universidade federal do tocantins programa...
TRANSCRIPT
UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS
PROGRAMA NACIONAL ESCOLA DE GESTORES DA EDUCAÇÃO BÁSICA
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU EM COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA
Planejamento e Prática Interdisciplinares – Um desafio à nossa prática¹
Belina Fabi da Silva Costa
Araguaína, 2011
__________________________________
1 - Relatório analítico apresentado ao Curso de Pós-Graduação Latu Sensu em Coordenação Pedagógica, como exigência
parcial para obtenção do título de Especialista em Coordenação Pedagógica, sob a orientação da professora Maria Alves F .de
Freitas.
UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS
PROGRAMA NACIONAL ESCOLA DE GESTORES DA EDUCAÇÃO BÁSICA
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU EM COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA
PLANEJAMENTO E PRÁTICA INTERDISCIPLINARES – UM DESAFIO À NOSSA PRÁTICA
Belina Fabi da Silva Costa1
Araguaína, 2011
1 Licenciatura Plena em Letras pela Fundação Universidade do Tocantins-UNITINS.
RESUMO
Este trabalho de pesquisa-ação se limitou a investigar como são articuladas teoria e prática
interdisciplinares no dia a dia do fazer pedagógico do contingente de educadores do Colégio Estadual Rui
Barbosa em Araguaína – TO, identificando o teor do embasamento teórico que os mesmos já possuem
sobre o tema, ao mesmo tempo em que verifica as evidências concernentes à prática interdisciplinar no
cotidiano dessa escola, objetivando colaborar para promoção de uma formação mais holística do
educando através da superação da prática disciplinar fragmentada e de um trabalho pautado no diálogo
entre teoria e prática interdisciplinares.
PALAVRAS-CHAVE: Interdisciplinaridade, Formação, Prática Pedagógica.
1 .INTRODUÇÃO
O presente relatório mostra os resultados da pesquisa feita no CERB - Colégio Estadual Rui
Barbosa em Araguaína – TO, com o objetivo de identificar em meio ao contingente de educadores da
referida escola, o teor do embasamento teórico prévio que a equipe pedagógica já possuía sobre o tema
proposto, ao mesmo tempo em que verificou a existência de evidências concernentes à prática
interdisciplinar no cotidiano dessa escola. Tendo em vista a necessidade contemporânea do diálogo entre
teoria e prática interdisciplinares com o objetivo de promover uma formação mais holística do educando.
O contexto educativo está em constante processo de inovação, através de novas pedagogias tenta-
se alcançar o aluno como um todo, almejando-se atacar e suprir suas reais necessidades de aprendizagem.
Dentre as várias pedagogias testadas no decorrer da história da educação em nosso país, a da
interdisciplinaridade, embora não sendo recente, tem sido disseminada teoricamente como o meio mais
eficaz de combater a fragmentação do conhecimento transmitido no dia a dia em sala de aula; o qual,
segundo Heloísa Luck (2010), consiste num conhecimento limitado que, de forma concomitanteproduz
um mosaico de informações desarticuladas e antagônicas à realidade do educando.
Em decorrência desse processo, “surge como uma demanda cada vez mais clara e evidente entre
os educadores a necessidade de se promover e superar essa fragmentação, em busca de uma visão e ação
globalizadora e mais humana.”1 (LUCK, 2010, p.10)
Essa tomada de consciência deve partir de cada profissional que, por sua vez, também enfrentam
algumas barreiras no sentido de entender o que é, como fazer, como avaliar e como mensurar os
resultados advindos de um trabalho dessa natureza.
O professor defronta-se então, com a necessidade de promover uma auto reorganização do
conhecimento e prática pedagógica para sua própria orientação nessa perspectiva pedagógica
diferenciada, a fim de reproduzir conceitos nos quais ele realmente acredite. Envolvendo-se num
1 LUCK, Heloísa, Pedagogia Interdisciplinar. São Paulo: Ed. Vozes Cortez, 2008.
processo de transformação que implica a apropriação dos conhecimentos prévios que o professor já
possui e que foram apreendidos na sua formação profissional, a sua relação com a prática pedagógica
concretizada no cotidiano escolar. (BOLZAN, 2009, p.13)
Em associação a essa mesma fragmentação, rompeu-se o elo da simplicidade e
estabeleceu-se a crescente complexidade da realidade, fazendo com que o homem se encontre
despreparado para enfrentar os problemas globais que exigem dele não apenas uma formação
polivalente, mas uma formação orientada para a visão globalizadora da realidade e uma atitude
contínua de aprender a aprender. (LUCK, 20101, p.9).
Neste sentido, este trabalho limita-se a expor os resultados da investigar de como a pedagogia da
interdisciplinaridade tem sido conceituada pela equipe pedagógica no CERB, os níveis de aceitação e
prática diária, assim como os resultados obtidos com o trabalho já realizado até então e o que pode ser
feito no sentido de aperfeiçoá-lo.
