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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ CURSO DE ZOOTECNIA LAIS MILENA BUBNIAK PREDIÇÃO E VALIDAÇÃO DA TAXA LINEAR DE TAMPONAMENTO DE DIETAS POR MEIO DA COMPOSIÇÃO QUÍMICO-BROMATOLÓGICA CURITIBA 2014

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ

CURSO DE ZOOTECNIA

LAIS MILENA BUBNIAK

PREDIÇÃO E VALIDAÇÃO DA TAXA LINEAR DE TAMPONAMENTO DE DIETAS

POR MEIO DA COMPOSIÇÃO QUÍMICO-BROMATOLÓGICA

CURITIBA 2014

LAIS MILENA BUBNIAK

PREDIÇÃO E VALIDAÇÃO DA TAXA LINEAR DE TAMPONAMENTO DE DIETAS

POR MEIO DA COMPOSIÇÃO QUÍMICO-BROMATOLÓGICA

Trabalho de Conclusão do Curso de Gradação em Zootecnia da Universidade Federal do Paraná, apresentado como requisito parcial à obtenção do título de Bacharel em Zootecnia.

Orientador: Prof. Dr. Marson B. Warpechowski

Orientador do Estágio Supervisionado: Elaine Schulz, Zootecnista

CURITIBA 2014

TERMO DE APROVAÇÃO

.

LAIS MILENA BUBNIAK

PREDIÇÃO E VALIDAÇÃO DA TAXA LINEAR DE TAMPONAMENTO DE DIETAS

POR MEIO DA COMPOSIÇÃO QUÍMICO-BROMATOLÓGICA

Trabalho de conclusão de curso aprovado como requisito parcial para obtenção do

grau de Bacharel em Zootecnia pela Universidade Federal do Paraná.

BANCA EXAMINADORA

____________________________________________

Prof. Dr.Marson Bruck Warpechowski

Departamento de Zootecnia, Setor de Ciências Agrárias

Presidente da Banca

____________________________________________

Prof. Dr. Alex Maiorka

Departamento de Zootecnia, Setor de Ciências Agrárias

____________________________________________

Prof. Dr.Simone G. de Oliveira

Departamento de Zootecnia, Setor de Ciências Agrárias

Curitiba

2014

AGRADECIMENTOS

Aos

Meus pais Eduardo Bubniak e Regina Petryk

Pela força e incentivo que me deram antes e durante a faculdade.

Meu professor e orientador Marson Bruck Warpechowski

Pelas oportunidades que me ofereceu durante o estágio no LabSisZoot.

Pessoal do LabSisZoot, Lucélia Hauptli, Juahil Martins de Olivera Júnior,

Melisa Machado, Aderbal Cavalcante, Tatiana Souza, Emanuella A. Pierozan

(Manu), Sebastião Magagnin, Eduardo A. de Oliveira e Marina L. de Souza, em

especial Ana Rosália Mendes

Pelos ensinamentos, ajuda e orientação em todos os momentos que precisei.

Minhas amigas Francyelle R. C. Conceição e Priscila Lima

Por terem aguentado a minha ausência durante os períodos que tive que ficar

estudando.

Minhas grandes amigas de faculdade, Núbia K. Grosko e Lúcia M. O.

Prosdócimo

Pela amizade nesses anos de faculdade e parceria em diversos trabalhos.

Pessoal da ITCP, Denys Dozsa, Dante, Marlene D'aroz, João Paulo Viana

(Pará), Maria Fernanda e Wagner Poulmann

Pelo aprendizado e maravilhosas viagens de extensão.

Meu querido Thiago Augusto Cruz, que foi colega de faculdade, pela

amizade e acolhida na Quimtia e ajuda para eu escrever este trabalho.

Luciano Andriguetto

Por ter me dado a oportunidade de fazer o meu estágio obrigatório na

Quimtia.

Meus novos amigos da Quimtia, Danieli Girardello, Ione Gonçalves e

Jotaniel

Pela orientação, ensinamentos durante meu estágio obrigatório e pelas risadas

proporcionadas.

Elaine Schulz e Ana Paula S. Konrad da Quimtia

Pela orientação durante o estágio.

Professores que foram importantes na minha formação, Adhemar Pegoraro,

Alex Maiorka, Simone G. de Oliveira, Luciano Andriguetto, Ananda P. Félix,

Edson G. de Oliveira, João Ricardo Dittrich,

Paulo Rossi Jr., Marson B. Warpechowski e José Milton Andriguetto.

Enfim, a todos que de algum modo, tornaram este sonho possível.

MUITO OBRIGADA!

EPÍGRAFE

“Agradeço todas as dificuldades que enfrentei; não fosse por elas, eu não teria

saído do lugar…”

Chico Xavier

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1. Valores medidos e estimados de TLT de rações de acordo com as equações avaliadas. .................................................................................................. 22

LISTA DE TABELAS

Tabela 1. Amostras utilizadas para estimar as equações de TLT, classe e demais análises químico-bromatológicas .............................................................................. 16 Tabela 2. Amostras utilizadas para validação das equações de predição, classe e demais análises químico-bromatológicas. ................................................................. 17 Tabela 3. Equações de regressão múltipla obtidas para a predição da Taxa Linear de Tamponamento (TLT; mEq/MS amostra) a partir da composição químico-bromatológica das amostras. .................................................................................... 19 Tabela 4. Avaliação entre valores medidos e estimados de TLT de rações para cada equação selecionada. Número de rações testadas (N), variáveis da regressão linear e probabilidade P do Teste de Hipóteses .................................................................. 21

LISTA DE ABREVIATURAS

CT = Capacidade Tamponante TLT = Taxa Linear de Tamponamento AT = Acidez Titulável pHi = pH inicial Ca = Cálcio P = Fósforo HCl = Ácido Clorídrico PB = Proteína Bruta MS = Matéria Seca RM = Resíduo Mineral FB = Fibra Bruta FDN = Fibra em Detergente Neutro FDA = Fibra em Detergente Ácido UM = Umidade EE = Extrato Etéreo

