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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
DEPARTAMENTO DE ODONTOLOGIA
DISCIPLINA DE TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO I
MICHAEL GOMES FERREIRA
O USO DE CIMENTOS RESINOSOS AUTOADESIVOS NA CIMENTAÇÃO DE
RETENTORES INTRARRADICULARES DE FIBRA DE VIDRO: REVISÃO
SISTEMÁTICA
NATAL
2015
Michael Gomes Ferreira
O USO DE CIMENTOS RESINOSOS AUTOADESIVOS NA CIMENTAÇÃO DE
RETENTORES INTRARRADICULARES DE FIBRA DE VIDRO: REVISÃO
SISTEMÁTICA
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao departamento de odontologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte como parte dos requisitos para a obtenção do título de cirurgião-dentista. Orientador: Prof. Dr. Alex José Souza dos Santos.
NATAL
2015
Catalogação na Fonte. UFRN/ Departamento de Odontologia Biblioteca Setorial de Odontologia “Profº Alberto Moreira Campos”.
Ferreira, Michael Gomes. O uso de cimentos resinosos autoadesivos na cimentação de retentores intrarradiculares de fibra de vidro: revisão sistemátia / Michael Gomes Ferreira. – Natal, RN, 2015. 35 f.: il.
Orientador: Prof. Dr. Alex José Souza dos Santos.
Monografia (Graduação em Odontologia) – Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Centro de Ciências da Saúde. Departamento de Odontologia. 1. Cimentação – Monografia. 2. Dentística operatória – Monografia. 3. Adesividade – Monografia. 4. Cimentos de Resina – Monografia. I. Santos, Alex José Souza dos. II. Titulo.
RN/UF/BSO Black D223
MICHAEL GOMES FERREIRA
O USO DE CIMENTOS RESINOSOS AUTOADESIVOS NA CIMENTAÇÃO DE
RETENTORES INTRARRADICULARES DE FIBRA DE VIDRO: REVISÃO
SISTEMÁTICA
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao departamento de odontologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte como parte dos requisitos para a obtenção do título de cirurgião-dentista.
Aprovado em: ____/____/____
BANCA EXAMINADORA
____________________________________
Prof. Dr. Alex José Souza dos Santos
Orientador
Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN
____________________________________
Prof(a).Dra. Isauremi Vieira De Assunção
Membro Examinador
Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN
__________________________________
Prof(a) Ma. Giovanna De Fátima Alves Da Costa
Membro Examinador
Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN
DEDICATÓRIA
A Deus, a quem devo honra, glórias e louvor. O único em quem deposito
toda minha confiança, aquele que fez minha vida ser o que é. Pois “dEle e para
Ele são todas as coisas”.
Aos meus pais, que se dedicaram ao máximo para que eu pudesse
chegar até aqui. Enfrentaram dificuldades, lutas, provações, necessidades,
mas conseguiram me dar educação, me ensinaram a ser fiel a ser
compreensivo, a ser honesto em tudo, a não desanimar diante das
dificuldades. É por isso e por muito mais que são as pessoas que mais amo.
A todos que torceram para que eu estivesse aqui, pra que eu chegasse
aonde cheguei.
AGRADECIMENTOS
Ao meu orientador, prof. Dr. Alex José Souza dos Santos, por ter me
ajudado a idealizar e construir todo esse trabalho, por me incentivar a
pesquisar. Pelo seu incentivo. Por sua dedicação e seu exemplo como mestre
que é.
A todos os professores do Departamento de Odontologia da UFRN, que
tentam ensinar aquilo que aprenderam com tanto esforço. Pela dedicação de
cada um.
A todos os meus amigos e colegas de curso, a quem levarei em minha
memória por toda a vida. Que ela possa trazer o melhor a cada um e que cada
um possa extrair o melhor, por que mesmo em meio às dificuldades podemos
achar uma saída, um caminho, podemos aprender um pouco mais a cada dia.
Que nossa vida daqui em diante seja rica, não só de bens materiais, que são
supérfluos, mas de alegrias, de vitórias, de conquistas, de dedicação, de
sonhos realizados e, principalmente, de Deus.
“A sabedoria é a coisa principal; adquire,
pois, a sabedoria, emprega tudo o que
possuis na aquisição de entendimento.
Exalta-a, e ela te exaltará; e, abraçando-
a tu, ela te honrará.”
Provérbios 4: 7,8.
RESUMO
Objetivo: O objetivo desse estudo de revisão sistemática foi avaliar se a
resistência adesiva de cimentos resinosos autoadesivos para cimentação de
pinos de fibra de vidro é compatível com aquela alcançada com os cimentos
resinosos convencionais, independente do terço radicular. Metodologia:
Foram utilizadas as bases de dados PubMed, Cochrane Library, Web of
Science e Scopus, para se obter os artigos de avaliação sobre sistemas de
cimentação e pinos de fibra de vidro no intervalo de 2011 a 2015. A seleção
dos artigos foi limitada às publicações em língua inglesa. Artigos de revisão, os
que avaliaram apenas um dos dois tipos de cimento bem como, aqueles que
não utilizaram o teste push-out ou micropush-out foram excluídos. Os critérios
de inclusão foram: cimentos autoadesivos, cimentação de pinos de fibra de
vidro, push-out, ensaios in vitro, dentes humanos ou bovinos. Os critérios de
exclusão foram: ausência de grupo controle, experimento em dentes clareados.
Resultados: Ao todo 78 publicações foram encontradas. Após removidas as
duplicatas restaram 43 artigos. Estes foram avaliados quanto aos critérios de
inclusão e exclusão e foram removidos aqueles que não atendiam aos
requisitos, finalizando com 21 artigos. Em 47,62% deles (10/21) os cimentos
autoadesivos tiveram os maiores valores de resistência de união, 28,57 % dos
artigos (6/21) mostraram valores de resistência adesiva melhores para o
cimento convencional e nos outros 23,81 % (5/21), os cimentos convencional e
autoadesivo não tiveram diferenças estatisticamente significativas de
resistência adesiva entre si. De maneira geral os trabalhos mostraram que os
cimentos autoadesivos apresentam comportamento mais similar de resistência
adesiva ao longo do canal radicular. Conclusões: Conclui-se que os cimentos
autoadesivos podem ser excelentes substitutos para os cimentos
convencionais na cimentação de pinos de fibra de vidro. Apesar disso, outros
aspectos precisam ainda ser considerados como avaliações de longevidade e
estudos clínicos que avaliem a taxa de retenção com ambos os materiais.
Palavras-chave: Cimentação. Dentística operatória. Adesividade .
ABSTRACT
Objective: The aim of this systematic review was to evaluate the bond strength
of self-adhesive resin cement for cementation of glass fiber posts is compatible
with conventional resin cements, regardless of the root third. Methodology: the
databases were used PubMed, Cochrane Library, Web of Science and Scopus
to obtain articles assessment on cemention systems and glass fiber posts in the
range of 2011 to 2015. The selection of articles was limited to publications in
English. Review articles, the evaluating only one of two types of cement well as
those who did not use the push-out test or micropush-out were excluded. The
inclusion criteria were: adhesive cements, fiberglass posts, push-out, in vitro
assays, human or bovine teeth. Exclusion criteria were: lack of control group,
experiment teeth whitened. Results: Altogether 78 publications were found.
