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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE - UFRN CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA - CCET INSTITUTO DE QUÍMICA - IQ LABORATÓRIO DE ELETROQUÍMICA E NANOPARTÍCULAS APLICADAS - LENA Isadora Dantas Costa Tensoativo SEAR como agente redutor e estabilizador de nanopartículas de prata Natal, RN 2016

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE - UFRN

CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA - CCET

INSTITUTO DE QUÍMICA - IQ

LABORATÓRIO DE ELETROQUÍMICA E NANOPARTÍCULAS APLICADAS - LENA

Isadora Dantas Costa

Tensoativo SEAR como agente redutor e estabilizador de nanopartículas de prata

Natal, RN

2016

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Isadora Dantas Costa

Tensoativo SEAR como agente redutor e estabilizador de nanopartículas de prata

Trabalho de conclusão de curso apresentado ao

curso de Química do Petróleo – Bacharelado, da

Universidade Federal do Rio Grande do Norte,

como parte integrante dos requisitos necessários

para a obtenção do grau de Bacharel em Química

do Petróleo.

Orientador: Prof. Dr. Luiz Henrique da Silva

Gasparotto

Natal, RN

2016

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Catalogação da Publicação na Fonte Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN

Sistema de Bibliotecas - SISBI

Catalogação de Publicação na Fonte. UFRN - Biblioteca Setorial do Instituto de Química - IQ

Costa, Isadora Dantas.

Tensoativo SEAR como agente redutor e estabilizador de

nanopartículas de prata / Isadora Dantas Costa. - Natal, RN,

2016.

33 f: il.

Orientador: Prof. Dr. Luiz Henrique da Silva Gasparotto.

Coorientador: Prof. Dr. Alcides de Oliveira Wanderley Neto.

1. Prata - Nanopartículas - Monografia. 2. Corrosão -

Monografia. 3. Tensoativos - Monografia. 4. Química-verde -

Monografia. 5. Petróleo - Biodegradação - Monografia. I.

Gasparotto, Luiz Henrique da Silva. II. Wanderley Neto, Alcides

de Oliveira. III. Título.

RN/UF/BS-IQ CDU 546.57(02)

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Isadora Dantas Costa

Tensoativo SEAR como agente redutor e estabilizador de nanopartículas de prata

Trabalho de conclusão de curso apresentado ao

curso de Química do Petróleo – Bacharelado, da

Universidade Federal do Rio Grande do Norte,

como parte integrante dos requisitos necessários

para a obtenção do grau de Bacharel em Química

do Petróleo.

Aprovado em _____/_____/_____

____________________________________

Prof. Dr. Luiz Henrique da Silva Gasparotto (Orientador)

Universidade Federal do Rio Grande do Norte

____________________________________

Prof. Dr. Alcides de Oliveira Wanderley Neto (Co-orientador)

Universidade Federal do Rio Grande do Norte

____________________________________

Msc. Katherine Carrilho de Oliveira (Membro)

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Universidade Federal do Rio Grande do Norte

A Deus, por fazer com que esse sonho fosse possível.

A minha mãe Arlinda e irmã Isabela, por terem me

acompanhado e incentivado durante toda minha formação.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus por me dar forças e me fazer acreditar que poderia dar certo.

Aos meus pais, em especial minha mãe, por terem me incentivado e acreditado em mim.

A minha irmã Isabela pela força, conselhos, companheirismo e por sempre me ajudar no que

fosse preciso.

Aos meus avós (in memorian), por me educarem e ajudarem na minha formação.

Ao professor Luiz Henrique da Silva Gasparotto, pela orientação, paciência e por me dar o

prazer de compartilharmos conhecimento.

Ao professor Alcides Wanderley, por me dar a oportunidade da iniciação científica, pela co-

orientação e conhecimento passado.

A Katherine Carrilho por aceitar fazer parte da banca.

A capes e CNPq pelo financiamento.

A Luci, Jônatas, Vinícius e Alain por me acolherem, em especial minha tia Luci, por ter sido

como uma mãe durante esse período.

A toda minha família, pelo companheirismo e amor.

A todos os amigos e colegas do curso de química do petróleo, em especial a:

Júnior, por ter sido mais que um amigo, ter sido meu companheiro do inicio ao fim e

nunca hesitar em prestar ajuda.

Alyxandra Carla, Maxwell Carvalho, George Ramos e Afonso Lima, pelas risadas,

acolhimento, pelas listas, e por sempre acreditarem em mim. Sem vocês eu não teria

conseguido.

Gabriela Souza, Gabriela Lemos, Maria Fernanda, Ramoni, Gullyty e Anne pela

amizade, paciência e por estarem presente sempre que preciso.

As minhas amigas de infância, Josi, Brenna, Jaqueline, Ádla e Gabriela, por estarem

sempre comigo e não deixarem nossa amizade esmorecer.

A todos os integrantes do LENA, em especial a:

Zózimo, pela paciência, por está sempre presente e me ajudar no que for preciso.

Rubens, Janine e Rayanne pela companhia, ajuda e momentos de descontração.

Heloiza, exatamente por tudo, por me ajudar nos experimentos, no TCC e qualquer

outra coisa que eu precisasse, por ter sido mais que uma colega de laboratório, ter sido

uma das pessoas fundamentais para a realização desse sonho.

