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i UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FISIOTERAPIA CUSTOS E BENEFÍCIOS DE UM PROGRAMA DE EXERCÍCIOS AERÓBIOS NA DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA: ENSAIO CLÍNICO ALEATÓRIO CONTROLADO CATHARINNE ANGÉLICA CARVALHO DE FARIAS Natal 2012

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i

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FISIOTERAPIA

CUSTOS E BENEFÍCIOS DE UM PROGRAMA DE EXERCÍCIOS

AERÓBIOS NA DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA:

ENSAIO CLÍNICO ALEATÓRIO CONTROLADO

CATHARINNE ANGÉLICA CARVALHO DE FARIAS

Natal

2012

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FISIOTERAPIA

CUSTOS E BENEFÍCIOS DE UM PROGRAMA DE EXERCÍCIOS

AERÓBIOS NA DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA:

ENSAIO CLÍNICO ALEATÓRIO CONTROLADO

CATHARINNE ANGÉLICA CARVALHO DE FARIAS

Dissertação apresentada à Universidade

Federal do Rio Grande do Norte -

Programa de Pós-Graduação em

Fisioterapia, para obtenção do título de

Mestre em Fisioterapia.

Orientador: Prof. Dr. Guilherme Fregonezi

Co-orientadora: Profa. Dra. Vanessa

Resqueti

Natal

2012

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FISIOTERAPIA

Prof. Dr. Jamilson Simões Brasileiro

Coordenador do Programa de Pós-Graduação em Fisioterapia

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FISIOTERAPIA

CUSTOS E BENEFÍCIOS DE UM PROGRAMA DE EXERCÍCIOS

AERÓBIOS NA DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA:

ENSAIO CLÍNICO ALEATÓRIO CONTROLADO

BANCA EXAMINADORA

Prof. Dr. Guilherme Augusto de Freitas Fregonezi – Presidente – UFRN

Profa. Dra. Selma de Souza Bruno – 2º avaliador – UFRN

Profa. Dra. Audrey Borghi da Silva - Membro externo - UFSCar

Aprovada em 06/07/2012

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DEDICATÓRIA

Dedico este estudo aos amores da mina vida:

Meus pais, Nilson e Hosanita (in memorian);

Meu grande amor e companheiro de todas as horas, Derik;

Meus filhos, Dennis e Arthur, razões da mina vida.

“Só se vê bem com o coração, o essencial é invisível aos olhos”.

(Antoine de Saint-Exupéry)

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AGRADECIMENTOS

À Deus e a Santa Rita de Cássia, por terem me dado a possibilidade de estar

aqui novamente, e por terem me iluminado, me guiado e me encorajado em todos os

momentos dessa etapa de minha vida;

Ao meu orientador, Prof. Dr. Guilherme Fregonezi, a quem admiro

profundamente pela sua sabedoria, empenho e dedicação à pesquisa científica.

Obrigada por acreditar em mim, me dar esta oportunidade e me ajudar a ser um

profissional melhor com seus ensinamentos;

À Profa. Dra. Vanessa Resqueti, pela ajuda incalculável, compreensão e

paciência nesta caminhada, me faltam palavras para agradecer por TUDO;

Aos alunos Bárbara Portela, Rodrigo Melo e Bruno Ferreira (BH), sem vocês as

coletas seriam absolutamente improdutíveis. Muuiiito obrigada pela disponibilidade de

ajudar sempre, independente do dia ou da hora, vocês são exemplos para muitos;

Aos professores do programa de mestrado, pela transmissão e construção do

conhecimento e da pesquisa;

Ao Prof. Dr. Fernando Dias, pelo tempo dedicado em me ajudar;

À profa. Dra. Selma Bruno, obrigada por todos os ensinamentos no exame de

qualificação, nessa banca e durante todos esses anos, desde a graduação, sempre

estando pronta para me ouvir e aconselhar;

Aos meus queridos voluntários, que saíram de suas rotinas para contribuir para

o desenvolvimento deste estudo, sem vocês nada disto seria possível;

Aos colegas de turma do mestrado pela força, incentivo e ajuda em todos os

momentos dessa difícil caminhada, em especial à Renata Carlos, Ília Nadine e Thalita

Medeiros;

Aos todos os funcionários do Departamento de Fisioterapia, por estarem

sempre prestativos, tornando um pouco menor as dificuldades encontradas;

Aos colegas fisioterapeutas do Hospital Central Cel. Pedro Germano, em

especial a Renato Maciel e Henrique Vital, pela ajuda de sempre;

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Aos meus alunos da graduação, por toda a torcida e apoio nas horas de

aflição;

Ao meu amigo e coordenador, Robson Alves, pela minha reinserção na

docência, fato que foi o grande estímulo para a realização do mestrado, e por estar ao

meu lado em todos os momentos importantes de minha vida;

Às minhas amigas e colegas de trabalho Valeska Fernandes, Larissa Bastos e

Tatiane Alves, vocês são joias muito preciosas em minha vida;

Ao meu grande amigo Angelo Augusto, sempre disponível em me ajudar, desde

o processo de seleção para este programa, até os dias atuais. Não tenho palavras

para descrever o quanto sou grata;

Aos meus pais, Nilson Farias (in memorian) e Hosanita Farias (in memorian),

por serem os responsáveis por tudo que sou hoje, e que apesar da ausência física,

sinto vocês sempre perto de mim. Amo vocês eternamente;

Aos membros das famílias Carvalho, Farias e Azevedo, por terem, de forma

direta ou indireta, contribuído para esta conquista e pela torcida de sempre;

Ao meu marido, Derik Azevedo, pela paciência, apoio, compreensão e amor em

todas as fases desta árdua jornada. Eu te amo!

A razão maior de minha vida, meus filhos Dennis Carvalho e Arthur Carvalho.

Vocês foram e sempre serão a fonte de energia para que eu possa sempre seguir

adiante. Amo muito vocês!

E por fim, a todos aqueles que, de alguma forma, contribuíram para eu estar

aqui.

Muito Obrigada!

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SUMÁRIO

Dedicatória.................................................................................................... v

Agradecimentos............................................................................................ vi

Lista de Abreviaturas............................................................................. x

Lista de Figuras............................................................................................. xii

Lista de Tabelas……………………………...……………………………. xiii

Resumo.......................................................................................................... xiv

Abstract......................................................................................................... Xv

1 INTRODUÇÃO…………………………….…………………………... 1

1.1 Justificativa............................................................................................. 5

1.2 Objetivos................................................................................................. 6

2 MATERIAIS E MÉTODOS...................................................................... 7

2.1 Tipo do estudo......................................................................................... 8

2.2 População e amostra................................................................................ 8

2.3 Aspectos éticos........................................................................................ 9

2.4 Desenho do estudo................................................................................. 9

2.5 Diagrama de fluxo................................................................................. 10

2.6 Instrumentos e procedimentos de avaliação............................................ 11

2.6.1 Prova de função pulmonar................................................................. 11

2.6.2 Pressões respiratórias máximas e pressão inspiratória nasal de Sniff . 11

2.6.3 Teste de caminhada de 6 minutos........................................................ 12

2.6.4 Força de Preensão Manual (FPM) e membros inferiores

(1RM)............................................................................................................

13

2.6.5 Qualidade de vida relacionada à saúde, dispneia e atividade de vida

diária..........................................................................................................

14

2.6.6 Composição corporal e dados antropométricos................................... 15

2.6.7 Índice de BODE................................................................................... 16

2.7 Programa de exercícios aeróbios............................................................. 16

2.8 Cálculo dos custos................................................................................. 17

2.9 Cálculo amostral................................................................................. 18

2.10 Análise estatística............................................................................. 18

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO............................................................... 19

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x

4 CONCLUSÕES E CONSIDERAÇÕES FINAIS...................................... 46

5 REFERÊNCIAS........................................................................................ 48

6 ANEXOS................................................................................................. 57

Apêndices

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LISTA DE ABREVIATURAS

ATS American Thoracic Society

AVD Atividade de Vida Diária

BODE Índice de mortalidade

BTS British Thoracic Society

CEP Comitê de Ética em Pequisa

CID Código Internacional de Doença

CIVM Contração Isométrica Voluntária Máxima

CONSORT Consolidated Standards of Reporting Trial

CPT Capacidade Pulmonar Total

CRF Capacidade Residual Funcional

CVF Capacidade Vital Forçada

DPOC Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica

DTC6 Distância percorrida no teste de caminhada de 6 minutos

ERS European Respiratory Society

EUA Estados Unidos da América

F Frequência respiratória

FC Frequência Cardíaca

FCmax Frequência Cardíaca máxima

FPM Força de preensão manual

GC Grupo Controle

GI Grupo Intervenção

GOLD Global Initiative for Chronic Obstructive Lung Disease

HUOL Hopital Universitário Onofre Lopes

IMC Índice de Massa Corpórea

Kg Quilograma

Km Quilômetros

LCADL Escala London Chest Activity of Daily Living

M Metros

MID Membro inferior direito

MIE Membro inferior esquerdo

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MLG Massa livre de gordura

MLG Massa livre de gordura

MME Massa muscular esquelética

MME Massa muscular esquelética

MRC Medical Research Council

OMS Organização Mundial de Saúde

OPM Órteses, próteses e medicamentos

PEmax Pressão Expiratória máxima

PImax Pressão Inspiratória máxima

PLATINO Projeto Latino-Americano de Investigação em Obstrução Pulmonar

QVRS Qualidade De Vida Relacionada À Saúde

R$ Real

RM Repetição Máxima

RN Rio Grande do Norte

RP Reabilitação Pulmonar

SGRQ Questionário Respiratório de Saint George

SNIP Pressão inspiratória nasal

SpO2 Saturação periférica de Oxigênio

SUS Sistema Único de Saúde

TC6 Teste De Caminhada De Seis Minutos

TCLE Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

UBS Unidade Básica de Saúde

UFRN Universidade Federal do Rio Grande do Norte

UNICAT Unidade Central de Agentes Terapéuticos

VEF1 Volume Expiratório Forçado Em 1 Segundo

VMNI Ventilação Mecânica Não Invasiva

VR Volume Residual

Wmax Taxa de Trabalho máximo

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 Diagrama de fluxo de pacientes, coletas e intervenções ……………… 10

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xiv

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 Distribuição antropométrica, hábitos de vida e classificação da doença……. 40

Tabela 2 Dados do desempenho físico, força muscular respiratória, sensação de

dispneia e fadiga, índice de mortalidade, qualidade de vida, nível de

atividade de vida diária, força muscular periférica e massa de músculo

esquelético em membros inferiores……...…………………...………………

41

Tabela 3 Distribuição dos custos em reais (R$) em todos os indivíduos estudados, de

acordo com a Tabela de procedimentos e OPM (SUS), de avaliação em

ambos os grupos. …………………………………………………………….

42

Tabela 4 Distribuição dos custos totais do estudo realizado calculado pela tabela do

Sistema Único de Saúde (SUS), separados por grupos incluindo os

desfechos secundários (exacerbações e internações)………………………...

43

Tabela 5 Cálculo do custo individual em um paciente com DPOC: sem Reabilitação

Pulmonar e com Reabilitação Pulmonar (programa supervisionado de

caminhada)....................................................................................................

44

Tabela 6 Distribuição do número de exacerbações, do tipo de tratamento recebido,

dias de internação hospitalar, custo com medicação e custos com serviços

hospitalares recebidos durante o período de exacerbação da

doença………………………………………………………………………...

45

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RESUMO

A Reabilitação Pulmonar, especialmente devido aos exercícios aeróbios, impacta

positivamente na redução da morbidade/mortalidade do paciente com DPOC, entretanto

o impacto econômico com custos de da implementação de programas simples de

exercícios aerobios são escassos. Trata-se de um ensaio clínico aleatório controlado

cego, que objetivou avaliar os custos e os benefícios de um programa simples de

exercícios aeróbios em indivíduos com DPOC, considerando os custos financeiros do

Sistema Público de Saúde e seus desfechos secundários. Foram avaliadas a função

pulmonar, a distância percorrida no teste da caminhada dos 6 minutos, a força muscular

respiratória e periférica, a qualidade de vida relacionada à saúde (QVRS), a composição

corporal e o nível de atividade de vida diária (AVD) antes e após oito semanas de um

programa de exercícios aeróbicos composto por de orientações educacionais para ambos

os grupos, controle e intervenção e caminhadas supervisionadas para o grupo

intervenção. Os custos sanitários gerados em ambos os grupos foram calculados

seguindo tabela do Sistema de Saúde Público Brasileiro. A amostra foi composta por

quarenta pacientes, sendo dois excluídos na fase inicial por dessaturação durante o teste

de caminhada de seis minutos. Foram aleatorizados em grupo controle e grupo

intervenção trinta e oito pacientes, sendo que três foram excluídos do grupo controle e

um foi excluído do grupo intervenção. Ao final, trinta e quatro DPOC compuseram a

amostra, 16 no grupo controle e 18 no grupo intervenção (VEF1: 50.9 ± 14 %pred e

VEF1: 56 ± 0.5 %pred, respectivamente). Após para intervenção, o grupo intervenção

apresentou melhora nos metros caminhados, na sensação de dispneia e fadiga, no

trabalho realizado, índice de BODE (p<0.01), na QVRS, no nível de AVD (p<0.001)

além de incremento da força dos membros inferiores (p<0.05). O custo final do

programa para o grupo intervenção foi de R$ 148.75, incluindo: avaliações, caminhadas

supervisionadas por um fisioterapeuta e as reavaliações. Nenhum paciente do GI

apresentou exacerbação, enquanto no GC 2 pacientes exacerbaram, gerando um custo

individual médio de R$ 689.15. Os exercícios aeróbios na modalidade de caminhadas

demonstraram significantes benefícios clínicos e a viabilidade econômica de sua

implementação, devido ao baixo custo e de fácil acessibilidade para os pacientes,

permitindo que estes possam adicionar as suas atividades diárias a prática de exercícios

aeróbios.

Palavras Chaves: DPOC, exercício, custos, reabilitação pulmonar.

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ABSTRACT

Pulmonary Rehabilitation, especially due to aerobic exercise, positive impact in

reducing morbidity/mortality of patients with COPD, however the economic impact

with costs of implementing simple programs of aerobic exercise are scarce. This is a

blind randomized clinical trials, which aimed to evaluate the costs and benefits of a

simple program of aerobic exercise in individuals with COPD, considering the financial

costs of the Public Health System and its secondary endpoints. We evaluated lung

function, the distance walked during six minutes of walking, the respiratory and

peripheral muscle strength, quality of life related to health (QLRH), body composition

and level of activity of daily living (ADL) before and after eight weeks of an aerobic

exercise program consisting of educational guidance for both groups, control and

intervention and supervised walks to the intervention group. The health costs generated

in both groups were calculated following table Brazilian Public Health System. The

sample consisted of forty patients, two being excluded in the initial phase of

desaturation during the walk test six minutes. Were randomized into control and

intervention group thirty-eight patients, three were excluded from the control group and

one was excluded from the intervention group. At the end, thirty-four COPD comprised

the sample, 16 in the control group and 18 in the intervention group (FEV1: 50.9 ± 14%

pred and FEV1: 56 ± 0.5% pred, respectively). After for intervention, the intervention

group showed improvement in meters walked, the sensation of dyspnea and fatigue at

work, BODE index (p <0.01) in QLRH, ADL level (p <0.001) as well as increased

strength lower limbs (p <0.05). The final cost of the program for the intervention group

was R $ 148.75, including: assessments, hiking supervised by a physiotherapist and

reassessments. No patient had exacerbation of IG, while 2 patients in the CG

exacerbated, generating an average individual cost of R $ 689.15. The aerobic exercises

in the form of walking showed significant clinical benefits and economic feasibility of

its implementation, due to low cost and easy accessibility for patients, allowing them to

add their daily practice of aerobic exercises

Keywords: COPD, exercise, costs, pulmonary rehabilitation.

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xvii

1 INTRODUÇÃO

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xviii

A doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) é um importante problema

de saúde pública mundial, que tem como característica principal a limitação

crônica do fluxo aéreo, em especial o fluxo expiratório, de forma progressiva e

não totalmente reversível, associado a uma resposta inflamatória. Sua

etiopatogenia apresenta forte relação com o tabagismo1,2. É atribuída a DPOC a

carga de milhões de internações hospitalares, além de ser uma das principais

causas de morte em todo mundo. No entanto, está doença é considerada como

uma enfermidade evitável e tratável3. Os fatores etiológicos da DPOC estão

relacionados à inalação de partículas nocivas, onde se destaca a carga tabágica

como o fator de risco primordial. Estudos demonstram que quanto maior a

intensidade do tabagismo, maior a possibilidade de comprometimento da função

respiratória, aproximadamente 15% dos tabagistas desenvolvem DPOC e os

sintomas iniciam-se nas faixas etarias acima de 40 anos2.