After they removed the duplicates remaining 43 articles. These were assessed
for inclusion and exclusion criteria and were removed those who did not meet
the requirements, leaving just 21 articles. In 47.62% of them (10/21) the self-
adhesive cements had the highest bond strength values, 28.57% of the articles
(6/21) showed higher bond strength values for conventional cement and other
23.81 % (5/21), the conventional self-adhesive cements and had no statistically
significant differences in bond strength between them. In general, this work
showed that the self-adhesive cements have more similar behavior bond
strength along the root canal. Conclusions: It is concluded that the self-
adhesive cements systems can be excellent substitutes for conventional
cement in the cementing of fiberglass post. Nevertheless, other aspects need to
be considered as longevity assessments and clinical studies to evaluate the
retention rate with both materials.
Keywords: Cementation. Dentistry, Operative. Adhesiveness.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO........................................................................................ 10
2 METODOLOGIA...................................................................................... 12
2.1 CRITÉRIOS DE INCLUSÃO E EXCLUSÃO.......................................... 12
2.2 MÉTODOS DE EXTRAÇÃO DOS DADOS.......................................... 12
3 RESULTADOS........................................................................................ 13
4 DISCUSSÃO........................................................................................... 27
5 CONCLUSÃO.......................................................................................... 31
REFERÊNCIAS...................................................................................... 32
10
1 INTRODUÇÃO
Devolver função e estética são os principais objetivos de uma restauração e
nas restaurações de dentes tratados endodonticamente não é diferente
(MIORANDO et al. 2011). A cimentação de retentores intrarradiculares é composta
de vários passos que incluem, entre outras coisas, a aplicação de sistemas
adesivos. Os múltiplos passos tornam a técnica complexa e sensível, além da
interferência de fatores como a qualidade do substrato, do material, sua
temperatura, produtos usados na limpeza do canal, controle da umidade e a
acuidade manual do operador. Essa variabilidade pode resultar em falhas na
interface cimento-substrato e comprometer a vida útil do retentor (SOUZA, et al.
2011; SAMPAIO et al. 2013).
Os cimentos resinosos autoadesivos surgiram como uma tentativa de resolver
esse problema, trazendo uma união não apenas física, mas química também
(principalmente entre cimento e retentor) (SOUZA et al. 2011). Os primeiros agentes
cimentantes, chamados de convencionais e usados em associação com sistemas
adesivos, podem exigir passo de condicionamento ácido separadamente, seguido da
aplicação sequencial de primers e adesivo puro. Entretanto, numa evolução das
formas de adesão, surgiram os adesivos “autocondicionantes”, que por possuírem
um primer acídico não exigem a etapa prévia de condicionamento ácido e de certa
forma simplificando a técnica adesiva (SAMPAIO et al. 2013; SOUZA, et al. 2011).
Apesar dos cimentos resinosos convencionais poderem ser usados com adesivos
ácido-dependentes ou autocondicionantes, o problema é a dificuldade do manuseio
dos sistemas adesivos pela complexidade das múltiplas etapas, a falta de controle
que o operador encontra em sua aplicação nas várias etapas (SOUZA et al. 2011;
SAMPAIO et al. 2013). Essa sensibilidade técnica pode causar o incompleto
assentamento do pino, infiltração e até a descolagem completa do retentor (VICHI et
al., 2012).
Os cimentos resinosos autoadesivos surgiram com o propósito de, ao retirar
os vários passos das técnicas de aplicação do sistema adesivo, reduzir a
complexidade e a sensibilidade da técnica diminuindo, assim, o risco de erro. Este
cimento tem apenas um passo de cimentação, sem a necessidade do
condicionamento ácido e aplicação de sistema adesivo, e tem demonstrado
desempenho semelhante quando comparado com cimentos resinosos convencionais
11
(FERRACANE; STANSBURY; BURKE, 2011). No entanto, incorporando todos os
componentes em um frasco (o ácido fosfórico, o primer, adesivo e cimento) requer
uma concentração de ácidos mais baixa, o que pode causar a desmineralização
dentinária e hibridação limitadas (MONTICELLI et al. 2008). Apesar disso, sua
introdução é recente e ainda carece de mais estudos científicos comprovando sua
eficácia diante dos vários fatores que influenciam a qualidade da cimentação e,
consequentemente, sua durabilidade (SOUZA et al. 2011; CARDOSO et al. 2011;
SAMPAIO et al. 2013).
Este trabalho se propõe, portanto, a avaliar se a resistência adesiva de
cimentos resinosos autoadesivos para cimentação de retentores pré-fabricados de
fibra de vidro é compatível com aquela alcançada com os cimentos até então
utilizados para esse fim, os cimentos resinosos convencionais. Além disso, este
estudo explorou essa resistência adesiva em função dos terços radiculares, além de
outras características que pudessem interferir diferentemente no desempenho
desses cimentos.
12
2 METODOLOGIA
A pergunta-foco dessa revisão sistemática foi: “Os cimentos resinosos
autoadesivos possuem desempenho similar aos cimentos resinosos convencionais
na cimentação de retentores de fibra de vidro, nos diferentes terços radiculares?
As bases de dados PubMed, Cochrane, Web of Science e Scopus foram
consultadas com o intuito de se identificar estudos relevantes listados nos últimos 5
anos (2011-2015) sobre sistemas de cimentação à base de resina composta
utilizados para a cimentação de pinos de fibra de vidro. A estratégia de busca na
pesquisa explorou as seguintes palavras-chave relacionadas com a situação clínica
(cimentação de pinos de fibra de vidro) “fiber glass post”, “cementation”; o tipo de
intervenção (cimentos autoadesivos em comparação com convencionais) “self-
adhesive cement”, “resin-based cement” e “conventional resin cement”; os desfechos
de interesse (a resistência adesiva por terços radiculares) “shear bond strength”; e o
tipo de estudo (estudos laboratoriais in vitro do tipo push-out) “push-out” e “in vitro
study”.
2.1 CRITÉRIOS DE INCLUSÃO E EXCLUSÃO
A seleção dos artigos foi limitada às publicações em língua inglesa que
avaliaram a cimentação de pinos de fibra de vidro com uso de cimentos resinosos
convencionais e autoadesivos. Os critérios de inclusão foram: cimentos
autoadesivos, cimentação de pinos de fibra de vidro, push-out ou micropush-out,
ensaios in vitro, dentes humanos ou bovinos. Os critérios de exclusão foram:
ausência de grupo controle, experimento em dentes clareados, ausência de teste
push-out ou micropush-out.
2.2 MÉTODO DE EXTRAÇÃO DOS DADOS
Dois revisores independentes (AJSS e MGF) selecionaram estudos utilizando
um processo de rastreamento em duas fases de triagem. Na primeira etapa, títulos e
resumos foram selecionados para eliminar artigos irrelevantes e aqueles que não
preencheram os critérios de inclusão. Na segunda etapa, os revisores verificaram,
de forma independente, a elegibilidade do estudo após a leitura dos textos
13
completos. A avaliação da qualidade e a extração de dados foram realizadas apenas
para os estudos incluídos. As discordâncias sobre a inclusão ou exclusão de um
estudo foram resolvidas por consenso e, quando necessário, um terceiro revisor
(GFC) foi consultado. Na análise destes estudos incluídos, as seguintes questões
foram abordadas: (1) os cimentos autoadesivos possuem resistência de união
similar aos cimentos convencionais?; (2) os cimentos se comportam de forma
diferente em função dos terços radiculares?; e (3) os cimentos são influenciados de
forma diferente por variações na técnica de cimentação?
