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UNIVERSIDADE REGIONAL DO CARIRI - URCA CENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA - CCT DEPARTAMENTO DA CONSTRUÇÃO CIVIL CURSO DE TECNOLOGIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL HABILITAÇÃO EM EDIFÍCIOS TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO A IMPORTÂNCIA DA UTILIZAÇÃO DOS EPI´S E EPC´S NA CONSTRUÇÃO CIVIL RÔDRIGO MOREIRA DE ALENCAR JUAZEIRO DO NORTE CE 2016

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UNIVERSIDADE REGIONAL DO CARIRI - URCA

CENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA - CCT

DEPARTAMENTO DA CONSTRUÇÃO CIVIL

CURSO DE TECNOLOGIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL – HABILITAÇÃO EM

EDIFÍCIOS

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

A IMPORTÂNCIA DA UTILIZAÇÃO DOS EPI´S E EPC´S NA CONSTRUÇÃO CIVIL

RÔDRIGO MOREIRA DE ALENCAR

JUAZEIRO DO NORTE – CE

2016

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RÔDRIGO MOREIRA DE ALENCAR

A IMPORTÂNCIA DA UTILIZAÇÃO DOS EPI´S E EPC´S NA CONSTRUÇÃO CIVIL

Trabalho de Conclusão do Curso apresentada ao Curso de Tecnologia da Construção Civil com habilitação em Edifícios da Universidade Regional do Cariri - URCA como requisito para obtenção do grau de Tecnólogo em Construção Civil, sob orientação do Prof. Esp. Dirceu Tavares Figueiredo.

JUAZEIRO DO NORTE – CE

2016

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RÔDRIGO MOREIRA DE ALENCAR

A IMPORTÂNCIA DA UTILIZAÇÃO DOS EPI´S E EPC´S NA CONSTRUÇÃO CIVIL

BANCA EXAMINADORA

___________________________________________________________________ PROF. ESP. DIRCEU TAVARES FIGUEIREDO, URCA.

(ORIENTADOR)

__________________________________________________________________ PROF. ME. JEFFERSON LUIZ ALVES MARINHO, URCA.

(AVALIADOR)

__________________________________________________________________ PROF. PAULO RICARDO EVANGELISTA ARAUJO, URCA.

(AVALIADOR)

DATA DE APROVAÇÃO: 4 DE JUNHO DE 2016

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Dedico este trabalho a todas as pessoas que

buscam todos os dias e acreditam firmemente

na realização de seus sonhos.

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AGRADECIMENTOS

Querido Senhor, foram anos difíceis, mas Tu sempre estivestes ao meu lado e

diversas vezes me carregastes quando eu não mais suportei o peso da minha carga.

Perdoe meus momentos de pouca fé, somos falhos, mas o Senhor nunca falha. A

conquista é Tua. Obrigado Pai.

Mãe, pai e meus amados irmãos, o que posso dizer de vocês obrigado por

durante estes anos vocês nunca terem duvidado de mim e por afirmarem todos os

dias o quanto sou capaz. Eu os amo demasiadamente. Mãe, o seu amor incondicional

me salvou diversas vezes e hoje a minha gratidão ultrapassa noções de tempo e

espaço, obrigada por nunca ter me dito que algo era impossível e por alimentar os

meus sonhos com suas palavras e seu amor.

Minha noiva Flaviana que sempre esteve ao meu lado em todos os momentos

bons e ruins, sempre me dando seu apoio e ajudando com atenção e muito amor.

Obrigado por me tornar uma pessoa melhor e por nunca ter desistido de mim.

Meus colegas de turma foram anos difíceis, estamos chegando ao fim. Por trás

dos nossos sorrisos há tanta luta. Cada um sabe as dores e as delícias que estes

anos nos proporcionaram. Estamos chegando ao fim, ao fim de conflitos, mas também

de risadas. Estamos chegando ao fim, porém é só mais um começo. Meus caros

colegas, não levem mágoas, não levem lembranças de estágios árduos e professores

difíceis.

Agradecer especialmente a minha colega Rafaela Amanda e meu colega

Francisco Cláudio pessoas que eu tenho muita admiração e carinho, e que se

tornaram meus amigos ao longo desse tempo, agradecer a turma “a casa não caiu”.

Ao meu orientador, Prof. Esp. Dirceu Tavares Figueiredo, pelo apoio e por

acreditar na realização dessa pesquisa.

A todos os professores do Curso de Tecnologia da Construção Civil, com

habilitação em Edifícios, por todo conhecimento e sabedoria transmitidos nesse

período.

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Meus queridos amigos de “Busão” atravessar divisas diariamente não é fácil,

sabemos bem disso, quantas vezes o cansaço nos atingiu e quase nos fez desistir?

Porém, lá estávamos todos os dias. Deus viu e vê todos os dias as nossas batalhas

individuais, e eu sei que a recompensa virá para cada um. Obrigado por apoio durante

todo este tempo, aos que ficam: Coragem, dias melhores virão.

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“Eu penei, mas aqui cheguei. ”

LUIZ GONZAGA

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RESUMO

No ambiente de trabalho da Construção Civil há uma série de especificidades, que,

variando conforme a área pode apresentar riscos à saúde do trabalhador. Com intuito

de reduzir estes riscos, foi aprovado em 08 de junho de 1978, segundo a portaria nº

3.124 do Ministério do Trabalho e Emprego, as Normas Regulamentadoras (NR). Há

36 NR´s, destaca-se, neste estudo, a NR-6, de modo que a mesma aborda os

aspectos relacionados aos Equipamento de Proteção Individual. Esta pesquisa teve

como objetivo geral avaliar a importância da utilização do Equipamento de Proteção

Individual e Coletiva na Construção Civil através de uma revisão bibliográfica. O

presente estudo conteve como traçado metodológico, quanto ao procedimento como

sendo bibliográfica, de abordagem qualitativa e objetivo descritivo. Foram

consultadas, para produção desta revisão bibliográfica, diversas fontes, sendo elas:

livros, artigos, portarias, monografias, dissertações e teses, além de textos e manuais

disponíveis no site do Ministério do Trabalho e Emprego. A utilização dos EPI´s e

EPC´s é de fundamental importância para garantir a saúde do trabalhador. Garantindo

uma menor exposição aos riscos, reduzindo o número de acidentes de trabalho assim

como o número de doenças ocupacionais. São diversos os EPI´s e EPC´s que podem

ser utilizados, como máscaras, capacetes, vestimentas, luvas, calçados e outros a

nível individual. No que se refere ao coletivo os extintores, telas, sinalizações e

barreiras também se mostram eficazes. A não adesão dos mesmos se dá, na maioria

das vezes, por falta de orientação e manuseio adequado. No intuito de melhorar a

adesão por parte dos trabalhadores, o treinamento se faz fundamental, sendo algo

crucial para que a eficácia do equipamento seja garantida, bem como a segurança,

qualidade e saúde para os trabalhadores.

PALAVRAS-CHAVES: Segurança no Trabalho; Equipamentos de proteção;

Construção Civil.

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ABSTRACT

In Construction work environment there are a number of characteristics, which vary

according to the area can present risks to workers' health. In order to reduce these

risks, it was approved on June 8, 1978, according to the decree Nº 3124 of the Ministry

of Labor and Employment, the Regulatory Norms (RN). There are 36 RN's, stands out

in this study, the RN-6, so that it covers the aspects related to Personal Protective

Equipment. This research aimed to evaluate the importance of the use of Personal

Protective Equipment and Collective in Construction through a literature review. This

study contained the methodological route, as the procedure as literature, qualitative

and descriptive objective approach. Were consulted for the production of this literature

review, several sources, namely: books, articles, ordinances, monographs,

dissertations and theses, as well as texts and manuals available on the Ministry of

Labor website. The use of PPE and CPE's is of fundamental importance to ensure

workers' health, ensuring a lower risk exposure by reducing the number of accidents

and the number of occupational diseases. There are several PPE and CPE's that can

be used as masks, helmets, clothing, gloves, sidewalks and other individually. With

regard to the collective extinguishers, displays, signs and barriers also are effective.