A estratégia global para o diagnóstico, condução e prevenção da doença

pulmonar obstrutiva crônica (GOLD)1, descreve que, os fatores de risco para

DPOC estão relacionados a uma interação genética e ambiental. O

componente genético caracteriza-se pela deficiência de uma proteína

denominada alfa 1-antitripsina, a qual afeta cerca de 3,4 milhões de pessoas

no mundo, e que está relacionada ao aparecimento precoce de enfisema

pulmonar e doença hepática4. Fatores ambientais e ocupacionais como a

poluição do ar por vapores, irritantes químicos, fumaça química e da

combustão de lenha são também considerados pré disponentes para o

desenvolvimento da DPOC5.

A DPOC apresenta dois subtipos clássicos, que são a bronquite crônica,

a qual tem como característica principal a tosse crônica e produtiva, devido à

inflamação do epitélio das vias aéreas centrais, hiperprodução de muco e

diminuição da atividade ciliar; e o enfisema pulmonar, o qual consiste na

limitação do fluxo aéreo devido a destruição da parede alveolar e dilatação dos

espaços alveolares mais distais, ao nível de bronquíolos terminais, acarretando

na diminuição da força de recolhimento elástico dos pulmões e

hiperinsuflação2,6. De acordo com os achados espirométricos, a DPOC pode

ser classificada, baseado nos critérios GOLD1, em quatro estágios. São

analisados os valores do volume expiratório forçado no 1º segundo (Vef1) e da

capacidade vital forçada (CVF), sendo considerados indivíduos com obstrução

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xix

crônica aqueles que apresentam a relação VEF1/CVF menor que 70% do

previsto, identificado na espirometria após o uso de broncodilatador.

Posteriormente, deve ser analisado o percentual do VEF1 obtido a partir do

predito, onde o estágio I corresponde a VEF1 ≥80%, estágio II VEF1 entre 50%

e 80%, estágio III VEF1 entre 50 e 30% e estágio IV com VEF1 < 30%. Essas

alterações se devem ao comprometimento progressivo da função respiratória,

que está relacionado à limitação crônica do fluxo aéreo expiratório, o qual se dá

devido à combinação de anormalidades estruturais das vias aéreas de

pequeno calibre (com cerca de 2 mm de diâmetro)2,7. Com a presença de

inflamação crônica, ocorre a obstrução do lúmen das vias aéreas por

exsudatos inflamatórios, associado à destruição do parênquima pulmonar,

ocasionando assim uma diminuição da retração elástica dos pulmões,

reduzindo a capacidade das vias aéreas em se manterem abertas durante a

fase expiratória com consequente aprisionamento aéreo. Estas alterações

fisiopatológicas determinam uma relação ventilação-perfusão inadequadas,

com hiperinsuflação pulmonar estática e dinâmica1 que resultam em hipoxemia

e hipercapnia, comuns nos indivíduos com DPOC2. Recentemente foi

demonstrado em um modelo de classificação que a mobilidade do diafragma ≤

34 mm estava relacionada com uma maior sensação de dispneia após o

esforço físico assim como um pior desempenho no Teste de Caminhada de 6

minutos (TC6) quando comparados os indivíduos com mobilidade acima deste

valor8,9,10.

As alterações na musculatura periférica também são observadas, e

constitui-se em um fator de prognóstico negativo, demonstrando forte relação

com a diminuição da tolerância ao exercício11,12. Essa disfunção gera uma

diminuição do nível de atividade que os indivíduos realizam habitualmente,

aumentando o sedentarismo, podendo favorecer as internações hospitalares e

a mortalidade13,14. Em consonância com a relação entre o prognostico negativo

e a tolerância ao exercício nos últimos anos foi desenvolvido por Celli et al15 o

Índice de BODE (Body mass index, airway Obstruction, Dyspnea, and Exercise

capacity), o qual avalia o risco de mortalidade nesta população baseado em

diferentes parámetro, entre eles a tolerancia ao exercício.

A DPOC é responsável por elevadas taxas de mortalidade em todo o

mundo, sendo muitas vezes essa mortalidade precoce, o que gera elevados

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xx

custos financeiros para os sistemas de saúde. De acordo com a Organização

Mundial de Saúde (OMS) a DPOC é a quarta causa de mortalidade no mundo,

com uma estimativa de ser a terceira maior causa de morte mundial em 202016.

O Projeto Latino-Americano de Investigação em Obstrução Pulmonar –

PLATINO5 demonstrou que a doença foi à sexta causa de mortalidade em

cinco cidades de grandes regiões metropolitanas da América Latina: São Paulo

(Brasil), Montevidéu (Uruguai), Santiago (Chile), Caracas (Venezuela) e Cidade

do México (México). Foi observado na cidade de São Paulo, uma prevalência

da DPOC de 15,8%, o que representa algo em torno de 5.000.000 indivíduos,

sendo que a maioria dos sujeitos apresentavam sintomas, porém sem

alterações espirométricas17. No Brasil existem poucos estudos epidemiológicos

sobre a DPOC. Segundo dados do Ministério da Saúde, a DPOC é a quinta

maior causa de internamento no sistema público de saúde, em maiores de 40

anos18. Em 2011, aproximadamente 140 mil pacientes com o diagnóstico de

DPOC (Código Internacional de Doenças: CID-10: bronquite crônica, enfisema

e outras doenças pulmonares obstrutivas crônicas) foram internados no

Sistema Único de Saúde (SUS), com uma média de internação de 6,6 dias.

Isso representou um gasto aproximado de 102 milhões de Reais, com um custo

individual médio de R$ 744,29. A região do Brasil que apresentou um maior

número de internações pelo SUS no ano de 2011 foi o Sul, seguida do Sudeste

e do Nordeste. Neste mesmo período foram registrados, no sistema de

informações hospitalares do SUS, 8.490 óbitos causados pela DPOC19. Apesar

da importância dois dados publicados no sistema DATASUS, devemos

considerar que o sistema possui lacunas e não pode ser utilizado com

estimativa real, pois os custos podem ser superiores em mais de 50% se

consideramos os indivíduos não diagnosticados, os não tratados

adequadamente e aqueles onde foram realizados tratamentos que não foram

declarados na base de dados.

No transcurso da DPOC, com frequência acontecem pioras clínicas que

se denominam exacerbações, as quais estão relacionadas com aumento da

morbidade/mortalidade, diminuição da qualidade de vida, aumento substancial

dos gastos sanitários devido às internações hospitalares e aumento do

consumo de medicações associado ao elevado custo social20. Com relação à

exacerbação e a reabilitação pulmonar (RP), estudos demonstraram que a não

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xxi

participação em programas de Reabilitação Pulmonar foi considerado o fator de

risco mais frequentemente encontrado em pacientes internados por

exacerbação21. A Reabilitação Pulmonar é realizada de maneira

multidisciplinar, onde os programas são desenhados para reduzir os sintomas,

aperfeiçoar o estado funcional, aumentar a participação social dos pacientes e

reduzir os custos com a doença através da estabilização dos sintomas ou

reversibilidade das manifestações sistêmicas da doença22. Apesar dos bons

resultados obtidos nos programas de Reabilitação Pulmonar, estes programas

são pouco acessíveis ao grande número de pacientes, pois devem ser

realizados em hospitais terciários, e muitas vezes ao final do programa os

pacientes não aderem à realização de exercícios em sua vida diária,

desaparecendo os resultados entre seis meses a um ano após a finalização

dos programas23,24.O estudo de coorte de 10 anos de segmento, realizado por

Garcia Aymerich et al. 21 demonstrou que quanto menor o nível de atividade

física dos indivíduos maior o número de exacerbações, com consequente

internação hospitalar, como também mais precoce foi a primeira internação.

Além disso, foi evidenciada uma forte correlação entre a inatividade física e a

mortalidade dos sujeitos estudados. A atividade física gera benefícios aos seus

praticantes na prevenção da exacerbação, diminuição da presença de

sintomas, diminuição da gravidade da doença e possivelmente uma diminuição

dos gastos sanitários gerados pelas internações hospitalares e uso de

medicamentos. Estudo relata que a realização de atividade física, como

caminhadas de forma regular por mais de 4 horas/semana, diminuem os riscos

de internações e de mortalidade25. Neste contexto, acreditamos que a

utilização de um programa de exercícios aeróbios, na modalidade de

caminhadas supervisionadas, que permita fácil acesso aos indivíduos, através

da realização do mesmo em locais próximos as Unidades Básicas de Saúde

(UBS), podem diminuir o número de exacerbações, através de benefícios

físicos e na qualidade de vida relacionada à saúde.

1.1 Jutificativa

Mesmo considerando as atividades aeróbias ou o exercício físico uma

atividade primordial no processo de reabilitação respiratória e uma intervenção

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xxii

preconizada, existem poucas evidencias sobre a utilização isolada de

exercícios aeróbios na modalidade de caminhada para pacientes com DPOC.

Os resultados positivos em relação a esta modalidade de intervenção estão

descritos em sua maioria em estudos epidemiológicos retrospectivos e versam

sobre a atividade física e as alterações em morbidade/mortalidade.

Adicionalmente, apesar da importância do exercício aeróbio para pacientes

com DPOC, na literatura são escassos estudos de avaliação dos custos e

benefícios da implementação de um programa simples de exercícios aeróbios

que promova redução das exacerbações, redução do índice de mortalidade

BODE, promova melhora na tolerância ao exercício, diminuição da

sintomatologia relatada, melhora na qualidade de vida relacionada à saúde e

redução substancial dos gastos sanitários devido às reduções de internações

hospitalares em indivíduos com Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica.

1.2 Objetivos do estudo

1.2.1 Objetivo geral

Avaliar os custos e benefícios de um programa simples de atividade

física em indivíduos com Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC).

1.2.2 Objetivos específicos

Quantificar os custos monetários necessários para implementação de

um programa de exercícios aeróbios para ser desenvolvido nos centros

de atenção primaria SUS;

Observar custos sanitários gerados com exacerbações e internações

hospitalares durante o decorrer do programa.

Identificar as alterações encontradas na tolerância ao exercício,

sensação de dispneia, índice de mortalidade, qualidade de vida

relacionada à saúde, nível de atividade de vida diária e força muscular

periférica antes e após intervenção.

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xxiii

2 MATERIAIS E MÉTODOS

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xxiv

2.1 . Tipo do estudo

Trata-se de um ensaio clínico aleatório controlado cego, seguindo os

critérios do consolidated standards of reporting trials (CONSORT)26, para

avaliação dos custos e benefícios da implementação um programa de

exercícios aeróbios em pacientes com DPOC, onde os indivíduos foram

avaliados antes e após o período de 8 semanas de intervenção.

2.2 População e amostra

Foram contatados 72 pacientes adultos com diagnóstico clínico de

DPOC, definido pelo estadiamento GOLD1 em I, II, III e IV, em

acompanhamento médico especializado e recrutados a partir da base de dados

do serviço da Unidade Central de Agentes Terapêuticos (UNICAT), vinculada a

Secretaria Estadual de Saúde, a qual é responsável pela distribuição dos

medicamentos de alto custo do Estado do Rio Grande do Norte - fornecidos

pelo Ministério da Saúde. Destes foram estudados 40 pacientes, visto que dos

demais pacientes contatados 3 haviam evoluído com óbito, 12 recusaram-se a

participar, 13 residiam no interior do estado e 4 não deambulavam.

Os pacientes selecionados foram avaliados no Laboratório de

Desempenho Pneumocardiovascular e Músculos Respiratórios do

Departamento de Fisioterapia – UFRN, para a confirmação do estadiamento da

doença. Como critério de inclusão os pacientes deveriam estar em

acompanhamento médico pelo pneumologista, ter idade entre 40 e 85 anos,

residirem no município de Natal/RN, não fazer uso de oxigenioterapia, sem

exacerbações nos últimos três meses e não estar praticando atividade física

regular nos últimos seis meses. Foram excluídos pacientes que apresentaram

comorbidades musculoesqueléticas que interferiram na marcha, que

apresentaram queda as saturação periférica de oxigênio (SpO2) < 90% durante

o teste de caminhada de seis minutos ou que apresentaram dificuldade de

compreensão intelectual, que os impediram de realizar as atividades de

avaliação, além daqueles que abandonaram a prática da atividade física

proposta, faltassem a atividade proposta mais de 1 dia na semana ou que não

compareceram para a reavaliação.

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xxv

2.2.1. Local de realização

O estudo foi desenvolvido no Laboratório de Desempenho

Pneumocardiovascular e Músculos Respiratórios do Departamento de

Fisioterapia – UFRN, onde foram realizadas as avaliações e reavaliações. O

programa de exercícios aeróbicos foi realizado em praças públicas, bosques e

parques do município de Natal/RN, próximos aos centros de atenção primária

do SUS.

2.3 Aspectos éticos

O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) do

Hospital Universitário Onofre Lopes (HUOL), com o número 449/2010 (anexo

1), sendo fornecido o consentimento por escrito dos sujeitos participantes deste

estudo, como rege a Resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde, tendo

sido assinado um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE)

(apêndice 1). Este estudo foi registrado nos Registros Brasileiros de Ensaios

Clínicos com o protocolo RBR-7bqxm2.

2.4 Desenho do estudo

Os pacientes foram recrutados junto à UNICAT. Posteriormente

convidados a comparecerem ao Laboratório de Desempenho

Pneumocardiovascular e Músculos Respiratórios do Departamento de

Fisioterapia – UFRN, na cidade de Natal-RN, onde realizaram os

procedimentos de avaliação: entrevista com dados referentes à identificação,

hábitos de vida e condição laboral; composição corporal e antropometria,

função pulmonar, força muscular respiratória, força muscular de membros

superiores (FPM) e inferiores (uma Repetição máxima – 1 RM), teste de

caminhada dos 6 minutos, nível de atividade física através de questionário do

nível de atividade de vida diária do London chest activity of dayly living

(LCADL), nível de dispneia, e avaliação da qualidade de vida relacionada à

saúde (QVRS).

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xxvi

A avaliação inicial foi realizada por um avaliador cego, em um segundo

momento, os pacientes participaram de uma aula didática educativa sobre a

doença e o papel da atividade física para melhoria dos sintomas e da QVRS.

Após esta etapa os pacientes foram alocados aleatoriamente em grupo

controle (GC) e grupo tratamento (GT), através de sorteio simples, onde em um

envelope opaco havia quarenta (40) papéis, sendo (20) papéis com a palavra

”tratamento” e vinte (20) papéis com a palavra “controle”. Os pacientes do

grupo tratamento foram submetidos à prática de exercícios aeróbios na

modalidade de caminhada por oito semanas e o grupo controle recebeu

apenas as orientações decorrentes da aula didática educativa quanto à prática

de exercícios aeróbios ou atividade física.

Para melhor visualização do desenho do estudo, segue o diagrama de

fluxo conforme recomendação do (CONSORT)26.

2.5 Diagrama de fluxo

Figura 1. Diagrama de fluxo de pacientes, coletas e intervenções.

Contatos n= 72

Recusaram n=12

Residiam no interior n=13

Óbitos n=3

Não deambulava n=4

Voluntários n=40

Palestra educativa

Randomizacão

GT n=19

Caminhada: 40´/5x

4 semanas

Caminhada: 60´/5x

4 semanas

Exclusão de 1 indivíduo

Reavaliação

n=18

GCn=19

Intervalo de 8 semanas

Exclusão de 3 indivíduos

Reavaliação

n=16

Exclusão de 2 indivíduos n=38

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xxvii

2.6 Instrumentos e procedimentos de avaliação

2.6.1. Prova de função pulmonar

O equipamento utilizado para a realização da prova de função pulmonar

foi o DATOSPIR 120 (SibelMed, Barcelona, Espanha) acoplado a

microcomputador e calibrado a cada dia de teste. O procedimento técnico, os

critérios de aceitabilidade, reprodutibilidade, valores de referências e

interpretativos bem como a padronização do equipamento seguiram as

recomendações da Sociedade Brasileira de Pneumologia27.

