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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE FACULDADE DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DO TRAIRI GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM LORENA LUANA DE SOUZA Relação da qualidade de vida em pacientes de Transplante de Células-Tronco Hematopoiéticas Santa cruz 2015

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

FACULDADE DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DO TRAIRI

GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM

LORENA LUANA DE SOUZA

Relação da qualidade de vida em pacientes de Transplante de Células-Tronco Hematopoiéticas

Santa cruz

2015

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LORENA LUANA DE SOUZA

RELAÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA EM PACIENTES DE TRANSPLANTE

DE CÉLULAS-TRONCO HEMATOPOIÉTICAS

Artigo Científico apresentado a Faculdade de Ciências da Saúde do Trairi da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, para obtenção do título de Bacharel em Enfermagem.

Orientadora: Prof. Drª. Quenia Camille Soares Martins

SANTA CRUZ

2015

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LORENA LUANA DE SOUZA

Relação da qualidade de vida em pacientes de Transplante de Células-

Tronco Hematopoiéticas

Artigo Científico apresentado a Faculdade de Ciências da Saúde do Trairi da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, para obtenção do título de Bacharel em Enfermagem.

Aprovado em: 04 de Dezembro de 2015

BANCA EXAMINADORA

_____________________________________________________. Nota:____.

Profa. Dra. Quenia Camille Soares Martins – Orientadora

Universidade Federal do Rio Grande do Norte

_____________________________________________________. Nota:____.

Profa. Mr. Cristiane da Silva Ramos Marinho – Membro da banca

Universidade Federal do Rio Grande do Norte

_____________________________________________________. Nota:____.

Prof. Mr. Osvaldo de Goes Bay Junior – Membro da banca

Universidade Federal do Rio Grande do Norte

_____________________________________________________. Nota:____.

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO _______________________________________ 6

2 MATERIAL E MÉTODOS_______________________________ 7

3 RESULTADOS_______________________________________ 9

4 DISCUSSÃO_________________________________________ 14

5 CONCLUSÃO________________________________________ 16

REFERÊNCIAS_______________________________________ 16

ANEXO______________________________________________19

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Relação da qualidade de vida em pacientes de transplante de células-tronco hematopoiéticas.

Regarding the quality of life in patients hematopoietic stem cell transplantation.

En cuanto a la calidad de vida en pacientes de transplante de células madre hematopoyéticas.

*de Souza, Lorena Luana **Martins, Quenia Camille Soares

*Acadêmica de Enfermagem da Universidade Federal do Rio Grande do Norte/Brasil. E-mail: [email protected] **Professora Doutora da Universidade Federal do Rio Grande do Norte/Brasil.

Palavras chave: Qualidade de vida; Transplante de medula óssea; Transplante de Célula-Tronco Hematopoiéticas.

Keywords: Quality of life; Bone marrow transplant; Hematopoietic Stem Cell Transplantation.

Palabras clave: Calidad de vida; Trasplante de médula ósea; Trasplante de células madre hematopoyéticas.

RESUMO:

Objetivo: Analisar as evidências disponíveis sobre os domínios que afetam a

qualidade de vida (QV) em pacientes no processo de Transplante de Células-

Tronco Hematopoiéticas.

Método: Trata-se de uma revisão integrativa, que teve como questão norteadora: Quais as evidências disponíveis sobre os domínios que afetam a qualidade de vida em pacientes no processo de transplante de células tronco hematopoiéticas?. Para a coleta de dados utilizou-se das bases de dados: PUBMED, LILACS e CINAHL, no período de janeiro de 2010 a outubro de 2015 e utilizando-se da combinação dos descritores “Qualidade de vida e Transplante de medula óssea” e “Qualidade de vida e Transplante de Células-Tronco Hematopoiéticas.

Resultados: Obteve-se uma amostra de 09 artigos, dos quais 05 na CINAHL e 04 do LILACS, tendo como o Brasil o país de predominância nos estudos e uma variância dos períodos de publicações entre os anos de 2010 à 2014. Alogênico foi a população mais estudada e o tipo de estudo de coorte e transversal foram os mais utilizados. Enquanto a QV foi tida como deteriorada nas fases iniciais do tratamento e alcançado melhores escores ao decorrer do pós-TCTH, principalmente no aspecto emocional. Os pacientes apresentavam dificuldades para reingressarem nas atividades diárias; o gênero feminino foi o mais afetado, enquanto ao tipo de transplante não houve diferenças significativas.

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Conclusão: Os estudos correlacionaram a variável tempo pós-TCTH, positivamente, com a maioria dos aspectos de QV, com isso os resultados sugerem a necessidade do fortalecimento da equipe multidisciplinar em todas as fases do TCTH.

ABSTRACT:

Objective: To analyze the available evidence on the areas that affect the quality of life (QOL) in patients in the process of Hematopoietic Stem Cell Transplantation.

