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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE - UFF FACULDADE DE TURISMO E HOTELARIA CURSO DE TURISMO DEPARTAMENTO DE TURISMO HENRIQUE PETRUCIO DO COUTO CERIMONIAL UNIVERSITÁRIO: ANÁLISE DAS CERIMÔNIAS OFICIAIS DA UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE COM BASE NAS NORMAS PROTOCOLARES Niterói - RJ 2013

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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE - UFF

FACULDADE DE TURISMO E HOTELARIA

CURSO DE TURISMO

DEPARTAMENTO DE TURISMO

HENRIQUE PETRUCIO DO COUTO

CERIMONIAL UNIVERSITÁRIO: ANÁLISE DAS CERIMÔNIAS OFICIAIS DA

UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE COM BASE NAS NORMAS

PROTOCOLARES

Niterói - RJ

2013

HENRIQUE PETRUCIO DO COUTO

CERIMONIAL UNIVERSITÁRIO: ANÁLISE DAS CERIMÔNIAS OFICIAIS DA

UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE COM BASE NAS NORMAS

PROTOCOLARES

Niterói – RJ

2013

Trabalho de Conclusão de Curso

apresentado ao Curso de Graduação em

Turismo da Universidade Federal

Fluminense, como requisito final de

avaliação para a obtenção do grau de

Bacharel em Turismo.

Orientadora: Profª M.Sc. Telma Lasmar

Gonçalves

C871 Couto, Henrique Petrucio do Cerimonial universitário: uma análise das cerimônias oficiais da Universidade Federal Fluminense com base nas normas protocolares / Henrique Petrucio do Couto – Niterói: UFF, 2013. 146p. Monografia ( Graduação em Turismo ) Orientador: Telma Lasmar Gonçalves

1. Eventos 2. Cerimonial 3. Cerimonial Universitário 4. Normas Protocolares 5. Universidade Federal Fluminense

CDD. 338.4791

CERIMONIAL UNIVERSITÁRIO: ANÁLISE DAS CERIMÔNIAS OFICIAIS DA

UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE COM BASE NAS NORMAS

PROTOCOLARES

POR

HENRIQUE PETRUCIO DO COUTO

Banca Examinadora

____________________________________________________

Profª. M.Sc. Telma Lasmar Gonçalves

Orientadora

____________________________________________________

Prof. Dr ª. Cláudia Corrêa de Almeida Moraes

Convidado – UFF

____________________________________________________

Prof. M.Sc. Erly Maria de Carvalho e Silva

Departamento de Turismo - UFF

Niterói, 18 de dezembro de 2012

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado

ao Curso de Graduação em Turismo da

Universidade Federal Fluminense, como

requisito final de avaliação para a obtenção do

grau de Bacharel em Turismo.

AGRADECIMENTOS

A realização deste trabalho contou com a colaboração de diversas pessoas

que direta ou indiretamente contribuíram significativamente para os resultados

obtidos.

Primeiramente gostaria de agradecer a minha família e a minha noiva, que me

apoiaram muito durante todo o período que estive na Universidade Federal

Fluminense.

Não poderia me esquecer dos meus amigos que compartilharam comigo

todos os momentos vividos durante esses quatro anos na universidade. Ao nomear o

Rafael Antônio Suécia Claro, agradeço a todos.

Gostaria de agradecer aos professores do curso de turismo da UFF, que

dividiram comigo seus conhecimentos e contribuíram para a minha formação, como

bacharel em Turismo e como pessoa. Ao nomear o Professor Carlos Alberto Lidízia

Soares, que sempre me apoiou, agradeço a todos os professores.

Um agradecimento em especial ao amigo René A. Leitão que contribuiu

significativamente para a construção deste trabalho ao me presentear com um livro

raro de Nelson Speers.

Agradeço ao Zé Luiz, Coordenador da Unitevê, por ter me atendido com muita

atenção e presteza e por ter cedido vídeos de cerimônias oficiais da UFF, a SCS, em

especial a Divisão de Relações Públicas, onde fiz meu primeiro estágio e onde tive a

oportunidade de ter a ideia do tema deste trabalho. Agradeço aos meus amigos, que

trabalharam comigo na divisão, e ao me reportar a Renato Vasconcellos incluo

todos.

Outro agradecimento especial à professora e ex-chefe do Setor de Relações

Públicas e Cerimonial da UFF, Rutelena de Lacerda Simas, por ter contribuído de

forma ímpar, e compartilhado comigo seus conhecimento sobre cerimonial.

Por fim, as pessoas que contribuíram diretamente para a realização deste

trabalho, compartilhando seus conhecimentos, me orientando e me incentivando

durante todo o período do curso, minha orientadora Telma Lasmar Gonçalves, e as

professoras Erly Maria de Carvalho e Silva e Cláudia Corrêa de Almeida Moraes.

“No Japão, participei da conhecida cerimônia do chá. Entra-se num pequeno quarto, o chá é servido, e nada mais. Só que tudo é feito com tanto ritual e protocolo, que uma prática cotidiana transforma-se num momento de comunhão com o Universo.”

(Paulo Coelho)

RESUMO

Este trabalho consiste em explorar a área do Cerimonial Universitário a partir das

cerimônias oficiais da Universidade Federal Fluminense (UFF) - com base nas

normas protocolares referentes a cada ocasião. A necessidade de se fazer esse

estudo surgiu a partir da percepção do autor, nas cerimônias que participou por meio

de um estágio na Divisão de Relações Públicas, de que as normas protocolares não

eram seguidas em sua íntegra. Partindo do pressuposto que as normas se fazem

necessárias para garantir uma boa condução do evento, facilitando a organização e

assegurando os melhores resultados, o trabalho busca investigar qual a situação

atual das cerimônias oficiais da UFF com relação ao cumprimento de protocolo. Para

tal tarefa, buscou-se caracterizar o setor de eventos, descrever as situações teórico-

práticas do Cerimonial Universitário e discutir a obediência às normas protocolares

em três cerimônias oficiais da universidade. Para a realização da pesquisa, foram

utilizados procedimentos metodológicos pertinentes à pesquisa descritiva,

bibliográfica, documental e de campo, nesta última fez-se uso da técnica

observacional. As informações e dados do presente trabalho são avaliados pelo

ponto de vista qualitativo. Concluiu-se que a UFF não aplica, em alguns casos, a

legislação pertinente às cerimônias e que há um desconhecimento, e, por

conseguinte, um descumprimento das normas da universidade que, por sua vez,

encontram-se desatualizadas.

Palavras-Chave: Eventos. Cerimonial. Cerimonial Universitário. Normas

Protocolares. Universidade Federal Fluminense.

ABSTRACT

This work consists of exploring the area of university ceremonies with regard

to the official ceremonies of Universidade Federal Fluminense (UFF), under the

protocol for each occasion. The need to do this study arose from the author’s

perception in ceremonies, attended as an intern at the Division of Public Relations, in

which the protocol was not followed in its entirety. Accounting for the fact that the

protocols are necessary to ensure a smooth conduct of the event, facilitating the

organization of it and guaranteeing the best results, this study aims to investigate the

current situation of official ceremonies at UFF regarding compliance with the

protocols. For this task, we sought to characterize the events sector, describe the

theoretical and practical situations at university ceremonies, and discuss obedience

to protocols in three official ceremonies of the university aforementioned. To conduct

the study, methodological procedures of descriptive, literary, documentary and field

nature were used, considering observational techniques in the last one. The

information and data presented in the study are evaluated by a qualitative

perspective. As a conclusion, it is possible to state that the legislation concerning

ceremonies is not applied by UFF due to a lack of knowledge of the university’s rules.

This fact allows for noncompliance with the norms of the university, which are

considered outdated.

Key-words: Events. Cerimonial. University Ceremonies. Protocol. Universidade

Federal Fluminense.

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO _______________________________________________ 8

2. EVENTOS: VISÃO GERAL ____________________________________ 11

2.1 CONCEITUAÇÃO ___________________________________________ 11

2.2 ETAPAS DO EVENTO ________________________________________ 13

2.3 CLASSIFICAÇÃO DE EVENTOS _______________________________ 17

3. CERIMONIAL E PROTOCOLO: FORMAS PRESENTES NOS EVENTOS

ACADÊMICOS _________________________________________________ 29

3.1 CONCEITUANDO CERIMONIAL _______________________________ 29

3.2 PANORAMA HISTÓRICO _____________________________________ 30

3.3 CERIMONIAL UNIVERSITÁRIO ________________________________ 33

3.4 NORMAS E PROCEDIMENTOS DO CERIMONIAL UNIVERSITÁRIO _ 34

4. CERIMÔNIAS OFICIAIS DA UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE -

UFF __________________________________________________________ 45

4.1 UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE: UM POUCO DE HISTÓRIA46

4.2 A UFF E SEU CERIMONIAL ____________________________________ 49

4.2.1 Das Normas do Cerimonial da Universidade Federal Fluminense _ 51

4.3 ANÁLISE DAS CERIMÔNIAS OFICIAIS DA UFF ___________________ 58

4.3.1 Cerimônia de Abertura Solene de Eventos ____________________ 60

4.3.3 Cerimônia de Outorga do Título de Professor Emérito __________ 63

4.3.3 CERIMÔNIA DE COLAÇÃO DE GRAU _____________________________ 67

4.4 PROPOSTAS _______________________________________________ 75

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS ____________________________________ 78

REFERÊNCIAS _________________________________________________ 81

ANEXO I ______________________________________________________ 84

ANEXO II _____________________________________________________ 120

ANEXO III ____________________________________________________ 131

ANEXO IV ____________________________________________________ 135

ANEXO V ____________________________________________________ 144

8

1. INTRODUÇÃO

Dentre os diversos tipos de eventos, nas universidades destaca-se o

cerimonial. Este sempre esteve presente desde que o homem existe, por meio dos

rituais. O tema para o presente estudo surgiu a partir de um estágio realizado pelo

autor na Divisão de Relações Públicas da Universidade Federal Fluminense, setor

responsável pelas cerimônias oficiais da universidade.

Com a experiência adquirida no estágio realizado, pode-se desenvolver um

olhar mais apurado sobre as regras protocolares do cerimonial universitário. Ao

analisar as cerimônias de que o autor participou ou assistiu, percebeu-se o não

cumprimento de algumas normas protocolares. Partindo dessa observação, o

trabalho pretende fazer um estudo acerca da atual situação do Cerimonial

Universitário da UFF.

A Divisão de Relações Públicas da Universidade Federal Fluminense é

responsável pelas cerimônias oficiais da instituição de ensino. As cerimônias são

reguladas pelo protocolo referente a cada ocasião, sendo este definido por

regulamentações próprias.

Os documentos legais como a Lei Nº 5700/ 71, o Decreto Nº 70.274/ 72, entre

outros, estabelecem orientações e regras para os cerimoniais oficiais e nestes

incluem-se as cerimônias das Universidades Federais. Desta forma, a Universidade

Federal Fluminense tem o dever de cumprir o protocolo estabelecido para cada

ocasião. No entanto, a UFF, em algumas circunstâncias, pode ter a necessidade de

abrir exceções, mesmo que estas afetem as orientações legais, seja por causa da

política institucional ou da maneira como a universidade é gerida.

A Divisão de Relações Públicas da UFF enfrenta dificuldades com relação à

normatização das Cerimônias, por conta das unidades agirem de forma

independente na organização das solenidades.

Baseado nisso, o presente trabalho pretende investigar: Qual a situação atual

das cerimônias oficiais da UFF com relação ao cumprimento de protocolo que rege

os cerimoniais e as cerimônias universitárias? Para responder a questão problema,

pretende-se analisar as cerimônias oficiais realizadas pela UFF no que refere às

normas protocolares.

Com a finalidade de alcançar tal objetivo, este trabalho pretende caracterizar

o setor de eventos, descrever as implicações teórico-práticas do Cerimonial

9

Universitário e discutir a obediência às normas protocolares em três cerimônias

oficiais da UFF.

Por isso, o objeto de análise deste trabalho são as seguintes cerimônias

oficiais: Cerimônia de Abertura de Evento, Outorga do Título de Professor Emérito, e

a Cerimônia de Colação de Grau.

A escolha por essas cerimônias se deu pela participação do autor e também

pelo fato da possibilidade de ocorrência destas cerimônias, durante o período de

desenvolvimento deste trabalho, permitindo uma observação sistemática.

O setor responsável pelo cerimonial da Universidade Federal Fluminense é

integrante da Superintendência de Comunicação Social, sendo esse organismo

responsável por toda a comunicação oficial da universidade. É, portanto, um setor de

fácil acesso para se realizar uma pesquisa.

A metodologia de trabalho utiliza os procedimentos da pesquisa de natureza

descritiva do tipo bibliográfica, documental e de campo, esta última desenvolvida

com uso da técnica observacional.

A pesquisa é descritiva do tipo bibliográfica e documental, pois norteia a

apresentação da Universidade Federal Fluminense e a análise do objeto de estudo,

com base em fontes teóricas, bem como, do ponto de vista documental aborda as

leis que regem o cerimonial e normas de serviço da universidade.

Como parte da pesquisa de campo, foram assistidas pelo autor determinadas

cerimônias com objetivo de comparar, por meio da observação sistemática, a

execução da cerimônia com as normas protocolares.

Todos os dados e informações obtidos na pesquisa são avaliados sob o ponto

de vista qualitativo.

O trabalho estrutura-se em três capítulos. O primeiro apresenta uma visão

geral sobre o setor de eventos buscando caracterizá-lo, por meio da conceituação,

descrição das suas fases e das diversas classificações dos eventos.

O segundo capítulo apresenta alguns conceitos acerca do tema e a visão do

autor, expondo a trajetória do Cerimonial e chegando ao cerimonial universitário que

é a base desse trabalho. Também são abordados normas e procedimentos

protocolares, tendo como base documento legais Federais e autores conhecidos,

principalmente da área de Relações Públicas, que aborda com mais frequência o

tema.

10

No terceiro capítulo o autor apresenta um pouco da história da UFF e das

políticas adotadas pela universidade, também retrata as peculiaridades do cerimonial

da instituição e apresenta um documento que regulamenta as cerimônias na UFF.

Com base na legislação referente ao cerimonial público, aos documentos da

UFF que regulamentam o cerimonial e a um quadro elaborado pelo autor com um

roteiro de três cerimônias da UFF, é realizada uma análise às cerimônias de:

abertura solene de evento, de outorga de título de professor emérito e de colação de

grau.

Com a realização da análise às referidas cerimônias, analisa-se a situação

atual do cerimonial da UFF, sugerindo-se algumas propostas para que o quadro

atual seja modificado.

A última parte do trabalho busca sintetizar o que foi estudado e apresentado,

propondo sugestões para novas pesquisas, principalmente por estudantes e

professores dos cursos de Turismo, pois ainda há poucas referências sobre

Cerimonial na área do turismo e faz-se necessário um maior envolvimento do curso,

tendo em vista que Cerimonial também é uma área de estudo dos Bacharéis em

Turismo.

11

2. EVENTOS: VISÃO GERAL

A área de eventos no Brasil está em expansão nestas últimas décadas. De

acordo com a Associação Internacional de Congressos e Convenções (ICCA), em

uma pesquisa realizada em maio de 2012, o Brasil subiu duas posições no ranking

do número de eventos internacionais captados por cada país, de acordo com os

critérios da ICCA. O Brasil teve um aumento de 10% em relação a 2011, ano em que

o país captou 275 eventos, subindo de nono colocado para sétimo, recebendo 304

eventos.

No início de 2013, a ICCA aplicou a mesma pesquisa e os resultados foram

novamente expressivos. Nessa nova pesquisa, a captação de eventos internacionais

teve um aumento de 18%, obtendo o quinto maior crescimento em todo o mundo,

aumentando de 304 para 360 eventos, mantendo sua sétima colocação no ranking

internacional.

Esta atividade influencia significativamente o local onde o evento é

realizado, seja pelo aspecto econômico, pela possibilidade de mudança da imagem

da localidade, pelas trocas culturais, entre outros.

Este capítulo irá apresentar o significado e conceituar eventos, expondo a

visão de alguns autores acerca do setor. Também irá definir o conceito de eventos

pelo qual o trabalho se norteará.

Em seguida, o trabalho se aprofundará no estudo do setor de eventos,

analisando todo o processo de sua realização, desde seu planejamento no Pré-

evento, até seus acertos finais, na etapa de Pós-evento.

O próximo tema a ser abordado neste capítulo é a classificação, que auxilia

no processo de organização do evento. Dentre todas as formas de classificação, a

que se destaca é a Tipologia, que reúne diversas subdivisões.

2.1 CONCEITUAÇÃO

De acordo com o Minidicionário Aurélio, evento significa acontecimento,

eventualidade1 e Santos, Chehade e Rocha (2010, p.2) reafirmam o significado

1 FERREIRA, A. B. H. Aurélio século XXI: o minidicionário da Língua Portuguesa. 4. ed. rev.

e ampl. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2000.

12

dicionarizado da palavra evento como sendo “um acontecimento, um acaso, uma

eventualidade”.

É interessante confrontar o significado da palavra com sua origem, o que

Campos, Wyse e Araújo (2002) fizeram ao dizer que o termo eventual dá origem a

palavra evento, que é um acontecimento que não faz parte da rotina e é planejado

com a finalidade de reunir um grupo de pessoas.

Na concepção de Zanella (2008, p.1):

Evento é uma concentração ou reunião formal e solene de pessoas e/ou entidades realizada em data e local especial, com objetivos de celebrar acontecimentos importantes e significativos e estabelecer contratos de natureza comercial, cultural, esportiva, social, familiar, religiosa, científica etc.

Zanella (2008) conceitua evento como uma reunião, realizada em local e data

especial, com a finalidade de celebrar acontecimentos importantes e estabelecer

contratos. As próximas visões que serão abordadas neste trabalho serão

complementares à de Zanella. Não, necessariamente uma visão exclui a outra.

Gonçalves, 2003 (apud ALBUQUERQUE, 2004, p.25) define evento como

“[...] qualquer tipo de acontecimento onde as pessoas se reúnem visando troca de

ideias, intercâmbio, confrarias, avaliação de projetos. Normalmente comungam com

a mesma ideia e têm o mesmo objetivo”.

Apesar de Gonçalves conceituar eventos de uma forma mais sintética que a

utilizada por Zanella, a ideia de reunião, do acontecimento e dos objetivos aparecem

nos dois conceitos.

Outra visão de eventos é a de Britto e Fontes, que conceitua evento como:

Muito mais que um acontecimento de sucesso, festa, linguagem de comunicação, atividade de relações públicas ou mesmo estratégia de marketing, o evento é a soma de esforços e ações planejadas com o objetivo de alcançar resultados definidos junto ao seu público-alvo. (2002, p.20)

Britto e Fontes apresentam um conceito mais amplo e uma visão

mercadológica, em que há a preocupação com os resultados e com o público alvo

do evento, complementando os conceitos apresentados acima.

13

Não existem conceitos certos ou errados, existem diversos conceitos sobre

evento com finalidades distintas dependo da área de atuação e da visão que o autor

tem acerca do tema. Por isso, foram selecionados conceitos similares, com o intuito

de enfatizar e apresentar o conceito de eventos que este trabalho irá se guiar.

Neste trabalho, evento pode ser definido como um acontecimento

previamente planejado, que ocorre esporadicamente e reúne um grupo de pessoas

com um objetivo em comum.

Um evento acontece com a finalidade de atender não somente às

necessidades dos organizadores que são entidades em geral, fornecedores,

apoiadores, colaboradores, entre outros, mas principalmente do seu público-alvo,

que é o cerne da realização do evento.

2.2 ETAPAS DO EVENTO

Os diversos conceitos de eventos basicamente envolvem aspectos

semelhantes, mas o teor de cada conceito difere de acordo com a abordagem que

cada autor deseja ressaltar. No entanto, isto não acontece quando se trata de

etapas do evento, pois há concordância quanto à classificação dos eventos em três

etapas: pré-evento, transevento ou evento ou execução e pós-evento.

a) PRÉ-EVENTO

Na primeira etapa, o pré-evento2, os organizadores devem, se necessário,

captar o evento e idealizá-lo para que comece o planejamento. Quando os eventos

não são realizados em locais fixos e são, portanto, denominados itinerantes, surge a

necessidade de captá-los, pois podem gerar muitos ganhos para o local que o

realiza.

O Brasil possui alguns exemplos de captação de grandes eventos, como a

Copa do Mundo de Futebol, em 2014 e as Olimpíadas, em 2016. Podem-se destacar

alguns dos motivos para o Brasil captar esses eventos: político, com o intuito de

fortalecer a imagem do Brasil no exterior e a entrada de divisas por meio do turismo

2 As informações referentes à fase de pré-evento são baseadas em BRITTO, Janaína;

FONTES, Nena. Estratégias para eventos: uma ótica do marketing e do turismo. São Paulo: Aleph, 2002. 379 p.

14

que os eventos propiciariam ocasionando melhoria na infraestrutura que poderia ser

um legado dos jogos.

Na etapa de Pré-evento, a principal ação é o planejamento do evento.

Segundo Britto e Fontes (2002), existem fases básicas para o processo de

planejamento de qualquer evento, sendo essas as seguintes:

Pesquisa de mercado

Nessa primeira fase do planejamento, Britto e Fontes (2002) acreditam ser

essencial um levantamento de dados que será utilizado mais tarde para a

idealização de um plano de ações, que irá subsidiar a organização do evento, com

as ações, prazos, responsáveis e recursos disponíveis.

Para um planejamento de sucesso, segundo as autoras supracitadas, é

necessário uma pesquisa de mercado que contemple pesquisa de opinião e a

determinação de público alvo potencial. O levantamento e a análise dos dados da

pesquisa de mercado irão indicar a viabilidade da realização do evento e a

determinação dos interesses do público alvo.

Essa etapa é fundamental para a concepção e construção do evento, pois é

ela que norteia e fornece elementos para dar continuidade ao processo de

planejamento do mesmo.

Objetivos

Os objetivos são as metas que o evento quer atingir, o resultado desejado ao

realizar o evento. Eles são divididos em objetivo geral e objetivos específicos que

devem ser delimitados quantitativa e qualitativamente para que se faça um

planejamento organizado.

Definição de estratégias

A definição de estratégias é a forma que o responsável pelo evento utilizará

para atingir os objetivos que foram traçados anteriormente. Na definição das

estratégias, o organizador do evento, além de traçar o caminho que utilizará para

atingir os objetivos, definirá as ferramentas que serão utilizadas.

15

Nessa etapa é necessário desenvolver estratégias básicas claras e

adequadas aos objetivos do evento que serão traduzidas no plano de ação, onde

serão atribuídas responsabilidades, indicadas prioridades, prazos e formas para

obtenção de recursos.

São consideradas como estratégias: análise de variáveis socioambientais,

alocação de recursos financeiros, definição do local, definição de data e horário e

elaboração de programa de marketing.

Elaboração de projeto do evento

No projeto do evento devem ser descritas todas as atividades de forma clara

e objetiva de modo que as fases do evento fiquem bem definidas.

Britto e Fontes (2002) discorrem sobre a elaboração de um projeto a partir de

uma abordagem sistêmica, focada em dois fatores: integração e controle. O primeiro

é responsável pelos aspectos físicos, econômico-financeiros, humanos e político-

institucionais e o segundo pelo cumprimento de metas, indicadores de resultados e

indicadores de qualidade.

O próximo passo da concepção do projeto é colocar alguns itens de forma

sistêmica, como por exemplo, determinação das necessidades, definição dos

objetivos, identificação das restrições, geração das alternativas, seleção de

alternativas, ajuste execução e controle de ações e avaliação de realimentação.

Em seguida, devem-se detalhar informações básicas que corresponderão ao

projeto do evento. Essas informações compreendem:

Título

Organização/Orientação

Execução

Patrocínio

Coordenação

Objetivos

Público alvo e número de participantes

Metodologia

Programa

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Carga horária

Horário e local

Taxa

Inscrições e informações

Recursos necessários

Pessoal

Material didático

Material de divulgação

Material de secretaria

Instalações

Recursos audiovisuais

Recursos de vídeo

Serviços

Diversos

Previsão Orçamentária

Receita

Despesa

Cronograma

Anexos: Carta convite, carta divulgação, ficha de inscrição, lista de

presença, modelo de certificado, instruções, propostas de serviços.

B)TRANSEVENTO

A etapa que se segue ao pré-evento é o transevento, evento, ou execução.

Nessa fase, segundo Martin, 2007 (apud SANTOS; CHEHADE; ROCHA, 2010, p.4)

“há a montagem do evento no local escolhido e a operacionalização do atendimento

ao público alvo”, ou seja, tudo que foi elaborado na etapa anterior é posto em prática

no evento.

De acordo com Britto e Fontes (2002), para que o planejamento do evento

seja bem executado é necessária à elaboração de um cronograma econômico-

financeiro para que os custos sejam acompanhados o cronograma de atividades

também conhecido como check-list, que determina prazos de início e fim das

atividades.

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Tudo que é necessário providenciar para que o evento seja operacionalizado

com qualidade deve constar no check-list, sendo este imprescindível para que os

responsáveis possam realizar todas as atividades e ter um controle do processo

produtivo.

C) PÓS-EVENTO

A última etapa do evento é o pós-evento, que acontece assim que o evento

termina. Essa etapa contempla toda a desmontagem, limpeza do local do evento,

acertos financeiros pendentes referentes aos serviços contratados e a elaboração de

relatórios.

Os relatórios são muito importantes porque têm a finalidade de obter dados

para a avaliação do evento. Esses documentos irão conter os impactos causados, os

gastos, o lucro ou prejuízo que obteve, bem como apontar os acertos e erros

cometidos pelos organizadores.

As informações contidas nos relatórios serão analisadas com a finalidade de

aferir os objetivos e metas do evento e para que as próximas edições deste ou de

qualquer outro evento tenham uma gama de informações maior para a fase de

planejamento e evite erros.

2.3 CLASSIFICAÇÃO DE EVENTOS

Existem diversas classificações de eventos que auxiliam os organizadores

nas etapas dos mesmos. De acordo com Britto e Fontes (2002), convencionou-se

classificá-los por: categoria, área de interesse, localização, características

estruturais, espacialidade e tipologia.

2.3.1 CATEGORIA

De acordo com a classificação por categoria, os eventos podem ser:

Institucionais: têm a finalidade de criar ou firmar conceito e imagem de

uma empresa, entidade, governo ou pessoa;

Promocionais ou mercadológicos: têm por finalidade a promoção de um

produto ou serviço.

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2.3.2 ÁREA DE INTERESSE

Na classificação por área de interesse, o evento pode ser enquadrado em

mais de uma área de interesse ao mesmo tempo. A classificação por área de

interesse é a seguinte:

Artística: relacionada a qualquer tipo de arte;

Científica: assuntos que estejam relacionados com a pesquisa

científica;

Cultural: ressalta a cultura. Engloba manifestações culturais;

Educativa: divulgação de cursos e didáticas no campo da educação;

Cívica: relacionada à nação e à sua trajetória;

Política: relacionados a assuntos da esfera política, ligados a entidades do

ramo;

Governamental: realização de ações do governo em qualquer esfera, nível

e instância;

Empresarial: relacionada a ações das organizações e seus associados;

Lazer: proporciona entretenimento aos participantes;

Social: eventos de interesse comum à sociedade, que visam

confraternização entre os envolvidos, ou comemorações específicas;

Desportiva: qualquer tipo de evento realizado no universo esportivo;

Religiosa: relacionado a interesses e crenças religiosas;

Beneficente: relacionados a ações e programas sociais;

Turística: divulgação e promoção de produtos e serviços turísticos.

2.3.3 LOCALIZAÇÃO

Nessa classificação os eventos são distinguidos por sua localização de

ocorrência e, por conseguinte por seu porte.

Locais (eventos de bairros);

Distritais;

Municipais;

19

Estaduais;

Reguinais;

Nacionais;

Internacionais.

2.3.4 CARACTERÍSTICAS ESTRUTURAIS

Essa classificação analisa especificidades do evento e possui três

subclassificações: porte, data e perfil.

2.3.4.1 CLASSIFICAÇÃO PELO PORTE DO EVENTO:

Pequeno: evento para um público de até 200 pessoas;

Médio: evento com um número de público estimado de 200 até 500

pessoas;

Grande: evento para 500 ou mais pessoas.

2.3.4.2 CLASSIFICAÇÃO PELA DATA DE REALIZAÇÃO DO EVENTO:

Fixo: evento com periodicidade determinada, data invariável;

Móvel: evento que se realiza sempre, em data variável;

Esporádico: eventos que acontecem em função de fatos extraordinários,

de realização temporária.

2.3.4.3 CLASSIFICAÇÃO PELO PERFIL DOS PARTICIPANTES:

Geral: evento organizado para participantes em geral, sem restrições,

limitado pela capacidade do local;

Dirigido: evento voltado para um público que se identifica com o tema, que

pode se subdividir em grupos de interesses diversificados;

Específico: evento realizado para o público claramente definido pelo tema

do evento.

20

2.3.5 ESPACIALIDADE

Essa classificação, além de determinar o espaço do evento, determina o

processo operacional do mesmo.

Interno: são eventos realizados em locais fechados, ou semifechados;

Externos: são eventos realizados em locais abertos.

2.3.6 CLASSIFICAÇÃO POR TIPOLOGIA

A classificação por tipologia, talvez seja a mais importante, pois é a

classificação pelo tipo do evento, pela característica mais marcante. Essa

classificação influencia diretamente o planejamento e a operacionalização do

evento.

São eles:

A. PROGRAMAS DE VISITAS

São eventos que têm por objetivo promover a visitação. São eles:

Openday: São programas de visitação interna em empresas, que tem a

finalidade de apresentá-las a seu público alvo;

Daycamp: São eventos voltados a grupos de interesse. São realizados em

grandes áreas abertas;

Famtour: São visitações ou viagens realizadas por empresas turísticas

com o objetivo de demonstrar um produto ou serviço.

B. EXPOSIÇÕES

São eventos que têm a finalidade de apresentar, promover, vender ou

divulgar produtos ou serviços.

Feiras: São eventos produzidos por empresas, com a finalidade de

comercializar seus serviços, produtos ou técnicas;

Exposições: São atividades de exibição com objetivo informativo;

Roadshows: São exposições sobre rodas, itinerante;

21

Showcasing: É uma variação de feira. Os produtos ficam dispostos em

vitrines e as compras são efetuadas por telefone, que fica numa cabine em

anexo a vitrine;

Mostras: São eventos de pequeno porte, com objetivo de divulgação

histórica;

Salões: Eventos de exibição pública, para um público segmentado que tem

por objetivo a promoção, divulgação e informação;

Vernissages: São apresentações de trabalhos artísticos.

C. ENCONTROS TÉCNICOS E CIENTÍFICOS

São eventos que têm como principal objetivo a transmissão do conhecimento,

por meio de exposições de pesquisas e trabalhos, muitas das vezes acadêmicos.

Congressos: São eventos voltados para um segmento específico, que

discute temas recorrentes à determinada área e podem conter algumas

atividades, como: simpósios, cursos, conferências, entre outros;

Conferências: São eventos em que o conferencista aborda um assunto em

que tem muito conhecimento e que a plateia é familiar. É uma

apresentação informativa, científica ou técnica. Ao final da apresentação, o

conferencista responde algumas perguntas da plateia;

Videoconferências: Esse tipo de evento é uma variação da conferência,

que exige internet, para que pessoas em diferentes lugares possam

participar do evento;

Ciclo de palestras: É outra variação da conferência, que permite várias

pessoas palestrarem. É menos formal que a conferência e permite

gravações, fotos e outros registros;

Simpósios: São eventos destinados a um público específico que tem a

finalidade de divulgação de trabalhos, pesquisas, entre outros e engloba

discussões sobre aplicação do trabalho;

Mesas-redondas: Esses eventos se caracterizam pelas apresentações e

discussões de um determinado tema, por alguns especialistas e moderada

por um coordenador, também aceita perguntas do público;

Painéis: São explanações que podem conter até quatro especialistas e um

moderador, que apresentam seus trabalhos individualmente, em forma de

22

quadros. Em seguida, debatem o tema e respondem as perguntas do

público;

Fóruns: Evento que tem um caráter menos técnico e que tem por objetivo

reunir um grupo grande que participe efetivamente do evento;

Convenções: São reuniões de organizações, que têm como objetivo

abordar um assunto pertinente para os integrantes das organizações;

Seminários: É muito semelhante ao congresso, porém é um evento de

pequeno porte. Tem um tema central que pode ser desdobrado e o objetivo

é a transmissão do conhecimento e o debate acerca do tema do evento;

Debates: São eventos em que duas ou mais pessoas participam de uma

discussão, defendendo seus pontos de vista. Não há participação da

plateia e o debate é conduzido por um moderador;

Conclaves: São eventos religiosos, católicos, em que são discutidos

assuntos relacionados à religião e acontecem sempre que há a

necessidade da escolha de um novo papa, responsável por dirigir a Igreja

Católica;

Brainstormings: São reuniões moderadas, em que, na primeira fase, os

participantes emitem ideias, com a finalidade de resolver um determinado

problema, que ao decorrer da reunião são melhoradas. Na segunda etapa

essas questões são avaliadas e escolhidas as melhores ideias para a

resolução do problema em questão;

Semanas: São eventos semelhantes aos congressos, porém com duração

de uma semana;

Jornadas: São reuniões formais que têm o objetivo de discutir assuntos

pertinentes a um grupo e que não são discutidos em congressos;

Concentrações: São jornadas, que têm um caráter informal;

Entrevistas Coletivas: São realizadas com formadores de opinião,

voltadas a um público determinado e com objetivo de transmitir

determinado assunto;

Workshops: São eventos em que o objetivo é a disseminação de novos

conhecimentos, por meio de uma apresentação voltada pra um

determinado segmento que participa das discussões ativamente;

23

Oficinas: São semelhantes aos workshops, apresentam a discutem o

objeto de estudo, com a finalidade de difundir o conhecimento e a prática;

Assembleias: São reuniões voltadas para grupos. Nelas, podem-se decidir

diversos assuntos referentes aos grupos, por meio de votações;

Estudo de Casos: Nesses eventos, são discutidos estudos de serviços ou

produtos com o objetivo de selecionar os problemas e apontar as soluções

D. ENCONTROS DE CONVIVÊNCIA

Encontros de convivência se caracterizam por serem reuniões de pessoas, que

tem como objetivo principal o lazer. Podem estar inseridos dentro de outros tipos de

eventos.