Non-adherence of the same takes place several times a lack of guidelines and

handlings. In order to improve compliance by workers, training becomes important,

and crucial to the effectiveness of the equipment is ensured and the safety, quality and

health for workers.

KEYWORDS: Safety at work; Protective equipment; Construction.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Capacete .................................................................................................... 24

Figura 2: Capuz ......................................................................................................... 24

Figura 3: Óculos ........................................................................................................ 25

Figura 4: Protetor facial ............................................................................................. 25

Figura 5: Máscara de Solda ...................................................................................... 26

Figura 6: Protetor auditivo ......................................................................................... 26

Figura 7: Respirador purificador de ar ....................................................................... 27

Figura 8: Respirador de adução de ar ....................................................................... 28

Figura 9: Respirador de fuga ..................................................................................... 28

Figura 10: Vestimentas de segurança ....................................................................... 28

Figura 11: Tipos de Luvas ......................................................................................... 29

Figura 12: Creme protetor ......................................................................................... 29

Figura 13: Manga ...................................................................................................... 30

Figura 14: Braçadeira ................................................................................................ 30

Figura 15: Dedeira ..................................................................................................... 31

Figura 16: Tipos de Botas ......................................................................................... 31

Figura 17: Meia ......................................................................................................... 32

Figura 18: Calça ........................................................................................................ 32

Figura 19: Macacão ................................................................................................... 33

Figura 20: Vestimenta de corpo inteiro ...................................................................... 33

Figura 21: Dispositivo trava-queda ............................................................................ 34

Figura 22: Cinturão ou cinto paraquedista ................................................................ 34

Figura 23: Tipos de extintores de incêndio ................................................................ 35

Figura 24: Piso antiderrapante .................................................................................. 35

Figura 25: Lava-Olhos ............................................................................................... 36

Figura 26: Placas de sinalizações ............................................................................. 36

Figura 27: Bandeja de proteção ................................................................................ 36

Figura 28: Tapumes .................................................................................................. 37

Figura 29: Guarda-Corpo .......................................................................................... 37

Figura 30: Tela de proteção ...................................................................................... 38

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

CLT Consolidação das Leis do Trabalho

CIPA Comissão Interna de Prevenção de Acidentes

EPC Equipamento de Proteção Coletiva

EPI Equipamento de Proteção Individual

INSS Instituto Nacional de Seguridade Social

MTE Ministério do Trabalho e Emprego

NR Norma Regulamentadora

SESMT Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do

Trabalho

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO...........................................................................................................12

1.1 Objetivos...............................................................................................................14

1.2 Justificativa...........................................................................................................14

1.3 Metodologia..........................................................................................................15

2 SEGURANÇA DO TRABALHO NA CONSTRUÇÃO CIVIL....................................16

2.1 Aspectos gerais da segurança do trabalho no ramo da construção civil..............16

2.2 Riscos ocupacionais no ambiente da construção civil.......................................... 20

3 EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÕES...................................................................... 23

3.1 Caracterização dos EPI´s e EPC´s...................................................................... 23

3.2 Vantagens na utilização dos EPI´s e EPC´s e principais razões da não

adesão....................................................................................................................... 39

3.3 O processo de treinamento e orientação da equipe quanto ao uso dos EPI e

EPC............................................................................................................................41

CONSIDERAÇÕES FINAIS.......................................................................................44

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..........................................................................46

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INTRODUÇÃO

A prática de atividades laborais existe desde tempos remotos, onde o homem,

ainda de forma arcaica, desenvolvia atividades que necessitavam de um certo grau

de energia física e psíquica, denominada força de trabalho. Com o passar dos séculos

a organização destas atividades constituiu-se como sendo o que denominamos de

trabalho (MORETTI, 2012).

Para Rocha (2012), o trabalho apresenta-se como sendo imprescindível para

existência humana, sendo ele o meio que permite com que o homem adquira uma

identidade social no ambiente em que se encontra, além disso, o mesmo possibilita

meios com que o indivíduo garanta seu sustento, desenvolva suas habilidades e

possa se relacionar com os que o cercam.

Dentro do ambiente de trabalho há uma série de especificidades, que, variando

conforme a área pode apresentar riscos à saúde do trabalhador. Desde primórdios

greco-romanos já se considerava a atividade laboral como um possível fator causador

e modificador das condições de viver, adoecer e morrer. Pesquisas realizadas por

Hipócrates, Plínio, Galeno e outros já evidenciavam o trabalho como sendo

determinante para a produção de doenças, ressaltando a importância do ambiente de

trabalho e a relação do homem com o mesmo (FARIAS; JUNIOR, 1999).

De acordo com Silva e Pinto (2012), mesmo existindo a concepção de que o

ambiente de trabalho proporcionava riscos ocupacionais a preocupação com os

mesmos só passou a existir na década de 80, quando surge a instituição de normas

para a segurança no ambiente de trabalho.

Santos (2014), definiu riscos ocupacionais como sendo aqueles em que o

trabalhador se encontra exposto mediante o exercer de sua função, muitas vezes

estando susceptíveis a estes riscos sem sequer identifica-los. Há ainda a possibilidade

de que o trabalhador conheça estes riscos, entretanto não possua um controle sobre

ele, sendo inevitável não se expor aos mesmos.

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O risco é caracterizado como sendo a probabilidade de que um evento

aconteça, neste caso os riscos ocupacionais podem ser considerados como toda e

qualquer possibilidade de ocorrência de um evento que possa causar alterações

mentais, físicas e sociais na saúde do trabalhador, não se limitando apenas a

acidentes e lesões (SANTOS, 2014).

Para prevenção destes riscos foi aprovado em 08 de junho de 1978, segundo

a portaria nº 3.124 do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), as Normas

Regulamentadoras (NR), que se relacionam com a segurança e medicina do trabalho.

Segundo o Manual de Legislação Atlas (2015), o cumprimento das NR’s é de

observância obrigatória pelas empresas, sejam elas públicas ou privadas, de

administração direta ou indireta, bem como pelos poderes legislativos e judiciários que

possuem empregados regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Ainda de acordo com o Manual de Legislação Atlas (2015), há 36 NR´s,

destaca-se, neste estudo, a NR-6, de modo que a mesma aborda os aspectos

relacionados aos Equipamento de Proteção Individual (EPI). Para os fins de aplicação

da NR-6, considera-se EPI, todo dispositivo ou produto de uso individual utilizado pelo

trabalhador, destinado à proteção de riscos que possam ameaçar a segurança e a

saúde no trabalho.

A NR-6 caracteriza também o Equipamento de Proteção Coletiva (EPC), sendo

que este é utilizado na fonte do risco, com intuito de eliminar ou minimizar o perigo

existente naquele ambiente. Ambos têm por finalidade, através de sua utilização,

reduzir os acidentes e doenças do trabalho bem como suas consequências.

Como se pode observar, no ambiente de trabalho, diversos fatores podem

oferecer riscos ocupacionais aos profissionais atuantes. Na Construção Civil é

possível perceber a existência destes, de modo que este ambiente é repleto de

instrumentos e práticas complexas que requerem habilidade teórica e prática por parte

do empregado, desta forma a empresa deve sempre buscar possíveis minimização

ou até mesmo exclusão destes fatores, o que pode ser alcançado desde que as

entidades organizacionais sigam os padrões estabelecidos pelo MTE através das

NR´s, garantindo assim a segurança no trabalho e melhoria da qualidade de vida do

trabalhador.

