site da Fundaccedilatildeo

consideradas na presente dissertaccedilatildeo

14 JUSTIFICATIVA

O 3ordm Simpoacutesio Brasileiro de Construccedilatildeo Sustentaacutevel ocorrido em 2010

SBCS10 promovido pelo CIB (International Council for Research and

Innovation in Building and Construction) UNEP (United Nations Environment

Programme) e iiSBE (International Initiative for a Sustainable Built

Environment) em parceria com o CBCS (Conselho Brasileiro de Construccedilotildees

Sustentaacuteveis) e uma coalizatildeo de universidades brasileiras liacutederes no tema

Universidade de Campinas (Unicamp) Universidade Federal do Espiacuterito Santo

(UFES) e Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) obteve por

resultado um documento denominado ldquoCarta Abertardquo contendo consideraccedilotildees

referentes ao momento econocircmico e social vivido pelo Brasil Seguem algumas

dessas exposiccedilotildees (CBCS 2010)

a cadeia produtiva da construccedilatildeo civil eacute um dos motores do processo de

desenvolvimento econocircmico do Paiacutes

os programas governamentais de desenvolvimento social como o

Minha Casa Minha Vida - PMCMV e o Programa de Aceleraccedilatildeo do

Crescimento - PAC tem por base a atividade de construccedilatildeo

a cadeia produtiva da construccedilatildeo tem significativos impactos sociais e

ambientais inclusive mudanccedilas climaacuteticas consumo de energia aacutegua

biodiversidade e recursos naturais

Diante desse cenaacuterio surgem no Brasil os sistemas de certificaccedilatildeo

ambiental para edifiacutecios que agregam no sentido de minimizar os impactos

decorrentes da cadeia produtiva da construccedilatildeo civil

Hoje o Brasil ocupa o quarto lugar entre os paiacuteses que mais concentram

edificaccedilotildees feitas a partir de criteacuterios ambientalmente adequados Os Estados

21

Unidos reuacutenem o maior nuacutemero de empreendimentos em anaacutelise seguidos

pela China e pelos Emirados Aacuterabes Unidos (GBC-BRASIL 2013)

O relatoacuterio Rumo a Economia Verde do PNUMA (Programa das Naccedilotildees

Unidas para o Meio Ambiente) 2011 informa que a reduccedilatildeo dos impactos

gerados na construccedilatildeo civil eacute peccedila chave para alcance de uma economia

verde Para o PNUMA economia verde eacute aquela que resulta em melhoria do

bem-estar da humanidade e igualdade social ao mesmo tempo em que reduz

significativamente riscos ambientais e escassez ecoloacutegica

ldquoA construccedilatildeo de novos edifiacutecios verdes e o reequipamento dos edifiacutecios

jaacute existentes que usam energia e recursos de forma intensiva ateacute 2050 podem

resultar na economia de um terccedilo de energia nos setores de construccedilatildeo civil no

mundo inteiro em comparaccedilatildeo com as projeccedilotildees para as construccedilotildees

realizadas da maneira tradicionalrdquo (PNUMA 2011)

Para o coordenador executivo do processo AQUA professor Manuel

Carlos Reis Martins haacute necessidade de se repensar o conceito de custo de

uma obra levando em conta tambeacutem a fase de operaccedilatildeo cujo custo ao longo

dos anos eacute muito maior do que o valor gasto na construccedilatildeo Em termos de

ordem de grandeza do custo total de construccedilatildeo e operaccedilatildeo de um edifiacutecio

em um horizonte de 30 anos cerca de 20 correspondem agrave construccedilatildeo e 80

agrave operaccedilatildeo De outo modo se um edifiacutecio for sustentaacutevel e

consequentemente tiver custos operacionais mais baixos os investimentos

adicionais realizados na fase de construccedilatildeo teratildeo um raacutepido retorno

(ARQUITETURA 2011)

Eacute niacutetido que o tema construccedilotildees sustentaacuteveis com destaque para as

certificaccedilotildees ambientais vem ganhando abrangecircncia no contexto global e tem

um peso certamente crescente e determinante na minimizaccedilatildeo dos impactos

gerados no setor da construccedilatildeo No entanto no Brasil ainda eacute incipiente a

aplicaccedilatildeo desses sistemas no sentido de avaliar e garantir um desempenho

ambiental satisfatoacuterio das edificaccedilotildees durante sua operaccedilatildeo

Para Degani (2010) as metodologias de avaliaccedilatildeo e certificaccedilatildeo de

edifiacutecios podem ser vistas como mecanismos indutores do aperfeiccediloamento do

desempenho das edificaccedilotildees e da proacutepria construccedilatildeo civil

22

15 ESTRUTURA DA DISSERTACcedilAtildeO

O trabalho foi estruturado da seguinte forma

deste trabalho e justifica a relevacircncia desse estudo

histoacuterico e o estado da arte do tema estudado tambeacutem descreve os sistemas

de certificaccedilatildeo mais relevantes da atualidade e suas principais caracteriacutesticas

apitulo eacute a metodologia utilizada na dissertaccedilatildeo

Verde da UTFPR resultados e discussotildees sobre a aplicaccedilatildeo da metodologia

AQUA na fase operaccedilatildeo e uso

conclusotildees e consideraccedilotildees finais

23

2 REVISAtildeO DA LITERATURA

21 CONTEXTUALIZACcedilAtildeO

O ritmo do crescimento populacional no mundo estaacute em constante

decliacutenio sendo a taxa atual de crescimento de 12 ao ano Poreacutem a

populaccedilatildeo mundial continua crescendo em valores absoluto e em 2011 atingiu

a marca de 7 bilhotildees de habitantes O Graacutefico 2 informa que para o alcance do

2ordm bilhatildeo de habitantes no planeta levaram cerca de 123 anos o 3ordm bilhatildeo 33

anos o 4ordm bilhatildeo 15 anos o 5ordm e 6ordm bilhatildeo apenas 12 anos A estimativa para

atingir o 8ordm e 9ordm bilhatildeo eacute de 16 e 26 anos respectivamente mostrando que o

equiliacutebrio estaacute longe de acontecer gerando vaacuterios problemas pois a natureza

natildeo consegue repor na mesma velocidade que o consumo se sucede

Graacutefico 2 - Estimativa de crescimento populacional mundial (adaptado do inglecircs)

Fonte Population Reference Bureau (2011)

A Figura 1 relata as projeccedilotildees do uacuteltimo Relatoacuterio Planeta Vivo da World

Wildlife Fund - WWF (2012) indicando que se a humanidade continuar com

esse modelo de comportamento em 2030 (com 83 bilhotildees de habitantes)

seriam necessaacuterios dois planetas e cerca de trecircs planetas em 2050 (com 93

bilhotildees de habitantes) Esses dados foram calculados por meio da pegada

24

ecoloacutegica que corresponde ao tamanho das aacutereas produtivas de terra e de mar

necessaacuterias para gerar produtos bens e serviccedilos que sustentem determinados

estilos de vida Eacute uma forma de medir em hectares (ha) a extensatildeo de

territoacuterio que uma pessoa ou toda uma sociedade utiliza em meacutedia para se

sustentar

Figura 1 - Pegada ecoloacutegica (adaptado do inglecircs)

Fonte WWF ndash World Wildlife Fund 2012

Os componentes utilizados para o caacutelculo da pegada ecoloacutegica satildeo

apresentados na Figura 1 demonstrando os seguintes aspectos

carbono - a extensatildeo de aacutereas florestais capaz de sequestrar emissotildees

de CO2 derivadas da queima de combustiacuteveis foacutesseis excluindo-se a parcela

absorvida pelos oceanos que provoca a acidificaccedilatildeo

- a extensatildeo de aacutereas de cultivo usadas para a

produccedilatildeo de alimentos e fibras para consumo humano bem como para a

produccedilatildeo de raccedilatildeo para o gado oleaginosa e borracha

- a extensatildeo de aacutereas de pastagem utilizadas para a criaccedilatildeo

de gado de corte e leiteiro e para a produccedilatildeo de couro e produtos de latilde

- a extensatildeo de aacutereas florestais necessaacuterias para o

fornecimento de produtos madeireiros celulose e lenha

25

- representa a extensatildeo de aacutereas cobertas por

infraestrutura humana inclusive transportes habitaccedilatildeo estruturas industriais e

reservatoacuterios para a geraccedilatildeo de energia hidreleacutetrica

- calculada a partir da estimativa de produccedilatildeo primaacuteria

necessaacuteria para sustentar os peixes e mariscos capturados com base em

dados de captura relativos a espeacutecies marinhas e de aacutegua doce

22 DESENVOLVIMENTO SUSTENTAacuteVEL

A associaccedilatildeo entre o desenvolvimento econocircmico e a degradaccedilatildeo da

natureza foi pela primeira vez discutida por um grupo de intelectuais

denominado Clube de Roma fundado em 1968 tornou-se muito conhecido a

partir da publicaccedilatildeo do relatoacuterio intitulado ldquoOs Limites do Crescimentordquo Em

1972 a Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas (ONU) realizou a primeira

conferecircncia mundial sobre meio ambiente em Estocolmo Em 1983 foi criada a

Comissatildeo Mundial do Meio Ambiente e Desenvolvimento que publicou em

1987 o relatoacuterio conhecido como ldquoRelatoacuterio Brundtlandrdquo o qual aponta para a

incompatibilidade entre desenvolvimento sustentaacutevel e os padrotildees de produccedilatildeo

e consumo trazendo agrave tona mais uma vez a necessidade de uma nova relaccedilatildeo

ldquoser humano e meio ambienterdquo

Para a WWF Brasil a definiccedilatildeo mais aceita para desenvolvimento

sustentaacutevel foi descrita no Relatoacuterio de Brundland em 1987 ldquoAtender agraves

necessidades do presente sem comprometer a possibilidade de as geraccedilotildees

futuras atenderem a suas proacuteprias necessidadesrdquo Essa definiccedilatildeo surgiu para

discutir e propor meios de harmonizar dois objetivos o desenvolvimento

econocircmico e a conservaccedilatildeo ambiental (WWF-BRASIL 2013)

Mas foi na Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas para o Desenvolvimento e o

Meio Ambiente - Rio 92 que se consagrou o uso da expressatildeo

desenvolvimento sustentaacutevel O resultado foi agrave adoccedilatildeo de trecircs recomendaccedilotildees

principais a Agenda 21 a Declaraccedilatildeo do Rio e os Princiacutepios relativos a

Florestas e Selvas Foram tambeacutem firmadas duas convenccedilotildees a Convenccedilatildeo

da Biodiversidade e a Convenccedilatildeo do clima

A Agenda 21 foi o principal documento produzido na ECO 92 na qual foi

registrado a importacircncia dos paiacuteses em se comprometerem a refletir local e

26

globalmente sobre a forma pela qual governos empresas e organizaccedilotildees natildeo-

governamentais e todos os setores da sociedade poderiam cooperar no estudo

de soluccedilotildees para os problemas socioambientais

Assim a Agenda 21 possibilitou o debate sobre o desenvolvimento e

construccedilatildeo sustentaacutevel utilizaccedilatildeo de recursos viabilidade econocircmica destes

no mercado processos construtivos desenvolvimento social entre outros

assuntos permitindo aprofundar conhecimentos relacionados com a eficiecircncia

energeacutetica nos edifiacutecios a conservaccedilatildeo da aacutegua potaacutevel e a utilizaccedilatildeo de

materiais que tenham em conta a preservaccedilatildeo do ambiente

Em 2007 foi criado no Brasil o Conselho Brasileiro de Construccedilatildeo

Sustentaacutevel (CBCS) que tem como objetivo a utilizaccedilatildeo de praacuteticas

sustentaacuteveis no setor da construccedilatildeo civil trazendo qualidade de vida aos

usuaacuterios trabalhadores e ao ambiente em torno da edificaccedilatildeo

O evento mais recente foi a RIO + 20 realizado em junho de 2012

Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas sobre desenvolvimento sustentaacutevel sediado

no Rio de Janeiro Brasil Como resultado obteve-se a elaboraccedilatildeo de um

documento intitulado ldquoO futuro que queremosrdquo

27

Principais acontecimentos referentes ao desenvolvimento sustentaacutevel

podem ser vistos no Quadro 1

ANO EVENTO RESUMO

1968 Criaccedilatildeo do Clube de Roma

Organizaccedilatildeo informal cujo objetivo era promover o entendimento dos

componentes variados mas interpendentes ndash econocircmicos poliacuteticos

naturais e sociais que formam o sistema global

1972 Publicaccedilatildeo do livro Os limites do crescimento

Informe apresentado pelo Clube de Roma no qual previa que as

tendecircncias que imperavam ateacute entatildeo conduziriam a uma escassez

catastroacutefica dos recursos naturais e a niacuteveis perigosos de

contaminaccedilatildeo num prazo de 100 anos

1972Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas sobre o Meio Ambiente

Humano em Estocolmo Sueacutecia

A primeira manifestaccedilatildeo dos governos de todo o mundo com as

consequumlecircncias da economia sobre o meio ambiente Participaram

113 Estados-membros da ONU Um dos resultados do evento foi a

criaccedilatildeo do Programa das Naccedilotildees Unidas sobre o Meio Ambiente

(PNUMA)

1987Publicaccedilatildeo do informe Brundtland o ldquoNosso

Futuro Comumrdquo

Um dos mais importantes sobre a questatildeo ambiental e o

desenvolvimento Vincula estreitamente economia e ecologia e

estabelece o eixo em torno do qual se deve discutir o

desenvolvimento formalizando o conceito de desenvolvimento

sustentaacutevel

1992Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas sobre o Meio

Ambiente e Desenvolvimento ou Cuacutepula da Terra

Realizada no Rio de Janeiro constitui-se no mais importante foro

mundial jaacute realizado Abordou novas perspectivas globais e de

integraccedilatildeo da questatildeo ambiental planetaacuteria e definiu mais

concretamente o modelo de desenvolvimento sustentaacutevel

Participaram 170 Estados que aprovaram a Declaraccedilatildeo do Rio e

mais quatro documentos entre os quais a Agenda 21

1995 Berlim COP 1 - Conferecircncia sobre o clima

A primeira COP (Conferencia das Partes) tece como destaque a

decisatildeo de se apresentar no encontro de 1997 um documento

tornando oficial o comprometimento dos paiacuteses de reduccedilatildeo das

emissotildees de gases do efeito estufa

1997 Rio + 5 - Protocolo de Kyoto

Realizado em New York teve como objetivo analisar a

implementaccedilatildeo do Programa da Agenda 21 Visa combater o

aquecimento global que causa o efeito estufa

2002Cuacutepula Mundial sobre o Desenvolvimento Sustentaacutevel ndash

Rio + 10

Realizada em Johannesburgo nos meses de agosto e setembro

procurou examinar se foram alcanccediladas as metas estabelecidas pela

Conferecircncia do Rio-92 e serviu para que os Estados reiterassem seu

compromisso com os princiacutepios do desenvolvimento sustentaacutevel

2005 Montreal COP11 MOP1- Conferencia sobre o clima

Ocorreu juntamente com a Primeira Conferecircncia das Partes do

Protocolo de Quioto (COPMOP1) Jaacute entra na pauta a discussatildeo do

segundo periacuteodo do Protocolo apoacutes 2012 para o qual instituiccedilotildees

europeacuteias defendem reduccedilotildees de emissatildeo na ordem de 20 a 30 ateacute

2030 e entre 60 e 80 ateacute 2050

2007 Bali COP 13MOP3 - Conferencia sobre o clima

A reuniatildeo estabeleceu compromissos mensuraacuteveis transparentes e

verificaacuteveis para a reduccedilatildeo de emissotildees causadas por desmatamento

das florestas tropicais para o acordo que substituiraacute o Protocolo de

Quioto Recebeu o apelido mapa do caminho

2009 Copenhagem COP 15 -Conferencia sobre o clima

O encontro era considerado o mais importante da histoacuteria recente

dos acordos multilaterais ambientais pois tinha por objetivo

estabelecer o tratado que substituiraacute o Protocolo de Kyoto vigente

de 2008 a 2012 Entretanto a Conferecircncia de Copenhague foi

considerada em grande parte decepcionante

2010 Cancun COP 16 - Conferencia sobre o clima

Aqui vocecirc encontra anaacutelises dos integrantes do Observatoacuterio do

Clima posts no blog imagens e referecircncias para acompanhar mais

essa etapa das negociaccedilotildees multilaterais

2011 Durban COP 17 - Conferencia sobre o climaA proposta resultante da reuniatildeo foi vista pelos ambientalistas como

modesta insuficiente e sem ambiccedilotildees

2012 Rio + 20

A Rio+20 foi a maior Conferecircncia da ONU jaacute realizada com ampla

participaccedilatildeo de liacutederes de todos os setores Aleacutem do resultado

oficial muito criticado resumido no documento ldquoO Futuro que

Queremosrdquo e das dezenas de propostas da sociedade civil

organizada na Cuacutepula dos Povos a Rio+20 foi palco de 705

compromissos voluntaacuterios entre governos ONGs e Major Groups ndash

incluindo 500 empresas induacutestrias universidades entre outros

Quadro 1 ndash Principais eventos relacionados ao desenvolvimento sustentaacutevel

Fonte A autora 2012

28

23 CONSTRUCcedilAtildeO SUSTENTAacuteVEL

No acircmbito da Agenda 21 para a construccedilatildeo sustentaacutevel em paiacuteses em

desenvolvimento a construccedilatildeo sustentaacutevel eacute definida como um processo

holiacutestico que aspira a restauraccedilatildeo e manutenccedilatildeo da harmonia entre os

ambientes natural e construiacutedo e a criaccedilatildeo de assentamentos que afirmem a

dignidade humana e encorajem a equidade econocircmica No contexto do

desenvolvimento sustentaacutevel o conceito transcende a sustentabilidade

ambiental para abraccedilar a sustentabilidade econocircmica e social que enfatiza a

adiccedilatildeo de valor agrave qualidade de vida dos indiviacuteduos e das comunidades

(MINISTEacuteRIO DO MEIO AMBIENTE 2013)

As construccedilotildees sustentaacuteveis satildeo antes de tudo intervenccedilotildees conscientes

e planejadas Buscam satisfazer as necessidades humanas empregando de

forma inteligente os recursos disponiacuteveis visando natildeo esgotaacute-los

preservando-os para as geraccedilotildees futuras Desenvolve soluccedilotildees para os

problemas que a proacutepria construccedilatildeo gera (RIBEIRO 2010)

ldquoEdificaccedilatildeo sustentaacutevel eacute aquela que pode manter moderadamente ou

melhorar a qualidade de vida e harmonizar-se com o clima a tradiccedilatildeo a

cultura e o ambiente na regiatildeo ao mesmo tempo em que conserva a energia e

os recursos recicla materiais e reduz as substacircncias perigosas dentro da

capacidade dos ecossistemas locais e globais ao longo do ciclo de vida do

edifiacuteciordquo (IDHEA 2010)

A Associaccedilatildeo Brasileira dos Escritoacuterios de Arquitetura - ASBEA o

Conselho Brasileiro de Construccedilatildeo Sustentaacutevel - CBCS e outras instituiccedilotildees

apresentam diversos princiacutepios baacutesicos da construccedilatildeo sustentaacutevel dentre os

quais se destacam (GUIA DA SUSTENTABILIDADE 2008)

proveitamento de condiccedilotildees naturais locais

tilizar miacutenimo de terreno e integrar-se ao ambiente natural

mplantaccedilatildeo e anaacutelise do entorno

atildeo provocar ou reduzir impactos no entorno

ualidade ambiental interna e externa

estatildeo sustentaacutevel da implantaccedilatildeo da obra

daptar-se agraves necessidades atuais e futuras dos usuaacuterios

29

so de mateacuterias-primas que contribuam com a eco-eficiecircncia do

processo

educcedilatildeo do consumo energeacutetico

educcedilatildeo do consumo de aacutegua

eduzir reutilizar reciclar e dispor corretamente os resiacuteduos soacutelidos

ntroduzir inovaccedilotildees tecnoloacutegicas sempre que possiacutevel e viaacutevel

ducaccedilatildeo ambiental conscientizaccedilatildeo dos envolvidos no processo

Segundo SILVA (2007) a definiccedilatildeo de um edifiacutecio sustentaacutevel eacute

relacionada sempre comparativamente agraves praacuteticas correntes O desempenho

ambiental de um edifiacutecio sustentaacutevel de 2010 deve ser muito melhor do que o

de um edifiacutecio sustentaacutevel da deacutecada de 1990 Portanto os conceitos de

edifiacutecio sustentaacutevel estatildeo sempre em evoluccedilatildeo

24 SISTEMAS DE AVALIACcedilAtildeO DO DESEMPENHO DE EDIFIacuteCIOS

Com a crise do petroacuteleo na deacutecada de 1970 mecanismos legais de

reduccedilatildeo do consumo de energia comeccedilaram a ser implantados nos paiacuteses

desenvolvidos Os sistemas de avaliaccedilatildeo foram criados como forma de

analisar os impactos ambientais e classificar os edifiacutecios em Green Building

(SILVA 2007)

O conceito do Green Building ou ldquoEdificio verderdquo ganhou forccedila no iniacutecio da

deacutecada de 90 por meio da criaccedilatildeo do USGBC - United States Green Building

Council A entidade desenvolveu criteacuterios para medir a eficiecircncia das

edificaccedilotildees assim concede o selo de edifiacutecio verde agrave obra (SILVA 2007)

Para Reijnders e Van Roekel (1999) existem duas abordagens principais

de avaliaccedilatildeo ambiental a quantitativa e a qualitativa A primeira delas eacute a

Avaliaccedilatildeo de Ciclo de Vida (ACV) que trabalha com dados quantitativos de

fluxo energeacutetico A segunda trata-se de meacutetodos que usam sistemas de

pontuaccedilatildeo ou conceitos para anaacutelise dos dados qualitativos Tais ferramentas

satildeo denominadas eco-labellings

Segundo pesquisa realizada pelo World Resources Institute ndash WRI entre

o uacuteltimo quadrimestre de 2009 e o primeiro de 2010 existem aproximadamente

340 selos ecoloacutegicos que certificam produtos e serviccedilos espalhados por

aproximadamente 42 paiacuteses no mundo (WRI 2010)

30

Quanto ao desempenho de edifiacutecios sustentaacuteveis desta-se o Modelo de

Gerenciamento da Sustentabilidade de Facilidades Construiacuteda - MGS proposto

por Degani (2010) baseado no meacutetodo PDCA (planejar (plan) fazer (do)

checar (check) e agir (act))

O modelo MGS foi fundamentado no conceito de gestatildeo para o

desempenho e propotildeem diretrizes para implementaccedilatildeo de um sistema de

gestatildeo com objetivos de sustentabilidade na rotina diaacuteria dos agentes

responsaacuteveis (denominados no MGS de gerentes de facilidades) pelo uso

operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo dos edifiacutecios contemplando as seguintes etapas

(DEGANI 2010)

l

Importante esclarecer que o MGS eacute resultado de uma pesquisa de tese de

doutorado necessitando de avaliaccedilatildeo quanto a sua aplicabilidade e eficaacutecia

Degani (2010) sugere que o modelo seja utilizado como forma de introduzir a

sistemaacutetica do gerenciamento dos aspectos de sustentabilidade requerido pelo

sistema de certificaccedilatildeo

A gestatildeo de desempenho ambiental de edifiacutecios sustentaacuteveis em

operaccedilatildeo ainda eacute incipiente no Brasil mas haacute vaacuterios paiacuteses que jaacute fazem uso

de ferramentas que promovem a melhoria e controle de desempenho das

edificaccedilotildees As iniciativas envolvem a implantaccedilatildeo de padrotildees e guias para

melhoria de desempenho certificaccedilotildees ou selos verdes promoccedilatildeo do

desenvolvimento de meacutetodos para avaliaccedilatildeo de projetos e construccedilotildees entre

outros Portanto haacute um grande nuacutemero de ferramentas que abordam o tema

considerando uma grande variedade de condiccedilotildees fiacutesicas caracteriacutesticas das

edificaccedilotildees e prioridades ambientais conforme regiatildeo As formas para atingir

esses objetivos variam de simples listas de verificaccedilatildeo a complexos sistemas

informatizados abrangendo etapas de programaccedilatildeo orientando para o

planejamento de edifiacutecios sustentaacuteveis passando por simuladores de

31

desempenho que apoiam as etapas de projeto baacutesico e projeto executivo

incluindo a avaliaccedilatildeo do edifiacutecio em uso

241 Anaacutelise do Ciclo de Vida ndash ACV

O termo ACV ou em inglecircs ldquoLife Cycle Assessmentrdquo (LCA) foi utilizado

primeiramente nos Estados Unidos da Ameacuterica (EUA) em 1990 O conceito de

ciclo de vida tem-se estendido para aleacutem de um simples meacutetodo para comparar

produtos sendo atualmente visto como uma parte essencial para conseguir

objetivos mais abrangentes tais como sustentabilidade (CURRAN 1999)

A Anaacutelise do Ciclo de Vida (ACV) ou Avaliaccedilatildeo do Ciclo de Vida eacute um

instrumento de gestatildeo ambiental aplicaacutevel a bens e serviccedilos tambeacutem

conhecida pela expressatildeo ldquocradle to graverdquo (do berccedilo ao tuacutemulo) berccedilo

indicando a origem dos insumos primaacuterios mediante a extraccedilatildeo de recursos

naturais e tuacutemulo o destino final dos resiacuteduos que natildeo seratildeo reusados ou

reciclados (BARBIERI 2004)

A Norma ISO 14040 define o ciclo de vida como os Estaacutegios consecutivos

e interligados de um sistema de produto desde a aquisiccedilatildeo da mateacuteria prima

ou geraccedilatildeo de recursos naturais ateacute a disposiccedilatildeo final Conforme Barbieri

(2004) o ciclo completo vai da origem dos recursos naturais ateacute a disposiccedilatildeo

final dos resiacuteduos apoacutes o uso passando por todas as etapas intermediaacuterias

como beneficiamento transporte fabricaccedilatildeo e estocagem

242 Sistemas de Certificaccedilatildeo de Edifiacutecios

Os sistemas de certificaccedilatildeo satildeo em sua maioria baseados na ACV mas

tecircm por outro lado um apelo mercadoloacutegico podendo ter um caraacuteter de

ferramenta poliacutetica e de marketing Os resultados destas anaacutelises dependem

de diversos fatores como o meacutetodo os participantes a demanda local as

abordagens os objetivos bem como suas limitaccedilotildees (SCHEUER e KEOLEIAN

2002)

Segundo Silva (2003) ldquoo primeiro sinal da necessidade de avaliar o

desempenho ambiental de edifiacutecios veio exatamente com a constataccedilatildeo de que

32

mesmo os paiacuteses que acreditavam dominar os conceitos de green design natildeo

possuiacuteam meios para verificar o quatildeo ldquoverderdquo eram de fato seus edifiacuteciosrdquo

Tais ferramentas de avaliaccedilatildeo de desempenho demonstraram-se

eficientes ou natildeo dependendo das condiccedilotildees em que foram empregadas

sendo muitas delas aplicaacuteveis somente a situaccedilotildees muito delimitadas de

condiccedilotildees climaacuteticas e sociais ou em edifiacutecios de uso especiacutefico (PATRICIO

GOUVINHAS 2004)

Em 1990 surgiu no Reino Unido o primeiro selo mundial BREEAM

(Building Research Establishment Environmental Assessment Method) que

dispocircs as bases para outros sistemas de certificaccedilatildeo de edifiacutecios como o BRE

EcoHomes tambeacutem no Reino Unido O HK-BEAM (Honk Kong Building

Environmental Assessment Method) o NF Bacirctiments Tertiaires Deacutemache -

HQE na Franccedila o CASBEE (Comprehensive Assessment System for Building

Environmental Efficiency) no Japatildeo o Green Star na Australia e o LEED

(Leadership in Energy and Environmental Design) nos EUA (SILVA 2007)

A certificaccedilatildeo tem como principal objetivo promover edificaccedilotildees que

durante sua construccedilatildeo vida uacutetil e desconstruccedilatildeo gerem baixos impactos

ambientais garantindo sempre o bem-estar e a sauacutede de seus usuaacuterios e a

viabilidade econocircmica dos empreendimentos Outra premissa da certificaccedilatildeo eacute

promover a conscientizaccedilatildeo e o aprendizado de todas as partes envolvidas

direta ou indiretamente no projeto no processo construtivo e na ocupaccedilatildeo do

edifiacutecio (CBCS 2011)

O projeto de arquitetura apresenta diversas variaacuteveis de acordo com sua

funccedilatildeo e uso assim a ferramenta avaliativa especiacutefica para um determinado

tipo de edificaccedilatildeo em uma determinada regiatildeo com condiccedilotildees climaacuteticas

especiacuteficas provavelmente produziraacute uma avaliaccedilatildeo mais proacutexima da realidade

(SILVA 2007) Para isso eacute necessaacuterio que os sistemas avaliativos tenham

referecircncia natildeo apenas em conceitos universais como o ciclo de vida da

edificaccedilatildeo (NBR 14040 2001) como tambeacutem em criteacuterios essencialmente

regionais como zoneamento bioclimaacutetico bem como a adequaccedilatildeo de metas

de desempenho de acordo com normas vigentes para o local e tipo de

edificaccedilatildeo (NBR 15575 2008)

Os sistemas de certificaccedilatildeo ambiental elaborados para controlar e

monitorar o desempenho ambiental do edifiacutecio em uso utilizam o meacutetodo

33

bastante difundido e mais conhecido como PDCA (planejar (plan) fazer (do)

checar (check) e agir (act))

No livro ldquoO verdadeiro Poderrdquo Falconi descreve que existem dois tipos de

metas que uma organizaccedilatildeo procura resultados que necessitam ser

melhorados e resultados que precisam ser mantidos Nos dois casos utiliza-se

o PDCA qualquer resultado que se melhore deve imediatamente ser

estabilizado nas operaccedilotildees de rotina (FALCONI 2009)

No gerenciamento eacute necessaacuterio utilizar o PDCA para melhorar em

conjunto com o PDCA para manter O PDCA para manter eacute denominado SDCA

na operaccedilatildeo o planejamento eacute representado por ldquoPrdquo e o padratildeo passa a ser

representado por ldquoSrdquo de standardize conforme apresentado na Figura 2

Figura 2 ndash Ciclo PDCA e SDCA

Fonte IBENP (2011)

O Quadro 2 apresenta as algumas caracteriacutesticas dos principais sistemas

de certificaccedilatildeo de edifiacutecios atuantes no mundo

34

Quadro 2 ndash Principais sistemas de certificaccedilatildeo de edificaccedilotildees (continua)

Fonte A autora (2012)

BREEAM - Building Research Establishment Environmental Assessment Method

wwwbreeamorg

Instituiccedilatildeo Responsaacutevel BRE

Abrangecircncia Voltada principalmente ao Reino Unido poreacutem adaptaacutevel ao mundo todo Possui esquemas de

certificaccedilatildeo especiacuteficos para Europa e Regiatildeo do Golfo

Esquemas de avaliaccedilatildeo disponiacuteveis tipos de edifiacutecios avaliados BREEAM Outros Edifiacutecios BREEAM Tribunais The

Code for Sustainable Homes (O Coacutedigo para Casas Sustentaacuteveis) BREEAM EcohomesXB BREEAM Sauacutede BREEAM

Industrial BREEAM Internacional (avalia edifiacutecios ou apoia a criaccedilatildeo de versotildees do BREEAM fora do Reino Unido)

BREEAM Multi-residencial BREEAM Prisotildees BREEAM Escritoacuterios BREEAM Varejo BREEAM Educaccedilatildeo BREEAM

Comunidades BREEAM Em Uso

Classificaccedilotildees Concedidas Pass (Aprovado) Good (Bom) Very Good (Muito Bom) Excellent (Excelente)

Outstanding (Excepcional)

Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo Variam de acordo com o Sistema

CASBEE - Comprehensive Assessment System for Building Environmental Efficiency

wwwibecorjpCASBEEenglish

Instituiccedilatildeo Responsaacutevel Japan Sustainable Building Consortium (JSBC)

Abrangecircncia Aacutesia

Esquemas de avaliaccedilatildeo disponiacuteveis tipos de edifiacutecios avaliados CASBEE para Preacute-Projeto CASBEE para Novas

Construccedilotildees CASBEE para Edifiacutecios existentes e CASBEE para Reformas As ferramentas atendem a uma larga variedade

de usos do edifiacutecio (escritoacuterios escolas habitaccedilatildeo etc)

Classificaccedilotildees Concedidas classe C (fraco) classe B- classe B+ classe A e classe S (excelente)

Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo Q (Qualidade) - Construindo Qualidade Ambiental e Performance Avalia a

melhoria na qualidade de vida dos usuaacuterios do edifiacutecio dentro do espaccedilo fechado hipoteacutetico (propriedade privada)

L (Cargas) - Construindo Cargas Ambientais Avalia os impactos ambientais negativos que vatildeo aleacutem do espaccedilo

hipoteacutetico fechado para o exterior (a propriedade puacuteblica)

Haacute quatro campos de levantamento (1) Eficiecircncia Energeacutetica (2) Eficiecircncia de Recursos (3) Ambiente Local (4)

Ambiente Interno

Green Star

wwwgbcaorgaugreen-star

Instituiccedilatildeo Responsaacutevel Green Building Council Austraacutelia

Abrangecircncia Austraacutelia

Esquemas de avaliaccedilatildeo disponiacuteveis tipos de edifiacutecios avaliados Green Star - Educaccedilatildeo Green Star - Sauacutede Green Star

- Industrial Green Star - Residencial Muacuteltiplas Unidades Green Star - Escritoacuterio Green Star - Interiores de Escritoacuterio

Green Star - Varejo Green Star - Projeto de Escritoacuterio Green Star - Escritoacuterio Construiacutedo

Classificaccedilotildees Concedidas 4 Star Green Star Certified Rating (4 Estrelas - 45-59 pontos) 5 Star Green Star Certified

Rating (5 Estrelas - 60-74 pontos) 6 Star Green Star Certified Rating (6 Estrelas - 75-100 pontos)

Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo Gerenciamento Qualidade Ambiental do Ambiente Interno Energia Transporte

Aacutegua Materiais Uso do Solo amp Ecologia Emissotildees Inovaccedilatildeo O peso de cada uma destas categorias eacute alocado de

acordo com a regiatildeo do paiacutes para atender condiccedilotildees locais especiacuteficas

LEED - Leadership in Energy and Environmental Design

wwwusgbcorgLEED

Instituiccedilatildeo Responsaacutevel US Green Building Council

Abrangecircncia Principalmente Estados Unidos poreacutem atende ao mundo todo

Esquemas de avaliaccedilatildeo disponiacuteveis tipos de edifiacutecios avaliados Novas construccedilotildees Edificaccedilotildees existentes Interiores

Comerciais Nuacutecleo amp Casca Escolas Varejo Sauacutede Casas e Desenvolvimento de Comunidades

Classificaccedilotildees Concedidas Certified (Certificado - 40ndash49 pontos) Silver (Prata - 50ndash59 pontos) Gold (Ouro - 60ndash79

pontos) Platinum (Platina - 80 pontos ou mais)

Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo Possui 5 categorias Ambientais para concessatildeo de creacuteditos Locais Sustentaacuteveis

Eficiecircncia Hiacutedrica Energia e Atmosfera Materiais e Recursos e Qualidade Ambiental do Ambiente Interno Aleacutem disso

pontos extra podem ser concedidos por Inovaccedilatildeo em Design e Especificaccedilotildees Regionais

35

HK - BEAM - Kong Building Environmental Assessment Method

wwwhk-beamorghk

Instituiccedilatildeo Responsaacutevel The BEAM Society

Abrangecircncia Principalmente Hong Kong

Esquemas de avaliaccedilatildeo disponiacuteveis tipos de edifiacutecios avaliados BEAM para Novas Edificaccedilotildees BEAM para Edificaccedilotildees

Existentes

Classificaccedilotildees Concedidas Platinum (Platina - Excelente) Gold (Ouro - Muito Bom) Silver (Prata - Bom) Bronze

(Bronze - Acima da Meacutedia)

Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo Avaliaccedilatildeo baseada em creacuteditos para benchmark (melhores praacuteticas) da performance

ambiental dos edifiacutecios ao longo do ciclo de vida sobre o local uso de materiais aspectos energeacuteticos consumo de aacutegua

qualidade ambiental do ambiente interno e inovaccedilotildees

HQE - Haute Qualiteacute Environnementale

assohqeorghqe

Instituiccedilatildeo Responsaacutevel Association pour la Haute Qualiteacute Environnementale (ASSOHQE)

Abrangecircncia Principalmente Franccedila atende tambeacutem Beacutelgica Luxemburgo Tuniacutesia e Argeacutelia

Tipos de edifiacutecios avaliados edifiacutecios novos e edifiacutecios existentes nas modalidades comercial residencial individual e coletivo

Classificaccedilotildees Concedidas Base (de acordo com regulamento) Eficiente (boa praacutetica) Muito eficiente (melhor

praacutetica)

Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo Manejo de impactos ao ambiente exterior (relaccedilatildeo harmocircnica com o ambiente

imediato escolha integrada dos meacutetodos de construccedilatildeo e materiais evitar incocircmodo aos arredores minimizaccedilatildeo do

uso de energia minimizaccedilatildeo do uso de aacutegua minimizaccedilatildeo de resiacuteduos em operaccedilotildees minimizaccedilatildeo da necessidade de

manutenccedilatildeo e reparos) e criaccedilatildeo de Ambiente Interno Agradaacutevel (medidas de controle hidroteacutermico medidas de

controle acuacutestico atratividade visual medidas de controle de odores higiene e limpeza dos espaccedilos internos controle

da qualidade do ar controle da qualidade da aacutegua)

DGNB - Deutsche Gesellschaft fuumlr Nachhaltiges Bauen

wwwdgnbde_en

Instituiccedilatildeo Responsaacutevel Conselho alematildeo de construccedilatildeo sustentaacutevel

(DGNB for ldquoDeutsche Gesellschaft fuumlr NachhaltigesBauenrdquo)

Abrangecircncia Alemanha

Esquemas de avaliaccedilatildeo disponiacuteveis tipos de edifiacutecios avaliados Sistema flexiacutevel avalia diversos tipos de edificio

Classificaccedilotildees Concedidas Gold (Ouro) Silver (Prata) Bronze

Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo Campos avaliados - Aspectos ecoloacutegicos economicos socioculturais e funcionais

tecnologia processos e local Cada campo eacute avaliado com criteacuterios especiacuteficos que podem ser desenhados e pesados de

maneira distinta a depender do perfil de ocupaccedilatildeo Cada campo eacute avaliado durante todo ciclo de vida do edifiacutecio

A avaliaccedilatildeo eacute focada em metas e natildeo em accedilotildees individuais

LIDER A

Instituiccedilatildeo Responsaacutevel Lider A - Sistema de Avaliaccedilatildeo da Sustentabilidade

Abrangecircncia Portugal

Esquemas de avaliaccedilatildeo disponiacuteveis tipos de edifiacutecios avaliados Abrange diferentes tipologias e usos em ambientes

construiacutedos em diferentes fases desde a fase de plano ou projeto a construccedilatildeo operaccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo tambeacutem

trabalha desde a escala da comunidade ateacute empreendimentos e edifiacutecios

Classificaccedilotildees ConcedidasG (menos eficiente) F E (praacutetica usual ou de referecircncia) D C (cerca de 25 superior ao niacutevel E)

B A (desempenho cerca de 50 superior ao niacutevel E) A+ (75 superior ao niacutevel E) A++ (90 superior ao niacutevel E)

Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo O sistema trabalha com um conjunto de seis princiacutepios de bom desempenho

ambiental (integraccedilatildeo local recursos cargas ambientais conforto ambiental vivecircncia socioeconocircmica e uso sustentaacutevel)

traduzidos em 22 aacutereas e 43 criteacuterios Quadro 2 ndash Principais sistemas de certificaccedilatildeo de edificaccedilotildees (conclusatildeo)

Fonte A autora (2012)

36

243 Principais Sistemas de Certificaccedilatildeo no Brasil

No Brasil os sistemas de certificaccedilatildeo de edificaccedilotildees mais difundidos satildeo

O AQUA alta qualidade ambiental o LEED ndash Brasil o PROCEL EDIFICA da

Eletrobraacutes e o Selo CASA AZUL da Caixa Econocircmica O Quadro 3 apresenta

as principais caracteriacutesticas destes selos

PROCEL EDIFICA - Instrumento de Classificaccedilatildeo

wwweletrobrascomPCIetiquetagem_edificios

Instituiccedilatildeo Responsaacutevel Eletrobraacutes

Abrangecircncia Brasil

Tipos de edifiacutecios avaliados Edifiacutecios Comerciais de Serviccedilos e Puacuteblicos e Residenciais

Classificaccedilotildees Concedidas A B C D E

Criteacuterios avaliados para Classificaccedilotildees A eficiecircncia energeacutetica eacute avaliada nos sistemas de envoltoacuteria iluminaccedilatildeo e

condicionamento de ar para edifiacutecios comerciais de serviccedilos e puacuteblicos Nos edifiacutecios residecircncias satildeo avaliados a

envoltoacuteria sistemas de aquecimento de aacutegua aleacutem dos sistemas presentes nas aacutereas comuns dos edifiacutecios

multifamiliares como iluminaccedilatildeo elevadores bombas centriacutefugas etc

SELO CASA AZUL DA CAIXA

downloadscaixagovbr_arquivosdesenvolvimento_urbanogestao_ambientalGuia_Selo_Casa_Azul_CAIXApdf

Instituiccedilatildeo Responsaacutevel Caixa Econocircmica Federal

Abrangecircncia Brasil

Tipos de edifiacutecios avaliados Unidades Habitacionais com valor ateacute R$130 mil

Classificaccedilotildees Concedidas BRONZE (19 Criteacuterios obrigatoacuterios) PRATA (25 criteacuterios sendo 6 de livre escolha) OURO (25

criteacuterios sendo 6 de livre escolha)

Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo 53 criteacuterios de avaliaccedilatildeo distribuiacutedos em seis categorias Qualidade Urbana

Projeto e Conforto Eficiecircncia Energeacutetica Conservaccedilatildeo de Recursos Materiais Gestatildeo da Aacutegua Praacuteticas Sociais

LEED - BRASIL

wwwgbcbrasilorgbrp=certificacao

Instituiccedilatildeo Responsaacutevel Green Building Council Brasil

Abrangecircncia Brasil

Esquemas de avaliaccedilatildeo disponiacuteveis tipos de edifiacutecios avaliados

LEED NC para novas construccedilotildees ou grandes projetos de renovaccedilatildeo- LEED ND para projetos de desenvolvimento de bairro

LEED CS para projetos na envoltoacuteria e parte central do edifiacutecio LEED Retail NC e CI para lojas de varejo

LEED Healthcare para unidades de sauacutede LEED EB_OM para projetos de manutenccedilatildeo de edifiacutecios jaacute existentes

LEED Schools para escolas e LEED CI para projetos de interior ou edifiacutecios comerciais

Classificaccedilotildees Concedidas Selo LEED - 40 pontos Prata 50 pontos Ouro 60 pontos e Platina 80 pontos

Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo Espaccedilo sustentaacuteve eficiecircncia do uso da aacutegua energia e atmosfera

materiais e recursos qualidade ambiental interna inovaccedilatildeo e processos creacuteditos de prioridade regional

