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UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANCISCO CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO CIÊNCIAS DA SAÚDE E BIOLÓGICAS Charles de Souza Vieira EFEITO DO ÓLEO ESSENCIAL DE EUCALIPTO NAS RESPOSTAS CARDIOVASCULARES DE IDOSOS DURANTE A RECUPERAÇÃO E EXERCÍCIO RESISTIDO ISOMÉTRICO Petrolina 2014

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANCISCO

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO CIÊNCIAS DA SAÚDE E

BIOLÓGICAS

Charles de Souza Vieira

EFEITO DO ÓLEO ESSENCIAL DE EUCALIPTO NAS RESPOSTAS

CARDIOVASCULARES DE IDOSOS DURANTE A RECUPERAÇÃO E

EXERCÍCIO RESISTIDO ISOMÉTRICO

Petrolina

2014

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CHARLES DE SOUZA VIEIRA

EFEITO DO ÓLEO ESSENCIAL DE EUCALIPTO NAS RESPOSTAS

CARDIOVASCULARES DE IDOSOS DURANTE A RECUPERAÇÃO E

EXERCÍCIO RESISTIDO ISOMÉTRICO

Dissertação apresentada à Universidade Federal do Vale do São Francisco – UNIVASF, Campus Petrolina, como requisito da obtenção do título de Mestre em Ciências.

Orientador: Prof. Dr. Sérgio Rodrigues Moreira

Petrolina

2014

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANCISCO

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO CIÊNCIAS DA SAÚDE E

BIOLÓGICAS

FOLHA DE APROVAÇÃO Para Dissertação

Charles de Souza Vieira

EFEITO DO ÓLEO ESSENCIAL DE EUCALIPTO NAS RESPOSTAS

CARDIOVASCULARES DE IDOSOS DURANTE A RECUPERAÇÃO E

EXERCÍCIO RESISTIDO ISOMÉTRICO

Dissertação apresentada à Universidade Federal do Vale do São Francisco – UNIVASF, Campus Petrolina, como requisito da obtenção do título de Mestre em Ciências.

Aprovado em: 19 de agosto de 2014.

Banca Examinadora

__________________________________ Prof. Dr. Sérgio Rodrigues Moreira - UNIVASF

Orientador

___________________________________ Prof. Dr. Rodrigo Cappato de Araújo - UPE

Examinador Externo

___________________________________ Prof. Dr. Jackson Roberto Guedes da Silva Almeida - UNIVASF

Examinador Interno

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Ao meu pai que me ensinou mais do que os livros ensinam em toda sua ciência, me ensinou a viver e a amar a Deus acima de todas as coisas.

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AGRADECIMENTOS Ao Senhor da minha vida, rocha da minha salvação, dedico todo o meu amor e as minhas conquistas, me ensinou a olhar para o céu e a reconhecer que toda boa dádiva e todo dom perfeito só pode vir do alto, o seu amor por mim não mudará jamais. À minha família pelo incentivo, cuidado e acolhimento nesse tempo, certamente foi voltando pra casa que percebi o quanto é difícil estar longe e o quanto a companhia de vocês me fez forte para chegar até aqui. À Cinthia, minha futura esposa pelo encorajamento. Foi na sua companhia que vivenciei as melhores experiências que me fizeram em alguns momentos até esquecer o fardo pesado que estava sobre os meus ombros, estarei com você por toda vida. À Igreja Batista Missionária por interceder a Deus em meu favor, sinto-me galardoado com o melhor presente que existe, ser lembrado em uma oração, esse é o motivo pelo qual estou de pé. Aos amigos, mais chegados que irmãos, por carregarem comigo essa carga que às vezes de tão pesada me fez querer desistir, mas vocês sustentaram os meus braços para que o mar continuasse aberto e pudéssemos atravessar com os pés enxutos. Ao Anderson e Maíra pela parceria e disposição em ajudar nos momentos de maior dificuldade. Vocês estarão lembrados nas minhas orações, e estejam certos de que tudo que plantaram irão colher muito mais. Ao grupo de estudos de respostas fisiológicas ao exercício pelos dias de construção do conhecimento e compartilhamento do saber, vocês irão muito longe nessa caminhada. Aos profissionais do Centro de Educação de Física por sempre nos proporcionar o melhor ambiente para estudar e trabalhar. Ao professor Sérgio Moreira pela orientação, pelas correções e por não desistir mesmo sabendo das minhas limitações, assim como pai que corrige ao filho que ama e indica o caminho a ser trilhado, a experiência conquistada ao seu lado se tornará em uma árvore com muitos frutos. Ao professor Rodrigo Cappato pelo início quando me escolheu para a carreira acadêmica, isto hoje já é fruto do que foi plantado por você e muita honra para mim a sua participação nesse momento. Ao professor Jackson Roberto e à professora Xirley Pereira pelo prestígio que me concedem em participar dessa banca e a forma como sempre me receberam contribuindo para a construção desse trabalho. À FACEPE pelo auxílio financeiro para manutenção da pesquisa.

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RESUMO

O óleo essencial de eucalipto (OEE) apresenta potencial terapêutico no sistema cardiovascular, com possibilidades de atuação no tônus autonômico e redução da sobrecarga cardiovascular. As condições hemodinâmicas podem se alterar durante a exigência física e oferecer um quadro aumentado de risco cardiovascular, especialmente para indivíduos idosos. Nesse sentido, estratégias de preservação da demanda cardiovascular e controle autonômico nessa população em condições de repouso e/ou exercício são necessárias. O objetivo desse estudo foi investigar o efeito do OEE nas respostas cardiovasculares de recuperação e durante séries de exercício resistido isométrico submáximo em idosos. Vinte indivíduos idosos do sexo masculino (69,1 ± 5,7 anos; 75,3 ± 12,3 kg; 168,0 ± 6,0 cm; 26,6 ± 3,8 kg.m2(-1)) participaram do estudo. Foram excluídos da amostra os voluntários que apresentaram alguma doença séria conhecida segundo os critérios de estratificação do risco do American College of Sports Medicine. Em ordem randomizada cruzada, os voluntários foram submetidos a: 1) Sessão experimental através da inalação de OEE e; 2) Sessão controle (Cont) sem a inalação de OEE. Após as sessões 1 e 2, os voluntários permaneceram na recuperação durante um período de 60 min, em ambiente com temperatura controlada e sentados confortavelmente. Após esse período foram realizadas 3 séries de 1 min cada, com intervalo de recuperação de 1 min, de exercício resistido isométrico em membro superior dominante e em intensidade de 30% da contração voluntária máxima (ERI-30%) mensurada previamente. Medidas de frequência cardíaca (FC), pressão arterial (PA), duplo produto (DP) e intervalos R-R (RRi) da Variabilidade da Frequência Cardíaca foram realizadas no repouso durante 20 min, na recuperação durante 60 min e durante as 3 séries (set) de ERI-30%. Os indicadores da VFC foram analisados a partir do domínio do tempo (RRi) e da frequência (LF, HF e LF/HF). Test t pareado e ANOVA para medidas repetidas com Post Hoc de LSD foram empregados (p<0,05; Statistica® versão 5.1). Aos 60 min da recuperação ocorreram diferenças no ∆FC (OEE: -5,2 ± 1,0 bpm vs. Cont: -3,7 ± 0,9 bpm; p<0,05) e no ∆DP (OEE: -546,2 ± 128,1 mmHg*bpm vs. Cont: -270,7 ± 113,4 mmHg*bpm; p<0,05). O DP foi reduzido ao analisar a área total abaixo da curva (AAC-Total) na sessão OEE em comparação a área do repouso (AAC-Rep) pré-sessão (AAC-Rep: 9139,8 ± 1839,3 mmHg*bpm/min vs. AAC-Total: 8781,1 ± 1607,5 mmHg*bpm/min; p<0,05). Na sessão OEE, ocorreu aumento no RRi durante as três séries de ERI-30% comparadas ao repouso (Rep: 844,21 ± 111,8 ms vs. 1set: 870,2 ± 105,0 ms, 2set: 865,5 ± 94,5 ms e 3set: 866,9 ± 90,7 ms; p<0,05). Ao contrário da sessão OEE, na sessão controle a PA sistólica apresentou AAC-Total aumentada em relação ao repouso (AAC-Rep: 128,6 ± 14,3 mmHg/min vs. AAC-Total: 132,1 ± 14,4 mmHg/min; p<0,05), bem como, FC aumentada nas séries 2 e 3 de ERI-30% (repouso: 68,4 ± 9,0 bpm vs. set1: 68,7 ± 7,8 bpm; set2: 70,3 ± 8,8 bpm e; set3: 70,4 ± 8,3 bpm; p<0,05). Conclui-se que o OEE pode modular o intervalo RR da VFC e a FC durante o ERI-30%, bem como atenuar a FC e DP na recuperação de sua inalação. Ainda, uma possível ação do OEE em indivíduos idosos pode estar contribuindo com as reduzidas respostas de DP e manutenção da PA sistólica ao analisar recuperação e ERI-30% integrados.

Palavras-chave: Eucalipto. Sistema nervoso autônomo. Exercício isométrico.