Method: This is an integrative review, which had as its guiding question: What is the evidence available about the areas that affect the quality of life in patients in the process of hematopoietic stem cells transplantation?. For data collection were used databases PUBMED, LILACS and CINAHL, from January 2010 to October 2015 and using the combination of descriptors "Quality of life and bone marrow transplantation" and "Quality of life and Hematopoietic Stem Cell Transplantation.

Results: A sample of 09 articles was obtained, of which 05 in CINAHL and LILACS 04, with Brazil as the country of prevalence studies and a variance of periods of publications between the years 2010 and 2014. Allogeneic was the most studied population and the kind of cohort and cross-study were the most used. While QOL was seen as damaged in the early stages of treatment and achieved better scores at the course of post-HSCT, especially in the emotional aspect. Patients had difficulties to re-enter in daily activities; the female gender was the most affected, while about the type of transplant there were no significant differences.

Conclusion: Studies have correlated the variable after HSCT time positively with most aspects of QOL, thus the results suggest the need to strengthen the multidisciplinary team in all phases of HSCT.

RESUMEN:

Objetivo: Analizar la evidencia disponible sobre las áreas que afectan la calidad de vida (CV) en pacientes en el proceso de hematopoyéticas Trasplante de Células Madre.

Método: Se trata de una revisión integradora, que tuvo como pregunta orientadora: ¿Cuál es la evidencia disponible para las áreas que afectan la calidad de vida de los pacientes en el proceso de trasplante de células madre hematopoyéticas?. Para los datos se utilizó la colección de bases de datos: PubMed, LILACS y CINAHL, entre enero de 2010 y octubre de 2015 y mediante la combinación de los descriptores de "Calidad de vida y trasplante de médula ósea" y "Calidad de la vida y Trasplante de células madre hematopoyéticas.

Resultados: No se obtuvo una muestra de 09 artículos, de los cuales 05 en CINAHL y LILACS 04, con Brasil como el país de los estudios de prevalencia y una varianza de los períodos de publicaciones entre los años 2010 a 2014. alogénico era la población más estudiado y el tipo de cohorte transversal estudio y fueron los más utilizados. Mientras que la calidad de vida fue visto como dañado en las primeras etapas del tratamiento y ha logrado mejores puntuaciones en el curso de la post-TPH, especialmente en el aspecto

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emocional. Los pacientes tenían dificultades para volver a entrar en las actividades diarias; era el género femenino el más afectado, mientras que el tipo de trasplante no hubo diferencias significativas.

Conclusión: El estudio correlaciona la variable después de la hora TCMH positivamente con la mayoría de los aspectos de la calidad de vida, por lo tanto los resultados sugieren la necesidad de fortalecer el equipo multidisciplinario en todas las fases de TPH.

INTRODUÇÃO

O Transplante de Células-Tronco Hematopoiéticas (TCTH) é um procedimento que vem sendo utilizado no tratamento de diversos tipos de doenças onco-hematológicas, hematológicas, congênitas ou adquiridas, visando restabelecer a função medular e tendo por finalidade reconstituir os sistemas hematopoiético e imunológico. É indicado para agravos malignos como alguns tipos de leucemias, linfomas e mielomas; e agravos não malignos como anemia aplástica, anemia falciforme, talassemia entre outros. Os transplantes podem ser classificados quanto ao tipo de enxerto em autólogo: onde as células são obtidas do próprio paciente; alogênico: no qual as células serão obtidas de um doador histocompatível podendo ser aparentado ou não aparentado e singênico: neste, as células obtidas serão a partir de um irmão gêmeo idêntico. (1)

Esse procedimento evoluiu muito nas últimas décadas e se tornou uma opção terapêutica no tratamento de várias doenças malignas ou não malignas hematológicas, sendo utilizado em diversos países. (2) Corroborando com os dados do Registro Brasileiro de Transplantes que aponta a realização de 2.013 mil TCTH no Brasil no ano de 2014. (3)

Apesar do sucesso do transplante na cura de doenças hematológicas o risco de complicações (agudas e crônicas) e dos efeitos colaterais causados pela quimioterapia, radioterapia e de outras intervenções são comuns em TCTH, (1) com isso, o procedimento está relacionado com significância em casos de morbidade durante toda a trajetória da terapêutica: entre as fases de pré-transplante, condicionamento e estendendo-se para o pós- transplante. Sendo assim, corroborando por afetar negativamente na qualidade de vida do paciente.(4)

A qualidade de vida (QV) pode ser definida como a percepção do indivíduo em se posicionar diante a sua vida em um contexto cultural, social e emocional, baseado no sistema de valores em que vive e em relação aos seus objetivos, expectativas, padrões e preocupações. (5) Portanto, as experiências vivenciadas no percurso do tratamento em virtude da complexidade e agressividade envolvida no mesmo, as dificuldades enfrentadas por cada paciente se refletirão em sua qualidade de vida de forma positiva ou negativa. (6)

Desse modo, a QV estará relacionada a vários domínios do bem-estar: físico, emocional, funcional e social, que são consideradas essenciais da condição humana. Portanto, este estudo permitirá o conhecimento de quais momentos e quais domínios em que os pacientes necessitem de cuidados específicos no que tange da QV em todas as fases do TCTH. Deste modo, cabe ao profissional de saúde compreender os achados de cada domínio, bem como

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seus desdobramentos nas fases do TCTH subsidiando assim o planejamento do cuidado em saúde.