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1.1 Objetivos

Este trabalho tem como objetivo geral:

Avaliar a importância da utilização do EPI e EPC na Construção Civil através

de uma revisão bibliográfica.

E possui os seguintes objetivos específicos:

Caracterizar os EPI e EPC utilizados na Construção Civil;

Descrever as vantagens da utilização dos EPI e EPC na Construção Civil;

Compreender a importância da orientação e treinamento das equipes de

trabalho, quanto ao uso dos EPI e EPC.

1.2 Justificativa

A escolha por se pesquisar sobre a temática em questão decorreu-se do fato

do pesquisador já ter contato com o assunto abordado através de um curso técnico

em segurança do trabalho que o mesmo participa, além disso, o pesquisador desejava

aprofundar-se mais sobre o tema em questão.

A relevância desta pesquisa se dá no fato de que os Equipamentos de Proteção

Individual e Coletiva se mostram essenciais na minimização dos riscos presentes no

ambiente de trabalho, necessitando, desta forma, de uma maior discussão sobre os

mesmos, tendo um foco principal no uso desse tipo de proteção na Construção Civil,

de modo que esta discussão terá como base a teoria, sendo esta selecionada através

da literatura existente.

Espera-se que esta pesquisa contribua para ampliação do acervo de

publicações sobre a temática, proporcione uma projeção de conhecimentos para toda

a comunidade científica, nortei futuras intervenções e produza subsídios para ampliar

a utilização dos EPI e EPC nas empresas, melhorando assim o ambiente de trabalho

e minimizando possíveis danos à saúde do trabalhador.

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1.3 Metodologia

O presente estudo conteve como traçado metodológico, quanto ao

procedimento como sendo bibliográfica, de abordagem qualitativa e objetivo

descritivo.

Pesquisas bibliográficas caracterizam-se como sendo revisões da literatura

sobre os principais conteúdos de um dado tema, a partir de material já publicado,

porém, com fins de revisão e formulação de um marco teórico. Ela pode ser feita

através da consulta de livros, periódicos, artigos, sites, teses, dentre outras fontes. O

principal objetivo da mesma é colocar o pesquisador em contato direto com tudo que

já foi produzido sobre a sua temática, tendo como vantagem a possibilidade de que o

pesquisador tenha acesso a uma gama de fenômenos bem mais amplos do que na

pesquisa direta (BOCCATO, 2006).

Para Cresweel (2014), a pesquisa de natureza qualitativa é caracterizada pela

observação de aspectos inerentes ao ser humano e análise de casos concretos. Desta

forma o pesquisador assume a postura de observar eventos inseridos nos seus

contextos naturais, de modo a entendê-los e interpreta-los, bem como seus

significados.

As pesquisas descritivas têm como característica principal a possibilidade de

descrição dos fenômenos, exigindo do pesquisador uma série de informações,

buscando muitas vezes a descrição de fatos, perfis, grupos, objetos ou outro

fenômeno que esteja submetido a uma análise (FIGUEIREDO, 2008).

Foram consultadas, para produção desta revisão bibliográfica, diversas fontes,

sendo elas: livros, artigos, portarias, monografias, dissertações e teses, além de textos

e manuais disponíveis no site do Ministério do Trabalho e Emprego.

No intuito de padronizar o processo de seleção do material a ser analisado

optou-se por eleger critérios de inclusão e exclusão. Foram incluídos nesta revisão

materiais que abordem a temática em questão, construindo assim para a investigação,

que estejam disponíveis para livre acesso, na integra, em língua portuguesa e que

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constem entre os anos de 2000 e 2015, totalizando um período cronológico de 15

anos, facilitando assim o processo de organização das ideias. Ressalta-se que

publicações com autores e discussões relevantes, bem como portarias e leis, mesmos

não estando inclusos no período cronológico foram incluídos, visto a contribuição para

os resultados.

Esta revisão permitiu ao pesquisador elaborar ensaios que favoreceram a

contextualização, problematização e uma primeira validação do quadro teórico a ser

utilizado na investigação empreendida.

Após seleção do material se iniciou um processo de análise, todo o material foi

explorado através de várias leituras para que o pesquisador pudesse apoderar-se do

assunto, após esta etapa o material foi decodificado e organizado através de

categorias teóricas que serão expostas ao longo da pesquisa; por fim, os resultados

encontrados foram discutidos.

2. SEGURANÇA DO TRABALHO NA CONSTRUÇÃO CIVIL

2.1 Aspectos gerais

O trabalho é considerado uma atividade essencial na sociedade atual, visto que

o mesmo possibilita que o indivíduo garanta seu sustento, sinta-se útil, desenvolva

suas habilidades, estabeleça relações no ambiente em que atua e sinta-se realizado.

Entretanto é preciso compreender que todo e qualquer trabalho exige do indivíduo um

gasto de energia física e psíquica, que é conhecida como força de trabalho (MORETTI,

2012).

O trabalho apresenta-se como um objeto social de desejo e obrigação, de modo

que os indivíduos que não se encontram inclusos no mercado de trabalho sentem-se

discriminados e inúteis por não serem vistos como contribuintes para o meio (ROCHA,

2012). Desta forma a busca por ingresso no mercado de trabalho é imensa, o que faz

com que diversas vezes o trabalhador submeta-se a situações desgastantes para

manter-se empregado.

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Ao se observar, a nível de trabalho, o campo industrial e todas as categorias e

processo envolvidos, a construção civil ganha destaque, visto que, a mesma é

caracterizada especificamente pela mão-de-obra. Segundo Medeiros (2013), a

construção civil apresenta as piores condições de segurança e saúde, isto mediante

análise mundial, ressaltando que apenas algumas empresas se preocupam com a

saúde do empregado. Quando analisamos o cenário brasileiro, percebe-se a

importância da mesma na economia nacional, visto que os setores de construção civil

contratam uma diversidade de mão-de-obra anualmente, entretanto os mesmos ainda

se apresentam como um grande desafio para segurança pública, especificamente

para a saúde do trabalhador.

Percebe-se a importância da segurança do trabalho desta categoria

profissional, de modo que o trabalhador é o principal envolvido em todo o processo.

Em contrapartida, o setor de construção civil é um dos que mais apresentam acidentes

de trabalho, indicando um certo descuido com as medidas de segurança

(VASCONCELOS; REIS; VIEIRA, 2008).

Uma das principais definições de segurança do trabalho foi dada por Diniz

(2002), que a conceituou como sendo uma diversidade de medidas técnicas,

psicológicas e médicas, que possuíam como intuito prevenir acidentes profissionais,

criando procedimentos capazes de eliminar ou reduzir as condições inseguras no

ambiente de trabalho e educando os trabalhadores a como evitá-las.

O setor de construção civil foi destaque por um longo período de tempo devido

ao alto número de acidentes e mortes no trabalho no Brasil. E desde o ano de 1995 o

governo se empenha em reverter o quadro, buscando índices e resultados positivos

(BRASIL, 2002).

No âmbito da Construção Civil a segurança no trabalho é essencial, sendo

importante para o trabalhador, para a empresa e a sociedade em geral, visto que o

trabalhador acidentado além do sofrimento pessoal requer receber seus direitos

previdenciários, que são pagos por todos os trabalhadores e empresas (DINIZ, 2002).

Compreender as definições de acidente de trabalho é algo imprescindível para que

todos os envolvidos saibam identificá-lo e posteriormente saber como agir.

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A Lei nº. 8.213 de 24 de julho de 1991, alterada pelo Decreto n º. 611, de 21

de julho de 1992, é a norma vigente que fornece o conceito de acidente típico de

trabalho no seu art.19:

Acidente de trabalho é aquele que ocorre pelo exercício do trabalho, a serviço

da empresa, ou ainda, pelo serviço de trabalho de segurados especiais,

provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte, a

perda ou redução da capacidade para o trabalho, permanente ou temporária

(BRASIL, Lei 8.213 de 1991).