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ABSTRACT

The essential eucalyptus oil (EEO) has therapeutic potential in the cardiovascular system, with possibilities of acting on the autonomic tonus and reduction of cardiovascular overload. Hemodynamic conditions can change during the physical requirement and offer a framework of increased cardiovascular risk, especially for elderly individuals. In this sense, preservation strategies of cardiovascular autonomic control and demand in this population in conditions of rest and/or exercise are required. The aim of this study was investigate the effect of the EEO on cardiovascular responses and recovery during submaximal isometric resisted exercise series in the elderly. Twenty elderly male (69.1 ± 5.7 years; 75.3 ± 12.3 kg; 168.0 ± 6.0 cm; 26.6 ± 3.8 kgm2(-1)) participated in this study. Were excluded from the sample the volunteers who presented some serious illness known according to the criteria of risk stratification of the American College of Sports Medicine. In random order crusade, the volunteers were subjected to: 1) trial session through the EEO and inhalation; 2) session control (cont.) without inhalation of EEO. After the sessions 1 and 2, the volunteers remained in recovery for a period of 60 min, in temperature-controlled environment and comfortably seated. After this period were performed 3 sets of isometric resisted exercise on dominant upper limb in intensity of 30% of maximum voluntary contraction (IRE-30%) in 1 min each, with 1 min recovery interval. Measures of heart rate (HR), blood pressure (BP), double product (DP) and heart rate variability (HRV) were held in the rest for 20 min, in recovery during 60 min and during the 3 sets of ERI-30%. Indicators of HRV were analysed from the time domain (RRi) and the frequency (LF, HF and LF/HF). Paired t-test and ANOVA for repeated measurements with Post Hoc of LSD were employed (p<0.05; Statistica® version 5.1). The 60 min of recovery occurred in the differences ∆HR (EEO: -5.2 ± 1.0 bpm vs. Cont: -3.7 ± 0.9 bpm; p<0.05) and ∆DP (EEO: -546.2 ± 128.1 mmHg*bpm vs. Cont: -270.7 ± 113.4 mmHg*bpm; p<0.05). The DP has been reduced by analyzing the total area under the curve (AUC-Total) on EEO session compared to the rest area (AUC-Rep) before the session (AUC-Rep: 9139.8 ± 1839.3 mmHg*bpm/min vs. AUC-Total: 8781.1 ± 1607.5 mmHg*bpm/min; p<0.05). In the EEO, increase in HRV occurred through the RRi indicator during the three series of IRE-30% compared to the rest (Rep: 844.21 ± 111.8 ms vs. set1: 870.2 ± 105.0 ms, set2: 865.5 ± 94.5 ms and set3: 866.9 ± 90.7 ms; p<0.05). Unlike the EEO control session the systolic BP presented AUC-Total increased in relation to the rest (AUC-Rep: 128.6 ± 14.3 mmHg/min vs. AUC-Total: 132.1 ± 14.4 mmHg/min; p<0.05), as well as, HR increased series 2 and 3 of IRE-30% (rest: 68.4 ± 9.0 bpm vs. set1: 68.7 ± 7.8 bpm; set2: 70.3 ± 8.8 bpm and; set3: 70.4 ± 8.3 bpm; p<0.05). It is concluded that the EEO can modulate the RR interval of HRV and the HR during the IRE-30%, as well as mitigate the HR and DP in the recovery of your inhalation. A possible action of the EEO in elderly individuals may contribute in reduced responses of DP and systolic BP maintenance when considering recovery and IRE-30% integrated. Key-words: Eucalyptus. Autonomic nervous system. Isometric exercise.

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 – Fluxograma de Randomização 23 Figura 2 – Desenho Experimental 24 Figura 3 – Média da variação (±EPM) da pressão arterial sistólica nos diferentes momentos da recuperação durante as sessões controle e OEE 32 Figura 4 - Média da variação (±EPM) da pressão arterial diastólica nos diferentes momentos da recuperação durante as sessões controle e OEE 33 Figura 5 - Média da variação (±EPM) da frequência cardíaca nos diferentes momentos da recuperação durante as sessões controle e OEE 33 Figura 6 - Média da variação (±EPM) do duplo produto nos diferentes momentos da recuperação durante as sessões controle e OEE 34 Figura 7 - Média da variação (±EPM) dos intervalos R-R nos diferentes momentos da recuperação durante as sessões controle e OEE 35 Figura 8 - Média da variação (±EPM) do componente LF nos diferentes momentos da recuperação durante as sessões controle e OEE 35 Figura 9 - Média da variação (±EPM) do componente HF nos diferentes momentos da recuperação durante as sessões controle e OEE 36 Figura 10 - Média da variação (±EPM) da razão LF/HF nos diferentes momentos da recuperação durante as sessões controle e OEE 36 Figura 11 - Média da variação (±EPM) da pressão arterial sistólica nas diferentes séries de exercício isométrico durante as sessões controle e OEE 37 Figura 12 - Média da variação (±EPM) da pressão arterial diastólica nas diferentes séries de exercício isométrico durante as sessões controle e OEE 37 Figura 13 - Média da variação (±EPM) da frequência cardíaca nas diferentes séries de exercício isométrico durante as sessões controle e OEE 38 Figura 14 - Média da variação (±EPM) do duplo produto nas diferentes séries de exercício isométrico durante as sessões controle e OEE 38

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Figura 15 - Média da variação (±EPM) dos intervalos R-R nas diferentes séries de exercício isométrico durante as sessões controle e OEE 39 Figura 16 - Média da variação (±EPM) do componente LF nas diferentes séries de exercício isométrico durante as sessões controle e OEE 40 Figura 17 - Média da variação (±EPM) do componente HF nas diferentes séries de exercício isométrico durante as sessões controle e OEE 40 Figura 18 - Média da variação (±EPM) da razão LF/HF nas diferentes séries de exercício isométrico durante as sessões controle e OEE 41 Figura 19 - Média (±DP) da área total abaixo da curva (AAC) da PAS durante as sessões controle e OEE 41 Figura 20 - Média (±DP) da área total abaixo da curva (AAC) da PAD durante as sessões controle e OEE 42 Figura 21 - Média (±DP) da área total abaixo da curva (AAC) da FC durante as sessões controle e OEE 42 Figura 22 - Média (±DP) da área total abaixo da curva (AAC) do duplo produto durante as sessões controle e OEE 43 Figura 23 - Média (±DP) da área total abaixo da curva (AAC) da média RRi durante as sessões controle e OEE 43 Figura 24 - Média (±DP) da área total abaixo da curva (AAC) do componente LF durante as sessões controle e OEE 44 Figura 25 - Média (±DP) da área total abaixo da curva (AAC) do componente HF durante as sessões controle e OEE 44 Figura 26 - Média (±DP) da área total abaixo da curva (AAC) da razão LF/HF durante as sessões controle e OEE 45

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Média (±DP) das características da amostra 28 Tabela 2 – Constituintes químicos do óleo essencial das folhas de Eucaliptus globulus 29 Tabela 3 - Médias (±DP) das variáveis hemodinâmicas e variabilidade da frequência cardíaca durante o repouso e recuperação na sessão controle 30 Tabela 4 - Médias (±DP) das variáveis hemodinâmicas e variabilidade da frequência cardíaca durante o repouso e recuperação na sessão OEE 30 Tabela 5 - Médias (±DP) das variáveis hemodinâmicas e variabilidade da frequência cardíaca durante as séries de exercício resistido isométrico na sessão 31 Tabela 6 - Médias (±DP) das variáveis hemodinâmicas e variabilidade da frequência cardíaca durante as séries de exercício resistido isométrico na sessão OEE 31

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO 12 1.1 Objetivos 15 1.1.1 Objetivo Geral 15 1.1.2 Objetivos Específicos 15

2 DESENVOLVIMENTO 16 2.1 Revisão Bibliográfica 16 2.1.1 Exercício Resistido Isométrico em Idosos 16 2.1.2 Óleos Essenciais 19 2.2 Materiais e Métodos 22 2.2.1 Amostra e Cuidados Éticos 22 2.2.2 Critérios de Inclusão e Exclusão 22 2.2.3 Procedimentos Gerais 23 2.2.4 Coleta do Material Vegetal 24 2.2.5 Extração de Óleo Essencial de Eucalipto (OEE) 24 2.2.6 Inalação de Óleo Essencial de Eucalipto (OEE) 25 2.2.7 Contração Voluntária Máxima (CVM) 25 2.2.8 Exercício Resistido Isométrico (Hand Grip) 25 2.2.9 Análise das Variáveis Cardiovasculares 26 2.2.10 Medidas de Pressão Arterial, Frequência Cardíaca e Duplo Produto 26 2.2.11 Medidas de Variabilidade da Frequência Cardíaca 27 2.2.12 Análise Estatística e Procedimentos Matemáticos 27 2.3 Resultados 27 2.4 Discussão 45 3 CONCLUSÃO 50

REFERÊNCIAS 51 ANEXO A – Termo de Consentimento Livre e Esclarecido 58 ANEXO B – Questionário de Estratificação de Risco 62 ANEXO C – Parecer do Comitê de Ética e Pesquisa 66 APÊNDICE A – Artigo Científico 67 APÊNDICE B – Comprovante de Submissão do Artigo Científico 87 APÊNDICE C – Apresentação de Trabalho em Congresso 88

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1 INTRODUÇÃO

A perspectiva de envelhecimento da população está projetada para que no

ano de 2050 existam cerca de 80 milhões de idosos com 90 anos de idade. Nesse

sentido, são necessários investimentos relacionados aos cuidados com a saúde,

principalmente com vistas às doenças cardiovasculares, as quais têm aumentado de

forma expressiva nas últimas décadas (CARVALHO et al., 2014). Entre as

morbidades de maior risco destaca-se a hipertensão arterial sistêmica (HAS) que

segundo Schimidt et al., (2009) no ano de 2006 já estava estimada em 21,6% da

população brasileira. O aumento da prevalência de HAS na população é um dos

principais fatores de risco para mortalidade e incapacidades por evento

cardiovascular, e na atualidade representa cerca de 13% dos óbitos em todo o

mundo (SCHIMIDT et al., 2009).

A HAS associada ao processo de envelhecimento representa um fator

agregado de risco potencial para causa de morte no Brasil, especialmente em

populações com idade acima dos 60 anos (SCHIMIDT et al., 2009). Estratégias

ambientais com modificações no estilo vida através da prática de exercícios físicos,

podem minimizar o impacto desses fatores de risco em até 40% (THIJSSEN et al.,

2010). O controle desses fatores de risco pode representar em uma redução de 50%

na taxa de mortalidade (MANSUR & FAVARATO, 2012).

Melo et al., (2005) demonstraram que o exercício físico atenua o impacto do

envelhecimento sobre o sistema nervoso autônomo e por conseguinte pode reduzir

as demandas cardiovasculares da vida diária do idoso. Na atualidade, um indicador

que qualitativamente tem contribuído como ferramenta de análise do tônus

autonômico é a variabilidade da frequência cardíaca (TASK FORCE, 1996). Uma

redução da variabilidade da frequência cardíaca (VFC) está inversamente associada

ao aumento da morbi-mortalidade cardiovascular (KUDAIBERDIEVA, GORENEK &

TIMURALP, 2007). A VFC representa um indicador da dinâmica simpato-vagal e sua

flutuação reflete a modulação autonômica e tem prognóstico importante em estados

patológicos (KLEIGER, STEIN & BIGGER, 2005).

É consenso a importância do exercício físico na manutenção da integridade

cardiovascular (CORNELISSEN & SMART, 2013). Por outro lado, verifica-se que

durante a realização do exercício resistido isométrico, o qual tem sido sugerido na

atualidade para o controle da pressão arterial em diferentes populações (CARLSON

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et al., 2014), pode ocorrer elevações importantes na pressão arterial, frequência

cardíaca, duplo produto e tônus simpático (DELANEY et al., 2010; MILLAR,

MACDONALD & MCCARTNEY, 2010). O estresse cardiovascular produzido em

idosos durante a realização do exercício resistido máximo, mas especialmente

submáximo, pode expor esses indivíduos ao risco de um evento cardiovascular

(LOVELL et al., 2011). Ademais, além dos desequilíbrios no sistema nervoso

autônomo, o envelhecimento produz modificações tanto na estrutura quanto na

função vascular, o que dificulta o controle e a adaptação frente ao estresse imposto

(CASTINHEIRAS-NETO, COSTA-FILHO & FARINATTI, 2010).