Cada paciente realizou o teste na posição sentada numa cadeira

confortável e com encosto para as costas, usando um clipe nasal e

previamente à realização do teste, foram instruídos detalhadamente de todos

os procedimentos. Os pacientes respiravam através de um bucal de papelão

descartável colocado entre seus dentes e foi assegurado que não havia

vazamentos durante a respiração. Inicialmente, foi solicitado que eles fizessem

uma inspiração máxima (próximo à capacidade pulmonar total - CPT) em

seguida, após a colocação do bucal do espirômetro entre os dentes e a oclusão

dos lábios, foi solicitada uma expiração máxima e prolongada, próximo ao

volume residual (VR), seguido de uma inspiração máxima. Foi realizado o

mínimo de três e o máximo de oito testes em cada paciente, sendo registradas

as três melhores provas, com uma variabilidade entre eles inferior a 5% ou 200

ml28. Foram considerados o volume expiratório forçado do 1º segundo (VEF1),

a capacidade vital forçada (CVF) e a relação VEF1/CVF nos seus valores

absolutos e relativos, sendo este último obtido pela comparação com a curva

de normalidade para todas as variáveis espirométricas28. Foram utilizados os

valores de referência preditos por Pereira et al (2007)29.

2.6.2 Avaliação das pressões respiratórias máximas e pressão inspiratória

nasal de sniff (SNIP)

A força dos músculos respiratórios foi avaliada utilizando-se um

manovacuômetro eletrônico MicroRPM (Micromedical, Kent, Reino Unido). Os

testes foram realizados com os pacientes sentados, após a realização da prova

de função pulmonar, respeitando um período de descanso entre os testes de

10 minutos. Antes de cada teste, os pacientes foram detalhadamente

orientados sobre os procedimentos e os resultados obtidos. Os critérios

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técnicos de aceitabilidade e reprodutibilidade seguiram as normas e

recomendações da ATS/ERS30. Para obtenção da força muscular inspiratória

(PImax) foi solicitado aos pacientes que realizassem uma expiração máxima

(próximo ao Volume Residual - VR), seguida de uma inspiração máxima

(próximo a Capacidade Pulmonar Total - CPT). Enquanto que para a obtenção

da força muscular expiratória (PEmax), foi solicitado aos pacientes que realizem

uma inspiração máxima (próxima a CPT) seguida de uma expiração máxima

(próxima ao VR), sendo realizado um pequeno orifício no bucal para dissipar as

pressões geradas pela musculatura da face e orofaringe, sem afetar as

pressões produzidas pela musculatura da caixa torácica com a glote aberta,

nesta fase da avaliação31. Para cada avaliação, foi considerado o valor máximo

obtido em, no máximo cinco provas, desde que este valor não seja superior a

10% entre as três melhores provas. Os valores obtidos foram comparados com

os valores de referência descritos para a população brasileira32 e analisados

nos seus valores absolutos e relativos.

A SNIP, pressão inspiratória nasal, ou o sniff teste, foi realizado a partir

da referencia volumétrica pulmonar Capacidade Residual Funcional (CRF),

solicitando ao paciente que após uma expiração tranquila realizasse uma

inspiração máxima, sem sustentação, caracterizada como uma fungada, com

uma fossa nasal ocluída por um plug com um orifício de aproximadamente 1

mm, acoplado a um cateter de linha de pressão conectado ao manovacuômetro

digital e a outra fossa nasal sem oclusão33. Foram realizadas 10 medidas de

SNIP34,35, separadas por um período de repouso de 30 segundos. A prova de

maior valor foi a escolhida e para determinação dos valores de referencia foram

utilizadas equações preditivas descritas previamente36. Todas as medidas

foram registradas em uma ficha individual do paciente.

2.6.3 Teste da caminhada dos seis minutos

O teste da caminhada dos seis minutos foi realizado seguindo os

procedimentos técnicos descritos pela American Thoracic Society (ATS)37. Para

realização do teste da caminhada dos 6 minutos foi solicitado ao sujeito

caminhar o mais rápido possível durante o tempo estabelecido, em um corredor

plano, como uma distância de 30 metros, onde o paciente deveria ir e retornar

o máximo de vezes possível durante o tempo pré-determinado38. Antes de

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xxix

iniciar o teste foram verificadas a frequência respiratória, frequência cardíaca e

a saturação periférica de oxigênio (SpO2), através de oxímetro de pulso portátil

(Nonim Medical, INC, 2500A, Plymouth, MN, Estados Unidos). A pressão

arterial foi verificada utilizando um tensiômetro analógico (Becton Dickinson -

BD®, Brasil) e um estetoscópio (Littmann® classic II, 3M, USA). Os sintomas

subjetivos de dispneia e fadiga de membros inferiores foram medidos pela

escala de Borg modificada de 0 a 1037,39,40 (anexo 2). Durante todo o teste, o

Fisioterapeuta responsável monitorou a frequência cardíaca e a SpO2. A cada

minuto o paciente recebeu uma frase incentivo41 padronizada seguindo os

procedimentos técnicos do teste. Os metros percorridos foram considerados de

acordo com a marcação no solo de metro em metro e ao final do teste a

distância total percorrida foi calculada. Todos os parâmetros avaliados

previamente foram reavaliados imediatamente após o término do teste e na

reavaliação do repouso após dois minutos40. Para controlar o efeito

aprendizado do teste, os pacientes realizavam dois testes, com um tempo

adequado de repouso de 30 minutos entre o primeiro e o segundo teste38. Foi

utilizada a equação proposta por Iwama et al.42 para calcular a distância predita

de caminhada durante os seis minutos. Para avaliarmos o trabalho máximo

(Wmax) realizado durante o teste da caminhada dos seis minutos foi adotada a

equação proposta por Hill et al43, a qual se baseia no peso corporal dos sujeitos

avaliados, e a equação proposta por Cavalheri et al44, que se baseia na massa

livre de gordura determinada pela bioimpedância.

2.6.4 Força de preensão manual e força de membros inferiores

A avaliação da Força de Preensão Manual (FPM)45 foi realizada

mediante dinamometria de mão utilizando o teste de força isométrica para

flexores de dedos, na mão do lado dominante, com o equipamento Jamar

(Sammons Preston; Boolingbrook, IL, USA). As avaliações foram realizadas por

um único avaliador, previamente treinado, onde os indivíduos foram

posicionados sentados em cadeira com encosto e sem apoio para os braços,

estando o braço aduzido e em paralelo com o tronco, o ombro em posição

neutra, o cotovelo flexionado a 90°, o antebraço em posição fundamental com

polegar era mantido para cima. Foram realizadas três provas reprodutíveis,

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xxx

com variação menor que 5% sendo escolhido o maior valor obtido para análise,

utilizamos como equação de referência proposta por Novaes et al46.

O teste de uma repetição máxima (1RM) foi realizado na mesa

extensora 405 Embreex (Physicus® Brasil), com capacidade de carga de 50

kg47. O protocolo seguido para a realização do teste de 1RM foi aplicado nos

indivíduos sentados na mesa extensora, com apoio nas costas, membros

superiores pendentes ao lado do corpo, colocando-se uma carga teste inicial

de acordo com a escolha do paciente, sendo acrescido 1 kg por vez entre os

testes. Foi considerado o peso de uma repetição máxima quando não fosse

possível a execução de uma segunda repetição. Durante cada tentativa foi

dado incentivo verbal, o teste foi iniciado a partir do ângulo de 90º de flexão do

joelho, do lado dominante, sendo solicitado a extensão do joelho próximo de

150°, com um intervalo de cinco minutos entre as repetições48. Caso o paciente

realizasse acima de seis tentativas, o teste seria realizado no dia seguinte.

Trata-se de uma medida dinâmica que tem uma estreita relação com os

movimentos que são produzidos durante as atividades de vida diária. Portanto,

a transição bidirecional da informação obtida foi facilmente aplicável para

observar a evolução e para avaliar o treinamento dos pacientes com a força

muscular periférica comprometida49. Todos os dados coletados foram

armazenados em uma ficha de avaliação por nós elaborada (apêndice 2).

2.6.5 Qualidade de vida relacionada à saúde, atividades de vida diária e

dispneia

A qualidade de vida foi avaliada através do Saint George respiratory

questionnaire (SGRQ), traduzido e validado para o Português50. O questionário

SGRQ é específico para indivíduos com DPOC e aborda os aspectos

relacionados a três domínios específicos, sintomas, atividade e impactos

psicossociais que a doença respiratória pode causar ao paciente. 51,52 (anexo

3). A dispneia percebida foi avaliada mediante a escala do medical research

council (MRC). Esta escala é composta por cinco itens, onde o paciente

escolhe o item que corresponde à limitação que a dispneia causa nas suas

atividades cotidianas53 (anexo 4).

Para a avaliação das atividades de vida diária (AVD) foi utilizado à

escala London chest activity of daily living (LCADL)54, traduzida e validado para

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a língua portuguesa55. A LCASL é um escala utilizada para determinar o nível

de atividade física realizada, apresentando elevada correlação com o teste da

caminhada dos seis minutos e com a qualidade de vida56. Adicionalmente a

LCADL é considerada um bom preditor de mortalidade independente da função

pulmonar e do índice de massa corporal57. A escala LCADL apresenta 15

questões contempladas em quatro domínios, cuidados pessoais, atividades

domésticas, atividade física e de lazer. Cada item dos domínios deve receber

um escore pontuado de zero a cinco, sendo o maior valor o que representa a

máxima incapacidade nas atividades de vida diária. A pontuação total pode

variar até 75 pontos, sendo quanto mais alta, maior a limitação das atividades

de vida diária54 (anexo 5). Nesse estudo todos os questionários foram aplicados

por um único avaliador, previamente treinando, independente de o paciente ser

alfabetizado ou não.

2.6.6 Composição corporal e dados antropométricos

A porcentagem de gordura corporal foi obtida através da técnica de

bioimpedância, sendo utilizado o aparelho portátil Inbody R20 (Biospace®,

Coréia do Sul), constituido por uma balança que contém quatro eletrodos (2

eletrodos para os pés e 2 eletrodos para as mãos). A aferiçao foi realizada

após 5 minutos dos pacientes em situação de repouso em posição ortostática,

ereto sobre a balança, com a bexiga esvaziada e sem objetos metálicos no

corpo. O aparelho quantificou o percentual de gordura corporal total e por

segmento corpóreo, índice de massa corpórea, relação cintura-quadril,

quantidade de massa muscular em quilograma (Kg) e taxa metabólica basal do

indivíduo. O volume de massa magra foi calculado através da equação: massa

magra = - 6.06 + (estatura x 0,283) + (peso x 0,207) – (resistência x 0,024) +

[sexo (masculino = 1, feminino = 0)] x 4,03658. Adicionalmente os pacientes

foram avaliados quanto ao sua altura, através de um estadiómetro acoplado a

balança antropométrica Filizola (Filizola PL200®, São Paulo, Brasil) com

capacidade máxima de 200 kg.

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2.6.7 Índice de mortalidade BODE

Através do calculo do índice de mortalidade de BODE (Body, Airway

Obstruction, Dyspnea, and Exercise capacity) foi avaliado o risco de

mortalidade dos pacientes59. Este instrumento é composto da avaliação de

quatro parâmetros, o índice de massa corporal (IMC), o percentual do VEF1 de

acordo com o valor predito, a distância percorrida no teste de caminhada dos

seis minutos e a pontuação obtida pela escala de dispneia do MRC. A

pontuação varia de 0 a 10, quanto maior a pontuação obtida, maior era o risco

de mortalidade dos voluntários avaliados60 (anexo 6).

2.7 Programa de exercícios aeróbios

O programa de exercícios aeróbios para o grupo tratamento foi realizado

em praças públicas, bosques e parques localizados no municipio de Natal-RN

próximos a centros de atenção primária do SUS. Estas áreas apresentavam um

ambiente físico adequado para a realização das atividades de caminhada, com

área verde, piso adequado e ambiente arejado. O treinamento aeróbio foi

composto por uma intervenção diária de caminhada, segundo tolerância

individual com base na escala de Borg modificada, cinco dias por semana

durante oito semanas consecutivas. Inicialmente, nas duas primeiras semanas,

o alvo foi atingir 40 minutos de caminhada e foram permitidos períodos de

repouso de no máximo cinco minutos sempre que solicitado pelo paciente.

Após há quarta semana o tempo foi aumentado progressivamente até ser

possível atingir 60 minutos de caminhada. O treinamento da atividade física foi

interrompido sempre que o grau de sensação de dispneia, referido pelos

indivíduos através da escala de BORG, alcançou cinco (intensa), ou a FC

ultrapassou 85% do valor da FC máxima individual, ou ainda se foi observado

SpO2 <90%61.

Durante os dois dias de caminhada supervisionada, a cada cinco minutos

os pacientes foram questionados em relação ao seu nível de dispneia e fadiga.

Cada paciente recebeu uma ficha individual onde foi registrada a evolução no

tempo de caminhada e a sensação de dispneia e fadiga a cada dia. Antes de

cada caminhada os sujeitos foram interrogados quanto ao uso dos

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medicamentos de rotina, antes e após a prática física foram verificados a

saturação de oxigênio, a pressão arterial, a frequência respiratória e a

frequência cardíaca, sendo desaconselhada a atividade àqueles que

estivessem fora dos padrões considerados normais para atividade física.

Durante as atividades não supervisionadas, os pacientes realizaram as

caminhadas sozinhos, utilizando a escala de Borg modificada (0 a 10) para

controlar as sensações de dispneia e fadiga antes de iniciar a atividade,

imediatamente após e após 2 minutos de repouso do final da atividade, com

interrupção dos exercícios se os valores ultrapassarem cinco, sendo os dados

registrados diariamente pelos participantes em uma ficha de acompanhamento

individual (apêndice 3). O grupo controle não realizou o programa de atividade

física por nós proposto, porém após a finalização do estudo foi oferecido à

mesma intervenção realizada pelo GT a este grupo. Ambos os grupos foram

reavaliados após a finalização do programa de atividade física.

2.8 Cálculo dos custos

Os custos do programa foram apresentados em custo diretos. Os custos

diretos compreendem os custos do programa de reabilitação, custo das

avaliações, das exacerbações e internações que existiram. Esta divisão se deu

ao fato de que algumas avaliações foram realizadas para comprovação dos

benefícios do programa, não sendo necessárias uma vez que sejam

estabelecidos os benefícios. Os custos do programa de reabilitação foram

avaliados através do cálculo pelo valor do atendimento fisioterapêutico em

paciente com transtorno respiratório com complicações sistêmicas, dos custos

de cada procedimento de avaliação utilizado, e os custos das exacerbações

(aumento do consumo de medicação) e internações (aumento do consumo da

medicação, uso ventilação mecânica não invasiva (VMNI), oxigenoterapia), os

quais foram calculados com base na Tabela de Procedimentos, Medicamentos,

Órteses, Próteses e Materiais Especiais - OPM do Sistema Único de Saúde -

SUS62, onde o pagamento dos serviços hospitalares é realizado de acordo com

a patologia que gerou o internamento, estando incluso nesse valor as despesas

referentes a diárias, taxas de sala, materiais hospitalares e medicamneto63. Os

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xxxiv

valores de medicamentos genéricos foram obtidos em reais, de acordo com a

tabela do Ministério da Saúde64.

2.9 Cálculo amostral

Para obtenção do número total da amostra foi utilizado o teste t para uma

amostra, analisando os metros caminhados no teste da caminhada, baseado

no desvio padrão desta variável, obtidos através de dados publicados

previamente, para um desvio padrão do teste da caminhada de 133 metros15.

Foi utilizado um erro alfa de 0,05 com distribuição bilateral, um poder de teste

de 80% considerando uma verdadeira diferença entre grupos de 84,48 metros

(acima dos 54 metros considerados como melhoria clínica do teste da

caminhada dos seis minutos para pacientes com DPOC) a indicação foi de uma

amostra de 20 sujeitos para serem tratados.

2.10 Análise estatística

Foi utilizado o pacote estatístico GraphPad Prism 4 software (GraphPad

Software Inc., San Diego Califórnia USA), com nível de significância de 95%

(p<0,05). Foi utilizado o teste de Shapiro-Wilk para analisar a distribuição da

amostra e Análise de Variância de dois fatores, tempo versus intervenção

(ANOVA two-way) e o teste pos-hoc de Bonferroni, para verificar a diferenças

intragrupo e intergrupo.

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xxxv

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

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Os resultados e discussão deste estudo são apresentados sobre a forma

de artigo científico, com o título “Custos e benefícios de um programa de

exercícios aeróbicos na Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica: ensaio

clínico aleatório controlado”, cuja metodologia e estruturação foram

organizadas de acordo com as normas para publicação do Jornal Brasileiro

de Pneumologia ao qual este manuscrito será submetido.

