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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE TECNOLOGIA CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE PETRÓLEO IGOR BEZERRA ROSENO APLICAÇÃO DA ENERGIA EÓLICA PARA SUPRIMENTO DE ENERGIA NAS UNIDADES DE BOMBEIO DE ELEVAÇÃO ARTIFICIAL NATAL-RN 2016

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

CENTRO DE TECNOLOGIA

CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE PETRÓLEO

IGOR BEZERRA ROSENO

APLICAÇÃO DA ENERGIA EÓLICA PARA SUPRIMENTO DE ENERGIA NAS

UNIDADES DE BOMBEIO DE ELEVAÇÃO ARTIFICIAL

NATAL-RN

2016

IGOR BEZERRA ROSENO

APLICAÇÃO DA ENERGIA EÓLICA PARA SUPRIMENTO DE ENERGIA NAS

UNIDADES DE BOMBEIO DE ELEVAÇÃO ARTIFICIAL

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado

como parte dos requisitos para obtenção do

Grau em Engenharia de Petróleo pela

Universidade Federal do Rio Grande do Norte.

Orientador (a): Prof. Dr. Marcos Allyson Felipe Rodrigues

Coorientador: Prof. Dr. Wilson da Mata

NATAL-RN

2016

DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho aos meus pais,

Denildo e Socorro, que me ensinaram o melhor

caminho que devo seguir, por ser esse jovem

quem sou e por tanto amor devotado a mim e ao

meu irmão Vinícius.

AGRADECIMENTOS

Agradeço, primeiramente, a Deus por ter providenciado e me guiado nas

decisões e escolhas, me dando força, confiança, e temor a Deus.

A toda minha família, começando pelo meu alicerce de vida, meu pai, minha

mãe e meu irmão, por todo amor, incentivo, e por acreditarem em mim.

À minha namorada, Andréia Geíse, por tamanho amor e compreensão, por

sempre me apoiar, motivar e encorajar em todos os momentos.

Ao meu orientador, Prof. Dr. Marcos Allyson Felipe Rodrigues, pela orientação,

confiança e disponibilidade.

Ao corpo docente do Departamento de Engenharia de Petróleo, pelos

ensinamentos e orientações.

Aos colegas de graduação que de alguma forma contribuíram nesta

caminhada, em destaque meu amigo Iago Inácio, que sempre esteve nos momentos

bons e ruins e pelo companheirismo.

A todos meus amigos, que torcem e estão comigo.

Ao meu grupo de jovens ABBA, que me ajudou a ser quem eu sou hoje, a

descobrir alguns pontos fortes que tenho.

RESUMO

O mundo não vive mais sem energia, e esse crescimento de consumo e

demanda é muito elevado não só em nível econômico. E neste contexto, o Brasil

possui um potencial em grande escala com relação a produção energética não

explorada ou investida sob diversas fontes, entre elas as mais conhecidas são a solar,

biomassa, eólica e hídrica, esta última corresponde a mais de dois terços da geração

elétrica do país. Com o passar dos anos, vem crescendo significativamente os

incentivos e instalações da energia eólica em nosso país, e especialmente no estado

do Rio Grande do Norte. Somos privilegiados em nossa região para a instalação desse

tipo de energia, já que apresenta um vento forte e constante durante todo o ano, locais

serranos onde possui o melhor índice de ventos do Brasil, é uma fonte de energia

limpa e sem preocupação de esgotamento durante os anos, também serão

favorecidos os habitantes e cidades onde receberão os parques, gerando

oportunidade e desenvolvimento. Pretende-se neste estudo analisar alguns valores

energéticos de métodos de elevação de petróleo e da energia eólica, percebendo a

importância da geração e do consumo de energia para com a indústria petrolífera,

haja vista que as plataformas, equipamentos e tudo que envolve esta área são de

grande porte. Analisar a possibilidade de a energia eólica contribuir de alguma forma

para com a indústria petrolífera.

Palavras chaves: Energia renovável, energia eólica, petróleo.

ABSTRACT

The world dosen’t live without energy, and this growth in consumption and

demand is too high not only about the economy. On this context, the Brazil has a large

potential about the energy prodution not explored or about various sources, among

them the most known are the solar, biomass, eolic and hydric, this last corresponds to

more than two-thirds of the country’s electricity generation. Over the years, it comes

growing significantly about the incentives and installations of wind energy in our

country, and especially in the state of Rio Grande do Norte. We are privileged about

the fact that in our region we have the installation of towers, once upon a time we have

a strong and constant during all year, saw locations where have the best indexes of

winds at Brazil, a font of clean energy and without worries about depletion over the

years, also be favored the habitants and cities where they will receive the parks,

generation opportunity and development. This study has the pretension to analyse

some energy values of methods of raising oil and wind energy, realizing the importance

of generation and consumption of energy to the oil, once time that the platforms,

equipment and everything that surrounds this area are large. To analyse the possibility

of the wind energy contribute of some way for the oil industry.

Key words: renewable energy, wind energy, petrolleum.

LISTA DE FIGURAS

Figura 1.1 - Velocidade dos ventos no Rio Grande do Norte.......................................16

Figura 1.2 - Matriz energética e matriz elétrica no mundo e no Brasil..........................17

Figura 2.1 – Primeiro poço de petróleo no Brasil.........................................................25

Figura 2.2 – Tecnologias pioneiras do Pré-Sal............................................................27

Figura 2.3 – Elevação artificial por Bombeio Mecânico...............................................29

Figura 2.4 – Bombeio Mecânico com hastes...............................................................30

Figura: 2.5 – Unidade de bombeio..............................................................................32

Figura 2.6 – Poço produzindo com elevação por BCP.................................................33

Figura 2.7 – Esquema de um poço produzindo por GLC.............................................34

Figura 2.8 – Esquema de um poço produzindo por GLI...............................................36

Figura 2.9 – Esquema de um poço produzindo por BCS.............................................38

Figura 2.10 – Geração de energia no Brasil................................................................40

Figura 2.11 – Geração de energia no RN....................................................................41

Figura 2.12 – Primeira turbina eólica instalada no Brasil.............................................46

Figura 2.13 – Segunda turbina eólica instalada no Brasil............................................46

Figura 2.14 – Geração de energia eólica no Brasil......................................................48

Figura 2.15 – Componentes de um aerogerador.........................................................51

Figura 2.16 – Desenho esquemático de uma turbina eólica moderna.........................53

Figura 3.1 – Metodologia do trabalho.........................................................................57

Figura 3.2 – Atlas do potencial Eólico do estado do Rio Grande do Norte...................58

LISTA DE TABELAS

Tabela 2.1 – Componentes de um aerogerador.........................................................51

LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1.1 - 2014 Ações de combustível na oferta total de energia primária

mundial.......................................................................................................................18

Gráfico 1.2 - Taxas de crescimento anual mundial de energias renováveis ofertada

1990-2014..................................................................................................................19

Gráfico 2.1 - Distribuição de poços por método de elevação.....................................28

Gráfico 2.2 – Evolução da capacidade instalada por fonte de geração no brasil.........42

Gráfico 2.3 – Capacidade eólica mundial instalada 1997-2013...................................44

Gráfico 2.4 – Países de maiores capacidades eólica instaladas no mundo e o Brasil

(MW)...........................................................................................................................45

Gráfico 2.5 - Capacidade instalada de energia eólica no Brasil por ano, 2005-2019,

em megawatts (MW) ..................................................................................................49

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ABEEÓLICA Associação Brasileira de Energia Eólica

ANEEL Agência Nacional de Energia Elétrica

ASTM American Society for Testing and Materials

BCP Bombeio por Cavidades Progressivas

BCS Bombeio Centrífugo Submerso

BM Bombeio Mecânico

BNDES Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social

CBE Centro Brasileiro de Energia Eólica

Cepel Centro de Pesquisas de Energia Elétrica

COSERN Companhia Energética do Rio Grande do Norte

EOL Centrais Geradoras Eolioelétricas

EPE Empresa de Pesquisa Energética

GEE Gases de Efeito Estufa

GLC Gás Lift Contínuo

GLI Gás Lift Intermitente

GW Gigawatts

IEA International Energy Agency

IP Índice de produtividade

KW Quilowatts

MME Ministério de Minas e Energia

MW Megawatts

OCDE Organização para a Cooperação e Desenvolvimento

Econômico

ONS Operador Nacional do Sistema

OPAEP Organização dos Países Árabes Exportadores de Petróleo

OPEP Organização dos Países Exportadores de Petróleo

PCH Pequenas Centrais Hidrelétricas

PDE 2024 Plano de Decenal de Expansão de Energia

PETROBRAS Petróleo Brasileiro S/A

PROINFA Programa de Incentivo a Fontes Alternativas de Energia

Elétrica

RGL Razão Gás Líquido

RGO Razão Gás Óleo

SIN Sistema Elétrico Interligado Nacional

UB Unidade de bombeio

UFRN Universidade Federal do Rio Grande do Norte

WWEA Associação Mundial de Energia Eólica (sigla em inglês)