SUMÁRIO

1.OBJETIVOS ............................................................................................................ .1 2.CAPÍTULO 1 ............................................................................................... .............2 3.Revisão Bibliográfica sobre capacidade tamponante na dieta de suínos ................. 2 3.CAPÍTULO 2 ............................................................................................................ 4 3.1.Relatório do Estágio .............................................................................................. 4 3.1.1 Plano de Estágio ................................................................................................ 4 3.1.2 Empresa ou local do Estágio .............................................................................. 4 3.1.3 Laboratório de Análises Bromatológicas ............................................................ 4 3.1.3.1 Metodologia usada no laboratório ................................................................... 6 4.CAPÍTULO 3 .......................................................................................................... 12 4.1.Introdução ........................................................................................................... 12 4.2 Material e Métodos .............................................................................................. 14 4.3 Resultados e discussão....................................................................................... 18 4.4 Conclusão ........................................................................................................... 23 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................. 24 REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 25 ANEXOS ................................................................................................................... 27 Anexo 1. Plano de estágio. ....................................................................................... 27 Anexo 2.Termo de compromisso. .............................................................................. 28 Anexo 3.Ficha de avaliação no local de estágio. ....................................................... 29

RESUMO

O trabalho foi realizado visando à obtenção de equações de predição da Taxa Linear de Tamponamento (TLT) de dietas de suínos a partir da sua composição químico-bromatológica. Foram utilizadas 14 amostras para determinação das equações de predição e 8 amostras utilizadas para a validação das equações.Todas as amostras foram analisadas quanto a TLT, pH inicial e quanto aos teores de matéria seca, proteína bruta, extrato estéreo, resíduo mineral, fibra bruta, fibra em detergente neutro, fibra em detergente acido, cálcio e fósforo. As equações de predição da TLT em função das variáveis de composição química foram determinadas por meio de análise de regressão múltipla, e foram selecionadas pelo coeficiente de determinação (R2) maior que 80%. Foi possível a obtenção de equações de predição da TLT pela composição químico-bromatológica dos alimentos com alta precisão. Utilizou-se o Teste de Hipótese para a validação das equações, comparando os valores de TLT preditos com os estimados. A partir deste foram selecionadas 8 equações que melhor representam a regressão linear entre esses valores, onde o valor do intercepto foi próximo a zero e o valor da inclinação, próximo a um. Os resultados obtidos permitem afirmar que é possível predizer a TLT de alimentos e dietas pelo conhecimento da sua composição químico-bromatológica. O estágio aconteceu no laboratório da empresa Quimtia S/A, onde as análises bromatológicas das amostras foram realizadas para que este trabalho fosse concretizado. Palavras-chaves: capacidade tamponante, leitões, pH

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1. OBJETIVO GERAL

O objetivo geral do presente trabalho foi aprofundar os conhecimentos sobre

a capacidade tamponante de dietas para leitões e suas metodologias de

determinação.

1.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

1- Revisão Bibliográfica: levantar dados e aprimorar os conhecimentos sobre

a capacidade tamponante de rações para suínos;

2- Estágio Supervisionado: participar ativamente das análises de rotina de

um laboratório industrial, descrevendo as análises e metodologias

utilizadas;

3- Trabalho Científico: a partir dos dados obtidos nas análises químico-

bromatológicas de rações de suínos durante o estágio supervisionado,

elaborar equações para predizer e validar a Taxa Linear de

Tamponamento.

2

2. CAPÍTULO 1

2.1 Revisão bibliográfica

2.1.1 Acidificação de Dietas de Suínos

Os leitões são desmamados precocemente, em torno de 21 dias de idade,

nessa fase eles não estão fisiologicamente preparados para receber dietas à base

de vegetais, já que a sua produção de HCl (ácido clorídrico) no estômago é baixa

(PUPA, 2008). Isso pode acarretar em estresse nutricional devido à mudança

abrupta do leite (alta digestibilidade) para uma dieta vegetal com outras fontes de

energia (amido e óleo vegetal). É importante que o pH seja baixo no estômago para

estimular a secreção e atividade enzimática pancreática e intestinal, levando a uma

maior digestão e absorção de nutrientes.

Devido às dificuldades em controlar os problemas no pós-desmame,

antimicrobianos em doses sub-terapêuticas ainda são utilizados como promotores

de crescimento, pois controlam microrganismos patogênicos do trato gastrintestinal,

alterando a composição da microbiota intestinal, reduzindo a incidência de diarreias

com consequente melhora de desempenho (Rego, 2013; Miguel et al., 2008). No

entanto, devido ao risco de resistência e as barreiras comerciais pelo uso destes

aditivos, se necessita buscar alternativas ao uso de antimicrobianos. Os ácidos

orgânicos se apresentam como uma alternativa aos aditivos, pois estimulam a

secreção de enzimas pancreáticas (Sano et al., 1995), fazem a diminuição do pH

estomacal (Hansen et al., 2007; Krygierowicz, 2010), e aumentam a digestibilidade

(Krygierowicz, 2010); além de supressão do desenvolvimento de microrganismo

patogênicos (Risley et al., 1992).

CRISTANI, 2008, comparou acidificante, prebiótico e antibiótico em dietas de

leitões desmamados para saber qual destes seria mais eficaz no desempenho,

morfologia intestinal, pH dos conteúdos dos segmentos do trato digestório e menor

incidência de diarreia. E verificou que os antibióticos foram os que deram melhor

3

desempenho e menor incidência de diarreia. Apesar dos acidificantes ficarem em

segundo lugar, estes ainda estão longe de alcançarem os antibióticos.

2.1.2 Capacidade Tamponante na Dieta de Suínos

A capacidade tamponante (CT), pode ser definida como a habilidade de um

alimento ou ingrediente em suspensão aquosa em resistir a alterações de pH após

adição de solução ácida ou básica (GIGERREVERDIN, 2002).

A CT é uma particularidade dos alimentos, rações ou ingredientes em

neutralizar o HCl estomacal, proporcionado um pH maior. Porém, essa neutralização

diminui a capacidade dos leitões em ativar suas enzimas digestivas afetando sua

saúde gastrintestinal (PUPA, 2008).

Dietas com alto poder tamponante resistem à acidificação estomacal,

ocasionando redução da sua digestibilidade. Segundo Miguel (2008), os cereais e

seus coprodutos apresentam o menor poder tamponante, os alimentos protéicos

apresentam intermediários a alto e as fontes minerais são as que apresentam maior

capacidade tamponante. Desse modo o poder tamponante da dieta é um fator

determinante do pH estomacal. Diante do exposto, fica evidente o conhecimento da

capacidade tamponante das dietas usadas para alimentação dos leitões.

Krygierowicz (2010) relata que a CT é uma das características físico-

químicas mais importantes para a formulação das dietas de leitões recém

desmamados, pois esta pode influenciar a resposta do acidificante no trato

gastrointestinal do animal.