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Na caminhada da vida,

quanto mais peso nos ombros,

mais força a gente cria nas pernas.

- Bráulio Bessa

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RESUMO

Nanopartículas de prata têm sido sintetizadas de diversas maneiras, entre elas se destacam os

métodos de sínteses que procuram se encaixar aos parâmetros de química-verde, buscando

fazer com que essas sínteses sejam menos danosas ao ambiente. Este trabalho aborda a síntese

de NPsAg por uma rota verde, utilizando o tensoativo 9,10-epóxi-12 hidroxioctadecanoato de

sódio, um tensoativo de origem vegetal que atua como agente redutor e estabilizador de

NPsAg. A Partir da espectroscopia de UV-Vis foi possível confirmar a formação do material

nanoestruturado em forma esférica e avaliar sua formação quanto à concentração de SEAR

utilizada para sua síntese. O método de microscopia de transmissão eletrônica pôde avaliar o

tamanho das NPsAg com base na concentração de tensoativo utilizada, mostrando que

concentrações antes da CMC produzem NPs com tamanhos inferiores as sintetizadas com

concentrações após a CMC. A espectroscopia na região de infravermelho pelo modo

ATR mostrou um deslocamento da banda de estiramento assimétrico do carboxilato na região

de 1564 cm-1, identificando que as NPsAg interagem com o tensoativo a partir desse grupo

funcional. Os resultados mostram eficiência no uso do SEAR para sintetizar NPsAg tendo

como perspectiva futura utilizar o material como inibidor de corrosão.

Palavras-chave: Nanopartículas de prata, 9,10-epóxi-12 hidroxioctadecanoato de sódio,

Química-verde, Corrosão.

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ABSTRACT

Silver nanoparticles have been synthesized in several ways, between them the methods of

synthesis who are agree with the parameters of green chemisty stands out, trying to make

these synthesis are less harmful to the environment. This paper deals with synthesis of silver

NPs by green pathway, using the surfactant sodium 9,10-epoxy-12-hydroxy octadecanoate, a

surfactant derived from vegetable origin which act as a reducing agent and stabilizer agent of

NPsAg. From the UV-Vis was possible to confirm the formation of nanoparticles in spherical

shape and evaluate their formation as the concentration of SEAR used for their synthesis. The

Transmission electron microscopy method could estimate the size of NPsAg regarding on the

concentration of surfactant used, showing that concentration before the MCC produce NPs

with smaller sizes than those synthesized with concentrations after the MCC. The Infrared

spectroscopy with ATR presented a displacement of the asymmetric stretch band in region

carboxylate region at 1564 cm-1, identifying that the NPsAg interact with the surfactant from

this functional group. The results showed efficiency in the SEAR use to synthesize NPsAg

having as future perspectives use the material as a corrosion inhibitor.

Keywords: Silver nanoparticles; sodium 9,10-epoxy-12-hydroxy octadecanoate; green

chemistry; corrosion

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 Tubulação de oleodutos com falhas no revestimento..................... 13

Figura 2 Estrutura de uma molécula de tensoativo....................................... 14

Figura 3 Conformação micelar..................................................................... 15

Figura 4 Fluxograma da Síntese de NPsAg.................................................. 18

Figura 5 Soluções coloidais de NPsAg sintetizadas com SEAR (1) 0,5

mmol.L-1; (2)1 mmol.L-1; (3) 5 mmol.L-1; (4) 10 mmol.L-1; (5)

50 mmol.L-1....................................................................................

20

Figura 6 Espectros de UV-Vis das NPsAg sintetizadas com diferentes

concentrações de SEAR................................................................

21

Figura 7 Estrutura molecular do 9,10-epóxi-12 hidroxioctadecanoato de

sódio (SEAR)..................................................................................

22

Figura 8 Micrografias de MET e distribuição de tamanha das NPsAg

sintetizadas com concentrações de SEAR Antes da CMC (A) e

após a CMC (B)..............................................................................

23

Figura 9 Espectros da cinética de reação para NPsAg com concentração

de 1mmol.L-1 de tensoativo SEAR................................................

24

Figura 10 Espectros da cinética de reação para NPsAg com concentração

de 10 mmol.L-1 de tensoativo SEAR..............................................

25

Figura 11 Espectros de infravermelho para SEAR e NpsAg sintetizadas

com SEAR em diferentes concentrações........................................

26

Figura 12 Espectros de infravermelho na região de 1800 cm-1 a 1275cm-1.... 27

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LISTA DE SIGLAS

SEAR 9,10-epóxi-12 hidroxioctadecanoato de sódio

NPs Nanopartículas

NPsAg Nanopartículas de prata

DP Desvio Padrão

FTIR-ATR Espectroscopia de infravermelho por reflectância atenuada total. Do

inglês, Fourier Transform Infrared Spectroscopy- Attenuated Total

Reflectance.

MET Microscopia Eletrônica de Transmissão.

SPR-

Ressonância de Plasmon de Superfície. Do inglês, Surface Plasmon

Ressonance.

c.m.c Concentração Micelar Crítica

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO.................................................................................. 10

2 OBJETIVOS......................................................................................... 12

2.1 OBJETIVOS GERAIS......................................................................... 12

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS................................................................ 12

3 REVISÃO DA LITERATUTA........................................................... 13

4 METODOLOGIA................................................................................ 17

4.1 REAGENTES......................................................................................... 17

4.2 METODOLOGIA DA SÍNTESE......................................................... 17

4.2.1 Síntese de nanopartículas de prata.................................................... 17

4.4 CARACTERIZAÇÃO DO MATERIAL............................................. 19

4.4.1 Analise por espectroscopia na região do UV-Visível......................... 19

4.4.2 Analise por espectroscopia na região do Infravermelho (FTIR-

ATR)......................................................................................................