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO......................................................................................14

1.1 OBJETIVOS..........................................................................................20

1.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS.................................................................20

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA............................................................21

2.1 HISTÓRICO DA ENERGIA NO MUNDO...............................................22

2.2 O PETRÓLEO.......................................................................................23

2.2.1 ELEVAÇÃO NATURAL DE PETRÓLEO..............................................27

2.2.2 ELEVAÇÃO ARTIFICIAL ......................................................................28

2.2.2.1 BOMBEIO MECÂNICO (BM) ................................................................29

2.2.2.1.1 UNIDADE DE BOMBEIO.......................................................................31

2.2.2.2 BOMBEIO POR CAVIDADES PROGRESSIVAS (BCP) .......................32

2.2.2.3 GÁS LIFT CONTÍNUO (GLC) ...............................................................33

2.2.2.4 GÁS LIFT INTERMITENTE (GLI) ..........................................................35

2.2.2.4.1 CICLO DO PROCESSO DE INTERMITÊNCIA DO GLI.........................36

2.2.2.5 BOMBEIO CENTRÍFUGO SUBMERSO (BCS) ....................................37

2.3 ENERGIAS RENOVÁVEIS ...................................................................39

2.3.1.1.1.1 ENERGIA EÓLICA................................................................................43

2.3.1.1 PARQUE EÓLICO.................................................................................49

2.3.1.2 AEROGERADOR..................................................................................50

2.3.1.3 TURBINA EÓLICA.................................................................................51

3 METODOLOGIA...................................................................................55

3.1 DESCRIÇÃO DO TIPO DE PESQUISA................................................57

3.2 DESCRIÇÃO DO LOCAL DE ESTUDO................................................58

4 ANÁLISE DOS RESULTADOS E DISCUSSÃO...................................59

4.1 BOMBEIO MECÂNICO (BM) ................................................................60

4.2 BOMBEIO POR CAVIDADES PROGRESSIVAS (BCP) ......................60

4.3 USINA EÓLICA.....................................................................................61

5 CONCLUSÃO.......................................................................................63

5.1 RECOMENDAÇÕES.............................................................................64

REFERÊNCIAS.....................................................................................65

14

CAPÍTULO 1

INTRODUÇÃO

15

1. INTRODUÇÃO

Nas últimas décadas o consumo e a demanda de energia estão em grande

crescimento não só no Brasil, mas sim em todo o mundo. Em anos atrás era

necessário apenas uma fonte de energia para suprir a necessidade de um país ou

região, hoje já não mais existe esse “privilégio” por diversas razões políticas,

econômicas, sociais e ambientais, também por cada país, ou região buscar sua

autossuficiência em energia, para assim não depender de mercado externo, e por um

motivo, não menos importante, que é a durabilidade e uma energia limpa, este ponto

é de suma importância em âmbito mundial tendo uma preocupação na agressão

ambiental e redução da produção de Gases de Efeito Estufa (GEE). São por esses e

outros fatores que a nossa energia mundial está sendo diversificada cada vez mais, e

neste estudo irá apresentar um pouco de algumas delas enfatizando mais a energia

eólica e a indústria petrolífera. Mesmo que, o Brasil há bastante tempo já vem

explorando e produzindo energia por meio do petróleo e hidrelétrica, todavia sabemos

que o nosso país é favorecido em diversas áreas para instalação de energias

renováveis, apresentando um enorme potencial em grande escala do território para

implementar esse valioso e recompensador projeto em instalações de energias

renováveis. O Brasil, com seu extenso território tropical apresenta total condições para

a produção de energia solar fotovoltaica. Em determinadas regiões especialmente em

nosso estado, no Rio Grande do Norte, possui o melhor índice de aproveitamento dos

ventos não só no país e também uma das maiores velocidades do vento do mundo,

que é demostrada pela cor roxo, como podemos ver na figura 1.1.

16

Figura 1.1 – Velocidade dos ventos no Rio Grande do Norte

Fonte: http://interface.vortexfdc.com

Além do Rio Grande do Norte, o estado do Ceará também apresenta potencial

para a geração de energia proveniente dos ventos.

Se tratando da matriz de energia elétrica do Brasil, a fonte hídrica é

predominante, a qual corresponde a mais de dois terços da geração elétrica total do

país, isso devido apresentarmos uma hidrografia privilegiada para o aproveitamento

de tal fonte energética, e também pelo motivo territorial que temos em abundância em

nosso País.

Na figura 1.2 apresenta-se a matriz energética e a matriz elétrica no mundo e

no Brasil, percebe-se que o nosso governo possui investimentos e tecnologia para

com as hidroelétricas, apresentando mais de setenta por cento da sua matriz elétrica.

Pode-se observar também que apenas cerca de 20% da matriz elétrica mundial

provém de fontes renováveis, e em contrapartida, observamos que no Brasil essa

parcela é superior aos 80%, segundo o Plano Nacional de Energia 2030 (MME e

EPE,2007) a energia hidráulica continuará sendo, por muitos anos, a principal fonte

geradora de energia elétrica do Brasil.

17

Figura 1.2 - Matriz energética e matriz elétrica no mundo e no Brasil

Fonte: (modificado – MME, 2013a).

Se baseando em nível mundial, a produção de energia renovável cresceu 2,6%

entre os anos de 2013 e 2014. No gráfico 1.1 pode-se visualizar a distribuição de

ações de combustível em cada fonte energética mundial, percebendo um crescimento

significativo nas energias renováveis (MIRANDA, 2014).

18

Gráfico 1.1 - 2014 Ações de combustível na oferta total de energia primária

mundial

Fonte: https://www.iea.org/newsroomandevents/news/2016/july/renewable-

energy-continuing-to-increase-market-share.html (modificado)

Ainda em níveis mundiais, a energia proveniente de fontes renováveis, desde

1990 tem crescido, anualmente, a uma taxa média de 2,2% superior à taxa de

crescimento de 1,9% do total de energia primária abastecida. Como podemos verificar

melhor no gráfico 1.2, tal crescimento tem sido mais especificamente destacada para

a energia eólica com 24% e a solar fotovoltaica com 46,2%, tendo muito incentivo,

principalmente, por países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento

Econômico (OCDE) e China (www.iea.org).

19

Gráfico 1.2 - Taxas de crescimento anual mundial de energias renováveis ofertada

1990-2014

Fonte: https://www.iea.org/newsroomandevents/news/2016/july/renewable-

energy-continuing-to-increase-market-share.html (modificado)

Todavia, sabe-se a importância que a indústria petrolífera tem com relação a

geração de energia, ou melhor, muito mais do que apenas favorecer a matriz

energética no país, assim como contribuir para um maior desenvolvimento, geração

de combustíveis, asfaltos, derivados do petróleo em geral, e até mesmo com relação

a benefícios socioeconômicos, o qual é um dos maiores mercados mundiais,

originando empregos diretos e indiretos, enriquecendo a região, estado e país. A

indústria petrolífera é muito ampla e influencia diretamente a economia mundial

(www.iea.org).

É notória a importância de cada fonte energética para nós, especificamente a

eólica e o petróleo, colocando os conhecimentos para crescimento recíproco das

ambas fontes de energias, ou seja, pretende-se analisar os valores de geração entre

a energia eólica e os métodos de elevação artificial de petróleo. Se pode ser usada

para suprir parte, totalmente ou inviável na geração de energia para a indústria do

petróleo, que no caso seria os métodos de elevação.

20

1.1 OBJETIVOS

Esta pesquisa pretende, por meio de estudos e sugestões, analisar alguns

valores de geração entre a energia eólica e os métodos de elevação artificial de

petróleo. A possibilidade de fazer com que a energia eólica contribua para o

crescimento e fortalecimento da indústria petrolífera, assim também como a energia

eólica ser favorecida por meio, direta ou indiretamente, pela indústria petrolífera.

Sendo assim, perceber se a fonte energética provinda dos ventos seria uma aliada ao

petróleo.

1.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Realizar revisão de literatura sobre o tema;

Coletar informações a respeito das fontes de energias, especificamente a

energia eólica e o petróleo;

Descrever os métodos de elevação artificial de petróleo;

Pesquisar dados que levem em consideração a produção e renda de energias;

Comparar os valores de geração da energia eólica e da indústria petrolífera.

21

CAPÍTULO 2

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

22

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1 HISTÓRICO DA ENERGIA NO MUNDO

Desde os primórdios da nossa geração, há milhares de anos o Homem sempre

buscou ferramentas para melhor convivência e sobrevivência em meio a tantos

mistérios e obstáculos que tivemos que enfrentar até chegarmos onde estamos hoje.