Quadro 3 - Principais sistemas de certificaccedilatildeo de edificaccedilotildees no Brasil (continua)

Fonte A autora (2012)

37

AQUA - Alta Qualidade Ambiental

wwwvanzoliniorgbr

Instituiccedilatildeo Responsaacutevel Fundaccedilatildeo Vanzolini

Abrangecircncia Brasil

Tipos de edifiacutecios avaliados Escritoacuterios e Escolas Hoteis e Edifiacutecios Habitacionais

Classificaccedilotildees Concedidas Bom Superior Excelente

Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo 14 Categorias satildeo avaliadas relaccedilatildeo do edifiacutecio com o seu entorno escolha

integrada de produtos sistemas e processos construtivos canteiro de obras com baixo impacto ambiental gestatildeo da

energia gestatildeo da aacutegua gestatildeo dos resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo do edifiacutecio manutenccedilatildeo - permanecircncia do desempenho

ambiental conforto higroteacutermico conforto acuacutestico conforto visual conforto olfativo qualidade sanitaacuteria dos

ambientes qualidade sanitaacuteria do ar qualidade sanitaacuteria da aacutegua Para receber a certificaccedilatildeo deve atender no miacutenimo

7 categorias - Bom 4 categorias - Superior e 3 categorias - Excelente

Quadro 3 - Principais sistemas de certificaccedilatildeo de edificaccedilotildees no Brasil (conclusatildeo)

Fonte A autora (2012)

Para SILVA (2003) os princiacutepios soacutelidos de uma certificaccedilatildeo direcionada

ao contexto brasileiro satildeo

ara ser tecnicamente consistente um meacutetodo de avaliaccedilatildeo deve ser

adaptado a dados nacionais relevantes

ara ser viaacutevel praticamente um meacutetodo de avaliaccedilatildeo deve ser

adaptado ao mercado agraves praacuteticas de construccedilatildeo e agraves tradiccedilotildees locais

ara ser absorvido e difundir-se rapidamente um meacutetodo de avaliaccedilatildeo

deve ser desenvolvido em parceria com as principais partes interessadas

investidores empreendedoresconstrutores e projetistas

ara serem apropriados ao contexto nacional os itens avaliados no

meacutetodo devem ser ponderados para refletir prioridades e interesses nacionais

244 Processo AQUA de certificaccedilatildeo

Em outubro de 2007 foi publicado no Brasil o AQUA (Alta Qualidade

Ambiental) a adaptaccedilatildeo do HQE (versatildeo de fevereiro de 2007) Este sistema

de certificaccedilatildeo ambiental para edifiacutecios foi desenvolvido pela Fundaccedilatildeo Carlos

Alberto Vanzolini em parceria com o Departamento de Engenharia de

Construccedilatildeo Civil da Escola Politeacutecnica da Universidade de Satildeo Paulo (USP) e

o Centre Scientifique et Technique du Bacirctiment (CSTB)

Para Aulicino (2008) o processo AQUA foi desenvolvido com o objetivo de

amenizar os impactos da construccedilatildeo de um edifiacutecio novo ou da reabilitaccedilatildeo de

algum edifiacutecio existente tanto sobre o meio ambiente como sobre a qualidade

38

do ambiente interno para os usuaacuterios (conforto e sauacutede) e externo ao edifiacutecio A

metodologia merece destaque por ser a primeira oficialmente adaptada ao

contexto brasileiro

O processo AQUA abrange as seguintes fases

programa (ideia) - reflexatildeo criativa inicial sobre o empreendimento de

construccedilatildeo em seu contexto soacutecio econocircmico e ambiental

concepccedilatildeo (projeto) ndash tendo como entrada o programa define a

construccedilatildeo sustentaacutevel e como seraacute realizada

ealizaccedilatildeo (construccedilatildeo) - guiada pelas definiccedilotildees do projeto materializa

a construccedilatildeo sustentaacutevel

peraccedilatildeo (uso) ndash monitora o desempenho da edificaccedilatildeo os consumos

as emissotildees despesas entre outros garantindo condiccedilotildees de conforto e sauacutede

ao usuaacuterio com melhor desempenho soacutecio econocircmico e ambiental

esconstruccedilatildeo (a desmontagem) ndash ao final da vida uacutetil permite o

maacuteximo aproveitamento dos materiais e sistemas com menor impacto

ambiental

Em 2013 estavam disponiacuteveis para consulta quatro referenciais teacutecnicos

escritoacuterios edifiacutecios escolares edifiacutecios habitacionais edifiacutecios comerciais e

hoteacuteis O referencial para edifiacutecios que buscam certificaccedilatildeo na fase operaccedilatildeo

encontra-se em periacuteodo de revisatildeo Os referenciais teacutecnicos para sauacutede

esporte e lazer bairros e estradas estatildeo em fase de estudo e em busca de

empresas pioneiras para desenvolvimento dos projetos

O processo eacute feito por meio de 3 (trecircs) auditorias presenciais antecedidas

de anaacutelise teacutecnica dos documentos entregues A avaliaccedilatildeo se baseia em um

perfil ambiental composto pelas seguintes aacutereas de avaliaccedilatildeo eco-construccedilatildeo

eco-gestatildeo conforto e sauacutede Os Quadros 4 e 5 apresentam as 14 categorias

e subcategorias avaliadas no sistema AQUA

39

Quadro 4 ndash Categorias do sistema AQUA

Fonte Fundaccedilatildeo Vanzolini (2011)

1) Relaccedilatildeo do edifiacutecio com o entorno

Implantaccedilatildeo do empreendimento no terreno para desenvolvimento urbano sustentaacutevel

Qualidade dos espaccedilos exteriores para os usuaacuterios

Impacto do edifiacutecio sobre a vizinhanccedila

2) Escolha integrada de produtos sistemas e processos construtivos

Durabilidade e a adaptabilidade da construccedilatildeo

Escolhas construtivas para a facilidade de conservaccedilatildeo da construccedilatildeo

Escolha dos produtos de construccedilatildeo (limitar impactos socioambientais)

Escolha dos produtos de construccedilatildeo (limitar impactos aacute sauacutede humana)

3) Canteiros de obras com baixo impacto ambiental

Otimizaccedilatildeo da gestatildeo dos resiacuteduos do canteiro de obras

Reduccedilatildeo dos incocircmodos poluiccedilatildeo e consumo de recursos causados pelo canteiro de obras

4) Gestatildeo da energia

Reduccedilatildeo de energia por meio de concepccedilatildeo arquitetocircnica

Reduccedilatildeo do consumo de energia primaacuteria dos poluentes associados

5) Gestatildeo da aacutegua

Reduccedilatildeo do consumo de aacutegua potaacutevel

Otimizaccedilatildeo e gestatildeo de aacuteguas pluviais

6) Gestatildeo dos resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo do edificio

Otimizaccedilatildeo da valorizaccedilatildeo dos resiacuteduos gerados pelas atividades de uso e operaccedilatildeo do edifiacutecio

Qualidade do sistema de gestatildeo dos resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo do edifiacutecio

7) Manutenccedilatildeo ndash permanecircncia do desempenho ambiental

Permanecircncia do desempenho dos sistemas de aquecimento e resfriamento

Permanecircncia do desempenho dos sistemas de ventilaccedilatildeo

Permanecircncia do desempenho dos sistemas de iluminaccedilatildeo

Permanecircncia do desempenho dos sistemas de gestatildeo da aacutegua Quadro 5 ndash Subcategorias do sistema AQUA (continua)

Fonte Fundaccedilatildeo Vanzolini (2011)

40

8) Conforto higroteacutermico

Implementaccedilatildeo de medidas arquitetocircnicas para otimizaccedilatildeo do conforto higroteacutermico de veratildeo e inverno

Criaccedilatildeo de condiccedilotildees de conforto higroteacutermico de inverno

Criaccedilatildeo de condiccedilotildees de conforto higroteacutermico de veratildeo em ambientes climatizados naturalmente

Criaccedilatildeo de condiccedilotildees de conforto higroteacutermico de veratildeo em ambientes com sistema de resfriamento artificial

9) Conforto acuacutestico

Otimizaccedilatildeo dos elementos arquitetocircnicos para proteger os usuaacuterios do edifiacutecio de incocircmodos acuacutesticos

Criaccedilatildeo de uma qualidade do meio acuacutestico adaptado aos diferentes ambientes

10) Conforto visual

Garantia de iluminacircncia natural oacutetima evitando seus inconvenientes (ofuscamento)

Iluminaccedilatildeo artificial confortaacutevel

11) Conforto olfativo

Garantia de uma ventilaccedilatildeo eficaz

Controle das fontes de odores desagradaacuteveis

12) Qualidade sanitaacuteria dos ambientes

Controle da exposiccedilatildeo eletromagneacutetica

Criaccedilatildeo de condiccedilotildees de higiene especiacuteficas

13) Qualidade sanitaacuteria do ar

Garantia de uma ventilaccedilatildeo eficaz

Controle das fontes de poluiccedilatildeo

14) Qualidade sanitaacuteria da aacutegua

Qualidade e durabilidade dos materiais empregados em redes internas

Organizaccedilatildeo e proteccedilatildeo das redes internas

Controle da temperatura na rede interna

Controle dos tratamentos anticorrosivo e antiincrustaccedilatildeo Quadro 5 ndash Subcategorias do sistema AQUA (conclusatildeo)

Fonte Fundaccedilatildeo Vanzolini (2011)

Para cada categoria analisada eacute atribuiacutedo um niacutevel de desempenho bom

superior e excelente A Figura 3 demonstra que para obter a certificaccedilatildeo nas

fases programa concepccedilatildeo e realizaccedilatildeo o edifiacutecio precisa atingir pelo menos

trecircs de niacutevel excelente e no maacuteximo 7 niacutevel bom Sendo assim este sistema

natildeo possui escala de pontuaccedilatildeo global

Figura 3 ndash Niacuteveis de avaliaccedilatildeo AQUA

Fonte Fundaccedilatildeo Vanzolini (2011)

41

2441 Certificaccedilatildeo AQUA ndash fase operaccedilatildeo e uso

A primeira versatildeo do Referencial Teacutecnico de Operaccedilatildeo e Uso para

edifiacutecios de serviccedilos foi elaborado em maio de 2010 e ainda encontra-se em

fase de revisatildeo O referencial completo pode ser consultado no Anexo 3 e estaacute

dividido em cinco partes

I - Sistema de gestatildeo da operaccedilatildeo (SGO)

Gestatildeo para compromisso planejamento e controle de desempenho

II ndash Qualidade intriacutenseca (QI)

Perfil da qualidade ambiental do edifiacutecio

III ndash Melhoria da qualidade intriacutenseca (MQI)

Melhoria da qualidade ambiental do conjunto em relaccedilatildeo ao planejamento

IV ndash Controle da qualidade intriacutenseca (CQI)

Qual eacute a forma de garantir o desempenho do edifiacutecio

V ndash Qualidade ambiental das praacuteticas (QAP)

Rotinas - Basicamente divido em compras comunicaccedilatildeo e gestatildeo

Na fase operaccedilatildeo e uso a forma de avaliaccedilatildeo difere das demais fases a

Tabela 1 apresenta a pontuaccedilatildeo miacutenima para ser excelente nas 14 categorias

Tabela 1 ndash Perfil da qualidade ambiental do edifiacutecio em operaccedilatildeo

Fase Programa da Operaccedilatildeo e Uso Pontos miacutenimos em E

Categoria 1- Relaccedilatildeo do edifiacutecio com seu entorno 50 dos pontos aplicaacuteveis

Categoria 2 - Escolha integrada de produtos sistemas e processos construtivos gt 12

Categoria 3 - Canteiro de obras gt 4

Categoria 4 - Energia gt 18 sendo 8 em CQI

Categoria 5 - Aacutegua gt 12 sendo 7 em CQI eou MQI

Categoria 6 - Resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo do edifiacutecio gt 5

Categoria 7 - Conservaccedilatildeo e manutenccedilatildeo gt 13 sendo 8 em CQI ou MQI

Categoria 8 - Conforto higroteacutermico gt 9 sendo 3 em CQI

Categoria 9 - Conforto acuacutestico gt 4

Categoria 10 -Conforto visual gt 10 sendo 3 em CQI

Categoria 11 - Conforto Olfativo gt 7 sendo 3 em CQI

Categoria 12 - Qualidade sanitaacuteria dos ambientes gt 8 sendo 3 em CQI

Categoria 13 - Qualidade sanitaacuteria do ar gt 16 sendo 10 em CQI

Categoria 14 - Qualidade sanitaacuteria da aacutegua gt 8 sendo 5 em CQI

SGO - Sistema de gestatildeo da operaccedilatildeo Atender os requisitos aplicaacuteveis

QAP - Qualidade ambiental da praacutetica gt ou = 50 dos pontos aplicaacuteveis

Fonte Fundaccedilatildeo Vanzolini (2012)

42

Para alcanccedilar o niacutevel bom eacute necessaacuterio atender os requisitos exigidos em

todo referencial na coluna ldquoniacutevelrdquo m letra ldquoBrdquo conforme Figura 4 e para atingir o

niacutevel superior aleacutem de todos os itens ldquoBrdquo precisa atender tambeacutem todos com a

letra ldquoSrdquo

Figura 4 ndash Avaliaccedilatildeo na fase operaccedilatildeo e uso - processo AQUA

Fonte Referencial AQUA (2010)

43

3 METODOLOGIA

A presente dissertaccedilatildeo caracteriza-se como um estudo exploratoacuterio pois

visa ldquoproporcionar maior familiaridade com a questatildeo o problema com vistas a

tornaacute-lo mais expliacutecitordquo (GIL 2002) Geralmente o estudo eacute exploratoacuterio quando

haacute pouco conhecimento sobre o tema a ser abordado (AAKER et al2004) Por

ser um tipo de pesquisa muito especiacutefica quase sempre ela assume a forma

de um estudo de caso (GIL 2008)

A pesquisa tambeacutem se enquadra como pesquisa descritiva pois tem o

objetivo de descrever um determinado fenocircmeno (GIL 2008) Como qualquer

pesquisa ela depende tambeacutem de uma revisatildeo da literatura

Tratando se de uma pesquisa exploratoacuteria e descritiva a metodologia

utilizada foi a qualitativa Conforme Gephart (2004) a pesquisa qualitativa

fornece uma narrativa da visatildeo da realidade dos indiviacuteduos sendo altamente

descritiva Pode fornecer bases para compreender processos de gestatildeo e pode

humanizar a pesquisa realccedilando as intenccedilotildees humanas e os significados do

fenocircmeno (GEPHART 2004)

Para alcanccedilar os objetivos propostos o estudo foi desenvolvido em

algumas etapas segue a descriccedilatildeo das mais importantes

participaccedilatildeo no curso ldquoConstruccedilatildeo sustentaacutevel AQUA ndash Introduccedilatildeordquo

Ministrado pela Fundaccedilatildeo Vanzolini

participaccedilatildeo no curso ldquoConstruccedilatildeo Sustentaacutevel AQUA ndash O Sistema de

Gestatildeo do Empreendimento (SGE)rdquo Ministrado pela Fundaccedilatildeo Vanzolini

participaccedilatildeo no curso ldquoEnergia Solar Fotovoltaicardquo Ministrado pela Blue

Sol ministrado no Escritoacuterio Verde da UTFPR

estudo do referencial teacutecnico AQUA de construccedilatildeo ndash criteacuterios para

avaliaccedilatildeo da fase de construccedilatildeo de escritoacuterios - edifiacutecios comerciais

anaacutelise detalhada do referencial teacutecnico AQUA de Operaccedilatildeo e Uso

fornecido pela Fundaccedilatildeo Vanzolini

levantamento de dados elaboraccedilatildeo de diagnoacutestico inicial referente agrave

construccedilatildeo do Escritoacuterio Verde

referencial teoacuterico baseado na revisatildeo da literatura

realizaccedilatildeo estudo de caso avaliaccedilatildeo da operaccedilatildeo e uso do Escritoacuterio

Verde

44

Importante ressaltar que o cancelamento da realizaccedilatildeo do curso

Construccedilatildeo sustentaacutevel AQUA - operaccedilatildeo e uso previsto pela Fundaccedilatildeo

Vanzolini em outubro de 2012 prejudicaram em partes os resultados da

presente dissertaccedilatildeo

45

4 ESTUDO DE CASO ESCRITOacuteRIO VERDE DA UTFPR

41 CONTEXTUALIZACcedilAtildeO

Atualmente os Centros Universitaacuterios Sustentaacuteveis chamados

Greencampi satildeo uma realidade em diversos paiacuteses como Europa Estados

Unidos Austraacutelia e Nova Zelacircndia Os campi universitaacuterios assumem funccedilatildeo

relevante uma vez que estudantes professores e comunidade externa

convivem diariamente em espaccedilo integrado adaptando a este todas suas

atividades e necessidades (ESCRITOacuteRIO VERDE 2012)

A grande maioria dessas Universidades possui um Green Office ou

ldquoEscritoacuterio Verderdquo onde satildeo planejadas e implantadas as praacuteticas sustentaacuteveis

nos campi Atuando em conjunto com outros departamentos das

Universidades esse ldquoEscritoacuteriordquo atende a gestatildeo ambiental do campus

tornando mais faacutecil o gerenciamento interno das Instituiccedilotildees de Ensino

Superior (IES) (ESCRITOacuteRIO VERDE 2012)

No Brasil este movimento jaacute comeccedila a surgir em algumas IES seguindo

uma tendecircncia global e diante da necessidade das Universidades em se

posicionarem com relaccedilatildeo ao desenvolvimento de forma consciente perante a

sociedade O desenvolvimento sustentaacutevel natildeo se traduz assim apenas nas

praacuteticas de ensino mas na implantaccedilatildeo de praacuteticas de gestatildeo ambiental

(ESCRITOacuteRIO VERDE 2012)

O Escritoacuterio Verde empreendimento da Universidade Tecnoloacutegica Federal

do Paranaacute (UTFPR) Campus Curitiba conforme ilustrado na Figura 5 estaacute

localizado na Avenida Silva Jardim nordm 807 entre a Rua Des Westphalen e a

Av Mal Floriano Peixoto e aos fundos do local dispotildee de uma aacuterea com

quadra coberta e edifiacutecio onde se encontra instalado atualmente o Centro de

Liacutenguas da Universidade O empreendimento foi implantado na parte frontal do

terreno onde existia uma quadra esportiva polivalente em desuso

(ESCRITOacuteRIO VERDE 2012)

O edifiacutecio eacute um departamento da universidade que tem como escopo

desenvolver e implantar programas que reduzam o impacto ambiental das

atividades de ensino e pesquisa conduzidas no Campus Curitiba O Escritoacuterio

tambeacutem abriga a sede do ldquoCentro Regional de Integraccedilatildeo Expertise de

Educaccedilatildeo para o Desenvolvimento Sustentaacutevel ndash CRIE Curitibardquo um centro

46

aprovado pela UNU ndash Universidade das Naccedilotildees Unidas da ONU que compotildee

uma rede de mais de 80 centros no mundo e que visam promover a educaccedilatildeo

para a sustentabilidade (ESCRITOacuteRIO VERDE 2012)

Figura 5 - Localizaccedilatildeo do empreendimento em relaccedilatildeo agrave UTFPR e pontos estrateacutegicos

Fonte Google Earth (2011)

42 CONSTRUCcedilAtildeO DO ESCRITOacuteRIO VERDE

A ideacuteia foi concebida e projetada pelo Prof Dr Eloy Fassi Casagrande Jr

e a empresa ldquoEcoStudio ndash Soluccedilotildees Sustentaacuteveis em Arquitetura e Designrdquo

com apoio da Moacutedulo Arquitetura Sustentaacutevel e a TecVerde Engenharia Ltda

responsaacutevel pela adaptaccedilatildeo do projeto para o sistema construtivo wood-frame

baseado em tecnologia alematilde As Figuras 6 e 7 satildeo as plantas esquemaacuteticas

do EV a Figura 8 eacute o volume projetado e as Figuras 9 e 10 satildeo imagens do

Escritoacuterio finalizado O projeto arquitetocircnico estaacute disponiacutevel no Anexo 2

47

Figura 6 ndash Planta esquemaacutetica do piso teacuterreo do EV

Fonte A autora (2012)

Figura 7 ndash Planta esquemaacutetica do mezanino do EV

Fonte A autora (2012)

48

Figura 8 ndash Perspectiva lateral esquerda do Escritoacuterio Verde

Fonte CASAGRANDE JR (2012)

Figura 9 ndash Vista da lateral esquerda do Escritoacuterio Verde

Fonte Escritoacuterio Verde Online (2012)

Figura 10 ndash Vista dos fundos do Escritoacuterio Verde

Fonte Fonte Escritoacuterio Verde Online (2012)

49

A construccedilatildeo do EV iniciou-se em agosto de 2010 parcerias com a

parceria de aproximadamente 60 empresas que contribuiacuteram com a doaccedilatildeo de

produtos equipamentos e materiais de baixo impacto ambiental

estabelecendo um novo modelo da relaccedilatildeo escola-empresa A obra tambeacutem

contou com o apoio de diversos departamentos da UTFPR em especial o

DICEP ndash Divisatildeo de Conservaccedilatildeo de Edificaccedilotildees e Produccedilatildeo

O projeto foi idealizado seguindo o conceito de arquitetura bioclimaacutetica

possibilitando ventilaccedilatildeo cruzada aproveitamento da fachada norte para

captaccedilatildeo de energia solar a utilizaccedilatildeo de telhado verde que favorece o

conforto ambiental da edificaccedilatildeo entre outros

O Sistema construtivo Wood-frame agilizou a primeira etapa da obra

concluiacuteda em apenas 5 dias Na Figura 11 observa-se a montagem do EV

necessitando de um guindaste para levantamento das paredes que chegaram

ao canteiro de obra prontas de faacutebrica contribuindo com a geraccedilatildeo miacutenima de

resiacuteduos

Figura 11 ndash Montagem das paredes do Escritoacuterio Verde

Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011)

50

Na segunda fase da obra houve a colocaccedilatildeo da cobertura os paineacuteis de

acabamento externo e a colocaccedilatildeo das esquadrias Para o telhado optou-se

pelo sistema rdquoshinglerdquo Os acabamentos externos SmartSide e Siding Vinilico

foram aplicados apoacutes a colocaccedilatildeo de uma membrana hidroacutefuga (Figura 12)

que atua como barreira contra vento poeira vapor drsquoaacutegua e calor

Figura 12 ndash Aplicaccedilatildeo de manta hidroacutefuga nas paredes externas

Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011)

A terceira fase ocorreu em marccedilo de 2011 com a instalaccedilatildeo dos sistemas

sustentaacuteveis como coleta de aacutegua pluvial e sistema fotovoltaico Em paralelo

iniciou-se a fase de acabamento interno e execuccedilatildeo do telhado verde

conforme Figuras 13 e 14

Figura 13 ndash Sistema de moacutedulos em EVA Figura 14 ndash Execuccedilatildeo do telhado verde

Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011) Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011)

51

A Figura 15 demonstra a aplicaccedilatildeo de alguns acabamentos internos No

revestimento das paredes utilizaram-se placas decowall da empresa LP Brasil

no teto tem-se a aplicaccedilatildeo de placas termo-acuacutesticas em madeira mineralizada

suspensas no teto em perfis metaacutelicos o piso elevado foi revestido com

carpete fabricado com material reciclado e as luminaacuterias utilizam lacircmpadas

LED

Figura 15 ndash Revestimentos internos do EV

Fonte Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011)

O Escritoacuterio Verde completou 1 ano de operaccedilatildeo em 06 de dezembro de

2012 periacuteodo em que recebeu duas premiaccedilotildees Precircmio Guia do Estudante ndash

Destaque do Ano na categoria sustentabilidade premiaccedilatildeo da Editora Abril

em parceria com Santander Universidade e um Precircmio da ONU durante a

ldquoSeacutetima Conferecircncia dos Centros de Expertise em Educaccedilatildeo para o

Desenvolvimento Sustentaacutevelrdquo em Tongyeang na Coreacuteia do Sul por

contribuiccedilatildeo na participaccedilatildeo comunitaacuteria em praacuteticas para a sustentabilidade

52

5 RESULTADOS E DISCUSSOtildeES

51 AVALIACcedilAtildeO DO DESEMPENHO AMBIENTAL DO EV

Os resultados apresentados neste capiacutetulo foram dispostos seguindo a

mesma sequecircncia apresentada no referencial de operaccedilatildeo e uso Parte I ndash

Sistema de Gestatildeo da Operaccedilatildeo (SGO) As partes II III e IV foram compiladas

pois representam a Qualidade Ambiental do Edifiacutecio na Operaccedilatildeo (QAEop) e a

parte V - Qualidade Ambiental das Praacuteticas

511 SGO ndash Sistema de gestatildeo da operaccedilatildeo

Para o entendimento de alguns requisitos exigidos no SGO primeiramente

buscou-se a explicaccedilatildeo do SGE (sistema de gestatildeo do empreendimento)

exigido no inicio da fase programa considerado pelo AQUA como a ldquocoluna

vertebralrdquo da certificaccedilatildeo pois eacute a ferramenta para se alcanccedilar a qualidade

ambiental desejada O SGE quanto o SGO satildeo compostos pelos mesmos

itens

comprometimento do empreendedor - eacute a escolha do perfil de qualidade

ambiental desejado o qual deve ser justificado

implementaccedilatildeo e funcionamento - eacute o planejamento definiccedilatildeo de

competecircncias gestatildeo de contratos gestatildeo da comunicaccedilatildeo gestatildeo

documental responsaacuteveis por programar e monitorar cada accedilatildeo

gestatildeo do empreendimento - monitoramento avaliaccedilatildeo da qualidade

ambiental do edifiacutecio accedilotildees corretivas

aprendizagem revisatildeo - confrontar os resultados com os objetivos

definidos no perfil de qualidade ambiental

Primeiramente para definiccedilatildeo do perfil ambiental do edifiacutecio seguiu-se o

modelo sugerido pelo AQUA no referencial de 2007 (edifiacutecios novos) para

hierarquizaccedilatildeo das categorias em funccedilatildeo dos desafios ambientais

estabelecidos A avaliaccedilatildeo completa dos objetivos encontra-se no Anexo 2

A Tabela 2 representa o guia utilizado adaptado do modelo AQUA com

os pontos fortes definidos em cada categoria incluindo o item mobilidade

urbana pois eacute um dos pontos fortes considerados na implantaccedilatildeo do EV

53

Tabela 2 ndash Guia para hierarquizaccedilatildeo das categorias da QAE em funccedilatildeo dos desafios ambientais estabelecidos

EnergiaMaterias

primasAacutegua Ar Aacutegua Solo Ruiacutedos Odores

Local e construccedilatildeo

1 Relaccedilatildeo do edifiacutecio com o seu entorno

11 Consideraccedilatildeo do contexto F

12 Implantaccedilatildeo no terreno F F

2 Escolha integrada de produtos sistemas e processos construtivos

21 Adaptabilidade e durabilidade do edifiacutecio F

22 Escolhas de processos construtivos F F

23 Escolhas de produtos de construccedilatildeo F F

24 Fim de vida do edifiacutecio desconstrutibilidade reciclabilidade F F

3 Canteiro de obras

31 Produccedilatildeo de resiacuteduos identificaccedilatildeo gestatildeo dos resiacuteduos F

32 Incocircmodos e poluiccedilatildeo F F

33 Recursos - consumo de aacutegua e energia F

F = Relaccedilatildeo forte existente entre preocupaccedilatildeo e objetivo

Uma ceacutelula em branco natildeo significa necessariamente uma total ausecircncia de preocupaccedilatildeo

MO

BIL

IDA

DE

UR

BA

NA

OBJETIVOS DE CONTROLE DOS IMPACTOS AMBIENTAIS EXTERIORES E

INTERIORES DO EDIFICIO

Tabela 3 - Guia para a hierarquizaccedilatildeo das categorias de QAE em funccedilatildeo dos desafios ambientais estabelecidos

ME

LH

OR

AR

O

CO

NF

OR

TO

PR

ES

EE

RV

AR

A S

AU

DE

PREOCUPACcedilOtildeES AMBIENTAIS

PRESERVAR OS

RECURSOS

REDUZIR A

POLUICcedilAtildeO

REDUZIR OS

INCOMODOS

RE

DU

ZIR

OS

RE

SID

UO

S

Fonte A autora (2012)

Para o CREA-PR (2011) os deslocamentos natildeo devem ser tratados

apenas como a accedilatildeo de ir e vir mas a partir do conceito de mobilidade

acrescido da preocupaccedilatildeo com a sua sustentabilidade que pode ser traduzida

como o resultado de um conjunto de poliacuteticas de transporte e circulaccedilatildeo que

priorize os modos natildeo motorizados e coletivos de transporte e a acessibilidade

urbana visando tambeacutem as pessoas com deficiecircncia eou mobilidade reduzida

Apoacutes a definiccedilatildeo dos desafios ambientais a serem perseguidos

desenhou-se o perfil ambiental proposto para o Escritoacuterio Verde que pode ser

visualizado na Figura 16 4 categorias niacutevel bom 3 niacutevel superior e 7 niacutevel

excelente

54

Figura 16 ndash Perfil ambiental proposto para o EV

Fonte A autora (2011)

512 QAEop ndash Qualidade Ambiental do Edifiacutecio na Fase Operaccedilatildeo

A QAEop eacute composta por 3 partes Parte II ndash QI Qualidade Intriacutenseca

Parte III ndash MQI Melhoria da Qualidade Intriacutenseca Parte IV ndash CQI Controle da

Qualidade Intriacutenseca Cada categoria foi analisada conforme requisitos

exigidos no referencial AQUA de operaccedilatildeo e uso O campo avaliaccedilatildeo refere-se

ao atendimento ou natildeo do requisito exigido Os campos na coluna avaliaccedilatildeo

que ficaram em branco representam os itens que necessitam de maior

detalhamento para se proceder com a avaliaccedilatildeo

55

Categoria 1 ndash Relaccedilatildeo do edifiacutecio com seu entorno

1 Relaccedilatildeo do Edificio com seu entorno Avaliaccedilatildeo

QI 11

Coerecircncia no uso e operaccedilatildeo do empreendimento no terreno em relaccedilatildeo agraves poliacuteticas locais de

desenvolvimento urbano sustentaacutevel Atende

QI 12 Otimizar os acessos e gerenciar os fluxos Atende

QI 13 Gerenciar os modos de deslocamento e favorecer os menos poluentes Atende

QI 14 Preservar Melhorar a qualidade ecoloacutegica e paisagiacutestica do local do empreendimento Atende

QI 15 Preservar Melhorar a biodiversidade Atende

QI 16 Prevenir o risco de inundaccedilotildees e limitar a poluiccedilatildeo difusa Atende

QI 17 Garantir o conforto ambiental exterior satisfatoacuterio Atende

QI 18 Garantir a iluminaccedilatildeo exterior satisfatoacuteria e limitar os incocircmodos visuais para a vizinhanccedila Atende

QI 19 Limitar a poluiccedilatildeo sonora e garantir o direito agrave calma da vizinhanccedila Atende

QI 110 Garantir espaccedilos exteriores saudaacuteveis e garantir o direito agrave sauacutede dos ocupantes Atende

QI 111 Acessibilidade Accedilatildeo corretiva

Quadro 6 ndash Avaliaccedilatildeo categoria 1 - QI

Fonte Referencial AQUA (2010)

1 Avaliaccedilatildeo

CQI 11 Garantir a conservaccedilatildeo adequada dos espaccedilos exteriores atende

CQI 12 Otimizar as condiccedilotildees de conservaccedilatildeo dos espaccedilos exteriores atende

CQI 13 Supervisionar a qualidade do ar nos estacionamentos fechados Natildeo se aplica

CQI 14Garantir a conservaccedilatildeo e manutenccedilatildeo das instalaccedilotildees de resfriamento nos sistemas de

condicionamento de ar Natildeo se aplica

Relaccedilatildeo do Edificio com seu entorno

Quadro 7 ndash Avaliaccedilatildeo categoria 1 - CQI

Fonte Referencial AQUA (2010)

As consideraccedilotildees a seguir satildeo referentes aos criteacuterios avaliados na QI 13

QI 13 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo

B Atende

Medidas tomadas para limitar o nuacutemero de vagas de estacionamento em funccedilatildeo dos

meios de deslocamento apresentados (salvo recomendaccedilatildeo contraacuteria da legislaccedilatildeo) S E 1 Atende

Medidas tomadas para gerenciar da melhor forma as vagas disponiacuteveis para

estacionamento (sistemas automatizados vigilacircncia manobristas etc)S E 1 NA

Presenccedila de aacuterea de estacionamento reservada aos veiacuteculos limpos S E 1 Implantar

Presenccedila de aacuterea de estacionamento reservada aos veiacuteculos limpos equipados com

dispositivos que favoreccedilam a sua utilizaccedilatildeoS E 2 NA

Disponibilidade de bicicletaacuterios aos ocupantes do edifiacutecio S E 2 Implantar

Presenccedila de bicicletaacuterios em locais ou abrigos seguros e protegidos ou visiacuteveis a partir

de um posto de vigilacircncia (guarita etc)S E 3 Implantar

Presenccedila de espaccedilos comuns apropriados (vestiaacuterios chuveiros) para os funcionaacuterios

ciclistasS E 4 X

Garantir a proximidade com

os transportes coletivosImplantaccedilatildeo do projeto a menos de 400m de um ponto de transporte coletivo S E 1 Atende

NA - Natildeo se aplica

X - Natildeo haacute e sem possibilidade de adaptaccedilatildeo

Apresentaccedilatildeo da situaccedilatildeo atual em termos meios de deslocamento existentes no local do empreendimento

especialmente os menos poluentes

Veiacuteculos particulares

Favorecer o uso de veiacuteculos

limpos

Favorecer o uso de modos de

deslocamento menos

poluentes

Quadro 8 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 13

Fonte Referencial AQUA (2010)

56

O Escritoacuterio Verde estaacute localizado em regiatildeo central de Curitiba

possuindo um sistema puacuteblico de transporte composto por 26 linhas de

transporte coletivo as quais permitem a ligaccedilatildeo dos bairros ao centro da

cidade

A Rede Integrada de Transportes ndash RIT possui uma tarifa uacutenica com

embarque e desembarque em niacutevel nas ldquoEstaccedilotildees Tubordquo e em pontos de

ocircnibus ou terminais de integraccedilatildeo localizados em diversos pontos da cidade

A URBS ndash Urbanizaccedilatildeo de Curitiba SA eacute a empresa responsaacutevel pelas

accedilotildees estrateacutegicas de planejamento operaccedilatildeo e fiscalizaccedilatildeo que envolve os

serviccedilos essenciais de transporte e tracircnsito da cidade Exerce o controle do

transporte de toda Regiatildeo Metropolitana permitindo que a Rede de

Transportes de Curitiba seja integrada em acircmbito metropolitano

Proacuteximos ao empreendimento encontram-se linhas de transporte

interligando os principais eixos da cidade de Curitiba (a exemplo os eixos

Norte e Sul eixo Boqueiratildeo) permitindo assim a mobilidade dos usuaacuterios

Tambeacutem a 16 km do empreendimento estaacute a Estaccedilatildeo Rodoviaacuteria de Curitiba

responsaacutevel por centralizar o transporte coletivo intermunicipal interestadual e

internacional que tecircm a Cidade de Curitiba como ponto de partida de chegada

ou de escala

O Aeroporto Internacional Afonso Pena encontra-se a aproximadamente

164 km ou (40 min) do empreendimento no Municiacutepio de Satildeo Joseacute dos

Pinhais PR De modo a facilitar o deslocamento de usuaacuterios no sentido

aeroporto - rodoviaacuteria ndash aeroporto ndash esses tecircm agrave sua disposiccedilatildeo linha de

ocircnibus especial A linha faz ligaccedilatildeo com Aeroporto Internacional Afonso Pena

localizado em Satildeo Joseacute dos Pinhais - PR agrave Rodoferroviaacuteria e ao Centro de

Curitiba Sendo assim fomenta a mobilidade urbana restando ainda a

implantaccedilatildeo de um paraciclo e possivelmente reservar a aacuterea livre nos fundos

da edificaccedilatildeo para estacionamento exclusivo de veiacuteculos limpos

Criteacuterios de avaliaccedilatildeo QI 111 referente agrave acessibilidade

QI 111 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo

Respeito agraves regulamentaccedilotildees de acessibilidade e instalaccedilatildeo de sinalizaccedilatildeo adaptada agrave

funcionalidade dos espaccedilos externos__ Accedilatildeo corretiva

Em funccedilatildeo do local do empreendimento e das atividades presenccedila de espaccedilos de

conviacutevio de repouso ou de atividades particulares __ Accedilatildeo corretiva

Acessibilidade

Quadro 9 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 111

Fonte Referencial AQUA (2010)

57

O referencial natildeo apresenta o niacutevel de avaliaccedilatildeo do item QI 111 pois se

trata de um item obrigatoacuterio

O EV ainda natildeo atende alguns requisitos exigidos pela a ABNTNBR

90502004 Seguem alguns pontos da normativa para accedilotildees corretivas

Item 6711 - Os corrimatildeos devem ser instalados em ambos os lados

dos degraus isolados das escadas fixas e das rampas

Item 55 - Sinalizaccedilatildeo visual

Item 724 ndash Barra de apoio em sanitaacuterio

Item 7314 - Bacia com altura inferior

Item 7362 ndash Lavatoacuterios suspensos

Quanto o acesso ao mezanino entende-se que as mesmas atividades

podem ser desenvolvidas no piso teacuterreo natildeo necessitando de adaptaccedilatildeo para

acesso ao mezanino

Categoria 2 ndash Escolha integrada de produtos sistemas e processos

construtivos

O texto informado na QI da categoria 2 (paacuteginas 8 e 9 de 29) eacute o mesmo

descrito na CQI (paacuteginas 3 e 4 de 26) necessitando de revisatildeo

2 Avaliaccedilatildeo

QI 21 Assegurar a facilidade de acesso para a conservaccedilatildeo do edifiacutecio Atende

QI 22

Inventaacuterio das informaccedilotildees conhecidas a respeito dos produtos de construccedilatildeo presentes no

empreendimento Atende

Escolha integrada de produtos sistema e processos construtivos

Quadro 10 ndash Avaliaccedilatildeo categoria 2 - QI

Fonte Referencial AQUA (2010)

2 Avaliaccedilatildeo

MQI 21 Consideraccedilatildeo da adaptabilidade durante as atividades de renovaccedilatildeo Atende

MQI 22 Consideraccedilatildeo da durabilidade durante as atividades de renovaccedilatildeo Atende

MQI 23

Consideraccedilatildeo da facilidade de conservaccedilatildeo e da limitaccedilatildeo dos impactos ambientais das rotinas

de conservaccedilatildeo durante a renovaccedilatildeo dos revestimentos internos Atende

MQI 24 Consideraccedilatildeo do impacto ambiental na renovaccedilatildeo dos revestimentos internos Atende

MQI 25 Responsabilidade no uso da madeira nas atividades de renovaccedilatildeo Atende

MQI 26

Consideraccedilatildeo do impacto sanitaacuterio relativo agrave qualidade do ar interno na renovaccedilatildeo dos

revestimentos internos Atende

Escolha integrada de produtos sistema e processos construtivos

Quadro 11 ndash Avaliaccedilatildeo categoria 2 - MQI

Fonte Referencial AQUA (2010)

58

Criteacuterios avaliados no item QI 22

QI 22 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo

A situaccedilatildeo atual em termos de conhecimento dos impactos ambientais na escala do

empreendimento e sobre sua vida uacutetil considerando o uso de recursos renovaacuteveis a

incorporaccedilatildeo de resiacuteduos ou material reciclado como mateacuteria-prima o consumo de

recursos naturais a desmontabilidade e a possibilidade de reuso reciclagem a

geraccedilatildeo de resiacuteduos e na medida do possiacutevel a emissatildeo de gases contribuintes para

o EE n(efeito estufa) e a destruiccedilatildeo da camada de ozocircnio

A situaccedilatildeo atual em termos de conhecimento das emissotildees de COV e formaldeiacutedos

Valorizaccedilatildeo do

conhecimento da

contribuiccedilatildeo dos

produtos de

construccedilatildeo aos

impactos

ambientais e

sanitaacuterios do

empreendimento

Conhecimento dos impactos ambientais de 50 dos elementos da famiacutelia de produtos

de obra limpa na escala do empreendimento e sobre sua vida uacutetil considerando o

consumo de recursos naturais a desmontabilidade e a possibilidade de reuso

reciclagem a geraccedilatildeo de resiacuteduos

E 2 Atende

Conhecimento dos impactos ambientais de 50 dos elementos da famiacutelia de produtos

de obra limpa na escala do empreendimento e sobre sua vida uacutetil considerando o

consumo de recursos naturais a desmontabilidade e a possibilidade de reuso

reciclagem a geraccedilatildeo de resiacuteduos

E 2 Atende

Idem acima e conhecimento dos impactos ambientais de 50 dos elementos da famiacutelia

de produtos de obra limpa na escala do empreendimento e sobre sua vida uacutetil

considerando o uso de recursos renovaacuteveis a incorporaccedilatildeo de resiacuteduos ou material

reciclado como mateacuteria-prima a emissatildeo de gases contribuintes para o EE e a

destruiccedilatildeo da camada de ozocircnio

E 5 Atende

Conhecimento das emissotildees de COV e formaldeiacutedos para 25 dos elementos da

famiacutelia de revestimentos internos (piso parede teto produtos de acabamento)E 2 Atende

Conhecimento das emissotildees de COV e formaldeiacutedos para 50 dos elementos da

famiacutelia de revestimentos internos (piso parede teto produtos de acabamento)E 5 Atende

A partir do

inventaacuterio de

materiais de

construccedilatildeo

(desenvolvido no

SGO) apresentar

para a famiacutelia de

produtos da obra

limpa (definidas

B

Valorizaccedilatildeo do

conhecimento da

contribuiccedilatildeo dos

produtos de

construccedilatildeo aos

impactos

ambientais e

sanitaacuterios do

empreendimento

Atende

Quadro 12 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 111

Fonte Referencial AQUA (2010)

O sistema construtivo utilizado foi o Wood Frame que possibilita a

construccedilatildeo de edificaccedilotildees mais eficientes uma vez que apresenta benefiacutecios

econocircmicos e ambientais Desenvolvida a mais de 100 anos na Ameacuterica do

Norte atualmente 90 das casas suecas e canadenses e mais de 75 das

americanas utilizam esta tecnologia

Os paineacuteis de OSB utilizados no processo construtivo permitem a

concepccedilatildeo de empreendimentos de ateacute 8 pavimentos A tecnologia incorpora

alguns dispositivos para racionalizar o consumo de aacutegua e energia aleacutem disso

a seleccedilatildeo de materiais contribui a reduccedilatildeo do impacto gerado durante a fase

de implantaccedilatildeo A madeira de reflorestamento utilizada eacute material renovaacutevel

com baixo consumo energeacutetico e boa possibilidade de aproveitamento dos

resiacuteduos aleacutem de contribuir positivamente na renovaccedilatildeo do ar (GOIS