Ao observar a importância da prática de exercício físico em populações de

risco, tem-se estudado a adoção de terapias que podem atuar no estado de

equilíbrio autonômico e controle cardiovascular durante o exercício físico (LAHLOU

et al., 2002).

Estudos têm mostrado o potencial terapêutico dos óleos essenciais naturais

(SAYOWAN et al., 2012; JIMBO et al., 2009), sendo que um dos destaques para

estas terapias têm sido atribuído ao eucaliptol (monoterpeno 1,8-cineol) nas

respostas imunológicas através da ação anti-inflamatória e inibição da produção de

citocinas (SERAFINO et al., 2008). Além disso, a relação do eucaliptol e do sistema

cardiovascular tem sido estudada e aumentos no fluxo sanguíneo cerebral sugerem

uma ação vasodilatadora e aumentos no tônus vagal, o que pode diminuir a

demanda cardiovascular (LAHLOU et al., 2002).

A inalação de óleos essenciais produz mudanças psicofisiológicas no

organismo (HONGRATANAWORAKIT, 2004), com maior atividade elétrica em

centros superiores e mudanças nos parâmetros do tônus autonômico (SAYOWAN et

al., 2012). Essas reações são explicadas pela ativação de subsistemas neurais onde

estão implícitas as emoções, as quais podem ser ajustadas em resposta ao estímulo

olfatório (BENSAFI et al., 2002). Essa condição ocorre quando quimiorreceptores do

epitélio olfatório excitam sistemas mensageiros, os quais transmitem o estímulo ao

hipotálamo para ajuste das funções neuroendócrinas (JIMBO et al., 2009).

Apesar da literatura já discutir questões relacionadas à realização de

exercício físico, inalação de óleo essencial natural e atenuação da demanda

cardiovascular, os resultados ainda são escassos. Ademais, nenhum estudo

investigou os efeitos da inalação do óleo essencial de eucalipto nas respostas

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cardiovasculares de frequência cardíaca, pressão arterial, duplo produto e VFC

durante a realização de séries de exercício resistido isométrico em idosos.

Sabendo que o processo de envelhecimento pode provocar respostas

hemodinâmicas compensatórias aumentando a sobrecarga cardiovascular, a

terapêutica de inalação do óleo essencial de eucalipto pode representar uma

alternativa ao minimizar as respostas hemodinâmicas e proporcionar maior

segurança em relação ao acometimento de eventos cardiovasculares durante a

prática de exercício resistido.

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1.1 Objetivos

1.1.1 Geral

Investigar o efeito do óleo essencial de eucalipto nas respostas

cardiovasculares na recuperação e durante o exercício resistido isométrico em

idosos.

1.1.2 Específicos

- Monitorar respostas cardiovasculares durante um período de recuperação e

durante a realização de séries de exercício resistido isométrico submáximo;

- Analisar e comparar as respostas cardiovasculares de frequência cardíaca,

pressão arterial, duplo produto e registros dos intervalos R-R durante a recuperação

das sessões experimentais e durante séries de exercício resistido isométrico

submáximo em idosos.

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16

2 DESENVOLVIMENTO

2.1 Revisão Bibliográfica

2.1.1 Exercício resistido isométrico em idosos

A partir dos 50 anos o declínio da força muscular diminui aproximadamente

1,5% a cada ano, sendo que essa perda pode acelerar após os 70 anos quando

parece existir uma atrofia muscular mais rápida com redução do tamanho de fibras

de contração rápida, diminuindo assim a funcionalidade para atividades de vida

diária (SKELTON et al., 1994).

Esse declínio acelerado nas atividades de vida diária (AVD‟s) e descritores

cognitivos foram observados por Taekema et al., (2010) ao verificarem uma

correlação entre a baixa força muscular de preensão manual de idosos e a redução

nas pontuações em índices funcionais e cognitivos.

As incapacidades funcionais relacionadas com quedas em idosos podem ser

prevenidas através da manutenção da capacidade funcional de membros inferiores,

sendo que esta capacidade funcional pode ser rastreada através da força de

preensão manual favorecendo uma intervenção precoce (GARCIA et al., 2011).

Além disso, o incremento de 5 kg na carga de preensão manual isométrica se

correlaciona ao efeito protetor a todas as causas de mortalidade e estas associadas

inversamente a perdas na força muscular (SASAKI et al., 2007).

A necessidade de manutenção da força muscular também foi verificada em

pacientes pós-operatórios que apresentaram a partir da redução de 85% da força

muscular um quadro de depleção proteica quando comparados a indivíduos

saudáveis (KLIDJIAN et al., 1980).

Ademais, relevantes adaptações na função cardiovascular estão presentes no

exercício resistido isométrico sugerindo que a magnitude do efeito desta modalidade

seja maior quando comparado ao exercício aeróbio e resistido dinâmico (CARLSON

et al., 2014).

As modificações na pressão arterial segundo o estudo de Olher et al., (2013)

não se mostraram significativas para produzir risco cardiovascular durante a prática

da modalidade de exercício isométrico.

Wiley et al., (1992) também confirmou níveis pressóricos reduzidos em

hipertensos após quatro séries de contrações isométricas a 30% da contração

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voluntária máxima durante oito semanas, entretanto houve o retorno aos níveis

pressóricos iniciais quando cessado o exercício.

Taylor et al., (2003) por sua vez relatou uma redução de 13,8% na pressão

arterial sistólica acompanhada por modulação autonômica, diminuindo o tônus

simpático e aumentando significativamente o marcador de alta frequência relativo à

modulação vagal cardíaca após 10 semanas de treinamento isométrico de preensão

manual.

Tais mudanças autonômicas nesta modalidade de exercício direcionam ao

controle vagal a partir da redução no estímulo eferente simpático (RAY & DARIO I,

2000), contudo outro possível mecanismo foi descrito por Santangelo et al., (2003)

relacionando a redução da pressão arterial a um momento de isquemia-reperfusão

que acontece durante as contrações isométricas, aumentando a atividade

antioxidante como forma de proteger os vasos sanguíneos de danos pelo estresse.

Mudanças também verificadas por Peters et al., (2006) que destacaram o

estresse oxidativo como possível mecanismo para redução na pressão arterial

sistólica após 6 semanas de exercício isométrico.

Assim sendo, o exercício resistido, além de aumentar a força muscular pode

ser usado como intervenção não farmacológica na prevenção da hipertensão

quando executado em intensidades de 30% e 50% da contração voluntária máxima

(OLHER et al., 2013).

Ainda segundo Olher et al., (2013) o exercício resistido submáximo têm

indicação para idosos com fraqueza muscular e limitações motoras, além de atenuar

os riscos para desenvolvimento futuro de doenças cardiovasculares como descrito

por Cornelissen & Fagard (2005).

Evidências também destacaram que o exercício em moderada intensidade

pode melhorar a capacidade cognitiva e funcional nos portadores de doenças

neurodegenerativas após 16 semanas (ARCOVERDE et al., 2013). Tal resposta

pode ser explicada pelo aumento e redistribuição no fluxo sanguíneo cerebral além

da síntese de neurotransmissores, neurogênesis e angiogênesis desencadeada pela

prática de exercício físico (RADAK et al., 2010).

Durante o processo de envelhecimento, desordens cognitivas são inevitáveis

tendo em vista a progressiva perda no volume hipocampal, contudo tais desordens

podem ser revertidas com a prática de exercício de moderada intensidade

(ERICKSON et al., 2011).

Page 18: UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO … … · para medidas repetidas com Post Hoc de LSD foram empregados (p

18

Entretanto, alguns estudos têm evidenciado que a execução de exercícios de

força máxima e submáxima pode provocar mudanças na pressão arterial e

frequência cardíaca de idosos (LOVELL et al., 2011). Tais respostas aumentam a

sobrecarga cardiovascular e expõem os indivíduos ao risco de eventos cardíacos

durante a prática do exercício.

Maior atividade simpática em idosos normotensos e hipertensos foram

evidenciadas por Delaney et al., (2010) durante o exercício de preensão manual a

30% da contração voluntária máxima.

Millar, MacDonald & McCartney (2010) também revelaram em seu estudo

aumentos significativos na média da pressão arterial sistólica e frequência cardíaca

após o exercício resistido isométrico demostrando a importância da intensidade da

contração, frequência e período de descanso entre as séries sobre o reflexo

pressórico do exercício.

Essas respostas são mediadas por comandos centrais cerebrais, com

significante modulação baroreflexa respondendo a estímulos mecânicos e

metabólicos (DELANEY et al., 2010). Estímulos esses que durante o exercício

resistido isométrico promove o aumento da pressão intramuscular, diminuindo o

fluxo sanguíneo na musculatura ativa e acumulando metabólitos responsáveis por

ativar o metaboreflexo para aumentar a atividade nervosa simpática durante o

exercício submáximo (DELANEY et al., 2010; MILLAR, MACDONALD &

MCCARTNEY, 2010).

A pressão intramuscular ao exceder a pressão intravascular reduz o fluxo

sanguíneo do músculo em atividade, modificando as variáveis hemodinâmicas para

melhorar a perfusão durante a contração musculoesquelética (MITCHELL et al.,

1980; WILLIAMS et al., 2007).

As condições de isquemia induzidas por esta modalidade de exercício são

responsáveis por aumentar a formação de radicais livres superóxido excedendo a

capacidade antioxidante do sistema (ALESSIO et al., 2000). Respostas no sistema

vascular como redução no índice de vasodilatação endotelial foram verificadas por

McGowan et al., (2007) durante o exercício resistido isométrico de preensão manual.

Outros estudos têm relatado que durante o exercício resistido isométrico a

elevação da frequência cardíaca e pressão arterial são proporcionais à força

exercida, isto devido ao aumento moderado do débito cardíaco e provável

vasoconstrição reflexa (MITCHELL et al., 1980; WILLIAMS et al., 2007). Contudo a

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19

rigidez arterial, a reatividade vascular e a função endotelial apresentam correlação

com as respostas destas variáveis ao exercício (THANASSOULIS et al., 2012).

Assim como descrito por Thanassoulis et al., (2012) que observou baixos

níveis da função endotelial em relação à elevação da pressão arterial durante o

exercício, tais respostas refletem diretamente a interação com fatores de risco

cardiovasculares como idade, fumo, índice de massa corporal e colesterol.

Aumentos súbitos da pressão arterial sistólica e frequência cardíaca durante a

prática de exercício resistido podem desencadear eventos cardíacos isquêmicos

como infarto agudo do miocárdio (HOBERG et al., 1990). Neste estudo Hoberg et

al., (1990) determinam uma relação causal entre o aumento da frequência de

isquemias do miocárdio durante séries de exercício e considera que estas se elevam

de acordo com a demanda de oxigênio para o miocárdio e são caracterizadas pela

depressão do segmento ST durante monitoramento cardíaco.

Sendo assim, recomenda-se o monitoramento dos idosos quanto à prática de

exercício resistido principalmente quando houver atividade isométrica (DELANEY et

al., 2010).