Em suínos, a capacidade tamponante dos alimentos pode interferir e

modular o pH da digesta no trato gastrointestinal. Essa atividade pode ser

especialmente importante para leitões recém-desmamados porque após o desmame

o conteúdo estomacal apresenta pH mais elevado devido a insuficiente capacidade

de secreção de HCl. A elevação do pH pode baixar a atividade proteolítica no

estomago e assim a proteína ingerida entra no intestino intacta, resultando em uma

redução na eficiência da hidrolise de proteínas. (MIGUEL, 2008).

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2.1.3 Métodos de avaliação da CT

Existem diversas metodologias para determinar a CT de alimentos para

animais. Dentre elas estão o b-value que é a quantidade (mEq) de HCl 1,0M

necessário para acidificar um quilograma de alimento até o pH 4,0 ou 5,0; a acidez

titulável (AT) que é a quantidade de ácido ou base necessária para alterar o pH de

uma solução ou suspensão dentro de uma faixa de pH pré-determinada (McBurney

et al., 1983; Warpechowski e Ciocca, 2006); a CT que é obtida dividindo-se a AT

pelo intervalo total de pH considerado (McBurney et al., 1983; Gabert et al., 1995;

Lawlor et al., 2005) e a TLT que é calculada como o inverso da inclinação da

regressão linear obtida entre o pH e a quantidade adicionada de ácido ou base

(Oliveira Jr., 2009).

Bockor (2007) avaliou a capacidade tamponante de ingredientes e dietas

para leitões por três métodos, a acidez ou alcalinidade titulável (AT), o pH inicial e a

capacidade tamponante (CT) e concluiu que a CT é a medida que descreve melhor

as diferenças entre alimentos e dietas, e que o pH inicial não se enquadra para

avaliar a CT.

Nos diversos métodos de determinação de CT as curvas de titulação

apresentam comportamento não linear, principalmente em pH abaixo de 4,0. Este

comportamento resulta em não aditividade da medida CT em faixas de pH abaixo de

4,0, ou seja,não permite estimar a CT de misturas a partir dos valores de CT de seus

componentes (OLIVEIRA, 2009). Este autor avaliou um método de linearização de

curvas, o qual utiliza transformação exponencial, para ajustar as regressões lineares

às curvas de titulação dentro das faixas de pH do 8,0 ao 2,0, nomeando esta medida

como Taxa Linear de Tamponamento (TLT). Concluiu ainda que este método

permite ajuste satisfatório à regressão linear, permitindo assim a obtenção de uma

taxa linear única que explica a capacidade tamponante em qualquer faixa de valores

entre o pH 8,0 e 2,0. Portanto este seria o método mais adequado para a

determinação da CT dos alimentos.

De acordo com Ferreira (2010), os vários métodos para avaliar a CT dos

alimentos são baseados em curvas de titulação, o que torna sua determinação

laboriosa e demorada. Portanto, sugeriu equações que poderiam predizer a CT de

ingredientes e dietas através de sua composição bromatológica. Ela obteve

equações de regressão múltipla com R2acima de 90% para a classe de misturas e

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dietas, concluindo que é possível obter equações de predição de TLT pela

composição químico-bromatológica dos alimentos. No entanto, um maior número de

dados analíticos de rações estimaria com maior exatidão os valores da capacidade

tamponante de dietas através da TLT.

3. CAPÍTULO 2

3.1 Relatório do Estágio

3.1.1 Plano de Estágio

Conforme o Plano de Estágio aprovado pela Comissão Orientadora de

Estágios (COE), as atividades desenvolvidas foram:

– Acompanhamento da rotina do Laboratório de Bromatologia;

– Auxílio das atividades rotineiras do laboratório;

– Acompanhamento de cálculos de resultados laboratoriais.

3.1.2 Empresa ou Local do Estágio

O estágio supervisionado foi realizado no Laboratório de Análises

Bromatológicas da empresa Quimtia S/A, situada à Rua Maria Dalprá Berlesi, 229,

Canguiri, Colombo, Paraná, no período de 10/03/2014 a 27/05/2014, totalizando 450

horas.

A Quimtia S/A é uma corporação multinacional que possui escritórios na

América Latina, Europa e Ásia. Está organizada em três grandes unidades: Quimtia

Food/Farma, Quimtia Industrial e Quimtia Feed. A Quimtia S. A oferece amplo

portfólio de produtos e serviços para ajudar os seus clientes a melhorar seus

processos e produtos.

A Quimtia Food & Pharma desenvolve, produz e distribui produtos e

soluções para a indústria alimentícia e farmacêutica. E está no mercado há mais de

30 anos e produzem blends de enzimas, fibras, sabores e cheiros, misturas

vitamínicas e minerais. Contam com escritórios na China que ajudam a melhorar a

cadeia de fornecimento e com depósitos localizados nos diferentes países da região,

6

onde armazenam um amplo e variado portfólio de produtos onde entregam o produto

em tempo e forma conforme a necessidade de quem nos escolhe.

A Quimtia Industrial é uma empresa líder na fabricação, comercialização e

distribuição de produtos químicos e insumos industriais.

A unidade de Colombo é especializada na produção de produtos para

alimentação animal. Esta se encarrega de desenvolver, fabricar e comercializar

produtos de nutrição e saúde animal para as indústrias avícola, suinícola, pecuária,

aquícola e pets. Dispõem de um variado catálogo de produtos especializados para a

indústria avícola. Este portfólio está composto por uma completa linha de

aminoácidos, anticoccidianos, enzimas, promotores de crescimento, ácidos

orgânicos, adsorventes de micotoxinas e vitaminas solúveis. Possuem linhas de

premixes vitamínicos e núcleos e com o suporte de plantas e equipamentos de

última geração. No setor de sanidade avícola, oferecem diversas vacinas,

antibióticos, premix e solúveis, e grande variedade de desinfetantes para controlar a

sanidade de sua produção. Na linha pecuária produzem produtos para atender as

necessidades das diferentes espécies como sais minerais e premixes para otimizar o

rendimento dos animais. Possuem ainda uma ampla gama de antiparasitários,

reconstituintes e antibióticos orais e injetáveis para cuidar da saúde do gado e

otimizar sua rentabilidade.

3.1.3 Laboratório de Análises Bromatológicas

O estágio foi realizado totalmente no laboratório e teve duração de três meses.

