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i
UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE
ESCOLA DE ENGENHARIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA QUÍMICA E DE PETRÓLEO
CURSO DE ENGENHARIA DE PETRÓLEO
SIMULAÇÃO NUMÉRICA DE FLUXOS EM RESERVATÓRIOS DE PE TRÓLEO
MONOGRAFIA DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE PETRÓLEO
FELIPE OLIVEIRA DE FARIAS
Niterói, 2011
ii
UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE
ESCOLA DE ENGENHARIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA QUÍMICA E DE PETRÓLEO
CURSO DE ENGENHARIA DE PETRÓLEO
FELIPE OLIVEIRA DE FARIAS
SIMULAÇÃO NUMÉRICA DE FLUXOS EM RESERVATÓRIOS DE PE TRÓLEO
Monografia apresentada ao Curso de
Engenharia de Petróleo da Universidade
Federal Fluminense, como requisito parcial
para a obtenção do título de Engenheiro de
Petróleo.
Orientadores: Claudia Ossanai Ourique,
Arturo Rodrigo Ferreira Pardo
Niterói
2011
iii
AGRADECIMENTOS
Agradeço aos meus orientadores Claudia Ossanai e Arturo Pardo pelo equilíbrio que me
proporcionaram.
Agradeço à Universidade Federal Fluminense por ter dado os irmãos que minha mãe
não gerou.
Agradeço à minha mãe e minha avó pelo amor que eu não sei se seria capaz de retribuir.
Agradeço aos meus amigos, Leonardo Moura e Lucas Macedo pelo apoio durante esses
anos.
iv
Resumo
Esse trabalho é o estudo no qual é baseado a implementação do algoritmo
IMPES, utilizando o método das diferenças finitas e a linguagem de programação
Visual Basic.Net, para a resolução das equações diferenciais parciais que regem o fluxo
multifásico em meios porosos. Para resolver as equações parciais o algoritmo, todas as
propriedades dos fluidos relevantes para a resolução das equações parciais devem ser
calculadas em cada ponto da malha.
PALAVRAS -CHAVE: IMPES; Diferenças Finitas; Fluxo Multifásico;
Propriedades dos Fluidos.
v
Abstract
This work is the study which is based IMPES the implementation of the IMPES
algorithm, using the finite difference method and the programming language Visual
Basic.Net to solve partial differential equations witch govern multiphase flow in porous
media. To solve the partial equations algorithm, all the relevant fluid properties to the
resolution of partial equations must be calculated at each grid point.
KEYWORDS : IMPES; Finite Differences; Multiphase Flow; Fluid Properties.
vi
Sumário Lista de Gráficos ......................................................................................................................... viii
Lista de Tabelas ............................................................................................................................. ix
1. Introdução ............................................................................................................................. 1
2. Fundamentos Teóricos .......................................................................................................... 2
2.1. Reservatório de Petróleo: .............................................................................................. 2
2.2. Porosidade: .................................................................................................................... 2
2.3. Permeabilidade: ............................................................................................................. 3
2.4. Saturações: .................................................................................................................... 3
2.5. Fluidos de Petróleo: ....................................................................................................... 4
2.6. Métodos finitos: ............................................................................................................ 5
2.7. Malhas ........................................................................................................................... 7
3. Modelagem .......................................................................................................................... 12
3.1. Escoamento em meios porosos – Lei de Darcy ........................................................... 12
3.2. Utilização do método das diferenças finitas para modelar um reservatório ................ 20
3.3. IMPES ......................................................................................................................... 43
3.4. Cálculo das propriedades dos fluidos .......................................................................... 44
3.3.1. Fator volume formação da água ��: .................................................................. 44
3.3.2. Razão de solubilidade da água ���: .................................................................. 45
3.3.3. Compressibilidade isotérmica da água ��: ......................................................... 46
3.3.4. Viscosidade da água ��: .................................................................................... 47
3.3.5. Razão de solubilidade gás- óleo ���: ................................................................. 47
3.3.6. Compressibilidade isotérmica do óleo ��: .......................................................... 49
3.3.7. Fator volume de formação do óleo ��: ............................................................... 50
3.3.8. Viscosidade do óleo ��:...................................................................................... 51
3.3.9. Fator volume de formação do gás ��: ................................................................ 52
3.3.10. Viscosidade do Gás ��: ..................................................................................... 55
3.5. Modelos de permeabilidade relativa............................................................................ 57
3.6. Compressibilidade da rocha �: .................................................................................. 60
4. Simulação e discussão de resultados ................................................................................... 61
5. Conclusões e Sugestões ....................................................................................................... 76
6. Referências Bibliográficas .................................................................................................. 77
vii
Lista de Figuras
Figura 2.1 -Curvas de permeabilidade relativa em um sistema trifásico . .................................... 3
Figura 2.2 - Malha não estruturada ............................................................................................... 8
Figura 2.3 - Malha não estruturada. .............................................................................................. 8
Figura 2.4 - Malha não estruturada com as células numeradas ..................................................... 9
Figura 2.5- Domínio discretizado por uma malha tetraédrica ....................................................... 9
Figura 2.6 – Malha com estruturada numerada ........................................................................... 10
Figura 3.1 - Volume de controle ................................................................................................. 13
Figura 3.2 - Reservatório representado por uma malha 3x3x3 ................................................... 20
Figura 3.3 - Algoritmo IMPES .................................................................................................... 43
Figura 3.4 - Curvas de permeabilidade relativa nos sistemas bifásicos ...................................... 57
Figura 4.1 - Tela do programa com o resultado das pressões na 1ª camada no tempo 0.02 dias do reservatório C .............................................................................................................................. 72
Figura 4.2 - Tela do programa com o resultado das pressões na 7ª camada no tempo 0.02 dias do reservatório C .............................................................................................................................. 73
Figura 4.3 - Tela do programa com o resultado das pressões na 7ª camada no tempo 0.018 dias do reservatório D ......................................................................................................................... 74
Figura 4.4 - Tela do programa com o resultado das pressões na 1ª camada no tempo 0.02 dias do reservatório D .............................................................................................................................. 74
Figura 4.5- Tela do programa com o resultado das saturações na 1ª camada no tempo 0.02 dias do reservatório D ......................................................................................................................... 75
viii
Lista de Gráficos Gráfico 4.1- Perfil de pressões no tempo 0.02 dias da primeira rodada do reservatório A ......... 62
Gráfico 4.2 - Perfil de Saturações de óleo no tempo 0.02 dias da primeira rodada do reservatório A .................................................................................................................................................. 62
Gráfico 4.3 - Perfil de Saturações de água no tempo 0.02 dias da primeira rodada do reservatório A .................................................................................................................................................. 63
Gráfico 4.4 - Perfil de pressões no tempo 0.02 dias da segunda rodada do reservatório A ........ 63
Gráfico 4.5 - Perfil de Saturações de óleo no tempo 0.02 dias segunda rodada do reservatório A ..................................................................................................................................................... 64
Gráfico 4.6 - Perfil de Saturações de água no tempo 0.02 dias da segunda rodada do reservatório A .................................................................................................................................................. 64
Gráfico 4.7 - Perfil de pressões no tempo 0.02 dias da terceira rodada do reservatório A ......... 65
Gráfico 4.8 - Perfil de Saturações de óleo no tempo 0.02 dias terceira rodada do reservatório A ..................................................................................................................................................... 65
Gráfico 4.9 - Perfil de Saturações de água no tempo 0.02 dias da terceira rodada do reservatório A .................................................................................................................................................. 65
Gráfico 4.10 - Perfil de pressões no tempo 0.02 dias da quarta rodada do reservatório A ......... 66
Gráfico 4.11 - Perfil de Saturações de óleo no tempo 0.02 dias quarta rodada do reservatório A ..................................................................................................................................................... 66
Gráfico 4.12 - Perfil de Saturações de água no tempo 0.02 dias da quarta rodada do reservatório A .................................................................................................................................................. 67
Gráfico 4.13 - Perfil de pressões no tempo 0.02 dias da primeira rodada do reservatório B ...... 68
Gráfico 4.14 - Perfil de saturações de óleo no tempo 0.02 dias da primeira rodada do reservatório B .............................................................................................................................. 68
Gráfico 4.15 - Perfil de permeabilidade do reservatório B ......................................................... 69
Gráfico 4.16 - Perfil de saturações de água no tempo 0.02 dias da primeira rodada do reservatório B .............................................................................................................................. 70
Gráfico 4.17 - Perfil de pressões no tempo 0.02 dias da segunda rodada do reservatório B ...... 70
Gráfico 4.18 - Perfil de saturações de óleo no tempo 0.02 dias da segunda rodada do reservatório B .............................................................................................................................. 71
Gráfico 4.19 - Perfil de saturações de água no tempo 0.02 dias da segunda rodada do reservatório B .............................................................................................................................. 71
ix
Lista de Tabelas Tabela 3.1 - Tabela de coeficientes para a correlação do fator volume formação com pressão abaixo da pressão de bolha .......................................................................................................... 44
Tabela 3.2 - Tabela de coeficientes para a correlação do fator volume formação com pressão acima da pressão de bolha ........................................................................................................... 45
Tabela 3.3 - Coeficientes utilizados no cálculo de ���: ............................................................. 48
Tabela 3.4 – Coeficientes para o cálculo de �� quando a pressão está abaixo da pressão de bolha ............................................................................................................................................ 50
Tabela 3.5 – Coeficientes utilizados no cálculo do ��: .............................................................. 53
Tabela 3.6 - Tabela Coeficientes utilizados na correlação de Lee-Gonzalez .............................. 56
1
1. Introdução “Se, a princípio, a ideia não é absurda, então não há esperança para ela.”
Albert Einstein
A necessidade de energia e matérias-primas cresceu no século XX de forma
vertiginosa, principalmente a necessidade por petróleo fonte tanto energética quanto de
matérias-primas. Para acompanhar tal demanda a indústria de petróleo evoluiu de uma
atividade artesanal em meados do século XIX para uma das indústrias mais
tecnologicamente desenvolvidas e com grande peso na economia global, no final do
século XX.
Devido à grande demanda por petróleo, o estudo de todas as etapas das
operações para a obtenção desse recurso é de grande interesse para a sociedade.
O estudo dos reservatórios de petróleo teve grande desenvolvimento com o
avanço da capacidade computacional, mas o uso de softwares como ferramenta de
ensino no meio acadêmico tem sido alvo de duras críticas por serem considerados
caixas pretas, onde são inseridos valores, são expelidos resultados e o usuário não
precisa saber o que aconteceu dentro dessa caixa mágica ou acaba perdendo o interesse
por saber como acontece.
Em resposta às criticas à utilização de simuladores, esse trabalho foi feito para
desenvolver uma solução computacional para as equações que regem o fluxo de fluido
em meios porosos e que possuísse características didáticas, permitindo o maior controle
possível ao usuário e ao mesmo tempo fornecendo informações com bases teóricas para
a tomada de decisões durante a criação do modelo e de como ele deve ser executado.
Acredito que o desenvolvimento de uma solução de alto nível não seja algo
trivial a ser realizado ou que possa ser realizado sozinho, mas sim que um bom trabalho
possa ser o início talvez não da solução idealizada inicialmente, mas de uma cadeia de
bons trabalhos que culminem em um resultado satisfatório para os indivíduos que
participaram e para a instituição de ensino.
2
2. Fundamentos Teóricos “Nenhum homem realmente produtivo pensa como se estivesse escrevendo uma
dissertação”
Albert Einstein
2.1. Reservatório de Petróleo:
Para a formação de reservas de petróleo existem três tipos de rochas, a rocha
geradora, onde o petróleo é formado, a rocha-reservatório, onde o petróleo é
armazenado e a rocha selante, que impede a dispersão do fluido.