As necessidades energéticas do homem estão em constante evolução. Para

satisfazer suas primeiras necessidades, que eram basicamente a alimentação, uma

fonte de iluminação noturna e aquecimento, o homem apropriou-se do uso do fogo e

desenvolveu a agricultura e a pecuária, armazenando energia excedente nos animais

e alimentos (FONSECA, 1972; HÉMERY; BEBIER; DELÉAGE, 1993).

Com a descoberta do fogo, que se originou pelo atrito da madeira com as

pedras, iniciando então o domínio do homem para com o fogo, melhorando sua

alimentação, iluminação e segurança. Ao passar dos anos inventou-se a roda e outros

mecanismos o qual multiplicaram sua força física, domesticaram os animais para

realizarem alguns trabalhos, facilitaram o transporte, descobriu a força da água e

como armazenar e usar para benefício próprio. O aparecimento de grandes

civilizações no mundo antigo (cerca de 4000 A.C.) representou um grande marco no

aproveitamento energético.

Outro exemplo do avanço do uso da energia na antiguidade é a utilização do

vento como conversor energético, através da navegação com barcos à vela no antigo

império (HÉMERY; BEBIER; DELÉAGE, 1993). A energia derivada dos ventos teve

um papel de suma importância para o desenvolvimento da humanidade, pois, por meio

dela é que foram descobertas várias terras, incluindo o Brasil, onde os Europeus se

aventuraram a navegar pelos mares em suas caravelas impulsionadas pela força dos

ventos, colonizando então os novos continentes, outro benefício promovido pela força

dos ventos é a transformação dos produtos primários através de moinhos de vento, o

qual foi um dos primeiros processos industriais realizado pelo homem.

Milhares de anos se passaram até que um fato marcou toda a história da

energia, o qual foi no século XVIII, que se deu o surgimento da máquina a vapor,

dando início a era da Revolução Industrial, fazendo com que, a partir de então cria-se

a importância da energia para os tempos modernos que se iniciam. Com esse avanço,

permitiu que grandes fábricas se originasse e houve um grande desenvolvimento na

23

área dos transportes, e foi nesse período que os combustíveis fósseis (carvão mineral,

petróleo e gás natural) tiveram grande evolução. Segundo Amaral (2010), ainda na

era do vapor surge o carvão mineral empregado na combustão direta para sua

produção, sendo considerado o primeiro combustível fóssil usado em larga escala e o

início de uma nova era, caracterizada pela revolução industrial, o surgimento do

automóvel e a exploração do petróleo.

No século XX, foi descoberta outra fonte de energia: a energia nuclear, ainda

muito questionada pelos elevados riscos ao meio ambiente. Apesar de ocupar a

penúltima posição entre as principais fontes de geração de energia

Elétrica no mundo, em 2006, de acordo com a International Energy Agency (IEA),

representou 14,8% da produção total.

Após a segunda guerra mundial, com as grandes crises que a indústria

petrolífera viveu e a consequente variação do preço do barril desencadearam uma

série de ações pelos governos e agências internacionais que visaram a diversificação

das fontes de energia. A partir de então está em grande crescimento mundial o

incentivo e investimento dos governos para com a fontes de energias consideradas

renováveis, estas que não poluem o meio ambiente como as demais outras e também

por ser uma fonte inesgotável e de grande compensação para os que instalam, mais

a frente será relatado brevemente sobre elas nesta pesquisa.

2.2 O Petróleo

A palavra petróleo vem do vem do Latim, onde petra significa pedra e oleum

significa óleo, ou seja, esta substância é encontrada entre as rochas sedimentares,

onde, com o passar de milhões de anos, e sofrendo intemperismo com altas pressões

e temperaturas onde ficam armazenadas entre as rochas, no local conhecido como

armadilhas, onde se acumula o óleo, é constituído, basicamente, por uma mistura de

compostos químicos orgânicos (hidrocarbonetos). Segundo Aragão (2001), a norma

técnica Standard Terminology Relating to Petroleum Products, and Lubrificants – D

4175 – 09, a American Society for Testing and Materials – ASTM – define petróleo

como sendo uma mistura de hidrocarbonetos de ocorrência natural, geralmente em

estado líquido, que também pode incluir compostos de enxofre, nitrogênio, oxigênio,

metais e outros elementos.

24

O registro da participação do petróleo na vida do homem remonta a tempos

bíblico, povos como o da mesopotâmia, os egípcios, gregos, romanos e outros povos

já utilizavam com fins bélicos, de iluminação, para embalsamar os mortos, para

construção de pirâmides entre outros benefícios próprios.

Em meados de 1850, a indústria petrolífera se modernizou e James Young, na

Escócia, descobriu que o petróleo poderia ser extraído do carvão e do xisto

betuminoso, criando processos de refinação, porém a data que é considerada o

nascimento da moderna indústria petrolífera ocorreu pouco depois, no ano de 1859,

quando foi iniciada a exploração comercial nos Estados Unidos, onde o Americano

Edwin Laurentine Drake, perfurou o primeiro poço para a procura de petróleo, foi em

Tittusville, Pensilvânia, o poço teve uma profundidade de apenas 21 metros. A

produção de óleo cru nos Estados Unidos, de dois mil barris em 1859, aumentou para

aproximadamente três milhões em 1863.

Descobriu-se que a destilação do petróleo resultava em produtos que

substituíam, com grande margem de lucro, o querosene obtido a partir do carvão e o

óleo de baleia, que eram amplamente utilizados para iluminação. Posteriormente, com

a invenção dos motores à gasolina e a diesel, esses derivados até então desprezados

adicionaram lucros expressivos à atividade.

Trazendo para o Brasil, a história do petróleo em nosso país inicia-se em 1858,

quando o Marquês de Olinda assina o Decreto nº 2.266 concedendo à José Barros

Pimentel o direito de extrair mineral betuminoso para fabricação de querosene, em

terrenos situados às margens do Rio Maraú, na então província da Bahia, e um ano

depois, o inglês Samuel Allport, durante a construção de Estrada de ferro Leste

Brasileiro, observa o gotejamento de óleo em Lobato, no subúrbio de Salvador.

Entretanto foi apenas em 1891, que as primeiras notícias a respeito do petróleo

ocorreram em Alagoas, em virtude da existência de sedimentos argilosos betuminosos

no litoral. E somente em 1897 foi perfurado o primeiro poço brasileiro com o intuito de

encontrar petróleo, no município de Bofete-SP, por Eugênio Ferreira Camargo.

Em 1938, em Lobato na Bahia, iniciou-se a perfuração do poço DNPM – 163,

que viria a ser o descobridor de petróleo no Brasil, no dia 21 de janeiro de 1939;

25

Figura 2.1 – Primeiro poço de petróleo no Brasil

Fonte: http://www.ricardoorlandini.net/hoje_historia/ver/8576/descoberto-o-

primeiro-poco-de-petroleo-no-brasil-no-estado-da-bahia

A primeira guerra mundial pôs em evidência a grande importância estratégica do petróleo no mundo inteiro, sendo usado, pela primeira vez o submarino com motor diesel e sem falar no avião, que serviu como uma nova arma. A transformação do petróleo em material de guerra e tendo uma grade utilização nos seus derivados. Nas refinarias, são produzidos os seguintes derivados: gás liquefeito, gasolinas, naftas, óleo diesel, querosenes, óleos combustíveis, asfaltos, lubrificantes, solventes, parafinas, coque de petróleo e resíduos (AMARAL, 2010).

Um ponto muito importante para a história da indústria do petróleo, foi a partir

de 1960, data em que foi criada, por iniciativa dos grandes produtores de petróleo do

Oriente Médio juntamente com a Venezuela, a OPEP (Organização dos Países

Exportadores de Petróleo) que atualmente, os países membros são: Argélia, Angola,

Equador, Irã, Iraque, Kuwait, Líbia, Nigéria, Catar, Arábia Saudita, Emirados Árabes

Unidos e Venezuela. A Indonésia suspendeu a sua adesão em janeiro de 2009. Tal

organização está localizada na capital da Áustria, Viena, e o objetivo principal da

OPEP é integrar a política petrolífera dos países membros, sendo grande responsável

26

de controlar preço e produção no mercado, assim como fornecer aos membros ajuda

econômica. E pouco tempo depois foi criado outra organização, a OPAEP

(Organização dos Países Árabes Exportadores de Petróleo), os países membros de

organização são: Argélia, Bahrein, Egito, Iraque, Kuwait, Líbia, Catar, Arábia Saudita,

Síria, Tunísia e Emirados Árabes Unidos, sua sede permanente está localizada em

Kuwait. Mesmo que esta organização possua importância significativa, porém, é mais

restrito aos países árabes que tem como objetivo dá suporte a indústria árabe de

petróleo. Portanto a OPEP ainda é maior no comércio mundial de petróleo.

