universidade federal do tocantins campus …uft.edu.br/producaovegetal/dissertacoes/joão israel...

52
UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE GURUPI MESTRADO EM PRODUÇÃO VEGETAL CAPACIDADE COMBINATÓRIA E AÇÃO GÊNICA EM GENÓTIPOS DE MELANCIA JOÃO ISRAEL PIOVESAN 2012

Upload: trinhcong

Post on 01-Dec-2018

215 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS CAMPUS …uft.edu.br/producaovegetal/dissertacoes/João Israel Piovesan.pdf · A todos os colegas do programa de Pós-Graduação, pela convivência

UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE GURUPI MESTRADO EM PRODUÇÃO VEGETAL

CAPACIDADE COMBINATÓRIA E AÇÃO GÊNICA EM

GENÓTIPOS DE MELANCIA

JOÃO ISRAEL PIOVESAN

2012

Page 2: UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS CAMPUS …uft.edu.br/producaovegetal/dissertacoes/João Israel Piovesan.pdf · A todos os colegas do programa de Pós-Graduação, pela convivência

JOÃO ISRAEL PIOVESAN

CAPACIDADE COMBINATÓRIA E AÇÃO GÊNICA EM

GENÓTIPOS DE MELANCIA

Dissertação apresentada à Universidade Federal do Tocantins como parte das exigências do curso de Mestrado em Produção Vegetal, para obtenção do título de “Mestre”.

Orientador: Prof. Dr. Ildon Rodrigues do Nascimento

GURUPI

TOCANTINS – BRASIL

2012

Page 3: UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS CAMPUS …uft.edu.br/producaovegetal/dissertacoes/João Israel Piovesan.pdf · A todos os colegas do programa de Pós-Graduação, pela convivência

i

"Não há garantia de que a pesquisa resolverá todos os problemas, mas nenhum problema será resolvido sem pesquisa”.

Anthony H. Purcell

Ao meu pai Mauro

Minha mãe Lucimar

Minha irmã Gerusa

Minha sobrinha Laura

A minha mulher Halainny

Ao meu avô João Caramori

E aos amigos da Família Dirceu C. do Nascimento e

Douglas José Daronch,

Que sempre acreditaram nas minhas conquistas.

DEDICO

Page 4: UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS CAMPUS …uft.edu.br/producaovegetal/dissertacoes/João Israel Piovesan.pdf · A todos os colegas do programa de Pós-Graduação, pela convivência

ii

AGRADECIMENTOS

À Universidade Federal do Tocantins e ao programa de Pós-Graduação em Produção Vegetal, pela oportunidade de realização do curso.

Ao CNPq pela concessão de bolsa de estudo.

Ao Professor Ildon Rodrigues do Nascimento, pela confiança, paciência,pela orientação e amizade formada nesse período.

A todos os Professores do curso de Pós-Graduação que foram responsáveis por essa conquista tão importante.

A todos os colegas do programa de Pós-Graduação, pela convivência e amizade durante esse período de estudo.

Aos amigos do Núcleo de Estudos de Olerícolas

A todos os funcionários da Universidade Federal do Tocantins, pela contribuição e dedicação dadas aos alunos e ao campus da universidade.

Page 5: UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS CAMPUS …uft.edu.br/producaovegetal/dissertacoes/João Israel Piovesan.pdf · A todos os colegas do programa de Pós-Graduação, pela convivência

iii

SUMÁRIO

RESUMO 1

ABSTRACT 2

1 INTRODUÇÃO 3

2 REFERÊNCIAL TEÓRICO 5

2.1 ASPECTOS DA CULTURA DA MELANCIA 5

2.2 CULTIVARES EXISTENTES 6

2.3 CRUZAMENTOS DIALÉLICOS 7

2.4 HETEROSE 8

2.5 CAPACIDADE GERAL DE COMBINAÇÃO 9

2.6 CAPACIDADE ESPECÍFICA DE COMBINAÇÃO 11

3 MATERIAL E MÉTODOS 13

3.1 Local do experimento 13

3.2 Material genético 13

3.3 Descrição morfológica dos materiais 13

3.4 Obtenção dos híbridos 14

3.5 Delineamento estatístico e detalhes do experimento 15

3.6 Características avaliadas 16

3.7 Análise de variância 17

3.8 Análise dialélica 17

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO 18

4.1 Análise de variância 18

4.2 Produtividade média de frutos 18

4.3 Massa média de frutos 20

4.4 Formato de fruto 21

4.5 Espessura da casca 21

4.6 Sólidos solúveis 22

4.7 Firmeza da casca 23

4.8 Firmeza da polpa 24

4.9 Coloração da polpa 25

4.9.1 Coloração externa do fruto 26

4.9.2 Padrão de listras da casca 26

5 CONCLUSÕES 27

Page 6: UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS CAMPUS …uft.edu.br/producaovegetal/dissertacoes/João Israel Piovesan.pdf · A todos os colegas do programa de Pós-Graduação, pela convivência

iv

6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 28

ANEXOS

Tabela 01 – Resumo da análise de variância do cruzamento dialélico, para produtividade total (PROD), massa média de frutos (MMF), formato de fruto (FORM), espessura da casca (EC), teor de açúcar (°BRIX), resistência à penetração da casca (CASCA), resistência à penetração da polpa (POLPA), coloração da polpa (CP), coloração externa do fruto (CEF) e padrão de listras da casca (PLC). 33

Tabela 02 - Matriz das estimativas dos efeitos da heterose específica (ŝij'), de

variedades ( i), de heterose varietal (ĥi), da capacidade geral de

combinação (ĝi), das médias de variedades ( )1 e heterose média (

)1, para o caráter de produção (PROD), em híbridos de melancia. 34

Tabela 03 - Matriz das estimativas dos efeitos da heterose específica (ŝij'), de

variedades ( i), de heterose varietal (ĥi), da capacidade geral de

combinação (ĝi), das médias de variedades ( )1 e heterose média (

)1, para o caráter de massa média (MMF), em híbridos de melancia.35

Tabela 03A - Matriz das estimativas dos efeitos da heterose específica (ŝij'), de

variedades ( i), de heterose varietal (ĥi), da capacidade geral de

combinação (ĝi), das médias de variedades ( )1 e heterose média (

)1, para o caráter formato de fruto (FORM), em híbridos de melancia. 36

Tabela 04 - Matriz das estimativas dos efeitos da heterose específica (ŝij'), de

variedades ( i), de heterose varietal (ĥi), da capacidade geral de

combinação (ĝi), das médias de variedades ( )1 e heterose média (

)1, para o caráter de (EC), em híbridos de melancia. 37 Tabela 05 - Matriz das estimativas dos efeitos da heterose específica (ŝij'), de

variedades ( i), de heterose varietal (ĥi), da capacidade geral de

combinação (ĝi), das médias de variedades ( )1 e heterose média (

)1, para o caráter teores de açúcar (°BRIX), em híbridos de melancia. 38

Page 7: UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS CAMPUS …uft.edu.br/producaovegetal/dissertacoes/João Israel Piovesan.pdf · A todos os colegas do programa de Pós-Graduação, pela convivência

v

Tabela 06 - Matriz das estimativas dos efeitos da heterose específica (ŝij'), de

variedades ( i), de heterose varietal (ĥi), da capacidade geral de

combinação (ĝi), das médias de variedades ( )1 e heterose média (

)1, para o caráter de firmeza da casca (FIRMCA), em híbridos de melancia. 39

Tabela 07 - Matriz das estimativas dos efeitos da heterose específica (ŝij'), de

variedades ( i), de heterose varietal (ĥi), da capacidade geral de

combinação (ĝi), das médias de variedades ( )1 e heterose média (

)1, para o caráter firmeza da polpa (FIRMPO), em híbridos de melancia. 40

Tabela 08 - Matriz das estimativas dos efeitos da heterose específica (ŝij'), de

variedades ( i), de heterose varietal (ĥi), da capacidade geral de

combinação (ĝi), das médias de variedades ( )1 e heterose média (

)1, para o caráter de coloração da polpa (CP), em híbridos de melancia. 41

Tabela 09 - Matriz das estimativas dos efeitos da heterose específica (ŝij'), de

variedades ( i), de heterose varietal (ĥi), da capacidade geral de

combinação (ĝi), das médias de variedades ( )1 e heterose média (

)1, para o caráter de coloração externa do fruto (CEF), em híbridos de melancia. 42

Tabela 10 - Matriz das estimativas dos efeitos da heterose específica (ŝij'), de

variedades ( i), de heterose varietal (ĥi), da capacidade geral de

combinação (ĝi), das médias de variedades ( )1 e heterose média (

)1, para o caráter de padrão de listras da casca (PLC), em híbridos de melancia. 43

Tabela 11 – Médias para produção total (PROD), massa média de frutos (MMF),

formato do fruto (FORM), espessura da casca (EC) e teores de açúcares (°BRIX). 44

Tabela 12 – Médias para firmeza da casca (FIRMCA), firmeza da polpa

(FIRMPO), coloração da polpa (CP), coloração externa do fruto (CEF) e padrão de listras da casca (PLC). 45

Page 8: UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS CAMPUS …uft.edu.br/producaovegetal/dissertacoes/João Israel Piovesan.pdf · A todos os colegas do programa de Pós-Graduação, pela convivência

1

CAPACIDADE COMBINATÓRIA E AÇÃO GÊNICA EM GENÓTIPOS DE MELANCIA

RESUMO

Objetivou-se com este trabalho, estimar a capacidade geral de

combinação(CGC) e capacidade especificade combinação (CEC) e o tipo de efeito

gênico predominante para as características agronômicas, em quatro cultivares

comerciais de melancia:Sandia® (Feltrin); Crimson Sweet® (Hollar); Crimson Sweet®

(Tecnoseed); Crimson Sweet® (Topseed); e duas linhagens experimentaisWMX-001G-

14-02-55-01pl#08 eWMX-001G-14-02-55-01pl#09desenvolvidas pelo programa de

melhoramento genético de hortaliças da Universidade Federal do Tocantins. Os

cruzamentos e análise estatística dos dados foram realizados segundo modelo II de

Gardner &Eberhart (1966), para análise de cruzamentos dialélicos. Foram avaliadas as

características produtividade total, peso médio e formato de frutos, espessura da casca,

ºBrix, firmeza da casca e da polpa, coloração da polpa , coloração externa do fruto e

padrão de listra da casca. Os efeitos gênicos aditivos (CGC) foram mais importantes

para as expressões das característicasprodutividade total de frutos, firmeza da casca e

firmeza da polpa. Os efeitos gênicos não-aditivos (CEC) foram importantes para as

expressões da produtividade total, °Brix, firmeza da casca e firmeza da polpa. Em

relação ao padrão comercial utilizado, a combinação híbrida Crimson Sweet® (Hollar) x

WMX-001G-14-02-55-01pl#08, foi o híbrido mais produtivo e com maior massa média,

sendo semelhante ao padrão utilizado para a maioria das características.

Palavras-chave:Citrullus lanatusvar.lanatus; análise dialélica; hibridação.

Page 9: UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS CAMPUS …uft.edu.br/producaovegetal/dissertacoes/João Israel Piovesan.pdf · A todos os colegas do programa de Pós-Graduação, pela convivência

2

COMBINING ABILITY AND GENE ACTION IN WATERMELON GENOTYPES

ABSTRACT

The objective of this study was to estimate the general combining ability (GCA) and

specificity combination capacity (CEC) and the predominant type of gene effect for

agronomic traits in four commercial cultivars of watermelon: Sandia ® (Feltrin);

Crimson Sweet ® (Hollar); Crimson Sweet ® (Tecnoseed); Crimson Sweet ® (Topseed)

and two strains experimentaisWMX-001G-14-02-55-01pl eWMX # 08-001G-14-02-55-

01pl # 09desenvolvidas by program genetic improvement of vegetable Federal

University of Tocantins. The crosses and statistical analysis were performed according

to model II of Gardner & Eberhart (1966), for analysis of diallel crosses. We evaluated

the overall productivity features, weight and shape of fruit, rind thickness, º Brix,

firmness of the skin and pulp, pulp color, external color of the fruit and the bark stripe

pattern. The additive genetic effects (GCA) were more important for the expressions of

característicasprodutividade total fruit firmness of skin and flesh firmness. The non-

additive genetic effects (CEC) were important for the expression of total productivity, °

Brix, firmness of skin and flesh firmness. Regarding the commercial standard used, the

hybrid combination Crimson Sweet ® (Hollar) x WMX-001G-14-02-55-01pl # 08, was

the more productive hybrid and greater average mass, similar to the standard used for

mostcharacteristics.

Keywords:Citrulluslanatusvar. lanatus; diallel analysis, hybridization.

Page 10: UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS CAMPUS …uft.edu.br/producaovegetal/dissertacoes/João Israel Piovesan.pdf · A todos os colegas do programa de Pós-Graduação, pela convivência

3

1 - INTRODUÇÃO

A melancia (Citrullus lanatus (Thunb.)Matsum. &Nakai) é originária das

regiões secas da África tropical, tendo como centro de diversificação secundário o Sul

da Ásia. É derivada provavelmente da variedade C. lanatus var.citroides existente na

África Central. Acredita-se que a domesticação da melancia ocorreu na África Central

aondevem sendo cultivada há mais de 5.000 anos. É provável que no século XVI, os

escravos tenham introduzido a cultura na América, onde estudos apontam o Nordeste

brasileiro como centro de diversidade da espécie (Puiatti e Silva, 2005).

