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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO/UFRJ PROGRAMA DE EDUCAÇÃO PARA O TRABALHO - PET SAUDE MENTAL, ÁLCOOL, CRACK E OUTRAS DROGAS 2011 PROJETO - ATENÇÃO INTEGRAL AO USO PREJUDICIAL DE DROGAS NA CIDADE DO RIO DE JANEIRO: FORMAÇÃO E PRODUÇÃO DO CUIDADO BREVE HISTÓRICO DA CONSTRUÇÃO DAS POLÍTICAS DE DROGAS NO BRASIL (Ou ‘sobre a da Tomada de Responsabilidade da questão da droga pelo campo da Saúde Mental’) Prof. Responsável: Salette Ferreira Rio, junho de 2011

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO/UFRJ

PROGRAMA DE EDUCAÇÃO PARA O TRABALHO - PET SAUDE MENTAL, ÁLCOOL, CRACK E OUTRAS DROGAS 2011

PROJETO - ATENÇÃO INTEGRAL AO USO PREJUDICIAL DE DROGAS NA CIDADE DO RIO DE JANEIRO: FORMAÇÃO E PRODUÇÃO DO CUIDADO

BREVE HISTÓRICO DA CONSTRUÇÃO DAS POLÍTICAS DE DROGAS

NO BRASIL

(Ou ‘sobre a da Tomada de Responsabilidade da questão da droga pelo campo da Saúde Mental’)

Prof. Responsável: Salette FerreiraRio, junho de 2011

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PRODUTO

SUJEITO

CONTEXTO

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“ ...em toda a sociedade a produção de discursos é controlada, selecionada, organizada e distribuída através de um certo número de procedimentos, externos e internos, que têm por objetivo conjurar os poderes, controlar os acontecimentos aleatórios, driblar sua pesada e temível materialidade. (...) o discurso não é simplesmente aquilo que traduz as lutas ou os sistemas de dominação, mas aquilo por que, pelo que se luta, o poder do qual nos queremos apoderar.”

(Michel Foucault, em ‘A Ordem do Discurso’)

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Modelos discursivos sobre o uso de drogas – orientadores de políticas e tratamentos

Discurso jurídico – moral ou ético - jurídico. O produto é indesejável. Associação à educação. Os jovens são mais vulneráveis. O contexto é permissivo

Discurso da saúde pública ou médico. Modelo das doenças infecto-contagiosas. Ênfase na informação. A vontade do sujeito é obstáculo ao tratamento. Noção de que todos podem ser igualmente contaminados

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Discurso sociocultural. Ênfase no contexto, incentivador do uso/não uso. Importância do controle da propaganda. Ênfase na responsabilidade das instituições

Discurso psicossocial. O uso ou não uso é comportamento humano. Ênfase na subjetividade. Ênfase na responsabilidade dos sujeitos

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Uma nova aposta de direção clínica:qual ética em questão ?

- Principio da Garantia do Acesso – construção de lógicas inclusivas

- Princípio da Ampliação do Acesso – revisão de práticas e éticas de Acolhimento e Abordagem

- Princípio da Intersetorialidade – construção coletiva de situações – problemas, projetos e INTERVENÇÕES

- Princípio da Integralidade - possível...

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Princípio da Integralidade - possível

. ‘IDEAL’ a ser construído, como horizonte da ação de cuidado…

. O Sujeito tomado em tratamento, não a doença – as ‘cesta de necessidades’

. Construção de uma ‘situação – problema’ comum aos diferentes profissionais e dispositivos - lógica intersetorial

Integralidade Focal Integralidade Ampliada : abordagens necessariamente

INTERSETORIAIS

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Novos Problemas, Novos RumosBreve Histórico da Construção de uma Política

de Atenção à população dependente de álcool e outras drogas

Histórico de um Movimento de…

TOMADA DE RESPONSABILIDADE PÚBLICA

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Do discurso jurídico à ordem médica “disciplinar”: variações decorrentes da primazia do discurso jurídico e da medicina – psiquiátrica no cenário

brasileiro

1 º Momento:- Código Penal de 1940 (Decreto-lei de 1938, incorporado ao

art. 281) - Decreto-lei no. 385, de 26 de dezembro de 1968

Critérios Jurídicos Medidas objetivando a ‘apreciação do delito’

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2º Momento:- Lei no. 5.726, de 29 de outubro de 1971- Lei no. 6.368, de 21 de outubro de 1976

Importante deslocamento ético: uso de drogas passa para a ‘jurisdição médica’

Avaliação da personalidade do usuário INTERNAR para TRATAR

A medicina prende para ‘tratar’, mais que para punir

Internação Compulsória

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Por que Crime como Doença ?Por que Crime como Doença ?

A priori médico:

A racionalidade médica tem efeito de verdade natural, prescrevendo que o único uso possível é o ordenado medicamente, assim legitimado pela lei – a dependência de drogas é um mal, uma imprudência.

A especificação do ‘uso anormal ou indevido’ encontra-se no fundamento da categorização do ‘ilícito’ pela norma jurídica.

