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ESTADO DE MATO GROSSO DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO NÚCLEO CÍVEL DE BARRA DO GARÇAS EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO DA ....... VARA CÍVEL DA COMARCA DE BARRA DO GARÇAS, ESTADO DE MATO GROSSO DISTRIBUIÇÃO E AUTUAÇÃO COM URGÊNCIA . ALESSANDRA MELISSA DA SILVA SOUZA, brasileira, casada, do lar, portadora do RG n. 4275188-SSP/GO e CPF n. 000.930.881-40, residente e domiciliada na rua Waldir Maciel Matos, 1.425, setor Bela Vista, na cidade de Aragarças-GO, telefone 9987-0692, por intermédio da Defensora Pública do Estado que ao final assina, vem à presença de Vossa Excelência para interpor MANDADO DE SEGURANÇA Em face de PREFEITO MUNICIPAL DE BARRA DO GARÇAS, EXCELENTÍSSIMO SENHOR ZÓZIMO WELLIGTON CHAPARRAL FERREIRA , podendo ser encontrado no local de trabalho, qual seja, PREFEITURA MUNICIPAL DE BARRA O GARÇAS, com sede na rua Defensora Pública do Estado LINDALVA DE FÁTIMA RAMOS Av. Francisco Lira, 1.051, Sena Marques, Edifício do Fórum, Barra do Garças-MT, CEP.: 78.600.000 Fone (66) 3401-1846 – e-mail: [email protected] 1

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ESTADO DE MATO GROSSODEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADONÚCLEO CÍVEL DE BARRA DO GARÇAS

EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO DA ....... VARA CÍVEL DA COMARCA DE BARRA DO GARÇAS, ESTADO DE MATO GROSSO

DISTRIBUIÇÃO E AUTUAÇÃO COM URGÊNCIA.

  

ALESSANDRA MELISSA DA SILVA SOUZA, brasileira, casada, do lar, portadora do RG n. 4275188-SSP/GO e CPF n. 000.930.881-40, residente e domiciliada na rua Waldir Maciel Matos, 1.425, setor Bela Vista, na cidade de Aragarças-GO, telefone 9987-0692, por intermédio da Defensora Pública do Estado que ao final assina, vem à presença de Vossa Excelência para interpor

MANDADO DE SEGURANÇA  

Em face de

PREFEITO MUNICIPAL DE BARRA DO GARÇAS, EXCELENTÍSSIMO SENHOR ZÓZIMO WELLIGTON CHAPARRAL FERREIRA, podendo ser encontrado no local de trabalho, qual seja, PREFEITURA MUNICIPAL DE BARRA O GARÇAS, com sede na rua Carajás, 522, centro, nesta cidade, pelos fatos a seguir expostos.

DOS FATOS

Defensora Pública do Estado LINDALVA DE FÁTIMA RAMOSAv. Francisco Lira, 1.051, Sena Marques, Edifício do Fórum, Barra do Garças-MT, CEP.:

78.600.000 Fone (66) 3401-1846 – e-mail: [email protected]

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A Impetrante inscreveu-se para concurso público no município de Barra do Garças, conforme EDITAL n. 001/2006, de 07/07/2006, cópia da primeira parte anexa.

Na oportunidade, a Impetrante, apesar de ter segundo grau completo, optou pela inscrição para o cargo de serviços gerais na área da saúde, haja vista ter maior número de vagas e obviamente maior chance de aprovação.

Em razão de seu esforço e da ajuda de Deus, conseguiu aprovação em oitava colocação, consoante se comprova pelos documentos que acompanham a presente.

Na data de 02/10/2006, documento junto, saiu no saite da Unemat, a relação dos aprovados por ordem de classificação, não constando nenhuma informação sobre data de posse.