3 RESULTADOS
Na base de dados Cochrane havia 5 artigos. Na base Web of Science foram
encontrados 18 artigos. No Scopus haviam 25 artigos relacionados. E no PubMed
foram encontradas 31 publicações. Os artigos foram filtrados a partir das palavras-
chave usadas na pesquisa e, ao todo, 78 publicações foram encontradas. Após
removidas as duplicatas restaram 43 artigos. Os artigos foram avaliados pela leitura
dos resumos e, logo depois, do texto na íntegra.
Dos 43 artigos encontrados, um deles estava em chinês, apesar de o resumo
estar em inglês e por isso foi excluído. Mais um foi excluído por não utilizar dentes
em seu experimento, mas sim blocos de cerâmica. Seis outros artigos foram
publicados anteriormente à data estipulada não estando, portanto, dentro do período
considerado para esse estudo. Na leitura, outros 12 artigos foram identificados para
exclusão por não apresentarem grupo controle. Além desses, dois artigos foram
excluídos por não utilizarem pino de fibra de vidro, mas sim pinos de fibra de
carbono ou óxido de zircônia.
Sendo assim, desde que foram avaliados quanto aos critérios de inclusão e
exclusão e foram removidos aqueles que não atendiam aos requisitos, sobraram 21
artigos. O fluxograma da seleção dos estudos está descrito na figura 1.
14
Figura 1 - Fluxograma: estratégia de busca e resultados
A partir da análise dos 21 artigos os resultados encontrados nos mesmos
foram sumarizados nas tabelas 1, 2 e 3 a seguir.
Total da pesquisa em
bancos de dados
eletrônicos: (79) registros
Resumo após remoção
de duplicatas: (43)
títulos
Registros selecionados
baseados em título e
resumo: (38) títulos
Artigos completos avaliados dentro dos
critérios de inclusão/exclusão: (38) títulos
Estudos incluídos na síntese
qualitativa: (21) títulos
(17) Estudos excluídos
Referências e buscas
manuais: (0) títulos
Registros selecionados
baseados em títulos e
resumos: (0) títulos
15
Tabela 1- Resumo dos artigos incluídos na análise
Estudo Amostra/Cimentos testados Critério de
Avaliação Teste Resultados e conclusões
Durski et al., 2015.
n= 10
6 grupos (cimentos e técnicas de aplicação)
Cimentos: 1. CC= RelyX ARC;
2. CAA= RelyX Unicem;
3. Ácido + CAA= condicionamento ácido
adicional + Unicem
Resistência
adesiva Micro Push-out
O Cimento autoadesivo tem maiores valores de resistência adesiva, quando comparado com o cimento convencional em todos os terços radiculares.
O terço cervical apresentou os maiores valores de resistência e o terço apical os menores valores independentemente do tipo de cimento ou procedimento de aplicação.
Apenas no terço apical, a aplicação com pontas aplicadoras apresentamaiores medias.
O passo opcional de condicionado antes da cimentação autoadesiva obteve os maiores valores de resistência adesiva, independentemente da técnica de aplicação ou terço radicular.
Khosoushi et al.,
2014
n= 8
5 grupos (Substância de pré-tratamento com H2O2e tipos de cimento)
Cimentos: 1. CC= Duo-Link 2. CAA= BisCem
Resistência
adesiva.
Push-out
Não há diferenças significativas entre os dois tipos de cimento quando nenhum tratamento antioxidante no pino foi realizado;
O tratamento de superfície H2O2 pode melhorar a resistência de união de pinos de fibra cimentados com cimentos convencionais.
Parece que os agentes antioxidantes, especialmente ácido rosmarínico são mais compatíveis com os cimentos autoadesivo.
Faria-e-Silva et al.,
2014
n= 8
9 grupos (Cimentos e o momento da fotoativação)
Cimento: 1. CC= AllCem;
2. CAA= BisCem; RelyX Unicem;
Resistência
adesiva. Push-out
O cimento autoadesivo tem melhores valores de resistência adesiva, quando comparado com o cimento convencional em todos os terços radiculares;
O momento da fotoativação dos cimentos resinosos pode afetar a retenção intrarradicular de pinos de fibra de vidro, dependendo do cimento usado na cimentação;
A fotoativação após 10 min resultou numa força de ligação significativamente maior para o BisCem e para o AllCem.
Daleprane et al., 2014
n=10
6 grupos (Cimentos e fotoativação por terços individualmente)
Cimentos: 1. CC= RelyX ARC;
2. CAA= RelyX U100
Resistência
adesiva. Push-out
O cimento autoadesivo possui melhores valores de resistência adesiva em todos os terços radiculares, quando comparado com o cimento convencional;
O cimento convencional parece ser mais dependente da fotoativação do que o cimento autoadesivo.
Kadam et al., 2013 n=20
4 grupos (Cimentos e dois pinos de fibra de vidro - Light Post; Glassix post)
Resistência
adesiva. Push-out O cimento convencional dual tem melhores valores de resistência adesiva,
quando comparado com o cimento autoadesivo;
O pino D.T Light Post apresentou melhores resultados que o Glassix Post.
16
Cimentos: 1. CC= Variolink II;
2. CAA= RelyX U100.
Pereira et al., 2013
n= 10
8 grupos (Tipos de cimentos)
Cimentos: 1. CC= Rely X ARC; Variolink II; 2. CAA= Biscem; Rely X U100; 3. C Auto= Duo-link.
Resistência
adesiva.
Teste de
Push-out
Os autoadesivos têm melhores resultados que os cimentos autopolimerizável e convencional dual;
O cimento convencional mostrou os menores valores para o terço apical.
Gomes et al., 2013
n= 8
6 grupos (Cimentos e influência do operador)
Dentistas especializados e estudantes de graduação;
Cimentos/Sistemas Adesivos: 1. CC= SBMP/ RelyX ARC; SB /RelyX
ARC; 2. CAA= RelyX U100.
Resistência
adesiva;
acuidade do
operador.
Push-out e
MEV
O cimento autoadesivo tem melhores valores de resistência de união em todos os terços radiculares, se comparado ao cimento resinoso convencional;
A acuidade do operador afeta na resistência de união quando o cimento é convencional. Já quando é autoadesivo não há diferenças significativas;
O adesivo convencional de 3 passos mostrou melhor valor que o de 2 passos, independente do operador.
Bergoli et al. 2012
n= 10
8 grupos (Tipos de Cimentos e Sistemas adesivos)
Cimentos: 1. CC= SBMP + RelyX ARC; SBMP +
RelyX ARC + ciclagem mecânica; AdheSE + MultilinkAutomix;AdheSE + MultilinkAutomix+ ciclagem mecânica;
2. CAA= RelyX U100; RelyX U100 + ciclagem mecânica;
3. CAA + Ácido = Ácido + RelyX U100; Ácido + RelyX U100 + ciclagem mecânica.
Resistência de
união; Ciclagem
mecânica.