Em 2006, a cultura da melancia gerou para o Brasil um valor bruto de produção

estimado em cerca de R$ 533 milhões,sendo R$ 15,67 milhões obtidos com as

exportações, considerando uma safra de 1.946.912 toneladas, em aproximadamente

93.000 hectares cultivados (Diaset al., 2010).

No cenário nacional, o estado do Tocantins vem se destacando na

produção de melancia, pois possui clima e localização favoráveis para o

desenvolvimento das plantas e posição estratégica para comercialização dos frutos no

mercado interno. De acordo com o IBGE (2011) a produção de melancia no estado do

Tocantins em 2010 foi superior a87 mil toneladas de frutas, com área plantada de3.400

hectares,gerando uma receita de R$ 34 milhões e segundo aADAPEC (Agência de

Defesa Agropecuária do Tocantins), em 2012, a produção de melancia no estado do

Tocantins está estimada em 90 mil toneladas de frutas, numa área estimada em cerca de

3,6 mil hectares,gerando em torno de R$ 31,5 milhões, mostrando assim a importância

econômica da cultura para o estado.

A exemplo de outras regiões do país, no estado do Tocantins, as principais

cultivares plantadas são de origem americana ou japonesa, com tipo de fruto semelhante

a cultivar americana Crimson Sweet, situação semelhante ao que acontece nas demais

regiões que cultivam melancia no país (Carvalho, 1999).

Devido ao maior retorno econômico, os programas de melhoramento da

melancia têm nos últimos anos se dedicado ao desenvolvimento de cultivares híbridos, o

que pode ser verificado pelo grande número de cultivares lançadas em todo o mundo

(Dias et al., 2010).Apesar das sementes das cultivares híbridas de melancia serem

relativamente mais caras, são muitas as vantagens do seu uso, das quais podemos

citar:maior precocidade e peso médio dos frutos, maior produtividade e uniformidade

Page 11: UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS CAMPUS …uft.edu.br/producaovegetal/dissertacoes/João Israel Piovesan.pdf · A todos os colegas do programa de Pós-Graduação, pela convivência

4

(Dias et al., 2010). Em função dessas características, essas cultivares tem sido uma boa

alternativa de cultivo, nas regiões onde o uso de tecnologia tem sido cada vez maior.

Nas condições edafoclimáticas do Tocantins, a partir do cruzamento do acesso

africano PI 595201 foram obtidas linhagens avançadas de melancia com características

semelhantes ao padrão comercial Crimson Sweet, que podem ser utilizadas na obtenção

de novos híbridos, com maior adaptação as condições locais de cultivo. Nesse sentido,

informaçõessobre a forma de ação gênica para alguns caracteres como cor da

polpa,conteúdo de açúcar, peso médio de frutos, formato, espessura da casca,é de

grande importância.

A partir de um grupo de genótipos, o uso de análise dialélica pode oferecer

estimativas de parâmetros úteis na seleção de genitores utilizadas na obtenção de

híbridos. Além disso, permite também o entendimento dos efeitos genéticos envolvidos

na determinação dos caracteres.

Entre as estimativas obtidas dos cruzamentos dialélicos, destacam-se

acapacidade geral (CGC) e específica (CEC) de combinaçã. Os conceitos de CGC e

CEC são úteis na caracterização dosgenitores utilizados em cruzamentos. A CGC está

associada, principalmente, a genes de efeitoaditivo, enquanto que a CECestá associada

com desvio do comportamento do cruzamento em relação ao que seriaesperado com

base na capacidade geral de combinação dos genitores, refletindo efeitos gênicos não-

aditivos (dominância e/ouepistasia) (Vencovsky, 1987; Hallauer& Miranda Filho,

1988).

Diante do exposto, objetivou-se com o trabalho estimar a capacidade

combinatória e o tipo de interação gênica predominante em genótipos de melancia para

caracteres agronômico nas condições climáticas do estado do Tocantins.

Page 12: UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS CAMPUS …uft.edu.br/producaovegetal/dissertacoes/João Israel Piovesan.pdf · A todos os colegas do programa de Pós-Graduação, pela convivência

5

2 - REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 Aspectos da cultura da melancia

A melancia é uma cucurbitácea do gênero Citrullusque compreende quatro

espécies entre as quais C. lanatus. Nesta espécie distinguem-se duas variedades

botânicas: Citrullus lanatus var.lanatus (melancia) e C. lanatus var. citroides, uma

forma utilizada em conservas, pickles e alimentação animal no nordeste. Uma outra

espécie importante é a espécie C. colocynthisque é utilizada no melhoramento da

melancia (Almeida, 2003).

A espécie Citrullus lanatus (Thunb.) Matsum. &Nakai) pertence à tribo

Benincaseaeonde se integram também a bucha (Luffaacutangulae Luffacylindrica), a

cabaça (Legenariasiceraria) e Benincasa hispida, utilizada como porta enxerto para

algumas espécies de Cucurbitáceas (Almeida, 2003).

A melancia é uma planta herbácea, com ciclo anual que varia de 60 a 120 dias,

dependendo das condições ambientais e da cultivar utilizada. Possui hábito de

crescimento rasteiro, várias ramificações que podem alcançar até cinco metros de

comprimento, com presença de gavinhas. Tem hábito de florescimento do tipoalógama,

mais que não perdem o vigor com a autofecundação. O sistema radicular é extenso, mas

superficial, com um predomínio de raízes nos primeiros 60 cm do solo. As folhas da

melancia são lobadas (Filgueira, 2003).

A melancia é uma espécie monoica, mas também ocorrem plantas

andromonoicas (flores masculinas e hermafroditas) ou ginandromonoicas (flores

masculinas, femininas e hermafroditas). Na segunda semana após o início da abertura

das flores, há cerca de três a cinco flores masculinas para cada flor feminina, garantindo

assim que as flores femininas serão fecundadas. As flores femininas possuem ovário

súpero em formato similar a forma final do fruto (Dias et al. 2010).

O pólen da melancia é pegajoso e a polinização é feita por insetos polinizadores

e para o desenvolvimento de um fruto perfeito é necessário que sejam depositados um

mínimo de 1.000 grãos de pólen sobre o estigma (Dias et al. 2010).Talimportância dos

insetos polinizadores, deve-se evitar o uso de defensivos agrícolas nos horários de maior

visitação dos polinizadores, que ocorre principalmente no período da manhã.

Botânicamente, o fruto da melancia é um pepônio (fruto com alto teor de água)

cujo peso varia entre 1 a 25 kg. Seu formato pode ser arredondado, oblongo ou

Page 13: UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS CAMPUS …uft.edu.br/producaovegetal/dissertacoes/João Israel Piovesan.pdf · A todos os colegas do programa de Pós-Graduação, pela convivência

6

alongado, podendo atingir 60 cm de comprimento. A casca é espessa, o exocarpo é em

geral verde, claro ou escuro e a polpa é normalmente vermelha, podendo ser amarela,

laranja, branca ou verde.A coloração vermelha nos frutos é devido à presença de

licopeno, um carotenóide com elevada atividade antioxidante. Nas cultivares de polpa

amarela, a cor é conferida por Beta-caroteno (pró-vitamina A) e por xantofilas

(Almeida, 2003; Alvarenga & Resende, 2002; Filgueira, 2003).

O fruto da melancia é rico em água. Fornecem também vitaminas C e do

complexo B.As sementes do fruto da melanciaencontram-se na polpa e são muito

consumidas em diversas regiões da Ásia especialmente na Índia (utilizado para

produção de pães) e no Médio Oriente,onde são consumidas assadas (Almeida, 2003).

No Brasil, a preferência do mercado consumidor pelas cultivares de origem

americana, destacando-se as cultivares do tipo Crimson Sweet.

2.2 Cultivares existentes

As cultivares de melancia tradicionalmente mais plantadas no Brasil são de

origem americana ou japonesa, que se adaptaram bem às nossas condições. Desse tipo

varietal, os produtores tem a sua disposição um grande número de cultivares que

diferem entre si quanto à forma do fruto, coloração externa e da polpa, tolerância a

doenças e outros (Ferreira, 2004).

Cultivares do tipo Crimson Sweet, é dentre os tipos varietais cultivado a que

apresenta o maior rendimento em polpa, destaca-se por apresentar a polpa vermelha

intensa, possui uma menor frequência de sementes, menores valores depH e acidez

titulável numericamente maior, as quaissão consideradas características qualitativas

diferenciaistanto para o mercado in natura,quanto para oprocessamento industrial (Lima

Neto et. al. 2010).Possui coloração rajada, tem fruto com formato arredondado,

apresenta uma espessura da casca maior, facilitando assim o transporte em longas

distancias.

Ultimamente, as cultivares de melancia de polinização aberta (O.P.) vem sendo

gradativamente substituída pelas cultivares híbridas. Entre as vantagens dos híbridos de

melancia podemos citar: precocidade, maior peso médio dos frutos, maior

produtividade, uniformidade em alguns casos, resistência genética a

doenças.Atualmente híbridos que produzem frutos de melancia sem sementes são muito

aceito nos principais mercados do mundo e tem surgido com uma ótima alternativa de

cultivo para os produtores dessa hortaliça.Os híbridos, cujas sementes são mais caras,

Page 14: UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS CAMPUS …uft.edu.br/producaovegetal/dissertacoes/João Israel Piovesan.pdf · A todos os colegas do programa de Pós-Graduação, pela convivência

7

podem apresentar maior precocidade,produção e frutos maiores e mais uniformes. Um

exemplo do sucesso do uso de híbrido em melancia e a cultivar Top Gun®(Syngenta),

que associa vigor, alta produtividade, com precocidade e qualidade superior dos frutos.

Muitas cultivares estão atualmente disponível para os produtores de melancia,

sendo necessário que o produtor escolha a cultivar que melhor se adapte às suas

condições de cultivo, dando preferência ao aumento da produtividade e sanidade, a

exigência do mercado consumidor e também resistência ao transporte.

2.3 Cruzamento dialélico

A obtenção de híbridos em plantas é feita a partir dos cruzamentoscontrolado de

um grupo de genótipos previamente selecionados para as características de

interesse.Assim, quando se realizam os cruzamentos possíveis entre um conjunto de

nlinhagens, o esquema é denominado de cruzamento dialélico (Miranda

Filho&Gorgulho, 2001).

O conceito de cruzamentos dialélicos foi primeiramente apresentado por

Hayman (1954) eGriffing (1956) e representa uma técnica muito importante para o

melhoramentode plantas,possibilitandoexploração do potencial genético disponível na

obtenção de novos genótipos que podem ser reconstituído quantas vezes forem

necessárias. Entre as vantagens dos cruzamentos dialélicos é a possibilidade de se poder

fazer inferências da capacidade combinatória e do tipo de efeitos gênicos (aditivos ou

não-aditivos) presente na expressão de uma característica selecionada. Nesse sentido, os

efeitos aditivos estão relacionados a CGC, enquanto a CEC representa os efeitos não-

aditivos (Cruz &Regazzi, 2001).

Na fase final de um programas de melhoramento, o conhecimento dos

componentes dacapacidade combinatória é de importância relevante na escolha de

parentaisgeneticamente divergentes envolvidos em esquemas de cruzamentos, sobretudo

quandose deseja identificar híbridos promissores e/ou, a partir deles, desenvolver

linhagenssuperiores (Allard, 1956).

A capacidade combinatória refere-se ao comportamento de linhagens

oucultivares quando são usadas em combinações híbridas em um ou em vários sentidos,

onde os resultados podem ser positivos ou negativos. Associam-se com esse conceito a

capacidade transgressiva dos genótipos e aresposta heterótica dos mesmos (Sprague&

Tatum, 1942).

Page 15: UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS CAMPUS …uft.edu.br/producaovegetal/dissertacoes/João Israel Piovesan.pdf · A todos os colegas do programa de Pós-Graduação, pela convivência

8

Nesse sentido, o emprego da análise da capacidade combinatória com finalidade

de auxiliar a detecção de combinações híbridas de interesse para o melhoramento das

plantas foi constatado ser eficiente em cucurbitáceas como por exemplo a melancia

(Ferreira, 2002).Em estudo da capacidade combinatória de genótipos de melão

rendilhado, Vargas et al. (2008), obteve resultados que deram origem a novos híbridos

de melão, com resultados superiores aos pais.

Trabalhando com melancia, (Ferreira et al.2010), verificou efeito da CGC e CEC

para as características estudadas como, peso de fruto, cor e espessura da polpa e teores

de sólidos solúveis, onde os efeitos aditivos foram importantes. Já os efeitos não

aditivos predominaram para a expressão das características de quantidade de sementes

por fruto e aparecimento da primeira flor feminina.