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Resumo

(Introdução) A Reabilitação Pulmonar impacta positivamente na redução da

morbidade/mortalidade do paciente com DPOC, entretanto o impacto

econômico com custos da implementação de programas de exercícios aeróbios

são escassos. (Objetivo) Objetivamos avaliar os custos e os benefícios de um

programa simples de exercícios aeróbios de caminhada em indivíduos com

DPOC. (Método) Trata-se de um ensaio clínico aleatório controlado cego, onde

selecionamos 72 pacientes com diagnostico de DPOC, sendo incluídos no

estudo 40 pacientes, randomizados em dois grupos: grupo controle (GC) e

grupo intervenção (GI). Avaliamos função pulmonar, distância percorrida no

teste da caminhada dos 6 minutos (TC6M), força muscular respiratória e

periférica, qualidade de vida relacionada à saúde (QVRS), composição corporal

e nível de atividade de vida diária (AVD) antes e após oito semanas de um

programa de caminhada. Os custos financeiros foram calculados seguindo

tabela do Sistema Único de Saúde do Brasil. (Resultados) Dos 40 pacientes

selecionados, 34 compuseram a amostra, 16 no GC e 18 no GI (VEF1: 50,9 ±

14 %pred e VEF1: 56 ± 0,5 %pred, respectivamente). O grupo intervenção

apresentou melhora TC6M, sensação de dispneia e fadiga, trabalho realizado,

índice de BODE (p<0,01), QVRS, nível de AVD (p<0,001) e incremento da

força dos membros inferiores (p<0,05). O custo final médio, por paciente, para

o GI foi de R$ 148,75 e nenhum paciente exacerbou, enquanto no GC 2

pacientes exacerbaram, gerando um custo de R$ 689,15. (Conclusão) Os

exercícios aeróbios de caminhadas demonstraram significantes benefícios

clínicos e a viabilidade econômica para sua implementação.

Palavras Chaves: DPOC, exercício, custos, reabilitação pulmonar.

Abstract

(Introduction) Pulmonary Rehabilitation positive impact in reducing morbidity /

mortality of patients with COPD, however the economic impact of the

implementation cost of aerobic exercise programs are scarce. (Aim) We aimed

to evaluate the costs and benefits of a simple program of aerobic exercise of

walking in individuals with COPD. (Method) This is a randomized controlled

blind, where we selected 72 patients with diagnosis of COPD, were included in

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the study 40 patients were randomized into two groups: control group (CG) and

intervention group (IG). We assessed lung function, distance walked during the

6-minute walk (6MWT), peripheral and respiratory muscle strength, related

quality of life (HRQoL), body composition and level of activity of daily living

(ADL) before and after eight weeks a walking program. Financial costs were

calculated following table Health System of Brazil. (Results) Of the 40 patients

selected, 34 were included in the sample, 16 and 18 in the CG GI (FEV1: 50,9 ±

14% pred and FEV1: 56 ± 0,5% pred, respectively). The intervention group

showed improvement in 6MWT, sensation of dyspnea and fatigue, work, BODE

index (p<0,01), HRQoL, level of ADL (p<0,001) and increased lower-limb

strength (p<0,05). The final average cost per patient for GI was R $ 148,75 and

no patient exacerbated, while 2 patients in the GC exacerbated, generating a

cost of U.S. $ 689,15. (Conclusion) The aerobic hiking demonstrated significant

clinical benefits and economic feasibility for implementation.

Key Words: COPD, exercise, costs, pulmonary rehabilitation.

INTRODUÇÃO

A Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) é um problema de

saúde pública mundial, caracterizada por limitação crônica do fluxo aéreo de

forma progressiva e não totalmente reversível, que determina uma elevada

morbidade e mortalidade1. As exacerbações da doença estão relacionadas a

um aumento da mortalidade, diminuição da qualidade de vida relacionada à

saúde e aumento substancial dos gastos sanitários e social. A não participação

em programas de reabilitação pulmonar foi considerado o fator de risco mais

encontrado em pacientes internados por exacerbação2. Apesar dos bons

resultados confirmados, os programas de reabilitação pulmonar são pouco

acessíveis ao grande número de pacientes, onerosos, apresentam baixa

adesão e continuação por parte dos pacientes, desaparecendo os resultados

entre seis meses a um ano após a finalização dos destes. A realização de

exercícios aeróbios de forma regular, por mais de 4 horas/semana, diminuem

os riscos de internações e de mortalidade, sendo uma atividade eficaz e com

maior possibilidade de adesão por parte dos pacientes nas suas atividades de

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xxxix

vida diária, além de ser de baixo custo, podendo ser aplicada facilmente nos

ambientes próximos as suas residências3.

A DPOC é atualmente a quarta causa de morte mundial, com uma

estimativa de ser a terceira maior causa em 2020. Muitas dessas mortes são de

indivíduos em idade produtiva, o que elevados os custos financeiros para os

sistemas de saúde4. O Projeto PLATINO, um estudo multicêntrico na América

Latina, demonstrou que a DPOC foi à sexta causa de mortalidade nessa

região5. No Brasil, segundo dados do Ministério da Saúde, a DPOC é a quinta

maior causa de internamento no Sistema Único de Saúde (SUS), em indivíduos

maiores que 40 anos. Em 2011, aproximadamente 140 mil pacientes foram

internados no SUS, com uma média de internação de 6.6 dias, o que

representou um gasto aproximado de 102 milhões de reais, com custo

individual médio de R$ 744,29, além de 8.490 óbitos neste período6.

Sabendo da escassez da existência de programas de reabilitação

pulmonar ofertados a população em risco com DPOC, nosso estudo teve como

objetivo principal avaliar os custos e benefícios da implementação de um

programa simples de exercícios aeróbios de caminhada para estes pacientes.

Nossos objetivos secundários incluem a observação dos desfechos clínicos

como exacerbações clínicas e internações hospitalares durante o decorrer do

programa assim como a quantificação dos custos monetários para o

desenvolvimento do programa de exercícios aeróbicos proposto.

MATERIAIS E MÉTODOS

Sujeitos

Trata-se de um ensaio clínico aleatório controlado cego, pois as

avaliações e reavaliações foram realizadas por um fisioterapeuta que não

conhecia a alocação dos pacientes, realizado de acordo com as orientações do

consolidated standards of reporting trials – CONSORT7. Foram contatados 72

pacientes adulto com DPOC, com idade entre 40 e 85 anos, junto a Unidade

Central de Agentes Terapêuticos (UNICAT), localizado na cidade de Natal-RN,

do quais 40 indivíduos foram voluntários. As avaliações foram realizadas no

Laboratório de Desempenho Pneumocardiovascular e Músculos Respiratórios

do Departamento de Fisioterapia – Universidade Federal do Rio Grande do

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xl

Norte (UFRN). Os indivíduos deveriam estar em acompanhamento médico

especializado, não fazer uso de oxigenioterapia domiciliar, sem exacerbações

nos últimos três meses e não haver participado de nenhum programa de

exercícios aeróbios ou atividade física nos últimos seis meses. Foram

excluídos os pacientes que apresentaram comorbidades que interferiram na

marcha, queda da saturação periférica de oxigênio (SpO2) < 90% durante o

teste de caminhada de seis minutos, dificuldade de compreensão intelectual,

que abandonaram o programa de exercícios, que faltassem a atividade

proposta mais de 1 dia na semana ou não compareceram para a reavaliação.

O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital

Universitário Onofre Lopes, com protocolo 449/2010, foi registrado junto aos

Registros Brasileiros de Ensaios Clínicos, com o protocolo RBR-7bqxm2 e

todos os sujeitos foram esclarecidos dos procedimentos e assinaram Termo de

Consentimento Livre e Esclarecido.

Desenho do estudo

A avaliação inicial foi realizada por um Fisioterapeuta previamente

treinado, cego e que não era ciente a qual grupo os pacientes estavam

alocados. Em seguida, todos os pacientes recebiam aula educativa sobre a

doença e o papel dos exercícios aeróbios para melhoria dos sintomas e das

atividades de vida diária. Após esta etapa os pacientes foram alocados

aleatoriamente em grupo controle (GC) e grupo intervenção (GI), através de

sorteio simples. Os voluntários do grupo intervenção receberam, além da aula

educativa, à prática de exercícios aeróbios de caminhada por oito semanas e

sendo ambos os grupos reavaliados ao final das oito semanas. Para melhor

visualização do desenho do estudo, segue o diagrama de fluxo conforme

recomendação do CONSORT7.

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xli

Figura 1. Diagrama de fluxo de pacientes, coletas e intervenções.

Instrumentos e procedimentos de avaliação

Programa de exercícios aeróbicos

O grupo intervenção realizou o programa de exercícios aeróbios durante

cinco dias por semana, sendo dois dias com supervisão do Fisioterapeuta, com

um total de oito semanas consecutivas. Nas primeiras semanas o alvo foi

atingir 40 minutos de caminhada e, após há quarta semana, houve a elevação

progressiva do tempo, até alcançar 60 minutos de caminhada. Nas atividades

supervisionadas eram realizadas em pequenos grupos, de no máximo três

pacientes, sendo interrompidas sempre que o grau de sensação de dispneia,

através da escala de BORG, alcançou cinco (intensa) ou a frequência cardíaca

ultrapassou 85% do valor máximo individual calculado8. Cada paciente recebeu

Contatos n= 72

Recusaram n=12

Residiam no interior n=13

Óbitos n=3

Não deambulava n=4

Voluntários n=40

Palestra educativa

Randomizacão

GT

n=19

Caminhada: 40´/5x

4 semanas

Caminhada: 60´/5x

4 semanas

Exclusão de 1 indivíduo

Reavaliação

n=18

GC

n=19

Intervalo de 8 semanas

Exclusão de 3 indivíduos

Reavaliação

n=16

Exclusão de 2 indivíduos n=38

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xlii

uma ficha para registro da evolução do tempo de caminhada e da sensação de

dispneia e fadiga diárias durante as atividades não supervisionadas, e foram

orientados a utilizar a escala de Borg modificada (0 a 10) para controlar a

sensação de dispneia e fadiga, com interrupção dos exercícios se os valores

ultrapassarem cinco, não sendo registrada nenhuma intercorrência neste

período. O grupo controle não realizou o programa de exercícios aeróbios,

porém após a finalização do estudo foi oferecido à mesma atividade realizada

pelo grupo intervenção. Ambos os grupos foram reavaliados após a finalização

do programa de exercícios aeróbios.

Composição corporal e avaliação antropométrica

A Composição corporal foi obtida através da técnica de bioimpedância,

através do aparelho portátil Inbody R20 (Biospace®, Seu, Coréia do Sul). Foi

quantificado o percentual de gordura corporal, índice de massa corporal (IMC),

massa de músculo esquelético, massa livre de gordura e taxa metabólica

basal9. A estatura foi medida com um estadiômetro acoplado a balança

antropométrica Filizola PL200 (Filizola®, São Paulo, Brasil).

Espirometria e força muscular respiratórias

A espirometria foi realizada utilizando o aparelho DATOSPIR 120

(SibelMed®, Barcelona, Espanha), seguindo as recomendações da Sociedade

Brasileira de Pneumologia10, considerando os valores de referências preditos

por Pereira et al., (2007)11. As pressões respiratórias máximas (PImax e

PEmax) e pressão inspiratória nasal de sniff (SNIP) foram avaliadas utilizando

manovacuômetro eletrônico MicroRPM (Micromedical®, Kent, Reino Unido). Os

critérios técnicos seguiram as recomendações da American thoracic

society/European respiratory society12. A PImax e PEmax foram obtidas

considerado o valor máximo alcançado em, no máximo, cinco provas com

intervalo de 1 minuto entre elas, desde que este valor não fosse superior a 10%

entre as três melhores provas. Os valores obtidos foram comparados com os

valores de referência descritos para a população brasileira13. O SNIP foi

realizado em 10 medidas, separadas por um período de repouso de 30

segundos, utilizando-se as equações descritas previamente para a obtenção

dos valores de referência14, sendo considerado o maior valor.

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xliii

Teste da caminhada dos seis minutos

Para analisar a tolerância ao exercício, utilizamos o teste da caminhada

dos seis minutos, segundo recomendação da American Thoracic Society15,

sendo solicitado aos pacientes caminharem em um corredor plano de 30

metros, durante seis minutos. Antes de iniciar os testes foram verificados a

frequência respiratória, frequência cardíaca e saturação periférica de oxigênio,

sendo os dois últimos através do oxímetro de pulso INC 2500A (Nonim

Medical®, Plymouth, MN, EUA), pressão arterial através do

esfingmomanômetro aneróide ML035 (Solidor®, São Paulo, Brasil) e os

sintomas subjetivos de dispneia e fadiga de membros inferiores avaliados pela

escala de Borg modificada de 0 a 1015. Ao final dos 6 minutos a distância total

percorrida foi calculada e todos os parâmetros avaliados previamente foram

reavaliados imediatamente após o término do teste e após 2 minutos, sendo

realizado 2 testes, com um repouso de 30 minutos entre eles, considerando o

teste com maior distância percorrida. A distância predita de caminhada foi

calculada através das equações proposta por Iwama et al. (2009)16. O trabalho

máximo (Wmax) realizado foi calculado pelas equações propostas por Hill et al.

(2008)17, utilizando o produto do peso corporal pela distância percorrida, e pela

equação proposta por Cavalheri et a. (2010)18, utilizando a massa livre de

gordura através da formula Wmax = distancia percorrida * massa livre de

gordura.

Força muscular periférica

A Força muscular periférica de preensão manual foi obtida através da

dinamometria de mão do lado dominante, com o equipamento Jamar

(Sammons Preston®, Boolingbrook, IL, EUA). Foram realizadas três provas

reprodutíveis (≤ 5%) onde foi escolhido o maior valor obtido para análise,

utilizando a equação de referência previamente descrita19. A força dos

membros inferiores foi realizada pelo teste de uma repetição máxima (RM) do

lado dominante, na mesa extensora 405 Embreex (Physicus®, São Paulo,

Brasil), com capacidade de carga de 50 kg20.

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xliv

Índice de BODE

O índice de mortalidade (a curto prazo) foi calculado através do Índice

de BODE (Body, airway Obstruction, Dyspnea, and Exercise capacity), o qual é

composto da avaliação de quatro parâmetros: IMC, percentual do VEF1 de

acordo com o predito, distância percorrida no teste da caminhada dos seis

minutos e pontuação obtida pela escala do MRC . A pontuação alcançada varia

de 0 a 10, sendo que quanto maior a pontuação obtida, maior o risco de

mortalidade21.

Qualidade de vida relacionada à saúde

A qualidade de vida relacionada à saúde (QVRS) foi avaliada através do

questionário Saint George Respiratory Questionnaire (SGRQ), traduzido e

validado para o português, o qual aborda aspectos relacionados a três

domínios específicos: sintomas, atividade e impactos psicossociais22. A

dispneia percebida foi avaliada mediante a escala do Medical Research Council

(MRC), com pontuação de 1 a 5, onde o paciente escolhe o item que

corresponde à limitação que a dispneia causa nas suas atividades cotidianas23.

A escala London chest activity of daily living (LCADL)24 foi utilizada para

determinar a intensidade dos exercícios aeróbios realizados e sua relação com

a dispneia percebida nas atividades cotidianas. Nesse estudo todos os

questionários foram aplicados por um único avaliador cego, previamente

treinando, independente do paciente ser alfabetizado ou não.

Cálculo dos custos

Os custos diretos compreenderam os custos do programa de exercícios

aeróbios, os quais foram avaliados através do cálculo do valor do atendimento

do Fisioterapeuta em paciente com transtorno respiratório com complicações

sistêmicas e dos custos de cada procedimento de avaliação utilizado. Os

custos das exacerbações, internações e aumento do consumo de medicação,

foram calculados com base na Tabela de Procedimentos, Medicamentos,

Órteses, Próteses e Materiais Especiais (OPM) do Sistema Único de Saúde

(SUS)25, onde o pagamento dos serviços hospitalares é realizado de acordo

com a patologia que gerou o internamento, estando incluso nesse valor as

despesas referentes a diárias, taxas de sala, materiais hospitalares e

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xlv

medicamneto26. Os valores de medicamentos genéricos foram obtidos em

reais, de acordo com a tabela do Ministério da Saúde27.

Cálculo amostral e análise estatística

Para obtenção do número total da amostra foi utilizado o teste t de Student

para uma amostra, analisando os metros caminhados no teste da caminhada,

obtidos através de dados publicados previamente, para um desvio padrão do

teste da caminhada de 133 metros28. Foi utilizado um erro alfa de 0.05 com

distribuição bilateral, um poder de teste de 80% considerando uma verdadeira

diferença entre grupos de 84,48 metros a indicação foi de uma amostra de 20

sujeitos para serem tratados. Para análise estatística foi utilizado o teste de

Shapiro-Wilk para analisar a distribuição da amostra e Análise de Variância de

dois fatores, tempo versus intervenção (ANOVA two-way) e o teste pos-hoc de

Bonferroni, para verificar a diferenças intragrupo e intergrupo. Foi utilizado o

pacote estatístico GraphPad Prism 4 software (GraphPad Software Inc., San

Diego Califórnia USA), com nível de significância de 95% (p < 0,05).