As rochas-reservatório são rochas dotadas de permeabilidade possibilitando o
fluxo e armazenamento do petróleo. A permeabilidade dessas rochas pode ser conferida
pela presença de poros interconectados formando canais entre as rochas, como é o caso
de rochas sedimentares que possuem porosidade intergranular, como os arenitos, ou
ainda pela presença de fraturas na rocha possibilitando o fluxo de fluidos por esses
canais.
2.2. Porosidade:
A porosidade pode ser classificada em quatro tipos1: absoluta, efetiva, primária
e secundaria.
A porosidade absoluta é definida como a razão entre o volume ocupado pelos
poros, volume poroso, e o volume total da rocha2. A porosidade efetiva é a porosidade
de interesse para a simulação de reservatórios, já que é a razão entre o volume de poros
interconectados e o volume total. A porosidade efetiva sofre influência da existência de
material entre os grãos que formam a rocha. Porosidade primária é a porosidade causada
1 ROSA, A. J. ENGENHARIA DE RESERVATÓRIO DE PETRÓLEO. Rio de Janeiro, Rio de Janeiro. EDITORA
INTERCIÊNCIA. 2006. 2 THOMAS, J. E. FUNDAMENTOS DE ENGENHARIA DE PETRÓLEO. Rio de Janeiro, Rio de Janeiro.
EDITORA INTERCIÊNCIA. 2001.
3
pelo modo como foi formada a rocha sedimentar. A porosidade secundária é a
porosidade ocasionada após a formação da rocha sedimentar, seja por uma fratura
sofrida pela rocha ou por um agente químico.
2.3. Permeabilidade:
Da mesma forma que em outros fenômenos de transporte, o fluxo é dado, de
forma simplificada, pelo produto entre a capacidade que o meio possui de conduzir pelo
diferencial de potencial que gera o fluxo. A permeabilidade é a capacidade que o meio
possui para que haja deslocamento de fluido3.
A permeabilidade ainda pode ser dividida em absoluta e relativa. A
permeabilidade absoluta é um valor medido através de um teste realizado com uma
amostra da rocha reservatório e é medida em miliDarcy, (md). A permeabilidade
relativa é uma função das saturações de água, óleo e gás e das interações da rocha com
os fluidos.
Figura 2.1 -Curvas de permeabilidade relativa em um sistema trifásico4 .
2.4. Saturações:
3 ROSA, A. J. ENGENHARIA DE RESERVATÓRIO DE PETRÓLEO. Rio de Janeiro, Rio de Janeiro. EDITORA
INTERCIÊNCIA. 2006. 4 CHEN, Z. COMPUTATIONAL METHODS FOR MULTIPHASE FLOWS IN POROUS MEDIA. Dallas, Texas.
SIAM. 2006
4
A saturação de um fluido é a razão entre o volume ocupado por ele e o volume
de poroso5.
� = � � (2.1)
Dessa forma podemos concluir que a soma das saturações de todos os fluidos
do mesmo sistema seja um.
� + � + � = 1 (2.2)
2.5. Fluidos de Petróleo:
Os fluidos que formam a mistura chamada petróleo podem ser divididos em
três grandes grupos: Água, Óleo e Gás.
Fator volume de formação é a razão entre o volume que o fluido ocupa em
condições de diferentes das condições padrão (60 °F e 14,7 psia) e o volume de fluido
no tanque, que está nas condições padrão6.
�� = ���������í����� + á"��""��������#�$���������í�����%&"'�%��çõ�"#&�*ã� (2.3)
Razão de solubilidade é a razão, em uma determinada pressão e temperatura,
entre o volume de gás dissolvido medido nas condições padrão e o volume de líquido
medido nas condições padrão.
,"� = ���������í����� + á"��""��������#�$���������í�����%&"'�%��çõ�"#&�*ã� (2.4)
5 ROSA, A. J. ENGENHARIA DE RESERVATÓRIO DE PETRÓLEO. Rio de Janeiro, Rio de Janeiro. EDITORA
INTERCIÊNCIA. 2006. 6 ROSA, A. J. ENGENHARIA DE RESERVATÓRIO DE PETRÓLEO. Rio de Janeiro, Rio de Janeiro. EDITORA
INTERCIÊNCIA., 2006.
5
Compressibilidade é a característica que a matéria possui de alterar o seu
volume de acordo com as alterações dos esforços aos quais ela está submetida.
Viscosidade é a capacidade que o fluido possui para resistir ao cisalhamento.
- = . /�/0 (2.5)
2.6. Métodos finitos:
Primeiramente devemos estabelecer a diferença entre os “métodos finitos” que
por causa da nomenclatura são geralmente confundidos. Existem os métodos das
diferenças finitas, os métodos dos volumes finitos e os métodos dos elementos finitos.
Os métodos das diferenças finitas
Os métodos das diferenças finitas são considerados os métodos mais simples e
mais antigos utilizado na resolução de EDPs (Equações Diferencias Parciais) e são os
mais utilizados na resolução de problemas com geometrias simples.
Nos MDF (métodos das diferenças finitas) a equação é mantida na sua forma
diferencial e o domínio é discretizado por uma malha, nos pontos da malha é feita uma
aproximação, substituindo as derivadas parciais por valores das equações nos nós da
malha, resultando em sistema algébrico com uma equação por nó da malha7.
Teoricamente, o MDF pode ser utilizado com todos os tipos de malhas, mas o
MDF é preferencialmente usado com malhas estruturadas, onde as linhas das malhas
estão alinhadas com as coordenadas espaciais.
7 Mattiussi, C. A Reference Discretization Strategy for the Numerical Solution of Physical Field Problems.
Clampco Sistemi-NIRLAB. AREA Science Park. Padriciano 99. 34012 Trieste. Itália
6
Séries de Taylor e/ou regressões polinomiais são utilizadas para obter
aproximações para a primeira e segunda derivadas da variável em função das
coordenadas, e também em pontos que não estejam localizados sobre os nós da malha,
utilizando para isso uma interpolação8.
Em geometrias relativamente simples que utilizem malhas estruturadas, o MDF
é um método eficiente. As desvantagens do MDF são: a simplicidade da geometria do
domínio que está sendo estudado, a necessidade de inserir controles (para que a
conservação seja mantida) e a falta de associação das grandezas físicas e a geometria, a
não ser nos pontos.
Os métodos dos volumes finitos
Enquanto o MDF utiliza a equação em sua forma diferencial, o MVF (método
dos volumes finitos) utiliza como ponto de partida a forma integral da equação da
conservação. É aplicada uma malha sobre o domínio estudado, que divide esse espaço
os volumes de controle são justapostos, e nesses volumes de controle é aplicada a
equação de conservação. Os valores das variáveis são calculados no centróide de cada
VC (volume de controle) e os valores das propriedades nas superfícies do VC são
calculadas por interpolação, assim como no MDF.
Diferente do MDF, o MVF é mais flexível na adaptação a geometrias mais
complexas, pois a malha representa apenas as fronteiras do VC e não necessita estar
relacionada com um sistema de coordenadas. Esse método não necessita de um controle
externo para que seja garantida a conservação, se as integrais de superfície sejam as
integrais das faces do VC.
A desvantagem do MVF é que existe a necessidade de três níveis de
aproximação: interpolação, diferenciabilidade e integração.
Os métodos dos elementos finitos
8 Gonçalves, N. D. F. Método dos Volumes Finitos em Malhas Não-Estruturadas. 2007.
Dissertação(Mestrado em Engenharia Matemática) - Departamento de Matemática Aplicada/Departamento de Matemática Pura Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, Portugal. 2007
7
Os MEF (métodos dos elementos finitos) foram inicialmente utilizados para
resolver problemas relacionados à mecânica dos sólidos, mas devido a sua flexibilidade,
especialmente pela possibilidade de uso de mais variáveis, e os bons resultados
alcançados têm sido empregado em vários outros áreas9. A mais notável desvantagem
apresentada tanto por esse método quanto pelos MVF é o fato das equações linearizadas
não serem tão bem estruturadas como os métodos que utilizam malhas estruturadas, essa
característica torna mais difícil encontrar algoritmos eficientes para a resolução das
equações10.
2.7. Malhas
A malha é o objeto que divide o domínio, que pode ser um reservatório, uma
barra metálica, ou um avião, em um número finito de subdomínios onde serão
calculadas as variáveis do problema. No caso do método dos volumes finitos, as
variáveis são calculadas no baricentro dos subdomínios, também chamados de células.
Existem diferentes tipos de malhas classificadas com relação a sua geometria,
mas as malhas podem ser divididas em dois grandes grupos: malhas estruturadas e não
estruturadas.
As malhas não estruturadas são malhas que utilizam uma geometria variada,
Figura 2.2, se dispondo em quadriláteros e/ou triângulos de tamanhos e formas diversos
para poder representar o domínio com maior precisão, Figura 2.3.
9 Mattiussi, C. A Reference Discretization Strategy for the Numerical Solution of Physical Field Problems.
Clampco Sistemi-NIRLAB. AREA Science Park. Padriciano 99. 34012 Trieste. Itália 10
Gonçalves, N. D. F. Método dos Volumes Finitos em Malhas Não-Estruturadas. 2007. Dissertação(Mestrado em Engenharia Matemática) - Departamento de Matemática Aplicada/Departamento de Matemática Pura Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, Portugal. 2007
8
Figura 2.2 - Malha não estruturada11
Figura 2.3 - Malha não estruturada.
Por usarem uma geometria variada, as células de uma malha não estruturada
nem sempre são localizadas de forma simples, e é essa complexidade na localização
relativa que caracteriza uma malha não estruturada.
Não é possível criar uma lei que nos permita localizar uma célula em relação à
outra, pois as posições relativas das células são variáveis (Figura 2.4).
11
MALISKA, C. R. Transferência de Calor e Mecânica dos Fluidos Computacional. 2ª Edição. Rio de Janeiro: LTC Editora S.A., 2004, Janeiro: LTC Editora S.A., 2004
9
Figura 2.4 - Malha não estruturada com as células numeradas
Apesar de serem capazes de uma representação com alta precisão Figura 2.5, as
malhas não estruturadas podem acabar gerando situações onde não existe
ortogonalidade entre as células, o que torna o gasto computacional muito maior.
Figura 2.5- Domínio discretizado por uma malha tetraédrica
As malhas estruturadas são malhas que apresentam vantagem computacional
sobre as malhas não estruturadas pela sua simplicidade, porém podem não conseguir
representar o domínio a ser estudado com tanta precisão quanto a anterior. A Figura 2.6
mostra um exemplo de malha estruturada. Todas as células podem ser localizadas
sabendo quem são as suas vizinhas.
10
Figura 2.6 – Malha com estruturada numerada
Na Figura 2.6 todas as células são sempre, simultaneamente, uma unidade a mais
que a anterior da mesma linha, caso haja célula anterior, uma unidade a menos da
próxima célula da mesma linha, caso haja uma próxima célula na mesma linha, sete
unidades a mais da célula inferior, caso haja célula inferior e sete unidades a menos da
célula superior.
Diferenças Finitas:
Pela definição de derivada temos que12:
�1�2 = ���∆4→6 172 + ∆28 9 1728∆2 (2.6)
Pela série de Taylor truncada no primeiro termo temos que:
172 + ∆28 = 1728 + 1:728 ∗ ∆21! (2.7)
12
PEACEMAN, D. W. FUNDAMENTALS OF NUMERICAL RESERVOIR SIMULATION. Houston, Texas. ELSEVIER SCIENTIFIC PUBLISHING COMPANY. January, 1977. Volume 6.