Também são considerados acidentes de trabalho as entidades mórbidas

previstas no art. 20, da Lei 8.213 de 24 de julho de 1991, conforme se vê nas

informações a seguir:

I -Doença profissional, assim entendida a produzida ou desencadeada pelo

exercício do trabalho peculiar a determinada atividade e constante da

respectiva relação elaborada pelo Ministério do Trabalho e da Previdência

Social;

II - Doença do trabalho, assim entendida a adquirida ou desencadeada em

função de condições especiais em que o trabalho é realizado e com ele se

relacione diretamente, constante da relação mencionada no inciso I.

(BRASIL, Lei 8.213 de 1991).

Percebe-se que ao se analisar a Lei 8.213/91 que se pode classificar o acidente

de trabalho como sendo: típico, doenças profissionais/ocupacionais e doenças de

trabalho, onde estas se relacionam aos acidentes que ocorrem no ambiente de

trabalho e em horário de trabalho bem como fora do ambiente de trabalho, porem em

horário de trabalho.

O acidente de trabalho mobiliza todos os funcionários, visto que estes irão parar

suas atividades para prestar socorro ao seu colega de trabalho, além disso os mesmos

permanecerão abalados emocionalmente por um bom período de tempo, além do

afastamento do próprio acidentado, onde muitas vezes a empresa terá de colocar um

substituto em seu posto de trabalho para não prejudicar a produção (ANDRADE,

2014).

Mediante um acidente de trabalho se o afastamento for maior do que 15 dias e

o trabalhador for segurado pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), este

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pagará o auxílio doença ou o auxílio acidente de trabalho ao acidentado, a partir do

período de 15 dias, já quando o afastamento é menor que 15 dias, as despesas são

de custeio total do empregador, onde todos os gastos do funcionário deverão ser

pagos (BRASIL, 2006).

Na ocorrência de um acidente de trabalho o trabalhador tem sua saúde

danificada em diversas dimensões, e no geral o mesmo tende a culpabilizar a

empresa. Os acidentes de trabalho representam altos custos para a empresa, a

sociedade e para o próprio trabalhador. Segundo Budel (2012), os acidentes de

trabalho podem gerar consequências irreparáveis a saúde do trabalhador, pode-se

citar as mutilações, invalidez permanente e até mesmo a morte. As sequelas não se

limitam apenas ao campo físico, a integridade psicológica também pode ser

prejudicada, visto que a saúde do trabalhador abrange o âmbito psíquico, podendo

envolver também os familiares no processo.

Todas estas repercussões são marcadores negativos para as empresas, além

dos gastos aos cofres públicos que tem que prestar assistência à saúde deste

trabalhador e prever verbas indenizatórias concedidas via judicial a estes (BUDEL,

2012).

Ao se avaliar o ambiente de trabalho a saúde do trabalhador e o seu bem-estar

devem ser priorizados, de modo que os mesmos devem ser vistos como critérios

essenciais do processo de avaliação. Abrahão e Pinho (2001), afirmam que a

ergonomia, no intuito de fornecer conhecimentos e ferramentas que possam orientar

e transformar de forma produtiva o trabalho, avalia o trabalho e suas condições, a

relação do mesmo com os trabalhadores e todo o processo que ocorre dentro da

empresa.

Considerando a importância da presença da ergonomia nos locais de trabalho,

Medeiros (2013), afirma que a ergonomia é um estudo das relações entre os homens

e os meios, especificamente o meio trabalhista, a mesma possui um tipo de

abordagem interdisciplinar, que visa prevenir e minimizar riscos decorrentes das

atividades laborais, garantindo a manutenção da saúde física e psíquica do

trabalhador. Nestas tentativas a mesma possui o intuito de adaptar o meio laboral ao

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trabalhador, garantindo uma melhora organizacional conforme as necessidades e

realidades locais e específicas.

Ainda para o autor supracitado a ergonomia é implementada pela NR-17, que

tem o intuito de reduzir danos e doenças decorrente das atividades laborais,

garantindo maior conforto e segurança aos trabalhadores, adaptando estações de

trabalho, equipamentos e mais itens do processo de trabalho, além de garantir

melhores condições de trabalho através de estudos e elaborações de projetos

(MEDEIROS, 2013).

A construção civil exige dos trabalhadores a execução de tarefas complexas e

árduas, entretanto estes mesmos trabalhadores diversas vezes são expostos a

condições de trabalho inadequadas, com baixa remuneração, pouco tempo de

treinamento, ferramentas inadequadas, carga horária elevada e ausência de

segurança no trabalho. Diversos são os riscos ocupacionais aos quais os

trabalhadores estão expostos, sendo necessário um aprofundamento teórico sobre os

mesmos.

2.2 Riscos ocupacionais no ambiente da Construção Civil

Chamamos de riscos ocupacionais, aqueles aos quais os empregados estão

susceptíveis mediante alocação no seu ambiente de trabalho durante o

desenvolvimento de suas tarefas e atribuições que lhe foram determinadas. Estes

riscos, quase sempre não são evidenciáveis, pois, os mesmos podem encontrar-se

ocultos devido à ausência de conhecimento ou de informações (SANTOS, 2014).

Segundo Bessa et al. (2010), os riscos ocupacionais são todas as situações de

trabalho que possam alterar o equilíbrio físico, mental e social dos trabalhadores e

não apenas os casos que gerem acidentes e doenças. Assim sendo, compreende-se

por situações de risco as que, devidas à natureza das funções e em resultado de

ações ou fatores externos, aumentem a probabilidade de ocorrência de lesões.

As condições de trabalho podem expor o indivíduo a diversos riscos

ocupacionais podendo os mesmos serem desencadeados por fatores biológicos,

físicos, químicos, ergonômicos e ambientais (VASCONCELOS; REIS; VIEIRA, 2008).

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Segundo o Ministério do Trabalho e Emprego (2008), os riscos biológicos são

advindos de microrganismos, que podem ser geneticamente modificados ou não, as

culturas de células, os parasitas, as toxinas e os príons. São considerados agentes

biológicos: as bactérias, vírus, fungos, protozoários, parasitas e vermes (LUCAS,

2012). Eles são capazes de causar danos à saúde do ser humano, por causa da

liberação de substâncias que podem ocasionar infecções, efeitos tóxicos ou

alergênicos, doenças autoimunes e a formação de neoplasias.

No tocante aos riscos químicos chamam-se de agentes químicos os elementos

ou a combinação dos mesmos que, quando em contato direto e de modo continuo

com o indivíduo, que possam penetrar no organismo pela via respiratória, nas formas

de poeiras, fumos, névoas, neblinas, gases ou vapores, através da exposição tenham

contato ou que possam ser absorvidas pelo organismo através da pele ou por ingestão

(LUCAS, 2012; BRASIL, 2014). Estão incluídos nos danos físicos, desde irritação na

pele e olhos, passando por queimaduras leves, indo até aqueles de maior severidade,

causando envenenamentos e toxicidade (SILVA; PINTO, 2012).

No que se refere aos riscos ergonômicos a Ergonomia é o estudo da adequação

do trabalho ao ser humano. Lucas (2012), afirma que os riscos ergonômicos são

aqueles que abrangem a relação da energia mecânica nas atividades laborais do

trabalho através da atividade/esforço postural ou de fatores ligados à monotonia ou a

repetição de atividades no trabalho. Eles estão interligados a maneira pela qual as

atividades laborais são feitas, ao ritmo usando no trabalho e à mecânica postural do

mesmo durante a realização das funções, mantendo uma relação íntima com os

fatores psicossociais

São considerados agentes ergonômicos: esforço físico intenso, imposição de

ritmos excessivos, jornadas de trabalho prolongadas, levantamento e transporte

manual de peso, exigência de postura inadequada, controle rígido de produtividade,

monotonia e repetitividade, e outras situações causadoras de stress (BRASIL, 1994).