Em programas de melhoramento de melancia, utilizando banco de

germoplasmas da Região Nordeste do Brasil, Souza (2002), estimou a capacidade

combinatória em populações de melancia diploide e tetraploide, obtendo resultados que

levaram a obtenção de novos híbridos, com ótimas características comerciais.

Apesar de poucos resultados apresentado na literatura, a exploração de novos

híbridos de melancia, utilizando a capacidade combinatória, para as estimativas de CGC

e CEC, tem se mostrado fundamental para que novos híbridos sejam desenvolvidos para

as condições nas quais serão cultivados.

2.4 Heterose

Segundo Maluf (2001), o termo heterose, é a manifestação do vigor de híbrido

em geraçõesheterozigotas derivadas de cruzamento entre indivíduos geneticamente

divergentes.Um híbrido heterótico, tem sua média diferida da média de seus genitores,

podendo ser essa média para mais ou para menos. Para a comercialização, considera

esta definição insuficiente. Assim, um híbrido sensivelmente inferior (comercialmente)

a média dos paisseria heterótico, mas não poderia ser explorado comercialmente.

Heterose podetambém ser entendida como a superioridade relativa ao melhor dos pais.

Embora estaúltima definição, seja mais utilizada para o melhoramento, também pode

serinsuficiente, pois superioridade relativa ao melhor dos pais não significará muito,

seeste não for competitivo comercialmente. Assim, um terceiro conceito - a

deheterosepadrão- que estabelece como referencial uma cultivar comercial considerada

padrão domercado (Forlan, 2008).

Page 16: UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS CAMPUS …uft.edu.br/producaovegetal/dissertacoes/João Israel Piovesan.pdf · A todos os colegas do programa de Pós-Graduação, pela convivência

9

Segundo Falconer (1981), após o cruzamento entre dois genitores, a quantidade

de heterose produzida, depende da diferença de frequência gênica entre os mesmos para

os locos envolvidos na expressão de uma determinada característica, portanto, não

havendo esta diferença, não haverá heterose. Se essa diferença existir em mais de um

loco, os valores individuais de cada um desses locos se combinaram aditivamente e a

heterose produzida poderá ser representada pelo efeito conjunto de todos os locos como

a soma de suas contribuições separadas. Para que ocorra heterose é necessário que

exista dominância, sobredominância ou epistasia que ocorre quando a ação de um gene

é modificado por um ou diversos genes que se associam independentemente,

contribuindo assim para a heterose. Se alguns locos forem dominantes em uma direção

e outros em outra, seus efeitos tenderão a se cancelar e nenhuma heterose poderá ser

observada, apesar da dominância nos locos individuais (Falconer, 1987).

Silva, 2002, trabalhando com dialelo em pimentão, obteve efeitos positivos e

negativos de heterose, onde esses efeitos o direcionaram na escolha de genitores mais

adequados para as características desejadas. Em trabalhos realizados com melão,

(Vargas et al. 2008), observou efeitos positivos de heterose, onde os híbridos

apresentaram-se superiores aos genitores para muitas das características

avaliadas.Trabalhos de melhoramento genético em melancia, desenvolvido por Souza et

al. (2002) e Ferreira et al. (2010), após as análises, concluíram um efeito positivo da

heterose para a maioria das características avaliadas.Esses trabalhos evidenciam o efeito

de heterose em melancia, mostrando a viabilidade dessa prática para obtenção de

materiais heteróticos e mais produtivos .

2.5 Capacidade geral de combinação (CGC)

O termo CGC é utilizado para designar o comportamento médio de um genitor

em todos os cruzamentos de que participa (Sprague& Tatum, 1942; Cruz &Vencovsky,

1989; Cruz et al., 2004).

Estimativas elevadas dos efeitos da CGC fornecem informações a respeito da

potencialidade do parental em gerar combinações favoráveis. Uma baixa estimativa dos

efeitos de CGC indica que o valor da CGC do genitor, obtida com base em suas

combinações híbridas e demais genitores, não difere muito da média geral da população

dialélica. Entretanto, quanto mais altas forem essas estimativas, positivas ou negativas,

há indício de que o genitor em questão é muito superior ou inferior aos demais genitores

Page 17: UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS CAMPUS …uft.edu.br/producaovegetal/dissertacoes/João Israel Piovesan.pdf · A todos os colegas do programa de Pós-Graduação, pela convivência

10

do dialelo, se próximas de zero, seu comportamento não difere da média geral dos

cruzamentos (Cruz et al., 2004).

Segundo Viana (2000), se os parentais forem populações de polinização aberta,

linhas endogâmicas ou linhas puras, quanto maior for o valor do efeito de CGC de

determinado parental, maiores serão as freqüências dos genes que aumentam a

expressão do caráter e maiores serão as diferenças entre as freqüências gênicas desse

parental e as frequências médias de todos os parentais do dialelo. Considera-se ainda

que o efeito de CGC é um indicador da superioridade do parental e de sua divergência

relativa entre os demais parentais.

De acordo com Miranda et al. (1988), em avaliação de linhagens de pimentão,

constatou-se que quando se trabalha com cultivares ou linhagens bastante divergentes, a

superioridade da capacidade geral de combinação se manifesta. Sprague& Tatum (1942)

observaram efeitos superiores de genes não aditivos para a produção de sementes de

linhagens endogâmicas de milho, selecionadas previamente para capacidade de

combinação e efeitos marcantes de genes aditivos para linhagens não selecionadas.

Naspolini Filho et al. (1981) também observaram o mesmo comportamento ao

analisarem o desempenho de 18 populações de polinização aberta de milho, quanto à

produção avaliada em termos de peso de espiga. Resultados semelhantes para produção

de grão, foram obtidos em cultivares e linhagens de feijoeiro, previamente selecionados,

(Machado et al., 2002). Adotando-se este procedimento, é possível que a variância

genética para os efeitos aditivos (CGC) seja reduzida, aumentando a importância

relativa dos efeitos gênicos não-aditivos (CRUZ et al., 2004). Griffing (1956) esclareceu

que quando o efeito dos locos é aditivo, a variância genética total é a soma das

variâncias genotípicas separadas para cada loco. Além disso, a variância da CGC não

contém apenas a variância genética aditiva, mas também uma porção epistática.

Silva (2002), trabalhando com dialelo em pimentão, após as análises de

variância, foram estimados os valores dos efeitos aditivos CGC, onde esses valores o

direcionaram na escolha de genitores mais adequados para as características desejadas.

Em trabalhos realizados com melanciaBahariet al. (2012), obteve resultados nos

quaisindicaram que os efeitos gênicos aditivos (CGC) foram importantes para a herança

de característica como a produção de frutos por planta, comprimento dagavinha, dias

para a maturação dos frutos, peso de frutos, total teor de sólidos solúveis e espessura da

casca.

Page 18: UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS CAMPUS …uft.edu.br/producaovegetal/dissertacoes/João Israel Piovesan.pdf · A todos os colegas do programa de Pós-Graduação, pela convivência

11

Varga et al. (2011), trabalhando com melhoramento de melancia, utilizando

linhagens em um dialelo completo, obteve valores positivos e negativos da CGC (efeito

aditivo), esses resultados facilitaram as escolhas dos genitores para a obtenção de frutos

de menores tamanho que mantêm as características desejadas pelos consumidores finais.

2.6 Capacidade específica de combinação (CEC)

De acordo com Sprague& Tatum (1942), o termo capacidade específica de

combinação (CEC) é utilizado para designar os casos em que certas combinações

híbridas são superiores ou inferiores em relação ao esperado quanto ao desempenho

médio de seus dois genitores. Segundo Bastos et al. (2003), os efeitos da CEC enfatizam

a importância de interações não-aditivas resultantes da complementação gênica entre os

parentais, possibilitando antever respostas de ganho genético com a exploração da

heterose.

Falconer (1981), contudo, definiu CEC como sendo o desvio do desempenho

médiode uma combinação particular em relação à média dos parentais envolvidos no

cruzamento.Assim, baixas estimativas positivas ou negativas significam que o

comportamento dedeterminado híbrido é função da capacidade geral de combinação

(CGC) de seus parentais;enquanto valores absolutos altos indicam que algumas

combinações são relativamentemelhores e outras piores, com base na CGC dos

parentais (Sprague& Tatum, 1942; Cruz et al., 2004). Todavia, os efeitos da CEC

enfatizam a importância de interações não-aditivas resultantes da complementação

gênica entre os parentais, possibilitando antever respostas de ganho genético com a

exploração da heterose (Bastos et al., 2003).

As primeiras pesquisas sobre a capacidade combinatória e heterose em tomate

enfocaram principalmente caracteres associados com a produção e seus componentes

(Trinklein&Lambeth, 1975). Esses mesmos pesquisadores analisaram um cruzamento

dialélico envolvendo seis cultivares de origens diversas. Constataram que os caracteres

relacionados com a qualidade do fruto exibiram predominantemente efeitos de CGC,

enquanto para o caráter peso de frutos prevaleceram efeitos significativos de CEC.

Em trabalhos realizados com melancia, Bahariet al. (2012), obteve resultados

nos quaisindicaram que os efeitosgenéticos não aditivos (CEC)foram estatisticamente

evidente para produção de frutos por planta,comprimento da gavinha e dias para

aparecimento da primeira flor feminina.

Page 19: UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS CAMPUS …uft.edu.br/producaovegetal/dissertacoes/João Israel Piovesan.pdf · A todos os colegas do programa de Pós-Graduação, pela convivência

12

Varga et al. (2011), trabalhando com melhoramento de melancia, utilizando

linhagens em um dialelo completo, obteve valores da CEC (efeito não-aditivo), que

indicaram cruzamentos específicos para a obtenção de híbridos de menores tamanhos.

Page 20: UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS CAMPUS …uft.edu.br/producaovegetal/dissertacoes/João Israel Piovesan.pdf · A todos os colegas do programa de Pós-Graduação, pela convivência

13

3 – MATERIAL E MÉTODOS

3.1 Local do experimento

O experimento foi conduzido na área experimental da Universidade Federal do

Tocantins – UFT, Campus Universitário de Gurupi, localizado na região sul do Estado

do Tocantins, no ano agrícola de 2011/2012. A altitude da região é de 280 m localizado

na latitude de 11°43’45”e longitude 49°04’07”. A classificação climática segundo

Köppen (1984), caracteriza a região como tipo B1wA‟a”, úmido com moderada

deficiência hídrica. A temperatura média anual é de 29,5 °C, com precipitação anual

média de 1.804 mm.

3.2 Material Genético

O material genético foram constituidos de 22 genótipos, sendo 15 híbridos

experimentais, obtidos do cruzamento de seis genitores onde foi utilizado: quatro

cultivares comercias [Sandia® (Feltrin); CrimsonSweet® (Hollar); Crimson Sweet®

(Tecnoseed); Crimson Sweet® (Topseed); e duas linhagens experimentiasWMX-001G-

14-02-55-01pl#08 e WMX-001G-14-02-55-01pl#09] e um híbrido comercial, Top Gun®

(Syngenta®), usado como testemunha.

3.3 Descrição morfológica dos materiais

01-Sandia® (Feltrin) - Cultivar comercial com frutos do tipo Crimson Sweet,

obtida pela empresa Feltrinsementes .Possui frutos de formato arredondado, peso

variando entre 11 e 14 Kg, coloração externa é verde vivo com estrias verde escuro. A

coloração da polpa é vermelho intensa. A colheita é realizada entre 80 e 90 dias.

02-Crimson Sweet®(Hollar )– Cultivar comercial com frutos do tipo, Crimson

Sweet,obtida pela empresa Hollarsementes. Sua planta é vigorosa, com boa sanidade e

ótimo pegamento dos frutos, sua casca possui coloração verde-escura e listrada, com

excelente qualidade de polpa. Possui teor de sólidos solúveis (°Brix) médio de 12%,

apresenta elevada produtividade, uniformidade e ótima padronização dos frutos com

excelente aceitação comercial.Apresenta peso médio de fruto de12 kg, com ciclo médio

de 87 dias.

03-Crimson Sweet® (Tecnoseed) -Cultivar comercial do tipo Crimson Sweet,

obtida pela empresa Tecnoseed.Possui frutos arredondados, com coloração de polpa

Page 21: UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS CAMPUS …uft.edu.br/producaovegetal/dissertacoes/João Israel Piovesan.pdf · A todos os colegas do programa de Pós-Graduação, pela convivência

14

vermelho intenso, possui listras claras e casca com coloração verde.Aépoca de plantio

deve ser entre os meses de agosto a dezembro. Acolheita é realizada entre 80 e 100 dias.

04-Crimson Sweet®(Topseed) - Cultivar comercial do tipo Crimson Sweet.Sua

planta é vigorosa e de tamanho médio.A coloração de polpa é vermelha intensa.Suas

sementes possuem coloração marrom eo peso dos frutos variam de 10 a 14 Kg.A

colheita é realizada entre 85 a 90 dias após a semeadura e possui boa resistência ao

transporte.

