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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ADMINISTRATIVAS CURSO DE GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO

EMPREENDEDORAS NATALENSES: COMPETÊNCIAS, CONHECIMENTOS,

HABILIDADES E ATITUDES

CLARISSA ARAÚJO DE OLIVEIRA

NATAL

2015




Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Coordenação do Curso de Graduação em Administração da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, como requisito parcial para a obtenção do título de Bacharel em Administração.

Orientador: Prof. Dr. Marcelo Rique Caricio

NATAL

2015

Catalogação da Publicação na Fonte.

UFRN / Biblioteca Setorial do CCSA

Oliveira, Clarissa Araújo de.

Empreendedoras natalenses: competências, conhecimentos, habilidades e atitudes / Clarissa

Araújo de Oliveira. - Natal, RN, 2015.

73f.

Orientador: Prof. Dr. Marcelo Rique Caricio.

Monografia (Graduação em Administração) - Universidade Federal do Rio Grande do Norte.

Centro de Ciências Sociais Aplicadas. Departamento de Ciências Administrativas.

1. Administração - Monografia. 2. Empreendedorismo feminino - Monografia. 3.

Comportamento empreendedor - Monografia. I. Caricio, Marcelo Rique. II. Universidade Federal

do Rio Grande do Norte. III. Título.

RN/BS/CCSA CDU 658-055.2

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ADMINISTRATIVAS

CURSO DE GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO




Monografia apresentada e aprovada em ____/____/____ pela Banca

Examinadora composta pelos seguintes membros:

Prof. Dr. Marcelo Rique Caricio

Orientador

Prof. Joacy Pedro de Macedo Medeiros

Examinador – UFRN

Prof. Me. João Vianei Tenorio

Examinador - UFRN

Natal

2015

Dedico esse trabalho aos meus pais,

que sempre foram minha inspiração

acadêmica e de vida.

.

AGRADECIMENTOS

A Deus, por ter nos dado o dom da vida e com ela a sabedoria para trilhar

meu caminho, assim como a fé de não desistir diante das dificuldades.

Em especial, aos meus pais que sempre incentivaram a minha formação

acadêmica, dando todo o apoio necessário para o meu crescimento pessoal e

profissional, me orientando sempre a seguir o caminho da honestidade. Foi

inspirados neles, que me tornei quem sou hoje.

À Universidade Federal do Rio Grande do Norte, por ter propiciado um

ambiente adequado para a construção do saber, com salas e bibliotecas bem

equipadas.

Ao corpo docente do Curso de Administração em especial, ao professor

Dr. Marcelo Rique Caricio, meu orientador, pela atenção, incentivo, e

competência durante toda a orientação desta pesquisa.

Aos colegas de sala de aula pela troca de conhecimento e principalmente

por juntos compartilharmos as nossas maiores dificuldades acadêmicas,

aprendendo assim a ajudar uns aos outros.

E aos meus amigos, que levarei para toda vida, se assim Deus permitir,

que me ajudaram, me apoiando, me ouvindo, me dando conselhos, e

acompanharam de perto, minhas maiores dificuldades, durante toda essa etapa

da minha vida.

Mude a sua vida hoje. Não deixe

para arriscar no futuro, aja agora,

sem atrasos.

Simone de Beauvoir

RESUMO

Trata-se de um estudo sobre mulheres natalenses empreendedoras, o Rio

Grande do Norte de acordo com dados atuais apresenta aponta que no período

de 2001 a 2011 o número de mulheres empreendedoras passou de 66 mil para

115 mil, um crescimento significativo comparado ao dos homens no mesmo

período, cujo aumento foi apenas de 12,7%. As mulheres são conhecidas por

realizar várias tarefas ao mesmo tempo, além de serem mais abertas aos

relacionamentos interpessoais, e têm um perfil mais colaborativo; essas

habilidades inerentes a elas valorizam cada vez mais suas presenças no

mercado empreendedor, já que o mesmo está em constante mudança e

necessita dessas e de outras competências para se adaptar. O principal objetivo

é identificar as competências que as mulheres empreendedoras bem-sucedidas

apresentam a partir das suas escolhas profissionais. A relevância desta

pesquisa se dá na sua contribuição com o conhecimento na área de

empreendedorismo feminino, uma área que está cada vez mais em ascensão

devido a mudança do cenário no mercado de trabalho. Recorremos ao conceito

de empreendedorismo na perspectiva que a ideias de competências,

habilidades, conhecimentos e atitudes. Trata-se de uma pesquisa descritiva e

explicativa, desenvolvida a partir de levantamento bibliográfico, fontes

estatísticas, e aplicação de questionário constituído por uma série ordenada de

perguntas, que foram respondidas na presença do entrevistador.

PALAVRAS-CHAVE: Mulheres. Empreendedorismo Feminino. Competências.

ABSTRACT

It is a study of entrepreneurial women Natal, Rio Grande do Norte in accordance

with current data has pointed out that from 2001 the 2011th number of women

entrepreneurs grew from 66,000 to 115,000, a significant increase compared to

men in the same period, the increase was only 12.7%. Women are known to

perform several tasks at once, and are more open to interpersonal relationships,

and have a more collaborative profile; these skills inherent to them increasingly

value their presence in the entrepreneurial market, since it is constantly changing

and needs of these and other skills to adapt. The main objective is to identify the

skills that successful women entrepreneurs have from their career choices. The

relevance of this research takes place in their contribution to the knowledge on

women's entrepreneurship area, an area that is increasingly on the rise due to

change of scenery in the labor market. We use the concept of entrepreneurship

in the perspective that the skills of ideas, skills, knowledge and attitudes. It is a

descriptive and explanatory research, developed from literature, statistical

sources and application of questionnaire consisting of an ordered series of

questions, which were answered in the presence of the interviewer.

KEYWORDS: Women. Female entrepreneurship. Skills.

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

FIGURA

Figura 1 - Competência .....................................................................................21

TABELA

Tabela 1 - Caracterização da empreendedora na empresa ………..………..…....26

Tabela 02 - Motivação para o empreendedorismo .,………………………..…..….28

GRÁFICOS

Gráfico 1 - Dificuldades Encontradas na Gestão Empresaria l– Participante A.....30

Gráfico 2 - Dificuldades Encontradas na Gestão Empresarial – Participante B.....31

Gráfico 3 - Dificuldades Encontradas na Gestão Empresarial – Participante C.....33

Gráfico 4 - Dificuldades Encontradas na Gestão Empresarial – Participante D....34

Gráfico 5 - Dificuldades Encontradas na Gestão Empresarial – Participante E.....35

Gráfico 6 - Dificuldades Encontradas na Gestão Empresarial...............................36

Gráfico 7 -Competências necessárias para uma empreendedora – Participante

A............................................................................................................................37


B............................................................................................................................38


C............................................................................................................................40


D ............................................................................................................................41


E............................................................................................................................42

Gráfico 12 -Competências necessárias para uma empreendedora.....................43

Gráfico 13 - Conhecimentos necessários para ser um empreendedor –

Participante A ........................................................................................................44


Participante B........................................................................................................45


Participante C ........................................................................................................45


Participante D........................................................................................................46


Participante E........................................................................................................47

Gráfico 18 - Conhecimentos necessários para ser um empreendedor..................48

Gráfico 19 - Habilidades necessárias para ser um empreendedor – Participante

A............................................................................................................................49


B............................................................................................................................50


C............................................................................................................................51


D............................................................................................................................52


E............................................................................................................................52

Gráfico 24 - Habilidades necessárias para ser um empreendedor........................53

Gráfico 25 - Atitudes necessárias para ser um empreendedor - Participante A.....55

Gráfico 26 - Atitudes necessárias para ser um empreendedor - Participante B.....56

Gráfico 27 - Atitudes necessárias para ser um empreendedor - Participante C.....56

Gráfico 28 - Atitudes necessárias para ser um empreendedor - Participante D.....57

Gráfico 29 - Atitudes necessárias para ser um empreendedor - Participante E.....58

Gráfico 30 - Atitudes necessárias para ser um empreendedor..............................58

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .............................................................................................. 13

1.1CONTEXTUALIZAÇÃO E PROBLEMA ................................................... 13

1.2 OBJETIVOS DA PESQUISA...................................................................14

1.2.1 Geral ............................................................................................. 14

1.2.2 Objetivos específicos…………………………………...…………..14

1.3 JUSTIFICATIVA……………………………………………………………....15

2 REFERENCIAL TEÓRICO ............................................................................ 16

2.1 EMPREENDEDORISMO FEMININO.......................................................16

2.2 COMPETÊNCIAS.....................................................................................20

3 METODOLOGIA.............................................................................................23

3.1 CARACTERIZAÇÃO DA PESQUISA......................................................23

3.2 A POPULAÇÃO E AMOSTRA................................................................23

3.3 DADOS E INSTRUMENTOS DE COLETAS...........................................23

3.4 TRATAMENTO ESTATÍSTICO E FORMA DE ANÁLISE........................24

4 ANÁLISE DE DADOS....................................................................................25

4.1 PERFIL DAS MULHERES EMPREENDEDORAS NATALENSES...........25

4.2 CARACTERIZAÇÃO DA EMPREENDEDORA NA EMPRESA................26

4.3 MOTIVAÇÃO PARA O EMPREENDEDORISMO....................................28

4.4 ANÁLISE DE GRÁFICOS – COMPETÊNCIAS, CONHECIMENTOS, ATITUDE E HABILIDADES...................................................................... .29