O uso do petróleo nunca foi preocupação dos produtores, o qual sempre foi

abundante pela sociedade. Em 1973, foi vivido o primeiro “choque do petróleo”, em

represália à política norte-americana de apoio à causa de Israel nos conflitos no

Oriente Médio, promoveram um boicote à venda do petróleo, diminuindo a produção

e elevando os preços. A partir de então até o início dos anos 80, os países-membros

da OPEP passaram por um período de lucros por motivo do aumento do preço do

petróleo e os maiores prejudicados com este acontecimento foram os EUA, Holanda

e Portugal, estes que dependiam de tal recurso. Depois dos anos 80, houve uma

retração no mercado petrolífero devido à diminuição do consumo dos países

importadores.

Outro choque do petróleo ocorreu no fim dos anos 70 e início dos 80, que foi

decorrente à Revolução Iraniana, disparando os preços e consequentemente fazendo

com que o dólar desvalorizasse.

O mundo viveu de trinta anos para cá dois choques no preço do petróleo: o de

1973 (Quando os países produtores cessaram as exportações aos EUA) e o de 1979

(devido à revolução iraniana) nesses dois momentos, a elevação do preço do petróleo

teve motivos ligados ao interesse de alguns países e interesses políticos e também

tensões entre países. Estamos vivendo a atual crise do petróleo, e seu preço sobe por

problemas de aumento da demanda e falta de estoque, motivos econômicos e

interesses políticos entre os países-membros da OPEP (Artigo por Colunista Portal -

Educação - quarta-feira, 8 de abril de 2015).

Atualmente os investimentos e tecnologias no mundo petrolífero está muito

avançado, como por exemplo o nosso, que em cada novo dia, consegue vencer e

avançar sempre mais, como podemos visualizar na figura 2.2, onde poços com

milhares de metros de profundidade e mesmo assim conseguindo produzir petróleo.

27

Figura 2.2 – Tecnologias pioneiras do Pré-Sal

Fonte: http://presal.hotsitespetrobras.com.br/tecnologias-pioneiras/#1

2.2.1 Elevação Natural de petróleo

Elevação é o termo utilizado na indústria petrolífera para caracterizar o

processo de ascensão do fluido contido em um reservatório até a superfície.

Se a energia do reservatório é suficiente para elevar os fluidos até as facilidades

de superfície, afirma-se que ocorre a Elevação Natural e que o poço é surgente.

A surgência ocorre geralmente no início da vida produtiva dos poços, mas com

o passar do tempo e com a produção acumulada, a pressão do reservatório declina,

tornando-se insuficiente para elevar os fluidos.

O principal fator que auxilia essa elevação é a própria pressão do poço, sendo que outros fatores, também, são importantes, como: a propriedade dos fluidos, o índice de produtividade do poço, o mecanismo de produção, ou seja, gás em solução, capa de gás ou influxo de água, o dano causado à produção elaboradora durante a perfuração e/ou completação do poço, a aplicação de técnicas de estimulação (faturamento, acidificação) e adequado isolamento das zonas de água e gás adjacentes à zona de óleo (SOUSA et al., 2013, p. 27-28).

28

2.2.2 Elevação Artificial

Um poço pode ser surgente no início de sua vida produtiva, mas com o passar

do tempo necessita de energia extra para produzir, devido à queda de pressão no

reservatório. Em outros casos, o reservatório é depletado, e o poço desde o início

necessita de equipamentos para elevação.

Com a produção dos fluidos do reservatório e a sua consequente depleção, a vazão do poço começa a reduzir até chegar ao ponto em que ele deixa de produzir totalmente ou economicamente. Para colocar o poço novamente em produção ou para aumentar a vazão de líquido, é necessário fornecer trabalho ao sistema. Isto é conseguido por meio da aplicação de algum método de elevação artificial. A elevação artificial é o conjunto de equipamentos e técnicas para tornar a produção do poço viável economicamente (SOUSA et al., 2013, p.28).

Dentre os métodos de elevação artificial, o mais usado no mundo inteiro é o

bombeio mecânico. Estevam (2006) afirma que 94 % de todos os poços de petróleo

do mundo são equipados com algum método de elevação artificial. Destes, 71 % são

equipados com bombeio mecânico (Gráfico 2.1).

Gráfico 2.1 - Distribuição de poços por método de elevação

Fonte: (COSTA, 2008).

29

Com relação aos diversos métodos de elevação utilizados é importante

ressaltar que cada poço possui sua particularidade, por isso, antes da escolha do

método é necessário conhecer alguns parâmetros, como por exemplo: Índice de

produtividade do poço, profundidade de elevação, vazões de produção,

características dos fluidos produzidos (viscosidade, densidade, quantidade de gás),

produção de areia (SOUSA, 2013).

2.2.2.1 Bombeio Mecânico (BM)

O método de elevação artificial do petróleo por Bombeio Mecânico consiste na

elevação dos fluidos em campos terrestres através do movimento alternativo de uma

bomba instalada no fundo do poço composta basicamente de um pistão, camisa,

válvula de passeio e válvula de pé presa à extremidade de uma coluna de hastes.

Figura 2.3 – Elevação artificial por Bombeio Mecânico (BM)

Fonte: http://www.filetrail.com/energy/

O Bombeio mecânico é o método de elevação artificial mais antigo e o mais

utilizado em todo mundo, é especificado para vazões médias e poços rasos. Quando

30

comparado a outros métodos que existe este é de baixo custo e sua operação é

simples.

O movimento das hastes é produzido pela unidade de bombeio (UB) que

transforma o movimento rotativo de um motor elétrico ou de combustão em movimento

alternativo, e a função da coluna de hastes é conectar a bomba de fundo aos

equipamentos de superfície. É importante ressaltar que esta coluna está sofrendo

grandes tensões em um meio agressivo, que fica sujeito a um nível elevado de

corrosão e deve-se suportar esforços de tração, cisalhamento e compressão.

Tal método é bastante utilizado em poços de até 800 metros, localizados em

terra, e não é recomendado em maiores profundidades devido perder eficiência.

Possui uma vazão média de 180m³/d, e a medida que a o poço fica maior a vazão cai

muito.

Os principais componentes do bombeio mecânico com hastes são: bomba de

subsuperfície, coluna de hastes, unidade de bombeio e motor, conforme

esquematizado na Figura 2.4 (Notas de aula Elevação artificial de Petróleo).

Figura 2.4 – Bombeio Mecânico com hastes

Fonte: ROSSI, 2003

31

As vantagens deste método são: operação e diagnóstico fácil; projeto de

instalação simples; poços produtores de óleo viscoso; fácil reposição de

equipamentos e acessórios; utilizado em locais onde não há energia elétrica,

utilizando-se de motor a combustão interna. No entanto tal método também apresenta

algumas desvantagens tais como: elevado custo da unidade (montagem e

manutenção); não se recomenda para poços produtores de óleo parafinado; a

presença de gás livre na sucção da bomba pode reduzir drasticamente a capacidade

de bombeio de líquido do sistema, podendo até provocar um bloqueio de gás. Contudo

o efeito do gás no bombeio mecânico é menos problemático que no bombeio

centrífugo submerso ou no bombeio por cavidades progressivas; não é recomendado

para poços produtores de areia, porque a areia desgasta mais rapidamente as partes

móveis e a camisa da bomba devido à sua abrasividade; A unidade de bombeio é

bastante pesada e ocupa um espaço considerável das instalações de superfície nas

instalações do poço (SOUSA, 2013).

2.2.2.1.1 Unidade de Bombeio

Segue na figura 2.5 uma ilustração da unidade de bombeio, esta que converte

o movimento de rotação do motor em movimento alternativo das hastes. Para se

escolher a unidade de bombeio para um poço específico é preciso levar em

consideração o máximo torque, a máxima carga e o máximo curso de haste polida

que irão ocorrer no poço (SOUSA, 2013).

32

Figura: 2.5 – Unidade de bombeio

Fonte: Thomas e outros autores, 2004

2.2.2.2 Bombeio por Cavidades Progressivas (BCP)

Consiste em um sistema composto por uma bomba de subsuperfície que possui

um rotor que gira no interior de um estator fixo, promovendo a elevação dos fluidos.

Ainda é um método novo quando comparado aos mais tradicionais como o bombeio

mecânico e o bombeio centrífugo submerso.

Algumas observações são muito importantes para este método: vazões

máximas de 800m³/d (5040 bpd), para diâmetros de bombas maiores, altura de

elevação limitada à 3000 m (9840 ft); temperatura máxima de utilização por volta de

100ºC (212ºF); sua eficiência reduz na presença de gás; hastes sujeitas ao desgaste

por fadiga; problemas de vibração com velocidades elevadas; apresenta alta eficiência

energética global do sistema, entre 55 e 75%; capacidade para produzir altas

concentrações de areia ou outros sólidos; Boa resistência à abrasão; instalação e

operação relativamente simples.

