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UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE INFORMÁTICA CURSO DE TÉCNOLOGIA EM INFORMÁTICA SARITA ALVES DE SOUZA WILLIAN HIDEO SAIZAKI PROJETO AUTODOC Trabalho de Conclusão de Curso Curitiba 2009

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UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE INFORMÁTICA

CURSO DE TÉCNOLOGIA EM INFORMÁTICA

SARITA ALVES DE SOUZA WILLIAN HIDEO SAIZAKI

PROJETO AUTODOC

Trabalho de Conclusão de Curso

Curitiba 2009

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SARITA ALVES DE SOUZA WILLIAN HIDEO SAIZAKI

PROJETO AUTODOC

Trabalho de Conclusão de Curso, apresentado à disciplina de Trabalho de Diplomação, do curso superior de Tecnologia em Informática do Departamento Acadêmico de Informática – DAINF – da Universidade Tecnológica Federal do Paraná – UTFPR, como requisito parcial para obtenção do título de Tecnólogo.

Orientadora: PROFESSORA ANA CRISTINA B. KOCHEM VENDRAMIN.

Co–orientador: PROFESSOR WILSON HORSTMEYER BOGADO.

Curitiba 2009

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TERMO DE APROVAÇÃO

SARITA ALVES DE SOUZA WILLIAN HIDEO SAIZAKI

TÍTULO DO TRABALHO

PROJETO AUTODOC

Trabalho de Conclusão de Curso aprovado como requisito parcial à

obtenção do grau de TECNÓLOGO EM INFORMÁTICA, do Departamento

Acadêmico de Informática, pelos alunos SARITA ALVES DE SOUZA E

WILLIAN HIDEO SAIZAKI, da Universidade Tecnológica Federal do Paraná

– Campus Curitiba, pela seguinte banca examinadora:

Membro 1 –

Departamento Acadêmico de Informática (UTFPR)

Membro 2 – Departamento Acadêmico de Informática (UTFPR)

Orientadora: Profª. ANA CRISTINA BARREIRAS KOCHEM VENDRAMIN Departamento Acadêmico de Informática (UTFPR)

Co-orientador: Prof. WILSON HORSTMEYER BOGADO Departamento Acadêmico de Informática (UTFPR)

Curitiba 2009

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A dedicação deste trabalho será para todos os pais, que se fazem presentes na vida de seus filhos e com o excesso de

amor, os tornam esperançosos por serem "grandes" e de quererem correr riscos, com a certeza de vencerem no final.

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AGRADECIMENTOS

Aos nossos pais, por todo o feito por nós até hoje. À Professora Ana Cristina Barreiras Kochem Vendramin, pelo apoio e

paciência na orientação do trabalho. Aos amigos que, acreditaram, ouviram e opinaram.

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Resumo

O objetivo deste trabalho de graduação é implementar um software

destinado a otimizar a rotina de trabalho do setor de documentação de

softwares de uma empresa que desenvolve e presta manutenção na área de

softwares financeiros. Optou-se por uma interface gráfica desenvolvida com

o auxílio das pessoas que trabalham no setor responsável pela

documentação. A metodologia para o desenvolvimento do programa foi

adotada de acordo com os padrões utilizados na empresa, que vão desde

padrões para nomenclatura de componente até formatações próprias de

código fonte. O software obtido atende todos os requisitos necessários para

facilitar a rotina de trabalho das pessoas envolvidas no processo da

documentação. Ao final são feitas sugestões para continuidade desse

trabalho, que ainda poderá ser aperfeiçoado com funcionalidades mais

sofisticadas.

Palavras chaves: Delphi, documentação de software, manuais de sistemas,

software.

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Abstract

This project presents the development of software to optimize the

routine work of the sector of documentation for a software company that

develops and provides maintenance in the area of financial software. It opted

for a graphical user interface developed with the help of people working in

the sector responsible for documentation. The methodology for the

development of the program was adopted in accordance with the standards

used in the company, ranging from standards for naming components to

source code formatter. The software which meets all the requirements

necessary to facilitate the routine work of the people involved in the process

of documentation. At the end are suggestions for continuing this work, which

can still be improved with more sophisticated features.

Keywords: Delphi, software documentation, manuals, systems, software.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1. Primeira versão do sistema. ......................................................... 30

Figura 2. GERADICDAD(Windows Explorer) ............................................... 31

Figura 3. Código fonte de cabeçalho padrão. .............................................. 32

Figura 4. GERADICDAD dos programas. .................................................... 33

Figura 5. GERADICDAD das stored procedures. ........................................ 34

Figura 6. AUTODOC na versão com aplicação do Skin. ............................. 37

Figura 7. MIT dos programas. ...................................................................... 38

Figura 8. MIT das stored procedures. ......................................................... 39

Figura 9. MIT – capa do documento ........................................................... 41

Figura 10. MIT – Tabelas do sistema ......................................................... 41

Figura 11. MIT – Views do sistema ............................................................. 42

Figura 12. Ambiente de desenvolvimento da aplicação. ............................ 43

Figura 13. Explicação do funcionamento do sistema. ................................ 44

Figura 14. MIT gerado de forma manual. ................................................... 46

Figura 15. MIT gerado de forma automática pelo AUTODOC .................... 47

Figura 16. Tela de ajuda do sistema........................................................... 47

Figura 17. Sistema em funcionamento com barra de progressos. ............. 48

Figura 18. Sistema com os Logs de erros e/ou exceções geradas ............ 48

Figura 19. Diagrama de Classes ................................................................ 49

Figura 20. Diagrama de Casos de Uso ....................................................... 50

Figura 21. Diagrama de seqüência ............................................................. 54

Figura 22. MIT do sistema TOOLS antes do AUTODOC ........................... 58

Figura 23. MIT do sistema TOOLS depois do AUTODOC ......................... 58

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1. Configuração das estações de trabalho. ..................................... 22

Tabela 2. Recursos de softwares. ............................................................... 24

Tabela 3. Principais funções e procedimentos.............................................26

Tabela 4. Descrição do caso de uso Abrir Arquivo ...................................... 51

Tabela 5. Descrição do caso de uso Fechar sistema .................................. 51

Tabela 6. Descrição do caso de uso Gerar metadado ................................ 51

Tabela 7. Descrição do caso de uso abrir help ............................................ 52

Tabela 8. Descrição do caso de uso construir documento: ......................... 52

Tabela 9 – Descrição do caso de uso construir documento: ....................... 53

Tabela 10 – Descrição do caso de uso construir documento: MIT .............. 53

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LISTA DE SIGLAS

AUTODOC: Automatização da Documentação.

DFM: Delphi Form File.

GERADICDAD: Gerador dos Dicionários de Dados.

MIT: Manual de Informações Técnicas.

PAD: Padrões Avançados de Desenvolvimento.

PDF: Portable Data Format.

RTF: Rich Text Format.

STP: Stored Procedure.

SQL: Structured Query Language

UDL: Universal Data Link

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ........................................................................................ 13

1.1 APRESENTAÇÃO ............................................................................ 13

1.2 JUSTIFICATIVA ................................................................................ 14

1.3 OBJETIVOS ...................................................................................... 14

1.4 ORGANIZAÇÃO DO DOCUMENTO ................................................. 15

2 A EMPRESA ........................................................................................... 16

2.1 A SOFTPARANÁ .............................................................................. 16

2.2 A EMPRESA ANTES DO SISTEMA ................................................. 16

2.3 A EMPRESA DEPOIS DO SISTEMA ............................................... 17

3 SISTEMAS DE DOCUMENTAÇÃO ........................................................ 18

3.1 PORQUE DOCUMENTAR? .............................................................. 18

3.2 O MERCADO X AUTODOC.............................................................. 18

3.3 AUTODOC - VANTAGENS X DESVANTAGENS ............................. 19

4 METODOLOGIA ..................................................................................... 22

4.1 METODOLOGIA - REQUISITOS ...................................................... 22

4.1.1 LEVANTAMENTO DE REQUISITOS .......................................... 23

4.1.2 RECURSOS - FINANCEIROS, PESSOAL E SOFTWARE ........ 24

4.2 METODOLOGIA – CÓDIGO FONTE ............................................... 25

4.3 PESQUISAS ..................................................................................... 28

4.4 O SISTEMA – GERADICDAD .......................................................... 29

4.5 O SISTEMA – MIT ............................................................................ 35

4.6 O SISTEMA – FUNCIONAMENTO ................................................... 43

5 RESULTADOS ....................................................................................... 46

5.1 CONTEÚDO DOS RESULTADOS ................................................... 46

5.2 MODELAGEM ................................................................................... 49

5.3 TESTES - IMPLEMENTAÇÃO, INTEGRAÇÃO E IMPLANTAÇÃO . 55

5.4 DISCUSSÃO ..................................................................................... 57

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6 CONCLUSÕES ....................................................................................... 60

6.1 CONTRIBUIÇÕES ............................................................................ 60

6.2 TRABALHOS FUTUROS .................................................................. 61

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1 INTRODUÇÃO

O projeto AUTODOC (Automatização da documentação) destina-se à

automatização da documentação, tema escolhido devido ao grande trabalho

manual que ocorria no setor de documentação da empresa SOFTPARANÁ.