Push-out e
MEV
O cimento convencional como adesivo de três passos e o autoadesivo mostram semelhanças estatísticas, quando comparados ao cimento convencional com adesivo de dois passos independentemente do terço radicular;
O condicionamento ácido previamente à cimentação autoadesiva mostrou os menores resultados de resistência.
Amaral et al. 2010
n= 10
4 grupos (Cimentos resinosos e ciclagem mecânica)
Cimentos: 1. CC= RelyX ARC + SBMP; 2. CAA= RelyX U100.
Ciclagem
mecânica;
Resistência
adesiva
Push-out e
MEV
O cimento autoadesivo tem maiores valores de resistência de união, quando comparado com o cimento convencional em todos os terços;
A ciclagem mecânica não afetou os valores de resistência adesiva.
17
Gomes et al., 2011
n= 16
3 grupos (Tipos de cimentos e sistemas adesivos)
Cimento: 1. CC= SBMP +RelyX ARC; SB +
RelyX ARC; 2. CAA= RelyX U100.
Resistência
adesiva.
Push-out e
MEV
O cimento convencional obteve resultados melhores que o cimento autoadesivo para o terço cervical, porém para os terços médio e apical a cimentação autoadesiva foi superior;
Para o cimento autoadesivo não houve diferença entre os terços radiculares;
Não houve diferença significativa quando foi utilizado sistemas adesivos de dois ou três passos.
Calixto et al., 2012
n= 8
5 grupos (Tipos de cimentos)
Cimentos: 1. C Auto= C&B Cement; Multilink; 3. CC= RelyX ARC; 4. CAA= Panavia F 2.0; RelyX U100.
Resistência
adesiva Push-out
Os cimentos convencionais e autopolimerizável mostraram valores sem diferenças estatísticas significantes e foram maiores que os do cimento autoadesivo;
Para o cimento convencional e o autocondicionante, o terço apical obteve os menores valores de resistência. Já para os cimentos autopolimerizável e autoadesivo não houve diferenças significativas entre os terços;
Cimentos resinosos, quando combinados com sistemas adesivos, convencionais e autocondicionantes, são uma boa escolha para cimentação de pinos de fibra de vidro.
Leme et al., 2011
n= 10
4 grupos (Cimentos e longevidade da adesão)
Cimentos: 1. CC= RelyX ARC; 2. CAA= RelyX Unicem.
Resistência
adesiva;
envelhecimento;
Push-out O cimento autoadesivo tem valores melhores de resistência adesiva, quando
comparado com o convencional em todos os terços;
Não houve influência do tempo de armazenamento na resistência de união para os dois cimentos.
Sterzenbach et al.,
2012
n= 8
5 grupos (tipos de cimentos)
Cimentos: 1. CAA= DentinBond/Dentinbuild 2. CAA= RelyX Unicem; SmartCem 2 3. CC= ED PrimerII/Panavia F2.0
Resistência de
união
Push-out e
MEV
O cimento resinoso autoadesivo tem maiores valores de resistência adesiva, quando comparado aos demais cimentos em todos os terços;
O terço coronal obteve os maiores valores, enquanto o apical os menores.
Farina et al., 2011
n= 10
4 grupos (cimentos e tipos de pinos: PFV; PFC)
Cimentos: 1. CC= Cement-Post; 2. CAA= RelyX Unicem.
Resistência
adesiva;
Push-out e
MEV
O cimento autoadesivo tem melhores resultados de resistência de união, quando comparado com o cimento convencional em todos os terços;
O tipo de pino de fibra pode interferir nos valores da resistência adesiva;
Os pinos de fibra de vidro tem melhor força de união que os de fibra de carbono.
Dimitrouli et al., 2012
n= 20
5 grupos (Cimentos e termociclagem)
Cimentos: 1. CC= Variolink II/Excite DSC; 2. CAA= RelyX Unicem; Maxcem
EliteTM; iCem ; BifixSE.
Resistência
adesiva;
Termociclagem
Push-out
Os resultados de resistência adesiva foram estatisticamente semelhantes, tanto para os cimentos autoadesivos como para o cimento convencional, em todos os terços;
A termociclagem parece não afetar a resistência adesiva para os cimentos autoadesivos e o convencional. Porém para o autocondicionante os valores de resistência adesiva diminuíram;
Os pinos de fibra não apresentaram diferenças estatisticamente significantes.
Erdemir et al., 2011
n= 10
5 grupos (Cimentos e sistemas adesivos)
Cimentos: 1. CC= ED Primer II/Panavia F 2.0; 2. CAA= RelyX Unicem/
Resistência
adesiva;
Push-out e
MEV
Os valores da resistência de união foram estatisticamente semelhantes para os cimentos autoadesivos e convencional em todos os terços;
O uso de sistemas adesivos não provocou melhora nos valores de resistência adesiva quando combinados com cimentos autoadesivos.
18
AdperPrompt L-Pop; Maxcem/Obtibondall-in-one.
Dimitrouli et al., 2011
n= 10
16 grupos (Cimentos, tipo de obturação e termociclagem)
Cimentos: 1. CC= Variolink II; 2. CAA= RelyX Unicem.
Resistência
adesiva;
Termociclagem.
Push-out
O cimento convencional tem melhores valores de resistência adesiva, quando comparado com o cimento autoadesivo em todos os terços, antes e depois da termociclagem;
A termociclagem não afetou a resistência de união para nenhum dos cimentos resinosos;
O cimento endodôntico pode afetar a cimentação de pinos de fibra de vidro em canais radiculares
Pereira et al., 2013
n= 10
4 grupos (Tipos de cimentos)
Cimentos: 1. CC= RelyX ARC; 2. CAA= RelyX U100; BisCem.
Resistência
adesiva.
Push-out e
MEV
O cimento convencional teve menores valores de resistência adesiva, quando comparado com os cimentos;
Os cimentos autoadesivos e o de ionômero de vidro não apresentaram diferenças significativas entre os terços radiculares.
Borges et al., 2015
n= 10
6 grupos (Momento de corte do pino e cimento)
Cimentos: 1. CC= RelyX ARC + SBMP Plus 2. CAA= RelyX Unicem.
Resistência
adesiva.
Push-out
Microscopia
óptica
O cimento autoadesivo tem maiores valores de resistência de união, quando comparado com o cimento convencional em todos os terços;
O momento de corte do pino influenciou nos valores de resistência de união apenas para o cimento convencional.
Makarewicz et al.,
2013
n= 10
4 grupos (Cimentos e técnica de aplicação)
Cimentos: 1. CC= ParaCem Universal DC
Cement; 2. 2. CAA= RelyX Unicem.
Resistência
adesiva
Push-out;
Microinfiltração
O cimento convencional tem maiores valores de resistência de união, quando comparado com o cimento autoadesivo em todos os terços radiculares;
O terço coronal obteve maior força de união em comparação com o terço apical
Os pinos cimentados pela técnica direta mostraram resistência maior, quando comparada com a técnica indireta;
Menos infiltração foi observada na amostra onde foi usado Paracem, em comparação com RelyX Unicem.