2.1.2 Óleos essenciais

Os seres humanos estão em constante adaptação ao ambiente natural,

contudo tem sido mostrado que o excesso de artificialidade do ambiente pode

provocar efeitos negativos sobre a saúde humana e que o ambiente urbano contribui

significativamente para o estado de saúde individual e da comunidade, sinalizando o

papel da preservação ou inclusão de áreas verdes em ambientes urbanos como

fator de promoção à saúde humana (GLADWELL et al., 2013; LEE &

MAHESWARAN, 2010)

Contudo, os mecanismos de associação entre espaços verdes e benefícios à

saúde física ainda não estão bem esclarecidos (LEE & MAHESWARAN, 2010), o

que se percebe é a positiva associação entre a baixa taxa de mortalidade e a alta

quantidade de espaços verdes e uma correlação positiva entre a percepção geral da

saúde (GLADWELL et al., 2013).

Lee & Maheswaran (2010) através de um estudo de revisão destacaram uma

associação entre a disponibilidade de espaços verdes e o aumento da expectativa

de vida, refletindo nas mudanças de comportamento e estados de humor.

Page 20: UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO … … · para medidas repetidas com Post Hoc de LSD foram empregados (p

20

A imersão em ambientes arborizados tem sido discutida como estratégia na

promoção da saúde, visto que muitos dos componentes aromáticos exalados por

plantas possuem propriedades terapêuticas ao sistema nervoso, o que pode

melhorar a função imunológica e cognitiva de um indivíduo (GLADWELL et al., 2013;

ATCHLEY et al., 2012).

Um aumento na sensibilidade baroreflexa ao inalar o óleo do cedrol foi

relatado por Dayawansa et al., (2003), verificando modulação autonômica a partir da

elevação do componente de alta frequência (HF) que refere-se ao comportamento

parassimpático e ainda aumento no balanço simpato vagal.

Diferenças importantes na resposta fisiológica e psicológica foram relatadas

por Lee et al., (2011), que ao inserirem indivíduos em parque florestal apresentaram

mudanças na variabilidade da frequência cardíaca através de uma maior atividade

parassimpática quando comparado aos indivíduos inseridos em local urbano. Essas

mudanças nas respostas fisiológicas devido ao efeito positivo dos espaços florestais

desempenham um papel importante na prevenção de doenças relacionadas ao estilo

de vida.

Os óleos essenciais como compostos odoríferos voláteis são encontrados nas

estruturas secretoras das plantas, destacando-se por seus efeitos terapêuticos

(HERZ, 2009; GAWARE et al., 2013; SANTOS et al., 2011). A maioria deles é

rapidamente absorvida quando administrados por via dérmica, oral ou pulmonar e

atravessam a barreira hematocefálica produzindo interação com receptores no

sistema nervoso central, modificando funções biológicas como a atividade

cardiovascular (CHEN et al., 2014; SANTOS et al., 2011).

O monoterpeno 1,8-cineol também conhecido como eucaliptol, é um dos

componentes de maior concentração nos óleos essenciais. A concentração do 1,8-

cineol no óleo essencial de eucalipto varia em média entre 70 e 90% (SEFIDKON et

al., 2007).

A importância clínica dos monoterpenos foi destacada no estudo de Santos et

al., (2011), verificando que esta intervenção tem potencial relevância na prevenção e

tratamento das doenças cardiovasculares.

As ações do eucaliptol no inotropismo cardíaco foram descritas por Soares et

al., (2005), encontrando uma redução da força de contração dos músculos papilares

em ratos de até 50% quando a concentração de eucaliptol chegou a 0,3 mM. Neste

estudo o efeito depressor sobre as contrações tetânicas foram observadas, contudo

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21

sem redução da atividade enzimática da miosina ATPase, produzindo relaxamento

pela inibição de influxo de cálcio através da membrana.

A ação miorelaxante do constituinte 1,8 cineol tem forte potencial terapêutico,

inclusive com respostas broncodilatadoras na atividade sobre os músculos da

traqueia de ratos (SILVA et al., 2010) e sobre a amplitude das contrações

musculares em ovinos (PEREIRA et al., 2012).

Ademais, o óleo essencial pode induzir quadros hipotensivos, que segundo o

estudo de Siqueira et al., (2006), tem a mediação do mecanismo colinérgico atuando

como resposta reflexa a bradicardia observada no início da intervenção. A

bradicardia provocada acontece independente de um centro de comando simpático

sobre o coração.

Lahlou et al., (2002) destacando o comportamento autonômico durante o

tratamento com eucaliptol, verificou efeito hipotensor em ratos quando retirado o

estímulo simpático responsável pela manutenção dos níveis de pressão arterial. A

ação hipotensora mediada pelo eucaliptol foi produzida através de um relaxamento

vascular ativo independente da presença de um centro operacional autonômico

conduzindo o sistema vascular.

A inalação de óleos essenciais além de produzir mudanças nas variáveis

hemodinâmicas de pressão arterial e frequência cardíaca, tem-se mostrado eficaz

no controle de marcadores autonômicos da variabilidade da frequência cardíaca,

demonstrando relevantes resultados quanto aos efeitos da aromaterapia sobre a

ativação do sistema parassimpático e/ou simpático (SAYOWAN et al., 2012; JIMBO

et al., 2009).

Mudanças no sistema nervoso autonômico após inalação de óleo essencial

podem aliviar os sintomas do estresse físico e psicológico. Estes resultados foram

descritos por Liu, Lin & Chang (2013) que mostraram o aumento do marcador

parassimpático (HF) da variabilidade da frequência cardíaca após a inalação em

indivíduos submetidos à carga de trabalho estressora.

Regiões do sistema nervoso central são ativadas quando componentes

aromáticos são inalados (SAYOWAN et al., 2012). A partir da inalação dos óleos

essenciais o neuroepitélio especializado na cavidade nasal capta este estímulo e

realiza uma transdução do sinal olfativo, transformando o estímulo externo em uma

resposta intracelular (BUCK & AXEL, 1991).

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22

Chegando ao bulbo olfatório o estímulo é propagado até a região

paraventricular do hipotálamo que exerce influência sobre o sistema simpático e

parassimpático (SOARES et al., 2005). Estas influências foram evidenciadas por

sinais eletrofisiológicos que detectaram a conectividade do núcleo paraventricular

com a região do núcleo do trato solitário envolvidos no controle cardiovascular

(KANNAN & YAMASHITA, 1985).

2.2 Materiais e Métodos

2.2.1 Amostra e Cuidados Éticos

Trata-se de um ensaio clínico não probabilístico por conveniência em duas

sessões experimentais com uma amostra total de 20 indivíduos com fatores de risco

cardiovascular, considerando no cálculo amostral um Power de 90% com Alfa (α) de

5% e um Effect Size de 0,28. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em

Pesquisa da Universidade Federal do Vale do São Francisco, registro nº

0003/200813 - CEDEP. Foram atendidos aos princípios éticos norteadores da

resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde e os voluntários assinaram um

Termo de Consentimento Livre e Esclarecido para participação na pesquisa. Um

fluxograma em acordo ao CONSORT (2010) está apresentado abaixo para

descrever o recrutamento e randomização dos voluntários na pesquisa (Figura 1).

2.2.2 Critérios de Inclusão e Exclusão

Foram incluídos no estudo voluntários do sexo masculino com idade entre 60

e 80 anos. Para critério de exclusão os indivíduos não poderiam ser portadores de

doença séria conhecida, considerando os critérios de estratificação do risco

cardiopulmonar do American College of Sports Medicine (ACSM, 1995) que inclui

entre outros descritores o histórico familiar, doenças crônicas, eventos

cardiopulmonares e a prática de exercício físico.

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23

2.2.3 Procedimentos Gerais

Os voluntários realizaram em ordem randomizada duas sessões

experimentais separadas por 48h e sendo: 1) Controle e; 2) Inalação de Óleo

Essencial de Eucalipto (OEE). As sessões experimentais foram executadas sempre

no período da manhã e no mesmo horário do dia para o mesmo voluntário, evitando

possíveis influências do ritmo circadiano. As sessões experimentais foram realizadas

no Laboratório de Fisiologia do Exercício da Universidade Federal do Vale do São

Francisco com temperatura controlada 25 ºC. Em momentos do repouso pré-

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24

sessões, recuperação e durante a realização do exercício resistido isométrico (pós-

sessões), em membro superior através de Hand Grip, foram realizadas mensurações

de pressão arterial (PA), frequência cardíaca (FC) e registros dos intervalos R-R no

domínio absoluto do tempo e da frequência, além de serem calculados os valores de

duplo produto (PAS x FC). A figura 2 apresenta o esquema representativo dos

procedimentos experimentais.

Figura 2 - Desenho Experimental.

Avaliação Sessões

Máscara

Facial

48 hs Antes Experimentais 10'

ÓLEO

FAMILIARIZAÇÃO ESSENCIAL EUCALIPTO

HAND GRIP REPOUSO RECUPERAÇÃO HAND GRIP

5' - 10' - 15'- 20' 15' - 30' - 45' - 60' 1' - 1' - 1'

30% CVM

PA / FC / RRiPA / FC / RRi

TESTE DE CVM

Fonte: Dados do autor. PA / FC/ VFC: pressão arterial, frequência cardíaca e intervalos RR; CVM:

contração voluntária máxima.

CONTROLE

EUCALIPTO

PA / FC / RRi

AR PURO

2.2.4 Coleta do Material Vegetal

Partes aéreas do Eucalyptus globulus foram coletadas em setembro de 2013,

na cidade Petrolina, estado de Pernambuco, Brasil. A identificação da planta foi

confirmada pela Dra. Xirley Pereira Nunes (Colegiado de Pós-Graduação em

Recursos Naturais do Semiárido da Universidade Federal do Vale do São

Francisco). Um comprovante do espécime (n. 14618) está depositado no Herbário

Vale do São Francisco da Universidade Federal do Vale do São Francisco.

2.2.5 Extração de Óleo Essencial de Eucalipto (OEE)

A extração do óleo essencial de eucalipto foi feito pelo método de

hidrodestilação através do sistema de Clevenger. No Laboratório de Farmacognosia

da Universidade Federal do Vale do São Francisco, 500 g de folhas de Eucalyptus

globulus foram fragmentadas e colocadas num balão volumétrico com água

adaptado ao extrator e levada à manta aquecedora em temperatura de ebulição

(SANTOS et al., 2004). O óleo essencial de eucalipto foi coletado em frasco de 2 ml

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25

e adicionada pequena quantidade de sulfato de sódio anidro para absorver

moléculas de água presentes no óleo. Através da análise cromatográfica (CG-EM)

foram identificados os percentuais das substâncias contidas no óleo essencial de

eucalipto.