05-WMX-001G-14-02-55-01pl#08 – Linhagem experimental obtida do

cruzamento controlado do acesso africano PI 595201 com uma cultivar com comercial

com frutos do tipo Crimson Sweet, avançado por retrocruzamento e selecionado para

resistência genética a isolados de PRSV – W (Pappayaringspot vírus). Apresenta frutos

de formato arredondado, peso variando entre 9 e 12 Kg, coloração externa verde claro

com estrias verde. A coloração da polpa é vermelha. A colheita é realizada entre 65 e 70

dias.

06-WMX-001G-14-02-55-01pl#09 – Linhagen experimental obtida do

cruzamento controlado do acesso africano PI 595201 com uma cultivar com comercial

com frutos do tipo Crimson Sweet, avançado por retrocruzamento e selecionado para

resistência genética a isolados de PRSV – W (Pappayaringspot vírus). Apresenta frutos

de formato arredondado, peso médio variando entre 9 e 10 Kg, coloração externa é

verde claro com estrias verde. A coloração da polpa é vermelha clara. A colheita é

realizada entre 80 e 90 dias.

Top Gun®(Syngenta) – Híbrido comercial do tipo Crimson Sweet. Possui

planta vigorosa, com coloração de casca verde escura, com estrias verdes claras.A

coloração da polpa é vermelha brilhante eo peso dos frutos variam de 10 a 12 kg. A sua

colheita começa entre 90 e 95 dias após o plantio.

3.4 Obtenção dos híbridos

Os cruzamentos manuais e controlados entre os genótiposforam feitos em campo

na estação experimental da Fundação Universidade Federal do Tocantins – UFT,

Campus de Gurupi – TO. Para tanto, grupos de cinco plantas de cada genitor (feminino

ou masculino) foram transplantados (as mudas foram obtidas em bandejas de

poliestireno expandido com 72 células) para campo no estádio de 4 folhas definitivas

(lotes de 10 plantasgenitor-1). Para garantir a produção de pólen, o grupo de genitores

masculinosforam transplantados para campo com 15 dias de antecedência. Para realizar

Page 22: UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS CAMPUS …uft.edu.br/producaovegetal/dissertacoes/João Israel Piovesan.pdf · A todos os colegas do programa de Pós-Graduação, pela convivência

15

os cruzamentos, ao final da tarde de cada dia, os botões florais femininos foram

selecionados e identificados os que abrirão no dia seguinte. Em seguida foram

protegidos, conforme Ferreira (2005). As polinizações foram realizados nos períodos

matinais (até as 9:00 horas da manhã, pois em observações realizadas é o período de

maior visitação das abelhas polizadoras (Appisspp.), mediante a retirada da flor

masculina abertas de cada genitor masculino nesse mesmo dia, fazendo-se a polinização

das folhes femininas abertas em cada linhagem genitora (Ferreira, 2005).

Cada cruzamento foi identificado com um fio de lã de cor diferente conforme o

genitor masculino utilizado onde: 1-Amarelo; 2-Azul; 3-Branco; 4-Cinza; 5-Preto e 6-

Vermelho. As sementes dos cruzamentos foram obtidas em pelo menos dois frutos

completamente desenvolvidos e maduros fisiologicamente. As sementes foram retiradas

dos frutos, lavadas, secadas à sombra, colocadas em sacos de papel, identificadas e

armazenadas em local com temperatura e umidades controladas.

3.5 Delineamento estatístico e detalhes experimentais

Os 20 tratamentos foram avaliados em condições de campo, em delineamento

experimental blocos casualizados com três repetições. A parcela experimental foi

constituida de uma única linha com 06 plantas e espaçamento de 60 cm entre plantas.

O preparo do solo e a adubação de plantio foram realizados segundo critérios de

adubação utilizados pelos produtores da região, utilizando 200 kg ha-1 de P2O5 na forma

de superfosfato simples, 100 kg ha-1 de K2O na forma de cloreto de potássio e 50 kg ha-1

de nitrogênio na forma de uréia. Para não prejudicar a germinação, apenas metade da

dose de K2O foi colocada na linha de plantio, a outra metade foi distibuida ao lado da

mesma. Aos 15 dias após a germinação foi realizada adubação de cobertura com 100 kg

ha-1 na forma de 20-00-20.Para o controle das plantas daninhas foram realizadas duas

capinas.

As sementes dos híbridos foram plantados dia 12 de novembro de 2011. Apenas

uma parte das sementes foram utilizadas, o restante, voltou novamente para o local de

armazenamento. Foram feitas três colheitas com início 75 dias após o plantio.Para o

controle de doenças e pragas foram utilizadas inseticidas e fungicidas recomendados

para cultura de forma preventiva.

3.6 Características avaliadas

- Produtividade total de frutos (PROD em ton. ha-1): foi obtida a partir do

somatório dos frutos colhidos em quatro plantas centrais de cada parcela onde os frutos

Page 23: UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS CAMPUS …uft.edu.br/producaovegetal/dissertacoes/João Israel Piovesan.pdf · A todos os colegas do programa de Pós-Graduação, pela convivência

16

foram pesados. Obtida a média de peso de fruto (em kg fruto-1), e considerando 01 fruto

por planta, mutiplicamos o peso médio pelo número de frutos.

- Massa média de frutos (MMF em kg fruto-1): Obtida pela divisão do peso

total de frutos (kg), pela quantidade total de frutos, obentendo a massa média em kg.

fruto-1.

- Formato do fruto (FORM): obtido pela divisão do comprimento pela largura

do fruto na região equatorial, em que valores menores que 0,5 foiconsiderado

frutos longos, entre 0,5 a0,79 ovais e 0,80 a 1,00 frutos esféricosconforme Silva

et al. (2006).

- Espessura da casca (EC em milímetros): obtido com auxílio de paquímetro

digital na região equatrial dos frutos, considerando casca e polpa branca.

- Sólidos solúveis(°BRIX): medida obtida pela utilização de refratômetro

manual com suco da polpa da região central do fruto;

- Firmeza da casca (FIRMCA em kg.m-2): medida com penetrômetro, com

ponteira de 6,5 mm de diâmetro em lados opostos na região equatorial dos frutos.

- Firmeza da polpa (FIRMPO em kg.m-2) -medida com penetrômetro, com

ponteira de 6,5 mm de diâmetro em lados opostos na região equatorial dos frutos, após a

remoção deuma pequena área da casca.

- Coloração da polpa (CP) - obtida segundo escala de notas, em que: 1 –

atribuído a frutos com polpade coloração vermelha intensa; 2 – atribuído a frutos com

polpa de coloração rosaintenso; 3 – atribuído a frutos com polpa de coloração rosa-

médio; 4 – atribuído a frutosrosa-claro; e 5 – atribuído a frutos com polpa de coloração

branca; conforme Silva et al. (2006).

- Coloração externa do fruto (CEF) - Conforme escala de nota,em que: 1 –

atribuído a frutos com coloração da casca verde-escuro, 2 atribuído a frutos com

coloração verde-médio, 3 atribuído a frutos com coloração verde-claro e 4 atribuído a

frutos com coloração amareloconforme Silva et al. (2006).

- Padrão de listras da casca (PLC) - Conforme escala de notas, em que: 1

atribuído a frutos sem listras, 2 atribuído a frutos com listra larga, 3 atribuído a frutos

com listra estreita e 4 atribuído a frutos mosqueadoconforme Silva et al. (2006).

3.7 Análise de variância

Procedeu-se a análise de variância para cada um dos caracteres avaliados para o

delineamento experimental do tipo blocos casualizados, conforme modelo estatístico:

Y ij = m + bj + ti + eij,

Page 24: UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS CAMPUS …uft.edu.br/producaovegetal/dissertacoes/João Israel Piovesan.pdf · A todos os colegas do programa de Pós-Graduação, pela convivência

17

Em que:

Y ij : é o valor observado do tratamento i (i = 1, 2, ...,81), no bloco j (j = 1, 2,

3);

m: é a constante inerente a todas as observações;

t i: é o efeito do tratamento i;

bj: é o efeito do bloco j;

eij : é o erro experimental aleatório associado a observação Yij. ~ N (0, S2e).

As diferenças entre tratamentos foram verificadas pelo teste de Scott-Knott

(1974) (p ≥ 0,05).

3.8 Análisedialélica

O modelo da análise de variância, os graus de liberdade entre os tratamentos do

dialelo, foram desdobrados segundo o modelo proposto por Gardner &Ebehart (1966) e

adaptado por Miranda Filho &Geraldi (1984).

Y ij = µ + gi + gj + sij + eij

Em que:

Y ij : média da combinação híbrida (i≠j) ou do parental (i=j);

µ: efeito da média geral;

gi e gj : efeitos da capacidade geral de combinação do i-ésimo e do j-ésimo

genitor,respectivamente, onde gi e gj = vi/2 + (hi) ;

sij : efeito da capacidade específica de combinação para os cruzamentos entre os

genitores de ordem i e j;

eij : erro experimental médio, associado à observação de ordem ijk (k=1, ..., r),

sendo r onúmero de repetições.

Neste modelo considera-se que sij= sji .

Os dados médios de cada tratamento para cada característica avaliada foram

submetidas a análise de variância, com seus devidos desdobramentos por meio do

programa Genes (Cruz, 2001).

4 - RESULTADOS E DISCUSSÃO

4.1 – Análise de variância

Page 25: UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS CAMPUS …uft.edu.br/producaovegetal/dissertacoes/João Israel Piovesan.pdf · A todos os colegas do programa de Pós-Graduação, pela convivência

18

A análise de variância mostrou diferenças significativas para o efeito do quadrado

médio de tratamentos para todas as características avaliadas, indicando a ocorrência de

variação genética entre os tratamentos (Tabela 1).

Na análise dialélica, houve efeito significativo entre genótipos para as características

produtividade média de frutos, espessura da casca, firmeza da casca, firmeza da polpa e

padrão de listras da casca. A significância do efeito de genótipos, indica que os genitores

utilizados constituem um grupo heterogêneo. Segundo Hallauer e Miranda Filho (1988), a

significância do efeito de genótipos, relaciona-se com maior presença de locos de efeito

aditivo no desempenho per se dos genótipos.

O efeito de heterose foi significativo para todas as características com exceção de

espessura da casca, indicando que existem desvios do comportamento médio dos híbridos

devido a presença de locos com interação alélica do tipo dominância em maior proporção que

os efeitos aditivos.

No desdobramento do efeito de heterose, apenas a características espessura da casca

não apresentou significância para os efeitos de heterose média e de heterose de genótipos.

Para as demais características, pelo menos um dos dois efeitos de heterose foi

significativo.Para efeito de heterose específica, houve significância para as características

espessura da casca, teores de sólidos (Brix), firmeza da polpa, coloração da polpa e padrão de

listras da casca. A significância do efeito de heterose específica indica que existe

complementação específica entre os pares de genitores para os locos com predomínio de

efeito do tipo dominância (efeitos não-aditivos).

4.2 – Produtividade média de frutos (ton. ha-1)

A Tabela 2 apresenta as estimativas dos efeitos da heterose específica (ŝij'), efeito

de variedade ( i), de heterose varietal (ĥi), da capacidade geral de combinação (ĝi), das

médias de variedades ( ) e heterose média ( ), para a característica produtividade

média de frutos de melancia. Para o efeito de variedades, as estimativas variaram de

4,39 no genitor Sandia® (Feltrin), a -4,86 no (WMX-001G-14-02-55-01pl#08).

Genitores que apresentam estimativas positivas e elevadas de i e ĝi para produtividade,

demonstra que esse genitor apresenta maior potencial para desempenho per se estando

associado a esse desempenho a presença de efeito gênico aditivo. Por outro lado, a

existência de estimativas elevadas para ĥi indicam maior proporção de efeito gênico não

Page 26: UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS CAMPUS …uft.edu.br/producaovegetal/dissertacoes/João Israel Piovesan.pdf · A todos os colegas do programa de Pós-Graduação, pela convivência

19

aditivo, consequentemente maior probabilidade de se complementar bem com genitores

que apresentam locos divergentes.

O híbrido Crimson Sweet® (Hollar)x(WMX-001G-14-02-55-01pl#08)apresenta a maior

estimativa de heterose específica, onde os efeitos não aditivos da CEC foram superiores,

mostrando que o genótipo (WMX-001G-14-02-55-01pl#08) complementa-se bem com

a cultivar Crimson Sweet® (Hollar)originando um híbrido de valor expressivo entre os

cruzamentos (Tabela 2).

Para obtenção de híbridos, o ideal é utilizar genitores que associam estimativas elevadas

para efeitos aditivos com presença de efeitos não-aditivos no controle da característica.

Nesse sentido, o genitorSandia® (Feltrin) contribui de forma positiva para o aumento na

produtividade média de frutos nos cruzamentos em que participa.

A produtividade média de frutos e dependente do número e da massa média dos

frutos colhidos. Para número de frutos por planta, Sidhu e Brar (1985) encontraram que

tanto efeito gênico aditivo quanto os não-aditivos são importante para expressão dessa

característica. Em outro trabalho (Bahari et al., 2012), também relatam que esses dois

tipos de efeitos são importantes.