Para o Ministério do Trabalho e do Emprego (2014), consideram-se riscos

físicos as distintas naturezas de energia a que possam estar expostos os

trabalhadores, tais como ruídos, vibrações, pressões anormais, temperaturas

extremas, radiações ionizantes, radiações não ionizantes, calor, frio, umidade, bem

como o infrassom e o ultrassom, segundo a Norma Regulamentadora 9, NR-9.

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Os agentes físicos se caracterizam por: exigirem um modo de transmissão para

propagarem sua nocividade; agirem em pessoas que não possuem contato direto com

a fonte do risco; causarem lesões crônicas ou imediatas aos indivíduos expostos,

onde a severidade vai depender da concentração do mesmo no meio ambiente

(MORAES, 2011).

Quanto aos riscos psicossociais as atuais tendências na promoção da

segurança e prevenção dos riscos ocupacionais no trabalho incluem não somente os

riscos biológicos, químicos e físicos dos ambientes laborais, mas também os diversos

fatores psicossociais inerentes às instituições e a maneira como esses fatores influem

na saúde física e mental do trabalhador (CAMELO et al., 2012).

Segundo Silva (2011), os principais riscos a que estão expostos os profissionais

de construção civil são:

RISCOS FÍSICOS: Ruído (máquinas); Calor e Radiação;

RISCOS QUÍMICOS: Fumos metálicos e resíduos do corte de aço;

RISCOS BIOLÓGICOS: Tétano (perfuração com ferro);

RISCOS ERGONÔMICOS: Postura Inadequada; levantamento e transporte

manual de peso;

RISCOS DE ACIDENTES: Corte de Membros e perfurações; ferimentos por

pontas de ferragens; detrito nos olhos; queda do mesmo nível ou com diferença

de nível;

Na construção civil as tarefas como levantar, carregar e empurrar carga exigem

grandes esforços, e quando constante, por períodos prolongados, associadas à

adoção de posturas inadequadas, permitirá a fadiga, baixa motivação, diminuição da

produtividade resultando no afastamento do trabalhador (MEDEIROS, 2013)

No intuito de reduzir os riscos ocupacionais e ampliar a segurança no trabalho

surgem as NR´s, de modo que no próximo tópico será abordada NR-6 que define os

aspectos relacionados aos EPI, foram acrescidas, ainda, informações relativas ao uso

dos EPC.

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3 EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÕES

3.1 Caracterização dos EPI´s e EPC´s

De acordo com a NR-6, o EPI é considerado um equipamento de uso individual,

com o intuito de neutralizar certos acidentes e proteger contra doenças advindas da

atividade laboral e suas condições. Os EPI devem ser usados mediante necessidade,

ressaltando que preferencialmente é indicado o uso de EPC, apenas quando estes

não são adequados para a situação deve-se dar preferência aos EPI (MANUAIS DE

LEGISLAÇÃO ATLAS, 2015). Ao se analisar esta informação pode-se compará-la a

realidade, na qual o uso de EPI surge sempre em primeiro plano, deixando os EPC

praticamente em desuso. Mesmo se sabendo que os gastos com equipamentos

individuais muitas vezes custam mais que com os coletivos.

Entende-se por EPI todo dispositivos, que o fabricante tenha conexo contra um

ou mais riscos que venham a ocasionar concomitantemente e que sejam capazes de

ameaçar a segurança e a saúde no trabalho (BRASIL, 2006). Nesse sentido, o uso de

EPI, como máscaras, gorro, óculos, capote e botas, torna-se obrigatório a todos os

trabalhadores (CHAGAS et al., 2013).

Segundo a Portaria n.º 25, de 15 de outubro de 2001, que altera a Norma

Regulamentadora que trata de Equipamento de Proteção Individual, NR-6, e dá outras

providências, os equipamentos de proteção individual no âmbito da construção civil,

mais utilizados, são os seguintes:

A - EPI PARA PROTEÇÃO DA CABEÇA

A.1 - Capacete

a) Capacete de segurança para proteção contra impactos de objetos sobre o

crânio;

b) capacete de segurança para proteção contra choques elétricos;

c) capacete de segurança para proteção do crânio e face, contra riscos

provenientes de fontes geradoras de calor nos trabalhos de combate a incêndio.

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Figura 1: Capacete

Fonte: Google

A.2 – Capuz

a) Capuz de segurança para proteção do crânio e pescoço contra riscos de

origem térmica;

b) capuz de segurança para proteção do crânio e pescoço contra respingos de

produtos químicos;

c) capuz de segurança para proteção do crânio em trabalhos onde haja risco de

contato com partes giratórias ou móveis de máquinas.

Figura 2: Capuz

Fonte: Google

B - EPI PARA PROTEÇÃO DOS OLHOS E FACE

B.1 – Óculos

a) Óculos de segurança para proteção dos olhos contra impactos de partículas

volantes;

b) óculos de segurança para proteção dos olhos contra luminosidade intensa;

c) óculos de segurança para proteção dos olhos contra radiação ultravioleta;

d) óculos de segurança para proteção dos olhos contra radiação infravermelha;

e) óculos de segurança para proteção dos olhos contra respingos de produtos

químicos.

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Figura 3: Óculos

Fonte: Google

B.2 - Protetor facial

a) Protetor facial de segurança para proteção da face contra impactos de

partículas volantes;

b) protetor facial de segurança para proteção da face contra respingos de

produtos químicos;

c) protetor facial de segurança para proteção da face contra radiação

infravermelha;

d) protetor facial de segurança para proteção dos olhos contra luminosidade

intensa.

Figura 4: Protetor facial

Fonte: Google

B.3 - Máscara de Solda

a) Máscara de solda de segurança para proteção dos olhos e face contra

impactos de partículas volantes;

b) máscara de solda de segurança para proteção dos olhos e face contra

radiação ultravioleta;

c) máscara de solda de segurança para proteção dos olhos e face contra

radiação infravermelha;

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d) máscara de solda de segurança para proteção dos olhos e face contra

luminosidade intensa.

Figura 5: Máscara de Solda

Fonte: Google

C - EPI PARA PROTEÇÃO AUDITIVA

C.1 - Protetor auditivo

a) Protetor auditivo circum-auricular para proteção do sistema auditivo contra

níveis de pressão sonora superiores ao estabelecido na NR – 15;

b) protetor auditivo de inserção para proteção do sistema auditivo contra níveis

de pressão sonora superiores ao estabelecido na NR - 15;

c) protetor auditivo semi-auricular para proteção do sistema auditivo contra níveis

de pressão sonora superiores ao estabelecido na NR – 15.

Figura 6: Protetor auditivo

Fonte: Google

D - EPI PARA PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA

D.1 - Respirador purificador de ar

a) Respirador purificador de ar para proteção das vias respiratórias contra

poeiras e névoas;

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b) respirador purificador de ar para proteção das vias respiratórias contra

poeiras, névoas e fumos;

c) respirador purificador de ar para proteção das vias respiratórias contra poeiras,

névoas, fumos e radionuclídeos;

d) respirador purificador de ar para proteção das vias respiratórias contra

vapores orgânicos ou gases ácidos em ambientes com concentração inferior a

50 ppm (parte por milhão);

e) respirador purificador de ar para proteção das vias respiratórias contra gases

emanados de produtos químicos;

f) respirador purificador de ar para proteção das vias respiratórias contra

partículas e gases emanados de produtos químicos;

g) respirador purificador de ar motorizado para proteção das vias respiratórias

contra poeiras, névoas, fumos e radionuclídeos.