CASAGRANDE JR 2011) A montagem dos paineacuteis em faacutebrica demorou

59

apenas 12 dias depois de fabricados e transportados em 5 dias foi possiacutevel

montar a estrutura do EV in loco

A TecVerde foi a empresa responsaacutevel pela fabricaccedilatildeo e execuccedilatildeo de

toda obra execuccedilatildeo de projetos estruturais de montagem e detalhamento para

o sistema construtivo Possui faacutebrica na regiatildeo metropolitana de Curitiba em

Pinhais ndash PR onde realiza a produccedilatildeo das edificaccedilotildees

No caso do Escritoacuterio Verde foi executado um radier de 12cm utilizando

concreto usinado (cimento CP V-ARI Cimento Portland alta resistecircncia inicial)

sobre a base de concreto da quadra poliesportiva (Figura 17) Este

procedimento serve para ancoragem das paredes (Figura 18) e as eleva para

evitar o contato com aacutegua que eventualmente pode pairar sobre a quadra em

funccedilatildeo de uma chuva mais forte

Figura 17ndash Execuccedilatildeo do radier Figura 18ndash Ancoragem das paredes

Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011) Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011)

As paredes foram montadas com OSB em caibros de pinus tratado

(Figura 19) jaacute com a manta de PET reciclado de 75 mm (Figura 20) e manta de

pneu reciclado de 8 mm (Figura 21) para isolamento teacutermico-acuacutestico Depois

de erguidas no local da obra receberam os acabamentos da empresa LP

Brasil sendo que no lado externo foi aplicada uma membrana hidroacutefuga

utilizada como barreira de vapor satildeo peliacuteculas que visam evitar que a aacutegua da

chuva e a umidade interna penetrem na parede protegendo a estrutura e

aumentando sua durabilidade finalizando com painel Smartside e Siding

60

Vinilico (Figura 22 e 23) aleacutem do painel TechShield (Figura 25) para base do

telhado

Figura 19 - Modelo construtivo wood frame

Fonte DOMUS STUDIO ARQUITETURA (2011)

Figura 20 - Manta de PET reciclado Figura 21- Manta de pneu reciclado

Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011) Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011)

A latilde de PET e a manta de pneu (Figuras 20 e 21) foram usadas como

isolantes termoacuacutestico no Escritoacuterio Verde e satildeo 100 reciclaacuteveis Aleacutem do

fato da latilde natildeo causar coceira dispensa o uso de EPIrsquos (como no caso da latilde de

vidro) e eacute um produto natildeo canceriacutegeno antialeacutergico No entanto a manta de

pneu natildeo haacute informaccedilotildees suficientes sobre a toxidade da fumaccedila emitida

quando em processo de combustatildeo

61

Figura 22 - Painel Smartside

Fonte LP BRASIL (2012)

Figura 23 - Siding Vinilico

Fonte Escritoacuterio Verde Online (2012)

Figura 24 - Painel TechShield

Fonte LP BRASIL (2012)

62

Os paineacuteis SmartSide foram desenvolvidos exclusivamente para uso

como revestimentos externos e internos de paredes Possuem tripla funccedilatildeo

pois aleacutem de revestir e vedar as paredes tambeacutem auxiliam no

contraventamento da estrutura Satildeo protegidos contra o ataque de cupins e a

degradaccedilatildeo de fungos e recebem como revestimento uma peliacutecula que confere

ao produto aparecircncia da madeira natural O produto anti-cupim que tem Borato

de Zinco como base confere uma garantia de 20 anos por parte da empresa

No Escritoacuterio Verde foi usado o modelo Painel H (painel com ranhuras

horizontais) de largura 122 m comprimento 488 m espessura 111 mm e

ranhuras a cada 200 mm

Os paineacuteis TechShield satildeo paineacuteis de OSB revestidos em uma das faces

com foil de alumiacutenio que garante uma menor absorccedilatildeo do calor proveniente

dos raios solares O TechShield pode ser aplicado sobre telhados ou em

paredes melhorando o desempenho teacutermico das construccedilotildees pois reflete 97

da radiaccedilatildeo solar reduz em ateacute 10 a temperatura do aacutetico ou soacutetatildeo e otimiza

a matildeo de obra jaacute que tem incorporado o foil de alumiacutenio Eacute fabricado no

formato de 120 x 240 m e espessura de 111 mm

Internamente foram aplicados o painel Decowall e placa cimentiacutecia

(Figuras 25 e 26) Outros produtos da LP Brasil empregados no projeto foram

as Vigas I (Figuras 27 e 28) e as telhas Shingle (Figura 29)

Figura 25 ndash Painel Decowall Figura 26 ndash Placa cimentiacutecia

Fonte LP BRASIL (2012) Fonte PlacLux (2012)

63

Figura 27 ndash Vigas I Figura 28 ndash Passagem da tubulaccedilatildeo na viga I

Fonte LP BRASIL (2012) Fonte LP BRASIL (2012)

As vigas I forma utilizadas na estrutura da cobertura e laje do mezanino

satildeo leves riacutegidas e de alta resistecircncia projetadas para suportar grandes

cargas permitindo a aplicaccedilatildeo em grandes vatildeos com resistecircncia uniforme e

constante sem que haja flambagem ou torccedilotildees em sua estrutura melhorando

a qualidade e solidez de pisos e forros Possui altura de 241 cm largura de

63 cm comprimento de 119 cm e peso de 403 kg

Figura 29 - Modelo construtivo da cobertura em wood frame

Fonte LP BRASIL (2012)

A LP Telha Shingle eacute composta por uma manta de fibra de vidro saturada

em asfalto e gracircnulos ceracircmicos sendo quatro vezes mais leve que outras

64

telhas Eacute resistente a ventos de ateacute 100 kmh Possui excelente resistecircncia

mecacircnica e suas dimensotildees satildeo 336 x 1000 mm O sistema foi composto por

estrutura de madeira contraventada por paineacuteis LP OSB Home Plus estrutural

que servem de base para a aplicaccedilatildeo da LP Subcobertura e da LP Telha

Shingle A LP Subcobertura protege e garante a estanqueidade da cobertura

O projeto do Escritoacuterio Verde estabeleceu parceria com a empresa MADO

de Satildeo Paulo para fabricar todas as janelas com vidro duplo em madeira lyptus

reflorestada algumas com o sistema abrir e tombar (Figura 30) esse uacuteltimo

possibilita a ventilaccedilatildeo indireta podendo ser aberta mesmo em dias de chuva

sem a entrada de aacutegua Os vidros duplos das janelas foram doados pela

empresa Cebrace

Figura 30 ndash Sistema tombar para ventilaccedilatildeo indireta

Fonte MADO (2012)

No piso do teacuterreo do Escritoacuterio Verde sobre o radier foi colocado o piso

elevado da empresa REMASTER que permite todo cabeamento eleacutetrico e de

loacutegica por baixo do mesmo O piso modular e feito em polipropileno sendo

mais de 80 de material reciclado conferindo para cada peccedila uma leveza

65

maior do que os produtos similares menos de 3 kg A facilidade de manuseio

rapidez na instalaccedilatildeo e a mobilidade da soluccedilatildeo permite reaproveitamento na

mudanccedila preservando mais de 98 do seu investimento

Figura 31 ndash Piso elevado modular

Fonte REMASTER (2012)

O acabamento colocado sobre o piso elevado foi o carpete modular

reciclados e reciclaacuteveis da Interface FLOR que usa o sistema tactile (Figura 32)

que reduz o impacto ambiental dos produtos adesivos na instalaccedilatildeo do

carpete Fabricados em placas de (50 x 50 cm) unem-se entre si para criar uma

instalaccedilatildeo duraacutevel sem ter que fixar permanentemente o carpete ao piso

Possui tambeacutem capa hipoalergecircnica que evita a proliferaccedilatildeo de agentes

aleacutergicos

Figura 32 ndash Carpete modular com sistema tactile

Fonte Interface FLOR (2012)

Nas instalaccedilotildees hidrossanitaacuterias foram utilizados tubos de PVC da

empresa AMANCO para o esgoto e tambeacutem o sistema PEX (Polietileno de Alta

Densidade Reticulado) para aacutegua quente e fria nos banheiros o hydro-pex da

66

empresa EPEX Trata-se de um sistema mais econocircmico de grande

flexibilidade e facilidade na instalaccedilatildeo e alta durabilidade

Figura 33 ndash Sistema hidro-pex

Fonte EPEX (2012)

Categoria 3 ndash Canteiro com baixo impacto ambiental

3 Avaliaccedilatildeo

CQI 31 Gestatildeo de resiacuteduos de conservaccedilatildeo e manutenccedilatildeo produzidos durante as intervenccedilotildees Atende

CQI 32 Otimizar as condiccedilotildees de retirada dos resiacuteduos de conservaccedilatildeo e manutenccedilatildeo Atende

CQI 33 Otimizar a eliminaccedilatildeo dos resiacuteduos de conservaccedilatildeo e manutenccedilatildeo Atende

CQI 34 Limitar os incocircmodos causados pelas intervenccedilotildees de conservaccedilatildeo e manutenccedilatildeo Atende

Canteiro de obra com baixo impacto ambiental

Quadro 13 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI

Fonte Referencial AQUA (2010)

A categoria 3 na fase operaccedilatildeo natildeo consta na parte I do referencial (QI)

pois eacute aplicada somente quando haacute manutenccedilatildeo no edifiacutecio

O Escritoacuterio necessitou de pequenas intervenccedilotildees e grande parte dos

resiacuteduos foi aproveitada no proacuteprio canteiro e outros como embalagens

plaacutesticas ou papelatildeo foram destinados para reciclagem Mas no sistema de

gestatildeo eacute necessaacuterio prever um plano de gestatildeo de resiacuteduos da construccedilatildeo

civil

67

Categoria 4 ndash Gestatildeo de energia

4 Avaliaccedilatildeo

QI 41 Melhorar a aptidatildeo da envoltoacuteria para limitar desperdiacutecios

QI 42 Melhorar a aptidatildeo do edifiacutecio para reduzir suas necessidades energeacuteticas

QI 43

Reduzir o consumo de energia primaacuteria devido ao aquecimento resfriamento agrave iluminaccedilatildeo ao

aquecimento de aacutegua agrave ventilaccedilatildeo e aos equipamentos auxiliares Atende

QI 44 Recorrer agraves energias renovaacuteveis locais Atende

QI 45 Conhecer as poluiccedilotildees causadas pelo consumo de energia Atende

QI 46 Conhecer a influecircncia dos sistemas de controle no desempenho energeacutetico do edifiacutecio Atende

Gestatildeo de Energia

Quadro 14 ndash Avaliaccedilatildeo categoria 4 ndash QI

Fonte Referencial AQUA (2010)

4 Avaliaccedilatildeo

MQI 41 Melhoria do desempenho energeacutetico do edifiacutecio Atende

Gestatildeo de Energia

Quadro 15 ndash Avaliaccedilatildeo categoria ndash MQI

Fonte Referencial AQUA (2010)

4 Avaliaccedilatildeo

CQI 41 Desempenho global do consumo de energia Atende

CQI 42 Desempenho global das emissotildees relacionadas ao consumo de energia Atende

CQI 43 Otimizar o acompanhamento do consumo de energia Atende

CQI 44 Analisar regularmente os consumos de energia Atende

CQI 45 Instalaccedilatildeo de um serviccedilo de eficaacutecia energeacutetica Atende

CQI 46 Garantir o controle dos equipamentos frigoriacuteficos e climaacuteticos Natildeo se aplica

Gestatildeo de Energia

Quadro 16 ndash Avaliaccedilatildeo categoria ndash CQI

Fonte Referencial AQUA (2010)

Criteacuterios avaliados no item QI 44

QI 44 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo

B Atende

Exploraccedilatildeo de modalidades energeacuteticas locais de origem renovaacutevel Explicitaccedilatildeo da

porcentagem de cobertura das necessidades pelas energias locais de origem renovaacutevel

(detalhada por uso final energeacutetico) Anaacutelise e justificativa da pertinecircncia da modalidade

escolhida

E 2 Atende

- Mais de 30 do consumo de energia para o sistema de aquecimento eacute garantido por

uma EnRE 1 NA

- Mais de 10 do consumo de energia para o sistema de resfriamento eacute garantido por

uma EnRE 1 NA

- Mais de 30 do consumo de energia para o aquecimento de aacutegua eacute garantido por

uma EnRE 1 NA

- Edifiacutecio possui sistema de produccedilatildeo de energia eleacutetrica a partir de energias

renovaacuteveis garantindo uma produccedilatildeo anual de eletricidade de mais de 25kWhmsup2 de

aacuterea uacutetil em energia primaacuteria

E 1 Atende

- O edifiacutecio estaacute equipados de bombas a calor de alto desempenho E 1 NA

NA - Natildeo se aplica

Pontos

complementares

desempenho da

modalidade

explorada

Reflexatildeo sobre o uso das energias renovaacuteveis locais (EnR)

Quadro 17ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 44

Fonte Referencial AQUA (2010)

68

O EV possui dois sistemas fotovoltaicos distintos um sistema conectado agrave

rede eleacutetrica - SFCR com uma potecircncia instalada de 21 kWp (10 moacutedulos

KYOCERA de tecnologia de siliacutecio policristalino modelo KD210GXLP ligados

em seacuterie) e um inversor monofaacutesico em 220V de 2kW de potecircncia nominal

(PVPOWERED modelo PVP2000) que entrou em operaccedilatildeo em 14 de

dezembro de 2011 A aacuterea ocupada na cobertura da edificaccedilatildeo para esse

painel eacute de 15 msup2 (URBANETZ JR CASAGRANDE JR 2010)

Um SFCR eacute basicamente composto de um painel fotovoltaico que

converte a energia do sol em energia eleacutetrica em corrente contiacutenua e um

inversor que converte a corrente contiacutenua em corrente alternada com tensatildeo

e frequecircncia compatiacuteveis com a rede eleacutetrica da concessionaacuteria ao qual o

sistema estaacute interligado As principais vantagens desse tipo de sistema satildeo

elevada produtividade ausecircncia de banco de baterias e desligamento

automaacutetico no caso de falta de energia da rede (URBANETZ JR

CASAGRANDE JR 2010)

O sistema fotovoltaico isolado (SFI) eacute composto por um painel de 10

moacutedulos KYOCERA de tecnologia de siliacutecio policristalino modelo KC85T

sendo divido em dois subsistemas oito moacutedulos formam um sistema com

barramento CC em 24 V e os outros dois moacutedulos formam um sistema com

barramento CC em 12 V cada subsistema utiliza um controlador de carga do

tipo PWM alimentando um banco de baterias formado por 16 e 12 baterias

respectivamente As baterias satildeo do tipo chumbo-aacutecido para uso em sistemas

fotovoltaicos (marca PIONEIRO com 65 Ah cada) potencial ainda natildeo

utilizado (URBANETZ JR CASAGRANDE JR 2010)

Figura 34 ndash Painel fotovoltaico

Fonte Escritoacuterio Verde Online (2012)

69

O SFI eacute basicamente composto de um painel FV controlador de carga

banco de baterias e inversor Normalmente satildeo instalados em locais sem

acesso agrave rede eleacutetrica convencional mas podem tambeacutem ser utilizados para

atender cargas especiais de forma ininterrupta independente da rede eleacutetrica

da concessionaacuteria (URBANETZ JR CASAGRANDE JR 2010)

A anaacutelise do desempenho do SFCR do se baseia nos valores de energia

gerada durante estes primeiros dez meses de operaccedilatildeo e nos valores de

irradiaccedilatildeo incidentes no painel FV A partir da energia gerada e da irradiaccedilatildeo

incidente satildeo apresentados os iacutendices de meacuterito do SFCR em anaacutelise estes

iacutendices satildeo yield (produtividade) performance ratio (taxa de desempenho) e

fator de capacidade (URBANETZ JR CASAGRANDE JR 2012)

Desde a sua entrada em operaccedilatildeo em 14 de dezembro de 2011 ateacute 14 de

junho de 2012 (seis meses de operaccedilatildeo) gerou 13 MWh o que permite

projetar a geraccedilatildeo para cerca de 26 MWhano A geraccedilatildeo de energia eleacutetrica eacute

proporcional a irradiaccedilatildeo incidente no painel FV nos meses de veratildeo (maior

incidecircncia solar) haveraacute maior geraccedilatildeo de energia eleacutetrica e nos meses de

inverno (menor incidecircncia solar) haveraacute menor geraccedilatildeo A Tabela 3 apresenta

os valores de energia gerados em cada mecircs de operaccedilatildeo e a Tabela 4 a

energia diaacuteria meacutedia em cada mecircs de operaccedilatildeo (URBANETZ JR

CASAGRANDE JR 2012)

Tabela 3 ndash Energia gerada em cada mecircs de operaccedilatildeo do SFCR do EV

Fonte URBANETZ JR CASAGRANDE JR (2012)

Tabela 4 ndash Energia diaacuteria meacutedia gerada em cada mecircs de operaccedilatildeo do SFCR do EV

Fonte URBANETZ JR CASAGRANDE JR (2012)

70

Com a aprovaccedilatildeo feita pela Agecircncia Nacional de Energia Eleacutetrica

(ANEEL) do Sistema de Compensaccedilatildeo de Energia a proposta desenvolvida

pelo EV passou a ser viaacutevel economicamente O trabalho pioneiro

desenvolvido Sistema Fotovoltaico Conectado agrave Rede Eleacutetrica (SFCR) tem um

funcionamento ininterrupto limpo e silencioso

Categoria 5 ndash Gestatildeo da aacutegua

5 Avaliaccedilatildeo

QI 51 Garantir economia de aacutegua potaacutevel nos sanitaacuterios Atende

QI 52

Garantir economia de aacutegua potaacutevel para irrigaccedilatildeo dos espaccedilos verdes limpeza das aacutereas ou

outros usos Atende

QI 53 Gestatildeo das aacuteguas pluviais no local do empreendimento Atende

QI 54 Gestatildeo das aacuteguas de escoamento poluiacutedas Natildeo se aplica

QI 55 Gestatildeo das aacuteguas servidas Atende

Gestatildeo da Aacutegua

Quadro 18 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI

Fonte Referencial AQUA (2010)

5 Avaliaccedilatildeo

MQI 51 ManutenccedilatildeoMelhoria da qualidade ambiental intriacutenseca relativa agrave gestatildeo da aacutegua Atende

MQI 51 Escolha dos equipamentos durante as atividades de renovaccedilatildeo Atende

Gestatildeo da Aacutegua

Quadro 19 ndash Criteacuterios avaliados ndash MQI

Fonte Referencial AQUA (2010)

5 Avaliaccedilatildeo

CQI 51 Desempenho global do consumo de aacutegua Atende

CQI 52 Otimizar o acompanhamento do consumo d aacutegua Atende

CQI 53 Limitar o risco de vazamentos Atende

CQI 54 Analisar regularmente os consumos de aacutegua Atende

CQI 55 Otimizar a manutenccedilatildeo dos equipamentos de gestatildeo da aacutegua

CQI 56 Garantir o acompanhamento da demanda de intervenccedilotildees nas instalaccedilotildees hidraacuteulicas

Gestatildeo da Aacutegua

Quadro 20 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI

Fonte Referencial AQUA (2010)

Com relaccedilatildeo ao item 52 ndash medidas tomadas para economizar aacutegua (Quadro 21) Para realizar as mediccedilotildees de consumo de aacutegua foram instalados no escritoacuterio verde dois hidrocircmetros padratildeo SANEPAR (Companhia de saneamento do Paranaacute) Estes foram instalados em dois pontos estrateacutegicos um que apresenta o consumo total da aacutegua potaacutevel da edificaccedilatildeo denominado de hidrocircmetro 1 e outro que aponta o consumo de aacutegua da chuva hidrocircmetro 2

71

Os criteacuterios de avaliaccedilatildeo apresentados satildeo QI 52 e QI 53

QI 52 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo

na irrigaccedilatildeo dos espaccedilos verdes e ou limpeza das aacutereas E 2 Atende

nos sistemas de energia e ou nos sistemas especiacuteficos relacionados ao proacuteprio

uso do edifiacutecioE 1 NA

nos usos de balneaacuterio (tipologia hoteacuteis) E 1 NA

QI 53 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo

B Atende

20 a 40E 2 Atende

lt 20 E 5 -----

2 a 10

E 2 -----

gt 10

E 5 Atende

NA - Natildeo se aplica

Medidas tomadas

para economizar

aacutegua

Em funccedilatildeo do estudo de integraccedilatildeo do empreendimento no terreno determinaccedilatildeo do coeficiente de

impermeabilizaccedilatildeo e da vazatildeo de escoamento presentes

Coeficiente de

impermeabilizaccedilatildeo

presente (para local

pouco urbanizado)

Percentual de

melhoria do

coeficiente de

impermeabilizaccedilatildeo

em relaccedilatildeo agrave

situaccedilatildeo anterior agrave

construccedilatildeo do

empreendimento

(para local

Quadro 21 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 52 e 53

Fonte Referencial AQUA (2010)

O Quadro 22 apresenta as fontes consumidoras existentes no escritoacuterio

foram efetuadas mediccedilotildees em dois pontos de consumo um apresenta a

quantidade de aacutegua potaacutevel consumida e o outro o volume de aacutegua utilizada

pelo sistema de captaccedilatildeo de aacutegua da chuva em pouco mais de 100 msup2 de

telhados respectivamente apresentados nas Tabelas 5 e 6 Os hidrocircmetros

foram instalados no dia 22 de marccedilo sendo que nesta data a leitura eacute igual a

zero Conforme dados da SANEPAR o valor de consumo diaacuterio de aacutegua

potaacutevel aplicado em edifiacutecios de escritoacuterio corresponde 50 litros de aacutegua por

pessoa Esta estimativa foi utilizada como referecircncia para comparativo dos

nuacutemeros levantados no escritoacuterio

Aacutegua Fonte consumidora Local

Potaacutevel Torneira c sensor de presenccedila cuba Copa

Potaacutevel Torneira c sensor de presenccedila lavatorio BWC - Masculino

Potaacutevel Torneira c sensor de presenccedila lavatoacuterio BWC - Feminino

Reuso Vaso sanitaacuterio BWC - Masculino

Reuso Vaso sanitaacuterio BWC - Feminino

Reuso Torneira de jardim Jardim

Reuso Sistema de irrigaccedilatildeo Jardim vertical Quadro 22 ndash fontes consumidoras de aacutegua

72

Tabela 5 ndash Consumo de aacutegua potaacutevel no EV

Fonte NOVAES(2013)

Tabela 6 ndash Consumo de aacutegua de pluvial

Fonte NOVAES (2013)

O sistema de coleta de aacutegua da chuva eacute composto por filtros alematildees de

accedilo inox WISY representados no estado do Paranaacute pela empresa Acquatech e

pela Aquastock em Satildeo Paulo A aacutegua eacute captada do telhado do bloco principal

da edificaccedilatildeo com aacuterea de 111 msup2 sendo armazenado em uma cisterna de

1500 litros da empresa ARBO (Figura 33) com tratamento ultravioleta

73

colocada sobre uma base de concreto A Figura 34 ilustra o sistema de coleta

de aacutegua pluvial

O filtro de descida tem a funccedilatildeo de descartar a sujeira do telhado e uma

boia flutuante com outro filtro para as impurezas da aacutegua Uma bomba

pressurizadora alimentada por um painel fotovoltaico de 130 W faz com que a

aacutegua chegue aos vasos sanitaacuterios a uma torneira externa e tambeacutem tem a

funccedilatildeo de irrigar o jardim vertical (Figura 35)

Figura 35 ndash Cisterna e filtros do EV Figura 36ndash Modelo de sistema de coleta de aacutegua pluvial

Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011) Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011)

74

Figura 37 ndash Jardim vertical do EV

Fonte A autora (2012)

Um dos fatores que favorece a instalaccedilatildeo de sistemas de coleta de aacutegua

com esta funccedilatildeo na cidade de Curitiba eacute o iacutendice pluviomeacutetrico da cidade que

eacute considerado satisfatoacuterio A Tabela 7 mostra as medias histoacutericas informadas

pelo SIMEPAR (Sistema meteoroloacutegico do Paranaacute)

Tabela 7 ndash Meacutedias histoacutericas - iacutendice pluviomeacutetrico

Fonte SIMEPAR (2012)

Consideraccedilatildeo quanto ao item QI 53 coeficiente de impermeabilizaccedilatildeo

Antes da construccedilatildeo do empreendimento estudado o terreno em questatildeo era

ocupado por uma quadra poliesportiva de concreto com o coeficiente de

impermeabilizaccedilatildeo de 095 (Tabela 8)

75

Tabela 8 ndash Coeficiente de impermeabilizaccedilatildeo do terreno antes da implantaccedilatildeo do EV

Aacuterea total (msup2) 4182

Aacuterea impermeaacutevel (msup2) 39882

Coeficiente impermeabilizaccedilatildeo anterior ao empreendimento 095 Fonte NOVAES (2013)

Com a implantaccedilatildeo do EV o coeficiente novamente calculado ficou em

057 pois quase todos os pisos externos satildeo permeaacuteveis e a edificaccedilatildeo possui

aproximadamente 100 msup2 de telhado verde (tabela 9)

Tabela 9 ndash Coeficiente de impermeabilizaccedilatildeo do terreno apoacutes a implantaccedilatildeo do EV

Aacuterea total (msup2) 4182

Aacutereas impermeaacuteveis (msup2)

Deck frontal 633

Concreto lateral direita 2061

Deck Fundos 3283

Concreto lateral esquerda 1944

Entrada carro 7752

Telhado (coef Minoraccedilatildeo 07) 819

Total (msup2) 23864

Coeficiente impermeabilizaccedilatildeo apoacutes o empreendimento 057

Melhoria do coeficiente de impermeabilizaccedilatildeo 40 Fonte NOVAES (2013)

Os pisos externos utilizados no EV satildeo compostos por

piso desenvolvido em borracha de pneu reciclado em formato de

lajotas (peccedilas nas medidas 45 X 45 cm) dentre suas qualidades pode-se

destacar sua flexibilidade e funcionalidade por ser drenante e antiderrapante

Figura 38 ndash Piso drenante borracha de pneu

Fonte httpwwwcacaruidoscombr (2012)

76

o plastfloor eacute um pavimento plaacutestico reciclado que estrutura o solo e

mantecircm a permeabilidade devido ao seu formato alveolar vazado podendo ser

preenchido por pedras ou grama no EV optou-se pela utilizaccedilatildeo de pedras

Figura 39 ndash Piso plast floor

Fonte httpwwwplastfloorcombr (2012)

iso tecnogran composto de agregados rochosos que passam por uma

prensagem especial para manter os espaccedilos entre os agregados e com isto

permite a drenagem da chuva entre os gratildeos aleacutem de ser antiderrapante

Figura 40 ndash Piso drenante tecnogran

Fonte httpwwwtecnograncombrespecificacaodrenantehtml (2012)

Categoria 6 ndash Gestatildeo de resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo do edifiacutecio

6 Avaliaccedilatildeo

CQI 61 Otimizar as condiccedilotildees de retirada dos resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo Atende

CQI 62 Otimizar as condiccedilotildees de retirada dos resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo Atende

CQI 63 Garantir o acompanhamento dos resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo regulamentados Atende

CQI 64 Otimizar a eliminaccedilatildeo dos resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo Atende

Gestatildeo dos residuos de uso e operaccedilatildeo do edificio

Quadro 23 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI

Fonte Referencial AQUA (2010)

77

Os coletores foram dispostos no EV da seguinte maneira

Coletor de cor marrom para resiacuteduos compostaacuteveis (resto de alimentos

entre outros)

Coletor de cor verde para reciclaacuteveis (papel papelatildeo jornal revista

plaacutesticos em geral inclusive PET latas de alumiacutenio embalagens longa vida

latas de alimentos engradados embalagens de biscoito)

Os coletores de cor cinza para natildeo reciclaacuteveis (papel higiecircnico

guardanapo sujo espelho papel de bala isopor esponjas de lavar louccedilas

esponjas de accedilo canudo carga de caneta) estatildeo dispostos na copa e nos

banheiros

O coletor menor eacute para coleta de resiacuteduos perigosos como pilhas e

baterias

O EV tambeacutem participa de dois programas na aacuterea de resiacuteduos

REZTO ndash Resiacuteduo Zero Tecnoloacutegico e Orgacircnico

Uma continuidade do Programa de Gerenciamento de Resiacuteduos do

Cacircmpus Curitiba-PGRCC que avaliou os resiacuteduos gerados pelos

departamentos da UTFPR e agora implanta os procedimentos para sua coleta

armazenamento reuso reciclagem e tratamento adequado dentro de um

plano de gestatildeo e educaccedilatildeo ambiental

ndash Tratando Resiacuteduos Eletrocircnicos e da Computaccedilatildeo

Estudar soluccedilotildees para reaproveitamento e tratamento apropriado de

computadores e equipamentos perifeacutericos defasados e sem uso que ocupam

espaccedilo na instituiccedilatildeo (diretrizes do governo federal e leis estaduais jaacute abordam

a questatildeo ndash Lei Estadual 158512008) podendo estabelecer parcerias com a

comunidadecooperativas que lidam com o problema dentro de projetos de

extensatildeo universitaacuteria

Categoria 7 ndash Manutenccedilatildeo ndash permanecircncia do desempenho ambiental

7 Avaliaccedilatildeo

QI 71 Facilitar as intervenccedilotildees de conservaccedilatildeo manutenccedilatildeo Atende

QI 72

Disponibilizar os meios necessaacuterios para o acompanhamento dos consumos de energia durante

a operaccedilatildeo e uso do edifiacutecio Atende

QI 73

Disponibilizar os meios necessaacuterios para o acompanhamento dos consumos de aacutegua durante a

operaccedilatildeo e uso do edifiacutecio Atende

QI 74

Disponibilizar os meios necessaacuterios para o fornecimento dos sistemas durante a operaccedilatildeo e uso

do edifiacutecio

Manutenccedilatildeo - Permanecircncia do desempenho ambiental

Quadro 24 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI

Fonte Referencial AQUA (2010)

78

7 Avaliaccedilatildeo

MQI 71 Escolha dos equipamentos durante as atividades de renovaccedilatildeo

Manutenccedilatildeo - Permanecircncia do desempenho ambiental

Quadro 25 ndash Criteacuterios avaliados ndash MQI

Fonte Referencial AQUA (2010)

7 Avaliaccedilatildeo

CQI 71 Gestatildeo da manutenccedilatildeo preventiva e corretiva Implantar

CQI 72 Gestatildeo das demandas de intervenccedilatildeo dos ocupantes Implantar

CQI 73 Anaacutelise da eficaacutecia da manutenccedilatildeo Implantar

CQI 74 Gestatildeo do patrimocircnio imobiliaacuterio do edifiacutecio Implantar

CQI 75 Otimizaccedilatildeo do acompanhamento dos sistemas teacutecnicos Implantar

CQI 76 Garantir a perenidade do(s) eventual(is) sistema(s) de regulagem Implantar

Manutenccedilatildeo - Permanecircncia do desempenho ambiental

Quadro 26 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI

Fonte Referencial AQUA (2010)

Criteacuterios avaliados no CQI 71

(c QAE) CQI 71 Niacutevel Pontos em E Avaliaccedilatildeo

Medidas tomadas para garantir a rastreabilidade das operaccedilotildees de manutenccedilatildeo

preventivas e corretivasB Implantar

Medidas tomadas para otimizar o acompanhamento das operaccedilotildees de manutenccedilatildeo

preventivas e corretivas acompanhamento das ordens de serviccedilo em andamento

abertura de novas ordens de serviccedilo registro das ordens de serviccedilo concluiacutedas

Presenccedila de um procedimento de acompanhamento das manutenccedilotildees preventivas e

corretivas

S Implantar

A gestatildeo da manutenccedilatildeo eacute interativa e feita por meio de uma ferramenta especiacutefica que

permite o acompanhamento contiacutenuo da ordens de serviccediloE 3 Implantar

A manutenccedilatildeo corretiva eacute possiacutevel no edifiacutecio durante 24 horas e nos 7 dias da semana

para todas as aacutereas teacutecnicasE 1 Atende

Quadro 27 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 71

Fonte Referencial AQUA (2010)

79

Categoria 8 ndash Conforto higroteacutermico

8 Avaliaccedilatildeo

QI 81

Garantir um niacutevel adequado de temperatura resultante nos espaccedilos tanto no veratildeo quanto

no inverno Atende

QI 82 Otimizar o conforto higroteacutermico tanto no inverno quanto no veratildeo Atende

QI 83

Assegurar uma velocidade de ar que natildeo prejudique o conforto tanto no inverno como no

veratildeo

QI 84 Garantir o controle da higrometria Atende

QI 85 Assegurar um nivel minimo de conforto teacutermico nos espaccedilos ventilados naturalmente Atende

Conforto Higroteacutermico

Quadro 28 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI

Fonte Referencial AQUA (2010)

8 Avaliaccedilatildeo

CQI 81 Otimizar a manutenccedilatildeo do(s) sistema(s) de aquecimento resfriamento Natildeo se aplica

CQI 82

Garantir o acompanhamento das demandas de intervenccedilatildeo para os sistemas de aquecimento

resfriamento Natildeo se aplica

CQI 83

Otimizaccedilatildeo do acompanhamento dos sistemas de aquecimento de resfriamento e do conforto

higroteacuternico Natildeo se aplica

Conforto Higroteacutermico

Quadro 29 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI

Fonte Referencial AQUA (2010)

QI 83 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo

Velocidade de ar no inverno nos espaccedilos sensiacuteveis V le 020 ms S

Velocidade de ar no inverno nos espaccedilos sensiacuteveis V le 015 ms E 2

Velocidade de ar no veratildeo nos espaccedilos sensiacuteveis V le 025 ms (para um intervalo de

referecircncia entre 25oC e 27oC) S

Velocidade de ar no veratildeo nos espaccedilos sensiacuteveis V le 022 ms (para um intervalo de

referecircncia entre 25oC e 27oC) E 2

Identificar os

espaccedilos sensiacuteveis

agrave velocidade do

ar no inverno

como no veratildeo E

velocidade

maacutexima do ar no

Quadro 30 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 83

Fonte Referencial AQUA (2010)

A Cidade de Curitiba eacute considerada a capital brasileira mais fria com

temperatura meacutedia de 164ordmC sendo que nos meses mais frios do ano junho e

julho a temperatura meacutedia no dia pode chegar a 13 ordmC

Utilizando-se o software Analysis BIO (2010) desenvolvido pelo

Laboratoacuterio de Eficiecircncia Energeacutetica em Edificaccedilotildees (LabEEE) da Universidade

Federal de Santa Catarina (UFSC) foi gerada a carta bioclimaacutetica de Curitiba

a qual mostra que 80 das temperaturas do ano satildeo consideradas

desconfortaacuteveis e destes 80 732 para o frio e apenas 684 satildeo para o

calor A Tabela 10 apresenta as mediccedilotildees durante o inverno de 2012

80

Tabela 10 ndash Mediccedilatildeo de temperatura no EV durante o inverno

Data

Temperatura

(degc) externa

meacutedia diaacuteria

Temperatura

(degc) interna EV

meacutedia diaacuteria

Diferenccedila Data

Temperatura

(degc) externa

meacutedia diaacuteria

Temperatura

(degc) interna EV

meacutedia diaacuteria

Diferenccedila

6302012 1908 2086 +178 7182012 109 1318 +228

712012 1836 2054 +218 7192012 1194 1486 +292

722012 1811 2029 +218 7202012 1302 1569 +267

732012 1849 2038 +189 7212012 1499 1639 +14

742012 1919 2098 +179 7222012 1785 1848 +063

752012 1947 2098 +151 7232012 1793 1989 +196

762012 1918 2093 +175 7242012 1983 1989 +006

772012 1414 1762 +349 7252012 1506 1765 +259

782012 1051 1451 +399 7262012 179 1876 +086

792012 1219 1453 +234 7272012 1563 1806 +244

7102012 1618 1788 +17 7282012 1597 1754 +156

7112012 1584 181 +225 7292012 1839 1919 +08

7122012 1374 1589 +215 7302012 1243 1619 +376

7132012 1072 1405 +334 7312012 1427 1532 +105

7142012 1213 147 +257 812012 1735 1845 +11

7152012 1025 128 +255 822012 1801 1974 +173

7162012 901 1189 +288 miacutenima 901 1189

7172012 1099 1261 +162 maacutexima 1983 2098

As maiores diferenccedilas meacutedias diaacuterias foram percebidas para as

temperaturas mais baixas Mostrando que o escritoacuterio verde possui um bom

desempenho em baixas temperaturas isso se deve principalmente pela funccedilatildeo

das paredes formadas por uma placa de OSB manta termo-acuacutestica e

fechamento com outra placa de OSB e a contribuiccedilatildeo do telhado verde fazendo

com que o calor natildeo se propague tatildeo rapidamente

O dia 16 de julho conforme Graacutefico 3 apresentou as temperaturas mais

baixas durante a mediccedilatildeo 901ordmC A temperatura interna neste dia mostrou

uma amplitude baixa ficando com uma meacutedia de 1189ordmC sendo que a

temperatura interna durante o periacuteodo ficou sempre acima da temperatura

externa chegando a uma diferenccedila de 42ordmC

81

Graacutefico 3 ndash Dia com temperatura meacutedia diaacuteria miacutenima

O aparelho usado para a mediccedilatildeo de temperatura foi o datalogger de

temperatura umidade e pressatildeo da Voltcraft modelo DL-180THP Com este

aparelho eacute possiacutevel programar intervalo de mediccedilatildeo (estes podem ser de 1

minuto ateacute 18 horas) data e hora de iniacutecio de registro dos dados A faixa de

operaccedilatildeo do aparelho eacute de temperaturas de -40ordmC ateacute +70ordmC e umidade

relativa de 0 ateacute 100 A precisatildeo do aparelho eacute plusmn1 degC plusmn35 rH plusmn25 hPa

Para este estudo foram utilizados intervalos de mediccedilatildeo de 5 minutos

Categoria 9 ndash Conforto acuacutestico

9 Avaliaccedilatildeo

QI 91 Identificaccedilatildeo das configuraccedilotildees acuacutesticas prioritaacuterias da operaccedilatildeo Atende

QI 92 Qualidade acuacutestica do edifiacutecio Natildeo atende

Conforto acuacutestico

Quadro 31 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI

Fonte Referencial AQUA (2010)

9 Avaliaccedilatildeo

MQI 91 Melhoria da qualidade acuacutestica do edifiacutecio Accedilatildeo corretiva

MQI 92 Consideraccedilatildeo do criteacuterio acuacutestico na renovaccedilatildeo dos revestimentos internos e dos equipamentos

Conforto acuacutestico

Quadro 32 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI

Fonte Referencial AQUA (2010)

82

9 Avaliaccedilatildeo

CQI 91 Recenseamento do uso dos espaccedilos

CQI 92 Gestatildeo da demanda dos ocupantes

CQI 93 Identificaccedilatildeo das fontes de ruiacutedo Atende

CQI 94 Classificaccedilatildeo dos espaccedilos

CQI 95 Informaccedilatildeo aos usuaacuterios do potencial acuacutestico do edifiacutecio Atende

Conforto acuacutestico

Quadro 33 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 83

Fonte Referencial AQUA (2010)

Quadro 34 ndash Criteacuterios de avaliaccedilatildeo para acuacutestica de edifiacutecios novos

Fonte Referencial AQUA (2007)

As primeiras mediccedilotildees do desempenho acuacutestico no EV foram realizadas

por Gregori (2011) Os ensaios foram realizados no periacuteodo que ainda natildeo

haviam sido instalados o piso elevado com aplicaccedilatildeo de carpete com o qual se

esperam ganhos quanto agrave atenuaccedilatildeo acuacutestica bem como a instalaccedilatildeo de

placas de vidro na regiatildeo limiacutetrofe frontal do terreno no qual se situa o

escritoacuterio sendo com essa a imposiccedilatildeo de mais uma barreira fiacutesica para os

ruiacutedos externos provenientes da via de traacutefego veicular e a instalaccedilatildeo de

elementos de oclusatildeo de frestas existentes nos batentes da porta de acesso ao

salatildeo principal Os resultados dessa primeira analise natildeo foram satisfatoacuterios

em relaccedilatildeo a exigecircncia estabelecidas no referencial AQUA O Graacutefico 4 detalha

o comparativo da atenuaccedilatildeo entre os ambientes

83

Graacutefico 4 ndash Meacutedias do niacutevel de ruiacutedo dos locais avaliados

Fonte GREGORI (2011)

No Graacutefico 4 estatildeo comparadas as meacutedias de cada local demonstrando

que os valores das meacutedias tomadas no interior do EV apresentam uma

atenuaccedilatildeo maacutexima de 3577 e miacutenima de 2226 em relaccedilatildeo agrave meacutedia dos

pontos externos ao EV A meacutedia dos pontos do tomados dentro do laboratoacuterio

demonstra que haacute atenuaccedilatildeo de ruiacutedo na construccedilatildeo convencional na ordem

de 942 em comparaccedilatildeo ao ruiacutedo medido nos pontos externos proacuteximos ao

mesmo

Na Tabela 11 eacute possiacutevel perceber que pelo valor considerado inferior o

cafeacute e o salatildeo principal se apresentam conformes quanto agrave aceitabilidade e

conforto a coordenaccedilatildeo estaacute conforme quanto agrave aceitabilidade o mezanino se

mostrou em desconformidade com ambos os paracircmetros bem como a

construccedilatildeo convencional (sala N-108) Na Tabela 12 a comparaccedilatildeo do valor

medido se daacute pela adiccedilatildeo da incerteza obtendo-se o valor considerado de

incerteza superior

84

Tabela 11 ndash Resultados obtidos (MEDICcedilAtildeO ndash INCERTEZA)

Paracircmetro

normativo

Aceitaacutevel

para

finalidade

Valor

considerado

Comparaccedilatildeo para

conforto

Comparaccedilatildeo para

aceitabilidade

Copa 40 50 408 +- 15 393conforme178 abaixo do

paracircmetro

conforme2142 abaixo

do paracircmetro

Coordenaccedilatildeo 35 45 436 +- 15 421Natildeo conforme2034

acima do paracircmetro

conforme640 abaixo do

paracircmetro

Salatildeo principal 45 65 464 +- 15 449conforme031 abaixo do

paracircmetro

conforme3098 abaixo

do paracircmetro

Mezanino 30 40 494 +- 15 479Natildeo conforme5953

acima do paracircmetro

Natildeo conforme1965

acima do paracircmetro

Construccedilatildeo

Convencional (sala N-108)40 50 62 +- 15 605

Natildeo conforme5120

acima do paracircmetro

Natildeo conforme2096

acima do paracircmetro

Resultados obtidos em dB(A)

Incerteza inferior (= MEDICcedilAtildeO - INCERTEZA)

Locais de mediccedilatildeo

Paracircmetro Normativo

Mediccedilatildeo Incerteza

Fonte GREGORI (2011)

Avaliando a Tabela 12 eacute possiacutevel perceber que pelo valor considerado

superior nenhum dos ambientes se apresentou conforme quanto ao conforto

poreacutem o cafeacute e o salatildeo principal se mantiveram conformes quanto agrave

aceitabilidade

Tabela 12 ndash Resultados obtidos (MEDICcedilAtildeO + INCERTEZA)