Lindblad et al., 2012
n= 10
4 grupos (Tratamento com clorexidina longevidade adesiva e tipo de cimento)
Cimentos: 1. CC= Duo-link;PermaFlo DC; 2. CAA= RelyX Unicem.
Resistência
adesiva;
Push-out
O cimento convencional teve os maiores valores, quando comparado ao cimento autoadesivo em todos os terços;
A irrigação com a clorexidina não afetou negativamente a longevidade da adesão intrarradicular com qualquer dos cimentos utilizados;
MEV= Microscopia Eletrônica de Varredura; CC= Cimento convencional; CAA= Cimento autoadesivo; C Auto= Convencionais autopolimerizáveis;PFV= Pino de Fibra de Vidro; PFC= Pino de
Fibra de Carbono
19
Tabela 2 - Descrição dos artigos sobre cimentação adesiva quanto ao autor e o ano, a caracterização, a caracterização da cimentação, valores de adesão por terços e tipos de falha
Autor/Ano Caracterização Caracterização da
cimentação Valores de adesão por terço
(MPa) Tipos de falha
1. Durski (2015)
Pino= FV CE= AH-Plus (à base de resina epóxica) ARM= Não houve
CC=Rely-X ARC C- 10,44 M- 7,09 A- 3,95
Não avaliada. CAA=Rely-XUnicem C- 14,81 M- 11,32 A-7,23
Condicionamento adicional + CAA = Rely-XUnicem
C- 21,52 M- 17,19 A- 9,34
2. Daleprane (2014)
Pino= FV CE= AH Plus ARM= Água (24 horas)
CC=Rely-X ARC + SBMP
C - 7,60 M - 4,79 A - 4,35
C e M: 95% adesivas cimento/dentina; Mistas 5%. A: 65% Adesivas; 20% Mistas; 15% Adesivas pino/cimento
CAA= Rely-X U100
C - 9,29 M - 8,05 A - 8,95
C: 50% Mistas; 45% adesivas dentina, 5% pinos. M: 65% Mistas; Adesivas 30% dentina, 5% pinos. A: 35% Mistas; Adesivas 50% dentina, 10% pinos; Coesivas 5%.
3. Pereira (2013)
Pino= FV CE= Sealer 26 ARM= Água destilada (1 semana)
CC=Variolink II C - 4,6 M - 1,6 A - 1,0
Não avaliada.
CC=Rely-X ARC C - 8,4 M - 4,8 A - 0,9
CAA=BisCem
C - 15,5 M - 15,4 A - 17,5
CAA=Rely-X U100
C - 13,6 M - 14,2 A - 12,5
C Auto= Duo-link
C - 11,5 M - 6,1 A - 3,1
4. Gomes (2011) Pino= FV CE= AH Plus
CC=Rely-X ARC + SBMP
C - 16,5 M - 9,9
C: Adesivas DC – 5; Mistas – 5 M: Adesivas DC – 3; Mistas – 7
20
ARM= Água a 37°C (1 semana)
A - 8,9 A: Adesivas DC – 7; Mistas – 3
CC= Rely-X ARC + SB C - 14,7 M - 8,4 A - 6,2
C: Adesivas DC – 3; Mistas – 7 M: Adesivas DC – 6; Mistas – 4 A: Adesivas DC – 3; Mistas – 7
CAA=Rely-X U100 C - 13,7 M - 12,0 A - 16,1
C: Adesivas DC – 1; Mistas – 9 M: Adesivas DC – 5; Mistas – 5 A: Adesivas DC – 1; Mistas – 9
5. Calixto (2012)
Pino=FV cônico translúcido CE= AH Plus ARM= Água destilada 37°C (24 horas)
C Auto=C&B Cement C - 9,5 M - 8,6 A - 7,7
C: Mista – 6; Adesiva DC – 2 M: Adesiva PC – 1; Mista – 6; Adesiva DC – 1 A: Mista – 6; Adesiva DC – 2
C Auto=Multilink
C - 8,7 M - 8,3 A - 8,2
C: Adesiva PC – 1; Mista – 6; Adesiva DC – 1 M: Adesiva PC – 2; Mista – 4; Adesiva DC – 2 A: Mista – 6; Adesiva- DC – 2
CC= Rely-X ARC
C - 11,8 M - 9,2 A - 7,7
C: Mista – 5; Adesiva DC – 3 M: Adesiva PC – 1; Mista – 5; Adesiva DC – 2 A: Mista – 6; Adesiva DC – 2
CAA=Panavia F2.0 C - 8,3 M - 10,2 A - 6,7
C: Adesiva PC – 1; Mista – 7 M: Mista – 7; Adesiva DC – 1 A: Adesiva PC – 1; Mista – 5; Adesiva DC – 2
CAA=Rely-X U100 C - 6,7 M - 6,6 A - 5,7
C: Adesiva PC – 1; Mista – 4; Adesiva DC – 3 M: Mista – 5; Adesiva DC – 3 A: Mista – 4; Adesiva DC – 4
6. Leme (2011)
Pino= FV CE= Sealer 26 ARM= Recipiente a prova de luz, 100% de umidade a 37°C com Timol 0,9% Tempo: 1 ou 9 meses
CC=Rely-X ARC + SBMP
C - 1 (3,81) e 9 (2,13) M- 1 (1,57) e 9 (0,97) A - 1 (1,99) e 9 (0,95)
Não avaliada.
CAA=Rely-XUnicem C - 1 (7,27) e 9 (3,83) M- 1 (4,67) e 9 (4,49) A- 1 (4,26) e 9 (3,36)
7. Pereira (2013)
Pino= FV CE= Sealer 26 ARM= Água deionizada (7 dias)
CAA= BisCem C- 16,4 M- 16,0 A- 17,5
CD – 94%, PC – 0%, Mista 6%
CAA= Rely-X U100 C- 14,0 M- 12,5 A- 12,2
CD – 87,5%, PC – 6,3%, Mista: 6,2%
21
CC= Rely-X ARC + SBMP
C- 9,6 M- 7,4 A- 2,6
CD – 72,5%, PC – 5%, 22,5%
8.Borges (2015)
Pino= FV CE= Sealer 26 ARM= Não informa meio (24 horas) Corte do Pino= antes (AN) /imediatamente após cimentado (IA)/ depois do núcleo (DN).
CC= Rely-X ARC C-AN(10,7) / IA(4,5) / DN(13,2) M-AN(10,1) / IA(4,0) / DN(9,66) A-AN(12,3) / IA(8,6) / DN(10,3)
Não avaliada.
CAA= Rely-XUnicem C-AN(13,4) / IA(13,2)/ DN(11,9) M-AN(13,7) / IA(15,3)/DN(11,6) A-AN(111,8) /IA(13,7)/DN(14,6)
Não avaliada.