Este tempo foi muito importante para conhecer a rotina de uma empresa, já que a

experiência anteriormente adquirida foi somente nos laboratórios da Universidade

Federal do Paraná.

3.1.3.1 Análises Laboratoriais

O laboratório da Quimtia S/A faz análises bromatológicas de matérias-primas,

rações, premixes e sais minerais da própria empresa e também de clientes. Lá são

feitas as seguintes análises: Cálcio, Fósforo, Fibra Bruta, Fibra em Detergente Ácido,

Fibra em Detergente Neutro, Proteína Bruta, Umidade, Resíduo Mineral, Extrato

Etéreo, Matéria Secas Atividade Ureática, Análise de Peróxido e Acidez, Análise de

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pH, Solubilidade Proteica em Hidróxido de Potássio (KOH), Hidrólise Ácida,

Digestibilidade em Pepsina, Análise de Nitrogênio Não Proteico (NNP), Cloretos de

Sódio, Diâmetro Geométrico Médio (DGM) e Micotoxinas (aflatoxinas, zearalenona).

3.1.3.2 Equipamentos

Apresenta equipamentos específicos para realizar as análises. Recentemente

foi adquirido o Determinador de fibras, modelo TE-149 da fabricante Tecnal, o qual

realiza as análises de FB, FDA e FDN pelos métodos de Weende e Van Soest. Este

ainda está sendo testado para enfim começar a usá-lo nas análises. Atualmente, as

análises de fibras estão sendo determinadas no aparelho digestor, o qual se

determina cinco amostras por vez e o consumo de reagentes é maior. Já o novo

equipamento realizará a análise de trinta amostras por vez, proporcionando maior

eficiência.

O laboratório também possui o Sistema para determinação de

proteína/nitrogênio com neutralização e exaustão de gases, modelo TE-008/50-SE

também da fabricante Tecnal. Este conta com os seguintes equipamentos: Bloco

Digestor, modelo TE-008/50; Galeria Exaustora, modelo TE-008/50 GE; Scrubber,

modelo TE-152; Destilador de Nitrogênio, modelo TE-0363.

O Extrator de Gordura é o modelo XT-15 Extrator de Gordura Crua da

fabricante Ankon, o qual apresenta uma recuperação de solvente de 97%, pode

processar até 150 amostras por dia, proporcionando grande eficiência nas análises.

Há também o espectrofotômetro para analisar a leitura na determinação do

fósforo.

Possui o equipamento de espectrometria de reflectância por infravermelho

proximal (NIRS) que apresenta a vantagem de fazer as análises com mais rapidez e

não há gasto com reagentes, porém ainda estão sendo determinadas as curvas de

calibração do aparelho. O NIRS usa uma fonte de luz produtora de comprimento de

onda conhecido (normalmente 700–2500 nm) que permite a obtenção da

composição orgânica de uma substância ou material analisado (CAMPESTRINI,

2005).

O equipamento de HPLC (High Performance Liquid Chromatography)

utilizado para analisar vitaminas e aminoácidos não está em operação, pois não há

8

mão de obra especializada para realizar a validação do equipamento. Estas análises

são enviadas para outros laboratórios.

Há também, duas balanças de precisão e duas muflas para realizar a queima

das amostras.

Eles utilizam o software Optimal®, um programa de computador que foi

desenvolvido para calcular os resultados quando se digita todos os pesos das

amostras obtidos nas analises. Isto proporciona mais rapidez, já que não precisa

passar estes dados para o Microsoft Excel® para serem calculados os resultados.

Este programa também já mostra se o resultado está dentro do intervalo

considerado normal para cada tipo de amostra.

Depois de realizadas todas as análises de acordo com a amostra, as

matérias-primas são armazenadas por 18 meses, as rações da empresa por 9

meses e as matérias-primas e rações de clientes por um período de 3 meses para

servirem de contraprova.

3.1.3.3 Equipe

A supervisora do laboratório é a Ana Paula S. Konrad, técnica em química,

que é responsável pela recepção das amostras, liberação de laudos, pesquisa de

preços de equipamentos e gestão das pessoas que trabalham no laboratório.

A Elaine Schulz, formada em Zootecnia pela UFPR, é a coordenadora de

controle de qualidade e é responsável pela regulação que se refere à alimentação

animal e pela compra de equipamentos.

Para a análise das amostras os responsáveis são:

- Danieli Girardello, formada em Biotecnologia pela Universidade Tuiuti do

Paraná, trabalha como analista de controle de qualidade;

- Ione Gonçalves, técnica em química, também é analista de controle de

qualidade;

- Jotaniel, também é técnico em química, e trabalha como assistente do

controle de qualidade.

O laboratório também conta com uma auxiliar e uma aprendiz que fazem a

moagem das amostras e lavagem das vidrarias. A auxiliar está afastada, portanto

somente a aprendiz é quem está realizando estas atividades.

O laboratório segue a seguinte rotina:

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- Recepção das amostras;

- Entrada das amostras no programa Optmal®;

- Identificação das amostras;

- Moagem das amostras;

- Análises bromatológicas;

- Liberação dos laudos

3.1.3.1 Metodologias Utilizadas no Laboratório

As metodologias usadas seguem o Compêndio Brasileiro de Nutrição Animal,

2009. Porém, a metodologia de analise de FDN corresponde a descrita na versão de

2013. As análises são descritas a seguir:

a) Determinação de Proteína Bruta - Deixar a amostra em digestão com mistura digestiva por 4 horas a temperatura de

350 ºC e aguarda esfriar;

- Levar o tubo digestor ao Destilador para que seja liberado o nitrogênio na forma de

amônia;

- A amônia desprendida é recebida em um erlenmeyer contendo ácido bórico 2%;

- Titular o conteúdo do erlenmeyer com ácido sulfúrico 0,05 N até a mudança da cor

verde/azul para rosa.

b) Determinação de Extrato Etéreo pelo método Ankom

-Levar os saquinhos com as amostras à estufa à 105ºC por 3 horas e depois esfriar

em dessecador;

- Acondicionar as amostras no suporte e levar ao equipamento extrator de gordura;

- Despejar 200 ml de éter de petróleo no vessel;

- Despejar 150 ml de éter sobre as amostras;

- Após a extração, retirar o compartimento de teflon com as amostras e com um

papel absorvente retire a gordura do vessel;

- Levar as amostras à estufa à 105ºC por 30-60 min;

- Retirar as amostras em bolsas dessecantes e colocar em dessecador;

- Após resfriar, repesar e anotar o peso.