Com base nos dados e expostos na literatura verifica-se que o comprometimento da QV é relacionado diretamente com as complicações existentes durante o tratamento. Sendo assim, o estudo tem por objetivo analisar as evidências disponíveis sobre os domínios que afetam a QV em pacientes no processo de TCTH.

MATERIAL E MÉTODOS

O presente estudo trata-se de uma revisão integrativa, que tem como finalidade reunir, sintetizar e avaliar criticamente os resultados disponíveis acerca do objetivo pesquisado. Esse método é composto por seis etapas: identificação do tema e seleção da questão de pesquisa, definição dos critérios de inclusão e exclusão, definição das informações a serem extraídas dos estudos selecionados, avaliação dos estudos incluídos no estudo, interpretação dos resultados e apresentação da revisão propriamente dita. (7)

Este estudo foi baseado na seguinte questão norteadora: Quais as evidências disponíveis sobre os domínios que afetam a qualidade de vida em pacientes no processo de Transplante de células-tronco hematopoiéticas?

A busca dos artigos foi realizada no mês de Outubro de 2015, nas bases eletrônicas de dados: Cumulative Index to Nursing and Allied Health Literature (CINAHL), National Library of Medicine and Nattional Institutes of Health (PUBMED), Literatura Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS). Para a busca foram utilizados os cruzamentos dos descritores controlados “Qualidade de vida e Transplante de medula óssea” e “Qualidade de vida e Transplante de Células-Tronco Hematopoiéticas”, nessa respectiva ordem, nos idiomas inglês e português e identificados nos Descritores em Ciências da Saúde (Decs) e Medical Subject Headings (MESH).

Como critérios de elegibilidade foram incluídos artigos que abordassem a temática relevante ao alcance do objetivo desta revisão, artigos primários disponíveis na íntegra e gratuitamente obtidos por meio do site periódicos capes; publicados no período de janeiro de 2010 a outubro de 2015, pesquisas realizadas em humanos, que abordassem a QV em pacientes com idade superior a 18 anos e inferior a 65 anos; artigos disponíveis nos idiomas português, inglês ou espanhol e que abordassem evidências disponíveis sobre os domínios que afetam a QV em pacientes no processo de TCTH e que utilizassem algum instrumento quantitativo para mensuração da QV. Os critérios de exclusão, por sua vez, foram: artigos que abordassem a QV em pacientes fora de possibilidades terapêuticas ou comorbidades não relacionadas ao transplante; artigos que avaliassem a qualidade de vida com a utilização de intervenções farmacológicas ou não farmacológicas; artigos repetidos, teses, dissertações, editoriais, estudos qualitativos e artigos de revisões.

Após a aplicação do cruzamento dos descritores, foram encontrados respectivamente: PUBMED= 2.138 artigos; CINAHL= 378 artigos e LILACS= 52 artigos. Após esta etapa, foram utilizados os critérios de inclusão e exclusão para

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o delineamento dos mesmos, obtendo-se assim uma amostra de 202. Desses, apenas 09 atenderam a todos os critérios de elegibilidade, e foram utilizados.

Para a seleção dos artigos, utilizou-se três Testes de Relevância. (8) No Teste de Relevância 1, considerou-se o período de publicação dos estudos e relevância dos títulos. No Teste 2, selecionou-se as produções levando em conta a adequabilidade ao tema pelo resumo e se relata população com outras doenças. Nessa fase, a amostra foi submetida a avaliação de dois pesquisadores. No Teste 3, avaliou-se os estudos na íntegra, considerando as questões anteriores e ainda os demais critérios de inclusão e exclusão. Nessa fase os dados mais relevantes para o estudo foram brevemente resumidos e para extração dos dados fez-se necessário a utilização de um instrumento, já validado, assegurando a legitimidade das informações extraídas. (9) Os 202 estudos, da amostra, incluídos e excluídos são demonstrados segundo o Flow Chart. (Figura 1)

Figura 1. Fluxograma de estudos incluídos e excluídos segundo etapas de relevância.

Teste de relevância 1: Triagem dos

títulos + período de publicação

43 artigos incluídos

43

Teste de relevância 3: leitura e

avaliação dos textos completos

09 artigos incluídos

Teste de relevância 2: análise dos

resumos + população com doenças

diversificada

29 artigos incluídos

Amostra final: 09

159 - excluídos

Não aborda o tema: 118

Repetidos: 41

14 - excluídos

Síndrome Bronquiolite obliterante: 1

Distrofia muscular: 1

Doadores: 2

Esclerose múltipla: 2

Diabetes Mellitus: 1

Outro tipo de estudo: 7

20 – excluídos

Dissertação: 1

Editorial: 1

Idoso: 3

Pediatria: 7

Outra população: 7 Texto não disponível: 1

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Obteve-se, assim, uma amostra de 09 artigos, dos quais 05 da CINAHL, 04 do LILACS e nenhum da PUBMED. Realizou-se a caracterização de cada um deles quanto ao ano de publicação, autores, país de origem, base de dado encontrado, objetivos, população, delineamento e os principais resultados. Estes foram reunidos de acordo com o tempo de transplante e os domínios da QV.