11
1:728 = 172 + ∆28 − 1728∆2 (2.8)
Em um domínio que foi discretizado podemos dizer que:
1:72�8 = 172�=>8 − 172�8∆2 (2.9)
Onde ∆2 é a distância entre 2�=> e 2�. Para a derivada segunda basta seguir o mesmo procedimento já descrito, mas
agora truncando a série no segundo termo:
1::728 = 172 − ∆28 − 21728 + 172 + ∆28∆2@ (2.10)
De forma análoga à primeira derivada em um domínio discretizado, temos a
segunda derivada:
1::72�8 = 172�A>8 − 2172�8 + 172�=>8∆2@ (2.11)
12
3. Modelagem “Uma vida sem desafios não vale a pena ser vivida.”
Sócrates
Neste capítulo será apresentada de forma sucinta a teoria que é utilizada como
base para a confecção do algoritmo que será pedra angular do simulador de reservatório.
3.1. Escoamento em meios porosos – Lei de Darcy
A lei de Darcy, publicada em 1856, é uma equação constitutiva, pois utiliza
relações entre as propriedades mecânicas, e fenomenológicas, por ser baseada em
experimentos. A equação da lei de Darcy para um fluxo monofásico, horizontal,
incompressível, com vazão constante em um meio poroso de comprimento L e área
transversal A é dada por13:
Q = AKΔpμL (3.1)
Onde ∆p é a perda de pressão no meio poroso, K é a permeabilidade absoluta e µ
é a viscosidade do fluido.
A lei de Darcy ainda pode ser escrita na sua forma diferencial:
u = QA = 9Kμ δpδx (3.2)
13
PEACEMAN, D. W. FUNDAMENTALS OF NUMERICAL RESERVOIR SIMULATION. Houston, Texas. ELSEVIER SCIENTIFIC PUBLISHING COMPANY. January, 1977. Volume 6.
13
Inserindo a componente gravitacional podemos generalizar a fórmula para:
u = −Kμ 7δpδx − ρg
δDδx8 (3.3)
v = −Kμ 7δpδy − ρg
δDδy8
(3.4)
w = −Kμ 7δpδz − ρg
δDδz8
(3.5)
Onde D é a profundidade e u, v e w são as componentes da velocidade em x, y e
z, respectivamente.
Considerando um volume de controle com uma área transversal ao fluxo A e um
comprimento ∆p, conforme a Figura 3.1.
Figura 3.1 - Volume de controle
Respeitando a lei da conservação temos:
ST&2&����%T*&U − ST&2&���"&�U + ST&2&�%V�T&�&U= ST&2&��&'ú����U (3.6)
14
Como a massa de um fluido, em um determinado ponto, pode ser escrita como o
produto entre a sua massa específica e o volume que o mesmo ocupa em uma determina
posição, a taxa de massa que entra em um volume de contorno pode ser dada por:
V7x8 = u7x8 × A7x8 (3.7)
�.7x8 = ρ7x8 × u7x8 × A7x8 (3.8)
Da mesma forma a taxa de massa que sai de um volume de controle pode ser
escrita como:
�.7x + Δx8 = ρ7x + Δx8 × u7x + Δx8 × A7x + Δx8 (3.9)
A taxa de massa acumulada dentro da mídia porosa pode ser expressa pela
variação do produto do volume de poros e a massa especifica de um fluido.
[[T 7ϕρ8 × A × Δx (3.10)
A taxa de massa injetada é definida pela multiplicação da vazão pelo volume do
meio poroso:
� × ] × ∆2 (3.11)
Com os termos definidos temos:
�.7x8 9 �.7x + Δx8 + � × ] × ∆2 = [[T 7ϕρ8 × A × Δx (3.12)
÷ Δx
15
�.7x8 9 �.7x + Δx8∆2 + � × ] = [
[T 7ϕρ8 × A (3.13)
9 [[2 7�.8 + � × ] = [[T 7ϕρ8 × A (3.14)
Ou
9 [[T 7A × ρ × u8 + � × ] = [[T 7ϕρ8 × A (3.15)
Para o estudo de um reservatório tridimensional seguiremos a mesma ideia.
Primeiro veremos como é representada a taxa de massa que entra no volume de
contorno.
�. _x, y + 12 y, z + 12 za= ρ _x, y + 12 y, z + 12 za × u _x, y + 12 y, z + 12 za × Δy× Δz
(3.16)
Onde7x, y + >@ y, z + >
@ z8 é o centro da face transversal ao fluxo de massa em
qualquer ponto no eixo x.
Para as direções y e z as taxas de massa que entram são respectivamente:
�. _x + 12 x, y, z + 12 za= ρ _x + 12 x, y, z + 12 za × v _x + 12 x, y, z + 12 za × Δx× Δz
(3.17)
16
�. _x + 12 x, y + 12 y, za= ρ _x + 12 x, y + 12 y, za × w_x + 12 x, y + 12 y, za× Δx × Δy
(3.18)
As taxas mássicas de saída, em x, y e z, respectivamente, são:
�. _x + Δx, y + 12 y, z + 12 za= ρ _x + Δx, y + 12 y, z + 12 za× u _x + Δx, y + 12 y, z + 12 za × Δy × Δz
(3.19)
�. _x + 12 x, y + Δy, z + 12 za= ρ _x + 12 x, y + Δy, z + 12 za× v _x + 12 x, y + Δy, z + 12 za × Δx × Δz
(3.20)
�. _x + 12 x, y + 12 y, z + Δza= ρ _x + 12 x, y + 12 y, z + Δza× w_x + 12 x, y + 12 y, z + Δza × Δx × Δy
(3.21)
A taxa mássica acumulada é dada por:
[[T 7ϕρ8 × Δx × Δy × Δz (3.22)
17
A taxa de injeção em três dimensões fica:
� × Δx × Δy × Δz (3.23)
A equação da conservação da massa, então, pode ser expressa por:
�. _x, y + 12 y, z + 12 za + �. _x + 12 x, y, z + 12 za+ �. _x + 12 x, y + 12 y, za9 �. _x + Δx, y + 12 y, z + 12 za9 �. _x + 12 x, y + Δy, z + 12 za9 �. _x + 12 x, y + 12 y, z + Δza + � × Δx× Δy × Δz = [[T 7ϕρ8 × Δx × Δy × Δz
(3.24)
÷ 7Δx × Δy × Δz8
�. bx, y + 12 y, z + 12 zc 9 �. bx + Δx, y + 12 y, z + 12 zc∆2+�
. bx + 12 x, y, z + 12 zc 9 �. bx + 12 x, y + Δy, z + 12 zc∆0
+�. bx + 12 x, y + 12 y, zc 9 �. bx + 12 x, y + 12 y, z + Δzc
∆d+ � = [
[T 7ϕρ8
(3.25)
18
9 [[2 7�.7x, y, z88 9 [[0 7�.7x, y, z88 9 [[d 7�.7x, y, z88 + �= [[T 7ϕρ8
(3.26)
Ou
9 [[2 7ρu8 9 [[0 7ρv8 9 [[d 7ρw8 + � = [[T 7ϕρ8 (3.27)
Definindo u como o vetor 7u, v, w8 teremos:
e = 79Kμ _δpδx 9 ρg δDδxa ,9Kμ _δpδy 9 ρg δDδya ,9Kμ 7δpδz9 ρg δDδz88
(3.28)
E podemos reescrever a equação (3.27) da seguinte forma:
9∇ ∙ 7ρe8 + q = [[T 7ϕρ8 (3.29)
Substituindo (3.3) em (3.29) temos:
9∇ ∙ _ρ × 79Kμ 7∇p 9 ρg × ∇D88a + q = [[T 7ϕρ8 (3.30)
∇ ∙ _ρ × Kμ 7∇p 9 ρg × ∇D88a + q = [[T 7ϕρ8 (3.31)
19
Para um fluido incompressível teremos iij 7ϕρ8 = 0. Então a equação de conservação da
massa fica:
∇ ∙ lρ × Kμ 7∇p 9 ρg × ∇D8m + qρ = 0 (3.32)
Definindo Φ = # 9 o × p:
∇ ∙ _Kμ × ∇Φ8a + qρ = 0 (3.33)
Em um reservatório isotrópico e com viscosidade constante, a equação da massa é
simplificada para a equação de Poisson:
∇ ∙ 7∇Φ8 + qμρK = 0 (3.34)
No volume de controle onde o termo fonte é zero, a equação de Laplace:
∇@Φ = 0 (3.35)
20
3.2. Utilização do método das diferenças finitas para modelar um
reservatório
Inicialmente o reservatório a ser modelado será um reservatório isotrópico,
selado e com um fluido incompressível e viscosidade constante. Para isso serão
utilizadas as equações de Poisson e Laplace já vistas.
Figura 3.2 - Reservatório representado por uma malha 3x3x3
O reservatório representado na Figura 2.1 é um cubo dividido em 27 partes por
uma malha quadrada. No bloco 7 existe um poço injetor e no bloco 27 existe um poço
produtor.