10

c) Determinação de Matéria Seca - Pesar o cadinho, previamente seco a 105°C, já frio;

- Anotar o peso e pesar aproximadamente 2,0 gramas amostra no cadinho;

- Anotar o peso e levá-lo a estufa a 105°C por 12 horas;

- Retirar em dessecador, resfriar e pesar o cadinho com amostra.

d) Determinação de Resíduo Mineral

- Pesar o cadinho de porcelana, anotar o peso e tarar;

- Pesar aproximadamente 2,0 gramas de amostra dentro do cadinho, anotar o peso

e levá-lo à mufla por 4 horas a 600ºC;

-Tirar em dessecador, resfriar e repesar.

e) Determinação de Cálcio em Farinhas e Rações - Proceder conforme o Resíduo Mineral;

- Após repesar o resíduo, levar o cadinho a capela e preencher até a boca com

ácido clorídrico 1:3 (1 parte de HCl e 3 de água);

- Levar a fervura até evaporação e sobrar um pouco acima da metade de volume.

Resfriar;

- Filtrar em balão volumétrico com auxílio de funil, completar o volume com água

destilada;

- Em erlemneyer, filtrar aproximadamente 75 ml com auxilio de funil e papel-filtro;

- Tomar uma alíquota de 10 ml e adicionar 100 ml de água destilada;

- Adicionar 10 ml de hidróxido de sódio 30%, 10 ml de trietanolamina 50% e

indicador calcon;

- Titular imediatamente com EDTA 0,05 M até a mudança da coloração vermelho-

alaranjada para verde.

f) Determinação de Fósforo - Fazer a calibração do espectrofotômetro conforme especificação do fabricante;

- Utiliza-se a mesma solução mãe utilizada na análise Ca;

11

- Pipeta-se a alíquota de amostra para os tubos de ensaios devidamente

identificados;

- Adicionar a cada tubo 1 ml de solução de metavanadato de amônio e 1 ml de

molibdato de amônio;

- Agitar em agitador vórtex por duas vezes, deixar em repouso por 10 minutos e

proceder à leitura no espectrofotômetro;

- Anotar a absorbância.

g) Determinação de FDA - Pesar 0,5 g amostra e transferir para Becker de 400 ml;

- Adicionar 50 ml de solução detergente ácido;

- Digerir com refluxo por 60 minutos a partir do inicio da ebulição, movimentando o

becker periodicamente para evitar que partículas fiquem aderidas na parede do

frasco;

- Filtrar sob vácuo em funil de porcelana contendo papel-filtro quantitativo e

previamente tarado;

- Lavar o funil com água destilada quente e deixar a amostra de molho por 1 minuto

sem vácuo;

- Ligar o vácuo e filtrar;

- Repetir três vezes a lavagem com água destilada quente e duas vezes com

acetona;

- Levar a estufa a 105°C por 4 a 6 horas;

- Retirar, esfriar em dessecador e pesar.

h) Determinação de FDN - Pesar 0,5 g amostra em becker de 400 ml;

-Adicionar 30 ml de solução de uréia 8,0 mol/L e 0,5 ml de alfa-amilase;

- Deixar em temperatura entre 80 e 90º C por 5 minutos;

-Adicionar 50 ml solução detergente neutro e digerir com refluxo por 1 hora a partir

da ebulição;

- Repete o processo do FDA até a estufa.

i) Determinação de Fibra Bruta

12

- Pesar a amostra, colocar em um becker e adicionar ácido sulfúrico 1,25%;

- Colocar no aparelho digestor e marcar 30 minutos após a fervura;

-Filtrar o conteúdo do becker em um funil com tela de mesh a vácuo;

- Lavar com água para que todo o conteúdo passe para a tela;

- Lavar a tela de mesh com hidróxido de sódio (NaOH) 1,25% para passar o resíduo

de volta para o becker, preencher com NaOH até 100 ml;

- Colocar no aparelho digestor por mais 30 minutos após fervura;

- Passar o conteúdo do becker em um funil com papel-filtro e no vácuo com ajuda de

água;

- Lavar duas vezes o papel-filtro com álcool;

- Colocar o funil em estufa por 4 horas;

- Tirar em dessecador, resfriar e pesar.

4. CAPÍTULO 3

PREDIÇÃO E VALIDAÇÃO DA TAXA LINEAR DE TAMPONAMENTO DE DIETAS

POR MEIO DA COMPOSIÇÃO QUÍMICO-BROMATOLÓGICA

4.1 Introdução

A capacidade tamponante é uma propriedade físico-química que muitas

vezes não é considerada na formulação de rações. Tendo em vista que os alimentos

possuem diferentes valores de CT e que podem neutralizar o ácido clorídrico

secretado no estômago dos leitões, pode-se ressaltar que a CT é uma medida

importante e que deve ser considerada na formulação de dietas. Segundo

BELLAVER (2000), a quantidade de acidificantes a serem adicionados nas dietas

depende do seu pH e da sua CT, sendo que seu efeito é dependente da idade dos

animais, composição da dieta, e da presença ou ausência de antimicrobianos.

A CT dos alimentos pode interferir no pH estomacal, aumentando a

quantidade necessária de HCl para reduzir o pH (Penz, 1991), além disso, nas

13

dietas que utilizam acidificantes, essa propriedade pode influenciar na capacidade

de resposta desses aditivos (Blank et al., 1999).

Os vários métodos usados na determinação da CT são baseados em curvas de

titulação, o que torna sua determinação laboriosa e demorada (FERREIRA, 2010).

Por isso, esta autora sugere a obtenção de equações que poderiam predizer a

capacidade tamponante de ingredientes e dietas através de sua composição

químico-bromatológica.

O objetivo do presente trabalho foi elaborar um artigo cientifico para avaliar

equações que possam predizer a taxa linear de tamponamento de rações de suínos

em crescimento através de sua composição químico-bromatológica. Para tanto, foi

realizado o estágio supervisionado em um laboratório industrial.

4.2 Material e Métodos

Os dados de TLT utilizados na pesquisa foram obtidos em trabalho

anteriormente publicado por Ferreira (2010) e por Rego (2013). Este banco de

dados foi aumentado com amostras obtidas durante o estágio supervisionado na

empresa Quimtia S.A. As análises bromatológicas das novas amostras foram

realizadas no laboratório da Quimtia S/A com base no Compêndio Brasileiro de

Nutrição Animal, 2009. As analises realizadas são as seguintes: MS, PB, EE, RM,

FB, FDA, FDN, Ca e P. Estas metodologias já foram descritas anteriormente.