Das bibliografias exploradas e nas quais está embasada a fundamentação teórica para construção
deste trabalho ressalte-se a relevante contribuição de Ivani Fazenda, Heloísa Luck, Dóris Bolzan, dentre
outros autores que contribuíram de forma significativa para sua concretização.
Ressalte-se a importância da visão e conceitos sobre interdisciplinaridade já estabelecidos por
alguns desses pesquisadores:
Embora não seja recente, segundo Heloísa Luck (2010), a interdisciplinaridade é uma ‘ideia-
força’, que agora se manifesta, a partir do alargamento conceitual e da tomada de consciência cada vez
mais clara da fragmentação vivenciada pelo homem em geral pelos educadores no seu dia-a-dia.
Através da interdisciplinaridade,
Busca-se estabelecer o sentido de unidade na diversidade, mediante uma visão de conjunto, que
permita ao homem fazer sentido dos conhecimentos e das informações dissociados e até mesmo
antagônicos que vem recebendo, de tal modo que possa reencontrar a identidade do saber na
multiplicidade de conhecimentos. (LUCK, 2010, p.43).
Numa concepção mais simplista, Tânia Dias Queiroz e Márcia Maria Villanacci Braga (2002,
p.33) afirmam que: “Podemos compreender a interdisciplinaridade como sendo um caminhar lado a lado,
juntos, sinônimo de cumplicidade”2, afirmam ainda que “segundo alguns teóricos, ou aprendemos a
2QUEIROZ, Tânia Dias, Márcia Maria Villanacci Braga. Como obter sucesso em sala de aula? Possibilidades teóricas e práticas
sociointeracionistas, interdisciplinares, transversais e contextualizadas para o Ensino Fundamental. 1ª Ed. – São Paulo: Rideel, 2002. –
(Série pedagogia da esperança).
caminhar juntos ou morreremos juntos”. Daí a importância da efetivação do planejamento em conjunto,
do comungar ideias e objetivos comuns, atentando-se para o fato de que planejar juntos não implica
necessariamente em planejar em conjunto.
Nesse contexto, entende-se que a tomada de consciência do papel do professor é entendida aqui
como elemento dinamizador do processo tendo em vista um redirecionamentode sua prática pedagógica.
Para Dóris Bolzan (2009, p.23), “as crenças e concepções teóricas implícitas que os professores tem
acerca de seu fazer pedagógico podem sinalizar a maneira como eles processam as informações e como
percebem as formas de intervenção didática, como marco de referência para sua prática”3.
E nesse sentido, as pesquisas mostram que a tendência do professor é ensinar da forma como fora
ensinado. O professor encontra-se muitas vezes, atado aos moldes de como fora educado. Para explicar
essa questão, Ivani Fazenda (2008, p.12) utiliza a expressão “ambiguidade na didática interdisciplinar”,
afirmando que “vivemos radicalmente os efeitos dessa ambiguidade quando analisamos as formas como
educamos, ou como fomos educados”4. Essa ambiguidade, diz respeito ao antes e o agora de um
determinado modo de pensar e fazer pedagógico.
Tânia Dias Queiroz e Márcia Maria Villanacci Braga (2002, p.35), afirmam que “por mais que nos
esforcemos para mudar nossa maneira de pensar, sentir, agir, somos fruto do nosso tempo e espaço”.
Fatores que teoricamente confirmam a razão do comportamento comumente observado em vários
educadores do nosso tempo ao demonstrarem certo temor pelo conhecimento e receio de que “o novo
conhecimento e a nova situação possam desmascarar fraquezas”, além disso, a prática nos mostra que
“quem trabalha com a novidade pode cometer erros”5. (2002, p.38)
3BOLZAN, Doris Pires Vargas. Formaçãode Professores: compartilhandoe reconstruindo conhecimentos.Porto Alegre: Mediação, 2002.
4FAZENDA, Ivani C. A.(Org.) O que é Interdisciplinaridade? São Paulo: Cortez, 2008.
5QUEIROZ, Tânia Dias, Márcia Maria Villanacci Braga. Como obter sucesso em sala de aula? Possibilidades teóricas e práticas
sociointeracionistas, interdisciplinares, transversais e contextualizadas para o Ensino Fundamental. 1ª Ed. – São Paulo: Rideel, 2002. –
(Série pedagogia da esperança).