A produtividade média de frutos variou entre os genótipos avaliados de 36,7 a

18,7 ton ha-1, formando três grupos de tratamentos (Tabela 11). Entre os genitores, a

maior produtividade foi observada no genótipo Sandia® (Feltrin), com produtividade

estimada em 36,7 ton ha-1, enquanto que nos híbridos experimentais, destacou-se a

combinação Crimson Sweet® (Hollar)x(WMX-001G-14-02-55-01pl#08). Estimativas

positivas de i, ĝi e ŝij' para produtividade média de frutos é um indicativo de que

populações geradas a partir desses genitores podem ser úteis tanto no melhoramento

interpopulacional como intrapopulacional (Hallauer e Miranda Filho, 1995). No caso de

melhoramento interpopulacional, a população gerada desse cruzamento pode gerar

linhagens que quando cruzadas podem gerar híbridos com maior efeito heterótico.

4.3 - Massa média de frutos (kg fruto-1)

Page 27: UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS CAMPUS …uft.edu.br/producaovegetal/dissertacoes/João Israel Piovesan.pdf · A todos os colegas do programa de Pós-Graduação, pela convivência

20

A Tabela 3 apresenta as estimativas dos efeitos da heterose específica (ŝij'), efeito de

variedade ( i), de heterose varietal (ĥi), da capacidade geral de combinação (ĝi), das

médias de variedades ( ) e heterose média ( ), para a característica massa média de

frutos de melancia. Para o efeito de variedades, as estimativas variaram de -0,9 no

genitor (WMX-001G-14-02-55-01pl#09) a 0,65 no genitor Sandia® (Feltrin). O genitor

Crimson Sweet® (Hollar)apresentam estimativa positiva de i e ĝi, porém baixa para o

caráter de massa média, assim esse genitor apresenta baixo potencial para desempenho

per se. Mesmo existindo estimativa positiva para ĥi, indicam baixa proporção de efeito

gênico não aditivo, contudoo genitor pode complementar-se bem com genitores que

apresentam locos divergentes.

As estimativas dos efeitos da heterose específica (ŝij') apresentam poucas

diferenças, mas o híbrido Sandia® (Feltrin)xWMX-001G-14-02-55-01pl#08 apresenta a

maior estimativa de heterose específica, onde os efeitos não aditivos da CEC foram

superiores, mostrando que o genótipo Sandia® (Feltrin) complementa-se bem com o

genitor (WMX-001G-14-02-55-01pl#08).

Essas pequenas variações dos valores observados na Tabela 03 significa que

esses genitores foram selecionados para esta característica, o que reflete em pouca

variabilidade genética nas combinações híbridas em que participam.

A massa média de frutos variou entre os genótipos avaliados de 7,6 a 11,5 kg

fruto-1 (Tabela 11). Os maiores pesos por fruto entre os genitores foi observada no

genótipo Crimson Sweet® (Topseed), com peso médio estimado em 9,2 kg fruto-1,

enquanto que nos híbridos experimentais, a melhor combinação é Crimson Sweet®

(Hollar)x(WMX-001G-14-02-55-01pl#08) 8,5 kg fruto-1.

Em geral, a massa média dos frutos colhidos foram superiores ao mínimo

exigido pelo mercado interno, que tem preferência por frutos com massa média superior

a 7 kg por obter maior cotação comercial (Alvarenga & Resende, 2002).Esta preferência

pode estar associada com maiorteor de sólidos solúveis totais. Segundo Araújo Neto et

al. (2000) ao avaliarema qualidade de melancia ‘Crimsonsweet’ comercializadas em

Mossoró, foi observado que frutos de maior tamanho tiveram maior teor de sólidos

solúveis. Resultados semelhantes foram observados porSeabra Júnior (2003) que

observou que frutos de maior peso médio tendem a apresentar maior teor de teor de

sólidos solúveis totais.

Page 28: UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS CAMPUS …uft.edu.br/producaovegetal/dissertacoes/João Israel Piovesan.pdf · A todos os colegas do programa de Pós-Graduação, pela convivência

21

4.4 – Formato (FORM)

Os resultados das análises de variância contidos na tabela 01, referentes ao

formato de fruto (FORM), demonstram valores muito significativo para todas as

características avaliadas,

Os valores contidos na tabela 03A representam as estimativas dos efeitos da

heterose específica (ŝij'), efeito de variedade (i), de heterose varietal (ĥi), da capacidade

geral de combinação (ĝi), das médias de variedades ( ) e heterose média ( ), para a

característica espessura da casca de frutos de genótipos de melancia. Os valores da

heterose específica apresentam pouca variação, pois os resultados também possuem

valores pequenos, mas como observado na heterose específica temos resultados que

levam a formação de frutos com formato esférico, Sandia® (Feltrin) x (WMX-001G-14-

02-55-01pl#09), à frutos com tendência ao formato mais alongado Crimson Sweet ®

(Topseed) x WMX-001G-14-02-55-01pl#08. Para exploração do formato no

melhoramento genético valores positivos de capacidade geral de combinação formarão

frutos mais esféricos e valores negativos formarão frutos mais longos.

4.5 - Espessura da casca (mm)

As estimativas dos efeitos da heterose específica (ŝij'), efeito de variedade (i),

de heterose varietal (ĥi), da capacidade geral de combinação (ĝi), das médias de

variedades ( ) e heterose média ( ), para a característica espessura da casca de frutos

de genótipos de melancia estão contidas na Tabela 4. Para ( i), as estimativas variaram

de -1,29 no genitor Crimson Sweet® (Tecnoseed) a 2,33 no genitor Crimson Sweet®

(Topseed). Genitores nos quais apresentaram estimativas positivas e elevadas de i e ĝi

para espessura da casca demonstram maior potencial para desempenho per se, onde esse

desempenho esta associado à presença de efeito gênico aditivo. Genitores que

apresentam elevada estimativa para valores de ĥi apresentam maiores proporções de

efeitos não aditivos, aumentando assim a probabilidade de complementação com

genitores que possuam locos divergentes.

A maior heterose específica representada pelo híbrido (WMX-001G-14-02-55-

01pl#08) e (WMX-001G-14-02-55-01pl#09), onde os efeitos não aditivos da CEC

foram superiores, mostram a complementação entre os genitores (WMX-001G-14-02-

Page 29: UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS CAMPUS …uft.edu.br/producaovegetal/dissertacoes/João Israel Piovesan.pdf · A todos os colegas do programa de Pós-Graduação, pela convivência

22

55-01pl#08) e (WMX-001G-14-02-55-01pl#09), onde se originou um híbrido superior

para essa característica avaliada (Tabela 04).

Para obtenção de híbridos, o ideal é que seja utilizado genitores que associam

estimativas elevadas para efeitos aditivos com presença de efeitos não-aditivos no

controle da característica. Nesse sentido, o genitor Crimson Sweet®(Topseed),

possuindo um valor positivo de pouca expressão para o efeito ĝi, apresenta pouca

contribuição para o aumento da espessura da casca dos frutos nos cruzamentos em que

participa.

A espessura média da casca dos frutos de melancia variou entre os genótipos

avaliados em 18,9 mm no híbrido comercial Top Gun® (Syngenta) a 22,8 mm na

cultivarCrimson Sweet® (Topseed) e para os híbridos oriundos dos cruzamentos os

valores variaram de 17,8 mmCrimson Sweet® (Tecnoseed)x (WMX-001G-14-02-55-

01pl#08) a 23 mmCrimson Sweet® (Topseed) x (WMX-001G-14-02-55-01pl#08) e

(WMX-001G-14-02-55-01pl#08) x (WMX-001G-14-02-55-01pl#09) (Tabela 11).

Gusmini et al. (2004), dividiu a espessura da casca em três grupos, onde o 1° grupo

pertencem frutas com espessura de casca > 19mm, o 2° grupo com espessura de 10 a

19mm e o 3° grupo com espessura < 10mm. De acordo com esta divisão, os nossos

híbridos foram distribuídos em dois grupos. Varga et al. (2011), obteve resultados

semelhantes para esta característica em seu trabalho com melancia.

Estimativas positivas de i, ĝi e ŝij' para espessura da casca de frutos é um

indicativo de que populações geradas a partir desses genitores podem ser úteis tanto no

melhoramento interpopulacional como intrapopulacional (Hallauer e Miranda Filho,

1995).

4.6 – Sólidos solúveis(°BRIX)

Para a característica º Brix, as estimativas de (i)variaram de -1,81 no genitor

(WMX-001G-14-02-55-01pl#08) a 1,27 no genitor Crimson Sweet® (Hollar) (Tabela

05). O genitor Crimson Sweet® (Hollar), no qual apresenta valores positivos dos efeitos

de i e ĝi para º Brix, demonstra maior potencial para desempenho per se, onde esse

desempenho esta associado à presença de efeito gênico aditivo. Já o genitor (WMX-

001G-14-02-55-01pl#08) que apresenta elevada estimativa para valores de ĥi

apresentam maiores proporções de efeitos não aditivos, aumentando assim a

Page 30: UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS CAMPUS …uft.edu.br/producaovegetal/dissertacoes/João Israel Piovesan.pdf · A todos os colegas do programa de Pós-Graduação, pela convivência

23

probabilidade de complementação com genitores que possuam locos divergentes com

exemplo o genitor Crimson Sweet® (Hollar).

A maior heterose específica representada pelo híbrido Crimson Sweet®

(Tecnoseed) x (WMX-001G-14-02-55-01pl#08), onde os efeitos não aditivos da CEC

foram superiores, mostram a complementação entre os genitores (WMX-001G-14-02-

55-01pl#08) e genitor Crimson Sweet® (Hollar®), onde se originou um híbrido com

superioridade para a característica avaliada (Tabela 05).

Utilizando genitores, nos quais os efeitos aditivos e não aditivos estejam

associados, e com estimativas desses efeitos elevadas, é possível obter um híbrido

superior. Assim o genitor Crimson Sweet® (Hollar), na participação dos cruzamentos,

contribui para o aumento dos teores de açúcares (°Brix). Resultados significativamente

elevados dos efeitos da CGC foram encontrados por Ferreira et al. (2002), Souza et al.

2002, que encontraram maior contribuição dos efeitos gênicos aditivos.

Os teores de açúcares tiveram uma variação entre genótipos de 9,0% para o

genótipo (WMX-001G-14-02-55-01pl#09) a 12,0 % para o genótipo Crimson Sweet®

(Hollar) (Tabela 11). Em relação às combinações híbridas experimentais, os melhores

resultados foram observados para as combinações Crimson Sweet® (Hollar) x (WMX-

001G-14-02-55-01pl#08) (12,6%) e o híbrido Crimson Sweet® (Tecnoseed) x (WMX-

001G-14-02-55-01pl#09) (11,9%) (Tabela 11). Apesar dos genótipos também serem

selecionados para que seus frutos apresentassem um maior teor de açúcar, a hibridação

trouxe resultados positivos, assim o programa de melhoramento pode explorar os

resultados na busca de materiais superiores comercialmente.

4.7 - Firmeza da casca (kg. m2 -1)

A firmeza da casca é uma característica importante para produtores de melancia

que estão distantes dos centros de maior consumo. Na Tabela 6 são apresentadosas

estimativas dos efeitos da heterose específica (ŝij'), efeito de variedade (i), de heterose

varietal (ĥi), da capacidade geral de combinação (ĝi), das médias de variedades ( ) e

heterose média ( ), para essa característica.

Para o efeito de variedades, as estimativas variaram de -7,03 no genitor (WMX-

001G-14-02-55-01pl#08), a 8,0 no genitor Sandia® (Feltrin). Genitores que apresentam

estimativas positivas e elevadas de i e ĝi, demonstram maior potencial para

Page 31: UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS CAMPUS …uft.edu.br/producaovegetal/dissertacoes/João Israel Piovesan.pdf · A todos os colegas do programa de Pós-Graduação, pela convivência

24

desempenho per se, e associado a esse desempenho, a presença de efeito gênico aditivo.

No entanto, a existência de estimativas elevadas para ĥi indicam maior proporção de

efeito gênico não aditivo, consequentemente maior probabilidade de se complementar

bem com genitores que apresentam locos divergentes.

A maior estimativa de heterose específica (3,20) e representada pelo híbrido

Crimson Sweet® (Tecnoseed) x (WMX-001G-14-02-55-01pl#08), onde os efeitos da

CEC mostram-se superiores, havendo assim uma complementação entre os genitores

Crimson Sweet® (Tecnoseed) x (WMX-001G-14-02-55-01pl#09). O cruzamento desses

genótipos resultaram em um híbrido com maior firmeza de casca e, consequentemente

com maior resistência ao transporte (Tabela 6).

O genitor Sandia® (Feltrin) contribui de forma positiva para o aumento da

firmeza da casca nos cruzamentos em que participa, concluindo assim, que elevados

valores de efeitos aditivos e não aditivos estejam associados para o controle dessa

característica.