4.4.1. Dificuldades Encontradas na Gestão Empresarial – Participante A ........30 4.4.2. Dificuldades Encontradas na Gestão Empresarial – Participante B.........31 4.4.3. Dificuldades Encontradas na Gestão Empresarial – Participante C.........32 4.4.4. Dificuldades Encontradas na Gestão Empresarial – Participante D.........34 4.4.5. Dificuldades Encontradas na Gestão Empresarial – Participante E.........35 4.4.6. Dificuldades Encontradas na Gestão Empresarial....................................36 4.4.7. Competências necessárias para uma empreendedora – Participante A..37 4.4.8. Competências necessárias para uma empreendedora – Participante B..38 4.4.9. Competências necessárias para uma empreendedora – Participante C..39 4.4.10.Competências necessárias para uma empreendedora – Participante D..40 4.4.11.Competências necessárias para uma empreendedora – Participante E..41 4.4.12.Competências necessárias para uma empreendedora.............................42

4.4.13.Conhecimentos necessários para ser um empreendedor – Participante A.................................................................................................................43

4.4.14.Conhecimentos necessários para ser um empreendedor – Participante B.................................................................................................................44

4.4.15.Conhecimentos necessários para ser um empreendedor – Participante C.................................................................................................................45

4.4.16.Conhecimentos necessários para ser um empreendedor – Participante D.................................................................................................................46

4.4.17.Conhecimentos necessários para ser um empreendedor – Participante E.................................................................................................................47

4.4.18.Conhecimentos necessários para ser um empreendedor .......................48 4.4.19.Habilidades necessárias para ser um empreendedor – Participante A ...49 4.4.20.Habilidades necessárias para ser um empreendedor – Participante B ...50 4.4.21.Habilidades necessárias para ser um empreendedor – Participante C ...51 4.4.22.Habilidades necessárias para ser um empreendedor – Participante D ...51 4.4.23.Habilidades necessárias para ser um empreendedor – Participante E ...52 4.4.24.Habilidades necessárias para ser um empreendedor.............................. 53 4.4.25.Atitudes necessárias para ser um empreendedor - Participante A...........54 4.4.26.Atitudes necessárias para ser um empreendedor - Participante B...........55 4.4.27.Atitudes necessárias para ser um empreendedor - Participante C...........56 4.4.28.Atitudes necessárias para ser um empreendedor - Participante D............57 4.4.29.Atitudes necessárias para ser um empreendedor - Participante E............57 4.4.30. Atitudes necessárias para ser um empreendedor....................................58 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS...........................................................................60

REFERÊNCIAS..............................................................................................62 Apendice A – Termo de Consentimento Livre e Esclarecido..................64 Apêndice B- Questionário............................................................................66

13

1. INTRODUÇÃO

1.1. CONTEXTUALIZAÇÃO E PROBLEMA

A participação das mulheres no mercado de tem sido cada vez mais

crescente, conciliando casa e carreira foram à luta construindo uma dupla

jornada de trabalho. Assim o perfil das mulheres atualmente é bem distinto do

começo do século XX, pois além das tarefas tradicionais como a de ser mãe,

esposa e dona de casa, estão inseridas em mercados que antes eram ocupados

apenas por homens, tais como: motoristas de caminhão, profissionais da

construção civil, pilotas de avião, cargos políticos.

As mulheres têm demonstrado maior sensibilidade e liderança nas

relações humanas e, por isso, se destacam mais em cargos de chefia, buscando

incentivar a participação dos empregados, a divisão de responsabilidades e as

diversidades individuais de cada membro de sua (RAMULO, ULBANERE,

JESUS, 2014).

No âmbito do empreendedorismo, segundo dados do Anuário Mulheres

Empreendedoras e Trabalhadoras em Micro e Pequenas Empresas1, as

mulheres empregadoras no ano de 2011 atingiram 30,8% do total de 22,8

milhões de empreendedores e 40 % dos trabalhadores no mercado formal, com

carteira assinada em micro e pequenas empresas. (SEBRAE, 2013). De acordo

com essa pesquisa, no Rio Grande do Norte o número de mulheres

empreendedoras passou de 66 mil para 115 mil, do ano de 2001 a 2011, um

crescimento significativo comparado ao dos homens no mesmo período, cujo

aumento foi apenas de 12,7%.

As mulheres são conhecidas por realizar várias tarefas ao mesmo

tempo, além de serem mais abertas aos relacionamentos interpessoais, e têm

um perfil mais colaborativo; essas habilidades inerentes a elas valorizam cada

vez mais suas presenças no mercado empreendedor, já que o mesmo está em

1 Anuário 2013 organizado pelo SEBRAE (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas

Empresas) e elaborado em parceria com o DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos)

14

constante mudança e necessita dessas e de outras competências para se

adaptar. Este trabalho tem a intenção de identificar as competências que as

mulheres empreendedoras bem-sucedidas apresentam a partir das suas

escolhas profissionais.

Nesse sentido buscamos compreender como as mulheres conseguem

gerir um negócio de sucesso e, ao mesmo tempo, enfrentar os desafios da vida

pessoal.

Consideramos um negócio de sucesso, àquele que consegue atender

à necessidade dos seus interessados, dentro de uma organização existem vários

interessados, como o dono, funcionários, clientes e até mesmo a sociedade.

Portanto para ser considerada uma organização de sucesso é preciso que ela

tenha lucratividade, satisfaça o cliente, tenha uma boa relação com os

funcionários, gere desenvolvimento para a sociedade.

Diante do exposto essa pesquisa tem o seguinte problema: Quais

as competências que segundo as empreendedoras natalenses entrevistadas,

são fundamentais para o sucesso dos seus empreendimentos?

1.2. OBJETIVOS DA PESQUISA

1.2.1. Geral

Identificar as competências que as empreendedoras natalenses

acreditam ser fundamentais para o sucesso dos seus empreendimentos.

1.2.2. Objetivos específicos

Conhecer o perfil das mulheres empreendedoras natalenses

entrevistadas.

Identificar quais as competências, atitudes, conhecimentos e

habilidades que as mulheres empreendedoras entrevistadas, acreditam ser

fundamentais para ser dona de um negócio de sucesso.

15

Comparar as respostas dadas pelas entrevistadas à luz da

literatura.

1.3. JUSTIFICATIVA A relevância desta pesquisa se dá na sua contribuição com o

conhecimento na área de empreendedorismo feminino, uma área que está cada

vez mais em ascensão devido a mudança do cenário no mercado de trabalho.

A participação das mulheres no mercado de trabalho tem sido cada vez

mais crescente, assim como sua participação no mundo do empreendedorismo.

Atualmente, as mulheres são responsáveis por mais de 50% das aberturas de

micro e pequenas empresas, contribuindo significativamente para o crescimento

e desenvolvimento da economia brasileira.

No que diz respeito a parte teórica, a pesquisa não apenas se limita ao

estudo de empreendedorismo e empreendedorismo feminino, é levantado

também a questão sobre competência, habilidades, conhecimentos e atitudes.

O que é de extrema importância, já que se faz necessários entendermos o que

é fundamental para se obter um empreendimento de sucesso.

A pesquisa coopera na identificação do perfil das mulheres

empreendedoras natalenses entrevistadas, assim como nos ajuda a entender

quais as suas principais dificuldades enfrentadas na gestão.

16

2. REFERENCIAL TEÓRICO

O referencial teórico possibilita a fundamentação da pesquisa,

propiciando a consistência do estudo realizado. Tem como finalidade nortear a

pesquisa, apresentando um embasamento da literatura já publicada acerca do

tema em questão. Segundo Quivy Campanhoudt (1992) fornece os pontos de

referências, as linhas de força para elucidação da problemática, e é

permanentemente recomposto durante o processo. Assim neste capítulo

abordaremos os conhecimentos indispensáveis para o fundamento das ideias

propostas da nossa pesquisa. Nesse sentido os referenciais que fundamentam

esse estudo sobre empreendedorismo feminino, competências, habilidades,

conhecimentos e atitudes, são apresentados a seguir.

2.1. EMPREENDEDORISMO FEMININO

Antes de apresentar o nosso entendimento sobre o que empreendorismo

feminino, é importante destacar o que é empreendorismo. Para Dornelas (2001,

p. 37),

O empreendedor é aquele que destrói a ordem econômica

existente pela introdução de novos produtos e serviços, pela

criação de novas formas de organização ou pela exploração de

novos recursos e materiais. [...] O empreendedor é aquele que

detecta uma oportunidade e cria um negócio para capitalizar

sobre ela, assumindo riscos calculados. Em qualquer definição

de empreendedorismo encontram-se pelo menos os seguintes

aspectos referentes ao empreendedor, iniciativa para criar um

novo negócio e paixão pelo que faz; aceita assumir os riscos e a

possibilidade de fracassar e utiliza os recursos disponíveis de

forma criativa transformando o ambiente social e econômico

onde vive.

17

Ainda em conformidade com Veiga (2006, p. 9), “ ser um empreendedor

é uma forma estratégica de contribuir para o crescimento econômico e de se

obter sucesso no mercado.” Para Hisrich (2009, p. 30) empreendedorismo pode

ser concebido como o processo de criar algo novo com valor, dedicando o tempo

e o esforço necessários, assumindo riscos financeiros, psíquicos e sociais

correspondentes e recebendo as consequentes recompensas da satisfação e da

independência financeira e pessoal. A partir do entendimento do que seja

empreendedorismo agregamos a palavra feminino, pois a literatura não discorre

sobre a definição de empreendorismo feminino. E a compreensão dessa noção

se dá a partir da entrada da mulher no mercado de trabalho.