RESULTADOS

Foram avaliados 40 pacientes com diagnóstico de DPOC, sendo

excluídos do estudo dois sujeitos por apresentarem SpO2 < 90% durante o

teste da caminhada dos seis minutos. A amostra foi aleatorizada e os pacientes

alocados no em grupo controle e grupo de intervenção com 19 sujeitos em

cada grupo. Durante o período de intervenção foram excluídos quatro

pacientes do estudo. Um paciente do grupo intervenção por necessidade de

intervenção cirúrgica e três indivíduos do grupo controle, dois pacientes por

terem apresentado exacerbação clínica no decorrer das oito semanas de

estudo e um paciente por não ter comparecido para a reavaliação clínica. A

amostra final foi composta de 34 pacientes, 16 pacientes no grupo controle e

18 pacientes no grupo intervenção com médias de idade respectivamente de

70,5 ± 8 anos e 64,6 ± 10 anos, IMC de 26,4 ± 4 e 28,1 ± 5,1 kg/m2, sendo

61,8% dos indivíduos da amostra total com valores de IMC acima do ideal,

desses 62,5% estavam alocados no grupo controle e 61,1% no grupo

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xlvi

intervenção. O tabagismo ativo foi observado em 11,8% da amostra, estando

os sujeitos distribuídos de forma equivalente em ambos os grupos. Todos os

sujeitos eram sedentários, conforme critério de inclusão, sendo realizado um

questionamento arbitrário sobre essa questão. Destes, 26,5% dos pacientes

que nunca haviam praticado exercícios aeróbios foram alocados no grupo

controle e 23,5% no grupo intervenção (tabela 1).

A espirometria demostrou um padrão obstrutivo crônico sem

reversibilidade e foram classificados conforme recomendações GOLD1 em

leve, moderada, grave e muito grave. O grupo controle apresentou VEF1/CVF =

0,60 ± 0,09 e VEF1=1,15 ± 0,4 L (50,9 ± 14 %pred.), e o grupo intervenção com

VEF1/CVF = 0,62 ± 0,08 e VEF1= 1,49 ± 0,4 L (56 ± 0,5 %pred.). Em relação à

força muscular respiratória, os sujeitos apresentaram valores de PImax, PEmax

e SNIP respectivamente no grupo controle e grupo intervenção de 75,2 ± 22,8

cmH2O e 81 ± 19,1 cmH2O, 88 ± 24,8 cmH2O e 92,2 ± 24,2 cmH2O, 70,3 ± 14,7

cmH2O e 75,6 ± 16,7 cmH2O. Não houve diferença estatisticamente

significativa entre os grupos no momento inicial nos valores antropométricos e

de função pulmonar.

Efeitos do programa de exercícios aeróbios

Após oito semanas de intervenção, foi observada uma melhora no grupo

intervenção na distância percorrida (Δ = 42,8 metros) e uma redução dos

metros caminhados no grupo controle (Δ = -51,5 metros) (p<0,01). Os sujeitos

do grupo intervenção apresentaram ao final do teste da caminhada dos seis

minutos uma diminuição significativa (p<0,01) da sensação de dispneia e

fadiga. Após a intervenção, foi observado aumento na capacidade de trabalho

máximo realizado durante o teste da caminhada dos seis minutos (p<0,01),

calculado tanto pela distância percorrida nos seis minutos versus peso

corporal, quanto pela distância percorrida nos seis minutos versus massa livre

de gordura (tabela 2). Foram observadas melhores escores do índice BODE ao

final do programa de exercícios aeróbios e, apesar de não ter sido realizada

intervenção direcionada para os músculos respiratórios, foram observadas

melhoras significativas na PEmax e na SNIP (p=0,03 e p=0,02)

respectivamente (tabela 2). Em relação ao cumprimento das atividades de

caminhada não supervisionada, nenhum paciente foi excluído do estudo por

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haver deixado de caminhar mais de um dia dos três dias de caminhada não

supervisionada.

A qualidade de vida mostrou escores com diferenças significativas entre

os grupos, após o programa de exercícios aeróbios nos domínios de sintoma,

atividade e impacto. Quanto ao nível de exercícios aeróbios diário, foi

observado diferença significativa após o programa, exceto para o domínio

“Atividades Domésticas” (tabela 2). A força da musculatura periférica de

membros inferior melhorou significativamente (p<0,05), assim como a massa

magra dos músculos esqueléticos nos membros inferiores (p=0,005 e p=0,004).

Custos de implementação do programa exercícios aeróbios

Os cálculos de custos diretos e benefícios do programa para o paciente

com DPOC em relação à avaliação inicial, programa de exercícios aeróbios e

reavaliação final, adicionados aos custos estimados das exacerbações estão

detalhados os valores em Reais (R$) para cada procedimento realizado no

presente estudo. Na fase inicial foram avaliados 40 indivíduos, cabe ressaltar

que em 37 pacientes foi realizada a avaliação da composição corporal com

estudo da bioimpedância, entretanto a tabela do SUS não consta dessa

modalidade de exame.

Na analise dos custos para cada grupo, foram adicionadas os custos

relacionados com a aula educativa que cada paciente recebeu após sua

avaliação inicial, antes do processo de aleatorização e o programa de

exercícios aeróbios. O programa constituiu do acompanhamento

Fisioterapêutico durante as atividades de caminhadas, ambos com valor

individual de R$ 6,35. As caminhadas foram realizadas com supervisão

profissional duas vezes por semana, durante oito semanas (18 sessões),

somando R$ 101,60/pessoa. No grupo intervenção foi calculado um total de

288 sessões de exercícios de caminhada. A tabela 4 demonstra o custo total

para o grupo controle o grupo intervenção, de R$ 1.575,49 e R$ 2.731,00

respectivamente. As diferenças financeiras entre os grupos estão relacionadas

ao custo operacional do programa de exercícios aeróbios, entretanto, foram

minimizadas pela internação hospitalar, por exacerbação, de um paciente no

grupo controle. Na tabela 5 esta demonstrando os custos individuais do

paciente DPOC na Rede Pública de Saúde, sem e com intervenção com

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exercícios aeróbios demostrando que o indivíduo que não recebeu a

intervenção e consequentemente venha a exacerbar, poderia apresenta um

custo individual estimado maior para o Sistema Publico de Saúde de 46,33%.

Foi considerada exacerbação a piora dos sintomas clínicos com

necessidade de aumento no uso de medicamentos. Os custos com as

medicações utilizadas por cada indivíduo devido às exacerbações foram

calculados de acordo com a tabela de medicamentos genéricos do Governo

Federal do Brasil. Foram estimados os custos de acordo com o tratamento

ambulatorial ou hospitalar. Na tabela 6 estão demonstrados valores absolutos e

valores em Reais (R$), referentes ao tipo de atendimento recebido, o número

de dias de internação hospitalar, os custos dos procedimentos executados e

com medicações em cada situação considerando o tipo de tratamento e

número de dias recebidos pelos pacientes que exacerbaram.

DISCUSSÃO

O objetivo deste ensaio clínico aleatório controlado foi avaliar os custos

e benefícios da implementação de um programa exercícios aeróbios simples na

modalidade de caminhadas para pacientes com DPOC. Após o programa foi

observado melhora na tolerância ao exercício, redução dos sintomas,

incremento de força muscular e massa de músculo esquelético de membros

inferiores, melhora na qualidade de vida relacionada à saúde e no nível de

exercícios aeróbios diário. Adicionalmente foi encontrada uma redução dos

custos sanitários para os pacientes do grupo intervenção que realizaram o

programa de exercícios aeróbios de caminhada.

Atualmente, o exercício físico baseado em atividades aeróbias,

apresenta elevada evidência com importantes benefícios clínicos para os

pacientes com Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica, não havendo mais

dúvidas em relação a sua indicação. A “Thoracic society clinical practice -

NICE” atualizou o Guideline sobre as diretrizes de práticas clínicas na DPOC,

enfatizando os benefícios dos programas de exercícios físicos e

recomendando-o a todos os pacientes com DPOC, enfatizando a realização de

exercícios aeróbios como uma prática rotineira e cotidiana, incentivando os

pacientes a realizarem exercícios aeróbios para reduzir e minimizar o número

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de exacerbações e internações29. No presente estudo a implementação de um

programa de exercícios aeróbios simples, composto apenas de aulas

educativas, e caminhadas em espaços públicos, 5 vezes por semana, 2

sessões supervisionadas durante 8 semanas resultaram em importantes

benefícios clínicos. Acreditamos que o bom índice de adesão a nossa proposta

de exercícios contribuiu para os resultados obtidos neste estudo, visto que

implementamos um programa de exercícios de fácil acessibilidade e de baixo

custo financeiro. Os custos podem ainda ser mais reduzidos, se após algumas

semanas o tempo de supervisão for reduzido para um dia por semana.

Clinicamente, o exercício aeróbio induz em melhora na tolerância ao

exercício, evidenciado pelo teste da caminhada dos seis minutos. A melhora

ocorre devido a uma combinação de eficiência mecânica, aumento de força

muscular periférica e da capacidade oxidativa, além de adaptações no padrão

ventilatório30. No presente estudo foi observado um incremento médio de 42

metros percorridos (∆=10%) no grupo intervenção, enquanto que no grupo

controle, os pacientes reduziram 52,8 metros (∆=13%) após o período de oito

semanas, o que pode ser decorrente dos pacientes deste grupo apresentar

maior faixa etária que os do grupo intervenção. Adicionalmente foi observada

uma diminuição na sensação de dispneia e fadiga relatada ao final do teste no

grupo intervenção.

O presente estudo, mesmo utilizando um programa simples de

exercícios aeróbios, demonstrou respostas semelhantes aos apresentados por

outros autores onde foram avaliados programas estruturados de reabilitação

pulmonar31. Cabe ressaltar que os programas estruturados de reabilitação

pulmonar são mais onerosos, pois envolvem um grande número de

profissionais, são mais prolongados e em sua maior parte realizados em

hospitais secundários com frequência distante das residências dos pacientes. A

modalidade terapêutica utilizada no presente trabalho, os exercícios aeróbios

na modalidade de caminhada determinaram um incremento do ganho de força

na musculatura periférica dos membros inferiores, com aumento da massa

magra de músculo esquelético (MME) em ambos os membros inferiores. Outro

importante aspecto do programa utilizado foi sua capacidade em diminuir o

índice de mortalidade BODE através das melhorias consecutivas da

capacidade do exercício e da dispneia. Portanto, a caminhada utilizada como

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modalidade terapêutica principal no presente estudo, pode proporcionar uma

forma segura, confortável aos pacientes e de baixo custo financeiro benefícios

clínicos importantes aos pacientes do referido estudo. Considerando a

qualidade e a modalidade terapêutica realizada, o presente trabalho

demonstrou que o programa implementado no presente estudo poderia ser

facilmente reproduzido com um baixo custo ao Sistema de Saúde.

Em relação às intercorrências (exacerbações clínicas), foram

observados que dois pacientes do grupo controle exacerbaram durante o

período do estudo. Os custos estimados do tratamento da exacerbação,

incluindo o atendimento de urgência e hospitalização, foram adicionados aos

custos do grupo controle. As exacerbações e as internações hospitalares são

os maiores determinantes dos custos sanitários na DPOC32. Dados estatísticos

dos EUA, estimaram que a DPOC foi responsável por um custo anual médio,

por doente, de US$ 1.522,00, onde 17,3% deste valor foi despendido com

consultas médicas e atendimentos realizados em urgências33. Em outro estudo

realizado no Canadá por Bourbeau et al. (2006)34, 191 sujeitos com DPOC, foi

evidenciado uma redução no número de hospitalizações e visitas ao pronto

socorro decorrentes da prática de exercícios aeróbios não supervisionados

domiciliares, em bicicletas ergométricas, associado com um programa de

educação sobre o manejo da doença. Este estudo estimou uma economia

média anual de US$ 2.300,00 por paciente.

Entretanto, para o nosso conhecimento, não foram publicados estudos

prévios sobre custos de programa de exercícios aeróbios ou Reabilitação

Pulmonar no Brasil. Os resultados do presente estudo demonstram um

aumento nos gastos com medicação gerados pelo alto custo da uma

exacerbação no grupo controle. Apesar do curto tempo de acompanhamento

os resultados encontrados em relação aos custos da exacerbação nos permite

hipotetizar que seria economicamente viável e vantajoso à implementação de

programas simples de exercícios aeróbios para pacientes com DPOC. Estudos

prévios demonstraram que os gastos com agudizações ou exacerbações

representam cerca de 40-79% dos custos diretos totais nos indivíduos com

DPOC35,36.

O presente estudo apresenta alguma potencial limitação apesar da

relevância do ponto de vista funcional e no que diz respeito à qualidade de vida

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relacionada à saúde e os possíveis desdobramentos financeiros das

intervenções realizadas. O desenvolvimento do programa, que realizou as

atividades de treinamentos aeróbios ou caminhadas em espaços públicos,

praças e parques, foi considerado a principal limitação do estudo. Entretanto,

esta limitação esta relacionada ao desenho do metodológico do estudo com

objetivo de oferecer aos pacientes uma intervenção de fácil acessibilidade.

Um programa simples de exercícios aeróbios na modalidade de

caminhadas demonstrou significantes benefícios clínicos e viabilidade

econômica para possível implementação em larga escala, devido ao baixo

custo e de fácil acessibilidade para os pacientes. O programa realizado pode

permitir que os pacientes com DPOC possam adicionar as suas atividades

diárias a prática de exercícios aeróbios.

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lvi

Tabela 1. Distribuição antropométrica, hábitos de vida e classificação da

doença.

Sujeitos Grupo

controle

(n =16)

N (%)

Grupo

intervenção

(n =18)

N (%)

Total

(n = 34)

N (%)

Gênero

Femenino 10 (29,4) 7 (20,6) 17 (50)

Masculino 6 (17,6) 11 (32,4) 17 (50)

Faixa etária (anos)

<65 3 (8,8) 11 (32,4) 14 (41,2)

>65 13 (38,2) 7 (20,6) 20 (58,8)

IMC (kg/m2)

<21 2 (5,9) ------ 2 (6)

>21 14 (41,1) 18 (52,9) 32 (94,1)

Fumo atual

Sim 2 (5,9) 2 (5,9) 4 (11,8)

Não 14 (41,1) 16 (47,1) 30 (88,2)

Consumo de tabaco

Maços/ano* 33,6 ± 14.6 34,8 ± 13 34,2 ± 13,7

Tempo de parou de fumar

(anos)

<10 6 (17,4) 9 (26,5) 15 (44,1)

>10 10 (29,4) 9 (26,5) 19 (55,9)

Praticou atividade física

Nunca 9 (26,5) 8 (23,5) 17 (50)

Sim (parou há muito tempo) 3 (8,8) 3 (8,8) 6 (17,6)

Sim (parou há pouco tempo) 4 (11,8) 7 (20,6) 11 (32,4)

Classificação GOLD

Estadiamento I ---- 1 (2,9) 1 (3)

Estadiamento II 8 (23,5) 10 (29,4) 18 (53)

Estadiamento III 7 (20,6) 6 (17,6) 13 (38,2)

Estadiamento IV 1 (3) 1 (3) 2 (6)

IMC: Índice de massa corpórea; GOLD: Estratégia Global para o Diagnóstico, Condução e

Prevenção da DPOC; *Maços/ano: produto entre o número de maços (conjunto de 20 cigarros)

fumados por dia e o tempo em anos do consumo (Pereira et al., 2000).

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Tabela 2. Dados do desempenho físico, força muscular respiratória, sensação

de dispneia e fadiga, índice de mortalidade, qualidade de vida, nível de

atividade de vida diária, força muscular periférica e massa de músculo

esquelético em membros inferiores.