19

4.4.3 Analise por Microscopia Eletrônica de Transmissão (MET)........... 19

5 RESULTADOS E DISCUSSÃO....................................................... 20

5.1 INVESTIGAÇÃO DA OBTENÇÃO DE NANOPARTÍCULAS DE

PRATA POR UMA ROTA CONTENDO O TENSOATIVO SEAR

COMO AGENTE REDUTOR E ESTABILIZANTE.........................

20

6 CONCLUSÃO...................................................................................... 29

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................................. 30

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1. INTRODUÇÃO

Nos dias atuais, um dos maiores problemas enfrentados pelas indústrias, em especial a

indústria do petróleo, é o desgaste prematuro de seus equipamentos causado pelo processo de

corrosão. As indústrias têm gastos bilionários com a tentativa de repor e reparar seus

equipamentos. Segundo a Associação Brasileira de Corrosão, a partir de um estudo feito em

2012, o Brasil gasta cerca de 22 bilhões de dólares por ano com meios de combate a corrosão.

Em relação ao metal produzido, estima-se que cerca de 20 a 30% de todo metal produzido é

destinado à reposição de equipamentos e peças corroídas. (COELHO, 2012; SANTOS, 2013).

Diante desse problema a indústria busca o desenvolvimento de matérias que retardem

ou inibam a corrosão de materiais metálicos. A literatura trata de numerosos meios de inibir a

corrosão e prolongar a vida útil desses equipamentos. Porém, muitos desses materiais além de

apresentarem toxicidade elevada, tratam-se de materiais de difícil descarte, pois demoram a

serem degradados pelo meio ambiente e podem causar sérios danos ao meio em que se

encontram (GARCIA, 2013).

O uso de tensoativos tem sido muito importante para a solução deste problema, uma

vez que as fontes destes compostos são biodegradáveis, em especial os tensoativos

provenientes de ácidos graxos. Muitas dessas fontes provêm de óleos vegetais, tornando seu

uso viável tanto na questão econômica quanto na questão ambiental (DALTIN, 2011).

Tensoativos provenientes de fontes vegetais já foram sintetizados, testados e mostraram

eficiência na inibição de corrosão.

Materiais nanoestruturados também tem sido alvo de estudos na prevenção dos

processos corrosivos. Porém, recebe também muitas críticas quanto aos reagentes e a síntese,

isto porque muitos desses reagentes possuem alta toxicidade, são inflamáveis ou é necessário

uso de altas temperaturas para serem formados (DALTIN, 2011; HEFNI et al., 2016).

Ambos os materiais ganham foco e relevância nas pesquisas. Essas têm como

finalidade a obtenção de materiais com alto potencial na inibição de corrosão, e que em

contrapartida sejam ambientalmente amigáveis. Visto que polímeros já são utilizados como

estabilizador de nanopartículas, e muitos desses possuem também características tensoativas,

esse trabalho tem como foco o estudo do impacto das NPsAg na inibição de corrosão

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utilizando o tensoativo SEAR como agente redutor e estabilizador. (SOLOMON; UMOREN,

2016).

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2. OBJETIVOS

2.1 OBJETIVOS GERAIS

Utilizar o tensoativo SEAR como agente redutor e estabilizador na síntese de

nanopartículas de prata.

2.2 OBJETIVOS ESPECIFÍCOS

Desenvolver uma nova rota na síntese de nanopartículas de prata, atribuindo a ela

caráter de “química-verde”;

Caracterizar as NPsAg e o tensoativo SEAR pelas técnicas de:

o Espectroscopia na região do UV-Visível;

o Espectroscopia de infravermelho por reflectância atenuada total (FTIR-ATR);

o Microscopia eletrônica de transmissão (MET);

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3. REVISÃO DA LITERATURA

A indústria de petróleo, tanto no Brasil quanto no mundo, é conhecida por ser um

ramo bastante lucrativo. Isso porque existe uma alta demanda em relação a esta matéria

prima, entretanto existe inúmeros obstáculos quando se trata da produção e exploração, pois

se torna indispensável o uso de tecnologias de ponta, aumentando ainda mais o custo do

processo. (EXPLORAÇÃO... 2016, GOUVEIA, 2010).

A corrosão é uma das principais vilãs do processo de produção e exploração do

petróleo. Definida pela IUPAC (2014) como uma reação interfacial irreversível de um

material (metal, cerâmica, polímeros) com o ambiente, a qual resulta no consumo desse

material ou dissolução do mesmo em componentes do ambiente. Ela é responsável pelo

prematuro desgaste de equipamentos, causando também sérios riscos à segurança do homem,

bem como a poluição do meio ambiente e prejuízos morais e financeiros às companhias. Em

especial se destaca o setor de transporte que utiliza oleodutos, isso porque além dos

constituintes presentes nos fluidos de perfuração, a água produzida contém altas

concentrações de sais intensificando o processo de corrosão. Além disso, no processo de

produção do petróleo existe o carreamento de gases como sulfeto de hidrogênio, H2S e gás

carbônico, CO2 que aumentam a acidez do meio e consequentemente aumentam a taxa de

corrosão (GARCIA, 2013). Na Figura 1 temos com exemplo, uma tubulação próxima ao mar,

com severos sinais de corrosão.