Figura 7: Respirador purificador de ar

Fonte: Google

D.2 - Respirador de adução de ar

a) respirador de adução de ar tipo linha de ar comprimido para proteção das vias

respiratórias em atmosferas com concentração Imediatamente Perigosa à Vida

e à Saúde e em ambientes confinados;

b) máscara autônoma de circuito aberto ou fechado para proteção das vias

respiratórias em atmosferas com concentração Imediatamente Perigosa à Vida

e à Saúde e em ambientes confinados;

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Figura 8: Respirador de adução de ar

Fonte: Google

D.3 - Respirador de fuga

a) Respirador de fuga para proteção das vias respiratórias contra agentes

químicos em condições de escape de atmosferas Imediatamente Perigosa à

Vida e à Saúde ou com concentração de oxigênio menor que 18 % em volume.

Figura 9: Respirador de fuga

Fonte: Google

E - EPI PARA PROTEÇÃO DO TRONCO

E.1 - Vestimentas de segurança que ofereçam proteção ao tronco contra riscos

de origem térmica, mecânica, química, radioativa e meteorológica e umidade

proveniente de operações com uso de água.

Figura 10: Vestimentas de segurança

Fonte: Google

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F - EPI PARA PROTEÇÃO DOS MEMBROS SUPERIORES

F.1 – Luva

a) Luva de segurança para proteção das mãos contra agentes abrasivos e

escoriantes;

b) luva de segurança para proteção das mãos contra agentes cortantes e

perfurantes;

c) luva de segurança para proteção das mãos contra choques elétricos;

d) luva de segurança para proteção das mãos contra agentes térmicos;

e) luva de segurança para proteção das mãos contra agentes biológicos;

f) luva de segurança para proteção das mãos contra agentes químicos;

g) luva de segurança para proteção das mãos contra vibrações;

h) luva de segurança para proteção das mãos contra radiações ionizantes.

Figura 11: Tipos de Luvas

Fonte: Google

F.2 - Creme protetor

a) Creme protetor de segurança para proteção dos membros superiores contra

agentes químicos.

Figura 12: Creme protetor

Fonte: Google

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F.3 – Manga

a) Manga de segurança para proteção do braço e do antebraço contra choques

elétricos;

b) manga de segurança para proteção do braço e do antebraço contra agentes

abrasivos e escoriantes;

c) manga de segurança para proteção do braço e do antebraço contra agentes

cortantes e perfurantes;

d) manga de segurança para proteção do braço e do antebraço contra umidade

proveniente de operações com uso de água;

e) manga de segurança para proteção do braço e do antebraço contra agentes

térmicos.

Figura 13: Manga

Fonte: Google

F.4 – Braçadeira

a) Braçadeira de segurança para proteção do antebraço contra agentes

cortantes.

Figura 14: Braçadeira

Fonte: Google

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F.5 – Dedeira

a) Dedeira de segurança para proteção dos dedos contra agentes abrasivos e

escoriantes.

Figura 15: Dedeira

Fonte: Google

G - EPI PARA PROTEÇÃO DOS MEMBROS INFERIORES

G.1 – Calçado

a) Calçado de segurança para proteção contra impactos de quedas de objetos

sobre os artelhos;

b) calçado de segurança para proteção dos pés contra choques elétricos;

c) calçado de segurança para proteção dos pés contra agentes térmicos;

d) calçado de segurança para proteção dos pés contra agentes cortantes e

escoriantes;

e) calçado de segurança para proteção dos pés e pernas contra umidade

proveniente de operações com uso de água;

f) calçado de segurança para proteção dos pés e pernas contra respingos de

produtos químicos.

Figura 16: Tipos de Botas

Fonte: Google

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G.2 – Meia

a) Meia de segurança para proteção dos pés contra baixas temperaturas.

Figura 17: Meia

Fonte: Google

G.3 – Calça

a) Calça de segurança para proteção das pernas contra agentes abrasivos e

escoriantes;

b) calça de segurança para proteção das pernas contra respingos de produtos

químicos;

c) calça de segurança para proteção das pernas contra agentes térmicos;

d) calça de segurança para proteção das pernas contra umidade proveniente de

operações com uso de água.

Figura 18: Calça

Fonte: Google

H - EPI PARA PROTEÇÃO DO CORPO INTEIRO

H.1 – Macacão

a) Macacão de segurança para proteção do tronco e membros superiores e

inferiores contra chamas;

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b) macacão de segurança para proteção do tronco e membros superiores e

inferiores contra agentes térmicos;

c) macacão de segurança para proteção do tronco e membros superiores e

inferiores contra respingos de produtos químicos;

d) macacão de segurança para proteção do tronco e membros superiores e

inferiores contra umidade proveniente de operações com uso de água.

Figura 19: Macacão

Fonte: Google

H.2 - Vestimenta de corpo inteiro

a) Vestimenta de segurança para proteção de todo o corpo contra respingos de

produtos químicos;

b) vestimenta de segurança para proteção de todo o corpo contra umidade

proveniente de operações com água.

Figura 20: Vestimenta de corpo inteiro

Fonte: Google

I - EPI PARA PROTEÇÃO CONTRA QUEDAS COM DIFERENÇA DE NÍVEL

I.1 - Dispositivo trava-queda (talabartes)

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a) Dispositivo trava-queda de segurança para proteção do usuário contra quedas

em operações com movimentação vertical ou horizontal, quando utilizado com

cinturão de segurança para proteção contra quedas.

Figura 21: Dispositivo trava-queda

Fonte: Google

I.2 – Cinturão

a) Cinturão de segurança para proteção do usuário contra riscos de queda em

trabalhos em altura;

b) cinturão de segurança para proteção do usuário contra riscos de queda no

posicionamento em trabalhos em altura.

Figura 22: Cinturão ou cinto paraquedista

Fonte: Google

No que se refere aos EPC, Zeferino (2015), afirma que os principais EPC´s

conhecidos e utilizados são:

A- EXTINTORES DE INCÊNDIO

É preciso conhecer, identificar bem o incêndio que se vai combater, antes de

escolher o agente extintor ou equipamento de combate ao fogo, visto que a escolha

do extintor errado pode agravar o incêndio. O uso correto do extintor de incêndio pode

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evitar grandes prejuízos, principalmente, a morte de pessoas devido ao excesso de

queimaduras. Também pode evitar perdas materiais, que muitas vezes apresentam

um déficit significativo para as organizações.

Figura 23: Tipos de extintores de incêndio

Fonte: Google

B- PISO ANTEDERRAPANTE

Este tipo de piso é essencial em diversas situações, visto que os profissionais

podem derrapar e acabar gerando lesões significativas.

Figura 24: Piso antiderrapante

Fonte: Google

C- LAVA-OLHOS

Lava-olhos são equipamentos projetados de forma semelhante aos chuveiros

de segurança, só que com o objetivo específico de livrar os olhos de substâncias

contaminantes. É de vital importância que em áreas de manuseio de produtos

químicos existam equipamentos que proporcionem este fluxo de água. Chuveiros de

segurança e lava-olhos, por serem equipamentos de emergência, devem ser mantidos

de forma a estarem preparados para uso imediato.

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Figura 25: Lava-Olhos

Fonte: Google

D- SISTEMA DE SINALIZAÇÃO

A presença de placas alertando sobre obras, avisos da existência de perigos,

luzes para chamar atenção dos trabalhadores, indicadores de buracos, desvios,

elevações, cones para alertar obras em uma rodovia, são essenciais para garantir

maior segurança no ambiente de trabalho.

Figura 26: Placas de sinalizações

Fonte: Google

E- BANDEJA

Estruturas de segurança evitam que objetos caídos atinjam quem passa no térreo.