Para entendermos melhor o espaço conquistado pelas mulheres no

mercado de trabalho, mostraremos historicamente como foi essa inserção. A

mulher sempre esteve no mundo do trabalho. Suscintamente podemos afirmar

que entre a Primeira Guerra (1914-1918) e a Segunda Guerra (1940-1945), onde

os homens eram convocados a ir à guerra, e quem assumia a família eram as

mulheres, como também os seus negócios. Porém muitos homens morriam na

guerra ou voltavam impossibilitados de trabalhar, a mulher passava assim a ser

responsável por sustentar a família e assumir as responsabilidades de seus

maridos.

Logo depois, o sistema capitalista se consolidou e com ele houveram

várias mudanças, dentre elas o desenvolvimento tecnológico e crescimento da

maquinaria, com isso a organização do trabalho feminino também mudou, pois

elas passaram a trabalhar nas fábricas.

Com os movimentos feministas, aos poucos elas foram

conquistando seu espaço, no Art 3º da Constituição brasileira diz que é objetivo

fundamental da República Federativa do Brasil “ promover o bem de todos, sem

preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de

discriminação. ”, consolidando assim a igualdade entre homens e mulheres

perante a lei.

São vários os mercados que as mulheres ocupam hoje, porém percebe-

18

se que o interesse pelo empreendedorismo cada vez mais vem aumentando,

isso se deve ao fato dessa prática contribuir para o desenvolvimento de diversas

cidades e até mesmo países. Em nosso imaginário o mundo dos negócios por

muito anos vem sendo um espaço busness man, no qual é habitado apenas por

“homens de negócios”, entretanto as mulheres cada vez mais vêm se

destacando no universo organizacional e se tornando tema de estudos e

publicações.

Segundo o GEM (2011), “ uma das explicações para o alto envolvimento

de mulheres brasileiras no empreendedorismo pode ser a flexibilidade que um

negócio próprio acaba acarretando à mulher”, uma das características da mulher

é justamente sua multiplicidade de papeis, ao mesmo tempo que ela gerencia o

lar, educa os filhos, também se dedica ao lado profissional.

No entanto, conciliar trabalho e família não é algo fácil, segundo

Machado (2001) essa “dupla jornada” pode acabar gerando conflitos entre

trabalho-família, pois muitos são os casos, em que as mulheres tem que se

dedicar muito mais tempo para a sua organização. Geralmente esse fato se dar

por elas serem proprietárias de micro e pequenas e necessitam estar sempre

com a “mão na massa”.

Outro fato relevante é que segundo o Global Entrepreneuship

Monitor - GEM (2011) “ as mulheres no Brasil empreendem por necessidade ao

buscarem alternativas de negócios para complementar a renda familiar”, porém

o que vemos hoje é que muitas vezes a mulher é a única fonte de renda da

família. São chamadas de famílias monoparental, segundo Wali e Lobo (1999)

por apresentar “um núcleo familiar onde vive um pai ou uma mãe sós (sem

cônjuge) e com um ou vários filhos solteiros”, nessas condições o

empreendedorismo acaba se tornando uma alternativa para as mulheres.

O Brasil no que diz respeito ao apoio do empreendedorismo

feminino, encontra-se acima da média dos demais, existem serviços sociais que

ajudam a continuidade das mulheres no mercado de trabalho, mesmo após

terem iniciado uma família, destaca-se também a aceitação social da carreira

empreendedora feminina (GEM, 2012).

19

Prova disso, é que as mulheres estão no comando de abertura de

novos negócios no Brasil, conforme pesquisa realizada pelo Global

Entrepeneurship Monitor em 2013, 52% dos novos empreendedores – aqueles

com menos de três anos e meio de atividade – são mulheres, pesquisas mais

recentes mostram que as mulheres são mais ativas que os homens no que diz

respeito a atividade empreendedora inicial, no Nordeste a taxa corresponde a

17,6%, praticamente igual com a taxa do Brasil que é a de 17,5%. (GEM, 2014).

Jonathan e Silva (2007), afirma que a questão da “criação e

condução de firmas por mulheres brasileiras possui grande relevância social e

econômica no âmbito das micro, pequenas e médias empresas pois é neste

contexto que se concentram os empreendimentos brasileiros dos quais 46% são

mulheres, somando a expressiva cifra de 6,4 milhões de empreendedores”,

portanto a mulher exerce um papel de extrema importância para o crescimento

da economia brasileira, com a geração de trabalho, criação de novos

empreendimentos, inovação, desenvolvimento tecnológico, fazendo com que

haja uma melhor qualidade de vida.

Cada vez mais, as mulheres ultrapassam o famoso “teto de vidro”,

segundo Stell (1997), através de estudos de vários autores afirma que esse

conceito foi introduzido da década de 80 nos Estados Unidos para descrever

uma barreira que de tão sutil é transparente, mas suficientemente forte para

impossibilitar a ascensão das mulheres a níveis mais altos da hierarquia

organizacional. Tal barreira afetaria as mulheres como grupo, impedindo

avanços individuais exclusivamente em função de seu gênero, e não pela

inabilidade de ocupar posições no topo da hierarquia organizacional”, ao

analisarmos o conceito anterior com a realidade dos tempos atuais, percebemos

o quanto as mulheres estão vencendo essas barreiras, hoje elas ocupam

diversos cargos de chefias, justamente por características inerentes as

mulheres, tais como sensibilidade, paciência, capacidade de trabalhar em

equipe, melhores em comunicação e relação interpessoal, além da capacidade

de realizar várias atividades ao mesmo tempo.

20

2.2. COMPETÊNCIAS

O surgimento do termo “competência” se dá no fim da Idade Média, esta

expressão era ligada a linguagem jurídica e dizia respeito a capacidade que um

indivíduo ou instituição tinha de julgar e contemplar sobre certas matérias.

Segundo Isambert-Jamati (1997) os juristas declaravam que determinada corte

ou indivíduo era competente para um dado julgamento ou para realizar certo ato.

Com o passar do tempo, a expressão competência passou a ser

usado na linguagem organizacional, na qual consistia em dizer que um indivíduo

era capaz de desenvolver determinado trabalho.

Através dos livros e artigos de C. K. Prahalad e Gary Hamel, o termo

competência ganha uma visão mais estratégica, isso ocorre na metade da

década de 90, onde as organizações enfrentam uma nova realidade e passam a

elaborar projetos que identifiquem os conhecimentos, habilidades e atitudes

necessárias para agregar valor ao seu negócio.

Neste trabalho iremos recorrer ao conceito de competência segundo a

perspectiva de Ruas citado por Mascarenhas (2008). De acordo com Ruas o

conceito de capacidade compreende a noção de capacidade, essa por sua vez,

são conhecimentos, habilidades e atitudes desenvolvidas em diversas situações

e sujeito de serem mobilizadas em situações específicas de trabalho. Baseado

em Ruas, Mascarenhas (2008, p. 181) afirma que “o exercício de uma

competência consistirá na combinação e na mobilização dessas capacidades

para cumprir uma demanda de trabalho, ou um evento.”

Segundo Mascarenhas (2008) é importante considerar na definição de

competências as particularidades que caracteriza cada evento e, por

conseguinte, o exercício das competências. Nesse sentido, cada competência

a ser realizada deve ser contextualizada. Assim, é importante observar os

materiais necessários à elaboração de determinado trabalho, quais sistemas

serão utilizados e as condições necessárias para exercer tal competência. Na

definição apresentada por Mascarenhas as competências seriam então um

conjunto formado pelo conhecimento = Saber, esse considerado uma busca

21

constante em aprender, reaprender e sempre buscar aumentar o conhecimento;

segundo a habilidade = Saber fazer, ou seja, o uso do conhecimento para

resolver problemas e ter criatividade para resolver não só problemas, mas para

criar novas ideias, e finalizando a atitude = Competência = Saber fazer

acontecer, com vistas a obtenção de bons ou excelentes resultados do que foi

feito com conhecimento e habilidade. Portanto competência é o conjunto de

conhecimentos, habilidades e atitudes.

A finalidade do exercício das competências é a de comunicar

resultados, a seguir uma figura que ilustra o conceito exposto acima:

Figura 1. Competência – Conjunto de conhecimentos, habilidades e atitudes.

Fonte: Dados da pesquisa 2015.

Ainda sobre o conceito de competências, Mascarenhas (apud Zarifian

2008) sugere que entendamos como a responsabilidade pessoal que o indivíduo

assume em situações produtivas. Segundo ele os indivíduos deveriam ter uma

atitude mais proativa dentro das organizações, diante de questões como “ o que

fazer, quando não me dizem o que fazer? ”, assumindo assim uma iniciativa,

uma atitude de engajamento e comprometimento, unida aos conhecimentos e

habilidades necessárias à consecução do objetivo.

Devemos entender também que a competência é exercida por meio da

Conhecimento

(Busca constante em

aprender)

Habilidades

(Saber aplicar o

conhecimento)

Atitude

(saber fazer acontecer)

Competência

22

reflexividade no trabalho, isso implica dizer que devemos ter um pensamento

crítico diante dos modos de trabalhar. Cada acontecimento demandaria a

combinação e a mobilização de conhecimentos, habilidades e atitudes

especificas. Desse modo é necessário que o indivíduo utilize sua base de

conhecimentos para questionar os modos tradicionais de trabalhos e busque

sempre o aprimoramento do processo como um todo.