2.2.6 Inalação de Óleo Essencial de Eucalipto (OEE)

Utilizando uma máscara facial descartável os participantes inalaram durante

dez minutos 0,25 ml de óleo essencial de eucalipto mensurados através de

Pipetador Ajustável Kacil® Modelo ASD 100/1000µl. A inalação da substância

ocorreu imediatamente após o período de repouso de 20 min na sessão Óleo

Essencial de Eucalipto (OEE). Na sessão controle os voluntários permaneceram de

maneira semelhante, com a máscara facial instalada, contudo inalando ar puro.

2.2.7 Contração Voluntária Máxima (CVM)

Todos os voluntários participaram do teste para determinação da contração

voluntária máxima (CVM) em aparelho de preensão manual Saehan Hydraulic Hand

Dynamometer Modelo SH5001 com variação de 0-90 kgf de preensão e precisão de

2 kgf. O dinamômetro Saehan foi validado e sua confiabilidade testada (REIS et al.,

2011). Para mensuração da CVM os voluntários foram orientados quanto a não

ingestão de álcool e substância cafeinada 24 horas antes. Previamente ao teste de

CVM os voluntários foram submetidos a uma sessão de familiarização contendo

duas séries de 10seg cada com a mínima carga permitida pelo equipamento, sendo

as séries separadas por um período de recuperação de 2min. O valor da CVM para

cada voluntário foi determinado pelo maior valor obtido em três tentativas de 10seg

cada, com intervalo de 2min entre cada tentativa e a posição da alça de preensão foi

autoselecionada (FIGUEIREDO et al., 2006).

2.2.8 Exercício Resistido Isométrico (Hand Grip)

As sessões experimentais de exercício resistido isométrico (ERI) foram

realizadas após intervalo de 48h do teste de CVM e no mesmo equipamento

previamente utilizado para CVM. Para as sessões experimentais os voluntários

foram orientados quanto a não ingestão de álcool e substância cafeinada 24 horas

antes. As séries de ERI foram realizadas com os voluntários posicionados sentados

de maneira confortável e com o ombro aduzido, o cotovelo fletido a 90º e o

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26

antebraço em posição neutra, sendo a posição da alça de preensão autoselecionada

(FESS et al., 1992). O maior valor obtido em kgf no teste de CVM foi usado como

referência para calcular a intensidade absoluta do exercício, que foi correspondente

à intensidade relativa de 30% da CVM de cada voluntário (ERI-30%). Os voluntários

foram submetidos a três séries intermitentes de 1min de duração cada em ambas as

sessões experimentais (OEE e Controle) e a recuperação entre as séries foi de 1

min (MILLAR et al., 2014; CARLSON et al., 2014).

2.2.9 Análise das Variáveis Cardiovasculares

Em ambas as sessões experimentais (OEE e Controle), durante períodos de

20min no repouso (pré-sessão experimental) e 60min na recuperação (pós-sessão

experimental), os voluntários permaneceram confortavelmente sentados numa

cadeira de forma a assegurar apoio da coluna vertebral em posição neutra, com

joelhos fletidos a 90 graus e com os pés apoiados, sem efetuar movimentos bruscos,

em ambiente climatizado com temperatura de 25ºC. As medidas de PA, FC e DP

foram monitoradas a cada 5min no repouso (20min) e a cada 15min na recuperação

(60min). Foram considerados a média dos quatro valores obtidos no repouso, bem

como os valores a cada 15min da recuperação de cada participante. As medidas de

VFC foram monitoradas continuamente em todo tempo desde o início de ambas as

sessões experimentais e a média dos 20min durante o repouso e a média de cada

período de 15min durante a recuperação foram consideradas. Após o período de

recuperação e durante o tempo de contração isométrica nas séries de ERI-30%,

foram monitoradas e consideradas as medidas de PA, FC, DP e VFC.

2.2.10 Medidas de Pressão Arterial, Frequência Cardíaca e Duplo Produto

As mensurações de pressão arterial, frequência cardíaca e duplo produto

foram realizadas pelo monitor automático da marca Microlife mod. BP3AC1–1PC, o

qual atende as exigências regulamentares do INMETRO portaria nº 096/2008 e

apresenta validação segundo Stergiou et al., (2008). Os voluntários foram

posicionados sentados confortavelmente e com membro superior esquerdo relaxado

ao nível do coração (aproximadamente do quarto espaço intercostal) segundo

orientações de Perloff et al., (1993). Foram realizadas as medidas de PA sistólica

(PAS), PA diastólica (PAD), FC e DP, o qual é produto da PAS multiplicada pela FC.

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27

2.2.11 Medidas de Variabilidade da Frequência Cardíaca

As mensurações de VFC foram realizadas pelo frequencímetro da marca

Polar modelo RS-800-CX, o qual apresenta validação segundo Essner et al., (2013).

No início das sessões experimentais o eletrodo da banda de frequência do

cardiofrequencímetro foi umidificado com gel para meio de contato para facilitar a

condução do sinal eletrofisiológico, em seguida foi fixado o emissor de sinal à banda

de frequência e colocou-se a banda em volta do peito de modo justo e em contato

com a pele do voluntário (ao nível do processo xifoide do esterno). Após a inspeção

do sinal no monitor de pulso iniciou-se o registro da VFC que perdurou até a

finalização da sessão experimental. Os registros da VFC foram exportados do

frequencímetro para o software Polar ProTrainer 5 por infravemelho e analisados

através do software Kubios HRV versão 2.0 do Department of Physics Finlan. Para

não comprometer a confiabilidade dos índices obtidos foram removidos e ajustados

os batimentos ectópicos prematuros e artefatos sendo critério diferenças maior que

20% em relação aos batimentos adjacentes. Após a edição dos intervalos R-R em

períodos de 5min, a análise ocorreu através de métodos lineares no domínio do

tempo e da frequência. No domínio do tempo o parâmetro analisado foi a média RRi

(ms), no domínio da frequência a análise foi dos componentes de alta frequência

(HF 0,15 a 0,4Hz), baixa frequência (LF 0,04 e 0,15Hz) e a relação entre a LF/HF, o

que caracteriza o balanço simpato-vagal sobre o coração (TASK FORCE HEART

RATE VARIABILITY, 1996).

2.2.12 Análise Estatística e Procedimentos Matemáticos

Inicialmente foi realizada estatística descritiva com procedimentos de média,

erro padrão da média e desvio padrão. Análise da normalidade dos dados foi

realizada pelo Shapiro Wilk Test. As comparações foram realizadas através de Test t

Student pareado e ANOVA two way para medidas repetidas. Os pares de diferenças

foram identificados por um Post Hoc de LSD. Procedimentos matemáticos de cálculo

da área abaixo da curva foram realizados. O nível de significância foi fixado em

p<0,05. Todas as análises foram realizadas através do software Statistica® versão

5.1 e Microsoft Excel for Windows 2007®.

2.3 Resultados

Page 28: UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO … … · para medidas repetidas com Post Hoc de LSD foram empregados (p

28

As características gerais da amostra de idosos investigada no presente

estudo estão apresentadas na tabela 1.

Na tabela 2 encontram-se os resultados da análise cromatográfica (CG-MS)

identificando os constituintes químicos do óleo essencial de eucalipto, a partir disso

verificou-se como componente majoritário o eucaliptol (1,8-cineol) com 69,8% de

representação na amostra.

Idosos com Fatores de Risco Cardiovascular

n 20

Idade (anos) 69,1 ± 5,7

Peso (kg) 75,3 ± 12,3

Estatura (cm) 168,0 ± 6,0

IMC (kg/m²) 26,6 ± 3,8

CVM (kgf) 39,8 ± 5,9

Nível de Atividade Física (h/sem) 5,6 ± 3,5

Quantidade de Fatores de Risco

1 Fator de Risco 50%

2 Fatores de Risco 15%

3 Fatores de Risco 15%

4 Fatores de Risco 20%

Fonte: Dados do autor. IMC: índice de massa corporal; CVM: contração voluntária máxima. Fator de risco: idade, hipertensão, diabetes, histórico familiar, fumo e colesterol.

Tabela 1 - Média ( ± DP) das características da amostra.

Page 29: UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO … … · para medidas repetidas com Post Hoc de LSD foram empregados (p

29

Peak RT (min) RI exp. RI lit. Compound % GC-MS

1 5.8 931 939 α-Pinene 1.9

2 8.6 1023 1024 p-Cymene 1.3

3 8.8 1027 1029 Limonene 10.2

4 8.9 1031 1031 1,8-Cineole 69.8

5 11.6 1105 --- NI 0.4

6 13.1 1139 1139 trans-Pinocarveol 1.2

7 14.7 1177 1177 Terpinen-4-ol 1.3

8 14.8 1179 --- NI 1.2

9 15.1 1186 --- NI 3.4

10 15.4 1194 1189 trans-Mentha-1(7),8-dien-2-ol 4.2

11 16.9 1228 1230 cis-Mentha-1(7),8-dien-2-ol 3.1

12 31.6 1581 1590 Globulol 1.8

13 32.0 1589 1592 Viridiflorol 0.2

14 33.1 1619 --- NI 0.2

Total - - - - 94.9

Tabela 2 - Constituintes químicos do óleo essencial das folhas de Eucaliptus globulus

Fonte: Dados do autor. Peak: pico cromatográfico; RT: tempo de retenção; RI: Índice de retenção; Compound:

componentes; GC-MS: cromatografia gasosa com espectrometria de massas.

Os resultados absolutos das variáveis hemodinâmicas e autonômicas

estudadas na recuperação de ambas as sessões experimentais (controle e OEE)

estão apresentados nas tabelas 3 e 4. Comparações dentro das sessões são

realizadas do repouso para os momentos da recuperação. Contudo, posteriormente,

comparações dos mesmos momentos serão realizadas com os deltas de variação

tanto dentro como entre as sessões experimentais e estas serão utilizadas para fins

de análise.