Figura 1: Tubulação de oleodutos com falhas no revestimento

Fonte: CORROSÃO, 2016.

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Com isso, a literatura relata trabalhos com enfoque na prevenção e retardo do processo

de corrosão, visando prolongar a vida útil dos equipamentos (HEFNI et al., 2016; LI et al.,

2015).

Os principais métodos utilizados para inibir o processo de corrosão em superfícies

metálicas é o uso de revestimentos, proteção catódica e anódica e inibidores químicos de

corrosão. (SANTOS, 2013). Os inibidores de corrosão se sobressaem por sua característica de

se adsorverem nas superfícies metálicas, bloqueando os sítios ativos e minimizando o efeito

de corrosão, porém, muitos desses materiais são tóxicos e produzem resíduos nocivos ao meio

ambiente. Eles são divididos em dois grupos: os inorgânicos e orgânicos. Dentre eles se

destacam os tensoativos de origem orgânica, que são bastante utilizados, devido a sua

estrutura anfifílica composta de uma parte polar (cabeça) e outra apolar (cauda) como exibida

na Figura 2 (ZHAO; MU, 1999). Essa característica é essencial, pois é responsável por

permitir que os tensoativos se adsorvam em superfícies metálicas, por meio da cabeça e

bloqueiem as reações de oxidação por meio da cauda. (ZHU; FREE; YI, 2016;

WANDERLEY NETO, 2009).

Figura 2: Estrutura de uma molécula de tensoativo

Fonte: AUTORIA PRÓPRIA, 2016.

Os tensoativos possuem a propriedade de formar agregados moleculares denominados

de micela, essas micelas são formadas quando o tensoativo encontra-se em concentrações

maiores ou iguais a concentração micelar crítica, c.m.c, dando origem a estruturas coloidais.

A c.m.c. é explicada como a menor concentração de tensoativo capaz de formar micelas. A

forma da micela dependerá da natureza do solvente, em solventes apolares como a parte

apolar terá mais afinidade com o solvente, esta ficará para fora da micela, enquanto em

solventes polares a parte polar estará direcionada para o interior da micela, a parte polar do

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tensoativos ficara para fora da micela, enquanto a parte apolar ficará no interior da micela

(DALTIN, 2011). A imagem abaixo mostra a conformação de uma micela na presença de um

solvente polar.

Figura 3: Conformação micelar

Fonte: INSTITUTO DE QUÍMICA-UFMG, 2012.

Como dito anteriormente muitos desses inibidores de corrosão apresentam baixo fator

de degradação no meio ou são tóxicos, necessitando um maior cuidado quanto ao tratamento e

descarte.

Durante muito tempo a química foi vista como responsável pela poluição do meio

ambiente causada por suas atividades industriais. Estudos em rios e lagos próximo a essas

localidades acabam por reforçar essa afirmação (PEREIRA, 2006). As atividades químicas

quase sempre são responsáveis por desastres ambientais, como por exemplo, o rompimento da

barragem de Mariana (MG), o vazamento de petróleo do golfo do México, entre outras. A

partir disso, os pesquisadores tiveram como necessidade desenvolver uma forma para

diminuir a agressão causada ao meio ambiente, por produtos de origem química. Com isso,

foi criado o termo “Química-verde”, que tem como objetivo a produção de materiais com

fontes menos poluentes, renováveis diminuindo assim, a quantidade de resíduos produzidos e

seu tempo de vida no meio ambiente (LENARDÃO et al., 2003).

Pensando nisso, se torna interessante o uso de tensoativos provenientes de ácidos

graxos, que apresentarem maior biodegradabilidade em comparação com tensoativos

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advindos de outras fontes ou métodos de obtenção. Essa peculiaridade faz com que, o uso

destes tensoativos seja bastante interessante para as mais diversas aplicações e obedecendo

aos parâmetros de síntese de “Química verde” (DALTIN, 2011).

O 9,10-epóxi-12 hidroxioctadecanoato de sódio (SEAR), é um tensoativo sintetizado a

partir dos ácidos graxos provenientes do óleo de mamona com a adição de um grupo epóxi a

estrutura para aumentar a eficiência da adsorção em superfícies metálicas. Trata-se de um

tensoativo com alta taxa de biodegradação e bom desempenho como inibidor de corrosão em

meio ácido (DALTIN, 2011; WANDERLEY NETO, 2009).

Algo crescente na literatura é a combinação desses inibidores com nanopartículas

metálicas, como por exemplo as de óxido de titânio (TiO2), óxido de ferro (Fe2O3), óxido de

zinco (ZnO), dióxido de silício (SiO2) carbonato de cálcio (CaCO3) e prata (Ag). (SMIJS;

PAVEL, 2011; ZHU, 2016). Nanopartículas (NPs), são aglomerados de átomos na escala de

1-100 nm, que por apresentrem uma grande razão área superficial/volume, faz com que suas

propriedades físico-químicas se diferenciem de quando encontrada no tamanho “bulk”.