Confrarias: É um encontro de pessoas que têm um interesse específico

em determinado assunto e é realizado sempre no mesmo local;

Saraus: É uma reunião que ocorre sempre no final da tarde ou à noite, em

que há apresentações musicais, artísticas ou literárias;

Pocket shows: São pequenas reuniões, em locais intimistas onde ocorrem

apresentações, normalmente solos, musicais, literários ou artísticos;

Coquetéis: São eventos normalmente comemorativos, que fazem parte de

outros eventos. Comidas e bebidas são servidas, mesas e cadeiras são

expostas de acordo com a comemoração e porte do evento e o tempo de

duração é curto;

Happy hours: São eventos informais. Encontros, normalmente após o

trabalho e em bares, com a finalidade de confraternização entre amigos.

Chás da tarde: Evento de confraternização que reunia mulheres da alta

sociedade durante à tarde para um chá com acompanhamentos. No século

passado era muito comum, porém caiu em desuso;

Chás de bebê: Esse tipo de evento é oferecido para gestantes, com a

finalidade de reunir amigos e parentes que a presenteiam, ajudando no

enxoval do bebê;

Chás Beneficentes: São eventos à tarde, que tema finalidade de

arrecadar doações para entidades filantrópicas;

Chás de cozinha: Esses eventos de confraternização são realizados para

as noivas, com a finalidade de ajudá-las no enxoval de casamento.

24

Chás-bar: Versão masculina dos chás de cozinha, os amigos e parentes

do noivo, o presenteiam com bebidas e produtos voltados para o bar;

Almoços: São refeições realizadas por volta de meio dia, que podem ter

diversas finalidades, comemorações, trabalho, filantropia, entre outros. O

local, porte e a formalidade podem variar de acordo com o objetivo do

evento;

Jantares: Eventos realizados à noite, podem ter diversas finalidades,

assim como o almoço, porem é considerado um evento mais formal;

Banquetes: Eventos comemorativos em que são oferecidas refeições

suntuosas, para um número grande de pessoas;

Cafés da manhã: Eventos que podem ser familiares, sociais ou de

negócios. São encontros com comidas e bebidas, sempre no início da

manhã;

Brunchs: É um evento mais descontraído, que une o almoço (lunch) ao

breakfast (Café da manhã). É considerado um evento social ou

empresarial, dependo do objetivo do brunch, pode ser realizado no

intervalo de 10h as 14h, normalmente.

Coffee breaks: São intervalos de eventos de diversos tipos, onde se serve

um lanche, normalmente em Buffet;

Welcome-coffees: Também são conhecidos como Guest-coffee. É similar

ao coffee-break, porém é servido no início dos eventos, dando as boas

vindas ou para os palestrantes, como um agrado, antes das

apresentações;

Encontros culturais: Eventos que tem como principal objetivo difundir a

cultura seja por meio de palestras, discussões, entre outros;

Shows: Apresentações musicais para um público específico;

Festivais: Os eventos que são classificados como festivais, são aqueles

que contemplam diversas apresentações consecutivas, podendo ser

musicais, teatrais, poéticas, entre outras;

Comícios: São realizados por candidatos a cargos políticos para

apresentarem suas plataformas de governo;

25

Passeatas: Grupo de pessoas que saem ás ruas com a finalidade de

apoiar algum candidato a cargo político ou reivindicar pelos direitos da

população;

Carreatas: Tem o mesmo objetivo das passeatas, porém as pessoas

percorrem as ruas de carros;

E. EVENTOS COMPETITIVOS

Eventos Competitivos são aqueles em que os participantes realizam alguma

competição durante o evento.

Concursos: São eventos em que há apresentações que são julgadas, com

a finalidade de premiar os melhores. Esses eventos têm regras específicas

para cada ocasião.

Gincanas: Na Gincana deve-se elaborar uma lista de tarefas para que os

competidores possam realizar. O que apresentar os melhores resultados é

definido vencedor;

Torneios: Assim como o concurso também existem regras que se aplicam

a cada torneio, dependo do que estiver sendo disputado. O torneio é

eliminatório, ou seja, os participantes são eliminados a cada rodada,

sobrando apenas dois participantes que se enfrentam pela primeira

posição;

Campeonatos: São eventos com regras mais rígidas que o torneio,

normalmente são maiores e não necessariamente eliminatórios, ao final um

participante é consagrado vencedor;

Olimpíadas: são definidas olimpíadas, os eventos que contém diversos

torneios e campeonatos acontecendo simultaneamente.

F. INAUGURAÇÕES

As inaugurações são eventos de apresentação de um espaço novo a

determinado público.

Espaços físicos: Inaugurações de espaços públicos ou privados;

Monumentos históricos: Inauguração de construções que resgatam a

história de alguma localidade;

26

Monumentos homenageativos: Normalmente são inauguração de bustos

ou placas com a finalidade de homenagear alguém de relevância política,

social, cultural, entre outros.

G. LANÇAMENTOS

O evento que é classificado como lançamento, tem como função apresentar

pela primeira vez determinado objeto, produto ou serviço.

Pedra fundamental: A pedra fundamental marca o início de uma

construção;

Livros: Acontecimento em que o escritor apresenta seu livro novo ao

público e fica à disposição para atender a todos e dar autógrafos;

Empreendimentos imobiliários: Eventos em que é apresentado o

empreendimento, na maioria das vezes, por meio de maquetes e em

seguida é servido um coquetel e as vendas são iniciadas;

Produtos e Serviços: Esse evento tem a finalidade de divulgar o produto

ou serviço e a imagem da empresa responsável pelo produto ou serviço.

H. EXCURSÕES

São viagens com fins específicos, em grupo, que podem ter ou não guia de

turismo.

Técnicas: São viagens que apresentam um novo serviço ou produto,

normalmente utilizada por empresas;

De incentivo: Premiação dada a funcionários pelo desempenho na

empresa. A viagem é normalmente de lazer;

Educacionais: Viagem que tem um objetivo de aprendizagem;

I. DESFILES

São eventos de apresentação ou comemoração, em que há exposição do que

se quer vender ou comemorar, por meio de um desfile.

Cívicos: São desfiles que comemoram datas importantes para a nação;

De moda: Nesses desfiles há lançamentos de produtos relacionados à

nova tendência da área;

27

De escolas de samba: Oriundo dos desfiles de blocos, nas ruas das

cidades. São eventos grandes, em locais específicos, dias determinados de

acordo com o carnaval, em que as escolas se preparam durante um ano

para concorrer ao título de campeã do carnaval;

Paradas: Eventos com um número elevado de participantes nas ruas tem

um objetivo a ser alcançado e contam com uma infraestrutura grande,

carros de som, ás vezes carros alegóricos, entre outros.

J. OUTROS

Eventos que não são classificados em nenhuma outra tipologia já

apresentada. Podem ser eventos comemorativos, de promoção, venda, entre outros.

Leilões: Apresentação e venda de produtos. O produto é vendido pelo

maior preço oferecido;

Ruas de lazer: Eventos de lazer, em que a comunidade confraterniza, em

local aberto da própria comunidade;

Degustação: São eventos de apresentação de produtos alimentícios;

L. CERIMÔNIAS

Cerimônias são eventos solenes, de diversas finalidades, em que há

protocolos referentes a cada ocasião que necessitam ser seguidos.

De cunho religioso: São cerimônias relacionadas à religião

Casamentos: União de duas pessoas, perante Deus ou a lei;

Bodas: Cerimônia comemorativa de renovação dos votos realizados no

casamento;

Fúnebres: São cerimônias que homenageiam pessoas que faleceram, em

seus sepultamentos;

De posse: É realizada quando alguma autoridade é escolhida para

determinado cargo e necessita ser empossado;

Acadêmicas ou Universitário: São realizadas por instituições de ensino

superior, algumas das mais comuns são:

• Colação de Grau: Eventos em que os alunos colam grau e recebem

o título de Bacharéis ou Licenciados;

• Formaturas: Graus para Militares;

28

• Aula magna: São palestras, normalmente no início do ano letivo,

que aborda o curso e a relação com o mercado;

• Outorga de títulos: Cerimônias de homenagem, reconhecendo o

trabalho realizado pelo homenageado;

Como se pode observar, há diversas classificações de eventos, e a mais

utilizada é a tipologia que discrimina diversos eventos com características e objetivos

peculiares. Dentre os diversos tipos de eventos, o presente trabalho irá investigar as

cerimônias acadêmicas, em especial a estrutura e execução, que é chamada de

Cerimonial e/ou Protocolo.

29

3. CERIMONIAL E PROTOCOLO: FORMAS PRESENTES NOS EVENTOS

ACADÊMICOS

Cerimonial é um tema pouco explorado dentro do campo do Turismo, mas

não menos importante no planejamento e realização de um evento. Devido à

escassez de fontes bibliográficas específicas, para compor este capítulo o autor

busca informações em outras áreas, como a de Relações Pública e Marketing, além

da legislação federal que regulamenta as solenidades oficiais a fim de abordar o

tema dentro de visões diferenciadas, mas complementares.

Alguns conceitos de cerimonial e protocolo são apresentados antes de se

fazer um panorama histórico do tema, para que o trabalho tenha fluidez em sua

abordagem. São utilizadas definições de diferentes autores, com a finalidade de

expor visões distintas sobre o mesmo tema.

O campo do cerimonial é muito vasto, por isso o trabalho fará um recorte e

abordará o cerimonial universitário, explorando sua história, suas normas e seus

procedimentos.

3.1 CONCEITUAÇÃO DE CERIMONIAL

Há estudiosos que afirmam que cerimonial e protocolo são sinônimos,

enquanto outros apontam diferenças entre eles.

Em “Cerimonial para Relações Públicas”, Speers (1984) faz um levantamento

sobre conceitos de cerimonial e protocolo e cita os autores Delmée e Villalta, como

autores que consideram protocolo e cerimonial como sinônimos.

As autoras Britto e Fontes (2002, p.226), no entanto, distinguem os dois

conceitos, citando definições consagradas de cerimonial e protocolo, a saber:

Cerimonial é uma rigorosa observância de certas formalidades em eventos oficiais, entre autoridades nacionais e estrangeiras; conjunto de formalidades de atos solenes e festas públicas. Protocolo: é a ordem hierárquica que determina normas de conduta dos governos e seus representantes em ocasiões oficiais ou particulares. Codifica as regras do cerimonial com o objetivo de oferecer e privilegiar prerrogativas e imunidades a quem de direito e na ocasião adequada.

30

Por sua vez, Lukower (2009, p.9) define Cerimonial como “[...] a aplicação

prática do protocolo, ou seja, as suas regras” e Protocolo como “Conjunto de normas

jurídicas, regras de comportamento, costumes e ritos de uma sociedade em um

dado momento histórico, geralmente utilizada nos três níveis de Governo [...]”.

Luz (2005, p.7) entende cerimonial como “termos que usamos para nos

referimos às formas comuns de atos solenes e formais, públicos ou privados” e

protocolo como “[...] normas relacionadas a atos e gestões relativos a atividades

oficiais, particularmente na área da diplomacia”.

Com se pode depreender das definições elencadas não há concordância

entre os estudiosos a respeito dos termos cerimonial e protocolo. Para fins do

presente trabalho considera-se protocolo como sendo as regras de

procedimento em determinadas situações específicas, e o cerimonial, são atos

solenes, a aplicação práticas dessas regras protocolares, e as cerimônias,

respectivamente.

Existem duas pessoas essenciais para o desenvolvimento das cerimônias: o

cerimonialista ou chefe do setor de cerimonial e o mestre de cerimônias.

O cerimonialista tem como função planejar, coordenar e organizar todo o evento,

além de dar apoio e supervisionar o mestre de cerimônias. O cerimonialista

determinará a ordem de precedência do evento.

A principal função do mestre de cerimônias é de apresentar a solenidade e ele

também é responsável por elaborar o script final da cerimônia de acordo com as

considerações do cerimonialista. Porém, em algumas instituições essa também é

uma função do cerimonialista.

3.2 PANORAMA HISTÓRICO

O cerimonial passou a existir no momento em que normas de conduta para

determinadas situações específicas foram criadas, mesmo que involuntariamente,

fazendo com que as atividades passassem a ser organizadas.

De acordo com Lukower (2009, p.13):

Podemos afirmar com tranquilidade que Cerimonial e Protocolo são tão antigos quanto a história da Humanidade. Muito antes da descoberta do fogo e da roda os homens já se organizavam em clãs, onde havia uma hierarquia a ser respeitada em eventos, como a hora de saborear a caça.

31

Lukower ainda relata que “Os homens primitivos iniciaram as tradições de

cerimonial e precedência para as refeições mais importantes e também foram eles

que vincularam todos os rituais e cerimoniais à religião”. (2009, p.14)

Speers (1984) observa que as cerimônias no antigo Egito tinham grande rigor

e eram diretamente relacionadas ao Faraó, que pela crença do seu povo, era o

representante de Deus na terra. Desde o Egito antigo o cerimonial e a religião eram

estritamente relacionados e se confundiam.

O cotidiano do povo egípcio era marcado por cerimoniais, segundo Lukower

“Para tudo havia um deus específico e seu ritual correspondente, para que as

pessoas pudessem viver bem e usufruir da natureza e do seu trabalho da melhor

maneira possível”. (2009, p.14)

Para Villata, 1981 (apud LUKOWER, 2009) a primeira compilação de

cerimoniais foi realizada por Chou Kung, na China, onde se tem os primeiros

registros sobre cerimoniais e rituais.

Apesar do cerimonial chinês não ter tido a influência religiosa que o Egito

teve, ainda sim foi influenciado. Há de se concordar que simplesmente pelo fato do

imperador ser considerado filho do céu, fica explícita a influência religiosa nessa

cultura.

Segundo Speers (1984, p.40), os chineses foram:

[...] sem dúvida, os grandes mestres no assunto. O sentido de formação do indivíduo, enaltecendo o respeito mútuo, a mútua consideração e o respeito pelas hierarquias, é transcendental. Foi básico na formação da ordem social da civilização mais perfeita do passado. Ainda hoje, seu princípio de que a humildade é básica como caminho para o sucesso, é válido.

Assim como no Egito, a China também possuía diversos rituais que faziam

parte do cotidiano e da cultura local, o que enfatiza a importância do cerimonial para

esse povo.

Em Roma e na Grécia, o cerimonial está diretamente ligado à religião, sendo

as crenças da época, influenciadoras de determinados ritos ocidentais que se

conhece na atualidade.

Lukower (2009) afirma que na Roma antiga o povo incorporou o cerimonial

aos seus hábitos e que todos conheciam e praticavam os rituais referentes a cada

ocasião e de forma corriqueira.

32

É importante salientar que alguns aspectos fazem parte da construção do

cerimonial e influenciaram-no desde a antiguidade e se encontram presentes

fortemente ainda hoje, como hábitos e rituais tradicionais e a religião.

Durante a Idade Média, todos os cerimoniais estavam baseados na liturgia. A

Igreja, através das cerimônias, influenciava a vida das pessoas e com isso, as

cerimônias passaram a fazer parte do cotidiano da época e foram propagadas.

Nesse mesmo período, o cerimonial do Oriente também era influenciado

diretamente pelo poder militar e na Europa, as cortes de países como Áustria,

França, Espanha e Itália, tinham um cerimonial cheio de ostentação e atritos pela

precedência.

Speers (1984) define o cerimonial da Santa Sé como sendo um dos mais

complexos da atualidade devido ao seu alto rigor. Na Santa Sé existia um protocolo

muito rígido até a época do Papa Paulo VI que só foi atenuado a partir do Papa João

XXIII, até então, o protocolo era extenso e rigoroso.

Speers também aborda o cerimonial universitário, citando a Universidade de

Coimbra em uma posse de reitor. O cerimonial era pomposo e em diversos

momentos se vê fortes influências religiosas, pois Coimbra era uma universidade

católica.

Segundo Cornell, 1982 (apud ALBUQUERQUE, 2004) no Brasil, com a vinda

de D. João VI e a Corte, o cerimonial se mostra mais presente, através de seus

hábitos que eram muito diferentes com relação aos da população local. Foram se

incorporando aos poucos na sociedade e quando a Corte voltou para Portugal, em

1815, seus descendentes continuaram seguindo seus rituais e protocolos.

A história do cerimonial brasileiro é marcada por três momentos: a Colônia, a

Corte e a República, segundo Silva (2007).

O primeiro período retoma o descobrimento em 1.500. Com a chegada dos

portugueses no país, logo as práticas cerimoniosas portuguesas foram iniciadas com

a realização de uma missa. Esse período é marcado pela reprodução dos

cerimoniais e costumes de Portugal e da Igreja Católica. Na Corte, com a chegada

de D. João VI, foram criadas as instituições militares e instituições de ensino

superior. E na República, o Itamaraty foi o grande responsável por dar continuidade

às praticas cerimoniosas já existentes no Brasil.

Lukower (2009, p.15) traça o cenário do cerimonial moderno, afirmando que

“todo cerimonial moderno, em qualquer lugar do mundo, tem a sua base no exército,

33

já que não há setor que mais entenda de rituais e cerimoniais. Isso vale para

qualquer nação”.

Apesar de todo cerimonial moderno ter a sua base no exército, há diversas

influências que fazem com que cada nação tenha ainda cerimoniais civis e mesmo

dentro das nações há normas e procedimentos diferentes nos diversos tipos de

cerimônia.

3.3 CERIMONIAL UNIVERSITÁRIO

O Cerimonial Universitário pode ser entendido como:

[...] uma área específica do cerimonial, que “corresponde ao conjunto de aspectos formais de um ato público que ocorre no ambiente universitário, numa sequência própria, observando-se uma ordem de precedência, uma indumentária própria e o cumprimento de um ritual” (VIANA, 1998, p. 39, apud SILVA, 2007, p.32)

O Cerimonial universitário é de grande importância, desde que, segundo

Reinaux (1998, p. 17):

[...] tradições sejam preservadas, exercitadas, vividas em todos os seus detalhes. É o enriquecimento formal, com a coreografia das solenidades, o protocolo dos atos, o contexto da Ordem de Precedência, esta com a respeitabilidade a quem de direito, juntos poderão assegurar, naquilo que lhe compete, o brilho das solenidades universitárias.

O surgimento do cerimonial universitário está diretamente relacionado ao

aparecimento da figura do reitor nas instituições de ensino superior, por volta do final

do século XII, segundo Reinaux (1998).

Antes disso, os professores de direito canônico utilizavam vestes específicas

que os diferenciavam dos alunos e estabeleciam a hierarquia de forma rígida

durante suas aulas.

No início dos anos 1200 d.C., na Universidade de Sorbonne, foi implementada

definitivamente a utilização das vestes talares3, que segundo Meirelles são “[...]

(vestes longas até a altura dos calcanhares), têm o objetivo de destacar as

autoridades, dando-lhes status e indicando sua posição de poder” (2011, p.210), e

da cátedra, cadeira em formato de trono com diversos adornos e com o brasão da

3 Vestes talares: São utilizadas por autoridades das universidades e do Poder Judiciário.

34

universidade utilizada somente pelo reitor ou chanceler, além do cerimonial rígido e

apurado.

Com relação ao corpo discente, todos eram obrigados a circular com as

capas acadêmicas, capas pretas utilizadas sobre os ombros e que eram motivo de

privilégio e orgulho para os universitários. O modelo do Cerimonial da Sorbonne foi

utilizado pela maioria das universidades europeias.

O Cerimonial das universidades brasileiras é reflexo das tradições e

procedimentos da Universidade de Coimbra, em Portugal, por conta da colonização

brasileira e por que a Universidade de Coimbra é reconhecida pelo, segundo

Reinaux (1998,p.14), “exercício salutar, pleno e correto dos atos solenes da

instituição”.

O cerimonial universitário brasileiro tem início na criação das primeiras

universidades brasileiras: a de Olinda, em Pernambuco, em 1827 e a de São Paulo,

em 1828, que a passar a ter autonomia como instituição a partir de 1945. Antes de

1827, a alta sociedade brasileira que queria ingressar em uma instituição de ensino

superior, teria que estudar em alguma universidade portuguesa, pois Portugal não

permitia a criação de universidades no Brasil.

3.4 NORMAS E PROCEDIMENTOS DO CERIMONIAL UNIVERSITÁRIO

As universidades brasileiras estão subordinadas ao Ministério da Educação e

do Desporto, que está diretamente ligado à Presidência da República. Quando o

assunto é cerimonial universitário, essa hierarquia também é seguida.

O Cerimonial público é gerido por algumas leis e decretos federais. Serão

apresentadas duas das principais leis que norteiam as cerimônias oficiais, em todo

território federal e nas missões diplomáticas. Além das leis e dos decretos, existem

algumas regras, que serão apresentadas pelo autor, essenciais para a elaboração

de uma cerimônia.

Os documentos legais como a Lei Nº 5700/ 71 de 1 de setembro de 1971, que

Dispõe sobre a forma e a apresentação dos Símbolos Nacionais, e dá outras

providências e o Decreto Nº 70.274/ 72 de 9 de março de 1972, que Aprova as

normas de Cerimonial Público e a ordem de precedência estabelecem orientações e

regras para os cerimoniais oficiais e nestes incluem-se as cerimônias das

Universidades Federais. Desta forma, a UFF tem o dever de cumprir o protocolo

35

estabelecido para cada ocasião. No entanto, a instituição pode ter necessidade de

abrir exceções, mesmo que estas afetem as orientações legais, seja por causa da

política institucional ou pela maneira como a universidade é gerida.

O Decreto Nº 70.274/72 é o responsável por regulamentar as normas do

cerimonial público e a ordem geral de precedência. De acordo com seu Art. 1º:

São aprovadas as normas de cerimonial público e a ordem geral de precedência, anexas ao presente Decreto, que se deverão observar nas solenidades oficiais realizadas na Capital da República, nos Estados, nos Territórios Federais e nas Missões diplomáticas do Brasil.(BRASIL, 1972)

Esse decreto é o mais importante, pois aprova as normas do cerimonial

público e é por meio dele que a Mesa Diretora de todas as cerimônias universitárias

é composta, dando as posições de prestígio de forma hierárquica e estabelecendo a

elaboração da ordem de pronunciamento, de forma que a hierarquia seja respeitada.

De acordo com seu Capítulo I, Art. 1º, sempre que o Presidente da República

comparecer a uma cerimônia, ele deve presidi-la. Convém ressaltar que esse artigo

é válido para as cerimônias do poder executivo, no qual o Presidente da República é

a maior autoridade. E deve ser respeitado no contexto do cerimonial universitário.

Caso o Presidente da República não compareça, o presidente da cerimônia

será o Vice-presidente, de acordo com o Art. 2 º, do Capítulo I. Nesse mesmo

capítulo, há a ordem de precedência dos demais cargos oficiais do Brasil.

Quando existirem pessoas que irão compor a mesa e que não tenham cargos

oficiais, o cerimonialista deve se pautar pelo Art. 15, do Capítulo I, que diz:

Art. 15. Para colocação de personalidades nacionais e estrangeiras, sem função oficial, o Chefe do Cerimonial levará em consideração a sua posição social, idade, cargos ou funções que ocupem ou tenham desempenhado ou a sua posição na hierarquia eclesiástica. Parágrafo único. O chefe do Cerimonial poderá intercalar entre as altas autoridades da República, o Corpo Diplomático e personalidades estrangeiras. (BRASIL, 1972)

O Decreto Nº 70.274/72, no seu Art. 16, do Capítulo 1, discorre sobre os

casos omissos:

36

Art.16. Nos casos omissos, o Chefe do Cerimonial, quando solicitado, prestará esclarecimentos de natureza protocolar bem como determinará a colocação de autoridades e personalidades que não constem da Ordem Geral de Precedência. (BRASIL, 1972)

O Art. 16 existe porque o Decreto Nº 70.274/72 determina a precedência com

base na hierarquia e os casos omissos são a determinação da precedência com

base em outros critérios, pois não é possível utilizar a hierarquia para determiná-la.

Segundo Meirelles (2011), o profissional que atua com cerimonial deve

utilizar diversos critérios para determinar a precedência nas cerimônias. Os critérios

podem ser: Hierarquia, Anfitrião (preside a cerimônia, caso não exista autoridade

superior), data da criação ou constituição da instituição ou órgão, antiguidade de

diplomação ou cargo, poder econômico, poder da força, poder cultural e honraria,

interesses políticos e empresariais, idade, sexo, ordem alfabética e bom senso.

A referida autora ainda faz outras considerações a respeito da precedência:

Quando há funções de mesma hierarquia, a precedência é do mais velho;

Com relação ao sexo, as senhoras têm a precedência sobre os senhores,

quando ocuparem as mesmas funções;

Entre os dois critérios exposto, idade e sexo, a idade precede;

A composição da Mesa Diretora, definição de lugares, entrada das

autoridades e citações são estabelecidas pela precedência.

A forma mais usual para compor a Mesa Diretora é a ordem de precedência,

da autoridade maior para a menor. Porém, segundo Meirelles (2011) a ordem

inversa de precedência também pode ser utilizada.

Quando há convidados nas cerimônias, utiliza-se a seguinte ordem de

precedência:

Anfitrião

Autoridades Federais

Autoridades Estaduais

Autoridades Municipais

Autoridades da instituição em ordem de precedência

37

As instituições e organizações, nos seus eventos internos, organizam a ordem

de precedência de acordo com seu próprio organograma e regulamento, porém

seguindo os documentos legais que regulamentam o cerimonial público.

A ordem de precedência de eventos universitários, seguindo Meirelles (2011)

é organizada da seguinte forma:

Reitor

Chanceler (Ou maior autoridade da mantenedora )

Vice-reitor

Presidentes dos Conselhos existente na universidade

Pró-reitores

Diretores dos campi / Superintendentes

Diretores de Institutos, Faculdades e Centros

Chefes de Departamento

Professores

Os eventos universitários são, normalmente, presididos pelos reitores, porém

em algumas universidades o chanceler preside mesmo o reitor estando presente,

pois ambos têm o mesmo nível hierárquico.

A primeira autoridade a ocupar seu lugar na Mesa Diretora em um evento

universitário é o Reitor, em alguns casos o Chanceler, em seguida, as outras

autoridades da mesa sentam-se à esquerda e a direita consecutivamente, tendo

como base a plateia. Como mostra a figura a seguir:

Figura 1: Mesa com número ímpar de autoridades

Fonte: Manual IFES,2010

38

Quando a mesa diretora é composta com um número par de autoridades,

cria-se um centro imaginário e a maior autoridade senta-se a direita. As próximas

autoridades sentam-se à esquerda e à direita da maior autoridade,

consecutivamente. Essa disposição apresenta-se da seguinte forma (Figura 2):

Figura 2: Mesa com número par de autoridades

Fonte: Manual IFES, 2010

Autoridades como: Antigos Reitores (por ordem de decanato), Professores

Eméritos e Honoris Causa, Doutor Honoris causa, entre outros presentes nos

eventos universitários, devem ocupar lugar de destaque.

Outro importante documento federal, que é muito utilizado na realização dos

cerimoniais públicos, é a Lei Nº 5700/ 71, que regulamenta a forma e apresentação

dos símbolos nacionais: a Bandeira Nacional, o Hino Nacional, as Armas Nacionais

e o Selo Nacional. A Bandeira e o Hino Nacional são utilizados em todas as

cerimônias universitárias.

Bandeira Nacional

A referida lei serve de parâmetro nas cerimônias universitárias, no que diz

respeito à Bandeira Nacional. Existem diversas regras, como tamanho da bandeira,

precedência, posição das bandeiras no espaço, material de confecção das

bandeiras, forma de utilização, entre outros.

O capítulo III da Lei 5700/71 regulamenta a utilização da Bandeira Nacional:

39

CAPÍTULO III4

Da Apresentação dos Símbolos Nacionais SEÇÃO I Da Bandeira Nacional Art. 10. A Bandeira Nacional pode ser usada em tôdas as manifestações do sentimento patriótico dos brasileiros, de caráter oficial ou particular. Art. 11. A Bandeira Nacional pode ser apresentada: I - Hasteada em mastro ou adriças, nos edifícios públicos ou particulares, templos, campos de esporte, escritórios, salas de aula, auditórios, embarcações, ruas e praças, e em qualquer lugar em que lhe seja assegurado o devido respeito; II - Distendida e sem mastro, conduzida por aeronaves ou balões, aplicada sôbre parede ou prêsa a um cabo horizontal ligando edifícios, árvores, postes ou mastro; III - Reproduzida sôbre paredes, tetos, vidraças, veículos e aeronaves; IV - Compondo, com outras bandeiras, panóplias, escudos ou peças semelhantes; V - Conduzida em formaturas, desfiles, ou mesmo individualmente; VI - Distendida sôbre ataúdes, até a ocasião do sepultamento. [...] Art. 19. A Bandeira Nacional, em todas as apresentações no território nacional, ocupa lugar de honra, compreendido como uma posição: I - Central ou a mais próxima do centro e à direita deste, quando com outras bandeiras, pavilhões ou estandartes, em linha de mastros, panóplias, escudos ou peças semelhantes; II - Destacada à frente de outras bandeiras, quando conduzida em formaturas ou desfiles; III - A direita de tribunas, púlpitos, mesas de reunião ou de trabalho. Parágrafo único. Considera-se direita de um dispositivo de bandeiras a direita de uma pessoa colocada junto a ele e voltada para a rua, para a plateia ou de modo geral, para o público que observa o dispositivo. [...] (BRASIL, 1971)

O trecho da lei que normatiza a utilização da Bandeira Nacional apresentado

neste trabalho faz um recorte dos principais artigos, da referida lei, que são mais

utilizados nas cerimônias universitárias.

As bandeiras utilizadas nas cerimônias devem estar no lugar adequado,

reservado para elas de acordo com a lei. Caso exista uma Mesa Diretora, é

necessário colocar a bandeira do lado direito5 dela, no caso da tribuna, faz-se o

mesmo.

Normalmente, nas cerimônias universitárias existem mais de uma bandeira. A

Bandeira Nacional deve estar em posição de destaque - à frente das outras, quando

conduzida em formaturas ou em posição central em linhas de mastro, panóplias,

entre outros.

Quando se tem em uma cerimônia um número ímpar de bandeiras, a bandeira

nacional ocupa o lugar central. Se porventura as bandeiras estiverem em número

par, a bandeira nacional ocupa o centro à direita. As próximas bandeiras são 4 Preservada a ortografia original

5 Considera-se direita, quando a pessoa está junto à bandeira, voltada para a plateia.

40

colocadas em ordem de precedência sempre à direita e em seguida à esquerda da

bandeira central, se for um número ímpar de bandeiras. Se o número de bandeiras

for par, cria-se um centro imaginário entre as duas bandeiras centrais e a

precedência é concedida sempre a bandeira da direita, em seguida é colocada a da

esquerda, se repetindo essa regra (primeiro à direita da bandeira central, em

seguida à esquerda ).

A precedência das bandeiras estaduais é de acordo com a ordem de criação

dos estados, com uma exceção: o estado em que é realizada a cerimônia tem

precedência perante os demais.