Figura 27: Bandeja de proteção

Fonte: Google

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F- TAPUMES

Os tapumes, ou divisórias de isolamento, servem tanto para proteger os

operários de obra como os próprios transeuntes que circulam nos arredores do

terreno. Existindo o risco de queda de materiais nas edificações vizinhas, estas

também devem estar protegidas.

Figura 28: Tapumes

Fonte: Google

G- GUARDA-CORPO

Equipamentos de proteção coletiva, esses aparatos impedem a queda de

operários e a projeção de materiais

Figura 29: Guarda-Corpo

Fonte: Google

H- TELA DE PROTEÇÃO

O perímetro da construção de edifícios deve ser fechado com tela a partir da

plataforma principal de proteção. A tela deve constituir-se de uma barreira protetora

contra projeção de materiais e ferramentas.

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Figura 30: Tela de proteção

Fonte: Google

Ao se avaliar o processo de aquisição dos EPI´s e EPC´s, deve-se ter em mente

a sua finalidade, o conforto proporcionado, os riscos envolvidos, o quantitativo de

profissionais e diversos aspectos organizativos para aquisição, de forma que a

empresa não tenha prejuízos e o profissional não sofra nenhum déficit na execução

das suas atividades (VASCONCELOS; REIS; VIEIRA, 2008).

O equipamento de proteção, seja ele nacional ou importado, só deverá ser

utilizado mediante presença de certificado de aprovação pelo órgão expedidor

nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho do Ministério do

Trabalho e Emprego. Ressalta-se ainda que a empresa é obrigada a fornecer,

gratuitamente, os EPI´s aos seus empregados conforme os riscos aos quais os

mesmos estão expostos, estes equipamentos devem estar em perfeito estado de

conservação e funcionamento. A Portaria n.º 25, de 15 de outubro de 2001, define que

os EPI´s devem ser fornecidos nas seguintes situações:

a) sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção

contra os riscos de acidentes do trabalho ou de doenças profissionais e do

trabalho; b) enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo

implantadas; e, c) para atender a situações de emergência (BRASIL. Portaria

n.º 25, de 15 de outubro de 2001).

Os EPI´s protegem os profissionais de diversos riscos, sejam eles químicos,

físicos e biológicos, porém é necessário estar ciente que o EPI deve ser utilizado antes

do contato com o risco, visto que o mesmo é uma medida de proteção (OLIVEIRA et

al., 2011). O cenário atual aponta que diversos profissionais se encontram expostos a

diversos riscos e não fazem uso de nenhum equipamento de proteção, o que aumenta

anualmente os índices de acidentes de trabalho.

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É de atribuição do Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em

Medicina do Trabalho (SESMT), quando ouvida a Comissão Interna de Prevenção de

Acidentes (CIPA) e trabalhadores usuários, informar a empresa qual o EPI adequado

ao risco existente na atividade em questão, não existindo o SESMT cabe ao

empregador selecionar os EPI adequados, mediante a escuta e orientação de

profissional tecnicamente habilitado (BRASIL, 2010).

3.2 Vantagens na utilização dos EPI´s e EPC´s e principais razões da não adesão

Para Vasconcelos, Reis e Vieira (2008), a utilização dos EPI´s traz inúmeras

vantagens, como pode-se citar uma ampliação na saúde do trabalhador. Nos

benefícios gerados para a empresa percebe-se que que o funcionário ao se sentir

protegido irá produzir mais, haverá uma redução de acidentes de trabalho, menor

exposição aos riscos, mais motivação no exercício da atividade laboral, redução do

número de afastamentos e licenças decorrentes de acidentes de trabalho e outras

vantagens que podem ser vistas como pontos positivos para implementação do uso

dos EPI´s.

Entretanto poucos conhecem a complexidade e a importância do uso do EPI, o

que pode gerar problemas de aceitação por parte dos trabalhadores, e

consequentemente maiores gastos para as instituições, além de maior probabilidade

de ocorrência de acidentes de trabalho.

No tocante aos acidentes de trabalho é nítido que os mesmos prejudicam a

todos os envolvidos, o que leva a ideia de que a prevenção é a melhor maneira de

garantir que estes acidentes não aconteçam. Partindo para a visão capitalista de boa

parte das empresas, o investimento em prevenção é bem mais viável do que todo o

processo judicial em âmbito econômico, investir em medidas básicas de proteção se

mostra mais eficaz do que gerar disputas judiciais (BUDEL, 2012).

Para Medeiros (2013), a incidência das lesões de origem ocupacional constitui

um fenômeno universal de grandes proporções e em constante crescimento, desta

forma os EPI´s e EPC’s se mostram como essenciais para mudar estes dados, visto

que o uso dos mesmos é capaz de reduzir significativamente o número de lesões que

acontecem no ambiente de trabalho.

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Ainda segundo Medeiros (2013), diversos riscos ocupacionais podem ser

evitados e minimizados quando o trabalhador faz uso de medidas de proteção

mediante os EPC’s e EPI’s. Consequentemente as doenças e acidentes serão

reduzidos, ampliando o bem-estar, saúde e qualidade de vida desses profissionais.

A saúde do trabalhador é o principal alvo quando se criou os equipamentos de

proteção, visto que a mesma deve ser priorizada, conservada em sua forma integral.

Diniz (2002), afirma que os benefícios presentes nas empresas que disponibilizam os

EPI’s e EPC’s são imensos, a satisfação e motivação por parte do profissional é bem

mais elevada, consequentemente a produtividade amplia-se, e todos os lados são

beneficiados.

Para Zeferino (2015), a atividade laboral deve ser exercida com a máxima

proteção possível, uma vez que a preservação da saúde deve estar em primeiro lugar.

Desta forma a utilização dos equipamentos de proteção é a principal aliada a

manutenção da saúde do trabalhador. Além disso o EPI é às vezes a única defesa do

trabalhador quanto aos agentes agressores no ambiente de trabalho.

No que se refere a não adesão da utilização dos EPI´s, muitas delas são

evitáveis, sendo necessário apenas maiores informações por parte das empresas bem

como melhor planejamento no momento de aquisição dos mesmos. Abrahão e Pinho

(2001), afirmam que detalhes simples como as medidas antropométricas dos

trabalhadores são motivos que levam a não adesão, visto que os funcionários se

recusam a usar EPI´s que não são ideais para suas formas corporais, gerando um

grande desconforto.

A falta de orientações e um treinamento específico é visto como um dos

principais motivos que levam a aceitação ou não do uso dos EPI´s e EPC´s no

ambiente de trabalho (ABRAHÃO; PINHO, 2001).

Diniz (2002), afirma que o fato de que na maioria das obras não há técnicos e

engenheiros de trabalho é um dos agravantes para que não exista uma boa adesão

por parte dos funcionários ao uso de EPI e EPC, visto que são estes que na maioria

das obras orientam os profissionais quanto ao seu uso e funcionalidade, bem como

seus benefícios. Desta forma é grande a dificuldade de fazer o operário tornar a sua

higiene pessoal e segurança no ambiente de trabalho um hábito.

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A não adesão dos EPI´s pode comprometer o processo de relações

interpessoais no local de trabalho, visto que o empregador pode disponibilizar os EPI´s

e os funcionários não fazerem o uso, gerando um clima organizacional desfavorável

(VASCONCELOS; REIS; VIEIRA, 2008)

Os trabalhadores serão mais receptíveis aos equipamentos de proteção se os

mesmos forem confortáveis e de seu agrado. Para isso, os equipamentos devem ser

práticos, proteger bem, ser de fácil manutenção, serem fortes e duradouros.

Equipamentos que não apresentam estas características tendem a não serem aceitos

pelos trabalhadores.