23

3. METODOLOGIA

3.1 - Caracterização da Pesquisa

A presente pesquisa trata-se de uma pesquisa descritiva e explicativa,

que segundo Gil (2007), tem como objetivo primordial a descrição das

características de determinada população ou fenômeno ou estabelecimento das

relações entre variáveis, assim como tem a preocupação central de identificar

fatores que determinam ou que contribuem para a ocorrência dos fenômenos.

3.2 - A População e Amostra

A população desta pesquisa compreende as mulheres empreendedoras

da cidade de Natal. Segundo Gil (2007) a população, é um conjunto definido de

elementos que possuem determinadas características.

Para a amostra da pesquisa foi escolhido cinco mulheres empreendedoras

natalenses, consideradas empreendedoras de negócios de sucesso.

Entendemos por amostra um subconjunto do universo ou da população, por meio

do qual se estabelecem ou se estimam as características desse universo ou

população (Gil, 2007)

3.3 - Dados e instrumento de coletas

A pesquisa foi desenvolvida a partir do levantamento de dados,

inicialmente pesquisa bibliográfica, fontes estatísticas, e aplicação de

questionário constituído por uma série ordenada de perguntas, que foram

respondidas na presença do entrevistador. A elaboração do questionário foi

realizada sob a orientação do professor orientador.

Os questionários foram aplicados nas sedes das empresas, no período de

24

19 a 29 de maio de 2015, contendo 15 questões, que tiveram como objetivo

identificar o perfil dessas mulheres, assim como saber qual o tempo de

dedicação que elas atribuem a organização, quais são as suas maiores

dificuldades na gestão e quais são as competências, conhecimentos, atitudes e

habilidades que elas acham necessárias para ser uma empreendedora.

3.4 - Tratamento estatístico e forma de análise

Para análise quantitativa foi utilizado para as descrições dos dados,

gráficos, tabelas e planilhas, através de aplicativos computacionais.

A análise qualitativa foi realizada buscando relacioná-la à teoria com os

resultados encontrados na pesquisa.

25

4. ANÁLISE DE DADOS

4.1. Perfil das Mulheres empreendedoras natalenses

Foram selecionadas cinco mulheres para participar da pesquisa. A

primeira parte buscou identificar o perfil sócio-cultural e econômico. A seguir

apresentamos o perfil de cada uma das participantes da pesquisa, que será

nomeada por letras: A, B,C, D e E.

PARTICIPANTE A- Casada, tem 39(trintas e nove) anos de idade, graduada em

Ciências Contábeis, renda familiar de três a seis salários, participa com 50%

(cinquenta por cento) no orçamento familiar. É sócia da empresa, e exerce a

função de chef de cozinha.

PARTICIPANTE B – Formada em Direito, com 25 (vinte e cinco) anos, exerce a

função de Diretora Administrativa, em uma casa de show de renome em Natal.

Possui renda familiar de 9 a 12 salários mínimos e participa 50% (cinquenta por

cento) da renda familiar.

PARTICIPANTE C – Solteira, aos 22 (Vinte e dois) anos, com o curso superior em

Administração em andamento, é proprietária de uma empresa no ramo de

perfumaria e cosméticos, participa com 50 % (cinquenta por cento) do orçamento

familiar, e tem uma renda familiar de 6 a 9 salários mínimos.

PARTICIPANTE D – Ensino médio completo, 47 (Quarenta e sete) anos, casada,

exerce a função de Diretora Financeira em sua empresa, possui renda familiar de

6 a 9 salários mínimos e tem participação total no orçamento familiar.

26

PARTICIPANTE E- Solteira, tem 23 (vinte e três) anos, com a renda familiar de 6

a 9 salários mínimos, formada em Administração, desempenha a função de

diretora administrativa e não tem participação no orçamento familiar.

Ao analisarmos os perfis das entrevistadas percebemos que é compatível

com o esperado, pois todas exercem papel de liderança dentro da organização,

além disso, temos o resultado que quatro das cinco entrevistadas contribuem com

a renda familiar, sendo a participante A, B e C com 50 % (cinquenta por cento) e

a participante D com 100% (cem por cento), evidenciando que as mulheres são

responsáveis também pela fonte de renda familiar, igualmente ao gênero

masculino e até mesmo sendo a única fonte de renda familiar.

Ao avaliarmos a formação acadêmica das participantes, percebemos que

três delas, não são formadas em Administração, o que demonstra que embora

não tenham uma formação acadêmica muitas mulheres manifestam uma

habilidade para o empreendedorismo, fazendo dessa atividade uma alternativa de

fonte de renda e inserção no mercado de trabalho, seja por necessidade ou

oportunidade.

4.2. Caracterização da Empreendedora na empresa.

A seguir temos uma tabela na qual tem como objetivo identificar a

participação da empreendedora dentro da sua organização, assim como mostrar

algumas características das empresas da qual elas são proprietárias.

Tempo de

dedicaçã

o

Participaçã

o societária

Tempo

de

existênci

a da

empresa

Ramo de

atividade

Mercad

o de

atuação

Faturamento

A 14 horas Entre 50 a 1 a 5 Comercio Regiona De R$

27

74% anos alimentício l 61.000,00

até R$

360.000,00.

B Até 6

horas

Menos de

25 %

1 a 5

anos

Casa de

Show

Regiona

l

Mais de R$

3.600.000,0

0

C Entre 9 e

10 horas

100% 1 a 5

anos

Perfumaria

e

Cosmético

s

Naciona

l

De R$

360.001,00

até R$

3.600.000,0

0

D Entre 7 a

8 horas

100% 11 a 15

anos

Serviço Local/

Regiona

l

De R$

61.000,00

até R$

360.000,00.

E Entre 9 e

10 horas.

100% 1 a 5

anos

Serviço Local Até R$

60.000,00

Tabela 1: Caracterização da empreendedora na empresa

Fonte: Pesquisa de campo, 2015.

Conforme o Sebrae, as organizações podem ser divididas em cinco

segmentos, são eles: microempreendedor individual, microempresa, empresa de

pequeno, médio e grande porte, considerando o faturamento anual delas.

O microempreendedor individual, possui faturamento anual até R$ 60 mil,

dentre as entrevistadas, apenas a organização da participante E se encaixa nesse

quesito. Já as organizações das participantes A, C e D, tem o orçamento anual

até R$ 360 mil, portanto podem ser consideradas microempresas. Com o

faturamento anual entre R$ 360 mil e R$ 3,6 milhões, a organização da

participante B, entra no grupo das empresas de pequeno porte.

Com base na pesquisa sobre empreendedorismo feminino, foi identificado

que muitas mulheres decidem ser empreendedoras com interesse de conciliar

família e trabalho, e que muitos conflitos surgem, pois muitas vezes elas se

dedicam mais tempo a empresa do que ao lar. Como podemos perceber a

28

pesquisa confirma esse grande tempo de dedicação a organização, apenas duas

das participantes, se dedicam até 8 horas, que seria o tempo de jornada normal

de trabalho, as demais ultrapassam essa carga horária, chegando a trabalhar até

14 horas por dia.

4.3. Motivação para o empreendedorismo.

O resultado da próxima tabela tem a intenção de identificar o que incentivou

as entrevistadas a empreender, e se elas se consideram hoje empreendedoras de

sucesso.

Como você se

tornou

empreendedora?

Você se

considera uma

empreendedora

de sucesso?

A Necessidade Concordo

completamente

B Oportunidade Concordo

parcialmente

C Oportunidade Concordo

parcialmente

D Necessidade Concordo

completamente

E Oportunidade Concordo

parcialmente

Tabela 02: Motivação para o empreendedorismo


29

Três das entrevistadas são empreendedoras por oportunidade e duas por

necessidade. Os empreendedores por necessidade, abrem seus negócios por não

encontrar outra alternativa de fonte de renda, geralmente sem o planejamento

adequado. Ao analisarmos as respostas, percebe-se que apenas as duas

entrevistadas que tiveram como motivação a necessidade de empreender se

consideram empreendedoras de sucesso, pois sem as condições adequadas

abriram seus negócios e hoje se encontram estabilizadas no mercado.

O que acaba sendo uma contradição ao compararmos com as estatísticas,

já que as mesmas afirmam que as chances dos empreendimentos que nascem

por necessidade tendem ao fechamento mais rápido, pois como não há o devido

planejamento, elas não conseguem se manter no mercado, diante das

dificuldades encontradas, como a falta de capital de giro, concorrência, falta de

inovação e até mesmo de conhecimento.

Fazendo uma análise mais profunda no perfil das entrevistadas, as que se

consideram completamente empreendedoras de sucesso são as que possui maior

idade, uma com 39 anos e a outra com 47, já as que concordam parcialmente com

a questão possuem idade que variam de 22 a 25 anos, pode-se concluir que as

mais novas ainda almejam alcançar um patamar mais alto e obter novas

conquistas no ramo de empreendedorismo.

4.4. Análise de Gráficos – Competências, conhecimento, atitude e habilidades.

Os gráficos a seguir, contém as respostas dadas pelas entrevistadas a

respeito das dificuldades encontradas na gestão empresarial, e também a opinião

delas sobre quais são as competências, habilidades e atitudes necessárias para

um empreendedor, foi pedido que elas enumerassem conforme o grau de

importância, de 1 (um) a 5 (cinco), sendo o 5 (cinco) o mais importante e o 1 (um)

o menos importante.

30

4.4.1. Dificuldades Encontradas na Gestão Empresarial - Participante A

A seguir o gráfico aponta as dificuldades encontradas na gestão empresarial

da Participante A.

Gráfico 1: Dificuldades Encontradas na Gestão Empresarial – Participante A

Fonte: Pesquisa de Campo, 2015.