Ao acompanhar a rotina do setor foi possível notar a necessidade de se

desenvolver um software que visa a otimizar os processos realizados

manualmente o que demanda um tempo elevado dos funcionários. Os

métodos utilizados para criação deste software estão descritos ao longo do

trabalho, pois envolvem várias ferramentas. As pesquisas para elaboração

do trabalho foram destinadas, em sua maioria, ao tratamento da

performance do sistema, geração da interface e não envolveram a definição

das ferramentas mais apropriadas para o desenvolvimento do sistema. Por

tratar-se de uma empresa que já possui licenças de softwares, não foi

possível alterar a escolha da linguagem de programação Delphi para outra,

por exemplo, Java.

1.1 APRESENTAÇÃO

O foco deste trabalho está em automatizar processos efetuados de

forma manual para elaboração de manuais de softwares e auxílio para os

programadores da empresa SOFTPARANÁ. Para desenvolver esse sistema

foram definidas algumas fases juntamente com a coordenação do projeto na

empresa, sendo que cada fase depende da outra para dar início:

1º - Desenvolvimento do GERADICDAD (gerador dos dicionários de

dados): ferramenta que fará a geração automática de uma planilha em Excel

que conterá todos os dados sobre o sistema escolhido.

2º - Geração do GERADICDAD dos programas (Delphi; FLEX e NET);

3º - Geração do GERADICDAD das STP (Stored Procedures);

4º - Pesquisa: levantamento da melhor forma de saída dos dados (doc,

pdf, etc.) do MIT (Manual de Informações Técnicas) como um todo.

5º - Geração do MIT dos programas de cada sistema (Delphi).

6º - Geração do MIT das stored procedures de cada sistema.

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7º - Geração do MIT das views e de todas as tabelas de cada sistema.

8º - Testes e ajustes.

1.2 JUSTIFICATIVA

Muitos dos trabalhos acadêmicos são baseados em pesquisas e

estudos de determinadas tecnologias que muitas vezes acabam não sendo

implementados na prática por vários motivos, que vão desde a falta de

informações sobre novas tecnologias até a falta de dados reais sobre

determinados assuntos. O que tornou empolgante ao optar pelo

desenvolvimento do AUTODOC foi exatamente essa diferença, ou seja, foi à

idéia de se trabalhar em um projeto real que trará grandes ganhos para a

carreira, pois os autores participarão de todos os processos relacionados à

criação de softwares e não estarão supondo quais seriam os problemas

enfrentados nesse processo e sim a vivência de cada etapa relacionada.

1.3 OBJETIVOS

O objetivo principal do projeto AUTODOC é automatizar os processos

manuais efetuados no setor de documentação e conseqüentemente no

setor de desenvolvimento. Com o AUTODOC as pessoas envolvidas no

processo de documentação não farão mais pesquisas de forma manual para

buscar dados úteis no preenchimento dos manuais dos sistemas da

empresa e os programadores terão informações úteis de forma mais rápida

e de fácil acesso.

A SOFTPARANÁ desenvolve grande parte de seus sistemas utilizando

a linguagem Delphi. Atualmente vários sistemas que a empresa possui já

em funcionamento e uso dos clientes estão em Delphi 2006. Tendo em vista

atualizações para um melhor acompanhamento de novas tecnologias a

empresa está em processo de migração de todos seus sistemas para Delphi

2007, processo que é demorado devido a vários fatores que vão desde a

quantidade de sistemas da empresa até a quantidade de clientes que

utilizam tais sistemas. Por esses motivos o AUTODOC foi prontamente

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implementado em Delphi 2007. Esse sistema está disponível somente no

servidor de aplicação da empresa. Sendo assim, todos os programadores

que irão desenvolver sistemas em Delphi 2007 precisarão acessar o

servidor de aplicação a partir de seus micros para então implementar seus

projetos, tendo por objetivo atender às necessidades da empresa e se

adequar aos processos que visa a melhorias constantes.

1.4 ORGANIZAÇÃO DO DOCUMENTO

Este trabalho está dividido em seis capítulos, sendo que neste estão

os objetivos, a justificativa e a apresentação do trabalho. No segundo

capítulo consta a apresentação da empresa contratante do projeto

AUTODOC. O terceiro capítulo apresenta vantagens e desvantagens do

AUTODOC em relação a outros sistemas no mercado como efeito de

comparação. Em seguida, há no quarto capítulo informações sobre as

etapas e os métodos utilizados na pesquisa e levantamento de requisitos, a

concepção da interface gráfica, o desenvolvimento da programação e os

testes do sistema. O quinto capítulo expõe as análises e os resultados

obtidos após a aplicação do software desenvolvido, juntamente com as

discussões relacionadas a todo o projeto. No sexto capítulo consta a

conclusão do trabalho realizado. Por fim, são listadas as sugestões para

trabalhos futuros e as referências utilizadas na realização do trabalho.

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2 A EMPRESA

2.1 A SOFTPARANÁ

Este capítulo apresenta a empresa SOFTPARANÁ e o papel do

sistema na melhoria dos processos.

A SOFTPARANÁ é uma empresa brasileira com mais de 28 anos de

experiência e atuação direcionada para o mercado financeiro. Hoje atende

mais de 30 instituições integrando de maneira ágil e inteligente seus dados

financeiros, possibilitando uma gestão de controle gerando maior

produtividade e otimização nas vendas. A importância da área de

documentação na empresa é um grande diferencial da SOFTPARANÁ que

mantém uma equipe de documentação atuando em conjunto com as outras

áreas técnicas da empresa, participando de todas as etapas de

desenvolvimento de sistemas, desde a concepção até as fases finais de

implementação, disponibilizando em conjunto com os aplicativos os manuais

de utilização específicos. Adicionalmente, são atualizadas todas as

documentações para uso interno das equipes de manutenção. Quando há

atualizações no sistema devido a exigências legais ou avanço tecnológico

nos softwares, toda a documentação é também atualizada e distribuída com

a nova versão do sistema, além de manter toda a documentação disponível

para acompanhamento de seus clientes em seu site de maneira restrita a

cada usuário. Por esses motivos o papel do AUTODOC na empresa é de

extrema importância.

2.2 A EMPRESA ANTES DO SISTEMA

Antes da implementação do projeto AUTODOC os processos mais

importantes na geração de manuais do sistema eram feitos de forma

manual causando um gasto de tempo elevado dos funcionários da área.

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A cada atualização da documentação de determinado software

desenvolvido pela empresa era necessário um grande processo manual

para atualizar o Help do sistema. Por exemplo, se um programador inclui a

um novo parâmetro de entrada em uma STP era necessário atualizar o MIT

do software ao qual essa STP pertencia e isso era feito abrindo um

programa licenciado chamado Help & Manual – localizando essa STP

abrindo a tabela do MIT e fazendo a alteração manual. Com o sistema

AUTODOC isso não é mais necessário, pois a pessoa responsável por essa

atividade irá clicar em um botão que irá gerar esse MIT de forma automática

e atualizada. Ou seja, algumas funcionalidades do programa Help & Manual

não serão mais usadas e provavelmente no futuro não será mais necessário

pagar a licença desse programa. Essa operação acontece várias vezes ao

dia, mesmo porque há atualização quase diária principalmente de stored

procedures, tabelas, e views. Todo esse processo será automatizado pelo

AUTODOC e GERADICDAD.

2.3 A EMPRESA DEPOIS DO SISTEMA

Com toda a facilidade que o sistema proporciona à área da

documentação os benefícios são imensos, principalmente em relação ao

tempo gasto pelos funcionários para gerar os manuais. Outro benefício que

o projeto AUTODOC propicia, está relacionado com a confiança e

segurança dos manuais, por serem gerados de forma automática menos

erros humanos ocorrerão além de possibilitar uma conferência no trabalho

dos programadores da empresa a partir de Logs gerados pelo sistema e as

consistências exigidas para geração desses documentos de forma

automatizada.