A não utilização dos equipamentos de proteção nem sempre é relacionada a

não adesão por parte dos funcionários. Zeferino (2015), afirma que algumas

empresas, devido à ausência de fiscalização, deixam de disponibilizar os EPC e EPI,

expondo seus funcionários a riscos desnecessários.

3.3 O processo de treinamento e orientação da equipe quanto ao uso dos EPI e EPC

Segundo Rosso e Oliveira (2005), o treinamento é uma das responsabilidades

gerenciais de maior importância, visto que para obtenção de lucros os clientes devem

estarem satisfeitos, para que isso ocorra as produtos e serviços ofertados devem ser

de qualidade, e consequentemente esta qualidade remete a profissionais capacitados,

que exercem suas funções da melhor maneira possível, e nada mais eficaz do que

treiná-los.

Ainda para Rosso e Oliveira (2005), treinamento é um aperfeiçoamento na

execução de tarefas, um apoio na prevenção de acidentes, capacitando os

trabalhadores a conscientizarem-se da importância do EPC e do EPI no ambiente de

trabalho, desenvolvendo habilidades técnicas e profissionais na prevenção de

acidentes relacionados ao processo de trabalho.

No tocante ao treinamento é fundamental que o trabalhador receba orientações

de toda a obra, treinamento e explicitação dos riscos particulares de cada função ou

atividade e demais esclarecimentos quanto a sua atividade. Segundo Diniz (2002),

pode-se utilizar vídeos, figuras e demais recursos e matérias didáticos para facilitar o

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processo de treinamento dos empregados, estimulando a participação e

sensibilização dos profissionais.

No ambiente da construção civil o engenheiro da obra é responsável pelo

repasse de informações para que os responsáveis por cada setor repassem as

mesmas assim como as tarefas para os demais profissionais envolvidos na obra

(MEDEIROS, 2013).

Infelizmente na realidade local os profissionais são inseridos nos canteiros sem

nenhuma orientação, os aprendizados ocorrem com a inserção direta do trabalhador

no local de trabalho, onde os mesmos aprendem a função através da observação dos

colegas de trabalho que geralmente adotam vícios e posturas erradas.

De acordo com a NR-6 o empregador é obrigado a fornecer aos seus

trabalhadores, de forma gratuita, o EPI apropriado ao risco, onde o mesmo deve

encontrar-se em perfeito estado de conservação e funcionamento, além disso o

mesmo deverá orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado, guarda e

conservação e substituir imediatamente, quando danificado ou extraviado (BRASIL,

2006). No geral os EPI´s são fornecidos, porém nenhuma orientação é dada ao

funcionário, os mesmos fazem o uso deles conforme o senso comum, tentando acertar

qual a melhor maneira de uso.

Em contrapartida, cabe ao empregado quanto ao uso do EPI: “usar o mesmo

apenas para a finalidade a que se destina; responsabilizar-se pela guarda e

conservação; comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio

para uso; cumprir as determinações do empregador sobre o uso adequado” (BRASIL,

2006, p.2).

Ainda de acordo com a NR-6, que evidencia aspectos relacionados ao uso de

EPI, fiscalizar e orientar quanto ao uso adequado e a qualidade do EPI também é uma

atribuição do órgão regional do MTE (BRASIL, 2006).

O uso adequado dos EPI´s é fundamental, visto que quando o profissional não

sabe como realmente o mesmo deve ser utilizado a eficácia do equipamento não será

efetiva, ocorrendo o mesmo processo de exposição ao risco (FUNDAÇÃO OSWALDO

CRUZ, 2003). Desta forma o treinamento é a melhor medida para solucionar este

problema, de modo que profissionais treinados farão uso dos EPI´s e EPC´s de

maneira adequada, reduzindo assim os riscos.

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Os profissionais atuantes em construção civil diversas vezes questionam aos

seus supervisores a eficácia dos equipamentos por não saberem qual a necessidade

do mesmo, ou como usá-lo ou ainda seus benefícios (ABRAHÃO; PINHO, 2001). Esta

ausência de treinamento e orientações pode resultar em problemas organizacionais,

evitando total adesão dos equipamentos por parte do profissional.

O treinamento não é uma realidade cotidiana no âmbito da construção civil, de

modo que as empresas não investem em capacitação dos seus funcionários, a

inserção dos mesmos nos locais de trabalho se dá às cegas, sem orientação alguma,

o prejudicado é visivelmente o trabalhador, que se expõe as diversos riscos. Segundo

Vargas et al. (2008), nem sempre os empregadores estão interessados em treinarem

seus funcionários, a ideia de investir neste âmbito remete a gastos, e estes gastos

são vistos como desnecessário.

Ainda para Vargas et al. (2008), todos os profissionais deveriam ser treinados,

desta forma toda seriam beneficiados, visto que o profissional iria sentir-se mais

seguro e consequentemente atuar de forma mais produtiva, gerando mais lucro para

as empresas.

O sucesso na prevenção destas situações de risco dependerá do

acompanhamento, participação e compromisso da diretoria e de cada colaborador

com os programas e as orientações repassadas. O treinamento só será efetivo se

todos os envolvidos se comprometerem com o cumprimento do que foi decidido, e se

co-responsabilizarem com as medidas de segurança que devem ser adotadas.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Através do estudo realizado percebe-se a importância da segurança do

trabalho no ambiente da construção civil. Foi possível identificar que esta categoria

profissional desde tempos remotos se depara constantemente com acidentes de

trabalhos, acidentes estes que podem causar danos irreparáveis a saúde do

trabalhador. A literatura evidenciou que a construção civil é um setor fundamental para

manutenção da economia nacional o que reforça a concepção da importância de

garantir melhores condições de segurança no trabalho para estes profissionais.

No que se refere aos riscos pode-se compreender que os trabalhadores de

construção civil estão expostos a uma diversidade deles, colocando sua saúde

constantemente a mercê de situações e arranjos físicos inadequados. O ambiente no

qual o profissional se encontra inserido e a forma como se dá a atividade laboral do

mesmo se mostra como algo fundamental de análise, sabendo-se que boa parte dos

riscos ocupacionais podem ser minimizados ou até extintos, desde que medidas de

proteção sejam implementadas.

Quando se discute medidas de proteção fica evidente que a utilização dos

EPI´s e EPC´s é de fundamental importância para garantir a saúde do trabalhador.

Garantindo uma menor exposição aos riscos, reduzindo o número de acidentes de

trabalho, e reduzindo também o número de doenças ocupacionais, a utilização desses

equipamentos possuem inúmeras vantagens.

Pode-se evidenciar que diversos são os EPI´s e EPC´s que podem ser

utilizados, como máscaras, capacetes, vestimentas, luvas, calçados e outros a nível

individual. No que se refere ao coletivo os extintores, telas, sinalizações e barreiras

também se mostram eficazes.

A não adesão aos equipamentos de proteção se dá diversas vezes por falta de

orientações e manuseios dos mesmos. Os trabalhadores não conhecem a utilidade

dos mesmos, bem como seus benefícios e formas de utilização, o que gera rejeição e

uma certa negligencia por partes dos mesmos a não fazer o uso. Pode-se citar

também o fato de que algumas empresas não disponibilizam os equipamentos de

proteção, expondo seus funcionários a uma séria de riscos, e que quando

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disponibilizam não se atentam a detalhes simples como medidas antropométricas, o

que gera desconforto para o trabalhador.

No intuito de melhorar a adesão aos equipamentos de proteção por parte dos

trabalhadores, o treinamento se faz fundamental, mas também é necessário orientar

os trabalhadores, indicar os riscos aos quais os mesmos estão expostos, apontar os

EPI´s e EPC´s necessários para cada situação. Indicar a forma de utilização,

conservação e outros detalhes é algo crucial para que a eficácia do equipamento seja

garantida, bem como a segurança, qualidade e saúde para os trabalhadores.

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