Percebe-se que as maiores dificuldades estão relacionadas com o

financiamento e a carga tributária, ao analisarmos o faturamento anual da

empresa, ela se encaixa nas microempresas.

No nosso país existem várias linhas de financiamento para empresas desse

porte, porém as garantias exigidas pelas instituições financeiras, já exclui a

maiorias das pequenas empresas. Essa dificuldade, de “estar em dia” com as

obrigações fiscais, faz com que muitas vezes inviabilize a contratação do

financiamento, ou até mesmo leve o proprietário a fazer um financiamento em

condições menos favoráveis.

As outras duas maiores dificuldades apontadas pela entrevistada, foi a de

0

1

2

3

4

5

6

Dificuldades encontradas na Gestão Empresarial -Participante A

31

conciliar trabalho e família e a falta de tempo, ao analisarmos o tempo de

dedicação dela, percebemos que ela doa 14 (quatorze) horas por dia ao seu

trabalho, ou seja, 6 (seis) horas a mais que a legislação trabalhista estabelece,

como uma jornada de trabalho normal. Isso se deve ao fato, dela além de ter

todas as obrigações de uma proprietária, ter também as obrigações de chef de

cozinha.

Conclui-se que o funcionamento do negócio da Participante A é

dependente do seu trabalho, fazendo assim que realmente seja necessário ela

se dedicar mais tempo, podendo até gerar conflitos entre família e trabalho, como

visto anteriormente.

4.4.2. Dificuldades Encontradas na Gestão Empresarial - Participante B

Ao analisarmos o gráfico abaixo percebemos que a participante B, não

enumera como importante dificuldades como financiamento, preconceito,

burocracia estatal, falta de acesso a informação, dentre outras.

Gráfico 2: Dificuldades Encontradas na Gestão Empresarial – Participante B


0

0,5

1

1,5

2

2,5

3

3,5

Dificuldades encontradas na Gestão Empresarial - Participante B

32

Provavelmente pelo fato de ter se inserido no ramo do empreendedorismo

por oportunidade, ou seja, de forma planejada e estruturada, comprova-se isso

pelo fato da empresa possuir um faturamento anual maior, assim como um

retorno maior para os proprietários, comparada as outras. Além disso percebe-

se que as atividades do seu empreendimento, são divididas entre os sócios,

fazendo assim com que ela se preocupe apenas com a função que exerce de

diretora administrativa, dessa maneira dificuldades como falta de tempo e

conciliar trabalho, não são problemas.

Entretanto, ela pontua como dificuldade a carga tributária. Segundo

pesquisa realizada pelo Institudo Brasileiro de Planejamento e Tributação

(IBPT), dos 30 países com maior carga tributária do mundo, o Brasil é o que

menos trás retorno a população.

Para as empresas não é difirente, apesar de serem responsáveis por boa

parte das gerações de empregos, elas pagam encargos tributários altissimos,

sobre a folha de pagamento, estudo feito pelo IBPT mostra que um empregado

que tem na carteira de trabalho um salário de R$ 1.000 recebe, líquido, R$ 840,

já o empregador desembolsa R$ 1.439,50 para pagar esse salário. Somados os

impostos pagos pelo empregador e pelo empregado, o governo arrecada R$

599,50, ou 59,95% do valor do salário, sempre que esse empregado é

remunerado.

Outro ponto levantado foi o da concorrência, o que é esperado, já que a

participante B, trabalha no ramo de entretenimento em uma cidade considerada

turística, na qual dar espaço para abertura de novos pontos com essa proposta.

4.4.3. Dificuldades Encontradas na Gestão Empresarial - Participante C

A participante C está inserida no mercado de perfumaria e cosméticos, e

destaca como principal dificuldade encontrada na gestão empresarial a

concorrência, como mostra o gráfico a seguir.

33

Gráfico 3: Dificuldades Encontradas na Gestão Empresarial – Participante C


Percebemos que além da concorrência de outras lojas físicas, há um

número crescente de representantes individuais, que traz como diferencial a

comodidade de levar até o cliente os produtos, dessa forma, se torna mais uma

forte concorrência.

Outra dificuldade apontada pela participante é a carga tributária, como

visto anteriormente, é uma dificuldade enfrentada por praticamente toda a

população brasileira.

Além das opções dadas, deixamos um espaço aberto caso a entrevistada

apresentasse outra dificuldade, a participante C destacou o relacionamento na

empresa familiar. Muitas empresas familiares, não sabem separar conflitos

profissionais dos familiares, o que dificulta o relacionamento dentro da

organização.

0

1

2

3

4

5

6

Dificuldades encontradas na Gestão Empresarial - Participante C

34

4.4.4. Dificuldades Encontradas na Gestão Empresarial - Participante D

As maiores dificuldades que a participante D apontou foi a concorrência,

carga tributária, burocracia estatal e financiamento.

Gráfico 4: Dificuldades Encontradas na Gestão Empresarial – Participante D


Mas uma vez, a carga tributária é apontada como uma forte barreira para

gestão empresarial.

Ao olharmos o faturamento anual da empresa da entrevistada,

percebemos que ela se encaixa nas micro e pequenas empresas, geralmente há

pouca diferenciação no mercado, fazendo assim que haja um aumento da

competitividade, acirrando a concorrência.

Apesar das dificuldades apontadas, percebemos que a participante não

aponta como barreira conciliar família e trabalho e falta de tempo, apesar da

motivação da participante ter sido por necessidade, e empresas que nascem

dessa forma tem como características o não planejamento, entretanto essa

empresa superou as estatísticas e já está no mercado a mais de 11 anos, o que

0

1

2

3

4

5

6

Dificuldades encontradas na Gestão Empresarial - Participante D

35

mostra que ela conseguiu se estabelecer no mercado e organizar o tempo

trabalho-família.

4.4.5. Dificuldades Encontradas na Gestão Empresarial - Participante E

Gráfico 5: Dificuldades Encontradas na Gestão Empresarial – Participante E


Ao analisarmos o faturamento da empresa da participante E, ela se

encaixa no microempreendedor individual, e aponta várias dificuldades comuns

comparada as outras entrevistadas, na gestão empresarial. No entanto, ela

pontua como dificuldade o preconceito, pode-se relacionar esse fato, com o ramo

de serviços que ela está inserida, ela possui uma empresa de lava jato, que

geralmente é um espaço ocupado por homens.

No espaço aberto para sugestões de outras dificuldades, ela evidencia

problemas com os funcionários, como a falta de respeito, a dificuldade de

contratação, de cumprimento com os horários.

0

1

2

3

4

5

6

Dificuldades encontradas na Gestão Empresarial - Participante E

36

4.4.6. Dificuldades Encontradas na Gestão Empresarial

As participantes foram questionadas sobre as maiores dificuldades

encontradas na gestão da empresa, colocamos como opções: financiamento,

conciliar trabalho e família, falta de tempo, falta de acesso a informação,

preconceito, concorrência, carga tributária e burocracia estatal.

A seguir foi elaborado um gráfico com a junção das respostas das

entrevistadas, para que se possa ter uma visão geral das barreiras na gestão das

entrevistadas.

Gráfico 6: Dificuldades Encontradas na Gestão Empresarial:


De modo geral, a maior dificuldade apontada por elas foi a concorrência,

isso acontece, pois, a maioria das empresas das entrevistadas são micro e

pequenas empresas, havendo assim um baixo grau de diferenciação e um

aumento da competividade.

O segundo maior ponto foi a carga tributária. O Brasil é um dos países com

maior taxa tributária do mundo, segundo estudo realizado pelo Instituto Brasileiro

0

5

10

15

20

25

Dificuldades encontradas na Gestão Empresarial

37

de Planejamento e Tributação, em 2015, o brasileiro trabalha cinco meses

completos, para pagar impostos, contribuições e taxas aos cofres públicos.

A opção menos importante para as empreendedoras natalenses, foi a falta

de acesso a informação, isso se dá devido ao grande acesso à internet, e a

facilidade de achar informações seguras, o Serviço Brasileiro de apoio às micro e

pequenas empresas – Sebrae - é um exemplo disso, ao acessar o site, os

empreendedores de forma geral, podem obter diversas informações, como fazer

um planejamento, saber leis e normas, realizar até cursos online.

Outro ponto relevante nas respostas, foi o fato das entrevistadas não

sentirem como forte dificuldade o preconceito, isso comprava o que foi dito sobre

a igualdade dos gêneros não só perante a lei, mas também na realidade no

mercado.

4.4.7. Competências necessárias para ser um empreendedor –

Participante A.

A participante A destaca como competências de maior grau de

importância para ser um empreendedor, identificar problemas, formular e

implantar soluções, ser capaz de enfrentar desafios e solucionar conflitos, assim

como assumir o processo decisório das ações de planejamento, organização,

direção e controle. Assim como ilustra o gráfico a seguir.

38

Gráfico 7: Competências necessárias para ser um empreendedor – Participante A. Fonte:

Pesquisa de Campo, 2015.

Essas competências estão ligadas ao dia-a-dia organizacional de micro e

pequenas empresas, muitas vezes elas se ocupam muito mais tempo em

resolver os problemas corriqueiros, do que pensar estrategicamente no futuro da

organização. Percebe-se isso pelo fato dela pontuar com menor grau de

importância a elaboração e interpretação de cenários. Conclui-se que a

participante A, se preocupa mais com o nível operacional da organização do que

com o nível estratégico.


Participante B.

A participante B destaca todas as competências como necessárias para

ser um empreendedor de sucesso. Ao analisarmos o gráfico a seguir, percebe-

se que ela tem uma preocupação em todos os níveis organizacionais.