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3 SISTEMAS DE DOCUMENTAÇÃO

3.1 PORQUE DOCUMENTAR?

Paulino Michelazzo (2006) destaca que a documentação de software,

mesmo sendo um trabalho a mais para qualquer desenvolvedor, é

extremamente necessária e auxilia na redução de horas preciosas na

correção de problemas. Para muitos desenvolvedores, a criação de

documentação técnica é a parte mais aterrorizante para se enfrentar em

todo o processo de criação de um software, seja pela necessidade de

escrever várias e várias páginas de texto, gráficos e desenhos ou ainda pela

necessidade de largar aquilo que se aprendeu (programar) para fazer aquilo

que não se sabe bem (redigir).

Entretanto a documentação é parte integrante de qualquer sistema ou

programa criado. É tão importante inclusive por questões de segurança, pois

sem a devida documentação, bugs e pontos vulneráveis no sistema

demoram a ser encontrados e corrigidos.

Normalmente existem pessoas e/ou equipes voltadas única e

exclusivamente para a criação de documentação, como é o caso da

SOFTPARANÁ, sendo que o desenvolvedor fica restrito à codificação e

comentários de seu código. A necessidade de se documentar na empresa é

tratada com muita seriedade não só pela sua importância, mas também por

um diferencial competitivo.

3.2 O MERCADO X AUTODOC

Atualmente é possível encontrar no mercado sistemas que auxiliam na

documentação de software como é o caso do Help & Manual, sistemas que,

segundo a EC Software, é capaz de gerar menus de ajuda e, além disso, a

ferramenta permite inserir dicas para ajudar o usuário a utilizar o programa.

Contudo tem como limitação ser licenciado e a cada atualização do manual

levar um tempo, dependendo do tamanho do manual, próximo de 20

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minutos para se recompilado, além de não ser completamente adequado às

necessidades da empresa, fato que torna o AUTODOC único e exclusivo. O

sistema foi criado especificamente para atender as necessidades da

empresa.

3.3 AUTODOC - VANTAGENS X DESVANTAGENS

A maioria das empresas busca com o uso da tecnologia da

informação, aumentar receitas, reduzir custos, melhorar o atendimento aos

seus clientes e fornecedores e principalmente obter um diferencial

competitivo que gere fidelidade e satisfação nos seus clientes preferenciais.

Há também a intenção, com o uso da tecnologia da informação, de

estruturar e automatizar seus processos internos, de forma que possa

realizar negócios sem a necessidade de uma pessoa do outro lado da

empresa, integrando com isto, seus clientes e fornecedores, em processos

automatizados.

Sistemas tradicionais de tecnologia da informação melhoram a

qualidade das informações e aumentam a produtividade, mas sozinhos, não

conseguem gerar todos os benefícios acima descritos.

Como as pessoas trabalham com documentos, relatórios e rotinas

manuais, de nada adianta ter um sistema de última geração se, ao

necessitar um documento, a pessoa é obrigada a interromper a tarefa,

dirigir-se a um arquivo em papel, procurar um documento, tirar uma cópia,

enviar por malote, e-mail, fax, etc. É bastante evidente que, de forma geral,

as empresas utilizam o documento em papel de forma intensiva gerando:

• Ocupação de espaço nobre para guarda dos documentos em papel;

• Utilização de tempo de funcionários graduados do departamento para

realizar tarefas de guarda e recuperação de documentos no arquivo;

• Conhecimento da localização dos documentos limitado às pessoas

que manuseiam o arquivo/armário;

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Com tudo isto, é natural que as empresas estejam procurando soluções

para substituir a consulta e o manuseio do documento em papel pelo

documento digital. E, por esses motivos a SOFTPARANÁ faz questão de ter

como diferencial uma metodologia própria para facilitar a geração dos

manuais de seus sistemas.

É aí que entra o AUTODOC que permite:

• Consulta on-line documentos digitais na tela do micro;

• Eliminação do trabalho e dos controles associados à solicitação de

envio/recebimento e devolução dos documentos em papel (malote,

expedição, fax, cópias, distribuição, protocolo);

• Liberação de espaço físico nos departamentos, pois os documentos

poderão ser enviados para um arquivo uma vez que sua consulta

estará disponível on-line, a qualquer instante, através do próprio

micro do usuário;

• Aumento do controle da documentação;

• Consultas simultâneas ao mesmo documento;

• Substituição do malote tradicional pelo malote digital;

• Consulta aos documentos na intranet/Internet;

• Consulta aos documentos em CD;

• Aumento da confiabilidade nas informações que sempre estarão

atualizadas.

As consultas aos documentos em papel poderão até continuar

existindo nas empresas, em situações necessárias, em regime de exceção.

Desta forma, automatizar os documentos é um passo importante para

as empresas obterem aumentos de controle e padronização, redução de

custos, melhoria no atendimento aos clientes e fornecedores, diferencial

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competitivo.

O AUTODOC traz esses benefícios e seu principal diferencial dos

demais softwares de documentação existente no mercado está em ser

destinado a SOFTPARANÁ, ou seja, sua exclusividade é sua limitação.

Adiante poderá ser estudado para venda, porém atualmente seu uso é

exclusividade da empresa, visto que seu desenvolvimento foi elaborado de

acordo com os padrões, normas e necessidades da empresa.

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4 METODOLOGIA

4.1 METODOLOGIA - REQUISITOS

Os métodos utilizados para o desenvolvimento do projeto estão de

acordo com os PAD (Padrões Avançados de Desenvolvimento) que a

empresa utiliza. Os PAD seguem altos padrões de desenvolvimento de

sistemas. Os materiais usados estão desde manuais de componentes

comprados pela empresa como, por exemplo, o WpTools, que se trata de

uma biblioteca usada em Delphi que permite, entre outras funcionalidades, a

exportação de documentos para PDF e RTF, para isso utilizamos o manual

do componente(Julian Ziersch) . Outras metodologias seguem exemplos de

revistas, como o Clube do Delphi, usada na empresa como fonte de

pesquisa. Quanto à questão de equipamentos utilizados no trabalho, há dois

computadores com configurações apresentadas conforme a Tabela 1.

Tabela 1. Configuração das estações de trabalho. ESTAÇÃO CONFIGURAÇÃO

SARITA

Descrição : Equipamento Desenvolvimento (Sarita Alves de

Souza)

Sistema Operacional: Microsoft Windows XP Professional

Service pack: Service Pack 3

Memoria: 959 MB

Processador type: AMD Sempron(tm) Processor 3000+

Velocidade Clock: 1795 Mhz

WILLIAN

Descrição : Equipamento Desenvolvimento (Willian Saizaki)

Sistema Operacional: Microsoft Windows XP Professional

Service pack: Service Pack 2

Memoria: 959 MB

Processador : AMD Sempron(tm) Processor 3000+

Velocidade Clock: 1795 Mhz

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4.1.1 LEVANTAMENTO DE REQUISITOS

Os requisitos para geração do sistema AUTODOC estão divididos em

funcionais e não-funcionais:

REQUISITOS FUNCIONAIS � O software deve possuir uma interface de fácil acesso e de uso

simples, pois sua finalidade é auxiliar os processos de documentação

de softwares da empresa de forma ágil sendo possível ser gerada por

qualquer nível de usuário;

� O sistema deve mostrar os arquivos que constam na pasta “caminho

destino” no caso do MIT será “MITSource” e “DicDadSource” para o

GERADICDAD, ou seja, onde o arquivo deverá ser salvo, pois dessa

forma é possível saber qual versão do arquivo, se está ou não

atualizada além de ter informações como data e hora da criação do

arquivo e seu tipo;

� Ao ser gerado um arquivo com o mesmo nome (processo feito de forma

automática), este deve ser sobreposto e se estiver em uso o usuário

deve ser notificado antes de gerá-lo, caso contrário é sobreposto;

� O sistema deve estar acessível a todos na empresa não necessitando

de autenticação para acesso;

� O sistema deve fazer a nomenclatura dos arquivos gerados de forma

automática e de acordo com os padrões adotados pela empresa;

� O sistema deve criar as pastas de destinos de forma automática caso

elas não existam ainda na estrutura de pasta;

� O GERADICDAD deve funcionar em modo texto;

� O sistema deve gerar Log apresentando inconsistência na geração dos

arquivos tanto do MIT quanto do GERADICDAD para finalidade de

correções por parte da equipe de desenvolvimento ou banco de dados;

� O sistema deve permitir atualizar o metadado do arquivo;

� O sistema deve manter uma lista do caminho origem com os últimos 5

caminhos digitados pelo usuário.