Todavia, conforme Ivani Fazenda (2008), “a exigência interdisciplinar que a educação indica:
reveste-se, sobretudo, de aspectos pluridisciplinares e transdisciplinares que permitirão novas formas de
cooperação, principalmente o caminho no sentido de uma policompetência.” Mas que, contudo, “ainda se
encaixa nos moldes convencionais” (2008, p.12), uma vez que “as instituições encontram-se atadas a
planos rígidos e comuns, e não perdoam quem ousa transgredir sua acomodação”. (2008,p.15)
Assim sendo,
O primeiro passo para aquisição conceitual interdisciplinar seria o abandono das posições
acadêmicasprepotentes, unidirecionais, não rigorosas que fatalmente são restritivas, primitivas e
“tacanhas”, impeditivas de aberturas novas, camisas-de-força que acabam por restringir alguns
olhares, taxando-os de menores. Necessitamos, para isso, exercitar nosso olhar mais
comprometido e atentopara as práticas pedagógicas rotineiras emenos pretensiosas e arrogantes em
que a educação se exerce com competência. (FAZENDA, 2008, p.13)
Para Nogueira (2001, p.71), a interdisciplinaridade é uma das características inerentes ao próprio
professor, como também a forma como a mesma é expressa ao exercer a profissão. Ou seja, o professor é
por natureza, um indivíduo de pensamento, formação e conduta interdisciplinares.
Paulo Freire (1985), afirma que a interdisciplinaridade deveria ser para nós, um fato consumado. E
o professor vendo e sabendo disso, deveria ter um plano de trabalho, que não levasse em conta a ofensa
dos salários imorais e as salas superlotadas, não se apropriando do discurso do acomodado, do
comodismo e da quietude os quais não podemos aceitar calados e sem lutar.
O nosso plano de análise levou-nos a observar os ambientes e as formas como essa competência é
expressa no dia a dia da escola estadual Rui Barbosa; pois segundo Antônio Joaquim Severino, “antes de
perguntar como o problema se coloca em relação ao conhecimento, é preciso saber qual o lugar que o
conhecimento ocupa em nossa existência”.6 (SEVERINO apud FAZENDA, 2008, p.33)
Retomamos o pensamento de Paulo Freire (1996, p.10), quando afirma que “de nada adianta o
discurso competente se a ação pedagógica é impermeável a mudanças”. 7Com esse intuito, observamos
detidamente a articulação dos planejamentos entre os professores e a prática em sala de aula,
6FAZENDA, Ivani C. A.(Org.) O que é Interdisciplinaridade? São Paulo: Cortez, 2008.
7FREIRE, Paulo.Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo Paz e Terra, 1996.
analisamosas teorias coexistentes através da aplicação de questionário aos professores, coordenadores
pedagógicos e breve entrevista com representantes de alunos e com o gestor pedagógico, instrumentos
esses que nortearam e influenciaram no desenvolvimento e nos resultados dessa pesquisa ação.
2. DESENVOLVIMENTO
A realização de uma pesquisa explicativa nos deu base para identificação dos fatores que
contribuíam para a ocorrência dos fenômenos em questão, ao mesmo tempo em que objetivamos intervir
nessa realidade a fim de aprimorá-la através dos procedimentos técnicos da pesquisa ação.
O processo de pesquisa ação foi de caráter participativo, e para a geração de dados elaboramos e
aplicamos questionários estruturados com algumas questões fechadas e outras discursivas, para a
apreciação do diagnóstico da realidade escolar no que diz respeito à prática interdisciplinar. Participaram
da pesquisa como colaboradores, parte da equipe pedagógica do CERB, mais especificamente os
professores que atuam do 6º ao 9º ano e ensino médio, coordenadores pedagógicos que acompanham os
professores desse nível, gestor pedagógico e representante de alunos das séries equivalentes.
Partimos da visão e experiência que os professores da nossa equipe pedagógica já possuíam sobre
o tema, a fim de que fosse realizado um trabalho que atendesse às reais necessidades do grupo,
oferecendo assim, subsídios necessários para a sensibilização do grupo docente sobre a importância do
trabalho interdisciplinar e mesmo a melhoria do que já vinha sendo realizado nesse sentido. Para tanto,
aplicamos um questionário de sondagem junto à equipe docente, objetivando obtermos um diagnóstico
dessa realidade, para a realização de um trabalho de qualidade, que servisse também como meio de
intervenção para melhoria contínua do fazer pedagógico praticado até então nessa instituição de ensino,
seguindo o pensamento de Dóris Bolzan (2009, p.13), ao afirmar que “esse processo de transformação
implica a apropriação dos conhecimentos prévios dos professores, conhecimentos pedagógicos
apreendidos na formação profissional e sua relação com a prática pedagógica desenvolvida no cotidiano
escolar”8.