Na primeira semana do mês de dezembro de 2006, a comadre da Impetrante, Sra. Maria Aparecida V. de Moura Sousa, que também fez referido concurso, mas ficou em 44ª colocação, lhe avisou que ouviu falar no rádio sobre a posse de candidatos do concurso da Prefeitura. Em razão disso, a Impetrante se dirigiu à Prefeitura Municipal de Barra o Garças, buscando informação sobre a posse dos aprovados, foi quando a atendente ANITA, Bloco da Educação, de fronte para a rua Independência, centro, nesta cidade, lhe disse que deveria buscar as informações na Internet, pelo saite da Unemat, pois naquele local não tinha nenhuma informação sobre o concurso.

Assim fez a Impetrante, toda semana se dirigia a uma loja de Internet, na Av. Ministro João Alberto, setor Bela Vista, na cidade de Aragaarças-GO e pagava para que fizessem buscas no saite da Unemat, visando verificar se havia o edital de convocação dos aprovados, sempre sem êxito, pois até esta data, o Município nunca divulgou no referido saite o edital de convocação dos aprovados.

Tendo em vista tal fato, a Impetrante viajou nas festividades de final de ano e quando retornou, na primeira semana de janeiro de 2007, foi avisada pela prima LUZIA LEITE PORTILHO, que trabalha no Pronto Socorro de Barra do Garças, de que várias pessoas que haviam sido aprovadas no concurso da Saúde já tinham tomado posse. Daí, aceitando sugestão da prima foi procurar informação na Secretaria de Saúde de Barra do Garças, quando então se deparou com o edital de convocação n. 001/2006 e foi informada pelo servidor EUGÊNIO, responsável pelo setor de concursos de que deveria fazer requerimento ao Prefeito para tomar posse. Assim fez, preparou toda a

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documentação necessária, passou inclusive pelo exame médico, que é exigência do concurso (cópia do Atestado Médico incluso), e protocolizou seu requerimento com toda documentação, conforme cópias anexas, no dia 25/01/2007. Além do Atestado Médico, a Impetrante foi compelida a pagar por certidões negativas da Justiça, tudo no intuito de tomar posse, consoante informação do funcionário EUGÊNIO.

Nesta mesma data, o Dr. Mauro Gomes Piauí, Procurador Geral do Município já indeferiu a pretensão de posse da Impetrante, sob o argumento de que o prazo já havia se expirado, documentos juntos e de que a publicação no saite da Unemat era apenas subsidiária.

A Impetrante buscou de todas as formas resolver a

perlenga de forma administrativa, sem êxito, e ficou desesperada, pois é o seu futuro que está em jogo, sempre sonhou em ter um trabalho fixo para poder voltar a estudar e fazer faculdade. Por isso buscou o auxilio da Defensoria Pública.

Durante o atendimento da Impetrante, a Defensora que ao final assina, buscando resguardar o direito não só dela, como também do Município, oficiou solicitando informações sobre o caso, cópia anexa, cuja resposta foi recebida no dia 02/02/07, final do expediente, anexa.

Por tudo que ficou exposto, a Impetrante veio bater às portas do Poder Judiciário em busca de prestação de tutela jurisdicional do Estado.

DA POSSIBILIDADE DE IMPETRAR MANDADO DE SEGURANÇA, LEI N.1.533/51

O Direito líquido e certo da Impetrante não se discute, pois foi aprovada no concurso e toda sua documentação está correta, sendo seu direito tolhido, simplesmente por questão de prazo para a posse.

A autoridade co-atora é a responsável pelo ato ilegal, trazido à baila neste mandamus. Apesar do Procurador Geral do Município ter exarado parecer pelo indeferimento da posse da Impetrante, tal parecer foi homologado pelo Alcaide Municipal, Sr. Prefeito Zózimo W. Chaparral Ferreira, conforme se vê dos documentos

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encaminhados em atendimento da requisição da Defensoria Pública. Assim, a palavra final sobre o indeferimento foi do Prefeito Municipal.