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REQUISITOS NÃO-FUNCIONAIS � O sistema não fará o MIT dos sistemas em FLEX e NET;

� O sistema servirá para uso exclusivo da empresa, pois está programado

para atender as necessidades da empresa e adequado a seus padrões;

� O GERADICDAD não irá gerar arquivo em Excel sobre tabelas e views

dos sistemas;

� O sistema não fará tratamento de acesso de usuários;

� O sistema não funcionará em local que não tenha a estrutura de pastas

necessárias para consistência de dados buscados para geração dos

arquivos desejados.

4.1.2 RECURSOS - FINANCEIROS, DE PESSOAL E SOFTWARE

Os recursos financeiros utilizados para a geração do sistema

AUTODOC são investimento da SOFTPARANÁ que fez a contratação,

como estagiários, dos autores do projeto tendo a finalidade de desenvolver

o projeto AUTODOC, sendo os autores os recursos humanos utilizados

além da orientação do coordenador do projeto da empresa. O estágio está

adequado conforme contrato emitido pela UTFPR. Em nível de software,

para melhor entendimento será apresentada abaixo a Tabela 2 com o nome

e a finalidade de todos os softwares usados para geração do AUTODOC,

desde sua concepção até sua documentação através desse trabalho escrito.

Tabela 2. Recursos de softwares.

Lista de Softwares

Delphi 7 IDE (ambiente integrado para desenvolvimento de

software) usada para desenvolver o AUTODOC.

SubVersion Sistema que permite o controle de versão e

publicação do projeto no ambiente de produção.

SGA Sistema de gerenciamento de atividades criado

pela SOFTPARANÁ com a finalidade de gerenciar

recursos humanos.

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Office comunicator Ferramenta que permite a comunicação instantânea

entre os funcionários da empresa.

Microsoft Office

Outlook

Sistema de correio eletrônico para recebimento de

e-mails relacionados ao trabalho da empresa.

PAD Sistema de manual que permite o conhecimento de

toda padronização adotada pela empresa.

4.2 METODOLOGIA – CÓDIGO FONTE

Nessa seção é explicado como está implementado o código fonte e

quais são as metodologias aplicadas, além de maiores detalhes sobre as

principais funções aplicadas para geração do AUTODOC.

Na Tabela 3 estão listadas as principais funções do sistema, com sua

nomenclatura e descrição.

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Tabela 3. Principais funções e procedimentos

Funções/ Procedimentos Descrição da funcionalidade

FncGeraExcel Função responsável pela geração do arquivo

no formato Excel, que recebe como parâmetros

os arquivos, a descrição dos arquivos e o tipo.

Essa função é usada somente para o

GERADICDAD e seu tipo passado por

parâmetro pode ser Delphi, DSQL, FLEX e.

Net. (Studiebureau Festraets)

ProAtuProgresso Procedimento usado para fazer o tratamento da

atualização da barra de progresso usada na

interface do programa.

ProCriaArquivoLog Procedimento usado para criação do arquivo

que contém o Log com os erros ou informações

da consistência gerada pelo programa.

FncCriaDirPadraoDicDad Função booleana que verifica a existência do

diretório usado como padrão para geração do

arquivo GERADICDAD, resultando verdadeiro

ou falso. O diretório padrão é:

X:\TI\DicDadSource\ (RIBEIRO, PAULO

HENRIQUE)

FncCriaDirPadraoMIT Função booleana que verifica a existência do

diretório usado como padrão para geração do

arquivo GERADICDAD, resultando verdadeiro

ou falso. O diretório padrão é

X:\TI\MITSource\ (RIBEIRO, PAULO

HENRIQUE)

ProGeraNomeArquivo Procedimento que tem como parâmetros o tipo

opção e o formato do arquivo com a finalidade

de gerar o nome do arquivo fazendo o

tratamento para o GERADICDAD e MIT.

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ProGravaLog Esse procedimento é iniciado chamando a

função que cria o arquivo de Log

(ProCriaArquivoLog) e tem como parâmetros

as mensagens. a data do tipo boleano e os

avisos que serão mostrados e tem a finalidade

de gravar as mensagens com esse parâmetro

no arquivo.

ProOrdenaArqFlex

ProOrdenaArqNet

ProOrdenaArqPas

Recebe como parâmetro uma string list para

tratamento relacionado à ordenação dos tipos

de arquivos passados como parâmetros ao ser

chamada.

FncProcuraArquivos Função que retorna verdadeiro ou falso caso

localize ou não os arquivos buscados de

acordo com os parâmetros passados que são

os arquivos, a descrição, a extensão, o

caminho do filtro, o tipo da descrição procurada

e se atualiza ou não a barra de progresso.

FncProcuraDescricao Função usada para retornar a descrição de um

arquivo e se encontrar guarda em uma lista de

strings para serem tratadas.

ProSplit Procedimento usado para fazer a quebra de

uma string, faz a quebra a partir do delimitador

e pode salvar em nova string list com ou sem

espaços conforme parâmetro setado.

FncValidaCaminho Função do tipo booleana que faz a conferência

do caminho origem selecionado como filtro para

geração da documentação.

FncVerificaCorporativo Função que verifica se arquivo passado como

parâmetro é ou não do corporativo da empresa

com a finalidade de tratar esse tipo de arquivo

com formatação diferenciada desde sua

ordenação até sua formatação.

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ProCriaDoc Procedimento responsável por fazer a criação

do arquivo Rich Text formatado.

ProPulaLinhaTabela Procedimento responsável por pular linhas ao

finalizar a tabela e permitir que documento seja

formatado de acordo com os padrões.

FncGeraRTF Função responsável pela geração do arquivo

no formato RTF, que recebe como parâmetros

os arquivos, a descrição dos arquivos e o tipo.

Essa função é usada somente para o MIT e

seu tipo passado por parâmetro pode ser

Delphi, DSQL, Tabelas e Views.

ProBuscaSenhaBase Procedimento utilizado para identificar qual é a

senha da base para efetuar a conexão através

dos arquivos UDL, além de obter o código do

sistema selecionado. Ex: Cadastro – CD - 01

4.3 PESQUISAS

Como é um diferencial na empresa manter todos os manuais de todos

os sistemas atualizados e completos, foi estudada e melhor forma de

visualização desses dados para o cliente tendo em vista a otimização de

recursos. O projeto foi elaborado de forma a facilitar o dia-a-dia da área de

documentação e dos programadores da empresa, pois com o programa

AUTODOC é possível ter acesso de forma mais rápida a informações que

são essenciais no dia-a-dia tanto dos programadores quanto da

documentação.

As pesquisas realizadas para a implementação do AUTODOC estão

em nível de experiência obtida principalmente pela área de documentação,

que consistem no entendimento dos processos realizados para se criar um

manual de sistema, desde qual software é utilizado, se é necessária licença,

entre outros processos. Para auxílio na implementação houve necessidade

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de se pesquisar sobre o funcionamento de determinadas ferramentas como,

por exemplo, o WPTools, que permite a geração de arquivos com os

formatos pretendidos além de um estudo para aplicação de Skins que têm a

finalidade de se obter uma interface mais harmônica para o sistema. Essas

pesquisas foram baseadas em experiência de trabalhos anteriores

desenvolvidos na empresa, além do próprio manual do WPTools (Julian

Ziersch) e respeito às questões de padronização adotadas pela empresa.

Para a definição da interface do sistema foi definido um levantamento de

opiniões juntamente com a área de documentação na empresa, que fará

uso do sistema. Logo, ficou decidida à interface conforme Figura 6, pois esta

interface permite um uso de forma mais rápida do sistema. A proposta inicial

era colocar os itens em forma de menu, porém a área de documentação e

desenvolvimento sentiu mais facilidade e rapidez com a interface contendo

todas opções em uma única tela. Outras pesquisas necessárias para auxílio

na elaboração do projeto foram em nível de padrões da empresa, pois há

padrão para tudo, desde nome de componentes até nomes de rotinas de

programação e com base em experiências anteriores essas questões foram

corrigidas ao longo do desenvolvimento do projeto.