Paracircmetro

normativo

Aceitaacutevel

para

finalidade

Valor

considerado

Comparaccedilatildeo para

conforto

Comparaccedilatildeo para

aceitabilidade

Copa 40 50 408 +- 15 423Natildeo conforme573

acima do paracircmetro

conforme1542 abaixo

do paracircmetro

Coordenaccedilatildeo 35 45 436 +- 15 451Natildeo conforme2891

acima do paracircmetro

conforme027 acima do

paracircmetro

Salatildeo principal 45 65 464 +- 15 479Natildeo conforme636

acima do paracircmetro

conforme2637 abaixo

do paracircmetro

Mezanino 30 40 494 +- 15 509Natildeo conforme6953

acima do paracircmetro

Natildeo conforme2715

acima do paracircmetro

Construccedilatildeo

Convencional (sala N-108)40 50 62 +- 15 635

Natildeo conforme5870

acima do paracircmetro

Natildeo conforme2696

acima do paracircmetro

Locais de mediccedilatildeo

Paracircmetro NormativoResultados obtidos em dB(A)

Mediccedilatildeo Incerteza

Incerteza inferior (= MEDICcedilAtildeO + INCERTEZA)

Fonte GREGORI (2011)

No mecircs de abril de 2013 procedeu-se nova mediccedilatildeo do iacutendice de

atenuaccedilatildeo acuacutestica a ruiacutedos aeacutereos promovidos pelo invoacutelucro junto agraves janelas

Ensaios realizados sob a coordenaccedilatildeo do Profordm Dr Aloiacutesio Leoni Schmid da

Universidade Federal do Paranaacute

Inicialmente para uma verificaccedilatildeo geral foi emitido externamente a uma

das janelas e dela afastado de 20 m ruiacutedo rosa Externamente a 10 cm do

centro da janela foi medido o niacutevel de pressatildeo sonora de 975 dBA

Internamente a 10 cm do centro da janela fechada foi medido o niacutevel de

pressatildeo sonora de 705 dBA

85

Posteriormente foi aplicado o meacutetodo descrito em Fasold Sonntag e

Winkler (Bau-und Raumakustik Berlin RMuumlller 1987) que considera

mediccedilotildees em diferentes bandas e procura ajustar a curva de referecircncia

Tabela 13 - Caacutelculo do iacutendice de atenuaccedilatildeo acuacutestica R do invoacutelucro da edificaccedilatildeo

Frequecircncia ReduccedilatildeoCurva de

referecircncia

desvio

da curva

desvios

desfavoraacuteveis

curva de

referecircncia

deslocada

de 24 dB

desvios

indesejaacuteveis

da curva

deslocada

curva de

referecircncia

deslocada de

28 dB

desvios

indesejaacuteveis

da curva

deslocada

625 155

125 233 36 -127 -127 12 113 8 153

250 238 45 -212 -212 21 28 17 68

500 305 52 -215 -215 28 25 24 65

1000 263 55 -287 -287 31 -47 27 -07

2000 194 56 -366 -366 32 -126 28 -86

1207 173 93

meacutedia 2414

Meacutedia dos

negativos 346

Meacutedia dos

negativos 186

meacutedia 2414 Avaliaccedilatildeo excessivo Avaliaccedilatildeo adequado

Fonte SCHMID (2013)

O grau de isolamento acuacutestico medido foi portanto de 28 dB Estima-se

que este valor poderia ser aumentado ateacute cerca de 35 dB mediante operaccedilatildeo

de retiacutefica do encaixe das esquadrias em madeira utilizando-se ainda fitas

autoadesivas de feltro ou material apropriado de vedaccedilatildeo nas janelas O

resultado tambeacutem pode ser observado no Graacutefico 5

Graacutefico 5 ndash Iacutendice de atenuaccedilatildeo acuacutestica

Fonte SCHMID (2013)

86

A porta principal de entrada e as janelas da edificaccedilatildeo mostraram-se natildeo

estanque configurando uma condiccedilatildeo localizada que natildeo permite isolamento

acuacutestico suficiente necessitando de correccedilotildees

Durante 5 minutos contou-se na rua cerca de 200 automoacuteveis em

velocidade baixa a meacutedia O niacutevel maacuteximo de pressatildeo sonora registrado foi de

80 dBA sendo que se sabe que tal valor pode ser superado durante frenagem

ou aceleraccedilatildeo em especial de motocicletas Corresponde agrave indicaccedilatildeo de

Fasold et al (opcit p 6 Figura 311) que para um traacutefego de cerca de 2500

veiacuteculos por hora a 10m da rua (recuo frontal mais calccedilada) prevecirc 7 dB a

serem acrescidos de 6 dB devido a irregularidades da rua e mais 3 dB devido agrave

velocidade podendo superar 70 kmh o total estimado seria de 80 dBA

Tal condiccedilatildeo faz com que os 28 dB medidos possibilitem um niacutevel maacuteximo

de pressatildeo sonora de 52 dBA Isto ultrapassa os 30 dB exigidos pelo AQUA

Categoria 10 ndash Conforto visual

10 Avaliaccedilatildeo

QI 91 Dispor de acesso agrave luz do dia Atende

QI 92 Dispor de acesso a vistas para o exterior Atende

QI 93 Dispor de iluminaccedilatildeo natural miacutenima nas zonas de ocupaccedilatildeo Atende

QI 94 Evitar o ofuscamento direto ou indireto

QI 95 Garantir uma qualidade agradaacutevel da iluminaccedilatildeo artificial

QI 96 Controle do ambiente visual pelos ocupantes Atende

Conforto visual

Quadro 35 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI

Fonte Referencial AQUA (2010)

10 Avaliaccedilatildeo

CQI 101 Otimizar a manutenccedilatildeo do sistema de iluminaccedilatildeo Atende

CQI 102 Garantir o acompanhamento das demandas de intervenccedilatildeo para o sistema de iluminaccedilatildeo Atende

CQI 103 Otimizaccedilatildeo do acompanhamento do sistema de iluminaccedilatildeo Atende

Conforto visual

Quadro 36 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI

Fonte Referencial AQUA (2010)

Criteacuterio de avaliaccedilatildeo item QI 101

QI 101 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo

BAtende

Identificar os pontos focais dos espaccedilos comuns do edifiacutecio E acesso direto agrave luz

do dia garantida em cada ponto focal identificado BAtende

Dispor de acesso a luz do dia em 30 das circulaccedilotildees e ou espaccedilos abertos E 2 Atende

No caso de

edifiacutecios

comerciais

Dispor de acesso agrave luz do dia nos espaccedilos caracteriacutesticos da tipologia em questatildeo e no hall ou

recepccedilatildeo principal

Quadro 37 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI

Fonte Referencial AQUA (2010)

87

O projeto do EV privilegiou a entrada a luz natural atraveacutes de um conjunto

de janelas amplas (Figuras 39 e 40) estrategicamente posicionadas para

captaccedilatildeo de maior incidecircncia de luz natural Natildeo houve anaacutelise em relaccedilatildeo ao

ofuscamento pois apenas parte dos moacuteveis definitivos foram instalados ateacute a

finalizaccedilatildeo dessa dissertaccedilatildeo

Figura 41 ndash Vista lateral esquerda do EV

Fonte CASAGRANDE JR (2012)

Figura 42 ndash Vista lateral direita e fundos do EV

Fonte CASAGRANDE JR (2012)

O sistema luminoteacutecnico instalado no EV eacute composto por lacircmpadas LED

(light emitter diode) com dispositivo de acionamento separado por fileiras

Categoria 11 ndash Conforto olfativo

11 Avaliaccedilatildeo

QI 111 Identificar as fontes de odores e limitar a sua propagaccedilatildeo

QI 112 Garantir vazotildees de ar higiecircnicas Atende

QI 113 Garantir uma atmosfera saudaacutevel de ar nos espaccedilos com ventilaccedilatildeo mecacircnica Natildeo se aplica

Conforto olfativo

Quadro 38 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI

Fonte Referencial AQUA (2010)

88

11 Avaliaccedilatildeo

CQI 111 Otimizar a manutenccedilatildeo do sistema de ventilaccedilatildeo Natildeo se aplica

CQI 112 Garantir o acompanhamento das demandas de intervenccedilatildeo para o sistema de ventilaccedilatildeo Natildeo se aplica

Conforto olfativo

Quadro 39 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI

Fonte Referencial AQUA (2010)

QI 112 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo

B Atende

S

B

E 2

E 2

E 4 Atende

Na presenccedila de ventilaccedilatildeo mecacircnica justificativa do atendimento das vazotildees de ar novo que garantam niacuteveis

sanitaacuterios satisfatoacuterios conforme regulamentaccedilatildeo

Justificar o atendimento de vazotildees de ar novo otimizadas para as atividades dos locais (havendo ventilaccedilatildeo

mecacircnica ou natural controlada)

Presenccedila de dispositivo que permita o controle da qualidade do ar em certos espaccedilos de ocupaccedilatildeo

prolongada e quando pertinente acoplados a um sistema de alerta

Disposiccedilotildees tomadas para o fornecimento das vazotildees de ar nas zonas em que tal informaccedilatildeo seja

pertinente

Presenccedila de um sistema de ventilaccedilatildeo especiacutefico natural ou mecacircnico inclusive a simples abertura manual

de janelasA ventilaccedilatildeo natural pela simples abertura de janelas eacute autorizada

Presenccedila de um sistema de ventilaccedilatildeo especiacutefico natural ou mecacircnico aleacutem da simples abertura manual de

janelas A ventilaccedilatildeo natural pela simples abertura de janelas natildeo eacute mais considerada Se a ventilaccedilatildeo

natural eacute desejada a qual natildeo possa ser controlada um complemento de ventilaccedilatildeo mecacircnica deve ser

previsto

Quadro 40 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 112

Fonte Referencial AQUA (2010)

A arquitetura bioclimaacutetica do EV favorece muito as trocas de ar atraveacutes da

ventilaccedilatildeo cruzada e do ldquoEfeito chamineacuterdquo proporcionando atraveacutes da diferenccedila

de temperatura e por conseguinte de densidade entre o ar externo e o ar

interno do edifiacutecio A Figura 41 demonstra o efeito citado

Figura 43 ndash Efeito chamineacute

Fonte LAMBERTS (2004)

89

Categoria 12 ndash Qualidade sanitaacuteria dos ambientes

12 Avaliaccedilatildeo

QI 121 Identificar as fontes de exposiccedilatildeo eletromagneacutetica

QI 122 Garantia de condiccedilotildees de higiene especiacuteficas nos espaccedilos Atende

QI 123 Inventaacuterio do conhecimento relativo agrave qualidade higiecircnica dos revestimentos internos

Qualidade sanitaacuteria dos ambientes

Quadro 41 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI

Fonte Referencial AQUA (2010)

12 Avaliaccedilatildeo

MQI 121 Melhoria da qualidade higiecircnica dos revestimentos internos

Qualidade sanitaacuteria dos ambientes

Quadro 42 ndash Criteacuterios avaliados ndash MQI

Fonte Referencial AQUA (2010)

12 Avaliaccedilatildeo

CQI 121 Garantir uma limpeza adaptada aos espaccedilos interiores Atende

CQI 122 Otimizar as condiccedilotildees de conservaccedilatildeo dos ambientes interiores Atende

Qualidade sanitaacuteria dos ambientes

Quadro 43 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI

Fonte Referencial AQUA (2010)

QI 121 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo

provenientes do entorno imediato B

provenientes do entorno imediato e proacuteprias do edifiacutecio S

Para as fontes - energia e fontes

telecomunicaccedilotildees Identificaccedilatildeo das

fontes emissoras de ondas

eletromagneacuteticas de baixa frequumlecircncia

e das fontes de radiofrequecircncia

Quadro 44 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 121

Fonte Referencial AQUA (2010)

O escritoacuterio estaacute inserido no centro urbano estando suscetiacutevel a vaacuterios

campos eletromagneacuteticos poreacutem para identificaccedilatildeo dos pontos criacuteticos faz se

necessaacuterio um estudo especiacutefico

A audiecircncia puacuteblica realizada em marccedilo de 2013 no Supremo Tribunal

Federal (STF) reuniu 21 especialistas para debater sobre os efeitos dos

campos eletromagneacuteticos sobre a sauacutede puacuteblica e o meio ambiente

Resultados de um estudo apresentados pelo pesquisador do Cepel (Centro de

Pesquisa de Energias Eleacutetricas da Eletrobraacutes) Engordm Luiz Adriano Domingues

comprovam que as linhas de transmissatildeo e distribuiccedilatildeo de energia natildeo satildeo a

principal exposiccedilatildeo a campos eletromagneacuteticos na vida cotidiana Segundo ele

os dados resultantes de mediccedilotildees feitas em residecircncias foram constatados os

maiores valores de campo eletromagneacutetico em funccedilatildeo dos vaacuterios

90

equipamentos que satildeo utilizados no dia a dia como secador liquidificador

raacutedio e TV (STF 2013)

Categoria 13 ndash Qualidade sanitaacuteria do ar

13 Avaliaccedilatildeo

QI 131 Identificar as fontes de poluiccedilatildeo interna e externa e limitar seus efeitos Atende

QI 132 Garantir vazotildees de ar novo Atende

QI 133 Garantir uma atmosfera saudaacutevel de ar nos espaccedilos com ventilaccedilatildeo mecacircnica Natildeo se aplica

QI 134 Inventaacuterio do conhecimento do impacto sanitaacuterio dos revestimentos internos do edifiacutecio Sem accedilatildeo

Qualidade sanitaacuteria do ar

Quadro 45 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI

Fonte Referencial AQUA (2010)

13 Avaliaccedilatildeo

MQI 131 Melhoria da qualidade sanitaacuteria dos revestimentos internos

Qualidade sanitaacuteria do ar

Quadro 46 ndash Criteacuterios avaliados ndash MQI

Fonte Referencial AQUA (2010)

13 Avaliaccedilatildeo

CQI 131 Garantir o controle das instalaccedilotildees de aeraccedilatildeo e saneamento Atende

CQI 132 Garantir a supervisatildeo dos filtros das centrais de tratamento de ar e das redes Atende

CQI 133 Garantir o controle dos poluentes submetidos agrave regulamentaccedilatildeo (em caso de risco identificado) Atende

CQI 134 Acompanhamento perioacutedico da qualidade do ar interior Atende

CQI 135 Acompanhamento global das accedilotildees realizadas e da qualidade sanitaacuteria do ar Atende

Qualidade sanitaacuteria do ar

Quadro 47 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI

Fonte Referencial AQUA (2010)

91

MQI 131 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo

Garantia que os produtos natildeo desprendam partiacuteculas e fibras carcinogecircnicas B

Teores de COV conhecidos para pinturas e vernizes de interiores B Atende

Conhecimento bruto das emissotildees de COV e formaldeiacutedos dos revestimentos

internos renovadosE 2

Conhecimento bruto das emissotildees de substacircncias canceriacutegenas ou causadores

de efeitos geneacuteticos hereditaacuterios ou causadores de impotecircncia reprodutiva que

tenham sido intencionalmente introduzidas no processo de fabricaccedilatildeo ou

naturalmente presentes nas mateacuterias primas utilizadas nos produtos

renovados presentes em mais de 01 em massa e suscetiacuteveis de migraccedilatildeo

E 2

Piso 1000 e Parede 1000 E 1

Piso 250 e Parede 500 E 2

Piso 625 e Parede 125 E 1

Piso e parede 40 E 2

Piso e parede 20 E 3

Piso e parede 10 E 4

5 E 1

25 E 2

1 E 2

E 2 AtendeConsideraccedilatildeo do criteacuterio sanitaacuterio (emissotildees de COV e fomaldeiacutedos) na escolha dos revestimentos

internos renovados

Nas ocasiotildees de renovaccedilatildeo dos revestimentos internos (pisos paredes tetos materiais de

acabamento) o conjunto de cada produto renovado constituinte das superfiacutecies pisoparedeteto em

contato com o ar interno respeita os limites seguintes em microgm3

Taxa de COV piso e

paredes

Formaldeiacutedos piso

e paredes

Canceriacutegenos ou

substacircncias

causadoras de

efeitos geneacuteticos

hereditaacuterios ou

causadoras de

impotecircncia

reprodutiva o

conjunto de

produtos

constituintes das

Na ocasiatildeo de

renovaccedilatildeo de

revestimentos

internos (pisos

paredes tetos

materiais de

acabamento)

Quadro 48 ndash Criteacuterios avaliados ndash MQI 131

Fonte Referencial AQUA (2010)

A escolha dos materiais foi bastante criteriosa quanto ao teor de COV

(compostos orgacircnicos volaacuteteis) e formaldeiacutedo No entanto sabe-se que a

rastreabilidade na utilizaccedilatildeo desses produtos no Brasil ainda eacute insipiente Um

grande avanccedilo no setor da construccedilatildeo civil eacute a avaliaccedilatildeo RGMAT (RG ou

registro ambiental do produto) lanccedilado pela Fundaccedilatildeo Vanzolini com o objetivo

de demonstrar o desempenho ambiental dos materiais de construccedilatildeo por meio

da declaraccedilatildeo ambiental de produto baseado na avaliaccedilatildeo do ciclo de vida

que inclui o consumo de recursos naturais energia aacutegua emissatildeo de gases

na atmosfera de resiacuteduos soacutelidos e liacutequidos ou substacircncias toacutexicas podendo

abranger desde a extraccedilatildeo mineral produccedilatildeo transporte montagem

utilizaccedilatildeo manutenccedilatildeo e desconstruccedilatildeo ateacute a reutilizaccedilatildeo ou a reciclagem

(VANZOLINI 2013)

92

Categoria 14 ndash Qualidade sanitaacuteria da aacutegua

14 Avaliaccedilatildeo

QI 141 Eliminar o chumbo nas redes internas

QI 142 Organizaccedilatildeo e proteccedilatildeo das redes internas Atende

QI 143 Controle da temperatura nas redes internas Atende

Qualidade sanitaacuteria da aacutegua

Quadro 49 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI

Fonte Referencial AQUA (2010)

14 Avaliaccedilatildeo

CQI 141

Limitar os riscos de desenvolvimento das legionelas por meio de meacutetodos de conservaccedilatildeo

preventivos das redes de aacutegua quente e de anaacutelises da aacutegua Natildeo se aplica

CQI 142 Limitar o risco de desenvolvimento de legionelas por meio do controle das temperaturas Natildeo se aplica

CQI 143 Supervisionar a qualidade da aacutegua nos pontos de uso Atende

CQI 144 Acompanhamento das accedilotildees realizadas e da qualidade da aacutegua do edifiacutecio Atende

Qualidade sanitaacuteria da aacutegua

Quadro 50 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI

Fonte Referencial AQUA (2010)

QI 141 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo

B

SJustificar o respeito ao iacutendice de 10 microglitro

Justificar a ausecircncia de chumbo nas redes internas OU justificar o respeito ao iacutendice de 25 microglitro No

caso de ultrapassagem deste iacutendice adoccedilatildeo de medidas corretivas para reduzir a sua dissoluccedilatildeo na

aacutegua

Quadro 51 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 141

Fonte Referencial AQUA (2010)

Os tubos da instalaccedilatildeo hidraacuteulica do EV satildeo apenas em PVC e PEX

(Polietileno de alta densidade reticulado)

513 QAP ndash Qualidade Ambiental das Praacuteticas

O QAP eacute dividido em 3 partes QAP compras QAP comunicaccedilatildeo e QAP

gestatildeo aos quais satildeo atribuiacutedas pontuaccedilotildees conforme Quadro 52

93

QAP COMPRAS - MAacuteXIMO 28 PONTOS PONTOS

Escolha de produtos ou equipamentos (dentre os mais impactantes) que garantam uma

economia de energia ou de aacutegua ou que tenham limitado o impacto acuacutestico em relaccedilatildeo aos

produtos e equipamentos convencionais (um ponto por famiacutelia de produto ou equipamento)

1- 4

Escolha de produtos de conservaccedilatildeo e limpeza (dentre os mais impactantes e empregados na

conservaccedilatildeo e limpeza dos espaccedilos pertencentes ao periacutemetro da certificaccedilatildeo) que respeitem o

meio ambiente e a sauacutede dos ocupantes (dois pontos obtidos por produto de conservaccedilatildeo e

limpeza)

2- 6

QAP COMUNICACcedilAtildeO - MAacuteXIMO 22 PONTOS PONTOS

boas praacuteticas no consumo de energia 1

boas praacuteticas no consumo de aacutegua 1

reduccedilatildeo de resiacuteduos nas fontes geradoras e realizaccedilatildeo de triagem 1

poliacutetica de compras 1

QAP GESTAtildeO - MAacuteXIMO 44 PONTOS PONTOS

Praacuteticas adotadas com a finalidade de reduzir o consumo de energia nos espaccedilos pertencentes

ao periacutemetro da certificaccedilatildeo (um ponto por praacutetica adotada)1 - 5

Favorecer as energias renovaacuteveis nas escolhas de fornecimento de energia primaacuteria por meio de

um contrato com um produtor de energia3

Praacuteticas adotadas com a finalidade de reduzir o consumo de aacutegua nos espaccedilos pertencentes ao

periacutemetro da certificaccedilatildeo (um ponto por praacutetica adotada)1 - 3

Praacuteticas adotadas nos espaccedilos pertencentes ao periacutemetro da certificaccedilatildeo com a finalidade de

reduzir a produccedilatildeo de resiacuteduos na fonte a partir das atividades desenvolvidas nestes locais e de

sua conservaccedilatildeo (um ponto por praacutetica adotada)

1 - 3

RESIacuteDUOS

ENERGIA

PRODUTOS DE CONSERVACcedilAtildeO E LIMPEZA

Utilizaccedilatildeo de meios de comunicaccedilatildeo (murais cartazes manuais portais eletrocircnicos etc) adequados a fim de

sensibilizar os ocupantes do edifiacutecio para as questotildees seguintes

AacuteGUA

MATERIAL ELEacuteTRICO

Quadro 52 ndash Criteacuterios avaliados em QAP

Fonte Referencial AQUA (2010)

O EV participa do projeto ldquoCompra verderdquo com o objetivo de Implantar

poliacuteticas de compras sustentaacuteveis para a instituiccedilatildeo incluindo nos editais

requisitos ambientais especiacuteficos dependendo de cada material e equipamento

Todos os alunos e frequentadores do escritoacuterio vivenciam as praacuteticas

sustentaacuteveis no cotidiano pois a edificaccedilatildeo funciona como um ldquolaboratoacuterio

vivordquo palco para desenvolvimento de estudos cursos eventos como a semana

do meio ambiente programados para recepcionar todos da comunidade que se

interessarem pelo assunto sustentabilidade

94

6 CONCLUSOtildeES

Considerando os objetivos iniciais deste trabalho tendo como princiacutepio a

avaliaccedilatildeo do referencial teacutecnico AQUA de operaccedilatildeo e uso e sua aplicaccedilatildeo no

estudo de caso do escritoacuterio verde da UTFPR no que se refere ao desempenho

ambiental da edificaccedilatildeo seguem algumas conclusotildees

Um item fundamental que precisa ser verificado no referencial teacutecnico eacute a

forma de avaliaccedilatildeo para a fase operaccedilatildeo e uso pois natildeo estaacute clara Outra

dificuldade encontrada foi em relaccedilatildeo a estruturaccedilatildeo das categorias e

subcategorias com as respectivas avaliaccedilotildees por exemplo a duplicaccedilatildeo do

item QI na CQI da categoria 2 algumas trocas de nome da categoria entre

outros

Apoacutes anaacutelise dos dois referenciais percebeu-se melhor qualidade no

detalhamento das informaccedilotildees no referencial destinado a fase de programa

projeto e execuccedilatildeo o que facilita muito o entendimento do leitor

Alguns caacutelculos solicitados por exemplo o caacutelculo da envoltoacuteria da

categoria energia

QI 41 Criteacuterios avaliados Niacutevel

Explicitaccedilatildeo do valor absoluto do coeficiente de Transmitacircncia Teacutermica ponderada da

envoltoacuteria Uedif (Wm2K)

Uedif lt Uedif-base + 40

B

Melhorar a aptidatildeo da

envoltoacuteria para limitar

desperdiacutecios

Quadro 53 ndash Criteacuterios avaliados em QI 41

Fonte Referencial AQUA (2010)

Calcula-se o Uedif mas o referencial natildeo informa o valor ldquobaserdquo podendo

ser utilizado qualquer valor desde que referenciado que obtenha um resultado

menor que o coeficiente de transmitacircncia teacutermica da envoltoacuteria do edifiacutecio

(Uedif) Isso ocorre tambeacutem nos caacutelculos de coeficiente de consumo

convencional de energia primaacuteria solicitando que o mesmo seja comparado

com o coeficiente de consumo convencional de energia primaacuteria de referecircncia

mas a informaccedilatildeo desse valor referencia natildeo eacute apresentado nem mesmo os

admissiacuteveis

Entende-se que os coeficientes ou bases referenciais de alguns caacutelculos

precisam ser regionais mas eacute relevante que o AQUA estabeleccedila um limite de

95

variaccedilatildeo desses dados evitando que utilizem valores que natildeo satildeo referecircncias

no intuito de possuir resultados positivos que facilitem a certificaccedilatildeo

Os itens QI 121 e QMI 131QI 22 fontes eletromagneacuteticas e teor de

COV e formaldeiacutedo nos materiais sabe-se que os estudos nessa aacuterea no paiacutes

ainda satildeo incipientes dificultando a avaliaccedilatildeo tanto do empreendedor no

momento da compra quanto da proacutepria Fundaccedilatildeo Vanzolini na auditoria

Vale salientar que mesmo o referencial de operaccedilatildeo e uso natildeo estando

oficialmente disponiacutevel na paacutegina da Fundaccedilatildeo Vanzolini jaacute existem alguns

edifiacutecio certificados nesta etapa como algumas unidades da loja Leroy Merlyn

As sugestotildees apresentadas neste trabalho satildeo apenas no sentido de colaborar

na construccedilatildeo deste referencial

Quanto ao Escritoacuterio Verde identificou-se a necessidade de accedilotildees

corretivas bem como melhorias a serem implantadas para atender alguns

requisitos do referencial AQUA Quanto ao perfil ambiental preacute-estabelecido no

iniacutecio do estudo de caso conclui-se que

Categoria 1 Relaccedilatildeo do edifiacutecio com o seu entorno - niacutevel superior ndash

classificaccedilatildeo mantida necessitando de adequaccedilotildees quanto agrave acessibilidade

Categoria 2 Escolha integrada de produtos sistemas e processos

construtivos - niacutevel excelente - classificaccedilatildeo poderaacute sofrer alteraccedilotildees Diante

da avaliaccedilatildeo do AQUA no que se refere o conhecimento sobre a vida uacutetil e teor

de COV e formaldeiacutedo dos materiais empregados na construccedilatildeo pois a

maioria dos fabricantes natildeo disponibilizam essas informaccedilotildees A maioria dos

materiais utilizados no EV satildeo inovaccedilotildees no mercado da construccedilatildeo civil por

isso pouco se conhece sobre os impactos ambientais quanto agrave vida uacutetil

demonstrabilidade reciclagem emissatildeo de gases contribuintes para o efeito

estufa entre outros Assim a melhor compreensatildeo do desempenho desses

produtos soacute eacute durante o processo de gestatildeo da edificaccedilatildeo por meio de rotinas

Categoria 3 Canteiro de obras com baixo impacto ambiental - niacutevel

excelente ndash classificaccedilatildeo mantida Aleacutem da elaboraccedilatildeo de plano de gestatildeo dos

resiacuteduos da construccedilatildeo civil (PGRCC) os sistemas construtivos utilizados no

EV contribuem significantemente com a minimizaccedilatildeo do impacto no canteiro de

obra

Categoria 4 Gestatildeo da energia - niacutevel excelente ndash classificaccedilatildeo mantida

o desempenho do sistema se mostrou satisfatoacuterio demonstrando eficiecircncia na

96

geraccedilatildeo de energia E para melhor controle do desempenho desse sistema

estaacute em desenvolvimento o projeto de automaccedilatildeo disponibilizando dados em

tempo real via WEB de toda geraccedilatildeo e consumo de energia

Categoria 5 Gestatildeo da aacutegua - niacutevel excelente ndash classificaccedilatildeo mantida no

entanto para melhor controle do desempenho de captaccedilatildeo e consumo de aacutegua

potaacutevel e pluvial haacute necessidade de investir em equipamentos que facilitem a

coleta de dados

Categoria 6 Gestatildeo dos resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo do edifiacutecio - niacutevel

excelente ndash classificaccedilatildeo mantida os programas desenvolvidos no EV

ultrapassam os limites fiacutesicos do edifiacutecio contribuindo com a gestatildeo do campus

universitaacuterio

Categoria 7 Manutenccedilatildeo - permanecircncia do desempenho ambiental - niacutevel

excelente Classificaccedilatildeo depende do funcionamento do SGO pois qualquer

sistema de gestatildeo demora algum tempo para ser implantado muitas vezes

anos

Categoria 8 Conforto higroteacutermico - niacutevel bom ndash classificaccedilatildeo mantida

pois natildeo haacute sistema de ventilaccedilatildeo mecacircnica no EV

Categoria 9 Conforto acuacutestico - niacutevel excelente ndash classificaccedilatildeo natildeo

alcanccedilada necessitando de accedilotildees corretivas para atingir o niacutevel miacutenimo bom

Categoria 10 Conforto visual - niacutevel bom ndash classificaccedilatildeo mantida

podendo melhorar para superior com a constataccedilatildeo de um resultado positivo

em relaccedilatildeo ao ofuscamento

Categoria 11 Conforto olfativo - niacutevel superior ndash classificaccedilatildeo natildeo

alcanccedilada pois natildeo sistema de ventilaccedilatildeo mecacircnico Categoria rebaixada para

niacutevel bom

Categoria 12 Qualidade sanitaacuteria do ambiente - niacutevel superior ndash

classificaccedilatildeo natildeo alcanccedilada pois natildeo houve aprofundamento sobre as fontes

de campos eletromagneacuteticos

Categoria 13 Qualidade sanitaacuteria do ar - niacutevel bom ndash classificaccedilatildeo

mantida atende a legislaccedilatildeo vigente

Categoria 14 Qualidade sanitaacuteria da aacutegua - niacutevel Bom ndash classificaccedilatildeo

mantida faltando definir rotina para controle de qualidade da aacutegua captada

pelo sistema de coleta pluvial

97

A uacuteltima parte do referencial QAP compras atende a pontuaccedilatildeo maacutexima

QAP comunicaccedilatildeo atende a pontuaccedilatildeo maacutexima e QAP gestatildeo tem potencial

para alcanccedilar a pontuaccedilatildeo maacutexima

Para finalizar observou-se que o SGO permeia todo referencial sendo de

fato a ldquocoluna vertebralrdquo da certificaccedilatildeo e eacute a ferramenta que iraacute garantir um

bom desempenho ambiental da edificaccedilatildeo durante sua vida uacutetil

Os resultados apresentados representam apenas uma parte dos criteacuterios

exigidos no referencial O relatoacuterio completo da avaliaccedilatildeo seraacute encaminhado

para a Fundaccedilatildeo Vanzolini para iniciar o processo de certificaccedilatildeo do EV

SUGESTOtildeES PARA TRABALHOS FUTUROS

Como proposta para trabalhos futuros sugere-se

pesquisa sobre potenciais fontes de exposiccedilatildeo eletromagneacuteticas

elaboraccedilatildeo de manual de boas praacuteticas de uso e operaccedilatildeo do EV

avaliaccedilatildeo do sistema de gestatildeo de operaccedilatildeo utilizado no EV

98

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104

ANEXO 1

Projeto arquitetocircnico do Escritoacuterio Verde da UTFPR

105

ANEXO 2

EnergiaMaterias

primasAacutegua Ar Aacutegua Solo Ruiacutedos Odores

Local e construccedilatildeo

1 Relaccedilatildeo do edifiacutecio com o seu entorno

11 Consideraccedilatildeo do contexto F

12 Implantaccedilatildeo no terreno F F

2 Escolha integrada de produtos sistemas e processos construtivos

21 Adaptabilidade e durabilidade do edifiacutecio F

22 Escolhas de processos construtivos F F

23 Escolhas de produtos de construccedilatildeo F F

24 Fim de vida do edifiacutecio desconstrutibilidade reciclabilidade F F

3 Canteiro de obras

31 Produccedilatildeo de resiacuteduos identificaccedilatildeo gestatildeo dos resiacuteduos F

32 Incocircmodos e poluiccedilatildeo F F

33 Recursos - consumo de aacutegua e energia F

Gestatildeo

4 Energia

41 Energia primaacuteria natildeo renovaacutevel F

42 Incocircmodos e poluiccedilatildeo

5 Aacutegua

51 Economia de aacutegua potaacutevel F

52 Gestatildeo de aacuteguas pluviais no terreno F

53 Esgotamento sanitaacuterio F

6 Resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo do edifiacutecio

61 Controle da produccedilatildeo de resiacuteduos F

62 Adequaccedilatildeo entre coleta interna e externa F

63 Controle da seleccedilatildeo dos resiacuteduos F F F

64 Otimizaccedilatildeo do sistema de coleta interna F F F

7 Conservaccedilatildeo e manutenccedilatildeo

71 Otimizaccedilatildeo das necessidades em manutenccedilatildeo F F F

72 Controle dos efeitos ambientais e sanitaacuterios da manutenccedilatildeo F

73 Facilidade de acesso para manutenccedilatildeo

74 Equipamentos para manter o desempenho em uso e operaccedilatildeo F F F F

Conforto

8 Conforto higroteacutermico

81 No inverno e na meia-estaccedilatildeo F

82 No veratildeo F

9 Conforto acuacutestico

91 Disposiccedilotildees arquitetocircnicas espaciais F F F

92 Isolamento acuacutestico F F F

93 Correccedilatildeo acuacutestica dos ambientes (se necessaacuteria) F F F

94 Efeitos dos ruiacutedos na vizinhanccedila F F F

10 Conforto visual

101 Consideraccedilatildeo da iluminaccedilatildeo natural F F F

102 Iluminaccedilatildeo artificial F

103 Relaccedilatildeo visual com o exterior

104 Iluminaccedilatildeo artificial das aacutereas exteriores F F

11 Conforto olfativo

111 Fontes de odores desagradaacuteveis F F F

112 Sensaccedilotildees olfativas desagradaacuteveis F F F

Sauacutede

12 Qualidade sanitaacuteria dos ambientes

121 Tratamento do ambiente interior e das superfiacutecies F F

13 Qualidade sanitaacuteria do ar

131 Fontes de poluiccedilatildeo F F F

132 Efeitos dos poluentes do ar na sauacutede F F F

14 Qualidade sanitaacuteria da aacutegua

141 Manutenccedilatildeo da qualidade da aacutegua de consumo nas redes internas do edifiacutecio F

142 Controle de acessos agraves redes coletivas de distribuiccedilatildeo

143 Controle da qualidade da aacutegua proveniente de rede de aacutegua natildeo potaacutevel

F = Relaccedilatildeo forte existente entre preocupaccedilatildeo e objetivo

Uma ceacutelula em branco natildeo significa necessariamente uma total ausecircncia de preocupaccedilatildeo

MO

BIL

IDA

DE

UR

BA

NA

OBJETIVOS DE CONTROLE DOS IMPACTOS AMBIENTAIS EXTERIORES E

INTERIORES DO EDIFICIO

Tabela 2 - Guia para a hierarquizaccedilatildeo das categorias de QAE em funccedilatildeo dos desafios ambientais estabelecidos

ME

LH

OR

AR

O

CO

NF

OR

TO

PR

ES

EE

RV

AR

A S

AU

DE

PREOCUPACcedilOtildeES AMBIENTAIS

PRESERVAR OS

RECURSOS

REDUZIR A

POLUICcedilAtildeO

REDUZIR OS

INCOMODOS

RE

DU

ZIR

OS

RE

SID

UO

S

106

ANEXO 3

Processo AQUA - operaccedilatildeo e uso maio de 2010

Page 10: UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ …Processo AQUA de certificação de edificações sustentáveis na fase operação e uso : estudo de caso do Escritório Verde da UTFPR

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 ndash Perfil da qualidade ambiental do edifiacutecio em operaccedilatildeo 41

Tabela 2 ndash Guia para hierarquizaccedilatildeo das categorias da QAE em funccedilatildeo dos desafios

ambientais estabelecidos 53

Tabela 3 ndash Energia gerada em cada mecircs de operaccedilatildeo do SFCR do EV 69

Tabela 4 ndash Energia diaacuteria meacutedia gerada em cada mecircs de operaccedilatildeo do SFCR do EV 69

Tabela 5 ndash Consumo de aacutegua potaacutevel no EV 72

Tabela 6 ndash Consumo de aacutegua de pluvial 72

Tabela 7 ndash Meacutedias histoacutericas - iacutendice pluviomeacutetrico 74

Tabela 8 ndash Coeficiente de impermeabilizaccedilatildeo do terreno antes da implantaccedilatildeo do EV 75

Tabela 9 ndash Coeficiente de impermeabilizaccedilatildeo do terreno apoacutes a implantaccedilatildeo do EV75

Tabela 10 ndash Mediccedilatildeo de temperatura no EV durante o inverno 80

Tabela 11 ndash Resultados obtidos (MEDICcedilAtildeO ndash INCERTEZA) 84

Tabela 12 ndash Resultados obtidos (MEDICcedilAtildeO + INCERTEZA) 84

Tabela 13 - Caacutelculo do iacutendice de atenuaccedilatildeo acuacutestica R do invoacutelucro da edificaccedilatildeo 85

LISTA DE QUADROS

Quadro 1 ndash Principais eventos relacionados ao desenvolvimento sustentaacutevel 27

Quadro 2 ndash Principais sistemas de certificaccedilatildeo de edificaccedilotildees (continua) 34

Quadro 3 - Principais sistemas de certificaccedilatildeo de edificaccedilotildees no Brasil (continua) 36

Quadro 4 ndash Categorias do sistema AQUA 39

Quadro 5 ndash Subcategorias do sistema AQUA (continua) 39

Quadro 6 ndash Avaliaccedilatildeo categoria 1 - QI 55

Quadro 7 ndash Avaliaccedilatildeo categoria 1 - CQI 55

Quadro 8 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 13 55

Quadro 9 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 111 56

Quadro 10 ndash Avaliaccedilatildeo categoria 2 - QI 57

Quadro 11 ndash Avaliaccedilatildeo categoria 2 - MQI 57

Quadro 12 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 111 58

Quadro 13 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 66

Quadro 14 ndash Avaliaccedilatildeo categoria 4 ndash QI 67

Quadro 15 ndash Avaliaccedilatildeo categoria ndash MQI 67

Quadro 16 ndash Avaliaccedilatildeo categoria ndash CQI 67

Quadro 17ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 44 67

Quadro 18 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 70

Quadro 19 ndash Criteacuterios avaliados ndash MQI 70

Quadro 20 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 70

Quadro 21 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 52 e 53 71

Quadro 22 ndash fontes consumidoras de aacutegua 71

Quadro 23 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 76

Quadro 24 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 77

Quadro 25 ndash Criteacuterios avaliados ndash MQI 78

Quadro 26 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 78

Quadro 27 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 71 78

Quadro 28 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 79

Quadro 29 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 79

Quadro 30 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 83 79

Quadro 31 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 81

Quadro 32 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 81

Quadro 33 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 83 82

Quadro 34 ndash Criteacuterios de avaliaccedilatildeo para acuacutestica de edifiacutecios novos 82

Quadro 35 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 86

Quadro 36 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 86

Quadro 37 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 86

Quadro 38 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 87

Quadro 39 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 88

Quadro 40 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 112 88

Quadro 41 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 89

Quadro 42 ndash Criteacuterios avaliados ndash MQI 89

Quadro 43 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 89

Quadro 44 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 121 89

Quadro 45 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 90

Quadro 46 ndash Criteacuterios avaliados ndash MQI 90

Quadro 47 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 90

Quadro 48 ndash Criteacuterios avaliados ndash MQI 131 91

Quadro 49 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 92

Quadro 50 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 92

Quadro 51 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 141 92

Quadro 52 ndash Criteacuterios avaliados em QAP 93

Quadro 53 ndash Criteacuterios avaliados em QI 41 94

LISTA DE GRAacuteFICOS

Graacutefico 1- Evoluccedilatildeo do PIB Brasil e do PIB da Construccedilatildeo Civil 17

Graacutefico 2 - Estimativa de crescimento populacional mundial (adaptado do inglecircs) 23

Graacutefico 3 ndash Dia com temperatura meacutedia diaacuteria miacutenima 81

Graacutefico 4 ndash Meacutedias do niacutevel de ruiacutedo dos locais avaliados 83

Graacutefico 5 ndash Iacutendice de atenuaccedilatildeo acuacutestica 85

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ABNT Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas

ACV Avaliaccedilatildeo de ciclo de vida

AQUA Alta Qualidade Ambiental

ASBEA Associaccedilatildeo Brasileira dos Escritoacuterios de Arquitetura

BEE Building Environmental Efficiency

BRE Building Research Establishment

BREEAM Building Research Establishment Environmental Assessment Method

CASBEE Comprehensive Assessment System for Building Environmental

Efficiency

CBIC Cacircmara Brasileira da Induacutestria da Construccedilatildeo

CBCS Conselho Brasileiro de Construccedilatildeo Sustentaacutevel

CQI Controle da qualidade intriacutenseca

COV Compostos Orgacircnicos Volaacuteteis

CO Dioacutexido de Carbono

EV Escritoacuterio Verde

GBC Green Building Council

HQE Haute Qualiteacute Environnementale

HKBEAM Honk Kong Building Environmental Assessment

IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica

IDHEA Instituto para Desenvolvimento da Habitaccedilatildeo Ecoloacutegica

LCA Life cicle assessment

LEED Leadership in Energy amp Environmental Design

MQI Melhoria da qualidade intriacutenseca

NBR Norma brasileira

ONU Naccedilotildees Unidas

PNUMA Programa das Naccedilotildees Unidas para o Meio Ambiente

QAE Qualidade ambiental do edifiacutecio

QAEop Qualidade ambiental do edifiacutecio em operaccedilatildeo

QAP Qualidade ambiental das praacuteticas

QI Qualidade intriacutenseca

SANEPAR Companhia de Saneamento do Paranaacute

SFCR Sistema fotovoltaico conectado aacute rede

SFI Sistema fotovoltaico isolado

SGE Sistema de gestatildeo do empreendimento

SGO Sistema de gestatildeo da operaccedilatildeo

USGBC US Green Building Council

UTFPR Universidade Tecnoloacutegica Federal do Paranaacute

WWF World Wildlife Fund

WRI World Resources Institute

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 17

11 CONSIDERACcedilOtildeES INICIAIS 17

12 OBJETIVOS 19

121 Objetivo Principal 19

122 Objetivos Especiacuteficos 19

13 DELIMITACcedilOtildeES 19

14 JUSTIFICATIVA 20

15 ESTRUTURA DA DISSERTACcedilAtildeO 22

2 REVISAtildeO DA LITERATURA 23

21 CONTEXTUALIZACcedilAtildeO 23

22 DESENVOLVIMENTO SUSTENTAacuteVEL 25

23 CONSTRUCcedilAtildeO SUSTENTAacuteVEL 28

24 SISTEMAS DE AVALIACcedilAtildeO DO DESEMPENHO DE EDIFIacuteCIOS 29

241 Anaacutelise do Ciclo de Vida ndash ACV 31

242 Sistemas de Certificaccedilatildeo de Edifiacutecios 31

243 Principais Sistemas de Certificaccedilatildeo no Brasil 36

244 Processo AQUA de certificaccedilatildeo 37

3 METODOLOGIA 43

4 ESTUDO DE CASO ESCRITOacuteRIO VERDE DA UTFPR 45

41 CONTEXTUALIZACcedilAtildeO 45

42 CONSTRUCcedilAtildeO DO ESCRITOacuteRIO VERDE 46

5 RESULTADOS E DISCUSSOtildeES 52

51 AVALIACcedilAtildeO DO DESEMPENHO AMBIENTAL DO EV 52

511 SGO ndash Sistema de gestatildeo da operaccedilatildeo 52

512 QAEop ndash Qualidade Ambiental do Edifiacutecio na Fase Operaccedilatildeo 54

513 QAP ndash Qualidade Ambiental das Praacuteticas 92

6 CONCLUSOtildeES 94

REFEREcircNCIAS 99

ANEXOS 106

17

1 INTRODUCcedilAtildeO

11 CONSIDERACcedilOtildeES INICIAIS

Em 1987 foi publicado pela ONU (Naccedilotildees Unidas) o documento ldquoNosso

Futuro Comumrdquo mais conhecido como o relatoacuterio de Brundtland 25 anos se

passaram e a ideia de desenvolvimento sustentaacutevel continua vaacutelida nos dias de

hoje No entanto destaca-se o fato de ainda ser um conceito de aceitaccedilatildeo

generalizada quando deveria ser uma praacutetica cotidiana (ONU 2012)