No caso de bandeiras estrangeiras, a bandeira do Brasil tem lugar de

destaque, no centro ou no centro à direita, e a ordem de precedência das bandeiras

estrangeiras é de acordo com o alfabeto do país anfitrião.

As bandeiras estrangeiras precedem às bandeiras estaduais, que por sua vez

precedem às municipais. Caso também seja necessária a utilização de uma

bandeira referente a uma instituição, esta é colocada após a bandeira municipal.

Hino Nacional

Com relação à utilização do Hino Nacional nas cerimônias, as regras descritas

na lei 5700/71 regulamentam o tom do hino, a forma com que deve ser apresentado

no caso de execução vocal ou execução instrumental, quando deve ser tocado o

hino e quais partes, entre outros.

CAPÍTULO III6

Da Apresentação dos Símbolos Nacionais SEÇÃO II Do Hino Nacional Art. 24. A execução do Hino Nacional obedecerá às seguintes prescrições: I - Será sempre executado em andamento metronômico de uma semínima igual a 120 (cento e vinte); II - É obrigatória a tonalidade de si bemol para a execução instrumental simples; III - Far-se-á o canto sempre em uníssono; IV - Nos casos de simples execução instrumental tocar-se-á a música integralmente, mas sem repetição; nos casos de execução vocal, serão sempre cantadas as duas partes do poema; V - Nas continências ao Presidente da República, para fins exclusivos do Cerimonial Militar, serão executados apenas a introdução e os acordes finais, conforme a regulamentação específica. Art. 25. Será o Hino Nacional executado:

6 Preservada a ortografia original

41

I - Em continência à Bandeira Nacional e ao Presidente da República, ao Congresso Nacional e ao Supremo Tribunal Federal, quando incorporados; e nos demais casos expressamente determinados pelos regulamentos de continência ou cerimônias de cortesia internacional; II - Na ocasião do hasteamento da Bandeira Nacional, previsto no parágrafo único do art. 14. § 1º A execução será instrumental ou vocal de acôrdo com o cerimonial previsto em cada caso. § 2º É vedada a execução do Hino Nacional, em continência, fora dos casos previstos no presente artigo. § 3º Será facultativa a execução do Hino Nacional na abertura de sessões cívicas, nas cerimônias religiosas a que se associe sentido patriótico, no início ou no encerramento das transmissões diárias das emissoras de rádio e televisão, bem assim para exprimir regozijo público em ocasiões festivas. § 4º Nas cerimônias em que se tenha de executar um Hino Nacional Estrangeiro, este deve, por cortesia, preceder o Hino Nacional Brasileiro. (BRASIL, 1971)

De acordo com a referida lei, o Hino Nacional Brasileiro pode ser executado por

meio de instrumentos e neste caso a música deve ser tocada integralmente e sem

repetição. Também existe a possibilidade de execução vocal, sendo obrigatório

cantar as duas partes do poema, lembrando que o canto deve ser sempre em

uníssono.

O hino também obedece a um critério de precedência, como diz na lei 5700/71.

Nas cerimônias em que são tocados hinos estrangeiros, estes, por cortesia,

precedem o Hino Nacional Brasileiro.

Existem cerimônias em que são tocados hinos de estados, de municípios ou de

organizações e nesses casos, de acordo com a ordem de precedência, é

recomendável que o primeiro hino seja o Hino Nacional Brasileiro. Existem

cerimonialistas que não concordam com essa posição e invertem a ordem. É

importante evidenciar que cada evento tem um cerimonial pré-estabelecido.

Além do Decreto Nº 70.274/72 que normatiza o cerimonial público e a ordem

de precedência, e da Lei 5700/71 que regulamenta os símbolos nacionais, existem

outras regras7 que são utilizadas nas cerimônias.

Com relação à representação:

Cerimônias em que o Presidente da República estiver presente, não pode

haver representações;

7 As regras apresentadas neste trabalho têm como base Meirelles (2011).

42

Nas universidades, o reitor pode-se fazer representar por Pró-Reitores,

Prefeito Universitário ou Faculdades, Institutos e Escolas;

Se por ventura o representante for de um nível hierárquico inferior ao do

representado, este ocupará lugar de destaque e será citado nos

agradecimentos, porém perderá a precedência.

Nos eventos em geral, o imprevisto é comum. E nas cerimônias não é

diferente. O Cerimonialista e o Mestre de Cerimônias devem estar preparados para

os imprevistos. Com relação aos atrasos:

Nas cerimônias em que autoridade de primeiro escalão se atrasar, o evento

só terá início quando este chegar;

Quando houver atraso de algum membro componente da Mesa Diretora, o

protocolo recomenda uma espera de 30 minutos para que a cerimônia

comece.

Caso um membro da Mesa Diretora chegue durante a cerimônia, ele é

direcionado à mesa, porém se sentará nas pontas, não na posição em que

a ordem de precedência lhe reserva;

Se porventura algum membro da Mesa Diretora chegar próximo ao final do

evento, ele não comporá a mesa, irá sentar-se nas primeiras fileiras

podendo ou não ser registrada a sua presença;

Existem regras que normatizam as formas de tratamento. Com relação às

formas utilizadas para cargos universitários, tem-se:

Para reitor, a forma de tratamento adequada é Vossa Magnificência. Como

vocativo utiliza-se Magnífico Reitor. Esta forma de tratamento é equivalente

a Vossa Excelência;

Para Vice-Reitores e Chanceler, utiliza-se Vossa Excelência, ou Vossa

Senhoria, dependendo da visão do cerimonialista, existem divergências a

respeito da forma de tratamento. O vocativo é Excelentíssimo Senhor ou

Senhor, respectivamente.

Para as demais autoridades da universidade, a forma de tratamento mais

adequada é Vossa Senhoria, que tem como vocativo, Senhor.

43

Nas cerimônias universitárias, os trajes8 mais utilizados são os formais –

social ou passeio completo. Em algumas solenidades faz-se necessária a utilização

de vestes talares, com objetivo de dar status e destacar a autoridade. Existem três

tipos de vestes talares:

• Reitoral: Beca preta, Capelo, jabeaux, cinto e borla, na cor branca,

anel colar e bastão;

• Doutoral: Beca preta, capelo, jabeaux, cinto e borla na cor da sua

área de conhecimento;

• Professoral: Beca preta com torçal e borla pendente, jabeaux e cinto

na cor de sua área do conhecimento.

O universitário no ato se sua colação de grau utiliza beca preta com mangas

longas, jabeaux, faixa na cor da área do conhecimento e chapéu acadêmico.

No cerimonial, quando o mestre de cerimônias convida a autoridade a compor

a Mesa Diretora ou a assumir a palavra, em algumas instituições, o cargo antecede

o nome da pessoa, por conta da expectativa gerada pelo cargo, em outras o nome

antecede o cargo, dando mais ênfase à pessoa que ao cargo.

Com relação aos pronunciamentos:

A regra utilizada é a ordem de precedência inversa. A autoridade que inicia

os pronunciamentos é a que possui o menor grau hierárquico da mesa e a

que fecha é sempre a que preside a Mesa Diretora.

Com relação a essa regra, existe uma exceção: O anfitrião tem a

prerrogativa de iniciar e encerrar a cerimônia, quando não houver

autoridade hierarquicamente superior.

Toda cerimônia necessita de um roteiro para seu planejamento. Existem

diversos roteiros, cada um de acordo com o respectivo evento. O roteiro a seguir, é

um roteiro básico para abertura de solenidades, e é o mais utilizado em cerimônias

universitárias devido ao grande número de aberturas solenes de eventos que

acontecem nas universidades.

8 Baseado em Meirelles (2011)

44

Roteiro9 de Solenidade de abertura de evento:

O Mestre de Cerimônias saúda os participantes;

Em seguida são apresentadas informações gerais sobre o evento;

O próximo passo é um pequeno texto, com o rumo e objetivos do evento;

A Mesa Diretora é composta;

O Mestre de Cerimônias anuncia a execução do Hino Nacional Brasileiro;

Pronunciamento de abertura do anfitrião, que anuncia a abertura oficial do

evento (opcional). O Mestre de Cerimônias pode, também, abrir o evento

em nome do anfitrião;

Em seguida, são realizados registro e agradecimentos;

O Mestre de Cerimônias informa sobre a apresentação de material

audiovisual, se houver;

Nesse momento, as autoridades da Mesa Diretora se pronunciam. De

acordo com a ordem inversa de hierarquia;

Encerramento da solenidade pelo Anfitrião ou maior autoridade;

Nas cerimônias universitárias oficiais, é imprescindível o conhecimento

desses documentos federais, das regras e do roteiro apresentados neste trabalho,

para que o cerimonial seja realizado da forma correta, seguindo as diretrizes da

Presidência da República.

A universidade pode e deve ter seu documento legal ou manual que

regulamente o cerimonial realizado na instituição. Este deve estar de acordo com os

documentos legais que regulamentam a atividade no país.

Algumas Instituições de ensino superior tiveram a preocupação de normatizar

o cerimonial da instituição e criaram um manual de eventos ou próprio de cerimonial.

Alguns exemplos são: Universidade Estadual do Rio de Janeiro, Universidade

Estadual Paulista, Institutos Federais, entre outros.

9 Roteiro retirado de Meirelles (2011)

45

4. CERIMÔNIAS OFICIAIS DA UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE -

UFF

A UFF foi criada na década de 1960, na cidade de Niterói, a partir da junção

de algumas faculdades isoladas. Desde a sua fundação adotou-se uma política de

interiorização, que só se intensificou a partir da década de 1990.

Nos primeiros anos da universidade, a UFF adotava uma política

centralizadora, e a manteve durante toda a ditadura militar. Por conta desse fator e

de decisões políticas, a estrutura administrativa das unidades de ensino da UFF

reforçavam a política de centralização.

Com o fim da ditadura militar, o UFF passou a adotar uma política mais

descentralizada, incentivando a interiorização da universidade, criando diversos

cursos e campi em cidades do interior do estado do Rio de Janeiro. Na década

passada, a UFF reafirma sua política descentralizadora com a extinção dos centros

universitários, órgãos que coordenavam as áreas de ensino, um nível hierárquico

que intermediava a relação das unidades com a reitoria.

Atualmente, a UFF conta com uma estrutura administrativa descentralizada,

com maior flexibilidade. Assim ocorre, também, com as cerimônias oficiais da UFF.

Apesar de existir um documento que regulamenta o cerimonial da UFF e determina

que a organização das cerimônias da universidade é uma competência do Setor de

Relações Públicas e Cerimonial, atual Divisão de Relações Públicas, muitas

cerimônias são planejadas e realizadas sem o aval desse setor.

A UFF, apesar de ter elaborado um documento legal que normatizava a

realização das cerimônias e esse documento ter sido divulgado na Sala dos

Conselhos, para acesso a todos, sua difusão não atingiu toda a universidade,

gerando distorções e falta de cumprimento das normas federais.

Embora seja competência do Setor de Relações Públicas e Cerimonial, atual

Divisão de Relações Públicas, estabelecer as normas e exercer uma supervisão

sobre a organização das cerimônias, o fato é que as unidades e setores

administrativos realizam-nas de forma independente.

Levando em consideração o exposto, neste capítulo serão analisadas três

cerimônias oficiais da UFF realizadas por uma empresa contratada e pela Divisão de

Relações Públicas.

46

A metodologia de análise das cerimônias foi, em alguns casos, a observação

sistemática, em outros, a observação participativa ou ambas. A análise das referidas

cerimônias teve como base os documentos federais que regulamentam o cerimonial

público e os símbolos nacionais, as normas do setor responsável pelo cerimonial da

UFF e as regras protocolares de cada ocasião.

Como a UFF não possui um manual para as suas Cerimônias Acadêmicas,

apenas um documento da Superintendência de Comunicação Social que

regulamenta o cerimonial, mas não contém as regras protocolares para cada

ocasião, por isso foram estudados vários manuais de cerimonial e de eventos de

instituições de ensino superior com a finalidade de elaborar um roteiro de acordo

com o protocolo de cada ocasião. Também levou-se em consideração a legislação

vigente e não se esquecendo de que a UFF é uma instituição pública federal que

deve seguir os preceitos instituídos pelo poder público e sua hierarquia.

Para analisar as regras protocolares foram selecionados roteiros de manuais

referentes a cada cerimônia analisada em um quadro e a partir desse quadro foram

criadas categorias com a finalidade de elaborar um mecanismo metodológico de

análise das cerimônias acadêmicas da UFF.

4.1 UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE: UM POUCO DE HISTÓRIA

Em meados dos anos 1950, o Brasil se encontrava em um momento de

desenvolvimento iniciado com a eleição de Juscelino Kubitschek, em 1956, quando

foi instaurado o plano de metas. Esse plano tinha como lema “cinquenta anos em

cinco”, e pretendia desenvolver o país economicamente cinquenta anos em apenas

um mandado que na época era de cinco anos.

De acordo com Corte e Martins (2010, p.9):

A fundação da UFF obedece, portanto, no plano nacional, a um projeto desenvolvimentista que contém uma forte vocação tecnológica, ao priorizar a formação de cientistas para dar continuidade à extraordinária transformação vivida pelo país aquela conjuntura.

A Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro - UFERJ, que

posteriormente veio a se chamar Universidade Federal Fluminense – UFF, tem sua

data de fundação oficial em 18 de dezembro de 1960, a partir da reunião da

47

Faculdade de Farmácia e Odontologia, Faculdade Fluminense de Medicina,

Faculdade de Direito Teixeira de Freitas, Escola Fluminense de Medicina

Veterinária, Escola Fluminense de Enfermagem, Escola Fluminense de Serviço

Social e Escola Fluminense de Engenharia.

A UFERJ nasceu da mobilização da sociedade fluminense, em especial, por

meio do movimento estudantil, que foi decisivo para que a UFERJ fosse fundada. A

União Fluminense de Estudantes (UFE), com o apoio dos deputados federais do Rio

de Janeiro e dos governadores do Estado do Rio de Janeiro, da década de 1950,

lutaram juntos para criar uma universidade federal na cidade de Niterói, na época,

capital do estado do Rio de Janeiro.

Em 22 de dezembro de 1960 foi sancionada a lei n º 3.848, pelo Presidente

da República Juscelino Kubitscheck, criando a UFERJ (que congregava as

faculdades existentes na cidade de Niterói).

Em 1961, dia 11 de abril a UFERJ foi instalada e no dia 26 do mesmo mês a

universidade tinha sua primeira posse de reitor, o professor Durval de Almeida

Batista Pereira, diretor da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras.

A UFERJ passou então a se chamar Universidade Federal Fluminense – UFF

em novembro de 1965 e a mudança de nome ocorreu por conta da conjuntura

política da época, em um período de intervenção federal na universidade.

A universidade passou por um longo período conturbado durante a ditadura

militar, quando ela tentava se estruturar. Por conta desse objetivo, na década de

1970, a UFF adotou uma política de centralização do poder, como relata Corte e

Martins (2010, p.49).

Outra característica do período seria a crescente centralização do poder. Nova reforma da estrutura administrativa da universidade, além de ampliar a máquina burocrática, aumentaria o número de órgãos de assessoramento e assistência ao reitor, que passaria a contar com Assessoria Jurídica, Assessoria de Segurança e Informações, Coordenação Superior de Atividades de Extensão, e Coordenação Superior de Atividades de Pesquisa e Pós-Graduação.

A UFF desde seus primeiros anos, ainda como UFERJ, já adotava uma

política de interiorização, levando cursos de ensino superior para o interior do Estado

do Rio de Janeiro.

48

Apesar de no início dos anos 1960 a universidade já criar cursos em Campos

dos Goytacazes e Volta Redonda, só a partir dos anos 1990 que o programa de

interiorização da UFF se expandiu.

Como já citado, a partir dos anos 1990 a UFF teve uma expansão

considerável, contando atualmente com três campi no município de Niterói, algumas

unidades isoladas na mesma cidade, e diversas unidades no interior do estado. As

de maior expressão são os polos universitários de Rio das Ostras, Nova Friburgo,

Volta Redonda e Campos dos Goytacazes.

A partir de 2007, quando foi aprovado pelo Conselho Universitário, a UFF vem

recebendo verbas do Programa de Reestruturação e Expansão das Universidades

Federais - REUNI, do Governo Federal. Essa verba foi imprescindível para a

expansão da Universidade em Niterói e no interior do estado.

Nos primeiros anos da UFF, a política adotada era a de centralização do

poder. Porém, atualmente a universidade está voltada para a descentralização,

dando autonomia às unidades. Isso não significa que essas unidades não estão

subordinadas a Reitoria.

A estrutura básica da Universidade Federal Fluminense, segundo seu estatuto

publicado no Diário Oficial da União em 05/05/1983, é composta por:

Art.4º.- A estrutura básica da Universidade Federal Fluminense é constituída pelos Centros Universitários, Unidades Universitárias, Departamentos e Órgãos Suplementares, que apresentarão a flexibilidade às exigências do ensino, da pesquisa e da extensão.(UFF, [s.d]. p. 3)

Em 2008, houve uma mudança na estrutura básica da UFF e foram extintos

os Centros Universitários. Segundo Corte e Martins10 (2010, p.52):

[...] a extinção dos Centros acadêmicos pela Resolução do Conselho Universitário nº 285/2008, de 26 de novembro de 2008, na gestão do reitor Roberto Salles (2006-2010), e com a criação de unidades gestoras, que os últimos resquícios da centralização administrativa, características do tempo da ditadura e que ainda impregnavam a organização interna da universidade, caíram.

10

As autoras utilizaram centro acadêmico como sinônimo de centro universitário, o que realmente consta no Estatuto da UFF.

49

O principal objetivo do fim dos Centros foi diminuir a burocracia que a

universidade enfrentava e fazer com que todo processo da UFF fosse mais ágil pela

extinção de um nível hierárquico.

Com a extinção dos Centros Universitários e o programa de interiorização da

UFF, fica evidente e política de descentralização que a UFF adota atualmente. Isto

também se reflete com relação aos eventos, mais especificamente nas cerimônias.

4.2 A UFF E SEU CERIMONIAL

Na UFF as unidades de ensino, Faculdades, Escolas e Institutos e outros

setores, como por exemplo, as Pró-reitorias, realizam cerimônias oficiais da

universidade, mesmo essa atividade sendo regulamentada como de

responsabilidade do Setor de Relações Públicas e Cerimonial da UFF, pelo

documento que regulamenta as normas de cerimonial da UFF. Uma das justificativas

de haver essa descentralização do cerimonial é o número reduzido de funcionários

que atuam nessa frente de trabalho.

Como não há uma uniformidade no planejamento das cerimônias das

unidades e setores, por não existir um manual de eventos e cerimonial e por haver

um desconhecimento Das Normas de Cerimonial da Universidade Federal

Fluminense, veem-se cerimônias realizadas sem planejamento e em desacordo com

o protocolo de cada ocasião.

Porém, a UFF tem um setor responsável por auxiliar a universidade no

planejamento e desenvolvimento de todas as cerimônias que lhe forem solicitadas. A

Divisão de Relações Públicas, que pertence à Superintendência de Comunicação

Social – SCS faz o trabalho de assessoramento das cerimônias e também fornece

um mestre de cerimônias para conduzir as solenidades.

Atualmente conta com dois funcionários que são bacharéis em Relações

Públicas e com três estagiárias, duas de Turismo e uma de Produção Cultural. A

UFF está investindo no aprimoramento dessa divisão, por meio de cursos de

cerimonial para o chefe da divisão.

Esse setor atende todas as unidades e campi, inclusive os do interior do

estado. As solicitações para planejamento, organização e assessoramento de

cerimônias são enviadas via e-mail, selecionadas e respondidas o mais breve

50

possível. O grupo de funcionários e estagiários que trabalham na divisão procura

atender todas as cerimônias solicitadas.

Dependendo da cerimônia e do solicitante, reuniões são marcadas para

acertar todos os detalhes do evento. Em cerimônias mais simples, os detalhes são

acertados por telefone.

Quando todas as informações pertinentes ao evento são disponibilizadas à

Divisão de Relações Públicas, o script é elaborado sob a supervisão do chefe do

setor e enviado ao responsável pela organização do evento, para que este tome

ciência de todos os procedimentos da cerimônia. Na maioria das vezes os setores

sugerem mudanças e, se essas mudanças não forem de encontro com o protocolo

da ocasião, são aceitas pela divisão.

A grande maioria dos eventos da UFF começa fora do horário estabelecido,

devido ao atraso das autoridades e do público. Porém os funcionários da Divisão de

Relações Públicas, sempre chegam, com no mínimo uma hora de antecedência nos

eventos e participam dos últimos acertos. Verificam a ordem de precedência das

bandeiras e o local mais adequado para colocá-las, verificam as alterações de última

hora que são realizadas no script, conferem o número de lugares e cadeiras à Mesa

Diretora testam o equipamento sonoro e a projeção do Hino Nacional, entre outros.

Na Universidade Federal Fluminense, a pedido do Professor Roberto de

Souza Salles, Magnífico Reitor, é projetada uma versão do Hino Nacional na maioria

das cerimônias a que preside e em todas que são organizadas pela Divisão de

Relações Públicas. Essa versão do Hino Nacional contém imagens de todas as

unidades da UFF em Niterói, no interior do estado e até em Oriximiná, que pertence

no Pará, na região amazônica.

A maioria dos espaços da universidade não está preparada para receber

cerimônias, essa constatação é feita com base na observação participativa que o

autor deste trabalho realizou, no tempo em que estagiou na Divisão de Relações

Públicas.

A maioria dos auditórios não possui técnico ou funcionário que opere o

sistema de sonoplastia e alguns auditórios não possuem esse sistema. Não

possuem bandeiras e mastros, telão e poucos têm tribuna. Os auditórios não têm

capacidade de realizar eventos grandes, como formaturas, pois não chegam a 200

lugares.

51

Os auditórios mais bem equipados e utilizados na universidade são o

Florestan Fernandes, na Faculdade de Educação, bloco D, no Campus do Gragoatá

e o Auditório Geógrafo Milton Santos, no Campus da Praia Vermelha, no Instituto de

Geociências.

Foi inaugurado recentemente o prédio da Faculdade de Economia, bloco F,

no Campus do Gragoatá, que contém um auditório que se enquadra dentre os

melhores da UFF no que diz respeito aos equipamentos e à acessibilidade para

cadeirantes. Todavia sua capacidade, assim como os outros auditórios, não satisfaz

a demanda da universidade.

Uma característica das cerimônias da UFF é a informalidade e as constantes

quebras de protocolo por conta dos participantes, o que faz com que o momento

solene seja prejudicado e diminuído.

4.2.1 Das Normas do Cerimonial da Universidade Federal Fluminense

A Universidade Federal Fluminense, por meio do Setor de Relações Públicas

e Cerimonial, hoje Divisão de Relações Públicas, que pertencia a Assessoria de

Comunicação Social, atualmente Superintendência de Comunicação Social,

regulamentou as normas de cerimonial acadêmico que devem ser adotadas em

todas as solenidades realizadas no âmbito universitário, como diz o documento “Das

Normas de Cerimonial da Universidade Federal Fluminense”.

O documento elaborado para normatizar as cerimônias teve o aval da

Jornalista Sônia Aguiar Lopes, Assessora de Comunicação Social da UFF, que

encaminhou o documento para a Procuradoria em forma de memorando – MEMO

76/99 – e foi devolvido em 28 de Julho de 1999 com o número do processo:

23069.001330/99-18.

Esse documento foi apresentado na sala dos conselhos na Reitoria. Houve

uma tentativa da realizadora do documento, Chefe do Setor de Relações Públicas e

Cerimonial, a Relações Públicas, Rutelena de Lacerda Simas, para que este fosse

publicado e distribuído nos setores da universidade para que as normas fossem

realmente cumpridas e não ficassem esquecidas.

A atual Divisão de Relações Públicas nunca contou com um número

suficiente de funcionários para que pudesse realizar todo o planejamento e a

apresentação de todas as cerimônias oficiais da universidade. Com isso as unidades

52

passaram, mesmo depois da aprovação das normas de cerimonial da UFF, a realizar

por conta própria cerimônias, inclusive com a presença das mais altas autoridades

da universidade, sem sequer comunicar ao setor responsável por apoiar e realizar

cerimônias da universidade.

De acordo com o documento “Das Normas de Cerimonial da Universidade

Federal Fluminense” (1999, p.1), entende-se como cerimonial: “o cumprimento de

formalidades e rituais preestabelecidos pela sociedade e/ou suas representações,

como, por exemplo, militares, religiosas e políticas, em eventos envolvendo

autoridades nacionais e/ou estrangeiras”.

E “Protocolo: ordem hierárquica que determina a conduta a ser adotada pelas

autoridades e demais pessoas em ocasiões oficiais, em função do papel social que

cada uma desempenha no momento”(1999, p.1)

O Primeiro Capítulo desse documento discorre sobre os assuntos da

competência do Setor de Relações Públicas e Cerimonial da Assessoria de

Comunicação Social:

Difundir, utilizar e orientar o emprego correto das normas deste documento;

Organizar, coordenar e orientar as solenidades ou recepções realizadas na

UFF, que tenham a participação de autoridades federais, estaduais,

municipais, eclesiásticas, militares e representantes de instituições públicas

e privadas, nacionais e/ou estrangeiras;

Expedir e controlar convites para cerimônias;

Informar as autoridades, inclusive ao reitor, sobre o programa a ser cumprido

nos eventos;

Opinar em questões de precedência nas solenidades;

Trabalhar em parceria com o setor de Relações Públicas e Cerimonial de

outras instituições, quando for o caso de solenidades realizadas em conjunto

ou de visita de autoridades da UFF a outras instituições.

Com relação ao emprego das normas acima citadas, atualmente a Divisão de

Relações Públicas faz parte da organização e orienta a maioria das solenidades em

que tenha participação de autoridades externas e opina em questões de

precedência nas cerimônias em que o setor participa.

53

Porém, não conseguiu publicar e divulgar aos setores da UFF as normas

regulamentadas por este documento. Com relação aos convites oficiais, quem

expede e controla os convites é a Divisão de Comunicação Eletrônica, também

pertencente à Superintendência de Comunicação Social.

Em visitas de autoridades da UFF a outras instituições, o Gabinete do Reitor,

por meio de seus assessores, atua na articulação e planejamento das visitas. Nas

solenidades em conjunto há uma articulação dos dois setores de cerimonial para

realizarem as cerimônias. Informar às autoridades sobre o programa dos eventos, é

responsabilidade das coordenações de cada evento.

No segundo Capítulo são citadas as cerimônias consideradas de âmbito

acadêmico:

Posses e Investidura de Reitor, Vice-reitor, Diretor e Vice-Diretor de Centros

Universitários, Diretores e Vice-Diretores de Unidades, Chefias e Subchefias

de Departamento e Direção de Órgãos Complementares;

Aula Magna de abertura de ano letivo da universidade;

Colação de Grau;

Outorga de Títulos Honoríficos de Servidor Emérito, Professor Emérito,

Doutor Honoris Causa e Professor Honoris Causa;

Premiações;

Efemérides – Aniversário da UFF e das unidades, Dia da Bandeira, do

Servidor Público e do Professor;

Cerimônias Acadêmicas – Abertura e Encerramento de Seminários,

Congressos, Simpósios, Palestras, entre outras;

Cerimônias socioculturais – Lançamento de publicação de CDs, abertura e

encerramento de Jogos Olímpicos, entre outros;

Marcos comemorativos – Obliterações, Pedra fundamental, Descerramento

de placas, entre outros;

Assinaturas de acordos, convênios e protocolos;

Visita de autoridades à UFF;

Lançamento de campanhas institucionais.

O terceiro capítulo normatiza a presença do Reitor e seus representantes em

cerimônias internas e externas, a saber:

54

No caso de convocação do Reitor em solenidades da Presidência da

República ou do Governo do Estado este deverá sempre comparecer, caso

o Reitor não compareça, não caberá indicações;

O Reitor comparecerá ou se fará representado, nas seguintes cerimônias:

• Posses e investidura de cargos;

• Efemérides;

• Outorga de títulos honoríficos;

• Aula Magna;

• Colação de grau;

• Marcos Comemorativos.

O quarto capítulo normatiza a precedência das autoridades nas cerimônias no

âmbito universitário. A primeira seção, diz respeito às autoridades internas da UFF, a

saber:

O Reitor da UFF, sempre presidirá as cerimônias a que comparecer;

Caso o Reitor não estiver presente, o Vice-Reitor presidirá a cerimônia a que

comparecer;

Caso o Reitor e o Vice-Reitor não estiverem presentes, o Decano do

Conselho Universitário presidirá a cerimônia a que estiver presente;

Pró-reitores e Diretores dos Centros Universitários poderão ser designados

pela reitoria a representarem o Reitor em cerimônias oficiais;

Cerimônias das Pró-Reitorias, serão presididas pelos Pró-reitores;

Os Diretores dos Centros Universitários presidirão as cerimônias dos

respectivos centros e Unidades;

Caso o Diretor do Centro não estiver presente, o Vice-Diretor presidirá a

cerimônia;

Com relação às unidades, a precedência é estabelecida pelo Estatuto da

UFF. Na ordem: Diretor, Vice-Diretor, Coordenador de Curso, Chefe e

Subchefe de Departamento;

A segunda seção discorre sobre as Cerimônias que estiverem presentes

autoridades externas:

55

Na presença do Ministro da Educação, ou representante, este presidirá a

cerimônia;

Na presença do Governador do Estado, ou representante, este ocupará

lugar à direita do Reitor, e a esquerda fica reservado ao prefeito de Niterói

ou do município em que estiver sendo realizada a cerimônia;

Caso o Governador não compareça, a direita do Reitor será reservada ao

Prefeito de Niterói;

O Arcebispo de Niterói, ou da cidade que estiver sediando o evento, ou

representante equivalente de outra religião, cabe a deferência de sentar nos

primeiros lugares, ao lado do Reitor;

Nas cerimônias a que comparecer representantes estrangeiros, estes

ocuparão lugares destacados na cerimônia. Se houver mais de um

representante, deverão ser citados em ordem alfabética nominal dos seus

respectivos países.

O texto da terceira seção discorre sobre presidência dupla em cerimônias, no

caso de parceria com outras instituições. O reitor pode dividir a presidência com o

Governador do Estado, Prefeito da cidade que estiver sediando o evento ou com

representantes de outras instituições.

A quarta seção discorre sobre as demais disposições sobre a precedência. A

saber:

Os órgãos de categorias profissionais e acadêmicas – ADUFF, SINTUFF,

DCE, terão representações asseguradas na Mesa Diretora de qualquer

evento e o uso da palavra. Estes deverão indicar seus representantes;

Ex-reitores terão lugar assegurado à mesa e citados como tal, desde que

não possuam cargo administrativo no momento. Caso estejam em outro

cargo, este determinará a precedência;

Autoridades que possuírem títulos honoríficos deverão ser citadas e poderão

ou não ir a mesa;

Autoridades Militares deverão ter a precedência estabelecida de acordo com

a criação de cada Ministério e patente, sendo Marinha, Exército e

Aeronáutica, respectivamente;

56

A composição da Mesa Diretora de todos os eventos é determinada pelo

quinto capítulo. Levando em consideração:

Os critérios de precedência estabelecidos no quarto capítulo;

A hierarquia, de acordo com o Estatuto da UFF;

O critério de primazia do anfitrião;

A faixa etária, prevalecendo a precedência do mais idoso ao mais jovem.

Reconhecimento do mérito agregado à pessoa, com relação à cultura e/ou

alto saber;

Com relação ao sexo, a precedência do sexo feminino, de acordo com a

cultura ocidental;

Ordem alfabética com relação ao nome da pessoa ou instituição;

Indicação da autoridade que tenha envolvimento com o tema do evento;

Na presença de diversas autoridades e organizações deverá ser abordado o

critério de precedência do Decreto 70.274/72, alterado pelo Decreto

83.186/79, da Presidência da República.

Com relação aos discursos, o sexto capítulo determina que:

A autoridade que estiver presidindo a solenidade fará a abertura e o

encerramento do evento;

O cerimonial poderá fazer a abertura oficial a pedido da presidência da

Mesa Diretora;

A ordem de pronunciamento será inversa à ordem de composição de mesa,

da menor autoridade para a maior. Não é obrigatório o pronunciamento de

todas as autoridades da mesa.

O sétimo capítulo regulamenta a utilização dos símbolos nacionais na

Universidade Federal Fluminense, sendo a primeira seção reservada ao Hino

Nacional. A saber:

O Hino Nacional deverá ser executado na abertura e/ou encerramento das

cerimônias universitárias, estando os presentes em posição de respeito;

O Hino Nacional estrangeiro deverá preceder o brasileiro em aberturas e/ou

encerramentos de eventos em parceria com instituições estrangeiras, em

57

colações de grau em que estiverem formando estrangeiros e em visita de

autoridades estrangeiras;

O Hino Nacional Brasileiro deve ser executado no hasteamento da bandeira

nacional;

A execução poderá ser vocal ou instrumental de acordo com o cerimonial de

cada ocasião; Se for execução vocal, as duas partes do poema serão

tocadas e no caso de execução instrumental, a musica será executada

integralmente sem repetições.