Um levantamento de informações mostrou que para a saída do MIT, a

maioria dos manuais atualmente está disponível em documentos no

formado PDF (Portable Data Format). Logo, foi decidido fazer o MIT em

PDF e em RTF (Rich Text Format) que é um tipo de documento genérico

que pode ser aberto em qualquer programa que não necessite de licença,

além de poder ser editado com facilidade.

4.4 O SISTEMA – GERADICDAD

A implementação do sistema AUTODOC, de acordo com a primeira

fase do trabalho, foi iniciada com o desenvolvimento do módulo do sistema

chamado GERADICDAD. Essa opção foi escolhida devido a questões de

prioridades definidas pela coordenação do projeto na empresa. A interface

inicial do programa foi criada de forma mais fácil para se trabalhar no seu

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desenvolvimento, especialmente para testes, ou seja, nesse início não foi

efetuada uma pesquisa junto à área interessada para concluir que essa

fosse a melhor interface. A seguir a Figura 1 ilustra a primeira versão do

sistema.

Figura 1. Primeira versão do sistema.

A finalidade do GERADICDAC é gerar um arquivo em formato Excel,

com a relação de todos os códigos-fontes (Delphi, FLEX, NET ou SQL)

contidos na pasta ''Caminho origem'' e gravar no título do arquivo a

descrição do módulo contido no código fonte. Para visualizar o título do

arquivo, é necessário clicar com o botão direito do mouse na pasta desejada

e selecionar Exibir -> Detalhes. Depois se deve clicar com o botão direito do

mouse sobre as colunas e selecionar para mostrar o título do arquivo, que

aparecerá conforme ilustra a Figura 2.

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Figura 2. GERADICDAD (Windows Explorer)

Nessa figura temos todos os fontes visualizados pelo Windows

Explorer de um sistema em Delphi 2007, nesse caso é o chamado Sistemas

Internos que recebe o código, de acordo com os padrões da empresa, de

“D90S” na pasta Source, nela pelo que o GERADICDAD criou pode-se

ordenar por título a visualização. Conforme exemplo, é possível saber que a

tela “D90SF03J” é uma tela de “Manutenção de tipo de ocorrência de uma

OS” sem precisar abrir o Delphi ou algum visualizador para obter essa

informação extremamente importante tanto para o setor de documentação

quanto para o setor de desenvolvimento na empresa.

Essas informações coletadas e tratadas pelo GERADICDAD trazem

muitos benefícios, pois é possível fazer uma conferência para saber se os

programadores estão preenchendo de forma correta os códigos fontes dos

programas (pois caso o sistema não localize essas informações é gerado

um aviso na tela de Log sendo possível fazer a correção), conforme o

esquema de padronização adotado pela empresa. Um exemplo do

cabeçalho usado para coleta de informações está ilustrado na Figura 3.

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Figura 3. Código fonte de cabeçalho padrão.

O resultado do GERADICDAD foi subdivido conforme etapa 2 e 3 do

projeto. Primeiramente foi necessário fazer o GERADICDAD dos programas,

que tem o resultado ilustrado pela Figura 4.

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Figura 4. GERADICDAD dos programas.

Na Figura 4 é apresentado o GERADICDAD que lista todos os códigos-

fontes e suas respectivas descrições do sistema D01S que é o sistema de

cadastro.

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Conforme a terceira fase do projeto, em seguida é apresentada à

ilustração do GERADICDAD das stored procedures.

Figura 5. GERADICDAD das stored procedures.

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Na Figura 5 temos a lista de todas as Stored Procedures existentes

no sistema D01S que é o sistema de Cadastro. Através desse dicionário é

possível saber quantas Stored Procedures o sistema possui para cada

banco, separados por Oracle, que tem extensão ORA, SQL com a extensão

SER e SYBASE referente à extensão SYB, além de saber seu nome e sua

funcionalidade.

Estas foram às etapas relacionadas à criação do módulo

GERADICDAD que foi responsável por três fases do projeto como um todo.

4.5 O SISTEMA – MIT

Após essas etapas concluídas, testadas e em funcionamento foi

possível iniciar a 4º fase do sistema AUTODOC que é a definição para

geração do MIT e, conforme pesquisas, houve a decisão de se gerar o MIT

em PDF e RTF, pois de acordo com experiências relatadas pelo setor de

documentação são os tipos de documentos mais fáceis de se trabalhar.

Dessa forma foi possível iniciar o processo de desenvolvimento da

implementação do MIT.

O desenvolvimento da 5º fase do projeto foi iniciado com a

implementação do MIT dos programas, nessa etapa pode-se dizer que

houve certa facilidade na implementação devido à preocupação em deixar o

código fonte o mais genérico possível usado pelo GERADICDAD, pois

houve reaproveitamento de código no momento de criar as funções

necessárias para gerar o MIT, apenas adequando-o ao que era necessário,

que consistiu na alteração, que gerou trabalho, exatamente na formatação

do documento, pois será adequado para inclusão nos manuais dos

sistemas. Outra questão que gerou certa facilidade foi que o GERADICDAD

dos programas (Delphi) é muito parecido com o MIT, mudando apenas o

formato do arquivo.

Nessa etapa definiu-se que o sistema então ficará constituído por duas

opções de geração automática da documentação, sendo que ao escolher o

GERADICDAD o sistema traz a opção de exportação dos dados coletados

em Excel (.xls) e o MIT faz a exportação nos formatos .rtf e .pdf.

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Para implementar o MIT, o projeto foi iniciado com a criação de um

arquivo estático para exportação em .xls, .rtf e .pdf, algo que foi introdutório

para o conhecimento das ferramentas e recursos. Foi utilizada para

exportação em rtf e pdf a biblioteca WPTools para gerar e formatar um

arquivo rtf e exportá-lo em pdf. Depois dessa etapa, da criação de arquivos

estáticos, houve necessidade de deixar de forma dinâmica essa criação

para atender as situações propostas. Para coletar os códigos e módulos dos

programas desenvolvidos pela empresa houve benefícios devido à

padronização dos cabeçalhos (conforme Figura 3) dos códigos dos sistemas

utilizados pela empresa, que são preenchidos pelos programadores e que

definem o sistema e os módulos correspondentes ao código, além da

notação do programador que desenvolveu o código, a versão e as

alterações efetuadas constam nesse cabeçalho que facilita o processo para

extrair dados necessários para o sistema, pois o programa percorre e

coleta esses dados do cabeçalho para criar uma tabela - com código e

descrição dos sistemas - que faz parte da documentação do sistema. Os

pacotes são ordenados do maior para o menor e os códigos em ordem

crescente, ou seja, para o sistema DM (Document Pro), tem-se o código do

sistema definido como D33S e os pacotes, numerada como D33SP01 e os

dois últimos dígitos incrementados; e os códigos têm o padrão D33SF01A e

D33SR01A e o último caractere é incrementado, respectivamente para

formulários e relatórios.

Para a implementação do AUTODOC uma das maiores preocupações

foi em deixar o código fonte o mais genérico possível a fim de se fazer o

aproveitamento de código, pois o sistema é composto de várias funções e

procedimentos que, caso sejam bem escritos, podem ser aproveitados para

serem chamados em situações diferentes, somente alterando parâmetros,

algo que de início dá mais trabalho, porém à medida que o sistema vai

crescendo traz muitos benefícios, e isso é algo bem cobrado na empresa

com o objetivo de obter otimização, conforme dicas adotadas segundo Silvio

Clécio. Realmente fica inviável mostrar, em nível de código fonte, o que foi

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implementado, porém pretende-se explicar melhor através de imagens e

explicação mais técnica.

A Figura 6 ilustra a tela do AUTODOC com a aplicação de Skin, que

proporciona aparência mais harmoniosa ao sistema, além da inclusão de um

MEMO que permite visualizar os arquivos contidos no caminho destino

atualizado.

Figura 6. AUTODOC na versão com aplicação do Skin.

A Figura 7 ilustra o resultado do MIT dos programas. Essa imagem

mostra o resultado em um arquivo com formato PDF, porém o MIT pode ser

gerado em RTF. Através dessa imagem é possível notar que o MIT dos

programas (Delphi) é bem semelhante à planilha gerada pelo GERADICDAD

dos programas (Delphi). É importante salientar que o MIT não gera MIT dos

programas em FLEX e NET, funcionalidade que está disponível somente no

GERADICDAD e que não foi desenvolvida por questões de tempo e

prioridades.

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Figura 7. MIT dos programas.

Finalizada a quinta etapa foi possível iniciar a implementação do MIT

das stored procedures que consiste na sexta etapa do projeto AUTODOC.