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Uma dívida histórica da saúde pública …

‘(a) medicina como aquela que prescreve os usos de substâncias entorpecentes a serem consideradas normais. É medicalizando a lei,

aproximando o uso de drogas a uma patologia, que possibilitará transferir seus usuários para a esfera da Psiquiatria.’

(Bittencourt, 1981)

“(o) álcool (...), esteve perigosamente ausente das políticas púbicas no passado, especialmente em relação à saúde pública. Pela relevância que

esta droga apresenta nas variadas conseqüências associadas ao seu consumo, conforme demonstrado aqui, é necessário que se assuma a

responsabilidade por essa lacuna, sob pena de não se compreender que o uso de álcool não é um ‘problema menor’ ”

(Delgado, 2005)

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3º Momento:- Decreto 85.110, em setembro de 1980 – Cria o SISTEMA NACIONAL DE PREVENÇÃO, FISCALIZAÇÃO E REPRESSÃO DE ENTORPECENTES - SISNAD –, o Conselho Federal de Entorpecentes – CONFEM, ligado ao Ministério da Justiça, e os CONENs e COMENs

Ideário de ‘outras paragens’ Orientações diversificadas no território brasileiro

4º Momento:- Criação da SECRETARIA NACIONAL ANTI-DROGAS (SENAD), em 1998 – ligada ao Gabinete Militar da Presidência da República (hoje Gabinete de Segurança Institucional), e do CONSELHO NACIONAL ANTIDROGAS – o CONAD, e os CEADs e COMADEs(governo Fernando Henrique Cardoso, sob pressão da OEA, após a Assembléia Especial das Nações Unidas sobre Drogas)

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Movimentos Precursores

. I Fórum Nacional Anti-drogas: em novembro de 1998, envolvendo 1231 participantes, Relatório divulgado em fevereiro de 1999 - contribuições ao estabelecimento de uma política

. II Fórum Nacional Anti-drogas (2001) – PLANO NACIONAL ANTIDROGAS: mérito de ser a primeira expressão pública de uma política nacional sobre o tema - operacionalização da política

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Movimentos Precursores

. Conferência de Caracas, em novembro de 1990

. A Coordenação de Saúde Mental - CORSAM, em 1991, cria o ‘Serviço de Atenção ao Alcoolismo e Drogadição’, dentro de Programa Nacional de Controle do Abuso de Álcool e Outras Drogas, PRONAD: elaboração das Normas e Procedimentos na Abordagem do Abuso de Drogas

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“No Brasil, onde o problema mais sério de drogadição ainda é o alcoolismo, cabe também preocupar-se com o jovem que usa xaropes, bolinha ou maconha, com a

mão-de-obra pouco qualificada, que não fala muito da angústia mas bebe cachaça para aplacar sua dor, com as mulheres que falam nas filas da previdência ou no confessionário das igrejas e usam ansiolíticos

diariamente para agüentar a vida.”

(Normas e Procedimentos na Abordagem do Abuso de Drogas. MS/SAS/DPS/CORSAM, 1991:20)

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. II Conferência de Saúde Mental, em dezembro de 1992: Relatório Final aponta, em seu Cap. 11, alguns reconhecimentos importantes ...

“Criar programas específicos para o tratamento de alcoolistas e demais dependentes químicos, a serem prestados por equipes capacitadas, constituídas por

profissionais de nível superior e por agentes de saúde, tanto no nível ambulatorial quanto nas unidades de

internação”

(Relatório Final da II Conferência Nacional de Saúde Mental. MS/SAS/DAPS/CORSAM,1994:54)

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. ‘Proposta de Normalização dos Serviços de Atenção a Transtornos por Uso e Abuso de Substâncias Psicoativas’, em fevereiro de 1999

“Diante de todos estes dados, percebe-se a necessidade

premente de adequação do Sistema Único de Saúde, a fim de que possa responder a esta enorme demanda gerada pelo uso

indevido de substâncias psicoativas. Atualmente, o sistema encontra-se desatualizado, seja do ponto

de vista da informação - que ainda não permite a correta identificação diagnóstica e de procedimentos terapêuticos -,

seja do ponto de vista dos modelos de tratamento.

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A assistência aos transtornos relativos ao uso e abuso de substâncias psicoativas, deve espelhar a realidade nacional e a

atual política de assistência do Ministério da Saúde, que apontam em direção à atenção integral da saúde do indivíduo, em ambientes alternativos à internação hospitalar, através da

atuação interdisciplinar das equipes técnicas, e com a participação comunitária, possibilitando não somente sua

recuperação clínica, mas principalmente sua reabilitação e reinserção social.”

(Proposta de Normalização dos Serviços de Atenção à Transtornos por Uso e Abuso de Substâncias Psicoativas,

MS/SAS/DGPE/CORSAM, 1999:14-15)

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. III Conferência de Saúde Mental, em seqüência as Conferências Municipais e Estaduais, em dezembro de 2001, cujo Relatório Final apontava, em seus princípios e diretrizes, que

“Na construção da política de saúde mental é fundamental garantir que o Ministério da Saúde defina políticas públicas de atenção aos usuários de álcool e

outras drogas que deverão ser baseadas no respeito aos direitos humanos, nos princípios e diretrizes do SUS e da Reforma Psiquiátrica.