Nesse contexto apresenta-se o setor da construccedilatildeo civil que cresce a

taxas superiores agraves do PIB (produto interno bruto) nacional De acordo com

dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica (IBGE) em

2012 enquanto o Paiacutes apresentou expansatildeo de 09 a construccedilatildeo civil

cresceu 14 O resultado da Construccedilatildeo foi o segundo melhor da Induacutestria

ficando atraacutes do setor de produccedilatildeo e distribuiccedilatildeo de eletricidade gaacutes aacutegua

esgoto e limpeza urbana (36)

Conforme Graacutefico 1 divulgado pela Cacircmara Brasileira da Industria da

Construccedilatildeo - CBIC em 2011 enquanto PIB nacional cresceu 75 o da

Construccedilatildeo registrou incremento de 116 justificado pelo lanccedilamento do

Programa Minha Casa Minha Vida ndash PMCMV em 2010

Graacutefico 1- Evoluccedilatildeo do PIB Brasil e do PIB da Construccedilatildeo Civil

Fonte CBIC (2011)

18

Para CBIC (2011) a induacutestria da construccedilatildeo eacute considerada ldquoo motor do

desenvolvimentordquo brasileiro dos proacuteximos anos No entanto observa-se que as

praacuteticas para amenizar os impactos gerados pelo setor natildeo acompanham

tamanho crescimento

Em contrapartida surgem no Brasil poliacuteticas em prol da preservaccedilatildeo

ambiental impulsionando toda cadeia produtora um exemplo eacute a Instruccedilatildeo

Normativa nordm 01 de 2010 que dispotildee sobre os criteacuterios de sustentabilidade

ambiental na aquisiccedilatildeo de bens contrataccedilatildeo de serviccedilos ou obras pela

Administraccedilatildeo Puacuteblica Federal direta autaacuterquica e fundacional

Outro ganho eacute a Norma Brasileira de Desempenho de Edifiacutecios NBR

155752013 que comeccedila a vigorar em julho desse ano e traz alguns itens

ineacuteditos nas normativas brasileiras como o conceito de vida uacutetil para os

sistemas Outro aspecto relevante eacute o papel que o usuaacuterio passaraacute a exercer

pois para que o desempenho miacutenimo seja atingido ao longo do tempo seraacute

necessaacuterio agrave implementaccedilatildeo de programas de manutenccedilatildeo corretiva e

preventiva (ASBEA 2013)

Destacam-se tambeacutem os sistemas de certificaccedilatildeo ambiental de

edificaccedilotildees que vecircm ganhando grande aceitaccedilatildeo no mercado brasileiro

apresentando-se como forma fundamental de incentivo das praacuteticas

sustentaacuteveis e principalmente como instrumento para garantir que as

edificaccedilotildees tenham um bom desempenho durante sua vida uacutetil

Dentro desse contexto a pesquisa apresentada dedicou-se na anaacutelise do

processo de certificaccedilatildeo ambiental AQUA (Alta Qualidade Ambiental) lanccedilado

em 2008 elaborado pela Fundaccedilatildeo Carlos Alberto Vanzolini instituiccedilatildeo privada

sem fins lucrativos criada mantida e gerida pelos professores do

Departamento de Engenharia de Produccedilatildeo da Escola Politeacutecnica da

Universidade de Satildeo Paulo O sistema foi adaptado exclusivamente para a

realidade brasileira a partir do modelo de certificaccedilatildeo francecircs HQE Haute

Qualiteacute Environnementale O processo AQUA eacute uma certificaccedilatildeo reconhecida

internacionalmente por diversas entidades certificadoras no mundo Franccedila

Alemanha Inglaterra Finlacircndia Itaacutelia e Estados Unidos que fazem parte da

SB Alliance da qual a Fundaccedilatildeo eacute membro fundador (REVISTA TEacuteCHNE

2009)

19

Inicialmente buscou-se o entendimento do referencial teacutecnico elaborado

pela Fundaccedilatildeo Vanzolini em 2007 para edifiacutecios novos abordando as fases

que antecedem a operaccedilatildeo as etapas de programa concepccedilatildeo (projeto) e

realizaccedilatildeo (execuccedilatildeo) Posteriormente deu-se a analise do referencial de

operaccedilatildeo fornecido pela Fundaccedilatildeo Vanzolini versatildeo provisoacuteria de 2010

atualmente em processo de revisatildeo

Com o objetivo de aplicar o conhecimento adquirido na anaacutelise dos

referidos referenciais optou-se por adotar do Escritoacuterio Verde - EV da UTFPR

construiacutedo dentro de criteacuterios sustentaacuteveis como objeto de estudo analisando

a conformidade ou natildeo conformidade quanto aos criteacuterios de desempenho

ambiental definidos no referencial AQUA de operaccedilatildeo de edifiacutecios

12 OBJETIVOS

121 Objetivo Principal

Analisar o desempenho ambiental do Escritoacuterio Verde da UTFPR tendo

como base o referencial teacutecnico de operaccedilatildeo e uso fornecido pela Fundaccedilatildeo

Vanzolini

122 Objetivos Especiacuteficos

Analisar o referencial teacutecnico para edifiacutecios do setor de serviccedilos em

operaccedilatildeo e uso elaborado pela Fundaccedilatildeo Vanzolini em maio de 2010

Avaliar o EV quanto o atendimento dos requisitos exigidos pelo AQUA

para a obtenccedilatildeo da certificaccedilatildeo na fase operaccedilatildeo e uso

Promover maior percepccedilatildeo sobre a importacircncia da certificaccedilatildeo de

edifiacutecios na fase operaccedilatildeo e uso como forma de garantir um desempenho

ambiental satisfatoacuterio durante sua vida uacutetil

13 DELIMITACcedilOtildeES

Para este estudo foram utilizados dois referenciais teacutecnicos AQUA de

certificaccedilatildeo

20

Vanzolini versatildeo 0 (provisoacuteria) - elaborado em maio de 2010

ndash edifiacutecios escolares versatildeo 0

(provisoacuteria) disponiacutevel no site da Fundaccedilatildeo

consideradas na presente dissertaccedilatildeo

14 JUSTIFICATIVA

O 3ordm Simpoacutesio Brasileiro de Construccedilatildeo Sustentaacutevel ocorrido em 2010

SBCS10 promovido pelo CIB (International Council for Research and

Innovation in Building and Construction) UNEP (United Nations Environment

Programme) e iiSBE (International Initiative for a Sustainable Built

Environment) em parceria com o CBCS (Conselho Brasileiro de Construccedilotildees

Sustentaacuteveis) e uma coalizatildeo de universidades brasileiras liacutederes no tema

Universidade de Campinas (Unicamp) Universidade Federal do Espiacuterito Santo

(UFES) e Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) obteve por

resultado um documento denominado ldquoCarta Abertardquo contendo consideraccedilotildees

referentes ao momento econocircmico e social vivido pelo Brasil Seguem algumas

dessas exposiccedilotildees (CBCS 2010)

a cadeia produtiva da construccedilatildeo civil eacute um dos motores do processo de

desenvolvimento econocircmico do Paiacutes

os programas governamentais de desenvolvimento social como o

Minha Casa Minha Vida - PMCMV e o Programa de Aceleraccedilatildeo do

Crescimento - PAC tem por base a atividade de construccedilatildeo

a cadeia produtiva da construccedilatildeo tem significativos impactos sociais e

ambientais inclusive mudanccedilas climaacuteticas consumo de energia aacutegua

biodiversidade e recursos naturais

Diante desse cenaacuterio surgem no Brasil os sistemas de certificaccedilatildeo

ambiental para edifiacutecios que agregam no sentido de minimizar os impactos

decorrentes da cadeia produtiva da construccedilatildeo civil

Hoje o Brasil ocupa o quarto lugar entre os paiacuteses que mais concentram

edificaccedilotildees feitas a partir de criteacuterios ambientalmente adequados Os Estados

21

Unidos reuacutenem o maior nuacutemero de empreendimentos em anaacutelise seguidos

pela China e pelos Emirados Aacuterabes Unidos (GBC-BRASIL 2013)

O relatoacuterio Rumo a Economia Verde do PNUMA (Programa das Naccedilotildees

Unidas para o Meio Ambiente) 2011 informa que a reduccedilatildeo dos impactos

gerados na construccedilatildeo civil eacute peccedila chave para alcance de uma economia

verde Para o PNUMA economia verde eacute aquela que resulta em melhoria do

bem-estar da humanidade e igualdade social ao mesmo tempo em que reduz

significativamente riscos ambientais e escassez ecoloacutegica

ldquoA construccedilatildeo de novos edifiacutecios verdes e o reequipamento dos edifiacutecios

jaacute existentes que usam energia e recursos de forma intensiva ateacute 2050 podem

resultar na economia de um terccedilo de energia nos setores de construccedilatildeo civil no

mundo inteiro em comparaccedilatildeo com as projeccedilotildees para as construccedilotildees

realizadas da maneira tradicionalrdquo (PNUMA 2011)

Para o coordenador executivo do processo AQUA professor Manuel

Carlos Reis Martins haacute necessidade de se repensar o conceito de custo de

uma obra levando em conta tambeacutem a fase de operaccedilatildeo cujo custo ao longo

dos anos eacute muito maior do que o valor gasto na construccedilatildeo Em termos de

ordem de grandeza do custo total de construccedilatildeo e operaccedilatildeo de um edifiacutecio

em um horizonte de 30 anos cerca de 20 correspondem agrave construccedilatildeo e 80

agrave operaccedilatildeo De outo modo se um edifiacutecio for sustentaacutevel e

consequentemente tiver custos operacionais mais baixos os investimentos

adicionais realizados na fase de construccedilatildeo teratildeo um raacutepido retorno

(ARQUITETURA 2011)

Eacute niacutetido que o tema construccedilotildees sustentaacuteveis com destaque para as

certificaccedilotildees ambientais vem ganhando abrangecircncia no contexto global e tem

um peso certamente crescente e determinante na minimizaccedilatildeo dos impactos

gerados no setor da construccedilatildeo No entanto no Brasil ainda eacute incipiente a

aplicaccedilatildeo desses sistemas no sentido de avaliar e garantir um desempenho

ambiental satisfatoacuterio das edificaccedilotildees durante sua operaccedilatildeo

Para Degani (2010) as metodologias de avaliaccedilatildeo e certificaccedilatildeo de

edifiacutecios podem ser vistas como mecanismos indutores do aperfeiccediloamento do

desempenho das edificaccedilotildees e da proacutepria construccedilatildeo civil

22

15 ESTRUTURA DA DISSERTACcedilAtildeO

O trabalho foi estruturado da seguinte forma

deste trabalho e justifica a relevacircncia desse estudo

histoacuterico e o estado da arte do tema estudado tambeacutem descreve os sistemas

de certificaccedilatildeo mais relevantes da atualidade e suas principais caracteriacutesticas

apitulo eacute a metodologia utilizada na dissertaccedilatildeo

Verde da UTFPR resultados e discussotildees sobre a aplicaccedilatildeo da metodologia

AQUA na fase operaccedilatildeo e uso

conclusotildees e consideraccedilotildees finais

23

2 REVISAtildeO DA LITERATURA

21 CONTEXTUALIZACcedilAtildeO

O ritmo do crescimento populacional no mundo estaacute em constante

decliacutenio sendo a taxa atual de crescimento de 12 ao ano Poreacutem a

populaccedilatildeo mundial continua crescendo em valores absoluto e em 2011 atingiu

a marca de 7 bilhotildees de habitantes O Graacutefico 2 informa que para o alcance do

2ordm bilhatildeo de habitantes no planeta levaram cerca de 123 anos o 3ordm bilhatildeo 33

anos o 4ordm bilhatildeo 15 anos o 5ordm e 6ordm bilhatildeo apenas 12 anos A estimativa para

atingir o 8ordm e 9ordm bilhatildeo eacute de 16 e 26 anos respectivamente mostrando que o

equiliacutebrio estaacute longe de acontecer gerando vaacuterios problemas pois a natureza

natildeo consegue repor na mesma velocidade que o consumo se sucede

Graacutefico 2 - Estimativa de crescimento populacional mundial (adaptado do inglecircs)

Fonte Population Reference Bureau (2011)

A Figura 1 relata as projeccedilotildees do uacuteltimo Relatoacuterio Planeta Vivo da World

Wildlife Fund - WWF (2012) indicando que se a humanidade continuar com

esse modelo de comportamento em 2030 (com 83 bilhotildees de habitantes)

seriam necessaacuterios dois planetas e cerca de trecircs planetas em 2050 (com 93

bilhotildees de habitantes) Esses dados foram calculados por meio da pegada

24

ecoloacutegica que corresponde ao tamanho das aacutereas produtivas de terra e de mar

necessaacuterias para gerar produtos bens e serviccedilos que sustentem determinados

estilos de vida Eacute uma forma de medir em hectares (ha) a extensatildeo de

territoacuterio que uma pessoa ou toda uma sociedade utiliza em meacutedia para se

sustentar

Figura 1 - Pegada ecoloacutegica (adaptado do inglecircs)

Fonte WWF ndash World Wildlife Fund 2012

Os componentes utilizados para o caacutelculo da pegada ecoloacutegica satildeo

apresentados na Figura 1 demonstrando os seguintes aspectos

carbono - a extensatildeo de aacutereas florestais capaz de sequestrar emissotildees

de CO2 derivadas da queima de combustiacuteveis foacutesseis excluindo-se a parcela

absorvida pelos oceanos que provoca a acidificaccedilatildeo

- a extensatildeo de aacutereas de cultivo usadas para a

produccedilatildeo de alimentos e fibras para consumo humano bem como para a

produccedilatildeo de raccedilatildeo para o gado oleaginosa e borracha

- a extensatildeo de aacutereas de pastagem utilizadas para a criaccedilatildeo

de gado de corte e leiteiro e para a produccedilatildeo de couro e produtos de latilde

- a extensatildeo de aacutereas florestais necessaacuterias para o

fornecimento de produtos madeireiros celulose e lenha

25

- representa a extensatildeo de aacutereas cobertas por

infraestrutura humana inclusive transportes habitaccedilatildeo estruturas industriais e

reservatoacuterios para a geraccedilatildeo de energia hidreleacutetrica

- calculada a partir da estimativa de produccedilatildeo primaacuteria

necessaacuteria para sustentar os peixes e mariscos capturados com base em

dados de captura relativos a espeacutecies marinhas e de aacutegua doce

22 DESENVOLVIMENTO SUSTENTAacuteVEL

A associaccedilatildeo entre o desenvolvimento econocircmico e a degradaccedilatildeo da

natureza foi pela primeira vez discutida por um grupo de intelectuais

denominado Clube de Roma fundado em 1968 tornou-se muito conhecido a

partir da publicaccedilatildeo do relatoacuterio intitulado ldquoOs Limites do Crescimentordquo Em

1972 a Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas (ONU) realizou a primeira

conferecircncia mundial sobre meio ambiente em Estocolmo Em 1983 foi criada a

Comissatildeo Mundial do Meio Ambiente e Desenvolvimento que publicou em

1987 o relatoacuterio conhecido como ldquoRelatoacuterio Brundtlandrdquo o qual aponta para a

incompatibilidade entre desenvolvimento sustentaacutevel e os padrotildees de produccedilatildeo

e consumo trazendo agrave tona mais uma vez a necessidade de uma nova relaccedilatildeo

ldquoser humano e meio ambienterdquo

Para a WWF Brasil a definiccedilatildeo mais aceita para desenvolvimento

sustentaacutevel foi descrita no Relatoacuterio de Brundland em 1987 ldquoAtender agraves

necessidades do presente sem comprometer a possibilidade de as geraccedilotildees

futuras atenderem a suas proacuteprias necessidadesrdquo Essa definiccedilatildeo surgiu para

discutir e propor meios de harmonizar dois objetivos o desenvolvimento

econocircmico e a conservaccedilatildeo ambiental (WWF-BRASIL 2013)

Mas foi na Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas para o Desenvolvimento e o

Meio Ambiente - Rio 92 que se consagrou o uso da expressatildeo

desenvolvimento sustentaacutevel O resultado foi agrave adoccedilatildeo de trecircs recomendaccedilotildees

principais a Agenda 21 a Declaraccedilatildeo do Rio e os Princiacutepios relativos a

Florestas e Selvas Foram tambeacutem firmadas duas convenccedilotildees a Convenccedilatildeo

da Biodiversidade e a Convenccedilatildeo do clima

A Agenda 21 foi o principal documento produzido na ECO 92 na qual foi

registrado a importacircncia dos paiacuteses em se comprometerem a refletir local e

26

globalmente sobre a forma pela qual governos empresas e organizaccedilotildees natildeo-

governamentais e todos os setores da sociedade poderiam cooperar no estudo

de soluccedilotildees para os problemas socioambientais

Assim a Agenda 21 possibilitou o debate sobre o desenvolvimento e

construccedilatildeo sustentaacutevel utilizaccedilatildeo de recursos viabilidade econocircmica destes

no mercado processos construtivos desenvolvimento social entre outros

assuntos permitindo aprofundar conhecimentos relacionados com a eficiecircncia

energeacutetica nos edifiacutecios a conservaccedilatildeo da aacutegua potaacutevel e a utilizaccedilatildeo de

materiais que tenham em conta a preservaccedilatildeo do ambiente

Em 2007 foi criado no Brasil o Conselho Brasileiro de Construccedilatildeo

Sustentaacutevel (CBCS) que tem como objetivo a utilizaccedilatildeo de praacuteticas

sustentaacuteveis no setor da construccedilatildeo civil trazendo qualidade de vida aos

usuaacuterios trabalhadores e ao ambiente em torno da edificaccedilatildeo

O evento mais recente foi a RIO + 20 realizado em junho de 2012

Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas sobre desenvolvimento sustentaacutevel sediado

no Rio de Janeiro Brasil Como resultado obteve-se a elaboraccedilatildeo de um

documento intitulado ldquoO futuro que queremosrdquo

27

Principais acontecimentos referentes ao desenvolvimento sustentaacutevel

podem ser vistos no Quadro 1

ANO EVENTO RESUMO

1968 Criaccedilatildeo do Clube de Roma

Organizaccedilatildeo informal cujo objetivo era promover o entendimento dos

componentes variados mas interpendentes ndash econocircmicos poliacuteticos

naturais e sociais que formam o sistema global

1972 Publicaccedilatildeo do livro Os limites do crescimento

Informe apresentado pelo Clube de Roma no qual previa que as

tendecircncias que imperavam ateacute entatildeo conduziriam a uma escassez

catastroacutefica dos recursos naturais e a niacuteveis perigosos de

contaminaccedilatildeo num prazo de 100 anos

1972Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas sobre o Meio Ambiente

Humano em Estocolmo Sueacutecia

A primeira manifestaccedilatildeo dos governos de todo o mundo com as

consequumlecircncias da economia sobre o meio ambiente Participaram

113 Estados-membros da ONU Um dos resultados do evento foi a

criaccedilatildeo do Programa das Naccedilotildees Unidas sobre o Meio Ambiente

(PNUMA)

1987Publicaccedilatildeo do informe Brundtland o ldquoNosso

Futuro Comumrdquo

Um dos mais importantes sobre a questatildeo ambiental e o

desenvolvimento Vincula estreitamente economia e ecologia e

estabelece o eixo em torno do qual se deve discutir o

desenvolvimento formalizando o conceito de desenvolvimento

sustentaacutevel

1992Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas sobre o Meio

Ambiente e Desenvolvimento ou Cuacutepula da Terra

Realizada no Rio de Janeiro constitui-se no mais importante foro

mundial jaacute realizado Abordou novas perspectivas globais e de

integraccedilatildeo da questatildeo ambiental planetaacuteria e definiu mais

concretamente o modelo de desenvolvimento sustentaacutevel

Participaram 170 Estados que aprovaram a Declaraccedilatildeo do Rio e

mais quatro documentos entre os quais a Agenda 21

1995 Berlim COP 1 - Conferecircncia sobre o clima

A primeira COP (Conferencia das Partes) tece como destaque a

decisatildeo de se apresentar no encontro de 1997 um documento

tornando oficial o comprometimento dos paiacuteses de reduccedilatildeo das

emissotildees de gases do efeito estufa

1997 Rio + 5 - Protocolo de Kyoto

Realizado em New York teve como objetivo analisar a

implementaccedilatildeo do Programa da Agenda 21 Visa combater o

aquecimento global que causa o efeito estufa

2002Cuacutepula Mundial sobre o Desenvolvimento Sustentaacutevel ndash

Rio + 10

Realizada em Johannesburgo nos meses de agosto e setembro

procurou examinar se foram alcanccediladas as metas estabelecidas pela

Conferecircncia do Rio-92 e serviu para que os Estados reiterassem seu

compromisso com os princiacutepios do desenvolvimento sustentaacutevel

2005 Montreal COP11 MOP1- Conferencia sobre o clima

Ocorreu juntamente com a Primeira Conferecircncia das Partes do

Protocolo de Quioto (COPMOP1) Jaacute entra na pauta a discussatildeo do

segundo periacuteodo do Protocolo apoacutes 2012 para o qual instituiccedilotildees

europeacuteias defendem reduccedilotildees de emissatildeo na ordem de 20 a 30 ateacute

2030 e entre 60 e 80 ateacute 2050

2007 Bali COP 13MOP3 - Conferencia sobre o clima

A reuniatildeo estabeleceu compromissos mensuraacuteveis transparentes e

verificaacuteveis para a reduccedilatildeo de emissotildees causadas por desmatamento

das florestas tropicais para o acordo que substituiraacute o Protocolo de

Quioto Recebeu o apelido mapa do caminho

2009 Copenhagem COP 15 -Conferencia sobre o clima

O encontro era considerado o mais importante da histoacuteria recente

dos acordos multilaterais ambientais pois tinha por objetivo

estabelecer o tratado que substituiraacute o Protocolo de Kyoto vigente

de 2008 a 2012 Entretanto a Conferecircncia de Copenhague foi

considerada em grande parte decepcionante

2010 Cancun COP 16 - Conferencia sobre o clima

Aqui vocecirc encontra anaacutelises dos integrantes do Observatoacuterio do

Clima posts no blog imagens e referecircncias para acompanhar mais

essa etapa das negociaccedilotildees multilaterais

2011 Durban COP 17 - Conferencia sobre o climaA proposta resultante da reuniatildeo foi vista pelos ambientalistas como

modesta insuficiente e sem ambiccedilotildees

2012 Rio + 20

A Rio+20 foi a maior Conferecircncia da ONU jaacute realizada com ampla

participaccedilatildeo de liacutederes de todos os setores Aleacutem do resultado

oficial muito criticado resumido no documento ldquoO Futuro que

Queremosrdquo e das dezenas de propostas da sociedade civil

organizada na Cuacutepula dos Povos a Rio+20 foi palco de 705

compromissos voluntaacuterios entre governos ONGs e Major Groups ndash

incluindo 500 empresas induacutestrias universidades entre outros

Quadro 1 ndash Principais eventos relacionados ao desenvolvimento sustentaacutevel

Fonte A autora 2012

28

23 CONSTRUCcedilAtildeO SUSTENTAacuteVEL

No acircmbito da Agenda 21 para a construccedilatildeo sustentaacutevel em paiacuteses em

desenvolvimento a construccedilatildeo sustentaacutevel eacute definida como um processo

holiacutestico que aspira a restauraccedilatildeo e manutenccedilatildeo da harmonia entre os

ambientes natural e construiacutedo e a criaccedilatildeo de assentamentos que afirmem a

dignidade humana e encorajem a equidade econocircmica No contexto do

desenvolvimento sustentaacutevel o conceito transcende a sustentabilidade

ambiental para abraccedilar a sustentabilidade econocircmica e social que enfatiza a

adiccedilatildeo de valor agrave qualidade de vida dos indiviacuteduos e das comunidades

(MINISTEacuteRIO DO MEIO AMBIENTE 2013)

As construccedilotildees sustentaacuteveis satildeo antes de tudo intervenccedilotildees conscientes

e planejadas Buscam satisfazer as necessidades humanas empregando de

forma inteligente os recursos disponiacuteveis visando natildeo esgotaacute-los

preservando-os para as geraccedilotildees futuras Desenvolve soluccedilotildees para os

problemas que a proacutepria construccedilatildeo gera (RIBEIRO 2010)

ldquoEdificaccedilatildeo sustentaacutevel eacute aquela que pode manter moderadamente ou

melhorar a qualidade de vida e harmonizar-se com o clima a tradiccedilatildeo a

cultura e o ambiente na regiatildeo ao mesmo tempo em que conserva a energia e

os recursos recicla materiais e reduz as substacircncias perigosas dentro da

capacidade dos ecossistemas locais e globais ao longo do ciclo de vida do

edifiacuteciordquo (IDHEA 2010)

A Associaccedilatildeo Brasileira dos Escritoacuterios de Arquitetura - ASBEA o

Conselho Brasileiro de Construccedilatildeo Sustentaacutevel - CBCS e outras instituiccedilotildees

apresentam diversos princiacutepios baacutesicos da construccedilatildeo sustentaacutevel dentre os

quais se destacam (GUIA DA SUSTENTABILIDADE 2008)

proveitamento de condiccedilotildees naturais locais

tilizar miacutenimo de terreno e integrar-se ao ambiente natural

mplantaccedilatildeo e anaacutelise do entorno

atildeo provocar ou reduzir impactos no entorno

ualidade ambiental interna e externa

estatildeo sustentaacutevel da implantaccedilatildeo da obra

daptar-se agraves necessidades atuais e futuras dos usuaacuterios

29

so de mateacuterias-primas que contribuam com a eco-eficiecircncia do

processo

educcedilatildeo do consumo energeacutetico

educcedilatildeo do consumo de aacutegua

eduzir reutilizar reciclar e dispor corretamente os resiacuteduos soacutelidos

ntroduzir inovaccedilotildees tecnoloacutegicas sempre que possiacutevel e viaacutevel

ducaccedilatildeo ambiental conscientizaccedilatildeo dos envolvidos no processo

Segundo SILVA (2007) a definiccedilatildeo de um edifiacutecio sustentaacutevel eacute

relacionada sempre comparativamente agraves praacuteticas correntes O desempenho

ambiental de um edifiacutecio sustentaacutevel de 2010 deve ser muito melhor do que o

de um edifiacutecio sustentaacutevel da deacutecada de 1990 Portanto os conceitos de

edifiacutecio sustentaacutevel estatildeo sempre em evoluccedilatildeo

24 SISTEMAS DE AVALIACcedilAtildeO DO DESEMPENHO DE EDIFIacuteCIOS

Com a crise do petroacuteleo na deacutecada de 1970 mecanismos legais de

reduccedilatildeo do consumo de energia comeccedilaram a ser implantados nos paiacuteses

desenvolvidos Os sistemas de avaliaccedilatildeo foram criados como forma de

analisar os impactos ambientais e classificar os edifiacutecios em Green Building

(SILVA 2007)

O conceito do Green Building ou ldquoEdificio verderdquo ganhou forccedila no iniacutecio da

deacutecada de 90 por meio da criaccedilatildeo do USGBC - United States Green Building

Council A entidade desenvolveu criteacuterios para medir a eficiecircncia das

edificaccedilotildees assim concede o selo de edifiacutecio verde agrave obra (SILVA 2007)

Para Reijnders e Van Roekel (1999) existem duas abordagens principais

de avaliaccedilatildeo ambiental a quantitativa e a qualitativa A primeira delas eacute a

Avaliaccedilatildeo de Ciclo de Vida (ACV) que trabalha com dados quantitativos de

fluxo energeacutetico A segunda trata-se de meacutetodos que usam sistemas de

pontuaccedilatildeo ou conceitos para anaacutelise dos dados qualitativos Tais ferramentas

satildeo denominadas eco-labellings

Segundo pesquisa realizada pelo World Resources Institute ndash WRI entre

o uacuteltimo quadrimestre de 2009 e o primeiro de 2010 existem aproximadamente

340 selos ecoloacutegicos que certificam produtos e serviccedilos espalhados por

aproximadamente 42 paiacuteses no mundo (WRI 2010)

30

Quanto ao desempenho de edifiacutecios sustentaacuteveis desta-se o Modelo de

Gerenciamento da Sustentabilidade de Facilidades Construiacuteda - MGS proposto

por Degani (2010) baseado no meacutetodo PDCA (planejar (plan) fazer (do)

checar (check) e agir (act))

O modelo MGS foi fundamentado no conceito de gestatildeo para o

desempenho e propotildeem diretrizes para implementaccedilatildeo de um sistema de

gestatildeo com objetivos de sustentabilidade na rotina diaacuteria dos agentes

responsaacuteveis (denominados no MGS de gerentes de facilidades) pelo uso

operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo dos edifiacutecios contemplando as seguintes etapas

(DEGANI 2010)

l

Importante esclarecer que o MGS eacute resultado de uma pesquisa de tese de

doutorado necessitando de avaliaccedilatildeo quanto a sua aplicabilidade e eficaacutecia

Degani (2010) sugere que o modelo seja utilizado como forma de introduzir a

sistemaacutetica do gerenciamento dos aspectos de sustentabilidade requerido pelo

sistema de certificaccedilatildeo

A gestatildeo de desempenho ambiental de edifiacutecios sustentaacuteveis em

operaccedilatildeo ainda eacute incipiente no Brasil mas haacute vaacuterios paiacuteses que jaacute fazem uso

de ferramentas que promovem a melhoria e controle de desempenho das

edificaccedilotildees As iniciativas envolvem a implantaccedilatildeo de padrotildees e guias para

melhoria de desempenho certificaccedilotildees ou selos verdes promoccedilatildeo do

desenvolvimento de meacutetodos para avaliaccedilatildeo de projetos e construccedilotildees entre

outros Portanto haacute um grande nuacutemero de ferramentas que abordam o tema

considerando uma grande variedade de condiccedilotildees fiacutesicas caracteriacutesticas das

edificaccedilotildees e prioridades ambientais conforme regiatildeo As formas para atingir

esses objetivos variam de simples listas de verificaccedilatildeo a complexos sistemas

informatizados abrangendo etapas de programaccedilatildeo orientando para o

planejamento de edifiacutecios sustentaacuteveis passando por simuladores de

31

desempenho que apoiam as etapas de projeto baacutesico e projeto executivo

incluindo a avaliaccedilatildeo do edifiacutecio em uso

241 Anaacutelise do Ciclo de Vida ndash ACV

O termo ACV ou em inglecircs ldquoLife Cycle Assessmentrdquo (LCA) foi utilizado

primeiramente nos Estados Unidos da Ameacuterica (EUA) em 1990 O conceito de

ciclo de vida tem-se estendido para aleacutem de um simples meacutetodo para comparar

produtos sendo atualmente visto como uma parte essencial para conseguir

objetivos mais abrangentes tais como sustentabilidade (CURRAN 1999)

A Anaacutelise do Ciclo de Vida (ACV) ou Avaliaccedilatildeo do Ciclo de Vida eacute um

instrumento de gestatildeo ambiental aplicaacutevel a bens e serviccedilos tambeacutem

conhecida pela expressatildeo ldquocradle to graverdquo (do berccedilo ao tuacutemulo) berccedilo

indicando a origem dos insumos primaacuterios mediante a extraccedilatildeo de recursos

naturais e tuacutemulo o destino final dos resiacuteduos que natildeo seratildeo reusados ou

reciclados (BARBIERI 2004)

A Norma ISO 14040 define o ciclo de vida como os Estaacutegios consecutivos

e interligados de um sistema de produto desde a aquisiccedilatildeo da mateacuteria prima

ou geraccedilatildeo de recursos naturais ateacute a disposiccedilatildeo final Conforme Barbieri

(2004) o ciclo completo vai da origem dos recursos naturais ateacute a disposiccedilatildeo

final dos resiacuteduos apoacutes o uso passando por todas as etapas intermediaacuterias

como beneficiamento transporte fabricaccedilatildeo e estocagem

242 Sistemas de Certificaccedilatildeo de Edifiacutecios

Os sistemas de certificaccedilatildeo satildeo em sua maioria baseados na ACV mas

tecircm por outro lado um apelo mercadoloacutegico podendo ter um caraacuteter de

ferramenta poliacutetica e de marketing Os resultados destas anaacutelises dependem

de diversos fatores como o meacutetodo os participantes a demanda local as

abordagens os objetivos bem como suas limitaccedilotildees (SCHEUER e KEOLEIAN

2002)

Segundo Silva (2003) ldquoo primeiro sinal da necessidade de avaliar o

desempenho ambiental de edifiacutecios veio exatamente com a constataccedilatildeo de que

32

mesmo os paiacuteses que acreditavam dominar os conceitos de green design natildeo

possuiacuteam meios para verificar o quatildeo ldquoverderdquo eram de fato seus edifiacuteciosrdquo

Tais ferramentas de avaliaccedilatildeo de desempenho demonstraram-se

eficientes ou natildeo dependendo das condiccedilotildees em que foram empregadas

sendo muitas delas aplicaacuteveis somente a situaccedilotildees muito delimitadas de

condiccedilotildees climaacuteticas e sociais ou em edifiacutecios de uso especiacutefico (PATRICIO

GOUVINHAS 2004)

Em 1990 surgiu no Reino Unido o primeiro selo mundial BREEAM

(Building Research Establishment Environmental Assessment Method) que

dispocircs as bases para outros sistemas de certificaccedilatildeo de edifiacutecios como o BRE

EcoHomes tambeacutem no Reino Unido O HK-BEAM (Honk Kong Building

Environmental Assessment Method) o NF Bacirctiments Tertiaires Deacutemache -

HQE na Franccedila o CASBEE (Comprehensive Assessment System for Building

Environmental Efficiency) no Japatildeo o Green Star na Australia e o LEED

(Leadership in Energy and Environmental Design) nos EUA (SILVA 2007)

A certificaccedilatildeo tem como principal objetivo promover edificaccedilotildees que

durante sua construccedilatildeo vida uacutetil e desconstruccedilatildeo gerem baixos impactos

ambientais garantindo sempre o bem-estar e a sauacutede de seus usuaacuterios e a

viabilidade econocircmica dos empreendimentos Outra premissa da certificaccedilatildeo eacute

promover a conscientizaccedilatildeo e o aprendizado de todas as partes envolvidas

direta ou indiretamente no projeto no processo construtivo e na ocupaccedilatildeo do

edifiacutecio (CBCS 2011)

O projeto de arquitetura apresenta diversas variaacuteveis de acordo com sua

funccedilatildeo e uso assim a ferramenta avaliativa especiacutefica para um determinado

tipo de edificaccedilatildeo em uma determinada regiatildeo com condiccedilotildees climaacuteticas

especiacuteficas provavelmente produziraacute uma avaliaccedilatildeo mais proacutexima da realidade

(SILVA 2007) Para isso eacute necessaacuterio que os sistemas avaliativos tenham

referecircncia natildeo apenas em conceitos universais como o ciclo de vida da

edificaccedilatildeo (NBR 14040 2001) como tambeacutem em criteacuterios essencialmente

regionais como zoneamento bioclimaacutetico bem como a adequaccedilatildeo de metas

de desempenho de acordo com normas vigentes para o local e tipo de

edificaccedilatildeo (NBR 15575 2008)

Os sistemas de certificaccedilatildeo ambiental elaborados para controlar e

monitorar o desempenho ambiental do edifiacutecio em uso utilizam o meacutetodo

33

bastante difundido e mais conhecido como PDCA (planejar (plan) fazer (do)

checar (check) e agir (act))

No livro ldquoO verdadeiro Poderrdquo Falconi descreve que existem dois tipos de

metas que uma organizaccedilatildeo procura resultados que necessitam ser

melhorados e resultados que precisam ser mantidos Nos dois casos utiliza-se

o PDCA qualquer resultado que se melhore deve imediatamente ser

estabilizado nas operaccedilotildees de rotina (FALCONI 2009)

No gerenciamento eacute necessaacuterio utilizar o PDCA para melhorar em

conjunto com o PDCA para manter O PDCA para manter eacute denominado SDCA

na operaccedilatildeo o planejamento eacute representado por ldquoPrdquo e o padratildeo passa a ser

representado por ldquoSrdquo de standardize conforme apresentado na Figura 2

Figura 2 ndash Ciclo PDCA e SDCA

Fonte IBENP (2011)

O Quadro 2 apresenta as algumas caracteriacutesticas dos principais sistemas

de certificaccedilatildeo de edifiacutecios atuantes no mundo

34

Quadro 2 ndash Principais sistemas de certificaccedilatildeo de edificaccedilotildees (continua)

Fonte A autora (2012)

BREEAM - Building Research Establishment Environmental Assessment Method

wwwbreeamorg

Instituiccedilatildeo Responsaacutevel BRE

Abrangecircncia Voltada principalmente ao Reino Unido poreacutem adaptaacutevel ao mundo todo Possui esquemas de

certificaccedilatildeo especiacuteficos para Europa e Regiatildeo do Golfo

Esquemas de avaliaccedilatildeo disponiacuteveis tipos de edifiacutecios avaliados BREEAM Outros Edifiacutecios BREEAM Tribunais The

Code for Sustainable Homes (O Coacutedigo para Casas Sustentaacuteveis) BREEAM EcohomesXB BREEAM Sauacutede BREEAM

Industrial BREEAM Internacional (avalia edifiacutecios ou apoia a criaccedilatildeo de versotildees do BREEAM fora do Reino Unido)

BREEAM Multi-residencial BREEAM Prisotildees BREEAM Escritoacuterios BREEAM Varejo BREEAM Educaccedilatildeo BREEAM

Comunidades BREEAM Em Uso

Classificaccedilotildees Concedidas Pass (Aprovado) Good (Bom) Very Good (Muito Bom) Excellent (Excelente)

Outstanding (Excepcional)

Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo Variam de acordo com o Sistema

CASBEE - Comprehensive Assessment System for Building Environmental Efficiency

wwwibecorjpCASBEEenglish

Instituiccedilatildeo Responsaacutevel Japan Sustainable Building Consortium (JSBC)

Abrangecircncia Aacutesia

Esquemas de avaliaccedilatildeo disponiacuteveis tipos de edifiacutecios avaliados CASBEE para Preacute-Projeto CASBEE para Novas

Construccedilotildees CASBEE para Edifiacutecios existentes e CASBEE para Reformas As ferramentas atendem a uma larga variedade

de usos do edifiacutecio (escritoacuterios escolas habitaccedilatildeo etc)

Classificaccedilotildees Concedidas classe C (fraco) classe B- classe B+ classe A e classe S (excelente)

Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo Q (Qualidade) - Construindo Qualidade Ambiental e Performance Avalia a

melhoria na qualidade de vida dos usuaacuterios do edifiacutecio dentro do espaccedilo fechado hipoteacutetico (propriedade privada)

L (Cargas) - Construindo Cargas Ambientais Avalia os impactos ambientais negativos que vatildeo aleacutem do espaccedilo

hipoteacutetico fechado para o exterior (a propriedade puacuteblica)

Haacute quatro campos de levantamento (1) Eficiecircncia Energeacutetica (2) Eficiecircncia de Recursos (3) Ambiente Local (4)

Ambiente Interno

Green Star

wwwgbcaorgaugreen-star

Instituiccedilatildeo Responsaacutevel Green Building Council Austraacutelia

Abrangecircncia Austraacutelia

Esquemas de avaliaccedilatildeo disponiacuteveis tipos de edifiacutecios avaliados Green Star - Educaccedilatildeo Green Star - Sauacutede Green Star

- Industrial Green Star - Residencial Muacuteltiplas Unidades Green Star - Escritoacuterio Green Star - Interiores de Escritoacuterio

Green Star - Varejo Green Star - Projeto de Escritoacuterio Green Star - Escritoacuterio Construiacutedo

Classificaccedilotildees Concedidas 4 Star Green Star Certified Rating (4 Estrelas - 45-59 pontos) 5 Star Green Star Certified

Rating (5 Estrelas - 60-74 pontos) 6 Star Green Star Certified Rating (6 Estrelas - 75-100 pontos)

Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo Gerenciamento Qualidade Ambiental do Ambiente Interno Energia Transporte

Aacutegua Materiais Uso do Solo amp Ecologia Emissotildees Inovaccedilatildeo O peso de cada uma destas categorias eacute alocado de

acordo com a regiatildeo do paiacutes para atender condiccedilotildees locais especiacuteficas

LEED - Leadership in Energy and Environmental Design

wwwusgbcorgLEED

Instituiccedilatildeo Responsaacutevel US Green Building Council

Abrangecircncia Principalmente Estados Unidos poreacutem atende ao mundo todo

Esquemas de avaliaccedilatildeo disponiacuteveis tipos de edifiacutecios avaliados Novas construccedilotildees Edificaccedilotildees existentes Interiores

Comerciais Nuacutecleo amp Casca Escolas Varejo Sauacutede Casas e Desenvolvimento de Comunidades

Classificaccedilotildees Concedidas Certified (Certificado - 40ndash49 pontos) Silver (Prata - 50ndash59 pontos) Gold (Ouro - 60ndash79

pontos) Platinum (Platina - 80 pontos ou mais)

Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo Possui 5 categorias Ambientais para concessatildeo de creacuteditos Locais Sustentaacuteveis

Eficiecircncia Hiacutedrica Energia e Atmosfera Materiais e Recursos e Qualidade Ambiental do Ambiente Interno Aleacutem disso

pontos extra podem ser concedidos por Inovaccedilatildeo em Design e Especificaccedilotildees Regionais

35

HK - BEAM - Kong Building Environmental Assessment Method

wwwhk-beamorghk

Instituiccedilatildeo Responsaacutevel The BEAM Society

Abrangecircncia Principalmente Hong Kong

Esquemas de avaliaccedilatildeo disponiacuteveis tipos de edifiacutecios avaliados BEAM para Novas Edificaccedilotildees BEAM para Edificaccedilotildees

Existentes

Classificaccedilotildees Concedidas Platinum (Platina - Excelente) Gold (Ouro - Muito Bom) Silver (Prata - Bom) Bronze

(Bronze - Acima da Meacutedia)

Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo Avaliaccedilatildeo baseada em creacuteditos para benchmark (melhores praacuteticas) da performance

ambiental dos edifiacutecios ao longo do ciclo de vida sobre o local uso de materiais aspectos energeacuteticos consumo de aacutegua

qualidade ambiental do ambiente interno e inovaccedilotildees

HQE - Haute Qualiteacute Environnementale

assohqeorghqe

Instituiccedilatildeo Responsaacutevel Association pour la Haute Qualiteacute Environnementale (ASSOHQE)

Abrangecircncia Principalmente Franccedila atende tambeacutem Beacutelgica Luxemburgo Tuniacutesia e Argeacutelia

Tipos de edifiacutecios avaliados edifiacutecios novos e edifiacutecios existentes nas modalidades comercial residencial individual e coletivo

Classificaccedilotildees Concedidas Base (de acordo com regulamento) Eficiente (boa praacutetica) Muito eficiente (melhor

praacutetica)

Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo Manejo de impactos ao ambiente exterior (relaccedilatildeo harmocircnica com o ambiente

imediato escolha integrada dos meacutetodos de construccedilatildeo e materiais evitar incocircmodo aos arredores minimizaccedilatildeo do

uso de energia minimizaccedilatildeo do uso de aacutegua minimizaccedilatildeo de resiacuteduos em operaccedilotildees minimizaccedilatildeo da necessidade de

manutenccedilatildeo e reparos) e criaccedilatildeo de Ambiente Interno Agradaacutevel (medidas de controle hidroteacutermico medidas de

controle acuacutestico atratividade visual medidas de controle de odores higiene e limpeza dos espaccedilos internos controle

da qualidade do ar controle da qualidade da aacutegua)

DGNB - Deutsche Gesellschaft fuumlr Nachhaltiges Bauen

wwwdgnbde_en

Instituiccedilatildeo Responsaacutevel Conselho alematildeo de construccedilatildeo sustentaacutevel

(DGNB for ldquoDeutsche Gesellschaft fuumlr NachhaltigesBauenrdquo)

Abrangecircncia Alemanha

Esquemas de avaliaccedilatildeo disponiacuteveis tipos de edifiacutecios avaliados Sistema flexiacutevel avalia diversos tipos de edificio

Classificaccedilotildees Concedidas Gold (Ouro) Silver (Prata) Bronze

Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo Campos avaliados - Aspectos ecoloacutegicos economicos socioculturais e funcionais

tecnologia processos e local Cada campo eacute avaliado com criteacuterios especiacuteficos que podem ser desenhados e pesados de

maneira distinta a depender do perfil de ocupaccedilatildeo Cada campo eacute avaliado durante todo ciclo de vida do edifiacutecio

A avaliaccedilatildeo eacute focada em metas e natildeo em accedilotildees individuais

LIDER A

Instituiccedilatildeo Responsaacutevel Lider A - Sistema de Avaliaccedilatildeo da Sustentabilidade

Abrangecircncia Portugal

Esquemas de avaliaccedilatildeo disponiacuteveis tipos de edifiacutecios avaliados Abrange diferentes tipologias e usos em ambientes

construiacutedos em diferentes fases desde a fase de plano ou projeto a construccedilatildeo operaccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo tambeacutem

trabalha desde a escala da comunidade ateacute empreendimentos e edifiacutecios

Classificaccedilotildees ConcedidasG (menos eficiente) F E (praacutetica usual ou de referecircncia) D C (cerca de 25 superior ao niacutevel E)

B A (desempenho cerca de 50 superior ao niacutevel E) A+ (75 superior ao niacutevel E) A++ (90 superior ao niacutevel E)

Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo O sistema trabalha com um conjunto de seis princiacutepios de bom desempenho

ambiental (integraccedilatildeo local recursos cargas ambientais conforto ambiental vivecircncia socioeconocircmica e uso sustentaacutevel)

traduzidos em 22 aacutereas e 43 criteacuterios Quadro 2 ndash Principais sistemas de certificaccedilatildeo de edificaccedilotildees (conclusatildeo)

Fonte A autora (2012)

36

243 Principais Sistemas de Certificaccedilatildeo no Brasil

No Brasil os sistemas de certificaccedilatildeo de edificaccedilotildees mais difundidos satildeo

O AQUA alta qualidade ambiental o LEED ndash Brasil o PROCEL EDIFICA da

Eletrobraacutes e o Selo CASA AZUL da Caixa Econocircmica O Quadro 3 apresenta

as principais caracteriacutesticas destes selos

PROCEL EDIFICA - Instrumento de Classificaccedilatildeo

wwweletrobrascomPCIetiquetagem_edificios

Instituiccedilatildeo Responsaacutevel Eletrobraacutes

Abrangecircncia Brasil

Tipos de edifiacutecios avaliados Edifiacutecios Comerciais de Serviccedilos e Puacuteblicos e Residenciais

Classificaccedilotildees Concedidas A B C D E

Criteacuterios avaliados para Classificaccedilotildees A eficiecircncia energeacutetica eacute avaliada nos sistemas de envoltoacuteria iluminaccedilatildeo e

condicionamento de ar para edifiacutecios comerciais de serviccedilos e puacuteblicos Nos edifiacutecios residecircncias satildeo avaliados a

envoltoacuteria sistemas de aquecimento de aacutegua aleacutem dos sistemas presentes nas aacutereas comuns dos edifiacutecios

multifamiliares como iluminaccedilatildeo elevadores bombas centriacutefugas etc

SELO CASA AZUL DA CAIXA

downloadscaixagovbr_arquivosdesenvolvimento_urbanogestao_ambientalGuia_Selo_Casa_Azul_CAIXApdf

Instituiccedilatildeo Responsaacutevel Caixa Econocircmica Federal

Abrangecircncia Brasil

Tipos de edifiacutecios avaliados Unidades Habitacionais com valor ateacute R$130 mil

Classificaccedilotildees Concedidas BRONZE (19 Criteacuterios obrigatoacuterios) PRATA (25 criteacuterios sendo 6 de livre escolha) OURO (25

criteacuterios sendo 6 de livre escolha)

Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo 53 criteacuterios de avaliaccedilatildeo distribuiacutedos em seis categorias Qualidade Urbana

Projeto e Conforto Eficiecircncia Energeacutetica Conservaccedilatildeo de Recursos Materiais Gestatildeo da Aacutegua Praacuteticas Sociais

LEED - BRASIL

wwwgbcbrasilorgbrp=certificacao

Instituiccedilatildeo Responsaacutevel Green Building Council Brasil

Abrangecircncia Brasil

Esquemas de avaliaccedilatildeo disponiacuteveis tipos de edifiacutecios avaliados

LEED NC para novas construccedilotildees ou grandes projetos de renovaccedilatildeo- LEED ND para projetos de desenvolvimento de bairro

LEED CS para projetos na envoltoacuteria e parte central do edifiacutecio LEED Retail NC e CI para lojas de varejo

LEED Healthcare para unidades de sauacutede LEED EB_OM para projetos de manutenccedilatildeo de edifiacutecios jaacute existentes

LEED Schools para escolas e LEED CI para projetos de interior ou edifiacutecios comerciais

Classificaccedilotildees Concedidas Selo LEED - 40 pontos Prata 50 pontos Ouro 60 pontos e Platina 80 pontos

Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo Espaccedilo sustentaacuteve eficiecircncia do uso da aacutegua energia e atmosfera

materiais e recursos qualidade ambiental interna inovaccedilatildeo e processos creacuteditos de prioridade regional

Quadro 3 - Principais sistemas de certificaccedilatildeo de edificaccedilotildees no Brasil (continua)

Fonte A autora (2012)

37

AQUA - Alta Qualidade Ambiental

wwwvanzoliniorgbr

Instituiccedilatildeo Responsaacutevel Fundaccedilatildeo Vanzolini

Abrangecircncia Brasil

Tipos de edifiacutecios avaliados Escritoacuterios e Escolas Hoteis e Edifiacutecios Habitacionais

Classificaccedilotildees Concedidas Bom Superior Excelente

Criteacuterios avaliados para Certificaccedilatildeo 14 Categorias satildeo avaliadas relaccedilatildeo do edifiacutecio com o seu entorno escolha

integrada de produtos sistemas e processos construtivos canteiro de obras com baixo impacto ambiental gestatildeo da

energia gestatildeo da aacutegua gestatildeo dos resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo do edifiacutecio manutenccedilatildeo - permanecircncia do desempenho

ambiental conforto higroteacutermico conforto acuacutestico conforto visual conforto olfativo qualidade sanitaacuteria dos

ambientes qualidade sanitaacuteria do ar qualidade sanitaacuteria da aacutegua Para receber a certificaccedilatildeo deve atender no miacutenimo

7 categorias - Bom 4 categorias - Superior e 3 categorias - Excelente

Quadro 3 - Principais sistemas de certificaccedilatildeo de edificaccedilotildees no Brasil (conclusatildeo)

Fonte A autora (2012)

Para SILVA (2003) os princiacutepios soacutelidos de uma certificaccedilatildeo direcionada

ao contexto brasileiro satildeo

ara ser tecnicamente consistente um meacutetodo de avaliaccedilatildeo deve ser

adaptado a dados nacionais relevantes

ara ser viaacutevel praticamente um meacutetodo de avaliaccedilatildeo deve ser

adaptado ao mercado agraves praacuteticas de construccedilatildeo e agraves tradiccedilotildees locais

ara ser absorvido e difundir-se rapidamente um meacutetodo de avaliaccedilatildeo

deve ser desenvolvido em parceria com as principais partes interessadas

investidores empreendedoresconstrutores e projetistas

ara serem apropriados ao contexto nacional os itens avaliados no

meacutetodo devem ser ponderados para refletir prioridades e interesses nacionais

244 Processo AQUA de certificaccedilatildeo

Em outubro de 2007 foi publicado no Brasil o AQUA (Alta Qualidade

Ambiental) a adaptaccedilatildeo do HQE (versatildeo de fevereiro de 2007) Este sistema

de certificaccedilatildeo ambiental para edifiacutecios foi desenvolvido pela Fundaccedilatildeo Carlos

Alberto Vanzolini em parceria com o Departamento de Engenharia de

Construccedilatildeo Civil da Escola Politeacutecnica da Universidade de Satildeo Paulo (USP) e

o Centre Scientifique et Technique du Bacirctiment (CSTB)

Para Aulicino (2008) o processo AQUA foi desenvolvido com o objetivo de

amenizar os impactos da construccedilatildeo de um edifiacutecio novo ou da reabilitaccedilatildeo de

algum edifiacutecio existente tanto sobre o meio ambiente como sobre a qualidade

38

do ambiente interno para os usuaacuterios (conforto e sauacutede) e externo ao edifiacutecio A

metodologia merece destaque por ser a primeira oficialmente adaptada ao

contexto brasileiro

O processo AQUA abrange as seguintes fases

programa (ideia) - reflexatildeo criativa inicial sobre o empreendimento de

construccedilatildeo em seu contexto soacutecio econocircmico e ambiental

concepccedilatildeo (projeto) ndash tendo como entrada o programa define a

construccedilatildeo sustentaacutevel e como seraacute realizada

ealizaccedilatildeo (construccedilatildeo) - guiada pelas definiccedilotildees do projeto materializa

a construccedilatildeo sustentaacutevel

peraccedilatildeo (uso) ndash monitora o desempenho da edificaccedilatildeo os consumos

as emissotildees despesas entre outros garantindo condiccedilotildees de conforto e sauacutede

ao usuaacuterio com melhor desempenho soacutecio econocircmico e ambiental

esconstruccedilatildeo (a desmontagem) ndash ao final da vida uacutetil permite o

maacuteximo aproveitamento dos materiais e sistemas com menor impacto

ambiental

Em 2013 estavam disponiacuteveis para consulta quatro referenciais teacutecnicos

escritoacuterios edifiacutecios escolares edifiacutecios habitacionais edifiacutecios comerciais e

hoteacuteis O referencial para edifiacutecios que buscam certificaccedilatildeo na fase operaccedilatildeo

encontra-se em periacuteodo de revisatildeo Os referenciais teacutecnicos para sauacutede

esporte e lazer bairros e estradas estatildeo em fase de estudo e em busca de

empresas pioneiras para desenvolvimento dos projetos

O processo eacute feito por meio de 3 (trecircs) auditorias presenciais antecedidas

de anaacutelise teacutecnica dos documentos entregues A avaliaccedilatildeo se baseia em um

perfil ambiental composto pelas seguintes aacutereas de avaliaccedilatildeo eco-construccedilatildeo

eco-gestatildeo conforto e sauacutede Os Quadros 4 e 5 apresentam as 14 categorias

e subcategorias avaliadas no sistema AQUA

39

Quadro 4 ndash Categorias do sistema AQUA

Fonte Fundaccedilatildeo Vanzolini (2011)

1) Relaccedilatildeo do edifiacutecio com o entorno

Implantaccedilatildeo do empreendimento no terreno para desenvolvimento urbano sustentaacutevel

Qualidade dos espaccedilos exteriores para os usuaacuterios

Impacto do edifiacutecio sobre a vizinhanccedila

2) Escolha integrada de produtos sistemas e processos construtivos

Durabilidade e a adaptabilidade da construccedilatildeo

Escolhas construtivas para a facilidade de conservaccedilatildeo da construccedilatildeo

Escolha dos produtos de construccedilatildeo (limitar impactos socioambientais)

Escolha dos produtos de construccedilatildeo (limitar impactos aacute sauacutede humana)

3) Canteiros de obras com baixo impacto ambiental

Otimizaccedilatildeo da gestatildeo dos resiacuteduos do canteiro de obras

Reduccedilatildeo dos incocircmodos poluiccedilatildeo e consumo de recursos causados pelo canteiro de obras

4) Gestatildeo da energia

Reduccedilatildeo de energia por meio de concepccedilatildeo arquitetocircnica

Reduccedilatildeo do consumo de energia primaacuteria dos poluentes associados

5) Gestatildeo da aacutegua

Reduccedilatildeo do consumo de aacutegua potaacutevel

Otimizaccedilatildeo e gestatildeo de aacuteguas pluviais

6) Gestatildeo dos resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo do edificio

Otimizaccedilatildeo da valorizaccedilatildeo dos resiacuteduos gerados pelas atividades de uso e operaccedilatildeo do edifiacutecio

Qualidade do sistema de gestatildeo dos resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo do edifiacutecio

7) Manutenccedilatildeo ndash permanecircncia do desempenho ambiental

Permanecircncia do desempenho dos sistemas de aquecimento e resfriamento

Permanecircncia do desempenho dos sistemas de ventilaccedilatildeo

Permanecircncia do desempenho dos sistemas de iluminaccedilatildeo

Permanecircncia do desempenho dos sistemas de gestatildeo da aacutegua Quadro 5 ndash Subcategorias do sistema AQUA (continua)

Fonte Fundaccedilatildeo Vanzolini (2011)

40

8) Conforto higroteacutermico

Implementaccedilatildeo de medidas arquitetocircnicas para otimizaccedilatildeo do conforto higroteacutermico de veratildeo e inverno

Criaccedilatildeo de condiccedilotildees de conforto higroteacutermico de inverno

Criaccedilatildeo de condiccedilotildees de conforto higroteacutermico de veratildeo em ambientes climatizados naturalmente

Criaccedilatildeo de condiccedilotildees de conforto higroteacutermico de veratildeo em ambientes com sistema de resfriamento artificial

9) Conforto acuacutestico

Otimizaccedilatildeo dos elementos arquitetocircnicos para proteger os usuaacuterios do edifiacutecio de incocircmodos acuacutesticos

Criaccedilatildeo de uma qualidade do meio acuacutestico adaptado aos diferentes ambientes

10) Conforto visual

Garantia de iluminacircncia natural oacutetima evitando seus inconvenientes (ofuscamento)

Iluminaccedilatildeo artificial confortaacutevel

11) Conforto olfativo

Garantia de uma ventilaccedilatildeo eficaz

Controle das fontes de odores desagradaacuteveis

12) Qualidade sanitaacuteria dos ambientes

Controle da exposiccedilatildeo eletromagneacutetica

Criaccedilatildeo de condiccedilotildees de higiene especiacuteficas

13) Qualidade sanitaacuteria do ar

Garantia de uma ventilaccedilatildeo eficaz

Controle das fontes de poluiccedilatildeo

14) Qualidade sanitaacuteria da aacutegua

Qualidade e durabilidade dos materiais empregados em redes internas

Organizaccedilatildeo e proteccedilatildeo das redes internas

Controle da temperatura na rede interna

Controle dos tratamentos anticorrosivo e antiincrustaccedilatildeo Quadro 5 ndash Subcategorias do sistema AQUA (conclusatildeo)

Fonte Fundaccedilatildeo Vanzolini (2011)

Para cada categoria analisada eacute atribuiacutedo um niacutevel de desempenho bom

superior e excelente A Figura 3 demonstra que para obter a certificaccedilatildeo nas

fases programa concepccedilatildeo e realizaccedilatildeo o edifiacutecio precisa atingir pelo menos

trecircs de niacutevel excelente e no maacuteximo 7 niacutevel bom Sendo assim este sistema

natildeo possui escala de pontuaccedilatildeo global

Figura 3 ndash Niacuteveis de avaliaccedilatildeo AQUA

Fonte Fundaccedilatildeo Vanzolini (2011)

41

2441 Certificaccedilatildeo AQUA ndash fase operaccedilatildeo e uso

A primeira versatildeo do Referencial Teacutecnico de Operaccedilatildeo e Uso para

edifiacutecios de serviccedilos foi elaborado em maio de 2010 e ainda encontra-se em

fase de revisatildeo O referencial completo pode ser consultado no Anexo 3 e estaacute

dividido em cinco partes

I - Sistema de gestatildeo da operaccedilatildeo (SGO)

Gestatildeo para compromisso planejamento e controle de desempenho

II ndash Qualidade intriacutenseca (QI)

Perfil da qualidade ambiental do edifiacutecio

III ndash Melhoria da qualidade intriacutenseca (MQI)

Melhoria da qualidade ambiental do conjunto em relaccedilatildeo ao planejamento

IV ndash Controle da qualidade intriacutenseca (CQI)

Qual eacute a forma de garantir o desempenho do edifiacutecio

V ndash Qualidade ambiental das praacuteticas (QAP)

Rotinas - Basicamente divido em compras comunicaccedilatildeo e gestatildeo

Na fase operaccedilatildeo e uso a forma de avaliaccedilatildeo difere das demais fases a

Tabela 1 apresenta a pontuaccedilatildeo miacutenima para ser excelente nas 14 categorias

Tabela 1 ndash Perfil da qualidade ambiental do edifiacutecio em operaccedilatildeo

Fase Programa da Operaccedilatildeo e Uso Pontos miacutenimos em E

Categoria 1- Relaccedilatildeo do edifiacutecio com seu entorno 50 dos pontos aplicaacuteveis

Categoria 2 - Escolha integrada de produtos sistemas e processos construtivos gt 12

Categoria 3 - Canteiro de obras gt 4

Categoria 4 - Energia gt 18 sendo 8 em CQI

Categoria 5 - Aacutegua gt 12 sendo 7 em CQI eou MQI

Categoria 6 - Resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo do edifiacutecio gt 5

Categoria 7 - Conservaccedilatildeo e manutenccedilatildeo gt 13 sendo 8 em CQI ou MQI

Categoria 8 - Conforto higroteacutermico gt 9 sendo 3 em CQI

Categoria 9 - Conforto acuacutestico gt 4

Categoria 10 -Conforto visual gt 10 sendo 3 em CQI

Categoria 11 - Conforto Olfativo gt 7 sendo 3 em CQI

Categoria 12 - Qualidade sanitaacuteria dos ambientes gt 8 sendo 3 em CQI

Categoria 13 - Qualidade sanitaacuteria do ar gt 16 sendo 10 em CQI

Categoria 14 - Qualidade sanitaacuteria da aacutegua gt 8 sendo 5 em CQI

SGO - Sistema de gestatildeo da operaccedilatildeo Atender os requisitos aplicaacuteveis

QAP - Qualidade ambiental da praacutetica gt ou = 50 dos pontos aplicaacuteveis

Fonte Fundaccedilatildeo Vanzolini (2012)

42

Para alcanccedilar o niacutevel bom eacute necessaacuterio atender os requisitos exigidos em

todo referencial na coluna ldquoniacutevelrdquo m letra ldquoBrdquo conforme Figura 4 e para atingir o

niacutevel superior aleacutem de todos os itens ldquoBrdquo precisa atender tambeacutem todos com a

letra ldquoSrdquo

Figura 4 ndash Avaliaccedilatildeo na fase operaccedilatildeo e uso - processo AQUA

Fonte Referencial AQUA (2010)

43

3 METODOLOGIA

A presente dissertaccedilatildeo caracteriza-se como um estudo exploratoacuterio pois

visa ldquoproporcionar maior familiaridade com a questatildeo o problema com vistas a

tornaacute-lo mais expliacutecitordquo (GIL 2002) Geralmente o estudo eacute exploratoacuterio quando

haacute pouco conhecimento sobre o tema a ser abordado (AAKER et al2004) Por

ser um tipo de pesquisa muito especiacutefica quase sempre ela assume a forma

de um estudo de caso (GIL 2008)

A pesquisa tambeacutem se enquadra como pesquisa descritiva pois tem o

objetivo de descrever um determinado fenocircmeno (GIL 2008) Como qualquer

pesquisa ela depende tambeacutem de uma revisatildeo da literatura

Tratando se de uma pesquisa exploratoacuteria e descritiva a metodologia

utilizada foi a qualitativa Conforme Gephart (2004) a pesquisa qualitativa

fornece uma narrativa da visatildeo da realidade dos indiviacuteduos sendo altamente

descritiva Pode fornecer bases para compreender processos de gestatildeo e pode

humanizar a pesquisa realccedilando as intenccedilotildees humanas e os significados do

fenocircmeno (GEPHART 2004)

Para alcanccedilar os objetivos propostos o estudo foi desenvolvido em

algumas etapas segue a descriccedilatildeo das mais importantes

participaccedilatildeo no curso ldquoConstruccedilatildeo sustentaacutevel AQUA ndash Introduccedilatildeordquo

Ministrado pela Fundaccedilatildeo Vanzolini

participaccedilatildeo no curso ldquoConstruccedilatildeo Sustentaacutevel AQUA ndash O Sistema de

Gestatildeo do Empreendimento (SGE)rdquo Ministrado pela Fundaccedilatildeo Vanzolini

participaccedilatildeo no curso ldquoEnergia Solar Fotovoltaicardquo Ministrado pela Blue

Sol ministrado no Escritoacuterio Verde da UTFPR

estudo do referencial teacutecnico AQUA de construccedilatildeo ndash criteacuterios para

avaliaccedilatildeo da fase de construccedilatildeo de escritoacuterios - edifiacutecios comerciais

anaacutelise detalhada do referencial teacutecnico AQUA de Operaccedilatildeo e Uso

fornecido pela Fundaccedilatildeo Vanzolini

levantamento de dados elaboraccedilatildeo de diagnoacutestico inicial referente agrave

construccedilatildeo do Escritoacuterio Verde

referencial teoacuterico baseado na revisatildeo da literatura

realizaccedilatildeo estudo de caso avaliaccedilatildeo da operaccedilatildeo e uso do Escritoacuterio

Verde

44

Importante ressaltar que o cancelamento da realizaccedilatildeo do curso

Construccedilatildeo sustentaacutevel AQUA - operaccedilatildeo e uso previsto pela Fundaccedilatildeo

Vanzolini em outubro de 2012 prejudicaram em partes os resultados da

presente dissertaccedilatildeo

45

4 ESTUDO DE CASO ESCRITOacuteRIO VERDE DA UTFPR

41 CONTEXTUALIZACcedilAtildeO

Atualmente os Centros Universitaacuterios Sustentaacuteveis chamados

Greencampi satildeo uma realidade em diversos paiacuteses como Europa Estados

Unidos Austraacutelia e Nova Zelacircndia Os campi universitaacuterios assumem funccedilatildeo

relevante uma vez que estudantes professores e comunidade externa

convivem diariamente em espaccedilo integrado adaptando a este todas suas

atividades e necessidades (ESCRITOacuteRIO VERDE 2012)

A grande maioria dessas Universidades possui um Green Office ou

ldquoEscritoacuterio Verderdquo onde satildeo planejadas e implantadas as praacuteticas sustentaacuteveis

nos campi Atuando em conjunto com outros departamentos das

Universidades esse ldquoEscritoacuteriordquo atende a gestatildeo ambiental do campus

tornando mais faacutecil o gerenciamento interno das Instituiccedilotildees de Ensino

Superior (IES) (ESCRITOacuteRIO VERDE 2012)

No Brasil este movimento jaacute comeccedila a surgir em algumas IES seguindo

uma tendecircncia global e diante da necessidade das Universidades em se

posicionarem com relaccedilatildeo ao desenvolvimento de forma consciente perante a

sociedade O desenvolvimento sustentaacutevel natildeo se traduz assim apenas nas

praacuteticas de ensino mas na implantaccedilatildeo de praacuteticas de gestatildeo ambiental

(ESCRITOacuteRIO VERDE 2012)

O Escritoacuterio Verde empreendimento da Universidade Tecnoloacutegica Federal

do Paranaacute (UTFPR) Campus Curitiba conforme ilustrado na Figura 5 estaacute

localizado na Avenida Silva Jardim nordm 807 entre a Rua Des Westphalen e a

Av Mal Floriano Peixoto e aos fundos do local dispotildee de uma aacuterea com

quadra coberta e edifiacutecio onde se encontra instalado atualmente o Centro de

Liacutenguas da Universidade O empreendimento foi implantado na parte frontal do

terreno onde existia uma quadra esportiva polivalente em desuso

(ESCRITOacuteRIO VERDE 2012)

O edifiacutecio eacute um departamento da universidade que tem como escopo

desenvolver e implantar programas que reduzam o impacto ambiental das

atividades de ensino e pesquisa conduzidas no Campus Curitiba O Escritoacuterio

tambeacutem abriga a sede do ldquoCentro Regional de Integraccedilatildeo Expertise de

Educaccedilatildeo para o Desenvolvimento Sustentaacutevel ndash CRIE Curitibardquo um centro

46

aprovado pela UNU ndash Universidade das Naccedilotildees Unidas da ONU que compotildee

uma rede de mais de 80 centros no mundo e que visam promover a educaccedilatildeo

para a sustentabilidade (ESCRITOacuteRIO VERDE 2012)

Figura 5 - Localizaccedilatildeo do empreendimento em relaccedilatildeo agrave UTFPR e pontos estrateacutegicos

Fonte Google Earth (2011)

42 CONSTRUCcedilAtildeO DO ESCRITOacuteRIO VERDE

A ideacuteia foi concebida e projetada pelo Prof Dr Eloy Fassi Casagrande Jr

e a empresa ldquoEcoStudio ndash Soluccedilotildees Sustentaacuteveis em Arquitetura e Designrdquo

com apoio da Moacutedulo Arquitetura Sustentaacutevel e a TecVerde Engenharia Ltda

responsaacutevel pela adaptaccedilatildeo do projeto para o sistema construtivo wood-frame

baseado em tecnologia alematilde As Figuras 6 e 7 satildeo as plantas esquemaacuteticas

do EV a Figura 8 eacute o volume projetado e as Figuras 9 e 10 satildeo imagens do

Escritoacuterio finalizado O projeto arquitetocircnico estaacute disponiacutevel no Anexo 2

47

Figura 6 ndash Planta esquemaacutetica do piso teacuterreo do EV

Fonte A autora (2012)

Figura 7 ndash Planta esquemaacutetica do mezanino do EV

Fonte A autora (2012)

48

Figura 8 ndash Perspectiva lateral esquerda do Escritoacuterio Verde

Fonte CASAGRANDE JR (2012)

Figura 9 ndash Vista da lateral esquerda do Escritoacuterio Verde

Fonte Escritoacuterio Verde Online (2012)

Figura 10 ndash Vista dos fundos do Escritoacuterio Verde

Fonte Fonte Escritoacuterio Verde Online (2012)

49

A construccedilatildeo do EV iniciou-se em agosto de 2010 parcerias com a

parceria de aproximadamente 60 empresas que contribuiacuteram com a doaccedilatildeo de

produtos equipamentos e materiais de baixo impacto ambiental

estabelecendo um novo modelo da relaccedilatildeo escola-empresa A obra tambeacutem

contou com o apoio de diversos departamentos da UTFPR em especial o

DICEP ndash Divisatildeo de Conservaccedilatildeo de Edificaccedilotildees e Produccedilatildeo

O projeto foi idealizado seguindo o conceito de arquitetura bioclimaacutetica

possibilitando ventilaccedilatildeo cruzada aproveitamento da fachada norte para

captaccedilatildeo de energia solar a utilizaccedilatildeo de telhado verde que favorece o

conforto ambiental da edificaccedilatildeo entre outros

O Sistema construtivo Wood-frame agilizou a primeira etapa da obra

concluiacuteda em apenas 5 dias Na Figura 11 observa-se a montagem do EV

necessitando de um guindaste para levantamento das paredes que chegaram

ao canteiro de obra prontas de faacutebrica contribuindo com a geraccedilatildeo miacutenima de

resiacuteduos

Figura 11 ndash Montagem das paredes do Escritoacuterio Verde

Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011)

50

Na segunda fase da obra houve a colocaccedilatildeo da cobertura os paineacuteis de

acabamento externo e a colocaccedilatildeo das esquadrias Para o telhado optou-se

pelo sistema rdquoshinglerdquo Os acabamentos externos SmartSide e Siding Vinilico

foram aplicados apoacutes a colocaccedilatildeo de uma membrana hidroacutefuga (Figura 12)

que atua como barreira contra vento poeira vapor drsquoaacutegua e calor

Figura 12 ndash Aplicaccedilatildeo de manta hidroacutefuga nas paredes externas

Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011)

A terceira fase ocorreu em marccedilo de 2011 com a instalaccedilatildeo dos sistemas

sustentaacuteveis como coleta de aacutegua pluvial e sistema fotovoltaico Em paralelo

iniciou-se a fase de acabamento interno e execuccedilatildeo do telhado verde

conforme Figuras 13 e 14

Figura 13 ndash Sistema de moacutedulos em EVA Figura 14 ndash Execuccedilatildeo do telhado verde

Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011) Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011)

51

A Figura 15 demonstra a aplicaccedilatildeo de alguns acabamentos internos No

revestimento das paredes utilizaram-se placas decowall da empresa LP Brasil

no teto tem-se a aplicaccedilatildeo de placas termo-acuacutesticas em madeira mineralizada

suspensas no teto em perfis metaacutelicos o piso elevado foi revestido com

carpete fabricado com material reciclado e as luminaacuterias utilizam lacircmpadas

LED

Figura 15 ndash Revestimentos internos do EV

Fonte Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011)

O Escritoacuterio Verde completou 1 ano de operaccedilatildeo em 06 de dezembro de

2012 periacuteodo em que recebeu duas premiaccedilotildees Precircmio Guia do Estudante ndash

Destaque do Ano na categoria sustentabilidade premiaccedilatildeo da Editora Abril

em parceria com Santander Universidade e um Precircmio da ONU durante a

ldquoSeacutetima Conferecircncia dos Centros de Expertise em Educaccedilatildeo para o

Desenvolvimento Sustentaacutevelrdquo em Tongyeang na Coreacuteia do Sul por

contribuiccedilatildeo na participaccedilatildeo comunitaacuteria em praacuteticas para a sustentabilidade

52

5 RESULTADOS E DISCUSSOtildeES

51 AVALIACcedilAtildeO DO DESEMPENHO AMBIENTAL DO EV

Os resultados apresentados neste capiacutetulo foram dispostos seguindo a

mesma sequecircncia apresentada no referencial de operaccedilatildeo e uso Parte I ndash

Sistema de Gestatildeo da Operaccedilatildeo (SGO) As partes II III e IV foram compiladas

pois representam a Qualidade Ambiental do Edifiacutecio na Operaccedilatildeo (QAEop) e a

parte V - Qualidade Ambiental das Praacuteticas

511 SGO ndash Sistema de gestatildeo da operaccedilatildeo

Para o entendimento de alguns requisitos exigidos no SGO primeiramente

buscou-se a explicaccedilatildeo do SGE (sistema de gestatildeo do empreendimento)

exigido no inicio da fase programa considerado pelo AQUA como a ldquocoluna

vertebralrdquo da certificaccedilatildeo pois eacute a ferramenta para se alcanccedilar a qualidade

ambiental desejada O SGE quanto o SGO satildeo compostos pelos mesmos

itens

comprometimento do empreendedor - eacute a escolha do perfil de qualidade

ambiental desejado o qual deve ser justificado

implementaccedilatildeo e funcionamento - eacute o planejamento definiccedilatildeo de

competecircncias gestatildeo de contratos gestatildeo da comunicaccedilatildeo gestatildeo

documental responsaacuteveis por programar e monitorar cada accedilatildeo

gestatildeo do empreendimento - monitoramento avaliaccedilatildeo da qualidade

ambiental do edifiacutecio accedilotildees corretivas

aprendizagem revisatildeo - confrontar os resultados com os objetivos

definidos no perfil de qualidade ambiental

Primeiramente para definiccedilatildeo do perfil ambiental do edifiacutecio seguiu-se o

modelo sugerido pelo AQUA no referencial de 2007 (edifiacutecios novos) para

hierarquizaccedilatildeo das categorias em funccedilatildeo dos desafios ambientais

estabelecidos A avaliaccedilatildeo completa dos objetivos encontra-se no Anexo 2

A Tabela 2 representa o guia utilizado adaptado do modelo AQUA com

os pontos fortes definidos em cada categoria incluindo o item mobilidade

urbana pois eacute um dos pontos fortes considerados na implantaccedilatildeo do EV

53

Tabela 2 ndash Guia para hierarquizaccedilatildeo das categorias da QAE em funccedilatildeo dos desafios ambientais estabelecidos

EnergiaMaterias

primasAacutegua Ar Aacutegua Solo Ruiacutedos Odores

Local e construccedilatildeo

1 Relaccedilatildeo do edifiacutecio com o seu entorno

11 Consideraccedilatildeo do contexto F

12 Implantaccedilatildeo no terreno F F

2 Escolha integrada de produtos sistemas e processos construtivos

21 Adaptabilidade e durabilidade do edifiacutecio F

22 Escolhas de processos construtivos F F

23 Escolhas de produtos de construccedilatildeo F F

24 Fim de vida do edifiacutecio desconstrutibilidade reciclabilidade F F

3 Canteiro de obras

31 Produccedilatildeo de resiacuteduos identificaccedilatildeo gestatildeo dos resiacuteduos F

32 Incocircmodos e poluiccedilatildeo F F

33 Recursos - consumo de aacutegua e energia F

F = Relaccedilatildeo forte existente entre preocupaccedilatildeo e objetivo

Uma ceacutelula em branco natildeo significa necessariamente uma total ausecircncia de preocupaccedilatildeo

MO

BIL

IDA

DE

UR

BA

NA

OBJETIVOS DE CONTROLE DOS IMPACTOS AMBIENTAIS EXTERIORES E

INTERIORES DO EDIFICIO

Tabela 3 - Guia para a hierarquizaccedilatildeo das categorias de QAE em funccedilatildeo dos desafios ambientais estabelecidos

ME

LH

OR

AR

O

CO

NF

OR

TO

PR

ES

EE

RV

AR

A S

AU

DE

PREOCUPACcedilOtildeES AMBIENTAIS

PRESERVAR OS

RECURSOS

REDUZIR A

POLUICcedilAtildeO

REDUZIR OS

INCOMODOS

RE

DU

ZIR

OS

RE

SID

UO

S

Fonte A autora (2012)

Para o CREA-PR (2011) os deslocamentos natildeo devem ser tratados

apenas como a accedilatildeo de ir e vir mas a partir do conceito de mobilidade

acrescido da preocupaccedilatildeo com a sua sustentabilidade que pode ser traduzida

como o resultado de um conjunto de poliacuteticas de transporte e circulaccedilatildeo que

priorize os modos natildeo motorizados e coletivos de transporte e a acessibilidade

urbana visando tambeacutem as pessoas com deficiecircncia eou mobilidade reduzida

Apoacutes a definiccedilatildeo dos desafios ambientais a serem perseguidos

desenhou-se o perfil ambiental proposto para o Escritoacuterio Verde que pode ser

visualizado na Figura 16 4 categorias niacutevel bom 3 niacutevel superior e 7 niacutevel

excelente

54

Figura 16 ndash Perfil ambiental proposto para o EV

Fonte A autora (2011)

512 QAEop ndash Qualidade Ambiental do Edifiacutecio na Fase Operaccedilatildeo

A QAEop eacute composta por 3 partes Parte II ndash QI Qualidade Intriacutenseca

Parte III ndash MQI Melhoria da Qualidade Intriacutenseca Parte IV ndash CQI Controle da

Qualidade Intriacutenseca Cada categoria foi analisada conforme requisitos

exigidos no referencial AQUA de operaccedilatildeo e uso O campo avaliaccedilatildeo refere-se

ao atendimento ou natildeo do requisito exigido Os campos na coluna avaliaccedilatildeo

que ficaram em branco representam os itens que necessitam de maior

detalhamento para se proceder com a avaliaccedilatildeo

55

Categoria 1 ndash Relaccedilatildeo do edifiacutecio com seu entorno

1 Relaccedilatildeo do Edificio com seu entorno Avaliaccedilatildeo

QI 11

Coerecircncia no uso e operaccedilatildeo do empreendimento no terreno em relaccedilatildeo agraves poliacuteticas locais de

desenvolvimento urbano sustentaacutevel Atende

QI 12 Otimizar os acessos e gerenciar os fluxos Atende

QI 13 Gerenciar os modos de deslocamento e favorecer os menos poluentes Atende

QI 14 Preservar Melhorar a qualidade ecoloacutegica e paisagiacutestica do local do empreendimento Atende

QI 15 Preservar Melhorar a biodiversidade Atende

QI 16 Prevenir o risco de inundaccedilotildees e limitar a poluiccedilatildeo difusa Atende

QI 17 Garantir o conforto ambiental exterior satisfatoacuterio Atende

QI 18 Garantir a iluminaccedilatildeo exterior satisfatoacuteria e limitar os incocircmodos visuais para a vizinhanccedila Atende

QI 19 Limitar a poluiccedilatildeo sonora e garantir o direito agrave calma da vizinhanccedila Atende

QI 110 Garantir espaccedilos exteriores saudaacuteveis e garantir o direito agrave sauacutede dos ocupantes Atende

QI 111 Acessibilidade Accedilatildeo corretiva

Quadro 6 ndash Avaliaccedilatildeo categoria 1 - QI

Fonte Referencial AQUA (2010)

1 Avaliaccedilatildeo

CQI 11 Garantir a conservaccedilatildeo adequada dos espaccedilos exteriores atende

CQI 12 Otimizar as condiccedilotildees de conservaccedilatildeo dos espaccedilos exteriores atende

CQI 13 Supervisionar a qualidade do ar nos estacionamentos fechados Natildeo se aplica

CQI 14Garantir a conservaccedilatildeo e manutenccedilatildeo das instalaccedilotildees de resfriamento nos sistemas de

condicionamento de ar Natildeo se aplica

Relaccedilatildeo do Edificio com seu entorno

Quadro 7 ndash Avaliaccedilatildeo categoria 1 - CQI

Fonte Referencial AQUA (2010)

As consideraccedilotildees a seguir satildeo referentes aos criteacuterios avaliados na QI 13

QI 13 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo

B Atende

Medidas tomadas para limitar o nuacutemero de vagas de estacionamento em funccedilatildeo dos

meios de deslocamento apresentados (salvo recomendaccedilatildeo contraacuteria da legislaccedilatildeo) S E 1 Atende

Medidas tomadas para gerenciar da melhor forma as vagas disponiacuteveis para

estacionamento (sistemas automatizados vigilacircncia manobristas etc)S E 1 NA

Presenccedila de aacuterea de estacionamento reservada aos veiacuteculos limpos S E 1 Implantar

Presenccedila de aacuterea de estacionamento reservada aos veiacuteculos limpos equipados com

dispositivos que favoreccedilam a sua utilizaccedilatildeoS E 2 NA

Disponibilidade de bicicletaacuterios aos ocupantes do edifiacutecio S E 2 Implantar

Presenccedila de bicicletaacuterios em locais ou abrigos seguros e protegidos ou visiacuteveis a partir

de um posto de vigilacircncia (guarita etc)S E 3 Implantar

Presenccedila de espaccedilos comuns apropriados (vestiaacuterios chuveiros) para os funcionaacuterios

ciclistasS E 4 X

Garantir a proximidade com

os transportes coletivosImplantaccedilatildeo do projeto a menos de 400m de um ponto de transporte coletivo S E 1 Atende

NA - Natildeo se aplica

X - Natildeo haacute e sem possibilidade de adaptaccedilatildeo

Apresentaccedilatildeo da situaccedilatildeo atual em termos meios de deslocamento existentes no local do empreendimento

especialmente os menos poluentes

Veiacuteculos particulares

Favorecer o uso de veiacuteculos

limpos

Favorecer o uso de modos de

deslocamento menos

poluentes

Quadro 8 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 13

Fonte Referencial AQUA (2010)

56

O Escritoacuterio Verde estaacute localizado em regiatildeo central de Curitiba

possuindo um sistema puacuteblico de transporte composto por 26 linhas de

transporte coletivo as quais permitem a ligaccedilatildeo dos bairros ao centro da

cidade

A Rede Integrada de Transportes ndash RIT possui uma tarifa uacutenica com

embarque e desembarque em niacutevel nas ldquoEstaccedilotildees Tubordquo e em pontos de

ocircnibus ou terminais de integraccedilatildeo localizados em diversos pontos da cidade

A URBS ndash Urbanizaccedilatildeo de Curitiba SA eacute a empresa responsaacutevel pelas

accedilotildees estrateacutegicas de planejamento operaccedilatildeo e fiscalizaccedilatildeo que envolve os

serviccedilos essenciais de transporte e tracircnsito da cidade Exerce o controle do

transporte de toda Regiatildeo Metropolitana permitindo que a Rede de

Transportes de Curitiba seja integrada em acircmbito metropolitano

Proacuteximos ao empreendimento encontram-se linhas de transporte

interligando os principais eixos da cidade de Curitiba (a exemplo os eixos

Norte e Sul eixo Boqueiratildeo) permitindo assim a mobilidade dos usuaacuterios

Tambeacutem a 16 km do empreendimento estaacute a Estaccedilatildeo Rodoviaacuteria de Curitiba

responsaacutevel por centralizar o transporte coletivo intermunicipal interestadual e

internacional que tecircm a Cidade de Curitiba como ponto de partida de chegada

ou de escala

O Aeroporto Internacional Afonso Pena encontra-se a aproximadamente

164 km ou (40 min) do empreendimento no Municiacutepio de Satildeo Joseacute dos

Pinhais PR De modo a facilitar o deslocamento de usuaacuterios no sentido

aeroporto - rodoviaacuteria ndash aeroporto ndash esses tecircm agrave sua disposiccedilatildeo linha de

ocircnibus especial A linha faz ligaccedilatildeo com Aeroporto Internacional Afonso Pena

localizado em Satildeo Joseacute dos Pinhais - PR agrave Rodoferroviaacuteria e ao Centro de