DO DIREITO

Apesar de na parte DOS FATOS, a Impetrante ter relatado toda sua história de luta, na verdade o que interessa para o deferimento da liminar pretendida é o seguinte:

A Impetrante foi aprovada no concurso público de provas e títulos para o cargo de serviços gerais na área da saúde, documentos inclusos, em oitava colocação;

O Edital do concurso, n. 001/2006, de 07/07/2006, no item 1.4 trazia textualmente que: “A divulgação das publicações do presente Concurso será feita pela Internet, no endereço eletrônico www.unemat.br/concursos, e ainda nos seguintes locais: ...”.;

Os responsáveis pelo Concurso não cumpriram as disposições do Edital n. 001/2006 de 07/07/2006, pois não encaminharam para lançamento no saite da Unemat o Edital de convocação para posse dos aprovados;

Daí é pacífico afirmar que o prazo de 10 (dez) dias do Edital n. 001/2206 de 30 (trinta) de novembro de 2006, cópia junta, não teve início, pois que ainda não foi realizada a publicação no saite predito;

Nos termos do ofício n. 036/GAB/2007, de 02 de fevereiro de 2007, junto, foram aprovados 47 (quarenta e sete) candidatos e convocados 16 (dezesseis), sendo que até esta data apenas 15 (quinze) tomaram posse, obviamente em razão de tolherem a posse da Impetrante.

Ao particular é dado fazer tudo que a lei não proíbe, mas os integrantes do Poder Público são obrigados a fazer tudo que a lei determina. Desta feita, não resta dúvida que, deixando de publicarem o edital de convocação no saite da Unemat, descumpriram as normas do concurso e, via de conseqüência, da Constituição Federal e da legislação infra-constitucional, bem como a Lei de licitações.

Depreende-se da leitura dos pareceres do Procurador Geral do Município de Barra do Garças, cópias anexas, que, o único

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empecilho para que a Impetrante tomasse posse foi o de ter, em tese, comparecido tardiamente, NADA MAIS.

A Impetrante reside na cidade vizinha de Aragarças-GO e não tem acesso à Diário Oficial do Estado de Mato Grosso, que conforme cediço, é uma publicidade fictícia, apenas como forma de normatização legal.

Diante da situação posta, a autoridade co-atora, descumpriu o que assenta o art. 37 da Constituição da República Federativa do Brasil, in verbis:

“Art. 37. A administração pública, direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: ...”

Conforme previa o Edital 001/2006 de 07/07/2006, deveria ser dada ampla divulgação a todos os atos do concurso, por isso a publicação no Diário Oficial de Mato Grosso não supre a regra do item 1.4 do mencionado edital, que não pode ser considerada subsidiária, ou seja, todas eram formas obrigatórias de divulgação e convocação, a saber: - saite da Unemat; Coordenadoria de Concursos e Vestibulares – CONVEST; Prefeitura Municipal de Barra do Garças e Diário Oficial.

A Comissão de Concurso, para evitar alegação de nulidade, deveria ter encaminhado correspondência à residência da candidata aprovada, já que residente em outro Estado.

A posse da Impetrante só trará benefícios ao Município de Barra do Garças, pois que pessoa com segundo grau completo, desempenhará com esmero sua função.

DA INFRINGÊNCIA DO DISPOSTO NA CARTA MAGNA

 Na verdade, o impedimento de posse da Impetrante

fere a Carta Magna, porque afronta seu direito adquirido, conseguido por aprovação em concurso público, dentro das normas legais.

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Afronta ainda os princípios da administração insertos no art. 37, acima transcrito, em especial os de publicidade e eficiência.

DO FOMUS BONIS JURIS E DO PERICULUM IM MORA

A fumaça do bom direito está cabalmente presente, haja vista as Autoridades co-atoras estarem descumprindo normas editalícias de concurso público em flagrante inconstitucionalidade e prejuízo do direito adquirido da Impetrante de exercer seu cargo de serviços gerais na área da Saúde.

A pretensão da Impetrante está resguardada pelo Direito posto, pela doutrina e pela jurisprudência, encontrando campo fértil no bom senso, na moral e nos bons costumes.