Page 30: UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO … … · para medidas repetidas com Post Hoc de LSD foram empregados (p

30

Os resultados absolutos das variáveis hemodinâmicas e autonômicas

estudadas durante as 3 séries de ERI-30% em ambas as sessões experimentais

(controle e OEE) estão apresentados nas tabelas 5 e 6. Comparações dentro das

sessões são realizadas do repouso para os momentos da recuperação. Contudo,

posteriormente, comparações dos mesmos momentos serão realizadas com os

Tabela 3 -

Repouso 15' Rec 30' Rec 45' Rec 60' Rec

FC (bpm) 68,4 ± 9,0 67,0 ± 9,1 65,4 ± 8,5 * 64,8 ± 8,2 * 64,6 ± 8,2 *

PAS (mmHg) 125,8 ± 13,1 125,5 ± 13,5 126,6 ± 13,9 126,4 ± 14,3 128,9 ± 14,2

PAD (mmHg) 78,1 ± 8,2 78,9 ± 9,0 78,8 ± 8,8 79,0 ± 8,6 80,4 ± 7,9 *

DP (mmHg.bpm) 8608,9 ± 1487,7 8414,9 ± 1457,8 8300,6 ± 1472,7 * 8201,2 ± 1387,8 * 8338,2 ± 1478,7 *

Média RRi (ms) 878,1 ± 120,3 887,2 ± 112,3 910,4 ± 114,4 * 921,7 ± 111,8 * 935,7 ± 112,2 *

LF (n.u.) 64,6 ± 16,1 69,1 ± 18,3 71,1 ± 18,8 * 73,3 ± 20,3 * 73,0 ± 18,5 *

HF (n.u.) 35,4 ± 16,1 30,9 ± 18,3 28,9 ± 18,8 * 26,7 ± 20,3 * 27,0 ± 18,5 *

LF/HF 3,6 ± 3,8 4,9 ± 6,4 5,0 ± 6,0 6,3 ± 8,8 * 4,5 ± 3,8

Controle

Fonte: Dados do autor. FC: frequência cardíaca; PAS: pressão arterial sistólica; PAD: pressão arterial diastólica; DP: duplo produto; LF: low frequency; HF: high frequency; *p<0,05 comparando momentos da recuperação ao repouso

na sessão controle.

Médias (±DP) das variáveis hemodinâmicas e variabilidade da frequência cardíaca durante o repouso e recuperação na sessão controle.

Tabela 4 -

Repouso 15' Rec 30' Rec 45' Rec 60' Rec

FC (bpm) 70,9 ± 9,2 68,7 ± 8,4 * 66,9 ± 7,4 * 66,5 ± 8,0 * 66,9 ± 7,5 *

PAS (mmHg) 125,5 ± 13,5 126,6 ± 13,9 124,5 ± 14,6 124,7 ± 13,3 127,0 ± 14,2

PAD (mmHg) 76,7 ± 7,3 77,6 ± 7,8 76,9 ± 8,7 79,0 ± 9,5 * 80,0 ± 7,4 *

DP (mmHg.bpm) 8927,2 ± 1704,0 8723,1 ± 1643,8 8353,2 ± 1530,4 * 8314,8 ± 1487,2 * 8381,0 ± 1618,1 *

Média RRi (ms) 844,2 ± 111,8 859,3 ± 102,1 * 877,3 ± 103,9 * 881,8 ± 102,6 * 899,8 ± 110,4 *

LF (n.u.) 68,3 ± 16,9 73,1 ± 17,7 75,0 ± 16,7 * 74,9 ± 19,6 * 74,7 ± 16,8

HF (n.u.) 31,7 ± 16,9 26,9 ± 17,7 25,0 ± 16,7 * 25,1 ± 19,6 * 25,3 ± 16,8

LF/HF 5,3 ± 8,0 5,6 ± 6,9 5,6 ± 5,0 5,8 ± 5,1 5,9 ± 7,3

OEE

Fonte: Dados do autor. FC: frequência cardíaca; PAS: pressão arterial sistólica; PAD: pressão arterial diastólica; DP: duplo produto; LF: low frequency; HF: high frequency; *p<0,05 comparando momentos da recuperação ao repouso

na sessão OEE.

Médias (±DP) das variáveis hemodinâmicas e variabilidade da frequência

cardíaca durante o repouso e recuperação na sessão OEE.

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31

deltas de variação tanto dentro como entre as sessões experimentais e estas serão

utilizadas para fins de análise.

Tabela 5 -

Repouso Série 1 Série 2 Série 3

FC (bpm) 68,4 ± 9,0 68,7 ± 7,8 70,3 ± 8,8 * 70,4 ± 8,3 *

PAS (mmHg) 125,8 ± 13,1 149,6 ± 16,1 * 155,8 ± 21,0 * 158,2 ± 18,4 *

PAD (mmHg) 78,1 ± 8,2 93,3 ± 10,1 * 98,0 ± 12,7 * 100,6 ± 12,9 *

DP (mmHg.bpm) 8608,9 ± 1487,7 10290,3 ± 1683,6 * 11005,5 ± 2250,9 * 11195,5 ± 2105,5 *

Média RRi (ms) 878,1 ± 120,3 901,7 ± 103,0 * 892,2 ± 108,9 892,5 ± 115,5

LF (n.u.) 64,6 ± 16,1 50,3 ± 24,8 * 64,8 ± 25,7 56,8 ± 27,8

HF (n.u.) 35,4 ± 16,1 49,7 ± 24,8 * 35,2 ± 25,7 43,2 ± 27,8

LF/HF 3,6 ± 3,8 2,6 ± 4,5 4,7 ± 4,9 3,3 ± 3,9

Controle

Fonte: Dados do autor. FC: frequência cardíaca; PAS: pressão arterial sistólica; PAD: pressão arterial diastólica; DP: duplo produto; LF: low frequency; HF: high frequency; *p<0,05 comparando momentos das séries isométricas ao repouso na sessão controle.

Médias (±DP) das variáveis hemodinâmicas e variabilidade da frequência cardíaca durante as séries de exercício isométrico na sessão controle.

Tabela 6 -

Repouso Série 1 Série 2 Série 3

FC (bpm) 70,9 ± 9,2 71,5 ± 8,9 71,6 ± 8,8 72,3 ± 8,0

PAS (mmHg) 125,5 ± 13,5 152,2 ± 18,1 * 154,8 ± 18,5 * 158,2 ± 16,5 *

PAD (mmHg) 76,7 ± 7,3 96,4 ± 10,4 * 97,9 ± 9,2 * 99,1 ± 10,5 *

DP (mmHg.bpm) 8927,2 ± 1704,0 10939,7 ± 2166,0 * 11109,4 ± 2081,9 * 11475,1 ± 1988,0 *

Média RRi (ms) 844,21 ± 111,8 870,2 ± 105,0 * 865,5 ± 94,5 * 866,9 ± 90,7 *

LF (n.u.) 68,3 ± 16,9 63,2 ± 24,7 61,8 ± 20,6 64,9 ± 20,5

HF (n.u.) 31,7 ± 16,9 36,8 ± 24,7 38,2 ± 20,6 35,0 ± 20,5

LF/HF 5,3 ± 8,0 5,1 ± 7,3 2,9 ± 2,7 * 4,4 ± 6,9

OEE

Fonte: Dados do autor. FC: frequência cardíaca; PAS: pressão arterial sistólica; PAD: pressão arterial diastólica; DP: duplo produto; LF: low frequency; HF: high frequency; *p<0,05 comparando momentos das séries isométricas ao repouso na sessão OEE.

Médias (±DP) das variáveis hemodinâmicas e variabilidade da frequência cardíaca durante as séries de exercício isométrico na sessão OEE.

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32

A figura 3 apresenta os resultados absolutos em delta de variação da PAS

para ambas as sessões experimentais nos momentos da recuperação. Ao comparar

dentro e entre sessões, nenhuma diferença ocorreu para esta variável (p>0,05).

A figura 4 apresenta os resultados absolutos em delta de variação da PAD

para ambas as sessões experimentais nos momentos da recuperação. Aumentos na

PAD aos 45 e 60 min da recuperação na sessão OEE e aos 60 min na sessão

controle ocorreram (p>0,05).

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33

A figura 5 demonstra que na variação da FC ocorreu redução (p≤0,05) em

todos os momentos da recuperação da sessão OEE em comparação ao repouso. Já

na sessão controle só não ocorreu diferença para o repouso aos 15 min da

recuperação (p>0,05). Diferença significativa ocorreu ao comparar as sessões OEE

e controle aos 60 min da recuperação (p<0,05).

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A figura 6 demonstra que na variação do DP ocorreu redução dos 30 aos 60

min da recuperação em ambas as sessões experimentais ao comparar ao repouso

(p≤0,05). Contudo, diferença significativa ocorreu ao comparar as sessões OEE e

Controle aos 60min da recuperação (p<0,05).

A figura 7 demonstra que em todos os momentos da recuperação da sessão

OEE ocorreu aumento no RRi quando comparado ao repouso (p<0,05). Na sessão

controle esses mesmos aumentos ocorreram dos 30 aos 60 min (p<0,05).

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A figura 8 demonstra que aos 30 e 45 min da recuperação ocorreram

aumentos no LF para ambas as sessões experimentais (p<0,05). Ao contrário da

sessão OEE, aos 60 min da recuperação da sessão controle ocorreu aumento

significativo do LF em relação ao repouso (p<0,05).

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36

A figura 9 demonstra que com exceção dos 60 min da recuperação na sessão

OEE, o HF reduziu significativamente dos 30 aos 60 min em ambas as sessões

experimentais (p<0,05).

A figura 10 demonstra que aos 45 min da recuperação da sessão controle

ocorre um desequilíbrio na dinâmica simpato-vagal em relação ao repouso (p<0,05).

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37

A figura 11 apresenta os resultados de variação do ERI-30% para o repouso

na PAS. Foi possível verificar um aumento significativo em todas as séries de ERI-

30% para ambas as sessões experimentais (p<0,05). Resultados semelhantes

ocorreram na PAD (p<0,05), contudo, na primeira série de ERI-30% ocorreram

diferenças entre sessões (p<0,05) (Figura 12).

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A figura 13 demonstra que a FC aumentou de forma significativa na sessão

controle nas duas últimas séries de ERI-30% (p<0,05). Esses resultados já não

ocorreram na sessão OEE (p>0,05).

O DP aumentou em todas as séries de ERI-30% em ambas as sessões

experimentais (Figura 14).

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39

A figura 15 demonstra que ocorreram aumentos no RRi nas três séries de

ERI-30% (p<0,05). Já na sessão Controle, esse aumento ocorreu apenas na

primeira sessão de ERI-30% (p<0,050).

A figura 16 demonstra que quando comparado ao repouso, o componente LF

da sessão controle apresentou redução durante a primeira série de ERI-30%

(p<0,05). Já na figura 17 o componente HF apresentou aumento durante a primeira

série de ERI-30% (p<0,05).

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40

Foi possível verificar que na figura 18 a razão LF/HF da sessão OEE

apresenta redução quando comparada ao repouso na segunda série de ERI-30%,

bem como quando comparada a sessão controle neste mesmo momento (p<0,05).

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41

Na figura 19 ao analisar a área total abaixo da curva (AAC), considerando em

conjunto os períodos de recuperação e ERI-30%, verificou-se que ao contrário da

sessão OEE, a PAS aumentou significativamente na sessão Controle (p<0,05).

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42

A figura 20 demonstra que em ambas as sessões experimentais ocorreram

aumentos significativos da AAC da PAD (p<0,05). Já na figura 21, reduções

significativas ocorreram na AAC da FC para ambas as sessões experimentais

(p<0,05).

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43

A figura 22 demonstra que ao contrário da sessão controle, a sessão OEE

possibilitou redução na AAC do DP (p<0,05).