VARIÁVEL grupo controle grupo intervenção

Inicial Final Inicial Final

Distância percorrida (TC6) 383 ± 72,5 331,8±86,7 430 ± 80,6 472 ± 72,7*

Dispneia Borg 2,8 ± 1,5 4,1 ± 1,5 2,3 ± 1,4 1,8 ± 1,2*

Fadiga Borg 2,6 ± 2 3,7 ± 1,7 1,8 ± 1,6 1,7 ± 1,3*

Wmax (Kg x m) 24,8 ± 8,2 21,3 ± 8 31 ± 10,7 34,2 ± 10*

Wmax (MLG x m) 14,8 ± 5,2 12,4±4,6 18,4 ± 5,2 21,3 ± 5,2*

MRC 2,8 ± 0,9 3,3 ± 0,8 2,3 ± 0,8 2 ± 0,6*

BODE 3,4 ± 2 4,8 ±1,7 2,4 ± 1,4 1,9 ± 1,3*

PEmax 88 ± 25 82 ± 24.2 92,1±23,5 103 ± 24,1*

SNIP 70,3 ± 14,7 63,3 ± 12,4 75,6 ± 16,3 77 ± 18,8*

SGRQ (total) 55 ± 17 64,3 ± 12 42,8 ± 14,7 26,4 ± 7,3*†

SGRQ (sintoma) 58,3 ± 15,5 61 ± 14,1 41,6 ± 19,3 25 ± 12,5*†

SGRQ (atividade) 64,8 ± 16,5 76,5 ± 11,7 56 ± 16,8 36,5 ± 9*†

SGRQ (impacto) 47,3 ± 20,5 58,2 ± 17,3 35,7 ± 16,3 21,1 ± 7,8*†

LCADL (total) 29,8 ± 7,7 36,2 ± 8,5 30,5 ± 7,4 24,1 ± 5,1*

LCADL (cuidado pessoal) 23,8 ± 6,5 29,1 ± 5,2 27,2 ± 5,3 21,4 ± 2,5

LCADL (atividade

doméstica)

22,1 ± 19,4 28,2 ± 22,9 19,3 ± 17,2 13 ± 11,5*†

LCADL (atividade física) 37,5 ± 11,8 50,6 ± 11,2 37,2 ± 11 27,2 ± 8*†

LCADL (lazer) 25 ± 6,7 26,3 ± 7,1 25,9 ± 7 20,4 ± 1,5

FPM 23 ± 8,6 23,1 ± 8 30,7 ± 8,2 30,6 ± 6,8

1 RM 9,9 ± 5 9,3 ± 6 8,8 ± 3,3 13,2 ± 4,4*

MME (MIE) 5,3 ± 1,5 5,1 ± 1,5 6 ± 1,3 6,5 ± 1,5*

MME (MID) 5,3 ±1,4 5,1 ± 1,4 6 ± 1,34 6,5 ±1,5*

*p<0,05; †: Pos teste de Bonferroni; TC6: teste de caminhada dos seis minutos ( metros);

Wmax: trabalho máximo; MLG: massa livre de gordura; PEmax: pressão expiratória máxima;

SNIP: pressão inspiratória nasal; MRC: Medical research council; BODE: Airway obstruction,

dyspnea, and exercise capacity; SGRQ: Saint George respiratory questionnaire; LCADL:

London chest activity of daily living; FPM: Força de Preensão Manual; 1RM: 1 repetição

máxima; MME: Massa de músculo esquelético; MID: Membro inferior direito; MIE: Membro

inferior esquerdo. † Interação entre a intervenção e grupos (Controle e Inetrvenção), (p <0,05:

teste Pos-hoc Bonferoni).

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Tabela 3. Distribuição dos custos em reais (R$) em todos os indivíduos

estudados, de acordo com a Tabela de procedimentos e OPM (SUS), de

avaliação em ambos os grupos.

Procedimento* Custo Individual Custo Geral

Inicial (no 40)

Custo Geral Final

(no 34)

Espirometria com

broncodilatador 6,36 254,00 216,24

teste caminhada seis

minutos 2,78 111,20 94,52

Avaliação da função

e mecânica

respiratória

10,00 400,00 340,00

Avaliação função

muscular periférica 1,26 50.,40 42,84

Total 20,40 816,00 693,60

TC6: Teste de caminhada de 6 minutos; Valores de referência: Tabela de procedimentos e

OPM (SUS) - Medicamentos, Órteses, Próteses e Materiais Especiais (OPM) do Sistema Único

de Saúde. *Sem valores de bioimpedância.

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lix

Tabela 4. Distribuição dos custos totais do estudo realizado calculado pela

tabela do Sistema Único de Saúde (SUS), separados por grupos incluindo os

desfechos secundários (exacerbações e internações).

Grupo Controle (R$) Grupo Intervenção (R$) Custo Total

Avaliação inicial 408,00 408,00 816,00

Aula educativa 127,00 127,00 254,00

Treinamento

Supervisionado 0,00 1.828,80 1.828,80

Reavaliação 326,40 367,20 693,60

Atendimento de

urgência* 37,41 ----- 37,41

Internação

hospitalar** 676,68 ----- 676,68

Total 1.575,49 2.731,00 4.306,49

R$: valor em Real (moeda brasileira); * Tabela de procedimentos e OPM (SUS) -

Medicamentos, Órteses, Próteses e Materiais Especiais (OPM) do Sistema Único de Saúde; **

Custo médio de internação hospitalar no Sistema Único de Saúde (Fonte: DATASUS).

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lx

Tabela 5. Cálculo do custo individual em um paciente com DPOC: sem

Reabilitação Pulmonar e com Reabilitação Pulmonar (programa supervisionado

de caminhada)

DPOC sem intervenção

(R$)

DPOC com intervenção

(R$)

Avaliação inicial 0,00 20,40

Aula educativa 0,00 6,35

Treinamento

Supervisionado 0,00 101,60

Reavaliação 0,00 20,40

Atendimento de

urgência*

12,47 0,0

Internação hospitalar** 676,68 0,0

Total 689,15 148,75

R$: valor em Real (moeda brasileira); * Tabela de procedimentos e OPM (SUS):

Medicamentos, Órteses, Próteses e Materiais Especiais (OPM) do Sistema Único de Saúde; **

Custo médio de internação hospitalar no Sistema Único de Saúde (Fonte: DATASUS).

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lxi

Tabela 6. Distribuição do número de exacerbações, do tipo de tratamento

recebido, dias de internação hospitalar, custo com medicação e custos com

serviços hospitalares recebidos durante o período de exacerbação da doença.

EXACERBAÇÃO Tratamento

ambulatorial

Tratamento

hospitalar Total

No 1 1 2

Atendimento em pronto socorro 2 1 3

Dias de internação 0 10 10

Custo com medicação (R$) 466,87 1.832,05 2.298,92

Custo com serviços hospitalares (R$) 24,94 689,15 714,09

Total 491,81 2.521,20 3.013,01

R$: valor em Real (moeda brasileira); Valores de medicamentos genéricos obtidos em Reais

(R$), moeda brasileira, através do site http://consultaremedios.com.br/medicamento/RN (Brasil,

1999); Custo médio de internação hospitalar no Estado do Rio Grande do Norte pelo Sistema

Único de Saúde (Fonte: DATASUS).

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lxii

4 CONCLUSÕES E CONSIDERAÇÕES FINAIS

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lxiii

A Reabilitação Pulmonar realizada com exercícios aeróbios simples, em

nosso caso a caminhada, mostrou benefícios significativos nos desfechos

clínicos, além de redução dos gastos sanitários, mostrando-se um programa de

baixo custo e de fácil acessibilidade para os indivíduos, permitindo que estes

possam adicionar as suas atividades diárias a prática de exercícios aeróbicos

de caminhada.

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lxiv

5 REFERÊNCIAS

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6 ANEXOS

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Anexo 1 – PARECER DO COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA

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Anexo 2 – ESCALADE BORG MODIFICADA

0 NENHUMA

0,5 MUITO, MUITO LEVE

1 MUITO LEVE

2 LEVE

3 MODERADA

4 POUCO INTENSA

5 INTENSA

6

7 MUITO INTENSA

8

9 MUITO, MUITO INTENSA

10 MÁXIMA

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Anexo 3 - QUESTIONÁRIO DO HOSPITAL SAINT GEORGE NA DOENÇA

RESPIRATÓRIA

Este questionário nos ajuda a compreender até que ponto a sua dificuldade respiratória

o perturba e afeta a sua vida.

Nós o utilizamos para descobrir quais os aspectos da sua doença que causam mais

problemas.

Estamos interessados em saber o que você sente e não o que os médicos, enfermeiras

e fisioterapeutas acham que você sente.

Leia atentamente as instruções.

Esclareça as dúvidas que tiver.

Não perca muito tempo nas suas respostas.

Parte 1: Nas perguntas abaixo, assinale aquela que melhor identifica seus problemas

respiratórios nos últimos 3 meses.

Obs.: Assinale um só quadrado para as questões de 01 a 08:

5) Durante os últimos 3 meses, quantas vezes você teve crises graves de problemas respiratórios:

Mais de 3 3 2 1 nenhuma

6) Quanto tempo durou a pior dessas crises ? (passe para a pergunta 7 se não teve crises

graves)

1 semana ou mais 3 ou mais dias 1 ou 2 dias menos de 1 dia

maioria dos dias

da semana (5-7

dias)

vários

dias na

semana

(2-4 dias)

alguns

dias no

mês

só com

infecções

respiratórias

nunca

1) Durante os últimos 3 meses tossi

2) Durante os últimos 3 meses tive catarro

3) Durante os últimos 3 meses tive falta de ar

4) Durante os últimos 3 meses tive “chiado no peito”

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7) Durante os últimos 3 meses, em uma semana considerada como habitual, quantos dias bons

(com poucos problemas respiratórios) você teve:

nenhum dia 1 ou 2 dias 3 ou 4 dias quase todos os dias todos os dias

8) Se você tem “chiado no peito”, ele é pior de manhã ?

Não Sim

Parte 2

Seção 1 A) Assinale um só quadrado para descrever a sua doença respiratória:

é o meu maior

problema

me causa muitos

problemas

me causa alguns

problemas

não me causa

nenhum problema

B) Se você já teve um trabalho pago, assinale um dos quadrados: (passe para a Seção 2, se

você não trabalha)

minha doença respiratória me obrigou a parar de trabalhar

minha doença respiratória interfere (ou interferiu) com o meu trabalho normal ou já me obrigou a mudar de trabalho

minha doença respiratória não afeta (ou não afetou) o meu trabalho

Seção 2

As perguntas abaixo referem-se às atividades que normalmente têm provocado falta de ar em

você nos últimos dias.

Assinale com um “x” no quadrado de cada pergunta abaixo, indicando a resposta Sim ou Não,

de acordo com o seu caso:

Sim Não

Sentado/a ou deitado/a

tomando banho ou vestindo

caminhando dentro de casa

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caminhando em terreno plano

subindo um lance de escada

subindo ladeiras

praticando esportes ou jogos que impliquem esforço físico

Seção 3 Mais algumas perguntas sobre a sua tosse e a sua falta de ar nos últimos dias. Assinale com

um “x” no quadrado de cada pergunta abaixo, indicando a resposta Sim ou Não, de acordo

com o seu caso:

Sim Não

minha tosse me causa dor

minha tosse me deixa cansado

tenho falta de ar quando falo

tenho falta de ar quando dobro o corpo para frente

minha tosse ou falta de ar perturba meu sono

fico exausto/a com facilidade

Seção 4

Perguntas sobre outros efeitos causados pela sua doença respiratória nos últimos dias.

Assinale com um “x” no quadrado de cada pergunta abaixo, indicando a resposta Sim ou Não,

de acordo com o seu caso:

Sim Não

minha tosse ou falta de ar, me deixam envergonhado/a em público

minha doença respiratória é incoveniente para a minha família, amigos ou vizinhos

tenho medo ou mesmo pânico quando não consigo respirar

sinto que minha doença respiratória escapa ao meu controle

eu não espero nenhuma melhora da minha doença respiratória

minha doença me debilitou fisicamente, o que faz com que eu precise da ajuda de alguém

fazer exercício é arriscado para mim

tudo o que faço, parece ser um esforço muito grande

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Seção 5

A) Perguntas sobre a sua medicação. Assinale com um “x” no quadrado de cada pergunta

abaixo, indicando a resposta Sim ou Não, de acordo com o seu caso: (passe para a Seção 6

se não toma medicamentos)

Sim Não

minha medicação não está me ajudando muito

fico envergonhado/a ao tomar medicamentos em público

minha medicação me provoca efeitos colaterais desagradáveis

minha medicação interfere muito com o meu dia a dia

Seção 6

As perguntas seguintes se referem às atividades que podem ser afetadas pela sua doença

respiratória. Assinale com um “x” no quadrado de cada pergunta abaixo, indicando a resposta

Sim se pelo menos uma parte da frase corresponde ao seu caso; se não, assinale Não.

Sim Não

levo muito tempo para me lavar ou me vestir

demoro muito tempo ou não consigo tomar banho de chuveiro ou na banheira

ando mais devagar que as outras pessoas, ou tenho que parar para descansar

demoro muito tempo para realizar as tarefas como o trabalho da casa, ou tenho que parar para descansar

quando subo um lance de escada, vou muito devagar, ou tenho que parar para descansar

se estou apressado ou caminho mais depressa, tenho que parar para descansar ou ir mais devagar

por causa da minha respiração, tenho dificuldade para fazer atividades como: subir ladeiras, carregar objetos subindo escadas, dançar, praticar esporte leve

por causa da minha respiração, tenho dificuldades para fazer atividades como: carregar grandes pesos, fazer “cooper”, andar muito rápido ou nadar

por causa da minha respiração, tenho dificuldade para fazer atividades como: trabalho manual pesado, correr, andar de bicicleta, nadar rápido ou praticar esportes de competição

Seção 7 A) Assinale com um “x” no quadrado de cada pergunta abaixo, indicando a resposta Sim ou Não, para indicar outras atividades que geralmente podem ser afetadas pela sua doença respiratória no seu dia a dia: (não se esqueça que Sim só se aplica ao seu caso quando você não puder fazer essa

atividade devido aos seus problemas respiratórios).

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Sim Não

praticar esportes ou jogos que impliquem esforço físico

sair de casa para me divertir

sair de casa para fazer compras

fazer o trabalho da casa

sair da cama ou da cadeira

B) A lista seguinte descreve uma série de outras atividades que o seu problema respiratório pode impedir você de realizar (pretendemos apenas lembrá-lo das atividades que podem ser afetadas pela falta de ar).

passear a pé ou passear com o seu cachorro

fazer o trabalho doméstico ou jardinagem

ter relações sexuais

ir à igreja, bar ou a locais de diversão

sair com mau tempo ou permanecer em locais com fumaça de cigarro

visitar a família e os amigos ou brincar com as crianças

Por favor, escreva qualquer outra atividade importante que seu problema respiratório pode

impedir você de fazer:

____________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________

C) Assinale com um "x" somente a resposta que melhor define a forma como você é afetado

pela sua doença respiratória:

não me impede de fazer nenhuma das coisas que eu gostaria de fazer

me impede de fazer uma ou duas coisas que eu gostaria de fazer

me impede de fazer a maioria das coisas que eu gostaria de fazer

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me impede de fazer tudo o que eu gostaria de fazer

Obrigado por responder o questionário. Antes de terminar verifique se você respondeu a todas

as perguntas.

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Anexo 4 – ESCALA DE DISPNEIA MEDICAL RESEARCH COUNCIL (MRC)

CLASSIFICAÇÃO CARACTERÍSTICAS

1 Falta de ar surge quando realiza atividade física intensa

(correr, nadar, praticar esporte).

2 Falta de ar surge quando caminha de maneira apressada

no plano ou quando sobe morro.

3 Anda mais devagar do que pessoas da mesma idade

devido a falta de ar; ou quando caminha no plano, no

próprio passo, tem que parar para respirar.

4 Após andar alguns metros ou alguns minutos no plano, tem

que parar para respirar.

5 Falta de ar impede que saia de sua casa ou surge falta de

ar quando troca de roupa.

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Anexo 5 – VERSÃO BRASILEIRA DA ESCALA DO LONDON CHEST

ACTIVITY OF DAILY LIVING (LCADL)

Você vive sozinho(a)? ( ) Sim ( ) Não

Cuidados Pessoais

1. Secar-se após o banho __________

2. Vestir a parte de cima do corpo (camisa, casaco)_________

3. Colocar sapatos/meia_________

4. Lavar os cabelos________

Atividades Domésticas

5. Arrumar a cama_________

6. Trocar os lençóis_________

7. Lavar janelas/cortinas_________

8. Tirar o pó________

9. Lavar a louça_________

10. Passar o aspirador/varrer________

Atividade Física

11. Subir escadas_________

12. Curvar-se__________

Lazer

13. Caminhar em casa__________

14. Sair socialmente__________

15. Falar/conversar__________

Geral

16. Quanto a falta de ar afeta sua atividade de vida diária

( ) Muito ( ) Pouco ( ) Nada

Escore

(0) – Não executo esta atividade (porque nunca precisei fazer isso ou é irrelevante)

(1) – Não sinto falta de ar ao executar essa atividade

(2) - Sinto falta de ar moderada ao executar essa atividade

(3) - Sinto muita falta de ar ao executar essa atividade

(4) - Não consigo mais executar essa atividade devido à falta de ar e não tenho ninguém que

possa fazer isso por mim

(5) - Não consigo mais executar essa atividade devido a falta de ar e preciso que alguém faça

isso por mim ou me auxilie.