Para todos os blocos, com exceção dos blocos 7 e 27, serão usadas a equações:
∇@Φ = 0 (3.36)
21
q q q∇@Φdxdydz = 0s
tuv
wx (3.37)
q q qδ@Φδx@ dxdydzs
tuv
wx +q q qδ@Φδy@ dydxdz
u
vst
wx
+q q q δ@Φδz@ dzdydx = 0w
xuv
st
(3.38)
_δΦδx yz 9 δΦδx y ,a × ΔyΔz + _δΦδy y{ 9 δΦδy y|a × ΔxΔz+ _δΦδz y} 9 δΦδz y a × ΔxΔz = 0
(3.39)
As derivadas de Φ, quando não são conhecidas, podem ser aproximadas por:
δΦδx |z = Φs 9Φ�Δxs (3.40)
δΦδx |, = Φ� 9ΦtΔxt (3.41)
δΦδy |{ = Φu 9Φ�Δyu (3.42)
δΦδy || = Φ� 9ΦvΔyv (3.43)
δΦδz |} = Φw 9Φ�Δzw (3.44)
δΦδz | = Φ� 9ΦxΔzx (3.45)
22
Para os blocos internos, que não possuem faces no contorno, teremos:
_Φs 9Φ�Δxs 9Φ� 9ΦtΔxt a × ΔyΔz + _Φu 9Φ�Δyu 9Φ� 9ΦvΔyv a× ΔxΔz + _Φw 9Φ�Δzw 9Φ� 9ΦxΔzx a × ΔxΔz= 0
(3.46)
Φ� �_ 1Δxs +1Δxta × ΔyΔz + _ 1Δyu +
1Δyva × ΔxΔz+ _ 1Δzw +
1Δzxa × ΔxΔz�= Φs ΔyΔzΔxs +Φt ΔyΔzΔxt +Φu ΔxΔzΔyu+Φv ΔxΔzΔyv +Φw ΔxΔzΔzw +Φx ΔxΔzΔzx
(3.47)
Definindo:
]� = _ 1Δxs +1Δxta × ΔyΔz + _ 1Δyu +
1Δyva × ΔxΔz+ _ 1Δzw +
1Δzxa × ΔxΔz (3.48)
Onde c são todos os blocos que não possuem faces no contorno:
]s = ΔyΔzΔxs (3.49)
]t = ΔyΔzΔxt (3.50)
23
]u = ΔxΔzΔyu (3.51)
]� = ΔxΔzΔyv (3.52)
]w = ΔxΔzΔzw (3.53)
]x = ΔxΔzΔzx (3.54)
Podemos reescrever a equação (3.48) como:
Φ�]� = Φs]s +Φt]t +Φu]u +Φv]� +Φw]w +Φx]x (3.55)
Φ�]� = Φ�A�]s +Φ�=�]t +Φ�=>]u +Φ�A>]� +Φ�=�]w+Φ�A�]x (3.56)
Φ>�]>� = Φ�]s +Φ@�]t +Φ>�]u +Φ>�]� +Φ>�]w+Φ>>]x (3.57)
Para os blocos que possuem apenas uma face no contorno:
Bloco 5:
_0 9 δΦδx |,a × ΔyΔz + _δΦδy y{ 9 δΦδy y|a × ΔxΔz+ _δΦδz y} 9 δΦδz y a × ΔxΔz = 0
(3.58)
24
Φ� �_0 + 1Δxta × ΔyΔz + _ 1Δyu +1Δyva × ΔxΔz
+ _ 1Δzw +1Δzxa × ΔxΔz�
= 0 + Φt ΔyΔzΔxt +Φu ΔxΔzΔyu +Φv ΔxΔzΔyv+Φw ΔxΔzΔzw +Φx ΔxΔzΔzx
(3.59)
Φ�]� = 0 + Φ>�]t +Φ�]u +Φ�]� +Φ�]w +Φ@]x (3.60)
Bloco 11:
_δΦδx yz 9 δΦδx y ,a × ΔyΔz + _δΦδy y{ 9 δΦδy y|a × ΔxΔz+ _δΦδz |} 9 0a × ΔxΔz = 0
(3.61)
Φ>> �_ 1Δxs +1Δxta × ΔyΔz + _ 1Δyu +
1Δyva × ΔxΔz+ _ 1Δzw + 0a × ΔxΔz�= Φs ΔyΔzΔxs +Φt ΔyΔzΔxt +Φu ΔxΔzΔyu+Φv ΔxΔzΔyv +Φw ΔxΔzΔzw + 0
(3.62)
Φ>>]>> = Φ@]s +Φ@6]t +Φ>@]u +Φ>6]� +Φ>�]w+ 0
(3.63)
25
Bloco 13:
_δΦδx yz 9 δΦδx y ,a × ΔyΔz + _δΦδy |{ 9 0a × ΔxΔz+ _δΦδz y} 9 δΦδz y a × ΔxΔz = 0
(3.64)
Φ� �_ 1Δxs +1Δxta × ΔyΔz + _ 1Δyu + 0a × ΔxΔz+ _ 1Δzw +
1Δzxa × ΔxΔz�= Φs ΔyΔzΔxs +Φt ΔyΔzΔxt +Φu ΔxΔzΔyu + 0+ Φw ΔxΔzΔzw +Φx ΔxΔzΔzx
(3.65)
Φ>�]>� = Φ�]s +Φ@@]t +Φ>�]u + 0 + Φ>�]w +Φ>6]x (3.66)
Bloco 15:
_δΦδx yz 9 δΦδx y ,a × ΔyΔz + _0 9 δΦδy ||a × ΔxΔz+ _δΦδz y} 9 δΦδz y a × ΔxΔz = 0
(3.67)
26
Φ� �_ 1Δxs +1Δxta × ΔyΔz + _0 + 1Δyva × ΔxΔz+ _ 1Δzw +
1Δzxa × ΔxΔz�= Φs ΔyΔzΔxs +Φt ΔyΔzΔxt + 0 + Φv ΔxΔzΔyv+Φw ΔxΔzΔzw +Φx ΔxΔzΔzx
(3.68)
Φ>�]>� = Φ�]s +Φ@�]t + 0 + Φ>�]� +Φ>�]w +Φ>@]x (3.69)
Bloco 17:
_δΦδx yz 9 δΦδx y ,a × ΔyΔz + _δΦδy y{ 9 δΦδy y|a × ΔxΔz+ _0 9 δΦδz |a × ΔxΔz = 0
(3.70)
Φ� �_ 1Δxs +1Δxta × ΔyΔz + _ 1Δyu +
1Δyva × ΔxΔz+ _0 + 1Δzxa × ΔxΔz�= Φs ΔyΔzΔxs +Φt ΔyΔzΔxt +Φu ΔxΔzΔyu+Φv ΔxΔzΔyv + 0 + Φx ΔxΔzΔzx
(3.71)
Φ>�]>� = Φ�]s +Φ@�]t +Φ>�]u +Φ>�]� + 0 +Φ>�]x (3.72)
27
Bloco 23:
_δΦδx |z 9 0a × ΔyΔz + _δΦδy y{ 9 δΦδy y|a × ΔxΔz+ _δΦδz y} 9 δΦδz y a × ΔxΔz = 0
(3.73)
Φ� �_ 1Δxs + 0a × ΔyΔz + _ 1Δyu +1Δyva × ΔxΔz
+ _ 1Δzw +1Δzxa × ΔxΔz�
= Φs ΔyΔzΔxs + 0 + Φu ΔxΔzΔyu +Φv ΔxΔzΔyv+Φw ΔxΔzΔzw +Φx ΔxΔzΔzx
(3.74)
Φ@�]@� = Φ>�]s + 0 + Φ@�]u +Φ@@]� +Φ@�]w+Φ@6]x
(3.75)
Para os blocos que possuem duas faces no contorno:
Bloco 2:
_0 9 δΦδx |,a × ΔyΔz + _δΦδy y{ 9 δΦδy y|a × ΔxΔz+ _δΦδz |} 9 0a × ΔxΔz = 0
(3.76)
28
Φ� �_0 + 1Δxta × ΔyΔz + _ 1Δyu +1Δyva × ΔxΔz
+ _ 1Δzw + 0a × ΔxΔz�= 0 + Φt ΔyΔzΔxt +Φu ΔxΔzΔyu +Φv ΔxΔzΔyv+Φw ΔxΔzΔzw + 0
(3.77)
Φ@]@ = 0 + Φ>>]t +Φ�]u +Φ>]� +Φ�]w + 0 (3.78)
Bloco 4:
_0 9 δΦδx |,a × ΔyΔz + _δΦδy |{ 9 0a × ΔxΔz+ _δΦδz y} 9 δΦδz y a × ΔxΔz = 0
(3.79)
Φ� �_0 + 1Δxta × ΔyΔz + _ 1Δyu + 0a × ΔxΔz+ _ 1Δzw +
1Δzxa × ΔxΔz�= 0 + Φt ΔyΔzΔxt +Φu ΔxΔzΔyu + 0 + Φw ΔxΔzΔzw+Φx ΔxΔzΔzx
(3.80)
Φ�]� = 0 + Φ>�]t +Φ�]u + 0 + Φ�]w +Φ>]x (3.81)
29
Bloco 6:
_0 9 δΦδx |,a × ΔyΔz + _0 9 δΦδy ||a × ΔxΔz+ _δΦδz y} 9 δΦδz y a × ΔxΔz = 0
(3.82)
Φ� �_0 + 1Δxta × ΔyΔz + _0 + 1Δyva × ΔxΔz+ _ 1Δzw +
1Δzxa × ΔxΔz�= 0 + Φt ΔyΔzΔxt + 0 + Φv ΔxΔzΔyv +Φw ΔxΔzΔzw+Φx ΔxΔzΔzx
(3.83)
Φ�]� = 0 + Φ>�]t + 0 + Φ�]� +Φ�]w +Φ�]x (3.84)
Bloco 8:
_0 9 δΦδx |,a × ΔyΔz + _δΦδy y{ 9 δΦδy y|a × ΔxΔz+ _0 9 δΦδz |a × ΔxΔz = 0
(3.85)
Φ� �_0 + 1Δxta × ΔyΔz + _ 1Δyu +1Δyva × ΔxΔz
+ _0 + 1Δzxa × ΔxΔz�= 0 + Φt ΔyΔzΔxt +Φu ΔxΔzΔyu +Φv ΔxΔzΔyv + 0+Φx ΔxΔzΔzx
(3.86)
30
Φ�]� = 0 + Φ>�]t +Φ�]u +Φ�]� + 0 + Φ�]x (3.87)
Bloco 10:
_δΦδx yz 9 δΦδx y ,a × ΔyΔz + _δΦδy |{ 9 0a × ΔxΔz+ _δΦδz |} 9 0a × ΔxΔz = 0
(3.88)
Φ� �_ 1Δxs +1Δxta × ΔyΔz + _ 1Δyu + 0a × ΔxΔz+ _ 1Δzw + 0a × ΔxΔz�= Φs ΔyΔzΔxs +Φt ΔyΔzΔxt +Φu ΔxΔzΔyu + 0+ Φw ΔxΔzΔzw + 0
(3.89)
Φ>6]>6 = Φ>]s +Φ>�]t +Φ>@]u + 0 + Φ>�]w + 0 (3.90)
Bloco 12:
_δΦδx yz 9 δΦδx y ,a × ΔyΔz + _0 9 δΦδy ||a × ΔxΔz+ _δΦδz |} 9 0a × ΔxΔz = 0
(3.91)
31
Φ� �_ 1Δxs +1Δxta × ΔyΔz + _0 + 1Δyva × ΔxΔz+ _ 1Δzw + 0a × ΔxΔz�= Φs ΔyΔzΔxs +Φt ΔyΔzΔxt + 0 + Φv ΔxΔzΔyv+Φw ΔxΔzΔzw + 0
(3.92)
Φ>@]>@ = Φ�]s +Φ@>]t + 0 + Φ>>]� +Φ>�]w + 0 (3.93)
Bloco 16:
_δΦδx yz 9 δΦδx y ,a × ΔyΔz + _δΦδy |{ 9 0a × ΔxΔz+ _0 9 δΦδz |a × ΔxΔz = 0
(3.94)
Φ� �_ 1Δxs +1Δxta × ΔyΔz + _ 1Δyu + 0a × ΔxΔz+ _0 + 1Δzxa × ΔxΔz�= Φs ΔyΔzΔxs +Φt ΔyΔzΔxt +Φu ΔxΔzΔyu + 0 + 0+Φx ΔxΔzΔzx
(3.95)
Φ>�]>� = Φ�]s +Φ@�]t +Φ>�]u + 0 + 0 + Φ>�]x (3.96)
32
Bloco 18:
_δΦδx yz 9 δΦδx y ,a × ΔyΔz + _0 9 δΦδy ||a × ΔxΔz+ _0 9 δΦδz |a × ΔxΔz = 0
(3.97)
Φ� �_ 1Δxs +1Δxta × ΔyΔz + _0 + 1Δyva × ΔxΔz+ _0 + 1Δzxa × ΔxΔz�= Φs ΔyΔzΔxs +Φt ΔyΔzΔxt + 0 + Φv ΔxΔzΔyv + 0+ Φx ΔxΔzΔzx
(3.98)
Φ>�]>� = Φ�]s +Φ@�]t + 0 + Φ>�]� + 0 + Φ>�]x (3.99)
Bloco 20:
_δΦδx |z 9 0a × ΔyΔz + _δΦδy y{ 9 δΦδy y|a × ΔxΔz+ _δΦδz |} 9 0a × ΔxΔz = 0
(3.100)
Φ� �_ 1Δxs + 0a × ΔyΔz + _ 1Δyu +1Δyva × ΔxΔz
+ _ 1Δzw + 0a × ΔxΔz�= Φs ΔyΔzΔxs + 0 + Φu ΔxΔzΔyu +Φv ΔxΔzΔyv+Φw ΔxΔzΔzw + 0
(3.101)
33
Φ@6]@6 = Φ>>]s + 0 + Φ@>]u +Φ>�]� +Φ@�]w + 0 (3.102)
Bloco 22:
_δΦδx |z 9 0a × ΔyΔz + _δΦδy |{ 9 0a × ΔxΔz+ _δΦδz y} 9 δΦδz y a × ΔxΔz = 0
(3.103)
Φ� �_ 1Δxs + 0a × ΔyΔz + _ 1Δyu + 0a × ΔxΔz+ _ 1Δzw +
1Δzxa × ΔxΔz�= Φs ΔyΔzΔxs + 0 + Φu ΔxΔzΔyu + 0 + Φw ΔxΔzΔzw+Φx ΔxΔzΔzx
(3.104)
Φ@@]@@ = Φ>�]s + 0 + Φ@�]u + 0 + Φ@�]w +Φ>�]x (3.105)
Bloco 24:
_δΦδx |z 9 0a × ΔyΔz + _0 9 δΦδy ||a × ΔxΔz+ _δΦδz y} 9 δΦδz y a × ΔxΔz = 0
(3.106)
34
Φ� �_ 1Δxs + 0a × ΔyΔz + _0 + 1Δyva × ΔxΔz+ _ 1Δzw +
1Δzxa × ΔxΔz�= Φs ΔyΔzΔxs + 0 + 0 + Φv ΔxΔzΔyv +Φw ΔxΔzΔzw+Φx ΔxΔzΔzx
(3.107)
Φ@�]@� = Φ>�]s + 0 + 0 + Φ@�]� +Φ@�]w +Φ@>]x (3.108)
Bloco 26:
_δΦδx |z 9 0a × ΔyΔz + _δΦδy y{ 9 δΦδy y|a × ΔxΔz+ _0 9 δΦδz |a × ΔxΔz = 0
(3.109)
Φ� �_ 1Δxs + 0a × ΔyΔz + _ 1Δyu +1Δyva × ΔxΔz
+ _0 + 1Δzxa × ΔxΔz�= Φs ΔyΔzΔxs + 0 + Φu ΔxΔzΔyu +Φv ΔxΔzΔyv + 0+ Φx ΔxΔzΔzx
(3.110)