2.1 –Instrumentos utilizados
Um questionário de sondagem foi aplicado por ocasião da realização do Dia Pedagógico que
aconteceu no dia 05 de maio de 2011, momento destinado ao estudo e discussão de temas pertinentes para
8 BOLZAN, Doris Pires Vargas. Formaçãode Professores: compartilhandoe reconstruindo conhecimentos. Porto Alegre: Mediação, 2002.
o momento. Ao todo, responderam ao questionário 09 professores dentre os que atuam no Ensino
Fundamental 2ª fase e Ensino Médio nesta instituição, de um total de 10 docentes que estavam presentes
na ocasião. No mesmo instrumento de coleta de dados foi reservado espaço para que o docente
explicitasse o que é necessário para que se comece a trabalhar, trabalhar mais ou trabalhar melhor as aulas
interdisciplinares. O mesmo questionário foi aplicado para os coordenadores pedagógicos, uma vez que
para acompanhar os planejamentos e orientá-los na prática diária faz-se necessário um conhecimento e
prática senão iguais, mais aprofundados do que aqueles que se espera por parte dos próprios professores.
A pesquisa entre os alunos foi feita por amostragem, em que os mesmos foram questionados a
respeito de seu conhecimento teórico acerca do tema, e se reconheciam esse tipo de trabalho nas aulas
ministradas por seus professores. Não obstante, as respostas coincidiram negativamente, sendo que alguns
ainda tentaram definir o sentido da palavra, mas sem êxito.
Através da entrevista realizada com o gestor pedagógico da unidade escolar observamos que, pelo
seu pouco tempo de atuação em sala de aula, não foi possível trabalhar projetos interdisciplinares.
Todavia, o mesmo possui conhecimento teórico razoável sobre o tema e reconhece a necessidade maior
investimento na prática interdisciplinar. Diagnosticamos também a necessidade da realização de
capacitação concernente ao tema, tanto para os professores como para a equipe gestora.
A análise das questões propostas no questionáriodestinado aos professores possibilitou a reflexão
sobre seu conhecimento prévio a respeito do tema proposto, sua participação, atuação e desempenho em
atividades dessa natureza, conhecimento teórico e subsídios que pudessem ampará-los em tais atividades,
planejamento e visão de melhoria na qualidade de seu trabalho atravésda realização de atividades desse
nível.
“É necessário que se dê atenção ao estágio em que o corpo docente de uma escola se encontra, em relação
ao processo interdisciplinar, e motivá-loa expressar e discutir em conjunto os problemas principais do
ensino e seus esforços, sob a ótica da elaboração globalizadora do conhecimento.” (LUCK, 2010, p.24).
Para que esse processo se torne factível, é de fundamental importância que a equipe gestora esteja
capacitada, fator diagnosticado também através do questionário direcionado aos coordenadores
pedagógicos e da entrevista com o gestor pedagógico da unidade escolar, os quais chegaram ao consenso
de que também precisavam de maior aprimoramento em relação ao tema para, então, auxiliar os
professores com maior propriedade tanto no acompanhamento do planejamento quanto nodirecionamento
da realização de ações dessa natureza.
Observamos ainda que mesmo afirmando conhecer e entender o que é uma proposta
interdisciplinar de ensinocomo recurso que contribui para a melhoria da qualidade e aproveitamento das
aulas, não menos que 90% dos profissionais que atuam nesta unidade escolar não trabalhavam
regularmente com aulas interdisciplinares. A princípio, tal fato pareceu-nos contraditório, contudo,
algumas justificativas foram elaboradas através de colocações e sugestões que responderam ao
questionamento: o que é necessário para você, professor, começar a trabalhar, trabalhar mais ou trabalhar
melhor as aulas interdisciplinares?”, dentre as sugestões registradas nos questionários citamos:
articulação de projeto interdisciplinar para nortear o planejamento das ações, necessidade de maior
embasamento teórico como subsídio para a prática diária, e realização do planejamento em conjunto
pautado no compromisso e envolvimento de todos. Atentamos para o fato de que as observações feitas
eram pertinentes e tinham fundamento, ao mesmo tempo em que revelavam as reais necessidades da
equipe e que não foram citadas apenascomo uma “desculpa” para a não realização de práticas dessa
natureza, pelo contrário, revelaram o desejo e intenção da equipe em atuar interdisciplinarmente.
Reconhece-se que, para o desenvolvimento da interdisciplinaridade, é fundamental que haja
diálogo, engajamento, participação dos professores, na construção de um projeto comum voltado
para a superação da fragmentação do ensino e de seu processo pedagógico. No entanto, essas não
são características facilmente encontradas nas escolas em geral. Registra-se, em muitas delas,
muito mais um desejo de que tal situação ocorra, acompanhado de grande lamentação pela
dificuldade da prática pedagógica, em decorrência dessa falta. (LUCK, 2010, p.60).
2.2 – Formação Continuada
A realização da Formação Continuada abordando o referido tema partiu das sugestões registradas
nos questionários de sondagem, e aconteceu de 09 a 12 de maio de 2011. Na oportunidade, foi realizada
uma oficina de leitura interdisciplinar com mostra de ação do projeto interdisciplinar de leitura, palestra
sobre o tema e articulação de projeto interdisciplinar.