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Anexo 6 – ÍNDICE DE BODE

VARIÁVEIS PONTOS NO ÍNDICE DE BODE

0 1 2 3

Vef 1 (% predito) ≥65 50-64 36-49 ≤35

Distância percorrida no

TC6

≥350 250-349 150-249 ≤149

MRC 0-1 2 3 4

IMC >21 <21

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Anexo 7 – REGRAS PARA SUBMISSÃO DO ARTIGO

Normas para publicação:

O Jornal Brasileiro de Pneumologia (J Bras Pneumol) ISSN-1806-3713,

publicado bimestralmente, é órgão oficial da Sociedade Brasileira de Pneumologia e

Tisiologia destinado à publicação de trabalhos científicos referentes à Pneumologia

e áreas correlatas.

Todos os manuscritos, após aprovação pelo Conselho Editorial serão avaliados por

revisores qualificados, sendo o anonimato garantido em todo o processo de

julgamento.

Os artigos que não apresentarem mérito, que contenham erros significativos de

metodologia, ou não se enquadrem na política editorial da revista, serão rejeitados

diretamente pelo Conselho Editorial, não cabendo recurso. Os artigos podem ser

escritos em português, espanhol ou inglês. Na versão eletrônica do Jornal

(www.jornaldepneumologia.com.br, ISSN-1806-3756) todos os artigos serão

disponibilizados tanto numa versão em língua latina como também em inglês. A

impressão de figuras coloridas é opcional e os custos relativos a esse processo

serão transferidos aos autores. Favor entrar em contato com a secretaria do Jornal

por email ou telefone, para esclarecimentos adicionais.

O Jornal Brasileiro de Pneumologia apoia as políticas para registro de ensaios

clínicos da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do International Committee of

Medical Journal Editors (ICMJE), reconhecendo a importância dessas iniciativas

para o registro e divulgação internacional de informações sobre estudos clínicos em

acesso aberto. Sendo assim, somente serão aceitos para publicação, a partir de

2007, os artigos de pesquisas clínicas que tenham recebido um número de

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identificação em um dos Registros de Ensaios Clínicos validados pelos critérios

estabelecidos pela OMS e ICMJE, cujos endereços estão disponíveis no site do

ICMJE. O número de identificação deverá ser registrado ao final do resumo.

Dentro desse contexto, o Jornal Brasileiro de Pneumologia adota a definição de

ensaio clínico preconizada pela OMS, que pode ser assim resumida: "qualquer

pesquisa que prospectivamente designe seres humanos para uma ou mais

intervenções visando avaliar seus efeitos em desfechos relacionados à saúde. As

intervenções incluem drogas, células e outros produtos biológicos, procedimentos

cirúrgicos, radiológicos, dispositivos, terapias comportamentais, mudanças de

processos de cuidados, cuidados preventivos, etc".

CRITÉRIOS DE AUTORIA

A inclusão de um autor em um manuscrito encaminhado para publicação só é

justificada se ele contribuiu significativamente, do ponto de vista intelectual, para a

sua realização. Fica implícito que o autor participou em pelo menos uma das

seguintes fases: 1) concepção e planejamento do trabalho, bem como da

interpretação das evidências; 2) redação e/ou revisão das versões preliminares e

definitiva; e 3) aprovou a versão final.

A simples coleta e catalogação de dados não constituem critérios para autoria.

Igualmente, não devem ser considerados autores, auxiliares técnicos que fazem a

rotina, médicos que encaminham pacientes ou interpretam exames de rotina e

chefes de serviços ou departamentos, não diretamente envolvidos na pesquisa. A

essas pessoas poderá ser feito agradecimento especial.

Os conceitos contidos nos manuscritos são de responsabilidade exclusiva dos

autores.

Com exceção de trabalhos considerados de excepcional complexidade, a revista

considera 6 o número máximo aceitável de autores. No caso de maior número de

autores, enviar carta a Secretaria do Jornal descrevendo a participação de cada um

no trabalho.

APRESENTAÇÃO E SUBMISSÃO DOS MANUSCRITOS

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Os manuscritos deverão ser obrigatoriamente encaminhados via eletrônica a partir

da própria home-page do Jornal. As instruções e o processo de submissão estão

disponíveis no endereço

www.jornaldepneumologia.com.br/sgp

Ainda que os manuscritos sejam submetidos eletronicamente, deverão ser enviadas

pelo correio Carta de Transferência de Copyright e Declaração de Conflitos de

Interesses, assinadas por todos os autores, conforme modelo disponível no

endereço www.jornaldepneumologia.com.br.

Pede-se aos autores que sigam rigorosamente as normas editoriais da revista,

particularmente no tocante ao número máximo de palavras, tabelas e figuras

permitidas, bem como às regras para confecção das referências bibliográficas. A não

observância das instruções redatoriais implicará na devolução do manuscrito pela

Secretaria da revista para que os autores façam as correções pertinentes antes de

submetê-lo aos revisores.

Instruções especiais se aplicam para a confecção de Suplementos Especiais e

Diretrizes e devem ser consultadas pelos autores antes da confecção desses

documentos na homepage do jornal.

A revista reserva o direito de efetuar nos artigos aceitos adaptações de estilo,

gramaticais e outras.

Com exceção das unidades de medidas, siglas e abreviaturas devem ser evitadas

ao máximo, devendo ser utilizadas apenas para termos consagrados. Estes termos

estão definidos na Lista de Abreviaturas e Acrônimos aceitos sem definição. Clique

aqui (Lista de Abreviaturas e Siglas). Quanto a outras abreviaturas, sempre defini-las

na primeira vez em que forem citadas, por exemplo: proteína C reativa (PCR). Após

a definição da abreviatura, o termo completo não deverá ser mais utilizado. Com

exceção das abreviaturas aceitas sem definição, elas não devem ser utilizadas nos

títulos e evitadas no resumo dos manuscritos se possível. Ao longo do texto

igualmente evitar a menção ao nome de autores, dando-se sempre preferência às

citações numéricas apenas.

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lxxxviii

Quando os autores mencionarem qualquer substância ou equipamento incomum,

deverão incluir o modelo/número do catálogo, o nome da fabricante, a cidade e o

país, por exemplo:

"... esteira ergométrica (modelo ESD-01; FUNBEC, São Paulo, Brasil)..."

No caso de produtos provenientes dos EUA e Canadá, o nome do estado ou

província também deverá ser citado; por exemplo: "... tTG de fígado de porco da

Guiné (T5398; Sigma, St. Louis, MO, EUA) ..."

PREPARO DO MANUSCRITO

A página de identificação deve conter o título do trabalho, em português e inglês,

nome completo e titulação dos autores, instituições a que pertencem, endereço

completo, inclusive telefone, fax e e-mail do autor principal, e nome do órgão

financiador da pesquisa, se houver.

Resumo: Deve conter informações facilmente compreendidas, sem necessidade de

recorrer-se ao texto, não excedendo 250 palavras. Deve ser feito na forma

estruturada com: Objetivo, Métodos, Resultados e Conclusões. Quando tratar-se de

artigos de Revisão e Relatos de Casos o Resumo não deve ser estruturado. Para

Comunicações Breves não deve ser estruturado nem exceder 100 palavras.

Abstract: Uma versão em língua inglesa, correspondente ao conteúdo do Resumo

deve ser fornecida.

Descritores e Keywords: Deve ser fornecido de três a seis termos em português e

inglês, que definam o assunto do trabalho. Devem ser, obrigatoriamente, baseados

nos DeCS (Descritores em Ciências da Saúde), publicados pela Bireme e

disponíveis no endereço eletrônico: http://decs.bvs.br, enquanto os keywords em

inglês devem ser baseados nos MeSH (Medical Subject Headings) da National

Library of Medicine, disponíveis no endereço eletrônico

www.nlm.nih.gov/mesh/MBrowser.html.

Texto:

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lxxxix

Artigos originais: O texto deve ter entre 2000 e 3000 palavras, excluindo

referências e tabelas.

Deve conter no máximo 5 tabelas e/ou figuras. O número de referências

bibliográficas não deve exceder 30. A sua estrutura deve conter as seguintes partes:

Introdução, Métodos, Resultados, Discussão, Agradecimentos e Referências. A

seção Métodos deverá conter menção a aprovação do estudo pelo Comitê de Ética

em Pesquisa em Seres Humanos, ou pelo Comitê de Ética em Pesquisa em

Animais, ligados a Instituição onde o projeto foi desenvolvido. Nessa seção também

deve haver descrição da análise estatística empregada, com as respectivas

referências bibliográficas. Ainda que a inclusão de subtítulos no manuscrito seja

aceitável, o seu uso não deve ser excessivo e deve ficar limitado às sessões

Métodos e Resultados somente.

Revisões e Atualizações: Serão realizadas a convite do Conselho Editorial que,

excepcionalmente, também poderá aceitar trabalhos que considerar de grande

interesse. O texto não deve ultrapassar 5000 palavras, excluindo referências e

tabelas. O número total de ilustrações e tabelas não deve ser superior a 8. O número

de referências bibliográficas deve se limitar a 60.

Ensaios pictóricos: Serão igualmente realizados a convite, ou após consulta dos

autores ao Conselho Editorial. O texto não deve ultrapassar 3000 palavras,

excluídas referências e tabelas. O número total de ilustrações e tabelas não deve ser

superior a 12 e as referências bibliográficas não devem exceder 30.

Relatos de Casos: O texto não deve ultrapassar 1500 palavras, excluídas as

referências e figuras. Deve ser composto por Introdução, Relato do Caso, Discussão

e Referências. Recomenda-se não citar as iniciais do paciente e datas, sendo

mostrados apenas os exames laboratoriais relevantes para o diagnóstico e

discussão. O número total de ilustrações e/ou tabelas não deve ser superior a 3 e o

limite de referências bibliográficas é 20. Quando o número de casos apresentados

exceder 3, o manuscrito será classificado como uma Série de Casos, e serão

aplicadas as mesmas regras de um artigo original.

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xc

Comunicações Breves: O texto não deve ultrapassar 1500 palavras, excluindo as

referências e tabelas. O número total de tabelas e/ou figuras não deve exceder 2 e o

de referências bibliográficas 20. O texto deverá ser confeccionado de forma corrida.

Cartas ao Editor: Devem ser redigidas de forma sucinta, não ultrapassando 800

palavras e não relacionando mais do que 6 referências bibliográficas. Serão

consideradas para publicação contribuições originais, comentários e sugestões

relacionadas a matéria anteriormente publicada, ou a algum tema médico relevante.

Tabelas e Figuras: Tabelas e gráficos devem ser apresentados em preto e branco,

com legendas e respectivas numerações impressas ao pé de cada ilustração. As

tabelas e figuras devem ser enviadas no seu arquivo digital original, as tabelas

preferencialmente em arquivos Microsoft Word e as figuras em arquivos Microsoft

Excel, Tiff ou JPG. Fotografias de exames, procedimentos cirúrgicos e biópsias onde

foram utilizadas colorações e técnicas especiais serão consideradas para impressão

colorida, sem custo adicional aos autores. As grandezas, unidades e símbolos

devem obedecer às normas nacionais correspondentes (ABNT:

http://www.abnt.org.br).

Legendas: Legendas deverão acompanhar as respectivas figuras (gráficos,

fotografias e ilustrações) e tabelas. Cada legenda deve ser numerada em algarismos

arábicos, correspondendo a suas citações no texto. Além disso, todas as

abreviaturas e siglas empregadas nas figuras e tabelas devem ser definidas por

extenso abaixo das mesmas.

Referências: Devem ser indicadas apenas as referências utilizadas no texto,

numeradas com algarismos arábicos e na ordem em que foram citadas. A

apresentação deve estar baseada no formato Vancouver Style, atualizado em

outubro de 2004, conforme os exemplos abaixo. Os títulos dos periódicos citados

devem ser abreviados de acordo com o estilo apresentado pela List of Journal

Indexed in Index Medicus, da National Library of Medicine disponibilizados no

endereço:

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xci

http://www.ncbi.nlm.nih.gov/entrez/journals/loftext.noprov.html. Para todas as referências,

cite todos os autores até seis. Acima desse número, cite os seis primeiros autores

seguidos da expressão et al.

Exemplos:

Artigos Originais

1. Neder JA, Nery LE, Castelo A, Andreoni S, Lerario MC, Sachs AC et al. Prediction

of metabolic and cardiopulmonary responses to maximum cycle ergometry: a

randomized study. Eur Respir J. 1999;14(6):1204-13.

Resumos

2. Singer M, Lefort J, Lapa e Silva JR, Vargaftig BB. Failure of granulocyte depletion

to suppress mucin production in a murine model of allergy [abstract]. Am J Respir

Crit Care Med. 2000;161:A863.

Capítulos de Livros

3. Queluz T, Andres G. Goodpasture's syndrome. In: Roitt IM, Delves PJ, editors.

Encyclopedia of Immunology. 1st ed. London: Academic Press; 1992. p. 621-3.

Publicações Oficiais

4. World Health Organization. Guidelines for surveillance of drug resistance in

tuberculosis. WHO/Tb, 1994;178:1-24.

Teses

5. Martinez TY. Impacto da dispnéia e parâmetros funcionais respiratórios em

medidas de qualidade de vida relacionada a saúde de pacientes com fibrose

pulmonar idiopática [thesis]. São Paulo: Universidade Federal de São Paulo; 1998.

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xcii

Artigos Publicados na Internet

6. Abood S. Quality improvement initiative in nursing homes: the ANA acts in an

advisory role. Am J Nurs [serial on the Internet]. 2002 Jun [cited 2002 Aug 12];

102(6): [about 3 p.]. Available from:

http://www.nursingworld.org/AJN/2002/june/Wawatch.htm

Homepages/Endereços Eletrônicos

7. Cancer-Pain.org [homepage on the Internet]. New York: Association of Cancer

Online Resources, Inc.; c2000-01 [updated 2002 May 16; cited 2002 Jul 9]. Available

from: http://www.cancer-pain.org/

Outras situações:

Na eventualidade do surgimento de situações não contempladas por estas

Instruções Redatoriais, deverão ser seguidas as recomendações contidas em

International Committee of Medical Journal Editors. Uniform requirements for

manuscripts submitted to biomedical journals. Updated October 2004.

Disponível em http://www.icmje.org/.

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xciii

APÊNDICES

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xciv

Apêndice 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

CURSO DE MESTRADO EM FISIOTERAPIA

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Esclarecimentos

Este é um convite para você participar da pesquisa Avaliação dos

custos e benefícios de um programa de atividade física para Doença

Pulmonar Obstrutiva Crônica: Implementação nas Unidades de Atenção

Básica do SUS, que é coordenada pelo Professor Dr. Guilherme Augusto de

Freitas Fregonezi e sua orientanda de mestrado Catharinne Angélica

Carvalho de Farias.

Sua participação é voluntária, o que significa que você poderá desistir a

qualquer momento, retirando seu consentimento, sem que isso lhe traga

nenhum prejuízo ou penalidade. Não haverá pagamento pela sua participação.

Essa pesquisa procura avaliar os custo e beneficios de um programa de

atividade física em individuos portadores de Doença Pulmonar Obstrutiva

Crônica (DPOC). Serão realizados os seguintes procedimentos: avaliação da

função pulmonar, da força muscular respiratória, do grau de esforço do

indivíduo a caminhadas, da força dos músculos dos braços e das pernas,

do grau de falta de ar, do nível de atividade física e da qualidade de vida,

para posterior participação em um programa de atividade física que será

composto por exercícios diários de caminhadas, cinco días por semana,

durante oito semanas, iniciando com 30 minutos de caminhadas diárias e,

após quatro semanas de atividade física, pasando a ser de 50 minutos de

caminhadas diárias.

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xcv

O tratamento que será realizado não trará nenhum risco para a sua

saúde, pois não serão realizados procedimentos que envolvam cortes,

introduções de instrumentos e coletas de sangue.

Você poderá se beneficiar deste tratamento devido à possibilidade de

melhorar sua capacidade física e pulmonar, o que poderá interferir no seu

desempenho físico e na qualidade de vida das pessoas que têm Doença

Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC). Todas as informações obtidas serão

sigilosas e seu nome não será identificado em nenhum momento.