Na segunda seção deste capítulo, o símbolo nacional regulamentado é a

Bandeira Nacional. De acordo com a seção, a Bandeira Nacional:

Pode ser usada em todas as cerimônias oficiais da UFF, internas ou

externas;

Deverá estar hasteada no jardim da Reitoria, tendo à direita a Bandeira do

Estado do Rio de Janeiro e à esquerda a da UFF;

Deverá ser hasteada às 8h e arriada às 18h, sendo devidamente iluminada;

Ocupa lugares de honra em qualquer evento no território nacional, ao centro

ou mais próximo dele.

Poderá estar à direita de tribunas, púlpitos ou mesas de honra e trabalhos,

respeitando as seguintes disposições:

• Considera-se a direita da bandeira, o lado direito de uma pessoa que

esteja ao lado da bandeira em direcionada para a plateia;

• Não poderá, jamais, ser ocultada, nem por quem estiver sentado

perto da bandeira;

• No Dia da Bandeira, 19 de novembro, o hasteamento deverá ser

pontualmente às 12h, em solenidade nos jardins da Reitoria;

• Quando não estiver sendo utilizada deverá ser guardada em lugar

digno e quando houver desgaste deverá ser encaminhada aos

órgãos competentes para procedimentos cabíveis;

• Quando hasteada, o mastro deverá ser colocado no solo e a largura

da bandeira não deverá ser maior que um quinto, nem menor que

um sétimo da altura do mastro;

58

• Quando distendida e sem mastro, a bandeira deverá estar com seu

lado maior na horizontal, e sua estrela isolada, não poderá estar,

nem sequer, parcialmente tapada;

A terceira seção dispõe sobre o Selo Nacional, que na UFF, deverá ser

utilizado para autenticar atos acadêmicos, os diplomas e certificados expedidos pela

UFF.

O oitavo capítulo regulamenta as formas de tratamento. Segundo este

capítulo, os pronomes de tratamento obedecerão ao Manual de Redação da

Presidência da República (1992). Este mesmo capítulo determina que caiba apenas

ao Reitor o tratamento de Magnífico, o Vice-Reitor e as demais autoridades serão

chamadas de excelência.

O nono capítulo aborda os trajes acadêmicos. Este capítulo determina que:

De acordo com a solenidade, o Reitor, conselheiros e docentes

utilizam vestes talares, com ou sem insígnias, nas cores

nacionalmente conhecidas como tradicionais;

As vestes talares são: Beca negra, no modelo tradicional da UFF,

podendo ser utilizada por alunos em colações de grau;

Quando utilizadas as vestes talares, essas deverão ser acompanhadas

de pelerine nas cores do curso;

As cores oficiais da UFF são azul e branco;

O décimo e último capítulo dispõe sobre a identificação visual da UFF. O

texto do único artigo do capítulo diz que a logomarca da UFF deverá constar em

todos os documentos, com a finalidade de firmar a chancela da universidade e

permitir a imediata identificação da instituição.

4.3 ANÁLISE DAS CERIMÔNIAS OFICIAIS DA UFF

A seguir serão analisadas três cerimônias oficiais da UFF, com a finalidade de

diagnosticar a situação atual do Cerimonial nesta instituição. Essas cerimônias foram

realizadas pela Divisão de Relações Públicas e por uma empresa contratada pela

UFF, no caso da cerimônia de Colação de Grau, durante o ano de 2013.

59

A primeira cerimônia analisada é a de Abertura do Encontro da Regional

Sudeste do Fórum de Pró-Reitores de Pesquisa e Pós-Graduação, por meio da

observação participativa, da consulta ao Script da Cerimônia, cedido pela Divisão de

Relações Públicas da UFF, a Lei Nº 5700/ 71, ao Decreto Nº 70.274/ 72, e ao

documento Das Normas de Cerimonial da Universidade Federal Fluminense, da

Superintendência de Comunicação Social, que regulamenta as cerimônias da

universidade.

A análise da cerimônia de Outorga do Título de Professor Emérito ao

Professor Jorge Almeida Guimarães é realizada por meio da observação sistemática

da gravação da cerimônia, cedida gentilmente pela Unitevê - Canal Universitário de

Niterói gerido pela UFF, levando em consideração os seguintes documentos, Lei Nº

5700/ 71, Decreto Nº 70.274/ 72, e ao documento Das Normas de Cerimonial da

Universidade Federal Fluminense.

A Terceira cerimônia analisada é a de Colação de Grau dos alunos formados

no segundo semestre de 2012, do Curso de Turismo, da Faculdade de Turismo e

Hotelaria da Universidade Federal Fluminense. A análise foi realizada por meio da

observação sistemática à cerimônia, também foram utilizadas a Lei Nº 5700/ 71, o

Decreto Nº 70.274/ 72, e o documento Das Normas de Cerimonial da Universidade

Federal Fluminense, além da Norma de Serviço Nº 476/97 da UFF, de 10 de janeiro

de 1997, que Dispõe sobre a Cerimônia de Colação de Grau e dá outras

providências e a Norma de Serviço da Pró-Reitoria de Graduação11 – PROGRAD,

que apesar de estar disponível em meio eletrônica, não possui número.

Para analisar o roteiro das três cerimônias, além dos recursos que já foram

apresentados para cada cerimônia, foi elaborado um quadro, com base em autores

da área de Relações Públicas, muito utilizados em trabalhos sobre cerimonial e de

manuais de eventos e cerimoniais de Instituições de Ensino Superior. Foram criadas

categorias de análise com base no que havia em comum nas fontes, e as

discordâncias ou opções a mais encontradas nas referências não foram utilizadas na

análise, apenas aparecem destacadas.

11

Disponível em:< http://www.prograd.uff.br/novo/sites/.../ordens_de_servico_formaturas.doc%E2%80%8E> Acessado em: 07/11/2013.

60

4.3.1 Cerimônia de Abertura Solene de Eventos

A Cerimônia de abertura analisada foi a Abertura do Encontro da Regional

Sudeste do Fórum de Pró-Reitores de Pós-graduação e Pesquisa 2013. Esta foi

realizada no dia 17 de outubro de 2013, às 18h30min, no Mercure Niterói Orizzonte

Hotel, situado na Rua Engenheiro Velasco, 321, Gragoatá, Niterói, RJ.

O cerimonial do referido evento foi elaborado pela Divisão de Relações

Públicas da Universidade Federal Fluminense à pedido da Pró-Reitoria de Pesquisa,

Pós-Graduação e Inovação, que foi responsável por essa edição do evento.

Para todas as cerimônias de abertura de evento tem-se um roteiro padrão que

dependendo do tipo de evento, o cerimonialista realiza pequenas alterações.

Para analisar a referida cerimônia levou-se em consideração o quadro a

seguir que apresenta categorias de análise por meio de um roteiro para a cerimônia

de Abertura Solene de Eventos.

Roteiro de Abertura Solene de Eventos

Preparação do Espaço – Precedência entre bandeiras lei nº 5.700

Abertura Protocolar - Recepção aos convidados, Saudações, Cumprimentos e apresentação da

cerimônia que se inicia.

Assentos -

1. Composição da Mesa Diretora – composta por ordem de precedência, com o organizador do evento ocupando a partir da 3ª precedência (Reitor - ou representante – exceto quando da presença do Presidente da República, a quem caberá à primeira precedência, Vice-Presidente da República, Ministro da Educação, Ex-Reitores, e autoridades de alta hierarquia caso estejam presentes, Vice-Reitor, Pró-Reitores, Diretor de unidade de ensino superior, Coordenadores de Curso, Chefes de Departamento).

Abertura da Cerimônia –

1. A autoridade maior presidirá os trabalhos e fará a abertura. O Mestre de Cerimônias pode abrir o evento em nome da maior autoridade, caso este autorize.

2. Execução do Hino Nacional Brasileiro (Lei 5.700, 1 de set 1971, Seção II, art. 24 ). 3. Registro e agradecimento de autoridades presentes.

Pronunciamentos –

1. O Diretor ou Coordenador do evento poderá dar as boas vindas antes dos pronunciamentos. 2. Pronunciamento de autoridades, em ordem inversa de hierarquia. Todos poderão, ou não fazer

uso da palavra.

Encerramento da solenidade -

1. Pelo Reitor ou representante.

61

*Em vermelho quando houve divergência ou opções a mais nas fontes utilizadas. Figura 3: Roteiro para análise das Cerimônias Universitárias da UFF – Outorga do Título de Professor Emérito. Fonte: MEIRELES, 2011; Miranda, 2001, Unesp, 2008, Uerj, 2011, Unipampa,[s/d] , IFES,2010.

Preparação do espaço

As primeiras providências que foram tomadas pelos funcionários da Divisão

de Relações Públicas ao chegarem ao evento, foram organizar as bandeiras e

colocá-las no lugar mais adequado. As bandeiras foram colocadas à direita da Mesa

Diretora e de acordo com a Lei Nº 5700/ 71, à direita dela, a bandeira do Estado do

Rio de Janeiro e à esquerda a da UFF, de acordo com a ordem de precedência das

bandeiras.

Abertura protocolar/Abertura da Cerimônia

A cerimônia teve início 30 minutos após o horário marcado. O mestre de

cerimônias iniciou o evento em nome do Prof. Roberto de Souza Salles, Magnífico

Reitor da UFF e fez algumas considerações. De acordo com as normas

protocolares, há a possibilidade de o mestre de cerimônias iniciar a cerimônia em

nome do Reitor, caso este a autorize.

Em seguida, o vídeo do Hino Nacional com imagens da UFF foi projetado. Na

Universidade Federal Fluminense, como já dito anteriormente, por determinação do

Reitor, o Hino Nacional utilizado nas cerimônias é projetado com imagens da UFF.

Como o telão para projeção do Hino fica ao lado da Mesa Diretora, voltado para a

plateia, há uma mudança no protocolo da solenidade e a mesa só é composta após

o Hino Nacional, para que as autoridades possam assistir ao vídeo da plateia. Com

isso, a abertura protocolar e a abertura da cerimônia são realizadas uma após a

outra, respectivamente.

Na opinião do autor deste trabalho, a ideia de se fazer um vídeo do Hino

Nacional com imagens da UFF, apesar de ser interessante, atrapalha o momento

solene que deve acontecer nas aberturas das cerimônias ao ser executado o hino,

pois tira o foco do Hino Nacional e coloca na UFF.

Assentos

Em seguida a Mesa Diretora foi composta da seguinte forma:

62

Ex-Reitor e Proponente da Criação do FOPROP, Professor José

Raymundo Martins Romêo.

Presidente do FOPROP, Professor Paulo César Duque Estrada;

Pró-Reitor de Pesquisa Pós-Graduação e Inovação e Coordenador da

região sudeste do FOPROP, Professor Antônio Cláudio Lucas da

Nóbrega;

Diretor Científico da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio

de Janeiro, Professor Jerson Lima;

Subsecretário de Ciência e Tecnologia da cidade de Niterói, Professor

Luiz Antônio Botelho Andrade.

A composição da Mesa Diretora deste evento foi elaborada conforme disposto

no Protocolo e sua presidência por ordem de precedência foi de um Ex-Reitor da

UFF, maior autoridade presente no evento. Em seguida, à direita da presidência da

mesa, sentou-se o Presidente do FOPROP, e à esquerda o Coordenador da região

sudeste e coordenador do evento, que por precedência vem após o presidente. As

próximas duas autoridades não tinham cargos relacionados ao Fórum, nem são da

UFF e por isso foram as duas últimas na ordem de precedência. Optou-se por dar a

precedência ao Diretor da FAPERJ, pois é um órgão estadual. Em seguida, sentou-

se a autoridade municipal, o Subsecretário de Ciência e Tecnologia de Niterói.

Após a composição da Mesa Diretora, o mestre de cerimônias registrou e

agradeceu a presença de todos os Pró-reitores participantes da solenidade. O que

deveria ocorrer, de acordo com o protocolo, após a execução do Hino.

Pronunciamentos

Em seguida, os pronunciamentos são realizados, em ordem inversa de

precedência, de acordo com o protocolo estabelecido para essa ocasião.

Encerramento da Solenidade

O pronunciamento final foi realizado pela autoridade máxima da mesa. Após o

pronunciamento a solenidade foi encerrada.

63

Considerações acerca da solenidade

A Solenidade de Abertura do Encontro da Regional Sudeste do Fórum de

Pró-Reitores de Pós-Graduação e Pesquisa 2013 é um exemplo de cerimônia

elaborada e executada de acordo com o protocolo da ocasião, pela Divisão de

Relações Públicas, com a ressalva da inversão que ocorreu no protocolo no que diz

respeito à Execução do Hino Nacional e composição de Mesa Diretora.

Com relação aos demais documentos já citados (Normas do Cerimonial da

UFF, Lei regulamentadora dos Símbolos Nacionais e Decreto regulamentador do

Cerimonial Público) a cerimônia está de acordo com o protocolo referente à ocasião.

Apesar de ter sido uma cerimônia de pequeno porte, todos os participantes

eram autoridades de Instituições de Ensino Superior da Região Sudeste, por isso

houve a necessidade de realizar um planejamento minucioso para que o Cerimonial

da UFF não cometa nenhuma quebra de protocolo e prejudique a imagem da

instituição perante às demais. É importante enfatizar que as cerimônias contribuem

para construir a imagem da instituição.

4.3.3 Cerimônia de Outorga do Título de Professor Emérito

A Cerimônia de Outorga do Título de Professor Emérito analisada concedeu o

título ao Professor Jorge Almeida Guimarães, atual presidente da Coordenação de

Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – CAPES, realizada no dia 5 de

setembro de 2012, às 16h, no Auditório Florestan Fernandes, na Faculdade de

Educação, Bloco D no Campus do Gragoatá.

A proposta da concessão do título partiu do Instituto de Biologia da UFF, no

qual o Professor Jorge Almeida Guimarães lecionou. A homenagem surgiu levando

em consideração toda a contribuição do Professor Jorge Almeida Guimarães para a

Pesquisa, Pós-Graduação e para as Instituições de Ensino Superior. Após a

aprovação da outorga do título de Professor Emérito pelo Conselho Universitário da

UFF, a Divisão de Relações Públicas começou a planejar a cerimônia em conjunto

com o Instituto de Biologia.

O quadro a seguir, contempla o roteiro que será utilizado como base para a

análise dessa cerimônia.

64

Roteiro da Solenidade de Outorga do Título de Professor Emérito

Preparação do Espaço – Precedência entre bandeiras lei nº 5.700

Abertura Protocolar - Recepção aos convidados, Saudações, Cumprimentos e apresentação da

cerimônia que se inicia.

Entrada do Cortejo – Congregação/Conselho e demais autoridades acadêmicas, na ordem inversa

de precedência, tomando assento nas primeiras fileiras da plateia, previamente reservadas.

Assentos -

1. Composição da Mesa Diretora – composta por ordem de precedência, com o organizador do evento ocupando a partir da 3ª precedência (Reitor - ou representante – exceto quando da presença do Presidente da República, a quem caberá à primeira precedência, Vice-Presidente da República, Ministro da Educação, Ex-Reitores e autoridades de alta hierarquia caso estejam presentes, Vice-Reitor, Pró-Reitores, Diretor de unidade de ensino superior. Pode ainda ser convidado um professor da mesma área para proferir um discurso

para o homenageado. 2. Anúncio da comissão de honra para conduzir o homenageado à Mesa Diretora.

3. Entrada do Homenageado, que se sentará em local de destaque, reservado previamente á Mesa Diretora.

Abertura da Cerimônia –

1. A autoridade maior presidirá os trabalhos e fará a abertura. 2. Execução do Hino Nacional Brasileiro (Lei 5.700, 1 de set 1971, Seção II, art. 24 ). 3. Registro e agradecimento de autoridades presentes.

Pronunciamentos –

1. Pronunciamento de autoridades, em ordem inversa de hierarquia. 2. Pronunciamento Panegírico

12 proferido por um convidado sobre o homenageado (realizado

da tribuna). 3. Leitura do Currículo do homenageado – existem instituições que realizam a leitura no início

da solenidade. 4. Leitura do termo de Outorga do título, pelo departamento responsável, e assinatura. 5. Entrega do capelo e título. Algumas instituições não entregam capelo.

6. Pronunciamento do homenageado – realizado da tribuna.

Encerramento da solenidade

1. Pelo Reitor ou representante. 2. Aula Magna realizada pelo homenageado. 3. Apresentação artística – opcional.

*Em vermelho quando houve divergência ou opções a mais nas fontes utilizadas. Figura 4: Roteiro para análise das Cerimônias Universitárias da UFF – Outorga do Título de Professor Emérito. Fonte: MEIRELES, 2011; Miranda, 2001, Unesp, 2008, Uerj, 2011, Unipampa,[s/d] , IFES,2010.

Preparação do Espaço Com relação à preparação física do espaço, pode-se dizer que a Lei que

regulamenta os Símbolos Nacionais foi respeitada. As bandeiras se localizaram ao

12

Saudação/homenagem a um convidado realizada, de preferência, por um professor com a mesma titulação.

65

lado direito da Mesa Diretora, estando a Bandeira Nacional ao centro, à sua direita a

do Estado do Rio de Janeiro, e à sua esquerda a bandeira da UFF.

Abertura Protocolar/Abertura da Cerimônia

A Cerimônia de Outorga do Título de Professor Emérito teve início por volta

de 16h30min, 30 minutos após o horário marcado, com a saudação do Mestre de

Cerimônias aos presentes e a solicitação a todos para em posição de respeito,

cantarem o Hino Nacional, que foi projetado com imagens da UFF. Logo em seguida

anunciou a apresentação de um vídeo em homenagem ao Professor Jorge Almeida

Guimarães.

Nessa Cerimônia, por conta da Execução do Hino antes da composição da

Mesa Diretora, a abertura protocolar e a abertura da Cerimônia foram realizadas

uma após a outra, respectivamente, prejudicando o protocolo da cerimônia.

.

Assentos

Após o termino do vídeo, o Mestre de Cerimônias fez a leitura do currículo do

Professor homenageado, ressaltando suas honrarias e homenagens. Em seguida, o

Mestre de Cerimônias convidou as autoridades a comporem a Mesa Diretora, na

seguinte ordem:

Professor Roberto de Souza Salles, Magnífico Reitor da Universidade

Federal Fluminense.

Lugar reservado ao Homenageado

Professor Jacob Palis Júnior, Presidente da Academia Brasileira de

Ciências.

Professor Antônio Cláudio Lucas da Nóbrega, Pró-Reitor de Pesquisa,

Pós-Graduação e Inovação da UFF.

Professora Helena Castro, Coordenadora do Curso de Pós-Graduação

em Biologia das Interações da UFF.

Professor Saulo Cabral Bourguignon, Diretor do Instituto de Biologia da

UFF.

Contudo, o Cerimonial da UFF alocou as autoridades na mesa em outra

ordem, por meio de prismas que indicavam o lugar de cada autoridade e de um

66

assistente do Cerimonial que ajudou na orientação dos lugares, configurando a

seguinte composição de mesa:

Professor Jacob Palis Júnior, Presidente da Academia Brasileira de

Ciências.

Professor Roberto de Souza Salles, Magnífico Reitor da Universidade

Federal Fluminense.

Professora Helena Castro, Coordenadora do Curso de Pós-Graduação

em Biologia das Interações da UFF.

Lugar reservado ao Homenageado.

Professor Saulo Cabral Bourguignon, Diretor do Instituto de Biologia da

UFF.

Professor Antônio Cláudio Lucas da Nóbrega, Pró-Reitor de Pesquisa,

Pós-Graduação e Inovação da UFF.

Após a composição da mesa, deixando o lugar reservado ao homenageado,

este foi convidado a se juntar aos membros da Mesa Diretora.

Houve problemas com a alocação das autoridades da Mesa Diretora e uma

inversão ao chamar a Coordenadora da Pós-Graduação, antes do Diretor da

Unidade. Por isso, pode-se dizer que a composição da mesa não foi realizada de

acordo com a ordem de precedência, desprestigiando as autoridades.

É importante fazer uma ressalva. O Pró-Reitor de Pesquisa, Pós-graduação e

Inovação da UFF ficou localizado na ponta da mesa desde antes do início da

cerimônia, por usar cadeira de rodas e o auditório não ser preparado para

cadeirantes.

Em seguida, foi realizado o registro e agradecimento de autoridades

presentes ao evento. Essa etapa deve ser realizada após o Hino Nacional, que por

sua vez, de acordo com o protocolo, é executado após a composição da Mesa

Diretora.

Pronunciamentos

Prosseguindo o roteiro dessa cerimônia, os pronunciamentos foram

realizados de acordo com a ordem inversa de hierarquia da composição da Mesa

67

Diretora e logo houve problemas, tendo em vista que a mesa foi composta em

desacordo com a ordem de precedência.

Após os três primeiros pronunciamentos, o Mestre de Cerimônias convidou o

Professor Jacob Palis Júnior, Presidente da Academia Brasileira de Ciência para

fazer seu discurso (discurso Panegírico, apesar de não ter sido utilizado este nome)

que foi realizado da Mesa Diretora.

O próximo a proferir seu discurso, da tribuna, foi o Professor Jorge Almeida

Guimarães, o homenageado da solenidade. Após seu discurso, foram entregues

pelo Reitor da UFF o Título de Professor Emérito e a Placa ao homenageado.

De acordo com o roteiro apresentado como base, o Cerimonial da UFF fez

uma alteração no que diz respeito à ordem de pronunciamento. O Professor

homenageado fez seu discurso antes de receber o título, o que não está de acordo

com o protocolo da solenidade, sem contar que no seu discurso há o agradecimento

pelo título recebido, porém isso ainda não havia ocorrido.

Encerramento da solenidade

O pronunciamento final foi realizado pro Professor Roberto de Souza Salles,

Magnífico Reitor da UFF, que encerrou a cerimônia e convidou a todos para um

coquetel.

Considerações acerca da solenidade

A Cerimônia de Outorga de Título de Professor Emérito contou com todas as

etapas desse tipo de Cerimônia, porém as normas protocolares não foram seguidas

em sua íntegra, fazendo com que acontecessem inversões no roteiro e problemas

na execução, como a composição de Mesa Diretora.

4.3.3 CERIMÔNIA DE COLAÇÃO DE GRAU

A cerimônia de colação de grau é uma das cerimônias mais importantes das

universidades, pois ela marca a conclusão de um ciclo, da graduação, que é o

principal pilar das universidades, e é por meio delas que o aluno recebe o título de

Bacharel ou Licenciado.

De acordo com a Lei Nº 9394/96, que estabelece as diretrizes e bases da

educação Nacional, em seu Título V, Capítulo IV, “Art.53. No exercício de sua

68

autonomia, são asseguradas às universidades, sem prejuízo de outras, as seguintes

atribuições: [...] VI – conferir graus, diplomas e outros títulos;”

Na UFF, a Colação de Grau é de responsabilidade da Pró-reitoria de

Graduação, que recentemente passou a contratar uma empresa para realizar todas

as colações de grau da universidade.

De acordo com a Norma de Serviço Nº 476/97 da UFF, em seu Art.1:

O planejamento e coordenação das solenidades de Colação de Grau ficam a cargo do Cerimonial da UFF e do Departamento de Difusão Cultura, que contarão com as informações necessárias fornecidas pela Pró-Reitoria de Assuntos Acadêmicos/Departamento de Administração Escola, respectivos Centros Universitários, Coordenações de Curso e Comissões de Formatura. (UFF, p.1)

Essa norma de serviço afirma que as Colações de Grau devem ser

planejadas e coordenadas também pelo Cerimonial da UFF. Apesar de ter ocorrido

durante anos uma parceria da PROGRAD com a Divisão de Relações Públicas, esta

não participa de nenhuma etapa dessa solenidade atualmente.

Como os outros tipos de cerimônias, a Colação de Grau tem um protocolo

específico, que é estabelecido seguindo os parâmetros da Norma de Serviço Nº

476/97 da UFF, da Norma de Serviço da PROGRAD e Das Normas do Cerimonial

da Universidade Federal Fluminense - os dois últimos documentos só foram

encontrados os textos e os números não foram disponibilizados.

A cerimônia de Colação de Grau foi assistida presencialmente e será

analisada, por meio da observação sistemática, tendo como critérios: a Lei Nº 5700/

71 e o Decreto Nº 70.274/ 72, além dos documentos da UFF que estabelecem o

protocolo da cerimônia.

O roteiro a seguir será utilizado para analisar o roteiro da UFF. Ele apresenta

o protocolo da Cerimônia de Colação de Grau, em outras instituições e de acordo

com autores de Relações Públicas:

69

Roteiro da Solenidade de Colação de Grau

Preparação do Espaço – Precedência entre bandeiras lei nº 5.700

Abertura Protocolar - Recepção aos convidados, Saudações, Cumprimentos e apresentação da

cerimônia que se inicia.

Entrada do Cortejo – Congregação/Conselho e demais autoridades acadêmicas, na ordem inversa de

precedência, tomando assento nas primeiras fileiras da plateia, previamente reservadas.

Assentos -

1. Composição da Mesa Diretora – composta por ordem de precedência (Reitor - ou representante – exceto quando da presença do Presidente da República, a quem caberá à primeira precedência, Vice-Presidente da República, Ministro da Educação, Ex-Reitores e autoridades de alta hierarquia caso estejam presentes, Vice-Reitor, Pró-Reitores, Diretor de unidade de ensino superior, Chefe de Departamento, Coordenador de Curso, Paraninfo, Patrono, Professor Homenageado. Ou, em seguida a composição, anúncio da Entrada: dos Paraninfos, patrono e professor homenageados, que tomarão assento à mesa diretora dos trabalhos ou plataforma de honra

2. Anuncio de Entrada dos Graduandos – Por ordem alfabética, por curso mais antigo. Entrada dos alunos com o capelo no braço esquerdo. Existem variações em algumas instituições. Nesses casos, os alunos entram antes da composição da mesa de honra. Os graduandos devem ocupar local previamente definido e segurar o capelo na mão direita, com o cordão posicionado no lado esquerdo.

Abertura da Cerimônia –

1. A autoridade maior presidirá os trabalhos e fará a abertura 2. Execução do Hino Nacional Brasileiro (Lei 5.700, 1 de set 1971, Seção II, art. 24 ) 3. Registro e agradecimento de autoridades presentes

Pronunciamentos –

1. Cerimônia religiosa ou benção (opcional) 2. Pronunciamento e homenagem ao Patrono (opcional) 3. Pronunciamento e homenagem ao Paraninfo 4. Homenagens diversas

Grau Acadêmico –

1. Conferência de Grau Acadêmico aos graduandos – os graduandos dirigem-se a mesa diretora para receber o grau, o reitor coloca o seu capelo sob a cabeça do graduando enquanto conferir-lhe o grau e após os graduandos colocam o capelo na cabeça com o cordão posicionado no lado esquerdo, e voltam aos seus lugares.

2. Pronunciamento do orador da turma 3. Juramento dos formandos 4. Leitura da ata do ato de colação de grau 5. Pronunciamento do Orador 6. Realização de Homenagens (graduandos) 7. Hino da universidade – opcional 8. Pronunciamento do Reitor ou representante 9. Cumprimentos

Encerramento da solenidade

1. Pelo Reitor ou representante 2. Saída da Mesa Diretora e plataforma de honra (cortejo) 3. Saída dos Graduandos em (cortejo)

70

*Em vermelho quando houve divergência ou opções a mais nas fontes utilizadas. Figura 5: Roteiro para análise das Cerimônias Universitárias da UFF – Colação de Grau Fonte: MEIRELES, 2011; Miranda, 2001, Unesp, 2008, Uerj, 2011, Unipampa,[s/d] , IFES,2010.

Roteiro da UFF para Cerimônias de Colação de Grau, de acordo com a

PROGRAD:

Composição da Mesa Diretora;

Abertura da cerimônia;

Entrada dos formandos;

Hino Nacional;

Culto Ecumênico (Opcional);

Discurso do orador da turma;

Juramento;

Imposição do grau acadêmico;

Discurso do Patrono (Optativo);

Discurso do Paraninfo;

Entrega simbólica dos diplomas e assinatura da Ata de presença pelos

formandos;

Homenagens;

Considerações finais do REITOR ou seu representante legal;

Encerramento da cerimônia;

O Roteiro da UFF faz algumas inversões de protocolo. Em algumas

cerimônias, pode não ser evidente, porém no caso da Colação de Grau, qualquer

inversão de etapas do protocolo, atrapalha o andamento da solenidade.

É importante evidenciar que as etapas que foram trocadas no roteiro da UFF,

foram as de homenagens, discursos, Imposição do Grau e entrega dos diplomas.

Apesar de estar no roteiro que a entrega é simbólica, a UFF sempre entrega os

Diplomas oficiais.

Esse trabalho se preocupará com a aplicação modelo de roteiro de Cerimônia

de Colação de Grau utilizado pela UFF na cerimônia analisada.

71

A solenidade de Colação de Grau assistida pelo autor foi a dos alunos do

segundo semestre de 2012, do curso de Turismo, da Faculdade de Turismo e

Hotelaria da Universidade Federal Fluminense.

Esta cerimônia foi realizada no dia 18 de julho de 2013 às 17h, em uma

quinta-feira, no Salão Rubi do Tio Sam Esporte Clube Barreto, localizado na Rua

Benjamin Constant, 562, Largo do Barradas, Niterói, Rio de Janeiro.

Preparação do Espaço

Com relação à disposição do ambiente, a tribuna estava do lado direito da

Mesa Diretora e as bandeiras estavam um pouco atrás, entre a tribuna e a mesa, ao

lado do cadeiral, que se encontrava atrás da mesa.

Segundo o protocolo, as bandeiras devem estar localizadas do lado direito da

Mesa Diretora, o que ocorreu, e/ou da tribuna, o que não ocorreu, porém elas não

foram obstruídas, não comprometendo a solenidade.

Com relação à precedência das bandeiras, essas não estavam de acordo. A

bandeira do Brasil estava no centro, como deveria. Todavia, a bandeira da UFF

precedia à do estado do Rio de Janeiro, desrespeitando a ordem de precedência

das bandeiras, uma vez que a UFF é uma instituição e, apesar de ser da esfera

federal, não precede ao estado.

Abertura Protocolar/Entrada do Cortejo

A Colação de Grau teve início às 18h, uma hora após o horário marcado, por

meio do mestre de cerimônias que saudou a todos e deu início a solenidade. Essa

cerimônia não contou com a presença de autoridades da UFF que não participaram

da Mesa Diretora e com isso não existiu entrada do cortejo.

Assentos

Após o início da solenidade, o Mestre de Cerimônias convidou os membros

da Mesa Diretora, na seguinte precedência:

Prof. Carlos Alberto Lidízia Soares, Chefe de Departamento de Turismo,

representando o reitor Prof. Roberto de Souza Salles, e patrono da turma;

Prof. Rodrigo Tadini, Coordenador do curso de Turismo da UFF;

Prof. Aguinaldo César Fratucci, Paraninfo;

72

Prof. Erly Maria de Carvalho e Silva, professora Homenageada;

A composição da Mesa Diretora foi realizada de acordo com a ordem de

precedência. Como a mesa foi composta por quatro autoridades, o representante do

reitor sentou-se no centro à direita, e ao seu lado, também no centro, sentou-se a

segunda maior autoridade, o coordenador do curso. À direita deles sentou-se o

Paraninfo e à esquerda a professora homenageada.

De acordo com a norma de serviço da PROGRAD, a Mesa Diretora deve ser

composta por: Reitor, Pró-Reitor de Graduação, Decano do Centro Universitário,

Diretor da Escola, Paraninfo, Patrono e Presidente do conselho regional de

profissionais, ou seus representantes.

Analisando a Norma de Serviço Nº 476/97 da UFF em seu Art.2, na ausência

do Reitor, a solenidade será presidida pelo Diretor do Centro Universitário do

respectivo curso. Caso este também esteja ausente, a precedência será a seguinte:

Vice-Diretor do Centro Universitário, Diretor da Unidade, Coordenador de Curso.

De acordo com essa norma de serviço é o coordenador de curso que deveria

representar o Reitor, porém é evidente que ela não está sendo respeitada.

Na referida cerimônia, o reitor estava ausente, contudo havia seu

representante. O Pró-Reitor de Graduação também não estava presente, porém não

mandou representante. A Faculdade de Turismo e Hotelaria é nova e por isso, no

período em que se realizou a cerimônia a unidade ainda não tinha diretor. O

Paraninfo e o Patrono estavam presentes à mesa e o presidente do conselho

regional não compareceu e não se fez representar.