A firmeza da casca dos frutos variou entre os genótipos avaliados de 25,7 Top

Gun®(Syngenta) a 52,0 Sandia® (Feltrin) kg cm2 -1, (Tabela 12), enquanto que nos

híbridos experimentais, destacou-se as combinaçõesCrimson Sweet® (Tecnoseed) x

(WMX-001G-14-02-55-01pl#08);Sandia® (Feltrin) x Crimson Sweet® (Hollar) e

Sandia® (Feltrin) x Crimson Sweet® (Tecnoseed) com os respectivos resultados 36,9;

36,5 e 36,2 kg cm2 -1.

4.8 - Firmeza da polpa (kg. m2 -1)

Tratando-se da parte comestível do fruto de melancia, o consumidor final busca

um fruto com polpa com menor firmeza. Nesse sentido a Tabela 7de acordo com o

conjunto de dados apresenta as estimativas dos efeitos da heterose específica (ŝij'), efeito

de variedade ( i), de heterose varietal (ĥi), da capacidade geral de combinação (ĝi), para

a firmeza da polpa de frutos de melancia. Para o efeito de variedades, as estimativas

variaram de -1,81 no genitor(WMX-001G-14-02-55-01pl#09), a 5,13 no genitor

(WMX-001G-14-02-55-01pl#08). O genitor Crimson Sweet® (Tecnoseed) aparece com

a maior CGC e efeitos de variedade, assim esse genitor contribui de forma positiva para

o aumento de firmeza da polpa de frutos nos cruzamentos em que participa, mas o

resultado buscado é o do genitor (WMX-001G-14-02-55-01pl#09) -2,28, pois há pouca

contribuição da firmeza da polpa nos cruzamentos em que participa. Para efeitos

Page 32: UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS CAMPUS …uft.edu.br/producaovegetal/dissertacoes/João Israel Piovesan.pdf · A todos os colegas do programa de Pós-Graduação, pela convivência

25

gênicos não aditivos é necessário que as estimativas de heterose varietal sejam

negativas, onde ao cruzar com outro genitor que apresente locos divergentes há uma

complementação dos genitores, nesse sentido o híbrido Crimson Sweet® (Tecnoseed) x

(WMX-001G-14-02-55-01pl#09) (-4,71) apresenta o melhor resultado, com uma polpa

mais macia.

A firmeza de polpa dos frutos apresentada na tabela 12 mostra que os genótipos,

Sandia® (Feltrin) e Crimson Sweet® (Hollar), tiveram seus valores variando entre 4,4 a

8,5 kg cm2, respectivamente, onde a cultivar 01 apresentoupolpa com menor resistência.

Para os híbridos, o melhor resultado foi observado para a combinação Crimson

Sweet® (Tecnoseed) x (WMX-001G-14-02-55-01pl#09) (5,5 kg cm2 -1). Diante do

exposto estimativas negativas de efeito de variedade, CGC e CEC,para firmeza de

polpa, é um indicativo de que populações geradas a partir desses genitores podem ser

úteis para obtenção de frutos com polpa com menor firmeza.

4.9 - Coloração da Polpa (CP)

Os resultados das estimativas apresentados pela Tabela 08 apresentam um

equilíbrio para expressão desta característica após os cruzamentos, o que já era

esperado, pois todos os genótipos foram selecionados para que tivessem sua polpa de

coloração mais avermelhada, sendo esta a principal característica das cultivares

comerciais.

Ferreira et al. (2002), também não observou diferenças significativas para as

características de frutos, em híbridos oriundos das cultivares Crimson Sweet, pois são

variedades comerciais que foram selecionadas para esta característica.

Para programas de melhoramento, a busca de resultados que torne a polpa mais

avermelhada significa obter estimativas de efeitos gênicos não-aditivos com valores

negativos, pois valores positivos de CEC levará a polpa da fruta para uma tendência de

coloração branca. Assim os valores negativos de CGC tornará a polpa mais

avermelhada.

A Tabela 12 mostra que a combinação Crimson Sweet® (Topseed) x (WMX-

001G-14-02-55-01pl#09) destacou-se das demais com (nota 1), apresentando portanto

polpa vermelha intensa, e com a polpa quase branca (nota 4,8) a combinação Crimson

Sweet® (Tecnoseed) x (WMX-001G-14-02-55-01pl#09) teve o pior resultado. Os

genitores tiveram notas variando dorosa-intenso Crimson Sweet® (Tecnoseed) ao rosa

Page 33: UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS CAMPUS …uft.edu.br/producaovegetal/dissertacoes/João Israel Piovesan.pdf · A todos os colegas do programa de Pós-Graduação, pela convivência

26

médio (WMX-001G-14-02-55-01pl#09). Em média a polpa dos híbridos variou entre o

rosa-intenso (nota 02) a rosa (nota 03).

4.9.1 - Coloração externa do fruto (CEF)

Assim como a coloração da polpa, a coloração externa do fruto também sofre

pouca variação das estimativas de média (Tabela 09), mostrando que os efeitos aditivos

da CGC e os não aditivos da CEC não contribuem para o coloração externa do fruto.

Esse resultado pode ser explicado pelo fato de todos genótipos terem sidos selecionados

para esse características, o que refletiu em pouca variação dos genótipos e dos híbridos

em que participam.

Assim quanto menor os valores da CGE e CEC, maior será a tendência de originar-se

frutos com coloração verde-escura.

Como apresentado Tabela 12 as médias dos genitores variaram do verde-escuro

Sandia® (Feltrin) ao verde-médio (WMX-001G-14-02-55-01pl#09), o híbrido comercial

Top Gun®(Syngenta) apresentou-se com coloração verde-claro (nota 03). Os híbridos

dos cruzamentos tiveram produziram frutos que variaram entre verde-médio Crimson

Sweet® (Hollar) x (WMX-001G-14-02-55-01pl#09) e o verde-claro Crimson Sweet®

(Tecnoseed) x Crimson Sweet® (Topseed) e Crimson Sweet® (Tecnoseed) x (WMX-

001G-14-02-55-01pl#08).

4.9.2 - Padrão de listra da casca (PLC)

A seleção desses materiais levaram a uma padronização das listras da casca

(Tabela 10), ocorrendo poucavariação dos valores dos efeitos das estimativas.

Para esta característica os altos valores negativos de CEC levariam ao

desaparecimento das listras da casca e valores positivos elevados tornariam a casca da

fruta mosqueada. Com isso genótipos que possuem valores positivos de CGC devem ser

utilizados para obtenção de frutos com listras que variam de largas a estreitas,

característica assim desejável, pois a presença de listras caracteriza os frutos do tipo

varietal Crimson Sweet.

A Tabela 12 nos mostra uma maior tendência dos frutos apresentarem listras

mais evidentes nas cultivares comercial que vão de listras estreitas Crimson Sweet®

(Tecnoseed) e Crimson Sweet® (Topseed) ao mosqueado Crimson Sweet® (Hollar) e

Sandia® (Feltrin). As combinações híbridas Crimson Sweet® (Tecnoseed) x Crimson

Page 34: UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS CAMPUS …uft.edu.br/producaovegetal/dissertacoes/João Israel Piovesan.pdf · A todos os colegas do programa de Pós-Graduação, pela convivência

27

Sweet® (Topseed) e Crimson Sweet® (Tecnoseed) x (WMX-001G-14-02-55-

01pl#08)apresentaram listras largas (nota 02), e os demais receberam nota 03 (listras

estreitas), igualando-se assim com o padrão do híbrido comercial Top Gun®(Syngenta).

5 – CONCLUSÕES

- Os efeitos gênicos aditivos (CGC) são importante para expressões das

características produtividade total de frutos, firmeza da casca e firmeza da polpa;

- Os efeitos gênicos não-aditivos (CEC) foram importantes para as expressões da

produtividade total, ° Brix, firmeza da casca e firmeza polpa;

- Em relação ao padrão comercial utilizado, a combinação híbrida Crimson Sweet® (Hollar)x WMX-001G-14-02-55-01pl#08 é a mais produtiva.

Page 35: UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS CAMPUS …uft.edu.br/producaovegetal/dissertacoes/João Israel Piovesan.pdf · A todos os colegas do programa de Pós-Graduação, pela convivência

28

6– REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALLARD, R.W. Estimation of prepotency from lima bean diallel cross data. Agronomy

Journal, Madison, v.48, p.537-43, 1956.

ALMEIDA DPF. 2003. Cultura da Melancia. Faculdade de Ciências,Universidade do

Porto.

AIR JUNIOR, J. F.; ANDERSON, R. E.; TATHUAM, R. L.; BLACK, W. C. Análise

multivariada de dados. Porto Alegre, Artmed Editora S. A. 2005, 593 p.

BASTOS, I. T.; BARBOSA, M. H. P.; CRUZ, C. D.; BURNQUIST, W. L.;

BRESSIANI, J. A.; SILVA, F. L. da. Análise dialélica em clones de cana-de-açúcar.

Bragantia, Campinas, v. 62, n. 2, p. 199-206, 2003.

BRAZ, L. T. Estudo da heterose e da capacidade combinatória visandoprodução de

frutos e sementes de tomate (LycopersiconesculentumMill.) .1992. 38 f. Tese

(Doutorado em Agronomia – Área de Concentração em ProduçãoVegetal) – Faculdade

de Ciências Agrárias e Veterinárias, Universidade EstadualPaulista. Jaboticabal, 1992.

CARVALHO RN. 1999. Cultivo da melancia para a agricultura familiar. Brasília-DF,

EMBRAPA-SPI, 127 p.

CRUZ, C. D. Algumas técnicas de análise multivariada no melhoramento de

plantas. 1987. 75 f. (Monografia) – Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”,

Universidade de São Paulo, Piracicaba.

CRUZ, C. D.; VENCOVSKY, R. Comparação de alguns métodos de análise

dialélica.Revista Brasileira de Genética, Ribeirão Preto v. 12, n. 2, p. 425-438, 1989.

CRUZ, C.D., REGAZZI, A. J. Modelos biométricos aplicados ao

melhoramentogenético. Viçosa: Imprensa Universitária, 1994. 360p.

CRUZ, C.D., REGAZZI, A.J.; CARNEIRO P.C.S. Modelos biométricos aplicados ao

Page 36: UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS CAMPUS …uft.edu.br/producaovegetal/dissertacoes/João Israel Piovesan.pdf · A todos os colegas do programa de Pós-Graduação, pela convivência

29

melhoramento genético. Viçosa: UFV, cap. 7, p.223-375. 2004.

DIAS, R.C.S.Embrapa Semiárido Sistemas de Produção, 6ISSN 1807-0027 Versão

EletrônicaAgo/2010.

(http://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Melancia/SistemaProducao

Melancia/socioeconomia.htm)

FERREIRA, M.J.A.F, EMBRAPA boletim de pesquisa e desenvolvimento número 64

ISSN 1676-1340 de Outubro de 2004.

FAO. 2003. FAOSTAT. URL: http://www.fao.org.

FAO – FOOD AGRICULTURAL ORGANIZATION.Statistical – database.

Disponivelem <http://apps.fao.org>.

FALCONER, D.S. Introdução à genética quantitativa. Viçosa, MG: UFV. Imp. Univ.

1981. 279 p.

GARDNER, C.O.; EBERHART, S.A. Analysis and interpretation of variety crossdiallel

and related populations. Biometrics, Raleigh, v.22, p.439-452, 1966.

GUNER N; WEHNER TC. 2008. Overview of Potyvirus resistance in watermelon. In:

Cucurbitaceae - Proceedings of the IXth EUCARPIA meeting on genetics and breeding

of Cucurbitaceae. 20 agosto de 2009. Disponível em: https://w3.avignon.inra.fr/dspace/

bitstream/2174/245/1/30_39_Wehner.pdf. p.445-452.

GOMES, M. S.; VON PINHO, E. V. de R. VON PINHO, R. G.; VIEIRA, M. G. G.

C.Estimativas da capacidade de combinação de linhagens de milho tropical

paraqualidade fisiológica de sementes. Ciência e Agrotecnologia.Lavras, v.24 (Edição

Especial), p.41-49, 2000.

GRIFFING, B. Concept of general and specific combining ability in relation to diallel

crossing systems. Australian Journal of Biological Sciences, v.9, p. 463-493,1956b.

Page 37: UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS CAMPUS …uft.edu.br/producaovegetal/dissertacoes/João Israel Piovesan.pdf · A todos os colegas do programa de Pós-Graduação, pela convivência

30

HAYMAN, B.I. The theory and analysis of diallel crosses.Genetics, v.39, p.789-809,

1954.

JINKS, J.L.; HAYMAN, B.I. The analysis of diallel crosses. Maize

GeneticCooperative Newsletters, v.27, p.48-54, 1953.

IKUTA, H. Vigor de híbridos na geração F1 em berinjela (SolanummelongenaL.).

Piracicaba, 1961. 41p. Tese (Doutorado) – Escola Superior de Agricultura “Luizde

Queiroz”, Universidade de São Paulo.

SILVA, LAFAYETE LUIZ,Dissertação apresentada a Escola Superior de Agricultura

“Luiz de Queirós”, Universidade de São Paulo, para obtenção de mestre na área de

agronomia, 2002.