Qualquer dúvida que você tiver a respeito desta pesquisa, poderá

perguntar diretamente para Catharinne Angélica Carvalho de Farias no

endereço: Coordenação do Mestrado em Fisioterapia da UFRN localizada no

Campus Universitário da UFRN, Lagoa Nova, Caixa Postal 1524, CEP: 59072-970,

Natal-RN, ou pelos telefones (84)3215-4274/4275. Comitê de Ética em Pesquisa do

Hospital Universitário Onofre Lopes através do endereço Av. Nilo Peçanha, 620, Cep:

59.012-300, Natal-RN ou pelo telefone (84)3202-3719, ramal 242.

CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Eu, _________________________________________________________,

declaro estar ciente e informado(a) sobre os procedimentos de realização da pesquisa,

conforme explicitados acima, e aceito participar voluntariamente da mesma.

_________________________________ Data:___/___/___

Assinatura POLEGAR

DIREITO

Obrigada pela sua participação como voluntário(a) em nossa pesquisa.

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xcvi

Apêndice 2 – FICHA DE AVALIAÇÃO INDIVIDUAL

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

CURSO DE MESTRADO EM FISIOTERAPIA

PROTOCOLO DE AVALIAÇÃO E ACOMPANHAMENTO DA PESQUISA INTITULADA

“AVALIAÇÃO DOS CUSTOS E BENEFÍCIOS DE UM PROGRAMA DE ATIVIDADE

FÍSICA PARA DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA: IMPLEMENTAÇÃO E

APLICAÇÃO NAS UNIDADES DE ATENÇÃO BÁSICA DO SUS”

1 – IDENTIFICAÇÃO

Nome:

_____________________________________________________________________

D.N. ___/___/___. Idade (anos): ____Gênero: M F Etnia: Branca Parda

Negra Amarela Naturalidade: _____________________________ Est. Civil: S

C D V

Antecedentes Pessoais Patológicos: _______________________________________

Profissão:________________________Ocupação:____________________________

Endereço:_____________________________________________________________

_____________________________________________________________________

Telefones: Resid.___________ Cel______________ Trab.___________________

2 – HÁBITOS DE VIDA

Tabagismo: N S Há quanto tempo e cigarros/dia: ___________________

Já fumou: N S Há quanto tempo e cigarros/dia: ______________________

Etilismo: N S Há quanto tempo e frequência/sem: ____________________

Prática de atividade física: Nunca Já praticou, mas parou há muitos anos

Já praticou e parou há poucos anos

USO DE MEDICAÇÕES: N S

Quais?_________________________________________________________

_______________________________________________________________

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xcvii

3 - AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA

INICIAL/DATA: Peso (Kg): _________ Altura (cm): _________ IMC (Kg/m2): ____

MME: _________ Massa gordura: __________ ACT: ___________ MLG: __________

PCG: _________ RCQ: _________ TMB: _________

4 - AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO PULMONAR (ESPIROMETRIA)

INICIAL/PRÉ BRONCODILATADOR

Medida 1ª 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª 7ª 8ª

CVF

VEF1

VEF1/CVF

INICIAL/PÓS BRONCODILATADOR

Medida 1ª 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª 7ª 8ª

CVF

VEF1

VEF1/CVF

5 - AVALIAÇÃO DAS PRESSÕES RESPIRATÓRIAS MÁXIMAS:

Pimax Pemax

1ª 2ª 3ª 4ª 5ª 1ª 2 ª 3ª 4ª 5 ª

6 - MENSURAÇÕES DE PNSN

1ª 2 ª 3 ª 4 ª 5 ª 6 ª 7 ª 8 ª 9 ª 10 ª

7 – FORÇA DOS MEMBROS SUPERIORES E INFERIOES

MMSS MMII

1ªD 2ªD 3ªD 1ªD 2ªD 3ªD

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xcviii

8 – TESTE DE CAMINHADA DE 6MINUTOS

INCENTIVO

Minuto

Está indo muito bem, faltam 5

minutos

Minuto

Perfeito, continue assim, faltam

4 minutos

Minuto

Está na metade da prova, está

indo muito bem

Minuto

Perfeito, continue assim, faltam

dois minutos

Minuto

Está indo muito bem, falta um

minuto

Minuto PARE!

TC6M

30m 60m 90m 120m 150m 180m 210m

S:

FC:

S:

FC:

S:

FC:

S:

FC:

S:

FC:

S:

FC:

S:

FC:

240m 270m 300m 330m 360m 390m 420m

S:

FC:

S:

FC:

S:

FC:

S:

FC:

S:

FC:

S:

FC:

S:

FC:

450m 480m 510m 540m 570m 600m 630m

S:

FC:

S:

FC:

S:

FC:

S:

FC:

S:

FC:

S:

FC:

S:

FC:

660m 690m 720m 750m 780m 810m 840m

S:

FC:

S:

FC:

S:

FC:

S:

FC:

S:

FC:

S:

FC:

S:

FC:

PARÂM. PRÉ POÓS

IMED.

PÓS 2

MIN.

FR

FC

PA

SaO2

Dispneia

Fadiga

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xcix

9 - ÍNDICE DE BODE

VARIÁVEIS PONTOS NO ÍNDICE DE BODE

0 1 2 3

Vef 1 (% predito) ≥65 50-64 36-49 ≤35

Distância percorrida no

TC6

≥350 250-349 150-249 ≤149

MRC 0-1 2 3 4

IMC >21 <21

10 - ESCALA DE DISPNEIA MRC

CLASSIFICAÇÃO CARACTERÍSTICAS

1 Falta de ar surge quando realiza atividade física intensa (correr, nadar,

praticar esporte).

2 Falta de ar surge quando caminha de maneira apressada no plano ou

quando sobe morro.

3 Anda mais devagar do que pessoas da mesma idade devido a falta de ar;

ou quando caminha no plano, no próprio passo, tem que parar para

respirar.

4 Após andar alguns metros ou alguns minutos no plano, tem que parar

para respirar.

5 Falta de ar impede que saia de sua casa ou surge falta de ar quando

troca de roupa.

11 – AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA QUESTIONÁRIO DO

HOSPITAL SAINT GEORGE NA DOENÇA RESPIRATÓRIA (SGRQ)

Este questionário nos ajuda a compreender até que ponto a sua dificuldade respiratória

o perturba e afeta a sua vida.

Nós o utilizamos para descobrir quais os aspectos da sua doença que causam mais

problemas.

Estamos interessados em saber o que você sente e não o que os médicos, enfermeiras

e fisioterapeutas acham que você sente.

Leia atentamente as instruções.

Esclareça as dúvidas que tiver.

Não perca muito tempo nas suas respostas.

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c

Parte 1: Nas perguntas abaixo, assinale aquela que melhor identifica seus problemas

respiratórios nos últimos 3 meses.

Obs.: Assinale um só quadrado para as questões de 01 a 08:

10)Durante os últimos 3 meses, quantas vezes você teve crises graves de problemas respiratórios:

Mais de 3 3 2 1 nenhuma

6) Quanto tempo durou a pior dessas crises ? (passe para a pergunta 7 se não teve crises

graves)

1 semana ou mais 3 ou mais dias 1 ou 2 dias menos de 1 dia

7) Durante os últimos 3 meses, em uma semana considerada como habitual, quantos dias bons

(com poucos problemas respiratórios) você teve:

nenhum dia 1 ou 2 dias 3 ou 4 dias quase todos os dias todos os dias

8) Se você tem “chiado no peito”, ele é pior de manhã ?

Não Sim

maioria dos dias

da semana (5-7

dias)

vários

dias na

semana

(2-4 dias)

alguns

dias no

mês

só com

infecções

respiratórias

nunca

6) Durante os últimos 3 meses tossi

7) Durante os últimos 3 meses tive catarro

8) Durante os últimos 3 meses tive falta de ar

9) Durante os últimos 3 meses tive “chiado no peito”

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ci

Parte 2

Seção 1

A) Assinale um só quadrado para descrever a sua doença respiratória:

é o meu maior

problema

me causa muitos

problemas

me causa alguns

problemas

não me causa

nenhum problema

B) Se você já teve um trabalho pago, assinale um dos quadrados: (passe para a Seção 2, se

você não trabalha)

minha doença respiratória me obrigou a parar de trabalhar

minha doença respiratória interfere (ou interferiu) com o meu trabalho normal ou já me obrigou a mudar de trabalho

minha doença respiratória não afeta (ou não afetou) o meu trabalho

Seção 2

As perguntas abaixo referem-se às atividades que normalmente têm provocado falta de ar em

você nos últimos dias.

Assinale com um “x” no quadrado de cada pergunta abaixo, indicando a resposta Sim ou Não,

de acordo com o seu caso:

Sim Não

Sentado/a ou deitado/a

tomando banho ou vestindo

caminhando dentro de casa

caminhando em terreno plano

subindo um lance de escada

subindo ladeiras

praticando esportes ou jogos que impliquem esforço físico

Seção 3

Mais algumas perguntas sobre a sua tosse e a sua falta de ar nos últimos dias. Assinale com

um “x” no quadrado de cada pergunta abaixo, indicando a resposta Sim ou Não, de acordo

com o seu caso:

Sim Não

minha tosse me causa dor

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cii

minha tosse me deixa cansado

tenho falta de ar quando falo

tenho falta de ar quando dobro o corpo para frente

minha tosse ou falta de ar perturba meu sono

fico exausto/a com facilidade

Seção 4 Perguntas sobre outros efeitos causados pela sua doença respiratória nos últimos dias.

Assinale com um “x” no quadrado de cada pergunta abaixo, indicando a resposta Sim ou Não,

de acordo com o seu caso:

Sim Não

minha tosse ou falta de ar, me deixam envergonhado/a em público

minha doença respiratória é incoveniente para a minha família, amigos ou vizinhos

tenho medo ou mesmo pânico quando não consigo respirar

sinto que minha doença respiratória escapa ao meu controle

eu não espero nenhuma melhora da minha doença respiratória

minha doença me debilitou fisicamente, o que faz com que eu precise da ajuda de alguém

fazer exercício é arriscado para mim

tudo o que faço, parece ser um esforço muito grande

Seção 5 A) Perguntas sobre a sua medicação. Assinale com um “x” no quadrado de cada pergunta

abaixo, indicando a resposta Sim ou Não, de acordo com o seu caso: (passe para a Seção 6 se

não toma medicamentos)

Sim Não

minha medicação não está me ajudando muito

fico envergonhado/a ao tomar medicamentos em público

minha medicação me provoca efeitos colaterais desagradáveis

minha medicação interfere muito com o meu dia a dia

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ciii

Seção 6

As perguntas seguintes se referem às atividades que podem ser afetadas pela sua doença

respiratória. Assinale com um “x” no quadrado de cada pergunta abaixo, indicando a resposta

Sim se pelo menos uma parte da frase corresponde ao seu caso; se não, assinale Não.

Sim Não

levo muito tempo para me lavar ou me vestir

demoro muito tempo ou não consigo tomar banho de chuveiro ou na banheira

ando mais devagar que as outras pessoas, ou tenho que parar para descansar

demoro muito tempo para realizar as tarefas como o trabalho da casa, ou tenho que parar para descansar

quando subo um lance de escada, vou muito devagar, ou tenho que parar para descansar

se estou apressado ou caminho mais depressa, tenho que parar para descansar ou ir mais devagar

por causa da minha respiração, tenho dificuldade para fazer atividades como: subir ladeiras, carregar objetos subindo escadas, dançar, praticar esporte leve

por causa da minha respiração, tenho dificuldades para fazer atividades como: carregar grandes pesos, fazer “cooper”, andar muito rápido ou nadar

por causa da minha respiração, tenho dificuldade para fazer atividades como: trabalho manual pesado, correr, andar de bicicleta, nadar rápido ou praticar esportes de competição

Seção 7 C) Assinale com um “x” no quadrado de cada pergunta abaixo, indicando a resposta Sim ou Não, para indicar outras atividades que geralmente podem ser afetadas pela sua doença respiratória no seu dia a dia: (não se esqueça que Sim só se aplica ao seu caso quando você não puder fazer essa

atividade devido aos seus problemas respiratórios).

Sim Não

praticar esportes ou jogos que impliquem esforço físico

sair de casa para me divertir

sair de casa para fazer compras

fazer o trabalho da casa

sair da cama ou da cadeira

D) A lista seguinte descreve uma série de outras atividades que o seu problema respiratório pode impedir você de realizar (pretendemos apenas lembrá-lo das atividades que podem ser afetadas pela falta de ar).

passear a pé ou passear com o seu cachorro

fazer o trabalho doméstico ou jardinagem

ter relações sexuais

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civ

ir à igreja, bar ou a locais de diversão

sair com mau tempo ou permanecer em locais com fumaça de cigarro

visitar a família e os amigos ou brincar com as crianças

Por favor, escreva qualquer outra atividade importante que seu problema respiratório pode

impedir você de fazer:

____________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________

C) Assinale com um "x" somente a resposta que melhor define a forma como você é afetado

pela sua doença respiratória:

não me impede de fazer nenhuma das coisas que eu gostaria de fazer

me impede de fazer uma ou duas coisas que eu gostaria de fazer

me impede de fazer a maioria das coisas que eu gostaria de fazer

me impede de fazer tudo o que eu gostaria de fazer

Obrigado por responder o questionário. Antes de terminar verifique se você respondeu a todas

as perguntas.

12 - AVALIAÇÃO DO SEDENTARISMO - VERSÃO BRASILEIRA DA

ESCALA DO LONDON CHEST ACTIVITY OF DAILY LIVING

Você vive sozinho(a)? ( ) Sim ( ) Não

Cuidados Pessoais

1. Secar-se após o banho __________

2. Vestir a parte de cima do corpo (camisa, casaco)_________

3. Colocar sapatos/meia_________

4. Lavar os cabelos________

Atividades Domésticas

5. Arrumar a cama_________

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cv

6. Trocar os lençóis_________

7. Lavar janelas/cortinas_________

8. Tirar o pó________

9. Lavar a louça_________

10. Passar o aspirador/varrer________

Atividade Física

11. Subir escadas_________

12. Curvar-se__________

Lazer

13. Caminhar em casa__________

14. Sair socialmente__________

15. Falar/conversar__________

Geral

16. Quanto à falta de ar afeta sua atividade de vida diária: ( ) Muito ( ) Pouco ( )

Nada

Escore

(0) – Não executo esta atividade (porque nunca precisei fazer isso ou é irrelevante)

(1) – Não sinto falta de ar ao executar essa atividade

(2) - Sinto falta de ar moderada ao executar essa atividade

(3) - Sinto muita falta de ar ao executar essa atividade

(4) - Não consigo mais executar essa atividade devido à falta de ar e não tenho ninguém que

possa fazer isso por mim

(5) - Não consigo mais executar essa atividade devido a falta de ar e preciso que alguém faça

isso por mim ou me auxilie.

Avaliador: ______________ Data: ____/____/____ Horário:

____________

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cvi

Apêndice 3 - FICHA DE ACOMPANHAMENTO INDIVIDUAL DE

CAMINHADA

1ª SEMANA INICIO:_________________

VARIÁVEIS SEGUNDA TERÇA QUARTA QUINTA SEXTA

RESPIRAÇÃO

PERNAS

DATA

2ª SEMANA INICIO:_________________

VARIÁVEIS SEGUNDA TERÇA QUARTA QUINTA SEXTA

RESPIRAÇÃO

PERNAS

TEMPO

3ª SEMANA INICIO:_________________

VARIÁVEIS SEGUNDA TERÇA QUARTA QUINTA SEXTA

RESPIRAÇÃO

PERNAS

TEMPO

4ª SEMANA INICIO:_________________

VARIÁVEIS SEGUNDA TERÇA QUARTA QUINTA SEXTA

RESPIRAÇÃO

PERNAS

TEMPO

5ª SEMANA INICIO:_________________

VARIÁVEIS SEGUNDA TERÇA QUARTA QUINTA SEXTA

RESPIRAÇÃO

PERNAS

TEMPO

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cvii

6ª SEMANA INICIO:_________________

VARIÁVEIS SEGUNDA TERÇA QUARTA QUINTA SEXTA

RESPIRAÇÃO

PERNAS

TEMPO

7ª SEMANA INICIO:_________________

VARIÁVEIS SEGUNDA TERÇA QUARTA QUINTA SEXTA

RESPIRAÇÃO

PERNAS

TEMPO

8ª SEMANA INICIO:_________________

VARIÁVEIS SEGUNDA TERÇA QUARTA QUINTA SEXTA

RESPIRAÇÃO

PERNAS

TEMPO

ESCALADE BORG MODIFICADA

0 NENHUMA

0,5 MUITO, MUITO LEVE

1 MUITO LEVE

2 LEVE

3 MODERADA

4 POUCO INTENSA

5 INTENSA

6

7 MUITO INTENSA

8

9 MUITO, MUITO INTENSA

10 MÁXIMA