Curitiba Sendo assim fomenta a mobilidade urbana restando ainda a

implantaccedilatildeo de um paraciclo e possivelmente reservar a aacuterea livre nos fundos

da edificaccedilatildeo para estacionamento exclusivo de veiacuteculos limpos

Criteacuterios de avaliaccedilatildeo QI 111 referente agrave acessibilidade

QI 111 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo

Respeito agraves regulamentaccedilotildees de acessibilidade e instalaccedilatildeo de sinalizaccedilatildeo adaptada agrave

funcionalidade dos espaccedilos externos__ Accedilatildeo corretiva

Em funccedilatildeo do local do empreendimento e das atividades presenccedila de espaccedilos de

conviacutevio de repouso ou de atividades particulares __ Accedilatildeo corretiva

Acessibilidade

Quadro 9 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 111

Fonte Referencial AQUA (2010)

57

O referencial natildeo apresenta o niacutevel de avaliaccedilatildeo do item QI 111 pois se

trata de um item obrigatoacuterio

O EV ainda natildeo atende alguns requisitos exigidos pela a ABNTNBR

90502004 Seguem alguns pontos da normativa para accedilotildees corretivas

Item 6711 - Os corrimatildeos devem ser instalados em ambos os lados

dos degraus isolados das escadas fixas e das rampas

Item 55 - Sinalizaccedilatildeo visual

Item 724 ndash Barra de apoio em sanitaacuterio

Item 7314 - Bacia com altura inferior

Item 7362 ndash Lavatoacuterios suspensos

Quanto o acesso ao mezanino entende-se que as mesmas atividades

podem ser desenvolvidas no piso teacuterreo natildeo necessitando de adaptaccedilatildeo para

acesso ao mezanino

Categoria 2 ndash Escolha integrada de produtos sistemas e processos

construtivos

O texto informado na QI da categoria 2 (paacuteginas 8 e 9 de 29) eacute o mesmo

descrito na CQI (paacuteginas 3 e 4 de 26) necessitando de revisatildeo

2 Avaliaccedilatildeo

QI 21 Assegurar a facilidade de acesso para a conservaccedilatildeo do edifiacutecio Atende

QI 22

Inventaacuterio das informaccedilotildees conhecidas a respeito dos produtos de construccedilatildeo presentes no

empreendimento Atende

Escolha integrada de produtos sistema e processos construtivos

Quadro 10 ndash Avaliaccedilatildeo categoria 2 - QI

Fonte Referencial AQUA (2010)

2 Avaliaccedilatildeo

MQI 21 Consideraccedilatildeo da adaptabilidade durante as atividades de renovaccedilatildeo Atende

MQI 22 Consideraccedilatildeo da durabilidade durante as atividades de renovaccedilatildeo Atende

MQI 23

Consideraccedilatildeo da facilidade de conservaccedilatildeo e da limitaccedilatildeo dos impactos ambientais das rotinas

de conservaccedilatildeo durante a renovaccedilatildeo dos revestimentos internos Atende

MQI 24 Consideraccedilatildeo do impacto ambiental na renovaccedilatildeo dos revestimentos internos Atende

MQI 25 Responsabilidade no uso da madeira nas atividades de renovaccedilatildeo Atende

MQI 26

Consideraccedilatildeo do impacto sanitaacuterio relativo agrave qualidade do ar interno na renovaccedilatildeo dos

revestimentos internos Atende

Escolha integrada de produtos sistema e processos construtivos

Quadro 11 ndash Avaliaccedilatildeo categoria 2 - MQI

Fonte Referencial AQUA (2010)

58

Criteacuterios avaliados no item QI 22

QI 22 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo

A situaccedilatildeo atual em termos de conhecimento dos impactos ambientais na escala do

empreendimento e sobre sua vida uacutetil considerando o uso de recursos renovaacuteveis a

incorporaccedilatildeo de resiacuteduos ou material reciclado como mateacuteria-prima o consumo de

recursos naturais a desmontabilidade e a possibilidade de reuso reciclagem a

geraccedilatildeo de resiacuteduos e na medida do possiacutevel a emissatildeo de gases contribuintes para

o EE n(efeito estufa) e a destruiccedilatildeo da camada de ozocircnio

A situaccedilatildeo atual em termos de conhecimento das emissotildees de COV e formaldeiacutedos

Valorizaccedilatildeo do

conhecimento da

contribuiccedilatildeo dos

produtos de

construccedilatildeo aos

impactos

ambientais e

sanitaacuterios do

empreendimento

Conhecimento dos impactos ambientais de 50 dos elementos da famiacutelia de produtos

de obra limpa na escala do empreendimento e sobre sua vida uacutetil considerando o

consumo de recursos naturais a desmontabilidade e a possibilidade de reuso

reciclagem a geraccedilatildeo de resiacuteduos

E 2 Atende

Conhecimento dos impactos ambientais de 50 dos elementos da famiacutelia de produtos

de obra limpa na escala do empreendimento e sobre sua vida uacutetil considerando o

consumo de recursos naturais a desmontabilidade e a possibilidade de reuso

reciclagem a geraccedilatildeo de resiacuteduos

E 2 Atende

Idem acima e conhecimento dos impactos ambientais de 50 dos elementos da famiacutelia

de produtos de obra limpa na escala do empreendimento e sobre sua vida uacutetil

considerando o uso de recursos renovaacuteveis a incorporaccedilatildeo de resiacuteduos ou material

reciclado como mateacuteria-prima a emissatildeo de gases contribuintes para o EE e a

destruiccedilatildeo da camada de ozocircnio

E 5 Atende

Conhecimento das emissotildees de COV e formaldeiacutedos para 25 dos elementos da

famiacutelia de revestimentos internos (piso parede teto produtos de acabamento)E 2 Atende

Conhecimento das emissotildees de COV e formaldeiacutedos para 50 dos elementos da

famiacutelia de revestimentos internos (piso parede teto produtos de acabamento)E 5 Atende

A partir do

inventaacuterio de

materiais de

construccedilatildeo

(desenvolvido no

SGO) apresentar

para a famiacutelia de

produtos da obra

limpa (definidas

B

Valorizaccedilatildeo do

conhecimento da

contribuiccedilatildeo dos

produtos de

construccedilatildeo aos

impactos

ambientais e

sanitaacuterios do

empreendimento

Atende

Quadro 12 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 111

Fonte Referencial AQUA (2010)

O sistema construtivo utilizado foi o Wood Frame que possibilita a

construccedilatildeo de edificaccedilotildees mais eficientes uma vez que apresenta benefiacutecios

econocircmicos e ambientais Desenvolvida a mais de 100 anos na Ameacuterica do

Norte atualmente 90 das casas suecas e canadenses e mais de 75 das

americanas utilizam esta tecnologia

Os paineacuteis de OSB utilizados no processo construtivo permitem a

concepccedilatildeo de empreendimentos de ateacute 8 pavimentos A tecnologia incorpora

alguns dispositivos para racionalizar o consumo de aacutegua e energia aleacutem disso

a seleccedilatildeo de materiais contribui a reduccedilatildeo do impacto gerado durante a fase

de implantaccedilatildeo A madeira de reflorestamento utilizada eacute material renovaacutevel

com baixo consumo energeacutetico e boa possibilidade de aproveitamento dos

resiacuteduos aleacutem de contribuir positivamente na renovaccedilatildeo do ar (GOIS

CASAGRANDE JR 2011) A montagem dos paineacuteis em faacutebrica demorou

59

apenas 12 dias depois de fabricados e transportados em 5 dias foi possiacutevel

montar a estrutura do EV in loco

A TecVerde foi a empresa responsaacutevel pela fabricaccedilatildeo e execuccedilatildeo de

toda obra execuccedilatildeo de projetos estruturais de montagem e detalhamento para

o sistema construtivo Possui faacutebrica na regiatildeo metropolitana de Curitiba em

Pinhais ndash PR onde realiza a produccedilatildeo das edificaccedilotildees

No caso do Escritoacuterio Verde foi executado um radier de 12cm utilizando

concreto usinado (cimento CP V-ARI Cimento Portland alta resistecircncia inicial)

sobre a base de concreto da quadra poliesportiva (Figura 17) Este

procedimento serve para ancoragem das paredes (Figura 18) e as eleva para

evitar o contato com aacutegua que eventualmente pode pairar sobre a quadra em

funccedilatildeo de uma chuva mais forte

Figura 17ndash Execuccedilatildeo do radier Figura 18ndash Ancoragem das paredes

Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011) Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011)

As paredes foram montadas com OSB em caibros de pinus tratado

(Figura 19) jaacute com a manta de PET reciclado de 75 mm (Figura 20) e manta de

pneu reciclado de 8 mm (Figura 21) para isolamento teacutermico-acuacutestico Depois

de erguidas no local da obra receberam os acabamentos da empresa LP

Brasil sendo que no lado externo foi aplicada uma membrana hidroacutefuga

utilizada como barreira de vapor satildeo peliacuteculas que visam evitar que a aacutegua da

chuva e a umidade interna penetrem na parede protegendo a estrutura e

aumentando sua durabilidade finalizando com painel Smartside e Siding

60

Vinilico (Figura 22 e 23) aleacutem do painel TechShield (Figura 25) para base do

telhado

Figura 19 - Modelo construtivo wood frame

Fonte DOMUS STUDIO ARQUITETURA (2011)

Figura 20 - Manta de PET reciclado Figura 21- Manta de pneu reciclado

Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011) Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011)

A latilde de PET e a manta de pneu (Figuras 20 e 21) foram usadas como

isolantes termoacuacutestico no Escritoacuterio Verde e satildeo 100 reciclaacuteveis Aleacutem do

fato da latilde natildeo causar coceira dispensa o uso de EPIrsquos (como no caso da latilde de

vidro) e eacute um produto natildeo canceriacutegeno antialeacutergico No entanto a manta de

pneu natildeo haacute informaccedilotildees suficientes sobre a toxidade da fumaccedila emitida

quando em processo de combustatildeo

61

Figura 22 - Painel Smartside

Fonte LP BRASIL (2012)

Figura 23 - Siding Vinilico

Fonte Escritoacuterio Verde Online (2012)

Figura 24 - Painel TechShield

Fonte LP BRASIL (2012)

62

Os paineacuteis SmartSide foram desenvolvidos exclusivamente para uso

como revestimentos externos e internos de paredes Possuem tripla funccedilatildeo

pois aleacutem de revestir e vedar as paredes tambeacutem auxiliam no

contraventamento da estrutura Satildeo protegidos contra o ataque de cupins e a

degradaccedilatildeo de fungos e recebem como revestimento uma peliacutecula que confere

ao produto aparecircncia da madeira natural O produto anti-cupim que tem Borato

de Zinco como base confere uma garantia de 20 anos por parte da empresa

No Escritoacuterio Verde foi usado o modelo Painel H (painel com ranhuras

horizontais) de largura 122 m comprimento 488 m espessura 111 mm e

ranhuras a cada 200 mm

Os paineacuteis TechShield satildeo paineacuteis de OSB revestidos em uma das faces

com foil de alumiacutenio que garante uma menor absorccedilatildeo do calor proveniente

dos raios solares O TechShield pode ser aplicado sobre telhados ou em

paredes melhorando o desempenho teacutermico das construccedilotildees pois reflete 97

da radiaccedilatildeo solar reduz em ateacute 10 a temperatura do aacutetico ou soacutetatildeo e otimiza

a matildeo de obra jaacute que tem incorporado o foil de alumiacutenio Eacute fabricado no

formato de 120 x 240 m e espessura de 111 mm

Internamente foram aplicados o painel Decowall e placa cimentiacutecia

(Figuras 25 e 26) Outros produtos da LP Brasil empregados no projeto foram

as Vigas I (Figuras 27 e 28) e as telhas Shingle (Figura 29)

Figura 25 ndash Painel Decowall Figura 26 ndash Placa cimentiacutecia

Fonte LP BRASIL (2012) Fonte PlacLux (2012)

63

Figura 27 ndash Vigas I Figura 28 ndash Passagem da tubulaccedilatildeo na viga I

Fonte LP BRASIL (2012) Fonte LP BRASIL (2012)

As vigas I forma utilizadas na estrutura da cobertura e laje do mezanino

satildeo leves riacutegidas e de alta resistecircncia projetadas para suportar grandes

cargas permitindo a aplicaccedilatildeo em grandes vatildeos com resistecircncia uniforme e

constante sem que haja flambagem ou torccedilotildees em sua estrutura melhorando

a qualidade e solidez de pisos e forros Possui altura de 241 cm largura de

63 cm comprimento de 119 cm e peso de 403 kg

Figura 29 - Modelo construtivo da cobertura em wood frame

Fonte LP BRASIL (2012)

A LP Telha Shingle eacute composta por uma manta de fibra de vidro saturada

em asfalto e gracircnulos ceracircmicos sendo quatro vezes mais leve que outras

64

telhas Eacute resistente a ventos de ateacute 100 kmh Possui excelente resistecircncia

mecacircnica e suas dimensotildees satildeo 336 x 1000 mm O sistema foi composto por

estrutura de madeira contraventada por paineacuteis LP OSB Home Plus estrutural

que servem de base para a aplicaccedilatildeo da LP Subcobertura e da LP Telha

Shingle A LP Subcobertura protege e garante a estanqueidade da cobertura

O projeto do Escritoacuterio Verde estabeleceu parceria com a empresa MADO

de Satildeo Paulo para fabricar todas as janelas com vidro duplo em madeira lyptus

reflorestada algumas com o sistema abrir e tombar (Figura 30) esse uacuteltimo

possibilita a ventilaccedilatildeo indireta podendo ser aberta mesmo em dias de chuva

sem a entrada de aacutegua Os vidros duplos das janelas foram doados pela

empresa Cebrace

Figura 30 ndash Sistema tombar para ventilaccedilatildeo indireta

Fonte MADO (2012)

No piso do teacuterreo do Escritoacuterio Verde sobre o radier foi colocado o piso

elevado da empresa REMASTER que permite todo cabeamento eleacutetrico e de

loacutegica por baixo do mesmo O piso modular e feito em polipropileno sendo

mais de 80 de material reciclado conferindo para cada peccedila uma leveza

65

maior do que os produtos similares menos de 3 kg A facilidade de manuseio

rapidez na instalaccedilatildeo e a mobilidade da soluccedilatildeo permite reaproveitamento na

mudanccedila preservando mais de 98 do seu investimento

Figura 31 ndash Piso elevado modular

Fonte REMASTER (2012)

O acabamento colocado sobre o piso elevado foi o carpete modular

reciclados e reciclaacuteveis da Interface FLOR que usa o sistema tactile (Figura 32)

que reduz o impacto ambiental dos produtos adesivos na instalaccedilatildeo do

carpete Fabricados em placas de (50 x 50 cm) unem-se entre si para criar uma

instalaccedilatildeo duraacutevel sem ter que fixar permanentemente o carpete ao piso

Possui tambeacutem capa hipoalergecircnica que evita a proliferaccedilatildeo de agentes

aleacutergicos

Figura 32 ndash Carpete modular com sistema tactile

Fonte Interface FLOR (2012)

Nas instalaccedilotildees hidrossanitaacuterias foram utilizados tubos de PVC da

empresa AMANCO para o esgoto e tambeacutem o sistema PEX (Polietileno de Alta

Densidade Reticulado) para aacutegua quente e fria nos banheiros o hydro-pex da

66

empresa EPEX Trata-se de um sistema mais econocircmico de grande

flexibilidade e facilidade na instalaccedilatildeo e alta durabilidade

Figura 33 ndash Sistema hidro-pex

Fonte EPEX (2012)

Categoria 3 ndash Canteiro com baixo impacto ambiental

3 Avaliaccedilatildeo

CQI 31 Gestatildeo de resiacuteduos de conservaccedilatildeo e manutenccedilatildeo produzidos durante as intervenccedilotildees Atende

CQI 32 Otimizar as condiccedilotildees de retirada dos resiacuteduos de conservaccedilatildeo e manutenccedilatildeo Atende

CQI 33 Otimizar a eliminaccedilatildeo dos resiacuteduos de conservaccedilatildeo e manutenccedilatildeo Atende

CQI 34 Limitar os incocircmodos causados pelas intervenccedilotildees de conservaccedilatildeo e manutenccedilatildeo Atende

Canteiro de obra com baixo impacto ambiental

Quadro 13 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI

Fonte Referencial AQUA (2010)

A categoria 3 na fase operaccedilatildeo natildeo consta na parte I do referencial (QI)

pois eacute aplicada somente quando haacute manutenccedilatildeo no edifiacutecio

O Escritoacuterio necessitou de pequenas intervenccedilotildees e grande parte dos

resiacuteduos foi aproveitada no proacuteprio canteiro e outros como embalagens

plaacutesticas ou papelatildeo foram destinados para reciclagem Mas no sistema de

gestatildeo eacute necessaacuterio prever um plano de gestatildeo de resiacuteduos da construccedilatildeo

civil

67

Categoria 4 ndash Gestatildeo de energia

4 Avaliaccedilatildeo

QI 41 Melhorar a aptidatildeo da envoltoacuteria para limitar desperdiacutecios

QI 42 Melhorar a aptidatildeo do edifiacutecio para reduzir suas necessidades energeacuteticas

QI 43

Reduzir o consumo de energia primaacuteria devido ao aquecimento resfriamento agrave iluminaccedilatildeo ao

aquecimento de aacutegua agrave ventilaccedilatildeo e aos equipamentos auxiliares Atende

QI 44 Recorrer agraves energias renovaacuteveis locais Atende

QI 45 Conhecer as poluiccedilotildees causadas pelo consumo de energia Atende

QI 46 Conhecer a influecircncia dos sistemas de controle no desempenho energeacutetico do edifiacutecio Atende

Gestatildeo de Energia

Quadro 14 ndash Avaliaccedilatildeo categoria 4 ndash QI

Fonte Referencial AQUA (2010)

4 Avaliaccedilatildeo

MQI 41 Melhoria do desempenho energeacutetico do edifiacutecio Atende

Gestatildeo de Energia

Quadro 15 ndash Avaliaccedilatildeo categoria ndash MQI

Fonte Referencial AQUA (2010)

4 Avaliaccedilatildeo

CQI 41 Desempenho global do consumo de energia Atende

CQI 42 Desempenho global das emissotildees relacionadas ao consumo de energia Atende

CQI 43 Otimizar o acompanhamento do consumo de energia Atende

CQI 44 Analisar regularmente os consumos de energia Atende

CQI 45 Instalaccedilatildeo de um serviccedilo de eficaacutecia energeacutetica Atende

CQI 46 Garantir o controle dos equipamentos frigoriacuteficos e climaacuteticos Natildeo se aplica

Gestatildeo de Energia

Quadro 16 ndash Avaliaccedilatildeo categoria ndash CQI

Fonte Referencial AQUA (2010)

Criteacuterios avaliados no item QI 44

QI 44 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo

B Atende

Exploraccedilatildeo de modalidades energeacuteticas locais de origem renovaacutevel Explicitaccedilatildeo da

porcentagem de cobertura das necessidades pelas energias locais de origem renovaacutevel

(detalhada por uso final energeacutetico) Anaacutelise e justificativa da pertinecircncia da modalidade

escolhida

E 2 Atende

- Mais de 30 do consumo de energia para o sistema de aquecimento eacute garantido por

uma EnRE 1 NA

- Mais de 10 do consumo de energia para o sistema de resfriamento eacute garantido por

uma EnRE 1 NA

- Mais de 30 do consumo de energia para o aquecimento de aacutegua eacute garantido por

uma EnRE 1 NA

- Edifiacutecio possui sistema de produccedilatildeo de energia eleacutetrica a partir de energias

renovaacuteveis garantindo uma produccedilatildeo anual de eletricidade de mais de 25kWhmsup2 de

aacuterea uacutetil em energia primaacuteria

E 1 Atende

- O edifiacutecio estaacute equipados de bombas a calor de alto desempenho E 1 NA

NA - Natildeo se aplica

Pontos

complementares

desempenho da

modalidade

explorada

Reflexatildeo sobre o uso das energias renovaacuteveis locais (EnR)

Quadro 17ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 44

Fonte Referencial AQUA (2010)

68

O EV possui dois sistemas fotovoltaicos distintos um sistema conectado agrave

rede eleacutetrica - SFCR com uma potecircncia instalada de 21 kWp (10 moacutedulos

KYOCERA de tecnologia de siliacutecio policristalino modelo KD210GXLP ligados

em seacuterie) e um inversor monofaacutesico em 220V de 2kW de potecircncia nominal

(PVPOWERED modelo PVP2000) que entrou em operaccedilatildeo em 14 de

dezembro de 2011 A aacuterea ocupada na cobertura da edificaccedilatildeo para esse

painel eacute de 15 msup2 (URBANETZ JR CASAGRANDE JR 2010)

Um SFCR eacute basicamente composto de um painel fotovoltaico que

converte a energia do sol em energia eleacutetrica em corrente contiacutenua e um

inversor que converte a corrente contiacutenua em corrente alternada com tensatildeo

e frequecircncia compatiacuteveis com a rede eleacutetrica da concessionaacuteria ao qual o

sistema estaacute interligado As principais vantagens desse tipo de sistema satildeo

elevada produtividade ausecircncia de banco de baterias e desligamento

automaacutetico no caso de falta de energia da rede (URBANETZ JR

CASAGRANDE JR 2010)

O sistema fotovoltaico isolado (SFI) eacute composto por um painel de 10

moacutedulos KYOCERA de tecnologia de siliacutecio policristalino modelo KC85T

sendo divido em dois subsistemas oito moacutedulos formam um sistema com

barramento CC em 24 V e os outros dois moacutedulos formam um sistema com

barramento CC em 12 V cada subsistema utiliza um controlador de carga do

tipo PWM alimentando um banco de baterias formado por 16 e 12 baterias

respectivamente As baterias satildeo do tipo chumbo-aacutecido para uso em sistemas

fotovoltaicos (marca PIONEIRO com 65 Ah cada) potencial ainda natildeo

utilizado (URBANETZ JR CASAGRANDE JR 2010)

Figura 34 ndash Painel fotovoltaico

Fonte Escritoacuterio Verde Online (2012)

69

O SFI eacute basicamente composto de um painel FV controlador de carga

banco de baterias e inversor Normalmente satildeo instalados em locais sem

acesso agrave rede eleacutetrica convencional mas podem tambeacutem ser utilizados para

atender cargas especiais de forma ininterrupta independente da rede eleacutetrica

da concessionaacuteria (URBANETZ JR CASAGRANDE JR 2010)

A anaacutelise do desempenho do SFCR do se baseia nos valores de energia

gerada durante estes primeiros dez meses de operaccedilatildeo e nos valores de

irradiaccedilatildeo incidentes no painel FV A partir da energia gerada e da irradiaccedilatildeo

incidente satildeo apresentados os iacutendices de meacuterito do SFCR em anaacutelise estes

iacutendices satildeo yield (produtividade) performance ratio (taxa de desempenho) e

fator de capacidade (URBANETZ JR CASAGRANDE JR 2012)

Desde a sua entrada em operaccedilatildeo em 14 de dezembro de 2011 ateacute 14 de

junho de 2012 (seis meses de operaccedilatildeo) gerou 13 MWh o que permite

projetar a geraccedilatildeo para cerca de 26 MWhano A geraccedilatildeo de energia eleacutetrica eacute

proporcional a irradiaccedilatildeo incidente no painel FV nos meses de veratildeo (maior

incidecircncia solar) haveraacute maior geraccedilatildeo de energia eleacutetrica e nos meses de

inverno (menor incidecircncia solar) haveraacute menor geraccedilatildeo A Tabela 3 apresenta

os valores de energia gerados em cada mecircs de operaccedilatildeo e a Tabela 4 a

energia diaacuteria meacutedia em cada mecircs de operaccedilatildeo (URBANETZ JR

CASAGRANDE JR 2012)

Tabela 3 ndash Energia gerada em cada mecircs de operaccedilatildeo do SFCR do EV

Fonte URBANETZ JR CASAGRANDE JR (2012)

Tabela 4 ndash Energia diaacuteria meacutedia gerada em cada mecircs de operaccedilatildeo do SFCR do EV

Fonte URBANETZ JR CASAGRANDE JR (2012)

70

Com a aprovaccedilatildeo feita pela Agecircncia Nacional de Energia Eleacutetrica

(ANEEL) do Sistema de Compensaccedilatildeo de Energia a proposta desenvolvida

pelo EV passou a ser viaacutevel economicamente O trabalho pioneiro

desenvolvido Sistema Fotovoltaico Conectado agrave Rede Eleacutetrica (SFCR) tem um

funcionamento ininterrupto limpo e silencioso

Categoria 5 ndash Gestatildeo da aacutegua

5 Avaliaccedilatildeo

QI 51 Garantir economia de aacutegua potaacutevel nos sanitaacuterios Atende

QI 52

Garantir economia de aacutegua potaacutevel para irrigaccedilatildeo dos espaccedilos verdes limpeza das aacutereas ou

outros usos Atende

QI 53 Gestatildeo das aacuteguas pluviais no local do empreendimento Atende

QI 54 Gestatildeo das aacuteguas de escoamento poluiacutedas Natildeo se aplica

QI 55 Gestatildeo das aacuteguas servidas Atende

Gestatildeo da Aacutegua

Quadro 18 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI

Fonte Referencial AQUA (2010)

5 Avaliaccedilatildeo

MQI 51 ManutenccedilatildeoMelhoria da qualidade ambiental intriacutenseca relativa agrave gestatildeo da aacutegua Atende

MQI 51 Escolha dos equipamentos durante as atividades de renovaccedilatildeo Atende

Gestatildeo da Aacutegua

Quadro 19 ndash Criteacuterios avaliados ndash MQI

Fonte Referencial AQUA (2010)

5 Avaliaccedilatildeo

CQI 51 Desempenho global do consumo de aacutegua Atende

CQI 52 Otimizar o acompanhamento do consumo d aacutegua Atende

CQI 53 Limitar o risco de vazamentos Atende

CQI 54 Analisar regularmente os consumos de aacutegua Atende

CQI 55 Otimizar a manutenccedilatildeo dos equipamentos de gestatildeo da aacutegua

CQI 56 Garantir o acompanhamento da demanda de intervenccedilotildees nas instalaccedilotildees hidraacuteulicas

Gestatildeo da Aacutegua

Quadro 20 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI

Fonte Referencial AQUA (2010)

Com relaccedilatildeo ao item 52 ndash medidas tomadas para economizar aacutegua (Quadro 21) Para realizar as mediccedilotildees de consumo de aacutegua foram instalados no escritoacuterio verde dois hidrocircmetros padratildeo SANEPAR (Companhia de saneamento do Paranaacute) Estes foram instalados em dois pontos estrateacutegicos um que apresenta o consumo total da aacutegua potaacutevel da edificaccedilatildeo denominado de hidrocircmetro 1 e outro que aponta o consumo de aacutegua da chuva hidrocircmetro 2

71

Os criteacuterios de avaliaccedilatildeo apresentados satildeo QI 52 e QI 53

QI 52 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo

na irrigaccedilatildeo dos espaccedilos verdes e ou limpeza das aacutereas E 2 Atende

nos sistemas de energia e ou nos sistemas especiacuteficos relacionados ao proacuteprio

uso do edifiacutecioE 1 NA

nos usos de balneaacuterio (tipologia hoteacuteis) E 1 NA

QI 53 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo

B Atende

20 a 40E 2 Atende

lt 20 E 5 -----

2 a 10

E 2 -----

gt 10

E 5 Atende

NA - Natildeo se aplica

Medidas tomadas

para economizar

aacutegua

Em funccedilatildeo do estudo de integraccedilatildeo do empreendimento no terreno determinaccedilatildeo do coeficiente de

impermeabilizaccedilatildeo e da vazatildeo de escoamento presentes

Coeficiente de

impermeabilizaccedilatildeo

presente (para local

pouco urbanizado)

Percentual de

melhoria do

coeficiente de

impermeabilizaccedilatildeo

em relaccedilatildeo agrave

situaccedilatildeo anterior agrave

construccedilatildeo do

empreendimento

(para local

Quadro 21 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 52 e 53

Fonte Referencial AQUA (2010)

O Quadro 22 apresenta as fontes consumidoras existentes no escritoacuterio

foram efetuadas mediccedilotildees em dois pontos de consumo um apresenta a

quantidade de aacutegua potaacutevel consumida e o outro o volume de aacutegua utilizada

pelo sistema de captaccedilatildeo de aacutegua da chuva em pouco mais de 100 msup2 de

telhados respectivamente apresentados nas Tabelas 5 e 6 Os hidrocircmetros

foram instalados no dia 22 de marccedilo sendo que nesta data a leitura eacute igual a

zero Conforme dados da SANEPAR o valor de consumo diaacuterio de aacutegua

potaacutevel aplicado em edifiacutecios de escritoacuterio corresponde 50 litros de aacutegua por

pessoa Esta estimativa foi utilizada como referecircncia para comparativo dos

nuacutemeros levantados no escritoacuterio

Aacutegua Fonte consumidora Local

Potaacutevel Torneira c sensor de presenccedila cuba Copa

Potaacutevel Torneira c sensor de presenccedila lavatorio BWC - Masculino

Potaacutevel Torneira c sensor de presenccedila lavatoacuterio BWC - Feminino

Reuso Vaso sanitaacuterio BWC - Masculino

Reuso Vaso sanitaacuterio BWC - Feminino

Reuso Torneira de jardim Jardim

Reuso Sistema de irrigaccedilatildeo Jardim vertical Quadro 22 ndash fontes consumidoras de aacutegua

72

Tabela 5 ndash Consumo de aacutegua potaacutevel no EV

Fonte NOVAES(2013)

Tabela 6 ndash Consumo de aacutegua de pluvial

Fonte NOVAES (2013)

O sistema de coleta de aacutegua da chuva eacute composto por filtros alematildees de

accedilo inox WISY representados no estado do Paranaacute pela empresa Acquatech e

pela Aquastock em Satildeo Paulo A aacutegua eacute captada do telhado do bloco principal

da edificaccedilatildeo com aacuterea de 111 msup2 sendo armazenado em uma cisterna de

1500 litros da empresa ARBO (Figura 33) com tratamento ultravioleta

73

colocada sobre uma base de concreto A Figura 34 ilustra o sistema de coleta

de aacutegua pluvial

O filtro de descida tem a funccedilatildeo de descartar a sujeira do telhado e uma

boia flutuante com outro filtro para as impurezas da aacutegua Uma bomba

pressurizadora alimentada por um painel fotovoltaico de 130 W faz com que a

aacutegua chegue aos vasos sanitaacuterios a uma torneira externa e tambeacutem tem a

funccedilatildeo de irrigar o jardim vertical (Figura 35)

Figura 35 ndash Cisterna e filtros do EV Figura 36ndash Modelo de sistema de coleta de aacutegua pluvial

Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011) Fonte Escritoacuterio Verde Online (2011)

74

Figura 37 ndash Jardim vertical do EV

Fonte A autora (2012)

Um dos fatores que favorece a instalaccedilatildeo de sistemas de coleta de aacutegua

com esta funccedilatildeo na cidade de Curitiba eacute o iacutendice pluviomeacutetrico da cidade que

eacute considerado satisfatoacuterio A Tabela 7 mostra as medias histoacutericas informadas

pelo SIMEPAR (Sistema meteoroloacutegico do Paranaacute)

Tabela 7 ndash Meacutedias histoacutericas - iacutendice pluviomeacutetrico

Fonte SIMEPAR (2012)

Consideraccedilatildeo quanto ao item QI 53 coeficiente de impermeabilizaccedilatildeo

Antes da construccedilatildeo do empreendimento estudado o terreno em questatildeo era

ocupado por uma quadra poliesportiva de concreto com o coeficiente de

impermeabilizaccedilatildeo de 095 (Tabela 8)

75

Tabela 8 ndash Coeficiente de impermeabilizaccedilatildeo do terreno antes da implantaccedilatildeo do EV

Aacuterea total (msup2) 4182

Aacuterea impermeaacutevel (msup2) 39882

Coeficiente impermeabilizaccedilatildeo anterior ao empreendimento 095 Fonte NOVAES (2013)

Com a implantaccedilatildeo do EV o coeficiente novamente calculado ficou em

057 pois quase todos os pisos externos satildeo permeaacuteveis e a edificaccedilatildeo possui

aproximadamente 100 msup2 de telhado verde (tabela 9)

Tabela 9 ndash Coeficiente de impermeabilizaccedilatildeo do terreno apoacutes a implantaccedilatildeo do EV

Aacuterea total (msup2) 4182

Aacutereas impermeaacuteveis (msup2)

Deck frontal 633

Concreto lateral direita 2061

Deck Fundos 3283

Concreto lateral esquerda 1944

Entrada carro 7752

Telhado (coef Minoraccedilatildeo 07) 819

Total (msup2) 23864

Coeficiente impermeabilizaccedilatildeo apoacutes o empreendimento 057

Melhoria do coeficiente de impermeabilizaccedilatildeo 40 Fonte NOVAES (2013)

Os pisos externos utilizados no EV satildeo compostos por

piso desenvolvido em borracha de pneu reciclado em formato de

lajotas (peccedilas nas medidas 45 X 45 cm) dentre suas qualidades pode-se

destacar sua flexibilidade e funcionalidade por ser drenante e antiderrapante

Figura 38 ndash Piso drenante borracha de pneu

Fonte httpwwwcacaruidoscombr (2012)

76

o plastfloor eacute um pavimento plaacutestico reciclado que estrutura o solo e

mantecircm a permeabilidade devido ao seu formato alveolar vazado podendo ser

preenchido por pedras ou grama no EV optou-se pela utilizaccedilatildeo de pedras

Figura 39 ndash Piso plast floor

Fonte httpwwwplastfloorcombr (2012)

iso tecnogran composto de agregados rochosos que passam por uma

prensagem especial para manter os espaccedilos entre os agregados e com isto

permite a drenagem da chuva entre os gratildeos aleacutem de ser antiderrapante

Figura 40 ndash Piso drenante tecnogran

Fonte httpwwwtecnograncombrespecificacaodrenantehtml (2012)

Categoria 6 ndash Gestatildeo de resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo do edifiacutecio

6 Avaliaccedilatildeo

CQI 61 Otimizar as condiccedilotildees de retirada dos resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo Atende

CQI 62 Otimizar as condiccedilotildees de retirada dos resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo Atende

CQI 63 Garantir o acompanhamento dos resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo regulamentados Atende

CQI 64 Otimizar a eliminaccedilatildeo dos resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo Atende

Gestatildeo dos residuos de uso e operaccedilatildeo do edificio

Quadro 23 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI

Fonte Referencial AQUA (2010)

77

Os coletores foram dispostos no EV da seguinte maneira

Coletor de cor marrom para resiacuteduos compostaacuteveis (resto de alimentos

entre outros)

Coletor de cor verde para reciclaacuteveis (papel papelatildeo jornal revista

plaacutesticos em geral inclusive PET latas de alumiacutenio embalagens longa vida

latas de alimentos engradados embalagens de biscoito)

Os coletores de cor cinza para natildeo reciclaacuteveis (papel higiecircnico

guardanapo sujo espelho papel de bala isopor esponjas de lavar louccedilas

esponjas de accedilo canudo carga de caneta) estatildeo dispostos na copa e nos

banheiros

O coletor menor eacute para coleta de resiacuteduos perigosos como pilhas e

baterias

O EV tambeacutem participa de dois programas na aacuterea de resiacuteduos

REZTO ndash Resiacuteduo Zero Tecnoloacutegico e Orgacircnico

Uma continuidade do Programa de Gerenciamento de Resiacuteduos do

Cacircmpus Curitiba-PGRCC que avaliou os resiacuteduos gerados pelos

departamentos da UTFPR e agora implanta os procedimentos para sua coleta

armazenamento reuso reciclagem e tratamento adequado dentro de um

plano de gestatildeo e educaccedilatildeo ambiental

ndash Tratando Resiacuteduos Eletrocircnicos e da Computaccedilatildeo

Estudar soluccedilotildees para reaproveitamento e tratamento apropriado de

computadores e equipamentos perifeacutericos defasados e sem uso que ocupam

espaccedilo na instituiccedilatildeo (diretrizes do governo federal e leis estaduais jaacute abordam

a questatildeo ndash Lei Estadual 158512008) podendo estabelecer parcerias com a

comunidadecooperativas que lidam com o problema dentro de projetos de

extensatildeo universitaacuteria

Categoria 7 ndash Manutenccedilatildeo ndash permanecircncia do desempenho ambiental

7 Avaliaccedilatildeo

QI 71 Facilitar as intervenccedilotildees de conservaccedilatildeo manutenccedilatildeo Atende

QI 72

Disponibilizar os meios necessaacuterios para o acompanhamento dos consumos de energia durante

a operaccedilatildeo e uso do edifiacutecio Atende

QI 73

Disponibilizar os meios necessaacuterios para o acompanhamento dos consumos de aacutegua durante a

operaccedilatildeo e uso do edifiacutecio Atende

QI 74

Disponibilizar os meios necessaacuterios para o fornecimento dos sistemas durante a operaccedilatildeo e uso

do edifiacutecio

Manutenccedilatildeo - Permanecircncia do desempenho ambiental

Quadro 24 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI

Fonte Referencial AQUA (2010)

78

7 Avaliaccedilatildeo

MQI 71 Escolha dos equipamentos durante as atividades de renovaccedilatildeo

Manutenccedilatildeo - Permanecircncia do desempenho ambiental

Quadro 25 ndash Criteacuterios avaliados ndash MQI

Fonte Referencial AQUA (2010)

7 Avaliaccedilatildeo

CQI 71 Gestatildeo da manutenccedilatildeo preventiva e corretiva Implantar

CQI 72 Gestatildeo das demandas de intervenccedilatildeo dos ocupantes Implantar

CQI 73 Anaacutelise da eficaacutecia da manutenccedilatildeo Implantar

CQI 74 Gestatildeo do patrimocircnio imobiliaacuterio do edifiacutecio Implantar

CQI 75 Otimizaccedilatildeo do acompanhamento dos sistemas teacutecnicos Implantar

CQI 76 Garantir a perenidade do(s) eventual(is) sistema(s) de regulagem Implantar

Manutenccedilatildeo - Permanecircncia do desempenho ambiental

Quadro 26 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI

Fonte Referencial AQUA (2010)

Criteacuterios avaliados no CQI 71

(c QAE) CQI 71 Niacutevel Pontos em E Avaliaccedilatildeo

Medidas tomadas para garantir a rastreabilidade das operaccedilotildees de manutenccedilatildeo

preventivas e corretivasB Implantar

Medidas tomadas para otimizar o acompanhamento das operaccedilotildees de manutenccedilatildeo

preventivas e corretivas acompanhamento das ordens de serviccedilo em andamento

abertura de novas ordens de serviccedilo registro das ordens de serviccedilo concluiacutedas

Presenccedila de um procedimento de acompanhamento das manutenccedilotildees preventivas e

corretivas

S Implantar

A gestatildeo da manutenccedilatildeo eacute interativa e feita por meio de uma ferramenta especiacutefica que

permite o acompanhamento contiacutenuo da ordens de serviccediloE 3 Implantar

A manutenccedilatildeo corretiva eacute possiacutevel no edifiacutecio durante 24 horas e nos 7 dias da semana

para todas as aacutereas teacutecnicasE 1 Atende

Quadro 27 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI 71

Fonte Referencial AQUA (2010)

79

Categoria 8 ndash Conforto higroteacutermico

8 Avaliaccedilatildeo

QI 81

Garantir um niacutevel adequado de temperatura resultante nos espaccedilos tanto no veratildeo quanto

no inverno Atende

QI 82 Otimizar o conforto higroteacutermico tanto no inverno quanto no veratildeo Atende

QI 83

Assegurar uma velocidade de ar que natildeo prejudique o conforto tanto no inverno como no

veratildeo

QI 84 Garantir o controle da higrometria Atende

QI 85 Assegurar um nivel minimo de conforto teacutermico nos espaccedilos ventilados naturalmente Atende

Conforto Higroteacutermico

Quadro 28 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI

Fonte Referencial AQUA (2010)

8 Avaliaccedilatildeo

CQI 81 Otimizar a manutenccedilatildeo do(s) sistema(s) de aquecimento resfriamento Natildeo se aplica

CQI 82

Garantir o acompanhamento das demandas de intervenccedilatildeo para os sistemas de aquecimento

resfriamento Natildeo se aplica

CQI 83

Otimizaccedilatildeo do acompanhamento dos sistemas de aquecimento de resfriamento e do conforto

higroteacuternico Natildeo se aplica

Conforto Higroteacutermico

Quadro 29 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI

Fonte Referencial AQUA (2010)

QI 83 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo

Velocidade de ar no inverno nos espaccedilos sensiacuteveis V le 020 ms S

Velocidade de ar no inverno nos espaccedilos sensiacuteveis V le 015 ms E 2

Velocidade de ar no veratildeo nos espaccedilos sensiacuteveis V le 025 ms (para um intervalo de

referecircncia entre 25oC e 27oC) S

Velocidade de ar no veratildeo nos espaccedilos sensiacuteveis V le 022 ms (para um intervalo de

referecircncia entre 25oC e 27oC) E 2

Identificar os

espaccedilos sensiacuteveis

agrave velocidade do

ar no inverno

como no veratildeo E

velocidade

maacutexima do ar no

Quadro 30 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 83

Fonte Referencial AQUA (2010)

A Cidade de Curitiba eacute considerada a capital brasileira mais fria com

temperatura meacutedia de 164ordmC sendo que nos meses mais frios do ano junho e

julho a temperatura meacutedia no dia pode chegar a 13 ordmC

Utilizando-se o software Analysis BIO (2010) desenvolvido pelo

Laboratoacuterio de Eficiecircncia Energeacutetica em Edificaccedilotildees (LabEEE) da Universidade