RESULTADOS

Os resultados da análise foram apresentados de modo descritivo mostrados no quadro 1 e 2, na qual se apresenta a síntese das características dos 09 estudos balizadores da produção do conhecimento.

Quadro 1. Artigos encontrados de acordo com a base de dado, autores, país e ano de publicação.

Publicações Autores Base de dado País Ano

Calidad de vida

relacionada com la salud

em pacientes com

transplante de

progenitores

hematopoyéticos.

Seixas MR,

Rodríguez, LL,

Fernández JMP,

Moncada MV,

Quijano-

Campos JC.

CINAHL Espanha 2014

Qualidade de vida e

transplante de células-

tronco hematopoiéticas

alogênico: um estudo

longitudinal.

Matias AB,

Oliveira-

Cardoso EA,

Mastropietro AP,

Voltarelli JC,

Santos MA.

LILACS Brasil 2011

Relação entre renda,

trabalho e qualidade de

vida de pacientes

submetidos ao

transplante de medula

óssea.

Mastropietro AP,

Oliveira-

Cardoso EA,

Simões BP,

Voltarelli JC,

Santos MA.

LILACS Brasil 2010

Avaliação da qualidade

de vida relacionada à

saúde de pacientes

submetidos ao

transplante de células-

tronco hematopoiéticas.

Santos CLT,

Sawada NO,

Santos JLF.

LILACS Brasil 2011

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Quadro 1. Artigos encontrados de acordo com a base de dado, autores, país e ano de publicação. (Parte 2)

Publicações Autores Base de

dado

País Ano

Impacto da DECH crônica na

qualidade de vida pós-TCTH

alogênico.

Mastropietro AP,

Oliveira-

Cardoso EA,

Simões BP,

Voltarelli JC,

Santos MA.

LILACS Brasil 2010

Psychosocial factors

associated with quality of life

in allogeneic stem cell

transplant patients prior to

transplant.

Pillay B, Lee SJ,

Katona L,

Burney S, Avery

S.

CINAHL Austrália 2014

Factors associated with

changes in quality of life in

patients undergoing

allogeneic haematopoietic

stem cell transplantation.

Kisch A, Lenhoff

S, Zdravkovic S,

Bolmsjö I.

CINAHL Suécia 2012

Gender differences in health-

related quality of life,

physical function and

psychological status among

patients in the early phase

following allogeneic

haematopoietic stem cell

transplantation.

Morishita S,

Kaida K,

Yamauchi S,

Wakasugi T,

Yoshihara S,

Taniguchi K et

al.

CINAHL Japão 2013

Economic survivorship

stress is associated with

poor health-related quality of

life among distressed

survivors of hematopoietic

stem cell transplantation.

Hamilton JG, Wu

LM, Austin JE,

Valdimarsdottir,

H, Basmajian K,

Vu AM et al.

CINAHL EUA 2013

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Quadro 2.

IDENTIFICAÇÃO E DESCRIÇÃO DOS PRINCIPAIS ACHADOS

Titulo Objetivo População Delineamento Principais Resultados

Calidad de vida

relacionada

com la salud

em pacientes

com

transplante de

progenitores

hematopoyétic

os.

Analisar a evolução ao longo do

processo da QV em pacientes

que receberam um transplante,

conhecer o tipo de TCTH

(alogênico ou autólogo) e os

níveis da QV destes pacientes

e descrever os níveis de QV em

pacientes que receberam o

TCTH dependendo do tipo de

tratamento de condicionamento

recebido.

Autólogo (23

pacientes) e

Alogênico

(16

pacientes).

Estudo de

coorte

prospectivo

A QV dos pacientes piora aos dois

meses pós-TCTH e tem melhores

resultados nove meses após-TCTH,

especialmente no bem-estar mental.

Não foram observadas diferenças

por tipo de transplante (autólogo ou

alogênico) ou tipo de

condicionamento.

Relação entre

renda,

trabalho, e

qualidade de

vida de

pacientes

submetidos ao

transplante de

medula óssea.

Identificar possíveis relações

entre renda, trabalho e

qualidade de vida em pacientes

submetidos ao TMO.

62 pacientes Qualiquantitati

vo exploratório

transversal

No pré TCTH, a maioria dos

pacientes encontravam-se inseridos

no mercado de trabalho, enquanto no

pós TCTH a maioria destes

encontravam-se afastados de suas

atividades devido à sua condição de

saúde. Pacientes com renda superior

a dois salários mínimos

apresentavam melhores índices de

QV. A variância da renda teve

significância na saúde mental, com

relação ao sentimento de

competência pessoal no

desenvolvimento de atividade diárias

e com ajustamento psicológico.