2.2.1 – Oficina Interdisciplinar de Leitura
A oficina foi ministrada pelas professoras de Língua Portuguesa e Matemática9na qual foi
apresentado um projeto de leitura que já vinha sendo desenvolvido com as turmas do fundamental II.
9Maria Helena Pires, professora de Língua Portuguesa, formada em Letras com especialização na mesma área.
Luciana Ribeiro Cruz, professora de Matemática, formada em Matemática com especialização na mesma área.
Uma amostra da ação foi socializada através da interação com os professores através da leitura,
transposição textual e posterior socialização dos trabalhos pelos grupos que serviu como evidência de
uma das formas de trabalho interdisciplinar que já tem sido realizado no âmbito escolar.
As professoras monitoras do projeto relataram que os alunos haviam sido envolvidos pela leitura
com maior intensidade, principalmente na área da matemática, pois se mostra como algo novo e
diferenciado.
Para Heloísa Luck (2010, p.58), é importante entender e valorizar “todo esforço orientado por uma
intenção de construção da interdisciplinaridade, como parte de um processo contínuo”, uma vez que o
mesmo “vai alargando o entendimento dos professores envolvidos, ao mesmo tempo em que vai
transformando a realidade pedagógica.”10
2.2.2.- Palestra sobre trabalho interdisciplinar
A palestra abordando o tema foi ministrada pela equipe de currículo da DREA (Diretoria Regional
de Ensino de Araguaína), durante a qual alguns pontos salientados foram: ação recíproca entre
disciplinas, o foco é sempre o ensino aprendizado, criação de uma nova rede de saberes, aprendizado
completo, e conhecimentos que vão além do conteúdo ensinado.
Nesse momento propiciou-se a explicitação pelos professores de algumas conclusões como: só há
trabalho interdisciplinar quando há planejamento interdisciplinar, alguns professores tem dificuldade de
relacionar as áreas, ou até mesmo em dominar outras disciplinas pertinentes à sua, como no caso da
Geografia analítica, que envolve a Matemática e Inglês, alguns professores não dominam a própria
disciplina. Alguns dos motivos colocados pela palestrante que dificultam o trabalho dessa natureza
foram: dificuldades inerentes às limitações de cada profissional, como por exemplo, a elaboração de
textos pelos professores da área das Exatas; dificuldade em se desvencilhar do livro didático uma vez que
o uso diário do mesmo “facilita a vida” do professor.
Segundo Heloísa Luck (2010),o estabelecimento de um trabalho diferenciado provoca, como toda
atividade a que não se está habituado, uma sobrecarga de trabalho.
10 LUCK, Heloísa, Pedagogia Interdisciplinar. São Paulo: Ed. Vozes Cortez, 2008.
Diante, pois, de novos desafios e necessidades, o homem, coletivamente organizado, busca novas
formas de solução para os mesmos, surgindo, muitas vezes, tantas concepções sobre as
dificuldades e tantas soluções possíveis, quantos grupos e pessoas que procurem articular essas
questões, gerando assim, não apenas maior complexidade, mas também maior fragmentação e
desintegração na compreensão da realidade. (LUCK, 2010, p.13)
2.2.3 – Articulação de projeto interdisciplinar
Foi articulada a elaboração de um Projeto Interdisciplinar cujo tema e ações estariam voltadas para
as necessidades de nossos educandos, como também contemplariam as séries e disciplinas críticas como
meio de melhorar a qualidade da aprendizagem nesta unidade escolar, garantindo a permanência com
sucesso do alunado na escola, através de aulas diferenciadas e enriquecidas ao sabor da
interdisciplinaridade. Alguns pontos salientados para introdução do trabalho foram: o que já temos?
Onde queremos chegar? O que já está dando certo? O que precisa melhorar?
Da sistemática da montagem do projeto: após delimitação do tema - Integração Escola
Comunidade, dividimos os grupos para montagem do projeto e elaboração dos objetivos, estratégias,
metas e ações. O projeto contemplou algumas das ações constantes no PPP na meta Interdisciplinar como
meio de reorganizar e/ou replanejar as ações já elaboradas de modo a alcançar melhores resultados
atentando-nos para o fato de que a temática do trabalho deve levar em conta a realidade e a necessidade
da escola e não apenas uma “temática do momento”; ressaltando-se que todo trabalho desenvolvido
deveria estar de acordo com o PPP da escola.
Como ponto de partida para a montagem do projeto interdisciplinar, foram listados os pontos
positivos na visão da própria equipe, dentre eles: equipe coesa e empenhada. Dos pontos negativos
citados: o tempo, insuficiente para o planejamento. Das sugestões propostas: eleger um coordenador para
cada grupo que serviria como “ponte”, auxiliando na comunicação entre as disciplinas e realização de
reuniões sistematizadas para avaliação do processo.