Após a composição da Mesa Diretora, o mestre de cerimônia anunciou a

entrada dos formandos, que se sentaram no cadeiral, atrás da mesa.

Depois da Abertura da Cerimônia e durante os pronunciamentos, após os

agradecimentos, a professora Isabella Chinelato Sacramento, membro da Mesa

Diretora, que chegou atrasada, foi direcionada à mesa, pelo Mestre de Cerimônias.

A professora sentou-se discretamente na extremidade da mesa como manda o

protocolo.

73

Abertura da Cerimônia

O professor Carlos Alberto Lidízia Soares, representante do reitor, abriu a

cerimônia, como lhe é de direito. Em seguida, o Hino Nacional Brasileiro foi

executado de acordo com o protocolo.

Pronunciamentos

A cerimônia teve prosseguimento com o mestre de cerimônia convidando

alguns alunos, sucessivamente, para fazer agradecimentos – a Deus, aos pais, aos

ausentes e aos mestres.

Em seguida foram entregues placas as professoras homenageadas.

Primeiramente à professora Isabella, que havia acabado de ser conduzida a mesa e,

em seguida, à professora Erly.

Dando prosseguimento ao evento e às homenagens, foram entregues placas

ao patrono, que em seguida discursou. Apesar de não ser muito comum nas

colações de graus o patrono discursar, não há nenhuma regra que o impeça.

A homenagem ao paraninfo também foi realizada por meio de uma placa e

em seguida, este proferiu seu discurso.

Grau Acadêmico

Após todas as homenagens, o mestre de cerimônias convidou um aluno para

proferir, da tribuna, o juramento, e todos os outros formandos repetiram conforme o

protocolo da ocasião.

Em seguida, foi realizada a imposição de grau pelo representante do reitor a

um dos formandos, que na sua frente representou os demais alunos.

De acordo com a PROGRAD, a imposição do grau deve ser realizada pelo

Diretor do Centro Universitário, porém como esse cargo não existe mais no

organograma na UFF, foi feita uma alteração de modo que o representante do Reitor

teve essa incumbência. Na grande maioria das universidades essa imposição é

realizada pelo Reitor ou representante como ocorreu nesta solenidade.

A cerimônia prosseguiu com a leitura nominal dos formandos e a entrega dos

diplomas, o que está de acordo com o CFE nº 3.316/76, que diz: “primeiro colar

grau, depois expedir o diploma”. Em seguida, a oradora assumiu a palavra e proferiu

o discurso em nome da turma.

74

Encerramento da Solenidade

O pronunciamento final foi realizado pelo representante do reitor, o Professor

Carlos Alberto Lidízia Soares, que em seguida declarou a solenidade encerrada.

Trajes

Apesar da norma de serviço da PROGRAD apenas recomendar a utilização

de becas e não especificar os trajes adequados para cada membro que participa da

solenidade – Reitor, Doutor, Professor, Formando – o protocolo da colação de grau

determina a utilização de trajes13 adequados à formalidade desse tipo de solenidade.

Os formandos usam beca preta, com Jabeaux14, faixa na cintura, na cor

correspondente à sua área do conhecimento e utilizam o chapéu acadêmico,

também conhecido como barrete. Algumas universidades também consideram como

capelo.

As vestes dos professores são compostas de beca preta, Jabeaux, torçal,

borla pendente e o cinto na cor correspondente a sua área do conhecimento.

A cerimônia de Colação de Grau analisada apresentou alguns problemas com

relação às vestes. Apesar de os formandos utilizarem vestes adequadas à ocasião,

a cor da faixa utilizada não era correspondente à cor da área das ciências sociais

aplicadas, no caso do Turismo.

A cor das áreas de conhecimento é determinada pelo Conselho Nacional de

Desenvolvimento Científico e Tecnológico – CNPQ, e a cor das ciências sociais

aplicadas é a vermelha, cor esta que não foi utilizada na referida cerimônia. Os

formandos utilizaram faixa na cor azul que é correspondente ás ciências exatas e da

natureza.

Os professores utilizaram beca preta com samarra/pelerine azul, todavia

apenas os professores que têm doutorado podem utilizar a samarra/pelerine. No

caso, apenas dois dos quatro professores poderiam utilizá-la.

O Chefe de Departamento, que representou o reitor, utilizou a

samarra/pelerine na cor branca. Porém apenas o Reitor pode utilizar essa cor,

sobretudo considerando que o Chefe de Departamento é mestre, não doutor.

Segundo Reinoux:

13

Baseado em Meirelles (2011) 14

Peitilho de renda colocada na frente da beca, preso no pescoço.

75

A cor branca representa o somatório de todas as áreas do Conhecimento Humano. É por esta razão que a samarra do Reitor, [...] bem como o capelo, são na cor branca, posto que há um pressuposto de que o Reitor "detém" a soma de todo Conhecimento Humano. É claro que isso é uma hipérbole, tendo conotação sígnica e de distinção do Reitor das demais autoridades universitárias. (1998, p.60)

Considerações acerca da cerimônia

Pode-se observar que o roteiro da cerimônia de colação de grau dos alunos

de Turismo da UFF não levou em consideração o roteiro apresentado pela ordem de

serviço da PROGRAD. Porém, estava de acordo com o roteiro utilizado para analisar

todas as etapas obrigatórias da cerimônia.

Como já foi exposto, as universidades adaptam os roteiros de acordo com

suas necessidades e não há problema algum em fazer alterações desde que essas

desrespeitem às regras protocolares da ocasião.

Todavia, no caso em questão, a UFF normatizou as cerimônias de Colação

de Grau, elaborando um roteiro padrão, por meio da PROGRAD, porém sem a

supervisão da Divisão de Relações Públicas que é a responsável pelo Cerimonial da

UFF. E como não há mais a participação desse setor nas Colações de Grau, não há

responsáveis da UFF pelo cerimonial no evento, logo a empresa contratada pode,

ou não, seguir o protocolo sem que nenhuma autoridade da universidade a

questione. No caso dessa Cerimônia o problema foi em relação aos trajes, e as

bandeiras, pois o roteiro estava de acordo com o protocolo da ocasião, apesar de

não estar de acordo com o roteiro da UFF.

As Cerimônias de Colação de Grau têm que caracterizar a sua universidade.

Qualquer alteração que seja perceptível ao público, ou que esteja em desacordo

com as regras protocolares, faz com o que o momento que deveria ser solene seja

descaracterizado, e a cerimônia seja mais um evento sem importância. O sucesso

das cerimônias depende do cuidado com os mínimos detalhes, do respeito às regras

protocolares que regulamentam cada ocasião.

4.4 PROPOSTAS

Fica evidente neste trabalho que nenhuma das três cerimônias seguiu

fielmente o protocolo da ocasião. Em certas ocasiões, pode-se fazer alterações que

não prejudiquem o andamento da solenidade, porém não houve motivos plausíveis

76

para tal nessas cerimônias, com exceção do Pró-Reitor de Pesquisa Pós-Graduação

e Inovação que, por ser cadeirante e o auditório não possuir acessibilidade sentou-

se na ponta da mesa, já no início da cerimônia.

O autor deste trabalho defende uma reformulação de todos os documentos

oficiais da Universidade que normatizam o Cerimonial, como a Norma de Serviço Nº

476/97 da UFF, o documento elaborado pelo antigo Setor Relações Públicas e

Cerimonial, cujo nome é Das Normas do Cerimonial da Universidade Federal

Fluminense e a Ordem de Serviço da PROGRAD. Todos estão desatualizados e não

contemplam todas as etapas protocolares que deveriam. Todos eles têm um texto

básico e não aprofundam o tema.

O autor defende a posição de que a Divisão de Relações Públicas deve ser

responsável por orientar e supervisionar todas as Cerimônias Universitárias da UFF,

além de oferecer o serviço de Mestre de Cerimônias.

Problemas de ordem protocolar são resolvidos, com normatizações, porém

nessas normatizações não são incluídas todas as etapas e orientações que devem

ser refletidas a respeito das cerimônias. Com isso, faz-se necessário a elaboração

de um Manual de Eventos e Cerimonial da Universidade Federal Fluminense, que

contemple todas as etapas de planejamento de um evento e dê ênfase à elaboração

de Cerimônias, que são eventos muito importantes e recorrentes nas universidades.

Com a elaboração de um manual, aprovado pelo Reitor, todos os setores da

UFF deverão seguir as orientações do manual, fazendo com que se minimize o não

cumprimento do protocolo do evento.

A proposta do autor é a criação de um grupo sob a coordenação de

representantes da Divisão de Relações Públicas com a Chefia de Gabinete do

Reitor, por professores de Produção Cultural, Turismo e Servidores dos setores de

eventos das Pró-Reitorias para, em conjunto e obedecendo as normas superiores,

reverem os documentos existentes e elaborarem uma nova norma.

Após a elaboração do manual, é imprescindível que este seja publicado e

divulgado a todos os setores da UFF.

É necessária a criação de cursos que ensinem a aplicação do manual aos

servidores e professores, de Niterói e de outras unidades e campi no interior, pois há

uma dificuldade da Divisão de Relações Públicas em atender aos campi e unidades

do interior por conta da logística.

77

Com a elaboração do Manual e a reformulação das Normas de Serviço da

UFF, a Divisão de Relações Públicas deve voltar a trabalhar em conjunto com a

PROGRAD, nas solenidades de Colação de Grau e ser responsável pelas

Cerimônias Oficiais da UFF.

78

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O presente trabalho buscou se aprofundar nos estudos sobre cerimonial

universitário com a finalidade de discutir a situação atual das cerimônias oficiais da

Universidade Federal Fluminense.

Foi apresentado um panorama sobre o setor de eventos, dando ênfase às

etapas e suas classificações, com o objetivo de caracterizar o grande setor em que

está inserido o Cerimonial, mais especificamente o Cerimonial Universitário. Foi

necessário tratar desses tópicos, pois o conhecimento sobre eventos e todas as

etapas da sua organização faz-se necessária para a elaboração de cerimônias, que

são eventos.

Em seguida objetivou-se descrever as implicações teórico-práticas do

cerimonial e para tal foi necessário compreender o que é cerimonial para alguns

autores e adotar um conceito para nortear o trabalho. Com a finalidade de se

estudar o cerimonial universitário, foi necessário dar um panorama sobre a história

do cerimonial para se entender como surgiu e da onde veio o cerimonial

universitário.

Levando-se em consideração que cerimonial e protocolo são assuntos

complementares e alguns autores até os consideram sinônimos, o autor buscou

normas protocolares para fundamentar a análise que seria feita posteriormente.

Essas normas protocolares foram retiradas de autores conceituados da área de

Relações Públicas.

As normas protocolares foram apresentadas com a finalidade de se analisar

as cerimônias da Universidade Federal Fluminense. Porém, cada Instituição deve ter

um documento que regulamente o cerimonial, criando normas da instituição que não

entrem em conflito a legislação que norteia o cerimonial.

Neste trabalho, houve uma dificuldade de levantamento de normas e

documentos que regulamentam o cerimonial da UFF. Foram encontrados

documentos de mais de dez anos que nunca foram reformulados, com isso ainda

contém a estrutura de hierarquia antiga da UFF. Também ficou evidente para o autor

que esses documentos dispõem sobre as regras gerais do cerimonial, mesmo que

devessem ser documentos mais específicos.

As cerimônias oficiais da UFF têm características peculiares à universidade. A

Divisão responsável pelo Cerimonial da UFF, a Divisão de Relações Públicas

79

encontra dificuldades em supervisionar e coordenar todas as cerimônias da UFF,

porque os setores e unidades agem com autonomia com relação às cerimônias.

As análises foram realizadas com o objetivo de discutir a obediência às

normas protocolares e de acordo com a conclusão do autor a respeito de todas as

etapas das cerimônias, sejam realizadas pela Divisão de Relações Públicas ou não,

é evidente o conhecimento parcial das normas protocolares pelos responsáveis das

cerimônias. Todas apresentaram as etapas pertinentes a cada ocasião, porém

nenhuma foi fiel ao protocolo da cerimônia.

A análise realizada permite concluir que o problema da UFF com relação ao

cerimonial é a não utilização, em alguns casos, da legislação pertinente ao

cerimonial e em todos os casos das normas da universidade, seja porque estão

desatualizadas ou porque não existem.

A elaboração de um manual, como foi sugerido pelo autor, é a melhor forma

encontrada para minimizar os problemas protocolares da UFF, pois as normas

regulamentariam as cerimônias nos moldes da universidade e de acordo com os

protocolos de cada ocasião.

O autor sugeriu que o manual fosse publicado e distribuído a toda a

universidade, pois caso contrário não adiantaria produzi-lo, levando-se em

consideração que a distribuição contribua para a mudança de cultura da UFF,

fazendo com que as unidades e setores busquem uma supervisão das solenidades

por parte da Divisão que Relações Públicas, setor que deve ser o responsável por

todas as solenidades oficiais da UFF.

O autor desse trabalho desconhece outros estudos da UFF com relação à

aplicação das normas protocolares em suas cerimônias. Acredita que este estudo

abre portas a demais trabalhos que possam avaliar mais a fundo uma cerimônia

específica, como por exemplo, a de colação de grau. Pode-se fazer um

levantamento de todas as colações de Grau da universidade em um determinado

semestre e analisar o protocolo. Pode-se também analisar outras cerimônias que

não foram mencionadas pelo autor.

Também será interessante fazer um estudo sobre a Divisão de Relações

Públicas, desde seu início, passando pela mudança da Assessoria de Comunicação

Social da UFF para o Núcleo de Comunicação Social até chegar a Superintendência

de Comunicação Social, pesquisar sobre a estrutura do setor e infraestrutura que

possuiu, descobrir o porquê esse setor durante anos foi o responsável juntamente

80

com a PROGRAD pelas colações de Grau, porém atualmente não participa de

nenhuma etapa da Cerimônia, qual a política adotada pela setor, quais suas

responsabilidades, entre outras questões.

Com este trabalho buscou-se analisar o Cerimonial da UFF, por meio das

normas protocolares, e diagnosticar a situação atual das cerimônias. O autor espera

que a sua pesquisa contribua para uma melhor execução das solenidades, de forma

a minimizar o não cumprimento do protocolo em sua íntegra.

81

REFERÊNCIAS

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82

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83

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84

ANEXO I

Presidência da República

Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos

DECRETO No 70.274, DE 9 DE MARÇO DE 1972.

Aprova as normas do cerimonial público e a ordem geral de precedência.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA , no uso da atribuição que lhe confere o artigo 81, item III,

da Constituição,

DECRETA:

Art . 1º São aprovadas as normas do cerimonial público e a ordem geral de precedência, anexas ao presente Decreto, que se deverão observar nas solenidades oficiais realizadas na Capital da República, nos Estados, nos Territórios Federais e nas Missões diplomáticas do Brasil.

Art . 2º Este Decreto entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.

Brasília, 9 de março de 1972; 151º da Independência e 84º da República.

EMÍLIO G. MÉDICI Alfredo Buzaid Adalberto de Barros Nunes Orlando Geisel Mário Gibson Barboza Antônio Delfim Netto Mario David Andreazza L. F. Cirne Lima Jarbas G. Passarinho Julio Barata J. Araripe Macêdo F. Rocha Macêdo F. Rocha Lagôa Marcus Vinícius Pratini de Moraes Benjamim Mário Baptista João Paulo dos Reis Velloso José Costa Cavalcanti Hiygino C. Corsetti

Este texto não substitui o publicado no D.O.U. de 10.3.1972 e Retificado no DOU de 16.03.72

85

DAS NORMAS DO CERIMONIAL PÚBLICO

CAPÍTULO I

Da Precedência

Art . 1º O Presidente da República presidirá sempre a cerimônia a que comparecer.

Parágrafo único. Os antigos Chefes de Estado passarão logo após o Presidente do Supremo Tribunal Federal, desde que não exerçam qualquer função pública. Neste caso, a sua precedência será determinada pela função que estiverem exercendo.

Art . 2º Não comparecendo o Presidente da República, o Vice-Presidente da República presidirá a cerimônia a que estiver presente.

Parágrafo único. Os antigos Vice-Presidente da República, passarão logo após os antigos Chefes de Estado, com a ressalva prevista no parágrafo único do artigo 1º.

Art . 3º Os Ministros de Estado presidirão as solenidades promovidas pelos respectivos Ministérios.

Art . 4º A precedência entre os Ministros de Estado, ainda que interinos, é determinada pelo critério histórico de criação do respectivo Ministério, na seguinte ordem: Justiça; Marinha; Exército; Relações Exteriores; Fazenda; Transportes; Agricultura; Educação e Cultura; Trabalho e Previdência Social, Aeronáutica; Saúde, Indústria e Comércio; Minas e Energia; Planejamento e Coordenação Geral; Interior; e Comunicações.

§ 1º Quando estiverem presentes personalidades estrangeiras, o Ministro de Estado das Relações Exteriores terá precedência sobre seus colegas, observando-se critério análogo com relação ao Secretário-Geral de Política Exterior do Ministério das Relações Exteriores, que terá precedência sobre os Chefes dos Estados-Maior da Armada e do Exército. O disposto no presente parágrafo não se aplica ao Ministro de Estado em cuja jurisdição ocorrer a cerimônia.

§ 2º Tem honras, prerrogativas e direitos de Ministro de Estado o Chefe de Gabinete Militar da Presidência da República, o Chefe do Gabinete Civil da Presidência, o Chefe do Serviço Nacional de Informações e o Chefe do Estado-Maior das Forças Armadas e, nessa ordem, passarão após os Ministros de Estado.

§ 3º O Consultor-Geral da República tem para efeitos protocolares e de correspondência, o tratamento devido aos Ministros de Estado.

§ 4º Os antigos Ministros de Estado, Chefes do Gabinete Militar da Presidência da República, Chefes do Gabinete Civil da Presidência da República, Chefes do Serviço Nacional de Informações e Chefes do Estado Maior das Forças Armadas, que hajam exercido as funções em caráter efetivo, passarão logo após os titulares em exercício, desde que não exerçam qualquer função pública, sendo, neste caso, a sua precedência determinada pela função que estiverem exercendo.

§ 5º A precedência entre os diferentes postos e cargos da mesmas categoria corresponde à ordem de precedência histórica dos Ministérios.

Art . 5º Nas missões diplomáticas, os Oficiais-Generais passarão logo depois do Ministro-Conselheiro que for o substituto do Chefe da Missão e os Capitães-de-Mar-e-Guerra, Coronéis e Coronéis-Aviadores, depois do Conselheiro ou do Primeiro Secretário que for o substituto do Chefe da Missão. Parágrafo único. A precedência entre Adidos Militares será regulada pelo Cerimonial militar.

Da Precedência nos Estados Distrito Federal e Territórios

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Art . 6º Nos Estados, no Distrito Federal e nos Territórios, o Governador presidirá às solenidades a que comparecer, salvo as dos Poderes Legislativo e Judiciário e as de caráter exclusivamente militar, nas quais será observado o respectivo cerimonial.

Parágrafo único. Quando para as cerimônias militares for convidado o Governador, ser-lhe-á dado o lugar de honra.

Art . 7º No respectivo Estado, o Governador, o Vice-Governador, o Presidente da Assembléia legislativa e o Presidente do Tribunal de Justiça terão, nessa ordem, precedência sobre as autoridades federais.

Parágrafo único. Tal determinação não se aplica aos Presidentes do Congresso Nacional da Câmara dos Deputados e do Supremo Tribunal Federal, aos Ministros de Estado, ao Chefe do Gabinete Militar da Presidência da República, ao Chefe do Gabinete Civil da Presidência da República, ao Chefe do Serviço Nacional de Informações, ao Chefe do Estado-Maior das Forças Armadas e ao Consultor-Geral da República, que passarão logo após o Governador.

Art . 8º A precedência entre os Governadores dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios é determinada pela ordem de constituição histórica dessas entidades, a saber: Bahia, Rio de Janeiro, Maranhão, Pará, Pernambuco, São Paulo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso, Rio Grande do Sul, Ceará, Paraíba, Espirito Santo, Piauí, Rio Grande do Norte, Santa Catarina, Alagoas, Sergipe, Amazonas, Paraná, Guanabara (Excluído pelo Decreto nº 83.186, de 1979), Acre, Mato Grosso do Sul (Incluído pelo Decreto nº 83.186, de 1979), Distrito Federal, e Territórios: Amapá, Fernando de Noronha, Rondônia e Roraima.

Art . 9º A precedência entre membros do Congresso Nacional e entre membros das Assembléias Legislativas é determinada pela ordem de criação da unidade federativa a que pertençam e, dentro da mesma unidade, sucessivamente, pela data da diplomação ou pela idade.

Art . 10. Nos Municípios, o Prefeito presidirá as solenidades municipais.

Art . 11. Em igualdade de categoria, a precedência, em cerimônias de caráter federal, será a seguinte:

1º Os estrangeiros;

2º As autoridades e os funcionários da União.

3º As autoridades e os funcionários estaduais e municipais.

Art . 12 Quando o funcionário da carreira de diplomata ou o militar da ativa exercer função administrativa civil ou militar, observar-se-á a precedência que o beneficiar.

Art . 13. Os inativos passarão logo após os funcionários em serviço ativo de igual categoria, observado o disposto no parágrafo 4º do artigo 4º.

Da precedência de Personalidades Nacionais e Estrangeiras

Art . 14. Os Cardeais da Igreja Católica, como possíveis sucessores do Papa, tem situação correspondente à dos Príncipes herdeiros.

Art . 15. Para colocação de personalidades nacionais e estrangeiras, sem função oficial, o Chefe do Cerimonial levará em consideração a sua posição social, idade, cargos ou funções que ocupem ou tenham desempenhado ou a sua posição na hierarquia eclesiástica.

Parágrafo único. O chefe do Cerimonial poderá intercalar entre as altas autoridades da República o Corpo Diplomático e personalidades estrangeiras.

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Casos Omissos

Art . 16. Nos casos omissos, o Chefe do Cerimonial, quando solicitado, prestará esclarecimentos de natureza protocolar bem como determinará a colocação de autoridades e personalidades que não constem da Ordem Geral de Precedência.

Da Representação

Art . 17. Em jantares e almoços, nenhum convidado poderá fazer-se representar.

Art . 18. Quando o Presidente da República se fizer representar em solenidade ou cerimônias, o lugar que compete a seu representante é à direita da autoridade que as presidir.

§ 1º Do mesmo modo, os representantes dos Poderes Legislativo e Judiciário, quando membros dos referidos Poderes, terão a colocação que compete aos respectivos Presidentes..

§ 2º Nenhum convidado poderá fazer-se representar nas cerimônias a que comparecer o Presidente da República.

Dos Desfiles

Art . 19. Por ocasião dos desfiles civis o militares, o Presidente da República terá a seu lado os Ministros de Estado a que estiverem subordinados as corporações que desfilam.

Do Hino Nacional

Art . 20. A execução do Hino Nacional sé terá início depois que o Presidente da República houver ocupado o lugar que lhe estiver reservado, salvo nas cerimônias sujeitas a regulamentos especiais.

Parágrafo único. Nas cerimônias em que se tenha de executar Hino Nacional estrangeiro, este precederá, em virtude do princípio de cortesia, o Hino Nacional Brasileiro.

Do Pavilhão Presidencial

Art . 21. Na sede do Governo, deverão estar hasteados a Bandeira Nacional e o Pavilhão Presidencial, quando o Chefe de Estado estiver presente. Parágrafo único. O Pavilhão Presidencial será igualmente astreado: I - Nos Ministérios e demais repartições federais, estaduais e municipais, sempre que o Chefe de Estado a eles comparecer; e II - Nos locais onde estiver residindo o Chefe de Estado.

Art. 21. O Pavilhão Presidencial será hasteado, observado o disposto no art. 27, caput e §

1o: (Redação dada pelo Decreto nº 7.419, de 2010)

I - na sede do Governo e no local em que o Presidente da República residir, quando ele

estiver no Distrito Federal; e (Redação dada pelo Decreto nº 7.419, de 2010)

II - nos órgãos, autarquias e fundações federais, estaduais e municipais, sempre que o Presidente da República a eles comparecer. (Redação dada pelo Decreto nº 7.419, de 2010)

Parágrafo único. Aplica-se o disposto neste artigo ao Pavilhão do Vice-Presidente da

República. (Redação dada pelo Decreto nº 7.419, de 2010)

Da Bandeira Nacional

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Art . 22. A Bandeira Nacional pode ser usada em todas as manifestações do sentimento patriótico dos brasileiros, de caráter oficial ou particular.

Art . 23. A Bandeira Nacional pode ser apresentada:

I - Hasteada em mastro ou adriças, nos edifícios públicos ou particulares, templos, campos de esporte escritórios, salas de aula, auditórios, embarcações, ruas e praças, em qualquer lugar em que lhe seja assegurado o devido respeito.

II - Distendida e sem mastro, conduzida por aeronaves ou balões, aplicada sobre parede ou presa a um cabo horizontal ligando edifícios, árvores, postes ou mastros;

III - Reproduzida sobre paredes, tetos, vidraças veículos e aeronaves;

IV - Compondo com outras bandeiras, panóplias, escudos ou peças semelhantes;

V - Conduzida em formaturas, desfiles, ou mesmo individualmente;

VI - Distendida sobre ataúdes até a ocasião do sepultamento.

Art . 24. A Bandeira Nacional estará permanentemente no topo de um mastro especial plantado na Praça dos Três Poderes de Brasília,no Distrito Federal, como símbolo perene da Pátria e sob a guarda do povo brasileiro.

§ 1º. A substituição dessa Bandeira será feita com solenidades especiais no 1º Domingo de cada mês, devendo o novo exemplar atingir o topo do mastro antes que o exemplar substituído comece a ser arriado.

§ 2º. Na base do mastro especial estarão inscritos exclusivamente os seguintes dizeres:

Sob a guarda do povo brasileiro, nesta Praça dos Três Poderes, a Bandeira Sempre no alto.

- visão permanente da Pátria.

Art . 25. Hasteia-se diariamente a Bandeira Nacional:

I - No Palácio da Presidência da República;

II - Nos edifícios sede dos Ministérios;

III - Nas Casas do Congresso Nacional;

IV - No Supremo Tribunal Federal, nos Tribunais Superiores e nos Tribunais Federais de Recursos;

V - Nos edifícios sede dos poderes executivo, legislativo e judiciário dos Estados, Territórios e Distrito Federal;

VI - Nas prefeituras e Câmaras Municipais;

VII - Nas repartições federais, estaduais e municipais situadas na faixa de fronteira;

VIII - Nas missões Diplomáticas, Delegação junto a Organismos Internacionais e Repartições Consulares de carreira, respeitados os usos locais dos países em que tiverem sede;

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IX - Nas unidades da Marinha Mercante, de acordo com as leis e Regulamentos de navegaçã, polícia naval e praxes internacionais.

Art . 26. Hasteia-se obrigatoriamente, a Bandeira Nacional, nos dias de festa ou de luto nacional em todas as repartições públicas, nos estabelecimentos de ensino e sindicatos.

Parágrafo único. Nas escolas públicas ou particulares, é obrigatório o hasteamento solene da Bandeira Nacional, durante o ano letivo, pelo menos uma vez por semana.

Art . 27 A Bandeira Nacional pode ser hasteada e arriada a qualquer hora do dia ou da noite.

§ 1º. Normalmente faz-se o hasteamento às 8 horas e o arriamento às 18 horas.

§ 2º. No dia 19 de novembro, Dia da Bandeira o hasteamento, é realizado às 12 horas, com solenidades especiais.

§ 3º. Durante a noite a Bandeira deve estar devidamente iluminada.

Art . 28. Quando várias bandeiras são hasteadas ou arriadas simultaneamente, a Bandeira Nacional é a primeira a atingir o tope e a última a dele descer.

Art . 29. Quando em funeral, a Bandeira fica a meio-mastro ou a meia adriça. Nesse caso no hasteamento ou arriamento, deve ser levada inicialmente até o tope.

Parágrafo único Quando conduzida em marcha, indica-se o luto por um laço de crepe atado junto à lança.

Art . 30. Hasteia-se a Bandeira Nacional em funeral nas seguintes situações:

I - Em todo o País quando o Presidente da República decretar luto oficial;

II - Nos edifícios-sede dos poderes legislativos federais, estaduais ou municipais, quando determinado pelos respectivos presidentes, por motivos de falecimento de um de seus membros;

III - No Supremo Tribunal Federal, nos Tribunais Superiores, nos Tribunais Federais de Recursos e nos Tribunais de Justiça estaduais, quando determinado pelos respectivos presidentes, pelo falecimento de um de seus ministros ou desembargadores;

IV - Nos edifícios-sede dos Governos dos Estados, Territórios, Distrito Federal e Municípios por motivo do falecimento do Governador ou Prefeito, quando determinado luto oficial para autoridade que o substituir;

V - Nas sedes de Missões Diplomáticas, segundo as normas e usos do país em que estão situadas.

Art . 31. A Bandeira Nacional em todas as apresentações no território nacional, ocupa lugar de honra, compreendido como uma posição:

I - Central ou a mais próxima do centro e à direita deste, quando com outras bandeiras pavilhões ou estandartes, em linha de mastros, panóplias, escudos ou peças semelhantes;

II - Destacada à frente de outras bandeiras, quando conduzida em formaturas ou desfiles;

III - À direita de tribunais, púlpitos, mesas de reunião ou de trabalho.

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Parágrafo único. Considera-se direita de um dispositivo de bandeira as direita de uma pessoa colocada junto a ele e voltada para a rua, para a platéia ou de modo geral, para o público que observa o dispositivo.

Art . 32. A Bandeira Nacional, quando não estiver em uso, deve ser guardada em local digno.

Art . 33. Nas repartições públicas e organizações militares, quando a Bandeira é hasteada em mastro colocada no solo, sua largura não deve ser maior que 1/5 (um quinto) nem menor que 1/7 (um sétimo) da altura do respectivo mastro.

Art . 34 Quando distendida e sem mastro, coloca-se a Bandeira de modo que o lado maior fique na horizontal e estrela isolada em cima não podendo se ocultada, mesmo parcialmente por pessoas sentadas em suas imediações.

Art . 35. A Bandeira Nacional nunca se abate em continência.

Das Honras Militares

Art . 36. Além das autoridades especificadas no cerimonial militar, serão prestadas honras militares aos Embaixadores e Ministros Plenipotenciários que vierem a falecer no exercício de suas funções no exterior.

Parágrafo único. O Governo pode determinar que honras militares sejam excepcionalmente prestadas a outras autoridades.

CAPíTULO II

Da Posse do Presidente da República

Art . 37. O Presidente da República eleito, tendo a sua esquerda o Vice-Presidente e, na frente, o chefe do Gabinete Militar e o Chefe do Gabinete Civil dirigir-se-á em carro do Estado, ao Palácio do Congresso Nacional, a fim de prestar o compromisso constitucional.

Art . 38. Compete ao Congresso Nacional organizar e executar a cerimônia do compromisso constitucional. O Chefe do Cerimonial receberá do Presidente do Congresso esclarecimentos sobre a cerimônia bem como sobre a participação na mesma das Missões Especiais e do Corpo Diplomático.

Art . 39. Prestado o compromisso, o Presidente da República, com os seus acompanhantes, deixará o Palácio do Congresso dirigindo-se para o Palácio do Planalto.

Art . 40. O Presidente da República será recebido, à porta principal do Palácio do Planalto, pelo Presidente cujo, mandato findou. Estarão presentes os integrantes do antigo Ministério, bem como os Chefes do Gabinete Militar, Civil, Serviço Nacional de Informações e Estado-Maior das Forças Armadas.

Estarão, igualmente, presentes os componentes do futuro Ministério, bem como os novos Chefes do Serviço Nacional de informações e do Estado-Maior das Forças Armadas.

Art . 41. Após os cumprimentos, ambos os Presidentes acompanhados pelos Vices-Presidentes acompanhados pelos Vices-Presidentes Chefes do Gabinete Militar e Chefes do Gabinete Civil, se encaminharão par ao Gabinete Presidencial e dali para o local onde o Presidente da República receberá de seu antecessor a Faixa Presidencial. Em seguida o Presidente da República conduzirá o ex-presidente até a porta principal do Palácio do Planalto.

Art . 42. Feitas as despedidas, o ex-Presidente será acompanhado até sua residência ou ponto de embarque pelo Chefe do Gabinete Militar e por um Ajudante-de-Ordens ou Oficial de Gabinete do Presidente da República empossado.

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Art . 43. Caberá ao Chefe do Cerimonial planejar e executar as cerimônias da posse presidencial. Da nomeação dos Ministros de Estado, Membros dos Gabinetes Civil e Militar da Presidência da República e Chefes do Serviço Nacional de Informações e do Estado-Maior das Forças Armadas.