(MANJUMEENA; VENKATESAN, 2015;). As nanopartículas de prata, NPsAg tem se

mostrado bastante eficientes na melhoria da propriedade inibitória de corrosão (HEFNI et al.,

2016). Outro aspecto relevante é a característica desse tipo de nanopartículas atuarem como

agentes bactericidas, minimizando também o processo de corrosão microbiológica.

Manjumeena et al. (2015) a partir das características eletrônicas, magnéticas,

propriedades ópticas e biológicas das nanopartículas, associando-as com resinas poliméricas,

analisaram sua sinergia e potencial para aumentar durabilidade e integridade de materiais

metálicos, evitando o processo de corrosão e resistência bacteriana. Já Solomon, Umoren e

Abai (2015), sintetizaram NPsAg utilizando mel natural como agente estabilizador e redutor,

tendo eficiência na aplicação de NPsAg como inibidor de corrosão, suprimindo tanto reações

anódicas quanto catódicas, comportando-se como um inibidor de corrosão de tipo misto.

Concluindo que as NPsAg atuam na melhoria da inibição de corrosão e adicionalmente,

evitam a proliferação de bactérias.

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4. METODOLOGIA

4.1 REAGENTES

Água ultra pura

Nitrato de prata AgNO3 (Vetec-Química Fina, P.A.)

Hidróxido de sódio, NaOH (Vetec-Química Fina, P.A.)

9,10-epóxi-12 hidroxioctadecanoato de sódio (SEAR).

4.2 METODOLOGIA DA SÍNTESE

As nanopartículas de prata foram preparadas a partir da redução e estabilização dos

íons prata pelo tensoativos SEAR.

4.2.1 Síntese de nanopárticulas de prata

Inicialmente, foram preparadas soluções estoque de AgNO3 com concentração de 10

µmol.L-1, solução de NaOH com concentração de 1 mol.L-1, e soluções do tensoativo SEAR

em concentrações de 10 mmol.L-1, 0,1 mmol.L-1, 0,1 mol.L-1 e 0,5 mol.L-1. Foi utilizada água

ultra pura como solvente.

Como mostrado na Figura 4, no Becker redutor é adicionado o tensoativo SEAR, com

volumes e concentrações segundo a tabela 1, 400 µL da solução estoque de NaOH, 1 mol.L-1,

e água como solvente. O volume final contido nesse Becker será de 2,0 mL.

No Becker reator são adicionado 80 µL da solução de AgNO3 10 µmol.L-1 e 1920 µL

de água, totalizando 2,0 mL de solução no Becker reator.

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Figura 4: Fluxograma da Síntese de NPsAg

Fonte: AUTORIA PRÓPRIA, 2016.

A Tabela 1 descreve os valores de concentrações e volumes utilizados para a síntese

de NPsAg com o tensoativo SEAR.

Tabela 1: Valores de concentrações e volumes necessários para realização da síntese

Concentração da

solução estoque de

tensoativo

Volume de solução

estoque necessário

Volume de água Concentração final de

tensoativo (SEAR)

10 mmol. L-1 200 L 1400 L 0,5 mmol.L-1

0,1 mol. L-1 40 L 1560 L 1 mmol.L-1

0,1 mol. L-1 200 L 1400 L 5 mmol.L-1

0,1 mol. L-1 400 L 1200 L 10 mmol.L-1

0,5 mol. L-1 400 L 1200 L 50 mmol.L-1

Fonte: AUTORIA PRÒPRIA, 2016.

A síntese é realizada, pela adição de uma solução de SEAR e NaOH a solução de

AgNO3. O volume final da solução de nanopartículas de prata será de 4,0 ml, obtido pela

adição de 2,0 mL da solução redutora em 2,0 mL da solução reatora. As concentrações finais

de SEAR encontram-se na tabela 1, enquanto a solução de AgNO3 estará presenta com

concentração final de 0,2 µmol.L-1e a de NaOH com 0,1 mol.L-1.

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4.3 CARACTERIZAÇÃO DO MATERIA

4.3.1 Analise por espectroscopia na região do UV-Visível

Utilizando de um espectrômetro de UV-Vis modelo Red Tide USB650UV, realizam-

se as análises das amostras de NPsAg na região de 300 a 600 nm, diluídas em uma razão 1:3

de água. O mesmo equipamento foi utilizado para o estudo da cinética de reação, no qual os

espectros foram obtidos em intervalos de tempo de cinco minutos, utilizando uma cubeta de

quartzo com caminho óptico de 1,0 cm para ambas as analises.

4.3.2 Analise por espectroscopia na região do Infravermelho (FTIR-ATR)

As análises de espectroscopia de Infra-Vermelho foram realizadas num equipamento

modelo Vertex 70 Bruker com resolução de 4,0 cm-1. As medidas foram obtidas após a

centrifugação das NPsAg em uma centrífuga refrigerada modelo NT 805 (Novatécnica), a 25

°C com rotação de 12.000 RPM durante 50 minutos. Retira-se a solução sobrenadante das

amostras e o material decantado é posto em uma lâmina de vidro e posteriormente levado a

estufa para a evaporação do solvente.

O filme fino formado a partir da evaporação do solvente é removido da lâmina e

analisado via espectroscopia na região do Infravermelho.

4.3.3 Analise por Microscopia Eletrônica de Transmissão (MET)

Soluções de nanopartículas de prata foram impregnadas em grades de cobre revestidas

com carbono e imagens de microscopia eletrônica de transmissão foram obtidas com um

microscópio modelo JEOL 2100F operando em 200 kV.