É fundamental, também, garantir que o SUS se responsabilize pelo atendimento dos usuários de álcool e drogas; e, ao mesmo tempo, não reduzir esta questão a

uma problemática exclusiva da saúde.”

(Relatório Final da III Conferência Nacional de Saúde Mental. MS/CNS, 2002:60)

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Coetâneos a algumas Ações e Deliberações do Ministério da Saúde, a partir da Assessoria Técnica de Saúde Mental do MS, no sentido da construção

de uma Política Pública...Política Pública...

... em fevereiro de 2003 ...

e já no governo de Luiz Inácio Lula da Silva, fica determinada a integração das Políticas Públicas

com a Política Nacional Antidrogas

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Em março de 2004…

11 ministérios – Protocolo Coletivo de Intenções para as Ações Conjuntas na Política Nacional Antidrogas

III FÓRUM NACIONAL SOBRE DROGAS

em 2004, em seqüência aos Fóruns Regionais, em seis capitais do território nacional, promovidos pela

SENAD e pelo CONAD

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Naquele momento...

O Conselho Nacional Antidrogas - CONAD - estabelece o realinhamento da política, apresentando umaPolítica Nacional Sobre Drogas

(Resolução no. 3/GSI/CH/CONAD, de 27 de outubro de 2005)

Em 2006, Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006, que institui o Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas – SISNAD

E desde 23 de julho de 2008...Secretaria Nacional sobre Drogas Secretaria Nacional sobre Drogas - SENAD Conselho Nacional sobre Drogas Conselho Nacional sobre Drogas - CONAD

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Pelo Ministério da Saúde:em Março de 2003...

Política do Ministério da Saúde para a

Atenção Integral a usuários de álcool e outras drogas

(seguida de muitas portarias e/ou leis complementares, dirigidas à sustentabilidade do campo da saúde mental, algumas mais

específicamente às ações de álcool e outras drogas)

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GARANTIA DOS PRINCÍPIOS DA POLÍTICA

. Consideração ao TERRITÓRIO

. Privilégio das BASES COMUNITÁRIAS

. TOMADA DE RESPONSABILIDADE

. Construção de REDES ASSISTENCIAIS

. Abordagens e Políticas INTERSETORIAIS

. PREVENÇÃO E PROMOÇÃO DE SAÚDE

. Consolidação do PARADIGMA DA REDUÇÃO DE DANOS

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Estratégias de Redução de Riscos e Danos desenvolvidas a partir de uma ampla

Rede de Ações e Cuidados ...Intersetoriais

• No campo da Saúde• No campo da Cultura• No campo da Assistência• No campo da Educação• No campo da Segurança Pública• Nos ‘mundos do trabalho’ • No campo dos Esportes e Lazer• Nos campos .....

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Pelo Governo Federal Ação Interministerial: MS/SENAD/MEC

Maio/Setembro de 2010

PLANO INTEGRADO DE ENFRENTAMENTO AO CRACK E OUTRAS DROGAS

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Relatório Mundial da SaúdeSAÚDE MENTAL: NOVA CONCEPÇÃO, NOVA

ESPERANÇA

“O tratamento da dependência de drogas é efetivo em relação ao custo na redução do uso de drogas (40-60 %) e das conseqüências associadas com a

saúde e sociais, tais como infecção por HIV e atividade criminosa. Já se demonstrou que o tratamento custa mais barato do que outras

alternativas, tais como deixar de tratar os dependentes ou simplesmente encarcerá-los.

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As políticas pertinentes a drogas ilícitas devem ter em vista o controle do suprimento dessas

drogas, a redução da demanda mediante prevenção e outros meios, a redução das conseqüências

negativas da dependência de drogas e a provisão de tratamento. Essas políticas devem ter por alvo a Essas políticas devem ter por alvo a

população em geral e vários grupos de riscopopulação em geral e vários grupos de risco.

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Essa divulgação deve evitar o sensacionalismo, promover a competência psicossocial mediante

aptidões para a vida e conferir aos indivíduos poderes para fazer escolhas mais saudáveis com relação ao uso de substâncias por parte deles. Como o uso de Como o uso de

substâncias está estreitamente ligado com diversos substâncias está estreitamente ligado com diversos problemas sociais e com a exclusão, os esforços pela problemas sociais e com a exclusão, os esforços pela

prevenção provavelmente lograrão maior êxito se prevenção provavelmente lograrão maior êxito se estiverem integrados com estratégias que busquem a estiverem integrados com estratégias que busquem a

melhoria da vida das pessoas e comunidades, melhoria da vida das pessoas e comunidades, inclusive o acesso à educação e à atenção de saúdeinclusive o acesso à educação e à atenção de saúde.”

(OMS, 2001, grifo nosso)

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“Não podemos nos esquecer que o processo de transformação interna da

medicina psiquiátrica nesse setor especializado de atenção e cuidados,

responde as exigências de um cenário exterior a ele próprio, ou seja, as

transformações das formas jurídicas no combate ao uso e/ou abuso de drogas.”

(Bittencourt, 1981:60, grifo nosso)