LIBERATO, J. R.; CRUZ, C. D.; VALE, F. X. R. do.; ZAMBOLIM, L. Técnicas

estatísticas de análise multivariada aplicada à fitopatologia. I. Análise de componentes

principais, análise canônica e “cluster análise”. Revisão anual de patologia de plantas,

Passo Fundo, RS, v.3, p.227-281, 1995.

LIMA NETO, I. S.; GUIMARAES, I. P.; Qualidade de frutos de Diferentes Variedades

de Melancia Provenientes de Mossoro – RN. Revista Caatinga, Mossoro, v. 23, n. 4, p.

14-20, out.-dez., 2010.

LEVI, A., THOMAS, C. E., WEHNER, T. C. &ZHANG, X. 2001.Low genetic

diversityindicates the need tobroaden the genetic base of cultivated watermelon.

HortScience 36: 1096-1101.

MACHADO, C. de F.; SANTOS, J. B. dos.; NUNES, G. H. de S.; RAMALHO, M.

A.P. Choice of common bean parents based on combining ability estimates.

Geneticsand Molecular Biology, v. 25, n. 2, p. 179-183, 2002.

MIRANDA, J. E. C. de. Avaliação de seis cultivares de tomate

(LycopersiconesculentumMill.) e suas progênies híbridas F1. Viçosa, 1978. 42p.

Tese(Mestrado) – Universidade Federal de Viçosa.

Page 38: UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS CAMPUS …uft.edu.br/producaovegetal/dissertacoes/João Israel Piovesan.pdf · A todos os colegas do programa de Pós-Graduação, pela convivência

31

MIRANDA, J. E. C. de; COSTA, C. P. da; CRUZ, C. D. Análise dialélica em pimentão.

I.Capacidade combinatória. Revista Brasileira de genética, Ribeirão Preto, v. 11, n. 2,

p. 431-440, 1988a.

MIRANDA FILHO, J. B.; GORGULHO, E. P. Cruzamentos com testadores e dialelos.

In: NASS, L. L.; VALOIS, A.C.C.; MELO, I. S.; VALADARES, M.C. (Ed.)

Recursosgenéticos e melhoramento de plantas. Rondonópolis: Fundação MT, 2001,

p.650-671.

NASPOLINI FILHO, V.; GAMA, E. E. G. e.; VIANNA, T.; MÔRO, J. R. General and

specific combining ability for yield in a diallel cross among 18 maize populations

(ZeamaysL.). Revista Brasileira de Genética, Ribeirão Preto, v. iv, n. 4, p. 571-577,

1981.

PABLO FORLAN VARGAS¸Tese apresentada à Faculdade de Ciências Agrárias e

Veterinárias – UNESP, Câmpus de Jaboticabal, como parte das exigências para a

obtenção do título de Doutor em Agronomia (Genética e Melhoramento de Plantas)

2008.

PEARSOIN, O. H. Heterosis in vegetable crops. In: FRANKEL, R.

Heterosis:reapparaisal of theory and practice. Berlin: Springer-Verlag, 1983.

Chap.6, p.138- 188.

PUIATTI M.; SILVA, DJH. 2005. Cultura da melancia. In: FONTES, PCR. (Ed.)

Olericultura:teoria e prática. Viçosa (MG), 385-406.

PROENÇA Da CUNHA, A., A. P. SILVA, ROQUE, O R. 2003. Plantas e produtos

vegetais em fitoterapia.Fundação CalousteGulbenkian, Lisboa.

RAMALHO, M.A.P.; SANTOS, J.B. dos; ZIMMERMANN, M.J.O.

Genéticaquantitativa em plantas autógamas: aplicação ao melhoramento do feijoeiro.

Goiânia: Editora da UFG, cap.5, p.93-135. 1993.

Page 39: UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS CAMPUS …uft.edu.br/producaovegetal/dissertacoes/João Israel Piovesan.pdf · A todos os colegas do programa de Pós-Graduação, pela convivência

32

SILVA ML; QUEIROZ MA; FERREIRA MAJF; BUSO GSC. 2006. Caracterização

morfológica e molecular de acessos de melancia. HorticulturaBrasileira24: 405-409.

SPRAGUE G.F.; TATUM, L.A. General vs. specific combining ability in single crosses

of corn. Journal of the American Society of Agronomy, v.34, n.10, p.923-932, 1942.

TAVARES, M.; MELO, A.M.T.; SCIVITTARO, W.B. Efeitos diretos e indiretos

ecorrelações canônicas para caracteres relacionados com a produção de

pimentão.Bragantia, Campinas, v.58, n.1, p.41-47, 1999.

TRINKLEIN, D.H.; LAMBETH, V.N. Reciprocal cross diferences and

combiningability for six diverse tomato lines. Journal of the American Society of

Horticultural Science, Geneva, v.100 , n.6, p.650-2, 1975.

VIANA, J. M. S. The parametric restrictions of the Gardner and Eberhartdiallel

analysismodel: heterosis analysis. Genetics and Molecular Biology, v. 23, n. 4, p. 869-

875, 2000.

VIANA, J. M. S. The parametric restrictions of the Griffingdiallel analysis model:

combiningability analysis. Genetics and Molecular Biology, v. 23, n. 4, p. 877-881,

2000.

YATES, F. Analysis of data from all possible reciprocal crosses between a set of

parental lines. Heredity, Edinburgh, v.1, n.3, p.287-301, 1947.

Page 40: UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS CAMPUS …uft.edu.br/producaovegetal/dissertacoes/João Israel Piovesan.pdf · A todos os colegas do programa de Pós-Graduação, pela convivência

33

Tabela 01 – Resumo da análise de variância do cruzamento dialélico, para produtividade média(PROD-ton. ha -1), massa média (MMF-kg fruto-

1), formato(FORM), espessura da casca (EC - milímetros), teores de açúcares (°BRIX), firmeza da casca (FIRMCA- kgm2 -1), firmeza da polpa

(FIRMPO -kgm2 -1), coloração da polpa (CP), coloração externa da casca (CEF) e padrão de listras da casca (PLC) de frutos de genótipos de

melancia. Gurupi – TO, 2012.

FV GL QM

PROD MMF FORM EC BRIX FIRMCA FIRMPO CP CEF PLC

Tratamento 20 50,39** 2,49 * 0,006 ** 2,14 * 5,9 ** 104,85 ** 39,58 ** 2,82 ** 0,93 ** 0,94 **

Entre Genótipos 5 96,61** 1,91ns 0,005 ** 3,58 ** 1,95 ns 253,66 ** 45,68 ** 1,08ns 0,61ns 1,17 **

Heterose 15 36,32* 2,69 * 0,006 ** 1,67 ns 7,2 ** 55,25 * 37,55 ** 3,41 ** 1,03 ** 0,87 **

Heterose média 1 39,50 ns 6,68 * 0,005 ** 0,92 ns 9,0 * 312,25 ** 52,70 ** 11,33 ** 7,17 ** 3,01 **

Heterosegenótipos 5 37,32** 3,48 * 0,008 ** 0,76 ns 2,21 ns 73,34 * 39,36 ** 3,02 ** 1,08 ** 1,34 **

Heteroseespecifica 9 24,30 ns 1,18 ns 0,006 ** 7,45 * 9,79 ** 16,64 ns 34,86 ** 2,74 ** 32,27 ns 0,37 **

Resíduo Médio 38 15,86 1,28 1,0 3,29 1,30 25,93 4,32 0,50 0,2 0,09

Média geral 26,06 7,93 1,06 20,15 10,29 34,11 8,98 2,84 2,13 2,89

Media dialelo 25,64 7,75 1,07 20,20 10,21 34,82 9,11 2,88 2,1 2,87

C.V. (%) 15,29 14,59 3,28 8,98 11,16 14,62 22,81 24,71 21,65 10,87

* e **: valores significativos a 5% de 1% de probabilidade, respectivamente, pelo teste F; ns: valores não significativos a 5% de probabilidade.

Page 41: UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS CAMPUS …uft.edu.br/producaovegetal/dissertacoes/João Israel Piovesan.pdf · A todos os colegas do programa de Pós-Graduação, pela convivência

34

Tabela 02 - Estimativas dos efeitos da heterose específica (ŝij), de variedades (i), de heterose varietal (ĥi), da capacidade geral de combinação

(ĝi), das médias de variedades ( )1 e heterose média ( )1, para o caráter produtividade média de frutos (PROD) em híbridos de genótipos de

melancia. Gurupi – TO, 2012.

GENÓTIPOS 2 3 4 5 6 vi hi gi

1 - 4,57 0,48 2,25 1,42 0,42 4,39 - 5,43 -3,23

2 0,01 0,32 3,47 0,75 3,46 - 0,89 0,84

3 2,04 - 3,76 1,21 2,33 0,90 2,06

4 - 1,68 - 2,94 - 1,52 - 0,24 -1,00

5 0,54 - 4,86 3,30 0,87

6 - 3,80 2,36 0,46

1 = 25.64e ( )=-1.75 | ∑gii = 0 e Sii = 0

1- Sandia® (Feltrin); 2 - Crimson Sweet® (Hollar); 3 - Crimson Sweet ® (Tecnoseed); 4 - Crimson Sweet ® (Topseed);

5 - WMX-001G-14-02-55-01pl#08 e 6 - WMX-001G-14-02-55-01pl#09.

Page 42: UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS CAMPUS …uft.edu.br/producaovegetal/dissertacoes/João Israel Piovesan.pdf · A todos os colegas do programa de Pós-Graduação, pela convivência

35

Tabela 03 - Estimativas dos efeitos da heterose específica (ŝij'), de variedades (i), de heterose varietal (ĥi), da capacidade geral de combinação

(ĝi), das médias de variedades ( )1 e heterose média ( )1, para o caráter massa média de frutos (MMF) em híbridos de genótipos de melancia.

Gurupi – TO, 2012.

GENÓTIPOS 2 3 4 5 6 vi hi gi

1 0,31 - 1,05 0,70 1,42 - 0,1 0,65 - 0,93 -0,60 2 - 0,05 - 0,46 0,42 - 0,22 0,48 0,58 0,82

3 1,12 - 0,59 0,58 - 0,06 - 0,12 -0,15

4 - 0,53 - 0,82 0,14 - 0,81 -0,74

5 0,57 - 0,3 0,36 0,21

6 - 0,9 0,93 0,48

1 = 7,75e ( ) = -0.72 | ∑gii = 0 e Sii = 0

1- Sandia® (Feltrin); 2 - Crimson Sweet® (Hollar); 3 - Crimson Sweet ® (Tecnoseed); 4 - Crimson Sweet ® (Topseed);

5 - WMX-001G-14-02-55-01pl#08 e 6 - WMX-001G-14-02-55-01pl#09.

Page 43: UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS CAMPUS …uft.edu.br/producaovegetal/dissertacoes/João Israel Piovesan.pdf · A todos os colegas do programa de Pós-Graduação, pela convivência

36

Tabela 03 A - Estimativas dos efeitos da heterose específica (ŝij), de variedades (i), de heterose varietal (ĥi), da capacidade geral de combinação

(ĝi), das médias de variedades ( )1 e heterose média ( )1, para o caráter formato de frutos (FORM) em híbridos de genótipos de melancia.

Gurupi – TO, 2012.

GENÓTIPOS 2 3 4 5 6 vi hi gi

1 -0,02 0,03 -0,05 0,001 0,04 0,01 0,004 0,009

2 -0,03 0,04 0,02 -0,01 -0,01 0,022 0,017

3 0,01 0,03 -0,05 0,05 0,047 0,072

4 -0,05 0,04 -0,01 -0,05 -0,055

5 -0,01 -0,1 -0,02 -0,07

6 -0,03 0,004 -0,011

1 = 1,07e ( ) = 0,02 | ∑gii = 0 e Sii = 0

1- Sandia® (Feltrin); 2 - Crimson Sweet® (Hollar); 3 - Crimson Sweet ® (Tecnoseed); 4 - Crimson Sweet ® (Topseed);

5 - WMX-001G-14-02-55-01pl#08 e 6 - WMX-001G-14-02-55-01pl#09.

Page 44: UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS CAMPUS …uft.edu.br/producaovegetal/dissertacoes/João Israel Piovesan.pdf · A todos os colegas do programa de Pós-Graduação, pela convivência

37

Tabela 04 - Estimativas dos efeitos da heterose específica (ŝij'), de variedades (i), de heterose varietal (ĥi), da capacidade geral de combinação

(ĝi), das médias de variedades ( )1 e heterose média ( )1, para o caráter espessura da casca (EC) em híbridos de genótipos de melancia. Gurupi

– TO, 2012.

GENÓTIPOS 2 3 4 5 6 vi hi gi

1 1,40 0,26 - 0,008 - 0,23 - 1,42 - 1,03 - 0,03 -0,54

2 0,57 0,76 - 1,44 - 1,29 - 0,05 0,05 0,02 3 - 0,66 - 1,70 1,53 - 1,29 - 1,18 -1,82

4 1,05 - 1,13 2,33 0,004 1,16

5 2,32 0,92 0,48 0,94

6 - 0,87 0,67 0,23

1 = 20,20e ( ) = -0.48 | ∑gii = 0 e Sii = 0

1- Sandia® (Feltrin); 2 - Crimson Sweet® (Hollar); 3 - Crimson Sweet ® (Tecnoseed); 4 - Crimson Sweet ® (Topseed);

5 - WMX-001G-14-02-55-01pl#08 e 6 - WMX-001G-14-02-55-01pl#09.