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20

1 2 3 4 5

5. RESULTADOS E DISCUSSÃO

5.1 INVESTIGAÇÃO DA OBTENÇÃO DE NANOPARTÍCULAS DE PRATA POR UMA

ROTA CONTENDO O TENSOATIVO SEAR COMO AGENTE REDUTOR E

ESTABILIZANTE

Como citado anteriormente, o tensoativo SEAR foi utilizado na síntese de

nanopartículas de prata (NPsAg) com dupla função, a de agente redutor e de estabilizante.

Para avaliar a influência do SEAR no tamanho, forma e distribuição de tamanho das

nanopartículas foram utilizadas diferentes concentrações do SEAR (vide item 4.3). A Figura 5

mostra as soluções coloidais resultantes de cada condição de síntese.

Figura 5: Soluções coloidais de NPsAg sintetizadas com SEAR (1) 0,5 mmol.L-1; (2)1 mmol.L-1; (3) 5 mmol.L-1;

(4) 10 mmol.L-1; (5) 50 mmol.L-1

Fonte: AUTORIA PRÓPRIA, 2016.

Como é possível observar, as soluções apresentaram coloração amarela persistente

variando apenas a tonalidade, o que corrobora com a literatura que aponta para forma esférica

das NPsAg quando as mesmas apresentam essa cor (GARCIA et al., 2012). O material em

nano escala possui coloração diferente de quando encontrada em tamanho “bulk”. Com a

diminuição do metal para uma escala nanométrica, muitas de suas propriedades mudam

inclusive as eletrônicas, com isso é atribuído a esse material um fenômeno chamado de

plasmon de superfície, SPR. Ao ser incidida uma radiação eletromagnética, a luz irá interagir

com as partículas, que muitas vezes são menores que o comprimento de onda incidente,

fazendo com que os elétrons localizados na superfície das nanopartículas oscilem criando uma

densidade de carga eletrônica em sua superfície, esse fenômeno faz com que haja uma alta

absorção de luz na região visível, dando a esse material uma cor característica (LINK; EL-

SAYED, 1999).

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21

Os espectros de UV-Vis das NPs coloidais de prata sintetizadas com o SEAR como

agente redutor e estabilizador em cinco diferentes concentrações são apresentados na figura 6.

Segundo a literatura, bandas de espectros de UV-Vis com absorbâncias máximas em torno de

400 nm são perfis característicos de NPsAg esféricas (WONGRAVEE et al., 2013). Vê-se que

as NPsAg sintetizadas neste trabalho apresentam absorbâncias em torno de 403 nm,

condizente com os dados da literatura, confirmando a formação de nanopartículas de prata via

tensoativo SEAR.

Figura 6: Espectros de UV-Vis das NPsAg sintetizadas com diferentes concentrações de SEAR

300 400 500 600

0,0

0,5

1,0

AB

S

Comprimento de onda (nm)

0,5 mmol.L-1

1 mmol.L-1

5 mmol.L-1

10 mmol.L-1

50 mmol.L-1

Concentraçao

de tensoativo :

Fonte: AUTORIA PRÓPRIA, 2016.

As bandas das NPsAg sintetizadas com as duas menores concentrações de tensoativo,

0,5 mmol. L-1 e 1 mmol. L-1, apresentam alta absorbância em 403 nm, relativo as NPsAg

esféricas e um ombro com absorção em maiores comprimentos de onda, que possivelmente

correspondem a NPsAg com excentricidade do formato esférico, em razão de absorverem em

maiores comprimentos de onda (GARCIA et al., 2014).

No espectro de NPsAg com concentração de tensoativo de 5 mmol. L-1, a banda

apresenta um perfil mais estreito que as demais bandas, ela possui essa forma, pois nessa

concentração de tensoativo, as NPsAg formadas apresentam uma distribuição de tamanho

inferior as demais, já que elas absorvem em uma faixa menor de comprimentos de onda. Com

403 nm

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22

isso, a variação de tamanhos das NPSAg é menor, visto que a faixa de comprimentos de onda

absorvido também é menor.

As bandas referentes às concentrações de 10 e 50 mmol.L-1 são as mais largas, isto

porque, elas absorvem em uma faixa de comprimentos de onda maior, fazendo com que suas

partículas tenham uma maior distribuição de tamanho e provavelmente sejam maiores que as

demais. Isso se deve ao fato dessas concentrações serem superiores a C.m.c do tensoativo, que

corresponde a 9,2 mmol.L-1, fazendo com que nessas concentrações haja a formação de

micelas, podendo influenciar no tamanho das NPsAg.

A figura 7 mostra a forma molecular do tensoativo SEAR, tendo como destaque a

hidroxila posicionada na cauda do tensoativo e o carboxilato na região conhecida como

cabeça, é esperado que esses grupos funcionais respectivamente reduzam e estabilize os íons

prata.

Figura 7: Estrutura molecular do 9,10-epóxi-12 hidroxioctadecanoato de sódio (SEAR)

Fonte: AUTORIA PRÓPRIA, 2016.