0

1

2

3

4

5

6

Identificarproblemas,formular eimplantarsoluções

Ser capaz deenfrentardesafios esolucionarconflitos

Desenvolverracícionio

lógico, crítico eanalítico sobre

a realidadeorganicional

Assumir oproceso

decisório dasações de

planejamento,organização,

direção econtrole.

Desenvolver esocializar o

conhecimentoalcançado noambiente de

trabalho.

Elaborar einterpretarcenários.

Competências necessárias para ser um empreendedor - Participante A

39

Gráfico 8: Competências necessárias para ser um empreendedor – Participante B. Fonte:


Isso se deve ao fato da entrevistada possuir uma organização de maior

porte, na qual necessita de uma atenção tanto nos problemas do dia-a-dia, como

também é necessário ter uma visão para o futuro da organização.


Participante C.

Ao analisarmos o gráfico abaixo, percebemos que para a participante C,

é necessário que um empreendedor possua diversas competências, no entanto

a competência que ela menos acredita ser importante é a de assumir o processo

decisório das ações de planejamento, organização, direção e controle.

0

1

2

3

4

5

6


Ser capaz deenfrentar

desafios esolucionarconflitos




Assumir oproceso






trabalho.


Competências necessárias para ser um empreendedor - Participante B

40

Gráfico 9: Competências necessárias para ser um empreendedor – Participante C. Fonte:


O que de certa forma, é uma surpresa já que ela possui a função de

proprietária da organização e essa competência é de extrema importância para

um líder.

4.4.10.Competências necessárias para ser um empreendedor –

Participante D.

A função da participante D em sua organização é a de diretora financeira,

portanto para ela as principais competências é a de identificar problemas e ser

capaz de soluciona-los de forma eficiente, como podemos ver no gráfico a seguir.

0

1

2

3

4

5

6







Assumir oproceso






trabalho.


Competências necessárias para ser um empreendedor - Participante C

41

Gráfico 10: Competências necessárias para ser um empreendedor – Participante D. Fonte:


Ao desempenhar essas competências de forma positiva, ela é capaz de

gerar resultados, para então elaborar cenários, preparar um planejamento de

forma eficaz.

4.4.11.Competências necessárias para ser um empreendedor –

Participante E.

A seguir gráfico que identifica quais as competências necessárias para

ser um empreendedor, na visão da participante E.

0

1

2

3

4

5

6







Assumir oproceso






trabalho.


Competências necessárias para ser um empreendedor - Participante D

42

Gráfico 11: Competências necessárias para ser um empreendedor – Participante E. Fonte:


Apesar de ser uma microempresa, diferentemente das outras, ela destaca

como importante o fato de elaborar e interpretar cenários, assim como ter ações

de planejamento, organização e controle, são competências fundamentais para

o crescimento e duração da empresa no mercado.

4.4.12.Competências necessárias para um empreendedor.

A seguir temos uma tabela com o resultado geral do que as entrevistadas

acreditam ser competências necessárias para um empreendedora.

0

1

2

3

4

5

6


Ser capaz deenfrentardesafios esolucionarconflitos




Assumir oproceso






trabalho.


Competências necessárias para ser um empreendedor - Participante E

43

Gráfico 12: Competências necessárias para um empreendedor.


As entrevistadas assinalaram como as competências fundamentais para as

empreendedoras: identificar problemas, formular e implantar soluções, ser capaz

de enfrentar desafios e solucionar problemas. Essas competências citadas

anteriormente, estão relacionadas diretamente com as dificuldades encontradas

no dia-a-dia das organizações, problemas corriqueiros ou em grande escala, são

comuns em qualquer organização, a diferença para o sucesso da empresa é

justamente como seus gestores lidam com elas, portanto é importante que as

empreendedoras tenham como competência serem capaz de identificar, e

solucionar os conflitos.

4.4.13.Conhecimentos necessários para um empreendedor – Participante A.

Ao analisarmos o gráfico abaixo, percebemos que para participante A,

conhecimentos relacionados a administração estratégica e sistema de

informação não são os requisitos mais importantes para ser um empreendedor.

19

20

21

22

23

24

25

26

Identificarproblemas,formular e

implatar soluções

Ser capaz deenfrentar desafios

e solucionarconflitos

Assumir oprocesso



direção e controle.



trabalho.


Competências necessárias para ser um empreendedor

44

Gráfico 13: Conhecimentos necessários para um empreendedor – Participante A.


Geralmente os proprietários das micro e pequenas empresas, estão

sempre com a “mão na massa” dentro da organização, a participante A,

comprova esse fato, já que a mesma além de ser proprietária também é a chef

de cozinha. Portanto, ela se dedica tanto tempo com operacional da organização,

que acaba afetando sua visão estratégica da organização.

Se preocupando assim com os conhecimentos básicos que é

administração de pessoas e financeira.

4.4.14. Conhecimentos necessárias para um empreendedor – Participante B.

Para a participante B, para que um empreendimento obtenha sucesso, é

necessário que o empreendedor possua um mix de conhecimento, em todas as

áreas da organização, como pode ser observado no gráfico a seguir.

0

1

2

3

4

5

6

Administração depessoas/equipes

Administraçãoestratégica

AdministraçãoFinanceira eorçamentária

Visão ampla,profunda e

articulada doconjunto das

áreas deconhcimento.

Administração devendas e

marketing.

Administração deSistemas deInformação.

Conhecimentos necessários para ser um empreendedor - Participante A

45

Gráfico 14: Conhecimentos necessários para um empreendedor – Participante B.


4.4.15.Conhecimentos necessárias para um empreendedor – Participante C.

Conforme representando no gráfico a seguir, percebe-se que para a

entrevistada, o que é mais necessário para um empreendedor é ter uma visão

ampla de toda a organização.

Gráfico 15: Conhecimentos necessários para um empreendedor – Participante C.


0

1

2

3

4

5

6








marketing.


Conhecimentos necessários para ser um empreendedor - Participante B

0

1

2

3

4

5

6

Administraçãode

pessoas/equipes






Administraçãode vendas emarketing.

Administraçãode Sistemas de

Informação.

Conhecimentos necessários para ser um empreendedor - Participante C

46

A função que ela exerce na organização é a de proprietária, portanto sua

preocupação maior é ter conhecimento de tudo que está acontecendo dentro da

empresa, as outras duas áreas de conhecimento que a participante C, pontua

como importante, é a de administração estratégica e a administração financeira,

que estão relacionadas entre si, pois é através dos relatórios financeiros, que ela

terá respaldo para pensar em estratégias para o melhor andamento do seu

empreendimento.

4.4.16.Conhecimentos necessários para um empreendedor – Participante D.

Assim como a participante B, a participante D, considera os

conhecimentos em administração de pessoas, estratégica, financeira, marketing

e sistema de informação como necessárias para um empreendedor.

Gráfico 16: Conhecimentos necessários para um empreendedor – Participante D.


0

1

2

3

4

5

6








marketing.


Conhecimentos necessários para ser um empreendedor - Participante D

47

Considerando que a organização da participante D é a que está a mais

tempo estabelecida no mercado, pode-se concluir que é de extrema importância

para a sobrevivência de uma empresa ter um conhecimento do conjunto das

áreas.

4.4.17.Conhecimentos necessários para um empreendedor – Participante E.

Ao analisar o gráfico a seguir, percebemos que a entrevistada também

considera como importante a visão da organização como um todo, assim como

o conhecimento em administração financeira, porém diferentemente das outras

participantes ela destaca a administração de vendas e marketing como um

conhecimento necessário.

Gráfico 17: Conhecimentos necessários para um empreendedor – Participante E.


Ela aposta no marketing como um diferencial para sua organização, já

que apesar de estar num ramo bastante competitivo, ela traz alguns diferenciais,

como ir até o cliente para realizar o serviço.

0

1

2

3

4

5

6








marketing.


Conhecimentos necessários para ser um empreendedor - Participante E

48

4.4.18.Conhecimentos necessários para ser um empreendedor

Foi perguntado as empreendedoras natalenses, quais os conhecimentos

necessários para ser uma empreendedora. A seguir o resultado geral apontado

pelas entrevistas.

Gráfico 18: Conhecimentos necessários para ser um empreendedor


Neste gráfico é perceptível que elas acreditam que um

empreendedor deve ter um mix de conhecimento. Passando pela administração

de pessoas, administração estratégica, administração financeira e administração

de vendas e marketing. Como mostrado as mulheres possuem a habilidade

inerente de assumir inúmeros papeis, portanto uma de suas características é

exercer mais de uma atividade ao mesmo tempo, considerando assim que o

empreendedor para se ter um negócio de sucesso ter uma visão ampla sobre a

organização.

O conhecimento considerado pelas entrevistadas como o de menor

importância, foi o de administração de sistemas de informação, isso se dá pelo

0

5

10

15

20

25

30



AdministraçãoFinanceira e

orçamentária





marketing.


Conhecimentos necessários para ser um empreendedor

49

fato das empresas das entrevistadas serem micro e pequenos empreendimentos,

fazendo com que elas sempre estejam com a “mão na massa”, diferentemente de

empresas de maior porte que necessitam de uma maior tecnologia de informação.

4.4.19. Habilidades necessárias para ser um empreendedor –

Participante A.

A participante A, pontua como principais habilidades, a visão do todo e a

criatividade e inovação. Hoje, devido ao baixo grau de diferenciação das micro e

pequenas empresas, é necessário sempre estimular a criatividade e inovação,

pois é essa habilidade que vai fazer a sua empresa se destacar no mercado.