Essa etapa foi extremamente trabalhosa, pois exigiu conhecimentos mais

abrangentes da ferramenta WPTools, porém foi possível aproveitar um

pouco do código do GERADICDAD das stored procedures, o que ajudou um

pouco. Conforme ilustra a Figura 8, é possível verificar que o MIT das stored

procedures é totalmente diferente do GERADICDAD das stored procedures

(ver Figura 5), pois para gerar esse MIT foi necessário colher mais

informações sobre as stored procedures, além de que houve a necessidade

de juntar os MIT em um único arquivo e todo esse tratamento para que os

MIT dos programas ficassem juntos com o MIT das stored procedures foi

algo trabalhoso. Outra questão é que um documento que é incluso em um

manual precisa ser bem detalhado e formatado de acordo com os padrões

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da empresa. Para isso houve a necessidade dos exemplos dos MIT gerados

de forma manual como base.

A Figura 8 apresenta o MIT das stored procedures, sendo que neste

documento ele consta unido em um único documento com o MIT dos

programas e também é gerado na opção de formato RTF também em um

documento único somente exportado em PDF.

Figura 8. MIT das stored procedures.

Finalizada a geração do MIT das STP foi possível iniciar a 7ª fase que

trata a parte do MIT das tabelas e views do sistema escolhido.

Nessa fase houve uma certa dificuldade para decidir qual seria a

melhor forma de obter os dados necessários para preencher o MIT tanto das

tabelas quanto das views, pois por se tratar de dados que são obtidos

diretamente do banco de dados, ambos estão bem próximos. Então em

reunião com a coordenação do projeto foi optado por fazer essa conexão

com o banco através do arquivo UDL (Universal Data Link), que armazena

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as informações necessárias para uma conexão com um banco de dados.

Tais como: o nome do servidor, o provedor utilizado, o método de

segurança e o login a ser utilizado.

Dessa forma grande parte das dificuldades foi resolvida, pois para

obter os dados bastou fazer um select de forma genérica para que cada

banco de dados do sistema filtrado pudesse trazer todas as tabelas que o

mesmo possuía. Quanto ao tratamento dos dados para inserir no arquivo do

MIT houve uma certa facilidade, pois pelo padrão da empresa o MIT das

tabelas é formado somente pelo nome da tabela e sua descrição, processo

que não é muito trabalhoso, pois não exige muita formatação de documento.

Também nessa 7º fase foi criado o MIT das views do sistema filtrado.

Inicialmente foi algo mais simples devido à conexão com o banco já estar

definida, porém o select que traz essa informação é um pouco mais

complexo, já que para trazer esses dados é necessário existir uma conexão

dentro da outra, isso em nível de código, sendo que a primeira é para

conectar ao banco, por exemplo, conecta ao sistema de cadastro e a outra

conexão vai conectar ao sistema que apresenta views para o cadastro.

Dessa forma é possível trazer o nome e a descrição das tabelas, processo

que foi mais complexo visto que cada banco tem um login e senha diferente.

Concluídas todas as fases essenciais do projeto, foi iniciada a fase de

testes e ajustes finais do sistema, que também aconteceu de forma simples

devido ao cuidado que a equipe teve de ao ser gerada nova versão do

sistema, ela ser disponibilizada para testes que foram ajustados e corrigidos

durante todo o processo de desenvolvimento. Não houve muitas correções,

em nível de erros para o final, somente ficaram ajustes que tratam a capa do

documento, inclusão do número de páginas e textos padrões que

acompanham sua edição no início do documento MIT.

Em seguida, conforme ilustra a Figura 9, é apresentada a versão final

do documento MIT completo e dividido em várias imagens para melhor

demonstração. Foi usado, como exemplo, o sistema denominado TOOLS.

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Figura 9. MIT – capa do documento

É importante lembrar que cada sistema tem sua capa diferente uma da

outra e esse tratamento foi feito via código–fonte, assim que ficou definida

juntamente com a coordenação do projeto a pasta padrão que conteria

esses arquivos para leitura e inclusão no documento. A Figura 9 mostra o

inicio do documento, cada MIT terá seu início com sua capa respectiva.

Figura 10. MIT – Tabelas do sistema

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A Figura 10 apresenta a 2ª página do documento MIT que contém as

tabelas do sistema filtrado. Essa ordem é padrão para todos os documentos

sendo alteradas as informações que variam de acordo com o sistema

selecionado. Portanto, nem sempre será página 2, pois essa dependerá da

quantidade de informações que o sistema possui. Quanto maior o sistema

maior será seu MIT.

Figura 11. MIT – Views do sistema

A Figura 11 apresenta as views do sistema, composta por objeto

(nome da tabela), descrição (descrição da tabela) e banco de dados origem

(nome da base à qual essa tabela pertence). O MIT das views está na

ordem para todos os documentos, após CAPA e TABELAS,

respectivamente. Essa fase foi deixada por último por necessitar de conexão

com o banco e por questões de prioridades determinadas pela coordenação

do projeto.

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4.6 O SISTEMA – FUNCIONAMENTO

Para mostrar o funcionamento do sistema inicialmente será

apresentada uma imagem que mostra o ambiente de desenvolvimento na

plataforma do Delphi 2007 usada no servidor de aplicação em que o

AUTODOC foi implementado. A Figura 12 mostra o ambiente com a versão

final da interface do AUTODOC, porém o Skin só é visível na aplicação

rodando. Nessa figura é possível ver a tela de Log, que é encolhida com a

aplicação rodando e só aparece caso ela gere algum erro que daí sim é

mostrado na tela de Log.

Figura 12. Ambiente de desenvolvimento da aplicação.

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A Figura 13 ilustra o funcionamento do sistema. Mais detalhes são

explicados logo abaixo.

Figura 13. Explicação do funcionamento do sistema.

Conforme pode ser observado na Figura 13, primeiramente é

necessário escolher o que será gerado se é um GERADICDAD ou um MIT.

Na opção do GERADICDAD, por enquanto essa geração só acontece pelo

Excel e na opção do MIT o documento poderá ser gerado em RTF ou PDF.

Estas opções aparecem na combo “Formato” na tela e são preenchidas

conforme opção via código.

O segundo passo é escolher um “Caminho origem” e um “Caminho

destino” – o “Caminho origem” é onde os arquivos serão buscados para

serem tratados, ou seja, momento em que ocorre a extração dos dados

necessários. Vale lembrar que o sistema faz a consistência desse caminho,

algo que foi possível pelo padrão adotado pela SOFTPARANÁ. A opção

“Caminho destino” especifica onde será salvo esse arquivo, sendo que a

empresa tem caminhos padrões para essas opções. Por exemplo, o

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caminho padrão para se gerar o MIT fica em uma pasta chamada

“MITSource” e os nomes dos arquivos gerados e salvos nessa pasta

também são criados de forma automática via código fonte. Outra facilidade

foi setar de forma automática a pasta onde serão salvos os arquivos,

visando a verificar se o já existe e se está atualizado. Em seguida é

necessário clicar no botão “Gerar” para geração do arquivo escolhido. Após

esse passo, é possível abrir esse arquivo pelo botão “Abrir” para visualizá-lo.

Na opção para 'Atualizar meta data' é possível editar o título dos arquivos

com a descrição do módulo contido no código fonte. Nessa tela há uma

barra de progresso que é carregada conforme geração dos arquivos

escolhidos e uma parte que traz avisos caso apresente alguma

inconsistência ou erro nessa geração. Ainda há o botão de ajuda que

explica o funcionamento do sistema como um todo. Aparentemente é bem

simples, todavia tudo que é feito em nível de código para que esses

processos aconteçam tornou-se cada vez mais complexo, conforme as

etapas foram avançadas.

Uma função interessante e importante implementada no sistema foi à

opção de se usar a aplicação em modo texto além do modo gráfico. A

intenção de disponibilizar essa opção foi facilitar principalmente para os

programadores, que normalmente estão com muitas aplicações abertas

enquanto estão desenvolvendo, de forma a ter uma opção de obter essas

informações sendo geradas a partir de uma versão mais leve somente do

GERADICDAD, visto que a opção de uso em modo texto oferece todas

opções do modo gráfico do sistema.

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5 RESULTADOS

O presente capítulo apresenta as telas geradas pelo sistema em sua

versão final, juntamente com uma comparação sobre os processos

realizados anteriormente ao AUTODOC, constando também à modelagem

do sistema e os testes realizados.