Avaliação da

qualidade de

vida

relacionada à

saúde de

pacientes

submetidos ao

transplante de

células-tronco

hematopoiétic

as.

Avaliar a QV relacionada à

saúde de pacientes submetidos

ao transplante autólogo e

alogênico, em três momentos

distintos: no pré-transplante, 30

e 180 dias pós- transplante.

26

(Autólogos e

Alogênicos)

Coorte

prospectivo.

Nos momentos entre pré-TCTH e 30

dias pós-TCTH houve uma queda da

QV em todos os domínios,

especialmente nos aspectos físicos,

funcional e preocupações

decorrentes do tratamento foram os

mais agravados. Em comparação

com o pré- TCTH, 180 dias pós-

TCTH o bem-estar físico, emocional

e relacionamento com o médico teve

uma discreta melhora. Nos

momentos entre 30 e 180 dias pós-

TCTH houve uma melhora

significativa em torno da QV. A fase

de 30 dias pós- TCTH foi o mais

comprometido, recuperando-se na

fase tardia, de 180 dias pós- TCTH.

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Impacto da

DECH crônica

na qualidade

de vida pós-

TCTH

alogênico

Identificar possíveis relações

entre o acometimento pela

doença do enxerto contra o

hospedeiro (DECH) crônica,

qualidade de vida e

ajustamento psicossocial em

pacientes submetidos ao

transplante de células tronco

hematopoiéticas.

Alogênico

(62

pacientes).

Estudo

transversal

analítico.

A DECH crônica é preditiva de pior

qualidade de vida. O ajustamento

psicossocial teve impacto negativo

significativo devido as complicações

clínicas e ansiedade. O bem-estar

funcional teve grande impacto no

pós- TCTH. Foi observado que os

pacientes vivenciavam limitações

e/ou dificuldades de retornarem as

atividades cotidianas.

Economic

survivorship

stress is

associated

with poor

health-related

quality of life

among

distressed

survivors of

hematopoietic

stem cell

transplantation

.

Investigar o estresse

econômico de sobrevivência e

suas associações com a

qualidade de vida entre os

sobreviventes de te

transplante.

Autólogo (84

pacientes) e

Alogênico

(97

pacientes)

Estudo

transversal

prospectivo

O estresse financeiro e de trabalho

teve impacto relevante em todos os

domínios relacionados com a QV.

Com exceção do funcionamento

social, o funcionamento físico,

funcional, emocional e preocupações

relacionadas ao transplante foram os

mais afetados. Os pacientes com

vínculo empregatício durante o

transplante apresentaram índices

negativos significantes em relação

ao estresse de trabalho. O estresse

com o seguro de saúde foi

considerado moderado. O estresse

econômico de sobrevivência foi mais

alto da recessão econômica do que

depois.

Psychosocial

factors

associated

with quality of

life in

allogeneic

stem cell

transplant

patients prior

to transplant.

Determinar os níveis de

violência psicológica, aflição e

qualidade de vida

imediatamente antes do

transplante alogênico de

células-tronco.

Alogênico

(122

pacientes).

Estudo

transversal

retrospectivo

documental

Sintomas de depressão e ansiedade

foram significativamente

correlacionada como negativas nos

aspectos físicos e funcionais. O

domínio social teve impacto mais

negativo em relação a ausência de

um parceiro e relacionada também

ao estado da doença. A amostra de

alguns pacientes que apresentaram

a espiritualidade como forma de

enfrentamento serviu como fator

importante na diminuição de

sintomas psicológicos. As mulheres

apresentaram melhores qualidade de

vida social em relação aos homens.

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13

Gender

differences in

health-related

quality of life,

physical

function and

psychological

status among

patients in the

early phase

following

allogeneic

haematopoieti

c stem cell

transplantation

.

Examinar as diferenças de

gênero em saúde relacionada a

função física, QV e estado

psicológico antes e pós-TCTH

alogênico.

Alogênico

(66 homens

e 34

mulheres).

Estudo de

coorte

observacional

Em ambos os gêneros, a fadiga pós-

TCTH foi mais elevado que antes do

transplante. A depressão e

ansiedade tiveram relevância na

diminuição da QV, pós-TCTH,

embora mais nas mulheres.

Náuseas, vômitos, perde de apetite e

distúrbios do sono foram os

problemas mais comuns pós-TCTH,

o qual tem associação direta com a

QV. A função física diminui logo as

seis semanas pós-TCTH. Ambos os

sexos apresentaram declínios na QV

seis semanas após-TCTH, mas as

mulheres foram as mais afetas antes

e após-TCTH.

Qualidade de

vida e

transplante de

células-tronco

hematopoiétic

as alogênico:

um estudo

longitudinal.