CE = Cimento endodôntico; ARM= método de armazenagem; FV= fibra de vidro; FQ= Fibra de quartzo; CC= Cimento convencional; CAA= Cimento autoadesivo; CAC= Cimento autocondicionante
22
Tabela 3 - Descrição dos artigos sobre cimentação adesiva quanto ao autor e o ano, a caracterização, a caracterização da cimentação, valores médios de adesão e tipos de falha
Autor/Ano Caracterização Caracterização da
cimentação Valores de adesão
por terço (MPa) Tipos de falha
1. Khosoushi (2014)
Pino: FV reforçado por resina epóxi CE = AH26 (à base de resina apóxica/hidróxido de cálcio) ARM= Água a 37°C (1 semana)
CAA= BisCem CC=Duo-Link
7,2 6,79
Adesiva, Mista Adesiva, Mista
2. Faria-e-Silva (2014) Pino = FV CE= Sealer-26 ARM= Água destilada 37°C (1 Semana)
CAA=BisCem CAA=Unicem CC=AllCem
4,2 12,1 7,6
Imediata: Mista- 26,8%; Adesiva- 73,2% Imediata: Mista- 38,1%; Adesiva- 61,9%. Imediata: Mista- 49,5%; Adesiva- 59,5%.
3. Kadam (2013)
Pino= FV Tipo FV:D.T. Light Post (DT); Glassix Post (GP) CE= AH Plus ARM= Água destilada (não relata o tempo)
CC=Variolink II DT=7,24 GP=6,92
Adesiva: Pino - 5; dentina- 11; Mista: 4 Adesiva: Pino- 3; dentina- 13; Mista: 4
CAA=Rely-X U100 DT= 4,35 GP= 3,63
Adesiva: Pino- 7; dentina- 9; Mista: 4 Adesiva: Pino- 8; dentina- 5; Coesiva: cimento- 4; Mista: 3
4. Gomes (2013)
Pino= FV CE= AH Plus ARM= Água a 37°C (1 semana) Operador= Dentista (D); Estudante (E)
CC= Rely-X ARC + SBMP CC= Rely-X ARC + SB CAA= Rely-X U100
D= 13,2 E=10,3 D= 11,3 E= 8,3
D= 14,4 E= 13,3
D: Adesiva – dentina 73%; Mista 27% E: Adesiva – dentina 23%; Mista 77% D: Adesiva – dentina 60%; Mista 40% E: Adesiva – dentina 47%; Mista 53% D: Adesiva – dentina 13%; Mista – 87% E: Adesiva – dentina 23%; Mista 77%
5. Bergoli (2012)
Pino= FV reforçado por resina epóxi CE= não relata ARM= Água destilada 37°C Ciclagem mecânica: com(2,000,000 ciclos a 4 Hz a 90 N) e sem ciclagem mecânica.
CC= Rely-X ARC + SBMP Sem= 9,6
Com= 11,3
Sem: Adesiva DC – 30, PC – 3; Coesiva D – 2, P – 4; Mista – 1 Com: Adesiva DC – 29, PC – 4, Coesiva D – 1, P – 5; Mista - 1
CC= MultilinkAutomix+ AdheSE DC Activator
Sem=6,6 Com= 7,4
Sem: Adesiva DC – 36, PC - 1; Mista – 3 Com: Adesiva DC – 37, PC – 1, Coesiva P – 1; Mista - 1
Cond. adicional + CAA = Rely-X U100
Sem= 5,4 Com= 4,3
Sem:Adesiva DC – 39; Mista – 1 Com: Adesiva DC - 40
23
CAA= Rely-X U100 Sem: 10,0 Com: 11,4
Sem ciclagem: Adesiva DC – 28, PC – 2, Coesiva D – 4, P – 4; M – 2 Ciclagem: Adesiva DC – 27, PC – 3, Coesiva D – 3, P – 5; Mista – 2
6. Amaral (2011)
Pino= FV CE= Não relata ARM= Água destilada (pelo tempo da ciclagem mecânica) Ciclagem= com e sem
CC= Rely-X ARC + SBMP Sem: 7,1 Com: 6,6
Sem: adesivas 8% DC; 92% PC Com: adesivas 3% DC; 97% PC
CAA= Rely-X U100 Sem: 11,0 Com: 10,0
Sem: adesiva 100% DC Com: adesiva 95% DC; 5% PC
7. Sterzenbach (2012) Pino= FV CE= Não relata ARM= Água destilada 37°C (24 horas)
CAA=Rely-XUnicem CAA=SmartCem 2
12.35
13.52
74,6 % adesiva DC / 17,5 % adesiva PC / 4,8 % comb. Adesiva/coesiva/ 3,2% danos dentro do pino 71,9 % adesiva DC/ 12,5 % adesiva PC / 15,6 % comb. Adesiva/coesiva / 0 % danos dentro do pino
CC= ED Primer II/Panavia F 2.0
7.41 81 % adesiva DC / 17,5 % adesiva PC / 0% comb. Adesiva/coesiva / 1,6 % danos dentro do pino
8. Dimitrouli (2012)
Pino= FV, FQ CE= AH Plus ARM= Não relata Ciclagem= Com e sem
CAA=Rely-XUnicem CAA=MaxcemEliteTM CAA=iCem CAA=BifixSE
Sem: 8,0 Com: 11,3
Sem: 60% Adesiva PC; 40% Combinação Adesiva/coesiva; Com: 35% Adesiva PC, 65% Combinação Adesiva/coesiva
Sem: 10,0 Com: 9,4
Sem: 30% Adesiva PC, 70% Combinação Adesiva/coesiva Com: 25% Adesiva PC, 75% Combinação Adesiva/coesiva
Sem: 14,2 Com: 13,1
Sem: 5% adesiva DC, 45% PC; 45% Combinação Adesiva/coesiva Com: 60% Adesiva PC, Combinação
Sem: 22,5 Com: 9,5
Sem: 60% Adesiva PC, 40% Combinação Adesiva/coesiva Com: 15% Adesiva PC, 85% Combinação
24
Adesiva/coesiva
CC= Variolink II/Excite DSC
Sem: 16,5 Com: 13,5
Sem: 100% Adesiva PC Com: 85% Adesiva PC, 15% Combinação Adesiva/coesiva
9. Farina (2011)
Pino= FV e FC CE= Endo-fill ARM= Não relata
CAA= Rely-XUnicem FC: 5,13 FV: 8,11
FV: Adesiva D/C – 4; Coesiva P – 4, D – 5; Mista – 2 FC: Adesiva D/C – 2; Coesiva P – 8, D – 2; Mista – 3
C Auto= Cement-Post FC: 2,27 FV: 3,28
FV: Adesiva P/C – 1, D/C – 4; Coesiva D – 3; Mista – 7 FC: Adesiva P/C – 1, D/C – 4; Coesiva D – 1; Mista – 9
10. Erdemir(2011) Pino=FV CE= AH-Plus ARM= Água destilada 37°C (7 dias)
CAA= Rely-XUnicem+ AdperPrompt L-Pop CAA= Maxcem+OptibondAll-in-one
9,48 9,91
Não avaliada. 7,99 8,18
CC= ED Primer II/Panavia F 2.0
8,80
11. Dimitrouli (2011)
Pino= FV CE= AH-Plus + Guttapercha (AG); Guttaflow (Gf); Com tratamento pré-existente (TP); Sem tratamento (ST) ARM= Incubadora a 100% de umidade 37°C
CC= Variolink II
AG –Sem: 10,4; TC: 10,2
Gf – Sem: 9,5 TC: 5,3 TP – Sem: 16,3, TC:
11,5; ST – Sem: 16,5 TC:
13,5
Principalmente adesivas PC
CAA= Rely-XUnicem
AG – Sem: 6,6 TC: 6,6
Gf – Sem: 6,5 TC: 6,1
TP – Sem: 7,0 TC: 7,2
Adesivas PC e DC
25
ST – Sem: 8,0 TC: 11,3
12. Makarewicz(2013)
Pino= FV CE= Não informa ARM= Água a 37°C (48 horas) TÉCNICA: Direta (TD) e indireta (TI)
CC= ParaCem Universal DC Cement
TI.: 1ª camada ≌ 16 2ª camada ≌11
TD.: 1ª camada ≌ 19 2ª camada ≌ 17 Nenhum dos pinos apresentaram falha
adesiva entre pino e cimento. A principal falha adesiva foi entre cimento e dentina.