Φ@�]@� = Φ>�]s + 0 + Φ@�]u +Φ@�]� + 0 +Φ@�]x (3.111)
35
Para os blocos que possuem três faces no contorno
Bloco 1:
_0 9 δΦδx |,a × ΔyΔz + _δΦδy |{ 9 0a × ΔxΔz+ _δΦδz |} 9 0a × ΔxΔz = 0
(3.112)
Φ� �_0 + 1Δxta × ΔyΔz + _ 1Δyu + 0a × ΔxΔz + _ 1Δzw + 0a× ΔxΔz�= 0 + Φt ΔyΔzΔxt +Φu ΔxΔzΔyu + 0 + Φw ΔxΔzΔzw+ 0
(3.113)
Φ>]> = 0 + Φ>6]t +Φ@]u + 0 + Φ�]w + 0 (3.114)
Bloco 3:
_0 9 δΦδx |,a × ΔyΔz + _0 9 δΦδy ||a × ΔxΔz+ _δΦδz |} 9 0a × ΔxΔz = 0
(3.115)
Φ� �_0 + 1Δxta × ΔyΔz + _0 + 1Δyva × ΔxΔz + _ 1Δzw + 0a× ΔxΔz�= 0 + Φt ΔyΔzΔxt + 0 + Φv ΔxΔzΔyv +Φw ΔxΔzΔzw+ 0
(3.116)
36
Φ�]� = 0 + Φ>@]t + 0 + Φ@]� +Φ�]w + 0 (3.117)
Bloco 9:
_0 9 δΦδx |,a × ΔyΔz + _0 9 δΦδy ||a × ΔxΔz+ _0 9 δΦδz |a × ΔxΔz = 0
(3.118)
Φ� �_0 + 1Δxta × ΔyΔz + _0 + 1Δyva × ΔxΔz + _0 + 1Δzxa× ΔxΔz�= 0 + Φt ΔyΔzΔxt + 0 + Φv ΔxΔzΔyv + 0+ Φx ΔxΔzΔzx
(3.119)
Φ�]� = 0 + Φ>�]t + 0 + Φ�]� + 0 + Φ�]x (3.120)
Bloco 19:
_δΦδx |z 9 0a × ΔyΔz + _δΦδy |{ 9 0a × ΔxΔz+ _δΦδz |} 9 0a × ΔxΔz = 0
(3.121)
37
Φ� �_ 1Δxs + 0a × ΔyΔz + _ 1Δyu + 0a × ΔxΔz + _ 1Δzw + 0a× ΔxΔz�= Φs ΔyΔzΔxs + 0 +Φu ΔxΔzΔyu + 0 +Φw ΔxΔzΔzw+ 0
(3.122)
Φ>�]>� = Φ>6]s + 0 + Φ@6]u + 0 + Φ@@]w + 0 (3.123)
Bloco 21:
_δΦδx |z 9 0a × ΔyΔz + _0 9 δΦδy ||a × ΔxΔz+ _δΦδz |} 9 0a × ΔxΔz = 0
(3.124)
Φ� �_ 1Δxs + 0a × ΔyΔz + _0 + 1Δyva × ΔxΔz + _ 1Δzw + 0a× ΔxΔz�= Φs ΔyΔzΔxs + 0 + 0 + Φv ΔxΔzΔyv +Φw ΔxΔzΔzw+ 0
(3.125)
Φ@>]@> = Φ>@]s + 0 + 0 + Φ@6]� +Φ@�]w + 0 (3.126)
38
Bloco 25:
_δΦδx |z 9 0a × ΔyΔz + _δΦδy |{ 9 0a × ΔxΔz + _0 9 δΦδz |a× ΔxΔz = 0
(3.127)
Φ� �_ 1Δxs + 0a × ΔyΔz + _ 1Δyu + 0a × ΔxΔz + _0 + 1Δzxa× ΔxΔz�= Φs ΔyΔzΔxs + 0 + Φu ΔxΔzΔyu + 0 + 0+ Φx ΔxΔzΔzx
(3.128)
Φ@�]@� = Φ>�]s + 0 + Φ@�]u + 0 + 0 + Φ@@]x (3.129)
Para os blocos 7 e 27 será usada a equação:
∇@Φ+ qμρK = 0 (3.130)
_δΦδx yz 9 δΦδx y ,a × ΔyΔz + _δΦδy y{ 9 δΦδy y|a × ΔxΔz+ _δΦδz y} 9 δΦδz y a × ΔxΔz + qμρK = 0
(3.131)
39
Φ� �_ 1Δxs +1Δxta × ΔyΔz + _ 1Δyu +
1Δyva × ΔxΔz+ _ 1Δzw +
1Δzxa × ΔxΔz�= Φs ΔyΔzΔxs +Φt ΔyΔzΔxt +Φu ΔxΔzΔyu+Φv ΔxΔzΔyv +Φw ΔxΔzΔzw +Φx ΔxΔzΔzx 9 qμρK
(3.132)
Para o bloco 7:
_0 9 δΦδx |,a × ΔyΔz + _δΦδy |{ 9 0a × ΔxΔz + _0 9 δΦδz |a× ΔxΔz + qμρK = 0
(3.133)
Φ� �_0 + 1Δxta × ΔyΔz + _ 1Δyu + 0a × ΔxΔz + _0 + 1Δzxa× ΔxΔz�= 0 + Φt ΔyΔzΔxt +Φu ΔxΔzΔyu + 0 + 0+ Φx ΔxΔzΔzx 9 qμρK
(3.134)
Φ�]� = 0 + Φ>�]t +Φ�]u + 0 + 0 + Φ�]x 9 q�μρK (3.135)
Para o bloco 27:
_δΦδx |z 9 0a × ΔyΔz + _0 9 δΦδy ||a × ΔxΔz+ _0 9 δΦδz |a × ΔxΔz + qμρK = 0
(3.136)
40
Φ� �_ 1Δxs + 0a × ΔyΔz + _0 + 1Δyva × ΔxΔz + _0 + 1Δzxa× ΔxΔz�= Φs ΔyΔzΔxs + 0 + 0 + Φv ΔxΔzΔyv + 0+Φx ΔxΔzΔzx 9 qμρK
(3.137)
Φ@�]@� = Φ>�]s + 0 + 0 + Φ@�]� + 0 + Φ@�]x 9 q@�μρK (3.138)
Com as equações encontradas é montado um sistema que poderá prever a
distribuição das pressões dentro do reservatório.
A demonstração feita foi para um caso muito específico e consequentemente
com aplicação reduzida no estudo de reservatórios reais, pois leva em conta a presença
de uma fase, com o fluido incompressível e com viscosidade constante. Pensando em
fluxos teríamos, para três fases14.
J� = �u��� (3.139)
J� = �u��� (3.140)
J� = �u��� + ,���u��� + ,���u��� (3.141)
14
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41
Onde o��� é a massa específica nas condições padrão da fase “i”, �� é o fator
volume formação da fase “i”, ,�� é a razão de solubilidade da fase “i” e �� é o vetor
velocidade da fase “i”, A divisão da massa específica nas condições padrão pelo fator
volume de formação concede ao modelo a variação da massa específica com as
condições do reservatório utilizando propriedades e correlações conhecidas. A razão de
solubilidade indica que existe uma parcela da fase gasosa dissolvida dentro das outras
fases. A razão de solubilidade, da mesma forma que o fator volume formação, pode ser
obtida através de dados de amostras do fluido do reservatório aplicados sobre
correlações em conjunto com as condições do reservatório.
Por causa da influência de outros fluidos a equação da velocidade é alterada
para levar em conta essa influência.
u� = K ∗ k��.� ∗ ∇7Φ8 (3.142)
Onde K é o tensor permeabilidade e ��� é a permeabilidade relativa na fase “i”
Definindo:
λ� = k�.� (3.143)
Somando os três fluxos, ficamos com15:
��� 9 ,����� _∇ ∗ � ∗ λ��� ∇�� + ��� −��o���a
+ ��� − ,����� _∇ ∗ � ∗ λ��� ∇�� + ��� −��o���a
+ �� l∇ ∗ � ∗ lλ��� + ,��λ��� ,��
λ���m∇�� + ��� −��o���m
= �'j /��/T
(3.144)
15
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42
Onde ��� é a contribuição gravitacional e capilar de cada fase e pode ser
definida para óleo, água e gás, respectivamente como:
��� = 9∇ ∗ � ∗ 7λ���8∇7o�d1448 (3.145)
��� = 9∇ ∗ � ∗ 7λ���8∇7o�d144 + ����8 (3.146)
��� = ∇ ∗ � ∗ 7λ���8∇7���� −o�d1448 (3.147)
Os termos ���� e ���� são as diferenças entre a pressão de óleo e água e óleo e
gás respectivamente. Com a utilização desses termos é possível escrevermos o
somatório dos fluxos com apenas a pressão do óleo.
A equação anterior é uma das equações que deve ser resolvida para
descobrirmos a pressão em um ponto e as saturações no mesmo. As outras equações são
as equações para as saturações:
//T 7� ���8 = ∇ ∗ � ∗ λ��� ∇�� + ��� −��o��� (3.148)
//T 7�
���8 = ∇ ∗ � ∗ λ��� ∇�� + ��� −��o��� (3.149)
� + � + � = 1 (3.150)
43
Utilizando o método das diferenças finitas de forma implícita para a pressão e
de forma explícita para as saturações o sistema pode ser facilmente resolvido. Este
método é chamado de IMPES, Implicit Pressure Explicit Saturation16.
3.3. IMPES
Como foi dito anteriormente, o IMPES é um método híbrido, ele é implícito na
pressão e explícito na saturação.
As pressões são calculadas iterativamente. As propriedades dos fluidos são
calculadas em T�A> e as pressões e propriedades dos fluidos em T6 são utilizadas como
estimativa inicial da iteração do instante T�. Após o cálculo ter sido realizado é
verificada se a diferença entre a estimativa inicial e o valor calculado é menor que a
tolerância. Se o erro entre os dois valores for menor que a tolerância, o passo convergiu
e o último valor calculado é utilizado como estimativa inicial do passo seguinte, caso
contrário o último valor calculado é utilizado como estimativa do mesmo passo. Após o
passo ter convergido as saturações são calculadas explicitamente (Figura 3.3).
Figura 3.3 - Algoritmo IMPES
16
FANCHI J. R. PRINCIPLES OF APPLIED RESERVOIR SIMULATION. Houston, Texas. ELSEVIER SCIENTIFIC PUBLISHING COMPANY. 2001 2ª edição
44
3.4. Cálculo das propriedades dos fluidos
Como foi visto as propriedades do fluido variam dentro do reservatório de
acordo com a posição e o tempo e para calculá-las usaremos as seguintes correlações17.