Gráfico 19: Habilidades necessárias para ser um empreendedor – Participante A.


Percebe-se que a entrevistada, enumera com menos importante a

liderança, estando acima dela habilidades como relação interpessoal, uma

característica inerente as mulheres, que são mais sensíveis as relações dentro

0

1

2

3

4

5

6

RelacionamentoInterpessoal

Visão do todo Liderança Adaptação àtransformação

Criatividade eInovação

Técnicas

Habilidades necessárias para ser um empreendedor - Participante A

50

da organização.

Outra habilidade que ela enumera como necessária são as técnicas,

para a sua função de chef de cozinha é extremamente necessário que haja

qualidade em seu desempenho, já que a organização depende dela para o seu

funcionamento e retorno lucrativo.


Participante B.

Para a entrevistada, todas as habilidades são importantes, desde a

técnicas, até as relações interpessoais. Como visto, as mulheres têm a

capacidade de exercer vários papeis ao mesmo tempo. Portanto, acaba

conseguindo adquirir várias habilidades.

Gráfico 20: Habilidades necessárias para ser um empreendedor – Participante B.


0

1

2

3

4

5

6




Técnicas

Habilidades necessárias para ser um empreendedor - Participante B

51


Participante C.

Para a participante C, a habilidade menos importante é a técnica,

provavelmente por ela não ser a responsável pela produção do produto. E sim,

pela parte gerencial da organização. Destacando assim como importantes

habilidades a liderança, visão do todo, adaptação a transformação e criatividade

e inovação.

Gráfico 21: Habilidades necessárias para ser um empreendedor – Participante C.


4.4.22.Habilidades necessárias para ser um empreendedor – Participante

D.

Ao analisarmos o gráfico a seguir, percebemos que a participante D,

considera em primeiro plano habilidades como relacionamento interpessoal,

visão do todo, liderança, criatividade e inovação para um empreendedor. Em

seguida, estão as habilidades de adaptação a transformação e técnicas.

0

1

2

3

4

5

6




Técnicas

Habilidades necessárias para ser um empreendedor - Participante C

52

Gráfico 22: Habilidades necessárias para ser um empreendedor – Participante D.


4.4.23.Habilidades necessárias para ser um empreendedor – Participante

E.

A seguir o gráfica que identifica quais as habilidades que a participante E,

considera mais ou menos importantes, para um empreendedor.

Gráfico 23: Habilidades necessárias para ser um empreendedor – Participante E.


0

1

2

3

4

5

6




Técnicas

Habilidades necessárias para ser um empreendedor - Participante E

0

1

2

3

4

5

6




Técnicas

Habilidades necessárias para ser um empreendedor - Participante D

53

De forma clara, percebemos que a participante E, considera que um

empreendedor deve ter um perfil mais voltado ao gerenciamento da organização,

possuindo habilidades com liderança, inovação, bom relacionamento com os

funcionários, visão de todas áreas das organizações.

Para ela, um empreendedor não precisa possuir habilidades técnicas.

Geralmente um gestor quando é muito técnico, ele não delega funções, não faz

follow-up das ações, centralizando as operações para si, dessa forma desmotiva

os funcionários. Portanto, é necessário que um gestor tenha habilidades de lhe

dar com pessoas, saiba preparar novos líderes, para dar crescimento ao seu

negócio.

4.4.24.Habilidades necessárias para ser um empreendedor

A seguir um gráfico que contém todas as respostas agrupadas das

entrevistadas, sobre quais as habilidades fundamentais para ser um

empreendedor.

Gráfico 24: Habilidades necessárias para ser um empreendedor


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Técnicas

Habilidades necessárias para ser um empreendedor

54

Ao serem questionadas sobre as habilidades necessárias para um

empreendedor, percebe-se que há menos importância em relação as técnicas. Se

avaliarmos esse ponto com o perfil das entrevistadas, percebemos que três delas

não são formadas em Administração de Empresas, e provavelmente

desenvolveram suas habilidades com a prática, dando assim maior importância

aos outros pontos.

Mais uma vez as empreendedoras natalenses entrevistadas, apontam

como maior grau de importância a habilidade de ter uma visão do todo de uma

organização, mas também destacam que o empreendedor deve ter como

habilidade a criatividade e inovação e adaptação à transformação. Essas duas

habilidades são de extrema de importância, pois o mercado vive em constante

mudança e para que um empreendimento não “morra”, é necessário que eles

possuam uma boa dinâmica, inovando sempre para atender as necessidades que

surgem e adaptando-se as novas tendências.

Outro ponto importante, e que também confirma uma das características

inerentes das mulheres é a importância que elas dão a relação interpessoal. As

mulheres possuem maior facilidade de comunicação, além de serem mais

sensíveis, portanto elas acreditam que se ter um empreendimento de sucesso é

necessário ter uma boa convivência com os colaboradores.

4.4.25. Atitudes necessárias para ser um empreendedor – Participante A.

Ao analisarmos o gráfico a seguir, as atitudes que a participante A,

consideram como necessárias para um empreendedor é o profissionalismo,

comprometimento e responsabidade socioambiental. No que diz respeito a essa

última atitude, ela está bastante disseminada entre as organizações, cada vez

mais elas se preocupam em desenvolver os serviços de uma maneira mais

sustentável, dessa forma além de ajudar as gerações futuras, agrega valor à

marca.

55

Gráfico 25: Atitudes necessárias para ser um empreendedor – Participante A.


A atitude menos importante que a entrevistada considera necessária, é o

aprendizado contínuo, o que é um fato preocupante, já que hoje o mercado se

encontra em constante mudança e é necessário sempre de inovação para se

adaptar. Para isso, uma cultura de aprendizado contínuo é vital para uma

organização, pois é através do conhecimento que o cérebro se torna maleável

para desenvolver soluções.

4.4.26.Atitudes necessárias para ser um empreendedor – Participante B.

A participante B considera fundamentais todas as atitudes colocadas em

questão, para ser um empreendedor de sucesso, como é destacado no gráfico

a seguir.

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Atitudes necessárias para ser um empreendedor -Participante A

56

Gráfico 26: Atitudes necessárias para ser um empreendedor – Participante B.


4.4.27. Atitudes necessárias para ser um empreendedor –

Participante C.

A participante C, destaca como principais atitudes o comportamento ético,

comprometimento e profissionalismo, como destaca o gráfico abaixo.

Gráfico 27: Atitudes necessárias para ser um empreendedor – Participante C.


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Atitudes necessárias para ser um empreendedor - Participante B

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Atitudes necessárias para ser um empreendedor -Participante C

57

Entretanto ela não considera como atitudes necessárias a

responsabilidade socioambiental e a atitude empreendedora. O que vai de

encontro com o conceito de empreendedorismo, que diz, que um empreendedor

deve ter iniciativa para criar um novo negócio (Dornelas, 2001)

4.4.28.Atitudes necessárias para ser um empreendedor – Participante D.

Assim como a participante B, a participante D, considera ética,

comprometimento, profissionalismo, aprendizado contínuo, atitude

empreendedora e responsabilidade socioambiental, atitudes fundamentais para

um empreendedor.

Gráfico 28: Atitudes necessárias para ser um empreendedor – Participante D.


4.4.29.Atitudes necessárias para ser um empreendedor – Participante E.

A participante E, também considera como atitudes necessárias para um

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Atitudes necessárias para ser um empreendedor - Participante D

58

empreendimento possuir o sucesso desejado, todas as que se encontram no

gráfico a seguir.

Gráfico 29: Atitudes necessárias para ser um empreendedor – Participante E.


4.1.30. Atitudes necessárias para ser um empreendedor

O gráfico a seguir, mostra o agrupamento das respostas das entrevistadas.

Gráfico 30: Atitudes necessárias para ser um empreendedor Fonte: Pesquisa de campo, 2015.

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Atitudes necessárias para ser um empreendedor - Participante E

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Socio

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Atitudes necessárias para ser um empreendedor

59

Ao analisarmos as respostas há uma certa média em relação as atitudes

que o empreendedor deve ter. No entanto no topo temos o profissionalismo e

comprometimento, o que indica que cada vez mais as mulheres estão levando a

sério sua inserção do mercado, e para que o mercado também as respeite, é

necessário que elas sempre busquem mais conhecimento, tenham

comportamento ético e assumam uma postura profissional diante das suas

responsabilidades.

60

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Tendo em vista os aspectos observados neste trabalho, conclui-se que

embora as mulheres, historicamente, tenham entrando no mercado de trabalho de

forma desigual, hoje elas ocupam espaço de extrema importância na economia

brasileira, sendo responsáveis por mais de 50% da abertura de micro e pequenas

empresas, segundo pesquisa realizada pelo GEM.

Observa-se também que a mulher se destaca por suas características

inerentes, dentre elas, a principal é a de assumir vários papéis ao mesmo tempo,

conseguindo dessa forma conciliar família e trabalho. Apesar de não ser simples

ter essa “jornada dupla”.

A partir das análises das pesquisas, percebe-se que as mulheres

empreendedoras natalenses enfrentam dificuldades comuns a todo mercado, por

exemplo, a concorrência e a taxa tributária, diferentemente do que podia se

imaginar elas não consideram o preconceito como uma barreira a ser enfrentada

no ramo do empreendedorismo.