5.1 CONTEÚDO DOS RESULTADOS

O AUTODOC tem como resultado as melhorias de todos os processos

referentes à criação da documentação de sistemas. Abaixo é mostrada uma

comparação sobre os processos e suas melhorias, além da tela da versão

final do sistema e a tela que contém a ajuda do programa. Outro detalhe

importante a ser mostrado é o MIT que era gerado de forma manual e sua

semelhança com o MIT gerado automaticamente pelo AUTODOC. Já o

GERADICDAD só foi gerado de forma automática, pois serve mais para

consulta dos programadores que para o setor de documentação, além de

não ser disponibilizado para clientes. Por esse motivo, a maior ênfase está

no MIT.

Figura 14. MIT gerado de forma manual.

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A Figura 14 apresenta o MIT que era gerado de forma manual pela

equipe de documentação de sistemas, e, através da Figura 15, é possível

notar quanto os documentos ficaram semelhantes, pois os autores usaram

os MITs que eram gerados de forma manual como modelo para geração

automática, dada importância que essa alteração não fizesse diferença para

o cliente final, que fará a consulta através desses manuais.

Figura 15. MIT gerado de forma automática pelo AUTODOC

A Figura 16 ilustra a ajuda do sistema, que de forma simples e

objetiva auxilia o usuário como fazer uso do sistema AUTODOC.

Figura 16. Tela de ajuda do sistema.

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A Figura 17 serve para ilustrar o momento da geração de um

documento em processo de andamento, pois é possível visualizar a barra de

progressos que é preenchida por completo ao término da geração do

documento, além de apresentar uma mensagem informando o usuário que o

processo foi concluído com erros, ou, caso contrário, informar qual exceção

ocorreu durante a sua geração.

. Figura 17. Sistema em funcionamento com barra de progressos.

A partir da Figura 18 é possível visualizar os Logs gerados ao término

da geração do documento. Esse processo ocorre durante a geração do

GERADICDAD e do MIT.

Figura 18. Sistema com os Logs de erros e/ou exceções geradas

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5.2 MODELAGEM

A modelagem do sistema AUTODOC é baseada na Análise Orientada

a Objetos, visto que o Delphi é uma linguagem orientada a objetos. Quanto

à modelagem, não houve grandes problemas e dificuldades. Ela está

apresentada de acordo com os seguintes itens abaixo:

A figura 19 apresenta o diagrama de classes do sistema AUTODOC.

• DIAGRAMA DE CLASSES

Figura 19. Diagrama de Classes

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A figura 20 ilustra os casos de uso do sistema AUTODOC

possibilitando melhor entendimento das funcionalidades do projeto.

• DIAGRAMA DE CASOS DE USO

Figura 20. Diagrama de Casos de Uso

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• DESCRIÇÃO DOS CASOS DE USO

Nome do caso de uso Abrir arquivo

Descrição Permite ao usuário abrir um arquivo

Ator envolvido Usuário

Pré-condições Arquivo criado

Pós-condições Arquivo aberto

Fluxo básico

Ator Sistema

Solicitar abertura Sistema abre o arquivo

{fim} o caso de uso termina Tabela 4. Descrição do caso de uso Abrir Arquivo

Nome do caso de uso Fechar sistema

Descrição Permite ao usuário fechar o sistema

Ator envolvido Usuário

Pré-condições Sistema aberto

Pós-condições Sistema Fechado

Fluxo básico

Ator Sistema

Solicitar fechar Sistema fecha o sistema

{fim} o caso de uso termina Tabela 5. Descrição do caso de uso Fechar sistema

Nome do caso de uso gerar metadado

Descrição Permite ao usuário gerar metadado

Ator envolvido Usuário

Pré-condições Gerado DicDad

Pós-condições Metadado gerado

Fluxo básico

Ator Sistema

Solicitar metadado Sistema atualiza o metadado

{fim} o caso de uso termina Tabela 6. Descrição do caso de uso Gerar metadado

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Nome do caso de uso Abrir help

Descrição Permite ao usuário abrir tela do help

Ator envolvido Usuário

Pré-condições Sistema aberto

Pós-condições Tela do help aberta

Fluxo básico

Ator Sistema

Solicitar help Sistema abre tela de help

{fim} o caso de uso termina Tabela 7. Descrição do caso de uso abrir help

Nome do caso de uso Construir documento

Descrição Permite ao usuário criar Dicionário de dados de programas

Ator envolvido Usuário

Pré-condições Possuir o programa na máquina

Pós-condições Arquivo Excel com dicionário de dados do programa

Fluxo básico

Ator Sistema

Solicitar criação do documento Sistema consulta os programas Sistema gera um documento

{fim} o caso de uso termina Tabela 8. Descrição do caso de uso construir documento:

DicDad de programas

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Nome do caso de uso Construir documento

Descrição Permite ao usuário criar Dicionário de dados de stored procedures

Ator envolvido Usuário

Pré-condições Possuir as STP do programa selecionado na máquina

Pós-condições Arquivo Excel com dicionário de dados das stored procedures

Fluxo básico

Ator Sistema

Solicitar criação do documento Sistema consulta as stored procedures Sistema gera um documento

{fim} o caso de uso termina Tabela 9 – Descrição do caso de uso construir documento:

DicDad de stored procedures

Nome do caso de uso Construir documento

Descrição Permite ao usuário criar Manual de informações técnicas

Ator envolvido Usuário

Pré-condições Possuir o programa na máquina

Pós-condições Arquivo rtf ou pdf com o Manual de informações técnicas (programas, stored procedures, tabelas e views)

Fluxo básico

Ator Sistema

Solicitar criação do documento Sistema consulta o banco de dados para coletar informações de tabelas e views Sistema consulta os programas Sistema consulta as stored procedures Sistema gera um documento

{fim} o caso de uso termina Tabela 10 – Descrição do caso de uso construir documento: MIT

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A figura 21 ilustra o diagrama de seqüência do AUTODOC.

• DIAGRAMA DE SEQUÊNCIA

Figura 21. Diagrama de seqüência

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5.3 TESTES - IMPLEMENTAÇÃO, INTEGRAÇÃO E IMPLANTAÇÃO

Em relação a testes não houve grandes dificuldades visto que a cada

nova etapa concluída do projeto procurou-se efetuar vários testes não só

pelos autores durante o desenvolvimento, mas também pelos maiores

interessados no sistema, os funcionários do setor de documentação. Dessa

forma a implantação do sistema ocorre à medida que suas etapas são

corrigidas, testadas e aprovadas. Essa implantação resume-se a fazer o

controle de versão que permite a disponibilidade do sistema a todos os

usuários, pois o sistema é publicado no ambiente de produção da empresa

e a cada nova etapa finalizada é disponibilizada uma versão. Quanto à

integração, o sistema está integrado somente com o GERADICDAD que

forma o pacote denominado AUTODOC, ou seja, o sistema está divido em

dois módulos – GERADICDAD e MIT. Os testes realizados no sistema

consistem em:

• Testes na interface que envolve detalhes como tabulação dos

campos, validação dos caminhos que filtram os dados para

geração dos documentos, verificação quanto à barra de

progressos que acompanha a geração dos documentos, avisos

gerais sobre possíveis erros por meio de mensagens ao usuário

e verificação do Log dos erros para ter certeza que estão sendo

apresentados de forma correta e consistida. Testes de

otimização, esse em nível de código fonte que permite melhorar

a leitura do código por meio de redução de linhas utilizadas e

melhor organizadas por regiões.

• Testes de compatibilidade, a fim de verificar o funcionamento do

sistema em outros micros;

• Testes para identificar as limitações que o sistema possui.

• Testes para abrir arquivos de planilha gerados pelo

GERADICDAD em aplicações que não necessitam de licença,

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tendo a finalidade de verificar se o arquivo não perde a

formatação pré-definida via código fonte.

Todos os testes foram efetuados durante implementação e as

correções foram passadas por meio de tarefas cadastradas no sistema SGA

aos desenvolvedores do AUTODOC. A implantação do sistema foi feita de

forma simples, a cada nova versão gerada foi disponibilizado para todos os

usuários no ambiente de produção da empresa. O sistema foi

completamente implementado na linguagem Delphi 2007 e todo orientado

pela coordenação do projeto na empresa. Maiores detalhes sobre a

implementação, em nível de código fonte estão disponíveis no capitulo 4, na

Tabela 3. Em relação ao treinamento, este não foi necessário, pois o

sistema foi desenvolvido de modo que não necessitasse de grandes

explicações, questão que trouxe uma satisfação muito grande para o

usuário, visto que basta clicar no botão ajuda, que foi formulado para

explicar simples e diretamente o funcionamento do sistema, bastando

somente essa ação para estar treinado para uso do AUTODOC.