Page 45: UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS CAMPUS …uft.edu.br/producaovegetal/dissertacoes/João Israel Piovesan.pdf · A todos os colegas do programa de Pós-Graduação, pela convivência

38

Tabela 05 - Estimativas dos efeitos da heterose específica (ŝij'), de variedades (i), de heterose varietal (ĥi), da capacidade geral de combinação

(ĝi), das médias de variedades ( )1 e heterose média ( )1, para o teores de açúcares(° BRIX), em híbridos de genótipos de melancia. Gurupi –

TO, 2012.

GENÓTIPOS 2 3 4 5 6 vi hi gi

1 - 1,43 - 1,38 0,10 1,32 1,39 0,16 0,04 0,12

2 0,47 - 0,13 2,41 - 1,31 1,27 - 0,59 0,04

3 0,12 - 1,66 2,44 - 0,40 - 0,33 -0,53

4 0,17 - 0,27 0,29 - 0,04 0,10

5 - 2,24 - 1,81 1,15 0,24

6 0,49 - 0,21 0,03

1 = 10,21e ( )= -0.83 | ∑gii = 0 e Sii = 0

1- Sandia® (Feltrin); 2 - Crimson Sweet® (Hollar); 3 - Crimson Sweet ® (Tecnoseed); 4 - Crimson Sweet ® (Topseed);

5 - WMX-001G-14-02-55-01pl#08 e 6 - WMX-001G-14-02-55-01pl#09.

Page 46: UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS CAMPUS …uft.edu.br/producaovegetal/dissertacoes/João Israel Piovesan.pdf · A todos os colegas do programa de Pós-Graduação, pela convivência

39

Tabela 06 - Estimativas dos efeitos da heterose específica (ŝij'), de variedades (i), de heterose varietal (ĥi), da capacidade geral de combinação

(ĝi), das médias de variedades ( )1 e heterose média ( )1, para o caráter de firmeza da casca (FIRMCA) kg cm2 -1, em híbridos de genótipos de

melancia.Gurupi – TO, 2012.

GENÓTIPOS 2 3 4 5 6 vi hi gi

1 - 1,19 - 2,17 2,67 - 0,18 0,88 8,0 - 5,67 -1,67

2 - 1,40 1,15 2,05 - 0,61 6,39 - 0,07 3,12

3 - 1,29 3,20 1,67 2,23 5,37 6,48

4 - 2,82 0,29 - 3,08 0,30 -1,24

5 - 2,24 - 7,03 0,04 -3,47

6 - 6,51 0,03 -3,22

1 = 30,82e ( ) = -4.92 | ∑gii = 0 e Sii = 0

1- Sandia® (Feltrin); 2 - Crimson Sweet® (Hollar); 3 - Crimson Sweet ® (Tecnoseed); 4 - Crimson Sweet ® (Topseed);

5 - WMX-001G-14-02-55-01pl#08 e 6 - WMX-001G-14-02-55-01pl#09.

Page 47: UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS CAMPUS …uft.edu.br/producaovegetal/dissertacoes/João Israel Piovesan.pdf · A todos os colegas do programa de Pós-Graduação, pela convivência

40

Tabela 07 - Estimativas dos efeitos da heterose específica (ŝij'), de variedades (i), de heterose varietal (ĥi), da capacidade geral de combinação

(ĝi), das médias de variedades ( )1 e heterose média ( )1, para o caráter de firmeza da polpa (FIRMPO), em híbridos de genótipos de

melancia.Gurupi – TO, 2012.

GENÓTIPOS 2 3 4 5 6 vi hi gi

1 1,94 3,72 - 0,97 - 3,45 - 1,24 - 1,28 1,93 1,29

2 - 1,31 1,07 - 2,44 0,73 - 0,18 - 1,04 -1,13

3 1,58 0,71 - 4,71 0,65 3,58 3,90

4 0,86 0,82 2,50 0,51 1,76

5 6,04 5,13 - 3,59 -1,02

6 - 1,81 - 1,38 -2,28

1 = 9,11e ( )= 2.02 | ∑gii = 0 e Sii = 0

1- Sandia® (Feltrin); 2 - Crimson Sweet® (Hollar); 3 - Crimson Sweet ® (Tecnoseed); 4 - Crimson Sweet ® (Topseed);

5 - WMX-001G-14-02-55-01pl#08 e 6 - WMX-001G-14-02-55-01pl#09.

Page 48: UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS CAMPUS …uft.edu.br/producaovegetal/dissertacoes/João Israel Piovesan.pdf · A todos os colegas do programa de Pós-Graduação, pela convivência

41

Tabela 08 - Estimativas dos efeitos da heterose específica (ŝij ), de variedades (i), de heterose varietal (ĥi), da capacidade geral de combinação

(ĝi), das médias de variedades ( )1 e heterose média ( )1, para o caráter decoloração da polpa (CP), em híbridos de genótipos de melancia.

Gurupi – TO, 2012.

GENÓTIPOS 2 3 4 5 6 vi hi gi

1 0,77 0,56 0,05 - 0,86 - 0,53 0,06 0,17 0,2

2 - 0,65 0,53 - 1,32 0,67 0,07 0,39 0,42

3 0,05 0,69 - 0,65 0,53 0,90 1,16

4 0,17 - 0,81 - 0,53 - 0,65 -0,91

5 1,32 0,31 0,20 0,35

6 - 0,46 - 1,02 -1,25

1 = 2,88e ( )= 0.93 | ∑gii = 0 e Sii = 0

1- Sandia® (Feltrin); 2 - Crimson Sweet® (Hollar); 3 - Crimson Sweet ® (Tecnoseed); 4 - Crimson Sweet ® (Topseed);

5 - WMX-001G-14-02-55-01pl#08 e 6 - WMX-001G-14-02-55-01pl#09.

Page 49: UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS CAMPUS …uft.edu.br/producaovegetal/dissertacoes/João Israel Piovesan.pdf · A todos os colegas do programa de Pós-Graduação, pela convivência

42

Tabela 09 - Estimativas dos efeitos da heterose específica (ŝij'), de variedades (i), de heterose varietal (ĥi), da capacidade geral de combinação

(ĝi), das médias de variedades ( )1 e heterose média ( )1, para o caráter de coloração externa do fruto (CEF), em híbridos de genótipos de

melancia. Gurupi – TO, 2012.

GENÓTIPOS 2 3 4 5 6 vi hi gi

1 0,23 - 0,12 - 0,31 0,15 0,04 - 0,22 0,56 0,45

2 - 0,21 0,31 - 0,28 - 0,05 - 0,23 0,12 0,005

3 0,28 0,35 - 0,30 0,52 0,09 0,35

4 - 0,42 0,12 0,18 - 0,006 0,084

5 0,19 0,07 - 0,02 0,01

6 - 0,31 - 0,74 -0,89

1 = 2,10e ( )= 0.74 | ∑gii = 0 e Sii = 0

1- Sandia® (Feltrin); 2 - Crimson Sweet® (Hollar); 3 - Crimson Sweet ® (Tecnoseed); 4 - Crimson Sweet ® (Topseed);

5 - WMX-001G-14-02-55-01pl#08 e 6 - WMX-001G-14-02-55-01pl#09.

Page 50: UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS CAMPUS …uft.edu.br/producaovegetal/dissertacoes/João Israel Piovesan.pdf · A todos os colegas do programa de Pós-Graduação, pela convivência

43

Tabela 10 - Estimativas dos efeitos da heterose específica (ŝij'), de variedades (i), de heterose varietal (ĥi), da capacidade geral de combinação

(ĝi), das médias de variedades ( )1 e heterose média ( )1, para o caráter deresistência a coloração padrão de listras da casca (PLC), em híbridos

de genótipos de melancia.Gurupi – TO, 2012.

GENÓTIPOS 2 3 4 5 6 vi hi gi

1 - 0,10 - 0,41 0,21 0,30 - 0,002 0,38 - 0,61 -0,42

2 0,29 0,05 0,03 - 0,27 0,43 - 0,12 0,09

3 - 0,24 - 0,27 0,64 - 0,65 - 0,42 -0,74

4 0,13 - 0,16 - 0,06 0,15 0,12

5 - 0,19 - 0,37 0,52 0,33

6 0,26 0,49 0,62

1 = 2,87e ( )= -0.48 | ∑gii = 0 e Sii = 0

1- Sandia® (Feltrin); 2 - Crimson Sweet® (Hollar); 3 - Crimson Sweet ® (Tecnoseed); 4 - Crimson Sweet ® (Topseed);

5 - WMX-001G-14-02-55-01pl#08 e 6 - WMX-001G-14-02-55-01pl#09.

Page 51: UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS CAMPUS …uft.edu.br/producaovegetal/dissertacoes/João Israel Piovesan.pdf · A todos os colegas do programa de Pós-Graduação, pela convivência

44

Tabela 11 – Médias para produtividade (PROD - ton. ha -1), massa média (MMF - kg fruto-1), formato (FORM), espessura da casca (EC-milímetros) e teores de açúcares (° BRIX) em frutos de genótipos de melancia. Gurupi – TO, 2012.

Genótipos PROD MMF FORM EC BRIX 1 2 3 4 5 6

1x2 1x3 1x4 1x5 1x6 2x3 2x4 2x5 2x6 3x4 3x5 3x6 4x5 4x6 5x6

Top Gun

36,7a 31,2a 28,3b 25,6b 18,7c 20,7c 21,3c 26,7b

- 25,2b 24,3b

- 25,8b 29,1b 26,4b 27,9b 22,2c 27,2b 21,8c 20,6c 24,2b 36,5a

9,8b 8,1c 8,3c 9,2b 7,6c 6,4c 8,2c 6,2c

- 7,5c 7,3c

- 7,2c 8,5c 7,8c 8,2c 6,8c 8,0c 6,7c 6,4c 8,1c 11,5a

1,07b 1,01c 1,06b 1,10b 1,06b 1,02c 1,07b 1,17a

- 1,06b 1,12a

- 1,08b 1,08b 1,05b 1,10a 1,14a 1,06b 0,97c 1,07b 1,03c 1,0c

19,5c 20,4c 20,4c 22,8b 21,0b 19,0c 20,9b 18,5c

- 20,0c 18,0c

- 22,0b 19,3c 18,6c 19,3c 17,8c 20,2c 23,0b 20,0c 23,0b 18,9c

10,9b 12,0b 10,4b 11,1b 9,0c

11,3b 8,7c 8,1c

- 11,6b 11,5b

- 9,9c

12,6b 8,7c 9,6c 8,0c

11,9b 10,5b 9,8c 8,0c

11,6b

Médias seguidas de mesma letra não diferem pelo teste de Scott-Knott (1974) (p ≥ 0,05).

Page 52: UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS CAMPUS …uft.edu.br/producaovegetal/dissertacoes/João Israel Piovesan.pdf · A todos os colegas do programa de Pós-Graduação, pela convivência

45

Tabela 12 – Médias para firmeza da casca (FIRMCA-kg.m-2), firmeza da polpa (FIRMPO- kg. m-2), coloração da polpa (CP), coloração externa do fruto (CEF) e padrão de listras da casca (PLC) em frutos de genótipos de melancia. Gurupi – TO. 2012.

Médias seguidas de mesma letra não diferem pelo teste de Scott-Knott (1974) (p ≥ 0,05).

Genótipos FIRMCA FIRMPO CP CEF PLC

1 2 3 4 5 6

1x2 1x3 1x4 1x5 1x6 2x3 2x4 2x5 2x6 3x4 3x5 3x6 4x5 4x6 5x6

Top Gun

52,0a 44,8a 35,2b 34,9b 31,2b 31,7b 36,5b 36,2b

- 30,9b 32,2b

- 36,3b 35,1b 32,7b 34,5b 36,9b 35,6b 25,7c 29,0c 24,4c 25,7c

4,4c 8,5c 4,7c 4,6c 16,4a 7,2c

11,3b 15,8a

- 7,3c 7,1c

- 9,1c 7,4c 8,2c

12,4b 13,3b 5,5c 8,6c 6,2c 14,9a 6,2c

2,1c 1,8c 1,8c 2,3c 2,3c 2,7c 4,2a 4,5a

- 2,6c 2,0c

- 3,3b 2,3c 3,3b 3,3b 4,8a 2,4c 3,0c 1,0c 4,0a 2,4c

0,7c 1,2c 2,0b 1,7b 1,6b 2,0b 2,6a 2,6a

- 2,6a 2,0b

- 2,6a 2,0b 1,6b 3,0a 3,0a 1,7b 2,0b 2,0b 2,0b 3,2a

4,2a 3,7a 3,0b 3,0b 2,3c 3,0b 2,6b 1,6c

- 3,0b 3,0b

- 3,0b 3,0b 3,0b 2,0c 2,0c 3,2b 3,0b 3,0b 3,0b 3,0b