A figura 23 demonstra que em ambas as sessões experimentais ocorreram

aumentos da AAC do componente absoluto RRi da VFC (p≤0,05).

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44

A figura 24 demonstra que a AAC do componente LF aumentou de forma

significativa na sessão OEE (p<0,05). Por outro lado, a figura 25 demonstra que a

AAC do componente HF reduziu na sessão Controle (p<0,05).

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45

A figura 26 demonstra que a AAC da razão LF/HF não apresentou diferença

significativa para o repouso em nenhuma das sessões experimentais (p>0,05).

2.4 Discussão

Os principais achados do presente estudo foram que o OEE pode modular o

tônus autonômico cardíaco a partir do intervalo RR da VFC e FC durante o ERI-30%,

bem como atenuar respostas cardiovasculares de FC e DP na recuperação de sua

inalação. Além disso, uma possível ação do OEE em indivíduos idosos pode estar

melhor contribuindo com reduzidas respostas de taxa de sobrecarga ao miocárdio a

partir da redução do DP e manutenção da PA sistólica ao analisar a área integrada

da recuperação e ERI-30%.

Os mecanismos de controle de variáveis cardiovasculares frente à inalação

de óleos essenciais naturais ainda merecem esclarecimentos. A manutenção da PA

sistólica durante o ERI-30% (Figura 19) pode ser resultado do efeito do OEE no

equilíbrio do barorreflexo vascular. Dayawansa et al., (2003) evidenciaram redução

na atividade nervosa simpática e aumento na parassimpática em humanos

saudáveis ao inalarem componentes aromáticos, o que melhorou a sensibilidade

barorreflexa mesmo em situações de estresse. Lahlou et al., (2002) ao descreverem

os efeitos cardiovasculares produzidos pelo eucaliptol, sugeriram que uma ação

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46

hipotensora ocorre em função da diminuição na resistência vascular periférica, o que

pode estar sendo causada por um relaxamento direto na musculatura lisa vascular e

talvez não associada à reduzida atividade nervosa simpática. Embora não

totalmente esclarecido, especula-se que vias centrais e periféricas possam explicar

a ação dos componentes aromáticos na modulação de variáveis do sistema

cardiovascular.

Sabe-se contudo que uma pressão arterial sistólica atenuada em hipertensos

tem demonstrado redução da morbidade e mortalidade por condições

cardiovasculares. Sendo que uma redução de apenas 2mmHg pode refletir em 6%

menos causa de mortalidade por acidente vascular encefálico e 4% menos por

doenças coronarianas (CHOBANIAN et al., 2004).

Os efeitos produzidos pelo OEE na manutenção da FC durante as últimas

séries de ERI-30% (Figura 13) corroboram os estudos de Soares et al., (2005), que

identificaram um efeito inotrópico reduzido no músculo papilar de ratos quando

expostos a uma tensão isométrica frente à ação do eucaliptol. Ainda, esse estudo

destaca que a bradicardia induzida pelo eucaliptol parece ser dependente de um

controle autonômico em nível central.

A manutenção da frequência cardíaca produzida pelo OEE pode expressar

aumento da expectativa de vida de idosos, tendo em vista que o aumento da

frequência cardíaca se relaciona com a incidência de mortalidade por causas

cardiovasculares. A expectativa de vida se amplia de 80 anos para acima dos 93

anos quando respostas de frequência se mantém em torno dos 60 bpm (CÉSAR,

2007).

Sayowan et al., (2012) relataram que a inalação de OEE estaria possibilitando

a modulação de disparos nas áreas neuronais do lóbulo olfativo, uma vez que

durante o procedimento inalatório ocorre uma maior atividade elétrica em regiões

cerebrais. Iniciando a partir das áreas do bulbo olfatório o estímulo é conduzido às

regiões do hipotálamo responsáveis pelo controle autonômico e por detectar alguma

atividade estressora (NIKITIN et al., 2000; CHEN & BONHAM, 2010; KANNAN &

YAMASHITA, 1985).

Especula-se no presente estudo que durante ERI-30% na sessão controle,

ocorra um input de aferentes musculares que liberam neurotransmissores

(substância P) ao hipotálamo, os quais ao se ligarem a seus receptores (NK1R),

promovem maior interação da atividade gabaérgica e consequente inibição de

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47

interneurônios baroceptivos no núcleo do trato solitário. Essa cascata de eventos

durante o exercício promove um aumento da atividade nervosa na medula

ventrolateral rostral e por fim aumento do tônus simpático, o que poderia explicar

elevações na PA e FC (CHEN & BONAHM, 2010; HALLIWILL et al., 2013).

Entretanto, é possível que durante o ERI-30% na presença do OEE, ocorra maior

equilíbrio do sistema nervoso autônomo, uma vez que foi possível identificar um

aumento do intervalo RR da VFC nas séries 2 e 3 do exercício (Figura 15) associado

à manutenção da FC nessas mesmas séries (Figura 13), resultados não observados

na sessão controle nesses mesmos momentos.

Esses achados sugerem um possível mecanismo de atuação central do OEE

nas respostas cardiovasculares durante o exercício, como destacado previamente,

bem como durante apenas a recuperação da inalação do OEE, pois diferenças

ocorrem entre sessão controle e OEE aos 60 min da recuperação na FC (Figura 5) e

DP (Figura 6). Ademais, ao contrário da sessão controle, ao analisar as respostas

integradas de recuperação e ERI-30% após inalação do OEE, também foi possível

identificar que a PA sistólica (Figura 19) e o indicador parassimpático da VFC (Figura

25) não diminuem e o DP reduz de maneira significativa (Figura 22). Contudo,

estudos investigando o mecanismo central de atuação do OEE na recuperação de

sua inalação ou mesmo durante o exercício físico, em respostas hemodinâmicas e

autonômicas ainda são necessários.

A redução do DP após inalação do OEE nas respostas integradas de

recuperação e ERI-30% sugere ao miocárdio menor sobrecarga de trabalho através

da relação entre oferta e demanda de oxigênio. Essa condição pode apresentar

relação direta com a possibilidade de eventos cardíacos, relação descrita por

Hinderliter et al., (2000). Estes autores observaram o comportamento de 50

indivíduos com doença coronária durante atividades da vida diária e perceberam o

aumento na demanda de oxigênio e FC como desencadeador de processos

isquêmicos no miocárdio. Sendo assim, especula-se que o OEE estaria promovendo

uma ação cardioprotetora em momentos de recuperação como também durante

atividades que exigem maior demanda de oxigênio.

Ao contrário do observado na sessão controle, no presente estudo um

aumento na PA diastólica foi evidenciado durante o ERI-30% após inalação do OEE

(Figura 12). Embora pareça um resultado negativo, torna-se relevante esclarecer a

importância de tal condição para o sistema cardiovascular durante o estresse. É

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48

possível que uma adaptação aguda vascular produzida pelo OEE durante o ERI-

30%, a fim de promover o aumento da taxa de perfusão de sangue nas coronárias,

tendo em vista o aumento da PAD, esteja explicando essa condição, a qual nessa

perspectiva e numa magnitude de aumento aceitável seria bem vinda durante o

estresse imposto pelo exercício (CARLSON et al., 2014). Além disso, a combinação

da elevação da PA diastólica (Figura 12 e 20) com o DP reduzido (Figura 22) está

associada à diminuição do potencial de isquemia miocárdica induzida pelo exercício

físico, uma vez que maior depressão no segmento ST no ECG tem sido apresentada

com o aumento prévio de 20% no DP (HOBERG et al., 1990; WHITE, 1999).

Na população de idosos o desafio persiste em buscar alternativas para a

manutenção do equilíbrio autonômico nas diferentes situações da vida diária, visto

que a VFC tende a reduzir e uma predominância da atividade nervosa simpática é

verificada com o envelhecimento, o que representa um aumento do risco

cardiovascular (MELO et al., 2005). Esse risco ainda pode ser potencializado

durante o exercício resistido (LOVELL et al., 2011). Ao analisar as respostas

autonômicas do presente estudo na sessão controle em função da sessão OEE,

constatou-se desequilíbrio na modulação da resposta do intervalo RR da VFC

durante as séries 2 e 3 do ERI-30% na sessão controle (Figura 15). Ao mesmo

tempo foi possível visualmente observar um comportamento mais variável no

indicador simpático LF (Figura 16) e parassimpático HF (Figura 17) na sessão

controle, ao longo das três séries de ERI-30%, o que pode sugerir uma menor

capacidade de modulação nervosa autônoma durante o esforço mesmo em

condições controladas de intensidade, temperatura e curto período de exercício.

Ainda, quando verificada a resposta integrada de recuperação e ERI-30%, é

possível constatar que o componente parassimpático, representado pelo indicador

HF da VFC reduz de forma significativa na sessão controle, resultado não observado

na sessão OEE (Figura 25). Esses resultados mais uma vez sugerem uma possível

ação do OEE em respostas centrais autonômicas de idosos durante a recuperação e

exercício físico, entretanto, pesquisas acerca da explicação dos caminhos

mecanísticos envolvidos nessas respostas na população de idosos ainda são

necessárias.

Como aplicação clínica dos resultados encontrados, sugere-se que a inalação

de 10 minutos de OEE pode contribuir com a manutenção ou mesmo atenuação de

respostas cardiovasculares relacionadas à recuperação da inalação ou mesmo

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49

relacionadas à realização do exercício isométrico submáximo. O uso dessa

estratégia terapêutica pode ter importante aplicação prática na população de

homens idosos que adotam o treinamento resistido como ferramenta de melhora da

qualidade de vida.

O presente estudo apresentou limitações quanto a não utilização de uma

substância placebo do OEE para inalação na sessão controle, no entanto, uma

máscara facial foi mantida nessa sessão e os indivíduos respiraram ar puro. Outros

autores têm apresentado resultados com essa mesma metodologia (DAYAWANSA

et al., 2003). Outra preocupação metodológica de aplicação do OEE na amostra

investigada foi quanto à aderência à utilização da substância, devido ao odor da

mesma, especialmente no início de sua inalação. Contudo, estudos prévios em

nosso laboratório (resultados ainda não publicados – anexo), evidenciaram maior

sensação de prazer na recuperação e menor sensação de desprazer durante o

estresse térmico induzido após inalação de OEE associado à realização de exercício

aeróbio moderado, o que contribui para a aplicação prática da manipulação do OEE

no presente estudo.

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50

3 CONCLUSÃO

Conclui-se que o óleo essencial de eucalipto pode modular o tônus

autonômico cardíaco a partir do aumento do intervalo RR da VFC e da manutenção

da FC durante o exercício resistido isométrico submáximo, bem como atenuar a

demanda cardiovascular por uma redução da FC e DP na recuperação de sua

inalação. Ainda, uma possível ação do OEE em indivíduos idosos pode estar

contribuindo com as reduzidas respostas cardiovasculares de DP e manutenção da

PA sistólica ao analisar a área integrada de recuperação e exercício isométrico

submáximo.