Utilizou-se 14 amostras (Tabela 1) para determinação das equações de

predição. Foram utilizadas somente amostras de rações sem acidificantes, pois nas

dietas que utilizam acidificantes, essa propriedade pode influenciar na capacidade

de resposta desses aditivos.

Para a realização das análises laboratoriais as amostras foram processadas

em moinho com peneira de abertura de malha de 0,5 mm.

Para todos as amostras determinaram-se o pH inicial (pHi) e as curvas de

titulação de acordo com metodologia adotada por Gabertet al. (1995), com as

seguintes modificações: utilizou-se 2,5 g de amostra para diluição em 250 ml de

água destilada. Foi modificado

O pH inicial (pHi) foi mensurado na solução sob agitação magnética constante

após 5 minutos, utilizando-se de peagâmetro pH 330:SET, WTW, com precisão de

14

três casas decimais, ajuste para temperatura e detecção automática de oscilação

estável.

A partir da determinação do pHi, acrescentou-se NaOH 0,10 N para elevar o

pH da solução até 8,0. Em seguida, a solução foi titulada com HCl até o pH 2,0,

usando-se pipetas automáticas com precisão de 100 e 10 microlitros, sendo utilizado

HCl 0,25N até atingir o pH 6,0 e HCl 0,50 N até atingir o pH 2,0. O pH foi medido 60

segundos após cada adição de HCl com volume variável, de forma a se obter

intervalos de aproximadamente 0,2 pontos de pH. Os volumes de HCl adicionados

foram expressos em mEq/g MS de amostra.

Para a determinação da medida linearizada da capacidade tamponante, os

dados de pH foram transformados por meio da função Y=EXP(1/pH), e a taxa linear

de tamponamento (TLT) foi calculada como inverso da inclinação da regressão

linear entre a medida transformada de pH, como variável dependente, e a

quantidade de ácido adicionada, como variável independente. Todas as análises de

TLT foram realizadas em triplicata.

15

Tabela 1– Amostras utilizadas para estimar as equações de predição de TLT, classe e demais análises químico-bromatológicas

Amostras Classe PB EE RM FB FDN FDA Ca P ENN pHi TLT medida

1 Crescimento 12,51 4,00 3,76 2,50 14,72 3,11 1,12 0,35 77,23 6,32 3,83

2 Crescimento 19,78 8,09 7,03 4,99 17,83 5,56 1,58 1,08 60,10 6,68 4,61

3 Engorda 41,36 4,81 12,90 6,30 20,24 8,17 2,43 1,52 34,62 6,60 6,84

4 Inicial 24,02 2,67 5,14 3,96 19,91 5,72 0,88 0,68 64,21 6,01 3,70

5 Inicial 22,63 4,79 5,79 3,15 12,79 3,74 1,10 0,65 63,64 6,52 4,43

6 Inicial 16,06 2,46 4,38 2,69 15,47 3,85 0,82 0,43 74,41 6,31 3,56

7 Inicial 19,13 3,71 5,21 3,77 14,13 4,11 0,95 0,48 68,18 6,28 4,39

8 Inicial 19,05 5,16 5,33 3,64 14,95 4,32 1,24 0,47 66,81 6,39 4,34

9 Inicial 22,04 5,43 4,22 3,73 16,22 3,98 1,14 0,57 64,58 6,69 3,89

10 Mistura 23,71 4,22 3,18 4,74 24,45 8,70 0,28 0,47 64,15 6,92 3,37

11 Mistura 22,18 3,91 3,43 4,67 26,25 8,86 0,21 0,61 65,81 6,97 3,09

12 Mistura 23,43 3,60 4,22 12,77 39,68 18,10 0,31 0,53 55,98 7,00 3,85

13 Pré-inicial 22,94 5,98 6,98 5,30 12,80 3,85 1,04 0,80 58,80 5,95 3,79

14 Pré-inicial 19,19 6,19 6,58 5,15 12,78 3,66 0,85 0,67 62,89 5,84 3,84 FB, fibra bruta; FDN, fibra detergente neutro;FDA, fibra detergente ácido; Ca, cálcio; P, fósforo; pHi, pH inicial; TLT, taxa linear de tamponamento, mEq/g MS de alimento. Todas as variáveis expressas com base na matéria seca

16

Tabela 2- Amostras utilizadas para a validação das equações de predição, classe e demais análises químico-bromatológicas

Amostras Classe PB EE RM FB FDN FDA Ca P ENN pHi TLT Medida

A Engorda 17,60 8,18 5,85 3,92 15,09 3,91 1,67 0,79 64,46 6,70 4,53

B Inicial 22,43 4,88 5,57 3,42 13,81 3,48 1,09 0,61 63,70 6,48 4,71

C Inicial 21,61 7,06 7,26 3,30 1,10 0,57 60,76 3,93

D Inicial 22,67 10,18 6,32 4,33 0,87 0,56 56,50 3,57

E Mistura 21,75 3,82 3,23 7,29 24,28 11,26 0,26 0,50 63,91 6,91 3,20

F Mistura 22,53 3,86 3,44 10,61 31,06 14,75 0,31 0,42 59,55 7,00 3,63

G Pré- inicial 25,36 5,10 6,21 2,01 1,18 0,70 61,32 6,55 3,63

H Pré- inicial 24,58 4,80 6,48 2,46 1,15 0,72 61,68 6,48 3,71 PB, proteína bruta; EE, extrato etéreo; RM, resíduo mineral; FB, fibra bruta; FDN, fibra detergente neutro;FDA, fibra detergente ácido; Ca, cálcio; P, fósforo; pHi, pH inicial; TLT, taxa linear de tamponamento, mEq/g MS de alimento. Todas as variáveis expressas com base na matéria seca

17

A partir dos dados bromatológicos de cada amostra foi utilizada análise de

regressão múltipla, por meio do procedimento Regression Model Selection do

programa computacional estatístico StatGraphics Centurion 15.2.11.0 para a

determinação das equações de predição da TLT. As equações foram classificadas

pelo R2 ajustado e pelo erro padrão, para posterior seleção. Àquelas que

apresentaram R2 acima de 70% foram consideradas para a validação e comparação.