Art . 44. Os decretos de nomeação dos novos Ministros de Estado, do Chefe do Gabinete Militar da Presidência da República, do Chefe do Gabinete Civil da Presidência da República, do Chefe do Serviço Nacional de Informações e do Chefe do Estado-Maior das Forças Armadas serão assinados no Salão de Despachos.

§ 1º O primeiro decreto a ser assinado será o de nomeação do Ministro de Estado da Justiça, a quem caberá referendar os decretos de nomeação dos demais Ministros de Estado, do Chefe do Gabinete Militar da Presidência da República, do Chefe do Gabinete Civil da Presidência da República, do Chefe do Serviço Nacional de Informações e do Chefe do Estado Maior das Forças Armadas.

§ 2º Compete ao Chefe do Cerimonial da Presidência da República organizar a cerimônia acima referida.

Dos Cumprimentos

Art . 45. No mesmo dia, o Presidente da República receberá, em audiência solene, as Missões Especiais estrangeiras que houverem sido designadas para sua posse.

Art . 46. Logo após, o Presidente receberá os cumprimentos das altas autoridades da República, que para esse fim se hajam previamente inscrito.

Da Recepção

Art . 47. À noite, o Presidente da República recepcionará, no Palácio do Itamarati, as Missões Especiais estrangeiras e altas autoridades da República.

Da Comunicação da Posse do Presidente da República

Art . 48. O Presidente da República enviará Cartas de Chancelaria aos Chefes de Estado dos países com os quais o Brasil mantém relações diplomáticas, comunicando-lhes sua posse.

§ 1º As referidas Cartas serão preparadas pelo Ministério das Relações Exteriores.

§ 2º O Ministério da Justiça comunicará a posse do Presidente da República aos Governadores dos Estados da União, do Distrito Federal e dos Territórios e o das Relações Exteriores às Missões diplomáticas e Repartições consulares de carreira brasileiras no exterior, bem como às Missões brasileiras junto a Organismos Internacionais.

Do Traje

Art . 49. O traje das cerimônias de posse será estabelecido pelo Chefe do Cerimonial, após consulta ao Presidente da República.

Da Transmissão Temporária do Poder

Art . 50. A transmissão temporária do Poder, por motivo de impedimento do Presidente da República, se realizará no Palácio do Planalto, sem solenidade, perante seus substitutos eventuais, os Ministros de Estado, o Chefe do Gabinete Militar da Presidência da República, o Chefe do Gabinete Civil da Presidência da República, o Chefe do Estado-Maior das Forças Armadas e os demais membros dos Gabinetes Militar e Civil da Presidência da República.

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CAPíTULO III

Das visitas do Presidente da República e seu comparecimento a solenidades oficiais.

Art . 51. O Presidente da República não retribui pessoalmente visitas, exceto as de Chefes de Estado.

Art . 52. Quando o Presidente da República comparecer, em caráter oficial, a festas e solenidades ou fizer qualquer visita, o programa será submetido à sua aprovação, por intermédio do Chefe do Cerimonial da Presidência da República.

Das Cerimônias da Presidência da República

Art . 53. Os convites para as cerimônias da Presidência da República serão feitos por intermédio do Cerimonial do Ministério das Relações Exteriores ou do Cerimonial da Presidência da República, conforme o local onde as mesmas se realizarem.

Parágrafo único. Os cartões de convite do Presidente da República terão as Armas Nacionais gravadas a ouro, prerrogativas essa que se estende exclusivamente aos Embaixadores Extraordinários e Plenipotenciários do Brasil, no exterior.

Da Faixa Presidencial

Art . 54. Nas cerimônias oficiais para as quais se exijam casaca ou primeiro uniforme, o Presidente da República usará, sobre o colete da casaca ou sobre o uniforme, a Faixa Presidencial.

Parágrafo único. Na presença de Chefe de Estado, o Presidente da República poderá substituir a Faixa Presidencial por condecoração do referido Estado.

Das Audiências

Art . 55. As audiências dos Chefes de Missão diplomática com o Presidente da República serão solicitadas por intermédio do Cerimonial do Ministro das Relações Exteriores.

Parágrafo único. O Cerimonial do Ministério das Relações Exteriores encaminhará também, em caráter excepcional, pedidos de audiências formulados por altas personalidades estrangeiras.

Livro de Visitas

Art . 56. Haverá, permanentemente, no Palácio do Planalto, livro destinado a receber as assinaturas das pessoas que forem levar cumprimentos ao Presidente da República e a Sua Senhora.

Das Datas Nacionais

Art . 57. No dia 7 de Setembro, o Chefe do Cerimonial da Presidência, acompanhado de um dos Ajudantes de Ordens do Presidente da República, receberá os Chefes de Missão diplomática que desejarem deixar registrados no livro para esse fim existentes, seus cumprimentos ao Chefe do Governo.

Parágrafo único. O Cerimonial do Ministério das Relações Exteriores notificará com antecedência, os Chefes de Missão diplomática do horário que houver sido fixado para esse ato.

Art . 58. Os cumprimentos do Presidente da República e do Ministro das Relações Exteriores pelo dia da Festa Nacional dos países com os quais o Brasil mantém relações diplomáticas serão enviados por intermédio do Cerimonial do Ministério das Relações Exteriores.

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CAPíTULO IV

Das Visitas Oficiais

Art . 59. Quando o Presidente da República visitar oficialmente Estado ou Território da Federação, competirá à Presidência da República, em entendimento com as autoridades locais, coordenar o planejamento e a execução da visita, observando-se o seguinte cerimonial:

§ 1º O Presidente da República será recebido, no local da chegada, pelo Governador do Estado ou do Território e por um Oficial-General de cada Ministério Militar, de acordo com o cerimonial Militar.

§ 2º Após as honras militares, o Governador apresentará ao Presidente da República as autoridades presentes.

§ 3º Havendo conveniência, as autoridades civis e eclesiásticas e as autoridades militares poderão formar separadamente.

§ 4º Deverão comparecer à chegada do Presidente da República, o Vice-Governador do Estado. O Presidente da Assembléia Legislativa, Presidente do Tribunal de Justiça, Secretários de Governo e o Prefeito Municipal observada a ordem de precedência estabelecida neste Decreto.

§ 5º Ao Gabinete Militar da Presidência da República, ouvido o Cerimonial da Presidência da República, competirá organizar o cortejo de automóveis da comitiva presidencial bem como o das autoridades militares a que se refere o parágrafo 1º deste artigo.

§ 6º As autoridades estaduais encarregar-se-ão de organizar o cortejo de automóveis das demais autoridades presentes ao desembarque presidencial.

§ 7º O Presidente da República tomará o carro do Estado, tendo à sua esquerda o Chefe do Poder Executivo Estadual e, na frente, seu Ajudante-Ordens.

§ 8º Haverá, no Palácio do Governo, um livro onde se inscreverão as pessoas que forem visitar o Chefe de Estado.

Art . 60. Por ocasião da partida do Presidente da República, observar-se-á procedimento análogo ao da chegada.

Art . 61. Quando indicado por circunstâncias especiais da visita, a Presidência da República poderá dispensar ou reduzir as honras militares e a presença das autoridades previstas nos §§ 1º, 2º e 4º do artigo 59.

Art . 62. Caberá ao Cerimonial do Ministério das Relações Exteriores elaborar o projeto do programa das visitas oficiais do Presidente da República e do Ministro de Estado das Relações Exteriores ao estrangeiro.

Art . 63. Quando em visita oficial a um Estado ou a um Território, o Vice-Presidente da República, o Presidente do Congresso Nacional, o Presidente da Câmara dos Deputados e o Presidente do Supremo Tribunal Federal serão recebidos, à chegada, pelo Governador, conforme o caso, pelo Vice-Governador, pelo Presidente do Poder Judiciário Estaduais.

Art . 64. A comunicação de visitas oficiais de Chefes de Missão diplomáticas acreditados junto ao Governo brasileiro aos Estados da União e Territórios deverá ser feita aos respectivos Cerimoniais pelo Cerimonial do Ministério das Relações Exteriores, que também fornecerá os elementos do programa a ser elaborado.

Art . 65. O Governador do Estado ou Território far-se-á representar à chegada do Chefe de Missão diplomática estrangeira em visita oficial.

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Art . 66. O Chefe de Missão diplomática estrangeira, quando em viagem oficial, visitará o Governador, o Vice-Governador, os Presidentes da Assembléia Legislativa e do Tribunal de Justiça e demais autoridades que desejar.

CAPíTULO V

Das Visitas de Chefes de Estado Estrangeiros

Art . 67. As visitas de Chefes de Estado estrangeiros ao Brasil começarão, oficialmente, sempre que possível, na Capital Federal.

Art . 68. Na Capital Federal, a visita oficial de Chefe de Estado estrangeiro ao Brasil iniciar-se-á com o recebimento do visitante pelo Presidente da República. Comparecerão ao desembarque as seguintes autoridades: Vice-Presidente da República, Decano do Corpo Diplomático, Chefe da Missão do país do visitante, Ministros de Estado, Chefe do Gabinete Militar da Presidência Da República, Chefe do Gabinete Civil da Presidência da República, Chefe do Serviço Nacional de Informações, Chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, Governador do Distrito Federal, Secretário Geral de Política Exterior do Ministério das Relações Exteriores, Chefes dos Estados Maiores da Armada, do Exército, e da Aeronáutica, Comandante Naval de Brasília, Comandante Militar do Planalto, Secretário-Geral Adjunto para Assuntos que incluem os dos país do visitante, Comandante da VI Zona Aérea, Diretor-Geral do Departamento de Polícia Federal, Chefe da Divisão política que trata de assuntos do pais do visitante, além de todos os acompanhantes brasileiros do visitante. O chefe do Cerimonial da Presidência da República, os membros da comitiva e os funcionários diplomáticos da Missão do país do visitante.

Parágrafo único. Vindo o Chefe de Estado acompanhado de sua Senhora, o Presidente da República e as autoridades acima indicadas far-se-ão acompanhar das respectivas Senhoras.

Art . 69. Nas visitas aos Estados e Territórios, será o Chefe de Estado estrangeiro recebido, no local de desembarque, pelo Governador, pelo Vice-Governador, pelos Presidentes da Assembléia Legislativa e do Tribunal de Justiça, pelo Prefeito Municipal e pelas autoridades militares previstas no § 1º do artigo 59, além do Decano do Corpo Consular, do Cônsul do país do visitante e das altas autoridades civis e militares especialmente convidadas.

CAPíTULO VI

Da chegada dos Chefes de Missão Diplomática e entrega de credenciais

Art . 70. Ao chegar ao Aeroporto da Capital Federal, o novo Chefe de Missão será recebido pelo Introdutor Diplomático do Ministro de Estado das Relações Exteriores.

§ 1º O Encarregado de Negócios pedirá ao Cerimonial do Ministério das Relações Exteriores dia e hora para a primeira visita ao novo Chefe de Missão ao Ministro de Estado das Relações Exteriores.

§ 2º Ao visitar o Ministro de Estado das Relações Exteriores, o novo Chefe de Missão solicitará a audiência de estilo com o Presidente da República para a entrega de suas credenciais e, se for o caso, da Revogatória de seu antecessor. Nessa visita, o novo Chefe de Missão deixará em mãos do Ministro de Estado a cópia figurada das Credenciais.

§ 3º Após a primeira audiência com o Ministro de Estado das Relações Exteriores, o novo Chefe de Missão visitará, em data marcada pelo Cerimonial do Ministério das Relações Exteriores, o Secretário-Geral Adjunto da área do país que representa e outros Chefes de Departamento.

§ 4º Por intermédio do Cerimonial do Ministério das Relações Exteriores, o novo Chefe de Missão solicitará data para visitar o Vice-Presidente da República, o Presidente do Congresso Nacional, o Presidente da Câmara dos Deputados, o Presidente do Supremo Tribunal Federal, os Ministros de Estado e o Governador do Distrito Federal. Poderão igualmente ser marcadas audiências com outras altas autoridades federais.

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Art . 71. No dia e hora marcados para a audiência solene com o Presidente da República, o Introdutor Diplomático conduzirá, em carro do Estado, o novo chefe de Missão de sua residência, até o Palácio do Planalto. Serão igualmente postos à disposição os membros da Missão Diplomática carros de Estado.

§ 1º Dirigindo-se ao Palácio Presidencial, os carros dos membros da Missão diplomática precederão o do chefe de Missão.

§ 2º O Chefe de Missão subira a rampa tendo, a direita o introdutor Diplomático e, a esquerda, o membro mais antigo de sua Missão; os demais membros da Missão serão dispostos em grupos de três, atrás dos primeiros

§ 3º A porta do Palácio Presidencial, o chefe do Cerimonial da Presidência e por Ajudante-de-Ordens do Presidente da República, os quais o conduzirão ao Salão Nobre.

§ 4º Em seguida, o Chefe do Cerimonial da Presidência da República entrará, sozinho, no Salão de Credenciais, onde se encontra o Presidente da República, ladeado, à direita, pelo Chefe do Gabinete Militar da Presidência da República, e, à esquerda pelos Ministros de Estado das Relações Exteriores e pelo Chefe do Gabinete Civil da Presidência da República, e pedirá permissão para introduzir o novo chefe de Missão.

§ 5º Quando o Chefe de Missão for Embaixador, os membros dos Gabinetes Militar e Civil da Presidência da República estarão presentes e serão colocados, respectivamente, por ordem de precedência, à direita e à esquerda do Salão de Credenciais.

§ 6º Quando o Chefe de Missão for Enviado Extraordinário e Ministro Plenipotenciário, estarão presentes somente as autoridades mencionadas no § 4º.

§ 7º Ladeado, à direita, pelo Chefe do Cerimonial da Presidência e, à esquerda, pelo Ajudante-de-Ordens do Presidente da República, o Chefe de Missão penetrará no recinto, seguido do Introdutor Diplomático e dos membros da Missão. À entrada do Salão de Credenciais, deter-se-á para saudar o Presidente da República com leve inclinação de cabeça.

§ 8º Aproximando-se do ponto em que se encontrar o Presidente da República, o Chefe de Missão, ao deter-se, fará nova saudação, após o que o Chefe do Cerimonial da Presidência da República se adiantará e fará a necessária apresentação. Em seguida, o Chefe de Missão apresentará as Cartas Credenciais ao Presidente da República, que as passará às mãos do Ministro de Estado das Relações Exteriores. Não haverá discursos.

§ 9º O Presidente da República convidará o Chefe de Missão a sentar-se e com ele conversar.

§ 10. Terminada a palestra por iniciativa do Presidente da República, o Chefe de Missão cumprimentará o Ministro de Estado das Relações Exteriores e será apresentado pelo Presidente da República ao Chefe do Gabinete Militar da Presidência da República e a Chefe do Gabinete Civil da Presidência da República.

§ 11. Em seguida, o Chefe de Missão apresentará o pessoal de sua comitiva; cada um dos membros da Missão se adiantará, será apresentado e voltará à posição anterior.

§ 12 Findas as apresentações, o Chefe de Missão se despedirá do Presidente da República e se retirará precedido pelos membros da Missão e pelo Introdutor Diplomático e acompanhado do Chefe do Cerimonial da Presidência e do Ajudante-de-Ordens do Presidente da República. Parando no fim do Salão, todos se voltarão para cumprimentar o Presidente da República com novo aceno de cabeça.

§ 13. Quando chegar ao topo da rampa, ouvir-se-ão os dois Hinos Nacionais.

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§ 14. O chefe de Missão, o Chefe do Cerimonial da Presidência e o Ajudante-de-Ordens do Presidente da República descerão a rampa dirigindo-se à testa da Guarda de Honra, onde se encontra o Comandante que convidará o Chefe de Missão a passá-la em revista. O Chefe do Cerimonial da Presidência e o Ajudante-de-Ordens do Presidente da República passarão por trás da Guarda de Honra, enquanto os membros da Missão e o Introdutor Diplomático se encaminharão para o segundo automóvel.

§ 15. O Chefe da Missão, ao passar em revista a Guarda de Honra, cumprimentará de cabeça a Bandeira Nacional, conduzida pela tropa, e despedir-se-á do Comandante, na cauda da Guarda de Honra, sem apertar-lhe o mão.

§ 16. Terminada a cerimônia, o Chefe de Missão se despedirá do Chefe do Cerimonial da Presidência e do Ajudante-de-Ordens do Presidente da República, entrando no primeiro automóvel, que conduzirá, na frente do cortejo, à sua residência onde cessam as funções do Introdutor Diplomático.

§ 17. O Chefe do Cerimonial da Presidência da República fixará o traje para a cerimônia de apresentação de Cartas Credenciais, após consulta ao Presidente da República.

§ 18. O Diário Oficial publicará a notícia da apresentação de Cartas Credenciais.

Art . 72. Os Encarregados de Negócios serão recebidos pelo Ministro de Estado das Relações Exteriores em audiência, na qual farão entrega das Cartas de Gabinete, que os acreditam.

Art . 73. O novo Chefe de Missão solicitará, por intermédio do Cerimonial do Ministério das Relações Exteriores, que sejam marcados dia e hora para que a sua esposa visite a Senhora do Presidente da República, não estando essa visita sujeita a protocolo especial.

CAPíTULO VII

Do Falecimento do Presidente da República.

Art . 74. Falecendo o Presidente da República, o seu substituto legal, logo que assumir o cargo, assinará decreto de luto oficial por oito dias.

Art . 75. O Ministério da Justiça fará as necessárias comunicações aos Governadores dos Estados da União do Distrito Federal e dos Territórios, no sentido de ser executado o decreto de luto, encerrado o expediente nas repartições públicas e fechado o comércio no dia do funeral.

Art . 76. O Cerimonial do Ministério das Relações Exteriores fará as devidas comunicações às Missões diplomáticas acreditadas junto ao Governo brasileiro, às Missões diplomáticas e Repartições consulares de carreira brasileiras no exterior às Missões brasileiras junto a Organismos Internacionais.

Art . 77. O Chefe do Cerimonial da Presidência da República providenciará a ornamentação fúnebre do Salão de Honra do Palácio Presidencial, transformado em câmara ardente.

Das Honras Fúnebres

Art . 78. Chefe do Cerimonial coordenará a execução das cerimônias fúnebres.

Art . 79. As honras fúnebres serão prestadas de acordo com o cerimonial militar.

Art . 80. Transportado o corpo para a câmara ardente, terá início a visitação oficial e pública, de acordo com o que for determinado pelo Cerimonial do Ministério das Relações Exteriores.

Do Funeral

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Art . 81. As cerimônias religiosas serão realizadas na câmara ardente por Ministro da religião do Presidente falecido, depois de terminada a visitação pública.

Art . 82. Em dia e hora marcados para o funeral, em presença de Chefes de Estado estrangeiros, dos Chefes dos Poderes da Nação, Decano do Corpo Diplomático, dos Representantes especiais dos Chefes de Estado estrangeiros designados para as cerimônias e das altas autoridades da República, o Presidente da República, em exercício, fechará a urna funerária.

Parágrafo único. A seguir, o Chefe do Gabinete Militar da Presidência da República e o Chefe do Gabinete Civil Presidência da República cobrirão a urna com o Pavilhão Nacional.

Art . 83. A urna funerária será conduzida da câmara ardente para a carreta por praças das Forças Armadas.

Da Escolta

Art . 84. A escolta será constituída de acordo com o cerimonial militar.

Do Cortejo

Art . 85. Até a entrada do cemitério, o cortejo será organizado da seguinte forma:

- Carreta funerária;

- Carro do Ministro da Religião do Finado; (Se assim for a vontade da família);

- Carro do Presidente da República, em exercício;

- Carro da família;

- Carros de Chefes de Estado estrangeiros;

- Carro do Decano do Corpo Diplomático;

- Carro do Presidente do Congresso Nacional;

- Carro do Presidente da Câmara dos Deputados;

-Carro do Presidente do Supremo Tribunal Federal;

- Carros dos Representantes Especiais dos Chefes de Estado Estrangeiros designados para as cerimônias;

- Carro do Ministro de Estado das Relações Exteriores;

- Carro dos demais Ministros de Estado;

- Carros dos Chefes do Gabinete Militar da Presidência da República, do Chefe do Gabinete Civil da Presidência da República, do Chefe do Estado-Maior das Forças Armadas;

- Carros dos Governadores do Distrito Federal, dos Estados da União e dos Territórios;

- Carros dos membros dos Gabinetes Militar e Civil da Presidência da República.

98

§ 1º Ao chegar ao cemitério, os acompanhantes deixarão seus automóveis e farão o cortejo a pé. A urna será retirada da carreta por praças das Forças Armadas que a levarão ao local do sepultamento.

§ 2º Aguardarão o féretro, junto à sepultura, os Chefes de Missão diplomática acreditados junto ao Governo brasileiro e altas autoridades civis e militares, que serão colocados, segundo a Ordem Geral de Precedência, pelo Chefe do Cerimonial.

Art . 86. O traje será previamente indicado pelo Chefe do Cerimonial.

Art . 87. Realizando-se o sepultamento fora da Capital da República, o mesmo cerimonial será observado até o ponto de embarque do féretro.

Parágrafo único. Acompanharão os despojos autoridades especialmente indicadas pelo Governo Federal cabendo ao Governo do Estado da União ou do Território, onde der a ser efetuado o sepultamento, realizar o funeral com a colaboração das autoridades federais.

CAPÍTULO VIII

Do Falecimento de Autoridades

Art . 88. No caso de falecimento de autoridades civis ou militares, o Governo poderá decretar as honras fúnebres a serem prestadas, não devendo o prazo de luto ultrapassar três dias.

Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se à situação de desaparecimento de autoridades civis ou militares, quando haja indícios veementes de morte por acidente. (Parágrafo único incluído pelo Decreto nº 672, 21.10.1992) § 1

o O disposto neste artigo aplica-se à situação de desaparecimento de autoridades civis ou

militares, quando haja indícios veementes de morte por acidente. (Renumerado do parágrafo único para 1º pelo Decreto nº 3.765, 6.3.2001) § 2

o Em face dos relevantes serviços prestados ao País pela autoridade falecida, o período de

luto a que se refere o caput poderá ser estendido por até sete dias.(Incluído pelo Decreto nº 3.765,

6.3.2001)

§ 1o O disposto neste artigo aplica-se à situação de desaparecimento de autoridades civis ou

militares, quando haja indícios veementes de morte por acidente. (Renumerado do parágrafo único para 1º pelo Decreto nº 3.780, de 2.4.2001)

§ 2o Em face de notáveis e relevantes serviços prestados ao País pela autoridade falecida, o

período de luto a que se refere o caput poderá ser estendido, excepcionalmente, por até sete dias. (Redação dada pelo Decreto nº 3.780, de 2.4.2001)

CAPÍTULO IX

Do Falecimento de Chefe de Estado Estrangeiro

Art . 89. Falecendo o Chefe de Estado de um país com representação diplomática no Brasil e recebida pelo Ministro de Estado das Relações Exteriores a comunicação oficial desse fato, o Presidente da República apresentará pêsames ao Chefe da Missão, por intermédio do Chefe do Cerimonial da Presidência da República.

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§ 1º O Cerimonial do Ministério das Relações Exteriores providenciará para que sejam enviadas mensagens telegráficas de pêsames, em nome do Presidente da República, ao sucessor e à família do falecido.

§ 2º O Ministro de Estado das Relações Exteriores enviará pêsames, por telegrama, ao Ministro das Relações Exteriores do referido país e visitará, por intermédio do Introdutor Diplomático, o Chefe da Nação.

§ 3º O Chefe da Missão brasileira acreditado no país enlutado apresentará condolências em nome do Governo e associar-se-á às manifestações de pesar que nele se realizarem. A critério do Presidente da República, poderá ser igualmente designado um Representante Especial ou uma missão extraordinária para assistir às exéquias.

§ 4º O decreto de luto oficial será assinado na pasta da Justiça, a qual fará as competentes comunicações aos Governadores de Estado da União e dos Territórios. O Ministério das Relações Exteriores fará a devida comunicação às Missões diplomáticas brasileiras no exterior.

§ 5º A Missão diplomática brasileira no país do Chefe de Estado falecido poderá hastear a Bandeira Nacional a meio pau, independentemente do recebimento da comunicação de que trata o parágrafo anterior.

CAPÍTULO X

Do Falecimento do Chefe de Missão Diplomática Estrangeira

Art . 90. Falecendo no Brasil um Chefe de Missão diplomática acreditado junto ao Governo brasileiro o Ministério das Relações Exteriores comunicará o fato, por telegrama, ao representante diplomático brasileiro no país do finado, instruindo-o a apresentar pêsames ao respectivo Governo. O Chefe do Cerimonial concertará com o Decano do Corpo Diplomático e com o substituto imediato do falecido as providências relativas ao funeral.

§ 1º Achando-se no Brasil a família do finado, o Chefe do Cerimonial da Presidência da República e o Introdutor Diplomático deixarão em sua residência, cartões de pêsames, respectivamente, em nome do Presidente da República e do Ministro de Estado das Relações Exteriores.

§ 2º Quando o Chefe de Missão for Embaixador, o Presidente da República comparecerá à câmara mortuária ou enviará representante.

§ 3º À saída do féretro, estarão presentes o Representante do Presidente da República, os Chefes de Missões diplomáticas estrangeiras, o Ministro de Estado das Relações Exteriores e o Chefe do Cerimonial.

§ 4º O caixão será transportado para o carro fúnebre por praças das Forças Armadas.

§ 5º O corteja obedecerá à seguinte precedência:

- Escolta fúnebre;

- Carro fúnebre;

- Carro do Ministro da religião do finado;

- Carro da família;

- Carro do Representante do Presidente da República;

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- Carro do Decano do Corpo Diplomático;

- Carros dos Embaixadores estrangeiros acreditados perante o Presidente da República;

- Carros de Ministros de Estado;

- Carros dos Enviados Extraordinários e Ministros Plenipotenciários acreditados junto ao Governo brasileiro;

- Carro do substituto do Chefe de Missão falecido;

- Carro dos Encarregados de Negócios Estrangeiros;

- Carros do pessoal da Missão diplomática estrangeira enlutada;

§ 6º O traje da cerimônia será fixado pelo Chefe do Cerimonial.

Art . 91. Quando o Chefe de Missão diplomática não for sepultado no Brasil, o Ministro das Relações Exteriores, com anuência da família do finado, mandará celebrar ofício religioso, para o qual serão convidados os Chefes de Missão diplomática acreditados junto ao Governo brasileiro e altas autoridades da República.

Art . 92. As honras fúnebres serão prestadas de acordo com o cerimonial militar.

Art . 93. Quando falecer, no exterior, um Chefe de Missão diplomática acreditado no Brasil, o Presidente da República e o Ministro das Relações Exteriores enviarão, por intermédio do Cerimonial do Ministério das Relações Exteriores, mensagens telegráficas de pêsames, respectivamente, ao Chefe de Estado e ao Ministro das Relações Exteriores do país do finado, e instruções telegráficas ao representante diplomático nele acreditado para apresentar, em nome do Governo brasileiro, condolências à família enlutada. O Introdutor Diplomático, em nome do Ministro de Estado das Relações Exteriores, apresentará pêsames ao Encarregado de Negócios do mesmo país.

CAPÍTULO XII

Das Condecorações

Art . 94. Em solenidades promovidas pelo Governo da União só poderão ser usadas condecorações e medalhas conferidas pelo Governo federal, ou condecorações e medalhas conferidas por Governos estrangeiros.

Parágrafo único. Os militares usarão as condecorações estabelecidas pelos regulamentos de cada Força Armada.

Ordem Geral de Procedência

A ordem de procedência nas cerimônias oficiais de caráter federal na Capital da República, será a seguinte:

1 - Presidente da República

2 - Vice-Presidente da República

Cardeais

Embaixadores estrangeiros

101

3- Presidente do Congresso Nacional

Presidente da Câmara dos Deputados

Presidente do Supremo Tribunal Federal

4- Ministros de Estado (*1)

Chefe do Gabinete Militar da Presidência da República

Chefe do Gabinete Civil da Presidência da República

Chefe do Serviço Nacional de Informações

Chefe do Estado-Maior das Forças Armadas

Consultor-Geral da República

Enviados Extraordinários e Ministros Plenipotenciários estrangeiros

Presidente do Tribunal Superior Eleitoral

Ministros do Supremo Tribunal Federal

Procurador-Geral da República

Governador do Distrito Federal

Governadores dos Estados da União (*2)

Senadores

Deputados Federais (*3)

Almirantes

Marechais

Marechais-do-Ar.

Chefe do Estado-Maior da Armada

Chefe do Estado-Maior do Exército

Secretário-Geral de Política Exterior (*4)

Chefe do Estado-Maior da Aeronáutica

(*1) Vide artigo 4º e seus parágrafos das Normas do Cerimonial Público

(*2) Vide artigo 8º das Normas do Cerimonial Público

(*3) Vide artigo 9º das Normas do Cerimonial Público

(*4) Vide artigo 4º § 1º das Normas do Cerimonial Público

102

5 - Almirantes-de-Esquadra

Generais-de-Exército

Embaixadores Extraordinários e Plenipotenciários (Ministros de 1 a classe) (*5)

Tenentes-Brigadeiros

Presidente do Tribunal Federal de Recursos

Presidente do Superior Tribunal Militar

Presidente do Tribunal Superior do Trabalho

Ministros do Tribunal Superior Eleitoral

Encarregados de Negócios estrangeiros

6 - Ministros do Tribunal Federal de Recursos

Ministros do Superior Tribunal Militar

Ministros do Tribunal Superior do Trabalho

Vice-Almirantes

Generais-de-Divisão

Embaixadores (Ministros de 1 a classe)

Majores-Brigadeiros

Chefes de Igreja sediados no Brasil

Arcebispos católicos ou equivalentes de outras religiões

Presidente do Tribunal de Justiça do Distrito Federal

Presidente do Tribunal de Contas da União

(*5) Considerem-se apenas os Embaixadores que chefiam ou tenham chefiado Missão diplomática no exterior, tendo apresentado, nessa condição, Cartas Credenciais a Governo estrangeiro. Quando estiverem presente diplomatas estrangeiros, os Embaixadores em apreço terão precedência sobre Almirantes-de-Esquadra e Generais-de-Exército. Em caso de visita de chefe de Estado, Chefe do Governo ou Ministros das Relações Exteriores estrangeiros, o Chefe da Missão diplomática brasileira no país do visitante, sendo Ministro de 1 a classe, terá precedência sobre seus colegas, com exceção do Secretário-Geral de Política Exterior.

Presidente do Tribunal Marítimo

Diretores-Gerais das Secretarias do Senado Federal e da Câmara dos Deputados

Procuradores-Gerais da Justiça Militar, Justiça do Trabalho e do Tribunal de Contas da União

Substitutos eventuais dos Ministros de Estado

103

Secretários-Gerais dos Ministérios

Reitores das Universidades Federais

Diretor-Geral do Departamento de Polícia Federal

Presidente do Banco Central do Brasil

Presidente do Banco do Brasil

Presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico

Presidente do Banco Nacional de Habitação

Secretário da Receita Federal

Ministros do Tribunal de Contas da União

Juízes do Tribunal Superior do Trabalho

Subprocuradores Gerais da República

Personalidades inscritas no Livro do Mérito

Prefeitos das cidades de mais de um milhão (1.000.000) de habitantes

Presidente da Caixa Econômica Federal

Ministros-Conselheiros estrangeiros

Adidos Militares estrangeiros (Oficiais-Generais)

7 - Contra-Almirantes

Generais-de-Brigada

Embaixadores Comissionados ou Ministros de 2 a classe

Brigadeiros-do-Ar.

Vice-Governadores dos Estados da União

Presidentes das Assembléias Legislativas dos Estados da União

Presidentes dos Tribunais de Justiça dos Estados da União

Diretor-Geral do Departamento Administrativo do Pessoal Civil

Chefe do Gabinete da Vice-Presidência da República

Subchefes dos Gabinetes Militar e Civil da Presidência da República

Assessor Especial da Presidência da República

Assessor-Chefe da Assessoria Especial de Relações Públicas da Presidência da República

104

Assistente-Secretário do Chefe do Gabinete Militar da Presidência da República

Secretários Particulares do Presidente da República

Chefe do Cerimonial da Presidência da República

Secretários de Imprensa da Presidência da República.