O acionamento da bomba pode ser originado da superfície, por meio de uma

coluna de hastes e um cabeçote de acionamento, ou diretamente no fundo do poço,

através de um acionador elétrico. Ao girar, as cavidades do rotor se movimentam

axialmente no sentido da sucção para o recalque da bomba, promovendo a ação do

bombeio. O elastômero é o responsável pela maioria das falhas ocorridas no sistema

33

BCP. Sua composição variada é geralmente classificada como borracha nitrílica e é

mantida em segredo pelos fabricantes. Quanto a coluna de hastes é muito semelhante

ao conjunto de hastes do bombeio mecânico, acionada por um motor elétrico ou de

combustão interna localizada na superfície. O cabeçote é instalado entre o motor e a

coluna de hastes para assim possibilitar movimento de rotação do motor para a coluna

de hastes, além de vedar o espaço anular entre a coluna de hastes e a coluna de

produção, impossibilitado o vazamento de fluidos para o meio ambiente.

Segue na figura 2.6 o esquema do sistema de um poço produzindo com

elevação por BCP.

Figura 2.6 – Poço produzindo com elevação por BCP

Fonte: Notas de aula Elevação artificial de Petróleo

2.2.2.3 Gás Lift Contínuo (GLC)

É um processo similar à elevação natural, o GLC é o principal método de

elevação artificial utilizado, principalmente, para poços offshore, devido a sua robustez

e a larga faixa de vazão que o poço pode produzir.

Tal método é considerado relativamente barato e de simples instalação, requer

menos manutenção quando comparado aos outros tipos de elevação artificial, tais

como bombeio centrífugo submerso, bombeio mecânico e bombeio por cavidade

34

progressiva. Um poço utilizando este método é necessário que seja analisado com

frequência, já que seu desempenho está diretamente ligado às condições de produção

do reservatório e às características de fluxo, onde estes aspectos podem variar

durante a vida produtiva da instalação.

O GLC Baseia-se na injeção contínua de gás a alta pressão na coluna de

produção com o objetivo de gaseificar o fluido desde o ponto de injeção à superfície.

Até certos limites aumentando-se a quantidade de gás na coluna de produção, ocorre

uma diminuição no gradiente médio de pressão, com diminuição da pressão de fluxo

no fundo e aumento da vazão (Notas de aula Elevação artificial de Petróleo).

Figura 2.7 – Esquema de um poço produzindo por GLC

Fonte: Notas de aula Elevação artificial de Petróleo

O gás é injetado de forma controlada e contínua. O controle na superfície é

realizado pelo Choke. Faz necessário uma fonte de alta pressão e seu revestimento

35

e linha de produção devem resistir às elevadas pressões. É importante ressaltar que

a eficiência deste método diminui com a redução da RGL ou RGO.

2.2.2.4 Gás Lift Intermitente (GLI)

O gás lift intermitente baseia-se no deslocamento de golfadas de fluido para

a superfície através da injeção de gás a alta pressão na base das golfadas. A injeção

de gás possui tempos bem definidos e normalmente é controlada na superfície por um

intermitor de ciclo e uma válvula controladora (motor valve).

Este método possui as mesmas características gerais do GLC, geralmente é

menos eficiente, e possui características próprias como por exemplo, o consumo

muito alto de injeção de gás e é utilizado para baixas faixas de vazão.

No geral, o GLI é adequado para poços que produzam vazões relativamente

baixas (<32m³/d) ou com baixos índices de produtividade (IP).

Fator fundamental no projeto de Gás Lift Intermitente é a obtenção da vazão

de óleo a ser produzida na superfície, que é determinada através do cálculo do volume

de cada golfada recuperado na superfície e do número de ciclos que podem ser

executados por dia pelo sistema (Notas de aula Elevação artificial de Petróleo).

36

Figura 2.8 – Esquema de um poço produzindo por GLI

Fonte: Notas de aula Elevação artificial de Petróleo

2.2.2.4.1 Ciclo do processo de intermitência do GLI

O ciclo de intermitência corresponde às fases que ocorrem para a elevação

de uma golfada de fluido até a superfície. O tempo do ciclo corresponderá ao tempo

decorrido entre duas aberturas consecutivas da válvula operadora. Dependendo das

características de profundidade e produtividade, este tempo pode demorar de minutos

a horas. Os períodos do ciclo de intermitência são:

1) Período de alimentação – o controlador de injeção de gás na superfície e

a válvula operadora estão fechados. A válvula de pé está aberta e o fluido do

reservatório se acumula na coluna de produção. A pressão de fluxo do fundo do poço

deve ser reduzida ao mínimo. O comprimento da golfada vai depender da pressão

37

estática do reservatório, da pressão na cabeça do poço e do tempo decorrido até a

abertura da válvula operadora;

2) Período de injeção – intermitor e válvula operadora abertos. O gás é

injetado e entra na coluna de produção através da válvula operadora e desloca o gás

até a superfície. A válvula de pé está fechada, devido à pressão do gás;

3) Período de redução de pressão – intermitor de ciclo fecha, cessando a

injeção de gás para o anular do poço. A válvula operadora permanece aberta até que

a redução de pressão no anular ocasione o seu fechamento. A válvula de pé

permanece fechada até que a pressão na extremidade inferior da coluna seja menor

que a pressão do reservatório. Gás injetado vai para o vaso separador (Notas de aula

Elevação artificial de Petróleo).

2.2.2.5 Bombeio centrífugo submerso (BCS)

O Bombeio Centrífugo Submerso é um método de elevação com aplicações

marítimas (offshore) e terrestres (onshore) em que o fluido é elevado pelo aumento

de pressão de fundo.

Neste método, uma bomba centrífuga de múltiplos estágios, acionada por motor elétrico é posicionada na extremidade inferior da coluna de produção. A energia elétrica é transmitida da superfície até o fundo, por meio de um cabo elétrico especialmente projetado para operar nas condições do fundo do poço (SOUSA et al., 2013, p. 29).

O BCS trabalha com uma larga faixa de vazões, ideal para altas vazões de

líquido.

Apesar de ser complexo e de seu sistema elétrico apresentar-se como um

ponto fraco, necessitando de uma fonte confiável de energia, requer pouca

manutenção desde que corretamente instalado e operado.

Pode ser utilizado em poços desviados e horizontais, seus equipamentos

ocupam pouco espaço, sendo este um dos fatores que o faz adequado para produção

em alto mar.

A eficiência aumenta com a redução de RGL ou pela redução da RGO ou ainda

pelo aumento da vazão de água. Pode ter problemas com produção excessiva de

38

areia, incrustações e parafinas. A presença de gás livre no interior da bomba diminui

sua eficiência.

Figura 2.9 – Esquema de um poço produzindo por BCS

Fonte: (Oliva, 2013)

39

Como pode-se observar na figura 2.9 tanto os equipamentos de superfície como os de subsuperfície.

2.3 Energias renováveis

Com relação à discussão sobre a questão energética mundial, e pelo

consequente enfraquecimento vivido pelo petróleo nos últimos anos, se questionando

até quando teremos em nossas reservas, já que é uma fonte esgotável, e pelas

mudanças no clima, ocasionadas pela queima de combustíveis fosseis, por esses e

outros motivos que está em crescente estudo e incentivo governamental as energias

alternativas, ou renováveis voltados para o desenvolvimento de alternativas na

produção energética. Outro ponto bastante importante para o crescimento dessas

fontes é a busca pela autossuficiência em geração de energia, e ampliando sua

diversificação da matriz energética, fazendo com que ajudem a suprir a demanda

interna dos países.

As energias renováveis são praticamente inesgotáveis e não alteram o balanço

térmico do planeta e se configuram como um conjunto de fontes de energia que podem

ser chamadas de não-convencionais, ou seja, aquelas não baseadas nos

combustíveis fósseis e grandes hidroelétricas.

Nesta busca por fontes alternativas o Brasil apresenta grande diferencial em relação a outros países, pois a sua imensa biodiversidade, permite a geração de energia por vários meios, incluindo as fontes de energia renováveis como a hidrelétrica e também a busca pelo desenvolvimento de fontes alternativas como a utilização da biomassa, para produção de combustíveis renováveis, como o álcool, o biodiesel, e, mais recentemente, o H-bio (PACHECO, 2006, p. 4).

Segundo a EPE (Empresa de Pesquisa Energética), estatal vinculada ao

Ministério de Minas e Energia, caso a demanda por energia venha a crescer

anualmente na ordem de 4,8%, o país precisará investir em torno de R$ 125 bilhões

para a ampliação de geração e transmissão de energia a fim de que haja fornecimento

regular sem riscos de apagão.