CAA= Rely-XUnicem
TI.: 1ª camada ≌13 2ª camada ≌ 11
TD.: 1ª camada ≌14 2ª camada≌16
13. Lindblad(2012)
Pino= FV (Glassix Post (GP); everStickPOST (eSP)), FQ (D.T Light-Post(DT); Unicore(Uc)) CE= Não informa ARM= Saliva artificial 37°C (1 ano) Tratamento de superfície: Grupo controle (GC); Clorexidina (CHX)
CC=Duo-link e All-Bond 2
Gx: GC≌ 3
CHX≌ 4
DT: GC≌ 4
CHX≌ 6
Ctr.: 71,42% Adesivo/dentina 28,57% Adesivo/dentina/pino 0% Mista com Coesiva em Dentina 0% Mista Chx.: 57,14% Adesivo/dentina 35,71% Adesivo/dentina/pino 7,14% Mista com coesiva em Dentina 0% Mista
Ctr.: 66,66% Adesivo/dentina 33,33% Adesivo/dentina/pino 0% Mista com Coesiva em Dentina 0% Mista Chx.: 21,42% Adesivo/dentina 64,28% Adesivo/dentina/pino 7,14% Mista com Coesiva em Dentina 7,14% Mista
26
CC=PermaFlo DC
UC: GC≌ 9
CHX≌ 10
Ctr.: 43,75% Adesivo/dentina 56,25% Adesivo/dentina/pino 0% Mista com Coesiva em Dentina 0% Mista Chx.: 18,75% Adesivo/dentina 43,75% Adesivo/dentina/pino 25%Mista com Coesiva em Dentina 12,5% Mista
CAA= Rely-XUnicem
eSP: GC≌ 11 CHX≌ 12
Ctr.: 50% Adesivo/dentina 35,71% Adesivo/dentina/pino 0% Mista com Coesiva em Dentina 14,28%Mista Chx.: 20% Adesivo/dentina 53,33% Adesivo/dentina/pino 20% Mista com Coesiva em Dentina 6,66% Mista
CE = Cimento endodôntico; ARM= método de armazenagem; FV= fibra de vidro; FQ= Fibra de quartzo; CC= Cimento convencional; CAA= Cimento autoadesivo; C Auto= Cimento autopolimerizável.
27
4 DISCUSSÃO:
O primeiro questionamento desse estudo é se os cimentos autoadesivos
possuem resistência de união similar aos cimentos convencionais. Quando os
estudos analisados nesse trabalho foram reunidos, viu-se que em 47,62% deles
(10/21) os cimentos autoadesivos tiveram os maiores valores de resistência de
união. Esse resultado pode ser explicado provavelmente pela sua composição, pois
esses cimentos possuem monômeros de ácido fosfórico que produzem uma forte
ligação com a matriz de cimento durante a polimerização, resultando em forças de
ligação adequadas e estabilidade dimensional do cimento (RADOVIC et al., 2008).
No início da reação, o pH do cimento é muito baixo e isso permite que a hidrofilia do
material proporcione uma adequada adaptação às paredes do canal. Durante a
reação, esses monômeros ácidos interagem com os componentes de enchimento do
cimento e a hidroxiapatita da dentina (que é, provavelmente, o fator responsável
pelos valores de resistência de união homogêneos no decorrer do interior do canal
radicular), neutralizando a reação e provocando o aumento do pH
(SASKALAUSKAITE et al., 2008). As propriedades hidrofóbicas e o caráter alcalino
adquiridos com essa reação de neutralização resultam em baixos coeficientes de
expansão e solubilidade, essenciais para a longevidade do material. Ela também é
responsável por gerar uma adaptação morfológica entre a dentina e o cimento,
permitindo um contato íntimo, que é suficiente para criar um bom valor de resistência
de união (RADOVIC et al., 2008).
Além disso, a utilização de cimentos autoadesivos parece ser uma técnica
menos sensível e menos complexa, já que precisam de menos passos, em
comparação com o uso de sistemas adesivos. Dependendo do desempenho e da
sensibilidade técnica, isso afeta a efetividade da união (AMARAL et al., em 2010).
Como o cimento autoadesivo não necessita de condicionamento ácido e,
consequentemente, não requer lavagem, o problema de controle de umidade é
diminuído. Ademais, a formação de água durante a reação de neutralização do ácido
fosfórico metacrilato, cargas básicas e hidroxiapatita também podem ser
responsáveis pela tolerância a umidade (GOMES et al. 2011). Este fato pode
também estar relacionado com a contração inerente dos cimentos resinosos, que
leva a tensões residuais entre cimento e dentina, associado com a configuração
28
geométrica da cavidade (fator-C) extremamente desfavorável (AMARAL et al. em
2010; PEREIRA et al, 2013).
Em 28,57% dos artigos (6/21) valores de resistência adesiva foram
encontrados como sendo superiores para o cimento convencional. Os autores
especulam que a explicação para esse resultado é de que o cimento resinoso
autoadesivo possivelmente assume uma hibridação deficiente da dentina ao longo
das paredes do canal radicular. Este cimento teria limitado potencial de
desmineralização quando comparado com os sistemas adesivos convencionais e
autocondicionantes. Os ésteres fosfóricos metacrilatos presentes nos cimentos
autoadesivos não são tão eficazes como o ácido fosfórico em dissolver a smear
layer nas paredes radiculares. Além disso, este cimento apresentaria um baixo grau
de conversão, mesmo após a fotoativação (CALIXTO et al., 2012; MAKAREWICZ et
al., 2013).
Analisando que em outros 23,81% dos artigos (5/21), os cimentos
convencionais e autoadesivo não tiveram diferenças estatisticamente significativas
de resistência adesiva entre si, pode-se se considerar que os cimentos autoadesivos
sejam uma boa alternativa para a cimentação de retentores de fibra de vidro. Em
mais de 70% dos trabalhos a adesão desses cimentos foi, no mínimo, similar. Há
que se especular também que essa pequena variação de resultados em favor de um
ou outro cimento também possa estar relacionada às diferenças de qualidades
exibidas entre marcas comerciais, que não estaria necessariamente vinculada à
classificação material.