Diretor-Geral da Agência Nacional

Presidente da Central de Medicamentos

Chefe do Gabinete da Secretaria Geral do Conselho de Segurança Nacional

Chefe de Informações

Chefe do Gabinete do Estado-Maior das Forças Armadas

Chefe Nacional de Informações

Chefes dos Gabinetes dos Ministros de Estado

Presidente do Conselho Nacional de Pesquisas

Presidente do Conselho Federal de Educação

Presidente do Conselho Federal de Cultura

Governadores dos Territórios

Chanceler da Ordem Nacional do Mérito

Presidente da Academia Brasileira de Letras

Presidente da Academia Brasileira de Ciências

Presidente da Associação Brasileira de Imprensa

Diretores do Gabinete Civil da Presidência da República

Diretores-Gerais de Departamento dos Ministérios

Superintendentes de Órgãos Federais

Presidentes dos Institutos e Fundações Nacionais

Presidentes dos Conselhos e Comissões Federais

Presidentes das Entidades Autárquicas, Sociedades de Economia Mista e Empresas Públicas de âmbito nacional

Presidentes dos Tribunais Regionais Eleitorais

Presidentes dos Tribunais Regionais do Trabalho

105

Presidentes dos Tribunais de Contas do Distrito Federal e dos Estados da União

Presidentes dos Tribunais de Alçada dos Estados da União

Reitores das Universidades Estaduais e Particulares

Membros do Conselho Nacional de Pesquisas

Membros do Conselho Nacional de Educação

Membros do Conselho Federal de Cultura

Secretários de Estado do Governo do Distrito Federal

Bispos católicos ou equivalentes de outras religiões

Conselheiros estrangeiros

Cônsules-Gerais estrangeiros

Adidos e Adjuntos Militares estrangeiros (Capitães-de-Mar-e-Guerra, Coronéis-Aviadores)

8 - Presidente das Confederações Patronais e de Trabalhadores de âmbito nacional

Consultores Jurídicos dos Ministérios

Membros da Academia Brasileira de Letras

Membros da Academia Brasileira de Ciências

Diretores do Banco Central do Brasil

Diretores do Banco do Brasil

Diretores do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico

Diretores do Banco Nacional de Habitação

Capitães-de-Mar-e-Guerra

Coronéis

Conselheiros

Coronéis-Aviadores

Secretários de Estado dos Governos dos Estados da União

Deputados Estaduais

Desembargadores dos Tribunais de Justiça do Distrito Federal e dos Estados da União

Adjuntos dos Gabinetes Militares e Civil da Presidência da República

Procuradores-Gerais do Distrito Federal e dos Estados da União

106

Prefeitos das Capitais dos Estados da União e das cidades de mais de quinhentos mil (500.000) habitantes.

Primeiros Secretários estrangeiros

Procuradores da República nos Estados da União

Consultores-Gerais do Distrito Federal e dos Estados da União

Juizes do Tribunal Marítimo

Juizes dos Tribunais Regionais Eleitorais

Juizes dos Tribunais Regionais do Trabalho

Presidentes das Câmaras Municipais das cidades de mais de um milhão (1.000.000) de habitantes

Adidos e Adjuntos Militares estrangeiros (Capitães-de-Fragata, Tenentes-Coronéis e

Tenentes-Coronéis-Aviadores)

9 - Juizes dos Tribunais de Contas do Distrito Federal e dos Estados da União.

Juizes dos Tribunais de Alçadas dos Estados da União

Delegados dos Ministérios nos Estados da União

Presidentes dos Institutos e Fundações Regionais e Estaduais

Presidentes das Entidades Autárquicas, Sociedades de Economia Mista e Empresas Públicas de âmbito regional ou estadual.

Monsenhores católicos ou equivalentes de outras regiões.

Ajudantes-de-Ordem do Presidente da República (Majores)

Capitães-de-Fragata

Tenentes-Coronéis

Primeiros Secretários

Tenentes-Coronéis-Aviadores

Chefes do Serviço da Presidência da República

Presidentes das Federações Patronais e de Trabalhadores de âmbito regional ou estadual

Presidentes das Câmaras Municipais das Capitais dos Estados da União e das cidades de mais de quinhentos mil (500.000) habitantes

Juizes de Direito

Procuradores Regionais do Trabalho

107

Diretores de Repartições Federais

Auditores da Justiça Militar

Auditores do Tribunal de Contas

Promotores Públicos

Procuradores Adjuntos da República

Diretores das Faculdades Estaduais Particulares

Segundos Secretários

Cônsules estrangeiros

Adidos e Adjuntos Militares estrangeiros (Capitães-de-Corveta, Majores e Majores-Aviadores

10 - Ajudantes-de-Ordem do Presidente da República (Capitães)

Adjuntos dos Serviços da Presidência da República

Oficiais do Gabinete Civil da Presidência da República

Chefes de Departamento das Universidades Federais

Diretores de Divisão dos Ministérios

Prefeitos das cidades de mais de cem mil (100.000) habitantes

Capitães-de-Corveta

Majores

Segundos Secretários

Majores-Aviadores

Secretários-Gerais dos Territórios

Diretores de Departamento das Secretarias do Distrito Federal e dos Estados da União

Presidente dos Conselhos Estaduais

Chefes de Departamento das Universidades Estaduais e Particulares

Presidentes das Câmaras Municipais das cidades de mais de cem mil (100.000) habitantes

Terceiros Secretários estrangeiros

Adidos e Adjuntos Militares estrangeiros (Capitães-Tenentes, Capitães e Capitães-Aviadores).

11 - Professores de Universidade

Prefeitos Municipais

108

Cônegos católicos ou "equivalentes" de outras religiões

Capitães-Tenentes

Capitães

Terceiros Secretários

Capitães-Aviadores

Presidentes das Câmaras Municipais

Diretores de Repartições do Distrito Federal, dos Estados da União e Territórios

Diretores de Escolas de Ensino Secundário

Vereadores Municipais

A ordem de precedência, nas cerimonias oficiais, nos Estados da União, com a presença de autoridades federais, será a seguinte:

1 - Presidente da República

2 - Vice-Presidente da República (*1)

Governador do Estado da União em que se processa a cerimônia

Cardeais

Embaixadores estrangeiros

3 - Presidente do Congresso Nacional

Presidente da Câmara dos Deputados

Presidente do Supremo Tribunal Federal

4 - Ministros de Estado (*2)

Chefe do Gabinete Militar da Presidência da República

Chefe do Gabinete Civil da Presidência da República

Presidência da República

Chefe de Serviço Nacional de Informações

Chefe do Estado-Maior das Forças Armadas

Consultor-Geral da República

Vice-Governador do Estado da União em que se processa a cerimônia

Presidente da Assembléia Legislativa do Estado da União em que se processa a cerimonia

109

Presidente do Tribunal de Justiça do Estado em que se processa a cerimônia

Enviados Extraordinários e Ministros Plenipotenciários estrangeiros

Presidente do Tribunal Superior Eleitoral

Ministro do Supremo Tribunal Federal

Procurador-Geral da República

Governadores dos outros Estados da União e do Distrito Federal (*3)

Senadores

(*1) Vide artigo 2º das Normas do Cerimonial Público

(*2) Vide artigo 4º e seus parágrafos das Normas do Cerimonial

(*3) Vide artigo 8º, artigo 9º e artigo 10 das Normas do Cerimonial Público

Deputados Federais (*4)

Almirantes

Marechais

Marechais-do-Ar

Chefe do Estado-Maior da Armada

Chefe do Estado-Maior do Exercíto

Secretário-Geral da Polílica Exterior (*5)

Chefe do Estado-Maior da Aeronáutica

5 - Almirantes-de-Esquadra

Generais-de-Exército

Embaixadores Extraordinário e Plenipotenciários (Ministros de 1ª classe) (*6)

Tenentes-Brigadeiros

Presidente do Tribunal Federal de Recursos

Presidente do Tribunal Superior Militar

Presidente do Tribunal Superior do Trabalho

Ministros do Tribunal Superior Eleitoral

Prefeito da Capital estadual em que se processa a cerimônia

Encarregos de Negócios estrangeiros

110

6 - Ministros do Tribunal Federal de Recursos

Ministros do Superior Tribunal Militar

(*4) Vide artigo 9º das Normas do Cerimonial Público

(*5) Vide artigo 4º § 1º das Normas do Cerimonial Público

(*6) Consideram-se apenas os Embaixadores que chefiam ou tenham chefiado Missão diplomática no exterior, tendo apresentado, nessa condição, Cartas Credenciais a Governador Estrangeiro. Quando estiverem presentes diplomatas estrangeiros, os Embaixadores em apreço terão precedência sobre Almirantes-de-Esquadra e Generais-de-Exército. Em caso de visita de Chefe de Estado, Chefe do Governo ou Ministro das Relações Exteriores estrangeiros, o Chefe da Missão diplomática brasileira no país do visitante, sendo Ministro de 1º classe, terá precedência sobre seus colegas, com exceção do Secretário-Geral de Política Exterior.

Ministros do Tribunal Superior do Trabalho

Vice-Almirante

Generais-de-Divisão

Embaixadores (Ministros de 1ª classe)

Majores-Brigadeiros

Chefes de Igreja sediados no Brasil

Arcebispos católicos ou equivalentes de outras religiões

Presidente do Tribunal de Contas da União

Presidente do Tribunal Marítimo

Diretores-Gerais das Secretarias do Senado Federal e da Câmara dos Deputados

Substitutos eventuais dos Ministros de Estado

Secretários-Gerais dos Ministérios

Reitores da universidades Federais

Diretor-Geral do Departamento de Polícia Federal

Presidente do Banco Central do Brasil

Presidente do Banco do Brasil

Presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico

Presidente do Banco Nacional de Habilitação

Ministros do Tribunal de Contas da União

Juízes do Tribunal Superior do Trabalho

111

Subprocuradores-Gerais da República

Procuradores-Gerais da Justiça Militar

Procuradores-Gerai da Justiça do Trabalho

Procuradores-Gerais do Tribunal de Contas da União

Vice-Governadores de outros Estados da União

Secretário da Receita Federal

Personalidades inscritas no Livro do Mérito

Prefeitos da cidade em que se processa a cerimônia

Presidente da Câmara Municipal da cidade em que se processa a cerimônia

Juiz de Direito da Comarca em que se processa a cerimonia

Prefeitos das cidades de mais de um milhão (1.000.000) de habitantes

Presidente da Caixa Econômica Federal

Ministros-Conselheiros estrangeiros

Cônsules-Gerais estrangeiros

Adidos Militares estrangeiros

(Oficiais Generais)

7 - Contra-Almirantes

Generais-de-Brigada

Embaixadores Comissionados ou Ministros de 2ª classe

Brigadeiros-do-Ar.

Direito-Geral do Departamento Administrativo do Pessoal Civil

Chefe do Gabinete da Vice-Presidência da República

Subchefes dos Gabinetes Militar e Civil da Presidência da República

Assessor Especial da Presidência da República

Assessor-Chefe da Assessoria Especial de Relações Públicas da Presidência da República.

Assistente-Secretário do Chefe do Gabinete Militar da Presidência da República

Secretários Particulares do Presidente da República

Chefe do Cerimonial da Presidência da República

112

Secretários de Imprensa da Presidência da República

Diretor-Geral da Agência Nacional

Presidente da Central de Medicamentos

Chefe do Gabinete da Secretaria Geral do Conselho de Segurança Nacional

Chefe do Gabinete do Serviço Nacional de Informações

Chefe do Gabinete do Estado-Maior das Forças Armadas

Chefe da Agência Central do Serviço Nacional de Informações

Presidente do Tribunal Regional Eleitoral

Governadores dos Territórios

Procurador da República no Estado

Procurador-Geral do Estado

Presidente do Tribunal Regional do Trabalho

Presidente do Tribunal de Contas do Estado

Presidente do Tribunal de Alçado do Estado

Presidente do Conselho Nacional de Pesquisas

Presidente do Conselho Federal de Educação

Presidente do conselho Federal de Cultura

Chanceler da Ordem Nacional do Mérito

Presidente da Academia Brasileira de Letras

Presidente da Academia Brasileira de Ciências

Presidente da Associação Brasileira de Imprensa

Diretores do Gabinete Civil da Presidência da República

Diretores-Gerais dos Departamentos de Ministérios

Superintendentes de Órgãos Federais

Presidentes dos Institutos e Fundações Nacionais

Presidentes dos Conselhos e Comissões Federais

Presidentes das Entidades Autárquicas, Sociedade de Economia Mista e Empresas Públicas de âmbito nacional

113

Chefes dos Gabinetes dos Ministros de Estado

Reitores das Universidades Estaduais e Particulares

Membros do Conselho Nacional de Pesquisas

Membros do Conselho Federal de Educação

Membros do Conselhos Federal de Cultura

Secretários do Governo do Estado em que se processa a cerimônia

Bispos católicos ou equivalentes de outras religiões

Conselheiros estrangeiros

Adidos e Adjuntos Militares estrangeiros (Capitães-de-Mar-e-Guerra, Coronéis e Coronéis-Aviadores)

Presidentes das Confederações Patronais e de Trabalhadores de âmbito nacional

Consultores Jurídicos dos Ministérios

Membros da Academia Brasileira de Letras

Membros da Academia Brasileira de Ciências

Diretores do Banco Central do Brasil

Diretores do Banco do Brasil

Diretores do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico

Diretores do Banco Nacional de Habitação

Capitães-de-Mar-e-Guerra

Coronéis

Conselheiros

Coronéis-Aviadores

Deputados do Estado em que se processa a cerimônia

Desembargadores do Tribunal de Justiça do Estado em que se processa a cerimônia

Adjuntos dos Gabinetes Militar e Civil da Presidência da República

Prefeitos das cidades de mais de quinhentos mil (500.000) habitantes

Delegados dos Ministérios no Estado em que se processa a cerimônia

Primeiros Secretários estrangeiros

114

Cônsules estrangeiros

Consultor-Geral do Estado em que se processa a cerimônia Juízes do Tribunal Marítimo Juizes do Tribunal Regional Eleitoral do Estado em que se processa a cerimônia

Juizes do Tribunal Regional do Trabalho do Estado em que se processa a cerimônia

Presidentes das Câmaras Municipais da Capital e das cidades de mais de um milhão (1.000.000) de habitantes.

Adidos e Adjuntos Militares estrangeiros (Capitães-de-Fragata, Tenentes-Coronéis e Tenentes-Coronéis-Aviadores)

9 - Juiz Federal

Juizes do Tribunal de Contas do Estado em que se processa a cerimônia

Juizes do Tribunal de Alçada do Estado em que se processa a cerimônia

Presidentes dos Institutos e Fundações Regionais e Estaduais

Presidentes das Entidades Autárquicas, Sociedades de Economia Mista e Empresas Públicas de âmbito regional ou Estadual Diretores das Faculdades Federais

Monsenhores católicos ou equivalentes de outras religiões

Ajudantes-de-Ordem do Presidente da República (Majores)

Capitães-de-Fragata

Tenentes-Coroneis

Primeiros-Secretários

Tenentes-Coronéis-Aviadores

Chefes de Serviço da Presidência da República

Presidentes das Federações Patrimoniais e de Trabalhadores de âmbito regional ou estadual

Presidentes das Câmaras Municipais das Capitais dos Estados da união e das cidades de mais de quinhentos mil (500.000) habitantes

Juizes de Direito

Procuradores Regionais do Trabalho

Diretores de Repartições Federais

Auditores da Justiça Militar

Auditores do Tribunal de Contas

Promotores Públicos

115

Procuradores Adjuntos da República

Diretores das Faculdades Estaduais e Particulares

Segundos Secretários estrangeiros

Vice-Cônsules estrangeiros

Adidos e Adjuntos Militares Militares estrangeiros (Capitães-de-Corveta, Majores e Majores-Aviadores)

10 - Ajudante-de-Ordem do Presidente da República (Capitães)

Adjuntos dos Serviços da Presidência da República

Oficiais do Gabinete Civil da Presidência da República

Chefes de Departamento das Universidades Federais

Diretores de Divisão dos Ministérios

Prefeitos das cidades de mais de cem mil (100.000) habitantes Capitães-de-Corveta

Majores

Segundos Secretários

Majores-Aviadores

Secretários-Gerais dos Territórios

Diretores de Departamento das Secretarias do Estado em que se processa a cerimônia

Presidentes dos Conselhos Estaduais

Chefes de Departamento das Universidades Estaduais e Particulares

Presidentes das Câmaras Municipais das cidades de mais de cem mil (100.000) habitantes

Terceiros Secretários estrangeiros

Adidos e Adjuntos Militares estrangeiros (Capitães-Tenentes, Capitães e Capitães-Aviadores)

11 - Professores de Universidade e demais Prefeitos Municipais

Cônegos católicos ou equivalentes de outras religiões

Capitães-Tenentes

Capitães

Terceiros Secretários

Capitães-Aviadores

116

Presidentes das demais Câmaras Municiais

Diretores de Repartições do Estado em que se processa a cerimônia

Diretores de Escolas de Ensino Secundário

Vereadores Municipais

A ordem de precedência nas cerimônias oficiais, de caráter estadual, será a seguinte:

1 - Governador

Cardeais

2 - Vice-Governador

3 - Presidente da Assembléia Legislativa

Presidente do Tribunal de Justiça

4 - Almirante-de-Esquadra

Generais-de-Exército

Tententes-Brigadeiros

Prefeito da Capital estadual em que se processa a cerimônia

5 - Vice-Almirantes

Generais-de-Divisão

Majores-Brigadeiros

Chefes de Igreja sediados no Brasil

Arcebispos católicos ou equivalentes em outras religiões

Reitores das Universidades Federais

Personalidades inscritas no Livro do Mérito

Prefeito da cidade em que se processa a cerimônia

Presidente da Câmara Municipal da cidade em que se processa a cerimônia

Juiz de Direito da Comarca em que se processa a cerimônia

Prefeitos das cidades de mais de um milhão (1.000.000) de habitantes

6 - Contra-Almirantes

Generais-de-Brigada

Brigadeiros-do-Ar

117

Presidente do Tribunal Regional Eleitoral

Procurador Regional da República no Estado

Procurador-Geral do Estado

Presidente do Tribunal Regional do Trabalho

Prasidente do Tribunal de Contas

Presidente do Tribunal de Alçada

Chefe da Agência do Serviço Nacional de Informações

Superintendentes de Órgãos Federais

Presidentes dos Institutos e Fundações Nacionais

Presidentes dos Conselhos e Comissões Federais

Presidentes das Entidades Autárquicas, sociedades de Economia Mista e Empresas Públicas de âmbito nacional

Reitores das Universidades Estaduais e Particulares

Membros do Conselho Nacional de Pesquisas

Membros do Conselho Federal de Educação

Membros do Conselho Federal de Cultura

Secretários de Estado

Bispo católicos ou equivalentes de outras religiões

7 - Presidentes das Confederações Patronais e de Trabalhadores de âmbito nacional

Membros da Academia Brasileira de Letras

Membros da Academia Brasileira de Ciências

Diretores do Banco Central do Brasil

Diretores do Banco do Brasil

Diretores do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico

Diretores do Banco Nacional de Habitação

Capitães-de-Mar-e-Guerra

Coronéis

Coronéis-Aviadores

118

Deputados Estaduais

Desembargadores do Tribunal de Justiça

Prefeitos das cidades de mais de quinhentos mil (500.000) habitantes

Delegados dos Ministérios

Cônsules estrangeiros

Consultor-Geral do Estado

Juizes do Tribunal Regional Eleitoral

Juizes do Tribunal Regional do Trabalho

Presidentes das Câmaras Municipais da Capital e das cidades de mais de um milhão (1.000.000) habitantes

8 - Juiz Federal

Juiz do Tribunal de Contas

Juizes do Tribunal de Alçada

Presidentes dos Institutos e Fundações Regionais e Estaduais

Presidentes das Entidades Autarquicas, Sociedades de Economia Mista e Empresas Públicas de âmbito regional ou estadual

Diretores das Faculdades Federais

Monsenhores católicos ou equivalentes de outras religiões

Capitães-de-Fragata

Tenentes-Coroneis

Tenentes-Coroneis-Aviadores

Presidentes das Federações Patronais e de Trabalhadores de âmbito regional ou estadual

Presidentes das Câmaras Municipais das cidades de mais de quinhentos mil (500.000) habitantes

Juizes de Direito

Procurador Regional do Trabalho

Auditores da Justiça Militar

Auditores do Tribunal de Contas

Promotores Públicos

119

Diretores das Faculdades Estaduais e Particulares

Vice-Cônsules estrangeiros

9 - Chefes de Departamento das Universidades Federais Prefeitos das cidades de mais de cem mil (100.000) habitantes

Capitães-de-Coverta

Majores

Majores-Aviadores

Diretores de Departamento das Secretarias

Presidentes dos Conselhos Estaduais

Chefes de Departamento das Universidades Estaduais e Particulares

Presidentes das Câmaras Municipais das cidades de mais de cem mil (100.000) habitantes

10 - Professores de Universidade Demais Prefeitos Municipais

Cônegos católicos ou equivalentes de outras religiões

Capitães-Tenentes

Capitães

Capitães-Aviadores

Presidentes das demais Câmaras Municipais

Diretores de Repartição

Diretores de Escolas de Ensino Secundário

Vereadores Municipais

120

ANEXO II

Presidência da República

Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos

LEI No 5.700, DE 1 DE SETEMBRO DE 1971.

Texto compilado Dispõe sobre a forma e a apresentação dos Símbolos Nacionais, e dá outras providências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que o CONGRESSO NACIONAL decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

CAPÍTULO I

Disposição Preliminar

Art. 1º São Símbolos Nacionais, e inalteráveis: I - A Bandeira Nacional; II - O Hino Nacional. Parágrafo único. São também Símbolos Nacionais, na forma da lei que os instituiu: I - As Armas Nacionais; II - O Sêlo Nacional.

Art. 1° São Símbolos Nacionais: (Redação dada pela Lei nº 8.421, de 1992)

I - a Bandeira Nacional; (Redação dada pela Lei nº 8.421, de 1992)

II - o Hino Nacional; (Redação dada pela Lei nº 8.421, de 1992)

III - as Armas Nacionais; e (Incluído pela Lei nº 8.421, de 1992)

IV - o Selo Nacional. (Incluído pela Lei nº 8.421, de 1992)

CAPÍTULO II

Da forma dos Símbolos Nacionais

SEÇÃO I

Dos Símbolos em Geral

Art. 2º Consideram-se padrões dos Símbolos Nacionais os modelos compostos de conformidade com as especificações e regras básicas estabelecidas na presente lei.

SEÇÃO II

121

Da Bandeira Nacional

Art. 3º A Bandeira Nacional, de conformidade com o disposto na Constituição, é a que foi adotada pelo Decreto nº 4, de 19 de novembro de 1889, com a modificação feita pela Lei nº 5.443, de 28 de maio de 1968. (Anexo nº 1).

Parágrafo único. Na Bandeira Nacional está representado, em lavor artístico, um aspecto do céu do Rio de Janeiro, com a constelação "Cruzeiro do Sul" no meridiano, idealizado como visto por um observador situado na vertical que contém o zênite daquela cidade, numa esfera exterior à que se vê na Bandeira.

Art. 3° A Bandeira Nacional, adotada pelo Decreto n° 4, de 19 de novembro de 1889, com as modificações da Lei n° 5.443, de 28 de maio de 1968, fica alterada na forma do Anexo I desta lei, devendo ser atualizada sempre que ocorrer a criação ou a extinção de Estados. (Redação dada pela Lei nº 8.421, de 1992)

§ 1° As constelações que figuram na Bandeira Nacional correspondem ao aspecto do céu, na cidade do Rio de Janeiro, às 8 horas e 30 minutos do dia 15 de novembro de 1889 (doze horas siderais) e devem ser consideradas como vistas por um observador situado fora da esfera celeste. (Incluído pela Lei nº 8.421, de 1992)

§ 2° Os novos Estados da Federação serão representados por estrelas que compõem o aspecto celeste referido no parágrafo anterior, de modo a permitir-lhes a inclusão no círculo azul da Bandeira Nacional sem afetar a disposição estética original constante do desenho proposto pelo Decreto n° 4, de 19 de novembro de 1889. (Incluído pela Lei nº 8.421, de 1992)

§ 3° Serão suprimidas da Bandeira Nacional as estrelas correspondentes aos Estados extintos, permanecendo a designada para representar o novo Estado, resultante de fusão, observado, em qualquer caso, o disposto na parte final do parágrafo anterior. (Incluído pela Lei nº 8.421, de 1992)

Art. 4º A Bandeira Nacional em tecido, para as repartições públicas em geral, federais, estaduais, e municipais, para quartéis e escolas públicas e particulares, será executada em um dos seguintes tipos: tipo 1, com um pano de 45 centímetros de largura; tipo 2, com dois panos de largura; tipo 3, três panos de largura; tipo 4 quatro panos de largura; tipo 5, cinco panos de largura; tipo 6, seis panos de largura; tipo 7, sete panos de largura.

Parágrafo único. Os tipos enumerados neste artigo são os normais. Poderão ser fabricados tipos extraordinários de dimensões maiores, menores ou intermediárias, conforme as condições de uso, mantidas, entretanto, as devidas proporções.

Art. 5º A feitura da Bandeira Nacional obedecerá às seguintes regras (Anexo nº 2):

I - Para cálculo das dimensões, tomar-se-á por base a largura desejada, dividindo-se esta em 14 (quatorze) partes iguais. Cada uma das partes será considerada uma medida ou módulo.

II - O comprimento será de vinte módulos (20M).

III - A distância dos vértices do losango amarelo ao quadro externo será de um módulo e sete décimos (1,7M).

IV - O círculo azul no meio do losango amarelo terá o raio de três módulos e meio (3,5M).

V - O centro dos arcos da faixa branca estará dois módulos (2M) à esquerda do ponto do encontro do prolongamento do diâmetro vertical do círculo com a base do quadro externo (ponto C indicado no Anexo nº 2).

122

VI - O raio do arco inferior da faixa branca será de oito módulos (8M); o raio do arco superior da faixa branca será de oito módulos e meio (8,5M).

VII - A largura da faixa branca será de meio módulo (0,5M).

VIII - As letras da legenda Ordem e Progresso serão escritas em côr verde. Serão colocadas no meio da faixa branca, ficando, para cima e para baixo, um espaço igual em branco. A letra P ficará sôbre o diâmetro vertical do círculo. A distribuição das demais letras far-se-á conforme a indicação do Anexo nº 2. As letras da palavra Ordem e da palavra Progresso terão um têrço de módulo (0,33M) de altura. A largura dessas letras será de três décimos de módulo (0,30M). A altura da letra da conjunção E será de três décimos de módulo (0,30M). A largura dessa letra será de um quarto de módulo (0,25M).

IX - As estrêlas serão de 5 (cinco) dimensões: de primeira, segunda, terceira, quarta e quinta grandezas. Devem ser traçadas dentro de círculos cujos diâmetros são: de três décimos de módulo (0,30M) para as de primeira grandeza; de um quarto de módulo (0,25M) para as de segunda grandeza; de um quinto de módulo (0,20M) para as de terceira grandeza; de um sétimo de módulo (0,14M) para as de quarta grandeza; e de um décimo de módulo (0,10M) para a de quinta grandeza.

X - As duas faces devem ser exatamente iguais, com a faixa branca inclinada da esquerda para a direita (do observador que olha a faixa de frente), sendo vedado fazer uma face como avêsso da outra.

SEÇÃO III

Do Hino Nacional

Art. 6º O Hino Nacional é composto da música de Francisco Manoel da Silva e do poema de Joaquim Osório Duque Estrada, de acôrdo com o que dispõem os Decretos nº 171, de 20 de janeiro de 1890, e nº 15.671, de 6 de setembro de 1922, conforme consta dos Anexos números 3, 4, 5, 6, e 7.

Parágrafo único. A marcha batida, de autoria do mestre de música Antão Fernandes, integrará as instrumentações de orquestra e banda, nos casos de execução do Hino Nacional, mencionados no inciso I do art. 25 desta lei, devendo ser mantida e adotada a adaptação vocal, em fá maior, do maestro Alberto Nepomuceno.

SEÇÃO IV

Das Armas Nacionais

Art. 7º As Armas Nacionais são as instituídas pelo Decreto nº 4 de 19 de novembro de 1889 com a alteração feita pela Lei nº 5.443, de 28 de maio de 1968 (Anexo nº 8).

Art. 8º A feitura das Armas Nacionais deve obedecer à proporção de 15 (quinze) de altura por 14 (quatorze) de largura, e atender às seguintes disposições:

I - O escudo redondo será constituído em campo azul-celeste, contendo cinco estrêlas de prata, dispostas na forma da constelação do Cruzeiro do Sul, com a bordadura do campo perfilada de ouro, carregada de vinte e duas estrêlas de prata.

I - o escudo redondo será constituído em campo azul-celeste, contendo cinco estrelas de prata, dispostas na forma da constelação Cruzeiro do sul, com a bordadura do campo perfilada de ouro, carregada de estrelas de prata em número igual ao das estrelas existentes na Bandeira Nacional; (Redação dada pela Lei nº 8.421, de 1992)

123

II - O escudo ficará pousado numa estrêla partida-gironada, de 10 (dez) peças de sinopla e ouro, bordada de 2 (duas) tiras, a interior de goles e a exterior de ouro.

III - O todo brocante sôbre uma espada, em pala, empunhada de ouro, guardas de blau, salvo a parte do centro, que é de goles e contendo uma estrêla de prata, figurará sôbre uma coroa formada de um ramo de café frutificado, à destra, e de outro de fumo florido, à sinistra, ambos da própria côr, atados de blau, ficando o conjunto sôbre um resplendor de ouro, cujos contornos formam uma estrêla de 20 (vinte) pontas.

IV - Em listel de blau, brocante sôbre os punhos da espada, inscrever-se-á, em ouro, a legenda República Federativa do Brasil, no centro, e ainda as expressões "15 de novembro", na extremidade destra, e as expressões "de 1889", na sinistra.

SEÇÃO V

Do Sêlo Nacional

Art. 9º O Sêlo Nacional será constituído, de conformidade com o Anexo nº 9, por um círculo representando uma esfera celeste, igual ao que se acha no centro da Bandeira Nacional, tendo em volta as palavras República Federativa do Brasil. Para a feitura do Sêlo Nacional observar-se-á o seguinte:

I - Desenham-se 2 (duas) circunferências concêntricas, havendo entre os seus raios a proporção de 3 (três) para 4 (quatro).

II - A colocação das estrêlas, da faixa e da legenda Ordem e Progresso no círculo inferior obedecerá as mesmas regras estabelecidas para a feitura da Bandeira Nacional.

III - As letras das palavras República Federativa do Brasil terão de altura um sexto do raio do círculo inferior, e, de largura, um sétimo do mesmo raio.

CAPÍTULO III

Da Apresentação dos Símbolos Nacionais

SEÇÃO I

Da Bandeira Nacional

Art. 10. A Bandeira Nacional pode ser usada em tôdas as manifestações do sentimento patriótico dos brasileiros, de caráter oficial ou particular.

Art. 11. A Bandeira Nacional pode ser apresentada:

I - Hasteada em mastro ou adriças, nos edifícios públicos ou particulares, templos, campos de esporte, escritórios, salas de aula, auditórios, embarcações, ruas e praças, e em qualquer lugar em que lhe seja assegurado o devido respeito;

II - Distendida e sem mastro, conduzida por aeronaves ou balões, aplicada sôbre parede ou prêsa a um cabo horizontal ligando edifícios, árvores, postes ou mastro;

III - Reproduzida sôbre paredes, tetos, vidraças, veículos e aeronaves;

IV - Compondo, com outras bandeiras, panóplias, escudos ou peças semelhantes;

V - Conduzida em formaturas, desfiles, ou mesmo individualmente;

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VI - Distendida sôbre ataúdes, até a ocasião do sepultamento.

Art. 12. A Bandeira Nacional estará permanentemente no tôpo de um mastro especial plantado na Praça dos Três Podêres de Brasília, no Distrito Federal, como símbolo perene da Pátria e sob a guarda do povo brasileiro.

§ 1º A substituição dessa Bandeira será feita com solenidades especiais no 1º domingo de cada mês, devendo o novo exemplar atingir o topo do mastro antes que o exemplar substituído comece a ser arriado.

§ 2º Na base do mastro especial estarão inscritos exclusivamente os seguintes dizeres:

Sob a guarda do povo brasileiro, nesta Praça dos Três Podêres, a Bandeira sempre no alto.

- visão permanente da Pátria.

Art. 13. Hasteia-se diàriamente a Bandeira Nacional:

Art. 13. Hasteia-se diariamente a Bandeira Nacional e a do Mercosul: (Redação dada pela Lei nº 12.157, de 2009).

I - No Palácio da Presidência da República e na residência do Presidente da República;

II - Nos edifícios-sede dos Ministérios;

III - Nas Casas do Congresso Nacional;

IV - No Supremo Tribunal Federal, nos Tribunais Superiores e nos Tribunais Federais de Recursos;

IV - No Supremo Tribunal Federal, nos Tribunais Superiores, nos Tribunais Federais de Recursos e nos Tribunais de Contas da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; (Redação dada pela Lei nº 5.812, de 1972).