Os documentos carreados com a petição inicial demonstram a verdade dos fatos alegados, bem como a plausibilidade do direito líquido e certo da Impetrante.

No que tange ao perigo na demora da decisão judicial, é evidente, pois o edital de convocação foi para 16 (dezesseis) vagas, sendo que 15 (quinze) pessoas já tomaram posse, conforme informou o alcaide municipal, restando apenas a vaga da Impetrante que foi aprovada em 8ª colocação. Pelo que consta dos documentos, caso a liminar seja negada, a Impetrante não tomará posse e será convocado o próximo candidato aprovado na seqüência da lista, o que inviabilizará toda a luta da Impetrante.

DO PEDIDO

Ante o exposto requer:

1 – Seja concedida a liminar, inaudita altera pars, ordenando que a Autoridade co-atora, PREFEITO MUNICIPAL DE BARRA DO GARÇAS, Sr. ZÓZIMO W. CHAPARRAL FERREIRA, dê posse à Impetrante no cargo de serviços gerais da Saúde, conforme edital de convocação n. 001/2006, de 30/11/2006, por ser medida de direito e justiça;

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2 – Após concessão da medida liminar, requer a Vossa Excelência que se digne mandar NOTIFICAR a Autoridade Impetrada, para que, no decênio legal, preste as informações que tiver, se assim lhe convier;

3 - Prestadas as informações ou transcorrido, in albis, o prazo para prestá-las, sejam os autos remetidos ao MINISTÉRIO PÚBLICO para oferecimento de parecer, após o que seja julgado procedente o presente writ of mandamus CONCEDENDO-SE À IMPETRANTE A SEGURANÇA DEFINITIVA, reconhecendo seu direito subjetivo e objetivo de tomar posse no concurso público municipal;

4 – Protesta pela produção de todos os meios de provas em direito admitidas;

5 – Deferimento dos benefícios da gratuidade da justiça, Lei n. 1.060/50, por se declarar pobre na forma da lei;

6 – A condenação do Impetrado ao pagamento de custas e despesas processuais, bem como honorários advocatícios que reverterão em benefício da Defensoria Pública do Estado de Mato Grosso, na forma da lei.

Dá-se à causa o valor de R$ 350,00 (trezentos e cinqüenta reais).

N. Termos.P. Deferimento.

Barra do Garças, 05 de fevereiro de 2007

Alessandra Melissa da Silva Souza Impetrante

Lindalva de Fátima Ramos Milton Antonio Martini Fernandes Defensora Pública do estado Defensor Público

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Vistos.

Objetiva a impetrante a segurança, para que possa ver restabelecido o seu direito, ante a falta de publicidade do concurso, conforme previsão do edital nº 001/2006 de 07/07/2006, item 1.4, a qual, ficou preterida, em ser apro-vada em oitavo lugar, para provimento de cargos, na categoria de auxiliar de serviços ge-rais - área de saúde e conseqüentemente requer ao final, seja deferida a liminar, orde-nando a autoridade impetrada, que lhe dê posse, no cargo aprovado, ante a falta de pu-blicidade, por ser medida de direito e justiça, ao final tornando a liminar definitiva.....

Instruiu a inicial, com os documentos imprescindíveis à apreciação do pedido, folhas 10/66.

É o breve relato.

Decido.

Ad argumentandum, o mandado de segurança é uma garantia constitucional, previsto no Artigo 5º, inciso LXIX, da Constituição Fe-deral, que dispõe:

“Conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por “hábeas corpus” ou “há-beas data”, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder por autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do poder público”.

Assim o Mandado de Segurança, constitui uma das ações previstas em nosso direito positivo dentre os meios específicos de controle da Ad-ministração Pública, os chamados remédios Constitucionais. Tal denominação justifica-se pelo fato de tais remédios constituírem garantias dos direitos fundamentais, inserindo-se no Título II da Constituição, concernente aos “direitos e garantias fundamentais”: O seu objetivo é de provocar a intervenção de autoridades, em geral a judiciária, para corrigir os atos da administração lesivos de direitos individuais ou coletivos.