Podemos analisar na figura 2.10 a distribuição da geração energética Brasileira,

e vemos que grande parte se dá por meio das usinas termelétricas e hidrelétricas.

Podemos perceber também que o Nordeste possui grande incentivo a energias

limpas, em especial a solar e eólica.

40

Figura 2.10 – Geração de energia no Brasil

Fonte: http://sigel.aneel.gov.br/sigel.html

A capacidade total instalada de geração de energia elétrica no Brasil (centrais de serviço público e autoprodutoras) alcançou 140.858 Megawatts (MW) em 2015, aumento de 6.945 MW em relação ao ano anterior. Na expansão da capacidade instalada, as centrais hidrelétricas contribuíram com 35,4%, enquanto as centrais térmicas responderam por 25%. As usinas eólicas e solares foram responsáveis pelos 39,6% restantes de aumento do parque nacional, mostrando que o Brasil está a cada dia com uma matriz elétrica mais limpa (EMPRESA DE PESQUISA ENERGÉTICA, 2016).

Não só o Brasil é favorecido para instalação dessas fontes limpas, assim

também é o Rio Grande do Norte, possuindo em seu território clima favorável para as

usinas solares, que predominantemente, o sol aparece todos os dias, além de possuir

ótimas velocidades dos ventos tanto em regiões serranas e litorâneas, como já

mostrado na figura 1.1, onde os melhores índices se concentram na região de Serra

de Santana, localizada entre as cidades de Lagoa Nova e Tenente Laurentino. E como

pode ser analisado na figura 2.11, onde demostra os pontos relativos aos tipos de

usinas que o Rio Grande do Norte gera de energia, e fica nítido por meio do grande

41

número de centrais geradoras Eolioelétricas (EOL) o investimento que o estado está

tendo com relação a esse tipo de energia.

Figura 2.11 – Geração de energia no RN

Fonte: http://sigel.aneel.gov.br/sigel.html

O Plano Decenal de Energia 2012-2022 (MME e EPE, 2013) indica a energia

eólica como a fonte que mais crescerá até 2022, atingindo 17,4 GW de capacidade

instalada e representando 9,5% da matriz elétrica nacional conforme mostrado no

gráfico 2.1.

42

Gráfico 2.2 – Evolução da capacidade instalada por fonte de geração no brasil

Fonte: (modificado – EPE, 2013)

Segundo o Greenpeace (2013, p. 8), as fontes de energias limpas e

sustentáveis têm um papel importante, além da função de complementar a matriz

energética brasileira:

As fontes renováveis são uma alternativa de longo prazo para substituir os combustíveis fósseis e reduzir a dependência de usinas de grande porte, geralmente muito distantes do centro consumidor. Essas novas tecnologias tornam o sistema elétrico flexível, abastecido por diferentes fontes, tanto constante quanto intermitentes. Para tornar esse cenário realidade são necessários investimentos em infraestrutura, redes inteligentes, tecnologias de armazenamento e eficiência energética. Mas, acima de tudo, é preciso que exista planejamento público com visão de futuro e comprometimento ambiental, que considere e viabilize essas novas e promissoras fontes de energia (GREENPEACE, 2013, p. 8).

43

2.3.1 Energia Eólica

Foi no final do século XIX que ocorreu a adaptação dos cata-ventos para a geração de energia elétrica. O primeiro cata-vento com essa finalidade foi erguido na cidade de Cleveland, Ohio, em 1888, por Charles F. Brunch, um industrial voltado à eletrificação do campo. “Tratava-se de um cata-vento que fornecia 12 kW em corrente contínua para carregamento de baterias, as quais eram destinadas, sobretudo, ao fornecimento de energia para 350 lâmpadas incandescentes” (SHEFHERD apud REVISTA ECOENERGIA, 2012, p. 16).

Mesmo sabendo que há milhares de anos o uso da força motriz já era praticado

por grandes civilizações de tal época, até mesmo naquele tempo passou-se a utilizar

cursos de água e o próprio vento como força para moer grãos e bombear água, como

exemplos de povos que faziam tal uso eram os chineses, os persas, e na Babilônia.

A segunda guerra mundial foi uma grande porta para o desenvolvimento de

aerogeradores de médio e grande porte.

Após as crises do petróleo da década de 1970, Estados Unidos, Inglaterra, França, Holanda, Dinamarca e principalmente a Alemanha foram os pioneiros nas pesquisas e desenvolvimento de aerogeradores de grande porte, com eficiência energética suficiente para a geração de energia elétrica em grande escala. Esses países foram movidos pela necessidade de inovar e não depender mais do uso dos combustíveis fósseis. Já outros, o fizeram pela falta ou escassez desse recurso em seus territórios. Em quinze anos (1985-2000), o desenvolvimento e o comércio de aerogeradores mais potentes e eficientes consolidou-se (REVISTA ECOENERGIA, 2012).

Em um recente estudo da Associação Mundial de Energia Eólica (WWEA, sigla

em inglês) informou que, até o primeiro semestre de 2014, a capacidade mundial

instalada de produção de energia eólica era de 336 gigawatts (GW), o mesmo tinha

uma estimativa de alcançar 360 GW até o final daquele mesmo ano, isto seria o

suficiente para atender um país de 75 milhões de habitantes, o mesmo documento

informou que a Ásia é a líder mundial na produção, deixando a Europa em segundo

lugar, tendo a China como produtora de quase um terço da produção mundial, o que

seria algo próximo a 100 GW (COSTA, 2015).

No gráfico 2.3 podemos observar o crecimento acelerado nos últimos anos com

relação a capacidade mundial já instalada entre os anos de 1997 até 2013, analisando

e percebendo o grande incentivo que está tendo em cima da energia eólica.

44

Gráfico 2.3 – Capacidade eólica mundial instalada 1997-2013

Fonte: (modificado – WWEA, 2014)

Na atualidade China, EUA, Alemanha, Espanha e Índia, os cinco maiores

produtores de energia eólica, em conjunto, são responsáveis por 72% da capacidade

eólica global instalada. Um dado muito importante para nós foi a conquista do terceiro

lugar em 2014 de maior mercado de novas turbinas, perdendo para a China e

Alemanha e deixando para trás grandes países do ramo como EUA e Índia, com isso

é incontestável sua liderança em toda America Latina (COSTA, 2015).

Os investimentos em energia eólica tendem a crescer de forma promissora ao

nível mundial. Países como Espanha, Portugal, China e Brasil, dentre outros, têm

investido para diversificar sua matriz energética e, a longo prazo, torná-la

predominantemente provinda de fontes renováveis. O governo federal brasileiro

também está contribuindo para esse crescimento, como por exemplo o Programa de

Incentivo a Fontes Alternativas de Energia Elétrica (PROINFA), administrado pelo

Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Como já mencionado anteriormente, segue no gráfico 2.4 os três países de que

possuem as maiores capacidades eólicas instaladas no mundo e, para se ter uma

45

noção de onde estamos, também demostra os índices do Brasil, ocupando a 13º

posição até o ano de 2013.

Gráfico 2.4 – Países de maiores capacidades eólica instaladas no mundo e o Brasil

(MW)

Fonte: (modificado – WWEA, 2014)

No âmbito nacional da energia eólica somente em 1992 a primeira turbina

eólica foi instalada no Brasil, no arquipélago de Fernando de Noronha, conforme

mostra a figura 2.12, o modelo de 17 metros de diâmetro foi instalado à 23 metros de

altura e chegou a produzir, naquele tempo, 10% da energia consumida em todo

arquipélago. A segunda turbina foi no ano 2000 sendo investida pela ANEEL,

mostrado na figura 2.13, já possuía 26 metros de diâmetro de pás, foi instalada em

uma torre com aproximadamente 33 metros de altura, esta que ficou responsável por

25% da energia gerada na região na época (MIRANDA,2014).

46

Figura 2.12 – Primeira turbina eólica instalada no Brasil

Fonte: CBEE, 2000 apud ANEEL, 2005

Figura 2.13 – Segunda turbina eólica instalada no Brasil

Fonte: CBEE, 2000 apud ANEEL, 2005

47

O primeiro grande estímulo ao desenvolvimento deste mercado no Brasil

ocorreu em 2001, com a publicação do Atlas do potencial eólico brasileiro, elaborado

pelo Centro de Pesquisas de Energia Elétrica (Cepel).

Nesse contexto, em 2002, o PROINFA foi criado com o objetivo de aumentar a

participação da energia elétrica produzida por empreendimentos concedidos com

base em fontes eólica, biomassa e pequenas centrais hidrelétricas (PCH) no Sistema

Elétrico Interligado Nacional (SIN), promovendo assim a diversificação da matriz

energética brasileira, aumentando a segurança no abastecimento de energia elétrica.