3.3.1. Fator volume formação da água ��:
Fx� = �5.1 ∗ 10A�# � 75.47 ∗ 10A� 9 1.95 ∗ 10A>6#87$s 9 6089 73.23 ∗ 10A� 9 8.5 ∗ 10A>�#87$s 9 608
@ ¡¢£ � 1 (3.151)
Onde ¡¢£ é a salinidade da água que pode variar de 0 até 25. $s é a
temperatura do reservatório em Fahrenheit e pode variar de 100 ate 250 ¤. # é a
pressão do reservatório, que no nosso caso será igual a ��, pressão do óleo, e pode variar
de 1000 psi até 5000 psi.
Caso a pressão do reservatório esteja abaixo da pressão de bolha, empregam-se
os valores da Tabela 3.1 para os coeficeientes A, B e C das equações (3.152), (3.153) e
(3.154), obtendo-se B¦ pela realação (3.155).
Tabela 3.1 - Tabela de coeficientes para a correlação do fator volume formação com pressão abaixo da pressão
de bolha
1
0.9911
−1.093 × 10A�
−5 × 10A>>
2 6.35 × 10A� −3.497 × 10A� 6.429 × 10A>�
3 8.5 × 10A� 4.57 × 10A>@ −1.43 × 10A>�
17
CHEN, Z. COMPUTATIONAL METHODS FOR MULTIPHASE FLOWS IN POROUS MEDIA. Dallas, Texas. SIAM. 2006
45
Caso a pressão do reservatório esteja acima da pressão de bolha, os valores
empregados para A, B e C são dados pela Tabela 3.2.
Tabela 3.2 - Tabela de coeficientes para a correlação do fator volume formação com pressão acima da pressão
de bolha
1
0.9947
−4.228 × 10A�
1.3 × 10A>6 2 5.8× 10A� 1.8376× 10A� −1.3855× 10A>@ 3 1.02 × 10A� −6.77× 10A>> 4.285 × 10A>�
A = ]> + ]@$s + ]�$s@ (3.152)
B = �> + �@$s + ��$s@ (3.153)
C = �> + �@$s + ��$s@ (3.154)
B� = 7] + � ∗ # + � ∗ #@8Fx� (3.155)
3.3.2. Razão de solubilidade da água ���:
Caso a pressão do reservatório esteja acima da pressão de bolha a razão de
solubilidade da água é zero. Caso contrário ela pode ser calculada pela seguinte
correlação:
Rx� = �]t©ª + �t©ª# + �t©ª#@� ∗ �1 − 70.0753 9 1.73∗ 10A�$s8¡¢£
(3.156)
46
Onde:
]t©ª = 2.12 + 3.45 ∗ 10A�$s 9 3.59 ∗ 10A�$s@ (3.157)
�t©ª = 0.0107 9 5.26 ∗ 10A�$s + 1.48 ∗ 10A�$s@ (3.158)
�t©ª = 98.75 ∗ 10A� + 3.9 ∗ 10A�$s 9 1.02 ∗ 10A>>$s@ (3.159)
3.3.3. Compressibilidade isotérmica da água ��:
Fx« = ¬−0.52 + 2.7 ∗ 10A�$s 9 1.14 ∗ 10A�$s@ + 1.121∗ 10A�$s�¡¢£6.� + 1
(3.160)
AA = 3.8546 − 1.34 ∗ 10A�# (3.161)
�� = 90.01052 + 4.77 ∗ 10A�# (3.162)
CC = 3.9267 ∗ 10A� − 8.8 ∗ 10A>6# (3.163)
c� = �]] + �� ∗ $s + �� ∗ $s@�10A�(1 + 0.0089,��)Fx« (3.164)
Para a correlação ser válida a pressão deve estar entre 1000 e 6000 psi, a
temperatura entre 80 e 250℉ e a salinidade entre 0 e 25.
47
3.3.4. Viscosidade da água ��:
Fx¯ = 1 − 1.87 ∗ 10A�¡¢£> @° + 2.18 ∗ 10A�¡¢£@.� + ($s> @°− 0.0135$s)(2.76 ∗ 10A�¡¢£ − 3.44 ∗ 10A� ∗ ¡¢£>.�)
(3.165)
Fx¯ = 1 + 3.5 ∗ 10A>@#@($s − 40) (3.166)
μ� = 0.02414 ∗ 10@��.� (±²A>�6)° Fx¯F³¯ (3.167)
A correlação para a viscosidade da água utiliza temperaturas em Fahrenheit e
Kelvin. Como padrão, usaremos a temperatura em Fahrenheit.
$́ = 273.15 + ($s − 32)/1.8 (3.168)
A correlação usada para o cálculo da viscosidade da água é valida se a
temperatura estiver entre 32 e 572 ℉ e a salinidade entre 0 e 25. Não foi encontrado
limite para a temperatura.
Verificando as correlações para as propriedades da água como um todo,
podemos dizer que a temperatura deve estar entre 100 e 250 ℉, a pressão deve estar
entre 1000 psi e 5000 psi e a salinidade entre 0 e 25.
Correlações para o óleo:
3.3.5. Razão de solubilidade gás- óleo ���:
Υ·x = Υ· ∗ (1 + 5.912 ∗ 10A�]³£ ∗ $�¸� ∗ log(#�¸�114.7)) (3.169)
48
Onde Υ· é a densidade do gás em condições padrão, Υ·x é a densidade
corrigida do gás,T�¸� é a temperatura do separador em Fahrenheit, p�¸� é a pressão em
psi e A³£ é o grau API que é definido como:
]³£ = 141.5o� − 131.5 (3.170)
Caso o grau API seja maior ou igual a 30, a relação
R�� = ]6 ∗ Υ·x ∗ #¼�½ ∗ �(«¾¡¿À±Á )
(3.171)
é utilizada, com os coeficientes da Tabela 3.3.
Tabela 3.3 - Coeficientes utilizados no cálculo de ���:
]³£ < 30 ]³£ ≥ 30
]6
0.0178
0.0362
�6 1.1870 1.0937
�6 23.931 25.724
Para determinarmos a razão de solubilidade do gás no óleo precisamos entrar
com o valor de pressão no ponto de bolha p¼ em psi. Nesse caso como a temperatura
aparece sozinha no denominador, para evitarmos uma divisão por 0 está sendo utilizada
a escala absoluta, Rankine.
$t = 459.67 + $s (3.172)
49
3.3.6. Compressibilidade isotérmica do óleo ��:
A compressibilidade pode ser obtida a partir das fórmulas empíricas,
c� = −1,433 + 5,�� + 17.2$s − 1,180Υ·x + 12.61]³£100,000#¼ (3.173)
c� = 6.8257 ∗ 10A� ∗ ,¸Ä6.�66@ ∗ # ∗ $6.���6� ∗Υ·xA6.���6� 18
(3.174)
Ou pela sua definição19:
c� = −[ 1��/��/�� −
����/,��/�� ] (3.175)
Podemos verificar que a compressibilidade isotérmica do óleo depende do fator
volume formação do gás, ��, o que implica na necessidade da fase gás presente e que o
fator volume formação do gás seja calculado antes da compressibilidade isotérmica do
óleo, o que poderia gerar redundâncias no código, acarretando maior tempo
computacional. Em contra partida não foi encontrada na literatura limites para a
correlação para '�. A correlação será usada e serão usados os limites do fator volume
formação do óleo, que serão logo descritos.
18
TRIJANA KARTOATMODJO, New Correlations for Crude Oil Physical Properties.SPE Techinical Publications, Tulsa, junho, 1991. 19
FANCHI J. R. PRINCIPLES OF APPLIED RESERVOIR SIMULATION. Houston, Texas. ELSEVIER SCIENTIFIC PUBLISHING COMPANY. 2001 2ª edição
50
3.3.7. Fator volume de formação do óleo ��:
Caso o reservatório esteja a uma pressão acima da pressão de bolha:
B�(#, #¼) = B�(#¼) ∗ �A�½∗(�A�Å) (3.176)
Caso contrário,
B�(#¼) = 1 + Aa ∗ (Ts − 60) ∗ ]³£Υ·x + _�Ç + �' ∗ (Ts − 60) ∗]³£Υ·xa
∗ R��
(3.177)
Os coeficientes da equação (1.77) são apresentados na Tabela 3.4.
Tabela 3.4 – Coeficientes para o cálculo de �� quando a pressão está abaixo da pressão de bolha
]³£ ≤ 30 ]³£ > 30
]&
1.1 ∗ 10A�
1.751 ∗ 10A� �Ç 4.67 ∗ 10A� 4.677 ∗ 10A� �' 1.337 ∗ 10A� −1.811 ∗ 10A�
As correlações (3.176) e (3.177) são validas somente se a pressão e a
temperatura do separador estiverem respectivamente entre 30 e 535 psi e 76 e 150 ℉ e o
grau API estiver entre 15.3 e 59.5. Caso a pressão do reservatório for superior à pressão
de bolha, a densidade do gás deve estar entre 0.511 e 1.351 e a pressão do reservatório
entre 111 e 9485 psi. Caso a pressão do reservatório esteja abaixo da pressão de bolha,
deve-se verificar o grau API: se o grau API for igual ou menor que 30, a densidade do
51
gás deve estar entre 0.511 e 1.351 e a pressão do reservatório entre 14.7 e 4542 psi.
Caso contrário, a densidade do gás deve estar entre 0.53 e 1.259 e a pressão do
reservatório entre 14.7 e 6025 psi, para um valor limite do grau API de até 59.5.
Viscosidade do óleo ��:
3.3.8. Viscosidade do óleo ��:
A viscosidade pode ser obtida pela correlação de Beggs-Robinson:
Caso a pressão do reservatório esteja acima da pressão de bolha,
aA = 10.715 ∗ (R�� + 100)A6.�>� (3.178)
bB = 5.44 ∗ (R�� + 150)A6.��� (3.179)
cc = 3.0324 − 0.02023]³£ (3.180)
cC = 10�� ∗ $sA>.>�� (3.181)
μË� = 10�« − 1 (3.182)
μ�(p�) = aA ∗ μË�¼� (3.183)
Caso contrário, a viscosidade pode ser calculada levando em consideração ou
não a compressibilidade viscosa 'Ì.
52
Não levando em consideração a compressibilidade viscosa, temos que:
aa = 2.6#>.>�� ∗ �(A�.��∗>6ÍÎ�A>>.�>�) (3.184)
μ�(#, #¼) = μ�(p�) ∗ ( ##¼)ÏÏ (3.185)
A correlação é válida para grau API entre 15.3 e 59.5, densidade do gás entre
0.511 e 1.351 e pressão do reservatório entre 111 e 9485 psi.
Utilizando a informação da compressibilidade viscosa, temos que:
bb = 2.6 ∗ (1 + #¼)>.>�� ∗ �(A�.��∗>6ÍÎ(>=�Å)A>>.�>�) (3.186)
cÌ = (1 + #¼A>)¼¼ − 1 (3.187)
μ�(#, #¼) = μ�(#¼) ∗ (1 + cÌ ∗ (# − #¼)) (3.188)
Correlações do gás
3.3.9. Fator volume de formação do gás ��:
p��6 = ]�� + ��� ∗ Υ· + ��� ∗ Υ·@ (3.189)
T��6 = ]&�� + �Ç�� ∗ Υ· + �'�� ∗ Υ·@ (3.190)
Os valores para os coeficientes das expressões (3.189) e (3.190) são
apresentados na Tabela 3.5, para gás condensado e gás de superfície.