Em razão de a hidroxila está presente na calda do tensoativo, a mesma ficará abrigada

no interior da micela, fazendo com que não haja disponibilidade da hidroxila e a redução dos

íons de prata seja lenta. Isso afeta o processo de formação das NPsAg, e consequentemente no

tamanho, já que é necessário mais tempo para as nanopartículas romperem a formação

micelar.

As micrografias de MET para as NPs coloidais de prata sintetizadas com as

concentrações de tensoativo de 1 mmol.L-1 e 10 mmol.L-1 são mostrada da Figura 8. Sendo

possível observar a diferença de tamanho das NPs quando sintetizadas com diferentes

concentrações de tensoativo.

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23

Figura 8: Micrografias de MET e distribuição de tamanha das NPsAg sintetizadas com concentrações de SEAR

a antes da c.m.c. (A) e após a c.m.c. (B)

Fonte: AUTORIA PRÓPRIA, 2016.

Baseado nas micrografias de NPsAg sintetizadas com concentrações de tensoativo

antes e após a c.m.c., é possível observar que as informações obtidas a partir desses dados

confirmam as hipóteses anteriores. Na síntese com a concentração de tensoativo antes da

c.m.c., no caso 1 mmol.L-1, as partículas apresentam média de ± 20 nm e desvio padrão de 10

nm, enquanto as NPsAg sintetizadas com uma concentração de tensoativo acima da c.m.c., no

caso 10 mmol. L-1, as partículas apresentam média de 51 nm e desvio padrã de ± 23, ou seja,

NPsAg sintetizadas com concentrações de tensoativo antes da c.m.c. tendem a formar

nanopartículas com tamanhos inferiores em relação as NPsAg sintetizadas com concentração

de tensoativo após a c.m.c.

Isso pode ser explicado pelo fato de que, após a c.m.c., há conformação micelar

características de tensoativos, impede que a hidroxila reduza os íons prata, já que ela está

posicionada no interior da micela e encontra-se estericamente impedida, fazendo com que

afete no tamanho da nanopartícula. Assim apresentam tamanho superior que as sintetizadas

com concentração antes da c.m.c., que não há a presença de micelas e a hidroxila se encontra

disponível para a redução dos íons Ag+, que se da mais rapidamente promovendo a formação

de nanopartículas de tamanho inferior.

A Figura 9 descreve a cinética de reação para NPsAg com concentração de 1 mmol.L-

1, sendo possível, melhor observar a formação de NPs com a referente concentração de

tensoativo.

[1 mmol.L-1] [10 mmol.L-1]

25 50 75 100 1250

5

10

15

20

Tamanho / nm

Fre

qu

en

cia

/ %

10 20 30 40 50 6005

1015202530

Tamanho / nm

F

req

uen

cia

/ %

A B

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24

300 600

0,0

0,2

0,4

0,6

0,8

1,0

1,2

1,4

Ab

so

rbâ

ncia

Comprimento de onda (nm)

1 mmol.L-1

Figura 9: Espectros da cinética de reação para NPsAg com concentração de 1 mmol.L-1 de tensoativo SEAR

Fonte: AUTORIA PRÓPRIA, 2016.

Como se pode observar, nos espectros referentes à cinética de reação de NPsAg

sintetizadas com a concentração de tensoativo antes da CMC, se trata de uma reação lenta

comparada com sínteses convencionais, como por exemplo a que utiliza o polivinilpirrolidona

para estabilizar as Nps (ZHANG; ZHAO; HU, 1996; GARCIA et al., 2014; WANG et al.,

2005).

Cada espectro foi realizado em um intervalo de cinco minutos, a Figura B mostra que

desde o inicio da reação os espectros apresentam uma banda em torno de 400 nm, que já

citado anteriormente, equivale ao comprimento de onda de NPsAg esféricas, evidenciando

que desde o inicio da reação, existiam hidroxilas livres reduzindo os ions Ag+ e formando

NPsAg. Isso se deve porque nessa concentração não há a formação de micelas e as

nanopartículas são reduzidas ao longo de toda reação e com velocidade superior.

Em contrapartida, quando observamos a cinética de NPsAg sintetizadas com a

concentração de tensoativo após a CMC, vimos experimentalmente que essa se faz de maneira

mais lenta que a anterior. A Figura 10 confirma as afirmações descritas experimentalmente,

onde se vê que nos minutos iniciais da síntese não há a formação da banda característica de

NPsAg.

Tempo

360 420 480

0,2

0,4

0,6

Ab

so

rbâ

ncia

Comprimento de onda (nm)

1 mmol.L-1

A B

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25

300 600

0,0

0,4

0,8

1,2

1,6

2,0

2,4

2,8

3,2

3,6

4,0

Ab

so

rbâ

ncia

Comprimento de onda (nm)

10 mmol.L-1

Tempo

350 420 490

0,0

0,4

0,8

1,2

Ab

so

rbâ

ncia

Comprimento de onda (nm)

10 mmol.L-1

Figura 10: Espectros da cinética de reação para NPsAg com concentração de 10 mmol.L-1 de tensoativo

hhhhhhhh SEAR

Fonte: AUTORIA PRÓPRIA, 2016.

A banda em torno de 400 nm, característica de NPsAg só é observada após alguns

minutos do ínicio da síntese, realçando a afirmação que nos primeiros instantes a

conformação micelar do tensoativo impede que a hidroxila reduza o íons de prata.

A figura 11 representa os espectros de FTIR em modo ATR do tensoativo SEAR, e

das NPsAg sintetizadas com o tensoativo em diferentes concentrações.