Observa-se também que as mulheres empreendedoras natalenses

destacam como principais competências, conhecimentos, habilidades e atitudes,

para um empreendimento de sucesso, a capacidade de identificar problemas e

solucioná-los da melhor forma possível, assim como é necessário ter uma visão

da organização como um todo, possuindo conhecimentos em todas áreas, outros

pontos destacados por elas, é que o empreendedor, deve ter habilidade de

adaptar-se as mudanças, usando a inovação e criatividade, sempre possuindo

atitudes de comprometimento e profissionalismo.

As mulheres empreendedoras natalenses participantes não pontuaram

como importante, fatores como: administração de sistemas de informações,

elaboração de cenários, assumir processos decisórios das ações de planejamento

da organização. Salientando conforme foi como visto anteriormente as

organizações das entrevistadas são micro e pequenas empresas, tendo assim que

dá mais importância a problemas corriqueiros, tais como citar esses problemas.

Essa característica é própria de organizações em que o proprietário está sempre

com a “mão na massa”.

61

A postura empreendedora das mulheres no mercado de trabalho tem sido

cada vez mais presente e crescente, expressando o que muitas canções e

poesias dizem sobre a mulher, como por exemplo, a música Maria, Maria, de

autoria de Milton Nascimento

Maria, Maria É um dom, uma certa magia,

Uma força que nos alerta Uma mulher que merece viver e amar

Como outra qualquer do planeta Maria, Maria

É o som, é a cor, é o suor É a dose mais forte e lenta

De uma gente que ri quando deve chorar E não vive, apenas agüenta

Mas é preciso ter força É preciso ter raça

É preciso ter gana sempre Quem traz no corpo a marca

Maria, Maria Mistura a dor e a alegria Mas é preciso ter manha

É preciso ter graça É preciso ter sonho sempre

Quem traz na pele essa marca Possui a estranha mania

De ter fé na vida

São muitas as marias empreendedoras, que com sua força, garra, não

deixam os seus sonhos de lado. Finalizo, destacando a relevância desta pesquisa

para mim, aluna de administração, que tive como estímulo com base na pesquisa

e nas histórias das empreendedoras natalenses o desejo de empreender.

62

REFERÊNCIAS

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HISRICH, Robert D, PETERS, P. Michael, SHEPHERO, A. Dean.

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13

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63

JONATHAN, Eva G.; SILVA, Taissa M. R. da. Empreendedorismo feminino:

tecendo a trama de demandas conflitantes. Psicologia Social, Porto Alegre v.

19, n. 1, p. 77-84, abr. 2007 . Disponível em

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-

71822007000100011&lng=pt&nrm=iso. acessos

em 11 jun. 2015. http://dx.doi.org/10.1590/S0102-71822007000100011

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WALL, K., e LOBO, C; Famílias monoparentais em Portugal. In: Análise Social,

150, p. 123-145.

64

APÊNDICE A – Termo de Consentimento Livre e Esclarecimento

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E APLICADAS

CURSO DE ADMINISTRAÇÃO

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Eu, ____________________________________ tendo sido convidado (a) a

participar como voluntário(a) do estudo: COMPETÊNCIAS, HABILIDADES, ATITUDES

E CONHECIMENTOS DE MULHERES EMPREENDEDORAS, uma pesquisa que

utilizará questionário para a coleta de dados, recebi da aluna concluinte do curso de

administração, responsável pela pesquisa, as seguintes informações que me fizeram

entender, sem dificuldades os seguintes aspectos:

- O objetivo da pesquisa;

- a importância deste estudo é a de;

- que esse estudo corresponde ao Trabalho de Conclusão de Curso

- que participarão deste estudo mulheres consideradas como empreendedoras.

- que o estudo seguirá os seguintes passos: análise de fontes bibliográficas;

definição da amostragem para coleta de dados; distribuição do termo de

consentimento livre e esclarecido; aplicação de questionário presencial; análise

dos dados coletados; análise e avaliação do professor orientador; ajustes e versão

final da pesquisa objetos; apresentação dos resultados;

- que meu nome não será divulgado na pesquisa, sendo o resultado de minha

participação identificado por um código (letra ou número);

- que poderão ser utilizados partes da minha fala e/ou escrita;

- que, sempre que eu desejar, me será fornecido esclarecimento sobre cada uma

das etapas da pesquisa;

- que, a qualquer momento, eu poderei recusar a continuar participando da

pesquisa e, também, que eu poderei retirar este meu consentimento, sem que isso

me traga qualquer penalidade ou prejuízo.

Finalmente, tendo eu compreendido tudo o que me foi informado sobre a minha

participação no mencionado estudo e estando consciente dos meus direitos e das

minhas responsabilidades, compreendendo a importância da minha participação para a

65

realização dessa pesquisa, DOU O MEU CONSENTIMENTO SEM QUE PARA ISSO

EU TENHA SIDO OBRIGADO (A) A PARTICIPAR.

______________________________________________________________

(Assinatura do participante voluntário da pesquisa)

Endereço domiciliar:_____________________________________________

Telefones para contato: __________________________

Responsável pela pesquisa Natal-RN, ____/_____/_____

66

Apêndice B – Questionário

Perfil da Entrevistada

01- Caracterização da entrevistada

a. Estado Civil?

( ) Solteira ( ) Casada ( ) Divorciada

( ) Viúva ( ) União Estável

b. Idade?

c. Faixa de renda Familiar

(A) Nenhuma renda. (B) Até 1 salário mínimo (C) De 1 a 3 salários mínimos (D) De 3 a 6 salários mínimos (E) De 6 a 9 salários mínimos

(F) De 9 a 12 salários mínimos (G) De 12 a 15 salários mínimos (H) Mais de 15 salários mínimos

d. Formação escolar?

02- Qual a função exercer na empresa?

03- Qual a sua participação no orçamento familiar?

a) Nenhuma

b) 10%

c) 20%

d) 30%

e) 40%

f) 50%

g) 60%

h) 70%

i) 80%

j) 90%

k) Total

04- Tempo médio de dedicação diária na empresa?

a) Até 6 horas

b) Entre 7 e 8 horas

c) Entra 9 e 10 horas

d) Entre 11 e 14 horas

e) Acima de 14 horas

05- Qual a sua Participação Societária?

a) Possui 100%

b) Entre 75 a 99%

c) Entre 50% a 74%

d) Entre 25% a 50%

e) Menos de 25%

Características da empresa

06- Tempo de existência da empresa?

a) 1 a 5 anos

b) 6 a 10 anos

c) 11 a 15 anos

d) Acima de 15 anos

67

07- Ramo de atividade?

08- Qual o mercado de atuação?

a) Exportação

b) Mercado Interno

o Local

o Regional

o Nacional

c) Mercado interno e exportação

09- Faturamento bruto anual da empresa

a) Até R$ 60.000,00

b) De R$ 61.000,00 até R$ 360.000,00

c) De R$ 360.001,00 até R$ 3.600.000,00

d) Mais de R$ 3.600.000,00

10 -Como você se tornou empreendedora?

a) Oportunidade

b) Necessidade

11- Você se considera uma empreendedora de sucesso?

( ) Discordo Completamente ( ) Discordo parcialmente ( ) Não concordo nem discordo ( ) Concordo parcialmente ( )Concordo Completamente

12- Quais as maiores dificuldades encontradas na gestão da empresa? (Enumere

de 1 a 5 conforme o grau de importância – considere ‘5’ mais importante e ‘1’

menos importante)

( )Nenhuma

( )Financiamento

( )Conciliar trabalho e família

( ) Falta de tempo

( )Falta de acesso as informações

( )Preconceito

( ) Concorrência

( ) Carga Tributária

( ) Burocracia Estatal

( ) Outro

Especifique

__________________

68

13- Quais as Competências necessárias que você considera para um

empreendedor? (Enumere de 1 a 5 conforme o grau de importância –

considere ‘5’ mais importante e ‘1’ menos importante)

( ) Identificar problemas, formular e implantar soluções

( ) Ser capaz de enfrentar desafios e solucionar conflitos

( ) Desenvolver raciocínio logico, crítico e analítico sobre a realidade

organizacional.

( ) Assumir o processo decisório das ações de planejamento, organização,

direção e controle.

( )Desenvolver e socializar o conhecimento alcançado no ambiente de trabalho.

( ) Elaborar e interpretar cenários

( ) Outro

Especifique ______________________

14- Quais os conhecimentos necessários que você considera para um

empreendedor? (Enumere de 1 a 5 conforme o grau de importância –

considere ‘5’ mais importante e ‘1’ menos importante)

( ) Administração de pessoas/equipes

( ) Administração estratégica

( ) Administração Financeira e orçamentária

( ) Visão ampla, profunda e articulada do conjunto das áreas de conhecimento.

( ) Administração de vendas e marketing

( ) Administração de Sistemas de Informação

14- Quais as habilidades que você acreditar ser necessárias para um

empreendedor? (Enumere de 1 a 5 conforme o grau de importância – considere

‘5’ mais importante e ‘1’ menos importante)

( ) Relacionamento Interpessoal

( ) Visão do todo

( ) Liderança

( ) Adaptação à transformação

( ) Criatividade e Inovação

69

( ) Técnicas

( ) Outro

Especifique ______________________

15- Quais as atitudes que você considera necessárias para um empreendedor?

(Enumere de 1 a 5 conforme o grau de importância – considere ‘5’ mais importante

e ‘1’ menos importante)

( ) Comportamento ético

( ) Comprometimento

( ) Profissionalismo

( ) Aprendizado Continuo

( )Atitude empreendedora/iniciativa

( ) Responsabilidade Socioambiental

( ) Outro

Especifique ______________________

universidade federal do rio grande do norte centro … · empreendedoras natalenses: competÊncias,...

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