Durante a elaboração do projeto foi possível observar o nível de dificuldade da equipe docente em
articular ações que realmente atendessem ao tema. Dificuldade essa que posteriormentese agravariam
quando da realização das mesmas evidenciando novamente certo nível de desarticulação entre teoria e
prática interdisciplinares.
Dentre os imprevistos que surgiram quando da realização das ações do projeto registramos que,o
índice de rotatividade dos professores nesse mesmo período de realização das ações interferiu nos
resultados almejados, uma vez que 25% dos professores que participaram da formação foram substituídos
em razão da contratação de pessoal concursado. Contudo, a equipe procurou concretizar as ações com
eficiência.
2.3 – Discussão dos Resultados
Os resultados do andamento do processo foram discutidos com os professores com o objetivo de
diagnosticar os avanços conquistados até então, como também a necessidade de aperfeiçoamento para o
alcance de melhores resultados. A discussão foi realizadacom grupos de professores no horário de seus
respectivos planejamentos, tendo por eixo norteador os seguintes questionamentos:
1.A partir da Formação realizada, o quê mudou em relação à sua concepção de
interdisciplinaridade?
2.Em que a Formação Continuada contribuiu para a sua prática pedagógica?
3. Comente o quê você tem observado com relação à montagem e desenvolvimento do Projeto
Interdisciplinar.
Observamos através dos comentários feitos durante a socialização que, mesmo afirmando já
conhecer teoricamente o sentido da prática interdisciplinar, alguns professores demonstram estar
equivocados ao confirmarem que “a formação veio esclarecer muitas dúvidas de ‘como’ trabalhar sobre o
tema inclusive através da troca de experiências e de exemplos colocados pelos colegas de atividades
interdisciplinares exitosas realizadas em outras escolas”. Outras observações feitas na ocasião: “As ações
do projeto foram iniciadas contudo não foram finalizadas ainda, havendo necessidade de socialização das
mesmas para avaliação dos resultados alcançados até então.” “A Formação foi muito útil na teoria, mas
seria necessário a realização de uma Oficina para enriquecer mais a nossa prática.” “O professor não tem
‘fôlego’ para acompanhar o desfecho do processo de algumas ações, as quais precisam ser acompanhadas
mais de perto posteriormente à sua realização.” Aumentando assim, a validade de seus efeitos. Na visão
do gestor pedagógico, “o trabalho desenvolvido serviu como ‘termômetro’ para mensurar o que já
sabemos e o que játemos feito enquanto equipe no sentido de expressar uma prática pedagógica
interdisciplinar, o que tambémservirá como ponto de partida para a continuidade e melhoria do trabalho
realizado até então.”
Observamos que, tanto para os professores quanto para a equipe gestora, inclusive o gestor
pedagógico, a articulação e realização do projeto nesta escola serviram como meio de enriquecimentoda
base teórica do que viria a ser a prática pedagógica efetivamente interdisciplinar, além de ter apontado
caminhos para o aperfeiçoamento da mesma.
2.4 – Resultados alcançados
O desfecho desta pesquisa ação nos mostrou que parte da limitação que o professor tem em realizar
atividades interdisciplinares advém dos métodos conservadores e fragmentados pelos quais também
foram educados, sendo a tendência do professor tão somente reproduzi-los. Portanto, para que esse
quadro seja mudado se faz necessária a superação dessa condição de professor passivo perante uma
necessidade emergente de inovação pedagógicapara professor articulador de situações de
contextualização interdisciplinar. Essa iniciativa deve partir da conscientização do profissional no tocante
à necessidade de atender a uma estrutura pedagógica holística que emerge com uma didática
globalizadora e dinâmica e sem dúvida mais complexa.
Os resultados ainda são poucos e quase que imperceptíveis, mas podemos afirmar que somaram
esforços ao que já vinha sendo desenvolvido nesse sentido.
Sem dúvida alguma, ainda é insuficiente no contexto educacional do CERB o desenvolvimento de
experiências concretas voltadas para a prática intencional de construção interdisciplinar apresentando
assim maiores avanços nesse campo, todavia, o investimento no trabalho de sensibilização, mudança de
postura pedagógica, quebra de paradigmas, deve ser de caráter contínuo e, não obstante, seus resultados
também terão maior qualidade e serão mais perceptíveis à medida que mais a escola se empenhar nesse
sentido.
Durante os momentos destinados à socialização do projeto com os grupos docentes evidenciou-se
a necessidade da realização de encontros mais freqüentes com toda a equipe para monitoramento das
ações, como também da articulação de Oficinas regulares de atividades interdisciplinares sugerida pelos
próprios professores, confirmando a fala de um dos componentes da equipe ao afirmar que “a semente foi
jogada, agora precisamos cultivá-la.”