O programa foi de suma importância para o desenvolvimento da energia eólica,

assim também para uma fomentação de uma indústria desse ramo no Brasil (COSTA,

2015).

O Brasil passou de 22 megawatts (MW), em 2004, para 8,12 gigawatts (GW) de capacidade instalada até janeiro de 2016, como fruto dos 353 projetos instalados e com uma capacidade de construção de 10,01 GW, o que ainda é pouco, se comparado ao potencial estimado de 300 GW (ANEEL, 2016; ABEEÓLICA, 2016).

Como podemos visualizar na figura 2.14 o grande número de centrais

geradoras eolioelétricas no Brasil, e é nítido perceber o motivo do grande incentivo do

governo para com os estados do Rio Grande do Norte e do Ceará, no geral o Nordeste

brasileiro apresenta grandes vantagens para a instalação de usinas eólicas, no

entanto é nestes dois estados em que se concentram grandes parques e

investimentos nesta fonte de energia tão promissora.

48

Figura 2.14 – Geração de energia eólica no Brasil

Fonte: http://sigel.aneel.gov.br/sigel.html

O Brasil atingiu mais um recorde de geração eólica no Sistema Interligado Nacional. Na última terça-feira (13/09), o país registrou o valor máximo diário de geração eólica, correspondente a 5.804 MWmédios, decorrente, dentre outros motivos, da expansão da capacidade instalada de geração eólica no Brasil. Em agosto deste ano essa capacidade atingiu 9.327 MW, representando um acréscimo de 2.790 MW na comparação com mesmo mês de 2015. De acordo com o Informativo Preliminar Diário da Operação do Operador Nacional do Sistema (ONS), em 13/09 a quantidade gerada pelos ventos foi 606 MWmédios superior na comparação ao primeiro maior recorde do segundo semestre de 2016, quando foi gerado 5.203 MWmédios, no dia 25 de julho (MME, 2016).

Segundo o PDE 2024 (Plano de Decenal de Expansão de Energia), com a

expansão da geração de energia no país, a previsão para os próximos anos é que a

capacidade instalada eólica no Brasil alcance 24 mil MW até 2024.

Com essas informações citadas acima e com o gráfico 2.4, podemos visualizar

o crescimento acelerado da capacidade instalada de energia eólica no Brasil por ano,

entre os anos de 2005 até 2019, em megawatts (MW), tendo como previsão que até

49

o final de 2019 a capacidade de instalação seja de 18,16 GW, esse número refere-se

aos novos empreendimentos em construção e planejamento, e é importante ressaltar

que os valores indicados no gráfico podem alterar-se rapidamente em função dos

novos parques que estão em construção.

Gráfico 2.5 - Capacidade instalada de energia eólica no Brasil por ano, 2005-

2019, em megawatts (MW)

Fonte: ANEEL/ABEEÓLICA, 2015.

Mais à frente vamos detalhar de forma técnica a energia eólica, mostrando sua

configuração básica e completa, e vamos analisar dados energéticos.

2.3.1.1 Parque eólico

Chama-se parque eólico o espaço, que pode ser terrestre ou marítimo, onde

estão concentrados vários aerogeradores (a partir de 5) com a finalidade de

transformar energia eólica em energia elétrica.

50

Para a construção desses parques é necessário a realização do estudo e

relatório de impacto ambiental, já que sua má localização pode causar impactos

negativos como a morte de aves e a poluição sonora

Um parque eólico é um conjunto de turbinas dispostas ordenadamente em uma mesma área, considerando-se a velocidade do vento, as condições de operação, a rugosidade do terreno e a estabilidade térmica vertical da atmosfera. A proximidade geográfica das turbinas tem a vantagem econômica da diluição de custos, relacionado ao arrendamento da área, aluguel de maquinário para a construção das estruturas e gerenciamento da manutenção. O fator relacionado à qualidade do vento é crucial na análise da viabilidade técnica de implantação do parque eólico e, conforme a literatura técnica, ventos abaixo de 2,5 a 3 m/s não justificam o aproveitamento para a geração de energia elétrica, assim como velocidades superiores entre 12 a 15 m/s ativam o sistema automático de limitação de potência da máquina e ventos muito fortes, acima de 25 m/s, atuam no sistema automático de proteção e a máquina é desligada (SILVA, 2006; SOUSA, 2010).

2.3.1.2 Aerogerador

O equipamento destinado a gerar energia elétrica a partir da energia dos ventos é

denominado aerogerador. Após a transmissão da energia cinética da força dos ventos

para a turbina em forma de energia mecânica, é então onde esta converte-se em

energia elétrica através de um gerador elétrico. A figura 2.15 e a tabela 3.1 esclarecem

sobre a configuração básica dos componentes de um aerogerador (MIRANDA, 2014).

51

Figura 2.15 – Componentes de um aerogerador

Fonte: (Miranda, 2014)

Tabela 2.1 – Componentes de um aerogerador

2.3.1.3 Turbina eólica

Em termos técnicos, as turbinas podem ser classificadas em pequenas, quando

geram energia inferior a 500 KW, médias quando possuem potência entre 500 e 1000

KW e grandes, quando são capazes de gerar mais que 1 MW (ANEEL, 2005). As da

Serra de Santana, onde iremos pegar os valores aproximados da região se qualifica

em grandes, já que sua produção média pode alcançar 2 MW.

52

Todavia, vale ressaltar que a capacidade, em MW, não será equivalente à

energia produzida. Ou seja, as turbinas não possuem eficiência de 100%, para se ter

uma ideia, a eficiência (capacity factor) das turbinas de um complexo na Serra de

Santana é considerada extremamente alta em comparação com outras regiões do

mundo, apresentando em média 92%, enquanto no estado do Texas, Estados Unidos,

as turbinas possuem capacity factor de, aproximadamente, 30% (BRANNSTROM et

al. 2015).

Com o passar do tempo, consolidou-se o projeto de turbinas eólicas com as

seguintes características: eixo de rotação horizontal, três pás, alinhamento ativo,

gerador de indução e estrutura não-flexível, como ilustrado na Figura 2.16.

53

Figura 2.16 – Desenho esquemático de uma turbina eólica moderna

Fonte: CENTRO BRASILEIRO DE ENERGIA EÓLICA – CBEE / UFPE. 2000.

Disponível em: www.eolica.com.br. (Adaptado)

54

Já observamos a ilustração de um aerogerador e da turbina eólica moderna

no geral, mas é importante ressaltar todos os subconjuntos que uma turbina eólica é

composta, para que resulte em energia elétrica.

o Torre - é o elemento que sustenta o rotor e a nacele na altura adequada ao funcionamento da turbina eólica, esse item estrutural de grande porte é de elevada contribuição no custo inicial do sistema. o Rotor - é o componente que efetua a transformação da energia cinética dos ventos em energia mecânica de rotação. No rotor são fixadas as pás da turbina. Todo o conjunto é conectado a um eixo que transmite a rotação das pás para o gerador, muitas vezes, através de uma caixa multiplicadora. o Nacele - é o compartimento instalado no alto da torre e que abriga todo o mecanismo do gerador, o qual pode incluir: caixa multiplicadora, freios, embreagem, mancais, controle eletrônico, sistema hidráulico. o Caixa de multiplicação (transmissão) – é o mecanismo que transmite a energia mecânica do eixo do rotor ao eixo do gerador. o Gerador – é o componente que tem função de converter a energia mecânica do eixo em energia elétrica. o Mecanismos de controle – as turbinas eólicas são projetadas para fornecerem potência nominal de acordo com a velocidade do vento prevalecente, ou seja, a velocidade média nominal que ocorre com mais frequência durante um determinado período. o Anemômetro - Mede a intensidade e a velocidade dos ventos, normalmente, de 10 em 10 minutos. o Pás do rotor – Captam o vento e convertem sua potência ao centro do rotor. o Biruta (sensor de direção) – São elas que captam a direção do vento, pois ele deve estar perpendicular à torre para se obter um maior rendimento (RAMOS; SEIDLER, 2011, p. 111).

55

CAPÍTULO 3

METODOLOGIA

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3 METODOLOGIA

Neste capítulo mostra-se os métodos envolvidos tanto na indústria petrolífera

como na energia eólica em que foram envolvidos neste trabalho. O estudo será focado

por parte da energia eólica, e na área do petróleo demonstrará, superficialmente, os

métodos de elevação artificial, dando um foco na parte de consumo e geração de

energia em cada um deles. A figura 3.1 mostra a metodologia de trabalho, onde iniciou

com um estudo e revisão bibliográfica sobre o assunto, com relação a energia eólica,

os valores para a aquisição de dados foi encontrado por meio de um parque situado

na Serra de Santana, Calangos, e comparando aos valores dos métodos de elevação

artificial foi mais fácil ter acesso a tais informações, a aquisição de dados do trabalho

foi toda realizada por meio de material publicados na internet.