53
Tabela 3.5 – Coeficientes utilizados no cálculo do ��:
Gás condensado Gás
de superfície
]��
706
677
��� -51.7 15
��� -11.1 -37.5
]&�� 187 168
��� 330 325
�'�� -71.5 -12.5
W¡ = 120 ∗ b�Y«ÒÓ + YÔÓx�6.� − �Y«ÒÓ + YÔÓx�
>.�c − 15∗ �YÔÓx6.� + YÔÓx��
(3.191)
Onde Õ«ÒÓ e ÕÔÓx são respectivamente as frações de �Ö@ e ×@ presentes no
gás. Para o cálculo das pressões pseudo-críticas devemos primeiro calcular as pressões
pseudo-reduzidas.
T�� = T��6 −|¡ (3.192)
p�� =p��6 ∗ ($��6 −|¡)
$��6 + YÔÓx ∗ �1 − YÔÓx� ∗ |¡ (3.193)
p�¸Ë = p#�� (3.194)
T�¸Ë = Tt$�� (3.195)
54
As correlações para as propriedades reduzidas são validas quando o gás for um
gás condensado com densidade entre 0.36 e 1.3 ou for um gás com impurezas, com
densidade entre 0.56 e 1.71 e o somatório das frações de �Ö@ e ×@ não chegar a 0.8.
Caso #�¸Ë e $�¸Ë estejam respectivamente entre 0 e 30 e 1.05 e 3 então
podemos utilizar a seguinte correlação para o desvio da idealidade do gás,
Z = 0.27 ∗ p�¸Ëo�� ∗ T�¸Ë (3.196)
A correlação não é linear, mas podemos obter o desvio da idealidade do gás
utilizando um método iterativo, como por exemplo, Newton-Raphson.
A� = 0.06423 (3.197)
B� = 0.5353 ∗ T�¸Ë − 0.6123 (3.198)
C� = 0.3151 ∗ T�¸Ë − 1.0467 − 0.5783T�¸Ë@ (3.199)
E� = T�¸Ë (3.200)
F� = 0.6816T�¸Ë@ (3.201)
G� = 0.6845 (3.202)
H� = 0.27 ∗ p�¸Ë (3.203)
55
ρ��6 = 0.27 ∗ p�¸ËT�¸Ë (3.204)
ρ���=> = ρ��� − ℱ(ρ���) ℱ:(ρ���)° (3.205)
ℱ�ρ���� = A� ∗ �ρ����� + �� ∗ �ρ����� + �� ∗ �ρ����@ + {� ∗ �ρ����+ z� ∗ �ρ����� ∗ b1 + �� ∗ �ρ����@c ∗ �A·Ý∗�ÞßÝà�
Ó − H� (3.206)
ℱ:�ρ���� = 6A� ∗ �ρ����� + 3�� ∗ �ρ����@ + 2�� ∗ �ρ���� + {� + z�∗ �ρ����@ ∗ b3 + �� ∗ �ρ����@ ∗ (3 − 2�� ∗ �ρ����@)c
∗ �A·Ý∗�ÞßÝà�Ó
(3.207)
Finalmente temos que o fator volume formação do gás é:
B� = 0.00504 ∗ Z ∗ Tt# (3.208)
3.3.10. Viscosidade do Gás ��:
A viscosidade do gás pode ser calculada utilizando a correlação de Lee-
Gonzalez.
μ� = (1.709 ∗ 10A� − 2.062 ∗ 10A� ∗ Õ·) ∗ $s + 8.188 ∗ 10A� − 6.15∗ 10A� ∗ log(Õ·) + ÕwÓ∗ (9.59 ∗ 10A� + 8.48 ∗ 10A� ∗ log(Õ·)) + Õ«ÒÓ∗ (6.24 ∗ 10A� + 9.08 ∗ 10A� ∗ log(Õ·)) + ÕÔÓx∗ (3.73 ∗ 10A� + 8.48 ∗ 10A� ∗ log(Õ·))
(3.209)
56
Empregando-se os valores para as constantes apresentadas na Tabela 3.6.
Tabela 3.6 - Tabela Coeficientes utilizados na correlação de Lee-Gonzalez
Ad Bd Cd Dd
0
−2.4621182
2.80860949
−0.793385684
0.0839387178
1 2.97054714 −3.49803305 1.39643306 0.186408848
2 −0.286264054 0.36037302 −0.149144925 0.0203367881
3 8.05420522 × 10A� −1.04432413 × 10A@ 4.41015512 × 10A� 6.09579263 × 10A�
Na equação (3.209) ÕwÓ é a fração de }@ na mistura gasosa.
]� = ]�6 + ]�> ∗ p�¸Ë + ]�@ ∗ p�¸Ë@ + ]�� ∗ p�¸Ë� (3.210)
�� = ��6 + ��> ∗ p�¸Ë + ��@ ∗ p�¸Ë@ + ��� ∗ p�¸Ë� (3.211)
�� = ��6 + ��> ∗ p�¸Ë + ��@ ∗ p�¸Ë@ + ��� ∗ p�¸Ë� (3.212)
p� = p�6 + p�> ∗ p�¸Ë + p�@ ∗ p�¸Ë@ + p�� ∗ p�¸Ë� (3.213)
F = ]� + �� ∗ T�¸Ë + �� ∗ T�¸Ë@ + p� ∗ T�¸Ë� (3.214)
μ� = �s ∗ μ�$�¸Ë (3.215)
Para aperfeiçoar o cálculo podemos dividir as propriedades em 3 blocos, água,
óleo e gás e utilizar a tecnologia de multithreding, do Visual Basic, recurso que permite
57
processamento paralelo, para calcular simultaneamente os três blocos, o que nos gera
um ganho em relação a um algoritmo linear.
3.5. Modelos de permeabilidade relativa
A permeabilidade relativa em fluxos trifásicos apresenta grande dificuldade de
medição e gastos elevados para a sua medição por isso são utilizados modelos que
acoplam as permeabilidades relativas nos sistemas bifásicos, óleo-água e óleo-gás.
Figura 3.4 - Curvas de permeabilidade relativa nos sistemas bifásicos
Para estimar o valor da permeabilidade relativa do óleo ��� podemos
simplesmente considerar a permeabilidade relativa do óleo como o produto das suas
permeabilidades relativas nos sistemas bifásicos20.
��� = ���� ∗ ���� (3.216)
20
CHEN, Z. COMPUTATIONAL METHODS FOR MULTIPHASE FLOWS IN POROUS MEDIA. Dallas, Texas. SIAM. 2006
58
Além dessa hipótese existem outros modelos como o modelo de Stone21:
Modelo I:
Esse modelo utiliza dados de saturação irredutível do óleo �� e saturação de
água conata ��.
Sâ� = �−S��1 − ��−S�� (3.217)
Sâ� = �−S��1 − ��−S�� (3.218)
Sâ� =�
1 − ��−S�� (3.219)
Somando as três equações, podemos verificar que o resultado é um.
Deve se tomar o cuidado de lembra que � deve ser maior ou igual ��, assim
como � deve ser maior ou igual a ��.
β� =k���(S�)1 − â� (3.220)
β� =k���(S�)1 − â� (3.221)
k�� = â� ∗ β� ∗ β� (3.222)
21
CHEN, Z. COMPUTATIONAL METHODS FOR MULTIPHASE FLOWS IN POROUS MEDIA. Dallas, Texas. SIAM. 2006
59
Como pode ser observado, é necessário conhecer o valor de ���� e ���� em
função das saturações, respectivamente, de � e �. Para isso, se possuirmos dados de
permeabilidade relativa contra a saturação, podemos utilizar um ajuste de curvas
utilizando o método dos mínimos quadrados para a expressão:
���� = Ç ∗ ��Ï (3.223)
A única crítica à utilização desse método é que para utilizá-lo é necessário
linearizar a equação, o que resulta em:
ln(����) = �%(Ç) + & ∗ ln(��) (3.224)
Se em um dos dados de entrada o valor da permeabilidade relativa for zero,
então o logaritmo da permeabilidade tende para −∞, impossibilitando o cálculo. Além
disso, esse modelo só é valido para saturações muito baixas.
Modelo II:
k�� = (k��� + k��) ∗ �k��� + k��� − �k�� + k��� (3.225)
Ainda podemos citar um dos modelos de Dietrich and Bonder22, baseado no
modelo de Stone.
k�� =(k��� + k��) ∗ �k��� + k���
k���∗ − �k�� + k��� (3.226)
22
FANCHI J. R. PRINCIPLES OF APPLIED RESERVOIR SIMULATION. Houston, Texas. ELSEVIER SCIENTIFIC PUBLISHING COMPANY. 2001 2ª edição
60
Onde ����∗ é o valor da permeabilidade relativa do óleo no sistema óleo e
água quando a saturação de água é mínima.
3.6. Compressibilidade da rocha �:
A compressibilidade da rocha é a propriedade que a rocha possui de alterar o
seu volume de acordo com os esforços sobre ela exercidos. Pela definição, æç é23:
'� = 1�/�/�� (3.227)
Resolvendo a equação diferencial temos:
'� ∗ ��4,â − �4,â=>� = ln��4,â − �4,â=>� (3.228)
Onde �> é a pressão no tempo 1 e �@ é a pressão no tempo 2, da mesma forma
que �> é a porosidade no tempo 1 e �@ é a porosidade no tempo 2. Os dois pares de
medida devem ser tomadas na mesma posição x. Da mesma forma que foi feita para a
permeabilidade relativa, deve ser feito um ajuste de curvas com dados experimentais.
23
CHEN, Z. COMPUTATIONAL METHODS FOR MULTIPHASE FLOWS IN POROUS MEDIA. Dallas, Texas. SIAM. 2006
61
4. Simulação e discussão de resultados
“O sucesso é ir de fracasso em fracasso sem perder entusiasmo.”
Winston Churchill
Reservatório A
O reservatório que será utilizado como teste para o algoritmo é um reservatório
hipotético, unidimensional, 100 pés (30.48 metros) de comprimento e isotérmico. A
permeabilidade, porosidade e compressibilidade da rocha reservatório foram consideradas
constantes. K=500 md, Φ=0.4, '�=0, ��=0.2, ��=0.16, T=230°F. Sistema bifásico óleo-
água, �,6=0.8, �,6=0.2, grau API 36 e ¡¢£=1. Pressão inicial do reservatório 1200 psi,
pressão de bolha 1000 psi. Na extremidade 1, x= 0, foi colocado um poço com pressão de
1100 psi e a extremidade 2, x=100 foi mantida isolada, simulando uma rocha selante.
Primeira rodada
A rodada foi feita para um espaço de tempo 0.02 dias, com o tempo discretizado
em uma malha com 20 pontos. O reservatório também foi discretizado com uma malha de
20 pontos. Os Gráficos 4.1, 4.2 e 4.3 mostram os resultados para á célula que tem como
condição de contorno a extremidade 1, que será chamada de célula 1.
Verificando os resultados, podemos observar que a partir do passo 8 as quedas de
saturação de óleo são mais acentuadas, chegando rapidamente à saturação de óleo
residual (Gráfico 4.2). Gráfico 4.1 mostra o perfil de pressões da primeira rodada no
tempo 0.02 dias.
62
Gráfico 4.1- Perfil de pressões no tempo 0.02 dias da primeira rodada do reservatório A
Gráfico 4.2 - Perfil de Saturações de óleo no tempo 0.02 dias da primeira rodada do reservatório A
P(psi)
x(ft)
So
x(ft)
63
Gráfico 4.3 - Perfil de Saturações de água no tempo 0.02 dias da primeira rodada do reservatório A
Segunda rodada
A segunda rodada foi realizada com os mesmos dados da primeira rodada, porém
para essa rodada foi utilizada uma malha de 40 passos em um espaço de tempo de 0.02
dias. Os Gráficos 4.4, 4.5, 4.6 mostram os resultados da segunda rodada. O Gráfico 4.4
mostra o perfil de pressões da segunda rodada no tempo 0.02 dias.