3 .CONCLUSÃO
Este trabalho de pesquisa-ação se deteve em investigar como são articuladas teoria e prática
interdisciplinares no dia a dia do fazer pedagógico em meio ao contingente de educadores do Colégio
Estadual Rui Barbosa em Araguaína – TO, objetivando identificar o teor do embasamento teórico prévio
que a equipe pedagógica já possuía sobre o tema proposto, ao mesmo tempo em que verificava as
evidências concernentes à prática interdisciplinar no cotidiano dessa escola. Tendo em vista a
necessidade contemporânea do diálogo entre teoria e prática interdisciplinares com o objetivo de
promover uma formação mais holística do educando através de um contexto educativo inovador e
interdisciplinar, através do qualse tenta alcançar o aluno como um todo, almejando-se atacar e suprir suas
reais necessidades de aprendizagem.
A problemática foi abordada através da tentativa de sensibilizar os docentes da necessidade da
tomada de consciência por parte de cada profissional, no sentido de promover uma auto reorganização do
conhecimento e prática pedagógica, em busca de uma visão globalizadora e humana que amenizasse a
fragmentação disciplinar no cotidiano curricular trabalhado pela escola. Nesse contexto, a experiência
consistiu em desafio para os profissionais, visando à superação de obstáculos os quais consistiam na
resistência às inovações, às transformações, a adequação à realidade.
As leituras, debates e formação sobre o tema proposto nos mostraram que parte da limitação que o
professor tem em realizar atividades interdisciplinares advém dos métodos conservadores e fragmentados
pelos quais também foram educados, sendo a tendência do professor tão somente reproduzi-los. Portanto,
para que esse quadro seja mudado se faz necessária a superação dessa condição de professor passivo para
professor articulador. Essa iniciativa deve partir da conscientização do profissional no tocante à
necessidade de atender a uma estrutura pedagógica holística que emerge com uma didática globalizadora
e dinâmica e sem dúvida mais complexa.
Por muito tempo fomos disciplinares, e não seremos interdisciplinares, transversais,
contextualizados de uma hora para outra, num passe de mágica. Daí nossas dificuldades em adquirir essa
nova visão, e colocar na sala de aula essa nova realidade. (Tânia e Márcia, 2002, p.37)
Para tanto, a pesquisa contou com o engajamento do grupo gestor, coordenadores e gestor
pedagógico, no sentido de propiciar circunstâncias que favoreceram a capacitação em serviço da equipe
pedagógica, pois o investimento no trabalho de sensibilização, mudança de postura pedagógica, quebra de
paradigmas, deve ser de caráter contínuo e, não obstante, seus resultados também terão maior qualidade e
serão mais perceptíveis à medida que mais a escola se empenhar nesse sentido.
Concluímos, através dos comentários dos próprios professores que, mesmo afirmando já conhecer
teoricamente o sentido da prática interdisciplinar antes da realização da formação continuada, alguns
professores reconheceram que estavam equivocados ao declararem que “a formação veio esclarecer
muitas dúvidas de ‘como’ trabalhar sobre o tema”.
A sugestão pelos professores da realização de uma Oficina para enriquecimento da prática
interdisciplinar foi muito útil, pois visa aumentar a validade dos efeitos das ações realizadas tanto quanto
explicita o desejo de aprimoramento contínuo por parte dos mesmos no que concerne ao tema em questão.
Concordando com Fazenda (2008, p.19), os estudos e pesquisas realizados até então sobre a
temática são motivo de polêmica, porém indicam caminhos e possibilidades para novas
pesquisasconstituindo-se nos primeiros degraus para a construção de estratégias metodológicas criativas e
eficientes que resultem na real efetivação da prática interdisciplinar, e mais precisamente, no contexto
educacional do CERB.
Em suma, o desfecho da pesquisa propiciou à coordenação pedagógica a apropriação de uma visão
mais amplificada da realidade escolar no tocante ao tema pesquisado, possibilitando através da análise
crítica das evidências extraídas desta mesma realidade, condições para atuar com maior propriedade junto
ao corpo docente, intervindo, contribuindo e/ou modificando essa realidade de forma positiva e
enriquecedora.
Os registros da socialização dos resultados revelam de modo surpreendente a mudança de
pensamento de alguns profissionais que julgavam deter o conhecimento necessário para uma prática
interdisciplinar plena e que, todavia, se depararam com o sentido mais aprofundado dessa prática através
da realização das ações articuladas para esse fim por meio desta pesquisa ação.
4 .REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
*BOLZAN, Doris Pires Vargas. Formação de Professores: compartilhando e reconstruindo
conhecimentos.Porto Alegre: Mediação, 2002.
* FAZENDA, Ivani C. A.(Org.) O que é Interdisciplinaridade? São Paulo: Cortez, 2008.
* FAZENDA, Ivani C. A.(Org.) Didática e interdisciplinaridade. Campinas-SP: Papirus, 1998.