Pois bem feito este relato doutrinário, depreende-se às folhas 30, que em resposta à solicitação documental feita pela d. defensora pública, emi-tido pela autoridade coatora, da lavra do Sr. Prefeito Municipal – Zózimo W. Chaparral Ferreira, este categoricamente afirma:

" ...a divulgação do resultado ocorreu via edital, publicado no diário oficial, conforme cópia anexa, via publicação no jornal diário de Cuiabá, cópia anexa, afixação do edital convocatório no mural da Prefeitura e divulgação via rádio e televisão lo-cais”.

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Observa-se, que faltou a publicidade a ser feita pela internet, constante do edital nº 001/2006, item 1.4.

Vejamos:

“ a divulgação das publicações do presente concurso será feita pela internet, no endereço eletrônico – www.unemat.br/concursos, e ainda nos seguintes locais”

A falta da publicidade, conforme previsto no edital, sem dúvida alguma, traz em si, prejuízos à impetrante, devendo para tanto, ser o ato corri-gido, via o presente Writ.

Nesse sentido:

Tribunal Regional Federal - TRF1ªR. MANDADO DE SEGURANÇA - Concurso público - Convocação de candidatos - Forma - Defeito na publicidade.

1 - Se a falta de ampla publicidade prejudica o candidato, que deixa de comparecer para prestar exame, cabe o mandamus para ressalvar a questão.

2 - Remessa desprovida.(TRF1ªR - Rem. Ex-Officio nº 108.847-3 - 2ª T - DF - Rel. Juiz

Alves De Lima - J. 23.10.90 - DJ 12.11.90 - v.u).

Exige a Lei Magna que a Administração Pública Dire-ta, Indireta e Fundacional paute, sua atividade com obediência, dentre outros, dos princí-pios de legalidade, impessoalidade, moralidade eficiência e publicidade.

A doutrina do Direito Administrativo tem sido unâni-me na afirmação de que tais Princípios são inerentes à atividade administrativa, vedando aos agentes do Poder Público qualquer atuação deles divorciado.

Diante disso, presentes os requisitos legais do fumus boni iuris e do periculum in mora, defiro a liminar “inaudita altera pars”, à impetrante, no sentido de determinar ao impetrado, que faculte a candida-ta ora impetrante a apresentação da documentação exigida, para o preen-chimento da vaga de auxiliar de serviços gerais e após atendidas as exigên-cias do certame, outorgue à mesma, o direito de nomeação para o cargo conquistado..

Notifique-se o Impetrado, para no prazo legal, prestar as respectivas informações.

Verifico ainda através do documento constante de fls., 33, que foram chamados a tomar posse os aprovados subseqüentes ao nome da impetrante, portanto, devem os mesmos, integralizarem a lide, desta forma determino de ofício, sejam Citados – leidiana soares da silva, mariza cristina f. da silva, gus-tavo araújo da silva, valdirene de

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souza santos, lindoclécio besa-ria da silva, altieres pacheco de araújo, altamira marques carva-lho e glauber domingos da silva, para querendo, no prazo legal, integralizarem a lide, como litisconsórcio necessário.

Tribunal de Justiça de São Paulo - TJSP.LITISCONSÓRCIO - Necessário - Mandado de seguran-ça - Artigo

19 da Lei nº 1.533/51 - Imposição do ar-tigo 47 do Código de Processo Civil - Inclusão no polo passivo daquele que foi beneficiado pelo ato dito violador de direito líquido e certo - Nulidade do decidido e do processo a partir do momento em que essa litisconsorte deveria ter sido citada e não foi.

(TJSP - Ap. Cível nº 206.728-1 - Palmital - Rel. Donal-do Armelin - J. 12.04.94).

Prestadas as informações, de vista ao D. representante do Ministério Público.

Cumpra-se.

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