Federal de Santa Catarina (UFSC) foi gerada a carta bioclimaacutetica de Curitiba

a qual mostra que 80 das temperaturas do ano satildeo consideradas

desconfortaacuteveis e destes 80 732 para o frio e apenas 684 satildeo para o

calor A Tabela 10 apresenta as mediccedilotildees durante o inverno de 2012

80

Tabela 10 ndash Mediccedilatildeo de temperatura no EV durante o inverno

Data

Temperatura

(degc) externa

meacutedia diaacuteria

Temperatura

(degc) interna EV

meacutedia diaacuteria

Diferenccedila Data

Temperatura

(degc) externa

meacutedia diaacuteria

Temperatura

(degc) interna EV

meacutedia diaacuteria

Diferenccedila

6302012 1908 2086 +178 7182012 109 1318 +228

712012 1836 2054 +218 7192012 1194 1486 +292

722012 1811 2029 +218 7202012 1302 1569 +267

732012 1849 2038 +189 7212012 1499 1639 +14

742012 1919 2098 +179 7222012 1785 1848 +063

752012 1947 2098 +151 7232012 1793 1989 +196

762012 1918 2093 +175 7242012 1983 1989 +006

772012 1414 1762 +349 7252012 1506 1765 +259

782012 1051 1451 +399 7262012 179 1876 +086

792012 1219 1453 +234 7272012 1563 1806 +244

7102012 1618 1788 +17 7282012 1597 1754 +156

7112012 1584 181 +225 7292012 1839 1919 +08

7122012 1374 1589 +215 7302012 1243 1619 +376

7132012 1072 1405 +334 7312012 1427 1532 +105

7142012 1213 147 +257 812012 1735 1845 +11

7152012 1025 128 +255 822012 1801 1974 +173

7162012 901 1189 +288 miacutenima 901 1189

7172012 1099 1261 +162 maacutexima 1983 2098

As maiores diferenccedilas meacutedias diaacuterias foram percebidas para as

temperaturas mais baixas Mostrando que o escritoacuterio verde possui um bom

desempenho em baixas temperaturas isso se deve principalmente pela funccedilatildeo

das paredes formadas por uma placa de OSB manta termo-acuacutestica e

fechamento com outra placa de OSB e a contribuiccedilatildeo do telhado verde fazendo

com que o calor natildeo se propague tatildeo rapidamente

O dia 16 de julho conforme Graacutefico 3 apresentou as temperaturas mais

baixas durante a mediccedilatildeo 901ordmC A temperatura interna neste dia mostrou

uma amplitude baixa ficando com uma meacutedia de 1189ordmC sendo que a

temperatura interna durante o periacuteodo ficou sempre acima da temperatura

externa chegando a uma diferenccedila de 42ordmC

81

Graacutefico 3 ndash Dia com temperatura meacutedia diaacuteria miacutenima

O aparelho usado para a mediccedilatildeo de temperatura foi o datalogger de

temperatura umidade e pressatildeo da Voltcraft modelo DL-180THP Com este

aparelho eacute possiacutevel programar intervalo de mediccedilatildeo (estes podem ser de 1

minuto ateacute 18 horas) data e hora de iniacutecio de registro dos dados A faixa de

operaccedilatildeo do aparelho eacute de temperaturas de -40ordmC ateacute +70ordmC e umidade

relativa de 0 ateacute 100 A precisatildeo do aparelho eacute plusmn1 degC plusmn35 rH plusmn25 hPa

Para este estudo foram utilizados intervalos de mediccedilatildeo de 5 minutos

Categoria 9 ndash Conforto acuacutestico

9 Avaliaccedilatildeo

QI 91 Identificaccedilatildeo das configuraccedilotildees acuacutesticas prioritaacuterias da operaccedilatildeo Atende

QI 92 Qualidade acuacutestica do edifiacutecio Natildeo atende

Conforto acuacutestico

Quadro 31 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI

Fonte Referencial AQUA (2010)

9 Avaliaccedilatildeo

MQI 91 Melhoria da qualidade acuacutestica do edifiacutecio Accedilatildeo corretiva

MQI 92 Consideraccedilatildeo do criteacuterio acuacutestico na renovaccedilatildeo dos revestimentos internos e dos equipamentos

Conforto acuacutestico

Quadro 32 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI

Fonte Referencial AQUA (2010)

82

9 Avaliaccedilatildeo

CQI 91 Recenseamento do uso dos espaccedilos

CQI 92 Gestatildeo da demanda dos ocupantes

CQI 93 Identificaccedilatildeo das fontes de ruiacutedo Atende

CQI 94 Classificaccedilatildeo dos espaccedilos

CQI 95 Informaccedilatildeo aos usuaacuterios do potencial acuacutestico do edifiacutecio Atende

Conforto acuacutestico

Quadro 33 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 83

Fonte Referencial AQUA (2010)

Quadro 34 ndash Criteacuterios de avaliaccedilatildeo para acuacutestica de edifiacutecios novos

Fonte Referencial AQUA (2007)

As primeiras mediccedilotildees do desempenho acuacutestico no EV foram realizadas

por Gregori (2011) Os ensaios foram realizados no periacuteodo que ainda natildeo

haviam sido instalados o piso elevado com aplicaccedilatildeo de carpete com o qual se

esperam ganhos quanto agrave atenuaccedilatildeo acuacutestica bem como a instalaccedilatildeo de

placas de vidro na regiatildeo limiacutetrofe frontal do terreno no qual se situa o

escritoacuterio sendo com essa a imposiccedilatildeo de mais uma barreira fiacutesica para os

ruiacutedos externos provenientes da via de traacutefego veicular e a instalaccedilatildeo de

elementos de oclusatildeo de frestas existentes nos batentes da porta de acesso ao

salatildeo principal Os resultados dessa primeira analise natildeo foram satisfatoacuterios

em relaccedilatildeo a exigecircncia estabelecidas no referencial AQUA O Graacutefico 4 detalha

o comparativo da atenuaccedilatildeo entre os ambientes

83

Graacutefico 4 ndash Meacutedias do niacutevel de ruiacutedo dos locais avaliados

Fonte GREGORI (2011)

No Graacutefico 4 estatildeo comparadas as meacutedias de cada local demonstrando

que os valores das meacutedias tomadas no interior do EV apresentam uma

atenuaccedilatildeo maacutexima de 3577 e miacutenima de 2226 em relaccedilatildeo agrave meacutedia dos

pontos externos ao EV A meacutedia dos pontos do tomados dentro do laboratoacuterio

demonstra que haacute atenuaccedilatildeo de ruiacutedo na construccedilatildeo convencional na ordem

de 942 em comparaccedilatildeo ao ruiacutedo medido nos pontos externos proacuteximos ao

mesmo

Na Tabela 11 eacute possiacutevel perceber que pelo valor considerado inferior o

cafeacute e o salatildeo principal se apresentam conformes quanto agrave aceitabilidade e

conforto a coordenaccedilatildeo estaacute conforme quanto agrave aceitabilidade o mezanino se

mostrou em desconformidade com ambos os paracircmetros bem como a

construccedilatildeo convencional (sala N-108) Na Tabela 12 a comparaccedilatildeo do valor

medido se daacute pela adiccedilatildeo da incerteza obtendo-se o valor considerado de

incerteza superior

84

Tabela 11 ndash Resultados obtidos (MEDICcedilAtildeO ndash INCERTEZA)

Paracircmetro

normativo

Aceitaacutevel

para

finalidade

Valor

considerado

Comparaccedilatildeo para

conforto

Comparaccedilatildeo para

aceitabilidade

Copa 40 50 408 +- 15 393conforme178 abaixo do

paracircmetro

conforme2142 abaixo

do paracircmetro

Coordenaccedilatildeo 35 45 436 +- 15 421Natildeo conforme2034

acima do paracircmetro

conforme640 abaixo do

paracircmetro

Salatildeo principal 45 65 464 +- 15 449conforme031 abaixo do

paracircmetro

conforme3098 abaixo

do paracircmetro

Mezanino 30 40 494 +- 15 479Natildeo conforme5953

acima do paracircmetro

Natildeo conforme1965

acima do paracircmetro

Construccedilatildeo

Convencional (sala N-108)40 50 62 +- 15 605

Natildeo conforme5120

acima do paracircmetro

Natildeo conforme2096

acima do paracircmetro

Resultados obtidos em dB(A)

Incerteza inferior (= MEDICcedilAtildeO - INCERTEZA)

Locais de mediccedilatildeo

Paracircmetro Normativo

Mediccedilatildeo Incerteza

Fonte GREGORI (2011)

Avaliando a Tabela 12 eacute possiacutevel perceber que pelo valor considerado

superior nenhum dos ambientes se apresentou conforme quanto ao conforto

poreacutem o cafeacute e o salatildeo principal se mantiveram conformes quanto agrave

aceitabilidade

Tabela 12 ndash Resultados obtidos (MEDICcedilAtildeO + INCERTEZA)

Paracircmetro

normativo

Aceitaacutevel

para

finalidade

Valor

considerado

Comparaccedilatildeo para

conforto

Comparaccedilatildeo para

aceitabilidade

Copa 40 50 408 +- 15 423Natildeo conforme573

acima do paracircmetro

conforme1542 abaixo

do paracircmetro

Coordenaccedilatildeo 35 45 436 +- 15 451Natildeo conforme2891

acima do paracircmetro

conforme027 acima do

paracircmetro

Salatildeo principal 45 65 464 +- 15 479Natildeo conforme636

acima do paracircmetro

conforme2637 abaixo

do paracircmetro

Mezanino 30 40 494 +- 15 509Natildeo conforme6953

acima do paracircmetro

Natildeo conforme2715

acima do paracircmetro

Construccedilatildeo

Convencional (sala N-108)40 50 62 +- 15 635

Natildeo conforme5870

acima do paracircmetro

Natildeo conforme2696

acima do paracircmetro

Locais de mediccedilatildeo

Paracircmetro NormativoResultados obtidos em dB(A)

Mediccedilatildeo Incerteza

Incerteza inferior (= MEDICcedilAtildeO + INCERTEZA)

Fonte GREGORI (2011)

No mecircs de abril de 2013 procedeu-se nova mediccedilatildeo do iacutendice de

atenuaccedilatildeo acuacutestica a ruiacutedos aeacutereos promovidos pelo invoacutelucro junto agraves janelas

Ensaios realizados sob a coordenaccedilatildeo do Profordm Dr Aloiacutesio Leoni Schmid da

Universidade Federal do Paranaacute

Inicialmente para uma verificaccedilatildeo geral foi emitido externamente a uma

das janelas e dela afastado de 20 m ruiacutedo rosa Externamente a 10 cm do

centro da janela foi medido o niacutevel de pressatildeo sonora de 975 dBA

Internamente a 10 cm do centro da janela fechada foi medido o niacutevel de

pressatildeo sonora de 705 dBA

85

Posteriormente foi aplicado o meacutetodo descrito em Fasold Sonntag e

Winkler (Bau-und Raumakustik Berlin RMuumlller 1987) que considera

mediccedilotildees em diferentes bandas e procura ajustar a curva de referecircncia

Tabela 13 - Caacutelculo do iacutendice de atenuaccedilatildeo acuacutestica R do invoacutelucro da edificaccedilatildeo

Frequecircncia ReduccedilatildeoCurva de

referecircncia

desvio

da curva

desvios

desfavoraacuteveis

curva de

referecircncia

deslocada

de 24 dB

desvios

indesejaacuteveis

da curva

deslocada

curva de

referecircncia

deslocada de

28 dB

desvios

indesejaacuteveis

da curva

deslocada

625 155

125 233 36 -127 -127 12 113 8 153

250 238 45 -212 -212 21 28 17 68

500 305 52 -215 -215 28 25 24 65

1000 263 55 -287 -287 31 -47 27 -07

2000 194 56 -366 -366 32 -126 28 -86

1207 173 93

meacutedia 2414

Meacutedia dos

negativos 346

Meacutedia dos

negativos 186

meacutedia 2414 Avaliaccedilatildeo excessivo Avaliaccedilatildeo adequado

Fonte SCHMID (2013)

O grau de isolamento acuacutestico medido foi portanto de 28 dB Estima-se

que este valor poderia ser aumentado ateacute cerca de 35 dB mediante operaccedilatildeo

de retiacutefica do encaixe das esquadrias em madeira utilizando-se ainda fitas

autoadesivas de feltro ou material apropriado de vedaccedilatildeo nas janelas O

resultado tambeacutem pode ser observado no Graacutefico 5

Graacutefico 5 ndash Iacutendice de atenuaccedilatildeo acuacutestica

Fonte SCHMID (2013)

86

A porta principal de entrada e as janelas da edificaccedilatildeo mostraram-se natildeo

estanque configurando uma condiccedilatildeo localizada que natildeo permite isolamento

acuacutestico suficiente necessitando de correccedilotildees

Durante 5 minutos contou-se na rua cerca de 200 automoacuteveis em

velocidade baixa a meacutedia O niacutevel maacuteximo de pressatildeo sonora registrado foi de

80 dBA sendo que se sabe que tal valor pode ser superado durante frenagem

ou aceleraccedilatildeo em especial de motocicletas Corresponde agrave indicaccedilatildeo de

Fasold et al (opcit p 6 Figura 311) que para um traacutefego de cerca de 2500

veiacuteculos por hora a 10m da rua (recuo frontal mais calccedilada) prevecirc 7 dB a

serem acrescidos de 6 dB devido a irregularidades da rua e mais 3 dB devido agrave

velocidade podendo superar 70 kmh o total estimado seria de 80 dBA

Tal condiccedilatildeo faz com que os 28 dB medidos possibilitem um niacutevel maacuteximo

de pressatildeo sonora de 52 dBA Isto ultrapassa os 30 dB exigidos pelo AQUA

Categoria 10 ndash Conforto visual

10 Avaliaccedilatildeo

QI 91 Dispor de acesso agrave luz do dia Atende

QI 92 Dispor de acesso a vistas para o exterior Atende

QI 93 Dispor de iluminaccedilatildeo natural miacutenima nas zonas de ocupaccedilatildeo Atende

QI 94 Evitar o ofuscamento direto ou indireto

QI 95 Garantir uma qualidade agradaacutevel da iluminaccedilatildeo artificial

QI 96 Controle do ambiente visual pelos ocupantes Atende

Conforto visual

Quadro 35 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI

Fonte Referencial AQUA (2010)

10 Avaliaccedilatildeo

CQI 101 Otimizar a manutenccedilatildeo do sistema de iluminaccedilatildeo Atende

CQI 102 Garantir o acompanhamento das demandas de intervenccedilatildeo para o sistema de iluminaccedilatildeo Atende

CQI 103 Otimizaccedilatildeo do acompanhamento do sistema de iluminaccedilatildeo Atende

Conforto visual

Quadro 36 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI

Fonte Referencial AQUA (2010)

Criteacuterio de avaliaccedilatildeo item QI 101

QI 101 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo

BAtende

Identificar os pontos focais dos espaccedilos comuns do edifiacutecio E acesso direto agrave luz

do dia garantida em cada ponto focal identificado BAtende

Dispor de acesso a luz do dia em 30 das circulaccedilotildees e ou espaccedilos abertos E 2 Atende

No caso de

edifiacutecios

comerciais

Dispor de acesso agrave luz do dia nos espaccedilos caracteriacutesticos da tipologia em questatildeo e no hall ou

recepccedilatildeo principal

Quadro 37 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI

Fonte Referencial AQUA (2010)

87

O projeto do EV privilegiou a entrada a luz natural atraveacutes de um conjunto

de janelas amplas (Figuras 39 e 40) estrategicamente posicionadas para

captaccedilatildeo de maior incidecircncia de luz natural Natildeo houve anaacutelise em relaccedilatildeo ao

ofuscamento pois apenas parte dos moacuteveis definitivos foram instalados ateacute a

finalizaccedilatildeo dessa dissertaccedilatildeo

Figura 41 ndash Vista lateral esquerda do EV

Fonte CASAGRANDE JR (2012)

Figura 42 ndash Vista lateral direita e fundos do EV

Fonte CASAGRANDE JR (2012)

O sistema luminoteacutecnico instalado no EV eacute composto por lacircmpadas LED

(light emitter diode) com dispositivo de acionamento separado por fileiras

Categoria 11 ndash Conforto olfativo

11 Avaliaccedilatildeo

QI 111 Identificar as fontes de odores e limitar a sua propagaccedilatildeo

QI 112 Garantir vazotildees de ar higiecircnicas Atende

QI 113 Garantir uma atmosfera saudaacutevel de ar nos espaccedilos com ventilaccedilatildeo mecacircnica Natildeo se aplica

Conforto olfativo

Quadro 38 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI

Fonte Referencial AQUA (2010)

88

11 Avaliaccedilatildeo

CQI 111 Otimizar a manutenccedilatildeo do sistema de ventilaccedilatildeo Natildeo se aplica

CQI 112 Garantir o acompanhamento das demandas de intervenccedilatildeo para o sistema de ventilaccedilatildeo Natildeo se aplica

Conforto olfativo

Quadro 39 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI

Fonte Referencial AQUA (2010)

QI 112 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo

B Atende

S

B

E 2

E 2

E 4 Atende

Na presenccedila de ventilaccedilatildeo mecacircnica justificativa do atendimento das vazotildees de ar novo que garantam niacuteveis

sanitaacuterios satisfatoacuterios conforme regulamentaccedilatildeo

Justificar o atendimento de vazotildees de ar novo otimizadas para as atividades dos locais (havendo ventilaccedilatildeo

mecacircnica ou natural controlada)

Presenccedila de dispositivo que permita o controle da qualidade do ar em certos espaccedilos de ocupaccedilatildeo

prolongada e quando pertinente acoplados a um sistema de alerta

Disposiccedilotildees tomadas para o fornecimento das vazotildees de ar nas zonas em que tal informaccedilatildeo seja

pertinente

Presenccedila de um sistema de ventilaccedilatildeo especiacutefico natural ou mecacircnico inclusive a simples abertura manual

de janelasA ventilaccedilatildeo natural pela simples abertura de janelas eacute autorizada

Presenccedila de um sistema de ventilaccedilatildeo especiacutefico natural ou mecacircnico aleacutem da simples abertura manual de

janelas A ventilaccedilatildeo natural pela simples abertura de janelas natildeo eacute mais considerada Se a ventilaccedilatildeo

natural eacute desejada a qual natildeo possa ser controlada um complemento de ventilaccedilatildeo mecacircnica deve ser

previsto

Quadro 40 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 112

Fonte Referencial AQUA (2010)

A arquitetura bioclimaacutetica do EV favorece muito as trocas de ar atraveacutes da

ventilaccedilatildeo cruzada e do ldquoEfeito chamineacuterdquo proporcionando atraveacutes da diferenccedila

de temperatura e por conseguinte de densidade entre o ar externo e o ar

interno do edifiacutecio A Figura 41 demonstra o efeito citado

Figura 43 ndash Efeito chamineacute

Fonte LAMBERTS (2004)

89

Categoria 12 ndash Qualidade sanitaacuteria dos ambientes

12 Avaliaccedilatildeo

QI 121 Identificar as fontes de exposiccedilatildeo eletromagneacutetica

QI 122 Garantia de condiccedilotildees de higiene especiacuteficas nos espaccedilos Atende

QI 123 Inventaacuterio do conhecimento relativo agrave qualidade higiecircnica dos revestimentos internos

Qualidade sanitaacuteria dos ambientes

Quadro 41 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI

Fonte Referencial AQUA (2010)

12 Avaliaccedilatildeo

MQI 121 Melhoria da qualidade higiecircnica dos revestimentos internos

Qualidade sanitaacuteria dos ambientes

Quadro 42 ndash Criteacuterios avaliados ndash MQI

Fonte Referencial AQUA (2010)

12 Avaliaccedilatildeo

CQI 121 Garantir uma limpeza adaptada aos espaccedilos interiores Atende

CQI 122 Otimizar as condiccedilotildees de conservaccedilatildeo dos ambientes interiores Atende

Qualidade sanitaacuteria dos ambientes

Quadro 43 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI

Fonte Referencial AQUA (2010)

QI 121 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo

provenientes do entorno imediato B

provenientes do entorno imediato e proacuteprias do edifiacutecio S

Para as fontes - energia e fontes

telecomunicaccedilotildees Identificaccedilatildeo das

fontes emissoras de ondas

eletromagneacuteticas de baixa frequumlecircncia

e das fontes de radiofrequecircncia

Quadro 44 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 121

Fonte Referencial AQUA (2010)

O escritoacuterio estaacute inserido no centro urbano estando suscetiacutevel a vaacuterios

campos eletromagneacuteticos poreacutem para identificaccedilatildeo dos pontos criacuteticos faz se

necessaacuterio um estudo especiacutefico

A audiecircncia puacuteblica realizada em marccedilo de 2013 no Supremo Tribunal

Federal (STF) reuniu 21 especialistas para debater sobre os efeitos dos

campos eletromagneacuteticos sobre a sauacutede puacuteblica e o meio ambiente

Resultados de um estudo apresentados pelo pesquisador do Cepel (Centro de

Pesquisa de Energias Eleacutetricas da Eletrobraacutes) Engordm Luiz Adriano Domingues

comprovam que as linhas de transmissatildeo e distribuiccedilatildeo de energia natildeo satildeo a

principal exposiccedilatildeo a campos eletromagneacuteticos na vida cotidiana Segundo ele

os dados resultantes de mediccedilotildees feitas em residecircncias foram constatados os

maiores valores de campo eletromagneacutetico em funccedilatildeo dos vaacuterios

90

equipamentos que satildeo utilizados no dia a dia como secador liquidificador

raacutedio e TV (STF 2013)

Categoria 13 ndash Qualidade sanitaacuteria do ar

13 Avaliaccedilatildeo

QI 131 Identificar as fontes de poluiccedilatildeo interna e externa e limitar seus efeitos Atende

QI 132 Garantir vazotildees de ar novo Atende

QI 133 Garantir uma atmosfera saudaacutevel de ar nos espaccedilos com ventilaccedilatildeo mecacircnica Natildeo se aplica

QI 134 Inventaacuterio do conhecimento do impacto sanitaacuterio dos revestimentos internos do edifiacutecio Sem accedilatildeo

Qualidade sanitaacuteria do ar

Quadro 45 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI

Fonte Referencial AQUA (2010)

13 Avaliaccedilatildeo

MQI 131 Melhoria da qualidade sanitaacuteria dos revestimentos internos

Qualidade sanitaacuteria do ar

Quadro 46 ndash Criteacuterios avaliados ndash MQI

Fonte Referencial AQUA (2010)

13 Avaliaccedilatildeo

CQI 131 Garantir o controle das instalaccedilotildees de aeraccedilatildeo e saneamento Atende

CQI 132 Garantir a supervisatildeo dos filtros das centrais de tratamento de ar e das redes Atende

CQI 133 Garantir o controle dos poluentes submetidos agrave regulamentaccedilatildeo (em caso de risco identificado) Atende

CQI 134 Acompanhamento perioacutedico da qualidade do ar interior Atende

CQI 135 Acompanhamento global das accedilotildees realizadas e da qualidade sanitaacuteria do ar Atende

Qualidade sanitaacuteria do ar

Quadro 47 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI

Fonte Referencial AQUA (2010)

91

MQI 131 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo

Garantia que os produtos natildeo desprendam partiacuteculas e fibras carcinogecircnicas B

Teores de COV conhecidos para pinturas e vernizes de interiores B Atende

Conhecimento bruto das emissotildees de COV e formaldeiacutedos dos revestimentos

internos renovadosE 2

Conhecimento bruto das emissotildees de substacircncias canceriacutegenas ou causadores

de efeitos geneacuteticos hereditaacuterios ou causadores de impotecircncia reprodutiva que

tenham sido intencionalmente introduzidas no processo de fabricaccedilatildeo ou

naturalmente presentes nas mateacuterias primas utilizadas nos produtos

renovados presentes em mais de 01 em massa e suscetiacuteveis de migraccedilatildeo

E 2

Piso 1000 e Parede 1000 E 1

Piso 250 e Parede 500 E 2

Piso 625 e Parede 125 E 1

Piso e parede 40 E 2

Piso e parede 20 E 3

Piso e parede 10 E 4

5 E 1

25 E 2

1 E 2

E 2 AtendeConsideraccedilatildeo do criteacuterio sanitaacuterio (emissotildees de COV e fomaldeiacutedos) na escolha dos revestimentos

internos renovados

Nas ocasiotildees de renovaccedilatildeo dos revestimentos internos (pisos paredes tetos materiais de

acabamento) o conjunto de cada produto renovado constituinte das superfiacutecies pisoparedeteto em

contato com o ar interno respeita os limites seguintes em microgm3

Taxa de COV piso e

paredes

Formaldeiacutedos piso

e paredes

Canceriacutegenos ou

substacircncias

causadoras de

efeitos geneacuteticos

hereditaacuterios ou

causadoras de

impotecircncia

reprodutiva o

conjunto de

produtos

constituintes das

Na ocasiatildeo de

renovaccedilatildeo de

revestimentos

internos (pisos

paredes tetos

materiais de

acabamento)

Quadro 48 ndash Criteacuterios avaliados ndash MQI 131

Fonte Referencial AQUA (2010)

A escolha dos materiais foi bastante criteriosa quanto ao teor de COV

(compostos orgacircnicos volaacuteteis) e formaldeiacutedo No entanto sabe-se que a

rastreabilidade na utilizaccedilatildeo desses produtos no Brasil ainda eacute insipiente Um

grande avanccedilo no setor da construccedilatildeo civil eacute a avaliaccedilatildeo RGMAT (RG ou

registro ambiental do produto) lanccedilado pela Fundaccedilatildeo Vanzolini com o objetivo

de demonstrar o desempenho ambiental dos materiais de construccedilatildeo por meio

da declaraccedilatildeo ambiental de produto baseado na avaliaccedilatildeo do ciclo de vida

que inclui o consumo de recursos naturais energia aacutegua emissatildeo de gases

na atmosfera de resiacuteduos soacutelidos e liacutequidos ou substacircncias toacutexicas podendo

abranger desde a extraccedilatildeo mineral produccedilatildeo transporte montagem

utilizaccedilatildeo manutenccedilatildeo e desconstruccedilatildeo ateacute a reutilizaccedilatildeo ou a reciclagem

(VANZOLINI 2013)

92

Categoria 14 ndash Qualidade sanitaacuteria da aacutegua

14 Avaliaccedilatildeo

QI 141 Eliminar o chumbo nas redes internas

QI 142 Organizaccedilatildeo e proteccedilatildeo das redes internas Atende

QI 143 Controle da temperatura nas redes internas Atende

Qualidade sanitaacuteria da aacutegua

Quadro 49 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI

Fonte Referencial AQUA (2010)

14 Avaliaccedilatildeo

CQI 141

Limitar os riscos de desenvolvimento das legionelas por meio de meacutetodos de conservaccedilatildeo

preventivos das redes de aacutegua quente e de anaacutelises da aacutegua Natildeo se aplica

CQI 142 Limitar o risco de desenvolvimento de legionelas por meio do controle das temperaturas Natildeo se aplica

CQI 143 Supervisionar a qualidade da aacutegua nos pontos de uso Atende

CQI 144 Acompanhamento das accedilotildees realizadas e da qualidade da aacutegua do edifiacutecio Atende

Qualidade sanitaacuteria da aacutegua

Quadro 50 ndash Criteacuterios avaliados ndash CQI

Fonte Referencial AQUA (2010)

QI 141 Criteacuterios avaliados Niacutevel Avaliaccedilatildeo

B

SJustificar o respeito ao iacutendice de 10 microglitro

Justificar a ausecircncia de chumbo nas redes internas OU justificar o respeito ao iacutendice de 25 microglitro No

caso de ultrapassagem deste iacutendice adoccedilatildeo de medidas corretivas para reduzir a sua dissoluccedilatildeo na

aacutegua

Quadro 51 ndash Criteacuterios avaliados ndash QI 141

Fonte Referencial AQUA (2010)

Os tubos da instalaccedilatildeo hidraacuteulica do EV satildeo apenas em PVC e PEX

(Polietileno de alta densidade reticulado)

513 QAP ndash Qualidade Ambiental das Praacuteticas

O QAP eacute dividido em 3 partes QAP compras QAP comunicaccedilatildeo e QAP

gestatildeo aos quais satildeo atribuiacutedas pontuaccedilotildees conforme Quadro 52

93

QAP COMPRAS - MAacuteXIMO 28 PONTOS PONTOS

Escolha de produtos ou equipamentos (dentre os mais impactantes) que garantam uma

economia de energia ou de aacutegua ou que tenham limitado o impacto acuacutestico em relaccedilatildeo aos

produtos e equipamentos convencionais (um ponto por famiacutelia de produto ou equipamento)

1- 4

Escolha de produtos de conservaccedilatildeo e limpeza (dentre os mais impactantes e empregados na

conservaccedilatildeo e limpeza dos espaccedilos pertencentes ao periacutemetro da certificaccedilatildeo) que respeitem o

meio ambiente e a sauacutede dos ocupantes (dois pontos obtidos por produto de conservaccedilatildeo e

limpeza)

2- 6

QAP COMUNICACcedilAtildeO - MAacuteXIMO 22 PONTOS PONTOS

boas praacuteticas no consumo de energia 1

boas praacuteticas no consumo de aacutegua 1

reduccedilatildeo de resiacuteduos nas fontes geradoras e realizaccedilatildeo de triagem 1

poliacutetica de compras 1

QAP GESTAtildeO - MAacuteXIMO 44 PONTOS PONTOS

Praacuteticas adotadas com a finalidade de reduzir o consumo de energia nos espaccedilos pertencentes

ao periacutemetro da certificaccedilatildeo (um ponto por praacutetica adotada)1 - 5

Favorecer as energias renovaacuteveis nas escolhas de fornecimento de energia primaacuteria por meio de

um contrato com um produtor de energia3

Praacuteticas adotadas com a finalidade de reduzir o consumo de aacutegua nos espaccedilos pertencentes ao

periacutemetro da certificaccedilatildeo (um ponto por praacutetica adotada)1 - 3

Praacuteticas adotadas nos espaccedilos pertencentes ao periacutemetro da certificaccedilatildeo com a finalidade de

reduzir a produccedilatildeo de resiacuteduos na fonte a partir das atividades desenvolvidas nestes locais e de

sua conservaccedilatildeo (um ponto por praacutetica adotada)

1 - 3

RESIacuteDUOS

ENERGIA

PRODUTOS DE CONSERVACcedilAtildeO E LIMPEZA

Utilizaccedilatildeo de meios de comunicaccedilatildeo (murais cartazes manuais portais eletrocircnicos etc) adequados a fim de

sensibilizar os ocupantes do edifiacutecio para as questotildees seguintes

AacuteGUA

MATERIAL ELEacuteTRICO

Quadro 52 ndash Criteacuterios avaliados em QAP

Fonte Referencial AQUA (2010)

O EV participa do projeto ldquoCompra verderdquo com o objetivo de Implantar

poliacuteticas de compras sustentaacuteveis para a instituiccedilatildeo incluindo nos editais

requisitos ambientais especiacuteficos dependendo de cada material e equipamento

Todos os alunos e frequentadores do escritoacuterio vivenciam as praacuteticas

sustentaacuteveis no cotidiano pois a edificaccedilatildeo funciona como um ldquolaboratoacuterio

vivordquo palco para desenvolvimento de estudos cursos eventos como a semana

do meio ambiente programados para recepcionar todos da comunidade que se

interessarem pelo assunto sustentabilidade

94

6 CONCLUSOtildeES

Considerando os objetivos iniciais deste trabalho tendo como princiacutepio a

avaliaccedilatildeo do referencial teacutecnico AQUA de operaccedilatildeo e uso e sua aplicaccedilatildeo no

estudo de caso do escritoacuterio verde da UTFPR no que se refere ao desempenho

ambiental da edificaccedilatildeo seguem algumas conclusotildees

Um item fundamental que precisa ser verificado no referencial teacutecnico eacute a

forma de avaliaccedilatildeo para a fase operaccedilatildeo e uso pois natildeo estaacute clara Outra

dificuldade encontrada foi em relaccedilatildeo a estruturaccedilatildeo das categorias e

subcategorias com as respectivas avaliaccedilotildees por exemplo a duplicaccedilatildeo do

item QI na CQI da categoria 2 algumas trocas de nome da categoria entre

outros

Apoacutes anaacutelise dos dois referenciais percebeu-se melhor qualidade no

detalhamento das informaccedilotildees no referencial destinado a fase de programa

projeto e execuccedilatildeo o que facilita muito o entendimento do leitor

Alguns caacutelculos solicitados por exemplo o caacutelculo da envoltoacuteria da

categoria energia

QI 41 Criteacuterios avaliados Niacutevel

Explicitaccedilatildeo do valor absoluto do coeficiente de Transmitacircncia Teacutermica ponderada da

envoltoacuteria Uedif (Wm2K)

Uedif lt Uedif-base + 40

B

Melhorar a aptidatildeo da

envoltoacuteria para limitar

desperdiacutecios

Quadro 53 ndash Criteacuterios avaliados em QI 41

Fonte Referencial AQUA (2010)

Calcula-se o Uedif mas o referencial natildeo informa o valor ldquobaserdquo podendo

ser utilizado qualquer valor desde que referenciado que obtenha um resultado

menor que o coeficiente de transmitacircncia teacutermica da envoltoacuteria do edifiacutecio

(Uedif) Isso ocorre tambeacutem nos caacutelculos de coeficiente de consumo

convencional de energia primaacuteria solicitando que o mesmo seja comparado

com o coeficiente de consumo convencional de energia primaacuteria de referecircncia

mas a informaccedilatildeo desse valor referencia natildeo eacute apresentado nem mesmo os

admissiacuteveis

Entende-se que os coeficientes ou bases referenciais de alguns caacutelculos

precisam ser regionais mas eacute relevante que o AQUA estabeleccedila um limite de

95

variaccedilatildeo desses dados evitando que utilizem valores que natildeo satildeo referecircncias

no intuito de possuir resultados positivos que facilitem a certificaccedilatildeo

Os itens QI 121 e QMI 131QI 22 fontes eletromagneacuteticas e teor de

COV e formaldeiacutedo nos materiais sabe-se que os estudos nessa aacuterea no paiacutes

ainda satildeo incipientes dificultando a avaliaccedilatildeo tanto do empreendedor no

momento da compra quanto da proacutepria Fundaccedilatildeo Vanzolini na auditoria

Vale salientar que mesmo o referencial de operaccedilatildeo e uso natildeo estando

oficialmente disponiacutevel na paacutegina da Fundaccedilatildeo Vanzolini jaacute existem alguns

edifiacutecio certificados nesta etapa como algumas unidades da loja Leroy Merlyn

As sugestotildees apresentadas neste trabalho satildeo apenas no sentido de colaborar

na construccedilatildeo deste referencial

Quanto ao Escritoacuterio Verde identificou-se a necessidade de accedilotildees

corretivas bem como melhorias a serem implantadas para atender alguns

requisitos do referencial AQUA Quanto ao perfil ambiental preacute-estabelecido no

iniacutecio do estudo de caso conclui-se que

Categoria 1 Relaccedilatildeo do edifiacutecio com o seu entorno - niacutevel superior ndash

classificaccedilatildeo mantida necessitando de adequaccedilotildees quanto agrave acessibilidade

Categoria 2 Escolha integrada de produtos sistemas e processos

construtivos - niacutevel excelente - classificaccedilatildeo poderaacute sofrer alteraccedilotildees Diante

da avaliaccedilatildeo do AQUA no que se refere o conhecimento sobre a vida uacutetil e teor

de COV e formaldeiacutedo dos materiais empregados na construccedilatildeo pois a

maioria dos fabricantes natildeo disponibilizam essas informaccedilotildees A maioria dos

materiais utilizados no EV satildeo inovaccedilotildees no mercado da construccedilatildeo civil por

isso pouco se conhece sobre os impactos ambientais quanto agrave vida uacutetil

demonstrabilidade reciclagem emissatildeo de gases contribuintes para o efeito

estufa entre outros Assim a melhor compreensatildeo do desempenho desses

produtos soacute eacute durante o processo de gestatildeo da edificaccedilatildeo por meio de rotinas

Categoria 3 Canteiro de obras com baixo impacto ambiental - niacutevel

excelente ndash classificaccedilatildeo mantida Aleacutem da elaboraccedilatildeo de plano de gestatildeo dos

resiacuteduos da construccedilatildeo civil (PGRCC) os sistemas construtivos utilizados no

EV contribuem significantemente com a minimizaccedilatildeo do impacto no canteiro de

obra

Categoria 4 Gestatildeo da energia - niacutevel excelente ndash classificaccedilatildeo mantida

o desempenho do sistema se mostrou satisfatoacuterio demonstrando eficiecircncia na

96

geraccedilatildeo de energia E para melhor controle do desempenho desse sistema

estaacute em desenvolvimento o projeto de automaccedilatildeo disponibilizando dados em

tempo real via WEB de toda geraccedilatildeo e consumo de energia

Categoria 5 Gestatildeo da aacutegua - niacutevel excelente ndash classificaccedilatildeo mantida no

entanto para melhor controle do desempenho de captaccedilatildeo e consumo de aacutegua

potaacutevel e pluvial haacute necessidade de investir em equipamentos que facilitem a

coleta de dados

Categoria 6 Gestatildeo dos resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo do edifiacutecio - niacutevel

excelente ndash classificaccedilatildeo mantida os programas desenvolvidos no EV

ultrapassam os limites fiacutesicos do edifiacutecio contribuindo com a gestatildeo do campus

universitaacuterio

Categoria 7 Manutenccedilatildeo - permanecircncia do desempenho ambiental - niacutevel

excelente Classificaccedilatildeo depende do funcionamento do SGO pois qualquer

sistema de gestatildeo demora algum tempo para ser implantado muitas vezes

anos

Categoria 8 Conforto higroteacutermico - niacutevel bom ndash classificaccedilatildeo mantida

pois natildeo haacute sistema de ventilaccedilatildeo mecacircnica no EV

Categoria 9 Conforto acuacutestico - niacutevel excelente ndash classificaccedilatildeo natildeo

alcanccedilada necessitando de accedilotildees corretivas para atingir o niacutevel miacutenimo bom

Categoria 10 Conforto visual - niacutevel bom ndash classificaccedilatildeo mantida

podendo melhorar para superior com a constataccedilatildeo de um resultado positivo

em relaccedilatildeo ao ofuscamento

Categoria 11 Conforto olfativo - niacutevel superior ndash classificaccedilatildeo natildeo

alcanccedilada pois natildeo sistema de ventilaccedilatildeo mecacircnico Categoria rebaixada para

niacutevel bom

Categoria 12 Qualidade sanitaacuteria do ambiente - niacutevel superior ndash

classificaccedilatildeo natildeo alcanccedilada pois natildeo houve aprofundamento sobre as fontes

de campos eletromagneacuteticos

Categoria 13 Qualidade sanitaacuteria do ar - niacutevel bom ndash classificaccedilatildeo

mantida atende a legislaccedilatildeo vigente

Categoria 14 Qualidade sanitaacuteria da aacutegua - niacutevel Bom ndash classificaccedilatildeo

mantida faltando definir rotina para controle de qualidade da aacutegua captada

pelo sistema de coleta pluvial

97

A uacuteltima parte do referencial QAP compras atende a pontuaccedilatildeo maacutexima

QAP comunicaccedilatildeo atende a pontuaccedilatildeo maacutexima e QAP gestatildeo tem potencial

para alcanccedilar a pontuaccedilatildeo maacutexima

Para finalizar observou-se que o SGO permeia todo referencial sendo de

fato a ldquocoluna vertebralrdquo da certificaccedilatildeo e eacute a ferramenta que iraacute garantir um

bom desempenho ambiental da edificaccedilatildeo durante sua vida uacutetil

Os resultados apresentados representam apenas uma parte dos criteacuterios

exigidos no referencial O relatoacuterio completo da avaliaccedilatildeo seraacute encaminhado

para a Fundaccedilatildeo Vanzolini para iniciar o processo de certificaccedilatildeo do EV

SUGESTOtildeES PARA TRABALHOS FUTUROS

Como proposta para trabalhos futuros sugere-se

pesquisa sobre potenciais fontes de exposiccedilatildeo eletromagneacuteticas

elaboraccedilatildeo de manual de boas praacuteticas de uso e operaccedilatildeo do EV

avaliaccedilatildeo do sistema de gestatildeo de operaccedilatildeo utilizado no EV

98

REFEREcircNCIAS

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104

ANEXO 1

Projeto arquitetocircnico do Escritoacuterio Verde da UTFPR

105

ANEXO 2

EnergiaMaterias

primasAacutegua Ar Aacutegua Solo Ruiacutedos Odores

Local e construccedilatildeo

1 Relaccedilatildeo do edifiacutecio com o seu entorno

11 Consideraccedilatildeo do contexto F

12 Implantaccedilatildeo no terreno F F

2 Escolha integrada de produtos sistemas e processos construtivos

21 Adaptabilidade e durabilidade do edifiacutecio F

22 Escolhas de processos construtivos F F

23 Escolhas de produtos de construccedilatildeo F F

24 Fim de vida do edifiacutecio desconstrutibilidade reciclabilidade F F

3 Canteiro de obras

31 Produccedilatildeo de resiacuteduos identificaccedilatildeo gestatildeo dos resiacuteduos F

32 Incocircmodos e poluiccedilatildeo F F

33 Recursos - consumo de aacutegua e energia F

Gestatildeo

4 Energia

41 Energia primaacuteria natildeo renovaacutevel F

42 Incocircmodos e poluiccedilatildeo

5 Aacutegua

51 Economia de aacutegua potaacutevel F

52 Gestatildeo de aacuteguas pluviais no terreno F

53 Esgotamento sanitaacuterio F

6 Resiacuteduos de uso e operaccedilatildeo do edifiacutecio

61 Controle da produccedilatildeo de resiacuteduos F

62 Adequaccedilatildeo entre coleta interna e externa F

63 Controle da seleccedilatildeo dos resiacuteduos F F F

64 Otimizaccedilatildeo do sistema de coleta interna F F F

7 Conservaccedilatildeo e manutenccedilatildeo

71 Otimizaccedilatildeo das necessidades em manutenccedilatildeo F F F

72 Controle dos efeitos ambientais e sanitaacuterios da manutenccedilatildeo F

73 Facilidade de acesso para manutenccedilatildeo

74 Equipamentos para manter o desempenho em uso e operaccedilatildeo F F F F

Conforto

8 Conforto higroteacutermico

81 No inverno e na meia-estaccedilatildeo F

82 No veratildeo F

9 Conforto acuacutestico

91 Disposiccedilotildees arquitetocircnicas espaciais F F F

92 Isolamento acuacutestico F F F

93 Correccedilatildeo acuacutestica dos ambientes (se necessaacuteria) F F F

94 Efeitos dos ruiacutedos na vizinhanccedila F F F

10 Conforto visual

101 Consideraccedilatildeo da iluminaccedilatildeo natural F F F

102 Iluminaccedilatildeo artificial F

103 Relaccedilatildeo visual com o exterior

104 Iluminaccedilatildeo artificial das aacutereas exteriores F F

11 Conforto olfativo

111 Fontes de odores desagradaacuteveis F F F

112 Sensaccedilotildees olfativas desagradaacuteveis F F F

Sauacutede

12 Qualidade sanitaacuteria dos ambientes

121 Tratamento do ambiente interior e das superfiacutecies F F

13 Qualidade sanitaacuteria do ar

131 Fontes de poluiccedilatildeo F F F

132 Efeitos dos poluentes do ar na sauacutede F F F

14 Qualidade sanitaacuteria da aacutegua

141 Manutenccedilatildeo da qualidade da aacutegua de consumo nas redes internas do edifiacutecio F

142 Controle de acessos agraves redes coletivas de distribuiccedilatildeo

143 Controle da qualidade da aacutegua proveniente de rede de aacutegua natildeo potaacutevel

F = Relaccedilatildeo forte existente entre preocupaccedilatildeo e objetivo

Uma ceacutelula em branco natildeo significa necessariamente uma total ausecircncia de preocupaccedilatildeo

MO

BIL

IDA

DE

UR

BA

NA

OBJETIVOS DE CONTROLE DOS IMPACTOS AMBIENTAIS EXTERIORES E

INTERIORES DO EDIFICIO

Tabela 2 - Guia para a hierarquizaccedilatildeo das categorias de QAE em funccedilatildeo dos desafios ambientais estabelecidos

ME

LH

OR

AR

O

CO

NF

OR

TO

PR

ES

EE

RV

AR

A S

AU

DE

PREOCUPACcedilOtildeES AMBIENTAIS

PRESERVAR OS

RECURSOS

REDUZIR A

POLUICcedilAtildeO

REDUZIR OS

INCOMODOS

RE

DU

ZIR

OS

RE

SID

UO

S

106

ANEXO 3

Processo AQUA - operaccedilatildeo e uso maio de 2010

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