Foi pesquisado os valores energéticos de cada método de elevação artificial. A

seguir, faz um levantamento para saber a autonomia que um aerogerador tem para

alimentar a energia elétrica de cada um. Este cálculo é feito a partir do conhecimento

da potência de um aerogerador e de cada método de elevação. Então divide-se a

potência do aerogerador pelo valor estimado do consumo médio de cada tipo de

unidade de bombeio de elevação artificial, tendo por fim o valor desejado.

Percebendo então o favorecimento que esse tipo de energia teria para com as

unidades de bombeio.

57

Figura 3.1 – Metodologia do trabalho

3.1 Descrição do tipo de

3.1 Descrição do tipo de pesquisa

O presente estudo, do ponto de vista dos procedimentos técnicos, se define

como uma pesquisa bibliográfica, onde utiliza-se de materiais já publicados, sendo

estes livros, artigos e tantos outros disponibilizados na internet.

Pesquisa bibliográfica é desenvolvida com base em material já elaborado,

constituído principalmente de livros e artigos científicos (GIL, 2008).

ÍNICIO DO ESTUDO

REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

MÉTODOS DE ELEVAÇÃO

ARTIFICIAL ENERGIA EÓLICA

BOMBEIO MECÂNICO

BOMBEIO POR

CAVIDADES

PROGRESSIVAS

GÁS LIFT CONTÍNUO

GÁS LIFT

INTERMITENTE

BOMBEIO

CENTRÍFUGO

SUBMERSO

PETRÓLEO ENERGIAS RENOVÁVEIS

LOCAL DE ESTUDO

AQUISIÇÃO DE DADOS

EM PLATAFORMAS DE

PESQUISA NA INTERNET

58

3.2 Descrição do local de estudo

De acordo com Ramirez et all (2007) utilizou-se para os métodos de bombeio

mecânico e para o BCP os campos de Teca e Nare localizados na Bacia do Vale

Médio do Magdalena na Colômbia.

O local de estudo, em relação à energia eólica, situa-se na região da Serra de

Santana, onde abrange os municípios de Tenente Laurentino e Lagoa Nova,

aproximadamente 200 Km a oeste da cidade de Natal, capital do estado do Rio

Grande do Norte, região Nordeste do Brasil.

O atlas do potencial eólico do estado do Rio Grade do Norte, mostrado na

figura 3.2, indica uma região como uma área de grande potencial eólico. Existem

atualmente aproximadamente 30 parques outorgados.

Figura 3.2 – Atlas do potencial Eólico do estado do Rio Grande do Norte

Fonte: (COSERN,2003)

59

CAPÍTULO 4

ANÁLISE DOS RESULTADOS E DISCUSSÃO

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4 Análise dos resultados e Discussão

Neste capitulo irá apresentar os resultados obtidos em cada método de

elevação artificial e da energia eólica, demostrando os valores energéticos de cada

um, como tensão e potência.

Com relação aos métodos de GLI, GLC e BCS não se obteve a aquisição de

dados para fazer o levantamento desejado, através de referencial teórico.

4.1 Bombeio Mecânico (BM)

No BM a energia requerida é consumida em levantar a carga do fluido acima

do pistão e depende das características do líquido, do diâmetro do pistão e da

profundidade do assentamento da bomba. Se a unidade está bem equilibrada o motor

apenas precisou de energia para levantar a coluna de fluido, de outra forma usa

energia extra para levantar a coluna de haste.

Primeiramente avaliou-se os diferentes circuitos de energia no campo, para

estimar um valor representativo do consumo de energia em KWh/dia.

Este consiste em 46 poços, onde 42 são produtores, daí verificou-se o

consumo por meio de medidores de potência.

É então concluído que o método de elevação por bombeio mecânico consome

em média 136KW/dia.

O preço de energia no momento era de 0,06 US $ por KW/h adquirido pelo

fornecedor local da companhia de energia.

O custo diário de energia média é de 8,16 US $ (RAMIREZ, et al., 2007).

4.2 Bombeio por cavidades progressivas (BCP)

O método de elevação BCP utiliza a energia para rodar a coluna de hastes e o

rotor para o estator o qual gera um torque composto por dois componentes: o torque

de atrito, o que é necessário para superar a vedação mecânica entre o rotor e o estator

e o torque hidráulico, que é necessária para ultrapassar o diferencial de pressão entre

a saída e entrada da bomba. A energia total necessária depende então da soma

61

desses dois torques, já que, quanto maior o torque, maior será a energia necessária

para mover o sistema.

Os valores foram baseados em 75 poços, cujo apresentaram-se em três

sistemas diferentes com potência de 10 (32 poços), 20 (25 poços) e 30 HP (18 poços),

essa separação é de acordo com a taxa de produção.

Foi realizado uma estimativa de cada sistema e obteve que para o sistema de

10 HP foi de 16 KWh/dia, o de 20 HP apresentou 23 KWh/dia e o de 30 HP tem 30

KWh/dia.

Então o valor diário para um sistema de 10 HP é de 0,96 US $, de 20 HP é de

1,38 US $ e em 30 HP é de 1,8 US $, o qual resulta em um custo anual por poço em:

350,4 US $, 503,7 US $, 657 US $, respectivamente (RAMIREZ, et al., 2007).

4.6 Usina Eólica

O estudo pegou o complexo de Calangos como base, este que, como

mencionado anteriormente, localiza-se na Serra de Santana, e é um empreendimento

da Iberdrola. O complexo é formado por 5 parques, que são denominados de Calango

1, Calango 2, Calango 3, Calango 4 e Calango 5. Em cada parque existem 15

máquinas (aerogeradores), totalizando então 75 aerogeradores no complexo, e

apresentando uma potência total de 150 MW, tendo como base que cada máquina

produz 2 MW de potência.

O Complexo Calangos é uma subestação elevadora que recebe das

máquinas uma potência de 34,5 KV e eleva para 69 KV que é transmitida através de

10 Km de linha de transmissão de nome 04P2(zero quatro papa dois)e 04P1(zero

quatro papa uno), até a subestação elevadora da Chesf com o code nome Lagoa Nova

II, ela por sua vez recebe do complexo calangos uma potência de 69 KV e eleva para

230 KV, e é lançada na rede elétrica do país ANEEL (Agencia Nacional de Energia

Elétrica) que criou um órgão de ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) que

é responsável pela coordenação e controle da operação, geração e transmissão da

energia elétrica do sistema interligado Nacional.

Atualmente o governo paga pela geração o valor de R$72,00 por 1 KWh. No

complexo Calangos a média da potência é 143,840125MW, isso implica que em um

dia seja 3.452,163 MWh, considerado em um mês terá uma média de 10.356,489

62

MWh, ou seja, a média do complexo Calangos é de 10.356.489 KWh. Essa geração

de energia promove uma renda mensal cerca de R$ 745.667.208 (Setecentos e

quarenta e cinco milhões seiscentos e sessenta e sente mil duzentos e oito reais).

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CAPÍTULO 5

CONCLUSÃO

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5 CONCLUSÃO

Neste trabalho foi analisado alguns valores energéticos da energia eólica e de

alguns métodos de elevação artificial de petróleo.

De acordo com a potência de um aerogerador, que é 2000 KW, concluímos

que, para o Bombeio Mecânico, um aerogerador tem autonomia para alimentar a

energia elétrica de aproximadamente 15 unidades de bombeio. Já no caso do

bombeio por cavidades progressivas, devido ter utilizado três sistemas diferentes,

alterando os valores de potência de cada sistema, um aerogerador tem autonomia

para abastecer, energeticamente, 125 poços para 10 HP, 87 poços para 20 HP e

aproximadamente 66 poços para 30 HP.

Então pode-se observar que as torres de energia eólica podem contribuir para

com a indústria petrolífera, em especial, neste caso para os métodos de elevação

artificial, fazendo com que as torres eólicas abasteçam o consumo energético destes

métodos.

5.1 Recomendação

O presente estudo propôs uma metodologia de análise de um sítio eólico e

avaliação da produção de um local especifico com relação aos dados da energia

eólica.

Com o resultado desejado foi apresentado apenas os métodos de bombeio

mecânico e o Bombeio por cavidades progressivas, portanto um trabalho futuro pode

vir a analisar os valores energéticos dos outros métodos, GLC, GLI e BCS.

Para uma questão de maior conhecimento teórico sobre os valores da energia

eólica, recomenda-se explorar mais o conhecimento, tendo outros parques como

referência e também como essa energia limpa pode contribuir ainda mais para com a

indústria petrolífera ou vice-versa.

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REFERÊNCIAS

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Referência

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