Utilizou-se rações que não pertenciam ao banco de dados para a validação (Tabela

2), comparando os valores de TLT preditos como variável independente e os

medidos como variável dependente através do procedimento Calibração de Modelos

e Teste de Hipótese do programa computacional estatístico StatGraphicsCenturion

15.2.11.0.

4.3 Resultados e Discussão

Na Tabela 3 são apresentadas todas as equações com R2 ajustado acima

de 70%, preditas a partir da composição químico-bromatológica das amostras. O

total de equações obtidas foi de 638 equações, sendo que destas foram

selecionadas as com os maiores R2 ajustado, totalizando 24 equações.

A partir dos das 24 equações obtidas foi realizada a comparação entre os

valores medidos e estimados de TLT através de regressão linear para as rações

descritas na Tabela 2, que não faziam parte do banco de dados. Os melhores

resultados foram encontrados para as equações apresentadas na Tabela 4. Na

Figura 1 estão demonstrados os Gráficos obtidos na avaliação das melhores

equações.

Pelos resultados encontrados, a equação 12 (PB, FDA, Ca) é a que melhor

estima a TLT a partir da composição químico-bromatológica, sendo que o valor de

intersecção (a) foi mais próximo de zero e o da inclinação (b) mais próximo de um,

com R2 de 72,6%. Foi realizado o Teste de Hipótese para avaliação da hipótese nula

a=0 ou b=1, e para todas as equações observou-se a não rejeição das hipóteses, e

as probabilidades estão descritas na Tabela 4.

Foram encontradas cinco equações contêm apenas duas variáveis

(equação 17 a 21), o que faz com que o custo seja menor.

18

O melhor R2 obtido foi de 97,68% (equação 1, Tabela 3). Porém ela

apresenta muitas variáveis (PB, FB, FDN, FDA, Ca), o que torna a analise

bromatológica com custo maior.

As seis primeiras equações possuem os maiores R2 e são as que

apresentam pelo menos as variáveis FB, FDN, FDA e Ca e por isso apresentam o

maior custo para analisar estas variáveis.

Quase todas as equações apresentam a variável Ca, com exceção das

equações 22 e 23, apontando que o cálcio pode ser uma boa variável para estimar a

TLT. Segundo Miguel (2008, os minerais apresentam maior capacidade tamponante

em relação aos alimentos fibrosos.

Apenas quatro equações apresentaram a variável pH inicial. Isso está de

acordo com o que Bockor (2007) observou em seu experimento. Ela relatou que o

pH inicial não se enquadra para avaliar a CT. Essa variável possivelmente se tornará

importante na estimativa da capacidade tamponante de dietas acidificadas, pois esta

variável é a única que pode mostrar se a ração tem acidificante ou não.

Neste estudo foram excluídas as amostras de rações com acidificantes

porque o conhecimento da CT de rações sem acidificantes é necessário para saber

a quantidade exata de acidificante a ser adicionado à dieta.

19

Tabela 3- Equações de regressão múltipla obtidas para a predição da taxa linear de tamponamento (TLT; mEq/MS amostra) a partir da composição químico-bromatológica das amostras

Coeficientes

Equação Constante PB EE RM FB FDN FDA Ca P pHi ENN R2

normal R2

ajustado Erro

1 4,01 0,01 -0,21 -0,21 0,56 1,33 97,68 96,23 0,17

2 4,03 0,05 -0,24 -0,20 0,57 1,26 97,62 96,14 0,18

3 4,92 -0,24 -0,21 0,58 1,33 -0,01 97,58 96,07 0,18

4 4,36 -0,03 -0,21 -0,22 0,60 1,45 97,53 95,98 0,18

5 5,05 -0,26 -0,23 0,64 1,44 -0,12 97,44 95,85 0,18

6 4,30 -0,24 -0,23 0,62 1,43 97,36 96,18 0,17

7 -3,44 0,42 0,68 -1,73 0,88 96,83 95,42 0,19

8 3,55 -0,09 -0,12 0,29 1,51 95,07 92,88 0,17

9 2,71 0,03 -0,09 0,22 1,26 95,04 92,84 0,24

10 -1,09 -0,09 0,21 0,83 0,56 94,84 92,55 0,24

11 3,01 -0,10 0,26 1,45 93,53 91,59 0,26

12 1,79 0,03 0,05 1,37 93,13 91,06 0,27

13 -1,30 0,20 0,75 0,55 93,03 90,94 0,27

14 1,97 0,11 0,06 1,16 93,03 90,94 0,27

15 7,27 1,31 -1,13 -0,06 92,98 90,87 0,27

16 1,79 0,03 0,02 0,06 1,19 92,43 89,07 0,30

17 2,03 0,08 1,60 91,21 89,61 0,29

18 5,28 1,07 -0,04 91,06 89,43 0,29

19 1,87 0,05 1,12 90,57 88,85 0,30

20 1,74 0,04 1,64 88,90 86,89 0,32

21 2,12 0,10 1,50 88,54 86,45 0,33

22 2,07 0,02 0,38 -0,01 -0,78 84,14 77,09 0,43

23 2,26 0,33 82,86 81,43 0,38

24 2,70 1,41 80,35 78,72 0,41 Em %: PB, proteína bruta; EE, extrato etéreo, RM, resíduo mineral; FB, fibra bruta; FDN, fibra em detergente neutro; FDA, fibra em detergente ácido; Ca, cálcio, P, fósforo; pHi, pH inicial. Todas as variáveis expressas com base na matéria seca

20

Foram obtidas 19 equações de regressão múltipla com R2 acima de 90 %.

(Tabela 3) Isso está de acordo com o encontrado por Ferreira, 2010 que obteve

equações com R2 acima de 90% para a classe de misturas e dietas, concluindo que

é possível obter equações de predição de TLT pela composição químico-

bromatológica dos alimentos.

No entanto, considerando o tempo, custo e disponibilidade de analises,

poderia se utilizar a equação 19, pois esta apresenta apenas duas variáveis (Ca e

PB) que são de baixo custo e normalmente utilizadas na avaliação das dietas.

A melhor equação encontrada por Ferreira, 2010 foi a que continha as

variáveis RM, PB, EE, Ca e pHi e o R2 desta foi de 89,57%. Já o melhor R2

encontrado neste trabalho foi de 97,68% com as variáveis PB, FB, FDN, FDA e Ca.