V - Nos edifícios-sede dos podêres executivo, legislativo e judiciário dos Estados, Territórios e Distrito Federal;

VI - Nas Prefeituras e Câmaras Municipais;

VII - Nas repartições federais, estaduais e municipais situadas na faixa de fronteira;

VIII - Nas Missões Diplomáticas, Delegações junto a Organismo Internacionais e Repartições Consulares de carreira respeitados os usos locais dos países em que tiverem sede.

IX - Nas unidades da Marinha Mercante, de acôrdo com as Leis e Regulamentos da navegação, polícia naval e praxes internacionais.

Art. 14. Hasteia-se, obrigatòriamente, a Bandeira Nacional, nos dias de festa ou de luto nacional, em tôdas as repartições públicas, nos estabelecimentos de ensino e sindicatos.

Parágrafo único. Nas escolas públicas ou particulares, é obrigatório o hasteamento solene da Bandeira Nacional, durante o ano letivo, pelo menos uma vez por semana.

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Art. 15. A Bandeira Nacional pode ser hasteada e arriada a qualquer hora do dia ou da noite.

§ 1º Normalmente faz-se o hasteamento às 8 horas e o arriamento às 18 horas.

§ 2º No dia 19 de novembro, Dia da Bandeira, o hasteamento é realizado às 12 horas, com solenidades especiais.

§ 3º Durante a noite a Bandeira deve estar devidamente iluminada.

Art. 16. Quando várias bandeiras são hasteadas ou arriadas simultâneamente, a Bandeira Nacional é a primeira a atingir o tope e a ultima a dêle descer.

Art. 17. Quando em funeral, a Bandeira fica a meio-mastro ou a meia-adriça. Nesse caso, no hasteamento ou arriamento, deve ser levada inicialmente até o tope.

Parágrafo único. Quando conduzida em marcha, indica-se o luto por um laço de crepe atado junto à lança.

Art. 18. Hasteia-se a Bandeira Nacional em funeral nas seguintes situações, desde que não coincidam com os dias de festa nacional:

I - Em todo o País, quando o Presidente da República decretar luto oficial;

II - Nos edifícios-sede dos podêres legislativos federais, estaduais ou municipais, quando determinado pelos respectivos presidentes, por motivo de falecimento de um de seus membros;

III - No Supremo Tribunal Federal, nos Tribunais Superiores, nos Tribunais Federais de Recursos e nos Tribunais de Justiça estaduais, quando determinado pelos respectivos presidentes, pelo falecimento de um de seus ministros ou desembargadores;

III - No Supremo Tribunal Federal, nos Tribunais Superiores, nos Tribunais Federais de Recursos, nos Tribunais de Contas da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios e nos Tribunais de Justiça estaduais, quando determinado pelos respectivos presidentes, pelo falecimento de um de seus ministros, desembargadores ou conselheiros. (Redação dada pela Lei nº 5.812, de 1972).

IV - Nos edifícios-sede dos Governos dos Estados, Territórios, Distrito Federal e Municípios, por motivo do falecimento do Governador ou Prefeito, quando determinado luto oficial pela autoridade que o substituir;

V - Nas sedes de Missões Diplomáticas, segundo as normas e usos do país em que estão situadas.

Art. 19. A Bandeira Nacional, em tôdas as apresentações no território nacional, ocupa lugar de honra, compreendido como uma posição:

I - Central ou a mais próxima do centro e à direita dêste, quando com outras bandeiras, pavilhões ou estandartes, em linha de mastros, panóplias, escudos ou peças semelhantes;

II - Destacada à frente de outras bandeiras, quando conduzida em formaturas ou desfiles;

III - A direita de tribunas, púlpitos, mesas de reunião ou de trabalho.

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Parágrafo único. Considera-se direita de um dispositivo de bandeiras a direita de uma pessoa colocada junto a êle e voltada para a rua, para a platéia ou de modo geral, para o público que observa o dispositivo.

Art. 20. A Bandeira Nacional, quando não estiver em uso, deve ser guardada em local digno.

Art. 21. Nas repartições públicas e organizações militares, quando a Bandeira é hasteada em mastro colocado no solo, sua largura não deve ser maior que 1/5 (um quinto) nem menor que 1/7 (um sétimo) da altura do respectivo mastro.

Art. 22. Quando distendida e sem mastro, coloca-se a Bandeira de modo que o lado maior fique na horizontal e a estrela isolada em cima, não podendo ser ocultada, mesmo parcialmente, por pessoas sentadas em suas imediações.

Art. 23. A Bandeira Nacional nunca se abate em continência.

SEÇÃO II

Do Hino Nacional

Art. 24. A execução do Hino Nacional obedecerá às seguintes prescrições:

I - Será sempre executado em andamento metronômico de uma semínima igual a 120 (cento e vinte);

II - É obrigatória a tonalidade de si bemol para a execução instrumental simples;

III - Far-se-á o canto sempre em uníssono;

IV - Nos casos de simples execução instrumental tocar-se-á a música integralmente, mas sem repetição; nos casos de execução vocal, serão sempre cantadas as duas partes do poema;

V - Nas continências ao Presidente da República, para fins exclusivos do Cerimonial Militar, serão executados apenas a introdução e os acordes finais, conforme a regulamentação específica.

Art. 25. Será o Hino Nacional executado:

I - Em continência à Bandeira Nacional e ao Presidente da República, ao Congresso Nacional e ao Supremo Tribunal Federal, quando incorporados; e nos demais casos expressamente determinados pelos regulamentos de continência ou cerimônias de cortesia internacional;

II - Na ocasião do hasteamento da Bandeira Nacional, previsto no parágrafo único do art. 14.

§ 1º A execução será instrumental ou vocal de acôrdo com o cerimonial previsto em cada caso.

§ 2º É vedada a execução do Hino Nacional, em continência, fora dos casos previstos no presente artigo.

§ 3º Será facultativa a execução do Hino Nacional na abertura de sessões cívicas, nas cerimônias religiosas a que se associe sentido patriótico, no início ou no encerramento das

127

transmissões diárias das emissoras de rádio e televisão, bem assim para exprimir regozijo público em ocasiões festivas.

§ 4º Nas cerimônias em que se tenha de executar um Hino Nacional Estrangeiro, êste deve, por cortesia, preceder o Hino Nacional Brasileiro.

SEÇÃO III

Das Armas Nacionais

Art. 26. É obrigatório o uso das Armas Nacionais;

I - No Palácio da Presidência da República e na residência do Presidente da República;

II - Nos edifícios-sede dos Ministérios;

III - Nas Casas do Congresso Nacional;

IV - No Supremo Tribunal Federal, nos Tribunais Superiores e nos Tribunais Federais de Recursos;

V - Nos edíficios-sede dos podêres executivo, legislativo e judiciário dos Estados, Territórios e Distrito Federal;

VI - Nas Prefeituras e Câmaras Municipais;

VII - Na frontaria dos edifícios das repartições públicas federais;

VIII - Nos quartéis das fôrças federais de terra, mar e ar e das Polícias Militares, nos seus armamentos e bem assim nas fortalezas e nos navios de guerra;

VIII - nos quartéis das forças federais de terra, mar e ar e das Polícias Militares e Corpos de Bombeiros Militares, nos seus armamentos, bem como nas fortalezas e nos navios de guerra; (Redação dada pela Lei nº 8.421, de 1992)

IX - Na frontaria ou no salão principal das escolas públicas;

X - Nos papéis de expediente, nos convites e nas publicações oficiais de nível federal.

SEÇÃO IV

Do Sêlo Nacional

Art. 27. O Sêlo Nacional será usado para autenticar os atos de governo e bem assim os diplomas e certificados expedidos pelos estabelecimentos de ensino oficiais ou reconhecidos.

CAPÍTULO IV

Das Côres Nacionais

Art. 28. Consideram-se côres nacionais o verde e o amarelo.

Art. 29. As Côres nacionais podem ser usadas sem quaisquer restrições, inclusive associadas a azul e branco.

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CAPÍTULO V

Do respeito devido à Bandeira Nacional e ao Hino Nacional

Art. 30. Nas cerimônias de hasteamento ou arriamento, nas ocasiões em que a Bandeira se apresentar em marcha ou cortejo, assim como durante a execução do Hino Nacional, todos devem tomar atitude de respeito, de pé e em silêncio, o civis do sexo masculino com a cabeça descoberta e os militares em continência, segundo os regulamentos das respectivas corporações.

Parágrafo único. É vedada qualquer outra forma de saudação.

Art. 31. São consideradas manifestações de desrespeito à Bandeira Nacional, e portanto proibidas:

I - Apresentá-la em mau estado de conservação.

II - Mudar-lhe a forma, as côres, as proporções, o dístico ou acrescentar-lhe outras inscrições;

III - Usá-la como roupagem, reposteiro, pano de bôca, guarnição de mesa, revestimento de tribuna, ou como cobertura de placas, retratos, painéis ou monumentos a inaugurar;

IV - Reproduzí-la em rótulos ou invólucros de produtos expostos à venda.

Art. 32. As Bandeiras em mau estado de conservação devem ser entregues a qualquer Unidade Militar, para que sejam incineradas no Dia da Bandeira, segundo o cerimonial peculiar.

Art. 33. Nenhuma bandeira de outra nação pode ser usada no País sem que esteja ao seu lado direito, de igual tamanho e em posição de realce, a Bandeira Nacional, salvo nas sedes das representações diplomáticas ou consulares.

Art. 34. É vedada a execução de quaisquer arranjos vocais do Hino Nacional, a não ser o de Alberto Nepomuceno; igualmente não será permitida a execução de arranjos artísticos instrumentais do Hino Nacional que não sejam autorizados pelo Presidente da República, ouvido o Ministério da Educação e Cultura.

CAPÍTULO VI

Das Penalidades

Art. 35. A violação de qualquer disposição da presente lei, excluídos os casos previstos no art. 44 do Decreto-lei nº 898, de 29 de outubro de 1969, sujeita o infrator à multa de 1 (uma) a 4 (quatro) vêzes o maior salário-mínimo em vigor, elevada ao dôbro nos casos de reincidência.

Art. 36. A autoridade policial que tomar conhecimento da infração de que trata o artigo anterior, notificará o autor para apresentar defesa no prazo de 72 (setenta e duas) horas, findo o qual proferirá a sua decisão, impondo ou não a multa.

§ 1º A autoridade policial, antes de proferida a decisão, poderá determinar a realização, dentro do prazo de 10 (dez) dias, de diligências esclarecedoras, se julgar necessário ou se a parte o requerer.

§ 2º Imposta a multa, e uma vez homologada a sua imposição pelo juiz, que poderá proceder a uma instrução sumária, no prazo de 10 (dez) dias, far-se-á a respectiva cobrança, ou a conversão em pena de detenção, na forma da lei penal.

Art. 35 - A violação de qualquer disposição desta Lei, excluídos os casos previstos no art. 44 do Decreto-lei nº 898, de 29 de setembro de 1969, é considerada contravenção,

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sujeito o infrator à pena de multa de uma a quatro vezes o maior valor de referência vigente no País, elevada ao dobro nos casos de reincidência. (Redação dada pela Lei nº 6.913, de 1981).

Art. 36 - O processo das infrações a que alude o artigo anterior obedecerá ao rito previsto para as contravenções penais em geral. (Redação dada pela Lei nº 6.913, de 1981).

CAPÍTULO VII

Disposições Gerais

Art. 37. Haverá nos Quartéis-Generais das Fôrças Armadas, na Casa da Moeda, na Escola Nacional de Música, nas embaixadas, legações e consulados do Brasil, nos museus históricos oficiais, nos comandos de unidades de terra, mar e ar, capitanias de portos e alfândegas, e nas prefeituras municipais, uma coleção de exemplares-padrão dos Símbolos Nacionais, a fim de servirem de modelos obrigatórios para a respectiva feitura, constituindo o instrumento de confronto para a aprovação dos exemplares destinados à apresentação, procedam ou não da iniciativa particular.

Art. 38. Os exemplares da Bandeira Nacional e das Armas Nacionais não podem ser postos à venda, nem distribuídos gratuitamente sem que tragam na tralha do primeiro e no reverso do segundo a marca e o enderêço do fabricante ou editor, bem como a data de sua feitura.

Art. 39. É obrigatório o ensino do desenho e do significado da Bandeira Nacional, bem como do canto e da interpretação da letra do Hino Nacional em todos os estabelecimentos de ensino, públicos ou particulares, do primeiro e segundo graus.

Parágrafo único: Nos estabelecimentos públicos e privados de ensino fundamental, é obrigatória a execução do Hino Nacional uma vez por semana. (Incluído pela Lei nº 12.031, de 2009).

Art. 40. Ninguém poderá ser admitido no serviço público sem que demonstre conhecimento do Hino Nacional.

Art. 41. O Ministério da Educação e Cultura fará a edição oficial definitiva de tôdas as partituras do Hino Nacional e bem assim promoverá a gravação em discos de sua execução instrumental e vocal, bem como de sua letra declamada.

Art. 42. Incumbe ainda ao Ministério da Educação e Cultura organizar concursos entre autores nacionais para a redução das partituras de orquestras do Hino Nacional para orquestras restritas.

Art. 43. O Poder Executivo regulará os pormenores de cerimonial referentes aos Símbolos Nacionais.

Art. 44. O uso da Bandeira Nacional nas Fôrças Armadas obedece as normas dos respectivos regulamentos, no que não colidir com a presente Lei.

Art. 45. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, ficando revogadas a de nº 5.389, de 22 de fevereiro de 1968, a de nº 5.443, de 28 de maio de 1968, e demais disposições em contrário.

Brasília, 1 de setembro de 1971; 150º da Independência e 83º da República.

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EMÍLIO G. MÉDICI Alfredo Buzaid Adalberto de Barros Nunes Orlando Geisel Mário Gibson Barboza Antonio Delfim Netto Mário David Andreazza L. F. Cirne Lima Jarbas G. Passarinho Júlio Barata Mário de Souza e Mello F. Rocha Lagôa Marcus Vinícius Pratini de Moraes Antônio Dias Leite Júnior João Paulo dos Reis Velloso José Costa Cavalcanti Hygino C. Corsetti

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ANEXO III

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ANEXO IV

Universidade Federal Fluminense

Assessoria de Comunicação Social Setor de Relações Públicas e Cerimonial

Das Normas do Cerimonial da Universidade Federal Fluminense O Reitor da Universidade Federal Fluminense, no uso de suas atribuições legais, estatutárias e regimentais, estabelece as Normas de Cerimonial Acadêmico a serem adotadas em todas as solenidades realizadas no âmbito universitário, envolvendo questões de ordem protocolar. Entende-se como: Cerimonial: o cumprimento de formalidades e rituais preestabelecidos pela sociedade e/ou suas representações, como , por exemplo, militares, religiosas e políticas, em eventos envolvendo autoridades nacionais e/ou estrangeiras. Protocolo: ordem hierárquica que determina a conduta a ser adotada pelas autoridades e demais pessoas em ocasiões oficiais, em função do papel social que cada uma desempenhe no momento.

CAPÍTULO I

Da Competência da Assessoria de Comunicação Social Setor de Relações Públicas e Cerimonial

Art. 1º . São competências da Assessoria de Comunicação Social – Setor de Relações Públicas e Cerimonial: 1. - utilizar, difundir e orientar o correto emprego das determinações contidas nesta Norma de Serviço; 2. - organizar, orientar e coordenar as solenidades ou recepções que se realizem na Universidade, das quais participem autoridades federais, estaduais, municipais, eclesiásticas, militares e representantes de instituições públicas e privadas, nacionais e/ou estrangeiras; 3. - expedir e controlar os convites para solenidades acadêmicas;

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4.- informar o Reitor e demais autoridades envolvidas no evento sobre o programa a ser cumprido; 5.- opinar em questões de precedência; 6.- articular-se com o Setor de Relações Públicas e Cerimonial de outras instituições para a organização de solenidades a serem realizadas em parceria e por ocasião da visita do Reitor ou de seu representante àquelas instituições.

CAPÍTULO II

Das Cerimônias no Âmbito Universitário Art.2º: São as seguintes as cerimônias no âmbito universitário: 1.- posse e investidura nos cargos de Reitor, Vice-Reitor, Diretores e Vice-Diretores dos Centros Universitários, Diretores e Vice-Diretores das Unidades de Ensino, Chefias e Subchefias dos Departamentos de Ensino e Direção dos Órgãos Complementares; 2.- Aula Magna da abertura do ano letivo da Universidade ; 3.- Colação de Grau; 4.- outorga dos títulos honoríficos de Doutor Honoris Causa, Professor Honoris Causa, Professor Emérito e de Servidor Emérito; 5.- premiações; 6.-efemérides, como, por exemplo, aniversário da UFF e das Unidades (datas redondas), Dia da Bandeira, Dia do Servidor Público e Dia do Professor ; 7.- cerimônias acadêmicas , tais como, abertura e/ou encerramento de congressos, seminários, simpósios e palestras ; 8.- cerimônias sócio-culturais, como, por exemplo, lançamento de publicações e CDs, bem assim a abertura e/ou encerramento de jogos olímpicos ; 9.- marcos comemorativos , como, por exemplo, lançamento de pedra fundamental, obliteração de selos, descerramento de placas, homenagens fúnebres e post mortem ; 10.- assinaturas de acordos, protocolos e convênios entre a UFF e diferentes segmentos da sociedade nos âmbitos nacional e internacional; 11.-visita de autoridades nacionais e/ou estrangeiras à Universidade; 12.-lançamento de campanhas institucionais que visem à difusão da imagem da UFF.

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CAPÍTULO III

Da presença do Reitor ou de seu representante em cerimônias internas e externas

Art. 3º. A presença do Reitor ou de seu representante em cerimônias internas e externas atenderá às seguintes normas: 1.- no caso de convocação da Presidência da República, e/ou do Governo do Estado, o Reitor deverá comparecer sempre; em não sendo possível seu comparecimento, não caberá a indicação de representante; 2.- o Reitor comparecerá ou, em seu impedimento, será oficialmente representado nas cerimônias abaixo relacionadas: a- posses e investiduras de cargos; b- outorga de títulos honoríficos; c- efemérides; d- Aula Magna da abertura do ano letivo da Universidade; e- Colação de Grau; e f- marcos comemorativos.

CAPÍTULO IV

Da Precedência das Autoridades

Art. 4º. A precedência das autoridades, nas cerimônias no âmbito universitário, obedecerá às disposições abaixo discriminadas:

SEÇÃO I

Das Autoridades da Universidade 1.- O Reitor da Universidade Federal Fluminense presidirá sempre à cerimônia a que comparecer. 2.- Na ausência do Reitor, será o Vice-Reitor quem presidirá à cerimônia a que estiver presente. 3.- Na ausência do Reitor e do Vice-Reitor, o Decano do Conselho Universitário presidirá às cerimônias acadêmicas a que estiver presente .

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4- Os Pró-Reitores e Diretores dos Centros Universitários poderão representar o Reitor, desde que sejam oficialmente designados para esse fim. 5- Os Pró-Reitores presidirão às solenidades realizadas no âmbito de suas Pró-Reitorias. 6- Os Diretores dos Centros Universitários presidirão às solenidades promovidas por seus respectivos Centros e Unidades. 6.1- Não comparecendo o Diretor do Centro Universitário, o seu Vice-Diretor assumirá a presidência da cerimônia. 7.- Nas Unidades, a precedência a ser adotada é a estabelecida pelo Estatuto da Universidade, nesta ordem: Diretor, Vice –Diretor, Coordenador de Curso , Chefe e Subchefe de Departamento.

SEÇÃO II

Das Autoridades Externas 8.- Quando presente, o Ministro de Estado da Educação ,ou seu representante, sempre presidirá às cerimônias da Universidade. 9.- Quando o Governador do Estado do Rio de Janeiro, ou seu representante, comparecer a alguma cerimônia, ocupará o lugar à direita do Reitor, ficando a esquerda reservada para o Prefeito de Niterói, ou do Município que estiver sediando a solenidade. 9.1.- Não comparecendo o Governador do Estado do Rio de Janeiro, a precedência, à direita do Reitor, será do Prefeito de Niterói, ou o do Município que estiver sediando o evento. 10.- Ao Arcebispo Metropolitano de Niterói, ou representante equivalente em outra religião, também cabe a deferência de ocupar os primeiros lugares na mesa, ao lado do Reitor. 11.- Os representantes estrangeiros ( embaixadores e/ou cônsules) ocuparão lugares destacados nas cerimônias a que comparecerem. Se houver dois ou mais representantes, estes deverão ser citados na ordem alfabética nominal dos seus respectivos países.

SEÇÃO III

Das Cerimônias com Presidência Dupla 12. - Nas cerimônias realizadas em parceria com outras instituições de relevante importância para a solenidade, poderá ocorrer a presidência dupla, a saber :

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a - Reitor/Governador do Estado do Rio de Janeiro; b - Reitor/Prefeito do Município que estiver sediando a solenidade c – Reitor/Representante de outras Instituições;

SEÇÃO IV

Das Demais Disposições acerca da Precedência 13.Os órgãos de categorias profissionais e acadêmicas, no âmbito da Universidade, tais como a ADUFF, o SINTUFF e o DCE, terão representações asseguradas nas mesas solenes de qualquer evento, permitindo-se o uso da palavra a seus representantes. 13.1- Caberá aos órgãos representativos das categorias acima referidas a indicação dos seus representantes nas cerimônias acadêmicas. 13.2.- Os ex-reitores terão lugar à mesa e serão citados como tal, desde que não estejam ocupando, no momento, nenhum cargo na Administração Universitária. Neste caso, a sua precedência será determinada pela função que então estiver exercendo. 13.3.- As personalidades que tiverem recebido títulos honoríficos da UFF, tais como Doutor Honoris Causa, Professor Emérito ou Servidor Emérito, deverão ter suas presenças destacadas durante a cerimônia, podendo ou não fazer parte da mesa. 13.4.- Ao receber autoridades militares, deve-se observar a sua precedência, de acordo com o critério de criação de cada Ministério e a patente de seu representante, nesta ordem: 1º - Marinha; 2º - Exército; 3º - Aeronáutica.

CAPÍTULO V

Da Composição de Mesas Solenes Art. 5º. A composição de mesas solenes obedecerá aos seguintes preceitos: 1- observância da precedência estabelecida no Capítulo IV; 2- obediência ao grau hierárquico estabelecido pelo Estatuto e pelo Regimento Geral da Universidade, diplomas jurídico-administrativos esses que definem cargos em diferentes níveis dentro da estrutura acadêmica; 3- primazia do anfitrião, como personalidade de destaque nas cerimônias;

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4- respeito ao critério de faixa etária, prevalecendo o mais idoso sobre o mais jovem; 5- reconhecimento do mérito agregado à pessoa, por sua cultura e/ou alto saber; 6- precedência do sexo feminino, de acordo, nesse particular, com a tradição da cultura ocidental; 7- emprego da ordem alfabética, em relação ao nome da pessoa e/ou instituição representada; 8- indicação da autoridade, em razão do seu envolvimento com o tema a ser abordado pelo evento; 9- quando diversas organizações civis e militares estiverem presentes nas cerimônias, deverá ser adotada a Ordem Geral de Precedência, estabelecida nas Normas de Cerimonial Público – fixadas pelo Decreto nº 70.274, de 09/03/72, alterado pelo Decreto nº 83.186/79, da Presidência República.

CAPÍTULO VI

Da Ordem de Discursos e Pronunciamentos Art. 6º. A ordem de discursos e pronunciamentos observará os preceitos abaixo elencados: 1- a autoridade que estiver presidindo a mesa solene fará a abertura e o encerramento da cerimônia; 2- o cerimonial poderá, de ordem da presidência da mesa, fazer a abertura oficial da solenidade; 3- a precedência utilizada para a ordem dos discursos de autoridades será inversa à da composição da mesa. Numa escala, as autoridades hierarquicamente inferiores se pronunciarão em primeiro lugar, não sendo obrigatório que todos façam o uso da palavra. A autoridade de mais elevado nível hierárquico, ou convidado especial, serão os últimos a falar.

CAPÍTULO VII

Símbolos Nacionais e sua Utilização

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Art. 7º- São considerados símbolos nacionais: o Hino, a Bandeira, as Armas e o Selo Nacional.

SEÇÃO I

Do Hino Nacional 1. - O Hino Nacional deverá ser executado na abertura e/ou no encerramento das cerimônias realizadas no âmbito universitário, estando todos os presentes de pé, em posição de respeito. 2. – São ocasiões em que a execução do hino nacional estrangeiro precederá a execução do Hino Nacional Brasileiro: a- abertura e/ou encerramento de eventos realizados em parceria com instituições estrangeiras; b- cerimônia de Colação de Grau nas quais se formem alunos estrangeiros; c- visitas de autoridades estrangeiras. 3- O Hino Nacional Brasileira será executado por ocasião do hasteamento da Bandeira Nacional. 3.1- A execução será instrumental ou vocal, de acordo com o Cerimonial previsto em cada caso. 3.2- Nos casos de tão somente execução instrumental, tocar-se-á a música integralmente, mas sem repetição; nos casos de execução vocal, serão sempre tocadas as duas partes do poema de que se compõe o Hino Nacional.

SEÇÃO II

Da Bandeira Nacional 1.- A Bandeira Nacional 1.1- poderá ser usada em todas as cerimônias oficiais, interna ou externamente, nas dependências da Universidade; 1.2.- estará permanentemente hasteada nos jardins da Reitoria, tendo, ao seu lado direito, a Bandeira do Estado do Rio de Janeiro, e, ao seu lado esquerdo, a Bandeira da UFF; 1.3.- deverá ser hasteada diariamente às 8 horas e arriada às 18 horas; 1.3.1.- quando hasteada após as 18 horas, deverá estar devidamente iluminada;

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1.4.- ocupa lugar de honra em todas as apresentações no território nacional, obedecidas as seguintes posições:

- central, ou a mais próxima do centro, e à direita deste, quando com outras bandeiras, pavilhões ou estandartes, em linha de mastros, panóplias, escudos ou peças semelhantes;

1.5.- poderá ser apresentada à direita de tribunas, púlpitos, mesas de reunião ou trabalho, respeitadas as disposições a seguir: 1.5.1.- considera-se direita de um dispositivo de bandeiras o lado direito de uma pessoa situada junto à Bandeira Nacional e voltada para a rua, bem como para o público que observa o Pavilhão Nacional ; 1.5.2.- a Bandeira Nacional jamais poderá ser ocultada, nem mesmo por quem estiver sentado perto dela. 1.6.- No dia 19 de novembro, Dia da Bandeira, o seu hasteamento será realizado pontualmente às 12 horas, em solenidade especial, nos jardins da Reitoria. 1.7.- Quando não estiver em uso, a Bandeira Nacional deverá ser preservada e em condições dignas. Quando indicar desgaste em sua conservação, deverá ser encaminhada ao órgão competente para as providências cabíveis. 1.8.- Quando hasteada em mastro colocado no solo, sua largura não deverá ser maior que a de 1/5 (um quinto), nem menor que a de 1/7 (um sétimo) da altura do seu respectivo mastro. 1.9.- Quando distendida e sem mastro, a Bandeira Nacional deverá ser apresentada de tal modo que o seu lado maior fique na horizontal, e sua estrela isolada, que, em cima representa o Estado do Pará, não poderá, ainda que parcialmente, ser ocultada por pessoas que se achem sentadas em suas imediações.

SEÇÃO III

Do Selo Nacional 1. – O Selo Nacional será usado para autenticar os atos acadêmicos, assim como os diplomas e os certificados expedidos pela Universidade.

CAPÍTULO VIII

Das Formas de Tratamento

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Art.8º. A utilização das formas de tratamento reger-se-á pelas disposições a seguir discriminadas: 1.- o emprego dos pronomes de tratamento obedecerá ao que determina o Manual de Redação da Presidência da República (1992); 2.- cabe apenas ao Reitor a atribuição do tratamento de Magnífico Reitor. O Vice-Reitor, mesmo no exercício da Reitoria, e demais autoridades acadêmicas, receberão o tratamento de Excelência.

CAPÍTULO I X

Dos Trajes

Art. 9º. A utilização dos trajes em cerimônias no âmbito universitário obedecerá aos seguintes preceitos: 1.- o Reitor, os membros do Conselho Universitário e os docentes apresentar-se-ão em vestes talares, com ou sem insígnias, conforme a natureza da solenidade, nas cores nacionalmente reconhecidas como tradicionais; 2.- as vestes talares compõem-se de beca negra, seguindo o modelo tradicional da Universidade, podendo ser utilizadas pelos alunos por ocasião das solenidades de sua Colação de Grau; 3.- nas solenidades em que se exija o uso das vestes talares, estas deverão ser acompanhadas por pelerines nas cores de cada Curso; 4.- consideram –se cores oficiais da Universidade Federal Fluminense o azul e o branco. 5.- são consideradas insígnias do Reitor a pelerine e o capelo brancos; as do Vice-Reitor, a meia pelerine e o capelo, ambos brancos;

CAPÍTULO X

Da Identificação Visual da Universidade Art. 10.- A logomarca da UFF deverá constar em todos os seus documentos, de modo a firmar a chancela da Universidade, bem como permitir a imediata identificação visual da Instituição.

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ANEXO V

Ordens de Serviço - PROGRAD

ORDEM DE SERVIÇO PROGRAD N.º xxxx DE __/__/___

Dispõe sobre a cerimônia de colação de grau dos formandos desta universidade.

Considerando o caráter oficial da cerimônia de colação de grau e a necessidade de adequação do evento

às normas vigentes, a PROGRAD resolve expedir a presente Ordem de Serviço:

1) A solenidade de Formatura terá duração, máxima, de 1 (uma) hora.

2) A mesa da solenidade será constituída pelas seguintes autoridades ou seus representantes legais:

a) Reitor;

b) Pró-Reitor de Graduação;

c) Decano do Centro Universitário;

d) Diretor da Escola;

e) Paraninfo;

f) Patrono;

g) Presidente do Conselho Regional de profissionais.

3) A primeira fila de cadeiras da platéia será reservada para os homenageados e convidados especiais.

4) Discursos:

Usarão da palavra, oficialmente, o Paraninfo (que deve ser o último a discursar), o Orador da Turma e o

Patrono (facultativo).

OBS.: Cada discurso terá duração máxima de 8 (oito) minutos.

5) A imposição de grau será feita pelo Decano do Centro Universitário ou por seu representante legal.

6) A leitura nominal dos formandos será feita pela EQUIPE DE CERIMONIAL.

7) A abertura, a condução e o encerramento da solenidade serão da competência do REITOR ou seu

substituto.

8) Os convites para a cerimônia de colação de grau deverão ser enviados, obrigatoriamente, às seguintes

autoridades:

Reitor;

Vice-Reitor;

Pró-Reitores;

Decano da UFF;

Diretor da Escola;

Coordenador do Curso

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Secretário do Curso

9) Homenagens:

Patrono (Nome da Turma)

Paraninfo

Homenagem Magna

Homenagem ao Corpo Docente (a critério da turma)

Homenagem administrativa (a critério da turma)

10) Assinatura da Ata de presença pelos formandos e autoridades presentes.

11) Os homenageados e convidados especiais serão recepcionados e conduzidos aos respectivos lugares pela

Comissão de Formatura.

12) Caberá ao Secretário de Ensino do Centro Universitário a orientação às Comissões de Formatura sobre os

procedimentos oficiais.

13) As solicitações de marcação de datas para as solenidades de colação de grau deverão ser

encaminhadas à PROAC, após aprovação da Direção da PROAC, da Decania e ciência do Secretário de

Ensino, para confirmação, com antecedência, mínima, de 2 (dois) meses.

OBS: As solicitações deverão conter duas ou mais opções de datas, para evitar coincidência com outros

pedidos, pois não serão permitidas 2 (duas) solenidades no mesmo dia.

14) A chamada para composição da mesa caberá ao Mestre de Cerimônias.

15) A seqüência da cerimônia obedecerá a seguinte ordem:

a) Composição da mesa;

b) Abertura da cerimônia;

c) Convocação para a entrada dos formandos;

d) Hino Nacional;

e) Culto Ecumênico (facultativo);

f) Cerimônia da Lâmpada para o Curso de Enfermagem

com uma breve preleção do Diretor da Escola;

g) Discurso do orador da turma;

h) Juramento;

i) Imposição do grau acadêmico;

j) Discurso do Patrono (facultativo);

l) Discurso do Paraninfo;

m) Entrega simbólica dos diplomas e assinatura da Ata de

presença pelos formandos;

n) Homenagens (entrega de placas...);

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o) Considerações finais do REITOR ou seu representante legal;

p) Encerramento da cerimônia oficial;

16) Por se tratar de cerimônia oficial, e, portanto, formal, recomenda-se o uso de beca por todos os

integrantes da mesa.

Pró-Reitora de Graduação

PROGRAD