*FREIRE, Paulo.Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo Paz
e Terra, 1996.
*LUCK, Heloísa, Pedagogia Interdisciplinar. São Paulo: Ed. Vozes Cortez, 2008.
*NOGUEIRA, Nilbo Ribeiro. Pedagogia de Projetos. Campinas – São Paulo: Papirus, 2010.
*PPP, Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual Rui Barbosa.
*QUEIROZ, Tânia Dias, Márcia Maria Villanacci Braga. Como obter sucesso em sala de aula?
Possibilidades teóricas e práticas sociointeracionistas, interdisciplinares, transversais e
contextualizadas para o Ensino Fundamental. 1ª Ed. – São Paulo: Rideel, 2002. – (Série pedagogia
da esperança).
ANEXO1
GRÁFICO CONDENSADO DOS RESULTADOS DA APLICAÇÃO DO INSTRUMENTO DE
COLETA DE DADOS:
QUESTIONÁRIO DESTINADO AO PROFESSOR
Total de professores que respondeu ao questionário: 09.
Nº
PERGUNTA
SIM
NÃO
01 Você conhece e entende o que é uma proposta interdisciplinar de ensino? 09 0
02 Já participou de alguma formação envolvendo esse tema? 03 06
03 Já desenvolveu ou está desenvolvendo alguma atividade interdisciplinar
em sua escola ou noutra escola onde já tenha trabalhado?
03 06
04 Possui conhecimento teórico sobre o assunto? 08 01
05 Possui acervo pessoal que possa subsidiá-lo na área? 02 07
06 A biblioteca de sua escola possui acervo que possa subsidiá-lo na área? 09 0
07 Tem facilidade em planejar aulas interdisciplinares? 03 06
08 Tem facilidade em ministrar aulas interdisciplinares? 05 04
09 Trabalha regularmente com aulas interdisciplinares? 01 08
10 Reconhece a aula interdisciplinar como um recurso que contribui para a
melhoria da qualidade e aproveitamento das aulas?
09 0
PROFESSOR: O que é necessário para você começar a trabalhar, ou trabalhar mais ou trabalhar melhor
as aulas interdisciplinares?
ANEXO 2
GRÁFICO CONDENSADO DOS RESULTADOS DA APLICAÇÃO DO INSTRUMENTO DE
COLETA DE DADOS:
QUESTIONÁRIO DESTINADO AO COORDENADOR PEDAGÓGICO
O presente questionário foi aplicado para os 04 coordenadores pedagógicos que compõem a equipe
gestora da unidade escolar.
Nº
PERGUNTA
SIM
NÃO
01 Você conhece e entende o que é uma proposta interdisciplinar de
ensino?
04 0
02 Já participou de alguma formação envolvendo esse tema? 03 01
03 Já desenvolveu ou está desenvolvendo alguma atividade
interdisciplinar em conjunto com os professores da sua escola?
02 02
04 Possui conhecimento teórico sobre o assunto? 03 01
05 Possui acervo pessoal que possa subsidiá-lo na área? 02 02
06 A biblioteca de sua escola possui acervo que possa subsidiá-lo na área? 04 0
07 Tem facilidade de orientar os professores de sua equipe no
planejamento de aulas interdisciplinares?
02 06
08 Reconhece a aula interdisciplinar como um recurso que contribui para
a melhoria da qualidade e aproveitamento das aulas?
04 0
COORDENADOR PEDAGÓGICO: O que é necessário para você começar a trabalhar junto com sua
equipe de professores, ou trabalhar mais outrabalhar melhor as aulas interdisciplinares?
ANEXO3
EVIDÊNCIAS DA REALIZAÇÃO DA FORMAÇÃO CONTINUADA
A Formação Continuada do Colégio Estadual Rui Barbosa que aconteceu nos dias de 09 a
12 de maio de 2011, abordou alguns temas pertinentes para o momento e, dentre
eles,importância do trabalho interdisciplinar com posterior articulação de um projeto
dentro do tema.
As professoras de Língua Portuguesa (Maria Helena, à direita)e Matemática Luciana Ribeiro,
à esquerda)realizando uma Oficina de Leitura com a equipe pedagógica, como demonstração
do trabalho que já vem sendo desenvolvido por elas nessa unidade escolar como prática
interdisciplinar.
Momento de leitura em grupos de variados gêneros textuais de Língua Portuguesa e
Matemática. Como exemplo, na prática do trabalho feito pelas monitoras do projeto. As
leituras foram socializadas em seguida através da transposição textual.
Equipe do Currículo da DRE de Araguaína, composta por profissionais na área de
Humanas,convidada para falar sobre a importância do trabalhointerdisciplinar.
Orientação pelo gestor pedagógico James Araújo Aguiar, e a coordenadora pedagógica Belina
Fabi da Silva Costa sobre a articulação e elaboração do Projeto Interdisciplinar.