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5.4 DISCUSSÃO

O maior problema assim como o maior desafio do projeto consistiu em

manter os documentos atualizados. Antes do projeto AUTODOC, os dados

encontrados nos manuais, principalmente no MIT não eram confiáveis,

sendo que realmente era impossível manter tais documentos atualizados.

Era uma tarefa que dependia do grupo como um todo, programador, banco

de dados e documentação. Todo processo era iniciado pelo programador

que, por exemplo, ao atualizar uma STP caso “esquecesse” de cadastrar

uma tarefa no SGA não tinha como o DBA (Administrador do banco) saber

dessa atualização e, conseqüentemente, ao ser gerada uma nova versão

para o cliente, os manuais que acompanham o sistema também ficavam

desatualizados causando grandes transtornos que poderiam e muito

prejudicar a imagem da empresa, que garante a documentação como seu

diferencial.

Abaixo há o exemplo do MIT do sistema denominado TOOLS, no qual

é possível ver que nem as views do sistema estão cadastradas e como na

empresa a maior parte dos sistemas é de grande porte é praticamente

impossível que o sistema não tenha nenhuma view, no mínimo para o

sistema de Cadastro, que contém os dados dos clientes, ou seja, não tem

como a documentação adivinhar que estas informações estão

desatualizadas. Outra questão é o fato de todo processo acabar sendo

muito burocrático e dependente de muitas pessoas ao mesmo tempo, sem

dizer que a área de documentação não é obrigada a saber programar e

muito menos entender sobre banco de dados.

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Figura 22. MIT do sistema TOOLS antes do AUTODOC

Na Figura 23 é possível perceber a grande diferença dos resultados

dos processos realizados anteriormente. É possível visualizar que, para o

mesmo sistema não havia nenhuma view documentada manualmente,

fazendo com que o MIT estivesse incompleto e inconsistente. Já com o

AUTODOC está todo documentado e atualizado.

Atualmente a informação é confiável e bem menos dependente de

tantas pessoas, pois só é necessário que o programador publique suas

alterações e clique no botão gerar do sistema AUTODOC para ter o MIT

atualizado e confiável.

Figura 23. MIT do sistema TOOLS depois do AUTODOC

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Uma grande diferença pós AUTODOC foi enfatizar algo

extremamente valorizado e cobrado na empresa que é a questão da

padronização, pois com o AUTODOC e os Logs gerados é possível cobrar e

corrigir problemas quanto à padronização, visto que se o programador não

preencher um cabeçalho de um código fonte ou de uma STP de forma

correta, esta informação não poderá ser obtida pelo AUTODOC e Logs

apresentarão esses defeitos. Antes do AUTODOC não havia meios de

corrigir ou cobrar melhor essa questão, pois é inviável abrir fonte por fonte

seja de programas ou STP somente para fazer essa conferencia, ou seja,

acabavam ocorrendo inúmeros casos de códigos fora do padrão.

O GERADICDAD não foi comentado nessa discussão devido a ser

para uso do programador e sua necessidade de implementação serviu muito

como base para gerar o documento mais importante e com maior foco no

projeto que é o MIT. É importante comentar que o GERADICDAD também

gera Logs que são replicados e incrementados assim como o MIT e os Logs

gerados por esse sistema são em nível de código fonte somente de

programas e a parte de STP ele só gera Logs se a mesma não tiver a

versão preenchida e a data, diferente do MIT que tem Logs para cada caso.

Ao longo do projeto foi alterado o módulo GERADICDAD para que

somente gere arquivos de planilhas sem abrir em seguida o Excel, pois

dessa forma o usuário pode abrir o arquivo gerado com software que não

necessite de licença como é o caso do Calc do BrOffice, permitindo que

não dependa de aplicações licenciadas para funcionar.

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6 CONCLUSÕES

Finalizado o projeto, observa-se que o produto final representa em sua

grande parte o que foi planejado e segue as especificações pré-

estabelecidas através da modelagem do sistema.

O AUTODOC vem para oferecer facilidade e praticidade na rotina da

área de documentação, pois com sua interface limpa e simplificada permite

uso para todo tipo de usuário e facilitou processos não somente para área

de documentação, mas também o desenvolvimento.

O software faz parte da rotina da empresa como um todo. Gerar

documentos não é mais um obstáculo no dia-a-dia da área de

documentação. O software oferece a garantia de documentos atualizados e

informações com alto grau de confiabilidade.

Levando-se em conta a antiga situação em que se encontrava a área

de documentação na empresa e a forma como eram gerados os manuais

essenciais para os clientes, que a empresa possui com informações

pertinentes à manutenção de seu negócio, conclui-se que o sistema

AUTODOC de forma simples atende às principais necessidades da área de

documentação e vai além com documentos que auxiliam a equipe de

desenvolvimento da empresa.

6.1 CONTRIBUIÇÕES

O trabalho contribuiu muito não somente para área que faz o uso do

sistema, mas também para a carreira dos profissionais autores do projeto,

pois vivenciar toda realidade na implementação, implantação e teste de

sistemas foi algo totalmente diferente de se fazer um sistema, por exemplo,

em sala de aula que somente o aluno irá testar, localizar defeitos ou

problemas. Para a equipe foi o conhecimento de uma nova linguagem, um

novo padrão, uma nova disciplina no momento de se programar, aprendeu-

se uma nova forma de se organizar e principalmente a possibilidade de

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continuar esse projeto após sua apresentação para a universidade, além de

ter a oportunidade de trabalhar em outros projetos na empresa findo este.

Para a empresa a maior contribuição está no ganho de tempo utilizado

para gerar os manuais. Antes do AUTODOC, segundo a coordenadora da

área, o tempo gasto para geração da documentação de softwares era algo

em torno de seis horas por dia, tempo que hoje está reduzido em apenas

uma hora para ter documentos de todos os sistemas atualizados. Outro

grande benefício é a confiabilidade dessas informações. Foi um

conhecimento para ambas as partes que irá continuar a partir dessa etapa,

já que a equipe estará contratada pela empresa participando de novos

projetos, sendo uma grande contribuição para o início de uma carreira. A

equipe acredita num ganho muito maior quando ocorre a participação em

projetos reais.

6.2 TRABALHOS FUTUROS

Como trabalhos futuros propõe-se: aperfeiçoar a programação do

software AUTODOC, com a finalidade de aprimorar a performance do

sistema; realizar novos testes com o software AUTODOC para comprovar e

otimizar sua aplicação; incluir índices no módulo do MIT para melhor

localização das informações no documento; aplicar o Skin nas pesquisas

por diretórios; e incluir o MIT dos programas em FLEX e NET;

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7 REFERÊNCIAS

Clécio, Silvio. Dicas para otimização de código. Setembro 2008. Disponível em:<http://www.mail-archive.com/delphi [email protected]/msg66817.html> Acesso em: 17 dez. 2008. Help e manual. Recursos. Março 2009 - Disponível em: <http://www.helpandmanual.com/go2.htm?gclid=CIiMz5SHwpwCFUdM5QodMi29nQ> Acesso em: 12 nov. 2008. Michelazzo, Paulino. A documentação de software. São Paulo, julho. 2006. Disponível em: <http://imasters.uol.com.br/artigo/4371/gerencia/ a_documentacao_de_software/> Acesso em: 13 out. 2008. Ribeiro, Paulo Henrique.Função para copia de arquivos utilizando a shell api do windows ( Códigofonte.net. - Funções). Março 2007. Disponível em: <http://www.codigofonte.net/scripts/delphi/funcoes/1407_ syscopiashellapi> Acesso em: 26 fev. 2009. Studiebureau Festraets, Delphi Tutorials. Running external applications: ShellExecute and ShellExecuteEx. 1999-2006. Disponível em: <http://www.festra.com/eng/mtut01.htm> Acesso em: 13 fev. 2009. Ziersch, Julian. WPTools Version 5 GUIDE. Munich, Germany, 2004-2008. 208p

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Autorização

Autorizo a reprodução e/ou divulgação total ou parcial da presente

obra, por qualquer meio convencional ou eletrônico, desde que citada à

fonte.

Nome da autora: Sarita Alves de Souza

Assinatura da autora: ___________________________

Nome do autor: Willian Hideo Saizaki

Assinatura do autor: ____________________________

Instituição: Universidade Tecnológica Federal do Paraná

Local: Curitiba, Paraná

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