Gráfico 4.4 - Perfil de pressões no tempo 0.02 dias da segunda rodada do reservatório A
Sw
x(ft)
P(psi)
x(ft)
64
Gráfico 4.5 - Perfil de Saturações de óleo no tempo 0.02 dias segunda rodada do reservatório A
Gráfico 4.6 - Perfil de Saturações de água no tempo 0.02 dias da segunda rodada do reservatório A
Terceira rodada
Para essa rodada foram utilizados os mesmos dados da primeira rodada, mas uma
malha espacial mais refinada, utilizando 40 pontos e uma malha temporal de 20 pontos.
Os resultados para os perfis de pressão e saturações de óleo e água estão apresentados nos
Gráficos 4.7, 4.8 e 4.9.
So
x(ft)
Sw
x(ft)
65
Gráfico 4.7 - Perfil de pressões no tempo 0.02 dias da terceira rodada do reservatório A
Gráfico 4.8 - Perfil de Saturações de óleo no tempo 0.02 dias terceira rodada do reservatório A
Gráfico 4.9 - Perfil de Saturações de água no tempo 0.02 dias da terceira rodada do reservatório A
So
x(ft)
Sw
x(ft)
P(psi)
x(ft)
66
Comparando os resultados obtidos na primeira e na terceira rodada, ambas
possuem a mesma malha temporal, verificamos que as curvas formadas tendem a ficar
cada vez mais suaves, com o refinamento da malha espacial.
Quarta rodada
A quarta rodada foi realizada com os mesmos parâmetros anteriores com exceção
da malha espacial. Nesta rodada a malha espacial possui 100 pontos. Os resultados para
os perfis de pressão e saturações de óleo e água estão apresentados nos Gráficos 4.10,
4.11e 4.12.
Gráfico 4.10 - Perfil de pressões no tempo 0.02 dias da quarta rodada do reservatório A
Gráfico 4.11 - Perfil de Saturações de óleo no tempo 0.02 dias quarta rodada do reservatório A
P(psi)
x(ft)
So
x(ft)
67
Gráfico 4.12 - Perfil de Saturações de água no tempo 0.02 dias da quarta rodada do reservatório A
Reservatório B
O reservatório B é idêntico ao reservatório A com exceção da permeabilidade
que não é constante. A permeabilidade é definida, arbitrariamente, pela lei de abaixo:
è = è> ∗ � + 12
%2 9 1 �12
(4.1)
Onde è> é um valor fixo de permeabilidade, no caso desse reservatório 500 md, �
é número do bloco onde a permeabilidade está sendo calculada e %2 é o número de
blocos no eixo x. A lei que descreve a permeabilidade do reservatório pode ser alterada
para uma lei que descreva a alteração na permeabilidade causada pelos danos que a
formação rochosa sofreu durante a perfuração do poço.
Primeira rodada
Essa rodada possui a mesma configuração da primeira rodada do reservatório A,
um espaço de tempo de 0.02 dias, com o tempo discretizado em uma malha com vinte
pontos e reservatório também discretizado com uma malha de 20 pontos.
Sw
x(ft)
68
Gráfico 4.13 - Perfil de pressões no tempo 0.02 dias da primeira rodada do reservatório B
Comparando os resultados do Gráfico 4.13 com os apresentados no gráfico de
pressões da primeira rodada do reservatório A, Gráfico 4.1, verificamos que a queda de
pressão é muito menor na primeira rodada do reservatório B.
Gráfico 4.14 - Perfil de saturações de óleo no tempo 0.02 dias da primeira rodada do reservatório B
O perfil da saturação de óleo no reservatório, Gráfico 4.14, é quase uma reta
paralela ao eixo x. Se pudesse ser visto o comportamento ao longo do tempo desse
perfil, poderíamos constatar que esse comportamento se mantém, a curva do perfil
translada perpendicularmente Esse fato pode ser explicado pela lei que define a
permeabilidade do reservatório B.
P(psi)
x(ft)
So
x(ft)
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A permeabilidade no reservatório B é uma função linear da posição, quanto mais
longe do poço, maior é a permeabilidade (Gráfico 4.15).
Gráfico 4.15 - Perfil de permeabilidade do reservatório B
Esse perfil de permeabilidade faz com que as perturbações provocadas pelo poço
sejam rapidamente estabilizadas pelo reservatório. A perturbação causada pelo poço
possui pouca influência no reservatório já que próximo ao poço a permeabilidade do
reservatório é baixa. Ao se afastar do reservatório, a permeabilidade vai aumentando,
fazendo com que as perturbações no meio sejam rapidamente estabilizadas.
Comportamento análogo é observado no perfil de saturações da água Gráfico 4.16.
K(md)
70
Gráfico 4.16 - Perfil de saturações de água no tempo 0.02 dias da primeira rodada do reservatório B
Segunda rodada
Essa rodada possui a mesma configuração da primeira rodada do reservatório B,
um espaço de tempo de 0.02 dias, com o tempo discretizado em uma malha com vinte
pontos, porém o reservatório está discretizado com uma malha de 100 pontos. Os
Gráficos 4.17, 4.18 e 4.19 apresentam os resultados obtidos.
Gráfico 4.17 - Perfil de pressões no tempo 0.02 dias da segunda rodada do reservatório B
Sw
x(ft)
P(psi)
x(ft)
71
Gráfico 4.18 - Perfil de saturações de óleo no tempo 0.02 dias da segunda rodada do reservatório B
Gráfico 4.19 - Perfil de saturações de água no tempo 0.02 dias da segunda rodada do reservatório B
Nessa rodada, apesar de terem sido utilizados os mesmos números de pontos da
quarta rodada do reservatório A, e ter sido inserida a equação para povoar a matriz de
permeabilidades, a simulação foi mais rápida do que a quarta rodada do reservatório A.
A diferença na velocidade de processamento pode ser explicada pelos valores baixos
do perfil de permeabilidade próximos ao poço. Como um valor baixo de
permeabilidade faz com que a alteração no meio seja baixa, o valor calculado será
próximo ao valor inicial, que é utilizado como chute inicial da iteração.
So
x(ft)
Sw
x(ft)
72
Reservatório C
O reservatório C é um reservatório hipotético tridimensional 100 pés (30.48
metros) x 100 pés x 100 pés e isotérmico. A permeabilidade, porosidade e
compressibilidade da rocha reservatório foram consideradas constantes. Os parâmetros
empregados foram: K=500 md, Φ=0.4, '�=0, ��=0.2, ��=0.16, T=230°F. Sistema
bifásico óleo-água, �,6=0.8, �,6=0.2, grau API 36 e ¡¢£=1. Pressão inicial do
reservatório 1200 psi, pressão de bolha 1000 psi. Adjacente ao bloco (0, 0, 0, t), foi
instalado um poço com pressão de 1100 psi e o restante do reservatório foi mantido
isolado, simulando uma rocha selante.
Primeira rodada
A rodada foi feita para um espaço de tempo 0.02 dias, com o tempo discretizado
em uma malha com vinte pontos. O reservatório foi discretizado por uma malha
10x10x10. As Figuras 4.1 e 4.2 apresentam as telas geradas no programa desenvolvido
para o cálculo dos perfis.
Figura 4.1 - Tela do programa com o resultado das pressões na 1ª camada no tempo 0.02 dias do reservatório C
73
Figura 4.2 - Tela do programa com o resultado das pressões na 7ª camada no tempo 0.02 dias do reservatório C
As telas contendo os resultados das saturações foram omitidas, pois são análogas
as já obtidas em rodadas anteriores.
Reservatório D
O reservatório D possui as mesmas características do reservatório C, porém
possui uma região com permeabilidade zero, a região vermelha, compreendida entre
(20,20,z) e (40,40,z).
Primeira rodada
A rodada foi feita para um espaço de tempo 0.02 dias, com o tempo discretizado
em uma malha com vinte pontos. O reservatório foi discretizado por uma malha
10x10x10. As Figuras 4.3, 4.4 e 4.5 são saídas do programa confeccionado para este
caso.
74
Figura 4.3 - Tela do programa com o resultado das pressões na 7ª camada no tempo 0.018 dias do reservatório D
Figura 4.4 - Tela do programa com o resultado das pressões na 1ª camada no tempo 0.02 dias do reservatório D
Mesmo com a permeabilidade nula, percebemos que a pressão pode sofrer
pequenas variações, causadas pelo método numérico.
75
Figura 4.5- Tela do programa com o resultado das saturações na 1ª camada no tempo 0.02 dias do reservatório
D
O IMPES, método implícito na pressão e explícito na saturação, é mais rápido do
que um método totalmente implícito, mas pode gerar conclusões erradas caso seja
avaliada apenas a saturação. Como não houve mudança de fase e houve alteração nas
saturações, poderia se concluir que houve deslocamento de fluido, mas verificando o
histórico de pressões podemos ver que não houve variação da pressão na região
vermelha ao longo do tempo. Essa informação em conjunto com as condições de
contorno do reservatório, selado, nos permitem concluir que não há fluxo naquela
região.
76
5. Conclusões e Sugestões “Quanto mais um homem se aproxima de suas metas, tanto mais crescem as
dificuldades.”
Goethe
O algoritmo gerado atende as expectativas e gera resultados que podem
ratificados com fundamentos teóricos, porém ainda é uma simplificação grosseira da
realidade. Usar o algoritmo na sua forma atual para simular um fluxo trifásico só
funcionaria em casos muito específicos.
A continuidade do projeto deverá visar à implantação de outras correlações para
que o software possa trabalhar com diferentes tipos de óleo. Deverá ser inserido um
novo módulo com um método de resolução totalmente implícito.
Com base nos gráficos da primeira rodada do reservatório A e a quarta rodada
do reservatório A, podemos ver que o refinamento da malha só se faz necessário
próximo à perturbação, no caso o poço produtor, então deve ser desenvolvido um
módulo que permita o refinamento local da malha em regiões mais críticas.
Pode-se ainda continuar o desenvolvimento do módulo de lapidação do
reservatório, para que o mesmo possa representar um reservatório mais próximo da
realidade, atualmente, o reservatório é um paralelepípedo.
Outra sugestão para trabalhos futuros é o aumento o número de tipos de
condições de contorno, para possibilitar que haja influxo de um ou outro fluido.
77
6. Referências Bibliográficas
CHEN, Z. (2006). Computational Methods For Multiphase Flows In Porous Media.
Dallas: SIAM.
GONÇALVES, N. D. (2007). Método Dos Volumes Finitos Em Malhas Não-Estruturadas. Portugal: Departamento de Matemática Pura Faculdade de Ciências da Universidade do Porto.
KARTOATMODJO, T. (1991). New Correlation For Crude Oil Physical Properties. SPE Technical Publications, 38.
MALISKA, C. R. (2004). Transferência de Calor e Mecânica dos Fluidos Computacional (2ª Edição ed.). Rio de Janeiro: LTC Editora.
MATTIUSSI, C. (2000). The Finite Volume, Finite Difference, and Finite Elements Methods as Numerical Methods for Physical Field Problems, in Advances in Imaging and Electron Physics. Padriciano: P. Hawkes.
PEACEMAN, D. W. (1977). Fundamentals Of Numerical Reservoir Simulation (Vol. 6). Houston: ELSEVIER SCIENTIFIC PUBLISHING COMPANY.
R., F. J. (2001). Principles Of Applied Reservoir Simulation (2ª ed.). Houston: ELSEVIER SCIENTIFIC PUBLISHING COMPANY.
ROSA, A. J. (2006). Engenharia De Reservatório De Petróleo. Rio de Janeiro: EDITORA INTERCIÊNCIA.
THOMAS, J. E. (2001). Fundamentos De Engenharia De Petróleo. Rio de Janeiro: EDITORA INTERCIÊNCIA.