A B

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Figura 11: Espectros de infravermelho para SEAR e NpsAg sintetizadas com SEAR em diferentes

ccccccccccccconcentrações

5000 4000 3000 2000 1000 0

0,6

0,8

1,0

O

SEAR

T

ran

sm

itâ

nc

ia (

%)

Numero de onda (cm-1)

0,5 mmol.L-1

1 mmol.L-1

5 mmol.L-1

10 mmol.L-1

50 mmol.L-1

Concentraçao de

tensoativo

-OH-CH; -CH

2;

-CH3

C

O-

Fonte: AUTORIA PRÓPRIA, 2016

A figura 11 descreve a estrutura química do SEAR e das NPsAg sintetizadas com

tensoativo. Como se pode observar na figura, a região de número de onda de 3328 cm-1,

corresponde à hidroxila presente no tensoativo e na água, visto que a mesma foi utilizada

como solvente. Os picos encontrados na região de 3000-2800 cm-1 equivalem aos grupos C-

H, C-H2, C-H3, presentes da cadeia carbônica do tensoativo. Com isso, vale destacar a região

de 1564 cm-1, que corresponde ao estiramento assimétrico do carboxilato e 1409 cm-1

referente ao estiramento simétrico do carboxilato. A região é posta em evidência na Figura 12

(PÁVIA et al., 2010).

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Figura 12: Espectros de infravermelho na região de 1800 cm-1 a 1275cm-1

Fonte: AUTORIA PRÓPRIA, 2016

Atentando para a região de 1564 cm-1 é possível observar o deslocamento da banda

para menores números de onda com a diminuição da concentração de tensoativo, essa

observação chama atenção, pois provavelmente as nanopartículas de prata estarão sendo

estabilizadas pelo carboxilato presente no tensoativo.

A literatura descreve que nanopartículas metálicas são estabilizadas por grupos

funcionais doadores de elétrons que contém oxigênio, destacando o grupo da carbonila ou íon

carboxilato. Isso se deve a presença de pares de elétrons desemparelhados, que geram um

excesso de carga negativa no átomo de oxigênio da carbonila e proporciona acessibilidade

espacial, fazendo com que esse grupo interaja com os íons metálicos (TOLSTOV;

LEBEDEV, 2012).

Com a diminuição da concentração de tensoativo há o deslocamento da banda na

região de 1564 cm-1 para 1555 cm-1 e com as informações fornecidas pela literatura, é

evidenciado que a prata estará interagindo com o carboxilato, fazendo com que o grupo

funcional correspondente apresente menor caráter de ligação dupla, pois os átomos

desemparelhados do oxigênio estão interagindo com o metal. Observa-se também que quanto

menor a concentração de tensoativo mais moléculas estão interagindo com a prata, já que o

deslocamento é mais acentuado, enquanto que na região de maior concentração não é

1800 1600 1400

0,4

0,6

0,8

1,0

SEAR

Tra

ns

mit

ân

cia

(%

)

Numero de onda (cm-1)

0,5 mmol.L-1

1 mmol.L-1

5 mmol.L-1

10 mmol.L-1

50 mmol.L-1

Concentraçao de

tensoativo

1564cm-1-1555cm

-1

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apresentado deslocamento em 1564 cm-1, provavelmente pelo fato de haver um grande

número de moléculas de tensoativo livre, ou seja, tensoativo que não está se ligando a prata.

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6. CONCLUSÃO

De acordo com os resultados apresentados, é possível a utilização do SEAR como

agentes redutor e estabilizador para a produção de nanopartículas de prata. Esse é um passo

importante em direção à química verde, uma vez que o tensoativo provém de uma fonte

natural, apresenta baixa toxicidade e alta biodegradabilidade. Diferentes concentrações de

SEAR geraram nanopartículas de diferentes tamanhos como mostrado nas cacterizações.

A espectroscopia na região de UV-vis nos permitiu evidenciar a formação das NpsAg,

onde as mesmas apresentam uma absorbância em torno de 403 nm, característica de NPsAg.

Por meio da mesma técnica, foi possível observar a formação nas NPs ao longo do tempo,

podendo concluir que NPsAg sintetizadas com concentração de tensoativo antes da c.m.c são

formadas mais rapidamente, e sua formação se dá desde a adição dos reagentes, enquanto as

NPsAg sintetizadas com concentração de tensoativo após a c.m.c., possuem uma formação

mais lenta.

A técnica de MET, permitiu que fosse observado o tamanho das NPsAg após a síntese.

Concluindo que NPsAg sintetizadas com concentrações de tensoativo antes da c.m.c. possuem

tamanho inferior as NPsAg sintetizadas com concentrações de tensoativo após a c.m.c.

Mostrando que a formação de micelas influencia diretamente na formação e tamanho de

NPsAg.

O FTIT-ATR mostrou que a tensoativo se adsorve na nanopartícula pelo carboxilato,

visto que, nos espectros de IR foi possível observar o deslocamento da banda na região de

1564 cm-1 para 1555 cm-1, ou seja, houve deslocamento para menores números de onda, onde

se conclui que a prata está interagindo com o carboxilato do tensoativo.

Os próximos passos são o estudo das NPAg estabilizadas por SEAR como inibidores

de corrosão.

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Acesso em: 23 mar. 2016.