As equações 23 e 24 apresentam R2 ajustado acima de 75% mesmo

contendo apenas uma variável, RM e Ca respectivamente. Já Ferreira, 2010 não

encontrou nenhuma equação com apenas uma variável.

Apenas seis equações apresentam à variável PB, o que difere de Ferreira

(2010) que encontrou todas as equações com esta variável.

21

Tabela 4 – Avaliação entre os valores medidos e estimados de TLT de rações para cada equação selecionada. Número de rações testadas (n), variáveis da regressão linear e probabilidade (P) do Teste de Hipóteses Equação R2 Erro

9 TLT = 2,71 + 0,03 PB - 0,09 FDN + 0,22 FDA + 1,26 Ca 95,04 0,24

12 TLT = 1,79 + 0,03 PB + 0,05 FDA + 1,37 Ca 93,13 0,27

13 TLT = -1,30 + 0,20 RM + 0,75 Ca + 0,55 pHi 93,03 0,27

14 TLT = 1,97 + 0,11 RM + 0,06 FDA + 1,16 Ca 93,03 0,27

16 TLT = 2,03 + 0,08 FDA + 1,60 Ca 91,21 0,29

19 TLT = 1,74 + 0,04 FDN + 1,64 Ca 88,90 0,32

20 TLT = 2,12 + 0,10 FB + 1,50 Ca 88,54 0,33

22 TLT = 2,70+ 1,41 Ca 80,35 0,41

Regressão entre valores estimados e medidos

Equação N R2 Erro Intercepto (a) Inclinação (b) P (a=0) P(b=1)

9 4 55,91 0,59 -1,59 1,35 0,70 0,72

12 4 72,56 0,46 0,16 0,97 0,93 0,95

13 6 39,54 0,51 1,31 0,63 0,46 0,40

14 4 69,91 0,48 0,30 0,94 0,88 0,91

16 4 60,91 0,55 0,89 0,78 0,67 0,67

19 4 68,03 0,50 1,26 0,70 0,45 0,47

20 8 56,91 0,36 0,75 0,77 0,52 0,44

22 6 65,61 0,38 1,43 0,63 0,19 0,18

22

y = 1,3649x - 1,6385R² = 0,56

0,00

1,00

2,00

3,00

4,00

5,00

6,00

0,00 1,00 2,00 3,00 4,00 5,00

TLT

ESTI

MA

DA

TLT MEDIDA

EQUAÇÃO 9

y = 0,9779x + 0,1351R² = 0,73

0,00

1,00

2,00

3,00

4,00

5,00

6,00

0,00 1,00 2,00 3,00 4,00 5,00 6,00

TLT

ESTI

MA

DA

TLT MEDIDA

EQUAÇÃO 12

y = 0,6366x + 1,289R² = 0,40

0,00

0,50

1,00

1,50

2,00

2,50

3,00

3,50

4,00

4,50

5,00

0,00 1,00 2,00 3,00 4,00 5,00 6,00

TLT

ESTI

MA

DA

TLT MEDIDA

EQUAÇÃO 13

y = 0,6325x + 1,4297R² = 0,66

0,00

0,50

1,00

1,50

2,00

2,50

3,00

3,50

4,00

4,50

5,00

0,00 1,00 2,00 3,00 4,00 5,00 6,00

TLT

ESTI

MA

DA

TLT MEDIDA

EQUAÇÃO 22

y = 0,9462x + 0,2891R² = 0,70

0,00

1,00

2,00

3,00

4,00

5,00

6,00

0,00 1,00 2,00 3,00 4,00 5,00 6,00TL

T ES

TIM

AD

A

TLT MEDIDA

EQUAÇÃO 14

y = 0,7032x + 1,2523R² = 0,69

0,00

1,00

2,00

3,00

4,00

5,00

6,00

0,00 1,00 2,00 3,00 4,00 5,00 6,00

TLT

ESTI

MA

DA

TLT MEDIDA

EQUAÇÃO 19

y = 0,7752x + 0,7385R² = 0,57

0,00

0,50

1,00

1,50

2,00

2,50

3,00

3,50

4,00

4,50

5,00

0,00 1,00 2,00 3,00 4,00 5,00 6,00

TLT

ESTI

MA

DA

TLT MEDIDA

EQUAÇÃO 20

y = 0,7852x + 0,8596R² = 0,62

0,00

1,00

2,00

3,00

4,00

5,00

6,00

0,00 1,00 2,00 3,00 4,00 5,00 6,00

TLT

ESTI

MA

DA

TLT MEDIDA

EQUAÇÃO 16

Figura 1 – Gráficos que representam os valores medidos e estimados de TLT de rações de acordo com as equações avaliadas.

23

4.4 Conclusão

Conclui-se que é possível obter equações de predição da TLT pela

composição químico-bromatológica dos alimentos.

É possível a predição a Taxa Linear de Tamponamento com alto nível de

ajuste com mais de uma opção de equação, de acordo com o interesse ou

disponibilidade de variáveis da composição química disponíveis.

24

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O estágio foi uma experiência importante profissionalmente porque foi

possível conhecer e vivenciar o trabalho em uma empresa, buscando colocar em

prática todo o conhecimento adquirido durante a graduação. E conviver com

profissionais de várias áreas é maravilhoso, pois sempre há aprendizado.

Todo o aprendizado adquirido na Universidade foi satisfatório para a redação

Trabalho de Conclusão de Curso e realidade profissional vivenciada durante o

estágio obrigatório, não sentindo a necessidade de buscar conhecimentos fora da

Universidade.

Todos os estágios anteriormente realizados foram dentro da Universidade por

falta de tempo disponível, já que o curso é integral. É difícil ter esse tipo de

experiência porque acaba faltando tempo para os alunos procurarem algum estágio

fora. Acredito que os estudantes deveriam se empenhar mais para conhecer o

mercado de trabalho.

25

REFERÊNCIAS

BELLAVER, C.O uso de micro-ingredientes (aditivos) na formulação de dietas para suínos e suas implicações na produção e na segurança alimentar. Facultad de Ciencias Veterinarias da Universidad de Buenos Aires, Universidad Nacional de Rio Cuarto e Embrapa Suínos e Aves. In: CONGRESSO MERCOSUR DE PRODUCCIÓN PORCINA, 2000, Buenos Aires. Pp 93-108.

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ANEXOS

Anexo 1. Plano de estágio.

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ANEXOS

Anexo 2.Termo de compromisso.

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ANEXOS

Anexo 3. Ficha de avaliação no local de estágio.