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51

REFERÊNCIAS

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ANEXO A - Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

Título da Pesquisa: “EFEITO DO ÓLEO ESSENCIAL DE EUCALIPTO NAS

RESPOSTAS CARDIOVASCULARES DE IDOSOS DURANTE A RECUPERAÇÃO

E EXERCÍCIO RESISTIDO ISOMÉTRICO”

Nome do Pesquisador: CHARLES DE SOUZA VIEIRA

Nome do Orientador: Dr. SÉRGIO RODRIGUES MOREIRA

1. Natureza da pesquisa: O senhor está sendo convidado a participar desta

pesquisa que tem como finalidade investigar o efeito da inalação do óleo essencial

de eucalipto nas respostas de pressão arterial e equilíbrio nervoso autonômico no

repouso e no estresse através do exercício isométrico a 30% da contração voluntária

máxima de preensão manual (Hand Grip). A pesquisa terá duração de 3 dias, onde o

senhor terá que comparecer aos dias e horas estipulados, sendo estes dias

intervalados por 48 horas. O senhor será submetido a algumas avaliações, como

segue:

a) Análise antropométrica (peso, estatura, IMC);

b) Familiarização com o dinamômetro de força de preensão manual;

c) Verificação da pressão arterial e da frequência cardíaca de repouso durante 20

minutos antes do experimento;

d) Sessão experimental por meio da inalação de óleo essencial de eucalipto por 10

minutos com uso de máscara facial descartável. Na sessão controle, o senhor ficará

sentado em uma cadeira confortável em uso de máscara facial descartável pelo

tempo especificado anteriormente;

e) Verificação da pressão arterial e da frequência cardíaca durante 60 minutos após

o experimento;

f) Sessão de estresse que compreenderá em exercício isométrico a 30% da

contração voluntária máxima de preensão manual (Hand Grip), repetidas em 3 séries

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durante um minuto sendo intercalado por um minuto de descanso entre as séries.

Verificação da pressão arterial e frequência cardíaca durante cada série;

g) Avaliação da variabilidade da frequência cardíaca (controle nervoso da pressão

arterial) através de um frequencímetro durante todo procedimento avaliativo.

2. Participantes da pesquisa: Participarão da pesquisa 20 pessoas do sexo

masculino com idade a partir de 60 anos.

3. Envolvimento na pesquisa: Ao participar deste estudo o senhor permitirá que o

pesquisador contribua com a comunidade produzindo conhecimento sobre os

benefícios da inalação de óleo essencial de eucalipto na pressão arterial e na

dinâmica simpato-vagal (controle nervoso da pressão arterial) durante o repouso e o

estresse. O senhor tem liberdade de se recusar a participar e ainda se recusar a

continuar participando em qualquer fase da pesquisa, sem qualquer prejuízo para o

senhor. Sempre que quiser poderá pedir mais informações sobre a pesquisa através

do telefone do pesquisador do projeto e, se necessário através do telefone do

Comitê de Ética em Pesquisa.

4. Sobre as entrevistas: Será realizada uma entrevista sobre seu histórico de

saúde para estratificação do risco.

5. Riscos e desconforto: A participação nesta pesquisa não infringe as normas

legais e éticas (Apesar de existirem riscos durante a participação nas sessões

experimentais da pesquisa, os quais são no sentido de lesões articulares ou

musculares durante o esforço físico realizado, esses riscos ficam minimizados, uma

vez que as sessões seguem padrões adotados e testados pela comunidade

científica, além de serem acompanhados por profissional devidamente capacitado.

Com isso, o voluntário, para participar do estudo terá que se enquadrar, via coleta

de informações prévias, como não tendo “doença séria conhecida” e será orientado

de forma individual, tendo total atenção do profissional durante todos os

procedimentos. Ainda, se caso alguma lesão articular ou muscular ocorrer no

voluntário da pesquisa, imediatamente após a constatação do mesmo, o

pesquisador interromperá a aplicação das sessões e conduzirá o voluntário ao

hospital de traumas para cuidados emergenciais). Os procedimentos adotados nesta

pesquisa obedecem aos Critérios da Ética em Pesquisa com Seres Humanos

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conforme Resolução no. 466/12 do Conselho Nacional de Saúde. Nenhum dos

procedimentos usados oferece riscos à sua dignidade.

6. Confidencialidade: Todas as informações coletadas neste estudo são

estritamente confidenciais. Somente o pesquisador e seu orientador (e/ou equipe de

pesquisa) terão conhecimento de sua identidade e nos comprometemos a mantê-la

em sigilo ao publicar os resultados dessa pesquisa.

7. Benefícios: Os participantes deste projeto serão informados sobre a capacidade

de resposta cardiovascular por meio dos instrumentos de avaliação em situações de

sobrecarga cardiovascular para melhor conduta na vida diária e durante alguma

atividade física.

8. Pagamento: O senhor não terá nenhum tipo de despesa para participar desta

pesquisa, bem como nada será pago por sua participação.

Após estes esclarecimentos, solicitamos o seu consentimento de forma livre para

participar desta pesquisa. Portanto preencha, por favor, os itens que se seguem:

Confirmo que recebi cópia deste termo de consentimento, e autorizo a execução do

trabalho de pesquisa e a divulgação dos dados obtidos neste estudo.

Obs: Não assine esse termo se ainda tiver dúvida a respeito.

Consentimento Livre e Esclarecido

Tendo em vista os itens acima apresentados, eu, de forma livre e esclarecida,

manifesto meu consentimento em participar da pesquisa.

_________________________________________________________

Nome do Participante da Pesquisa

_________________________________________________________

Assinatura do Participante da Pesquisa

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_________________________________________________________

Assinatura do Pesquisador

_________________________________________________________

Assinatura do Orientador

Pesquisador:

CHARLES DE SOUZA VIEIRA / (87) 8802-1086.

Orientador:

Dr. SÉRGIO RODRIGUES MOREIRA / (87) 9943-8686 e (87) 2101-6856

Coordenador do Comitê de Ética em Pesquisa: Professor Alexandre H. Reis

Vice-Coordenadora: Márcia Bento Moreira

Telefone do Comitê: 87 21016797

E-mail: [email protected]

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ANEXO B – Questionário de Estratificação de Risco (ACSM, 1995)

Nome: ___________________________________________ Data:____/____/_____

Sexo: Masculino Idade: ____ anos Peso:______kg Estatura:_______m

IMC:_________

História Familiar 1) Possui pai, irmão ou filho com menos de 55 anos e que teve infarto do miocárdio (infarto no coração), revascularização coronariana (cirurgia de pontes de safena e/ou mamária) ou morte súbita (morte inesperada e rápida)? 2) Possui mãe, irmã ou filha com menos de 65 anos e que teve infarto do miocárdio (infarto no coração), revascularização coronariana (cirurgia de pontes de safena e/ou mamária) ou morte súbita (morte inesperada e rápida)? Fumo de Cigarros 1) É fumante ou deixou de fumar há menos de 6 meses? Parou há _______ meses Hipertensão: (≥ 140/90 mmHg 2x ou em medicação para pressão arterial) Hipercolesterolemia 1) Colesterol total (limite ≥ 200 mg/dl) (+) 2) Colesterol HDL (“bom”: < 40 mg/dl) (+)

SIM NÃO

SIM NÃO

SIM NÃO

SIM NÃO

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3) Colesterol HDL (“bom”: ≥ 60 mg/dl) (-) 4) Tem colesterol LDL (“ruim”: ≥ 130 mg/dl) (+) 5) Está usando remédio para redução de colesterol? Glicose de Jejum Alterada 1) Tem glicose de jejum ≥ 100 mg/dl em duas medidas diferentes? Sabendo o valor exato, favor informar no campo ao lado. Obesidade 1) IMC ≥ 30 Kg/m2 ou circunferência da cintura ≥ 102 cm/homens e ≥ 88 cm/mulheres ou RCQ ≥ 0,95 homens e ≥ 0,86 mulheres? Estilo de Vida Sedentário 1) Não participa de programa regular de exercícios ou não acumula o mínimo de 30 minutos de atividade física por dia, no mínimo 5 dias por semana? Sinais e Sintomas (estipular tempo com significado funcional) 1) Já sentiu dor ou desconforto no peito, no pescoço, na “maxila”, nos braços em repouso e/ou durante o exercício? 2) Já sentiu falta de ar em repouso ou com pequeno esforço (dificuldade em respirar – dispinéia)? 3) Tem ou teve vertigem e/ou desmaio? 4) Tem ou teve ortopnéia ou dispnéia paroxística noturna (dificuldade para respirar deitado)?

SIM NÃO

SIM NÃO

SIM NÃO

SIM NÃO

SIM NÃO

SIM NÃO

SIM NÃO

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5) Tem edema nos tornozelos? 6) Tem taquicardia ou palpitações (sente o coração acelerado)? 7) Tem ou teve claudicação intermitente (dificuldade na marcha)? 8) Tem sopro no coração informado pelo médico? 9) Tem cansaço excessivo (grande) ou sente falta de ar com atividades do dia a dia? 10) Você é portador de alguma das doenças abaixo listadas?

a) Doença cardíaca (p. exemplo: infarto / arritmia / coronariopatia, etc)

b) Doença vascular cerebral ou periférica (p. exemplo: AVC, derrame, etc)

c) Doença pulmonar (p. exemplo: enfisema, asma, fibrose cística, etc)

d) Doença metabólica(p. exemplo: Diabetes, alterações da tiróide, etc)

e) Doença renal (nos rins)

f) Doença hepática (no fígado)

SIM NÃO

SIM NÃO

SIM NÃO

SIM NÃO

SIM NÃO

SIM NÃO

SIM NÃO

SIM NÃO

SIM NÃO

SIM NÃO

SIM NÃO

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Categorias de risco segundo critérios do American College Of Sports Medicine

(1995)

Aparentemente saudável

Homens com menos de 45 anos

e mulheres com menos de 55

anos assintomáticos e que

apresentem no máximo um fator

de risco para desenvolvimento de

doença cardiovascular.

Em risco aumentado

Homens com 45 anos ou mais, e

mulheres com 55 anos ou mais

ou aqueles que apresentem 2 ou

mais fatores de risco para

desenvolvimento de doença

cardiovascular.

Com doença séria conhecida

Indivíduos com um ou mais sinais

ou sintomas sugestivos de

doença cardiovascular e

pulmonar ou com doença

cardiovascular, pulmonar ou

metabólica conhecida.

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ANEXO C – Parecer do Comitê de Ética e Pesquisa

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APÊNDICE A – Artigo Científico

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APÊNDICE B – Comprovante de Submissão de Artigo Científico

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APÊNDICE C – Apresentação de trabalho em Congresso