Com relação ao desempenho dos cimentos ao longo do canal radicular os
resultados mostraram que em cada terço radicular o cimento pode obter valores
diferentes de resistência adesiva. Entretanto, de modo geral, o terço cervical é o que
apresenta os melhores resultados e isso se deve ao fato da facilidade que há em
fazer o condicionamento ácido da dentina mais coronária pela proximidade como
meio externo (FERRARI et al., 2000). Já para o terço apical e o médio isso é o
inverso, já que é mais difícil de fazer com que o ácido condicione de maneira
adequada essas porções do canal (MJOR et al., 2001). Além disso, a densidade e o
número de túbulos nesses últimos terços são bem menores se comparadas ao terço
cervical e isso faz com que haja menor formação de tags de resina, que contribuem
muito para a resistência de união. Além disso, a região apical apresenta maior
29
dificuldade de inserção de material e fotoativação desses sistemas restauradores
adesivos. É provável que a dificuldade de fotoativação seja a principal razão para a
menor união nesses locais, já que a quantidade de luz diminui à medida que se
aumenta a profundidade intracanal (GOMES et al., 2011; DURSKI MT et al. 2015).
Como o cimento autoadesivo não necessita de condicionamento ácido, não requer
lavagem, o que diminuiu o problema de controle de umidade (PEREIRA et al., 2013),
ele poderia ter resultados melhores nessas regiões mais apicais, região de difícil
acesso para aplicação e lavagem do condicionamento ácido.
A porção apical da raiz é realmente uma das regiões mais críticas para a
adesão entre o cimento e substrato (MAO et al., 2011). Embora vários fatores
possam contribuir para o fraco desempenho do cimento nesta área em particular,
este estudo identificou valores de resistência adesiva mais simulares ao longo dos
terços com o uso de cimentos autoadesivos (DURSKI et al., 2015; DALEPRANE et
al. 2014; GOMES et al., 2013). Por outro lado, os cimentos convencionais tendem a
apresentar maiores diferenças entre os terços devido à dificuldade na obtenção de
uma interface adesiva confiável, em função da sistemática de uso de um sistema
adesivo de 3-passo, por exemplo. A ausência de uma camada híbrida na interface
com a dentina apical pode explicar este achado (BOUILLAGUET et al., 2003). A
camada híbrida é mais densa e pronunciada na região cervical do que na porção
apical provavelmente devido a uma maior densidade de túbulos com maior diâmetro
(PEDREIRA et al., 2009).
Outras características têm sido discutidas como possíveis interferências no
desempenho desses cimentos. Com relação à forma de aplicação do cimento no
canal, quando se usou o microbrush os valores foram menores quando comparada
com a técnica da ponta aplicadora. Isso pode ser explicado pelo fato de a ponta
aplicadora criar uma aplicação mais homogênea do cimento ao longo do canal.
Outra explicação é que o cimento é misturado mecanicamente dentro da cápsula e
isto elimina a manipulação humana, que pode incorporar bolhas de ar no interior do
cimento durante a mistura manual e a aplicação como microbrush (DURSKI et al.,
2015). Esse tipo de aplicação pode favorecer os cimentos convencionais que tem
menor desempenho nas regiões mais apicais. A experiência do operador também
tem sido descrita como algo que pode influenciar os resultados da resistência
adesiva. Gomes et al. (2013) relataram que os resultados para operadores
especialistas foram melhores que os dos estudantes de graduação. Isso pode ser
30
explicado pelo menor número de passos que os cimentos autoadesivos possuem,
não requerendo a etapa de lavagem do canal e consequente controle de umidade,
simplificando o todo processo
Um outro aspecto técnico eu poderia favorecer um dos dois tipos de cimento
tem sido a polimerização tardia (FARIA-E-SILVA et al., 2014). Isto pode ser
explicado com base em três mecanismos principais. Primeiro, a exposição à luz
tardiamente e o consequente atraso na vitrificação dos polímeros permitiria mais
tempo para uma reação química entre os metacrilatos de fosfato do cimento e a
hidroxiapatita da dentina. Em segundo lugar, a reação prolongada dos monômeros
fosfatados com cálcio tamponaria inicialmente o baixo pH dos autoadesivos levando
a um maior grau de ligação dupla de carbono a conversão dos cimentos e,
subsequentemente, propriedades mecânicas melhoradas (ZORZIN et al, 2012). Em
terceiro lugar, a fotoativação tardia diminui a tensão de polimerização, o que pode
melhorar a ligação do cimento no canal radicular. Entretanto, Faria-e-Silva alertam
que o atraso na fotoativação pode afetar negativamente a força de união, sugerindo
que outros fatores, como por exemplo as diferenças na viscosidade e fluidez dos
cimentos resinosos, podem interferir na ligação desses com a dentina. Alertam ainda
que a irrigação com NaOCl também pode interferir na capacidade de união de
alguns cimentos autoadesivos por deixar oxigênio residual no substrato, o que pode
interferir na polimerização de radical livre do cimento. A redução da intensidade de
luz que atinge áreas mais profundas do canal, mesmo na utilização de pinos de
fibras de vidro translúcidos, aumenta o papel dos agentes de autoativação sobre a
conversão de C=C. O efeito negativo do oxigênio residual é esperado que seja mais
aparente em caso de autopolimerização mais lenta. Assim, tempos de atraso mais
longos na fotoativação pode aumentar a inibição da polimerização pelo oxigênio
residual, limitando reação de autopolimerização e reduzindo significativamente a
conversão do monômero (FARIA-E-SILVA et al., 2014).
Um dos aspectos mais importante para se pensar nas futuras comparações
entre essas duas formas de cimentação seria sobre a longevidade desses materiais.
Eles teriam longevidade similar? Leme e colaboradores (2011) não observaram que
o armazenamento de nove meses em 100% de umidade provocou valores
estatisticamente diferentes daqueles armazenados por um mês entre os cimentos. O
cimento convencional teve menor resistência em ambos os períodos, o que pode ser
devido a um processo de degradação da interface adesiva. A composição química
31
destes materiais pode ter sido determinante, por que a quantidade de cargas
inorgânicas, em % em peso, é maior para o cimento autoadesivo que para o
convencional e isso quer dizer menor contração de polimerização e maior a
estabilidade. Apesar desses resultados de avaliação de 9 meses mostrarem a
ausência de diferenças entre os cimentos, há que se pensar que esse tempo é muito
ainda é muito curto. Estudos que investiguem o comportamento desses cimentos por
períodos mais compatíveis com o que se espera que as restaurações de dentes
tratados endodonticamente deveriam durar, devem ser idealizados. Numa outra
perspectiva, estudos clínicos são importantes para se concluir melhor a respeito do
real desempenho desses cimentos ao longo do tempo, embora os estudos
laboratoriais permitam concluir que esses cimentos são uma boa alternativa aos
cimentos convencionais na cimentação de retentores pré-fabricados de fibra de
vidro.
5 CONCLUSÃO
1. Os cimentos autoadesivos podem ser excelentes substitutos para os cimentos
convencionais na cimentação de pinos de fibra de vidro.
2. De modo geral os cimentos autoadesivos mostram valores de resistência
adesiva mais similares ao longo dos terços radiculares e sendo menos
afetados pela experiência do operador.
3. Outros aspectos precisam ainda ser considerados como avaliações de
longevidade e estudos clínicos que avaliem a taxa de retenção com ambos os
materiais.
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REFERÊNCIAS
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