Avaliar comparativamente a

qualidade de vida de pacientes

submetidos ao TCTH durante

as três primeiras fases do

transplante: pré-TCTH,

enfermaria (TCTH

propriamente dito) e pós-TCTH

imediato.

Alogênico (7

pacientes)

Estudo de

coorte

observacional

Na comparação das médias de

QVRS obtidas nas fases pré-TCTH e

Enfermaria, a análise dos dados

evidenciou diferença

estatisticamente significante nos

aspectos Capacidade Funcional

(p=0,022) e Dor (p=0,036). Na

comparação da qualidade de vida,

avaliada pelo SF-36, nas fases da

Enfermaria e pós-TCTH a análise

dos dados evidenciou diferença

estatisticamente significativa no

aspecto estado geral de saúde

(p=0,036), que aparece mais

rebaixado na Enfermaria.

Factors

associated

with changes

in quality of life

in patients

undergoing

allogeneic

haematopoieti

c stem cell

transplantation

Investigar os fatores de

mudanças associados à

qualidade de vida em pacientes

adultos de TCTH.

Alogênico

(40

pacientes)

Estudo de

coorte

prospectivo

A QV foi afetada em todas as

dimensões entre a fase inicial do

TCTH e os 100 dias pós- TCTH. O

bem-estar emocional melhorou

desde o início até os 100 dias pós-

TCTH. O gênero feminino e a

presença de infecções no período de

100 dias pós-TCTH foram

associadas a QV deteriorada. O

bem-estar físico e social foram

deteriorados entre a fase inicial e 12

meses após- TCTH, enquanto o

bem-estar emocional foi associado

com melhora. Pacientes

transplantados de um doador irmão

mostrou-se deterioração social;

presença de recidiva entre os 100

dias e 12 meses pós-TCTH foi

associado com baixa da QV no bem-

estar físico; enquanto o tipo de

relacionamento (estado civil solteiro)

foi considerado um ponto positivo no

bem-estar emocional em torno dos

12 meses após- TCTH. No geral, a

QV deteriorou nos 100 pós-TCTH e

subsequente melhora ao longo do

tempo, principalmente o bem-estar

emocional.

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14

DISCUSSÃO

O transplante de Células Tronco Hematopoiéticas (TCTH) é um método terapêutico que tem significativa relação com a qualidade de vida (QV) dos pacientes ocasionando, principalmente, um impacto negativo nas fases iniciais do tratamento; do pré-TCTH que compreende o período até a infusão da medula, condicionamento e a fase de pós-TCTH imediato correspondente aos 100 primeiros dias da infusão, e evidencia melhores patamares ao decorrer do pós-TCTH mediato relacionado após os 100 dias da infusão. (10,11,12) E de modo geral, para avaliar e mensurar a QV de pacientes submetidos ao TCTH os estudos apontaram dois instrumentos mais utilizados: O Questionário Genérico de Avaliação de Qualidade de Vida – Medical Outcomes Study 36-Item Short-Form Health Survey (MOS SF-36) e a Escala de Avaliação Funcional da Terapia de Câncer-Transplante de Medula Óssea – Functional Assessment of Cancer Therapy-Bone Marrow Transplantation (FACT-BMT), no qual ambos fornecem informações complementares, de modo que podem ser empregados simultaneamente.

Um estudo mostrou uma comparação da QV entre pacientes transplantados alogênicos e autólogos e ao tipo de condicionamento recebido. Apesar das diferenças clínicas, o estudo não observou diferenças na QV tanto pelo de tipo de transplante (autólogo e alogênico), e quanto ao tipo de condicionamento (mieloablativo ou não mieloablativo). (13)

No geral, a QV dos pacientes declina na fase inicial do tratamento. Devido a intensidade da terapêutica, seus efeitos colaterais provocam mudanças negativas no bem-estar físico, funcional, emocional e social. (12,14) Nessa fase, os pacientes estão envolvidos emocionalmente; na incerteza do sucesso do transplante e das dificuldades que irão enfrentar no percurso do tratamento. (11) Ansiedade e depressão foram significativamente correlacionada como aspectos negativos em relação aos bem-estar físico e funcional. Para alguns pacientes a espiritualidade foi considerada como uma forma de enfrentamento e serviu como fator importante na diminuição de sintomas psicológicos. (14)

O domínio social teve impacto mais negativo em relação a ausência de um parceiro e também relacionada ao estado da doença. As dificuldades de investir nas relações pessoais são devido ao aumento de desconforto e a variação de sintomas somáticos. Em contraposto as mulheres apresentaram melhores escores de qualidade de vida social em relação aos homens. (14)

No pré-TCTH, a maioria dos pacientes encontravam-se inseridos no mercado de trabalho. (15) Estes com vínculo empregatício durante o transplante apresentaram índices negativos relevantes em relação ao estresse de trabalho, ou seja, devido ao estado de saúde as preocupações mais comuns eram voltadas para perda ou corte da renda salarial, além de problemas com os seguros de saúde. (16)

Nos momentos entre pré-TCTH, 30 e 60 dias pós-TCTH a QV ainda se apresenta negativa em todos os domínios, especialmente nos aspectos físicos, funcional e preocupações decorrentes do tratamento foram os mais agravados. Ambos os sexos apresentaram declínios na QV seis semanas após-TCTH, mas as mulheres foram as mais afetadas antes e após-TCTH. (13,17) Esta fase foi

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considerada a mais comprometida, recuperando-se na fase mediata, de 180 dias pós-TCTH. (10)

Náuseas, vômitos, perda de apetite, distúrbios do sono e fadiga foram os problemas mais comuns no pós-TCTH imediato associado ao estado físico, que pode ser relacionada as altas doses de fármacos, imunossupressores, a presença da doença do enxerto versus hospedeiro (DECH), perda de desempenho físico e/ou outras alterações comuns, além dos sintomas de depressão e ansiedade que tiveram relevância na diminuição da QV, pós-TCTH, embora mais nas mulheres. (17)

A DECH crônica foi considerada preditiva de pior qualidade de vida, pois afeta a QV no geral devido as suas complicações clínicas e, especificamente, em relação a sintomas de ansiedade. Foi observado que os pacientes vivenciavam limitações e/ou dificuldades de retornarem as atividades cotidianas decorrente da DECH, e podendo acarretar implicações aos pacientes até 1 ano pós-TCTH. (18)

Com relação aos aspectos relativos a emprego e renda um estudo mostrou que o estado mental foi o mais afetado em relação a variância de renda no pós-TCTH, pois a maioria dos pacientes se encontram afastados de suas atividades e apresentaram maiores dificuldades de se reinserirem no mercado de trabalho, especialmente em atividades que exigem esforço físico vigoroso e exposição solar permanente, que são contraindicadas após o transplante. (15) Entretanto, para alguns estudos que não fizeram a mesma relação, o estado emocional foi o que obteve melhores resultados ao decorrer do tempo. Por já ter obtido êxito das fases iniciais, os pacientes não se sentiam mais inseguros em relação ao tratamento. (11,13)

No pós-TCTH mediato o estado social foi considerado deteriorado em pacientes que receberam enxerto de um doador irmão, na percepção em que o doador irá enfrentar uma situação vulnerável e experimentar sentimentos de medo ou ansiedade. E em relação ao bem-estar emocional, pacientes com estado civil solteiro foram avaliados com melhores escores nesse domínio da QV. (11) Nessa mesma percepção os aspectos de renda e salário não afetaram o bem-estar social dos pacientes em relação a família. Entretanto é preciso a contrapartida da família em investir nas necessidades de apoio social, seja ele familiar ou entre amigos, considerando assim um recurso positivo e importante capaz de contrabalancear os aspectos negativos, provocando com isso a melhoria em outros domínios. (16)

Dessa forma, com base nos estudos apresentados verifica-se que progressivamente a QV vai ganhando melhora significativa no decorrer do tempo, melhorando os escores gradativamente em torno dos 100 aos 180 dias e 1 ano pós-TCTH. Em decorrência que os pacientes apresentam uma melhora gradual da condição física, possibilidade de retornarem as suas atividades diárias, o retorno ao ambulatório irá diminuindo de frequência, e também o uso de medicações, além de que o pacientes se encontram com a presença de menos sentimentos de medo ou insegurança em relação a eficácia do tratamento. (10,11) Entretanto, complicações ainda são possíveis nesse período, e para alguns pacientes que presenciaram infecções nesse período a QV voltou a deteriorar, especialmente no gênero feminino. (11)

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16

CONCLUSÃO

O conjunto de resultados apresentados permitiu evidenciar um impacto negativo da QV em pacientes com doenças malignas e não malignas hematológicas, submetidos ao TCTH, nas fases inicias do tratamento e bem como sua melhoria no decorrer do tempo. Os estudos correlacionaram a variável tempo pós-TCTH, positivamente, com a maioria dos aspectos de QV, sendo o bem-estar funcional o mais afetado no pós-TCTH, no qual os pacientes vivenciavam limitações e/ou dificuldades de retornarem as suas atividades diárias. Enquanto isso, o bem-estar emocional foi gradativamente se elevando a melhores patamares e associado a importância do papel familiar no desempenho do bem-estar social, e o gênero feminino apresentou QV mais deteriorada em relação ao gênero masculino.

Dado o impacto desta terapia agressiva na QV, os resultados sugerem a necessidade de intervenções voltadas para problemas específicos decorrente do tratamento, ressaltando a importância para a equipe de saúde na gestão de sintomas que visam a otimização de melhores resultados de saúde em sobreviventes de TCTH. O trabalho da equipe multiprofissional é a possibilidade de alavancar estratégias que demandem atenção do cuidado ao paciente em todas as fases do TCTH, garantindo atender às necessidades psicossociais e psicoemocionais e de manutenção da saúde dos sobreviventes de TCTH.

Nesse contexto, se faz necessário o fortalecimento do trabalho da equipe multidisciplinar em todas as fases do TCTH. Proporcionando estratégias de prevenção de agravos físicos e psíquicos e ainda abordando estratégias de reinserção social e atividades cotidianas. Cabe ainda ressaltar, a necessidade de especial atenção as questões de gênero, visto que as mulheres se apresentaram mais susceptíveis a baixos escores na QV em vários domínios.

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18

8a5abb8ec074036e%40sessionmgr4003&vid=0&hid=4209&bdata=Jmxh

bmc9cHQtYnImc2l0ZT1laG9zdC1saXZl#AN=107778147&db=c8h

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ebscohost-

com.ez18.periodicos.capes.gov.br/ehost/detail/detail?sid=bcefbbef-d09b-

42e2b3a4a5009c9025b3%40sessionmgr111&vid=0&hid=124&bdata=Jm

xhbmc9cHQtYnImc2l0ZT1laG9zdC1saXZl#AN=103826407&db=c8h

15. Mastropietro AP, Oliveira-Cardoso EA, Simões BP, Voltarelli JC, Santos

MA. Relação entre renda, trabalho e qualidade de vida de pacientes

submetidos ao transplante de medula óssea. São Paulo, Brasil. Revista

Brasileira de Hematologia e Hemoterapia [periódico na internet]. 2010 Abr

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00200007

16. Hamilton JG, Wu LM, Austin JE, Valdimarsdottir, H, Basmajian K, Vu AM

et al. Economic survivorship stress is associated with poor health-related

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em 2015 out 5]; 22(4):911-21. Disponível em:

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17. Morishita S, Kaida K, Yamauchi S, Wakasugi T, Yoshihara S, Taniguchi

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allogeneic haematopoietic stem cell transplantation. Psychooncology

[periódico na internet]. 2013 Maio [acesso em 2015 out 5]; 22(5):1159-66.

Disponível em: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22736382

18. Mastropietro AP, Oliveira-Cardoso EA, Simões BP, Voltarelli JC, Santos

MA. Impacto da DECH crônica na qualidade de vida pós-TCTH alogênico.

Revista Brasileira de Hematologia e Hemoterapia [periódico na internet].

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ci_abstract&tlng=pt

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19

ANEXO

Instrumento de coleta de dados validado por Ursi (2005).

A. Identificação

Título do artigo

Título do periódico

Autores

Nome: ________________________________________________________

Local de Trabalho: ______________________________________________ Graduação: ____________________________________________________

País

Idioma

Ano de Publicação

B. Instituição Sede do Estudo

Hospital

Universidade

Centro de pesquisa

Instituição única

Pesquisa multicêntrica

Outras informações

Não identifica local

C. Tipo de Publicação

Publicação de enfermagem

Publicação médica

Publicação de outra área da saúde. Qual?

D. Características Metodológicas do Estudo

1. Tipo de Publicação

1.1 Pesquisa ( ) Abordagem quantitativa

( ) Delineamento experimental

( ) Delineamento quase experimental ( ) Delineamento não experimental

( ) Abordagem qualitativa

1.2 Não Pesquisa ( ) Revisão de literatura

( ) Relato de experiência

( ) Outras: ___________________________________________________

2. Objetivo ou Questão de Investigação O estudo tem por objetivo analisar as evidências disponíveis sobre os domínios que afetam a QV em pacientes no processo de TCTH.

3. Amostra

3.1. Seleção

( ) Randômica ( ) Conveniência

( ) Outra ____________________________________________________

3.2. Tamanho (n) ( ) Inicial

( ) Final

3.3. Características Idade: ________________________________________________________

Sexo: M ( ) F ( )

Diagnóstico ___________________________________________________ Tipo de cirurgia ________________________________________________

3.4. Critérios de inclusão/exclusão dos sujeitos: ______________________

______________________________________________________________

4. Tratamento dos Dados

5. Intervenções Realizadas

Retirado, pois não eram desenhos de internações.

5.1. Variável independente ______________________________________

5.2. Variável dependente ________________________________________

5.3. Grupo controle: Sim ( ) Não ( ) 5.4. Instrumento de medida: Sim ( ) Não ( )

5.5. Duração do estudo: _________________________________________

5.6. Métodos empregados para mensuração da intervenção: _____________ ______________________________________________________________

6. Resultados

7. Análise 7.1. Tratamento estatístico: ______________________________________

7.2. Nível de significância: ______________________________________

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8. Implicações 8.1. As conclusões são justificadas com base nos resultados ____________

_____________________________________________________________

8.2. Quais são as recomendações dos autores? _______________________

_____________________________________________________________

9. Nível de evidência

E. Avaliação do Rigor Metodológico

Clareza na identificação da trajetória metodológica no texto (método empregado,

sujeitos participantes, critérios de

inclusão/exclusão, intervenção, resultados)

Identificação de limitações ou vieses